EDITORIAL
EXISTE ANTÍDOTO PARA A FADIGA PANDÉMICA?
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meu desejo que 2021 não seja um ano para esquecer! Um dos maiores perigos para a sustentabilidade das pessoas e das organizações que esta pandemia tem provocado, será esquecer as lições que este ano nos tem proporcionado.
Acredito que, ao invés da crise económica e financeira de 2008, nada volte a ficar igual. Compreendo a fadiga que existe. A incerteza permanente é extremamente desmotivadora e cansativa, exigindo muito mais do que resiliência. Exige de todos nós algum tipo de disrupção. Vender e negociar são processos muito dinâmicos e focados na descoberta de novas possibilidade e oportunidades. Assim, a disrupção deve ser uma atitude de todos, nomeadamente dos líderes. Fazer o mesmo não é solução. Só acrescentará mais fadiga, desmotivará as equipas, afetará a atração e a retenção de talento. Perderemos todos... Mudar o discurso também não chega. Temos que cocriar novas soluções. Temos que saber ser mais inovadores, mais rápidos e mais humanos. O advento das novas tecnologias ajudar-nos-ão nesta caminhada. SE nos focarmos verdadeiramente na eficiência operacional; SE conseguirmos operar numa lógica consistente de customer centric; SE estivermos mobilizados a 360°, com atitude de corrigir, evitar, desenvolver e reinventar paradigmas, acredito que estas atitudes serão o melhor antídoto para a fadiga pandémica que se sente no ar... Paralelamente, as políticas orçamentais e financeiras têm de continuar a apoiar a economia até a recuperação estar firmemente em curso. Uma implementação rápida e eficaz do Instrumento de Recuperação da União Europeia pode apoiar a atividade económica e, ao mesmo tempo, reduzir as vulnerabilidades estruturais da economia. Assim seja... Esta edição da DO it! assinala 10 anos de partilha! O nosso bem-haja a todos e todas quantos connosco têm colaborado e apoiado, dos quais destacamos, naturalmente, os nossos leitores. Festas Felizes e Feliz 2022!
JOÃO ALBERTO CATALÃO Diretor jcatalao@doit.pt
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CONTEÚDO
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EDITORIAL
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Existe antídoto para a fadiga pandémica? JOÃO CATALÃO Diretor DO it!
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NOTÍCIAS
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REPORTAGEM Web Summit 2021 - Entrevistas exclusivas DO it! - Destaques Startups
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OPINIÃO O poder da autenticidade e da vulnerabilidade JOSÉ ANTÓNIO ROUSSEAU Consultor e Docente Universitário
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ESPAÇO ANA PENIM Liderar equipas de vendas em 2022 ANA TERESA PENIM Retail Lover, Especialista em Liderança, Vendas, Mentoring e Coaching Executivo
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FERRAMENTAS DO IT! Transformação digital ou transformação pessoal? RUI GUEDES Chief Sales Officer North, Páginas Amarelas
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ENTREVISTA EXCLUSIVA
40 ENTREVISTA EXCLUSIVA Humanizar os números! SUSANA ARIÉ Administradora do Grupo Perfumes & Companhia
Bettertech do sonho à realidade BETTERTECH
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OPINIÃO Don´t tell me, show me MARTA GONÇALVES Managing Partner, SayU Consulting
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IMODOIT! Eu acho que... MASSIMO FORTE Consultor. Formador. Autor.
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REPORTAGEM WOBI 2021
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ENTREVISTA EXCLUSIVA CLOSER – uma atividade comercial que pode fazer a diferença SANDRA VENTURA Closer
12 ENTREVISTA EXCLUSIVA WEB SUMMIT’21 Em Portugal arrisca-se pouco! O medo de errar é enorme… CAROLINA RENDEIRO Chief Marketing & development Officer connect2global Consul Honorário de Portugal em Miami
CONTEÚDO
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OPINIÃO Inovar no empreendedorismo social SABÃO COM ARTE
OPINIÃO Inflação: Como investir agora? JONATHAN B. SILVA
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ENTREVISTA EXCLUSIVA À máquina o que é para a máquina e ao humano o que é para o humano... GONÇALO CONSIGLIERI Cofundador da Visor.ai
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TRAÇOS GERAIS Bill Gates MASTERMIND DA COVID-19 PEDRO RIBEIRO FERREIRA Cartonista
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Saber atender à distância é urgente e uma grande oportunidade! ANA TERESA PENIM
Mudam-se os tempos, mudam-se as necessidades
Retail Lover, Especialista em Liderança, Vendas, Mentoring e Coaching Executivo
PEDRO CELESTE Diretor Geral da PC&A – Consultores de Marketing Estratégico
INNOVAGEING ®
72 RESTAURANTE BEERS, mais do que uma cervejaria
74 HOTEL Pousada Convento Belmonte Um encontro com a natureza e com o passado
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77 AUTOMÓVEL LEXUS NX e TOYOTA AYGO X
The Vintage Hotel
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MONTRA Gadgets, vinhos, tecnologia, cosmética, relógio, livros
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DICAS INFORMÁTICAS NUNO MIGUEL SIMÕES DO it!
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WELLNESS LIFE CENTER – um conceito de saúde em exercício e saúde me movimento
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FICHA TÉCNICA DEZ 21 JAN FEV 22
N.º 40 - DEZ 21 JAN FEV 22 (Trimestral) 3,75€ (Cont.) DIRETOR João Alberto Catalão, +351 918 799 307 jcatalao@doit.pt PUBLISHER Ana Teresa Penim, +351 965 657 678 apenim@doit.pt REDAÇÃO Fernanda Accorsi redacao@doit.pt COLABORADORES Alexandra Prim, Ana Garrido, Ana Teresa Penim, Bettertech, Carolina Rendeiro, Gonçalo Consiglieri, João Catalão, João Lopes, Jonathan B. Silva, José António Rousseau, Marta Gonçalves, Massimo Forte, Nuno Miguel Simões, Paula Francisco, Pedro Celeste, Pedro Ribeiro Ferreira, Rui Guedes, Sabão com Arte, Sandra Ventura, Sónia Lage Lourenço, Susana Arié. PROJETO GRÁFICO E PAGINAÇÃO DO it! FOTOGRAFIA António Pedro Santos, Fernando Piçarra, Freepik, Fotolia, Inimage, Jooinn, Shutterstock, Getty Images, iStock, AdobeStock, DR. DIREÇÃO COMERCIAL E MARKETING Eva Baptista, +351 961 313 639 info@doit.pt ASSINATURAS assinaturas@doit.pt IMPRESSÃO Eurodois by Impress Direct Rua de St.o António, N.o 30, A-dos-Ralhados 2710-006 Sintra DISTRIBUIÇÃO VASP, MLP – Media Logistics Park N.º DE REGISTO NA ERC: 126225 N.º DE DEPÓSITO LEGAL: 343989/12 TIRAGEM: 10.000 exemplares PERIODICIDADE: Trimestral
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HUMOR O Chefe de Vendas diz para o vendedor: - A palavra impossível não está no nosso dicionário! O vendedor responde: - Chefe, o senhor devia ter visto isso antes de o comprar... Um Agente de seguros diz ao cliente: - Esteja à vontade para decidir. Deixo aqui as condições para o seu seguro de vida. Durma descansado e, amanhã, SE acordar, diga-me o que decidiu... Conversa de café entre dois vendedores: - O nosso plano de incentivos para este trimestre é top. Uma viagem à Tailândia para o melhor. Um voucher de 1.000€ para o segundo e um telemóvel novo para o terceiro. Diz o outro: - O nosso plano de incentivos é mais poderoso: o vencedor mantem o emprego!!! Num exame oral de Direito o professor pergunta: - Defina fraude. O aluno responde: - É o que o Sr. professor está a fazer comigo. O professor indignado responde: - Como assim? O aluno responde com ar safado: - Segundo o Código Penal, cometemos fraude quando nos aproveitamos da ignorância do outro para o prejudicar... Um vendedor argumenta: - Este tapete é feito à mão por artesãos de Arraiolos! O cliente comenta: - Mas aqui diz “Made in China”! O vendedor contesta: - Não me diga que nunca ouviu falar dos Chineses de Arraiolos?
Aquilo que chamamos de sorte, é quase sempre outra coisa – dedicação.
Os negócios são feitos de pessoas, com pessoas e para pessoas.
Os objetivos dos clientes tornamse também os objetivos das empresas.
Inovar é a capacidade de sonhar sem medos!
Somos responsáveis por girar o nosso mundo todos dias para uma nova oportunidade.
PAULA FRANCISCO Key Account Manager da Panidor
SABIA QUE...
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SABIA QUE...
De acordo com a Invesp, mais de dois terços dos potenciais clientes dizem “não” antes de dizerem “sim”, e 80% das vezes é necessário fazerem-se pelo menos 5 follow-ups para se conseguir um sim?
Por isso, para fechar mais negócios, mantenha consistência no follow-up junto de potenciais clientes. Isso também o ajudará a desenvolver competências em termos de lidar com objeções, o que o ajudará a concretizar mais e melhor.
Foto: Freepik
Infelizmente 44% dos vendedores não tentam de novo, após o primeiro contacto.
CART N
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NOTÍCIAS
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DIA Portugal junta-se à Too Good To Go com 54 lojas Minipreço
DB Schenker expande a sua rede global com duas aquisições em Espanha Com esta transação, a DB Schenker irá incorporar sete novos centros com mais de 150 colaboradores após as duas aquisições, que continuarão a servir os atuais e novos clientes da empresa, juntando-se aos mais de 74.200 colaboradores da DB Schenker em todo o mundo. As aquisições representam mais um passo na expansão dos negócios da DB Schenker em Espanha e reforçam assim a sua presença no mercado ibérico.
O Grupo DIA assume um papel cada vez mais ativo e alinhado com os seus pilares estratégicos de sustentabilidade. A marca vai agora disponibilizar Magic Boxes na aplicação de combate ao desperdício alimentar Too Good To Go, em 54 das suas lojas Minipreço, insígnia que foi também pioneira no lançamento do conceito discount em Portugal. A parceria com a Too Good To Go começou no final do mês de novembro e em menos de 10 dias já tinham sido salvas mais de 600 Magic Boxes, nas lojas Minipreço. Estas são as primeiras lojas do grupo a disponibilizar, parte do seu excedente alimentar (alimentos de qualidade que não foram vendidas nos horários normais de expediente das lojas) através da App Too Good To Go.
REPSOL conquista prémios “MARCA RECOMENDADA” e “MELHOR LOJA DE PORTUGAL” A Repsol foi considerada, em mais um ano consecutivo, a “Marca Recomendada” pelos consumidores portugueses. O seu índice de satisfação de 86.8% reflete as elevadas taxas de solução e resposta, 93.9% e 100%, respetivamente, que permitiram ser a empresa com maior pontuação do seu setor. A líder Ibérica em Estações de Serviço foi uma das empresas pioneiras a explorar as plataformas online como canais de proximidade com os seus clientes, “o que revela o posicionamento customer centric e de proximidade da Repsol. O resultado alcançado em 2021 corrobora a nossa visão holística em relação ao atendimento e satisfação do cliente”, afirma Armando Oliveira, Administrador-delegado da Repsol Portuguesa.
Chegou a HIRUNDO, a nova marca de ténis portugueses Diogo Gomes, novo Country Lead da Ipsen Pharma em Portugal A Ipsen Pharma, empresa biofarmacêutica global centrada na inovação e cuidados especializados, nomeou Diogo Gomes como novo Country Lead para Portugal. Diogo Gomes tem uma ampla trajetória na indústria farmacêutica onde desempenhou diversos cargos de responsabilidade ao longo de mais de 20 anos. Neste novo cargo, Diogo reportará de Lisboa diretamente a Aurora Berra, diretora geral da Ipsen Pharma para Portugal e Espanha, e ficará responsável por impulsionar o crescimento da empresa no mercado português, bem como incrementar a sua presença.
Sustentáveis, combinando a estética minimalista do seu design com uma extensa gama de cores de personalidade invulgar e produzidos através de uma destreza artesanal portuguesa, são assim os novos ténis produzidos pela start-up portuguesa Hirundo. Fundada no Porto em 2021, pela mão de Eduardo e Filipe Serzedelo, Pierre Stark e Ann Massal, a Hirundo teve como propósito a criação de uma marca de ténis que atendesse às principais tendências globais e aos novos hábitos de consumo, inspirados no movimento Slow, que defende uma mudança cultural em direção a abrandar o ritmo da vida, concentrado num estilo de vida mais simples e que honrasse e valorizasse a tradição da produção do calçado em Portugal.
A Renault revelou que o seu novo SUV será chamado “AUSTRAL” Derivada da palavra latina “australis”, AUSTRAL é uma expressão presente em muitas línguas europeias, incluindo o francês, o que é importante para uma marca orgulhosa das suas raízes. AUSTRAL é o novo SUV da marca Renault, cuja tecnologia, habitabilidade e prazer de condução, constituirão uma nova oferta na categoria dos SUV médios. O AUSTRAL poderá acomodar até 5 passageiros, num comprimento total de 4,51m. O AUSTRAL irá substituir o actual Kadjar na gama e fará a estreia oficial na Primavera de 2022.
NOTÍCIAS
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Stellantis anuncia o lançamento da Stellantis &You, Sales and Services A nova denominação irá fomentar o sentido de pertença dos 11.300 colaboradores da Stellantis &You, Sales and Services e ajudará a apresentar a força da rede e a oferta específica aos clientes nos 12 países onde opera (Europa e Marrocos), sob uma única e ambiciosa bandeira. O novo site stellantisandyou.com é o balcão digital “One-Stop-Shop” onde os clientes irão encontrar a oferta completa de Stellantis &You, Sales and Services, abrangendo viaturas novas e usadas, serviços de pós-venda e aluguer, em apenas alguns cliques. Também integra uma função de “e-reserva” simples, através da qual o cliente pode reservar uma viatura por um período de três dias.
Liberty entrega 10.000 euros à Pais-em-Rede na Corrida Liberty pelas Pessoas com Deficiência A Liberty vai doar 10 000 euros à Associação Pais em Rede, tendo concluído a primeira Corrida Liberty pelas Pessoas com Deficiência – “MovedByValues” – em simultâneo nos quatro países europeus onde a seguradora opera – Portugal, Espanha (onde já decorreu a 14.ª edição da corrida), Irlanda e Irlanda do Norte. No total, a corrida, que decorreu em formato virtual, contou com 1155 participantes nos quatro mercados, que angariaram mais de 2400 euros para as entidades apoiadas, através de inscrições solidárias.
GEMA foi responsável pela execução dos conteúdos expositivos do PAVILHÃO DE PORTUGAL, na EXPO DUBAI Depois de em 2020 ter desenvolvido os museus do World of Wine, em Vila Nova de Gaia, a GEMA abraçou este ano um projecto de envergadura mundial: a Expo Dubai. Desde o dia 1 de outubro, data em que a Expo 2020 Dubai começou, que já é possível visitar o Pavilhão de Portugal no evento cuja execução dos conteúdos expositivos foi da responsabilidade da empresa portuense. Numa operação que envolveu 15 toneladas de material transportado para o Dubai, 40 pessoas a trabalhar remotamente para produção dos conteúdos e 20 pessoas a trabalhar nas altas temperaturas do Dubai para produção e instalação da cenografia e equipamento audiovisual, dia e noite, o resultado foi um edifício que conta a história Portuguesa, a sua ligação com o mundo árabe e onde nos destacamos nas áreas da Diversidade, Sustentabilidade e Oportunidade. Sob o mote “O mundo num país”, o Pavilhão de Portugal, com 1800m2 cheios de tecnologia e múltiplas experiências que vão desde dois painéis LED no exterior, a projeções 360º no seu interior, tornou-se um só com a história do povo português, recordando o passado, sentindo o presente e projetando o futuro.
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Equipa portuguesa da Hitachi Vantara leva lojas autónomas ao Japão e Israel Solução da tecnológica diferencia-se no mercado pelo uso de sensores que garantem o anonimato dos utilizadores e exigem uma menor capacidade de processamento de dados. Num momento em que o setor de tecnologia aplicada ao retalho (retail tech) está cada vez mais competitivo, a equipa portuguesa da Hitachi Vantara está a implementar no mercado mundial uma solução de loja autónoma diferenciadora. A tecnologia permite que os retalhistas tenham lojas sem caixas e proporcionem uma melhor experiência do cliente no momento da compra, ao evitar filas. Implementada em retalhistas no Japão e em Israel, o objetivo é que seja adotada por mais cadeias americanas e europeias. Ao utilizar a tecnologia Lidar, que permite acompanhar o movimento das pessoas dentro do espaço (tracking), a solução da Hitachi Vantara salvaguarda a sua identidade e atua de acordo com a legislação europeia de proteção de dados, ao contrário do que acontece com um sistema CCTV tradicional. O sistema Lidar regista os produtos que o cliente acrescentou, ou retirou do seu cesto, sem necessitar que efetue mais alguma ação.
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WEB SUMMIT
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Por: Nuno Miguel Simões
A DO it! foi, mais uma vez media partner do Web Summit, que decorreu em Lisboa de 1 a 4 de Novembro, reunindo este ano cerca de 42 mil pessoas, 165 países, com a participação de mais de 700 palestrantes e 1500 startups, das quais fizemos uma seleção em várias categorias. VIAGENS & HOTELARIA
EDUCAÇÃO
DATA SCIENCE & ANALYTICS
O Smartiz responde à lacuna existente entre a experiência no AirBnB e a experiência em hotel, assumindo-se como um companheiro digital disponível 24h por dia, 7 dias por semana no AirBnB, oferecendo check in e check out personalizados, informações contextualizadas e rececionista ao vivo. smartiz.io
Plataforma para educação online baseada em jogos organizacionais de negócios, programas de curto prazo e análise da trajetória da vida pessoal. entspace.com
Plataforma de dados de clientes que destila informação para ajudar a conhecer melhor o público alvo, definir a estratégia da empresa e impulsionar o seu crescimento. distil.ai
AMBIENTE & ENERGIA
RECURSOS HUMANOS
AI & MACHINE LEARNING
Plataforma de Gestão de Resíduos de apoio às empresas no desafio da transformação digital: processos internos, logística de resíduos e comunicação. www.mywaste.app
Ferramenta de Gestão de RH e recrutamento que avalia os aspetos chave da cultura dos colaboradores na organização para apoiar decisões de recrutamento e gestão da cultura organizacional. platypus.io
CRM para presentes corporativos usando a IA para encontrar presentes que combinam com qualquer pessoa. Simplifica o processo de ofertas, enquanto cria experiências para os seus destinatários. giftpack.ai
ECOMMERCE & RETAIL
TECNOLOGIAS FINANCEIRAS
MARKETING & PUBLICIDADE
Nova geração de produtos que unem design e conforto para carregamento de dispositivos elétricos de forma mais fácil e natural www.eggelectronics.com
E-wallet para pagamentos internacionais, cartões virtuais, negociação de ações e empréstimos a pessoas físicas e jurídicas, em qualquer moeda. eversend.co
Ycode, transforma ideias em sites e aplicações dinâmicas. Cria e projeta visualmente projetos da Web atraentes e responsivos. Ycode.com
WEB SUMMIT
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ENTREVISTA EXCLUSIVA
CACIFOS
INTELIGENTES Por: Ana Garrido
QUAIS SÃO AS SUAS MOTIVAÇÕES ENQUANTO EMPREENDEDOR? JL: Arriscar numa tecnologia que é novidade em Portugal. Investimos maioritariamente no software como principal diferenciador sendo que o hardware e a eletrónica são só veículos para as pessoas terem esta ferramenta e a usarem. Costumamos dizer que somos o Android dos smartphones: o que o diferencia é o sistema, independentemente do telemóvel que se compre, sabemos sempre qual é o conteúdo do mesmo. Nós queremos isso mesmo: sermos o Android dos cacifos inteligentes: dispomos de um software que pode trabalhar com qualquer cacifo inteligente e que de facto faz, precisamente, que o cacifo seja inteligente e não só eletrónico. O QUE FAZEM/O QUE É A BLOQ.IT? JL: Contribuímos para a evolução do conceito de cacifo: já não é apenas um objeto que guarda coisas, mas sim uma peça central na troca de objetos. Esta tecnologia veio facilitar as entregas, sendo que estas passam a não depender de a pessoa estar ou não em casa para a receber, mas apenas tem de se deslocar ao local que escolheu para levantar, seja a que horas for. O processo de entregas sem este tipo de tecnologia é obsoleto e, portanto, não só é melhor para o consumidor final, como para o ambiente, para as empresas de logística e para a sociedade em geral. Houve um shift total no sector: passou de 90% de entregas feitas em casa para um número compreendido entre os 10 a 20%, que se justifica pelo diversificado número de opções de postos de recolha que existem e que estão diretamente conectados com o dia a dia dos consumidores: estações de comboio, postos de gasolina, supermercados, entre outros.
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JOÃO LOPES Founder, COO & CRO da Bloq.it Fotos: DR
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ENTREVISTA EXCLUSIVA
QUAL É A VOSSA PERSPETIVA DE EXPANSÃO? JL: Em Portugal temos bastantes clientes (Galp, El Corte Inglés, etc). Fora estamos em vários países como a França, Holanda, Alemanha, Suíça, e ainda na América do Sul, no Peru. Estamos agora a entrar no mercado africano: no Quénia e no Egito. Da mesma forma que trabalhamos com retalhistas em Portugal conseguimos fazê-lo com outros em países diferentes tais como a França, Holanda, Alemanha, Suíça, África do Sul e Peru. A tecnologia não muda muito, por isso conseguimos adaptar o produto e entrar nos diferentes mercados. Além disso, a pandemia trouxe novas necessidades, principalmente no que toca ao ecommerce, que resultaram num crescimento de 2000% para a Bloq.it.
QUAL O VOSSO OBJETIVO NO WEB SUMMIT? JL: Em 2019 ganhámos aqui a distinção como StartUp mais inovadora. Agora estamos aqui a fazer uma ronda de investidores, a conversar com pessoas e a conhecer algumas que ainda só tínhamos visto online e, claro, aproveitar para aprender coisas novas nas imensas conferências que o evento disponibiliza.
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ENTREVISTA EXCLUSIVA
Por: Ana Garrido
SÓNIA LAGE LOURENÇO CEO do Portal da Queixa Foto: DR
O QUE A MOTIVOU A CRIAR O PORTAL DA QUEIXA? SL: Sempre fui apaixonada por relações e sempre gostei desta questão de transformar relações. Como sempre estive ligada à área comercial e gestão, decidi usar toda essa experiência para fazer a diferença no mundo das pessoas, o que culminou na criação do portal da queixa. Foi por ter tido a necessidade de reclamar sobre um produto que percebi que esta necessidade não era só minha. Assim nasceu a ideia e percebi que podia fazer a diferença no mundo do consumo ao criar um espaço onde estas pudessem ser submetidas e partilhadas. O QUE É O PORTAL DA QUEIXA? SL: Damos oportunidade às marcas de resolverem questões através de uma ligação mais direta com o consumidor, assumindo-se como vetor entre o problema e a solução. Ao reduzir a distância entre as marcas e o consumidor final, contribui para que acabe o estigma da reclamação ineficaz. Mas não somos apenas um local de reclamações.
Na verdade, o Portal da Queixa, tem cerca de 4 milhões de visualizações por mês, sendo que 90% são consultas. Alguns consumidores para terem segurança na hora comprar consultam o portal. Assume-se também como um meio de educar e elucidar os consumidores nas suas decisões. Na esfera da prevenção, acaba por ajudar o consumidor a perceber que marcas podem, possivelmente, ser fraude, algo muito comum nos dias que correm com o comércio digital que cresceu imenso com a pandemia, fomentando assim a literacia de consumo. QUAL É A ESTRATÉGIA DE CRESCIMENTO DO PORTAL DA QUEIXA? SL: O Portal cresceu imenso, mais de 150%, com especial incidência no período da pandemia, visto ter havido um estímulo no mundo do consumo. Logo não só cresceram o volume de reclamações como a necessidade de consulta. O consumidor quer sentir-se confortável para tomar decisões acertadas, especialmente no comércio online. Tivemos, também, a oportunidade de nos expandirmos para outros países. Numa primeira fase em Espanha, França e África do Sul, que até ao momento têm tido indicadores de crescimento bastante significativos e nos mostram que estamos no caminho certo. QUE MOTIVO VOS TRÁS AO WEB SUMMIT? SL: Vim na qualidade de speaker partilhar a diferença que o Portal tem feito no mundo do consumo, desde o seu nascimento até à explicação de como chegámos aos 160 milhões de visualizações pelo mundo. Além disso, estamos em exibição no spot growth para fomentarmos ainda mais o crescimento do Portal e expandi-lo a outros países, tendo agora como foco a Europa.
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ENTREVISTA EXCLUSIVA
CAROLINA RENDEIRO Chief Marketing & development Officer connect2global Consul Honorário de Portugal em Miami Fotos: DR / WebSummit
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ENTREVISTA EXCLUSIVA
EM PORTUGAL ARRISCA-SE POUCO! O MEDO DE ERRAR É ENORME… No Web Summit’21 a DO it! escolheu conhecer de perto Carolina Rendeiro. Testemunhando a energia inesgotável e alegria contagiantes que aos 70 anos possui, recolhemos a sua visão e conselhos para jovens empreendedores. Por: João Alberto Catalão
Apoiar pessoas a irem para fora aprenderem novos saberes, a ganharem experiência e estatuto e a construírem um futuro próspero é a missão de Carolina Rendeiro, luso americana apaixonada por tecnologias, empreendedorismo e startups.
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ENTREVISTA EXCLUSIVA
O comércio e os serviços têm que se adaptar e, concretamente, que se reinventar. Caso contrário ficarão para trás... o comodismo será fatal... QUEM É A CAROLINA RENDEIRO? CR: Em termos familiares sou filha de imigrantes de 1ª geração nos EUA e, por isso luso americana. Vivi sempre com um pé em cada país: aqui e nos EUA. Estudei cá e lá e mantenho casa tanto em Murtosa no Distrito de Aveiro, como em Miami. Tenho uma filha e três netas. Pessoalmente defino-me como alguém que gosta de desafios, apaixonada pelas tecnologias. Neste momento tenho 70 anos e 38 anos de experiência profissional em 34 países, assentes numa carreira desde sempre dedicada ao empreendedorismo. Em 1979 já investia em tecnologias e em 2001 criei o 1º centro de co-working mundial, onde se oferecia o serviço VoIP (Voice over Internet Protocol, uma tecnologia que permite fazer chamadas telefónicas através da internet). QUAL É A SUA VISÃO SOBRE ESTE MUNDO HIPERCONECTADO? CR: Primeiro que tudo, neste momento, sinto-me muito solidária com quem perdeu, morreu, sofreu ou sofre com esta pandemia global. Porém também considero que a mesma nos trouxe diversas oportunidades.
Sei que a tecnologia é o futuro e este é o momento de desafiar o talento individual e coletivo. Os jovens têm que aproveitar esta oportunidade para darem o salto. Serem independentes, arriscarem, conhecerem o mundo e as imensas oportunidades que existem. Os pais têm que incentivar os filhos a saírem de casa e partirem à descoberta… O comércio e os serviços têm que se adaptar e, concretamente, que se reinventar. Caso contrário ficarão para trás...o comodismo será fatal... Portugal está a receber gente de fora e Portugal precisa delas. Esta é uma oportunidade para Portugal proporcionar condições para estas pessoas decidirem ficar cá. QUAL É A GRANDE DIFERENÇA CULTURAL AO NÍVEL DO EMPREENDEDORISMO ENTRE PORTUGAL E EUA? CR: Em Portugal arrisca-se pouco. O medo de errar é enorme.. A pressão social e o facto de o país ser pequeno contribuem para aumentar o receio de errar. Isso é muito castrador! Nos EUA os empreendedores não têm essa pressão. Se algo corre mal, avança-se para outro projeto, capitalizando-se as experiências anteriores... Eu própria já tive que recomeçar várias vezes, mas… so what? Uma verdade inquestionável: Portugal tem talento. QUE SECTORES PORTUGUESES PODEM REFORÇAR A SUA IMAGEM E FAZEREM BONS NEGÓCIOS NOS EUA? CR: Tecnologias, mobiliário, indústria farmacêutica… Já temos a Padaria Portuguesa em Miami a ter sucesso. Os vinhos portugueses também já fazem muito negócio por lá, mas ainda podem ir mais longe. Lamento admitir que, apesar de sermos boas pessoas, tendencialmente pensamos pequeno.
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ENTREVISTA EXCLUSIVA
O QUE PODEMOS FAZER PARA MOTIVAR AS PESSOAS A GOSTAREM DE DESAFIAR A SUA ZONA DE CONFORTO? CR: Nesse aspeto, os pais têm grande influência! Hoje damos tudo aos filhos a troco de nada e isso faz com que os jovens não sintam necessidade, nem motivação, para saírem da zona de conforto… DONDE VEM A SUA ENERGIA? CR: Todos os dias, pelas 5h da manhã, caminho 15Km. Gosto de comer de forma saudável e de cuidar da minha mente. Leio muito. As minhas leituras preferidas são as que têm a ver com o futuro e com as novas gerações. Esta forma de ser e estar é fundamental para a minha atividade de apoiar startups. O QUE VEIO PARTILHAR NO WEB SUMMIT? CR: É fundamental termos uma missão. Um propósito. Sermos corajosos, curiosos, pontuais, trabalhadores e organizados. Estar conectada com a realidade é para mim fundamental. As Universidades não ensinam a prática. Essa é a minha missão, partilhar, motivar e mobilizar os jovens para serem empreendedores e corajosos. É importante abandonar sinais de pequenez como esta mania, tipicamente portuguesa, de se procurar escudar em títulos académicos. Nos EUA, o doutor é o médico. Temos que ser mais modernos e deixar de lado esse tipo de “coisas” que criam distância entre as pessoas e que também revelam atraso cultural. Portugal não pode perder a sua essência. Tem que saber garanti-la a quem escolhe viver ou investir aqui. Temos que evitar tornarmo-nos vulgares e sem alma... QUE ESTRATÉGIAS ADOTA PARA SE MANTER UP TO DATE? CR: Faço perguntas. Não tenho receio em fazer perguntas. Utilizo o poder da curiosidade. O meu mote é: “Sei o que sei e o que não sei, mas quanto ao que não sei, conheço quem sabe”. Considero importante aquilo que não sei, pelo que procuro quem saiba aquilo que não sei... QUANDO TRABALHA COM AS STARTUPS QUAL É A QUESTÃO MAIS COMUM? CR: O ego é o maior inimigo dos jovens empreendedores. Estão cheios de certezas. Por isso, torna-se fundamental terem um Mentor. O Mentor ajuda-os a ligar as pontas e a perceberem o valor das sinergias.
Consistência é o caminho para o sucesso...
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O PODER DA AUTENTICIDADE E DA VULNERABILIDADE “TORNA-TE AQUILO QUE ÉS” PÍNDARO
V JOSÉ ANTÓNIO ROUSSEAU CONSULTOR E DOCENTE UNIVERSITÁRIO WWW.ROUSSEAU.COM.PT
Fotos: DR
ulnerável tem a sua raiz etimológica no latim com o significado de “aquele que pode ser ferido”.
E tem sido pacífico, ao longo dos tempos, considerar como vulneráveis as mulheres, as crianças, os idosos, os doentes, os deficientes e mais recentemente, os refugiados e as vítimas da guerra ou da fome. Mas, independentemente destas circunstâncias de vida, duas coisas tenho por certas: amar torna-nos sempre vulneráveis e a morte faz-nos sempre sentir... ainda mais vulneráveis. A vulnerabilidade pode ser uma perceção, um sentimento, uma sensação. Pode ser constituída por defesas face à fragilidade, delicadeza ou fraqueza manifestadas por cada um de nós. Pode corresponder a uma vulnerabilidade social, pessoal e económica; a uma extrema sensibilidade psicológica, de história pessoal, de circunstâncias da vida, de contexto cultural, social, profissional ou até de situações de risco a que estejamos expostos.
Mas há uma verdade à prova de qualquer dúvida: todos somos vulneráveis. Se nascemos humanos estamos nas mãos do destino, da natureza das coisas, das tempestades da vida e até, da irresponsabilidade alheia. Em algum momento, todos nós sentimos a fragilidade de arrombar, sem pedir licença, as nossas portas internas, evidenciar as nossas imperfeições e fazer-nos tropeçar e cair desamparados num qualquer chão. Vulnerabilidade pressupõe coragem para lidar com a nossa própria imperfeição, vivendo com ousadia, assumindo riscos, expondo-nos emocionalmente, qualquer que seja a situação. Até porque a vida, em si, também é vulnerável. Vivemos hoje numa sociedade que exige que sejamos fortes, produtivos, eficientes, felizes e bem-sucedidos, demonstrando ao mundo o que ele espera de nós. Tal esforço, em busca da validação e do reconhecimento do outro, impede-nos frequentemente de admitir a nossa vulnerabilidade. E hoje, mais do que nunca, estamos vivendo uma pandemia que expôs todas as nossas fragilidades (físicas, psíquicas,
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económicas) tornando ainda mais difícil lidar com os acontecimentos imprevisíveis, inesperados e incertos – os famosos cisnes negros. Por sua vez, Autenticidade deriva da raiz etimológica do grego Autentikos – a qualidade de ser real, verdadeiro e genuíno, que gera confiança, credibilidade e segurança. Em termos pessoais, ser autêntico é ser emocionalmente consistente. Uma pessoa autêntica é assim consistente quer esteja acompanhado quer esteja só, quando as suas ações estão alinhadas com aquilo que diz e faz. Uma pessoa autêntica age sempre como se estivesse a ser observada, como aliás defendiam os estoicos. É igual a si própria, conhece-se a si mesma. É frontal e diz sempre o que pensa embora, por vezes, não pense sempre o que diz. E isso, às vezes, como sabemos, nem sempre dá bom resultado. A pessoa autêntica é aquela que afirma na vida o seu Eu, aquilo que ela realmente é. Mas o ser humano não é constituído apenas pelo seu Eu. Não esqueçamos que o ser humano é uma espécie de cebola, constituída por quatro grandes camadas que se sobrepõem: além do Eu, tem também o Ego, a Máscara (Personna) e a Perceção. No fundo, a autenticidade radica na questão do EU, do Eu Sou. E não do que eu penso que sou (Ego) ou do que eu gostaria que os outros pensassem que eu sou (Máscara). Ou seja, como disse Brené Brown: “Abandonar a imagem da pessoa que devíamos ou queríamos ser, para aceitar a pessoa que realmente somos.” Consideramos as pessoas autênticas quando estão sendo elas mesmas, consistentes com a sua própria personalidade, sem fingimentos e sem máscaras. E quando são confiáveis, geralmente resistentes aos caprichos do momento ou à aprovação emocional dos outros e sempre que se mostram estáveis e consistentes, ao longo do tempo e em diferentes circunstâncias.
Não esqueçamos que o ser humano é uma espécie de cebola, constituída por quatro grandes camadas que se sobrepõem: além do Eu, tem também o Ego, a Máscara (Personna) e a Perceção. No fundo, a autenticidade radica na questão do EU, do Eu Sou. Mas, como ideal ético, autenticidade significa mais do que auto consistência ou falta de pretensão. Também diz respeito às características da vida interior que nos definem. Embora não exista uma “essência” única de autenticidade, o ideal muitas vezes foi expresso como um compromisso de ser verdadeiro consigo mesmo e de ordenar a sua alma ou psique e viver a sua vida, de modo a dar expressão fiel à sua individualidade, projetos e convicções mais profundas.
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LIDERAR EQUIPAS DE VENDAS EM 2022 sabe se está preparado? ANA TERESA PENIM Retail Lover, Especialista em Liderança, Vendas, Mentoring e Coaching Executivo. Cofundadora do INV - Instituto de Negociação e Vendas e a YouUp - The Coaching & Mentoring Company©. apenim@inv.pt | www.anapenim.com
Foto: António Pedro Santos
O QUE CONTINUA A MUDAR, E ACELERADAMENTE, É O CONTEXTO, E O QUE ACONTECE É QUE, QUANDO NUM SISTEMA ALGO MUDA… TUDO O RESTO MUDA! SERÁ QUE LIDERAR MUDOU ASSIM TANTO, PARA SER PERTINENTE FALAR-SE SOBRE COMO LIDERAR EM 2022? NA REALIDADE NÃO! OS PRINCÍPIOS DA LIDERANÇA PERSONALIZADA A CADA VENDEDOR, ADEQUADA A CADA CIRCUNSTÂNCIA, POSITIVA, FOCADA NA TRANSFORMAÇÃO E NO DESENVOLVIMENTO CONTÍNUO, MANTÊM-SE.
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Por outro lado, importa saber que, salvo raras exceções, tudo é mais rápido a mudar do que as atitudes e o comportamento humano. Ora, liderar, assenta em atitudes e comportamentos. Assim, em 2022, mais do que conhecer e ter um discurso bonito sobre princípios de liderança há que saber agir, aplicando na prática atitudes e comportamentos com detalhe e mestria.
Para reforçar a sua tomada de consciência enquanto líder, reflita nestas 10 questões com o sentido crítico de quem quer chegar ainda mais longe:
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Tem consciência dos objetivos pessoais e profissionais de cada um dos seus vendedor para 2022? Quando conversou com cada um individualmente, que não apenas sobre resolução de problemas, clientes ou objetivos de vendas?
Conhece a motivação e competência de cada vendedor, neste preciso momento? O que o está a levar a agir, lhe gera ou tira energia; que atitude tem neste momento face à função, aos clientes, aos objetivos de venda, à equipa, a si, às marcas, à empresa, ao mercado? Como está a encarar 2022? Em que áreas da função tem uma performance adequada? O que precisa de aprender de novo ou desenvolver? Todos conhecerão os para quê e os porquê do que fazem?
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Ah, pois é! Existe neste momento tanta falta de gente para trabalhar, que os melhores são sempre os mais procurados…
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Não apenas financeiras, ou de atribuição de outros benefícios, mas também qualitativas, de carreira, …?
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Sabe se o vendedor está, ou não, a ser assediado pela concorrência?
De que estratégias de fidelização de vendedores dispõe?
Existe um plano de atuação em termos comportamentais para cada vendedor? Para tal é preciso começar por identificar o que se quer atingir e a partir daí “para trás” estabelecer os comportamentos diários, ações no terreno, responsabilidades, não só para atingir os objetivos qualitativos e quantitativos estabelecidos, mas também para sair da zona de conforto, já que é aí que a transformação verdadeira acontece, se chega mais longe e se gera mais valor (para todos)!
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Qual é o grau de autorresponsabilização do vendedor para com o seu próprio plano de ação? Lembre-se que não adianta dizer-lhe o que ele tem que fazer, mas sim construir o plano em conjunto com ele, garantindo que se trata de comportamentos que ele próprio decidiu que pretende ter e de como os vai pôr em prática todos os dias… e de como se quer e vai superar…
Como vai acompanhar cada vendedor no dia-a-dia?
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Que percentagem de tempo da sua agenda dedicará a este acompanhamento? Trata-se de um acompanhamento proativo e sistemático da sua parte, ou reativo em função das solicitações do vendedor? Lembre-se que a forma como gastamos o tempo é que evidencia as nossas prioridades. E sim, bem sei que tem muitas tarefas administrativas e outras solicitações da empresa… como vai lidar com isso em 2022? Que medidas vai tomar?
Como vai ser mais Líder Coach do que Líder Chefe?
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Cria realmente empatia com cada um (mesmo com quem tem menos afinidade)? Coloca mais perguntas que fazem pensar, do que dá respostas? Escuta realmente e aceita sugestões? Está presente no terreno e livre de interrupções de telemóvel? Dá feedforward (focado em criar o futuro) em vez de feedback (centrado em avaliar o passado)? Elogia? Cocria planos de ação? Que estratégias formativas pragmáticas está a adotar?
Como vai lidar com a equipa?
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Os briefings diários, reuniões semanais, mensais, trimestrais estão a ser eficientes, eficazes, mobilizadoras, transformadoras? Quem tem uma participação mais ativa nelas: eles ou você? São sempre os mesmos que intervêm? Começam por partilhar casos de sucesso ou vão diretos para os problemas? Há partilha sobre novidades do mercado e novas sugestões? Quem entre colegas pode ajudar ou ensinar outros? Como estão a aproveitar a diversidade de opiniões para inovar e tomar novas decisões? Como podem as decisões ser mais partilhadas e auto responsabilizadoras? Que balanços são feitos? Como vai garantir que as reuniões online e contactos à distância são igualmente eficazes? O que já aprendeu sobre isso? O que precisa de fazer diferente em eventual regime de teletrabalho ou misto?
Como vai investir no seu desenvolvimento enquanto Líder?
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O que precisa mesmo aprender em 2022? Como é que a sua equipa o vê? Que atitudes e comportamentos gostaria de mudar? Quem o pode ajudar nesse processo? Como está a cuidar da sua saúde e bem-estar? Como está a cuidar da sua família? O que gostaria de fazer em 2022 que nunca fez? Onde gostaria de ir? Qual o seu verdadeiro propósito na vida?
Caso tenha constatado que pode fazer evoluir a sua liderança em 2022 em muitos pontos, fique feliz! Isso significa que as mudanças que introduzir que lhe proporcionarão muito melhores resultados. Caso constate que já faz o que leu, fique feliz! Isso significa que está na hora de se desafiar a chegar ainda mais longe. Em qualquer dos casos, saiba que que pode contar comigo!
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TRANSFORMAÇÃO DIGITAL OU TRANSFORMAÇÃO PESSOAL?
RUI GUEDES Chief Sales Officer North, Páginas Amarelas Fotos: DR / Freepik
A
globalização reduziu alguma da magia existente na descoberta, já que passámos a saber quase tudo por antecipação, relativamente a um qualquer local a que uma viagem nos leve. Antes de partirmos já vimos fotos do hotel e dos locais a visitar e quando chegamos ao destino nem sequer damos relevo ao facto de vermos aquela bebida ou aquela loja.
Ouvia recentemente o jornalista e historiador Germano Silva dizer que nas suas caminhadas diárias descobria constantemente coisas novas. Talvez esteja aqui um dos elixires da juventude: a capacidade de se deixar deslumbrar pelas pequenas coisas e a disponibilidade para absorver o muito que a realidade tem para nos oferecer.
FERRAMENTAS DO IT! 23 DEZ 21 JAN FEV 22
Nem todos terão o talento de ver o simples para além do óbvio, mas também é certo que em muitos casos os cenários são de tal forma impactantes, que difícil seria não ver. Uma das coisas que imediatamente retive numa primeira incursão pelo território de Macau, foi um conjunto de enormes prédios em construção, envolvidos por um emaranhado pouco fácil de descodificar. A curiosidade levou a que me fosse aproximando. Percebi então que se tratava de andaimes, feitos com tubos de bambu. Explorando um pouco mais o assunto, soube que se tratava de uma técnica milenar chinesa, que continuava suportada na evidência de estarmos perante um material leve, flexível, durável, adaptável, fácil de movimentar, amigo do ambiente, resistente e especialmente recomendado em zonas mais propensas à ocorrência de sismos. Estando em causa uma estrutura altamente resiliente, interessa referir que o bambu é das plantas com maior rapidez de crescimento no mundo e as suas conexões são múltiplas, mas muito simples, já que dispensam a utilização de parafusos, abraçadeiras, etc. Estas técnicas ancestrais parecem estar nos antípodas de uma transformação digital que corre vertiginosa e se tem evidenciado através de um conjunto de processos que, com recurso à tecnologia, alteram radicalmente a forma de se fazerem negócios, envolvendo mudanças que tocam em todos os aspetos de uma organização. Os diferentes profissionais confrontados com a exigência de adquirir novas competências técnicas, veem no upskilling ou no reskilling formas de não perder esta corrida, já que o tiro de partida há muito foi dado e esta é, portanto, uma viagem sem retorno. Peter Drucker terá dito que as pessoas eram contratadas pelas suas habilidades técnicas, mas eram demitidas pelos seus comportamentos. Ora este é um ponto fulcral já que, com formação académica e treino se pode ir ficando um especialista, mas é necessário perceber que as soft skills já estão na primeira linha das exigências.
Sem desvalorizar as competências que definem um comercial desta nova e aliciante era, deter-me-ia numa frase de Belmiro de Azevedo que poderia ser a síntese de uma formação em vendas: “O fundamental é ter, permanentemente, a cabeça aberta, ser curioso, ouvir, fazer perguntas inteligentes, partir sempre da hipótese de que tudo se pode fazer”. Esta citação por si só, é como que uma bíblia, mas temos de ir mais além, já que agora é evidente que um grande Consultor Comercial terá que ser leve, flexível e adaptável. Terá que ser capaz de se movimentar facilmente, ser resistente e estabelecer múltiplas conexões. Sim, com efeito, são os atributos dos andaimes de bambu, a tal sapiência milenar do oriente. Como se tudo isto já não fosse suficientemente claro, recordo a resiliência da estrutura e o seu uso em zonas sísmicas num paralelismo nítido com a instabilidade dos atuais mercados.
Nem todos terão o talento de ver o simples para além do óbvio, mas também é certo que em muitos casos os cenários são de tal forma impactantes, que difícil seria não ver. O bambu é amigo do ambiente, na esteira de um caminho que estamos obrigados a percorrer, e ainda consegue alertar-nos para a necessidade de uma rapidez no crescimento profissional rumo a uma carreira durável, suportada na capacidade de entregar resultados consistentes, sabendo que em cada mês há sempre um novo objetivo a ser superado. Os desafios profissionais que enfrentamos em alturas de grande volatilidade arrastam consigo enormes oportunidades e arrancam do mais profundo de cada um de nós, muito do melhor que temos para dar. Trazendo para o nosso quotidiano o já citado emaranhado, mas agora explicitamente descodificado, ficamos mais preparados para acelerar este processo de transformação, mas com a pulsação a 60 bpm e um sorriso rasgado no rosto. A Transformação Digital deixou de ser uma opção, pois está aí e vai continuar a agigantar-se em sismos sucessivos, independentemente das vontades individuais. Quanto à Transformação Pessoal, tudo é diferente pois cabe a cada um decidir se quer impedir que um sismo ocorra, ou se está disposto a oscilar tranquilamente réplica após réplica, sem deixar de colocar mais um tijolo no prédio que está a construir.
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Fotos: DR
ENTREVISTA EXCLUSIVA 25 DEZ 21 JAN FEV 22
Bettertech Do sonho à realidade... A mudança que o mundo tem vivido nos dois últimos anos trouxe grandes transformações tecnológicas à grande maioria do tecido empresarial. Consciente dessa realidade, a DO it! quis conhecer a visão da Bettertech, uma software house portuguesa com largos anos de experiência, especializada em serviços na área das Tecnologias de Informação, fornecendo soluções empresariaisde Software de Gestão.
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O QUE É QUE A PANDEMIA TROUXE DE NOVO? B: Vários aspetos muito interessantes: Por um lado, o momento de paragem levou as empresas a olharem para dentro, pondo em causa o sistema de gestão em uso e processos, e querendo ir mais além, o que trouxe novas necessidades. Isso permitiu levar novas funcionalidades aos clientes. Por outro, e do nosso lado, as reuniões remotas permitem muito maior produtividade na interação com os clientes, levando a uma evolução mais rápida dos processos comerciais e de desenvolvimento, e a uma maior agilidade. Para mais, constatamos que os recursos valiosos são cada vez mais escassos, principalmente recursos humanos qualificados, e de tempo. Isso obriga as empresas a gerirem cada vez melhor. A evolução é um imperativo, para as organizações se manterem competitivas. QUE TIPO DE NECESSIDADES SE TORNARAM MAIS PERTINENTES? B: Diria que sentimos que houve uma evolução, que houve uma grande ou gigantesca evolução, no que respeita a diversas necessidades que se tornaram prementes, na
sua maioria transversais a diversos sectores: • conhecer de imediato o comportamento do mercado, em tempo real. • garantir maior produtividade, em todas as dimensões da organização, através do controlo e gestão dos KPI. • conseguir a desmaterialização da componente documental das entregas. • otimização dos processos de compras, como forma de aumentar a rentabilidade. O QUE ACONTECEU DE RELEVANTE ESTE ANO NA BETTERTECH? B: Este ano foi muito interessante e desafiante. Reforçámos o portefólio com novos clientes, que nos deram preferência pela capacidade de associarmos soluções já longamente testadas noutros clientes de referência, muito complexos e exigentes, com a customização exigida por cada nova realidade. Nos clientes já existentes, foi um ano de crescimento importante para muitos deles no uso das soluções Bettertech.
ENTREVISTA EXCLUSIVA 27 DEZ 21 JAN FEV 22
A Bettertech desenvolve projetos e soluções tecnológicas que suportam a estratégia das organizações, melhorando a sua produtividade e promovendo a sua competitividade, junto de múltiplas organizações nacionais e internacionais, em várias geografias. Com clientes que usam integralmente soluções Bettertech no suporte às suas operações ou em muitos outros casos, a Bettertech alargou as Funcionalidades dos ERP’s base que as Organizações usam, para áreas como a Mobilidade para equipas de Vendas, o Field Marketing ou [de equipas técnicas] Técnicas, soluções de Business Intelligence, Plataformas de Gestão de Compras, entre outras. As soluções Bettertech servem centenas de organizações nacionais, como são os casos da Frijobel, Central de Cervejas, Sogenave, Ceralis, Viborel, Sumol Compal, Sogrape, Grossã, Heritage Wines, … e multinacionais como a CCEP (Coca Cola), Heinken, Unilever FS, Bacardi, ITMP (Os Mosqueteiros), entre muitas outras. Com uma atuação ainda concentrada em Portugal, a Bettertech tem projetos noutras geografias, como Espanha, Brasil, Argentina, México, Paraguai, Uruguai, Costa Rica, Colômbia, Guiana Francesa, Aruba, Guadalupe, Martinica, Angola e Moçambique, entre outras.
QUE EXEMPLOS NOS PODE DAR ? B: No mercado de FMCG (Fast-Moving Consumer Goods) de média e grande dimensão, houve um claro reforço da capacidade e do âmbito de centralização das vendas indiretas feitas através de Distribuidores. Para importantes marcas internacionais, a Bettertech assegura hoje um conhecimento da ordem dos 70 a 80% da informação dos Estabelecimentos em que esses produtos são comercializados. Nos produtores e distribuidores de diversos setores de atividade, houve um reforço da capacidade de controlo de gestão, de gestão das equipas e da logística de entrega. O nosso Business Eye 360, tem constituído uma importante resposta para proporcionar informação relevante aos diferentes responsáveis das Empresas, independente do sistema ou sistemas de informação que usam no suporte às suas operações. QUAIS SÃO AS VANTAGENS MAIS CLARAS DAS SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS QUE DISPONIBILIZAM NESTE MOMENTO? B: As vantagens podem ser sintetizadas em 3 palavras: controlo, agilidade e poupanças. Alguns exemplos práticos: • Centralização de informação de vendas realizadas nos diversos canais, em tempo real: penetração e rentabilidade por geografia, por segmento de mercado e de produto, etc. • Desmaterialização de processos, eliminando o papel, reduzindo drasticamente erros e custos, e aumentando a fidelização dos clientes. • Acompanhamento detalhado do desempenho das equipas comerciais, permitindo uma liderança eficaz e personalizada, com o consequente aumento da produtividade e rentabilidade, associado a uma maior capacidade de retenção e atração de recursos humanos valiosos. • Otimização da gestão de compras em realidades complexas, garantindo uma poupança substancial, e o controlo global do processo de procurement.
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Don´t tell me, show me MARTA GONÇALVES Managing Partner, SayU Consulting Fotos: DR / Freepik / Stephen McCarthy-Web Summit via Sportsfile
Qual o ingrediente secreto na ambição Unicórnio? O sonho e ambição de Carlos Moedas no repto coletivo à criação de um espaço, segundo as palavras do próprio, “onde jovens (e os menos jovens, acrescento eu) possam transformar ideias em grandes negócios, mudar o mundo e ter um propósito” e uma agenda mediática sobrecarregada de empreendedorismo, que eventos como a Web Summit e a Acredita Portugal Virtual Week ditaram, são o meu quadro em branco para uma reflexão que me é cara. Que papel tem a comunicação no sucesso destas empresas novas e com tendência para o crescimento que vão habitar a futura “Fábrica de Unicórnios de Lisboa”? E, por falar em unicórnios, o que podem estas aprender com as histórias da Farfetch, da Feedzai, da OutSystems ou da Talkdesk? Se uma startup é uma visão diferenciadora que procura explorar uma oportunidade de negócio numa área inovadora (ou desaproveitada), então a sua comunicação tem de ser mais do que descrever um produto ou serviço. Trata-se, acima de tudo, de apontar um propósito – demonstrando o potencial exponencial de soluções para problemas ainda sem resposta, de sonhar alto e de uma capacidade hercúlea de cativar os stakeholders. Um percurso que se faz de enfrentar necessidades inesperadas, adquirindo novas competências, como falar em público ou lidar com os media, entre tantas outras.
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Seja a lidar com investidores, futuros parceiros, prospects, jornalistas ou prescritores, espera-se que as empresas emergentes sonhem alto e se apresentem com uma voz pública totalmente formada, confiante e, principalmente, carismática. Quando a eficácia potencial de um produto ou serviço ainda não foi estabelecida, a força da sua equipa de gestão e a credibilidade da narrativa contribuem, em larga medida, para conquistar a confiança do mercado. Se é claro que a reputação é fundamental para o desenvolvimento destas empresas, também é pertinente advogar que a aposta na gestão estratégica da comunicação é o ingrediente fundamental para construir a confiança de forma eficaz e duradoura no tempo. De igual modo, a conquista de um posicionamento top-of-mind no público e a permanente gestão do interesse mediático, tornam-se fatores fundamentais para uma história com final feliz. Vejamos o exemplo dos unicórnios nacionais. A maioria dos gestores é especialista na sua própria área técnica. Apesar de parte do esforço comunicacional poder ser desenvolvido de forma mais proativa, o grau de complexidade, a alocação de tempo e a expertise exigidos a uma estratégia estruturada e eficiente obrigam a recorrer a equipas especializadas ou a parceiros de comunicação externos. O foco tem sido, invariavelmente, colocado no CEO como storyteller. Partindo de histórias carismáticas e de mensagens que envolvem os stakeholders, encontramos os ingredientes que constituem as suas narrativas ao longo do tempo. É por este motivo que afirmamos que saber contar uma história é uma das mais valiosas competências que uma equipa de founders pode dominar. No entanto, a boa comunicação funciona em dois sentidos. Este reconhecimento é de vital importância quando se trata de melhorar o estilo e estratégia de comunicação, quer capacitando-o para realmente ouvir o público e identificar tendências no mercado, quer, num nível mais complexo, para demonstrar uma autoconsciência que pode ajudar um líder a aprender a superar os desafios de comunicação à medida que estes surgem. As startups privadas avaliadas em mais de mil milhões de dólares ainda são relativamente raras, mas o seu número está a aumentar. O sucesso destes projetos escaláveis, disruptivos e repetíveis tem tudo a ver (também) com a comunicação. Neste ecossistema, em que tanta importância é dada ao pitch e onde as ideias que vão criar maior impacto são as mais cativantes e as que conseguem inspirar, como “Comunicar”? A raiz da questão, como em todas as organizações, está na abordagem. Não podemos simplesmente dizer o que estamos a fazer. Como diz o velho ditado, “don’t tell me, show me”.
Por isso, eu prometo que no próximo ano iremos fundar, com a ajuda da Web Summit e de muitos de vós, o que eu chamo de sonho - a Fábrica de Unicórnios de Lisboa.
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IMODOIT! As Dicas do Massimo Forte!
EU ACHO QUE.. MASSIMO FORTE
CONSULTOR. FORMADOR. AUTOR.
Fotos: DR / Freepik
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hegámos, mais uma vez (e felizmente), ao tão esperado final de ano. Época de festas, de família, mas também de balanço, de objetivos e, para alguns, de fecho de negócios que podem mudar resultados. Final de ano significa também pensar no que nos espera no ano que vem, como vamos trabalhar e até como podemos reagir a vários cenários. Se neste momento, como eu, já o planeou, estará apenas expectante para começar a trabalhar no que de facto aí vem. Para as pessoas mais through time, que vivem com uma visão de futuro, todo o planeamento faz sentido e à data de hoje já o fizeram, e estão apenas à espera de uma última validação para que seja aprovado ou posto em prática. Para as pessoas in time, que vivem mais o aqui e o agora, estão neste momento a pensar em começar o processo de planeamento, que muitas vezes só terminam nos primeiros dias do próximo ano. Ambas as formas resultam. Afinal, cada pessoa é como é, e deve seguir o que já sabe que resulta para si, desde que cumpra o seu planeamento. Para planear é fundamental ter dados e para ter dados é necessário planear. Numa primeira fase, dados mensuráveis internos que vivem de um registo metódico sobre a atividade exercida para avaliar o que se planeou, e o que realmente aconteceu. Perceber o porquê e saber como reagir para produzir melhores resultados é essencial para projetar o ano que aí vem.
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Em mercados perfeitos onde a existência de dados não é um problema, é relativamente fácil projetar, mas na atividade imobiliária acontece exatamente o contrário. Para além do planeamento, a ambição é também uma variável que influencia o seu futuro ano, e é também variável em função de cada um. Mais uma vez, está tudo certo, se estiver certo consigo próprio. Mesmo que as melhores frases de motivação nos digam que tudo é possível ou, melhor ainda, que o céu é o limite, para que isso seja verdade, será importante analisar a sua atuação, a conjuntura do mercado e as tendências, para ter os pés bem assentes na terra quando apontar para o seu objetivo. Em mercados perfeitos onde a existência de dados não é um problema, é relativamente fácil projetar, mas na atividade imobiliária acontece exatamente o contrário. A falta de dados concretos e principalmente previsionais provoca um certo desconforto, faz com que o mais positivo dos empreendedores jogue sempre na incerteza e acaba por levar ao uso da inevitável expressão “eu acho que”. Afinal, são formas menos lógicas de acalmar a mente que funcionam à base de feelings a que muitas pessoas dão o nome de achologia. Mas será que mesmo num mercado tão imperfeito como o do imobiliário é possível ter em atenção alguns indicadores cruciais para apoiar o seu Plano de Negócio para o próximo ano? Eu diria que sim. Mesmo na incerteza é necessário considerar alguns indicadores chave para poder projetar a sua estratégia para o próximo ano na sua atividade de Mediação Imobiliária…
MERCADO DO VENDEDOR OU DO COMPRADOR? Diz-se que estamos num mercado do vendedor quando a oferta é mais pequena do que a procura. Quando isso acontece, normalmente os preços sobem, a transação é mais rápida (menos de 4 a 5 meses em Portugal) e o cliente com mais dificuldade em comprar ou arrendar, é o cliente comprador, o cliente que vai precisar de mais ajuda. No mercado do comprador, acontece precisamente o contrário, a oferta é maior o que a procura, os preços têm tendência a descer e o mercado torna-se mais lento em relação ao tempo de transação (acima dos 9 meses em Portugal), logo, o cliente que vai precisar de mais ajuda será o vendedor.
OS PREÇOS VÃO SUBIR OU BAIXAR? Aqui teremos de perceber bem o comportamento da procura e não apenas da oferta. Afinal, é o comprador que faz o preço e não o vendedor (como se pensa). Assim sendo, a análise de capacidade de aquisição por parte do comprador será fundamental. Pensando que o cliente necessitará, provavelmente, de financiamento para adquirir o imóvel, será importante perceber como estão as taxas de juro, qual a tendência prevista, se vai ou não haver alterações nas condições dos empréstimos. Por exemplo: loan to value (relação entre o financiamento e as garantias que define até quanto um banco poderá emprestar); taxa de esforço (relação que mede até onde uma pessoa pode endividar-se); prazos de empréstimo (quanto mais curto, pior, pois significa que a prestação será mais alta e assim o comprador terá menor capacidade de obtenção de capital de financiamento). A inflação do país também é um elemento-chave para verificar se haverá uma eventual subida ou não de preços.
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QUEM É O CLIENTE? Pode parecer estranho, mas a tendência de pensar em todos é totalmente errada. Ter um público-alvo que faça sentido para si, para o seu negócio e para a sua área e zona de atuação é, e será sempre, mais interessante para conseguir planear e definir as suas estratégias de marketing. O seu cliente é português ou estrangeiro? Se for estrangeiro, de que origem? São compradores ou vendedores? Qual é o segmento A, B, C ou D? São utilizadores ou investidores? E, principalmente, o que é que os incentiva e preocupa? Ou seja, qual o problema que eu me devo propor a resolver?
Ter um públicoalvo que faça sentido para si, para o seu negócio e para a sua área e zona de atuação é, e será sempre, mais interessante para conseguir planear e definir as suas estratégias de marketing.
TEMPO DE ABSORÇÃO? Quando falamos nos mercados do vendedor e comprador acabamos por falar sobre este ponto: em média, em quanto tempo um imóvel se transaciona na sua zona? Atenção, pense no seu mercado local e não no país. Deve possuir dados gerais, mas os específicos, como os da zona onde atua, são fundamentais. Este indicador é de extrema importância porque na atividade da Mediação imobiliária só se recebe se o imóvel for vendido e, normalmente, quando a transação é realizada, ou seja, no CPCV – Contrato-Promessa de Compra e Venda, ou mesmo na Escritura. Assim, o seu planeamento e pipeline têm de ser o mais afinados possível para não ter longos períodos de “travessia do deserto”. Apesar de ser um indicador aparentemente não acessível pelo comum dos mortais, é extremamente fácil de obter. Basta seguir todos os seus contratos de angariação, contando o tempo desde o momento em que o imóvel começa a ser promovido até ao dia que ele é vendido (entenda-se quando a oferta é aceite pelo proprietário e o imóvel é retirado do mercado). Pode e deve ainda monitorizar os imóveis dos seus colegas, sejam eles concorrentes ou não. A tecnologia ajuda, as metasearch como a CASAFARI são ótimas ferramentas para obter dados fidedignos de mercado.
Na atividade da Mediação imobiliária só se recebe se o imóvel for vendido e, normalmente, quando a transação é realizada.
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NÚMERO DE TRANSAÇÕES? O número de transações é um elemento essencial para qualquer plano de negócios na Mediação Imobiliária. Como referi, só se recebe se houver transação. Por isso, quando se define um objetivo em valor absoluto (valor de faturação), deve-se sempre traduzi-lo em número de transações. Para isso será importante saber o valor de cada venda e, para o conseguir, terá de ir novamente ao mercado para perceber os valores reais de venda de um passado recente (verifique os tempos de absorção), e os valores atuais de venda ou de eventual projeção futura (sempre no mercado em que atua). Depois terá de multiplicar esse valor pela comissão que cobra sobre cada valor de venda (geralmente 5% + IVA). Caso partilhe o negócio com outro colega terá ainda de dividir o valor da sua comissão pela percentagem acordada para partilha (normalmente 50%). Saberá assim quantas transações necessitará realizar para chegar ao seu objetivo. Mas espere, terá de fazer uma conta importante para perceber se o seu objetivo cabe no mercado onde atua, ou seja, terá de avaliar quantas vendas e transações se fizeram no seu mercado para perceber se a sua projeção está em linha (tendo em conta que não existe um sistema de centralização global de informação de mercado com registo destes dados, ou seja, como os MLS, pode obter esta informação fragmentada em bases de dados como o Confidencial Imobiliário, INE ou fazendo a sua própria medição diária do mercado). Verifique também o que fizeram os seus concorrentes e será mais uma forma de perceber se o seu objetivo faz realmente sentido, ou seja, se é realmente viável.
O número de transações é um elemento essencial para qualquer plano de negócios na Mediação Imobiliária. Os mercados imperfeitos como o imobiliário têm características muito próprias. A escassez de informação, o tempo de transação, ou até comportamentos atípicos podem condicionar eventuais planos de quem opera neste mercado. Tem de saber o que medir, e como medir, para não cair na tentação de basear o seu planeamento na célebre frase “eu acho que…”.
“A REDE-T, criada por Ricardo Augusto, é uma ferramenta de trabalho para os Profissionais ligados ao sector do Turismo e canal HORECA.” Tem como Missão a partilha de conhecimento e saber. Com mais de 17.000 profissionais registados no site www.rede-t.com, integra desde administradores de grupos hoteleiros, diretores gerais , diretores de departamento, operação, chefes de cozinha, quadros médios, agentes de viagem, operadores, quadros de linha (ex. empregados de mesa, cozinheiros, empregadas de andares, etc.), técnicos de SPA, motoristas de turismo, guias, RHs, head hunters e muitos mais... Clube internacional onde circulam via e-mail pedidos de ajuda, documentação especifica, dicas, feedback sobre fornecedores, ofertas de emprego e informação sobre profissionais (mais de 2.000 CVs).
34 REPORTAGEM WOBI 2021 DEZ 21 JAN FEV 22
Por:
ALEXANDRA PRIM Fotos: WOBI
A
companhar e trazer aos leitores perspetivas e tendências das áreas que podem interferir com a performance negocial e das vendas é uma das missões da DO it!
Por isso, mais uma vez a DO it! se associou ao World Business Forum que decorreu em Madrid nos passados dias 23 e 24 de Novembro, trazendo-lhe as principais mensagens dos oradores deste evento internacional.
DON TAPSCOTT
Autoridade global em inovação e tecnologia digital “The future is not something to predict is something to achive” Focando-se em conceitos tecnológicos, apresentou estratégias para o êxito na segunda era digital como a trivergência (palavra inventada pelo autor), a internet das coisas, a tokenização dos elementos e a inteligência artificial blockchain (inovação tecnológica do bitcoin à prova de todas as transações na rede). Especialista em bitcoins, defende a impossibilidade da sua falsificação, questionando o futuro dos bancos e a privacidade nas redes. Destacou e exemplificou a “Maria” física e a “Maria” virtual e o facto de esta última ser conhecedora de toda uma vida que a “Maria” física não recorda. Defende que é fundamental proteger a privacidade e a liberdade de cada um.
REPORTAGEM WOBI 2021 35 DEZ 21 JAN FEV 22
MARSHALL GOLDSMITH
Autoridade global em inovação e tecnologia digital “Life is short, have fun. Before speaking, breathe” Goldsmith reforçou a importância de cada indivíduo identificar as crenças e/ou os ambientes que desencadeiam comportamentos negativos que o afastam dos seus objetivos. Destacou a importância de ensinar os líderes a pararem, para poderem passar de líderes a parceiros. Adotando uma postura de coach desafiou os participantes do evento a questionarem-se: “Em que posso melhorar para...?”; “Que conselho daria se fosse um idoso de 95 anos, no leito de morte?”. Segundo Goldsmith, seja o que for que pensemos devemos fazê-lo já, ilustrando a situação com frases como: “Os riscos que não tomamos transformam-se em deceção”; “Seja feliz hoje, não dentro de dois dias, nem de três meses, AGORA”; “Porque não puseste em prática tudo o que aprendeste num curso?”. Perguntar – Ouvir – Pensar – Agradecer – Responder – Envolver – Mudar – Follow-Up
DANIEL LAMARRE
Presidente e CEO do Cirque du Soleil – Liderança criativa “Não ofereças um espetáculo, mas sim uma experiência única” Lamarre dedicou a sua intervenção ao relato da recuperação do Cirque du Soleil, após ter sido obrigado, devido à pandemia Covid19, a cancelar todos os espetáculos distribuídos pelo mundo com artistas de 49 nacionalidades diferentes. Através de diversos vídeos do Cirque du Soleil, reforçou o poder da marca, da sua força e importância, sem a qual não poderia ter recomeçado e o facto de ter criado uma plataforma online (Circonnect), com vídeos do circo para que o público, em casa pudesse aceder a resumos dos espetáculos. Destacou, como curiosidade, como conheceu George Harrison e os Beatles, o que deu origem ao espetáculo “The Beatles Love” baseado nas suas músicas; ou a “TORUK”, em colaboração com James Cameron, com base no filme Avatar; ou ainda o facto de terem um palhaço como “animador” nas reuniões. Lamarre sublinhou que nos negócios tem que existir criatividade e que, para isso, é preciso saber o que público pensa e contar com ele.
36 REPORTAGEM WOBI 2021 DEZ 21 JAN FEV 22
RICHARD BOYATZIS
Especialista em liderança e inteligência emocional “A maior parte das pessoas que abandonam os teus trabalhos fazem-no por causa do seu chefe” Afirmações tais como “O bom líder é aquele que está sintonizado com os seus colaboradores, que não baseia o seu poder na hierarquia; todos estão numa mesma onda para uma só missão”, constituíram o tema central da apresentação de Boyatzis. Como forma de criar empatia com a assistência entrou no palco ao som de Aretha Franklin, pedindo que toda a gente se levantasse, aplaudindo e dançando. Seguidamente colocou uma bandeira do Real Madrid, gerando grande entusiasmo. Mas não quis ficar por aí e fez o mesmo com a bandeira do Barcelona. Em colaboração com a assistência pediu, numa só palavra, a descrição de um chefe “bom” e outro “mau” e a importância dessa classificação, concluindo que existem muito poucos bons líderes. Abordou ainda os processos mentais que geram motivação, de modo a que cada um consiga “transformar” o seu destino e encontrar o seu “eu ideal” que todos têm escondido.
SANTIAGO ÁLVAREZ DE MON Professor e especialista em liderança e comportamento organizacional
Concluiu afirmando que os melhores líderes não são autoritários. Eles geram esperança e uma só visão entre os colaboradores.
Referindo alguns personagens como Albert Einstein, a par de líderes de equipas ou, no campo do desporto, Pau Gasol e Rafa (Rafael) Nadal, destacou as noções de êxito e de fracasso aplicadas ao mundo empresarial: “Os grandes campeões como Gasol ou Nadal ganham muitas vezes porque têm muito presente a possibilidade de perder”. “Há demasiados adolescentes carecas e com barriga que não assumem a responsabilidade dos seus erros e que sempre buscam um “bode expiatório”. Destacou igualmente o conceito de talento e da responsabilidade partilhada, ressaltando que “o bom líder destaca-se por ouvir e perguntar, por criar empatia com a equipa e por não pensar só em si, exercendo um delírio narcisista”. De Mon sublinhou igualmente a humildade e o sentido de humor, necessários para o êxito empresarial e pessoal.
Foto: Roger Rovira Rius
“O melhor líder é aquele que pergunta” De Mon centrou-se nas capacidades e valores necessários para liderar equipas, destacando a capacidade e processo de aprendizagem natural das crianças.
REPORTAGEM WOBI 2021 37 DEZ 21 JAN FEV 22
MONICA FLORES
Diretora Regional General do ManPowerGroup, na América Latina “As novas gerações procuram inspiração e não que lhes dê ordens” A experiência da humanidade na pandemia pela Covid-19 deixa claro que “o trabalho nunca mais vai ser igual: não voltaremos a trabalhar como antes”. Afirmações como esta ilustraram a intervenção de Mónica Flores, a qual acredita que a pandemia foi o passo definitivo para que a digitalização fosse implementada nas empresas, assumindo-se como a principal ferramenta para a manutenção dos postos de trabalho. Referindo as características principais das várias gerações que convivem hoje no dia-a-dia profissional, como os babyboomers, millenials, geração Z e X e inclusivamente “os pandemials” e as 10 habilidades necessárias para se adaptar às novas tendências do mundo, identificou ainda 10 possíveis futuras crises que estas gerações poderão ter que enfrentar. Flores concluiu que é necessária resiliência, atitude e empatia para se entender o estado psicológico e a saúde dos colaboradores.
MAGNUS SCHEVING
Empresário e criador da Lazy Town “É fundamental estar atento a tudo. Alguém que é preguiçoso, pode deitar tudo a perder” Scheving, que entrou em cena a fazer o pino, a andar sobre as mãos e a fazer flexões, convidou o público a dançar e adotar uma imagem de super-herói, a fim de transmitir a energia e a implicação que ele acredita que deve existir numa empresa. Criador e protagonista de Lazy Town, uma série televisiva transmitida em mais de 170 países, cujo propósito é melhorar a saúde das crianças, explicou a importância de saber liderar equipas de modo a manter o seu compromisso e identificação com a marca e com os objetivos, sem cair em rotinas pouco saudáveis, promovidas por algumas marcas comerciais. Scheving defendeu que é preciso trabalhar a constância e compreender o objetivo, a fim de criar bons hábitos afirmando: “É proibido ser negativo, embora seja uma meta difícil de alcançar, porque contamos com 1.000 anos de negativismo”. Segundo Scheving são precisas ideias e coisas que nunca se tenham feito, referindo que a chave está no nosso subconsciente e precisamos de prestar mais atenção às nossas ideias porque é isso que nos fará crescer.
38 REPORTAGEM WOBI 2021 DEZ 21 JAN FEV 22
SYLVIA RAMIREZ
Consultora de Felicidade e Marca Pessoal “Aquele que não compreende o cérebro está obrigado a obedecer-lhe” Abordando o popular tema da felicidade e como este conceito, que a todos diz respeito, tem infinitas definições afirmou que “o nosso nível de felicidade é determinado em 50% pelos genes, em 40% pelas decisões que tomamos e em 10% pelas nossas circunstâncias”. Segundo Sylvia Ramirez, passamos a maior parte da nossa vida a pensar o que podemos fazer para sermos felizes, sem nunca encontrarmos a resposta adequada, quando, o importante não é encontrar a solução, mas sim fazer as perguntas adequadas. “Ser feliz não é o mesmo que estar contente” defendeu, “temos a convicção de que algo nos fará muito felizes ou muito desgraçados. Deveríamos procurar um estado de ânimo neutro ou normal, para podermos enfrentar o bom e o mau”. E continuou, sublinhando que o importante é controlar a narrativa que existe na nossa cabeça; deixar de ouvir o “auto sabotador” que temos dentro de nós. É importante: ter-se um plano, dar-lhe sentido e não focar-se em metas impossíveis; sair das rotinas em que estamos e que sabemos que não gostamos.
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40 ENTREVISTA EXCLUSIVA DEZ 21 JAN FEV 22
SUSANA ARIÉ Administradora do Grupo Perfumes & Companhia Fotos: P&C
ENTREVISTA EXCLUSIVA 41 DEZ 21 JAN FEV 22
HUMANIZAR OS NÚMEROS! Nunca desistir, exigência, inconformismo na procura da melhoria contínua, relação muito estreita com as pessoas das lojas, paixão pelas marcas e gosto pela área comercial fazem parte do ADN de Susana Arié, Administradora do Grupo Perfumes & Companhia, cocriadora e grande promotora do modelo exclusivo de venda desta cadeia de lojas portuguesa.
42 ENTREVISTA EXCLUSIVA DEZ 21 JAN FEV 22
Este é um grande projeto para a nossa família, em que cada um de nós assumiu uma área para podermos mergulhar e aprender com as pessoas que lá estavam, a cultura, a história e a experiência acumulada, para que, partindo dessa riqueza pudéssemos construir o negócio que pretendíamos.
QUEM É A SUSANA ARIÉ? SA: Sou casada, tenho 2 filhos e 2 netos. Tenho 52 anos e há 30 anos que trabalho ligada à Distribuição de Cosmética e Perfumaria e ao retalho em Perfumaria. Cheguei a este meio por razões familiares, ou seja, por me ter casado com um membro da família Arié, proprietária do Grupo Arié, que distribui marcas de prestígio e de renome internacional nos mercados de Perfumaria, Cosmética Seletiva e Moda. Após o curso de Psicologia, com 22 anos, comecei a trabalhar no Grupo Arié, como formadora no lançamento da marca Shiseido, pois considerou-se que seria interessante juntar formação técnica e comportamental. Rapidamente comecei a assumir outros papéis, sobretudo na área comercial, talvez pelo gosto que tenho por números. Daí para a frente passei por várias áreas como a formação e marketing. Em 2007 assumi o papel de Diretora - Brand Manager. A partir de 2015, ano em que o Grupo Arié adquiriu a cadeia de Perfumarias Perfumes & Companhia assumi o cargo de Direção de RH e Formação. Em 2017 recrutámos um Diretor de RH e eu dediquei-me às marcas exclusivas, onde aplico a experiência adquirida na Roudolph Arié com a marca Shiseido. Porém, continuo com a responsabilidade da formação, sobretudo no que toca às lojas. Em suma, os negócios da família acabaram por ditar o que seria o meu futuro profissional. COMO CARACTERIZA A POSTURA DO GRUPO ARIÉ NA AQUISIÇÃO DA PERFUMES & COMPANHIA? SA: Este foi, e é, um grande projeto para a nossa família, em que cada um de nós assumiu uma área para podermos mergulhar nela e aprender com as pessoas que lá estavam, a cultura, a história
ENTREVISTA EXCLUSIVA 43 DEZ 21 JAN FEV 22
e a experiência acumulada, para que, partindo dessa riqueza pudéssemos construir o negócio que pretendíamos. Quisemos beber do que existia sem quebrar o ADN do negócio que existia e que era rentável, ainda que diferente do que nós eramos. Essa tem sido sempre uma postura do Grupo Arié: tentar aprender com a cultura de cada negócio e não tentar impor a nossa cultura como uma verdade absoluta. O resultado é, normalmente, a junção do melhor das duas coisas, ou seja, do que já existe com a forma de nós próprios estarmos nos negócios, mas também na vida. Isto é importante porque, na realidade, não somos diferentes em casa e nas organizações. E QUAL FOI A PRIMEIRA PERCEÇÃO DO QUE OBSERVARAM? SA: Percebemos rapidamente que havia muita coisa que podíamos melhorar na organização e na qualidade das equipas e começámos a tentar juntar “camadas” que pudessem melhorar e agilizar o processo da P&C. Sempre achámos que o lado comportamental podia fazer toda a diferença. Queríamos ser os melhores em retalho e fazia sentido criar um modelo de vendas e uma identidade de vendas que fosse nossa, a par de um sentido de pertença
para um projeto comum e uma construção com toda a gente, para alcançarmos um objetivo muito bem definido: sermos reconhecidos como um atendimento de qualidade que gerasse vontade de voltar e que, do ponto de vista comercial aumentasse o negócio (ex. nº de unidades e valor por talão). Indicadores mais objetivos e mais subjetivos. E QUANTO À ÁREA COMERCIAL? SA: Desde o início que, não sendo formalmente a minha área, tenho um papel ativo na definição dos objetivos das lojas e das equipas, o que me permite ter um pé na área comercial, o que tem a ver com o meu gosto e o meu histórico. Este sempre foi um lado de que gostei e que me puxou um bocadinho. O QUE MAIS A ATRAI NA ÁREA COMERCIAL? SA: A possibilidade que se tem de, pela área comercial, conseguir pilotar e orientar equipas para um resultado e objetivo da empresa. Não encaro a área comercial apenas como a função de trabalhar números, quadros, etc., mas sim como uma forma de usar objetivos para orientar as equipas para o melhor caminho para o resultado global da empresa. Trata-se de um trabalho loja a loja, componente a componente, pensando o que está a acontecer em cada equipa, em cada loja, naquela pessoa que é a vendedora que tem grande relação com os clientes e está de baixa, etc. Humanizar os números é o que me dá mais gozo!
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Juntar isto com outros programas na área do comportamento humano e ter uma visão global do que pode ajudar a performance de uma equipa num ponto de venda. Ao fim destes 6 anos na P&C é excelente poder estar a olhar para um número, ou uma loja e pensar em pessoas e em como vão contribuir para os objetivos. E trabalhar com toda a equipa comercial, formação, marketing e todas as outras áreas da empresa para os atingir. Este meu lado tem muito a ver com a nossa cultura, a aprendizagem que recebi, as pessoas com quem cresci e com quem trabalhei desde os 22 anos, idade em que mergulhei diretamente no negócio de família. Aprendi sobretudo muito com o meu cunhado Charles Arié. Com ele fiz as primeiras visitas a loja, contactos comerciais, etc. Agora também trabalho diretamente com ele, sendo ele o grande motor para a perspetiva humanizada da empresa. Não se trata de uma característica minha, mas sim da Organização, com a qual me identifico. Isso fez toda a diferença em quem sou hoje. Absorvi essa cultura do Charles e do René, e eles absorveram dos pais deles. Trata-se de uma cultura que passa de geração em geração e temos esperança que os nossos filhos também a absorvam. QUE DESAFIOS ENFRENTA COMO LÍDER? SA: Ser parte da família proprietária da empresa tem coisas excelentes e outras difíceis. Enquanto líder, a coisa mais importante e o que mais tenho que cuidar é ser exemplo. A visão que as pessoas têm de um membro da família que lidera, é de grande exigência. Elas acham que há uma espécie de conhecimento e experiência que quase devia passar geneticamente dentro da família. Por isso, há pouca tolerância relativamente a um novo membro da família que faça algo diferente em relação ao que outro anteriormente fazia. Há a expetativa de uma certa continuidade, de consistência num determinado tipo de valores, de comportamento, de forma de decidir... Por isso, se em algumas coisas o facto de ser membro da família me pode ter privilegiado, em muitas alturas tive que provar que estava à altura, não por ser a mulher do dono da empresa, mas porque entregava o trabalho com a qualidade esperada para aquele lugar. No início da minha carreira isso foi muito visível, porque ninguém tinha ainda feito o trabalho de formação para as lojas que eu estava a fazer. As pessoas não percebiam bem qual era o meu papel e talvez isso tenha sido importante para eu começar a fazer outras coisas dentro da empresa e a provar que conseguia.
TEM QUE PROVAR NA ORGANIZAÇÃO E NA FAMÍLIA… SA: Senão podemos falhar com a Organização, então com a família é que não podemos mesmo falhar. Somos todos muito expectantes e exigentes uns em relação aos outros. A meritocracia dentro da nossa família é muito importante. Quando foi preciso levar uma boa reprimenda levei e isso ajudou-me a crescer e a melhorar. Hoje trabalho com a minha filha e sou muito exigente com ela, tal como foram comigo. Sermos críticos de nós próprios enquanto família e puxarmos uns pelos outros é muito importante. Acredito que a Organização sente a exigência dentro da nossa família. E COMO SE POSICIONA? SA: A minha posição é um pouco diferente porque a Organização me vê como proprietária, mas na realidade reporto aos proprietários da empresa, como qualquer pessoa, com a diferença que eles fazem menos cerimónia comigo. Já todos tivemos momentos de grande êxtase profissional e momentos mais duros. Já passei pelos dois:
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Recorremos aos mecanismos de layoff e ficámos com um grupo reduzido de pessoas a trabalhar porque a incerteza era total. Nalguns departamentos reduzimos mais horas de trabalho do que outros, mas houve pessoas que trabalharam intensamente para que conseguíssemos pôr as vendas à distância e o website a funcionar. Durante 7 dias alucinantes trabalhámos 24h sobre 24h, e não forçosamente nas nossas áreas. Todos foram ajudar nas áreas mais importantes. O marketing dedicou-se totalmente ao digital. A formação também. O sentido de urgência era tão grande que as pessoas renasceram e reconverteram-se das lojas para o armazém. Estávamos a falar da sobrevivência da empresa! Na altura a maior parte das coisas que fizemos foi com o sentido de sobrevivência e não de renovação. Em muitos desses momentos, enquanto família, questionávamo-nos sobre como não frustrar as expetativas das pessoas. Numa Organização há um compromisso nos dois sentidos, que complementa a relação.
momentos de euforia e outros em que me foi mais custoso vir trabalhar. Porém, pensar que o meu papel é proteger, defender e construir aquilo que vai ficar para gerações futuras, foi o que me fez pensar na sorte que tenho de estar nesta empresa e fazer coisas que gosto num ambiente espetacular. Esta conversa comigo própria fez-me ver que qualquer problema não tem comparação com a grandeza daquilo em que estou envolvida. Temos uma estrutura familiar sólida e estruturante do que fazemos, como fazemos e de como enfrentamos as dificuldades. O QUE VALORIZA MAIS NUM PROFISSIONAL? SA: Valorizo o compromisso, a vontade fazer bem, de olhar para as coisas não pela perspetiva individual, mas pelo bem comum, pelo que é o melhor resultado para o grupo para a empresa. Pessoas que só olham para a sua função deixam-me com os cabelos em pé. Pessoas que têm uma visão global e que conseguem juntar genialidade com humildade, são as que mais valorizo. COMO VIVERAM O IMPACTO DA PANDEMIA? SA: A chegada do Covid representou um período de grande insegurança porque tivemos que fechar todas as lojas. Era preciso pensar como iríamos continuar com 1000 pessoas, 1000 famílias.
O Covid trouxe situações pessoais muito difíceis e a capacidade que as equipas tiveram de ultrapassar a relação profissional para serem o suporte umas das outras, nalguns casos alertando-nos para uma ou outra situação mais complicada, fez com que a palavra família se estendesse a toda a Organização. QUE CRESCIMENTO TIVERAM AS VOSSAS VENDAS ONLINE? SA: Numa semana passámos para 500 vezes mais encomendas online e percebemos que não iriamos conseguir expedir com qualidade e em tempo útil. Tivemos que pensar como é que, à escala que tínhamos, conseguiríamos responder. Retirámos do site referências a entregas express que não conseguíamos cumprir (tanto por nós, como pelos nossos parceiros de entregas). Porém, percebemos que tínhamos uma vantagem única: termos lojas de rua, as quais podíamos transformar em centros de expedição. Criámos 15 centros de expedição, resolvendo o problema das entregas. Isso implicou desenvolvimento informático…
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QUE OUTRAS ESTRATÉGIAS ADOTOU A P&C PARA RESPONDER À PANDEMIA? SA: Assim que surgiu o primeiro confinamento criámos um novo canal de vendas pelo telefone, desenhando scripts e tentando adaptar o nosso modelo exclusivo de venda – MAGIA – à venda telefónica.
Quando reabrimos as lojas reforçámos a formação comportamental e relançámos todos os programas anteriores ao Covid. Atualmente chegamos a mais pontos de venda, a mais pessoas, temos mais horas de formação e estamos convictos de que a situação da pandemia nos ajudou a melhorar muitos processos na empresa.
Melhorámos os processos de venda online, criámos chats de conversação e uma linha de contacto com o cliente, desenvolvemos sistemas de inteligência artificial para resposta automática a questões que se repetem no online.
: QUE BALANÇO FAZ? SA: Após 1 ano e 9 meses do início da pandemia somos muito diferentes do que éramos em março de 2020. Hoje somos mais eficazes em muita coisa porque a perda de vendas nos obrigou a ter uma visão muito crítica do que era o nosso negócio, da forma como gastávamos os nossos orçamentos, do que fazia a diferença para gerar, ou não, vendas e fidelidade. Gerar fidelidade não quer dizer vendas imediatas.
Reforçámos a presença nas redes sociais e o site, sempre com ajuda de profissionais, no sentido de gerar visibilidade e vendas orgânicas. Fizemos um corte grande na formação em geral, mas o Programa MAGIA (área comercial), continuou a assumir uma parte importante. Montámos rapidamente uma plataforma de formação online, em conjunto com empresas de conteúdos e com as marcas (com as quais fomos muito exigentes). Equipámos informaticamente as lojas para as equipas usufruírem da formação no novo formato online, já que queremos ser a referência no aconselhamento em perfumaria e cosmética.
O passo seguinte à reação para a sobrevivência é que teve a ver com renovação e com catapultar a inovação. Resolvida a urgência pegámos nas ferramentas que construímos numa semana (vendas à distância com equipas escaladas, telefones, computadores a mais nas lojas, telemóveis distribuídos, call centres em Lisboa e Porto, alterações no site, formação online, etc.), e pensámos como fariam sentido no futuro. A partir daí, sim, desenhámos as ferramentas sólidas que hoje utilizamos e que já não são as que usámos uma semana depois de encerrarmos. Muitas coisas
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Todos nós, desde o Diretor Geral, o qual passa mais de metade da semana a visitar lojas e a trazer feedback para dentro da estrutura, até aos Diretores Comercial e de Marketing, ao comprador e a mim própria, todos temos um contacto muito próximo com o ponto de venda. Isso ajuda-nos a perceber que a mudança é constante. O consumidor está sempre a mudar. Estes ciclos de feedback que existem, e aos quais damos muita importância, são um grande motor da P&C. O QUE É PARA SI UM BOM ATENDIMENTO? SA: É um atendimento inesquecível, em que o cliente sai com uma memória boa do momento que viveu na nossa perfumaria. Está longe de ser uma venda de alto valor financeiro. Para nós o maior valor de um cliente é ele querer voltar, independentemente do valor que despende. Temos uma grande diversidade de preços, pelo que a fidelidade não pode ser aferida pelo valor despendido. A par do cliente sair feliz, também é fundamental que o nosso Conselheiro Pessoal de Beleza (CPB) sinta que cumpriu a sua missão com o cliente, que deu o seu melhor e que isso se repercutiu na sua realização.
Gerar fidelidade não quer dizer vendas imediatas. O passo seguinte à reação para a sobrevivência é que teve a ver com renovação e com catapultar a inovação. que criámos devido ao Covid fazem hoje parte do que entregamos aos clientes, como por exemplo o nosso website que funciona muito melhor porque continuamos com os 15 centros de expedição a nível nacional. Hoje entregamos ao consumidor final um produto com muito mais carinho dentro, mais bem embalado, mais perfumado, porque é feito por pessoas que sabem o que estão a fazer. QUE ATITUDES FORAM MAIS IMPORTANTES? SA: “Não deitar a toalha ao chão”, a exigência e o inconformismo, no sentido de estarmos sempre à procura da melhoria, bem como a relação muito próxima com as pessoas das lojas, têm muito a ver com o nosso ADN.
A venda de perfumaria tem uma grande componente técnica e comportamental. Muita gente entra à procura de bem-estar, porque aplicar um creme ou um perfume as faz sentirem-se melhor. Há muito de psicologia. A responsabilidade das nossas equipas é enorme porque têm que responder às expetativas em termos de resultado do produto ou serviço, e porque o objeto no qual os nossos produtos são aplicados é a pele, o maior orgão do corpo. Estamos também a falar de saúde. São milhares de produtos de vários eixos. É enorme o investimento que um CPB fez, antes de começar a atender!!! Eles têm um mérito enorme e é por isso que tentamos dar-lhes o máximo possível de ferramentas e meios. Ouvimos muitas vezes as equipas elogiarem que, dentro da nossa Organização, têm um nível e tempo dedicado à formação muito maiores do que em grande parte dos nossos concorrentes. É PRECISO TER PAIXÃO E GOSTO POR SERVIR… SA: Paixão é das coisas que mais valorizo. Quando dou formação de algumas marcas tenho muito cuidado de transmitir a minha paixão pela marca, pela história. Essa é uma das características que as pessoas mais reconhecem em mim. Dou o exemplo porque, quando se conta uma história com paixão a um cliente faz toda a diferença.
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JÁ ALGUM VENDEDOR LHE PROPORCIONOU UM EXPERIÊNCIA INESQUECÍVEL? SA: Sim, não me esqueço de uma sapataria no Brasil. Vi umas sandálias beges na montra. Entrei e pedi-as à vendedora. Quando ela voltou trazia 3 caixas e disse-me: “Da cor das sandálias que me pediu trouxe-lhe estas; do modelo que me pediu trouxe-lhe estas; e como me pediu aquelas sandálias achei que também poderia gostar deste terceiro par”.
vergonha e um certo medo na interação com o cliente, o receio que o cliente interpretasse mal essa interação. A desmitificação da interação com o cliente e o reposicionamento do cliente como pessoa que tem sentimentos, emoções e que gosta tanto de rir quanto elas, fez e faz toda a diferença na venda! Mas sobretudo o que ninguém podia imaginar, no momento em que criámos o MAGIA era o impacto que aquele flow de vendas iria ter nas equipas e na cultura que se criou nas equipas.
Na realidade, ela não trouxe as sandálias que eu lhe tinha pedido. Entregou-me as sandálias que eu tinha pedido em preto; em bege outro modelo diferente que tinha algo a ver com o outro; e outro completamente diferente, mas que complementava os primeiros. Na verdade, achei deliciosa a maneira como ela me disse que não tinha, nunca me dizendo que não tinha. Trouxe-me opções que resolviam perfeitamente o que eu queria. Por isso, acabei a comprar os 3 pares! O meu marido que estava presente também ficou maravilhado com a capacidade que a vendedora teve de apresentar os produtos e ambos reconhecemos que ela merecia.
O MAGIA é hoje uma cola entre as pessoas dentro da equipa e dentro da organização, assim podemos dizer que este nosso método exclusivo de venda também ajuda a reter as pessoas na nossa Organização.
QUE INFLUÊNCIA TEM O MAGIA NA INTERAÇÃO COM O CLIENTE E NAS EQUIPAS DE LOJA? SA: O MAGIA mudou a atitude do vendedor face ao cliente e face à venda. Com o Magia (o nosso modelo exclusivo de vendas) queríamos que o serviço prestado fosse considerado inesquecível, uma referência no retalho de perfumaria, para isso precisávamos trabalhar com as equipas a
• 135 lojas em Portugal Continental e Ilhas • Mais de 2 milhões de clientes • Mais de 200 marcas • Milhares de referências comercializadas • Aprox. 1000 colaboradores • 520 cursos para equipas de loja, no último ano • 942 pessoas de loja formadas no último ano • 39000 contactos de formação no último ano
50 OPINIÃO
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Inflação: Como investir agora?
JONATHAN B. SILVA Gestor de Fundos de Investimento na VdB Capital Management (vanderbruyn.com). Criador do clube para investidores tradingpros.club. Presidente da Direção da Solemage – Associação sem fins lucrativos (solemage.org). Autor do livro “Aventuras do Investidor Pirata”. Fotos: Freepik / AdobeStock / DR
OPINIÃO 51
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Para evitar uma crise económica e financeira em 2020 e 2021, a estratégia adotada em consonância pelos bancos centrais e pelos governos foi injetarem quantidades massivas de liquidez na economia, basta olhar para este gráfico:
Tal aparente crescimento económico não corresponde à realidade, pois tem que se ter em conta o valor real da inflação para se concluir se a economia cresceu de facto. Cria-se desta forma, artificialmente, um clima de aparente prosperidade, sendo que para poderem continuar a utilizar eficazmente esta ferramenta, os governos precisam de inflação. Os governos põem as suas economias em funcionamento estimulando a atividade económica com o aumento da despesa pública. Eles agem com a convicção de que o aumento da despesa pública levará, inevitavelmente, ao aumento do nível de consumo e a um crescimento da economia.
Os bancos centrais mantiveram as taxas de juros historicamente baixas e os governos foram incentivados a gastarem grandes montantes em despesas públicas, aumentando os seus défices orçamentais mas, aparentemente, sem grandes preocupações. O mindset por detrás é: através de “trickle down economics”, esta liquidez irá, inevitavelmente, passar a toda a população permitindo, dessa forma, que a economia se mantenha em crescimento. Uma das críticas a este suposto crescimento é que ele nada mais alcançará do que uma consequência inevitável da inflação generalizada dos preços. Ou seja, se uma empresa que vende um produto, por exemplo, por 100€, passar a vender esse produto por 105€, as suas receitas irão, em teoria, mostrar um aparente crescimento de 5%. Analogamente, o mesmo pode ser dito em relação à economia como um todo. Se as empresas tiverem aumentado os seus preços e, por isso aumentado as suas receitas, pode-se dizer que o Produto Interno Bruto de um país aumentou na mesma proporção (PIB – Valor monetário de todos os bens e serviços produzidos num país, num ano).
A inflação pode ser muito boa para quem tem dívidas e possui ativos, mas pode revelar-se desastrosa para quem tem poupanças e para quem não tem outra fonte de rendimento a não ser um salário, pois as poupanças desvalorizam-se e os salários não acompanham o aumento do custo de vida. É por isso que os governos precisam de inflação, uma vez que ela permite que as suas dívidas continuem a desvalorizar. Porém, ao mesmo tempo, isso faz com que as pessoas que trabalham toda uma vida para acumular algum capital, estejam destinadas a perdê-lo, de forma invisível, através da desvalorização do dinheiro ao longo do tempo, o que leva as pessoas a sentirem uma urgência constante em gastar ou usar o seu capital depressa. A deflação, por seu lado, faz exatamente o oposto, abranda a economia e o consumo, recompensando com um maior poder de compra aqueles que são suficientemente disciplinados para gastar dentro das suas possibilidades, enquanto aqueles que usam financiamento para as suas compras são penalizados.
A inflação pode ser muito boa para quem tem dívidas e possui ativos, mas pode revelar-se desastrosa para quem tem poupanças e para quem não tem outra fonte de rendimento a não ser um salário.
52 OPINIÃO
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Qual é o maior risco dos bancos centrais imprimirem dinheiro para evitarem crises? A total perda de confiança no valor do dinheiro e um período de hiperinflação. A arma a utilizar contra este risco é o aumento dos juros. Por isso, neste tipo de ambiente que atualmente vivemos, devemos aproveitar os juros baixos para aumentar o nosso património e carteira de investimentos, com bens de alta qualidade que tenham historicamente mostrado manter o seu valor ao longo do tempo, tais como: Imobiliário em zonas com alta procura; Ações de empresas sólidas com histórico de pagarem bons dividendos consistentemente; Investimentos em pequenas e médias empresas com cashflow positivo; Ouro, metais preciosos e jóias; Artigos colecionáveis (obras de arte, veículos clássicos). Atenção! Não referi propositadamente bitcoin ou outros investimentos mais especulativos nesta lista, apesar de muitos defenderem que bitcoin é o “ouro digital”. Não sou dessa opinião, mas isso é conteúdo para outro artigo.
Lembre-se: invista em ativos de qualidade, porque a qualidade é valorizada muito depois do preço ter sido esquecido. O que hoje lhe pode parecer caro, amanhã pode ser barato. Afinal de contas estamos num clima de inflação. Partilho mais estratégias deste género no meu livro “Aventuras do Investidor Pirata” (edição SplashBooks 2021). Se ainda não leu, leia agora, e comece hoje mesmo a investir melhor.
Uma coisa aconselho a fazer, desde já, a quem tenha um crédito à habitação cujo spread seja acima de 1%: dirigir-se ao banco e renegociar o spread para qualquer valor igual ou inferior a 1%. Caso o seu crédito seja indexado à taxa variável da Euribor, sugiro renegociar para uma taxa fixa de 10 anos, fixando-a à swap rate de 6 meses da Euribor a 10 anos, que à data em que escrevo está a 0,091% (ver tabela). Isso somado ao spread de 1%, significa que garantirá uma taxa de juro de 1,091% durante 10 anos. Poderá assim respirar de alívio, caso os bancos centrais comecem a aumentar os juros para fazer face à inflação. www.splashbooks.pt
54 ENTREVISTA EXCLUSIVA DEZ 21 JAN FEV 22
SANDRA VENTURA Closer Fotos: DR
ENTREVISTA EXCLUSIVA 55 DEZ 21 JAN FEV 22
CLOSER uma atividade comercial que pode fazer a diferença Sabe o que é um Closer? E como é que esta função pode contribuir para o sucesso de um negócio? Foi com a intenção de responder a estas perguntas que a DO it! quis saber quem é a Sandra Ventura, o que faz e o que a motiva…
56 ENTREVISTA EXCLUSIVA DEZ 21 JAN FEV 22
O que faz, em concreto, como Closer? SV: De forma resumida, sou especialista em concretizar negócios online. Aplico um Modelo de Vendas na nova economia. Apoio empresas a encontrarem clientes e a fecharem negócios online. A base de trabalho de um Closer é a confiança. A formação que tenho tido tem reforçado as minhas habilidades, ensinando-me a saber estabelecer confiança em contactos comerciais online e a fechar negócios. Como está a correr a sua atividade como Closer? SV: Tenho-me dedicado, essencialmente, a apoiar empresas da área dos serviços. Tem corrido bem. Já fechei negócios de elevado valor. Tenho comprovado a eficácia desta atividade. Humanizar contactos via online, gerar confiança e conseguir que o cliente adquira o serviço de forma natural, sem pressão, é muito gratificante. Para além disso, sou dona do meu tempo. Quem é a Sandra Ventura? SV: Sou apaixonada por vendas. Tudo começou aos 9 anos! Vendi papelão e fiquei logo fascinada pelas vendas. Estudei Agricultura na Escola Agrária de Santarém. Vendi plantas a agricultores, vendi em lojas, fiz promoções em supermercados e especializei-me na área farmacêutica, onde trabalhei intensamente durante bastante tempo. Em 2019, decidi mudar de vida! Duas filhas, um divórcio e muitas horas de trabalho, motivaram-me a fazer algo de diferente. Tendo descoberto que no mercado online havia muita necessidade de realizar vendas através de contactos comerciais profissionalizados, ao ter conhecido um americano que dava formação específica para Closers investi nessa aprendizagem, com o objetivo de poder passar a trabalhar como Closer. Anteriormente estava formatada para saber muito sobre o meu produto. Com a formação dada por aquele americano aprendi algo de diferente... Assim, a minha prática tem sido apoiada por muita formação, nomeadamente agora também com especialistas espanhóis e com a integração numa grande rede internacional de Closers.
Que desafios enfrenta? SV: Claramente, contribuir para a profissionalização da atividade de Closer. Espero conseguir atrair mais profissionais para aprenderem a ser Closers, de forma a conseguir proporcionar este serviço a mais empresas. Neste momento já estou a formar um profissional. Que ferramentas utiliza um Closer? SV: Utilizamos essencialmente perguntas! Saber fazer perguntas que permitam ao cliente revelar aquilo que realmente precisa e depois apoiá-lo no processo de tomada de decisão. Como arranja clientes? SV: Depois de identificar potenciais clientes que seleciono, envio-lhes um vídeo onde partilho aquilo que faço e como o faço. Existindo interesse marcamos uma reunião. O processo passa por várias fases, em conjunto. Analisamos o Plano de Marketing e Vendas. Trabalhamos o funil de vendas e iniciamos a relação comercial (vendas online).
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INOVAR NO EMPREENDEDORISMO SOCIAL Fotos: DR
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ra uma vez…um pequeno grupo de casais de Coimbra, experiente em projetos de auxílio social, que considerava que o leque de soluções existentes de apoio aos pais e à família carecia de ser alargado a outro tipo de intervenção e de respostas. Cientes de que as famílias são o elemento-base e uma plataforma essencial da estrutura social de uma sociedade que se queira coesa, dinâmica e sadia, em outubro de 2002 criaram o CEIFAC – CENTRO INTEGRADO DE APOIO FAMILIAR DE COIMBRA.
OPINIÃO 59
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Como forma de promover a empregabilidade de jovens desfavorecidos o CEIFAC desenvolveu, e mantém, o projeto “Sabão com Arte”. Uma Iniciativa Inovadora de Empreendedorismo Social (IIES), com a missão central de capacitar jovens em situação de grande vulnerabilidade, favorecendo a sua empregabilidade e a autonomia financeira. Esta iniciativa cria postos de trabalho para jovens desfavorecidos, através de uma unidade de fabrico e comercialização de sabonetes SABOARIA DE COIMBRA. Aí são preparados sabonetes com recurso a métodos tradicionais, recuperando-se a tradição do fabrico de sabão na cidade de Coimbra, atividade industrial que nela assumiu dimensão e relevância económicas, entre os meados do século XIX e finais do século XX.
O CEIFAG é uma associação privada sem fins lucrativos, de âmbito nacional, visando a promoção e realização de atividades na área do apoio aos indivíduos e suas famílias. Responde a apelos individuais, familiares ou institucionais, na base de um relacionamento privilegiado com associações e outras entidades, não só do concelho de Coimbra, sempre numa lógica de trabalho em rede e de articulação interinstitucional, tendo, fundamentalmente, como população-alvo famílias ou indivíduos vulneráveis (ex. desemprego, isolamento social, emigração).
Pretende-se, assim, permitir que esses jovens adquiram ou potenciem as suas aptidões profissionais, incrementando as suas condições de empregabilidade e de exercício de uma profissão. Os jovens podem usufruir de um Plano de Capacitação dinâmico e inovador, adaptado às suas necessidades e que evolui paralelamente com a evolução dos destinatários. Trata-se de um Plano de Capacitação que prevê atividades com conteúdos que proporcionem uma nova dinâmica de ensinar a pensar fora da caixa, com atividades a condizer. As receitas (excedentes) geradas pelo negócio são nele totalmente reinvestidas, de modo a fomentar a sua (auto)sustentabilidade, bem como o alargamento dos postos de trabalho como ferramenta para integração de mais jovens. Instalada na velha Couraça dos Apóstolos, no coração da Alta de Coimbra, Património Mundial da UNESCO, em instalações especificamente preparadas para o efeito e devidamente apetrechadas, a SABOARIA DE COIMBRA - que produz Sabão com Arte – através desta atividade de apoio social cumpre, simultaneamente, uma missão histórico-cultural ao recuperar e recriar uma antiga receita de sabão, extraída da primeira edição do Codigo Pharmaceutico Lusitano ou Tratado de Pharmaconomia, publicado em Coimbra em 1835. A SABOARIA DE COIMBRA observa todas as exigências e requisitos técnico-legais, nacionais e europeus, em matéria de produção de dermocosméticos, respeitando os atuais padrões no que toca à produção de sabonetes de óleos naturais (amêndoas doces e, dentro em breve, de azeite), produzindo sabonetes com a atenção, cuidado e carinho tributários das melhores práticas dos velhos artesões saboeiros de Coimbra. As embalagens destes sabonetes podem ser personalizadas de acordo com as solicitações de empresas ou particulares que queiram obter estes produtos para consumo próprio, oferta ou recordação. Essa é uma forma que as empresas têm de contribuir este inovador projeto de empreendedorismo social, a cuja divulgação a DO it! se associou.
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GONÇALO CONSIGLIERI Cofundador da Visor.ai Fotos: DR / istock
ENTREVISTA EXCLUSIVA 61 DEZ 21 JAN FEV 22
À MÁQUINA O QUE É PARA A MÁQUINA E AO HUMANO O QUE É PARA O HUMANO... Acreditam que todos os clientes devem usufruir de um excelente serviço cada vez que interagem com uma empresa. Não importa onde estão ou que canal utilizam. Para tal, a equipa da Visor.ai otimiza e facilita os contactos dos e com os clientes. Conheça esta startup!
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Passado apenas um ano de estar num Banco, desafiei a minha zona de conforto e regras estabelecidas e saí. Tinha fome de aprender mais!
QUEM É O GONÇALO CONSIGLIERI? GC: Tenho 33 anos, sou natural de Faro, cresci em Silves e aos 18 anos vim para Lisboa estudar Gestão. Nunca fui um aluno de excelência. O formato de ensino era muito teórico. Talvez tenha sido esse o motivo pelo qual, após acabar o curso, tenha entrado num Banco para funções muito rotineiras. Aí percebi que o que tinha aprendido na Universidade não estava alinhado com a minha visão da vida e das necessidades do mercado. Queria algo desafiante. Senti que tinha veia de empreendedor. Tudo isso estimulou-me a que, passado apenas um ano, tenha desafiado a minha zona de conforto e as regras estabelecidas. Tinha fome de aprender mais! Por isso decidi ir para Barcelona tirar um MBA. Pareceu-me a melhor aposta para lidar com pessoas mais experientes, aprender castelhano, ganhar mundo. Foi uma boa aposta... Após o MBA colaborei com a KPMG e com a Deloitte. ONDE E COMO SURGIU A SUA CAMINHADA EMPREENDEDORA? GC: Surgiu quando ainda estava na Deloitte e com dois amigos de infância decidimos criar uma startup. Correu mal! O mercado não teve fit com o nosso projeto! As aprendizagens que adquirimos com essa má experiência permitiram-nos refletir sobre o que devíamos fazer melhor e avançámos com a criação de uma nova startup.
ENTREVISTA EXCLUSIVA 63 DEZ 21 JAN FEV 22
O QUE CORREU MAL? GC: O nosso maior inimigo foi o nosso EGO. A nossa experiência era ainda insipiente. Estávamos cheios de certezas. Fomos os nossos maiores inimigos. Estávamos a trabalhar em projetos relacionados com a Banca e deduzimos, erradamente, que tínhamos competências para replicar num projeto próprio aquilo que fazíamos na Consultora. Foi um erro crasso! O by de book das nossas rotinas de trabalho revelou-se insuficiente para o nosso projeto de empreendedorismo. O QUE APRENDERAM? GC: O mercado exige consistência e muita resiliência. O ego mata qualquer “aventura empreendedora”. Aprendemos o valor da humildade e da vulnerabilidade. Ficámos muito mais atentos ao detalhe... Quem criar uma startup tem que saber trabalhar num ambiente de incerteza permanente, sem ideias feitas e com um mindset de adaptação constante. Empatia é palavra de ordem...não é o mercado quem se adapta a nós, mas sim nós que temos que nos adaptar ao mercado. Hoje nada fazemos sem a validação prévia pelo mercado. O QUE FAZ EXATAMENTE A VISOR.AI? GC: Ajudamos as organizações a melhorarem o seu apoio ao cliente. Automatizamos as interações com os clientes e/ou a rede interna da empresa, através de diferentes canais de chat, email e voz. Acreditamos que todos devem usufruir de um excelente serviço cada vez que interagem com uma empresa. Não importa onde estão ou que canal utilizam. Se o consumidor tiver uma experiência positiva, quererá voltar e tornar-se-á num cliente habitual. A nossa proposta de valor está clara: a Visor.ai otimiza e facilita os contactos dos e com os clientes. QUEM SÃO OS VOSSOS PRINCIPAIS CLIENTES? GC: Bancos e Seguradoras. Trata-se de setores com problemas transversais para os quais temos soluções muito boas. Fazemos tudo à medida.
O nosso maior inimigo foi o nosso EGO. A nossa experiência era ainda insipiente. Estávamos cheios de certezas. Fomos os nossos maiores inimigos.
64 ENTREVISTA EXCLUSIVA DEZ 21 JAN FEV 22
É RARO ENCONTRAR ALGUÉM SATISFEITO COM O SERVIÇO DOS CALL CENTERS. QUAL A VOSSA CONTRIBUIÇÃO PARA MELHORAR ESSA PERCEÇÃO NEGATIVA? GC: Soluções com Inteligência Artificial. Estamos exatamente no mercado para oferecer experiências positivas também a quem contacta os clientes. Os Call Centers não podem ser vistos como centro de custo, mas sim como oportunidade de gerir clientes, expectativas, resolver problemas e fidelizar clientes. Quem não tiver uma visão e ação verdadeiramente customer centric, não entrega valor ao cliente, colocando em causa o seu futuro...
A nossa entrega consiste em oferecer aos clientes soluções que automatizam o que pode ser automatizado através da IA, criando atalhos que facilitem a vida ao cliente, através de ganhos de tempo e não só.
Um exemplo: as empresas do setor das telecomunicações têm soluções idênticas. O negócio deles é preço. Se o serviço de apoio/ contactos com o cliente não for verdadeiramente customer centric, torna-se muito fácil migrar para um concorrente. A nossa entrega consiste em oferecer aos clientes soluções que automatizam o que pode ser automatizado através da IA, criando atalhos que facilitem a vida ao cliente, através de ganhos de tempo e não só. Tudo está a evoluir no sentido de um conceito de Responsible AI (ter por base a responsabilidade de garantir confidencialidade e segurança a 360°). OS VOSSOS CLIENTES PRINCIPAIS SÃO NORMALMENTE PERCECIONADOS COMO “CONSERVADORES”. COMO OS ESTÃO A APOIAR PARA DAREM O SALTO? GC: Sim, é verdade, mas há honrosas exceções e já estamos a trabalhar com empresas da Banca e Seguros cujo paradigma está a mudar e que estão a pôr em prática soluções muito focadas neste princípio: a máquina (IA) deve fazer o que é para a máquina e o humano fazer o que é para o humano... DESAFIO FUTUROS? GC: Crescer e ganhar asas. Acreditamos no nosso trabalho e nas nossas soluções. Estamos fortes e a prepararmo-nos para avançar para o mercado global... CONSELHO PARA QUEM QUER CRIAR UMA STARTUP? GC: Atenção ao EGO! A teoria é importante, mas o mercado é disruptivo e implacável com “aventuras”. Consistência e resiliência são os pilares mais importantes para se obter sucesso.
DICAS 65
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passos para desenvolver soluções de IA responsáveis A evolução tecnológica fascina muitos pela inovação e simplicidade que vem trazer ao nosso dia a dia, mas também afasta bastantes, pela suposta substituição de postos de trabalho e desenvolvimento de consciências artificiais. De facto, o futuro está nas mãos das grandes mentes tecnológicas, que devem refletir sobre o desenvolvimento ético de iniciativas como a inteligência artificial. “Aquilo a que chamamos de Responsible AI é um modelo que procura documentar como é que uma empresa que desenvolve tecnologia de inteligência artificial, o pode fazer de uma forma ética e legal, para que, caso haja algum problema, haja também uma atribuição de responsabilidade.” explica Gonçalo Consiglieri, cofundador da Visor.ai.
1. Humanizar o automático:
apesar de parecer paradoxal, é importante considerar as necessidades do utilizador final que não procura uma experiência 100% automática e valoriza a interação humana. Neste sentido, o apelo é à criação de soluções de IA que não procurem automatizar todas as interações, sobretudo as mais complexas que possam necessitar de triagem e intervenção humana;
2. Tornar a IA compreensível: a um certo ponto no processo de
desenvolvimento é expectável que haja a necessidade de explicar o funcionamento da solução a vários stakeholders. Esta explicação deve ser pensada e diferenciada para cada um deles. Um investidor não terá o mesmo nível de conhecimento de programação que um developer, por exemplo;
3. Ser ciberseguro:
aplicar medidas de cibersegurança no código que barrem a entrada de possíveis hackers é algo fundamental. Basta que estes alterem alguma resposta predeterminada a uma interação para induzir o utilizador final em erro;
4. Usar dados de forma responsável:
para aumentar a precisão da IA é necessário uma grande quantidade de dados. Tendo em conta a implementação de medidas como o RGPD - Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados, é crucial criar soluções de IA tendo por base dados recolhidos de forma responsável, e por isso de forma consensual;
5. Incentivar a transparência: tal como se deve considerar os
inputs de todos os membros da empresa durante este processo, também se deve garantir que estes estão informados sobre o impacto que o IA deverá ter no seu posto de trabalho.
66 TRAÇOS GERAIS DEZ 21 JAN FEV 22
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Bill Gates
MasterminD da Covid-19 PEDRO RIBEIRO FERREIRA
tracosgerais@gmail.com
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illiam Henry Gates III (Bill Gates), é um magnata, empresário, investidor, filantropo e autor americano, conhecido por fundar (juntamente com Paul Allen) a Microsoft, a maior empresa de software do mundo (Wikpedia). Apostou no cavalo certo (computadores) no momento certo, e tornou-se um dos homens mais poderosos de sempre. Neste momento é o quarto mais rico do mundo com uma fortuna de 137 biliões de dólares, mas durante muitos anos ocupou o primeiro lugar deste campeonato. A revista Time considera-o como uma das 100 pessoas mais importantes do século, o seu currículo é de perder de vista, tem condecorações para todos os gostos, passou de estudante nerd de Harvard a bilionário. É um ótimo cartão de visita para o “sonho americano” corroborando a teoria de que a América é a terra das oportunidades. O seu casamento com a Melinda Gates foi exemplar, até maio deste ano. Casal perfeito, dedicado à filantropia, criaram a Fundação Bill e Melinda Gates e doaram biliões de dólares para a caridade durante anos. Imagino que um divórcio deste calibre seja a sorte grande para qualquer firma de advogados. Mas o motivo desta caricatura e deste texto tem a ver com o facto do seu nome estar nas bocas do mundo, associado à Covid-19. Há a teoria de que o Bill Gates é uma espécie de “pai” desta pandemia, porque, numa entrevista antes do aparecimento deste vírus, ele fala do grande negócio das vacinas, de um retorno de 1 para 20 no investimento.
À conta desta entrevista visionária, e depois do aparecimento da pandemia, BG ficou marcado com o “ferro” da Covid-19. Esta teoria da conspiração à escala global inclui um ship. Dizem as más línguas que dentro de cada ampola vai um microship que segue caminho para dentro de cada vacinado e ficamos assim, nas mãos deste monstro maquiavélico que nos quer controlar a todos. Parece ficção científica mas muita gente acredita nesta tese. E uma mentira dita muitas vezes... Custa-me a acreditar que o fundador da Microsoft que considera que “ajudar crianças pequenas a viver, a ter acesso à nutrição certa e contribuir para os seus países é uma recompensa que ultrapassa qualquer retorno financeiro”, queira ficar ainda mais rico à conta de uma catástrofe e do negócio das vacinas. Aliás as suas intervenções públicas são sempre de prevenção e alerta, “Não nos podemos permitir ser apanhados novamente desprevenidos. A ameaça da próxima pandemia pairará sempre por cima das nossas cabeças, a menos que o mundo tome medidas para a impedir”. Segundo Bill Gates “O mundo deve preparar-se para próxima pandemia como se fosse uma guerra”. Se um dia se provar que este vírus foi lançado artificialmente por causa do negócio das vacinas… aí podíamos fechar a porta do mundo. A humanidade teria mesmo batido no fundo.
TRAÇOS GERAIS 67 DEZ 21 JAN FEV 22
Se um dia se provar que este vírus foi lançado artificialmente por causa do negócio das vacinas… aí podíamos fechar a porta do mundo. A humanidade teria mesmo batido no fundo.
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FICHA N.º 21
SABER ATENDER À DISTÂNCIA
É URGENTE
E UMA GRANDE OPORTUNIDADE! ANA TERESA PENIM Retail Lover, Especialista em Liderança, Vendas, Mentoring e Coaching Executivo. Cofundadora do INV - Instituto de Negociação e Vendas e a YouUp - The Coaching & Mentoring Company©. apenim@inv.pt | www.anapenim.com
Fotos: DR / Sturti
É
cada vez maior o número de pessoas com 75+ que utilizam intensamente as tecnologias, e concretamente o online, não só como forma de lazer, mas também como forma de obterem serviços (ex. banca online) e de efetuarem compras.
Porém, na realidade, os chats online e o atendimento telefónico, já por si muitas vezes complexos para gente mais jovem ágil em tecnologias, não estão de todo preparados para interagirem com o importante segmento de clientes seniores.
INNOVAGEING 69
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No caso dos interfaces tecnológicos da banca ou saúde, entre outros, os quais devem garantir confidencialidade e total segurança aos seus clientes, a questão complica-se ainda mais, e muito! Na realidade, é sabido que as pessoas mais idosas são, frequentemente, alvo de burlas, pelo que os contac-
tos não presenciais, seja através do telefone ou online, requerem cuidados acrescidos. Porém, os mesmos precisam de ter em consideração as características fisiológicas e psicológicas dos segmentos etários mais avançados para lhes saber permitir o acesso aos serviços e compras à distância, sem pôr em causa a sua segurança e a confidencialidade dos dados.
Por isso, o INNOVageing alerta para alguns cuidados a ter em atenção com a comunicação à distância com grupos etários mais avançados: Ter consciência de que inspirar muita confiança é fundamental (rapidez a atender a chamada; tranquilidade no discurso; palavras utilizadas; tom de voz; símbolos escolhidos; etc.); Ter paciência para com explicações mais lentas, extensas ou repetitivas do cliente sobre o seu motivo do contacto; Arranjar soluções para identificação do cliente que sejam seguras, mas que não exijam do cliente um périplo complexo através de datas, números de contratos, cartões, passwords, códigos, valores, etc.; Arranjar forma segura de permitir que o contacto esteja a ser feito próprio cliente senior (como forma de não o infantilizar), ainda que acompanhado/ajudado por terceira pessoa; Adaptar os interfaces para as dificuldades de audição, cada vez mais frequentes na população; Arranjar soluções para que o cliente não tenha que fazer inúmeros telefonemas diferentes, acessos online, ou falar com interlocutores diferentes para obter o que pretende; Considerar tempos de resposta, ou de digitação da resposta pelo cliente, mais longos; Entender que a dificuldade do cliente lidar com o interface em causa ou em responder às solicitações que lhe são feitas, lhe causará frustração a qual se pode traduzir em agressividade da sua parte. Cada negócio e setor de atividade tem, naturalmente, as suas especificidades, para cada sistema de interface telefónico ou online, pelo que o INNOVageing dispõe de recomendações especiais para os mesmos. Importa recordar que estes clientes são extremamente
leais às marcas e serviços que o estimam e compreendem, mas também grandes influenciadores de outros tanto pela positiva, como pela negativa. Entendê-los, servi-los e retê-los passa pela implementação de soluções verdadeiramente ageing customer centric, alinhadas com as suas expetativas e caraterísticas.
O INNOVageing® é um conceito exclusivo criado por INV - Instituto de Negociação e Vendas e por 40+lab, com know-how internacional, que apoia os negócios de todos os setores de atividade a conhecerem e desenvolverem competências para venderem e servirem clientes maduros e seniores. Informe-se em: info@inv.pt
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MUDAM-SE OS TEMPOS, MUDAM-SE AS NECESSIDADES
S PEDRO CELESTE DIRETOR GERAL DA PC&A CONSULTORES DE MARKETING ESTRATÉGICO. INTEGRA O WORLD COMPETITIVENESS YEARBOOK
Fotos: DR / Freepik
ão grandes as alterações a que muitas áreas de negócio irão assistir, em função do caminho cada vez mais acentuado rumo à economia digital. Esse impacto sentir-se-á ao nível do trabalho, na organização das empresas, no comportamento dos consumidores, no marketing e em toda a dinâmica comercial.
Algumas destas tendências parecem assumir um caráter mais certo e definitivo, tais como:
TOTAL CONECTIVIDADE
Numa lógica de desmaterialização das conexões, viveremos um acesso cada vez mais fácil e rápido a todas as fontes de informação. No fundo, esta será a realidade a que vamos assistir em breve com a implementação do 5G. O impacto no dia-a-dia de cada um de nós será alterado, não tanto por aquilo que fazemos, mas pela forma como o executamos. É nesse sentido que assistiremos à evolução da condução automóvel autónoma, à lecionação de aulas em formato holograma, ao trabalho por robôs que fazem jardinagem ou que procedem à recolha do lixo, a chatbots que se tornarão reais na humanização do contacto, ou a cirurgias executadas de forma remota. Estes são apenas alguns exemplos de como um conjunto alargado de serviços vão provocar alterações nos modelos de negócio das empresas.
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IMPACTO NA ORGANIZAÇÃO DAS EMPRESAS AO NÍVEL DO TRABALHO No regime cada vez mais crescente de teletrabalho, é natural que também se alterem os KPI’s de performance de cada colaborador, designadamente no que respeita aos incentivos comerciais. Não contará tanto o volume de horas de trabalho, mas sim o resultado conseguido no tempo em que o mesmo é executado. Esta realidade poderá constituir-se como um bom caminho para incentivo da meritocracia no desempenho a nível empresarial. Assim, não será estranho que um trabalhador esteja afeto a uma empresa numa parte do dia e que, no tempo remanescente o faça com outra empresa, constituindo-se como gestor do seu tempo. Porém, daqui decorre uma limitação resultante do teletrabalho e que é inerente ao facto do colaborador ter menos tempo para efetuar o seu circuito normal enquanto consumidor: ir às compras, ao banco, à farmácia etc… É muito provável que essa disponibilidade ocorra apenas no final do dia de trabalho, pelo que se coloca a questão de se, bancos, correios, alguns serviços públicos, farmácias e centro comerciais não deverão estar todos abertos em horários noturnos.
IMPACTO NO CONSUMIDOR A procura e a valorização do tempo livre estará na ordem do dia. A banalização da robotização contribui para que muitas tarefas domésticas, como lavar a louça ou a roupa, aspirar, passar a ferro, etc., libertem tempo para outras atividades, designadamente aquelas que mais darão prazer a cada consumidor. A outra face da moeda é que essa realidade contribui para eliminar muitos postos de trabalho que se circunscrevem a tarefas rotineiras. É comummente aceite que muitos setores de atividade serão afetados pela desmaterialização e pela menos importância da posse. É isso que vai acontecer no setor automóvel, que olha para o rent-a-car como um setor concorrente, na medida em que serve as necessidades de quem quer usufruir de um automóvel durante um determinado período de tempo, mas não necessariamente ter a propriedade do mesmo. Isto equivale a dizer que, no que respeita ao fringe benefits, também conheceremos alterações aos modelos tradicionais. Para a geração Z, é muito provável que, entre a oferta de um automóvel e o direito a usufruir de 200k milhas anuais, a opção venha a incidir na segunda alternativa.
Teremos, assim, a obrigatoriedade das empresas e marcas se tornarem cada vez mais transparentes no que à comunicação e informação diz respeito, uma vez que todas elas terão de lidar com clientes cada vez mais informados, mais exigentes e menos condescendentes. Os novos tempos vão gerar novas necessidades e novos modelos de negócio. Saber ler o mercado, mais incerto e volátil, é o maior desafio de qualquer empresa.
No que respeita às escolhas do consumidor, assistiremos a uma preferência cada vez maior por produtos, empresas e marcas que zelam, verdadeiramente, pela sustentabilidade e responsabilidade social. A evolução da lógica digital viabilizará a criação de uma Blockchain (sistema integrado de informação), que permita a cada consumidor escolher produtos com base em informação fidedigna quanto à sua origem, composição e nível de respeito pela lógica sustentável, permitindo-lhes o acesso de forma integral a toda a informação, com vista à sua tomada de decisão.
72 RESTAURANTE DEZ 21 JAN FEV 22
BEERS
mais do que uma cervejaria no LX Factory Por: Redação DO it! Fotos: Beers
T
al como o nome indica tem como protagonista a Cerveja. Mas há mais, este novo espaço de restauração conta com a intervenção artística do Studio Astolfi que habita nas diferentes zonas de parede da fachada, uma instalação inspirada no mundo da cerveja. A cerveja é a companhia perfeita deste espaço e vai bem com a carta variada de petiscos – os Torresmos Beers, as Gambas ao Alho, os Ovos Rotos, a Burrata trufada, entre outros igualmente deliciosos -, e com os pratos irresistíveis de peixe e carne, da autoria do Chef Carlos Augusto, um apaixonado por culinária que tem vindo a surpreender o público com as suas propostas gastronómicas.
RESTAURANTE 73 DEZ 21 JAN FEV 22
Caracterizado pela sua diversificada carta que em muitos pratos utiliza Cerveja na sua confeção pode ainda viajar e descobrir mais sobre uma das bebidas mais populares do mundo, através dos workshops sobre as matérias-primas da cerveja, os estilos, sabores, harmonizações, histórias e muitas outras curiosidades sobre este universo. Todos os apreciadores de Cerveja têm uma vasta seleção para experimentar, entre as quais se destacam as Cervejas Sagres e Heineken o convite mais que perfeito para brindar entre amigos. Além de oferecer a oportunidade de provar diferentes estilos de cerveja, o BEERS será ainda o local para conhecer um pouco mais sobre o processo de fabrico de uma microcervejeira antiga, que ilustra algumas partes do processo de produção de cerveja.
Restaurante Beers Rua Rodrigues de Faria, 103, G2, Alcântara, Lisboa Telf: 213640804 www.beersfactory.pt
E porque este espaço ainda tem muito para falar, não perca a oportunidade de conhecer a intervenção artística que o Studio Astolfi criou para a fachada do espaço que celebra o universo da cerveja Sagres através da criação de um ‘kit’ de peças que transmitem a essência da marca. Cada peça do kit foi desenhada realçando os eixos principais da história da Cerveja Sagres como a portugalidade, o convívio, o festejo, a alegria, a praia, o futebol, o marisco, a navegação e as descobertas. O “kit” foi construído com peças metálicas bidimensionais e tridimensionais, lacadas a vermelho, cor que tão bem caracteriza o universo e identidade da Cerveja Sagres.
74 HOTEL
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Pousada Convento Belmonte
Um encontro com a natureza e com o passado
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Por: Redação DO it! Fotos: DR
Pousada Convento de Belmonte tem origem na recuperação do antigo Convento de Nossa Senhora da Esperança. A importância de Belmonte, no contexto da História de Portugal remonta da Idade Média, tendo-lhe sido concedida Carta de Foral em 1199 por D.Sancho I. Uma região completa de inúmeros vestígios monumentais, além da beleza e tradições da Serra da Estrela.
A Pousada de Belmonte é um hotel situado numa encosta da Serra da Esperança, a pouco mais de 1 km da vila de Belmonte (berço de Pedro Álvares Cabral). Surge da recuperação das ruínas do antigo Convento de Nossa Senhora da Esperança, sobre uma Ermida do século XIII e provavelmente sobre vestígios de antigos lugares de culto pagãos. A Pousada preserva integralmente toda a herança histórica do convento (classificado em 1986 como imóvel de interesse público), incluindo a arquitectura em anfiteatro, entre os pinhais da Serra da Esperança, e uma deslumbrante paisagem sobre a região da Cova da Beira e Serra da Estrela.
HOTEL 75
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No projecto arquitectónico foram recuperadas a capela e a antiga sacristia, agora transformadas em sala de convívio e bar. Uma estadia neste deslumbrante refúgio significa afastar-se num profundo e tranquilo silêncio, que apenas será quebrado pelo alegre cantar dos pássaros. A Pousada de Belmonte dispõe de um amplo terraço com piscina e espreguiçadeiras. Os hóspedes poderão desfrutar de passeios a cavalo, pesca e caminhadas na zona.
Todos os quartos da Pousada de Belmonte têm varanda e alguns possuem vista para a Reserva Natural da Serra da Estrela. Estão decorados em tons descontraídos e apresentam mobiliário antigo, camas de ferro forjado, e acabamentos em pedra da região. O famoso restaurante da Pousada, inspira-se na gastronomia típica da região, indo procurar os segredos que se escondem por detrás das montanhas, oferecendo a quem o visita, um conjunto de pratos cheios de sabor e de magia. Sob o comando do Chef Valdir Lubave, este restaurante vai ganhando dia-a-dia maior notoriedade. Seja pela formosa vista da serra ou pela especialidade da gastronomia efectuada, ninguém consegue ficar indiferente a um dos mais belos restaurantes das Pousadas de Portugal. Descubra Belmonte e deixe-se guiar numa viagem entre a Serra e a Terra. Pousada Convento Belmonte Serra da Esperança 6250 Belmonte, Portugal reservas@conventodebelmonte.pt Tel. +351 275 910 300 www.conventodebelmonte.pt GPS: 40º 20’ 38” N 7º 21’ 38” W
76 AUTOMÓVEL
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LEXUS NX A Lexus lança a segunda geração totalmente nova do popular SUV da marca
Por: Redação DO it! Fotos: Lexus
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om o novo NX a Lexus abre um novo capítulo em termos de design, multimedia, tecnologias de segurança avançadas, sistema de transmissão e será o primeiro plug-in híbrido da marca Lexus. A versão híbrida plug-in vem com tração nas quatro rodas de série e está equipada com um motor a gasolina de 2,5 litros e dois motores elétricos - um nas rodas dianteiras e outro nas rodas traseiras. Todos os motores têm uma potência total de 306 cv, o que leva o novo NX de 0 a 100 km / h. em cerca de seis segundos. Apesar do potente motor híbrido, o novo NX ainda se destaca entre os melhores absolutos em sua classe com uma emissão média de CO2 em direção mista de menos de 40 gramas de acordo com o método de teste WLTP. Além disso, uma bateria de íon de lítio de 18,1 kWh oferece um alcance de até 63 km com eletricidade pura. A Lexus adotou uma abordagem focada nas pessoas ao desenvolver o novo NX. Desta forma, a marca é ainda mais capaz de cumprir uma das filosofias básicas da Lexus de exceder o que os clientes esperam.
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O interior em si também recebeu um design completamente novo, e o novo NX é o primeiro modelo com o novo design de interior Tazuna da Lexus. A palavra Tazuna é uma antiga palavra japonesa que descreve o controle de um cavaleiro sobre seu cavalo usando as rédeas. Traduzido para o presente, isso significa que o foco está em dar ao motorista um controle direto e intuitivo sobre o carro com base no lema “mãos no volante, olhos na estrada”. Um exemplo do controle intuitivo do carro são os botões touch-tracer no volante, que podem ser adaptados às funções preferidas do condutor. Ao usar o botão, a sua forma aparece no head-up display no pára-brisas, não necessitando de olhar para baixo para o volante para ver qual função que os botões controlam. O novo NX é também o primeiro modelo Lexus com sistema de fechadura elétrica. O sistema substitui as maçanetas tradicionais por botões localizados ao lado do apoio de braço no painel da porta. A operação fácil é inspirada nas tradicionais portas deslizantes de papel fusuma usadas como divisórias nas casas japonesas. O conforto também é uma prioridade para todos os futuros proprietários do novo Lexus NX ao usar o aplicativo Lexus Link. Aqui é possível controlar remotamente várias funções no carro, como ligar e desligar o ar condicionado, abrir e trancar as portas. Por vários anos, a Lexus se estabeleceu como uma das marcas mais inovadoras do mundo quando se trata de tecnologias de segurança automotiva. O novo NX será o primeiro carro a ser equipado com o novo pacote de segurança de terceira geração Lexus Safety System+ como padrão em todas as versões. Aqui, tecnologias de segurança abrangentes e avançadas ajudarão a reduzir o risco de um acidente ou minimizar as consequências se não puder ser evitado.
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Toyota Aygo X
Uma Nova Geração de Estilo e Diversão Acessível
Por: Redação DO it! Fotos: Toyota
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novíssimo Toyota Aygo X (Aygo Cross) é um crossover único para o segmento A, concebido e produzido na Europa para satisfazer as preferências da vida urbana e suburbana na Europa.
Com o objetivo de tornar o novíssimo Aygo X no melhor produto do segmento, a Toyota estudou, de forma detalhada, os requisitos de condução urbana em todo o continente europeu, ouvindo o desejo dos clientes que procuram um carro elegante, compacto e seguro. O resultado é o mais recente carro compacto da gama Toyota, assente na bem-sucedida plataforma GA-B da Nova Arquitetura Global (TNGA - Toyota New Global Architecture), introduzida pela primeira vez com o novo Yaris (o carro do ano europeu 2021) e mais recentemente com o novo Yaris Cross. Seja na cidade ou em estrada aberta, um carro para ser verdadeiramente do segmento A deve destacar-se por ser compacto e ágil, para comunicar confiança ao condutor. Também precisa de criar e transmitir um sentimento de emoção, integrando ao mesmo tempo os melhores avanços tecnológicos num conjunto compacto que é económico e poupado. O novíssimo Aygo X entrega tudo isto e muito mais.
O novo conceito de cor é inspirado por várias especiarias para desenvolver uma paleta única de cores para o Aygo X, cada uma delas captando os estilo e personalidades do carro.
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O Aygo X é um carro compacto equipado com algumas das mais recentes novidades. Os clientes poderão permanecer ligados ao seu Aygo X através da aplicação Toyota Smart Connect e MyT no seu smartphone. O Toyota Smart Connect centra-se num grande ecrã táctil de 9” de alta-definição, iluminação ambiente e carregamento sem fios, oferecendo aos clientes uma experiência mais “ligada” com a aplicação para smartphones MyT que o acompanha. Com a aplicação MyT, os clientes podem acompanhar várias situações no seu veículo, tais como dicas de condução, níveis de combustível e avisos do veículo.
Como uma posição de condução mais alta, a distância ao solo foi aumentada em 11mm em relação à geração anterior. A posição do banco foi aumentada em 55mm, permitindo um fácil contacto visual com outros condutores em estrada, especialmente ciclistas e peões. Além disso, o ângulo do pilar A foi aumentado em 10% para 24º para uma melhor visibilidade.
O espaço de bagagem é também líder no segmento com um aumento de 125mm de comprimento e um aproveitamento de espaço inteligente atrás dos bancos traseiros, aumentando assim a capacidade de carga em mais de 60 litros para 231 litros (até à chapeleira).
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Frederique Constant Highlife Worldtimer Manufacture: o melhor do design e da mecânica Quando a última coleção masculina da Frederique Constant é combinada com o calibre de manufatura mais internacional, nasce um ícone do futuro: o Highlife Worldtimer Manufacture. Com o design contemporâneo da caixa de aço de 41mm e mostrador gravado com um globo terrestre, este relógio é um verdadeiro convite a viajar. No que diz respeito às correias, a manufatura aposta não nem uma, não em duas, mas sim em três correias, um exemplo raro na relojoaria atual. A correia integrada e intercambiável da coleção Highlife converteu-se num dos pontos fortes e a Frederique Constant quis destacar a sua importância. Desta forma, a uma primeira proposta que combina o aço polido e escovado, a marca junta uma correia com acabamento nubuck azul, assim como uma terceira de borracha azul, reforçando o estilo urbano do relógio. Um relógio, três estilos, 24 horas: o Highlife Worldtimer Manufacture está pronto para explorar o mundo de hoje e de amanhã.
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Fujifilm instax mini Evo presta homenagem aos modelos clássicos A Fujifilm anunciou o seu novo modelo da série instax, com um design “old school”, aquela que chama de câmara híbrida: um sistema de fotografia digital que os utilizadores podem optar por imprimir instantaneamente, para guardar recordações únicas ou partilhar. Com todas as opções de filtros digitais e impressões instantâneas, mas adiciona-lhe o prazer de manusear os botões físicos.
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Adega Mayor AMÁLIAS À MESA No ano que celebra o centenário do nascimento de Amália, a Adega Mayor, em parceria com Fundação Amália Rodrigues, abre os sentidos ao mais emotivo dos nossos símbolos, levando à mesa de Portugal e do mundo, um pouco do que foi Amália. Amálias à mesa é uma coleção de 3 interpretações de Amália, por 3 artistas portugueses: Tiago Albuquerque, João Fazenda, Sara Feio
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MERCEDES Mercedes-Benz Sign 50ml Um rebelde elegante, um homem que lança tendências, e um influencer vanguardista, o homem que usa SIGN coleciona troféus e prémios. Mas a prova mais ilustre do seu sucesso é a própria SIGN. A sua fragrância é um emblema da sua singularidade, modernidade, ambição e múltiplos talentos.
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ELIE SAAB Le Parfum Essentiel 30ml Elie Saab Le Parfum surge como uma forma de trazer o sonho ao dia a dia de cada mulher, uma promessa do excecional, uma porta aberta para o magnífico triângulo dourado Elie Saab, num universo protagonizado por princesas, noivas e celebridades. Inspirado num pisa papéis de cristal que o costureiro tem sobre a sua secretária, o frasco de Elie Saab é uma ode à luz e à feminilidade através de um jogo de reflexos e transparências, que nos remetem para as suas deslumbrantes criações de tecidos vaporosos, delicadamente adornados com pedras e lantejoulas num equilíbrio de leveza, sofisticação e esplendor.
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ARTDECO Eyeshadow Palette Smokey Paleta de sombras com acabamentos mate, perolados e acetinados. Incontáveis possibilidades para fazer a sua maquilhagem: um cor individual ou uma combinação, claro ou escuro, acetinada ou mate, em cada paleta encontra 18 tons perfeitamente harmoniosos para um look de olhos memorável. As suas texturas suaves são facilmente esbatidas. A paleta perfeita para levar consigo pois tem um espelho integrado.
NOVEXPERT Booster Serum With Hyaluronic Acid Sérum Booster Com Ácido Hialurónico. Cuidado de preenchimento de Rugas. Efeito Repulpante, hidratante e suavizante. A mais elevada concentração de àcido hialurónico. 3,2% de Ácido Hialurónico puro numa embalagem de 30ml é o equivalente a 40 injeções de ácido hialurónico.
08 ARTDECO Eyeshadow Palette Nude Paleta de sombras com acabamentos mate, perolados e acetinados. Incontáveis possibilidades para fazer a sua maquilhagem: um cor individual ou uma combinação, claro ou escuro, acetinada ou mate, em cada paleta encontra 18 tons perfeitamente harmoniosos para um look de olhos memorável. As suas texturas suaves são facilmente esbatidas. A paleta perfeita para levar consigo pois tem um espelho integrado.
82 LIVROS
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O LIVRO DOS CINCO ANÉIS Nem só com trabalho árduo e talento inato se conseguem alcançar bons resultados. Existe uma ferramenta, por vezes ignorada ou colocada em segundo plano, mas que está ao alcance de todos e que tem sido usada por várias figuras de inquestionável êxito: a engenharia reversa. Em O código de sucesso, Ron Friedman explica como a usar. Ideias de Ler
AVENTURAS DO INVESTIDOR PIRATA Jonathan conta, passo-a-passo, como desenvolveu as suas estratégias de investimento - em que consistem, desde o seu primeiro trade até constar no top 5 dos melhores traders do mundo, segundo o Campeonato Mundial de Trading (World Cup Trading Championship).
WILL Uma das personalidades mais dinâmicas e reconhecidas em todo o mundo na área do entretenimento faz um relato sincero sobre a sua vida, num livro arrojado e inspirador, que traça a sua trajetória de aprendizagem até ao sucesso exterior, à felicidade interior e à conexão humana. Albatroz
O autor transacionou de tudo, desde Futuros, Bitcoin, Ações, Forex, Opções e outros produtos financeiros. Quando a pandemia eclodiu, aplicou a sua estratégia de forma metódica, ganhando milhões praticamente a partir do zero, pela segunda vez na vida. SPLASH BOOKS
NEM UM TOSTÃO A MAIS, NEM UM TOSTÃO A MENOS Foi o primeiro romance que Jefrey Archer escreveu. Da noite para o dia, quatro indivíduos ficam sem um tostão. Mas desta vez quem os enganou não se ficará a rir. O plano é simples: depenar o vigarista pela quantia exata que perderam – isso mesmo, nem um tostão a mais, nem um tostão a menos… Bertrand
O VENDEDOR DE PASSADOS Conta a história de Vicente (Lázaro Ramos) – Félix Ventura no livro –, um carioca que vende passados falsos. No livro, a realidade retratada é angolana. Munido de documentos, fotos e vídeos, Vicente constrói uma história de vida para prósperos clientes que o procuram amiúde. Quetzal
COMO SE FOSSE UM ROMANCE Não é uma abordagem técnica, mas antes uma pesquisa guiada pela curiosidade. Retrata a iniciativa, o brilhantismo, as paixões, os conflitos e os grandes momentos de 125 anos de filmes. Tem todos os ingredientes de um bom romance, e deve ser lido como tal. Bertrand
TECH 83
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Dicas
INFORMÁTICAS Por: Nuno Miguel Simões Fotos: DR
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TIRE APONTAMENTOS ENQUANTO VISUALIZA VÍDEOS NO YOU TUBE COM A CLARITY NOTES
REGRESSO AO MUNDO VIRTUAL DO MATRIX ESTÁ DE VOLTA
Hoje em dia o You Tube é utilizado como uma ferramenta de aprendizagem. Muitas pessoas seguem tutoriais para melhorarem os seus conhecimentos. Até explicações de matemática são lecionadas no You Tube.
Com o lançamento do novo filme da saga cinematográfica Matrix, foi criado um projeto experimental que permite visualizar modelos 3D como se fossem compostos pelo código do mundo virtual do Matrix.
Por vezes ao assistir a este tipo de vídeos, estamos a tomar notas num caderno e deixamos de olhar para o ecrã e perdemos algum passo ou explicação importante. É aqui que entra a Clarity Notes. É uma extensão para o Google Chrome que através de algumas combinações de teclas abre uma janela ao lado do vídeo e podemos tomar as notas e guardar para futuras utilizações. Há uma série de atalhos de teclado úteis, disponíveis logo quando abre um novo vídeo, ou ao pressionar as teclas Ctrl + i, para PC, ou Cmd + i, para Mac. Neste link poderá fazer o download da extensão para o seu browser: https://bit.ly/ClarityNotes E aqui pode ver em ação a Clarity Notes: https://bit.ly/ClarityNotesVideo
Sé é fã dos filmes, pode agora experimentar este mundo virtual desenvolvido pela Spline, utilizando os modelos criados por defeito ou pode ligar a sua webcam do computador, smartphone, tablet e visualizar a sua própria imagem no código do Matrix. Pode ainda fazer o upload de uma imagem e ver o resultado. Também tem a opção de fazer o download da imagem já transformada no código Matrix. Visualize aqui: https://matrix.spline.design
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Fotos: DR
LIFE CENTER
um conceito de saúde em exercício e saúde em movimento O QUE É O LIFE CENTER? LC: Sendo o movimento uma condição inerente à vida e porque onde há vida tem de haver produção de energia, o Life Center assume-se como agente e promotor de um estilo de vida que inspira pessoas e as ajuda a conseguirem a sua melhor versão com mais saúde, mais energia e, sobretudo, com mais equilíbrio entre as variáveis física, emocional e mental. No mercado desde 2015, o Life Center tem como mote a saúde em exercício e a saúde em movimento. COMO PODE O LIFE CENTER APOIAR OS PROFISSIONAIS? LC: Numa triangulação entre as variáveis sono, nutrição e exercício, as quais se assumem como pilares de um estilo de vida mais sustentável e equilibrado para qualquer profissional, dispomos de especialistas capazes de orientar, aconselhar e monitorizar os profissionais que apoiamos, com recurso a protocolos de avaliação física e bio-impendância, a par de questionários de saúde.
QUE TIPO DE QUESTÕES INTEGRAM OS VOSSOS DIAGNÓSTICOS? LC: Antes de qualquer plano de intervenção o nosso diagnóstico personalizado inclui diversas questões, nomeadamente as relacionadas com o sono e o descanso, dois aspetos frequentemente descuidados por grande parte dos profissionais. Nesse sentido colocamos questões tais como: • Considera que dorme bem ou sente que tem dificuldade em dormir? • Reconhece alguns fatores da sua rotina que possam condicionar o seu sono? • Conhece as consequências da privação de sono? • Tem noção da influência do cortisol no sono? • Sente que come pior quando dorme mal? • Sente que perde rendimento físico quando descansa menos? • Vê diminuída a capacidade intelectual nos dias ou semanas mais agitadas? • Quer lançar-se a um desafio físico, mas não sabe como?
WELLNESS 85
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São também inúmeras as questões que recorrentemente nos colocam, as quais só podem ser respondidas pelos nossos especialistas, conscientes da individualidade e da especificidade de cada pessoa e dos parâmetros que a definem, tais como: idade; género, nível de stress, local onde habita, hábitos alimentares e desportivos, entre outros. COMO CUSTOMIZAM AS VOSSAS PROPOSTAS DE VALOR? LC: Cada caso é particular, merecendo, por isso mesmo, ser analisado e avaliado na sua génese. Importa ter em atenção que tudo seja feito no equilíbrio entre métrica, medição, monitorização, avaliação, estética, planeamento, orientação e obtenção de resultados, ética, individualidade e confidencialidade. Prosseguimos a nossa jornada suportados por uma vasta experiência e com parceiros com os quais desenvolvemos, criamos, ajustamos e adaptamos soluções de saúde, exercício, bem-estar, seja no interior das empresas (mais comum no período pré-pandemia), seja agora on-line ou em soluções outdoor. Destacamos neste âmbito empresas como Lidl, DPD, Axians, Renault, Ceramed, entre várias outras. ONDE ESTÃO SITUADOS? LC: Existimos num espaço físico na Avenida de Pádua, em Lisboa, mas também ajustamos a nossa presença à medida do que nos solicitam e que consideramos ser útil às empresas e respetivos colaboradores. Somos, como dissemos no início, saúde em exercício, saúde me movimento. Mais que um conceito de ginásio somos um Life Center. Um conceito inspirado por pessoas e para pessoas...
O Life Center assumese como agente e promotor de um estilo de vida que inspira pessoas e as ajuda a conseguirem a sua melhor versão com mais saúde
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Passatempo
SPLASH BOOKS !
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Oferta do livro “É sempre dia de mudar” de Alexandra Schuch Konzen para a frase mais original sobre “MUDANÇA”. Envie a sua frase para: passatempo@doit.pt www.splashbooks.pt Vencedor do 39.º “Passatempo DO it!” António Rodrigues - Loures
Império Meta tracosgerais@gmail.com Cartoon: Pedro Ribeiro Ferreira
PARCEIROS DO IT! 87 DEZ 21 JAN FEV 22
A continua a estabelecer parcerias com diversas entidades que assumem o papel de patrocinadores. Trata-se de patrocínios exclusivos em cada área de negócio e que englobam várias edições da revista. O objetivo das parcerias é fazer com que as entidades patrocinadoras tenham a máxima visibilidade e o máximo retorno com o apoio que dão ao projeto.
INSPIRATIONAL BOARD Alexandre Brodheim – Sales Retail Manager, Grupo Brodheim Anabela Fernandes – Country Director for Portugal at Biogen António Lage – Diretor Geral, Tintas Compinta António Paraíso – Consultor de Internacionalização António Sacavém – Criador da Marca Microexpressões Faciais Clara Luxo Correia – Gestora e Especialista em Retalho Cláudio Martins – Empresário, Grupo Antas - Restauração Francisco Coelho – Hot Stuff Advisor, IPAM Fred Rocha – Especialista em retalho (Brasil) Hélio Soares – Managing Director, UP Partner Joana Perry Vidal – Responsável da Área de Hotelaria, Serlima Madeira João Andrade – National Account Manager, Sovena João Pimenta de Castro Guimarães – Diretor Executivo, GS1 Portugal/ Codipor José Carlos Metelo – Comercial Coca Cola José António Rousseau – Presidente do Fórum do Consumo Portugal
José Luis Raposo – General Manager UHU Ibérica Luís Ferreira Pinto – Business Executive Officer Confectionary, Dairy, Food and New Business Opportunities na Nestlé Luís Duarte – Diretor Geral da More Results Manuela Tavares de Sousa – CEO Imperial - Produtos Alimentares S.A Martin de Botton – Empresário, Santini Massimo Forte – Autor, Docente e Formador Nuno Fontes – Speaker Motivacional. Autor Nuno Gomes – Empresário, Remax Prestige Paulo Manuel – Diretor Executivo, TZ Viagens (Brasil) Paulo Silva – Oncology Account Manager, Takeda Farmacêuticos Portugal Pedro Celeste - Diretor Geral da PC&A - Marketing Estratégico Ricardo Ferreira - OSIRIS - Head of Incoming & M.I.C.E. Rui Assis - Diretor Geral da Equanto Samuel Soares - CEO Samsys Wilques Erlacher – International Market Consultant, Saphety