Mirian Kreusch - Vestidos de noiva para biótipos plus size

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FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAI CURITIBA CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM DESIGN DE MODA MIRIAN KREUSCH

VESTIDOS DE NOIVA PARA BIÓTIPOS PLUS SIZE

CURITIBA DEZ/2017


MIRIAN KREUSCH

VESTIDOS DE NOIVA PARA BIÓTIPOS PLUS SIZE Monografia apresentada como requisito parcial para a obtenção do grau de Designer de Moda, 6° período do Curso Superior de Tecnologia em Design de Moda da Faculdade de Tecnologia Senai Curitiba. Orientadora: Roseli Stencel

CURITIBA DEZ/2017


TERMO DE APROVAÇÃO

MIRIAN KREUSCH

NOIVAS PLUS SIZE E SUAS FORMAS

Este trabalho foi julgado e aprovado como requisito parcial para a obtenção do grau de tecnólogo em Design de Moda, do Curso Superior de Tecnologia em Design de Moda da Faculdade de Tecnologia Senai Curitiba

______________________________ Edson Korner Coordenador do Curso

Orientador (a): Prof.ª Roseli Stencel ____________________________ Banca:

Prof.ª Malva Ouriques ____________________________ Prof.ª Mariana Mariah ____________________________

Curitiba, 01 de dezembro de 2017


Dedico essa monografia a Deus por ter me guiado por todo este caminho, aos meus pais que se esforçaram para me dar essa oportunidade e aos professores que se dedicaram e me deram apoio durante esses três anos.


AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus por ajudar e cuidar de cada detalhe desse período na minha vida. Agradeço aos meus pais pela oportunidade e também aos professores, família e amigos pelo apoio.


“Minha paixão é costurar. Nunca me sinto tão feliz como quando estou diante da máquina de costura criando um novo figurino, e gosto de compartilhar essa alegria com todos que amam roupas e gostariam de fazê-las.” SMITH A.


RESUMO Uma tradição que já dura mais de cem anos, o vestido de noiva tornou-se, para algumas mulheres, um vestido único e sonhado. Entretanto, no mercado há uma carência desse tipo de vestuário para o público Plus Size. Desta forma, buscando atender este nicho, o estudo tem o objetivo de desenvolver uma coleção cápsula de vestidos de noiva a partir do estudo dos diferentes corpos femininos Plus Size. Esse estudo utilizou como base para sua fundamentação teórica conteúdos referentes à história da moda, como a evolução do vestido de noiva ocidental. Além disso, foram identificados e estudados os biótipos do Plus Size, juntamente com a análise antropométrica e realizadas, também, experimentações de elementos de estilo, modelagens e silhuetas bases para cada um dos biótipos através da modelagem tridimensional. Esses elementos foram aplicados em vestidos de noiva conforme cada estrutura buscando harmonia e equilíbrio estético desenvolvendo, então, um vestido de noiva. Palavras-chave: Plus size, noiva, biótipos.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES FIGURA 1 – CASAMENTO DE FILIPE III COM MARIA DE BRABANT, EM 1274.... 12 FIGURA 2 – VESTIDO RAINHA VITÓRIA ................................................................ 13 FIGURA 3 – VESTIDOS DE ÉPOCA ........................................................................ 15 FIGURA 4 – VESTIDOS DE NOIVA .......................................................................... 16 FIGURA 5 – BOTÕES ............................................................................................... 18 FIGURA 6 – AMARRAÇÃO COM ILHÓS .................................................................. 19 FIGURA 7 – BORDADO EM PEDRARIA .................................................................. 25 FIGURA 8 – FAIXAS PARA NOIVAS ........................................................................ 25 FIGURA 9 – MANEQUIM TAMANHO 50 .................................................................. 33 FIGURA 10 – PREENCHIMENTO BIÓTIPO OVAL .................................................. 34 FIGURA 11 – PENCE HORIZONTAL CLÁSSICA ..................................................... 35 FIGURA 12 – COMPARAÇÃO SILHUETAS NO BIÓTIPO OVAL ............................. 36 FIGURA 13 – COLEÇÃO CÁPSULA ......................................................................... 48 FIGURA 14 – DESENHO BIÓTIPO OVAL ................................................................ 49 FIGURA 15 – RESULTADO BIÓTIPO OVAL ............................................................ 49 FIGURA 16 – DESENHO BIÓTIPO RETÂNGULO ................................................... 50 FIGURA 17 – RESULTADO BIÓTIPO RETÂNGULO ............................................... 50 FIGURA 18 – DESENHO BIÓTIPO AMPULHETA .................................................... 51 FIGURA 19 – RESULTADO BIÓTIPO AMPULHETA ................................................ 51 FIGURA 20 – DESENHO BIÓTIPO TRIÂNGULO ..................................................... 52 FIGURA 21 – RESULTADO BIÓTIPO TRIÂNGULO ................................................. 52 FIGURA 22 – DESENHO BIÓTIPO TRIÂNGULO INVERTIDO ................................ 53 FIGURA 23 – RESULTADO BIÓTIPO TRIÂNGULO INVERTIDO ............................ 53 FIGURA 24 – NOIVOS...............................................................................................54 FIGURA 25 – VESTIDO PRONTO.............................................................................55


LISTA DE QUADROS QUADRO 1 – TECIDOS PARA VESTIDO DE NOIVA .............................................. 20 QUADRO 2 – PENCES E RECORTES ..................................................................... 21 QUADRO 3 – TIPOS DE MANGAS .......................................................................... 23 QUADRO 4 – TIPOS DE DECOTES ......................................................................... 24 QUADRO 5 – SILHUETAS ........................................................................................ 28 QUADRO 6 – BIÓTIPOS PLUS SIZE ....................................................................... 31 QUADRO 7 – BIÓTIPOS REPRESENTADOS .......................................................... 35 QUADRO 8 – RECURSOS PARA BIÓTIPO OVAL................................................... 37 QUADRO 9 – RECURSOS PARA BIÓTIPO RETÂNGULO ...................................... 39 QUADRO 10 – RECURSOS PARA BIÓTIPO AMPULHETA .................................... 41 QUADRO 11 – RECURSOS PARA BIÓTIPO TRIÂNGULO ..................................... 45 QUADRO 12 – RECURSOS PARA BIÓTIPO TRIÂNGULO INVERTIDO ................. 47


SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................. 12 2.1 EVOLUÇÃO DO VESTIDO DE NOIVA ............................................................ 12 2.2 CONSTRUÇÃO DO VESTIDO DE NOIVA ...................................................... 16 2.2.1 Modelagem tridimensional ........................................................................ 17 2.2.2 Tipos de Fechamento................................................................................ 18 2.2.3 Tecidos utilizados ...................................................................................... 19 2.2.4 Modelagens e elementos de estilo ............................................................ 20 2.2.5 Silhuetas ................................................................................................... 26 2.3 ANTROPOMETRIA.......................................................................................... 28 2.3.1 Segmento plus size para noiva ................................................................. 28 2.3.2 Tabela de medidas .................................................................................... 29 2.4 DEFINIÇÕES DE BIÓTIPOS PARA NOIVAS PLUS SIZE............................... 30 2.4.2 Equilíbrio estético ...................................................................................... 30 2.4.3 Ilusão óptica .............................................................................................. 32 3 DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO .................................................................. 32 3.1 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................... 32 3.2 EXPERIMENTAÇÕES ..................................................................................... 35 3.2.1 Oval ........................................................................................................... 36 3.2.2 Retângulo .................................................................................................. 38 3.2.3

Ampulheta ............................................................................................. 40

3.2.4 Triângulo ................................................................................................... 44 3.2.5 Triângulo invertido ..................................................................................... 46 3.3 COLEÇÃO CÁPSULA...................................................................................... 48 3.3.1 Oval ........................................................................................................... 49 3.3.2 Retângulo .................................................................................................. 50 3.3.3 Ampulheta ................................................................................................. 51 3.3.4 Triângulo ................................................................................................... 52 3.3.5 Triângulo invertido ..................................................................................... 53 3.4 PRODUTO DESENVOLVIDO .......................................................................... 54 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 56


1 INTRODUÇÃO O presente trabalho se justifica pela observação da carência de estudos e produtos no segmento Plus Size, principalmente em vestidos de noiva. Tal fato se dá em decorrência da existência de poucas referências e empresas que trabalhem com este público em especial. Segundo o Relatório SIS (Sistema de Inteligência Setorial) para o SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), mais da metade da população brasileira está acima do peso, ou seja, se enquadram no público Plus Size e a cada ano esse nicho de mercado cresce cerca de 6% ao ano movimentando até cinco bilhões de reais. É um nicho de mercado pouco explorado e corresponde a uma grande oportunidade para negócios. (SEBRAE, 2016) Pretende-se que este estudo possa contribuir trazendo opções ao público Plus Size, deliberando análises e desenvolvendo conteúdos tendo como ponto de partida o seguinte questionamento: Como aplicar elementos de estilo e silhuetas bases de vestidos de modo a atender as características estéticas dos diferentes biótipos do Plus Size? O trabalho se desenvolveu a partir de pesquisa bibliográfica em livros, artigos, periódicos e materiais disponibilizados na internet. Além disso, realizaram-se experimentações por meio da modelagem tridimensional possibilitando a elaboração de produto a partir da seleção dos elementos de estilo estudados. Portanto esse estudo tem o objetivo de desenvolver uma coleção cápsula de vestidos de noiva a partir do estudo das silhuetas Plus Size. Para isso foi identificado, dentro da história da moda a evolução do vestido de noiva ocidental, foram identificados e estudados os biótipos do Plus Size, juntamente com a sua antropometria. Assim, também foram realizadas experimentações de elementos de estilo, modelagens e silhuetas bases para cada um dos biótipos. Dessa forma foram selecionados elementos de estilo e silhuetas estudadas para aplicação em cada biótipo


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2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 EVOLUÇÃO DO VESTIDO DE NOIVA O uso do traje matrimonial possui intrínseca relação com a formação cultural, costumes, tradições. A história do vestido de noiva está interligada à origem do casamento, uma vez que o seu surgimento visava legalizar uma unidade familiar, seja com vistas à legitimação dos filhos e da herança, o estabelecimento de alianças entre famílias junto com a troca de bens e riquezas. Portanto, antigamente o casamento possuía importância econômica. (QUEM INVENTOU, 2017) O vestido da noiva servia justamente para apresentar à sociedade que a família era detentora de posses, ou seja, o traje de casamento deveria ser grandioso, deslumbrante e luxuoso. Esses vestidos podiam ser de qualquer cor, até mesmo já foi na cor vermelha durante a Idade Média, devido ao processo de tingimento ser custoso associava-se que quanto mais escuras e fortes fossem as cores no vestido, mais indicava a posse de riqueza da família. (QUEM INVENTOU, 2017) Na Idade Média, com a instituição do casamento pela Igreja Católica, as noivas passam a casar com seu melhor vestido. Ou seja, uma roupa bonita, que ainda não configura o vestido específico de noiva, como o conhecemos hoje. A figura 1 mostra o casamento de Filipe III com Maria de Brabant, em 1274. (MORIEL, 2010)

FIGURA 1 - CASAMENTO DE FILIPE III COM MARIA DE BRABANT, EM 1274.

FONTE: Moriel (2010)


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A vestimenta que hoje temos como o tradicional vestido de noiva branco começou no Renascimento quando a rainha Elizabeth, a virgem, institui para a corte um vestido específico, branco para a ocasião: o casamento. Porém isso não perpetuou na época. Já na Era Vitoriana, quando a Rainha Vitória casou em 1840 com o Príncipe Albert a monarca optou por usar um traje nupcial diferente do qual era usado na época, assim casou-se de branco e de véu, os quais são expressão da pureza e o do romantismo. (GARBELOTTO; MITIDIERI, 2010) No período Vitoriano, a rainha Vitória e a Alta Costura fazem com que os vestidos de noiva - juntamente com o segmento - se desenvolvam mais. Neste momento o uso de materiais, como renda, se elabora mais demonstrando as posses do casal. Podemos observar a presença do véu, grinalda, rendas, bordados e a cor branca no vestido ao ver dois retratos do vestido de noiva da rainha Vitória (ver figura 2):

FIGURA 2 - VESTIDO RAINHA VITÓRIA

FONTE: Lisboa (2015)

Com vistas a se definir melhor o conceito de cor branca Farina, Perez e Bastos (2006) delinearam que a cor branca nos “... indicia neutralidade, pureza, vida quando

associada

criatividade...”.

à

alimentação

(leite),

limpeza,

castidade,

liberdade,


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O branco para o vestido de noiva continua sendo uma “tradição” mesmo que sejam raros os casos de conservação da pureza feminina. Porém outras cores já estão sendo escolhidas por noivas que tem o seu próprio estilo e que buscam se diferenciar. A rainha Vitória exerceu grande influência em virtude de sua posição e das medidas que tomou durante o seu reinado. Tal influência foi constatada inclusive na área da moda, uma vez que as outras mulheres da época começaram a adotar o mesmo estilo de vestimenta que a monarca para se casarem. (SHEARMAN, 1987) De 1900 a 1990 os vestidos eram feitos por costureiros, criadores e marcas, e sua evolução acontece de forma a ter estilos mais diversos, baseado no “estilo do criador”. A vestimenta na década de 1910 era relativamente simples, sendo período de guerra, tinha cintura marcada, saia com pouco volume, colo e pescoço cobertos. Para a primeira metade do século, nos anos 20, marca-se o quadril ao invés da cintura. O comprimento muda, ficando um pouco acima dos tornozelos, adicionando babados e rendas. Nos anos 30, volta a silhueta longa, o tecido do vestido é acetinado e a noiva colocava uma capa de renda que possuía manga longa e era trabalhado com pérolas. Na década de 40, os vestidos dispunham de drapeados que formavam leves volumes. A década de 50 trouxe a cintura marcada novamente e saias mais curtas, rodadas e com volume, o vestido tinha mangas de renda e laços. (A EVOLUÇÃO, 2015) Na segunda metade do século XX, nos anos 60, o vestido tem mais estrutura, sem mangas, com muitos bordados, os quais são delicados e precisos. Com silhuetas mais soltas, a década de 70 é marcada pela liberdade, que também refletiu na vestimenta nupcial, tecidos leves, modelagem solta e mangas bufantes. Nos anos 80, houve uma mudança relevante, do simples passou para o exagero com muitos bordados, volumes e transparências, uma noiva mais atrevida na escolha da veste. O minimalismo foi o que marcou durante a década de 90, utilizando-se de formas limpas e elegantes com caimento natural. (A EVOLUÇÃO, 2015) Já nos anos 2000 o vestido de noiva continua com a silhueta reta, destaca-se o colo com vestidos sem alças. Por fim, atualmente o vestido de noiva conta com rendas, tule, bordados, decotes ousados e silhuetas mais básicas. (A EVOLUÇÃO, 2015)


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Os vestidos de noiva apresentados na figura 3 representam os anos de 1915, 1955 e 2015. FIGURA 3 – VESTIDOS DE ÉPOCA

FONTE: A evolução dos vestidos de noiva (2015)

Uma tradição que dura mais de cem anos, o vestido de noiva, tornou-se para algumas mulheres um vestido único e sonhado, o que as leva a pagarem valores altos na sua aquisição. Mediante esse consumo, Baker (2005) afirma que as mensagens de marketing, produtos e as interações do mercado são o que gera a vulnerabilidade do consumidor conduzindo-o, assim, a consumir e pagar mais. Ao ler o que as escritoras Lopes, Carvalho e Mendes escreveram a respeito da evolução da moda nupcial e do comportamento entendemos que: O vestido de noiva e o véu têm evoluído ao longo dos tempos, em conformidade com os padrões de moda de cada época; as alterações variam no tamanho, nas conjugações de cores mais suaves. Tudo é possível e ditado pela criatividade dos mais ousados, mas isso não significa necessariamente a submissão ao marido, mas sim um desejo de trazer para o seu casamento a felicidade encontrada nos contos de fada, evocando as novelas de cavalarias, ou trazendo de volta aquela imagem feminina e delicada, mas que agora tem decisão. (2010, p.4)

Na atualidade, os vestidos são feitos baseados no estilo da noiva, representam seu estilo de vida e tudo é criado em cima do gosto da noiva. Na figura 4 podemos ver como esses estilos estão refletidos nos vestidos: a primeira noiva


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cujo vestido remete ao estilo vintage, a segunda expressa mais o romantismo e a terceira optou por um estilo mais clássico. FIGURA 4 – VESTIDOS DE NOIVA

FONTE: Mares (2017)

Nesse sentido, é que o corpo passa a ser o centro do vestido, e os tamanhos maiores entram em evidência. O discurso sobre a estética feminina, o culto ao corpo e a beleza têm se modificado e a tendência é que o segmento noiva acompanhe essa transformação da sociedade ficando a cargo do designer de moda, criar e desenvolver vestidos que tenham em si, componentes que tragam ergonomia e estilo para as noivas Plus Size.

2.2 CONSTRUÇÃO DO VESTIDO DE NOIVA Para a construção de um vestido de noiva, são visados vários elementos como, por exemplo, a modelagem de vestuário que busca desenvolver e produzir peças que possam caracterizar diferentes simbologias e valores. Outros elementos importantes na construção do vestido de noiva são os fechamentos devido à vestibilidade, tecidos apropriados, pois o caimento, a aparência e o toque são fundamentais para o resultado final do vestido. A modelagem tridimensional, por exemplo, já foi muito utilizada por diversos


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profissionais para criar e modelar os vestidos de festa, percebendo como o tecido irá se comportar e dar o caimento esperado. E os elementos de estilo são o que complementam e fazem com que a noiva se destaque, pois são os detalhes adicionados ao vestido que criam uma essência única.

2.2.1 Modelagem tridimensional A modelagem tridimensional, também conhecida como draping ou moulage, é uma técnica que pode ser utilizada também para a criação. Para a sua realização, utiliza-se um manequim próprio, feita no manequim com tecido (morim ou algodão cru), obedecendo ao sentido do fio (trama e urdume) e ao comportamento do tecido. Depois de pronto é tirada do manequim e é passada para o papel (bidimensional), acrescentando as margens de costura, marcações e piques e assim estarão prontos os moldes. (DUARTE, 2013) A partir da base de corpo pronta podemos partir a infinitas possibilidades de peças do vestuário. O profissional dessa área é detalhista e observador, pois precisa dispor de muita atenção nessa parte para não haver falhas no resultado final. “A modelagem é considerada um dos estágios mais importantes no processo produtivo. Nela se realiza toda a concepção e a viabilização do projeto do estilista e, finalmente, a transformação em molde.” (SENAI, 2013, p.3) Esse tipo de técnica visa atender ao formato do corpo envolvendo-o e encontrando seus limites. Para a realização dessa técnica de modelagem são necessários alguns materiais, dentre eles: caneta marcadora, tesoura, giz de alfaiate, alfinetes finos, fita métrica e tecido. Para o assentamento do tecido sobre o corpo, precisa-se de equilíbrio no molde, por isso lhe é marcado o fio e outras informações que estão, ainda, sobre o manequim. A moulage também é utilizada como meio criativo, pois o modelista pode visualizar a peça da forma que irá ficar, podendo ajustar e corrigir até que tenha o caimento esperado. (FISCHER, 2010)


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2.2.2 Tipos de Fechamento Como a maioria dos vestidos de noiva são justos é preciso pensar em vestibilidade, utilizando-se de aviamentos que facilitem a abertura e fechamento da peça. Para isso há algumas opções e os mais comuns são zíperes, botões e a amarração. O zíper é um elemento que costuma ser escondido, mas que é muito utilizado por facilitar a abertura e o fechamento do vestido de forma rápida e prática. Smith afirma que: O zíper é provavelmente o fecho mais usado. Existem muitos tipos à venda, numa variedade de comprimentos, cores e materiais, mas todos eles se encaixam em uma das cinco categorias: zíper de saia ou calça, zíper de metal ou jeans, zíper invisível, zíper de extremidade aberta e zíper decorativo. (2012, p.119)

De acordo com referido autor (2012) existe uma grande variedade de zíperes à venda, as categorias de zíperes mais utilizadas para vestido de noiva são: Zíper fechado comum (que tem duas formas mais comuns de aplicação e que se encaixa na categoria de saia ou calça) e o zíper invisível. Os botões são também uma forma muito utilizada para abrir e fechar os vestidos de noiva, porém é mais demorado e mais trabalhoso vesti-los, além do mais esse aviamento pode ser utilizado como enfeite apenas. A figura 5 mostra os botões como elemento de estilo.

FIGURA 5 - BOTÕES

FONTE: LUZ (2013)


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Smith (2009) afirma que os botões são uma das formas de fecho mais antigas, os botões podem ter diversos tamanhos, formas e materiais. Outra forma de fechar se dá por amarrações (ver figura 6). São feitas de tiras de tecidos, fitas flexíveis ou por meio de fios que são passados por dentro de ilhoses ou alças aplicadas no vestido. (LEITE; VELLOSO, 2009)

FIGURA 6 - AMARRAÇÃO COM ILHÓS

FONTE: Milanoo (2017)

2.2.3 Tecidos utilizados Os tecidos são formados através do entrelaçamento dos fios como a tecelagem, malharia, feltragem, entre outros meios de construção de tecidos. Cada tecido tem um toque diferenciado, alguns mais suaves e agradáveis na pele, outros mais grosseiros que causam desconforto. (GOMES, 2006) No quadro 1 observa-se informações sobre algumas das características de tecidos utilizados na confecção da vestimenta nupcial:


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QUADRO 1 - TECIDOS PARA VESTIDO DE NOIVA TECIDO

CAIMENTO CARACTERÍSTICAS

Organza

Volumoso e Leve, textura fina. armado

Cetim

Fluído

O peso varia de leve á pesado, textura acetinada.

Seda

Fluido

Pode ser fino ou espesso e encorpado, tecido frágil

Tule

Volumoso e Trama em rede com furos e armado

Mousseline Zibeline

Fluído

transparência. Leve, transparente e com alta torção.

Estruturado Brilho acetinado, pesado, firme e estruturado.

Tafetá

Sem fluidez O peso varia de leve a pesado, e armado

Chiffon

Fluido

tecedura suave e simples. Fino, transparente, forte e resistente, tecedura simples.

Crepe

Fluído

Macio, fio torcido que produz superfície irregular.

Renda

Fluído

Leve, diversos desenhos, furos, e em algumas partes transparente.

Fontes: Adaptado de Smith (2012) e Edwards (2012).

Edwards (2012) afirma que “Os tecidos são a principal matéria-prima na confecção de vestuário. As roupas podem ser de uso cotidiano ou para ocasiões especiais; podem variar desde a produção em massa às criações exclusivas.”.

2.2.4 Modelagens e elementos de estilo Elementos de estilo e modelagem auxiliam no design da peça, valorizando e transparecendo o estilo e características da noiva.

Esses elementos vão de

modelagens diferenciadas até bordados e detalhes adicionais.


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As pences são utilizadas para controlar as sobras de tecido e para moldar as peças de vestuário ao corpo, podendo ser colocadas em diferentes posições. Através delas são criados os recortes, os quais dependem da criatividade do designer e modelista, pois são traçados e, em seguida, eliminadas. Quando colocados em lugares estratégicos alongam e ajudam a valorizar o corpo. (FISCHER, 2010) Abaixo, no quadro 2, mostram as posições de pences e recortes mais comuns: QUADRO 2 – PENCES E RECORTES

PENCES CARACTERÍSTICAS RECORTE CARACTERÍSTICAS

Vertical clássica

Oblíqua saindo do decote

Horizontal clássica

Oblíqua saindo da cava

Vertical saindo do ombro

FONTE: Leite; Velloso (2009)

Junção das pences vertical clássica e oblíqua saindo da cava

Junção das pences vertical clássica e vertical saindo do ombro

Junção das pences vertical clássica e oblíqua


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Em geral para as noivas são feitas combinações de pence para melhor ajustar no corpo. Sobre a confecção das pences e recortes, Leite e Velloso afirmam que: As pences são dobras costuradas no verso do tecido com a função de diminuir a largura da vestimenta para ajustá-la ao corpo. Nas blusas, são recursos para modelar os seios. Todas as pences partem de um ponto e convergem em direção ao ápice do busto. Podem se transformar em recortes, quando se encontram e formam uma linha contínua. (2009, p.50)

A manga é outro elemento a ser estudado para aplicar em vestido de noiva por ser um recurso muito usado para cobrir os braços e para inibir a troca de calor do corpo com o meio ambiente.

Segundo Smith (2009, p.105) “As mangas se

apresentam em todos os formatos e comprimentos e são uma parte importante do desenho da roupa.”. Podemos observar no quadro 3 diversas variações para esse elemento e dentre elas estão mangas que acrescentam volume aos ombros e braços, como é o caso da manga borboleta bufante, tulipa e bispo; e outras que acompanham o braço como a raglã e a ajustada.


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QUADRO 3 – TIPOS DE MANGAS

MANGAS

Raglã

Bufante

Borboleta

Meia cava/canoa

Japonesa

Ajustada

Bispo

Tulipa

FONTE: Leite; Velloso (2009)

Outro elemento que é utilizado no desenvolvimento dos vestidos de noiva são os decotes que servem para valorizar o colo, podendo ser cortado em diversos formatos, profundidades e larguras (LEITE; VELLOSO, 2009). A seguir algumas opções de decotes (Ver quadros 4):


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QUADRO 4 – TIPOS DE DECOTES

DECOTES

No lugar

Cavado em U

Canoa

Cavado em V

Um ombro só Arredondado

Frente única

Sem alças frente

Sem alça costas

FONTE: Leite; Velloso (2009)

Como elementos de estilo, estão os detalhes de bordado sendo comuns suas aplicações no vestuário nupcial. Em geral é tecido em alguma superfície. Através da utilização de um fio são feitos pontos de bordado pertos uns dos outros para formar o desenho planejado. Dentro das técnicas de bordado encontram-se duas mais comuns, a de bordado aberto, o qual tem uma aparência rendada e o de pedraria, que utiliza-se de pedrarias como pérolas, meia-pérola, strass, paetês, entre outros. (UDALE, 2015). O bordado em pedraria está representado na figura 7. Observa-se um desenho feito através da posição e aplicação das pedras.


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FIGURA 7 – BORDADO EM PEDRARIA

FONTE: I Casei (2016)

O bordado está presente também em acessórios como cintos e faixas (FIGURA 8) utilizados para demarcar a cintura acentuando a silhueta feminina. FIGURA 8 – FAIXAS PARA NOIVAS

FONTE: Isaia (2014)


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2.2.5 Silhuetas A silhueta é uma grande parte do design, uma das primeiras decisões a serem tomadas, pergunta-se “como quero o vestido?”, após a escolha da silhueta a criação flui. Tendo grande impacto no design das peças a silhueta é o que fornece um formato de estrutura. (CALDERIN, 2009) Ao estudar as silhuetas, foram identificadas as mais usadas e com elas podemos modificar uma saia gerando várias opções como as descritas na página a seguir (Quadro 5).


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QUADRO 5– SILHUETAS

Silhueta

Nome

Características É aquela que marca a região abaixo do busto e tem uma saia longa, pode ser franzida ou

Império

plissada para dar mais fluidez ao vestido. Normalmente são utilizados tecidos leves para a confecção desse modelo. A silhueta reta ou tubo acompanha o corpo, é

Reto

justa no busto, cintura e quadril terminando o vestido de forma reta até o cumprimento desejado. A silhueta princesa também conhecida como sweetheart dress, esse modelo traz a cintura

Princesa

bem marcada e saia rodada A modelagem desta saia pode ser feita em godê, franzido, balonê e também adicionando elementos de estilo como pregas, entre outros. Na silhueta sereia é justa no corpo e desce até

Sereia

a metade da coxa e depois segue ampliando a saia.

Evasê

Esta saia possui uma silhueta com formato de A.

FONTES: Smith (2012) Senai (2013); Grund (2015).

A modificação da saia possibilita variações no comprimento, o que amplia as opções para desenvolver vestidos de noiva. Os comprimentos variam de longos a curtos. As saias podem ser justas, largas, franzidas ou godês, dependendo da criatividade e ousadia do estilista. (DUARTE; SAGGESE, 2009)


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2.3 ANTROPOMETRIA Reconhecendo sua importância, ao produzir um vestido de noiva em que se faz necessário pensar na forma física da mulher, a antropometria estuda as medidas físicas do corpo humano, altura, peso, medidas dos membros e assim por diante. Cada corpo possui proporções diferentes, e por isso cada vestido deve ser pensado individualmente e dimensionado conforme o corpo da cliente. (IIDA, 2005) Pensando na dinâmica da mulher durante o evento, ressaltam-se questões sobre a movimentação, para que o vestido não impeça os movimentos ao andar, mexer os braços, dançar e até respirar sem dificuldades. Há uma constante busca pelo conforto no vestir e nos movimentos. O conforto não está apenas nos elementos e folgas de vestibilidade. Inserem-se nisso, também, os materiais utilizados, tecidos com toque suave e agradável em contado com o corpo. Devido a este questionamento, Sabrá (2009) relata que antes de desenvolver a peça, deve-se analisar quais atividades a pessoa irá fazer e pelo que a roupa terá de passar.

2.3.1 Segmento plus size para noiva Plus Size é uma palavra norte-americana que significa “Tamanho maior”. O tipo de corpo Plus Size pode ser definido também como corpo Endomorfo. A endomorfia é caracterizada pela predominância de gordura em volta do corpo, sem evidenciar os músculos. Os aspectos do corpo Endomorfo são de formas arredondadas, macias, reservatório de gordura, abdômen grande, braços e pernas menores em relação ao corpo todo e flacidez. (SABRÁ, 2009) Devido ao aumento do índice da população acima do peso, é necessário que o mercado de vestimenta se mobilize para atendê-los adequadamente, pois ainda há uma grande carência em produtos para o segmento Plus Size. De acordo com dados da Associação Brasileira do Vestuário (Abravest), esse nicho de mercado cresce 6% ao ano movimentando em média cinco bilhões de reais. (SEBRAE, 2017) A dificuldade da mulher que se enquadra no público Plus Size é de achar vestidos que modelem o corpo e tenham bom caimento. Ela gosta do seu corpo e está satisfeita. Um exemplo é Camila de Oliveira que relata, numa entrevista para Globo (G1), que está contente com seu corpo. Sendo modelo profissional, autoconfiante, menciona também que teve dificuldade em encontrar um vestido de


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noiva que modelasse e valorizasse seu corpo. As noivas desse segmento procuram por qualidade e sofisticação. Ao escolher o vestido ideal é necessário cuidar em alguns aspectos que proporcionam o equilíbrio estético. (EMPRESÁRIAS, 2013)

2.3.2 Tabela de medidas A tabela de medidas para o público Plus Size começa a partir do tamanho 46. Temos como base as medidas a seguir propostas na tabela 1. Essas medidas são a média das mulheres brasileiras que se enquadram dentro do público Plus Size. Observa-se um aumento considerado na medida da cintura a partir do tamanho 46 ocasionado pelo aumento da barriga e, como consequência, a perda da cintura. (DUARTE, 2009). TABELA 1 – TABELA DE MEDIDA PLUS SIZE Tamanhos

46

48

50

52

54

Circunferência Busto

100,0

104,0

108,0

112,0

116,0

Circunferência Cintura

80,0

84,0

88,0

92,0

96,0

Circunferência Quadril

108,0

112,0

116,0

120,0

124,0

Centro costas

42,5

43,0

43,5

44,0

44,5

Nível do Quadril médio

25,0

25,0

25,0

25,0

25,0

Nível do Gancho

27,5

28,0

28,5

29,0

29,5

Comprimento Calça

105,0

106,0

107,0

108,0

109,0

Circunferência Boca Calça

43,5

46,0

48,5

51,0

54,0

Comprimento Saia

52,5

53,0

53,5

54,0

54,5

Comprimento Manga

60,0

60,0

60,0

60,0

60,0

Circunferência Punho

25,0

26,0

27,0

28,0

29,0

FONTE: Duarte (2009, p. 109.)

Devido ao fato de que as medidas e o formato do corpo podem variar, o ideal é produzir o vestido de noiva através da técnica sob medida. São tiradas medidas certeiras rentes ao corpo e, depois, acrescentando as folgas de vestibilidade. (FISCHER, 2010)


30

2.4 DEFINIÇÕES DE BIÓTIPOS PARA NOIVAS PLUS SIZE Após diversas pesquisas e observações foram identificados cinco biótipos dentro do público Plus Size. São eles: oval, retângulo, ampulheta, triângulo e triângulo invertido, como mostra o quadro 6. QUADRO 6 – BIÓTIPOS PLUS SIZE BIÓTIPOS

CARACTERÍSTICAS A largura da cintura é maior do que a dos ombros e a dos quadris. Normalmente têm as formas todas arredondadas e

MAÇA ou OVAL

bastante busto. Corpo retangular têm medidas de ombros, cintura e quadris sem diferir muito.

RETÂNGULO No biótipo ampulheta as medidas do quadril e ombros são parecidas e a da cintura é menor.

AMPULHETA O corpo em formato de triângulo é aquele que possuí os quadris largos, cintura afinada e ombros estreitos.

PERA ou TRIÂNGULO O triângulo invertido é caracterizado por ombros largos, seios grandes, quadris estreitos e pernas finas.

TRIÂNGULO INVERTIDO FONTES: Adaptado de Grund (2015); Carvalho (2016); Kopke (2013); Nóbrega (2013)

2.4.2 Equilíbrio estético Para Houaiss (2009) “corpo” quer dizer a “Estrutura física dos animais e do ser humano, no ser humano, o conjunto da cabeça, tronco e membros”. Sendo assim, Castilho afirma a respeito do corpo:


31

O corpo é, portanto, o que nos personifica e o que nos torna presentes no mundo. Ainda que inerte, ele pode, por si só, na condição de estrutura plástica, multiplicar-se em diferentes configurações, que são assimiladas pela composição de elementos capazes revelar diferentes possibilidades de organização e de construção, visto que tudo em nosso corpo se determina pela presença de “outro”, e continuamente significa nas suas manifestações discursivas, organizadas pelas combinatórias de suas partes constituintes e pelas regras ou convenções que regem suas construções. (2009, p. 44 e 45).

O modelo de corpo veiculado pela mídia mostra para a sociedade um corpo irreal, sendo manipulado e simulado, pois é melhorado por softwares e, sendo assim, não mostram o modelo de uma pessoa real e, sim uma pessoa irreal, uma pessoa fantasia (FREITAS, 2008). A busca pelo corpo ideal pode gerar diversas consequências físicas e psicológicas que Castilho (2009, p.45) explica: “Tudo indica, no entanto, que o ser humano apresenta uma relação problemática com seu próprio corpo, cuja imagem o impulsiona, desde o momento em que toma consciência de seu ser, a retocá-lo plasticamente de múltiplas maneiras”. Esse processo, que é impulsionado pela mídia, gera consequências diretas no que tange à inquietação a respeito do corpo idealizado, afetando a maneira de pensar do indivíduo, fazendo com que se submeta a uma série de medidas para a aquisição do corpo sonhado, pois uma vez que o indivíduo acha que não se enquadra no padrão, pode compreender, equivocadamente, que o sucesso nas demais áreas da vida depende disso. É importante se preocupar com o corpo, cuidar e estimá-lo, porém, é preciso atentar quanto à preocupação excessiva. O corpo visado pela mídia é o magro e bem definido, além do necessário. Os que não seguem esse padrão são vistos como descuidados e preguiçosos. (CHEL, 2015) Para o equilíbrio estético usamos como parâmetro o corpo ampulheta. Conforme Carvalho (2016), o biótipo em formato de ampulheta é tido como o corpo de formas ideais, pela sua proporcionalidade com as medidas de ombros e ancas alinhados e a cintura mais afunilada, apresentando curvas proporcionais. A silhueta feminina natural é a base para se definir o que é o equilíbrio estético. A partir da análise da silhueta feminina, foi realizada uma pesquisa pela Universidade do Texas que aponta o corpo da atriz e modelo Kelly Brook como o mais perfeito do mundo. Um dos critérios determinantes foi a razão entre a medida da cintura e o quadril que, divididos, devem resultar em 0,7. Isso porque, de acordo


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com os cientistas, quanto mais próximo desse resultado, mais atrativa é a mulher, pois o corpo dela possui harmonia. (BONDE, 2015)

2.4.3 Ilusão óptica A ilusão óptica para o vestuário é uma ferramenta importante porque dependendo da modelagem escolhida, dos tons, elementos de estilos, entre outros é capaz de suavizar ou atenuar partes que menos gostamos e as que mais gostamos no corpo. “O posicionamento de uma cor no corpo pode fazer certas áreas parecerem maiores ou menores. O preto fez os objetos recuarem no espaço, tornando-os menores, o que pode favorecer as silhuetas do corpo.” (UDALE, 2015 p.141) Castilho escreve sobre tentar buscar o ideal que a cultura trouxe, e não passar despercebido, atraindo a atenção sobre si mesmo. Desta forma conclui que: Considerando esses aspectos, é possível concluir que, ao longo dos séculos, o corpo se manifesta como uma estrutura semiótica da qual o ser humano não se desassocia, ao mesmo tempo em que a utiliza para instaurar significados, explorando as mais diversas possibilidades de sua expressão. Evidentemente, a manipulação da imagem corpórea tende a evidenciar as características mais atraentes do corpo, que são eleitas segundo os valores estéticos compartilhados por certo grupo social. (2009, p.82)

Ao descobrir qual o biótipo da noiva, é possível criar a ilusão de ombros maiores ou menores, afunilar a cintura, aumentar os quadris, dar a ilusão de emagrecimento, alongar o corpo e assim por diante. Oferecendo soluções criativas e eficientes através de modelagens, escolha de tons de tecido, escolha de tecidos com caimento que valorize e na escolha dos elementos de estilo

(CARVALHO,

2016). 3 DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO 3.1 MATERIAIS E MÉTODOS Através

da

modelagem

tridimensional

foram

feitos

experimentos

e

observações para encontrar os elementos de modelagem e silhuetas que atribuam o equilíbrio estético a cada um dos biótipos.


33

Para desenvolver as experimentações foi utilizado um manequim técnico no tamanho 50, o qual se enquadra no biótipo ampulheta. (Ver figura 10). Para que o manequim ficasse com as medidas características de cada biótipo, utilizou-se fibra para preenchimento nos pontos necessários de acordo com as formas de cada biótipo, como é possível ver na figura 11. Segundo Duburg (2012) para aumentar as medidas do manequim técnico usa-se fibra. Também afirma que após determinar onde o estofamento ficará devese então alfinetar ou costurar a fibra nesses lugares. FIGURA 9 – MANEQUIM TAMANHO 50

FONTE: Autora (2017)


34

FIGURA 10 – PREENCHIMENTO BIÓTIPO OVAL

FONTE: Autora (2017)

A seguir vemos no quadro 7, os manequins prontos para a experimentação dos elementos de modelagem e silhuetas. QUADRO 7 – BIÓTIPOS REPRESENTADOS

FONTE: Autora 2017


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Na experimentação foi utilizado o tecido de algodão cru. O tecido é disposto em torno do manequim e fixado com auxílio de alfinetes, demarcando conforme o elemento a ser testado como pode ser observado na figura 12. Esse procedimento possibilitou a visualização dos elementos de modelagem e das silhuetas para comparar cada biótipo. FIGURA 11 – PENCE HORIZONTAL CLÁSSICA

FONTE: Autora (2017)

Após a escolha da pence ou recorte adequados ao biótipo, o molde é planificado e riscado no Morim (tecido branco utilizado na técnica de moulage) para a continuação das experimentações. 3.2 EXPERIMENTAÇÕES Existem algumas regras de percepção visual que são heranças de nossa evolução, assim Baxter (2011) afirma que “Quando olhamos pela primeira vez para uma imagem, nosso cérebro está programado para identificar certos padrões visuais e arruma-los em uma imagem com significado.”.


36

Por isso as experimentações foram feitas a partir de comparações entre elementos de modelagem e de elementos de estilo que mais atribuíram a harmonia e o equilíbrio estético nos vestidos de noiva de cada biótipo.

3.2.1 Oval Segundo Grund (2015), o biótipo oval é aquele que possui a cintura mais larga do que os ombros e quadris, tendo formas arredondadas. Ele também afirma que para esse biótipo os tecidos fluidos e pesados dão um caimento melhor. Foi adicionado volume na região da cintura e do abdômen do manequim técnico para ficar característico ao corpo oval. Para fugir do óbvio da silhueta imperial, foram testados também a evasê e a reta (Figura 13), porém ficou confirmado que a império é a que mais se encaixa para mulheres com esse tipo de corpo. FIGURA 12 – COMPARAÇÃO SILHUETAS NO BIÓTIPO OVAL

FONTE: Autora (2017)


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O quadro 8 a seguir mostra os recursos que se adequaram melhor ao biótipo oval. QUADRO 8– RECURSOS PARA BIÓTIPO OVAL

ELEMENTO

Recorte princesa

Recorte vertical (junção das pences vertical clássica e vertical saindo do ombro)

Manga curta solta estilo japonesa

FOTO

ANÁLISE

Fez com que a região dos ombros parecesse maior, dando a ilusão de ser quadrado e tirou o foco da barriga trazendo-o para o colo.

Alongou o corpo.

Aumenta os ombros auxiliando assim no equilíbrio das medidas de ombro e cintura.


38

Decote em V Silhueta império Cinto marcando a região abaixo no busto Renda no busto e decote

Renda /Decote V

(costas)

O decote em V alongou o colo Essa silhueta trouxe harmonia para esta biótipo, pois marca de baixo do busto dando a impressão de que o corpo é mais fino. As pregas da saia disfarçam a barriga. O cinto favorece, pois é a parte mais fina do tronco desde biótipo, dando a ilusão de ser mais fino. A renda tirou a atenção da barriga e trouxe o olhar para a região do busto.

A renda levou a atenção para a região mais fina das costas, afinando o corpo. O decote alongou o corpo.

FONTE: Autora (2017)

3.2.2 Retângulo O biótipo retangular tem formato de retângulo e ausência de cintura. Por isso foi adicionado volume na região da cintura do manequim técnico. É um biótipo que já possui equilíbrio entre os ombros e quadril, por isso o objetivo é criar uma falsa cintura. Ao experimentar alguns elementos, concluiu-se que as mangas bufante aumentam o ombro tirando o equilíbrio estético já existente no biótipo. O bordado no centro da peça também não é favorável para este biótipo, pois em vez de fazer uma falsa cintura aumentou-a, deixando aparente o tronco quadrado.

Para utilizar a

silhueta sereia é preciso pensar em bordados que trazem a ilusão óptica de uma falsa cintura. A seguir, o quadro 9 mostra os elementos que se ajustaram melhor a este biótipo:


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QUADRO 9– RECURSOS PARA BIÓTIPO RETÂNGULO ELEMENTO

Recorte saindo do decote

FOTO

ANALISE

Este recorte dá a impressão de corpo “violão”, criando uma falsa cintura.

Recorte vertical

Alonga a silhueta

Pence saindo da cava

Leva o olhar em direção dos ombros, tirando assim o foco da cintura reta.

Decote em V

Alongou a silhueta


40

Sem alças Silhueta Princesa Cinto

Sem alças continuou harmônico. Com o aumento da saia o corpo retangular não fica mais reto. O cinto demarca uma falsa cintura

Bordado

O bordado leva o olhar ao centro do vestido e o formato de funil cria uma falsa cintura.

Evasê

Fitas, bordado e pregas (costas)

Cria uma cintura

O efeito de funil fez com que houvesse uma ilusão óptica de cintura.

FONTE: Autora (2017)

3.2.3 Ampulheta

Conhecido como o corpo com harmonia e equilibrado, o ampulheta tem as medidas de ombro e quadril parecidas e a cintura mais fina. Não foi preciso adicionar fibra como enchimento, pois o manequim técnico já possuía as medidas características deste biótipo.


41

Para o biótipo ampulheta foram utilizados alguns elementos descritos abaixo e, depois de feitas as comparações, foram escolhidos os mais adequados. Conforme observado, alguns elementos não favoreceram este formato de corpo, como é o caso das mangas que tem volume, pois o biótipo ampulheta por si só já é harmônico e as mangas com volume aumentaram os ombros tirando essa harmonia. A utilização do cinto dividiu o corpo deixando-o mais curto. Outros elementos como o decote em formato de U, que deu a impressão de aumentar o colo e os bordados na lateral, ocultaram a cintura deixando o corpo reto. Ou seja, não são indicados para os vestidos de noiva para este biótipo. Esses elementos foram descartados por não gerarem harmonia para o biótipo. (Vide apêndice para ver as experimentações completas) As opções de elementos mais adequados para mulheres que possuem o corpo no formato oval podem ser vistas no quadro 10. QUADRO 10 – RECURSOS PARA BIÓTIPO AMPULHETA ELEMENTO

Pence horizontal clássica

Recorte vertical (junção das pences vertical clássica e vertical saindo do ombro)

FOTO

ANALISE

Não altera a harmonia do biótopo.

Ela alongou o corpo dando a impressão de ser mais alto e magro.


42

Manga justa

As mangas justas acompanham o corpo, não tirando o equilíbrio do corpo ampulheta.

Decote em V

Alongou e afinou o corpo

Sem alças (tomara que caia)

Bordado Opção 1

Favorece o biótipo ampulheta, pois não interfere no equilíbrio estético que o mesmo já possui.

Este bordado alongou o corpo


43

Bordado Opção 2

Este bordado faz com que a atenção se volte para o centro e tem efeito “funil”, dando a ilusão de cintura fina.

Silhueta sereia

Acompanha o corpo alongando e mostrando as curvas e a harmonia do mesmo.

Silhueta evasê

Alonga o proporcional

Costas Pence vertical clássica

corpo

e

deixa

Não interfere no equilíbrio estético do biótipo.


44

Costas Recorte vertical (junção das pences vertical clássica e vertical saindo do ombro)

Costas Bordado

Alonga o corpo.

Afunila e alonga o corpo.

Fonte: Autora (2017)

3.2.4 Triângulo O biótipo Triângulo, também conhecido como pera, é caracterizado pelo quadril largo, cintura fina e ombros estreitos. Para deixar o manequim técnico com as medidas de um corpo com o formato triangular foi necessário adicionar volume na região do quadril. Já para o vestido é necessário utilizar elementos para disfarçar o quadril e aumentar a parte de cima, como os ombros e, assim, deixar o corpo com equilíbrio estético e harmonia. (GRUND, 2015) Alguns elementos como o decote sem alças, pregas contornando a saia, silhueta reta, recorte saindo do decote são exemplos de elementos que não são adequados para este biótipo. O quadro 11 mostra os elementos que ficaram bons para o biótipo triângulo.


45

QUADRO 11 – RECURSOS PARA BIÓTIPO TRIÂNGULO ELEMENTO

Pence saindo da cava

Drapeado na saia Evasê

FOTO

ANÁLISE

A linha contínua traz sensação de alongamento.

O drapeado em um pequeno espaço da saia disfarça o quadril e a silhueta evasê também disfarça o quadril.

Bordado/renda 1

Leva a atenção para a parte superior e o decote canoa formado pelo bordado deixa os ombros com a ilusão de serem maiores.

Bordado/renda 2

A renda amplia e atrai a atenção para a parte superior.

Manga justa e manga com volume

Cria volume para os ombros trazendo o equilíbrio estético.

Saia lisa

FONTE: Autora (2017)

Não dá ênfase ao quadril.


46

3.2.5 Triângulo invertido Caracterizado por ombros largos, seios grandes, quadris estreitos e pernas finas, o biótipo triângulo invertido é visto como o mais difícil para harmonizar e trazer elementos que atribuem ao corpo equilíbrio estético. Ao representar este biótipo foi preciso adicionar no manequim técnico fibra para dar volume nos ombros e seios. Já para equilibrar este biótipo com o vestido de noiva utilizaram-se elementos que diminuíram os ombros e aumentaram o quadril, criando também uma ilusão de cintura. (GRUND, 2015). Elementos como recorte princesa, pence saindo da cava, recorte canoa e silhueta reta, não trouxeram harmonia dando o efeito contrário, com a impressão de aumentar os ombros, o que não favoreceu o biótipo. (No apêndice está a experimentação completa) No quadro 12 verificam-se elementos que criam equilíbrio e harmonia para o biótipo triângulo.


47

QUADRO 12 – RECURSOS PARA BIÓTIPO TRIÂNGULO INVERTIDO ELEMENTO

Pence vertical e vertical saindo ombro

Princesa

Frente única Cinto Evasê Franzido no quadril e pedraria Bordado assimétrico

Renda costas

FONTE: Autora (2017).

FOTO

ANÁLISE

Tira o foco do ombro largo, e leva ao pescoço.

Cria equilíbrio com os ombros.

A frente única leva o olhar para o pescoço tirando assim os ombros como foco. O cinto cria uma falsa cintura e a silhueta evasê equilibra com os ombros. O franzido no quadril e pedraria dá volume e traz a atenção para o quadril. O bordado assimétrico tira o foco dos ombros largos.

Diminuiu os ombros.


48

3.3 COLEÇÃO CÁPSULA FIGURA 14 – COLEÇÃO CÁPSULA

FONTE: Autora (2017)


49

3.3.1 Oval As figuras 14 e 15 indicam os recursos selecionados para o vestido de noiva do biótipo oval.

a) Recorte princesa b) Manga solta e pequena no estilo da manga japonesa – dá volume nos ombros. c) Decote V – Pois alonga e afina o corpo d) Renda no busto, decote e mangas – Para tirar o foco da barriga e levar a atenção para a região do colo. e) Cinto fino – Para marcar a região mais fina do tronco f) Silhueta império – Pois as pregas disfarçam visualmente a cintura mais larga.

FIGURA 14 - DESENHO BIÓTIPO OVAL

Fonte: Autora (2017)

FIGURA 15 - RESULTADO BIÓTIPO OVAL

FONTE: Autora (2017)


50

3.3.2 Retângulo As figuras 16 e 17 indicam os recursos selecionados para o vestido de noiva do biótipo oval. Os elementos escolhidos foram: a) Recorte vertical – alongar o corpo; b) Bordado – afunila em direção a cintura criando uma falsa cintura; c) Cinto - para demarcar a cintura d) Silhueta evasê – dá a ilusão de cintura mais fina; e) Pregas na saia – Tirar o foco da falta de cintura e levar aos detalhes da saia; f) Fitas e bordado nas costas – Afinila e cria uma falsa cintura. g) Laço – Levar o foco para o centro das costas.

FIGURA 16 - DESENHO BIÓTIPO RETÂNGUL

e

Fonte: Autora

FIGURA 17 – RESULTADO BIÓTIPO RETÂNGULO

Fonte: Autora (2017)


51

3.3.3 Ampulheta Elementos escolhidos e vestido montado para o biótipo ampulheta (Ver figuras 18 e 19):

a) Recorte Vertical (Junção das pences vertical clássica e vertical saindo do ombro.); b) Decote: sem alças; c) Bordado na região do busto afunilando até a linha da cintura; d) Silhueta sereia.

FIGURA 18 - DESENHO BIÓTIPO AMPULHETA

Fonte: Autora (2017)

FIGURA 19 – RESULTADO BIÓTIPO AMPULHETA

FONTE: Autora (2017).


52

3.3.4 Triângulo Elementos escolhidos e vestido montado para o biótipo triângulo (Ver figura 21): a) Recorte vertical: Alonga e afina o corpo; b) Silhueta evasê: c) Cinto: para marcar a cintura; d) Franzido na saia: e) Renda na região superior: Aumenta a região superior, tirando o foco do quadril largo; f) Renda nas costas: Aumenta a região superior; g) Saia lisa (costas): Diminui o quadril. FIGURA 20 - DESENHO BIÓTIPO TRIÂNGULO

Fonte: Autora (2017)

FIGURA 21 – RESULTADO BIÓTIPO TRIÂNGULO

Fonte: Autora (2017)


53

3.3.5 Triângulo invertido Para o biótipo triângulo invertido foram escolhidos os seguintes elementos: (Ver figuras 22 e 23) a) Recorte vertical: que é a união das pences vertical clássica com a vertical saindo do ombro, pois alonga a silhueta b) Frente única: leva a atenção dos olhos ao pescoço fazendo com que tire a atenção dos ombros largos. c) Bordado e renda aplicados de forma assimétrica: Trás a atenção para os detalhes, e muda o foco dos ombros para a região trabalhada d) Cinto com pedrarias: para criar cintura. e) Silhueta evasê: criar equilíbrio com os ombros. f) Drapeados para criar volume e trazer a atenção para a saia.

FIGURA 22 - DESENHO BIÓTIPO TRIÂNGULO INVERTIDO

Fonte: Autora (2017)

FIGURA 23 – RESULTADO BIÓTIPO TRIÂNGULO INVERTIDO

Fonte: Autora (2017)


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3.3 PRODUTO DESENVOLVIDO O vestido escolhido para ser desenvolvido foi o do biótipo triângulo. Durante a confecção do vestido foi feita uma alteração nas costas na hora da prova do vestido, pois o decote em V com renda nas costas valorizou e alongou a silhueta. Este é um estudo que pode ser continuado explorando mais elementos, trazendo mais elementos que geram harmonia e equilíbrio estético. Em seguida as figuras 25 e 26 mostram o vestido pronto.

FIGURA 24 - NOIVOS

FONTE: Autora (2017)


55

FIGURA 25 – VESTIDO PRONTO

FONTE: Autora (2017)


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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Após o apanhado de informações com relação a vestidos de noiva e sobre o público Plus Size, foram feitos experimentos e observações através da modelagem tridimensional, onde se encontraram elementos de modelagem, estilo e silhuetas que trouxeram o equilíbrio estético a cada um dos biótipos. Nas experimentações, foi utilizado um manequim técnico no tamanho 50, o qual se enquadra no biótipo ampulheta. Para que o manequim ficasse com as medidas características de cada biótipo, utilizou-se fibra para preenchimento nos pontos necessários de acordo com as formas de cada biótipo. Observou-se uma carência de estudos e produtos no mercado para segmento Plus Size, principalmente em vestidos de noiva. E é um segmento que cresce no mercado cerca de 6% ao ano segundo dados do SEBRAE. Portanto, com vistas a trazer algumas possibilidades a tal problemática, o presente trabalho deliberou análises e desenvolveu conteúdos para esse público. A partir das experimentações, foram, então, apresentados resultados de elementos para compor vestidos de noivas aos diferentes biótipos do Plus Size, criando um quadro básico para cada um com alguns elementos que harmonizavam o corpo. Feita a experimentação, por fim, através da moulage foi criada uma coleção cápsula de cinco vestidos demonstrando esse elementos para cada um dos biótipos (oval, retângulo, ampulheta, triângulo e triângulo invertido) e fotografados. Conclui-se que o presente estudo pode ser continuado explorando mais opções de elementos de modelagem e estilos que geram a ilusão óptica de equilíbrio e harmonia aos cinco tipos de corpos dentro do público Plus Size.


57

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60

APÊNDICE EXPERIMENTAÇÕES BIÓTIPOS OVAL

Recorte Princesa Faz a parte superior parecer maior, dando a ilusão de ser quadrado e tirou o foco da barriga.

Recorte vertical: Alonga o corpo.

Manga justa Não favorece a silhueta.

Manga curta solta estilo japonesa: Aumenta os ombros, deixando mais equilibrado.

Decote em V Alonga o colo.

Sem alça / cinto (falsa cintura) / silhueta reta.

Pence horizontal clássica Aumenta a silhueta.

Decote em U Não favorece, pois deixa o corpo mais redondo.

Renda no busto e decote / silhueta império/ cinto fino: Cria uma sensação de cintura marcando parte mais fina do tronco.


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RETÂNGULO

Princesa Favorece a silhueta.

Pence horizontal clássica

Pence oblíqua saindo do decote Direciona o foco ao pescoço.

Recorte saindo do decote

Recorte vertical Alonga o corpo.

Pence saindo da cava Aumenta os ombros.

Pence vertical saindo do ombro Alonga e afina o corpo.

Sereia Alonga a silhueta.

Bordado 1 Não favorece a silhueta.


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Manga canoa com japonesa Aumenta os ombros e leva o foco a região superior.

Decote v Alonga e afina a silhueta.

Decote cavado em U Dá ao corpo a impressão de ser mais arredondado.

Sem alças Não interfere no equilíbrio estético.

Silhueta Princesa Favorece a silhueta.

Cinto Marca falsa cintura.

Evasê Cria falsa cintura.

Costas Fitas, bordado e pregas Afunila e cria falsa cintura.

Bordado 2 Afunila a silhueta criando falsa cintura.


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AMPULHETA

Pence horizontal clássica

Pence vertical saindo do ombro Alonga o corpo dando a impressão de ser mais alto e magro.

Manga com volume: Não favorecem, pois o biótipo ampulheta por si só já é harmônico e as mangas com volume aumentam os ombros.

Pence oblíqua saindo do decote

Pence oblíqua saindo da cava Favorece e contribui para o equilíbrio estético.

Recorte princesa Aumenta os ombros.

Recorte vertical Alonga a silhueta.

Manga justa As mangas justas acompanham o corpo, sem tirar o equilíbrio do corpo ampulheta.

Decote no lugar:


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Cavado em U Deixa o corpo mais arredondado.

Sem alças

Cavado em V Alonga a silhueta.

Um ombro só Não favorece a silhueta.

Cinto para marcar a cintura Não favorece a silhueta pois divide o corpo.

Bordado 1 Cria maior volume na cintura.

Bordado opção 2 Este bordado alonga o corpo

Bordado 3 Bordado escolhido. Leva o foco para o centro e afina a cintura.

Sereia: Alonga o corpo, e mostra as curvas que o biótipo ampulheta tem.

Evasê: Alonga o corpo e deixa proporcional.

Reto

Pence vertical clássica Alonga a silhueta.


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Recorte vertical Alonga a silhueta.

Bordado: Afina a cintura. TRIÂNGULO

Pence saindo da cava. Alonga e aumenta os ombros.

Silhueta reta Destaca o quadril.

Sem alça

Evasê Disfarça o quadril.

Drapeado na saia Diminui o quadril.

Pregas na saia Aumenta o quadril

Renda 1 - Busto Renda 2 Tira o foco do quadril e leva- Tira o foco do quadril e o a região superior. leva-o a região superior.

Renda 3 Tira o foco do quadril e leva-o a região superior.


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Renda 4 Tira o foco do quadril e levao a região superior.

Manga justa Aumenta os ombros.

Drapeado assimétrico na saia, cinto e pedraria O drapeado diminui o quadril, o cinto marca a cintura e a pedraria leva o foco ao detalhe do drapeado.

Manga com volume Aumenta os ombros deixando mais equilibrado o biótipo.

(Costas) Saia lisa, renda na parte de cima A saia lisa diminui o quadril e a renda aumenta a região superior.

TRIÂNGULO INVERTIDO

Pence vertical saindo do ombro/ início do decote Leva o foco ao pescoço.

Oblíqua saindo do decote: Aumenta os ombros.

Trapézio Leva o foco ao pescoço.


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Princesa Cria volume no quadril.

Silhueta reta Não favorece a silhueta.

Franzido Aumenta o quadril.

Sem alças Não favorece a silhueta.

Renda 1 Traz o foco para o pescoço, mas não favorece a silhueta.

Cinto Cria falsa cintura.

Um ombro só, franzido no quadril e renda com pedraria Assimetria do um ombro só e da renda com pedraria tira a atenção dos ombros, franzido no quadril deixa com a impressão de ser menor.

Renda costas 1 Destaca os ombros.

Decote V (COSTAS) Não favorece a silhueta.


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Costas sem nada Ombros muitos expostos. Renda 2 – costas

Diminui os ombros.


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