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ALGARVE INFORMATIVO Revista semanal - 22 de dezembro, 2018
«MALÉFICA» DA COMPANHIA DE DANÇA DO ALGARVE O REGRESSO DE «CATAPLAY» E «VIDEO LUCEM» | ESTÁTUAS VIVAS DE NATAL EM LAGOA 1 ALGARVE INFORMATIVO #184 GALA DOS FADISTAS DO CONCELHO DE LOULÉ |ANTÓNIO RAMINHOS E NILTON EM PORTIMÃO
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CONTEÚDOS #184 22 DE DEZEMBRO 2018
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ARTIGOS 8 - Banda Desenhada conta história de Loulé 14 - Algarve discutiu Economia Circular 22 - João Fernandes tomou posse como presidente da ATA 28 - Estátuas Vivas de Natal 42 - «Maléfica» da CDA 60 - «cataPlay» 68 - VIDEO LUCEM 76 - Sexta à noite no IPDJ 86 - Gala dos Fadistas de Loulé 94 - António Raminhos e Nilton no TEMPO 114 - Atualidade
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OPINIÃO 102 - Paulo Cunha 104 - Mirian Tavares 106 - Adília César 108 - Ana Isabel Soares 110 - David Martins ALGARVE INFORMATIVO #184
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REPORTAGEM
BANDA DESENHADA CONTA HISTÓRIA DE LOULÉ COM MUITO ÊNFASE NAS QUESTÕES AMBIENTAIS Texto:
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epois de uma primeira apresentação pública na Amadora, o Salão Nobre dos Paços do Concelho de Loulé deu a conhecer, no dia 14 de dezembro, o livro «Os Segredos ALGARVE INFORMATIVO #184
de Loulé: Uma história em Banda Desenhada», da autoria de João Miguel Lameiras e João Ramalho Santos (argumento) e André Caetano (arte). Num futuro imaginado, a Terra está transformada num bloco de gelo e a humanidade partiu para colonizar outros planetas, acabando os seres 8
humanos por esquecer a história e a cultura das terras de onde partiram. Para tentar reconstruir esse passado perdido, várias expedições de Verificadores rumaram à Terra em busca de informação fidedigna e uma delas vai investigar a lenda de um mítico arquivo que existiria nas Minas de Sal de Loulé. Este é o ponto de partida de «Os Segredos de Loulé: Uma História em Banda Desenhada», uma viagem pela história de Loulé e a sua região, desde o início do universo até aos nossos dias e ao futuro. “Um trabalho destes representa sempre um desafio porque não é fácil contar, de uma maneira interessante para os leitores, a história de uma qualquer localidade. Ainda para mais conhecíamos Loulé meramente de passagem, pelo que foi importante o apoio que tivemos da parte da autarquia
para nos fornecer informação e nos ir orientando”, referiu João Miguel Lameiras, destacando ainda a total liberdade que foi concedida aos criativos em termos de espaço e da forma como seria tratado o tema. “Há várias terras de Portugal que já têm a sua história em banda desenhada, mas os livros são bastante mais pequenos. Normalmente há uma narração em off que conta a história, acompanhada por uns desenhos a ilustrar, ou então estão tem duas pessoas a olhar para monumentos e a recordarem episódios do passado”, acrescenta o argumentista. Esse não é o caso de «Os Segredos de Loulé: Uma história em Banda Desenhada», daí o projeto ter demorado mais tempo a concretizar, reconhece o ilustrador André Caetano, até porque a
Vítor Aleixo, Presidente da Câmara Municipal de Loulé 9
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João Ramalho Santos, Vítor Aleixo, André Caetano e João Miguel Lameiras
ficção científica não é uma área que consuma muito. “O João Lameiras e o João Ramalho deram-me os diálogos e algumas ideias, mas a divisão da narrativa pelas várias páginas esteve a meu cargo, sempre com o feedback deles. Foi uma maneira diferente de trabalhar e a história de Loulé tem coisas bastante interessantes que desconhecia. É um projeto que me ajudou a evoluir como ilustrador”, admite. O outro argumentista de «Os Segredos de Loulé: Uma história em Banda Desenhada» é João Ramalho Santos, um biólogo e professor na Universidade de Coimbra, pelo que não houve grandes dificuldades em corresponder ao pedido do Presidente da Câmara Municipal de Loulé para incluir na narrativa os ecossistemas, as formas de vida, as ALGARVE INFORMATIVO #184
preocupações ambientais, para além das questões culturais e históricas. “O meu trabalho anterior com o André Caetano teve a ver com células estaminais, puramente de ciência e a pensar inicialmente nas crianças, mas eram os pais que faziam mais perguntas. Aprendi imensa coisa a fazer este livro e temos que agradecer à Isabel Luzia e a Dália Paulo por nos arranjarem material para ajudar a construir a narrativa. Agora, vamos bater à porta de outros municípios e dizer: ‘Loulé teve esta visão. E vocês?’. Muito obrigado por esta oportunidade”, agradeceu o argumentista. De sorriso nos lábios falou Vítor Aleixo sobre a presente obra, sabendo-se que é um grande apaixonado pelo concelho de 10
Loulé. “Era necessário arranjar um veículo adequado para contar, de uma maneira simples e fácil, mas com rigor e estética, a história deste magnífico território. No mundo atual da globalização, os valores são cada vez mais estandardizados e as pessoas pouco ou nada sabem sobre as suas raízes e especificidades. É um mundo que cilindra tudo, que igualiza e normaliza tudo, e há necessidade de se fazer um contrapeso e rebuscarmos nas profundezas daquilo que está debaixo de nós, de onde nós viemos, e colocar tudo isso numa história”, defende o edil louletano. O catalisador deste projeto foi, entretanto, a extraordinária descoberta do metoposaurus algarvensis no concelho de Loulé, uma espécie nova com 223 milhões de anos. “Hoje, o cidadão padrão do mundo não conhece história, há um défice de conhecimento de quem habitou este território, o que eles fizeram, como é que se guerrearam, trabalharam e amaram, para onde foram, que perguntas fizeram. Este livro era uma coisa absolutamente necessária”, sublinhou Vítor Aleixo. “Visitamos dois ou três locais da nossa história para os argumentistas e o ilustrador terem contato com a matéria-prima com que iriam fazer a banda desenhada. Depois percebi que os artistas não trabalham com o relógio dos políticos, e ainda bem, porque nem tudo é redutível às necessidades políticas. Demos-lhe tempo e fizeram esta obra maravilhosa”, enaltece o autarca, acreditando que o livro vai ser uma ferramenta importante em contexto de sala de aula para os professores 11
abordarem temas como a biologia e as alterações climáticas. “Vivemos uma vida louca em que não há memória. A massa de informação com que hoje somos bombardeados faz com que estejamos sempre concentrados no presente, sem tempo, ou interesse, para lembrar o passado. Fizemos um concurso público, o livro foi impresso na Polónia, 10 mil exemplares, e vamos oferecer a obra aos alunos do 4.º ao 12.º ano de escolaridade de todas as escolas do concelho, havendo inclusive uma versão em inglês”, revelou ainda Vítor Aleixo, antes da sessão de autógrafos e da entrega de livros às muitas crianças, pais e professores presentes na sessão .
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REPORTAGEM
ALGARVE DISCUTIU ECONOMIA CIRCULAR Texto:
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João Pedro Matos Fernandes, Ministro do Ambiente e da Transição Energética e Francisco Serra, Presidente da CCDR Algarve
Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve (CCDR Algarve) promoveu recentemente um seminário sobre Economia Circular com o intuito de juntar todos os intervenientes/parceiros e promover um forte momento de divulgação e apresentação de iniciativas/trabalhos em decurso no Algarve. O seminário inseriu-se no contexto da implementação da Agenda ALGARVE INFORMATIVO #184
Regional de Transição para a Economia Circular do Algarve, enquadrada pelo Plano de Ação para Economia Circular, e entre os oradores destacaram-se membros do Governo, representantes da Comissão Europeia, da AMAL – Comunidade Intermunicipal do Algarve e da Região de Turismo do Algarve, de diversos centros de investigação da Universidade do Algarve, bem como muitos parceiros das áreas da economia e do ambiente. “A Economia Circular constitui, hoje, um tema prioritário da
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política pública nacional e internacional, porque uma sociedade sem desperdício assenta em práticas de produção e consumo sustentáveis. O que, há uns anos, poderia configurar uma utopia, é atualmente uma urgência para todos”, garantiu Nuno Marques, vice-presidente da CCDR Algarve na sessão de abertura. De acordo com Nuno Marques, a “transição para uma economia mais circular, em que o valor dos produtos, materiais e recursos, se mantém na economia o máximo de tempo possível e a produção de resíduos se reduz ao mínimo, é um contributo fundamental para os esforços da União Europeia para desenvolver uma economia sustentável, hipocarbónica, eficiente em termos de recursos e competitiva”. “Prevê-se que a Economia Circular promova a inovação e a criatividade, impulsione a
competitividade das empresas e dos estados, a criação de emprego local e oportunidades para integração e coesão social. A redução do consumo de energia e de recursos naturais contribuirá para evitar os danos irreversíveis a um ritmo que excede a capacidade de renovação”, frisou o dirigente, lembrando que Portugal possui um plano de ação para a Economia Circular há menos de um ano e todo o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido para a sua implementação visa a criação de agendas regionais de transição “que devem ser um ponto de partida para a colaboração, estimulando a troca de conhecimento, a formação de redes colaborativas – empresariais, científicas ou outras – projetos conjuntos e definição de mecanismos de investimento coordenados”.
Nuno Marques, vice-presidente da CCDR Algarve 15
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Jorge Botelho, presidente da AMAL
A representar os autarcas algarvios na sessão de abertura do seminário esteve Jorge Botelho, presidente da AMAL e da Câmara Municipal de Tavira, que reconheceu que muitas associações empresariais, sociais e ambientais não têm encontrado, na administração pública e outros agentes com responsabilidade, o parceiro ideal para se aprofundarem estratégias sobre reutilização, redução, recuperação ou reciclagem. “Aumenta a população e, se continuar a aumentar o consumo de recursos, seguramente que o Planeta não terá grande vida. Há um caminho enorme a percorrer e as autarquias estão naturalmente preocupadas com este assunto. Defender a descentralização e a corresponsabilização daquilo que é a decisão de base local para alcançarmos resultados nacionais, implica um grande ALGARVE INFORMATIVO #184
envolvimento de todos, uma parceria dos agentes locais e nacionais e, acima de tudo, da sociedade civil”, salientou Jorge Botelho. O processo de alteração de comportamentos gerará investimentos enormes em investigação e desenvolvimento, mas também em capacidade instalada para se colocarem em práticas as políticas, pelo que “haverá muitas ilusões e desilusões, mas no fim conseguiremos atingir o objetivo, pois não há outro caminho possível”. “Temos de investir, envolver parcerias e os atores e tomar medidas que efetivamente cheguem ao terreno, porque há muitas coisas que estão no papel e que, por um motivo ou outro, não se concretizam. Os municípios estão neste processo, em pequenas escalas, é certo, sabemos 16
que a taxa de carbono penaliza brutalmente os governos neste equilíbrio que deve existir para a sustentabilidade do planeta, sabemos que todos nós devemos dar o nosso contributo”, afirmou Jorge Botelho, razão pela qual a AMAL encomendou um Plano de Adaptação às Alterações Climáticas na região do Algarve, “para podermos discutir a alteração do clima, o efeito na linha de costa e nos fenómenos extremos a que estamos a assistir”, justificou o edil tavirense. Papel importante neste processo terá, certamente, a Universidade do Algarve, porque o conhecimento e a inovação são essenciais para vencer os desafios que o planeta tem pela frente. “Espero que, daqui a 200 ou 300 anos, se continue a estudar história, o que significa que ainda cá estaremos, e vai-se olhar para o
Século XX como um período vertiginoso, o século do limiar, em que, a partir de determinado momento, passamos para a sociedade do «pronto-a-vestir», da «chiclete», em que é mais barato comprar novo do que reparar”, observou Paulo Águas, reitor da UAlg. “Hoje vive-se muito melhor do que há 50 ou 100 anos atrás devido à galopante utilização de recursos naturais que a tecnologia tem permitido a custos baixos. Contudo, se continuarmos neste caminho, vamos deparar-nos com um precipício que devemos evitar. Vamos passar para um paradigma em que o desenvolvimento económico não pode estar assente na exploração dos recursos naturais, sobretudo dos não renováveis”, indicou o representante da academia algarvia.
Paulo Águas, reitor da Universidade do Algarve 17
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Depois de uma jornada de dois dias de muito trabalho, Francisco Serra, presidente da CCDR Algarve, assumiu que “todos queremos caminhar para uma sociedade sem desperdício, assente em práticas de produção e consumo sustentáveis”, destacando ainda que o seminário sobre a Economia Circular no Algarve serviu para sedimentar os primeiros passos para a construção de uma Agenda Regional com entidades públicas e privadas que junte todos os intervenientes e parceiros; e induzir um estímulo na região para prosseguir a concretização e a futura implementação desta agenda, que, “mais do que um documento, pretende promover um processo de catalisação da colaboração de todos, criar condições para estimular troca de conhecimento e estabelecer comunicação em rede entre todos os atores”.
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Francisco Serra recordou que a Organização Mundial tem, no programa «OnePlanet», como prioridade para 2019 aproximar o tema da Economia Circular para os stakeholders do turismo e sublinhou a relevância da criação do Observatório Regional sobre essa matéria. “Demos nestes dois dias resposta a muitas questões e levantámos ainda mais perguntas. Precisamos, por exemplo, de trabalhar muito para o bom cumprimento do Protocolo de Gestão de Resíduos de Construção e Demolição, é necessário um diagnóstico real com mapeamento, assegurar a sua rastreabilidade e quantificação. No setor agroalimentar, agroflorestal e biotecnologia verde, abordámos os resíduos - desde as embalagens de fitofármacos aos plásticos -, a ecocondicionalidade e a transformação de resíduos a produtos. Outras áreas temáticas ainda a explorar devem ser equacionadas
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como as Compras Públicas Ecológicas, a Energia, o Mar, o Ordenamento do Território, a Mobilidade de Pessoas e Bens, o Combate ao Desperdício Alimentar”, defendeu o presidente da CCDR Algarve. O seminário encerrou com a intervenção do Ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, para quem a Economia Circular se traduz em “garantir que um produto ou um bem não deixe de ter o seu máximo valor económico no instante da venda”. Segundo o governante, o recentemente apresentado Roteiro de Neutralidade Carbónica propõe o caminho a seguir para Portugal até 2050, com as enormes vantagens que o alcançar dessa meta traria para a qualidade de vida das pessoas, criação de riqueza, trabalho e investimento. “O painel da Convenção Climática das Nações Unidas disse que temos 12 anos para nos salvarmos, porque já estamos com a temperatura 1,1º ou 1,2º acima do que tínhamos no início da Revolução Industrial. Contudo, um relatório do FMI avisa que a economia está a entrar em slowdown, portanto, temos de produzir mais, extrair mais, ter mais em stock”. O Ministro do Ambiente e da Transição Energética não dúvida de que os 300 anos da Modernidade assentes num modelo de economia linear se traduziram num crescimento que gerou maior bem-estar para a população, pelo que não será com “um clique que vamos desmontar aquilo que construímos ao longo deste tempo”. “Em 2050 vamos ser 10 mil milhões de habitantes no Planeta Terra, portanto, a economia mundial tem que crescer, mas 19
regenerando recursos e sendo hipocarbónica”, apontou João Pedro Matos Fernandes. “Se vem do Sol por dia tanta energia como aquela que a espécie humana consome num ano, se formos espertos, vamos resolver o problema da energia. Já o problema das matérias-primas não tem solução, não há Terra 2.0. Só temos um fornecedor, a biosfera, pelo que teremos cada vez mais que incluir no discurso e nas ações a «eficiência material». Temos mesmo de usar poucos recursos”, alertou o Ministro. Conceber os produtos de modo a que todos os seus componentes possam ser reaproveitados no final do seu ciclo de vida também faz parte da Economia Circular e o governante revelou que a Europa apenas possui 9 por cento das matérias críticas de que necessita para os seus mais ambiciosos projetos económicos. “Aquilo que já extraímos da natureza muito provavelmente é bastante superior ao que vamos voltar a precisar de extrair, nos próximos tempos, se formos eficientes no seu uso e se o conseguirmos reintroduzir no ciclo de produção”, acredita João Pedro Matos Fernandes. “Quando formos 10 mil milhões de habitantes, não vamos ter o atual bem-estar se continuarmos a ser donos de tudo aquilo que usamos. Não preciso de um escadote lá em casa para mudar uma lâmpada que se funde de três em três anos. Não preciso comprar uma máquina de lavar roupa ou louça, mas ciclos de lavagem. Isso significa deixarmos de vender bens para passarmos a vender serviços que têm bens lá dentro”, aconselhou . ALGARVE INFORMATIVO #184
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REPORTAGEM
JOÃO FERNANDES TOMOU POSSE COMO NOVO PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO TURISMO DO ALGARVE Texto:
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epois de ter derrotado a lista liderada por Carlos Luís no passado dia 3 de dezembro, João Fernandes tomou posse, no dia 17 de dezembro, como novo Presidente da Direção da Associação Turismo do ALGARVE INFORMATIVO #184
Algarve, numa cerimónia que antecedeu a primeira Assembleia-Geral dos novos Órgãos Sociais da ATA, tendo o seu presidente Álvaro Viegas feito um apelo à participação de todos os associados durante os próximos três anos, para bem do turismo algarvio. Já João Fernandes considerou ter sido salutar e estimulante terem existido duas listas a 22
votos, “o que revela o interesse dos associados pelo futuro da organização e é também um bom sinal da sua dinâmica”. Para João Fernandes, o objetivo que agora todos deve unir é tornar o Algarve mais competitivo e sustentável e reconhecido pela qualidade e diversidade da sua oferta. “O desejo é pôr o Turismo do Algarve a falar a uma só voz, porque a abordagem a esta sinergia entre quem desenvolve o destino turístico – competência da Região de Turismo do Algarve – e quem o promove nos seus principais mercados internacionais é uma oportunidade para melhor gerir recursos”, defendeu o também presidente da RTA. “Queremos trabalhar em rede e criar sinergias com os diversos
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intervenientes do setor, sejam eles públicos ou privados, e assim estaremos mais habilitados, com maior poder negocial e mais concertados para falar com a Secretaria de Estado do Turismo, com o Turismo de Portugal e com as autarquias que intervêm neste território”. Promover produtos independentemente das suas fronteiras físicas é outra intenção de João Fernandes, dando o exemplo do Turismo de Natureza, porque “a natureza não tem barreiras administrativas, como é o caso da Rota Vicentina”. E concertação, trabalho em equipa, sinergias, são fundamentais porque o principal
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mercado emissor de turistas para o Algarve se encontra, como se sabe, numa situação muito específica, de Brexit. “Temos que começar, e já, a agir e seremos tão mais fortes quantos mais formos e se trabalharmos em conjunto com regiões que têm problemas semelhantes, tais como a Madeira”, considerou o novo líder da ATA, voltando a enfatizar a importância de se diversificar a oferta do turismo algarvio. “Ninguém aqui procura negligenciar que somos amplamente reconhecidos pelo «Sol e Mar» e pelo «Golfe», queremos continuar a sê-lo, queremos reforçar a qualidade destes produtos, mas não queremos perder a oportunidade de gerar novas motivações de visita à região, que tragam turistas fora da época alta e que abranjam um território mais vasto”. Reforçar, então, o Turismo de Negócios, Turismo de Natureza, Turismo Náutico, Turismo Desportivo e outros poderá dar origem a novos produtos com igual desempenho àqueles pelos quais o Algarve é mais conhecido. E João Fernandes confirmou a necessidade de uma parceria mais estreita com o Aeroporto Internacional de Faro, que passará a ser um membro-convidado da Direção da ATA para participar nas discussões que envolvam matérias fundamentais como a acessibilidade a este destino. “Com o Aeroporto queremos trabalhar na senda da captação de novas rotas e frequências, mas também no reforço da ligação ao hub de Lisboa, não apenas para estarmos mais próximos da capital, mas sobretudo para o apoio a voos de longa distância e aos voos dos nossos mercados emissores europeus, que ALGARVE INFORMATIVO #184
acorrem a Lisboa muitas vezes como um ponto de passagem para o Algarve”, sublinhou João Fernandes. Um maior foco na comercialização da oferta do Algarve é outra aposta da nova liderança da ATA, na medida em que “somos frequentemente reconhecidos pela nossa capacidade de promover, mas menos vezes pela nossa aptidão de concretizar essa promoção em volume de negócios para as empresas”. E uma maior colaboração com os estrangeiros residentes é encarada por João Fernandes como uma forma de potenciar o seu papel de prescritor e embaixador junto dos mercados emissores de onde eles são originários. “Eles têm, talvez, a mensagem que mais fideliza os seus conterrâneos, porque são pessoas que estão no território, que o conhecem muito bem, que optaram por viver entre nós. É uma rede de amigos e familiares que temos vindo a desaproveitar”. Em final de intervenção, João Fernandes não esqueceu a recente falência de companhias aéreas que ligavam o Algarve a mercados emissores estratégicos como o Reino Unido e Alemanha, o Brexit e a emergência de destinos concorrentes, portanto, “temos em mãos desafios concretos”. “Toda a informação é essencial para estarmos mais habilitados a concorrer e será importante trabalharmos no sentido da business inteligence, da ATA providenciar dados relevantes de produto, mercado, análise de concorrência, aos seus associados. Por isso, estamos a trabalhar numa 24
plataforma para responder a essas necessidades e num Plano de Produto e Mercado direcionado para o Brexit. Sabemos perfeitamente que temos três anos desafiantes pela frente, que nos vão dar muito trabalho, e queremos 25
encarar o futuro com a capacidade de arregaçarmos as mangas para trilhar caminho, desenhar projeto e apresentar propostas”, concluiu o presidente da Direção da ATA .
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ESTÁTUAS VIVAS DE NATAL VOLTARAM A ENCHER RUAS DE LAGOA DE MAGIA E FANTASIA Texto:
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o fim de três anos bem sucedidos já começam a ser uma tradição as «Estátuas Vivas no Natal» de Lagoa, com a autarquia local a voltar a organizar, nos dias 14 e 15 de dezembro, mais uma edição desta manifestação de imobilidade expressiva que reuniu 14 quadros artísticos temáticos (numa abordagem à religião, cinema, literatura, história, música, cartoon e natureza), com 16 dos melhores artistas desta arte urbana, várias vezes premiados em festivais dentro e fora do país. O evento teve como objetivos divulgar e dignificar esta arte performativa e, simultaneamente, dinamizar o comércio local no coração da cidade durante a época natalícia e o facto é que a Rua 25 de Abril e o Largo 5 de Outubro estiveram repletos de gente na tarde de sexta-feira e na manhã de sábado. Miúdos e graúdos que não perderam a oportunidade para tirar fotos com algumas figuras míticas do mundo real e imaginário dos tempos modernos e onde não faltou, inclusive, o bem português Vasco Santana do popular filme «Pátio das Cantigas» . 31
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COMPANHIA DE DANÇA DO ALGARVE APRESENTOU A SUA EXTRAORDINÁRIA
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tradicional conto de fadas da Bela Adormecida inspirou a mais recente produção da Companhia de Dança do Algarve, o fantástico bailado «Maléfica», com coreografia a cargo de Carolina Cantinho, Evgeniy Belyaev e Natalia Abramova e interpretação de Margot de Andrade e alunos da CDA. E a que maravilhoso espetáculo assistiram as muitas centenas de pessoas que encheram o Teatro das Figuras, em Faro, nos dias 14, 15 e 16 de dezembro. A qualidade técnica e brio profissional da CDA já são amplamente reconhecidos por todos, tanto no plano nacional como no contexto internacional, sendo múltiplos os brilharetes que os jovens bailarinos algarvios fazem nas mais importantes competições de dança dos quatro cantos do mundo. O espetáculo de Natal que ALGARVE INFORMATIVO #184
realizam todos os anos é, por isso, aguardado com imensa expetativa, uma prova sempre superada com distinção. Assim foi com «Pinókio» em 2017, assim voltou a ser com «Maléfica», em 2018, ao sabor da inconfundível música de Tchaikovsky. No bailado da CDA, Maléfica é uma encantadora e poderosa fada que vive num vale mágico, fronteiriço a um reino de seres humanos. Ainda jovem conhece Stefan, um camponês do reino vizinho, por quem se apaixona. A ambição de Stefan e o seu desejo de se tornar rei levam-no, contudo, a trair a jovem fada, arrancando-lhe as suas asas e tornando-a numa pessoa amarga e triste. Ao saber que Stefan vai batizar Aurora, a sua filha recém-nascida, Maléfica decide vingar-se e lança uma maldição sobre a bebé... e o resto só sabe quem assistir a este maravilhoso bailado.
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CATAPLAY ESTÁ DE REGRESSO PARA NOVA TEMPORADA Texto:
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ais do que uma peça de teatro, «cataPlay» é um espetáculo de degustação de cataplana algarvia, uma forma divertida, e saborosa, de se ficar a saber um pouco mais sobre esta típica iguaria nascida no Algarve… ou talvez não. A segunda temporada do projeto idealizado por Tânia Silva, com textos de ALGARVE INFORMATIVO #184
Joana Guita e encenação de João de Brito, estreou no dia 9 de dezembro, no Restaurante Tertúlia Algarvia, em Faro, e voltou a colocar em desavença dois chefes de cozinha, a Cozinheira Marafada (Tânia Silva) e o Afamado AlChef (Mário Spencer), cada um pretendendo saber fazer uma cataplana melhor do que o outro. De acordo com a autora, “na vida, somos todos comidos”. “Uns mais do 62
que os outros, por prazer ou tórrido amor, por inveja ou pela mais crua maldade, por inocência ou por mera conveniência. Sobre a cataplana pouco ou nada se sabe, desconhecem-se as origens, o sexo ou a proveniência do seu inventor”, comenta Joana Guita, ao passo que os atores consideram que para a receita de uma boa cataPlay são necessários “duas pessoas, cinco dentes de alho, um conflito, sonoridades várias, dois pontos de vista e um toque pessoal”. 63
O espetáculo dá o mote para uma reflexão sobre as origens da cataplana, esse utensílio misterioso e único no mundo. No final houve lugar a uma degustação de cataplana confecionada pela Tertúlia Algarvia, situação que se repetirá quando «cataPlay» for para a estrada, no início de 2019, integrado na terceira edição do programa cultural «365 Algarve» .
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JÚLIO RESENDE E SALVADOR SOBRAL ABRILHANTARAM VIDEO LUCEM EM OLHÃO Texto:
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terceira edição do «Video Lucem», proposta cultural inserida no programa «365 Algarve», aposta em revelar obras parcialmente perdidas ou inacabadas, ou seja, propõe ver a potência, enorme e criativa, do que ficou por dizer, musicar e realizar. Para tal lançou a músicos, atores e outros artistas o desafio de preencher essas lacunas, sendo o ponto de partida o guião ou a ideia original de cada filme, assim como as narrativas sobre o que terá levado à sua condição de objetos interrompidos. Nesse sentido, escolheram-se filmes que contam histórias de ficção ou documentais
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de vários lugares do mundo, alguns relacionados diretamente com o Algarve, e a estreia não poderia ter sido melhor, com a exibição, no dia 15 de dezembro, no Antigo Armazém da Conserveira do Sul, em Olhão, de «O Homem dos Olhos Tortos», de Leitão de Barros e Luís Reis Santos, um filme mudo inacabado e datado de 1919. Tendo por base o folhetim «O Mistério da Rua Saraiva de Carvalho», de Reinaldo Ferreira – mais conhecido como Repórter X – publicado na edição vespertina do jornal «O Século», entre 1917 e 1918, este filme relata uma história de mistério e crime. Problemas financeiros levaram, no entanto, à falência da produtora e ao abandono das filmagens, quando já estavam
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completos cerca de 70 por cento da rodagem. Nesta montagem, para ultrapassar as lacunas do filme, foram colocados cartões que explicam a ação em falta. A cópia do filme que se exibiu em Olhão resulta de um trabalho de restauro, também ele criativo, por parte da Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema, com a ajuda do texto original de Reinaldo Ferreira. O acompanhamento ao piano do olhanense Júlio Resende e a voz de Salvador Sobral tornaram a sessão inesquecível, uma oportunidade ímpar de ver um filme guardado, e muito pouco exibido, como numa experiência de cinema vivo .
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ARTES PLÁSTICAS, MÚSICA E MUITA JUVENTUDE NUMA TÍPICA SEXTA-FEIRA NO IPDJ Texto: ALGARVE INFORMATIVO #184 ALGARVE INFORMATIVO #184
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Custódio Moreno, Diretor Regional do Algarve do IPDJ, com Leandro de Sousa Marcos
noite de 7 de dezembro voltou a ser muita animada na sede da Direção Regional do Algarve do Instituto Português do Desporto e Juventude, em Faro, confirmando-se como um espaço aberto à criatividade e onde a divulgação do trabalho dos jovens, a troca de experiências e a criação de oportunidades são o lema. Nesta data em concreto foi inaugurada a exposição «Até Não Haver Mais», de Leandro de Sousa Marcos, um artista visual nascido em Faro, em 1992. O seu percurso artístico começou em 2012, ao frequentar a Licenciatura em Artes Visuais, na Universidade do Algarve, onde foi aluno de alguns dos artistas mais influentes da ALGARVE INFORMATIVO #184
segunda metade do séc. XX (Xana Alexandre Barata, Pedro Cabral-Santo e Rui Sanches). Com um processo de trabalho manifestamente experimental, o artista pensa o suporte e a cor tornase matéria. «Até Não Haver Mais» tem curadoria de Rodrigo Rosa e estará patente até dia 8 de janeiro de 2019, podendo ser visitada de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, na Galeria de Exposições do IPDJ. Na mesma noite subiu ao palco o jovem Gonçalo Mendes para apresentar canções originais e interpretar temas da pop/soul, tendo como convidados Gabriela Santana, Miriam Marcos, Domingos Caetano e Outsiders. Depois de ter participado no programa «The Voice Kids», Gonçalo Mendes está a dar início a uma banda para elaboração do primeiro trabalho discográfico . 78
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REPORTAGEM
MELHORES FADISTAS DO CONCELHO DE LOULÉ SUBIRAM AO PALCO DO CINE-TEATRO LOULETANO Texto:
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terceira Gala dos Fadistas Louletanos decorreu no dia 9 de dezembro, no CineTeatro Louletano, com Alexandra Viana, Filipa Nobre, Isa de Brito, Marta Sousa, Melissa Dourado, Rui de Sousa, Ruben Alexandre e Tony Rodrigues. Desde há vários anos a esta parte têm surgido neste concelho jovens com muita qualidade na arte popular que é o Fado, que ganhou também um novo fôlego com a classificação de Património Imaterial da ALGARVE INFORMATIVO #184
Humanidade por parte da UNESCO em 2011. Também eventos como o «Concurso de Fado Amador», que decorreu durante alguns anos em Loulé, em paralelo com a iniciativa «Fado ao Interior», proporcionaram o aparecimento de jovens fadistas como André Catarino, César Matoso, Isa de Brito e Sara Paixão. Juntando-se a estes nomes como Alice Correia, Tony Rodrigues ou Tony Abrantes, pode-se considerar que Loulé tem vindo a afirmar-se crescentemente com um conjunto de bons intérpretes da canção nacional, não só em quantidade como em qualidade. 88
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REPORTAGEM
ANTÓNIO RAMINHOS E NILTON ENCHERAM TEMPO DE RISADAS Texto:
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s humoristas António Raminhos e Nilton atuaram, nos dias 14 e 15 de dezembro, respetivamente, no Teatro Municipal de Portimão, em duas noites de pura stand-up comedy. No dia 14, António Raminhos trouxe «O Melhor do Pior», o seu mais recente trabalho desenvolvido para os palcos, onde fala dos seus dois últimos anos. O humorista tem surpreendido os portugueses com vários produtos da sua mente insana, ora com chinesices, ora com as «Marias», ou até mesmo com banhos públicos acompanhado de celebridades, de maneira que nunca se sabe bem o que esperar do comediante. No dia 15 foi a vez de Nilton subir ao palco com «Falta de Juízo», um espetáculo mais digital onde o humorista revelou o que o faz rir e algumas das maluquices que se diverte a fazer. Houve muitos vídeos e bastante stand-up comedy, mas, acima de tudo, uma viagem ao planeta Nilton, onde este mostrou que, mais do que um humorista, é na verdade uma pessoa com muita falta de juízo . ALGARVE INFORMATIVO #184
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Todas as alturas são boas para celebrar o melhor que há em nós! Paulo Cunha (Professor) ais um ano a chegar ao fim e mais uma vez sinto que se instala a costumeira sensação provocada pela mistura de sentimentos que fazem adivinhar a chegada do Natal. Uma comemoração em que constato que muitas pessoas, de uma forma hipócrita, tende a ficar muito prestável e «boazinha», atuando perante os amigos e a família de forma pouco natural, atípica e até fingida. São os tais que esperaram pelo Natal para expiarem o pecado do total abandono a que votaram todos aqueles que, durante o ano, deles necessitaram, bastandolhes para isso um sms, um telefonema, um encontro fugaz ou a oferta de uma qualquer prenda comprada à pressa, para assim cumprir a habitual obrigação da época natalícia. Juntando a sensação de obrigatoriedade por ter de dar, retribuir e partilhar com data marcada à sensação de dever e urgência de ter de preparar, acompanhar, assistir e participar em todas as festas, festazinhas, almoços, jantarzinhos, quermesses e compra de rifas, esta época torna-se, efetivamente, a antítese do que deveria ser a celebração do (cristão) Natal. Cada vez mais gosto do espírito e cada vez menos do Natal. Este Natal… onde a alegria e o júbilo pelo nascimento foram substituídos, para não variar, pelo ter e pelo parecer! Volta e meia oiço e leio gente a afirmar que o Natal é a época que mais anseia e aprecia, pois pode, nessa semana, finalmente dar o melhor de si. É caso para perguntar: “E nas outras cinquenta e uma semanas que sobram, será que não têm mais nada para dar… só para receber?”. Oferecer, repartir, gratificar e conviver são atitudes (humanas) que não precisam de data marcada para ser praticadas. Quando acontecem, acontece Natal, pois faz nascer em todos os envolvidos o desejo de, através do bem, marcar a vida dos outros! ALGARVE INFORMATIVO #184
De tal forma as pessoas precisam de Natal (no sentido de nascimento) nas suas vidas, que, invariavelmente, aproveitam os aniversários, os batizados e os casamentos dos outros para poderem, finalmente, ter uma situação onde possam conviver, embora com hora marcada, com prenda comprada e tempo contado. Já repararam que, hoje, numa vida cada vez mais longa, comungamos e convivemos menos tempo do que os nossos antepassados? Por isso não é de estranhar ouvir as habituais queixas por parte de gente que passa por cada ano sem reparar que cada ano, no final das contas feitas, passou por ela sem que dele essa gente tivesse dado conta. Vejo o Natal como um farol que alumia todo o ano, por isso não é de estranhar, durante todo o ano, eu convidar e marcar convívios com quem me é querido e me quer, intitulando esses encontros como «convívios de Natal». Sou daqueles que conta os anos de vida pelo número de Natais por que passou. Sempre me impressionou e atraiu constatar que em dezembro as relações entre as pessoas melhoravam substancialmente. Como tal, é natural que anseie que esta data chegue. Sabernos juntos na partilha e na dádiva, nem que seja por um curto espaço de tempo, ilude-me a tristeza de não ter Natal todos os dias. Angustia-me a hipocrisia a que votamos a nossa vida elegendo apenas uma semana entre tantas para, efetivamente, fazer aquilo a que deveríamos dedicar a nossa efémera e curta existência. Custa-me ver partir o Natal, pois com ele vai o espírito que o caracteriza. Privilegio a dádiva do nascimento e a ela associo tudo de bom que a vida tem. Por isso gosto do Natal sem prazo, durabilidade, nem data de validade. Enfim… coisas de quem gosta de ver Natal nos outros .
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Um galo sozinho não tece uma manhã Mirian Tavares (Professora) “Um galo sozinho não tece uma manhã: ele precisará sempre de outros galos. De um que apanhe esse grito que ele e o lance a outro; de um outro galo que apanhe o grito de um galo antes e o lance a outro; e de outros galos que com muitos outros galos se cruzem os fios de sol de seus gritos de galo, para que a manhã, desde uma teia tênue, se vá tecendo, entre todos os galos”. João Cabral de Melo Neto
ão me lembro de ter acreditado no Pai Natal. Lembro-me, sim, dos irmãos a prepararem o presépio sobre uma tábua muito grande, que cobriam de areia e onde faziam lagos com espelhos que roubavam aos meus brinquedos. O presépio era de gesso, e as figuras, que possuíam alguma idade, tinham algumas um nariz a menos, ou uma mão cortada. Lembro-me ainda das bolas da árvore de natal, feitas de um vidro muito fino que se partiam em mil pedaços quando caíam ao chão. Lembro-me de um conto de natal do Dickens, que li, muito cedo, na versão do Walt Disney. Fazia parte de uma coleção de histórias que acompanhava um disco e ainda sei de cor fragmentos de canções. As músicas sempre me faziam chorar, sobretudo as de Natal, porque sentia uma nostalgia estranha de algo que, de facto, nunca vivera. Devia ter eu uns 5 ou 6
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anos. O Natal do Pato Donald, e dos filmes que via, era branco e frio. O nosso era quente, mas havia um desejo de neve, de chaminés e de um Pai Natal com seu trenó a sobrevoar as casas. Lembro-me ainda de ouvir alguém ler para mim aquelas histórias e pronunciar uma palavra que me fugia, quando eu ia ler sozinha - era o etecetera, que eu ainda não sabia, escrevia-se etc. Os presentes punham-se sob as camas e eram abertos na manhã seguinte. Mas desta época só me lembro do presépio e das bolas de vidro que se desfaziam em mil pedaços e dos livros do Disney que recontavam a história de Dickens. E de ouvir falar da missa do galo, numa hora tardia, a qual, naquela altura, nunca logrei alcançar de olhos abertos. Houve um natal em que quase morri. Tinha 7 anos feitos, vivia no Goiás e fui levada às pressas ao hospital, onde fiquei internada 15 dias. Hepatite, desidratação, malária e um começo de angina no coração. Quanta maleita num corpo frágil que resistiu bravamente, mas que ficou sem chocolates, passaram a ser regrados e vigiados pela tia. Não me lembro se acreditava em Pai Natal, mas lembro-me dos irmãos, dos pais e avós, tios e primos, da família. De estarmos juntos, nem sempre todos, e de tecermos, à nossa maneira, muitos natais .
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Silent Night Adília César (Escritora) noite acordou e não sabia onde estava. Talvez depois de ontem e antes de amanhã. Ela diz. Não sei onde estou. Ela pensa. Este silêncio eterno. A noite acordou-me e eu não sabia onde estava. Acordo exactamente agora e abro os olhos ao tempo. Paraondefoiotempo? O que é a eternidade? Não sei o nome destes olhos abertos. Os meus olhos abertos, os olhos de Deus. O nome do tempo que é um instante supremo de luz. O nome da luz da utopia que embala o instante puro. O instante que cai entre ontem e amanhã não faz parte do idioma que sei falar. É uma outra palavra que significa berço cofre ninho purificação. Mas não tenho mãos para o agarrar. Esse instante supremo de luz. Que ilumina eternamente o primeiro Menino e a sua Mãe. Virgem é a Luz, o Instante, a Pureza, a Mãe, o Menino. O Menino está nu, vestido de luz. Eu sou outra vez virgem e estou com Ele. E nasce um tempo sempre novo enquanto os meus olhos nunca se fecharem. Nunca, é depois de ontem e antes de amanhã. Nunca, é para sempre. Um lugar velho para um tempo novo. E porque o Menino se fez Homem, morreu muitas vezes
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até à eternidade. Até não haver mais instantes supremos de luz. Uma coisa que faz apenas algum barulho e depois desaparece. Como uma mediação estética num filme que ninguém quer ver. Há muitas coisas no mundo que estão no lugar errado e eu não sei como tirá-las de lá. Não consigo sair desta compreensão e encosto a minha cabeça alienada ao colo da Mãe. O espanto da morte revisita este quadro na Catedral do Tempo. O Menino nasce e o Homem morre. Atracção e intocabilidade na narrativa do milagre. Dorme meu Menino, que a noite não se vai embora. Já não importa o que aconteceu às pessoas adoradoras mas sim o vazio das suas vidas, os constantes estados de pânico por não conseguirem sair dos seus infernos. O céu onde todos os anos de todos os séculos o Menino nasce e dorme ao colo de sua Mãe. Guardado na casa de vidro do jardim. Silent Night. O céu silencioso dos nossos infernos. As hipóteses utópicas da existência não visam a mudança, mas a redenção. Perdoa-me, porque eu não sei o que digo .
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Do Reboliço #20 Ana Isabel Soares (Professora) a estufa do horto alinhavamse, sobre umas poucas dezenas de mesas e pelo chão, ordeiramente, vasos com plantas de cores, tamanhos, formas (provavelmente perfumes) diferentes. O Reboliço avançou, focinho no ar, curioso por saber onde começava a mangueirazinha em pvc preto que a todos ia molhando, gota a gota, e onde terminaria: dali, de onde ia passando, só se percebia o tubo contínuo, interrompido, a intervalos quase iguais, em boquinhas por onde saía a bolha mínima de água, a bolha mínima de água, a bolha mínima de água – e levava a formar-se tanto quanto leva a pronunciar três vezes a frase. As mulheres entraram, conversadeiras, e atrás delas ia o paciente homem, em silêncio. “Ah, eu a minha deixo-a quase sempre à sombra – mas nota-se que aqui cresce bem, debaixo da luz”, dizia a primeira. “Pois, mas o estar dentro da estufa também a protege”, seguia a outra. “Eu cá não consigo fazer medrar nada; nem as suculentas”, era a queixa da terceira. O homem, mãos atrás das costas, ia, como o Reboliço, curioso, de nariz igualmente atento, mas olhava para cima e não para a mangueira da rega. Poucas eram ali as plantas que não vicejavam. A gama de verdes parecia interminável – a dificuldade estava em achar nomes para aquela cor que, no fundo, era uma só. Tinham chegado ali à procura de orquídeas. Era a época em que mais floresciam, e as mulheres queriam flores novas para as varandas dos lugares onde moravam. O Reboliço lembrava-se de ver em revistas retratos de orquídeas a fazerem tapetes nos bosques e nas florestas, milhares que se espalhavam pelo chão, entre outras ALGARVE INFORMATIVO #184
cores e esquemas de flores. Ou enxertadas nos troncos de árvores altas, os vasos suspensos por mão humana à altura de alguém, nas ruas de uma metrópole – e ficavam as ruas, em vez do castanho só ladeando os passeios, pintalgadas de branco, amarelo vivo ou mais empalidecido, rosalilás e o verde (os muitos verdes). Eram flores engraçadas, achava ele, que via graça nas três ou quatro folhas que cada vaso exibia, rasas à terra, e de onde saía a haste que, no cimo, abria em dois ou três botões, em dois ou três conjuntos de pétalas, cada um com uma espécie de boca pendente. Ao fundo da estufa, sobre uma das mesas dispunham-se uns vasos mais largos, mais altos. Dentro deles, enquanto se aproximava, viu o Reboliço folhas como as das outras orquídeas, mas muitas folhas em cada um dos vasos, folhas como que emaranhadas umas nas outras, oblongas na mesma, com o veio central bem vincado, e apontando cada uma para um lugar diferente do mundo – folhas e nada mais, nesses vasos maiores, e nada de hastes. Avançou, aproximou-se, e percebeu, em alguns dos vasos, que de dentro das folhas, junto à terra, logo acima da cicatriz saliente do verde das folhas, se alçava uma mão de pétalas enrugadas, quase todas brancas, como se fossem o tecido de uma saia que alguém tivesse amarrotado depois de uma inteira noite de dança. “Estas são as orquídeas gigantes”. Eram, de facto, maiores do que a cabeça do canito. Ele, olhando, admirado, para elas, interrogava-se se não as poderia usar como chapéus . *Reboliço é o nome de um cão que o avô teve, no Moinho Grande. É a partir do seu olhar que aqui escrevo.
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Foto: Vasco Célio
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Boas Festas e próspero Ano Novo! David Martins (Diretor de Marketing e Alojamento) celebração do Natal é para a generalidade dos cidadãos um momento de reunião familiar, de partilha de prendas, de vivências religiosas e de muitos outros sentimentos bons. É, sem dúvida, um momento marcante para todas as pessoas e devemos aproveitá-lo como tal. Para os indivíduos que, como eu, são pais de crianças pequenas, a tarefa é ainda mais aliciante pelo encantamento que toda a vivência natalícia nos proporciona e porque é bom ver e ensinar os nossos filhos a desenvolver o espírito da oferta, da partilha, da responsabilidade e do agradecimento. Sim, porque o Pai Natal só dá prendas aos meninos que se portam bem e não pode dar resposta aos mil e um desejos que cada criança fórmula. Mas, para além destas experiências que nos enchem a alma, e do muito consumismo que prolifera na sociedade e para o qual deveríamos ter moderação, há no fundo momentos e ações que nos devem prender com maior relevo. Por exemplo, devemos preocuparmos e dar o nosso apoio aos mais carenciados, aos desprotegidos, aos azarados, pois eles precisam de todos nós. O pequeno contributo que cada um possa dar é para outros uma luz de esperança e alegria e esse deve ser o nosso objetivo! Por estarmos no final do ano, esta é também uma época de reflexão do que desejamos para nós e para os nossos concidadãos. Apesar de parecer, e se calhar é-o, genérico e abstrato, daria destaque a quatro aspetos, que são por norma os meus desejos mais profundos para o ano vindouro.
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Haja saúde e qualidade de vida. Afinal de contas este é um fator essencial para que possamos viver em paz e harmonia, e assim permanecermos o máximo de tempo neste mundo. Para isso, porém, é preciso saber tomarmos conta de nós e da nossa «máquina», o corpo humano, que é a base para muito da nossa existência. Uma coisa parece certa: quanto mais abusarmos dele, mais isso se repercutirá no futuro! Haja trabalho para todos. Apesar da preguiça afetar muitas almas desta sociedade, este é o pilar para que o indivíduo possa dar continuidade aos seus sonhos e garantir a sua qualidade de vida e da sua família. Quem trabalha conquista vitórias e realização pessoal, e dá o seu contributo para a sociedade onde habita. Haja algum dinheiro para que todos possamos, ainda que de forma «remediada», viver e ser felizes. A vida passa demasiado rápido para que não desfrutemos dela. E, por vezes, de pouco vale adiar em permanência os nossos sonhos, com a ideia que «farei amanhã», e o façamos logo que possível, como se cada dia fosse o último dia em que vivemos. E, não menos importante, haja famílias unidas no seio de um «lar doce lar»! Não há nada melhor do que podermos usufruir dos nossos país, avós, filhos, primos, tios e amigos em perfeita convivência e alegria. A vida é curta e o que melhor podemos fazer é desfrutar de bons momentos com quem nos viu nascer e crescer e os outros que nos verão partir. A todos os Amigos e Amigas, a todos os leitores do Algarve Informativo, deixo votos de um Santo Natal e um Feliz Ano Novo! .
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FERNANDO CORREIA APRESENTOU LIVRO NO ANIVERSÁRIO DA BIBLIOTECA LÍDIA JORGE o dia 17 de dezembro de 2004 nascia a Biblioteca Municipal de Albufeira, um espaço cultural com a missão de satisfazer as necessidades de informação, cultura, lazer e educação da comunidade, através da promoção de hábitos de leitura e da prestação de um conjunto de serviços gratuitos, com base na igualdade de acesso para todos. Volvidos 14 anos, a Biblioteca Lídia Jorge conta com cerca de 12 mil utilizadores, 100 visitas diárias e 45 mil e 400 livros. “Esta é uma casa onde se procura e onde se conquista o saber. Um espaço da comunidade e para a comunidade”, salientou o presidente da ALGARVE INFORMATIVO #184
Câmara Municipal de Albufeira, José Carlos Rolo, que destacou também o importante papel do livro na transmissão de conhecimento. “Escolhemos assinalar o 14.º aniversário da biblioteca com a apresentação de um livro, que relata um problema social, um tema tabu, que necessita de ser divulgado e debatido para que todos ganhemos consciência da problemática e possamos agir em consonância”. O livro apresentado por Fernando Correia relata “casos reais de violência doméstica, narrados com coragem, na esperança de lhes pôr um fim”. O autor contou parte da história da sua vida, 114
num ambiente intimista, em que fez questão de sensibilizar os presentes para a importância de cada um dar o seu contributo para mudar o mundo à sua volta. “Tenho escrito livros de causas, de sofrimento, de verdade, com o objetivo de passar uma mensagem de amor e de coragem. Desde que o ser humano queira, tudo é possível”, garantiu. Durante a apresentação de «São Lágrimas, Senhor, São Lágrimas», a Diretora da Segurança Social de Faro referiu que “o livro contribui para a mudança”. “Ao escolher este livro para assinalar o aniversário da sua biblioteca, o Município de Albufeira mostra uma preocupação social sobre o tema, que é tão feio (a violência), mas que é tão importante para o nosso futuro. E, acima de tudo, dá um sinal que não queremos ser cúmplices em mais mortes. Queremos assegurar a defesa dos direitos humanos”, destacou Margarida Flores Alves, em representação da Secretária de Estado para a Cidadania e Igualdade, Rosa Monteiro. As comemorações do 14.º aniversário da Biblioteca Municipal que, em 2009, passou a designar-se de Lídia Jorge, em homenagem à escritora algarvia homónima, fizeram antever a criação de uma valência cultural em Ferreiras. “Quero agradecer o papel dos técnicos e colaboradores deste espaço cultural que ao longo destes 14 anos têm contribuído para que a nossa Biblioteca seja um sucesso a nível regional. Vamos, por isso, criar um polo na freguesia de Ferreiras, cujo contrato deverá estar assinado até ao final do ano”, revelou Ana Pífaro, vicepresidente da Câmara Municipal de Albufeira.
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A encerrar os discursos, o presidente da Assembleia Municipal afirmou que “esta é uma forma real e transparente de elogiar aquilo que deve ser a cultura: não ter medo das palavras, não ter medo de provocar sentimentos nos outros, não ter medo da verdade”. “Porque a Biblioteca Municipal também serve para isso”, salientou Paulo Freitas. O aniversário terminou em festa, com o corte do bolo ao som dos «Parabéns a você» e de um brinde a mais um ano de sucesso deste espaço cultural .
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ATUALIDADE
UNIVERSIDADE DO ALGARVE FESTEJOU 39.º ANIVERSÁRIO a cerimónia do 39.º aniversário da Universidade do Algarve e da atribuição do título de Doutor Honoris Causa ao professor Joaquim Romero Magalhães, que decorreu no dia 12 de dezembro, no Grande Auditório do Campus de Gambelas, o reitor Paulo Águas alertou para o facto do Governo não estar a cumprir o contrato assinado em 2016 com as instituições de Ensino Superior, com isso colocando em causa o seu normal funcionamento. “Este contrato estabelece que as dotações do ALGARVE INFORMATIVO #184
Orçamento de Estado não serão inferiores às inscritas para 2016, acrescidas dos montantes correspondentes aos aumentos de encargos salariais para a administração pública que o Governo venha a determinar, incluindo os que decorram do aumento do valor da remuneração mensal mínima garantida, e dos montantes necessários à execução de alterações legislativas com impacto financeiro que venham a ser aprovadas”, lembrou Paulo Águas. 116
Em 2018, de acordo com o reitor, “o aumento verificado das receitas próprias foi acompanhado de medidas de contenção da despesa, ao nível do pessoal e dos gastos gerais, todavia, a Universidade do Algarve corre o risco de fechar o ano numa situação mais frágil do que a verificada em 2017”. “À data de hoje, o valor das transferências do OE garantido até ao final do ano é inferior em mais de 100 mil euros ao ocorrido em 2017. Estão em falta 500 mil euros, decorrentes de impactos das alterações legislativas. O pedido da verba já foi solicitado à nossa tutela que remeteu para as Finanças”, justificou Paulo Águas, antevendo que o próximo ano será vivido “num contexto de grande pressão orçamental”, mesmo esperando-se, tal como em 2018, um aumento da receita cobrada, alicerçada em receitas não provenientes do OE.
Um ano depois da sua tomada de posse, o reitor fez um balanço positivo, recordando que, no ano letivo 2017/18, o número de estudantes inscritos cresceu 3,4 por cento. “Tratou-se do segundo ano de crescimento após cinco anos consecutivos de quebras. Os dados disponíveis à data de hoje perspetivam um crescimento em 2018/19 em percentagem próxima da ocorrida em 2017/18”, indicou no seu discurso. De referir ainda que este ano letivo se registou o número mais elevado de candidatos colocados na primeira fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior dos últimos oito anos (+4 por cento, face a 2017/18) e, pela primeira vez, o número de candidatos colocados na Universidade do Algarve aumentou num ano em que a nível nacional ocorre uma redução. “Para este resultado terá contribuído a
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ATUALIDADE decisão do governo em reduzir as vagas nas Instituições de Ensino Superior de Lisboa”, acredita Paulo Águas. Já no que diz respeito ao recrutamento através do Concurso Especial para Estudantes Internacionais, para cursos de formação inicial, voltou a registar novos máximos em 2018/19. “A percentagem de estudantes de nacionalidade estrangeira na Universidade do Algarve irá ultrapassar este ano a fasquia dos 20 por cento”, salientou ainda o reitor. “De acordo com dados oficiais, relativos a 2017/18, somos a segunda instituição de ensino superior com maior percentagem de estudantes estrangeiros, a primeira entre as universidades”. Contudo, Paulo Águas está consciente de que a internacionalização não se faz num ano, nem num mandato. “O que queremos transmitir é que estamos a consolidar resultados e que estamos
comprometidos em continuar a fazêlo. Em 2012/13 tínhamos 7,8 por cento de estudantes de nacionalidade estrangeira, menos 0,4 pontos percentuais do que o país. Em 2017/18 atingimos 18,9 por cento, mais 6,6 pontos percentuais do que o país”. Na sua tomada de posse, há um ano, o reitor elencou, para a sua agenda mais imediata, sete pontos. Na cerimónia do 39.º aniversário da UAlg, Paulo Águas afirmou que foi possível uma concretização quase plena, acima dos 85 por cento, dessa agenda mais imediata. Desses sete pontos destaca-se o início do projeto de Reestruturação e Reengenharia Tecnológica, que exigiu dois vistos prévios do Tribunal de Contas, o qual se encontra em fase avançada de execução; a apresentação da candidatura para a criação de um Pólo Tecnológico, que permitirá a
Vitor Neto Presidente Conselho Geral da UAg ALGARVE INFORMATIVO #184
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Joaquim Romero Magalhães
instalação de empresas na área das Tecnologias de Informação, Comunicação e Eletrónica (TICE) no Campus da Penha; e o início deste ano letivo com todas as atividades da Escola Superior de Saúde no Campus de Gambelas. Na opinião do reitor, ficará ainda marcado por vários factos relacionados com a dinâmica interna da UAlg, entre os quais a execução do projeto SIAC Internacionalização, que permitiu a divulgação da Universidade do Algarve em feiras de quatro continentes, a realização de cursos livres destinados a estudantes internacionais pré-universitários e universitários e, nesse âmbito, procedeuse ainda à assinatura de mais 10 novos protocolos gerais e específicos, com 119
universidades dos Estados Unidos (2), do Chile (3), da Colômbia (2), Angola (3) e Macau (1). A assinatura de um protocolo com a Fundiestamo, no âmbito do Plano Nacional de Alojamento para o Ensino Superior, para que seja elaborado por aquela entidade um estudo de viabilidade económicofinanceira relativo à transformação das instalações da Escola Superior de Saúde numa residência para estudantes, mereceu igualmente destaque por parte do reitor. Também a homologação por parte dos Ministérios das Finanças; do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social; e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de 52 pareceres favoráveis para a regularização de vínculos precários, 50 ALGARVE INFORMATIVO #184
ATUALIDADE relativos a carreiras gerais e dois a docentes marcou o ano 2018. Dos resultados esperados para 2019 faz parte a conclusão do processo de regularização dos trabalhadores precários. Os concursos começarão a ser abertos no primeiro trimestre de 2019, mas “a abertura da totalidade dos concursos está dependente de verbas que ainda não foram transferidas e que ainda não sabemos quando é que o irão ser”, alertou o reitor, avisando que “o papel do Governo não terminou no ato de homologação dos pareceres favoráveis aprovados nas comissões arbitrárias bipartidas”. Já a terminar, Paulo Águas lançou um repto aos autarcas, lembrando que o futuro da região pode ficar comprometido sem uma população qualificada. O aumento da oferta de transportes públicos, nomeadamente os rodoviários, com tarifários adequados, permitirá reduzir as desigualdades no acesso ao ensino superior e, consequentemente, no acesso à UAlg. “Para os que já residem em Faro ou que passem a residir é urgente a criação de uma ciclovia que ligue os campus da Penha e das Gambelas ao centro da cidade”, defendeu. Vítor Neto, presidente do Conselho Geral da UAlg, salientou o início das comemorações do 40º aniversário da UAlg, fundada em 1979, “fruto de muita luta da Região, que já percorreu um longo caminho, ultrapassando obstáculos imensos e de que tanto nos orgulhamos”. Vítor Neto lembrou ainda que “o Algarve como Região, os milhares de jovens que por aqui passaram e ganharam competências, devem-lhe muito”. A cerimónia contou ainda com as ALGARVE INFORMATIVO #184
intervenções da representante dos funcionários não docentes, Conceição José, do presidente da Associação Académica, Pedro Ornelas, e do representante dos docentes, Tomasz Boski. Durante a cerimónia foram igualmente entregues as medalhas da Universidade aos funcionários que completam 25 anos de serviço, os diplomas aos novos doutores e, com o apoio da Caixa Geral de Depósitos, foi também atribuído o «Prémio Universidade do Algarve» aos diplomados com mérito no ano letivo de 2016/2017. Um dos pontos altos da cerimónia foi a atribuição do título de Doutor Honoris Causa a Joaquim Antero Romero Magalhães. Visivelmente emocionado, o novo Doutor da UAlg agradeceu o facto de “a Universidade do Algarve o ter chamado para junto dos seus”, lembrando alguns nomes como Aliete Galhoz, Lídia Jorge e Mário Ruivo, Doutores Honoris Causa pela UAlg. Questionando-se sobre esta distinção, o homenageado refere duas possíveis razões: a sua qualidade de académico algarvio e os trabalhos que dedicou à história do Algarve económico na sua longa carreira, datando de 1970 o primeiro escrito publicado e o último de 2018. Joaquim Romero Magalhães dedicou grande parte do seu discurso ao Algarve que o viu nascer, lembrando “vidas” e “gentes”, mas, como o próprio frisou, “sem ser regionalista, nem exclusivista”. “Será o Algarve definível?”, questionou. “O Algarve é uma história, uma literatura, uma paisagem, uma tonalidade luminosa. É um viver e saber viver e é um conjunto 120
Maria Leonor Freire Costa, Madrinha Romero Magalhães
daquilo que afinal nos rodeia e conforta. É tudo isso, o que se vê e o que não se vê. O que é material e o que paira acima dessa realidade. É um todo, não pode ser fragmentado, é algo que ainda hoje me desperta os sentidos”. No seu discurso evocou ainda a memória do amigo António Rosa Mendes, docente de UAlg, que faleceu em 2013, terminando com a já célebre frase do poeta António Pereira, considerado por muitos o «poeta do mar»: «sou algarvio e a minha rua tem o mar ao fundo». Joaquim Romero Magalhães foi apadrinhado por Maria Leonor Freire Costa, docente do Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa, que considera que “a Universidade coopta para a sua galeria de doutores 121
uma figura emérita, exterior ao seu quadro, indiscutivelmente merecedora de um tratamento de honra”. Para Maria Leonor Freire Costa, “Joaquim Romero Magalhães figurará entre a escassa quinzena de historiadores (nacionais e estrangeiros) enaltecidos com doutoramento por honra por universidades públicas portuguesas ao longo de praticamente um século”. “Por proposta conjunta das Faculdades de Ciências Humanas e Sociais e de Economia, a Universidade do Algarve, nesta cerimónia solene, faz o devido alarde do valor académico e cívico deste historiador. A história serve o presente e no presente se preparam as respostas aos desafios da mudança”, finalizou . ALGARVE INFORMATIVO #184
ATUALIDADE
LAGOA ABRAÇA PROJETO PILOTO «3 EM LINHA» Município de Lagoa é uma das 47 entidades nacionais a aderir ao projeto piloto «3 em Linha - para a conciliação da vida profissional, pessoal e família», cuja cerimónia pública teve lugar no dia 5 de dezembro, em Lisboa. Numa sessão conjunta realizada pelo Primeiro-Ministro, António Costa, pelo Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José António Vieira da Silva, e pela Ministra da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques, o Governo apresentou um programa que propõe uma mudança cultural e que convoca a sociedade a assumir um compromisso coletivo com medidas de impacto a curto, médio e longo prazo para a promoção do equilíbrio entre a vida profissional, pessoal e familiar no setor público e privado. Assim, e porque Lagoa tem a conciliação entre as dimensões profissionais, pessoais e familiares na sua agenda, foi subscrito um Pacto de Conciliação que prevê a integração da Câmara Municipal de Lagoa nas 47 entidades nacionais aderentes ao projeto piloto de conciliação (entre 21 organismos da Administração Central e empresas públicas, 11 câmaras municipais e 15 empresas privadas). Com este projeto, que prevê a implementação de um sistema de gestão para a conciliação, o Município de Lagoa conta introduzir, numa primeira fase, três medidas de conciliação, votadas de entre 16 como prioritárias pelos trabalhadores/as da autarquia, num processo participativo. Posteriormente, ALGARVE INFORMATIVO #184
será igualmente votado um pacote de medidas relacionadas com o tempo de trabalho e o desenvolvimento de sistemas de apoio pessoais e familiares. A subscrição do Pacto de Conciliação Sistema de gestão da conciliação da vida profissional, familiar e pessoal, como Organização Bandeira, revela o compromisso deste executivo camarário no desenvolvimento de um programa interno rumo à efetiva igualdade entre mulheres e homens para uma cidadania plena e que permita a realização de escolhas livres em todas as esferas da vida. O impacto deste programa será avaliado três anos após o seu lançamento .
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DE CORTIÇA, CANA, MUSGO E PEDRAS DE RIBEIRA SE FAZ O PRESÉPIO DA CORTELHA Presépio da Cortelha, aldeia serrana do concelho de Loulé, foi inaugurado no dia 15 de dezembro e está patente ao público no largo da associação, até 6 de janeiro. Além do muito trabalho da população local para a construção do presépio, foram fundamentais os materiais da zona e, depois de largas semanas a apanhar musgo, a procurar os melhores canudos de cortiça e a carregar as pedras da ribeira para a construção do cenário do nascimento de Jesus, o presépio está finalmente em exibição. Pelo presépio, mas também pelas belas paisagens que a Serra do Caldeirão oferece nesta altura do ano e pela saborosa gastronomia que os restaurantes locais cozinham, todos os anos são muitos os visitantes que se deslocam até à Cortelha para apreciar esta atração. A tradição de montar e construir o presépio em cortiça na Cortelha teve início em 2004, quando a aldeia se candidatou ao Concurso de Presépios das Aldeias do Algarve, uma iniciativa da CCDR Algarve, e obteve o primeiro lugar. A partir daí, todos os anos pela altura do Natal os habitantes juntam-se e começam a preparar os materiais e a tentar encaixá-los no cenário 123
idealizado para a montagem do presépio. A inauguração realizou-se em clima de festa, com a participação dos alunos da Escola Primária da Cortelha e com um lanche convívio. Antes disso ainda apareceu o «Pai Natal» para ofertar alguns presentes aos mais novos e a cerimónia contou igualmente com a presença do Presidente da Associação dos Amigos da Cortelha, Rui Marcos e do Presidente da Junta de Freguesia de Salir, Deodato João .
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LOULÉ CRIATIVO ALARGA REDE COM OFICINAS DE RELOJOEIRO E DE CORDOFONES oram inaugurados, no dia 15 de dezembro, dois novos espaços que vêm reforçar a rede de oficinas do projeto «Loulé Criativo», designadamente a Oficina de Relojoeiro e a Oficina de Cordofones (instrumentos musicais de corda). A Câmara Municipal de Loulé tem vindo a apostar na valorização de saberes associados a atividades artesanais que contribuíram para a construção da identidade do concelho, revitalizando uma série de espaços que, em conjunto, dão corpo a uma rede de oficinas onde a tradição se alia à inovação. Nesta ótica, encontram-se em funcionamento na cidade de Loulé a Casa da Empreita, a Oficina de Caldeireiros e a Oficina do Barro. Estas oficinas têm como objetivo a salvaguarda e valorização de saberes e
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ofícios tradicionais, ao mesmo tem que fomentam a produção, execução e comercialização de peças, apoiando e valorizando os artesãos e a produção local. Por outro lado, é também objetivo da rede dinamizar experiências e cursos de pequena duração nas várias áreas de intervenção. Quase caído em extinção, o ofício de relojoeiro foi agora recuperado pela autarquia através do apoio à instalação e abertura da Oficina de Relojoeiro – espaço a funcionar no edifício do Solar das Palmeiras – onde o experiente mestre relojoeiro José João Guerreiro desenvolve a sua arte, efetuando manutenções, arranjos, mas também transmitindo os seus conhecimentos e ensinando os segredos do ofício aos potenciais interessados. Loulé tem uma imensa tradição de cultura musical,
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tendo como principal palco o Cine-Teatro e dispondo agora do recém-inaugurado Conservatório de Música de Loulé - a 125
primeira escola pública dedicada ao ensino de Música na zona Sul do país e que integra um auditório. Implementada no centro da cidade, no edifício Solar das Palmeiras, funciona a Oficina de Cordofones, onde o luthier Manuel Amorim se dedica à construção e reparação de instrumentos musicais de corda, que vão desde guitarras portuguesas, guitarras clássicas, violas campaniças, cavaquinhos, bandolins, violoncelos, etc. A formação e o estabelecimento de parcerias com as escolas são duas apostas do espaço. Mostrar às novas gerações todo o processo de fabrico, as ferramentas envolvidas, os diferentes tipos de madeira, bem como a história dos instrumentos é outro dos objetivos com vista ao fomento do gosto pela atividade e à promoção da sua continuidade. As novas oficinas irão funcionar de segunda a sexta-feira, das 9h30 às 13h e das 14h30 às 17h30 .
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QUERENÇA VAI TER PERCURSO ECO-BOTÂNICO MANUEL GOMES GUERREIRO
uma clara aposta na valorização do património natural, a aldeia de Querença, em pleno interior do Concelho de Loulé, verá nascer em breve o Percurso Eco-Botânico Manuel Gomes Guerreiro. A iniciativa é também uma homenagem a este ilustre louletano e surge no âmbito do protocolo celebrado, no dia 13 de dezembro, entre a Câmara Municipal de Loulé e a Fundação Manuel Viegas Guerreiro, com vista à implantação de um percurso num espaço disponibilizado pela Fundação, tendo em conta o seu interesse científico e o seu carácter único no Algarve. É também esta entidade que ficará responsável pela execução do projeto. Considerando que 2018 foi proclamado o Ano Europeu do Património Cultural, esta iniciativa representa, segundo os signatários do protocolo, “uma inovadora e importante forma de preservação do
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património natural, precisamente numa região portuguesa onde a diversidade e os endemismos atingem níveis notáveis, mas também de preservação do património cultural já que a relação entre as populações e a natureza se exprime também neste projeto”. Assim, prevê-se que este Percurso possa potenciar o futuro itinerário turísticocultural da região e criar em Querença um novo espaço de conhecimento (junto de investigadores, escolas ou público em geral), debate e sensibilização ambiental. O Percurso Eco-Botânico Manuel Gomes Guerreiro nasce da candidatura conjunta da Autarquia e Fundação ao Programa CRESC Algarve 2020. O valor global está orçado em mais de 200 mil euros, sendo que a edilidade louletana dará um cofinanciamento de cerca de 62 mil euros, correspondente a 30 por cento do investimento total. “Para além da homenagem a uma das mais notáveis figuras do Concelho de Loulé, com um percurso profissional marcado pelo ensino e também pelo conhecimento e defesa na área ambiental, é de realçar neste projeto a preocupação com a sustentabilidade, desenvolvimento e valorização de um território marcado pela desertificação, mas com um potencial enorme”, frisa o presidente da Câmara Municipal de Loulé, Vítor Aleixo . 126
SÃO BRÁS DE ALPORTEL AVANÇA COM SISTEMA INOVADOR DE RESÍDUOS RECICLADOS
a senda da qualidade ambiental e de modo a melhorar a gestão de resíduos, a Câmara Municipal de São Brás de Alportel está a construir uma plataforma de descarga e a instalar uma balança de pesagem de resíduos reciclados no Parque de Serviços de Ambiente. Com esta intervenção, a autarquia pretende aumentar a capacidade de gestão e controle de resíduos recicláveis que são depositados naquele equipamento localizado no Sítio de Fonte de Touro. Com um sistema inovador, o sistema deverá entrar em funcionamento em março de 2019 e a empreitada está a cargo da empresa «VMP- Vitor Manuel e Pedro, Lda.», num investimento de 35 mil e 250 127
euros, acrescido de IVA e com financiamento comunitário de 85 por cento, pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR) no âmbito de uma candidatura submetida pelo Município ao programa «Promoção da Reciclagem Multimaterial e Valorização Orgânica de Resíduos Urbanos». Com uma gestão mais eficiente e melhores condições para a deposição seletiva dos resíduos pretende-se aumentar a eficácia na deposição seletiva de resíduos, reduzindo, como desejável, a quantidade de resíduos recicláveis que continuam a ser incorretamente depositadas nos contentores de resíduos urbanos indiferenciados, chegando a aterro sanitário. Este é mais um passo que consolida a ampla estratégia municipal na área da gestão e tratamento de resíduos e na preservação, limpeza e manutenção dos espaços públicos, assim como na promoção da sustentabilidade ambiental .
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AUTARQUIA DE LOULÉ ATRIBUI 900 MIL EUROS ÀS IPSS DO CONCELHO Câmara Municipal de Loulé celebrou, no dia 13 de dezembro, ContratosPrograma de Apoio ao Desenvolvimento Social do Concelho. Deste modo, 29 entidades que trabalham em matéria de desenvolvimento social, onde se destacam as instituições particulares de solidariedade social, associações sociais e uma organização não governamental, receberam um montante global de 900 mil euros como forma de apoio financeiro para o desenvolvimento das respostas/atividades sociais a cargo da instituição, manutenção e conservação dos edifícios, bem como para o apetrechamento de materiais e equipamentos. ALGARVE INFORMATIVO #184
Vítor Aleixo, presidente do executivo, sublinhou a importância deste momento para a comunidade e para os utentes das instituições sociais em termos do trabalho social que é realizado. “Trabalhamos todos para que Loulé seja um município com políticas sociais que acontecem de há anos a esta parte com êxito, envolvem muitas instituições, cobrem muitas pessoas, e graças a isso é que podemos levar à prática os valores da solidariedade e da atenção com o outro, sobretudo quando o outro se encontra numa situação de fragilidade”, considerou o autarca, acrescentando que este momento realça bem a “importância estratégica que o Município de Loulé
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dá ao trabalho social que é feito através da rede de IPSS”. Foram englobadas por esta iniciativa a ASMAL – Associação de Saúde Mental do Algarve, Associação Social para o Progresso e Bem-Estar da Freguesia de Benafim, Associação de Bem-Estar dos Amigos de Querença, Associação Esperança e Paz, Associação Humanitária de Doentes de Parkinson e Alzheimer, Associação Pró-Beneficência e Progresso de Alte, Associação Social e Cultural da Tôr, ASCA - Associação Social e Cultural de Almancil, Casa da Primeira Infância de Loulé, Casa do Povo do Ameixial, Centro de Animação e Apoio Comunitário da Freguesia de Alte, Centro de Apoio à Criança de Quarteira, Centro Paroquial de Quarteira, Colégio Origami CRL, DOINA – Associação de Imigrantes Romenos e Moldavos do Algarve, Existir – Associação
para Intervenção e Reabilitação de Populações Deficientes e Desfavorecidas, Fundação António Aleixo, Cruz Vermelha Portuguesa – Delegação de Faro/Loulé, Instituição de Solidariedade Social da Serra do Caldeirão, Liga dos Combatentes – Núcleo de Loulé, MAPS – Movimento de Apoio à Problemática da Sida, NT Social – Cooperativa de Solidariedade de Loulé CRL., Nova Terra – Cooperativa de Habitação Económica de Loulé CRL, Santa Casa da Misericórdia de Boliqueime, Santa Casa da Misericórdia de Loulé, Grupo de Amigos de Salir, UNIR – Associação dos Doentes Mentais, Família e Amigos do Algarve, Centro Social e Comunitário de Vale Silves e Associação Juvenil Akredita em Ti .
SÃO SILVESTRE DE QUARTEIRA VAI PARA A ESTRADA A 28 DE DEZEMBRO epois do sucesso das sete edições anteriores, a cidade de Quarteira volta a estar em destaque no desporto nacional com a realização da 8.ª São Silvestre de Quarteira, no dia 28 de dezembro, a partir das 20h30, na Praça do Mar. A prova começou em 2011, criada e mantida pelos «Quarteira Night Runners» (grupo informal de corrida e caminhada), na altura com cerca de 50 participantes. Agora são mais de mil atletas a percorrer as avenidas de Quarteira junto ao mar para queimar as calorias do Natal, numa noite fria de dezembro. A «prova» de cariz popular está aberta a atletas dos 8 aos 80 anos de idade, de 129
participação gratuita, existindo controlo de tempos e classificação, embora meramente informativo, pois serve apenas para os atletas pouco habituados a estas lides participarem juntamente com atletas de elite. O evento integra a parte de caminhada (cinco quilómetros) e corrida (10 quilómetros) e uma das suas características é o famoso bolo-rei e o chá quente no final. Esta prova continua a ser uma organização conjunta dos «Quarteira Night Runners», «Free Challenge» e Junta de Freguesia de Quarteira, com o apoio da Câmara Municipal de Loulé .
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AUTARQUIA DE CASTRO MARIM ADQUIRE LOJAS PARA REQUALIFICAR ATL DA SANTA CASA DA MISERICÓRDIA Creche e Atividades de Tempos Livres (ATL) de Castro Marim convive há alguns anos com as precárias condições das suas instalações, onde acolhem cerca de 55 crianças. De forma a colmatar esta necessidade de um espaço mais digno, o presidente e vice-presidente da Câmara Municipal de Castro Marim propuseram ao restante executivo, em reunião de câmara, a aquisição de seis frações na Quinta da Cerca, em Castro Marim, um investimento de cerca de 220 mil euros, destinando-se as duas maiores às novas instalações do ATL da Santa Casa da Misericórdia. A proposta, anteriormente reprovada em duas reuniões de câmara, foi aprovada no
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dia 17 de dezembro, com a abstenção de um vereador da oposição. Dá-se assim seguimento a uma situação insustentável no que respeita à continuidade da prestação deste serviço no antigo espaço e, simultaneamente, criam-se novas oportunidades de resposta a associações/entidades que possam precisar no desenvolvimento das suas atividades. O presidente da Câmara Municipal de Castro Marim congratula-se com esta decisão do executivo, pois as crianças do concelho terão finalmente instalações mais dignas e a Santa Casa da Misericórdia conseguirá melhorar a prestação deste serviço, tão essencial às crianças no desenvolvimento de competências e novas aprendizagens .
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CENTRO COMUNITÁRIO DO BAIRRO PONTAL ABRE PORTAS PARA NOVAS VIVÊNCIAS
dia-a-dia dos residentes do Bairro Pontal, em Portimão, vai ganhar uma nova vida com a abertura de um Centro Comunitário, no dia 15 de dezembro, no âmbito das Comemorações do Dia da Cidade e do programa de intervenção comunitária do Município. A nova estrutura vem dar resposta à necessidade de criar um espaço de apoio à população residente, maioritariamente envelhecida que ali passará a ter um privilegiado ponto de encontro e de partilha de saberes e experiências, onde não irá faltar uma agenda diversificada de atividades, muita animação, oportunidades de conhecimento e bastante afeto. O Centro Comunitário do Bairro Pontal faz parte do programa de gestão de bairros da autarquia portimonense e será
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dinamizado por uma Técnica de Animação Sociocomunitária municipal, sendo que o espaço está devidamente equipado e dispõe de uma cozinha, sala de lazer, duas casas de banho, gabinete técnico e espaço exterior com alpendre e uma pequena horta. O Bairro Pontal remonta a 1943, implantado durante o Estado Novo e seguindo a filosofia da habitação social dessa época. Situa-se dentro da cidade e possui características próprias, boas relações de vizinhança e entreajuda entre os moradores. A população é maioritariamente idosa e na sua maioria descendente dos primeiros arrendatários, no entanto, dada a idade avançada da população, alguns fogos vão ficando devolutos, sendo alvo de novas atribuições a agregados familiares de outras faixas etárias e a famílias mais numerosas com necessidade habitacional. Este novo centro comunitário vem juntar-se aos da Coca Maravilhas e da Cruz da Parteira, estando ainda prevista a construção, em breve, de mais um centro comunitário no Bairro das Cardosas .
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PROFESSOR DO ANO DÁ AULAS NA SECUNDÁRIA DE LOULÉ élder José Rodrigues Pereira, docente da Escola Secundária de Loulé, foi distinguido, no dia 17 de dezembro, com o Prémio de «Professor do Ano 2018» da Casa das Ciências pela Fundação Belmiro de Azevedo (projeto associado à iniciativa EDULOG da Fundação Belmiro de Azevedo). A sessão de atribuição do galardão decorreu no Terminal de Cruzeiros do Porto de Leixões e contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Loulé, Vítor Aleixo, sublinhando desse modo a importância estratégica de que se reveste o ensino para o atual executivo camarário. «Professor do Ano» foi concedido pela primeira vez pela Comissão da Casa das Ciências a um professor em reconhecimento do seu mérito como docente do ensino básico ou secundário das ciências e da sua disponibilidade de partilhar a sua experiência com os colegas. Para Vítor Aleixo, esta distinção não deixa de ser também o reconhecimento da boa qualidade do ensino nas escolas do concelho de Loulé, em particular no domínio das ciências exatas. “A Educação tem sido uma prioridade nas políticas da Câmara Municipal de Loulé e temos dado total apoio à comunidade educativa e aos projetos que os nossos estabelecimentos de ensino desenvolvem. Congratulo-me com o prémio atribuído ao professor Hélder Pereira pelo papel interventivo e estimulante que tem tido em matéria do
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ensino científico”, considera o presidente da Câmara Municipal de Loulé. A Escola Secundária de Loulé voltou, deste modo, a ver um dos seus professores distinguidos no contexto nacional, depois de, em 2010, Alexandre Costa (na altura diretor deste estabelecimento de ensino) ter recebido da parte do Ministério da Educação o Prémio Nacional de Professor. Quanto a Hélder Pereira, é natural de Lisboa, onde nasceu em 1974, fixando-se no Algarve em 1992, onde concluiu a licenciatura em Ensino de Biologia e Geologia e o mestrado em Gestão e Conservação da Natureza (especialização em Património Geológico) na Universidade do Algarve, respetivamente em 1997 e 2004. É professor de Biologia e Geologia na Escola Secundária de Loulé desde 2003, onde coordena e dinamiza as atividades do Clube das Ciências da Terra e do Espaço. Tem participado com os seus alunos em diversos concursos, congressos e feiras de ciência, tanto a nível nacional como internacional, tendo os trabalhos apresentados sido galardoados com vários prémios. Em 2005, foi um dos membros fundadores da Associação para a Defesa e Divulgação do Património Geológico do Alentejo e do Algarve. Entre 2008 e 2013 participou, como educador e comunicador de ciência, em várias missões oceanográficas, em Portugal e alémfronteiras, destacando-se o período de 132
dois meses passado a bordo do navio JOIDES Resolution quando serviu como Education Officer, durante a Expedição 339 da Integrated Ocean Drilling Program (IODP). É autor e coautor de vários artigos científicos publicados em revistas nacionais e internacionais, sendo de realçar o trabalho «Onset of Mediterranean outflow into the North Atlantic», publicado, em 2014, na prestigiada revista «Science». É ainda autor e coautor de trabalhos na área do ensino, da divulgação e da promoção das ciências, entre os quais o livro «Histórias gravadas nas rochas – Guia de campo: à descoberta das rochas e fósseis em Loulé». Com o objetivo de promover o ensino experimental das ciências tem, desde o ano 2000, dinamizado ações de formação para professores e desenvolvido diversos materiais didáticos (alguns dos quais partilhados através da «Casa das Ciências»), baseados na utilização de dados científicos reais na sala de aula. Enquanto docente da Escola Secundária de Loulé, tem ainda participado e coordenado diversos projetos nacionais e internacionais (Comenius, Erasmus+, Ciência Viva no Verão, entre outros). É coordenador do projeto UNESCO na 133
Escola Secundária de Loulé desde setembro de 2018 e membro do Committee on Education da European Geosciences Union (EGU) desde outubro de 2018 . ALGARVE INFORMATIVO #184
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MUNICÍPIO DE ALBUFEIRA PASSA A DISPONIBILIZAR REFEIÇÕES GRATUITAS ÀS CRIANÇAS DO PRÉ-ESCOLAR E 1.º CICLO partir do dia 2 de janeiro de 2019, o Município de Albufeira irá fornecer refeições escolares completamente gratuitas a todas as crianças que se encontrem a frequentar os estabelecimentos do ensino pré-escolar/Jardins-de-Infância e do ensino básico/ Escolas EB1 no concelho. A medida, que envolve aproximadamente três mil crianças, enquadra-se no âmbito da política de ação social escolar do Município e assenta no pressuposto de que, “numa sociedade desenvolvida e democrática, onde se pretende ver consolidada a convicção de que a Educação é um dos seus grandes pilares, o acesso ao ensino deve ser totalmente gratuito para todos”, frisa José Carlos
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Rolo na proposta aprovada, no dia 17 de dezembro, em reunião do Executivo. O presidente da Câmara Municipal de Albufeira, que foi o autor da proposta, sublinha que a iniciativa, que visa apoiar a sustentabilidade económica das famílias, retrata, igualmente, a preocupação da Autarquia em assegurar a prestação de refeições que satisfaçam os requisitos de uma alimentação segura (respeitando todas as normas de higiene e segurança alimentar), equilibrada e adequada às necessidades da população escolar, nomeadamente satisfazendo as carências alimentares básicas definidas pela Organização Mundial de Saúde, o que “contribui, sem dúvida, para a melhoria da capacidade de aprendizagem das nossa crianças”. O autarca acrescenta
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que esta é uma das várias medidas implementadas pelo Município, no quadro das suas competências legais, com o objetivo de melhorar significativamente a qualidade da oferta pública da rede escolar do concelho, entre as quais se destacam a construção e ampliação de edifícios, informatização e modernização das salas de aula (a maior parte das quais já dispõe de quadros interativos), bem como a melhoria das respetivas condições de climatização e conforto, intervenções a nível dos espaços exteriores e zonas de recreio, programas de apoio aos tempos livres e transportes escolares. No que diz respeito à alimentação, para além do fornecimento das refeições gratuitas, a preocupação da Autarquia passa por fornecer ementas equilibradas, completas e variadas, ao mesmo tempo que se aposta na sensibilização da comunidade educativa para a importância de hábitos alimentares saudáveis. Refira-
se que há já cerca de dez anos que o Município de Albufeira tem no seu quadro de pessoal uma nutricionista responsável pela elaboração e validação (no caso das cantinas concessionadas) das ementas, procedimentos concursais destinados à aquisição dos alimentos e verificação dos locais onde são preparadas as refeições, fazendo cumprir as ementas e os modos de confeção. A Autarquia disponibiliza informação sobre as ementas escolares, bem como a composição das próprias refeições para que os pais em casa possam complementar corretamente a alimentação das crianças. Para além das ementas normais, há ainda a possibilidade de solicitar ementas alternativas, quando devidamente justificadas, por prescrição médica em caso de intolerância/alergia alimentar, por motivos religiosos ou por preferência de refeição vegetariana .
DOCAPESCA INICIOU DRAGAGEM DO CANAL DE SANTA LUZIA Docapesca começou a dragagem de restabelecimento do acesso marítimo aos cais flutuantes do porto de pesca de Santa Luzia, em Tavira, que se prevê estar concluída no prazo de 60 dias e que representa um investimento próximo dos 150 mil euros. A empreitada compreende a realização da dragagem de sedimentos arenosos, à cota -1,50 m (ZH), num volume total estimado de 20 mil e 600 metros cúbicos, para restabelecer as condições de segurança, navegabilidade e de estacionamento de embarcações 135
naquele porto. Os materiais dragados serão repulsados para a Ilha de Tavira, para alimentação artificial da praia da Terra Estreita e reforço do cordão dunar adjacente, seguindo o parecer técnico da APA/ARH Algarve. A Docapesca – Portos e Lotas, S.A. é uma empresa do Setor Empresarial do Estado tutelada pelo Ministério do Mar, que tem a seu cargo, no continente, o serviço da primeira venda de pescado e o apoio ao setor da pesca e respetivos portos, dispondo de 22 lotas e 37 postos.
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DIRETOR: Daniel Alexandre Tavares Curto dos Reis e Pina (danielpina@sapo.pt) CPJ 3924 Telefone: 919 266 930 EDITOR: Daniel Alexandre Tavares Curto dos Reis e Pina Rua Estrada de Faro, Vivenda Tomizé, N.º 12P, 8135-157 Almancil SEDE DA REDAÇÃO: Rua Estrada de Faro, Vivenda Tomizé, N.º 12P, 8135-157 Almancil Email: algarveinformativo@sapo.pt Web: www.algarveinformativo.blogspot.pt PROPRIETÁRIO: Daniel Alexandre Tavares Curto dos Reis e Pina Contribuinte N.º 211192279 Registado na Entidade Reguladora para a Comunicação Social com o nº 126782 PERIODICIDADE: Semanal CONCEÇÃO GRÁFICA E PAGINAÇÃO: Daniel Pina FOTO DE CAPA: Daniel Pina A ALGARVE INFORMATIVO é uma revista regional generalista, pluralista, independente e vocacionada para a divulgação das boas práticas e histórias positivas que têm lugar na região do Algarve. A ALGARVE INFORMATIVO é uma revista independente de quaisquer poderes políticos, económicos, sociais, religiosos ou culturais, defendendo esse espírito de independência também em relação aos seus próprios anunciantes e colaboradores. A ALGARVE INFORMATIVO promove o acesso livre dos seus leitores à informação e defende ativamente a liberdade de expressão. A ALGARVE INFORMATIVO defende igualmente as causas da cidadania, das liberdades fundamentais e da democracia, de um ambiente saudável e sustentável, da língua portuguesa, do incitamento à participação da sociedade civil na resolução dos problemas da comunidade, concedendo voz a todas as correntes, nunca perdendo nem renunciando à capacidade de crítica. A ALGARVE INFORMATIVO rege-se pelos princípios da deontologia dos jornalistas e da ética profissional, pelo que afirma que quaisquer leis limitadoras da liberdade de expressão terão sempre a firme oposição desta revista e dos seus profissionais. A ALGARVE INFORMATIVO é uma revista feita por jornalistas profissionais e não um simples recetáculo de notas de imprensa e informações oficiais, optando preferencialmente por entrevistas e reportagens da sua própria responsabilidade, mesmo que, para tal, incorra em custos acrescidos de produção dos seus conteúdos. A ALGARVE INFORMATIVO rege-se pelo princípio da objetividade e da independência no que diz respeito aos seus conteúdos noticiosos em todos os suportes. As suas notícias narram, relacionam e analisam os factos, para cujo apuramento serão ouvidas as diversas partes envolvidas. A ALGARVE INFORMATIVO é uma revista tolerante e aberta a todas as opiniões, embora se reserve o direito de não publicar opiniões que considere ofensivas. A opinião publicada será sempre assinada por quem a produz, sejam jornalistas da Algarve Informativo ou colunistas externos.
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