Ponta Delgada: Grandes Festas do Divino Espírito Santo 00059
P.V.P.
(CONT.)
Ano 5
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Nº 59
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5 607727
1€
Mensal
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Junho de 2019
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121589
Diretor : José Luís Elias
Ribatejo Lugar ímpar
>lá fora
>por cá
>ficar
>conselhos
O exotismo do Norte de África
o santo eleito do porto... e não só
Arte e natureza num só espaço
Como poupar nas férias
marrocos
festas de são joão
Dá Licença
ao viajante
> passageiro frequente
nota de abertura
Um mês de muitas festas
Viajar na fotografia
A poucos dias do início de mais um verão, de que até já tivemos algumas boas amostras, é inevitável pensar e falar em férias e, principalmente, em férias em lugares aprazíveis e refrescantes.
Trolltunga é um dos destinos mais curiosos da Noruega, talvez do Norte da Europa. Para chegar a este local idílico
é preciso percorrer um dos trilhos mais bonitos do mundo. Embora longo e íngreme, as vistas ao longo do caminho e o final são a recompensa perfeita ao esforço aplicado. Traduzindo para português Trolltunga é a “Língua do Troll”, e assemelha-se de facto a uma língua esticada sobre um precipício com 700m de altura, em relação ao Lago Ringedalsvatnet. É um local mágico e algo inexplicável, que proporciona fotografias ímpares a todos os que têm a coragem de percorrer mais de 20Km até lá chegar. <
É no Sul da Patagónia Chilena que surge o Parque Nacional Torres del Paine, considerado um dos mais
bonitos do país. É local dileto de amantes da natureza, de quem gosta de caminhar e respirar o ar puro e acampar sobre céus estrelados. Esta Reserva da Biosfera da UNESCO tem uma área aproximada de 242.000 hectares, onde é possível encontrar lagos, rios, cascatas, glaciares. Ali são mundialmente famosas as Torres del Paine e os Cuernos del Paine, que se veem nesta belíssima fotografia. Em torresdelpaine.com pode encontrar programas que incluem entrada e alojamento no parque, transferes, acompanhamento por guia e outras benesses. <
Stonehenge é uma estrutura impressionante, formada por círculos concêntricos de pedras que chegam aos
5m de altura. É uma paisagem pitoresca que foi sendo construída com o passar de milhões de anos e creditava a diversos povos da antiguidade. Esta “Dança dos Gigantes” está ligada a diversos mitos e lendas que ponderam a sua origem. Pensa-se que a finalidade de Stonehenge foi o uso simultâneo para observações astronómicas e a funções religiosas. Este santuário de pedras “suspensas” foi meticulosamente erguido e é no dia 21 de junho que o sol nasce em perfeita exatidão sob a pedra principal, deste que é Património Mundial da UNESCO, localizado em Inglaterra. <
Foi por isso que escolhemos para “Tema de Capa” o Ribatejo. Por terras ribatejanas passeou a nossa jornalista que descobriu paisagens ímpares dominadas pelo Tejo, uma natureza inebriante salpicada de cavalos e touros bravos, um legado patrimonial riquíssimo e uma gastronomia de fazer nascer “água na boca”. “Lá Fora” rumámos ao exotismo de Marrocos, país fascinante nas suas diferenças culturais, patrimoniais e gastronómicas. Da cidade vermelha e imperial de Marraquexe às praias de Saidia e Agadir, passando pelas históricas Arzila e Tânger, de tudo fomos descobrir para lhe contar.
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Passar um dia ao ar livre na Tapada Nacional de Mafra é uma experiência que lhe recomendamos nesta edição, onde lhe propomos também visitar cinco museus pouco comuns que habitam o nosso país e que por isso são pouco conhecidos. Na nossa rubrica “Ficar” sugerimos-lhe o Dá Licença, uma unidade que junta arte e natureza num só espaço, como titula a nossa jornalista. Já em “Gastronomia”, apresentamos-lhe o Salitre, um restaurante com serviço cinco estrelas, em plena baixa lisboeta. Porque junho é mês de santos populares, sugerimos que não deixe passar a quadra em branco: compre um manjerico, muna-se de um martelinho ou de um alho-porro e vá festejar, por exemplo, ao Porto, Braga ou a Évora. Verão é época de festejos mil e o destinos deixa-lhe também como sugestão uma ida aos Açores para viver as Grandes Festas do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada. Mais perto, em Tomar, sugerimos a tradicional Festa dos Tabuleiros e, em Pamplona (Espanha), a grande “fiesta” de San Fermín.
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Logo nas primeiras páginas do destinos pode ficar a par dos belos momentos que alguns dos nossos leitores passaram a bordo do navio Explorer of the Seas. Convidamo-lo a seguir-nos não só no Facebook mas também no Instagram em @jornaldestinos, onde o desafiamos a partilhar as fotos das suas férias com o hashtag #jornaldestinos. Todos os meses iremos publicar as que considerarmos melhores. Aproveitamos para desejar Boas Férias e Boas Viagens a todos os nossos leitores. <
José Luís Elias
ficha técnica Propriedade e editor: SOGAE Editora, Lda. NIPC: 504 651 757 Sede (administração, redação e publicidade): Rua da Cova da Moura, nº 2 – 2º esq. 1350 – 117 Lisboa Telefone: +351 213 929 640
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Depósito legal: 386 719/15 Estatuto Editorial publicado em www.turisver.com/ estatuto-editorial-do-jornal-destinos Tiragem: 12.000 exemplares Periodicidade: mensal (1ª quarta-feira) Distribuição: VASP Impressão: MX3 Artes Gráficas, Parq. Ind. Alto da Bela Vista, Pavilhão 50 - Sulim Parque, 2735-340 Agualva Cacém
Colaboradores: Fernanda Ramos, Fernando Borges, Luís Canto, Sandra Martins Pereira, Sofia Soares Carraca
junho de 2019
O levou leitores ao Explorer of the Seas
Foi no passado dia 28 de maio que o jornal destinos teve o prazer de acompanhar os contemplados do Passatempo “Vá com o destinos ao Explorer of the Seas”. O passatempo lançado pelo jornal, com o apoio da Royal Caribbean International, visava uma visita e almoço a bordo deste navio da companhia de cruzeiros norte-americana. O dia começou pelas 11h00 no novo Terminal de Cruzeiros do Porto de Lisboa. Após as formalidades de embarque, e de
belas vistas para Lisboa num dia que pareceu “de encomenda”, foi feita a visita às diversas áreas públicas de um navio com 311 metros de comprimento e 39 metros de largura. Foi uma manhã animada, na companhia de uma colaboradora da companhia de cruzeiros, que nos explicou como todos os minutos no navio decorrem e o que podemos encontrar nos seus decks interiores e exteriores. Foram percorridas zonas de piscina, bares, restaurantes, zonas de espetáculos, Spa e locais de animação,
como o Casino. Após ser admirada a beleza dos espaços públicos, recheados de obras de arte e locais atreitos ao relax e também ao convívio, muitos deles com design arrojado, a visita que nos fez percorrer alguns quilómetros por este navio que não sendo um dos maiores da frota da RCI é, ainda assim, grande, culminou com um almoço buffet, onde puderam ser degustadas as iguarias de diversas gastronomias mundiais, servidas diariamente a bordo. <
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> tema de capa
ribatejo Lugar ímpar Chegou a altura das férias de verão e se a sua família é daquelas que elege férias em contacto diário com a natureza, continue a ler estas páginas. Para esta edição partimos em busca da plenitude ribatejana, dos campos verdejantes, dos cavalos e touros bravos, de um legado histórico e cultural riquíssimo, numa região dominada pelo Tejo.
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Ribatejo proporciona o usufruto de praias fluviais, de desportos de natureza, de umas férias ativas ao ar livre, a que se junta uma gastronomia que nem carece de introduções e um conjunto de eventos estimulantes ao longo do ano, com principal incidência nesta época estival. É uma região com história, mas, acima de tudo, com muita tradição. Um “pedaço” ímpar do nosso Portugal. O tempo foi deixando por ali um rasto de castelos medievais, casa apalaçadas, bonitos templos religiosos e construções que nos deixam conhecer a história da região. História que, na realidade, remonta a tempos do neolítico, do calcolítico e da Idade do Ferro. Um pouco por todo o Ribatejo encontramos testemunhos do tempo e lugares que moldaram a alma lusitana, mas, para esta aventura, centrámo-nos em apenas três. O que procurávamos neste nosso roteiro por terras ribatejanas era o encontro com a mais pura natureza, com as fabulosas lezírias ribatejanas, a dominante borda-
d’água e a charneca. Os braços do Tejo, os touros bravos e cavalos lusitanos, o montado de sobro e os arrozais, era tudo isto que procurávamos e encontrámos em Benavente, Salvaterra de Magos e Almeirim.
Benavente: o campo ao pé da cidade Benavente é como o campo junto à cidade, bem perto de Lisboa. Um local de diversas referências rurais que marcam a sua junho de 2019
COMO IR
De Lisboa, deve percorrer a A1 e a A10 em direção a Benavente/Algarve e seguir pela saída para a N118 em direção a Benavente/Samora Correia/ Porto Alto. Do Porto as indicações são as mesmas, apenas diferindo no sentido em que se apanha a A1.
Onde ficar
Benavente Vila Hotel HHH Benavente Desde 60€ / noite benaventevilahotel.pt Casas do Falcoeiro Salvaterra de Magos Desde 65€ / noite casasdofalcoeiro-alojamento.pt
Casa de Besteiros – Agro-Turismo Almeirim Desde 75€ / noite casadebesteiros.pt
Onde comer
Santo Gula Benavente Gastronomia típica com requinte inovador Tel.: 263 948 003 | santogula.com O Escaroupim Salvaterra de Magos Comida tradicional em espaço com vista rio CISCO – Cozinha Tradicional Almeirim Cozinha regional com um toque de modernidade Tel.: 243 595 063 cisco-cozinhatradicional.negocio.site
identidade e lhe conferem grande importância a nível de património natural, com menção especial para a sua avifauna selvagem. A Vila de Benavente encontra-se num pequeno esporão do Rio Sorraia, com o Centro Histórico delimitado pelo rio a nascente e pela Lezíria dos Cavalos, a poente. Em forma de triângulo, o centro da vila tem como vértice superior o Cruzeiro do Calvário, mandado construir em 1644 em mármore de Estremoz. Está envolto por um adro, sobranceiro ao Sorraia, com vista despojada para a Zona Ribeirinha de Benavente e sobre a vasta lezíria. Nesta zona formou-se o Parque Ribeirinho, local onde anualmente decorre a Festa da Sardinha Assada [ver caixa]. Caminhando para sul desde o Cruzeiro, encontramos o edifício da Câmara Municipal, que data de 1875. Nesta Praça do Município surge um pelourinho em estilo manuelino, edificado aquando da atribuição do Foral Novo a Benavente, por D. Manuel I, em 1516. Mais à frente, a Igreja da Misericórdia com magníficos azulejos vindos do extinto Convento de Jenicó, e ainda a Igreja Matriz, no Parque 25 de Abril. junho de 2019
Passear pelo Tejo e as suas Aldeias Avieiras Foram gentes vindas dos lados da Praia da Vieira, no final do século XIX, que procuravam novo sustento e trocavam a faina do mar pela pesca do rio, que formaram sobre estacas as casas das Aldeias Avieiras do Tejo. Entre Salvaterra de Magos, Valada do Ribatejo e o Cartaxo é possível conhecer estas aldeias às margens do rio, através de aprazíveis passeios de barco pelas suas águas. É um reino de tranquilidade entre mouchões e as águas calmas, onde o silêncio reina. As folhas de salgueiros, freixos e choupos pintam de verde a paisagem, enquanto as garças, corvos marinhos, águias pesqueiras, íbis do Egito, lontras e cavalos de Puro Sangue Lusitano se passeiam em liberdade pela Ilha dos Cavalos, um dos mouchões que parece flutuar ao sabor das marés. Percorrem as águas pequenas embarcações coloridas em madeira, desta que é terra de pescadores. As Aldeias Avieiras foram construídas sobre estacas, de modo a não serem
Entre as duas igrejas encontra-se o Museu Municipal, um palacete do século XVIII. É um museu do território, com coleções relativas à alfaia agrícola. O Museu Municipal conta ainda com o Núcleo Agrícola, o antigo Matadouro Municipal, mantendo as suas linhas arquitetónicas originais. Criado em 2000, este núcleo apresenta uma exposição sobre a vivência rural e tradicional da região. Ao redor da vila encontramos terrenos que pertencem a criadores do Cavalo Lusitano, sendo esta uma importante zona de coudelarias e ganadarias. Os sons da água estão sempre presentes, com os valados (diques) que protegem as terras das cheias, com o canal que rega o ciclo do Arroz Carolino das Lezírias Ribatejanas. Em percursos pedestres que desbravam a natureza é possível encontrar perdizes, coelhos bravos, texugos, lontras, javalis, raposas, cegonhas, águias de asa redonda, patos bravos, garças e flamingos.
invadidas pelas águas do rio. Tal como as embarcações, são casas em madeira, pintadas de cores vivas. A Palhota é uma destas aldeias, a escolhida por Alves Redol para escrever o seu romance “Avieiros”, e por Ricardo Costa para filmar o seu documentário de mesmo nome, em 1975. A casa que serviu de refúgio a Alves Redol é agora uma Casa-Museu, que pretende preservar a memória coletiva dos pescadores que ali se fixaram. Do outro lado do rio encontra-se Escaroupim, uma memória viva do património cultural. É dali que partem suaves os catamarãs, com capacidade para 12 ou 18 passageiros, para os Cruzeiros no Tejo da Promartur. Navega-se até às Ilhas dos Cavalos, dos Amores, das Garças e dos Salgueiros. Observam-se as aves e os peixes que saltam no rio. Segue-se por canais por entre verdadeiras maravilhas da natureza e continua-se por terra pela Rota de Escaroupim e da Cultura Avieira. Estes passeios estão disponíveis a qualquer dia da semana mediante marcação, para um mínimo de duas pessoas. < Mais informações: promartur.pt
Shop onde é possível comprar os vinhos da Companhia das Lezírias e visitar a adega e 130 hectares de vinha branca e tinta. Para além da fausta natureza com que nos podemos deleitar na Companhia das Lezírias, é preciso destacar também a Reserva Natural do Estuário do Tejo. O estuário do Rio Tejo é a maior
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zona húmida do país e uma das mais importantes da Europa. É zona de extrema riqueza natural, tanto a nível de fauna como de flora. Tem uma área com mais de 14.000 hectares, que inclui uma extensa superfície de águas, campos, mouchões, sapais, salinas e terrenos aluvionares agrícolas.
A fantástica Companhia das Lezírias Foi nestas terras cheias de vida que, há mais de 170 anos, foi criada a Companhia das Lezírias, dividia entre os concelhos de Benavente, Vila Franca de Xira e Salvaterra de Magos. São 20.000 hectares de património histórico e natural da região, que se fazem numa visita idílica para qualquer amante da natureza, do ar puro que se respira no campo. Na área mais descampada encontra-se o EVOA – Espaço de Visitação e Observação de Aves. Este santuário ideal para o birdwatching, alberga mais de 12.000 aves de 200 espécies, que aqui nidificam. A Companhia das Lezírias é dona de uma coudelaria de elegantes Cavalos Puro Sangue Lusitano e do restaurante A Coudelaria, onde se pode degustar aquilo que de melhor a região oferece, com destaque para o cozido de carnes bravas à ribatejana de domingo, com uma lista de espera de semanas para conseguir reservar mesa. Apresenta, ainda, a Wine
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30 MAGNÍFICOS TOIROS A Comissão SA`19 não se responsabiliza por quaisquer incidentes que ocorram durante os festejos.
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> tema de capa
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A herança real de Salvaterra Seguimos caminho contra a corrente do Tejo, em direção a Salvaterra de Magos. Acabamos por encontrar uma vila pacata, mas com ares de realeza, tendo sido um dos locais favoritos da corte portuguesa. Existiu, em tempos, um palácio com
belíssimos jardins, um teatro de ópera e uma arena de touros. Perdura até aos nossos dia a Falcoaria Real, única existente em Portugal, que mostra que aqueles nobres viajantes eram atraídos à região pelas grandiosas caçadas que ali se organizavam. A Falcoaria Real, que data do séc. XVIII,
Reza a história que os guardiões, BESTEIROS, guardas e acompanhantes do rei D. Manuel, nas suas deslocações ao Paço da Ribeira de Muge e nas caçadas pela Charneca Ribatejana, acampavam na w w w. c a s a d e b e s t e i r o s . p t área onde nos situamos, a Quinta da Variorum. A Casa de Besteiros, Agro-turismo, situa-se no Arneiro da Volta, Almeirim, e faz parte da Quinta da Variorum. A Casa de Besteiros, mantém uma arquitectura Ribatejana, com alpendradas de arcos de volta inteira, beirais bem prolongados e as características cores, levam os proprietários a afirmar, sem hesitações, que se trata de um “Palacete” em plena Charneca Ribatejana, pronta a receber, quem privilegia, a qualidade com conforto, o contacto com a natureza e as actividades agrícolas. A Casa de Besteiros conta com: 11 quartos/suites, com uma decoração clássica a pensar no bem estar dos hóspedes, dispôe ainda de: sala de jogos, no interior da Casa; campos de jogos; caminhadas; piscina exterior de água salgada; zona de convívio com área de grelhados, wc e bar de apoio, é sem dúvida o local ideal para umas férias em família e amigos. (0351) 243 595 474 (0351) 917 526 010 agroturismo@casadebesteiros.pt Quinta da Variorum Estrada do Arneiro da Volta 2080-704 Almeirim | Portugal
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Benavente, terra de amizade e sardinha Benavente é considerada a “Capital da Amizade” e, como tal, de 27 a 29 de junho organiza uma festa que tem para oferecer a todos os forasteiros que a visitem 5.000kg de sardinha, 10.000kg de pão e 5.000 litros de vinho. Pode contar com picaria à vara larga, largada de touros, condução de jogo de cabrestos, tasquinhas de comes e bebes, animação de rua, e concertos à noite, com Quim Barreiros a figurar no cartaz. O último dia é o mais esperado, com dezenas de assadores de brasa espalhados pelas ruas da vila, prontos para assar as sardinhas, numa festa de amizade que se comemora há mais de meio século. < reabriu as suas portas em 2009, com a UNESCO a classificá-la como Património Cultural Imaterial da Humanidade, a 1 de dezembro de 2016. A falcoaria consiste na utilização de aves de presas treinadas para a caça de animais selvagens no seu ambiente natural. Em Portugal, é uma
modalidade de caça praticada desde o século XII, assinalada no território desde a fundação da nacionalidade. Hoje, numa visita à Falcoaria Real pode inteirar-se sobre o quotidiano destas aves. Outrora utilizadas pelos monarcas portugueses nas suas pomposas caçadas reais, são 30 as espécies que residem em permanência na Falcoaria, como o gerifalte, o sacre, o peregrino, a águia-real, o açor e o gavião. Aguarde a hora de treino e assista a demonstrações de voo em liberdade, onde estas aves mostram toda a sua perícia. Através de peças multimédia poderá explorar conteúdos que dão a conhecer melhor estas aves de presas. Durante a visita é possível descobrir o mundo da falcoaria em toda a sua história, desde o neolítico até aos dias que correm. A exposição permanente A Arte da Falcoaria fala também da história da Vila de Salvaterra e da sua importância na realização das caçadas reais. A Falcoaria Real situa-se bem no centro da vila, que dos tempos de esplendor preserva ainda a Capela Real. Vale também a pena conhecer a Igreja Paroquial de São Paulo, de 1296, a Igreja da Misericórdia, a Fonte do Arneiro, a grandiosa Ponte Ferroviária Rainha Dona Amélia, o segundo projeto junho de 2019
O que comer A gastronomia ribatejana é de “comer e chorar por mais”. As grandes herdades dão origem a carnes puras, servidas com muito sabor, a par com açordas e migas. Há cozido de carnes bravas, migas com entrecosto, e do rio a açorda de sável e tantas outras delícias. Para os “finalmente” há sempre doces típicos deliciosos, como delícias de batata, os barretes e o mais perfeito arroz doce, confecionado com o Arroz Carolino das Lezírias Ribatejanas. <
de Gustave Eiffel, e a Praça de Touros de Salvaterra de Magos, uma das praças que mais espetáculos tauromáquicos apresenta ao longo do ano.
Almeirim, a terra das delícias Ainda na margem esquerda do Tejo vamos ao encontro de Almeirim, mais um local de origem muito antiga, habitado desde a pré-história. Contudo, foi no século XVI que Almeirim caiu nas graças da corte portuguesa, que a elegeu como um dos seus locais preferidos de veraneio. Nos seus bergantins subiam o Tejo até encontrar
este paraíso rural. Destas terras conhecese o tomate e o melão que nos chegam à mesa, bem como os vinhos tintos maduros que as vinhas locais produzem. É, aliás, impossível pensar em Almeirim sem a mente viajar de imediato para um paraíso gastronómico de onde não apetece sair. Há as “caralhotas” – deliciosas bolas de pão caseiro cozidas em forno de lenha –, os doces coscorões e massa à Barrão com bacalhau. Há, indiscutivelmente, a mais genuína Sopa da Pedra, que tal como tantas tradições regionais, tem direito a lenda associada. Diz-se que esta maravilhosa iguaria foi inventada por um frade em peditório, que se apresentava nas casas da localidade com uma pedra e demonstrava que com ela se podia fazer um excelente caldo para
ROTA DO ESCAROUPIM E DA CULTURA AVIEIRA
PRAIA
LUA DE MEL
CIDADES
CIRCUITOS
CRUZEIROS
ESCAPADELAS
matar a fome. Primeiro pedia um tacho, depois a água para ferver a pedra. Com o pasmo dos presentes ia pedindo mais um e mais outro ingrediente e depois do sal, do chouriço, do feijão, da batata surgia esta sopa substancial que iludia as gentes locais. Ainda assim, Almeirim é mais que ótimos ingredientes e aprimoradas receitas. Foi local de eleição de Gil Vicente para apresentar algumas das suas farsas, comédias e autos, e onde Garcia de Resende começou a imprimir o “Cancioneiro Geral”. Nesta que era conhecida como “Sintra de Inverno” é possível admirar a Ermida de Nossa Senhora do Calvário, a Igreja Matriz de São João Baptista e o Jardim da República. Fora do centro é ainda
possível admirar o Pórtico de Paço dos Negros, mandado construir por D. Manuel I. Para conhecer um pouco melhor a história local é apontar caminho ao Museu Municipal de Almeirim, um espaço de cultura e tradição que nos mostra a história de um povo. E, claro, há que conhecer a Praça de Touros, estando nós numa região de vincada cultura tauromáquica. Inaugurada em 1938 foi reconstruída em 1954 e abriu novamente portas no passado dia 1 de maio, como Arena de Almeirim. A renovação permitiu que agora o espaço acolha diversos espetáculos, conte com lojas de comércio local e um posto de turismo. < Texto: Sofia Soares Carraca
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> notícias
Civitavecchia Express facilita visita a Roma
Três novas rotas desde Lisboa com a Ryanair
O novo Civitacchia Express, em funcionamento desde abril, liga o Porto de Civitavecchia – um dos portos mais importantes de Itália, onde atracam inúmeros navios nos seus itinerários pelo Mediterrâneo – diretamente ao coração de Roma. Todas as manhãs partem dois comboios de Civitavecchia (às 9h35 de segunda a sábado e às 8h30 aos domingos e feriados e às 10h15 diariamente) para a estação Roma Ostiense, perto do Coliseu, com uma paragem intermédia na estação de Roma São Pedro, a poucos passos da Cidade do Vaticano, em viagens que duram 40 minutos. O regresso é feito às 15h37 e 16h30. O bilhete de ida e volta custa 15€ por adulto, com as crianças até aos 11 anos a viajar gratuitamente, quando acompanhadas por um adulto (máximo de uma criança por adulto). <
A Ryanair anunciou três novas rotas a partir do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, para Málaga, Sevilha e Valência. A partir de outubro de 2019 cada uma destas cidades espanholas fica ligada à capital portuguesa três vezes por semana, com a companhia aérea low-cost. Os viajantes portugueses podem, então, reservar férias em 30 rotas a partir de Lisboa com lugares disponíveis até março de 2020. <
ViMuseo.com: onde se reúnem milhares de museus A ViMuseo.com mostra-nos 20.000 museus de 44 países da Europa e perto de 30.000 museus localizados nos Estados Unidos da América. A plataforma foi pensada para todos aqueles que gostam de visitar museus e exposições, reunindo-os sob o mesmo endereço. O objetivo desta plataforma é agrupar os museus e exposições do mundo de modo a dar a oportunidade a cada um deles de se apresentar a quem os quer visitar de forma user friendly, com toda a informação necessária auxiliada por fotografias do espaço. Através da ViMuseo.com é possível inserir a sua localização geográfica e preferências (por exemplo: arte, tecnologia, natureza) e será feita uma seleção dos espaços museológicos que serão mais adequados para a sua visita. Os visitantes e utilizadores da plataforma têm, também, a possibilidade de interagir entre si e trocar dicas e conselhos, avaliar os espaços e marcar favoritos. <
Já regressou o My Emirates Pass No verão 2019, os passageiros Emirates podem ter acesso ao melhor que o Dubai tem para oferecer por menos, com o regresso do My Emirates Pass. Esta oferta transforma o cartão de embarque da Emirates num cartão exclusivo que garante benefícios especiais. Se voar com a Emirates de/para o Dubai até 31 de agosto pode aproveitar o My Emirates Pass, em qualquer um dos seus pontos de aceitação, mostrando apenas o cartão de embarque e uma forma de
identificação válida. O passe exclusivo oferece até 50% de desconto em mais de 400 restaurantes de topo, tratamentos em quase 50 Spa e atividade de lazer, como ski indoor e parque aquáticos. Com o My Emirates Pass pode ainda aproveitar e ter até 30% de desconto em lojas, incluindo marcas de moda e desporto. O passe coloca a crescente lista de atrações e experiências a ser vivida no Dubai ao alcance dos passageiros Emirates. <
Conhecer Vizela através de Realidade Aumentada
O Município de Vizela lançou uma aplicação móvel que permite fazer uma visita pela cidade totalmente guiada por Realidade Aumentada. Com a App Avicella é possível marcar encontro com figuras históricas e tradições locais nos pontos de interesse turístico do concelho. Através de percursos pedonais ou de
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carro o utilizador é guiado pela mascote Avicella – palavra que significa pequena ave em latim e que veio a dar nome à localidade – que leva até aos pontos emblemáticos como o Centro Histórico, a ponte romana, as termas, a Capela de Nossa Senhora da Tocha, Tagilde e São Bento das Peras.
O utilizador tem de apontar o smartphone ou tablet para o local e colocar os auriculares para dar início a uma viagem ao passado. Nos ecrãs aparecem situações de Realidade Aumentada protagonizadas por figuras como Camilo Castelo Branco, o médico hidrologista Abílio Torres ou Joaquina Pedrosa da Silva, criadora do doce mais conhecido de Vizela, o bolinhol. Na experiência digital as personagens a 3D interagem com o visitante. A App Avicella pode ser descarregada gratuitamente na App Store ou Google Play. Esta aplicação de circuito turístico urbano proporciona 16 experiências distintas em português e em inglês, com um sistema misto de marcadores e orientação georreferenciada. <
Lezíria do Tejo tem novo guia de percursos pedestres O guia Rede de Percursos Pedestres da Lezíria do Tejo conta com 11 itinerários devidamente sinalizados com marcas registadas pela Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal. Compõem uma rede de cerca de 100 quilómetros, onde é possível conhecer e desfrutar dos encantos naturais da Lezíria. Este é o primeiro produto de natureza estruturado no território, que permite aos caminhantes percorrer os trajetos de forma segura e orientada, para além de assinalar os recursos naturais a observar e os possíveis obstáculos. Está disponível nos postos de turismo do Ribatejo em formato papel, e em www.visitribatejo.pt. < junho de 2019
> selo de garantia
AS MELHORES SUGESTÕES AO MELHOR PREÇO/QUALIDADE “Selo de Garantia” é uma rubrica de conselhos da redação que versa sobre os mais diversos produtos. De pacotes de viagens a unidades hoteleiras, de vinhos a espetáculos, de parques temáticos a museus e exposições, as nossas sugestões têm sempre em atenção a boa relação entre o preço e a qualidade do que é oferecido. Ou seja, se figura no “Selo de Garantia” é porque vale a pena ir e experimentar.
Sobre as águas do Reno Fazer um cruzeiro fluvial no Reno é sempre uma agradável experiência, pela paisagem de que se desfruta pelas românticas cidades por onde se passa. Neste caso, a nossa proposta vai para o Grande Cruzeiro pelo Reno, do operador turístico Sonhando, a bordo do navio A-ROSA AQUA, de 4*Plus. Com partidas de 22 de junho a 31 de
agosto, o cruzeiro sai de Amesterdão, na Holanda, onde há uma visita de cidade e a possibilidade de visitar o Bairro da Luz Vermelha e passear pelos canais, e chegada a Basileia (Suíça). Entre os dois portos, o itinerário passa pelas cidades alemãs de Colónia, Koblenz, com visita ao rochedo de Loreley, Mannheim, Rudesheim, Estrasburgo e Breisach. Em
todas as cidades, à exceção do porto de chegada, estão previstas visitas panorâmicas. O preço inclui passagens aéreas em voos TAP, cruzeiro em Pensão Completa Plus, bagageiros, assistência a bordo, visitas em espanhol, taxas e seguro de assistência em viagem. Não inclui taxas locais nem gorjetas. <
Arnold Newman Portrait of artist Pablo Picasso Vallauris, France June 2nd, 1954 Arnold Newman Collection © Succession Picasso 2019
Pablo Picasso no Porto
Desde: 1.263€
P/ Pessoa 8 dias/7noites Inclui voos
porto A casa de vinho do Porto Taylor’s uniu--se ao Museu da Misericórdia Adultos: 10€ do Porto para trazer Até 12 anos: grátis uma exposição inédita 12-17 anos: 5€ de 100 gravuras desenhadas por Pablo Picasso, entre 1930 e 1937. Patente até 11 de setembro, no Palácio das Artes, no Porto, a exposição “Pablo Picasso. Suite Vollard.”, é uma oportunidade rara de conhecer a coleção completa de gravuras do artista espanhol, que apenas alguns museus do mundo detêm, nomeadamente o National Gallery em Washington, o British Museum em Londres, o MOMA em Nova Iorque e o Museu Nacional de Pablo Picasso em Paris. No final da visita, como parte integrante da experiência e incluído no bilhete, a Taylor’s convida os visitantes adultos a provar um cálice de vinho do Porto no espaço Taylor’s Lounge, adjacente às salas da exposição. < Mais informações e bilhetes em: www.pablopicassoporto.com.
Adultos: 4,11€ 7-12 anos: 2,06€ 3 horas
partida de
Mais informações em: www.sonhando.pt
Revisitar o Tejo no Varino “O Boa Viagem” A partir deste mês já pode realizar passeios no Tejo no Varino “O Boa Viagem”, à partida do Cais da Moita, seja de três horas, seja de dia inteiro. Em qualquer dos casos, além de uma perspetiva diferente no que toca à paisagem e da observação de aves, a bordo há histórias e estórias que se contam, uma “aula viva” sobre os barcos típicos do Tejo, pelo mestre do varino. Embora os itinerários dependam das marés, o passeio de três horas permite, por exemplo, passar pela Base Aérea do Montijo, Rosário, Alhos Vedros, Baixa da Banheira, Esteiro Furado ou Sarilhos Pequenos. Já o passeio de dia inteiro irá até à Ilha do Rato ou ao Parque das Nações, Póvoa de Santa Iria (visita ao Museu), Seixal, Porto Brandão, Trafaria, Alcântara e Santa Apolónia, dependendo do dia. Neste caso, os preços são de 6,83€ (adulto) e 3,42€ (dos 7 aos 12 anos) Os bilhetes podem ser adquiridos no Posto de Turismo (Rua Machado Santos, na Moita) ou reservados através do telefone 210852340. Horários em www.cm-moita.pt Contactos: Tel: 21 280 67 15 | Tlm: 912 214 692
Amesterdão, Holanda
Estrear um hotel no centro de Elvas
Elvas
88€
P/ noite Quarto duplo C/ pequenoalmoço
Abriu portas dia 31 de maio, fica em pleno centro histórico da cidade de Elvas e em dias claros a imensidão da planície alentejana parece estender-se até Badajoz, do outro lado da fronteira. Falamos do Vila Galé Collection Elvas, um hotel de charme que nasceu da reconversão de um convento centenário, o Convento de São Paulo. Um hotel que também é temático, sendo dedicado às fortificações portuguesas espalhadas por África, Ásia e América do Sul, um tema que lhe assenta que nem uma luva ou não ficasse dentro das muralhas de Elvas. Com 79 quartos, spa Satsanga com piscina interior, piscina exterior, salão de eventos e área de jardim exterior, dois restaurantes com oferta gastronómica diferenciada, bar e biblioteca, além de salas de reuniões, esta unidade, de 4*, integra o conceito Collection, que se distingue pelo serviço de qualidade. < Mais informações: vilagale.com.pt | elvas@vilagale.com Reservas: elvas.reservas@vilagale.com
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> cultura
Cinco museus pouco comuns para visitar em Portugal porto
Museu do Centro Hospitalar do Porto, Museu de Aguarela Roque Gameiro, Museu Nacional Ferroviário, Museu da Saúde e Centro Internacional de Artes José de Guimarães são as cinco unidades museológicas que integraram recentemente a Rede de Museus em Portugal. O Despacho n.º 3468/2019 – Diário da república n.º 62/2019, Série II de 28 de Março de 2019 aprova a credenciação dos mesmos e coloca-os entre os 151 museus que integram esta rede. Se é como nós e gosta de conhecer novas realidades, aproveite e faça um pequeno roteiro, que o levará ao Porto, a Minde, ao Entroncamento, a Lisboa e a Guimarães. Não são pólos museológicos muito comuns, mas que retratam a história hospitalar e ferroviária, passando pela arte da Aguarela. Garantimos que valem a pena uma visita sua e nós deixamos aqui um bocadinho do que poderá encontrar. < Texto: sandra martins pereira
M inde
Museu de Aguarela Roque Gameiro
Museu do Centro Hospitalar do Porto É no Largo Professor Abel Salazar, no Porto, que encontramos este museu, cuja missão é celebrar a memória da instituição e da medicina. São milhares de artefactos que remontam ao início do século XX até aos anos 90 e que contam a história da instituição e da medicina. Este é pois o resultado da colaboração de muitos
profissionais de saúde que têm protegido os instrumentos, objetos, documentação e outros materiais que hoje podem ser observados pelos visitantes. Inaugurado a 1 de outubro de 2013 no Centro Hospitalar do Porto, neste museu pode visitar a Botica do Hospital Real de Santo António e ainda a Farmácia do Hospital Joaquim Urbano, entre outras peças. <
Largo Professor Abel Salazar | Porto 220 900 628 www.museu.chporto.pt museudochp@chporto.min-saude.pt Horário: De segunda a sextafeira: 10h00 - 18h00; Encerra ao sábado, domingo e feriados
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Fica situado em Minde, este que é o único museu de Portugal dedicado na íntegra à aguarela e à obra do aguarelista Alfredo Roque Gameiro. É na Casa dos Açores, um edifício datado do século XX, ligado à família do pintor, que foi instalado o Museu de Aguarela dedicado ao artista, à prática e ao estudo dessa disciplina artística. Inaugurado em 2009, o Museu contém no seu espólio desenhos e aguarelas, o que implica alguma rotatividade das peças expostas (de 4 em 4 meses), pelo que os visitantes podem sempre encontrar algo novo na próxima visita ao espaço. São pelo menos 150 as obras de aguarelas e desenhos do pintor, mas também dos seus familiares diretos, assim como de alguns seus amigos como Abel Manta, António Tagarro, Alfredo Morais e Columbano Bordalo Pinheiro. Ali poderá ainda ficar a conhecer todas as ilustrações de “As pupilas do Senhor Reitor” pertença da coleção do Centro
de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian. O museu desenvolve um conjunto de atividades mensais e periódicas. <
Centro Internacional de Artes José de Guimarães Foi inaugurado em 2012, no âmbito de Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura, e é dedicado à arte contemporânea e às relações entre esta e artes de outras épocas. São três as coleções que podemos ver no Centro Internacional de Artes José de Guimarães: Arte Africana, Arte Pré-Colombiana e Arte Chinesa Antiga. Obras que o artista vem reunindo há mais de cinco décadas – da sua autoria, mas também de outros artistas contemporâneos – e também objectos do património popular, religioso e arqueológico. Entre 29 de junho e 6 de outubro tem início o 2.º Ciclo Expositivo 2019, com “Geometria Sónica”. Francisco Janes, Francisco Queimadela e Mariana Caló, Jonathan Uliel Saldanha, Laetitia Morais, Manon Harrois, Miguel Leal, Mike Cooter, Pedro Tropa, Pedro Tudela, Ricardo Jacinto, Sara Bichão e Tomás Cunha Ferreira, são os criadores, cujas obras e pesquisas incorporam o som como material ou como estrutura conceptual. < junho de 2019
Museu Nacional Ferroviário
Rua Eng. Ferreira de Mesquita Nº1 A Complexo Ferroviário do Entroncamento +351 249 130 382 museu@fmnf.pt www.fmnf.pt Horários: De terça-feira a domingo: 10h00 – 18h00
Largo Justino Guedes nº 2 Minde 249 841 292 249 840 022 museuaguarela@caorg.pt www.caorg.pt Horário: De terça-feira a domingo, das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h00
Foi inaugurado a 18 de maio de 2015, o Museu Nacional Ferroviário, no Entroncamento. Um espaço de vivência coletiva, diálogo e partilha de saberes que reúne mais de 36.000 objetos de grandes e pequenas dimensões. Localizado no Complexo Ferroviário do Entroncamento, numa área de 4,5 hectares que comporta 19 linhas ferroviárias, o museu tem a sua entrada no Armazém de Víveres, onde se encontra a bilheteira, a loja e a cafetaria e o início da exposição permanente e sala de exposições temporárias. Na Rotunda de Locomotivas encontra-se a exposição de locomotivas a vapor. E ainda as Oficinas do Vapor, onde continua a exposição permanente e mostra o primeiro comboio guardado para o museu: o Comboio Real. Alberga ainda a coleção de material circulante, na qual se inclui o Comboio Presidencial. São 160 anos de história, desde os primórdios da locomotiva a vapor até ao transporte ferroviário do futuro. O Museu Nacional Ferroviário conta ainda com vários núcleos museológicos espalhados pelo país de norte a sul. <
Pedro Sadio / Museu da Saúde
E ntroncamento lisboa
Museu da Saúde
A partir de 2017, o Museu da Saúde, instalou-se no edifício afeto ao Serviço de Neurocirurgia do Hospital de Santo António dos Capuchos, em Lisboa, constituindo assim o maior e mais importante conjunto do património da medicina e saúde de Portugal. “800 Anos de Saúde em Portugal” é o nome da exposição permanente que durante este ano poderá ser visitada. Esta é uma mostra que “esboça um panorama cronológico e compreensivo da história da saúde em Portugal, desde a fundação da nacionalidade até à atualidade, dando a conhecer perto de 400 peças, provenientes das coleções do Museu da Saúde e dos acervos, ligados à saúde, de várias instituições parceiras: o Centro Hospitalar de Lisboa Central, o Museu de História Natural e da Ciência e o Museu Egas Moniz, ambos da Universidade de Lisboa, a Cruz Vermelha Portuguesa e o Centro de Medicina Laboratorial Germano de Sousa”, pode ler-se no folheto de apresentação da mesma. < Alameda de Santo António dos Capuchos | Lisboa 217 508 159 / 217 526 479 museudasaude@insa.min-saude.pt museudasaude.inwebonline.net Horários: De segunda a sexta, das 10h00 às 17h00
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São João celebra-se no Porto, mas não só…
Em mês de Santos Populares, Portugal vive de norte a sul esta tradição, que arrasta multidões até às ruas para festejarem o que de mais genuíno existe. Depois de Lisboa celebrar o Santo António, com as suas marchas e bailaricos, o Porto é a cidade que se segue, para, na véspera do dia 24 de junho, comemorar o São João.
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E
ste ano, à semelhança de todos os outros, a festa promete e pela avenida dos Aliados, bem no centro da cidade nortenha, passarão nomes como Jorge Palma, Marta Pereira da Costa, Gospel Collective, Bezegol, João Gil, Ala dos Namorados, Ana Bacalhau, Carlão, João Pedro Pais e Tim. A animação é uma constante nesta noite onde não faltam ainda as cascatas, pequenas construções em barro que retratam a sociedade rural espalhada pelos
São João também se festeja noutras regiões
As rusgas e arruadas, os bailes e arraiais que vão desde a Ribeira, passando por vários pontos da cidade fazem ainda parte da animação noturna. E o fogo de artifício promete colorir os céus da cidade Invicta e dar luz aos festejos que se multiplicam pelos dez palcos instalados e preparados para receber os inúmeros concertos. Estão previstos quase 20 minutos de espetáculo e 150 mil disparos pirotécnicos, a partir da ponte Luiz I e de várias plataformas no rio Douro. Contrariamente ao que se possa pensar São João não é o padroeiro da cidade, essa designação cabe a Nossa Senhora da Vandoma, ainda assim é impossível falar do Porto sem dissociar o santo que batizou Jesus e que é o protetor dos casados e doentes a estas festas tão populares e que fazem já parte do cartaz turístico da região, atraindo cada vez mais estrangeiros.
Se pensa que o São João apenas se comemora no Porto, desengane-se. Ao que parece este santo popular é transversal a outras regiões do país, como em Braga e Évora. Considerada como a festa mais popular de Portugal, o São João de Braga, que se realiza entre 14 e 24 de junho, conta este ano com mais de 150 atividades e 25 espetáculos, com a autarquia local a prever receber dois milhões de pessoas. O encontro ‘Todos ao Bombo’ e a criação da ‘Praça do Artesão’ são duas das novidades das Festas de S. João deste ano. Mas na Praça do Artesão haverá ainda a construção de cabeçudos, bombos, instrumentos de corda e viola. No dia 23 de junho, o músico Daniel Pereira Cristo junta-se a Júlio Pereira e o galego Xabier Diaz, mas haverá ainda tempo para os concertos de Vítor Rodrigues, Toy, Afinal porque se festeja Agir e Anselmo Ralph. Se quiser o São João? ficar a saber mais basta visitar o site www.saojoaobraga.pt. Inicialmente considerada uma festa E de Braga rumamos a Évora, onde pagã de adoração ao Deus do Sol para o São João se festeja em forma comemorar as colheitas e a abundância, a de feira, entre 21 e 30 de junho, celebração do São João remonta ao século Sinta-se em casa e viva o Alentejo tal como ele é. no Rossio de S. Brás. Artesanato, XIV. Só mais tarde a igreja católica viria a Este conceito nasceu de uma imensa paixão pelo Alentejo… O Vitória Stone está enraizado ao tradicional, gastronomia típica em tasquinhas e incluir no seu calendário, a celebração do sem deixar a sofisticação de lado. Surpreende com uma arquitetura arrojada, com a presença de elementos rústicos, pedras imponentes, paralelamente a peças de design delicado e sofisticado. muita música é o que podem esperar nascimento de São João Batista a 24 de os visitantes. Ana Moura (dia 21) junho. 5amêndoas Restaurante Almendra SPA e Resistência (dia 27) são apenas No entanto, a grande festa que se realiza Rua Diana de Lis,gasnº 5, 7005-413 Évora | GPS: N e38º 33.840’ Wviagem 7º 54.738’ | Tel.: (+351) 266 707 174 | Fax: (+351) 266 700 199 | info@vitoriastonehotel.com Alentejo, o paraíso para quem aprecia excelente Refugie-se do mundo urbano, dê inicio a uma alguns dos artistas que irão atuar no Porto mantém alguns dos rituais oriundos www.vitoriastonehotel.com | www.facebook.com/vitoriastonehotel tronomia e vinhos de alta qualidade. No Vitória Stone sensorial com a devolução do equilíbrio e harmonia num dessa festa pagã, tendo origem no solstício nesta grande festa. < Hotel encontrará o 5amêndoas Restaurante, onde mora lugar inspirado no Alentejo. Produtos com os aromas o mais puro Alentejo contemporâneo.. da região e biológicos. de junho. O tão famoso alho-porro, que durante a noite de São João se encontra em Sauna | Piscina Exterior Panorâmica | Ginásio Avista Bar muitas das mãos dos foliões faz também A piscina exterior panorâmica, que se situa a cerca de Um espaço enigmático, que nos transporta para um 15 metros de altura, presenteia-nos com uma vista ambiente ligado às raízes alentejanas, onde a pedra e parte dessa festa pagã, já que na altura se montes, que terão adquirido o nome por os tons terra são privilegiados. Aqui poderá desfrutar fabulosa sobre a cidade e a planície. Aproveite para compravam alhos-porros para mais tarde se haver muitas quedas de água na região em não só do seu pequeno-almoço repleto de produtos nadar, relaxe no jacuzzi ou apanhe banhos de sol, pendurarem em casa para atrair a sorte. tempos idos. Uma tradição que se mantém da região, mas também tomar refeições ligeiras ou acompanhado de um cocktail nas espreguiçadeiras Mas a tradição não se fica por aqui, reza viva por estes dias e que dá lugar a um apenas saborear um cocktail. As amplas janelas brininseridas em pleno espelho de água. dam-nos com uma agradável vista sobre a cidade, que a história, que na véspera do São João, concurso, que vai já na terceira edição, enche de luz natural um espaço com muito conforto. as famílias se dirigiam às Fontainhas a pé denominado Cascata Comunitária de para verem a cascata do santo popular e São João e que este ano pode ser visto Rua Diana de Lis, nº 5, 7005-413 Évora | GPS: N 38º 33.840’ W 7º 54.738’ pelo caminho compravam os manjericos no Mercado Temporário do Bolhão. Pelo Tel.: (+351) 266 707 174 | Fax: (+351) 266 700 199 e os alhos-porros que já aqui falámos, menos 500 peças deverão fazer parte info@vitoriastonehotel.com | www.vitoriastonehotel.com | www.facebook.com/vitoriastonehotel cidreira e cravos. desta cascata. 51) 266 707 174 | Fax: (+351) 266 700 199 | info@vitoriastonehotel.com www.vitoriastonehotel.com | www.facebook.com/vitoriastonehotel
> festividades
| Porto
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| Évora
| Braga
Embora estas festas remontem ao século XIV é só recentemente que o dia de São João foi considerado feriado municipal, ideal para quem passa a grande noite na folia e, que folia.
Os festejos As sardinhas e a broa que se comem na véspera de São João fazem também parte da tradição, assim como os martelinhos que amiúde são arremessados nas cabeças das pessoas que passam em modo de
cumprimento. Apesar de ser já uma tradição nestas festas, remonta a 1963 quando os estudantes universitários decidiram utilizá-lo como brincadeira. A moda pegou e o martelinho ficou a fazer parte da noite de São João. Este ano, a partir de 15 de junho vão começar a aparecer os primeiros bailes espalhados por várias freguesias, assim como a arruada de ranchos pela cidade. Fontainhas (Alameda), Escola da Praça da Alegria (Bonfim), Miragaia, Jardim do Passeio Alegre (Coreto), Largo do Calém,
Cais das Pedras (Massarelos), Cordoaria (Largo do Amor de Perdição) e Largo de Nevogilde são apenas alguns dos locais onde poderá fazer o gosto “ao pé”. Propostas para se divertir não faltarão e se não é adepto das grandes multidões poderá sempre optar por arraiais mais pequenos nas inúmeras unidades hoteleiras espalhadas pelo Porto e Vila Nova de Gaia. Por aqui o número de pessoas será menor, mas as sardinhas e a música não vão faltar. Destaque ainda para o Mega Arraial que
a Casa das Artes acolhe nos dias 22 e 23 de junho, organizado pelo Terceiro Piso. Ainda no dia 22, na avenida dos Aliados, as atenções voltam-se para as Rusgas de São João, a partir das 18 horas. Um júri deverá pontuar desde os trajes, aos adereços, cenários, música e coreografia das sete formações que estarão a concurso. A seguir às Rusgas, por volta das 22h00 será a vez de Jorge Palma dar voz à avenida. As atuações de vários artistas serão uma constante noite adentro e o acesso é livre. A festa, essa, não irá terminar na véspera de São João, já que no dia em que se celebra o seu nascimento estão programados mais espetáculos e atividades, como a Banda Sinfónica Portuguesa que a partir das 16h00 animará a cidade com o Concerto de São João. Também às 16h00, os olhos voltam-se para a tradicional regata de barcos rabelos, organizada pela Confraria do Vinho do Porto, que vai já na sua 36.ª edição e que juntará 18 embarcações.< Texto: sandra martins pereira
Fique no coração do Porto Com vistas para o Rio Douro Rua dos Canastreiros, nº.50 | 4050 – 149 Porto | e-mail: geral@portoriver.pt | www.portoriver.pt
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> lá fora
Marrocos O exotismo do Norte de África
Marrocos é a perfeita porta de entrada para o mundo exótico do Norte de África e Médio Oriente. Um local com um idioma que nos obrigada a dobrar a língua, mas onde somos percebidos a falar francês, inglês, espanhol e até, por vezes, português. Um país repleto de história e tradição, com diversos locais classificados como Património da Humanidade pela UNESCO, mas que recebe outras culturas de braços abertos, ansioso por nos mostrar toda a beleza que tem para nos oferecer.
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ntes de ir ao Reino de Marrocos já me haviam dito que é o mais europeu dos países árabes, uma realidade que comprovei das diversas vezes que o visitei. Mal chegamos somos abraçados por um clima quente e recebidos por um povo sorridente e paisagens deslumbrantes num território distinto. Ali é possível absorver toda a história de cidades imperiais, banharmo-nos nas águas quentes de praias deslumbrantes, ingressar numa aventura
pelo deserto… Marrocos é um país marcado por uma história que é longa. Por povos que dele fizeram casa e nele deixaram heranças que os recordam. É possível sentir a harmonia entre tradições centenárias e mentalidades mais modernas do que esperamos ao pensar num país árabe. É um local encantador, convidativo, uma viagem a não perder para quem gosta de conhecer novas culturas e explorar o desconhecido.
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Guia de viagem Reino de Marrocos Moeda: Dirham | 1€ = 10,77 MAD Pagamentos: Aceitam-se euros em alguns lugares Passaporte: Obrigatório Visto: Isento até estadias de 90 dias Língua: Árabe, com o francês como segunda língua e a dominar o espanhol e inglês Fuso horário: GMT +0 Sem horário de verão
Marraquexe: velha capital imperial Marraquexe é uma cidade que desperta todos os sentidos, com uma cadência que dança a um ritmo diferente que é marcado por um povo que, entre o frenesim do movimento constante, vive calma e paulatinamente.
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É uma das quatro Cidades Imperiais de Marrocos, as capitais das antigas dinastias reinantes, e tornou-se, ao longo dos anos, uma das cidadelas mais importantes do mundo árabe. A Cidade Vermelha, Património Mundial da UNESCO, é orgulhosa dona de magníficos jardins. Os Jardins da Menara devem o seu nome ao pavilhão de telhado verde que se encontra à beira do lago artificial, e os Jardins de Agdal, os mais antigos da cidade, apresentam uma variedade de árvores de fruto que são ligadas por caminhos ladeados por oliveiras, que levam a lagos artificiais e pavilhões. O Jardim Majorelle é, ainda, assim, o mais afamado, com mais de 3.000 espécies de plantas. O jardim botânico foi desenhado pelo pintor francês Jacques Majorelle e mais tarde adquirido por Yves Saint Laurent e Pierre Bergé. A par com o jardim surge a Villa Majorelle, edifício construído em estilo mourisco e Art Déco e pintado com o distinto Azul Majorelle. É um jardim islâmico com uma luxúria tropical. A Medina de Marraquexe é mágica, com o ponto
de partida para a descobrir a ser a Praça Jemaa el-Fna. Conhecida simplesmente como “a praça” é um aglomerado de encantadores de serpentes, dançarinos, domadores de macacos, contadores de histórias e músicos. É considerada a praça mais animada do continente africano
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e Património Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO. De Jemaa el-Fna podemos entrar para o Souk Semmarine, um dos maiores mercados berberes de Marrocos, que se faz num labirinto de ruas cobertas. É uma confusão organizada de cheiros, cores, formas e pessoas. Ao lado da Praça
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> lá fora
| Tajine
Sabores quentes e intensos A gastronomia marroquina é um universo fascinante, de aromas perfumados, cores vibrantes e sabores inesquecíveis. É famosa pelos pratos agridoces e influência mediterrânica, africana e árabe. As principais responsáveis por estes sabores ímpares são as especiarias utilizadas para realçar os alimentos e estimular o apetite, perfumando carnes, vegetais e legumes. Sabores salgados, doces e cítricos criam um mosaico que aguça o paladar. O prato mais típico é o cuscuz, elaborado com sêmola de trigo e cozinhado ao vapor, acompanhado de verduras, de frango ou borrego. Destaque, também, para o tajine, nome do guisado de carne com verduras e frutos secos e do recipiente onde é cozinhado, feito em barro e de tampa em cone invertido. O frango e o borrego são as carnes mais utilizadas na gastronomia local, cozinhadas ao vapor, marinadas ou estufadas. A harira é a sopa tradicional, um caldo à base de farinha e legumes, como lentilhas e grão, tomate, cebola e arroz. O kefta é uma espécie de almôndega feita com carne picada de vaca ou cordeiro, misturada com especiarias, pode ser servida em kebab (espetadas).
| Marraquexe
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localiza-se a maior mesquita da cidade. Construída no século XII, a Mesquita Cutubia possui um minarete com 69 metros de altura que se vê de toda a cidade. Uma das joias arquitetónicas da cidade são os Túmulos Saadianos. Um edifício com salas com colunas em mármore italiano, tetos de madeira trabalhada, dezenas de pormenores decorativos e túmulos cobertos de zellij, por entre palmeiras, romãzeiras, figueiras e flores. Os túmulos são uma das poucas relíquias da Dinastia Saadiana a permanecer intacta. O Palácio da Bahia é uma construção do século XIX posteriormente ampliada, com cinco hectares divididos em diferentes sectores, incluindo um pátio, os aposentos das quatro mulheres de Bahmad (grãovizir de Marrocos e Governador Geral de Marraquexe), o harém das suas 24 concubinas, uma mesquita e um hammam. Todo o palácio se veste em pormenores decorativos como zellij, tetos de madeira pintada, luminosos vitrais e detalhes em estuque esculpido.
| Saidia
| Agadir
| Saidia
Saidia: a “Pérola Azul” Saidia é o destino ideal para o dolce far niente, um local de mar azul tão imenso como o deserto, águas quentes e calmas e um aconchegante ambiente exótico. É uma cidade jovem, onde apenas recentemente foi descoberto o seu potencial como estância balnear. Junto à Argélia, é conhecida como a “Pérola Azul de Marrocos”. Na verdade um degradé de tons de azul das águas do Mediterrâneo. A praia de Saidia, de areia fina e dourada, tem um exotismo discreto. No areal encontram-se mulheres que tatuam as mãos com henna, vendedores de pulseiras, brincos e colares de prata, vendedores de chá de menta. É na Marina que se estende o restante comércio de artesanato em cerâmica, madeira, latão ou bronze, a joalharia, os tapetes e artigos em pele, e onde se encontram também restaurantes de cozinha internacional.
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Para os amantes do golfe, Saidia tem um campo de 18 buracos. Para quem gosta de desportos náuticos, a oferta varia entre o parasailing, os passeios de barco com observação de golfinhos, o mergulho, a vela ou o jet sky. Para quem quer desfrutar um pouco da cultura local, é passear pelo areal às costas de um
dromedário. A 60Km de Saidia encontrase a cidade de Oujda, cuja Medina, fundada no século XIX, é feita de contrastes entre o moderno e o clássico. Por entre ruas e ruelas e muita azáfama encontra-se a mesquita e o souk, bem como os puros cheiros, cores e sabores de Marrocos. junho de 2019
Agadir: onde o sol sempre brilha Agadir é destino de eleição de quem gosta de praia, areia fininha e dourada, águas quentes e desportos náuticos. Ingredientes a que se junta o exotismo mítico marroquino e o charme da cultura árabe, africana e mediterrânica. A cidade ficou totalmente destruída no terramoto de 1960, após o qual se
reconstruiu e modernizou, tornando-se numa estância balnear de sonho. A estrutura da cidade é semelhante às europeias, tendo renascido com avenidas largas, prédios de arquitetura futurista e resorts turísticos na primeira linha da praia. É no Sudoeste de Marrocos, no sopé da Cordilheira do Atlas, que se encontra Agadir. Está na costa do Atlântico, mas beneficia de um clima mediterrânico, com
| Harira
| Especiarias
| Kefta
| Chá de menta
O peixe é consumido sobretudo nas zonas costeiras. É cozido ou frito, para obter pratos como o sharmoola, com azeitonas, coentros, salsa, cebolas, pimento, gengibre, sumo de limão e sal. Na lista das sobremesas destacam-
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| Cuscuz
se aquelas à base de mel, sésamo, amêndoas e uvas. Os frutos secos, como amêndoas, castanhas, nozes, figos, ameixas, tâmaras, estão sempre presentes, desde o pequeno-almoço ao jantar. <
temperaturas agradáveis. Abre-se em mil experiências, como o desfrutar de um dos mais impressionantes poentes do Atlântico desde a praia, o ver do descarregar do peixe no porto, ou sair para comprar lembranças na animada Avenida Hassan II. Como em outras cidades marroquinas, é perder-se pelas ruelas do Souk El Had, com a diferença que aqui pode terminar a jantar numa pequena taberna marinheira e deliciar-se com peixe fresco. Deve, também, visitar as ruínas do
antigo kasbah do século XVI. Da antiga fortaleza pouco resta, mas é do alto da colina que é possível admirar as mais fantásticas vistas panorâmicas para a baía. É em Agadir que se encontra um dos portos pesqueiros mais importantes de Marrocos, local onde a azáfama é constante. Também a Mesquita Mohamed V, um dos símbolos da cidade que mostra a arte árabe, com mosaicos e paredes decoradas com azulejos. Para estudar a história da cidade e a cultura marroquina há o Museu Municipal do Património Amazigh, com uma coleção de objetos berberes dos séculos XVIII e XIX. Em Agadir estão também presentes os laços históricos entre Portugal e Marrocos, no Jardim de Olhão (cidade-gémea de Agadir). Contudo, e para além de tudo isto, o cartão-visita desta cidade são os 7Km de areia dourada, águas cristalinas e a imensa oferta a nível de desportos náuticos. A baía, emoldurada pela cordilheira do Atlas, é um espaço isolado de paz e tranquilidade.
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> lá fora Dica Não deixe de visitar, ou ficar alojado num riad. As tradicionais mansões marroquinas são características pelo seu pátio central a céu aberto, ladeado de paredes altas. Muitos riads na Medina foram convertidos a unidades de alojamento, com piscinas de invejar a seu centro, e tantos outros podem ser visitados. Aproveite para tomar um chá de menta no pátio e deleitar-se com a mais típica decoração marroquina. <
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Arzila e Tânger: o noroeste de Marrocos Arzila é um ponto de passagem obrigatório para qualquer português, dada a história que nos une. A cidade foi conquistada por portugueses em 1471 que começaram a construir a praça-forte que se tornou, ao longo dos anos, a Media de Arzila, rodeada de muralhas portuguesas. Entre 1577 e 1589 esta cidade foi novamente ocupada por portugueses, com o desembarque de D. Sebastião, na sua tentativa de conquistar Marrocos. Hoje, Arzila é uma estância balnear com um centro urbano cheio de vida. Um local pitoresco com aprumados jardins e uma simpática praia. Nas muralhas da Medina é possível ver uma torre de menagem, baluartes e canhões e o brasão de armas de Portugal, sob a Porta da Vila. Esta porta (Bab al-Homer) dá acesso à Rua Hassan II, a principal avenida da cidade. Tal como as restantes medinas da Costa Atlântica de Marrocos, a de Arzila apresenta-se em tons de azul e branco, envolta pelas muralhas em pedra. A arquitetura é uma mistura de influência de portugueses, dos espanhóis que a conquistaram no século XVII, dos judeus que para aqui foram direcionados pela Coroa Portuguesa após 1490 e, claro, pelos traços árabes de Marrocos. No seu interior é também possível admirar as paredes pintadas, que surgem renovadas todos os anos nos festivais de verão. Por seu lado, Tânger foi cidade predileta de tantas personagens afamadas, como Paul Bowles que aqui escreveu “Um Chá no Deserto”, Jack Kerouak, os
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| Tânger
| Arzila
Rolling Stones e Malcolm Forbes, que transformou o magnífico Palais Mendoub no Forbes Museum of Tangier, que se encontra, infelizmente, encerrado. O edifício foi a mansão de Brad Whitaker,
o vilão do filme 007 – Risco Imediato. É uma grande metrópole, de ruas bem pavimentadas, parques e jardins vistosos, imponentes centros comerciais, com um aeroporto internacional e prédios altos. A
herança portuguesa também aqui se faz sentir. É muito o património edificado que perdura desde a ocupação portuguesa, como a antiga fortaleza e igrejas católicas, com destaque para a Catedral da Nossa Senhora da Conceição. A não perder o Souk de Tanger, onde se encontram peças de artesanato, lanternas, babuchas, marroquinaria, peças em couro e tanto mais. Junto a Tânger encontra-se o Cabo Espartel (Cap Spartel), num penhasco 110 metros acima do nível do mar. É um dos limites em terra do Estreito de Gibraltar, sendo que através dele conseguimos avistar a junção das águas do Oceano Atlântico com as do Mar Mediterrâneo. Ali destaca-se o branco de um farol que é visível a 23 milhas náuticas. Visível é, também, Espanha a quando isso o tempo ajuda. Nas imediações de Tânger encontra-se, também, a lendária Gruta de Hércules, um misto de beleza natural e interesse histórico. Descoberta no século XIX, está coberta de lendas. Diz-se que o herói da mitologia grega por aqui descansou após ter separado a Europa de África, um dos 12 trabalhos a si incumbidos pelo Rei Euristeu. A gruta foi há muito esculpida pelas ondas do Atlântico. No interior tem uma abertura para o oceano, que se assemelha à forma do continente africano. Reza a lenda que o recorte foi criado pelos fenícios como um mapa. Ali foram encontrados vestígios de estátuas e instrumentos de uso diário que remontam até ao ano de 5000 a.C.. Alguns destes vestígios encontramse no Musee de la Kasbah, na cidade de Tanger. < Texto: Sofia Soares Carraca junho de 2019
Um dia ao ar livre
C
riada em 1747 para dar algum envolvimento ao PalácioConvento mandado construir por D. João V, na então Vila de Mafra, a Real Tapada tinha uma área de 1.200 hectares, rodeada por um muro de alvenaria de pedra e cal com uma extensão de 21Km, mas em 1828 acabaria por ser dividia em três partes, separadas por dois muros. Local privilegiado de lazer e de caça dos monarcas portugueses desde o século XVIII até à Implantação da República, a Real Tapada de Mafra passou a designar-se Tapada Nacional de Mafra. Em 1941 é submetida ao regime florestal total sob a tutela da Direção-Geral dos Serviços Florestais e Aquícolas e em 1993 é concessionada à Empresa Nacional de Desenvolvimento Agrícola Cinegético e a partir de 1998 é criada uma Cooperativa de Interesse Público para aproveitamento dos recursos da TNM.
Tapada Nacional de Mafra Portão do Codeçal | Mafra
E-mail: geral@tapadademafra.pt reservas@tapadademafra.pt
Telefone: 261 814 240 Horário de primavera: até 12 julho/2019, todos os dias, das 9h30 às 18h00 Programas com duração de 2h30m:
Pack Conhecer a Tapada de Comboio
Conhecer a Tapada ao longo de 15Km, acompanhados por um guia. Observar javalis, veados, gamos e outros animais em total liberdade. Paragens no Museu dos Coches e das Carruagens. Inclui assistir à demonstração de voo livre e atelier de apicultura. Preço: criança – 9€ adulto – 12€ família – 37€
Diversidade de fauna e flora Com uma área atual de 833 hectares e com uma diversidade geológica muito rica, na TNM podemos encontrar rochas com idades entre os 130 e 140 milhões de anos. É esta diversidade que permite a existência de um grande número de espécies animais, que despertam o interesse a quem a visita. Encontrar uma águia-de-Bonelli e um buforeal, um açor são alguns dos exemplos, mas também vai encontrar o gamo, o veado, o javali e a raposa, o coelho-bravo, o texugo, a geneta, o sacarrabos, a doninha e o ouriço-cacheiro. São mais de 60, as espécies de pequenas aves que ali vivem. Mas também tritões, salamandras, rãs, relas, sapos, cágados, entre outros.
Programas O Parque está aberto das 9h30 às 18h00, e há um sem número de programas e experiências que poderá desfrutar. Corrida na floresta, percursos pedestres, percurso BTT, pack Percursos 360°, pack Conhecer a Tapada de Comboio, pack Circuito Encantado são os programas que encontra junho de 2019
> experiência
Tapada Nacional de Mafra
Fazer passeios pedestres, de BTT, ver animais selvagens, Dormir na Floresta, festejar aniversários, entre muitas outras atividades é o que poderá fazer na Tapada Nacional de Mafra (TNM). Para pequenos e graúdos este é um parque que não deve deixar mesmo de visitar, pelo menos uma vez na vida.
com preços diferentes. Se é mais dado a experiências saiba que também as pode ter por ali, como a Experiência Apícola, o Atelier de apicultura ou ainda experiências no terreno, onde poderá fazer piqueniques, tiro com arco e aulas de tiro com arco. Destaque ainda para as experiências da época onde poderá amanhecer na floresta ou ir pela noite dentro. Na primeira poderá ver o nascer do sol no ponto mais alto da TNM. São 2h30 que não se irá esquecer. Já à noite, as estrelas guiá-lo-ão pela Tapada, lado a lado com as espécies animais ali existentes.
Alojamento e festas de aniversário Sabia que pode alugar a Casa de Campo existente na TNM? É verdade, esta casa datada do início do século XX tem sete quartos (cinco duplos e dois singles) e está disponível para ser alugada. Acordar no
parque é qualquer coisa de mágico, uma magia que pode ser prolongada com um dos vários programas ou experiências que acima lhe descrevemos. Os preços são de 80€ por noite em quarto duplo e de 70€ por noite em single ou 540€ por noite o aluguer da casa toda. Este programa inclui pequeno-almoço e um passeio pedestre. Os preços poderão sofrer alterações em ocasiões festivas. E por falar em festividades, também pode programar a festa de aniversário dos mais pequenos, com o programa Circuito Encantado, que inclui um passeio de comboio, um atelier de apicultura e demonstração de voo livre. O preço é de 9€ por criança e 12€ por adulto, tem duração de três horas e o mínimo de participantes são 20 pessoas. Pode ainda optar pelo lanche com um preço de 8,50€ por pessoa.< Texto: sandra martins pereira
Pack Circuito Encantado
Viagem de comboio ao encontro de todos os animais que habitam a floresta. Inclui assistir à demonstração de voo livre e ao atelier de apicultura. Preço: criança – 9€ adulto – 12€ família – 37€
Ao Amanhecer na Floresta Preço: criança – 10€ adulto – 15€
Experiência Apícola Preço: pessoa – 25€ família – 40€
(2 adultos + 2 crianças)
Cestas de Piquenique
Tradicional – 31,00€ Saudável – 32,00€
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> ficar
Dá Licença Arte e natureza num só espaço
Ficha Técnica 120 hectares de colinas 13 mil oliveiras 3 edifícios, 5 suites, 3 quartos 2 piscinas exteriores
contactos
Outeiro das Freiras Santo Estêvão Estremoz Tel.: 962 950 540 Email: reservations@dalicenca.pt www.dalicenca.pt
preço
Quartos – a partir de 270€ Suites – a partir de 350€
Às portas de Estremoz, a arte e a natureza andam de mão dada. Lá, no Outeiro das Freiras, por entre o cheiro das figueiras e a pedra mármore, nasceu o Dá Licença.
A
caba de completar um ano de abertura este hotel que surge do sonho e da ousadia dos seus proprietários: Vitor Borges e Franck Laigneau. Um natural de Tomar, o outro francês. Em comum o gosto pela arte e de proporcionar a quem os visita uma experiência única.
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O gosto pelo campo vem de longe, do tempo em que escapavam da agitada Paris (onde moravam) para a casa da Normandia. Por isso, quando chegaram a Portugal começaram por visitar terrenos numa região que para Vitor lhe dizia muito, já que a sua mãe, natural de Marvão, ouvira histórias da região desde menino. O pôr do sol cor de fogo, a vista panorâmica sobre os montes alentejanos, as mais de 13 mil oliveiras plantadas sobre o mármore branco e rosa que a herdade com 120 hectares inclui, a Serra d’Ossa e Évora Monte lá ao fundo, foram mais do que suficientes para que Vitor e Franck tomassem a grande decisão de adquirirem a propriedade. Situada a 7Km de Estremoz, a herdade que em tempos pertenceu às freiras do Convento de Estremoz, da ordem de Malta, foi pertença mais tarde de uma cooperativa que explorava o olival, com um lagar que
até 1990 ainda funcionava. As primeiras casas existentes datam de 1840-50, agora transformadas naquilo que é o Dá Licença. Composta por três edifícios, que incluem cinco suites e três quartos, todos com dimensões generosas – entre 50 e 180m2 – esta unidade hoteleira contou com o apoio do Gabinete de arquitetura Procale e com o bom gosto dos proprietários, que durante cinco anos – desde a aquisição até à abertura – deram vida a este conjunto de edifícios “juntando linhas, volumes e rasgos modernos, num diálogo entre a arquitetura tradicional e contemporânea”. Todos os quartos são decorados com elegância e possuem pequenos jardins privados e terraços e nem as casas de banho foram deixadas ao acaso. De grandes dimensões têm lavatórios em mármore esculpidos à mão
por artesãos da terra e duas delas têm mesmo banheiras em mármore. O corpo principal do hotel – cujo nome vem de um ritual instituído no mundo dos cavalos e que diz que a primeira coisa que se deve dizer ao entrar no picadeiro é “Dá Licença” – com um pátio central, é constituído pelos espaços comuns, sala de jantar, salas, uma suite e dois quartos. O segundo corpo é composto por duas suites, cada uma com uma piscina privada
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| Vitor Borges e Franck Laigneau
e por fim um último núcleo, com duas suites e um quarto. Numa região onde o calor é ponto assente, a água é um dos elementos fundamentais, por isso também no Dá Licença as piscinas tomam uma importância maior. De um redondo perfeito, que reflete as cores e a luz da natureza, como se fosse ali colocada por algo superior, surge uma das piscinas. Mas os hóspedes encontram ainda uma infinity pool. Esta, de cor verde-esmeralda encontra-se mais recatada e para uso privado. A completar o quadro, um alpendre ladeado por um tanque, onde se pode tomar o pequeno-almoço ao ar livre. Há lugar para socializar, mas também não faltam lugares para momentos a sós, a ler na biblioteca, num quarto aberto para a sala ou no recato dos quartos.
As refeições Mas se os quartos e o ambiente que rodeia o Dá Licença são importantes, também as refeições não ficam atrás. Aqui são os produtos locais, da vizinhança ou do Mercado de Estremoz que falam mais alto. Cada pormenor colocado na primeira refeição do dia é notório e os produtos vão variando conforme a época do ano. À mesa chega sempre o pão alentejano, um bolo caseiro, iogurtes, granola e as famosas charcutarias da senhora dona Octávia e ainda ovos, a pedido. Ao almoço e jantar, o menu é surpresa, basta que os hóspedes informem sobre as suas preferências ou intolerâncias. É Vítor Borges quem muitas das vezes cozinha, uma paixão de adolescente, quando sonhava ser pintor e cozinheiro. Os clientes podem optar por tomar a sua refeição na mesa comum ou numa das três mesas espalhadas no interior, para um momento mais intimista.
A arte e o artesanato O Dá Licença não é só mais um espaço de alojamento. Unir arte e natureza e com isso proporcionar momentos aprazíveis a quem por ali passa é sem dúvida o grande objetivo desta dupla. Vitor traz na bagagem uma vasta experiência no setor das artes, mas também na moda, onde se manteve durante seis anos na Hermès como diretorgeral do departamento de têxteis e sedas. Cargo que o manteve por Paris. Mas também passou pela indústria farmacêutica, onde ganhou experiência de gestão e marketing, função que lhe permitiu viajar pelo mundo. Pelo meio e durante dois anos conseguiu
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Novo restaurante a caminho
concretizar o sonho de ser pintor. Franck Laigneau foi ator de televisão e teatro durante cinco anos, mas aos 20 anos já tinha sido trapezista e pelo meio estudou psicologia. A sua veia de galeristaantiquário falou mais alto e nos últimos 20 anos dedicou-se ao Jugendstil e ao Design Antroposófico. Duas correntes de arte pouco conhecidas e nas quais se tornou grande conhecedor. A primeira é a variante nórdica da Arte Nova francesa, num estilo mais gráfico e geométrico, enquanto a segunda deriva da filosofia introduzida no início do séc. XX por Rudolf Steiner, que promove o conhecimento do ser humano. Ao passearmos pelo Dá Licença deparamo-nos com a presença dos ideais do
movimento Arts & Crafts, que defende a arte em todo o lado, dentro ou fora de casa. Por todo lado há arte e artesanato, desde peças monumentais numa casa de banho a esculturas no jardim. Mas para reunir este acervo foi necessária uma vida à descoberta, com peças adquiridas um pouco por toda a Europa, que levam os hóspedes numa viagem desde França, Noruega, Finlândia, Itália e até mesmo Portugal. Há também elementos contemporâneos que dão aqui e ali um toque de modernidade, como é o caso da imponente chaminé, em forma de gota à entrada da casa, datada de 1960. E ainda as esculturas de Rui Chafes ou as cerâmicas de Susana Piteira. Destaque para a presença do mármore, numa clara homenagem à região, desde as mesas de apoio, candeeiros e outras peças desenhadas por Vitor Borges,
Nos planos desta dupla está a abertura de um restaurante com terraço para almoçar ou jantar “al fresco”, com capacidade para 30 pessoas, e que fica no antigo lagar onde hoje funciona a galeria com a coleção de arte privada de ambos. Segundo Vitor, “o espaço já está pronto, com equipamento de fazer inveja a muitos chefs, mas ainda não tem data prevista de abertura”, acrescentando: “Já oferecemos um serviço de refeições para os nossos hóspedes. Trabalhamos com vários fornecedores vizinhos do Dá Licença, agricultores que têm excelentes produtos regionais e que valorizam a qualidade e a sazonalidade, uma vertente importante nos nossos menus”. < cuja execução encomendou ao senhor Francesco Pluma, um artesão local. Segundo Vitor, “o mármore é uma das matérias nobres da região. Não foi fácil encontrar quem trabalhasse a transformação e o acabamento da pedra. Mas procurando e falando com algumas pessoas conseguimos encontrar alguns aventureiros artesãos e escultores que nos acompanharam e ajudaram a realizar o nosso objetivo”. Apesar das obras de arte, Vitor Borges sublinha que o Dá Licença não “pretende ser um museu-galeria. Sempre foi o nosso desejo e fez parte desde do início do ‘desenho’ do nosso projeto esta envolvência com a arte.” < Texto: sandra martins pereira
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> gastronomia
Salitre
um restaurante com serviço cinco estrelas Fica numa das ruas transversais mais conhecidas da avenida da Liberdade, o restaurante de que lhe vamos falar logo em seguida e cujo nome é uma singela homenagem à artéria onde está implantado. Chama-se Salitre e é um dos mais recentes espaços de restauração da capital portuguesa.
| Chef Nuno Queiroz
À
primeira vista pode “assustar” o transeunte, mas a intenção dos proprietários por trás do projeto é precisamente afastar a ideia de que comer num restaurante de hotel pode ser dispendioso, principalmente se este estiver inserido numa unidade hoteleira de cinco estrelas, como é o caso do Turim Boulevard Hotel. O jornal Destinos comprovou esta teoria e conta-lhe o que pode encontrar neste espaço com capacidade para acolher até 130 pessoas. Com uma decoração discreta, onde os tons acastanhados estão em maioria, o Salitre Restaurant divide-se em duas salas e um bar. A porta para a rua com o mesmo nome
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convida a que os clientes externos possam entrar e desfrutar da sua refeição, sem se sentirem constrangidos por entrarem num hotel. A carta é variada e os preços não assustam para a qualidade que ali é apresentada. Fique a saber que poderá optar pelo menu executivo à hora de almoço, com um preço bastante convidativo (19,50€), que inclui buffet de quentes e de frios, buffet de sobremesas, água e café. As opções variam todos os dias da semana, e vão desde as Favas com Entrecosto às segundas-feiras, passando pelo Polvo à Lagareiro (às terças-feiras), o Leitão Assado à Moda da Bairrada (às quartas-feiras), o Bacalhau Assado com Batata a Murro (às
quintas-feiras) e a Feijoada Brasileira (às sextas-feiras). Aos comandos da cozinha está o Chef Nuno Queiroz, conhecido pela sua gastronomia saudável: integrou o Programa de Alimentação Escolar “Crescer Saudável”, tendo sido distinguido pelo Ministério da Saúde por incentivar e prestar serviços relevantes na promoção da saúde pública. Também aqui no Salitre, o Chef teve a mesma preocupação quando elaborou a carta disponível, misturando produtos de origem portuguesa, com ingredientes saudáveis e cortando quer na quantidade de sal quer no açúcar. “Decidimos criar uma carta que fosse transversal às variadas exigências dos comensais, quer os que são vegan, intolerantes ao glúten e à lactose, mas também a todos os outros. Não queremos ser extremistas, por isso se houver alguém que goste de mais sal na comida ou mais açúcar também vai encontrar opções”, garantiu o mesmo profissional formado na Le Cordon Bleu de Londres.
Também se come no bar Como já aqui referimos, quando se chega ao Salitre depara-se com um pequeno bar logo à entrada, onde para além de uma bebida pode tomar uma refeição mais leve, como o Pica Pau do Lombo (13,00€), o Hambúrguer de Vitela Maturada (13,00€), os Camarões Kataifi (13,00€) ou o Mezze Mediterrânico – Hummous, Babaganosh, Tabouleh (6,50€). <
O que comer Então o que poderá comer neste novo espaço alfacinha? Bem, a equipa do jornal Destinos provou quase tudo o que vem na carta. Comecemos então pelas entradas que chegaram à mesa com diferentes apresentações. Mas antes ainda tivemos tempo para provar o trio de manteigas
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Salitre Restaurant Rua do Salitre, 28, 1250-144 Lisboa Telefone: +351 210 408 781 Email: salitre@turimhoteis.com www.turim-hotels.com/restaurants/ salitre-restaurant Horário: Das 12h00 às 15h00 e das 19h00 às 23h00 Preço médio para duas pessoas: 60,00€
(de choco, paprika fumada, coentros e alho), o azeite virgem extra com flor de sal do Algarve e uma seleção de pão com e sem glúten e que fazem parte do couvert (3,50€). A acompanhar, os vinhos Turim Branco, Rosé e Tinto, propriedade do Grupo Turim Hotels proveniente de Azeitão. Crème Brûlée de Figos Desidratados e Queijo da Serra, com Salada de Nozes Pecan (6,50€), uma entrada vegan, sem glúten, mas com lactose e acima de tudo deliciosa. O doce dos figos mistura-se com o salgado do queijo e é uma explosão de sabores. Segue-se o Carpaccio de Pera Rocha com Mousse de Caju e Frutos do Bosque e Pinhões Torrados (6,50€). Uma entrada que nos deixa com a boca doce, a pedir mais. Tivemos ainda barriga para experimentar os Camarões Kataifi (8,50€) e a Salada de Polvo com Nhoque de Batata doce (8,00€). Por provar nas entradas ficou ainda o Mezze Mediterrânico – Hummous, Babaganoosh e Tabouleh (7,50€), o Creme de Legumes (5,50€) e o Prato de Presunto (12,50€). Ainda nos tentaram acenar com as muitas opções do buffet, mas decidimos guardarnos para o que ainda aí vinha. Nos peixes a nossa escolha recaiu no Tachinho de Arroz de Garoupa (18,50€), que estava irrepreensível. O arroz caldoso e a garoupa suculenta faziam-nos querer muito mais. Seguiu-se o Polvo à Lagareiro Crocante com Batata à Murro, Chalotas Caramelizadas e Azeite de Alhos assado (18,50€), um prato recriado pelo Chef Nuno Queiroz e bem conseguido. Fique a saber que na carta pode ainda encontrar Lombinhos de Bacalhau Confitados em Azeite Aromatizado, com Esmagada de Grão, Espinafres Salteados e Puré Tricolor de Pimentos assados (17,50€) e Lombinhos de Salmão com Puré de Aipo e Espargos Verdes (17,50€). Por esta altura já estávamos saciados, mas ainda faltavam os pratos de carne e a avaliar pelo que vimos na carta não queríamos perder pitada. O Bife Tártaro Salitre com Legumes do Bosque e Grissinos (19,00€) foi para nós o que mais se destacou. O sabor das pimentas, das
Reza a história… Aproveite, enquanto escolhe os pratos que vai degustar, para saber um pouco mais sobre a história desta rua que dá o nome a este espaço. Sabia que em tempos teve outro nome? É verdade, outrora Rua da Palmeira, devido a uma das suas hortas que continha uma palmeira, acabou mais tarde por se tornar rua do Salitre, depois dos frades de São Bruno terem ali erguido o hospício do Monte Olivete e iniciado as nitreiras existentes no terreno. Salitre nasce assim associado ao nitrato de potássio. Mas foi também nesta artéria que em tempos antigos existiu um teatro, que se destinava ao povo e à pequena burguesia, onde se representavam farsas e comédias. Era por isso normal encontrarem-se por ali atores, dançarinas de "fandango", rufias, aristocratas e boémios, críticos e poetas. <
alcaparras, entre outros elementos, não deixa o paladar indiferente. Se não gosta de carne crua, saiba que pode optar pelo Bife do Lombo DOP na Frigideira, com Espargos Verdes Grelhados, Batata em Rodelas e Molho de Alho assado – ou Gelado de Mostarda (26,00€). Sim leu bem, o gelado de mostarda feito com natas derrete-se quando colocado em cima do bife proporcionando um molho muito especial. Peito de Galinha do Campo, com Brócolos ao Vapor Aromatizados com Limão, Mousse de Abacate e Quinoa Tricolor (16.50€), Lombinho de Porco Preto, com Puré de Batata Doce e Funcho Salteado (18.50€) completam as sugestões dos pratos de carne. E nesta fase estamos num verdadeiro dilema: espaço para as sobremesas e estas
são mesmo apetecíveis. Já a cometer o “pecado da gula” fizemos uma espécie de “pijama” e provámos todas, ou quase. Fondant de Chocolate Amargo, com Bola de Gelado Artesanal (5.50€), Panna Cotta de Coco, com Coulis de Morango e Mirtilos (5.00€), Tarte de Amêndoa, com Três Texturas, Caramelizada com Creme de Tâmaras Medjool (6.50€), Cheesecake de Queijo da Serra com Doce de Abóbora (6.75€) e Arroz Doce Salitre (4.00€) foram
os eleitos, embora o Cheesecake tenha sido o que menos apreciámos. Por experimentar ficou o Pastel de Nata com Bola de Gelado (4.50€), as frutas da estação e o gelado artesanal. Fique a saber que na carta do Salitre encontra ainda opções de saladas, risottos, pastas frescas, vegetarianos e para crianças. < Texto: sandra martins pereira
Rua Antiga Estrada Real, Nº2 - Pinhal • 2510-142 Óbidos geral@hotelouro.com | www.hotelouro.com +351 262 955 100 | www.facebook.com/hotelouro Coordenadas GPS: Latitude: 39° 21’ 21” N • Longitude: 9° 9’ 33” O junho de 2019
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> grandes dicas
por fernanda ramos
L isboa
e
C ascais
Cinema ao ar livre… e porque não? Já experimentou ver um filme num cinema ao ar livre num rooftop? Se não experimentou pode fazê-lo nesta época de verão, em Lisboa e Cascais. A experiência, denominada Cine Society, vem já do ano passado e agora repete-se com a lista de filmes para ver até outubro a ser bem recheada. Em Lisboa, a Cine Society “mora” no Topo Chiado, com a cidade “aos pés”, todas as quartas e quintas-feiras, do pôr do sol
à meia-noite. Em Cascais o palco não é menos impressionante já que foi escolhido o Hotel Baia, com vista para o mar, onde todas as terças-feiras poderá apreciar um filme cult. Em ambos os locais irá ter uma experiência inesquecível com comida e bebidas de dois lugares incríveis e o pôr do sol a acompanhar o cenário cinematográfico. A programação deste ano foi cuidadosamente selecionada, tanto no
que toca a filmes como a realizadores. Do peculiar Wes Anderson a ‘Woody Allen’; das emoções de ‘Back To The Future’ ao romance de ‘Notting Hill’, passando pelos premiados Bohemian Rhapsody, La la Land, The Grand Budapeste Hotel, Pretty Woman, The King’s Speech, entre outros. É um alinhamento que irá levar os espectadores das lágrimas ao riso, do medo ao amor, do canto à dança. <
Os bilhetes custam 12€ e podem ser comprados no site cinesociety.pt.
P eniche
S antiago
De barco até às Berlengas Para aproveitar os dias de verão em que o mar é mais calmo, sugerimos um passeio desde Peniche até às Berlengas num novíssimo catamarã com fundo de vidro, que o mesmo é dizer, com visão submarina, proporcionada pelas janelas no casco, uma valência que permite ir observando a fauna marinha ao longo de todo o trajeto, desde o porto de Peniche à Berlenga, área de reserva natural. O que também irá poder ver, ao longo do trajeto, são os sempre simpáticos golfinhos. O passeio tem a duração de quatro horas e os passageiros têm acesso a uma aplicação móvel, através da qual recebem informação sobre todos os pontos que vão poder apreciar durante a viagem, nomeadamente a Fortaleza de Peniche ou a ilha da Berlenga, destino do passeio. Na pequena ilha, a empresa oferece várias atividades, como snorkeling ou paddle, bem como outras surpresas. Com capacidade para 75 pessoas e equipado com duas casas de banho, dois bares, solário e salão, o “Visão Submarina”, assim se denomina a nova embarcação da Odisseia Viva, está perfeitamente equipado para poder levar consigo pessoas com mobilidade reduzida e outras necessidades especiais. É também uma embarcação eco-friendly em que
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a energia é produzida a bordo, através de painéis solares e gerador de baixo consumo e que aposta na utilização de detergentes e consumíveis biodegradáveis. São realizados dois passeios por dia e há três rotas diferenciadas, de acordo com o estado do mar. O preço é de 29,90€ por pessoa, as crianças dos 2 aos 12 anos pagam 19,90€ e até aos 2 anos viajam grátis. < Mais informações em: www.odisseiaviva.com
do
C acém
Aprender culinária no Santiago Hotel Gostava de saber mais sobre culinária e gastronomia e aprender até alguns “truques” com um conceituado Chef? É isso que lhe propõe o Santiago Hotel Cooking & Nature, em plena cidade histórica de Santiago do Cacém e próximo das praias desertas. O hotel organiza workshops culinários para hóspedes e clientes não hospedados e tem mesmo uma agenda mensal que agrega desde fins de semana temáticos na Santiago Cooking Academy, uma masterclass de dois dias, até workshops de curta duração. Os programas de fim de semana, em que pode ficar a saber mais sobre a gastronomia portuguesa ou sobre a confeção de gelados, sopas frias, ou a preparação de um brunch, incluem oito horas de formação e duas refeições, divididas por sábado e domingo. As bebidas durante as refeições e as receitas também estão incluídas no programa. Os preços variam consoante o pack escolhido que pode ser com ou seu alojamento. Diariamente são também organizados workshops – os gratuitos são de uma hora e incluem, para além da aula, a receita, a prova e as bebidas. Os pagos, têm uma duração de três horas e incluem a aula, as receitas, uma refeição de três pratos e as bebidas durante a experiência. Para todos é necessária uma reserva antecipada e neles pode, por exemplo, aprender a fazer sobremesas ou descobrir os segredos por detrás do pão alentejano. < Mais informações: www.santiagohotel.pt/cooking Reserva de masterclasses: reservations@santiagohotel.pt junho de 2019
> conselhos ao viajante
Como poupar nas férias Fazer férias é um investimento, em dias que recarregam energias, em viagens que dão a conhecer novas realidades e culturas. Para além de gastos com transporte e alojamento, somam-se outros em, por exemplo, atrações e restauração. Ainda assim, é possível seguir algumas diretrizes para que as suas férias saiam mais em conta, que partilhamos de seguida.
V
iajar é um dos maiores prazeres da vida, e é possível fazê-lo com um orçamento limitado. Através de algumas dicas e pequenos truques é possível desfrutar de umas férias com todas as comodidades, sem necessidade de gastar fortunas, podendo assim viajar com maior frequência. O mais importante é que tudo seja preparado com a devida antecedência e que o programa de viagem seja alinhado com um orçamento. O mais emocionante das férias é partir à descoberta de novos destinos, sejam eles de sol e mar, de natureza, ou grandes cidades por esse mundo. Contudo, antes de sonhar com umas férias num resort de luxo das Maldivas, convém analisar a imensa lista de destinos que se afiguram a nível mundial, mas também dentro do nosso próprio país e perceber qual aquele que melhor se adequa ao orçamento proposto.
Preparar a viagem
Orçamento – Não considere somente o custo da passagem aérea e do alojamento, tenha em conta outras despesas, pelo menos a nível de transportes e alimentação, no caso do regime hoteleiro não ser o de Tudo Incluído. Não se esqueça, por vezes um voo mais caro implica a chegada a junho de 2019
um destino mais barato, em que as outras condicionantes equilibram o investimento feito na passagem aérea. Moeda e pagamentos – Se viajar para fora da União Europeia dê preferência às economias cujo valor da moeda local se encontra abaixo do Euro. Informe-se, também, junto do seu banco relativamente a taxas cobradas nos levantamentos/pagamentos no país a visitar, para perceber se será melhor trocar dinheiro antes de ir ou levantar no local. Lembre-se: evite as caixas de multibanco dos aeroportos que cobram taxas mais altas! Passagem aérea – Se tem uma companhia aérea favorita estude o programa de passageiro frequente e sistema de milhas, para poder beneficiar da compra de bilhetes com milhas acumuladas e através de promoções. À partida as companhias aéreas low cost terão preços mais acessíveis, mas faça as contas de somar antes de fazer a reserva, pois o voo + bagagem + refeição + lugar marcado por vezes resulta num valor mais alto que o de uma companhia aérea de bandeira. Compre a sua passagem, idealmente, com um mínimo de dois meses de antecedência, sendo que os preços vão aumentando com o passar do tempo. Se tiver disponibilidade de calendário, informe-se sobre qual o dia em que é mais barato viajar para determinado local. Considere, também, voos de ligação, mais em conta que os voos diretos.
Dica A reserva da sua viagem será, provavelmente, maioritariamente feita através da Internet. Saiba que os sites de venda de viagens e alojamento conseguem seguir as suas visitas e que os preços aumentam consoante as vezes que visita determinado endereço, pesquisa o mesmo itinerário, considera o mesmo alojamento. Não há grandes soluções para este problema, sendo que o conselho que podemos dar é que pesquise somente quando estiver a considerar realmente reservar a sua viagem. <
Alojamento – Jogue com a matemática para perceber se compensa um voo noturno, em que perde um dia de férias mas tem de pagar uma noite de hotel, ou se o voo da manhã será o mais adequado. Dê primazia a alojamento em locais centrais, com fácil acesso a transportes públicos, o preço inicial pode parecer mais caro, mas no final o que poupar em transportes compensará. Se a sua reserva de alojamento tiver cancelamento gratuito até determinada data, não se esqueça de confirmar antes desse dia se as tarifas baixaram, de modo a poder fazer nova reserva com o preço mais baixo.
Refeições – Esteja atento ao regime de alojamento praticado pelo sítio onde ficará hospedado, se tem direito a pequeno - almoço, a todas as refeições ou mesmo se está tudo incluído. Por vezes, o que paga para ter pequeno-almoço incluído na estadia é mais do que pagaria por uma refeição simples num qualquer café. Considere, ainda, um quarto com cozinha/kitchenette, onde poderia poupar nas refeições. Para a merecida refeição em restaurantes que elegeu visitar, dê primazia ao almoço, com preços mais elevados a ser praticados ao jantar. Atrações – A grande maioria das cidades oferece passes de visita aos seus turistas, numa mescla de entradas gratuitas em museus e atrações, descontos nos transportes públicos ou viagens gratuitas dentro da cidade e descontos em parceiros, incluindo restaurantes de lojas. Na esmagadora maioria dos casos estes passes possibilitam poupar muito dinheiro e aproveitar a cidade em pleno. Pode também estudar os dias de entrada gratuita nos museus, geralmente aos fins de semana. Quando viajar – Tudo depende da sua disponibilidade de férias e do sítio que deseja conhecer. Contudo, o conselho é viajar fora da época alta dos meses de verão, bem como férias alargadas como é o caso da Páscoa. Informe-se, também, sobre qual é, exatamente, a época alta do país que vai visitar, sendo que os períodos não são globais. Pode, também, tentar evitar os meses de maior frio, para ter a oportunidade de viajar somente com uma mala de cabine. < Texto: Sofia Soares Carraca
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> agenda
O que fazer em Ponta Delgada Se está a pensar viajar até São Miguel para assistir às Grandes Festas do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada saiba que a principal cidade daquela ilha tem um sem número de atividades para lhe oferecer. Desde museus, centros culturais e de interpretação, trilhos pedestres, passeios de bicicleta, observação de aves e de cetáceos, mergulho, passando por experiências gastronómicas, Ponta Delgada é mais do que um simples lugar de passagem. Elevada a cidade em 1546, depois de Vila Franca do Campo (primeira capital da ilha) ter sido arrasada em 1522 por um terramoto, Ponta Delgada teve o seu ponto alto no século XIX, muito devido à exportação de citrinos para o Reino Unido e à fixação de comerciantes estrangeiros a partir de 1818, tornando-se a terceira cidade portuguesa em riqueza e número de habitantes. Posição que viria a perder no decorrer dos anos, permanecendo no entanto, a mais importante do arquipélago dos Açores. O seu nome deve-o, segundo reza a história, por estar situada “junto a uma pedra de biscouto, delgada e não grossa como outras da ilha, quasi raza com o mar”, como explica o historiador micaelense Gaspar Frutuoso no seu livro “Saudades da Terra”, datado do século XVI. Com 24 freguesias, o concelho de Ponta Delgada permite que possa ficar alojado tanto na cidade como nas freguesias rurais. Vai encontrar desde unidades hoteleiras com classificação de cinco a três estrelas, passando por hostels, alojamento local ou, como aqui já referimos, alojamento rural. O que não deve descurar também é a gastronomia. Restaurantes, tascas, bares, são vários os locais onde pode e deve provar algumas das iguarias da região, como a Massa Sovada ou o Bolo Lêvedo, as caldeiradas, os mariscos como as lapas, o chá da Gorreana, as sopas do Espírito Santo, o ananás, o queijo, entre tantas outras coisas. Se quiser levar um “souvenir” também é fácil de encontrar nas várias lojas de artesanato e gourmet espalhadas pela cidade, mas pode também visitar o Mercado da Graça, que, construído em 1848, continua a oferecer uma grande variedade de produtos regionais, tornando-se num dos locais turísticos mais visitados. Mas já que está pela cidade, não deixe de dar a volta à ilha, porque vale mesmo a pena. Encontra locais paradisíacos a cada esquina, escondidos pelo verde da floresta ou pelas belas hortênsias que pintam a paisagem em tons de azul e branco. <
HOUSES IN PICO
Pure relaxation in Pico nature
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11 a 14 de julho
em Ponta Delgada
XVI Grandes Festas do Divino Espírito Santo De 11 a 14 de julho todos os caminhos vão dar a Ponta Delgada, em São Miguel, nos Açores. O motivo é só um e todos os anos “arrasta” milhares de pessoas até à Praça Gonçalo Velho Cabral, nas Portas da Cidade, para assistirem e participarem naquela que é considerada uma das principais festas cristãs e que este ano vai já na sua 16.ª edição: as Grandes Festas do Divino Espírito Santo.
E
sta é uma tradição que acabou por se perder na década de 80, mas que a partir de 2004 viria a ser retomada pela Câmara Municipal de Ponta Delgada, em colaboração com as 24 freguesias deste concelho e das suas várias mordomias, tornando-se também um cartaz turístico
O que visitar em São Miguel Desde a famosa Lagoa das Sete Cidades, passando pela plantação de chá da Gorreana, as Furnas onde pode comer o cozido, o Parque Terra Nostra com as suas águas quentes, a Ponta da Ferraria com as suas termas, tudo merece uma visita demorada, misturando-se com as gentes açorianas, os seus saberes e vivências. E se não conseguir ver tudo de uma só vez, recoloque na agenda nova visita, porque haverá sempre algo novo a descobrir neste arquipélago mágico. <
para a região, com aquele que é considerado o maior cortejo etnográfico dos Açores, percorrendo a avenida Infante D. Henrique até ao Campo de São Francisco durante cinco horas. Grupos de foliões, carros de bois, grupos folclóricos, carros alegóricos que contam
passagens do dia a dia do povo açoriano que já não existem e bandas filarmónicas enchem as artérias principais de Ponta Delgada, dando cor e animação. Partilha e solidariedade estão na base destas festas que ilustram a vivência do povo, onde filhos da terra, mas também junho de 2019
açorianos provenientes das outras ilhas, turistas nacionais e estrangeiros se reúnem junto das Portas da Cidade para receberem gratuitamente a massa sovada e um copo de leite. Ou ainda as tão famosas sopas do Espírito Santo confecionadas todos os anos no Coliseu Micaelense por voluntários, com a carne, o repolho e o pão e distribuídas a partir do meio-dia de sábado, 13 de julho, no Campo de São Francisco. Um dos momentos altos destas Festas é também a grande Coroação dos Impérios do Espírito Santo do Conselho de Ponta Delgada, que concentra 97 coroas e 107 bandeiras e que percorre as ruas
junho de 2019
decoradas com flores do centro histórico no domingo à tarde, passando pelo Campo de S. Francisco, rua Luís Soares de Sousa, Largo Dr. Manuel Carreiro, av. Infante D. Henrique, rua da Fonte, rua Ernesto do Canto, rua dos Mercadores e Praça do Município. De destacar ainda o Quarto do Espírito Santo, que todos os anos pode ser visitado no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Ponta Delgada. Este quarto pensado em honra do Divino Espírito Santo é decorado com vários adornos e flores, “guardando” sempre uma surpresa para quem o visita. A abertura do quarto está agendada para a sexta-feira, dia 12 de julho.
As festas, no entanto, arrancam no dia 11 de julho, a partir das 20h00, com a inauguração de uma exposição, seguida pela Conferência Inaugural na Igreja Matriz de São Sebastião e um Concerto por volta das 22h00, no mesmo local. Na sexta-feira, dia 12 de julho, as atenções voltam-se para a Mudança da Bandeira do Divino Espírito Santo pelas 20h00, que segue do Centro Municipal de Cultura até aos Paços do Concelho. Destaque ainda para o Desfile da Charanga dos Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada, para a Abertura do Quarto do Espírito Santo que aqui já lhe demos conta, para o Concurso de Massa
Sovada, a Bênção da despensa do Espírito Santo, a Arrematação da massa e do pão e a abertura dos quiosques de solidariedade social e do bazar de artesanato. Já no sábado, dia 13 de julho, não deixe de assistir ao Cortejo Etnográfico das 24 freguesias do Concelho, a partir das 15h00, na avenida Infante D. Henrique. Durante os quatro dias destas XVI Grandes Festas do Divino Espírito Santo haverá ainda lugar para concertos, cantigas ao desafio, entre outras atividades. < Texto: sandra martins pereira
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> agenda
EVENTOS E ESPETÁCULOS 29 e 30 de junho
Catrapim
29 de junho a 08 de julho
Luso
A Mata Nacional do Bussaco abre portas à 3ª edição deste Festival de Artes para Crianças. O evento deste ano será dedicado à sustentabilidade ambiental e preservação da natureza, com o tema “Floresta Feliz”. Com teatro, música, magia, marionetas, showcooking, malabarismo, palhaços, poesia, pinturas faciais, jogos e muita animação, este festival de entrada gratuita conta com Sónia e as Profissões e Avô Cantigas como cabeças de cartaz.
5 a 7 de julho
FACAL
Almodôvar A cultura popular, artes e ofícios tradicionais, gastronomia, atividades económicas e sociais de Almodôvar voltam a ter destaque na XXIV Feira de Artes e Cultura de Almodôvar. São momentos de grande festa, onde não falta a gastronomia apaladada, as tradições e animação cultural da região.
5 a 14 de Julho
Festival do Pão Mafra
O Festival do Pão regressa ao magnífico Jardim do Cerco, junto ao Palácio Nacional de Mafra, como uma montra da identidade saloia. Dá a oportunidade de saborear produtos gastronómicos endógenos, de conhecer o artesanato, música, dança e tradições do território, de “pôr a mão na massa” e confecionar o delicioso Pão de Mafra. O evento conta com um cartaz de animação onde figuram nomes como Top Genius – Nuno Markl e Vasco Palmeirim, Bárbara Bandeira, Olavo Bilac e Katia Guerreiro.
5 a 20 de julho
Walk&Talk São Miguel
O 9º Walk&Talk conta com mais de meia centena de artistas, coletivos e curadores. Apresenta dezenas de projetos inéditos que cruzam arte, dança, performance, arquitetura, design, cinema e música e constrói um novo pavilhão temporário, com o projeto Artworks & GA Studio. O programa gira em torno de circuitos de arte, que se estendem a diversos espaços da ilha, acolhe residências artísticas, exposições, espetáculos, concertos, conversas, iniciativas dedicadas ao conhecimento e eventos paralelos. <
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Festa dos Tabuleiros
A grande festa de Tomar De quatro em quatro anos Tomar presenteia-nos com a mais icónica Festa do Espírito Santo do país, que tendo como símbolo o Tabuleiro é conhecida como a Festa dos Tabuleiros. É altura em que o Centro Histórico da cidade ganha novas cores e formas, de animação cultural pelas ruas e de cortejos que decorrem em diferentes ocasiões, com culminar no mais esperado, o Cortejo dos Tabuleiros.
E
m 2019 contamos novamente com a Festa dos Tabuleiros em Tomar. É um evento a não perder! A partilha está na essência destas festas, que são uma celebração única das Festas do Espírito Santo. Aqui a diferença é a forma como o pão das promessas é transportado. Surgem, então, os Tabuleiros de Tomar à cabeça de centenas de mulheres da terra. Tabuleiros inspirados na Janela do Capítulo do Convento de Cristo. Colunas em movimento da catedral viva do Espírito Santo. O Grande Cortejo dos Tabuleiros é o momento mais aguardado, mas muitos outros existem. Todo o Centro Histórico de Tomar, e algumas zonas da “Cidade Nova”, na outra margem do Rio Nabão, encontram-se primorosamente decoradas, com projetos desenvolvidos ao longo de meses. São ruas inteiras decoradas, através da produção de milhões de flores de papel. Cada rua, uma obra de arte, com diferentes temas que são mantidos em segredo até à sua abertura oficial, a 4 de julho. O programa cultural de 2019 inclui diversas exposições, música em vários pontos da cidade, o 35º Festival Nacional de Folclore e grandes espetáculos musicais. A grande festa começa no domingo, 30 de junho, com o Cortejo dos Rapazes, que se assemelha ao Grande Cortejo, com trajes, símbolos e tabuleiros, mas é composto por crianças. Na sexta seguinte é tempo de Cortejo do Mordomo, com os Bois de Espírito Santo adornados com colares e brincos de flores,
30 de junho 4 de julho 5 de julho 6 de julho 7 de julho 8 de julho
10h00 – Cortejo dos Rapazes 20h00 – Abertura das Ruas Ornamentadas 18h00 – Cortejo do Mordomo 10h00 – Cortejos Parciais dos Tabuleiros 13h00 – Exposição dos Tabuleiros 14h30 – Cortejo dos Jogos Populares 15h00 – Jogos Populares 09h30 – Cortejo de Coroas e Pendões do Espírito Santo 16h00 – Grande Cortejo dos Tabuleiros 10h00 – Distribuição do Bodo ou Pêza
acompanhados por foguetes, gaiteiros e banda de música. No dia que se segue há Cortejo dos Jogos Populares e a final destes jogos, como serrar o tronco, corrida de sacos e de púcaros, subida ao mastro e tanto mais, em que se batem as 11 freguesias de Tomar. Domingo é o dia da grande festa, do Cortejo dos Tabuleiros. Neste dia há fanfarra de bombos, gaitas e foguetes, há Pendões do Espírito Santo e Coroas do Imperador e Reis e, claro, há centenas de pares que transportam os tabuleiros. Este ano o cortejo contará com mais de 700 mulheres das diversas freguesias do concelho que ao longo de quatro horas percorrerão 5Km. Os tabuleiros têm a altura das mulheres que os carregam à cabeça, são constituídos por 30 pães enfiados em cinco ou seis canas, que partem de um cesto de vime ou verga, rematado por uma coroa com a Pomba do Espírito Santo ou Cruz de Cristo.
Grandes concertos
A partir das 22h30, o Estádio Municipal de Tomar recebe Blaya e Wet Bed Gang a 5 de julho, Os Azeitonas e Quinta do Bill a 6 de julho, Banda FH5 e Rui Veloso a 7 de julho, e Tomar-lhe o Gosto e Ana Moura a 8 de julho. Os bilhetes diários têm o custo de 8€, com o passe a custar 25€, preços que a partir do dia 16 de junho sobem para 10€ e 30€, respetivamente. < A festa termina com a distribuição do Bodo ou Pêza, a refeição sagrada que consta da partilha do pão, da carne e do vinho das adegas do concelho aos mais necessitados. É uma comitiva constituída por banda musical, Mordomos e os carros do pão, vinho e carne, que percorre novamente as ruas de Tomar a distribuir estes bens. < Texto: Sofia Soares Carraca junho de 2019
6 a 14 de julho
EVENTOS E ESPETÁCULOS Até 27 de setembro
Bienal de Helsínquia Helsínquia
É na Ilha de Vallisaari, localizada ao largo da capital finlandesa, que nasce uma nova bienal de arte contemporânea. Será uma plataforma que comunica a diversidade e dinâmica da cena artística moderna da Finlândia, estabelecendo ligações com artistas internacionais. Aposta na inovação e pretende mostrar tudo o que é novo, centrando-se numa vertente sustentável de mostrar arte.
14 a 26 de junho
Bachfest Leipzig
San Fermín
A grande festa à espanhola Todos os anos, a meados de julho, a palavra “Fiesta” escreve-se com maiúscula em Pamplona. É tempo de Sanfermines! Ao meio-dia de 6 de julho rebenta o “chupinazo” e toda a cidade se converte numa explosão de vida, pintada a branco e vermelho, cores envergadas por milhares de visitantes que a inundam por estas alturas. As ruas transformam-se numa mostra de fraternidade e alegria, sempre com bom ambiente, tantas vezes regado a chocolate com churros.
E
m 1926, Hemingway dedicou páginas do seu livro “Fiesta, O Sol Sempre Nasce”, a esta celebração e, desde então, se tornou famosa mundialmente. É conhecida maioritariamente pelas corridas de touros pelas ruelas da cidade, os encierros. Segundo o escritor, estes momentos são “um espetáculo capaz de fazer com que alguém se levante da cama às cinco e meia da manhã durante oito dias seguidos”. Todos os dias, de 7 a 14 de julho, às oito da manhã disparam foguetes que ressoam pelo coração de todos os presentes e abrem-se as portas dos Currais de Santo Domingo. Os touros saem em manada, para perseguir a trote todos os que se encontrem em seu caminho, ao longo de 825m, até à praça de touros. Qualquer um pode ser corredor, desde que devidamente inscrito, e as motivações são muitas, da devoção à promessa. Os encierros são o momento que move multidões até Pamplona, mas muitos são os motivos para participar nesta festa, que apresenta um programa cultural rico. A Festa de San Fermín é a junção de três eventos, o dia de San Fermín, uma feira de antiguidades e as touradas. Quando “chupinazo” é lançado da varanda do Ayuntamiento de Pamplona “es tiempo de fiesta!”. Celebra-se com champanhe, serpentinas, balões e vinho que se atira aos céus. Depois dos encierros há touradas na praça, a que junho de 2019
A emoção dos encierros Toda a emoção das corridas de touros pelas ruas de Pamplona dura entre três a quatro minutos. É este o tempo que levam a chegar à Praça de Touros Monumental de Pamplona. Para que todos estejam a par, um foguete marca o início da corrida, um segundo a entrada dos touros, o terceiro a chegada à praça e por fim um último que assinala a entrada dos touros nos curros. As ruas enchem-se de corajosos e as janelas de curiosos. Ouvem-se os passos rápidos da corrida, os cascos dos touros a bater no chão e o canto em uníssono: “Viva San Fermín! Gora San Fermín!”. Se quiser usufruir da vista privilegiada das varandas sobre a rua da corrida necessita marcar lugar com antecedência. Se a sua vontade é participar num encierro, deve informar-se devidamente de como é participar nas corridas antes de se inscrever. Para participar é necessária a comparência na porta da Plaza Consistorial, pelas 7h00. É obrigatório ter mais de 18 anos e apresentar-se bem dormido e sem álcool no sangue. É aconselhável vestir roupa e sapatos confortáveis e se cair na corrida não se levante e siga as indicações dos pastores. <
08h00 Corrida de touros de 7 a 14 de julho 09h30 Desfile de gigantes e “cabezudos” de 7 a 14 de julho 17h00 Desfile de gigantes e “cabezudos” a 6 de julho 23h00 Espetáculo pirotécnico no Parque de la Ciudadela de 6 a 14 de julho 24h00 “Pobre de Mi” na Plaza Consistorial a 14 de julho
O Festival de Bach, ou Bachfest Leipzig, é um dos eventos de música clássica mais aclamados da Alemanha. Durante o festival a obra de Bach é interpretada por músicos de renome internacional, em concertos na Igreja de São Tomás. Este evento, que vem a ser celebrado desde 1902 naquela que é conhecida como a “Cidade da Música”, é uma ode à vida e obra de Johann Sebastian Bach.
24 de junho
Dia de São João Florença
São João Baptista é o santo padroeiro da cidade de Florença, que anualmente o celebra com gosto. No Dia de São João são organizados diversos eventos culturais e tradicionais, que culminam com o espetáculo pirotécnico “i fochi di San Giovanni”. Durante o dia há uma procissão, passeios de barco pelo Arno, música e comes e bebes e o jogo final do Calcio Storico Fiorentino.
1 a 14 de julho
Wimbledon Londres
se segue um cortejo de gigantes, cabezudos, kilikis e zaldikos. Há bailes e festa nas ruas, procissões e momentos de devoção. Diariamente, às 6h45 passa La Pamplonesa, a banda de música municipal que mostra que há festa a qualquer hora e anima os mais madrugadores, ou aqueles que ainda não foram dormir. Durante a semana de San Fermín a música inunda as ruas de Pamplona, nasce uma feira popular no recinto da feira e todas as noites, pelas 23h00, os céus são adornados com as cores e luzes de espetáculos piromusicais. O dia 14 é marcado pela despedida. Pela noite, iluminada por velas, canta-se “pobre de mi, pobre de mi, que se han acabado las fiestas de San Fermín”. < Texto: Sofia Soares Carraca
O Torneio de Wimbledon é o mais antigo torneio de ténis do mundo, com origem em 1877, e ainda hoje um dos que se gaba de maior prestígio a nível mundial. É o único do conjunto dos quatro torneios do Grand Slam onde os torneios são disputados nos courts de relva, do All England Club, e todo o ambiente que abraça o evento transborda o mais puro “posh” britânico.<
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> na montra
A diversidade das praias do nordeste brasileiro Port
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unas, falésias, praias extensas ou recortadas, pequeninas, intimistas, de areias coloridas, rodeadas de palmeiras ou recifes. Praias urbanas ou em ilhotas a que se acede em barcos mais ou menos pequenos, praias de mar aberto e com ondulação ou de águas tão calmas que quase são lagoas. No nordeste brasileiro, a diversidade é tanta que muito dificilmente não achará uma que encha as suas “medidas”. Na Bahia há praias mil, a começar pelas urbanas em que há um nome famoso: Itapuã, a pouco mais de 20km de Salvador, lugar mágico imortalizado por Vinícius de Moraes. À beira de um bairro boémio e chique, em Itapuã as praias têm recifes, lagoas, piscinas naturais e coqueiros. Além da praia que leva este nome, há outras como a do Flamengo, Stella Maris ou Catussaba, a merecerem visita. Para norte, a incontornável Costa dos Coqueiros junta, em 193Km de litoral, algumas das praias mais procuradas, caso de Guarajuba, onde as ondas convidam ao surf mas não faltam trechos protegidos por recifes. Bem perto está a belíssima Praia do Forte, que muitos denominam de resort a céu aberto. Fica a cerca de 80Km de Salvador e para muitos é a melhor zona de praias baianas, local onde o ecoturismo é levado muito a sério e onde a existência de uma vila típica redobra a sedução. Em beleza, esta praia de 12Km tem muita concorrência, como Imbassaí e Costa do Sauípe, na Costa dos Coqueiros ou, na Costa do Cacau, no
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litoral sul do estado, onde ninguém consegue fugir à beleza rústica de Itacaré, à magia de Ilhéus com cheiro a cravo e canela, ou Una, nas proximidades da sofisticada mas paradisíaca ilha de Comandatuba, onde se consegue um contacto muito próximo com a natureza.
Porto de Galinhas e muito mais No litoral pernambucano as praias têm águas esverdeadas e mornas, piscinas naturais, coqueirais e vastas zonas de recifes. Porto de Galinhas, por várias vezes eleita a melhor praia do Brasil, é um nome incontornável, pela infraestrutura que oferece como pela qualidade e diversidade das suas praias. Porto, como a denominam os nativos, é um verdadeiro resort onde toda a família acha facilmente o que fazer. A menos de 60Km de Recife, capital do estado, o ex-libris de Porto são as piscinas naturais de
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águas cristalinas, mas as praias estendem-se ao longo de 18Km, todas diferentes entre si, umas marcadas pelos manguezais, outras envolvidas por coqueirais, outras famosas por serem reserva de cavalos-marinhos. A não perder bem próximo a Porto está Muro Alto, famosa pela faixa de recifes e corais que as pequenas ondas vão galgando à medida que a maré vai enchendo, permitindo uma piscina natural que muito agrada a miúdos e graúdos. Cabo de Santo Agostinho, também nas proximidades de Porto e Praia dos Carneiros, um hino às piscinas naturais, são outras que não deve perder.
Ceará de leste a oeste Rume-se bem mais para norte e “aterre-se” no Ceará, onde os dias são mais quentes e onde não há litoral norte e sul mas sim leste, marcado por falésias e oeste marcado por dunas. Por aqui, as praias urbanas são boas
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para se estar, todas com ótimos apoios, alguns pertencentes a hotéis, como acontece na Praia do Futuro, a escassos 10Km de Fortaleza, capital do estado. Considerada uma das melhores praias cearenses, o Cumbuco (litoral oeste, a 23Km de Fortaleza) tem tudo para satisfazer os turistas. Orlada por dunas, de mar aberto e às vezes agitado, é um paraíso para os amantes de kitesurf mas não se pense que a região não tem mar calmo, porque tem, como tem lagoas que parecem chamar-nos incessantemente, como a do Cauipe, onde se pode colocar uma cadeirinha na borda de água e ir ficando por ali. Se há dunas há passeios de buggy, com e sem emoção, em rotas que levam até belíssimas lagoas de águas calmas, algumas mesmo em plenas praias. E para quem gosta de praias pouco povoadas, a da Lagoinha é uma bela sugestão. No litoral leste, zona de falésias, Canoa Quebra é incontornável – uma praia que tem como logótipo uma lua com uma estrela. Canoa é linda e seduz, tem um não sei quê a que não se consegue ficar indiferente. Praia festeira e notívaga, merece pelo menos uma visita nem que seja em “bate e volta” como dizem os brasileiros. Fica bastante mais longe mas não se pode falar de praias cearenses sem falar de Jericoacoara, ou apenas Jeri, que já foi considerada uma das mais belas praias do mundo. Gostosa pela vila, pela rusticidade e pela beleza do seu pôr do sol, o único “senão” é a distância, já que fica a mais de 300Km de Fortaleza. <
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Bahia, Pernambuco e Ceará são três dos nove estados do nordeste brasileiro, destino de praias por excelência. Desde as mais urbanas às mais intimistas, desde as mais turísticas às mais isoladas, praias não faltam e a dificuldade está na escolha.
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Nome: ___________________________________________________________________________________________________ E-mail: ___________________________________________ Empresa: _____________________________________________________________ Morada: ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ C. Postal: ___________________________ Telefone: __________________________________________ E-mail: ___________________________________________________ Contribuinte: _____________________________________________ Data: ___________________________________ Assinatura anual: 13,80e Continente e Ilhas (12 edições) 9,00e – inclui 6% IVA Portes de envio: 4,80e isento de IVA
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Desfrute do brunch no Wydham CampoReal Lisboa No primeiro domingo de cada mês o Restaurante Grande Escolha do Dolce by Wyndham CampoReal Lisboa serve um Brunch de Domingo, entre as 12h00 e as 16h00. O chef Rui Fernandes criou um menu especial para o brunch que conta com uma seleção de padaria e pastelaria caseira, saladas, queijos e enchidos e uma seleção de petiscos tradicionais, bem como pratos quentes, uma zona dedicada ao peixe e marisco e uma zona para os mais novos. <
Dê as boas-vindas ao verão no Penha Longa
Aproveite a praia no Pine Cliffs Resort Uma nova experiência de praia aterrou no areal da Praia da Falésia. Depois de uma remodelação, o recém-inaugurado Maré at Pine Cliffs promete ser um dos melhores espaços deste verão. Conta com um novo espaço e um novo serviço, o Beach Buttler no Sundeck. Aberto até outubro, conta agora com um segundo piso, o Sundeck, com refeições ligeiras, bebidas refrescantes e cocktails, que podem ser desfrutados em camas balinesas ou espreguiçadeiras. Em qualquer das hipóteses pode contar com uma toalha, garrafa de água, fruta fresca e chef delighters, com a oferta também de uma garrafa de vinho se optar pelas camas balinesas. <
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