REVISTA ALGARVE INFORMATIVO #379

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ALGARVE INFORMATIVO 18 de março, 2023 #379 «VIAGEM AO CENTRO DA TERRA» | «A MINHA MORTE» | «EC WONDERLAND» TAÇA DE PORTUGAL DE BMX RACE | «FILHO DA MÃE» | LUÍSA SOBRAL
EM LAGOA COM BEATRIZ GOSTA
LOUCURA

ÍNDICE

A «nova» Lota de Alvor (pág. 22)

Centro de Simulação Clínica da Universidade do Algarve (pág. 30)

Taça de Portugal de BMX Race em Portimão (pág. 38)

«EC Wonderland» no Salgados Palace (pág. 50)

«Resort» de Beatriz Gosta no Auditório Carlos do Carmo (pág. 76)

«Viagem ao Centro da Terra» no Auditório do Solar da Música Nova (pág. 86)

«A minha morte» no Cineteatro Louletano (pág. 98)

Luísa Sobral no Centro Cultural de Lagos (pág. 108)

«Filho da Mãe» no Teatro Municipal de Portimão(pág. 118)

OPINIÃO

Adília César (pág. 128)

Fábio Jesuíno (pág. 130)

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«Nova» Lota de Alvor dignifica as origens, o presente e o futuro de Alvor

Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina

oi inaugurada, no dia 11 de março, a requalificação da Lota de Alvor, depois de ter sido alvo de trabalhos de restauro e conservação a cargo da Câmara Municipal de Portimão no sentido de a tornar um espaço privilegiado de valorização patrimonial e dinamização cultural desta vila e das suas gentes. A renovada lota está, assim, preparada para homenagear a comunidade de Alvor e a riqueza do seu património marítimo, passando a dispor de um quiosque interativo que facultará aos visitantes o

acesso a informações detalhadas sobre a matriz identitária da histórica vila.

Para este efeito, o imóvel beneficiou de uma importante intervenção, de acordo com o projeto de requalificação iniciado em 2022 pelo Município de Portimão, ao abrigo do programa MAR2020. A inauguração do edifício, propriedade da Docapesca, integrou as celebrações dos 35 anos de elevação de Alvor à categoria de vila, um motivo extra de satisfação para Ivo Carvalho, presidente da Junta de Freguesia de Alvor. “Estamos num espaço que em muito dignifica a nossa freguesia, a nossa

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população, as nossas origens, o presente e o futuro. A lota antiga ficará para sempre nos nossos corações e este espaço eterniza as memórias da nossa comunidade, dos nossos lobos do mar. É hoje mais acessível a todos, porque cuidamos dos nossos, e esta parede de vidro não é uma simples questão de estética. Não queremos que os ventos de norte prejudiquem aqueles que aqui passam as suas tardes e que mantém as tradições e as conversas dos homens do mar”, evidenciou Ivo Carvalho.

Um marco emblemático dos alvoreiros que ganhou uma nova vida mercê de um trabalho iniciado em maio de 2022 e

orçado em 234 mil euros, dos quais mais de 198 mil euros foram de comparticipação comunitária. “A pesca hoje enfrenta desafios diferentes, sendo o maior deles, sem dúvida, garantir a saúde dos oceanos. Se assim não o fizermos, daqui a 20 ou 30 anos haverá no mar mais plástico do que peixe, por isso, este espaço identitário da atividade da pesca convive bem com outros procedimentos e outras práticas que procuram sensibilizar para a recolha dos resíduos”, referiu José Apolinário, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve.

A intervenção representa um projeto fora de portas do Museu de Portimão,

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que nos últimos três anos recolheu um valioso espólio junto da população de Alvor e que em muito contribuiu para o módulo interativo agora disponibilizado. Faz também parte dos planos municipais integrar a lota e zona envolvente nos circuitos turísticos relacionados com património cultural e de natureza, sustentabilidade marítima, piscatória e ambiental ou com o ecoturismo, sendo criadas condições para pequenos passeios comentados pela Ria de Alvor sobre temas da sua história e vivências, ou centrados na rica biodiversidade local.

“Queremos dar oportunidade aos nossos cidadãos de continuarem a usufruir da lota de uma forma mais alegre e prática. Este espaço é

vosso, é para continuarem a jogar aqui às cartas, a conviverem uns com os outros”, declarou Isilda

Gomes, presidente da Câmara Municipal de Portimão, perante as muitas dezenas de populares que não faltaram ao momento de festa. “As ruas de Alvor

vêm todas desaguar aqui, é um espaço onde se podem encontrar, onde se podem fazer muitas coisas, e acho que demos uma dignidade extraordinária à Lota de Alvor. Quero continuar a ouvir tocar a sineta e que se continuem a recriar as artes de Alvor, uma vila que tem uma história fantástica e que precisamos guardar. A

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memória é fundamental, não nos podemos esquecer do que é esta população, e daquilo que ela vai ser, porque a vida não para. Hoje é um dia extremamente feliz, juntamos o antigo ao moderno e devolvemos alegria e vida a este espaço”, concluiu a edil portimonense.

Na ocasião foi ainda projetado um excerto do documentário «Os Pescadores», realizado pela RTP em 1988, entre Portimão e Alvor, que evoca a lota de Alvor em funcionamento, seguindo-se um momento musical protagonizado por alunos da Escola Básica e Secundária da Bemposta e a degustação de iguarias que fazem parte das raízes gastronómicas de Alvor,

confecionadas por um grupo de senhoras da comunidade local em representação da Associação Cultural e Recreativa Alvorense 1.º de Dezembro, com a colaboração do Restaurante Faina e do chefe Emídio Freire. Estiveram igualmente patentes fotografias da zona ribeirinha sobre atividades e lugares que ali existiram ao longo dos anos. Quanto ao quiosque interativo, inclui dados sobre a ocupação humana da zona, com algumas das principais atividades e espaços ao longo do tempo, o património material e imaterial composto pelas principais artes piscatórias locais e de exploração da Ria de Alvor, sem esquecer os imóveis históricos e a rica tradição oral e gastronómica, entre outros motivos de interesse .

Universidade do Algarve inaugurou Centro de Simulação Clínica com a presença de três ministros

Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina e Universidade do Algarve

Centro de Simulação Clínica da Universidade do Algarve foi oficialmente inaugurado, a 1 de março, na presença da Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, do Ministro da Saúde e da Ministra da Coesão Territorial, no âmbito da iniciativa «Governo Mais Próximo» e da realização do Conselho de Ministros em Faro. E, para o reitor Paulo Águas, “esta estrutura vai permitir fazer mais e melhor”, resumiu em poucas palavras.

O reitor recordou os pioneiros do projeto e lembrou que a área da Saúde tem vindo a ganhar grande expressão na UAlg. Reconhecendo que muito já foi feito, mas que muito mais há para fazer, Paulo Águas indicou que “construir um percurso sólido implica relações que não são fáceis, mas sim complexas, com todo o ecossistema da Saúde, onde existem muitos intervenientes e é necessário trabalhar em conjunto, sabendo os nossos papéis, para termos mais saúde no Algarve,

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O reitor salientou o papel desempenhado pela Universidade do Algarve, que tem uma Faculdade de Medicina e Ciências Biomédicas e uma Escola Superior de Saúde, realçando igualmente que o Centro Académico Clínico, um consórcio entre a UAlg e o CHUA, deu um impulso bastante grande ao que se faz na Universidade. Aproveitando a presença do Ministro da Saúde, Paulo Águas frisou que a área do Ensino Superior avançou mais rápido do que a da Saúde, referindo-se ao futuro Hospital Central, que foi prometido aquando da criação do curso de Mestrado Integrado em Medicina para alicerçar este projeto.

No uso da palavra, a Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, não teve dúvidas ao afirmar que o Centro de Simulação Clínica marca a diferença na região e no país. “Este é um exemplo de um projeto que não só ajuda a melhorar a formação, mas também a internacionalizar a região. Não há atividade económica competitiva sem conhecimento, sem pessoas qualificadas e sem internacionalização. Em todos estes domínios a Universidade é determinante”, declarou, referindo-se ainda a um relatório da OCDE que analisou várias regiões e os fatores de atratividade, indicando o Polo Tecnológico do Algarve, onde inseriu o Centro de Simulação Clínica, como uma

porque no fundo é isto que importa”.

das peças chave para a construção de um ecossistema tecnológico que permite captar investidores e talentos para o Algarve. “A partir de hoje, a região tem à disposição uma resposta fundamental, não só no ensino da área clínica e cirúrgica, mas também na atração de profissionais de saúde de nível nacional e internacional”, reforçou a ministra, que lançou ainda um apelo à união e à coesão, destacando a importância de se trabalhar em conjunto.

Também o Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, entende que “sem conhecimento e inovação não há futuro”. Em relação à região do Algarve, o governante considera que é muito importante não perder o foco, elogiando o percurso feito pela Universidade do Algarve, trabalhando em conjunto e em

prol de uma visão coletiva da região, numa estratégia continuada. “Vou daqui encantado com o trabalho que estão a fazer”, confessou Manuel Pizarro. Por sua vez, a Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Elvira Fortunato, acredita que “o Centro de Simulação vai permitir melhorar os cuidados de saúde prestados, em particular à população do Algarve, e vai alargar e modernizar o ensino da medicina e a investigação clínica e biomédica na Universidade do Algarve”. “Sendo uma infraestrutura crítica para o funcionamento do Mestrado Integrado em Medicina e para o apoio à formação pré-graduada e pós-graduada, servirá de incentivo para reter e atrair profissionais na e para a região”, concordou a Ministra,

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que focou ainda “a evolução da oferta formativa na Universidade do Algarve, que é também reflexo da continuidade da política de aumento gradual do número de vagas nos cursos de ensino superior da área da saúde; e a evolução dos padrões de qualidade da oferta de qualificação com vista a aumentar a atratividade do sistema, a robustecer a qualidade das aprendizagens e das competências adquiridas, assim como a diversificação e modernização do ensino da medicina”

A encerrar a cerimónia, Elvira Fortunato voltou a enfatizar que “o que falamos hoje aqui é de melhor saúde e de mais qualidade de vida” “É que

mais formação e mais investigação significa mais inovação, e mais inovação significará ficarmos mais próximos de tratamentos e cuidados de saúde que aumentam e melhoram a saúde e a qualidade de vida”, concluiu a governante.

Recorde-se que o Centro de Simulação Clínica pretende, entre outros objetivos, proporcionar ao formando o ensino da área clínica e cirúrgica, desenvolvendo uma visão crítica e construtiva a partir de múltiplas práticas relacionadas com a sua área de formação académica, que envolvem o exame físico e clínico, desde a evolução inicial da doença, até à sequência de cuidados sistematizados, passando pelo plano dos recursos para cada situação. Pretende ainda fortalecer a colaboração entre os diferentes profissionais de saúde e apostar na formação a nível nacional e internacional.

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Renato Silva e Rita Xufre dominam Taça de Portugal de BMX Race disputada em Portimão

Texto: Daniel Pina| Fotografia: Federação Portuguesa de Ciclismo

Taça de Portugal de BMX Race começou, a 11 e 12 de março, com uma jornada dupla disputada na pista de Portimão e, nas categorias principais, os vencedores foram os mesmos nos dois dias, nomeadamente, Renato Silva (Team BMX Quarteira), na superclasse masculina, e Rita Xufre (Núcleo Bicross

de Setúbal/Knowledge Inside), nas sub-23 e sub-17 femininas.

Nas provas masculinas de sábado e domingo, Renato Silva foi hegemónico e teve a oposição dos mesmos rivais nos dois dias. Bernardo Rocha (Team BMX Quarteira) foi segundo nas duas rondas e Carlos Rosado (Clube Bicross de Portimão) conseguiu o terceiro lugar em ambas as jornadas. Algo semelhante aconteceu entre as femininas sub-23 e

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sub-17. Rita Xufre foi indubitavelmente a mais forte, enquanto Matilde Melo (Linda a Pastora Sporting Clube) e Leonor Carvalho (Núcleo Bicross de Setúbal/Knowledge Inside), sempre por esta ordem, subiram ao pódio no sábado e no domingo.

Na competição masculina para maiores de 17 anos o equilíbrio foi a tónica. Francis Luiz, do Clube Bicross de Portimão, venceu no sábado, enquanto, no dia seguinte, se impôs o colega de equipa Marco Albano. Como resultado, estão os dois empatados no topo da geral da Taça. Já nas femininas com mais de 23 anos, Mónica Gaboleiro não deu hipóteses e ganhou as duas rondas.

Nas categorias mais jovens destacaramse o cadete Leonardo Carmo (Team BMX Quarteira), o juvenil André Muller (Clube Bicross de Portimão) e a sub-15 Íris Moraru (Clube Bicross de Portimão), que saíram na frente da Taça após as duas rondas inaugurais. O mesmo aconteceu a Francis Luiz (cruiser 30/39) e a Paulo Domingues (cruiser 40+). A correr em casa, o Clube Bicross de Portimão impôsse coletivamente, tanto no sábado como no domingo.

A próxima etapa dupla da Taça de Portugal de BMX Race acontece em Coimbra, nos dias 1 e 2 de abril .

EC Wonderland juntou GNR, Táxi e muito mais no Salgados Palace

Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina epois de dois anos de interrupção devido à pandemia, as loucas galas da EC Travel, do empresário Eliseu Correia, regressaram com pompa e circunstância, no dia 11 de março, com a estrondosa EC Wonderland a levar mais de 300 convidados ao Salgados Palace, em Albufeira. Como não houve festejos do 10.º e do 11.º aniversário desta DMC (Destination Management Company) fundada em 2010 e com sede em Olhão,

assistiu-se, por isso, a um género de 3 em 1 numa festa que foi uma mistura do Alice no País das Maravilhas com a Tomorrowland. “Juntamos mais uma vez a «família» da EC Travel, as pessoas com quem nos relacionamos ao longo do ano, os nossos amigos dos hotéis, das rent-a-car, dos transfers, todos os operadores que trabalham connosco no dia-a-dia. Não é uma feira das vaidades e de gala só tem mesmo o programa, a decoração e

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a comida, porque depois reina a informalidade. Somos todos iguais, independentemente do estatuto ou hierarquia”, descreve Eliseu Correia.

E se é verdade que este ritual já se repete há mais de uma década, também é verdade que os convidados continuam a ser sempre surpreendidos por aquilo que encontram assim que entram no hotel onde de realiza a gala, como um polvo gigante no hall e, logo à saída dos elevadores, Eliseu Correia sentado num trono em frente ao photowall. “Já não tenho idade para estar quase duas horas em pé a receber os amigos para a tradicional foto”, justificou-se, com um sorriso. “Já estou a pensar na 13.ª gala e a maior parte das coisas

só partilho com a equipa da EC Travel quase em cima da data, porque quero que também seja uma surpresa para eles. Estão sempre à espera de algo de louco, mas quem realmente sabe todos os detalhes é a minha esposa e o Nuno Lourenço, da Stageteam, que é o responsável por concretizar as minhas doidices. Digo-lhe, por exemplo, que quero um carrossel no quarto andar, ele abana a cabeça, mas acaba por se desenrascar”, comenta o entrevistado.

O suspense é a nota dominante até ao último momento e, mesmo tendo sido anunciada há alguns meses a presença dos Táxi e GNR, para além dos dj’s Carlos Manaças e John Aquaviva, muitos ficaram

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surpreendidos com a atuação de duas das mais conceituadas bandas nacionais de sempre numa gala privada. “Na primeira gala, em 2012, contratamos a Viviane. Depois, como em tudo na vida, é preciso criar credibilidade, porque as bandas, os grandes artistas e dj’s, querem tocar nos melhores sítios e

até nem gostam muito de participar em eventos privados. Por isso, tem que ser algo que lhes dê estatuto, que sintam que vale a pena, e isso só se conquista com o decorrer dos anos”, explica Eliseu Correia, recordando que, em galas anteriores, já atuaram nomes como Pedro Abrunhosa, UHF, Jorge Palma, Deolinda, Áurea, Carminho, inclusive os

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Nouvelle Vague vindos de propósito de França. “Esta panóplia de gente de topo que por aqui já passou é o nosso maior cartão-de-visita, um selo de qualidade. E estamos a falar de uma gala com zero apoios públicos, todo o orçamento é suportado pela EC Travel”, sublinha o empresário.

Uma organização preparada ao mínimo detalhe e que dá “uma trabalheira imensa”, admite Eliseu Correia, mas até Rui Reininho ficou admirado por encontrar um carrossel a funcionar num quarto andar de um hotel. “É uma mensagem que vai passando, circulando pelo meio, e que depois torna mais fácil a tarefa de contratar os artistas que pretendemos”, reconhece o entrevistado, confirmando ainda que os EC Travel Awards fazem mesmo parte do passado. “Vamos entrar numa nova era, numa nova fase de festas/galas. A entrega de prémios fez sentido enquanto foi uma novidade, mas eu não consigo ter um processo criativo produtivo se estiver sempre a repetir monocordicamente as mesmas coisas. O covid trouxe-nos dois anos de intervalo durante os quais tivemos tempo para refletir naquilo que é realmente importante na vida. E, depois do covid, somos todos vencedores, não faz sentido estar a distinguir este ou aquele”, salienta.

Uma festa pensada e organizada ao mínimo detalhe, mas que, este ano, ainda foi de maior responsabilidade, porque Eliseu Correia sabia que tinha alguém lá em cima, o Tonica, a ver se ele não metia os pés pelas mãos, algo que muito raramente acontece, diga-se em abono da verdade. “Foi uma guerra intensa

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dentro da minha cabeça, porque não tinha, como se imagina, muita vontade de festejar fosse o que fosse. Por outro lado, o meu pai era uma pessoa virada para a folia, espalhava alegria por onde passava, e a última coisa que ele quereria era que eu cancelasse a gala. Tive que fazer a mais difícil mentalização da minha vida para conseguir estar ali, mas toda aquela malta me deu beijos e abraços, um conforto e força tremendos”, conta, emocionado. “Foi uma noite que me ajudou num processo que vai ser longo e doloroso, foi um bálsamo para a minha alma, e tenho a certeza que o meu pai está muito contente com a forma como tudo decorreu”

Terminada a 12.ª gala, Eliseu Correia já está, conforme referido, a pensar na próxima, que deverá acontecer, mais uma vez, em fevereiro ou março. “A EC Travel festeja o seu aniversário a 30 de novembro e fazíamos a festa nessa altura para fecharmos o ano em beleza. Agora, como estramos num ciclo diferente, a festa serve de rentrée, para lançar o novo ano”, justifica, não esquecendo ainda de realçar que, à semelhança do que é habitual, a gala teve uma vertente solidária, pois os convidados são desafiados a dar uma verba para uma instituição do concelho, verba essa que depois é dobrada pela EC Travel. Desta feita, a beneficiária foi a AHSA –Associação Humanitária Solidariedade de Albufeira, com 6 mil euros .

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LAGOA FESTEJOU DIA INTERNACIONAL DA MULHER

COM «RESORT» DE BEATRIZ GOSTA

Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina

Festival de Humor de Lagoa celebrou o Dia Internacional da Mulher com o espetáculo «Resort» de Beatriz Gosta, no dia 8 de março, no Auditório Carlos do Carmo, em Lagoa.

Depois de dois anos de pandemia, de amores e desamores, de se endividar para cumprir o sonho da casa própria, de gerar e parir uma criança, de virar mãe solo, trabalhadora independente e do sector da cultura. De reconstruir uma autoestima, voltar ao ginásio e pôr mamas de silicone. De sobreviver à privação do sono, a viroses de infantário e à toxicidade das redes sociais, Beatriz Gosta precisou de parar. “Férias? Retiro? Escapismo? «Resort» pode ser tudo isso e um burnout numa hora e pouco de espetáculo. Sempre naquele equilíbrio ténue entre rir de nervoso e gargalhar até pingar na cueca. Só há uma certeza: é de perder o juízo!”, descreve a artista, que assim está de regresso à stand-up comedy com uma nova criação de sua autoria.

Após ganhar a vida através de um vídeo blog em 2015, Beatriz Gosta alcançou um lugar de destaque no meio digital, dando rapidamente o salto para a rádio e televisão. Atingiu grande notoriedade junto do público e conseguiu conquistar os corações de várias gerações com o seu jeito único de ser e abordar até os assuntos mais sensíveis. Em 2019, Beatriz Gosta subiu ao palco pela primeira vez, no Teatro Villaret, com o espetáculo «Quem acredita vai» em sucessivas apresentações esgotadas. Um sucesso imediato que a levou a percorrer o país de norte a sul, estabelecendo-a como uma das principais vozes da nova geração de humoristas portuguesas .

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MÁKINA DE CENA ESTREOU

«VIAGEM AO CENTRO DA TERRA» NO AUDITÓRIO DO SOLAR DA MÚSICA NOVA

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Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina
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Auditório do Solar da Música Nova, em Loulé, assistiu em dose dupla, no dia 12 de março, à estreia da nova produção da Mákina de Cena, «Viagem ao Centro da Terra».

Com encenação de Carolina Santos e interpretação a cargo de Ana Beatriz Lopes, André Canário e Mariana Vitorino, a peça inspira-se na conhecida «Viagem ao Centro da Terra» de Júlio Verne e conta a história de Otto Lidenbrock, professor de mineralogia excêntrico e autoritário que descobre um manuscrito antigo, escrito em rúnico. Axel, o seu devoto sobrinho, consegue decifrar a mensagem e vê-se assim arrastado para a maior aventura da sua vida, que os levará até à Islândia onde, através da cratera de

um vulcão, poderão descer até ao centro da terra.

Ao longo de 60 minutos, três adultos brincam com objetos em cima de uma mesa, desdobram-se em personagens, cenários e intervenções, “como quem mergulha na história de um livro e a sonha, ao ponto de não se distinguir manipulado de manipulador”, descreve Carolina Santos. Um espetáculo divertido e para todas as idades com dramaturgia de Patrícia Amaral, consultoria artística de Jeannine Trévidic e cenografia, figurinos e adereços de Ana Karina Inês e Carolina Santos.

A Mákina de Cena – Associação Cultural é uma estrutura financiada pela República Portuguesa através da DGArtes e pelo Município de Loulé .

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COLECTIVO 84 LEVOU «A MINHA MORTE» AO CINETEATRO LOULETANO

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Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina
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eza a história de «A minha morte», a primeira parte de «Episódios da Vida Selvagem», que num futuro próximo, após repetidas catástrofes naturais, a população mundial é reduzida ao seu mínimo e a vivência é condicionada por condições climáticas extremas. Percorre-se o quotidiano da intervenção e decisão políticas numa cidade na iminência de viver a sua última catástrofe – o desaparecimento – e que se confronta com uma decisão urgente entre duas propostas para a

sobrevivência da comunidade, ameaçada pela escassez de água.

Escrito e dirigido por Mickaël de Oliveira, «A Minha Morte» estreou em 2022 no Teatro Académico de Gil Vicente, em Coimbra, e coloca-nos numa cidade dependente de escassas reservas de água e governada pela casa de Paulo. Em palco, a defensora da proposta de êxodo, interpretada por Siobhan Fernandes, denuncia o individualismo de quem abandona a cidade, a corrupção do novo governo, a passividade da população e o absurdo da proposta vencedora .

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LUISA SOBRAL ESGOTOU

CENTRO CULTURAL DE LAGOS COM «DANSANDO»

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Texto: Daniel Pina| Fotografia: Ricardo Coelho

uísa Sobral trouxe ao Centro Cultural de Lagos, no dia 10 de março, o pop solar de «DanSando», o seu sexto álbum de originais, produzido pelo vencedor de um Grammy Latino, Tó Brandileone, e gravado entre Lisboa e São Paulo. Explorando com leveza os terrenos da pop, e sem nunca perder os tons jazzísticos, o disco é preenchido por 11 temas originais, guiados pela necessidade de cantar o amor.

A nova aventura discográfica de Luísa é um trabalho íntimo e pessoal, mas também socialmente consciente e

implicado, reunindo canções que se assumem mais luminosas e nas quais o amor é a matéria-prima. Um álbum que a autora admite “que já queria fazer há muito tempo: uma ode à vida”.

«Gosto de Ti», o primeiro single, tem-se revelado um verdadeiro hit, tendo rapidamente ultrapassado as 150 mil visualizações no YouTube.

Considerada uma das cantoras e compositoras mais importantes da nova geração de músicos portugueses, Luísa Sobral estreou-se, em 2011, com «The Cherry on My Cake», ao qual se seguiu «There’s A Flower In My Bedroom» (2013), com convidados como Jamie Cullum, António Zambujo e Mário

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Laginha, «Lu-Pu-I-Pi-Sa-Pa» (2014) e «Luísa» (2016), produzido por Joe Henry (Madonna, Elvis Costello). «Rosa», produzido por Raul Refree (Silvia Pères Cruz, Rosalía, Rocío Márquez) chega em 2018. A sua faceta de compositora também se vai destacando, criando temas para artistas como Ana Moura, António Zambujo, Sara Correia, Mayra Andrade, entre outros. Em 2017, assina «Amar Pelos Dois», tema interpretado

pelo irmão Salvador Sobral, vencedor do Festival Eurovisão da Canção. Luísa Sobral voltou a expandir os seus horizontes criativos em 2020 ao lançar um single com a cantora espanhola Zahara, e estreia «O Avesso da Canção», podcast sobre a arte da escrita de canções. No ano seguinte, revela «Camomila» (2021), miniálbum de canções de embalar .

TOURNÉE DE «FILHO DA MÃE»

PASSOU PELO TEATRO MUNICIPAL DE PORTIMÃO

Texto: Daniel Pina| Fotografia: Ricardo Coelho

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Grande Auditório do TEMPO –Teatro Municipal de Portimão recebeu, no dia 11 de março, um concerto protagonizado por Rui Carvalho, artisticamente conhecido como «Filho da Mãe», a sua personagem musical a solo e o nome de combate do músico que pega numa guitarra – muitas vezes acústica – e com ela sozinho em palco.

Rui Carvalho é autor de um percurso ímpar e de um universo muito próprio na música portuguesa. As primeiras incursões com mais visibilidade nos palcos aconteceram com a banda «If Lucy Fell» e, mais recentemente, apresentouse como guitarrista dos «Linda Martini». No entanto, foi no percurso a solo, e a

partir de uma relação profundamente cúmplice com a guitarra, que construiu uma identidade sonora intimista assente numa ampla e inventiva discografia.

O projeto conta já com mais de uma década de existência e uma mão cheia de discos, tendo-se estreado em 2011 com «Palácio», a partir de onde amadureceu a sua sonoridade e identidade tão próprias, com uma guitarra dedilhada que transporta para paisagens nunca antes navegadas. Gravado ao longo de dois anos entre Lisboa e Ílhavo, o longaduração «Terra Dormente» chegou na Primavera de 2022 e marcou o regresso aos originais. A sua música tanto reflete uma melancolia folk como a eletricidade do rock, entre a subtileza do acústico e a complexidade das composições, do dedilhar frenético da viola à manipulação dos seus loops .

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António Ramos Rosa e Manuel Madeira: A confidencialidade deliberada

Adília César (Escritora)

… quando a breve luz se apaga, resta uma eterna noite para dormir.

Caio Valério Catulo (84 a.C. - 54 a.C.)

s poetas também morrem. Mas enquanto a breve luz das suas vidas não se apaga, antes da eterna noite, convocam interrogações e profecias através da simbiose entre realidade e palavra poética. António e Manuel.

António Ramos Rosa nasceu em 1924, em Faro. Em 1962 muda-se para Lisboa, onde foi professor e tradutor, até que se dedicou inteiramente à poesia. A sua intensa actividade poética, crítica e ensaística disseminou-se em projectos editoriais como as revistas de poesia Árvore, Cassiopeia e Cadernos do Meio-Dia (de que foi co-director juntamente com Casimiro de Brito), bem como em diversos jornais e revistas e distinguido com vários prémios nacionais e internacionais. A partir de 1980, inicia o desenho de rostos e outros traços não figurativos, realizando algumas exposições individuais em galerias portuguesas. Morreu em 2013.

Manuel Madeira nasceu em 1924 em São Bartolomeu de Messines, mas muito cedo foi viver para Faro e depois para Olhão, onde esteve até aos vinte e cinco anos de idade. A seguir, deslocou-se para Lisboa e por lá ficou

cerca de quarenta anos. Foi funcionário público, tendo sido demitido por motivos políticos, preso e torturado pela PIDE. Trabalhou como técnico de indústria agroalimentar durante três décadas. Regressou a Olhão. Colaborou com poesia e ensaio em publicações clandestinas de divulgação cultural no Algarve, nos anos quarenta e posteriormente em jornais e revistas literárias do país. Foi co-fundador da revista literária SOL XXI. Está considerado como um antifascista da Resistência. Faleceu em 2016.

Cartas Poéticas entre António Ramos Rosa e Manuel Madeira é um livro que não pode ser esquecido. É um livro que precisa ser estudado, por um lado, para entendermos a grandiosidade do género poesia epistolar, pouco valorizado hoje em dia e, por outro, para conhecermos estes dois homens: pessoas, poetas, seres humanos de excelência. Nas cartas que escreveram um ao outro, António e Manuel foram leitores de si mesmos, implicados numa atitude testemunhal. Nestas missivas poéticas, deram-se a conhecer e mostraram o mundo contextualizado nos seus problemas do quotidiano: lugares da infância e da adolescência, intenções, ideologias partilhadas. Ideias, visões, sentimentos. Claridades. Ritmos existenciais. Se cada poeta é a verdade da sua própria poesia, estas cartas-poema prepararam caminhos a

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outros poetas que se seguiram. É esse o seu valor intrínseco.

António, o simbólico constante, Manuel, o guerreiro da transfiguração da palavra.

António e Manuel escreveram-se durante muitos anos. Este livro reúne 134 cartas (1.ª edição, Editora Labirinto, 2009), (Edição revista e aumentada, 4Águas Editora, 2014). Um e outro, um com o outro: o eu e o tu no que “a epistolografia pode exprimir, o que implica necessariamente a condição intersubjectiva do discurso, o conhecimento da própria criação, a comunidade e a comunhão dos sujeitos no horizonte da expressão poética. E o testemunho pressupõe a fidelidade como princípio na contínua relação transformadora do sujeito com os outros”. (do Prefácio à edição da 4Águas Editora, por Varela Pires).

Primeira carta a Manuel Madeira (p.15):

O que é uma casa, o que é a minha casa onde o vento germina ou não germina com o odor da humidade da terra?

O que é estar aqui neste âmbito limitado meu querido amigo Manuel, será que nele pulsa a reminiscência de aventuras passadas, a nostalgia da ingénua adolescência, será que ela é uma habitação, uma estância, uma ondulante saudade de não se sabe o quê, talvez de um charco onde crianças colhíamos fugidios girinos (…)

Primeira carta a António Ramos Rosa (p.17):

Como se uma golfada azul de sol entrasse pelas frinchas

forçasse os gonzos ferrugentos e abrisse a porta desta obscura casa onde guardo as relíquias de um passado vivo todavia enevoado sujeito como está ao furor das intempéries às chuvas outonais aos indomáveis ventos que sopram nos invernos da desolação derrubando estacas promontórios raízes - a tua carta meu querido amigo António entrou de rompante com passos de arminho neste espaço sombrio onde o bolor invadiu as soturnas paredes com teias de aranha suspensas do tecto iluminou os desvãos acordou o silêncio da voz enternecida que dir-se-ia morta despertou o torpor do sono empedernido e estilhaçou em pedaços a rigidez da ausência

(…)

Os poetas nunca morrem. António e Manuel vivem numa casa onde o silêncio acordou .

129 ALGARVE INFORMATIVO #379

ivenciamos uma grande revolução tecnológica e científica, com a inteligência artificial em grande destaque, devido ao seu impacto na sociedade.

A inteligência artificial já está presente nas nossas vidas de maneira bastante impactante. Desde o uso de assistentes virtuais nos smartphones, até à análise de dados em empresas e à automação de processos industriais, a IA está transformando diversos setores de actividade e facilitando muitas tarefas que antes eram complexas, transformando a maneira como trabalhamos e vivemos.

Além disso, muitas plataformas online, como redes sociais e serviços de streaming, usam algoritmos de inteligência artificial para personalizar as experiências dos utilizadores e recomendar conteúdo que possa ser do seu interesse.

A revolução também está a acontecer na área da saúde, onde a IA tem ajudado na análise de imagens médicas e no

desenvolvimento de tratamentos personalizados mais eficazes, resultando em melhores cuidados para os pacientes.

Nesta transformação tecnológica provocada pela inteligência artificial, destaca-se uma ferramenta chamada ChatGPT. Com ele é possível receber respostas precisas e detalhadas para diversas perguntas, desde ensaios académicos até soluções rápidas para problemas matemáticos. Além disso, o ChatGPT pode até mesmo compor músicas, mostrando o poder e a flexibilidade da inteligência artificial nas nossas vidas.

O conceito sobre a inteligência artificial é muito discutido devido às consequências que poderá ter na nossa sociedade, principalmente o medo e perigo que é criado quando os algoritmos tiverem uma inteligência idêntica ou superior à dos humanos.

Seja qual for o futuro, a inteligência artificial já está profundamente integrada nas nossas vidas diárias, e a tendência é tornar-se cada vez mais presente e sofisticada à medida que a tecnologia continua a evoluir .

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A revolução da inteligência artificial começou Fábio Jesuíno (Empresário)
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