Edição de Fevereiro e Março 2022

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CONTRIBUIÇÕES DA NEUROARQUITETURA PARA UMA NOVA FORMA DE PROJETAR Projetar um ambiente é uma tarefa complexa, que envolve uma abordagem multidisciplinar e multissensorial. Para um único projeto, o arquiteto/ designer pode ter que considerar aspectos orçamento, estrutura, topografia, clima local e incidência de luz solar, iluminação interna, layout, mobiliário, acabamentos, entre outros, sempre atendendo ao programa de necessidades discutido com o cliente. Resumidamente, o projeto tem que ser funcional e, ao mesmo tempo, esteticamente agradável. Mas será que isso é tudo? Gostar ou não gostar de um ambiente é um dos efeitos que ele pode gerar em seus usuários. E, de certa forma, pode-se dizer que é bastante subjetivo. Um mesmo projeto pode ser amado por alguns e odiados por outros. Mas existem outros efeitos que o

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DECOR Não existe um ambiente neutro, todo e qualquer espaço criado pelo homem ou pela natureza, proporcionará sentimentos e sensações para os ocupantes que vivenciarem este local. A superespecialista em NeuroArquitetura, arquiteta, professora, autora e palestrante Andréa de Paiva, nos apresenta um artigo fascinante sobre esse tema que ganha cada vez mais espaço entre os profissionais da área de arquitetura, designer e engenharia, que almejam criar projetos cada vez mais completos e inovadores.

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DESTAQUE DÉCOR

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ambiente pode gerar nos seus usuários. Efeitos bem menos subjetivos e que vêm ganhando cada vez mais destaque nas discussões entre arquitetos, designers e clientes. Tais efeitos são contemplados pela NeuroArquitetura. A NeuroArquitetura se propõe a discutir e entender de maneira mais completa a relação indivíduo-ambiente. Combinando os insights trazidos por estudos em neurociência, ciência cognitiva e psicologia, a NeuroArquitetura busca um entendimento mais aprofundado dos diferentes impactos que as várias características multissensoriais do espaço podem gerar em seus usuários. Esse entendimento possibilita uma mudança na forma de projetar por parte de arquitetos e designers, que passam a considerar uma perspectiva com foco na experiência humana e embasada em evidências científicas. Nesse contexto, que outros efeitos o ambiente físico pode gerar naqueles que o ocupam? Para começar, talvez um dos mais significativos seja o efeito gerado pela iluminação do ambiente, que vai muito além do conforto visual. Nosso organismo sincroniza atividades internas com os ciclos de luz e escuridão do ambiente onde está. Logo, tanto a luz natural como a artificial têm o potencial de interferir nos ritmos das nossas atividades internas. Mas o que isso significa na prática? Nosso pico de energia e produtividade durante o dia, assim como a qualidade do sono de noite são influenciados pela luz dos ambientes que ocupamos ao longo do dia. Inclusive, estudos apontam que não é só o excesso de luz no nosso quarto que pode prejudicar a qualidade do sono: a iluminação dos ambientes que ocupamos ao longo do dia também pode. Mais especificamente, existe uma relação importante entre a quantidade de luz natural a que somos expostos durante o dia e a qualidade do sono de noite. Quanto mais luz natural, melhor. Sendo assim, espaços como edifícios corporativos e home offices, por exemplo, têm o potencial de alterar a qualidade do nosso sono, além de interferir na sensação de energia e na produtividade durante o dia.


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