DO it! 43

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Contextos de Incerteza Grandiosas Oportunidades

Durante um banho em águas da nossa costa atlântica, uma turista alemã confidenciava-nos que várias famílias suas conterrâneas, sobretudo reformados, estão a alugar casas em Portugal para passarem o Outono/Inverno. A razão tem a ver com a possibilidade de desfrutarem de clima mais ameno do que o da Alemanha, poupando assim, significativamente, nos gastos com energia que teriam no seu país.

A reconhecida hospitalidade dos portugueses, o baixo custo de vida para quem tem ordenados como os alemães e ainda as facilidades decorrentes da possibilidade de trabalho remoto, tornam o nosso país especialmente conveniente, enquanto paira no ar a continuação da guerra na Ucrânia e os consequentes constrangimentos energéticos.

Esta realidade inspirou-me para o título e conteúdo deste Editorial.

Estaremos atentos às oportunidades que aqui e agora podem resultar para Portugal?

Não só porque a natureza nos brinda com clima e convidativo para se passar o inverno de forma mais tranquila, segura e ainda poupando dinheiro?

Estarão os Agentes Institucionais, Organizações Corporativas, Associações, entre outros, atentos a esta realidade, divulgando e incentivando esta oportunidade de negócio?

Estarão as unidades hoteleiras, restauração e comércio em geral, mobilizados para não abrandarem as suas operações e estratégias de marketing, para não dispensarem colaboradores sazonais ou para não baixarem a qualidade de serviço, de forma a mostrarem que estão ativos e disponíveis para servir este novo “nicho” de mercado?

Oxalá que sim... para bem de Portugal, porque quem não acompanha as novas oportunidades, perde negócio, desperdiça o presente, compromete o futuro...

SET OUT NOV 22 1 EDITORIAL
JOÃO ALBERTO CATALÃO Diretor jcatalao@doit.pt

Contextos de Incerteza – Grandiosas Oportunidades

JOÃO CATALÃO

Diretor DO it!

Sinto que sou uma vela antes do vento soprar

JOSÉ ANTÓNIO ROUSSEAU

Consultor e Docente Universitário

Atitudes e comportamentos mais impactantes em cada momento da venda

ANA TERESA PENIM

Retail Lover, Especialista em Liderança, Vendas, Mentoring e Coaching Executivo

Liderar com propósito

CARLOS SETRA

Presidente do Conselho de Administração da EDOL

Hiperautomação

– Um salto para a eficiência

JOSÉ OLIVEIRA

CEO BI4ALL

A Comunicação Digital já não é opcional

SAMSYS

O efeito das expetativas

DAVID ROBINSON

Jornalista Científico

Motivação ou disciplina?

RUI GUEDES

Chief Sales Officer North, Páginas Amarelas

ENTREVISTA EXCLUSIVA

Procurar oportunidades atrás de cada dificuldade

JUDITH GONZALEZ

General Manager

Danone Portugal

54

OPINIÃO

Humanização: o futuro da retenção e da produtividade

HÉLDER BATISTA

Broker / Owner - Coldwell Banker City

2 SET OUT NOV 22 CONTEÚDO
OPINIÃO OPINIÃO OPINIÃO ENTREVISTA EXCLUSIVA ENTREVISTA EXCLUSIVA EDITORIAL ESPAÇO ANA PENIM 06 08 38 30 22 14 32 01 10
NOTÍCIAS OPINIÃO
24

ENTREVISTA EXCLUSIVA 50

“Perto e de confiança”

CARLA ESTEVES

Diretora Executiva da Unimark

Dinamizador de Retiros Corporativos, Palestrante e Coach

8 Dicas para vender em época festiva

64

IMODOIT!

Vender, é ajudar

MASSIMO FORTE Consultor. Formador. Autor.

O banqueiro imberbe

ENTREVISTA EXCLUSIVA 58

Empreendedorismo Social - Um caso de sucesso

SÍLVIA CORREIA

Empreendedora Social

EMMANUEL MACRON

Demolir… preconceitos sobre os consumidores seniores

ANA TERESA PENIM

Retail Lover, Especialista em Liderança, Vendas, Mentoring e Coaching Executivo

Ora Diga!

Peugeot 308 e Mercedes-Benz Classe A

Gadgets, vinhos, tecnologia, cosmética, relógio, livros

83

DICAS INFORMÁTICAS

Sabe fazer backup da sua conta Google?

PEDRO CELESTE

Diretor Geral da PC&A – Consultores de Marketing

NUNO MIGUEL SIMÕES

DO it!

KEEP IN TOUCH 84

Nuno Trindade

3 SET OUT NOV 22 CONTEÚDO
GERAIS FERRAMENTAS DO IT! INNOVAGEING® MONTRA ENTREVISTA EXCLUSIVA 42 AUTOMÓVEL RESTAURANTE 76 74 MÁRIO CAETANO
os limites
48
TRAÇOS
Desafiar
68
70 80
Cartonista
Caminhos da Customização: da tecnologia à humanização da relação
Os
OPINIÃO
Estratégico
72

N.º 43 - SET OUT NOV 22 (Trimestral)

DIRETOR

3,75€ (Cont.)

João Alberto Catalão, +351 918 799 307 jcatalao@doit.pt

PUBLISHER

Ana Teresa Penim, +351 965 657 678 apenim@doit.pt

REDAÇÃO

Fernanda Accorsi redacao@doit.pt

COLABORADORES

Ana Teresa Penim, Carla Esteves, Carlos Setra, David Robinson, Hélder Batista, João Catalão, José António Rousseau, José Oliveira, José Sousa, Judith Gonzalez, Mário Caetano, Massimo Forte, Nuno Miguel Simões, Pedro Celeste, Pedro Ribeiro Ferreira, Rui Guedes, Samsys, Sílvia Correia.

PROJETO GRÁFICO E PAGINAÇÃO DO it!

FOTOGRAFIA

António Pedro Santos, Fernando Piçarra, Freepik, Fotolia, Inimage, Jooinn, Shutterstock, Getty Images, iStock, AdobeStock, DR.

DIREÇÃO COMERCIAL E MARKETING

Ana Garrido, info@doit.pt

ASSINATURAS assinaturas@doit.pt

IMPRESSÃO

Eurodois by Impress Direct

Rua de St.o António, N.o 30, A-dos-Ralhados

2710-006 Sintra

DISTRIBUIÇÃO

VASP, MLP – Media Logistics Park

N.º DE REGISTO NA ERC: 126225

N.º DE DEPÓSITO LEGAL: 343989/12

TIRAGEM: 10.000 exemplares

PERIODICIDADE: Trimestral

HUMOR

Ajudar o bêbado

De madrugada, um casal é acordado com o som da campainha. O marido levanta-se e vai à porta, deparando-se com um indivíduo alcoolizado.

- Que pretende?

- Preciso que ajude a empurrar. Não há mais ninguém aqui por perto para me ajudar….

Revoltado o homem replica:

- São 4 da manhã e pede-me para o ajudar a empurrrar?

Está louco e ainda por cima está bêbado!

Fechou a porta e voltou para a cama.

Quando contou à mulher o que se tinha passado, ela não gostou da atitude do marido.

- Exageraste! Devias ter ajudado o pobre homem.

Mordido pelos remorsos, o marido veste-se e vai à rua:

- Hei. Onde está? Vou ajudá-lo… Grita o bêbado:

- Aqui, no jardim, no baloiço…

A Senhora e o Padre no avião…

- Deculpe Padre. Posso pedir-lhe um favor?

- Claro que sim!

- Comprei um secador novo. Tenho outro na mala. Estou preocupada com a Alfândega. Dava para mo levar? Escondia-o debaixo da batina…

- Está bem eu levo, mas olhe que eu não posso mentir. Na Alfândega o Padre é questionado:

- Tem alguma coisa a declarar?

CONTACTOS

Av. do Atlântico, n.º 16, Edifício Panoramic, Piso 14, Esc. 11

PARQUE DAS NAÇÕES

1990-019 LISBOA

PORTUGAL

Tel. 218 963 025, info@doit.pt, www.doit.pt

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NIPC 505988828

Membros do conselho de administração ou cargos similares, os detentores com 5% ou mais do capital da empresa: João Alberto

Catalão Garrido Ferreira e Ana Teresa Garcia Perloiro

Estatuto Editorial disponível em: www.doit.pt/estatuto-editorial/

Nenhuma parte desta publicação, incluindo textos e fotografias, pode ser reproduzida, por quaisquer meios, sem prévia autorização.

- Do alto da minha cabeça até à cintura, não tenho nada a declarar.

- E da cintura para baixo? Interroga o oficial da Alfândega.

- Tenho um equipamento novo, destinado a uso doméstico, muito apreciado pelas mulheres, mas até à data nunca foi usado.

- Pode passar…

4 FICHA TÉCNICA SET OUT NOV 22
Temos tudo para MUDAR, só falta carácter.
Precisamos mudar os nossos corações…
A pobreza é nossa responsabilidade
JOÃO PEDRO TAVARES Presidente da ACEGE PROPRIEDADE E EDIÇÃO Active Up, Lda
Coragem não é só mudar, é também renovar
Somos os arquitetos do bem comum

SABIA QUE...

Sabia que em 2025 o volume de dados gerados a nível mundial excederá 180 zettabytes em 2025 e que apenas 10% dos retalhistas estão a utilizar ferramentas de analítica avançada?

De acordo com o Statista, passou de 2 zettabytes em 2010 para 64 zettabytes em 2020, e as previsões indicam que, até 2025, o volume de dados gerados a nível mundial ultrapassará os 180 zettabytes, o que implica um aumento anual de quase 40% em cinco anos, confirmando que a importância do Big Data continuará a crescer e que todas as empresas, independentemente do seu setor e atividade, terão de enfrentar a sua transformação digital.

CART N

5 SET OUT NOV 22 SABIA QUE...

RISE é a nova máquina da Delta Q desenhada por Philippe Starck com sistema revolucionário que desafia a gravidade

Delta Q apresenta a nova máquina RISE, que incorpora um revolucionário sistema de extração de café invertido. Uma inovação tecnológica mundial da Delta que desafia a gravidade e dá um novo sentido à experiência de consumo de um café expresso “Perfeitamente ao contrário”. O inovador sistema RISE - Reverse Injection System Experience - chega ao mercado nacional incorporado numa nova máquina Delta Q desenhada pelo conceituado criador francês Philippe Starck, que foi convidado pelo CEO do Grupo Nabeiro, Rui Miguel Nabeiro, para criar o design da nova máquina doméstica da marca. Através do sistema de extração inovador made by Delta, e único no mundo, o café é injetado debaixo para cima, pelo fundo da chávena, o que intensifica o paladar e os aromas naturais do café e traz ao de cima um creme persistente, mantendo a temperatura ideal, e proporcionando um expresso superlativo.

Salomé Faria é a nova Diretora de Comunicação e Relações Institucionais da Sociedade Central de Cervejas e Bebidas

Salomé Faria acaba de assumir o cargo de Diretora de Comunicação e Relações Institucionais da SCC ficando responsável pela definição da estratégia de comunicação do Grupo, e assumindo as funções que foram asseguradas formalmente por Nuno Pinto de Magalhães, nomeado Chairman da SCC em julho de 2021.

A nova responsável de comunicação corporativa assume agora o pelouro da comunicação interna e externa, relações públicas e de sustentabilidade da SCC, com o objetivo de dar continuidade aos projetos em curso e de apoiar a SCC a enfrentar os desafios e as mudanças do futuro neste setor. Integra ainda a Comissão Executiva da empresa reportando ao Diretor Geral.

Sofia Vaz Pires assume direção executiva de marketing e operações da Microsoft Portugal

A Microsoft Portugal anuncia a contratação de Sofia Vaz Pires como Diretora Executiva de Marketing e Operações. A profissional conta com uma vasta experiência em cargos de liderança locais, regionais e globais, em áreas como Vendas, Parcerias, Marketing, Estratégia, Operações e Direção-Geral, em empresas de referência no setor de tecnologia e telecomunicações.

Com mais de duas décadas de experiência profissional, Sofia Vaz Pires será responsável pela gestão da implementação da estratégia comercial da Microsoft e pelos seus produtos e serviços no mercado português, junto dos diferentes públicos.

Com 340 milhões de utilizadores europeus, Trade Republic chega a Portugal para democratizar a riqueza e o acesso aos mercados de capitais

Os portugueses podem agora utilizar a app ou site da Trade Republic para iniciar as suas jornadas de criação de riqueza com acesso seguro, fácil e sem comissões aos mercados de capitais. Especialmente o principal produto da Trade Republic, planos de poupança em ações e ETFs, ajudará os portugueses a poupar para a reforma, com menor risco.

Toyota Motor Europe atinge quota de mercado recorde de 7,5% nos primeiros 9 meses na Europa, em Portugal Toyota aumenta para 7,0%

A Toyota Motor Europe (TME)(1) divulgou vendas de 813.547 veículos Toyota e Lexus, uma queda de -6% em relação ao ano anterior, mas ainda superando o mercado automóvel europeu que caiu -16% no mesmo período. A quota de mercado da TME aumentou para um recorde de 7,5%, marcando um aumento de +0,8 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado e mantendo o ascendente que viu a sua quota crescer +2% pontos desde 2019.

Lenovo revela novas inovações tecnológicas inteligentes para definir

o

futuro do mundo digital

A Lenovo realizou o seu evento anual de inovação global, Tech World, partilhando a sua visão para a evolução da colaboração entre utilizadores, espaços e equipamentos para desbloquear possibilidades ilimitadas tanto em aplicações do mundo real como no Metaverso.

A Lenovo revelou novos conceitos, soluções e inovações emergentes que irão definir a forma como trabalhamos, aprendemos e nos empenhamos no mundo digital.

6 SET OUT NOV 22 NOTÍCIAS

2ª Edição do Top Sales SummitUm Sucesso!

A DO it! foi Media Partner do Maior Evento de Vendas realizado em Portugal.

Com intervenções de oradores nacionais e internacionais, o Top Sales Summit ultrapassou o sucesso alcançado na edição anterior, tendo sido assistido por muitas centenas de participantes presenciais e online.

O evento contou com o apoio da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, Gaiaurb, INOVAGAIA, patrocinador Gold Portugal Sou Eu, OLX, Hotel Oficial Hilton Porto Gaia, BICAFÉ , Ordem dos Vendedores, APD , ECO, E-goi e Clickworks.

João Castanheira é o novo Diretor de Vendas da Nestlé Portugal

Após 5 anos como responsável do negócio PURINA em Portugal, João Castanheira assume a 1 de outubro a liderança da área comercial da empresa líder em alimentação e bebidas do mercado português.

João Castanheira é o novo Diretor de Vendas Retalho da Nestlé Portugal. Com uma larga experiência em Marketing e Vendas em Portugal e na Zona Europa, João Castanheira possui fortes competências de liderança, nomeadamente visão estratégica, resiliência, energia, proximidade e abertura, reunindo todas as condições para assumir este novo desafio no Grupo.

Nesta edição, totalmente esgotada, são esperados 70.000 participantes, 2.630 expositores e 1.120 investidores.

Como novidades, destacamos a presença do maior número de start-ups portuguesas.

26 Tracks temáticas ou mini-cimeiras sobre temas da atualidade, como por exemplo: Economia mundial, Ucrânia, tecnologias, cibersegurança, Inteligência Artificial, etc.

Como habitualmente, um leque alargado de mais de 1.000 oradores de referência, com destaque para Noam Chomsky - pai da linguística moderna e sua contribuição para a Inteligência Artificial (IA) e para a linguística das ciências cognitivas.

Nasceu uma nova marca em Portugal, de olhos postos nas energias do futuro. A FLOENE, substitui agora a designação Galp Gás Natural Distribuição (GGND).

Esta mudança reforça o compromisso da empresa na transição energética, contribuindo para a descarbonização das redes de gás, maioritariamente através da aposta nos gases renováveis, como o biometano e o hidrogénio.

A FLOENE, que conta com um legado de 175 anos de história, é responsável pela gestão de nove concessões regionais de distribuição de gás, estando presente em 106 concelhos de Portugal, levando energia a empresas, comunidades e famílias de todo o país.

João Castanheira iniciou a sua carreira na Nestlé Portugal em 2001, no negócio de Nutrição Infantil, antes de integrar a equipa de Purina em 2002 logo após a aquisição desta marca pelo Grupo Nestlé.

Passou os últimos 20 anos na categoria de PetCare onde desempenhou diferentes funções de acrescida responsabilidade na área do marketing, nos canais especializado e retalho. Em 2009, João Castanheira iniciou uma expatriação no Reino Unido, liderando numa primeira fase a equipa de Marketing de “Dog & Snacks”, tendo posteriormente expandido a sua experiência comercial através de diferentes funções na área de vendas, tendo sido nomeado ao comité executivo da Purina Northern Region em 2015 como “Specialist and e-Commerce Sales Director”.

Nickel chegou a Portugal

A nova instituição de pagamento quer democratizar o acesso a serviços financeiros essenciais, universalizando o acesso a uma conta de pagamento através de uma rede de pontos de venda.

Os Agentes Nickel, serão comércio de proximidade e tabacarias.

7 SET OUT NOV 22 NOTÍCIAS
Web Summit 2022 A Web Summit 2022 decorre de 1 a 4 de novembro em Lisboa.

Sinto que sou uma vela b

antes do vento soprar

Quando morrer não tenho a pretensão de deixar qualquer marca, talvez apenas fique uma memória para ser esquecida. Mas agradeço todos os dias a casa linda, funcional e confortável onde vivo, o trabalho que faço, a comida que não me falta, a segurança do meu país, as filhas, filhos e pais que tive

JOSÉ ANTÓNIO ROUSSEAU

Fotos: DR / Gettyimages

e ainda tenho, o amor das mulheres, a saúde de ferro, a luz que me ilumina, os amigos que a vida me trouxe (e as rasteiras que também já me passou), o céu azul e o sol que dentro de mim sempre brilha, a paz interior que me domina, a consciência das coisas que adquiri.

Tudo isto agradeço porque já vivi tanto…

JÁ VIVI TANTO, JÁ AMEI TANTO, JÁ

COMI TANTO, JÁ DORMI TANTO, JÁ

SOFRI TANTO, JÁ TRABALHEI TANTO,

JÁ LI TANTO, JÁ ESTUDEI TANTO, JÁ

GANHEI TANTO, JÁ ESCREVI TANTO, JÁ BRINQUEI TANTO, JÁ VIAJEI TANTO,

JÁ RI TANTO, JÁ CHOREI TANTO, JÁ

PERDI TANTO QUE JÁ POSSO MORRER

AGORA, UMAS DEZENAS DE ANOS

DEPOIS DE TER NASCIDO NESTE PAÍS

CHAMADO DE PORTUGAL.

SET OUT NOV 22 OPINIÃO 8
CONSULTOR E DOCENTE UNIVERSITÁRIO WWW.ROUSSEAU.COM.PT

Neste país chamado Portugal, que não sendo mais que uma pequena parte da península ibérica, conseguiu durante mais de 100 anos, compreendidos entre a última metade do século XV e a primeira metade do século XVI, estar à frente das nações da Europa, imbuído de uma vasta ambição de expansão e poder, tendo obtido uma grandeza de feitos inigualável e atingindo um grau de riqueza e de luxo só comparável com Roma Antiga.

Neste país chamado Portugal, onde a fazer fé na informação publicada e nos comentários ouvidos nas rádios e televisões, se vive em permanente caos e tão mal, tão mal… de facto as estradas e as ruas estão cheias de automóveis e de pessoas, as praias estão cheias, os hotéis estão cheios, os cemitérios estão cheios, os hospitais estão cheios, os hipermercados estão cheios, os aeroportos estão cheios, os restaurantes estão cheios, as redes sociais estão cheias, os centros comerciais estão cheios, as escolas estão cheias, as fábricas estão cheias, os escritórios estão cheios, as igrejas estão cheias, os tribunais estão cheios, as prisões estão cheias, as esplanadas estão cheias, as discotecas estão cheias, os bares estão cheios, os concertos estão cheios, os festivais de verão estão cheios mas, na verdade, vive-se mesmo muito mal em Portugal.

SET OUT NOV 22 OPINIÃO 9

ATITUDES E COMPORTAMENTOS

MAIS IMPACTANTES EM CADA MOMENTO DA VENDA

Fotos: António Pedro Santos /DR

MUITO SE TEM FALADO SOBRE AS GRANDES MUDANÇAS EXIGIDAS

AOS PROFISSIONAIS DE VENDAS E DA NEGOCIAÇÃO

DA PANDEMIA. CLARO ESTÁ QUE AS VENDAS EM CONTEXTO VIRTUAL FORAM, PARA MUITOS, UMA NOVIDADE E ISSO, SÓ POR SI, JÁ NOS OBRIGA A QUESTIONARMOS ATITUDES E COMPORTAMENTOS NA INTERAÇÃO COMERCIAL.

SET OUT NOV 22 10
ESPAÇO ANA PENIM
DECORRENTES
SET OUT NOV 22 apenim@inv.pt | www.anapenim.com ANA TERESA PENIM Retail Lover, Especialista em Liderança, Vendas, Mentoring e Coaching Executivo. Cofundadora do INV - Instituto de Negociação e Vendas e a YouUp - The Coaching &
Company©
Mentoring

Porém… será que houve assim tantas mudanças naquilo que são as atitudes e comportamentos que verdadeiramente fazem a diferença e promovem resultados na performance comercial?

Se trabalha com vendas e negociação há mais de 5 anos tem a perceção do ANTES e do DEPOIS da pandemia, no que respeita ao que realmente impacta em cada momento da venda. Nós também.

Por isso, proponho-lhe que reflita sobre as atitudes e comportamentos críticos que temos testemunhado no mercado (independentemente do canal de interação utilizado) e que tire as suas conclusões.

SINCRONIZAR

• Captar a atenção

• Gerar confiança

• Criar empatia

DESVENDAR OPORTUNIDADES

• Colocar boas questões e escutar ativamente

• Estruturar uma proposta personalizada e que adicione valor

NEGOCIAR

• Manter rapport e atitude positiva

• Gerir emoções (vendedor e cliente)

• Evidenciar benefícios

• Gerir objeções transformando-as em oportunidades

• Cocriar a solução

• Fechar o negócio de forma eficiente, com valor acrescentado para ambas as partes e garantindo uma boa relação

ENTREGAR

• Fazer o que ficou acordado

• Garantir boa articulação e comunicação com as áreas que vão prestar/fornecer serviço/solução/ produto

• Manter relação com cliente numa ótica de parceria contínua

SET OUT NOV 22 11 ESPAÇO ANA PENIM

SINCRONIZAR

Um vendedor só capta a atenção de um potencial cliente se conseguir diferenciar-se da enorme quantidade e barafunda de informação e de estímulos com que o cliente é todos os dias bombardeado. Por isso, garanta que a sua abordagem é inovadora, baseada em evidências e percecionada como única pelo cliente. Para isso descubra como pode surpreender de forma personalizada cada cliente, focando-se nele (é isso que empatia significa) e não naquilo que tem para vender. Gerar confiança implica mostrar segurança, reputação, emoção positiva e lógica na interação. Ganhar o estatuto de parceiro e não apenas de fornecedor nesta etapa… é obra!

DESVENDAR OPORTUNIDADES

Esta etapa, absolutamente crítica para a performance comercial, por ser aqui que se constroem os alicerces para o up-selling e o cross-selling, requer grande investimento em termos atitudinais e comportamentais. Ser capaz de se mostrar verdadeiramente presente na interação, sem distrações ou pressa de falar de si próprio, evidenciando genuína curiosidade em conhecer o cliente para estruturar uma proposta para início de negociação… é obra!

ENTREGAR

NEGOCIAR

Chegado o grande momento (no qual frequentemente muitos vendedores se focam descurando erradamente os restantes), a grande atitude de base tem que ser a positividade e verdadeira disponibilidade para cocriar (não apenas para ceder ou alterar a proposta).

Conhecer e saber lidar com as suas próprias emoções (antecipando “triggers” que as podem fazer disparar), e identificar/gerir as emoções do cliente são a infraestrutura de uma comunicação confiante, construtiva e criativa (requerida na cocriação da solução), garantindo assim um fecho sustentável e com valor para ambas as partes…é obra!

Curiosamente, esta é uma etapa crítica que pode motivar uma atitude descuidada… Está fechado o negócio, está feito o reporte para as outras áreas da empresa que lhe darão seguimento, pronto! Pois é exatamente aqui que o compromisso para com as outras áreas da empresa e para com o seguimento da entrega no cliente, pode fazer mais diferença… e é obra!

Posto isto, reflita individualmente e em conjunto com a sua equipa sobre o que já fazia antes da pandemia, capitalizando as atitudes e comportamentos que lhe permitiam marcar a diferença e veja como pode hoje tirar ainda mais partido deles!

E não se esqueça de celebrar os sucessos. Esse é uma dimensão eterna…

Boas Negociações, Boas Vendas!

SET OUT NOV 22 12 ESPAÇO ANA PENIM
SET OUT NOV 22 14 ENTREVISTA EXCLUSIVA
Fotos: Paulo Castanheira ENGº CARLOS SETRA Presidente do Conselho de Administração da EDOL

Liderar com Propósito

Espírito irrequieto, gosto de estar com as pessoas e de as ouvir, relação de proximidade e de escuta ativa dos parceiros, inovação, criação de valor, ética, elevados padrões de qualidade, segurança e resposta rápida às exigências do mercado, permitem a este líder fazer a portuguesa Edol vingar no competitivo mercado farmacêutico.

15 ENTREVISTA EXCLUSIVA
SET OUT NOV 22

FALE-NOS UM POUCO SOBRE A HISTÓRIA DO EDOL.

CS: O Edol iniciou a sua atividade há 70 anos, na Farmácia Bairrão, em Lisboa. Uma época em que as farmácias de oficina, como a nossa, se centravam na preparação de medicamentos e substâncias medicamentosas. Preparámos os primeiros produtos na área da Oftalmologia e da Dermatologia. Uma década mais tarde, em 1962, a expansão do negócio levou à construção da primeira unidade fabril onde ainda hoje opera. Ao longo dos últimos 60 anos, foram muitas as modernizações à luz das exigências do setor e do próprio desenvolvimento do negócio. Transformações de infraestruturas físicas e tecnológicas. Com um mercado nacional de apenas 10 milhões de habitantes, o Edol sentiu a necessidade de potenciar o negócio através do alargamento a novos mercados. Com a expansão internacional o negócio foi crescendo e as atuais instalações em Linda-a-Velha deixaram de ser suficientes para responder a todas as exigências. Iniciou-se, assim, a construção de uma nova unidade, prestes a ser inaugurada.

QUAIS SÃO AS PRIORIDADES DA EDOL NO ATUAL CONTEXTO?

CS: Mesmo considerando os mercados internacionais como estratégicos e de sustentabilidade futura, o mercado nacional continua a ser a nossa prioridade. Representa 75% a 80% da nossa faturação e continuará a ser o nosso grande pilar. A nossa estratégia passará por continuar a ser uma empresa de referência nas áreas onde atuamos, estabelecendo relações de parceria com a comunidade farmacêutica e médica, procurando melhorar o que já fabricamos, ao mesmo tempo que desenvolvemos produtos novos. Estamos sediados em Portugal com duas unidades fabris e aqui que empregamos 200 pessoas. Acreditamos que ainda temos muito para crescer no nosso país e muito valor a acrescentar ao mercado interno.

SET OUT NOV 22 16 ENTREVISTA EXCLUSIVA
A nossa estratégia passará por continuar a ser uma empresa de referência nas áreas onde atuamos, estabelecendo relações de parceria com a comunidade farmacêutica e médica, procurando melhorar o que já fabricamos, ao mesmo tempo que desenvolvemos produtos novos.
SET OUT NOV 22 17 ENTREVISTA EXCLUSIVA

COMO SE MANTÉM COMPETITIVOS NUM MERCADO COM FORTE PRESENÇA DE EMPRESAS MULTINACIONAIS?

CS: Superamos esse desafio diferenciando-nos através da dedicação, do empenho e da paixão que temos por esta atividade. Enquanto laboratório 100% português, temos tido uma atitude de responsabilidade para com a saúde pública, mantendo no mercado produtos únicos e imprescindíveis à prática médica e cirúrgica, mesmo quando não trazem qualquer valor à nossa empresa.

A produção e a comercialização de medicamentos em Portugal acarreta enormes desafios.

Dos custos fixos aos (escassos) incentivos fiscais, passando pelos condicionamentos na fixação de preços e pela dimensão e ferocidade da concorrência internacional, todos são travões ao desenvolvimento das farmacêuticas com selo português e todos podem condicionar a sobrevivência da indústria em Portugal.

PARA ALÉM DAS ÁREAS TERAPÊUTICAS DE OFTALMOLOGIA, DERMATOLOGIA, DERMOCOSMÉTICA E OTORRINOLARINGOLOGIA, ESTÃO OU VÃO OPERAR EM NOVAS ÁREAS TERAPÊUTICAS?

CS: Prevemos alguns progressos para os próximos cinco anos, assentes no desenvolvimento de novos produtos e na modernização da nossa estrutura através da automatização/digitalização de processos. Estamos a trabalhar no desenvolvimento, submissão e posterior fabrico de diferentes produtos oftalmológicos para múltiplos países, dentro e fora da Europa; no desenvolvimento de medicamentos inovadores de Oftalmologia, em parceria com referências a nível europeu; e no reforço do pipeline atual de produtos oftálmicos, dermatológicos e pediátricos.

Estão, atualmente, em curso cerca de 30 novos desenvolvimentos, todos nas áreas em que já dominamos.

E estamos, também, a estudar parcerias de cooperação (licensing-in e licensing-out) com alguns dos maiores players do mercado europeu, que potenciarão a continuidade da nossa expansão internacional.

SET OUT NOV 22 ENTREVISTA EXCLUSIVA 18

COMPARATIVAMENTE COM OUTROS MERCADOS QUE CONHECE, COMO CARACTERIZA O MERCADO PORTUGUÊS, NA SUA ÁREA DE INTERVENÇÃO?

CS: O mercado português é muito particular. Nos últimos anos, o nosso maior desafio tem sido a luta pelo aumento dos preços dos medicamentos. Assistimos diariamente à subida de preços em áreas tão distintas como os transportes ou as matérias-primas, setores que, não só interferem na nossa vida pessoal, como nos afetam profissionalmente. Todos os dias são noticiadas subidas de preço exponenciais, transversais a todos os sectores, exceto no caso dos medicamentos, e em particular naqueles que são produzidos em Portugal.

SE TUDO O RESTO AUMENTA, POR QUE RAZÃO NÃO PODEM OS MEDICAMENTOS PORTUGUESES AUMENTAR?

CS: O entrave à subida de preços nos medicamentos origina duas situações. Por um lado, o desinvestimento em áreas fundamentais para o progresso de qualquer empresa, como o desenvolvimento de novos produtos. Um ensaio clínico custa, no mínimo, um milhão de euros, investimento que depois se traduz na venda de produtos a pouco mais de dois euros por unidade.

QUANDO VÃO CONSEGUIR O RETORNO?

CS: Torna-se incomportável. Por outro lado, começamos a assistir ao desaparecimento de alguns medicamentos mais antigos, mas muito eficazes, que acabam por ser substituídos por alternativas novas, com o mesmo efeito terapêutico mas muito mais dispendiosas para o SNS e, consequentemente, para todos nós. É tempo de valorizarmos e favorecermos o que é nosso.

QUAIS SÃO OS PILARES DE SUCESSO DO NEGÓCIO DO EDOL?

CS: A forma de trabalhar do Edol transmitiu desde sempre a nossa essência enquanto empresa nacional e familiar. O seu posicionamento reflete-se na forma como tem lançado e melhorado os produtos que lhe são solicitados para colmatar lacunas existentes no mercado. Uma relação de proximidade e de escuta ativa dos seus parceiros que lhe permite chegar, este ano, a sete décadas de história. A equipa do Edol é o segredo para o nosso sucesso. À dedicação e ao empenho dos recursos humanos, junta-se uma estrutura hierárquica muito horizontal onde todos são próximos dos decisores, o que permite uma resposta mais rápida às exigências do mercado. No Edol, procuramos crescer de modo sustentável adicionando inovação e valor ao negócio dos clientes, segundo critérios de ética e os mais elevados parâmetros de qualidade, segurança e proteção do ambiente e recursos naturais. Num futuro próximo, com as novas instalações, e a par do que já existe na fábrica de Linda-a-Velha, vamos continuar a investir na computorização e em pessoal altamente especializado, nas linhas de produção. No fundo, conjugar a nossa elevada produtividade com os nossos elevados níveis de qualidade, de forma a cumprir sempre as mais exigentes práticas de fabrico.

COMO FOI O SEU PERCURSO PROFISSIONAL?

CS: O Laboratório Edol teve como fundador o meu ex-sogro.

Após terminar o curso em Engenharia Agronómica, ingressei no Laboratório Edol para encabeçar o projeto de profissionalizar o departamento de Controlo de Qualidade. Ao longo dos anos, foi-me sendo permitido abraçar outras áreas, tendo passado pelos departamentos de produção, de marketing, etc. Esta abrangência de conhecimento de terreno nas diversas áreas permitiu-me conhecer a atividade farmacêutica no seu todo e permitiu-me perceber como o crescimento sustentado se consegue e se atinge.

SET OUT NOV 22 19 ENTREVISTA EXCLUSIVA
A forma de trabalhar do Edol transmitiu desde sempre a nossa essência enquanto empresa nacional e familiar.

Paralelamente à atividade na indústria farmacêutica, mantive, durante alguns anos, atividade agrícola, por herança do meu pai aquando do seu falecimento. Inclusivamente, cheguei a ser o primeiro Presidente do Concelho de Administração da SIVIPA, em Palmela, tendo transformado essa empresa limitada, para uma empresa de sociedade anónima, dada a dificuldade existente por falecimento dos anteriores sócios.

Com o passar dos anos, fui-me dedicando mais à atividade farmacêutica tendo abandonado a área agrícola. Após o falecimento do meu sogro e do meu divórcio, adquiri a totalidade do Laboratório Edol até aos dias de hoje. Ao longo deste percurso de mais de 45 anos, tenho abraçado este projeto com todas as forças e este ano comemoramos uns belos 70 anos de atividade.

QUE MAIS VALORIZOU E RETIROU DE CADA UMA DAS ETAPAS DA SUA CARREIRA?

CS: O conhecimento adquirido sobre o ser humano e a aprendizagem de tratar o outro como gostaria que me tratassem a mim.

COMO LÍDER, QUAIS ESTÃO A SER OS SEUS PRINCIPAIS DESAFIOS NO DECORRER DESTA PANDEMIA/GUERRA?

CS: Ser justo com os meus pares e parceiros.

SENDO UM APAIXONADO PELA AÇÃO, COMO CARATERIZA UM PROFISSIONAL DE SUCESSO? Um sonhador que consegue atingir os objetivos traçados.

QUAIS SÃO AS SUAS FONTES DE AUTO MOTIVAÇÃO E INSPIRAÇÃO?

CS: São o espírito irrequieto que tenho desde miúdo que me fazem querer melhorar e superar diariamente.

COMO CARACTERIZA O SEU ESTILO DE LIDERANÇA?

CS: Um estilo de liderança próximo das pessoas. Gosto de estar com as pessoas, de as ouvir. Não gosto de estar isolado. Não sou um bicho careta, gosto de ouvir o outro e ponderar sobre o que dizem.

TEM ALGUM DESAFIO/AVENTURA NA SUA AGENDA À ESPERA DE OPORTUNIDADE PARA O SUPERAR?

CS: Tenho, mas ainda não o posso divulgar. A seu tempo…

QUAL É O SEU LEMA DE VIDA?

CS: Honestidade e tratar o outro como gostava que me tratassem a mim!

SET OUT NOV 22 ENTREVISTA EXCLUSIVA 20

Um salto para a eficiência Hiperautomação b

JOSÉ OLIVEIRA

Fotos: DR / Freepik

Impulsionada pelas necessidades de transformação digital e automação, a hiperautomação é uma das tendências tecnológicas que vai marcar os próximos tempos. Esta abordagem que combina processos automatizados com novas tecnologias como a Automação Robótica de Processos (RPA), o Machine Learning e a Inteligência Artificial está a ganhar cada vez mais terreno dentro das organizações e promete aumentar a produtividade, reforçar a segurança e reduzir custos.

OPINIÃO
CEO, BI4ALL
22 SET OUT NOV 22

Embora não seja uma novidade nas operações da maior parte das empresas dos vários setores, tudo indica que o investimento na automação vai continuar a ser uma tendência nos próximos tempos. De acordo com a Forrester, as empresas europeias vão investir até €3,3 biliões em automação para impulsionar a produtividade, comprovando esta tendência que se espera crescente nos próximos anos, indo ao encontro da hiperautomação – um passo mais à frente, que vem garantir mais flexibilidade, segurança e inteligência por meio da integração de tecnologias avançadas.

Se a automação, por si só, já permitia escalabilidade, a hiperautomação vem potenciar esta mesma característica ao integrar um conjunto de tecnologias que, ao tirar o melhor partido de cada uma, aumentam significativamente a produtividade dos ambientes de trabalho. A combinação das tecnologias RPA com a inteligência artificial permite automatizar tarefas que antes não era possível, como processos não documentados que dependem de entradas de dados não estruturados. Ao integrar um conjunto de tecnologias avançadas, a hiperautomação oferece o poder e a flexibilidade de trabalhar uma

estratégia end to end, da estruturação dos data warehouse até à visualização em dashboards.

Dessa forma, os colaboradores passam a poder concentrar-se em tarefas de maior valor, tais como a tomada de decisão, a interpretação dos dados e a aplicação do pensamento crítico. Além disso, o trabalho manual é sempre suscetível de erros.

Mais do que mecanizar tarefas manuais repetitivas realizadas pelos colaboradores, a hiperautomação vem introduzir a Inteligência Artificial e Machine Learning nos processos já automatizados, ampliando as suas potencialidades e aprimorando-as. Uma das vantagens é que as plataformas de hiperautomação podem ser aplicadas nas tecnologias que as empresas já possuem, melhorando a performance com menos custos. Segundo a projeção da Gartner, espera-se que até 2024 as organizações

reduzam os custos operacionais em 30%, ao combinar tecnologias de hiperautomação com processos operacionais redesenhados.

Ter processos automatizados aumenta a produtividade e eficiência, ao mesmo tempo que reduz os custos e erros humanos. Fluxos de trabalho mais ágeis trazem melhores resultados e permitem libertar os colaboradores para tarefas mais estratégicas e criativas. Segundo estudos da Forrester, cada vez mais as empresas estão a olhar para áreas onde as habilidades humanas e tecnológicas podem ser combinadas para melhorar a eficiência, como na gestão, recursos humanos e formação.

É assim fundamental que as empresas tenham um controlo eficaz dos processos, de forma a manterem a competitividade, gerarem oportunidades de negócio e colmatarem erros que retiram rentabilidade.

SET OUT NOV 22 OPINIÃO 23
A combinação das tecnologias RPA com a inteligência artificial permite automatizar tarefas que antes não era possível.
24 ENTREVISTA EXCLUSIVA
Fotos: DR
SET OUT NOV 22
JUDITH GONZALEZ General Manager Danone Portugal

Procurar oportunidades atrás de cada

dificuldade

Lidera pelo exemplo e não pede nada que não faça consigo mesma todos os dias.

Assume que a sua maior responsabilidade é servir a equipa e o negócio, crescendo e fazendo crescer.

SET OUT NOV 22 25 ENTREVISTA EXCLUSIVA

A DANONE ACOMPANHA OS CONSUMIDORES NO DIA-A-DIA. FALE-NOS UM POUCO SOBRE A SUA HISTÓRIA.

JG: A história da Danone surge de uma história de amor e empreendedorismo. É a história de Isaac Carasso, um pai que queria dar ao filho Daniel um produto saudável. O pai criou então um iogurte com benefícios que tinha conhecido graças à sua estadia nos Balcãs, aos estudos de Élie Metchnikoff, prémio Nobel da Medicina, e à sua curiosidade ao ouvir os seus amigos médicos. Esse pai andou pelas ruas de Barcelona com iogurte em potes de cerâmica na tentativa de encontrar farmácias que quisessem vender os seus produtos, para que todas as crianças pudessem também usufruir dos seus benefícios.

A Danone começou assim com um propósito simples e profundo. Depois de mais de 100 anos as pessoas evoluíram e Danone evoluiu com elas. Ouvindo-as em todas as camadas da organização, criando novas receitas, novos formatos e lançando centenas de inovações.

Hoje em dia as pessoas procuram produtos saudáveis, simples e feitos de uma forma responsável. Trabalhamos arduamente todos os dias para satisfazer as suas expectativas, mantendo-nos fiéis às nossas raízes, ao propósito e espírito pioneiro e curioso por trás daquele primeiro iogurte e, claro, ao amor que Isaac Carasso tinha pelo seu filho.

QUAIS SÃO AS PRIORIDADES DA DANONE NO ATUAL CONTEXTO?

JG: A prioridade da Danone continua ligada à nossa missão de sermos pioneiros em trazer saúde através da alimentação, promovendo soluções inovadoras ao serviço dos consumidores e pacientes, da sociedade e do nosso planeta.

Para além disso, ligado ao espírito de adaptação e evolução contínuas, a Danone está a implementar o plano “Renovar Danone” que pretende ir um passo mais à frente no modelo de crescimento sustentável. Significa dar um passo em frente na qualidade da execução, desenvolver inovação com maior impacto e escala e também um maior investimento nas nossas marcas.

SET OUT NOV 22 26 ENTREVISTA EXCLUSIVA
Neste momento o maior desafio não são as circunstâncias (que são quase iguais para todos) mas a nossa capacidade de enfrentá-las como equipa, com energia, agilidade, coordenação e de fazer as coisas acontecer.

Especificamente, o plano baseia-se em 4 pilares estratégicos

1. Fortalecer a competitividade da Danone nas categorias e geografias core. Isto é, ganhar onde já estamos presentes.

2. Expansão seletiva da nossa presença em canais, segmentos e geografias.

3. Trabalhar para plantar as sementes do crescimento futuro.

4. Otimizar o portfólio atual. Este último ponto é agora mais relevante do que nunca. Com o contexto atual, temos de garantir que oferecemos os produtos e formatos que se adequam à nova realidade dos consumidores.

O MERCADO ONDE OPERA TEM CARACTERÍSTICAS MUITO PRÓPRIAS E CONSTANTES DESAFIOS DE INOVAÇÃO. FALE-NOS SOBRE ISSO.

JG: O mercado português nas categorias que operamos é um mercado dinâmico que abraça as novas tendências de uma forma ágil e rápida. Para ganhar, temos de ser 100% Danone: rápidos e ágeis na compreensão das necessidades dos nossos consumidores, pacientes e clientes para oferecer soluções superiores. Hoje operamos em três categorias em Portugal: Iogurtes, Alimentação de base vegetal, Alimentação Especializada para todas as fases da vida, desde alimentação infantil até às necessidades dos mais idosos. Nas três categorias somos líderes ou ocupamos a segunda posição. Ter concorrentes fortes é a melhor coisa que nos pode acontecer. Obriga a superarmo-nos a nós mesmos.

COMPARATIVAMENTE COM OUTROS MERCADOS QUE CONHECE, COMO CARACTERIZA O MERCADO PORTUGUÊS, NA

VOSSA ÁREA DE INTERVENÇÃO?

JG: Devido à dimensão do país, à sua estrutura comercial e à rapidez de adoção de novas tendências, Portugal tem muitas vantagens. Permite-nos implementar ações e aprender de forma muito mais ágil e rápida do que noutros países. Em alguns segmentos, Portugal é pioneiro a nível europeu e mundial. Por exemplo, o peso dos iogurtes proteicos na categoria de iogurte é o maior da Europa e, em particular, a penetração e adoção da nossa marca Yopro em Portugal não é igualada por nenhum outro país do mundo. O consumidor português valoriza cada vez mais a saúde nas suas decisões e a recomendação médica também assume mais destaque do que noutros países.

Por outro lado, temos o desafio de conectarmos com o consumidor continuando a desenvolver as nossas marcas num contexto demasiado focado em dinâmicas promocionais.

SET OUT NOV 22 27 ENTREVISTA EXCLUSIVA

QUAIS SÃO OS PILARES DE SUCESSO DO NEGÓCIO DA DANONE?

JG: Diria duas coisas: Primeiro, a coerência e consistência em algo fundamental: o nosso propósito. Em segundo lugar, a adaptação contínua às necessidades dos consumidores, pacientes e clientes. Sem essa coerência, consistência e adaptação teria sido difícil sobreviver mais de 100 anos e teria sido difícil que, geração após geração, nos continuem a dar a confiança para entrar nas suas casas, alimentando e cuidando das suas famílias. Esta é a maior prova de sucesso.

COMO FOI O SEU PERCURSO PROFISSIONAL?

JG: Juntei-me à Danone em 2004, no departamento de marketing da Danone Espanha. Uma autêntica escola onde aprendi muito do que tento aplicar atualmente no meu dia-a-dia e transmitir às minhas equipas. Foco no crescimento, foco em captar as oportunidades de negócio de forma ágil, foco no consumidor e foco no cliente. Tudo isto sustentado numa base sólida de análise, planeamento e visão e, mais importante, fazendo as coisas acontecer.

Para além do método, também aí desenvolvi aspetos que me ajudaram ao longo da minha carreira: resiliência, espírito de superação e responsabilidade. Depois passei a ter responsabilidades globais, gerindo marcas a nível europeu. Isto ajudou-me a ganhar perspetiva, a compreender diferentes realidades e a desenvolver soluções adaptadas. Uma função global é, no final, a responsabilidade de servir muitas realidades locais. Em 2018 assumi uma função de gestão regional de Marketing que englobava países tão diversos como a Alemanha, a Itália ou a Suíça. Essa diversidade, em muitos aspetos desenvolveu a

minha capacidade de adaptação a contextos, consumidores e equipas muito diferentes. Dois anos depois, comecei com a função de South Europe Plant Based Unit Director. Liderar uma categoria de futuro é apaixonante, começamos do zero, como uma unidade de negócio empreendedora dentro da grande empresa multinacional, com tudo o que isso implica. Hoje é a unidade de negócio que mais cresce. Desde 2021 estou na função de General Manager de Portugal integrando pela primeira vez as três divisões (Iogurtes, Alimentação de base vegetal e Nutrição Especializada).

como normais ou lineares deixaram de o ser. O fornecimento de matérias-primas, a cadeia de abastecimento ou as elevadas taxas de inflação faz com que estejamos num contexto sem precedentes. Se a isso juntarmos equipas que vêm de gerir uma pandemia a partir de casa, o nível de fadiga e desgaste é evidente. Assim, a minha conclusão é que neste momento o maior desafio não são as circunstâncias (que são quase iguais para todos) mas a nossa capacidade de enfrentá-las como equipa, com energia, agilidade, coordenação e de fazer as coisas acontecer

Está a ser um desafio intenso, mas muito apaixonante, penso que daqui a uns anos quando olharmos para trás toda a equipa se sentirá orgulhosa do que estamos a construir juntos.

COMO LÍDER, QUAIS ESTÃO A SER OS SEUS PRINCIPAIS DESAFIOS NO DECORRER DESTA PANDEMIA/GUERRA?

JG: Todas as pessoas que estão em cargos de liderança têm desafios semelhantes neste momento, aspetos do negócio que assumíamos

SENDO UMA APAIXONADA PELA AÇÃO, COMO CARACTERIZA UM PROFISSIONAL DE SUCESSO?

JG: Hoje em dia precisam-se de líderes a quem chamaria líderes “RE”. Líderes que tenham uma elevada capacidade de se REinventar, REmontar, REadaptar, REagrupar e REentusiasmar as equipas. Sem atitudes de resiliência, flexibilidade, dinamismo e capacidade de transmitir e ativar o entusiasmo das equipas, criando coesão desde o humanismo, é difícil enfrentar e vencer na fase atual.

SET OUT NOV 22 28 ENTREVISTA EXCLUSIVA

QUAIS SÃO AS SUAS FONTES DE AUTO MOTIVAÇÃO E INSPIRAÇÃO?

JG: Os meus pais foram e continuam a ser uma fonte de inspiração. Dois empreendedores que, graças à sua capacidade de trabalho, entusiasmo e pensar que tudo é possível, foram capazes de criar e construir uma empresa desde o zero.

Gosto muito de ler biografias e citações de pessoas que admiro. Poucas coisas teóricas e mais práticas. Inspiram-me muito os empreendedores, os gestores de pequenas empresas, que apesar de não terem o

Motiva-me saber o papel importante que os nossos produtos nutricionais especializados têm para os pacientes que, através das suas características, os ajudam a ter uma maior eficácia de tratamentos para doenças tão relevantes como o cancro, ou melhorar a qualidade de vida de bebés com necessidades especiais assim como dos idosos. É emocionante ouvir as suas histórias sobre o importante papel que os nossos produtos desempenham. Motiva-me poder contribuir para impulsionar um tipo de visão de empresa não só focada no desempenho económico, mas também no

fazendo crescer, e as pessoas crescem quando saem da sua zona de conforto, quando são estimuladas a pensar de forma diferente, a ver as coisas de ângulos diferentes, a ser mais ambiciosas e a alcançar resultados que pensavam não ser possíveis Esta é a minha abordagem.

TEM ALGUM DESAFIO/ AVENTURA NA SUA AGENDA À ESPERA DE OPORTUNIDADE PARA O SUPERAR?

JG: O maior desafio que tenho é que os meus dois filhos cresçam sendo boas pessoas, com valores, ajudan-

músculo financeiro de uma grande empresa por trás deles, avançam com projetos, por vezes de forma heroica, graças à sua atitude e convicção. Esse espírito é o que tento ter no meu dia-a-dia.

Tenho muitas fontes de motivação. Confesso que quando vou ao supermercado e vejo um consumidor a escolher os nossos produtos isso me gera uma grande satisfação e, ao mesmo tempo, sentido de responsabilidade. Eles estão a dar-nos a sua confiança e não os podemos defraudar.

impacto social. Há uns meses atrás fomos reconhecidos como a primeira empresa da FMCG BCORP em Portugal. Um orgulho e uma responsabilidade muito motivadora.

COMO CARACTERIZA O SEU ESTILO DE LIDERANÇA?

JG: Liderar pelo exemplo e não pedir nada que eu não faça comigo mesma todos os dias.

Assumo que a minha maior responsabilidade é servir a equipa e o negócio, em última análise crescer

do-os a encontrar o seu “elemento”, aquilo que mais gostam de fazer, em que são bons e que traga valor à sociedade.

QUAL É O SEU LEMA DE VIDA?

JG: Procurar oportunidades atrás de cada dificuldade.

Custa-me muito entender as pessoas que, ao revés, encontram dificuldades em todas as oportunidades. Não gosto de me queixar nem de lamentar, gosto de ser parte da solução e não do problema.

SET OUT NOV 22 29 ENTREVISTA EXCLUSIVA

já não é opcional A Comunicação Digital b

Não restam dúvidas de que a comunicação na era digital sofreu mudanças sem precedentes e é um grande negócio. Assistimos à emergência de novos canais de comunicação, bem como novas formas de comunicar.

O digital veio premiar o nosso dia-a-dia, seja por força da pandemia, pela Internet of Things ou pelo avanço tecnológico. Numa altura em que tudo é “fora do normal”, manter uma comunicação constante e integrada do seu negócio é fundamental. Não só para dar a conhecer o seu produto e/ou serviço, mas como para criar relação com os seus seguidores.

E, à medida que as organizações desenvolvem as suas formas de trabalho para impulsionar a inovação, faz sentido confiar na tecnologia para automatizar os aspetos mais convencionais do trabalho. São criadas soluções para problemas reais, em vez de criar soluções para problemas que não existem. O mundo não está a mudar como se continua a referir.

O mundo já mudou.

SET OUT NOV 22 30 DDC SAMSYS 2022

O Futuro é agora

Vivemos e trabalhamos no contexto de maior evolução da comunicação humana. Por vezes, dar um passo atrás e colocar essa mudança em contexto pode ser bastante útil. Isso permitir-nos-á, alcançar uma melhor perspetiva do ponto em que nos encontramos e da estratégia a seguir em futuros negócios ou na empresa.

Cada vez mais, os consumidores associam a marca não à mensagem, mas sim a toda a experiência que envolve o produto ou serviço.

Num mundo com enorme quantidade de conteúdo disponível, se não conseguir captar a atenção do consumidor, o seu negócio poderá ter um grave problema – a indiferença do mesmo. O verdadeiro teste ao storytelling é como o seu consumidor recebe a sua mensagem e de como se sente depois de ter contacto com ela. Hoje, compramos relações e ligações que estabelecemos com cada marca. Por isso partilhe histórias e emoções.

Estratégia de Comunicação

Definir a voz do seu negócio tem um tremendo poder. Não existe motivo para não estar a criar conteúdo online e offline, passe esse conteúdo por vlogs no Youtube, fotos no Instagram, artigos no WordPress ou por aquele Podcast que nunca lançou no iTunes. Só tem de conjugar a sua paixão pelo negócio com o facto de ser o mais prático possível na sua comunicação. Prime pela diferença, conheça o seu produto/serviço e os seus clientes.

A Samsys desenvolve, entre outros serviços, soluções integradas de marketing e comunicação, desde o design e produção de conteúdos, até ao acompanhamento de resultados e análise de eficácia das suas comunicações empresariais. Consulte-nos para, em conjunto, começarmos a trabalhar a sua comunicação no mercado e junto do seu cliente.

SET OUT NOV 22 31 DDC SAMSYS 2022
SET OUT NOV 22 32 ENTREVISTA EXCLUSIVA
Fotos: Kirill Kozlov DAVID ROBINSON Jornalista Científico

O Efeito das Expetativas

A criação de expetativas tem um impacto incrível no ser humano, a vários níveis e, em particular, no relacionamento comercial, na negociação e nas vendas.

A DO it! falou com o autor do livro “O Efeito das Expetativas” e deixa-lhe algumas ideias centrais com o objetivo de motivar os leitores a aprofundarem este tema.

33 ENTREVISTA EXCLUSIVA
SET OUT NOV 22
SET OUT NOV 22 ENTREVISTA EXCLUSIVA 34
Não enfatizemos a dificuldade de uma tarefa antes de a experimentar.

No livro “O Efeito das Expectativas”, o jornalista científico David Robson leva-nos a mergulhar, profundamente, nas muitas áreas das nossas vidas, afetadas pelas expectativas. Robson explica como as pessoas que acreditam que o stresse é benéfico se tornam mais criativas sob pressão, ou como a associação entre o en velhecimento e a sabedoria pode proporcionar mais anos de vida.

Apontando para a psicologia e para a fisiologia objeti va, Robson fornece ideias fundamentais sobre o que é preciso para melhorar aptidões, produtividade, inteli gência e felicidade.

David Robson pretende mostrar como as crenças mol dam a saúde e o bem-estar de modo profundo, afir mando que aprender a fazer tábua rasa das expecta tivas em relação a crenças pode ter efeitos notáveis sobre a saúde, a felicidade e a produtividade.

O QUE QUER DIZER QUANDO REFERE “RESER VAS INEXPLORADAS DE RESISTÊNCIA MENTAL” ?

DR: As nossas expectativas são como o ar que respi ramos. Seguem-nos para todo o lado, mas raramente temos consciência da sua presença.

Investigações mostram que as nossas crenças relativa mente aos nossos recursos cerebrais – independente mente de os considerarmos finitos ou infinitos – po dem alterar bastante a forma como experienciamos o esgotamento do ego, bem como a nossa capacidade de manter o controlo e a concentração sob pressão.

GOSTARÍAMOS DE CONVENCER OS NOSSOS LEITORES SOBRE ISSO! EM CASOS EXTREMOS, EXPECTATIVAS NEGATIVAS PODEM MATAR-NOS?

DR: O nosso cérebro, como máquina preditiva que é, age como um contabilista, distribuindo recursos de modo a não permitir que as reservas de glicose cheguem a níveis perigosamente baixos. É por isso que o nosso contabilista interno pode ser enganado pelas expectativas negativas, incluindo as crenças sobre a força de vontade.

Através de vários processos, as nossas expectativas definem a velocidade dos nossos relógios biológicos celulares, determinando todos os fatores, desde dores e desconfortos triviais, ao risco de doença cardíaca, demência e morte.

SET OUT NOV 22 35 ENTREVISTA EXCLUSIVA
níveis mais elevados de produtividade se adoptarmos a mentalidade certa.

DR: As crenças sobre o processo de envelhecimento são tão importantes para o bem-estar a longo prazo, como a idade real. O facto de as nossas crenças nos adicionarem ou subtraírem anos de vida, é a consequência mais surpreendente e importante desta máquina preditiva cerebral que todos possuímos – e a razão pela qual devemos considerar que a ligação mente-corpo deve ser levada a sério.

Por isso, alertado para estas importantes questões, explore o tema, pois isso permitir-lhe-á fazer melhores negócios, com mais bem-estar.

SET OUT NOV 22 ENTREVISTA EXCLUSIVA 36
IDADE NÃO É NADA ALÉM DE UM NÚMERO?
Quando der consigo perdido no pensamento catastrófico, questione-se se existe uma boa base factual para os seus pensamentos; se não for o caso, procure uma forma de reinterpretar a situação de modo mais positivo.
Quanto mais tentamos ser felizes, menos felizes somos, em parte devido à sensação de autoconsciência aumentada, que torna difícil apreciar os pequenos prazeres espontâneos.

MOTIVAÇÃO OU DISCIPLINA?

- PARA PERFORMANCE COMERCIAL DE EXCELÊNCIA

RUI GUEDES

Chief Sales Officer North, Páginas Amarelas

Fotos: DR / Freepik / Associated Press

Todos os dias temos novas palavras para aprender e apresentam-se tendências com as quais vamos inevitavelmente conviver, sendo que, em muitos casos, o que efetivamente acontece é passarmos a ter uma designação concreta para um fenómeno que afinal… sempre existiu.

Enquanto as tais buzzwords lá vão surgindo, com algumas a resistirem estoicamente e outras a desaparecerem a grande velocidade, o tema Motivação está invariavelmente presente e, depois de tanta evolução, continua fortemente suportado nas teorias tradicionais que tanta visibilidade lhe deram.

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OPINIÃO SET OUT NOV 22

AS TEORIAS

Ainda que a Motivação não seja visível, mas apenas os comportamentos que indiciam a sua existência, o assunto é de tal forma importante nas organizações, que continuamos a ouvir falar de Maslow ou de Herzberg, como se ambos estivessem ali na sala ao lado. Há dias estava tranquilamente sentado na Casa da Música a assistir a um magnífico concerto e, talvez por ter vindo a revisitar estes temas no âmbito de umas ações em que tenho participado, fui assaltado durante uns efusivos aplausos por um pensamento que não parecia caber naquele momento:

- Na verdade, se não estivessem satisfeitas as minhas necessidades primárias, eu não teria qualquer predisposição para poder usufruir da arte sublime do músico que é Rui Massena.

Parece ser ainda consensual que dispor de um conjunto de condições para desempenhar o nosso trabalho não produz qualquer motivação, mas que a sua ausência desmotiva, mostrando como é importante distinguirmos entre fatores motivacionais ou meramente higiénicos.

O CICLO MOTIVACIONAL

Dizem vários estudiosos que normalmente o corpo humano permanece em estado de equilíbrio até que um estímulo o invada, surgindo assim uma necessidade. Essa necessidade é geradora de uma tensão no indivíduo, conduzindo-o a um comportamento que provoque a satisfação daquela mesma necessidade. Esta parece uma explicação razoável sendo por isso normal vermos os profissionais de vendas, que têm quase sempre uma considerável componente variável na sua remuneração, produzirem um esforço que os leve a obter uma performance propiciadora de uma recompensa.

Ter sucesso é altamente motivador, é fantástico estarmos fortemente energizados, vermos as nossas dores recompensadas e entrarmos nessa corrente vertiginosa que gera cada vez mais retorno, autoconfiança, estatuto e uma vontade crescente de querer fazer cada vez mais e melhor.

SET OUT NOV 22 39 OPINIÃO
Dizem vários estudiosos que normalmente o corpo humano permanece em estado de equilíbrio até que um estímulo o invada.

A REALIDADE

Um banho de realidade faz (quase) sempre bem e, portanto, talvez seja pertinente recordar o que dizia Zig Ziglar quando o confrontavam com o facto da motivação não durar para sempre. Respondia ele que o efeito do banho também não durava para sempre e, por isso, recomendava-se que fosse regular.

A questão dramática é se, apesar de todas as teorias e conhecimento acerca do tema, a motivação não aparece e nós ficamos ali à espera que ela nos tire diariamente da cama para fazer as coisas acontecer. Eu sei que se entrar naquele tal ciclo motivacional tudo vai correr bem, vou aumentar cada vez mais a minha velocidade e vou tornar-me imparável. Mas como é que eu entro lá?

OS VENCEDORES

Assim de repente, o nome Diogo Ribeiro talvez não diga muito à maior parte dos leitores. É natural. Contudo, se recuarmos alguns meses (e eu arriscaria, se avançarmos alguns anos) temos o nome de um campeão português que vai ficar na história como um dos melhores de sempre.

Com apenas 17 anos destacou-se nos Mundiais de juniores em natação, com três medalhas de ouro e com recorde mundial. Isto, depois de um ano antes ter tido um grave acidente de mota que lhe colocou o futuro em risco. Vale a pena ir buscar este exemplo, fugindo de todos os habituais que conhecemos, sobretudo pela breve entrevista que deu ao chegar ao aeroporto.

“Já tinha o recorde na cabeça” e “isto serve como uma motivação muito grande para trabalhar para o futuro”. Adicionalmente ainda disse “este ano trabalhei nove vezes por semana na água, com 4 vezes no ginásio” e “depois conciliava com a escola ali às horas de almoço com o ensino online”.

Se eu tenho alguma coisa contra as teorias? Rigorosamente nada! Se forem boas teorias, sou até um acérrimo defensor. Não faço parte do grupo dos que dizem que só ensina quem não sabe fazer, contudo, interessa-me muito a aplicabilidade, a experiência, o que acontece em cada dia e alicia-me sobretudo estar muito atento para poder aprender sempre com quem tem provas já dadas.

A DISCIPLINA

A disciplina é uma escolha entre o que me apetece fazer em cada momento e aquilo que eu mais valorizo. A disciplina é o relógio, é o treino, é o suor, é o trabalho, é a jornada. A disciplina é aquilo que eu controlo, são as dores que estou disposto a suportar e que afinal já tinham sido referidas lá em cima no ciclo motivacional. A disciplina, quando temos saúde, é a ausência das desculpas, das externalizações e das justificações, porque afinal só justifica quem perde. Todos vamos perder algumas vezes? Certamente. Mas podemos ganhar muitas mais!

O Diogo Ribeiro já tinha o “recorde na cabeça” e portanto antes de tudo, visualizou o sucesso. Acreditou! Contudo, assim que começou a jornada deixou de lado o recorde e focou-se naquilo que tinha que fazer em cada dia para lá chegar. O sucesso em vendas não está em pensar todos os dias no objetivo que tantas vezes nos parece tão longínquo. O sucesso em vendas, mesmo perante o cansaço (e sobretudo perante o cansaço), está na braçada seguinte, e na seguinte… e na seguinte!

SET OUT NOV 22 OPINIÃO 40
Zig Ziglar

CONCLUSÃO

As performances de excelência, como referiu este “nosso” atleta, são “uma motivação muito grande”. Vemos ali ganhos, realização, superação, confiança e autoestima, o que significa que afinal a equação é “simples”: Resultados => Motivação => Resultados ainda melhores.

Como posso então ter resultados? “Esquecendo” a meta e apostando tudo no trabalho diário. Contemos com a DISCIPLINA, pois essa só depende de nós, e tenhamos sempre presente que, como nos disse Jim Rohn, muitos de nós sofrerão de uma destas dores:

• A dor da disciplina

• A dor do arrependimento

A diferença é que a da disciplina pesa gramas, enquanto a do arrependimento pesa toneladas.

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A disciplina, quando temos saúde, é a ausência das desculpas, das externalizações e das justificações, porque afinal só justifica quem perde.
41 OPINIÃO
42 ENTREVISTA EXCLUSIVA
Fotos: DR
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MÁRIO CAETANO Dinamizador de Retiros Corporativos, Palestrante e Coach

Desafiar os Limites

Uma paragem numa bomba de gasolina a caminho do Algarve motivou Mário Caetano a criar Retiros no Gelo como forma de transformação pessoal e organizacional. Conheça esta iniciativa.

SET OUT NOV 22 43 ENTREVISTA EXCLUSIVA

COMO SURGIU A SUA IMERSÃO NO FRIO E COMO DESCOBRIU ESTE CAMINHO?

MC: Em agosto de 2018 estava a caminho do Algarve na A2, com a família de férias. Estavam quarenta e tal graus. Parámos numa bomba de gasolina para comprar água fresca. A minha mulher entrou na bomba e voltou dizendo-me que viu um livro, com um tipo sentado no gelo, do qual eu iria gostar bastante. Eu já tinha visto o livro “O Iceman” do Wim Hof na FNAC. Pedi-lhe para mo comprar. No Algarve li-o em dois dias. No final do segundo dia ou terceiro dia já estava a ver as expedições dele no gelo. Passados três dias de ter comprado o livro inscrevi-me numa expedição no gelo, a realizar em Janeiro de 2019. Antes eu não sabia nada sobre o frio, nem sobre o gelo.

Sou uma pessoa super aventureira e gosto de me desafiar e de desafiar os meus limites. Nunca tinha tido experiências na neve. Porém, assim que lá cheguei senti uma conexão incrível que me fez pensar “Identifico-me a cem por cento com isto!” e daí surgiu a ideia dos retiros no gelo.

QUAIS SÃO OS PONTOS CHAVE DO RETIRO NO GELO, DE SEIS DIAS, NA SERRA DA ESTRELA?

MC: O Mindset é, claramente, um ponto chave. A forma de pensar. Quando conseguimos alterar a forma de pensar e sair do quadrado, conseguimos expandir-nos de uma forma incrível.

Outro ponto chave é a Tribo, ou seja, um conjunto de pessoas alinhadas a terem a mesma experiência, a suportarem-se e a apoiarem-se nas dificuldades e no desconhecido.

O terceiro ponto chave é a Alteração da Perceção Corporal, também ligada ao Mindset. Nós percebermos que não somos o nosso corpo. Identificamo-nos com o nosso corpo e com os seus limites. Isso já tem a ver com a capacidade de alterarmos rapidamente o nosso sistema de crenças e de criarmos novas sinapses, ou seja, novos caminhos neuronais.

SET OUT NOV 22 44 ENTREVISTA EXCLUSIVA
Sou uma pessoa super aventureira e gosto de me desafiar e de desafiar os meus limites.

Num retiro de seis dias tudo isso é catapultado a nível mental e corporal. A pessoa consegue quebrar barreiras simultaneamente mentais e corporais e dissociar-se dos mitos (que são crenças), como por exemplo de que tomar banho durante a digestão mata.

Acredito profundamente no potencial humano e o retiro no gelo demonstra a imensidão e a infinita capacidade do potencial humano.

CRIANDO-SE A TAL CONEXÃO FORTE (TRIBO), EM POUCO TEMPO, NUM GRUPO DE PESSOAS QUE NÃO SE CONHECIA, COMO PODE UMA EQUIPA OU EMPRESA COM PESSOAS QUE JÁ SE CONHECEM, BENEFICIAR COM ESTE TIPO DE EXPERIÊNCIAS?

MC: O contexto empresarial e corporativo, têm uma série de padrões instituídos. O cinzentismo impera, existem um conjunto de regras muito óbvias e muito declaradas. A grande demissão (the great Resignement) que está a acontecer em termos mundiais na era pós-Covid, tem a ver com o facto de muita gente se estar a despedir voluntariamente por chegar a certo ponto e dizer: “Eu não aguento mais isto. Não quero mais isto”. Mas não quer mais o quê? Não quer mais funcionar segundo essas regras.

Acredito que no meio corporativo falta espiritualidade e capacidade de as pessoas perceberem que são maiores do que aquilo que acham que são. Num retiro corporativo a união permite-lhes arriscarem-se a descobrir a sua espiritualidade.

COMO É QUE AS PESSOAS SE UNEM?

MC: As pessoas unem-se na superação das dificuldades e isso é exponenciado neste tipo de retiro. As quezílias, as diferenças de opi-

niões e de crenças ou as diferenças sociais, ficam para segundo plano porque não há tempo de fazer vir ao de cima todas essas regras e todos esses dogmas, quando o que é preciso é respirar urgentemente para te conectares. Aí, as pessoas unem-se a um nível nunca antes visto.

Com a metodologia e estratégias certas, direcionamos este trabalho de forma totalmente segura e eficiente, unindo as pessoas e ajudando as empresas a evitar o que já está a acontecer: a incapacidade de reter talento. Contratar talento custa dez vezes mais do que o reter.

QUAIS SÃO OS PILARES DES-

SES RETIROS CORPORATIVOS?

MC: Os retiros corporativos assentam em três grandes pilares:

1. IMPACTO. Os talentos que fazem a diferença querem sentir que são ouvidos, querem ter voz dentro das empresas e, quando isso não acontece, vão-se embora. Nos retiros questionam-se: Em quem me quero, ou nos queremos tornar enquanto indivíduo ou empresa? Que impacto queremos deixar? Os talentos querem deixar um legado, sentir que fazem a diferença e ver isso acontecer. Não querem promessas. Quando não acontece agora demitem-se e vão fazer outra coisa, porque o mundo está completamente aberto.

2. VISÃO. Este pilar está ligado ao legado. Para deixarmos um legado e fazer a diferença que visão que precisamos de construir?

3. MINDSET. Para mergulharem de forma mais profunda em si, precisam de pensar: Que hábitos ou forma de pensar não me servem ou preciso largar? O mundo está a evoluir de forma tão rápida que é necessário pensar completamente fora do quadrado, ou melhor, rebentar quadrados.

É no pilar do Mindset que tudo assenta, porque os dois primeiros obrigam a uma determinada teoria, mas o terceiro obriga a mudar. Se não mudarmos o mindset, o impacto e a visão nunca se alteram.

QUE BENEFÍCIOS PODE TER

UMA EQUIPA DAS VENDAS E NEGOCIAÇÃO PARTICIPAR NESTES RETIROS?

MC: Uma pessoa que vende tem que ser altamente resiliente, nomeadamente devido à “perceção de rejeição”. Ela precisa de perceber que o não, não é acerca de si, não é pessoal. O tipo de atividades como a respiração, e a imersão no gelo, tem a ver com esse tipo de controlo, ou seja, o direcionamento mental em que se aprende a controlar o estado emocional porque se está no meio de uma montanha, com dez graus negativos e em calções.

SET OUT NOV 22 45 ENTREVISTA EXCLUSIVA
Acredito profundamente no potencial humano e o retiro no gelo demonstra a imensidão e a infinita capacidade do potencial humano.

Se se perder o controlo, pode-se morrer.

Quando a pessoa percebe que é maior do que a sua mente, percebe também que um não, não é quem ela é, mas sim que faz parte do processo comercial. Há um redireccionamento do foco, uma alteração do estado emocional. Algo que uma equipa comercial tem que aprender a fazer à velocidade de um clique. Com estas estratégias e técnicas consegue-se aprender a fazer isso muito rapidamente.

FOMENTAR O ESPÍRITO DE EQUIPA NA EQUIPA COMERCIAL É ENTÃO O CAMINHO?

MC: Exatamente! Porque se substitui a competição pela cooperação! Quando se coopera: um mais um é igual a três. É isso que a montanha nos ensina. É necessária profundidade para que as pessoas se possam unir, é necessária dificuldade e é

necessário aprenderem a superar os obstáculos em conjunto.

É RECOMENDÁVEL NESTES RETIROS ESTAREM PRESENTES PESSOAS DE DIFERENTES NÍVEIS DE RESPONSABILIDADE?

MC: O fundador da Walmart nos Estados Unidos, com oitenta e tal anos foi visto uma vez numa loja a olhar para baixo de um provador de roupa. Perguntaram-lhe o que estava a fazer. Respondeu: “Estou a tirar a medidas aqui para perceber como é que isto pode ajudar as pessoas que estão a vender”.

Na verdade, nós não sabemos onde é que os talentos estão. Não sabemos se uma pessoa, um diretor, ou um administrador, percebe que na receção pode estar um talento embrionário. Acredito que é necessário as lideranças terem a humildade de dar o exemplo e de passarem isso às suas equipas.

Sou apologista de existir um mix, como forma de fortificar a empresa e de a fazer perder patamares verticais, para se transformar numa empresa holística. Porém, quem decide sobre quem participa é a empresa.

QUE MENSAGEM QUER DEIXAR AOS LEITORES DA DO IT! ?

MC: A grande mudança a nível mundial, a todos os níveis exige-nos que façamos uma transição. É crucial que nos consigamos manter unidos através da superação das dificuldades.

Os retiros proporcionam-no acompanhado de espiritualidade e de trazer um propósito maior ao que se faz. Está na altura de as pessoas se aproximarem do seu propósito, da sua missão maior e da sua espiritualidade, para que possam então contribuir e fazer a diferença nas suas famílias e empresas, com os amigos e através da sua profissão.

SET OUT NOV 22 46 ENTREVISTA EXCLUSIVA

8 DICAS PARA VENDER EM ÉPOCA FESTIVA

Fotos: Freepik

Quando a época festiva se aproxima é importante ter alguns aspetos em atenção, tanto na venda online como na venda em loja física.

Tal como refere a LS Retail, na venda online assegure-se de que o seu site tem uma estratégia robusta em termos de SEO - Search Engine Optimization e que atua de forma consistente e impactante nas redes sociais.

48 SET OUT NOV 22 FERRAMENTAS DO IT!

1. DÊ ATENÇÃO

O serviço é um dos principais aspetos para alguém ir a uma loja em vez de comprar online. Organize-se desde já para poder dar atenção aos clientes na época especialmente agitada das festas!

2. DÊ ESPAÇO

Durante as festas há a tendência para sobrecarregar as lojas com produto, diminuindo o espaço para circulação, dificultando a escolha e a compra.

3. COMUNIQUE COM CLAREZA

A compra decorre da capacidade do cliente se orientar na loja e encontrar os produtos. Crie uma sinalética intuitiva e visível, para todos os escalões etários.

4. ARRUME A LOJA

É muito fácil a loja ficar desarrumada e trapalhona com muitos clientes a mexerem nos produtos. Reforce a arrumação e limpeza, favorecendo assim o bem estar na sua loja.

5. AGILIZE OS CHECK-OUTS

As filas para pagar são um tormento para os clientes… Vá já pensando como pode agilizar este aspeto na sua loja.

6. MANTENHA OS VENDEDORES INFORMADOS

Garanta que os colaboradores da loja possuem a informação necessária sobre produtos, existências, etc. Faça briefings no início de cada turno. Disponibilize tecnologia para acederem à informação. Fomente o trabalho em equipa.

7. CLARIFIQUE A POLÍTICA DE DEVOLUÇÕES

As devoluções são uma realidade após as épocas festivas. Clarifique e simplifique as condições de devolução, otimizando a experiência para clientes e para vendedores.

8. KEEP COOL

Quando a agitação é grande é fácil os clientes e a equipa ficarem stressados. Debata e defina previamente com a equipa que estratégias adotar, para que possam manter-se o mais serenos possível, tirar satisfação pessoal e partido do contexto favorável à venda que as épocas festivas proporcionam.

49 SET OUT NOV 22 FERRAMENTAS DO IT!
O serviço é um dos principais aspetos para alguém ir a uma loja em vez de comprar online.
50 ENTREVISTA EXCLUSIVA
Fotos: DR CARLA ESTEVES
SET OUT NOV 22
Diretora Executiva da Unimark

Perto e de Confiança

A pertinência das lojas de proximidade não para de crescer. A rede Aqui é Fresco, uma organização promovida pela Unimark, hoje com mais de 700 lojas alimentares de proximidade, é exemplo disso. A DO it! conversou com Carla Esteves Diretora Executiva da Unimark.

SET OUT NOV 22 51 ENTREVISTA EXCLUSIVA

QUAL É A PRINCIPAL APOSTA DA REDE AQUI É FRESCO E QUE A DIFERENCIA?

CE: O lema “Perto e de Confiança”, o atendimento personalizado e o facto de cada ponto de venda ter produtos ajustados à região e ao consumidor local, são, sem dúvida, um fator de sucesso. O nosso compromisso passa, também, por estar presente nas localidades mais remotas, onde as outras insígnias consideram não valer a pena investir. Internamente, a transparência é a base do sucesso para um negócio sólido e genuíno. Aquilo que somos é o que representamos.

COMO VÊM O COMPORTAMENTO DOS CONSUMIDORES HOJE?

CE: A consciencialização para a escassez dos recursos naturais tornou-nos a todos mais cautelosos e tudo nos leva a acreditar que a maioria vai preferir, cada vez mais, marcas que mostrem compromisso com a comunidade e com um futuro mais sustentável. Estamos, por isso, comprometidos em fazer o nosso melhor, também em prol, do ambiente.

QUAIS TÊM SIDO AS VOSSAS PRIORIDADES?

CE: A transição para o digital, sem descurar o fator humano.

COMO VÊ O FUTURO DO CANAL GROSSISTA?

CE: Existe uma oportunidade de ganhar quota de mercado com o crescimento do online e o interesse dos consumidores por produtos mais saudáveis e sustentáveis.

QUE TRUNFOS E QUE DESAFIOS?

CE: Os recursos humanos serão sempre a nossa mais-valia e uma parte fundamental da nossa cadeia de logística. O agravamento da situação económica pode traduzir-se num menor poder de compra. Porém, devido aos benefícios do cartão de fidelização e à nossa grande capacidade de negociação estamos a conseguir assegurar a competitividade do preço praticado nas lojas Aqui é Fresco.

SET OUT NOV 22 52 ENTREVISTA EXCLUSIVA
O lema “Perto e de Confiança”, o atendimento personalizado e o facto de cada ponto de venda ter produtos ajustados à região e ao consumidor local, são, sem dúvida, um fator de sucesso.

HUMANIZAÇÃO

54 OPINIÃO SET OUT NOV 22
Fotos: DR Freepik
O
FUTURO DA RETENÇÃO E DA PRODUTIVIDADE

De todas as qualidades possíveis de imputar a uma organização, o valor humano é, sem dúvida, aquele que se destaca para o seu sucesso.

Num contexto empresarial cada vez mais tecnológico e com fácil acesso a informação diversa, podemos considerar que a futura geração é privilegiada em conhecimento, mas a humanização das empresas estará a acompanhar essa evolução?

Todas as marcas são representadas por pessoas. É das mesmas que advém a produtividade e sucesso, que se refletem em números. Porém, antes dos objetivos e das metas a cumprir vêm a valorização, acompanhamento e desenvolvimento dessas mesmas pessoas. É fundamental parar para entender, escutar e valorizar quem está por detrás dos resultados. Não podemos emergir com consistência numa sociedade em que se usam pessoas e se valorizam bens, até porque só o homem pode gerar dinheiro, mas o dinheiro não pode gerar o homem.

É cada vez mais urgente tomarem-se medidas de humanização em todas as empresas. Cada vez mais os colaboradores querem ser ouvidos e reconhecidos pelo seu valor humano no seu desempenho. A pandemia, enquanto geradora de isolamento social e falta de contacto, deixou até hoje uma lacuna nas relações e falta de comunicação. Mais facilmente se envia um WhatsApp, do que se diz “Bom dia!”, com um sorriso nos lábios.

Não descurando a importância da evolução tecnológica e tudo o que ela trouxe de facilidades às empresas, a mesma não pode ser aplicada sem a vertente humana. É necessário existir uma comunicação transparente e um acompanhamento a todos os níveis de necessidades, tanto pessoais como profissionais dos nossos colaboradores. Tudo isso começa nos mais pequenos exemplos e detalhes por parte dos que lideram.

Apontar falhas e justificá-las com números é trabalho sem grande dificuldade, diria até que é mecânico. Porém, estar presente ao lado de quem luta constantemente para superar os obstáculos, contribuindo com colaboração, orientando para o sucesso e nunca descurando o desenvolvimento pessoal, o conhecimento das crenças, dos medos, das limitações de cada colaborador, arranjando soluções e metodologias que se adaptem individualmente a cada pessoa, isso sim é um trabalho para verdadeiros LÍDERES.

55 SET OUT NOV 22 OPINIÃO
HÉLDER BATISTA Broker / Owner - Coldwell Banker City
É fundamental parar para entender, escutar e valorizar quem está por detrás dos resultados.

A exigência nunca pode existir antes do conhecimento intrínseco de a quem se está a exigir o quê. Não podemos obrigar margaridas a darem girassóis. Não podemos rotular os seres humanos pela mesma estatística de valor e resultado. É preciso saber porque é que cada pessoa não atingiu os resultados pretendidos.

É preciso reconhecer onde foi a falha e, se necessário, voltar a ensinar, escutar e assumir que, como Líderes fazemos parte do erro. Tanto fazemos parte da derrota, como fazemos parte do sucesso. Se damos a cara para os prémios, temos que dar os braços para ajudar a levantar quem cair a meio do processo.

Num futuro empresarial próximo, não vão ser suficientes os resultados em gráficos bonitos, sobrevalorizando as metas alcançadas e percentagens. Vão ser preciso líderes humanos, capazes de manter um ambiente de sucesso coletivo, através da ambição não do ter, mas do ser. Vão ser necessários líderes de mercado com a perspetiva de investirem na componente humana para dentro da sua organização.

As pessoas já não querem ver o seu talento premiado. Isso não basta. Querem vê-lo valorizado, num ato contínuo de respeito, motivação e confiança, por parte daqueles que dizem ser o exemplo a seguir, em termos de boas condutas e normas empresariais.

Existem exemplos concretos, como é o caso da Google, em que o fator humano é a estrela de diferenciação para se atingir o sucesso.

Quem são as pessoas atrás dos números?

Quem são as suas famílias, os seus sonhos, os seus desejos, os seus medos?

Nós não somos um todo coletivo no que diz respeito ao nosso carácter e visão de vida.

Nós somos um todo individual, e é nessa capacidade de dar resposta a todas a formas individuais de ser e de estar que os grandes líderes se distinguem.

56 OPINIÃO SET OUT NOV 22
Cada vez mais os colaboradores querem ser ouvidos e reconhecidos pelo seu valor humano no seu desempenho.

Fotos:

58 ENTREVISTA EXCLUSIVA
CORREIA Empreendedora Social SET OUT NOV 22
DR SÍLVIA

Empreendedorismo Social Um Caso de Sucesso

Sílvia Correia, 50 anos, mãe, economista de formação, marketeer de vocação e empreendedora social de paixão. Em plena pandemia criou a empresa Essential Together para gerir o seu projeto mais recente: a re.store® - a marca amiga das Pessoas e do Planeta

SET OUT NOV 22 59 ENTREVISTA EXCLUSIVA

COMO SURGIU A RE.STORE® ?

SC: Idealizei a re.store® numa conferência sobre sustentabilidade em Braga em maio de 2018. Acabou por nascer em 2019 com o propósito de lançar produtos que possam aplicar as premissas da economia verde, através da reutilização de desperdícios e sobras têxteis. Assim, a mesma assume um cariz importante em termos de impacto na vida de um grande número de pessoas porque RE.cicla, RE.utiliza e RE.duz.

O QUE A CARACTERIZA?

Somos a marca dos 3Ps: Pessoas, Planeta e Pedagogia no que toca à consciencialização coletiva de mudança de hábitos e comportamentos para com pessoas únicas na sua diferença, que têm dificuldades de integração e reconhecimento e para com os recursos do planeta.

A re.store® reutiliza e transforma têxteis destes em produtos novos e funcionais, mas com um propósito: mudar muitos pequenos mundos, sem recorrer a um processo industrial de transformação de matérias. Com tecidos que não teriam outro uso senão a sua destruição, construímos um conceito traduzido em produtos funcionais, mas com uma componente ambiental e social/emocional muito forte. Praticamos o princípio da Economia Azul:, usar o que temos, geramos valor, construímos escala e massa crítica, com ética!

A PRODUÇÃO TÊXTIL EM GERAL NÃO É SUSTENTÁVEL?

SC: A produção têxtil utiliza uma enorme quantidade de recursos não renováveis (cerca de 98M ton/ano) para produzir coleções infindáveis, roupas que vão ser usadas apenas uma vez, ou nunca, porque foram compradas por impulso, alimentadas por um consumismo desenfreado.

E TAMBÉM POLUENTE?

SC: Sim. Sabia que a produção mundial de têxteis é responsável pela emissão de cerca de 1,2b ton de gases (mais do que o somatório da emissão de gases de todos os voos internacionais e todos os transportes marítimos)? E que 20% da poluição marítima global é atribuída ao processo de acabamentos têxteis com um consumo anual estimado de 93b m3 de água? Algo que nunca imaginei é que a lavagem da nossa roupa na máquina origina 0,5mil ton de microfibras de plástico no oceano!

SET OUT NOV 22 60 ENTREVISTA EXCLUSIVA

ASSUMEM-SE COMO AGENTES DA TRANSFORMAÇÃO?

SC: À nossa escala pretendemos trabalhar a pedagogia da mudança, estimular a consciencialização coletiva para a necessidade de mudar hábitos de consumo e comportamentos. Tal como na Natureza, temos que sentir a importância da palavra Comunidade onde todos contribuem, onde todos são necessários para o ecossistema e que este nos afeta a todos. É importante fazer um marketing consciente focado em produtos duráveis, trabalhar o design dos produtos para que estes sejam atraentes, funcionais e reutilizáveis. Reinventando a frase de Kennedy diria: ‘Não perguntes o que o teu PLANETA pode fazer por ti; pergunta o que tu podes fazer por ele!’

A nova economia apresenta oportunidades incríveis de crescimento

inclusivo, aquele que terá um impacto muito positivo na reputação das marcas, permitindo atingir um posicionamento diferenciado. É aí que queremos estar, a transformar essas oportunidades em negócios sustentados e sustentáveis, que façam ‘less bad and more good’, como diz Gunter Pauli

QUE TIPO DE PRODUTOS PRODUZEM?

SC: Começámos com um produto – o saco de compras – e, neste momento, já contamos com um portfolio de 17 produtos: bolsas necessaire, mochilas, bolsas para computadores, discos de limpeza reutilizáveis, aventais, avisos de porta e tantos outros.

Temos também várias coleções de sacos solidários onde, para além da remuneração aos nossos parceiros sociais, ainda doamos um valor dos

produtos a alguns parceiros como: Sic Esperança, Associação Animais de Rua, APAV, BVAmares. Mas também desenvolvemos soluções personalizadas “chave-na-mão” para clientes empresariais, no âmbito da promoção e consciencialização da responsabilidade social corporativa das empresas. Digamos que podemos ser um ‘braço armado’ das empresas nesta área aportando a experiência, os meios, o know-how e a criatividade às soluções que se pretendem que gerem impacto positivo na comunidade.

QUE COMPONENTES TÊM OS VOSSOS PRODUTOS?

SC: Os nossos produtos são pensados para que tenham o menor impacto possível no processo produtivo: a etiqueta de ‘branding’ é impressa com tinta de água, as alças são confecionadas com tecido de algodão orgânico, a etiqueta da

SET OUT NOV 22 61 ENTREVISTA EXCLUSIVA

marca é feita a partir de fios de poliéster reciclados e a etiqueta do conceito é feita a partir de desperdícios de algodão e sementes de plantas, sendo plantável.

E ONDE PODEM SER COMPRADOS?

SC: Na nossa loja online (B2C) em www.restore. com.pt

QUAL A RAZÃO DOS PRODUTOS SEREM PENSADOS EM TERMOS DE PROCESSOS E COMPONENTES?

SC: Porque são produzidos por utentes de entidades sociais e/ou indivíduos com necessidades especiais (físicas, sociais, emocionais, carências económicas agravadas, entre outros), os quais são remunerados por esse trabalho. Temos como parceiros sociais instituições, associações, causas sociais - como por exemplo refugiados de outros países – e provocamos um impacto positivo nas suas vidas e vivências.

QUE RESULTADOS JÁ ATINGIRAM COM ES-

SAS PESSOAS?

SC: Em 24 meses, promovemos a inclusão social em Portugal e contribuímos para a redução da pegada ecológica da indústria têxtil, atingindo as seguintes métricas de impacto positivo: €39.293,15 pagos aos parceiros sociais que trabalham connosco e 4,5 toneladas de tecido reutilizado da indústria têxtil.

PORQUÊ A RELAÇÃO COM PROJETOS SOCIAIS?

SC: A re.store® acredita que os relacionamentos e o trabalho em rede são as bases de qualquer projeto social. Acreditamos que podemos ter um impacto na consciencialização e no comprometimento das pessoas para com o bem comum – Pessoas e Planeta! Como consequência, também teremos impacto na vida daqueles que podem usar a nossa marca / conceito para melhorar suas competências (confeção e outras) e obter uma fonte de rendimento sustentável.

QUAIS OS PLANOS PARA O FUTURO?

SC: O futuro tem que ser eco e socialmente responsável. temos que estar conscientes desta nossa obrigação para com as gerações vindouras.

São tantas as oportunidades de fazer a diferença, de contribuir para um mundo melhor, são tantas as pessoas que precisam da nossa ajuda que será mesmo difícil não levantarmos o braço e falar com o coração: ‘Em que posso ajudar?’

SET OUT NOV 22 62 ENTREVISTA EXCLUSIVA

Vender, é ajudar

Apalavra vender nos dias de hoje continua a ter uma conotação negativa para muitas pessoas. De uma forma ainda generalizada assume-se que quem vende engana, por isso, todo o cuidado é pouco. Basta pensar em algumas expressões que ainda se ouvem hoje tanto sobre quem compra como sobre quem vende:

- “Conversa de vendedor…”

- “Vendedor da banha da cobra”

- “Não comprei, venderam-me!”

- “Este produto vai mudar a sua vida!”

- “Satisfação garantida, ou não me chamo …!”

64 SET OUT NOV 22 IMODOIT! DOIT!IMO As Dicas do Massimo Forte!
Fotos: DR / Freepik CONSULTOR. FORMADOR. AUTOR.
MASSIMO FORTE

A lista de expressões depreciativas, ou que fazem depreciar quem vende, deve ser quase infindável. Mesmo que não nos apercebamos, elas estão presentes em muitos momentos do nosso dia-a-dia. Gosto de pensar que é tudo uma questão de semântica e da interpretação que damos às palavras e a quem vende.

Para combaterem interpretações negativas e convicções, muitas empresas e profissionais optam por alterar o nome das suas funções aligeirando, e até camuflando, a sua atividade dando origem a algumas funções interessantes como Promotor, Comercial, Consultor, Gestor de Cliente, Account, Adviser, … Tudo certo, até porque a venda é um processo que tem vários níveis de experiência, complexidade e especificidade. O importante é partir do princípio em que acredito, e muito:

- “Vender é ajudar o outro a concretizar um desejo, a resolver um problema; é acima de tudo melhorar a sua situação com a solução que acreditamos que é a certa para ele, para a sua comunidade ou para a sua empresa”.

O profissional que vende para ajudar, ou seja que promove algo com o objetivo de mudar o status quo do outro para melhor, conseguirá atrair desde o início do processo de venda melhores leads, tornando-se mais empático na identificação do problema e mais eficaz na entrega de uma ou mais soluções, as quais, se forem as certas, serão mais facilmente negociáveis e aceites pelo outro.

Já deve ter ouvido a célebre frase de Daniel Pink “vender é humano”, e se pensar, todos nós, consciente ou inconscientemente, somos vendedores em vários momentos: médicos, engenheiros, arquitetos, formadores, professores, gestores, etc.

Fazer da venda um processo sistematizado e profissional, orientado por um propósito que gere resultados é hoje fundamental, e é hoje cada vez mais a orientação para qualquer comercial.

65 SET OUT NOV 22 IMODOIT!
Vender é ajudar o outro a concretizar um desejo, a resolver um problema; é acima de tudo melhorar a sua situação com a solução que acreditamos que é a certa para ele, para a sua comunidade ou para a sua empresa

Mas então, porque é que existe o estigma do vendedor?

Talvez porque quando se aconselha alguém, tendemos a ser persuasivos para defender a nossa ideia e fazê-lo aceitá-la.

A persuasão, usada com ética e com a intenção e crença de que

estamos a ajudar o outro é natural, mas a persuasão usada para benefício único e próprio, de forma consciente e premeditada, é altamente condenável e eticamente incorreta, já para não falar de que a venda é algo que quere -

mos que seja repetido. Vender algo que sabemos que mais tarde irá prejudicar ou deixar o cliente insatisfeito é uma má escolha para quem pretende chegar ao topo da venda: a venda por recomendação.

Se para si “vender é humano” e se quer evitar cair na armadilha tentadora de exercer a sua atividade com falta de ética, deixo algumas dicas de passos que pode seguir:

1. Comece por compreender o outro, ou seja, a pessoa que pretende ajudar com a sua solução. Seja observador, analítico e negoceie dando o seu melhor;

2. Adquira competências. Saiba qual a melhor forma de ajudar criando resultados e torne-se um especialista;

3. Perceba o que move a ação de compra. Poder? Prazer? Desejo? Compensação? Necessidade?

4. Encontre uma solução que satisfaça, de preferência em pleno, o motivo para a ação.

5. Deixe que a pessoa que está à sua frente sinta e tome a decisão de compra. A livre escolha no processo de venda faz parte da ética comercial e deverá estar sempre presente no seu dia-a-dia. Não impinja por mais tentador que seja. A longo prazo essa técnica só o prejudicará.

Apesar de falar quase todos os dias com profissionais de vendas de mediação imobiliária, os quais fazem, cada vez mais, um trabalho de representação com um nível que exige crescente capacidade de consultoria num negócio que é, na sua maioria, “de pessoas para pessoas”, na minha opinião, estas dicas podem ser aplicáveis à maior parte dos profissionais de vendas que acreditam que vender é ajudar.

66 SET OUT NOV 22 IMODOIT!

Obanqueiro imberbe Emmanuel Macron r

Em 2017 Emmanuel Macron foi eleito pela primeira vez Presidente da França com 66% dos votos. Foi o 25.º da lista e o mais jovem de sempre na história do seu país com apenas 39 anos. Em abril deste ano foi reeleito para um novo mandato de cinco anos, derrotanto pela segunda vez a candidata da extrema-direita, Marine Le Pen, com uma margem mais apertada, desta vez foram 58% dos franceses ficaram do seu lado. Será uma questão de tempo até a extrema-direita tomar conta das operações em França, aliás como tem sido a tendência noutros países da Europa, e quando isso acontecer, neste país que é a sétima economia do mundo... duvido que a UE sobreviva.

Não sei muita coisa sobre este senhor, sei que é o presidente da França o que já não é nada mau, e que tem uma mulher muito mais velha, 24 anos de diferença. Foi a clássica história de amor entre um aluno e a professora, um facto que se tornou oficial mal ele fez 18 anos.

O que é que faz um homem tão novo meter-se na política tão cedo, em vez de aproveitar a vida e deixar esse mundo sinistro para mais tarde, ultrapassa-me, mas cada um sabe de si. Ainda por cima ser a figura máxima de um país com a complexidade da França... não desejo esse mal a ninguém. A meio do primeiro mandato já estava com a sua popularidade em queda livre - o movimento espontâneo dos coletes amarelos, contra o aumento dos impostos e das reformas fiscais propostas pelo governo foi uma das suas maiores dores de cabeça.

Quem quiser aprofundar a vida e o percurso de Macron, tem muita bibliografia disponível no Dr. Google, qualquer passo que este homem tenha dado de certeza que está bem documentado. Eu vou debruçar-me sobre o que me interessa, que é a sua fácies.

Sabia que ia ser uma aventura fazer esta caricatura. É uma cara difícil sem nenhuma característica especial, nada muito evidente a destacar, o típico francês pãozinho sem sal. Qualquer caricaturista agradece uma careca, uns óculos ou uma barba, já para não falar de um grande nariz. As figuras mais inóquas dão mais luta, são desafios mais complicados.

E por saber tudo isso, fui adiando o máximo possível este desenho, até ganhar coragem de me meter em trabalhos. Sendo o presidente de um dos países mais poderosos da Europa, ainda por cima já num segundo mandato, não tinha como não fazer este boneco. Confirmou-se a dificuldade, dei muitas voltas até chegar a esta solução. Pelas buscas que fiz à procura de outros trabalhos de outros caricaturistas, feitos sobre o mesmo tema, acredito que todos tenham passado pelas mesmas dificuldades, pois não encontrei nenhuma caricatura “tcham” de Emmanuel Macron.

Num pequeno inquérito caseiro, ao depararem-se com esta versão final do boneco, a maioria acertou no nome do visado, mas talvez a bandeira da França, que coloquei como adereço, tenha ajudado.

Vive la France!

SET OUT NOV 22 TRAÇOS GERAIS 68
tracosgerais@gmail.com
PEDRO RIBEIRO FERREIRA

O que é que faz um homem tão novo meter-se na política tão cedo em vez de aproveitar a vida e deixar esse mundo sinistro para mais tarde, ultrapassa-me, mas cada um sabe de si.

SET OUT NOV 22 TRAÇOS GERAIS 69

DEMOLIR… PRECONCEITOS

SOBRE OS CONSUMIDORES SENIORES

ANA TERESA PENIM

apenim@inv.pt | www.anapenim.com

Preconceito é o ato de julgar algo, ou alguém, antes de conhecer o objeto de juízo. Nas relações sociais os preconceitos levam à discriminação, podendo causar efeitos devastadores do ponto de vista social e humano. Porém, eles também podem ter efeitos altamente penalizadores e muito limitadores em termos comerciais e, consequentemente, económicos.

Quando uma empresa, marca, loja, hotel, hospital, banco ou prestador de serviço ainda tem preconceitos errados e antiquados sobre este poderoso e crescente segmento de mercado, isso acontece frequentemente por desconhecimento do mesmo.

Por isso, tendo o INNOVageing® a missão de facilitar aos líderes, profissionais e organizações o conhecimento e a capacidade de aproveitarem as oportunidades da “silver economy”, alertamos para 6 preconceitos que ainda existem, entre vários outros, e que podem estar a prejudicar o seu negócio:

Ser velho não é bom

Os seniores são um fardo para a sociedade

Os seniores são avessos a novidades

A publicidade não lhes interessa

Os seniores compram menos

Os seniores não usam tecnologia

70 SET OUT NOV 22
INNOVAGEING
Retail Lover, Especialista em Liderança, Vendas, Mentoring e Coaching Executivo. Cofundadora do INV - Instituto de Negociação e Vendas e a YouUp - The Coaching & Mentoring Company©
N.º 24
Fotos: DR
FICHA

SER VELHO NÃO É BOM / OS SENIORES SÃO UM FARDO PARA A SOCIEDADE: estas crenças limitadoras são típicas das sociedades ocidentais, decorrendo do facto de termos uma imagem estereotipada do idoso, como alguém sem capacidades físicas e mentais, sem prestarmos atenção ou valorizarmos a sabedoria decorrente do envelhecimento, a disponibilidade de tempo, o papel que os mais velhos podem ter nas famílias, entre outros. Ainda prevalecem os negócios focados em remediar a falta de saúde decorrente do envelhecimento, desaproveitando-se muitas outras oportunidades.

OS SENIORES SÃO AVESSOS A NOVIDADES: os seniores, como qualquer ser humano, valorizam aquilo em que confiam e só se confia naquilo que se conhece. Porém, a capacidade de se surpreender é uma emoção humana que não desaparece com a idade e cada pessoa, em cada momento da vida, surpreende-se com coisas diferentes. A questão passa por saber como é que as novidades estão a ser customizadas e apresentadas…ou estará a maioria dos negócios à espera que os seniores se surpreendam positivamente com novidades que não lhes estão de todo customizadas?

A PUBLICIDADE NÃO LHES INTERESSA: enquanto a publicidade continuar a privilegiar fotografias que não os incluem, frases e textos dirigidos a públicos totalmente diferentes, é natural que os seniores não se sintam atraídos por ela… Felizmente já se começam a ver algumas marcas (poucas), fora do campo da saúde a incluir os seniores nos seus anúncios. Pense como pode fazê-lo no seu negócio…

OS SENIORES COMPRAM MENOS: apesar do atual contexto de inflação, este é o momento da história no ocidente em que mais poder de compra existe. O que acontece é que os seniores podem ser mais seletivos naquilo que compram porque precisam de aí encontrar significado e valor…

OS SENIORES NÃO USAM TECNOLOGIA: esta era a realidade há mais de 20 anos. Daí para cá isso já não é verdade num enorme segmento da população senior, não só porque as tecnologias se generalizaram como bens essenciais ao relacionamento interpessoal, como também porque as pessoas que há 20 anos tinham 50/60 anos agora têm 70/80 anos…

Muitos outros preconceitos existem. Reúna a sua equipa e reflitam em conjunto sobre o tipo de crenças sobre o envelhecimento que sobre as pessoas mais velhas que possuem, implícita ou implicitamente, as quais podem estar a condicionar a vossa resposta. A capacidade de questionarmos as nossas crenças é algo que exige abertura de espírito e coragem, mas compensa!

71 SET OUT NOV 22 INNOVAGEING
em: info@inv.pt
O INNOVageing® é um conceito exclusivo criado por INV - Instituto de Negociação e Vendas e por 40+lab, com know-how internacional, que apoia os negócios de todos os setores de atividade a conhecerem e desenvolverem competências para venderem e servirem clientes maduros e seniores.
Informe-se

da tecnologia à humanização da relação Os Caminhos da Customização:

Éconhecida a recente evolução exponencial da tecnologia. Todos percebemos que esta tende a acelerar dia-a-dia a sua expansão e implementação em praticamente todos os hábitos de consumo, contribuindo de forma significativa para aumentar a literacia digital, sobretudo na geração nativa digital (Z) e na que se lhe seguirá (Alpha). Para esta última, o processo de aprendizagem é totalmente intuitivo, ao ponto de poder parecer o único meio de interação com os produtos, serviços, notícias, etc... pelos quais se interessam.

O novo consumidor, cada vez mais influenciado pelos testemunhos dos seus pares (92%) tem hoje à sua disposição um conjunto de aplicações ou referências de sites que lhe permite aferir sobre a credibilidade das soluções oferecidas, seja através da apreciação dos comentários de clientes com o mesmo perfil (Tripadvisor, Amazon, Spotify, etc..), ou na estrita comparação com soluções alternativas (Momondo, Vivino, AirBnb, etc…).

Por força destas tendências, as empresas precisam de encarar a necessidade de segmentar de forma cada vez mais eficaz o seu mercado, com a finalidade de extrair toda a componente emocional associada à perceção de valor das marcas.

72 SET OUT NOV 22 OPINIÃO
INTEGRA
DIRETOR GERAL DA PC&A CONSULTORES DE MARKETING ESTRATÉGICO.
O WORLD COMPETITIVENESS YEARBOOK
As empresas precisam de encarar a necessidade de segmentar de forma cada vez mais eficaz o seu mercado, com a finalidade de extrair toda a componente emocional associada à perceção de valor das marcas
Fotos: DR / Freepik PEDRO CELESTE
b

Numa primeira fase, esse caminho para a micro segmentação passará pelo trabalho qualitativo que as áreas comerciais e de marketing (em conjunto) podem desenvolver, compreendendo entre outras coisas, a tipologia de produtos mais adequada em cada caso, o principal fator chave de compra dos seus clientes e o seu grau de exigência.

Numa fase posterior, caberá à tecnologia assumir esse papel, percecionando claramente qual é o algoritmo que melhor se adapta a cada circunstância e cliente, podendo, enfim, customizar a oferta e a comunicação. E nessa altura, será um apoio imprescindível para qualquer empresa (B2B ou B2C).

A vulgarização da realidade aumentada, realidade virtual ou marketing sensorial, permitirá interpretar o grau de afinidade que cada consumidor tem com determinado tipo de produtos, como já ocorre, por exemplo, com frigoríficos inteligentes, que são capazes de recomendar as soluções mais adequadas ao perfil dos seus utilizadores, sugerindo receitas apropriadas. É o mesmo processo de customização que ocorre quando um automóvel reconhece quem é o seu condutor, providenciando imediatamente a sua playlist preferida. Ou, no caso dos “mapas de calor” utilizados para identificar as zonas de um anúncio, site ou loja que geram maior aderência e entusiasmo. Ainda na mesma linha, várias companhias aéreas têm levado a cabo experiências para testar o estado de espírito dos seus passageiros dentro do avião.

Conheceremos a sua extensão à dimensão auditiva onde encontraremos call centers que utilizam a interpretação da voz de quem telefona, com o objetivo de interpretar o seu estado de espírito e recomendar ao operador a melhor técnica de comunicação.

Este é o caminho para um marketing totalmente customizado. Mas também é precisamente por esta razão que a humanização na interação com clientes se torna cada vez mais relevante. Não porque a compra necessite da sua intervenção direta, mas porque o conselho, capacidade profissional no esclarecimento, atitude face à dúvida ou à reclamação e o testemunho de avaliação da boa escolha, são componentes que têm muito mais força quando são vividas humanamente.

Na mesma ordem de ideias, o ponto de venda terá de cumprir níveis de excelência para se superar à comoditização das soluções tecnológicas.

Se é verdade que os consumidores vão aderir de forma cada vez mais intensa à oferta tecnológica pela facilitação de processos, desburocratização e rapidez na operação, não deixa de ser igualmente relevante que, no futuro, serão as pessoas que farão a diferença. Não em processo de rotina, mas na dimensão qualitativa e comportamental de qualquer área de negócio. É nessa altura que o mercado distingue quem sabe, quem é competente e quem oferece uma solução com níveis de excelência. Aí, cada mercado será depurado e só estes sobrarão.

73 OPINIÃO
Encontraremos call
centers que utilizam a interpretação da voz de quem telefona, com o objetivo de interpretar o seu estado de espírito e recomendar ao operador a melhor técnica de comunicação
SET OUT NOV 22
A vulgarização da realidade aumentada, realidade virtual ou marketing sensorial, permitirá interpretar o grau de afinidade que cada consumidor tem com determinado tipo de produtos

Restaurante Ora Diga!

Comer bem faz parte

da vida

Por: Redação DO it!

Fotos: DR

Aservir desde 2005, o Ora Diga! está situado em Fafe e distingue-se pelos seus reconfortantes pratos e o seu serviço de qualidade. Num espaço amplo e agradável, estão prontos a servir o cliente nas mais variadas ocasiões.

Foi criado para pessoas amantes da boa gastronomia e que, além do prazer de saborear, gostam de contemplar a beleza natural do cenário envolvente. Sendo Fafe a Catedral do WRC (Campeonato do Mundo de Ralis), a decoração fala por si.

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SET OUT NOV 22 RESTAURANTE

O menu, assenta na cozinha tradicional portuguesa, mas apresenta maioritariamente pratos regionais de Fafe. A Vitela Assada à Moda de Fafe é ícone da gastronomia fafense, e o Ora Diga! cozinha-a como ninguém. Sobre esta iguaria poucos sabem a arte de a cozinhar.

Um segredo… Sobre este não falamos muito, mas partilhamo-lo consigo de forma única.

São gargalhadas perdidas no meio de cada garfada, olhares trocados enquanto se degusta um bom gole de vinho. Fica o belo momento, a boa comida e uma vontade, certa, de querer repetir!

Restaurante Ora Diga!

Rua da Depósito, 35 - 4820-230 Fafe

T: 253 503 403 - T: 961 346 765

E: geral@oradiga.pt www.oradiga.pt

75 SET OUT NOV 22 RESTAURANTE

Novos PEUGEOT e-308 e e-308 SW

Conforto absoluto num design mais forte e prestigiante

Já disponíveis em versões eletrificadas híbridas plug-in, as duas silhuetas do novo PEUGEOT 308, berlina e SW, estarão disponíveis, a partir de 2023, em versões 100% elétricas. A PEUGEOT tornar-se-á, assim, no primeiro fabricante europeu a oferecer uma carrinha 100% elétrica. Os 308 Berlina e 308 SW elétricos serão movidos por um motor elétrico totalmente novo, que desenvolve 115 kW (156 cv) e oferece, dependendo do nível de equipamento, uma autonomia superior a 400 km (ciclo WLTP).

Esta dupla oferta é uma resposta intransigente, perfeitamente adaptada às necessidades dos clientes do segmento C: o visual único do 308 combina-se com o prazer de condução característico dos modelos PEUGEOT, associando-lhes uma eficiência líder no segmento, com um consumo médio de energia de 12,7 kWh. Disponíveis nas versões Allure e GT, os novos PEUGEOT e-308 e e-308 SW chegarão, sucessivamente, ao mercado em meados de 2023.

SEDUÇÃO. O design dos novos PEUGEOT e-308 e e-308 SW está enraizado no ADN da PEUGEOT, bem como num mundo de referência topo de gama e dinâmico. O capô alongado realça a silhueta, os volumes são atrativos e incisivos, e o novo emblema da marca encontra-se orgulhosamente ao centro da grelha.

A otimização global da arquitetura beneficia o espaço interior. Na frente, a assinatura luminosa em forma de sabre enquadra os faróis Matrix LED, integrando harmoniosamente os modelos 308 e o 308 SW na família PEUGEOT, tal como o design exclusivo de “três garras” das óticas traseiras.

Foram desenvolvidas novas jantes de liga leve de 18 polegadas especificamente para as versões 100% elétricas dos PEUGEOT 308 e 308 SW. A sua eficiência aerodinâmica foi particularmente projetada para otimizar o desempenho.

EXCELÊNCIA. Uma novíssima motorização 100% elétrica será lançada com os novos PEUGEOT e-308 e

AUTOMÓVEL SET OUT NOV 22
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e-308 SW: com 115 kW (156 cv) e 260 Nm de binário (disponível a partir dos 0 km/h) para uma resposta instantânea, impulsionará o e-308 em silêncio, sem vibrações e sem emissões de CO2. Esta motorização irá complementar a atual oferta mecânica, onde se incluem as versões híbridas plug-in de 132 kW (180 cv) e 162 kW (225 cv) e motores de combustão interna.

A bateria é, de nova geração. Trata-se de uma bateria de alta tensão de 54 kWh (51 kWh úteis) com uma nova composição química que resulta numa fórmula final de 80% Níquel, 10% Manganês e 10% Cobalto; funciona a 400 volts e permite uma autonomia superior a 400 km, de acordo com o protocolo WLTP (certificação em curso).

O carregador trifásico de bordo está disponível de série e tem uma potência nominal de 11 kW. A tomada de carregamento aceita todos os modos de carregamento. Utilizando um posto de carregamento público de 100 kW é possível passar de 20% a 80% de carga em menos de 25 minutos.

EMOÇÃO. Ao seu condutor e passageiros, os novos

PEUGEOT e-308 e e-308 SW disponibilizam a mais recente geração do PEUGEOT i-Cockpit®, que se distingue de todos os outros sistemas através de um:

• Volante compacto e aquecido, dedicado ao prazer de condução e a uma agilidade totalmente sob controlo,

• Painel de instrumentos digital 3D, configurável e personalizável,

• Touchscreen central de 10 polegadas.

A ênfase foi colocada na qualidade de construção do habitáculo, na criatividade dos i-toggles virtuais e totalmente configuráveis, e na conectividade decorrente da mais recente tecnologia Peugeot i-Connect® Advanced, sistema de infotainment que torna a experiência de condução e de viagem mais intuitiva e gratificante.

Dependendo do mercado em que serão comercializados, os novos PEUGEOT e-308 e e-308 SW estarão disponíveis para aquisição no site de vendas on-line da Marca, o que permite uma compra 100% digital (“Selling On line”) totalmente segura. Os clientes podem comprar o seu novo automóvel, entregar o seu anterior veículo e tratar do processo de financiamento. Cada cliente terá a liberdade de optar pela entrega do seu novo automóvel em sua casa, sem quaisquer custos.

Está também disponível uma gama de serviços destinada a facilitar a vida dos clientes no dia-a-dia. Por exemplo, a aplicação MyPeugeot® para smartphone permite comunicar com o veículo e programar remotamente um carregamento, ou ativar remotamente o pré-condicionamento térmico.

SET OUT NOV 22 AUTOMÓVEL 77

Mercedes Benz Classe A Classe para todos os dias

Um design equilibrado, detalhes de alta qualidade e equipado com a última geração de telemática MBUX, o novo Classe A é sem dúvida um modelo totalmente orientado para o condutor. Disponível nas variantes Limousine compacta e limousine, o novo Mercedes Benz Classe A, combina a superioridade desportiva com o conforto da classe de luxo e traz uma nova dinâmica ao segmento compacto. Um companheiro flexível para o dia-a-dia que está à altura de qualquer desafio.

Exterior desportivo e musculado: O design exterior atualizado do novo Classe A impressiona. Com uma nova frente progressiva, dominada pelo capot aerodinâmico com dois powerdomes e pelo formato em ‘nariz de tubarão’, a grelha do radiador tem um novo design com padrão de estrela Mercedes-Benz e os faróis planos, disponíveis, como opção, na variante de LED. O seu carácter desportivo é realçado pelas jantes, agora com a possibilidade de escolha entre quatro modelos de jantes adicionais até 19 polegadas, incluindo jantes de liga leve multi raio em preto brilhante e com aro brilhante para versão AMG. O novo difusor traseiro e os farolins traseiros LED de série asseguram uma aparência que apela à emoção, quer à luz do dia quer durante a noite. Um design exterior de elevada classe é perfeitamente complementado por uma seleção de pinturas exteriores bastante atrativas: disponível uma variedade de pinturas sólidas, metalizadas e MANUFAKTUR.

78 AUTOMÓVEL SET OUT NOV 22

Interior personalizado com alta tecnologia: a exclusividade também é evidente no interior do novo Classe A. O destaque absoluto vai para o ecrã duplo independente de série, constituído por um ecrã de 7 polegadas e um ecrã de 10.25 polegadas ao centro. Estão disponíveis como opção dois ecrãs de 10.25 polegadas que aparentam flutuar com a sua aparência de ecrã largo.

A arquitetura interna, que é única nesta classe, dá origem a uma iluminação ambiente muito especial, que possivelmente relembra a iluminação de um edifício futurista durante a noite. As três saídas de ventilação redondas em forma de turbina, tão características da Mercedes Benz, são uma homenagem ao mundo da aviação. O volante aperfeiçoado da atual geração de volantes, com revestimento em pele napa de série, é compacto e combina com o carácter de alta tecnologia e o novo design da consola central.

No interior do novo Classe A, tudo gira à volta do condutor e das suas pretensões de personalização: mesmo na versão base do novo Classe A, os bancos conforto poderão combinar com o novo revestimento ARTICO tridimensional realçando um carácter desportivo. A versão Progressive, disponibiliza três cores de estofos: o preto, o bege de aparência luxuosa e a nova cor cinzento sage. Um novo revestimento com visual de fibra de carbono escura melhora ainda mais o visual do painel de instrumentos e das portas.

SET OUT NOV 22 79 AUTOMÓVEL

Classics Heart Beat Manufacture: O ícone da Frederique Constant tem um novo visual

O Classics Heart Beat Manufacture surge com um novo visual - um novo mostrador, novos índices e uma nova caixa de 39 mm em duas edições limitadas, em ouro rosa 18K (93 relógios) e aço (930 relógios). Um relógio icónico que iniciou a era dos movimentos Manufacture da Frederique Constant. Equipado com o calibre Manufacture FC-930-3, este novo relógio é um orgulhoso descendente do calibre FC-910, o primeiro movimento desenvolvido pela marca em 2004. O Classics Heart Beat Manufacture expressa os valores sobre os quais a Frederique Constant foi construída: a essência do artesanal e das tradições relojoeiras centenárias, bem visíveis num relógio de elegância intemporal e a um preço acessível.

Ainda mais importante, o Classics Heart Beat Manufacture abriu caminho para a aventura Manufacture da Frederique Constant. Em 2004, a marca desenvolveu o primeiro movimento próprio,

o calibre FC-910 Heart Beat Manufacture - nessa altura, enrolado manualmente. Alguns anos mais tarde, este calibre mudou e foi baptizado de FC-930, tornando-se o primeiro calibre de fabrico auto-volante da Frederique Constant.

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Vinho branco doce obtido a partir da casta Furmint, produzido na região de TokajHegyalon. Apresenta-se numa garrafa de cerâmica, produzida manualmente em Bodrogkeresztú, para que os seus aromas sejam perservados pela temperatura controlada que a garrafa proporciona.

País de Origem: Hungria

Região: Tokaj

Produtor: Bocskai Pince

Teor Alcoólico (%): 25

Castas: Furmint

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MONTRA

DIVAGAÇÃO MENTAL

Moshe Bar combina

neurociência, psicologia, filosofia e meditação para explicar o funcionamento do cérebro e dos pensamentos. Não se cingindo apenas a dados científicos, as experiências de vida do autor são essenciais neste livro que transmite conhecimento de forma divertida.

Temas e Debates

O FUTURO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Num relato claro e acessível, Ford mostranos, neste livro, o que é a inteligência artificial, os seus múltiplos campos de aplicação e os seus efeitos – os melhores e os piores – no funcionamento da sociedade. Segundo o autor, «ninguém sabe quão rapidamente avançará a IA, os modos específicos em que será posta em prática, as novas empresas ou indústrias que surgirão, nem os perigos que mais nos assombrarão. É provável que o futuro da inteligência artificial seja tão imprevisível como o efeito de rutura que provoca. Bertrand

HORIZONTES

O livro Horizontes, de James Poskett, é uma história da ciência como nunca a lemos – uma narrativa que nos fala de heróis esquecidos, cientistas, investigadores e sábios não ocidentais postos à margem –, que nos leva para lá do cânone ocidental e prova que as maiores descobertas vieram sempre do intercâmbio de ideias entre diferentes culturas de todo o mundo.

Bertrand

SEM MEDO

«Sem Medo» de Rafael

Santandreu apresenta um método comprovado para superar a ansiedade, a obsessão, a hipocondria e qualquer temor irracional. O autor recorre a uma metodologia simples, acessível e de eficácia comprovada para identificar e ultrapassar qualquer medo irracional, desde a timidez a ataques de ansiedade, para que os leitores possam viver uma vida sem medo.

Pergaminho

MANUAL DE INSTRUÇÕES PARA A VIDA

Ao longo de mais de 100 lições, o autor explica, de forma detalhada e com recurso a exemplos da vida real, como colocar essas lições em prática todos os dias e desenvolver a confiança que vai permitir a cada um construir um plano para o sucesso pessoal e profissional e alcançar a riqueza e a felicidade. Albatroz

MAIS RICO, MAIS SÁBIO, MAIS FELIZ

Neste livro, William Green reúne a sabedoria dos mais bem-sucedidos investidores do mundo, que entrevistou ao longo de 25 anos – como Sir John Templeton, Charlie Munger, John C. Bogle, Ed Thorp, Bill Miller, Joel Greenblatt ou Howard Marks -, para explicar como vencem no mercado e na vida.

Lua de Papel

82 SET OUT NOV 22 LIVROS

Dicas

INFORMÁTICAS

Por: Nuno Miguel Simões Fotos: DR

SABE FAZER BACKUP DA SUA CONTA GOOGLE?

Aceda a myaccount.google.com e introduza os seus dados de acesso.

No menu lateral esquerdo, escolha “Dados e privacidade” e faça scroll na página até encontrar o separador “Dados de apps e serviços que utiliza”. Na coluna da direita, clique “Transferir os dados”

Vai ser levado para o Google Takeout onde pode selecionar tudo o que pretende fazer backup.

Entre as opções, pode fazer backup dos seus contactos, fotos que estejam na cloud da Google (Drive), mensagens de e-mail entre outros.

No fundo dessa página clique no botão que diz “Passo seguinte” onde irá ser levado para uma nova

página onde pode escolher como quer que seja feito o dowload.

Poderá escolher que o backup seja feito e enviado um link para o seu email, ao qual depois fará o download, poderá também escolher o tamanho do ficheiro de backup.

No final de ter feito as seleções pretendidas, clique no botão do fundo da página “Criar exportação”

Se tiver escolhido a opção para ser enviado um link no final do backup, vai receber um email da Google quando estiver feito.

Depois de receber o email com o link, é só clicar e fazer o download!

SET OUT NOV 22 83 TECH

KEEP IN TOUCH M

ovo-me ao sabor de desafios. Quando não tenho, arranjo um, seja ele profissional ou pessoal. Fico com ansiedade quando não tenho algo de novo que, de alguma forma, me ponha à prova. Não se trata de uma competição com os que me rodeiam, mas sim comigo próprio. Parecendo algo muito aspiracional, por vezes este modus vivendi traz algumas frustrações, até porque nem tudo é por mim controlável ou depende exclusivamente de vontade própria.

Não é sem motivo, mas adoro dizer “não”, sobretudo porque sempre me tentaram impingir que não se deve usar esta palavra. Para mim, dizer “não” valoriza o dizermos “sim”. E sim, podem-se começar frases com “Não” nos mais diversificados contextos.

NUNO TRINDADE

PEOPLE & MARKETING MANAGER MORE RESULTS

Fotos: DR

SET OUT NOV 22 84 KEEP IN TOUCH

DO OR DO NOT. THERE IS NO TRY. YODA

DE GÉNIO E DE LOUCO, TODOS NO MUNDO TÊM UM POUCO

AUGUSTO CURY

Eu confesso que no meu caso, caprichei na loucura.

Tragam-me soluções, que problemas arranjo os meus.

Straight to the point, please.

O conhecimento é poder, mais não seja porque nos permite evitar o “comportamento de manada”. Falta de sentido crítico faz-nos comer o que nos é servido, gostemos ou não.

Adaptação ao novo normal, não é algo fácil, sobretudo quando vemos o mundo de maneira diferente das novas gerações. Não fazemos nada e cedemos, adaptamo-nos, criticamos, “ensinamos” ou impingimos a nossa realidade como inquestionável? Dizem que no meio está a virtude, saber do quê é o que nos distingue.

Estilo importa.

Ouvir música para mim está ao nível da respiração. Preciso para viver.

SET OUT NOV 22 85 KEEP IN TOUCH

Passatempo

SPLASH BOOKS!

Oferta de 3 packs de livros SplashBooks para as 3 frases mais criativas sobre:

LER FAZ BEM...

Envie a sua frase para: passatempo@doit.pt

Xeque ao Rei

SET OUT NOV 22 86 PASSATEMPO DO IT!
Cartoon: Pedro Ribeiro Ferreira tracosgerais@gmail.com

A continua a estabelecer parcerias com diversas entidades que assumem o papel de patrocinadores. Trata-se de patrocínios exclusivos em cada área de negócio e que englobam várias edições da revista.

O objetivo das parcerias é fazer com que as entidades patrocinadoras tenham a máxima visibilidade e o máximo retorno com o apoio que dão ao projeto.

INSPIRATIONAL BOARD

Alexandre Brodheim – Sales Retail Manager, Grupo Brodheim

Anabela Fernandes – Country Director for Portugal at Biogen

António Lage – Diretor Geral, Tintas Compinta

António Paraíso – Consultor de Internacionalização

António Sacavém – Criador da Marca Microexpressões Faciais

Clara Luxo Correia – Gestora e Especialista em Retalho

Cláudio Martins – Empresário, Grupo Antas - Restauração

Francisco Coelho – Hot Stuff Advisor, IPAM

Fred Rocha – Especialista em retalho (Brasil)

Hélio Soares – Managing Director, UP Partner

Joana Perry Vidal – Responsável da Área de Hotelaria, Serlima Madeira

João Andrade – National Account Manager, Sovena

João Pimenta de Castro Guimarães – Diretor Executivo, GS1 Portugal/ Codipor

José Carlos Metelo – Comercial Coca Cola

José António Rousseau – Presidente do Fórum do Consumo Portugal

José Luis Raposo – General Manager UHU Ibérica

Luís Ferreira Pinto – Business Executive Officer Confectionary, Dairy, Food and New Business Opportunities na Nestlé

Luís Duarte – Diretor Geral da More Results

Manuela Tavares de Sousa – CEO Imperial - Produtos Alimentares S.A

Martin de Botton – Empresário, Santini

Massimo Forte – Autor, Docente e Formador

Nuno Fontes – Speaker Motivacional. Autor

Nuno Gomes – Empresário, Remax Prestige

Paulo Manuel – Diretor Executivo, TZ Viagens (Brasil)

Paulo Silva – Oncology Account Manager, Takeda Farmacêuticos

Portugal

Pedro Celeste - Diretor Geral da PC&A - Marketing Estratégico

Ricardo Ferreira - OSIRIS - Head of Incoming & M.I.C.E.

Rui Assis - Diretor Geral da Equanto

Samuel Soares - CEO Samsys

Wilques Erlacher – International Market Consultant, Saphety

SET OUT NOV 22 87 PARCEIROS DO IT!

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