Anna Cordeiro - Estudo de aplicativos de marcas de moda

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FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAI CURITIBA CURSO SUPERIOR DE DESIGN DE MODA ANNA CORDEIRO

ESTUDO DE APLICATIVOS DE MARCAS DE MODA

CURITIBA JUN/2015


ANNA CORDEIRO

ESTUDO DE APLICATIVOS DE MARCAS DE MODA Monografia apresentada como requisito Parcial para obtenção do grau de Design de Moda 6º período do Curso Tecnólogo em Design de Moda da Faculdade de Tecnologia Senai Curitiba. Orientadora: Rafaela Grochewski

CURITIBA JUN/2015


TERMO DE APROVAÇÃO

ANNA CORDEIRO

ESTUDO DE APLICATIVOS DE MARCAS DE MODA E CONSUMIDOR Este trabalho foi julgado e aprovado como requisito parcial para a obtenção do grau de Design de Moda do curso Tecnólogo em Design de Moda.

__________________________________________ Edson Korner Coordenador do curso

Orientador

Prof.

Banca

Prof. Prof.



Pai, Mãe e Victor, dedico totalmente essa monografia a vocês, pois mantiveram a paciência, a dedicação e a compreensão durante essa jornada comigo. Amo vocês, do fundo do meu coração.


“A tecnologia e comunicação digitais continuarão a evoluir para atender às necessidades dos consumidores e para permitir que as marcas evoluam e concorram entre si" (MOORE, 2013, p. 138)


RESUMO O trabalho apresentado levanta a questão de como as marcas de moda estão usando a tecnologia dos smartphones, através de aplicativos, para interagir com seus consumidores com o objetivo de melhorar sua experiência de consumo. Após a revisão de literatura sobre o assunto, realizou-se a exploração dos aplicativos, visando analisar os principais recursos de quatro aplicativos de marcas de moda: Zara, Renner, Riachuelo e Hering Cacoal. A partir dessa análise, foi elaborada uma pesquisa quantitativa, com um questionário de múltipla escolha, via GoogleDocs, para grupos de Facebook, cujos participantes tem alto grau de relacionamento com a temática da moda. O objetivo do estudo foi observar como o consumidor interage com aplicativos de marcas de moda, verificando a aproximação desse consumidor com as marcas de moda, pois, além de compras virtuais, os aplicativos permitem acesso a coleções, lançamentos, cartões-fidelidade, blog e outros recursos. Os resultados foram apresentados por meio de gráficos e analisados à luz da teoria e das relações estabelecidas pelo cruzamento dos dados.


SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO................................................................................................... 10 2 MERCADO DE MODA....................................................................................... 11 2.1 Mercado de Moda Brasileiro............................................................................ 11 2.1.1 Fast Fashion................................................................................................. 11 2.2 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR...................................................... 15 2.2.1 Mudanças de Comportamento no Consumidor............................................ 17 2.2.2 Consumidor e Marcas de Moda.................................................................... 18 2.2.3 Comportamento de Consumidores nas Mídias Sociais................................ 18 2.3 MODA E TECNOLOGIA.................................................................................. 20 2.3.1 Tecnologia Celular ....................................................................................... 21 3 APLICATIVOS................................................................................................... 22 3.1 CONTEÚDO DOS APLICATIVOS.................................................................. 22 3.1.1 Renner......................................................................................................... 23 3.1.2 Hering Cacoal.............................................................................................. 24 3.1.3 Riachuelo..................................................................................................... 25 3.1.4 Zara.............................................................................................................. 26 3.1.5 COMPARATIVO DOS RECURSOS DOS APLICATIVOS........................... 28 4 PESQUISA......................................................................................................... 30 4.1 QUESTIONÁRIO............................................................................................. 30 4.1.1 Resultados do Questionário......................................................................... 30 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................... 37 6 REFERÊNCIAS.................................................................................................. 38 APÊNDICE............................................................................................................ 42


LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 - TELA INICIAL.................................................................................... 23 FIGURA 2 - MENU................................................................................................ 23 FIGURA 3 - TELA INICIAL.................................................................................... 24 FIGURA 4 - MENU................................................................................................ 24 FIGURA 5 - SHORTS FEMININOS....................................................................... 25 FIGURA 6 - SUPERCOMBO................................................................................. 25 FIGURA 7 - SPORT URBAN................................................................................. 25 FIGURA 8 - MENU................................................................................................ 26 FIGURA 9 - TELA INICIAL.................................................................................. 27 FIGURA 10 - MINHA CONTA............................................................................... 27 FIGURA 11 - PRODUTOS.................................................................................... 27


LISTA DE GRÁFICOS GRÁFICO 1 - SOU COMPLETAMENTE FIEL ÀS MINHAS MARCAS DE MODA....31 GRÁFICO 2 - DOS RECURSOS DOS APLICATIVOS..............................................32 GRÁFICO 3 - PRODUTOS QUE COSTUMA COMPRAR PELOS APLICATIVOS....33 GRÁFICO 4 - BENEFÍCIOS PERCEBIDOS...............................................................34 GRÁFICO 5 - APLICATIVOS DE MODA SÃO FÁCEIS DEUSAR.............................35 GRÁFICO 6 - NOTAS DOS APLICATIVOS (MÉDIA PONDERADA).........................36


1 INTRODUÇÃO Com a globalização e o crescimento do mercado competitivo as empresas têm a necessidade de se manterem atualizadas, desenvolver métodos para a fidelização dos seus clientes e criar ambientes favoráveis para a divulgação de seus produtos e serviços aos consumidores. Faz-se nítida a necessidade de que as empresas e corporações precisam estar intimamente conectadas com seu público-alvo, de uma maneira dinâmica e eficaz. Analisando as possibilidades para atingir estes objetivos, uma hipótese é de que aplicativos móveis podem ser ferramentas que atendam a esse cenário, inclusive no contexto do mercado de moda. Devido à necessidade de acompanhar a evolução do mercado, muitos aplicativos no segmento de moda, foram lançados como forma de se conectar com seus clientes. Este trabalho de conclusão de curso tem como objetivo realizar uma análise de quatro aplicativos de marcas de moda de fast fashion, observando como essa tecnologia se apresenta aos clientes de marcas de moda, ou seja, que recursos disponibilizam ao seu público para assim realizar uma pesquisa, com o cliente que consome essa tecnologia, para assim observar a relação entre marcas de moda, usuários e tecnologia. O trabalho se desenvolve por meio de revisão bibliográfica com o objetivo de estudar o mercado de moda e o comportamento do consumidor relacionado a tecnologia, para em seguida a análise de quatro aplicativos de moda (Renner, Hering Cacoal, Riachuelo e Zara) verificando suas funcionalidades (como por exemplo: telas, menu e recursos) e, em seguida, a aplicação de um questionário quantitativo para participantes de grupos de moda de uma rede social, analisando as impressões sobre a interação entre clientes e aplicativos de marcas de moda.


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2 MERCADO DE MODA 2.1 Mercado de Moda Brasileiro Segundo a Abit (2014) o Brasil ocupa a quarta posição entre os maiores produtores mundiais de artigos de vestuário e a quinta posição entre os maiores produtores de manufaturas têxteis. Embora o Brasil seja um grande produtor e consumidor de têxteis e de vestuário, sua participação no comércio mundial é muito pequena, menos de 0,5%, ocupando a 23ª posição no ranking de exportadores. Em 2014, o setor têxtil e de confecção faturou US$ 55,4 bilhões, contra US$ 58,2 bilhões em 2013, refletindo a desvalorização do Real e a queda da produção da indústria pelo quarto ano consecutivo. O setor representa cerca de 5,7% do valor total da produção da indústria de transformação. Mercado Interno e Exportação - 92% mercado interno e 8% exportação. São 9,2 bilhões de peças produzidas ao ano, mais de 1,5 toneladas de algodão em pluma produzidos (2014) e cerca de 300 mil toneladas de fibras químicas produzidas (2014).Contudo, a produção física vem caindo, tanto nas empresas têxteis quanto nas confecções nos últimos anos. Paradoxalmente, o varejo vem crescendo em suas vendas substituindo paulatinamente o produtos nacionais por importados. (ABIT, 2014, p. 15).

Conforme Viana (2013), o crescimento do consumo de vestuário, por parte da classe média, e do mercado de shopping centers, contribuíram para que o Brasil saltasse da sétima para a quinta posição no Índice de Varejo de Vestuário da A.T. Kearney. O país é o maior mercado de vestuário da América do Sul, com US$ 42 bilhões em vendas, três vezes mais que o México, nono colocado no ranking, com US$ 14 bilhões. Pietro Gandolfi, diretor da A.T. Kearney, ressalta que empresas nacionais e estrangeiras devem continuar a investir no Brasil, nos próximos dois ou três anos. 2.1.1 Fast Fashion Sorger e Richard (2009) afirmam que a moda é uma busca constante pelo novo, sendo ávida e implacável. Ambos referenciam Oscar Wilde, com sua bela frase: "A moda é simplesmente uma forma de feiúra tão insuportável que somos


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obrigados a mudá-la a cada seis meses". Wilde era apaixonado por sua aparência e por suas roupas e por isso usa a ironia em sua frase. De acordo com Foulkes (2012) a moda está em toda parte e poucos não são afetados por ela, sendo possível compreendê-la e identificar as principais tendências. Para o autor, ela pode reinventar o passado, seja fundindo ou reinterpretando de estilos, mas sempre de uma forma inovadora. Já Dário Caldas (1999) cita que "é preciso reavaliar a diferença entre moda e modas, isto é, entre moda enquanto mudanças no vestir e as diversas modas, entendidas como padrões estéticos e de comportamento adotados temporariamente por uma sociedade". Dessa forma, é possível compreender que a moda emerge de uma necessidade constante de mudanças, sendo algo contínuo que permite que inovações aconteçam em diversas etapas da cadeia da moda, como em tecidos, recortes, caimento, assimetria, entre outros. A partir da ideia de que a cultura e o consumo estão intimamente ligados, é preciso analisar que as transformações ocorridas dentro da sociedade facilitam a compreensão dos fatores ao crescimento de consumo. Sendo dessas mudanças o fator que alimenta o fast fashion. De acordo com McCracken (2003), nos últimos vinte e cinco anos do século XVI, a Inglaterra vivenciou um avanço exponencial no consumo em geral. Na Inglaterra, os nobres começaram a manter despesas com residências em Londres e reconstituindo sítios grandiosos no campo; além disso, gastavam muito dinheiro com coisas fúteis e entre eles. Tais mudanças tiveram implicações sobre consumo na história da Inglaterra. O consumo familiar, que antes era tratado como assunto de todos, foi alterado: os nobres começaram a gastar mais para si mesmo e menos pela sua família. Essas transformações sociais e culturais tiveram um ponto positivo: foi no século 18 que nasceu a “sociedade de consumo”. Nesse período da história, os bens, em geral, se expandiram sobremaneira, incluindo novas oportunidades de compras de imóveis, cerâmica, prata, tecidos e outros. Já no século 19, houve uma baixa no consumo. "A revolução do consumo, neste momento, já havia se instalado com uma característica estrutural da vida social, era um fato social permanente" (MCCRACKEN, 2003, p. 43)


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No século XX, a diversidade da oferta de bens de consumo em vários segmentos foi ampliada. Na área da moda, essa diversidade de produtos também ganhou dimensão maior. Assim, os artigos de vestuário que antes eram utilizados como forma de disputar status social, aos poucos, vão se convertendo em símbolos que representam culturalmente os indivíduos (...). O estilo dos objetos que consumimos será um reflexo da forma como nos comportamos e pensamos a sociedade em que vivemos (DELGADO, 2008, p. 4).

A partir das décadas de 1950 e 1960, a grande referência para a moda passa a ser o jovem, o qual atuava como formador de opinião; assim a alta costura deixa de ditar tendências. No fim da década de 1950, a alta costura, cujos resultados pioram a cada estação, entrevê mais uma vez os limites de seu desenvolvimento. Essa constatação tem por efeito estimular os costureiros que vão inovar em um campo até então inexplorado, o prêt-à-porter dos costureiros (GRUMBACH, 2009, p. 229).

Com a globalização da economia e das comunicações, vivenciada a partir das décadas de 1980 e 1990, a oferta de produtos tomou proporções enormes. Ao mesmo tempo essas transformações geraram uma grande segmentação dos mercados, especialmente o da moda. Finalmente, nos anos 80 e 90, a moda passou posição de destaque no cenário internacional, como fato sócio-cultural inquestionável (nos museus, nas universidades, como reconhecimento da cultura "oficial", ao mesmo tempo em que se torna espetáculo mediático, através dos desfiles, comparáveis aos shows dos astros pop) e fato econômico de proporções ampliadas (as marcas de moda e da indústria de luxo, em geral, começam a ser avaliadas e negociadas no frenesi financeiro da era Wall Street). (CALDAS, 1999, p. 18).

A sociedade contemporânea vive a era da hipermodernidade, período posterior à pós-modernidade. A vida está acelerada: o trabalho, as atividades do cotidiano, o lazer; sendo assim, esse novo ritmo acaba influenciando a maneira de consumir. Como cita Lipovetsky (2004), o que antes era visto como consumismo, na hipermodernidade torna-se uma realidade para um número muito maior de pessoas. O consumidor hipermoderno tem a necessidade de ampliar sua experiência de compra, transformando-a num misto de aventura e prazer, intensificando suas percepções e extrapolando suas sensações de tal forma que o ato do consumo lhe traga satisfação por si só.


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Os consumidores de hoje precisam de algo a mais que os faça saírem do conforto de suas casas no seu tempo de lazer; a compra deve ser uma experiência agradável. A necessidade de entretenimento no varejo é cada vez maior, seja na inovação em tecnologia dos produtos e no ponto de venda, atendentes simpáticos e eficientes ou serviços diferenciados prestados pelo varejista que faça o consumidor interagir melhor com a marca ou produto e se sentir bem no ambiente de compra. Surpreender o consumidor de forma positiva é um ponto forte para o sucesso em vendas e na fidelização de clientes. (SANTIADO; MORELLI, 2010, p.3)

O consumidor atual “tem vontade de seguir a moda, mas não deseja, contudo, desperdiçar seus recursos”, o que aponta para um consumo mais racional do que emocional. O sucesso do modelo fast fashion deve-se mais ao fato de popularidade do modelo do que ao fato das pessoas querem simplesmente consumir. “A aceleração dos ciclos de moda foi acompanhada por uma democratização das tendências”, fazendo com que o consumidor procure produtos mais acessíveis e que ao mesmo tempo sejam novidades, o que favorece o consumo nas empresas da moda rápida (ERNER, 2005, p. 198).

As empresas de fast fashion encontram-se em terreno fértil para conquistar o sucesso no atual mercado altamente competitivo. Segundo Cietta (2010), o grande trunfo do modelo fast fashion está na capacidade de oferecer aquilo que o mercado quer em prazos muito curtos, abastecendo as lojas de forma rápida e constantemente com artigos projetados com base nas tendências de consumo. Dessa forma, esse sistema consegue gerenciar o risco inerente ao lançamento de qualquer coleção, diminuindo as chances de os artigos não serem comercializados. Para Delgado (2008) o sistema fast fashion é a resposta da indústria para a aceleração da demanda, que visa dois objetivos: para a marca, reduzir as perdas se as vendas não forem tão satisfatórias e para seus consumidores que procuram produtos personalizados, oferecer a impressão de possuírem peças a baixo custo. Segundo Silva (2007) as empresas de fast fashion, em suas características essenciais, têm reforçado uma imagem de pouca qualidade de seus produtos, porém, como um fator competitivo das marcas, destacando o fator preço. Já na questão design das coleções fast fashion, observa-se que há muita similaridade entre seus produtos e os de outras empresas que estão no mercado há mais tempo, com produtos apresentados em desfiles e feiras do setor da moda. Conforme Cietta (2009), o fast fashion é o setor da moda mais produtivo e de maior sucesso nos últimos anos. Mesmo não seguindo o seu eixo inicial, uma


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novidade absoluta para o setor, os sucessos empresariais mais significativos e as taxas de rentabilidade mais altas são todas reconduzíveis a empresas que seguem o modelo de produção e distribuição ágeis, ou seja, acelerados em relação aos 24 meses tradicionalmente necessários à cadeia para que tenham as coleções realizadas e expostas nas vitrines das lojas. A respeito desse assunto pode-se afirmar que: As empresas de moda rápida parecem conseguir fazer tudo em prazo menor em relação às empresas tradicionais, a ponto de nos perguntarmos quanto estas últimas poderão resistir ao ciclone que está indo de encontro a elas. Ainda mais interessante é procurar entender em quais aspectos as empresas de sucesso são realmente inovadoras. (Cietta, 2009, p. 33)

Jones (2005), por sua vez, cita que o fast fashion é uma tendência com fim, porque sempre está sendo renovada. Empresas que trabalham com o fast fashion estão

constantemente

renovando

seu

estoque,

pois

também

estão

em

transformação para se adequar à rapidez do consumo. Assim, para Bonorino (2012), as empresas que adotam o modelo fast fashion sofrerão quedas acentuadas de faturamento a médio e a longo prazo, haja vista que esse modelo de negócios já não representa mais uma tendência de consumo e está se esgotando. A autora acredita que o fast fashion será substituído futuramente pelo slow fashion, e essa mudança exigirá um esforço bem maior das marcas em seus projetos e na produção de seus itens. Bonorino (2012) entende que os consumidores avaliarão se realmente necessitam de uma determinada peça ao olharem para as vitrines das lojas, exigindo que as marcas cuidem dos detalhes de desenvolvimento, produção e lojas, do que por sua vez, dos detalhes de apresentação e venda. 2.2 COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR A Associação Americana de Marketing - AMA – (PETER, 2009, p. 5) define comportamento do consumidor como a "interação dinâmica entre afeto e cognição, comportamento e ambiente por meio da qual os seres humanos conduzem na vida atitudes relacionadas à troca". Em outras palavras, comportamento do consumidor envolve os pensamentos e os sentimentos que as pessoas experimentam e suas ações no processo de consumo.


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Empresas buscam identificar o estilo de vida, personalidade e atividades dos consumidores para atingirem as necessidades desse público, com qualidade e preço, o que acaba por forçar a concorrência a buscar constantemente um diferencial competitivo. Conforme Because Business is Global (2014) a marca está intima e diretamente relacionada ao consumidor, visto que é ele quem vai adquirir os produtos dessa empresa. Desde a pesquisa de mercado, criação e o produto final, o objetivo é sempre atender as necessidades desse consumidor. Se o produto estiver fora das expectativas, o consumidor poderá procurar similares em outras marcas e até mesmo, deixar de lado uma eventual fidelidade que tenha a empresa. Segundo Jenkins (2009), as empresas não pensam mais que os consumidores apenas queiram comprar um produto, mas sim, “que estabeleçam uma relação de longo prazo com a marca”, ou seja, que se tornem consumidores fiéis. Segundo Samara e Morsh (2005) “O consumo não é apenas um suprimento de uma necessidade com base na utilidade dos produtos, mas igualmente pelo significado dos próprios produtos, pelo que eles nos dão como benefício adicional”. Cobra (2007) comenta que por mais intenso que seja o incentivo ao consumo, a moda tem o seu próprio código que é particular. Sendo assim, alguns fogem dela para construir seu próprio estilo pessoal, que contém sua própria característica. Para muitos, a utilização e a exposição de certos produtos, como: roupa, celular, computadores, joias e carro, é uma maneira de autoafirmação. Embora esse tipo de comunicação não verbal seja mais importante para uns do que para outros, o fato é que determinadas marcas tem apropriado dessa abordagem emocional em seus produtos. Baudrillard (1995) afirma que “O consumo surge como modo ativo de relação (não só com os objetos, mas ainda com a coletividade e o mundo), como modo de atividade sistemática e de resposta global, que serve de base a todo o nosso sistema cultural”. Continuando com a mesma visão do autor “A ‘sociedade de consumidores’ representa o tipo de sociedade que promove, encoraja ou reforça a escolha de um estilo de vida e uma estratégia existencial consumista, e rejeita todas as opções culturais alternativas” (BAUMAN, 1925, p. 71). Erner (2005) indica que a moda, ainda é um meio de afirmação pessoal e de formação da personalidade e isso justificaria a fidelidade e preferência do consumidor por determinadas marcas.


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2.2.1 Mudanças de Comportamento no Consumidor Mudanças sociais, econômicas e tecnológicas no cenário mundial, ocorridas durante a segunda metade do século XVI, proporcionaram o avanço da tecnologia e, consequentemente, a diminuição do valor de celulares e computadores, o que provocou alterações na sociedade na forma de consumo. Conforme cita Jenkins (2009) "nos anos 1990, a retórica da revolução digital continha uma suposição implícita, e às vezes explícita". Os antigos meios de comunicação acabaram sendo esquecidos e a internet substituiu a radiodifusão; com isso os consumidores têm acesso fácil a conteúdos que mais lhe interessam. A facilidade de acesso à internet mudou a maneira que consumidores buscam por informações sobre marcas, produtos, serviços. Através das constantes mudanças da tecnologia e como isso impacta o comportamento de compra dos consumidores, empresas estão em uma análise contínua, pela busca em estreitar relações com seu público alvo, especialmente a partir do surgimento de novas formas de relacionamento, proporcionados pelo avanço tecnológico. ao fluxo de conteúdos através de múltiplos suportes midiáticos, à cooperação entre múltiplos mercados midiáticos e ao comportamento migratório dos públicos dos meios de comunicação, que vão a quase qualquer parte em busca das experiências de entretenimento que desejam (JENKINS, 2009, p. 29).

Segundo relatório Energizing Global Growth: Understanding the Changing Consumer (2013) quase três quartos dos consumidores entrevistados durante a pesquisa que envolveu dez mil pessoas, usam a Internet para adquirir produtos ou serviços mais do que faziam há três anos, e que cresce o uso de redes sociais como uma ferramenta no processo de compra. O atual consumidor possui a facilidade da tecnologia como ferramenta de suporte no processo de decisão de compra; tornou-se então, necessário as empresas, entenderem como consumidores tomam decisões de compra, para ser possível atender as expectativas de cada público.


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2.2.2 Consumidor e Marcas de Moda Conforme Kotler (2012, p. 129) cita, "atualmente, as empresas têm enfrentado uma concorrência jamais vista." Os clientes são a razão para empresas contratarem funcionários, construir fábricas, agendar reuniões ou se engajar em qualquer atividade empresarial. Sem clientes, não há negócios. É possível observar a importância que clientes têm para marcas, pois há uma relação de total dependência com seus consumidores. Como forma de compreender melhor o público-alvo, Kotler (2012) identifica como empresas se propõem a realizar e manter uma análise de valor de produtos e serviços constantemente: a) Identificar os principais atributos e benefícios valorizados pelo cliente. b) Avaliar a importância quantitativa dos diferentes atributos e benefícios. c) Avaliar o desempenho da empresa e dos concorrentes nos diferentes valores para os clientes em relação a sua importância. d) Examinar como os clientes em um segmento específico avaliam o desempenho de uma empresa em relação a um grande concorrente específico sobre atributo individual ou uma base de benefício. e) Monitorar os valores para o cliente ao longo do tempo. A satisfação é um sentimento de prazer que resulta da comparação entre o desempenho (ou resultado) percebido de um produto e as expectativas do comprador. Se o desempenho não alcançar as expectativas, o cliente ficará insatisfeito. Se alcançá-las, ele ficará satisfeito. Se o desempenho for além das expectativas, o cliente ficará altamente satisfeito ou encantado. Segundo Kotler (2012) os consumidores têm diferentes níveis de fidelidade em relação a marcas, lojas e empresas. Define-se fidelidade como um compromisso profundamente arraigado de comprar ou recomendar repetidamente certo produto no futuro. 2.2.3 Comportamento do Consumidor nas Mídias Sociais As empresas estão investindo em mídias sociais, sites e aplicativos como forma de aumentar a divulgação de sua marca, buscando uma maior visibilidade.


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Segundo Jenkins (2009), consumidores estão aprendendo a utilizar as diferentes tecnologias para ter um controle mais completo sobre as mídias e para interagir com outros consumidores. As promessas desse novo ambiente midiático provocam expectativas de um fluxo mais livre de idéias e conteúdos. Inspirados por essas idéias, os consumidores estão lutando pelo direito de participar mais plenamente da sua cultura. Às vezes, a convergência corporativa e a convergência alternativa se fortalecem mutuamente, criando relações mais próximas e mais gratificantes entre produtores e consumidores de mídias. (JENKINS, 2009 , p. 44)

Continuando com o pensamento do autor acima (2009) a convergência exige que as empresas repensem antigas suposições sobre o que significa consumir mídias. Se os antigos consumidores eram tidos como passivos, os novos consumidores são ativos. A convergência corporativa coexiste com a convergência alternativa. Empresas midiáticas estão aprendendo a acelerar o fluxo de conteúdo midiático pelos canais de distribuição para aumentar as oportunidades de lucros, ampliar mercados e consolidar seus compromissos com o público. Consumidores estão aprendendo a utilizar as diferentes tecnologias para ter um controle mais completo sobre fluxo da mídia e para interagir com outros consumidores. (JENKINS, 2009, p. 44)

Com essa argumentação de Jenkins podemos observar que os consumidores possuem maior liberdade de escolha aliada a um maior domínio da tecnologia. Conforme Because Business is Global (2014) as instituições que só têm sites para conquistar novos clientes ou manter os seus consumidores, estão ficando para trás, pois os consumidores informados esperam por uma experiência multicanal com as suas marcas e também esperam o mesmo nível de atendimento, independente da mídia social, seja pelo Facebook, Twitter ou Pinterest. Moore (2013) cita que marcas que tentam ser excessivamente comerciais e corporativas quanto as suas atividades nas mídias sociais, geralmente têm níveis mais baixos de sucesso. Uma comunicação eficaz e mais próxima do cliente, por meio de mídias sociais, exige um conhecimento mais aprofundado do seu público. Se uma marca quiser possuir consumidores fiéis, terá que oferecer algo que agregue valor, disponibilizando conteúdos atraentes para seus seguidores. Se isso ocorrer a cada novo lançamento, a empresa terá uma maior probabilidade de seus seguidores


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leais

responderem

a

mensagens

comerciais

ocasionais,

adequadamente

promovidas. 2.3 MODA E TECNOLOGIA Para Moore (2013) a indústria da moda respondeu com grande entusiasmo às mudanças e às oportunidades fornecidas pela revolução digital. O surgimento de blogueiros em todo o mundo, sites de moda de rua, que fornecem informações sobre tendências atuais e mundiais, e marcas interagindo de diferentes maneiras com seus consumidores, estimulou o conversão da moda e tecnologia, como fator natural, pois ambas estão em constante movimento. A demanda por novas ideias no ambito da moda foi impulsionada de uma maneira mais rápida, com mais conhecimento de seus

consumidores

em

relação

às

tendências

e

pela

capacidade

de

compartilhamento instantâneo com outras pessoas em escala global. Com o avanço da tecnologia, empresas tem explorado recursos digitais como forma de se comunicar com seus consumidores. Websites, páginas em redes sociais, ecommerces e aplicativos para smartphones têm aproximado as marcas de seu público. Entre diversas formas, aplicativos para dispositivos móveis têm uma grande aceitação pelo público, pois filtram e qualificam o excesso de informações, diminuem o tempo de pesquisa, de leitura e de absorção de dados. Uma nova geração de consumidores, denominada millennials (pessoas que nasceram entre 1980 e 1990), será totalmente plural, que está entrando no mercado de consumo com um poder jamais visto. De acordo com Faccioni (2012) a entrada no mercado de consumo dessa geração modificará completamente a relação entre fabricante, distribuidor e consumidor. A moda terá ciclos cada vez menores, e a tecnologia proporcionará que cada consumidor desenvolva uma moda específica para o seu gosto. O comércio digital, que vem se desenvolvendo rapidamente, é um grande avanço na ampliação do poder para o consumidor, explorando limites e provocando mudanças de consumo. A indústria da moda e a tecnologia de aplicativos têm potencial de se tornarem um modelo de negócio com alto nível de interação entre empresas, compradores, vendedores e intermediários. Será possível criar novas possibilidades de negócios, sendo necessária a criatividade e a cooperação, fortalecendo o setor da moda.


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2.3.1 Tecnologia Celular O primeiro celular foi fabricado em 1983 pela Motorola, o DynaTAC 8000x tinha 30 centímetros de altura e pesava 1kg e era utilizado como adereço nos carros. No início da década de 90 foi lançada a segunda geração de celulares, que eram menores e mais leves, adquirindo assim a função de portabilidade, quando foi implementado o recurso de mensagem, o SMS, que significa short message service, em tradução do inglês: serviço de mensagens curta. No início, essa tecnologia trouxe uma nova forma de comunicação a quem possuía um celular: era direta, rápida e sucinta, todavia limitada por 160 caracteres. Também nessa fase foram criados os toques sonoros em celulares, com o objetivo de atrair o consumidor. Ao longo dos anos diversas inovações foram sendo implantadas, como a aplicação de displays de 64 mil e de 256 mil cores, câmera e alarmes. (JORDÃO, 2009) A empresa Nokia buscou inovar além de ligações ou mensagens de textos, quando em 1994 incentivou o crescimento do ramo de telefonia móvel e lançou a função de jogos para celulares. No mais popular deles, o jogo snake, o jogador manobra uma cobra virtual que precisa pegar comida sem bater nas paredes ou no seu próprio corpo e que aumenta o comprimento quanto mais se alimenta. Em 2002, os primeiros celulares com programação Java chegaram ao mercado, fazendo com que empresas e também os próprios usuários começassem a criar aplicativos para a plataforma mobile, pois a tecnologia de programação em Java era disponível e acessível. (HOSITEC, 2014) A chegada do 3G à telefonia móvel evoluiu para incorporar redes de acesso à internet aos smarthphones, permitindo o acesso fácil, rápido e barato à internet, popularizando o serviço. O Brasil é o quarto país do mundo em números de smartphones, contemplando 70 milhões de aparelhos, perdendo apenas para China, Estados Unidos e Japão. O País fechou o ano de 2014 com 138,8 milhões de acessos à banda larga móvel, sendo esses: 128,0 milhões via aparelhos 3G, 6,6 milhões de terminais banda larga (na maior parte modens) e 4,2 milhões via aparelhos 4G, sendo que 50% dos celulares do Brasil possuem acesso à banda larga móvel. (3G NO BRASIL, 2014)


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3 APLICATIVOS Telefones celulares do tipo smarthphones, são celulares “inteligentes” por serem capazes de se conectar a redes de dados para acesso à internet, possuindo assim características como as de um computador. Segundo a Anatel (2015), o aumento de uso dos smartphones teve alta de 3,5% em 2014, e o Brasil atingiu 280,73 milhões de linhas ativas de telefonia móvel. Esse tipo de celular permite a instalação de um aplicativo, ou um app, termo usado como uma abreviação da palavra inglesa application, que são como softwares desses celulares. Esses apps podem ser instalados a partir de lojas online. (ROSA, 2012) Tal tecnologia está difusa no cotidiano das pessoas, pois facilita atividades, filtra e qualifica informações, além de otimizar as tarefas das pessoas. Como por exemplo, o aplicativo Level Money, que tem o objetivo de auxiliar o controle financeiro do usuário, do quanto pode ser gasto em um mês, semana ou dia específico. Há também o aplicativo Remember The Milk, voltado a colaborar com a organização da rotina, sendo potencialmente o app de listas de afazeres, com o diferencial de integração com demais programas e sistemas, como Outlook, Gmail, Twitter e outros. Com o crescimento do uso dos smartphones e expansão e barateamento do serviço de pacote de dados, as empresas perceberam uma oportunidade no desenvolvimento de aplicativos, com o objetivo de aproximar as marcas e os consumidores, criando mais um canal de relacionamento. 3.1 CONTEÚDO DOS APLICATIVOS Com o objetivo de compreender quais são os principais recursos disponíveis em aplicativos de marcas de moda fast fashion, que exemplificam esse canal de relacionamento, foram analisados como objeto de estudo quatro aplicativos de marcas de moda: (a) Renner; (b) Hering; (c) Riachuelo; e (d) Zara, e as imagens utilizadas na sequência foram retiradas conforme se apresentam ao público.


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3.1.1 Renner A tela inicial do aplicativo da Renner (Figura 1) é possível acessar as áreas “Estilo Renner”, “Push Store”, “Cartão Vantagens”, “Lojas” e “Siga a Renner”, sendo que esses itens também podem ser acessados através de um ícone de “Menu”, localizado na parte superior esquerda do layout. FIGURA 1 – TELA INICIAL

FIGURA 2 - MENU

Na área “Renner Comigo” o usuário tem acesso ao recurso de montagem de um “Card”, no qual é possível inserir imagens e selecionar filtros, bem como elaborar uma frase para ser adicionada a uma imagem, definindo fonte e cor de texto; para posteriormente, compartilhar o “Card” montado em redes sociais. O “Blog Estilo Renner” possui dicas de composições de roupas, acessórios e além de permitir comentários compartilhados sobre tecidos e tendências. Em “Lojas” são disponibilizadas as lojas mais próximas, as quais serão apresentadas num mapa. Na “Push Store” o usuário tem acesso à loja online da marca Renner onde se encontram vários estilos de roupas, como: casacos, jaquetas, camisas, camisetas, sapatos, entre outros. Todavia, a venda não é feita através do aplicativo, mas encaminhada para o site Renner. Na área “Clube de Vantagens” o usuário pode solicitar um cartão Renner e na sessão “Vídeos” estão disponíveis vídeos de divulgação da marca. Em “Siga a Renner” são disponibilizada informações sobre a


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marca e suas redes sociais. Ainda, em “Configurações”, é possível configurar quais notificações serão enviadas pelo aplicativo. 3.1.2 Hering Cacoal A tela de apresentação do aplicativo (Figura 3) possui o link para as redes sociais da marca (Facebook, Twitter, e YouTube) e contato. Acessando a sessão “Hering Cacoal” é disponibilizado acesso ao “Menu” (Figura 4). FIGURA 3 - TELA INICIAL

FIGURA 4 - MENU

Dos itens do “Menu”, a área “Hering Store” exibe uma explicação da marca e de seus produtos. Nas áreas “Shorts Femininos”, “Blusas Femininas”, “Vestidos”, “Calças Masculinas”, “Camisetas Masculinas”, “Shorts Masculinos” e “Acessórios” o usuário visualiza peças conforme nome da sessão. A Figura 5 apresenta a área “Shorts Femininos”, exemplificando como são visualizadas as roupas de cada área no aplicativo. Por fim o item “Vídeos” dispõe de vídeos de apresentação da marca.


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FIGURA 5 - SHORTS FEMININOS

3.1.3 Riachuelo Na abertura do aplicativo o usuário é apresentado os “Destaques” do mês relacionadas a marca, conforme o tema de “Sport Urban”, “FolkStory”, “Promoção”, “Programa de Trainne”, “Gabriela Pugliesi. Essa configuração é constantemente atualizada e se modifica com uma frequência mensal, sendo que independente da sessão, é sempre possível acessar o “Menu” através do ícone no canto superior esquerdo. FIGURA 6 – SUPERCOMBO

FIGURA 7 - SPORT URBAN

Através do “Menu” (Figura 8), a área “Produtos” encontram-se os produtos segmentados por público “Feminino”, “Masculino”, “Infantil” e “Moda Casa”, como códigos de venda (número de referência) para estabelecer a referencia de comprar na loja física, facilitando o processo.


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FIGURA 8 – MENU

Em “Coleções” está disponível a visualização das atuais coleções da marca, que no momento de pesquisa foram: “Pool Jeans”, “Lala Rudge”, “Happy Friends”, “Outono Inverno”, “Star Wars” e “Gabriela Pugliesi”. A área de “Localizador de Lojas” são apresentadas as lojas físicas mais próximas do usuário. Em “Blog Estação” o usuário tem dicas de ambientes, roupas e acessórios, na área “TV Riachuelo” tem acesso às novas campanhas da marca e em “Acesse a Rádio” o usuário pode escutar músicas selecionadas pela marca. 3.1.4 Zara Deslizando a esquerda, a partir da tela inicial do aplicativo (Figura 9) o usuário tem acesso as configurações de sua conta pessoal, na área “Minha Conta” (Figura 10), sendo possível ter acesso a informações de compra, como aos pedidos de realizados, endereço de envio de mercadorias, dados de pagamentos, além de cartões de oferta, dados pessoais e dados de acesso.


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FIGURA 9 - TELA INICIAL

FIGURA 10 - MINHA CONTA

Deslizando a direita, partir da tela inicial do aplicativo o usuário encontra a área destinada a “Produtos". A área Produtos (Figura 11) é dividida quatro grupos: “Mulheres”, “Homens”, “Crianças e bebês”, sendo que no item "Última Semana" encontram-se os lançamentos para cada grupo. Em "Seasonals", "Mulher", "TRF", "Organic Cotton", "Trends" e "Zara Daily" o foco é em roupas femininas; já nos itens "Homem e Mini (bebês)" a visualização das roupas é para as respectivas categorias de segmento. Em "Shoes&Bags" o usuário tem acesso a sapatos e bolsas independente do segmento. Nas áreas "Crianças” e “Brothers & Sisters" contém produtos para crianças (meninos e meninas). FIGURA 11 – PRODUTOS


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A sessão "Lookbook" apresenta looks montados pela marca para todos os grupos, podendo o usuário efetuar a compra. "Pictures" apresenta uma lista de modelos da Zara (masculinos e femininos) com diversos looks para venda dos produtos apresentados nas fotos dessa opção. "Campaingn" apresenta fotos de campanhas da Zara e por fim, em "Cartão Oferta" o usuário pode adquirir um cartãopresente para presentear alguém, que pode ser enviado de forma virtual ou física. 3.1.5 COMPARATIVO DOS RECURSOS DOS APLICATIVOS A partir das analises de funções realizadas nos quatros aplicativos de moda, foi realizado um gráfico comparativo com os principais recursos encontrados, como forma de estabelecer um padrão de comparação: QUADRO 1 - RECURSOS DOS APLICATIVOS ATRIBUTOS

RENNER

HERING

RIACHUELO

Acesso a compras

X

Localizador de lojas

X

Promoções

X

X

Acessar Blog (Conteúdo)

X

X

Conhecer produtos da marca

X

Cartão vantagens (Cartão fidelidade)

X

Conhecer campanhas da marca.

X

ZARA X

X

X

X

X

X

X

X X

X

X

FONTE: A Autora (2015)

Os quatro aplicativos analisados permitem ao usuário “Conhecer as campanhas da Marca”, bem como “Conhecer Produtos”; além disso, o recurso “Localizador de Lojas” está disponível em todos os aplicativos analisados, proporcionando assim, fácil acesso a marca para o consumidor.


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Já o recurso de “Acesso a Compras” pelo aplicativo só é possível através das marcas Renner e da Zara. Promoções, “Acesso ao blog” e seu conteúdo e “Cartão Vantagens” foi encontrado apenas nos aplicativos da Renner e da Riachuelo. O estudo buscou analisar quais são os recursos disponibilizados aos usuários de aplicativos de marcas de moda fast fashion, para que a partir dessas observações, fosse possível realizar uma pesquisa com os usuários que se interessam por moda e tem familiaridade com essa tecnologia, pois se partiu da hipótese que consumidores que se sentem fortemente conectados a moda, e que são fieis a marcas de moda, teriam maior potencial de responder aos questionamentos e contribuir com a pesquisa, pois teriam maior engajamento com o tema.


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4 PESQUISA 4.1 QUESTIONÁRIO O questionário (Apêndice 1) foi elaborado com 14 perguntas, aplicado entre os dias 17 de abril de 2015 e 15 de maio de 2015 e respondido por 113 pessoas, sendo 67,9% mulheres e 32,1% homens. Foi observado que o maior público de respostas foi obtido por pessoas acima de 30 anos, representado por 43,8%, e a região do país que mais contribuiu com a pesquisa foi a região Sul, com 52,7% de participação. Dos participantes, 42% utilizam aplicativos de marca de moda e consequentemente, 58% não utilizam, sendo que para as análises a seguir, foram consideradas apenas as respostas daqueles que responderam que utilizam aplicativos. O público escolhido para o preenchimento da pesquisa foi de pessoas que têm interesse por moda e familiaridade com tecnologia, com a finalidade de analisar a interação e o comportamento desse perfil, de pessoas que são fieis as marcas. Com esse objetivo, foram selecionados alguns grupos de moda no Facebook para a pesquisa: “Design de moda Senai”, “DM UTP 1º”, “Moda para Estudantes” e “Inventando Moda”. 4.1.1 Resultados do Questionário O Gráfico 1 mostra as respostas relacionadas ao sentimento de fidelização do consumidor com marcas de moda, quando questionados sobre seu grau de fidelização, foi observado que entre as respostas, 23,40% afirmaram fortemente serem “completamente fiel às marcas de moda” e 31,90% concordaram com a afirmação, demonstrando num total, que pouco mais de 50% demonstrem uma possível lealdade a marca. Esse parâmetro poderia estar relacionado quando Erner (2005) afirma que a moda e a sua representação através de uma marca, seja uma forma de afirmação pessoal e de personalidade, indicando bom nível de relacionamento das marcas com seus consumidores, que mesmo num mercado competitivo, conseguem engajar clientes.


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GRÁFICO 1 - SOU COMPLETAMENTE FIEL ÀS MINHAS MARCAS DE MODA

FONTE: A Autora (2015)

Moore (2013) observou que marcas de moda, tanto as populares quanto as de luxo, migraram seus negócios online de mídias e canais digitais para outros setores, como por exemplo, desfiles pela internet com interação do público nesses desfiles via Twitter. O Gráfico 2, mostra o percentual de respostas sobre para qual finalidade os aplicativos são utilizados, a partir da visão dos seus usuários. Os usuários percebem que “Conhecer Produtos da Marca” e ter acesso a “Promoção” são os maiores benefícios de um aplicativo. Contrapondo o Quadro de Recursos dos Aplicativos com o gráfico acima, observamos que, apesar do item “Promoções” constar somente nos aplicativos da Renner e da Riachuelo, este é um dos recursos mais utilizados nos aplicativos que o contém. A observação de Faccioni (2012) se faz valida pois quando o consumidor possui mais opções que uma apenas a compra direta, este procura mais informações e melhores preços para suas tomadas de decisão. Ainda Faccioni (2012) observa que o comércio digital está constantemente crescendo e que esse crescimento se traduz em um maior poder para o consumidor visto que é ele quem passa a ter a decisão de compra.


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GRÁFICO 2 - USO DOS RECURSOS DOS APLICATIVOS

FONTE: A Autora (2015)

O recurso “Compras” disponível em apenas dois aplicativos, da Renner e da Zara, (sendo que na Zara, a compra é realizada em Euros), é um recurso com interesse de acesso. Todavia, a possível resposta para a não utilização da ferramenta, seja justificada pelo fato que somente 1% dos entrevistados da pesquisa, informou que deixou de ir à loja física depois de usar aplicativos de marca de moda. Percebe-se uma necessidade, talvez emocional ou por falta de total confiança no mundo virtual (m-commerce, e-commerce) de uma referência física do objeto da marca disponível para compra; traduzindo como uma insegurança para um compra online. Segundo E-commerce News (2013) “roupas e acessórios são agora os itens mais comprados online em todo o mundo”, o que vem a corroborar os dados da pesquisa. Como informação complementar, no Gráfico 3 observa-se que 34,09%, dos que utilizam o recurso de compras, compram peças de vestuário pelo aplicativo, seguido por acessórios.


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GRÁFICO 3 - PRODUTOS QUE COSTUMA COMPRAR PELOS APLICATIVOS

FONTE: A Autora (2015)

Faccioni (2012) ainda registra que a comunicação de uma marca com o seu público através de redes sociais, exige uma maior atenção e cuidado. Essa maior atenção é extrapolada quando falamos de aplicativos de marca de moda para smartphones. Para obter fidelidade e retorno positivo de seu público, as marcas precisam apresentar conteúdo atraente e atualizado, preços convidativos através de promoções, fotos e informações de coleções e lançamentos recentes, entre outros recursos que agreguem valor à marca e cativem o cliente. No Gráfico 4 demostra que os usuários apontam entre os maiores benefícios dos aplicativos a “Proximidade com a marca” e o “Fácil acesso à novidades”, sendo que tais respostas levam a hipótese que as marcas de moda estão em busca de uma boa comunicação com o seu público através dos aplicativos.


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GRÁFICO 4 - BENEFÍCIOS PERCEBIDOS AO UTILIZAR APLICATIVOS DE MODA

FONTE: A Autora (2015)

Quando questionados sobre o grau de facilidade de uso dos aplicativos de marcas de moda (Gráfico 5), usuários demonstram ter facilidade, mas, devido a grande quantidade de notas 4, cria a hipótese de como o público da pesquisa eram de consumidores com familiaridade com a tecnologia e que assim, esperam por mudanças rápidas, e compreendem que a tecnologia é sempre mutável e na evolução constante dos aplicativos.


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GRÁFICO 5 - APLICATIVOS DE MODA SÃO FÁCEIS DE USAR

FONTE: A Autora (2015)

Complementando, o Gráfico 6 mostra as notas médias que os aplicativos receberam a partir de seus usuários. Com médias ponderadas entre 6,28 e 7,6 pontos, os apps também obtiveram um grande volume de notas entre 8 e 9.


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GRÁFICO 6 – NOTAS DOS APLICATIVOS (MÉDIA PONDERADA)

FONTE: A Autora (2015)


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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Este trabalho de conclusão de curso se propôs a abordar o tema de aplicativos de marcas de moda e o seu consumidor, e estudar a interação das marcas de moda e seus clientes; a evolução da tecnologia e seu reflexo na moda. A pesquisa procurou relacionar os recursos encontrados nos aplicativos específicos das quatro marcas de moda, com as necessidades e a percepção do consumidor sobre aplicativos de forma geral, mas também específica com os aplicativos analisados, como forma de validar esse comportamento, com um público específico e selecionado, validando a proximidade com a sua marca favorita. A participação na pesquisa revelou que 42% das pessoas que responderam ao questionário utilizam aplicativos de marcas de modas em seus smartphones o que demonstrou baixa aderência, mesmo quando perguntado a um público selecionado que demostra ter interesse e engajamento ao tema moda. Pode-se concluir, que a adesão a esse canal de relacionamento com marcas de moda, ainda é pequeno. Entre esses usuários, a grande maioria (99%) não deixou de visitar as lojas físicas de suas marcas favoritas pelo fato de utilizarem os aplicativos, o que indica que os apps auxiliam na proximidade da marca com o usuário, servindo de uma extensão de suas lojas ao disponibilizarem ao consumidor, desfiles, conteúdo dos blogs, coleções, novos produtos, mas que não substituem o local físico, sendo ainda, a loja, talvez o maior canal de relacionamento com o cliente. Apoiando essa hipótese, observa-se que esse usuário utiliza o aplicativo de seu smartphone para ter fácil acesso às novidades da sua marca preferida, além de se sentir mais próximo da marca. Para melhorar a experiência do consumidor com os aplicativos, marcas de moda estão seguindo tendências de tecnologia e aderindo a novas práticas de relacionamento com seu cliente, aumento e ampliando a fidelidade do consumidor, e, consequentemente, aumentando as vendas, visando à demanda do fast fashion.


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6 REFERÊNCIAS ABIT, O Poder da Moda: Cenários • Desafios • Perspectivas Agenda de Competitividade da Indústria Têxtil e de Confecção Brasileira 2015 a 2018. Disponível em: <http://www.abit.org.br/conteudo/links/Poder_moda-cartilhabx.pdf> Acesso em: 14 jul. 2015 ANATEL, Número de linhas celulares no Brasil cresce 3,5% em 2014. Disponível em: <http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2015/02/numero-de-linhas-celulares-nobrasil-cresce-35-em-2014.html> Acesso em: 2 maio. 2015 BAXTER, M. Projeto de produto: Guia prático para o design de novos produtos. 2.ed. São Paulo: Blucher, 2000. BECAUSE BUSINESS IS GLOBAL, O novo desafio das marcas: uma visão global dos hábitos dos clientes em dispositivos móveis e redes sociais. Disponível em: < http://www.abemd.org.br/interno/Mobile-social-report.pdf> Acesso em: 2 nov. 2014 BAUDRILLARD, J. A sociedade de consumo. Lisboa: Ed. 70, 1995. BAUMAN, Z. Vida para consumo: A transformação das pessoas em mercadoria. Tradução Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2008 BONORINO, E. Fast Fashion: Mocinho ou Vilão? In: Evelyn B, 2012. BONORINO, E. Fast Fashion x Slow Fashion. In: Evelyn B, 2012. CIETTA, Enrico. A revolução do fast fashion. Estratégias e modelos organizativos para competir nas indústrias híbridas. São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2010. COBRA, M. Marketing & moda. São Paulo: Editora Senac São Paulo; Cobra Editora & Marketing, 2007.


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APÊNDICE PESQUISA SOBRE APLICATIVOS DE MODA Sexo -Feminino -Masculino Faixa etária -de 18 a 21 anos -de 22 a 25 anos -de 26 a 30 anos -acima de 30 anos Região onde mora -Sul -Sudeste -Centro-Oeste -Norte -Nordeste Como você se relaciona com suas marcas de moda favoritas? -Loja física -Blog -Aplicativos -Sites - Outro (s)(Cite) ______________________________________________ Você utiliza aplicativos de marcas de moda ? -Sim -Não Que aplicativos de marcas de moda você usa? Zara


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Renner Hering Cacoal Riachuelo ( Rchlo ) - Outro (s)(Cite) ______________________________________________ Para que você utiliza esses aplicativos ? -Compras -Conhecer produtos da marca -Cartão vantagens ( cartão fidelidade ) -Promoções -Localizador de lojas -Acessar Blog -Conhecer coleções e campanhas da marca - Outro (s)(Cite) ______________________________________________ Quais produtos você costuma comprar pelos aplicativos de moda ? -Roupas -Acessórios -Perfumes -Calçados -Bolsas - Outro (s) (Cite) ______________________________________________ - Não faço compras pelo aplicativo. Com que frequência acessa o(s) aplicativos(s) -Diariamente -Semanalmente -Quinzenalmente -Mensalmente


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Assinale as alternativas que correspondem aos benefícios percebidos quando utiliza o aplicativo de uma marca de moda: -Sinto-me mais próxima da minha marca favorita -Tenho comodidade para fazer compras online -Consigo fácil acesso às novidades da marca -Não preciso ir até a loja física -Tenho vantagens em promoção usando o aplicativo Você deixou de frequentar as lojas físicas depois do uso do aplicativo? -Sim -Não Sou completamente fiel às minhas marcas de moda favoritas -Discordo totalmente... Concordo fortemente Aplicativos de moda são fáceis de usar -Discordo totalmente... Concordo fortemente Se você utiliza algum dos aplicativos de moda abaixo, por favor, dê uma nota para eles: RENNER -0 a 10 HERING CACOAL -0 a 10 ZARA -0 a 10 RIACHUELO -0 a 10


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