REVISTA ALGARVE INFORMATIVO #343

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ALGARVE INFORMATIVO 18 de junho, 2022

CLUBE EDUCATIVO E DESPORTIVO DE FARO APOSTA FORTE NA GINÁSTICA ACROBÁTICA 1

POLOS DE INOVAÇÃO DA DIETA MEDITERRÂNICA | MÁRCIA | PEDRO ABRUNHOSA ALGARVE INFORMATIVO #343 LAGOA WINE SHOW | «ACTS OF COD» | «ÁGUAS SEM FRONTEIRAS» | ANA BACALHAU


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ÍNDICE Dieta Mediterrânica vai ter dois Polos de Inovação no Algarve (pág. 20) Lagoa Wine Show (pág. 30) Torneio Águas sem Fronteiras terminou em festa em Quarteira (pág. 38) Clube Educativo e Desportivo de Faro aposta forte na ginástica acrobática (pág. 50) «Acts of Cod» no Teatro Lethes (pág. 66) Ana Bacalhau no Centro Cultural de Lagos (pág. 80) Pedro Abrunhosa no Teatro Municipal de Portimão (pág. 92) Márcia na Casa do Povo de Santo Estêvão (pág. 100) «Amor é fogo que arde sem se ver» no Auditório Carlos do Carmo (pág. 108)

OPINIÃO Adília César (pág. 118) Nuno Campos Inácio (pág. 120) Lina Messias (pág. 122) ALGARVE INFORMATIVO #343

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DIETA MEDITERRÂNICA VAI TER DOIS POLOS DE INOVAÇÃO NO ALGARVE Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina Ministra da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes, deslocouse a Faro, à sede da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve, no dia 31 de maio, para assistir à assinatura dos contratos de financiamento para a criação dos Polos de Inovação da Dieta Mediterrânica de Tavira e Faro. A infraestrutura que se vai localizar no antigo Posto Agrário de Tavira já era do conhecimento público, mas ficou agora a saber-se que vai ser acompanhada por uma segunda estrutura, no Patacão. “Em 2021, a

Ministra lançou-nos o repto de ALGARVE INFORMATIVO #343

fazermos as coisas de maneira diferente. Tínhamos as verbas do PRR destinadas à agricultura e era altura de efetuarmos um corte em relação ao passado, de constituir parcerias entre os organismos do Ministério da Agricultura, o setor privado e as associações. Havia que melhorar a competitividade de Portugal, nomeadamente do seu setor agroalimentar, com mais tecnologia e inovação”, afirmou o Diretor Regional de Agricultura e Pescas do Algarve, no arranque da sessão. O repto foi aceite e assim se iniciou o processo de criação dos dois Polos de Inovação do Algarve, o de Tavira mais 20


Pedro Valadas Monteiro, Maria do Céu Antunes e João Carlos Mateus, presidente do IFAP - Instituto do Financiamento da Agricultura e Pescas

direcionado para a Dieta Mediterrânica e o de Faro para potenciar mais a agricultura biológica, sustentável e citrinos. “Os episódios recentes do

Covid e da Guerra na Ucrânia levaram à interrupção das cadeias logísticas a nível global e demonstraram ainda mais a importância de se diversificar as fontes de abastecimento dos alimentos. Do mesmo modo, a Dieta Mediterrânica deverá ser cada vez mais uma bandeira para concretizarmos uma nova filosofia de atuação no território, de desenvolvimento das atividades económicas, de aposta nos circuitos curtos, de uma produção 21

mais sustentável e da conservação de uma paisagem que caracteriza o Algarve, com o seu pomar tradicional de sequeiro”, defende Pedro Valadas Monteiro. “Isso só será possível se todos os agentes presentes no território reconhecerem que precisamos ser produtivos e competitivos, mas compaginando isso com a preservação dos valores ambientais em presença”, prosseguiu. Assim sendo, o Polo de Inovação de Tavira, que envolve 27 entidades, vai estar mais vocacionado para a alimentação saudável e com uma forte ALGARVE INFORMATIVO #343


aposta na Dieta Mediterrânica, um estilo de vida que deve ser mais promovido junto da população, dos mais pequenos aos mais idosos. “Temos a ambição

de constituir em Tavira o Centro Nacional da Dieta Mediterrânica, apostando nas vertentes da investigação, da inovação, da divulgação, da produção e transferência de tecnologia, nas áreas da saúde, do bem-estar e da alimentação, da adaptação às alterações climáticas. Só podemos defender e preservar aquilo que conhecemos e há que aproveitar também o efeito de alavancagem do turismo”, frisou o Diretor Regional de Agricultura e Pescas do Algarve. ALGARVE INFORMATIVO #343

O polo ficará localizado numa propriedade com cerca de 27 hectares «cravada» no coração da cidade de Tavira, comunidade representativa da Dieta Mediterrânica em Portugal, e que possui um vasto acervo de coleções recolhidas pelos serviços técnicos da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve. “A agricultura moderna

necessita dos ensinamentos do passado e temos ali diversas espécies tradicionais do Algarve que são altamente resilientes à falta de água e cujas características poderão ser «importadas» para algumas variedades mais comerciais”, acredita Pedro Valadas Monteiro, voltando a realçar a importância da 22


criação de parcerias virtuosas entre os centros de investigação, as universidades, os laboratórios associados, as entidades da administração pública central e local e os agentes privados do setor. Entretanto, a Câmara Municipal de Tavira vai promover a instalação e gestão do futuro Museu do Mundo Rural e de Interpretação da Dieta Mediterrânica,

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localizado no edifício do antigo Posto Agrário de Tavira (CEAT), assim como do futuro Centro de Ciência Viva – Quinta da Dieta Mediterrânica, em estreita colaboração com a Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica e com a Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve. Já o ABC – Algarve Biomedical Center pretende criar o Campus Med Life, destinado à

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formação num estilo de vida saudável, com atividades lúdicas associadas à componente formativa inerente ao Estilo de Vida Mediterrânea, com formação prática e complementada com recurso a tecnologias de realidade virtual. Este Campus disporá ainda de circuitos adequados para a prática do exercício físico ao ar livre, prevendo-se a sua utilização por várias gerações, desde a comunidade escolar até à população mais envelhecida. Associado ao Campus Med Life será ainda criado um Centro de Terapêuticas Digitais para o Envelhecimento e Para a Doença, numa parceria entre o ABC e a Universidade Johns Hopkins, fomentando a manutenção da capacidade física e cognitiva da população e a reabilitação nas situações de doença.

apoio à atividade agrícola. “Os citrinos

Quanto ao Polo de Inovação de Faro, sediado no Patacão, Pedro Valadas Monteiro entende que reúne condições para se constituir como uma referência nacional para a produção frutícola e hortofrutícola, com particular enfase em práticas agrícolas sustentáveis, como o Modo de Produção Biológico, na preservação da biodiversidade, na gestão racional dos recursos hídricos, no desenvolvimento da agricultura social, na área da experimentação, inovação, divulgação e transferência da tecnologia. Envolve 19 entidades e vai dispor de uma área aproximada de 12 hectares que integra edificado com várias valências, onde se destaca o edifício sede da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve, que engloba os serviços de atendimento, técnicos e administrativos, antigos edifícios de serviços, armazéns, hangares, abrigos e outras estruturas de

A aposta na modernização da Rede de Inovação vai consubstanciar-se através da renovação e requalificação de infraestruturas e equipamentos, da constituição de unidades de demonstração em modo de produção biológico e com vertente educativa e social, e na preservação e estudo de germoplasma de citrinos. Deste modo, serão constituídas duas novas estruturas de demonstração, uma delas dedicada ao Modo de Produção Biológico, a «Unidade de Demonstração, Desenvolvimento e Divulgação da Agricultura Biológica», que inclui um ensaio de citrinos, um campo de abacateiros e ensaio de hortícolas. A «Unidade de Demonstração Pedagógica e de Divulgação Agrícola» vai integrar um arboreto e o Jardim Algarve, compostos por espécies mediterrânicas, parcelas de anoneiras, feijoeiras e damasqueiros, campos de estrelícias, catos e suculentas,

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assumem-se como a principal cultura agrícola regional e representam cerca de 80 por cento da produção nacional. Neste Polo encontra-se instalada a maior coleção de citrinos de Portugal, com mais de 214 entradas, onde se destacam 91 acessos de laranjeiras, 41 de tangerineiras e seus híbridos, 60 limoeiros, limeiras, toranjeiras, pomeleiros, cunquatos e outros. Aqui encontra-se também instalado um ensaio de citrinos em Modo de Produção Biológico único no país”, evidencia o Diretor Regional de Agricultura e Pescas do Algarve.

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espaços verdes e plantas ornamentais dispersas. “Estas unidades

pretendem divulgar o trabalho e atividades do Polo e abrir a estrutura a visitas da comunidade educativa e sociedade civil, em geral. Queremos divulgar o nosso património e as virtualidades da Dieta Mediterrânica, começando pelos mais petizes, porque são eles que, depois em casa, influenciam os adultos a mudar para estilos de vida mais saudáveis, mas também queremos dar a conhecer esta riqueza aos turistas que nos 25

visitam”, aponta Pedro Valadas Monteiro.

“AVANÇO DO DESERTO SOBRE O SUL DO CONTINENTE EUROPEU É UMA AMEAÇA” A finalizar a sessão, Maria do Céu Antunes admitiu que, quando assumiu a pasta da Agricultura, sentiu a necessidade de ter uma agenda mobilizadora e transformadora que pegasse nos desafios societais de responder às carências dos cidadãos, sobretudo no que toca à saúde, bemALGARVE INFORMATIVO #343


estar e às problemáticas associadas às alterações climáticas. “Essa agenda de

as exportações com vista ao equilíbrio da Balança Comercial. “O Algarve tem

inovação nasceu com a designação «Terra Futura» e com o objetivo de mudar a vida das pessoas a partir da agricultura e da alimentação”, recordou a governante. “Olhamos para o problema estrutural da escassez de água, para o abandono de algumas zonas rurais, para a forma de trazer os jovens para a agricultura, de tornar esta atividade atrativa e sustentável para as novas gerações. O Estado não se quer substituir à iniciativa privada, mas ser o motor, a ignição, a cola de uma rede de atores no território, para desenvolver práticas, para fazer investigação, para dedicar recursos públicos, para estimular e promover a qualidade de vida do cidadão tendo por base os produtos alimentares locais, para aumentar em pelo menos 20 por cento a adesão à Dieta Mediterrânica, Património Imaterial da Humanidade”,

um potencial imenso neste aspeto, mas, para isso, temos que lidar com a falta da água, estando a ser implementado um Plano para a Eficiência Hídrica. Se a água é um desafio, se o avanço do deserto sobre o sul do continente europeu é uma ameaça, temos a obrigação de apostar numa agricultura e floresta sustentáveis e a utilização das nossas variedades tradicionais é determinante para ocupar o solo gastando menos água”, manifestou Maria do Céu Antunes. “A negramole, uma das castas mais tradicionais do Algarve, está finalmente a ser utilizada com grande sucesso na produção de vinho. Em julho vamos também abrir um aviso para promovermos a instalação de alfarrobeiras, a pedido dos próprios agricultores. Temos que saber preservar a nossa identidade, mas não ficarmos presos a uma memória e a um romantismo que já não existe, tendo sim a perspetiva de criar negócio. Temos culturas tradicionais que nos ajudam e que são um potencial para o nosso futuro coletivo, mas existem igualmente culturas emergentes que podemos trabalhar para melhorar a eficiência do uso dos recursos”, concluiu .

salientou Maria do Céu Antunes. Os desafios da atualidade são claros para a Ministra da Agricultura e Alimentação e passam por se conseguir produzir alimentos saudáveis em quantidade e qualidade, com base no comércio tradicional, em cadeias curtas de distribuição, no comércio de proximidade e no consumo de produtos de época, mas também por se aumentar ALGARVE INFORMATIVO #343

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LAGOA WINE SHOW SUPEROU TODAS AS EXPETATIVAS Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina edição de 2022 do Lagoa Wine Show foi um sucesso, tendo sido visitada por milhares de apreciadores dos melhores vinhos ALGARVE INFORMATIVO #343

de Lagoa, do Algarve e do país. De 9 a 12 de junho, e após dois anos de interregno, foi possível experimentar vinhos de diversos pontos de Portugal, assistir a show cookings, provar gastronomia de excelência e assistir a uma programação 30


(Portimão), e do sub-chef Ricardo Luz, do restaurante Al Sud em Odiáxere (Lagos). Em termos musicais, o evento organizado pelo Município de Lagoa terminou com a atuação da conceituada fadista Ana Moura, que encheu por completo as ruas de Lagoa, mas por lá passaram também os Sangre Ibérico, Luís Trigacheiro, Sara Correia, entre outros, num total de 16 espetáculos musicais. O Lagoa Wine Show é já uma das mais emblemáticas mostras de vinhos no sul do país, onde, a par da música, os mais conceituados produtores das várias regiões vinícolas marcam presença, com especial destaque para os vinhos algarvios. Uma montra eclética e particularmente convidativa, entre novos lançamentos no mercado e referências de sempre, e na qual foi dada também a conhecer a candidatura dos Municípios de Albufeira, Lagoa, Lagos e Silves a Cidade Europeia do Vinho – Algarve Golden Terrior, onde irá rivalizar com as candidaturas portuguesas da Região do Douro e da Região dos Verdes. “O

musical que contou com dois palcos e com apontamentos de «Fado à Janela». Para acompanhar um bom vinho não podia faltar o melhor da gastronomia, pelo que o Lagoa Wine Show contou com a presença de conceituados chefs como Bruno Augusto, Chef Executivo do Restaurante Tivoli Carvoeiro, Margarida Vargues, Chef do Restaurante Tertúlia Algarvia (Faro), Nuno Martins, Chef Executivo do Numa Restaurante 31

Lagoa Wine Show pretende homenagear os produtores de vinho de Lagoa, do Algarve e de Portugal e dar a conhecer a quem nos visita o que de melhor se faz num setor que tem largas tradições no nosso concelho e que dá um contributo inestimável ao PIB nacional. Em boa hora fomos capazes de recuperar este aspeto identitário de Lagoa, lembrando que, em 2016, quando fomos Cidade do Vinho, existiam apenas três produtores no nosso concelho. ALGARVE INFORMATIVO #343


Hoje, somos 10”, referiu, na abertura do certame, Luís Encarnação, presidente da Câmara Municipal de Lagoa. Sendo Lagoa um território que vive essencialmente do turismo, o autarca chamou também a atenção para o potencial do enoturismo para combater a sazonalidade e a predominância do sol e praia. “Os números demonstram

que, atualmente, são mais as pessoas que viajam por todo o mundo motivadas pela gastronomia e pelos bons vinhos em busca de experiências, do que propriamente aquelas que o fazem por causa do sol e praia, ou até pelo golfe, as duas principais ofertas de Lagoa e do Algarve. É, por isso, uma janela de ALGARVE INFORMATIVO #343

oportunidade para trazer mais gente ao nosso concelho e região”, frisou Luís Encarnação, não esquecendo de enaltecer o trabalho realizado pelos produtores de vinho do Algarve, pela Comissão Vitivinícola do Algarve e pela Direção Regional de Agricultura e Pescas do Algarve. “Existia uma ideia

errada e que ainda teima em persistir de que os vinhos do Algarve não tinham qualidade e é verdade que demos uma ajuda para que isso acontecesse. De facto, até ao final da década de 90, as nossas vinhas estavam a perder a batalha com os campos de golfe, os empreendimentos turísticos e os loteamentos. Felizmente que começámos a incrementar novamente a implantação de 32


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vinho e atualmente o Algarve possui cerca de 50 produtores de vinho”, afirmou o edil. Presente na abertura do Lagoa Wine Show esteve também o Secretário de Estado da Agricultura, Rui Martinho, que confirmou que o setor vitivinícola tem um peso cada vez maior na economia nacional e na atividade agrícola, mesmo quando confrontado com o problema estrutural da escassez de água e com os efeitos da pandemia e da Guerra na Ucrânia. “Os indicadores mais

recentes denotam uma notável resiliência do setor do vinho. Em 2021, as exportações ultrapassaram os 925 milhões euros, com um crescimento de 8 por cento face a 2020, e estamos já ALGARVE INFORMATIVO #343

muito próximos de atingir a meta definida para 2022, que é de mil milhões de euros”, destacou o governante. “O vinho e a atividade agrícola que lhe dá origem são também um ativo estratégico e um elemento diferenciador e valorizador do potencial turístico do Algarve e da sua capacidade de criar valor para o país e para o bem-estar dos algarvios. O Algarve é uma terra de sol, praia e golfe, e assim vai continuar a ser, mas é também uma terra de gastronomia rica, de produtos de altíssima qualidade, de excelentes vinhos”, reforçou Rui Martinho .

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TORNEIO ÁGUAS SEM FRONTEIRAS TERMINOU EM FESTA EM QUARTEIRA Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina primeiro momento do «Águas Sem Fronteiras», um torneio entre turmas que desafiou os alunos algarvios a refletir e produzir uma campanha de incentivo à poupança da água, chegou ao fim com mais de 200 turmas inscritas de todos os concelhos algarvios e inclusive algumas de fora da região. Sensibilizar e contribuir para a formação de cidadãos mais conscientes dos recursos hídricos foi a premissa que levou a «Águas do Algarve» a lançar o «Torneio Águas Sem Fronteiras», um desafio criativo para os mais jovens que ALGARVE INFORMATIVO #343

terminou com o «Dia Águas Sem Fronteiras», celebrado a 8 de junho, Dia Mundial dos Oceanos, na Praia da Gaivota, em Quarteira. Do 1.º ao 3.º ciclo, todos os alunos algarvios foram convidados a realizar uma peça publicitária que alertasse a comunidade para as questões associadas ao uso eficiente de água. Para além deste convite, foram criados materiais lúdicopedagógicos integralmente dedicados às questões ambientais e facilitados vídeos instrutivos para o pretendido em cada ciclo escolar, que estão disponíveis no site www.aguassemfronteiras.pt. E, com quase duas centenas de trabalhos 38


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recebidos de elevadíssima qualidade, foi uma árdua tarefa para o júri da Águas do Algarve selecionar apenas um vencedor em cada categoria. Assim, com base na criatividade, pertinência e qualidade do trabalho apresentado, destacou-se a equipa «OS POCINHAS» do 4.º A da Escola Básica N.º 4 do concelho de Olhão, que foi a vencedora do primeiro grupo, do 1.º ao 5.º ano de escolaridade. De forma a agraciar a excelência do empenho e resultado alcançado pela equipa, cada aluno recebeu um jogo de ciências ALGARVE INFORMATIVO #343

baseado na temática da água. No segundo grupo, do 6.º ao 9.º de escolaridade, a turma vencedora foi o 7.º G da Escola Básica Tecnopolis, de Lagos, sendo que todos os alunos vão levar para casa um smartwatch para melhor gerir as suas tarefas, inclusivamente aquelas associadas ao consumo de água. Dando continuidade ao reconhecimento da excelência, a «Águas do Algarve» atribuiu igualmente 10 menções honrosas: Equipa B da EB1 Professor Caldeira Alexandre – Vila Real de Santo António; Gotinhas em tons de azul da Jardim – Escola João de Deus de São Bartolomeu de Messines; 40


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Equipas Hoxi-O, Conta-Gotas e 5.º I de Invencíveis da EB/JI Silves N.º 2 – Silves; SL-3B da EB1 de São Luís – Faro; JF8E – Com Água é que é! da E.B. 2,3 Júdice Fialho – Portimão; Amigos do Mar da E.B. 2,3 Júdice Fialho – Portimão; Os Cristalinos da Escola Básica N.º 4 de Olhão; Equipa Ambiente da Escola Básica Tecnopolis – Lagos; Gotas de Mudança – Escola Básica Tecnopolis – Lagos;

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Gotinhas da Diferença Escola Básica 2,3 João de Deus – Silves. O evento contou com o apoio e envolvência da Junta de Freguesia de Quarteira e da Câmara Municipal de Loulé, para além dos Parceiros APA e DGestE, num dia recheado de jogos e atividades que envolveu cerca de 150 participantes e em que o vencedor foi o Oceano. Uma ocasião que ficou também

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CLUBE EDUCATIVO E DESPORTIVO DE FARO APOSTA FORTE NA GINÁSTICA ACROBÁTICA Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina e CEDF

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azáfama é grande ao final da tarde na Estrada do Passeio Ribeirinho, em Faro, na sede do Clube Educativo e Desportivo de Faro (CEDF), que nasceu, em 2014, na altura com Trampolins, avançando depois para a Ginástica Geral e Ginástica Rítmica. A aposta mais recente é a Ginástica Acrobática e os resultados foram rápidos a aparecer, especialmente depois de terem ido buscar Telmo Dias, antigo atleta do Gimnofaro Ginásio Clube e Ginástica Clube de Loulé e ex-treinador do Gimnofaro Ginásio Clube, possuidor de um currículo invejável. “Tenho em ALGARVE INFORMATIVO #343

casa uma caixa com mais de 200 medalhas, com oito ou nove títulos de campeão nacional, duas medalhas em Taças do Mundo e fui finalista do Campeonato do Mundo e Campeonato da Europa”, diz, com um sorriso. Um convite que foi endereçado pelo treinador e membro da direção Ivo Gabadinho que foi, nos seus tempos de atleta, orientado precisamente por Telmo Dias. “O clube

já possui vários campeões nacionais de trampolins sob a orientação do Hugo Cecília e a nossa presidente, a Inês Martins, faz mesmo parte da seleção nacional e foi finalista do último 52


Campeonato do Mundo. Agora querem fazer crescer a ginástica acrobática e o meu primeiro ano no CEDF não podia ter corrido melhor”, indica, antes do início de mais um treino. Ginástica acrobática que, avisa Telmo Dias, é uma modalidade bastante completa e que obriga os seus praticantes a serem bons na componente artística, na flexibilidade, na força e na agilidade, de modo que não se pode fazer logo grandes exigências. “Só depois de ver a

matéria-prima, os miúdos com quem ia trabalhar, e perceber o que o clube pretendia para a modalidade, é que comecei a fazer alguns pedidos para melhorar a qualidade do treino, e a

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recetividade tem sido excelente. Colocaram um «cinto», um aparelho fundamental para desenvolver a dificuldade nos saltos, mais grupos de mãozotas e colchões e agora vamos ter um praticável de competição. O clube está a dar-me todas as condições, ainda por cima em instalações próprias, ou seja, só precisamos fazer a gestão de horários das nossas classes”, enaltece o antigo atleta da seleção nacional de juniores e seniores. Depois de terem participado apenas em torneios de iniciação ou de níveis, a direção do CEDF decidiu, então, ir mais além, e com uma equipa técnica que se conhece perfeitamente bem, uma vez

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que Inês Marcelino, à semelhança de Ivo Gabadinho, também já fora atleta de Telmo Dias. Apenas meia época ficou, entretanto, Cláudia Fernandes, a responsável pelas coreografias, porque foi terminar a sua licenciatura para o Porto. E assim treinam, todos os dias, cerca de 15 atletas de pré-competição e 18 atletas de competição, dos seis aos 16 anos. “A minha principal

coordenador da acrobática, foi gerir e organizar a vertente da competição, mas pensando já na pré-competição, que é o futuro da modalidade. Mais cedo ou mais tarde estes miúdos vão terminar as suas carreiras, vão estudar para a universidade e seguem outros caminhos, e precisamos criar uma

preocupação, enquanto ALGARVE INFORMATIVO #343

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base para irmos substituindo atletas ano após ano. E, neste primeiro ano, conseguimos logo aproveitar uma miúda da précompetição que foi campeã nacional por equipas em infantis. O trabalho está a ser feito devagarinho, mas está a ser bem feito”, analisa Telmo Dias. 55

Engane-se, porém, quem pensa que lidar com estes jovens de tenra idade é um «bicho de sete cabeças», apesar da muita dedicação que é necessária para se singrar na ginástica acrobática.

“Perguntei ao grupo o que é que eles queriam de mim, não lhes podia exigir algo que eles não desejavam. Fui muito honesto e ALGARVE INFORMATIVO #343


sincero com eles e disse-lhes que não me importava de começar do zero, de ensinar a fazer cambalhotas e rodas, apesar de isso também ser uma experiência nova para mim. Fui atleta de alta competição e, quando me iniciei como treinador, foi logo de alta competição também. O certo é que isto foi evoluindo de tal maneira que agora são eles próprios que praticamente me pedem mais dias e horas de treino”, conta, orgulhoso. “Conseguimos criar uma verdadeira família, o clube, a equipa técnica, os atletas e os pais deles e todas as pessoas novas que vão entrar já sabem como é que ALGARVE INFORMATIVO #343

isto funciona, o ritmo, a intensidade, a exigência. Quem entender que é demasiado exigente, fica mais tempo na précompetição até conseguir encaixar na competição”, acrescenta. Telmo Dias lembra, inclusive, que alguns pais nem sequer sabiam o que era exatamente a ginástica acrobática, mas todas as dúvidas ficaram esclarecidas numa apresentação realizada, por altura do Natal, no final da qual as lágrimas escorriam pelos rostos abaixo de muitas pessoas. “Foi naquele momento que

compreenderam o motivo dos filhos treinarem tantas horas, a dificuldade desta modalidade. Depois fomos aos campeonatos e os resultados, graças a Deus, têm 56


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sido muito bons. Os miúdos sentem que estão a evoluir bem e sabem que, para crescer mais, também têm que treinar mais”, aponta, realçando ainda a importância de se formarem os pares e grupos mais corretos de acordo com a idade, a dedicação no treino e o nível técnico. E assim foram constituídos oito grupos: Clara Grilo/Glória Almeida, Rafaela Albergaria/Alice Geraldes, Helena Saraiva/Mariana Teixeira/Daniela Fernandes, Maria Gonçalves/Joana Ramires, Marta Ferreira/Luz Leitão/Carolina Gomes, Lourenço Cartaxo/Noa Rodrigues, Ísis Rodrigues/Inês Godinho e Rita Gonçalves/Inês Ribeiro/Inês Braz.

“Nunca tinham ido sequer a um Distrital e foram todos apurados para os campeonatos nacionais – ALGARVE INFORMATIVO #343

exceto um em que uma das raparigas se lesionou – e estiveram todos muito bem. Ninguém conhecia o clube em termos de acrobática, foi fantástico”.

“TEMOS GINASTAS QUE PODEM CHEGAR À ELITE” O ponto alto deste primeiro ano de sonho foi, entretanto, o Campeonato Nacional de Infantis disputado, a 4 de junho, em Tomar, no qual o Clube Educativo e Desportivo de Faro foi campeão nacional por equipas graças ao desempenho de Lourenço Cartaxo/Noa Rodrigues, Ísis Rodrigues/Inês Godinho e Rita Gonçalves/Inês Ribeiro/Inês Braz, sendo que o par misto Lourenço Cartaxo/Noa Rodrigues se sagrou mesmo campeão nacional em absoluto. “Eles 58


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treinam muito para a idade que têm e foram campeões nacionais com uma diferença enorme em relação à concorrência”, refere, um resultado que não o surpreendeu.

“Sabia que eles estavam muito bem, não esperava é que a diferença para os outros fosse tão grande. Mas, enquanto treinador, deu-me mais prazer sermos campeões por equipas, porque isso significa que todos os pares/grupos estavam bem preparados”. Telmo Dias explica ainda que, neste escalão etário, não se faz sentir tanto o peso do nome do clube, da camisola que se veste, porque os atletas estão todos em início de caminhada. “Nos infantis

não há tantos anos de treino que

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justifiquem diferenças abismais entre praticantes de diferentes clubes e, apesar do CEDF não ser conhecido na acrobática, eu e o Ivo já éramos, portanto, existia alguma expetativa em relação aos nossos jovens. No final da competição, o Diretor Técnico Nacional deu-me os parabéns pelo regresso e pelos resultados obtidos e alguns dos meus antigos colegas que agora estão na Federação também gostaram do nosso projeto”, conta. As expetativas aumentaram, então, para a próxima época desportiva, mas isso não quer dizer que os grupos se vão manter todos iguais, assume Telmo Dias.

“Nestas idades é bom haver

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mudanças, por isso, um ou dois pares vão continuar, os restantes vamos trocar todos”, antevê, respondendo ainda que, ao contrário do que se possa imaginar, andar na ginástica acrobática ainda envolve algum investimento financeiro da parte dos pais.

“Cada maillot custa entre 120 a 150 euros, há os fatos de treinos, as despesas para se ir às competições, porque a Federação só para os seniores, e o clube ajuda sempre naquilo que pode. Esta semana, por exemplo, vou levar 61

dois pares a um torneio internacional a Sevilha para eles conhecerem outra realidade, e isso acarreta custos”. A 25 de junho, o Clube Educativo e Desportivo de Faro realiza-se o seu sarau de final de época, julho vai decorrer a um ritmo mais baixo de treino e serão feitas as experiências que se têm que fazer, agosto é mês de obras para o ginásio, e a nova temporada arranca em setembro e o objetivo, para já, é voltar a apurar todos os grupos para os campeonatos nacionais. “Devido à idade dos ALGARVE INFORMATIVO #343


nossos volantes ainda não podemos pensar em Elites, mas, a médio prazo, acredito que alguns dos nossos ginastas podem atingir esse nível. A Noa Rodrigues tem oito anos, só pode ir a provas internacionais com 12, e, quando chegar essa hora, não tenho dúvidas de que vai estar na luta por um lugar. Os miúdos andam cá porque gostam, por prazer pessoal, não para serem famosos, para terem visibilidade nos media. É esta a realidade das modalidades amadoras, mas ganham conhecimentos que duram para a

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vida inteira”, declara Telmo Dias, recordando o que se passou recentemente no estágio realizado com o Acro Clube da Maia, onde treinaram com o par feminino que é campeão do mundo de ginástica acrobática e com o trio feminino que também foi medalhada no último Campeonato do Mundo. “Tenho

aqui raparigas cujo sonho de vida era conhecê-las pessoalmente, tiraram fotografias para a posteridade e tornaram-se amigas. Do meu tempo de atleta ainda tenho amigos, até da Rússia, Inglaterra e Bélgica”, termina o treinador, porque as atletas já tinham todas chegado e ainda havia muito trabalho para se fazer .

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«ACTS OF COD» CONTOU A HISTÓRIA DO BACALHAU NO TEATRO LETHES Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina

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Teatro Lethes, em Faro, recebeu, nos dias 8 e 9 de junho, a peça de teatro-dança «Acts of Cod» da Esquiva – Companhia de Dança, que conta a história do bacalhau desde a perspetiva do pescador e da sociedade até à visão do próprio peixe. Com Direção Artística e encenação de Tommy Luther, «Acts of Cod» é uma peça multidisciplinar que ALGARVE INFORMATIVO #343

cruza o teatro, a dança, o mimo, as marionetas, o vídeo e a música para explorar o impacto histórico, cultural e ambiental da pesca e do consumo do bacalhau no mundo. Uma viagem entre o sonho e a realidade leva o espectador a percorrer o alto mar e as profundezas dos oceanos, para perceber a importância que a pesca do bacalhau tem na atividade económica e na tradição alimentar portuguesa, na história da pesca e da indústria e nas 68


ameaças causadas pelos excessos de poluição e consumo, com impacto na preservação da espécie. “Se o futuro

desenfreada do consumo massificado”, destaca Tommy Luther.

do bacalhau é incerto, será justo dizer que o nosso futuro e o da sociedade também. «Acts of Cod» é um desafio à reflexão sobre o paralelismo da nossa história com a do bacalhau, à necessidade de preservarmos ecossistemas e de respeitarmos espécies, sem a saga

«Acts of Cod» é interpretada por Alexandre Sá, Dóris Marcos, Inês Queirós e Sara Santervás e conta com assistência de direção artística, coreografia e produção de Mariana Amorim, composição e interpretação musical de Domingos Alves, cenografia e marionetas de Hugo Ribeiro, videografia de Clara Rêgo e desenho de luz de Luís Ternus e Diogo Barbedo .

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ANA BACALHAU FRENÉTICA, COMO SEMPRE, NO CENTRO CULTURAL DE LAGOS Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina

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ciclo «Os eternos, os consagrados e os que acabaram de chegar» teve mais um capítulo, no dia 9 de junho, no Centro Cultural de Lagos, com um energético concerto de Ana Bacalhau. Para além de ser uma intérprete ímpar que em palco se entrega como se fosse a última vez que a fossemos ouvir ou ver ao vivo, Ana Bacalhau já ganhou o seu espaço na escrita das letras e das músicas que ALGARVE INFORMATIVO #343

interpreta, como bem ficou demonstrado nesta quente véspera de feriado. Após dez anos a dar voz às canções da Deolinda, Ana Bacalhau estreou-se a solo, em 2017, com «Nome Próprio» e anda agora em tournée a promover o seu mais recente álbum, «Além da curta imaginação», de forma a

“criar novos mundos que possam materializar-se neste, para que as experiências de dor e perda possam ser sublimadas”, explica a artista . 82


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TEMPO RENDIDO AO TALENTO DE PEDRO ABRUNHOSA Texto: Daniel Pina | Fotografia: Ricardo Coelho

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ão tem descanso a tournée a solo de Pedro Abrunhosa, com o viajante, escritor e homem de palco por excelência a rumar, desta feita, a Portimão, no dia 9 de junho, para esgotar o TEMPO – Teatro Municipal de Portimão. A solo ao piano e acompanhado pela guitarra de Bruno Macedo, Pedro Abrunhosa partilhou com a assistência algumas das canções, hinos, lendas e adágios que tem produzido ao longo das 95

últimas décadas, mas com roupagem nova, e adiantou igualmente temas do próximo disco a editar ainda em 2022. Multiplatinado em praticamente todos os discos, Pedro Abrunhosa foi distinguido com todos os prémios nacionais de relevância e está então de regresso à estrada, sem banda, mas com toda a sua energia, irreverência e poderosas mensagens. E o resultado é sempre o mesmo: salas cheias por onde vai passando, de norte a sul do país . ALGARVE INFORMATIVO #343


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MÁRCIA NUMA NOITE MÁGICA NA CASA DO POVO DE SANTO ESTÊVÃO Texto: Daniel Pina | Fotografia: Miguel Pires (www.mpalgarve.com)

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Casa do Povo de Santo Estêvão, no concelho de Tavira, recebeu, no dia 11 de junho, Márcia, um dos maiores talentos da composição em língua portuguesa, conforme se comprova pela sua discografia composta pelos álbuns «A Pele que Há em Mim», «Dá», «Casulo», «Quarto Crescente», «Vai e Vem» e «Picos e Vales».

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A par dos discos e de múltiplos concertos em salas de espetáculos e festivais em Portugal e além-fronteiras, Márcia lançou o livro «As estradas são para ir», uma combinação de ilustrações da sua autoria e uma partilha de canções, crónicas e pensamentos. Atualmente, está na estrada a promover o novo álbum, «Picos e Vales», lançado em 2022 pela editora Arraial, com a sua banda ou a solo, como foi o caso desta noite de Primavera na Casa do Povo de Santo Estêvão .

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«AMOR É FOGO QUE ARDE SEM SE VER» PATENTE NO AUDITÓRIO CARLOS DO CARMO Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina ALGARVE INFORMATIVO #343

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Luís Encarnação e Anabela Simão

naugurou, no dia 4 de junho, na sala polivalente do Auditório Carlos do Carmo, em Lagoa, a exposição de sensibilização ambiental «Amor é fogo que arde sem se ver». A mostra pretende nesta sua edição comemorar o Dia Mundial do Ambiente de Lagoa e homenagear um dos grandes escritores portugueses de todos os tempos, Luís Vaz de Camões (1524-1580), através do soneto do autor em que consta a palavra «Fogo». A exposição apresenta os trabalhos em materiais recicláveis efetuados pelas turmas participantes nas ações/atividades realizadas pela comunidade escolar de Lagoa no âmbito da educação ambiental da autarquia local, em parceria com o Programa Eco Escolas da ABAE, durante o ano letivo de 2021/22, sob a temática «O Fogo». O Município de Lagoa segue, desta ALGARVE INFORMATIVO #343

forma, a estratégia de âmbito municipal na área da educação ambiental sob os «4 Elementos da Natureza». A exposição, para além de integrar o Plano de Atividades de Educação Ambiental de Lagoa, associa-se igualmente à celebração do Dia Mundial do Ambiente, cujo programa, para além de se centrar na temática, também distingue os vencedores do concurso de resíduos de rolhas de cortiça conforme estabelecido no Projeto Green Cork entre o Município de Lagoa e a QUERCUS. Neste sentido, o Município de Lagoa já contribuiu para a reciclagem de 3 toneladas e 760 quilos de rolhas de cortiça. «Amor é fogo que arde sem se ver» vai estar patente ao público no Auditório Municipal Carlos do Carmo de Lagoa até dia 9 de julho . 110


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Notas Contemporâneas [43] Adília César (Escritora) “É que a sociedade assemelha-se à Natureza. E na Europa, como em qualquer espesso bosque, num fundo de vale, um momento vem em que tudo decai e fenece – os ramos secam e racham, os mais altos carvalhos tombam de velhice, mil podridões fermentam, o solo desaparece sob os destroços, a obscuridade aterra, um longo soluço passa no vento. E, a quem então o atravesse, o bosque afigura-se na verdade coisa confusa, arruinada e medonha. E, todavia, tudo isso – é simplesmente Dezembro. É a vida; é a ordem”. Eça de Queirós (1845-1900), in Notas Contemporâneas (1909, obra póstuma) , TODAVIA, dezembro ainda está longe no calendário do tempo. Como de costume, conduzo o meu BMW negro numa estrada sinuosa na paisagem seca do interior algarvio. O calor insiste em dobrar o ar, sufoca e pragueja: o verão está a chegar, ouve-se e vê-se por toda a parte, nos apelos ao turismo de viagem em busca de lugares mais ou menos idílicos. Que tédio. Vamos e voltamos e nada muda. Vamos e voltamos para que tudo fique na mesma. Chego ao meu local de trabalho. A pressão arterial cai a pique, a cabeça lateja, os olhos secam, os tornozelos incham. O desconforto acentuase na zona do rosto coberta pela máscara KN95. Neste mês de junho, não sei como vou conseguir enfrentar a ardência do dia. * DESDE QUE ME LEMBRO, sempre tive uma certa adoração pelas estações do ano mais frescas e de certo modo decadentes, em que o clima vai mostrando o seu lado agreste, as árvores se deixam desnudar, e a neve assegura um manto gelado que tudo cobre. O outono, o ALGARVE INFORMATIVO #343

inverno, às vezes a primavera. O bosque de Eça é também o meu bosque onde “mil podridões fermentam” e a morte dá origem à vida, num ciclo contínuo, ordenado e eficaz, assim como uma viagem planeada ao pormenor. No outono e no inverno sinto a protecção da natureza em todo o meu organismo e o espírito abandona-se a uma certa atmosfera de paz. * GULLIVER é uma personagem de ficção literária que me tem importunado nos últimos dias. Faz parte do romance satírico do escritor irlandês Jonathan Swift, publicado pela primeira vez em 1726. Conheci Gulliver durante a minha adolescência, numa época em que me rodeava de livros de aventuras porque ainda não tinha descoberto a poesia. “É necessário dar um passo de cada vez”, dizia-me o meu pai. “Tem cuidado, Gulliver é um pateta”. * MAIS TARDE, falaram-se de um parque de diversões construído em 1997 – Parque Temático do 118


Reino de Gulliver – à sombra do Monte Fuji, no Japão, ao lado da Floresta do Suicídio e perto de Kamihuishiki, cidade onde se fixava a sede terrorista do grupo religioso responsável por 13 mortes com gás sarin, ocorridas no metro da capital japonesa em 1995. O parque esteve aberto ao público durante cerca de 4 anos e acabou por encerrara que se seguiu o esquecimento e o abandono. Senti-me tentada a relacionar os 4 anos de vida do parque às 4 partes do romance: não encontrei uma relação plausível e abandonei a indagação, concluindo apenas seria uma coincidência sem significado. * CONTUDO, o abandono de algo – edifício, objecto ou ideia – pressupõe sempre um novo caminho, uma nova viagem com o intuito de procurar e encontrar o que precisamos, no sentido de substituir o que perdemos, o que abandonámos. Creio que chegou o momento de escrever a quinta parte da viagem, mais actual, para libertar Gulliver das suas fraquezas humanas e torná-lo mais digno dum mundo que merece ser salvo, apesar da fome, da corrupção, da desigualdade, da guerra. A sobrevivência do mundo parece apoiar-se numa metáfora perigosa, a da rotação do planeta no sistema solar: gira sobre o seu próprio eixo olhando para dentro e no movimento de translação não vê o que o rodeia. Faz a mesma viagem uma e outra vez, gira, insiste, repete, mas continua cego. A criança nasce e tudo queremos para ela: nem Lilliput nem Brobdingnag, nem pequena nem gigante, mas sim livre e nunca aprisionada. Que todos os seres vivos possam ser livres. Sabemos que ser livre é não estar cego. No entanto, a falha ontológica não se corrige. 119

* CINCO PARTES, cinco dedos tem uma mão. Com esses dedos contaremos as histórias de cada conflito, as viagens íntimas de cada um de nós em busca de uma verdade maior, para conseguirmos construir um legado que valha a pena. Eis o mundo: a confusão que se instalou é de ordem mórbida; abro e fecho as mãos em agonia, enquanto sobem, lentamente, até à cabeça e apertam as têmporas. Fecho os olhos e repito, em voz alta para que me ouçam, para que Gulliver desperte do sono profundo do esquecimento e do abandono: não estou louca, mas sei que não pertenço a este lugar. Gulliver, quantas mãos serão necessárias para contar todos os nossos fracassos? Até resolvermos este desafio, eis o paradoxo da vida contemporânea: o caos é, afinal, a única ordem que somos capazes de construir . ALGARVE INFORMATIVO #343


Aeroporto Almirante Gago Coutinho Nuno Campos Inácio (Editor e Escritor) omos, esta semana, agradavelmente surpreendidos com a alteração da designação do «Aeroporto Internacional de Faro» para «Aeroporto Almirante Gago Coutinho». Esta era uma reivindicação de muitos algarvios, que pretendiam dessa forma homenagear este notável algarvio. Se é certo que Gago Coutinho está registado como tendo nascido na Calçada da Ajuda, N.º 5, na freguesia de Santa Maria de Belém, às 3:30 horas da manhã do dia 17 de Fevereiro de 1869, por os seus pais se encontrarem em Lisboa nessa altura, não é menos verdade que o Almirante era um algarvio pelos cinco costadas, ou seja, toda a sua genealogia até aos trisavós é composta por algarvios, de localidades tão dispersas como Faro, São Brás de Alportel, Fuseta, Tavira, Moncarapacho, Quelfes, Olhão, Santa Catarina da Fonte do Bispo, Luz de Tavira, Salir, Portimão, Estômbar e Lagos. É necessário ir além da geração dos trisavós para se encontrarem indivíduos de Moura, Santiago do Cacém, Melides e Braga. Digna de referência é a sua ascendência «mulatona», de um ramo lacobrigense, “sem que se perceba de onde lhe vieram os traços, porque sempre foi livre”, como resulta das fontes documentais.

Marinha, geógrafo, cartógrafo, navegador e aviador, era, mais do que um aventureiro, um dos maiores valores intelectuais portugueses, com reconhecimento internacional. Cidadão do mundo, participou em operações militares em Moçambique e em Timor, tendo cartografado esses territórios e os de Niassa, Congo, Zambézia, Barotze e São Tomé e Príncipe. Foi responsável pela definição da fronteira norte de Angola, entre esse país e o Zaire. Apesar deste notável currículo, Gago Coutinho encheu-se de glória pelas expedições aéreas que realizou com

Carlos Viegas Gago Coutinho, oficial da ALGARVE INFORMATIVO #343

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Sacadura Cabral. Em 1921, realizaram a travessia aérea Lisboa-Funchal. No ano seguinte, integrando as comemorações do Centenário da Independência do Brasil, realizaram a primeira travessia aérea do Atlântico Sul, ligando Lisboa ao Rio de Janeiro, um feito inédito, arriscado e até então visto como impossível. O reconhecimento público e oficial, em Portugal, no Brasil e um pouco por todo o mundo, foi gigantesco, convertendo-se num verdadeiro herói nacional e num embaixador do nosso país. Maçom, membro da Sociedade de Geografia de Lisboa, no final da sua carreira dedicou-se à História Náutica e colaborou com vários jornais e revistas da 121

época, para quem escrevia artigos interessantes. É evidente que são muito raros os algarvios que atingiram a dimensão e o reconhecimento do Almirante Gago Coutinho e, no que respeita à aviação, não tem par. A atribuição do seu nome ao Aeroporto Internacional do Algarve (considerando que a designação de «Faro» era limitativa em relação à própria importância desse equipamento no contexto regional) é uma homenagem merecida, mas, acima de tudo, um factor de promoção e dignificação da região algarvia na vertente científica e aeronáutica .

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A Arca do Tesouro Lina Messias (Especialista em Feng-Shui) inda hoje me lembro do cheiro dos sabonetes de lavanda que estavam dentro da Arca de madeira da minha avó Mariana! Sempre que ela abria aquela Arca, era um momento mágico, um momento verdadeiramente secreto, em que nós éramos as duas únicas intervenientes. A Arca de madeira talhada que habitava o seu quarto e total existência da sua vida de casada, era o local de encontro de todos os grandes tesouros da minha avó, tesouros cheios de nada que, para ela, eram tudo. E como com todos os tesouros, eram guardados com «unhas e dentes», neste caso com uma chave que só ela sabia onde estava, mas eu fui agraciada com o enorme e exclusivo privilégio de presenciar o pouco regular ritual de abertura da dita arca. Quase sempre acontecia quando estávamos sozinhas em casa e sabíamos que não seríamos interrompidas, não era de todo algo que poderia ser feito com pressa… Nunca soube o que pensaria o meu avô Manuel da arca da minha avó, Homem controlador, sério e rígido, que tomava conta de todos os passos da sua esposa. O que é certo é que na Arca de madeira não mexia, esta era território sagrado e ALGARVE INFORMATIVO #343

hoje sei que era a única parte privada da Vida da minha querida Avó. Curiosamente, a simbologia da arca esteve sempre ligada ao feminino. O chamado aron, nome hebraico para baú de madeira, refere-se ao recetáculo onde estariam guardados objetos sagrados, sendo que a arca é um dos símbolos mais ricos da tradição cristã. A tão conhecida Arca de Noé também tinha a mesma simbologia de fecundidade, de encerrar em si a semente da vida durante o período do dilúvio purificador e de recriar o universo. Dentro da arca da minha avó estavam os naperons de renda à espera do momento certo para serem usados, os conjuntos de lencinhos de rosto dentro de caixas floridas, os sabonetes com cheiro, oferta de algum familiar num Natal qualquer, os panos de louça e as pegas feitos por ela e demasiado bonitos para serem colocados a uso, umas blusas com colarinho bordado só usadas em situações muito especiais, um envelope bonito onde o pouco dinheiro que sobrava da gestão doméstica ia crescendo e sendo partilhado às escondidas, por mim e pelo meu irmão; e muitas mais outras pequenas coisas a que dava valor… Quando achou que seria a altura certa, começou a grandiosa tarefa de «fazer enxoval» para a neta, e a Arca foi ficando cheia de lençóis e atoalhados, à medida que a alma da minha avó ia 122


ficando cheia de orgulho pela contribuição na futura Vida da sua maior cúmplice. Muitos destes pequenos, mas tão grandes Tesouros foram herdados por mim, e o seu valor é incalculável. Fiz questão de usar até à exaustão todos os lençóis, toalhas e outros que recebi com tanto AMOR, e em todos os momentos do uso o meu pensamento era sempre para a avó Mariana! Para mim, este é o verdadeiro e melhor legado que podemos deixar a alguém, que sejamos recordados com carinho, continuando a ser 123

importantes e fazendo parte quando já não estamos presentes fisicamente. O que damos valor não deveria estar associado à quantidade de zeros que um preço tem, mas sim ao seu verdadeiro significado. Hoje temos tudo e, muitas vezes, não damos valor a nada! Vivemos num Mundo de excessos e todo o excesso dispersa o foco do que é realmente importante. Que grande legado que a minha avó deixou, aprender desde muito cedo a identificar, valorizar e cuidar dos meus Tesouros, mesmo sem ter uma Arca! . ALGARVE INFORMATIVO #343


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DIRETOR: Daniel Alexandre Tavares Curto dos Reis e Pina (danielpina@sapo.pt) CPJ 3924 Telefone: 919 266 930 EDITOR: Daniel Alexandre Tavares Curto dos Reis e Pina Rua Estrada de Faro, Vivenda Tomizé, N.º 12P, 8135-157 Almancil SEDE DA REDAÇÃO: Rua Estrada de Faro, Vivenda Tomizé, N.º 12P, 8135-157 Almancil Email: algarveinformativo@sapo.pt Web: www.algarveinformativo.blogspot.pt PROPRIETÁRIO: Daniel Alexandre Tavares Curto dos Reis e Pina Contribuinte N.º 211192279 Registado na Entidade Reguladora para a Comunicação Social com o nº 126782 PERIODICIDADE: Semanal CONCEÇÃO GRÁFICA E PAGINAÇÃO: Daniel Pina FOTO DE CAPA: Daniel Pina A ALGARVE INFORMATIVO é uma revista regional generalista, pluralista, independente e vocacionada para a divulgação das boas práticas e histórias positivas que têm lugar na região do Algarve. A ALGARVE INFORMATIVO é uma revista independente de quaisquer poderes políticos, económicos, sociais, religiosos ou culturais, defendendo esse espírito de independência também em relação aos seus próprios anunciantes e colaboradores. A ALGARVE INFORMATIVO promove o acesso livre dos seus leitores à informação e defende ativamente a liberdade de expressão. A ALGARVE INFORMATIVO defende igualmente as causas da cidadania, das liberdades fundamentais e da democracia, de um ambiente saudável e sustentável, da língua portuguesa, do incitamento à participação da sociedade civil na resolução dos problemas da comunidade, concedendo voz a todas as correntes, nunca perdendo nem renunciando à capacidade de crítica. A ALGARVE INFORMATIVO rege-se pelos princípios da deontologia dos jornalistas e da ética profissional, pelo que afirma que quaisquer leis limitadoras da liberdade de expressão terão sempre a firme oposição desta revista e dos seus profissionais. A ALGARVE INFORMATIVO é uma revista feita por jornalistas profissionais e não um simples recetáculo de notas de imprensa e informações oficiais, optando preferencialmente por entrevistas e reportagens da sua própria responsabilidade, mesmo que, para tal, incorra em custos acrescidos de produção dos seus conteúdos. A ALGARVE INFORMATIVO rege-se pelo princípio da objetividade e da independência no que diz respeito aos seus conteúdos noticiosos em todos os suportes. As suas notícias narram, relacionam e analisam os factos, para cujo apuramento serão ouvidas as diversas partes envolvidas. A ALGARVE INFORMATIVO é uma revista tolerante e aberta a todas as opiniões, embora se reserve o direito de não publicar opiniões que considere ofensivas. A opinião publicada será sempre assinada por quem a produz, sejam jornalistas da Algarve Informativo ou colunistas externos. ALGARVE INFORMATIVO #343

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