FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAIS CURITIBA CURSO SUPERIOR DE DESIGN DE MODA RAFAELA BITTENCOURT BELLO
CATÁLOGO DE BORDADOS ESPECIALIZADO NO SEGMENTO DE MODA NOIVA
CURITIBA JUN/2015
RAFAELA BITTENCOURT BELLO
CATÁLOGO DE BORDADOS ESPECIALIZADO NO SEGMENTO DE MODA NOIVA.
Monografia apresentada como requisito Parcial para obtenção do grau de Design de Moda 6º período do Curso Tecnólogo em Design de Moda da Faculdade de Tecnologia Senai Curitiba. Orientador: Roseli Stencel Co- Orientadora: Andréa Schieferdecker
CURITIBA JUN/2015
TERMO DE APROVAÇÃO
RAFAELA BITTENCOURT BELLO
CATÁLOGO DE BORDADOS ESPECIALIZADO NO SEGMENTO DE MODA NOIVA.
Este trabalho foi julgado e aprovado como requisito parcial para a obtenção do grau de Design de Moda do curso Tecnólogo em Design de Moda.
__________________________________________ Edson Korner Coordenador do curso
Orientador
Prof.
Banca
Prof. Prof.
Dedico esse trabalho aos meus pais e aos meus orientadores por todo o incentivo e ajuda para tornar este trabalho possĂvel.
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus familiares, especialmente aos meus pais por todo o apoio ao longo do curso, aos meus professores pelos conhecimentos transmitidos, amigos e profissionais que me ajudaram na concretização deste trabalho em especial.
RESUMO
Este trabalho visa projetar um catálogo especializado no segmento moda noiva, contendo diferentes técnicas de bordados manuais aplicados em amostras de tecidos. As revistas, sites e eventos de noiva, contribuem, mas faltam informações relevantes sobre têxteis e técnicas mais adequadas de ornamentação, como o bordado. O estudo foi desenvolvido com base em pesquisa bibliográfica acerca do segmento moda noiva. Neste, é possível conhecer um pouco da história do vestido de noiva, breves pontos importantes da alta-costura, Alta moda e prêt-à-porter. Nele, se encontram algumas das principais feiras, eventos e revistas nacionais e internacionais voltadas para as noivas. A partir daí foram pesquisados os principais tecidos e aviamentos para confecção do traje. Este estudo é voltado especificamente em bordados de vestidos de noiva. Saber os tipos de rendas e materiais que podem ser utilizados são importantes para conhecer as variedades de aplicações para tais. Sendo assim, o presente estudo resultou em um catálogo que pretende ser fonte de informação e inspiração, tanto para a noiva quanto para os profissionais envolvidos no processo, evidenciando as vantagens desta ferramenta em relação a outros produtos e/ou serviços, de levar ao público algo diferente do que está sendo oferecido no mercado, dando a oportunidade as noivas de escolher de uma forma personalizada que tipo de técnica e material que ela gostaria em seu vestido, participando não só na criação, mas de cada pequeno detalhe, possibilitando aos que tiverem este material possam divulgar seus trabalhos e conquistarem seus clientes, procurando estabelecer uma parceria com o catálogo como forma de divulgação e marketing.
Palavras- chaves: moda noiva; catálogo; bordado.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................. 11 2 DESENVOLVIMENTO...................................................................................... 13 2.1 ALTA-COSTURA ........................................................................................
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2.2 PRÊT- À-PORTER .....................................................................................
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2.3 SEGMENTO MODA NOIVA .......................................................................... 17 2.4 PRINCIPAIS ESTILISTAS E MARCAS DO SEGMENTO MODA NOIVA ..... 20 2.5 PRINCIPAIS FEIRAS E EVENTOS DE NOIVA ............................................ 26 2.6 SITES DOSEGMENTO MODA NOIVA ......................................................... 27 2.7 REVISTAS DO SEGMENTO MODA NOIVA ................................................. 30 2.8 CATÁLOGOS VOLTADOS PARA O SEGMENTO MODA NOIVA ................ 30 2.9 TECIDOS DO SEGMENTO MODA NOIVA................................................... 33 2.9.1 Tecidos utilizados para o Forros..............................................................
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2.9.1.1 Rendas .................................................................................................... 36 2.9.1.2 Materiais, aviamentos, e aplicações ....................................................... 38 2.9.1.3 Surgimento da Evolução do Bordado ..................................................... 40 2.10 PLANEJAMENTO DE UM CATÁLOGO ..................................................... 43 2.10.1 Definição de catálogo .............................................................................. 43 2.10.1.2 Catálogo de moda ................................................................................ 44 2.10.1.3 Viabilização do catálogo com base nos percentuais de importação....
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2.10.1.4 Design gráfico do catálogo ................................................................... 46 2.10.1.5 Produção de moda do catálogo ............................................................ 46 2.10.1.6 Divisão do catálogo .............................................................................. 50 2.11 PLANEJAMENTO DO CATÁLOGO DE BORDADOS................................. 51 2.11.1 Projeto editorial do catálogo..................................................................... 53 3 CONCLUSÃO .................................................................................................. 60 4 REFERÊNCIAS ............................................................................................... 61
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Vestidos de noiva - primavera/ verão 2015 - Zuhair Murad.......................... 15 Figura 2 - Primavera / verão 2015 - por Carolina Herrera.........................................
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Figura 3 - Vestido de noiva da Rainha Vitória............................................................. 18 Figura 4 - Primavera / verão 2013 - por Elie Saab...................................................
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Figura 5 - “Sex and the city” (2008)……………………………...............................
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Figura 6 - Primavera/ verão2015 - por Zuhair Murad...........................................
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Figura7- Coleção Dreams 2014 - modelo On Tina...............................................
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Figura 8 - Coleção 2015 - por Rosá Clará............................................................
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Figura 9 - Lebanese Collection - 2014 - por Lucas Anderi.........................................
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Figura 10 - Martha Medeiros......................................................................................
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Figura 11 - Foto de Stephanie Gatto, vestida por Sandro Barros................................ 25 Figura 12 - Temática e editorial do guia de casamentos e eventos............................. 31 Figura 13 - Formato do guia de noivas e eventos........................................................ 33 Figura 14 - Storyboard da produção de moda.............................................................. 46 Figura 15 - Amostras de bordado do catálogo............................................................. 47 Figura 16 - Resultado das fotos comparada as referencias do storyboard.................. 48 Figura 17 - Guia de eventos & eventos 13° edição....................................................
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Figura 18 - Guia de noivas e eventos 19° edição......................................................... 51 Figura 19 - Bordador Raul Berges ................................................................................ 52 Figura 20 - Agulhas utilizadas nas amostras de bordado.............................................. 53 Figura 21 - Capa do catálogo...................................................................................... 54 Figura 22 - Texto de apresentação do catálogo.........................................................
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Figura 23 - Expediente do catálogo............................................................................
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Figura 24 - Sumário do catálogo: bordados para noiva.............................................
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Figura 25 - Bordado 3 em organza bordada em fio de seda.....................................
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Figura 26 - Fotos escolhidas para ilustrar o catálogo.................................................
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Figura 27 - Glossário.................................................................................................
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Figura 28 - Resultado da impressão do catálogo.....................................................
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1 INTRODUÇÃO
O desenvolvimento de um produto ou serviço, independente do segmento de mercado, requer o um planejamento criativo, inovador e de qualidade como resposta ao nível de exigência do público contemporâneo. Por isso se revela importante o planejamento de um catálogo de bordados especializado no segmento moda noiva que seja rico em informações e imagens relevantes. Segundo dados do Instituto brasileiro de Geografia Estatística IBGE (IBGE, 2013) em 2012 foram registrados mais de 1.041.440 casamentos no Brasil (ver gráfico 1), sendo eles o primeiro casamento ou casamentos de pessoas divorciadas ou viúvas, justificando a importância de desenvolver produtos direcionados a esse segmento. Segundo a Associação dos Profissionais e Serviços para Casamento e Eventos Sociais (Abrafesta) o segmento de mercado voltado para o casamento é um dos mais aquecidos no Brasil, que movimenta mais de 15 bilhões de reais ao ano. O casamento é uma formalização tradicional, porém o público procura inovação, fazendo com que empresas invistam cada vez mais neste segmento (MACEDO, 2014).
GRÁFICO 1 - TAXA DE NUPCIALIDADE - BRASIL 2002-2012
FONTE: IBGE (2013)
Constatando a crescente necessidade de produtos voltados ao segmento de mercado moda noiva, a principal questão a ser respondida pelo estudo é: Que informações e imagens devem constar em um catálogo de bordados voltados para o segmento moda noiva? Partindo desse questionamento, procurou-se: a) Descrever pontos importantes da alta-costura e PRÊT-À-PORTER; b) Investigar o histórico do vestido de noiva; c) Estudar dados históricos do bordado no vestido de noiva;
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d) Identificar os principais eventos, revistas, sites, nacionais e internacionais voltados ao segmento; e) Descrever os tecidos disponíveis para noiva; f) Estudar os tipos de bordados; g) Identificar informações relevantes para um catálogo de moda noiva. Este trabalho tem como objetivo projetar um catálogo especializado no segmento moda noiva com quinze técnicas de bordados aplicados em amostras de tecidos que trazem o trabalho manual voltado para o público curitibano. Elas ilustram as diferentes possibilidades da ornamentação por meio do bordado, auxiliando a noiva na escolha para a confecção do seu vestido. Os designers que também colaborarem com o catálogo, terão seu material visível para seus clientes, como forma de divulgação e marketing. O catálogo servirá como aliado ao lojista que o utilizará para mostrar à noiva diferentes técnicas e possibilidades de bordado para confecção do seu vestido, facilitando a percepção de cada detalhe que seu traje poderá ter. Além disso, poderá contribuir com os designers no que tange ao atendimento às noivas como fonte de informação visual e de inspiração para o seu traje. Apesar de existirem muitas revistas nacionais, internacionais, eventos, sites, tecidos, bordados e fornecedores voltados para este segmento, não são fornecidas amostras de têxteis e bordados em suas publicações. Assim, esse catálogo poderá ser uma ponte entre fornecedores e noivas, para que juntos possam visualizar o trabalho final. Este projeto de estudo será desenvolvido sob a forma de monografia por meio de pesquisa bibliográfica assim como o planejamento e projeto de um catálogo para o segmento moda noiva que deverá apresentar diferentes técnicas e materiais para bordados especiais para trajes de noivas.
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2 DESENVOLVIMENTO
2.1 ALTA-COSTURA
A Alta-costura é importante porque influencia as coleções do PRÊT-ÀPORTER e, consequentemente, o que chega ao nosso guarda - roupa a cada troca de estação. Além disso, faz parte da história da moda e mantém vivo o lado artesanal na sociedade contemporânea. A partir daí foram identificadas informações relevantes que poderiam constar em um catálogo de bordados voltados para segmento moda noiva (O ESTADO, 2015). Foi no século XIX que surgiram os primeiros costureiros, alfaiates e artesãos que executavam as peças pedidas por seus clientes sempre de acordo com a classe social. Tecidos, cores e modelos eram apenas privilégios da nobreza, classificados segundo as estações do ano: no inverno veludos, cetins, percal e no verão tafetá, no outono e primavera percais leves (GRUMBACH, 2009). Nesse mesmo século, iniciou-se a era industrial e surgiu o primeiro costureiro cobiçado pela alta burguesia, Charles Frédéric Worth. Ele criava seus modelos em aquarela e expunha em manequins ao vivo em pequenas exposições para clientela muito bem selecionada. Seus clientes gastavam com certa frequência o que fosse preciso por peças exclusivas. Com isso, incentivava-as a aceitarem seus modelos confeccionados sob medida e essa relação entre cliente e criador permitia a rapidez de troca de linhas conforme as mudanças de estação (GRUMBACH, 2009). Essa nova prática de comunicação se propagou, mas não eram utilizados cronogramas de lançamento de uma coleção a cada mudança de estação como conhecemos hoje. Somente em 1910 surgiram os desfiles de moda por meio de um calendário oficial, contribuindo para que em seguida originassem os ciclos da moda e seus processos. Paul Poiret contribuiu através de suas inovações em técnicas de criação, marketing e logística, criando sua logomarca e etiqueta para suas peças, e por fim, Chanel que colaborou para a democratização da moda. (REFOSCO et.al., 2011). O termo alta-costura é protegido por lei e para utilizá-lo é preciso cumprir certas exigências. A casa de moda deve pertencer à Câmara Sindical da altacostura, o atelier deve ser instalado no triângulo dourado de Paris (França), localizada entre as Avenidas Montaigne, Georges V. e Champs Elysée, ter entre 20
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e 30 funcionários e um perfume com o nome da marca. As peças devem ser exclusivamente femininas, feitas à mão, apresentadas pelo menos duas vezes ao ano primavera / verão e outono / inverno, sendo encerrada por um vestido de noiva como ponto alto da coleção (REFOSCO, et.al., 2011). Essa tradição foi atribuída pelo estilista Christian Dior que nos anos 50 instituiu o vestido de noiva como finalização de todo desfile de alta-costura pelo luxo e sofisticação, além de ser um dos trajes mais esperados e caros da coleção. A Câmara Sindical da alta-costura (Chambre Syndical e de La Haute Couture) foi presidida por Didier Grumbach durante dezesseis anos deixando-a após para Ralph Toledano. Como forma de tradição a alta-costura mantém regras voltadas ao luxo e a exclusividade e número de funcionários e looks tornaram-se detalhes secundários para que novos talentos surgissem (FERNANDES, 2012). É através da moulage¹ que se cria o modelo desenhado pelo estilista tanto para os desfiles quanto para a reprodução das peças (podem ser comercializados, no máximo, três peças de um mesmo modelo), porém disfarçando as imperfeições e valorizando as áreas que cada cliente exige. Com materiais e aviamentos selecionados, tudo é feito de forma artesanal e luxuosa, tanto nos acabamentos quanto nos detalhes. O caimento das peças é primordial e, para tanto, ao se produzir a réplica do que foi apresentado na passarela, os manequins utilizados para a produção podem ser de acordo com as medidas e especificidades de cada cliente (REFOSCO et.al. , 2011). O lucro das casas de alta-costura vem, primeiramente, das vendas de perfumes e acessórios, como bolsas e sapatos, depois do prêt-à-portere por ultimo da alta-costura (LIPOVETSKY, 2009). Os gastos das casas de alta-costura são altíssimos devido ao caráter artesanal e exclusivo. Gastos com estilistas, bordadores, artesãos, desfiles, sobrevivem a essas estimativas com outras linhas de produtos mesmo tendo a linha festa e noiva que são as peças mais caras de toda uma coleção (GRUMBACH, 2009). ___________________________________________________________________ ¹
Nome francês, mouler: moldar, formar, modelar, esculpir dado à técnica de modelagem em que as roupas são feitas com o tecido direto no corpo ou no manequim (YAMASHITA, 2008).
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A alta-costura só se manteve até hoje devido aos lucros consideráveis através da venda de suas marcas de prestígio ao mesmo tempo em que conseguiu perpetuar a tradição do luxo (LIPOVETSKY, 2009). Como exemplo, as principais maisons de alta-costura empregam aproximadamente 4.500 pessoas, com faturamento em torno de 500 milhõesde euros/ano (REFOSCO et.al., 2011). Atualmente existem maisons que ainda seguem as exigências da alta-costura. Algumas são definidas como membros oficiais: Chanel, Christian Dior, Jean Paul Gaultier, Zuhair Murad; outras como membros correspondentes convidados a participar do desfile sem precisarem estar instalados no triângulo dourado de Paris, uma das regras principais da ALTA-COSTURA, porém todos devem ser grifes de alto prestígio, como Versace (Itália), Elie Saab (Líbano), Giorgio Armani (Itália), Valentino (Itália). Joalherias: Boucheron, Chanel Joaillerie, Chaumet, Dior, Joaillerie e Van Cleef & Arpels. Acessórios: On Aura Tout Vu, Yassen Samouil ove Livia Stoianova. (MODE..., 2014). A Figura 1 a seguir, ilustra um vestido de noiva do estilista libanês, que é um dos membros oficiais de alta-costura, Zuhair Murad, conhecido pelos excessos e o glamour em suas coleções. FIGURA 1 - VESTIDOS DE NOIVA - PRIMAVERA/ VERÃO 2015 - ZUHAIR MURAD
FONTE: Zuhair Murad Spring 2015 Collection (2014).
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2.2 PRÊT-À-PORTER Como declínio da alta-costura após a Segunda Guerra Mundial e com a evolução industrial, surgiu a necessidade de produzir peças em série, com novidades em termos de design e mais acessíveis. Dessa forma, começou um novo momento na moda, chamado de prêt-à-porter, que surgiu do inglês ready to wear (pronto para vestir). Confecção em massa atinge melhores preços e vendas elevadas, tornando o ciclo de produção rápido e comercializando constantemente novas peças. (REFOSCO et.al., 2011). “Após o surgimento do prêt-à-porter em 1948, formula-se o conceito de coordenação de tendências de moda com a orientação de cores, formas e materiais em todo o processo têxtil, por pessoas denominadas Coordenadoras de Moda” (RECH, 2007). Tanto a alta-costura quanto o prêt-à-porter de alto luxo necessitam de investimentos. “A produção desse setor envolve não apenas aspectos comerciais e industriais do vestuário, mas um sistema de moda, tanto em sua criação, dependente de pesquisa e investimento em tendências, focada numa produção autoral” (LEITÃO, 2007). (...) O prêt-à-porterde luxo é roupa feita em séries de algumas de centenas unidades para cada modelo e tamanho. Nesse caso, a produção ainda acaba sendo artesanal no máximo semi-artesanal. A casa de alta-costura concebe, assina, realiza (ou manda realizar em costureiras externas) e vende direta mente em suas boutiques ou fornece a boutiques de luxo. Ainda há o prêt-à-porterdesfilado duas vezes ao ano (“primavera- verão” e “outono-inverno”), também consiste em propostas para fabricação industrial. A casa de altacostura concebe, assina, produz os modelos dos desfiles e vende a ideia a indústrias que vão fabricá-las em grande escala. (DURANT, p.36 -37,1987).
Atualmente, os principais desfiles de moda acontecem em Milão, Londres, Nova York e são frequentados apenas por clientes, jornalistas e críticos de moda (REFOSCO et. al., 2011). O termo Alta Moda substitui de certa forma marcas que devido às exigências não se encaixam na alta-costura ou prêt-à-porter. A maioria das marcas atuais é de Alta Moda, com coleções separadas em primavera-verão, alto-verão, outono-inverno
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e alto-inverno, presentes em principais eventos e desfiles de moda de cada país (REFOSCO et.al., 2011). A Figura 2 ilustra um vestido de noiva da estilista Venezuela Carolina Herrera, que é um membro correspondente da Alta - Costura, porém atua principalmente em desfiles de prêt-à-porter, ela é conhecida por possuir um olhar artístico (arquitetura, pintura, cinema, design, etc.) em suas criações e traduzir de uma forma moderna e atemporal. (HERRERA, 2015).
FIGURA 2 - PRIMAVERA / VERÃO 2015 - POR CAROLINA HERRERA
FONTE: Carolina Herrera (2014).
2.3 SEGMENTO MODA NOIVA A necessidade do uso do vestido de noiva não é de hoje. Desde a aristocracia as mulheres tinham costume de que na cerimônia o uso do vestido com cauda, véu e grinalda era indispensável para tornar real o sonho de décadas. Antes de ser algo simbólico e tradicional, o vestido de noiva era usado especificamente para apresentar a riqueza que a família possuía. Como costume, após o uso o vestido era penhorado devido ao valor dos tecidos e adornos que nele continha, funcionando como uma moeda de troca, já que o casamento servia para não
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só exaltar o ritual da cerimônia civil ou religiosa, mas como forma de poder herdado do traje transmitindo a todos a que classe o casal pertencia. (MITIDIERI, 2008). O primeiro registro do vestido de noiva branco foi o da princesa italiana, Maria de Médicis ao se casar com herdeiro da coroa francesa Henrique IV em 1600. Mesmo sendo católica ela não concordava com a estética religiosa espanhola imposta na época, apresentando-se então com um traje em brocado branco para através dele, transmitir a exuberância das cortes italianas. O vestido possuía um decote quadrado, causando tumulto perante o clero. (MITIDIERI, 2008). Mitidieri e Garbelotto (2010) iniciam esse estudo a partir da Era Vitoriana (século XIX) que carregava muitas heranças sociais e culturais, dentre elas o vestido branco de noiva. Nessa época, essa cor não consistia em uma regra, era usado em alguns casos para diferenciar classes sociais, como s i n a l d e status. O vestido de casamento poderia ser de qualquer cor ou simplesmente novo, que seria usado normalmente após a cerimônia. “Na história, a Era Cristã Católica, do século XVII estabeleceu o preto como cor correta a ser usada publicamente como demonstração religiosa.” (MITIDIERI, GARBELOTTO, 2010, p. 6,). Por volta de 1840, ao se casar com o príncipe Albert, a rainha Vitória da Inglaterra, usou a cor branca de uma maneira diferente do que já se tinha visto (ver Figura 3). A rainha escolheu esta cor por ser algo incomum. O motivo da escolha também foi uma questão política, uma vez que os artesãos estavam ficando sem emprego devido ao desenvolvimento industrial, pois as rendas eram bordadas em máquinas. Foi então que ela decidiu contratá-los para trabalhar por meses em seus vestidos, inclusive o do casamento. Foi registrado então o primeiro vestido de noiva associado à pureza e romantismo, pois era um casal da realeza que se casava declaradamente por amor. A partir dai, o traje da rainha tornou- se símbolo da noiva de branco na cultura ocidental contemporânea. (MITIDIERI; GARBELOTTO, 2010). Worsley
(2009)
traz
referências
importantes
para
compreender
o
comportamento da mulher ao organizar os detalhes de seu casamento. Esse exemplifica o que a leva a se importar mais com o que usar do que com o próprio “sim” para a vida inteira. A cada década surge uma linha de sentimentos e tendências. Na década de 20, casar-se com o melhor vestido de noiva era usar um traje criado pelo estilista mais cobiçado da época, Charles Frédéric Worth, fundador da ALTACOSTURA (WORSLEY, 2009).
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Em 1956, a atriz e princesa de Mônaco, Grace Kelly, usou um vestido mais sóbrio para casar-se com o príncipe Rainier III, porém os excessos voltam na década de 80, quando Lady Diana Spencer se casou com o príncipe Charles, usando volumes na saia, mangas bufantes, calda, bordados e grinalda, ícones copiados por muitas noivas como forma de realizarem um conto de fadas (WORSLEY, 2009). Em 2011 o casamento mais esperado foi do príncipe William Arthur Philip e Louise Catherine Middleton, conhecida como Kate, a atual duquesa da Inglaterra usou um vestido com corpete e bainha em rendas bordadas à mão junto a uma calda de aproximadamente dois metros e meio. O vestido foi comparado ao da princesa Grace Kelly, a diferença se destaca no decote em “v”, mangas sete oitavos, saia volumosa e corpo estruturado clássico. As princesas são as que mais influenciam as noivas na escolha de seus vestidos já que o título é associado ao tão sonhado “vestido de princesa” da vida real (WORSLEY, 2009). Hoje há controvérsias, a noiva trata o casamento de maneira não convencional. O branco nem sempre é visto como antes, troca-se por modelagens mais justas, tomara que caia e até mesmo curto. Há mulheres que usam outras cores, com linhas mais modernas (WORSLEY, 2009). FIGURA 3 - VESTIDO DE NOIVA DA RAINHA VITÓRIA
FONTE: Como surgiu a tradição do vestido de noiva (CRUZ, 2013).
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2.4 PRINCIPAIS ESTILISTAS E MARCAS DO SEGMENTO MODA NOIVA
Os designers do segmento de moda noiva internacionais, principalmente criadores da alta-costura, inspiram estilistas no mundo inteiro. Na sequência apresentam-se algumas informações de profissionais e marcas que são referência nacional e internacional em traje nupcial. Os principais estilistas / marcas do segmento de moda noiva internacionais são: Elie Saab, Vera Wang, Zuhair Murad, Pronovias e Rosá Clará. Nascido em Beirute no Líbano em 1964, Elie Saab é conhecido pelo luxo e sofisticação de suas criações. A beleza feminina e a sensualidade são incorporadas nos tecidos sofisticados, pedras preciosas e bordados feitos artesanalmente de forma minuciosa. Em 2003, Elie começou a criar vestidos de noiva exclusivos na conhecida casa de moda nupcial espanhola Pronovias e para princesas de Beitute, tornando-se uma das coleções mais esperadas nos desfiles da alta-costura pelo glamour, sofisticação em volumes, strass e cristais Swarovski, detalhes sempre presentes em seus vestidos (ELIE SAAB, 2014). FIGURA 4 - PRIMAVERA / VERÃO 2013 POR ELIE SAAB
FONTE: Style Bistro (2013).
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Nascida em Nova York nos Estados Unidos em 1949, Vera Wang foi editora de moda Sênior na revista Vogue com apenas 23 anos de idade e lá atuou por quinze anos. Em 1989, Wang se casou com o empresário Arthur Becker, na ocasião ela usou nada menos do que sete vestidos de noiva e explica que segundo a tradição chinesa a noiva deve usar pelo menos três vestidos, sendo que um deve ser vermelho e outro pink, representando boa sorte e felicidade. Seu noivo, no entanto, pediu que um dos sete fosse clássico e branco. Wang diz não ter usado todos os vestidos e que estava realmente em dúvida em qual modelo usar, foi então que decidiu investir neste segmento das noivas, sendo umas das mais conhecidas por vestir muitas celebridades. Em suas criações (ver Figura 5) a estilista une o design moderno com a elegância tradicional, detalhes como drapeados e babados presentes em suas coleções (WANG, 2014). FIGURA 5 - “SEX AND THE CITY” (2008)
FONTE: Ferocia Fatale (2011).
Nascido em Beirute no Líbano em 1971, Zuhair Murad desde cedo se interessou em esboçar vestidos em croquis que desenhava na infância e adolescência. Em 1995, depois de se formar em artes e desenho, montou seu primeiro atelier em Beirute, e em 2001, estreou na Semana de Moda parisiense. Murad se assemelha de certa forma com Elie Saab ao criar com formas e cores orientais junto ao padrão clássico ocidental. Não segue tendências ao criar seus vestidos e é conhecido por não ser nada minimalista, o luxo e glamour devem estar em evidência em tecidos como musseline de seda, renda, brocados, aliados a bordados e pedrarias para criar uma só coleção (HESPANHOL, 2013).
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FIGURA 6 - Primavera/ Verão 2015 - POR ZUHAIR MURAD
FONTE: Flip Zone (2014).
Há mais de 40 anos no mercado, a marca Pronovias surgiu em Barcelona (Espanha) e possui, atualmente, 163 lojas com mais de 4.000 pontos de venda divididas em 90 países. Os designers criam linhas exclusivas para serem comercializadas p a r a a m a r c a , s e n d o q u e a l g u n s d e l e s Elie by Elie Saab, Manuel Mota, St. Patrick, La Sposa, Atelier Diagonal, W1 - White One, It’s my Party e a linha de acessórios, Les Aceissoires. A Pronovias é uma das marcas mais procuradas pelas noivas por promover as coleções dos vestidos em desfiles e divulgá-las em revistas de moda (PRONOVIAS, 2014). FIGURA 7 - COLEÇÃO DREAMS 2014 - MODELO ONTINA
FONTE: Pronovias (2014).
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Rosá Clará iniciou sua carreira do segmento de moda noiva há mais de vinte anos com a primeira loja em Barcelona (Espanha). Aos poucos, tornou-se mundialmente conhecida e, com a expansão e a procura de clientes pela marca, decidiu incorporar em suas coleções os principais estilistas da alta-costura como Christian Lacroix, Karl Lagerfeld e Zuhair Murad, que assinaram um contrato de exclusividade para fabricar e distribuir suas coleções de noivas a nível mundial por essa marca. Desde 2007 possui uma nova marca para noivas, a Two Fiesta by Rosa Clará. Suas lojas se encontram em Barcelona, Estados Unidos e México. O Brasil possui três filiais responsáveis pela atividade logística e operacional da empresa, porém a marca tem distribuição mundial (CLARÁ, 2014). FIGURA 8 - COLEÇÃO 2015 - POR ROSÁ CLARÁ
FONTE: Rosá Clará (2014).
A seguir, apresentam-se os principais designers nacionais do segmento de moda noiva que se destacam por incorporar a mulher brasileira em suas coleções. Nascido em Adma no Líbano em 1981, Lucas Anderi é um dos principais estilistas e empresários do segmento moda noiva do Brasil. Em 2011 e 2012 foi reconhecido por estampar editoriais em revistas e vestir atrizes nas novelas da Rede Globo e de casamentos imponentes da alta sociedade. Há treze anos atuava no mercado de noivas de luxo e atualmente se dedica a sua nova multimarca, Lucca by Lucas Anderi, para a qual cria modelos prontos e peças exclusivas de sua coleção
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(ver Figura 9). Suas coleções são delicadas e modernas ao mesmo tempo trazendo às principais tendências e sensualidade as noivas. (PIMENTEL, 2012). FIGURA 9 - LEBANESECOLLECTION - 2014 - POR LUCAS ANDERI
FONTE: Anderi (2014).
Nascida em Alagoas/AL no Nordeste em 1962, Martha Medeiros é uma das principais referências nacionais do segmento de moda noiva. Há mais de 25 anos, ela trabalha no mundo da moda e é reconhecida pelo trabalho manual e artesanal em suas coleções. Marta Medeiros possui boutiques em São Paulo e Maceió que levam o nome de “Maison M”.
A designer une o luxo e inspirações da ALTA-
COSTURA às rendas brasileiras em trabalhos mais tradicionais e românticos, características bastante comuns em suas coleções (ver Figura 10). Seus vestidos podem ser encontrados em multimarcas e em suas boutiques, no seu atelier costuma atender noivas que quer em um vestido exclusivo, porém muitas vezes são tão minuciosos, que podem levar até mais de um ano para serem finalizados. Isso acontece, por exemplo, nas rendas inspiradas em joias de família (ABEST, 2014).
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FIGURA 10 - MARTHA MEDEIROS
FONTE: Noivas do Brasil (2014).
Sandro Barros possui uma bagagem como designer antes mesmo de se interessar do segmento de moda noiva. Nasceu em Itapetininga, São Paulo / SP em 1976. Em 2002 começou sua carreira profissional na empresa Daslu Couture, mas em 2007 decidiu ingressar para o mundo das noivas sendo uma das principais referências a elegância e colocar a mulher como ponto principal em suas criações (BARROS, 2014).
FIGURA 11 - FOTO DE STEPHANIE GATTO, VESTIDA POR SANDRO BARROS
FONTE: Yes Wedding, (2013).
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2.5 PRINCIPAIS FEIRAS E EVENTOS DE NOIVA
Há grandes feiras e eventos voltados a casamentos, segmento moda noiva e festa no Brasil e no exterior, onde fornecedores apresentam seus produtos/serviços, novidades do setor, além de apresentar tendências de moda. A seguir apresentam-se as principais feiras e eventos de noiva nacionais e internacionais (ver quadro 1). As feiras e eventos voltados às noivas acontecem durante todo ano em quase todo o Brasil e no exterior, reunindo os principais prestadores de serviços desse segmento em um espaço para receber milhares de pessoas, desde empresários do ramo a noivas. Existem inúmeros serviços e pessoas envolvidas nesses locais, onde se podem fazer orçamentos e até fechar negócios para a cerimônia e recepção.
QUADRO 1 - EVENTOS NACIONAIS E INTERNACIONAIS DO SEGMENTO MODA NOIVA EXPO NOIVAS & FESTAS FOCO
ONDE
- Desfiles de vestidos de noiva. - Cursos de papelaria, decoração e confeitaria.
- São Paulo
- Profissionais como: cinegrafistas, fotógrafos, bufês, maquiadores, - Rio de Janeiro cerimonial, etc. CASAR.COM FOCO
ONDE
- Desfiles de vestidos de noiva de grandes estilistas como Oscar de La Renta, Vera Wang, Monique Lhuillier, etc. - O casar.com Tour, oferece um espaço com móveis, objetos de
- São Paulo
decoração, vestidos e acessórios que combinem com o tema da
- Belo Horizonte
edição.
- Recife
CASAMENTO WEEK FOCO
ONDE
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- Evento mais descontraído, com talk shows, palestras e
- São Paulo, Rio de Janeiro,
premiações por meio de parceiros e
Curitiba, Balneário Camburiú,
expositores.
- Gastronomia, moda e beleza, decoração, etc.
Goiânia, mostra em Niterói.
WEDDING WEEKEND FOCO
ONDE
- É um evento anual que oferece serviços para eventos de alto padrão (luxo).
- São Paulo
- Um evento de médio porte, mas que oferece comodidade aos seus visitantes com restaurantes e pequenos lounges para descontração. - Locação de automóveis, móveis, gastronomia, cerimonial, cinegrafistas, fotógrafos, etc. NOIVAS CURITIBANAS FOCO
ONDE
- É uma das principais feiras do Estado do Paraná por
ONDE - Curitiba.
reunir mais de 100 expositores de fornecedores com produtos e serviços incluindo degustações e desfiles. NOIVA SUL FOCO
ONDE
- A feira é destinada para fornecedores do Sul do Brasil,
- Curitiba.
mas há quatro anos a feira tem se dedicado principalmente em atuar em Curitiba. - Proporcionando um evento com fornecedores e serviços Como Buffet, decoração, etc. - Premiações para os visitantes. - Desfiles. NOIVA VIP FOCO
ONDE
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- Evento que ocorre nos principais shoppings de São
- São Paulo.
Paulo, com o objetivo de facilitar as visitas devido ao horário de funcionamento de shopping durando no mínimo dez dias de programação. - Gastronomia, cerimonial, cinegrafistas, fotógrafos, etc. BRIDAL WEEK NEW YORK FOCO
ONDE
- O espaço é reservado para eventos de alto padrão,
- Nova York. Espaço Pier 94.
- Fornecedores como Anais, Anette, Christina Wu, Edward Berger, etc. - Joalheria, móveis, gastronomia, moda e beleza, etc. BARCELONA BRIDAL WEEK FOCO
ONDE
- Um dos mais importantes eventos internacionais, pois reúne as
- Barcelona.
principais lojas, boutiques e maisons do segmento de moda noiva como Rosa Clára, Jesús Peiró, Victorio & Lucchino entre outras. EXPO NOIVOS FOCO
ONDE
- Estandes com agências de viagens, hospedagens para
- Portugal
lua de mel,artigos para o lar, bancos e instituição de
- Lisboa
créditos, eletrodomésticos, enxovais, decoração para
- Expenor (Portugal)
recepcionar os convidados, flores, fotógrafos, cinegrafistas, etc. Atrações como desfiles e concurso de novos criadores.
FONTE: Informações coletadas dos sites dos eventos (2015) NOTA; Dados trabalhados pela autora.
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2.6 SITES DO SEGMENTO MODA NOIVA
Os sites disponíveis para o segmento moda noiva têm como objetivo disponibilizar guias de locais disponíveis para casar, fotógrafos, Buffet, além de oferecerem artigos com tendências de tudo o que envolve o casamento. O site Noivas.net reúne um espaço para noivas e noivos organizados em guias para cada um procurar o que lhes é de interesse. No site é possível acessar o catálogo de tendências, ideias para a cerimônia e recepção, fornecedores, cerimonial, chá de panela, chá de lingerie, despedida de solteira, lua de mel etc. O site disponibiliza um fórum para as noivas conversarem com outras mulheres que acessam essa ferramenta (NOIVAS.NET, 2014). O site casamentos.com.br faz parte de um a empresa internacional especializa da em casamentos, surgiu em Barcelona possuindo versões em países da América e Europa. Oferece serviços separados em categorias de interesse, onde você coloca sua cidade ou o local que deseja celebrar seu evento com fornecedores da região. É possível adquirir valores, descontos e entrar em contato com a empresa no próprio site a partir de seu cadastro feito de forma gratuita, colocando detalhes como orçamento, data do evento e número de convidados para que o fornecedor envie os valores e demais dúvidas de prestação de serviços (CASAMENTOS.COM.BR, 2014). Além de site, a Bride Style é uma revista do segmento moda noiva que tem como conteúdo fornecer tendências nacionais e internacionais, desfiles, divulgação de estilistas, editoriais, colunas com dicas, etc. Oferece duas edições ao ano e proporciona eventos para divulgação de suas edições. No site é possível acessar fotos de eventos anteriores, colunas e dicas da criadora do portal Carol Montenegro (Bride Style, 2014). À Moda Noiva possui um catálogo online que disponibiliza guias de busca com variados setores de interesse em uma plataforma descontraída, com sorteios e colunas de fotos dos seguidores. A criadora do blog, Luana Zabot é graduada em moda e ex- noiva, ela possui especialização em Consultoria de Imagem e Estilo pela Dresscode International. Além do blog, Luana criou um espaço no Rio de Janeiro, “Noiva e Design”, onde ela também divulga sua marca de sapatos sociais. (À MODA NOIVA, 2014). A Zankyou é uma plataforma de busca internacional que fornece os principais contatos com orçamentos, eventos, serviços em nove idiomas e em sete moedas (real,
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dólar, euro, libra, franco, suíço, peso mexicano e zloti polonês). É possível fazer pedidos e compras. Nesse site ainda, pode-se fornecer aos convidados a lista de casamento, e tudo sobre os detalhes do local e data que ocorrerá o evento. (ZANKYOU, 2014).
2.7 REVITAS DE SEGMENTO MODA NOIVA
As principais revistas especializadas em moda apresentam tendências de moda, desfiles, dicas, serviços / produtos, entre outros. Case Bem é uma plataforma que está há dez anos no mercado. Oferece a revista “Case Bem, Eu Aceito” veiculação semestral com distribuição nos Estados de Santa Catarina e Paraná. A revista “Guia” veiculação anual com distribuição em Santa Catarina. A revista “Mostra” é uma realização semestral. Também possui um site com os mais variados assuntos com atualizações diárias. Seus principais fornecedores são de Florianópolis, Região Metropolitana de Curitiba e parceiros de outras regiões do país (CASE BEM - EU ACEITO! , 2014) A Haper’s Bazaar - Noivas é uma revista possui mais de 150 anos, porém a versão brasileira existe há três anos. É uma plataforma voltada ao público que procura as principais tendências de bolos, decoração, vestidos, enxoval, alianças, etc. A revista faz eventos bimestrais para divulgar o lançamento da revista com os fornecedores que aparecem na edição. (HAPER’S BAAZAR BRASIL, 2013).
2.8 CATÁLOGOS VOLTADOS PARA O SEGMENTO MODA NOIVA
As informações coletadas a seguir são dos sites dos catálogos especializados no segmento moda noiva de Curitiba: o “Guia noivas e eventos” (2015) e o “Guia de casamentos & eventos” (2015). Através deles foram selecionados dados trabalhados pela autora. Assim como as revistas e sites tem informações de fornecedores de produtos e serviços, os guias servem como uma plataforma de marketing para as empresas que desejam ter seu material visível, como forma de divulgação em uma ferramenta
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semestral, anual ou de acordo com o retorno que a empresa terá através dos anúncios, e a partir disso continuar investindo nesse meio. Os guias pesquisados serviram como base para criar o modelo do catálogo de bordados, porém, com um conteúdo bem diferenciado dos já existentes voltados para esse mesmo público. Normalmente eles apresentam cronogramas de tarefas que a noiva deve definir para concretizar a cerimônia, recepção, calendários, anunciantes da região com contatos, promoções e editoriais com propostas de tendências a cada edição. O catálogo de bordados especializados no segmento moda noiva trará informações relevantes para o desenvolvimento do mesmo, abordando técnicas aplicadas em amostras de tecido com diferentes materiais e aviamentos, além de possibilitar uma descrição com essas informações, editoriais com inspirações para as noivas um glossário com significados específicos sobre o que foi tratado em cada amostra de bordado. O guia de noivas e eventos publica semestralmente um catálogo com propagandas de anunciantes, reportagens, dicas, tendências e cronogramas. Ele tem como diferencial editoriais gráficos de acordo com a temática, neste ano de 2015 em sua 13ª edição a inspiração foi “Contos de Fadas”, (ver figura 12).
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FIGURA 12 - TEMÁTICA E EDITORIAL DO GUIA DE CASAMENTOS E EVENTOS
FONTE: Guia de casamentos & eventos 13ª edição 2015/16 (2015).
O guia de casamentos e eventos possui um formato parecido quanto aos anúncios, cronograma e espaços para a noiva escrever detalhes como data do casamento, quem serão os padrinhos, damas e pajens (ver figura 13). Esses dois catálogos em específico são distribuídos em feiras voltadas para o segmento moda noiva, pelos fornecedores que tem seu material divulgado no catálogo e no site com opção em PDF ou entregues a domicílio.
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FIGURA 13 - FORMATO DO GUIA DE NOIVAS E EVENTOS
Fonte: Guia de noivas e eventos 19º edição (2015).
2.9 TECIDOS DO SEGMENTO MODA NOIVA
Ao analisar modelos de vestidos de noiva pode-se perceber a variedade de tecidos que podem ser utilizados na confecção, além de forros e aviamentos. É de extrema importância a escolha do tecido ao criar o modelo no papel, é preciso conhecer o caimento e aparência para manter a fidelidade com o desenho, facilitando a possível e total aprovação do cliente caso seja sob medida. As fibras têxteis se dividem em três categorias principais: a) Naturais: dividem-se em animal: lã, seda, couro; b) Artificiais: raiom viscose, rayon, acetato, fibra de bambu, liocel e tencel; c) Sintéticas: poliéster, poliamida, acrílico e elastano.
O entrelaçamento de fios de urdume por cima ou por baixo de um ou vários fios de trama é que formamos ligamentos (ALBUQUERQUE, 2011). Os fundamentais são: a) Tafetá (tela): sua característica principal é possuir igual do lado direito e lado avesso; b) Cetim: sua característica principal é possuir brilho do lado direito e ser opaco do lado avesso; c) Sarja: sua característica principal é possuir linha na diagonal formando 45º.
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Os principais tecidos utilizados no segmento de moda noiva são: a) Tecido Adamascado - Conhecido também como damasco ou damascote, é um tecido luxuoso que forma padronagens resultantes da posição de ligamentos em sarja ou cetim. Devido a sua composição, normalmente seda ou algodão, é utilizado em corpetes e saias volumosas (PEZZOLO, 2007). b) Tecido Brocado - É um tecido com desenhos em relevos elaborados com fios metalizados. É formado a partir de padronagens de flores ou figuras geométricas, tendo o ligamento tafetá (tela) e normalmente são fabricados em seda.
Devido as suas características são confeccionados em vestidos de
outono/ inverno tradicionais (ALBUQUERQUE, 2011). c) Tecido Chamalote - É um tecido furta cor, produzido geralmente em seda pura, poliéster ou algodão, produz um brilho intenso, em função disso são utilizados normalmente à noite. Devido à posição do fio de ligamento tafetá (tela) e um aspecto variado já que ele de forma com a pressão e temperatura, dando uma característica ondeada. (PEZZOLO, 2007). d) Chiffon - Sua aparência e toque aparentam fragilidade, porém é bem resistente. O chiffon é leve e transparente composto de seda ou de fibras químicas sintéticas como poliéster ou poliamida, o ligamento é de tafetá (tela), como uso de forro pode se explorar a transparência em vestidos leves e esvoaçantes, sua composição pode ser de seda, poliéster ou poliamida (ALBUQUERQUE, 2011). e) Cetim - Tecido originário da China, antes produzido em seda, mas coma evolução tecnológica é feito a partir de fibras sintéticas mais acessíveis com aspecto brilhante com diferentes variações: - Boucol: muito utilizado na ALTA-COSTURA e em vestidos de noiva. Por ser um tecido mais encorpado é ideal para modelos com corte evasê. - Chamouse: é leve e de bom caimento e com brilho intenso. - Duchesse: pesado e de brilho mais intenso. Um dos tecidos mais nobres existentes no mundo, muito utilizado na ALTA-COSTURA e em vestidos de noiva. - Zebeline: pesado, de brilho intenso e pode ser utilizado o direito e avesso. Por ser um tecido mais pesado é ideal para modelos estruturados (PEZZOLO, 2007).
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- Cetim Seda Pura: A seda foi descoberta no oriente por volta do ano 2620 a.C. pela imperatriz chinesa Xiling Shi, segundo a lenda enquanto ela tomava seu chá embaixo de uma árvore caiu em sua xícara um casulo com a quentura soltou seu filamento, a partir daí a seda tornou-se um dos tecidos mais nobres do mundo. - Ligamento: cetim - Utilização: vestidos mais sensuais ou de caimento esvoaçante. A seda pura não possui tintura ou outras fibras em sua composição, a seda selvagem, como é conhecida é produzida por outra espécie de lagarta pode ser tingida para obter aparência do vestido branco tradicional de noiva ou outras cores, mas seu toque é mais grosso e consistente. - Composição: 100% seda (ALBUQUERQUE, 2011). f) Crepe - Também conhecido como crepe georgette. Tecido liso e com brilho suave, geralmente de seda, poliéster ou viscose. Possui bom caimento e aspecto granulado. Possui ligamento tafetá (tela) ou sarja, sendo utilizada principalmente em vestidos sem volume, mais leves com composição: em vestidos de noiva usa-se geralmente seda, poliéster ou viscose (PEZZOLO, 2007). g) Gaze - Fino e transparente feito com fibra natural ou sintética, em vestidos de noiva é confeccionado com fios de seda. Seu ligamento é de tafetá (tela) e a sua utilização são em vestidos leves, esvoaçantes, com a composição geralmente de seda, algodão ou sintéticos. h) Organza - É um tecido fino e transparente é possível um acabamento consistente ao utilizar a goma. Possui brilho na transparência criando certa sofisticação no tecido. Porém, quando exposto a luz solar ou artificial desbota facilmente, de ligamento tafetá (tela), é utilizado principalmente em camadas de saia, preferível à noite para maior durabilidade da peça e do brilho, feitas normalmente em algodão, seda ou poliéster (ALBUQUERQUE, 2011). i) Shantung - Aparência rústica originada pela diferença de espessura dos fios. Ao ser construído mostra o direito mais brilhoso e o avesso opaco. De ligamento sarja é utilizado em vestidos mais estruturados, e composição de seda ou poliéster (ALBUQUERQUE, 2011). j) Tafetá - É bastante utilizado em forro, porém não é uma regra pelo fato de possuir brilho e caimento reto. É um dos tecidos mais explorados pelo homem
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por ser uniforme e resistente, de ligamento tafetá (tela), é versátil podendo ser utilizado em forros, vestidos retos ou armados. Sua composição: seda ou poliéster (PEZZOLO, 2007). l) Tule - O tule pode ser utilizado de muitas formas em um vestido de noiva tanto para criar volume quanto para transparência de um modelo. Na saia costuma-se usar o tule francês de poliéster por possuir brilho, para criar o volume são necessárias várias camadas para o vestido ficar rodado, porém mesmo assim utilizam-se armações com o tule bebê de aspecto mais áspero feitas em nylon. Em transparências um tule de poliamida ou poliéster com elastano é utilizado principalmente em decotes e mangas para aplicações de bordado. As principais utilizações do tule são em alças, saias, transparências, véus e armações (PEZZOLO, 2007).
2.9.1 Tecidos Utilizados para Forros Os forros são tecidos lustrosos e armados, de seda ou poliéster, aparência e toque mais finos e de superfície lisa. a) Faillette: geralmente sintético e de aspecto mais fino (PEZZOLO, 2007). b) Tafetá: um dos mais usados e resistentes. Utilizam-se tanto os mais encorpados quanto os mais finos devido a sua versatilidade (PEZZOLO, 2007). c) Spandex: é um forro altamente elástico e resistente e toque macio em composição de poliéster com elastano. (HANGZHOU JUYE TEXTILE COM LTDA, 2014).
2.9.1.1 Rendas A renda é o nome dado a diferentes técnicas a serem construídas em um tecido com desenhos vazados variados. Os principais fios que entrelaçam esses desenhos são de linho, algodão ou seda feita a partir do desfiamento ou construção de um tecido. Surgiu no século XV, a partir do bordado rechilieu, por ser trabalhado com auxílio de agulhas, mas não se sabe ao certo em qual país nasceu já que dois países disputam sua invenção, Itália e Inglaterra (MATSUSAKI, KANAMARU, 2013).
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De acordo com esses autores existem três tipos de renda: a) Renda de agulha: feita com agulha e fio, nela o desenho (motivo), que pode ser feito sobre um papel, surge das laçadas do fio, por meio de diferentes tipos de pontos, do mais simples ao mais complexo; b) Renda de bilros: feita sobre uma almofada, fixa-se um papel grosso, onde o desenho da renda foi previamente elaborado e furado em pontos estratégicos; nestes se afixarão alfinetes, como auxílio de bilros onde estão enrolados os fios, se faz a renda; c) Renda de máquinas: imita os pontos das rendas de agulha e de bilro, uma das técnicas mais utilizadas hoje em dia, devido ao menor custo.
Para desenhar a forma da renda, o tecido deve ser de trama simples, apenas com fios verticais e horizontais, a partir daí faz-se o desfiamento deste tecido, que une os fios a partir do modelo desejado. Em vestidos de noiva existem inúmeros modelos de padronagens divididas em rendas inteiras cortadas a partir do molde e rendas de recortes bordados em fio soutache e aplicados no vestido pronto manualmente. (MATSUSAKI, KANAMARU, 2013). Conforme Donasci (2012) existem diferentes tipos de rendas e cada uma possui um desenho diferente, produzindo efeitos de acordo com a ocasião e preferência da noiva. São elas: a) Soutache: renda pesada e de menor caimento. É uma renda de recorte com padronagens de flores e folhas mais largas e arabescos. - Utilização: em vestidos com tecidos mais encorpados. - Composição: viscose. b) Guipure: renda pesada muito utilizada em vestidos tradicionais. É uma renda inteira com desenhos de flores mais arredondadas. - Utilização: em vestidos evidenciando os vazados, corpetes. - Composição: algodão. c) Italiana: renda leve e de bom caimento. Sua aparência é mais simples, porém é considerada nobre. É uma renda inteira com padronagens de flores mais largas e poás. - Utilização: em vestidos mais leves, com movimento. - Composição: poliéster.
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d) Bordada: bordados feitos com canutilhos, miçangas com uso de bastidor em grandes metragens, o custo é menor que a manual. - Utilização: evidenciam os desenhos da renda e dão maior sofisticação nos vestidos de noiva. - Composição: poliéster e viscose. e)
Francesa:
Sua
aparência
e
toque
evidenciam
sua
simplicidade
diferenciando-a da original, porém com preços mais acessíveis. - Utilização: em vestidos clássicos. - Composição: poliamida e viscose. f) Richilieu: une o trabalho da máquina e o manual, seu aspecto é mais duro e por isso é utilizada apenas em detalhes nos vestidos. - Utilização: em detalhes na cintura, punhos, corpete. - Composição: viscose.
2.9.1.2 Materiais, aviamentos e aplicações
Os aviamentos mais utilizados, segundo Pezzolo (2007), Goulart (2013), Glossário de Moda (2014) e Ehow Brasil (2014), para a confecção de vestidos de noiva são: a) Entretela: possui acabamento engomado para dar consistência, caimento ou armar a peça colocada entre o forro e o tecido a composição varia entre o algodão, fibras de viscose, TNT (tecido não tecido) ou de malha. Podem obter acabamento termo colante ou costurado. b) Filó: semelhante ao tule feito de algodão ou poliamida possui tramas em forma de redes arredondadas, utilizadas em véu de noiva. c) Botão bombé: botão composto de duas partes: a base (ou pé) com furos para passar a linha, a parte superior é forrada como próprio tecido da roupa e prensado em uma máquina. d) Bastidor: aro utilizado para esticar o tecido ao bordar. Os tradicionais são feitos de madeira, com um fecho e parafuso e os industriais de plástico rígido. f) Ilhós: é uma abertura arredondada feita no tecido revestida em metal que permite a passagem de fita ou cordão, em vestidos de noiva são colocados em corpetes.
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g) Botões: É um aviamento feito de diferentes tamanhos, formatos e materiais. Em vestido de noiva usam-se pérolas ou botões de pé forrados. h) Pérola: resulta de uma ação feita na concha de alguns moluscos que formam partículas até serem formadas pérolas, as verdadeiras têm aparência prateada. Em vestidos de noiva é usado como botão ou como bordado normalmente em material sintético. i) Barbatanas: haste usada para dar sustentação às peças de vestuário. O seu uso é comum em modelos tomara que caia de vestidos de noiva e de festas e, principalmente, em corseletes. Essa haste pode ser em metal ou material sintético. j) Bojo: estrutura em forma convexa ou arredondada feita em tecido prémoldado colocado em peças de vestuário para sustentar o seio e, em alguns casos, possuem enchimento para volumar o mesmo. Em vestidos de noiva eles são costurados entre o forro e a entretela para modelar o formato do seio. k) Bordados: trabalho feito com o uso da agulha onde são formados desenhos sobre o tecido. Até o início do século 20, essa prática era feita somente a mão. Em vestidos de noiva existem bordados manuais, bastidor e maquinário. l) Canutilho: Estrutura tubular, utilizada em bordados, bijuterias e aplicações de roupas e acessórios. Pode ser em metal ou plástico, brilhante ou fosca, e em diversas cores, em vestidos de noiva normalmente são usados na cor branca ou furta cor em detalhes bordados na renda. m) Colchetes: peça de metal utilizada para prender uma parte do vestuário a outra. São duas partes compostas por um gancho e uma argola de encaixe. n) Elástico: Tira ou cordão que se pode esticar, pode ser utilizado no interior ou exterior das roupas. Em vestidos de noiva são aplicados nas laterais no interior do vestido, onde é preso na altura do seio como fecho no centro das costas para sustentar vestidos tomara que caia ou de alças muito finas e cintos. o) Lantejoula: Pequenos círculos cintilantes com orifício central utilizado para prendê-lo à superfície dos tecidos feitos de diferentes materiais sintéticos, em vestidos de noiva servem como detalhes de bordados para dar brilho. p) Miçanga: conta de vidro miúda e colorida com um furo central que serve para prendê-la. São utilizadas como aviamento decorativo, em vestidos de noiva as miçangas são bordadas como detalhe no busto como acabamento ou detalhes na renda.
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q) Zíper: serve para fechar a peça com o uso de duas fitas orladas com dentes que se fecham por meio de um cursor, em vestidos de festa são utilizados, o zíper invisível que é mais fino e o cursor pequeno costurado no avesso, feito de material sintético e de cores variadas. r) Strass: é um aviamento feito de vidro que se assemelha ao efeito de pedras preciosas. A sua composição contém um alto teor de chumbo para dar cor e visual à peça. s) Cristal Swarovski: criado por Daniel Swarovski em 1980, possui sua fórmula com 32% de chumbo em sua composição para ser resistentes a cortes e gravações. A empresa Swarovski patenteou uma máquina que produz mecanicamente cristais cortados e polidos em larga escala. “Originalmente, os cristais foram feitos de sílica (um alcalóide) e cal. Com o tempo adicionaram o chumbo, criando assim uma melhor qualidade de cristal”. Cristais autênticos são produzidos somente na Áustria.
2.9.1.3 Surgimento e Evolução do Bordado
Desde a pré-história existiam atividades praticadas pelo homem mesolítico de costura feito a partir da união de peles de animais com fios feitos de fibras, que eram utilizadas para aquecer o corpo. Para se sobressair diante dos outros, eles adornavam a pele dentes, garras de animais ferozes que caçavam, essa prática tornou-se o que conhecemos hoje como bordado (SILVA, p. 1, 2012). O bordado é uma técnica de ornamentação de um tecido por meio de agulhas em fios de seda, lã, algodão ou metal e segundo os arqueólogos, há registros da utilização de agulhas de até quinze mil anos antes de Cristo feito de crina de cavalo, pedaços de pele de ovelha e cabra, que, apesar da mão de obra muitos utilizavam dessa técnica (Barbosa, 2012). Verdadeiras obras de arte, os bordados da Ilha da Madeira e da região Morávia, na Tchecoslováquia, tornaram célebres os seus artesãos. No passado, essa atividade foi muito desenvolvida na Babilônia e no Império Bizantino (Civita, 1982). Há indícios do uso de ornamentação no período paleolítico, no Egito, na Grécia e na Roma antiga. Em torno do mediterrâneo o tecido bordado funcionou como moeda de troca e cultura local. Com as invasões muçulmanas por volta do ano 711, na
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Espanha, Andaluzia e Almeria, o bordado oriental difundiu-se pela Europa (Barbosa, 2009). Na idade antiga, essa “costura adornada” torna-se apenas um ornamento, porém nota-se que o bordado sempre foi algo que simbolizava riqueza. Na história, os babilônicos foram os primeiros povos a adornar suas peças, posteriormente superados pelos egípcios, sendo então propagado pela Europa, tornando-se popular nas vestes gregas, romanas (SOUSA, p.12 , 2012). Na Idade Média, o bordado era muito utilizado para adornar vestimentas do clero, mas simultaneamente, com as Cruzadas, as técnicas foram incrementadas devido à influência dos povos orientais, sendo reforçado na Península Ibérica pela expansão do império turco-otomano que possuíam uma grande tradição de bordado. Nesse mesmo período o bordado torna-se uma atividade doméstica não exclusivamente feminina porque existiam homens em Lisboa, no séc. XVI que bordavam e deles era exigido um diploma para exercer a profissão.
“No entanto, não podemos afirmar que esta actividade era exclusivamente feminina porque existiam homens em Lisboa, no séc. XVI, capacitados para bordar ou “broslar”. Este ofício exigia perícia e determinadas aptidões para ser efectuado, de tal modo que, por vezes, era necessário obterem um diploma. Tinham de prestar provas tais como realizar debuxo e fazer um bordado imaginário onde constava um rosto bordado a seda. (SILVA, P., p. 1, 2012)”.
No Brasil, o bordado e outros trabalhos têxteis foram inseridos em grande parte pelos portugueses e tinham como intenção se sobrepor à cultura local, aumentando assim o poder de dominação europeia sobre as diversas culturas nativas. Na Idade Moderna o bordado atendia exclusivamente a demanda eclesiástica, mas se expande para a vestimenta comum, sendo ostentado pelas classes mais ricas como indicação de sua posição social. No final do século XIX com o desenvolvimento das máquinas de costura, o bordado à máquina compete com o trabalho manual, devido à comercialização em massa. Tornando o artesão algo exclusivo e caro. A industrialização acelerada gerou um movimento de reação que pretendia retomar o valor do fazer manual, a marca do artesão e a qualidade de acabamento em contrapartida ao excesso de produtos industrializados que invadiu o mercado europeu da época (SOUSA, 2012).
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O bordado contemporâneo é baseado em técnicas tradicionais apesar dos altos custos. O ponto a mão é o alicerce, mas uma vez aprendidos os princípios, o artesão terá os fundamentos de um vasto conjunto de técnicas, e em vestidos de noiva a principal técnica é a de ornamentação, o que confere uma aparência mais tridimensional e decorativa ao tecido (UDALE, 2011). A partir de 1850 a produção dos bordados passou dos limites domésticos e artesanais para grandes estabelecimentos industriais (Le Dictionnaire dês Textiles, 2002). Bordar é também realizar os pontos com todos os tipos de fios sobre um suporte definitivo ou simplesmente apoiado na mesa, riscos (desenhos) maiores são mais fáceis de costurar se são alinhavados na peça com fios grossos de alinhavo, para ficarem no lugar enquanto se costura. Traçam-se sinais sobre um suporte com fios de materiais têxteis compatível com o produto, o risco (desenho) e a técnica escolhida; é a arte de desenvolver produtos decorativos e funcionais através de pontos costurados manualmente ou através de equipamentos de costura (UDALE, 2011). A partir da escala e o tamanho da roupa são projetados padronagens em papel feitas para verificar o tamanho do risco (desenho) onde serão aplicados os enfeites. Bastidores são úteis para apliques, bordados e contas, pois seguram o tecido com firmeza, facilitando o trabalho com ele. A maioria dos enfeites é trabalhada a partir do lado direito do tecido, diferente de algumas técnicas de bordado, que são trabalhadas a partir do lado avesso (SISSONS, 2012). . O aplique pode ser um tecido, contas, enfeites ou pontos costurados sobre o tecido utilizados como forma de decoração. Os enfeites e as contas são os mais versáteis e comuns em vestidos de noiva. São formadas a partir da aplicação de tecidos decorativos na superfície do tecido principal. Pode ser costurada em bainhas a mão ou deixados a fios bordados (SISSONS, 2012). Bordar com contas é uma a outra forma de bordado. Existem vários métodos de costura, tais como pesponto, ponto cheio, ponto cordonê e ponto alinhavo. Nos ateliês especialistas, geralmente é usada uma agulha de gancho para conectar os fios de contas com ponto corrente. Esse método permite um trabalho mais fino com contas pequenas; a agulha de gancho faz pontos correntes ao redor do fio, segurando as contas e não precisando passar através delas. No entanto se o fio romper as contas cairão. Contas costuradas individualmente com agulhas ficam mais seguras, mas o seu processo é mais demorado (SISSONS, 2012).
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É possível aplicar um bordado antes ou depois da confecção de uma roupa e concentrá-lo em áreas específicas ou colocá-lo como parte de um design total. Use-o como uma ornamentação na superfície de um tecido para realçara aparência ou para integrá-lo à função da roupa, em vez de adicioná-lo para mera decoração (UDALE, 2011).
2.10 PLANEJAMENTO DE UM CATÁLOGO DE BORDADOS
No planejamento e projeto do catálogo voltado para o segmento moda noiva, deverão ser apresentadas diferentes técnicas e materiais bordados para trajes de noivas com informações relevantes para que o material possa ser desenvolvido em um formato que possa evidenciar o bordado como alvo principal.
2.10.1 Definição de catálogo
Um catálogo serve para agrupar informações e itens, sejam estes fotos, textos ou ilustrações enumeradas e ordenadas. É um meio de comunicação, que veicula mensagens sobre os registros de um ou de vários acervos reservados para usuários como forma de interação comunicativa entre criador, usuário e documento, em seu sentido amplo. O criador ou responsável pelo conteúdo intelectual da obra procura que o seu trabalho seja reconhecido por um usuário e este, por sua vez, procura encontrar aquele item de seu interesse e que este seja acessível (MEY; SILVEIRA, 2009).
2.10.1.2 Catálogo de moda
O catálogo de moda possui um formato que melhor evidencia o produto como alvo principal do material em específico, com informações relevantes para quem estiver lendo identificar e saber do que se trata. O primeiro catálogo de moda surgiu no século XIX; em 1856 a Condessa de Castiglione contratou os fotógrafos Mayer e Pierson para fotografarem e arquivarem duzentos e oitenta e oito modelos de roupas que apreciava, criando assim o primeiro registro de fotografia e moda. (CHATAIGNER, apud CARNEIRO, 2000).
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Na publicidade de moda é preciso que haja a visualização das peças, isso se dá normalmente por meio de lookbooks ou editoriais para que o cliente possa vê-las antes de ir até a loja, é a partir deste primeiro contato que se desperta o desejo de aquisição. A moda e a publicidade são uma espécie de cosmético que promete a beleza. A ambiência é idealizada antes de ser informação. (LIPOVETSKY, 1991). Percebemos nos catálogos a criação de um ambiente propício ao consumo. Imagens veiculadas a eles tornam-se desejáveis, mas não somente pelo o que está exposto, mas também por todo o ambiente que é criado ao redor do que está sendo fotografado. O consumidor não percebe muitas vezes e ao menos questiona sobre a imagem que está vendo, ele simplesmente vê, deseja e adquire. (SANTOS, 2009). O catálogo é por isso uma das ferramentas dentre outras que melhor pode transmitir de forma concreta a reprodução de amostras de tecidos rebordados em pedrarias, mostrando as possibilidades e técnicas para confecção do traje. Como o mercado deste segmento está em constante crescimento justifica-se a importância de desenvolver produtos direcionados a este público mais exigente. Sendo um material de menor custo benefício, serve como uma vitrine organizada especialmente para ele. Para manter um vínculo com o consumidor, é necessário sugerir um produto inovador para que se alcance diferenciação no mercado, já que o público torna-se cada vez mais exigente. Percebe-se a necessidade de um meio para que as noivas possam escolher através de amostras de bordado qual técnica e material que farão parte do seu vestido. O estilista desenha o modelo e já com esta proposta de catálogo a noiva escolhe o tipo de bordado que mais lhe agrada para ser reproduzido em seu traje. Isso fará com que ela participe de todo o processo, desde a escolha do tecido aos materiais e formas a serem bordadas. Atender o segmento de moda noivas é algo desafiador, porque não se trata somente do desenvolvimento de um simples produto e/ou serviço, casar envolve tudo o que precisará ser planejado e orçado para poder realizar essa etapa. Por isso é importante que um catálogo de bordados para este segmento mostre uma variedade de possibilidades para poder reproduzir em seu vestido de noiva.
2.10.1.3 O CATÁLOGO COM BASE NOS PERCENTUAIS DE IMPORTAÇÃO DE TRAJES
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Entender como está o mercado e planejar uma ferramenta que reúna informações relevantes em um catálogo de bordados voltados para o segmento moda noiva, é um processo que irá constatar ou não a necessidade desse produto, “o catálogo de bordados para as noivas” e serviço, “a divulgação do estilista e bordador” de Curitiba. A pesquisa a seguir foi em função dos altos índices de importação de vestidos de noiva em sites de compra e como ela afeta os ateliers de confecção de trajes sociais, porém a plataforma on-line não é 100% eficaz. Apesar dos bons índices do mercado de casamento no Brasil e das inúmeras formas de adquirir um vestido de noiva como em lojas de locações de trajes, sites nacionais e internacionais, a China é um dos principais países a competir diretamente a essas plataformas de compras. Os fatores que mais encarecem os vestidos nacionais são a alta incidência de impostos e o elevado preço da mão de obra e da matéria-prima (CARRERA, 2013). Segundo Costa, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) registraram um aumento de 400% em encomendas vindas de países asiáticos, porém conforme o produto, a demora pode chegar de dois meses a um ano para ser entregue, tornando esse o motivo de uma das principais reclamações dos clientes. Antes de ser despachada aos clientes, a mercadoria fica por meses nos centros de distribuição de Rio de Janeiro, São Paulo ou Curitiba para serem triados por meio da Receita Federal. A empresa alega que a demora ocorre devido ao tempo necessário para resolver os trâmites necessários de importação (COSTA, 2015). A incerteza da chegada em tempo para ajustes e modificações faz com que boa parte do público do segmento moda noiva procure confeccionar o vestido e se atente aos detalhes, inclusive o bordado. Por isso desenvolvimento de um catálogo exclusivo para esse público exige profissionais qualificados e habilidosos.
2.10.1.4 Design gráfico do catálogo
Para um catálogo de moda ser bem produzido, é necessário unir o design gráfico às ilustrações de moda estabelecendo relações entre imagem/texto de entendimento intelectual, técnico e criativo. Não se deve utilizar somente a produção de imagens, mas algo que possa transmitir uma forma de linguagem universal. É
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função do designer gráfico organizar elementos visuais para comunicar o que o consumidor deseja. (BATISTA, 2008). As relações entre imagem, público-alvo e comunicação encontram-se entrelaçadas ao indivíduo, pois a roupa é a linguagem não verbal que se utiliza nas expressões e na divulgação de catálogos, possibilitando dizer mais como o conceito de expressão do que com palavras. O catálogo possibilita a comunicação com o cliente, viabilizando a identificação deste com o produto ou não, podendo vir a ser um novo consumidor de um determinado produto. (SANT’ANNA, 2002). Deste modo, a elaboração de uma boa imagem do produto faz a diferença. O catálogo é uma ferramenta chave para a confecção do vestido de noiva, pois permite que o cliente se relacione com a imagem. Consiste em um cartão de visita, após a aprovação do cliente, ele naturalmente é divulgado por essas pessoas que o apreciaram. Os fornecedores de serviço que veem a necessidade desse meio necessitam obter algum conhecimento das necessidades de seus clientes para perceber como eles reagem a esse serviço, oferecendo-lhes mais do que eles esperam ao entrar na loja, conservando assim os seus clientes e suas expectativas (TSCHOHL; FRANZMEIR, 1996).
2.10.1.5 Produção fotográfica do catálogo
A produção é essencial para uma sessão de fotos de moda, funciona como um conjunto de pessoas que pensa nos melhores resultados para a cena desejada. O produtor deve informar aos fotógrafos tudo o que está sendo esperado para transmitir bem a proposta ao público-alvo e este seja capaz de se identificar, interagir e fixar aquilo que está impresso no catálogo (SANTOS, 2009). Segundo SABATOWITCH, professora de produção de moda do curso de graduação tecnológica em design de moda do SENAI Paraná, não só os bons profissionais são importantes, mas também os processos necessários na preparação da prática, o storyboard (ver figura 14), um tipo de organizador gráfico com ilustrações, fotos ou imagens arranjadas em sequência com o propósito de pré- visualizar um catálogo, editorial, lookbook, revista, etc. constituem em representar narrativas gráficas do contexto de uso de um produto.
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FIGURA 14 – STORYBOARD DA PRODUÇÃO DE MODA
FONTE: Informações coletadas dos sites dos eventos (2015) NOTA; Dados trabalhados pela autora.
Esse material é necessário para que o produtor, o fotógrafo e modelo possam se organizar antes das fotos serem tiradas, poupando tempo e agrupando possíveis inspirações para produção do editorial. Inicialmente foram produzidas as fotografias das amostras de bordado com uma profissional especializada em produto. Os bordados foram fotografados em estúdio para evidenciar os detalhes do tecido e materiais utilizados (ver figura 15). Para enriquecer o material fizeram-se pesquisas de outras imagens que se relacionavam com o tema como fonte de inspiração e através das poses as modelos e a fotógrafa pudessem evidenciar os efeitos dos bordados dos vestidos.
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FIGURA 15 - AMOSTRAS DE BORDADOS DO CATÁLOGO
FONTE: Fotógrafa Kelly Kaarine Knevels (2015).
As fotos a seguir foram tiradas no dia 11 de abril de 2015, no estabelecimento “José Celso Atelier”, situado no Alto da XV, em Curitiba (ver figura 16).
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FIGURA 16 – RESULTADO DAS FOTOS COMPARADAS AS REFÊRENCIAS DO STORYBOARD
FONTE: A Autora (2015).
Dessa forma, é elaborado um briefing, termo do inglês “conjunto de informações”. Esse método facilita na hora das fotos, pois há um planejamento sobre a melhor forma de transmitir o tema (SABATOWITCH, 2015). A fotografia é uma ilustração de sentimentos, momentos, verdades criadas ou representadas. No mundo da moda, a expressão diz tudo em uma imagem. As imagens são mediações entre o homem e o mundo. Todas as modalidades de signos, inclusive as imagens, têm o propósito e a função de representar e interpretar a realidade, mas, ao fazê-lo, inevitavelmente interpõem-se entre o homem e mundo. Assim como os espelhos, ao mesmo tempo em que os signos refletem a realidade também a retratam, quer dizer, ao refletir, transformam, transfiguram e numa certa medida, até mesmo deformam o que é por eles refletido (SANTAELLA apud CARDOZO, 2005, p. 55).
Sendo assim, o fotógrafo de moda deve captar os momentos únicos da produção e de maneira criativa procurar a melhor luz, ângulo, e para melhores
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resultados ter o auxílio de uma produtora que conheça o público, as poses da modelo, o figurino, etc, para o melhor resultado das fotografias que iram para o catálogo.
2.10.1.6 Divisão do catálogo
Um catálogo pode ser divido em títulos e a descrição do que está sendo apresentado nele. Ao acessar catálogos específicos do segmento de moda noiva, pode-se perceber que possuem alguns pontos em comum. Como pode ser obervado no “Guia noivas e eventos” (ver figura 17) e no “Guia de casamentos & eventos” (ver figura 18), os dois de Curitiba. Eles possuem um texto editorial que discorre sobre a edição além de fotos dos autores/ colaboradores, em seguida o expediente e data de publicação. Esses dois catálogos analisados em específico serviram como base para criar o modelo do catálogo de bordados para o segmento moda noiva, porém com um conteúdo bem diferenciado dos materiais já existentes voltados para esse mesmo público que apresentam, entre outros, cronogramas de tarefas que a noiva deve definir para concretizar a cerimônia e recepção, calendários e anunciantes da região com contatos, promoções e editoriais com propostas de tendências a cada edição.
FIGURA 17 - GUIA DE CASAMENTOS & EVENTOS 13° EDIÇÃO
FONTE: Guia de casamentos & eventos 13ª edição 2015/16 (2015).
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FIGURA 18 - GUIA DE NOIVAS E EVENTOS 19º EDIÇÃO
Fonte: Guia de noivas e eventos 19º edição (2015).
2.11 DESENVOLVIMENTO DO CATÁLOGO DE BORDADOS
Este trabalho de conclusão de curso foi desenvolvido sob a forma de monografia com desenvolvimento de produto, resultando em um catálogo de bordados voltado para o segmento moda noiva. Juntamente com a teoria foram pesquisados quais eram os procedimentos para concretizar a parte prática, como a busca de profissionais especializados em bordado manual. A partir da pesquisa em uma rede de contatos selecionamos o artesão Raul Berges (ver figura 19) para desenvolver o trabalho de bordado para o catálogo e assim adornar as amostras escolhidas, com mais de 20 anos de experiência e conhecimento sobre o seu trabalho, não foi necessário à contração de um segundo o profissional em função do tempo, as amostras de bordado foram entregues de acordo com o cronograma. Foram selecionadas quinze amostras os tecidos mais utilizados segundo as vendedoras das principais lojas de tecidos especializados para trajes sociais e noiva de Curitiba: Renda chantilly, renda mariscot, organza, cetim adamascado, cetim, tule bordado em fio soutache, tule francês, cetim de seda e telinha, para então com
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auxílio do artesão escolher os materiais que iriam compor as diferentes opções de aplicações. O profissional tem a função de por meio de agulhas e fios formar um desenho. Inicialmente o bordador aprende a prender bem o elemento a ser bordado trabalhado na peça e tenta de várias maneiras fazer com que o fio apareça somente no avesso da peça para um bom acabamento. Segundo Raul, o bordado serviu como fonte de renda, mas também como arte. As amostras de bordado levaram entre meia hora e uma hora cada uma. O processo de escolha das aplicações foram escolher aviamentos menores para compor o formato das flores e arabescos da renda, e materiais no caso as pedrarias e pérolas para destacar o bordado.
FIGURA 19 - BORDADOR RAUL BERGES
FONTE: Fotógrafa Tassiane Rozende (2015).
Cada bordador escolhe a melhor forma de trabalhar e as agulhas utilizadas foram: tamanho 12 para os aviamentos menores e a tambor beading, uma agulha em forma de caneta para bordar pedrarias em bastidor (ver figura 20).
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FIGURA 20 - AGULHAS UTILIZADAS NAS AMOSTRAS DE BORDADO
FONTE: A Autora (2015).
2.11.1 Projeto editorial do catálogo
Através de um “projeto editorial”, foi possível formular uma sequência de conteúdos para o formato do catálogo seguindo o objetivo de evidenciar as amostras de bordado, em uma ferramenta simples e objetiva. Nele consistem informações gerais e imagens que iram ilustrar sobre o que ele está sendo tratado e o enfoque principal. No catálogo que teve como título: “Bordados para Noivas”, foram reunidos, títulos, textos e imagens. A primeira informação do projeto editorial era sobre o formato do catálogo; - Tamanho da folha: 28X28 Como as amostras foram bordadas em uma forma quadrada 25X25, escolhemos esse formato para melhor ilustrá-las. a - Fonte: Luzsans- book Essa fonte foi escolhida por ser clássica e simples. - Nos tamanhos: 12, 15, 18, 32 e 48 pt. Em seguida o título, impresso de maneira simples para ser identificado de forma imediata pelo público alvo; - Bordados para Noiva (ver figura 21).
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FIGURA 21 - CAPA DO CATÁLOGO
Fonte: A Autora (2015).
A apresentação do catálogo tem como finalidade atingir o usuário que possa vir a se identificar e adquirir esse material (ver figura 22).
FIGURA 22 - TEXTO DE APRESENTAÇÃO DO CATÁLOGO
FONTE: A Autora (2015).
Esse trabalho foi desenvolvido em conjunto com colaboradores de diversos segmentos, profissionais da área, designers, bordador, fotógrafos rede de contatos, etc. (ver figura 23).
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FIGURA 23 - EXPEDIENTE DO CATÁLOGO
FONTE: A Autora (2015).
O sumário foi escrito de maneira resumida sobre o tema que está sendo tratado, nele estão os títulos dos bordados, editorias de moda para inspirar a noiva e um glossário dos materiais e tecidos utilizados no catálogo (ver figura 24);
FIGURA 24 - SUMÁRIO DO CATÁLOGO: BORDADOS PARA NOIVA
Fonte: Autora.
Através das pesquisas dos principais tipos de tecidos voltados para o segmento moda noiva, foram escolhidos tecidos com características diferentes para apresentar
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quinze amostras bordadas com diferentes formas de aplicações de materiais e técnicas descritas com: - Nome dos bordados A nomeação foi escolhida de acordo com o tecido em que ele foi bordado, como forma de auxiliar a noiva quando ela for aplicar em seu vestido, para que ele fique o mais próximo das imagens ilustradas no catálogo: - Composição do tecido e materiais utilizados Os tecidos ilustrados no catálogo são de diferentes composições, por isso optamos em fornecer ao leitor que poderá vir a reproduzi-lo informações dos tecidos e materiais usados para o bordado (ver figura 25).
FIGURA 25 - BORDADO 3 EM ORGANZA BORDADA EM FIO DE SEDA
FONTE: A autora (2015).
- Editorias Os editoriais de moda incorporados ao conteúdo do catálogo tiveram como objetivo tornar o material mais próximo do cliente que irá adquiri-lo, sendo modelos de vestidos bordados, junto a um cenário de moda e toda uma produção para que através
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delas transparecesse o público alvo. A produção serviu para tornar o catálogo um material mais atrativo. Os editoriais demonstram a proximidade do material à moda (ver figura 26).
FIGURA 26 - FOTOS ESCOLHIDAS PARA ILUSTRAR O CATÁLOGO
FONTE: A Autora (2015).
- Glossário O glossário foi desenvolvido com informações dos seguintes autores: Pezzolo (2007), Goulart (2013), Glossário de Moda (2014) e Ehow Brasil (2014), onde reúne palavras explicadas através de pequenos textos para que o usuário possa através dele, saber um pouco mais sobre o que foi tratado no catálogo (ver figura 27).
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FIGURA 27 - GLOSSÁRIO
FONTE: A Autora (2015).
As especificações enviadas à gráfica foram: a) Capa em papel couché fosco 230 gramas com laminação b) Brochura colada c) Títulos dos bordados impressos em papel vegetal. d) Miolo da brochura impresso em papel couché fosco 170 gramas.
A impressão foi feita em impressora a laser/ jato de tinta. Ver na imagem 28 parte do catálogo impresso.
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FIGURA 28 - RESULTADO DA IMPRESSÃO DO CATÁLOGO
Fonte: A Autora (2015).
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3 CONCLUSÃO
Este
trabalho
foi
desenvolvido
sob
a
forma
de
monografia
com
desenvolvimento de produto por meio de pesquisas bibliográficas. A abordagem foi o desenvolvimento criativo de um catálogo de tecidos bordados voltado para o segmento moda noiva que apresenta diferentes técnicas, materiais e editoriais de moda. O catálogo deverá servir como inspiração para as noivas e designers, assim como uma fonte de pesquisa a partir do glossário com significados específicos sobre o material que foi tratado em cada amostra. De acordo com as pesquisas de referencias visuais o projeto gráfico teve como resultando um catálogo com design clássico e clean. Descrevendo sobre a ALTA-COSTURA e
PRÊT-À-PORTER, numa
investigação histórica e relevante sobre a origem do vestido de noiva, quando foi usado pela primeira vez, a cor, como eram bordados, tipo de tecido, modelo e como são atualmente, o que mudou, permaneceu, são dados importantes para se saber, no que se refere a tendência da moda, em diferentes épocas. Neste estudo, percebe-se a necessidade de um produto especializado, com informações praticas sobre o bordado e sua aparência. No mercado atual, existem eventos, revistas, site e outros que oferecem os serviços de consultoria e informações sobre o segmento moda noiva. Pela carência de especificações e amostras de bordados e pelas possibilidades de atender com eficácia as lacunas de informação neste assunto se apresenta necessária uma alternativa que apresente traga informações adequadas. Objetivo do estudo foi o desenvolvimento criativo do catálogo de bordados e não a sua viabilidade. Etapa esta que se apresenta fundamental para avaliar a real necessidade do produto no mercado. Podem ser estudadas também outras possibilidades de apresentação para os conteúdos do catálogo, assim como novas mídias interativas.
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