ÍNDICE
Festa do Basquetebol Juvenil em Albufeira (pág. 22)
Algarve na BTL (pág. 30)
Espaço envolvente à Casa do Sal inaugurado pela Ministra da Coesão (pág. 50)
Ministro da Saúde inaugurou ampliação do Centro de Saúde de Almancil (pág. 60)
António Costa encerrou em Sagres dois dias de «Governo Mais Próximo» no Algarve (pág. 70)
Valete levou Cineteatro Louletano à loucura (pág. 80)
«Ponto de Fuga» do LAC em exposição na Associação 289 (pág. 96)
OPINIÃO
Mirian Tavares (pág. 116)
Nuno Campos Inácio (pág. 118)
Dora Gago (pág. 120)
Albufeira pronta para receber a 15.ª Festa do Basquetebol Juvenil
Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina Salão Nobre da Câmara Municipal de Albufeira recebeu, no dia 6 de março, a conferência de imprensa de apresentação da 15.ª Festa do Basquetebol Juvenil, que acontece na capital do turismo algarvio desde 2012. Na presença de diversas figuras municipais, federativas e dos meios de comunicação social nacionais e locais foram lançadas as primeiras imagens e planos para o maior evento do basquetebol nacional, e que este ano terá lugar de 11 a 16 de abril.
Festa do Basquetebol Juvenil que tem um carinho especial para Tomás Barroso, base internacional pela seleção das Quinas e capitão da equipa do Benfica. “É um evento muito importante para mim por diferentes razões: porque sou de Albufeira; porque estão a desenvolver a modalidade; e porque é uma ocasião que marca a vida dos jovens atletas, não só pela competição em si, mas também porque se estão a divertir e a criar relações nesta etapa da sua vida”.
Com formações de todas as associações do país nos escalões de sub14 e sub16, femininos e masculinos, esta é uma das primeiras ocasiões em que os futuros atletas do basquetebol nacional se envolvem com o trabalho das seleções. “É um momento em que entram em contacto com a dinâmica de uma seleção, com a pressão, tudo o que envolve os grandes jogos nestas grandes competições. Tudo isso é importante para se irem preparando para essas fases da sua carreira desportiva, e espero que daqui saiam muitas jogadoras e jogadores com qualidade, que este evento os marque pela positiva e seja importante no seu crescimento”, prosseguiu Tomás
Barroso, antes de deixar uma mensagem aos jovens: “Digo a todos para se divertirem e aproveitarem ao máximo porque esta é a melhor fase das suas vidas desportivas e, ainda que agora possam não o ver, no futuro vão-me dar razão. Divirtam-se, criem amizades, compitam de forma saudável, porque tudo isso é essencial no desporto”, concluiu.
O vice-presidente com o pelouro do Desporto, Cristiano Cabrita, aproveitou para destacar a cooperação entre todas as instituições que permite realizar esta prova. “Estamos aqui imbuídos de um espírito de excelência, numa edição que vai ser especial e que revela o nosso empenho na
promoção do desporto e do basquetebol, bem como a nossa firme convicção de que possuímos todas as condições a nível de infraestruturas desportivas para ambicionarmos a ser Cidade Europeia do Desporto em 2026. Este é um evento que ultrapassa claramente os campos de basquetebol, temos apoiado todos os clubes desportivos do concelho e vamos inaugurar quatro campos de 3x3 em Vale Faro”, adiantou Cristiano Cabrita, voltando a enfatizar que “Albufeira vive o desporto”.
Manuel Fernandes, presidente da Federação Portuguesa de Basquetebol, fez questão de realçar a importância do
evento para os trabalhos das seleções nacionais, referindo que em Albufeira se formaram algumas das principais figuras do basquetebol português. “Temos aqui um triplo objetivo. O primeiro, e o mais importante, é a celebração da realização do maior evento do desportivo juvenil federado, que tem lugar há 10 anos consecutivos em Albufeira, excetuando os dois anos da pandemia. E, para se continuar juntos durante uma década, é porque existe uma satisfação plena das duas principais entidades envolvidas nesta organização”, apontou Manuel Fernandes.
Um segundo objetivo da 15.ª Festa do Basquetebol Juvenil é assegurar que todos podem assistir aos principais momentos do evento, daí que, este ano, as finais das competições nos escalões de sub14 femininos e masculinos, bem como de sub16 femininos e masculinos, serão todas desfasadas e disputadas no Pavilhão Desportivo de Albufeira. Quanto ao terceiro objetivo, prende-se com a referida inauguração de quatro campos de basquetebol 3x3 no concelho. “A Festa tem contribuído para que esta modalidade seja cada vez mais atrativa, o que se verifica,
não só pela prática desportiva nas escolas de Albufeira, mas sobretudo pelo aumento do número de atletas federados oriundos deste concelho, através dos seus dois principais clubes, o Imortal Basket Clube e o Clube de Basquete de Albufeira. Aliás, Albufeira é a única cidade com menos de 100 mil habitantes que mantém duas equipas nas duas principais competições de basquetebol português, a liga masculina e a liga feminina”, destacou Manuel Fernandes. Clube de Basquete de Albufeira que nesta
temporada apostou forte na equipa sénior masculina e disputa a primeira divisão do campeonato nacional, havendo fortes possibilidades de subir também à Proliga, onde já se encontra o Imortal Basket Clube. Imortal que criou este ano também uma equipa feminina que já se apurou, inclusive, para os playoffs que decidem o título.
A finalizar a conferência de imprensa, o presidente da Câmara Municipal de Albufeira, José Carlos Rolo, relembrou a relação antiga entre as duas instituições e confirmou a importância deste evento para o concelho, tanto do ponto de vista desportivo, como económico, dado o
elevado número de atletas, familiares e adeptos que marcam presença na cidade nestes seis dias. “São cerca de 1.500 pessoas que vão estar em Albufeira e uma das melhores formas de dar a conhecer, de promover, um destino é através do desporto. Ainda há poucos dias tivemos cá o Cross Internacional das Amendoeiras em Flor, antes disso a Volta ao Algarve em Bicicleta e a Race Nature, e tudo isso ajuda a dinamizar a economia local na época baixa. A Festa do Basquetebol Juvenil tem ainda um caráter social, uma vez que todos os anos é entregue uma verba a uma instituição particular de solidariedade social. E é uma festa de família, porque os pais e mães acompanham os seus filhos neste importante momento das suas vidas”, sublinhou.
José Carlos Rolo chamou ainda a atenção para a inauguração dos quatro campos de basquetebol 3x3, “que vão democratizar o acesso dos mais jovens a esta modalidade”, e agradeceu o empenho e dedicação de todos os técnicos camarários envolvidos na organização do evento, assim como os clubes desportivos e os agrupamentos escolares do concelho. “Sem estes parceiros não seria possível montar um evento desta dimensão e com o sucesso que todos lhe reconhecem”, culminou o presidente da Câmara Municipal de Albufeira .
Municípios do Algarve apresentaram em primeira-mão na BTL os seus principais eventos
de 2023
Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina Festival MED esteve uma vez mais na BTL –Bolsa de Turismo de Lisboa para dar a conhecer a sua 19.ª edição, que acontece de 29 de junho a 2 de julho, na Zona Histórica de Loulé. De 1 a 5 de março, no stand do Município de Loulé e no «Espaço Algarve», o público ficou a
conhecer alguns detalhes sobre o que se perspetiva para aquele que é um dos momentos altos da animação de Verão no Algarve.
90 horas de música, 66 concertos, 400 músicos, 18 nacionalidades, 12 palcos, 100 expositores de artesanato, quatro exposições de arte espalhadas pelo recinto e oito grupos de animação de rua que diariamente irão percorrer as ruas e
ruelas do festival são alguns dos números para este ano. E a Autarquia de Loulé anunciou, no dia 3 de março, os primeiros 17 nomes que sobem ao palco nos cinco dias com o melhor das músicas do mundo, designadamente: Amadou & Mariam (Mali), Amaro Freitas (Brasil), AYWA (Marrocos/França), BandaAdriatica (Itália), Bandua (Portugal), Bateu Matou (Portugal), Bia Ferreira (Brasil), Bulimundo (Cabo Verde), Club Makumba (Portugal), Horace Andy (Jamaica), Lavoisier (Portugal), Omar Souleyman (Síria), Onipa (Gana/UK), Sara Correia (Portugal), Sarah McCoy (EUA), Sétima Legião (Portugal) e Pedro Mafama (Portugal).
A par da música, também o cinema, poesia, teatro, animação de rua, artes plásticas, conferência temática e gastronomia voltam a fazer parte do programa deste ano. A aposta na sustentabilidade ambiental, na promoção da igualdade de género e na união dos povos continuam a merecer uma atenção especial por parte da organização. Desde 2004, o Festival MED tem dado um importante contributo para a projeção turística da região algarvia, valorização cultural e dinamização da economia local. O evento, aplaudido pelo público e reconhecido pela crítica, está uma vez mais nomeado para os Iberian Festival Awards, nas seguintes categorias: Melhor
Festival de Média Dimensão, Melhor Festival Lusófono e Hispânico, Melhor Promoção Turística, Melhor Atuação Internacional com o concerto dos colombianos Guetto Kumbé, Contributo para a Sustentabilidade, Contributo para a Igualdade e Melhor Foto/David Pereira.
O MED já contou com 50 nomeações desde o início destes galardões e foi distinguido como Melhor Festival de Média Dimensão da Península Ibérica, em 2017 e 2018; Melhor Promoção Turística (Portugal), em 2018 e 2020; Contributo para a Sustentabilidade na Península Ibérica, em 2019; Melhor Festival Lusófono e Hispânico da Península Ibérica, em 2020. Ao longo destas 18 edições, já passaram pelo Festival mais de 600 bandas, em representação de mais de 50 países. Por isso, durante a apresentação à Comunicação Social e
entidades, o vereador do Município de Loulé e diretor do Festival MED, Carlos Carmo, realçou o facto de “este ser um festival de músicas do mundo, que tenta abraçar todo o planeta, mas que não se cinge só a este aspeto cultural”.
O responsável abordou algumas das matérias ambientais que têm sido implementadas ao longo dos anos neste evento, com destaque para o desafio lançado em 2022 aos designers do Loulé Design Lab no sentido de reaproveitarem “os resíduos que normalmente são deitados fora” para mobiliário que esteve em vários espaços do recinto, por exemplo puffs feitos de lonas ou mesas criadas a partir de garrafas de plástico. O responsável sublinhou ainda o impacto turístico que o MED tem, já que mais de
40 por cento dos visitantes são turistas e 39 por cento deles escolhe vir para o Algarve e para Loulé por causa do Festival MED. “Além da música, o que mais motiva o visitante é a experiência que o MED oferece”, disse Carlos Carmo.
Olhão marcou igualmente presença no Espaço Algarve da edição de 2023 da BTL para apresentar aos milhares de visitantes os fatores diferenciadores do concelho em termos turísticos. A localização privilegiada junto à Ria Formosa, as ilhas-barreira, mas também a cultura, as gentes, costumes, arquitetura e gastronomia típica do concelho estiveram em destaque num certame que foi aproveitado para promover o site e app turísticos de Olhão, duas funcionalidades tecnológicas que
contribuem para planear e tornar mais intuitiva a visita ao concelho. O novo vídeo de promoção do concelho, bem como o recentemente inaugurado Porto de Recreio, marcaram também presença no espaço de Olhão da maior feira de turismo a nível nacional. “É sempre com prazer que marcamos presença na Bolsa de Turismo de Lisboa e damos a conhecer as maravilhas do nosso concelho a um público cada vez mais diversificado e exigente, que procura um outro Algarve. É esse Algarve que temos para oferecer em Olhão, um Algarve apostado no turismo, mas que não perde de vista as suas raízes e a sua autenticidade”, destaca o presidente da Autarquia, António Miguel Pina.
Portimão divulgou o programa de eventos culturais, artísticos e desportivos para 2023, sob o mote «Faça Check-In @Portimão», possibilitando experiências inesquecíveis para todos os que visitarem o concelho. Entre inúmeras propostas, três grandes eventos ganham especial relevância na programação, o primeiro dos quais de 24 a 26 de março, quando o Autódromo Internacional do Algarve receber de novo o Grande Prémio de Portugal MotoGP 2023. Seguir-se-ão o Afronation (28 a 30 de junho) e o Rolling Loud (5 a 7 de julho), de volta à Praia da Rocha, que iniciará o Verão com dois dos maiores festivais de música à escala global, ao passo que um novo
megaevento ambiciona reinventar a experiência dos videojogos em Portugal, decorrendo no Portimão Arena entre 29 de setembro e 1 de outubro, sob a sugestiva designação «MEO XL Games World». “Está comprovadíssima a nossa vocação para atrairmos o turismo de famílias, o que significa que consolidamos uma oferta diversificada e para todos, cultural, desportiva e de natureza. Isto significa que sabemos acolher e estamos preparados para realizar grandes eventos, para os quais estão todos desde já convidados, nomeadamente para o ex-libris
que é o Festival da Sardinha, entre tantas outras propostas”, indicou a presidente da Câmara Municipal de Portimão, Isilda Gomes.
Ao longo do ano, são vários os destaques mensais, a começar pelo Março Jovem, que propõe um vasto e diversificado programa de atividades, a que acresce o Grande Prémio de Portugal MotoGP 2023 (24 a 26) e a passagem por Portimão do 7.º Festival de Piano do Algarve, já a partir do dia 25, enquanto as propostas de abril incluem as festividades pascais (1 a 9), a Liga Pro Skate Portimão (14 a 16) e o início das comemorações oficiais dos 50 anos da Revolução dos Cravos, que se estenderão por todo o ano. Entre 30 de abril e 7 de maio, o Portimão Arena volta a receber o Torneio Internacional de Portimão de Ginástica Rítmica e Taça do Mundo de Ginástica
Rítmica, abrindo em estilo um mês que ainda incluirá a recriação histórica Um Dia na Pré-História, a decorrer no dia 13 de maio no Centro Interpretativo dos Monumentos Megalíticos de Alcalar, a que seguirá a Algarsafe’23 – Feira Internacional de Proteção Civil e Socorro de Portimão (de 18 a 20).
Junho arranca com a abertura da época balnear e com as Marchas e Santos Populares, que animarão o concelho entre os dias 2 e 30, antecipando mais uma edição do Afronation (28 a 30 de junho na Praia da Rocha), o maior festival de «afrobeats» do mundo, que regressa com grandes cabeças-de-cartaz, como o cantor nigeriano Burna Boy, a estrela de hip-hop norte-americano 50 Cent e o rapper francês Booba, entre muitos outros. Quanto a julho, vai ser vivido em pleno com sugestões para todos os
gostos, do Rolling Loud (5 a 7 na Praia da Rocha), o maior festival de hip-hop, onde atuarão Travis Scott, Playboi Carti e Meek Mill, entre muitos outros, passando pelo Lota Cool Market (5 a 9 de julho na zona Ribeirinha de Portimão, com muito artesanato, food trucks, DJ's, concertos e animação para toda a família, até à World Press Photo (27 de julho a 15 de agosto na antiga Lota), a maior exposição de fotojornalismo do mundo, que dará a conhecer os vencedores da edição de 2023.
Segue-se, de 1 a 6 de agosto, mais uma edição do Festival da Sardinha na zona ribeirinha de Portimão, marcado por noites de boa comida e animação musical a cargo de grandes nomes da música portuguesa (dia 1 – Carlão; dia 2 – Áurea; dia 3 – André Sardet; dia 4 – Virgul; dia 5 –
Cuca Roseta; dia 6 – Tony Carreira) numa festa de cariz popular que marca o Verão algarvio. Ainda no primeiro dia do mais popular evento gastronómico da região vai ter lugar a já tradicional descarga da sardinha. Entre 2 de agosto e 10 de setembro, o TEMPO – Teatro Municipal de Portimão será palco do espetáculo «Cinderela, O Musical dos Seus Sonhos» produzido por Filipe La Féria, uma superprodução inteiramente original, com a fantasia e a alta qualidade artística do Teatro Politeama, merecendo igualmente uma menção o Festival Mar Me Quer (10 a 12 de agosto na zona ribeirinha de Portimão), com artistas de nomeada, e a International Masters Futsal (22 a 27 de agosto no Portimão Arena), juntando os principais da modalidade, o que garante jogos de elevado nível competitivo.
Para setembro, as propostas passam pelo desfiles, concertos, oficinas e masterclasses do festival Dias da Percussão (15 a 17), pelas Jornadas do Património «A Cultura sai à Rua» (dia 23 na Mexilhoeira Grande), pelo Mundial de Superbikes (29 de setembro a 1 de outubro no Autódromo Internacional do Algarve) e pela Grande Corrida de Rolamentos da Mexilhoeira Grande (30 de setembro a 1 de outubro), enquanto outubro será pautado pelo Campeonato do Mundo de Vela Adaptada – Classe HANSA (14 a 21 na Marina de Portimão), pela competição ELMS – Le Mans Series (20 a 22 no Autódromo Internacional do Algarve), pelo FunDay Halloween (28 a 29
no Portimão Arena), pelo MEO XL Games World (28 de setembro a 1 de outubro também no Portimão Arena) e pela 25.ª Subida Internacional de Canoagem do Rio Arade (dia 29).
Toda esta dinâmica terá continuidade em novembro, com os seguintes eventos: Feira de São Martinho (3 a 12 no Parque de Feiras e Exposições de Portimão); 8.º Festival Internacional de Piano do Algarve (dia 11 no TEMPO); e a peça de teatro infantil «Falas Estranhês?» (dia 26 no TEMPO). Por fim, 2023 encerrará da melhor forma com a programação d’«Um Sonho de Natal» (1 de dezembro a 6 de janeiro de 2024), com dias de pura fantasia para toda a família e vivências
únicas em locais emblemáticos da cidade, o espetáculo para os mais pequenos «Panda e os Caricas» (dia 2 no Portimão Arena), a final da competição nacional «Portugal a Dançar» (dia 10 no Portimão Arena), o início das comemorações oficiais do primeiro centenário de elevação de Portimão à categoria de cidade, que se prolongarão até 11 de dezembro de 2024 e a festa do Ano Novo (29, 30 e 31 de dezembro em Portimão, Alvor e Praia da Rocha), com muita música e um espetacular fogo de artifício. Também no dia 2 de março, a autarquia divulgou publicamente a Estação Náutica de Portimão, que faz parte da Rede de Estações Náuticas de Portugal, no âmbito do trabalho que vem desenvolvendo em termos da oferta local ligada ao mar.
Também o Município de São Brás de Alportel deu a conhecer o potencial turístico do seu território entre 1 e 5 de março na BTL. Natureza, cultura, património, gastronomia, história, tradições e experiências foram promovidas pelo Gabinete Municipal de Turismo no stand integrado no Espaço Algarve, com particular destaque para as novidades, como a Casa da Serra e a Casa Memória da EN2. Este foi também o momento escolhido para divulgar a edição de 2023 da Feira da Serra de São
Brás de Alportel, que regressa entre 27 e 30 de julho, assim como para a apresentação da Rota da Memória de São
Brás de Alportel, um novo produto turístico que estará disponível aos visitantes já no próximo Verão e que
convida a uma descoberta interessante do território.
A amêndoa vai ser o produto estrela da Feira da Serra deste ano, revelou o presidente da Câmara Municipal de São Brás de Alportel, Vítor Guerreiro. “Rainha da doçaria, que hoje representa o setor industrial mais dinâmico do concelho e com maior expressão na região, a amêndoa será a convidada especial desta edição que promete continuar a inovar a tradição”, referiu. Ao longo de quatro dias plenos de emoção para a família, a Feira da Serra continua a ter na receita do seu sucesso o artesanato, a gastronomia e a animação em cinco espaços diferentes.
A apresentação da Rota da Memória de São Brás de Alportel coube à VicePresidente Marlene Guerreiro. “Uma rota com o Tempo, por destino, por veredas da saudade”, descreveu, apontando que este é um projeto nascido no âmbito da estratégia que o Município tem prosseguido, passo a passo, para valorizar a memória, enquanto riqueza maior da comunidade. Esta rota convida a conhecer o Espaço Memória do Município, a Casa Memória da EN2, a Casa da Serra, o Centro Museológico do Alportel, o Moinho do Bengado, o Espaço Memória do Sanatório Vasconcelos Porto, a réplica artística do Hidroavião Santa Cruz, o Centro Explicativo e de Acolhimento da Calçadinha, bem como o Museu do Traje, o Largo de São Sebastião e a Avenida da Liberdade e
ainda a original Exposição Circular «Da Roda do Tempo ao Tempo da Roda» que está patente no Terminal Rodoviário «Circular».
A Rota integrará ainda o futuro Pólo Museológico «Escola Museu» que vai estar patente no Centro de Artes e Ofícios, antigo Palácio Episcopal. Além destes espaços com gestão municipal, estão ainda englobados nesta rota os projetos privados do Núcleo Museológico do Automóvel, uma interessante coleção familiar de veículos patente na Rua José Dias Sancho e do Núcleo Museológico das Máquinas de Escrever, patente em plena Avenida da Liberdade, que dá a conhecer uma coleção de mais de mil máquinas de escrever. Marlene Guerreiro
explicou ainda que esta rota tem por objetivo incluir outros espaços significativos do concelho, como sejam o São Brás CineTeatro Jaime Pinto e o Mercado Municipal. “Este projeto surgiu de forma espontânea e informalmente, à medida que mais um espaço ia sendo reabilitado e mais uma porta reabria, deixando ver mais um recanto da História do concelho e da sua gente. Um projeto que nasce da vontade do município – partilhada pela comunidade – de guardar a sua Memória, um tesouro de todos”, reforçou .
Espaço Multifuncional Envolvente à Casa do Sal foi inaugurado pela
Ministra da Coesão Territorial
Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina obra de requalificação da Envolvente à Casa do Sal, em Castro Marim, foi inaugurada, no dia 1 de março, pela Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, e pelo presidente da Câmara
Municipal de Castro Marim, Francisco Amaral, numa cerimónia que contou igualmente com o presidente da CCDR Algarve, José Apolinário, a Diretora
Regional de Cultura do Algarve, Adriana Nogueira, os vereadores do Município de
Castro Marim, Filomena Sintra e João Pereira, e o presidente da Junta de Freguesia de Castro Marim, Nuno Emídio.
A intervenção representou um investimento total de 1 milhão de euros e foi financiada no âmbito do Programa CRESC Algarve 2020 [Prioridade de Investimento 6.5], um projeto incluído no Plano de Ação – PARU, apoiada por Portugal e pela União Europeia e cofinanciada a 65 por cento pelo FEDER. E Filomena Sintra, vice-presidente da Câmara Municipal de Castro Marim, prontamente admitiu que, sem este
apoio, seria impossível concretizar uma obra “muito importante para a dinâmica da vila, porque a parte antiga estava desligada da parte funcional, onde se encontra a escola, o centro de saúde e o complexo desportivo”. “Os concelhos mais pequenos do Algarve ainda não possuem as estruturas necessárias para responder aos novos desafios que se colocam, nomeadamente com a transferência das competências, se quisermos acompanhar o comboio que estamos obrigados a seguir.
Precisamos ser ajudados e fico feliz por sentir que esta Ministra está disponível para isso”, afirmou.
No uso da palavra, Francisco Amaral mostrou-se bastante feliz por ver finalmente tornada real esta requalificação e pediu desculpas à população pela demora “numa obra que sofreu várias vicissitudes, desde o boicote propositado por uma maioria de oposição, passando pelo efeito nefasto de dois anos de pandemia e até os efeitos da guerra aqui se fizeram sentir”. O presidente da Câmara Municipal de Castro Marim revelou que esta era uma das intervenções urbanísticas mais desejadas na vila de Castro Marim e enfatizou a importância dos fundos comunitários na estratégia local de investimento, sobre a qual destacou a requalificação do Castelo, a renovação da rede de água e saneamento
básico da vila, que tem mais de 60 anos, e o avanço da Área de Negócios do Sotavento Algarvio, aproveitando a proximidade com Espanha e a centralidade entre os Aeroportos de Sevilha e Faro. “Castro Marim tem duas freguesias de serra – Odeleite e Azinhal – e toda a serra algarvia, desde Aljezur a Castro Marim, a partir da década de 60 desertificase e envelhece e o êxodo da população para a beira-mar origina um litoral hiper povoado e com cada vez menos qualidade de vida. Urge desenvolver este Algarve de um modo mais harmonioso e equilibrado”, apelou o autarca.
Francisco Amaral lembrou que, neste concelho em particular, existe uma boa via rápida que liga a serra ao litoral, o IC27, e que a grande maioria das povoações já possui água potável domiciliária, mas persistem dois obstáculos à fixação de pessoas, sobretudo dos mais jovens, um deles a falta de rede de telemóvel e internet. “Por outro lado, precisamos de legislação mais facilitadora para quem pretende construir uma simples casinha numa povoação da serra, porque a vigente, complicada como é nas suas nuances, dificulta a fixação no interior e estimula o êxodo para as áreas metropolitanas. A falta de habitação é sentida diariamente e, em Castro Marim, a situação é ainda mais séria, devido aos
muitos estrangeiros que, aproveitando os benefícios fiscais, compram e alugam todas as casas disponíveis”, apontou Francisco Amaral. “Com a ajuda do governo, da União Europeia e do investimento privado, estão criadas as condições para que Castro Marim, para além de ser
uma terra com um passado histórico invejável, venha a ser uma terra com um futuro risonho para os seus filhos e para quem aqui queira trabalhar e viver”, rematou.
Na sua intervenção, Ana Abrunhosa enalteceu uma intervenção “que devolve aos castro-marinenses
uma zona nobre da vila que o tempo tinha deixado
descaracterizar”, elogiando o trabalho e a resiliência da equipa envolvida nesta requalificação e a estratégia de Castro Marim no desenvolvimento do território.
“Castro Marim não é apenas um concelho com um passado, mas um território com um futuro”, declarou a Ministra da Coesão Territorial,
garantindo que no próximo Quadro de Apoio Comunitário haverá também o esforço e a sensibilidade para perceber as especificidades do território de Castro Marim. “É para isso também que existem os fundos europeus, para tratarmos diferente o que é diferente”.
Relativamente à estratégia de intervenção no Castelo de Castro Marim, cuja próxima etapa passa por um investimento que ronda os 10 milhões de euros e que se prevê em três fases –requalificação do anel viário,
consolidação da estrutura amuralhada e reabilitação/requalificação do interior do castelo – assim como a questão da área de acolhimento empresarial, a governante respondeu que “não são obras impossíveis, são obras que estão perfeitamente ao nosso alcance de fazer”. “São os autarcas, as pessoas e as entidades que estão nos locais que sabem o que é melhor para o desenvolvimento dos seus territórios e a nós, governo, compete-nos acompanhar, ajudar
a encontrar soluções, a fazer parcerias, porque precisamos de todos os ministérios e entidades a olhar e trabalhar em conjunto. E Castro Marim tem uma estratégia, sabe o caminho que quer percorrer, fez as suas escolhas tendo em conta os fundos disponíveis”, destacou Ana Abrunhosa. “Considerem-nos parceiros nesse caminho, um caminho que nunca se acaba, que se vai fazendo, porque as necessidades das populações também vão evoluindo”, reforçou. “Este é o Algarve das tradições preservadas
que passaram de geração em geração, da paz e da cultura, da beleza serena, onde nos podemos encontrar com a história e o património, aninhado entre um castelo e um forte, envolvido pelo Rio Guadiana, mesmo ao lado do oceano. Este Município tem apostado na requalificação e modernização do seu território, aproveitando ao máximo os incentivos e apoios europeus para fazer as obras necessárias para o reforço da sua competitividade”, concluiu .
Ministro da Saúde inaugurou ampliação do Centro de Saúde de Almancil
Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina e Jorge Gomes o dia 1 de março, o Ministro da Saúde Manuel Pizarro visitou alguns investimentos em curso no concelho de Loulé que reafirmam que, neste território, o Serviço Nacional de Saúde encontra-se de boa saúde e que a parceria entre a administração central e local tem sido determinante.
a nova sede regional do INEM, edifício que terá como vizinhos o Quartel de Bombeiros e o Heliporto Municipal. A obra encontra-se em fase de acabamentos, prevendo-se a sua inauguração para o mês de julho, num investimento de 1,8 milhões de euros
Na parte da manhã, o Ministro da Saúde esteve no local onde está a ser construída
extraordinárias” que incluirão um espaço para o CODU – Centro de Orientação de Doentes Urgentes, há alguns anos afastado da região, um Gabinete de Coordenação de Enfermagem, estruturas de formação,
“numas instalações
assim como uma área de logística e de operações.
Com 42 meios de emergência préhospitalar em permanência, número que pode chegar aos 52 nos períodos de maior necessidade, o Algarve é, segundo palavras de Manuel Pizarro, “uma região onde é difícil a planificação de recursos”. Isto porque, além dos residentes, “uma gigantesca população que procura a região sobretudo para fins turísticos obriga a um esforço grande de adaptação” “Não tenho nenhuma dúvida que a nova sede regional do INEM vai reforçar muito as nossas condições de operação no dia-adia e a atração dos profissionais que nos faltam para termos uma
resposta ainda mais robusta”, considerou durante a visita à obra.
De seguida, e acompanhado por técnicos e responsáveis do Município de Loulé e do INEM, Manuel Pizarro foi ver de perto o local onde se encontra instalado o helicóptero do INEM. O Heliporto Municipal está neste momento a ser ampliado, por forma a permitir que futuramente ali operem seis aeronaves. São 2,6 milhões de euros para melhorar esta infraestrutura fundamental na área da emergência médica e do socorro.
Da parte da tarde, a população de Almancil aguardava em peso o responsável governamental à porta da Extensão de Saúde para inaugurar o novo espaço requalificado. Um momento que, como notou o autarca Vítor Aleixo, trouxe à memória a inauguração da sede da Junta de Freguesia de Almancil, no ano de 2001, pelo então PrimeiroMinistro António Guterres.
Foi no primeiro piso deste imóvel que durante anos funcionaram os serviços da Junta, enquanto que o piso térreo esteve desde sempre destinado à saúde. Agora, todo o edifício localizado na Rua Manuel dos Santos Vaquinhas passa a albergar a Extensão de Saúde de Almancil. Numa área total de 200 metros quadrados, a ampliação das instalações da saúde contemplou a criação de uma sala de espera, de um balcão de atendimento e
de oito gabinetes médicos. “A população de Almancil merece. É uma população jovem, com muitos imigrantes, muitas pessoas que não têm raízes na terra, e os cuidados de saúde são extremamente importantes”, disse Vítor Aleixo, que agradeceu também o apoio da Junta ao possibilitar que a obra fosse feita.
Por sua vez, o Ministro da Saúde realçou a iniciativa da Autarquia, que custeou a totalidade dos trabalhos, em perto de 300 mil euros. E, perante uma plateia composta maioritariamente por quem ali trabalha e por utentes, sublinhou a importância desta intervenção em termos de “condições para que os profissionais trabalhem melhor, com mais segurança e mais
Neste momento inaugural, o presidente da Câmara Municipal de Loulé transmitiu ao Ministro da Saúde uma mensagem do responsável desta unidade, o médico Diogo Dias, relativa ao pedido de “mais médicos e enfermeiros”. Em resposta, o responsável governamental garantiu: “Estaremos atentos a isso e daremos resposta, sem dúvida nenhuma”. Mas colocou a tónica também na necessidade de aumentar a formação de profissionais, nomeadamente com o reforço da Faculdade de Medicina da Universidade do Algarve. “Em 2022, admitimos nos hospitais e centros de saúde
do Algarve o maior número de sempre de jovens internos em formação, quer na geral, quer nas especialidades. O primeiro passo para os fixar é formá-los cá. Temos que criar mecanismos de atração”, defendeu o governante.
As palavras do Ministro da Saúde estão em consonância com alguns dos projetos estruturantes que a Autarquia de Loulé tem vindo a preparar nos últimos anos e, durante o seu discurso, Vítor Aleixo enfatizou as “metas extremamente ambiciosas do Município no campo da saúde, nas áreas da investigação médica e clínica e da investigação do envelhecimento ativo”, no âmbito dos dois projetos
qualidade, e para que as pessoas sejam melhor atendidas”.
nascidos da parceria estratégica do ABC –Algarve Biomedical Center com o Município de Loulé, um em Loulé, outro em Vilamoura.
Fruto de mais uma parceria entre a Autarquia e o Ministério, este périplo de Manuel Pizarro pelo concelho de Loulé teve ainda uma passagem pela obra da Unidade de Saúde de Loulé. Este avultado investimento público, na ordem dos 5 milhões de euros, valor repartido pelo governo local (65 por cento) e governo central (35 por cento), terá várias respostas: a valência administrativa do
ACES Central; a Unidade de Saúde Familiar «Lauroé», que, como recordou o Presidente da Câmara, “funcionou durante anos em contentores”; a Unidade de Cuidados à Comunidade «Gentes de Loulé»; e um Centro de Saúde Universitário, em articulação com a Universidade do Algarve, que será o primeiro do país. O Ministro quis ainda observar, logo ali ao lado, como funciona o Centro de Saúde de Loulé, um dos principais da região, tendo percorrido alguns dos espaços e trocado impressões com profissionais e utentes .
António Costa encerrou em Sagres dois dias de «Governo Mais Próximo»
Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina
Primeiro-Ministro
António Costa inaugurou, no dia 2 de março, o Centro Expositivo da Fortaleza de Sagres, um espaço interativo e multimédia dedicado aos Descobrimentos Portugueses e à figura do Infante D. Henrique e como estes se relacionam com Sagres e a Fortaleza.
Presente na cerimónia, a presidente da Câmara de Vila do Bispo, Rute Silva, aproveitou a ocasião para lembrar a António Costa que a Vila de Sagres e o Cabo de São Vicente são um dos pontos mais visitados de Portugal, no entanto, as condições de acessibilidade e circulação não são as melhores, pelo que reforçou a importância do apoio do governo central na urgente requalificação da Estrada Nacional 268, no troço que marca a entrada da Vila de Sagres, intervenção
que contribuirá determinantemente para a melhoria da qualidade de vida da população e das condições de acolhimento de quem visita o concelho. Rute Silva salientou também a importância do Centro Expositivo para este território, que conjuntamente com o Museu Municipal de Vila do Bispo – o Celeiro da História, “constituirão autênticos fóruns de cultura assentes em genuínas narrativas museológicas, que contribuirão para a diversificar a oferta sociocultural e turística do concelho”. Por fim, a autarca manifestou a sua disponibilidade em colaborar numa estratégia comum, “com vista à potencialização integrada e à promoção estruturada da oferta cultural do concelho de Vila do Bispo”. Nesse
sentido, desafiou a Direção Regional de Cultura do Algarve para o estabelecimento de um protocolo de cooperação institucional no âmbito da museologia e da rede de museus e centros de interpretação locais.
Na inauguração, o Ministro da Cultura Pedro Adão e Silva recordou que o Centro Expositivo da Fortaleza de Sagres foi um investimento bastante significativo, de quase quatro milhões de euros, possível graças aos fundos europeus e aos fundos ligados ao turismo, e elogiou a atenção que tanto a Câmara Municipal de Vila do Bispo como a CCDR Algarve deram a este projeto. “Olhamos muitas vezes para a cultura pela perspetiva da fruição individual, mas a cultura é, naturalmente, também um fator de desenvolvimento e diferenciação dos territórios e de
construção da nossa identidade coletiva, da forma como nos imaginamos enquanto comunidade. E, por isso, não podemos olhar para o património como um arquivo morto”, defendeu o governante.
Pedro Adão e Silva sublinhou igualmente o papel de Sagres na construção da identidade coletiva de Portugal. “Os Descobrimentos e a Expansão Marítima são uma história de erros e de ensaios, da nossa abertura e disponibilidade para a diversidade, e da relação de Portugal com o Mundo. Precisamos de mais exemplos como o de Sagres, em que recuperamos a relação do país com
o seu património, e uma das prioridades deste governo é precisamente investir nele”, frisou o Ministro da Cultura, lembrando a reorganização da Direção-Geral do Património para lhe conferir instrumentos de maior agilidade na gestão dos museus e monumentos nacionais, na melhoria e diversificação da oferta e no estímulo das suas receitas próprias.
A encerrar a cerimónia, o PrimeiroMinistro António Costa efetuou um pequeno balanço do que foram estes dois dias de «Governo Mais Próximo» no Algarve. “Este espaço é um excelente exemplo de como o desenvolvimento regional, o desenvolvimento do território, a nossa coesão, passa também pela
valorização destes elementos culturais. Uma das decisões hoje tomadas no Conselho de Ministros sobre a reforma que fizemos nas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional passa precisamente pela valorização da cultura como elemento estratégico do desenvolvimento de cada uma das regiões”, afirmou António Costa, algo que é ainda mais importante no Algarve, cuja oferta turística precisa diversificar-se e tornar-se muito mais do que o conhecido produto «sol e mar». “Há um desafio importante pela frente, um trabalho conjunto com os autarcas em matéria de ordenamento do território, para compatibilizar aquilo que são as necessidades de criar melhores
condições para quem vive e trabalha no Algarve, convivendo com o esforço acrescido que temos que fazer para proteger os nossos recursos naturais, uma riqueza essencial desta região, mas também para defender uma condição essencial de diversificação da base económica do Algarve – a água – essencial à vida humana e para valorizar o potencial agrícola e florestal desta região”, declarou.
António Costa reconheceu que continuam a existir alguns problemas estruturais no Algarve, nomeadamente relacionados com as acessibilidades e os cuidados de saúde, mas avisou estar-se num ponto de viragem e perante
oportunidades raras. “O Algarve já há dois quadros comunitários, pelo menos, que não é considerado uma região de coesão e, por isso, foi fortemente penalizado na atribuição de fundos comunitários. No atual Portugal 2020, que está agora a concluir-se, o Algarve teve acesso a 318 milhões de euros e a sua obra mais marcante será, porventura, a eletrificação da Linha do Algarve. Neste momento, só através do Plano de Recuperação e Resiliência já estão contratualizados no Algarve, sobretudo nas áreas da saúde, das
infraestruturas, de capitalização e inovação empresarial, 283 milhões de euros e, no Portugal 2030, o Algarve virá a dispor de 780 milhões de euros”, evidenciou o Primeiro-Ministro. “Precisamos estar todos focados em aproveitar estas oportunidades para dar passos que, de outra forma, dificilmente conseguiríamos dar. E seria difícil encontrar um lugar mais inspirador para partir para esta aventura do que Sagres. Acho que temos boas razões para estarmos confiantes”.
VALETE LEVOU CINETEATRO LOULETANO À LOUCURA
Cineteatro Louletano esgotou por completo, na noite de 4 de março, para assistir ao concerto de Valete, um dos mais ilustres artistas do panorama musical do Rap e Hip-Hop nacional e que este ano celebra duas décadas de uma carreira preenchida de êxitos, irreverências e audácias.
Depois de dois megaconcertos nos Coliseus de Lisboa e Porto, o ativista, historiador, contador de histórias e filósofo trouxe a Loulé um espetáculo em que se reviveram os seus maiores sucessos, mostrando também os novos singles que explodiram dentro da cena musical de língua portuguesa. E a resposta foi o público algarvio todo de pé, a cantar de braços no ar e sorriso nos lábios .
«PONTO DE FUGA» DO LAC
PATENTE NA ASSOCIAÇÃO 289
stá patente, na sede da Associação 289, no Sítio Pontes de Marchil, à entrada de Faro, «Ponto de Fuga», exposição coletiva que resulta do Programa de Residências Artística do Laboratório de Actividades Criativas (PRALAC), nas tipologias de projetos de longa e curta duração, bem como a mostra de obras que integram o acervo do LAC, de Lagos, como resultado dos projectos ARTURb, «KICK in The EYE» e «ROOTS».
O PRALAC promove o desenvolvimento de projectos que estimulem a criação dentro das várias áreas artísticas. Pretende-se atrair para o espaço do LAC propostas que evidenciem abordagens contemporâneas, que estabeleçam conexões com a cidade onde o LAC se
encontra, designadamente Lagos, promovendo o intercâmbio com outras realidades, entrecruzando experiências de criadores de diversas origens, que venham a desenvolver projectos artísticos, de qualquer género, individuais ou coletivos, cujas necessidades de espaço se compatibilizem com as disponibilidades oferecidas. O PRALAC pretende igualmente promover a investigação dentro das áreas artísticas, proporcionando para tal o acesso ao Centro de Documentação disponível nas instalações, potenciando a criação de nova documentação que ficará acessível ao público.
O ARTURb é um projeto único no Algarve que envolve alguns dos nomes mais importantes da arte urbana. É composto por um período de residência artística no LAC, seguida de uma
exposição no mesmo local e de diversas intervenções de arte pública pela cidade de Lagos, visitas guiadas e o lançamento de catálogo.Durante o período de residência artística, os artistas têm toda a liberdade para desenvolver o seu trabalho no interior e exterior do espaço coletivo do LAC (antiga cadeia de Lagos) que está disponível para qualquer intervenção, adaptação ou criação artística.
ARTURb é um conceito de arte em digressão e de intercâmbio artístico nacional e internacional com base na presença participativa, na vivência e convivência local. Este evento possibilita a troca de ideias, a apresentação de novos conceitos, o confronto de realidades estéticas e culturais, a experiência pouco comum e a livre circulação da arte. O objetivo é criar sinergias de descentralização entre o
talento e a participação artística, de modo a incentivar e acrescentar valor ao turismo cultural da cidade de Lagos.
O ROOTS é um projeto que pretende abordar o tema da escravatura através de uma visão contemporânea, criando novas rotas e fluxos transculturais, através da reflexão da diversidade cultural dos países outrora colonizadores e colonizados e as suas influências na criação de uma miscigenação global e plural, questionando e identificando as raízes desse processo. Partindo da descoberta de um «cemitério» de antigos escravos – tratando-se na realidade de uma «lixeira» com 155 esqueletos amontoados uns sobre os outros no Vale da Gafaria – o LAC decidiu levar a cabo o ROOTS, convidando artistas das artes plásticas, música, dança e performance para, em residência artística,
desenvolverem um trabalho que tenha como ponto de partida a realidade esclavagista, sendo estes livres para desenvolverem o seu trabalho, individual ou coletivamente.
ROOTS remete-nos duplamente para o significado original da palavra, quer no sentido de ter sido o escravo arrancado das suas raízes ancestrais, quer para as raízes que, com o passar do tempo e de sucessivas gerações, foram criadas nos países de destino moldando a sua identidade cultural contemporânea como, por exemplo, se torna evidente nos casos do Brasil e Cabo Verde. Remete-nos ainda para a ideia de rota, percurso e viagem, porta de partida e de chegada, de que Lagos é exemplo e participante ativo.
Em 2017, o projeto regressou a Lagos para, a partir do lugar inicial do projeto, reforçar o seu pendor internacional e preparar-se para atingir outros continentes e outras realidades culturais, equacionando, a partir de novas e diferentes perspetivas, as dimensões, quer históricas, quer contemporâneas, do fenómeno da escravatura, suas causas e/ou consequências políticas, sociais, económicas e culturais. Futuramente, pretende-se estimular a que sejam realizadas residências artísticas/ eventos no âmbito desta temática, através dos diversos contactos com a massa criativa dos países participantes e da experiência adquirida.
Em 2015, o LAC iniciou o projeto PINHOLE, que pretende valorizar –
redescobrindo e reinventando a imagética da Fotografia Estenopeica –um diversificado horizonte de edifícios classificados e de reconhecida importância histórica, arquitetónica e cultural, bem como desenvolver e preservar essa técnica primordial de registo fotográfico, que se afirma no panorama criativo da fotografia contemporânea pelas suas qualidades conceptuais e formais ímpares e inatingíveis de outra forma. Com a realização de fotografias estenopeicas de grandes dimensões pretende-se valorizar os elementos identitários e portadores de memórias coletivas, dos quais faz parte todo o património edificado. Nessa perspetiva, pretende-se preservar o património, contribuir para a qualificação territorial e formação de públicos, através
da criação artística. Este projeto vem na sequência lógica de inúmeras atividades de formação, criação artística e investigação na área da fotografia estenopeica desenvolvidas pelo LAC.
A exposição contempla trabalhos nas áreas das Artes Plásticas, Cerâmica, Escultura e Novos Média de A. Pedro Correia, Cruzes+Vargas, Ester Andrés, Nuno Murta, Madfildz, Patrícia Leal, Raymond Dumas, Ricardo Cruzes, Ricardo Lopes, Rui Vargas, RoMP, Sofia Fortunato, Sofia Fortunato+Cruzes e Xana, tendo A. Pedro Correia como curador e Ricardo Cruzes como cocurador. Pode ser visitada, até 2 de abril, de quarta-feira a domingo, das 11h às 13h e das 14h às 19h .
Exposição de Sara Navarro
Mirian Tavares (Professora)
Assim como tal nuvem se encontra em cima, entre ti e o teu Deus, assim deves colocar em baixo uma nuvem de esquecimento, entre ti e todos os seres criados. (…) Numa palavra, todas as coisas se devem ocultar sob a nuvem do esquecimento. O contemplativo deve, pois, renunciar a todo o pensamento analítico, mesmo aquele que tenha Deus por objecto.
(Escritor anónimo do séc. XIV)
ara Navarro é uma artista que alia a investigação à criação desde o princípio da sua formação em Belas Artes, dando continuidade a esse processo no doutoramento, em que se debruçou sobre a arqueologia e reinventou novos métodos e formas, extraídos de métodos e formas ancestrais. O seu interesse pela arqueologia revela algo que está patente na sua criação – a dimensão temporal. Pode-se dizer que é, antes de tudo, sobre o tempo que nos falam as suas obras: o tempo que se arrasta num ritmo particular, negando a correria do exigente mundo contemporâneo, o tempo arqueológico, que revela traços do presente no passado e vice-versa, e o tempo da arte, que precisa de uma temporalidade própria, que nega o ritmo vertiginoso daquilo que está fora dela e que nos convoca a um momento de meditação, de paragem, de contemplação.
E é de contemplação que fala a obra do autor anónimo do século XIV, escolhida como título, e mote, desta exposição – A Nuvem do Não-saber, ou a Nuvem do Desconhecido (The Cloud of Unknowing, no
original). A obra, considerada um guia espiritual, tem atravessado os séculos e influenciou diversos artistas ao longo do tempo. Provavelmente pela poeticidade do texto, pelo modo como o autor tenta conduzir um jovem no caminho da contemplação para encontrar, assim, Deus. A nuvem do não-saber é o que separa, e aproxima, o humano do divino. E ela não é desvendável pela palavra, o seu possível desvendamento acontece como uma revelação, que se sente, mas que dificilmente se consegue traduzir.
Além da referência mais explícita ao texto do século XIV, Sara Navarro traz, nesta exposição, um conjunto de referências literárias, passando pelo poeta Nuno Júdice, pelo filósofo contemporâneo Frédéric Lenoir e pelo Livro do Chá de Kazuzo Okakura. O que encontramos em comum, em tão diversa bibliografia, é o questionamento ou, talvez, o acento que cada um dos autores, à sua maneira, dá à questão do tempo. Do tempo outro –aquele que exige de nós uma retirada do fluxo da vida quotidiana, do olhar que já nada vê, contaminado por tantas imagens, aquele que nos fala da Alma, ou da sua possibilidade.
As obras que são aqui apresentadas, literárias e escultóricas/artísticas, exigem de nós um desligamento do mundo pragmático e uma religação ao mundo espiritual – entendendo espírito como aquilo que em nós sobra, aquilo que não conseguimos abarcar com o logos, aquilo que só a poesia, e a poética das artes, consegue dar-nos a ver.
As peças de terracota distribuem-se no espaço e criam, elas mesmas, um espaçotempo próprios, percursos de difícil circulação. Percursos que pedem, a cada um de nós, um momento de paragem, de contemplação. Só se alcança o infinito da arte, e aquilo que ela nos quer dizer, quando nos deixamos invadir pelos seus
múltiplos sentidos, pelas formas diversas e variadas que cada peça, ou conjunto de peças, assume. Pela textura, rugosidade e unicidade de cada peça, que não é repetível porque é constituída de terracota e de tempo, conseguimos entrever os textos que lhes dão nome. Devemos, para desfrutar da exposição de Sara Navarro, seguir as instruções do poeta: “Faz como o arqueólogo: separa o que te pode restituir a vida que perdeste, não porque a possa recuperar, mas porque ao ver, sobre a mesa do presente, esses fragmentos que sobreviveram, limpos do que os sujou, poderás sentir de novo aquilo que eles te deram (…)”* .
* Nuno Júdice, Regresso a um Cenário Campestre.
Imigração ou nova escravatura?
Nuno Campos Inácio (Editor e escritor)
os últimos tempos o país tem sido assolado por notícias chocantes envolvendo as comunidades imigrantes que escolheram Portugal para viver e trabalhar. Nenhuma dessas ocorrências noticiadas é inédita em território nacional, chocando-nos especialmente por ocorrerem em pleno Século XXI, num tempo em que dávamos por garantida a impossibilidade de retrocesso civilizacional e olhávamos para a escravatura como um flagelo de um passado longínquo.
Sejamos claros, o que se assiste neste momento em Portugal no que respeita a uma franja de imigrantes é o retrato da escravidão quinhentista tendo como pano de fundo o tempo e o espaço presentes. Se, em tempos idos, o escravo era comercializado por mercadores, hoje movimenta-se ao sabor das decisões de verdadeiras organizações mafiosas; se estava preso por amarras, agora prendese pela falta de documentos; se dormia ao relento ou em sanzalas, agora dorme nas ruas, coberto por papelões, ou em casas superlotadas, pagando diária por um beliche imundo; se trabalhava a troco de alimentação, agora trabalha a troco de um salário que não lhe permite sequer prover ao sustento; se era amarrado a um barrote e chicoteado, agora sujeita-se à
agressão por parte de bandos de malfeitores. A diferença entre estes imigrantes e os escravos quinhentistas resume-se a uma mera designação formal, a um preciosismo linguístico.
Como chegamos até aqui? Como permitimos a Portugal regredir na sua evolução civilizacional para séculos já ultrapassados?
Anos de crise, fuga de população e a determinação política de sucessivos governos que têm por objectivo a simples manutenção de um país pobre!
Argumentam alguns que Portugal é um país de emigrantes e que os portugueses não querem realizar as tarefas a que estes imigrantes se sujeitam. Portugal é um país de emigrantes, é um facto, porque não provê às mínimas condições de vida de uma classe média formada e esclarecida. Para a classe média, viver em Portugal é empobrecer diariamente, rumo à miséria. Para alguém que tenha ambição de vida, a única alternativa viável é abandonar o país, substituindo-se por imigrantes sem qualquer qualificação.
As regras da economia e do mercado, perante a falta de mão-de-obra, deveriam responder com o aumento salarial médio; o país deveria responder com melhores condições fiscais e sociais, que incentivassem ao regresso dos
portugueses que partiram. Em alternativa à escassez optaram por uma escravatura encoberta, que todos veem e interpretam como um mal menor, como uma necessidade nacional, esperando que se repita o cenário quinhentista do enriquecimento das elites a troco do trabalho miserável dos servos e escravos. A verdade é que o mundo mudou, Portugal apenas servirá para dar a formação básica que permita a muitos imigrantes partirem para outros países mais prósperos e o resulta será a manutenção de um Estado de miséria, ultrapassado por todos, não por os outros serem melhores, mas porque estando nas nossas mãos escolher os caminhos, optamos pelo pior: a desumanidade! .
A via crucis da pele Dora Gago (Professora)
á uns bons anos que a minha pele começou a ser abundantemente habitada de numerosos sinais, alguns deles a requererem certa vigilância, já que, resumindo, “sou uma moça com muita pinta”.
De modo que, com tanta pinta junta, além do mais, impossibilitada de sair de Macau há dois anos, devido ao fecho de fronteiras ditado pela política da Covid Zero, fui a uma consulta de dermatologia. Após uma primeira sessão, feito um exame detalhado a todos os sinais –fiquei a saber serem 32, uma bonita quantidade – fui informada de que talvez fosse melhor extrair alguns, mas não todos, sob pena de incorrer no risco de começar a assemelhar-me a uma espécie de passador. Contudo, a verdade é que o diagnóstico certeiro, objectivo, foi: “Olhe, os seus sinais são atípicos, potencialmente cancerígenos, esquisitos, olha-se ao longe e parece mesmo melanoma, mas depois, visto ao perto, já não parece tanto, até ficam assim com melhor aspecto...”. Basicamente, depreendo que os meus sinais são como as narrativas, dependem do ponto de vista: numa focalização externa são perigosos, mas numa interna já não e com a omnisciente logo se vê. Porém, segundo o médico, havia um sinal que era
mesmo preciso retirar com urgência, dada a sua perigosidade, o elevadíssimo risco de degeneração. Por isso, nessa consulta, até tirou uma fotografia dele com o meu telemóvel, depois de o assinalar com um marcador azul.
No dia em que o fui extrair, ao entrar no consultório, uma médica pediu-me o telemóvel para ver a fotografia do sinal a tirar. De seguida, desenhou-me, no braço, à volta dele, mais uma bolinha azul com o marcador. No momento em que ia iniciar a cirurgia, entra o outro médico com quem tivera anteriormente a consulta e envolveram-se numa acesa discussão, porque afinal o sinal não era aquele. Depois, desapareceram com o meu telemóvel e a fotografia, informando que iam comparar com o exame do computador. Ah, os momentos de serenidade que sentimos, numa maca, após uma anestesia local, ao percebermos que ninguém sabe muito bem o que acontecerá a seguir. Por fim, a médica, evidenciando um talento assustador para a costura, extraiu-me um sinal pequeno, mas que motivou inúmeros pontos, a desenharem uma vindoura cicatriz à Rambo. Terminada a cirurgia, recebo um misterioso papel a indicar a ida a um centro de saúde, daí a duas semanas para retirar pontos. Acho estranho, pergunto se não preciso de ir antes para tratar, desinfectar, etc. Respondem que será melhor ir no dia seguinte.
Para regressar a casa, apanho um táxi e o taxista, talvez por eu ser ocidental, o que em terras de Macau é sinónimo de portadora de Covid (embora os ocidentais não possam sair de Macau, território livre de tal peçonha), abre todos os vidros, apesar do frio de Novembro. Felizmente, graças ao cinto de segurança consigo não voar por nenhuma janela, mas chego a casa com uma forte dor de garganta, por isso, tomo ibuprofeno.
Telefono a uma amiga que também extraíra recentemente um sinal com biópsia. Estranhou o facto de eu não ter
recebido nenhum guia de tratamento, prometendo que no dia seguinte me enviaria a foto do dela, para eu saber os cuidados a ter.
No dia seguinte, recebo a foto, sendo a primeira recomendação: “Não tomar ibuprofeno, visto aumentar o risco de hemorragia”. Portanto, já que sobrevivi ao ibuprofeno, fui fazer os tratamentos ao centro de saúde, onde estranharam muito as bolinhas azuis entre o sinal retirado e o outro candidato à excisão mas, afinal, preterido.
Passado um mês, recebo o resultado da biópsia: uma boa notícia anunciada da forma mais lúgubre possível, pois “o resultado é negativo, mas olhe que qualquer um dos outros 31 sinais pode ser cancerígeno”. Na verdade, como sabemos, negativo é o contrário de positivo, estar vivo é o contrário de estar morto e assim sucessivamente. Não deixa de ser tranquilizador saber que, escondida atrás de uma boa notícia, existem, pelo menos 31 hipóteses para uma má. E sabem que mais? Prefiro sentir-me aliviada com a boa nova e, ao menos temporariamente, porque sabemos que tudo na vida é transitório, considerar como vírgulas, alguns dos pontos finais que habitam a minha pele. De qualquer modo, continuarei, literalmente, com muita pinta .
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