Jornal destinos de setembro 2019

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Quinta da Regaleira: Do misticismo aos espetáculos culturais 00061

P.V.P.

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D i re t o r : Jo s é L u í s E l i a s

As viagens com o vinho > por cá

> lá fora

> gastronomia

> ficar

Açores

Qatar

Tsukiji

Convento de São Saturnino

Terceira, Pico e Faial as “irmãs” do meio

Um mundo de luxo entre o mar e o deserto

Uma perfeita ode ao mar

Onde o silêncio é de ouro


> passageiro frequente

nota de abertura

Férias sem fim A ideia de que o período de férias acaba com o final do mês de agosto não corresponde de todo à verdade e está muito agregada ao início das aulas. Na realidade, são milhares os portugueses que optam por tirar o seu período de descanso em setembro e mesmo em outubro, e ainda mais os que têm optado por períodos de férias repartidos ao longo do ano.

Viajar na fotografia

A Plaza Mayor, ou Praça Mayor, de Madrid é um dos locais mais emblemáticos da capital espanhola.

Conhecida como o “Coração de Madrid”, é o centro da parte antiga da cidade e um dos seus bairros mais encantadores. Transporta-nos ao tempo em que Madrid se desenhava em pequenas ruas e vielas, rasgadas por praças como esta. Começou a erguer-se no local onde se encontrava o mais popular mercado da vila, em finais do século XV. Foi em 1617 que se deu uniformidade aos edifícios e ganhou o aspeto que hoje lhe conhecemos. Local de corridas de touros, beatificações e coroações, na Plaza Mayor encontram-se traços históricos na Casa e la Panadería, atual Centro de Turismo de Madrid, no Arco de Chuchilleros e na estátua de Felipe III, concebida por Giambologna. <

Amesterdão é uma cidade encantadora por diversas razões, sendo a primeira o seu elaborado

sistema de canais. A imagem de casas altas e estreitas, rasgadas por janelões imensos, inclinadas umas sobre as outras, como que encostadas ombro com ombro, e o seu respetivo reflexo nas águas calmas dos canais, é uma fotografia postal da capital da Holanda. Outros marcos indissociáveis da imagem da cidade são o seu número sem fim de bicicletas, os coffee shops e o Red Light District. Mais do que isto, Amesterdão é uma cidade que para além de festa oferece diversas opções culturais, albergando importantes museus como o Rijksmuseum, a Casa de Anne Frank, o Museu Van Gogh e a interessantíssima Sinagoga Portuguesa. <

A Berliner Fernsehturm destaca-se na paisagem de Berlim, sendo facilmente visível de todo o centro da cidade. Este

símbolo da capital alemã, localizado na Alexanderplatz, foi construído entre 1965 e 1969. Apelidada de Torre Alex, ergue-se em 368m de altura e no seu topo existe uma plataforma para visitantes, com um restaurante giratório no centro da esfera. Para além deste marco, Berlim é conhecida por ser uma cidade global e um dos mais influentes centros mundiais de cultura, política e ciência. A diversidade e vivacidade da metrópole levou a uma atmosfera liberal, que deu azo a uma cena inovadora de música, dança e arte, que se reflete nos recantos da cidade e em especial nos seus museus, galerias e salas de espetáculos. <

Sem escamotear a ideia de que a época de eleição dos portugueses para férias reside nos meses de julho e agosto, não deixa de ser uma realidade que são cada vez mais os que procuram outras épocas do ano para melhor poderem usufruir de experiências só possíveis em determinadas alturas do ano, como acontece com as vindimas. Nesta edição do jornal destinos o tema de capa é “As viagens com o vinho”, com sugestões que vão do Alentejo ao Douro e ao Minho. O objetivo é que os nossos leitores possam aproveitar a época das vindimas ou mesmo participar na experiência da apanha e da pisa da uva, ou simplesmente visitar regiões onde existe maior tradição vinícola e onde os campos ganham nova vida nesta época. São muitos os viajantes que aproveitam a altura das vindimas para conhecer a oferta das unidades de enoturismo, visitar adegas, fazer uma prova de vinhos ou uma refeição acompanhada pelos vinhos mais adequados aos pratos que escolheram. Procuramos, na nossa reportagem “As viagens com o vinho”, deixar algumas dicas de onde ir, e várias propostas para que possa ter uma experiência inesquecível. Na nossa rubrica “Por cá” a proposta que lhe deixamos é a de visitar as três ilhas açorianas do grupo central do arquipélago – Terceira, Faial e Pico -, onde a natureza e o meio ambiente, o património cultural e a descoberta da vulcanologia, são motivos suficientes de atração do turista. Aconselhamos também a visita à Quinta da Regaleira, um lugar que nos enche de tal maneira que queremos vivenciá-lo mais e mais, por isso deve fazer a sua visita com tempo.

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“Lá fora” fomos até ao Qatar, considerado um dos países mais ricos do mundo, onde o luxo é um cartão de visita que deixa aguçada a curiosidade de qualquer turista. Talvez seja por isso que este pedaço de terra situado na costa da Península Arábica está a ter uma procura crescente por parte dos turistas, a que acresce o facto de no país se realizar o Mundial de Futebol de 2022. De resto, Portugal até já tem voos diretos entre Lisboa e Doha, a capital do Qatar. Nesta edição deixamos muitas propostas para quem ainda não fez férias, mas também para quem gosta de viajar dois ou três dias, ou mesmo para aqueles que já estão a pensar passar o fim do ano fora de portas. <

José Luís Elias

ficha técnica Propriedade e editor: SOGAE Editora, Lda. NIPC: 504 651 757 Sede (administração, redação e publicidade): Rua da Cova da Moura, nº 2 – 2º esq. 1350 – 117 Lisboa Telefone: +351 213 929 640

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Depósito legal: 386 719/15 Estatuto Editorial publicado em www.turisver.com/ estatuto-editorial-do-jornal-destinos Tiragem: 12.000 exemplares Periodicidade: mensal (1ª quarta-feira) Distribuição: VASP Impressão: MX3 Artes Gráficas, Parq. Ind. Alto da Bela Vista, Pavilhão 50 - Sulim Parque, 2735-340 Agualva Cacém

Colaboradores: Fernanda Ramos, Fernando Borges, Luís Canto, Sandra Martins Pereira, Sofia Soares Carraca

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> tema de capa

vindimas A s viagens com o vinho

Estamos na época da colheita da uva, no início da produção de mais uma leva de vinho, uma das melhores alturas para entrar em contacto com a cultura vitivinícola, tão intrínseca a Portugal. Desfrute de uma panóplia de experiências que se prendem com o universo da vinha e do vinho, num país que produz o néctar dos deuses em todas as suas regiões.

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ecuando algumas décadas, setembro era tempo de arregaçar as mangas e passar manhãs quentes a apanhar os cachos de uva, para mais tarde arregaçar as calças e pisar a uva apanhada e dela fazer mosto, que viria a ser transformado em vinho. Com o passar dos anos e o evoluir da tecnologia os processos de vinificação modernizaram-se e, muitas vezes, o trabalho é hoje feito por máquinas. O que também tem vindo a mudar e tornar-se cada vez mais errático é o clima, resultando que em 2019, em algumas regiões, a vindima iniciasse mais cedo, a meados de agosto, e esteja agora a terminar. Contudo, a vindima decorre em períodos diferentes, consoante o tipo de uva com o qual se está a lidar e a localização da mesma, e é ainda possível encontrá-la a decorrer em diversos locais do país. Estamos na reta final do verão, quase no início do outono, época de colheita. A vindima, embora trabalhosa, veste-se num ambiente de festa que celebra o vinho do

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ano que aí vem. É época de muita tradição, que embora modernizada em alguns aspetos, mantém os valores de outrora.

O percurso da uva Em janeiro é feita a poda, que dá azo à formação dos cachos posteriormente, na primavera. É durante o verão, com o abraço do calor do sol e ganhando carácter com as adversidades da terra e do clima que a uva ganha a sua cor e, mais importante, os seus aromas e paladares. Por

esta altura do ano as uvas estão maduras, com os produtores a terem atenção ao seu peso, cor e acidez. Quando chegam ao seu estado de maturação ideal é tempo de vindimar. Muitas são as técnicas e tecnologias introduzidas por experientes enólogos para determinar o estado ideal de maturação da uva, mas deixamos aqui uma dica: para descobrir quando a uva está madura é preciso observar o cacho, quando os pés estiverem murchos e as peles começarem a enrugar, é tempo de vindimar. A vindima faz-se, então, com o recurso

a máquinas ou à moda antiga, apanhando o cacho à mão, com uma tesoura. Cuidadosamente acondicionadas, as uvas são transportadas para a adega o mais rapidamente possível. São depositadas num pegão e selecionadas. Depois desengaçadas, ou seja, são separados os bagos da uva do pé, e seguem para o esmagamento. Do esmagamento resulta o mosto, que por sua vez é fermentado para que seja naturalmente transformado em álcool. Depois de fermentado, o vinho é então armazenado em depósitos de madeira, cimento ou inox. Quando chega à altura em que está pronto para o consumo, segue para o engarrafamento para, por fim, chegar às nossas mesas. Na vindima é ainda possível assistir a técnicas ancestrais.

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Dica Para celebrar o Dia Mundial do Turismo, a 27 de setembro, o Convento do Espinheiro, Historic Hotel & Spa abre as suas portas à população. A partir das 17h00 é possível fazer uma visita gratuita a este espaço histórico, seguindo-se uma prova de vinhos. A origem do convento está ligada a uma lenda que fala de uma aparição de uma imagem da Virgem sobre um espinheiro. É esta e outras histórias que poderá ficar a conhecer na visita guiada. <

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Aqui e ali ainda encontramos mulheres a transportar a uva em cestos de vime à cabeça e os homens com as escadas debaixo do braço, para chegar aos cachos mais altos. Esta época era, e é ainda, tempo de celebração e por isso reuniam-se família e amigos para animar os trabalhos, a par com ranchos folclóricos em ritmo de cortejo. A celebração continuava nos lagares, de calças arregaçadas, de braços dados, enquanto se pisava a uva recolhida durante o dia, com a música sempre presente. Os trajes, melodias e instrumentos, esses mudam consoante a região, mas encontrava-se, sempre, festa. Hoje, a maneira de celebrar mudou, mas a festa mantém-se, com o trabalho a surgir a par com uma componente de convívio.

Nos dias que correm a atividade e a festa da vindima não está reservada aos produtores de vinho, com muitos a abrir as portas das suas quintas, herdades e adegas a visitantes que os queiram ajudar. A animação à antiga não falha, bem como um almoço apaladado regado com os vinhos do sítio e outras experiências de enoturismo.

Um país de experiências enoturísticas Num país com uma tradição vitivinícola tão vincada como o nosso, é natural que cada vez mais surjam por todo o território espaços dedicados ao enoturismo. É possível observar, nos últimos anos, uma cada vez maior proximidade entre no

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Colocando uma pitada de sa­ bores do mundo, na excelente gastronomia da nossa região, inovamos os sabores de on­ tem, com os olhos postos no futuro.

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produtores e consumidores, podendo qualquer amante de um bom vinho observar de perto como este é produzido e até dar “uma mãozinha” à produção. O enoturismo em Portugal vai para além de uma simples prova de vinho, contando a história, cultura e tradição do vinho e também das regiões onde nascem. Este tipo de turismo serve de pretexto para conhecer paisagens e um património único da cultura ligada ao vinho, e não só. Experiências únicas que resultam em férias inesquecíveis, em contacto com a natureza. Num Portugal que é todo ele demarcado por regiões vitivinícolas, habituamo-nos desde pequenos à paisagem vinhateira, com vastos vinhedos em planícies, planaltos, serras e socalcos, a uma tradição vínica ligada à gastronomia, costumes e arte. A cultura do vinho faz parte de nós e o enoturismo é a melhor forma de a usufruir. É dizer adeus ao verão e às praias e virarmo-nos para o interior do país em busca de serenidade e aconchego. As adegas e caves de vinho estão muitas vezes associadas a algum tipo de alojamento, ideal para passar momentos de tranquilidade com a sua companhia predileta, em locais charmosos que permitem conhecer um outro lado de Portugal. Abrace o enoturismo, um tipo de turismo que preza a natureza e o lado leve e boémio da vida, e aproveite em pleno esta época das vindimas. Depois, resta esperar por novembro, pelo São Martinho, para juntar umas castanhas assadas a uma prova do vinho novo.

LUZ | MOURÃO | ALENTEJO

Com mais de meio século de história, a Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito vive o presente de olhos no futuro. Essa visão de futuro tem levado a investimentos na qualidade e competitividade dos seus vinhos mas porque vinho é cultura, tradição e história, a Adega vai abrir em breve um novo espaço de Enoturismo, a Casa das Talhas. À beira de comemorar 60 anos, a Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito (ACVCA) nasceu em 1960 “por vontade de um punhado de agricultores com visão e querer” e desde então tem sabido evoluir e modernizar-se. Quem o afirma é o presidente da ACVCA, José Miguel Almeida, que dá conta de investimentos realizados nos “últimos quatro ou cinco anos”, como a instalação de “uma linha de engarrafamento de 6000 garrafas/ hora”, a construção de um Centro de Análise e Pesagem ou a nova prensa pneumática. Foram também instalados painéis solares para produção de energia e adotados sistemas de reciclagem de águas. A “joia da coroa” da Adega será, no entanto, a Casa das Talhas, uma nova estrutura de Enoturismo a inaugurar dentro de dois meses e que, segundo o presidente da ACVCA, irá potenciar “a nossa história e atividade, e projetará o nosso futuro”. A Casa das Talhas buscou o nome no Vinho de Talha que os romanos levaram para a região há mais de 2.000 anos. “Sendo a área de Vidigueira, Cuba e Alvito o berço do Vinho de Talha, uma técnica ancestral de vinificação, pela herança histórica, papel cultural e peso económico que tem nesta região, considerámos que fazia todo o sentido potenciar um novo espaço de Enoturismo – a Casa das Talhas”, explicou José Miguel

Rota dos Vinhos do Alentejo No Alentejo, a vastidão das planícies dá a sensação de que o horizonte é infinito. É por entre esta paisagem única, com tons de verde nos meses frios e dourados nos quentes, que é possível descobrir a Rota dos Vinhos do Alentejo. Aqui o vinho abraça o

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Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito

Casa das Talhas

Novo Enoturismo proporciona viagem no tempo Almeida. Assumindo-se como centro interpretativo do Vinho de Talha, ali vai ser possível conhecer o processo de produção deste vinho, feito desde tempos imemoriais no concelho de Vidigueira, em talhas (grandes vasilhas de barro). Visitas guiadas à Adega e vinhas centenárias, provas de vinhos, workshops vínicos, carta de vinhos e área museológica, permitirão viajar pela história e tradições alentejanas, com a Casa das Talhas a abrir portas a eventos e espetáculos de cante alentejano, além de almoços e jantares com base na gastronomia regional, sob encomenda. Empenhada na preservação e valorização deste vinho de produção artesanal ancestral, a ACVCA lançou no mercado o seu próprio Vinho de Talha, elaborado a partir de uvas produzidas em vinhas centenárias dos seus associados e respeitando os processos tradicionais de

produção. 2019 deverá trazer “excelentes vinhos” O portefólio da Adega inclui brancos, tintos, espumantes e vinhos generosos, mas “as marcas mais emblemáticas são sem sombra de dúvida os vinhos brancos feitos a partir da casta rainha da Vidigueira, a Antão Vaz”, assume José Miguel Almeida que destaca, nos tintos, o Vidigueira Alicante Bouschet, vencedor de inúmeras medalhas de ouro em certames nacionais e internacionais, o Vidigueira Syrah e o Vidigueira Touriga Nacional. Bastante premiados têm sido igualmente os espumantes o que “confirma que a nossa aposta em provar que a casta Antão Vaz pode fazer extraordinários vinhos brancos, espumantes e licorosos, estava completamente certa”. Faz ainda uma referência ao Vidigueira Grande Reserva 1498, do qual apenas se produziram 1498 garrafas “para comemorar a chegada de Vasco da Gama à Índia

calor do ambiente e a força da paisagem. São vinhos cheios, com forte exuberância de aromas, boa capacidade de envelhecimento e qualidade inquestionável. Pelo território alentejano os produtores de vinho dividem-se por oito áreas de Denominação de Origem Controlada, em concreto Portalegre, Borba, Reguengos, Redondo, Vidigueira, Granja/Amareleja, Moura e Évora. Por estas áreas foram traçados três circuitos da Rota dos Vinhos do Alentejo. No Alto Alentejo encontra-se a rota do distrito de Portalegre. No Baixo Alentejo a rota de Beja e entre estas duas a rota de Évora. Esta última é também conhecida como a Rota Histórica dos Vinhos do Alentejo. O trajeto marcado no mapa passa por Montemor-o-Novo, Évora, Reguengos de Monsaraz, Redondo, Arraiolos, Estremoz e Borba, entre outros lugares de interesse do imenso Alentejo. Todos estes locais prometem apurar os prazeres da vida, despertar os cinco sentidos através da vinha e do vinho. A rota pode ser iniciada, precisamente, por

Évora, o local que alberga a Sala de Provas da Rotas dos Vinhos do Alentejo. Situada no encantador centro histórico da cidade, a Sala de Provas convida a degustar os melhores vinhos do Alentejo. É o local onde se poderá inteirar sobre o enoturismo na região, e fazer uma surpreendente viagem didática pelas diferentes castas e terroirs da região. Junto à Cidade-Museu, classificada pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade, encontra-se o Convento do Espinheiro, Historic Hotel & Spa, um hotel de 5 estrelas com um gosto especial pela excelência gastronómica e com diversos programas, para que desfrute de uma férias plenas. No Convento do Espinheiro é possível desfrutar de Visitas ao Convento, Prova de Vinhos do Alentejo e Workshops de Pão, entre outros momentos únicos. Para quem deseja “mergulhar” por completo no mundo dos vinhos, a unidade permite que seja enólogo por um dia com a Oficina da Uva ao Vinho. Às sextas, sábados e domingos o escanção do hotel dá a conhecer as oito etapas da produção de

em 1498. Fornecido numa mini-arca de nogueira polida e com certificado de autenticidade e posse, é um vinho para colecionadores, amantes e interessados em vinhos de elevado gabarito”, explica o presidente da ACVCA. Este ano, na ACVCA, as vindimas começaram cedo, a 21 de agosto, e José Miguel Almeida antecipa que “pela qualidade das uvas que nos têm chegado, atrevemo-nos a dizer que estamos na presença de um grande ano vitícola”, muito por via da amenidade

do clima que se fez sentir durante a primavera e o verão. Sublinhando a expectativa “de conseguirmos produzir excelentes vinhos em 2019”, adianta uma estimativa de produção: “Neste momento estamos à espera de receber dos nossos 300 associados e até ao fim da vindima, cerca de 9.500 toneladas de uvas brancas e tintas, com as quais pensamos conseguir produzir cerca de 9 milhões de garrafas dos nossos diferentes vinhos”.<

vinho, dando a oportunidade de aprender mais sobre o processo. Segue-se uma prova de vinhos e azeite exclusiva. O programa é de participação gratuita para os hóspedes e tem o custo de 35€ para visitantes. Para vivenciar a verdadeira experiência de

vindima é continuar para a Casa Relvas, que abre as portas da Herdade de São Miguel para receber os amantes do vinho, os curiosos pela arte de vindimar. Até 20 de setembro, faça parte da Harvest Crew 2019 e conheça de perto a arte secular

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No coração do Alandroal, este alojamento local está instalado numa tradicional casa senhorial, cuidadosamente adaptada às necessidades de conforto dos tempos modernos e rodeada de dois terraços e um jardim para desfrutar do clima alentejano.

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das vindimas, num programa com a duração de cinco horas. Às 11h00 começa o passeio na vinha que continua para a participação na vindima manual. Já na adega há a pisa a ser feita com os pés, a prova de mosto, remontagem do vinho de talha e uma prova de vinhos. Opcionalmente, o programa pode incluir um almoço tipicamente alentejano, com produtos locais. A opção sem almoço tem o valor de 40€ por pessoa, ou de 70€ por pessoa com almoço, com direito a oferta de t-shirt e chapéu das vindimas 2019.

Da cidade romana à vila medieval de monsaraz

Este turismo rural apresenta uma localização idílica, dentro das muralhas da Vila Medieval de Monsaraz, uma varanda sobre a calma alentejana e vivacidade do Alqueva. É uma antiga casa nobre que proporciona todo o conforto do seu lar. <

A cultura da vinha é milenar em Reguengos de Monsaraz, onde se localiza a Herdade do Esporão, um dos mais importantes produtores e vinho e dos mais antigos enoturismos de Portugal, cuja mais recente proposta de enoturismo é que viva o território. A herdade conta com novos espaços de aprendizagem e prova e um restaurante com um espaço e oferta renovados. Num ano cheio de novidades destaque para as visitas ao novo Lagar de Azeite, as provas de vinhos históricos na nova garrafeira ou as provas de vinhos e azeites

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| Vila Galé Clube de Campo

temáticas no novo espaço do jardim. Aliás, desde abril deste ano que o enoturismo e o restaurante da Herdade do Esporão estão abertos sete dias por semana. Para além de provas há visitas guiadas quatro vezes por dia, com descida à Cave de Barricas a 30m de profundidade e passagem por outros lugares de destaque como a Adega dos Lagares. Em janeiro deste ano, o Complexo Arqueológico dos Perdigões foi classificado como Monumento Nacional. Este que é um dos mais importantes sítios arqueológicos de Portugal situa-se numa das propriedades do Esporão, na Herdade dos Perdigões. O complexo arqueológico com mais de 16 hectares foi vivido por diversas comunidades entre 3500 e 2000 a.C., e inclui um santuário megalítico, um conjunto de recintos cerimoniais e outros contextos funerários. Algumas das peças mais relevantes provenientes das escavações estão expostas na Torre do Esporão, que acolhe o Museu Arqueológico do Complexo dos Perdigões. Para aliar a história ao vinho, no Esporão é possível fazer uma visita às vinhas para explorar as novas técnicas de plantação sustentáveis e continuar para uma visita ao Centro Histórico onde pode contemplar

o essencial do espólio descoberto no Complexo Arqueológico dos Perdigões. Convém ainda referir que a história de Reguengos de Monsaraz se confunde com a história de Monsaraz. A vila medieval parece uma cidade de bonecas em toda a sua perfeição e serenidade. Ali é possível descobrir recantos únicos, visitar a Igreja de Nossa Senhora da Lagoa, admirar vistas perfeitas para o Grande Lago formado pela Barragem do Alqueva e até mergulhar nas águas deste lago. De Monsaraz, pode continuar a sua viagem vínica por Estremoz, a “Cidade Branca” afamada pelo seu mármore, com o Paço Real que se faz numa visita imperdível. A beleza da planície alentejana, a cultura, a caça e a rica tradição gastronómica fazem de Estremoz uma região apaixonante. Os solos derivados de xisto e argilo-calcários, bem como o clima de influência continental, oferecem as condições ideais para uma cultura vitivinícola de exceção. É neste cenário que surge a Vila Santa da João Portugal Ramos, que iniciou a plantação de vinhas próprias em Estremoz em 1990. Reconhecida como uma das adegas de referência no panorama vitivinícola nacional, a Vila Santa aumentou este ano a sua oferta de enoturismo setembro de 2019


Comboio Histórico do Douro Até 26 de outubro ainda pode usufruir das maravilhosas viagens no Comboio Histórico do Douro. Viagens no tempo num percurso à beira rio numa locomotiva a vapor que puxa cinco carruagens históricas. O programa parte da Régua pelas 15h23 e regresso pelas 18h32 com paragem no Pinhão, seguindo até ao Tua e regressando à Régua. “Olha o rebuçado!” é possível ouvir na Estação Ferroviária da Régua, um canto entoado por senhoras de bata branca que vendem rebuçados confecionados à base de mel e Vinho do Porto. A bordo pode contar com estes rebuçados e com animação a cargo de um grupo de música e cantares tradicionais e, claro, com um brinde de Vinho do Porto. < Preço: 42,50€ p/ adulto 19€ p/criança (4 aos 12 anos)

com o “À Procura da Garrafa Secreta”, um quebra-cabeças destinado a quem procura adicionar aventura e diversão às tradicionais atividades enoturísticas. Tendo como pano de fundo a Adega Vila Santa e os seus vinhos, o jogo recompensa os participantes que desvendem o enigma final, puzzle após puzzle. Nas experiências mais tradicionais, que conciliam a tranquilidade do Alentejo com a diversidade de vinhos e sabores da Adega, há provas de vinho acompanhadas de queijos e outros petiscos tradicionais, almoços, piqueniques nas vinhas, aulas de culinária personalizadas e o programa “seja enólogo por um dia”, que consiste numa experiência vínica única em que cria o seu próprio vinho e rótulo. E, claro, em época de vindima pode participar na apanha e pisa da uva, acompanhadas de uma visita guiada às vinhas e à adega.

Rota do Guadiana Se, por outro lado, é o Baixo Alentejo que elege para as suas aventuras enoturísticas, é percorrer a Rota do Guadiana, que se desenha por terras de Beja, Alvito, Cuba, Moura, Mourão, Viana do Alentejo e Vidigueira. É um itinerário cheio de tradição, onde se observa a transformação das antigas adegas tradicionais em espaços mais modernos. O Vale do Guadiana é, sem dúvida, a imagem postal desta rota, a par com imensas planícies douradas que permitem uma viagem a ser feita em comunhão com a natureza. Uma rota que pode ser iniciada pela capital do Baixo Alentejo, a belíssima setembro de 2019

Beja. Erguida no topo de uma colina a contemplar as planícies envolventes, numa fronteira ténue entre o campo e a cidade. São várias as correntes arquitetónicas em que se veste Beja, marca de quem por ela passou, de celtas a mouros, sem esquecer os romanos. A presença destes últimos muito contribuiu para o nascer da cultura vitivinícola da região. Após a fundação de Beja, entre 31 e 27 a.C., aumentou consideravelmente o cultivo da vinha, com pedaços de talhas de barro, grainhas de uvas e um lagar de granito a ser encontrados perto da Vidigueira. É em Beja que se localiza a Casa Santa Vitória, pertença do grupo hoteleiro Vila Galé, localizada junto ao seu hotel de Vila Galé Clube de Campo. Este é um local fortemente vocacionado para o enoturismo, bem como para a produção de vinhos de qualidade. O seu programa de vindimas começa na vinha, onde é possível aprender a vindimar, segue para a adega com visita à área de vinificação e com a pisa pé no lagar, ao som de rimas tradicionais alentejanas. A decorrer até 13 de setembro, esta experiência tem o valor de 30€ por adulto e termina com uma ida à cave da Santa Vitória para uma prova dos vinhos da casa. Caso se queira adicionar um almoço tipicamente alentejano, servido no Pavilhão de Caça, o restaurante do hotel, este programa custa 65€ por adulto. A Vidigueira é, desde sempre, um dos centros de produção vitivinícola do Alentejo. A primeira referência a esta mimosa vila data do século XIII, da fundação do Mosteiro de São Cucufate, um dos mais importantes vestígios da presença romana em Portugal. Ali é possível ainda observar uma luxuosa casa do antigamente, onde já existia uma adega. Convém agora referir que o Alentejo tem sido um grande guardião dos vinhos de talha, tendo sabido preservar até hoje este processo desenvolvido pelos romanos. A técnica passada de geração em geração varia ligeiramente consoante a tradição local. O vinho de talha mantém-se como um produto único, sublime e representante da milenar cultura do vinho no Alentejo. Precisamente para exaltar esta cultura, nasceu há um ano a Cella Vinaria Antiqua, da Honrado Vineyards, um projeto focado especialmente na produção deste vinho artesanal. Esta Adega de Vinho Histórica, com umas centenas de anos, foi reestruturada e apresenta-se com arquitetura inspirada nos tempos romanos. Hoje uma oficina de vinho de talha, a adega conta com um espaço de museu, workshops e outras atividades de enoturismo. Mais do que isto, numa visita à Vidigueira, parte de um percurso que se prende com a vinha e o vinho, é obrigatória a visita à Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba

| Quinta da Pacheca

e Alvito [ver caixa], bem no centro da vila. Fundada em 1960, desenvolveu um percurso em que interligou os seus vinhos numa viagem pela região, pela sua cultura e história.

Rota do Vinho do Porto e Douro É ao longo do fantástico Vale do Douro que nasceu o afamado Vinho do Porto e os não menos bons vinhos de mesa do Douro. O rio serpenteia de Espanha à sua foz, no Porto, em tons de um azul profundo. No Vale do Douro este azul anda de mãos dadas com os verdes da natureza, abraçado também por inúmeros socalcos onde o homem plantou vinha. A uva desenvolve-se por entre o ar puro de

vales profundos, de encostas escarpadas banhadas pelo rio e seus afluentes. A região é rodeada pelas serras do Marão e Montemuro, com as vinhas a estenderem-se por cerca de 40.000 hectares. Corria o ano de 1756 quando Marquês de Pombal fundou a Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, com a função de delimitar a primeira região demarcada do mundo. Mais tarde, foram a incrível beleza e singularidade que lhe valeram a classificação como Património Mundial da Humanidade pela UNESCO. É de relembrar que todo este património natural, histórico e cultural pode ser percorrido de três diferentes maneiras, de carro, de comboio ou de barco, num rio que é navegável desde o Porto até Barca de Alva, na fronteira com Espanha. Através

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Um turismo rural que une a paisagem à tranquilidade e à gastronomia, prometendo momentos únicos de conforto e bem-estar. Surge da reconstrução de uns velhos estábulos, juntando a traça tradicional ao conforto moderno. <

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do rio é possível observar as vinhas que nascem desde lá do alto até às margens, em paisagens sem igual. Para além disto há um património que é vasto, onde se podem conhecer vestígios romanos da cultura da vinha, as quintas de produtores da região e os marcos

pombalinos. Para conhecer este território nada melhor que percorrer a Rota do Vinho do Porto, fundada em 1996. Nela é possível encontrar desde o pequeno viticultor com produção residual para consumo próprio ao grande produtor de Vinho do Porto, DOC Douro, Moscatel e Espumante. A Rota do Vinho do Porto divide-se em três sub-regiões do Douro, mais concretamente o Baixo Corgo a oeste, Cima Corgo a centro e o Douro Superior a este. O Baixo Corgo alonga-se por Vila Real, Santa Marta de Penaguião, Mesão Frio, Armamar, Lamego, e pela capital do Vinho do Porto, o Peso da Régua. É precisamente nesta última que podem ser visitados o Museu do Douro e o

dica Quando de passagem pelo Douro Superior faça uma paragem no Poço do Canto, o local por onde reza a lenda passou o Deus Baco. As vinhas aqui plantadas pelos deuses produzem hoje belíssimos vinhos. Foi Maria Lucinda Todo Bom que iniciou novamente a produção destes vinhos em 1990 e, recorrendo a métodos tradicionais, é hoje possível adquirir o Quinta dos Romanos, vinho de excelente qualidade, distinguido em 2004 como o melhor vinho da Região do Douro. <

Wine Barrels são 10 revolucionários pipos de vinho em forma de luxuosas suites, com cerca de 25m² e casa de banho privativa. Em 2018 a Quinta da Pacheca foi distinguida pela Forbes como um dos melhores destinos de enoturismo do mundo. Este ano recebeu pela quarta vez o prémio Best of Wine Tourism, desta feita na categoria Arquitetura e Paisagem. Muitas são as ofertas de enoturismo com que nos presenteia, mas nesta altura é de não perder as relacionadas com as vindimas. As vindimas no Douro são particularmente marcadas pelo tom de festa, com cantares ao som do acordeão e do dedilhar das cordas da viola. O programa de vindima da Quinta da Pacheca, de 12 a 27 de

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Com um serviço familiar e acolhedor, o Império Hotel está pronto a dar-lhe as boas-vindas com: 33 quartos à disposição, serviço de despertar, jornais diários, sala de pequenos-almoços, acesso à Internet, parque de estacionamento (sujeito à disponibilidade), e com uma vasta gama de cafés, pastelarias e restaurantes no seu quarteirão.

Solar do Vinho do Porto, para provar bons vinhos e aprender mais sobre estes e a região que lhes dá vida. A importância do Peso da Régua antecede a época de Marquês de Pombal, foi ali que foram feitas as primeiras experiências de plantação de vinha em socalcos, que se alargou depois a toda a região. Era também dali que partiam os barcos rabelos com o Vinho do Porto, em direção às caves de Vila Nova de Gaia. É ali, na Régua, que cresceu a Quinta das Murças, que há um ano abriu as portas de sua casa. É agora possível conhecer melhor a diversidade do local ao ficar hospedado na casa e através de diversos programas de enoturismo que se prometem experiências autênticas e locais. Foi um processo de 10 anos a reestruturação da vinha, construção de uma nova adega e recuperação da casa da quinta, do qual podemos agora usufruir. A Casa da Quinta das Murças, com cinco quartos, para além do acesso aos jardins e piscina, oferece aos seus hóspedes a possibilidade de participar nas rotinas diárias da quinta, quer seja no campo, na adega ou até na cozinha. Há também uma oferta diversificada de atividades como provas de vinhos, piqueniques e trilhos pedestres. Já em Lamego é possível encontrar a Quinta da Pacheca, com o seu fabuloso Wine House Hotel e Wine Barrels. O The Wine House Hotel está instalado numa casa típica do século XVIII, restaurada com respeito pela sua arquitetura senhorial. Os

Com uma localização soberba, dá acesso a visitas ao Peso da Régua e sua vizinhança, encontrando-se a dois minutos da estação de comboios e a 10 minutos da plataforma flutuante para barcos turísticos.

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Esta localização central perfeita marca a diferença na escolha do Império Hotel para as suas férias, fins-de-semana ou escapadinhas no Peso da Régua, bem no coração do Alto Douro Vinhateiro, Património Mundial.

Um cantinho no Douro à sua espera Rua Vasques Osório, 8 | 5050 - 280 Peso da Régua | PORTUGAL Tel: +351 254 32 01 20 | Fax: +351 254 32 14 57 GPS - Latitude - 41° 9’33.03”N e Longitude - 7°47’5.71”W E-mail: info@imperiohotel.com Rua Vasques Osório, 8 | 5050 - 280 Peso da Régua | PORTUGAL

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setembro de 2019 12:44:59 PM


ONDE FICAR Casa da Trigueira Santa Eugénia, Alijó Desde 52€ / noite casadatrigueira.pt

A Casa da Trigueira era uma casa típica de lavrador, com dois pisos e um quinteiro, que foi intervencionada e adaptada a alojamento. Os espaços apresentam características rústicas em consonância com a sua história, a par com comodidade e tranquilidade. <

| Monverde Wine Experience Hotel

setembro, começa de manhã cedo com uma refeição que inclui caldo de cebola, sardinhas assadas, broa de milho e vinho da casa, para dar força ao trabalho. Depois do corte da uva, os vindimadores regressam para um almoço típico a que se segue uma prova de vinhos e uma visita guiada à propriedade. O programa termina com o seu momento alto, a entrada nos lagares graníticos da quinta para o processo da pisa da uva, compassado pelos cantares tradicionais. O programa tem o valor de 85€ por pessoa, mas por 30€ tem disponível o programa de lagarada, com visita guiada, prova de vinho e pisa da uva. Neste último, existe uma versão mais completa, com jantar buffet tradicional, por 60€. Depois de tudo isto é “dar um saltinho” a Vila Real, admirar a sua imponente Sé gótica, a Igreja dos Clérigos, a casa do navegador Diogo Cão e a Casa de Mateus, de Nicolau Nasoni, que é hoje um museu.

Rota dos Vinhos Verdes A Região Demarcada do Vinho Verde, embora pouco conhecida, é a maior do nosso país, uma das maiores da Europa. O Minho produz exclusivamente o frutado, naturalmente leve e fresco e de baixo teor alcoólico Vinho Verde. E não é só o vinho que é verde, toda a região é verde, de um verde intenso como poucas outras que se desdobra por paisagens deslumbrantes. No noroeste português as videiras entrelaçam-se nas árvores, galgando terreno à procura do sol. Junto a estas encontram-se quintas emblemáticas de casas senhoriais. A cadeia montanhosa pela margem do Rio Minho, a limitar o norte do país, concede à vinha características díspares, num vinho altamente influenciado pelo Atlântico. É região também da importante e nobre Casta Alvarinho, com direito à sua própria Rota do Vinho Verde Alvarinho, por terras de Melgaço e Monção. Percorrer os caminhos da Rota dos Vinhos Verdes é descobrir as setembro de 2019

| Palácio da Brejoeira

origens e sabores da milenar cultura vinícola e mergulhar na história de Portugal. A rota alonga-se por 49 concelhos, todos os que abrangem o noroeste de Portugal, por entre praias e montanhas, vales e rios. A Região Demarcada dos Vinhos Verdes existe desde 1908 e engloba nove subregiões, em concreto Amarante, Ave, Baião, Cávado, Lima, Monção/Melgaço, Paiva e Sousa. Num território repleto de recantos naturais, onde não nos podemos esquecer do enorme atrativo do Parque Nacional da Peneda-Gerês, as vinhas estão presentes em quase todas as direções. A região preserva, também, um importante legado arquitetónico e histórico em locais como Braga, Guimarães e Ponte de Lima. Esta é uma terra de tradições seculares, em que todos os locais merecem visita. A dificuldade recai na escolha. As quintas e adegas dão a conhecer de forma mais profunda os vinhos e as vinhas. A tradição e a modernidade da cultura e produção do vinho juntam-se para oferecer momentos de prazer em locais seculares que primam pela hospitalidade, a arte do bem receber. A Rota dos Vinhos Verdes está a celebrar 110 anos da Região Demarcada, com

11 caminhadas pelo território, cultura e história destes vinhos. A próxima decorre no sábado 14 de setembro, na Quinta da Lixa, no Monverde Wine Experience Hotel. A caminhada, com a duração de duas horas, tem o custo de 5€ que revertem para uma

instituição de cariz social, e termina com uma prova de vinho verde. Ainda antes disso, a 7 de setembro, as quintas da Rota dos Vinhos Verdes estão de portas abertas. O Dia de Portas Abertas decorre entre as 10h00 e as 19h00 e permite entrar em adegas e solares, passear por entre vinhas e conhecer as histórias de nove quintas da região. Há ainda provas de vinhos e algumas quintas disponibilizam outras atividades como confeção de pão com chouriço e passeios de jipe. Em qualquer altura do ano são várias as quintas desta Região Demarcada que é possível visitar, mas há um marco desta zona que é incontornável. O Palácio da Brejoeira é um ex-libris da região de Monção, uma construção imponente em estilo neoclássico, do início do século XIX. No seu conjunto, com palácio, bosque, jardins e vinhas, é uma visita fantástica. E, claro, não deixe de provar o vinho especial que nasce dos 18 hectares de vinha de Casta Alvarinho. < Texto: Sofia Soares Carraca

Paisagem, Tranquilidade e Gastronomia!

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> notícias

“Road Trips Centro de Portugal” apresentam 8 roteiros pela região Os “Road Trips Centro de Portugal – 1 é bom, 2 é ótimo, 3 nunca é demais” são oito roteiros que sugerem 36 dias de passeios de carro pela região. Desafiam a explorar o território, através da Ria de Aveiro, Região de Coimbra, Região de Leiria, Oeste, Médio Tejo, Beira Baixa, Serra da Estrela e Viseu Dão Lafões. As propostas integram museus, atrações, praias e iguarias tradicionais, entre outros, mas também recursos exclusivos e transversais, como o Património da Humanidade do Centro. Mostram preocupações no âmbito da sustentabilidade e acessibilidade, através da inclusão de informações práticas. É possível ter acesso aos roteiros nos principais postos de turismo do Centro de Portugal, ou em turismodocentro.pt/artigo-regiao/ road-trips-centro-de-portugal. <

Já há um novo voo direto entre Portugal e a China No passado dia 30 de agosto, a Beijing Capital Airlines retomou a ligação direta entre Portugal e a China, com o voo Lisboa – Xi’an/Pequim. A nova rota conta com três frequências semanais, às quartas, sextas e domingos. O voo parte de Pequim às 6h30 e chega a Xi’an às 8h55 de onde descola às 12h10, para aterrar em Lisboa às 19h05. No sentido inverso sai da capital portuguesa às 22h55 e chega a Xi’an às 18h15 do dia seguinte. Parte da cidade chinesa às 22h15 para aterrar na capital da República Popular da China às 00h20. A companhia aérea chinesa vai mudar a sua base em Pequim para o novo Aeroporto Internacional Daxing em outubro, altura em que se verificarão possíveis alterações nos horários dos voos para Portugal. Prevê-se que este novo aeroporto venha a ser o mais movimentado do mundo, com 100 milhões de passageiros por ano, em 2040. <

Hotéis NAU oferecem passeios de caiaque no Algarve

Symphony of the Seas apresenta novo espetáculo no ar

Para reservas de cinco dias nas unidades NAU Salgados Palm Village, NAU Salgados Palace e NAU São Rafael Atlântico, o grupo NAU Hotels & Resorts oferece um passeio de caiaque pela costa algarvia, a partir da Praia de São Rafael. Sob o lema “Desperte o aventureiro que há em si”, a oferta permite explorar, numa perspetiva diferente, as praias pitorescas da costa do Algarve, as suas falésias, grutas e formações rochosas. A oferta, válida para reservas até 31 de outubro, através do site NAU Hotels

ou da central de reservas NAU, é dada em forma de voucher durante o check-in. As viagens de caiaque, com a duração de duas horas, são acompanhadas por guias da empresa Albufeira Surf & Sup, que acompanham a viagem em todo o percurso e dão noções prévias de segurança e partilham os segredos históricos e culturais da costa algarvia. Os passeios incluem ainda um mergulho no oceano e a oferta de todo o equipamento e seguro, e realizam-se às 10h00 e às 15h00. <

Symphony of the Seas apresenta novo espetáculo no ar O novo espetáculo “Flight: Dare to Dream” da Royal Caribbean International, a bordo do Symphony of the Seas, é uma viagem pelo passado, presente e futuro das viagens aéreas e exploração espacial. Poder assistir aos principais marcos da aeronáutica, começando com a primeira viagem de lazer a Marte e terminando com uma homenagem ao primeiro voo dos Irmãos Wright. O “Flight: Dare to Dream”, um original da Royal Caribbean Productions, introduz tecnologia de vanguarda 3D, vídeo e automação no Teatro Royal. O espaço e a gravidade zero são simulados enquanto os atores “flutuam” dentro de uma réplica detalhada da Estação Espacial Internacional (ISS) Esta é a primeira peça de teatro do género, e o projecto da ISS da Royal Caribbean foi criado com a participação do astronauta Clayton C. Anderson, que viveu 167 dias no espaço, na Estação Espacial Internacional. Coincidindo com o 20º aniversário do primeiro lançamento da ISS no espaço, a Royal Caribbean partilha um olhar dos bastidores sobre a realização do “voo”. <

Aqualuz Troia troca descontos por boas práticas ambientais O Aqualuz Troia implementou recentemente uma opção “amiga do ambiente”. Quem contribuir para a poupança de recursos naturais e energéticos durante a estadia, ou seja, quem dispensar os serviços de housekeeping, recebe um voucher de desconto nos restaurantes do hotel, por cada dia dispensado. Esta medida, que pretende incentivar a adoção de boas práticas de sustentabilidade, permite uma poupança de 500 litros

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de água a cada 24 por cliente, bem como a redução de 3 Khw de potência, na eletricidade, e 7 Oz, no gás natural. Os valores estimados têm como base o tamanho médio dos quartos e o uso de materiais. Esta opção amiga do ambiente está disponível mediante indicação do hóspede, até às 20h00 da anterior, e inscreve-se na política de preservação ambiental definida para a hotelaria e serviços da Península de Setúbal. <

FlixBus começa a ligar Lisboa à Costa Branca A FlixBus anunciou uma nova ligação de Portugal para a Costa Branca, com preços desde 19,99€. É uma viagem noturna, a partir de Portugal às 19h55 da Estação do Oriente. Após a saída de Lisboa, e passagem por Setúbal, para em Madrid, Aeroporto de Madrid, Valência, Gandia, Denia e Benidorm. Os bilhetes desta nova rota podem ser adquiridos no site ou app da FlixBus, que conta com uma frota com wi-fi gratuito, serviço de entretenimento a bordo com filmes, séries e áudio livros, tomadas de eletricidade, bebidas e snacks a ser vendidos a bordo, casas de banho e espaço extra entre os assentos. <

setembro de 2019


> selo de garantia

AS MELHORES SUGESTÕES AO MELHOR PREÇO/QUALIDADE “Selo de Garantia” é uma rubrica de conselhos da redação que versa sobre os mais diversos produtos. De pacotes de viagens a unidades hoteleiras, de vinhos a espetáculos, de parques temáticos a museus e exposições, as nossas sugestões têm sempre em atenção a boa relação entre o preço e a qualidade do que é oferecido. Ou seja, se figura no “Selo de Garantia” é porque vale a pena ir e experimentar.

Um alojamento diferente na Madalena

Nos trilhos do Quénia desde:

2.300€ P/ Pessoa 8 dias / 6 noites 10 refeições

Ilha do Pico, Açores Assume-se como um espaço único que pretende ser uma verdadeira casa desde: para cada um dos seus hóspedes. É noite o My Bed in Pico, Mínimo: um novo alojamento 2 noites situado bem no coração da Madalena, na ilha do Pico. A nova unidade, que apresenta um charme muito próprio, tem à disposição quatro quartos em suite, duplos e triplos (Soul Patterns, Romantic Natura, Romantic Vintage e Wanderlust) e um estúdio também em suite (Cozy Studio) equipado com duas camas de casal. Embora não tenha restaurante conta com um café mesmo à porta, o CAFFE 5, que pertence aos mesmos proprietários e está aberto todos os dias, exceto aos domingos, das 8h00 às 23h00, servindo pequenos-almoços, almoços e jantares. À chegada o hóspede pode contar com um pack de boas vindas e à sua espera estarão também os necessários produtos de higiene pessoal, além de terem à sua disposição café e chá. Soma-se wifi grátis e TV com 120 canais. <

80€

Mais informações em: www.mybedinpico.com

Mais informações em: viagenstempo.pt | Consulte o seu agente de viagens

À descoberta da Aldeia de Avecasta

P o rt e l , É v o r a pedra calcária que tem como ex-libris um curioso moinho de vento e se situa em plena Rede Natura 2000, o que diz muito da singularidade da sua fauna e flora. Desenrolando-se durante três horas, este percurso pedestre, devidamente acompanhado por um guia e acessível a toda a família, está disponível todo o ano, podendo ser realizada a pedido. O preço é de 10€ por pessoa e inclui lanche e seguro. < Informações: www.zezeretrek.com Contactos e inscrições: zezeretrek@zezeretrek.com 93 4 8 77 160 www.bookinxisto.com

preço:

10€ P/pessoa C/ guia, lanche e seguro

setembro de 2019

quénia

Ferreira do Zêzere Em Ferreira do Zêzere há uma aldeia com um nome tão curioso quanto desconhecido “Avecasta” – e é também uma aldeia curiosa. Tão curiosa quanto antiga, já que ali bem perto, no sítio arqueológico e Gruta de Avecasta, moram vestígios de tempos pré-históricos que remontam mesmo ao Paleolítico. Gruta rara, fala também de outras eras, do Neolítico final ao Romano e Medieval. Este é apenas um dos mistérios a desvendar no percurso “Segredos da Avecasta” desenhado pela empresa de animação ZêzereTrek que leva os participantes à descoberta de uma aldeia de

Partir à descoberta das belezas naturais do Quénia, sentir a magia deste país do leste africano banhado pelo Oceano Índico, repleto de savanas, lagos e planaltos montanhosos e entrar no habitat de animais selvagens é o que propõe o operador turístico Viagens Tempo no programa “Nos Trilhos do Quénia”. Nairobi, a capital, é ponto de partida para o Parque Nacional de Masai Mara, onde poderá observar os “Big Five” da savana (leão, búfalo, elefante, leopardo e rinoceronte) e 540 espécies de aves. Estão programados safaris, de manhã, à tarde e à noite, e visita a uma aldeia Masai. No quarto dia segue-se para o Lago Nakuro, pelas planícies do Vale do Rift, mais uma vez em pleno reino da vida selvagem e no dia seguinte ruma-se ao Lago Naivasha e ao Parque Nacional de Amboseli, no norte do Monte Kilimanjaro. Válido até dezembro e com guias / rangers em língua inglesa, o programa inclui voos via uma cidade europeia, com os preços a variarem consoante as datas e o alojamento. Não inclui visto (50USD) e é aconselhável a Consulta do Viajante. <

Entrada Grátis

Tel.: 266 611 298 - 266 619 035 | Email: turismo@mail.cm-portel.pt

Sentir o montado em Portel Sabe o que é o montado e conhece a sua importância económica para o Alentejo? O montado é o ecossistema que dá vida à paisagem alentejana, formada de azinheiras e sobreiros, principalmente, mas também de castanheiros e carvalhos e isto significa recursos tão importantes como a cortiça mas igualmente bolota. “A Bolota” é precisamente o nome de um Pavilhão Temático que pode e deve visitar em Portel, um equipamento interativo que, recorrendo aos cinco sentidos, o leva a conhecer os valores naturais e culturais das gentes alentejanas e a sua ligação com o montado. Ali encontram memórias, vivências e sabores antigos das gentes. Ali se conhecem produtos e atividades locais. Ali se podem sentir os cheiros do montado, apalpar a cortiça, apreciar artesanato… Dividido em quatro áreas temáticas – Sala Artesanato, Sala Cortiça, Sala Património e Sala Sentidos – e uma loja onde se vendem produtos regionais, o Pavilhão está aberto de terça a domingo, das 10h00 às 13h00 e das 14h30 às 18h00. <

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> por cá

A ç ores Terceira, Pico e Faial as “irmãs” do meio

terceira

Comecemos então pela ilha Terceira, que na época dos descobrimentos foi designada por ilha de Jesus Cristo. É em 1450 que teve início o seu povoamento, com a concessão da sua capitania a Jácome de Bruges pelo infante D. Henrique. Porto Judeu e Praia da Vitória são assim as duas primeiras povoações que deram vida à ilha, alastrando-se rapidamente a outras localizações.

É

nos séculos XV e XVI que a Terceira desempenha um papel importante como porto de escala para as naus que traziam as riquezas das Américas e os galeões da Índia, tornando-se local onde o ouro, prata, diamantes e especiarias provenientes de outros lugares do mundo ali permaneciam por alguns dias, o que atraia algumas “mentes” menos sérias a atacar a sua costa.

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Foi também com a sucessão ao trono de Filipe II (rei espanhol) em 1580, que a Terceira sofre várias tentativas de invasão por parte dos espanhóis, mas resistindo a estas investidas. E em 1581, na Batalha da Salga acabam mesmo por derrotá-los naquele que foi o primeiro desembarque dos espanhóis. Dois anos mais tarde e já com uma força muito superior, as tropas espanholas comandadas por D. Álvaro de

Bazan, conseguem dominar a ilha, que até 1640 se torna então porto de escala de galeões espanhóis trazendo riquezas do Peru e do México. Só com a Restauração e a expulsão dos espanhóis, a ilha volta à normalidade. Mais tarde, em 1828 a Terceira transforma-se na principal base dos liberais e em 1829 trava uma violenta batalha naval em que as forças miguelistas são derrotadas.

Festas e espetáculos Quanto a festas, a ilha não deixa por mãos alheias a animação, mas por esta altura saiba que as touradas de corda, uma tradição que remonta ao século XVI prometem um espetáculo alegre e movimentado e que se realiza de maio a outubro. Destaque para o Angrajazz que decorre entre 3 e 5 de outubro, levando este estilo musical ao Centro Cultural e de Congressos de Angra do Heroísmo. Ainda no que diz respeito à música, Salvador Sobral atua a 12 de outubro no Auditório Municipal das Velas. <

A partir dali segue-se a instalação da regência na ilha e a conquista das restantes ilhas do arquipélago para a causa liberal. Em 1832 partiria da Terceira em direção ao Continente, a armada do exército que depois do desembarque no Mindelo proclama a Carta Constitucional. A ilha volta a ganhar lugar de destaque já no século XX com a instalação da base aérea norte-americana das Lajes, trazendo-lhe novas perspetivas de desenvolvimento. Com 381,96Km2 de superfície, 29Km de comprimento e 17,5Km de largura, a ilha Terceira apresenta vários locais que merecem sem dúvida uma visita mais demorada, até pela beleza que os envolve. Aproveite para visitar a zona balnear do Negrito, com o seu pequeno forte datado de 1581 e que em tempos serviu como defesa costeira. Hoje é ali que os terceirenses vão a banhos. O que não pode mesmo deixar de visitar é o Algar do Carvão. Classificado como Monumento Natural Regional, está localizado na zona central da ilha. Passe o extenso túnel e aproveite o espetáculo, pois a natureza esmerou-se nesta obra natural. A boca do algar dá passagem a uma conduta vertical com cerca de 45 metros de desnível. Depois de descer a extensa escadaria que o leva até ao interior acabará por descobrir a lagoa, alimentada pelas águas da chuva. A setembro de 2019


Fazem parte do grupo central do arquipélago dos Açores. São três, as ilhas que em seguida lhe falamos. Uma espécie de “irmãs” que se “vigiam” de perto e que convidam a um sem número de atividades. Uma mais alta que as outras, mas todas engalanadas de tons verdes, salpicados pelo azul das bonitas hortênsias que pintam a paisagem.

Então e como se chamam as tão belas “irmãs” que ficam no meio das outras seis que compõem esta região autónoma portuguesa, bem no oceano Atlântico? Falamos da Terceira, Pico e Faial.

São ideais para visitar durante todo o ano, mas concentramo-nos na época outonal que em breve se aproxima. O verde esse permanece o ano inteiro, assim como a calma e o ar puro que ali se respira. E desengane-se se pensa que visitar uma só ilha é como visitar todo o arquipélago, pois cada uma é especial e única.

Convidamo-lo a conhecer este grupo central, até porque a acessibilidade através de ligação marítima é fácil de fazer, caso não queira aterrar de avião de ilha em ilha. O mais fácil mesmo é procurar um programa que inclua as três ilhas num operador turístico, mas ainda assim se é daqueles que gosta de preparar as suas viagens por si próprio, deixamos aqui algumas dicas sobre cada uma delas. < Texto: sandra martins pereira

entrada custa 8€, mas vale bem a pena. Não muito longe dali aconselhamos a que dê um “saltinho” até à Gruta do Natal, onde desde 25 de dezembro de 1969 os montanheiros realizam uma missa de Natal. Com um tubo de lava com 697 metros, a Gruta de Natal, junto aos Picos Gordos terá nascido há mais de 12 mil anos aquando das erupções fissurícolas do Pico Gaspar. A entrada é também 8€ e o visitante poderá observar diferentes estruturas geológicas. Já que anda por estes lados, não deixe de perguntar onde ficam as Furnas do Enxofre, que se situam entre os 583m e os 620m de altitude e são classificadas de “Monumento Natural Regional”. Esta área, com quase 65 mil metros quadrados possui pequenas fumarolas vulcânicas. Percorra o passadiço em madeira que as torneia e escolha o melhor ângulo para a fotografia. Se o tempo o permitir rume em direção ao miradouro da Serra do Cume, onde poderá observar todo o interior da Caldeira dos Cinco Picos, com um diâmetro de 7Km que faz dela a maior do arquipélago. A Serra do Cume e a Serra da Ribeirinha são os bordos visíveis da caldeira de colapso do Vulcão dos Cinco Picos, o mais antigo da ilha.

| Algar do Carvão

setembro de 2019

E se a natureza é por si só razão mais do que suficiente para uma viagem até à Terceira, os museus espalhados pela mesma, que contam um pouco a sua história, merecem também especial atenção, como é o caso do Palácio dos Capitães Generais, na cidade de Angra do Heroísmo, classificada Património da Humanidade pela UNESCO desde 1983. Ou ainda o Museu Casa dos Botes Baleeiros, no Porto da Pesca ou a Igreja Matriz da Praia da Vitória, com pórticos ogivais e capelas manuelinas. Se tiver tempo e as condições meteorológicas assim o permitirem faça um passeio de barco para observar os cetáceos e ainda o ilhéu das Cabras, que apesar de ser propriedade privada pode ser circundado. Ah e não se esqueça de experimentar a gastronomia local, a diversidade de restaurantes espalhados pela ilha permite-lhe satisfazer as papilas gustativas e querer repetir a experiência. Alcatra de peixe ou de carne, as Sopas do Espírito Santo, as queijadas D. Amélia, o doce de vinagre, os variados queijos são apenas alguns dos exemplos, mas há muito mais. Os locais indicam-lhe onde melhor comer, mas se quiser a nossa sugestão, saiba que a Tasca das Tias, em Angra do Heroísmo, o restaurante Caneta, o restaurante Ti Choa e o restaurante R3, na Praia da Vitória são apenas algumas das referências. <

pico E da Terceira voamos até ao Pico, a “irmã” mais alta das nove. Na verdade é a que possui a montanha mais alta de Portugal, com 2.351m de altitude. A ilha, que se desenvolveu em torno do vulcão tem 42Km de comprimento e 15,2Km de largura, numa superfície total de 447Km2.

A

paisagem desta ilha não o deixará de todo indiferente, pois a extensão de muros de pedra construída pelo homem para proteger a vinha do vento e da água do mar, já lhe garantiu a classificação de Património da Humanidade pela UNESCO em julho de 2004. Mas remontemos a 1460, data em que começou o povoamento da ilha, junto ao Penedo Negro, na enseada do Castelete, a sul da vila das Lajes. O mar revolto apenas deixou que o navegador Fernando Álvares Evangelho tocasse terra firme. Foi com o seu cão que junto da Ribeira se instalou e viveu numa casa, onde ainda hoje é

possível ver as suas ruínas. Mais tarde, os seus companheiros de viagem regressam ao Pico e desembarcam em Santa Cruz das Ribeiras, espalhando-se depois pela região. Foi nessa altura também, que foi edificada a Ermida de S. Pedro, onde, segundo alguns historiadores terá vivido Frei Pedro Gigante, pároco da ilha, que ali terá introduzido a casta Verdelho. Já em 1482 Josse van Hurtere, de origem flamenga, Capitão-Donatário do Faial, tomou a seu cargo a Capitania do Pico e em 1501 confere poder e autoridade a Fernando Álvares para dar licenças aos povoadores. E as Lajes tornam-se então o primeiro concelho do Pico até 1542, ano em que foi criado

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> por cá

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por D. João III, o concelho de Vila Nova de São Roque. Só em 1723 viria a surgir o concelho da Madalena, extinto em 1895 e restaurado três anos depois. Nessa altura a cultura do trigo e a exploração do pastel, da planta tintureira, que era exportada para a Flandres, eram as duas plantações mais importantes da ilha. E mais tarde a vinha e a pesca. Em 1723 a Madalena é elevada a vila, confirmando a sua importância económica como porto de ligação com a ilha do Faial. É com o trabalho das gentes do Pico, que a paisagem de campos de lava se vai transformando em vinhedos e pomares e o vinho Verdelho começa a ganhar fama mundo fora, chegando mesmo à mesa dos Czares da Rússia. Porém, no início do século XIX o oídio destrói as vinhas e é muito lentamente que as gentes as voltam a replantar. Mas nem só de vinho vive o Pico. A caça ao cachalote é desde cedo uma realidade, com os baleeiros americanos a introduzirem esta atividade no final do século XVIII, criando uma fonte de riqueza

| Centro de Interpretação da Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico

para a ilha. Tão importante, que ainda hoje se festeja, durante sete dias em agosto (de 20 a 26), a Semana dos Baleeiros, numa manifestação de culto a N. Sra. de Lourdes, que terá protegido estes homens durante uma violenta tempestade em 1882. Aconselhamos que faça uma visita ao Museu dos Baleeiros, nas Lajes do Pico. Inaugurado em 1988 e instalado nas antigas casas dos baleeiros, retrata esta atividade que viria a terminar nos anos 80 do século XX. Já em São Roque encontra também o Museu

da Indústria Baleeira, instalado na antiga Fábrica de óleo, farinhas e vitaminas das Armações Baleeiras Reunidas Lda. Mas há mais para conhecer, por isso não deixe de visitar o Centro de Interpretação da Paisagem da Cultura da Vinha da Ilha do Pico situado em Lajido de Santa Luzia. Um ponto de partida para ficar a saber tudo sobre este património cultural. E não se fique por aqui, vá até à Gruta das Torres, na Madalena. Um tubo lávico com cinco quilómetros de comprimento,

classificado como Monumento Natural Regional. E claro, faça a subida ao pico do vulcão, o tal que dá nome à ilha, coroado pelo Pico Grande com uma cratera com cerca de 700m de perímetro e 30m de profundidade. Ali pode ainda ver o Piquinho ou Pico Pequeno, o cone vulcânico com cerca de 70m de altura, de onde emanam fumarolas. Para fazer esta subida aconselhamos a que procure um guia local, que o ajudará nesta árdua tarefa. Saiba no entanto que é na primavera e outono que são aconselhadas as subidas. Visitas feitas há que pensar na gastronomia e tal como na ilha Terceira e em todas as outras do arquipélago, as Sopas do Espírito Santo são o “must eat” da região. No Pico pode ainda provar a linguiça com inhames, a molha de carne, o caldo de peixe, vários mariscos, entre eles o conhecido cavaco, as lapas e as cracas, mas também o arroz doce, o queijo, o bolo de milho, tudo regado com o tão afamado vinho. Não deixe de provar ainda a “angelica”, uma espécie de jeropiga açoriana. <

Vulcão dos Capelinhos O que não deve mesmo perder é esta visita. Na freguesia do Capelo encontra este vulcão, que a 27 de setembro de 1957 teve a sua erupção no mar, juntando-se à ilha e devastando as casas que ali existiam. Com um aspeto de uma paisagem quase lunar é ainda possível encontrar algumas dessas ruínas, mas também ficar a conhecer toda a história no Centro de Interpretação do Vulcão dos Capelinhos, nomeado pelo European Museum Forum para melhor museu europeu em 2012. Pode ainda subir ao Farol no final da visita e desfrutar da paisagem. <

faial

Do Pico avista-se o Faial, mas é a partir do Faial que a paisagem para o Pico deslumbra mais. E é assim que vivem todos os dias os faialenses, com este quadro natural com que a natureza os brindou.

C

om uma forma quase pentagonal, a ilha tem 21Km de comprimento e 14Km de largura, sendo o ponto mais alto, o Cabeço Gordo com 1043m. No centro fica o cone vulcânico da Caldeira, que pode ser visitado com a ajuda de guias locais. Sob a tutela dos Parques Naturais este é um dos pontos turísticos que deve mesmo visitar. Reza a lenda que teve como primeiro habitante um ermita, que ali se terá refugiado do mundo. Outrora Ilha de S. Luís, aquando do seu descobrimento por navegadores portugueses, só mais tarde viria ali a desembarcar o flamengo Josse van Hurtere, acompanhado por 15 compatriotas, em busca de prata e estanho que julgavam haver e que rapidamente descobriram que não. Ainda assim Josse não desiste e com a intercessão da duquesa de Borgonha, filha do rei D. João I, obtém a carta de donatário da ilha em 1468, que lhe permite trazer mais colonos da Flandres, na altura dizimada pela Guerra dos Cem Anos.

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É na freguesia dos Flamengos que se fixam e a ilha começa então a prosperar com a agricultura e a exportação do pastel, da planta tintureira. Mais tarde, em 1583 e com a ocupação da Terceira pelos espanhóis, a ilha do Faial é também conquistada. Depois chegam os corsários que a deixam ainda mais danificada e, por fim, um sismo em 1672 provoca grande destruição. Já no século XIX, o Faial participa nas lutas que opõem os liberais aos absolutistas, ficando ao lado dos primeiros, o que lhe valeu a visita do rei D. Pedro IV em 1832. Em 1860 por ali passavam navios de comércio de laranja e também baleeiros americanos, que se reabasteciam, aproveitando o facto de o porto ser abrigado. Aliás, ainda hoje, a marina da Horta é procurada por diversos iates que ali atracam para descansarem da viagem. Num breve passeio pela marina vai encontrar diversas pinturas deixadas como recordação desses mesmos viajantes. E já que está pela cidade faça um passeio pela Avenida do Mar. O tempo aqui parece ter parado, tudo

se desenrola lentamente, com tempo, esse que tanta falta nos faz nas grandes cidades. Pelo passeio aproveite para entrar no Peter’s Café, inaugurado em 1908, lugar de visita obrigatória dos velejadores que ali atracavam e onde se serve (para nós), o melhor gin de Portugal. Peça para visitar o pequeno museu no primeiro andar do café. São muitos os artefatos que ali encontram, muitos deles ligados à atividade baleeira, que à semelhança do que se passava no Pico também tinha papel importante. Novidade é o novo Orquidário dos Açores, que depois das obras de ampliação, conta agora com cerca de 5.000 exemplares de orquídeas e um banco de sementes onde estão já conservadas mais de 12 milhões de sementes. A Igreja Matriz de São Salvador, construída para os Jesuítas, na Horta, vale a pena ser visitada, assim como o Museu da Horta. Destaque para a exposição permanente em miolo de figueira, única no mundo e que integra o espólio do museu desde 1970, da autoria de Euclides Rosa.

Para ver na capital faialense tem ainda a Fábrica da Baleia do Porto Pim, paredes meias com a praia que lhe dá o nome, e onde encontra vários espaços das fases do processamento integral do cachalote. Produtos extraídos que até aos anos 60 do século XX eram muito procurados. E prepare-se para ver o esqueleto de um cachalote fêmea. Conselho de amigo, não fique apenas pela cidade. A ilha é relativamente pequena, por isso é fácil de lhe dar a volta e garantimos que não se vai arrepender. Se gosta de fazer caminhadas saiba que o Faial é conhecido pelos seus trilhos. São pelo menos nove e permite conhecer a ilha na sua forma mais selvagem quer a pé ou de bicicleta: Cabeço do Canto, Caldeira, Caminhos Velhos, Dez Vulcões, Entre Montes, Levada, Ribeirinha, Rocha da Fajã e Rumo ao Morro de Castelo Branco são os seus nomes. Quanto à gastronomia vai encontrar o polvo guisado com vinho, mas também a linguiça com inhame, molha de carne, torresmos de vinha d’alhos, caldeirada de peixe, arroz de lapas, entre muitos outros pratos. < setembro de 2019


> lá fora

Qatar Um mundo de luxo entre o mar e o deserto

É considerado o país mais rico do mundo e só isso já diz muito. A primeira imagem que se tem do Qatar é de luxo, pela arquitetura e design arrojados dos edifícios que rasam os céus, pelos materiais decorativos, tantas vezes a lembrarem ouro, pelas enormes avenidas que rasgam os solos, pelo incontável número de Porshes, Ferraris e Rolls Royces com que nos cruzamos a cada instante.

É

tanto assim que depois de estar 24 horas no país chegamos a perguntar- nos se o Porshe não será por ali um carro “corriqueiro”. Talvez o seja porque, como alguém nos dizia a propósito de umas torneiras tão douradas que pareciam ouro nas casas de banho de uma suite de um hotel de luxo “se parece ouro talvez seja mesmo ouro”. Ficámos sem saber se eram de ouro ou apenas douradas mas soubemos que o ouro é uma das cores do Qatar pelo que está presente na decoração de tudo – imóveis, hotéis, monumentos e até no chão, como acontece em The Pearl, a ilha artificial que é um mundo de exuberância. Construída em forma de ostra e com uma pérola a meio, na ilha, onde se pode chegar de barco ou por estrada, os apartamentos rodeiam a primeira linha de água e valem

setembro setembrode de2019 2019

milhões de euros. Neste que é o único local onde os estrangeiros podem comprar casas, há um centro comercial que à semelhança do Venetian em Macau, imita Veneza, com os seus canais e as suas pontes “clonadas”. A diferença é que neste há pepitas de ouro no chão, dizem. E lá vem a frase: “se parece ouro talvez seja mesmo”. The Pearl não foi o primeiro contacto que tivemos com o Qatar e a sua capital, Doha, mas várias razões levaram a que começássemos por aqui. Uma delas prende-se com o tal luxo que salta à vista na capital qatari, o que tem explicação. Até à descoberta do petróleo, que começou a ser explorado em meados do século passado, a população qatari vivia essencialmente da pesca e do comércio de pérolas, a única riqueza num país desértico e pobre. Depois tudo mudou, o petróleo jorrou, o dinheiro também e os qataris, um dos poucos povos do mundo que não pagam impostos, passaram a fazer questão de mostrar o que têm. E mostram-no a cada passo, um termo que nem sequer necessita de ser lido em sentido figurado já que sob as abeyas negras que as mulheres qataris usam (túnicas até aos pés, com mangas compridas) sempre acompanhadas com a sheela (lenço também negro que cobre

Guia de Viagem

Qatar • Localização geográfica: Península do Qatar na costa nordeste da Península Arábica. Faz fronteira com a Arábia Saudita ao sul • Capital: Doha • População: 2,64 milhões de habitantes (só 320.000 são qataris) • Religião: islâmica • Língua oficial: Árabe País onde a maioria da população é composta de imigrantes, o inglês é a língua mais falada • Moeda: Rial (QAR) 1€ = 4QAR (aprox.) Pode cambiar moeda em hotéis e bancos ou levantar em caixas ATM. A maioria dos cartões de crédito é aceite • Fuso horário: GTM+3 (+2h que em Portugal Continental) • Eletricidade: tomadas elétricas “tipo G” pelo que é necessário adaptador. Carregar dispositivos móveis é mais fácil nas entradas USB

toda a cabeça), vislumbram-se belíssimos sapatos Louboutin – acompanhados de malas Hermès ou Chanel. Estas são também marcas que, a par de muitas outras conhecidas pelos preços incomportáveis para a maioria dos mortais, estão presentes em qualquer shopping de Doha, juntamente com ourivesarias, relojoarias e perfumarias, tudo topo de gama.

Corniche: Luzes, cultura, tradição Chega-se a Doha e a primeira imagem que se tem é a desse mundo diferente de exuberância, o que começa logo no aeroporto (Hamad International Airport), imenso, elegante, pejado de lojas, salões VIP e outros serviços. Fora, é o mundo das rasgadas avenidas sobre as quais se atravessam esculturas, dos prédios espelhados e de linhas arrojadas e futuristas que rasgam os céus, que sobressaem de dia mas ainda mais à noite, quando estão profusamente iluminados. O mundo dos palácios e palacetes, dos lagos e ilhas artificiais, dos museus de arquitetura arrojada e dos jardins verdejantes num país em que a maior parte do território é formada pelas areias do deserto. Também há praias, muitas delas privativas das

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> lá fora

Como ir

• Qatar Airways: voos diários diretos entre Lisboa e Doha, operados em Boeing 787 Dreamliner, com 22 lugares em Classe Executiva e 232 em Económica • Duração do voo: 7 horas (ida) / 8 horas (regresso)

Quando ir

Os meses de outono / inverno, são os melhores para viajar para o Qatar já que as temperaturas são mais suportáveis. No verão, entre maio e setembro, as máximas ultrapassam quase sempre os 40ºC, podendo mesmo aproximar-se dos 50ºC, com as mínimas a ficarem acima dos 30ºC. A primavera é propícia a tempestades de areia.

Onde ficar Em Doha há hotéis de todas as grandes cadeias internacionais, na maioria localizados no centro financeiro, ao redor da Corniche (passeio marítimo), do Souq Waqif e em Pearl.

Mondrian Doha HHHHH Na zona de West Bay Lagoon, ao lado das Zig Zag Towers, com fácil acesso à ilha artificial The Pearl. Tem cinco restaurantes (o galardoado japonês Morimoto, Cut by Wolfgang Puck, Hudson Tavern, Walima e Magnolia Bakery) e três bares (Rise, Black Orchid e Smoke & Mirroros) piscina interior e Spas (um para homens, outro para mulheres). Quartos de várias tipologias, com vista e desenhados por Marcel Wanders que neles fez a sua interpretação das Mil e Uma Noites, destacando-se o imponente candeeiro Swarovski que pende sobre a enorme banheira de mármore. Sheraton Grand Doha Resort & Convention Hotel HHHHH Localizado em West Bay, na Corniche Street, tem acesso direto a uma praia privativa. Conta com sete restaurantes que oferecem gastronomia do Médio Oriente, italiana e asiática. Souq Waqif Boutique Hotels by Tivoli Situado no coração da histórica Souq Waqif, a 10 minutos a pé do Museu de Arte Islâmica e a cinco do passeio marítimo, é composto por um conjunto de edifícios históricos com uma decoração e arquitetura elaborada. Tem oito restaurantes e Spa. <

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luxuosas unidades hoteleiras que pejam a capital. Para que o passado não seja esquecido, lá se construiu a ilha artificial The Pearl, com uma pérola a meio e daí também a mega escultura de uma ostra, igualmente com pérola a meio, uma fonte a jorrar água que

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se pode apreciar na Corniche, a marginal de Doha, um local belíssimo por onde apetece passear ao cair do dia, à medida que se vão acendendo mil e uma luzes das mais variadas cores e o skyline que rodeia a baía parece transformar-se numa imagem saída de um conto das Mil e Uma Noites

reinterpretado. Em Doha quase tudo se faz em torno da Corniche, uma espécie de calçadão que se estende por 7Km em torno da baía de Doha que se estende até West Bay, área que está agora em desenvolvimento. Para ter uma noção melhor da cidade o

melhor mesmo é fazer um tour de barco e há várias possibilidades à partida do porto na Corniche: há passeios diurnos e noturnos, embarcações típicas (os Dhows) e outras mais modernas, com ou sem serviço de refeições a bordo (estas são simples em alguns barcos, noutros mais setembro de 2019


À espera do Mundial de 2022 Doha é, atualmente, uma capital em obras mas estas estendem-se a outras áreas do país. É que o Qatar vai ser palco do Mundial de Futebol de 2022 e está a levar muito a sério a sua preparação para receber o evento e os fãs que irão chegar de todas as partes do mundo para acompanharem as suas seleções. Um pouco por todo o lado estão a ser construídos novos hotéis, abrem-se novas estradas e autoestradas (sem portagens) que por enquanto não têm carros, edificam-se novos estádios e requalificaram-se os existentes. Abrem-se linhas de metro que hão de ligar todos os estádios e estes ao aeroporto, como são também construídas novas ilhas artificiais e se aposta nos “táxis marítimos” que se irão transformar em “fan zones” onde se poderá ter acesso a bebidas alcoólicas. Constrói-se até uma cidade inteirinha - Lusail, onde vai realizar-se a abertura e encerramento do Mundial - a poucas dezenas de quilómetros da capital. Aliás, durante o evento ninguém vai ter que fazer grandes viagens dentro do país já que a distância máxima a percorrer entre os dois estádios que ficam mais longe um do outro (digamos, nas pontas opostas) é de 55Km, segundo nos foi dito durante a visita ao Supreme Committee for Delivery & Legacy Pavillion, onde ficámos com uma ideia da história do futebol no Qatar, desde os primórdios deste desporto no país – 1963 foi o ano em que se jogou a primeira Liga de Futebol no Qatar - até aos preparativos para o Mundial de 2022, passando pelo futebol feminino. Pudemos também ficar com

elaboradas, com toalhas de pano e serviço à mesa). Aconselhamos os dois passeios mas especialmente o noturno, num barco com deck superior aberto, com partida e regresso à Corniche e paragem na The Pearl para passeio e café. Os preços dependem do passeio escolhido, do barco, de ter ou não refeição e de comprar a um barqueiro diretamente ou através de uma agência que o vai buscar e levar ao hotel. setembro de 2019

No caso mais simples poderá pagar cerca de 40 QAR com o valor a poder chegar aos 270 QAR com os vários serviços incluídos. É também na marginal de Doha que se situa o Qatar National Museum (Museu Nacional do Qatar), um edifício moderno e improvável desenhado pelo arquiteto francês Jean Nouvel. O Museu, que abriu portas no final de março deste ano, tem

uma ideia do que vai ser cada um dos oito estádios que vão receber o Mundial de Futebol. Também ali pudemos constatar aquilo que amiúde nos ia sendo dito, que o país está verdadeiramente orgulhoso por receber o Mundial e quer envolver na sua realização toda a comunidade, não só os 320 mil qataris mas os 2,7 milhões de pessoas que habitam no país. Está orgulhoso pela tecnologia que está a utilizar na conceção dos estádios, onde a temperatura vai estar sempre entre os 24ºC e os 28ºC graças a um sistema de ventilação inovador, e pela forma como foi decidido construí-los, quase como um “lego” que depois do evento se desmontará e cujas “peças” terão depois outros destinos. Acima de tudo, dizem-nos, o Qatar quer ser reconhecido como um país de alta tecnologia e com preocupações ao nível da sustentabilidade ambiental, tanto assim que cada estádio está a ser construído para que a pegada ambiental seja o mais pequena possível e um deles está mesmo a nascer do aproveitamento de contentores marítimos. <

o exterior formado por linhas arrojadas que fazem lembrar a rosa do deserto, uma rocha que existe no deserto e que foi esculpida pela erosão dos ventos e do próprio tempo. Dotado de uma arquitetura extravagante que justifica os 18 anos que levou a construir, o museu, que ocupa uma área total de 52.000m², conta com uma área expositiva de 8.000m², dividida em 11

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salas que se interligam e se estendem por 1,5km. Cada uma conta, de forma interativa, uma parte da história do Qatar, desde antes da ocupação humana à atualidade, passando pelos tempos em que a população era nómada e pela formação das primeiras cidades. Ali se podem ver desde os fósseis mais antigos a peças de artesanato, passando por joias, peças de vestuário e artefactos utilizados durante a

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> lá fora

Refeições que são uma festa

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vida no deserto. Origens, vida no Qatar e história moderna do Qatar, são as três fases cobertas pela exposição. Não muito longe ergue-se o Souq Waqif onde, como em qualquer outro país árabe, se vende de tudo um pouco e tudo se negoceia até um preço justo, embora isso seja algo a cair em desuso. Através de ruas labirínticas onde se sente uma frescura que fora dali é impensável – fora a temperatura chega, no verão, aos 48ºc-, há especiarias, tecidos, artesanato, quadros, doces árabes e uma infinidade de restaurantes com gastronomia típica do Médio Oriente. Logo à entrada, uma marca bem conhecida dos portugueses chama a atenção: Tivoli. São

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os Souq Waqif Boutique Hotels by Tivoli, a apenas 10 minutos a pé do Museu de Arte Islâmica, outro edifício de arrojada arquitetura e que deve ser visitado, e a cinco da Corniche. Anexos ao Souq Wakif pode ainda visitar o Falcon Souq, totalmente dedicado à arte da falcoaria e, claro, aos falcões, e o Mercado de Aves.

Um deserto de mar Se há algo que não pode perder é um tour de jipe no deserto. Realizado em confortáveis e modernos jipes a que nem sequer falta internet – o tour em si é

No Qatar, comer é uma festa. Na sua gastronomia moram sabores árabes e asiáticos, com influências da cozinha indiana, iraniana e libanesa – e quem já esteve no Líbano, sabe que cada refeição é uma festa, pelo número e qualidade de iguarias que preenchem mesas de metros. Cabrito com arroz, falafel, sopa de lentilha, salada de fatouche com pão frito, cheese fatayar (bolas de queijo) e, claro Hummus (puré à base de grão de bico, azeite e especiarias), são apenas algumas das especialidades a que não vai conseguir resistir. Depois há o pão (zattar), delicioso, o requeijão com mel, as saladas várias com molhos à base de iogurte. Tipicamente qataris são os Machboos, uma espécie de estufado de carne, que pode ser

guiado por GPS – dura cerca de quatro horas e apesar de não ser indicado a quem sofra do coração ou da coluna, não é assustador mas claro que é desafiante. Ao longo de mais de duas horas (o restante do tempo é o que se demora na ida e regresso do deserto à partida da cidade) sobem-se e descem-se dunas de areia, numa verdadeira “montanha russa”. É disso mesmo que se trata porque neste

falafel

hummus

de vaca, frango, borrego ou até camelo mas que pode ser também feito à base de peixes e mariscos, sempre acompanhado de arroz seco (os qataris adoram arroz, disseram-nos várias vezes). Nos hotéis proliferam os restaurantes com tipos vários de gastronomia, incluindo a japonesa que está a dar os primeiros passos no país e ao mais alto nível,

deserto, em tudo diferente, há dunas com mais de 40 metros de altura, que há que subir quase a pique e descer do mesmo modo. Pode assustar mas vale a pena porque no final está o impressionante Mar Interior, onde as areias e as dunas se misturam com o azul inesperado das águas da Península Arábica. É um mar de água quente e com elevadíssimo teor de sal, que entra pelas areias do deserto que setembro de 2019


#siga-nos

/jornalDestinos As regras qataris

machboos

zattar

mas no Souq Waqif há bancas de comida tipicamente qatari e pequenos restaurantes que não são muito caros. No souk como nos hotéis o que prolifera são os restaurantes de comida libanesa. O que deve mesmo experimentar é o café árabe, bastante diferente do turco, já que leva não apenas café mas também cardamomo e açafrão. <

ali fica abaixo do nível do mar, permite a formação de várias lagoas e que separa o Qatar da Arábia Saudita. Ali mesmo, a sensação é a de estarmos no meio do nada, até pelo silêncio mas a proximidade de países vizinhos faz os telemóveis “acordar” avisando-nos que mudaram de rede. Um sinal dos novos tempos em meio de uma maravilha da natureza que se pretende intemporal. Foi também setembro de 2019

Porco e álcool - No Qatar existem restrições alimentares e não só, já que além de ser proibido comer carne e derivados de porco e ingerir bebidas alcoólicas, também é proibido comprá- -las, à exceção da maioria dos hotéis. As bebidas alcoólicas, mesmo a cerveja, não são baratas (1 cerveja custa cerca de 10€, dependendo do local). Aquando do Mundial de 2022 não haverá procedimentos excecionais, mas foi-nos dito que nas “fan zones” haverá locais devidamente resguardados onde poderão ser servidas bebidas alcoólicas. Também nesse período, além dos hotéis, haverá barcos onde os turistas poderão alojar-se e ter acesso a bebidas alcoólicas.

@jornaldestinos

Vestuário - É aconselhável usar roupas largas que não mostrem os ombros nem os joelhos (no caso das mulheres) e quanto a “ir a banhos”, com fato de banho só nas praias privativas dos hotéis – nas públicas é obrigatório o uso de t-shirt e calção. <

a melhor forma de fecharmos a nossa viagem com chave de ouro muito embora restassem ainda umas boas horas e mais um magnífico jantar até empreendermos o regresso. < Texto: fernanda ramos *O jornal destinos viajou a convite da companhia aérea Qatar Airways

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> gastronomia

| Menu degustação 5 Momentos

Tsukiji Rua dos Jerónimos, 12 Lisboa Tel.: 963 209 315 Horário: Segunda a quinta – 12h15 às 15h00 | 19h00 às 23h00 Sexta a domingo – 12h00 às 24h00 Preço médio por duas pessoas: 40€

Tsukiji

Uma perfeita ode ao mar O chef Paulo Morais dispensa introduções, mas talvez ainda não conheça o seu espaço mais recente. O Tsukiji abriu em abril deste ano, em Belém, numa perfeita ode ao peixe e ao mar, com influências asiáticas, embora também reserve espaço na carta para a carne. Com um bar de sake e de vinhos, este espaço tem todos os ingredientes para uma experiência gastronómica memorável.

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O

chef à frente do Kanazawa, o mais exclusivo restaurante japonês de Lisboa, mantém-se firme no seu registo de influência japonesa no seu novo Tsukiji. Ainda assim, em muito contrastam os dois espaços. À reduzida dimensão do Kanazawa faz frente a sala ampla do Tsukiji. A formalidade do primeiro é combatida com o ambiente descontraído do segundo. No Kanazawa há quatro menus de opção, no Tsukiji uma extensa oferta, para todos os gostos e bolsos. O que se mantém, e aquilo com que sempre se pode contar das mãos e facas do chef Paulo Morais, é a mestria com que lida com tudo aquilo que o mar oferece. Paulo Morais é dos chefs portugueses que há mais anos trabalha a cozinha japonesa, há mais de 30 anos, e fá-lo com uma destreza difícil de igualar. A junção destas duas valências e de um carinho especial para com a cozinha,

dá lugar a um restaurante com uma carta invejável que nos fez prometer voltar. Mas, comecemos pelo princípio. Do Mosteiro dos Jerónimos ao Tsukiji vão dois minutos a pé, permitindo que a vista dos enormes janelões da sala principal do restaurante sejam os verdes do Jardim de Belém. Ao entrar no Tsukiji mergulhamos no azul de mares profundos em que se veste a marca do restaurante. O pequeno lobby, marcado por uma cortina em macramé a seu fundo dá acesso ao sake & wine bar, à esquerda, e ao restaurante, à direita. O bar abre-se numa oferta impressionante, com uma panóplia de sake japonês a par com 150 referências de vinho. Enquanto espera pela sua mesa pode deliciar-se com um copo de um bom vinho português, ou champanhe francês, e petiscar algo de uma pequena carta onde se incluem peixes curados ou fumados no restaurante. De um lado uma parede de vinhos, do outro

uma parede de pedra, a meio confortáveis cadeirões onde se pode deixar ficar e bebericar tranquilamente. Este espaço veste-se em tons neutros, interrompidos pelo vermelho da imensa pedra de lioz que faz o bar. O azul, os tons pastel, de madeira mantêm-se coerentes por todos os espaços que o Tsukiji preparou para receber os seus clientes em vários momentos do dia, e mesmo nas fardas utilizadas por quem ali trabalha, desenhadas pela designer de moda Alexandra Moura. Avançando para a sala principal deparamo-nos novamente com uma cortina em intricado macramé, esta de grandes dimensões, que separa uma outra zona de bar, que entre outras bebidas serve cocktails também eles com um toque japonês, com o sake a figurar no mix. Passando esta zona encontramos o balcão, com sete lugares para quem quer admirar toda a ação. Ali, o balcão que é uma montra de peixe e marisco, permanentemente refrescado por vapor de água, é onde pode admirar belíssimos exemplares do mar e escolher o que pretende degustar. As opções são, sempre, variadas e frescas, com grande destaque para os mares portugueses. Poderá encontrar peixe-galo, tamboril, garoupa, pargo, linguado, carabineiros, ouriços do mar, lagostas ou camarões, que serão sempre trabalhados de maneira distinta. setembro de 2019


| Pavlova de verão

| Texturas de pêssego

O Tsukiji conta ainda com uma outra sala, esta em tons de azul profundo, com capacidade para 30 pessoas e disponível para grupos ou eventos.

De comer e chorar por mais Na nossa experiência no Tsukiji, num almoço a uma sexta-feira, o balcão de peixe estava repleto de delícias, com o chef Paulo Morais a aconselhar para a nossa mesa de três pessoas um enxaréu dos mares açorianos. O que nos esperava depois desta escolha era um menu de degustação em que o chef aproveitou integralmente o peixe, trabalhando-o da barbatana à escama, da cabeça ao rabo. Antes desta maré de peixe, chega-nos à mesa um couvert com pão de cerveja, pão branco e focaccia, com manteiga de algas nori, manteiga de ovas curadas e azeite do Douro. Seguem-se os cinco momentos que mostram a já falada mestria de Paulo Morais, em que todo (e queremos dizer todo mesmo) o peixe é aproveitado à exceção das espinhas, com criatividade e gosto. Primeiramente, para abrir o apetite, são colocadas sobre a mesa as “pipocas”, que é como quem diz, a pele e escamas do peixe fritas. Esta pele e escamas foram as únicas partes que não foram retiradas do nosso peixe, mas sim de um outro anteriormente, as do nosso enxaréu serviram para os 5 Momentos de uma outra mesa. É abandonar as convenções, ir na onda e desfrutar destas setembro de 2019

Tsukiji

| chef Paulo Morais

O chef Paulo Morais foi buscar inspiração ao antigo maior mercado de peixe do mundo. O Tsukiji é uma homenagem ao Mercado de Tsukiji em Tóquio, no Japão. O famoso mercado de peixe, que se mudou para Toyosu em outubro do ano passado, recebia diariamente cerca de 40.000 visitantes, em mais de 500 bancas, com milhares de trabalhadores, num espaço labiríntico em que as vendas diárias atingiam uma média de 12 milhões de euros. O mercado mudou de sítio, mas em Tsukiji mantêm-se as bancas de street food onde é possível encontrar a mais genuína gastronomia japonesa. <

partes do peixe que são, na esmagadora maioria das vezes, postas de parte. A ir buscar com os dedos aqui e ali, entre conversas, mais umas escamas, mais um pouco de pele, chega o segundo momento do nosso menu de degustação. É uma imensa travessa, decorada com flores e plantas todas elas comestíveis, com o peixe na sua versão não cozinhada. Sashimi, nigiris e makis de toda a espécie, sempre com o nosso enxaréu como “rei da festa”, mas também um ceviche com um molho picante suavizado por maçã granny smith.

Após batalhar, com muito gosto, as perto de 20 peças, o sashimi e o ceviche, o frio dá lugar ao quente e chegam, a par, os momentos 3 e 4. Comecemos pelas cornucópias recheadas das vísceras do peixe. São um mimo de comer de uma vez só, estaladiço por fora, apaladado por dentro, numa pasta aveludada e carregada de especiarias, que serviam também de base às cornucópias quando nos foram servidas. O quarto momento merece destaque, pois foi um dos melhores pratos de peixe que tive o prazer de experimentar. É uma sopa

de peixe, versão japonesa. A cabeça do enxaréu em caldo de miso. Primeiro desfaz-se a cabeça, de seguida sorve-se o caldo magnífico com os bocados de carne aproveitados. O resto é grelhado, mas claro, de maneira especial, em robata (método de cozinhar japonês). Deu ainda tempo de espreitar a restante carta, em versão tablet para simplificar. As opções são muitas entre o marisco, o peixe e também a carne. Há Bao com camarão da costa (15€), Tsukemen de polvo (15€) e Bacalhau assado com legumes (19€) e até uma Francesinha de robalo (12€). Há também Sashimi Moriawase (18 peças – 18€), Tartar de salmão (12€) e Ceviche de peixes mistos (12€). E há muito mais nos peixes, incluindo uma seleção Otaku Maki, em que todos os makis são dedicados a personagens de animes, como Vegeta, Pikachu, Naruto, Akira e Sailor Moon. Para os não adeptos do peixe há ainda as carnes e os pratos vegetarianos. As ofertas vão desde Yakitori de frango (12€) e Carpaccio de wagyu (23€) a Espetadas de legumes (12€) e Salada de quinoa (12€). No final desta aventura gastronómica experimentámos ainda as sobremesas. Pedimos uma Pavlova de verão (5,50€), Tapioca de coco (5€) e as Texturas de pêssego (5,50€), todas irrepreensíveis. Poderíamos, também, ter optado pela Degustação de sobremesas, com o valor de 9€. < Texto: Sofia Soares Carraca

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> ficar

Convento

de São Saturnino Ond e o s i l ê n c i o é d e o u r o

Já todos sabemos que este pequeno país à beira-mar plantado é uma verdadeira caixinha de surpresas. De norte a sul, passando pelas ilhas, Portugal não deixa de surpreender quem o visita, mas também quem nele vive. Por isso, mesmo quando pensamos que até somos pessoas bastante viajadas e informadas, por vezes somos surpreendidos com pequenos “segredos”, como é o caso deste que em seguida lhe contamos.

F

ica a 30 quilómetros de Lisboa, em direção a Cascais até ao desvio para a Azóia, ali perto do Cabo da Roca, que tantos de nós já ouvimos falar ou visitámos. O que nunca tínhamos ouvido falar é do Convento de São Saturnino, que ali perto se esconde, num vale da reserva natural da Serra de Sintra-Cascais, tendo como cenário o mar. A estrada apertada e íngreme leva-nos até ao grande portão que se ergue diante de nós. As portas abrem-se ao digitar de um código que nos é confidencializado do interior. A descida continua, sem prevermos o que nos espera. Estacionado o carro deparamo-nos com uma casa no cimo de

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uma árvore, que nos transporta à nossa infância. Um projeto, cujo proprietário tem em mãos há já algum tempo e que podia muito bem ser um dos alojamentos, tantas são as solicitações de quem ali chega. O silêncio apodera-se de nós, apenas interrompido pelo correr da água, que um pouco por todos os espaços se faz ouvir, qual spa natural. Caminhando em direção à receção encontramos um lago com patos, seguido de um outro com nenúfares e de repente entramos num mundo mágico. Imagens de santos, quadros, peças antigas que nos transportam no tempo, num tempo que nos leva até ao século XII, altura em que o Convento de São Saturnino terá sido erguido. Em ruínas acabou por ser recuperado em 1998 por um casal francês, que amiúde se deslocava a Portugal para umas merecidas férias em família. Cinco anos foi o tempo que levaram a transformar aquilo que até então não passava de um terreno e umas ruínas, em setembro de 2019


o que fazer Para além do portão do Convento de São Saturnino encontra alguns pontos de interesse para descobrir. Desde logo o Cabo da Roca, o ponto mais ocidental de Portugal continental, sem esquecer as diversas praias ao longo da costa, entre Cascais e Sintra. Para quem gosta de andar, a proposta é que com a ajuda de guias experientes possa conhecer a região e toda a sua história através dos vários trilhos existentes. O Convento de São Saturnino organiza ainda com alguns parceiros, visitas temáticas pela região e passeios fotográficos com profissionais. <

Ficha técnica Convento de São Saturnino

• Azóia – Sintra Portugal • www.saosat.com/pt-pt/ • contact@saosat.com • (+351) 219 283 192

M. (+351) 915 195 207 (+351) 915 195 208 F. (+351) 219 289 685 • Preços: a partir de 140€ consoante a época do ano

casa de férias e mais tarde em unidade hoteleira de charme, abrindo portas ao público em 2002. Hoje é o filho e a nora do casal, Jonathan e Sharon, que tomam conta do Convento de São Saturnino, “um projeto que é feito com o coração”, como gostam de dizer. setembro de 2019

À descoberta Ultrapassado o primeiro impacto, - bastante positivo, diga-se de passagem – abrimos uma estreita porta, descendo alguns degraus até à receção. Pequena, mas acolhedora é ali num quadro da parede que se guardam as chaves dos nove quartos que compõem esta unidade. Do lado de lá do pequeno balcão recebenos uma voz doce e um sorriso no rosto, que em breves palavras nos explica o funcionamento do alojamento e nos encaminha até ao quarto. E se até aqui já estávamos surpreendidos, quando nos encaminhamos para as nossas instalações vamos fazendo novas descobertas. Descemos mais alguns degraus e logo à nossa direita encontramos a sala de refeições e de repente estamos num cenário do filme Harry Potter. A extensa mesa em madeira, os candeeiros que caem do teto e aquela meia-luz criam o ambiente de misticismo. É ali que se tomam os pequenos-

-almoços (incluídos na estadia) e ainda almoço ou jantar, desde que pedidos com antecedência na receção. Na sala em frente, uma antiga cozinha, onde não faltam uma pia em pedra com torneiras, tachos e panelas antigos, uma lareira e no centro uma “amassadeira” que nas manhãs serve de suporte aos variados pães e croissants do pequeno-almoço. A esta altura já nos embrenhamos completamente no ambiente. E à nossa frente várias salas vão surgindo, em níveis diferentes de altura. Decoradas com peças de coleção que o pai de Jonathan foi arrecadando ao longo da vida, tudo, mas mesmo tudo nos remonta a tempos idos e a querer ali permanecer para observar cada peça ao pormenor ou então para apenas nos deixarmos ficar nos confortáveis sofás frente à lareira, bebericando uma das muitas bebidas que tem à disposição na sala contígua. Pode servir-se do que existe na pequena mesa, basta que registe num papel o que tomou e o número de quarto. Ainda não chegámos ao quarto e já vivemos um sem número de sentimentos e pensamentos. Descemos novo lance de escadas de pedra. Um pequeno corredor se depara diante de nós, pintado por algumas portas. Ao fundo está uma porta vermelha e é lá que fica o nosso quarto. Com uma decoração sóbria, todos têm a sua personalidade, seja pelos tetos em caixotão, pelas camas altas e imponentes, pelos quadros de família pintados a óleo ou pelos desenhos a carvão expostos nas paredes caiadas de branco. O nosso não é diferente. As grandes portadas em madeira na janela e os bancos em pedra dão-lhe o charme. Em frente à cama uma outra janela se abre para um pequeno terraço e ali está ela, a paisagem verdejante do vale com o mar lá ao fundo. O silêncio, esse só é interrompido pelo barulho do vento a passar pelas folhas das árvores e a água que corre no riacho. Mais à frente, encontramos novo bloco de

casinhas, como se de outro convento se tratasse. É a Casa da Luz que tem três suites e uma cozinha e que se ergue frente ao mar, mas que pode ser alugada na totalidade.

Recantos Por esta altura a voz doce que nos acompanha até ao quarto já havera partido e nós, em breve, também partiríamos para descobrir tudo o que o Convento nos tinha para desvendar. Na verdade é impossível não querer saber mais sobre este lugar que se esconde por entre recantos e escadinhas. Saímos do quarto, mas desta vez voltámos à direita, em direção a uma nova porta e novo cenário se abre à nossa passagem. Passando uma pequena ponte fomos encontrar a piscina, construída a partir de um antigo tanque, que provavelmente abasteceria a comunidade local, é um pequeno oásis, num lugar solarengo e com uma vista única sobre o mar e para o majestoso Vale do Touro. Damos um pequeno passeio pelo exterior e encontramos burros e até algumas cabras, que segundo o proprietário ajudam a manter o terreno limpo, evitando os incêndios. Lá do alto podemos ver o Convento na íntegra, com os seus vários telhados desnivelados e as suas paredes caiadas de branco, refletindo a tão desejada paz. Regressando ao interior do alojamento descobrimos ainda que é possível fazer massagens e há até programas especiais que o Convento de São Santurnino tem preparados para os hóspedes, como por exemplo, o Programa Relax, que inclui duas noites de alojamento, com pequeno-almoço, um jantar para duas pessoas e duas massagens shiatsu. Na verdade faça ou não as massagens, todo o alojamento nos remete a um spa natural, em que o tempo para, o silêncio nos invade e a vontade de ficar se instala. < Texto: sandra martins pereira

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> experiência

Quinta da Regaleira Do misticismo aos espetáculos culturais

Há experiências que podem e devem ser vividas várias vezes durante a vida, tamanha é a diversidade que se encontra num local. A Quinta da Regaleira, em Sintra, é um desses exemplos, que não nos cansamos de visitar. A arquitetura, o misticismo e as mil e uma atividades que disponibiliza fazem deste Imóvel de Interesse Público desde 2002, o ponto de partida para um dia bem passado, quer sozinho quer em família.

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Q

uase que escondida por entre a densa vegetação da Serra de Sintra, a Quinta da Regaleira esconde em si vários segredos e até uma vertente esotérica relacionada com a Alquimia, a Maçonaria, os Templários e Ordem Rosa-cruz. O misticismo deste lugar transporta-nos a um outro mundo, muito nosso, em que cada um tem a oportunidade de se “descobrir” a si próprio. Parta também nesta aventura, utilize vestuário e calçado confortável e visite tudo a seu ritmo ou então deixe-se guiar por quem sabe e oiça todas as explicações históricas de um profissional afeto à Quinta. Comece pelo edifício principal, o Palácio da Regaleira, também conhecido como Palácio do Monteiro dos Milhões, alcunha dada ao seu proprietário, António Augusto Carvalho Monteiro que adquiriu a então chamada Quinta da Torre da Regaleira à Viscondessa da Regaleira. Detentor de uma avultada fortuna,

Visitas guiadas: Com guias da Fundação Cultursintra FP, para grupos superiores a 10 elementos, será necessário reservar antecipadamente através do email: guias@cultursintra.pt.

Visitas livres: Visita auto-guiada com um mapa. Os visitantes poderão permanecer durante todo o horário de abertura.

Horários de funcionamento: 1 de abril a 30 de setembro (09h30 às 20h00) 1 de outubro a 31 de março (09h30 às 18h00)

Preços visitas livres: Crianças até 5 anos – gratuito dos 6 aos 17 anos – €5 dos 18 aos 64 anos – €8.

Preços visitas guiadas: Crianças até 5 anos – gratuito dos 6 aos 17 anos – €8 dos 18 aos 64 anos – €12

Monteiro dos Milhões fez assim nascer este lugar de eleição, contando com o génio criativo do arquiteto e cenógrafo italiano Luigi Manini e ainda com a mestria dos escultores, canteiros e entalhadores que haviam ajudado a construir o Palace Hotel do Buçaco. Seis anos (1904-1910) foi o tempo necessário para fazer surgir esta obra que se estende um pouco pelos quatro hectares da quinta. Tudo foi concebido no contexto de um jardim edénico, salientando-se a predominância dos estilos neomanuelino e renascentista. Desde o palácio, passando pelos jardins, lagos, grutas e construções enigmáticas tudo nos transporta a uma espécie de viagem iniciática. Por isso não estranhe se encontrar referências à mitologia, “ao Olimpo, a Virgílio, a Dante, a Camões, à missão templária da Ordem de Cristo, a grandes místicos e taumaturgos, aos enigmas da Arte Real, à Magna Obra Alquímica”, conforme se pode ler sobre a descrição deste lugar.

setembro setembrodede2019 2019


ONDE FICAR Tivoli Palácio de Seteais

Este hotel com classificação de 5H, localizado em Sintra, transporta-nos para o século XVIII. Os quartos decorados com mobiliário requintado e os salões onde as tapeçarias e os frescos retratam tempos idos podem ser a escolha ideal para pernoitar depois de uma visita à Quinta da Regaleira. Morada: R. Barbosa du Bocage 8, Sintra Telefone: 219 233 200 Preços: a partir de 351€ por pessoa/duplo

Entre queijadas e travesseiros

Vila Galé Sintra Resort Hotel Conference & Revival Spa

Em plena Várzea de Sintra, esta recente unidade hoteleira de 5H, rodeada de zonas verdes e com vista para o Palácio da Pena, diferencia-se pelo seu conceito inovador na área da saúde, pensado para famílias e com uma forte componente de wellness e bem-estar. Morada: Rua Fonte da Granja, nº 30, Sintra Telefone: 210 520 000 Preços: a partir dos 145€ por pessoa/duplo

À medida que vai caminhando, novos segredos se vão revelando à sua passagem, como o Poço Iniciático, uma galeria subterrânea, com uma escadaria em espiral, sustentada por colunas esculpidas. São nove patamares, separados por lanços de 15 degraus cada um, invocando à Divina Comédia de Dante e representando os nove círculos do Inferno, do Paraíso ou do Purgatório. No final do poço está embutida uma rosa dos ventos em mármore sobre uma cruz templária. Emblema heráldico de Carvalho Monteiro, mas também indicativo da Ordem Rosacruz. Acredita-se que ali tenham sido feitos alguns rituais de iniciação à Maçonaria. setembro de 2019

O poço está ligado por várias galerias ou túneis a outros pontos da Quinta, a Entrada dos Guardiães, o Lago da Cascata e ao Poço Imperfeito. Mas passear pela Quinta da Regaleira não se resume apenas à descoberta de todos estes mágicos recantos. A Fundação Cultursintra FP prepara anualmente um programa cultural para os vários espaços. Desde música, passando por exposições e até peças de teatro, o visitante é convidado a experienciar cada momento de uma forma muito particular.

Espetáculos A música é uma realidade por estes lados, por isso, até 15 de dezembro, muitos são os concertos que poderá assistir no Palácio, na Sala da Renascença, nos 1.º e 3.º domingos de cada mês, a partir das 16h00, com o pianista Raul Pinto. Já nos 2.º e 4.º domingos do mês, também às 16 horas, até 22 de dezembro, a música continua a dar cartas, mas desta feita pelo Sintra

Estúdio de Ópera. Dia 22 de setembro, na Gruta da Leda prepare-se para assistir ao “Les Triplettes de Lisbonne”, num programa que apresenta os grandes clássicos do início do século XX, com um trio de clarinete, guitarra e contrabaixo. Já a 14 de setembro é a dança que se destaca, com o “Medieval: Da Carola à Pavana”. Um espetáculo onde o público é convidado a dançar uma última dança. Trata-se pois de manifestações bailatórias no universo do panorama cultural ibérico com raízes arianas e celtas, judias e árabes e ainda danças que se celebravam nos séculos XIV e XV. No teatro sugerimos o “Serão nos Gouvarinho”, que até dia 21 de setembro, pelas 21h00 poderá assistir na Quinta da Ribafria. A partir de “Os Maias” de Eça de Queirós, a peça com produção da Éter Produção Cultural, conta a história de Carlos da Maia e o maestro Cruges que vão a Sintra, na

Quem passa por Sintra tem de, obrigatoriamente, provar os doces típicos da região, e quer as queijadas quer os travesseiros são o melhor exemplo e é na Casa Piriquita que melhor os sabem fazer. A padaria com o mesmo nome fundada em 1862, tornou-se conhecida pelas iguarias do padeiro Amaro dos Santos e a sua mulher Constância Gomes. Foi o rei D. Carlos I que terá encorajado o casal a confecionar as famosas queijadas, um doce que muito gostava degustar quando se deslocava a Sintra no verão. O sucesso foi tanto, que logo a padaria se transformaria em pastelaria. Mais tarde, já na década de 40, a filha da fundadora, Constância Luísa Cunha, desenvolveu o travesseiro, um pastel recheado com doce de ovos e com toque amendoado, embora a receita original esteja fechada a “sete chaves”. <

esperança de encontrar Maria Eduarda. Passeiam entre o Hotel Nunes, a Lawrence e a estrada de Seteais, onde se cruzam com Tomaz de Alencar. No Serão dos Gouvarinho, Carlos da Maia, João da Ega, Dâmaso Salcede e a Condessa de Gouvarinho conversam e discutem, entre encontros e desencontros amorosos e combinações secretas.< Texto: sandra martins pereira

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> grandes dicas

por fernanda ramos

S ebolido ,

P enafiel

Baloiçar sobre o Douro na Serra da Boneca Baloiços de maiores ou menores dimensões no cume de serranias para aproveitar a beleza das paisagens não é proposta nova em Portugal. Sugerimos o baloiço construído no cimo da Serra da Boneca, no concelho de Penafiel, uma serra que apesar de próxima desta cidade e também do Porto, é desconhecida de muitos. Estendendo-se pelas freguesias de Canelas, Capela, Sebolido e Rio Mau,

a Serra da Boneca tem o seu ponto mais alto a pouco mais de 520 metros mas a verdade é que merece ser percorrida porque dela se conseguem observar belíssimas paisagens feitas de rios, ribeiros, cascatas e até alguns moinhos. Agora, para apreciar muita desta paisagem, principalmente a beleza que se abre sobre o Douro, existe no ponto mais alto da freguesia de Sebolido, um baloiço gigante, o

baloiço da boneca, assim lhe chamam, que permite apreciar, de uma forma diversa da habitual, as belíssimas paisagens do rio Douro e da aldeia de Sebolido que lhe fica também aos pés. O projeto deste baloiço gigante de madeira foi concebido por um grupo de jovens locais e até já existe um grupo no facebook onde os visitantes vão partilhando as fotos tiradas no local. <

Mais informações e partilha de fotos: www.facebook.com/groups/2113408668952832

M arv ã o

C astelo

Dormir em habitações com 2.000 anos de história Dormir em habitações invulgares, cujas raízes se perdem na Idade do Ferro, é o que propõe o CorkShack Marvão Ecolodges, onde cada unidade e alojamento resulta da reconstrução de antigas “choças” que serviram de morada aos habitantes há mais de 2.000 anos. Trata-se de pequenas casas redondas com paredes de granito, telhados cónicos feitos de vigas de madeira e revestidos a colmo, construídas em cima de rocha. Marvão é fértil neste tipo de construções e no CorkShack Marvão Ecolodges elas foram reconstruídas com recurso a materiais ecológicos e dotadas dos necessários confortos. Cada CorkShack tem 6,5m de diâmetro e uma área de 25m2, apresentando paredes exteriores totalmente revestidas de cortiça, material que é isolante térmico e acústico. Dotadas de telhado de palha natural, cada habitação inclui um terraço privado em madeira com vista para o Monte Roxo, onde se pode apanhar sol e fazer churrascos. Castanheira e Aveleira são os nomes das habitações equipadas com casa de banho, ar condicionado, pequena cozinha e churrasco. Wifi grátis, Bluetooth speaker, piscina sem cloro

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rodeada de árvores de fruto, livros e jogos, vinhos e petiscos, compõem a oferta numa unidade onde é seguida uma política amiga do ambiente, pelo que é proibido fumar. Nas imediações há muito para fazer: caminhadas, passeios a cavalo, de bicicleta ou jipe, observação de aves e muito mais. O alojamento obriga a uma estada mínima de três noites, com preços desde 85€ por noite. < Saiba mais em: www.corkshackmarvao.com Morada: Estrada da Casa Nova 9, Escusa, São Salvador da Aramenha, Marvão Tel.: 937 980 013

B ranco

Revisitar a obra de Cargaleiro

Se está por Castelo Branco, não deixe de visitar o Museu Cargaleiro, onde estão expostas mais de três centenas de obras que fazem uma retropetiva pela vida e obra do artista. Localizado no coração da Zona Histórica da cidade, nas imediações da Praça de Camões ou Praça Velha, como é conhecida, o Museu é constituído por dois edifícios contíguos, o Solar dos Cavaleiros, um palacete construído no séc.XVIII, e um edifício contemporâneo. Destaque para a exposição “Cargaleiro – Vida e Obra”, que se desenvolve em três núcleos distintos, designadamente, Núcleo Manuel Cargaleiro, Núcleo de Cerâmica e Núcleo de Cerâmica Contemporânea. Para além das áreas expositivas, o Museu conta com uma biblioteca de arte/ centro documental, loja e um pequeno anfiteatro ao ar livre, além da sala do serviço educativo. Está aberto de terça a domingo, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00 e a entrada custa 2€ (adultos). < Mais informações: www.fundacaomanuelcargaleiro.pt setembro de 2019


> conselhos ao viajante

A importância do seguro de viagem Acautelar os potenciais problemas que podem decorrer ao longo da sua viagem é o grande objetivo dos seguros de viagem, uma vertente cada vez mais importante no planeamento das suas férias. Descubra a importância destes seguros, que se equivalem a tranquilidade emocional.

realizar. Existem seguros específicos para férias de lazer, roteiros que envolvam desportos radicais, ou para viagens em família. É recorrer ao seu agente de viagens, que junto da seguradora ajustará o seu seguro às suas necessidades, garantindo a segurança de todos.

Saúde

C

ancelamentos, atrasos, problemas de saúde em viagem? São estes e tantos outros problemas que os seguros de viagem querem ajudar a resolver, ou minimizar. Hoje, há inúmeras empresas que oferecem seguros de viagens mais ou menos abrangentes, de valores maiores ou menores, com todo o tipo de cláusulas dedicadas às mais diferentes questões que se prendem com uma viagem. É possível obter um seguro que cubra o cancelamento de um voo na compra desse próprio voo, ou um seguro contra todos os riscos aquando do aluguer de uma viatura num qualquer rent-a-car. Mas, mais que isto, há seguros de viagens globais que acautelam uma panóplia de questões, incluindo também os problemas de saúde em férias. Antes da sua viagem é importante que se dedique à pesquisa até encontrar qual o seguro mais adequado.

setembro setembrode de2019 2019

Mas é mesmo necessário fazer um seguro para a sua viagem? Está na consciência de cada viajante analisar a viagem que idealiza fazer, de modo a perceber a premência, ou não, da compra de um ou outro seguro. Para que fique mais elucidado em relação a esta questão, partilhamos algumas razões pelas quais deve considerar um seguro específico para as suas necessidades de viagem.

Tranquilidade

O ponto mais importante é a tranquilidade emocional de que falávamos acima. Ao adquirir um seguro vai ter a certeza que se algo acontecer terá suporte e atendimento especializado. Recai aqui a importância de escolher o seguro que mais se adeque à sua viagem, para que se sinta protegido contra tudo o que poderá fugir ao seu controlo.

Flexibilidade

Cada vez mais os seguros de viagem são adaptáveis à viagem que pretende

Cada vez mais seguros cobrem assistência médica no estrangeiro, evitando que pague valores astronómicos em caso de internamento e garantindo uma maior facilidade na obtenção de medicamentos. Estes seguros garantem o transporte de ida e volta, bem como estadia de familiares no caso de ficar hospitalizado e carecer de acompanhamento familiar.

Quando não comprar É preciso analisar, a priori, a necessidade de adquirir um seguro. Encare a sua viagem como um investimento e pense o quão confortável se sentiria se perdesse o dinheiro investido. Se o valor gasto na viagem for relativamente baixo, a compra de um seguro pode apenas pesar no orçamento. Se “for para fora cá dentro” é possível dispensar o seguro de viagem. Informe-se se o seu cartão de crédito oferece garantias de cancelamento quando compra a viagem e, regra geral, é direito do passageiro ser reembolsado em caso de cancelamento/atraso/ bagagem perdida em viagens aéreas. É importante conhecer os seus direitos como passageiro aéreo. Por outro lado, se é detentor de um seguro de saúde, que cubra gastos de assistência médica no estrangeiro, abdique desta apólice quando viaja.<

Cancelamento

Há seguros que preveem situações como o atraso ou perda de ligação aérea, ou, por outro lado, quando é o próprio cliente a cancelar a viagem. Há apólices que permitem “cancelar por qualquer motivo”, úteis no caso de países sujeitos a ocorrências climáticas ou tensões políticas. Apólices menos restritas cobrem cancelamento da viagem antes do seu início por doença ou acidente, despedimento, entre outros.

Acessibilidade

Cada vez mais os seguros de viagem são acessíveis, principalmente por se adequarem com mais facilidade às necessidades e exigências de cada consumidor. O valor do seguro vai depender dos dias de viagem, das inclusões e coberturas subscritas, do tipo de seguro… Existem seguros para todos os bolsos. < Texto: Sofia Soares Carraca

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> agenda

EVENTOS E ESPETÁCULOS 13 a 15 de setembro

Festival Viver

14 e 15 de Setembro

Porto de Mós

Viver, sentir, gostar e promover Porto de Mós é o objetivo do Festival Viver, que em 2019 decorre no Arrimal, em pleno Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, fazendo da Lagoa Grande o seu palco principal. O festival, de entrada livre, é um evento cultural, desportivo e social num só, com atividades desportivas, ateliês, oficinas criativas, concertos, exposições e animação diversa.

14 a 21 de setembro

Revolution Hope Imagination Portugal

Assinada pelo Arte Institute, a RHI é uma iniciativa inovadora que pretende criar um diálogo entre a Arte e os Negócios, a Cultura e o Turismo e trazer essa discussão para Portugal através de uma semana de talks, workshops e espetáculos pelo país, reunindo curadores, programadores culturais e artistas vindos de várias partes do mundo. Este diálogo mundial passa por Lisboa, Torres Vedras, Caldas da Rainha, Óbidos, Guimarães, Leiria, Alcobaça, Évora, Vidigueira, Loulé e Funchal. É uma plataforma com 23 países envolvidos, numa semana de eventos em 12 cidades portuguesas, com 55 workshops, 65 talks e 20 shows nas áreas do teatro, literatura, dança, arte, design, arquitetura, cinema, audiovisual, educação e cidadania. Mais informações e booking em: www.rhi-think.com

21 de setembro

Dia do Porto de Leixões Leixões

A 11ª edição deste evento volta a abrir as portas do Porto de Leixões, com atividades para todas as idades. A grande novidade deste ano são as visitas a bordo da embarcação “Independência”, na qual os visitantes podem conhecer a área portuária e o dia a dia daquele que é um dos maiores portos da Península Ibérica. O programa conta ainda com exposições, animação para os mais novos (onde não faltam insufláveis), concertos, visitas e uma regata. As celebrações terminam às 19h00, com um sunset ao som do DJ Jorge Vieira, no terraço do terminal. <

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Wine & Music Valley

Música e gastronomia a celebrar os vinhos do Douro Nasce em 2019 o primeiro grande evento em Portugal totalmente inspirado no vinho. É uma ode aos vinhos do Douro, numa junção com a performance musical e gastronómica, que surge o Wine & Music Valley, que decorre numa enorme área aberta localizada sobre o Douro, uma paisagem idílica.

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Wine & Music Valley surge em 2019 como a conclusão de uma longa ideia que foi trabalhada ao longo de quatro anos, por três apaixonados pelo Rio Douro. Os promotores Edgar Gouveia, Manuel Osório e Pedro Ribeiro, com a ajuda de Roberta Medina, a líder da Better World, empresa responsável pelo Rock in Rio, idealizaram “um grande evento mundial, aliado a uma paisagem idílica como é a do Douro, a par com a grande música nacional e internacional”. É isto que se promete na grande estreia no Wine & Music Valley. Muita música, bons vinhos e uma vertente gastronómica que vai para além da comida. É o primeiro grande evento em Portugal que une estas três vertentes em medida de igualdade. A inspiração foi buscá-la ao vinho e ao Douro, a música e a gastronomia surgiram depois, num festival que quer ser abrangente e agradar a todos os públicos. O Wine & Music Valley vai decorrer em Lamego, mais concretamente em Carneiro, num recinto junto à margem esquerda do Rio Douro. Recinto que contará com três palcos, uma zona de Wine Experience que fará recurso da uva para além do vinho – como por exemplo para tratamentos de beleza –, food court, VIP Village e roda gigante, entre outras surpresas.

Cartaz 14 de setembro Douro Stage – Bryan Ferry | Mariza | António Zambujo | Salvador Sobral | DJ Vibe | Rui Vargas Wine Stage – The Black Mamba | OMIRI | Tainá | Serushiô 15 de setembro Douro Stage – Seu Jorge | Xutos & Pontapés | Wet Bed Gang | Carolina Deslandes Wine Stage – HMB | Fogo Fogo | Bang Bang Romance | Xinoni e Anna Prior Bilhetes Diário – 25€ Passe – 40€ Diário VIP – 60€ Passe VIP – 100€

É, primeiramente, um festival do vinho. Como tal, apresenta a Wine Village, um espaço dedicado aos vinhos da região, onde vão marcar presença cerca de 80 produtores. Estão confirmados vários nomes sonantes como CARM, Ramos Pinto, Porto Cruz, Quinta do Portal, Casa dos Varais, Adega de Favaios, Quinta da Barroca, Quinta do

Pessegueiro e Quinta da Serôdia. Na vertente da gastronomia, o Chef’s Stage coloca a comida no centro do entretenimento, com espetáculos protagonizados por chefs de renome, entre live show cookings e degustações. Por este palco vão passar os chefs Miguel Castro e Silva, Vítor Matos e Pedro Pena Bastos, a 14 de setembro, e Rui Paula, Tiago Bonito e Tiago Moutinho, a 15 de setembro. No Wine & Music Valley a música é presença assídua. Também o Chef’s Stage é embalado por sons e ritmos, com Fernando Alvim a ser responsável pela banda sonora no primeiro dia de festival e com o segundo a contar com uma performance-tertúlia, que vai ligar o vinho à música através das sonoridades do projeto Rua das Pretas. Este projeto vai estar também presente na VIP Village, um espaço que vai reunir música, enólogos e portadores de bilhete VIP num ambiente descontraído. Música é o que não falta no Wine & Music Valley. Assim, nomes de relevo nacional e internacional vão agraciar-nos com concertos, tanto no Wine Stage como no Douro Stage, com um cartaz que conta com Bryan Ferry, Xutos & Pontapés e HMB, com registos musicais que vão do rock aos blues, sem esquecer o soul e o folk. < Texto: Sofia Soares Carraca setembro de 2019


21 de setembro a 6 de outubro

EVENTOS E ESPETÁCULOS 27 a 29 de setembro

Festival das Ostras e Marisco Galway

É nesta cidade portuária da costa oeste da Irlanda que decorre anualmente o Galway International Oyster and Seafood Festival, um evento gourmet que decorre desde 1954, que o torna o festival de ostras mais antigo do mundo. Durante três dias há provas, showcookings, competições, música ao vivo e até um Baile de Máscaras, numa animação constante.

3 a 13 de outubro

Festa do Marisco O Grove

Oktoberfest

A grande festa da cerveja Aproxima-se a passos largos mais uma edição da maior feira popular do mundo. A 186ª edição da festa que é primeiramente uma ode à cerveja alemã, mas que se apresenta com um programa rico em que o convívio é o ingrediente principal. Enfim, Oktoberfests há muitas, mas é a da Munique a que mais importa, a original. Conheça-a mais ao pormenor no texto que se segue.

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Oktoberfest original começa com um desfile pelas ruas de Munique, no qual participam centenas de pessoas, que acompanham os patronos das tendas das cervejarias até à entrada do recinto. As celebrações decorrem num campo aberto em pleno centro de Munique, o Theresienwiese, mais conhecido simplesmente por Wiesn, que se tornou também o apelido desta Festa de Outubro. Após uma hora de desfile e da entrada no recinto, é na tenda Schottenhamel que é realizada a cerimónia de abertura. O presidente da Câmara de Munique faz o abrir simbólico do primeiro barril de cerveja da Oktoberfest e proclama “O’zapft is!”, ou seja “Está aberto!”. A primeira cerveja tirada deste primeiro barril é então servida ao primeiro-ministro do Estado da Baviera e as festividades estão, oficialmente, abertas. A 22 de setembro há o desfile em trajes típicos e atiradores, onde são exaltadas as tradições bávaras. A 24 de setembro e a 1 de outubro pode contar com Dias de Família, em que as atrações têm entradas mais baratas. A 26 de setembro há missa na tenda Hippodrom. A 29 de setembro há o concerto tradicional das bandas da Oktoberfest aos pés da estátua da Baviera. E no último dia, antes do encerramento final das tendas, há uma saudação final, com disparos, nos degraus do Monumento da Baviera. Para além de tudo isto, aquilo com que setembro de 2019

Local: Theresienwiese Horários Semana: das 10h30 às 23h30 Fim de semana: das 9h00 às 23h30 *A última cerveja é servida às 22h30 e a música acaba a essa hora Entrada livre no recinto e nas tendas Informações úteis • As tendas enchem rapidamente e fecham portas a novas entradas tão cedo quanto, por vezes, às 11h00; • Aconselha-se a que vá para o recinto cedo, tal como para a sua tenda de eleição; • É possível reservar lugares nas tendas, falando com os responsáveis de cada uma; • É possível consultar o quão cheias estão as tendas na app oficial da Oktoberfest (iOS e Android); • Não é permitida a permanência ou entrada de crianças, até aos 6 anos, nas tendas a partir das 20h00; • Todas as tendas da Oktoberfest são consideradas espaços não fumadores; • Os preços dos Maß, canecas com um litro de cerveja, encontram-se entre os 10,80€ e os 11,80€ em 2019.

sempre pode contar é com a presença das tendas das cervejarias. Em qualquer uma delas há música, muitas vezes com bandas a tocar ao vivo, comida em abundância e para todos os gostos (das salsichas alemãs a pratos vegan), animação constante e, claro, com muita cerveja de primeiríssima qualidade. Em 2019 existem 16 tendas grandes (que albergam até 11.000 pessoas) e 22 tendas pequenas. E não há duas que sejam iguais, cada uma com o seu chamariz, existindo até uma tenda dedicada aos vinhos. Há também a Oide Wiesn, a Antiga Wiesn, que surgiu como parte da celebração dos 200 anos da Oktoberfest em 2010, mas que veio para ficar. Neste espaço é possível conhecer, com atrações e tendas históricas, como era esta grande festa nos seus primórdios, levando-nos numa viagem que recua 200 anos na história. Convém ainda destacar o animado Parque de Diversões, aberto todos os dias, com atrações empolgantes, algumas centenárias e outras novidades deste ano. Há a maior montanha-russa móvel do mundo e a torre de queda-livre mais alta do mundo, um carrossel, uma roda gigante e tobogan, entre outros mais. < Texto: Sofia Soares Carraca

Na província da Pontevedra, na Galiza, decorre um evento que é uma ode ao marisco. A festa cultural e gastronómica, a realizar-se desde 1963, promove uma localidade que é, desde há muito, conhecida como o “Paraíso do Marisco”. Nestes dias há folclore, música, atividades para os mais novos, eventos desportivos, seminário e conferências e, claro, mercados de peixe e marisco onde não pode deixar de provar as especialidades locais, mexilhões e linguado.

11 a 20 de outubro

Festival das Luzes Berlim

O Festival das Luzes de Berlim é um dos maiores do mundo do seu género, transformando por completo a capital alemã num berço de luz. Contrastando com o breu com que a cidade se mostra à noite nos restantes dias do ano, durante este evento os maiores marcos de Berlim são re-imaginados com impressionantes instalações luminosas, que brilham entre as 19h00 e as 24h00.

30 de outubro a 3 de novembro

Paratissima Turim

Arte, mas para todos, é o princípio da Paratissima. Grandes artistas e galerias misturam-se com workshops para crianças e palestras, dentro do imenso espaço da Torino Esposizioni. Há artistas a mostrar os seus melhores trabalhos e outros que os acabam no momento, com a participação dos visitantes. É a arte viva, numa nova forma de a experienciar em todos os seus contextos, do plástico ao performativo. <

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> na montra

Uma passagem de ano com muitas opções As férias grandes de verão acabaram e começa já a contagem decrescente para a próxima temporada, que surge para muitos de nós no final do ano. Depois do Natal vem o réveillon, a desculpa perfeita para agarrar na família e em amigos e partir à descoberta de um novo destino, ou regressar aos clássicos que nesta época do ano atraem anualmente milhares de pessoas. Tudo isto sempre à mistura com o glamour e sofisticação próprios das festas de fim de ano. Em Portugal, o destino clássico de réveillon, a Madeira, está disponível em voo charter, numa viagem inesquecível que culmina com o espetáculo piroténico na baía do Funchal. Além fronteiras, sugerimos o incontornável Brasil, para fugir ao frio e ser abraçado pelo calor tropical. Ainda assim, opções para umas férias nesta altura do ano são muitas e diversas. Que tal Istambul? Dubai? Um cruzeiro pelas Caraíbas? Arrisque e desfrute de uma passagem de ano diferente. <

Touros

D E S D E

2.079€

Caraíbas

E D E S D

2.420€

P/pesso a/duplo 7 noit Tudo Incles uído Vila Gal é Partida Touros hhhh : 27 de de Lisbo dezembro a e Port Inclui: passa o gem em voo especial aérea direto com a H iF económ ly, classe ica, 20kg bagagem de , tr jantar/fesansfers, t réveillo a de n de Assis , taxas e segur o tência em modalidade Viagem B á s Operad or tur ico Sonhand ístico : (consul o te o seu ag

o P/pessoa/dupl Bahamas, Cruzeiro pelas Caimão e as Jamaica, Ilh o Méxic de dezembro Partida: 27 gem aérea, Inclui: passa mica, 23kg classe econó noite em ,1 de bagagem rdale em Fort Laude ites de no 7 , 4h em SA bordo do cruzeiro a , rdam em PC Nieuw Amste xas e Seguro ta , rs transfe VIP de viagens stico : rí tu Operador Lusanova ) (consulte o

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Istambul

E D E S D

665€ pl P/pessoa/du

Madeir a

D E S D E

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588€

4 noites APA tal Pera Hotel Occiden hhhh ul Istanb

P/pesso

a/duplo 4 noites AP Hotel D A om Madeira Pedro hhhh Partida : 29 de de de Lisbo zembro Inclui: passa a gem a em voo especial érea com a Lease F bagagem ly, 20kg de , transfe taxas e rs, Segu extra P ro global ortugal Operad or turís tico : S (consul oltrópico te

de dezembro Partida: 29 e Porto oa sb Li de gem aérea Inclui: passa Airlines, h is em voo Turk xas, seguro ta , rs transfe Multiviagens rístico : Operador tu vel Nortra viagens) (consulte o

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E S D D E

€ 5 5 3 . 1

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O pagamento deverá ser efectuado por cheque emitido à Sogae – Editora, Lda. ou por transferência bancária para: IBAN: PT50 0036 0447 9910 2478 735 26 Montepio Geral

setembro de 2019


D E S D E

180€ p/duplo

D E D E S D E S D E

725€

p/pessoa/duplo 4 noites Alojamento e pequeno-almoço Partida: 25/9 e 9,16,23/10 de Lisboa e Porto Inclui: passagem aérea em voo TAP ou Azores Airlines, circuito em autocarro de turismo, 8 refeições, visitas e entradas, taxas e seguro Viagens Portugal Operador turístico: Nortravel )

75€

o a/dupl p/pesso 1 noite APA hhh Hotel m é r a Sant de : até 31 Estadia ubro t ou de passeio Inclui: Rota dos “A barco iros” Avie

: ístico or tur d a r e Op ias agens) Solfégr vi ente de ua lte o se (Consu

viagens (consulte o seu agente de

Circuito São Miguel

Momentos a Bordo Segredos do Tejo

A proposta do operador turístico Nortravel é um circuito em Tudo Incluído, em que toda a viagem está pensada ao pormenor para momentos de diversão e conhecimento pela ilha açoriana de São Miguel. O circuito de cinco dias, que conta com acompanhamento de guia privativo em toda a sua duração, tem visitas às Setes Cidades, Furnas, Caldeira Velha, Lagoa do Fogo, Ponta Delgada, Nordeste, Povoação e Ribeira Quente, com entradas no Parque Terra Nostra, no Museu Carlos Machado – o mais antigo museu do Arquipélago dos Açores, que conserva, preserva e divulga o seu rico património – e na Caldeira Velha, onde poderá tomar banho em águas termais. É ainda de referir que uma das refeições incluídas no programa tem direito a animação, mostrando um pouco das tradições açorianas. <

“Momentos a Bordo” é o tema desta promoção da Solférias, que alia a estadia a um passeio de barco. Neste caso, ao alojamento em Santarém adiciona-se o idílico passeio de barco “A Rota dos Avieiros”, que inclui visitas guiadas às aldeias de Escaroupim e Palhota. É um passeio de duas horas e 30 minutos que dá a conhecer as paisagens idílicas do Ribatejo e a história das gentes vindas dos lados da Praia da Vieira, no século XIX, e que construíram, sobre estacas, as Aldeias Avieiras do Tejo. Entre Salvaterra de Magos, Valada do Ribatejo e o Cartaxo é possível conhecer estas aldeias às margens do rio. Neste passeio pelas águas do Tejo, por entre mouchões e uma imensa tranquilidade, navega-se até à Ilha dos Cavalos, do Amores, das Garças e dos Salgueiros. <

1 noite APA H2otel Co ng Medical Sp ress & a hhhh Estadia: at é 15 d dezembro e Inclui: um ja romântic ntar massagem o e uma relaxa “Side by Sid nte e” Agência d e viagens: Q’Viagem!

Romance em Unhais da Serra O programa “Feel the Romance” do H2otel permite uma escapadinha romântica de dois dias no ambiente acolhedor da Serra da Estrela, em Unhais da Serra. Para além do alojamento e do pequenoalmoço buffet inclui a massagem relaxante “Side by Side”, um jantar romântico servido no Alquimia, com oferta de sangria de espumante, livre acesso ao Aqualudic e lugar de estacionamento. O Aqualudic é o espaço que inclui ginásio, jacuzzis, piscinas interior e exterior hidrodinâmicas e Circuito Celta, com sauna, sauna com cromoterapia, duche 360°, banho turco e hammam. É de ressaltar que, se tiver a oportunidade de desfrutar deste programa ao longo da semana, de domingo a quinta-feira, terá upgrade de alojamento para uma suite com jacuzzi. <

400€

p/2 pessoas Sunset Apéro setembro de 2019 Chic

600€

o a/dupl p/pesso 3 noites APA Golf Enotel rra hhhh e S da o – Sant o utubr : 26 de o a id t r oa Pa de Lisb em área passag classe i: u l c In TAP em em voo mica, seguro ó n o ec iagens Multiv : iagens ia de v Agênc travel Bes

A serra madeirense O Enotel Golf situa-se entre o parque e o campo de golfe da localidade de Santo da Serra, numa belíssima oportunidade para desfrutar do ar puro e paisagens verdejantes da serra madeirense. É um hotel de charme pintado em tons de rosa escuro, que sofreu uma renovação total do espaço em 2003. Pelos diversos edifícios de dois pisos do hotel distribuem-se 68 confortáveis quartos, que são o alojamento ideal para os amantes do golfe, com o Santo da Serra Golf a localizar-se a 900 metros de distância, existindo um serviço de transporte gratuito à disposição. O Santo da Serra Golf é um campo de 27 buracos de Robert Trent Jones Senior, enquadrado numa belíssima paisagem natural e classificado entre os melhores campos do mundo. <

Relaxe no Day Retreat do The Yeatman O Day Retreat é uma fuga à rotina em forma de retiro, no Spa Vinothérapie Caudalie no The Yeatman. Disponível entre as 10h00 e as 16h00, permite desfrutar da área de bem-estar do Spa, incluindo uma massagem de 30 minutos e um “Sparkling Afternoon Tea” para colmatar a experiência, com uma taça de espumante português, acompanhada de uma seleção de canapés e mignardises, scones preparados ao momento e pastelaria de autor. O programa diário foi desenhado para aproveitar sozinho ou com um grupo de amigos. <

Um final de tarde romântico com o Sofitel O Sofitel Lisbon Liberdade propõe o Sunset Apéro Chic, disponível até 30 de setembro, com um passeio de duas horas em veleiro pelo Tejo, com champanhe e deliciosos aperitivos criados pelo chef Daniel Schlaipfer. O passeio em direção a Alfama permite observar a partir das águas o Padrão dos Descobrimentos, o MAAT e Museu da Eletricidade, o Palácio Nacional da Ajuda, a Basílica da Estrela e o Terreiro do Paço entre outros marcos da capital. A reserva desta experiência deve ser feita com 48 horas de antecedência: h1319-cr@sofitel.com. <

D E D E S

90€

p/ pessoa Day Retreat

207€ p/noite

Quarto duplo com pequenoalmoço

Aprenda a cozinhar no Santiago Hotel Cooking & Nature Este hotel, em Santiago do Cacém, tem no seu ADN o Alentejo, as culturas antigas, os sabores da terra e as heranças meridionais, a par com a paixão pelo contemporâneo, e quer partilhar tudo isto com quem o visita. As experiências de culinária da Santiago Cooking Academy decorrem ao longo da semana com diversas valências e de carácter gratuito. De segunda a domingo, até ao final do mês, há Bola da D. Manuela, Pizza Snack, Doces de Verão, Gaspacho, Monstro das Bolachas, Chá Gelado e Breaking Bread, todos eles a incluir workshop com provas e bebida. <

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