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ALGARVE INFORMATIVO 28 de agosto, 2021
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#LIMOEIRO 55 DE DANIEL MATOS EM LAGOS | LAGOA NÃO ESQUECEU FATACIL ALGARVE INFORMATIVO #305 JOÃO PALMA TRIO EM LOULÉ | ANA MOURA EM PADERNE | CARLÃO EM TAVIRA
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46 - #Limoeiro55 em Lagos
80 - Dino d’Santiago e OCS em Quarteira
108 - João Palma Trio em Loulé
96 - Carlão em Tavira
24 - «Portugal a Dançar» passa por Portimão no final de setembro
OPINIÃO 118 - Paulo Bernardo 122 - Mirian Tavares 124 - Ana Isabel Soares 62 - Lagoa não esqueceu FATACIL com muita música portuguesa ALGARVE INFORMATIVO #305 ALGARVE INFORMATIVO #305
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32 - Ana Moura em Paderne
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Bruno Mourato e Filipe Vital
«PORTUGAL A DANÇAR» PASSA POR PORTIMÃO NO FINAL DE SETEMBRO Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina ortimão vai ser palco, de 24 a 26 de setembro, de uma das eliminatórias do «Portugal a Dançar», a maior competição nacional de dança que percorrerá 12 localidades, de Portugal Continental às regiões autónomas da Madeira e dos Açores, sem esquecer as duas maiores comunidades portuguesas no estrangeiro, com espetáculos em New Jersey (Estados Unidos da América) e ALGARVE INFORMATIVO #305
Paris (França). A final está agendada para 12 de dezembro, em Matosinhos. De Portimão sairão três finalistas, mas, para além da competição, o festival abrange ainda a vertente educativa, com a realização de diversos workshops de dança, conforme explicou Bruno Mourato, diretor do projeto, numa sessão de apresentação e esclarecimento direcionada para a comunicação social e escolas de dança que teve lugar, na Black Box do TEMPO 24
– Teatro Municipal de Portimão, no dia 24 de agosto. Um momento que incluiu ainda um show de danças de salão com João e Sofia e de dança Bollywood com Kritika Thakur. Para além de Portimão, a competição vai passar por Miranda do Douro, Mealhada, Matosinhos, Tondela, Setúbal, Oeiras, Castelo Branco, Madeira, Açores, Nova Jérsei e Paris e as inscrições decorrem até dia 31 de agosto. “Na nossa maneira
de pensar, não devem ser os competidores a irem procurar a dança, mas sim a dança a ir ao encontro dos competidores, dentro das possibilidades da organização e do acolhimento que o festival recebe da parte dos Municípios. E qualquer competição de dança tem como objetivo encontrar novos
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talentos”, frisou Bruno Mourato, adiantando que o concurso é de todos para todos, ou seja, qualquer pessoa pode participar, desde que tenha alguma aptidão para a dança, a solo, em pares ou grupos. E nem é necessário que sejam naturais ou residentes do local onde se realiza cada uma das etapas, se bem que se possam apenas inscrever numa delas.
“Alguém que esteja de férias em Portimão no último fim-desemana de setembro pode perfeitamente participar nessa etapa, não pode é depois ir concorrer noutro sítio. E um solista também só pode participar com uma coreografia, embora depois possa participar como parte de um par ou grupo”.
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A aptidão para participar em cada uma das etapas será, entretanto, escrutinada previamente, não se pode simplesmente aparecer no local, conforme esclareceu Bruno Mourato. “No site da
competição encontra-se o regulamento e o formulário para preencher e é necessário submeter um vídeo com a sua performance, mas não é preciso que seja da coreografia que pretende apresentar no concurso. Serve apenas para o júri perceber se aquele candidato tem condições para ir a concurso ou não”, indicou o diretor do projeto, acrescentando ainda que, ao contrário dos solistas, os grupos podem inscrever-se com várias coreografias. “Claro que existe um
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limite de inscrições para cada etapa e a nossa intenção é termos 30 candidatos, divididos por duas eliminatórias, dos quais 10 vão à final. E desses 10, três vão à grande final de Matosinhos”, aponta, reconhecendo ainda que as localidades do interior não vão ter o mesmo número de inscrições que as localidades do litoral, porque existem menos escolas de dança. No caso de Portimão, as eliminatórias acontecem, então, no dia 24 de setembro, das 18h às 20h e, no dia 25, das 10h às 12h, embora os horários possam variar consoante o número de inscrições. E, como os competidores podem ser profissionais ou amadores, a solo ou em grupo, existem oito critérios de avaliação, nomeadamente:
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coreografia; apresentação; expressão; originalidade; técnica; musicalidade; ocupação de espaço; e atitude e energia. Quanto ao júri, será sempre composto por cinco elementos, três pertencentes ao júri nacional e dois escolhidos a nível local, sendo que as pontuações dos jurados nacionais contam a dobrar. Em caso de igualdade, o desempate cabe ao presidente do júri, também ele pertencente ao júri nacional. Terminadas as duas eliminatórias, pouco depois são logo conhecidos os 10 27
finalistas, estando a tarde de sábado, 25 de setembro, reservada para a realização dos workshops de Ballet com Maria de Barros (15 às 16h), de Bollywood com Kritika Thakur (16h30 às 17h30) e de Latinas com Vadim Potapov (18h às 19h). A final realiza-se no domingo, 26 de setembro, das 16h às 18h, e tudo isto no TEMPO – Teatro Municipal de Portimão, entre a Black Box, o pequeno auditório e o grande auditório. E Bruno Mourato garante que na final estarão os melhores em prova, independentemente do seu ALGARVE INFORMATIVO #305
estilo. “O objetivo é ter sempre uma
final diversificada, mas não existe uma quota para cada estilo. Sabemos que é provável que haja mais candidatos de ballet, porque as danças clássicas ainda predominam em Portugal, mas os candidatos, em Portimão, estão a chegar de vários estilos”, revelou. No que toca aos prémios, serão oferecidos pelas empresas parceiras do festival em cada localidade, e para o vencedor da final nacional do «Portugal a Dançar 2021», a disputar, a 12 de dezembro, em Matosinhos, está garantida ainda a possibilidade de levar a sua coreografia a um dos congressos do Conselho Internacional de Dança da UNESCO de 2022, na França ou Grécia. E, antes de terminar a sessão, Filipe Vital, vice-presidente da Câmara Municipal de ALGARVE INFORMATIVO #305
Portimão, lançou o desafio às escolas de dança do concelho para participarem. “O ser humano
conseguiu criar a capacidade de associar o movimento do corpo ao ritmo, através da dança, e é para nós um motivo de orgulho acolher uma competição de nível nacional neste magnífico Teatro Municipal de Portimão, onde estarão muitos jovens algarvios e, se calhar, também do Alentejo. Queremos que levem o nome de Portimão e do Algarve até Matosinhos. Portimão foi, em 2019, Capital Europeia do Desporto e gostaríamos que, nesse fim-de-semana, fosse também a capital portuguesa da dança” . 28
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ANA MOURA ATUOU NA ANTIGA FÁBRICA DA FACEAL EM PADERNE Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina
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o contrário do que costuma ser habitual, o tradicional concerto do Dia do Município de Albufeira aconteceu na véspera do feriado, isto é, no dia 19 de agosto, e também não teve lugar na Praia dos Pescadores, devido à pandemia por covid-19. Deste modo, o palco escolhido para o concerto de Ana Moura foi a antiga Fábrica Faceal, em Paderne, e foi num ambiente diferente que a conceituada fadista subiu ao palco para apresentar o seu sétimo álbum, «Andorinhas». “É um
símbolo de liberdade e de emancipação, de criatividade em estado puro, uma recusa das amarras do sucesso, uma declaração de uma vontade de futuro”, descreve Ana Moura e, de facto, para além dos fados com o seu cunho pessoal, o disco inclui temas que respiram sonoridades africanas e são acompanhados por alguns beats de eletrónica. A lotação para o concerto esgotou num ápice e ninguém ficou indiferente ao local mítico em que decorreu a noite, as instalações da antiga Faceal, que foi uma das empresas mais importantes da freguesia de Paderne e do concelho de Albufeira, tendo produzido tijolos durante mais de 50 anos, muitos dos quais ajudaram a construir os primeiros hotéis da região. Uma aposta ganha pela Autarquia de Albufeira, que assim conseguiu realizar o tradicional concerto do Dia do Município e em total segurança.
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DANIEL MATOS TROUXE #LIMOEIRO55 ATÉ LAGOS Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina
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Auditório Duval Pestana do Centro Cultural de Lagos recebeu, nos dias 20 e 21 de agosto, o novo espetáculo de dança contemporânea do coreógrafo Daniel Matos, #LIMOEIRO 55, numa produção da CAMA – Associação Cultural. A nova criação do lacobrigense é uma performance para dois corpos, Hugo Cabral Mendes e Lia Vohlgemuth, dois cubos de gelo e dois raios de solidão.
“Tendo como referência a coleção fotográfica «Dash Snow: I love You, Stupid», de Glenn O´Brien, é apresentada uma estrutura coreográfica composta por tarefas ALGARVE INFORMATIVO #305
que são ativadas através de um arco de longo alcance, gerando um paralelo entre a mecanicidade da sua execução e o espectro emocional que a acompanha”, explica Daniel Matos. De acordo com o Criador e Diretor Artístico, o tempo presente é contabilizado através do embate de um fluxo aéreo – brisa – sobre um caudal de água contínuo, em movimento descendente a partir do interior das pálpebras de uma face. “Os segundos
de aparecimento, de frio e de secagem asseguram a suspensão de uma eternidade vazia, um túnel que nos atravessa sem deixar 48
marcas de partida nem chegada, o vácuo existe. Dá-me a mão. Grita comigo: O nós morreu longe daqui, o nós morreu longe de nós. Nós é o pássaro que vagueia na praia só e não mais regressa. O amor é um mar de gente num carrossel só. Validade e velocidade de decomposição. Quantos serão precisos para erguer um pensamento, uma ideia?”, questiona Daniel Matos. “Estende a mão, aproveita a futilidade que permite que te amem, que te deixa num banco à espera da próxima volta.
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Estende a mão. O ponto de partida é estender, passar pelo vácuo. Repete: o amor é um mar de gente num carrossel só. Continuo a pensar que o presente é o embate das minhas costas no chão de cada andar de um prédio de dez andares, que desmoronam com cada um dos meus impactos possibilitando uma nova visão sobre este jogo de plataformas”, refere o algarvio, que depois de estrear #LIMOEIRO 55 em Lisboa, em junho, trouxe agora a sua nova criação à sua terra natal .
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LAGOA NÃO ESQUECEU FATACIL COM MUITA MÚSICA PORTUGUESA Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina, Município de Lagoa e Ricardo Coelho
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imagem do que sucedeu em 2020, e por contingência da pandemia por covid-19, este ano também não houve FATACIL – Feira de Artesanato, Turismo, Agricultura e Comércio de Lagoa, mas o Município de Lagoa não quis deixar passar a data em branco e organizou, de 19 a 22 de agosto, um ciclo de concertos com artistas nacionais, nomeadamente Cuca Roseta, 4 e Meia, Diogo Piçarra e Pedro Abrunhosa. Quatro noites de
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lotação esgotada, cerca de 988 lugares sentados, no cumprimento de todas as normas de segurança ditadas pela DGS, e que concluíram com o estrondoso concerto de Pedro Abrunhosa, que fez uma viagem pelos êxitos da sua longa carreira – com uma nova roupagem – mas apresentou também alguns temas do novo disco que vai sair no último trimestre do ano. Mas, na véspera, já o farense Diogo Piçarra, a «jogar em casa», tinha levado a assistência à loucura . 64
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DINO D’SANTIAGO CUMPRIU SONHO DE CANTAR EM QUARTEIRA COM A ORQUESTRA CLÁSSICA DO SUL Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina
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ra um sonho antigo, ainda que partilhado com poucos, quiçá por pensar não ser possível de se concretizar. Mas o percurso de Claudino Pereira, ou Dino d’Santiago, tem sido feito de impossíveis que se tornaram possíveis, de obstáculos superados, de chegar onde jamais alguém pensou que pudesse chegar.
Ilha do Sal com o pai, descobriu a sua verdadeira voz, o crioulo. E desde então tem sido uma catadupa de emoções, um percurso a velocidade vertiginosa que, no dia 20 de agosto, teve mais um dos seus muitos pontos altos, o concerto com a Orquestra Clássica do Sul no Passeio das Dunas, esse mesmo lugar, encrustado entre Quarteira e Vilamoura, onde outrora existiu um bairro de lata onde o jovem Claudino cresceu. “Ontem, pela
Após muitos anos ligado aos Expensive Soul, o quarteirense de origem caboverdiana decidiu arriscar e apostar numa carreira a solo e, em 2011, numa viagem à
primeira vez nestes meus 38 anos de idade, senti que valeu a pena todo o sacrifício dos meus pais,
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que saíram do interior da ilha de Santiago, com o sonho de um «Mundu Nôbu», mas enfrentaram a dura realidade de um Pós-25 de Abril, que 47 anos depois ainda luta por cumprir a sua Liberdade. O palco foi montado em cima daquele chão que um dia foi o nosso Bairro dos Pescadores, o bairro que servia de tampão entre a Marina de Vilamoura e a marginal de Quarteira e que foi durante décadas um foco de insegurança. O perfume penetrante da vala antiga aberta agora é bem menos intenso, dando lugar ao Passeio das Dunas. Sinto que ontem realizei o desejo de todos os avós, pais e filhos, ao transformar as nossas memórias de ALGARVE INFORMATIVO #305
Lata em pura Platina”, descreveu, no dia seguinte ao concerto, já depois das emoções terem acalmado um pouco. Uma noite de lotação esgotada e com largas dezenas de pessoas a acompanharem o concerto do lado de fora do recinto, com Dino d’Santiago por várias vezes a expressar a pena de não poder ter toda a sua «família» a dançar à sua frente, num concerto em que a Orquestra Clássica do Sul, dirigida pelo Maestro Rui Pinheiro, transformou algumas das suas canções em autênticos épicos. E assim foi. Mais uma memória para perdurar, esta produzida por mais um quarteirense que dá cartas por esse mundo fora, o Claudino Pereira, ou Dino d’Santiago, como se designa para honrar as suas origens . 84
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EXPLOSÃO DE ENERGIA EM TAVIRA COM CARLÃO Texto: Daniel Pina | Fotografia: Miguel Pires (https://www.mpalgarve.com/)
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pesar de todos os constrangimentos inerentes à pandemia que continuamos a viver, o Verão de Tavira está a ser fantástico em termos culturais, muito graças ao programa dinamizado pelo Município de Tavira e que tem como palco principal o Parque do Palácio da Galeria. E prova disso foi o extraordinário concerto de Carlão, um dos maiores nomes da música urbana da atualidade, no 21 de agosto, que colocou toda a assistência a dançar de pé, mas sem nunca abandonar os seus lugares. 99
No alinhamento brilharam os êxitos dos discos «Quarenta», «Na Batalha» e «Entretenimento», com temas como «Os Tais», «Agulha No Palheiro», «Viver Pra Sempre», «Contigo» e «#demasia», mas também os mais recentes singles «Bandida» e «Assobia para o Lado», com o ex-vocalista dos Da Weasel a subir ao palco acompanhado pelo Dj Glue, Bruno Ribeiro (Voz), Nuno Espírito Santo (Baixo), Paulo Borges (Teclados) e Rui Berton (Bateria). Uma noite simplesmente cinco estrelas, inesquecível para todos aqueles que esgotaram a lotação do Parque do Palácio da Galeria . ALGARVE INFORMATIVO #305
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ACORDEÃO, BAIXO E BATERIA UNIDOS PELO JAZZ NO JOÃO PALMA TRIO Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina ALGARVE INFORMATIVO #305
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MdC Morning Jazz, organizado pela associação cultural louletana Mákina de Cena, tem animado os sábados de Verão com performances de jazz nos Claustros do Convento Espírito Santo e, no dia 14 de agosto, foi a vez do público assistir ao «João Palma Trio», um encontro entre o
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jovem João Palma, campeão do mundo de acordeão, e o consagrado baixista Marco Martins, a que se juntou o baterista João Melro. Já se sabe que as manhãs de sábado são bastante agitadas no centro de Loulé, por via do Mercado Municipal e da realização do Mercado de Produtores, verdadeiros chamarizes para centenas de residentes e turistas
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de múltiplas nacionalidades. E também é sabido que a realização de concertos de jazz em locais icónicos das cidades é algo habitual noutras cidades europeias. “A
vivacidade e a essência festiva do jazz adequam-se de forma muito simbiótica ao património edificado, razão pela qual a Mákina de Cena programou 12 concertos nos Claustros do Convento Espírito Santo e que se vão prolongar até 11 de setembro”, refere Marco Martins, diretor artístico da MdC Jazz. O sucesso do «MdC Morning Jazz», assim designado pelo horário matinal em que decorrem os concertos, logo pelas 111
11h, pretende contribuir igualmente para a reativação do «MdC Jazz Club», que acontecia mensalmente na Casa da Mákina, em Loulé, e que se encontra suspenso devido à pandemia de Covid19. E nada melhor do que juntar dois louletanos, João Palma e Marco Martins, que se cruzaram no decorrer dos seus percursos no curso de Jazz da Escola Superior de Música de Lisboa, para um concerto que revisitou alguns dos grandes temas do Cancioneiro Americano, pondo em destaque a sonoridade do acordeão, a comunicação em trio e a energia da improvisação .
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OPINIÃO A Miss Brasil Covid19 Paulo Bernardo (Empresário) m plena pandemia da Covid19 - com uma média de mil mortes diárias e com números apurados que se aproximam das 600 mil vítimas mortais - e o Brasil a escolher a representante da beleza nacional para o concurso da Miss Universo. Dito assim, parece uma grande irracionalidade. Um absurdo! Para nós, portugueses e colonizadores que fomos da terra do pau-brasil, a visão que hoje e sempre tivemos da ex-colónia é muito mais carregada de versões distorcidas que da verdade propriamente dita. A maior parte das notícias que cá nos chegam estão relacionadas ao pitoresco, ao trágico, ao absurdo, ou, ainda, ao hilário. Sejam eles factos do quotidiano ou políticos e até mesmo do cenário económico. Com isto não quero dizer que, em parte, o que noticiam por aqui não seja verdadeiro. O que pretendo realçar é o exagero e a má fé que muitos noticiam. Talvez tenhamos até um pouco de ressentimento e mágoa por termos perdido aquele território maravilhoso, conquistado a duras penas pelos nossos bravos ancestrais. Mas essa é outra história e dela tratarei noutra altura.
Não estou aqui a fazer diletantismo, nem mesmo uma análise pseudocientífica ALGARVE INFORMATIVO #305
dos aspetos sociológicos que nos separam. Não tenho saber para tanto. Trata-se de uma exposição de impressões tiradas in-loco, resultado das muitas idas e vindas ao território do samba. Talvez poucos saibam, os mais velhos hão-de lembrar-se que uma das maiores embaixadoras culturais daquele país tropical, no século passado, foi a lusitana Carmen Miranda - nascida em Marco de Canaveses - consagrada mundialmente com a célebre composição do baiano Dorival Caymmi, «O que é que a baiana tem». Anoto este facto para afirmar que o sangue português é latente na cultura brasileira desde sempre. Mas deixando-me de rodeios e indo direto ao assunto. Regressei do Brasil na semana passada (19/8) onde tenho negócios. Já passavam mais de 20 meses desde a última vez que lá estive, situação que se deu em função das restrições impostas pela pandemia em todo o mundo. Acompanhava os negócios pelos meios digitais. Mas chegou o momento e, diante das flexibilizações lá e cá, resolvi que já era possível retomar a minha rotina de visitas, dentro das prerrogativas do tal «novo normal». Sou até um pouco suspeito para falar daquele país porque lá cultivo negócios e amizades muito boas que, com toda a certeza, me fazem vê-los com uma visão 118
mais lúdica e complacente. Há uma lógica no pensar português muito distinta da lógica do pensar brasileiro. E só assim é possível compreendê-los com admiração e respeito. O mesmo vale para nós. Diante do cenário de pandemia e do gigantesco número de mortes, uma certa carga de medo pesava na minha mala. Como assim ir ao Brasil neste momento? Estás louco? Queres suicidar-te? Estas perguntas foram as primeiras com as 119
quais fui abordado quando anunciei a ideia de viajar. Valha-me São Vicente de Saragoça! Não se tratava de uma viagem de turismo. Certas coisas só crescem às vistas do dono. E decidi ir, evocando os saberes dos nossos ancestrais quando diziam que todo o homem tem que ter mais coragem do que medo e uma força tão grande quanto a fé. Fui e cá estou de volta, são e salvo.
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Toda esta conversa fiada só para dizer que, no Brasil, há mais cuidados e medidas preventivas contra a disseminação da Covid19, do que cá em Portugal. Sim, esta é a pura verdade! Mesmo com a negação do apedeuta, que ocupa temporariamente a Presidência da República, digo isto porque li a mais recente pesquisa de opinião publicada lá, durante a minha estadia, em que 64 por cento dos brasileiros desaprovam o governo do presidente Jair Messias Bolsonaro, que insiste em não usar máscara, não manter o distanciamento social nas suas agendas públicas e, ainda, procura suscitar dúvidas sobre a eficácia das vacinas, fazendo também questão de destacar que, até ao momento, não se vacinou. Mesmo assim, a população, os comerciantes e órgãos públicos esmeramse ao exigir todo o protocolo protagonizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Não se entra em lojas, shoppings, bares e restaurantes, sem que seja medida a temperatura corporal e sem se higienizar as mãos com álcool em gel, oferecido em dispensadores, colocados na porta de entrada e nas mesas dos pontos de restauração. Se a tragédia da pandemia lá é de espantar, pelos números exorbitantes, imaginemos se não houvesse esta consciencialização por parte da maioria da população. Mas, voltando ao início… Ao chegar cá, recebi a notícia através de um amigo: Caroline Teixeira, 23 anos, deixou para trás outras 47 candidatas e venceu, na noite desta quinta-feira (19), o Miss Brasil Mundo 2021. A advogada brasileira, que representou o Distrito Federal, vai agora ALGARVE INFORMATIVO #305
preparar-se para a etapa internacional, o Miss Mundo, que será realizado no fim do ano em Porto Rico. Este é o «Brasil brasileiro. Terra de samba e pandeiro», descrito nos versos da poesia de Ary Barroso na música «Aquarela do Brasil», eternizada pela voz e performance da inesquecível luso-brasileira Carmen Miranda. Como supracitado, sou suspeito para falar sobre o Brasil, mas não seria honesto se não anotasse, com o mínimo de responsabilidade, o que de verdade existe naquela terra da Bossa-nova e da querida Fafá de Belém. Não é porque lá tenho negócios que lhes desejo dias melhores no futuro. Eles vão precisar redobrar esforços para refazer o que estão a perder na pandemia e na política. São centenas de milhares de mortos, 15 milhões de desempregados, a volta da inflação e uma instabilidade política nunca vista nos últimos 35 anos da jovem democracia. Não será fácil. Mas como são uma nação de oportunidades, não será impossível. É como irmão de sangue daquele povo e como católico fervoroso, que rogo a Nossa Senhora de Fátima, aqui em Portugal, e a Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil que tudo se resolva cá e lá, para que, num futuro próximo, nós estejamos cada vez mais unidos e fortes para enfrentar as adversidades da vida e oxalá possamos navegar em águas cristalinas sob um «céu de brigadeiro», ou seja, quando tudo voltar à normalidade. Despeço-me dos leitores com a saudação preferida de outro grande poeta brasileiro Vinicius de Moraes: Saravá! .
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OPINIÃO Ensaio sobre o «excesso de visão» Mirian Tavares (Professora Universitária) “O mundo caridoso e pitoresco dos ceguinhos acabou, agora é o reino duro, cruel e implacável dos cegos”. José Saramago Ensaio sobre a Cegueira, de José Saramago, é também um ensaio sobre o excesso de visão – de uma visão rasa, superficial, hiper excitada e pouco atenta. No filme O Homem dos Olhos de Raio X (de Roger Corman), Ray Milland é um médico que ganha, por peripécias típicas dos filmes de Ficção Científica, uma visão de raio X. O que num primeiro momento é maravilhoso, a capacidade de ver tudo, vai-se transformando numa terrível maldição: ele não vê só o que está sob a pele, mas além dos órgãos, os átomos. De tanto ver, ele já não enxerga nada. A sua fuga, no fim do filme, é um momento de absoluta solidão. Ninguém o persegue, mas ele tenta fugir da sua nova capacidade – a visão de raio X, dele mesmo, tentando ser mais rápido que a maldição que carrega. Lembrei-me de Saramago e de Roger Corman, que não têm nada em comum, além do facto de me virem à memória ao mesmo tempo, num momento em que ouço vozes diversas a proclamar juízos sobre a vacina da COVID -19. Uma senhora que ALGARVE INFORMATIVO #305
se recusa a tomar a vacina e que quer impedir os filhos de tomarem porque, segundo ela: ninguém explica nada direito (??), não se sabe muito bem o porquê desta vacina, não quer fazer os filhos de cobaia. Como assim? Quando ela foi vacinada contra a tuberculose ou a poliomielite ou o tétano, pediu explicações detalhadas sobre os compostos químicos, os efeitos e a validade de tomar estas vacinas? O outro argumento muito utlizado é o tempo. De repente, todos sabem que, para que se desenvolva uma nova vacina, são precisos mais de cinco anos, nalguns casos dez, e esta vacina foi desenvolvida muito depressa, ninguém sabe se funciona. Não pensam sequer noutro fator que envolve o tempo: a rapidez, avassaladora, do desenvolvimento de novas tecnologias e técnicas de trabalho nas ciências. Não pensam, por exemplo, que além de estarmos numa fase bastante mais desenvolvida do que há cinco anos, em relação às descobertas e experiências científicas, o dinheiro que foi investido nas pesquisas da vacina da COVID-19 foi imenso, o que ajuda também a acelerar alguns processos. Quando falamos sobre isso refutam – 122
mas eu li, ou ouvi, ou vi, alguns médicos ou o tio da vizinha da minha prima em segundo grau que afirmou o contrário, ou seja, que a vacina é má e que querem roubar a nossa liberdade (??), obrigandonos a todos a sermos inoculados com uma coisa estranha que ninguém sabe o que é, mesmo que este «ninguém» envolva a OMS e vários organismos mundiais de aferição na área da saúde. Vemos demais, ouvimos demais, mas cada vez vemos menos e perdemos, bastante, a capacidade de escutar, de 123
lidar com argumentos científicos e com factos, que podem ser questionados, mas que, na falta de uma verdade absoluta que nos console a todos, ainda são o caminho mais aproximado de uma verdade relativa que pode nos salvar. Não só da ignorância e do obscurantismo da fé cega, mas também dos males das doenças que existem e das que ainda hão de vir .
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OPINIÃO Trigésima primeira tabuinha - Tomate (2) Ana Isabel Soares (Professora Universitária)
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ste ano diz que foi um ano bom de tomate – menos na minha varanda. A cobiça de ter colheitas semelhantes às de anos anteriores levoume a apertar demasiado as almásticas, dez pés, num vaso só. Castigo: ao todo não tirei mais de onze frutos. As hastes levantaram as folhas, verdejaram em bom, mas flor quase nada e fruto foi o que se disse. Na terra do Moinho Grande, pelo contrário, houve fartura: uma selva de folhame que fez com que, ao ritmo diário, tivéssemos de jogar as mãos às apalpadelas para achar e recolher os que iam vermelhando, muitos, muitos, não muito grandes, é certo, mas bonitos, uns chucha, outros de inverno, mais redondos, encostados à terra, escondidos debaixo das folhas. Quem os plantou não quis sujeitá-los a tutores, e foram ocupando terreno, entrelaçando hastes em hastes, de tipos diferentes, mas a oferecer o mesmo doce sabor. Dos que já se colheram já se secaram alguns e já se fizeram quantas saladas, o acompanhamento de cada pequenoalmoço, vinagradas, e belas sopas de tomate).
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Há de haver um sem fim de receitas de sopas de tomate. Pergunto à minha mãe, que as faz inesquecíveis e ALGARVE INFORMATIVO #305
nenhuma exatamente igual à anterior, e tenho sempre a mesma resposta: “Isto não é com receita – vai-se fazendo conforme há, e é a olho”. Os melhores pratos são os mais insubmissos. À semelhança da tomatada, é um prato quentíssimo para os dias bem quentes. Os frutos querem-se maduros, mas não é preciso que estejam a desfazer-se. Também se usam menos: para cinco adultos pode usar-se pouco mais de um quilo de tomate, e chega. Já de cebola e alho, as bases, não há exagero que baste. Aqui, a diferença é que, enquanto a tomatada pede que todos os ingredientes se ocultem debaixo da tomatal realeza, e a cebola vá nela, por isso, picadinha, as sopas permitem que reine a cebola: será cortada em meiasluas, ou mesmo em rodelas inteiras, se a cebola for mais pequena. Tudo bem visível e apreciável. (É preciso deixar umas palavras, antes, sobre o que são as «sopas». Em geral, chama-se «sopa» a uma caldibana base, quase sempre de legumes cozidos e triturados num creme a que se podem juntar folhas inteiras ou pedaços menos moídos de outros ingredientes. O plural do nome, porém, designa uma realidade que nada tem a ver com a da «sopa»: não saberei situar com rigor, mas direi que, pelo menos em grande parte do Baixo Alentejo e do interior algarvio, 124
«sopas» designa fatias de pão rude e diferentemente talhadas [com o pão encostado ao peito, a faca cortando na direção da pessoa que o segura], isto é, cada uma diferente da outra, mas todas com tamanho e espessura aproximados. O prato a que se chama «sopas» tem como centro estas fatias, que se servem dentro de uma tigela, embebidas no caldo da cozedura do que for o ingrediente principal – no caso vertente, o tomate). Regresso ao início: o refogado leva, além da cebola e do alho, um bocadinho de piripiri, e cubinhos pequeninos de pimento vermelho ou verde, conforme se goste, muita salsa picada, mas que se perceba que lá está, e em igual o poejo. Azeite, claro, com um bocadinho poucochinho de água para atenuar o estrugido e não o deixar queimar. Assim que esteja quase seco, vai-se deitando a água aos poucos, que terá de ser suficiente para cobrir batatas e peixe, que a seguir entrarão. Em estando a ferver a mistura, deita-se para dentro do tacho batatas às rodelas (a medida pode ser uma batata grande por pessoa, ou mais, ou menos, conforme se queira; as rodelas serão grossas de uns seis milímetros, se se quiser rigor, pouco mais ou menos a altura de um dedo mindinho). A batata não ferverá muito: assim que estiver mesmo antes de cozida, junta-se o peixe. Sendo um peixe maior (dourada, sargo, ou umas boas postas de corvina ou de bacalhau – nada de misturar animais), coze um bocadinho mais; se forem peixes 125
Foto: Vasco Célio
pequenos (há quem faça as sopas com sardinhas, que não aprecio), a cozedura é mais rápida – há que acertar com o tempo da batata. O último ingrediente a entrar no tacho são os ovos, um por pessoa, mesmo ao fim, para se escalfar. Em estando tudo cozido tudo, apagase o lume e verte-se o caldo para a tigela, ajudando com uma colher para segurar no tacho os ingredientes sólidos; há de sempre passar uma ervinha ou outra para a tigela, uns trocinhos de tomate, que lhe darão algum colorido. Isto é a tigela. A mesa terá ainda duas travessas: numa dispõese o peixe e os ovos; na outra, as batatas e o resto dos temperos. O sal será a gosto, mas nem é preciso quantidade, quando os temperos são bons, o peixe é fresco e as batatas saborosas (mais para o rijo do que para o mole, que não se desfaçam na água; a cozedura delas é mal um desencruar, para não perderem o gosto). O pão, é bom lembrar, é melhor se for de tipo alentejano e já tiver três ou quatro dias . ALGARVE INFORMATIVO #305
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