Escola de Bolso - uma proposta paradidática

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Heloysa Maracaja

UMA PROPOSTA PARADIDÁTICA



Heloysa Maracaja

UMA PROPOSTA PARADIDÁTICA


Elaborada pelo sistema de geração automática de ficha catalográfica do Centro Universitário Senac São Paulo com dados fornecidos pelo autor(a). Maracaja, Heloysa Escola de Bolso: Uma Proposta Paradidática / Heloysa Maracaja São Paulo (SP), 2019. 208 f.: il. color. Orientador(a): Anderson Luis da Silva Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Design com Linha de Formação Especifica em Design Gráfico) - Centro Universitário Senac, São Paulo, 2019. 1. Cognição 2. Aprendizagem 3. Paradidático 4. Design 5. Infantil I. da Silva, Anderson Luis (Orient.) II. Título


Heloysa Maracaja

UMA PROPOSTA PARADIDÁTICA

Projeto de conclusão de curso apresentado ao Centro Universitário Senac – Santo Amaro, como exigência parcial para obtenção do grau de Bacharel em Design com linha de formação específica em Design Gráfico, sob orientação do Prof. Dr. Anderson Luis da Silva.

São Paulo – SP 2019



AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar obrigada a Deus por ter me guiado durante todo esse caminho. Agradeço imensamente ao meu querido orientador Prof. Dr. Anderson Luis da Silva, por todo o apoio, ensinamento e conselhos, levarei para a vida tudo que aprendi em nossas conversas. Obrigada a minhas queridas “flores”, Bianca, Beatriz e Carolina, por toda a companhia, amizade, ajuda, risadas e todos momentos que passamos juntas, sou muito grata por ter conhecido todas vocês. Agradeço também a cada professor que nestes 4 anos passaram por minha vida, cada um de vocês tem uma parcela da minha gratidão, sem vocês e sem todo o aprendizado adquirido esse projeto jamais seria possível. Enfim, obrigada a todos! Amigos, família, colegas, cada um que me forneceu aquele conforto de uma palavra de incentivo, carinho, força, conselho e confiança. Todos vocês fazem parte deste projeto!

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RESUMO Escola de Bolso é um material paradidático concebido para auxiliar nos processos de aprendizagem de crianças entre 09 e 11 anos. O material em sua 1ª edição traz como tema a linguagem, importante habilidade aos processo de socialização, aborda ainda outros diversos assuntos correlatos que foram escolhidos para este projeto, dentre eles curiosidades e outros assuntos importantes referentes a temática escolhida, como: origem da língua portuguesa, Sistema Braille, cor, algarismos, dentre outros. Buscou-se assim, diante dos conhecidos problemas dos sistemas educacionais brasileiros atuais, bem como, a falta de recursos materiais para uso complementar que subsidiem os processos de aprendizagem infantil, o desenvolvimento de um instrumento que alie a pedagogia a ludicidade. O projeto se desenvolveu com base em uma pesquisa sobre a cognição no processo de aprendizagem, abordando a forma como a aprendizagem cognitiva pode ser tratada por meio de materiais de cunho paradidático, para tal propósito a investigação se baseou nas contribuições de teóricos do cognitivismo e do educador brasileiro Paulo Freire, buscando também referencial pedagógico em instituições brasileiras selecionadas por sua abordagem condizente com as teorias investigadas.

Palavras-chave: 1. Cognição 2. Aprendizagem 3. Paradidático 4. Design 5. Infantil

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1. OBJETIVOS

2. JUSTIFICATIVA 3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

4. O ESTUDO DA APRENDIZAGEM

5. ESCOLAS MODELO

6. O PARADIDÁTICO COMO FERRAMENTA DE APRENDIZAGEM

7. O DESIGN NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

8. RESULTADOS DE PESQUISA 9. REQUISITOS DE PROJETO

SUMÁRIO 10

12 14 16 18 46 60 80 86 90


10. A MARCA 11. UNIVERSO VISUAL

12. O PRODUTO

13. CONSIDERAÇÕES FINAIS

14. REFERÊNCIAS

15. LISTA DE FIGURAS

16. LISTA DE TABELAS

17. APÊNDICE

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92 104 108 160 162 170 178 180


1. OBJETIVOS 12


1.1 OBJETIVO GERAL Desenvolvimento de uma ferramenta de apoio paradidático baseada nas teorias da aprendizagem cognitiva tendo como tema a linguagem.

1.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 1. Análise das contribuições dos estudos da psicologia em aprendizagem cognitiva com ênfase em sua abordagem no desenvolvimento infantil; 2. Analisar a pedagogia de ensino e aprendizagem desenvolvida e aplicada em instituições selecionadas; 3. Estudo das ferramentas paradidáticas e de sua relevância no processo de aprendizagem; 4. Investigar a aplicação do design gráfico nas ferramentas paradidáticas, usando referências do cenário atual para análise da linguagem aplicada; 5. Investigar o papel ensino-aprendizagem.

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do

design

no

processo

de


2. JUSTIFICATIVA 14


A aprendizagem é a base do desenvolvimento humano, e do processo educacional. Atualmente, no mundo todo, a educação e o desenvolvimento humano são pautas constantes, ambas conectadas, dado que a educação é necessária ao desenvolvimento. Segundo dados do Relatório de Monitoramento Global da Educação de 2017/2018 fornecidos pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), mais de 100 milhões de jovens ainda não sabem ler, e mais de metade das crianças em todo o mundo têm apenas habilidades básicas de leitura, e ainda existe diversos outros dados que demonstram as problemáticas do sistema de ensino contemporâneo. É diante deste contexto, que se nota a necessidade de novas abordagens no processo de aprendizagem, para que sejam possíveis mudanças positivas no cenário educacional. Abordagens estas que busquem mudanças no atual modelo pedagógico aplicado na maior parte das instituições de ensino, trazendo a autonomia, o respeito e a responsabilidade como ideais a serem passados aos estudantes. Usando da premissa de que o livro didático não demonstra atratividade ao público infantil tem-se o paradidático como uma ferramenta que possibilita maior atratividade tanto em temática de abordagem como também nos aspectos estéticos. Tendo as habilidades da prática do design como condutores da concepção de um projeto paradidático. O design, enquanto elemento de comunicação, volta sua visão aos aspectos não palpáveis das aplicações pedagógicas dos objetos relativas ao campo visual [...] [que] podem dinamizar o processo de ensino-aprendizagem na medida em que criam combinações harmônicas entre universos distintos com finalidades comuns: o aprimoramento individual e coletivo (Coutinho e Lopes, 2011, p. 160). 15


3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 16


Para se chegar ao resultado desta pesquisa foi realizado primeiramente um levantamento bibliográfico sobre o surgimento da escola e as primeiros ações que deram origem ao movimento Escola Nova, sendo possível relacionar o movimento com os estudos que surgem posteriormente sobre aprendizagem. Partindo-se deste referencial foi iniciado uma pesquisa para fundamentar o estudo da aprendizagem, com referencial teórico dos estudos da psicologia, tendo como principal foco a psicologia da aprendizagem cognitiva. Dado essa pesquisa foi identificado um modelo pedagógico, aplicado em cinco escolas brasileiras, realizando-se um levantamento documental à cerca das instituições para melhor compreender sua metodologia de ensino. O estudo do material paradidático se iniciou com pesquisa documental para atribuir uma classificação dos livros voltados ao público infantil, sendo entre eles classificado enfaticamente o livro paradidático, com objetivo explicativo sobre o uso do mesmo no processo de ensino-aprendizagem das crianças. Sendo realizado uma pesquisa de campo em livrarias para análise do cenário atual da produção literária dos paradidáticos, investigando as linguagens utilizadas nos mesmos. A pesquisa também foi realizada em torno do design, primeiramente definindo o design, em seguida sendo possível apresentar o papel do mesmo na educação e na aprendizagem. Sendo realizado ao fim da pesquisa um questionário com educadores, psicológos e estudantes das áreas mencionadas para analisar a opinião dos mesmos sobre os assuntos de abordagem da pesquisa.

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4. O ESTUDO DA APRENDIZAGEM 18


4.1 A VALORIZAÇÃO DA APRENDIZAGEM 1. Relativo a aprender, “adquirir conhecimento” do latim apprehendere “apanhar” (CUNHA, 2013, p. 50).

Falar de aprendizagem¹ é em primeira instância sempre associado a adquirir informação, o que por síntese é o conceito do termo, que, no entanto, não se resume somente a tal. Como definiu Lefrançois, “a aprendizagem é [...] toda mudança relativamente permanente no potencial de comportamento, que resulta da experiência” (2008, p. 6), sendo assim a aprendizagem requer que além de adquirir a informação, a mesma seja também interpretada e experenciada. Não se pode falar de aprendizagem sem que se fale da educação escolar, todo o processo de ensino escolar faz parte do desenvolvimento da criança. Antes que houvessem as escolas, como o modelo atual, a educação foi transmitida de formas distintas ao longo da história. Houve fases em que o conhecimento era transmitido de forma semelhante ao que conhecemos, com mestres, que ensinavam gramática, música, poesia, excelência física e etc., mas não existiam salas de aulas como o modelo atual. A escola como a conhecemos hoje têm origem na Prússia, no final do século XVII, nasce com a instituição o conceito de educação pública, gratuita e obrigatória. Baseada em um modelo absolutista, com divisões de classes, a instituição estimulava a obediência e a disciplina. O modelo logo se espalhou por todo o mundo durante os séculos XVIII e XIX, financiado por grandes empresários da era industrial, a escola era a preparação para operários eficazes. Um modelo mecânico, que seguia passos específicos na formação do aluno, separando-os em classes de acordo com suas idades em que um professor lhes ensina matérias pré-estabelecidas em um currículo elaborado por autoridades governamentais. 19


Figura 01 Frontispício² e página de rosto da primeira edição francesa de Emílio ou Da Educação 2. Ilustração na página antecessora a página de título do livro.

3. Que é proveniente apenas da leitura de livros, porém não foi objeto da experiência própria: Tem uma cultura meramente livresca e vive citando autores para justificar suas opiniões (MICHAELIS, 2019).

Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) foi considerado o “pai da educação moderna” ao criticar a educação tradicional (modelo prussiano) em prol da valorização da infância, sem que fosse projetado um modelo adulto nas crianças, respeitando assim a integridade, autenticidade e autonomia das mesmas. Valorizando a aprendizagem, Rousseau aborda ainda o papel do “mestre” de despertar e orientar o “aprendiz” sem imposições autoritárias. Em sua obra, Emílio, ou Da Educação (1762), o filósofo aborda a vida do personagem principal, Emílio, tendo uma educação desde seu nascimento de acordo com a educação que Rousseau acreditava ser mais eficaz ao indivíduo, mostrando a necessidade da relação do indivíduo com a natureza para que a criança cresça capaz de conviver e aceitar as exigências do convívio social. Os pensamentos de Rousseau serviram de inspiração para educadores posteriores, dentre eles Johann Heinrich Pestalozzi (1746-1827), um dos principais teóricos do “Método Intuitivo”. Oposto ao ensino livresco3, Pestalozzi “defendeu a educação não repressiva, o ensino como meio de desenvolvimento das capacidades humanas e o cultivo do sentimento, da mente e do caráter” (ZANATTA, 2012, p. 107). O método de Pestalozzi valorizava o desenvolvimento físico, intelectual e moral por meio da experimentação prática, conduzida pelo próprio aluno, “indo do particular ao geral, do concreto experienciado ao racional, chegando aos conceitos abstratos” (Ibid., p. 106), o educador enfatizou também a importância do ambiente familiar para o desenvolvimento da criança e usou o mesmo como referência para ambientar sua escola de forma a oferecer a segurança 20


e o afeto que os alunos necessitavam. O educador Norman Alisson Calkins (1822-1895), defensor do método de Pestalozzi, publicou em 1870 sua obra Primeiras lições de coisas: manual de ensino elementar para uso dos paes e professores, que foi traduzida para o português brasileiro em 1886 por Ruy Barbosa (1849-1923). De acordo com o próprio autor:

4. Tradução original do texto, realizada por Ruy Barbosa.

Difere o meu livro de outros, elaborados por vários professores, numa feição importante, a saber: exemplifica ao preceptor o modo de haver-se, em cada passo sucessivo, no desenvolver o espirito das creanças. Depois de dizer o que se ha de practicar, passa a mostrar por exemplos demonstrativos o como fazei-o4 (CALKINS, 1886, p.XVIII).

Figura 02 Capa da edição brasileira da obra de Saffray

O livro foi considerado como um manual para a educação intuitiva, “o ensino, até então centrado nos textos e livros, cede lugar, no manual de Norman Calkins, ao estudo científico das coisas, centrado na observação e na experiência da criança” (AURAS, 2003). Rui Barbosa, valorizava a educação como desenvolvimento para o povo brasileiro e para ele a obra de Calkins “ao apontar uma ‘nova direção pedagógica’ e um ‘novo espírito’ para o ensino elementar, constituía-se num caminho seguro para a ‘regeneração do país’” (Ibid.). Houveram outros manuais e livros que utilizavam o método intuitivo para criar metodologias replicáveis, como a obra de Saffray, Lições de Cousas, que também foi traduzido para o português e publicado no Brasil. Com o fim da Grande Guerra, movimentos educacionais que haviam se iniciado no fim do século XIX ganham potencial crescente no início do século XX, propondo uma renovação pe21


dagógica, foi o início da formação de “escolas ativas” (proposta inicialmente por Adolphe Ferrière) em oposição ao ensino tradicional, normativo. Esse movimento que ficou conhecido como Escola Nova, propunha um ensino na prática, na descoberta através da experimentação do meio social e natural, e principalmente a valorização da criança e seu desenvolvimento ativo. Aprender a aprender, em oposição ao método tradicional do ensino. O filósofo John Dewey (1859-1952) foi um dos principais expoentes do movimento, acreditava que o papel do professor é o de auxiliar o aluno, apresentar problemas que exijam o raciocínio para que o aluno crie seus próprios conceitos e possa confrontá-los com os métodos (NOVA ESCOLA, 2008). A médica e educadora Maria Montessori (1870-1952) utilizou métodos de educação ativa para trabalhar inicialmente na aprendizagem de crianças com deficiência mental e problemas de aprendizagem, seu método ficou conhecido e é replicado até hoje. O Método Montessori valoriza a autoeducação do aluno, onde o professor é responsável por conduzir as atividades e não propriamente ensiná-las. Individualidade, atividade e liberdade do aluno são as bases da teoria, com ênfase para o conceito de indivíduo como, simultaneamente, sujeito e objeto do ensino. [...] o objetivo da escola é a formação integral do jovem, uma “educação para a vida” (Ibid.).

A escola de artes aplicadas, Bauhaus, fundamental para a história da arte, design e arquitetura, que não é muito recordada nos estudos de aprendizagem, mas que segundo Fontoura (2009), tem em sua pedagogia a influência dos movimentos escolanovistas, e de teóricos como Pestalozzi, Rousseau e outros 22


que defenderam uma pedagogia oposta ao modelo da escola moderna. Na Bauhaus, o estudo era coletivo, em oficinas, em que se misturavam os ramos do aprendizado, do design, arquitetura e artesanato, a prática manual e artística era proposto para liberar a expressão criativa dos alunos, desenvolver uma personalidade ativa e espontânea, levando ao conhecimento não só intelectual, mas também emocional. Para Fontoura (2009), a pedagogia Bauhaus: [...] espelhava o desejo e a necessidade de promover a discussão e a revisão do panorama da educação geral e, principalmente, do ensino das artes no início daquele século. [...] o trabalho manual era considerado o meio mais apropriado para a formação integral do homem; eram adotadas técnicas de ensino que visavam desenvolver a sensibilidade do indivíduo; havia uma valorização da educação pelo trabalho; adotavam métodos ativos de ensino; e a educação era concebida como um meio para a reforma social.

A educação foi e ainda é tema de pesquisa de muitos pedagogos, psicólogos, cientistas e profissionais de diversas áreas, e muitas teorias contemporâneas se baseiam em métodos propostos por Montessori, Pestalozzi, Rousseau e demais, a contribuição dessas teorias percorrem toda a história da educação e do estudo da aprendizagem. Com a evolução os estudos e métodos acabaram por se expandir muito além do ambiente de pesquisa dos educadores e começou a ser explorado também por áreas da ciência humana, em especial as contribuições da psicologia (ver adiante) que surgiram após o movimento escolanovista são importantes estudos que também tem contribuído ao longo da história da pedagogia e da aprendizagem.

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4.2 ESTUDOS DA PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM A aprendizagem é objeto de estudo da ciência, especificamente na psicologia foram desenvolvidos diversas pesquisas e teorias a respeito da aquisição do conhecimento, o aprender. O estudo do comportamento e da mente se voltou a análise da aprendizagem, o que gerou diversas conclusões, e teorias conflitantes que são usadas até hoje nos estudos da psicologia e na prática educacional. 5. Do inglês “behavior” que significa comportamento.

O primeiro movimento do estudo da aprendizagem foi o behaviorismo5, tendo seu início em uma época que os estudiosos da área negavam ideais subjetivas e sem fundamentos racionais, os behavioristas lidam com o estudo das relações entre os estímulos, as respostas e o comportamento humano (LEFRANÇOIS, 2008, p. 397). Os estudos behavioristas começaram com as explorações do psicólogo e fisiologista russo Ivan Pavlov (1849-1936) sobre o condicionamento clássico. Pavlov passou à estudar o comportamento de cães ao notar que salivavam antes de serem alimentados, e com suas experiências demonstrou que os cães salivavam diante de estímulos (condicionados) associados a comida, o que não se restringia a visão do alimento. Pavlov, para comprovar sua teoria, condicionou os cães a salivar (resposta) ao ouvirem uma campainha (estímulo condicionado) que precedia a entrega do alimento (estímulo) ao animal, no decorrer do teste o estímulo foi retirado e ainda assim o cão apresentava resposta ao ouvir a campainha. Os estudos de Pavlov ainda permeiam o estudo da psicologia contemporânea, suas experiências do modelo do condicionamento clássico resultaram em contribuições para a 24


compreensão do comportamento humano de forma objetiva e experimentável.

6. Publicado originalmente na revista estadunidense Psychohgical Review, em 1913.

O psicólogo John Watson (1878-1958), fundador do behaviorismo norte-americano, em 1913 escreveu um artigo intitulado A psicologia como o behaviorista a vê6. Segundo Watson: A psicologia como o behaviorista a vê é um ramo experimental puramente objetivo das ciências naturais. Seu objetivo teórico é a previsão e o controle do comportamento. A introspecção não constitui parte essencial de seus métodos, nem o valor científico de seus dados depende da facilidade com que eles podem ser interpretados em termos de consciência. O behaviorista, em seus esforços para conseguir um esquema unitário da resposta animal, não reconhece linha divisória entre homens e animais. O comportamento do homem, com todo o seu refinamento e complexidade, constitui apenas uma parte do esquema total de investigação do behaviorista (WATSON, 2008).

Watson defendeu as teorias de Pavlov sobre o condicionamento clássico, e utilizou-as como base para sua tese sobre o desenvolvimento da aprendizagem. Para John Watson, todos nascemos com um repertório escasso de reflexos em respostas a estímulos específicos e com o desenvolvimento vamos associando esses reflexos a demais estímulos experenciados (LEFRANÇOIS, 2008, p. 46-47). Para o psicólogo não há diferença entre os indivíduos em seu nascimento, ao longo de seu desenvolvimento são suas experiências que os diferenciam. Watson aplicou incialmente suas experiências em ratos de laboratório, mas também utilizou a experiência em humanos. Não há como falar de behaviorismo sem citar as contribuições Burrhus Frederic Skinner (1904-1990) um dos psicólogos behavioristas mais reconhecido. Skinner é responsável pelos 25


princípios do behaviorismo radical, que segundo ele era constituído das seguintes características: Fenômenos observáveis para explicar o comportamento e uso da psicologia como uma ciência objetiva, sem apelos subjetivos (Ibid., p.103-104). A teoria de Skinner se baseava no conceito de condicionamento operante, “baseado na noção de que a aprendizagem resulta do reforçamento das respostas emitidas por um organismo” (Ibid., p. 400), a teoria do psicólogo foi aplicada a testes de aprendizagem e extinção (extinguir uma determinada comportamento). Na teoria de Skinner o comportamento pode ser alterado por reforços positivos (que fortalecem o comportamento) ou negativos (que enfraquecem o comportamento), também podendo ser apresentadas punições diante de um comportamento para que o mesmo cesse ou diminua. As influências dos estudos behavioristas foram um desafio para os estudiosos da psicologia evolucionista, que afirmavam a influência biológica na aprendizagem e comportamento humano, a biologia e a genética eram suas principais fontes para explicar o comportamento e aprendizagem, as restrições biológicas, para os evolucionistas, eram influentes para determinar a probabilidade de um comportamento ou aprendizagem (LEFRANÇOIS, 2008, p. 153, 158, 401). 7. Conjunto de processos mentais conscientes que se baseiam em experiências sensoriais, pensamentos, representações e recordações (MICHAELIS, 2019).

Além dos estudos dos evolucionistas outras abordagens para o estudo da aprendizagem foram desenvolvidas. As teorias cognitivas - que junto ao behaviorismo são as áreas da psicologia da aprendizagem que tiveram mais estudos realizados e pesquisadores dedicados – tratam da influência e importância da cognição7 na aprendizagem, “o principal interesse da psicologia cognitiva está nos processos mentais[...] que influenciam e determinam o comportamento” (Ibid., p. 222-223). 26


A primeira posição teórica cognitiva está presente na psicologia da Gestalt, que declarou a necessidade do estudo do comportamento como um todo, indivisível em partes, “o todo é maior que a soma de suas partes”. Insight é o fundamento da psicologia da Gestalt. [...] significa a percepção das relações entre os elementos de uma situação problema. O que significa solucionar um problema pela percepção das relações entre todos os elementos importantes da situação (Ibid., p. 205).

Os gestaltistas foram responsáveis por elaborar as leis da percepção, – também conhecidas como leis da Gestalt – leis que podem ser aplicadas também ao pensamento, entre elas estão as leis do fechamento, continuidade e similaridade. Os gestaltistas se destacaram também por utilizar experiências em humanos, quando os estudos behavioristas eram majoritariamente realizados em animais (Ibid., p.403).

Figura 03 Representação gráfica das Leis da Teoria da Gestalt

Jean Piaget (1896-1980), um dos mais influentes teóricos do estudo cognitivo, ficou conhecido por sua Teoria Constru27


tivista, que aborda a aprendizagem em estágios, pelos quais toda criança passa adquirindo e construindo conhecimento. Os estágios da teoria de Piaget vão do nascimento até em média os 12 anos (pode variar de criança para criança), o crescimento e desenvolvimento da criança se dá em etapas de interação entre a criança e o ambiente. Além da teoria dos estágios, o psicólogo também discorreu sobre a importância do brincar no desenvolvimento da criança, a imitação, assimilação e outras vertentes importantes no desenvolvimento e aprendizagem.

8. O apoiamento é um termo genérico para a assistência que pais e professores podem apresentar a criança (LE FRANÇOIS, 2008, p. 405).

Outro importante psicólogo com teorias de valorização cognitiva foi Lev Vygotsky (1896-1934) que ficou conhecido por sua teoria interacionista, em que afirmava que o desenvolvimento (e aprendizagem) do indivíduo se dá por meio da interação social, a cultura e o ambiente. Em sua teoria, Vygotsky valorizou a importância da linguagem, e de como o desenvolvimento da criança pode ser ampliado com o apoiamento8 do adulto. Vygotsky apresentou também o conceito de Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP), que segundo ele seria uma área de desenvolvimento cognitivo em potencial, entre o atual nível de conhecimento da criança, capacidade de resolver os problemas sozinha, e o nível potencial de conhecimento, resolução dos problemas com auxílio de adultos ou pares mais capazes (VYGOTSKY, 1978, apud FINO, 2001). O médico e psicólogo Henri Wallon (1879-1962), trabalhou com uma abordagem cognitiva, motora e afetiva, para ele o desenvolvimento acontece nestas três áreas (Educação em Revista, 2013). Importante observar que na teoria de Wallon a afetividade é a capacidade de ser afetado, de forma positiva ou negativa, por estímulos. Sobre a teoria do médico e psicólogo, Loos-Sant’Ana e Gasparim afirmaram: 28


Sua teoria do desenvolvimento é eminentemente integradora: os processos cognitivos, afetivos e motores estão interligados, imbricados uns nos outros. [...] O estudioso dedicou grande parte de seus estudos para compreender o papel da afetividade, que inclui emoções, sentimentos e paixões como constituintes do ser humano. (Educação em Revista, 2013).

Na teoria de Wallon ele aborda também o desenvolvimento infantil em estágios, que assim como na teoria de Piaget se desenvolvem em uma sequência do crescimento do indivíduo, são estes os estágios da teoria de Wallon: impulsivo-emocional; sensório-motor e projetivo; personalismo; categorial; predominância funcional (Ibid.). Os estudiosos da psicologia dedicaram-se por anos em estudos relacionados ao desenvolvimento e aprendizagem, surgindo diversas teorias, metodologias e experiência, as mais relevantes delas, apresentadas neste texto. Não foi abordado, porém existem teorias que relacionam o cérebro humano e o desenvolvimento a máquinas computadorizadas, outras que se baseiam nas atividades dos neurônios para explicar a aprendizagem, e ainda diversas outras teorias que surgiram ao longo dos estudos da psicologia. Inclusive, há teorias que mesclam os fundamentos de estudos tidos como distintos e não complementares e formulam novas conclusões a respeito do desenvolvimento e da aprendizagem. É importante ressaltar que muitos estudos da aprendizagem são influentes até a atualidade, muitos fazem parte do currículo das formações de educadores e psicólogos e são aplicados nas instituições de ensino e em consultórios de atendimento psicológico.

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4.3 A APRENDIZAGEM EM PIAGET, VYGOTSKY E WALLON A criança como autora de seu próprio conhecimento, um fundamento importante dos teóricos cognitivos, em especial aqui abordando as contribuições de Piaget, Vygotsky e Wallon no estudo da aprendizagem. Retomando primeiramente o trabalho de Jean Piaget, que desenvolveu um método particular para estudar as crianças: o método clínico, “[…] uma técnica de entrevista semi-estruturada, na qual as respostas dos sujeitos às perguntas determinam qual será a pergunta seguinte” (LE FRANÇOIS, 2008, p.242). O interessante do método apresentado é a atenção que o pesquisador deve dar a criança para conduzir a entrevista. A teoria de Piaget é denominada como construtivista, pois aborda o conhecimento como algo a ser construído por meio da educação, que deve estimular o desenvolvimento. Piaget foi um observador da infância, e nestas observações notou que a criança passa por diferentes raciocínios para resolver problemas e formas significados. Quanto maior os estímulos e as experiências da criança maior o potencial do desenvolvimento da criança. Piaget descreve o conhecimento como uma forma de equilíbrio, entre os processos de assimilação e acomodação que resultam na adaptação. Assimilação é o processo pelo qual o indivíduo utiliza as estruturas de seu conhecimento prévio para responder a situações ou objetos, assim quando o indivíduo se depara com algo novo busca assimilá-lo com aquilo que já conhece. Acomodação se refere a incorporação de novos conhecimentos nas estruturas de seu conhecimento prévio em seu repertorio. Nas palavras de 30


Lefrançois “assimilação implica reagir com base em aprendizagem e compreensão prévias; acomodação implica mudança na compreensão. Essa interação entre assimilação e acomodação leva à adaptação” (Ibid., p. 245). Essa teoria aborda a importância de experiências e estímulos para o desenvolvimento da criança, e daí também pode-se relacionar a abordagem de Piaget ao brincar e a imitação. No brincar a criança está a todo momento assimilando objetos e situações, já na imitação prevalece a acomodação quando a criança modifica seu comportamento com base em outros comportamentos (Ibid., p. 245,247). A epistemologia genética do desenvolvimento, foi uma teoria também desenvolvida por Jean Piaget, na qual se estabeleceu estágios para o desenvolvimento, pelos quais, segundo o psicólogo, todos os seres humanos passam. São ao todo quatro estágios: sensório-motor – do nascimento aos 2 anos; pré-operacional – dos 2 aos 7 anos; operações concretas – dos 7 aos 12 anos; operações formais – dos 12 anos em diante. As indicações de idades nos estágios são apenas parâmetros, mas podem variar de acordo com o desenvolvimento da criança. Tabela 1- Estágios de desenvolvimento na teoria de Piaget

Sensório-motor 0-2 anos

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• Interação com o meio por meio das sensações e capacidades motoras; • Não possui habilidades de linguagem e representação interna.


Tabela 1- Estágios de desenvolvimento na teoria de Piaget9

Pré-operacional 2-7 anos

• Adquiri a capacidade de linguagem (mas ainda não é capaz de expressar opiniões) e sua inteligência se desenvolve pela interação social e uso da fala; • Pensamento egocêntrico, o mundo é extensão de sua própria existência; • Classificação generalizada, sem distinguir elementos semelhante. • Compreende a si mesmo como parte do mundo; • Aprendem a respeitar as regras;

Operações concretas 7-12 anos

• O pensamento da criança agora precede a ação; • Classificação e seriação; • Compreensão dos números; • Noções de tempo, espaço, velocidade e valores pessoais são adquiridos.

Operações formais

• Capacidade de lidar com o pensamento abstrato;

A partir dos 12 anos

• Pensamento lógico e proposital; • Formação de ideais.

9. Fonte: Autoria Nossa.

Para Piaget, há quatro forças que moldam o desenvolvimento humano: equilibração; maturação; experiência ativa; 32


interação social. Equilibração é o equilíbrio entre assimilação e acomodação – requer apresentar as crianças atividades com potencial de desenvolvimento, nem exageradamente desafiadoras nem fáceis demais que não requeiram acomodação (LEFRANÇOIS, 2008, p. 262). A maturação se refere as forças genéticas que não determinam o comportamento, mas estão relacionadas ao desdobramento – requer conhecimento dos professores sobre o comportamento das crianças, como pensam e aprendem (Ibid., p. 262). Experiência ativa já se descreve por si só, o experimentar de forma ativa objetos e eventos reais o que permite a descoberta – “o aprendiz é envolvido ativamente no processo de descobrir e aprender” (Ibid., p. 262). Por último, a interação social – por meio da interação com outras pessoas a criança elabora suas ideias sobre o mundo ao seu redor. Como salienta De Vries, “A implicação geral óbvia da teoria de Piaget é valorizar uma sala de aula socialmente interativa e fomentar trocas do tipo cooperativo com o objetivo de promover o desenvolvimento operacional” (1997, p. 14 apud LEFRANÇOIS, 2008, p. 263).

As teorias de Piaget foram criticadas por muitos, as críticas se deram pôr sua pesquisa não ser tão abrangente, para alguns críticos a aplicação do método clínico era em pequenas amostras (devido sua dificuldade de execução) o que resultava em conclusões subjetivas (LEFRANÇOIS, 2008, p.263), também houveram argumentos em relação a Piaget dado pouca relevância ao aspecto social e a linguagem. Piaget não deu grande ênfase à linguagem verbal, considerando que ela não precede o pensamento e a Inteligência, todavia, segundo o autor, ela apresenta contribuições deci33


sivas para o desenvolvimento e a aprendizagem da criança. (DELGADO, 2003, p.59).

10. Abordagem da interação entre o indivíduo e a cultura.

Apesar de nascidos no mesmo ano, Piaget e Vygotsky nunca chegaram a se conhecer, Lev Vygotsky faleceu ainda muito jovem, com apenas 37 anos, mas ainda assim deixou várias contribuições com suas teorias sobre a aprendizagem. Na teoria interacionista10 de Vygotsky é fundamental que o indivíduo esteja inserido em um meio cultural para seu desenvolvimento, o seu conhecimento é formado por suas relações com os outros indivíduos e o meio o qual está inserido, “as culturas, explicou Vygotsky, modelam o funcionamento mental humano” (1978 apud LEFRANÇOIS, 2008, p. 266). Abordando a importância da cultura, Vygotsky descreve as funções mentais, entre elementares e superiores. Funções elementares, são comportamentos não aprendidos, o ser nasce com ele e ao longo do desenvolvimento e com impulso da interação social as transformam em funções superiores, que são as atividades do pensamento (LEFRANÇOIS, 2008, p. 266-267). E neste ponto que a importância da linguagem é abordada pelo psicólogo, a linguagem é o que possibilita o funcionamento mental superior. E pela linguagem que a inteligência da criança se manifesta, sem ela a inteligência permanece uma capacidade prática e natural, como a dos macacos (Ibid., p. 267-268). Sendo assim, a linguagem é um fator fundamental para o desenvolvimento cognitivo. Segundo Lefrançois, na teoria vygotskyana a linguagem verbal da criança é retrata em estágios de desenvolvimento, são eles: fala social (até os 3 anos) – a fala usada para controle de comportamento dos outros e expressões simples; fala ego34


cêntrica (entre 3 e 7 anos) – a fala externa do seu pensamento, a criança nesta fase fala para si própria; fala interior (à partir dos 7 anos) – a fala internalizada do pensamento (Ibid, p.268). A Zona de Desenvolvimento Proximal – ZDP, importante observação do psicólogo, apresenta a importância do auxílio dos professores, pais e adultos no desenvolvimento da criança. Assim como abordado por Piaget, Vygotsky expõe a importância de apresentar atividades que tenham potencial de desenvolvimento para a criança, e é neste processo que se enfatiza o papel do educador, que apresenta as crianças essas atividades e auxilia-las no processo de resolução dos problemas. A tarefa do professor e dos pais, explicou Vygotsky, é cuidar para que as crianças participem de atividades relativas a essa zona – atividades que, por definição, não se apresentem tão fáceis a ponto de as crianças conseguirem realizá-las corretamente sem esforço, nem tão difíceis que, mesmo com ajuda, não consigam realizá-las (Ibid., 2008, p.269).

11. Metáfora para “o apoio proporcionado ao aprendiz na aquisição de novos conceitos e habilidades” (LE FRANÇOIS, 2008, p. 269).

Nos primeiros estágios da aprendizagem o suporte do educador é essencial, pois nesta fase das primeiras descobertas o desenvolvimento e aprendizagem da criança ainda é bastante limitada pela sua pouca experiência com os outros e o meio. Porém, em estágios mais avançados, com mais experiência, o educando já é capaz de construir novos aprendizados sem precisar de um suporte (Ibid., 2008, p.269). “É falando, demonstrando, mostrando, corrigindo, apontando, exigindo, oferecendo modelos, explicando procedimentos, fazendo perguntas, identificando objetos etc., que professores e pais constroem os andaimes11 para as crianças” (Ibid., 2008, p. 270), é construindo andaimes que é possível aumentar o potencial de desenvolvimento da criança gradualmente. É importante 35


observar que esse suporte na aquisição de novos conhecimentos reforça o papel da interação do educador com educando e do educando com outros educandos no processo de desenvolvimento da aprendizagem, e a importância da compreensão dos educadores do desenvolvimento e aprendizagem da criança para apresentar atividades que estejam dentro da ZDP. Henri Wallon, também abordou o conhecimento como uma construção interacionista, entre o indivíduo e o meio social. Para o psicólogo francês a inteligência é uma construção biológica e social, biológica porque o ser humano nasce com a habilidade de adquirir conhecimentos, social pois o conhecimento é construído pela interação com o meio, “lhe era impossível encarar a vida psíquica a não ser sob a forma das relações reciprocas do biológico e do social, ou seja, na integração organismo-meio” (ALMEIDA, 2010, p.25). Para Wallon a criança está em constante desenvolvimento e crescimento, que se dá por meio das relações com o ambiente e a maturação biológica. De acordo com Delgado: Wallon afirma que o desenvolvimento da criança é descontínuo, marcado por rupturas, retrocessos, reviravoltas, provocando em cada etapa profundas mudanças. [...] O desenvolvimento é descontínuo, porque é um processo que se inicia com o nascimento, ou até mesmo antes dele, e se prolonga por toda a vida, não de uma forma linear, mas por reformulação dos conceitos já aprendidos e assimilados. [...] A criança vai à busca de novos conceitos para satisfazer seus conflitos conceituais. É nessa busca por explicações que a pessoa aprende e se desenvolve, em consequência dos conflitos que são estabelecidos (2003, p. 86).

A aprendizagem, nesta teoria, se torna mais eficaz quando a criança está contextualizada do seu meio, aprendendo com suas próprias experiências sociais e culturais. Os conflitos no 36


desenvolvimento são importantes para uma nova aprendizagem, a criança diante do conflito busca e cria novas explicações para seus questionamentos, daí também surgem rupturas e retrocessos, isso não significa algo ruim, faz parte do processo de interação no aprendizado, o que gera um aprendizado mais significativo para a criança. Para Wallon, o ser se desenvolve pela integração de suas capacidades motora, cognitiva e afetiva. A capacidade motora possibilita o movimento. A cognição possibilita a aquisição e transformação do conhecimento. A afetividade, é a capacidade de ser afetado pelo mundo externo e interno, que se manifesta por meio da emoção, sentimento ou paixão. A emoção é a “expressão corporal, motora, visível, ativada pelo fisiológico, é a exteriorização da afetividade” (ALMEIDA, 2010, p.26). A emoção faz parte dos primeiros contatos com o mundo. Os sentimentos são a representação da emoção, podem se manifestar na linguagem e nos gestos que possibilitam estabelecer relação com os outros seres (Ibid.). A paixão é a expressão afetiva mais tardia, “com ela surge a capacidade de tornar a emoção silenciosa, pelo autocontrole” (Ibid.). Wallon deu uma ênfase especial à influência da emoção para o desenvolvimento e aprendizagem da criança, sendo ela o termômetro que serve de parâmetro para o estabelecimento de critérios, sob os quais surgem os estágios de desenvolvimento da criança.” (DELGADO, 2003, p.90)

Os estágios de desenvolvimento (descritos na tabela abaixo) são sequenciais, de acordo com Delgado, os estágios não se excluem, se alternam e aproveitam as conquistas incorporando-as ao seu conteúdo (Ibid., p. 94). Vale ressaltar que os 37


estágios não são definidos apenas pela idade da criança, mas principalmente com a interação com o meio que fornece capacidade para esse desenvolvimento. Tabela 2 - Estágios de desenvolvimento na teoria de Wallon

Impulsivoemocional

e projetivo

Referente a fase do primeiro ano de vida a em média os 3 anos de idade. É nesta fase que a criança adquire a habilidade motora de caminhar, o que possibilita a mesma maior interação com o meio. O desenvolvimento da linguagem e da função simbólica também surgem nesta fase, o que possibilita a estruturação de pensamentos que geram reações motoras propositais.

Personalismo

O personalismo é a fase entre os 3 e 6 anos de idade, em que a criança forma sua personalidade e toma consciência de si no mundo. Nesta fase surge o desejo de aceitação mediante as interações sociais, o que gera também a imitação de pessoas que a criança admira.

Sensório-motor

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Se refere ao primeiro ano de vida da criança, onde as reações são generalizadas e tomadas de afetividade, que é o recurso de interação da criança com o meio em que está inserida.


Tabela 2 - Estágios de desenvolvimento na teoria de Wallon12

Categorial

Predominância funcional 12. Fonte: Autoria Nossa.

Entre os 6 e 11 anos, quando a criança passa seu interesse para conhecer o mundo ao seu redor, usando a categorização para pensar nos elementos. Nesta fase a criança adquire a capacidade de atenção.

Por volta dos 11 e 12 anos surge a fase em que se reformula a personalidade diante das mudanças hormonais (puberdade), surgem nesta fase questionamentos morais, pessoais e existências.

O desenvolvimento da linguagem para Wallon vem para facilitar a comunicação da criança com seu meio, já a comunicação é pré-linguística se desenvolve sem o domínio da linguagem, estando presente de forma interna nos pensamentos e nos gestos externos ao pensamento. A escola para Wallon deve ser um espaço aberto a todos, sem julgamentos e preconceitos, havendo interação entre o indivíduo e o ambiente sociocultural “para o desenvolvimento de todas as suas potencialidades, não para usufruí-las individualmente, mas para a transformação social, para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária” (ALMEIDA, 2010, p. 29). Os três teóricos aqui apresentados convergem em um ponto em comum muito relevante a aprendizagem, o desenvolvimento do conhecimento para eles se dá por um processo em 39


que a participação do aluno é de suma importância. O convívio social como já apresentado faz parte do desenvolvimento do indivíduo, a experimentação e a particularidade de cada criança, todos fatores que devem ser respeitados nesse desenvolvimento. Se pensarmos em uma mescla dessas teorias, dado o valor da cognição já apresentados por ambos, aplicados ao ambiente educacional pode-se projetar uma educação ativa, em que as interações com o meio ambiente, social e cultural, a linguagem, e as capacidades motoras e afetivas são construtoras da inteligência da criança. E é nesta construção que surge demais habilidades e capacidades, através de processos de imitação, de maturação, do sentimento de pertença ao ambiente sociocultural e outros apresentados.

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4.4 PEDAGOGIA DO OPRIMIDO O educador brasileiro Paulo Freire (1921-1997) é um dos mais renomados no campo da pedagogia, suas contribuições para a educação são referência para o mundo inteiro. “Conhecido principalmente pelo método de alfabetização de adultos que leva seu nome […] Para Freire, o objetivo maior da educação é conscientizar o aluno” (NOVA ESCOLA, 2008). O método foi um sucesso e Freire conseguiu dar visibilidade a classe oprimida. E esta classe, os oprimidos, que Freire aborda em sua obra Pedagogia do Oprimido publicada pela primeira vez no Brasil em 1975.

Figura 04 Paulo Freire

Ao abordar a relação opressor-oprimido, Paulo Freire, destaca sempre a relação de autoridade violenta que o opressor exercer, a de impor a sensação de “ser menos” ao outro, a sensação de inferioridade. A luta do oprimido para Paulo Freire é a luta de libertação de si e dos outros oprimidos, e não é uma luta quando o opressor se liberta tornando-se o opressor dos oprimidos ou de seus antes opressores, “não se sentem idealistamente opressores, nem se tornam, de fato, opressores dos opressores, mas restauradores da humanidade em ambos” (FREIRE, 1987, p. 30). Para Freire, o desafio do oprimido é enxergar-se como tal e buscar sua libertação, uma “pedagogia libertadora” é a proposta do educador. Quando não se enxerga como tal se torna desejoso por ter aquele papel de opressor, não “ser menos”, não se conscientiza de seu papel, e de sua classe oprimida (Ibid). E como libertar-se quando viveu sempre a sombra do opressor? 41


É esse o desafio. O oprimido viveu sempre a opressão, teme a liberdade e o não saber como preencher o vazio com sua autonomia. Essa liberdade lhe parece chance de tornar-se o opressor ou de manter-se atado a opressão. De acordo com Freire: Os oprimidos, contudo, acomodados e adaptados, “imersos” na própria engrenagem da estrutura dominadora, temem a liberdade, enquanto não se sentem capazes de correr o risco de assumi-la. E a temem, também, na medida em que lutar por ela significa uma ameaça, não só aos que a usam para oprimir, como seus “proprietários” exclusivos, mas aos companheiros oprimidos, que se assustam com maiores repressões (Ibid., p.34).

O oprimido deseja sua liberdade, mas a teme, não sabe “ser livre”, trava uma luta entre libertar-se da consciência opressora ou oprimir, entre seguirem as regras da opressão ou terem suas opiniões e ações (Ibid., p.34). “A superação da contradição é o parto que traz ao mundo este homem novo não mais opressor: não mais oprimido, mas homem libertando-se” (Ibid., p. 35), este homem que deve se entregar a prática da liberdade, a reflexão e a ação do homem diante do mundo. O opressor por sua vez não pode descobrir-se opressor e sentir-se solidarizado sem agir, a ação é a expressão da verdadeira solidarização, “dizer que os homens são pessoas e, como pessoas, são livres, e nada concretamente fazer para que esta afirmação se objetive, é uma farsa” (Ibid., p.36). Segundo o autor: A pedagogia do oprimido, como pedagogia humanista e libertadora, terá dois momentos distintos. O primeiro, em que os oprimidos vão se desvelando o mundo da opressão e vão comprometendo-se, na práxis, com a sua transformação; o segundo, em que, transformada a realidade opressora, esta pedagogia deixa de ser do oprimido e passa a ser a 42


pedagogia do homem em processo de permanente libertação (Ibid., p. 41)

E nesta discussão sobre opressão que Freire aborda a concepção “bancária” da educação, em que o educador (opressor) têm o papel encher o educando (oprimido) de conteúdos, esse educando recebe o conteúdo narrado de forma paciente, memorizam e repetem o mesmo (Ibid., p. 57-58). Nesta visão da educação não há espaço para criatividade e transformação. Nesta concepção a educação apassiva o educando e excluem o pensar autêntico, preparando o indivíduo “adequadamente” ao mundo, tornando os reféns da minoria dominadora. Em 1971, no livro Sociedade sem Escolas, que trata da desescolarização do mundo, foi abordado a relação opressora do ambiente escolar, moldando o aluno a dependência do sistema: Aprendem com relativa eficiência a mensagem transmitida pela escola: precisam de escola sempre e sempre mais. A escola os instrui na sua própria inferioridade. [...] os pobres são despojados de sua auto-estima, pela submissão a uni credo que garante a salvação apenas pela escola. [...] Sem pretensões de conduzir a uma aprendizagem profunda, treina seus alunos em algumas rotinas básicas (ILLICH, p.44-45).

Na concepção freiriana (1987) o conhecimento só se dá por meio da invenção, da reinvenção, da experimentação, da curiosidade, da busca incessante do homem com o mundo e com os outros. O educador afirma que a relação para uma educação libertadora, deve ser uma conexão educador-educando em diálogo, estabelecendo um aprendizado mútuo, “o diálogo se impõe como caminho pelo qual os homens ganham significação enquanto homens. [...] o diálogo é uma exigência 43


existencial” (Ibid., p.79). O educando deve ter uma inserção critica na realidade, lidando com suas problematizações e desafios gerando assim novas compreensões e aprendizagens. O pedagogo discute ainda em sua obra a necessidade de oferecer aos educandos conteúdos que tenham relação com suas experiências, suas dúvidas e anseios, não partindo de um conteúdo abordando a visão de mundo apenas do educador, mas sim um diálogo entre as visões de mundo do educando e do educador. Para Freire “será a partir da situação presente, existencial, concreta, refletindo o conjunto de aspirações do povo, que poderemos organizar o conteúdo programático da educação ou da ação política” (Ibid., p. 86). A prática libertadora requer aos oprimidos, na concepção freiriana, a colaboração, a união, a organização e a síntese cultural (prática de superação da cultura induzida pelos opressores), “assim como o opressor, para oprimir, precisa de uma teoria da ação opressora, os oprimidos, para se libertarem, igualmente necessitam de uma teoria de sua ação” (Ibid., p. 183). Analisando a obra do autor nota-se que a concepção de “educação bancária” ainda é uma realidade no sistema de ensino brasileiro, e em muitas outras áreas. As abordagens do autor para uma pedagogia da liberdade são importantes contribuições para pensar e agir em prol de uma educação que seja para o educando e não para o sistema que busca uma contenção das massas populacionais. O papel do diálogo entre educador e educando com suas visões de mundo trabalhando em conjunto, também é um desafio, dado o engessamento do currículo escolar imposto por órgãos educacionais, com disciplinas e conteúdos de aplicação obrigatória. Como Ivan Illich defende, as oportunidades para a 44


aprendizagem dependem “[...] de conjugar o professor certo com o aluno certo quando bem motivado por um programa inteligente, sem o constrangimento de um currĂ­culoâ€? (ILLICH, 1985, p. 30).

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5. ESCOLAS MODELO 46


5.1 ESCOLA PROJETO ÂNCORA Premiado em 2017 como uma das melhores ONGs do Brasil, o Projeto Âncora, é uma Associação Civil de Assistência Social, de natureza beneficente, filantrópica e cultural de fins não econômicos e não lucrativos. Localizado em Cotia (São Paulo) o projeto foi fundando em 1995, oferecendo de “experiências educacionais, culturais, artísticas e esportivas que complementassem o ensino escolar, além de programas como creche, educação infantil, oficinas e cursos profissionalizantes” (PROJETO ÂNCORA, 2019). A instituição não possuía ensino regular, passou a oferecer em 2012 o ensino fundamental, e em 2017 o ensino médio. O Projeto Âncora, englobando desenvolvimento social e aprendizagem escolar básica, tem como objetivos contribuir à construção de cidadãos conscientes de suas capacidades para coletivamente formar uma sociedade justa, equilibrada e sustentável, a partir de uma prática educacional acolhedora e participativa na construção de Comunidades de Aprendizagem (Ibid., 2019).

Segundo o Estatuto social do Projeto Âncora o objetivo do mesmo é “contribuir para o desenvolvimento e disseminação de uma cultura de participação social no Brasil, com atuação focada na criança, adolescente e idoso”. O desenvolvimento da aprendizagem na instituição é construído através das experiências, valorizando a relação educador e educando, não há divisão dos alunos por séries, nem provas e aulas como no modelo regular, a instituição têm suas peculiaridades no processo de aprendizagem para engajar seus alunos no processo. 47


Figura 05 Organização da Escola Tradicional e da Escola Projeto Âncora

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As crianças são organizadas em Núcleos de Projetos, de acordo com seu grau de autonomia (Ibid., 2019), nos Núcleos os estudantes trabalham Roteiros de Estudo, que abordam o currículo nacional exigido das instituições educacionais, mas não como apresentado em instituições tradicionais. Os roteiros demandam dos alunos pesquisas em livros, internet e auxilio dos colegas e educadores, quando finalizado seu roteiro os resultados são compartilhados com a comunidade (Ibid.). Os estudantes fazem diariamente seu planejamento individual de atividades, “com a gestão do tempo, espaços e conteúdos a cumprir” (Ibid., 2019).

Figura 06 Assembleia entre a comunidade escolar da Escola Projeto Âncora

No Âncora ocorrem assembleias entre a comunidade escolar para tomada de decisões e regras da instituição, se atentando de forma coletiva as necessidades da instituição, dos alunos e dos demais participantes do ambiente. “Somente quando há consenso é que os educandos cumprem o que decidiram” (Ibid., 2019). Pode-se notar na Escola Projeto Âncora o respeito com a criança, a valorização de seu papel no processo de ensino e a inserção do meio social na construção do indivíduo. O conhecimento é construído de ativamente por cada estudante, que com o auxílio dos educadores e dos demais educandos se desenvolve através da inserção e interação com o meio social e cultural.

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5.2 CIEJA CAMPO LIMPO Localizado na Zona Sul de São Paulo (capital) o Centro Integrado de Educação de Jovens e Adultos Campo Limpo atende mais de mil alunos, entre jovens (com mais de 15 anos) e adultos desde 1998, oferecendo formação básica aos estudantes. Inspirado no Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos (MOVA), criado por Paulo Freire e nos seus ideais de educação para liberdade foi implanta no CIEJA Campo Limpo uma nova metodologia, para isso iniciaram ouvindo os estudantes: Juntos, eles diziam que queriam maior espaço de decisão, que não viam o que aprendiam como significativo e, por dificuldades do próprio contexto em que se inseriam, eram frequentemente forçados a abandonar os estudos (CENTRO DE REFERÊNCIAS EM EDUCAÇÃO INTEGRAL, 2013).

Com isso, hoje, no CIEJA as decisões são feitas por assembleias com a comunidade, decidindo projetos, temas de estudo, decisão de aplicação de verbas e demais pautas da instituição. Os alunos têm horários flexíveis para assistir as aulas, sem perda de conteúdo, caso frequentem as aulas em períodos distintos a cada dia, possibilitando maior participação dos mesmos visto que muitos estudantes trabalham e tem dificuldades em relação a disponibilidade de tempo para os estudos. A instituição trabalha também a integração de alunos deficientes, com ações integradas com as famílias dos estudantes. Figura 07 - Alunos e professores em atividade em grupo

No CIEJA foram criadas áreas do conhecimento, que incluem as disciplinas tradicionais e outras consideradas importantes, como desenvolvimento de projetos (Ibid.). 50


Todas aulas e desenvolvimento das disciplinas são realizadas com apoio da comunidade, trazendo a experiência dos moradores para o ambiente escolar. Segundo a diretora da escola, o objetivo desse modelo de currículo é integrar as disciplinas, auxiliando o aprendizado do estudante, tornando-o mais eficiente, uma vez que ele pode utilizar o conhecimento de uma disciplina também nas outras áreas de conhecimento (Ibid.).

A iniciativa de ouvir as necessidades dos alunos no CIEJA foi o ponto forte na tomada de decisão por uma mudança, que resultou em uma proposta educacional de inserção do aluno em sua própria realidade, respeitando suas limitações, trazendo a experiência da comunidade para dentro da escola e tornando o aprendizado significativo a cada estudante.

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5.3 EMEF PRESIDENTE CAMPOS SALLES Na comunidade de Heliópolis, localizado na capital paulista, a Escola Municipal de Ensino Fundamental Presidente Campos Salles se destaca por sua metodologia que valoriza a autonomia, responsabilidade e solidariedade dos estudantes. Inspirada na Escola da Ponte a instituição é um espaço aberto de ensino em que os estudantes têm voz ativa no seu próprio desenvolvimento educacional e nas decisões dentro da escola. Em 2007, a direção e comunidade do bairro viam a necessidade de coibir o tráfico de drogas, que acontecia em praça próxima à escola. Com o apoio da Secretaria Municipal de Educação, o espaço da praça e arredor foi revitalizado e as grades que separavam a escola do entorno foram extintas (CENTRO DE REFERÊNCIAS EM EDUCAÇÃO INTEGRAL, 2013).

Figura 08 Portão de entrada da EMEF Campos Salles

O conhecimento é passado por meio do desenvolvimento de roteiros de estudos, estes roteiros são compostos de atividades que os alunos podem desenvolver de forma individual ou em grupos, as atividades abordam diferentes disciplinas e conhecimentos. Os alunos sentam-se em mesas em grupos de 6 alunos, nos salões (em 2008 a escola derrubou as paredes 52


que dividiam as salas, formando salões), cada salão tem em média 100 alunos e 3 professores para suporte. “Os estudantes têm autonomia e podem escolher que atividade ou tema decidem estudar do roteiro e é comum que as crianças e adolescentes trabalhem juntos sobre um mesmo tema” (Ibid.). O desenvolvimento dos roteiros que abrangem diversas temáticas associado a prática de desenvolve-los em grupos ou individualmente sem que seja necessário um suporte constante do educador, garante um aprendizado mais autônomo ao aluno e gera no mesmo uma responsabilidade em atentar-se as atividades que necessitam ser cumpridas. Na EMEF Presidente Campos Salles as decisões são tomadas pela República de Alunos, composta por prefeito, secretários, vereadores e outros cargos, os alunos da república são responsáveis pela tomada de decisões diante de conflitos, discussão de assuntos pertinentes a gestão da escola. A escola por meio de sua pedagogia dá voz as necessidades dos alunos e cria a autonomia para que os estudantes possam se engajar na sua própria aprendizagem e de sua comunidade escolar.

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5.4 EMEF DESEMBARGADOR AMORIM LIMA A Escola Municipal de Ensino Fundamental Desembargador Amorim Lima, desde 1968 no Butantã, na zona oeste do município de São Paulo. Preocupada com a evasão escolar, a atual diretora Ana Elisa Siqueira, em 1993 agiu para tornar a escola aberta à comunidade, buscando diminuir a evasão escolar foram abertos os espaços da escola em respeito e confiança aos alunos, a escola passou a abrir aos sábados, e com o engajamento dos alunos, pais e a comunidade começou a oferecer atividades extracurriculares e conseguiu apoio financeiro para o desenvolvimento de novos projetos (EMEF DESEMBARGADOR AMORIM LIMA, 2019). Em 2002, o Conselho de Escola, fortemente constituído, começou a discutir meios de melhorar o nível de aprendizado e de convivência na escola. [...] Foram diagnosticados como problemas centrais: indisciplina e alto índice de falta de alguns alunos e aulas vagas devido à elevada ausência de alguns professores. [...] No decorrer de 2002 a comissão foi acolhendo e encaminhando propostas, no sentido de resolver os problemas levantados. [...] em agosto de 2003 o Conselho convidou a psicóloga Rosely Sayão – interlocutora da escola desde 2001 – a formular, com eles, esses critérios de análise. No decorrer desta interlocução, a psicóloga Rosely Sayão apresenta-lhes um vídeo sobre a Escola da Ponte, de Portugal, que causa grande impacto nos membros do Conselho: de imediato é percebida a grande semelhança entre os valores que os animavam e aqueles que o vídeo sobre o cotidiano na Escola da Ponte faziam transparecer. É vislumbrada como possível a adequação da prática aos valores propostos no Projeto Político Pedagógico da escola (Ibid.).

A psicóloga Rosely Sayão, formulou e apresentou a proposta inspirada no Projeto Fazer a Ponte que foi aprovado pela 54


Secretária Municipal da Educação, implantado entre 2004 e 2005 e é aplicado até hoje (Ibid.).

Figura 09 - Alunos trabalhando em atividade em grupo

Os alunos aprendem por meio de Roteiros Temáticos de Pesquisa, que são entregues em apostilas ao longo do ano, “cada roteiro tem cerca de 18 objetivos, ou seja, perguntas ou tarefas que devem ser respondidas ou desenvolvidas pelo estudante” (Ibid.), cada aluno tem um tutor que avalia o progresso do estudante. Os alunos sentam-se em grupos nos salões, para realizarem as pesquisas em grupo e resolverem seus roteiros individualmente, os professores circulam pelo salão para auxiliar os alunos em suas dúvidas e problemas (Ibid.). São dois salões, um com o Ciclo I e outro com alunos do Ciclo II. As únicas aulas expositivas da escola são de inglês, matemática, e oficina de texto. Quando acaba de preencher o seu roteiro, o aluno escreve um portfólio, com tudo que aprendeu com aquele roteiro e entrega para o tutor, que avalia se ele pode receber a apostila seguinte, com os demais roteiros. Não há provas. O progresso do conhecimento é avaliado pela qualidade dos portfólios e pela participação do aluno na escola. […] Esse projeto visa um compromisso coletivo em que todos 55


os seus agentes se engajem sempre mais num processo de aprimoramento cultural e pessoal de todos, de forma integral, e na construção de uma intencionalidade educativa clara, compartilhada e assumida por todos (Ibid., 2019).

Construir uma aprendizagem para a autonomia do educando em um ambiente democratizado com respeito e solidariedade é o objetivo da instituição, que dá ao educando o direito de escolher seus passos no processo de aprendizagem e o engaja na busca de seus objetivos.

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5.5 ESCOLA MARIA TEIXEIRA Situada na zona rural de Luziânia, município do estado de Goiás, a Escola Maria Teixeira vêm trabalhando na educação de crianças e adultos, de forma gratuita, desde 1994. A instituição possui turmas de educação especial, educação infantil, ensino fundamental e educação de jovens e adultos (EJA), ao todo são 19 turmas e mais de 300 alunos. A diversidade e a inclusão são marcas importantes da escola, a instituição nasceu com o slogan “uma escola para todos” que hoje se tornou “uma escola sustentável e para todos” (ESCOLA MARIA TEIXEIRA, 2019). A instituição não possui fins lucrativos e se mantém com convênio com a prefeitura para oferta de transporte as crianças e parte da alimentação, possui duas fábricas e uma oficina de artesanato que ajudam na renda da instituição, realizam bazares e eventos beneficentes e contam com contribuições mensais de “padrinhos” da instituição (Ibid.). A instituição conta também com voluntários que atuam em diversas áreas, com ajuda na manutenção da instituição e com oferecimento de serviços para os alunos e familiares, como atendimento médico e psicológico, entre outros (Ibid.).

Figura 10 - Alunos brincando na Escola Maria Teixeira

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A instituição possui uma pedagogia que valoriza as diferenças dos alunos, respeitando o processo de aprendizagem de cada um, com metodologias que valorizam a interação do aluno com o ambiente sociocultural, o conhecimento construído em conjunto entre educador e educando dando-se importância a realidade social dos educandos. A essência e originalidade do trabalho pedagógico consiste, exatamente, no fato de descobrir e desenvolver as eficiências de cada um. Entender o aluno como um ser integral com cognição, afeto, expectativas e herança sócio-cultural, desvelar suas fragilidades e suas potencialidades e estimulá-los na aventura do conhecimento e autoconhecimento. O olhar recai sobre o processo, mas também intenciona alcançar claramente um resultado, qual seja qualidade ensino. [...] A Escola desenvolve metodologias e tecnologias educacionais, sociais e ambientais que promovem não apenas a inclusão educacional, mas, contribui com o desenvolvimento sócio-ambiental da comunidade. (ESCOLA MARIA TEIXEIRA, 2019)

Dentro dessa proposta de desenvolvimento de cada aluno, trabalhando a inclusão e a interação sociocultural e socioambiental, a Escola Maria Teixeira apresenta em seu currículo 3 disciplinas “especiais”, são elas: Ética do amor; Libras e Respeito à natureza. Em ética do amor o objetivo é “ensinar conteúdos comportamentais que contribuam para uma atitude positiva, solidária, estimulando uma cultura da paz” (Ibid., 2019). O ensino de Libras é ministrado a todos alunos, como segunda língua aos ouvintes, como primeira língua para as classes de alunos surdos e “como alternativa na comunicação para alunos com dificuldade de fala, com ótimo resultados” (Ibid., 2019). Na disciplina Respeito à natureza são trabalhadas práticas 58


sustentáveis, como reciclagem, cultivo nas hortas e jardins e outras atividades. A abordagem inclusiva também é sentida na arquitetura da instituição, as salas de aulas são casinhas individuais, com detalhes e cores que diferenciam uma das outras. “A casa traz a representação do acolhimento e do pertencimento. Os detalhes construtivos diferentes e as cores distintas lembram que cada diferença traz sua beleza e riqueza” (Ibid., 2019). A Escola Maria Teixeira é uma instituição em que podemos enxergar em sua pedagogia a preocupação com o processo de aprendizagem de cada aluno, o respeito pelas diferenças no processo e no tempo que cada um demanda no processo de aprendizado, o acolhimento de todos e a prática educativa como forma de inclusão e valorização do o meio social, cultural e ambiental.

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6. O PARADIDÁTICO COMO FERRAMENTA DE APRENDIZAGEM 60


6.1 O LIVRO INFANTIL NO PROCESSO ENSINOAPRENDIZAGEM O principal recurso do ensino utilizado nas salas de aula atualmente é o livro didático, que de acordo “com a política pedagógica de cada escola, mas vinculados a uma política educacional maior, [...] procura subsidiar as matérias regulares do currículo escolar, […] sua característica básica é ser utilitário ao ensino” (FURLANI, 2005). De acordo com o escritor e ilustrador brasileiro, Ricardo Azevedo, os livros didáticos:

13. Que tem um só significado; que só admite uma interpretação; inequívoco (MICHAELIS, 2019).

[...] costumam apresentar, em seus textos, uma linguagem impessoal e neutra, construída de forma a obedecer os parâmetros oficiais da Língua. Para o livro didático, é fundamental passar informações e mensagens da forma mais clara, objetiva e simples possível, sem dar margem a nenhum tipo de interpretação. Seu texto busca, portanto, ser transparente, objetivo, direto, unívoco13 e conclusivo (1999, p. 1).

De acordo com Coutinho e Lopes (2011), o livro didático é muito valorizado, porém acaba sendo muito utilizado apenas como ferramenta de trabalho do professor, não pensado com objetivos mais voltados ao aluno e seu aprendizado, e por vezes se torna o único instrumento do educador em sala de aula. Por não ser direcionado ao aluno, o livro didático pode ser visto pelo estudante como uma barreira no ensino, algo desinteressante e de difícil compreensão.

Figura 11 Exemplos de livros didáticos

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Usado em geral como complemento ao material didático, os paradidáticos, apresentam conteúdos para o aprendizado e evolução de conceitos apresentados em sala de aula, mas sem o propósito de subsidiar o currículo escolar. Também [são] essencialmente utilitários, constituídos de informações objetivas que, em resumo, pretendem transmitir conhecimento e informação. [...] É importante lembrar que o grupo dos paradidáticos pode apresentar diferentes graus de didatismo. Fazem parte do mesmo conjunto obras praticamente equivalentes ao livro didático e outras onde a ficção se destaca. São aquelas que, através de uma história inventada, pretendem ensinar o leitor a não ter medo do dentista ou a amar a natureza. Em outras palavras, mesmo lançando mão da ficção e da linguagem poética, os livros paradidáticos têm sempre e sempre o intuito final de passar algum tipo de lição ou informação objetiva e esclarecedora. Como nos didáticos, ao terminar de ler uma obra paradidática, todos os leitores devem ter chegado à uma mesma e única conclusão (AZEVEDO, 1999, p. 2-3).

Figura 12 Exemplos de livros paradidáticos

Ricardo Azevedo (1999) em seu artigo Livros para crianças e literatura infantil: convergência e dissonâncias, aborda além dos já mencionados livros didáticos e paradidáticos as seguintes categorias dos exemplares: livro-jogo, livros de imagem, CD-rom e literatura infantil. O livro-jogo nada mais é do que um 62


jogo que utiliza o livro como suporte. O livro de imagem conta histórias através de imagens, sem uso da linguagem verbal (Ibid., p. 4), “[..] os livros de imagem correspondem a uma linguagem que pode ser empregada de diversas maneiras” (Ibid.). O CD-rom, uma novidade tecnológica na época de publicação do artigo do escritor, abriu caminho para novas possibilidades, podendo “atuar como instrumento pedagógico, ser um jogo e, eventualmente, funcionar como um novo suporte para obras literárias ou artísticas” (Ibid.). Diante dos rápidos avanços tecnológicos o CD-rom hoje é um objeto obsoleto que não é mais atribuído as características descritas por Azevedo, entretanto seus atributos estão presentes em jogos virtuais, publicações eletrônicas e aplicativos mobile. A última categoria apresentada é o livro de literatura infantil: [..] A literatura, [...] é uma arte (em oposição à ciência) feita de palavras; utiliza sempre e sempre o recurso da ficção [..] ; tem motivação estética (ou seja, em princípio não tem utilidade fora buscar o belo, o poético, o lúdico e o prazer do leitor); não é, portanto, utilitária (é “inútil” no sentido de que, objetivamente falando, não serve para nada, nem pretende ensinar nada); recorre ao discurso poético (quer dizer, preocupa-se com a linguagem em si, com sua estrutura, seu tom, seu ritmo, sua sonoridade); vincula-se à voz pessoal, à subjetividade, ao ponto de vista inesperado e particular sobre a vida e o mundo [...]; pode e costuma ser ambígua [...]; pode brincar com as palavras e até inventá-las [...]; tem a ver, por exemplo, com conceitos como a aventura, o romance, o suspense, a tragédia [...], a comédia etc. A literatura costuma tratar de assuntos, subjetivos por princípio, sobre os quais não tem cabimento dar aula [...] .Na verdade, ela pode falar de qualquer tema, todos os abordados pelos paradidáticos por exemplo, desde que o mesmo seja visto pelo ângulo da ficção, da subjetividade e 63


da poesia. Resumindo, talvez seja possível afirmar que os livros didáticos e paradidáticos são escritos por alguém que, em graus diferentes, pretende ensinar o leitor. São, portanto, comprometidos com a “lição”. Em oposição, os livros de literatura infantil colocam questões humanas vistas no plano da expressão pessoal (e não da informação baseada no conhecimento consensual e objetivo) através da ficção e da linguagem poética. São, em outros termos, ligados à “especulação” (não consigo encontrar palavra melhor) (Ibid., p. 5).

Figura 13 Exemplos de livros-jogos, com quebracabeças, peças 3d e brincadeiras interativas

Figura 14 Exemplos de livros de imagens

Figura 15 Exemplos de livros de literatura infantil

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Ambos os livros classificados no presente texto possuem relevância no desenvolvimento infantil, auxiliando no processo de aprendizagem, incentivando a leitura, o brincar e a descoberta de novos assuntos e habilidades. Se há uma “utilidade” da literatura na escola, muito mais que ensinar gramática e coisas assim, é a de possibilitar, no plano da expressão, o contato do leitor com uma linguagem expressiva, renovadora e poética, e, no plano do conteúdo, a discussão de temas que, no fundo, acabam sempre especulando sobre a construção do significado da existência (Ibid., p. 7).

Importante salientar também que um determinado livro pode apresentar características de mais de uma das categorias aqui relacionadas, por exemplo, um livro de literatura infantil que aborde conteúdos didáticos, um livro-jogo com temática didática, e etc., são amplas as possibilidades dentro do universo dos livros infantis e com a evolução de técnicas, materiais e temáticas surgem cada dia mais novas possiblidades dentro deste universo.

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6.2 O LIVRO PARADIDÁTICO E SUAS MANIFESTAÇÕES NA APRENDIZAGEM A história do livro passou por diversos caminhos e propostas. Durante muitas décadas o livro foi usado com o propósito de transmitir informações, de caráter documental, um objeto elitizado por anos, que além de demandar à habilidade de leitura (o que era exclusivo a uma parcela da sociedade) e compreensão de seu material, requeria recursos financeiros (com o caráter ainda artesanal o livro tinha baixas tiragens e alta custo). Diante deste caráter informativo-documental, o livro não era pensado para o público infantil. A percepção de uma separação entre adulto e crianças não existia e os conteúdos destinados aos primeiros também eram utilizados para a educação dos jovens. Em termos comuns, a criança era interpretada pela sociedade medieval como um mini-adulto. (COSTA, 2010, p. 41)

Figura 16 Frontispício e página de título do livro A Little Pretty Pocket Book

Com a diferenciação entre o adulto e a criança, o livro passou a ser pensado para o público infantil, mobilizando autores na produção dos exemplares para as crianças. O primeiro livro destinado as crianças, foi publicado em 1744, na Inglaterra, intitulado A Little Pretty Pocket-Book, publicado pelo editor britânico John Newberry, obra que deu origem a muitos outros trabalhos reconhecidos no mundo todo (Ibid.). Segundo Costa (2010), no período colonial brasileiro foi vetado a produção local de livros, as obras que chegavam ao país eram exportados de Portugal e refletiam o pensamento europeu diante dos temas de abordagem. Apenas em 1808 é 66


instalada a primeira empresa brasileira responsável pela impressão de livros da corte (antes disso, mesmo com a proibição da produção brasileira, nos estados do Pernambuco, em 1703, e do Rio de Janeiro, em 1747, os governantes das capitanias tentaram instalar prelos em seus territórios, porém a coroa portuguesa ao descobrir deu ordens para o fechamento e transferiram o maquinário a metrópole), a Imprensa Régia, localizada no Rio de Janeiro, iniciando-se assim a produção impressa brasileira (Ibid.).

Figura 17 Frontispício e página de título do livro A Little Pretty Pocket Book

Falando-se da produção literária voltada ao público infantil, os paradidáticos, começaram a entrar com força no mercado brasileiro desde a década de 1980, o termo teria aparecido pela primeira vez nos catálogos editoriais brasileiros no final da década de 70 (ZAMBONI, 1991, p. 11). Com o propósito de auxiliar no processo de aprendizagem o paradidático é apresentado como um complemento ao conteúdo apresentado nas escolas, que segue o currículo obrigatório com o apoio das ferramentas didáticas. O paradidático têm sido cada vez mais utilizado dentro da sala de aula, incluindo as publicações nas diretrizes da aprendizagem, junto aos livros didáticos e os livros de literatura infantil. A partir de 1972, a administração do sistema escolar recomendou a adoção de autores nacionais em todas as séries escolares. Os livros paradidáticos nasceram das discussões sobre a necessidade de autores brasileiros produzirem para crianças e jovens buscando formar, através deles, o desejo, o gosto e o prazer de ler. As editoras passaram a investir em textos alternativos, com temas e linguagens mais acessíveis, que serviriam para introduzir o aluno no universo da 67


leitura [...]. Os livros paradidáticos atendem à Literatura e a todas as outras disciplinas, procurando ajudar professores e enriquecer a vida do aluno. Com visual e temas adequados, esses livros procuram despertar o hábito da leitura e levantar questionamentos que antes ficavam à margem da vida escolar, objetivando complementar informações de maneira leve e ágil. (LAGUNA, 2012, p. 48).

O paradidático amplia a possibilidade de aprendizagem e conhecimento. No ensino regular pode ser usado como ferramenta auxiliar aos materiais didáticos, e fora do ambiente escolar, na casa de cada criança, com o incentivo adequado dos pais e responsáveis, pode auxiliar no desenvolvimento das habilidades e da cognição da criança. Os paradidáticos são estímulos no processo de desenvolvimento infantil e material de incentivo à leitura. Entende-se, porém, que sua utilização tenha se iniciado pela necessidade de um reforço de mensagens com caráter mais social. As histórias contidas neles têm, em geral, mensagens implícitas sobre: moral, comportamento, civilidade, preocupação ambiental, companheirismo, entre outras (COSTA, 2010, p. 43).

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996), que regula o sistema educacional brasileiro, aborda que além do currículo base nacional comum a todos, a escola deve propor também o ensino de temas transversais, de acordo com “características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e dos educandos” (Art. 26). O ensino da arte, deve trazer a expressão das regionalidades (Ibid.). O ensino da história deve levar em conta as contribuições de outras culturas e etnias na formação do povo brasileiro, em especial a cultura indígena, africana e europeia (Ibid.). Assim sendo, o paradidático 68


pode ser a ferramenta para abordar estes temas transversais em sala de aula, sendo apresentados com linguagens, formas e técnicas que possam despertar o interesse dos estudantes. A escola vem se conscientizando de seu papel, buscando metodologias adequadas de trabalho e compreendendo que a arte proporciona uma visão mais complexa da realidade. Assim, a literatura e a leitura em geral assumem uma função muito mais ampla do que o mero ornamento, pois pode ser “ponte” para a compreensão do mundo e o interesse por ela pode ser despertado em diferentes camadas sociais, mas isto tem de ocorrer pelo gosto, não pela imposição. Cabe ao professor despertar no seu aluno o interesse pela leitura, usando uma diversidade de gêneros literários, para que o aluno descubra o prazer da leitura. [...] A presença do livro paradidático e outros materiais na escola representam um esforço de transformar o ato de ler e de pensar em uma rotina comum a todo cidadão num futuro cada vez mais próximo. Tornar a leitura popular e democrático o acesso ao livro, popularizar e democratizar a informação, propiciando a troca de ideias e o debate sobre a realidade, precisa ser uma meta incluída em todos os movimentos que envolvem a educação brasileira (LAGUNA, 2012, p. 49).

O acesso à leitura é de suma importância no desenvolvimento da criança, não basta falar de abordagens que devem ser tomadas no ambiente escolar sem que seja proporcionado o acesso aos materiais para a edificação do aprendizado. A Lei de Nº 13.696, sancionada em julho de 2018, institui a Política Nacional de Leitura e Escrita, que no artigo 2º sanciona “a universalização do direito ao acesso ao livro, à leitura, à escrita, à literatura e às bibliotecas”. Na Lei Nº 10.753, de outubro de 2003, que instituiu a Política Nacional do Livro, consta a seguinte diretriz: “Assegurar ao cidadão o pleno exercício do direito de acesso e uso do livro”. 69


Diante de tais leis se espera que os estudantes tenham acesso a livros no ambiente escolar, porém isso não é uma realidade na maior parte das instituições públicas brasileiras. Segundo reportagem realizada em 2019 pelo Jornal Nacional (Rede Globo), faltam livros didáticos nas escolas públicas de ensino básico em todo o Brasil, muitas das quais recebem o material em pequena quantidade o que dificulta o ensino pois o material precisa ser compartilhado entre os estudantes (JORNAL NACIONAL, 2019). Se o acesso já é difícil para os materiais didáticos, essenciais em sala de aula, é provável que o acesso aos paradidáticos e a literatura seja muito baixo ou nulo em muitas instituições, o que não se revela como uma situação positiva para o desenvolvimento da educação do país.

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6.3 A LINGUAGEM DO LIVRO PARADIDÁTICO A concepção do livro paradidático envolve muitos cuidados na linguagem, verbal ou gráfica, e em aspectos físicos e visuais que compõem o material. A linguagem verbal do paradidático em geral possui uma função poética e literária, ainda que apresente conhecimentos ao leitor o paradidático utiliza uma linguagem mais pessoal (oposto ao proposto nos livros didáticos, que se apresentam com uma linguagem impessoal, seguindo sistematicamente as normas da língua) para trazer os conhecimentos mais próximos a quem o lê e que o interprete com maior facilidade e desperte seu interesse.

Figura 18 Página do livro A de anaconda

Figura 20 - Página do livro A História de um Fóssil de Dinossauro

Figura 19 Página do livro Oceanos: Um livro Caelidopops

Figura 21 Página do livro O aniversário do Seu Alfabeto

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Nos exemplos aqui relacionados pode-se observar que a linguagem pode variar muito entre os paradidáticos, no livro A de Anaconda a linguagem empregada têm função poética, a denotação prevalece em Oceanos: Um livro Caleidopops, em A História de um Fóssil de Dinossauro e em O aniversário do Senhor Alfabeto pode-se observar nos trechos destacados uma linguagem emotiva. A linguagem gráfica no livro paradidático tem um papel importante no despertar do interesse do público infantil, as cores, tipografias e ilustrações são os primeiros meios de comunicação do leitor com aquele material. “Quando se trata de crianças, o projeto gráfico e as ilustrações pesam tanto na avaliação quanto os textos. As ilustrações devem dialogar com os textos” (LAGUNA, 2012, p. 49). Os elementos gráficos no livro paradidático são muitas vezes como uma vitrine para que aquele jovem leitor se aventure nas páginas ali presentes, a capa dos livros em especial, são sempre o primeiro contato do leitor, são o primeiro incentivo para que aquela criança veja determinado livro e se interesse pelo mesmo. É por isso que a capa do livro tem um papel muito importante, e deve se dar atenção a seu desenvolvimento, buscando dar ênfase ao seu tema de forma a cativar o leitor.

Figura 22 Imagens do livro Formas

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Figura 23 - Capa e pรกgina interna do livro A B C D Espaรงo

Figura 24 Capa e pรกgina interna do livro A Parte que Falta Encontra o Grande O

Figura 25 - Capa e pรกgina interna do livro O Melhor Livro do Mundo

Figura 26 Capa e pรกgina interna do livro O Grande Livro de Perguntas Sobre Mim

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As capas apresentam elementos tipográficos estilo fantasia ou afins com a utilização de coloração diferenciadora. Também é comum o uso de ilustrações na capa com uma cena/resumo da história em seu interior. [...] As ilustrações internas, por sua vez, ocupam grande parte do espaço disponível – quando voltado às crianças mais novas – e vão gradativamente diminuindo (COSTA, 2010, p. 43-44).

As imagens acima relacionadas são apenas um pequeno exemplo da variada linguagem que é usada nos livros paradidáticos. As ilustrações podem ser criadas apenas com linhas, ou formas geométricas simples, mas também podem apresentar estilos como o cartoon, os quadrinhos e até chegando ao desenho “realista”, são técnicas diferentes aplicadas tendo em vista a classificação etária a qual se destina aquele material e o tema que o mesmo aborda. As tipografias nas capas das obras podem ser de famílias tipográficas existentes, adaptações ou tratar-se de desenhos de caracteres exclusivos para ilustrar o livro em questão, é interessante observar que em geral elas possuem o estilo fantasia ou sem serifa, contendo ornamentos e detalhes gráficos agregados a seu desenho. As cores mais utilizadas são as cores primárias e secundárias com alta saturação em livros para crianças menores, e tendem a se expandir a cores terciárias e variações de saturação e luminosidade no uso em livros direcionados a crianças maiores. É possível observar também que os livros para crianças entre 0-3 anos tendem a usar as cores chapadas, sem recursos de luz e sombra e que estes vão aparecendo gradativamente nos materiais de acordo com o crescimento da faixa etária a qual aquele material se destina. 74


Relevante observar que em 2010, Costa, mencionou em seu trabalho que a tipografia usada nas páginas internas dos livros infantis em geral possui serifa, porém ao analisar o cenário atual nas prateleiras das livrarias brasileiras se notou uma maior constância no uso de tipografias sem serifa, tipografias que apresentam uma boa legibilidade na maior parte dos casos analisados, exceto em Ciência do Faça Você Mesmo (Figura 29), em que uma fonte serifada no título, com alinhamento irregular e espaçamento estreito entre as letras e do uso da versalete (sem serifa) no corpo do texto, causam um incomodo visual e uma interferência na legibilidade.

Figura 27 Página de O Grande Livro de Perguntas Sobre Mim

Figura 28 - Foto de box de texto do livro Ciência do Faça Você Mesmo

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Figura 29 - Recorte do livro O Melhor Livro do Mundo


Figura 30 Recorte do livro A de anaconda

Antes de ser um texto escrito, um livro é um objeto, tem forma, cor, textura e descobrir tudo isto é uma forma de leitura que muito conta para as crianças ainda não alfabetizadas. Essa leitura através dos sentidos traz um prazer muito grande para as crianças que sabem o mundo de histórias de encantamentos que ele contém (LAGUNA, 2012, p. 50).

Além da linguagem do livro paradidático, o formato, materiais e interatividade da peça deve ser observada em sua concepção. O livro paradidático pode ser de variados formatos, quadrados ou retangulares, com recortes especiais, grandes ou pequenos, grossos ou finos, não existe um padrão como em geral observamos nos livros de cunho didático. Quanto aos materiais, a gama de possibilidades é diversa, saindo do papel tradicional, a matérias como plástico, tecido, pelúcias, e alguns que contam com intervenções de diferentes materiais para criar texturas na peça. A gama de materiais e recursos estruturais possibilitam que a criança mantenha maior contato e relação com aquele material, “ao tocar as texturas ela absorve novas sensações que, muitas vezes, não é possível apenas com a leitura” (COSTA, 2010, p. 44). A interatividade no livro paradidático (e em todas demais categorias de livros) é um atrativo ao material que podem au76


xiliar no processo de aprendizagem do conteúdo ali apresentado. A interatividade pode estar presente na inserção de texturas, sons, áreas com peça para encaixe, formas e figuras que possam ser removidas ou aplicadas nas páginas e mais uma variedade de possibilidades. “São exemplos bastantes criativos os denominados livros ‘pop-ups’, que consistem de estruturas internas dotadas de mecanismos que impulsionam determinadas regiões da página” (Ibid., p. 45). Quanto à interatividade o Livro Paradidático pode ajudar a desenvolver habilidades motoras e criativas com atividades interativas como colorir ilustrações e até mesmo criar a ilustração para o texto. Também podem ser encontrados exemplares que trabalham as funções espaciais da criança com estruturas de encaixe que estimulam a percepção sobre a forma (Ibid., p. 47).

Figura 31 Livro Interativo Estêncil: Aprendendo com Arte

Figura 32 - Livro Um desenho por dia: Passo a Passo

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Figura 33 Páginas do livro Pequenas Criaturas, que apresentam elementos de interação

Figura 34 Livro interativo O livro das Janelinhas que Escondem Meu Dia

Existe uma oferta alta de exemplares direcionados ao público infantil, é possível se perder por horas em uma biblioteca ou livraria somente na área dedicada as crianças. Essa alta demanda, requer uma constante atualização do mercado editorial infantil, sempre atento a novas tendências, novas tecnologias e técnicas e novos personagens que surgem no universo infantil, em especial as novas produções televisivas e cinematográficas tendem a gerar produtos novos nas prateleiras das livrarias, o interesse da criança por determinado personagem é despertado também fora das telas o que atrai os profissionais do mercado editorial na busca de novos materiais direcionados a este público.

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7. O DESIGN NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM 80


Para que seja possível compreender o papel do design no processo educacional e na aprendizagem é primeiro necessário que se compreenda o design. Não é pressuposto neste trabalho o estudo das origens do design e o seu percurso histórico até a sociedade contemporânea, entretanto é importante analisar o significado do design do ponto de vista de alguns teóricos da área para melhor ilustrar as atribuições do design. Diversos profissionais da área e estudiosos definiram ou ao menos buscaram definir o termo. Victor Papanek (19231998), foi um importante designer, que defendeu a necessidade de o design responder às reais necessidades do homem, e do designer ser um profissional socialmente responsável (PAPANEK apud OLIVEIRA; CAMPOS, 2012). Mas de que maneira o design pode atender as necessidades do homem? O design pode se manifestar como uma ação sobre a forma (ou aparência), mediando a relação entre o humano e as coisas, e entre o humano entre si e consigo mesmo através das coisas (PORTUGAL; MIZANZUK; BECCARI, 2013, p. 90). Em Existe Design?, a discussão sobre o que é design traz algumas reflexões: Estou inclinado a aceitar a proposta de Rafael Cardoso, em seu Design para um mundo complexo, no qual o autor anuncia que o designer de hoje deve se preocupar com a imaterialidade dos projetos. [...] Neste caso, definiríamos o design como uma forma de reavaliar problemas ao invés de solucioná-los [...] ao pensarmos o design como uma forma de repensar problemas, reavaliamos o próprio pensar, cultivando novas complicações, o alimento primordial do design” (Ibid., p. 84).

O design então não é só materialidade, é também imaterialidade. É uma forma de pensar, com “enfoque abrangente 81


nos problemas, para que as soluções sejam definitivas, e não paliativas” (REDIG, 2011, p. 112). O design também pode ser definido como uma habilidade do ser humano: Do ponto de vista evolutivo, o design enquanto habilidade complexa implica a articulação, registro e interferência no espaço natural de pertença. Confere assim aos organismos que dele dispõe, vantagens sobre outros que dele carecem. O design é o ponto de convergência do intento, da criatividade, do plano, da inovação, da teoria e da técnica, em um constante inconformismo com os desígnios do natural (SILVA, 2019).

Deste modo partimos de uma abordagem do design como capacidade de interferência complexa do homem em seu meio de existência, e para tanto requer sua formação plural e o desenvolvimento de competências e habilidades que abordem a complexidade do mundo. Entretanto o design resultando a interferência no meio têm barreiras impostas pelo próprio homem a serem vencidas pelo designer, pois este profissional se encontra em um permanente desafio de provar-se além da estética que lhe é sempre atribuída, muitas vezes como única e determinante qualidade que lhe pressupõe o exercício de sua função. Joaquim Redig (2011), em Design: responsabilidade social no horário do expediente, aborda sobre a forma fútil como a qual o designer é visto pela sociedade e pela mídia, “para a mídia, [...] o design é visto como um ingrediente de luxo” (Ibid., p. 88), e ainda menciona que “quase nunca nos [designers] colocam como profissionais indispensáveis à sociedade, instrumentalizados para atender às relações cotidianas entre as pessoas e o mundo utilitário e comunicativo” (Ibid., p. 87). 82


Citando o caso abaixo, Redig ilustra a recusa do mundo acadêmico pelo design em seu projeto: Vejam agora esse tipo de atitude no plano acadêmico: há alguns anos, um grupo de alunas da PUC-Rio (Pontifica Universidade Católica do Rio de Janeiro), incentivadas por mim a desenvolver um projeto de livro didático – umas das áreas de maior carência de design no Brasil – partiram, entusiasmadas, a procurar material de trabalho (livros ou programas didáticos que precisassem de design) num dos departamentos do Centro de Ciências Exatas da universidade. Voltaram de lá decepcionadas. Os professores rejeitaram a proposta de colaboração, dizendo que elas não deveriam se meter nisso, que era tarefa deles, cientistas, autores de obras, e que elas deveriam tratar de ir fazer embalagens, tarefa de designers, segundo eles. Entre o cômico e o patético! (Ibid., p. 89).

É difícil que se enxergue o papel do design na sociedade, parece um caminho nebuloso com o qual as pessoas não tendem a se arriscar e se esquivam. Não só no ambiente das universidades, como no caso relatado por Redig, mas além disso nas corporações, nas instituições de ensino, nas organizações sociais, e outros ambientes é difícil ao designer entrar e ser visto além do fator criativo visual, além da habilidade estética, a barreira a se quebrar busca mostrar ao mundo o verdadeiro significado de design: A habilidade de ação sobre o meio na solução de problemas. E neste contexto que a presente pesquisa aborda o design no ambiente educacional e no processo de aprendizagem. O design presente na linguagem da escola, o design aplicado nas formas imateriais e materiais, indo da materialidade do livro, da lousa, do caderno à imaterialidade das ideias, da organização, do planejamento e da mudança. 83


Quando aproximamos o campo do design ao da educação, estamos, de certa forma, arquitetando a construção de uma perspectiva social, centrada na formulação de princípios de design (gráfico e informacional) que possam contribuir com as práticas educacionais. Duas vertentes são postas em debate: a primeira, no que concerne à preocupação central do design na solução de problemas referentes aos artefatos mediadores de aprendizagem; a segunda refere-se à sua concepção epistemológica e metodológica, enquanto pensamento, ou seja, conhecimento associado ao processo de formação dos indivíduos. (COUTINHO; LOPES, 2011, p. 137).

Segundo Fontoura (2002, p. 72-73), o design apresenta-se como uma habilidade mediadora que dá forma material a conceitos imateriais, envolve a conceituação e materialização de ideias, num sentido mais amplo visto como um domínio da ação, uma atividade humana fundamental, que apresenta potencial de contribuir na educação de todos. Existe o perigo de se cair na armadilha das generalizações vazias do tipo ‘tudo é design’. Porém, nem tudo é design e nem todos são designers. O termo design se refere a um potencial ao qual cada um tem acesso e que se manifesta na invenção de novas práticas da vida cotidiana. Cada um pode chegar a ser designer no seu campo de ação. E sempre deve-se indicar o campo, o objeto da atividade projetual. Um empresário ou dirigente de empresa que organiza a companhia de uma maneira nova faz design sem sabê-lo. Um analista de sistemas que concebe um procedimento para reduzir o desvio de malas no tráfego aéreo faz design. Um geneticista que desenvolve um novo tipo de maçã, resistente a influências externas, faz design. Design é uma atividade fundamental, com ramificações capilares em todas as atividades humanas; por isso, nenhuma profissão pode pretender o monopólio do design (BONSIEPE, 1997, p.15-16 apud FONTOURA, 2002, p. 73). 84


O design como Fontoura o descreve e também como abordado por Bonsiepe é uma competência potencialmente influenciadora no processo de ensino-aprendizagem, “é um caminho para solucionar os conflitos educacionais contemporâneos (COUTINHO; LOPES, 2011, p. 139), dado que “a sociedade ‘descobre, mesmo que tardiamente, que só um projeto consistente e robusto de educação poderá suplantar as incríveis marcas de desigualdade social historicamente constituídas, portanto excludentes” (Ibid., p. 138).

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8. RESULTADOS DA PESQUISA 86


Para complementar a pesquisa foi realizado um questionário online, com profissionais e estudantes das áreas de psicologia e pedagogia. O questionário foi composto de 7 perguntas (disponível na integra no apêndice C) sobre aprendizagem e cognição. Através da pesquisa observou-se que é unanime a opinião de que o desenvolvimento cognitivo é de extrema importância para a aprendizagem infantil, tratando-se do desenvolvimento de habilidades necessárias ao longo da vida da criança. Citando uma das respostas a questão a respeito da importância da cognição: “O desenvolvimento da cognição é a base da aprendizagem infantil” (Resposta 10). Quando questionados sobre o papel do educador e suas responsabilidades no desenvolvimento dos alunos é possível observar que as respostas atribuem ao educador transmitir conhecimento e potencializar conhecimentos prévios, de forma empática, incluindo, valorizando e sendo atencioso com o mesmo. “Na minha opinião, as responsabilidades atribuídas ao professor, vão muito além do conteúdo programático, é um exercício de humanização, de colocar-se no lugar do aluno, de acolher, de olhar para a individualidade e subjetividade de cada aluno. O que fazemos como professores ou falamos, será material para a construção de um aluno confiante que aprenderá ou alguém que carregará por muito tempo uma autoimagem diminuída da sua própria capacidade.” (Resposta 05)

As problemáticas do sistema de ensino brasileiro foram levantadas e chama atenção ao nosso cotidiano nas escolas, pois as respostas sempre tocam em temas como falta de in87


vestimento, estrutura precárias, lotações em salas de aula, professores mal pagos e despreparados, falta de inclusão nas salas de aula e aulas e materiais limitados e repetitivos. Com a realização do questionário foi possível reafirmar assuntos abordados na pesquisa bibliográfica com base em “depoimentos” reais de indivíduos que convivem em meio ao ambiente da aprendizagem infantil, podendo-se notar que os mesmos possuem opiniões muito semelhantes que afirmam a positividade da aprendizagem cognitiva, a necessidade de um suporte adequado por parte do educador e da necessidade de mudanças no sistema de ensino brasileiro.

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9. REQUISITOS PARA O PROJETO 90


Para se chegar ao resultado do projeto realizado foi necessário seguir etapas de acordo com a demanda do material a ser produzido. O primeiro passo foi reunir as conclusões da pesquisa bibliográfica o que gerou subsidio para a escolha do tema a ser abordado no material paradidático como também a definição segmentada da classificação ao qual o produto se destina. A criação de uma identidade visual para o projeto foi a primeira etapa a ser cumprida para atender a demanda que os demais materiais requisitaram ao longo do desenvolvimento. Para tal foram necessários etapas de pesquisa referencial, rascunhos, esboço, vetorização do material e ajustes até a marca final e seus derivados (paleta cromática, paleta tipográfica, comportamento da marca e outras variantes). Para elaboração dos produtos que compõem o Kit Escola de Bolso foi necessário planejamento prévio do formato e material de todos os produtos em conjunto, levando em conta que deveriam formar uma unidade e que cada uma de suas proporções interfeririam na proporção dos demais itens, em especial a embalagem (luva) que abriga os demais itens. O livro do kit foi previamente esboçado página a página, para estudo da diagramação e composição gráfica antes de iniciar a fase de criação nos softwares digitais. O mesmo se seguiu para os cards do Jogo Qual é a Questão. As embalagens, lápis de cor e caderno demandaram prototipagem para sua concepção após esboços, finalizando com a elaboração do material em softwares digitais. Para realização de todas etapas da concepção do produto foi utilizado os softwares do Adobe Creative Cloud, em especial, Adobe Illustrator e Adobe Indesign. 91


10. A MARCA 92


10.1 ESTUDOS DE CONCEPÇÃO Após análise do universo pesquisado e tendo estabelecido um formato a ser seguido para sua concepção, foi definido o nome usado para o produto: Escola de Bolso. O nome traz a ludicidade ao associar a escola como um item que pode-se carregar com você, tendo em vista que a marca apresenta-se em um universo de materiais paradidáticos que possuem a itenção de auxiliar a aprendizagem escolar, desenvolvendo em meio a temas de abordagem incomum dentro das salas de aula. Sabe-se porém que o termo “bolso” é rapidamente associado a livros de bolso, ou pocket book, um livro pequeno e de fácil transporte, porém o mesmo não é a intenção da marca Escola de Bolso. A mesma pode apresentar materiais que podem ser capacterizados como de fácil transporte, entretanto não é seu objetivo e seu nome não tem relação qualquer com os termos “bolso” ou “pocket”. Sendo definido o nome do produto iniciou-se o processo de concepção da marca. A concepção da marca foi inspirada pela arte do lettering, para um resultado mais gestual nos caracteres que compõem a marca, sendo feito rascunho até se chegar a a um esboço que foi usado como referência para criação da marca final:

Figura 35 Rascunhos da marca Escola de Bolso

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Figura 36 Rascunhos da marca Escola de Bolso

Figura 37 - Esboรงo final da marca

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10.2 VERSÕES DA MARCA A versão preferencial do logo da Escola de Bolso deve ser sempre aplicada sobre fundo branco ou colorido, em que a legibilidade da marca seja preservada.

Figura 38 Marca em cores - Versão Preferencial

A versão secundária deve ser aplicada quando a versão preferencial não for legível. Por conter um contorno branco em torno da marca, a mesma posssibilita aplicações em fundos com maior variação de cores.

Figura 39 Marca em cores - Versão Secundária

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De uso restrito, as versões positiva e negativa da marca devem se limitar a casos de ausência de cores ou de interferência na legibilidade da marca.

Versão Positiva Versão Positiva

Figura 40 Marca em positivo e negativo

Versão Negativa Versão Negativa

plicação em undoAplicação Colorido em Fundo Colorido 96


10.3 PADRÃO CROMÁTICO Na aplicação da marca, em todas suas versões, é necessário seguir os padrões cromáticos estabelecidos. C:70 M:35 Y:5 K:0 R:81 G:143 B:198 PANTONE 549 C C:5 M:45 Y:95 K:0

Figura 41 Marca versão preferencial

R:237 G:155 B:21 PANTONE 124 C C:5 M:20 Y:85 K:0 R:246 G:202 B:53 PANTONE 129 C

C:0 M:0 Y:0 K:90 R:60 G:60 B:59

Figura 42 Versão Positiva Marca em positivo

C:0 M:0 Y:0 K:80 R:87 G:87 B:86 C:0 M:0 Y:0 K:60 R:135 G:135 B:135

Versão Positiva

Versão Negativa

C:0 M:0 Y:0 K:0 R:255 G:255 B:255

Figura 43 Marca em Versão Negativa negativo

C:0 M:0 Y:0 K:70 R:112 G:111 B:111

Aplicação em Fundo Colorido

C:0 M:0 Y:0 K:40 R:178 G:178 B:178

Aplicação em Fundo Colorido

97 Redução máxima L 15mm

L 17mm


10.4 MALHA CONSTRUTIVA E REDUÇÃO DA MARCA A marca Escola de Bolso foi criada com base nesta malha constutiva, para garantir proporção aos elementos. Versão Principal Versão Positiva

Figura 44 - Malha Construtiva da marca

Versão Negativa

Aplicação em Fundo Colorido

Para preservar a legibilidade da marca, é adotado um tamanho minímo de utilização. Na versão preferencial a redução máxima é de 15 milímetros de largura; na versão secundária, 17 milímetros. Redução máxima

Figura 45 Redução da marca

15mm 98

17mm


10.5 ÁREA DE NÃO INTERFERÊNCIA O uso da marca deve sempre manter um espaço sem interferência de outros elementos. Em ambas versões do logotipo essa área é equivalente a letra “E” do escrito “ESCOLA”.

Figura 46 Área de não interferência

99


10.6 COMPORTAMENTO DA MARCA Na aplicação em fundos claros ou com tons semelhantes aos da marca, deve ser priorizado o uso da versão preferencial da marca, nas versões com cores escuras e vibrantes deve-se utilizar a versão secundária da marca. É imprecindível o bom senso para utilização da versão adequada a cada aplicação, para preservação da legibilidade da marca.

Figura 47 Aplicações da marca em fundos coloridos

100


Na aplicação em fundos com textura ou em fundos fotográficos utilizar a versão secundária da marca para preservação da legibilidade da mesma.

Figura 48 Aplicações da marca em fundos com textura

101


Figura 49 Aplicações da marca em fundos fotográficos

102


10.7 USOS INDEVIDOS Alguns usos e aplicações da marca saem dos padrões que garantem a legibilidade e identidade da marca. Os usos aqui apresentados são proibidos.

Não aplicar sobre fundos da mesma cor das cores da marca

Não alterar posição dos elementos da marca

Não rotacionar

Não alterar cores da marca

Não utilizar marca em outline

escola de Figura 50 - Usos indevidos da marca

Não alterar tipografia

LIVRO DE

Não alterar proporções

Não alterar descritivo da marca

Não retirar elementos da marca

Não aplicar opacidade ou efeitos na marca

Não alterar espaçamento entre os elementos

Não distorcer

103


11. UNIVERSO VISUAL 104


11.1 PADRÃO CROMÁTICO As 7 cores do padrão cromático da marca foram escolhidas em meio a referências do universo infantil. Refletem a ludicidade da infância, buscando em sua aplicação o encantamento das crianças e o equilíbrio visual. C:70 M:35 Y:5 K:0 R:81 G:143 B:198 PANTONE 549 C C:5 M:45 Y:95 K:0 R:237 G:155 B:21 PANTONE 124 C C:5 M:20 Y:85 K:0 R:246 G:202 B:53 PANTONE 129 C C:70 M:35 Y:5 K:0 R:81 G:143 B:198 PANTONE 549 C C:5 M:45 Y:95 K:0 R:237 G:155 B:21 PANTONE 124 C C:5 M:20 Y:85 K:0 R:246 G:202 B:53 PANTONE 129 C C:5 M:20 Y:85 K:0 R:246 G:202 B:53 PANTONE 129 C

105


11.2 PADRÃO TIPOGRÁFICO Todo o conjunto tipográfico atribui uma personalidade a marca de forma consistente. Em todos os materiais da marca é utilizado a família tipográfica Margem, em todas suas variações, utilizando suas 14 versões (da versão Thin ao Black, entre regulares e itálicos) para criar hierarquias visuais em suas aplicações.

Margem Thin

ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ abcdefghijklmnopqrstuvwxyz 1234567890!@#$%¨&*()

Margem Thin Italic

ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ abcdefghijklmnopqrstuvwxyz 1234567890!@#$%¨&*()

Margem Regular

ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ abcdefghijklmnopqrstuvwxyz 1234567890!@#$%¨&*()

Margem Italic

ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ abcdefghijklmnopqrstuvwxyz 1234567890!@#$%¨&*()

Margem Black

ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ abcdefghijklmnopqrstuvwxyz 1234567890!@#$%¨&*()

Margem Black Italic

ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ abcdefghijklmnopqrstuvwxyz 1234567890!@#$%¨&*()

106


11.3 GRAFISMO O grafismo é composto por ícones utilizados no produto, sendo assim, o mesmo possui variações de acordo com a edição do produto. Grafismo da edição 01 - linguagem:

O grafismo pode ser aplicado usando as cores do padrão cromático.

107


12. O PRODUTO 108


12.1 ESTUDOS DE CONCEPÇÃO Para axiliar no processo de concepção do produto foi realizado um painel conceitual com materiais que foram considerados relevantes como referência. Sendo levantado exemplos de livros, embalagens e jogos de cartas.

Figura 51 - Painel Conceitual Produto

109


Iniciou-se entรฃo o processo de rascunhos e esboรงo dos produtos, tendo como ideia principal um kit da marca, que entre os itens conntivesse um livro e um jogo de cards com perguntas e respostas. A partir desses dois itens foi elaborada a ideia de um kit mais completo, com livro, cards, conjunto de lรกpis de cor e um caderno, todos em uma embalagem, que abrace todo o material, de forma simples, para que seja prรกtica para a crianรงa utilizar.

Figura 52 Rascunhos dos produtos

110


O tema definido para o livro e o jogo é linguagem, tendo em vista que as abordagens cognitivas da aprendizagem (aqui anteriormente abordadas) consideram a linguagem como fator de influência no desenvolvimento da criança. Em especial, o psicólogo Lev Vygotsky que defendeu a importância da linguagem: O funcionamento mental superior, ou pensamento, se torna possível pela linguagem, insiste Vygotsky. [...] o desenvolvimento cognitivo é fundamentalmente uma função de ampla interação verbal que ocorre entre a criança e os adultos. Por meio dessas interações, diz, a criança desenvolve a linguagem e, como consequência, o pensamento lógico (LEFRANÇOIS, 2008, p. 268).

Sendo definido o tema foi realizado um mapa mental para elencar subtemas para o projeto:

Figura 53 Mapa Mental Partindo do tema linguagem

111


Sendo extraído do Mapa Mental os seguintes temas que foram trabalhados no material desenvolvido: • Língua Portuguesa; • Tupi; • Dialetos; • Estrangeirismo; • Alfabeto; • Código Morse; • Algarismos; • Libras (Língua Brasileira de Sinais); • Sistema Braille; • Expressões; • Cor e forma. A partir dos temas acima foi iniciado o processo de pesquisa em torno dos assuntos para levantamento de conteúdo a ser utilizado no livro. Após o lenvantamento ser concluído iniciou-se a fase de rascunhos (apresentados nas páginas seguintes) para concepção do livro, que do papel criaram forma na tela do computador se convertendo no trabalho desenvolvido.

112


Figura 54 Rascunhos das pรกginas do livro

113


114


12.2 MEMORIAL DESCRITIVO: PÚBLICO-ALVO O kit Escola de Bolso é pensado para crianças, entre 9 e 11 anos, meninas e meninos que estão entre o 4º ano e o 6º ano do Ensino Fundamental, que já possuem habilidade de leitura e interpretação de texto desenvolvidas. Um público que está em constante desenvolvimento e aprendizagem, curiosos estão sempre se questionando e questionando as pessoas, entusiasmados em conhecer o mundo ao seu redor. Gostam de brincar com aparelhos tecnológicos, mas também gostam de se divertir ao ar-livre com seus amigos, gostam de ler gibis e histórias com aventuras e fantasias.

Figura 55 - Painel Semântico Público-Alvo

115


12.3 MEMORIAL DESCRITIVO: LIVRO Escola de Bolso - Edição 01 - Linguagem, é um livro paradidático que apresenta ao público infantil temas relacionados a linguagem. Formato da página: 180x210mm Margens: Superior: 20mm Inferior: 15mm Interna: 25mm Externa: 15mm

Figura 56 Grid do Livro

Número de colunas: 2 colunas com medianiz de 10mm

O português chegou ao Brasil com a colonização e o tupi, junto ao português, eram tidos como línguas gerais da época.

PORTUGAL

Os jesuítas foram os responsáveis por difundir a língua portuguesa no Brasil, mas em 1759 eles foram expulsos e o português se tornou a língua oficial do Brasil.

Figura 57 Grid do Livro

BRASIL

1500

1532

1759

DESCOBRIMENTO DO BRASIL NO DIA 22 DE ABRIL DO ANO DE 1500

BRASIL SE TORNA COLÔNIA DE PORTUGAL

JESUÍTAS SÃO EXPULSOS DO BRASIL

abcdefghijklmnopqrstuvwxyz Você sabia que o alfabeto que usamos não é o único no mundo? O alfabeto latino é o utilizado na língua portuguesa e em mais outra dezena de línguas, como o inglês, francês e o vietnamita. Além do alfabeto latino existem também os alfabetos grego, cirílico, arménico, georgiano e o alfabeto coreano.

116

Sobre o Grid: Os textos nas páginas seguem sempre dentro das margens, na maioria das páginas seguindo a composição de duas colunas, exceto em páginas de atividades e em algumas páginas que possuem mais de 50% da página composta com ilustração.


Tipografia do título: Margem Black - 30pt* (Todas maiúsculas) Entrelinha 20pt

TUPI

O quê o índio disse? O português hoje é a língua oficial brasileira, porque como já falamos anteriormente nosso país foi colonizado pelos portugueses, com isso a língua deles foi trazida e incorporada a nossa sociedade e ao longo dos anos sofreu alterações. Antes da chegada dos portugueses o Brasil era habitado pelos índios, e o tupi era a língua falada pela maior parte das tribos indígenas no Brasil. Dá uma olhada em algumas palavras e expressões usadas na língua dos índios tupis:

Erêcuri - até logo Gananiuêra - mentiroso Iá - fruta Iandê ou ianê - nós Iací - lua, mês Iauara - cachorro Iacaré - jacaré Iurú - boca Macicáua - doente Mãnha - mãe, hábito Nhaempêpó - Panela Oicê - Oito Papêra - papel, livro Poranga - bonito, belo Quiáua - pente Rapi - primo Rendira - irmão Rú - pai Tauá - amarelo Tupáco - igreja Uéra - mundo Uirandê - amanhã Xaua - cabelo Y - água Ygára - canoa

Aiumãna - abraço Amãna - chuva Ára - dia, tempo Bóia - cobra Búxo - estômago Cá - folha, bosque, mato Çapucáia - galinha Cé - gosto Darápe - louça, prato Embiàra - caça, pescado Erê - sim, adeus

Tipografia subtítulo: Margem Medium - 14 pt Entrelinha 20pt Tipografia texto: Margem Regular - 12 pt Entrelinha 15pt Tipografia legenda: Margem Regular - 6 pt Entrelinha 7pt

ALGARISMOS Eu conto ou você conta?

Figura 58 Grid do Livro

Podemos contar de 0 a 100, de 100 a 1000, e mais uma infinidade de números, usando apenas os algarismos de 0 a 9. Os números como hoje utilizamos surgiram por volta do século V, antes disso outras formas de representação foram criadas por povos da antiguidade. Que tal conhecer um pouco sobre os algarismos da antiguidade? Você pode aproveitar

ALGARISMOS MODERNOS

depois para usá-los como uma forma de manter em segredo suas operações matemáticas, é só substituir, por exemplo, os algarismos modernos pelos egípcios correspondentes de acordo com a tabela.

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

I

II

III

IV

V

VI VII VIII IX

X

ALGARISMOS EGÍPCIOS ALGARISMOS MAIAS ALGARISMOS CHINESES ALGARISMOS ROMANOS ALGARISMOS BABILÔNIOS

DISCO de Newton

117 Recorte o círculo acima e utilize um grampo bailarina e um canudo de papel para montar seu disco. Gire o mais rápido que conseguir até que o círculo fique da cor branca.

Cores do título e subtítulo: As cores dos títulos se alternam entre as letras da palavra, com um conjunto de 3 cores do padrão cromático. As cores do subtítulo seguem uma das cores usadas no título. Cor do texto e legenda: O texto e a legenda são sempre utilizados na cor preta.


Romano, dominou povos com seu poder, expandindo sua cultura, desde religião e filosofia à política e educação. A língua era um dos maiores sinais de dominação no período, e o latim cresceu em meio aos povos dominados.

COMO ESSAS COISAS SÃO CONHECIDAS Imagens: ONDE VOCÊ O livro não utiliza de fotografias, apenas ilustrações MORA?

PORTUGUÊS

As grandes navegações portguesas, aumentaram os domínios de Portugal e levaram a Língua Portuguesa aos outros quatro continentes.

Como os povos “conquistados” por Roma eram de regiões diversas e falavam línguas diferentes, o latim sofreu modificações. Essas modificações resultaram no surgimento das línguas neolatinas, ou seja, línguas que se originaram no latim. O português é uma língua que nasceu à partir das modificações do latim.

de formas simples, priorizando sempre que possível o uso das cores do padrão cromático, e a maioria possuindo apenas contornos e » ABÓBORA sem preenchimento. » JERIMUM

» CALÇADA » PASSEIO Figura 59 Ilustrações do livro

» BISCOITO » Nome da RuaBOLACHA ou Avenida

E Proibido Estacionar

Siga em Frente

118


Características do material - Capa

Heloysa Maracaja

Software de Produção: Adobe Illustrator

1ª edição da coleção Escola de Bolso, nele vamos falar sobre temas relacionados a linguagem, que é o meio que usamos para comunicar ideias, podendo ser através da fala, de gestos, da escrita e de outros símbolos. Divirta-se aprendendo!

Figura 60 Características da capa

Formato da Capa: Aberto 370x210mm Fechado 180x210mm

1ª EDIÇÃO - LINGUAGEM

Suporte: Capa dura com envelopamento em couché laminado. Cores: CMYK 4x0 Processo de impressão: Offset Acabamento: Corte e Vinco Características do material - Miolo

O CÓDIGO SECRETO

Figura 61 Características do miolo

Descubra o segredo

A

M

Y

O alfabeto é um conjunto de símbolos que usamos para formar palavras e nos comunicar de forma escrita, e o que acontece se substituirmos esses símbolos, as letras, por outros símbolos? Temos aí um novo código secreto que você pode usar para se comunicar com seus amigos e só quem conhecer o código entenderá a mensagem.

B

N

Z

C

O

1

D

P

2

E

Q

3

F

R

4

Use o código para descobrir a mensagem abaixo e divirta-se usando-o com seu amigos.

?

G

S

5

H

T

6

I

U

7

J

V

8

K

W

9

L

X

0

Software de Produção: Adobe Indesign e Illustrator Formato Miolo: 180x210mm - 52 páginas Suporte: Papel Sulfite Alta Alvura 180 g/m² Cores: CMYK 4x4 Processo de impressão: Offset Acabamento: Corte

119


Heloysa Maracaja

1ª edição da coleção Escola de Bolso, nele vamos falar sobre temas relacionados a linguagem, que é o meio que usamos para comunicar ideias, podendo ser através da fala, de gestos, da escrita e de outros símbolos. Divirta-se aprendendo!

Figura 62 Capa do Livro 1ª EDIÇÃO - LINGUAGEM

Heloysa Maracaja

Figura 63 Páginas de abertura 1ª EDIÇÃO - LINGUAGEM

120


Figura 64 Miolo do Livro

Elaborada pelo sistema de geração automática de ficha catalográfica do Centro Universitário Senac São Paulo com dados fornecidos pelo autor(a). Maracaja, Heloysa Escola de Bolso - 1ª edição - Linguagem / Heloysa Maracaja - São Paulo (SP), 2019. 52 f.: il. color.

Olá, tudo bem?

Orientador(a): Anderson Luis da Silva

Este livro é a 1ª edição da coleção Escola de Bolso, nele vamos falar sobre temas relacionados a linguagem, que é o meio que usamos para comunicar ideias, podendo ser através da fala, de gestos, da escrita e de outros símbolos.

Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Heloysa) - Centro Universitário Senac, São Paulo, 2019. 1.Livro 2. Infantil 3. Paradidático 4. Educação 5. Linguagem I. da Silva, Anderson Luis (Orient.) II. Título

Boa leitura!

PORTUGUÊS Hoje a língua oficial do Brasil é o português brasileiro, que chegou ao Brasil através dos colonizadores portugueses, com a colonização do nosso país. A Língua Portuguesa tem origem no Latim, uma língua original do povo romano, que na antiguidade, através da expansão do Império Romano, dominou povos com seu poder, expandindo sua cultura, desde religião e filosofia à política e educação. A língua era um dos maiores sinais de dominação no período, e o latim cresceu em meio aos povos dominados. Como os povos “conquistados” por Roma eram de regiões diversas e falavam línguas diferentes, o latim sofreu modificações. Essas modificações resultaram no surgimento das línguas neolatinas, ou seja, línguas que se originaram no latim. O português é uma língua que nasceu à partir das modificações do latim.

121

O português chegou ao Brasil com a colonização e o tupi, junto ao português, eram tidos como línguas gerais da época.

LATIM Língua original do povo romano

De onde vem essa língua?

PORTUGAL

LÍNGUAS NEOLATINAS

Línguas originadas do latim

ITALIANO

FRANCÊS

ROMENO

Os jesuítas foram os responsáveis por difundir a língua portuguesa no Brasil, mas em 1759 eles foram expulsos e o português se tornou a língua oficial do Brasil.

ESPANHOL PORTUGUÊS

As grandes navegações portguesas, aumentaram os domínios de Portugal e levaram a Língua Portuguesa aos outros quatro continentes.

BRASIL

1500

1532

1759

DESCOBRIMENTO DO BRASIL NO DIA 22 DE ABRIL DO ANO DE 1500

BRASIL SE TORNA COLÔNIA DE PORTUGAL

JESUÍTAS SÃO EXPULSOS DO BRASIL

abcdefghijklmnopqrstuvwxyz Você sabia que o alfabeto que usamos não é o único no mundo? O alfabeto latino é o utilizado na língua portuguesa e em mais outra dezena de línguas, como o inglês, francês e o vietnamita. Além do alfabeto latino existem também os alfabetos grego, cirílico, arménico, georgiano e o alfabeto coreano.


PORTUGUÊS Olha que curioso:

O português de Norte a Sul

• Abacaxi • Arara • Bauru • Butantã • Caju • Canga • Catapora • Curitiba • Gambá • Jabuticaba • Jacaré • Jiboia • Jundiaí • Macapá • Maceió • Mandioca • Maracujá • Maranhão • Morumbi • Paraíba • Parati • Piauí • Pipoca • Tamanduá UAI! • Tatu • Tatuapé • Tucano • Urubu

Você sabia que nossa língua possui diversas palavras herdadas de outras culturas? Veja alguns exemplos de palavras de origem africana e indígena que estão presentes no nosso dia a dia:

PALAVRAS DE ORIGEM AFRICANA • Acarajé • Angu • Banguela • Cafuné • Canjica • Chuchu • Dengo • Exu • Fubá • Inhame • Iemanjá • Jiló • Miçanga • Moleque • Samba • Vatapá

DIALETOS

PALAVRAS DE ORIGEM INDÍGENA

SÔ!

Todos nós brasileiros falamos o português mas cada um de nós tem um jeito de se expressar. Regionalmente podemos ver as variações da língua, seja nos sotaques, nas expressões ou ditados populares característicos de cada localidade. Existem também alguns objetos e alimentos que em cada região são conhecidas por um nome diferente. A essas variações damos o nome de dialetos. Abaixo alguns dos dialetos do português no Brasil:

1

8

TCHÊ!

5

10

11

14 15 16

MEU!

1. Nortista 2. Serra Amazônica 3. Nordestino 4. Costa norte 5. Recifense 6. Baiano 7. Brasiliense 8. Sertanejo 9. Mineiro 10. Fluminense 11. Carioca 12. Caipira 13. Paulistano 14. Sulista 15. Florianopolitano 16. Gaúcho

MEU!

» » » » » » » » » » »

COMO ESSAS COISAS SÃO CONHECIDAS ONDE VOCÊ MORA?

TANGERINA BERGAMOTA MIMOSA LARANJA-CRAVO MANDARINA FUXIQUEIRA MEXERICA PONCAN MIXIRICA MANJERICA TANJA

GELADINHO SACOLÉ DIN DIN CHUP CHUP LARANJINHA

» ABÓBORA » JERIMUM

» CALÇADA » PASSEIO

» SALSICHA » VINA

» » » » » » » » »

122

TCHÊ!

MASSA!

ÔXE!

» BISCOITO » BOLACHA

9 12 13

MASSA!

ÔXE!

6

7

OXENTE!

OXENTE!

4

3 2

UAI!

SÔ!

» » » » »

MANDIOCA MACAXEIRA AIPIM CASTELINHA UAIPI

» » » » » »

PÃO FRANCÊS CACETINHO PÃO CAREQUINHA PÃO DE SAL CARIOQUINHA MÉDIA

FAROL SEMÁFORO SINALEIRA SINALEIRO


ESTRANGEIRISMO

DESIGN Palavra inglesa que significa desenho ou projeto.

O jeito brasileiro de falar

CAFÉ

A língua falada é repleta de expressões e palavras que o povo brasileiro vem usando popularmente ao longo dos anos. Além das variações regionais, também temos as variações da língua dada pelos estrangeirismos. Você já ouviu falar em estrangeirismo? São palavras e expressões de língua estrangeira, que usamos diaramente, as adaptamos e elas tornaram-se parte de nosso vocabulário popular.

CHECK-IN

E-MAIL De origem inglesa a palavra e-mail significa correio eletrônico. CHECK-IN Palavra da língua inglesa que corresponde ao registro de entrada, podendo ser em um voo, um hotel ou outros locais.

ABAJUR

SHOW!

HOT DOG Palavra inglesa para o lanche que conhecemos como cachorro quente.

ABAJUR Do francês abat-jour, que significa “abaixar a luz”.

LIKE Termo em inglês usado no português com o significado de gostar.

SITE

BUQUÊ Palavra de origem francesa, que significa ramalhete.

E-MAIL

SHOPPING Palavra inglesa para o ato de fazer compras.

CAFÉ Palavra originada da palavra árabe qahwa, que significa vinho.

SHOW Palavra inglesa que é usada em nossa língua para denominar espetáculos artísticos.

SITE Do latim situs, a palavra significa local ou endereço eletrônico.

L

I

B R A S

Língua Brasileira de Sinais Você já deve ter visto pessoas se comunicando por meio de gestos com as mãos ao invés da fala, não é mesmo? Essa é a Língua Brasileira de Sinais, mais conhecida como LIBRAS, que é um conjunto de formas gestuais utilizado por Surdos para se comunicar.

Desde 2002, a Língua Brasileira de Sinais é a segunda língua oficial brasileira. O que acha de aprender um pouco de LIBRAS para que possamos nos comunicar com nossos colegas e amigos especiais e também fazer novos amigos?

H H H

A A A

B B B

C C C

D D D

E E E

F F F

I I I

J J J

K K K

2 L

L L

M M M

N N N

O O O

P P P

Q Q Q

R R R

S S S

T T T

U U U

V V V

W W W

X X X

Y Y Y

Z Z Z

0 0 0

1 1 1

2 2 2

8 8 8

9 9 9

3 3 3

G G G

4 4 4

2 6 6 6

7 7 7

2

1

Oi! A A

B B

C C

D D

E E

F F

I I

J J

K K

L L

M M

N N

H H

G G

O O

P P

Ilustrações Alfabeto Língua de Sinais por Freepik

Q Q

R R

S S

T T

U U

Y Y

Z Z

0 0

1 1

2 2

8 8

9 9

123 6 6

7 7

V V

3 3

W W

X X

4 4

5 5 5

5 5

Brincar Legal


TUPI

ALGARISMOS

O quê o índio disse?

Eu conto ou você conta?

O português hoje é a língua oficial brasileira, porque como já falamos anteriormente nosso país foi colonizado pelos portugueses, com isso a língua deles foi trazida e incorporada a nossa sociedade e ao longo dos anos sofreu alterações. Antes da chegada dos portugueses o Brasil era habitado pelos índios, e o tupi era a língua falada pela maior parte das tribos indígenas no Brasil. Dá uma olhada em algumas palavras e expressões usadas na língua dos índios tupis:

Aiumãna - abraço Amãna - chuva Ára - dia, tempo Bóia - cobra Búxo - estômago Cá - folha, bosque, mato Çapucáia - galinha Cé - gosto Darápe - louça, prato Embiàra - caça, pescado Erê - sim, adeus

Erêcuri - até logo Gananiuêra - mentiroso Iá - fruta Iandê ou ianê - nós Iací - lua, mês Iauara - cachorro Iacaré - jacaré Iurú - boca Macicáua - doente Mãnha - mãe, hábito Nhaempêpó - Panela Oicê - Oito Papêra - papel, livro Poranga - bonito, belo Quiáua - pente Rapi - primo Rendira - irmão Rú - pai Tauá - amarelo Tupáco - igreja Uéra - mundo Uirandê - amanhã Xaua - cabelo Y - água Ygára - canoa

Sistema Braille Você já ouviu falar em Braille? É um sistema de escrita e leitura tátil utilizado por pessoas cegas ou com baixa visão. O Sistema Braille é um processo de escrita e leitura baseado em 64 símbolos em relevo, resultantes da combinação de até seis pontos dispostos

1

4

2

5

3

6

A célula Braille possui até seis pontos, distribuidos em duas colunas de três pontos cada.

em uma célula de duas colunas de três pontos cada. Pode-se fazer a representação tanto de letras, como algarismos e sinais de pontuação e sua leitura é feita da esquerda para a direita, com o toque dos dedos. Abaixo um exemplo da composição da célula do Braille:

Ao lado o exemplo da Letra “a” em Braille, sendo o ponto 1 o único a conter relevo.

Para entender melhor o Sistema Braille veja os cards na página ao lado, com símbolos em Braille, entre letras, algarismos e sinais. Quer aprender mais? Acesse: www.braillevirtual.fe.usp.br

124

Podemos contar de 0 a 100, de 100 a 1000, e mais uma infinidade de números, usando apenas os algarismos de 0 a 9. Os números como hoje utilizamos surgiram por volta do século V, antes disso outras formas de representação foram criadas por povos da antiguidade. Que tal conhecer um pouco sobre os algarismos da antiguidade? Você pode aproveitar

ALGARISMOS MODERNOS

depois para usá-los como uma forma de manter em segredo suas operações matemáticas, é só substituir, por exemplo, os algarismos modernos pelos egípcios correspondentes de acordo com a tabela.

1

2

3

4

5

6

7

8

9

10

I

II

III

IV

V

VI VII VIII IX

X

ALGARISMOS EGÍPCIOS ALGARISMOS MAIAS ALGARISMOS CHINESES ALGARISMOS ROMANOS ALGARISMOS BABILÔNIOS


CÓDIGO MORSE S.O.S. Você já pensou em se comunicar com seus amigos de uma forma divertida e sem usar palavras e gestos, apenas o som como sinal de comunicação? Que tal usar o Código Morse, você já conhece? O Código Morse foi criado pelo norte americano Samuel F. Morse para comunicação a distância em 1836, se trata de um sinal codificado em traços e pontos, que combinados tem o valor de letras. O Código Morse é um sistema de comunicação que representa letras, números e sinais de pontuação através de um sinal cifrado e irregular. Ele possui dois símbolos, os pontos (.) e os traços (-), chamados de bits e dahs, respectivamente. Os símbolos são organizados de forma a se decifrar a mensagem conforme o ritmo e os intervalos com que aparecem. Podendo ser transmitido através de pulsos elétricos, de ondas eletromagnéticas pelo rádio, do som e de sinais visuais como luzes piscando.

CORES

O que elas podem nos dizer Por onde olhamos vemos o mundo repleto de cores, desde o azul do céu, o cinza das calçadas, até o vermelho das placas de trânsito. Você sabia que a cor pode trazer significados, sendo usada para transmitir sensações e emoções? Você deve estar se perguntando como isso acontece? Você pode não ter percebido, mas os significados das cores estão ao nosso redor a todo momento. Veja só: A cor amarela dos semáforos indica atenção, o vermelho é usado como a cor do amor, o amarelo também é usado em placas e sinais que indicam alerta. Demais né? Dá uma olhada no que o uso de algumas cores pode significar e pense em lugares do qual você já as viu sendo utilizadas para expressar algum significado.

125

Se você quiser aprender o Código Morse e se comunicar basta usar a tabela abaixo para aprender o alfabeto e os numerais e poderá conversar através de uma parede com quem estiver no cômodo ao lado. Basta usar a batida na parede para se comunicar, o ponto sendo uma batidinha rápida na parede e o traço uma batida três vezes mais demorada.

A B C D E F G H I J K L M N O P Q R

S T U V W X Y Z 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0

BRANCO: Paz, harmonia, simplicidade, bem e leveza.

SINAL DE FUMAÇA Onde há fumaça há fogo Hoje, com a internet é muito fácil se comunicar com as pessoas mesmo a grandes distâncias, você consegue agora mesmo fazer uma chamada de vídeo para um amigo que está lá no Japão e contar como foi seu fim de semana. Mas e quando não havia toda essa tecnologia da internet e do telefone como as pessoas se comunicavam a distância?

são telegráficos, aparecem e somem rapidamente para chamar a atenção e não se confundirem com uma fogueira natural. Cada tribo possuía seu código para se comunicar, usando os sinais para transmitir mensagens como a da presença de tribos inimigas, os sinais podiam ser vistos a muitos quilômetros de distância.

Um dos recursos usados, principalmente por índios, para comunicação entre suas tribos, era o sinal de fumaça. O sinal de fumaça funcionava da seguinte forma: primeiro, claro, é preciso acender uma pequena fogueira com madeira seca e sem casca, para não fazer sinais antes da hora. Depois, é só jogar nas chamas alguns ramos de folhas verdes, que produzem bastante fumaça, e colocar uma coberta sobre a fogueira. Na hora de se comunicar, basta remover a capa para formar os grandes tufos de fumaça. Os sinais

DISCO de Newton

AZUL: Segurança, verdade, inteligência, limpeza, frio.

Grampo Bailarina

VERDE: Natureza, sorte. ambiente, dinheiro e vida. AMARELO: Energia, alegria, alerta, aviso e juventude. VERMELHO: Emoção, amor, coragem, guerra e perigo. LARANJA: Diversão, calor, energia, amigável e força.

Recorte o círculo que está no final do livro, na sessão de atividades.

Canudo de papel

VIOLETA: Calma, vaidade, violência, poder, luxo, magia. CINZA: Seriedade, tristeza, neutralidade e passado. PRETO: Morte, luto, mal, noite, elegância e violência.

Gire o mais rápido que conseguir até que o círculo fique da cor branca.

O físico e matemático Issac Newton em um de seus experimentos descobriu que a luz branca do Sol é composta pelas cores do arco-íris. Foi a partir daí que surgiu o disco de Newton. Ele é pintado com as mesmas cores que

compõem o arco-íris. Ao girá-lo com intensidade, a cor branca aparece uniformemente, devido à incidência de luz. Monte seu próprio disco recortando o círculo de cores no final deste livro.


TRÂNSITO

Nome da Rua ou Avenida

Atenção as placas e sinais

Área Escolar

20 km/h

E

Velocidade Máxima Permitida de 20km/h

Proibido Estacionar

Se as cores são capazes de transmitir significados imagina então a imensidão de coisas que podemos transmitir juntando-as com as formas? Podemos fazer desenhos, criar símbolos e muito mais. Essa mistura de cor e forma está a todo momento no nosso dia a dia, por exemplo, nas placas de trânsito. Com cores e símbolos que ajudam os motoristas a se guiar enquanto dirigem e tomar atenção com o tráfego de veículos e pedestres ao seu redor.

Siga em Frente

TRÂNSITO

EXPRESSÕES

Atenção nunca é demais As placas de trânsito são muito importantes para controlar o tráfego de veículos. Que tal conhecer um pouco mais sobre o que elas significam?

Proibido passagem de pedestre

Que cara é essa?

Passagem de Pedestre

E

E

Estacionamento Regulamentado

Proibido Parar e Estacionar

Sentido Obrigatório

Esse cara aí do lado não parece muito contente! Sabe como a gente percebe isso? Se você pensou que é por conta da expressão dele, você acertou! Nossas expressões podem indicar nossas emoções e sentimentos, sem que a gente tenha dito uma palavra. Olha só:

Obras

Alegre

PARE Parada Obrigatória a Frente

Proibido Virar a Direita

Curva a Direita

Lombada

Passagem Obrigatória

Proibido Buzinar

PARE Parada Obrigatória

126

Proibido Trânsito de Biciletas

Triste

Surpreso

E se a gente pensar em quanto usamos também os gestos para comunicar informações. Como quando balançamos o dedo indicando um NÃO, ou a cabeça para concordar com alguma coisa. Os gestos também são uma forma de se expressar sem o uso das palavras e ainda que não percebamos usamos eles a todo momento quando falamos com as pessoas, muitas vezes para facilitar a comunicação.

Confuso

Contente

Aceno de mão

Apontar com o dedo indicador

Dedo indicador balançando indica negação

Polegar levantado indica aprovação


CRUZADINHA Complete a cruzadinha, as dicas para encontrar as palavras corretas estão no final da página.

1 2 3

-

4

ATIVIDADES

5

7 6

8

1 - Os paulistas os cariocas chamam de... 1 chamam - b i s c de o i bolacha, to 2 - É uma forma 2 -debescrita r a i l ltátil e para deficientes visuais. 3 - Feita com 3 madeira e fogo, a aquecer. - fog u e i rajuda a 4 - Tem 7 cores 4 e-aparece a r c o depois - i r i s da chuva. 5 - Cidade que Paraná. 5 é- capital c u r i do tib a 6 - Tipo de pão 6 -muito c r ocomum i s s a nno t café da manhã francês. 7 - Ave de penas 7 - pretas t u c aencom bico amarelo e laranja. 8 - dança típica 8 -dos carnaval a m b a brasileiro.

CAÇA-PALAVRAS

CAÇA-PALAVRAS

Agora que você já conhece alguns estrangeirismos que usamos em nossa língua chegou a hora de encontrar alguns em um caça as palavras. Encontre as palavras que estão distribuidas na horizontal e vertical.

Você aprendeu que o português brasileiro possui uma variedade de palavras originadas de outras culturas, como da indígena. Use as pistas abaixo e busque as palavras da língua portuguesa que têm origem indígena.

A Y BUQU E UA E YOA Y EOUYOUA E YOY E OS GUR Y KUÇKGRUÇGUR ÇKUÇ KGRUÇUR ÇH EOCQQOQS E COQEOCQSOQS E COQOCQO T KVX I KX I T VKX T K VX I KX I T V E XKVX P J G F U J GWJ J F G A B A J U R G U J J F MU G F U P ÇDDR CDR C ÇDDR ÇDDR CDR C ÇDA RDDR I F W Y M D R M D F E D M F R Y M D C M R F Y I MW Y M N B S I CHT C C Y S S C B S I CNS COB I L C S I CG A XKH I XN I A I XNAXKN I XN I AKXNXKN I WÇ L E U X O UWG Ç OWÇ S I T E O S W L Ç X Ç L O U I OZ C XOS X I NOS I OZ S S OS S I ZOSOZ S X OAOK S ADHOTDOG L ODAXDAOY ADAOD S P ZM I A Z Y A P I Z Y P ZMY P Z YNPMZ Y RMS A B UXN P U E P B KU E B UX EMU E T B XU E UX E P G GWA M G A M G L I K E GWA A G A M GWG A HWA M C A F E A M P A F Z M P F M S P D M P A F S M P S H OW

A Y B TQT E UA E GUR YKUÇKGR EOCQAOQS E C T KVXMKX I T V J G F U T GWJ J F ÇDDRDDR C ÇD FWYMQ RMD F O B S I C I T C C Y S A XKHJ XG I A I R Ç L J C X A UWH A O Z C DOMX I N R AOKHA BHY T A ZMY A J A BOT BUXNPUOP B K

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A Y EOA BUR Ç E AOCQT C KVXH AG F UK XDDR K I WY HO C S I E G NXKD I X Ç LMU SOZ CX DAONS Y RMP A E UX E P

• Feita de milho, muito comum em festas e em cinemas - 6 letras.

de milho, muito comum em festas ede em cinemas. •Feita Estado que tem como capital a cidade João Pessoa6 -letras. 7 letras.

• ABAJUR

• CHECKIN

• E-MAIL

• SHOPPING

que como capital a cidade de se João Pessoa. 7 letras. •Estado Animal que libera um odor quando sente ameaçado ou irritado - 5 letras.

• BUQUÊ

• CROISSANT

• HOT DOG

• SHOW

• Doença que causa manchas vermelhas pelo corpo - 8 letras.

• CAFÉ

• DESIGN

• LIKE

• SITE

• Ave Ave com penas coloridas5-letras. 5 letras. com penas coloridas.

A Y BUQU E UA E YOA Y EOUYOUA E YOY E OS GUR Y KUÇKGRUÇGUR ÇKUÇ KGRUÇUR ÇH EOCQQOQS E COQEOCQSOQS E COQOCQO T KVX I KX I T VKX T K VX I KX I T V E XKVX P J G F U J GWJ J F G A B A J U R G U J J F MU G F U P ÇDDR CDR C ÇDDR ÇDDR CDR C ÇDA RDDR I F W Y M D R M D F E D M F R Y M D C M R F Y I MW Y M N B S I CHT C C Y S S C B S I CNS COB I L C S I CG AXKH I XN I A I XNA XKN I XN I AKXNXKN I WÇ L E U X O UWG Ç OWÇ S I T E O SW L Ç X Ç L O U I OZ CXOS X I NOS I OZ S S OS S I ZOSOZ S X OAOK S ADHOTDOG L ODAXDAOY ADAOD S P ZM I A Z Y A P I Z Y P ZMY P Z YNPMZ Y RMS A B UXN P U E P B KU E B UX EMU E T B XU E UX E P G GWA M G A M G L I K E GWA A G A M GWG A HWA M C A F E A M P A F Z M P F M S P D M P A F S M P S H OW

127

Animal que libera um odor quando se sente ameaçado ou irritado. 5 letras. Doença que causa manchas vermelhas pelo corpo. 8 letras. Fruto da jabuticabeira. 10 letras.

• Fruto da jabuticabeira - 10 letras.

• Fruta Fruta que possui uma coroa7 -letras. 7 letras. que possui uma coroa.

A Y B TQT E UA E GUR YKUÇKGR EOCQAOQS E C T KVXMKX I T V J G F U T GWJ J F ÇDDRDDR C ÇD FWYMQ RMD F O B S I C I T C C Y S A XKHJ XG I A I R Ç L J C X A UWH A O Z C DOMX I N R AOKHA BHY T A ZMY A J A BOT BUXNPUOP B K

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A Y EOA BUR Ç E AOCQT C KVXH AG F UK XDDR K I WY HO C S I E G NXKD I X Ç LMU SOZ CX DAONS Y RMP A E UX E P


Camila Rua Catarina Maria da Conceição 001 a 253

CEP: 00000-000

E

E

JOGO DOS 10 ERROS

Você já aprendeu bastante sobre a importância das placas de trânsito. Que tal agora procurar as 10 diferenças na figura acima? Depois você pode aproveitar e colorir a cena com lápis de cor ou outro material.

Use a tabela abaixo para criar o seu próprio código super secreto!

O CÓDIGO SECRETO Descubra o segredo

A

M

Y

O alfabeto é um conjunto de símbolos que usamos para formar palavras e nos comunicar de forma escrita, e o que acontece se substituirmos esses símbolos, as letras, por outros símbolos? Temos aí um novo código secreto que você pode usar para se comunicar com seus amigos e só quem conhecer o código entenderá a mensagem.

A

M

Y

B

N

Z

B

N

Z

C

O

1

C

O

1

D

P

2

D

P

2

E

Q

3

E

Q

3

F

R

4

Use o código para descobrir a mensagem abaixo e divirta-se usando-o com seu amigos.

F

R

4

G

S

5

G

S

5

H

T

6

H

T

6

I

U

7

I

U

7

J

V

8

J

V

8

K

W

9

K

W

9

L

X

0

L

X

0

?

128


COMPLETE Use a primeira letra de cada objeto para completar os quadrados em branco e descubra a palavra “bonito” na língua Tupi.

DISCO de Newton

Decifre a palavra abaixo usando a tabela do Código Morse disponível na página sobre o código.

Agora que você já conhece um pouco sobre a Língua Brasileira de Sinais (Libras) descubra a palavra abaixo:

Recorte o círculo acima e utilize um grampo bailarina e um canudo de papel para montar seu disco. Gire o mais rápido que conseguir até que o círculo fique da cor branca.

QUEBRA- CABEÇA Recorte o quebra-cabeça abaixo e diverta-se montando. Se preferir cole-o em um papelão para ficar com o material mais resistente.

UAI!

SÔ!

OXENTE!

MASSA!

ÔXE!

TCHÊ!

129

MEU!


130 SIGA EM FRENTE

TANGERINA OU MIMOSA?

ÁREA ESCOLAR

TANGERINA OU MIMOSA?

ÁREA ESCOLAR

AS GRANDES NAVEGAÇÕES

AS GRANDES NAVEGAÇÕES

BISCOITO OU BOLACHA?

COCAR INDÍGENA

SIGA EM FRENTE

PÃO FRANCÊS OU PÃO DE SAL?

ABÓBORA OU JERIMUM?

ABÓBORA OU JERIMUM? COCAR INDÍGENA

CONTENTE

CONTENTE

BISCOITO OU BOLACHA?

SEMÁFORO OU SINALEIRA?

SEMÁFORO OU SINALEIRA?

PÃO FRANCÊS OU PÃO DE SAL?

ABAJUR

SURPRESO

DISCO DE NEWTON

CAFÉ

ABAJUR

SURPRESO

DISCO DE NEWTON

CAFÉ

JOGO DA MEMÓRIA

Recorte os cards abaixo e brinque com seus amigos testando a memória neste divertido jogo.


5

6 3

SISTEMA BRAILLE

2

ACENO DE MÃO

4 1

SINAL DE FUMAÇA SINAL DE FUMAÇA 6 3

ALGARISMO BABILÔNIO

5 2

SISTEMA BRAILLE

4 1

ALGARISMO BABILÔNIO

DIALETOS DO PORTUGUÊS BRASILEIRO

ACENO DE MÃO

DIALETOS DO PORTUGUÊS BRASILEIRO

L L ALGARISMOS MODERNOS ALGARISMOS MODERNOS

A Y BUQU E UA E YOA Y EOUYOUA E YOY E OS RESPOSTAS

GUR Y KUÇ KGRUÇGUR ÇKUÇ KGRUÇUR ÇH EOCQQOQS E COQEOCQSOQS E COQOCQO T KVX I KX I T VKX TK VX I KX I T V E XKVX P 1 J G F U J GWJ J F G A B A J U R G U J J F MU G F U P 2 B R A I L L E ÇDDR CDR C ÇDDR ÇDDR CDR C ÇDA RDDR I 3 F O G U E I R A F W Y M D R M D F E D M F R Y M D C M R EF Y I M W Y M N E B S I C H T CSC Y S S C B S I C N S C O B I L C S I C G 4 A I XR NC I OA -I XI NR A IX SK N I X N I A K X N X K N I A XKH W Ç L E U X OOU W G Ç O W Ç S I T E O S W L Ç X Ç L O U E O IUOY ZOCUXAOE SYI XA IYNE OO SA I O Z S S O S S I Z O S O Z S X R ÇOK5AACOÇUKK SRGARI DUTHBIOUBTRD AÇ OE G L 7O D A X D A O Y A D A O D S T PNZ TM Y P Z Y N P M Z Y R M S A C QPS ZEMQ 6IS A C YO CE ZR OAAIPO S IC ZSQYA V XBI UQXXNI PTUV EE PC BKKVUX EHB U UX E M U E T B X U E U X E P J UGCGAWT AAMPGOARMAGG LF IUKK E G CW A A G A M G W G A H W A M D R CC ANFR EC AÇMDPDAX FD ZDMR PK F M S P D M P A F S M P S H O W 8 S A M B A V A M O S B R I N C A R YMD YMR F Y F I WY HO N I CNE COB I A C S I E G O P A R A I B AK I NXKD I S I T OO SWL L X Ç LMU N O P A R Q U E ? SOZ CX Z SA YSB UKQ USE SU A IE YZO X A Y EOUYOUA E YOY EOS K GO RUÇUR ÇH R UYÇ G G UA R YGK D U ÇA K GS OD JUDR ÇAK UOÇ N EOCQQOQS E COQEOCQSOQS E COQOCQO MX PI T AV E X K V X P A YT KPV XDI KYXNI TPV KMX Z T KY V XRI K B A J U R GU J J FMUG F U P P O R A N G A XR E X EÇJ GDMDF URUCJ GDEWRTCJ ÇJBDF GDXAR U CD Ç DE D RU DA RDDR I C ÇP Camila

Rua Catarina Maria da Conceição 001 a 253

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YOA Y UÇGU PU EO I L T K PQB J OX ÇD C A F R A R B S KMA X G CWÇ DN I O T KG L I C A B U S BU

CEP: 00000-000

F W Y M D R M D F E D M F R Y M D C M R F Y I MW Y M N B S I CHT C C Y S S C B S I CNS COB I L C S I CG AXKH I XN I A I XNA XKN I XN I AKXNXKN I WÇ L E U X O UWG Ç OWÇ S I T E O S W L Ç X Ç L O U I OZ CXOS X I NOS I OZ S S OS S I ZOSOZ S X OAOK S ADHOTDOG L ODAXDAOY ADAOD S

Feita de milho, muito comum em festas e em 6 Pletras. P Zcinemas. M I A Z Y A I Z Y P ZMY P Z YNPMZ Y RMS A B U X N P7Uletras. E P B KU E B UX EMU E T B XU E UX E P Estado que como capital a cidade de João Pessoa. G GWA M G A M G L I K E GWA A G A M GWG A HWA M Animal que libera um odor quando se senteCameaçado P letras. D M P A F S M P S H OW A F E A M P Aou F Zirritado. MP F MS5 Doença que causa manchas vermelhas pelo corpo. 8 letras. Fruto da jabuticabeira. 10 letras. A Y B TQT E UA E YOA Y EOU YOUA E Y A Y EOA Ave com penas coloridas. 5 letras. GUR YKUÇKGRUÇGUR Ç KA ÇKGRUBUR Ç E Fruta que possui uma coroa. 7 letras. EOCQAOQS E C PU EOCQS E QS E COAOCQT T KVXMKX I T V J G F U T GWJ J F ÇDDRDDR C ÇD FWYMQ RMD F O B S I C I T C C Y S A XKHJ XG I A I R Ç L J C X A UWH A O Z C DOMX I N R AOKHA BHY T A ZMY A J A BOT BUXNPUOP B K

131

I L T K PQB J OXÇD C A F R A R B S KMA X G CWÇ DN I O T KG L I C A B U S BU

VX I QX I T V E JUC A T A POR DR CNR C Ç DD YMD YMR F Y F I CNE COB I A P A R A I B AK I S I T OO SWL L Z S S K S S I Z X ODAGDAOY J A Y PDYNPMZ X EMU E T B XU

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A

R

L


REFERÊNCIAS Manual do Escoteiro Mirim – 3ª edição www.chiefofdesign.com.br www.youtube.com/watch?v=OQdlOs8RyHk educacao.uol.com.br super.abril.com.br www.significados.com.br www.ces.org.br www.purebreak.com.br fatosdesconhecidos.ig.com.br www.thefools.com.br etnolinguistica.wdfiles.com www.portaleducacao.com.br www.hipercultura.com www.certaspalavras.net

SOBRE A AUTORA Designer Gráfica apaixonada pelo universo infantil, desenvolveu o projeto depois de um caminho de pesquisa e estudo sobre educação, psicologia cognitiva, paradidáticos e o design para educação, encontrando em seu caminho instituições valiosas que são exemplos de modelos educacionais efetivos para a aprendizagem. Buscou focar seus esforços em desenvolver um material que possa ser de grande valia ao desenvolvimento e aprendizagem infantil.

Heloysa Maracaja

1ª edição da coleção Escola de Bolso, nele vamos falar sobre temas relacionados a linguagem, que é o meio que usamos para comunicar ideias, podendo ser através da fala, de gestos, da escrita e de outros símbolos. Divirta-se aprendendo!

Figura 65 Contracapa 1ª EDIÇÃO - LINGUAGEM

132


12.4 MEMORIAL DESCRITIVO: CARDS BRAILLE Dentro do livro, na página sobre o Sistema Braille existem “bolsos” com cards que apresentam um caracterer com o símbolo ilustrativo da célula Braille correspondente e a impressão em Braille da célula. Formato do card: 50x60mm Margens: Superior: 5mm Inferior: 5mm Direta: 3,5mm Esquerda: 3,5mm

Figura 66 Grid do card de Braille

Número de colunas: 1 coluna

Tipografia caractere: Margem Black - 71pt Entrelinha 20pt Ilustração Braille: 11x17mm

Figura 67 Grid do card de Braille

Impressão em Braille: Área livre na parte inferior do card

133


Figura 68 Área para impressão Braille

Área reservada para impressão Braille

Características do material: Software de Produção: Adobe Illustrator Suporte: Papel Sulfite 180g/m²

Figura 69 Características do Card

Cores: CMYK 4x4 Processo de impressão: Offset + Impressão Braille Acabamentos: Corte

134


p

p

s

o

p i g jm hkn l o

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l

h

be c f dg

e c f i dg j hk

135

r

q

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d dd d d d d d dd dd h h h h h h h h h hhh ll ll ll ll ll ll p pp p p p p p p ppp ssss s s s s s sss

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a

Figura 70 Modelo dos cards, com variações dos caracteres. O verso de todos é a cor roxa.

d d d d h h h h ll ll p p p p

c cc c c c c c cc cc g g g g g g g g g ggg k kk k k k k k k kkk o oo o o o o o o ooo

rrrr rrrrrrrr

c c c c g g g g k k k k o o o o

b bb b b b b b bb bb ffffff ffffff jj jj jj jj jj jj n nn n n n n n n nn sn

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a aa a a a a a aa aa e e e e e e e e e eee ii ii ii sii ii ii m m m m m m m m m m m rm


7

?? ?? ? ?? ? ? ? ? ? ? ? ? ? 8

5 36 47

9999 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9 9

Sinal numérico, acompanha os números

9

? Sinal numérico, acompanha os números

Sinal Sinal Sinal Sinal numérico, numérico, numérico, numérico, acompanha acompanha acompanha acompanha Sinal Sinal Sinal Sinal os números os números os números os números numérico, numérico, numérico, numérico, acompanha Sinal acompanha Sinal acompanha Sinal acompanha Sinal os números os números os números os números numérico, numérico, numérico, numérico, acompanha acompanha acompanha Sinal acompanha SinalSinal Sinal os números os números os números os números numérico, numérico, numérico, numérico, acompanha acompanha acompanha acompanha os números os números os números os números

8

136

1 z 25 0 36 47

9 4

Sinal numérico, acompanha os números

x vy1 wz2 03

8

t ttt tt u u u u v v v v w w w w u v w t t u u u v v v w w w t u v w t t u u v v w w t u v w tttt uuuu vvvv wwww x x x x y y y y z zzz zz 0 0 0 0 x y 0 x x x y y y z z 0 0 0 x y z 0 x x y y z z 0 0 x y z 0 xxxx yyyy zzzz 0000 1 1 1 1 2 2 2 2 3 3 3 3 4 4 4 4 1 2 3 4 1 1 1 2 2 2 3 3 3 4 4 4 1 2 3 4 1 1 2 2 3 3 4 4 1 2 3 ?111 2222 3333 4444 4 1 5 5 5 5 6 6 6 6 7 7 7 7 8 8 8 8 5 6 7 8 5 5 5 6 6 6 7 7 7 8 8 8 5 6 7 8 5 5 6 6 7 7 8 8 5 6 7 8 5555 66 ?66 7777 8888


12.4 MEMORIAL DESCRITIVO: CARDS JOGO Qual é a Questão? é um jogo de perguntas e respostas sobre os temas abordados no livro Escola de Bolso. O jogo contém dezenove cards com questões de múltipla escolha e seis cards “em branco” para que o jogador crie suas questões, ao todo são vinte e cinco cards. Formato do card: 80x130mm Margens: Superior: 10mm Inferior: 10mm Direita: 10mm Esquerda: 10mm

Figura 71 Grid do card de Qual é a Questão?

Número de colunas: 1 coluna

Tipografia questão: Margem Bold - 14pt Entrelinha 20pt

O Braille é composto por uma combinação de pontos dispostos em uma célula de:

Figura 72 Grid do card de Qual é a Questão?

A

Quatro linhas e duas colunas

B

Três linhas e duas colunas

C

Três linhas e uma coluna

D

Duas linhas e três colunas

Tipografia letras alternativa: Margem Black - 14 pt Tipografia alternativa: Margem Bold - 9,5pt Tipografia resposta: Margem Regular - 6 pt

Resposta correta: Letra B

137

Escola de Bolso_ed01_linguagem_quiz_8x13cm_fn.indd 2

07/11/2019 08:26:33


Cores dos cards: São seis modelos de cards no total, todos possuem o mesmo verso com aplicação do grafismo em fundo azul e logo no canto inferior direito. A parte da frente do card possui seis combinações de cores, utilizando o padrão cromático da marca.

O Braille é composto por uma combinação de pontos dispostos em uma célula de:

Qual das palavras abaixo NÃO é de origem indígena:

A

Um isqueiro

A

Quatro linhas e duas colunas

A

Inhame

B

Uma fogueira

B

Três linhas e duas colunas

B

Butantã

C

Fósforo

C

Três linhas e uma coluna

C

Gambá

D

Um cachimbo

D

Duas linhas e três colunas

D

Pipoca

Resposta correta: Letra A

Resposta correta: Letra B

Resposta correta: Letra B

Qual das cores abaixo transmite a sensação de neutralidade:

Qual das palavras abaixo NÃO é de origem africana:

Qual das palavras abaixo quer dizer “irmão” na língua tupi:

A

Violeta

A

Banguela

A

Capú

B

Cinza

B

Moleque

B

C

Amarelo

C

Jiló

C

Rendira

D

Rosa

D

Arara

D

Bóia

Resposta correta: Letra D

Resposta correta: Letra B

138

Resposta correta: Letra C

Figura 73 Seis modelos de cards do jogo Qual é a Questão?

O Sinal de Fumaça era usado por índios, para transmitir suas mensagens através da fumaça usavam:


Características do material:

Qual das palavras abaixo NÃO é de origem indígena:

Figura 74 Características dos cards do jogo Qual é a Questão?

A

Inhame

B

Butantã

C

Gambá

D

Pipoca

Suporte: Papel couché 300g/m² Cores: CMYK 4x4 Processo de impressão: Offset

Resposta correta: Letra A

139

Software de Produção: Adobe Illustrator e Adobe Indesign

Acabamentos: Corte Laminação BOPP fosca Cantos arredondados


O Braille é composto por uma combinação de pontos dispostos em uma célula de:

A

Quatro linhas e duas colunas

B

Três linhas e duas colunas

C

Três linhas e uma coluna

D

Duas linhas e três colunas

Resposta correta: Letra B

Figura 75 Modelo dos 25 cards de Qual é a Questão?

Qual das palavras abaixo quer dizer “irmão” na língua tupi:

O Sinal de Fumaça era usado por índios, para transmitir suas mensagens através da fumaça usavam:

A

Capú

A

Um isqueiro

B

B

Uma fogueira

C

Rendira

C

Fósforo

D

Bóia

D

Um cachimbo

Resposta correta: Letra B

Resposta correta: Letra C

140


Qual das cores abaixo transmite a sensação de neutralidade:

Qual das palavras abaixo NÃO é de origem africana:

A

Violeta

A

Banguela

B

Cinza

B

Moleque

C

Amarelo

C

Jiló

D

Rosa

D

Arara

Resposta correta: Letra B

O português é um idioma que tem origem na língua:

A

Inhame

A

Italiana

B

Butantã

B

Brasileira

C

Gambá

C

Latina

D

Pipoca

D

Espanhola

Resposta correta: Letra C

Resposta correta: Letra A

141

Resposta correta: Letra D

Qual das palavras abaixo NÃO é de origem indígena:


Qual é a origem da palavra abacaxi?

Qual das palavras abaixo têm origem africana:

A

Latina

A

Caju

B

Africana

B

Abacaxi

C

Europeia

C

Cafuné

D

Indígena

D

Abajur

Resposta correta: Letra D

Qual é a origem da palavra croissant?

A

Mexerica

A

Portuguesa

B

Manjerica

B

Inglesa

C

Bergamota

C

Japonesa

D

Clementina

D

Francesa

Resposta correta: Letra D

Resposta correta: Letra C

142

Resposta correta: Letra C

A tangerina é mais conhecida pelos gaúchos como:


A palavra like, da língua inglesa, significa:

A palavra na língua tupi uéra significa:

A

Curtir

A

Mundo

B

Gostar

B

Nariz

C

Desgostar

C

Folhas

D

Positivo

D

Papel

Resposta correta: Letra B

O Código Morse foi criado pelo americano:

A

Hindus

A

Samuel F. Morse

B

Latinos

B

James Morse

C

Maias

C

Samuel Richard

D

Romanos

D

Joaquin Morse

Resposta correta: Letra A

Resposta correta: Letra D

143

Resposta correta: Letra A

Qual civilização utilizava entre seus algarismos símbolos iguais as letras X e V?


Qual foi o ano em que foi criado o Código Morse?

Qual das palavras abaixo NÃO é usada para denominar um tipo de pão:

A

1976

A

Francês

B

1570

B

Cabeça

C

1836

C

Carequinha

D

2010

D

Carioquinha

Resposta correta: Letra B

Resposta correta: Letra C

Ao girarmos o disco de cores de Newton em uma velocidade constante qual cor enxergamos?

As placas de trânsito com um “X” sobre a letra “E” significam:

A

Branca

A

Estacione

B

Cinza

B

Proibido Estacionar

C

Azul

C

Área Escolar

D

Preta

D

Pare

Resposta correta: Letra B

Resposta correta: Letra A

144


145

A

A

B

B

C

C

D

D

A

A

B

B

C

C

D

D


12.5 MEMORIAL DESCRITIVO: EMBALAGEM CARDS O jogo Qual é a Questão? vem com seus cards em uma embalagem cartonada que acomoda todo material dos cards. Características da embalagem Software de produção: Adobe Illustrator Formato: Fechado - 80x130x15mm

Figura 76 Modelo embalagem cards

Aberto -208x130mm Suporte: Papel Cartão triplex 250g/m² Cores: CMYK 4x0 Processo de impressão: Offset Acabamentos: Corte Laminação BOPP fosca

146


85mm 60º

85mm 8mm

Figura 77 - Faca planificada

135mm

15mm

15mm 8mm 15mm

15mm

Em Qual é a Questão você pode se divertir com seus amigos em um jogo de perguntas e respostas sobre os temas que você aprendeu em Escola de Bolso - 1ª edição - Linguagem, e ainda pode criar suas próprias perguntas e respostas com os cards extras. Divirta-se aprendendo!

Figura 78 - Faca planificada com arte

QUAL É A QUESTÃO?

147


12.6 MEMORIAL DESCRITIVO: CADERNO O kit Escola de Bolso contém um kit com 20 lápis de cor personalizados. Características do material: Software de Produção: Adobe Illustrator Caderno com capa personalizada

Figura 79 - Modelo caderno

Formato: A6 - 100X140mm Número de Folhas: 100 folhas Suporte: Papelão Laminado Cores: CMYK 4x0 Processo de impressão: Offset

148


12.7 MEMORIAL DESCRITIVO: LÁPIS DE COR O kit Escola de Bolso contém um kit com 20 lápis de cor personalizados. Características do material: Software de Produção: Adobe Illustrator Suporte: Vinil Adesivo Cores: CMYK 4x0

Figura 80 Modelo lápis personalizado

Processo de impressão: Offset

149


12.8 MEMORIAL DESCRITIVO: EMBALAGEM LÁPIS Os 20 lápis de cor personalizados vem em uma embalagem que acomodem todos. Características da embalagem Software de produção: Adobe Illustrator Formato: Fechado - 75x180x15mm Aberto -193x238mm Suporte: Papel Cartão triplex 250g/m²

Figura 81 - Modelo embalagem lápis de cor

Cores: CMYK 4x0 Processo de impressão: Offset Acabamentos: Corte e Vinco Laminação BOPP fosca

150


75mm

60º

75mm 13mm

Figura 82 - Faca planificada

180mm

16mm

15mm

13mm 15mm

15mm

ATENÇÃO! • Para melhor desempenho do lápis, use apontadores de boa qualidade. • Evite temperaturas acima de 45ºC e exposição direta aos raios solares. • Armazenar em lugar seco e ventilado.

• Não recomendável para crianças de até 3 (três) anos por conter parte(s)

0-3

LÁPIS DE COR • 20 UNIDADES

LÁPIS DE COR • 20 UNIDADES

Figura 83 - Faca planificada com arte

LÁPIS DE COR 20 UNIDADES

151

NÃO TÓXICO

que pode(m) ser engolida(s) ou aspirada(s).

• Crianças de até 8 anos devem utilizar sob supervisão de um adulto, por conter ponta(s) aguda(s) funcional(is). COMPOSIÇÃO: Madeira, pigmentos, aglutinantes, carga inerte e ceras. PRODUTO ATÓXICO E NÃO PERECÍVEL.


12.9 MEMORIAL DESCRITIVO: LUVA O kit Escola de Bolso vem em uma embalagem em formato de luva, de fácil manuseio e montagem.

Heloysa Maracaja

Heloysa Maracaja

Características da embalagem Software de produção: Adobe Illustrator Formato: Fechado - 190x230x30mm Aberto -410x740mm

1ª EDIÇÃO - LINGUAGEM

1ª EDIÇÃO - LINGUAGEM

Figura 84 - Modelo embalagem kit

Suporte: Papel Cartão triplex 250g/m² Cores: CMYK 4x4 Processo de impressão: Offset

Escola de Bolso é uma coleção de material paradidáticos, abordando um tema diferente em cada uma de suas edições, trazendo novos aprendizados e curiosidades ao seu dia a dia. Nesta edição divirta-se aprendendo sobre Escola de Bolso é uma coleção de linguagem! material paradidáticos, abordando um tema diferente em cada uma de suas Conteúdo: trazendo aprendizados •edições, 1 livro com o temanovos linguagem, com e curiosidades ao seu para dia ase dia. Nesta conteúdo e atividades divertir; divirta-se aprendendo sobre •edição 1 jogo Qual é a questão, com linguagem! perguntas e respostas ; • 1 caderno; •Conteúdo: 1 kit com 20 lápis de cor • 1 livro com o tema linguagem, com conteúdo e atividades para se divertir; • 1 jogo Qual é a questão, com perguntas e respostas ; • 1 caderno; • 1 kit com 20 lápis de cor

152

Acabamentos: Corte e Vinco Laminação BOPP fosca


34,5ยบ

220mm

30mm 30mm

Figura 85 - Faca planificada

230mm

30mm 30mm 90mm

205mm

230mm

190mm

153


Heloysa Maracaja Escola de Bolso é uma coleção de material paradidáticos, abordando um tema diferente em cada uma de suas edições, trazendo novos aprendizados

Figura 86 - Faca planificada com arte externa

e curiosidades ao seu dia a dia. Nesta edição divirta-se aprendendo sobre linguagem! Conteúdo: • 1 livro com o tema linguagem, com conteúdo e atividades para se divertir; • 1 jogo Qual é a questão, com perguntas e respostas ; • 1 caderno; • 1 kit com 20 lápis de cor

1ª EDIÇÃO - LINGUAGEM

154


Escola de Bolso é uma coleção de materiais paradidáticos, abordando um tema diferente em cada uma de suas edições, trazendo novos aprendizados e curiosidades ao seu dia a dia. Nesta edição divirta-se aprendendo sobre linguagem!

Figura 87 - Faca planificada com arte interna

155


12.10 DOCUMENTAÇÃO DO PRODUTO

Figura 88 Documentação do produto

156


157


158


159


13. CONSIDERAÇÕES FINAIS 160


Com a pesquisa realizada e observando o cenário atual da educação nota-se que desde o século XVIII, pensadores, educadores e teóricos apresentam oposições ao modelo clássico educacional (de origem prussiana), entretanto as críticas ao método ainda que não se esgotem não foram suficientes para uma mudança no sistema e nem para uma percepção por parte da população em geral, que em grande maioria aceita o método ainda aplicado por falta de conhecimento dos demais. A cognição no processo de aprendizagem é a chave para ampliar a capacidade autônoma do indivíduo, lhe dando o devido valor e atenção neste processo e tendo o educador como um suporte, não sendo imposto um papel de autoridade ao mesmo. Ainda tendo observado o papel do design no processo de ensino-aprendizagem pode-se observar que as manifestações do mesmo estão presentes diariamente na vida dos educandos e educadores, e que o mesmo pode se manifestar como ferramenta de suporte no desenvolvimento das crianças. Não é pressuposto que o design sozinho seja capaz de solucionar os problemas metodológicos do ensino tradicional, mas, conclui-se que o design como habilidade de interferência do meio de pertença do homem, pode contribuir na apresentação e incentivo a métodos cognitivos de aprendizagem. Citando Joaquim Redig (2011): “O mundo precisa de mudanças graves e urgentes, e os designers têm muito a contribuir para isso. O que nós podemos fazer, nenhum outro profissional fará”. Desta forma o presente projeto buscou elencar a apredizagem e o design criando um material paradidático que alie a pedagogia e a ludicidade criando uma ferramenta que sirva de apoio ao processo de ensino-aprendizagem infantil. 161


14. REFERÊNCIAS 162


ALMEIDA, L. R. Cognição, corpo e afeto. Revista Educação: coleção história da pedagogia, São Paulo, n.3, p.20-31, 2010. AURAS, Gladys Mary Teive. Primeiras lições de coisas: manual de ensino elementar para uso dos paes e professores. Educar em Revista, [s.l.], n. 21, p.311-314, jun. 2003. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/0104-40602137. AZEVEDO, Ricardo. Livros para crianças e literatura infantil: convergência e dissonâncias. 1999. Artigo escrito a partir da dissertação de mestrado do autor “Como o ar não tem cor se o céu é azul? Vestígios dos contos populares na literatura infantil” apresentada em 1998 e disponível na biblioteca de Letras da Universidade de São Paulo. Publicado no “Jornal do Alfabetizador” – Porto Alegre – Editora Kuarup – Ano XI - nº 61 p. 6-7 e na Revista “Signos” Ano 20 nª 1, Lajeado, Univates, 1999, p. 92- 102, ISSN 1413-0416. Disponível em: <http://www.ricardoazevedo.com.br/wp/wp-content/uploads/Livros-para-criancas-e-literatura-infantil.pdf>. Acesso em: 28 abr. 2019. BRASIL, Lei de Diretrizes e B. Lei nº 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996. BRASIL, Política Nacional de Leitura e Escrita. Lei nº 13.696, de 12 de julho de 2018. BRASIL, Política Nacional do Livro. Lei nº 10.753, de 30 de outubro de 2003. CALKINS, N. A.. Primeiras Lições de Coisas: Manual de ensino elementar para uso dos paes e professores. Rio de Janeiro: Governo Imperial, 1886. 616 p. Tradução de: Ruy Barbosa. CENTRO DE REFERÊNCIAS EM EDUCAÇÃO INTEGRAL (Brasil). Cieja Campo Limpo reformulou o currículo para fortalecer 163


a autonomia dos estudantes. 2013. Disponível em: <https:// educacaointegral.org.br/experiencias/cieja-campo-limpo-reformulou-o-curriculo-para-fortalecer-a-autonomia-dos-estudantes/>. Acesso em: 21 abr. 2019. CENTRO DE REFERÊNCIAS EM EDUCAÇÃO INTEGRAL (Brasil). EMEF Campos Salles transforma currículo e valoriza a autonomia do estudante. 2013. Disponível em: < https://educacaointegral.org.br/experiencias/escola-transforma-curriculo-e-valoriza-a-autonomia-do-estudante/>. Acesso em: 22 abr. 2019. COSTA, Elizabelle Pereira da. A cultura visual paralela: o design do livro infantil paradidático. 2010. 385 f. Dissertação (Mestrado) - Programa de Pós-graduação em Design, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2010. Disponível em: <https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/3359/1/ arquivo31_1.pdf>. Acesso em: 01 maio 2019. COUTINHO, Solange Galvão; LOPES, Maria Teresa. Design para educação: uma possível contribuição para o ensino fundamental brasileiro. In: BRAGA, Marcos da Costa et al (Org.). O papel social do design gráfico: história, conceitos & atuação profissional. São Paulo: Senac São Paulo, 2011. Cap. 6. p. 137-162. CUNHA, Antônio Geraldo da. Aprender. In: CUNHA, Antônio Geraldo da. Dicionário etimológico da língua portuguesa: 4ª edição revista e atualizada de acordo com a nova ortografia. 4. ed. Rio de Janeiro: Lexicon, 2010. p. 50. DELGADO, Evaldo Inácio. Pilares do Interacionismo: Piaget, Vygotsky, Wallon e Ferreiro. São Paulo: Érica, 2003. 134 p. EMEF DESEMBARGADOR AMORIM LIMA (São Paulo). Secretaria Municipal de Educação. História. Disponível em: <https:// 164


amorimlima.org.br/institucional/31-2/>. Acesso em: 18 abr. 2019. EMEF DESEMBARGADOR AMORIM LIMA (São Paulo). Secretaria Municipal de Educação. Projeto Político Pedagógico. Disponível em: <https://amorimlima.org.br/institucional/31-2/>. Acesso em: 18 abr. 2019. ESCOLA MARIA TEIXEIRA (Luziânia). Disciplinas Especiais. Disponível em: <https://www.escolamariateixeira.com/pedagogia>. Acesso em: 23 mar. 2019. ESCOLA MARIA TEIXEIRA (Luziânia). Espaços como estratégia de inclusão. Disponível em: <https://www.escolamariateixeira.com/pedagogia>. Acesso em: 23 mar. 2019. ESCOLA MARIA TEIXEIRA (Luziânia). Pedagogia do Respeito às Diferenças. Disponível em: <https://www.escolamariateixeira. com/pedagogia>. Acesso em: 23 mar. 2019. FERRARI, Márcio. John Dewey, o pensador que pôs a prática em foco: O filósofo norte-americano defendia a democracia e a liberdade de pensamento como instrumentos para a maturação emocional e intelectual das crianças. 2008. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/1711/john-dewey-o-pensador-que-pos-a-pratica-em-foco>. Acesso em: 02 abr. 2019. FERRARI, Márcio. Maria Montessori, a médica que valorizou o aluno: Segundo a visão pedagógica da pesquisadora italiana, o potencial de aprender está em cada um de nós. 2008. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/459/medica-valorizou-aluno>. Acesso em: 03 abr. 2019. FERRARI, Márcio. Paulo Freire, o mentor da educação para a 165


consciência: O mais célebre educador brasileiro, autor da “Pedagogia do Oprimido”, defendia como objetivo da escola ensinar o aluno a “ler o mundo” para poder transformá-lo. 2008. Disponível em: < https://novaescola.org.br/conteudo/460/ mentor-educacao-consciencia>. Acesso em: 23 abr. 2019. FINO, Carlos Nogueira. Vygotsky e a Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP): Três implicações pedagógicas. Revista Portuguesa de Educação, Braga, Portugal, v. 14, n. 2, 2001. Disponível em: <https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=37414212>. Acesso em: 12 mar. 2019. FONTOURA, Antônio M.. Bahaus. A pedagogia da ação. 2009. Disponível em: <http://www.abcdesign.com.br/bauhaus-a-pedagogia-da-acao/>. Acesso em: 04 mai. 2019. FONTOURA, Antonio Martiniano. EdaDe: a educação de crianças e jovens através do design. Tese de doutorado. Florianópolis: UFSC, 2002. FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 38. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1987. 184 p. FURLANI, Jimena. O bicho vai pegar!: um olhar pós-estruturalista à educação sexual a partir de livros paradidáticos infantis. 2005. 272 f. Tese (Doutorado) - Curso de Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Rio Grande do Sul, 2005. Disponível em: <http://hdl.handle.net/10183/13259>. Acesso em: 28 abr. 2019. ILLICH, Ivan. Sociedade sem escolas. 7. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1985. 127 p. JORNAL NACIONAL. Escolas públicas de ensino básico reclamam de falta de livro didático: Mais da metade dos pro166


fessores do quinto ano disse que não consegue ensinar toda a matéria prevista. Estudo levantou os principais problemas nessa faixa de ensino. 02 de maio 2019. Disponível em: < https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2019/05/02/escolas-publicas-do-ensino-basico-reclamam-de-falta-de-livro-didatico.ghtml >. Acesso em: 12 maio 2019. LAGUNA, Alzira Guiomar Jerez. A contribuição do livro paradidático na formação do aluno-leitor. Augusto Guzzo Revista Acadêmica, São Paulo, n. 2, p. 43-52, ago. 2012. ISSN 2316-3852. Disponível em: <http://fics.edu.br/index.php/augusto_guzzo/article/view/81>. Acesso em: 01 maio 2019. doi: https://doi.org/10.22287/ag.v0i2.81. LEFRANÇOIS, Guy R.. Teorias da Aprendizagem: O que a Velha Senhora disse. 5. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2008. 479 p. Tradução da 5ª edição norte-americana. LOOS-SANT’ANA, Helga; GASPARIM, Liege. Investigando as interações em sala de aula: Wallon e as vinculações afetivas entre crianças de cinco anos. Educação em Revista, [s.l.], v. 29, n. 3, p.199-230, set. 2013. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi. org/10.1590/s0102-46982013000300009. MICHAELIS. Livresco. In: MICHAELIS (Brasil). Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa. [s. L.]: Melhoramento, 2019. Disponível em: <http://michaelis.uol.com.br/busca?r=0&f=0&t=0&palavra=livresco>. Acesso em: 08 abr. 2019. MICHAELIS. Livresco. In: MICHAELIS (Brasil). Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa. [s. L.]: Melhoramento, 2019. Disponível em: < http://michaelis.uol.com.br/busca?r=0&f=0&t=0&palavra=cogni%C3%A7%C3%A3o>. Acesso em: 08 abr. 2019. 167


MICHAELIS. Unívoco. In: MICHAELIS (Brasil). Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa. [s. L.]: Melhoramento, 2019. Disponível em: < https://michaelis.uol.com.br/busca?r=0&f=&t=&palavra=univoco>. Acesso em: 28 abr. 2019. OLIVEIRA, Fernando Alvarus de; CAMPOS, Jorge Lucio de. O design responsável de Victor Papanek. 2012. Curso de Pós-Graduação em Design, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2012. PORTUGAL, Daniel B.; MIZANZUK, Ivan; BECCARI, Marcos. Existe Design?: Indagações Filosóficas Em Três Vozes. Rio de Janeiro: 2ab Editora, 2013. 128 p. (Filosofia do Design). PROJETO ÂNCORA (São Paulo). Quem somos: ONG + Escola + Comunidade de Aprendizagem = Transformação Social. Disponível em: <https://www.projetoancora.org.br/quem-somos>. Acesso em: 27 abr. 2019. PROJETO ÂNCORA, Estatuto Social do Projeto Âncora. Cotia, SP. 08 de agosto de 2016. REDIG, Joaquim. Design: responsabilidade social no horário do expediente. In: BRAGA, Marcos da Costa et al (Org.). O papel social do design gráfico: história, conceitos & atuação profissional. São Paulo: Senac São Paulo, 2011. Cap. 4. p. 87-113. SILVA, Prof. Dr. Anderson Luis da. Ensaio sobre design e a Vida. São Paulo, 2019. 9 p. UNESCO. Global education monitoring report. Disponível em: <https://en.unesco.org/gem-report/allreports> Acesso em: 10 abr. de 2019. WATSON, John B.. Clássico traduzido: a psicologia como o behaviorista a vê. Temas em Psicologia, Ribeirão Preto, v. 16, n. 168


2, 2008. Artigo originalmente publicado em Psychohgical Review em 1913. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X2008000200011>. Acesso em: 03 abr. 2019. ZAMBONI, Ernesta. Que história é essa?: uma proposta analítica dos livros paradidáticos de história. 1991. 217 f. Tese (doutorado) - Faculdade de Educação, Campinas, Universidade Estadual de Campinas, São Paulo, 1991. Disponível em: <http:// www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/251903>. Acesso em: 01 maio 2019. ZANATTA, Beatriz Aparecida. O legado de Pestalozzi, Herbart e Dewey para as práticas pedagógicas escolares. Revista Teoria e Prática da Educação, Maringá, v. 15, n. 1, p.105-112, 2012.

169


15. LISTA DE FIGURAS 170


Figura 01 - Frontispício e página de rosto da primeira edição francesa de Emílio ou Da Educação - Disponível em: <https:// www.edition-originale.com/en/antique-books-1455-1820/ literature/rousseau-emile-ou-de-leducation-1762-42219> Figura 02 - Capa da edição brasileira da obra de Saffray - Disponível em: <https://www.traca.com.br/livro/106896/> Figura 03 - Representação gráfica das Leis da Teoria da Gestalt - Disponível em: <https://medium.com/acesso/desmistificando-a-comunica%C3%A7%C3%A3o-visual-as-leis-de-gestalt-parte-2-756bf5d31964> Figura 04 - Paulo Freire - Disponível em: <https://www.paulofreire.org/images/fotos-paulo-freire/paulo-freire_anistiado-17.jpg> Figura 05 - Organização da Escola Tradicional e da Escola Projeto Âncora - Disponível em: <https://www.projetoancora.org. br/pedagogia> Figura 06 - Assembleia entre a comunidade escolar da Escola Projeto Âncora - Disponível em: <https://www.projetoancora. org.br/pedagogia> Figura 07 - Alunos e professores em atividade em grupo Disponível em: <http://blogdociejacampolimpo.blogspot. com/2015/08/escola-aberta-dialogo-e-autonomia-no. html> . Figura 08 - Portão de entrada da EMEF Campos Salles - Disponível em: <http://cdn-fund.fundacaotelefonica.org. br/wp-content/uploads/2017/12/60_anos_Campos_Salles_736x341.jpg>. 171


Figura 09 - Alunos trabalhando em atividade em grupo Disponível em: <https://escolastransformadoras.com.br/ escola-en/emef-desembargador-amorim-lima/?lang=en> Figura 10 - Alunos sentados em frente a sala de aula da Escola Maria Teixeira - Disponível em: <https://www.escolamariateixeira.com/pedagogia> Figura 11 - Exemplos de livros didáticos - Arquivo Pessoal Figura 12 - Exemplos de livros paradidáticos - Arquivo Pessoal Figura 13 - Exemplos de livros-jogos, com quebra-cabeças, peças 3d e brincadeiras interativas - Arquivo Pessoal Figura 14 - Exemplos de livros de imagens - Arquivo Pessoal Figura 15 - Exemplos de livros de literatura infantil - Arquivo Pessoal Figura 16 - Frontispício e página de título do livro A Little Pretty Pocket Book - Disponível em: <https://www.bl.uk/ collection-items/a-pretty-little-pocket-book?mobile=off> Figura 17 - O primeiro número do primeiro jornal da colônia - Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/ commons/2/26/Gazeta_do_Rio_de_Janeiro_1808.png> Figura 18 - Página do livro A de anaconda - Arquivo Pessoal Figura 19 - Página do livro Oceanos: Um livro Caelidopops Arquivo Pessoal 172


Figura 20 - Página do livro A História de um Fóssil de Dinossauro - Arquivo Pessoal Figura 21 - Página do livro O aniversário do Seu Alfabeto - Arquivo Pessoal Figura 22 - Imagens do livro Formas - Arquivo Pessoal Figura 23 - Capa e página interna do livro A B C D Espaço - Arquivo Pessoal Figura 24 - Capa e página interna do livro A Parte que Falta Encontra o Grande O - Arquivo Pessoal Figura 25 - Capa e página interna do livro O Melhor Livro do Mundo - Arquivo Pessoal Figura 26 - Capa e página interna do livro O Grande Livro de Perguntas Sobre Mim - Arquivo Pessoal Figura 27 - Página de O Grande Livro de Perguntas Sobre Mim - Arquivo Pessoal Figura 28 - Foto de box de texto do livro Ciência do Faça Você Mesmo - Arquivo Pessoal Figura 29 - Recorte do livro O Melhor Livro do Mundo - Arquivo Pessoal Figura 30 - Recorte do livro A de anaconda - Arquivo Pessoal Figura 31 - Livro Interativo Estêncil: Aprendendo com Arte Arquivo Pessoal 173


Figura 32 - Livro Um desenho por dia: Passo a Passo - Arquivo Pessoal Figura 33 - Páginas do livro Pequenas Criaturas, que apresentam elementos de interação - Arquivo Pessoal Figura 34 - Livro interativo O livro das Janelinhas que Escondem Meu Dia - Arquivo Pessoal Figura 35 - Rascunhos da marca Escola de Bolso - Autoria Própria Figura 36 - Rascunhos da marca Escola de Bolso - Autoria Própria Figura 37 - Esboço final da marca - Autoria Própria Figura 38 - Marca em cores - Versão Preferencial - Autoria Própria Figura 39 - Marca em cores - Versão Secundária - Autoria Própria Figura 40 - Marca em positivo e negativo - Autoria Própria Figura 41 - Marca versão preferencial - Autoria Própria Figura 42 - Marca em positivo - Autoria Própria Figura 43 - Marca em negativo - Autoria Própria Figura 44 - Malha Construtiva da marca - Autoria Própria Figura 45 - Redução da marca - Autoria Própria

174


Figura 46 - Área de não interferência - Autoria Própria Figura 47 - Aplicações da marca em fundos coloridos - Autoria Própria Figura 48 - Aplicações da marca em fundos com textura - Autoria Própria Figura 49 - Aplicações da marca em fundos fotográficos - Autoria Própria Figura 50 - Usos indevidos da marca - Autoria Própria Figura 51 - Painel Conceitual Produto - Autoria Própria Figura 52 - Rascunhos dos produtos - Autoria Própria Figura 53 - Mapa Mental partindo do tema linguagem - Autoria Própria Figura 54 - Rascunhos das páginas do livro - Autoria Própria Figura 55 - Painel Semântico Público-Alvo - Autoria Própria Figura 56 - Grid do Livro - Autoria Própria Figura 57 - Grid do Livro - Autoria Própria Figura 58 - Grid do Livro - Autoria Própria Figura 59 - Ilustrações do livro - Autoria Própria Figura 60 - Características da capa - Autoria Própria

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Figura 61 - Características do miolo - Autoria Própria Figura 62 - Capa do Livro - Autoria Própria Figura 63 - Páginas de abertura - Autoria Própria Figura 64 - Miolo do Livro - Autoria Própria Figura 65 - Contracapa - Autoria Própria Figura 66 - Grid do card de Braille - Autoria Própria Figura 67 - Grid do card de Braille - Autoria Própria Figura 68 - Área para impressão Braille - Autoria Própria Figura 69 - Características do Card - Autoria Própria Figura 70 - Modelo dos cards, com variações dos caracteres. O verso de todos é a cor roxa - Autoria Própria Figura 71 - Grid do card de Qual é a Questão? - Autoria Própria Figura 72 - Grid do card de Qual é a Questão? - Autoria Própria Figura 73 - Seis modelos de cards do jogo Qual é a Questão? Autoria Própria Figura 74 - Características dos cards do jogo Qual é a Questão? - Autoria Própria Figura 75 - Modelo dos 25 cards de Qual é a Questão? - Autoria Própria

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Figura 76 - Modelo embalagem cards - Autoria Própria Figura 77 - Faca planificada - Autoria Própria Figura 78 - Faca planificada com arte - Autoria Própria Figura 79 - Modelo caderno - Autoria Própria Figura 80 - Modelo lápis personalizado - Autoria Própria Figura 81 - Modelo embalagem lápis de cor - Autoria Própria Figura 82 - Faca planificada - Autoria Própria Figura 83 - Faca planificada com arte - Autoria Própria Figura 84 - Modelo embalagem kit - Autoria Própria Figura 85 - Faca planificada - Autoria Própria Figura 86 - Faca planificada com arte Externa - Autoria Própria Figura 87 - Faca planificada com arte Interna - Autoria Própria Figura 88 - Documentação do produto - Autoria Própria

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16. LISTA DE TABELAS 178


Tabela 1- Estรกgios de desenvolvimento na teoria de Piaget Autoria Prรณpria Tabela 2- Estรกgios de desenvolvimento na teoria de Wallon Autoria Prรณpria

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17. APÊNDICE 180


APÊNDICE A – VISITA DE CAMPO A LIVRARIAS E BIBLIOTECAS Durante o desenvolvimento do projeto foi realizado um levantamento a cerca dos materiais paradidáticos disponíveis no mercado editorial brasileiro. Para realização do mesmo foi preterido a visita a livrarias e bibliotecas, ao invés da busca em sites e lojas virtuais. Neste apêndice constam as fotografias realizadas nas visitas de campo.

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APÊNDICE B – CONTATO COM INSTITUIÇÕES Durante a realização da pesquisa bibliográfica foi identificado instituições escolares que apresentavam propostas pedagógicas que dialogavam com a pesquisa a cerca da aprendizagem cognitiva. Foi buscado estabelecer com contato com as instituições para melhor compreender seus métodos e possíveis contribuições ao projeto. O primeiro contato realizado foi com a Escola Maria Teixeira em 11/03/2019, após conhecimento da existência da instituição e da sua forma de trabalho. A ideia proposta incialmente seria estudar a instituição mais a fundo para buscar identificar uma forma de utilizá-la como objeto de estudo da pesquisa, tornando o propósito do projeto apresentar sua metodologia aos que ainda não conhecem a instituição. Devido a restrições de disponibilidade o projeto se limitou a estudar a escola de forma menos abrangente do que o previsto inicialmente. O conteúdo a seguir neste apêndice foi extraído do contato estabelecido com a instituição através de e-mails com uma funcionária da instituição.

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20/11/2019

Email – Heloysa Rocha de Sousa – Outlook

De: "Heloysa Rocha de Sousa" <heloysa.sousa@hotmail.com> Enviada: 2019/03/11 10:41:06 Para: contato@escolamariateixeira.com Assunto: Projeto universitário 20/11/2019 Email – Heloysa Rocha de Sousa – Outlook

Olá ,"Heloysa bom dia!Rocha de Sousa" <heloysa.sousa@hotmail.com> De: Enviada: 2019/03/26 13:12:09 Primeiramente, parabéns e muito obrigada por essa escola linda que vocês criaram, eu fiquei muito Para: contato@escolamariateixeira.com feliz e emocionada ao assis�r o vídeo no canal da Jout Jout, foi por lá que os conheci. Assunto: RE: Projeto universitário

Meu nome é Heloysa, e sou estudante de Design Gráfico aqui em São Paulo. Estou iniciando agora o Olá Tudo meuElcie! projeto debem? pesquisa (TCC) com a temá�ca educação, e por obra divina me surgiu a frente o vídeo da Jout Jout e eu prontamente me iden�fiquei e quis entrar em contato com vocês. Desde o Desculpa a demora, seu e-mail foi parar no spam! Mui�ssimo obrigada por me responder! inicio da minha pesquisa eu sempre busquei escolas com visões "diferentes"do nosso modelo mais comum, escolas onde a aprendizagem é aberta a todos e o aluno é um ser de extrema importância Eu moro em São Paulo Capital, na zona sul, Capão Redondo, já ouviu falar? ali. Segue em anexo projeto, é sópesquisa um guia para o inicio deTeixeira, toda pesquisa. A ideia seria de com Eu gostaria muitomeu de incluir naele minha a Escola Maria e gostaria mui�ssimo desenvolver ferramentas paradidá�cas comabase na(Opedagogia da Escola Mariafunciona Teixeira, em ferramentas a pesquisa poder gerar um projeto voltado vocês TCC na minha faculdade 1 ano que levemem para fora do 1ambiente deevocês o conhecimento da2Escola e apresente ao mundo, completo 2 etapas: - Pesquisa fundamentação teórica; - Projeto Prá�co) eela conseguir visitádivulgando-a. Também podemos ir moldando isso ao longo do processo. los em algum momento deste processo para vivenciar essa experiência. Qualquer dúvida sobrede o projeto podepesquisa, me perguntar, também voude deixar contatoessa aquiproposta caso Por isso, peço o apoio vocês nessa para que no caso vocêsmeu aceitarem queira me ligar,etapa mandar qualquer coisada rsrs Estou a inteira disposição! nessa primeira eu mensagem, possa colherwhatsapp, dados sobre o histórico ins�tuição e sobre todo o amor que já foi plantado nesse local e que possamos juntos criar um projeto que espero que ajude a todos. Celular (11) 98690-1895 Muito obrigada pela atenção, espero ansiosamente por um retorno. Muito obrigado pela atenção e espero ansiosamente pelo retorno, Abraços, Um forte abraço! Heloysa Maracaja Heloysa Maracaja

De: Escola Maria Teixeira <contato@escolamariateixeira.com> Enviado: segunda-feira, 18 de março de 2019 00:14 Para: Heloysa Rocha de Sousa Assunto: RE: Projeto universitário Olá Heloysa!

Que legal seu TCC! Onde vc mora? Qual seria a abordagem de seu trabalho. VC tem algum projeto já escrito? Mande para que possamos avaliar melhor e assim podermos responder seu pedido. Como o designer gráfico abordaria uma escola? Agradecemos suas palavras e nos honra muito sua iniciativa em nos convidar para este trabalho. Boa sorte nos estudos e aguardaremos sua resposta. Forte abraço! Elcie PS: Peço a gentileza de ajudar a divulgar o trabalho da Escola e o Canal do Youtube TV ESCOLA https://outlook.live.com/mail/0/search/id/AQQkADAwATZiZmYAZC1hMTU1AC04YWY0LTAwAi0wMAoAEADphvqYyLQ5Qpv%2Ft2xTwf59 MARIA TEIXEIRA...

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https://outlook.live.com/mail/0/search/id/AQQkADAwATZiZmYAZC1hMTU1AC04YWY0LTAwAi0wMAoAEADphvqYyLQ5Qpv%2Ft2xTwf59

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Email – Heloysa Rocha de Sousa – Outlook

De: "Heloysa Rocha de Sousa" <heloysa.sousa@hotmail.com> Enviada: 2019/03/26 13:12:09 Para: contato@escolamariateixeira.com Assunto: RE: Projeto universitário

Olá Elcie! Tudo bem?

Desculpa a demora, seu e-mail foi parar no spam! Mui�ssimo obrigada por me responder! Eu moro em São Paulo Capital, na zona sul, Capão Redondo, já ouviu falar? Segue em anexo meu projeto, ele é só um guia para o inicio de toda pesquisa. A ideia seria desenvolver ferramentas paradidá�cas com base na pedagogia da Escola Maria Teixeira, ferramentas que levem para fora do ambiente de vocês o conhecimento da Escola e apresente ela ao mundo, divulgando-a. Também podemos ir moldando isso ao longo do processo. Qualquer dúvida sobre o projeto pode me perguntar, também vou deixar meu contato aqui caso queira me ligar, mandar mensagem, whatsapp, qualquer coisa rsrs Estou a inteira disposição! Celular (11) 98690-1895 Muito obrigado pela atenção e espero ansiosamente pelo retorno, Um forte abraço! Heloysa Maracaja

De: Escola Maria Teixeira <contato@escolamariateixeira.com> Enviado: segunda-feira, 18 de março de 2019 00:14 Para: Heloysa Rocha de Sousa Assunto: RE: Projeto universitário Olá Heloysa!

Que legal seu TCC! Onde vc mora? Qual seria a abordagem de seu trabalho. VC tem algum projeto já escrito? Mande para que possamos avaliar melhor e assim podermos responder seu pedido. Como o designer gráfico abordaria uma escola? Agradecemos suas palavras e nos honra muito sua iniciativa em nos convidar para este trabalho. Boa sorte nos estudos e aguardaremos sua resposta. Forte abraço! Elcie PS: Peço a gentileza de ajudar a divulgar o trabalho da Escola e o Canal do Youtube TV ESCOLA MARIA TEIXEIRA...

https://outlook.live.com/mail/0/search/id/AQQkADAwATZiZmYAZC1hMTU1AC04YWY0LTAwAi0wMAoAEADphvqYyLQ5Qpv%2Ft2xTwf59

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Email – Heloysa Rocha de Sousa – Outlook

RE: Projeto universitário Escola Maria Teixeira <contato@escolamariateixeira.com> Qua, 27/03/2019 21:55

Para: heloysa.sousa@hotmail.com <heloysa.sousa@hotmail.com>

Oi Heloysa!

Boa noite! Li seu projeto! Sempre é muito legal pensar sobre a educação! Não consegui visualizar duas coisas em seu projeto: como vc vai discutir o designer gráfico neste contexto. Não se esqueça que este é o seu curso e tudo deve passar por este crivo. Também não ficou claro como vc pretende fazer a pesquisa junto a Escola Maria Teixeira sobre "Designer Gráfico". Em verdade, somos uma Escola de zona rural e tudo é muito simples. É interessante pensar que em termos de acesso a designer gráfico nosso acesso é limitado. Não temos facilmente acesso a coleções de livros como nas escola particulares ou do governo. Vamos suprindo esta falta compondo nosso material. Vamos montando o material. Até pouco tempo atrás utilizávamos o mimeógrafo à álcool. (vc já viu algum?) Ficamos muito lisonjeados com sua vontade em estudar nossa realidade, mas creio que exatamente o seu tema "designer gráfico" a serviço da Educação não é percebido na Escola Maria Teixeira. Desculpe-me fazer estas inferências, mas é mania de professora de metodologia de pesquisa. E fiz esta leitura prévia exatamente pensando em que pode ser mais apropriado para seu trabalho. Cuidado para vc não acabar tentando falar mais de educação do que falar da sua própria área. A priori uma banca ou os avaliadores de seu TCC desejarão perceber sua evolução na área. Na minha percepção de leiga sobre sua área, creio que vc deveria buscar pesquisar livros didáticos, ou jogos eletrônicos, materiais artesanais que seja... mas com o olhar gráfico do designer. Na escola Maria Teixeira, utilizamos muito cartazes e maquetes, sempre construídas com os alunos. Mas tudo é feito de maneira muito intuitiva, com as habilidades manuais de professoras e dos alunos. Muito simples. Creio que nós não somos objeto de pesquisa apropriado para o êxito de seu estudo. Mostre este email a seu orientador e converse com ele. Creio que chegarão a estas conclusões. Mais uma vez, nos honra muito sua iniciativa, mas para o bem dos seus estudos, penso que sua escolha não vai te ajudar na tarefa. Forte abraço e vamos conversar mais se desejar. Elcie Helena

https://outlook.live.com/mail/0/search/id/AQQkADAwATZiZmYAZC1hMTU1AC04YWY0LTAwAi0wMAoAEADphvqYyLQ5Qpv%2Ft2xTwf59

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Obrigada por toda atenção, uma ó�ma semana! Abraços,

De: Heloysa Rocha de Sousa <heloysa.sousa@hotmail.com> Enviado: quinta-feira, 28 de março de 2019 21:20 Para: contato@escolamariateixeira.com Assunto: ENC: Projeto universitário

Olá Elcie, boa noite!

Entendo que vocês não tenham tantos recursos e acesso a livros, e acho bacana que vocês se disponham a compor o material de acordo com essa necessidade que surge no dia a dia. Aliás, conheço sim o mimeógrafo, dos meus primeiros anos no ensino fundamental I. Na realidade a intenção do projeto não é propriamente discu�r o Design Gráfico, e sim usá-lo mais a frente como ferramenta de apoio no desenvolvimento de um volume impresso. A proposta do projeto (que sinto que não ficou muito clara no documento que enviei) é o estudo do design aplicado à educação. Como melhor descrito pelo meu orientador no e-mail abaixo, aliás creio que o e-mail dele (que possui a propriedade para falar do assunto que eu não possuo ainda) possa esclarecer melhor sobre o projeto. O design como propomos estudar é como uma transformação, o inconformismo com aquilo que é nosso por natureza. Espero que tenha ficado mais claro, desculpe a confusão ao explicar! Agradeço muito o seu cuidado comigo, o que minha pesquisa e por toda atenção. Abraços! Heloysa Maracaja

20/11/2019

Email – Heloysa Rocha de Sousa – Outlook

De: da Silva <anderson.lsilva@sp.senac.br> RE:Anderson ProjetoLuis universitário Enviado: quinta-feira, 28 de março de 2019 15:21

Escola Maria Teixeira <contato@escolamariateixeira.com>

Dom, 07/04/2019 19:32 https://outlook.live.com/mail/0/search/id/AQQkADAwATZiZmYAZC1hMTU1AC04YWY0LTAwAi0wMAoAEADphvqYyLQ5Qpv%2Ft2xTwf59 Para: Heloysa Rocha de Sousa <heloysa.sousa@hotmail.com>

Querida Holoysa!

Desculpe-me a confusão, eu achei que teria te respondido. Confesso não compreender esta proposta, mas se seu orientador entende que está tudo dentro do que vocês gostariam de aprofundar, vamos lá... Do que vocês precisam? Como pretendem nos estudar? E saiba que é uma honra poder contribuir e atrair o olhar de vocês, de uma área tão improvável ... Estamos aqui à disposição! Vocês tem nosso sim. Boa sorte! Abraços Elcie De: "Heloysa Rocha de Sousa" <heloysa.sousa@hotmail.com> Enviada: 2019/04/07 13:13:54 191 Para: contato@escolamariateixeira.com Assunto: RE: Projeto universitário

Olá Elcie, boa tarde!

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Aproveito para dizer que devido a correria acabamos por alterar o projeto, tendo como objeto de estudo não só a Maria Teixeira, mas também outras ins�tuições e escolas "modelos". Agradeço imensamente por toda atenção, Um grande abraço! De: Escola Maria Teixeira <contato@escolamariateixeira.com> Enviado: domingo, 7 de abril de 2019 20:14 Para: Heloysa Rocha de Sousa Assunto: RE: Projeto universitário

Heloysa, oi de novo! Só gostaria de te informar de que somos muito poucos para cuidar de tantos afazeres. Portanto não nos resta tempo para muita coisa diferente. Já é um enorme milagre o que conseguimos fazer e concretizar, acredite. Não sei que tipo de informação que seu trabalho necessitará, se demandar muito tempo, isso será uma imensa limitação para nós. Então, talvez, não estaremos aptos a ajudar você neste momento tão importante. Afinal para um TCC é necessário muito cuidado e atenção. Se este for o caso, peço mesmo sua compreensão. De toda sorte, nos diga o que precisa. E veremos se poderemos auxiliar. Forte abraço e muita luz! 20/11/2019 Email – Heloysa Rocha de Sousa – Outlook https://outlook.live.com/mail/0/search/id/AQQkADAwATZiZmYAZC1hMTU1AC04YWY0LTAwAi0wMAoAEADphvqYyLQ5Qpv%2Ft2xTwf59

RE: Projeto universitário Heloysa Rocha de Sousa Ter, 30/04/2019 09:30

Para: Escola Maria Teixeira <contato@escolamariateixeira.com>

Oi, Elcie, bom dia! Tudo bem? Desculpa a demora em te responder. Entendo a limitação de tempo, e vendo tudo que fazem acho que vocês conseguem fazer muita coisa maravilhosa, como você disse é um milagre diante das limitações do tempo, mas que milagre maravilhoso este, que aquece o coração de tantos. Agradeço por toda atenção e por tentar me ajudar ainda que seja di�cil diante de tantas coisas de tempo para isso. Então se for possível gostaria da sua ajuda para responder algumas questões que vão complementar minha pesquisa e visão da escola. Segue questões: Como é proposto o processo de aprendizagem do aluno na instituição? O processo demanda autonomia e responsabilidade dos alunos? E qual o papel do professor neste processo? Qual a importância da relação do diálogo entre a escola e a comunidade para o desenvolvimento das crianças? Qual a importância no processo educacional da relação das crianças com o meio ambiente, social e cultural? Durante esses 25 anos a Escola teve como inspiração o trabalho de algum pensador, educador e/ou instituição?

Aproveito para dizer que devido a correria acabamos por alterar o projeto, tendo como objeto de estudo não só a Maria Teixeira, mas também outras ins�tuições e escolas "modelos". Agradeço imensamente por toda atenção, Um grande abraço! De: Escola Maria Teixeira <contato@escolamariateixeira.com> Enviado: domingo, 7 de abril de 2019 20:14 Para: Heloysa Rocha de Sousa 192Assunto: RE: Projeto universitário

Heloysa, oi de novo!

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Posteriormente foi realizado o contato com a Escola Projeto Âncora, para uma possível visita de campo para conhecer a proposta pedagógica da instituição. Em resposta da instituição foi informado a possibilidade de uma visitação somente no segundo semestre sendo necessário inscrição no site da instituição. A inscrição foi realizada mas não houve nenhum retorno da instituição para agendamento da visita.

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APÊNDICE C – QUESTIONÁRIO O DESIGN NO PARADIDÁTICO A cognição no desenvolvimento infantil Olá, tudo bem? Sou Heloysa, aluna do bacharelado em Design Gráfico do Senac-SP. Está pesquisa foi criada para dar suporte ao meu Projeto de Conclusão de Curso(TCC), que aborda o design gráfico nos materiais paradidáticos. Como resultado desta pesquisa será elaborado um material de apoio paradidático com base nas metodologias de ensino cognitivo. Se você é um profissional ou estudante da área da educação ou da psicologia e queira contribuir com minha pesquisa, ficarei muito honrada com sua participação e agradecida pela sua disponibilidade em me ajudar. Obrigada.

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QUESTÕES 1. Qual é o seu nome? * Respota obrigatória

2. Qual sua idade?* 3. Qual é sua profissão?* 4. Na sua opinião, qual é a influência e importância do desenvolvimento cognitivo na aprendizagem infantil? 5. Qual é, na sua percepção, o papel do educador no desenvolvimento do aluno? Quais são as responsabilidades atribuídas ao professor no processo de aprendizagem? 6. Quais são, em sua opinião, os principais problemas do sistema de ensino brasileiro? 7. Estou de acordo que as informações aqui fornecidas sejam divulgadas. Sendo as mesmas utilizadas apenas para fins acadêmicos. (Múltipla Escolha) Sim, estou de acordo. Não estou de acordo.

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RESPOSTAS OBTIDAS Resposta 01 1. Thauany 2. 21 anos 3. Estudante de psicologia 4. Sem resposta. 5. O professor deve exercer um papel de mediador, no qual a construção do conhecimento e aprendizagem se da na interação entre aluno e professor (mediador). O aluno deve assumir uma postura ativa para o desenvolvimento de ensino e aprendizagem. 6. Acredito que o principal problema esteja pautado justamente na compreensão do papel de cada membro de ensino e claro, na falta de investimento em educação, pesquisas e etc. 7. Sim, estou de acordo. Resposta 02 1. Maria 2. 22 anos 3. Estudante 4. Na minha opinião é algo crucial para o desenvolvimento não só cognitivo, mas de modo geral. A infância é Uma das fases mais importantes na vida de uma pessoa, podendo impactar na vida adulta . 5. O papel do educador no desenvolvimento é de grande impacto, podendo inclusive influenciar no desempenho do aluno. Um professor deve entender o contexto do aluno, apoiá-lo e orientá-lo para ser o melhor de si, e não o melhor que os pais, 196


escola, sociedade esperam. 6. São poucos os lugares que levam em consideração o contexto do aluno no Brasil, gerando muita desmotivação em querer estudar. Há também muita exclusão sendo confundida com integração ( excluir/isolar alguns alunos devido suas dificuldades ou deficiência). Já há mudanças e movimentos para que esta questão seja mudada. 7. Sim, estou de acordo. Resposta 3 1. Daiane Alves Canela 2. 29 anos 3. Psicóloga 4. É de suma importância. O desenvolvimento da cognição tem impacto direto na aprendizagem infantil. 5. É um profissional estratégico, um profissional bem preparado pode potencializar o processo de aprendizagem, assim como profissionais mal preparados podem atrapalhar e até viabilizar traumas. 6. Acredito que a cultura controversa nas políticas de ensino, falta de incentivo e políticas que viabilizem uma boa formação pros profissionais, pobreza extrema que muitas vezes impactam no desenvolvimento físico das crianças. 7. Sim, estou de acordo. Resposta 4 1. Carinne 2. 24 anos 3. Estudante de Psicologia 197


4. O desenvolvimento cognitivo influência por se tratar de uma série de funções que o individuo desenvolve na idade escolar e determina como ele se sairá nessa fase, se sua idade e maturação está de acordo com o método com a série que, por exemplo, se a metodologia do professora e da escola é adequada ao aluno. 5. O educador tem como papel ser o intermediador do conhecimento para a criança, introduzindo-a no contato com os assuntos de forma mais dinâmica e clara possível. 6. Primeiramente infraestrutura, o sucateamento das instituições de ensino que atendem grande parte da população mais carente, além da desvalorização da função importante do professor, métodos arcaicos e repetitivos de ensino. 7. Sim, estou de acordo. Resposta 5 1. Luciana Alves Ribeiro 2. 37 anos 3. Psicóloga Clínica e Professora 4. No meu entendimento, o desenvolvimento cognitivo desempenha um papel fundamental na aprendizagem infantil. Crianças que, por algum motivo, vivenciaram experiências, ou situações que impactaram seu desenvolvimento cognitivo, apresentarão dificuldades reais no aprendizado. Essa dificuldade será visível logo nos primeiros anos de alfabetização, principalmente, porque a criança terá muita dificuldade em se adaptar ao método convencional de aprendizagem. Há, também, pesquisas que mostram que experiências de privação da figura materna (ou alguém que desenvolva tal papel) durante 198


os primeiros anos de vida da criança, terá impacto direto no pensamento abstrato do indivíduo. Sabe-se que, no processo de aprendizagem, o pensamento abstrato desenvolve um papel fundamental. John Bolwby falou muito sobre privação materna e saúde mental. Enfim, a cognição é a base na qual a aprendizagem é construída, qualquer dificuldade nessa base, impactará diretamente o aprendizado. 5. Na minha opinião, o educador tem um papel tão fundamental. Todas as vezes que falo desse assunto me lembro de um filme indiano chamado “ Como estrelas na terra”. Assisti a esse filme na faculdade de Psicologia e ele me marcou muito. Trata-se de uma criança com dislexia e ele não consegue aprender a ler nem escrever pelos métodos convencionais. Ele troca de escolas diversas vezes. Os professores não tiveram um olhar mais cuidadoso e interpretavam a dificuldade de aprendizagem dele como “travessura” e “malcriação”. Um garoto inteligente, mas que tinha uma dificuldade real. Até que um professor, com um olhar diferente, logo percebeu a grande tristeza do garoto, por colecionar tantos “fracassos” na aprendizagem, e notou a dislexia. Esse professor adotou métodos diferentes de ensino, com brinquedos, massinha, caixa de areia, degraus de escada para aprender a contar, muitas estratégias “fora da caixa”. Pediu ao diretor da escola para deixar que o garoto fosse avaliado oralmente até que ele trabalhasse as habilidades escritas dele. O resultado foi lindo. Na minha experiência clínica como psicóloga eu também percebo adolescentes com TDAH e outras questões de aprendizagem com uma autoestima muito impactada, pois, ao compararem-se com os outros, julgam que são “piores” porque não conseguem aprender como os outros. Sei que essa é uma questão sensível, mas o professor tem um 199


papel tão importante na vida presente e futura do seu aluno. Entendo que muitas vezes, com uma sala cheia, é difícil perceber algumas questões e até agir sobre elas. Mas algo que não custa nada financeiramente é acolher esse aluno que aprende diferente. É ter a compreensão que cada pessoa é única em sua forma de viver e aprender e que, às vezes, podemos ensinar o mesmo assunto de maneiras diferentes. Podemos acolher sem fazer o outro se sentir menos. Como professora de inglês há 14 anos, perdi a conta de quantos alunos tive que, na primeira aula, diziam: “eu sou muito ruim” , “não sei nada” , “tenho muuuuita dificuldade”, “sou travado”, e com algumas semanas de aula, em um ambiente acolhedor e amoroso em que ele tinha total permissão para falar livremente sem medo de errar, logo eles floresciam. Na minha opinião, as responsabilidades atribuídas ao professor, vão muito além do conteúdo programático, é um exercício de humanização, de colocar-se no lugar do aluno, de acolher, de olhar para a individualidade e subjetividade de cada aluno. O que fazemos como professores ou falamos, será material para a construção de um aluno confiante que aprenderá ou alguém que carregará por muito tempo uma autoimagem diminuída da sua própria capacidade. 6. Se dividirmos em escolas públicas e particulares há algumas diferenças. O que posso dizer do que conheço do sistema público é que há muitas crianças em uma sala para um único professor. É difícil dar atenção e perceber as necessidades de todas as crianças. Também acho que o material é pouco elaborado e diversificado. As atividades são muito repetitivas. As crianças não têm tantos estímulos diferentes para desenvolverem suas habilidades de motricidade e cognição em todo seu potencial. Outra questão é em relação aos professores. Por conta de es200


tarem em uma sala com tantas crianças e sem ajuda, o professor vivencia um alto grau de estresse, o que impacta seu relacionamento com ele mesmo e,consequentemente, com as crianças. Sem citar que a escola é o local em que muitos conteúdos emocionais/familiares das crianças aparecem no relacionamentos com o professor e seus coleguinhas e o professor, na maioria dos casos, não é preparado para lidar com essas questões que, em última análise, também afetarão o aprendizado infantil. O sistema privado (algumas escolas), não têm a questão da quantidade grande de alunos por sala, têm mais recursos e o professor, geralmente, tem assistente de sala, porém, a questão dos conteúdos emocionais das crianças é válido para ambos os sistemas. Mas de forma geral penso que algo que é preciso repensar é sobre a forma como o sistema de ensino brasileiro funciona no sentido de dar mérito para quem “aprende dentro dos padrões normais de forma tranquila” e segregar ou rechaçar aqueles que aprendem de forma diferente ou apresentam dificuldades de aprendizagem. Fala-se, atualmente, de inclusão, mas essa questão funciona mais na narrativa do que na prática. Falhamos, enquanto pátria, enquanto cultura, enquanto cidadãos com direitos e deveres, em ter um sistema de ensino em que todos possam ser valorizados em suas capacidades únicas e diferentes. Um sistema em que possamos construir um conhecimento com base na nossa subjetividade. Em que possamos construir a partir dos nossos conteúdos. Que tenhamos espaço para errar e a partir desse erro, ressignificar nosso Ser no mundo, sem que isso seja “menos” ou “incorreto”. No meu modo de pensar, o ensino não deveria ser sobre quem tira 10 ou não, deveria ser sobre quem nos tornamos no processo de aprendizagem. 201


7. Sim, estou de acordo. Resposta 6 1. Bruno Carvalho 2. 22 anos 3. Estudante 4. Ela é a base para sabermos se a criança terá dificuldade de aprendizagem na transição para a adolescência , sendo assim muito importante ser vista na infância. 5. Eles possuem um papel de grande importância , pois ele é o que passa o aprendizado, claro antes deve ser visto uma série de coisa como o ambiente. 6. Falta de incentivo 7. Sim, estou de acordo. Resposta 7 1. Andreia de Sousa 2. 34 anos 3. Coordenadora pedagógica 4. Acredito ser de suma importância já que essa fase (infantil) é onde as crianças estão tendo várias descobertas, adquirindo muitas informações que levarão para o resto de suas vidas. 5. O educador é muito importante para ajudar a criança no seu desenvolvimento, ele é responsável em oferecer meios em que a criança possa estar crescendo em suas descobertas e incentivar a conhecer o novo. 6. A falta de valorização dos profissionais da área. 7. Sim, estou de acordo. 202


Resposta 8 1. Adriely Suzart 2. 21 anos 3. Estudante de Psicologia 4. No processo de aprendizagem é importante o desenvolvimento cognitivo, visto que, é fundamental para que ocorra a aquisição de conhecimento, envolvendo diversos fatores como a percepção, memória, linguagem, raciocínio. Influência assim, diretamente na aprendizagem infantil e em sua formação. 5. O educador tem um papel fundamental no aprendizado do aluno, visto que, nesse processo de aprendizagem será responsável por contribuir para uma formação, onde o aluno possa desenvolver suas habilidades, fornecendo os materiais e informações adequadas à esse processo. 6. Falta de estrutura nos ambientes, salas superlotadas, professores com pouco recursos para exercer seu trabalho, matérias didáticos pouco abrangentes ao desenvolvimento de outras competências dos alunos, entre outros aspectos, que influenciam diretamente no ensino-aprendizagem. 7. Sim, estou de acordo. Resposta 9 1. Lucas 2. 24 anos 3. Professor 4. É importante porque sem bons estímulos para o cognitivo desde pequenos, as crianças correm o risco de terem problemas de aprendizagem dos conteúdos futuros.

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5. Mediar a busca de informações e conduzir o aluno em suas pesquisas para construir conhecimento. É responsabilidade do professor conduzir esse processo. 6. Falta de estrutura fisica e materiais para trabalho. Salas superlotadas e um sistema que trata o indivíduo como número, com avaliações injustas. 7. Sim, estou de acordo. Resposta 10 1. Stephanie 2. 23 anos 3. Pedagoga em formação 4. O desenvolvimento da cognição é a base da aprendizagem infantil. Por meio desse desenvolvimento a criança vai aprender habilidades motoras, a língua, o raciocínio lógico, a construção do pensamento e sua expressão. 5. O educador tem o papel de potencializar os conhecimentos prévios dos alunos, como também as hipóteses que são levantadas de forma que um novo conhecimento seja estabelecido. Planejar, observar, avaliar, valorizar e incluir, são responsabilidades atribuídas ao professor no processo de aprendizagem. 6. O sistema de ensino brasileiro não é pensado como um projeto a longo prazo; os docentes não enxergam as políticas públicas como algo que os atinge dentro da sala de aula; falta de acompanhamento dos planejamentos em todas as esferas da Educação. 7. Sim, estou de acordo.

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Resposta 11 1. Cibelle Cristina Duarte dos Santos 2. 40 anos 3. Professora 4. Educação infantil é a base de toda aprendizagem 5. Ele é o mediador das situações onde o ocorre o apreender, de forma sistematizada, cabe ao professor dar significado e forma dentro desses processos. 6. Valorização dos profissionais da educação. 7. Sim, estou de acordo. Resposta 12 1. Alcilene 2. 29 anos 3. Pedagoga 4. A importância e influência é de muita valia, pois é por meio desse desenvolvimento que a criança vai assimilar o que pode e não pode fazer em determinadas situações, porque as vezes elas querem fazer algo mais o cognitivo as deixa ciente que podem não conseguir por não está ainda preparado ou forte pra tão prática. 5. O papel do professor nada mais é que o encorajar a cumprir determinada função, os auxiliando e explicando o porque de cada atividade, seja ela teórica ou prática, o dialogo é muito importante, e os estimula educandos a fazer, eles gostam de imaginar e movimentar-se. 6. Que o sistema só busca se basear no teórico, e deixa a desejar na prática, falta de realismo no sistema e muita hipocrisia. 7. Sim, estou de acordo. 205




Escola de Bolso é um material paradidático concebido para auxiliar nos processos de aprendizagem de crianças entre 09 e 11 anos. O projeto se desenvolveu com base em uma pesquisa sobre a cognição no processo de aprendizagem e sua abordagem por meio de materiais de cunho paradidático.


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