REVISTA ALGARVE INFORMATIVO #365

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BOMBEIROS DO ALGARVE GANHAM MAIS 7 EIP | «A MAIOR FLOR DO MUNDO» | «CORPSING» «GIRO» CRESCE EM ALBUFEIRA | COMANDO TERRITORIAL DA GNR MUDA-SE PARA LOULÉ PORTIMÃO RECEBE PRÉMIO MUSEU EUROPEU DO ANO EM 2024 | «A CANÇÃO DA TERRA» ALGARVE INFORMATIVO 26 de novembro, 2022 #365

ÍNDICE

«Giro» cresce em Albufeira (pág. 26)

Comando Territorial da GNR do Distrito de Faro muda-se para Loulé (pág. 34)

Bombeiros do Algarve vão ter mais sete Equipas de Intervenção Permanente (pág. 40)

Portimão vai receber Prémio Museu Europeu do Ano em 2024 (pág. 52)

«Impulso» do Quorum Ballet no Auditório Carlos do Carmo, em Lagoa (pág. 58)

«A Maior Flor do Mundo» no Cineteatro Louletano (pág. 78)

«Corpsing» no Teatro Lethes (pág. 94)

«A Canção da Terra» em Lagoa (pág. 106)

OPINIÃO

Mirian Tavares (pág. 116)

Fábio Jesuíno (pág. 118)

Alexandra Rodrigues Gonçalves (pág. 120)

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«Giro» cresce em Albufeira e fica mais amigo das pessoas e do ambiente

Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina Município de Albufeira assinou, no dia 22 de novembro, um acordo com a Translagos –Transportes Públicos, Lda., no valor de 223 mil euros, com vista a apoiar os utentes dos transportes públicos urbanos, correspondendo a 45 por cento do valor dos passes de transporte. Desde 2013 que

o Município não atualiza as tarifas dos transportes públicos, o que significa que deixou de receber mais de 652 mil euros ao longo deste período. Apesar disso, a autarquia liderada por José Carlos Rolo não vai aumentar o tarifário em 2023, ou seja, o apoio total relacionado com o GIRO, desde 2013, ronda os 875 mil euros e, no que concerne aos passes escolares, mantém também um apoio de 150 mil euros. “Queremos transportes para

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José Carlos Rolo e Ricardo Afonso

todos”, justificou o presidente da Câmara Municipal de Albufeira.

A partir de 1 de dezembro, Albufeira passa então a ter uma nova rede de transportes urbanos de Albufeira, o «Giro», com uma frota de 23 viaturas totalmente elétricas. «Giro» que nasceu com três linhas, em 2004, passou para cinco em 2010, número que vai aumentar agora para 11 linhas. Outra novidade prende-se com a possibilidade de cada utente levar a sua bicicleta no novo transporte público. Também os EvaKiok, ou seja, totem’s informativos, permitirão, nomeadamente, saber o tempo de chegada exata de cada viatura ao local, com recurso ao QRCode. Os meios informáticos irão permitir igualmente recarregamentos e renovações de passes

e bilhetes, bastando para o efeito aceder a www.vamusalgarve.pt/giro.

As novidades foram dadas a conhecer numa conferência de imprensa que teve lugar na Estação Central de Camionagem de Albufeira, nos Caliços, sendo o culminar de um processo que se prolongou por cinco anos. “O primeiro concurso ficou deserto e tivemos que reformular o caderno de encargos, que depois voltou ao IMT para receber o seu parecer, antes de seguir novamente para aprovação doTribunal de Contas. Só depois é que abrimos novo concurso público, após o que analisámos as propostas que chegaram, e tudo isto levou cinco

anos em que muita coisa se alterou, sobretudo em termos tecnológicos e ambientais. E o «Giro» vai chegar agora à Guia e às Açoteias, quando, até agora, se limitava mais à cidade de Albufeira e às Ferreiras”, explicou José Carlos Rolo.

Dos 10 habituais autocarros azuis e amarelos vão passar a circular 23 autocarros verdes e amarelos, todos 100 por cento elétricos, numa concessão que se pretende que seja dinâmica, ou seja, que possa contemplar alterações nas rotas e percursos. “Neste momento já circulam cinco destes autocarros

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elétricos e os restantes 18 entrarão ao serviço ao longo de 2023. É uma questão de sustentabilidade, de reduzir as emissões de CO2, de responder às alterações climáticas, mas também de garantir uma maior cobertura e mobilidade.

Estão reunidas todas as condições para termos transportes urbanos mais amigos das pessoas e do ambiente”, entende o presidente da Câmara Municipal de Albufeira.

A Rede de Transportes Urbanos de Albufeira arrancou, em 2004, com três linhas, e a partir do dia 1 de dezembro ficará com 11 linhas, com circuitos diferentes dos existentes, passando de 135 paragens para 218 e de 496 lugares em autocarro para 1.331. Os 10 autocarros a diesel serão substituídos por 23 autocarros elétricos e, quando tal se concretizar, em 2023, Albufeira vai tornar-se no primeiro concelho de Portugal a ter uma frota de autocarros urbanos totalmente elétrica. “Atualmente, temos 10 autocarros a diesel que emitem, por cada mil quilómetros, cerca de 6 mil e 436 quilos de CO2. Vamos passar a emitir cerca de 672 quilos de CO2 por mil quilómetros percorridos, mas com 23 viaturas. Isto significa mais descarbonização, menos efeito de estufa e menos aquecimento global”, destacou Suzana Gomes, técnica da Câmara Municipal de Albufeira.

A linha que vai à Estação de Comboios das Ferreiras e a linha que fará o circuito

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das praias conferirão aos passageiros a possibilidade de transportar consigo as suas bicicletas, sendo que o «Giro» vai chegar aos Olhos d’Água e à Rocha Baixinha, à Guia, à Malhada Velha e às Fontainhas e Patroves. Mais serviço, mais conforto, mais sustentabilidade e mais atratividade juntam-se também a uma maior informação ao dispor do público, com um novo sistema de bilhética que poderá ser utilizado, inclusive, de modo digital, através do site da VAMUS Algarve e da respetiva aplicação, onde se encontram todas as redes de transportes públicos da região.

Tudo isto implica mais custos e, logicamente, maior despesa para o utente, mas a Câmara Municipal de Albufeira vai comparticipar em 45 por cento os passes ao longo de 2023, pelo que, na Zona 1, o título mensal normal

custe apenas 18 euros ao invés de 31,90 euros (11 em vez de 19,45 para os seniores), ao passo que, na Zona 2, esse valor será de 21,50 euros e não de 41,45 euros (12,80 em vez de 25,30 para os seniores). Esta comparticipação soma 223 mil euros, a que acrescem mais 150 mil euros para pagar os passes de todos os alunos do concelho de Albufeira até ao 12.º ano de escolaridade .

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Comando Territorial da GNR muda-se para a Cidadela da Segurança e Proteção Civil de Loulé

Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina osé Luís Carneiro, Ministro da Administração Interna, esteve, no dia 15 de novembro, no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Loulé, para presidir à celebração da renovação do contrato de cooperação interadministrativa tendo em vista a construção do novo Comando Territorial da Guarda Nacional Republicana de Faro na cidade de Loulé. O acordo dá seguimento ao documento assinado em

2018 e cuja validade, entretanto, caducou. Agora pretendem as duas partes envolvidas agilizar o processo de criação destas instalações. “Ao abrigo desse protocolo algum trabalho está feito, mas é preciso, a partir deste momento, de uma forma decisiva e com vontade firme, acelerar para podermos concretizar esta tão importante obra”, explicou Vítor Aleixo, presidente do Município de Loulé.

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A funcionar atualmente em condições que não se coadunam com o serviço dos militares, numas instalações no centro da cidade de Faro, a criação de uma nova casa para a GNR é uma necessidade identificada em 2017, altura em que foi sinalizada como “uma prioridade”, ressalvou o Ministro da Administração Interna. A disponibilidade da Câmara Municipal de Loulé permitiu unir esforços com a Secretaria Geral do Ministério da Administração Interna e a GNR para concretizar o projeto naquele que José Luís Carneiro considera ser “mais um exemplo de uma parceria virtuosa”. Até porque a aposta governamental passa por uma “segurança de proximidade” e as

autarquias são, nesse sentido, “os principais interlocutores”.

O futuro edifício do Comando Territorial de Faro permitirá aos militares que ali estão afetos “alcançar maior eficiência no seu desempenho”, garantindo ao mesmo tempo “melhores condições de resposta às necessidades dos cidadãos”. De facto, com uma localização privilegiada, numa área central junto à A22, a futura instalação deste Comando terá como vizinhos o Comando Regional de Emergência e Proteção Civil, o Corpo de Bombeiros Municipais, o Heliporto, os serviços do INEM – Instituto Nacional de Emergência Médica e o CODU – Centro de Orientação de Doentes Urgentes,

estes dois últimos equipamentos ainda em fase de construção. Um conjunto de infraestruturas que constituem a denominada «Cidadela de Segurança e Proteção Civil».

O Comando Territorial de Faro cobre uma área de quase 5 mil quilómetros quadrados e serve uma população de mais de 467 mil pessoas de 16 concelhos e, como assinalou José Luís Carneiro, “são muitos os desafios que se colocam para fazer face a esta imensidão territorial”. Com este acordo, a Câmara Municipal de Loulé ficará responsável pela realização do projeto de execução do imóvel destinado às novas instalações do Comando Territorial de Faro, a construir num

terreno que é propriedade do Município. A Autarquia irá também “comparticipar neste objetivo de natureza organizacional, logística, operacional e também financeira”, como adiantou o Ministro José Luís Carneiro, que considera ser este mais um investimento que contribui para a consolidação da imagem “de um dos países mais pacíficos do mundo”. Também o autarca Vítor Aleixo salientou a importância do fator segurança como “um dos maiores ativos” para a excelência da atividade turística. “A nossa imagem de marca é a de um destino seguro, sereno, onde os visitantes podem, em qualquer

altura do ano, desfrutar em confiança dos seus dias de repouso. Loulé e o Algarve precisam de manter esta notoriedade pois, do turismo depende economicamente toda a população da região”, reiterou o edil.

Nesta passagem por Loulé, o Ministro falou dos investimentos em equipamentos que têm sido realizados na região ao abrigo da lei de programação, bem como outros que se projetam, o que demonstra “o compromisso do Estado com as forças de segurança”. A modernização tecnológica é também uma das apostas do Ministério, “na antevisão das

ameaças e dos riscos, permitindo uma mais eficiente gestão dos meios de natureza operacional”. Já o presidente da Câmara de Loulé relembrou um momento importante na política de segurança do concelho, designadamente, a celebração, em 2013, do Contrato Local de Segurança, que esteve na génese desta parceria institucional. Por outro lado, elencou o investimento municipal realizado em infraestruturas, ao abrigo da cooperação com o Ministério e a GNR, com destaque para a construção de raiz do Posto Territorial de Almancil, o novo Posto do Subdestacamento Territorial de Quarteira ou ainda os melhoramentos nos Postos de Loulé e de Salir .

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Bombeiros no Algarve vão ter mais 7 Equipas de Intervenção Permanente

Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina o dia 15 de novembro, a Base de Apoio Logístico do Algarve da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, situada em Quarteira, foi palco da cerimónia oficial de assinatura dos protocolos e apresentação de sete novas Equipas de Intervenção Permanente, presidida pelo Ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, que vão

reforçar em 35 bombeiros profissionais a linha da frente da proteção e socorro na região, elevando para 38 o número de Equipas de Intervenção Permanente, ou seja, 190 operacionais, distribuídos pelas 13 Associações Humanitárias de Bombeiros existentes na região.

Este programa de capacitação acrescentou, nos últimos dois anos, 29 Equipas de Intervenção Permanente, unidades que são constituídas por protocolo celebrado entre a Câmara

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Municipal, a Associação Humanitária de Bombeiros e a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil. Neste quadro de cooperação, numa parceria entre a administração local e administração central, o custo anual por equipa, que é de 71 mil 687 euros, é dividido, equitativamente, entre a respetiva Autarquia e a Autoridade, que assumem integralmente todos os custos inerentes às remunerações e despesas laborais dos bombeiros que integram estas unidades de resposta.

Durante a cerimónia foi dado a conhecer o exigente processo de recrutamento e seleção para dotar estas equipas de cinco bombeiros cada, um dos quais na qualidade de chefe de equipa, que respeita, entre outros critérios, a diversidade de género. Outro tema que

mereceu destaque foi o inovador programa de aprontamento, coordenado pelo Comando Regional de Emergência e Proteção Civil do Algarve, em articulação com a Escola Nacional de Bombeiros, e que garantiu uma forte aposta na formação e treino operacional, bem patente nas 122 ações pedagógicas (cursos e treinos) realizadas em 2022, que atingiram as 4 mil e 543 horas de formação e chegaram a 1.958 formados, tal como nos 24 exercícios operacionais de âmbito regional focados nas situações de exceção.

Atualmente, dos 1.298 bombeiros que integram os 17 Corpos de Bombeiros que cobrem a região do Algarve, 571 estão enquadrados no regime de voluntariado e 727 no regime profissional. Destes, 228 são da carreira de Bombeiro Sapador e

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integram os mapas de pessoal das quatro Câmaras Municipais que detêm Corpos de Bombeiros. Agora, com este reforço, passam a ser 499 os operacionais contratados pelas Associações Humanitárias de Bombeiros e que escolheram esta nobre profissão, o que representa um incremento na profissionalização de 50 para 56 por cento, só no último ano e no universo dos Bombeiros do Algarve.

A testemunhar este marco importante para o Sistema de Emergência e Proteção Civil, além do Ministro da Administração Interna, marcaram presença, o Presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve e demais Presidentes das Câmaras Municipais, entre outros autarcas da região, o Presidente, Comandantes e Dirigentes da Autoridade Nacional de Emergência e

Proteção Civil, o Presidente da Federação dos Bombeiros do Algarve e Dirigentes das Associações Humanitárias, os responsáveis regionais dos serviços descentralizados da administração central, dos Agentes de Proteção Civil e Entidades Cooperantes, bem como os Comandantes dos Corpos de Bombeiros e Coordenadores Municipais de Proteção Civil. Nas alocuções, destaca-se a disponibilidade do Presidente da Câmara de Loulé, Vítor Aleixo, para avançar com a edificação do futuro Centro Regional de Formação, uma vez que o Município tem terreno disponível e já assumiu esta prioridade publicamente, enquanto parceiros privilegiados da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e da Escola Nacional de Bombeiros.

Por sua vez, o Presidente da Federação dos Bombeiros do Algarve, Steven

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Piedade, além de reconhecer o inestimável contributo dos Municípios da região “pela forma como estão sempre prontos a fazer face às necessidades dos Corpos de Bombeiros”, enalteceu a organização operacional neste território e a “integração total entre a estrutura de comando da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e os Comandos dos Corpos de Bombeiros”, referindo que “é um verdadeiro trabalho de equipa que já mostrou os seus frutos nas mais complexas situações”.

O Presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, Duarte da Costa, sublinhou a importância

estratégica do Algarve e enalteceu o trabalho de proximidade levado a cabo pelo Comando Regional do Algarve com as autarquias, especialmente com os Presidentes de Câmara Municipal, enquanto Autoridades Municipais de Proteção Civil. Já o Presidente da Comunidade Intermunicipal e da Comissão de Proteção Civil do Algarve, António Miguel Pina, reiterou a disponibilidade da AMAL para, em conjunto com o Governo, operacionalizar soluções no que concerne ao financiamento das Entidades Detentoras dos Corpos de Bombeiros, e ressalvou a importância de um plano plurianual de investimento nos Corpos de Bombeiros. Aproveitou ainda para destacar a importância de uma reflexão profunda sobre o pacote legislativo que sustenta a Proteção Civil, utilizando as lições

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aprendidas durante a pandemia COVID19.

A encerrar a jornada, o Ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, evidenciou a importância do momento “muito significativo para o Algarve, para os seus Municípios, para os seus Corpos de Bombeiros e para a população que aqui reside, que aqui trabalha ou que escolhe esta região como destino de lazer e de férias”, agradecendo em nome do Governo aos autarcas e aos Bombeiros, bem como à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, esta “parceria frutuosa que constitui um dos mais importantes atos de cooperação entre diferentes níveis de intervenção do Estado e o

movimento associativo, na área da Proteção

Civil”

.

A par da sessão solene, os convidados tiveram oportunidade de interagir com diferentes equipas de intervenção numa pioneira megaexposição temática que corporizou a dimensão e abrangência das capacidades regionais dos Bombeiros, nas diferentes vertentes de intervenção que respondem às mais de 47 mil ocorrências/anuais, e que só este ano justificaram o empenhamento de mais de 150 mil bombeiros em missões de emergência pré-hospitalar, combate a incêndios, acidentes, salvamentos especiais, substâncias perigosas e nas valências inerentes ao comando e controlo e sustentação logística das operações .

Portimão acolhe Prémio Museu Europeu do Ano em 2024

Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina Município de Portimão assinou, no dia 17 de novembro, o acordo de parceria com o EMF – European Museum Forum numa cerimónia que teve lugar no Museu de Portimão. Jette Sandahl, Presidente da Direção do EMF, e Isilda Gomes, Presidente da Câmara Municipal de Portimão, formalizaram assim a candidatura de Portimão e do seu Museu para a realização do mais relevante evento anual de atribuição dos prémios da museologia europeia, o

EMYA – European Museum of the Year Award (Prémio Museu Europeu do Ano) em 2024.

Depois desta cidade algarvia ter visto o evento cancelado em 2021, devido à pandemia, houve a necessidade de reformular todo o processo de candidatura, pelo que Portimão vai ser palco, em 2024, da Conferência e da Cerimónia de Entrega dos Prémios Museu Europeu do Ano. O EMYA é o principal e o mais antigo dos galardões atribuídos pelo Fórum Europeu de Museus e também o mais prestigiado na Europa, tendo sido criado para

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reconhecer a excelência no setor museológico europeu e promover processos inovadores e de excelência. É atribuído desde 1977, data da fundação do Fórum Europeu dos Museus, igualmente apoiado pelo Conselho da Europa.

A parceria agora estabelecida prevê que, em maio de 2024, a Conferência Europeia Inovação em Museus e a Cerimónia de Entrega dos Prémios Museu Europeu do Ano sejam dois importantes momentos do EMYA 2024 a acontecer em Portimão e para os quais se poderão candidatar e inscrever no próximo ano todos os museus europeus, dos 46 países pertencentes do Conselho da Europa, que forem inaugurados ou tenham sido substancialmente renovados desde 2020, como potenciais candidatos a vencedores nas sete categorias de prémios, das quais se destacam o «Prémio Museu Europeu do Ano» e o «Prémio Museu Conselho da Europa».

Desde que recebeu, em 2010, o prestigiante Prémio «Museu Conselho da Europa», o Museu de Portimão tem vindo a estabelecer uma estreita ligação europeia com o EMF – European Museum Forum, fortalecida por via da participação do seu Diretor Científico José Gameiro,

desde 2011, como ativo membro do Júri do EMYA, no qual igualmente exerceu a presidência entre 2015 e 2018. Mais recentemente, em 2018, um outro Acordo de Parceria entre o Município de Portimão e o European Museum Forum permitiu a instalação da sede do secretariado do EMF e do seu arquivo histórico no Museu de Portimão e no seu Centro de Documentação. O Museu de Portimão passou igualmente a ser, desde 2019, o local da reunião anual do Júri do EMYA, para a seleção e escolha dos museus premiados, atividade que teve lugar novamente este ano, de 17 a 19 de novembro, e cujos vencedores serão conhecidos, em maio do próximo ano, no EMYA 2023 que se realizará em Barcelona.

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Deste modo, é toda a história deste Prémio Europeu e a documentação das centenas de museus candidatos, nomeados e premiados, ao longo dos seus 45 anos da sua existência (19772022) que, de Liverpool, Berlim e Milão, que vieram para Portimão, onde estão a ser organizados e preparados para posterior acesso público. Também fruto dessa parceria foi criado o Prémio «Museu Portimão», uma nova categoria através da qual se pretende distinguir anualmente o museu mais acolhedor e inclusivo da Europa. “Enquanto território de intenso cruzamento de civilizações, povos e culturas, Portimão é uma cidade que recebe e acolhe centenas de milhares de turistas todos os anos, empenhada na divulgação e na valorização da sua singularidade histórica e

social, e este novo prémio pretende ser, no quadro da museologia europeia, igualmente um reflexo e uma extensão dessa dimensão de bem receber e acolher que Portimão pratica. Estão desde já todos convidados para o Prémio Museu Europeu do Ano EMYA 2024, em Portimão, ano em que se celebra também os 100 anos de elevação de Portimão a cidade”, declarou a Presidente da Câmara Municipal de Portimão, Isilda Gomes, acrescentando ainda que “uma comunidade, uma nação, que não conhece e preserva o seu passado, a sua história, não tem futuro, pelo que é fundamental transmitir todos estes conhecimentos para as novas gerações” .

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FANTÁSTICO, COMO SE «IMPULSO» DO QUORUM

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SE ADIVINHAVA, O

QUORUM BALLET EM LAGOA

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epois de «Romeu & Julieta» no dia 30 de abril, o Auditório Carlos do Carmo, em Lagoa, voltou a acolher a Companhia de Dança Quorum Ballet, no dia 19 de novembro, desta feita com o espetáculo de dança «Impulso» que, de acordo com o coreógrafo Daniel Cardoso, marca o início de uma nova fase. “O regresso, o restabelecimento, o recomeço. Focar o corpo, o movimento puro. A dança sem qualquer pretensão de levar o público num caminho específico, incentivando-o à reflexão subjetiva. Um caminho indefinido e livre num

ambiente de fusão da arte com a vida, do bailarino com o indivíduo”, descreve.

Através do corpo e do movimento consegue-se, então, chegar onde as palavras não chegam, expressando-se sentimentos, sensações e emoções de uma forma pouco objetiva que transporta o público para o mundo da imaginação, dos sonhos e do inatingível. “Uma tela branca onde o subconsciente e a intuição lideram, esquecendo-se assim a razão ao caminhar livremente sem ambições estéticas”, reforça Daniel Cardoso .

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SARAMAGO INSPIRA «A MAIOR FLOR DO MUNDO» DE HUGO CABRAL MENDES E INÊS GOMES

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Texto: Daniel Pina | Fotografia: Daniel Pina

e 16 a 18 de novembro, o Cineteatro Louletano, em Loulé, foi palco de «A Maior Flor do Mundo», um espetáculo imersivo para crianças e graúdos baseado no livro de José Saramago que nos ensina a importância de preservar e cuidar da Natureza.

Conta a história que, numa aldeia distante, morava um menino muito curioso e brincalhão que todos os dias gostava de ir brincar para um jardim cheio de flores e pequenos animais. Certo dia, distraído na brincadeira, o menino afastou-se um pouco mais da aldeia e, pelo caminho, encontrou uma pequena flor. Mas a flor estava murcha e quase morta, precisava de alguma coisa. Será que o menino a conseguiria salvar?

Com cenários criados com a ajuda de crianças e do seu imaginário, esta peça

atende ao desejo que Saramago expressa no livro – “Quem sabe se um dia virei a ler outra vez esta história, escrita por ti que me lês, mas muito mais bonita?…”. “E se as histórias para crianças passassem a ser de leitura obrigatória para os adultos? Seriam eles capazes de aprender realmente o que há tanto tempo têm andado a ensinar?”, questionava José Saramago.

Com Direção Artística e Criação de Hugo Cabral Mendes e Inês Gomes, «A Maior Flor do Mundo» tem interpretação dos próprios Hugo Cabral Mendes e Inês Gomes, mas também de Francisco Freire e Sofia Santos. A peça teve apoio à residência da MOAGEM, Associação ESTUFA, Estúdios Vitor Córdon/OPART, Estúdio CAB e é uma coprodução Casa Amadis, Fundação José Saramago, Câmara Municipal de Loulé, Teatro-Cine Torres Vedras, Associação ESTUFA, Conservatório de Música D. Dinis e Um Ponto no Planalto a.c.» .

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TEATRO DAS BEIRAS APRESENTOU «CORPSING» NO TEATRO LETHES

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orpsing», a partir de textos de Peter Barnes, foi a peça levada a cena pelo Teatro das Beiras no Teatro Lethes, em Faro, nos dias 18 e 19 de novembro, e que é, na verdade, um conjunto de quatro curtas peças num ato: «O humor ajuda», «À espera de um autocarro», «Exercícios de representação» e «Últimas cenas». Trata-se, por isso, de um jogo meta-teatral ancorado no contraste dos opostos que simultaneamente combinam o absurdamente trágico e o tragicamente absurdo.

«Corpsing» inspira-se na obra literária de

Peter Barnes, um dramaturgo e guionista britânico que viveu entre 1931 e 2004. Os seus trabalhos baseiam-se sobretudo numa escrita satírica e antinaturalista, ou seja, fundamentada na ideia de que todo e qualquer comportamento humano tem uma origem absolutamente natural. Nas suas produções criativas veem-se influências do teatro isabelino, de farsas medievais, do drama expressionista alemão e da commedia dell’arte.

Com tradução de Susana Gouveia e encenação de Gil Salgueiro Nave, a peça é interpretada por Sílvia Morais, Tiago Moreira e Victor Santos .

«

COMPANHIA DE MÚSICA TEATRAL CONHECER «A CANÇÃO DA

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TEATRAL DEU A TERRA» EM LAGOA

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Auditório Carlos do Carmo, em Lagoa, recebeu, no dia 12 de novembro, «A Canção da Terra», uma obra de raiz musical da Companhia de Música Teatral que deambula pelos territórios da imagem, movimento, palavra e vários outros que a sua gestação, em curso, está a desvendar. À semelhança do que aconteceu com outras criações recentes, como «Aquário» e «O Céu Por Cima de Cá», está a ser pensada para o «grande-palco» e para um público que começa a partir das crianças com 6 anos, mas que se pretende o mais eclético possível, não só porque o desafio de criar múltiplas leituras nos interessa particularmente, mas também porque «ouvir» a Terra é um assunto que diz respeito a todos.

O ponto de partida do processo criativo é a ideia de que o Planeta Terra tem uma

«voz» que se expressa de diferentes maneiras e que é muito importante escutar. “Exploraremos mitos, poesia, factos científicos e históricos, paisagens sonoras e, obviamente, as referências históricas implícitas no título (A Canção daTerra de Mahler ou de Jorge Brum do Canto, entre outros). Há uma clara intenção de continuar a trabalhar na «afinação de pessoas, pássaros e flores», isto é, de trazer para o discurso artístico uma preocupação com a nossa relação com o Mundo que habitamos e que queremos que continue a ser a nossa Casa. Desde NOAH, senão antes, que procuramos que os nossos projetos despertem essa consciência”, explica a companhia .

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Da escrita Mirian Tavares (Professora)

uero escrever, porque preciso, mas não sai nada. É como carregar pedras e levá-las a lugar nenhum: subir e descer a montanha. É preciso escrever, porque viver, como sabemos, não é preciso, é incerto e inseguro. É fatal. Um texto que me salvasse, que dissesse o que quero, e o não quero dizer. Que dissesse. Eu me calo porque não consigo escrever. E preciso. É um exercício – exige constância e alguma dedicação. Procuro qualquer coisa, um leitmotiv, um assunto, qualquer coisa que me diga o que dizer. Comentava com os alunos que, quando estou mal, não consigo escrever. Ao contrário de muita gente, que escreve sobre suas grandes desgraças e aflições, só falo sobre o que me aflige na superfície, nunca escrevo sobre os monstros que me habitam. Ou sobre as grandes dores e perdas, ou melhor, sobre as pequenas-grandes dores que nos assolam no quotidiano. Que entram, inesperadamente e que decidem se instalar. Escrever pode ser um ato de redenção ou de encontro. Para mim, é um exercício, um lugar em que me sinto bem. Tinha sete anos quando escrevi o meu primeiro livro, que dei de presente à mãe. Que o perdeu, é pena. A mãe, ao contrário da tia, que exibia todos os feitos, pequenos e grandes, dos primos,

nunca foi de externalizar o seu orgulho nos filhos. E andava naquele tempo a viver entre cidades. Ou o que escrevi era mesmo mau e ela, para salvar-me da posteridade duvidosa, decidiu fazer desaparecer o tal livro escrito à mão, com imagens recortadas da revista Manchete a fazer de ilustrações. Não me lembro muito bem do que escrevi, mas acho que eram contos de fada, provavelmente versões pessoais das histórias que a avó contava, baloiçando-se na rede, antes de dormir. O meu segundo livro apareceu mais tarde – era de poesia. Já mais sofisticado, pois o irmão datilografou os poemas, um em cada página, e o outro mano fez a capa – uma menina a segurar uma flor. Ia ser publicado graças ao namoradinho da altura, filho do prefeito de uma cidade do interior. Eu tinha 14 ou 15 anos. E as cunhas nunca me valeram porque o livro jamais foi publicado e se perdeu no meio de tantas viagens e mudanças. Eram poemas bemintencionados, mas maus. Como toda a literatura bem-intencionada, havia uma enorme distância entre a intenção e o gesto, entre a grandeza dos temas e a pequenez dos textos. A autora, moimême, escrevia sobre paixões – por causas e por pessoas, os versos já revelavam um feminismo latente e uma consciência do mundo, e das suas injustiças, mas tudo era embrulhado em versos sem grande interesse. Havia, que eu me lembre, alguns achados poéticos

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que se perdiam no todo. Ainda bem que não o publiquei. A poesia habitou-me por muitos anos ainda. Até que veio a escrita académica, as notas de rodapé, as citações e a emergência da precisão. Minha monografia de fim de curso foi sobre Fellini. Lembro-me de que uma pessoa do júri comentou o facto de eu não fazer notas de rodapé. No doutoramento esmerei-me nas notas, não podiam reclamar. Com o tempo,

voltei à escrita sem notas, mais solta e reflexiva. Um professor que tive no doutoramento deu-me, em três ensaios que escrevi para sua disciplina, um 7,2 (as notas eram de 0-10). Disse que meu texto era mais poético que académico. Se calhar, tinha razão. Mas não me importo. Nunca quis ser académica. Nem poeta. Só quis, e quero, escrever. Porque preciso.

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Foto: Vasco Célio

Empreendedores são os grandes responsáveis pelo desenvolvimento económico

e social

Fábio Jesuíno (Empresário)

ivenciamos uma grande revolução industrial, onde os avanços tecnológicos e científicos se sucedem rapidamente e com impacto global.

Vivemos numa época em que as mudanças económicas e sociais acontecem num ritmo acelerado, impulsionadas por empreendedores, que conseguem identificar um problema e transformá-lo numa oportunidade. São esses loucos e persistentes que não têm medo de arriscar para terem a oportunidade de mudar o futuro e fazerem nascer projetos com impacto na vida das pessoas.

A cultura empreendedora está cada vez mais presente na nossa sociedade, devendo ser cada vez mais promovida e incentivada, porque é ela o grande motor da nossa economia, principalmente na actual transformação digital.

O empreendedorismo começa a estar presente na educação, em diversos níveis de ensino, mas principalmente nas universidades, onde muitas se destacam por apostarem nesta vertente com a

criação de incubadoras de startups e uma forte ligação com o meio empresarial.

Um dos aspectos desta mudança é a preparação para encontrar dificuldades e a qualquer momento enfrentar riscos, tentando assustar o medo de errar, de forma que, quando isso acontecer, seja um momento de aprendizagem. A ausência de erros no empreendedorismo é, na maior parte das vezes, sinónimo de carência de inovação e de risco, por isso mesmo, deve ser encarada de uma forma mais positiva.

Ser empreendedor está ao alcance de todos, é uma atitude e uma busca por novas ideias, ter iniciativa, ter ação, sempre pensando de forma diferente. São esses aspetos que contribuem para uma sociedade melhor, onde todos podem participar ativamente na mudança.

O interesse crescente pela cultura empreendedora está a mudar mentalidades, mostrando novas realidades e abrindo caminhos que nunca antes foram explorados .

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Vestir a camisola e três apontamentos de fim de ano Alexandra

Rodrigues Gonçalves (Diretora

da Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo da UAlg)

stamos em novembro com cheiro a Natal e num dia de «Black Friday» com mensagens de apelo ao consumo e por outro lado, com mensagens de contenção, pelas previsões de recessão. É neste contexto que gostávamos de deixar três notas que consideram importantes:

1. Pelos jovens e pelo futuro: Há um movimento a decorrer com origem nos Estados Unidos da América que fala em «demissão silenciosa» («quiet quitting»). Sabemos da importância que o tempo de lazer tem para a nossa vida e como em particular a felicidade no pós-pandemia começou a ser encarada de uma nova forma. O trabalho passa a ser para cumprir dentro do horário e com uma descrição de funções muito detalhada, a manter stricto sensu. Esta tendência parece ganhar forma e força, pois a carreira deixou de ser sinónimo de sucesso, ganhando força toda a outra experiência de vida. A mensagem a deixar é que deve o sector empresarial procurar melhor refletir e compreender os efeitos deste movimento e porque está a acontecer – as organizações estão deficitárias de recursos humanos, as pessoas trabalham demasiadas horas,

com elevado stress e sem condições adequadas. Não será assim em todas as áreas ou organizações, mas um sentimento crescente. Há quem antecipe os despedimentos primeiros nestes grupos assim que a crise se instalar e a produtividade é o indicador a liderar na tomada de decisão.

2. Metaverso: Há áreas de negócio revolucionárias a emergir. Resultam de movimentos como o descrito no ponto anterior, mas também da revolução tecnológica e virtual em curso. A forma como a autenticidade é percecionada por diferentes grupos sociais e em diferentes circunstâncias da vida leva-nos a colocar os metaverse nesta escrita. O espaço metaverso é virtual, mas pode ser aplicado ao espaço real e determinar a interação e perceção do mundo à nossa volta, com a ação humana a ficar bastante limitada no processo produtivo. Por enquanto necessita de dispositivos de mediação – óculos, computadores, ou outros mecanismos – mas está no centro das start-ups e investidoras de capital de risco, abrindo um mercado de negócio novo. Experiências imersivas baseadas na tecnologia, proporcionado um novo universo é um tema muito na moda que promete dar que falar.

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3. Solidariedade: no mundo real emergem neste período muitos pedidos de apoio e muitas recolhas de bens. É muito bom que continue a acontecer. Contudo, não pode ser pontual este movimento e temos que tornar-nos solidários de forma mais global, pois o bem-estar não é só físico e material, mas também emocional, relacional, e até institucional. Existe uma tendência para nos centrarmos em nós e esquecermos a família alargada, a equipa, a comunidade. Os tempos atuais impelem para o «eu» quando há um sentido comum que não se pode perder. Esta é uma boa altura para levar a cabo uma reflexão individual que passe não só pelos direitos, mas também pelos deveres individuais e societais.

Há diferenças entre a conduta no seio familiar e no seio profissional, todos sabemos que são mundos paralelos, e que alguns estabelecem a total independência entre os mesmos, mas não podemos esquecer que o nosso comportamento não pode ser centrado

em cada um individualmente e temos um todo para prosseguir. Da nossa parte, temos consciência que em muitas circunstâncias colocamos as responsabilidad es profissionais na prioridade do nosso tempo, por verdadeiro «amor à camisola».

Terminamos o ano com a renovação do desafio de dirigir a Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo da Universidade do Algarve por mais três anos, o que faremos com determinação, perseverança e motivação, procurando sempre equilíbrios e a melhor gestão da relação com os vários públicos da nossa instituição.

Uma nota final para agradecer aos grandes altruístas da nossa comunidade, destacando em particular – a EC Travel e o Eliseu Correia – que sendo um empresário com sucesso, dá-nos toda a força no caminho definido, associando-se a este percurso com a atribuição de sete bolsas para pagamento de propinas aos alunos da Licenciatura em Turismo da Escola Superior de Gestão, Hotelaria e Turismo.

Que não se duvide do esforço e dedicação que se vive na nossa casa em prole do bem comum .

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