REVISTA ALGARVE INFORMATIVO #393

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de julho, 2023
FERIADOS MUNICIPAIS DE OLHÃO E TAVIRA | TAÇA DE PORTUGAL DE BMX RACE «ODE A TUDO E A NADA» | MINISTROS VISITAM LOULÉ E SÃO BRÁS | NOITE PRATA
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ÍNDICE

Taça de Portugal de BMX Race (pág. 16)

Ministra da Habitação em Loulé (pág. 24)

Ministro da Administração Interna em São Brás de Alportel (pág. 32)

Dia de Olhão (pág. 42)

Dia de Tavira (pág. 52)

Un Poyo Rojo no Festival MOMI (pág. 68)

«El comedor de corazones» e «A Possibilidade» no MOMI (pág. 82)

Noite Prata em São Brás de Alportel (pág. 96)

Exposição «Ode a tudo e a nada» patente em Loulé (pág. 110)

OPINIÃO

Paulo Cunha (pág. 124)

Fábio Jesuíno (pág. 126)

Nuno Campos Inácio (pág. 128)

Dora Gago (pág. 130)

Bernardo Rocha e Rita Xufre coroados em Quarteira na Taça de Portugal de BMX

Texto: Daniel Pina| Fotografia: Federação Portuguesa de Ciclismo

ernardo Rocha (Team

BMX Quarteira) e Rita

Xufre (Núcleo Bicross de Setúbal/Knowledge

Inside) sagraram-se, no dia 11 de junho, em Quarteira, vencedores da edição de 2023 da Taça de Portugal de BMX Race.

A Taça de Portugal terminou com uma jornada dupla e, no setor feminino, Rita Xufre fez o pleno. Ganhou as duas provas

de Quarteira na categoria sub-23 e sub-17 e, dessa forma, terminou invicta a Taça de Portugal, contando por vitórias todas as corridas da temporada nacional. Rita Xufre ganhou a Taça e teve a companhia no pódio da colega de equipa Leonor Carvalho e de Matilde Melo (Linda a Pastora Sporting Clube), segunda e terceira, respetivamente.

A competição foi mais apertada na categoria-rainha do setor masculino, a superclass. Bernardo Rocha venceu a

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prova de sábado, mas não foi além do segundo lugar no domingo, batido pelo espanhol Alejandro Kim (BMX Badajoz AD). Feitas as contas, Bernardo Rocha ganhou a Taça de Portugal, com Carlos Rosado (Clube Bicross de Portimão) e Édi Barradas (Núcleo Bicross de Setúbal/Knowledge Inside) a completarem os lugares de honra.

Francis Luiz (Clube Bicross de Portimão) venceu as duas corridas deste fim de semana na categoria masculina +17 anos e levou para casa a Taça. Ao cadete Leonardo Carmo (Team BMX Quarteira) bastou ganhar no sábado para conquistar a Taça. No domingo o mais eficaz foi Jesús Miranda (BMX Badajoz AD). Mónica

Gaboleiro sagrou-se vencedora da Taça de Portugal na categoria feminina + 23 anos, enquanto, nas sub-15, a melhor foi Carlota Santos (Casa do Povo de Abrunheira). André Muller (Clube Bicross de Portimão) ganhou a Taça de Portugal em juvenis masculinos. Os melhores cruisers foram Francis Luiz, na categoria 30-39 anos, e Paulo Domingues (Casa do Povo de Abrunheira), em +40 anos.

A correr em casa, o Team BMX Quarteira venceu coletivamente etapa dupla deste fim de semana, no entanto, a vitória na Taça de Portugal foi comemorada pelos vizinhos do Clube Bicross de Portimão .

Ministra da Habitação veio a Loulé lançar 64 fogos financiados pelo

Plano de Recuperação

Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina e Jorge Gomes primeira fase da obra da Clona, o projeto mais significativo da Estratégica Local de Habitação

2019-30 de Loulé, arrancou no terreno no dia 14 de junho, com a Ministra da Habitação, Marina Gonçalves, a deslocar-se a Loulé para participar no lançamento da primeira pedra, mas também para ouvir da parte do executivo como vai o «estado da arte» das respostas habitacionais no mais populoso concelho algarvio.

e Resiliência

Na zona nascente de Loulé, perto da Mina de Sal-gema, a responsável governamental e o autarca Vítor Aleixo foram os primeiros «operários» ao darem início, de forma simbólica, aos trabalhos que deverão estar concluídos dentro de três anos. Dos 64 fogos que ali vão nascer, 34 destinam-se ao arrendamento acessível, e visam colmatar as lacunas existentes para quem, na classe média, como jovens casais ou profissionais deslocados para a região (professores, enfermeiros, médicos, elementos das forças de segurança, entre outros),

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enfrenta dificuldades na procura de casa, não só devido à escassez da oferta, como aos preços elevados. Os restantes 30 fogos serão atribuídos em regime de arrendamento apoiado e, nesta componente, o projeto é financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência. O valor total da obra é de 11,2 milhões de euros, com um cofinanciamento de 4,2 milhões de euros.

Antes de rumar à Clona, Marina Gonçalves esteve no Cineteatro

Louletano numa sessão pública de apresentação da implementação das políticas para a habitação neste território. O vereador David Pimental foi o portavoz do trabalho realizado desde 2019, ano em que foi aprovada a Estratégia Local que se prolonga até 2030, e veio

confirmar o crescimento das respostas habitacionais desde então. Antes de ter sido criada esta Estratégia, o Município tinha 261 soluções de oferta pública de habitação. Com as ações que estão a ser desenvolvidas, “no curto, médio e longo prazo, terá um total de 606 soluções, o que significa um aumento de 132 por cento da oferta pública municipal”.

Tudo o que irá acontecer a curto e médio prazo aponta para um total de 154 fogos, entre os quais os que foram lançados na Clona, os de Salir (já concluídos e em execução) ou os projetos que permitirão promover a requalificação urbana da cidade, como é o caso dos edifícios adquiridos na R. de São Paulo, R.

Miguel Bombarda ou R. 5 de Outubro e a reabilitação do Bairro Municipal Frederico Ulrich (primeira fase com 18 fogos). Num horizonte de longo prazo, o Município de Loulé projeta mais 150 fogos, com destaque para as segundas fases do Bairro Municipal (30 fogos) e da Clona (64 fogos), ou noutros pontos do concelho como Almancil, Quarteira, Salir ou na Tôr. “Isto demonstra que o Município está a trabalhar em todas as frentes, na sua diversidade territorial”, destacou o vereador.

Até ao momento, a Autarquia de Loulé já adquiriu 44 fogos dispersos e quatro lotes/terrenos, num total de 8,5 milhões de euros de investimento. E, numa altura

em que está em revisão o Plano Diretor Municipal de Loulé, David Pimentel falou dos mecanismos propostos a integrar na versão final e que visam a promoção de Habitação a Custos Controlados. Uma nova consulta ao mercado imobiliário para aquisição de 100 fogos – já edificados, em construção ou a construir – será também importante para engrossar o número de novas habitações, assim como a iniciativa privada que irá, dentro de um mês, lançar a construção de novos fogos em regime de Habitação a Custos Controlados, não muito longe da Clona, como anunciou Vítor Aleixo.

Perante a “presença fortemente motivadora” da responsável governamental, o presidente da Autarquia recordou que o seu executivo

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está consciente de que “a falta de habitação é um problema gritante para muita gente do concelho de Loulé que tem que ter solução” “Habitação e água são hoje os dois maiores problemas deste Município”. Por isso, foi em consonância com o lançamento da nova geração de políticas do Governo para a habitação que Loulé começou a trabalhar em ações que preveem encontrar 1.400 soluções até 2030. “Não estamos só a construir casas, temos uma estratégia”, referiu o edil, enfatizando a importância da reabilitação urbana e dos muitos imóveis que estavam degradadas e abandonadas em pleno

centro da cidade. “Esta nossa estratégia vai às pessoas com mais necessidades, que provavelmente nunca terão possibilidade de aceder a uma habitação condigna. Mas estamos também a pensar nas pessoas de rendimentos intermédios, porque, fruto da economia global, temos preços das casas com montantes que se tornam inacessíveis”, relevou.

Marina Gonçalves recordou as suas passagens pela cidade, no momento em que Loulé foi o primeiro município do Algarve a celebrar o acordo de colaboração do 1.º Direito. Mais tarde, e

no exercício dessas mesmas funções, participou no lançamento dos fogos em Salir e, desde então, “muitos passos foram dados”. O dia 14 de junho constituiu o “testemunhar da evolução de uma política que idealizámos, que construímos em conjunto e que agora está a ser executada de forma excecional pelo Município”.

Reconhecendo que a habitação é “uma das maiores fragilidades do nosso território”, a Ministra acrescentou que “o Algarve é uma das três zonas do país onde o desafio é maior”. Porém, seja através da nova geração de políticas de habitação, da lei de bases, mas essencialmente com o PRR, através do 1.º Direito e do arrendamento acessível, a ministra falou da abrangência

territorial de “um programa que chega a todo o território”. “A habitação é uma necessidade que se multiplica por todo o país e estes programas chegam de forma transversal e coesa a todos os municípios, não obstante as realidades serem distintas”, enfatizou, afirmando ainda que, tal como aconteceu com a Escola Pública ou com o Serviço Nacional de Saúde, esta mudança de paradigma implica que “estes programas sejam sustentáveis e duradouros e fiquem no território para lá desta fonte de financiamento”

O dia de Marina Gonçalves no concelho de Loulé terminou no interior, com uma visita aos fogos já concluídos e em fase de construção na vila de Salir .

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Ministro da Administração Interna visitou Centro de Meios Aéreos de São Brás de Alportel

Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina

Município de São

Brás de Alportel, o Instituto de Mobilidade e Transportes e a Autoridade

Nacional de Emergência e Proteção Civil assinaram, no dia 14 de junho, o protocolo que viabiliza a utilização das instalações do Centro Regional de Exames para as atividades do Centro de Meios Aéreos de São Brás de Alportel, criado em tempo recorde para entrar em funcionamento no início do Dispositivo Especial de

Combate a Incêndios Rurais que nesta temporada de 2023 conta, assim, com mais uma resposta para o combate de incêndios na região, com particular enfâse para o sotavento algarvio. Um momento que foi acompanhado pelo Ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, no âmbito do Roteiro ao DECIR 2023 e que contou igualmente com a presença do Presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, Brigadeiro-General José Duarte da Costa, e do Vogal do Conselho Executivo do Instituto da Mobilidade e dos Transportes, Pedro Miguel Silva.

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O Centro de Meios Aéreos de São Brás de Alportel iniciou as suas funções a 17 de maio e desde o dia 1 de junho que acolhe dois helicópteros em permanência e prontidão, conforme se comprovou quando, durante a cerimónia, disparou o alarme para uma ocorrência real na zona de Pechão, felizmente com pronta resolução e que resultou no rápido regresso do helicóptero. O equipamento surgiu em resposta a um desafio lançado pelo Comando Regional da Proteção Civil e, no âmbito da missão prioritária de prevenção e combate a incêndios rurais, o Município de São Brás de Alportel, em parceria com o Comando Regional do Algarve da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) e com o apoio do IMT, procedeu às necessárias intervenções, num escasso período de tempo, para dotar o espaço

deste Parque de Manobras das condições necessárias para acolher o novo Centro de Meios Aéreos de São Brás de Alportel. “Um investimento só possível pelo empenho e profissionalismo das equipas de colaboradores do município e com a colaboração de diversas entidades, nomeadamente dos Bombeiros Voluntários de São Brás de Alportel, do Clube de Caça «Os Vizinhos dos Machados» e do Município de Loulé”, enalteceu, na ocasião, Vítor Guerreiro, presidente da Câmara Municipal de São Brás de Alportel.

São Brás de Alportel dispõe agora de um Centro Operacional de importância estratégica na região, essencial para fazer

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face às necessidades decorrentes do combate aos incêndios rurais e à projeção de forças e meios de apoio. E, para o Presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, BrigadeiroGeneral José Duarte da Costa, “esta é mais uma prova de que nada se consegue fazer neste país sem colaboração e de que ajuda das autarquias é fundamental”. “Este Centro de Meios Aéreos pretende capacitar o sistema para a melhoria do primeiro ataque a incêndios”, realçou, por sua vez, o Ministro José Luís Carneiro, lembrando que, em 2022, foi superada a meta que havia sido proposta: “Mais de 90 por cento dos incêndios ocorridos em solo nacional foram debelados nos primeiros 90 minutos, o que é

absolutamente vital para que não se transformem em grandes e incontroláveis incêndios. Dados que demonstram a importância de garantir os meios necessários para a realização dos ataques iniciais”.

No uso da palavra, Vítor Guerreiro sublinhou que o Centro de Meios Aéreos de São Brás de Alportel é o mais recente investimento do Município na missão de prevenção de incêndios e de defesa das florestas e das pessoas que vivem nas zonas rurais da região. “Um espaço que se vislumbrava improvável há cerca de três semanas, mas também um objetivo alcançado para o benefício da região. É um orgulho podermos participar nesta solução”, frisou. “Vivemos tempos

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muito complexos que nos confrontam com as alterações climáticas, a falta de água e as temperaturas extremas e temos de nos preparar para prevenir”, referiu, apontando que, no âmbito da prevenção, o Município de São Brás de Alportel investe anualmente mais de 700 mil euros distribuídos por 23 eixos de ação concretizados com recurso a parcerias.

Os protocolos de vigilância com o Exército Português, com a Associação de Produtores Florestais da Serra do Caldeirão e com as associações de caçadores são exemplo das parcerias existentes nesta matéria. Os trabalhos de prevenção são realizados também ao longo de todo o ano, com a execução de faixas de gestão de combustível de proteção da rede viária e de aglomerados, assim como com a criação de pontos de água, a manutenção e ampliação da rede viária florestal e ações

de sensibilização da população, “que é uma parceira vital para a prevenção de ocorrências”, indicou o edil. Trabalhos realizados com a Equipa de Sapadores Florestais Municipais, mas também com o apoio imprescindível da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de São Brás de Alportel e dos seus elementos, a quem Vítor Guerreiro vincou que não devem faltar condições técnicas e humanas. Deste modo, ciente da missão importante dos soldados da paz, o Município tem vindo a apoiar as quatro equipas de intervenção permanente. “É um trabalho contínuo e exigente, especialmente num concelho com as características geográficas de São Brás de Alportel, em que dois terços do concelho são zona rural serrana que vive o problema do envelhecimento e a diminuição da sua população residente nestas zonas”, reforçou o autarca .

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Olhão celebrou Feriado Municipal com homenagens e inaugurações

ssinalaram-se, a 16 de junho, os 215 anos da expulsão das tropas napoleónicas pelos populares olhanenses, uma data em que o Município de Olhão voltou a homenagear os seus antepassados, mas com os olhos postos no futuro.

As comemorações do feriado municipal tiveram início, às 9h30, com o hastear das bandeiras, em frente aos Paços do Concelho, seguindo-se, meia hora depois,

a homenagem aos heróis da Restauração de 1808, junto à Igreja Matriz de Olhão. Antes da sessão solene, que decorreu no Auditório Municipal, visitaram-se diversos espaços do concelho, com destaque para a inauguração da requalificação da Avenida 16 de Junho, que alarga a frente ribeirinha da cidade. Um investimento de 1,85 milhões de euros que o presidente da autarquia, António Miguel Pina, caracteriza como “um salto em termos de qualidade urbanística para esta zona da cidade”, com a criação de novas zonas verdes, modernização da iluminação

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pública, ordenamento do estacionamento e construção de novas infraestruturas de saneamento e de águas pluviais.

A manhã contemplou ainda uma visita à primeira fase da habitação a custos controlados no concelho de Olhão, situada na Rua António Henrique Cabrita, na freguesia de Quelfes, que se encontra concluída, e à requalificação da Escola EB1/JI N.º 4. Foi igualmente inaugurada a estátua do mariscador olhanense, na rotunda da Rua Patrão Joaquim Casaca. Já na sessão solene comemorativa do Dia da Cidade, a par dos funcionários da autarquia e dos melhores alunos do concelho, foram ainda distinguidos o

futebolista Gonçalo Ramos e o pianista e compositor Júlio Resende.

No seu discurso, António Miguel Pina, presidente da Câmara Municipal de Olhão, recordou as palavras do saudoso

António Rosa Mendes de que “a Olhão nunca nada foi dado, tudo foi conquistado”, “o que nos torna mais fortes e resilientes” “É preciso não esquecermos de onde viemos, onde estamos e para onde queremos ir. Olhão mudou, graças ao trabalho dos autarcas que, ao longo destes quase 50 anos, se dedicaram a construir e a melhorar

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as condições do nosso concelho, mas também de todos aqueles que constituem a nossa comunidade. Quem nos visita diz que temos alma, que estamos na moda, um orgulho que devemos perpetuar e transmitir aos mais novos”, defendeu o edil.

A ambição do executivo socialista liderado por António Miguel Pina é construir “uma sociedade pautada por um maior índice de felicidade e onde os jovens que se formam têm o seu emprego”, um «Olhão 3.0», adiantou. “Olhão é conhecido pelo setor primário, pela pesca, agricultura e aquacultura e pela transformação destes produtos,

mas este passado já não volta. Mais recentemente, o turismo tem ganho fulgor e, numa década, passamos de ser o concelho do Algarve com maior taxa de desemprego para aquele que tem a menor taxa de desemprego. E a nossa visão sobre a transformação das frentes ribeirinhas e da requalificação do centro histórico mostrou ser uma aposta ganha, dando origem a novos negócios ligados direta ou indiretamente ao turismo”, analisou o autarca, lembrando que, no espaço da Bela Olhão, irá surgir mais uma unidade hoteleira de cinco estrelas e apartamentos para atrair mais pessoas para a cidade.

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O «Olhão 3.0» será, porém, ligado à inovação e à investigação, de modo que, na revisão do Plano Diretor Municipal, se verifica um grande investimento em Pechão com a construção de um Parque Tecnológico numa área de 40 hectares. “Evoluir para empregos melhor renovados é o caminho a seguir, mas também é fundamental garantir habitação a preços acessíveis, diminuir estas despesas das nossas famílias. Vamos construir mais 300 fogos na antiga

Litografia, porque só assim é que os jovens podem sair das casas dos pais e constituir as suas próprias famílias. Continuamos também a

investir nas escolas e jardins-deinfâncias, porque, depois da habitação, as maiores despesas das famílias dizem respeito à educação”, frisou António Miguel Pina. “Só assim é que conseguiremos que os nossos jovens fiquem em Olhão e que façam crescer a cidade e o concelho”, reforçou, não

esquecendo também as questões da mobilidade, dos espaços verdes, dos parques urbanos e da limpeza. “É este o caminho que queremos fazer e que queremos que percorram connosco” .

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Tavira com várias inaugurações no Dia da Cidade

Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina o âmbito das comemorações do Dia da Cidade, celebrado a 24 de junho, o Município de Tavira preparou um vasto programa que integrou a inauguração da obra de requalificação da Rua Capitão Jorge Ribeiro, em Cabanas de Tavira, da obra do Edifício do Compromisso Marítimo, em Tavira, e do Núcleo Museológico de São José e da exposição «Hospital do Espírito Santo – Tavira Caritativa», também em Tavira.

As celebrações iniciaram-se, pelas 10h30, com o hastear das bandeiras, nos Paços do Concelho, seguindo-se, na Biblioteca Municipal, a sessão solene que contemplou a distinção de 19 trabalhadores com medalhas de bons serviços e dedicação grau prata (30 anos de serviço) e oito funcionários com medalhas de bons serviços e dedicação grau cobre (20 anos de serviço). A edilidade entregou igualmente Medalhas de Mérito Municipal de Grau Prata a Humberto de Jesus Lopes Puga, a Vítor Manuel Nascimento Palmeira e à Associação Casa Álvaro de Campos; e de

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Grau Cobre a André Constant Josef Viane (título póstumo), César Miguel Fernandes da Palma, Eduardo José Pacheco Mendonça, Eldrico da Costa Silva Pereira, Maria Isabel da Costa Andrade Lopes, Maria da Conceição Nascimento Guiomar José, Maria do Rosário Brás Cavaco Ferreira Afonso, Centro Cultural e Desportivo União Ciclismo Tavirense, Clube Bike Team Tavira e Núcleo de Cicloturismo da Luz de Tavira.

Da parte da tarde teve lugar, em Cabanas, a inauguração da obra de requalificação da Rua Capitão Jorge Ribeiro, pelo valor de 1 milhão, 492 mil e 658,99 euros. Considerando que o principal acesso a Cabanas não apresentava condições de conforto e segurança para peões e ciclistas, esta

intervenção, numa área aproximada de 13 mil e 675 metros quadrados, permitiu a alteração do perfil transversal da rodovia, a afetação de mais espaço público à circulação pedonal e ciclável, a requalificação de pavimentos e a criação de condições de circulação para pessoas com mobilidade condicionada, a introdução de mobiliário urbano, a melhoria e incremento da rede de drenagem das águas pluviais, a substituição de redes deterioradas de saneamento e de abastecimento de águas e o enterramento de infraestruturas elétricas e de telecomunicações.

Em Tavira foi inaugurada a obra do Edifício do Compromisso Marítimo, a qual resultou num investimento global de

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210 mil e 639,42 euros. A intervenção compreendeu, entre outros trabalhos, o reforço estrutural do edifício, a execução de nova cobertura, assim como a alteração da instalação elétrica e de telecomunicações. Logo depois deu-se a inauguração do Núcleo Museológico de São José e da exposição Hospital do Espírito Santo – Tavira Caritativa, numa iniciativa da Santa Casa da Misericórdia de Tavira que pretende valorizar a memória histórica deste edifício. O projeto consiste numa exposição

permanente com um polo de exposições temporárias que evidencia todas as áreas de ação das instituições parceiras de modo a abranger as diversas facetas do Hospital. A exposição resulta de uma abordagem multidisciplinar, cruzando materiais recuperados do edifício, representações cartográficas e iconográficas e documentos de arquivo, bem como infografias, reconstituições tridimensionais e multimédia resultantes e compiladoras da investigação em curso.

Texto: Daniel Pina

Fotografia: Daniel Pina

UN POYO ROJO ARREBATOU PÚBLICO DO MOMI

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companhia

argentina Un Poyo Rojo levou a cena, no dia 9 de junho, no Conservatório Regional do Algarve, em Faro, aquele que foi o vencedor do Prémio para o Melhor Espetáculo MOMI 2023. Depois de terem brilhado na primeira edição do MOMI – Festival Internacional de Teatro Físico Algarve, organizado pelo JAT –Janela Aberta Teatro, Alfonso Barón e Luciano Rosso regressaram a terras algarvias para apresentar uma mistura de acrobacia e comédia com múltiplas leituras, do ingénuo, ao kitch ou ao cliché, numa impressionante obra repleta de fisicalidade e espiritualidade humana.

Dois homens num balneário enfrentam-

se, desafiam-se, combatem e seduzemse, num cruzamento interdisciplinar entre a dança, o desporto e a sexualidade. Uma obra que explora, a partir da corporalidade da dança e do teatro físico, os limites das linguagens performativas contemporâneas. Provocadora, interpelando os modelos da masculinidade, misturando acrobacia, sensualidade e comicidade, assim é Un Poyo Rojo, que começou, em 2008, como uma pequena performance, e que desde então já deu praticamente a volta ao mundo. O duo artístico trabalha múltiplas propostas contemporâneas de movimento que misturam sequências visuais de alto impacto, num interessante cruzamento entre dança, desporto e sexualidade que voltou a deixar perplexo o público do MOMI .

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MOMI ENCHEU AUDITÓRIO DO IPDJ COM «EL COMEDOR DE CORAZONES» E «A POSSIBILIDADE»

Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina

tarde do dia 10 de junho foi de sessão dupla no IPDJ, em Faro, no âmbito do MOMI – Festival Internacional de Teatro Físico Algarve, organizado pelo JAT – Janela Aberta Teatro, com os espetáculos «El Comedor de Corazones» e «A Possibilidade».

«El Comedor de Corazones» conta com interpretação e encenação do espanhol José Piris a partir de uma criação de Alejandro Jodorowsky e fala da necessidade de ser amado que desperta a voracidade da posse. Herdeiro e discípulo direto de Marcel Marceau em Espanha, com quem se formou na Ecole Internationale du Mimodrame de Paris e

onde recebeu o Diploma Honorário Marcel Marceau, José Piris é um artista multifacetado, especialmente representativo no Teatro do Gesto, na Arte do Mimo Moderno e da Pantomima de Estilo. A sua especialidade é a arte do Mimo de estilos como mimo corporal dramático de Etienne Decroux, mimo de estilo e ilusão de Marcel Marceau, pantomima de Jacques Tati e Dario Fo, mimo-clown e mimo contemporâneo ou expressionista, influência de Lindsay Kemp.

Trabalha como ator, encenador e criador, sendo responsável por uma vasta produção de espetáculos de teatro, circo, dança, música, ópera, performance e intervenções em cinema e televisão, através do Teatro de Transposição, Drama Poético e Teatro Textual, seja

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clássico ou contemporâneo, com forte influência visual e plástica. É diretor e fundador da Escola Internacional de Mimo e Teatro Gestual Nouveau Colombier.

Seguiu-se «A Possibilidade», o resultado de uma residência artística do MOMI que contou com a participação de Raúl Laiza (Argentina), Joana Pupo (Portugal), Simone Lampis (Itália), Bambang Prihadi (Indonésia) e José Alegre (Portugal). À semelhança da

primeira edição do festival, foi reservado um espaço de criação com artistas nacionais e internacionais, que não se conhecem entre eles, para partilharem e trabalharem em simbiose diferentes linguagens, ideias, culturas e estéticas. Um trabalho com a duração de vários dias, de investigação e experimentação contínua sobre um tema específico, e cujo fruto resultou num espetáculo que contou ainda com alguns elementos dos grupos Teatro de Vizinhes de Faro e Quarteira Fora da Caixa .

SÃO BRÁS DE ALPORTEL VIVEU MAIS UMA NOITE PRATA DE GRANDE ANIMAÇÃO

Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina

o dia 17 de junho, as principais ruas do comércio sãobrasense estiveram agitadas pela noite dentro com mais uma edição da Noite Prata, iniciativa onde não faltou a animação de rua, concertos musicais e muita diversão para toda a família. O comércio local esteve de portas abertas com as melhores promoções em perto de três dezenas de estabelecimentos aderentes, onde, ao fazer compras, os clientes se podiam habilitar ao sorteio de Vales de Compras no valor de 50euros.

A Noite Prata contou com seis pontos de animação, nomeadamente, o Largo de São Sebastião, a Praça da República, a

Rua Boaventura Passos, a Rua António Rosa Brito, a Avenida da Liberdade –centro e o exterior do São Brás Cineteatro Jaime Pinto. No Largo de São Sebastião, a festa começou com a banda Straw House e terminou em apoteose com o fadista algarvio César Matoso. A Marcha Popular do Museu atuou junto ao Cineteatro, palco por onde passaram também o Rancho Típico Sambrasense, o Grupo de Ginástica Acrobática do CCD –Centro de Cultural e Desporto dos Trabalhadores da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia de São Brás de Alportel e o grupo de danças de salão «São Brás Bailando».

O palco instalado ao centro da Avenida da Liberdade aqueceu com a banda QuaseKDava, o DJ Rodrigo PT, o grupo

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Murcão e Isaac e os Sniffy Marfads. Já no palco da Rua Boaventura Passos estiveram em cena a Marcha da São BrazArte e o bailarico com David Brito. Ali ao lado, na Rua António Rosa Brito, estiveram em evidência o Duo Cláudia e Inês e os Super Pop. Na Praça da República, a noite terminou em grande com Charlie Spot, reconhecido autor de música eletrónica.

A promoção e a valorização do comércio local, a par da divulgação do que de melhor se faz em termos lúdicos e culturais em São Brás de Alportel, são os objetivos desta iniciativa promovida pela Câmara Municipal de São Brás de Alportel em parceria com empresas locais, associações, entidades e grupos locais.

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FINALISTAS DE ARTES VISUAIS

DA UNIVERSIDADE DO ALGARVE EXPÕEM NO CONVENTO DE SANTO ANTÓNIO, EM LOULÉ

Texto: Daniel Pina| Fotografia: Daniel Pina

té dia 9 de julho, o Convento de Santo António, em Loulé, recebe a Exposição dos Finalistas do Curso de Artes Visuais da Universidade do Algarve. «Ode a tudo e a nada» apresenta uma seleção de obras, relativas às investigações artísticas realizadas pelos alunos finalistas da licenciatura em Artes Visuais da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade do Algarve, nas áreas do desenho, da pintura, da escultura, da fotografia, da gravura, da videoarte e dos meios digitais/multimédia.

De acordo com os curadores, esta exposição reflete, nos trabalhos presentes e no título escolhido pelos alunos, a diversidade de disciplinas e

conhecimentos técnicos e teóricos da licenciatura, em que os estudantes têm acesso a uma formação multidisciplinar, proporcionando experiências diversas, o que os instiga a experienciar muito e a tentar chegar ao tudo – o conhecimento do passado e as experiências do presente. É nesse caminho da descoberta da Arte, da diferença, da expressão subjetiva, que os estudantes se confrontam com um desafio maior, com a necessidade de criar, ou com a ilusão que a destruição/superação das ideias antigas nos faz regressar ao nada primordial.

Nesse percurso, e em particular nesta exposição, os estudantes em final de curso querem começar uma outra etapa da sua vida, afirmar a sua personalidade, a sua diferença, através de obras que resultam da sensibilidade e da criatividade individuais, mas também do

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estudo da história da arte, da teoria da arte contemporânea e da experimentação prática de tecnologias diversas em contexto de atelier. “«Ode a tudo e a nada» é uma exposição de afirmação de jovens artistas que, com um discurso poético e em diálogo crítico com o meio artístico e a sociedade, pretendem construir outra realidade, outro mundo. Espera-se que as obras promovam um diálogo com a comunidade, e que as ideias/obras apresentadas sejam recebidas com abertura intelectual. Pretende-se, com esta exposição, provocar a comunidade, desafiá-la de forma

estimulante e apresentar estes novos operadores de intervenção cultural”, consideram os curadores.

Participam os alunos Bárbara Ferreira, Beatriz Silva, Caroll Nanami, Célia Howell, Diana Chen, Inês Duarte, Gogo, Manila Rana, Marina Pestana, Rita Santos, Rosa Guedes, Soraya Chantelle, Teixeira Guerra e Verónica Neto. A curadoria é da responsabilidade do corpo docente da Licenciatura em Artes Visuais – Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade do Algarve. A exposição pode ser visitada das 10h às 13h30 e das 14h30 às 18h, com entrada livre .

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Este artigo não é meu, é do Chat GPT! Paulo Cunha (Professor)

rezados leitores, não vos querendo ludibriar, assumo que este artigo resulta da apropriação, na totalidade e sem qualquer interferência minha, das respostas que me foram dadas por um sistema de inteligência artificial (Chat GPT). Nunca tendo recorrido ao plágio como ajuda de escrita, estreio-me, mostrando-vos uma realidade cada vez mais presente nas nossas vidas.

Quais são os malefícios resultantes do uso do Chat GPT?

Embora o Chat GPT seja uma ferramenta poderosa e útil, existem alguns possíveis malefícios associados ao seu uso. Aqui estão alguns deles:

- Desinformação: O Chat GPT é um modelo de linguagem treinado numa vasta quantidade de dados da internet, incluindo informações incorretas e desatualizadas. Isso significa que ele pode gerar respostas que não são necessariamente precisas ou confiáveis. Os utilizadores devem estar cientes desse facto e verificar as informações obtidas com fontes confiáveis.

- Contrariedades: O Chat GPT reflete os preconceitos e os vieses presentes nos dados em que foi treinado. Isso pode resultar em respostas que são tendenciosas em relação a certos grupos étnicos, sociais, culturais, de género, entre outros. É importante ter cuidado ao interpretar as respostas do modelo e reconhecer que elas podem refletir preconceitos existentes.

- Conteúdos inadequados: Como o Chat GPT aprende com dados da internet, incluindo conteúdo gerado por utilizadores, existe a possibilidade de que ele possa gerar respostas inadequadas, ofensivas, violentas ou de natureza adulta. São feitos esforços para mitigar esse problema, mas não é possível garantir que o modelo produzirá sempre conteúdo apropriado.

- Manipulação e abuso: O Chat GPT pode ser usado para gerar conteúdo enganoso, propaganda, discurso de ódio ou «spam». Isso pode ser prejudicial em várias áreas, como nas redes sociais, na disseminação de desinformação ou na criação de campanhas de «phishing». É importante monitorar e regular o uso do modelo para evitar esse tipo de abuso.

- Dependência excessiva: O uso constante do Chat GPT pode levar a uma dependência excessiva da tecnologia para obter respostas e soluções. Isso pode prejudicar a capacidade de pensamento crítico, solução de problemas independentes e interações humanas autênticas.

Quais são os benefícios do uso de Chat GPT?

O uso do Chat GPT, um modelo de linguagem desenvolvido pela Open AI, pode trazer vários benefícios em diferentes contextos. Aqui estão alguns deles:

- Suporte ao cliente: As empresas podem usar o Chat GPT para fornecer suporte ao cliente automatizado. O modelo pode responder a perguntas comuns, ajudar os clientes a solucionar problemas e fornecer informações básicas sobre produtos e serviços.

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- Eficiência operacional: O uso do Chat GPT pode ajudar a automatizar tarefas repetitivas, como responder a consultas comuns por e-mail ou chat. Isso liberta a equipa para se concentrar em tarefas mais complexas e de maior valor.

- Disponibilidade 24/7: Ao implantar o Chat GPT, as empresas podem oferecer suporte aos clientes em tempo integral, mesmo fora do horário comercial. Isso é especialmente útil num mundo globalizado, onde os clientes podem estar em fusos horários diferentes.

- Escalabilidade: O Chat GPT pode lidar com várias solicitações simultaneamente, o que permite escalabilidade sem a necessidade de aumentar o número de agentes humanos. Isso é particularmente útil em momentos de pico da procura.

- Personalização: Com a implementação adequada, o Chat GPT pode ser treinado com dados específicos da empresa, permitindo uma experiência mais personalizada para os clientes. O modelo pode aprender com interações passadas e adaptar suas respostas para melhor atender às necessidades individuais.

- Aprendizagem contínua: O Chat GPT pode ser treinado e atualizado regularmente com novos dados, permitindo que ele melhore continuamente suas habilidades de conversação e permaneça atualizado com as informações mais recentes.

- Redução de custos: Ao automatizar tarefas de suporte ao cliente, as empresas podem reduzir custos operacionais. Em vez de contratar e treinar uma equipe maior, o Chat GPT pode lidar com um volume maior de consultas com uma equipe existente.

É importante notar que o Chat GPT tem suas limitações e pode cometer erros ou fornecer respostas imprecisas em certas situações. É recomendável implementar

mecanismos de revisão e monitorização para garantir a qualidade e precisão das respostas fornecidas pelo modelo.

Sendo um modelo de linguagem desenvolvido pela Open AI chamado GPT3.5, que significa «Generative Pre-trained Transformer 3.5», o Chat GPT é um dos modelos de linguagem mais avançados e foi treinado numa ampla variedade de dados de texto para entender e gerar linguagem natural. Foi por isso que tudo o que aqui queria escrever foi concedido (gratuitamente) pelo Chat GPT. Só me limitei a copiar. O futuro? Eu já tenho uma opinião formada, mas o melhor é perguntarem à Inteligência Artificial (AI), pois ela continua a crescer! .

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Foto: Daniel Santos

O futuro da tecnologia e das startups no Viva Technology em Paris

Fábio Jesuíno (Empresário)

Viva Technology

é um dos maiores eventos mundiais de inovação e de startups, que nesta edição colocou em destaque a temática da Inteligência Artificial.

Este ano tive o privilégio, pela primeira vez, de participar da 7.ª edição do Viva Technology que decorreu em Paris, uma experiência muito inspiradora e motivadora que permitiu conhecer aqueles que estão na liderança na inovação mundial e saber as principais tendências na área da tecnologia e startups para os próximos anos.

O país convidado desta edição foi a Coreia do Sul, que é sede de um grande número de gigantes da tecnologia. Recentemente, o país consolidou-se ainda mais como um centro global para empresas emergentes e está contando com a Europa para impulsionar as suas atividades nessa área a nível mundial.

A temática central que se destacou foi a Inteligência Artificial, mencionada em mais de metade das apresentações. Foi especialmente relevante a intervenção do presidente da França, Emanuel Macron, que enfatizou o grande desafio atual de

qualificar as pessoas em IA o mais rápido possível. Elon Musk, diretor executivo da Tesla, SpaceX e Neuralink, falou sobre sua euforia e preocupação com a IA, devido à abundância de serviços que teremos e às possibilidades descontroladas. Já Bernard Arnault, presidente do grupo francês LVMH, responsável pelas prestigiosas marcas de luxo Louis Vuitton, Dior e Tiffany, demonstrou otimismo em relação às possibilidades nessa área para o seu grupo.

Falando em Elon Musk, a sua apresentação foi, sem dúvida, o momento mais marcante de todo o evento. Ele foi recebido como uma estrela do rock e discursou para uma plateia de 4 mil pessoas, na qual tive a oportunidade de estar presente. Durante a sua intervenção, Musk mencionou que a Inteligência Artificial é provavelmente a tecnologia mais disruptiva de todos os tempos, o que nos leva a viver uma época extremamente interessante e caminhar rumo a uma era de abundância. Ele também confirmou que ainda este ano a primeira pessoa receberá um implante neurológico da sua empresa, a Neuralink, que se dedica ao desenvolvimento de interfaces cérebro-computador implantáveis. Essas interfaces permitirão que os seres humanos utilizem o poder

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do pensamento para se comunicar e controlar as máquinas.

Gostei muito da representação de Portugal no evento, que pela primeira vez teve a presença de 10 startups nos stands físicos. Isso foi possível graças a uma parceria conjunta da AICEP e da Startup Portugal. Além disso, houve também a organização do Pitch ContestPortugal, no qual essas dez startups nacionais participaram com entusiasmo, sendo elas a CORKBRICK EUROPE, Dimmersions,

FootAR – Metaverse for live sports., iLoF – Intelligent Lab onFiber, XpectralTEK, bud, dioscope, Fractal Mind, Nearsoft, Purrmi. Nesta competição de pitches, um júri composto por representantes de fundos, incubadoras e outros atores do ecossistema selecionou a iLof como vencedora. Como resultado, a startup receberá seis meses de consultoria da AICEP Paris, visando a expansão no mercado francês .

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os últimos meses muito se tem falado em descentralização e regionalização.

Arvoram-se promessas de uma maior proximidade entre eleitores e eleitos e a concretização de uma linha programática da Constituição democrática, com a implementação das regiões administrativas. Claro que estes eram discursos iniciados por governantes num tempo em que não detinham o poder absoluto, porque, logo que o cenário governativo foi alterado, começaram a repetir a receita habitual da centralização, agora com um grano salis O centralismo da gestão do património deixa de ser executado por ministérios, para ser exercido por duas empresas, uma com sede em Lisboa e outro no Porto, não vá alguém denunciar a violação das promessas de descentralização.

Seguindo a filosofia de que as empresas servem para gerar lucros, os dois monumentos nacionais localizados no Algarve que dão maior lucro (Sagres e Milreu), passam a ser geridos pela nova empresa, que amealha as receitas para usar na boa gestão dos monumentos que ficam sob a sua alçada. Que não são todos, são os que rendem… O Algarve possui 22 monumentos nacionais, a maioria a necessitar de grandes

intervenções e pelo menos um completamente abandonado (o monumento nacional da Quinta da Abicada, no concelho de Portimão). Poderia ser criada uma empresa regional para a repartição das receitas dos vários monumentos para a manutenção ou recuperação do património algarvio, mas não, o Algarve está destinado a ser contribuinte líquido para tudo, até para a receita que servirá mais para a manutenção dos monumentos espalhados pelo resto do país, do que para os da região, que ficam fora da alçada da empresa e entregues às suas necessidades.

O centralismo não perde uma oportunidade para demonstrar o seu poder central e oligarca face ao resto do país, revelando o quanto os apelidados desígnios nacionais não passam de bagatelas retóricas para a estupidificação dos centres, daqueles que esperam a concretização de uma verdadeira autonomia, que permita o desenvolvimento de cada uma das regiões, a valorização da identidade histórica, cultural e patrimonial de cada uma delas, uma maior proximidade entre eleitos e eleitores, com decisões mais razoáveis e conformes com a identidade e a realidade da paleta identitária que forma Portugal como nação, não de Portugal como um polvo macrocéfalo com ramificações que sugam mais do que alimentam

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Monumentos Nacionais no Algarve Nuno Campos Inácio (Editor e escritor)

Na era pós-leitura?

Dora Gago (Professora)

firma Michel Desmurguet, autor do livro A fábrica de cretinos digitais, que o ser humano, após milhares de anos a evoluir, regride agora, em termos cognitivos e de capacidades intelectuais, devido à excessiva exposição aos ecrãs. Nesta linha, a capacidade de memória do ser humano pode atingir o mesmo nível da do peixe dourado, durando apenas uma breve volta ao aquário para depois mergulhar nas águas do Lethes (que muitos pensarão talvez tratar-se de uma estância balnear). Em contrapartida, há correntes a defender que nunca se leu tanto como actualmente, pois lê-se nos ecrãs, nas redes sociais… e o conteúdo, o teor daquilo que se lê? Não importará, não fará qualquer diferença? Por vezes, o que se faz é tresler, passar os olhos pelo início, pelo fim, sem perceber muito bem o que é dito, mas atirando uma opinião instantânea sobre algo que nem se sabe sequer o que é. Aliás, parece haver, de forma generalizada, uma fobia à leitura alimentada pela ideia de que, num mundo de cliques, de soluções instantâneas, descartáveis, fazer algo que exija tempo, concentração será um desperdício. Um exemplo dessa fobia, tive-o numa simples ida ao dentista. Após ter colocado um implante que no dia a seguir começou a abanar, dirigi-me ao consultório. A dentista que me colocara o

implante não estava e fui atendida por outra que, ignorando o número do implante e da chave a usar para fazer o arranjo, transformou a minha boca num salão de bricolage, no qual foi experimentando todas as chaves existentes, comentando ainda: “se eu fosse à sua ficha, via o número do implante e da chave, mas ia ter de consultar o processo e ler…”. Se não tivesse pavimentada com o desfile de ferramentas ter-lhe-ia perguntado qual seria o problema, por acaso não saberia ler? Aliás, esta dos doutores não saberem ler, já nem sequer é nova. Há uns anos, passaram pela casa de uma amiga minha, duas pessoas a entregarem folhetos de conteúdo religioso. A empregada abriu a porta e ao ver quem era, despachou-os com: “não queremos cá nada disso porque a senhora doutora não sabe ler”. Com efeito, não foi sequer assim há tanto tempo que aprender a ler era um privilégio inacessível para muitos…

Fenómeno ainda mais estranho em tempos de fobia à leitura é a proliferação de «escritores» que parecem sair debaixo das pedras da calçada, brotando como cogumelos, acalentados, muitas vezes, por editoras fraudulentas, a lucrarem com as ilusões. Em certos casos, perdeuse a noção da diferença entre o exercício da escrita como elemento estruturador de raciocínio, de organização do pensamento, de pendor até terapêutico e a outra, aquele que pode ser partilhada,

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publicada, que sofreu todo um processo de transformação, de depuração necessária para que atingisse esse nível. Creio que na raiz desta questão há precisamente a ausência de leitura, pois quanto mais lermos mais nos situamos e posicionamos no reino das palavras, maior espírito crítico desenvolvemos

perante não apenas as realidades exteriores, mas também perante nós próprios. Em segundo lugar, será também uma consequência da perda das fronteiras entre o espaço privado e o público. Aliás, parece que a noção de «privado» se perdeu completamente, como se tudo fosse susceptível de ser

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partilhado, anunciado, apregoado aos sete ventos, quando pelo contrário, devia permanecer entre as paredes do universo pessoal, íntimo. Contudo, as redes sociais converteram-se no palco, no espectáculo do eu, dos egos insuflados, sequiosos de likes, de comentários a rasgarem uma solidão tornada quase congénita, ofuscando e aniquilando completamente o «Outro», o que pode pensar diferente –assunto sobre o qual o filósofo Byung Chul Han reflectiu, por exemplo, na obra intitulada No Enxame

A verdade é que o espaço do Outro se dilui a partir do momento em que cada umbigo se dilata até ao infinito, invadindo tudo num turbilhão de opiniões sonoras, inconsequentes. E tudo isto determina a incapacidade da leitura que exige silêncio, recolhimento e o escancarar completo das janelas da alteridade, de modo a saborearmos a partilha de mundos bordados de palavras. Só que essas janelas, por vezes, encontram-se seladas pelo cimento do egocentrismo, da futilidade, do mau gosto, da ditadura das aparências, do mero desejo de aparecer para se dizer que se existe – “apareço logo existo”. Segundos depois dos likes (convertidos numa espécie de sal da vida), dada mais uma volta ao aquário, ninguém se lembra sequer do que viu, nem do que «leu», outro fait divers mais insignificante ainda do que o anterior ocupará o palco.

Notei nas últimas viagens feitas que não apenas os livros, mas também até os kindles (abundantes em aviões e até em comboios, há pouco tempo) foram substituídos pelo telemóvel, pelo smartphone que, tal como refere Byung

Chul Han, numa entrevista dada ao jornal El País, se converteu numa ferramenta de domínio, agindo como um rosário. Contudo, é precisamente nele que a palavra se perde se dissolve, perdendo-se com ela a memória, afogada no oceano do imediatismo, da futilidade. Esta perda da palavra acarreta consequências graves no modo como nos configuramos, como interagimos, visto que como refere o neurologista Lamberto Maffei, em Elogio da palavra: “As palavras são a minha memória, a minha narrativa (…). De resto, o milagre da evolução gerou as palavras para que o homem possa narrar, para que na sucessão das gerações não se perca o património das experiências vividas”. (p.158).

Em suma, creio que esta era pós-leitura transportará no dorso a do póshumanismo. E como refere a escritora Lídia Jorge numa excelente reflexão acerca do futuro das feiras do livro (e não só) publicada no Público do passado dia 13 de Junho de 2023: “Se sob uma cultura humanística nos matamos uns aos outros, porque não abrir a porta à pósHumanidade?”. Por essa porta, acrescento, entraremos no absurdo reino das trevas, do vazio, da perda da memória, das palavras que nos enformam, que nos ligam uns aos outros, permitindo-nos ser, permanecer, lembrar, independentemente de todas as voltas dadas nos aquários onde giram as nossas vidas .

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