Por várias vezes na história, as mitologias utilizaram a escrita como um meio para expressar o indizível, o que está além da nossa consciência. Campbell e Jung mostram como as mitologias representam os arquétipos do inconsciente humano, inseridos em um contexto cultural e temporal, refletindo o pensamento comum – a “psique comum” – da sociedade na qual se encontravam. Ao mesmo tempo, a escrita acompanhou o desenvolvimento cultural de cada local, também refletindo a cultura e o tempo nos quais estava inserida. Partindo dos arquétipos do inconsciente e da escrita como tradução gráfica para os mesmos, utilizou-se a história de Mil e Uma Noites da versão de Antoine Galland a fim de remodelar suas metáforas e modos de leitura.