REVISTA ALGARVE INFORMATIVO #352

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«CALÇADAS - A ARTE SAI À RUA» | DINO D’SANTIAGO & ORQUESTRA CLÁSSICA DO SUL FEIRA MEDIEVAL DE SILVES | ORQUESTRA DE JAZZ DO ALGARVE & FLORELIE ESCANO ESTAR’22 | 5.º ANIVERSÁRIO DA STARTUP PORTIMÃO | DIOGO PIÇARRA ALGARVE INFORMATIVO 20 de agosto, 2022 #352

5.º Aniversário da StartUp Portimão (pág. 24) Feira Medieval de Silves (pág. 34) «Calçadas - A Arte sai à Rua» em São Brás de Alportel (pág. 52) David Fonseca em Portimão (pág. 68) Diogo Piçarra em Tavira (pág. 84) Dino D’Santiago e Orquestra Clássica do Sul em Quarteira (pág. 94) Orquestra de Jazz do Algarve e Florelie Escano em Carvoeiro (pág. 106) ESTAR em Vila do Bispo (pág. 120)

ÍNDICE

OPINIÃO Mirian Tavares (pág. 130) Ana Isabel Soares (pág. 132) Fábio Jesuíno (pág. 134)

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Luís Matos Martins, Mário Filipe Campolargo, Paulo Pinheiro, Isilda Gomes, João Paulo Correia e José Apolinário

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Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina 10 de agosto foi dia de festa na StartUp Portimão, que comemorou o seu aniversárioquinto em prol do empreendedorismo e de olhos postos no futuro, tendo sido anunciado na ocasião que o Município de Portimão vai criar em breve um espaço de co-working e uma nova startup na cidade, ao mesmo tempo que disponibilizou um amplo espaço destinado à construção de um campus universitário por parte da Universidade do Algarve, focado nas novas tecnologias e na inovação. As boas notícias foram dadas pela presidente da Câmara Municipal de Portimão, Isilda Gomes, durante a sessão de balanço dos cinco anos da StartUp Portimão, realizada nas instalações da incubadora, situadas no AIA – Autódromo Internacional do Algarve.

STARTUP PORTIMÃO ASSINALOU CINCO ANOS DE SUCESSO E COM MUITAS NOVIDADES EM VISTA

A autarca recordou que a incubadora de empresas portimonense resultou de “um sonho tornado realidade, que surgiu da necessidade de criar espaços de dinâmica, inovação e aprendizagens comuns, onde os jovens pudessem criar e recriar”. “Cinco anos depois, queremos partir para outros desafios e, como tal, a Câmara já tem um espaço de co-working que brevemente entrará em funcionamento, sendo que iremos montar uma nova startup, sempre com o objetivo de dar os meios e a capacidade aos nossos cidadãos para continuarem a progredir e a trabalhar para serem os melhores, pois o digital é o futuro e não podemos ficar para trás”, afirmou Isilda Gomes, que aproveitou o momento para revelar ter colocado à disposição do reitor da

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Programa Operacional Regional – CRESC Algarve 2020. José Apolinário elogiou a atividade desenvolvida neste período pela StartUp Portimão, que se encontra “num território de baixa densidade populacional, sendo uma das missões da CCDR organizar e gerir os fundos europeus, no sentido de darmos resposta em termos de diversificação económica e transferência de conhecimento em áreas como a sustentabilidade, a qualificação dos recursos humanos, o investimento em ciência e investigação, a competitividade e diversificação da economia e a proximidade, conjuntamente com os municípios e as freguesias”

Em representação da incubadora de empresas aniversariante, Luís Matos

Universidade do Algarve “um espaço considerável no Barranco do Rodrigo, com 22 mil metros quadrados de área construída, destinado à instalação de um campus universitário e à construção de residências universitárias, o que dará um elán completamente novo, não só a Portimão, como a toda a região do barlavento, pois estará especialmente vocacionado para as novas tecnologias e para a inovação”

Presente na cerimónia, o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve referiu que parte da verba necessária para a construção da futura infraestrutura universitária poderá vir de fundos comunitários, devendo constar no

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Martins, dos Territórios Criativos, lembrou os números registados em cinco anos por esta estrutura, com 25 startups, 211 iniciativas, mais de 40 mentores, 32 postos de trabalho criados, 1.045 visitas às instalações, mais de 45 entidades parceiras, 29 alumni e 329 horas de formação. Por sua vez, o CEO da Parkalgar, Paulo Pinheiro, assinalou o papel desempenhado pela incubadora instalada no AIA e fez votos para que “continuemos a trilhar este caminho em conjunto”, aproveitando para destacar que “o circuito de Portimão é uma referência absoluta, ao ponto de sermos a terceira cidade do mundo com mais desportos monitorizados, além de que também aqui são feitos os desenvolvimentosmaiores de tecnologia”

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A manhã do dia 10 de agosto começou, entretanto, com uma sessão de capacitação integrada no programa «Eu Sou Digital», operacionalizado pela equipa do MUDA – Movimento pela Utilização Digital Ativa, na qual participaram oito idosos «digitalmente excluídos» previamente identificados pelo Município de Portimão, pelas três juntas de freguesia do concelho e pela Associação Cultural e Recreativa Alvorense 1.º de Dezembro. Dirigido a todos os portugueses que nunca usaram a internet, em particular aos adultos acima dos 45 anos que pretendam adquirir competências digitais essenciais ao dia-dia, o programa tem por meta capacitar com competências digitais básicas os cidadãos infoexcluídos –

. Seguiu-se uma talk inspiradora dinamizada pela jovem Carina Cruz, criadora da startup My Fairy Nanny, que procura responder aos pais e às famílias necessitados de apoio para cuidar das suas crianças ou idosos e que também colaborou na sessão sobre o «Eu Sou Digital». “A StartUp Portimão tem tido um papel fundamental, pois proporciona um ambiente que nos faz crescer, ajuda-nos a definir o rumo do nosso projeto, incentivanos a ser agentes de mudança e faz com que haja um sentimento de presença, pois sabemos que nunca estamos sozinhos”, enalteceu, antes de usar da palavra o

aproximadamente dez por cento da população – no mais curto espaço de tempo.Aofalar sobre esta sessão, o Secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa, Mário Filipe Campolargo, realçou tratar-se de um projeto “fundamental para capacitar os que não usam diariamente a internet (17 por cento mulheres e 14 por cento homens), uma vez que se dirige a pessoas sem qualquer interação com o mundo online”. O governante dirigiu ainda “um desafio a todos aqueles que têm conhecimentos no digital, para que se tornem mentores e ajudem no processo de trazermos todas as pessoas do século XX para o XXI, criando mais valor para as empresas”

“Podemos olhar hoje para a vertente desportiva, não só como uma força social, mas também enquanto atividade económica e o AIA constitui um exemplo feliz da conciliação entre desporto e economia, no sentido de se acrescentar valor ao território em que está inserido”

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Neste mesmo dia teve lugar uma reunião do conselho consultivo e parceiros da StartUp Portimão, na qual foi feita uma reflexão sobre o percurso da incubadora e perspetivada a estratégia futura. Inaugurada a 10 de agosto de 2017, a StartUp Portimão integra a Rede de Incubadoras do Algarve e resulta de uma parceria entre a Câmara Municipal de Portimão, o Autódromo Internacional do Algarve e os Territórios Criativos, priorizando o acolhimento de empresas e atividades nas áreas das smart cities, energia, mobilidade, turismo, governança, qualidade de vida e smart farming.Comdiversas empresas em incubação física ou virtual, constam dos serviços prestados a formação, o networking, os workshops e a mentoria. Dos projetos acolhidos, 92 por cento estão ligados às smart cities e os restantes oito por cento ao marketing digital, possuindo a StartUp Portimão uma vasta rede de parceiros locais, nacionais e internacionais, assim como de mentores .

Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Correia, que declarou que “esta startup está numa das maiores infraestruturas desportivas que o país tem, onde se disputam grande provas de carácter nacional e internacional, que incitam a inovação, o desenvolvimento e a investigação”.

XVII FEIRA MEDIEVAL DE SILVES

Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina epois de anos de interregno, a Feira Medieval regressou à cidade de Silves, de 10 de 20 de agosto, com 11 dias de recriação histórica do período medieval da antiga capital do Reino do Algarve, numa viagem no tempo que convidou a experienciar «Um dia na História». O quotidiano da Xilb islâmica numa das sextas-feiras do ano de 1147 deu o mote a esta edição do evento, que encheu a madinat Xilb de momentos e sons já tão conhecidos, como as boas-vindas dadas pelo Vizir, o chamamento à oração pelo Al-Muezzin, o burburinho dos vendedores e o som da música e alegria contagiante destes dias.

O sol está quase no zénite e o velho AlMuezzin sobe com esforço as escadas que o levam ao topo do grande minarete da Xilb, de onde chamará para a oração do meio-dia. Em baixo, junto do minbar, o Iman prepara-se para o grande sermão semanal. O Al-Faqih acaba de entrar e esta tarde a mesquita também será palco de uma importante sessão judicial

CONVIDOU VISITANTES A VIVER «UM DIA NA HISTÓRIA»

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37 ALGARVE INFORMATIVO #352 (problemas de saneamento, como é habitual, ninguém gosta que os vizinhos atirem as águas sujas para a sua porta...).

Estamos em 1147 e é sexta-feira. Ali ao lado, na Madraza, os jovens estudantes arrumam as páginas soltas do Corão. Estiveram toda a manhã a recitá-lo e a treinar uma nova caligrafia que o mestre, recém-chegado da peregrinação a Meca, ali aprendeu. O reputado botânico da cidade, que mora perto, exibe ao Ulema mais respeitado as suas últimas experimentações agronómicas. Anda a tentar transformar morangos silvestres em algo comestível e até encomendou um vaso especial a um dos oleiros mais afamados da cidade, aquele que tem a sua olaria na meia encosta, do lado de onde se põe o sol. Passa à sua porta um poeta que chegou recentemente a Xilb, vindo de Al-Ushbuna, cidade há alguns dias desafortunadamente conquistada pelos cristãos, e é-lhe oferecido um suculento exemplar do fruto rubro, que o poeta experimenta tentando disfarçar uma careta, tal não é a acidez, pois a coisa ainda não está no ponto.

Os três dirigem-se juntos para a mesquita que se mostra já muito preenchida. O burburinho dos vendedores ainda se ouve no Suq. Ali, o Almotacé repreende o vendedor de figos, que tem a balança mal calibrada: não vale roubar, diz-lhe com ar de quem não tolerará uma recaída. Cabe-lhe regular o mercado e disciplinar os transeuntes. Aí marcam presença os camponeses que trabalham a terra fértil das cercanias da cidade, mas também os pescadores, os talhantes, os padeiros, os marceneiros, os curtidores de peles, as tecedeiras, os oleiros, os vendedores de esparta e, até,

o barbeiro, o advogado e o dentista. O velho aguadeiro é presença assídua e hoje distribui água sem cobrar. É assim nos dias sagrados, diz que é a sua Zakat.

Apressado vem o coveiro desde a Maqbara do Arrabalde Oriental, onde acabou de deixar um grupo de carpideiras que teimam em cirandar por ali. Se o Almotacé sabe fará queixa ao Al-Faqih, ou agirá por conta própria, não é pessoa que tolere atropelos ao que postula o Kitab sagrado. Tudo isto nos conta o Vizir desta importante, bela e esplendorosa cidade, numa sexta-feira, quase meio-dia onde, na grande mesquita, o sermão vai começar.Doistorneios diários, um espetáculo no Castelo, uma dezena de pontos de animação fixos, animação itinerante, seis praças de tascas medievais, dois roupeiros, um espaço educativo e lúdico dirigido aos mais novos (Xilb dos

Do Hamman saem dois músicos, eram os últimos clientes e, atrás de si, encerram-se as portas daquele que é um dos espaços da urbe mais apreciados e concorridos. Daqui da cidade alta já não se ouvem os Al-banni que trabalham na construção da imponente muralha que cercará o extenso arrabalde junto ao nosso belo rio. Também já não se ouvem os sons ritmados das serras e dos martelos, que nos grandes estaleiros navais são empunhados por quem ali constrói as embarcações que, desde o Arade, atingem as águas calmas do mar que um dia levará, cada um de nós, rumo ao Oriente. Uns e outros estão agora a fazer as suas abluções e em breve trespassarão a majestosa porta da cidade em direção à mesquita.

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41 ALGARVE INFORMATIVO #352 Pequenos), mais de duas dezenas de grupos de animação; para além de um acampamento berbere com mercadores de produtos exóticos, ferreiros, carpinteiros e oleiros a trabalhar nos seus ofícios e as habituais experiências medievais, foram apenas alguns dos atrativos desta Feira Medieval de Silves, onde marcaram presença mais de uma centena de expositores, entre artesãos, mesteirais, doçaria, místicos, mercadores e mouraria. Ao todo foram 11 dias imperdíveis num ambiente e cenário únicos, constituídos pelo traçado peculiar do tecido urbano do centro histórico da cidade e pela imponência dos seus monumentos .

CALÇADAS REGRESSOU AO CENTRO HISTÓRICO DE SÃO BRÁS DE ALPORTEL Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina ALGARVE INFORMATIVO #352 52

epois interrupçãoda ditada pela pandemia, o «Calçadas, a Arte sai À Rua» voltou a encher de cultura e animação as ruas e ruelas do Centro Histórico de São Brás de Alportel, no dia 14 de agosto, com bastante dança, artes plásticas, animação de rua, fotografia, literatura, petiscos, street food e muito mais.

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O Palco da Vila Adentro recebeu as atuações de «Bite The Blue Lemon» e «La Plante Mutante», enquanto o Palco do Adro da Igreja foi animado pela Escola Municipal de Dança e pelo Grupo de Dança Urban Xpression, dando lugar depois ao Fado com Ricardo Martins, Nuno Martins, Arnaldo Santos, Amabélio Pereira e Beatriz, e ainda aos animados «Braza Doirada». Pelo palco «À do

A arte espreitou por esquinas e ruelas e convidou a uma noite mágica, em que se conseguia ouvir bater o coração da vila. No percurso podiam encontrar os murais que as anteriores edições desta iniciativa foram deixando e, este ano, a artista plástica Jacqueline de Montaigne esteve a trabalhar ao vivo na criação de um novo mural que evoca o feminino. Para acompanhar o passeio, não faltaram os petiscos, produtos locais e muito artesanato para os visitantes levarem consigo originais peças que ostentam a mestria do tempo.

Calçadas» passaram os What Billie Whispered (tributo a Billie Holiday) e o DJ Narra. A Biblioteca Municipal abriu também as suas portas nesta noite especial com sessões de contos apresentadas por Tixa (Patrícia Amaral) e no palco da Calçadinha esteve Fernando Guerreiro com as suas «Histórias D’Arrepiar!».

O evento voltou, deste modo, a convidar a desfrutar a arte a cada passo nas calçadas são-brasenses, numa iniciativa integrada no Plano de Revitalização do Centro Histórico, promovido pela Câmara Municipal de São Brás de Alportel, com colaboração da «Comissão Organizadora Calçadas», um grupo informal da comunidade local .

INCRÍVEL NOITE NO FESTIVAL DA SARDINHA COM DAVID FONSECA Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina ALGARVE INFORMATIVO #352

avid Fonseca anda na estrada a promover o seu mais recente disco, de complicado,nome como o próprio descreve, «Living Room Bohemian Apocalypse», lançado em 2022, e Portimão foi uma das cidades privilegiadas para assistir a mais um estrondoso concerto de um dos principais artistas portugueses das últimas décadas. Já era de esperar, por isso, a enchente que aconteceu, na noite de 4 de agosto, a segunda do Festival da Sardinha de Portimão, com milhares de pessoas a vibrarem com as canções do cantor, compositor e músico, um «animal de palco» por excelência. Fosse ao som dos novos temas, dos êxitos dos álbuns anteriores, dos saudosos hits dos Silence 4 e de alguns tributos a músicos que marcaram o percurso de David Fonseca, quase que não houve tempo para descansar o corpo e as vozes em mais uma daquelas noites a que o leiriense já nos habituou e das quais já tínhamos tantas saudades. Simplesmente fantástico! .

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DIOGO PIÇARRA PROTAGONIZOU MAIS UM CONCERTO DE LOTAÇÃO ESGOTADA NO «VERÃO EM TAVIRA» Texto: Daniel Pina | Fotografia: Miguel Pires (www.mpalgarve.com) ALGARVE INFORMATIVO #352

o dia 11 de agosto subiu ao palco do parque do Palácio da Galeria, em Tavira, umPiçarra,Diogoparamaisconcertodo «Verão em Tavira» de lotação esgotada, tendo convidado, desta feita, a cantora da Fuseta Sara Badalo. Cantor, compositor, autor, músico e produtor, Piçarra é um dos maiores nomes da música portuguesa e o seu álbum de estreia, «Espelho» (2015), alcançou o número 1 da tabela de vendas logo na primeira semana. O álbum foi certificado disco de ouro em 2016 e disco de platina em 2017.

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Em 2017, lançou o seu segundo álbum, «do=s», que entrou diretamente para número 1 das tabelas nacionais e rapidamente alcançou a platina. «do=is» tornou-se na maior tour de Diogo Piçarra até ao momento. Em 2017/2018 Diogo atuou em Paris, Zurich, São Paulo e Macau, e realizou o dueto «Trevo» com o duo brasileiro Anavitória. A música alcançou milhões de visualizações, no YouTube, e atingiu a marca de single de platina.Em2018, Diogo apresentou o EP «Abrigo» com três canções e um vídeo para cada uma delas, formando uma trilogia. Este EP deu origem a uma tour acústica nos principais auditórios do país.

Pelo meio, Diogo Piçarra criou laços e amizade com outros artistas como Karetus, Jimmy P, Ana Bacalhau, Agir, Carolina Deslandes e Lhast, com quem partilha temas nos quais participa como autor, produtor ou intérprete. Diogo tem também colaborações com artistas internacionais, tais como os espanhóis António José, Miriam Rodriguez, Pol Granch, Sabela, e os brasileiros Vitão, Anitta e Jão. Em 2019, chegou a era «South Side Boy», o terceiro álbum de estúdio de Diogo Piçarra. Em novembro de 2020, regressa aos duetos internacionais, desta feita, com Vitor Kley, um dos nomes maiores da nova geração da música brasileira. Da parceria, na composição entre os dois artistas, surge o sucesso «Nada É Para Sempre». Em abril de 2021 lança o hit «Monarquia», uma surpreendente colaboração com o rapper Bispo que recebeu o Single de Ouro apenas dois meses após a sua edição. A canção esteve um mês no topo das trends do Spotify e várias semanas no Top 10 das músicas mais ouvidas no Spotify

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DINO D’SANTIAGO JUNTOU-SE À ORQUESTRA CLÁSSICA DO SUL PARA UM CONCERTO INESQUECÍVEL EM QUARTEIRA Texto: Daniel Pina| Fotografia: Jorge Gomes ALGARVE INFORMATIVO #352

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À semelhança dos anos anteriores, a Orquestra Clássica do Sul realizou em Quarteira um concerto de Verão acompanharparaum músico nacional, sendo que, no dia 13 de agosto, o eleito foi o consagrado Dino D´Santiago, que subiu ao Palco do Passeio das Dunas para mais um espetáculo inesquecível na sua terra natal. Depois do grande sucesso obtido em 2021, com lotação esgotada e um vasto público a vibrar do lado de fora do recinto, o músico voltou a juntar-se a esta Orquestra dirigida pelo Maestro Titular Rui Pinheiro para um concerto em que a fusão de sonoridades e estilos musicais se encontraram, resultando num trabalho único de grande qualidade artística e inquestionável celebração musical. Criador, músico, compositor, cartoonista e ativista pelas artes e culturas do Mundo, Dino D’Santiago nasceu a 13 de dezembro de 1982, em Quarteira, oriundo de uma família caboverdiana (os seus pais são naturais da Ilha de Santiago). Ao longo da sua carreira vagueou pelos espaços da música urbana globalizada em aventuras na Soul, R&B e Hip-Hop, mas foi sobretudo na última década, com o lançamento do álbum «Eva» (2013), depois de uma viagem a Cabo Verde num reencontro com as suas raízes, que a sua carreira tomou novos caminhos.

É hoje uma voz do mundo e da mistura e trabalha a tradição cabo-verdiana com o peso contemporâneo da eletrónica global, como prova o hino «Kriolu», com a colaboração de Julinho KSD e produção de Branko. Graças a isso, Dino já pisou palcos como o Super Bock Super Rock (Sesimbra), NOS Primavera Sound (Porto), MED (Loulé), FMM (Sines), entre muitos outros. Ao lado de Branko, protagonizou um momento único na Avenida da Liberdade para assinalar o 25 de Abril, em plena pandemia, quando o país se encontrava em confinamento. Em 2020, Dino D’Santiago estreou o álbum «Kriola», considerado um dos melhores trabalhos desse ano por meios como o Público, Time Out, Blitz ou Correio da Manhã, recebendo igualmente as mais elogiadas críticas dos meios americanos e brasileiros, como da Rolling Stone, do Complex e da Folha de S. Paulo. Recebeu ainda os Prémios Play de Melhor Álbum, Melhor Artista Masculino e Prémio da Crítica. No final de 2021 editou o seu mais recente álbum, «Badiu», com participações de artistas como Branko e Slow J, entre outros. O novo disco, que inclui «Lokura» e «Esquinas», foi também destacado como um dos melhores de 2021 por diversos meios. Embaixador da música de Cabo Verde, Dino D'Santiago é um dos principais rostos do movimento cultural «Lisboa Criola» e, sem dúvida, um nome incontornável da atual música portuguesa. É também um dos mentores do movimento sociocultural «Sou Quarteira» e tem sido uma inspiração para os jovens desta cidade.

ORQUESTRA DE JAZZ DO ALGARVE E FLORELIE ESCANO METERAM TODA A GENTE A DANÇAR NO CARVOEIRO Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina ALGARVE INFORMATIVO #352

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Largo da Praia do «explodiu»Carvoeiro de alegria, no dia 13 de agosto, com o concerto Powerhouse»,«Soula cargo da Orquestra de Jazz do Algarve e da cantora australiana Florelie Escano, com música cheia de groove e ritmos quentes que depressa contagiaram a assistência. «Soul Powerhouse» trouxe de Londres uma convidada muito especial, Florelie Escano, uma das mais ricas vozes do Reino Unido e que ajudou o público a embarcar numa viagem pela Soul, Motown e suas evoluções, num percurso que se iniciou nos anos 60 e terminou na atualidade. Nomes como Aretha Franklin, Martha & The Vandellas, Marvin Gaye, Stevie Wonder, The Supremes, Earth Wind And Fire, Louis Cole e Tina Turner, com orquestrações criadas para esta tour, aqueceram mais uma bela noite à beira-mar, com plateia esgotada e muitas dezenas de pessoas a esquecerem as cadeiras e a transformar o espaço em frente ao palco numa verdadeira pista de dança .

VILA DO BISPO VIBROU COM MAIS UM ESTAR –ENCONTROS DE TEATRO E ANIMAÇÕES DE RUA Texto: Daniel Pina| Fotografia: José Fernandes ALGARVE INFORMATIVO #352 120

ALGARVE INFORMATIVO #352 122 e 20 a 23 de julho decorreu a oitava edição do ESTAR –EncontroS de Teatro e Animações de Rua, uma organização da Mãozorra que passou por Burgau, Vila do Bispo e Barão de São Miguel. Foram quatro dias intensos num território marcado pela sua beleza natural e arquitetónica, em que o festival ocupou ruas e espaços públicos singulares com diversos espetáculos de diferentes áreas artísticas.Esteano a programação apresentou companhias com um percurso bastante sólido no panorama artístico português e internacional. “O Teatro do Mar, a D’Orfeu, a companhia Jean Philippe Kikolas, as Marionetas Mandrágora e os Trulé Marionetas, entre outros, marcaram presença a par de companhias/artistas que, não por falta de qualidade ou profissionalismo, muito pelo contrário, apresentam um percurso recente com provas dadas em outros projetos, casos dos Anomina Novulari os ou Club Makumba de Tó Trips”, descreve a organização.OAreal,oMiradouro e o Estacionamento do Burgau foram o palco com o maior número de sessões, mas também o SALEMA Ecocamping e o Espaço Mãozorra em Barão de São Miguel (antiga escola primária), acolheram os espetáculos da oitava edição daquele que já é um dos festivais de teatro e animação de rua de referência em Portugal. E, assim sendo, o ESTAR voltou a promover a cultura e entretenimento de visitantes, turistas e habitantes, seguindo uma rota itinerante entre espaços públicos singulares elegidos e que deliciou todos os presentes .

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ocê é inconsolável”,memóriaminha diz Petra Costa sobrerealizoudocumentárionoquehá10anosairmã, Elena, que escolheu morrer precocemente. Dizem-nos sempre, e nós repetimos às vezes, que tudo passa, que vira memória. O problema é que muitas destas memórias são inconsoláveis –doem sempre, como da primeira vez. Mesmo que não seja uma dor consciente, vive em nós, como algumas maleitas que nem parecem estar lá, mas que consomem o corpo devagarinho. Essas memórias consomem a alma, despertam, muitas vezes, quando dormimos e não nos deixam descansar. Voltam vezes sem conta, vestidas de muitas maneiras: todas inconsoláveis. A morte é inconsolável. mesmo que vire memória e que possamos homenageá-la, encená-la, tentar esquecê-la. Petra Costa diz, no filme, “eu encenei nossa morte para poder viver”. E a verdade é que (sobre)vivemos. Lembrei-me do filme Elena, e da frase da sua realizadora, das “memórias inconsoláveis”, porque este tem sido um ano, e ainda estamos em agosto, marcado por muitas mortes ao meu redor. De ex-alunos, de pais ou mães ou irmãos de amigos, de filhos, de avós, para além, é claro, dos mortos célebres que são revisitados pelas pessoas nas redes sociais no dia a seguir à saída da notícia da morte. Alguns já estavam «mortos em vida», esquecidos, relegados à lista daquelas pessoas que nunca sabemos se ainda estão vivas. A morte é um tema delicado, e quando está perto de nós, pode mesmo tornar-se um tabu – como se não falar dela tivesse o poder de mantê-la à distância. Eu tinha muito medo dos mortos, de cemitérios, de possíveis fantasmas. O meu avô materno morreu na nossa casa, onde viveu os últimos meses numa cama de hospital, com acompanhamento constante. Eu devia ter uns 15 anos e decidi que ia enfrentar o medo dos mortos naquele dia. Acordei de madrugada com o barulho de pessoas a chegarem a casa, a prima médica confirmou que aqueles eram seus últimos momentos e decidi ficar ao seu lado, até

“Há quem fale que a vida da gente É um nada no mundo É uma gota, é um tempo Que nem dá um segundo Há quem fale que é um divino Mistério profundo É o sopro do criador Numa atitude repleta de amor Eu só sei que confio na moça E na moça eu ponho a força da fé Somos nós que fazemos a vida Como der, ou puder, ou quiser (…)”. Gonzaguinha “

Das memórias inconsoláveis Mirian Tavares (Professora Universitária)

131 ALGARVE INFORMATIVO #352 ao fim. Ajudei minha cunhada a vesti-lo e desde este dia, a morte, no sentido físico e pragmático, deixou de me assustar. Os mortos não voltam, muitos deles porque não os deixamos partir, de tanto que doem as memórias inconsoláveis que deles carregamos. Não é fácil lidar com a morte, sobretudo a inesperada, pois indesejada ela será sempre, mesmo para os que têm muita fé e acreditam no céu, ou no inferno, ou em reencarnações. Queremos as pessoas que amamos ao nosso lado, vivas. Queremos que elas permaneçam para sempre, sabendo que o sempre é a nossa noção de tempo finita, que dura enquanto durarmos. Tenho imensa dificuldade em dizer palavras de circunstância às pessoas que perdem alguém, nenhuma palavra serve de consolo. Talvez o consolo possível seja o de ter vivido, pouco ou muito tempo, ao lado de quem já cá não está connosco, de ter amado, de ter partilhado a vida enquanto ela vibrava à nossa volta. De guardar as boas lembranças, de saber que a dor lancinante vai se amenizando, fica o vazio impreenchível, mas a vida, ela mesma, é tão intensa que nos convoca a continuar o caminho e a aproveitar cada segundo, como uma dádiva, como uma forma de homenagear os nossos mortos. Como uma forma de continuar, apesar de . Foto: Vasco Célio

ALGARVE INFORMATIVO #352 132 m tweet do Luís M. Jorge alertou-me para a prosa de Geoff Dyer. Ato contínuo, porque qualquer rede se faz continuidadesde e de contiguidades, procurei e achei um vídeo com o autor a apresentar uma «leitura de livro» – book reading, das coisas que é comum fazer-se fazem no percurso editorial anglófono e das que mais falta sinto em Portugal (book readings e rodas de samba, já agora, que, de resto, está-se por aqui muito bem). A ocasião deu-se em maio deste ano, ou seja, era atual, no Hammer Museum, da Universidade da Califórnia em Los Angeles (o autor, nascido na Grã-Bretanha, vive na Costa Leste dos Estados Unidos desde há uns oito anos). Uma leitura de livro é diferente de um lançamento ou de uma apresentação, a que mais frequentemente tenho assistido por cá. Esta, em particular, a propósito da publicação recente de The Last Days of Roger Federer, consistiu numa apresentação do autor pela moderadora, Mona Simpson, que durou cerca de cinco minutos, uma introdução ainda mais breve pelo autor, que depois leu durante uma meia hora excertos do livro publicado, e de um debate (incluindo perguntas do público) que se prolongou durante uns 40 minutos. Uma beleza do princípio ao fim, em que o humor – por vezes mais, por vezes menos subtil – de Dyer manifesta a inteligência da sua escrita, em que o ato da leitura vinca a cumplicidade entre a palavra escrita (que já foi procurada, burilada, rasurada, substituída, para se registar, por fim, nas páginas de um livro) e a palavra dita, vozeada nas seguras ondulações sonoras que se propagam desde o corpo do escritor/leitor até ao público que o ouve. Na minha ideia, é quanto basta para me chamar a ler mais daquele autor. Foi quantoAntesbastou.demais nada, dediquei o tempo depois de assistir ao vídeo a ler um artigo que Dyer fez sair, menos de um mês passado da sessão no Hammer Museum, no New Statesman. Deu-lhe o título «How to grow old in America». O autor parte de um episódio biográfico (uma lesão no cotovelo, causada pela prática do ténis, mas relacionada com o envelhecimento; a decisão de, inspirado no seu herói tenista, sobre quem acabara de escrever, sujeitar-se a uma cirurgia para corrigir a lesão) e, daí, reflete sobre o que liga uns eventos a outros, o que se passa no pensamento das pessoas ao pensar sobre o que lhes vai acontecendo, sobretudo quando a saúde física os obriga a veremse diferentes do que imaginam de si mesmos. Aquilo a que, na conversa com Mona Simpson, chamara “expressões e coisas que retornam numa espécie de modo musical e ligeiro para ligar tudo”, “laços que mantêm na mesma cadeia coisas que estão separadas”. (Esta

Quinquagésima nona tabuinha - Joelho (XVI) Ana Isabel Soares (Professora universitária)

Notas: A leitura e conversa de Geoff Dyer com Mona Simpson é acessível -Ke_jMdAhttps://www.youtube.com/watch?v=mR0aqui:;oartigo,quesaiunaediçãodo

Foto: Vasco Célio

133 ALGARVE INFORMATIVO #352 operação de ligação, de «keep things together» é um tópico recorrente em obras literárias, e não é de hoje: a preocupação com a coerência – e / ou com a coesão – dos textos assegura-lhes o entendimento, a possibilidade de comunicar). O relato das peripécias, desde a cirurgia propriamente dita, passando pelas sessões de fisioterapia, pelas frustrações e ousadias físicas, desejos de movimento e paragens forçadas, é, imagino, mais do mesmo que Dyer já pratica nos livros: e ainda bem. Uma fluidez discursiva que se sustenta tantas vezes num sarcasmo aliciante, que ao mesmo tempo não permite o embalo total do leitor (bem, de mim) no caldo morno do divertimento. Ou que preenche com descobertas essa diversão. Interessou-me aquela fluidez, aquele quase riso, a candura da exposição de si mesmo, alguém que, com a idade, deixava de ser “the man I was” – mas interessou-me também o facto de o episódio girar em torno de uma lesão no cotovelo, por assim dizer, o joelho do braço. E não por acaso .

New Statesman de 15 de junho deste ano, pode ser lido a partir days-of-roger-federer-us-healthcarereads/2022/06/geoff-dyer-book-the-last-https://www.newstatesman.com/long-daqui:.

O mundo está em plena transformação, onde novos conceitos estão a mudar a forma como vivemos a uma velocidade alucinante, a nossa rapidez em adaptarmos a estas mudanças vai ser um factor decisivo de sucesso .

ivemos num mundo cada vez desafioscheiavezumainterligadomaisecomeconomiacadamaisdigital,denovose oportunidades, especialmente na forma como trabalhamos. O Mundo está a mudar a um ritmo muito acelerado, existem novas realidades, que foram impulsionadas com a pandemia e com conflitos políticos e militares, que vieram para ficar e transformar a forma como vivemos. Falo do trabalho remoto, que está em grande crescimento, dando cada vez mais origem aos nómadas digitais. Os nómadas digitais são profissionais que trabalham online, com horários e locais de trabalho flexíveis. Estes profissionais têm liberdade de poder estar em qualquer parte do mundo, desde que exista uma boa ligação à internet. Este é um estilo de vida que está muitas vezes ligado à tecnologia e que atrai bastante os jovens. Os nómadas digitais já existem há vários anos, impulsionados pelo crescimento da Internet e das viagens. Ganharam inicialmente força e destaque em algumas organizações da área tecnológica, que devido à pandemia se alargou às restantes actividades. Com a pandemia ouve a necessidade não intencional do trabalho remoto em grande escala, vivenciada globalmente por centenas de milhões de pessoas, o que permitiu descobrir as suas vantagens e desvantagens, levando muitos profissionais e empresas a escolherem continuar nesta modalidade de trabalho e a evoluírem para os nómadas digitais.

A revolução dos nómadas digitais Fábio Jesuíno (Empresário)

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Sendo uma das tendências com maior crescimento actualmente, o estilo de vida do nomadismo digital ganha novos adeptos todos os dias, existindo cada vez mais programas de incentivos de organizações públicas e privadas. Um grande exemplo desta tendência foi o Twitter, uma das principais redes sociais do mundo, que autorizou os seus funcionários a trabalharem de forma permanente fora dos seus escritórios, caso seja essa a sua vontade.

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ALGARVE INFORMATIVO #352 138 DIRETOR: Daniel Alexandre Tavares Curto dos Reis e Pina (danielpina@sapo.pt) CPJ 3924 Telefone: 919 266 930 EDITOR: Daniel Alexandre Tavares Curto dos Reis e Pina Rua Estrada de Faro, Vivenda Tomizé, N.º 67, 8135-157 Almancil SEDE DA REDAÇÃO: Rua Estrada de Faro, Vivenda Tomizé, N.º 67, 8135-157 Almancil Email: algarveinformativo@sapo.pt Web: www.algarveinformativo.blogspot.pt

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