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Turisver n Maio de 2015 n Mensal n Nº 828 n Ano XXX n Preço 5€ n Director José Luís Elias

Posse da CTP

Exigências vão aumentar

Congresso em Dezembro Algarve é o destino preferido da APAVT Vila Galé Abriu em Évora novo hotel do grupo


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>abertura

TEXTO: FERNANDA RAMOS

Em Portugal numa década

Empreendimentos turísticos aumentaram 87% Recentemente publicados, os dados do Atlas da Hotelaria 2015 da Deloitte revelam que desde 2005 o número de empreendimentos turísticos registou, em Portugal, um aumento de 87%.

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estudo regista um crescimento significativo no sector hoteleiro nacional nesta última década, com o país a contar actualmente com 1.729 empreendimentos turísticos que representam cerca de 130.000 unidades de alojamento, e um aumento de 87%, comparando com os 886 em 2005. Ou seja, com base neste estudo, que analisa a indústria hoteleira em Portugal, na última década o país passou a contar com mais 772 empreendimentos aos quais correspondem 45 mil novas unidades de alojamento. Segundo a Deloitte o crescimento não se ficará por aqui, uma vez que só no presente ano deverão abrir 53 novos empreendimentos, na sua maioria de quatro e cinco estrelas. Na zona de Lisboa deverão nascer mais 21 empreendimentos, no Norte deverão ser 11 e no Centro 10. Por regiões, o Algarve conta com 25% do total de empreendimentos e 33% das unidades de alojamento, continuando no primeiro lugar do ranking. Em segundo lugar está a região Norte com 21% dos empreendimentos, Centro com 20% e Lisboa com 15% do total. No entanto, no que se refere ao número de unidades de alojamento, Lisboa assume o segundo lugar. A capital é também a região do país com a maior taxa de

ocupação (67,8%) e com o preço médio por quarto mais elevado (70,60 euros). No que se refere à tipologia dos empreendimentos, são os hotéis que ocupam o lugar de topo com 71%. Seguem-se, segundo o Atlas da Deloitte, os apartamentos turísticos (12%), os hotéis apartamentos (8%), hotéis rurais (4%), aldeamentos turísticos (3%) e pousadas (2%). Face a 2005, o que o estudo realça é o aumento verificado no número de hotéis. Predominantes no país são as unidades de três e quatro estrelas. Em ambos os casos estas classificações representam 36% do total e o seu número é também muito aproximado, com 625 unidades hoteleiras no primeiro caso e 627 no segundo. O que não se alterou nestes últimos dez anos foram os lugares cimeiros do ranking dos grupos hoteleiros com o maior número de unidades de alojamento. O primeiro lugar continua a pertencer ao grupo Pestana Hotels & Resorts / Pousadas de Portugal que ao longo desta década mais do que duplicou o número de quartos (para 6.953) e triplicou o de unidades hoteleiras (para 62). A segunda posição continua, como há 10 anos, a ser ocupada pelo Grupo Vila Galé e no terceiro lugar continua o Grupo Accor. < TURISVER | MAIO DE 2015

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>editorial

“O património cultural mundial conta a história da humanidade, conta a nossa história. (…) Os artefactos culturais são uma fonte de entendimento, tolerância e respeito entre os povos e as nações. Estes indesculpáveis actos de terrorismo são um ataque a estes valores

> Por que foram tão contra a “taxinha”?

e a comunidade internacional deve manter-se unida na sua condenação”. Irina Bokova, directorageral da UNESCO

Tenho dito neste espaço que estamos num país que vive um período estranho, e sempre que o faço tenho comentado um assunto que comprova a afirmação. Vem esta entrada a propósito do anúncio da uma bandeirada mínima de 20€ que terão que pagar os passageiros que apanhem um táxi no aeroporto de Lisboa, independentemente do percurso que façam.

José Luís Elias, Director joseluiselias@turisver.pt

As notícias que têm vindo a público ainda não são bem claras, não se sabendo se o valor de 20€ é o da chamada bandeirada inicial, a partir da qual começará a contagem do taxímetro durante o percurso, ou se esta será uma bandeirada fixa e o cliente não terá que pagar valores adicionais. Mas se for um “preço fixo” e um turista quiser ir para Algés e outro para o Marquês de Pombal, alguém acredita que pagarão o mesmo? Se for a bandeirada inicial mais o valor marcado pelo taxímetro durante o trajecto, então grande parte das viagens de táxi em Lisboa ficará mais cara do que o bilhete de um voo low cost. Posso até atender que os táxis nos aeroportos prestam um serviço especial, mas já me custa mais a aceitar que da bandeirada habitual diurna de 3,25€ e nocturna de 3,90€ se passe para 20,00€. Como também me custa a aceitar uma das justificações que escutei num canal televisivo, por parte de um dirigente da ANTRAL, de que esta taxa vai acabar com os abusos dos motoristas. É caso para perguntar se o crime compensa? Quando digo que estamos a viver um período estranho refiro-me às atitudes. Quando se falou na taxa de 1,00€ a cobrar aos passageiros à chegada ao aeroporto de Lisboa “caiu o Carmo e a Trindade”, houve mesmo atitudes infelizes de alguma “gozação” no Parlamento por parte do ministro Pires de Lima, com a justificação de que estava em causa a competitividade do turismo. Ora passados que foram já uns dias sobre o anúncio da tal bandeirada de 20€, ainda não ouvi ninguém pronunciar-se sobre o assunto no contexto da perda de competitividade do turismo. A esmagadora maioria dos turistas estrangeiros que vem para Lisboa chega através do aeroporto da Portela, e por isso serão eles a pagar a tarifa mínima, mesmo no caso de percursos em que tal não se justificaria. A entidade gestora do aeroporto de Lisboa parece estar envolvida no negócio, como parece estar envolvida em todos os negócios que possam gerar mais uns milhares de euros, e em que exista quem os pague. Temos também as “portagens” que a gestora do aeroporto quer colocar, para que quem entre no perímetro dos aeroportos passe a pagar “permanência de viatura” passados os primeiros dez minutos. Se a taxa fixa dos táxis e as “scuts” dos gestores dos aeroportos são legítimos, não tenho nada a opor, mas não posso ficar indiferente a que estas cargas (estamos a falar de milhares de euros ano) recaiam sobre os utilizadores que já pagam taxas aeroportuários sempre que viajam e sobre os turistas que nos visitam. Só falta aplicar, na área dos aeroportos, uma taxa por pessoa pelo ar consumido. Enquanto tudo isto se passa a Confederação do Turismo Português tomou posse. Agora que está de novo no pleno desempenho das suas funções, seria bom que se pronunciasse. <

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Medalha de Prata de Mérito Turístico do Governo Português DIRECTOR: JOSÉ LUÍS ELIAS • PROPRIEDADE E EDITOR:

//Reposicionamento. O Grupo Pestana, maior grupo hoteleiro português, deu um passo importante ao apresentar uma nova identidade gráfica que vai estar presente nas suas 86 unidades hoteleiras em 16 países de três continentes, permitindolhe obter um novo posicionamento estratégico no sector turístico internacional. Medalha de Prata da APAVT de Mérito Turístico

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>por debaixo das estrelas H

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“Temos todas as condições para nos afirmarmos cada vez mais num panorama europeu e mundial porque temos uma riqueza natural singular, um povo acolhedor, um nível de segurança que não tem paralelo, uma costa apelativa, uma cultura riquíssima e uma excelente gastronomia” Luís Montenegro Líder parlamentar PSD IN: Lusa 18/05/2015

H Destruição de Património Histórico É incrível como a irracionalidade leva a uma total falta de escrúpulos, por parte de alguns e a uma total impotência para os conter por parte de quase todos. Esta frase vem a propósito dos terroristas do autoproclamado Estado Islâmico que não param de destruir património histórico nas áreas que controlam, como foi o caso da antiga cidade de Harta no Iraque, onde foram arrasadas com marretas por combatentes armados de espingardas as mais significativas esculturas classificadas como Património Mundial pela UNESCO. Os jihadistas têm agora um novo alvo, a cidade de Palmira na Síria, conhecida pelas suas ruínas também elas Património da Humanidade desde 1980. Fundada no segundo milénio antes de Cristo, a cidade de Tadmur, seu nome árabe, tem vestígios de semitas, gregos e romanos e é considerada um dos marcos arquitectónicos mais relevantes da história romana, em pleno deserto. <

Tanta pressa … Num país em que tudo anda a duas velocidades, “devagar e devagarinho” no que diz respeito às reformas públicas, como é o caso da Reforma do Estado que não passou de umas folhas rascunhadas pelo vice-primeiro-ministro, a pressa em privatizar a TAP está a deixar os analistas estupefactos - basta ouvir o comentador Marcelo Rebelo de Sousa. Vejamos o período frenético: DIA 18 deu-se a reunião dos

oito sindicatos que assinaram, em Dezembro, o acordo com o Governo; DIA 20 a administração da TAP teve de se pronunciar sobre o projecto estratégico apresentado pelos três candidatos que entregaram ofertas de compra; DIA 22 a Parpública, a holding estatal que detém as acções da TAP, teve de emitir um parecer sobre as três propostas apresentadas, do ponto de vista da admissibilidade jurídica e das mais-valias financeiras; para

DIA 28 está agendada pelo Governo uma decisão sobre a privatização da TAP, que será feita em Conselho de Ministros e deverá decidir de imediato quem é o vencedor, ou se abre um período adicional de negociação para melhorar as propostas. Finalmente em JUNHO, o executivo pretende ter o processo fechado até ao final deste mês: ou seja, o vencedor escolhido e o contrato de venda assinado. E ponto final! Depois…, depois se verá… <

mais Francisco Calheiros – Foi empossado como presidente da CTP para um segundo mandato, eleito em lista única e prometendo um mandato mais exigente para o governo que sair das próximas eleições. O gestor tem como um dos principais desafios convencer o futuro executivo a passar das palavras aos actos em relação à importância e peso do turismo enquanto actividade económica. < 6

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Fernando Pinto – O presidente da TAP tem tido, em termos públicos, uma postura de gestor experiente e conhecedor. Durante largos meses assumiu o papel de “facilitador” do governo nas acções a desenvolver com vista à privatização da empresa e esteve muito bem no período “quente” da recente greve dos pilotos. <


>entrevista Elidérico Viegas – Presidente da AHETA

“Temos tido muita política no turismo e pouca política de turismo” Apesar dos aumentos nas taxas de ocupação e do início de alguma retoma nos preços, o turismo algarvio continua a apresentar fragilidades, sendo a sazonalidade a maior delas. Este foi o ponto de partida para a conversa que tivemos com o presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), Elidérico Viegas.

TEXTO: JOSÉ LUÍS ELIAS

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urisver – Nos últimos dois / três anos, o turismo nacional tem vindo a registar resultados bastante positivos e os primeiros meses deste ano não foram excepção. Estes resultados estão a reflectir-se na recuperação das empresas? Elidérico Viegas – Há, de facto, uma recuperação nas taxas de ocupação que vem a verificar-se ao longo dos últimos dois/três anos e este ano as perspectivas apontam mesmo para um crescimento superior ao que estava inicialmente previsto devido, sobretudo, à grande desvalorização do euro face à libra e ao dólar. Esta desvalorização tem impacto directo não apenas no nosso principal fornecedor de turistas, o Reino Unido, mas também no mercado interno porque muitos dos destinos que são nossos concorrentes, que normalmente negoceiam em dólares, passaram a ser mais caros, aumentando a opção dos portugueses pelo Algarve. No passado as descidas das taxas de ocupação tiveram um impacto negativo nos resultados das empresas levando a dificuldades de tesouraria. Por outro lado, as dificuldades de acesso ao crédito trouxeram problemas acrescidos às empresas, mas no seguimento dos anos de 2013 e 2014, em que a ocupação recuperou, e com

“(…) ainda não fomos capazes de esbater a maior fragilidade do turismo algarvio [a sazonalidade] porque, infelizmente, estas situações não se resolvem com palavras nem com discursos, e ainda não conseguimos definir – nem nós nem as entidades responsáveis – estratégias coerentes que permitissem enfrentar com sucesso este problema” as perspectivas para este ano, conseguiu-se recuperar ligeiramente os preços e, nessa perspectiva é possível que, dentro de quatro ou cinco anos, consigamos recuperar a ocupação para níveis que já tivemos no passado, ou seja, 65% ou mais. Por esta via,

as empresas conseguiriam atingir a rendibilidade de que necessitam para rentabilizar os seus investimentos. Mas este crescimento não veio ainda contribuir para que menos hotéis no Algarve fechassem durante o Inverno? Nos últimos anos, e como consequência directa da redução da procura, temos vindo a assistir ao acentuar daquela que continua a ser a maior fragilidade da região algarvia, a sazonalidade. É verdade que, como já disse, se tem vindo a assistir ao crescimento da procura, mas não é mesmo verdade que este continua a verificar-se apenas na chamada época alta e um pouco na época média, com uma época baixa que está cada vez pior. Ou seja, ainda não fomos capazes de esbater a maior fragilidade do turismo algarvio porque, infelizmente, estas situações não se resolvem com palavras nem com discursos, e ainda não conseguimos definir – nem nós nem as entidades responsáveis – estratégias coerentes que permitissem enfrentar com sucesso este problema. Uma verdade que tem que ser dita é que os crescimentos que temos tido nos últimos anos resultam sobretudo de factores externos, como a instabilidade no Norte de África e a desvalorização do euro, porque a nível interno fomos confrontados

com medidas que nos retiraram ainda mais competitividade, como o aumento absurdo da fiscalidade. Mas como não tivemos nenhuma estratégia, nomeadamente em termos de promoção, para aproveitar melhor a nosso favor estes factores exógenos, eles beneficiaram-nos, sim, mas não tanto como poderíamos ter aproveitado. Esse será um dos grandes desafios do próximo secretário de Estado, desenhar uma estratégia para o Algarve, em conjunto com as entidades regionais e as associações, que permita esbater a sazonalidade? Exactamente. A grande estratégia para repor em níveis competitivos a nossa oferta turística em termos do mercado externo tem que passar sobretudo por dois níveis de acção. O primeiro terá que ser a nível da fiscalidade porque o sector está demasiado penalizado. Por outro lado, temos que ter, a nível interno, políticas de financiamento e de apoio que permitam às empresas recuperar de um longo período de estagnação e declínio em termos da necessidade que têm de se remodelar e requalificar. A nível externo têm que ser desenvolvidas acções em parceria com o sector privado, via associações, que passam designadamente por uma grande aposta na promoção e ven-

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>entrevista

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das. O que temos hoje são bons princípios, mas ainda não conseguimos abandonar os antigos e embora as ARPTs, na sua essência partilhem a visão de parcerias com o sector privado, ainda não foram capazes de transferir para o sector privado responsabilidades que por ele devem ser desenvolvidas.

FORMAÇÃO TEM PAPEL DETERMINANTE O secretário de Estado do Turismo não se tem cansado de dizer que no quadro do Portugal 2020 as verbas para o sector serão para renovação e não para construção. Esta é uma oportunidade? Como é conhecido, o Algarve está fora das verbas comunitárias e tem sido consecutivamente prejudicado. Primeiro as verbas estavam aí para ser distribuídas mas a região não foi contemplada porque a visão política da altura era de que o Algarve já se encontrava muito desenvolvido, portanto não devia ser apoiado. Depois, quando passou a haver o entendimento político de que fazia sentido apoiar o Algarve, a região ficou mesmo de fora dos fundos comunitários e essa situação foi uma das principais responsáveis pelos desequilíbrios que temos hoje na oferta turística porque os empresários, legitimamente, não tendo fontes de financiamento, buscaram áreas que lhe davam maior rentabilidade no curto prazo, designadamente na imobiliária. Em números redondos o Algarve vai dispor de 300 milhões de euros até 2020, para todos os sectores de actividade, o que é pouco, e o que se espera é que o governo, qualquer que ele seja, em nome do interesse nacional venha a definir e a aprovar políticas que permitam o desenvolvimento de uma actividade que é 8

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“A experiência mostra que a formação contínua em ambiente de trabalho é a melhor solução para uma estratégia eficaz de gestão de recursos humanos, e as associações, que já tiveram um papel importante nesta área, estão disponíveis para colaborar” estratégica para a economia do país. Claro que há outras áreas em que convinha intervir como a formação profissional. O turismo é uma actividade de pessoas para pessoas e a formação tem um papel determinante na qualidade do serviço prestado. A experiência mostra que a formação contínua em ambiente de trabalho é a melhor solução para uma estratégia eficaz de gestão de recursos humanos, e as associações, que já tiveram um papel importante nesta área, estão disponíveis para colaborar. Há anos atrás a AHETA conseguiu que se fizesse um programa destinado às unidades hoteleiras do Algarve e com grande sucesso. Exactamente. Esse projecto, lamentavelmente abandonado mais tarde, revelou-se o mais acertado e não há nenhuma razão para que não possa vir a ser de novo implementado. A visão dos empresários é que é melhor pagar às pessoas para trabalha-

rem do que para ficarem em casa e foi dentro desse princípio, que nos parece correcto, que os empresários corresponderam e estou certo que corresponderão no futuro. Isso prolongava o tempo de abertura e evitava que uma série de unidades fechassem na época baixa. Ou seja, não se tratava apenas de um financiamento por parte do Estado, os empresários assumiam algumas contrapartidas e garantiam a valorização socioprofissional dos seus trabalhadores que se traduzia depois numa melhoria competitiva das suas próprias empresas. Mas isto tem que ser feito de uma forma clara e sem tabus e não da forma que hoje se faz, com os sistemas a disponibilizarem-se para ajudar financeiramente as empresas mas depois a obrigarem-nas a pagar os impostos inerentes aos financiamentos que vêm do Estado, o que gera a fraca adesão das empresas aos programas que têm vindo a ser aprovados ao longo dos últimos anos.

PROMOÇÃO DEVE SER “FEITA E GERIDA POR PRIVADOS” O tempo em que parecia que as companhias low cost iriam resolver todos os problemas de uma região turística como é o Algarve já passou? Hoje já se entende que a componente da operação turística é sempre necessária? Penso que no Algarve nunca houve a ideia de que as low cost iriam resolver todos os problemas. O que houve foi uma alternativa ao controlo total dos mercados por parte dos grandes operadores turísticos internacionais uma vez que mais de 90% da procura era determinada por esses operadores que hoje controlam pouco mais que 47% da procura total. As low cost vieram permitir a utilização de canais complementares o

que acabou por contribuir para alguma perda de competitividade da oferta turística do Algarve e afectou a procura nos anos imediatamente a seguir – ainda hoje não conseguimos recuperar totalmente o mercado perdido com a liberalização do transporte aéreo, com o aparecimento das novas tecnologias de informação, com a estratégia dos operadores turísticos internacionais que no seguimento da liberalização do transporte aéreo passaram a operar destinos que antes eram inacessíveis por serem demasiado caros em termos de transporte. Mas também permitiu que os hotéis aumentassem as suas vendas directas, e desde há três anos, os aumentos de ocupação têm acontecido essencialmente através das vendas directas. Isto prova que todas as estratégias promocionais desenvolvidas, que são direccionadas aos operadores, às companhias áreas, não têm produzido grandes efeitos. A única coisa que tem tido efeito são os Planos de Comercialização e Vendas que envolvem dinheiros públicos e privados, o que vem confirmar o que sempre dissemos: a promoção deve ser especialmente dirigida e feita por privados. Houve uma tentativa por parte da CTP de propor ao governo que os privados tivessem um papel mais determinante e efectivo na promoção turística. O que é que acha que falhou? O projecto não era da Confederação era do Governo e vinha ao encontro das preocupações dos empresários. O que aconteceu foi que os interesses instalados nas Agências Regionais de Promoção Turística acabaram por contribuir para que houvesse, dentro do governo, uma oposição política muito forte para chumbar uma ideia que estava correcta nos seus


princípios gerais: criar uma estrutura nacional para promover o país que reflectisse as diferentes estruturas regionais, havendo estruturas regionais privadas para promover as diferentes marcas, em articulação com a estrutura nacional que geria a promoção da imagem global do país. Quem anda há muitos anos no turismo sabe que ele é feito de ciclos, mas o que também acontece é que se está sempre dependente deles, nunca se fez nada para que isso não acontecesse. Uma actividade económica está por norma sujeita a ciclos, mas reconheço que em termos de turismo temos andado sempre ao sabor das conjunturas internacionais sem que tenha havido capacidade para influenciar essas conjunturas. Se no passado o turismo não tinha a sua importância reconhecida, hoje esse problema está ultrapassado e tem que haver outra postura. Penso que temos tido muita política no turismo e pouca política de turismo e embora em certas alturas alguns dirigentes tenham acolhido melhor as preocupações do sector, a verdade é que isso foi sempre feito de forma algo desgarrada e sem obedecer a uma estratégia de médio / longo prazo e esta é uma situação que no futuro os responsáveis vão ter que ultrapassar. Não podemos continuar eternamente a ter pessoas responsáveis por entidades e organismos do turismo que estão de passagem, em transição para outros lugares, ou a defender interesses pessoais, políticos ou partidários porque o turismo é demasiado importante para a economia do país. O movimento associativo do sector não tem também as suas responsabilidades? Há responsabilidade de todos os la-

“O turismo é um sector muito pacífico, o que não está errado, mas era importante que em algumas alturas pudesse haver capacidade não só de reivindicar mas de propor alternativas para resolver problemas concretos” dos, ninguém se pode pôr de fora. O facto de o turismo ser uma actividade recente terá também contribuído para esta falta de estratégia. Por ser recente, muitos dos empresários vieram de outras actividades e isso também dificultou o movimento associativo. O turismo é um sector muito pacífico, o que não está errado, mas era importante que em algumas alturas pudesse haver capacidade não só de reivindicar mas de propor alternativas para resolver problemas concretos.

FISCALIDADE, FINANCIAMENTO E PROMOÇÃO ENTRE OS PROBLEMAS URGENTES A AHETA sempre se preocupou com

estratégias, sempre produziu documentos, e é muito proactiva. Vão produzir algum documento público para ajudar ao desenvolvimento de programas partidários às próximas eleições, ou isso já não está na vossa ideia porque os programas valem o que valem…? Depois de tantos anos, a nossa fé nos programas partidários está muito abalada. Hoje estamos num ponto em que mais do que grandes documentos – e é verdade que a AHETA tem produzido documentos e fundamentado propostas sobre quase todas as matérias – o que é preciso é pegar em três ou quatro problemas e resolvê-los. Se conseguirmos reduzir a fiscalidade, se conseguirmos definir uma estratégia de financiamento que permita a renovação das unidades, se conseguirmos definir uma estratégia de promoção em parceria com o sector privado, se definirmos uma estratégia para construir algumas infra-estruturas indispensáveis para esbater a sazonalidade (um hospital central, um espaço multiusos, uma policlínica desportiva para atletas de alta competição, infra-estruturas junto ao estádio do Algarve para re-

alização de provas internacionais, etc.), já seria positivo. Acredita que este ciclo mais positivo em que entrámos o ano passado, é para durar? Isto do ciclo mais positivo tem sido excessivamente empolado. É verdade que estamos a recuperar mas sobretudo pelo esforço que as empresas têm feito para aumentar as suas vendas directas (aliás o governo tem reconhecido isso), mas lamentamos que as verbas afectas às estruturas que têm essa responsabilidade tenham produzido tão poucos efeitos ou nenhuns. Se o actual quadro macroeconómico se mantiver é de esperar que a situação de crescimento sustentado, embora lento e moderado, se mantenha nos próximos quatro ou cinco anos, mas deixemo-nos da ideia das grandes recuperações do passado, os efeitos pingue-pongue, em que havia uma descida mas a subida era ainda maior acabou, por factores externos mas também internos, designadamente a fiscalidade, uma aberração que é preciso ultrapassar com sentido de responsabilidade e em nome do interesse nacional. < TURISVER | MAIO DE 2015

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>agenda

>notícias

Data: 5 a 7 de Junho Local: Vila Nova de Milfontes

Portugal candidata-se ao conselho executivo da OMT

FEI~TUR promove Turismo Desportivo da Natureza A Feira Nacional de Turismo Desportivo e da Natureza, FEI~TUR, que conta com a parceria da Entidade Regional de Turismo e da Câmara Municipal de Odemira, tem como tema central o Turismo da Natureza, com objectivo de promover a oferta do território da região de Odemira. Relativamente ao Turismo da Natureza, um dos principais produtos do concelho, a feira conta com um colóquio e variadas actividades ao ar livre, como a pesca desportiva, canoagem, mergulho, observação de aves, entre outros. Serão ainda apresentadas novas unidades de alojamento e empresas de animação turística, bem como demonstrações de showcooking, mostra de artesanato e exposição de produtos agro-alimentares. <

Data: 10 a 13 de Junho Local: Malta

Encontro anual da MTS em Malta O get together anual da MTS Globe e da OTS Globe vai realizar-se em Malta nos dias 11 e 12 de Junho. No encontro participam os representantes de todos os países onde a MTS está representada, bem como os operadores turísticos seus clientes. O encontro vai incluir a realização de vários workshops, “speed dating” e o habitual dia de networking, em ambiente descontraído, O grupo MTS/OTS é responsável pelo receptivo de alguns dos mais importantes operadores turísticos a nível mundial, bem como pela contratação hoteleira e serviços de receptivo complementares em diversos destinos turísticos, incluindo Portugal. Daí que esta seja uma oportunidade única para partilhar conhecimentos, experiências e contactos, discutir ideias e avaliar tendências de mercado. <

Data: 2 a 4 de Julho Local: Oeiras

Festival de sushi em Oeiras O Sushi Fest será o primeiro festival de sushi da Europa. A decorrer entre 2 e 4 de Julho, nos Jardins e Palácio Marquês Pombal em Oeiras, terá o contributo de três chefs de sushi e concertos de artistas portugueses. O festival vai contar com food court, a cargo de três Chefes consagrados, área VIP, área para concertos e o Espaço Japão. O jantar será um buffet volante à descrição, com direito a uma Heineken e a um chá, ou um menu especial em modo freestyle, com direito a welcome drink e bebida à descrição, no espaço VIP. O preço normal será de 60€ e o bilhete VIP custa 90€. O recinto abre na quinta-feira às 18h00, para maiores de seis anos, e às 18h30 na sexta e no sábado que só terá acesso a pessoas com mais de 12 anos. < 10

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O próximo conselho executivo da Organização Mundial de Turismo será eleito em Setembro e Portugal apresentou já a sua candidatura, porque “a relevância que o turismo tem no país e o crescimento que tem demonstrado justifica que o país tenha, de novo, um papel de destaque”. Quem o disse foi o secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, em declarações à Lusa durante a 58.ª Comissão Regional da Europa da OMT, que decorreu em Haifa, Israel. “Há mais de uma década que Portugal não tem representação no conselho executivo da OMT” e é “importante para Portugal conseguir levar às instâncias internacionais os assuntos e os desafios em matéria de turismo e que são diferentes dos de alguns dos países que estão em vias de desenvolvimento ou que têm uma relação com o turismo menor do que a nossa”, disse Mesquita Nunes. Por desafios, Mesquita Nunes referia-se aos “assuntos relativos à economia digital, ao big data, às conexões aéreas e à competitividade do sector”, porque, “o mundo do turismo está a mudar a uma velocidade bastante rápida e o big data coloca desafios para os quais ou o sector se prepara, ou deixa de conseguir prestar serviços tão eficazes aos seus clientes quanto as empresas que já estão a aderir às suas potencialidades”, justificou. Neste contexto, Adolfo Mesquita Nunes diz estarem já em curso através do Turismo de Portugal, “algumas iniciativas na área do empreendedorismo e novos projectos na área do big data e dos smart destinations que serão anunciados nos próximos tempos”. <

Air Canada rouge regressa a Lisboa em Junho A Air Canada rouge, companhia de lazer da Air Canada, volta este Verão a ligar Lisboa a Toronto em voo directo. O início da operação está marcado para 9 de Junho terminando a 13 de Outubro, com voos às terças, quintas e domingos até 4 de Julho, data em que a companhia passa a operar quatro frequências semanais às terças, quintas, sábados e domingos. Os voos vão ser operados em Boeing 767-300, com três opções de serviço de bordo: rouge; rouge Plus com oferta de lugares preferenciais e espaço adicional para as pernas; e Premium rouge com espaço pessoal adicional e serviços melhorados. Os clientes Premium rouge usufruem de check-in e embarque prioritários, comida e bebidas “ premium service”, e como complemento um iPad para poderem desfrutar do sistema player. Os voos da Air Canada rouge estão disponíveis para compra em www.aircanada.com e através dos agentes de viagem.

Carristur lança cruzeiro no Tejo com o Yellow Boat A Carristur assumiu a operação “Cruzeiros do Tejo” da Transtejo com a marca Yellow Boat Lisbon Sightseeing Cruise Tours. A empresa do Universo Transportes de Lisboa amplia assim a sua oferta turística na cidade de Lisboa. Sob o mote “Ver Lisboa do rio é algo que não se pode perder”, o circuito de cruzeiro no Tejo, oferece vista para as sete colinas, passando pelo Castelo de São Jorge, Sé, Cristo Rei, Ponte 25 de Abril, Mosteiro dos Jerónimos, Padrão dos Descobrimentos e Torre de Belém. O circuito do Yellow Boat realiza-se diariamente, tem duração de hora e meia e saídas às 10h30, 12h00, 14h30 e 16h00. Opera em sistema hop-on, hop-off sendo possível entrar e sair em qualquer uma das paragens, no Terreiro do Paço e Cacilhas, durante a validade do bilhete. <


EC Travel facturou mais 40% até Abril Pela primeira vez desde a sua fundação, a ECT Travel ultrapassou a barreira dos três milhões de euros de facturação nos primeiros quatro meses do ano, disse à Turisver o seu director-geral, Eliseu Correia. De acordo com o responsável, o volume de facturação alcançado no primeiro quadrimestre deste ano representa um crescimento acima dos 40% face a igual período de 2014. No mesmo período, os resultados operacionais duplicaram em termos

homólogos. “Este quadrimestre ultrapassou todas as nossas expectativas. Sabemos que o nosso crescimento passa por tentar aumentar os resultados no Inverno e nas shoulder seasons. Ou seja, como todos procuramos harmonizar custos e proveitos ao longo de todo o ano”, afirmou Eliseu Correia à Turisver, avançando que “Lisboa e Madeira já contribuíram para este resultado”. Embora optimista e confiante,

o director-geral da EC Travel é mesmo assim cauteloso e mantém as perspectivas formuladas anteriormente: “Obviamente que não vamos ter crescimentos idênticos em todos os meses, isso seria surreal, mas é um óptimo começo para atingirmos a nossa meta estabelecida em ano de quinto aniversário, ou seja 20 milhões de euros”, disse, acrescentando que “estamos muito confiantes e este resultado é um excelente estímulo para toda a nossa equipa”. <

Turistas do Porto de Lisboa gastam 92 milhões de euros

Lusanova lança nova campanha de comunicação Sob o mote “Este é o ano para realizar sonhos”, a Lusanova Travel Group lança uma nova campanha em televisão e rádio, com o objectivo de dar a conhecer os novos programas que preparou para a época de férias. Até 19 de Junho estará “no ar” um spot televisivo de 20 segundos nos dois canais generalistas privados e seus respectivos canais informativos por cabo, e um de rádio, na TSF, de igual duração onde a Lusanova se posiciona como o parceiro ideal para as próximas férias. “Quisemos dizer aos portugueses que este é “o” ano para fazerem a viagem com que sempre sonharam. Seja qual for o destino escolhido, a Lusanova é a companhia certa, uma vez que oferece soluções à medida de cada sonho”, refere em comunicado Daniel Marchante, director executivo da Lusanova. “A experiência de mais de 50 anos no mercado permite-nos um conhecimento profundo sobre os destinos e modalidades de viagem que os portugueses mais procuram. É com base nesse conhecimento que preparamos anualmente os nossos programas, adaptando-os e enriquecendo-os ano após ano”, conclui Daniel Marchante. <

Como resultado de um inquérito a passageiros internacionais de cruzeiro, os 500. 872 passageiros que chegaram a Lisboa ao longo de 2014 implicaram um impacto económico de “quase 92 milhões de euros”, com cada passageiro a gastar em média na cidade de Lisboa cerca de 183 euros, valor que duplica em relação a 2013 (97 euros). Os resultados são de um estudo realizado em parceria pelo Observatório do Turismo de Lisboa e a Administração do Porto de Lisboa. A possibilidade de vir a Lisboa e o conjunto de cidades a visitar pelo cruzeiro são, respectivamente, os dois factores com maior influência na escolha, que tem como principais motivações para a realização de um cruzeiro, revela ainda o estudo, o entretenimento e convívio. Lisboa excedeu as expectativas de 83,1% dos passageiros entrevistados (56,1% em 2013), com 98,4% e 99,7% a recomendarem a capital portuguesa como destino de cruzeiros e como destino turístico, respectivamente. Para 95,7% dos entrevistados é provável ou muito provável regressarem a Lisboa, face aos 94,1% em 2013, e dos 58,5% entrevistados que recomendam Lisboa como destino turístico, colocam a capital no Top 5 de destinos a visitar, face aos 41,3% em 2013. O grau de satisfação médio com a visita a Lisboa é de 9,63% (numa escala de 0 a 10), o que representa uma subida de 7,7% em relação a 2013. A gastronomia e vinhos, bem como o serviço nos restaurantes e de acolhimento no porto, são os elementos mais bem classificados numa apreciação específica. A segurança no embarque/desembarque e a qualidade da oferta cultural e comercial surgem logo de seguida. <

NEYA Lisboa com Certificação de Sistemas Integrados de Gestão O NEYA Lisboa Hotel obteve a Certificação de Sistemas Integrados de Gestão, atribuída pela SGS, em conformidade com as Normas de Qualidade, Ambiente e Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho. Um galardão recentemente entregue à unidade e que veio corroborar o seu título de projecto hoteleiro sustentável. O Sistema de Gestão Integrado vem fortalecer a aposta do hotel em políticas de sustentabilidade, notória pelas certificações Five-Leaf, Green Key e Green Leaders. A administração do hotel atribui o ganho da certificação ao trabalho conjunto de toda a equipa e colaboradores. O NEYA Lisboa Hotel é um projecto sustentável, que reflecte o seu conceito de sustentabilidade tripartida – ambiental, social e económica – desde a idealização às boas práticas diárias. O hotel, que surgiu da requalificação de um edifício degradado no centro de Lisboa, é uma referência do turismo sustentável em Portugal, preocupando-se com eficiência energética, redução do consumo de água, eliminação de desperdícios, emissões de CO2, e a reutilização e reciclagem de materiais. < TURISVER | MAIO DE 2015

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>em foco TEXTO: FERNANDA RAMOS

Órgãos Sociais da CTP empossados

Confederação “vai exigir o que é do turismo por direito” “A CTP que tudo deu e nada exigiu acabou no final deste mandato” – esta é a mensagem de mudança deixada na tomada de posse dos corpos sociais da Confederação do Turismo Português para o triénio 2015-2018, por Francisco Calheiros, reconduzido na presidência do órgão de cúpula do associativismo turístico português.

Francisco Calheiros Presidente CTP

“A CTP que atendendo à crise e ao momento tudo deu e pouco exigiu, essa CTP acabou no final deste mandato. A CTP que hoje se renova não pode deixar de exigir o que é do turismo por direito”

O

s bons resultados turísticos ainda não chegaram às empresas do sector ou, como afirmaria Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo Português, no discurso proferido na tomada de posse, os bons números do turismo “não têm correspondência na melhoria das empresas”. Mas disso sabem os empresários, porque o que é público é que os números são bons, já o são desde há dois anos e este ano deverão continuar na mesma senda e isto, por si só justifica que tenham sido vários os membros do governo presentes na cerimónia de posse da Confederação do Turismo Português. A estes se juntaram individualidades como o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, vários deputados e muitas personalidades do sector turístico. Para uns e para outros falou o presidente da 12

MAIO DE 2015 | TURISVER

CTP: ao sector, Francisco Calheiros reafirmaria o apoio da Confederação, aos políticos deixaria alertas e avisos que se prendem com as exigências que este organismo de cúpula irá fazer neste mandato. De modo a enquadrar melhor aquelas que vão ser as grandes linhas de orientação estratégica do mandato que agora se inicia, Francisco Calheiros começou por fazer “algumas breves reflexões sobre o passado e o presente do turismo em Portugal” e sobre a actuação da Confederação do Turismo durante o mandato terminado marcado, como se sabe, por um ambiente de grandes dificuldades económicas e sociais, consequência “devastadora” da crise financeira de 2008. Uma conjuntura que transformou os empresários do sector em “verdadeiros heróis”, aos quais se ficaram a dever os bons resultados que a actividade do turismo conseguiu, em

particular nos últimos dois anos, “com grande impacto na economia nacional”. Mas o presidente da CTP colocaria «o dedo na ferida» ao afirmar que este “bom desempenho do sector a nível macro, com consequências tão favoráveis para a economia nacional não tem igual correspondência com a melhoria de condições das empresas do turismo” às quais “é sempre exigido mais e mais, sempre com menos”. Num momento em que “começam a aparecer no horizonte sinais positivos” de retoma económica, com impacto no consumo interno que “começa a subir, ainda que ligeiramente”, factor de grande importância no que ao turismo interno se refere, começam a ser criadas condições para que a CTP faça exigências que não fez ao longo dos últimos anos, em termos da defesa dos interesses das empresas do sector. “A CTP irá lutar para que seja reposta

a devida justiça aos empresários que não baixaram os braços e que têm sido os verdadeiros motores da retoma económica que está, ainda com timidez, a surgir no nosso horizonte”, afirmou Francisco Calheiros. Mas os avisos do presidente da Confederação do Turismo Português não se ficaram por aqui: “A CTP que atendendo à crise e ao momento tudo deu e pouco exigiu, essa CTP acabou no final deste mandato. A CTP que hoje se renova não pode deixar de exigir o que é do turismo por direito”, alertou Francisco Calheiros que deixaria um alerta a toda a classe política: “A CTP tem muito más notícias para os políticos”, afirmou, e estas “más notícias” prendem-se com o que a Confederação vai exigir neste mandato, a começar pela reposição das condições de negócio que foram retiradas às empresas por uma excessiva carga fiscal que as descapi-


Órgãos Sociais CTP 2015-2018 CONSELHO DIRECTIVO

PRESIDENTE: Francisco Calheiros (APAVT - Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo) VICE-PRESIDENTES: Elidérico Viegas (AHETA - Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve) Luís Correia da Silva (AHP – Associação da Hotelaria de Portugal) Carlos Moura (AHRESP - Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal) Jorge Armindo Teixeira (APC – Associação Portuguesa de Casinos) Rodrigo Pinto de Barros (APHORT - Associação Portuguesa de Hotelaria, Restauração e Turismo) Vítor Costa (ATL - Associação Turismo de Lisboa – Convention and Visitors Bureau) VOGAIS: Jorge Ponce de Leão (ANA - Aeroportos de Portugal, S.A.) Diogo Gaspar Ferreira (CNIG - Conselho Nacional da Indústria do Golfe) António Loureiro (Galileo Portugal, Lda.) Frederico Costa (Grupo Visabeira, SGPS, S. A) Manuel Proença (Hoti Hotéis, SGPS, S. A.) Luiz da Gama Mór (TAP, Transportes Aéreos Portugueses, S. A)

MESA DA ASSEMBLEIA GERAL

PRESIDENTE: José Castelão Costa (Sociedade Grupo Pestana, SGPS, S. A) VICE-PRESIDENTE: Cristina Ávila (Associação Turismo dos Açores – Convention and Visitors Bureau) VOGAL: Álvaro Covões (Everything Is New)

CONSELHO FISCAL

PRESIDENTE: Jorge Rebelo de Almeida (Vila Galé - Soc. de Empreendimentos Turísticos, S. A.)

Paulo Portas vice-primeiro-ministro

“Se há um sector que tem surpreendido os cépticos e desafiado alguns analistas, é o turismo” “Se há um sector que tem surpreendido os cépticos e desafiado alguns analistas, é o turismo”, afirmaria Paulo Portas, aproveitando para realçar a importância desta actividade económica para a coesão e o prestígio do país a nível externo, para as exportações, o crescimento económico e a criação de emprego. E, claro, referiu-se aos números do sector e ao que considerou como sendo recordes históricos: “O ano 2014 é um ano que vai ficar na memória. Passámos de 14,4 milhões para 16,1 milhões de visitantes e tivemos, pela primeira vez, aumentos de dois dígitos nas receitas, acima dos 10 milhões de euros”. Na mesma senda sublinhou que os crescimentos da actividade turística em Portugal estão muito acima da mé-

dia europeia, deixando bem para trás os verificados em destinos turísticos que concorrem directamente connosco, como a Espanha, a Itália, a Grécia, a Croácia ou a Turquia. “O turismo foi a primeira luz ao fundo do túnel quando tudo parecia muito denso e foi o primeiro a contribuir para o aumento das exportações” e, ainda assim, “continua a ser campeão quando todos os outros indicadores começaram a dar sinais positivos, o que mostra a sua resiliência”. Uma prestação que orgulha o vice-primeiro-ministro que se disponibiliza a dar a sua ajuda à CTP: “(…) da minha parte, pode contar comigo em tudo o que precisar na promoção das empresas do sector lá fora”, declarou. Sobre a estratégia promocional encetada pelo actual governo considerou ter sido “muito inteligente”, por ser “moderna”, “competitiva” e “diversificada”. Tanto assim que hoje “é difícil associar Portugal a uma só imagem. Talvez à excepção do CR7”, disse, lembrando que o país é procurado por áreas como o surf, gastronomia, história, shopping, praia, sol, natureza, segurança, hospitalidade... “Portugal tem um mix que é muito difícil de igualar”, afirmou, atribuindo o sucesso do turismo ao sector privado. Mas porque apesar dos bons empresários de turismo que o país tem, nada se consegue fazer sozinho, Portas sublinhou a necessidade de “acentuar a colaboração do Estado com o sector privado na promoção no exterior”. <

VICE-PRESIDENTE: Luigi Valle (ACIF - Assoc. Com. e Ind. do Funchal - Câmara de Comércio e Indústria da Madeira) VOGAL: Alexandre Solleiro (Hotéis Tivoli, S.A.)

talizou e que “continuam a suportar” e que “não só agrava as condições do negócio como impedem o sector de gerar mais riqueza e promover mais emprego, afastando o investimento que tanta falta nos faz”. Até porque as empresas, sublinhou, “descapitalizadas como se encontram, não conseguem beneficiar directamente dos bons resultados [do turismo]”. Assim, alertou, “se querem que continuemos a equilibrar a balança comercial e a criar emprego, de uma vez por todas ouçam o que nós dizemos e deixem-nos trabalhar”. A terminar, Francisco Calheiros resumiria algumas das exigências que a CTP vai fazer. “Iremos exigir um futuro para a TAP”, afirmou, explicitando que “se esta privatização falhar iremos exigi-lo logo no início da legislatura”. Quanto à carga fiscal, deixou claro que a Confederação irá exigir a baixa da taxa de IVA que impende sobre a restauração e o golfe, a redução dos custos de contexto, nomeadamente no que toca “às inúmeras taxas camarárias existentes” ou à criação de novas. Garantindo que “vamos continuar a insistir para haver mais investimento na

promoção”, o presidente da Confederação deixou também claro que “queremos a reforma do Estado e não os cortes do Estado” porque “tendo as empresas do turismo dado tudo ao país, é agora altura do Estado devolver algo às empresas e aos empresários”.

O ELOGIO DE PAULO PORTAS À ESTRATÉGIA PROMOCIONAL Elogio à estratégia promocional, aos números da actividade turística, aos empresários, obreiros desses resultados. Esta foi a tónica do discurso com que o vice-primeiro-ministro, Paulo Porta, encerrou a cerimónia de tomada de posse dos novos órgãos sociais da Confederação do Turismo Português. Mas Paulo Portas não daria resposta a nenhum dos reptos lançados pelo presidente da CTP – manifestou-se disponível para ajudar na internacionalização das empresas do turismo, sublinhou o interesse de uma forte parceria público-privada na promoção turística externa do país mas não se comprometeria com nenhuma medida, especialmente não tocaria no tema do IVA. TURISVER | MAIO DE 2015

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>actualidade O 2º Fórum de Turismo Interno – Vê Portugal – vai reunir em Aveiro diversos especialistas nacionais e internacionais de Turismo, entre os quais da Organização Mundial de Turismo. A iniciativa desenvolvida pela Turismo Centro de Portugal decorre nos dias 25 e 26 de Junho, no Centro de Congressos de Aveiro.

D

epois de passar por Viseu, em Junho de 2014, a segunda edição do Vê Portugal – Fórum de Turismo Interno é este ano realizada em Aveiro. Nos dias 25 e 26 de Junho, o Centro de Congressos de Aveiro prepara-se para receber Marcio Favilla, da Organização Mundial de Turismo (OMT); Dimitrios Buhalis, da eTourismLab e do International Centre for Tourism and Hospitality Research, na Universidade de Bournemouth, em Inglaterra; e Caroline Couret, do Creative Tourism Network, entre outros afamados especialistas em Turismo. Trata-se do único encontro técnico realizado em território nacional centrado nas múltiplas questões relacionadas com o turismo interno. Nesse sentido, ao longo de dois dias de trabalho, serão explorados seis painéis de debate sobre temáticas como tecnologia, informação e conhecimento no turismo; a sustentabilidade dos destinos turísticos; a cultura e as indústrias criativas; as novas perspectivas para a indústria turística; a criação de valor assente na diferenciação; e o plano de acção para o desenvolvimento do turismo - Portugal 2020. A iniciativa, que tem o Alto Patrocínio da Presidência da República e apoio do Turismo de Portugal, da Câmara Municipal de Aveiro, da Caixa Geral de Depósitos, da PHC, e da StartUpPirates, terá ainda, no final do primeiro dia, um jantar-conferência sobre o tema escolhido pela OMT para comemorar o Dia Mundial Turismo 2015, a 27 de Setembro. “Um bilhão de turistas, um bilhão de Oportunidades” terá a presença de Marcio Favilla, da Organização Mundial do Turismo como conferencista. Após o final do Fórum, cuja cerimónia de encerramento estará também a cargo do secretário de Estado do Turismo, Adolfo Mesquita Nunes, decorrerá o “Vê Portugal – PitchSessions”, um concurso de empreendedorismo destinado à detecção e apoio a projectos inovadores no sector do turismo com implementação na região Centro de Portugal. A participação no Vê Portugal – 2º Fórum de Turismo Interno é gratuita com obrigatoriedade de inscrição. Já a participação no jantar-conferência tem o custo de 30,00 euros, sujeito a inscrições limitadas. < 14

MAIO DE 2015 | TURISVER

25 e 26 de Junho

Fórum de Turismo Interno leva especialistas mundiais a Aveiro TEXTO: SARA CUNHA FERREIRA

Turismo Centro de Portugal

25, 26 junho 2015

Programa CENTRO DE CONGRESSOS DE AVEIRO

Irina Amaral SESSÃO DE ABERTURA Transportes dos Açores – directora IPAM José Ribau Esteves Cristian Palazzi – pres. Câmara Municipal de Aveiro – Observatório de Turismo veportugal PAINEL 5 – O Turismo Como um Pedro Machado Responsável, Universidade Ramon /forum acebook.com www.f Negócio – O que vender, a quem, – presidente TC-ER Lull, Barcelona de que forma, e por quanto – Como Manuel Assunção – Criar Valor Diferenciador em reitor Universidade de Aveiro PAINEL 3 – Cultura, Indústrias Turismo Paulo Portas (a confirmar) Criativas e Turismo: Oportunidades João Tomás – vice-primeiro-ministro e Desafios Moderador: Álvaro Covões – Burel Factory PAINEL 1 – Tecnologia, Informação (a confirmar) José Pinho e Conhecimento no Turismo – Smart Caroline Couret (a confirmar) – Projecto Vila Literária de Óbidos Destinations – co-fundadora Creative Tourism PAINEL 6 – Portugal 2020 Moderador: Carlos Costa Network Moderador: José Ribau Esteves João Cotrim de Figueiredo Carlos Martins Nuno Fazenda – presidente TP – CEO Opium – TP Javier Blanco Telmo Faria Ana Abrunhosa – OMT – Hotel Rio do Prado – presidente comissão Directiva Dimitrios Buhalis Ricardo Figueiredo do Centro 2020 e da Comissão – eTourism Lab e Universidade de – presidente da Câmara Municipal de Coordenação e Desenvolvimento Bournemouth, Inglaterra São João da Madeira Região Centro Caixa Geral de Depósitos – direcção PAINEL 2 – Sustentabilidade de PAINEL 4 – Turismo: Novas e/ou Destinos Turísticos Diferentes Perspectivas Empresas do Norte Luigi Cabrini Moderador: Frederico Costa – presidente do Global Sustainable Miguel Quintas SESSÃO DE ENCERRAMENTO Tourism Council – director Amadeus Portugal José Ribau Esteves Vitor Fraga José Luis Cardoso Pedro Machado – secretário Regional de Turismo e – New Business directorTravelstore Adolfo Mesquita Nunes – SET


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>em foco

TEXTO: FERNANDA RAMOS

Destino Preferido da APAVT 2015

Algarve recebe Congresso de 3 a 6 de Dezembro Com a escolha do Algarve para “Destino Preferido da APAVT 2015” e como palco para o 41º Congresso da Associação, celebra-se “a importância da distribuição” e dá-se “pública nota do “respeito” que a APAVT nutre pelo trabalho desenvolvido pelas Entidades Regionais de Turismo, sublinhou Pedro Costa Ferreira na assinatura do protocolo com a RTA.

A

Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo apresentou recentemente aquele que é o “Destino Preferido da APAVT 2015”, no caso o Algarve, que vai também acolher o

Departamento de Reservas / Reservation Department Campo de S. Francisco, 19 - 9500 - 153 Ponta Delgada Tel. +351 296 304 891 - TLM. +351 912 223 993 E-mail: reserve@ilhaverde.com www.ilhaverde.com

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MAIO DE 2015 | TURISVER

41º Congresso da Associação, que irá realizar-se de 3 a 6 de Dezembro na Herdade dos Salgados, em Albufeira, mais precisamente no Salgados Palace & Congress Center, unidade que integra o portfólio da NAU Hotels & Resorts. O protocolo de cooperação que institui a região algarvia como “Destino Preferido da APAVT 2015” foi assinado em Lisboa, no passado dia 12, pelos presidentes da Associação, Pedro Costa Ferreira, e da Região de Turismo do Algarve, Desidério Silva. Pela terceira vez consecutiva, a escolha do “Destino Preferido da APAVT” recaiu sobre uma região portuguesa, situação que foi devidamente realçada na oportunidade por Pedro Costa Ferreira que sublinhou também que, com esta decisão “mais uma vez nós damos pública nota do nosso respeito, do nosso compromisso, da nossa proximidade, do nosso diálogo constante com as Entidades Regionais de Turismo, instituições que prezamos muito e que achamos que têm na organização turística de Portugal um papel relevante, quer na área da promoção quer na área da estruturação do produto”. O facto de, uma vez mais se tratar de um destino nacional a ser o preferido da APAVT e a receber o congresso pode ser, disse Pedro Costa Ferreira, “uma opção questionável” mas “é a opção desta Direcção da APAVT” que, já desde o mandato anterior se tem esforçado por “participar no esforço de dinamização das exportações e por participar no esforço de dinamização do turismo interno”. Um esforço que agora faz tanto ou mais sentido dado que a procura interna começou a retomar desde o ano passado, sendo “nossa obrigação darmos uma força a esta recuperação” porque

Pedro Costa Ferreira Presidente APAVT

“Não há destino turístico consolidado sem uma procura interna forte”

“não há destino turístico consolidado sem uma procura interna forte”. Sobre o Algarve o presidente da APAVT sublinhou que, ao falar desta região, se “celebra, de certa maneira, a importância da distribuição. Temos consciência de que no Algarve são os operadores tradicionais e os online que lideram e, desse ponto de vista, é também celebrar a importância da distribuição”. A propósito, acrescentou que os operadores lideram a distribuição no Algarve “com uma característica importante, porque lideram mais na época baixa e como sabemos, na época baixa, por questões de sazonalidade, ainda é mais importante o papel da distribuição”. Ser “Destino Preferido da APAVT” significa que o Algarve será alvo de um programa de comunicação e de marketing por parte da Associação que em todo o seu material comunicacional associará à sua própria imagem


Presidente do TP lançou repto à APAVT Desidério Silva Presidente Região de Turismo do Algarve

João Cotrim de Figueiredo Presidente TP

“As agências de viagens continuam a ter um papel muito importante no turismo”

“Algo estamos a fazer de muito bem e muitos de nós estão a fazê-lo”

institucional o logótipo da Região de Turismo do Algarve enquanto seu “Destino Preferido”. A este programa de comunicação e marketing soma-se ainda um plano de acção “cuja agenda fica sempre em aberto e vai sendo decidida à medida que o programa vai evoluindo, por ambas as partes”. Ou seja, “procuramos dinamizar o destino turístico e a intervenção dos agentes de viagens nesse destino”, tendo sido também neste sentido que o Algarve foi o destino foi escolhido para receber o 41º Congresso Nacional da APAVT.

a ser um êxito, o presidente da RTA, Desidério Silva, focou a sua intervenção na necessidade de tornar o Algarve um destino cada vez mais sustentável. O Algarve, disse, “é a maior região turística de Portugal, aquela que tem mais turistas, mais dormidas, mais receitas, mais retorno, contribuindo de uma forma muito forte para a economia não só da região mas também do país e queremos continuar numa região de sustentabilidade”. Nesse sentido destacou os esforços que estão a ser feitos para que a região não seja apenas conhecida como destino de sol, praia e golfe, sublinhando que “estamos a fazer um esforço muito grande para que os outros meses sejam meses onde haja também uma actividade turística que acabe por ser complementar àquilo que são os nossos meses mais fortes”. Para isso, disse, a região está a trabalhar na reorganização do seu produ-

GARANTIR A SUSTENTABILIDADE DO ALGARVE Garantindo que a Região de Turismo do Algarve tudo fará para que o 41º Congresso da APAVT, que terá lugar num “destino de referência”, possa vir

Também presente na cerimónia, que juntou várias personalidades do sector turístico no Vintage Hotel Lisboa, João Cotrim de Figueiredo, presidente do Turismo de Portugal, enalteceu a parceria entre as entidades envolvidas na organização do congresso, indicando que se trata de “um exemplo óptimo daquilo que tem sido bem feito no Turismo em Portugal, que é a colaboração”. Mas Cotrim de Figueiredo lançaria um repto à APAVT para que, no decorrer do seu 41º Congresso, se possa “fazer um balanço sério daquilo que o sector acha que foi responsável pela elevada taxa de crescimento que temos conhecido nos últimos três anos”. “Não é normal numa indústria que tem 50 ou 60 anos de desenvolvimento industrializado, digamos assim, ter taxas de crescimento de quatro e depois oito e depois 12 por cento”, disse, acrescentando que, se tal está a acontecer, é porque “algo estamos a fazer de muito bem e muitos de nós estão a fazê-lo”. Por isso, disse “era importante fixar, tentar chegar a uma conclusão”, até para que se possa “manter esta atitude que nos trouxe até aqui”. <

to na potenciação de produtos” em estreita parceria com os players da região, de acordo com o Plano Estratégico desenhado até 2018. Um Plano sobre o qual assegurou estar “convicto que, daqui a três anos, vai ter resultados muito positivos no terreno ” porque “tem ideias mas também tem soluções e acções muito concretas”. Na sua intervenção, Desidério Silva afirmaria ainda que, apesar do crescimento do online, “as agências de viagens continuam a ter um papel muito importante no turismo” porque “têm a ver com pessoas” que “nos aconselham e ajudam quando necessitamos”, considerando por isso que “o papel dos agentes de viagens tem que ser valorizado e potenciado”. Mário Azevedo Ferreira, CEO da NAU Hotels & Resorts que vai receber o Congresso da APAVT nos Salgados, sublinhou o valor da parceria estabelecida com a Região de Turismo e com a APAVT, dado que através dela, os agentes de viagens poderão ficar a conhecer melhor a marca NAU e os seus hotéis. Com esta parceria, afirmou, “demonstra-se o nosso compromisso com a região, com a direcção da APAVT, a organização do congresso, a distribuição organizada e as agências de viagens. Queremos que as agências de viagens conheçam a nossa marca e os nossos hotéis”. O responsável aproveitou para falar das valências da Herdade dos Salgados, em Albufeira, referindo, nomeadamente, que o Palácio de Congressos do Algarve “é a maior infra-estrutura de congressos do país. Temos 1.650 lugares no nosso auditório que é modulável, dispomos de 40 salas de várias dimensões, também elas moduláveis, e dispomos de suficiente capacidade hoteleira ao redor do Palácio de Congressos”. < TURISVER | MAIO DE 2015

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dossier >Madeira

ArquipĂŠlago respira turismo

TURISVER | MAIO DE 2015

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>madeira Cheerfulway Bravamar Hotel

TEXTO: JOSÉ LUÍS ELIAS

Um oceano de bem-estar

O Cheerfulway Bravamar Hotel na Ribeira Brava, tem uma localização privilegiada, a escassos metros das águas do Atlântico que aqui formam uma pequena baía, e apenas a 200 metros da praia, onde existem piscinas públicas (gratuitas) com água do mar para crianças e adultos, equipamentos para a prática de actividades náuticas e campos de voleibol e futebol.

E

Cheerfulway Bravamar Hotel HHH Ribeira Brava (15 Kms do Funchal) Inauguração: 25 de Abril de 2015

• 71 unidades de alojamento

(quartos duplos, estúdios e apartamentos T1) • Piscina e solário no 7º piso • Snack-bar na piscina • Restaurante Ocean View para pequenos-almoços

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ste hotel de três estrelas tem a vantagem de não estar no aglomerado da oferta turística de alojamento do Funchal. Aqui a tranquilidade é reinante e o facto de estar a escassos 15 quilómetros da capital da ilha, percurso que se faz de carro em poucos minutos, permite fácil acesso, tanto mais que a própria unidade hoteleira disponibiliza shuttles para a capital madeirense três vezes ao dia, possibilitando ao hóspede deslocar-se até lá para um passeio ou uma refeição sempre que o deseje. Mas não se pense que a Ribeira Brava é um lugar desértico, onde não há nada para ver ou para fazer, ou que não tenha bares nem restaurantes capazes de proporcionar a quem para ali vai de férias, muitas e boas opções gastronómicas ou de alguma animação. Como nos referiu Joaquim Canastro,

Joaquim Canastro Administrador Cheerfulway

“Aqui [na Ribeira Brava] os turistas podem fazer tudo o que fazem no Algarve, ir à praia, frequentar restaurantes, bares e lojas ou fazer visitas culturais”

administrador da Cheerfulway “aqui os turistas podem fazer tudo o que fazem no Algarve ir à praia, frequentar restaurantes, bares e lojas ou fazer visitas culturais”, acrescendo que, por se tratar de uma localidade pequena a segurança é total. Próxima de alguns sítios turísticos muito procurados nesta zona da ilha, a localização da Ribeira Brava permite ao turista explorar muitos locais, desde miradouros e levadas a promontórios e cabos, passando pela vila da Ponta do Sol e a emblemática vila de Porto Moniz. Os passeios nas levadas e a utilização do complexo desportivo local com as suas piscinas cobertas (ver artigo nesta edição), são outra das mais-valias que os turistas encontram por aqui.

UM HOTEL DE VISTAS “LARGAS” Uma torre de sete pisos pode pare-


Cheerfulway com capacidade para crescer Ostentando o nome Cheerfulway desde que passou a ser gerido pela empresa do mesmo nome, o Bravamar, que reabriu em Março do ano passado após profundas obras de remodelação, já começa a apresentar resultados positivos em termos da procura. Se no ano passado a taxa de ocupação ainda não foi muito alta “dado que só começámos a operação em final de Março” pelo que “perdemos três meses”. Mesmo assim, “atingimos uma média de 40% o que para a Madeira, e para um hotel fora do Funchal, foi bom, considera Joaquim Canastro, administrador da Cheerfulway, adiantando que “este ano iremos, provavelmente, aumentar em 20 a 25% a ocupação nesta unidade”. Constituída em 2011, a Cheerfulway, empresa vocacionada para a exploração hoteleira conta, no seu portfólio com mais cinco unidades, todas em Albufeira. Joaquim Canastro conta a propósito que a empresa começou “sem empréstimos” e com o objectivo de gerir uma única unidade hoteleira, o Vila Alba, exactamente em Albufeira. Os quatro empreendimentos que se seguiram ficam na mesma zona do Algarve o que permite um melhor aproveitamento de recursos e de sinergias entre as várias unidades. Fazer crescer muito a empresa não está nos objectivos de Joaquim Canastro que confessou à Turisver que “quero manter as coisas controladas”, não obstante tenha também afirmado que “gostava de crescer um pouco mais”. No total, apesar de as unidades serem ainda poucas, as unidades de alojamento já rondam as 380, a que se somam as 71 do Bravamar, e “o número de camas é grande porque temos muitos apartamentos”. Este ano vai ser para “estabilizar e fazer reformas em alguns dos empreendimentos” mas em 2016 a Cheerfulway poderá vir a “incorporar mais duas a quatro unidades”, segundo adiantou o nosso interlocutor. <

cer ostensivo, mas isso acontece só visto de fora, porque dentro do hotel as vistas que proporciona são excelentes. Bem mais perto do céu, no sétimo piso, com uma vista muito diversificada de 360 graus, que pode começar pelo oceano, e consoante se roda aparece a montanha e depois a Ponta do Sol, fica um excelente solário com capacidade para cerca de 100 pessoas, complementado por piscina e bar. Localizado no segundo andar, o restaurante Ocean View onde são servidos os pequenos-almoços, também tem vista panorâmica, mas as refeições, para quem está em regime de meia pensão, são em colaboração com restaurantes locais e realizadas nestes o que proporciona aos clientes diferentes experiências gastronómicas. O lobby, onde se situa a recepção, espraia-se ao comprido, tendo logo à entrada da porta uma sala de estar,

sendo que as paredes de toda esta área são decoradas com fotografias de grandes dimensões que retratam os destinos a as unidades hoteleiras do grupo. As 70 unidades de alojamento desta unidade dividem-se entre quartos duplos, estúdios e apartamentos do tipo T1 com kitchenet que pode ser utilizada contra o pagamento de uma taxa diária. Com uma decoração simples e acolhedora, onde pontificam as madeiras, os alojamentos estão bem equipadas, contando com televisão de ecrã plano, duas camas ou cama de casal, internet e casa de banho completa, onde se inclui o secador de cabelo sempre tão desejado pelas senhoras. De sublinhar ainda que, na sua grande maioria, os quartos são dotados de varanda com vista directa ou lateral para o mar, o que sem dúvida é uma mais-valia para quem fica alojado no Cheerfulway Bravamar Hotel. < TURISVER | MAIO DE 2015

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>madeira IX Conferência Anual do Turismo

TEXTO: FERNANDA RAMOS

Tendências do turismo vistas “à lupa” Foram mais de 900 os participantes na IX Conferência Anual do Turismo, ultrapassando claramente as estimativas da organização, a Ordem dos Economistas da Madeira. Este ano subordinada ao tema “Tendências”, a Conferência teve um interesse suplementar: saber o que o Governo Regional, recentemente empossado, desenhou para o turismo.

O

Cliente do Futuro”, “Os Desafios” e “Wellness como Macro Tendência Global” foram as temáticas abordadas na IX Conferên-

cia Anual do Turismo, que decorreu a 15 de Maio no Funchal, numa organização da Delegação Regional da Madeira da Ordem dos Economistas. Subordinada ao tema “Tendências” a Conferência era este ano aguardada

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Miguel Júdice

“A aposta do Governo é centrar grande parte das suas políticas nesta indústria [turismo], no presente e no futuro”

“Já não estamos na economia da experiência, estamos na economia transformacional”

com expectativa ditada pelo facto de a Região Autónoma da Madeira ter um novo governo, tão “fresquinho” que o seu programa não tinha ainda sido discutido na Assembleia Regional. Com o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, a presidir à sessão de abertura, e o secretário Regional da Economia, Turismo e Cultura, Eduardo Jesus, ao encerramento, antecipava-se a possibilidade de se ficar a saber qual a estratégia para o turismo. Foi o que aconteceu, com o presidente do Governo Regional a avançar linhas de orientação estratégica para o sector: concentração da promoção numa só entidade com reforço de verbas, criar uma Lei de Bases para o Turismo, preservar a singularidade e a autenticidade do destino, melhorar e alargar o calendário de eventos, requalificar o parque hoteleiro e os recursos humanos, diversificar e aumentar a acessibilidade à região e reactivar o Observató-

MAIO DE 2015 | TURISVER

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Miguel Albuquerque

2/15/13 3:21:22 PM 24-01-2013 12:22:48

rio Regional de Turismo.

TURISMO DOMINARÁ POLÍTICAS DO EXECUTIVO MADEIRENSE O papel que o turismo desempenha na região e a importância que o novo Executivo lhe vai votar ficaram claros na afirmação de Miguel Albuquerque: “Entendemos que o turismo e todas as questões relacionadas com o turismo são transversais a toda a nossa vida regional e têm efeitos multiplicadores em toda a nossa vida política”. Por isso “a aposta do Governo é centrar grande parte das suas políticas nesta indústria, no presente e no futuro”. A primeira prioridade será “concentrar a promoção numa única entidade, reforçar progressivamente as verbas para a promoção turística e centrar essa promoção no consumidor final”. O segundo objectivo é “preservar a singularidade e autenticidade do destino


e não podemos ficar dependentes de um ou dois operadores. Temos que ter a capacidade de tornar a nossa região mais atractiva para um maior número de operadores”, seja em termos da ilha da Madeira como de Porto Santo, disse. “Melhorar a qualidade do nosso turismo, subir o rendimento do turismo na Madeira, aumentar o RevPar e os efeitos multiplicadores” do turismo “de forma sustentada” foram outras preocupações deixadas pelo governante que avançou com a ideia da criação de Lei de Bases do Turismo da Madeira a qual terá por base “um processo de audição e auscultação de todos os agentes turísticos e da população em geral”.

AS “TENDÊNCIAS”

do calendário de eventos, para “esbater alguma sazonalidade nos períodos de Inverno”, disse Miguel Albuquerque, antecipando que “a Festa da Flor tem potencial para ser alargada”, em termos temporais e geográficos.

A requalificação do parque hoteleiro e dos recursos humanos, bem como o “aumento, diversificação e melhoria dos acessos”, principalmente no que toca ao transporte aéreo, são algumas das preocupações. “Vivemos numa ilha

Na sua intervenção o presidente do Governo Regional responderia a algumas preocupações deixadas, também na abertura, por André Barreto, presidente do Secretariado Regional da Madeira da Ordem dos Economistas, para quem “o investimento em promoção turística é dos mais rentáveis que um governo pode fazer”. Considerando que “não há destinos permanentemente excelentes”, mostrou-se preocupado com os riscos de um “crescimento excessivamente rápido da oferta hoteleira” e embora considerando que “o turismo não é só hotelaria” sublinhou também a sua preocupação com o facto de uma parte do parque hoteleiro madeirense estar envelhecido e obsole-

>

André Barreto

“Tendências não são modas, são factos e ideias que, depois de propostas, perduram no tempo”

Madeira” em matérias como o património natural e edificado, a paisagem, o ambiente urbano e a hospitalidade, sendo ideia do Executivo que “de uma forma transversal, todas as políticas da região não ponham em causa esta atractividade, este conjunto único que nos distingue dos outros destinos”. Ouvir e dialogar com os agentes turísticos – porque “não há nenhuma política que possa ser seguida sem a colaboração dos seus players e no caso do turismo isso é fundamental” -, e auscultar a opinião dos turistas, foram outras prioridades avançadas pelo presidente do Governo que prometeu a reactivação do Observatório do Turismo porque “queremos saber se aquilo que fazemos, por exemplo em termos de animação turística, é bom ou é mau, se traz efeitos multiplicadores ou não, se é atractivo ou não, se os turistas gostam ou não”. O Governo madeirense vai também trabalhar na melhoria e alargamento TURISVER | MAIO DE 2015

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>madeira

Eduardo Jesus

Marcar a diferença através da identidade

>

to e com a diminuição da qualidade do serviço prestado, por via de um menor rácio entre o número de empregados hoteleiros e o número de unidades. Aludindo ao tema da conferência, André Barreto afirmaria que “tendências não são modas, são factos e ideias que, depois de propostas, perduram no tempo” e chamou a atenção para a necessidade da defesa das singularidades do destino. Numa conferência subordinada ao tema “Tendências” falou-se muito de felicidade e do contributo que a economia e as actividades económicas, nomeadamente o turismo, podem dar para a alcançar. Como referiu Gabriel Mota, professor universitário, se economia tem a ver com criação de riqueza, esta só faz sentido se contribuir para colmatar as necessidades das populações a nível do conforto material, educação, saúde, segurança, emprego… ou seja, se esta for capaz de aumentar a felicidade, um conceito que, como exemplificou, pode ser medido. Foi de felicidade que começou também por falar Miguel Júdice, administrador da Thema Hotels que, citando Brillat-Savarin, sublinhou que “receber alguém é sermos responsáveis pela sua felicidade durante o tempo que estiver sob o nosso tecto” - ideia que transpôs para as unidades hoteleiras porque “os hotéis fazem parte das nossas vidas”. Miguel Júdice falou da nova hotelaria

para dizer que o conceito de “experiência” está já obsoleto, substituído agora pelo conceito de “emoções”: “Já não estamos na economia da experiência, estamos na economia transformacional”, que implica “mudança” e “provoca emoções” ou, se preferirmos, na economia do edutainment, que ali a educação ao entretenimento, em que o value for money é “rei”. Os hotéis do futuro – e o futuro é já hoje – devem ter em conta este novo tipo de experiências, a relação qualidade-preço, devem ser económica e ecologicamente responsáveis, promover o bem-estar holístico, acompanhar e promover a evolução tecnológica, ter visibilidade nacional e internacional, estar em redes sociais, e apostar na diferenciação. Ou seja, devem ser mais do que simples hotéis e,

“Ainda que a Madeira seja um destino turístico consolidado e reconhecido no mercado, urge ter sempre presente que não existem verdades absolutas nem muito menos estáticas no turismo” pois as preferências dos turistas “variam em função de factores que não controlamos”. Esta uma das ideias deixadas por Eduardo Jesus, secretário Regional da Economia, Turismo e Cultura da Madeira no encerramento da Conferência Anual. Salientando que “a competitividade é a palavra de ordem”, disse haver que “reinventar produtos e despertar novas motivações”, para o que a Madeira deve “reforçar o seu posicionamento”, “marcando a diferença através da identidade”, conhecendo melhor a procura, “requalificando a oferta” e reforçando acessibilidades aos mercados tradicionais e emergentes. Apelando ao “envolvimento de todos” na requalificação do sector, garantiu uma maior “facilitação” de procedimentos, bem como o reforço da promoção e animação. À margem do evento, em conversa com jornalistas do trade, disse estar já em marcha o processo de reorganização interna e de profissionalização da Associação de Promoção da Madeira que lhe irá permitir concentrar toda a promoção do arquipélago. Com a concentração vem “o reforço da dotação orçamental”, cujo montante só será conhecido com o orçamento rectificativo. Respondendo a uma pergunta da Turisver, Eduardo Jesus deixou clara a aposta no mercado nacional. “O mercado nacional continua ser o principal mercado para a Madeira” apesar das restrições dos últimos anos, provocadas pela crise. Com a Madeira a sentir já a inversão destas circunstâncias “o mercado nacional é um mercado onde vamos investir fortemente” para que “as férias dos portugueses possam ser gozadas aqui com a frequência que já foram” e “complementadas com outras acções de atractividade que queremos desenvolver no âmbito dos eventos”, que serão a grande aposta do turismo madeirense. “Queremos que o ano da Madeira seja um ano de festa e celebração”, afirmou, explicando que todos os eventos estão a ser estudados “no sentido de aferir o efectivo retorno de cada um”, para depois ser decidido o prolongamento de alguns já existentes e a criação de novos, relacionados com o desporto e o mar.

ESBATER A SAZONALIDADE DE PORTO SANTO Requalificar a hotelaria e esbater a sazonalidade de Porto Santo serão duas prioridades do Executivo. Questionado pela Turisver sobre estes temas, o governante especificou que algumas unidades da região debateram-se, nos últimos anos, com “um RevPar muito baixo”, incapaz de garantir a rentabilidade necessária para o reinvestimento na manutenção. Por isso a Secretaria Regional vai intervir dando “apoio ao investimento, através do Novo Quadro Comunitário, em que estamos já a trabalhar e a divulgar” e “eliminando custos de contexto, estando a ser feito o levantamento das áreas onde vamos intervir declaradamente para eliminar uma série de procedimentos, burocracias que não facilitam e que só encarecem a actividade empresarial neste sector”. Sobre Porto Santo afirmou que a Secretaria Regional está já a trabalhar “no sentido de estender o início e o fim da época de Verão” havendo um operador “que garante estender a operação por mais duas semanas”. A colocação de “eventos desportivos que nos possam puxar para traz o início da época” e um programa de acessibilidades e acções que torne “apetecível o Inverno em Porto Santo”, nomeadamente para turismo de saúde e bem-estar, são outras acções. Em resumo “o produto de Porto Santo está a ser pensado não só no período em que é forte mas também em termos dos meses mais fracos”, afirmou. <

acima de tudo, serem mais do que simples alojamentos onde apenas se vendam “quartos ou bifes”. A alteração do cliente-tipo da Madeira, cuja idade média baixou, a diminuição dos preços médios e do revPar, o aumento exponencial do mercado francês a que se tem assistido na Madeira, à imagem do que acontece um pouco por todo o nosso país, os incentivos a novas rotas, a promoção integrada aeroporto/região, a importância das marcas, o posicionamento face aos targets, foram outras das ideias 24

MAIO DE 2015 | TURISVER

abordadas na Conferência, através de várias intervenções. Ali se falou da alteração do perfil do viajante e se afirmou também que hoje estamos a viver a economia da partilha (redes sociais) e não da experiência tendo sido enfatizado que “uma experiência não tem que ser boa mas o que é bom é sempre partilhado”. Outra ideia ali deixada foi a de vocacionar Porto Santo para o turismo de saúde e bem-estar, produto para o qual tem tudo o que é necessário, nomeadamente em termos de recursos naturais. <


Marco Sousa director de Operações Rodavante

“conseguimos recuperar para os valores de 2010, atingindo um crescimento de cerca de 10% relativamente a 2013”

Em 2014

Rodavante na rota crescimento

TEXTO: SARA CUNHA FERREIRA

Em 2014, a Rodavante obteve um crescimento de 10% face ao ano anterior que se traduziu numa facturação de 1,2 milhões de euros. Os resultados positivos revelam que também a empresa de rent-a-car, com sede na Madeira, entrou na rota do crescimento, em linha com a toada positiva que o Turismo sentiu por todo o país no último ano.

O

ano passado foi um ano muito positivo para nós ”, disse à Turisver Marco Sousa, director de Operações da Rodavante. “Em 2011 tivemos uma quebra, que se repetiu nos dois anos seguintes, mas em 2014 voltámos a crescer”. Com uma facturação de “1,2 milhões de euros em 2014, conseguimos recuperar para os valores de 2010, atingindo um crescimento de cerca de 10% relativamente a 2013”. Com agências no Funchal e Porto Santo e um agente em Lisboa, a Rodavante “continua a ter maior volume de contratações no Funchal, maioritariamente de mercados como o britânico, o principal cliente Rodavante, seguido do alemão e francês, para veículos utilitários de gama média”. Mas, acrescenta Marco Sousa à Turisver, “agora estamos a trabalhar um novo mercado, o polaco, por observarmos algum crescimento”. Relativamente ao mer-

cado português, Marco Sousa revela que a quota é de “15%, sendo na sua maioria turistas provenientes do Centro de Portugal Continental”. Quanto à contratação, esta “divide-se em agências e brokers e o online, ou seja, contratação directa que tem, actualmente, um peso de 55 por cento para o mercado nacional”. No total dos mercados, explica Marco Sousa, “o grosso da contratação é feito através de agências e brokers”. Praticamente a meio de 2015, as perspectivas são igualmente animadoras, principalmente para Porto Santo que, como explica o responsável operacional da rent-a-car, “apesar de a ilha ter um grave problema de acessibilidades, e a desistência do voo semanal da TAP para Porto Santo directamente do Continente agravar a situação, temos a expectativa de ter a frota toda ocupada no Verão”, ainda por cima quando “agora temos praticamente apenas um concorrente, já que os outros que existiam deixaram de trabalhar em Porto Santo”. Em relação a novos produtos, Marco Sousa é peremptório: “Mesmo a trabalhar novos mercados, como o polaco, antes de lançar novos produtos, queremos cimentar o que oferecemos, ter uma base suficientemente sustentada e trabalhar os produtos que conhecemos bem há mais de 40 anos”. Actualmente, a frota da Rodavante para serviço de automóvel sem condutor baseia-se em veículos citadinos, “nervosos”, ideais para a descoberta da Ilha da Madeira. Com ou sem ar condicionado, descapotáveis, com capacidade para quatro, cinco, sete ou nove passageiros, os veículos Rodavante estão organizados por grupos, facili-

tando a escolha de quem procura este tipo de serviços. Para além do turista comum, a Rodavante oferece ainda um serviço VIP, com veículos topo de

gama e motorista, oferta “especialmente indicada para administração, direcção ou altos executivos de empresas ou instituições”.

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Situado a apenas 80m do mar e a 200m da praia de Ribeira Brava onde se oferece também uma piscina de água salgada sobre o mar e um conjunto de espreguiçadeiras e chapéus-de-sol, o Cheerfulway Bravamar Hotel conta ainda nas suas proximidades com várias esplanadas, bares e excelentes restaurantes, tudo-isto à beira-mar. A curta distancia até ao Funchal, suficiente para não se sentir o ruido da cidade e perto para a visitar, tendo em conta a facilidade do shuttle oferecido pelo hotel três vezes ao dia (exceto domingos e feriados), quebrará a rotina do descanso, numa visita à emblemática capital da Madeira. Dentro do Hotel contamos com 70 unidades de alojamento, 6 das unidades são Suites e 24 estão equipadas com uma pequena Kitchenete que pode ser usada contra o pagamento de uma pequena taxa diária, todos com casa de banho completa e privativa, a decoração é recente e moderna, onde se teve em conta também o conforto; 53 destas unidades têm varanda, com uma vista maravilhosa sobre a linda baía de Ribeira Brava e o Oceano Atlântico. A pequena mas bem localizada piscina no topo do edifício, no seu 7º piso, ladeada pelo solário com espreguiçadeiras e apoiada pelo bar da piscina, com serviço de snacks, é um local aprazível e de relax total. O pequeno-almoço ao estilo Inglês é servido no restaurante “ocean view” que se situa no 2º piso do hotel, este também com uma vista espetacular sobre o oceano. • Piscina exterior para adultos, Baby Sitting, Serviço de lavandaria, Bar de apoio à piscina • Receção 24 Horas • Serviço de aluguer de carros • Check-in a partir das 14:00H Check-out até às 12.00H • No quarto, Cofre, Ar forçado, Casa de banho completa, Telefone de linha direta, TV via satélite / TV por cabo, facilidades para fazer café e chás no quarto

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MAIO DE 2015 | TURISVER


>hotelaria Nova imagem e conceito

Grupo Pestana quer entrar no franchinsing e managment O Grupo Pestana acaba de apresentar um novo posicionamento através da alteração da identidade gráfica e conceito, resultado de uma estratégia que visa “fortalecer a marca para concorrer à gestão e exploração de unidades que não são sua propriedade”.

Pestana compra posição da CGD nas Pousadas À margem da apresentação da nova imagem e posicionamento do Grupo Pestana, José Theotónio, presidente executivo do grupo hoteleiro, confirmou a aquisição em Dezembro deste ano da última parte da participação da Caixa Geral de Depósitos nas Pousadas de Portugal. “Até Dezembro o grupo compra a última ‘tranche' de acções e a Caixa, através da área de capital de risco, deixa de ser accionista, num valor avaliado em 1,521 milhões de euros”. A CGD, ao alienar a sua participação, num processo acordado em 2009 para o desinvestimento total do banco do Estado nas Pousadas de Portugal, permite ao Grupo Pestana deter 85% do capital da empresa gestora das Pousadas, com os restantes 15% a pertencerem à Fundação Oriente. <

C

om um P que simboliza a inicial de Pestana e ao mesmo tempo a Pausa no tempo da nova mensagem do Grupo – “The Time of your life” –, a chancela Pestana mudou para “concorrer no managment e na exploração de unidades que não são sua propriedade”, explicou José Theotónio, presidente da Comissão Executiva do Grupo, acrescentando que o rebranding se tratou de uma “necessidade porque não tínhamos uma marca suficientemente forte para concorrer nos contratos de franchising, arrendamento ou contratos de operação, managment”. Por outro lado, acrescentava o CEO durante a apresentação das novidades, o Grupo com 42 anos de existência e mais de 13 mil camas previstas até 2017, face às 10.409 actuais, "precisa de um 'refresh' na sua imagem" que segundo o mesmo responsável “representou um investimento direc-

to de cerca de um milhão de euros”, valor que não estará fechado porque será “necessário acrescentar outro, na substituição dos materiais com a nova imagem, que se fará pouco a pouco.” A nova imagem estará presente em diversos suportes, com a área online a ser privilegiada por ser “o primeiro local de contacto e por isso a porta de entrada para os seus produtos em todo o mundo”. Outra das grandes novidades é a uniformização das sub-marcas do Grupo em associação ao nome Pestana, que agora passa a designar-se Pestana Hotel Group e a ter três marcas. Pestana Hotels & Resorts, Pestana Pousadas de Portugal e Pestana Collection Hotels passam a ser “mais do que a simples soma aritmética das três em separado para que cada uma delas capitalize a sua oferta junto das outras”. A marca Pestana Pousadas de Portu-

gal continua subdividida em Pousadas Monument, Pousadas Historic e Pousadas Charming, e Nuno Ferreira Pires, administrador do grupo para a área de 'marketing', explicou ainda que dentro da área de hotéis foi criada mais uma marca, a Pestana Hotels & Resorts Premium, que vai distinguir 10 a 15% da oferta hoteleira, sempre com unidades de quatro estrelas superior ou cinco estrelas, de que fazem parte as unidades Collection e Hotels & Resorts.

RESULTADOS MAIS POSITIVOS QUE 2014 Apesar de “termos de aguardar pelo comportamento turístico no Algarve, a partir de Maio, para perceber como vai correr 2015”, o CEO do Grupo referiu “que os primeiros meses deste ano têm estado homologamente a ser mais positivos”, acrescentando, questionado pelos jornalistas, que “é expectável um crescimento hoteleiro ao ano à volta de 10%, durante os próximos três anos, não só com a melhoria na oferta como com os novos projectos que vão entrar". Em vendas, José Theotónio sublinhou que as mesmas ascendem a 400 milhões de euros, dos quais, cerca de dois terços resultam do negócio de hotelaria, ficando o restante relativo aos oito negócios em golfe, casinos, imobiliário turístico, aviação, distribuição turística, Vacation Club, indústria e serviços. < TURISVER | MAIO DE 2015

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>hotelaria Vila Galé Évora inaugurado

“Na Vila Galé temos um prazer imenso em fazer coisas” TEXTO: FERNANDA RAMOS

Resultante de um investimento de 15 milhões de euros, foi inaugurado no passado dia 25 de Abril, o Vila Galé Évora. Aquela que é a 26ª unidade do grupo Vila Galé, segunda no Alentejo, situa-se a escassos minutos do centro da cidade Património Mundial e a sua inauguração contou com a presença do secretário de Estado do Turismo, do presidente da ERT Alentejo e Ribatejo e do presidente da autarquia, entre muitas personalidades ligadas ao turismo.

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quatro estrelas Vila Galé Évora, que reforça a presença do grupo no Alentejo, região onde já detém o Vila Galé Clube de Campo, em Beja, resultou de um investimento de 15 milhões de euros numa obra que foi concluída no tempo “recorde” de um ano, como sublinhou, na inauguração, o presidente do Grupo, Jorge Rebelo de Almeida. No seu jeito directo de ser, Rebelo de Almeida aproveitaria mesmo para sublinhar que “demorou mais tempo a aprovar o projecto” do que a realizar a obra do hotel de Évora e, numa clara crítica aos processos burocráticos que con-

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MAIO DE 2015 | TURISVER

tinuam a entravar novos investimentos, adiantaria mesmo que “temos mais um projecto para Beja que anda enrolado”. Mas problemas e burocracias são situações a que Jorge Rebelo de Almeida e o Grupo Vila Galé estão já habituados e que não os fazem vacilar nas decisões, com o presidente do Grupo a referir, a propósito, o que se tem passado com algumas unidades que a Vila Galé tem construído, como o do Albacora, em Tavira, em que a obra se arrastou no tempo pelas muitas questões que houve que enfrentar. Apesar de tudo isso garante que “na Vila Galé temos um prazer imenso

em fazer coisas” e desafia mesmo: “se as pessoas soubessem o prazer que dá fazer coisas, gerar empregos, de certeza que fariam muito mais”. Até porque, garantiu, “Portugal é um país maravilhoso para se investir” e “o país precisa de continuar a apostar no turismo”, como precisa também de “apostar na formação” porque “a hotelaria em Portugal evoluiu muito nos últimos anos”, estando agora “num patamar muito elevado” em termos qualitativos. Por isso, em matéria de novos investimentos hoteleiros há que “apostar nas coisas que verdadeiramente são diferenciadoras na nossa oferta”, que permitam aos turistas


Vila Galé Évora HHHH

Évora, Alentejo Inauguração: 25 de Abril de 2015

• Quartos: 185 • Room service 24 horas • Restaurantes: Versátil (buffet) e Inevitável (serviço à carta)

• Lobby Bar • Bar da piscina (de Junho a Setembro) • Piscina exterior para adultos • Piscina exterior para crianças (com escorrega) • Spa Satsanga (piscina interior aquecida, sauna, banho turco, ginásio, duche vichy, salas para massagens e tratamentos, jacuzzi)

responder à questão: “mas vou para ali porquê?” Dito de outra forma, “não interessa estar a fazer hotéis que são meras repetições de produto que existe em todo o lado. Temos que encontrar qualquer coisa diferente”, e é essa diferença que, segundo Rebelo de Almeida, se pode encontrar no Vila Galé Évora, uma diferenciação que assenta nas referências culturais, nomeadamente ao Reino Al Andalous, “de uma riqueza monumental tremenda”, e à Escola Portuguesa de Arte Equestre, “que é dos grandes valores que nós temos em Portugal”. A propósito, sublinhou: “Cultura e turismo são duas coisas muito importantes”. Num dia em que passavam 41 anos sobre a revolução do 25 de Abril, Adolfo Mesquita Nunes, secretário de Estado do Turismo, optou por falar de liberdade para dizer que “liberdade é aquilo que os empresários mais precisam” para realizarem os seus investimentos e com eles corresponderem aos desejos do mercado. Adolfo Mesquita Nunes deixaria um agradecimento aos empresários por, mesmo em tempos difíceis, não terem deixado de apostar no nosso país, um agradecimento “reforçado por apostarem em Portugal como um todo” no que ao Grupo Vila Galé diz respeito. E

Serviços

• Lavandaria • Acessos para pessoas de mobilidade reduzida

• Acesso gratuito à Internet via Wi-Fi

• Biblioteca • Jardins e Espaços Exteriores • Garagem (7,50 Euros/Dia) • Parque infantil • Estacionamento exterior para autocarros

também deixaria um pedido de desculpas pelo facto de o governo nem sempre conseguir dar resposta atempada ao que os empresários querem. Ao intervir na cerimónia de inauguração do Vila Galé Évora, o presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, António Ceia da Silva, sublinhou que a chegada do Grupo Vila Galé a Évora, com aquela que é a sua segunda unidade em terras alentejanas “não é uma situação de concorrência” mas sim “uma mais-valia para a região”. Uma mais-valia em termos de produto, de qualificação do alojamento e também ao nível da promoção da região, tanto

em termos internos como externos, já que sempre que o grupo hoteleiro se promover no exterior “vai também, necessariamente, levar o Alentejo na mala”, considerou. Por seu turno, o presidente da Câmara de Évora sublinhou que o Vila Galé Évora é “um investimento que pode contribuir para o desenvolvimento da região” e que “o Grupo Vila Galé valoriza Évora e Évora valoriza o Grupo”.

UM HOTEL COM ALMA ALENTEJANA Já é hábito que isso aconteça nos hotéis Vila Galé, a região em que se implantam entra portas adentro. No caso, sente-se a alma alentejana logo na arquitectura, com o hotel a espraiar-se num edifício baixo e longo, como é tradicional nestas terras quentes, com a frontaria em pedra mármore, matéria-prima bem alentejana. Na parte traseira o edifício abre-se em “U” com duas alas de quartos, em que os do piso térreo contam com saída directa para a zona do jardim e da piscina, zona que o hotel envolve. No interior, é o cinza-prata que domina, o que em dias mais quentes emprestará frescor ao hotel, mas são muitos os apontamentos em cores fortes, seja nos sofás ou nos repos-

teiros. Logo à entrada, encontra-se a recepção e o lobby bar e é também no lobby, bastante amplo e que se abre para o exterior, para a zona da piscina, que se localizam os dois restaurantes da unidade, o Versátil e o Inevitável, ambos praticamente em “open space” e parecendo “pendurados” um no outro. Se o posicionamento dos dois restaurantes não é usual, também o facto de o ginásio e a piscina interior se abrirem aos olhos de quem passa desde a recepção para uma das alas de quartos tem algo de inovador. Com 185 quartos (entre estes contam-se 24 quartos superiores com vista piscina, 24 familiares e seis suites) onde também o cinza é dominante, cortado por apontamentos de cores mais fortes, o Vila Galé Évora junta aos dois bares (um na piscina) e dois restaurantes, duas piscinas (uma interior, outra no exterior, para adultos e crianças, sendo que esta comporta um escorrega), ginásio e SPA Satsanga com sauna, jacuzzi e seis salas para tratamentos. E a tudo isto soma apontamentos de arte equestre, a temática a que se subordina o hotel e que está patente em peças decorativas, quadros, e nas salas para reuniões, onde existem mesmo manequins trajados de cavaleiros. < TURISVER | MAIO DE 2015

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>hotelaria

Golden Tulip Braga Hotel & Spa (Falperra)

TEXTO: SARA CUNHA FERREIRA

Até 2030

Flagworld quer 15 Golden Tulip A Flagworld Hotels, empresa detentora da marca hoteleira Golden Tulip para Portugal, quer gerir 15 hotéis nacionais sob a chancela internacional nos próximos 15 anos. O pontapé de saída já foi feito com um hotel em Braga, outro no Porto e um terceiro em Estarreja. O futuro poderá reservar “também Espanha e Moçambique”.

Tulip Inn Estarreja Hotel & Spa

A

Flagworld Hotels nasceu em plena crise para apoiar unidades hoteleiras a enfrentar algum tipo de dificuldade de gestão. Já com dois hotéis em carteira – Herdade do Gizo, em Cuba, no Alentejo, e o Sunset Village, em Armação de Pêra, no Algarve –, a Flagworld Hotels parte para a aquisição exclusiva da representação da marca Golden Tulips em Portugal, com direitos a 15 anos. Esta é a meta traçada por Luis Roll, administrador da Flagworld Hotels, empresa totalmente portuguesa que em 2014 viu o seu portfólio de unidades aumentar com contratos de gestão para Braga (Golden Tulip Braga Hotel & Spa, de 4 estrelas), “há dois anos e meio, depois Estarreja, em Abril de 2014 (Tulip Inn Estarreja Hotel & Spa, de 3 estrelas), e por fim, em Junho adquirimos a gestão do hotel ex-Casa Branca, agora Golden Tulip Porto-Vila Nova de Gaia, de 4 estrelas”, explicou Luis Roll à Turisver. São unidades que “pertencem a privados e outras a fundos, mas das quais a Flagworld Hotels faz todo o tipo de gestão sob a chancela Golden Tulip”. No fundo, explica o administrador, “transformamos uma unida30

MAIO DE 2015 | TURISVER

de já existente, mas com problemas de gestão, desenvolvimento, divulgação, comunicação ou marketing, em hotel Golden Tulip ou abrimos de raiz já com o nome da marca. Porém, a nossa intervenção é feita através de contrato de gestão e arrendamento, a compra será a última etapa e muito diminuta. Além do mais, não fazemos investimento, desenvolvemos sim a nossa capacidade e know-how em gestão”. Como resultado, as cinco unidades hoteleiras permitiram arrecadar uma

facturação de “quatro milhões de euros em 2014”, que se prevê aumentar já em 2015. É que, segundo o administrador da Flagworld Hotels, na calha está um hotel no distrito de Viseu cujo contrato deve “ficar selado no final de Maio e abrir a 1 de Julho deste ano, mas com mudança da marca para Golden Tulip a 1 de Janeiro de 2016”. Também para 2016 está previsto outro hotel no Porto Centro, para Abril, e outro no Funchal, em meados do ano, para além de um hotel em Águe-


Sunset Village by Flagworld

Marca holandesa chega aos chineses A rede Golden Tulip foi fundada no início dos anos 60, quando os primeiros hotéis Golden Tulip abriram as suas portas na Holanda. Em 2009, a Starwood Capital Group, empresa financeira e imobiliária proprietária da Starwood Hotels & Resorts, adquiriu 240 dos 260 hotéis do grupo Golden Tulip Hospitality, através da Louvre Hotels

Group (LHG). O LHG opera sete marcas distintas, onde se incluem as Premiére Classe, Campanile, Kyriad, e Kyriad Prestige, em unidades de 1 a 5 estrelas, num total de mais de 1200 hotéis em 46 países. De acordo com o responsável pela marca Golden Tulip em Portugal, Luis Roll, o grupo Louvre Hotels

encontra-se no segundo lugar no ranking da Europa e oitavo a nível mundial. Já este ano, a LHG foi adquirida pela Jin Jiang International Hotels Group, empresa chinesa detentora de várias unidades hoteleiras na Ásia sob as marcas Metropolo,Jin Jiang Inn, Goldmet Inn, Bestay, agências de viagens e rent-a-car. <

Luis Roll Administrador da Flagworld Hotels Representante exclusivo Golden Tulip em Portugal

Quero que a marca seja bem implementada em Portugal, que seja de referência e que seja uma filosofia hoteleira e não imobiliária.

da cujas obras nunca mais terminam”. Tal como este último, “também o hotel do Porto Centro e do Funchal são edifícios novos com a gestão entregue à Golden Tulip num contrato com duração de 15 anos”. Com este ritmo de crescimento, que pode abranger “Lisboa, com a marca Royal Tulip, de 5 estrelas, estamos a encetar já conversações com unidades em Espanha, nomeadamente Vigo, e Moçambique”. Mas se para a ex-colónia portuguesa os planos são semelhantes aos utilizados no nos-

Herdade do Gizo by Flagworld

so mercado, já para Espanha a Flagworld “não vai entrar nos mesmos moldes”, ou seja, em regime de representação exclusiva, porque “não me interessa, não tenho nem força, nem idade”.

BAGAGEM DE 400 HOTÉIS Com uma estrutura “pequena, dinâmica e cuja média de idades é de 40 anos”, a Flagworld faz dos cerca de 400 hotéis Golden Tulip pelo mundo a razão para o seu sucesso. Como

explica Luis Roll, “o Grupo Golden Tulip está integrado no Louvre Hotel, o segundo maior grupo hoteleiro europeu depois do Accor, e isto é um ponto fulcral, ter uma marca internacional por trás. A Flagworld sozinha não conseguiria vender nada; temos essa força de chegar a um banco e dar 400 garantias”. Para além do nome, a mais-valia está “na distribuição, que é mundial através da Goldrest, são eles os responsáveis pela venda”, até porque, continua o administrador, “com o desenvolvi-

mento do online e das companhias low cost, a marca hoteleira é uma segurança e os turistas escolhem os hotéis pela marca e a ela são fiéis”. Mas, continua, “estamos também presentes noutros canais de distribuição, como tour operadores tradicionais portugueses, com quem trabalhamos”. Porém, “hoje os operadores não permitem encher hotéis, até porque praticam preços muito baixos, mas são um garante para manter a ocupação nas épocas baixas”. <

Golden Tulip Porto Gaia vai entrar em remodelações Setembro é o mês que marca o início do processo de remodelações do antigo Hotel Casa Branca para cumprir as exigências Golden Tulip. A unidade de quatro estrelas tem obras marcadas para Setembro/ Outubro que, de acordo com Luis Roll, responsável Golden Tulip em Portugal, “englobam remodelações profundas nos 57 quartos”. A restante infra-estrutura não vai

sofrer alterações, até “porque temos efectuado ao longo dos últimos tempos algumas melhorias por necessidade e aquelas que a marca Golden Tulip assim exige”. As obras irão demorar três meses, fechando apenas os pisos intervencionados, e espera-se “que no final do ano boa parte do hotel já esteja remodelada”. Ainda de acordo com o responsável,

o investimento nestas remodelações “não deve chegar aos 500 mil euros”. Questionado sobre a existência prevista de duas unidades Golden Tulip no Porto – um em Vila Nova de Gaia e outra no centro do Porto –, Luis Roll explica que “há procura e conseguimos multiplicar as vendas graças à nossa distribuição através da Goldrest, que é mundial”. < TURISVER | MAIO DE 2015

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>hotelaria O antigo Hotel Júpiter na Praia da Rocha sofreu uma profunda remodelação, ganhou uma nova designação, Júpiter Algarve Hotel, e agora reabriu as portas apresentando uma decoração e um conceito onde a inspiração é o mar.

Júpiter Algarve Hotel

J

TEXTO: JOSÉ LUÍS ELIAS

úpiter Algarve Hotel é a nova designação do antigo Hotel Júpiter, unidade de quatro estrelas localizada na Praia da Rocha, em Portimão, a escassos 100 metros da Praia. O Hotel reabriu portas a 30 de Março após ter passado por uma renovação total que o dotou de novos quartos e novos serviços, além de apresentar também um novo conceito. Hélio Medeira, Revenue & E-commerce manager da Júpiter Hotels, explicou à Turisver que “este Inverno decidimos fazer uma profunda remodelação e tornar esta unidade num hotel temático em que a inspiração é o mar”, um tema que envolve a unidade logo desde a recepção, em que foram utilizados tons de “azul que simbolizam o oceano mais profundo e à medida que vamos subindo nos pisos as cores e a decoração vão ficando diferentes”. O facto de o Júpiter Algarve ser agora um hotel temático, teve a ver com a candidatura ao QREN feita para a sua renovação a qual “assentou na ideia de criarmos um hotel com um tema”. No caso, o tema escolhido foi “o mar e a sua importância para a região do Algarve”. Outra inovação face ao que existia é o facto de o bar e lobby do hotel passarem a ser palco de “exposições temporárias”, sendo que a que pudemos apreciar na altura em que visitámos a unidade foi cedida pelo Museu de Ciência Viva, tendo como tema “os fundos do mar do Algarve”. A breve prazo ali estará uma nova exposição, no caso da Subnauta, empresa de mergulho que afundou quatro navios da marinha ao largo da costa algarvia. Além disso a empresa, com a qual o hotel tem uma parceria, irá ter ali “um concierge de mergulho” que aconselhará os hóspedes que queiram experimentar esta actividade.

QUARTOS TOTALMENTE REMODELADOS E REEQUIPADOS A remodelação que ao nível dos pisos foi 32

MAIO DE 2015 | TURISVER

Totalmente renovado apresenta a temática do mar

Júpiter Algarve Hotel

HHHH Praia da Rocha, Algarve

• 138 quartos e suites • Restaurante e bar • Piscina exterior (coberta e aquecida no Inverno)

• SPA com piscina interior

hidrodinâmica, banho turco, sauna, espaço de relaxamento, • Centro de Fitness • 4 salas de reuniões • Wi-fi gratuito e ilimitado • Garagem

total, tendo até implicado mexidas em termos da construção, foi responsável pelo surgimento de novas tipologias de quartos, explicou à Turisver Hélio Medeira, com a unidade a ter agora também um número superior de unidades de alojamento. Assim, o Júpiter Algarve Hotel dispõe agora de um total de 183 quartos e suites, divididos nas tipologias standard (para uso single, duplo e familiar, permitindo neste caso a ocupação por parte de dois adultos e duas crianças), superior vista mar lateral, premium vista frente mar, deluxe vista frente mar piso alto, suite júnior vista frente mar (dois adultos e duas crianças) e suite. Nos quartos, a decoração é totalmente nova, com elementos decorativos como as almofadas e os pousa pés a beberem inspiração nos tons do oceano, que se tornam mais ou menos fortes à medida que se vai subindo nos pisos, indo de um azul forte ao verde-mar e mais acima às tonalidades mais ocres, inspiradas na rebentação das ondas no areal. Um pormenor que empresta uma imagem diferente aos quartos, mesmo quando integrados numa mesma tipologia. A remodelação abrangeu ainda as casas de banho que se apresentam agora totalmente renovadas. Num hotel localizado muito perto da praia, não admira que grande parte das suas unidades de alojamento tenha uma vista privilegiada para o mar. “Temos 183 quartos e diria que cerca de 100 têm vista mar, frontal ou lateral”, salientou o director de e-commerce. Comum a todos os quartos é o facto de disporem de “wi-fi gratuito, canais de televisão por cabo, incluindo a Sport TV que é importante para o mercado nacional, ar condicionado com controlo individual, mini bar e cofre”. No que toca às casas de banho “existem dois pisos com banheira”, mas o secador é peça comum a todos.

ÁREAS PÚBLICAS DÃO VIDA AO HOTEL Também o restaurante da unidade

beneficiou de alguns melhoramentos que possibilitaram até a introdução do show cooking como novidade, sendo que na carta é perceptível a própria temática do hotel, já que se privilegiam os peixes. De portas abertas ao público, este espaço vai em breve ver o seu nome alterado para “Restaurante A Quilha”, com o objectivo de captar mais clientes externos, situação que levará a algumas alterações na própria carta, como nos explicaram os nossos interlocutores. Talvez a única área do hotel a não ter sido abrangida pela remodelação foi o SPA, que já era moderno. Nesta zona de wellness, aberta diariamente entre as 10h00 e as 20h00, os hóspedes podem usufruir de piscina hidrodinâmica, banho turco, sauna, zona de relaxamento e sala de fitness para além de tratamentos de estética e massagens. Continuando nas áreas públicas, refira-se que a piscina exterior da unidade tem a particularidade de poder ser coberta e aquecida durante o Inverno. Entre os serviços disponibilizados pelo hotel contam-se quatro salas de reuniões com capacidades desde as 10 até às 400 pessoas, beneficiando todas de luz natural e wi-fi gratuito. Contíguo ao bar, onde há animação diária com música ao vivo, existe também um pequeno espaço que pode ser utilizado para eventos ou para lhes dar apoio em termos de coffee-breaks ou mesmo refeições. Porque o estacionamento na zona da Praia da Rocha é complicado, pelo menos no Verão, o hotel investiu também na garagem, tendo mais do que duplicado os lugares de estacionamento disponíveis para os hóspedes. Alterações à parte, o que o hotel pretende é “servir cada vez melhor todos aqueles que nos visitam”, pelo que é feita uma “forte aposta na formação”, sublinhou ainda à Turisver Hélio Medeira, Revenue & E-commerce manager da Júpiter Hotels. <


TURISVER | MAIO DE 2015

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>av&to Mais de 28 mil lugares disponíveis

TEXTO: SOFIA SOARES CARRACA

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Durante a habitual Festa de Verão da Travelplan, em que o operador apresenta a programação de Verão, Fernando Bandrés, delegado da Travelplan em Portugal, Descubra o mundo Be Live em conversa a hotéis Turisver, dos nossos e desfrutecom refere o crescimento da programação em Portugal, a média de capacidade vendida e o lançamento na nova plataforma de reservas online do operador turístico.

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Travelplan apresentou programação com destaque para a Dominicana

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festa realizada em meados de Maio em Lisboa, em parceria com a República Dominicana, contou com a presença de cerca de três centenas de agentes de viagens que abraçaram positivamente a grande novidade apresentada pela Travelplan: o novo site, que pretende ser mais user friendly, contribuindo para que as reservas sejam mais fáceis de realizar e em menos tempo. A nova plataforma inclui mais informação referente a unidades hoteleiras, bem como ao nível de serviços nos destinos, oferece também um novo calendário com todos os dias do mês assinalados e apresentação

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do menor preço disponível, para uma organização de voos facilitada. O site foi desenhado mediante as sugestões e comentários feitos por agentes de viagens nos últimos anos, e pretende, assim, ir de encontro às necessidades dos mesmos. A programação para Portugal do operador turístico cresce “muito, muito, muito”, revela Fernando Bandrés à Turisver. Para o Verão, são mais de 28 mil os lugares programados em voos directos, com partidas tanto de Lisboa como do Porto, que tem dado um “aumento de capacidade brutal” em relação à oferta do ano passado. O director em Portugal evidencia que até o dia 30 de Abril de 2015 o nível

TAXI T Algarve

de facturação já tinha atingido o mesmo volume do exercício total de 2014, “portanto a partir de agora é só crescer”. As maiores apostas da Travelplan vão ao encontro dos destinos fundamentais do operador turístico, com destaque para as operações de Varadero e de Cayo Coco, em Cuba, e principal-

Fernando Bandrés Delegado em Portugal Travelplan

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Telemóvel: 00351 964858517 (disponível 24/7)

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“Para Varadero praticamente já não há oferta para viagens no mês de Julho” mente Punta Cana na República Dominicana, a nível de operações de longo curso. Esta última partiu de uma oferta inicial em parceria que foi depois alterada para um ponto em que “praticamente a responsabilidade da operação é nossa”. Em destinos mais próximos destacam-se as Ilhas espanholas Baleares, em específico Maiorca e Menorca, operações exclusivas da Travelplan. Para qualquer destes destinos vai haver um voo semanal, realizado pela Air Europa companhia

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MAIO DE 2015 | TURISVER

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aérea do grupo, com um avião com capacidade para 186 pessoas, em partidas da cidade do Porto e de Lisboa. É ainda reforçada a programação em charter para o Verão, nomeadamente para as Canárias em parceria com a Soltour.

AS VENDAS ESTÃO A CORRER BEM A nível de percentagem de operação vendida Fernando Bandrés anuncia que “há destinos que estão a funcionar muitíssimo bem, para Varadero praticamente já não há oferta para viagens no mês de Julho”, havendo ainda alguma para Agosto. Punta Cana está com aproximadamente 65% de ocupação, no que diz respeito à totalidade da oferta que a Travelplan colocou no mercado, já está vendida entre 38% e 40% da capacidade. Por fim Fernando Bandrés reconhece que muito do produto já comercializado foi através das vendas antecipadas “que por si só têm um bom desconto”, pelo que o operador está a fornecer ofertas apenas para as primeiras partidas do mês de Junho. As vendas antecipadas alongam-se até o final do mês de Maio, num período futuro serão possivelmente anunciadas ofertas especiais, segundo a necessidade de cada um dos voos. Com uma tendência de vendas positiva o director do operador para Portugal espera não ser necessário entrar em preços competitivos, “o nosso objectivo não é só crescer mas defender a rentabilidade da casa, e dentro dessa linha vamos tentar manter-nos se as condições de mercado permitirem”. <<


Com a chegada do Verão

Operadores e agências desmultiplicam-se em ofertas Diversificação da oferta implica maiores hipóteses de venda. Atentos a esta realidade, tour operadores e agências de viagens desmultiplicamse em ofertas originais, promoções, campanhas de comunicação, internacionalização de produtos… A imaginação é o limite!

TEXTO: SARA CUNHA FERREIRA

O

Verão já bate à porta e começa a corrida às férias. Começa também a corrida a novos produtos, destinos diferentes e sugestões “nunca antes vistas”, para captar novos clientes ou aliciar “velhos conhecidos”. São estratégias de vendas que têm os seus frutos e que por isso se mantêm, canícula atrás de canícula. É o caso, por exemplo, das viagens ao Leste Europeu, da Pinto Lopes Viagens, um produto que sugere um Verão diferente, cultural e em grupo, com duas ofertas distintas: “O Melhor da Checo-Eslováquia” e “Roménia e Moldávia”, para visitar em Junho e Julho, por 1.295,00 e 1.575,00 euros por pessoa, respectivamente. Por exemplo, entre 13 a 21 de Junho a sugestão Pinto Lopes Viagens passa pela República Checa e Eslováquia, com o circuito a começar por Bratislava, rumo, por exemplo, a Banska Štiavnica um dos principais centros de minérios da Europa entre os séculos XIII a XVIII, Património da Humanidade pela UNESCO. Segue-se naturalmente a República Checa com passagem por Karlovy Vary, e fim na capital Praga, com visitas às principais atracções numa rota de grande riqueza. Mas há também ideias para dinamizar destinos já conhecidos, como é o caso da “Quinzena de Malta”, do operador Sonhando. Trata-se de uma promoção que decorre até 7 de Junho, em que o operador oferece um desconto de 50,00 euros por pessoa sobre o preço dos pacotes. Por exemplo, o preço base de 728,00 euros por pessoa para uma semana em Malta, no Park Hotel em

regime APA, passa a 678,00 euros por pessoa, para partidas de 9 e 16 de Julho. E mesmo para partidas em datas posteriores, com preços superiores, o desconto de 50,00 euros mantém-se sobre os preços antes anunciados.

RELEMBRAR PORTUGAL E não fossem também apanágio desta altura do ano os casamentos, a Travel Tailors elegeu os melhores locais para “dar o nó” em Portugal. São cinco locais para férias românticas no âmbito deste dia tão especial, como o Vidago Palace Hotel, a Pousada de Viana do Castelo, a Quinta do Pizões, o Sheraton Algarve Hotel e a Quinta do Conde. O Vidago Palace Hotel, em Chaves, venceu inclusive a categoria de “Most Prestigious Wedding Venue” dos Prestigious Star Awards 2014. Já a Pousada de Viana do Castelo é dotada de grandes jardins e salas espaçosas, sendo a própria Pousada inspirada na Belle Époque francesa, à semelhança do Vidago Palace Hotel. E por ser conhecida como “a vila mais romântica de Portugal”, a Travel Tailors sugere a Quinta dos Pizões, em Colares, que em dias especiais apresenta decoração e animação extra como uma cascata de água no jardim e espectáculo de fogo-de-artifício. Mais a sul, o Sheraton, em Albufeira, oferece extensos jardins e diversos locais selectos na sua área de 72 hectares, sobre uma falésia. Por fim na Calheta, ilha da Madeira, a Quinta do Conde é a sugestão da agência de viagens para um casamento intimista. A quinta possui, envoltas pela

típica natureza madeirense, quatro casas rústicas e uma pequena capela onde pode ser celebrada a cerimónia de casamento.

REALIZAR SONHOS EM TODOS OS SEGMENTOS Noutro âmbito, mas também para dinamizar a marca, a Lusanova Travel Group lança uma nova campanha em televisão e rádio, com o objectivo de dar a conhecer os novos programas que preparou para a época de férias. Sob o mote “Este é o ano para realizar sonhos”, o Grupo pretende posicionar-se como o parceiro ideal para as próximas férias. Por sua vez, com os horizontes na internacionalização, o SVN - Salão das Viagens de Negócio voa para Moçambique, depois de ter chegado a Angola. A iniciativa constitui a segunda fase de internacionalização do evento criado pelo Grupo Travelstore, que decorre a 2 de Junho, no Indy Congress Hotel, em Moçambique. O 1º SVN Moçambique decorre entre as 10h30 e as 17h00 e tem como tema “África Voa”, onde se inclui um seminário sobre economia na África meridional e impactos para Moçambique. A iniciativa contará também com a apresentação do primeiro “Barómetro das Viagens de Negócio Dana & American Express Global Business Travel – Moçambique”, resultado de um inquérito realizado entre empresas estabelecidas naquele país, e uma mostra dos mais importantes fornecedores, designadamente companhias aéreas, hotéis, rent-a-car, entre outros. < TURISVER | MAIO DE 2015

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>av&to

TEXTO: JOSÉ LUÍS ELIAS

Com a presença de uma centena de agentes de viagens e 46 fornecedores, a XII Convenção da Airmet, realizada em Viana do Castelo de 24 a 26 de Abril, foi a maior de sempre. O evento decorreu em ambiente de optimismo justificado pelo aumento de reservas para o Verão verificado no primeiro trimestre, como sublinhou o director-geral da Airmet, Paulo Mendes.

XII Convenção AIRMET

Grupo aumenta os serviços às suas agências

D

a Convenção, que incluiu sessões de formação sobre cruzeiros, seguros, vendas com receptivos internacionais e companhias aéreas e sobre a ferramenta

CONCURSO PÚBLICO Concessões da Gestão de Pousadas de Juventude

Airmet Hotéis, Paulo Mendes fez “um balanço muito positivo”, destacando o facto de esta ter sido a reunião do grupo que teve “a maior participação de sempre, entre fornecedores e agências”. Ao todo, o evento contou com a presença de 170 pessoas, das quais 100 eram agentes de viagens e 46 fornecedores. O que o responsável também salientou foi o facto de a Convenção ter decorrido em ambiente de “bastante optimis-

ser um ano de crescimento para a Airmet que tem vindo a “crescer ano após ano”. Tudo isto somado levou o responsável a fazer um “balanço final bastante positivo da Convenção”, uma jornada em que foram apresentadas “ferramentas que nos permitem arranjar novos conteúdos às agências” que lhes permitam “não depender tanto de um só canal e aumentar a sua produtividade, principalmente ao nível do tempo”.

mo”. “Nota-se nos operadores, nas centrais de hotéis, em todos, que há um certo optimismo este ano ao nível das vendas para o Verão”, afirmou, acrescentando que “os dados já disponíveis para o primeiro trimestre mostram um crescimento interessante e promissor” muito por via da adesão às campanhas de vendas antecipadas. E porque “ainda falta muito para o Verão acabar”, o responsável vaticina que este voltará

Falando aos jornalistas no final da Convenção, o director-geral da Airmet adiantou que o agrupamento fechou o ano de 2014 com “um crescimento de 18% na facturação, que ascendeu aos 121 milhões de euros”, sendo de realçar o facto de ter havido “muito poucas quebras na facturação” o que significa que “crescemos em 90% dos nossos fornecedores”, principalmente naqueles que “consi-

Propostas até 08/06/2015

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MAIO DE 2015 | TURISVER


Paulo Mendes Director-geral Airmet

“Estamos a crescer na tour operação mas estamos a crescer mais ainda na hotelaria” deramos prioritários” e com os quais “fazemos acções e formações durante o ano”.

CRESCER 5 A 10% ESTE ANO Para este ana o objectivo é “crescer entre cinco a 10% em facturação” mas a Airmet quer crescer também em número de associados. “Fechámos o ano passado com 246 balcões e este ano já estamos com 255”, disse, acrescentan-

do que outra meta tem a ver com “a consolidação da marca Q’Viagem!” e a sua profissionalização. As perspectivas são animadoras, mas há factores que podem provocar desequilíbrios. “Por um lado, a instabilidade em alguns destinos pode rapidamente influenciar as decisões dos turistas e, por outro, a descida do preço médio em alguns destinos devido ao excesso de oferta vai fazer com que

se obtenha menos rentabilidade, tanto para a agência como para o operador”. Fora isto “a procura existe e os preços estão mais acessíveis para o cliente que vai aproveitar isso, acrescido do facto de, por norma, em ano de eleições, haver mais dinheiro disponível”. Porque “estamos a crescer na tour operação mas estamos a crescer mais ainda na hotelaria”, em 2015, a grande novidade da Airmet reside na sua plataforma de reservas hoteleiras, onde

estão integrados os principais fornecedores de hotelaria com os quais o agrupamento trabalha. Uma ferramenta que “vai aumentar a produtividade da agência porque permite uma comparação rápida do preço entre os vários fornecedores e o agente pode fazer a gestão das reservas, emitir o voucher, mantendo a relação comercial com os fornecedores uma vez que não existem intermediários”.

As relações com os fornecedores, operadores ou companhias aéreas, são boas e Paulo Mendes diz mesmo que “hoje é mais fácil negociar porque a Airmet tem uma postura de negociação benéfica para ambas as partes. Sabemos que existem objectivos específicos de produção que temos que trabalhar para os atingir, existindo sempre um máximo até onde se pode ir e um mínimo que se pode aceitar – é assim que funcionamos com qualquer fornecedor”, garante. A propósito explica que “não há quebra de comissões”, que estas estão muito estáveis e que “os operadores estão muito receptivos aos nossos pedidos de criar produtos e campanhas especiais”, com períodos de vendas específicos e que

isso “está a funcionar muito bem”. As dificuldades residem nos fornecedores com posições predominantes que criam as suas próprias regras porque estão estrangulados financeiramente mas “cabe-nos a nós decidir se queremos ou não trabalhar com eles”. A terminar, Paulo Mendes sublinha que “a Airmet é muito mais que um negociador de acordos comerciais ou um grupo de gestão”, sendo por isso que “estamos a aumentar muito os serviços que prestamos às agências de viagens”, nomeadamente ao nível das ferramentas que está a disponibilizar cada vez em maior número de forma a “dar maior mobilidade às agências” e permitir-lhe retirar “maior produtividade”. < TURISVER | MAIO DE 2015

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>av&to África do Sul

TEXTO: FERNANDA RAMOS

NovoTours lança programas com voos SAA

Foram três os programas lançados no mercado pelo operador turístico NovoTours para a África do Sul tendo por base ligações aéreas da South African Airways. A programação foi dada a conhecer na Embaixada da África do Sul, em Lisboa, onde se falou não apenas da oferta que estava a ser apresentada mas também do muito que o destino tem para oferecer aos turistas.

É Programas Alojamento em hotéis de 4 estrelas Regime: APA nas cidades, MP no Kruger Park; PC em Madikwe Preços por pessoa, quarto duplo

Cidade do Cabo (3 noites) + Kruger Park (3 noites) + Sandton City (Joanesburgo – 1 noite) Total: 7 noites, DESDE 2.133€ Cidade do Cabo (3 noites) + Kruger Park (2 noites) + Maputo (1 noite) + Vilanculos (3 noites) Total: 9 noites, DESDE 2.772€ Joanesburgo (1 noite) + Madikwe Game Reserve (2 noites) + Sun City (4 noites) Total: 7 noites, DESDE 2.566€

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sob o tema “África do Sul Nação Arco-íris” que se reúnem os três programas da NovoTours para este destino turístico em que aliás o operador é especialista. Nação arco-íris porque, efectivamente, a África do Sul assume todas as cores, do verde dominante nas reservas a todo o colorido dos animais que as povoam – falamos dos “big 5”, dos “big 7”, de muitos outros, sem esquecer que neste país também vivem pinguins -, do esverdeado, esmeralda ou azulado dos seus mares (o país é banhado pelo oceano Índico a leste e Atlântico a oeste) às cores de paisagens desérticas ou rochosas, das cores das vinhas às muitas que podem

assumir as suas flores mais típicas, as protéas, os lírios-tocha… De tudo isto se falou na Embaixada da África do Sul, local que serviu de palco à apresentação dos programas da NovoTours para aquele destino, formatados com base em voos da South African Airways, companhia aérea que é representada em Portugal pela ATR. “Cidade do Cabo + Kruger Park + Sandton City”, “Cidade do Cabo + Kruger Park + Maputo + Vilanculos” e Joanesburgo + Madikwe Game Reserve + Sun City” são os três programas propostos , todos com partida de Lisboa, via Londres, em voo SAA. À margem da apresentação, José Marques da Costa, director de vendas e marketing da NovoTours disse-nos que na construção destes pacotes foi tida em conta a preferência dos portugueses que, quando viajam em lazer para a África do Sul, pretendem aliar “o “bush”, ou seja os animais, a visita a reservas, com a parte cultural como é o caso da Rota das Vinhas, e também com a praia” sendo que em termos de praia “as preferências dos portugueses vão para a costa moçambicana”. Por isso não há grandes novidades em termos dos locais propostos, a não ser talvez Vilanculos, uma praia moçambicana que “fica mesmo em frente a Bazaruto”, e o último programa que “pode ser considerado uma novidade por ser tão compacto” e incluir “um game reserve pertíssimo da fronteira com o

Botswana onde se podem encontrar os “big 5” e que junta também a Las Vegas africana, ou seja, Sun City”. Relativamente ao comportamento do mercado português, José Marques da Costa referiu ter-se sentido “alguma baixa” no lazer que “passou a ser residual” nos últimos tempos. No entanto, como o destino é muito procurado por grupos de incentivos “podemos dizer que, tudo somado, o destino África do Sul não desceu”. Mas mesmo ao nível do segmento de lazer o mercado está a recompor-se: “desde Janeiro deste ano sentimos uma retoma enormíssima e Fevereiro deve ter sido o melhor mês dos últimos anos”, afirmou. Artur Sousa, director-geral da ATR, empresa que desde há cerca de um ano representa em Portugal a South African, sublinhou que um dos objectivos “é, cada vez mais, conseguir parcerias com operadores de referência que conheçam bem o destino África do Sul”, o que se materializa agora através da parceria com a NovoTours. Um trabalho conjunto a que se alia “o apoio da Embaixada da África do Sul” o que “nos traz boas perspectivas para o futuro”. A SAA opera para 24 destinos dentro do continente africano e voa diariamente para a África do Sul a partir de Londres, Frankfurt e Munique, em voos nocturnos. À partida de Lisboa a companhia que é membro da Star Alliance, tem acordos com a TAP, Lufthansa e British Airways. <


>cruzeiros TEXTO: JOSÉ LUÍS ELIAS

À Convenção da Airmet, que se realizou em Viana do Castelo, o delegado comercial da Pullmantur para o Porto e Norte de Portugal, Virgílio Barros, foi dar conta da programação da companhia para este ano, e da grande novidade que é o Cruzeiro Sol da Meia Noite “um produto que temos em exclusividade”.

Virgílio Barros

– delegado comercial da Pullmantur para o Porto e Norte

Pullmantur leva-o ao sol da meia-noite

D Virgílio Barros Delegado comercial para o Porto e Norte Pullmantur

“Não é verdade que a Pullmantur tenha deixado de ter o regime de Tudo Incluído, ele continua e foi até reforçado”

e sete noites, e realizado a bordo do navio Empress, o Cruzeiro Sol da Meia Noite tem partidas de Narvik, na Noruega a 13 de Junho, e de Lakselv, também na Noruega, a 6 e 20 de Junho num itinerário que escala os portos noruegueses de Leknes, Tromso, Alta e Honningsvag, e ainda Murmansk, na Rússia, com o pacote a integrar um voo de cerca de sete horas e meia à partida de Madrid para um dos portos de entrada. As excursões, como sempre, podem ser compradas a bordo, mas os agentes de viagens em Portugal podem, antecipadamente, vender pacotes de visitas ou mesmo fazer a venda excursão a excursão de acordo com as preferências dos seus clientes, tendo por via disso uma comissão de 10%, como salientou Virgílio Barros. Nas quatro partidas previstas poderá mesmo observar-se o fenómeno denominado por “sol da meia-noite”, garantiu o responsável acrescentando que “os passageiros devem mesmo levar óculos de sol” para observar este fenómeno. Para além disso, e como é de visita ao Cabo Norte que se trata, as autoridades locais estão habilitadas a emitir um certificado que comprova a visita a esta região do globo. O itinerário constituiu novidade na companhia de cruzeiros para 2015 e apresenta preços desde 1.203,00€ em camarote interior, com voo e taxas

incluídas e a partir de 1.234,00€ em camarote exterior. O preço inclui cruzeiro em regime “À sua maneira”, com todas as refeições, bebidas (água, sumos, café e chá) e taxas (204€). Não estão no entanto incluídas taxas de serviço e gestão, (72€) a pagar a bordo. À disposição estão também os outros regimes que agora integram os cruzeiros da Pullmantur, nomeadamente o “Tudo Incluído Plus” e o “Tudo Incluído Premium”. A propósito o responsável sublinhou que “não é verdade que a Pullmantur tenha deixado de ter o regime de Tudo Incluído, ele continua e foi até reforçado”. Assim, se o regime “à sua maneira” é o mais básico, correspondendo a uma espécie de “pensão completa”, já o Tudo Incluído Plus pelo qual o passageiro terá que pagar 15,00€ por pessoa / dia na agência, acresce ao pacote anterior as cervejas sem álcool e algumas bebidas alcoólicas como cervejas, vermutes e aperitivos, licores, cocktails com álcool e vinho a copo. Já no “Tudo Incluído Premium” (30,00€ por pessoa/dia na agência) as bebidas não alcoólicas são em lata e não em copo, as bebidas alcoólicas são Premium em vez de standard, e acrescem ainda ao pacote as bebidas energéticas.

NORTE DA EUROPA E MEDITERRÂNEO Outro itinerário realçado foi o “Ma-

res da Península”, cruzeiro de sete dias a bordo do Empress, que passa pelo Porto e por Lisboa. A partida, a 19 de Setembro, é de Bilbau, passando depois pela Corunha, Porto, Lisboa, Casablanca, Gibraltar e Valência. Antes disso, a 18 de Julho e 15 de Agosto, realiza-se o Cruzeiro Fiordes do Norte, oito dias a bordo do navio Empress, num itinerário que começa em Malmö (Copenhaga), segue para Stavanger, Bergen, Flaam, Hellesylt/ Geiranger, Alesund e Trondheim. O mesmo navio vai também fazer as Capitais Bálticas, em Julho e Agosto, num itinerário que se inicia em Malmö - Copenhaga (Suécia) e termina em Tallin (Estónia), e aporta em Nynäshamn - Estocolmo (Suécia), Helsínquia e S. Petersburgo (Rússia). “Brisas do Mediterrâneo”, cruzeiro de sete noites a bordo do navio Sovereign, com partida e chegada a Barcelona e visitando Olbia, Nápoles, Civitavecchia / Roma e Livorno em Itália e Villefranche / Mónaco / Monte Carlo é outra das opções no Verão Pullmantur. Já em finais de Setembro e Outubro, o destaque vai para o cruzeiro “Lendas do Mediterrâneo” a bordo do navio Empress, com partida e chegada a Valência e aportando a Málaga, Porto Torres (Sardenha) Civitavecchia (Roma), Ajaccio (Córsega) e Palma de Maiorca. < TURISVER | MAIO DE 2015

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>aviação TACV com estratégia a cinco anos

TEXTO: FERNANDA RAMOS

Arik De, o novo Chief Comercial Officer (CCO) da TACV, esteve recentemente em Lisboa para dar a conhecer a nova estratégia da companhia. Com um horizonte a cinco anos, esta nova estratégia passa pela alteração da imagem de marca da companhia, pelo aumento da rede, incluindo Portugal e Brasil, e pela deslocalização do hub para o Sal.

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Reforço de rotas vai abranger Portugal

E

ntrou na companhia aérea cabo-verdiana com a missão de a reestruturar no âmbito da denominada “Visão 2020”. “A minha missão é tornar a companhia financeiramente mais estável e segura – e vamos estar muito empenhados nisso, primeiro porque é importante que uma companhia aérea se consiga manter a si própria, depois porque só essa estabilidade financeira nos permitirá crescer como queremos” – foi assim que Arik De, Chief Comercial Officer da TACV, resumiu as suas competências e justificou a entrada na companhia, há cerca de seis meses como consultor e desde 1 de Abril como CCO. Arik De estava em Lisboa para dar a conhecer a nova estratégia a cinco anos para a companhia. Uma estratégia que assenta, fundamentalmente, no seu crescimento, em número de rotas, e na melhoria de serviços, pontos que deverão ser acompanhados por uma nova imagem que sirva para promover Cabo Verde no mundo. É nesta estratégia de crescimento que se incluem já os novos voos que

a companhia começa a operar este Verão para Recife, no nordeste brasileiro, para Providence, nos Estados Unidos da América e também para Bissau. Mas a companhia de bandeira de Cabo Verde pretende ir bastante mais além e implementar mais rotas, tanto para a Europa como para os Estados Unidos e África. E mesmo no que se refere a este ano nada está fechado em termos de novos destinos a operar e pode mesmo haver novidades no que se refere às rotas portuguesas. Portugal, afirmou Arik De, é um “mercado-chave com grande potencial de crescimento” para a TACV, pelo que está também incluído nos planos de curto prazo, concretamente “a um ano”. Na calha, ainda para 2015-2016, está não apenas o aumento do número de voos para Lisboa como também uma possível, mas por enquanto ainda não garantida, aposta no Porto. Considerando que “Portugal está ligado à nova estratégia dos TACV como porta de entrada e de saída para a Europa e como porta de entrada para Cabo Verde e para o Brasil”, o gestor

adiantou que está a ser analisada pela companhia aérea a possibilidade de introduzir voos anuais para o Porto “pelo menos duas vezes por semana”, isto porque, assumiu, “não queremos voar apenas uma vez por semana para nenhuma cidade”. Ao mercado português deixou ainda uma garantia: “Portugal é muito importante para Cabo Verde e para a TACV, pelo que a nova estratégia aponta para o reforço da nossa presença no mercado português”. Por isso, na estratégia de expansão 2015-2016, em que está consignada a abertura de mais uma rota na Europa, há a possibilidade de essa rota poder vir a ser o Porto. “Percebemos que o Porto tem grande potencial”, afirmou Arik De, adiantando que entre outros destinos europeus em análise estão Frankfurt, Munique, Londres e Genebra. No mesmo prazo de tempo, a expansão incluirá também um novo destino no Brasil, estando neste caso em estudo as cidades de João Pessoa (estado da Paraíba), Natal (Rio Grande do Norte) ou Salvador (Bahia), embora o responsável tenha adiantado que


há também interesse da companhia em voar para destinos como São Luiz do Maranhão e Maceió (estado de Alagoas). Mesmo assim, em resposta a uma questão da revista Turisver, o administrador comercial da companhia adiantaria que “João Pessoa é o destino que está melhor posicionado no momento”. Mesmo assim, o que a companhia pretende em termos de Brasil é voar para o maior número de destinos possível naquele país, que se encontrem a três horas e meia / quatro horas de voo de Cabo Verde. Para cumprir os objectivos, serão necessários mais aviões. Arik De reconhece isso: “no Inverno vai chegar mais um avião, mas provavelmente ainda não irá ser suficiente”.

DESLOCALIZAÇÃO DO HUB PARA O SAL O reforço da estratégia de conexões, com Portugal como porta de entrada na Europa, o que já é visível nas reservas para Fortaleza e Recife, levou a companhia a alterar os horários dos voos. Após a abertura de Recife, a 5 de Junho, o programa de voos para Fortaleza vai mudar: ambos os destinos brasileiros vão passar a ser operados no mesmo dia (sexta-feira), partindo com poucos minutos de diferença da Praia, para “agilizar as ligações”. E agilização é também o que se preten-

O melhor Março de sempre

de com a deslocalização do hub da cidade da Praia para o Sal que, segundo o responsável, “será o hub ideal” pois “os turistas que vão para Cabo Verde procuram essencialmente sol e lazer e neste sentido o Sal está melhor situado”. No médio prazo, o objectivo passa pelo rebranding. “Todas as companhias de ilhas são embaixadoras do país, mas os TACV não são reconhecidos como Cabo Verde, a não ser no país e em Portugal”, situação que se pretende alterar. Há que dotar a companhia de traços identificativos que, ao mesmo tempo, possam também promover Cabo Verde no mundo. “A

“Este ano tivemos o mês de Março mais forte de sempre”, afirmou o CCO da TACV, acrescentando que todo o primeiro trimestre do ano foi de crescimento. Por isso “precisamos mais de três trimestres como este para termos oficialmente o melhor ano de sempre na história dos TACV”, disse, explicando que na base dos resultados conseguidos estão as medidas implementadas ao nível do “controlo de custos, disciplina na gestão de receitas, controlo de preços e correcções na distribuição online”. Na operação para Portugal, a companhia transportou mais de 29 mil passageiros, num aumento de 54% face ao período homólogo de 2014, ano em que o número de passageiros transportados entre os dois países aumentou mais de 11% face ao ano anterior.<

identidade pode ser espelhada em pequenas coisas, não é necessário que seja feito um grande investimento”, disse. Porque “a TACV não pode implementar uma imagem sozinho” pretende-se relacionar a marca com a cultura cabo-verdiana, nomeadamente a música, bem como com os produtos do país. “Queremos que o passageiro, ao entrar nos nossos aviões, sinta que está de facto a ir para Cabo Verde”. Para isso, explicou, todos os aviões vão passar a ter inscrita na fuselagem a marca “Cabo Verde”, a par do logótipo da companhia, e a bordo será ouvida música cabo-verdiana e servidas refeições em que os produtos, o vinho e o café sejam cabo-verdianos. As alterações, em termos de serviços prestados, vão também passar pela melhoria da experiência dos passageiros, pelo que se encontra já em estudo a possibilidade de introduzir a bordo uma nova classe: a Premium Economy. A privatização da companhia cabo-verdiana tem estado em cima da mesa, mas isso “não nos vai desviar dos nossos objectivos” até porque “ninguém investe em empresas fracas”, afirmou o gestor, acrescentando que se a estratégia agora desenhada não tiver os resultados previstos “temos que ser suficientemente flexíveis para a alterar”. <

27 anos no coração do turismo português TURISVER | MAIO DE 2015

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>figuras João Cotrim de Figueiredo Vice-presidente

European Travel Comission

O presidente do Turismo de Portugal, João Cotrim de Figueiredo, foi nomeado vice-presidente da European Travel Comission, na 89ª reunião da comissão em Riga. A nomeação vem solidificar o esforço realizado por Portugal de se envolver em organizações mundiais de turismo, de modo a colocar o país no centro de decisões e partilha de ideias de enaltecimento do sector turístico. A European Travel Comission, sedeada em Bruxelas, é uma organização sem fins lucrativos que agrega organismos de turismo de 33 países europeus, de maneira a impulsionar o continente como destino turístico para mercados não europeus. <

Gonçalo Rebelo de Almeida Presidente

Comissão Sectorial de Hotelaria

>últimas Anthem of the Seas estreou-se em Lisboa O novo navio da Royal Caribbean Cruises foi apresentado em Lisboa no passado dia 19 de Maio, aquando da sua primeira passagem pelo Terminal de Passageiros de Santa Apolónia, na capital. O Anthem of the Seas, da Classe Quantum, terminou a sua construção no estaleiro alemão Meyer-Werft no passado mês de Abril. O navio alberga 2.090 passageiros em camarote duplo e é rico em experiências a bordo e entretenimento para toda a família, ao mesmo tempo que se encontra totalmente equipado para pessoas com mobilidade condicionada. As atracções que se destacam são a North Star, cápsula anexada a um braço mecânico com altitude de 90 metros que proporciona vista de 360 graus, o FlowRider, simulador de ondas para surf e bodyboard, e RipCord by iFly, simulador de saltos em queda livre. Possui o maior complexo interior a bordo de um navio, o SeaPlex. Este espaço inclui um campo de basquete de tamanho regulamentar,

potencialmente transformado em ringue de patinagem, escola de circo, pista de carrinhos de choque e discoteca. Nas áreas comuns oferece diversas piscinas, interiores e exteriores, jacuzzis, anfiteatros para espectáculos, uma parede de escalada, o Vitality SPA e Fitness Center, a sala Two70’s com seis ecrãs robots ágeis, lojas, o Casino Royale, bares, cafés e restaurantes. O navio possui 18 restaurantes de especialidade, dedicados a diferentes tipos de gastronomia, de onde se destaca o primeiro restaurante a bordo do chef Jamie Oliver, o Oliver’s Italian. De entre os bares distinguem-se o Music Hall, com concertos à noite, e o Bionic Bar, um bar sem pessoas, unicamente operado por máquinas, em que dois braços robots preparam os cocktails escolhidos. <

Gonçalo Rebelo de Almeida, administrador do Grupo Vila Galé, foi a personalidade escolhida para assumir as funções de presidente da Comissão Sectorial de Hotelaria, uma das estruturas recentemente criadas pelo Fórum Turismo 2.1. Esta nova Comissão Sectorial visa ser um espaço de argumentação, promoção e análise de práticas a nível nacional e internacional no sector hoteleiro. <

Salão das Viagens de Negócio ruma a Moçambique

Director de operações Hotéis Solverde

Albano Alçada Rosa assumiu a Direcção de Operações dos Hotéis Solverde, mantendo as actuais responsabilidades de Direcção do Hotel Algarve Casino. Com amplos conhecimentos na área, Albano Rosa tem formação em Gestão e Técnica Hoteleira pela Escola de Hotelaria e Turismo do Porto, detém o Curso Complementar em “Hotel Management” ministrado pelo Centro Internacional de Glion, na Suíça, além de um bacharelato na Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril. Em termos profissionais, o novo director de operações dos Hotéis Solverde foi assistente de Direcção do Hotel Ibis Faro, director do Hotel Castor e do Hotel Tivoli Luanda, tendo liderado a abertura dos hotéis Sol Flor da Rocha, Meliá Confort Dona Maria, Hotel da Falperra e Meliá Confort Expo Porto. Dirige, desde 2005, o Hotel Algarve Casino. <

Iniciativa do Grupo Travelstore, o SVN-Salão das Viagens de Negócio, vai este ano rumar a Moçambique, onde o evento se realiza a 2 de Junho, concretizando assim a sua segunda etapa no processo de internacionalização que arrancou com Angola. O 1º SVN Moçambique vai ter lugar no próximo dia 2 de Junho, no Indy Congress Hotel, entre as 10h30 e as 17h00 e tem como tema “África Voa”, onde se inclui um seminário dedicado à economia na África meridional e impactos para Moçambique. Quadros de empresas e viajantes irão encontrar ali as mais recentes ofertas vocacionadas para este segmento de mercado e poderão conhecer as mais recentes tendências na gestão de viagens e eventos corporativos. A iniciativa contará também com a apresentação do primeiro “Barómetro das Viagens de Negócio Dana & American Express Global Business Travel – Moçambique”, resultado de um inquérito realizado entre empresas estabelecidas naquele país, e uma mostra dos mais importantes fornecedores, designadamente companhias aéreas, hotéis, rent-a-car, entre outros. Para António Guedes de Sousa, managing partner do Grupo Travelstore, “com a experiência de sete edições em Portugal e uma já realizada em Angola, era tempo de avançarmos com o SVN para Moçambique, onde o nosso grupo se estabeleceu em 2013 através da aquisição da agência de viagens DANA Agency, que é uma das principais referências no segmento das viagens empresariais moçambicanas”. Para participar no 1º SVN Moçambique basta aceder ao website www.salaosvn.com/mz, e realizar a inscrição, sem custos. <

Desejo assinar a Revista por um período de ______________ ano(s)

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Albano Rosa

Boletim de Assinatura Turisver

Nome: ___________________________________________________________________________________________________ E-mail: ___________________________________________ Empresa: _____________________________________________________________ Morada: ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ C. Postal: ___________________________ Telefone: __________________________________________ E-mail: ___________________________________________________ Contribuinte: _____________________________________________ Data: ___________________________________ Continente e Ilhas € 52,50 (Anual)

Estrangeiro € 65,00 (Anual)

IVA incluído à taxa de 6%.

Assinale com uma cruz o destino pretendido.

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Pagamento por cheque ou vale dos CTT dirigido a: Rua da Cova da Moura, Nº 2, 2º Esq., 1350-117 LISBOA


XI edição do principal “fórum” dos profissionais dos Eventos e do Turismo de Negócios

INSCRIÇÕES ABERTAS: VIII edição dos Prémios dos Eventos

ALTIS GRAND HOTEL – LISBOA 2/3 NOVEMBRO 11 anos a dar voz ao sector, com os melhores representantes e oradores nacionais e internacionais

seminários

Organização:

Venue Partner:

| Gestão de Eventos e Turismo de Negócios | Marketing Desportivo e Eventos

Multimedia Partner:

Parceiros Oficiais:

Media Partners:

Gabinete da ExpoEventos: telef. (00-351) 91 544 3722 | Email: info@expoeventos.org | www.expoeventos.org TURISVER | MAIO DE 2015

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