Lendas Japonesas

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CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC Sabrina Saori Yamasaki

SÃO PAULO 2018


Elaborada pelo sistema de geração automática de ficha catalográfica do Centro Universitário Senac São Paulo com dados fornecidos pelo autor(a). Yamasaki, Sabrina Saori Lendas Japonesas / Sabrina Saori Yamasaki - São Paulo (SP), 2018. 176 f.: il. color. Orientador(a): Denize Roma de Barros Galvão, Ana Lúcia Reboledo, Maria Eduarda Astrid Façanha Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Design com Linha de Formação Específica em Design Gráfico) - Centro Universitário Senac, São Paulo, 2018. 1. Lendas Japonesas 2.Livro Ilustrado 3.Literatura Infantil I. de Barros Galvão, Denize Roma (Orient.) II. Reboledo, Ana Lúcia (Orient.) III. Astrid Façanha, Maria Eduarda (Orient.) IV. Título


CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAC Sabrina Saori Yamasaki

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao Centro Universitário Senac - Campus Santo Amaro, como exigência parcial para obtenção do grau Bacharel em Design com linha de formação específica em Design Gráfico Orientadora: Professora Denize Roma de Barros Galvão

SÃO PAULO 2018



AGRADECIMENTO Eu agradeço à todos que ajudaram na realização desse projeto. Principalmente a minha orientadora, Denize Roma, que esteve ajudando durane todo o projeto, me ensinou mais a respeito de editoriais, me motivava a cada vez mais e que me deu mais segurança nas minhas próprias decisões. Muito obrigada por tudo. E também, agradeço minha amiga Priscila, a quem eu contava todos os meus desesperos, mas que, apesar disso sempre tenatava me ajudar. Obrigada por acreditar em mim, por estar sempre me apoiando e motivando. E aos meus amigos Nycholas, Kelly, Mamy, Lidia, por terem me ajudado, de alguma forma, ao longo desse projeto.



RESUMO Este trabalho de conclusão de curso tem como tema as lendas japonesas, histórias que eram contadas de geração em geração pelo povo nipônico, com várias personagens do mundo imaginário, que transmitem muito dos aspectos da sociedade japonesa, como crenças, símbolos, e ensinamentos, mostrando a importância dessas lendas na cultura asiática. Como meio de compartilhar seus princípios, algumas lendas foram escolhidas para serem ilustradas em um livro infantil e por isso estudos sobre a cultura japonesa foram feitos para uma melhor análise e descrição, assim como o estudo da literatura infantil, compreendendo mais sua estrutura para obter uma linguagem coerente por toda a narrativa, e uma pesquisa a respeito das ilustrações em livros infantis entendendo a dinâmica entre a imagem e o texto.

Palavras-chave: 1. Lendas Japonesas, 2. Livro Ilustrado, 3. Literatura Infantil


SUMÁRIO OBJETIVO

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JUSTIFICATIVA

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PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

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FUNDAMENTOS TEÓRICOS

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IMIGRAÇÃO JAPONESA......................................................... 25 CULTURA JAPONESA.............................................................26 Símbolos................................................................................26 Arquitetura........................................................................... 29 Jardim japonês.................................................................. 29 Vestimenta............................................................................31 Religião.................................................................................. 32 Arte........................................................................................... 32 LENDAS JAPONESAS.............................................................38 LITERATURA INFANTIL.........................................................46 Análise....................................................................................46 Estrutura................................................................................ 47 Narrativa................................................................................ 53 ILUSTRAÇÃO................................................................................ 54 Relação entre imagem e texto................................ 54 Elementos............................................................................ 55

RESULTADO DE PESQUISA

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PÚBLICO-ALVO......................................................................59 ANÁLISE DE LIVROS SEMELHANTES..................... 60 ANÁLISE DE LIVRARIAS.................................................. 80 RESULTADO DA ENTREVISTA.......................................87


REQUISITOS DE PROJETO

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ESTUDO DE CONCEPÇÃO

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DESENVOLVIMENTO DO PROJETO

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MEMORIAL DESCRITIVO

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DOCUMENTAÇÃO DO PRODUTO

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

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REFERÊNCIAS

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LISTA DE IMAGEM

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ANEXO

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OBJETIVOS



Objetivo geral O objetivo geral deste trabalho é aumentar o reconhecimento das lendas japonesas, compartilhando suas virtudes e ensinamentos com a população brasileira.

Objetivo específico Para este projeto foi feito um estudo sobre lendas japonesas: analisando os conceitos e tradições compartilhados em suas diferentes histórias, explorando seus valores e, por meio da elaboração de uma publicação, compartilhar os princípios morais que possuem grande importância na cultura nipônica para as crianças, que por ser o membro mais novo da família, está por aprender sobre a cultura de seus pais e conseguiria colaborar com a transmissão da identidade de sua cultura.

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JUSTIFICATIVA



Os japoneses trouxeram para o Brasil vários aspectos e ensinamentos de sua cultura; podemos citar as artes marciais, medicina tradicional, música, escrita, desenhos, costumes e, principalmente, a culinária. É muito comum encontrar restaurantes especializados na culinária japonesa num passeio simples por São Paulo, por exemplo, e, esse ramo foi tão explorado que existem até redes de fastfood desse tipo de alimento. Podemos observar, então, que muitos traços dessa cultura são bem conhecidos, apesar de outros, tais como as lendas, passam despercebidas. No Japão, as lendas são transmitidas de geração em geração por conterem um grande valor, que mantém uma tradição viva; no entanto, no Ocidente, onde as raízes japonesas não possuem muita influência, é difícil encontrar pessoas que tenham conhecimento do folclore asiático, mesmo que sua presença seja inegável em desenhos, jogos e filmes. Vale ressaltar que mesmo que o Brasil seja um dos países que possui uma vasta colônia de descendentes nipônicos, sen-

do um dos lugares em que existe uma das maiores concentrações dessa etnia, nem mesmo a maioria deles possui contato proveniente de suas famílias sobre o assunto ou até conhecimento de uma lenda em específico. Isso se deve, principalmente, ao fato das tradições orais estarem perdendo cada vez mais espaço perante às modernidades oferecidas pela tecnologia atual e, também, por estarem muito mais habituados ao folclore do país onde criaram raízes já centenárias. As lendas possuem muito valor para mostrar e fascinar o público. Assim, através de uma publicação seria possível partilhar seus princípios com a sociedade, agregando valor e tornando-as mais evidenciadas, já que no Brasil, por causa da quantidade de imigrantes e descendentes japoneses que perdem contato com suas origens e do resultado da miscigenação característica de um país multicultural, esses conceitos estão sendo cada vez mais esquecidos, sendo assim, também, uma forma de registrá-los e passá-los adiante.

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PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS



Neste projeto foi elaborada uma coleta de informações acerca do assunto, por meio da leitura de lendas japonesas em livros e websites, considerando suas concepções, detalhes e qualidades. Além disso, foi realizado um estudo bibliográfico sobre a cultura japonesa, visando compreender sua particularidade, bem como entrevistas com descendentes para entender o estilo de vida, os hábitos e a importância da transmissão de valores da cultura nipônica. Como forma de avaliar os possíveis cenários do produto no mercado foram feitas pesquisas de campo em livrarias, leituras e análise de livros. Destarte, fez-se uma pesquisa sobre a faixa etária do público alvo, avaliando o que é mais acessível à essa idade.

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FUNDAMENTOS TEÓRICOS



IMIGRAÇÃO JAPONESA O primeiro grupo de japoneses chegou ao Brasil em 1908, por meio do navio Kasato Maru, com objetivo inicial de trabalhar e juntar quantia o suficiente para voltar à terra natal. Nessa época, o Japão estava passando por mudanças econômicas graças a uma expansão da população e foi, também, posteriormente afetado pela repercussão da Primeira Guerra Mundial (1914-1918); por conta disso, boa parte da sua população encontrava-se em uma situação financeiramente ruim. Então, uma de suas alternativas fora a imigração, e, como o Brasil necessitava de mão-de-obra devido à necessidade da mesma nos extensos cafezais, os países firmaram um acordo e, assim, uma parcela desse grupo étnico embarcou para o Brasil (imigração japonesa, 2018). Os imigrantes japoneses foram trabalhar nas fazendas, mas como as condições não eram agradáveis por conta da extrema exaustão causada por um trabalho mal remunerado e explorador, uma parte continuou na zona mais rural e os demais procuraram outros locais. Um deles foi a região do bairro da Liberdade, onde o aluguel era barato; e, com o estabelecimento da colônia de japoneses no bairro, foram surgindo características trazidas pela cultura japonesa nesta região. Atualmente, o lugar é um ponto turístico em que se encontra muitos aspectos da cultura asiática, oriundos desse

passado. Vale ressaltar que não somente a japonesa, mas muitas outras etnias orientais estão presentes na Liberdade nos dias de hoje. A influência dessa cultura rica faz-se presente desde a gastronomia típica à festivais tradicionais, como por exemplo, os restaurantes de lámen e o Toyo Matsuri1, respectivamente. Sendo provenientes de uma cultura muito distinta, para eles, foi muito difícil o convívio com os brasileiros, principalmente na questão de aceitação e respeito. Isso piorou durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), na qual o Japão declarou apoio aos alemães, enquanto o Brasil apoiou os EUA, gerou um clima negativo aos imigrantes que residiam aqui, sendo discriminados de várias maneiras; eles chegaram a ser proibidos de comunicar em japonês, escutar notícias de sua língua e até foram perseguidos por causa de acusações de espionagem. Após o término da Segunda Guerra Mundial, os japoneses voltaram a imigrar para o Brasil e, com autorização do governo, voltaram ao convívio de suas tradições, além de começarem a exercer atividades comerciais. Sendo assim, o número de imigrantes no país crescia novamente, e atualmente, a quantidade de descendentes japoneses no país é enorme, com 1,5 milhão de cidadãos de origem japonesa, segundo dados do website do Governo do Brasil (2018). 1 Um festival de origem oriental

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CULTURA JAPONESA O Brasil contém culturas de múltiplos países, isso se deve, sobretudo, aos imigrantes tornando visível diferentes comportamentos na sociedade. O povo japonês se destaca pelo espírito cooperativo, dedicação, responsabilidade, entre outros aspectos. A Editora JBC (2004) explica que esses comportamentos vieram, em grande parte, dos fatores climáticos e geográficos do Japão. Morokawa complementa:

A maior parte do território é repleta de montanhas, tendo apenas 16% de áreas cultiváveis, concentradas principalmente nas pequenas planícies à margem dos rios. As principais fontes de riquezas foram basicamente três, provenientes da terra, denominadas: Tsuti-no-Megumi, predominada pelo cultivo de arroz; Umi-no-sachi, peixes, provenientes dos mares; e Yama-no-Sachi, madeiras, provenientes das florestas. (2015 p.12)

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Um exemplo dessa influência, é o cultivo de arroz onde era necessária uma organização das aldeias que abrigavam uma parte do extenso plantio, junto do trabalho coletivo, garantindo a produção do arroz e a sobrevivência dos moradores das aldeias (JBC, 2004). Tendo poucos recursos, os japoneses compreenderam a valorização da natureza, essa apreciação pode ser vista na arquitetura e até na gastronomia oriental, que preza o simples e natural. Os tópicos abaixo mostram alguns dos aspectos da cultura japonesa trazidos por seus imigrantes para o Brasil. Neles será possível notar que o simbolismo é marcante nessa cultura, havendo acréscimo de significados em coisas simples. E mostrará a preocupação com o próprio desenvolvimento mental.

Símbolos O Japão, assim como outros países, apresenta símbolos que são respeitados e apreciados pelo seu povo, Morokawa (2015) define cinco deles:


A bandeira nipônica, retrata o Sol, enfatizando o calor que ajuda os seres vivos, e ressalta o desejo de que os homens deveriam compartilhar da generosidade ao outro. Muitos japoneses respeitam a tradição da família imperial, como diz Morokawa: “São muitos os ofícios que o Imperador exerce como representar seu país, por

exemplo, mas o principal é rezar em prol do desenvolvimento, pela paz e felicidade do seu povo e de toda humanidade” (2015 p.17), servindo de exemplo aos cidadãos. O Japão também possui suas belezas naturais e algumas delas tornaram-se muito conhecidas e admiradas. Conhecidas por Sakura, as flores de cerejeira são um símbolo de felicidade, e

Fig 1 - Flor de Cerejeira

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Fig 2 - Monte Fuji

são muito conhecidas pela beleza, vistas em fotos, filmes, desenhos e até são usadas em cerimônias. Elas florescem apenas uma vez ao ano, mas, quando prosperam, ocorrem festivais só para apreciá-las de perto. Outra riqueza natural é o Monte Fuji, um grande vulcão que está adormecido há mais de 300 anos. Considerado sagrado

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por muitos nipônicos, acredita-se que essa montanha é uma das portas para um novo mundo. (Japão em foco, 2018)


Arquitetura A arquitetura nipônica sofreu influências do clima do país e da arquitetura chinesa, no geral era comum as moradias apresentarem telhados inclinados, cômodos ventilados e piso coberto por tatame2 , feitos de terra, papel e madeira, este ajudava em ocasiões de terremotos (JBC, 2004). No interior das residências era comum encontrar shouji e fusuma, esses são simples divisórias para separar os cômodos, e era comum apresentarem biombos, mobílias que protegiam do vento ou que eram usadas apenas como decoração.

Fig 3 - Arquitetura japonesa

2 Esteira feita com palha de arroz

Jardim japonês

Fig 4 - Shouji e fusuma

JBC (2004 p.92) menciona que a função do jardim japonês é: “ressaltar a beleza do ambiente natural, mesmo que isso não signifique a Natureza em sua forma original, inalterada.”. Os materiais aplicados nos jardins podem ser artificiais, mas são colocados de modo a representar a natureza, podendo refletir algum local específico ou não,

Fig 5 - Biombo

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Fig 6 - Jardim japonês

trazendo harmonia e tranquilidade. JBC (2004) cita alguns elementos mais comuns nos jardins: as pontes, lanternas, pedras, água e peixes, em específico as carpas. Ademais, os materiais possuem um forte simbolismo: onde as pedras podem representar montanhas ou até mesmo uma queda d’água, e o mar pode ser visto com água ou por camadas de areia cuja superfície é desenhada com caminhos representando a ondulação de sua água, comum no jardim karesansui3. 3 Jardim seco

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Fig 7 - Jardim karesansui


Vestimenta O quimono é uma das vestimentas tradicionais do Japão, mas vêm sendo utilizada como inspiração na área da moda por outros países. (JBC, 2004) O tipo de quimono varia de acordo com a ocasião a ser usada, no entanto essa roupa se sobressai pelas suas estampas, que podem ser tanto objetos como elementos da natureza e eles possuem um significado a ser expressado. A combinação dos desenhos, cores e tecidos criam uma identidade harmoniosa e sazonal,

como explica a Editora JBC (2004 p.330): “um quimono cuja estampa traz cenas com neve é apropriado para ser usado durante o inverno”. O obi é o acessório característico do quimono; são coloridos, detalhados e formam a faixa que mantém a roupa fechada.

Fig 8 - Quimono

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Religião O livro Guia da cultura japonesa estabelece o Budismo e o Xintoísmo como as principais religiões japonesas. De acordo com o website Embaixada do Japão no Brasil (2018), o xintoísmo é traduzido como o “caminho dos deuses” e ressalta a purificação das pessoas que apreciam os kami (deuses), nessa religião acredita-se que os mesmos estão presentes em todas as formas de vida; então existe o kami das árvores, das montanhas, das tempestades, dos arrozais, etc. A autora Morokawa (2015 p.16) fala que o budismo chegou no território nipônico no século VI e contribuiu para a formação do cidadão japonês. Ela também destaca um dos ensinamentos do budismo que pode ser visto na conduta de alguns japoneses, o ofuse: oferecer ajuda aos outros sem esperar nada de volta. E o website Zen do Brasil (2018) diz que essa religião está ligada aos antigos ensinamentos do Xaquiamuni Buda, “ensina a transcendência de nosso ego individual, de nossas paixões e sofrimentos mundanos; promove a sabedoria, a paz e a harmonia entre todos os seres”. É possível encontrar contos da cultura japonesa, festivais ou até artes marciais que envolvam essas religiões tão apreciadas pelo povo japonês, indicando a importância delas aos nipônicos.

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Arte É dito que as artes do Japão são expressões ligadas ao desenvolvimento espiritual (JBC, 2004 p.164), dessa forma é possível notar a delicadeza; e a preocupação não somente com o objeto a ser produzido, como também com o próprio amadurecimento pessoal, visualizando-o nas próprias peças produzidas. O livro Guia da cultura japonesa explica algumas dessas artes, são elas: A arte Kouguei, ou arte perfeita, está relacionada ao artesanato, no domínio da técnica e a partir desta introduzir todo o crescimento pessoal. Além disso, Kaneko (JBC, 2004 p.165) explica que na arte Kouguei é pensado em objetos utilitários ao

Fig 9 - Arte kouguei


homem no dia a dia e sua função, ele cita as xícaras de cerâmica feitas por Shoko Suzuki, produzidas pensando no conforto para as mãos e sendo agradável no momento de tomar chá e complementa: “[...] revela a delicadeza e suavidade da artista e, portanto, não é um objeto qualquer, transparece os sentimentos da pessoa que o produziu.” (apud JBC, 2004 p.166)

Shoudou é a arte da caligrafia japonesa, utiliza-se as letras do alfabeto japonês, mais especificamente o kanji, que é a representação de palavras por meio um ideograma, deste modo é comum um kanji possuir vários significados. Através dos materiais (papel, pincel, tinta) e o modo de manuseio deles, a escrita vai adquirir uma expressão própria, exigindo controle e paciência do ser humano, sendo assim uma maneira de elevar a concentração espiritual. (JBC, 2004 p.143) O Sumiê apresenta traços semelhantes ao Shoudou e os materiais são os mesmos. Porém, é voltada ao desenho, concentrando-se em traços simples que peguem a essência da natureza (JBC, 2004 p.146). Okinaka, um artista que era conhecido pelos trabalhos de sumiê, diz que a simplicidade, simbolização e naturalidade são os princípios dessa arte e acrescenta: “A expressão livre que brota através da cor sumi e dos movimentos do pincel, reflete, com sinceridade, o caráter e a personalidade do autor, induzindo-o ao prazer das descobertas.” (apud JBC 2004 p.146).

Fig 10 - Xícaras de Shoko Suzuki

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Fig 11 - Shoudou

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Fig 12 - SumiĂŞ


Fig 13 - Cerimônia do chá

A cerimônia do chá envolve o servir e beber do chá verde, mas, para isso ocorre todo um processo para atender o convidado da melhor maneira possível, além da passagem dos indivíduos pelo jardim e a decoração do estabelecimento. Essa cerimônia é considerada uma arte que desenvolve o espírito, em relação a harmonia, respeito, pureza e tranquilidade (JBC, 2004 p.137).

Ikebana, ou arte do arranjo floral é voltada a oferenda de flores aos deuses (JBC, 2004 p.138) que mistura a matéria, a forma e as cores das plantas, que são utilizadas ainda vivas, dispostas a apresentar harmonia com o vaso.

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Fig 14 - Ikebana 01


Fig 15 - Ikebana 02


LENDAS JAPONESAS O Japão também é conhecido por suas artes com papel, a partir de dobras e cortes nesse material é possível criar figuras incríveis. Algumas das técnicas são: washie, oshie, kirie, origami e kirigami, sendo o origami uma das técnicas que se tornou universal, não se tratando mais de uma exclusividade nipônica (JBC, 2004 p.156). Nela, cria-se novas figuras a partir de dobras feitas no papel, e pode ser usada de modo educativo, como diz Koda: “Fazendo origami as crianças conhecem a alegria de criar algo, aguçando, sem perceber, sua sensibilidade e inteligência, dando asas ao mundo da imaginação, podendo desenvolver também a habilidade motora” (apud JBC, 2004 p.156). Mostrando que a partir do papel, um material simples, é possível formar figuras incríveis e aprender com elas.

Fig 16 - Origami

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As lendas são narrativas que podem dizer muito a respeito das tradições e crenças de uma cultura. Por meio do imaginário, elas foram encantando o povo ao longo dos anos e passadas de geração em geração por meio da oralidade, além do mais estão ligadas a um determinado período e espaço geográfico (Coelho, 2000 p.172). Muitas vezes, as lendas são confundidas com o mito, porém este geralmente relaciona-se com deuses e explicações sobre a origem do mundo e universo, aproximando-se de um pensamento religioso, Coelho define esse pensamento como: “a consciência do homem em face de um princípio superior absoluto que o explica e o justifica” (2000 p.169). As lendas japonesas podem apresentar semelhanças com os contos chineses, isso se deve à influência chinesa na cultura japonesa. As lendas também estão presentes em muitos produtos do cotidiano, mas, acabam passando despercebidas por várias pessoas (Seganfredo, 2012). Nos animes e mangás , os quais tornaram-se bastante conhecidos atualmente não só pelos descendentes asiáticos como pelos ocidentais, abordam múltiplos assuntos que fazem parte do mundo imaginário das lendas, como tal as animações. Por exemplo: A Viagem de Chihiro e O conto da Princesa Kaguya, ambas criadas


Fig 17 - A viagem de Chihiro

pelo Studio Ghibli, um famoso estúdio de animação do Japão. A história da animação A Viagem de Chihiro gira em torno de uma menina, Chihiro, que junto de sua família, acabou se perdendo em um mundo espiritual repleto de criaturas místicas do folclore nipônico. Neste lugar, seus pais acabam sendo amaldiçoados e a menina precisa enfrentar situações e criaturas perigosas para poder salvá-los e retornar ao seu mundo. Como já mencionado, o filme está repleto de criaturas sobrenaturais,

estas podem ser encontradas em várias histórias, fazendo parte de muitas lendas e da mitologia nipônica, mas a narrativa central gira em torno de uma superstição, a qual dizia que o misterioso desaparecimento de uma criança era devido a sua ida à um mundo espiritual e assim jamais conseguiria retornar. A história do filme O conto da Princesa Kaguya é baseada na lenda O cortador de Bambu. Nesse conto um senhor acaba encontrando um bebê em um dos talos de bambu, dos quais ele mesmo cortava.

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Então decide cuidar do bebê junto de sua esposa, e assim suas vidas mudaram com muito mais alegria e felicidade. A criança, chamada de Kaguya, cresceu e tornou-se uma linda jovem que passou a ser cobiçada pelos rapazes da aldeia. Cada um deles aparecia com um presente e pedia sua mão em casamento, mas, Kaguya recusava todos, dizendo que estava feliz vivendo ao lado dos pais que tanto amava e por isso propôs um desafio, e se casaria com quem o cumprisse. O desafio era impossível de ser feito e por causa disso a bela jovem não se casou com ninguém, essa história percorreu o reino todo e até o próprio imperador se interessou na garota, mas também não obteve sucesso. Um certo dia, o cortador de bambu notou que Kaguya estava sempre observando o céu a noite, ela explicou que veio da lua e era uma princesa, por isso a qualquer momento viriam buscá-la. Seu pai, o cortador, ficou muito assustado e pediu ajuda aos aldeões. Todos estavam contribuindo na proteção da jovem, mas, de repente uma forte luz surgiu da lua cheia e dela emergiram alguns seres celestiais os quais levaram a princesa de volta ao seu mundo. Os pais ficaram muito tristes com a partida da filha, no decorrer dos dias eles

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juntaram todos os pertences dela e perceberam que a garota havia deixado um potinho cheio de um pó branco que os tornariam imortais, porém, sem a filha Kaguya eles não encontraram motivos para isso, então foram até o topo da montanha mais alta do Japão e lá queimaram o pó e os pertences da menina, que se espalharam pelo local como uma imensa fumaça branca. (caçadoresdelendas, 2018)

Fig 18 - O conto da princesa Kaguya


Juntamente como os animês e mangás4, os festivais nipônicos comemorados em São Paulo trazem lendas por trás de suas histórias, o Bon Odori5 e o Tanabata Matsuri6 são dois exemplos. O primeiro é um festival que envolve uma tradicional dança folclórica japonesa, a qual é vista como uma forma de agradecimento aos espíritos das pessoas falecidas. (nippo, 2018) Já no Tanabata Matsuri, também chamado de festival das estrelas, as pessoas escrevem um pedido em um papel, conhecido como tanzaku, e o penduram nas árvores. Esse ato deve-se à história do festival, em que a princesa celestial se apaixonou por um pastor e ambos passaram a se encontrar e deixar de lado os seus afazeres. O rei celestial não gostou do que estava acontecendo e proibiu os dois amantes de se encontrarem, mas, ao perceber o quão mal isso fez à sua filha, ele fez um acordo, deixando os dois se encontrarem uma vez ao ano contanto que acolhessem e realizassem os pedidos das pessoas. Por isso, durante o festival as pessoas penduram seus desejos nas árvores, para que esses possam ser levados pela princesa e o pastor, que são representados pelas estrelas Vega e Altair, (culturajaponesa, 2018)

Ademais, Seganfredo (2012, p.10) menciona alguns jogos com temáticas inspiradas nas lendas e mitologia nipônica, dentre eles: Final Fantasy, The Legend of Zelda e Castlevania

Fig 19 - Final Fantasy

Fig 20 - The legend of Zelda

Fig 21 - Castlevania

4 Desenhos e quadrinhos japoneses 5 Festival de tradição budista 6 Festival das estrelas

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O universo das lendas japonesas é composto por personagens fantásticos: samurais, magos, sábios, dragões, yamabás (bruxas da montanha) e os yõkais (criaturas mágicas). Entre eles, os mais conhecidos são as kitsunes (raposas), um tipo de yõkai (criaturas mágicas), conhecidas pela inteligência, fidelidade e travessuras, costumam ser re-

presentadas por figuras femininas ou raposas com mais de uma cauda, representando o tamanho de seu poder ou a idade. Outra personagem popular é o Tanuki, um yõkai (criaturas mágicas), com a forma de guaxinim, conhecido pelas traquinagens, já que se transforma em objetos e prega peças; gosta de se divertir, beber saquê e é símbolo de sorte e fartura.

Fig 22 - Kitsune 01

Fig 23 - Kitsune 02

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Fig 24 - Tanuki

As personagens citadas podem ser tratadas como criaturas boas ou más, dependendo da história, então é possível encontrar uma mesma categoria de criatura com personalidades distintas. As figuras apresentadas nas páginas seguintes exemplificam esse fator: duas criaturas, chamadas de raposas de nove caudas, que foram caracterizadas com personalidades e até

traços bem diferentes. É possível que muitas pessoas tenham contato direto ou indireto com as lendas japonesas, absorvendo seus princípios e conhecendo mais essa parte da cultura nipônica que é utilizada e apreciada pelas crianças como base de aprendizado por conta dos ensinamentos presentes nas histórias.

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Fig 25- Pokemon Ninetales


Fig 26- Naruto Kyuubi


LITERATURA INFANTIL Análise A necessidade do homem de relatar suas experiências é vista desde a antiguidade através da linguagem oral e escrita, como visto nas pinturas rupestres feitas nas cavernas, por exemplo, mas conforme o tempo foi passando, novos meios de manifestações surgiram. Com a escrita, a literatura ganhou forma, tornando-se um meio de expressão, contendo relatos, descrições, reflexões, diálogos e narrações que dividem algum princípio com o leitor, sendo um importante agente de formação, assim como diz Coelho (2000 p. 29)

[...] No encontro com a literatura (ou a arte em geral), os homens têm a oportunidade de ampliar, transformar ou enriquecer sua própria experiência de vida, em um grau de intensidade não igualada por nenhuma outra atividade.

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A literatura juvenil expressa, com criatividade, situações onde são apresentadas várias maneiras de ver o mundo, mostrando a vida, desígnios e mesmo uma interpretação do eu exterior, mostrando as consequências das realizações feitas no mundo real ou do surreal, “buscando estimular a criatividade, a descoberta ou a conquista dos novos valores em gestação”. (Coelho, 2000 p.49) Haslam diz: “Tradicionalmente, a maioria dos livros infantis narra fábulas de orientação moral, contos de fada, histórias sobre mitos e lendas, fenômenos naturais e humor, que transmitem ensinamentos” (2006 p.156) Sendo assim é comum as histórias destinadas às crianças apresentarem situações envolvendo algum ensinamento através do pensamento mágico, e de acordo com Coelho, este pensamento possui elementos não explicáveis pela lógica e mostra preocupação com a realidade das relações humanas, comum em lendas e mitos. (2000 p.52) Coelho afirma: “O maravilhoso sempre foi e continua sendo um dos elementos mais importantes na literatura destinada às crianças.” (2000 p.54) Segundo Coelho, as lendas fazem parte do maravilhoso, porque sua linguagem está ligada aos problemas que o homem


Estrutura enfrenta durante seu crescimento emocional, nessa fase Jung (apud Coelho 2000 p.54) diz que ocorre a passagem do egocentrismo ao sociocentrismo, passando a ter a valorização do outro mas, Coelho (2000 p.54) também fala que nesse estágio a criança começa a se impor para proteger suas vontades, independência e, mesmo involuntariamente, tenta construir sua identidade. Coelho (2000) complementa dizendo que, nessa etapa de amadurecimento emocional, a literatura infantil é decisiva na formação e crescimento das crianças, onde, principalmente, os contos podem ajudá-la em sua percepção de mundo. Porém, para mostrar à criança o que é certo e errado, ou belo e feio através de elementos simbólicos de forma objetiva, o maniqueísmo é um dos fatores predominantes facilitando a compreensão da conduta humana e do convívio social. Mesmo assim, a autora diz que isso não prejudica a consciência ética das crianças, ela poderá se identificar com a personagem sentido nela “a própria personificação de seus problemas infantis”, como proteção e segurança (2000 p.55), e assim a criança será instigada a resolver sua própria situação. Isso mostra as características da literatura infantil e sua importância no crescimento da criança.

O desenvolvimento de uma história exige organização das composições presentes na narrativa para estruturar e entender o que será transmitido, Coelho (2000 p.66) cita dez fatores estruturantes. O primeiro é o narrador, o encarregado de transmitir a linguagem escrita, e assume propriedades diferenciadas de acordo com a relação da história. Depois a autora fala sobre o foco narrativo, que corresponde à perspectiva da narrativa, o ponto de vista, “indica o olhar através do qual são vistos todos os incidentes do que é narrado” e “revela a posição em que se encontra o narrador em relação ao que ele conta” (Coelho 2000 p.69), com esses aspectos e a definição do narrador, é determinado o tipo de foco narrativo, são eles: • foco memorialista • foco onisciente, de onisciência parcial

ou o de consciência narrativa total • foco confessional ou intimista ou inter-

no subjetivo • foco dialético • foco diálogo

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O terceiro tópico é a história, ela engloba o enredo da narrativa, o modo como cada fato irá acontecer e se moldar, junto de seus suportes (personagens, efabulação, gênero, linguagem, etc).

Em geral a história surge de uma “situação problemática” que desequilibra a vida normal das personagens. Situação que vai se modificando através da narrativa até sua solução final e a volta ao equilíbrio normal. (Coelho 2000 p.70)

A efabulação é “o recurso pelo qual os fatos são encadeados na trama” (Coelho 2000 p.71), ela é o desenvolvimento da linha da história, indicando o progresso dos acontecimentos. Segundo Coelho (2000 p.71), no caso da literatura infantil a efabulação mais indicada é a linear, porque é de fácil compreensão, já que outras efabulações podem exigir um leitor mais experiente, como aquelas que utilizam o retrospecto. (flashback) O quinto fator estruturante é o gênero narrativo, este se divide em três formas: o conto, novela e romance. E de acordo

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com Coelho (2000 p.71) a escolha de um desses gêneros depende da visão de mundo que se pretende passar ao leitor.

O verdadeiro conto exige concisão, pois se trata de fixar um fragmento de vida. O romance exige extensão, pois registra um todo; busca a integração das inúmeras partes em seu contexto global. Na trama romanesca, em geral, interessa muito mais o que as personagens são do que elas fazem. Nas novelas, geralmente, predomina o acontecimento, interessa mais o que as personagens fazem do que os seus problemas interiores ou o que elas são. (Coelho 2000 p.74)

O sexto tópico são as personagens, representações dos caráteres humanos, e segundo a autora (2000 p.74) é o elemento central ligado ao interesse do leitor, que é atraído muitas vezes pela estética das personagens ou pelos eventos


da trama ligadas à elas, enriquecendo a história com diversas personalidades. A personagem pode ser distinguida em três categorias, podendo alterar no decorrer da história.

A personagem-tipo é aquela com atributos de fácil reconhecimento do público, geralmente ligadas ao estado social, “são personagens estereotipadas: não mudam nunca em suas ações ou reações” (Coelho 2000 p.75), como reis, rainhas, bruxas, fadas, soldados, idosos, etc.

Fig 27 - Personagem-tipo

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A personagem-caráter é constituída por comportamentos, onde as ações revelam o caráter da personagem, um exemplo é o Dom Quixote A personagem-individualidade é identificada pela complexidade de seus pensamentos, ela está ligada à reflexão e exige maturidade do leitor para seu entendimento, assim como o Pequeno Príncipe.

Fig 28 - Personagem-caráter

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A personagem tradicional (de aspecto físico, gestos, ações e sentimentos integrados em uma estrutura” coerente e lógica) é substituída pela personagem-individualidade, que se revela ao leitor através das complexidades, perplexidades, impulsos e ambiguidades de seu mundo interior. (Coelho 2000 p.76)

Fig 29 - Personagem-individualidade

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Alguns livros infantis retratam personagens animais que realizam ações humanas, como a fala e o pensamento humanizado, vivenciando o cotidiano da sociedade, Haslam explica:

Uma característica da literatura infantil é que os animais exibem qualidades humanas como a fala e, com frequência, têm a vida parecida com a das crianças. 2006, p.157)

O espaço é o sétimo fator estruturante, ele é um “ponto de apoio para a ação das personagens” (Coelho 2000 p.77), é o mundo exterior da história, dando forma ao conteúdo narrado. O espaço pode ser natural, social ou trans-real, sendo capaz de apresentar mais que uma função estética, dando apoio à história, influenciando nos acontecimentos e até moldando o caráter das personagens. O oitavo fator estruturante é o tempo, muitas vezes corresponde a cronologia da história, ao dia a dia da personagem. Quando isso ocorre é dito como tempo exterior. O tempo também pode se referir

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as emoções das personagens, sendo assim um tempo interior. Além desses dois existe o tempo mítico presente na literatura, trata-se do tempo que não passa, se repete. Um fator relacionado a manipulação do tempo na literatura infantil é a antecipação, salto e condensação. A primeira é a revelação da trama logo no início da história. O salto é o pulo dos dias em meses, anos, etc., que vão direto ao momento que interessa na trama. A condensação é o resumo em poucas linhas de ocorrências de longa duração. O nono fator estruturante é a linguagem narrativa, esta pode ser realista mimética quando aborda alguma experiência vivida por alguém do mundo real. Ela também pode ser uma linguagem simbólica quando, a partir de uma realidade, ela representa outra. Um exemplo bem conhecido é a fábula. O décimo fator estruturante é o leitor (ou ouvinte), o destinatário das narrativas. Coelho (2000) fala que na literatura popular e infantil é comum encontrar o apelo para alcançar ou prender a atenção dos leitores, referindo-se a eles através de sugestões e induções no texto. Cada um desses fatores estruturantes contribui para uma melhor formação da narrativa, sendo assim todos eles estão


relacionados, Coelho afirma:

A matéria narrativa ou corpus narrativo resulta, pois, de uma voz que narra uma história a partir de um certo ângulo de visão (ou foco narrativo) e vai encadeando as sequências (efabulação), cuja ação é vivida por personagens; está situada em determinado espaço; dura determinado tempo e se comunica através de determinada linguagem ou discurso, pretendendo ser lida ou ouvida por determinado leitor/ ouvinte. (2000 p.92)

enriquecer o conteúdo, e para que este também siga uma linguagem coerente ao longo de toda a narrativa.

Narrativa Existem diferentes jeitos de se narrar uma história: por meio de diálogos, descrições, narrações, monólogos, etc. Coelho (2000 p.155) explica a existência de diferentes linhas ou tendências para criação da literatura infantil, contribuintes na narrativa, elas podem se estender em outras ajudando umas às outras, são elas: • Linha do realismo cotidiano • Linha do Maravilhoso • Linha do enigma ou intriga policialesca

Por fim, se a história conter alguma lição de moral, essa moral não deve ser explicada, o próprio leitor deve entendê-la no decorrer da leitura com o auxílio dos elementos compostos na narrativa. (CPT, 2018) É possível perceber que, com toda essa estrutura, a narrativa torna-se mais harmoniosa ao leitor. Então, mostra que para a elaboração de uma história envolve o estudo de muitos fatores que ajudaram a

• Linha da narrativa por imagens • Linha dos jogos linguísticos

Por conta desde projeto tratar-se de lendas, será utilizado a linha do maravilhoso que, segundo Coelho (2000 p.159), retrata acontecimentos ocorridos fora do espaço e tempo conhecidos na Terra. E a linha da narrativa por imagens, onde as figuras conjuntamente transmitem as histórias.

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ILUSTRAÇÃO Relação entre imagem e texto Os livros infantis trazem belos desenhos, muitas vezes coloridos, que transmitem alegria e diversão ao leitor. Esses desenhos geralmente acompanham a narrativa e dão vida aos acontecimentos de forma a elevar a imaginação e o interesse pelo maravilhoso, junto às personagens, objetos e cenários presentes na história. (Fittipaldi, 2008 p.103) Existem diversas maneiras de distribuir elementos na página, as ilustrações podem acompanhar o texto, fazer parte do texto (complementando-o) ou ser o próprio texto. Elas também podem ser exploradas executando diferentes funções, segundo Fittipaldi (2008 p.113), elas podem caracterizar a aparência, descrever uma ação ou local; expor sentimentos; implementar significados (normalmente ligados a alguma cultura) e destacar elementos para se adequar a linguagem proposta, por meio de figuras de linguagem e a composição das figuras, espaço e cor. Ainda de acordo com a autora, a distribuição das ilustrações pelo livro pode influenciar no modo de ver a narração, criando continuidades, ritmos e movimentos, ela cita um exemplo do desenho

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de uma borboleta, do livro A bela borboleta de Ziraldo, que posicionou a figura do animal no centro de uma página dupla para quando abrir e fechar as páginas, pareça que a borboleta está batendo as asas. Nesse caso criou-se o movimento das asas através da imagem, mostrando a importância da diagramação não somente do texto como das figuras que o acompanham. Entende-se que as ilustrações ajudam a enriquecer a história, ou seja, o texto e a imagem contribuem para melhor elaboração um do outro.


Elementos Como já dito anteriormente, a distribuição dos elementos tem grande importância no projeto gráfico, essa disposição estimula a criação da dinâmica e interesse ao leitor. Biazetto reforça:

A imagem de atraente leitura é aquela que apresenta focos de interesse em vários pontos, que inclui regiões com maior densidade de detalhes e outras com menor densidade, mas, com elementos distribuídos de maneira a levar os olhos a percorrerem toda a sua superfície… (2008 p.78)

to, a autora diz (2008) que se deve levar em conta os aspectos objetivos, ou seja, o tempo e o clima dos acontecimentos; e os fatores subjetivos, esses envolvem o ritmo da narrativa (rápida ou lenta), se existe humor na história, se ela apresenta uma atmosfera mais tensa ou calma, isto é, termos mais abstratos. Além desses elementos, um fator importante é a linguagem apresentada nas ilustrações, que irá refletir a concepção da história a partir de seus traços, então, é necessário que haja adequação à linguagem abordada no livro para que não passe uma ideia contrária ao que se planeja, sendo um desafio ao ilustrador. (Árvore de livros, 2018)

As ilustrações constituem-se de elementos visuais contribuintes à sua percepção, Biazetto (2008 p.77) menciona a linha, superfície, volume, luz e cor, definindo esta última como o fator que mais chama a atenção, ao qual pode-se transmitir múltiplos sentimentos de acordo com a utilização (com cores primárias e secundárias, cores frias e quentes, complementares, etc.). Para escolher a cor adequada ao proje-

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RESULTADO DE PESQUISA



PÚBLICO ALVO A diferença da literatura infantil está em seu receptor, a criança. Por isso a linguagem deve ser adaptada de acordo com a faixa etária que representa um determinado estágio de desenvolvimento. Sendo este projeto um livro infantil, o público alvo escolhido foram crianças entre 6 e 7 anos, essa faixa etária foi determinada conforme os dados apresentados no livro Literatura Infantil: Análise, Didática e Estrutura, de Nelly Novaes Coelho (2000). Segundo a autora acima citada, nesta fase a criança já conhece as letras do alfabeto, mas a história apresenta frases curtas e de fácil compreensão, sendo assim, seguem uma linha narrativa simples (começo, meio e fim), e os livros apresentam mais imagem do que texto. Ademais, a presença dos pais ainda é necessária, para ajudá-la a entender a história e estimular o interesse da criança em relação à literatura.

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ANÁLISE DE LIVROS SEMELHANTES Para a construção deste projeto, foram feitas pesquisas de livros infantis e abaixo será mostrado uma análise de alguns exemplares.

Livro: Dia de Inventar, de Mariana Yatsuda Ikuta

Fig 30 - Capa 01

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O livro conta a história de uma raposa que gosta de inventar e construir coisas, mas, ela não sabe o que construir. Por causa disso ela vai passear em busca de inspiração e no caminho encontra alguns animais que precisam de ajuda, ela usa de sua imaginação para inventar coisas que os ajudem, mostrando como utilizar a criatividade para ajudar o outro.

Fig 31 - página dupla 01

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Fig 32 - página dupla 02

O texto do livro fica sempre na página esquerda, ele é acompanhado de pequenas figuras, feitas com traços simples como se fossem esboços, ajudando a explicar o pensamento da raposinha. Por fim, a página direita sempre apresenta uma ilustração que finaliza o resultado dos acontecimentos mostrados na narrativa. A tipografia usada no texto da narrativa é sempre com serifa e em caixa alta, ela é escrita dentro de uma caixa que repre-

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senta um papel, como se fosse escrito em uma folha de rascunho. Já a tipografia utilizada como acompanhamento das figuras é também em caixa alta, porém, sem serifa. O livro tem formato retangular de 27x20,9 centímetros, ao todo são 32 páginas, impressas em papel fosco, com lombada quadrada e, na capa é possível encontrar verniz localizado em pequenas partes, realçando alguns detalhes da imagem.


Fig 33 - pรกgina dupla 03

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Livro: Soltei o Pum na escola, de Blandina Franco e JosĂŠ Carlos Lollo

Fig 34 - Capa 02

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A histรณria conta uma pequena narrativa de um menino que leva seu cachorro, Pum, na escola pela primeira vez, e assim como as pessoas, Pum estava bastante nervoso, mas logo foi se acostumando e comeรงou a bagunรงar muito na escola.

Fig 35 - pรกgina dupla 04

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Fig 36 - página dupla 05

O texto do livro fica sempre na página esquerda, ele é acompanhado de pequenas figuras, feitas com traços simples como se fossem esboços, ajudando a explicar o pensamento da raposinha. Por fim, a página direita sempre apresenta uma ilustração que finaliza o resultado dos acontecimentos mostrados na narrativa. A tipografia usada no texto da narrativa é sempre com serifa e em caixa alta, ela é escrita dentro de uma caixa que repre-

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senta um papel, como se fosse escrito em uma folha de rascunho. Já a tipografia utilizada como acompanhamento das figuras é também em caixa alta, porém, sem serifa. O livro tem formato retangular de 27x20,9 centímetros, ao todo são 32 páginas, impressas em papel fosco, com lombada quadrada e, na capa é possível encontrar verniz localizado em pequenas partes, realçando alguns detalhes da imagem.


Fig 37 - pรกgina dupla 06

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Livro: O reino partido ao meio, de Rosa Amanda Strausz

Fig 38 - Capa 03

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Um príncipe vivia feliz em seu reino, mas um dia, um dragão malvado dividiu o seu reino e todas as coisas que nele existem, ao meio. Por causa disso, o príncipe estava assustado e achava difícil lidar com o que aconteceu, mas, depois ele vai se ajeitando e percebe que é possível viver feliz de outra maneira. (companhia das letras, 2018).

Fig 39 - página dupla 07

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Fig 40 - página dupla 08

O texto é escrito com tipografia serifada, as frases são simples, curtas, porém o livro apresenta algumas mais longas e normalmente são posicionadas na página esquerda. Em poucos momentos é encontrado uma tipografia sem serifa, ela é acompanhada de uma imagem e representando uma onomatopeia. Grande parte das ilustrações ocupam as duas páginas do livro, sendo que uma parte complementa a outra, na página se-

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guinte, e ressaltam o que está descrito no texto, ajudando a visualizar a cena. As imagens não possuem cores muito distintas das predominantes, as quais são as complementares azul esverdeado e vermelho alaranjado, justamente a cor da personagem principal. Este livro também tem forma retangular: 27x20,9 centímetros, igual ao livro Dia de Inventar. No total são 32 páginas em papel fosco, e lombada quadrada


Fig 41 - pรกgina dupla 09

Fig 42 - pรกgina dupla 10

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Livro: As histórias preferidas das crianças japonesas, de Florence Sakade e Yoshio Hayashi

Fig 43 -Capa 04

A coleção possui dois livros com várias lendas japonesas, ilustradas de forma simples e com cores claras. Os textos apresentam mais frase que os outros exemplos citados acima e justamente com o texto em português, é acrescentado o mesmo em japonês.

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Fig 44 -Capa 05


Fig 45 - pรกgina dupla 11

Fig 46 - pรกgina dupla 12

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Fig 47 - página dupla 13

Algumas páginas apresentam texto e imagem juntos, mas, outras dividem: uma com texto e outra com a ilustração. O sumário é composto pelas personagens das respectivas histórias ao lado do nome do conto. Os dois livros apresentam o mesmo

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formato quadrado: 22,8x22,8 centímetros. Eles seguem a mesma linguagem, papel e ambos têm lombada quadrada. Porém, no primeiro a somatória de todas as páginas é de 108 páginas, já no segundo são 96 páginas no total.


Livro: Mordisco – O monstro de livro, de Emma Yarllet

Fig 48 - Capa 06

Mordisco é um monstro que adora comer livros, e nisso ele acaba invadindo as histórias e causando inúmeras confusões nelas.

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Fig 49 - página dupla 14

O livro possui uma dinâmica divertida, onde o próprio leitor liberta o monstrinho e acompanha suas travessuras, o texto está disposto em diferentes partes do livro, acompanhando as ações do monstro. As tipografias variam, no texto é usado uma fonte com serifa, nas falas, uma fonte sem serifa e, para os títulos dos contos invadidos pelo Mordisco, é usado

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uma fonte estilizada. As cores são claras e alegres, passam um aspecto de diversão, principalmente a cor amarelada do monstrinho. E os desenhos tornam a história mais divertida, mostrando as ações das personagens. O livro tem no total 16 páginas de 25x28,5 centímetros, mas como o monstrinho da narrativa invade três histórias,


Fig 50 - página dupla 15

e para cada uma foi acrescentado um pequeno livro dentro do próprio livro, o primeiro (com 3 lâminas) tem 22x22 centímetros, o segundo (também com 3 lâminas) tem entorno de 18x25 centímetros e o terceiro tem 21,3x19,5 centímetros e apenas 2 lâminas. O miolo possui alguns elementos e cortes adicionais, como a entrada

da caixa do monstro que pode ser aberta pelo leitor, os cortes feito ao longo da narrativa para representar as mordidas do monstrinho nos livros e na própria capa do livro tem um pequeno relevo, aparentando ser a caixa com mordidas do monstro, simulando a saída do próprio.

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Fig 51 - pรกgina dupla 16

Fig 52 - pรกgina dupla 17

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Fig 53 - Gráfico de livros

Com os dados obtidos nessa pesquisa, pode-se verificar o que é mais recorrente e apreciado nos livros infantis, isso ajudará na montagem deste projeto. Diferentes formas de ilustrações puderam ser vistas na análise desses exemplares, desde traços simples até os mais detalhados. A maioria dos livros pesquisados apresentam uma tipografia serifada em seus textos longos e o uso de caixas altas e baixas das fontes. Todos eles são bem coloridos, possuem lombada quadrada e os textos não são justificados e não apresentam hifenização.

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Análise de livrarias Durante os estudos deste trabalho, ocorreu a ida em diferentes livrarias de São Paulo, para entender como é feita a distribuição dos livros infantis.

Fig 54 - livraria cultura

A livraria cultura, localizada no Conjunto Nacional, apresenta uma área infantil chamativa, principalmente com a ocupação de uma escultura animal, na entrada, na qual a pessoa pode sentar e ler livros. Além disso, vários projetos gráficos estão dispostos em volta dessa escultura e muitos deles são lançamentos. Nas estantes, os livros são divididos por faixa etária, e colocados na vertical, de modo a mostrar a lombada, mas, alguns são expostos pela capa em expositores,

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geralmente, esses são lançamentos ou livros com mais reconhecimento, isso também ocorre nas prateleiras fixadas ao longo dos corredores, mas, nelas alguns exemplares ficam na horizontal permitindo fácil manuseio. Ademais, nesse local também ocorre a venda de brinquedos.


Fig 55 - livraria cultura 02

Fig 56 - livraria cultura 03

Fig 57 - livraria cultura 04

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Fig 58 - Martins Fontes

Situada na Avenida Paulista, a área infantil dessa livraria localiza-se na extremidade do local, e se destaca pela diferenciação da cor do piso e com desenhos nas janelas. O lugar possui alguns bancos e algumas estantes centrais com lançamentos, todos com as capas voltada ao consumidor. Já os livros que estão nas prateleiras, alguns também estão com a capa virada para frente, porém, outros ficam somente com a lombada à mostra, o que dificulta sua visualização.

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Os livros são divididos em três seções, todos em prateleiras, na primeira ficam livros voltados às crianças que ainda não tem muito conhecimento do alfabeto; na segunda são livros voltados para crianças que já conhecem um pouco da escrita ou que já leem bem, e são separados por editora. Já a terceira seção se caracteriza por dividir os projetos gráficos por autores famosos como Ziraldo e Monteiro Lobato.


Fig 59 - Martins Fontes 02

Fig 60 - Martins Fontes 03

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Fig 61 - Martins Fontes 04

Fig 62 - Martins Fontes 05

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Fig 63 - Saraiva 01

Na livraria Saraiva, do shopping Pátio Paulista, o setor infantil é separado dos demais através de uma área “privada” só para essa categoria. Na entrada da mesma é possível verificar elementos decorativos atrativos e, por dentro do estabelecimento há um espaço com mesa e cadeiras e diversos livros, posicionados nas estantes, com a capa voltada para

frente, ou seja, para o público, chamando atenção através das capas. Algumas prateleiras possuem cor e forma diferente das demais, destacando-se e sendo possível realçar um projeto gráfico específico. Ademais, nesse local vende-se tanto livro como brinquedos.

Fig 64 - Saraiva 02

Fig 65 - Saraiva 03

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Fig 66 - Saraiva 04

Fig 67 - Saraiva 05

De modo geral, pode-se observar que os espaços focados ao público infantil apresentam cores variadas, tornando o ambiente mais divertido e atraente ao público, junto, também, de formas como esculturas e objetos decorativos que chamam a atenção da criança fazendo com que ela tenha mais vontade de estar no local. E foi possível notar um ambiente mais espaçoso e com mais assentos, justamente pensado para a criança se entreter com a leitura, assim como a percepção de que os expositores são mais baixos para facilitar o acesso da criança aos objetos nele expostos. Todas elas apresentavam pelo menos dois funcionários no espaço infantil para ajudar os

adultos na busca de algum exemplar, mas apenas na livraria cultura foi visto funcionários com função de entreter as crianças com brincadeiras e histórias. Nas visitas às livrarias, foi verificado que em algumas delas o espaço infantil é bem amplo em relação ao tamanho total do local, dando mais atenção ao conteúdo e público infantil, e também que algumas preferem manter o ambiente separado, com paredes. Os livros, em sua maioria, são divididos por faixa etária e muitas vezes ficam expostos exibindo as capas, que junto com a cor são os fatores que mais chamam a atenção das crianças.

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RESULTADO DA ENTREVISTA Atualmente, existem muitos descendentes nipônicos espalhados por São Paulo, em cada família os aspectos da cultura asiática são abordados de formas e intensidades diferentes. Assim, para uma melhor análise, foi feita uma pesquisa com alguns descendentes japoneses, com perguntas sobre as tradições familiares e outras a respeito do conhecimento de alguma lenda japonesa. Entre as respostas obtidas, foi feito uma compreensão de todas as 43 respostas, muitas coincidiram e foram relevantes para um melhor estudo sobre as tradições japonesas, entendendo o que mais se manteve firme e apreciado pelas famílias, além de mostrar a quantidade de descendentes que conhece os contos nipônicos, abaixo será abordado as respostas que mais apareceram.

1.

Algum detalhe da cultura japonesa é mantido em sua família? Como ela é aplicada em seu dia a dia?

• Consumo de comidas japonesas no

cotidiano. • O respeito ao próximo, principalmen-

te aos idosos • O uso de expressões e cumprimentos

• Devoção à deusa Okannon • Uso de ohashi7 nas refeições • Altar para rezar à um falecido, uma

maneira de respeitar o antepassado • Limpeza ao final do ano

japonesas como itadakimasu (falado

• Ida à missas

antes da refeição para agradecer à

• Prática de Ikebana

comida) e ohayou (bom dia).

• Comer moti8 no ano novo

• Tirar o sapato e andar de chinelo na

casa para não sujar o piso

• Música • Animê e mangá9

• Levar algo para a visita

7 Palitos geralmente usados nas refeições 8 Bolinho de arroz 9 Desenho e quadrinho japonês

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2.

Você se lembra de alguma história contada por um parente, relacionada à cultura japonesa? (Ex: Momotaro, Urashima Taro, Issunboshi, etc)

Fig 68- Gráfico lendas japonesas

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3.

Quais valores você acha que as lendas japonesas possuem?

Os resultados adquiridos envolvem as lições de morais, desde lealdade, honestidade, honra, respeito, coragem, perseverança, amizade, e bondade à família, amigos e à natureza. Estas, refletetem características da culturas e promovem o desenvolvimento do imaginário por conta das história e a preservação da identidade cultural.

4.

Para você, como descendente nipônico, qual a importância de passar adiante tradições de sua cultura?

De modo geral, a importância é valorizar a própria cultura japonesa, mantendo-as vivas, tendo orgulho e respeito. Além de aumentar seu reconhecimento entre gerações, para que apliquem os conhecimentos em sua rotina, e até com pessoas que não a conheçam, fazendo com que torne mais possível uma comunicação estável entre diferentes etnias.

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REQUISITOS DE PROJETO



O projeto tem como objetivo alcançar os descendentes nipônicos e mostrar a eles mais sobre as lendas japonesas, que fazem parte de sua cultura e trazem histórias incríveis, além de antigamente terem sido passadas de geração em geração pelas famílias. Algumas lendas japonesas possuem moral em sua história, e como meio de preservar os contos e passá-los adiante foi produzido um livro infantil com algumas dessas narrativas. Juntamente, foram elaboradas ilustrações para cada história, e foi preciso editar a narrativa para o melhor enquadramento dos elementos (texto e imagem) e assim conseguir diagramá-los.

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ESTUDO DE CONCEPÇÃO



Fig 69 - painel semântico 01

Fig 70 - painel semântico 02

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DESENVOLVIMENTO DO PROJETO



História selecionada Na próxima página será mostrado um resumo da história escolhida para este projeto, ela foi definida por apresentar uma narrativa simples e objetiva, mas, também por abordar a moral da história de forma clara. O texto original foi retirado do livro As histórias preferidas das crianças japonesas - livro 1 e editado para melhor se enquadrar com os requistos do público estabelecido, o qual requer pouco texto em suas páginas.

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O COELHO QUE CRUZOU O MAR

A história é sobre um coelho que adoraria conhecer uma ilha, mas para isso ele teria que atravessar o mar. Na costa ele encontrou um grupo de tubarões e teve uma ideia, falou para eles que existem mais coelhos do que tubarões, e para comprovar o coelho sugeriu que os tubarões de alinhassem para ele poder contar quantos tubarões tinham ali, assim os animais acabaram formando uma ponte até a ilha. Chegando no local, o pequeno roedor riu dos tubarões, falou que enganou eles só para chegar na ilha, eles ficaram tão furiosos que morderam e arrancaram um pouco do pelo do Coelho que ficou chorando. Enquanto isso uma senhora de aproximou e perguntou o que havia acontecido, e depois de ouvir disse que ajudaria o coelho se prometesse nunca mais mentir para ninguém.

102


Tipografia Para o projeto, foi feito um estudo tipográfico visando uma fonte que trouxesse legibilidade e que fosse de fácil compreensão. A fonte Rounded Mplus 1c foi usada no texto corrido do livro, com tamanho 15pt e as variações de maiúsculo e minúsculo. Ela também foi aplicada com tamanho 14pt e toda em caixa alta nas falas das personagens. A forma medium da fonte Rounded Mplus 1c foi usada em caixa alta apenas em uma fala de personagem, para expressar uma intonação diferente.

Rounded Mplus 1c abcdefghijklmnopqrstuvwxyzç ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZÇ 0123456789 ,.;:^~!/*]}{[-+=`´

Rounded Mplus 1c Medium abcdefghijklmnopqrstuvwxyzç ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTUVWXYZÇ 0123456789 ,.;:^~!/*]}{[-+=`´

103


Cor As cores do livro seguem um padrรฃo cromรกtico de cores quentes mas em tons claros, para seguir a linguagem do projeto.

#fbc98c CMYK = 7 | 26 | 51 | 0 RGB = 251 | 201 | 140 Pantone 719C

#e5b081 CMYK = 0 | 38 | 53 |0 RGB = 229 | 176 | 129 Pantone 7410C

#f18884 CMYK = 0 | 58 | 39 | 0 RGB = 241 | 137 | 133 Pantone 7606C

#e94857 CMYK = 0 | 83 | 55 | 0 RGB = 233 | 70 | 87 Pantone 7418C

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#f4a17d CMYK = 0 | 47 | 51 | 0 RGB = 224 | 160 | 124 Pantone e09f7d


As cores usadas nas ilustrações foram definidas levando em consideração os elementos presentes na história, como o céu, mar, grama, arbustos, etc. As cores também foram aplicadas com diferentes modos de mesclagem para que fosse possível atingir outros tons.

#00acd8 CMYK = 81 | 2 | 11 | 0 RGB = 0 | 172 | 216 Pantone 638C

#005d87 CMYK = 100 | 53 | 27 | 11 RGB = 0 | 93 | 135 Pantone 7469C

#3bb07b CMYK = 72 | 0 | 65 | 0 RGB = 59 | 176 | 123 Pantone 7723C

#d0e1bb CMYK = 24 | 2 | 34 | 0 RGB = 208 | 225 | 187 Pantone 7485 C

#f8d5b4 CMYK = 2 | 20 | 32 | 0 RGB = 248 | 213 | 180 Pantone 7506c

#f1896a CMYK = 0 | 57 | 56 | 0 RGB = 241 | 137 | 106 Pantone 1635C

#686526 CMYK = 55 | 42 | 95 | 35 RGB = 104 | 101 | 38 Pantone 7750C

#9c9648 CMYK = 41 | 29 | 80 | 12 RGB = 156 | 150 | 72 Pantone 5835C

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Rascunhos

Fig 71 - rascunhos

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Fig 72 - rascunhos 02

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Foram feitos diversos rascunhos atÊ o traço dos desenhos ser definido, depois disso o desenho passou por testes de pintura digital, para verificar qual seria o tipo de pintura e os brushes que seguiriam por todo o livro.

Fig 73 - rascunhos 03

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Fig 74 - rascunhos 04

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Fig 75 - rascunhos 05

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Representações dos rascunhos da capa e dos cenários, mostrando testes de posicionameto pensados na melhor distribuição dos elementos.

Fig 76 - rascunhos 06


Fig 77 - rascunhos 07

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Essas imagens mostram certas mudanรงas de forma, cor e brush que ocorreram durante o desenvolvimento do projeto.

Fig 78 - rascunhos 07

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Fig 79 - rascunhos 08

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TÍTULO DO IMPRESSO O nome do livro, Lendas Japonesas, é por conta do próprio conteúdo remeter à essas histórias japonesas. Para o título do impresso foram testados algumas variedades de fonte; primeiramente, a ideia era trazer traços orientais no próprio logo, e depois trazer elementos da história no logo.

Lendas

L

J Fig 80 - rascunhos 09

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JAPONESAS

Fig 81 - rascunhos 10

116


Fig 82 - título

O logo traz o título do livro separado no meio por uma linha. Essa divisão das palavras remete aos difentes mundos que envolvem as lendas japonesas, esse aspecto também é reforçado nas variações de tracejado presentes nessa mesma linha. No logotipo do livro foi usada a fonte Maiandra GD por possuir letras flexíveis

em conformidade com a linguagem do trabalho, assim como a aplicação da flor de cerejeira de forma a trazer algumas características orientais. A cor do logo pode variar entre os padõres cromáticos do livro quando necessário, para garantir legibilidade.

117



MEMORIAL DESCRITIVO



Livro ilustrado: Lendas Japonesas Tema: Histórias japonesas Conceito Editorial: Mostrar de forma suave os princípios morais Grid:

sangria livro mancha gráfica área de texto

Fig 83 - grid

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Fig 84 - grid 02

O grid foi pensado para garantir um bom equilíbrio do texto junto com as ilustrações, já que as personagens e o cenário ocupam diferentes lugares na composição do desenho, e as margens do grid foram decididas de acordo com o tipo de impressão, garantindo um bom espaço para o texto.

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• Margem superior: 15mm • Margem inferior: 15mm • Margem interna: 25mm • Margem externa: 25mm • Sangria: 5mm


Em certas páginas do livro é possível verificar que algumas ilustrações possuem um círculo envolvendo parte de seus cenários. Essa circunferência pode ser usada em dois tamanhos, porém quando usada o cenário deve estar desenhado somente dentro da forma geométrica, podendo ter apenas alguns elementos do lado de fora, O uso desse círculo é uma forma sutil de fazer referência ao Japão, conhecido também como a terra do sol nascente.

Fig 85 - grid 03

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Imagem: as imagens foram feitas no tamanho 19,5 mm x 26 mm, respeitando o formato aberto e a sangria do livro.

Fig 86 - personagens

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Elementos de apoio: Um balão de fala foi feito para dar apoio às falas das personagens, sendo assim foram criadas variações para representar o coelho, a raposa e o tubarão.

Fig 87 - elementos

Pré-impressão: As ilustrações desse trabalho foram feitas a partir dos programas Photoshop e Illustrator, e a diagramação do livro foi feita no programa Indesign. Os brushes utlizados nas ilustrações desse projeto foram:

• Kid Crayon - sombra escura 3 • Chalk Large 2 - sombras 1 e 2 • Oleos reais Kyle - contorno • Old Nib • Opaco granulado • Wet crayon • Nuvem • Big Soft Charcoal • Kyle Ultimate Watercolor Soft

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Capa: • Formato aberto: 370mm x 250mm • Formato fechado: 185 mm x 250 mm • Papel: couché 250g • Acabamento gráfico: laminação fosca • Sistema de cores: escala Europa e quadricomia

Capa.indd 1

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Fig 88 - capa

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Miolo: • Formato aberto: 370mm x 250mm • Formato fechado: 185 mm x 250 mm • Número de páginas: 32 páginas • Papel: offset 120g • Tipo de encadernação: lombada canoa • Sistema de cores: escala Europa e quadricomia

Quando acordou, o coelhinho se sentiu muito melhor. Ele estava curado!

Ele agradeceu a raposa e depois daquele dia, nunca mais mentiu para ninguém.

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ILUSTRADO POR: Sabrina Saori Yamasaki

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Fig 89 - miolo

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DOCUMENTAÇÃO DO PRODUTO



Capa

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CONSIDERAÇÕES FINAIS



Com os estudos feitos durante este projeto pude conhecer mais histórias pertencentes ao folclore nipônico, contos que muitas vezes se assemelham a outros e se distinguem por meio de pequenos detalhes, mostrando as diferentes formas das quais foram contadas. Além disso, através dessas lendas compreendi como as narrativas podem englobar características do povo japonês e aspectos de sua cultura. Ao longo deste projeto, pesquisei sobre literatura infantil e compreendi mais sobre a sua importância no desenvolvimento da criança, através de um mundo imaginário ou real repletos de conhecimento. No geral, aprendi detalhes da cultura japonesa que eu não sabia, histórias que envolviam lendas japonesas e a importância da composição de uma história para que tenha compreensão em toda sua narrativa.

143



REFERÊNCIAS



Referências primárias COELHO, Nelly Novaes. Literatura Infantil Teoria, Análise e Didática - 7ª edi – São Paulo: Editora Moderna, 2000. EDITORA JBC. Guia da Cultura Japonesa – São Paulo, 2004. FRANCO, Blandina; Lollo, José Carlos. Soltei o Pum na escola 1ª edi - São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2013 HASLAM, Andrew. O livro e o designer II: como criar e produzir livros – 2ª edi – São Paulo: Editora Rosari, 2006. IKUTA, Mariana Yatsuda. Dia de inventar – São Paulo: Editora Carochinha, 2017 MOROKAWA, Yuho. Os japoneses e seus legados – 2ª edi – São Paulo: gráfica paulo’s, 2015. OLIVEIRA, Ieda de. O que é qualidade em ilustração no livro infantil e juvenil - 1ª edi – São Paulo: Editora DCL, 2008. SAKADE, Florence; KUROSAKI, Yoshisuke As histórias preferidas das crianças japonesas: livro 1- São Paulo: Editora JBC, 2005 SAKADE, Florence; KUROSAKI, Yoshisuke As histórias preferidas das crianças japonesas: livro 2- São Paulo: Editora JBC, 2005 SEGANFREDO, Carmen. As melhoras lendas japonesas – Porto Alegre: Artes e ofícios, 2012.

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YARLETT, Emma. Mordisco: O monstro de livro – São Paulo: Ciranda Cultural, 2018

Referências secundárias Árvore dos livros [site]. A importância da ilustração no livro infantil e o papel do ilustrador. Disponível em: <http://blog. arvoredelivros.com.br/importancia-da-ilustracao-no-livro-infantil-eo-papel-do-ilustrador/> Acesso em: 13.abr.2018 Caçadores de lendas [site]. Kaguya Hime: a lenda da princesa da lua. Disponível em: < http://www.cacadoresdelendas.com.br/japao/ kaguya-hime-a-princesa-da-lua/> Acesso em: 04.ago.2018 Companhia das letras [site]. O reino partido ao meio. Disponível em: <https://www.companhiadasletras.com.br/detalhe. php?codigo=41128> Acesso em: 14.abr.2018 Cultura Japonesa [site]. Tanabata Matsuri. Disponível em: < http:// www.culturajaponesa.com.br/index.php/festivais/tanabatamatsuri/> Acesso em: 03.ago.2018 CPT [site]. Como se estrutura um conto infantil. Disponível em: <https://www.cpt.com.br/cursos-educacao-infantil/artigos/comose-estrutura-um-conto-infantil> Acesso em: 23.abr.2018

148


Embaixada do Japão no Brasil [site]. Religião. Disponível em: <http://www.br.emb-japan.go.jp/cultura/religiao.html> Acesso em: 04.abr.2018 Governo do Brasil [site]. Brasil tem 1,5 milhão de cidadãos de origem japonesa. Disponível em: <http://www.brasil.gov.br/ turismo/2017/06/brasil-tem-1-5-milhao-de-cidadaos-de-origemjaponesa> Acesso em: 11.abr.2018 Japão em foco [site]. 20 curiosidades sobre o Monte Fuji. Disponível em: <http://www.japaoemfoco.com/curiosidades-sobreo-monte-fuji/> Acesso em: 01.abr.2018 Nippo [site]. Lenda da origem do Bon Odori. Disponível em: < http://www.nippo.com.br/lendasdojapao/n153.php> Acesso em: 04.ago.2018 Zen do Brasil [site]. Budismo. Disponível em: <http://www. zendobrasil.org.br/quem-somos/budismo/> Acesso em: 04.abr.2018

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LISTA DE IMAGEM



Fig 1 - Flor de Cerejeira..............................................27

Fig 9 - Arte kouguei......................................................32

Disponível em: <tournhathan.com/khampha1/wpcontent/uploads/2015/06/Todaiji-1024x683.jpg> Acessado em: 01.abril.2018

Disponível em: <https://www.veniceclayartists.com/ wpcontent/uploads/2015/05/work-GALLERY-JA-

Fig 2 - Monte Fuji............................................................28

Fig 10 - Xícaras de Shoko Suzuki........................33

Disponível em: <http://hcm.link/kankou/ wpcontent/uploads/2015/11/%E5%AF%8C%E5%A3%AB%E5%B1%B1-1024x768.jpg> Acesso em: 01.abr.2018

Fonte: acervo pessoal

Fig 3 - Arquitetura japonesa...................................29 Disponível em: <http://tournhathan.com/khampha1/ wpcontent/uploads/2015/06/Todaiji-1024x683.jpg > Acesso em: 01.abr.2018

Fig 4 - Shouji e fusuma..............................................29 Disponível em: <https://resources.matchajp.com/ archive_files/jp/2016/09/Fusuma20160909a.jpg> Acesso em: 01.abr.2018

Fig 5 - Biombo..................................................................29 Disponível em: http://www.revistamacau.com/ wpcontent/uploads/2015/10/0004-Biombo-2.jpg>

PAN-FUKUSHIMA-Hiroko.jpg> Acesso em: 09.abr.2018

Fig 11 - Shoudou.............................................................34 Disponível em: <https://i.pinimg.com/originals/57/70/c6/5770c60137dcf1fef744b6e675543153. jpg> Acesso em: 09.abr.2018

Fig 12 - Sumiê...................................................................34 Disponível em: <http://1.bp.blogspot.com/_BF_jTTk6rd0/TNf8aVdL9vI/AAAAAAAAAs0/K4P5idpvo-c/ s400/1516337c9f.jpg> Acesso em: 09.abr.2018

Fig 13 - Cerimônia do chá.........................................35 Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/36/Y%C5%8Dsh%C5%AB_Chikanobu_Cha_no_yu.jpg?uselang=pt> Acesso em: 04.abr.2018

Acesso em: 01.abr.2018

Fig 14 - Ikebana 01.........................................................36

Fig 6 - Jardim japonês................................................30

Disponível em: <https://imagesna.sslimagesamazon. com/images/I/81KuK%2B%2BNeNL.jpg>

Disponível em: <https://resources.matchajp.com/ archive_files/jp/2016/09/Fusuma20160909a.jpg >

Acesso em: 04.abr.2018

Acesso em: 01.abr.2018

Fig 15 - Ikebana 02........................................................37

Fig 7 - Jardim karesansui..........................................30

Disponível em: <https://images-na.ssl-images-amazon.com/images/I/81Yp3buDujL.jpg>

Disponível em: <http://2.bp.blogspot.com/Cw_6c0_ WkN0/U1__Z_gAe_I/AAAAAAAAR9M/N86MBcRcdKk/s1600/1.jpg > Acesso em: 02.abr.2018

Fig 8 - Quimono.............................................................. 31 Disponível em: <https://www.shopnodana.com/ wpcontent/uploads/2017/10/beautiful-japanese-girl-kimono-umbrella-2K-wallpaper.jpg > Acesso em: 04.abr.2018

Acesso em: 04.abr.2018

Fig 16 - Origami...............................................................38 Disponível em: <http://tendencee.com.br/wpcontent/ uploads/2015/11/16obrasimpressionantes-de-origami-2. jpg?355f71> Acesso em: 09.abr.2018

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Fig 17 - A viagem de Chihiro...................................39

Fig 25- Pokemon Ninetales.....................................44

Disponível em: <https://cyberseries.com.br/wpcontent/uplo-

Disponível em: https://vignette.wikia.nocookie.net/ sonicpokemon/images/6/67/Ninetales_AG_anime. png/revision/latest/scale-to-width-down/250?cb=20130729001358 Acesso em: 04.agosto.2018

ads/2017/02/djgM2d3e42p9GFQObg6lwK2SVw2.jpg> Acesso em: 02.abr.2018

Fig 18 - O conto da princesa Kaguya...............40 Disponível em: <http://site.studioghibli.com.br/wp-content/uploads/2013/12/Imagem-23.jp > Acesso em: 02.abr.2018

Fig 19 - Final Fantasy................................................... 41 Disponível em: <https://i.wpimg.pl/1200x0/m.gadzetomania.pl/final-fantasy-logo-28905-91f8901.jpg> Acesso em:

Fig 26- Naruto Kyuubi.................................................45 Disponível em: https://vignette.wikia.nocookie.net/ vsbattles/images/c/c2/Kyuubi_kurama_render_by_ lwisf3rxd-d6zomda.png/revision/latest/scale-to-width-down/1000?cb=20151020095807 Acesso em: 04.agosto.2018

02.abr.2018

Fig 20 - The legend of Zelda................................. 41 Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/ wikipedia/commons/thumb/2/2a/Zelda_Logo. svg/2000px-Zelda_Logo.svg.png> Acesso em: 01.abr.2018

Fig 27 - Personagem-tipo........................................49 Disponível em: <http://3.bp.blogspot.com/KMvT6yPb8Zw/VHCpQuG6lHI/AAAAAAAATNE/DMo7pQn4ZIE/s1600/523%2B%2BDe%2BOnde%2Bv%C3%AAm%2Bas%2BBruxas%2B(D).jp>Acesso em: 13.abr.2018

Fig 21 - Castlevania....................................................... 41

Fig 28 - Personagem-caráter.................................50

Disponível em: <https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/1/15/Castlevania_logo. png/1200px-Castlevania_logo.png>

Acesso em: 11.abr.2018

Disponível em: <https://img.travessa.com.br/livro/ GR/47/47affa78-d62c-4710-a20a-539078076767.jpg>

Acesso em: 11.abr.2018

Fig 29 - Personagem-individualidade............. 51 Fig 22 - Kitsune 01.........................................................42 Disponível em: <https://img.etsystatic.com/il/ 04d8c9/1290526906/il_fullxfull.1290526906_xli0.

Disponível em: <https://images.livrariasaraiva.com. br/imagemnet/imagem.aspx/?pro_id=9033134&qld=90&l=550&a=-1&PIM_Id=> Acesso em: 11.abr.2018

jpg?version=0> Acesso em: 15.abr.2018

Fig 30 - Capa 01..............................................................60 Fig 23 - Kitsune 02.........................................................42 Disponível em: <https://img.etsystatic.com/il/ faba18/1290117114/il_fullxfull.1290117114_ouln.jpg?version=0> Acesso em: 15.abr.2018

Fig 24 - Tanuki .................................................................43

Disponível em: <https://images.livrariasaraiva.com. br/imagemnet/imagem.aspx/?pro_id=9740483&qld=90&l=550&a=-1&PIM_Id=> Acesso em: 18.abr.2018

Fig 31 - página dupla 01.............................................61 Fonte: acervo pessoal

Disponível em: <https://pre00.deviantart.net/e3ab/ th/pre/i/2014/142/4/5/tanuki_by_deadheaven-d-

Fig 32 - página dupla 02............................................62

7ja2ik.jpg> Acesso em: 02.abr.2018

Fonte: acervo pessoal

154


Fig 33 - página dupla 03...........................................63

Fig 45 - página dupla 11.............................................73

Fonte: acervo pessoal

Fonte: acervo pessoal

Fig 34 - Capa 02..............................................................64

Fig 46 - página dupla 12............................................73

Disponível em: <https://images.livrariasaraiva.com. br/imagemnet/imagem.aspx/?pro_id=4072557&ql-

Fonte: acervo pessoal

d=90&l=430&a=-1> Acesso em: 18.abr.2018

Fig 47 - página dupla 13............................................74 Fonte: acervo pessoal

Fig 35 - página dupla 04...........................................65 Fonte: acervo pessoal

Fig 36 - página dupla 05...........................................66

Fig 48 - Capa 06.............................................................75 Disponível em: <https://www.cirandacultural.com. br/resizer/view/300/800/false/true/mordisco-o-

Fonte: acervo pessoal

-monstro-de-livro-3401.jpg> Acesso em: 18.abr.2018

Fig 37 - página dupla 06...........................................67

Fig 49 - página dupla 14............................................76

Fonte: acervo pessoal

Fonte: acervo pessoal

Fig 38 - Capa 03..............................................................68

Fig 50 - página dupla 15............................................77

Disponível em: <https://www.companhiadasletras. com.br/images/livros/41128_gg.jpg> Acesso em:

Fonte: acervo pessoal

18.abr.2018

Fig 51 - página dupla 16.............................................78 Fonte: acervo pessoal

Fig 39 - página dupla 07...........................................69 Fonte: acervo pessoal

Fig 52 - página dupla 17............................................78 Fonte: acervo pessoal

Fig 40 - página dupla 08...........................................70 Fonte: acervo pessoal

Fig 53 - Gráfico de livros............................................79 Fonte: acervo pessoal

Fig 41 - página dupla 09............................................ 71 Fonte: acervo pessoal

Fig 42 - página dupla 10............................................ 71

Fig 54 - livraria cultura................................................80 Disponível em: <http://www.inteligemcia.com.br/ wp-content/uploads/2017/07/livraria-cultura.png>

Fonte: acervo pessoal

Acesso em: 18.abr.2018

Fig 43 -Capa 04...............................................................72

Fig 55 - livraria cultura 02.........................................81

Fonte: acervo pessoal

Fonte: acervo pessoal

Fig 44 -Capa 05...............................................................72

Fig 56 - livraria cultura 03........................................81

Disponível em: <https://images.livrariasaraiva.com. br/imagemnet/imagem.aspx/?pro_id=196605&ql-

Fonte: acervo pessoal

d=90&l=430&a=-1> Acesso em: 18.abr.2018

Fig 57 - livraria cultura 04.........................................81 Fonte: acervo pessoal

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Fig 58 - Martins Fontes..............................................82 Disponível em: <https://publishnews.files.wordpress. com/2013/10/logo-livraria-md.jpg> Acesso em: 07.maio.2018

Fig 59 - Martins Fontes 02.......................................83 Fonte: acervo pessoal

Fig 60 - Martins Fontes 03.......................................83 Fonte: acervo pessoal

Fig 61 - Martins Fontes 04........................................84 Fonte: acervo pessoal

Fig 62 - Martins Fontes 05.......................................84 Fonte: acervo pessoal

Fig 63 - Saraiva 01.........................................................85 Disponível em: <https://ecommercenews.com.br/ wp-content/uploads/2017/08/saraiva.jpg> Acesso em: 07.maio.2018

Fig 64 - Saraiva 02.........................................................85 Fonte: acervo pessoal

Fig 65 - Saraiva 03.........................................................85 Fonte: acervo pessoal

Fig 66 - Saraiva 04.........................................................86

B - Disponível em: <https://brokenpenguins.wordpress.com/2013/01/23/life-of-pi-the-movie/> Acesso em: 14.maio.2018 C - Disponível em: <http://www.fubiz. net/2013/09/24/lorena-alvarez-illustrations/> Acesso em: 14.maio.2018 D - Disponível em: <https://www.behance.net/gallery/20733377/Picture-book-for-children> Acesso em: 14.maio.2018 E - Disponível em: <https://www.behance.net/gallery/5602507/Childrens-Illustration-2> Acesso em: 14.maio.2018 (imagem editada pela autora) F - Disponível em: < http://36pages.com/the-journey-of-the-penguin/> Acesso em: 13.abr.2018 (imagem editada pela autora) G - Disponível em: <https://www.behance.net/gallery/46729191/Childrens-Book-Covers-for-Fleurus-Editions> Acesso em: 14.maio.2018 H - Disponível em: <https://www.etsy.com/listing/174184193/waterfall-nymph-8x10-inch-fantasy-art?utm_source=Pinterest&utm_medium=PageTools&utm_campaign=Share> Acesso em: 13.abr.2018 I - Disponível em: <http://ukrainiandesignandart.com/ index.php/art/55-odo> Acesso em: 14.maio.2018 (imagem editada pela autora)

Fonte: acervo pessoal

Fig 67 - Saraiva 05.........................................................86 Fonte: acervo pessoal

Fig 68- Gráfico lendas japonesas.......................88 Fonte: acervo pessoal

Fig 69 - painel semântico 01 .................................97 A - Disponível em: <https://www.behance.net/gallery/56261167/ET-the-Extra-Terrestrial> Acesso em: 14.maio.2018

156

J - Disponível em: <https://www.behance.net/gallery/27041291/Pinkerton-Little-Big-Adventuretime. pro> Acesso em: 13.abr.2018 (imagem editada pela autora) K - Disponível em: <https://www.behance.net/gallery/20733377/Picture-book-for-children> Acesso em: 14.maio.2018 L - Disponível em: <https://www.instagram.com/ mahoukarp/> Acesso em: 14.maio.2018


M - Disponível em: <https://mahoukarp.com/ products/mochi-bunny-enamel-pin?variant=7342533410877> Acesso em: 14.maio.2018 N - Disponível em: <https://www.instagram.com/ mahoukarp/> Acesso em: 14.maio.2018 O - Disponível em: <https://www.behance.net/gallery/56261167/ET-the-Extra-Terrestrial> Acesso em: 14.maio.2018 P - Disponível em: <http://ukrainiandesignandart.com/index.php/art/55-odo> Acesso em: 14.maio.2018 Q - Disponível em: <https://www.behance.net/gallery/20733377/Picture-book-for-children> Acesso em: 14.maio.2018 R - Disponível em: <https://www.behance.net/ gallery/14024467/in-the-garden > Acesso em: 14.maio.2018 S - Disponível em: <http://ukrainiandesignandart.com/index.php/art/55-odo> Acesso em: 14.maio.2018 T - Disponível em: <https://www.behance.net/gallery/62212233/PETER-PAN> Acesso em: 14.maio.2018 U - Disponível em: <http://astound.us/about-us/astounds-top-10-halloween/> Acesso em: 14.maio.2018

Fig 70 - painel semântico 02..................................97 A - Disponível em: <http://kalumpee1983.blogspot. com.br/2011/02/initial-pixie-sketches.html?m=1> Acesso em: 14.maio.2018 B - Disponível em: <https://i.pinimg.com/originals/60/bd/bd/60bdbd64983923b9a051dfc8d8deffc4.jpg> Acesso em: 14.maio.2018 C - Disponível em: <https://www.behance.net/gallery/27041291/Pinkerton-Little-Big-Adventuretime. pro> Acesso em: 14.maio.2018

D - Disponível em: <https://abduzeedo.com/ node/75036 > Acesso em: 14.maio.2018 E - Disponível em: <https://www.pinterest.co.uk/ pin/338544096982346847/> Acesso em: 14.maio.2018 F - Disponível em: https://creatorsbank.com/mokarooru/works/310736> Acesso em: 13.abr.2018 G - Disponível em: <http://michelemassagli.tumblr. com/> Acesso em: 14.maio.2018 H - Disponível em: <https://www.behance.net/ gallery/46208817/The-Invention-Day> Acesso em: 13.abr.2018 I - Disponível em: <https://www.behance.net/gallery/27041291/Pinkerton-Little-Big-Adventuretime. pro> Acesso em: 14.maio.2018 J - Disponível em: <https://i.pinimg.com/originals/17/ ab/c5/17abc5f89e6ed5db02e7c6a621ef1453.jpg> Acesso em: 13.abr.2018 K - Disponível em: <http://ariasu.tumblr.com/ post/34432129221/sailorunicorn-omg-3> Acesso em: 14.maio.2018 L - Disponível em: <https://www.pinterest.co.uk/ pin/136656169921733398/> Acesso em: 14.maio.2018 M - Disponível em: <https://i.pinimg.com/originals/49/ea/9f/49ea9f19caa10e914139a8e18dd1e219. jpg> Acesso em: 14.maio.2018 N - Disponível em: <https://i.pinimg.com/originals/ d7/0c/fc/d70cfc84ea8948ca23c037467c3bec71.jpg> Acesso em: 14.maio.2018 O - Disponível em: <https://www.pinterest.co.uk/ pin/477803841708585710/> Acesso em: 14.maio.2018

Fig 71 - rascunhos........................................................ 106 Fonte: acervo pessoal

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Fig 72 - rascunhos 02.................................................107

Fig 84 - grid 02................................................................122

Fonte: acervo pessoal

Fonte: acervo pessoal

Fig 73 - rascunhos 03................................................ 108

Fig 85 - grid 03................................................................123

Fonte: acervo pessoal

Fonte: acervo pessoal

Fig 74 - rascunhos 04................................................ 109

Fig 86 - personagens.................................................124

Fonte: acervo pessoal

Fonte: acervo pessoal

Fig 75 - rascunhos 05.................................................110

Fig 87 - elementos.......................................................125

Fonte: acervo pessoal

Fonte: acervo pessoal

Fig 76 - rascunhos 06................................................ 111

Fig 88 - capa....................................................................126

Fonte: acervo pessoal

Fonte: acervo pessoal

Fig 77 - rascunhos 07................................................. 112

Fig 89 - miolo...................................................................127

Fonte: acervo pessoal

Fonte: acervo pessoal

Fig 78 - rascunhos 07................................................. 113 Fonte: acervo pessoal

Fig 79 - rascunhos 08................................................114 Fonte: acervo pessoal

Fig 80 - rascunhos 09................................................115 Fonte: acervo pessoal

Fig 81 - rascunhos 10..................................................116 Fonte: acervo pessoal

Fig 82 - tĂ­tulo.................................................................... 117 Fonte: acervo pessoal

Fig 83 - grid....................................................................... 121 Fonte: acervo pessoal

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APÊNDICE



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Algum detalhe da cultura japonesa é mantida em sua família? Como ela é aplicada em seu dia a dia? • Falar itadakimasu. Sempre levar alguma coisa quando vai na casa de alguém. • Acho que o respeito principalmente aos mais velhos, que é uma coisa muito forte da cultura japonesa. • Usamos cumprimentos básicos. Ohayoo, konnichiwa, tadaima, okaeri, itekimasu, itterashai, gochisousama, itadakimasu e oyasumi. Assistimos também juntos ao kouhaku utagassen no final de ano • Andar dentro de casa calçando chinelos. • Algumas comidas, principalmente. • Minha família é um pouco dispersa. Só tenho bastante contato quando vou para a casa de minha avó (que é quase nunca), principalmente a comida é algo mantido. • Poucos detalhes da cultura japonesa são mantidos em minha família. A culinária e os animes são alguns exemplos que participam do meu cotidiano. • Sim. Devoção à Okannon, uma Deusa japonesa. Acredito na sua proteção então mantenho uma imagem na sala. Na alimentação, costumo utilizar muitos alimentos japoneses. • Utilizar algumas poucas palavras/expressões cotidianas, como ‘’itadakimasu’’, ‘’gochisousama’’, o grande respeito aos mais velhos. • Tirar os sapatos na entrada da casa, preparar pratos japoneses • Respeito aos mais velhos • Só o Itadakimasu. • Gastronomia • Usos de ohashis e comidas japonesas • Sim, Respeito ao mais velhos • Sim. Respeito • Nada específico • Itadakimassu (antes das refeições) • Falamos um pouco de japonês básico, consumimos sushi e sashimi no ano novo e fazemos alguns pratos como fukushinzuke e missô, além dos doces dorayaki e

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manju • Tirar os sapatos antes de entrar em casa, algumas palavras em japonês no meio de conversas e alimentação com pratos japoneses são alguns aspectos bem presentes no nosso dia a dia. • Sim, temos um altar para “reverenciar” um falecido • Limpeza no final de ano • culinária, respeitar os antepassados e maneira de pensamento • Alimentação • Sim, questões de educação, agradecimento pela comida (itadakimasu), quando alguém vai sair de casa ou volta pra casa (Iterashai, Itekimasu), essas coisas... • Alimentaçao, utensilios de cozinha (hashi, tchawan, etc), celebraçoes (missas, aniversarios especiais), datas conemorativas ( no ano novo comer ozoni, expor moti e saque pelos cômodos da casa.), o respeitar e o “sempre agradecer”, valorizar as amizades. • Culto aos antepassados, com as missas e o butsudan q temos em casa; na culinária sempre comemos arroz japonês, além de outras receitas (missoshiro, etc) • Na visita às casas de parentes, oferecer um mimo. • Sim, comer macarrão sarraceno (SOBÁ), no último dia do ano, para ter vida mais longa. • Realização de missa aos antepassados(hoji), comemoração de ano novo com moti, ozoni, uso de incensos e velas em homenagem aos mortos, entrega de envelopes nos velórios dos descendentes como forma de ajuda. • Missas, tradição na virada do ano (moti ozoni soba) • A gente come muito gohan e gyoza! Minha família segue uma religião japonesa (Messiânica) então fazemos cultos em casa; minha mãe é professora de Ikebana • Não entrar com sapatos dentro de casa, comer arroz japonês, ouvir música japonesa, • Respeito ao mais velho • Respeito e gratidão aos mais velhos, comer moti no ano novo,

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• Sim. São adaptadas ao nosso cotidiano, porém a essência é mantida. • Alimentação; algumas palavras da língua com as crianças; músicas; tirar os sapatos ao entrar em casa. • Não • Alimentação • Sim, principalmente na culinária • Tirar os sapatos dentro de casa, comidas, fala • Culinária. • Sim. Nós temos costumes cotidianos na gastronomia, em costumes de como chegar em casa e falar tadaima, falar palavras japonesas no cotidiano • Tirar o tênis, sapato, chinelo ao entrar em casa

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Você se lembra de alguma história contada por um parente, relacionada à cultura japonesa? (Ex: Momotaro, Urashima Taro, Issunboshi, etc) • Momotaro (5) • Não (5) • Não (2) • Kaguya Hime (2) • Não (2) • Não lembro. • Urashima Taro, Tanabata, A princesa e o vaso. • Sim. Vários. • Momotaro • Urashima Taro • Sim • Momotaro, Urashima Taro • Simpatia para espantar a chuva. Teruteru bozo, acho. • Todas acima • Montaro • Minha avó me mostrava várias brincadeiras e me ensinava sobre objetos como o daruma-san, mas não lembro de ouvir essas histórias quando criança. Eu conheci lendas como o Momotaro só quando fiquei mais velha. • Não lembro o nome, mas que para espantar o azar no aniversário de 40 anos o japonês dá uma festa aos amigos e no de 41 eles fazem uma de volta (ou o contrário nao lembro) • Banchō Sarayashiki por que deu medo kkk • Sim, Momotaro, Urashima, Ussagui to Kame. • Sim, mas não é exatamente a cultura japonesa em si, é algo mais para a educação na época feudal (samurai), já q sou descendente de linhagem samurai

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• Alem dos citados: o campones voador, hanamatsuri (ou a princesa e o pastor de rebanhos). A origem do tsuru ( esse eu nao sei se foi invençao da minha mãe). • Lembro mais dos livros que meus pais me deram, com a história do momotaro, por exemplo • Momotaro! • Urasha Taro • Momotaro urashima taro • Filme do Studio Ghibli conta? Rs • Momotari,urashima taro,issunbioshi, • não • Sim, muitas. • Sim! Momotaro e Urashima Taro. • Lembro de Urashima Taro • sim • Lembro de histórias como kaguya hime, kappa e outros.

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Quais valores você acha que as lendas japonesas possuem? • São valiosas no sentido de manter uma cultura viva. • As lendas japonesas sempre trazem algo a se refletir, uma moral no final, abordando por exemplo a honestidade, companheirismo, o pensamento não só em si mesmo, mas no outro, ou seja, os valores humanos e a consequência das más escolhas que podemos tomar em diversas situações. • Tudo o que as lendas tentam nos passar é o reflexo da cultura, crenças, entre outras características relacionadas a cultura japonesa. • Cultural, disciplinador e entretenimento • Transmite um valor moral, pois cada história costuma ter uma lição de vida. • Valores vinculados a cultura e tradição japonesa, como respeito aos mais velhos, humildade, etc. • Não tenho muita noção, gostaria de saber mais, mas, acho elas interessantes, bonitas e tristes • Acho que as lendas japonesas possuem importância de patrimônio cultural e histórico, contribuindo para estimular a criatividade e a propagação do conhecimento. • As lendas nos remetem aos costumes, dos valores e tradições do povo japonês. • Honestidade, lealdade, honra. • Contar fatos sobre a cultura, lições de moral • Honestidade • Lealdade, resiliência, força de vontade • Tradição • Sentimento e respeito • Respeito ao próximo, fortalecimento • Muitos • Educação, respeito, bom senso • Cultura • Honra, honestidade, perseverança, coragem e fidelidade

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• Eu não conheço muitas, mas de modo geral, percebo que elas geralmente têm algum tipo de moral ou ensinamento. Seja sobre honra, respeito ou comportamento, sempre tem alguma lição por trás da história. • Algumas lendas como a dos mil tsurus e do fio vermelho, possuem um valor mais sentimental, algo que represente afeto ou uma ligação espiritual. • Respeito e perseverança • Ensinamento, esperança e sonho • Perseverança • Na grande maioria, as lendas sempre voltam para o emocional e/ou espiritual de alguma região/povo do Japão • Bondade, coragem, amizade e respeito, inclusive aos animais e natureza e aos mais velhos. • Acho que a valorização e respeito à família/antepassados é bem destacado, além de outros valores como honestidade e amor • Lealdade, garra, respeito aos velhos... • Ativa a imaginação, • Perpétua a cultura de um povo, • Serve Tb p divulgar tradições • Ensina os valores de caráter/ tradição a serem mantidos. • Familiar pessoais • Tradição, respeito, honra, compromisso • Honra, honestidade, verdade, família, educação e respeito • Perseverança, lealdade • preservam a cultura japonesa • É uma forma de preservar as identidades culturais. Possibilita o desenvolvimento do mundo imaginário e criativo. • Valores Moraes e de Família! Valorizando e respeitando muito os mais velhos!

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• Como não tive contato...não sei • Honra • Além de nós levarem a ambientes místicos, aguçando a nossa imaginação, creio que trazem valores como lealdade, fidelidade e respeito • valores culturais e morais transmitidos por meio dessas lendas através das gerações • Não conheço • Não sei na verdade. Acho que eles passam alguma moral. Nunca percebi alguma moral de história. Eu sempre fiquei tão maravilhada com as histórias que nem percebia se tinha um significado. • Infelizmente não conheço lendas japonesas

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Para você, como descendente nipônico, qual a importância de passar adiante tradições de sua cultura? • A importância é fazer com que a pessoa valorize a cultura japonesa. • Acho que passar adiante todas as tradições e a cultura desse povo maravilhoso é de grande importância, não deixar que isso seja perdido com o passar do tempo. • Gosto de pensar que pertencemos a um grupo e é muito enriquecedor conversar com outras pessoas que possuem os mesmos costumes • Mantê-las vivas. • Muito importante, pois nós descendentes devemos nos orgulhar de nossas origens e conhece-la minimamente, para que nossos descendentes não tenham vergonha de onde vieram. • Acho que é importante perpetuar a cultura para que a próxima geração reconheça os feitos dos mais velhos, tenha respeito e pense em propagar essa cultura para os mais novos. • Além do mais é uma cultura interessante e rica. • É importante perpetuar tradições da cultura japonesa assim como de outras etnias, pois a intolerância e o preconceito contra ideologias discrepantes tendem a refutar a alteridade e a propagar a violência corporal e psicológica. Ademais, o predomínio do individualismo e da reificação interferem negativamente para a construção de uma identidade coletiva. Por conseguinte, acredito que o compartilhamento entre valores e crenças possui a capacidade de estabelecer uma comunicação eficaz entre os diferentes indivíduos. • Muito importante. É uma forma de manter viva no nosso cotidiano a cultura do país de onde vieram nossos antepassados. • Manter a cultura viva, assim como as filosofias, ensinamentos e tradições que foram trazidas de uma linhagem e um local tão distante e tão diferente e que fazem parte da identidade e personalidade de cada pessoa.

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• Para que histórias, costumes dos meus antepassados ainda estejam presentes de alguma forma no presente e futuro, seja por respeito ou apreciação • Reverência às origens • Importante saber as origens. • Para que futuras gerações tenham conhecimento e apliquem em seus cotidianos. Respeito. Disciplina. Tradição • Tradição, educação, perseverança • Para ter conhecimento da sua origem • Muita • Manter esses bons costumes formarão cidadãos melhores. • Para q nunca acabe essa cultura q é umas das melhores • Expressar a minha cultura ancestral e dar espaço para o reconhecimento de nossas tradições e valores, além do respeito por toda uma etnia • Eu acredito que precisamos saber de onde viemos pra saber seguir novos caminhos. Passar adiante as tradições japonesas não é só sobre disseminar a cultura, mas também sobre descobrimento pessoal e identidade. • É legal também dividir essa cultura com pessoas que não têm ascendência japonesa, mostrando um lado menos estereotipado que geralmente é apresentado pela mídia. • Como qualquer cultura é importante preservar para que sejam levados dela coisas boas q unem as gerações. • Acho que é importante passar adiante a cultura japonesa para que ela não seja esquecida assim como todas outras culturas que mostram um pouco de cada país agregando melhor diversidade. • Isso e passado da maneira mais natural possível na alimentação, educação, religião e principalmente na maneira de pensar e aceitar as suas origens • Manter viva a memória

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• Por mim, qualquer cultura é importante, seja ela japonesa, italiana, americana, etc. O que levo pra minha vida, não é o fato especifico de ser descendente de japonês que tenho que saber “tudo” da cultura japonesa, mas sim o que foi me ensinado de meus pais, fui ensinado que família vem em 1 lugar, então dou mais importância para o que foi me ensinado, pelos meus pais e avós, do que para a cultura japonesa em si. • Na terra do “Gerson”, de tentar levar vantagem em tudo, os valores de respeito e bondade presentes na cultura nipônica devem ser preservados e multiplicados. • Acho válido pois independente de outros fatores uma parte de nossa identidade se constrói nessas tradições, e passar adiante ajuda a manter essa ligação não só com nossos antepassados, mas com a própria cultura que conseguiu se preservar aqui no Brasil até hoje • Valores como ética, bondade, Lealdade, coragem, dignidade devem ser sempre valorizados. E me orgulho de ter a descendência japonesa que cultiva tais valores! • É de manter as raízes de sua origem. • Difundir, para o bem das gerações vindouras. • Preservar a tradição faz com q as novas gerações valorizem a história, a luta dos seus antepassados. Afinal, hoje estamos aproveitando tudo q eles nos deixaram. • Muito importante porem acho que a cada geração isso está acabando • É importante porque faz parte de quem somos! Além disso, as pessoas nos leem como japoneses, e isso faz com que nos sintamos assim de alguma forma • De manter as coisas boas da cultura • Manter a cultura • Ajudam a perpetuar os costumes e tradições, ainda que morando longe, ou mesmo nunca tendo visitado o Japão. • Preservar a cultura, costumes, comportamentos e lendas do passado. Muitas das tradições são aplicáveis atualmente, de formas diferentes, porém com o mesmo

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objetivo. As tradições milenares são muito ricas, sábias e profundas. • É muito importante, porém, impressão que tenho é que está cada vez mais distante esta continuidade de tradição! • Idem ao anterior • Contribuições para diversidade cultural • Transmitir aos meus filhos principalmente, o orgulho e respeito de nossa origem e os principais valores éticos e morais da milenar história do Japão • manter a história, valores e a cultura vivas • Não sei • É como se fosse um legado deixado por gerações passadas. Tipo o sobrenome. • Acredito ser importante algumas tradições da cultura, pois nos ajudam a expandir nossa mente para algumas coisas ou até detalhes que nos ajudam em nosso dia a dia.

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