Elaborada pelo sistema de geração automática de ficha catalográfica do Centro Universitário Senac São Paulo com dados fornecidos pelo autor(a). Leite, Jade Zorzetto Moreira O projeto editoria do Boi Bumbá em Parintins / Jade Zorzetto Moreira Leite - São Paulo (SP), 2018. 112 f.: il. color. Orientador(a): Eleni Paparounis Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Jade Zorzetto Moreira Leite) - Centro Universitário Senac, São Paulo, 2018. 1. Cultura 2.Folclore 3. Festival 4.Infantil 5.Boi Bumba&#769nbsp;I. Paparounis, Eleni (Orient.) II. Título
Agradeço a minha orientadora, meus professores e intérprete de Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Eles sempre se comunicaram comigo com alegria e com carinho. Superei as dificuldades da minha vida e me senti muito orgulhosa conseguindo me comunicar com a minha orientadora com a interpretação de LIBRAS/língua portuguesa. Deixo meu imenso agradecimento aos professores e intérpretes que me acompanharam ao longo dessa trajetória.
As histórias folclóricas são muito importantes dentra da cultura brasileira. As pessoas propagam diversas lendas do folclore, dentre elas a do boi-bumbá da qual se organizam festivais de boi-bumbás anualmente. Essa tradição é mais popular nas regiões norte e nordeste. O folclore de bumbás é comemorado principalmente em dois estados brasileiros que são Parintins no Amazonas e São Luís em Maranhão, onde acontecem festivais anualmente nos meses de junho e julho. Em Parintins, é possível observar diferenças culturais em relação a São Luís. Dentre essas diferenças pode-se pontuar os dois principais personagens do festival de boi-bumbá que são os bois Caprichoso e Garantido. O festival é organizado com maestria e grande beleza, sendo possível estabelecer um paralelo com os famosos carnavais. A narrativa do boi-bumbá após pesquisada, foi contada através de um livro pop-up para crianças de 07 a 08 anos, pois nessa fase as mesmas têm atenção aos estímulos visuais presentes nas ilustrações de livros infantis e em temáticas sobre o folclore.
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Resumo ..............................................................................................................5 Introdução .........................................................................................................9 Objetivo ............................................................................................................11 Justificativa .......................................................................................................13 Procedimentos Metodológicos .....................................................................15 Fundamento Teóricos ....................................................................................17 O Folclore .........................................................................................................17 Folclore Brasileiro ...........................................................................................17 História .............................................................................................................18 Principais Histórias .........................................................................................18 O Saci ................................................................................................................19 A Iara ................................................................................................................23 O Curupira .......................................................................................................26 A Mula-sem-Cabeça ........................................................................................27 O Lobisomem ..................................................................................................28 Bumbá-meu-Boi ..............................................................................................29 Boi Bumbá em Parintins ................................................................................35 História do evento ..........................................................................................35 Música ..............................................................................................................38 Ritual.................................................................................................................41 Caprichoso e Garantido .................................................................................42 Critérios de avaliação da competição ..........................................................45 Público Alvo .....................................................................................................51 Público Infantil ................................................................................................51 A literatura destinada ao público infantil ....................................................51 Material em livro infantil ................................................................................53 Estudo de concepção .....................................................................................59 Roteiro da história ..........................................................................................63
Criação..............................................................................................................64 Concepção de Personagens...........................................................................70 Projeto POP-UP................................................................................................78 Registro do processo.......................................................................................82 Tipografia para capa........................................................................................91 Considerações finais.......................................................................................99 Lista de Imagens........................................................................................... 103 Referências.................................................................................................... 105
No Brasil o folclore está presente na cultura nacional de diversas maneiras, entre eles contos, histórias e em alguns estados, festivais. O presente trabalho apresenta a importância do folclore na identidade nacional e destaca a tradição dos Bumbás na região Norte do país. Na cidade de Parintins, estado do Amazonas, acontece um festival de Boi Bumbás representados pelos blocos denominados Caprichoso e Garantido cujas histórias estão apresentadas neste trabalho.
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Valorizar a importância cultural do folclore brasileiro. Analisar os elementos do folclore do festival de Parintins, em razão de sua dimensão cultural e riqueza regional Valorizar a comunicação, pois os povos têm sua cultura própria tanto nas áreas urbanas quanto rurais, com tradição histórica, muitas vezes transmitidas oralmente pelo conhecimento popular. Produzir um livro pop up sobre o folclore do Boi Bumbá com foco nos dois blocos: Caprichoso e Garantido.
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Na história do Brasil estão presentes dentre as principais narrativas as histórias folclóricas. Popularmente contada em diferentes regiões do Brasil essas narrativas foram virando histórias ou tornaram-se parte de festivais folclóricos. Dentre as histórias brasileiras as principais são as do Saci, Iara, Lobisomem, Mula-sem-Cabeça e Curupira. Algumas pessoas desconhecem algumas dessas lendas. Em algumas regiões do Brasil se fizeram famosos alguns aspectos do folclore como o do bumba-meu-boi com festivais de dança. Essa cultura está presente em diversos estados do Brasil. Os estados do Maranhão e do Amazonas são os que têm as principais festividades do bumba-meu-boi, com pequenas diferenças manifestas na cultura e na dança. No Amazonas é organizado anualmente o festival de Parintins, que tem dois grupos de Boi-bumbás, chamados de Caprichoso e Garantido que utilizam as cores azul e vermelho respectivamente. Os bois Caprichoso e Garantido organizam o festival na cidade de Parintins, num local conhecido como Bumbódromo.
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Estudos sobre o Folclore Foram realizadas pesquisas para conhecer sobre o folclore e como estes são divulgadas, foi possível perceber que existem diferentes tipos de folclore, e há farto material de autores que escrevem sobre a cultura brasileira. As principais histórias de folclore são: Saci, Iara, Lobisomem, Mula-sem-Cabeça e Curupira. Eles têm em grande parte raízes culturais indígenas, européias e africanas. Alguns grupos detêm as histórias com elementos religiosos e expressões do folclore. Como este trabalho se refere a história do Boi bumbá e como é representado no Festival de Parintins, foi estudado a cultura do Festival, informações sobre a organização do mesmo, bem como critérios de avaliação para definição dos ganhadores. Para tanto foram vistos vídeos da apresentação de 2017.
Visita às livrarias Ocorreram visitas às Livrarias Saraiva e Cultura com o objetivo de pesquisar livros sobre folclore e compreender as diferenças de ilustração para o público infantil, com idade entre 7 e 8 anos.
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Estudo prático com pop-ups Para realizar o projeto em pop-up foi necessário fazer a leitura de livros próprios da área de sobre o tema, bem como assistir a vídeos. Foram adquiridos três livros com diferentes linhas de projeto pop-up. Elaborar o livro infantil em formato de pop-up trouxe inúmeros aprendizados, sendo que alguns mecanismos apresentaram erros e em outros acertos que possibilitaram o desenvolvimento e a compreensão de como realizar o projeto.
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O Folclore Folclore é um movimento popular, constituído por histórias, mitos, danças, músicas e contações de histórias. Simboliza a cultura popular e apresenta grande importância na identidade de um povo, de uma nação. Para não se perder a tradição folclórica, é importante que as manifestações culturais sejam transmitidas através das gerações.
Folclore Brasileiro
O folclore brasileiro tem sua manifestação cultural diversa, uma vez que o país é dividido em cinco regiões devido a sua grande extensão territorial. Alguns autores em suas obras abordam muito sobre o folclore, dentre esses temos Luís Câmara Cascudo e Joaquim Maria Machado de Assis. O povo brasileiro se formou através de uma mistura de culturas africana, indígena e européia que influenciaram fortemente nas narrativas folclóricas que hoje temos acesso. Estas se manifestaram através de contos, festas folclóricas, danças e músicas.
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História Há anos, os grupos indígenas viveram sobre o território brasileiro (antes do “descobrimento”), já contavam suas histórias como forma de manutenção da sua tradição cultural. Em muitas tribos, os anciões indígenas eram muito importantes nas tribos e ensinavam verbalmente as crianças sobre sua a cultura e os costumes. Com a chegada dos portugueses e a apropriação da terra, tiveram contato com grupos indígenas que se comunicam usando sua língua nativa. Os portugueses impuseram sua língua, seus costumes e sua religião. Com os escravos africanos se deu do mesmo modo, ou seja, as manifestações culturais eram em muitos casos proibidas e realizadas de forma escondida. Numa convivência, nem sempre pacífica destas raças, se deu uma miscigenação do nosso povo, nossas história e costumes, entre eles o Folclore, tema deste trabalho.
Principais Histórias As escolas ensinam sobre o folclore brasileiro para suas crianças e com isto muitas dos personagens se tornam conhecidos por todos, como o Saci, a Sereias Iara, o Curupira, a Mula-semCabeça e o Lobisomem. Alguns autores propagaram as histórias do folclore popular brasileiro, tanto no meio urbano como no meio rural. O folclore também se manifesta nas diversas regiões brasileiras através de festivais com músicas, danças e grandes festas populares.
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O Saci A história do Saci era contada primeiramente entre os povos indígenas e o personagem era descrito como tendo pele indígena e uma só perna. Quando os portugueses chegaram aqui na colônia levaram os escravos para nordeste século XVI. Com a troca de vivências e experiências entre os indígenas e os negros, a imagem do Saci foi se alterando, passou a ser caracterizado com pele negra e com características de um malandro que fumava cachimbo e brincava com as pessoas. Os escravos negros foram introduzindo elementos próprios da cultura africana passando a dizer que o Saci perdeu uma de suas pernas lutando capoeira, o que não era dito na história original indígena. O cartunista Maurício Araújo de Sousa desenhou a turma da Mônica “Você sabia? Folclore”, explica sobre o Saci e tem misturado pessoas de diferentes origens: indígena, africana e portuguesa.
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Figura 1 SOUSA, Maurício Araújo de. Turma da Mônica - Você sabia? Folclore
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O escritor Monteiro Lobato (1994, p. 18) contou em suas obras sobre essa história: — O saci — começou ele — é um diabinho de uma perna só que anda solto pelo mundo, armando reinações de toda sorte e atropelando quanta criatura existe. Traz sempre na boca um pito aceso, e na cabeça uma carapuça vermelha. A força dele está na carapuça, como a força de Sansão estava nos cabelos. Quem consegue tomar e esconder a carapuça de um saci fica por toda vida senhor de um pequeno escravo.
Vários outros escritores, entre eles Ziraldo Alves Pinto escreveu e ilustrou uma série de histórias sobre o Saci.
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Figura 2 Ziraldo, A Turma do Pererê - 365 Dias na Mata do Fundão Pág. 6
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A Iara Iara foi uma das primeiras lendas indígenas e era contada diferente de como a conhecemos hoje. Se tratava de uma história sobre a Ipupiara que é uma divindade monstruosa marítima, presente na cultura indígena e também na portuguesa. Os escritos de Pero de Magalhães Gandavo contaram sobre a Ipupiara. Na Capitania de São Vicente, sendo já alta noite a horas em que todos começavam de se entregar ao sono, acertou de sair fora de casa uma Índia escrava do capitão; a qual lançando os olhos a uma várzea que está pegada com o mar, e com a povoação da mesma Capitania, viu andar nela um monstro… (GANDAVO, 1575, p.25)
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Iara foi descrita por vários autores de formas muito diferentes, entre elas há a narrativa da Mãe d’Água feita pelo autor Luís da Câmara Cascudo no Poema de “O marido da mãe d’água”: Ele aceitou o pedido. E correu para provincial, O mais belo vestido, Para a Mãe D’Água usar. Branco, cheio de bordado, Numa bela noite de luar. Fez promessa nas água. Que nunca iria arrenegar. Sendo bom fiel a ela, Em harmonia com o mar. Casou-se com a Mãe D’Água, Que em sua casa foi morar. (LOHR, 2017, p. 87)
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O escritor Olavo Bilac apud ALVES, (2017 p.181) também possui textos sobre a sereia Iara, como exemplo citamos o seguinte poema, presente no seu livro póstumo de coletâneas intitulado Tarde: A Yara Vive dentro de mim, como num rio, Uma linda mulher, esquiva e rara, Numa borbulhar de argênteos flocos, Yara De cabeleira de ouro e corpo frio. Entre as ninféias a namoro e espio: E ela, do espelho móbil da onda clara, Com os verdes olhos úmidos me encara, E oferece-me, no ímpeto de esposo, Na desesperação da glória suma, Para a estreitar, louco de orgulho e gozo… Mas nos meus braços a ilusão se esfuma: E a Mãe d’Água, exalando um ai piedoso, Desfaz-se em mortas pérolas de espuma.
Há em comum entre as diversas histórias a narrativa de uma deusa do mar ou rio que deixava os homens apaixonados e encantados.
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O Curupira É um personagem antigo no folclore nacional e figura entre os principais personagens da história do folclore brasileiro. Os indígenas assim como os portugueses descreviam o Curupira como um “demônio das florestas”. Ele era assustador e barulhos vindos da mata provocavam o temor de que o Curupira aparecesse. No século 16, na carta conhecida como Descrição de São Vicente escrita pelo padre José de Anchieta, vemos relatos que ele estava curioso, pois os indígenas contaram sobre Curupira que causava medo nos indígenas. Descrito como um “duende” ou “espírito da floresta”, o curupira tem o corpo de uma criança, com pelos ruivos, pele escura, dentes verdes e considera-se como a sua principal característica ter os pés virados para trás com o calcanhar para frente. O autor maranhense Antônio Marques Rodrigues escreveu o poema “O Curupira”, escrito em 1861:
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O Curupira De dia não buscar a estrada O guerreiro Curupira, Porque dorme a sono solto À sombra da sucupira. Mas de noite, quando a lua Prateia as águas da fonte, E a fresca brisa sussurra, Ei-lo que surge do monte. Montado numa quixada, Rompe do bosque a espessura; Da ouça não teme as garras, Tendo três palmos de altura! (ALVES, 2017, p.129)
A Mula-sem-Cabeça É uma mula que não tem a cabeça, mas em seu lugar tem fogo em formato de tocha luminosa. Ela costuma fazer muito barulho com seus relinchos pela mata. Se apresenta como uma burrinha de cor preta ou marrom, com uma cruz de cabelos brancos. Essa lenda é de origem portuguesa com forte influência da cultura religiosa católica (predominante na época). A transformação de uma mulher em mula sem cabeça é dada como punição às mulheres que namoraram ou tinham pensamentos pecaminosos com padres, o que é proibido pelo Catolicismo. Conta-se que a mulher que vira mula normalmente é casada e trai o marido com um sacerdote. É da cultura 27
européia a grande devoção religiosa que dentre suas leis doutrinárias proíbem namoro ou matrimônio com padres. O contato das mulheres com os sacerdotes deve se restringir ao âmbito social e religioso. O autor Luís da Costa Pinheiro escreveu o livro “O lubzhomem do mar”, onde contou sobre o lobisomem e juntamente sobre a mula-sem-cabeça. Outros escritores brasileiros também escreveram sobre a Mula sem Cabeça de forma adaptada ao público infantil, pois a história da mula-sem-cabeça é carregada de um aspecto negativo apenas para as meninas e moças que são condenadas a um destino infeliz de tal sorte que carregam a punição pelos atos e pensamentos pecaminosos. O cartunista Maurício Araújo de Sousa contou também escreveu sobre esse folclore na Turma do Chico Bento, onde a avó do personagem principal é a narradora dessa história.
O Lobisomem Essa lenda se trata de um homem que se transforma em lobo com o aparecimento da lua cheia no céu e volta à sua forma humana normal ao amanhecer. Tem influência portuguesa, pois a palavra “lobisomem” tem provável origem européia e aparece também em alguns mitos gregos. No Brasil o Lobisomem é muito popular tanto entre as populações de áreas rurais quanto urbanas. Apesar da história folclórica do lobisomem ser diferente em
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Boi Bumbá outros países, ele está presente com alterações que seguem a etnia e cultura regional do povo que a conta. Os autores brasileiros que escrevem a história do lobisomem dão ênfase a diferentes aspectos da narrativa, sendo às vezes histórias de terror, romance ou até mesmo comédia. A base da narrativa sobre o boi ressuscitado é comum, porém sua história é contada de diferentes maneiras. Primeiramente a narrativa principal foi “Bumba-meu-boi”, da população que vive nas regiões norte e nordeste do Brasil. É a festa mais marcante da cultura popular da região maranhense e também do Norte e Nordeste. Surgiu no século XVII e ainda hoje envolve a população que durante as festividades, ocupa todos as partes da cidade ou município. Os grupos que organizam o evento de Bumba-MeuBoi ou Boi Bumbá, se reúnem dançando e cantando noite adentro. Sobre a origem da história do Bumba-Meu-boi se dar nas regiões norte e nordeste do Brasil os autores do tema não entram em comum acordo:
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A tese não se sustenta. Em primeiro lugar nada impede que, em cada região, se acrescente ao texto referência local, ao contrário, esta é que é a regra geral; em segundo lugar, nenhum documento prova que Bumbá-meu-boi de Pernambuco seja mais antigo que o boi-bumbá do Amazonas, o boi-de-rei de Maranhão, o boi Surubi do Ceará, o boi Calemba de Rio Grande do Norte, o Cavalo-marinho de Paraíba, o bumba-de-reis do Espírito Santo, o Reis de boi do Rio de Janeiro, o Boi de mamão de Santa Catarina, o boizinho do Rio Grande do Sul. O de Pernambuco, isto sim, possui marcas próprias, peculiares à zona. (BORBA FILHO, 1966, p.11)
Os termos populares que designam as diversas manifestações são extremamente conflitantes e podem ter sentidos variáveis. Popularmente se falam nomenclaturas como o Bumba-meuboi ou Boi Bumbá e ambos têm semelhanças em suas dança e narrativas. Há muitos anos, não se sabe o lugar exato se no Norte ou Nordeste, conta-se muito a história sobre o Bumba-Meu-Boi que foi inspirada na lenda da Mãe Catirina e do Pai Francisco. Eles foram um casal de negros trabalhadores de uma fazenda. Certa vez, a esposa estando grávida sentiu muita fome, mas não queria outra comida se não uma língua de boi. Ela pediu ao marido que lhe trouxesse a língua de um boi que ela a via pastando. O Pai Francisco ficou muito pensativo, não tenha ideia do que fazer porque o boi escolhido por sua esposa era um dos preferidos do fazendeiro. Logo ele decide por matar o boi que era o mais bonito de seu senhor. Percebendo a morte do animal, o dono da fazenda convoca curandeiros e pajés para ressuscitá30
lo. Quando o boi volta à vida, toda a comunidade celebra o acontecimento. O boi saiu todo feliz dançando com seu dono e com os moradores da região que o chamam de Bumba-meu-boi, como ficou conhecido na história folclórica. Nas regiões do Norte e Nordeste, se realiza o festival de dança anualmente, alguns estados possuem lei própria que regulamentam o evento do Bumba-Meu-Boi com mês determinado. Outros estados têm diferentes datas e mês de acordo com a cultura popular local. Em Pernambuco, o evento só acontece no mês de dezembro porque culturalmente professam a fé com bumba-meu-boi e os reisados começam no Natal e se prolongam até o Dia de Reis. Rei, Burrinha Ema, Boi, os Mateus, comparsas e dançarinos. O rei usa um coroa grande cheia de espelhinhos e vestuário de lata. Pode ser branco, preto ou mestiço. (CASCUDO, 2003, p. 323)
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No Maranhão, o Festival de São Luís com o evento do Bumbameu-Boi é organizado sempre no mês de junho com danças, canto, música e etc. Organiza o evento que sempre ocorre no mês de junho.
Figura 3 Imagem do BUMBA-MEU-BOI UNIDOS DE SANTA FÉ
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No Amazonas, o Festival de Parintins acontece sempre no último final de semana do mês do junho. A população de Parintins tem dois grupos principais de Boi-Bumbá denominados Garantido e Caprichoso representados pelas cores vermelho e azul respectivamente.
Figura 4 Garantido
Figura 5 Caprichoso 33
História do evento A população de Parintins criou o festival com elementos devocionais ao Boi Bumbá que teve seu início em 1964, quando foi realizado o Primeiro Festival apresentaram-se apenas dois grupos de bois: o Caprichoso e o Garantido. No século XX, as pessoas foram formando novos bois com dança e música. O primeiro a ser representado foi o Caprichoso, em 1913, após nove anos, em 1922, apareceu o boi Garantido. O festival acontece nas três últimas noites do mês junho, organizado em torno da competição entre dois grupos de Bois: o Boi Garantido é um boi branco, é representado por um coração vermelho na testa, cuja cores emblemáticas são o vermelho e o branco; o Boi Caprichoso é um boi preto, representado pela estrela azul na testa, cuja cores emblemáticas são o preto e o azul. A maior e mais popular manifestação cultural do estado da Amazonas, diferente do que muitas pessoas imaginariam, não acontece em Manaus (a capital) e sim em Parintins, onde milhares de turistas são atraídos para assistir as danças de Boi Bumbá. Os grupos de Bois apresentam uma brincadeira com danças, e fazem provocações amistosas entre eles. Os participantes se tratam com respeito e valoriza o folclore local. A brincadeira do boi foi escrita pela primeira vez pelo Frei beneditino Miguel do Sacramento Lopes para o jornal O Carapuceiro, Recife-PE, intitulado “A estultice do Bumba-meu-boi”.
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O festival acontece na arena do Centro Cultural Amazonino Mendes, popularmente chamado de Bumbódromo, cujo nome é uma alusão ao Sambódromo que é o espaço de apresentação oficial do Carnaval em São Paulo e Rio de Janeiro que acontece nos meses de fevereiro e março. O estádio situa-se na área central da cidade, junto com a catedral de Nossa Senhora do Carmo, uma linha imaginária, que divide Parintins em uma metade leste e uma metade à oeste. O fato é significativo, porquanto o assunto é Boi, tudo nossa cidade se divide em dois grupos. A arena e as arquibancadas do Bumbódromo são pintadas de azul e vermelho, separadas pela metade. Na parte leste encontra-se a arquibancada azul para os torcedores do Boi Caprichoso, e na metade oeste encontra-se a arquibancada vermelha para os torcedores do Boi Garantido. A seguir as imagens dos Sambódromos de São Paulo e do Rio de Janeiro e do Bumbódromo de Parintins.
Figura 6 Sambódromo de SP
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Figura 7 Sambรณdromo de RJ
Figura 8 Bumbรณdromo de Parintins
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Música Os organizadores de cada agremiação compõem as músicas dos bois Garantido e Caprichoso com fortes traços da cultura da região norte do Brasil e, cantam sentindo e transmitindo muita emoção de ambas torcidas. As músicas apresentadas são conhecidas do público como sambas enredos e que se renovam a cada competição. Contudo não são sambas como conhecemos no samba carioca, eles apresentam características diferentes. Como as apresentações são anuais, a produção dos textos, das poéticas trazidas nas músicas e dos trajes das fantasias é alterado e recomposto a cada evento. As brincadeiras populares apresentam características culturais como as danças indígenas, africanas e européias. Essas brincadeiras evoluíram pouco a pouco transformando-se num teatro organizado, feito especialmente para a apresentação em quadras festivas. As agremiações dos bois Caprichoso e Garantido compõem poesias com profissionais especialmente contratados para essa função, juntamente com músicos populares visando a apresentação de cada ano.
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A seguir um trecho da música do grupo do Boi Caprichoso: Marujada de Guerra eu quero ouvir O som do teu tambor Nosso boi Caprichoso que nos vir Brincando com amor Vamos fazer palha voar O bumbódromo balançar Touro galante, meu diamante Vem com garra pra brincar Meu boi Caprichoso é um boi aguerrido Nunca foi vencido, é um boi campeão O meu boi Nos campos de batalha Do contrário sempre foi vencedor Treme o chão, balança o mar Só fica uma estrela no céu à noite a clarear Na minha ilha, no meu verde clorofila Pro meu boi balancear Não sou só eu, tem mais caboclos do lugar Bravos guerreiros, guardiões do rio-mar São saterê, parintintin, tupinambá São guerreiros da terra, marujada de guerra Boi Caprichoso é meu bumbá (Chico da Silva, 2003)
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A seguir um trecho da música do Boi Garantido: Garantido minha vida, minha voz, alegria e canção Cravejados de poemas, relicários de amor e tradição Um canteiro de vitórias tão sublimes que é difícil de entender Como alguém escolhe as trevas Tendo a luz que emana forte de você Todo mundo é mais feliz no garantido Bate o tambor que sacode o garantido Todo mundo é mais feliz no garantido Bate o tambor que sacode o garantido Meu amor vem logo me abraçar Que o dia vai raiar E a batucada não pode parar Traz o luar, estrelas pra contar Traz flores pra jogar e uma cachaça pra gente comemorar (Mencius Melo e Luiz Alfredo Campos, 2015)
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Ritual O Bumbá de Parintins tem um processo de ritual amplo, articulando diferentes níveis e dimensões culturais e acompanhando no tempo o movimento da sociedade. No final do século XX, as associações folclóricas dos bois Caprichoso e Garantido se organizam para contar a história com música que tem por personagem principal o “pajé” que é pessoa de destaque na cultura indígena por possuir conhecimentos místicos. Outra transformação interessante nos traz ao estado atual do folguedo: a crescente relevância nos componentes tradicionais indígenas à trama. O diretor de arte do Boi Caprichoso no ano de 1990, traz o “índio das florestas”, presente no folclore amazônico. Com o passar do tempo orgulhosamente estrelando, a figura do “Pajé” foi se consolidando até os festivais atuais sendo um ponto alto na noite da apresentação. No entanto, os personagens indígenas relacionados a esse conjunto foram, aos poucos, dele se destacando e ganhando crescente importância. É o caso da cunhã poranga, dos tuxauas, do pajé, das tribos femininas e masculinas, e de um novo quadro cênico, o ritual. A temática das toadas acompanhou esse processo. Uma toada de 1992 falava do índio como “o humilde parceiro do boi”. (CAVALCANTI, 1999, p.1039)
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A história do folclore do Boi-Bumbá conta que a Mãe Catirina estava grávida e tinha o desejo de comer a língua do boi mais bonito da fazenda, especificamente, aquele preferido do Amo, o rico fazendeiro onde seu marido, o Pai Francisco trabalha. Para agradar a esposa, Francisco mata o boi favorito de seu patrão. Um médico é chamado e confirma a morte do boi. Para trazer a vida de volta ao bicho, o Amo chama um padre, que no festival é representado por um pajé. Pai Francisco temendo ser punido e preso pelo o que fez decide pedir ajuda a um poderoso pajé de uma tribo indígena das redondezas. O pajé o ajuda e ressuscita o boi. O boi volta a vida inspirando um espírito de mais amor e a dança como comemoração. Com seus rituais, o pajé consegue ressuscitar o animal e isso vira motivo de festa. Pai Francisco e Mãe Catirina são perdoados pelo Amo dono do boi.
Caprichoso e Garantido O festival logo tornou-se um sucesso. Esse sucesso relaciona-se diretamente à adesão da população a um dos dois Bois rivais, alguns vão torcer para o Garantido outros para o Caprichoso, inicialmente as torcidas rasgavam as roupas dos adversários, era aquela briga generalizada. Isso por questões sociológicas entre as pessoas, sintam-se como devotos ao Garantido ou ao Caprichoso. Os dois Bois estão sempre presentes na organização do festival todos anos. Além do cuidado com a parte artística, eles são responsáveis pela produção e comercialização do festival. As regras estabelecidas a esse respeito têm quatro quesitos principais:
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1) o mecenato cultural do qual participam o governo estadual e o governo federal, através do Ministério da Cultura; 2) o patrocínio da Coca-Cola desde 1995 (que tem como contrapartida a publicidade de seus produtos no Bumbódromo e os camarotes especialmente construídos para seus convidados); 3) a venda do direito de arena a empresas televisivas; 4) a venda dos CDs oficiais, com as toadas anuais do festival e a venda de ingressos do festival e a promoção de ensaios, sobretudo em Manaus. (CAVALCANTI, 1999, p.1034)
Os dois bois unidos estão presentes simbolicamente no logotipo com registro no Instituto de Marcas e Patentes. O Garantido criou o Movimento Amigos do Garantido, e o Caprichoso o Movimento Marujada, estabelecendo bares (os currais de terra firme) para a realização de apresentações e ensaios na capital. As pessoas fazem divulgação por meio de em cartazes do Garantido e do Caprichoso.
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Figura 9 Cartaz do Festival de Parintins 2017
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Critérios de avaliação da competição Os grupos das escolas dos bois se organizam de acordo com as regras das composições musicais e o festival acontece como o das escolas de sambas que se apresentam e depois são julgadas e posteriormente tem a apuração dos votos. Os grupos são avaliados com notas de 01 a 10 após a apresentação em três noite consecutivas a partir dos seguintes quesitos: Música, poema; apresentação cênica e coreografia; e apresentação artística. Para a apresentação é importante mostrar os seguintes itens que serão essenciais para a apuração: Apresentador, Levantador de toadas, Porta-Estandarte, Amo do boi, Sinhazinha da Fazenda, Rainha do Folclore, Cunhã - Poranga, Boi Bumbá (Evolução) e Pajé.
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Figura 10 Amo do boi Caprichoso
Figura 11 Amo do boi Garantido
Figura 12 Estandarte Caprichoso
Figura 13 Estandarte Garantido
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Figura 14 Sinhazinha da Fazenda Caprichoso
Figura 15 Sinhazinha da Fazenda Garantido
Figura 16 Rainha do Folclore Caprichoso
Figura 17 Rainha do Folclore Garantido 47
Figura 18 Cunhã - Poranga Caprichoso
Figura 19 Cunhã - Poranga Garantido
Figura 20 Pajé Caprichoso
Figura 21 Pajé Garantido
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Figura 22 Boi Bumbรก Caprichoso
Figura 23 Boi Bumbรก Garantido 49
A seguir imagens das fantasias dos principais personagens dos blocos Caprichoso e Garantido: O vencedor será o grupo que obtiver a nota mais alta. A seguir informações do edital de 2017 para a realização do evento: (...) A cada noite de espetáculo será avaliado: I - Tribos Indígenas: No mínimo 04 (quatro) e no máximo 11 (onze) tribos, com no mínimo de 18 integrantes por tribo; II - 03 (três) Tuxauas; III - Vaqueijada: No mínimo de 30 e no máximo 40 integrantes; IV - 01 (um) Ritual Indígena com estrutura artística e alegórica; V - 01 (uma) Lenda Amazônica com estrutura artística e alegórica; VI - 01 (uma) Figura Típica Regional com estrutura artística e alegórica. (...)A disputa é julgada em 3 blocos (...) No Bloco “A” - COMUM/MUSICAL APRESENTADOR, LEVANTADOR DE TOADAS, BATUCADA OU MARUJADA, AMO DO BOI, GALERA, TOADA (LETRA E MÚSICA) e ORGANIZAÇÃO DO CONJUNTO FOLCLÓRICO Bloco “B” Cênico/Coreográfico PORTA-ESTANDARTE, SINHAZINHA DA FAZENDA, RAINHA DO FOLCLORE, CUNHA-PORANGA, PAJÉ, BOI-BUMBÁ (EVOLUÇÃO) e COREOGRAFIA Bloco “C” - Artístico RITUAL INDÍGENA, TRIBOS INDÍGENAS, TUXAUAS, FIGURA TÍPICA REGIONAL, ALEGORIA, LENDA AMAZÔNICA e VAQUEJADA (Parintins, 2017, Grifos e síntese do autor) 50
Público Infantil Entre o público infantil, há uma diferenciação entre os que estão em fase de alfabetização e os que não estão nessa fase ainda. Essa diferenciação é importante pois compreende-se que crianças que não alcançaram as condições necessárias para a alfabetização são mais dependentes dos pais e dos professores que se utilizam de literaturas apropriadas para proporcionar o aprendizado de letras e palavras.
A Literatura destinada ao público Infantil O sistema educacional brasileiro prioriza o ensino e difusão da cultura nacional com histórias e livros como materiais de apoio que respeitam divisões etárias dentre as séries escolares. “A literatura infantil é um gênero literário que pressupõe a arte, sugere o belo e o gosto literário, comunicando e cooperando com o equilíbrio emocional das crianças, assim formando o ser humano” (CABRERA, 2004, p.)
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Fonte: ABUCHAIM, (2015. pg 16)
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Nas fases iniciais de 0 a 3 anos, as crianças ainda não estão alfabetizadas pois esse processo seria muito precoce, sendo mais adequado que brinquem desenvolvendo a coordenação motora em atividades que remetem ao pensamento concreto. É importante a interação com os pais no ambiente doméstico. Dos 4 aos 6 Wanos, as crianças começam a aprender as letras e algumas palavras palavras utilizando recursos como diferentes texturas e variações de cores. Na educação infantil, geralmente os professores ensinam contando histórias como Os Três Porquinhos, Chapeuzinho Vermelho, etc., fábulas estrangeiras que não contemplam a cultura brasileira como o folclore nacional o faz. Dos 7 aos 9 anos, as crianças são mais expostas aos livros como instrumento para o aprendizado de diversas palavras sendo essa leitura mediada pelos pais ou professores. É nessa fase que as crianças em sua formação escolar são iniciadas ao aprendizado da cultura literária brasileira, em especial o folclore, pois as crianças adquirem mais autonomia para a leitura.
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Fonte: Filipousky (2006, p.70)
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Material para o livro infantil Os livros são classificados em faixas etárias dentro da categoria infantil. É preciso preocupar-se com a ergonomia do livro proporcionando conforto às criança ao manipulá-lo. Os designers projetam baseando-se em estudos próprios de acordo com as características desejáveis para o livro que podem conter ilustrações e/ou pop-ups para dar dinamismo às páginas.
(EDITORA DO BRASIL Práticas de leitura )
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Considerando as informações já citadas, foi decidido focar o trabalho na produção de um livro para o público infantil com idade por volta dos sete anos. Entendemos que para essa faixa etária as imagens apoiarão o texto para dar suporte ao entendimento da criança que terá a sua disposição um livro com áreas de texto curtas. A história, que é extraída do folclore, é apropriada para essa fase que a criança tem em si a fantasia como mediadora para a compreensão da realidade. Os materiais selecionados para a confecção de livros também precisam ser voltados ao seu público e faixa etária. O projeto para produzir um livro infantil precisa se preocupar com o cuidado da criança com o livro, sendo estes capazes de resistir ao uso das crianças. No caso de um livro como pop-up se faz necessário o uso de papel rígido com ou sem textura. Quando se conta histórias com livros, eles devem ser pequenos e rápidos. A literatura para as crianças é feita numa linguagem simples. Sabemos que elas ainda não desenvolveram o aprendizado de vocabulários densos e por isso precisam de materiais com vocabulário adequado. O tempo estimado para a leitura deve ser entre dez e trinta minutos. Os livros pop-ups variam quanto ao número de páginas, geralmente de 5 a 13 de acordo com a faixa etária. Estes livros destinados às idades de 2 a 6 anos geralmente apresentam narrativas sobre folclore ou contos de fadas; já os destinados às idades de 6 a 9 anos apresentam-se mais frequentemente como pop up science (pop-up ciência) com temas mais aprofundados.
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Figura 24 Pop-up Science
Figura 25 Pop-up Simples 57
Ao estudar sobre o festival, foi identificado vĂĄrios produtos que sĂŁo comercializados em Parintins nas cores azul e vermelho representando os bois Caprichoso e Garantido, respectivamente, como os apresentados abaixo:
Figure 26 Produtos da Natura
Figura 27 Cerveja Skol
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Figura 28 Publicidade do Banco Bradesco
Figura 29 Ninho 60
Figura 30 Lata de Coca-Cola
A seguir imagens que subsidiaram a elaboração do TCC II.
Figura 31 Livro Ilustrado - simples vermelho e preto
Figura 32 Livro Ilustrado - Coco
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Figura 33 Livro Pop Up - Chapeuzinho vermelho As principais cores a serem utilizadas são o azul e o vermelho uma vez que são as cores dos bois do Festival de Parintins.
Figura 34 Livro Bumba, Nosso Boi
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Figura 35 Livro Bumba, Nosso Boi sobre Pajé
Roteiro da história Criamos uma narrativa envolvendo a história folclórica do Boi Bumbá: Um menino estava andando pela rua quando ouviu um som estranho e se virou em sua direção. Aquele som vinha de um grupo de pessoas que dançavam com um boi. Ele não fazia a menor ideia do que era aquela dança com boi. Não teve dúvidas: foi correndo até a casa do seu avô para lhe perguntar que dança era aquela. Chegando na casa do avô, o menino curioso lhe contou tudo o que tinha visto. O avô logo percebeu do que se tratava e contou ao seu neto sobre essa história que se passou há muito tempo numa fazenda com vários animais onde vivia um casal de escravos conhecidos como Pai Francisco e Mãe Catirina. Mãe Catirina estava grávida e pediu a seu marido Pai Francisco que lhe providenciasse uma língua de boi para ela comer. Pai Francisco se sentiu muito triste, mas atendeu ao pedido de sua esposa, matando o boi com grande amargura. Depois da refeição pronta, Mãe Catirina comeu a língua preparada que estava deliciosa. No outro dia, o Amo da fazenda percebeu a falta do boi. Um dos escravos que trabalhavam ali acusou o Pai Francisco de ter matado o boi. O Amo inconsolado se pôs a chorar ao ver que seu boi estava morto. Pai Francisco ficou ainda mais triste e chamou o Pajé da região para ajudá-los. Assim que chegou, o Pajé conseguiu ressuscitar o boi e todos ficaram muito felizes. Com muita alegria começaram a dançar em comemoração.
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O menino ao compreender a história a achou muito linda e então o avô resolveu levar seu neto para conhecer o Bumbódromo. Quando eles entram no Bumbódromo logo veem o início do Festival Folclórico de Parintins onde acontecem as disputas entre os bois Caprichoso e Garantido.
Criação Para a criação dos personagens foi necessário pesquisar referências do menino, do velho (avô), a escrava negra, o escravo negro, o boi, o indígena, o boi-bumbá, o Amo do boi, a Sinhazinha da Fazenda, a Rainha do Folclore, Cunhã - Poranga, Boi Bumbá (Evolução) e o Pajé. Foi baseado em referências fotográficas com desenhos de personagens (tanto em traço realista quanto personagens caricaturados).
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Menino
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Avô - Idoso
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Escravos Negros
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Pajé
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Boi-bumbรก
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Concepção de Personagens Os personagens presentes na história:
Boi Garantido
Indígena
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Pajé
Menino
Amo do boi Garantido
Para a digitalização e edição dos desenhos inicialmente realizados em grafite sobre papel foi utilizado o programa illustrator com mesa digitalizadora (tablet art). As principais texturas de preenchimento nas ilustrações foram a de guache e textura de piso. Foi utilizada a as medidas de 20cm X 20cm como altura e largura para livro. Seguem os rascunhos iniciais:
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A seguir a arte-final produzida com programa Illustrator: Menino e AvĂ´
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Escravos Negros
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Pajé
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Desenhei todas as ilustraçþes presentes no livro
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Projeto POP-UP Os estudos para a elaboração do projeto com POP-UPs foram feitos a partir de diversas fontes, dentre elas vídeos no YouTube e leitura de livros próprios para aprender a produzir esse tipo de material. Alguns testes foram realizados em dobraduras POP-UP para o livro. Em alguns mecanismos ocorreram erros de projeto do mecanismo, mas no geral foi possível aprender muito.
1- Caixa em pop-up
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2- Adicionando pequenas peças com dobras paralelas ao pop-up
3- Pop-up com fenda
4- Construindo uma torre em pop-up
5- Pop-up com roda de giro 79
As tentativas de confecção das dobraduras para o livro pop-up foram realizadas em tamanho pequeno. Alguns deram errado, outros deram certo e foi preciso ir adaptando os que não ficaram com resultado satisfatório para melhor se adequarem à proposta do livro.
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Registro do processo Após a preparação do projeto gráfico, foi solicitada à gráfica a impressão para confecção do protótipo do livro. Foi utilizado o papel couchê a foram realizadas as dobraduras e mecanismos pop-up.
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Recortes para colagem dos personagens no livro pop-up.
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Preparação da colagem nas páginas do livro:
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Após a realização dos passos acima, o projeto foi levado para impressão na que ficou responsável pela filetagem e do livro e colocação da capa. Resultado final do livro:
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Tipografia para capa O estado do Amazonas tem suas características culturais próprias, que são diferentes da cidade de São Paulo onde estou inserida. Essas características se refletem também na escolha da tipografia para o livro. Foram pesquisadas imagens já produzidas em publicações referentes ao festival de Parintins:
Figura 36 Cartaz de festivel de Parintins 2017
Figura 37 Cartaz de festivel de Parintins 2018
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Uma fonte de tipografia foi estudada e desenvolvida contemplando as imagens apresentadas anteriormente. A seguir os rascunhos para a tipografia feitos Ă mĂŁo:
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Foi utilizado a textura de gauche no Photoshop (ilustração digital):
Foi detectado um pequeno problema com a letra M. Foram realizadas alterações nas estruturas das letras M e B:
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1.
2.
3.
4.
5.
6.
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Ao final dos estudos para a tipografia foi selecionada esses dois projetos para a tipografia da capa:
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Elaboração do desenho para a capa do livro:
1.
2.
3.
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Com todas as partes resolvidas, faltou apenas o meu nome feito com a tipografia:
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Resultado final da Capa:
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Sinto dificuldade com algumas palavras próprias da cultura especialmente referente ao folclore, pois como paulistana, não conhecia a cultura do amazonas. Precisei pesquisar na internet e em livros para sanar essa dificuldade. Foi possível assistir aos vídeos do festival de Parintins mas por ser surda (deficiente auditiva) não tenho como ouvir as músicas, não sei especificamente nesse quesito como é o festival de Parintins, como são usados as várias letras das música dos bois Garantido e Caprichoso. Visitei livrarias em shoppings, procurei livros de folclore, mas percebi que os livros especificamente sobre folclore são poucos nas livrarias. Refleti que a história do folclore é muito importante no Brasil e existem diferentes variações culturais. Em alguns momentos fiquei confusa porque há várias designações diferentes entre bumba-meu-boi, meu boi bumbá ou apenas boi bumbá por causa da grande variedade regional refletida na língua portuguesa. Manipulei alguns livros de pop-up com o intuito de compreender os mecanismos dos movimentos, contudo alguns me pareceram confusos, pois não era de fácil compreensão o funcionamento das dobraduras de movimento. Realizei pesquisas na internet passando por textos e vídeos e encontrei um canal de vídeos no YouTube, sobre pop-up e o uso de diversos papéis. Alguns desses vídeos não disponibilizavam legenda porém a maioria dispunha desse recurso. Para conseguir entender nesses casos específicos em que o vídeo não mostrava o passo-a-passo , após ter feito tentativas sem êxito, a intérprete de LIBRAS e professora 99
Fábia me auxiliaram com essas dúvidas. Elaborei o roteiro baseado na história do boi-bumbá e defini que teria de fazer algumas inclusões considerando que se passava em Parintins. Após esse passo desenhei todas as páginas da história, escolhi as dobraduras pop-ups, desenvolvi a capa e a tipografia. Pesquisei na internet referências fotográficas de Parintins, não me focando no festival apenas mas sim em imagens que apresentam o cotidiano em Parintins. Baseando-me nelas, criei e desenhei os personagens, digitalizando posteriormente esses desenhos com tablets disponíveis no Centro Universitário Senac. Umas das minhas dificuldades foi com o tempo, pois o laboratório com computadores e mesas digitalizadoras fecha aos sábados, domingos e feriados. Desenhei tudo com um pouco de dificuldade principalmente no desenho de mãos. Pesquisei os brushes usados para desenhar e para preencher a pintura com textura de gauche e piso no Photoshop. Desenhei os corpos dos personagens, mas fiquei maluca, pois esses personagens são de uma cultura diferente por serem de Parintins e também tem uma característica específica a ser considerada nos desenhos pois nessa região o calor é excessivo por ser na região do norte do Brasil. Em vez de representar determinados personagens com tênis, os calcei com sandálias de borracha e também os vesti com shorts no lugar de calças. Finalizei a ilustração dos desenhos e comecei a trabalho no InDesign. Foram impressas versões do livro para adequar os pop-ups ao formato do livro. Fui até a gráfica onde me comunicava com um funcionário específico e a ele entreguei o projeto para impressão. Após finalizada a impressão pela gráfica, organizei e recortei as folhas com os personagens e fiz a colagem dos personagens em pop-up para o livro. 100
Desenhei a tipografia e sanei minhas dúvidas em conversas com o professor de tipografia. Ele me pontuou correções a serem feitas nas letras M e B, fiz as devidas alterações nas letras e mostrei o resultado final a um amigo que achou bom apesar de estar faltando algumas finalizações. A seguir elaborei a capa que a princípio me trouxeram algumas dúvidas sobre a composição dos elementos, escolhendo entre apresentar na capa apenas o rosto do boi-bumbá ou o corpo inteiro do animal. Também consultei colegas que opinaram sobre a melhor solução para a capa. Além dos colegas conversei com a professora que me explicou sobre a composição da capa baseando-se em um bom grid (grade). Ao final retornei à gráfica com o projeto final e a capa. Com tudo finalizado peguei o livro pronto e me senti muito feliz por ter dado tudo certo. O livro ficou ótimo.
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Figura 1 - https://bit.ly/2GoMVcZ. Acesso em 15.mar.2018. Figura 2 - PINTO, Ziraldo Alves. A Turma do Pererê - 365 Dias na Mata do Fundão. São Paulo: Edital Global, 2009. Figura 3 - https://vimeo.com/244827269 Acesso em 7.abri.2018. Figura 4 - https://bit.ly/2KrNzbV. Acesso em 7.abri.2018. Figura 5 - https://bit.ly/2KxDTNd. Acesso em 7.abri.2018 Figura 6 - https://bit.ly/2IR2SOp. Acesso em 12.abri.2018. Figura 7 - https://bit.ly/2rS9sts. Acesso em 12.abri.2018. Figura 8 - https://bit.ly/2L7bH4A. Acesso em 12.abri.2018. Figura 9 - https://www.revistaeventos.com.br/Eventos/Bradescopatrocina-o-Festival-Folclorico-de-Parintins/41805. Acesso em 21.abri.2018. Figura 10 - https://bit.ly/2ItmDYA. Acesso em 08.mai.2018. Figura 11 - https://bit.ly/2rNL38X. Acesso em 08.mai.2018. Figura 12 - https://bit.ly/2IPt77J. Acesso em 08.mai.2018. Figura 13 - https://bit.ly/2KzyyEP. Acesso em 08.mai.2018. Figura 14 - https://bit.ly/2IlxGXQ. Acesso em 08.mai.2018. Figura 15 - https://bit.ly/2rO5JwU. Acesso em 08.mai.2018. Figura 16 - https://bit.ly/2k796vo. Acesso em 08.mai.2018. Figura 17 - https://bit.ly/2rO6x4U. Acesso em 08.mai.2018. Figura 18 - https://bit.ly/2La7xcj. Acesso em 08.mai.2018. Figura 19 - https://bit.ly/2IpxVBo. Acesso em 08.mai.2018. Figura 20 - https://bit.ly/2k796vo. Acesso em 08.mai.2018. Figura 21 - https://bit.ly/2rNSGw6. Acesso em 08.mai.2018. Figura 22 - https://bit.ly/2IpRup0. Acesso em 08.mai.2018. Figura 23 - https://bit.ly/2IJwgpF. Acesso em 08.mai.2018. Figura 24 - Foto do autor Figura 25 - Foto do autor 103
Figura 26 - https://bit.ly/2k5DN4d. Acesso em 10.mai.2018. Figura 27 - https://bit.ly/2L5YQjc. Acesso em 29.abr.2018. Figura 28 - https://bit.ly/2KxNTGc. Acesso em 05.mai.2018. Figura 29 - https://bit.ly/2L85R2Y. Acesso em 10.mai.2018. Figura 30 - https://bit.ly/2k3zOoH. Acesso em 10.mai.2018. Figura 31 - Foto do autor Figura 32 - Foto do autor Figura 33 - Foto do autor Figura 34 - FREIRE, Diego. “Bumba, nosso boi” - leitura. Disponível em: <https://bit.ly/2wYmTOj. Acesso em 05.mai.2018 Figura 35 - FREIRE, Diego. “Bumba, nosso boi” - leitura. Disponível em: <https://bit.ly/2wYmTOj. Acesso em 05.mai.2018 Figura 36 - https://bit.ly/2zmaWkb. Acesso em 28.ago.2018 Figura 37 - https://bit.ly/2OY4J2O. Acesso em 28.ago.2018
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