n Setembro de 2017 n Mensal n Nº 856 n Ano XXXII n Preço 5€ n Director José Luís Elias
| A informação para os profissionais do Turismo |
Eleições na APAVT Pedro Costa Ferreira candidato único Em Portugal Mercado brasileiro consolida sexta posição AHRESP Lançada Rede de Restaurantes Portugueses no Mundo
António Loureiro
Director-geral da Travelport em Portugal
Travelport a comemorar 25 anos em Portugal
>abertura Turismo mundial
Mais 36 milhões de turistas no primeiro semestre Nos primeiros seis meses deste ano, os destinos turísticos receberam, em todo o mundo, 598 milhões de turistas, mais 36 milhões que no mesmo período do ano passado. O índice e crescimento foi de 6%, o mais elevado dos últimos sete anos para este intervalo de tempo, segundo dados do Observatório OMT do Turismo Mundial. TEXTO: FERNANDA RAMOS
“ Em 1º lugar
está o conforto.
”
Rodrigo
U
m total de 598 milhões de turistas, OMT destaca ainda a subida de 9% registada pela mais 36 milhões que no primei- região do Médio Oriente, que justifica pela “conro semestre do ano passado, num tinuação do crescimento de muitos destinos da aumento homólogo de 6% – estes zona, aliado a um considerável ressurgimento de são os dados, ainda provisórios do destinos que em anos anteriores tinham estado Turismo Mundial de Janeiro a em grande quebra, caso da Turquia, Junho deste ano. Este é tamdo Egipto e da Tunísia. bém o maior crescimento dos Tomando o mês de Junho de últimos sete anos, período em forma isolada, já início de épo1º Semestre 2017 que o turismo mundial tem • Chegadas internacionais: ca alta em muitos destinos, as crescido a uma taxa em torno 598 milhões (+6%) chegas internacionais registados 4%. O forte crescimento • Médio Oriente: +9% ram um aumento homólogo de registado em muitos destinos • Europa: + 8% 8% na Europa Setentrional, 6% e a continuidade de recupera• África: +8% na Europa Ocidental e 4% na ção de outros que tinham pro• Ásia-Pacífico: +6% Europa Central e Oriental, bem tagonizado quebras em anos • Américas: +3% como na África Subsaariana. anteriores, são algumas das O crescimento mais destacado razões apontadas no Barómepertenceu, no entanto, à Ásia tro OMT do Turismo Mundial Meridional, com +12%. para os bons resultados para este primeiro se- De acordo com as conclusões do Barómetro, o mestre, período que, habitualmente, representa aumento das chegadas internacionais no pricerca de 46% do total e chegadas internacionais meiro semestre deste ano foi impulsionado pela a cada ano. procura de mercados turísticos emissores como Todas as regiões do mundo apresentaram cresci- o Canadá, a China, a República da Coreia, Espamentos face ao ano passado que foram “coman- nha, Estados Unidos, França e Reino Unido que dados” pelo Médio Oriente, onde o número de aumentaram em muito os seus gastos turísticos chegadas internacionais registou uma evolução no exterior. A OMT faz também notar a recupehomóloga positiva de 9%. Europa e África apre- ração dos mercados emissores do Brasil e da Fesentaram subidas de 8%, seguidas da região da deração Russa. Ásia e Pacífico, que cresceu 6% e, por fim, das “O primeiro semestre de 2017 mostra um cresAméricas, com um aumento de 3%. cimento saudável num mercado turístico que é Em destaque no semestre estiveram os desti- cada vez mais dinâmico e resiliente, incluindo nos mediterrânicos, com a Europa Meridional uma forte recuperação em alguns dos destinos e Mediterrânica a apresentar crescimentos de que o ano passado se viram afectados por pro12%, mesmo assim abaixo da África Setentrio- blemas de segurança”, sublinha a propósito Taleb nal, onde foram atingidos +16%, apesar de neste Rifai, secretário-geral da Organização Mundial caso a base comparativa ser muito mais baixa. A do Turismo. <
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>editorial “O tempo é um rio... e os livros são barcos. Muitos volumes navegam por essas águas e acabam naufragados e irremediavelmente perdidos em suas areias. Pouquíssimos são aqueles que suportam os rigores do tempo e vivem para abençoar as épocas futuras”. Dan Brown
> Um Verão de águas agitadas
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José Luís Elias, Director joseluiselias@turisver.pt
Turisver
nosso turismo, se nos últimos tempos tem andado por algumas águas agitadas é porque os fluxos turísticos internacionais, a que em especial nas épocas altas se junta o turismo interno, têm apresentado crescimentos muito acima dos expectáveis até há poucos anos. A hotelaria está com ocupações elevadas, tornando escassa a mão-de-obra qualificada disponível no mercado e levando a que alguns fornecedores, em especial outsorcings, tivessem roturas de fornecimentos que os hotéis tiveram de saber gerir. Por outro lado, alguns dos locais mais procurados pelos turistas, como o Algarve, Lisboa e Porto, tiveram problemas pontuais com o excesso de pessoas. No Algarve o trânsito mostrou-se caótico e os restaurantes e outros serviços tiveram filas na maior parte dos dias de Verão, situação que se viveu também em Porto Santo, com a agravante de estarmos a falar de um pequeno território. As duas maiores cidades portuguesas tiveram os seus mais emblemáticos museus e monumentos com filas de horas, as zonas ribeirinhas apinhadas de turistas, a par de um crescimento de furtos a turistas porque as aglomerações são propícias a este tipo de acontecimento. São as dores de crescimento, é verdade, mas são também situações negativas que advêm de uma situação positiva – o aumento do turismo – a que os responsáveis têm de estar atentos para que sejam corrigidas o mais célere possível. Na “vida interna” do sector as águas agitaram-se este Verão perante a possibilidade de uma disputa eleitoral na Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) com o anúncio das candidaturas de Pedro Costa Ferreira, actual presidente, e Miguel Quintas como opositor. Mesmo no seio associativo, uma disputa eleitoral terá que ser sempre vista como positiva e um acto de democracia participativa, mas o que terá provocado a agitação e motivado os mais variados comentários, terá sido alguma agressividade colocada por Miguel Quintas em declarações públicas contra a candidatura adversária e a criação de uma linha divisória entre grandes e pequenas agências de viagens. Esta orientação seguida por Miguel Quintas terá afastado alguns apoiantes à sua candidatura, muito por força da necessidade que as empresas têm de não extremar posições que podem ter implicações negativas nos negócios com parceiros. Miguel Quintas veio recentemente retirar a sua candidatura, pelo que a questão da disputa eleitoral para os corpos sociais da APAVT está encerrada. Para terminar o Verão e as águas continuarem mexidinhas, surgiu a situação de o presidente do Turismo de Portugal estar envolvido numa sociedade de que detém 15%, de uma empresa de alojamento local. Apesar de tudo parecer estar dentro da legalidade, como se pode ler na reportagem do jornal Público, este diário não se furtou a empolar o “caso”, com o grande destaque de primeira página a dar a entender que alguma coisa de nefasto se passava. Um quase não assunto que não deixou por certo de causar mal-estar ao próprio mas também ao sector que reconhece em Luís Araújo competência nas funções que desempenha.<
Medalha de Prata de Mérito Turístico do Governo Português DIRECTOR: JOSÉ LUÍS ELIAS • PROPRIEDADE E EDITOR:
//O Turismo Religioso está a crescer de forma significativa em Portugal, fruto de um trabalho continuado de vários anos. Já longe vai o tempo em que os empresários turísticos ligados a este segmento estavam isolados no trabalho de o promover, como se demonstra com a representação turística organizada que recentemente esteve na Coreia do Sul.
Medalha de Prata da APAVT de Mérito Turístico
EDITORA, LDA. • NIPC 504 651 757 • SEDE (ADMINISTRAÇÃO REDACÇÃO E PUBLICIDADE) RUA DA COVA DA MOURA, Nº 2, 2º
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SETEMBRO SETEMBRO DEDE 2017 2017| |TURISVER TURISVER
>entrevista António Loureiro – director-geral da Travelport em Portugal
“Uma das grandes diferenças entre nós e a concorrência é a latitude de decisão” TEXTO: JOSÉ LUÍS ELIAS
Primeiro foi Galileo, hoje é Travelport mas somado, a empresa está a comemorar 25 anos em Portugal, os mesmos que António Loureiro, actualmente director-geral da Travelport em Portugal, leva nela. Quisemos assinalar estas “bodas de prata” com uma entrevista a António Loureiro e um dos objectivos desta conversa foi saber de algumas mudanças que este quarto de século acarretou.
T Portugal?
urisver – Como é que podemos resumir, em apenas algumas palavras, os 25 anos da Galileo / Travelport em
António Loureiro – Apoio, ouvir e agir, sem fanfarronices sobre narrativas e assentando tudo em factos. Começando pelo primeiro, como é que pode ser definido o apoio que deram ao sector? Podia dizer que temos dado apoio a vários níveis, mas para início de conversa saliento aquele que, quanto a mim, foi o mais importante: por um lado, o de termos tido a coragem de identificar que, a partir de determinada altura já tinham sido feitos os investimentos todos para
se poder ter a distribuição alicerçada em canais de alta velocidade, e esse investimento ter sido todo feito através de nós e, por outro lado, o de termos tido a coragem de transferir para o agente de viagens a responsabilidade da parte da negociação que estava contida nos contratos que fazíamos há 20 anos. Esta era uma faca de dois gumes porque deixávamos de ter um valor muito atraente numa negociação global que permitia ter ganhos também nessa actividade mas, por outro lado, sabíamos que estávamos a cercear um pouco a capacidade de crescimento das agências de viagens nesse tipo de distribuição. Devolver essa capacidade de negociação foi um risco que à altura não terá sido totalmente calculado – seria muito mais fácil continuarmos nesse tipo de negócio – mas corre-
mos este risco porque queríamos evoluir em termos de plataforma e em termos de serviços, e queríamos também deixar que fosse o agente de viagens a tomar as suas próprias decisões relativamente ao grau de sofisticação que quisesse na distribuição sem estar condicionado por fazer ou não os famosos segmentos que lhe permitissem crescer ou não nessa actividade. Ao contrário de outros, abandonámos essa prática porque achámos que não era benéfica para nós, ou melhor, continuaria a ser benéfica durante mais algum tempo mas depois iria condicionar a nossa capacidade de crescimento. Há pouco tempo alguém me dizia que grande parte da profissionalização dos agentes de viagens nas agências se deveu à Galileo / Travelport. É correcto?
Deveu-se e continua a dever-se porque não podemos esquecer que na componente de evolução técnica este ano temos 1.600 cursos privados e estamos em 142 escolas. Há dois anos começámos a fazer o trabalho de passar para as escolas o famoso Computer Based Training, um curso pré-formatado que foi introduzido primeiro nas Universidades porque pelo seu grau de complexidade, temos primeiro que formar os docentes, ou seja, estamos a formar formadores para que no final dos cursos superiores possamos ter técnicos de turismo perfeitamente graduados e identificados com as plataformas. Na Península Ibérica conheço muito poucas organizações que façam isto porque acreditam que os sistemas próprios das agências de viagens absorvem toda a capaci-
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>entrevista
“Ajudamos os nossos fornecedores a terem o melhor produto possível e as melhores condições possíveis de venda, mas quem tem que operar são as agências de viagens e por isso elas têm um grande peso para nós”
dade de conhecimento, o que não é verdade. Quem souber manusear um sistema de distribuição global tem uma vantagem acrescida sobre aquilo que é pré-formatado à partida de uma grande agência que tem um desktop próprio.
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25 ANOS DE EVOLUÇÕES
O que é que evoluiu tecnologicamente de forma mais significa nestes 25 anos? Deixe-me começar pela NDC, a famosa National Distribution Company da IATA. A primeira vez que esse organismo apareceu, o que estava escrito era que nós tínhamos cristalizado, que não tínhamos conseguido evoluir no sentido de dar às companhias aéreas a capacidade de evolução que elas necessitavam para distribuírem os seus produtos. Quatro anos volvidos – sublinho que são quatro anos –, nós automatizamos a Merchandising Platform que conferia essa capacidade às companhias aéreas e assinámos com 200 companhias aéreas acordos de plataforma de merchandising, ou seja, tínhamos à sua disposição todas as ferramentas que elas se queixavam que não conseguiam ter. A verdade é que dessas 200, acredito, numa estimativa meramente pessoal, que nem 100 implementaram nada do que diziam que iam implementar, primeiro por falta de conhecimento, segundo por falta de estratégia, terceiro por “bazófia” nunca fundamentada. Chegámos ao paradigma de ter 200 companhias aéreas instaladas em 6
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que nem as agências de viagens que estavam ávidas de vender essas soluções, nem as companhias aéreas que tinham assinado esses acordos, percebiam bem o que queriam vender e como é que queriam vender. Ou seja, começámos a chegar à conclusão que pedem sem saber o quê, para quê ou como. No caso português, quando a TAP, e bem, mudou a sua política para branded fares, viu-se a verdadeira dimensão do que estamos a falar em termos de evolução do Smartpoint, que é a única forma de informar o cliente de tudo o que está contido nas branded fares de uma companhia aérea, de uma forma absolutamente clara. Podem dizer que a companhia aérea pode informar o seu cliente através dos seus sistemas, mas isso não é verdade. A forma de ligação da maior parte dos inventários já um pouco antiquados das companhias de aviação assenta numa forma de conectividade que não lhes permite fazer isso, pelo que a informação fica a meio. Isto provoca que na transição de uma tarifa normal para as branded fares se perca muita informação e algumas companhias aéreas não conseguem dizer aos seus clientes que, por exemplo, determinado custo que não existia na sua forma antiga está reflectido no seu Smartpoint, mas como eles não têm acesso a isso são muitas vezes confrontados com surpresas na altura do embarque porque não lhes foi explicado que as condições da tarifa não são aquelas. Claro que pode ser publicada uma newsletter com essas informações, mas estas não chegam a
todo o mundo e muitos, se calhar a maioria dos clientes, também não as lêem. Deixe-me dizer que foram recentemente publicados os resultados da Travelport no que se refere à implementação e utilização do Smartpoint e Portugal é o país com a maior taxa de implementação a nível mundial desta ferramenta. Isto acontece porque criámos condições para que a actualização dos desktops fosse toda automática, com esforço e sacrifício de muitas horas e de alguns erros que fomos corrigindo. Neste momento estamos claramente à frente de todo o mundo, e na primeira vaga para podermos introduzir qualquer tipo de conectividade porque já sabemos que os agentes de viagens utilizam aquela ferramenta, que é a nossa e que é a mais evoluída – e não estamos a falar de narrativas de quem vem dizer que quem estiver no mesmo sistema da companhia aérea está defendido, o que é totalmente falso e totalmente provocatório relativamente à nossa capacidade de fornecer informação. Eu prefiro estar com um sistema que me diga exactamente o que é que vai fazer do que com um sistema que diga o que a companhia aérea vai fazer. Ao longo destes 25 anos, a evolução tem sido uma constante? Tem. Se recordarmos o congresso da APAVT em Búzios, no Brasil, em que foi defendida a política do tripé, penso que, pela nossa parte, fomos sempre um leal elemento desse tripé. Ajudamos os nossos
fornecedores a terem o melhor produto possível e as melhores condições possíveis de venda, mas quem tem que operar são as agências de viagens e por isso elas têm um grande peso para nós. Humildemente, acho que a medalha de ouro que foi atribuída ao António Loureiro no Congresso da APAVT foi atribuída à Travelport. SABER OUVIR UMA CARACTERÍSTICA DA TRAVELPORT
Outro dos pontos que destacou no resumo destes 25 anos foi o de saber ouvir. Isso significa ouvir o mercado, as agências de viagens, os parceiros, as companhias aéreas? Às vezes em meio de um silêncio ensurdecedor, mas nunca deixámos de ouvir. Pelo facto de termos tido a sorte de eu ser responsável por outros países, criámos sempre um benchmarking natural para vermos as melhores práticas dos outros países. A única coisa que nos falta é termos uma online portuguesa, uma questão que se prende com o facto de não termos capacidade para investir nela e de estar mais ou menos provado que não temos dimensão para termos uma online em Portugal. Pode alegar-se que poderia ser uma online portuguesa mas que tenha sede noutros países e alicerce a sua operação noutros países mas até para isso é preciso know-how e conhecimento e não conseguimos convencer um fundo de investimento quando a base de
nacional. Vocês têm esses dados, muitas vezes com uma grande antecipação face a números que depois são confirmados pelas estatísticas oficiais.
clientes é pequena. Há casos interessantes como o dos gregos que conseguiram fazer onlines, mas o capital não era grego. Há quem diga que este percurso de sucesso da Galileo / Travelport em Portugal se fica a dever também muito à quase ausência de concorrência. Esta é uma apreciação injusta e demasiado simplista? Essa pergunta tem-nos sido feita um milhão de vezes e sabemos que muitos alegam mesmo que estamos num mercado muito condicionado. A esses respondo que não conheço mercado mais condicionado que o de Espanha. A grande diferença tem a ver com os volumes, com as dimensões, enquanto uns se dedicaram a satisfazer necessidades dos Top10 e focaram toda a sua atenção nesse aspecto deixando os restantes praticamente de lado, apenas lhes dando um computador e uma linha, nós nunca nos limitámos a isso, embora agindo também um pouco de acordo com a dimensão das agências – uma agência de viagens muito grande em Portugal não estará ao nível das maiores de outros países porque o número de pessoas a viajar noutros países é muito superior. A nossa grande diferença face à concorrência, quanto a mim, não tem nada a ver com essas narrativas, tem é a ver com o facto de nós solucionarmos problemas com impacto local ou regional, com a criação de soluções independentemente da dimensão do cliente e, muitas vezes, até investindo em soluções do próprio cliente. É verdade que algumas vezes falhámos mas sempre que nos metemos fizemo-lo com o intuito de ajudar, independentemente da dimensão e da credibilidade, ou seja, desde que o projecto nos pareça bom estamos lá para ajudar e com isso deixámos de ser um fornecedor de serviço para sermos um verdadeiro parceiro. TRAVELPORT EM PORTUGAL SEMPRE TEVE UMA GRANDE AUTONOMIA Uma das coisas que fui registando ao longo destes anos foi o significativo grau de autonomia que a Galileo / Travelport sempre teve em Portugal e que terá sido uma fórmula de sucesso. É correcto dizer isto? Absolutamente. Não conheço nenhuma organização em Portugal que tenha recebido tantos prémios como nós, seja por produção, por respostas dos agentes de viagens aos questionários, por funcionalidades ou por produtos criados localmente e que depois são adoptados em toda a rede. Isso confere-nos um
grau de certeza, alicerçado na pessoa do nosso presidente que, como é sabido, foi country manager em Portugal. Pelo facto de termos tido a sorte de o nosso presidente, Gordon Wilson, ter uma capacidade inultrapassável e perceber muito bem a realidade portuguesa, temos sido, de alguma forma protegidos, mas também temos correspondido em termos de resultados. É uma responsabilidade acrescida termos que responder perante quem conhece bem o território nacional, as nossas capacidades e o nosso modus operandi. Outra situação interessante foi a tendência crescente de vocês se inserirem na sociedade, com o vosso apoio e participação na APAVT, a entrada na CTP e nas escolas, relativamente à formação. Ou seja, a Galileo / Travelport não se limitou às lojas ou escritórios das agências de viagens. Essa é uma prática também noutros países? Não. Acho que tudo isto tem a ver com a dimensão, ou seja, quando temos uma rede como a nossa que todos os dias, às 09h00 tem 4.000 computadores a “falar”, seria absurdo não aproveitar essa facilitação de negócios, não evoluir criando market places. Não minto ao dizer que somos normalmente os primeiros a saber se uma determinada agência pretende criar sinergias com outra,
“A nossa grande diferença face à concorrência tem é a ver com o facto de nós solucionarmos problemas com impacto local ou regional, com a criação de soluções independentemente da dimensão do cliente e, muitas vezes, até investindo em soluções do próprio cliente” seja sob o ponto de vista de aquisição ou da melhoria de serviços, porque 80% da vida de uma agência de viagens é feita em frente a uma máquina que tem o nosso software. A diferença é que nós encaramos isso como uma coisa absolutamente natural e, como continuo a ter o sonho de que vou utilizar essa rede para vender também incoming, se não ajudar todas as agências portuguesas a tornarem-se um veículo de incoming, irei reformar-se sem conseguir completar o meu sonho. A coisa mais estranha para mim é ter a noção de que nenhum português entra numa agência de viagens para comprar turismo interno e vou dar a volta a isso. CRIAR UM MARKET PLACE PARA VENDER TURISMO INTERNO A liderança e a dimensão que têm em Portugal, dá-vos uma percepção do turismo nacional e inter-
Nos últimos cinco anos tenho sido convidado para fazer os forecasts daquilo que foi a actividade económica do turismo em termos de reservas a nível nacional e nunca falhei nenhum. Nós temos acesso, ao dia, àquilo que se está a projectar nas agências de viagens, o que cada um vendeu e o que vai vender, uma informação que segmentamos. Há aqui dois objectivos, um da empresa, outro pessoal: o da empresa está muito vectorizado para quem viaja para fora de Portugal, enquanto eu, neste momento, começo a vectorizar-me muito para quem vai viajar dentro de Portugal e penso que rapidamente vamos conseguir conciliar as duas coisas. Como é que vai conseguir que um português que quer fazer férias em Portugal vá a uma agência de viagens? Há que criar um market place em que todos tenham acesso a essa informação ao mesmo tempo e em que ela não esteja compartimentada. Apesar de todos os esforços do Turismo de Portugal, não temos uma plataforma que faça a unificação e disponibilização desse tipo de oferta. Temos Regiões de Turismo fantásticas, a desenvolver trabalhos fantásticos mas não existe uma plataforma comum e as nossas regiões não podem competir entre si, tem que ser o público a fazer a escolha. Num futuro muito próximo, a capacidade de publicar qualquer coisa na net vai ser muito limitada, portanto, o canal de distribuição preferido das Regiões de Turismo tem que ser alguém que possa compartimentar e definir qual a melhor informação e oferta para o cliente. Não concebo que uma agência de viagens consiga dizer quais são os melhores alojamentos da República Dominicana e não consiga dizer quais são os melhores da Serra da Estrela. Isso envolve apenas as agências de viagens ou também os hoteleiros? Envolve toda a gente, ninguém pode ficar de fora, até porque vivemos num país em que a Madeira e os Açores são considerados destinos de outgoing, e não o são. Se me perguntam se o Turismo de Portugal tem feito tudo bem, tenho que responder que não, tal como nós também o não temos feito, por isso há coisas que podem ser melhoradas. Hoje, Portugal tem uma visibilidade bastante grande que lhe permite já transferir parte dela para o turismo interno, mas de
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>entrevista uma forma concertada e sem disputas sobre quem controla a promoção.
acordo do mundo com um fornecedor que ele não me servirá de nada sem o agente de viagens. Enquanto eu estiver à frente da Travelport aqui, os agentes de viagens vão ter que ser sempre respeitados, valorizados e apoiados até à exaustão porque são eles que fazem a grande diferença ente uma classe S e uma classe C.
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Para a tal plataforma de turismo interno também conta muito o facto de o António Loureiro ser um fã incondicional de férias em Portugal? Completamente, até porque temos um país formidável, e quanto mais viajo mais fico certo disso. Temos óptimas infra-estruturas, sem maus exemplos, seja na hotelaria, na náutica de recreio, seja na fantástica gastronomia que nós temos. Tudo isto nos leva muitas vezes a queremos voltar para casa depois de estarmos uns dias fora e leva-nos também a entender porque é que os outros também querem voltar à nossa casa. Estou cansado de ouvir dizer que estamos carregados de turistas, se calhar estamos mas vamos lidando com a abundância e vamos criar mecanismos para o fazer. Gostamos muito de nos criticar uns aos outros na abundância e na provação, aqui há uns anos era porque não havia turistas, agora é porque há turistas a mais… Temos que nos sentar e ver o que podemos fazer com eles. Uma coisa posso garantir: não tiro os pés do meu país para fazer férias porque já visitei os países que são os nossos concorrentes de eleição e todos eles estão a milhas de nós. Nós estamos com uma oferta absolutamente fantástica, temos serviço e um sector público a funcionar muito bem. O que nos falta ainda são conteúdos de qualidade, temos o sindroma de que o que é preciso é ter o Metro para o Aeroporto de Lisboa e esquecemos que é preciso um heliporto em Vilamoura, por exemplo. Qualquer coisa que se faça no sentido de atrair pessoas que têm dinheiro para gastar é visto como anti-democrático mas é isso mesmo que temos que fazer para podermos depois utilizar esses recursos para mitigar deficiências que temos na nossa sociedade. Um dos parceiros fundamentais para o turismo, e também para a Travelport, é a TAP. As relações foram de altos e baixos ao longo do tempo, mas como é que estão hoje? Se essa pergunta me fosse feita há três meses teria que dizer que notava ausência de diálogo, hoje acho que a TAP finalmente arrumou a casa, começou a definir linhas estratégicas muito interessantes e seria um erro dizer que não estamos preparados para encontrar soluções de consenso, o que passa por isto: eles são os maiores, nós somos os maiores, as agências de viagens são as maiores, pelo que entre estas três partes têm que ser encontradas soluções. Pelo nosso lado, tudo faremos para conseguir adaptar as necessidades de uma TAP nova às 8
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Uma das coisas que também terá sido importante para a forma progressiva como a Galileo / Travelport esteve no mercado ao longo destes anos, foi alguma estabilidade na sua equipa de trabalhadores internos e de colaboradores. Isto faz realmente a diferença?
“Se eu tivesse que montar uma agência de viagens a nível mundial, iria pegar na minha equipa actual e montava a agência de viagens mais competente do mundo. Tenho a sorte de ter reunido uma equipa de gente nova mas com muita experiência, que está perfeitamente actualizada e que acompanha os desenvolvimentos” necessidades de um mercado que não vive sem a TAP, como a TAP também não vive sem este mercado. Voltando à Travelport, o que é que poderia ter corrido melhor nestes 25 anos em Portugal? Talvez devêssemos ter tido um foco mais atento sobre a realidade das OTAs, provavelmente devíamos ter ajudado mais o mercado português a perceber para onde é que o mundo caminha quando se fala de OTAs. A maior agência de viagens do mundo chama-se Expedia e a Expedia há muito tempo que deixou de ser uma agência online e até pela paz e pela capacidade de análise que tivemos até há uns anos, devíamos ter feito uma análise mais profunda e tentado, junto do mercado, criar condições para despoletar a atenção de fundos no sentido de os fazer ver que criar uma agência online portuguesa não significava necessariamente no mercado português, que esta poderia
muito bem apostar noutros mercados, à semelhança do que os outros fazem. Segundo ponto: em alguns casos não fomos suficientemente duros a penalizar a ineficácia de alguns projectos em que participámos e que tiveram resultados muito desapontantes. DEFENDER OS INTERESSES DOS AGENTES DE VIAGENS O que é que os parceiros e clientes da Travelport podem esperar nos próximos 25 anos? Talvez uma maior abertura sob o ponto de vista de discutirmos as coisas de uma forma mais aprofundada, provavelmente medindo um pouco mais os riscos. Há uma coisa que para mim é muito clara: nunca vamos deixar que lesem os interesses dos agentes de viagens, independentemente de quem nos paga, que são os nossos fornecedores e não as agências, mas na realidade eu posso ter o melhor
Claro que sim. Isso em linguagem de multinacional chama-se attrition e nós temos a taxa de attrition mais baixa do mundo e isso porque acho que as pessoas gostam de trabalhar na Travelport. Uma das grandes diferenças entre nós e empresas similares concorrentes é a latitude de decisão, as pessoas podem ter as suas próprias ideias e dispõem da latitude necessária para as implementar, a menos que se trate de algo que à partida se verifique estar errado. Se eu tivesse que montar uma agência de viagens a nível mundial, iria pegar na minha equipa actual e montava a agência de viagens mais competente do mundo. Tenho a sorte de ter reunido uma equipa de gente nova mas com muita experiência, que está perfeitamente actualizada e que acompanha os desenvolvimentos. E quanto ao António Loureiro? Estabeleceu um contrato praticamente vitalício com a Travelport e vai continuar até à reforma? Isso nem vale a pena questionar. Quando entrei para esta actividade houve duas coisas que me fascinaram e que estabeleci como objectivos. O primeiro foi ter o reconhecimento interno de estarmos a fazer um bom trabalho, e já o tivemos várias vezes, quer a nível pessoal quer a nível de empresa, e do segundo tive uma achegazinha nos Açores e uma confirmação em Aveiro: a primeira vez que fui a um congresso da APAVT e foram entregues medalhas de ouro não pude deixar de pensar que tomaria eu um dia fazer alguma coisa por aqueles parceiros que justificasse a honra de me ser entregue uma medalha de ouro mesmo sem ser agente de viagens. Ambos os objectivos estão conseguidos, está fechado o meu ciclo relativamente a prémios e distinções, internos e externos, e estou disponível para, no dia em que me reformar, continuar a ajudar as agências de viagens, aí talvez com a minha experiência e a minha capacidade de análise pelo facto de também ter gerido outros mercados. <
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“Quando, por vezes, se fala no quadro da oposição, entre o litoral e o interior (...) eu imediatamente respondo que há um futuro promissor nesse chamado interior e que a cultura e o turismo cultural são essenciais para esse futuro”
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“Nós, que andamos sempre a dizer que o Algarve está muito dependente do mercado inglês, estamos numa boa altura para fazermos a nossa aposta noutros mercados, até porque o que estamos a ver é que mercados como o alemão, o francês, o espanhol e o holandês, estão a dar uma boa resposta, com números muito interessantes”.
Marcelo Rebelo de Sousa Presidente da República In Agência Lusa
Desidério Silva Presidente da Região de Turismo do Algarve In Turisver.com
Algarve em Agosto
93,9 +10 %
Ocupação global média/quarto
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Mercado português
-16,3 Mercado britânico
(Des)igualdade de género
Oceanário de Lisboa foi considerado o Melhor Aquário do Mundo Os utilizadores do Travelers’ Choice do TripAdvisor consideraram o Oceanário de Lisboa, como o “ Melhor Aquário do Mundo”. O Oceanário passou também a ser a primeiro atracção da cidade de Lisboa, e obteve um total de 28.471 avaliações no TripAdvisor, das quais 18.274 destas consideradas como ‘Excelente’ e 7.774 avaliadas como ‘Muito Bom’, sendo a avaliação global de 4.5 em 5. O Oceanário, que comemorou este ano o seu 19º aniversário, já recebeu mais de 22 milhões de visitantes de todo o mundo.< 10
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Vários especialistas na área da desigualdade de género, e até responsáveis de companhias aéreas, já apontaram o dedo às transportadoras por não promoverem a igualdade em algumas áreas das empresas. A easyJet está a dar bom exemplo, já que esta transportadora aérea está à procura de talentos, para serem contratados e receberem formação, sendo objectivo que 50% dos contratados sejam do sexo feminino. Outra das novidades é que a companhia abriu contratação para as áreas de pilotagem e engenharia aeronáutica onde os homens são a esmagadora maioria dos profissionais. <
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TAP em Agosto
1,420 mil +224 +18,7%
milhões
Total de passageiros transportados
Em relação a Agosto 2016
Serão bem-vindos
O mercado sul-coreano está a crescer 30% em Portugal, sem que tenha havido, no passado, um grande esforço promocional neste país. É esta situação que a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, quer inverter ao chefiar uma delegação para dinamizar negócios e dar a conhecer mais o nosso país. Com esta aposta estamos a diversificar mercados e a procurar turistas que nos visitem fora da época alta do turismo, e com isso podermos manter taxas de crescimento durante todo o ano, como aconteceu já em 2016 e está a acontecer este ano, com crescimentos expressivos nos meses em que por norma as taxas de ocupação hoteleira são baixas. A agenda da comitiva portuguesa incluiu reuniões com companhias aéreas e com operadores turísticos, bem como um workshop sobre turismo religioso, onde se destacava Fátima, mas promovendo todo o país, nomeadamente o património nacional classificado pela UNESCO e as aldeias históricas. Podem vir mais!
“No ano passado, esta taxa rendeu 15 milhões de euros, proponho o seu aumento para 2 euros – actualmente é cobrado um euro – estes montantes devem ser aplicados para corrigir os problemas causados pelo turismo, em particular na habitação ”. Ricardo Robles Candidato Bloco Esquerda à CML
TURISVER | SETEMBRO DE 2017
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>agenda
>notícias
Data: de 11 a 13 de Outubro Local: Ponta Delgada (Açores)
Monção tem o 1º hotel de turismo criativo do Norte de Portugal
Conferência Internacional de Turismo Criativo A organização, composta pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, pela Thompson Rivers University, pelo Observatório de Turismo dos Açores e pela Universidade dos Açores, desenvolveu uma plataforma web para divulgar o evento, disponível em http://www.ces.uc.pt/eventos/culture_ sustainability/, onde todos os participantes poderão obter as informações necessárias. Na conferência internacional participam figuras de renome internacional, ligadas à área do Turismo, entre os quais Greg Richards, Maria Cadarso e Josef Siegel. Em cima da mesa dos trabalhos vão estar temas tão importantes como a cultura, a sustentabilidade e os lugares no turismo. Também será abordado o desenvolvimento do turismo nas áreas da inovação e criatividade.<
O Hotel Rural Convento dos Capuchos, em Monção, antigo convento datado do século XVII e ligado à Ordem dos franciscanos, a funcionar como unidade hoteleira desde 2008, é o primeiro hotel de turismo criativo do Norte do país, que a partir de agora disponibiliza aos seus hóspedes oficinas criativas nas áreas da fotografia, urban sketching, pintura e artes plásticas, numa parceria com o projecto “Monção nas Mãos”. As oficinas criativas decorrem nos espaços ajardinados e patrimoniais daquela unidade hoteleira monçanense em datas específicas acordadas pelos parceiros mas também sempre que haja interesse dos hóspedes em usufruírem de uma experiência que complemente o descanso e o lazer com a aprendizagem e a criatividade. Este contacto com a arte será proporcionado por artistas locais, assumindo-se como um veículo de proximidade para transmitir aos visitantes um maior conhecimento dos lugares e das pessoas desta região. O projecto “Monção nas Mãos – Turismo Criativo”, nascido em 2016 pela mão de Nélson Azevedo, consultor em turismo, tem como objectivo “transformar” o turista passivo em interveniente activo da sua própria viagem, convidando-o a envolver-se nas tradições e actividades locais. <
Data: 22 e 23 de Novembro Local: Fátima
Congresso Internacional de Turismo Religioso Promovido pela OMT, em parceira com Câmara de Ourém e o Ministério da Economia, este congresso vai analisar o potencial e o papel do turismo religioso e dos lugares sagrados como uma ferramenta para o desenvolvimento socio-económico e cultural dos destinos. A OMT estará representada pelo seu Secretário-geral, Taleb Rifai. Este congresso pretende reflectir sobre o potencial competitivo do mercado do turismo religioso, aumentar a atractividade nos destinos religiosos, prosseguir a afirmação do turismo religioso nas redes regionais, nacionais e internacionais de inovação e partilhar conhecimento sobre as melhores formas de promover destinos religiosos.<
Data: 13 a 22 de Abril de 2018 Local: Lisboa, Porto e Coimbra
6ª edição da Feira das Viagens A sexta edição da Feira das Viagensjá tem datas marcadas para 2018, decorrendo entre 13 e 15 de Abril, em Lisboa, e 20 e 22 de Abril, no Porto e em Coimbra.Está também a ser negociada a primeira edição em Braga, prevendo-se que ocorra nas mesmas datas da Feira de Lisboa, isto é, de 13 a 15 de Abril. A quinta edição da Feira das Viagens ficou marcada por um êxito l em termos de vendas para a maioria dos expositores. Cerca de 17.000 pessoas visitaram os recintos de Lisboa, Porto e Coimbra tendo procurado destinos de praia como o Algarve, Baleares, Marrocos, Cuba, República Dominicana e Tailândia. De acordo com um inquérito realizado nas três cidades cerca de 40% dos inquiridos informou ter comprado viagens na própria Feira e 52% manifestou interesse em comprar nos dias seguintes.< 12
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Finnair volta a servir Lisboa A companhia aérea finlandesa vai voltar a voar directamente entre Helsínquia e Lisboa, com quatro voos semanais, a partir de 1 de Junho do próximo ano. De Helsínquia para Lisboa, os voos vão realizar-se às segundas, quartas, sextas e domingos, com partida da capital finlandesa às 18h20 e chegada a Lisboa
pelas 21h10. Da capital portuguesa os voos partem às 07h35 de segunda, terça, quinta-feira e sábado, para aterrarem em Helsínquia pelas 14h15. Com uma frota composta por 60 aviões, a Finnair, membro da aliança One World, está no mercado há quase 90 anos. <
m Você e LATAM juntos na América Latina Com ATAM Airlines voa a partir de Portugal, via Madrid e Barcelona, para um continente cheio de contrastes incríveis. Viaje nos nossos voos diretos para o Brasil, Chile, Equador e Peru e ligue-se a mais de 115 destinos na América Latina. TURISVER | SETEMBRO DE 2017
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>notícias Croatia Airlines mantém operação de Lisboa no Inverno Escolas do Turismo de Portugal acolhem mais de 3 mil alunos Mais de três mil alunos já se inscreveram para iniciar o ano lectivo 2017/2018 nas escolas do Turismo de Portugal, um número recorde e revelador da procura, em todo o país, pelas profissões nesta área. Seguindo as orientações do referencial estratégico para o turismo em Portugal na próxima década - ET27 -, com o objectivo de contribuir para a desconcentração, o Turismo de Portugal tomou a iniciativa de, pela primeira vez, reduzir em 30% as propinas a pagar em seis das suas 12 escolas (Viana do Castelo, Oeste, Portalegre, Setúbal, Vila Real de Santo António e Portimão).
Foi anunciada a abertura de duas turmas de Nível 5 de Gestão e Produção de Cozinha e Turismo de Ar Livre, pela Escola do Turismo de Portugal/Coimbra, nas instalações da Associação Empresarial da Beira Baixa, em Tortosendo - Covilhã. De acordo com o mais recente estudo de inserção profissional, relativo a 2016, a taxa de empregabilidade dos alunos formados nas escolas do Turismo de Portugal situa-se nos 88%, com os cursos de Turismo de Ar Livre e Técnicas de Cozinha/ Pastelaria (OTJ) a apresentarem a maior taxa de atividade (100%), seguidos do curso de Culinary Arts com 93,5%.<
Lisboa no pódium do dinamismo cultural na Europa O Cultural and Criative Ciries Monitor 2017 é a primeira edição do relatório desenvolvido pela Comissão Europeia, que serve como ferramenta para monitorizar e avaliar a performance das cidades europeias. Nele foram avaliadas 168 cidades, incluindo Lisboa, Porto, Guimarães e Coimbra. No ranking cumulativo, Lisboa ficou em terceiro lugar no grupo de cidades XL, atrás de Copenhaga e Amesterdão, em primeiro e segundo lugar, respectivamente. O destaque da capital portuguesa vai para o “Dinamismo Cultural”. No grupo SM o Porto alcançou o 13º lugar, com Coimbra e Guimarães a obterem, respectivamente, o 15º e 32º lugar. Esta primeira edição mostra a performance das 168 cidades seleccionadas, de 30 países da Europa, com base em diferentes parâmetros como o seu “Dinamismo Cultural”, “Criatividade Económica” e “Ambiente Favorável”. Foi desenvolvido de forma a ajudar autoridades nacionais e regionais a identificar os pontosfortes das suas cidades e as oportunidades que têm de fazer com que esta progrida, em relação a outros centros urbanos semelhantes, com base em dados quantitativos e qualitativos. < 14
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A operação da Croatia Airlines entre Lisboa e Zagreb vai manter-se no Inverno com duas frequências semanais. Até dia 6 de Janeiro de 2018, a Croatia Airlines liga as duas capitais às segundas e sextas-feiras, com partida de Lisboa às 11h00 e chegada a Zagreb às 15h20 e no sentido contrário a sair de Zagreb às 8h10 e a aterrar em Lisboa às 10h25. A companhia aérea da Croácia voa a partir da capital Zagreb para outros destinos nacionais, como Dubrovnik, Split, Zadar e Pula. <
“Viaja, Desfruta e Respeita” é mote de campanha da OMT A OMT está a levar a cabo uma campanha dirigida aos consumidores, que pretende criar consciência acerca do valor da contribuição do turismo sustentável ao desenvolvimento. A campanha “Viaja, Desfruta e Respeita” tem por objectivo mostrar que os turistas podem contribuir para que o sector seja um catalisador para uma mudança positiva. A acção, que vai ser levada a cabo em vários idiomas e meios de comunicação social em todo o mundo, inclui um manual de “Conselhos Práticos para um viajante responsável” elaborado pelo Comité Mundial de Ética do Turismo em colaboração com o Código Ético Mundial para o Turismo da OMT. O manual vai proporcionar aos turistas um conjunto de recomendações que visam ajudar a tomar decisões responsáveis ao viajar e a ter um impacto positivo nos destinos que visitam. A Organização Mundial do Turismo convida, assim, os destinos e empresas de todo o mundo a unir-se à campanha e a celebrar o Ano Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento com um compromisso do sector com a campanha “Viaja, Desfruta e Respeita”. <
MSC Seaview entra em fase final de construção O navio será entregue em Junho de 2018, seis meses após o MSC Seaside começar a navegar em Dezembro de 2017, realizando a sua primeira Grand Voyage de Trieste, Itália, para Miami, EUA. Com a celebração do “float out”, o segundo navio da classe Seaside da MSC Cruzeiros, o MSC Seaview entrou em fase final de construção preparando-se para a sua temporada inaugural no Verão de 2018 no Mediterrâneo – Génova, Nápoles, Messina, Valetta, Barcelona e Marselha. A cerimónia decorreu no estaleiro de Monfalcone em Itália, onde o navio
está a ser construído. Após a sua temporada inaugural, o navio seguirá o sol até ao Brasil e ao hemisfério Sul para a temporada de Inverno 2018-2019, disponibilizando um itinerário com escalas em Santos, Ilha Grande, Búzios, Porto Belo e Camboriú. Com 323 metros de comprimento e uma tonelagem bruta de 154 mil toneladas, o navio terá uma capacidade máxima para 5.179 passageiros. <
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>em foco
Em forte retoma para Portugal
Mercado turístico brasileiro consolida sexta posição Em hóspedes, dormidas e receitas turísticas, o Brasil é o sexto mercado para Portugal que ocupa também o sexto lugar entre os destinos europeus que mais fluxos de turistas brasileiros recebem. De Janeiro a Junho deste ano, o mercado brasileiro subiu 60,3% em hóspedes, 55,4% em dormidas e 58,1% em receitas, números muito positivos que não podem iludir as quebras de 2015 e parte de 2016. Mas as perspectivas são positivas e a ABAV é uma boa oportunidade para Portugal reforçar a sua visibilidade. TEXTO: FERNANDA RAMOS
À
luz da última década, o mercado brasileiro tem vindo a reforçar o seu peso no global da procura externa, mas foram 10 anos com oscilações, crescimentos a ritmos acelerados, consolidações e quebras mais notórias em 2015 e no primeiro semestre de 2016, ao ritmo de uma economia volátil e que 16
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impacta directamente na actividade turística. A instabilidade cambial e a recessão que a economia brasileira viveu nos últimos anos não foram boa notícia para Portugal, mesmo que, no que toca aos fluxos turísticos, o nosso país não tenha sido dos mais afectados, tenha demorado mais a sentir as quebras e delas tenha começado a recuperar
antes de outros destinos. E é em recuperação que se fala quando atentamos nos indicadores protagonizados no primeiro semestre deste ano por este mercado. Por isso, as notícias de que o Brasil poderá sair ainda este ano da recessão e as previsões de crescimento económico para o próximo ano, ainda que gradual e moderado, são encaradas com satisfação
deste lado do Atlântico. Em 2015 e 2016, o Produto Interno Bruto brasileiro registou quebras de 3,8 e 3,5%, respectivamente, com o PIB per capita a retroceder 4,6% e 4,3%, com reflexos negativos no consumo privado que, naqueles anos dois anos, registou quedas de 3,9% e 4,6%. Economia e turismo andam de mãos dadas, os altos e baixos da primeira a reflectirem-se no segundo porque o turismo depende do “dinheiro no bolso” de cada consumidor e se é verdade que o turismo/férias é hoje um bem já essencial, há outros que se sobrepõem. Com o PIB a cair 3,8% em 2015, os brasileiros realizaram 9,5 milhões de viagens ao estrangeiro, menos 200 mil (-1,4%) que no ano anterior e em 2016, quando o reflexo da crise foi mais forte, foram realizadas 8,7 milhões de viagens para o estrangeiro, - 6,9% sobre o ano anterior, que tinha já sido de retrocesso. Nos gastos realizados os efeitos foram mais notórios, a maioria dos brasileiros que viajava para o estrangeiro continuou a fazê-lo mas gastando menos, com as quebras a atingirem os 23,9% em 2015 e os 14,3% no ano que se seguiu. Para este ano, as previsões económicas são bastante mais positivas e é de recuperação económica que se fala. As projecções avançadas em Julho pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) apontam para este ano uma estabilização de sinal positivo para a economia brasileira que deverá crescer em torno de 0,3%, mas com um ritmo de 2,0% no último trimestre do ano, projectando para 2018 um crescimento de 1,3%, previsões a que se soma outra não menos importante, a da diminuição da inflação. Mais positivas são as previsões da OCDE que apontavam para uma recuperação da economia brasileira em 0,7% já este ano, e de 1,6% em 2018. Na mesma linha, as perspectivas da EIU (Economiist Intelligence Unit) e citadas no travelBI do Turismo de Portugal) apontam para um crescimento do PIB brasileiro em 0,5% este ano e em 1,8% para 2018. GASTOS NO EXTERIOR EM RECUPERAÇÃO A recuperação da economia brasileira, ainda que ténue, a que se aliou a queda do dólar, levou a que os gastos com viagens internacionais tivessem uma evolução positiva já este ano, depois das quebras nos dois anos anteriores. Dados do Banco Central do Brasil divulgados em Julho, apontavam para um aumento das despesas em 34,8% para 8,8 mil milhões de
4,4% 0,4% 1,5% 3,2%
Distribuição das dormidas de brasileiros por NUTS II
23,2%
2016 [quota] Dados provisórios (15/03/2017) Norte Centro
9,8%
A.M.Lisboa
Alentejo
Algarve
Açores
Madeira
57,5%
Fonte: INE
dólares no primeiro semestre deste ano, sendo que só em Junho a subida atingiu os 10,1% para 1,5 mil milhões de dólares. A retoma dos gastos dos brasileiros com viagens internacionais acontece após uma queda de 16,5% em 2016 para 14,5 mil milhões de dólares, o valor mais baixo desde 2009. Muito longe está ainda o ano de 2014, ano em que os gastos turísticos
dos brasileiros no exterior somaram 25,6 mil milhões de dólares, o valor mais elevado de sempre, alcançado num ano atípico em que o Brasil recebia a Copa do Mundo e a economia brasileira se encontrava praticamente em estagnação. Para este ano, as perspectivas do Euromonitor Internacional de Junho, apontam para que os Distribuição das dormidas de brasileiros por NUTS II 2017 (jan-mar) [milhares] Dados provisórios (16/05/2017) Quota e posição no conjunto da procura externa no destino
O Brasil ocupa a 6.ª posição, na procura externa para Portugal, com uma quota de 6,2%
Norte Valor 84,0 Var 17/16 +52,9% Quota 13,4% 2ª Posição
Fonte: INE
Centro Valor 35,8 Var 17/16 +61,4% Quota 12,6% 2ª Posição
Alentejo Valor 10,8 Var 17/16 +41,6% Quota 13,9% 2ª Posição
brasileiros realizem aproximadamente 8,6 milhões de viagens ao estrangeiro (-1,0% que em 2016), com cerca de 4,9 milhões a terem como destino as Américas e pouco mais de três milhões para a Europa. Quanto a gastos, as estimativas são mais positivas, avançando com um crescimento homólogo de 4,3% para cerca de 17,4 mil milhões de dólares. A Europa é a segunda região do mundo a receber mais turistas brasileiros, com França a ser o destino número. Portugal aparece na sexta posição (depois de Espanha, Itália, Alemanha e Reino Unido) com cerca de 257 mil viagens, o que corresponde a uma pequena quota de 3% do mercado (estimativas Euromonitor para 2017). Mesmo assim, à excepção de 2015, o aumento do número de hóspedes e de dormidas tem sido praticamente uma constante no nosso país na última década, à excepção de 2009 e 2015. Nas receitas geradas, o comportamento tem sido semelhante: de 2007 para 2016 subiram de 177 para 400 milhões de euros, com o recorde a ter acontecido em 2013, quando chegaram a 404 milhões. Os retrocessos aconteceram em 2009, 2014 (ano em que o número de hóspedes e de dormidas de brasileiros continuou a subir, ao contrário dos gastos) e em 2015. Contas feitas, o balanço da década é largamente positivo, com o mercado brasileiro a afirmar-se nas contas finais do turismo português (embora a sua quota em termos da procura externa tenha sido menos acentuada nos últimos anos) e a consolidar o seu contributo para o excedente da nossa balança turística, um indicador que é medido pela diferença entre os gastos dos residentes no estrangeiro em Portugal e os gastos dos portugueses no estrangeiro. TURISMO BRASILEIRO EM PORTUGAL EM 2016
A. M. de Lisboa Valor 247,7 Var 17/16 +66,0% Quota 12,4% 1ª Posição
Algarve Valor 10,0 Var 17/16 +41,8% Quota 0,5% 18ª Posição
Açores Valor 1,6 Var 17/16 +197,9% Quota 1,5% 10ª Posição Madeira Valor 4,4 Var 17/16 +27,5% Quota 0,3% 18ª Posição
De acordo com dados provisórios do INE – Instituto Nacional de Estatística, em 2016 os estabelecimentos hoteleiros em Portugal albergaram cerca de 624 mil hóspedes brasileiros (quota de 5,5% na procura externa), num aumento de 13% face ao ano anterior e uma subida de 3,7% comparativamente a 2014, ano em que tinha sido atingido o recorde de hóspedes brasileiros, com 581 mil. As dormidas ascenderam a 1,5 milhões, o número mais elevado de sempre, correspondendo a uma quota de 3,9% e reflectindo um aumento de 13,6% face a 2015 e de 4,4% face a 2014. Segundo o Banco de Portugal, o mercado brasileiro deixou em
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TURISVER | SETEMBRO DE 2017
17
>em foco Portugal, em 2016, cerca de 400 milhões de euros (+6,4% que em 2015 e +3,0% que em 2014), contribuindo com uma quota de 3,2% para o total das receitas geradas pelos mercados turísticos externos. O peso do mercado brasileiro nos números do turismo português já foram mais importantes, já representou 4,2% do total de dormidas (em 2012 e 2014), 6,4% dos hóspedes (em 2012) e 4,7% das receitas (em 2011), mas se passarmos a década em revista constatamos que de 2007 para 2016, o peso deste mercado aumentou de 2,1% para 3,9% em dormidas, de 3,6% para 5,5% em número de hóspedes e de 2,4% para 3,2% em receitas turísticas. Do total de turistas brasileiros que nos visita anualmente, mais de metade continua a escolher a região de Lisboa que em 2016, segundo dados provisórios do INE, concentrou 57,5% do total de dormidas originadas por este mercado. A facilidade ao nível do transporte aéreo, o facto de Lisboa ser o hub da TAP e a notoriedade que a capital portuguesa vem assumindo, cada vez mais, em termos internacionais, são algumas das explicações. Seguiu-se o Norte, com 23,2% e o Centro, com 9,8%. As restantes regiões ficam bastante distantes, mas a procura tem-se feito sentir em todo o país. Outubro, Setembro, Julho e Maio foram os meses que mais turistas brasileiros trouxeram o ano passado a Portugal, 89,5% dos quais escolheu a hotelaria como meio de alojamento e, dentro desta deu preferência hotéis de quatro estrelas, que concentraram 43,9% das escolhas.
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2017: 1º TRIMESTRE MUITO ANIMADOR No primeiro trimestre deste ano, o mercado brasileiro deu indicações animadoras, embora a comparação seja feita com o período homólogo de 2015 que foi “menos bom”. O número de hóspedes na hotelaria subiu 68,4% para 163.800, com as dormidas a aumentarem 60,9% para 394.323, segundo dados provisórios do INE compilados no travelBI do Turismo de Portugal. Já as receitas aumentaram 60,7% em relação ao ano anterior, para mais de 132 milhões de euros. No mesmo período, a região de Lisboa concentrou 62,8% das dormidas, com mais de 247mil, aumento homólogo de 66%. Contas feitas, de Janeiro a Março deste ano, os turistas brasileiros alcançaram uma quota de 12,4% no conjunto da procura externa do destino, assumindo a primeira posição. 18
SETEMBRO DE 2017 | TURISVER
Seguiu-se o Porto-Norte com 21,3% da procura. Aqui, o mercado brasileiro aparece como segundo mas importante neste período, com uma quota de 13,4% e uma subida de 52,9% para 84 mil dormidas. A subir esteve também o Centro, com 9,1% das dormidas, cerca de 35.800 (segunda posição), + 61,4% que no primeiro trimestre do ano passado. Com cerca de 10.800 dormidas, o Alentejo concentrou 2,7% do total de dormidas originadas no país por este mercado. O aumento foi de 41,6%, com o mercado brasileiro a ocupar também a segunda posição e representando 13,9% das dormidas de estrangeiros. Seguiu-se o Algarve, com 2,5% das dormidas, cerca de 10 mil (+41,8% em termos homólogos) e uma quota de 0,5%. Na Madeira, os turistas brasileiros foram responsáveis por 4,4 mil dormidas, +27,5% que no período homólogo, representando uma quota de 0,3%. Já nos Açores, de Janeiro a Março deste ano foram registadas 1,6 mil dormidas de turistas brasileiros, reflectindo uma variação homóloga de +197,9% e uma quota de 1,5%.
A hotelaria continuou a ser a tipologia de alojamento preferida pelo mercado brasileiro, com 89,4%, uma vez mais com os hotéis de 4 estrelas no topo, com 44,8% das escolhas. SEMESTRE CONFIRMA AMPLA RECUPERAÇÃO Dados do semestre já disponíveis confirmam a recuperação do mercado brasileiro. O número de hóspedes nos alojamentos hoteleiros ultrapassou os 410 mil, +60,3% que no período homólogo do ano passado, ou +154,4 mil dormidas. Em quinto lugar no ranking dos hóspedes estrangeiros, o Brasil contribuiu com 7,2% para o total. Dormidas foram 951,4 mil (subida de 55,4%, +339,3 mil) que garantiram ao Brasil uma quota de 5,5% e o sexto lugar nas dormidas de estrangeiros. Nas receitas o aumento foi de 58,1% ou mais 100 milhões de euros para 273,6 milhões, configurando uma quota de 4,5% e a sexta posição. Todas as regiões registaram variações amplamente positivas nos resultados do mercado brasileiro,
no primeiro semestre do ano, alguns mesmo extraordinariamente positivos, caso dos Açores, embora partindo de base muito baixa. Em Lisboa, destino preferido pela cultura, pelo património, pela História e pelo shopping, os números reflectem a boa recuperação do mercado: hóspedes foram 210.600, +60,8% (cerca de 80 mil a mais), com o mercado brasileiro a ficar no terceiro lugar com uma quota de 10,2%. Nas dormidas o acréscimo foi de 57,8% para mais de 555 mil, o que colocou o mercado brasileiro na segunda posição com 10,8% de quota. De salientar também que os brasileiros voltaram a fazer mais compras: só em Julho, o valor aumentou 103% face a igual mês de 2016, com o mercado brasileiro a contribuir com 20% para o total de compras efectuadas pelos turistas estrangeiros na capital, sendo que a média das compras se situou nos 256€ (dados do Observatório Turismo de Lisboa) Dados muito positivos também a Norte, onde o mercado brasileiro ocupou, no semestre, o terceiro lugar em hóspedes com uma quota de 10,4% e o quinto em dor-
Indicadores JAN/Junho 2017 Receitas (milhões €) 273,6 Hóspedes (milhares) 410,6 Dormidas (milhares) 951,4
∆ 17/16 +58,1% +60,3% +55,4%
Quota 4,5% 7,2% 5,1%
Fontes: Banco de Portugal; Instituto Nacional de Estatística
midas, com uma quota de 11,3%. Quanto a números, hóspedes foram 94,5 mil (+48,9%) e dormidas, 211,5 mil (45,6%). A cidade do Porto e o Douro são aqui dois dos principais atractivos. No Centro, o mercado brasileiro é terceiro em hóspedes (62,2 mil, quota de 10,6%) e dormidas (94,9 mil, quota de 8,5%), com aumentos de 66,7% e 58,7%, respectivamente), com Fátima a ser um dos principais atractivos. Sol e praia não é o produto que os brasileiros procuram em Portugal, o que justifica números mais baixos no Algarve, onde não deixam de surpreender as variações homólogas expressivas, reflexo provável dos novos produtos em que a região está a apostar, seja o turismo mais relacionado com a natureza como a gastronomia e vinhos. No primeiro semestre, a região recebeu 18,1 mil hóspedes (+80,9%), responsáveis por 43,5
mil dormidas (+79,8%), mas com quotas ainda muito pequenas: 1,3% nos hóspedes e 0,7% nas dormidas. Cultura, história, gastronomia, vinhos – estes são também produtos que nos últimos anos têm vindo a chamar brasileiros às terras alentejanas. No primeiro semestre deste ano, segundo dados provisórios do INE, foram 19 mil os hóspedes e 27,5 mil as dormidas deste mercado que assim ocupou as segunda e terceira posições, respectivamente, com quotas de 12,9% e 10,8%. As variações homólogas foram de +70,4% no primeiro indicador e +37,5% no segundo. Nas Regiões Autónomas, o turismo brasileiro tem expressão diminuta, mas está em crescendo. A Madeira recebeu no primeiro semestre, 3.900 hóspedes brasileiros e 13.100 dormidas, com variações de +53,7% e +45,8%, embora as quotas se fiquem pelos
0,7 e 0,4%, respectivamente. Nos Açores, já o dissemos, a base de comparação é muito baixa mas não deixam de ser significativos os crescimentos a três dígitos registados no acumulado dos primeiros seis meses deste ano: +203,9% nos hóspedes (2.200, quota de1,9%) e +184,9% nas dormidas (5.700, quota de 1,4%). ABAV EXPO COMO “MONTRA” Até ao final do ano, as perspectivas que se abrem em termos do mercado brasileiro são positivas e, tendo em conta as estimativas económicas, também o são para o próximo ano. Soma-se o contributo do Programa Portugal Stopover, da TAP, que desde este mês está ainda mais atractivo com o aumento da sua duração de três para cinco dias, dando assim aos passageiros mais tempo para descobrir Lisboa e Porto, mas também a Madeira, os Açores ou o Algarve, aproveitando todas as vantagens do programa. Também a partir de Setembro, o cliente Stopover passa a poder criar a sua viagem com múltiplos destinos, ou seja, entrar por uma cidade e sair por outra, mas com Stopover num dos pontos oferecidos pela TAP, que continua a funcionar
como a grande porta de entrada dos turistas brasileiros no nosso país, com os seus voos directos à partida das principais cidades brasileiras. Num mercado de mais de 200 milhões de pessoas, e tendo em conta o número de brasileiros que viaja para o exterior, a margem de progressão de Portugal é grande, pelo que a promoção tem que continuar e ser direccionada. A ABAV EXPO que dentro de dias começa em São Paulo, continua a ser um dos momentos para nos darmos a conhecer, para nos fazermos lembrar a quem já nos conhece. De 27 a 29 deste mês, a 45ª ABAV Expo Internacional de Turismo, já contabilizava, à data de fecho desta edição, a inscrição de perto de 8.000 visitantes profissionais, um número significativo. O Turismo de Portugal vai, como habitualmente, estar presente na feira com um stand institucional onde marcarão presença as nossas regiões turísticas e diversas empresas, nomeadamente de hotelaria, mas muitas outras, como habitualmente, terão espaço próprio, caso de operadores turísticos que estão presentes no mercado brasileiro, a que irá somar-se a sempre expressiva participação da TAP. <
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TURISVER | SETEMBRO DE 2017 19 09-01-2017 12:22:13
>reportagem No início deste mês a Católica Lisbon School of Business & Economics foi palco de uma de três partes do International Strategic Leadership Programme for Integrated Resorts, que trouxe a Portugal gestores de topo da Sands China. Dois dos gestores presentes na formação estiveram à conversa com a Turisver para dar a conhecer este programa e a realidade turística de Macau. TEXTO:SOFIA SOARES CARRACA
Macau
A
maior operadora de resorts de luxo em Macau elegeu Lisboa, em particular a Católica Lisbon Shcool of Business & Economics, para uma formação específica para os seus directores de topo. O International Stretegic Leadership Programme for Integrated Resorts foi desenhado em particular para a Sands China pela Catolica-Lisbon em colaboração com a Cornell School of Hotel Administration, nos Estados Unidos da América, e a University of St. Joseph, em Macau. O programa, com duração de cinco meses, iniciou em Macau, continuou para Lisboa onde decorreu na primeira semana de Setembro, passando finalmente aos Estados Unidos, em Outubro. Visou dotar gestores de topo do grupo com conhecimento de sector específico de cada mercado, neste caso asiático, europeu e americano, através de uma formação diferenciadora por parte de cada uma das escolas envolvidas. Em entrevista à Turisver, Carlos Sousa, director de Costumer Services, explica que a escolha de Portugal como território representativo da Europa vai para além dos laços históricos que unem os dois países. “Sendo a Catolica-Lisbon uma das melhores universidades 20
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Gestores da Sands China elegem Catolica-Lisbon para formação específica da Europa, faz todo o sentido fazer parte de um programa que se quer internacional”, elabora. Destaca ainda o “enorme desenvolvimento” do turismo português nos últimos anos, acrescentando que “embora estejamos na Ásia, conseguimos ver que Portugal é um dos principais destinos a nível mundial”. A parte do programa ministrada na Catolica-Lisbon focou-se em Lisboa e na maquinaria do turismo português actual. Como comunicar e como tomar melhores decisões foram pontos chaves da formação, tal como estratégias de liderança para resorts integrados. Segundo Kelly Ip, vice-presidente de Special Events & Promotions, o importante neste tipo de formação são as diferentes realidades entre destinos turístico, é “aprendermos uns com os outros e vermos como podemos tirar a melhor parte de determinada filosofia e adapta-la à nossa realidade”. Conclui que “valeu imenso a pena viajar até Lisboa” para ingressar este programa, que funciona também como um exercício de team-building. TERRITÓRIO VIBRANTE Macau é um território vibrante, que alia a história e cultura a eventos e entretenimento que esperam atrair à região cada vez
mais turistas. Esta oferta abrangente e diversificada, que faz jus à fusão de culturas neste local que une o Oriente ao Ocidente, parte também dos esforços que empresas como a Sands China vêm fazendo ao longo dos anos para mostrar um Macau para além dos casinos. A Sands China opera resorts integrados como o The Venetian Macao, The Plaza Macao, Sands Cotai Central e The Parisian Macao, com alguns deles tornados em verdadeiros marcos turísticos. A procura por Macau continua muito orientada para o turismo de jogo, mas nota-se um crescimento de visitantes que viajam em família, que procuram bons restaurantes, bons espectáculos, actividades e atracções para viver em conjunto, oferta que a Sands China disponibiliza aos seus hóspedes. Kelly Ip explica que há relativamente pouco tempo Macau era muito procurado pelos seus casinos, mas que “há 10 anos construímos o The Venetian Macao e introduzimos o conceito de resort integrado” em que para além do jogo, muitas outras valências podem ser desfrutadas. Destaca-se, também, a ampla oferta gastronómica da região, que recebe em
Outubro a 1ª edição do Michelin Guide Street Food Festival, e que se reflecte na oferta hoteleira. Os diferentes conceitos gastronómicos, do Oriente e do Ocidente, estão ao dispor nas diversas propriedades da Sands China, que são entre si “muito distintas” desde o super luxuoso a outras que acomodam a população em geral. Carlos Sousa destaca a importância do F&B, “estamos a analisar diferentes opções de modo a acautelar uma ainda maior variedade de sabores e corresponder às exigências dos nossos clientes”. Os resorts integrados da Sands China especializam-se numa oferta premium, que implica esforço na qualificação dos seus trabalhadores. Uma grande parte das camadas de topo de administração é composta por cidadãos não naturais de Macau, uma tendência que se quer contornar com a formação da população local. Também para as camadas não administrativas, e para que a oferta de qualidade se mantenha, a aposta vai para longas horas de treino, principalmente nas equipas em contacto directo com o público. “Precisamos de garantir que correspondemos áquilo que nos é pedido pelos nossos clientes”, conclui Carlos Sousa. <
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>reportagem
Valorizar e promover internacionalmente a gastronomia portuguesa e os produtos endógenos do nosso país é o propósito da “Rede de Restaurantes Portugueses no Mundo”, uma iniciativa da AHRESP oficialmente lançada dia 1 de Setembro, em cerimónia presidida pelo ministro dos Negócios Estrangeiros. Brasil, Espanha, França, Alemanha e Inglaterra serão os cinco países a que a Rede se estenderá já em Maio do próximo ano. TEXTO : FERNANDA RAMOS FOTOS: ©AHRESP/NUNO MARTINHO
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Para promover a gastronomia portuguesa
AHRESP lança Rede de Restaurantes Portugueses no Mundo
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ntre os objectivos do programa criado pela Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) conta-se a promoção da gastronomia portuguesa e dos produtos endógenos que lhe servem de base, bem como o reforço da atractividade de Portugal, enquanto destino turístico, através da valorização de ambos, ou seja, da gastronomia e dos produtos portugueses. Pretende-se igualmente que esta Rede, que vai funcionar como um “clube de empresários” de diversas áreas ligadas à restauração e à gastronomia nos vários mercados onde ela vai ser implementada, possa ser um estímulo à internacionalização das empresas através da exportação de produtos portugueses certificados. De acordo com a Associação, a Rede vai também servir de “plataforma para afirmar in-
ternacionalmente a gastronomia portuguesa e reforçar a sua notoriedade enquanto marca de excelência através de todos os profissionais de restauração, nos cinco continentes”. Segundo José Manuel Esteves, director-geral da AHRESP, a Associação vai identificar os restaurantes portugueses que, no estrangeiro, sejam representativos da verdadeira gastronomia portuguesa e que através dela “desempenham um papel importante na divulgação do destino Portugal”. Trata-se de promover internacionalmente a gastronomia portuguesa, parte integrante do Património Nacional, e de, através dela, promover também Portugal enquanto destino turístico, tendo em conta que a gastronomia integra o Top5 das preferências dos turistas que visitam o nosso país. Reconhecer, apoiar e valorizar os empresários e estabelecimentos
que, nos cinco cantos do mundo, promovem e dignificam a gastronomia e os produtos portugueses é outra das intenções deste programa. O levantamento dos restaurantes, do receituário e dos produtos portugueses certificados, está a ser feito desde Maio do ano passado e o trabalho vai culminar, em Maio de 2018, com o lançamento do projecto e a instalação da Rede em cinco países que a AHRESP considerou prioritários: “o Brasil pela sua condição na nossa história e na lusofonia, e a Espanha, a França, a Inglaterra e a Alemanha, pela relevância que têm como países de origem da nossa procura turística”.
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CHEGAR AOS “CINCO CANTOS DO MUNDO” Em declarações à Turisver à margem do lançamento deste progra-
Augusto Santos Silva
Afirmar a imagem de Portugal através da gastronomia Com a iniciativa de implementação de uma Rede de Restaurantes por Portugu eses no Mundo, que acompanha uma outra rede que é formada sa cinco milhões de portugu eses ou descend entes de portugu eses “estamo que cumprir o nosso dever face à diáspora portugu esa”, ao mesmo tempo a imagem “criamo s uma marca e um circuito que valoriza e afirma o papel e é “um dos de Portugal no mundo” e que vai promov er a gastronomia lusa que s principais factores de atracção turística”, afirmou o ministro dos Negócio Mundo. no eses Portugu ntes Restaura de Rede da nto lançame no Estrangeiros Considerando que “a AHRESP é a condiçã o de credibili dade deste em program a”, Augusto Santos Silva sublinhou que, pelo facto de assentar e ser restaurantes portugu eses que “provem ter a qualidad e necessária para os autenticamente portugu eses”, a Rede será “um canal de distribuição nova pequeno s e médios produtores portugu eses que aqui encontram uma oportunidade”. s Garantiu por isso que o Governo portugu ês irá trabalhar com os governo as r combate de sentido no , exporta l Portuga quais os dos países para o contrafa cções e alargar os mercado s de exporta ção. A propósito, citou azeite, muito mos exporta “nós onde para mercado exemplo do Brasil, trabalho mas queremo s exportar mais”, o que só pode ser feito se houver um as as “reduzid ser possam que para as brasileir des autorida as conjunto com restriçõ es à importa ção” de produto s portugu eses. o A finalizar a sua interven ção, Augusto Santos Silva consideraria que ação turismo é “uma das principais armas que nós temos contra a radicaliz da torno em lve desenvo se que a, iniciativ esta que e o” e o terrorism sentido de gastronomia, será “um pequeno grande contributo portugu ês” no única uma de s membro todos somos que rmos aprende e rmos “nos valoriza espécie que é a humani dade”. <
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>reportagem ma, José Manuel Esteves explicou que, nestes cinco países, a rede irá contar de início com 75 restaurantes devidamente certificados, 15 em cada um deles, sublinhando no entanto que, nestes mesmos países “houve cerca de 500 restaurantes que se inscreveram voluntariamente através de todos os parceiros do programa”. Avançou também que não vai bastar que um restaurante se inscreva para que possa passar a ostentar, na porta, o logótipo da “Rede de Restaurantes Portugueses no Mundo” e, no seu interior, o respectivo diploma. Porque se trata de promover a Gastronomia Património Nacional e os produtos genuínos que lhe estão na base, caberá à AHRESP decidir se o estabelecimento é ou não digno de entrar na rede. “Vamos visitar todos os restaurantes, um a um, ouvir as suas dificuldades e sugestões, facilitar as suas cadeias de abastecimento, ajudá-los a requalificar as suas instalações, equipamentos, e os seus serviços e receituários”, esclareceu o director-geral da AHRESP, precisando que estão já a ser pensados apoios e incentivos para estabelecimentos que necessitem e desejem requalificar-se para assim poderem integrar a Rede. Isto porque, su-
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blinha José Manuel Esteves, “nós vamos querer que cada um dos restaurantes que integre a Rede seja também uma sala de visitas de Portugal nesse país”, ou seja, que “estejam preparados para que cada estrangeiro que entre se sinta em Portugal, que experimente a nossa gastronomia, contacte com os nossos produtos e os compre e que depois fique com um apetite imenso para visitar o nosso país”. Por isso, só depois de reconhecida a sua qualidade é que serão entregues aos restaurantes “os respectivos Galardões” compostos por “uma Placa de Identificação e um Certificado de Reconhecimento” além de várias ferramentas de trabalho, como será o caso da “Plataforma Gastronómica, onde tudo vai acontecer, através do uso das novas tecnologias”. Até onde é que se pretende chegar com esta Rede? “Aos cinco cantos do mundo. Teremos um grande foco na Europa mas temos que começar já a pensar na América do Norte” tal como se está já a pensar na China: “Em Novembro vamos estar em Macau a acompanhar o Festival de Gastronomia e a lançar sementes no Congresso da APAVT” declara o director-geral da AHRESP, avançando que “estamos já a trabalhar com a Em-
baixada da China”. José Manuel Esteves reconheceu que com o lançamento da “Rede de Restaurantes Portugueses no Mundo” a AHRESP “está a concretizar um sonho que vinha de há décadas”, um período durante o qual a Associação teve que “ir cumprindo determinados objectivos” como o de “elevar a Gastronomia a Património Cultural de Portugal” ou o de “valorizar e dignificar as carreiras profissionais” do sector. Pelos objectivos ambiciosos que pretende atingir, o projecto conta com o apoio do Ministério dos Negócios Estrangeiros, através da Secretaria de Estado das Comu-
nidades, do Ministério da Economia, através do Turismo de Portugal, da AICEP e da Federação Portuguesa das Associações de Desenvolvimento Local – Minha Terra, entidades que, no passado dia 1 de Setembro, assinaram o protocolo com a AHRESP. Entre os parceiros institucionais contam-se ainda a Direcção-geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, a TAP, Entidades Regionais de Turismo, Câmaras Municipais, a Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas, a Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa, o Instituto da Vinha e do Vinho e a Viniportugal. <
Rede de Restaurantes Portugueses no Mundo Objectivos:
• Servir de plataforma para afirmar internacionalmente a gastronomia
Para servir bem, como é tradição no Alentejo Rua de Santo António, 8 | 7490-236 Mora – Alentejo tel: (351) 266403315 | www.hotelsolardoslilases.com 24
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portuguesa e reforçar a sua notoriedade enquanto marca de excelência através de todos os profissionais da restauração, nos 5 continentes • Potenciar a exportação dos produtos que estão na base da restauração e gastronomia de referencial português • Reforçar a atractividade de Portugal enquanto destino turístico de qualidade, através da sua gastronomia e produtos endógenos • Posicionar os empresários da restauração como agentes portugueses nos seus mercados
Metas:
Maio de 2018 • 75 restaurantes certificados em 5 países: Alemanha | Brasil | Espanha | França | Reino Unido (15 restaurantes em cada)
Portugal único e autêntico
>dossier
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>dossier
O Oeste da Região Centro de Portugal é sinónimo de boas praias, belas paisagens e boa gastronomia. Destas valências e da sua riqueza a nível de património edificado e cultural surge a grande atracção que se vem verificando pelo destino. O Centro é uma região rica e única, com a sua maravilhosa costa Oeste a abrir-se numa panóplia de actividades ao ar livre e de natureza imperdíveis. TEXTO: SOFIA SOARES CARRACA
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Oeste
Turismo activo e de natureza
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Centro de Portugal é a maior região do país, com uma imensa diversidade de paisagens e de momentos a ser vividos. De cursos de água a florestas, vilas escondidas, um verde interminável e montanhas cobertas de neve, temos de destacar a importância da sua zona costeira, que se perfaz na Região Oeste. O Oeste é como o campo com cheiro a mar, ali mesmo ao pé de Lisboa. História, cultura, gastronomia e vinhos são características prementes de um território que se divide entre o campo e praia, oferecendo o melhor dos dois mundos. A região prima, exactamente, pela proximidade entre o mar e o cam-
po. Num curto período de tempo podemos percorrer uma estrada entre pomares de fruta, para depois nos encontrarmos frente a areias douradas e aos tons de azul do Oceano Atlântico. Numa altura em que a procura cada mais se intensifica por um turismo de experiências, por férias que proporcionem diferentes valências, o Oeste é uma região que tudo oferece e em nada desilude. A imensa área verde da região foi valorizada também por campos de golfe, com destaque para o Campo de Golfe da Curia, perto de Coimbra e Aveiro, e para o golfe do resort Dolce CampoReal Lisboa, em Torres Vedras. O Curia Golf, desenhado por Jorge Santana da Silva, é um campo executivo
de nove buracos, integrado numa estância termal de elevada qualidade. É o primeiro campo do Centro, que cada vez mais se pretende afirmar com um destino de golfe, capaz de agradar a todos os desportistas desta modalidade. O Campo de Golfe da Curia prolonga-se por perto de 2.500m. É um campo competitivo, desenhado para jogadores de todos os níveis. Nasceu ao longo de um curso de água natural, enquadrando lagos artificiais. O campo do Dolce CampoReal Lisboa toma lugar num resort de 5 estrelas, com todas as comodidades necessárias para passar uns dias total tranquilidade. Foi projectado por Donald Steel, num percurso desafiante de par 72, em 18 buracos que per-
O mel hor peixe do mundo mora em Por tugal Toda a costa portugu esa oferece peixe fresco de alta qualidad e, com o Oeste a ser uma das regiões em que esta qualidad e é mais afamada . As águas mais frias e sempre revoltas de zonas como Peniche e Nazaré contribu em para dar tanto a peixe, quanto a marisco aquela consistência ideal, que tanto admiram os quando salta das águas quase directam ente para o nosso prato. É terra de peixe sempre muito fresco, daquele que parece chegar à grelha ou ao fogão ainda a saltar. Por aqui há iguarias incontornáveis como a caldeira da e a sopa de peixe, típicas desta de Peniche e Nazaré, as amêijoa s à Lagoa, de Óbidos e de Caldas da Rainha, a lagosta suada de Peniche e da Lourinh ã, zonas onde proliferam viveiros de marisco. Para petiscar há ainda enguias e jaquinzinhos fritos, salada de polvo ou polvo grelhado, choquinhos. Para complem entar tudo isto há à Ginjinha de Óbidos e de Alcobaça, os pastéis de feijão de Torres Vedras, o pão-de-ló da Lourinh ã e Alcobaça. <
correm a bonita paisagem da área protegida da Serra do Socorro e Archeira. Este campo foi construído sobre um terreno em tempos utilizado pela família real portuguesa como reserva de caça. É um percurso adequado a qualquer jogador, que serpenteia entre montes, vales e vinhas. Conta com club house e áreas lounge exclusivas, com uma loja de golfe e disponibiliza equipamento de treino, bem como
de uma Academia de Golfe para quem deseja iniciar-se na modalidade. DA TERRA AO MAR
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É impossível falar do Oeste sem referir a sua maravilhosa costa, coberta de praias certas de agradar a todos os gostos. É de distinguir a importância de duas delas, convidativas tanto pela sua beleza como pela actividade que
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>dossier Grutas de Mira de Aire
Foz do Arelho
• Com uma paisagem deslumbrante, a Foz do Arelho oferece um maravilhoso areal na confluência da Lagoa de Óbidos com o Oceano Atlântico; • Com as margens do rio revestidas de um cenário verdejante, oferece a possibilidade entre dois tipos de praia distintos no mesmo local; • A praia de mar é ideal para a prática de windsurf, beneficiando do habitual vento do local; • Localizada em Caldas da Rainha, esta praia confirma a qualidade das suas águas com uma Bandeira Azul. <
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chama tantos viajantes, o surf. Peniche e Nazaré são os melhores locais para levar a prática de surf a novos níveis. Ambas são vilas piscatórias, que foram rapidamente descobertas por surfistas dado as suas características naturais ímpares.
• Estas grutas são a Capital do Mundo Subterrâneo Português, as maiores grutas turísticas de Portugal; • Localizadas em Porto de Mós, Leiria, tem uma extensão de 11Km, com apenas 600 metros visitáveis; • As dimensões, beleza e importância ecológica das águas subterrâneas associadas a um polje são características incontornáveis destas grutas consideradas uma das 7 Maravilhas Naturais de Portugal. <
A Praia Supertubos, em Peniche, acolhe todos os anos o Rip Curl PRO Portugal, o palco português do campeonato mundial de surf. Peniche é conhecida por ser “casa” de surf camps, espalhados por diversas das suas praias. Também a Praia do Norte, da Nazaré, é am-
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83 quartos; 5 salas de reuniões; piscina exterior; ginásio; sala de jogos; parque de estacionamento privado.
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Capacidade para: 800 pessoas tel. 262 838 157 telem. 927 753 193
Coimbra
• Nas margens do Mondego, Coimbra é conhecida como a cidades dos estudantes, devido à sua Universidade, a mais antiga de Portugal e uma das mais antigas da Europa; • A Universidade de Coimbra, fundada no século XIII, é considerada Património Mundial, pela UNESCO; • Para além dos pontos de interesse da Universidade, como a Biblioteca Joanina, merecem visita o Mosteiro de Santa Cruz e de Santa Clara-a-Velha, a Sé Velha e o Museu Nacional Machado de Castro; • Do património imaterial da cidade é imprescindível deixarmonos encantar pelo sentimento do Fado de Coimbra, cantado por jovens estudantes trajados a capas negras.
Via gem pale ontológ ica na Lourinh ã É já em 2018 que vai ser inaugurado na Lourinh ã o Dino Parque, o maior museu do seu género em Portugal. Há muito que a Lourinh ã é conheci da como a Capital dos Dinossauros em Portugal, apresentando importantes vestígio s paleontológico s que foi recolhendo no seu território, onde foi descoberta uma espécie única, que veio a ser conheci da como Lourinh ossauro s. O parque temátic o dos dinossauros da Lourinh ã, vai ter um edifício onde vai apresentar o espólio paleontológico de momento exposto no Museu da Lourinh ã, bem como uma loja e laboratório onde poderá ver como é feita a prepara ção de fósseis. É dono de uma extensa área exterior, onde promet e organiz ar diversas activida des, bem como proporcionar uma viagem por quatro percurs os distinto s dos período s Devoniano, Triássic o, Jurássic o e Cretáce o. Assim, vai ser possível observar os mais famoso s dinossauros à escala real, como o Tyranno saurus Rex, Triceratops e Iguanodon.<
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>dossier plamente conhecida, em especial pela afamada manobra de Garret MacNamara, que aqui surfou uma das maiores ondas surfáveis do mundo. Desde o ano passado que faz parte do Big Wave Tour, com o Nazaré Challenge. Ainda assim, a Nazaré não é somente grandes e poderosas ondas, oferecendo também outros recantos acessíveis a atletas de todos os níveis.
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RIQUÍSSIMO PATRIMÓNIO Pelas terras do Centro de Portugal estende-se um valioso património edificado e cultural. É o “Coração de Portugal”, coberto de lendas e história. Começando mais junto ao mar temos uma encantadora vila rodeada de muros. Óbidos, com o seu castelo no topo e altas muralhas que a abraçam, parece ter saído directamente de um conto de fadas. Não há como uma deixar-nos perder pelas suas ruelas estreitas, passar por fontes, flores e admirar as portas da vila, ainda cobertas de azulejos. Depois de Óbidos devemos seguir para a rota dos mosteiros e visitar Alcobaça e Batalha, com dois dos mais importantes monumentos portugueses, declarados Patrimó-
nio da Humanidade, pela UNESCO, e duas das 7 Maravilhas de Portugal. A Real Abadia de Santa Maria de Alcobaça, ou simplesmente Mosteiro de Alcobaça, foi fundada em 1153 por D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal. O mosteiro da Ordem de Cister foi o primeiro ensaio de arquitec-
O Alva Valley Hotel dispõe de 15 espaçosos quartos com vista montanha evidenciando um cuidado especial na escolha do equipamento, no conforto, na contratação de pessoal qualificado e na atenção ao detalhe. Pela sua localização, é um excelente ponto de partida para a descoberta das fantásticas praias fluviais, das aldeias do xisto e históricas, da Serra da Estrela e Serra do Açor.” Telefone: 238 671 270 Email: info@alvavalleyhotel.com Morada: Rua Principal 2, 3400-591 Ponte das Três Entradas 30
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tura gótica em Portugal e sobressai nem jóia branca na paisagem. Por seu lado, o Mosteiro de Santa da Maria da Vitória, mais conhecido como Mosteiro da Batalha, foi mandado construir por D. João I. Tal aconteceu como agradecimento ao acto divino que ajudou D. João I e Nuno Álvares Pereira a vencer
prodigiosamente a Batalha de Aljubarrota, em 1385. É uma verdadeira jóia arquitectónica, magnífico em toda a sua grandeza. Cresceu em traços góticos e manuelinos e veste-se de importância histórica, com foco na Abóbada da Sala do Capítulo, colunas do Claustro Real e nas Capelas Imperfeitas.<
É no Centro de Portugal que toma lugar um dos maiores santuários da fé católica do mundo. Local onde, a 13 de Maio de 1917, ocorreram as aparições de um anjo e de Nossa Senhora aos Três Pastorinhos. Em 2017 celebra-se o Centenário das Aparições, que trouxe a Fátima o Papa Francisco. Se não teve oportunidade de participar nas comemorações, vem bem a tempo de conhecer esta terra encantada. TEXTO:SOFIA SOARES CARRACA
Fátima
Fé de mãos dadas com o turismo
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iz-se que a fé move montanhas e verdade seja dita que vem movendo o homem desde há muito. Hoje, movimenta anualmente milhões de pessoas dos quatro cantos do mundo em viagens orientadas para
a religião e para as peregrinações, alguns destes milhões com direcção a Fátima. A cidade, com os seus seis milhões de visitantes por ano, é o expoente máximo do turismo religioso em Portugal. É um dos santuários marianos mais importantes do mundo, com
uma atracção inegável a peregrinos que por lá passam e professam a sua fé. O “Altar do Mundo” que é o Santuário de Fátima é um dos maiores marcos portugueses no que a turismo religioso diz respeito. Foi no local da primeira aparição, na Cova da Iria, que
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>dossier foi construída a Capela das Aparições e veio mais tarde a crescer todo o Santuário de Fátima, com a imponente Basílica de Nossa Senhora do Rosário, onde se encontram os túmulos de Irmã Lúcia e seus primos, e a inovadora Basílica da Santíssima Trindade, de planta circular. Esta última é a maior basílica do mundo a nível de capacidade, tamanho justificado pela quantidade de peregrinos que todos os anos aqui afluem, com especial incidência neste ano de centenário. Embora o ponto alto do dia 13 de Maio, com visita do Papa Francisco, já tenha passado, as celebrações do Centenário das Aparições perduram, num denso programa com uma centena e meia de projectos que se prolonga ao longo de todo o ano de 2017. Mesmo com o terminar do agitado ano de 2017, uma visita a Fátima é sempre imprescindível. Uma cidade que se vem desenvolvendo muito por força do turismo e, para além da sua importante componente religiosa, se apresenta como um perfeito destino turístico, com distinta oferta dentro desta actividade, sejam hotéis, restaurantes, DMC, empresas de animação turística. Fátima é o sétimo município em Portugal com o maior número de hóspedes por cada 100 habitantes,
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concretamente 721. Em 2015, Fátima tinha um total de 43 hotéis, 70 unidades de alojamento. Estas unidades têm vindo a ser melhoradas e aprimoradas ao longo dos anos, passando de meros hotéis a verdadeiros centros de relax, onde prima a qualidade do atendimento e a tranquilidade também ajudada por Spas. VALIOSOS ARREDORES Bem no centro do Centro de Portugal, Fátima encontra-se a curta distância de outros locais de riquíssimo património histórico e cultural,
como é o caso de Tomar. Na década de 1310, com o mandado de extinção da Ordem Templária, D. Dinis I formou em Portugal a Ordem de Cristo, sua herdeira em propriedades e privilégios. A sua sede toma lugar no Castelo de Tomar, que anos mais tarde se transforma em Convento de Cristo, com o acrescentar de um mosteiro ao castelo medieval. O Convento de Cristo é uma obra-prima do Renascimento, considerado Património da Humanidade, pela UNESCO. A Charola do Convento de Cristo foi em tempos o oratório privativo dos Cavaleiros do Templo, sendo inspirada no Santo Sepulcro.
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1917 | 2017
Centenário das Aparições de Fátima
É a maior rotunda Templária em melhor estado de conservação da Europa. A Janela do Capítulo é o ex-libris de Tomar e marco da arte manuelina, com forte simbolismo náutico demarcado na sua decoração. São também obrigatórias as visitas à Igreja de São João Baptista, Igreja de Santa Maria do Olival e à Mata Nacional dos Sete Montes, onde se encontra a Charolinha, um pequeno templo cujo território foi transformado em ilha pelo lago circundante. Outro ponto incontornável deste mapa do Centro de Portugal, ainda em Tomar, é a Barragem de Castelo de Bode. As curvas e contracurvas do Rio Zêzere levam-nos até um maravilhoso lago entre montanhas xistosas. É aqui que pode apreciar esta barragem, uma das maiores do país, que banha terras em tempos controladas pela Ordem de Cristo. As suas bonitas albufeiras originaram algumas das mais extraordinárias praias fluviais do país, com destaque para a de Alverangel e a dos Montes, distinguidas em 2016 com a classificação “Qualidade de Ouro”. Para além das águas doces convidarem a prolongados banhos, este é também local privilegiado para a prática de desportos náuticos como wakeboard, windsurf, jet ski, vela, remo e pesca desportiva de peixes como a truta, achigã e também de enguias.<
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>dossier Alentejo
Tranquilidade entre paisagens douradas
Numa terra de vastas planícies em tons de ouro, de suaves montes, espelhos de água, uma maravilhosa costa e paisagens de cortar a respiração são diversas as experiências que esperam ser vividas por visitantes. Do património edificado ao cultural, sem esquecer a fantástica gastronomia e vinhos, o Alentejo é uma região onde a expressão “dolce far niente” ganha um novo sentido, ainda mais profundo. TEXTO:SOFIA SOARES CARRACA
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etimologia da palavra Alentejo vem de “além Tejo”, ou seja, abaixo do curso do rio que atravessa o país de este a oeste e encontra o mar em Lisboa. É lugar que associamos a planícies douradas, dominado gentilmente por suaves montes e pontilhado por sobreiros e oliveiras. Por aqui, as horas parecem correr mais lentamente dando-nos tempo para aproveitar ao máximo todos os momentos. Stress é palavra desconhecida, principalmente em período de férias em que o turista pode desfrutar dos diversos hotéis de charme, herdades e quintas adaptadas a turismo de habitação, ou até de pousadas que se instalaram em antigos mosteiros ou castelos. Também os romanos “provaram” um pouco desta bendita tranquilidade que nos confere o Alentejo, deixando para trás vestígios da sua presença que até hoje perduram em cidades como Évora, Capital do Alto Alentejo. O local das planícies de ouro prima, também pela monumentalidade e a sua longa história. Évora foi outrora um município romano às mãos de Júlio César, passou mais tarde ao domínio visigodo, tendo sido ainda tomada por mouros. O Centro Histórico de Évora é um
dos mais importantes patrimónios classificados pela UNESCO em Portugal. A “Cidade Museu” possui um sem número de templos católicos, que vão desde a Igreja de Santo Antão, localizada no ponto de encontro que é a Praça do Giraldo, à Sé Catedral, o Convento de Lóios, hoje uma pousada, Igreja do Carmo, Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, Igreja e Convento do Senhor Jesus da Pobreza e ainda ao Convento Novo. Local de visita obrigatória é a fascinante Capela dos Ossos da Igreja de São Francisco, local de paredes revestidas de ossos humanos que resulta numa visita sui generis. A lembrar os tempos romanos existe ainda o Templo Romano, mais conhecido como Templo de Diana, parte do fórum romano que data do período entre o século I e o século II. No seguimento da conversa sobre importantes cidades do Alentejo, não podemos deixar de referir a Capital do Baixo Alentejo. Beja é uma cidade muito antiga, que nos leva através de ruelas estreitas revestidas a pedras de calçada, até aos monumentos que nela foram nascendo ao longo dos séculos. O seu ex-libris é a Torre de Mensagem do Castelo de Beja, antigo e importante ponto de defesa, hoje transformado em miradouro sobre a cidade, nos seus 40
metros de altura. A cidade abre-se numa multiplicidade de pontos de interesse, como a Igreja de Santiago, a Sé, a Igreja de Santo Amaro, onde hoje se encontra o Núcleo Visigótico do Museu Regional, a Igreja da Misericórdia e o Convento de Nossa Senhora da Conceição, onde se instalou o Museu Regional de Beja. Desenha-se também nos seus pormenores históricos e artísticos. Os arcos, as janelas, as portas, os painéis de azulejos, o Pelourinho e outros tesouros que podem ser descobertos a partir da Praça da República, o coração da cidade. EXPERIENCIAR O ALENTEJO São diversas as maneiras através das quais podemos experienciar o território alentejano, sendo a mais óbvia o deixar-se perder pelas ruelas que cruzam casas caiadas a branco das suas vilas, aldeias e cidades, o passear pelos seus campos dourados enquanto absorve toda a beleza que o circunda. Mas deixe-se influenciar pelos costumes locais e deleite-se, também, com a fantástica gastronomia alentejana. O Alentejo tem à nossa disposição alguns dos melhores produtos que podemos encontrar. Tem o melhor azeite, ervas aromáticas únicas,
um refinado pão e enchidos de comer e chorar por mais. E, claro, na sua costa abunda peixe e marisco fresco, que agracia as ementas das suas ternurentas vilas piscatórias e não só. Podemos viver o Alentejo, também, através de turismo activo, ao ar-livre. Com toda a sua tranquilidade, o território oferece características únicas e ideais para aproveitarmos ao máximo o melhor da natureza. Passeios de bicicleta, trekking, 4x4, canoagem, viagens de balão de ar quente e tantas outras actividades estão amplamente disponíveis. Através de tudo isto podemos conhecer locais como Reguengos de Monsaraz, uma vila medieval retirada de um conto de fadas, com o seu castelo a proporcionar vistas perfeitas sobre o imenso espelho de água que é o Alqueva, um dos maiores lagos artificiais da Europa. Tal como este muitos são os castelos que protegeram em tempos vilas e cidades do Alentejo, como Estremoz, Marvão e Avis. Estremoz é conhecida como a “Cidade Branca”, devido à produção de mármore de alta qualidade. O seu castelo foi quartel-general de D. Nuno Álvares Pereira, uma edificação dominante sobre uma colina da Serra da Ossa. No Castelo
Enoturismo com alguns dos melhores vinhos de Portugal
A terra onde uvas são O Alentejo é de sobremaneira afamado pelos seus excelentes vinhos. saborear a tradição misturada s podemo onde vinhos produz terroir, do força abraçadas pelo calor e s vinhos portugueses, melhore dos alguns com os saberes dos tempos modernos. A região produz podemos desfrutar onde o, territóri pelo das espalha s herdade e s vinhedo ar sendo possível encontr beleza. imensa de s paisagen deste néctar dos deuses enquanto acompanhados por vitiviníc ola, a qualida de dos Um dos grandes atractiv os do Alentejo é, realmente, a sua cultura É uma das maiores regiões smo. enoturi ao seus vinhos e a atenção especial que a região dedica hectare s por oito áreas de 23.000 de mais por -se alongar a vinha a com l, vitiviníc olas de Portuga e terroir próprio. laridade particu sua Denominação de Origem Control ada, cada qual com l Alentejana, dá-nos Regiona ola Vitiviníc o Comissã pela da desenha , Alentejo A Rota dos Vinhos do nio monum ental e patrimó rico um também a conhecer mais do que vinhos, vinhas e adegas, mas -se por um total espalha e res produto 44 Reúne ada. aprimor omia gastron natural, bem como uma e sem esquecer vo or-o-No Montem por o de 27 vilas e cidades, de Castelo de Vida a Alvito, passand o que de r conhece a dá que , Alentejo do Vinhos dos Rota da Provas de Évora, com a sua Sala São Mamede, de Rota a s, distinto ios itinerár melhor se produz na região. A rota perfaz-se em três Guadiana, do Rota a e Évora, parte faz qual da a, Históric Rota a reg, com epicentro em Portaleg < Beja. em a indissociável do rio homónimo que a atravessa e centrad
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Cartuxa
Herdade do Esporão
• Toma lugar em Reguengos de Monsaraz, perto de Évora; • É um projecto enoturístico pioneiro em Portugal, oferecendo uma ampla oferta de actividades relacionadas com o vinho e a vinha; • É parte integrante da Rota Mundial dos vinhos, desde 1997; • Alonga-se por 452 hectares com 194 diferentes tipos de vinha; • Providencia visitas às vinhas, provas e workshops, visitas guiadas à adega e experiências gastronómicas. <
de Avis morou D. João I, mestre de Avis, e a encimar a Serra de São Mamede encontra-se o Castelo de Marvão, que teve como funcionalidade controlar a fronteira com Espanha e a passagem do Rio Sever. Deste valioso conjunto de fortificações é impossível não mencionar Elvas, a Cidade-Quartel. Elvas é um museu de artes bélica ao ar livre, onde se concentra o maior conjunto de fortificações abaluartadas de todo o mundo. Deste conjunto fazem parte o Forte de Santa Luzia, o recém-reabilitado Forte
Herdade da Malhadinha Nova
• O enoturismo da Cartuxa instalou-se na Quinta de Valbom, a dois quilómetros de Évora; • Nasceu num antigo refeitório de um retiro da Companhia de Jesus, de quando estes leccionavam na Universidade de Évora nos séculos XVI e XVII; • A antiga adega é agora utilizada para envelhecer os vinhos produzidos pela Fundação Eugénio Almeida; • A Cartuxa oferece uma panóplia de visitas guiadas que terminam com provas de vinhos e de azeites. <
da Graça e a muralha em forma de estrela que envolve todo o Centro Histórico, considerado Património da Humanidade, pela UNESCO. UNESCO que parece estar rendida aos diversos encantos do Alentejo, com património classificado um pouco por todo o território. Também o Cante Alentejano, o can(to) da te(rra), é Património Imaterial da Humanidade. Uma melodia que precisa somente de vozes, nascida nos campos e nas tabernas, tendo ido buscar as suas raízes a músicas ancestrais.<
• Típica herdade alentejana, com casarão caiado a branco, rodeado de vinhas sobreiros e oliveiras, com criação de animais como o porco preto alentejano; • Põe ao dispor do visitante experiências autênticas num ambiente puro e tranquilo; • A herdade toma lugar em Albernoa, a curta distância do centro de Beja; • O espaço é complementado por um hotel de charme e completo leque de enoturismo, com experiências de três, quatro ou seis dias, com participação nas vindimas, visitas guiadas, jantares temáticos, provas e sessões de cinema ao ar livre. <
Contagiante beleza do Sudoeste Alentejano Embora a atracçã o pelas fantásti cas paisagens do interior alentejano seja intensa , é imprescindível ficar a conhecer a sua zona costeira . Toda esta costa, o Parque Natural do Sudoest e Alentejano, consiste em naturez a no seu estado mais puro e intocado, praias quase deserta s e uma beleza cénica sem igual oferecid a pelas suas diversas vilas piscatórias à beira do Oceano Atlântic o. No ponto mais a norte desta encontramos Tróia, um destino imperdível a apenas alguns quilómetros de Lisboa. Pela influência do Rio Sado o seu estuário foi-se moldan do com o passar dos anos e deu forma a um cenário único. Tróia é uma península, com impressionante s cenário s domina dos por praias de areia branca. Proporciona o ambiente perfeito para ser desfruta do em família, combin ando qualida de de vida com todos os benefícios de um modern o resort. A falta de escolha não é problem a em Tróia, local onde podemo s tomar partido da naturez a e aproveitar diversas activida des ao ar livre. Podemo s passear de barco e esperar ver os golfinho s-roaze s do Sado, jogar golfe em alguns dos melhore s campos da Europa , aproveitar as tranqui las praias ou até visitar as Ruínas Romana s de Tróia, o maior centro de produçã o de salgas de peixe do Império Romano. Ao descer pela costa alentejana vamos encontrar Vila Nova de Milfontes, também conhecida como a “Princesa do Alentejo”. Esta é uma das estâncias balneares mais procuradas da região, onde o Rio Mira se vai encontrar com o Oceano Atlântico. É local onde abundam praias de areal dourada com águas tanto próprias para os mais aventureiros, quanto para os apreciadores da calma, com acesso ao mar e à foz do rio. As praias do Farol, Franquia e Furnas fazem as delícias de turistas, sendo altamente aconselhável percorrer a costa, tanto para norte como para sul, para descobrir pequenas pérolas de acesso menos simples. <
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CONVENTO DO ESPINHEIRO 17
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>dossier
Com o Porto como porta de entrada, o Norte de Portugal é um destino repleto de atracções e experiências. Uma região charmosa, predominantemente verde, com pontos de interesse em grandes cidades que marcaram a história da nação portuguesa. O Norte cheira a vinhos de qualidade, a deliciosas iguarias gastronómicas que nos dão força para descobrir alguns dos mais fascinantes locais do país. TEXTO:SOFIA SOARES CARRACA
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Beleza de cortar a respiração
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ortugal nasceu no Norte. Originalmente habitado por populações com origem no Paleolítico, cujos vestígios perduram ainda em locais como Foz Côa, com as suas pinturas rupestres, foi ainda terra de celtas, romanos e mouros, até ser fundada a nação portuguesa. De todas estas vivências há detalhes que so-
brevivem, conferindo uma enorme riqueza a esta região que se perfaz em montanhas e parques naturais de tons de verde extasiantes. O Norte de Portugal é considerado uma região romântica, onde as vistas são de cortar a respiração, com a oferta hoteleira e gastronómica a reavivar os sentidos. É região de quatro locais declarados Património da Humanidade pela UNESCO, o Centro Histórico do Porto, Guimarães, o Alto Douro Vinhateiro e as pinturas rupestres de Foz Côa. Locais onde a história se funde em perfeita harmonia com paisagens contemporâneas de cidades, vilas e aldeias entrecortadas por montanhas, rios e mar. Belezas a que temos de acrescentar a qualidade de vinhos e iguarias, o clima mais intenso que distingue na perfeição as quatros estações e a perfeita hospitalidade das populações.
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CHARMOSAS PAISAGENS DO DOURO
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O vale do Rio Douro é o local de origem do tão conhecido Vinho do Porto e alguns dos melhores tintos do país. É um vale verdejante que corta o norte do país, desde a fronteira com Espanha até se fundir com o Oceano Atlântico no Porto. Os barcos rabelos navegaram estas águas em tempos, transportando
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Porto e Norte de Portugal
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o vinho desde o Alto Douro Vinhateiro até às caves do Vinho do Porto que habitam a margem sul do rio mais junto à costa, em Vila Nova de Gaia. Barcos que hoje oferecem passeios pelo Douro, sempre acompanhados de um copo de Porto. Para experienciar em pleno este vale o ideal é percorrer rio acima e desfrutar das paisagens do Alto Douro Vinhateiro. Uma visita às vinhas e adegas do Douro faz-se por entre uma indiscritível beleza, num aliar da ruralidade ao espírito boémio, passeando por campos, visitando quintas e provando vinhos. A uva desenvolve-se por entre o ar puro de vales profundos, de encostas escarpadas, numa região rodeada pelas serras do Marão e Montemuro, por onde se estendem vinhas por cerca de 40.000 hectares, em pequenas varandas separadas por muros de xisto, conhecidas como socalcos. O património é vasto e pelos caminhos do Douro ficamos a conhecer vestígios romanos da cultura da vinha e marcos pombalinos que demarcavam a área. O Douro Vinhateiro está marcado na história como a primeira região demarcada do mundo, por Marquês de Pombal, em 1756. A Rota do Vinho do Porto foi fundada mais tarde, a 21 de Setembro de 1996, com 54 lo-
cais da Região Demarcada do Douro e freguesias limítrofes inscritos. Divide-se em três sub-regiões do Douro, em concreto Baixo Corgo a oeste, Cima Corgo no centro e Douro Superior a este. O enoturismo é aprimorado e tratado com carinho nesta região. O visitante pode contactar directamente com as quintas para visitas, jantares, provas e até alojamento, ou requisitar à Rota do Vinho do Porto que delineie um itinerário especial à sua medida. Para além dos barcos que sobem o rio, a região pode também ser conhecida de comboio, ligando o Porto à Régua e Tua, com uma paragem no Pinhão para dar a conhecer das mais encantadoras estações ferroviárias existentes em Portugal, coberta de painéis de azulejo que retratam a vida do campo, também associada à produção de vinho. EXTASIANTE CAPITAL A capital do Norte de Portugal é a segunda maior cidade do país, com uma história ainda mais antiga que a de Lisboa. Vista do rio, ou de Vila Nova de Gaia, o Porto abre-se numa paisagem curiosa, de prédios de mil cores que vão trepando uns por cima dos outros. A Ribeira do Porto, junto ao Dou-
ro, faz-se num visita imperdível por ruelas estreitas e labirínticas entre casas de outrora. Mas o Porto é mais que isto, é uma cidade vibrante desenhada pelas artes, pelo design e pela arquitectura moderna, com uma vida nocturna intensa e uma grande panóplia de actividades culturais. A Invicta é conhecida pela sua Faculdade de Arquitectura, de onde surgiram nomes como Álvaro Siza Vieira e Souto de Moura, ambos vencedores de Prémio Pritzker. Ao caminhar pelas ruas da cidade é possível apreciar a união entre os diferentes estilos artísticos e arquitectónicos, numa perfeita combinação que confere ao Porto uma atmosfera muito própria. Combinação de marcos de outrora, como a Igreja de São Francisco e os Clérigos, com afamados apontamentos modernos, como a Casa da Música e Serralves. A região oferece diversas atracções, tais como as antigas caves do Vinho do Porto, diversas pontes de atravessam o Douro e diversos restaurantes de qualidade. Para os amantes de cultura e arte moderna, Serralves é um ponto de visita incontornável. A noite da cidade perfaz-se em diversos bares e discotecas que atraem centenas de pessoas de todo o país.
A elegância do Vinho Verde
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Os vinhos do Douro e do Porto não são os únicos merecedores de menção desta região, onde nascem também os elegant es, leves e aromáti cos Vinhos Verdes, com notas frutada s e florais. É um vinho único no mundo que nasce por entre a impressionante beleza do Minho, com uma rota que percorre caminh os que nos dão a descobrir as origens e sabores da cultura vitiviníc ola, bem como a beleza de montanhas e praias, vales e rios, de uma paisagem única onde o verde é cor dominante. A Região Demarcada dos Vinhos Verdes percorre todo o Noroest e de Portugal, na região conheci da como Entre-D ouroe-Minho. É a maior de Portugal a uma das maiores da Europa , com videiras que se entrelaçam nas árvores, galgando terreno à procura de sol. É local que prima por quintas emblem áticas e casas senhori ais e também da importante e nobre Casta Alvarinho, com direito à sua própria Rota do Vinho Verde Alvarinho, por terras de Melgaço e Monção. <
Due to its proximity to the gorgeous beach of Esmoriz, branded with blue flag and bathed by the Atlantic Ocean, turns any city visit, in a unforgettable moment, with its breathtaking landscapes and its people, that, like no other, welcomes its visitors. Its inside this context of natural beauty, warming people and proximity to the major comercial and industrial poles of Ovar, Espinho, Santa Maria da Feira, Oporto and Aveiro, that the Hotel La Fontaine exists. The great accesses in and outside the city, provides great mobility and quickness of access to the various sites of leisure, services, comerce or work. Browse through our web page and discover everything the Hotel La Fontaine has to offer and to provide, so that you stay with us, may be truly memorable and unforgettable. Address: Rua dos Bombeiros Voluntários, nº80 - 3885-550 - Esmoriz Tel: (+351) 256185482 | Fax: (+351) 256387208 Email: reservas@lafontaine-hotel.com | www.lafontaine-hotel.com Facebook: www.facebook.com/hotellafontaine.esmoriz GPS: LAT: 40.956922 / LONG: -8.625574 La Fontaine_AF_HP_TV_EMENDAS.indd 1
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Ribeira do Porto
Casa da Música
Trás-os-Montes
< • A Casa da Música é uma enorme sala de concertos e casa das maiores orquestras do Porto; • O moderno edifício desafiou a engenharia para poder criar os seus espaços de configuração não tradicional; • Desenhada pelo arquitecto Rem Koolhaas apresenta dois auditórios, uma pequena sala mais intimista e um terraço para eventos privados; • Toma lugar na Rotunda da Boavista, um ponto central da cidade do Porto, com artérias que nos levam aos seus pontos de interesse. <
É uma cidade cheia de vida e de história, com um recanto para cada viajante, que corresponde a diversos interesses de diferentes pessoas.
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O BERÇO DA NAÇÃO
O Minho é famoso pelos seus diversos encantos naturais, sendo a gastronomia um dos seus pontos fortes. Desde o mar chega a terra uma multiplicidade de ingredien-
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tes utilizados em iguarias que combinam o melhor da dieta mediterrânica e atlântica. Tudo no Minho está conectado, a comida, a natureza, as gentes e a história. Em qualquer ponto de visita encontramos locais históricos, muito deles a preceder a ocupação romana. Em edifícios e praças medievais, espalhados um pouco por todo o território podemos sentir o peso da história de um país com mais de 900 anos.
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• A região de Trás-os-Montes oferece um património edificado riquíssimo, com vestígios da ocupação romana e construções medievais; • Chaves é uma visita imperdível, com as suas águas medicinais que brotam da terra a 73°C, e Bragança muito impressiona com o seu imponente castelo; • As aldeias da região são magníficas, partilhando ainda o forno a lenha, a eira, o moinho, o pasto e o boi de criação; • Miranda do Douro, rodeada pelo Parque Natural do Douro Internacional, é onde podemos assistir às danças dos pauliteiros, herança da ocupação celta. <
Nesta região encontramos Braga, o centro religioso do Norte e uma das mais antigas cidades do país. A Diocese de Braga é a mais antiga de Portugal, com a Catedral a ser construída no século XII. O ex-libris da cidade é o Santuário do Bom Jesus, com a sua escadaria monumental, localizado entre o verde luxuriante e com vistas perfeitas sobre a cidade. Guimarães é conhecida como o berço da nação, sendo o local de nasci-
- Portugal - Porto -
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• Este é um dos mais importantes locais da vida nocturna do Porto, com bares modernos, restaurantes tradicionais e lojas típicas; • É local de um dos mais bonitos miradouros sobre o Rio Douro e Vila Nova de Gaia, com as suas centenárias caves do Vinho do Porto; • A Ribeira do Porto é um dos bairros mais antigos e tradicionais da cidade e parte do Centro Histórico do Porto, classificado como Património Mundial, pela UNESCO. <
mento do primeiro rei de Portugal. O Centro Histórico da cidade transporta-nos pela evolução da identidade portuguesa. Ponte de Lima, conhecida como a “Princesa do Norte” é também um local imperdível. No vale do Rio Lima, abre-se num conjunto de paisagens muito particulares, impressionantes em toda a sua beleza. É cidade de flores, com uma vasta oferta de maravilhosos jardins, meticulosamente cuidados. <
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>hotelaria
A Iberostar Hotels & Resorts vai abrir, já no início de Outubro, o seu primeiro hotel em Portugal, em Lisboa, um 5 estrelas de 166 quartos na zona do Marquês de Pombal. Esta é a sétima unidade urbana da cadeia com raízes nas Ilhas Baleares (Espanha). O valor do investimento não foi divulgado.
TEXTO: CAROLINA MORGADO
• Localização: Rua Castilho, 64 • Categoria: 5* • Quartos e suites: 166 • Outros serviços: Restaurante
(capacidade para 150 pessoas), piscina exterior com bar no terraço e solário, wi-fi premium gratuito, wellness e spa, business center e salas para eventos. <
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Abre em Outubro
Grupo Iberostar estreia-se em Portugal com hotel em Lisboa
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chegada da Iberostar a Portugal representa um grande marco para nós. Este novo hotel vai reforçar a nossa presença internacional, assim como a nossa oferta no sector de hotéis urbanos, situados em algumas das principais cidades turísticas mundiais, como são Nova Iorque, Madrid ou Budapeste”. É assim que a cadeia hoteleira maiorquina anuncia o seu primeiro hotel na capital portuguesa, com aberta prevista para Outubro, através de Aurelio Vázquez, conselheiro delegado para a Europa, Médio Oriente e África do grupo. “A cadeia maiorquina apostou na capital do país vizinho para reforçar a sua estratégia em hotéis urbanos e incluir na sua oferta o novo estabelecimento Iberostar Lisboa”, sublinha a empresa, para destacar que “com a abertura em Lisboa, a Iberostar continua a trabalhar para estar cada vez mais presente nas capitais turísticas mais relevantes do mundo, com hotéis situados em locais centrais e privilegiados em edifícios únicos e originais”. A oferta de produtos e serviços dos hotéis urbanos Iberostar permite ao viajante tirar o máximo partido das suas férias ou das suas viagens de negócios, colocando à disposição dos hóspedes muito mais do que o alojamento, e oferecendo também
uma opção de ócio, cultura e entretenimento. Designado Iberostar Lisboa, este novo hotel terá a categoria de 5 estrelas e contará com 166 quartos e suites, e uma vasta oferta de serviços exclusivos, incluindo um restaurante com capacidade para 150 pessoas, onde será oferecida uma ampla variedade gastronómica, de carácter local e internacional. A nova unidade vai oferecer quartos (standard e superior) e suites ( júnior e royal) com vista para a cidade ou para a piscina exterior com bar no terraço e solário, wellness e Spa com duches de sensações e neblina de água, piscina aquecida com jactos de água, 3 cabines de massagem, sauna, banho de vapor, hidromassagem e cabeleireiro. A partir de qualquer
ponto do hotel, o wi-fi é gratuito. Para reuniões e eventos, a nova unidade coloca à disposição vários espaços, tanto no interior das suas salas de reuniões, como no seu amplo terraço ajardinado. No total são 7 salas de conferências com capacidade para aproximadamente 100 pessoas e meios audiovisuais, bem como um ballroom com 400m 2 adaptáveis a três espaços ou uma grande sala multifuncional e foyer de 200m 2 para cocktails de boas-vindas. GRUPO EM FRANCA EXPANSÃO A cadeia maiorquina terá, até ao final deste ano, mais seis novos hotéis, incluindo o de Lisboa, ao mesmo tempo que anunciou um
investimento superior a 125 milhões de eurospara remodelações e actualizações de algumas das suas unidades incluindo os Iberostar Grand Hotel Bávaro (Punta Cana, República Dominicana), Cancún (México), Alcudia Park, Playa de Muro (Ilhas Baleares), Bahía de Palma (Maiorca), Santa Eulalia (Ibiza), Málaga Playa (Andaluzia), Grand Hotel Salomé, Lanzarote Park e Anthelia (Ilhas Canárias). Quanto a novas aberturas, contam-se o Iberostar Grand Hotel Portals Nous (Maiorca, Espanha), Iberostar Berkeley em South Beach-Miami, Bella Vista (Varadero, Cuba), Club Palmeraie Marraquexe (Marrocos), Iberostar Cancun (México) e Iberostar Playa Blanca (Cayo Largo, Cuba). A empresa fechou 2016 com um volume de negócios de 2.025 milhões de euros, o que representa um aumento superior a 10% relativamente ao ano de 2015 quando facturou 1.8 mil milhões de euros. O grupo quer manter uma constante busca de oportunidades de negócios para continuar a sua expansão e crescimento através de dois canais: novos destinos para incorporar na sua oferta e crescimento naqueles que já opera actualmente. A Iberostar Hotels & Resorts está a desenvolver um ambicioso projecto para aumentar os seus hotéis no
segmento urbano, e em consequência, continua à procura de oportunidades de expansão nas principais capitais turísticas internacionais. Os próximos passos no segmento urbano estão concentrados em abrir o 2º hotel nos EUA, localizado em South Beach, Miami. Nos próximos três anos, a empresa terá 15 hotéis da cidade nos principais destinos turísticos no mundo como Budapeste, Nova Iorque, Madrid, Miami, Havana, Barcelona, Lisboa, Santo Domingo ou Lima, entre outros. Assim, o grupo Iberostar está empenhado em consolidar uma oferta tanto para férias como no segmento empresarial em cidades singulares. A categoria urbana da cadeia já conta com outros hotéis, como o Iberostar Las Letras Gran Vía, em Madrid, o Iberostar Grand Hotel Mencey, em Santa Cruz de Tenerife, ou o Iberostar 70 Park Avenue, em Nova Iorque, entre outros, todos eles com categoria de 4 estrelas ou superior e assumindo-se como “referências de luxo e exclusividade no centro da cidade”. A Iberostar Hotels & Resorts é uma cadeia de hotéis fundada em Palma de Maiorca (Ilhas Baleares, Espanha) pela família Fluxà em 1986. Com mais de 60 anos de existência, a rede possui actualmente mais de 100 hotéis de quatro e cinco estrelas em 17 países.<
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>hotelaria O Sea Porto Hotel, em Matosinhos, abriu portas no passado dia 7 de Agosto, e na segunda semana atingiu a sua ocupação máxima. A nova unidade, com reservas já efectuadas para 2018, espera até ao final do ano alcançar uma taxa de ocupação média de 70%.
TEXTO: CAROLINA MORGADO
Sea Porto Hotel abriu Serviços e facilidades • 57 quartos - 1 quarto adaptado para pessoas com mobilidade reduzida com estacionamento reservado • 5 salas de reunião • Restaurante • Deck Bar • Business Center • Internet wi-fi gratuita em todo o hotel • Garagem privativa acessível 24 horas com custo adicional • Recepção 24 horas • Depósito de bagagem • Room service • Serviço de lavandaria • Serviço de babysitting, florista, a aluguer de bicicletas e rent-a-car e shuttle de e para aeroporto (a pedido)
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Conceito assente no mar e tradição naval
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ituada no centro de Matosinhos, o conceito desta nova unidade hoteleira assenta no mar e na tradição naval e portuária de Leixões e Matosinhos. Inclui ainda referências à obra de Siza Vieira e à paisagem da cidade do Porto. Projecto 100% nacional que representa um investimento de cerca de cinco milhões de euros, o Sea Porto Hotel oferece 57 quartos
dos quais 5 premium, 1 suite executiva e 1 suite familiar. Todos os quartos estão equipados com casa de banho completa, secador de cabelo, ar condicionado, TV LCD digital, telefone com linha direta ao exterior, cofre de segurança, minibar, chaleira elétrica, ligação USB/HDMI e internet wireless gratuita. Cada um dos seus seis pisos disponibiliza um quarto triplo, fazendo desta unidade hoteleira ideal quer para uma estadia em família, quer para os clientes de negócios. A oferta de serviços do Sea Porto Hotel inclui ainda o “Deck Bar”, aberto para clientes do hotel e externos, com uma programação cultural própria. As cinco salas de reuniões – Farol, Boa Nova, Bombordo, Porto e Leixões – disponibilizam um total de 560 lugares em plateia, sendo que as duas últimas podem ser usadas separadamente ou em conjunto (Porto de Leixões, com 200 lugares). As salas estão completamente equipadas com o mais moderno equipamento técnico para luz, som e imagem. A equipa do Sea Porto Hotel, constituída por 20 pessoas com
formação superior e experiência em hotelaria e restauração, estará concentrada em proporcionar um serviço de excelência a todos os clientes, nacionais e estrangeiros, mostrando o que de melhor as cidades de Matosinhos e do Porto têm para oferecer em termos de cultura, património histórico e gastronómico. De forma a optimizar a experiência da estadia dos seus clientes, o Sea Porto Hotel está a organizar uma série de parceiras com operadores culturais das duas cidades. Esta unidade hoteleira não descurou também as questões ambientais, apostando na iluminação LED, materiais ecologicamente responsáveis, na optimização de recursos através da reciclagem e na consciencialização para a importância da conservação de água e energia. O Sea Porto Hotel disponibiliza também pontos de recarga para veículos eléctricos na sua garagem privativa. O Sea Porto Hotel está estrategicamente situado no coração de Matosinhos. Bem à vista do Porto de Leixões e da sua plataforma logística, está a menos de 1Km do Terminal de Cruzeiros. <
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>hotelaria Duas décadas depois, o Ombria Resort, em Loulé, vai começar finalmente a ser construído com um investimento total de 260 milhões de euros, aplicado pelo Grupo Pontos, um fundo finlandês de private equity. No dia 25 de Agosto teve lugar a cerimónia de lançamento da primeira pedra do complexo hoteleiro de 5 estrelas que integrará a primeira unidade da marca Viceroy Hotels & Resorts, reconhecida cadeia americana de hotéis de luxo, em Portugal e na Europa. Num terreno com 153 hectares, a cerca de 8Kms de Loulé, este será um dos maiores empreendimentos turísticos do país a construir nos próximos anos, com primeiras aberturas previstas para finais de 2019.
20 anos depois e 260M€ de investimento
Projecto Ombria Resort sai do papel
TEXTO: CAROLINA MORGADO
“
E
stamos entusiasmados com o progresso do nosso projecto e estamos aqui, hoje, para celebrar, pois finalmente chegou o momento de começar. Foram 20 anos de trabalho árduo que concentraram muitos recursos e energias. Apesar dos riscos que assumimos, mantive-
TAXI T Algarve Agência de Viagens e Turismo e Táxis de Turismo
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mos sempre o foco neste projecto porque sempre acreditámos no Algarve e em Portugal”. Foi com estas palavras que Ilpo Kokkila, chairman do Pontos Group, iniciou o seu discurso na cerimónia de lançamento da primeira pedra da primeira fase do Ombria Resort. O evento contou com as presenças de Ana Mendes Godinho, secretária de Estado do Turismo, Carlos Martins, secretário de Estado do Ambiente, e Vítor Aleixo, presidente da Câmara Municipal de Loulé. “Ficámos muito decepcionados com a lentidão da burocracia que enfrentámos durante o desenvolvimento do projecto”, disse o chairman do Pontos Group, para acrescentar que “a cooperação com a Câmara Municipal de Loulé e as autoridades competentes tem sido excelente, mas a forma como a burocracia tem provocado o atraso deste processo é inacreditável. Esta morosidade prejudica gravemente o progresso no país“, acrescentou. “Mas nós temos uma grande admiração por Portugal e pelos portugueses. Isso e o forte apoio da Câmara Municipal de Loulé são as razões porque conseguimos lutar por este projecto durante quase 20 anos. A beleza natural das paisa-
gens faz com que o nosso principal objectivo seja assegurar que este projecto é altamente sustentável. Um dos nossos compromissos é também que o Ombria Resort seja totalmente aberto às populações locais. É nosso propósito trabalhar em conjunto com as pessoas e empresas das localidades circundantes, dando-lhes assim a oportunidade de usufruir, trabalhar ou fazer negócio”, referiu ainda Ilpo Kokkila. No discurso que efectuou no evento, a secretária de Estado do Turismo referiu que “o investimento que hoje aqui vemos é sinal que há confiança, é sinal que acreditam no país, é sinal que acreditam no Algarve. Só posso agradecer-vos por isso e dizer-vos que este é um projecto exemplar também pela sustentabilidade do turismo ao longo de todo o ano e em todo o território, porque estamos aqui a apostar num Algarve diferente, a desenvolver um novo tipo de turismo numa zona onde não era tradicional isso acontecer”. UMA NOVA GERAÇÃO DE RESORTS Trata-se de um empreendimento de 5 estrelas localizado entre Tôr e Querença, a 8Km de Loulé. O
O Ombria Resort localiza-se no Algarve, 8Km a Norte de Loulé e a 20Km das praias e do aeroporto de Faro. Situado no meio de uma paisagem feita de colinas verdes, ribeiras, azinheiras e sobreiros espalhados por 153 hectares de terreno, o empreendimento encontra-se perto da paisagem protegida da Fonte Benémola e de aldeias típicas como Querença e Tôr. Será composto por: • O complexo hoteleiro de 5 estrelas Viceroy at Ombria Resort com 76 quartos, e Viceroy Residences at Ombria Resort, com 65 residências turísticas, incluindo Spa, instalações de saúde e fitness, vários restaurantes e bares, centro de conferências e piscinas • Três áreas diferentes com um total de 385 unidades residenciais, incluindo apartamentos, moradias em banda e vivendas • Campo de golfe com 18 buracos (já em construção desde 2016), incluindo clubhouse • Instalações de lazer e entretenimento, como área de agricultura biológica, circuito de jogging, entre outras • Abertura prevista para final de 2019 • A fase 1 do projecto representa um investimento de mais de 100 milhões de euros. O investimento total, nas três fases irá ultrapassar os 260 milhões de euros. • Investidor - Grupo Pontos, fundo finlandês de private equity. <
Ombria Resort vai ser composto pelo hotel de 5 estrelas Viceroy at Ombria Resort com 76 quartos e suites do segmento de luxo, pelo complexo Viceroy Residences at Ombria Resort, com 65 residências turísticas, um campo de golfe de 18 buracos par 71 ( já em construção desde Outubro de 2016), e Clubhouse e ainda moradias em banda e villas para venda. Um lago, várias comodidades como instalações de Spa, centro de fitness, várias piscinas para adultos e crianças, actividades para os mais novos, instalações desportivas, beach club nas proximidades, experiências outdoor, horta biológica e observatório astronómico, vão completar a oferta do resort. O estilo de arquitectura do complexo hoteleiro, inspirado nas típicas aldeias algarvias, está perfeitamente integrado com a região em que se insere, misturando uma atmosfera rural e uma atenção ao design, serviço e detalhe. Abrindo portas ao primeiro hotel da marca americana Viceroy Hotels & Resorts, em Portugal e na Europa, além da vasta oferta para lazer, o Ombria Resort vai também prestar atenção ao segmento corporate. Para isso o empreendimento será dotado de um Centro de Conferências e Eventos com quatro salas de reunião, um salão de baile e um lounge. O projecto vai ser implantado numa área de 153 hectares de terreno com colinas verdes, ribeiras, azinheiras e sobreiros. Estima-se,
entre todo o processo de obras e entrada em funcionamento de todo o empreendimento, que serão gerados mais de 700 postos de trabalho directos e cerca de 300 indirectos. A abertura do Viceroy at Ombria Resort, e das Viceroy Residences at Ombria Resort está prevista para final de 2019. A primeira fase do projecto representa um investimento de mais de 100 milhões de euros. O investimento total, nas três fases, irá ultrapassar os 260 milhões de euros. O Ombria Resort contará com três áreas diferentes de unidades residenciais e turísticas, incluindo apartamentos, moradias em banda e vivendas. Depois de concluído irá disponibilizar uma vasta oferta na componente hoteleira e de imobiliário turístico e residencial, desde quartos/suites de hotel, apartamentos, até moradias, algo que se traduzirá, numa variada gama de preços adaptada a diferentes mercados e a diversos tipos de cliente. Os principais mercados-alvo são o norte da Europa, nomeadamente o Reino Unido, a França, a Alemanha, os países do Benelux e da Escandinávia, bem como Estados Unidos, Médio Oriente e Ásia, sem esquecer Portugal. O Ombria Resort foi projectado numa lógica eco-friendly recorrendo-se por isso a materiais e tecnologias inovadoras e respeitadoras do ambiente, com o propósito de respeitar a herança
e património ambiental e local. Este respeito pelo património ambiental será igualmente passado aos clientes, que serão incentivados a conhecer o meio envolvente do Ombria Resort e, desse modo, a contribuir positivamente para o desenvolvimento da economia local e nacional. Segundo Julio Delgado, CEO do Ombria Resort, este é um projeto inovador e ímpar no nosso país salientando que “é um empreendimento turístico de nova geração que visa afirmar-se como uma re-
ferência do sector no Algarve e no Sul da Europa. A sua localização única, a sua envolvente natural, com colinas e ribeiras, e o contacto com o verdadeiro Algarve permitem posicionar o nosso resort de forma diferenciadora”. Actualmente, a marca gere cerca de 12 hotéis de luxo espalhados pela América do Norte, América Latina, Caraíbas e Médio Oriente. O seu plano de expansão prevê abrir 12 novos hotéis nos próximos anos, alguns dos quais na Europa. <
Departamento de Reservas / Reservation Department Campo de S. Francisco, 19 - 9500 - 153 Ponta Delgada Tel. +351 296 304 891 - TLM. +351 912 223 993 E-mail: reserve@ilhaverde.com www.ilhaverde.com
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>hotelaria A Talenter acaba de abrir a sua 24ª delegação, a sexta no distrito de Lisboa, mais concretamente no Cacém, no seguimento da estratégia de implantação nacional que tem vindo a concretizar ao longo dos últimos anos e com o objectivo de reforçar a sua presença na área metropolitana da capital. Com especial vocação para as áreas da hotelaria e restauração, esta delegação irá contribuir para o aumento da capacidade de resposta da Talenter na região. TEXTO: CAROLINA MORGADO
Em ano de 18º aniversário
Talenter abre mais uma delegação
C
om a nova Talenter Store do Cacém, a empresa, que está a comemorar o seu 18º aniversário, vê a sua rede de delegações reforçada, mantendo presença nas principais cidades como Braga, Porto,
Lisboa, cidade de encantos que deixa saudade
www.expoastoria.pt
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Aveiro, Viseu, Coimbra, Castelo Branco, Entroncamento, Caldas da Rainha, Lisboa (Campo Grande e Chiado), Algés, Cascais, Almada, Setúbal, Beja, Portimão, Quarteira, Vilamoura, Faro, Funchal e Ponta Delgada, para além da sede social, em Carnaxide. Rita Mendonça, coordenadora Operacional de Lisboa, declara, a propósito da abertura deste novo espaço, que a Talenter tem na sua génese a preocupação em manter a proximidade a clientes, candidatos e colaboradores e na região de Lisboa estava a faltar cobrir o eixo mais a Norte, chegando ao público residente na linha de Sintra”. Neste sentido, esta delegação representa “um importante pólo de atracção e captação e talento” para acrescentar que “com esta nova Talenter Store esperamos aumentar a nossa capacidade de resposta, essencialmente junto de clientes com operações em Sintra, Cascais e Lisboa”. Quanto a possíveis aberturas no futuro, a Talenter indica que existirão, seguindo o ritmo dos pedidos de clientes e de novas oportunidades para os colaboradores. A propósito da celebração do seu 18º aniversário, César Santos, director-geral da Talenter, sublinha que “desde o início que este foi um trajecto marcado pela ambição e desejo de superação, pretendíamos afirmar um projecto empresarial assente na humanização das relações laborais, orientado para a qualidade de serviço e com capacidade de estabelecer relações de confiança com candidatos, colaboradores e clientes”, considerando-a hoje “uma empresa estruturante na dinamização do mercado de emprego em Portugal”.
Passados 18 anos, a Talenter tem uma rede de 24 delegações que permitem a cobertura do território continental e ilhas e que dão apoio a cerca de 7.000 colaboradores a trabalhar em mais de 700 clientes. Refira-se, igualmente, que a Talenter foi este ano uma das vencedoras dos Prémios Excelência na Hotelaria da ADHP, na categoria “Empresa de Outsourcing”, numa demonstração clara da aposta que tem feito na área de hotelaria. A inauguração da primeira Academia de Hotelaria em Lisboa, em Fevereiro desde ano e a perspectiva de abertura de outros dois espaços no Porto e Algarve, vieram reforçar a posição inovadora e proactiva que a Talenter assume no sector da Hotelaria e Turismo, acompanhando as necessidades e tendências do mesmo. Trata-se de um projecto de formação profissional especializado na Hotelaria & Turismo, orientado para elevar os padrões de qualidade do sector e para a promoção da empregabilidade. Constituída em 1999, a Talenter é hoje um grupo de empresas nacionais, especializadas em soluções globais de gestão de talentos. Consciente que as carreiras são, cada vez mais, construídas de múltiplos projectos e experiências, a Talenter tem crescido motivada em promover o talento, ajudando as pessoas a desenvolverem as suas competências pessoais e profissionais. A sua filosofia de especialização sectorial permite desenhar soluções à medida das necessidades de cada cliente, apoiando as empresas na gestão integral ou parcial do seu activo mais importante: as pessoas e o seu talento. <
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>av&to Porque “a APAVT é de todos”, “Juntos pelo Futuro” é o mote da recandidatura de Pedro Costa Ferreira à presidência da Associação. Lista e programa foram apresentados a 14 de Setembro, transparecendo em ambos uma certa “evolução na continuidade”, pelas novidades na composição da lista e no conteúdo programático com que a candidatura pretende conseguir o objectivo de “valorizar ainda mais os agentes de viagem”. TEXTO: FERNANDA RAMOS
Eleições APAVT
Pedro Costa Ferreira quer todos “Juntos pelo Futuro”
“
N
uma associação sabe-se o destino, mas não se conhece a rota” e, sendo certo que uma associação tem sempre como objectivo a defesa dos interesses dos associados, as circunstâncias em que estes vão poder
ser defendidos “são muitas delas desconhecidas”. Foi desta forma que Pedro Costa Ferreira, agora candidato único à presidência da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo, iniciou a apresentação do seu programa, composição da lista que lidera e mandatários da sua campanha.
José Manuel Antunes
Dedicação de Pedro Costa Ferreira à APAVT “tem sido inultrapassável”
das caracterí sticas de Pedro Costa “Capacidade de liderança”, “honestidade” e até “teimosia” foram algumas ura. candidat Ferreira realçadas pelos mandatários da sua “em tudo o que fez nos dois São da Graça (Graçatur) sublinhou rever-se nas acções de Pedro Costa Ferreira que o descreveu como “um em nota uma enviou (AVIC), es últimos mandatos”, enquanto Fernando Guimarã o à associação que poucos dedicaçã “uma teve s mandato dois dos longo ao que, nte” compete e homem sério confiança”. minha a merecem “todos os candidat serão capazes de oferecer”. Quanto à lista de de relação, profissional e anos” 30 de mais “muitos os revista em passou do) (Sonhan Antunes Já José Manuel sua personalidade. da ento conhecim amplo um tem pessoal, com Pedro Costa Ferreira que lhe permitem afirmou, explicando ter líder”, é e vel responsá é nte, compete é honesto, é tível, incorrup é sério, “O Pedro é juntos”. “Apaixonado pelo trabalho testemunhado todas estas qualidades “durante os anos que trabalhámos inultrapassável”, sublinhou, frisando sido tem o dedicaçã sua a APAVT, da frente à está que anos seis (…) nestes representatividade profunda” e ser “a “uma ter ou consider que ão ainda “a dimensão que deu à APAVT”, associaç se reflecte no seu congresso anual que aspecto um , turismo” do ligação de elo o ser u consegui que organização que é “representativo de todo o sector”. teimoso: sabe ouvir”, algo “Teimosia” foi o defeito apontado mas “uma qualidade excelente para um “fundamental para um líder”. uma lista, é essencial que todos José Manuel Antunes terminou com um apelo ao voto: “Ainda que haja só votem”, afirmou. <
Por isso começou pelos nomes que compõem a sua lista que classificou como “credível, de gente conhecida, e transversal quanto aos sectores e quanto à dimensão”, uma vez que, sublinhou, “temos DMC’s, incoming, operadores turísticos, lazer e corporate, micro e PME’s”. Uma lista que é de continuidade mas também de renovação, com o regresso de Duarte Correia (W2M) e as estreias de Rui Pinto Lopes (Pinto Lopes Viagens) – “tenho uma admiração enorme“ pela sua agência e, como tal, “por quem a dirige”, sublinhou o líder da candidatura – e de Tiago Raiano que, em representação da Turangra, foi escolhido para presidir à Assembleia Geral. Com ele, sublinhou, são “novos caminhos que se abrem na APAVT”. A propósito, Tiago Raiano referiria uma relação que começou “em barricadas opostas”, situação que levaria, no entanto, ao respeito mútuo, primeiro, à amizade, depois, deixando claro que “face aos desafios que temos pela frente ao longo dos próximos anos, nos diferentes capítulos (…) considero que o Pedro [Costa Ferreira] é, efectivamente, a pessoa mais bem preparada para liderar a associação nos próximos anos e estabelecer pontes com os diferentes actores, quer ao nível dos associa-
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>av&to dos, quer com os parceiros de fora do mercado”. Pedro Costa Ferreira deixaria também algumas palavras aos mandatários da sua candidatura, Fernando Guimarães (AVIC), São da Graça (Graçatur) e José Manuel Antunes (Sonhando): “Os nossos mandatários estão aqui porque se reconhecem na Direcção e nós pedimos para eles serem os nossos mandatários porque reconhecemos neles os agentes de viagens de Portugal, aqueles que sempre foram agentes (…) e toda a vida estiveram junto dos consumidores, a servir os consumidores, a servir os colegas, e que estão cá para continuar a servir”. PRIORIDADE AOS CAPÍTULOS “Juntar” todos os tipos de empresas e áreas de negócio; “Acrescentar, dialogando” com outros sectores, outras associações, todas as entidades da esfera turística, e “Fortalecer, internacionalizando” são os três princípios orientadores da candidatura “Juntos pelo Futuro”, porque “a APAVT não é um espaço de uns contra os outros, é um espaço de todos”. Do programa, sublinhe-se a prioridade aos Capítulos da APAVT, porque é neles que “nasce a agenda da associação e as decisões que depois são ratificadas em direcção” e é através deles “que elevamos a participação na associação, trazemos os assuntos às agências de viagens e fomentamos o diálogo entre os subsecto-
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res que representamos”. Porque “o Capítulo da Distribuição falhou”, fica a promessa da sua dinamização, objectivo que levou à escolha de Carlos Neves (Gecontur) para o liderar. Ainda relativamente à área do “Processo Decisório”, sublinhou a descentralização que pretende levar a efeito. O objectivo é “estarmos juntos em todo o país”, aproximar a associação dos associados, com o foco a ser colocado na acção dos delegados regionais, mas também na promessa do candidato de “fazer muito poucas reuniões de Direcção em Lisboa”. PROTECÇÃO DE DADOS ENTRE AS ÁREAS DE INTERVENÇÃO Exequível pela continuidade que encerra, o programa traz mesmo assim novidades, nomeadamente nas acções inscritas no quadro legislativo/regulador, em que Pedro Costa Ferreira sublinhou o trabalho que será necessário fazer no âmbito da Protecção de Dados (directiva PNR). “O domínio da protecção de dados é uma das áreas primordiais e hoje uma das mais urgentes” e a APAVT já “está a tentar desenvolver capacidades para ajudar as agências de viagens a certificar-se nesta área, a cumprir com os regulamentos e não serem alvo de coimas”, ou seja, a tentar que os agentes de viagens “cumpram com menores custos”, uma directiva que, a partir de Maio de 2018 “vai tornar ainda mais dura a vida das
agências de viagens”. No âmbito da Directiva das Viagens Organizadas, a candidatura pretende “bater-se pelos principais pontos que defendeu ao longo da negociação com a tutela”, nomeadamente a manutenção do Fundo de Garantia “como mecanismo técnico de defesa do consumidor” e o necessário afastamento das viagens profissionais do âmbito da Directiva. Outro objectivo é ver “corrigidas as desigualdades fiscais internacionais” no âmbito da actividade das DMC, tendo sublinhado que a APAVT entregou já à tutela um estudo sobre esta matéria, fruto do trabalho do Capítulo dos DMC, embora não tenha tido ainda qualquer resposta sobre o mesmo. “As renovações governamentais que envolveram secretários de Estado ligados à fiscalidade não adiantaram o processo, penso que o terão atrasado, mas nós é que não vamos desistir dele”, garantiu. Porque está em causa a competitividade de Portugal enquanto destino turístico, assumiu que gostaria de contar com a colaboração da CTP. O programa prevê também o acompanhamento das alterações das condições de operação turística no Porto e em Lisboa, intensificando o diálogo com as autarquias. Trata-se, disse, “de um processo para o próximo triénio porque espero que o crescimento [turístico] não pare”. A relação com o Estado, a promoção das agências de viagens junto do consumidor final através de
campanhas de publicidade – campanhas essas que voltaram no seu segundo mandato e que garantiu serem para continuar –, a defesa constante do Provedor do Cliente e a “aposta continuada na BTL”, que considerou “a maior feira de viagens multimarca”, foram outras das prioridades realçadas pelo candidato que destacou ainda a “preocupação constante com os serviços de apoio” aos associados cujo número a candidatura também pretende ver aumentado. < Lista da candidatura “Juntos pelo Futuro”, liderada por Pedro Costa Ferreira, para os corpos sociais da APAVT no triénio 2018-2020 ASSEMBLEIA-GERAL • Presidente: Tiago Raiano (Turangra) • Vice-presidente: Carlos Costa (ClubTour) • Primeiro Secretário: Isabel Martins (Professional Team) • Segundo secretário: Catarina Cymbron ( Melo) CONSELHO FISCAL • Presidente: Armando Ferraz (Oásis) • Vogais efectivos: António Palha (ACP) e Vítor Osório (Beta) DIRECÇÃO • Presidente: Pedro Costa Ferreira (Lounge) • Vice-presidentes: Eduarda Neves (Portugal Travel Team) e Nuno Mateus (Solférias) Director financeiro: Paula Alves (Travel Tailors) • Directores: Tito Silva (Caravela), Duarte Correia (W2M), Rui Pinto Lopes (Pinto Lopes Viagens) • Suplentes: Rosário Morais (Vega) e Dafne Lemos ( Quasar) CAPÍTULOS • Aéreo: Pedro Costa Ferreira (Lounge) • Distribuição: Carlos Neves (Geocontur) • Operadores: Nuno Mateus (Solférias) • Incoming: Duarte Correia (W2M) • DMC: Eduarda Neves (PPT) DELEGADOS REGIONAIS • Norte: Tito Silva (Caravela) • Centro: Vítor Osório (Beta) • Sul: Dulce Almeida (Classe) • Açores: Catarina Cymbron (Melo) • Madeira: Gabriel Gonçalves (MTS) MANDATÁRIOS DA CANDIDATURA • Fernando Guimarães (AVIC) • São da Graça (Graçatur) • José Manuel Antunes (Sonhando)
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www.embaixada-africadosul.pt Turisver TURISVER | seTembro SETEMBRO De DE 2016 2017
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Que os portugueses gostam de passar férias no Brasil não temos dúvidas, mas é um mercado com muitos altos e baixos, tendo hoje por base pacotes turísticos em voos regulares da TAP para diversas cidades, com a excepção de operações charters pontuais, designadamente, na Páscoa e no réveillon. Também as entidades brasileiras ligadas ao turismo têm vindo a desinvestir ao nível da promoção em Portugal, ficando a tarefa entregue aos operadores turísticos portugueses, que continuam a apostar no destino, e a alguns hoteleiros brasileiros. TEXTO:CAROLINA MORGADO
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Portugueses para o Brasil
Mercado com altos e baixos
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s portugueses são dos europeus que menos turismo fazem fora da União Europeia com apenas 7% das noites turísticas a serem passadas em países fora do espaço comunitário. Dados mais recentes do Eurostat, conhecidos no passado mês de Julho, são de 2015, e dizem que os três principais destinos fora do espaço comunitário para os portugueses eram Brasil (19,1% das noites turísticas de portugueses fora da UE), Suíça (13,9%) e Cabo Verde (8,9%). Também é de 2015 uma comunicação da Embratur – Instituto Brasileiro de Turismo, que revela que Portugal foi o décimo maior emissor de turistas para o Brasil, representando 2,57% da procura total de estrangeiros no ano, com 162.305 visitantes. O instituto de turismo brasileiro indicou ainda que, para os portugueses, a imagem do Brasil está consolidada como destino de sol e praia, rico em natureza e em opções turísticas. Segundo uma pesquisa realizada pelo Ministério do Turismo sobre o turismo internacional recepcionado no Brasil em 2015, de entre os portugueses que foram ao Brasil a lazer, aproveitar o sol e a praia (64,6%) foi o principal motivador da viagem, seguido da cultura (18,7%), e do ecoturismo e aventura (14,3%). Para esses turistas portugueses, o Rio de Janeiro (43,9%), São Paulo (12,2%),
Salvador (8,4%) e Fortaleza (6,7%) foram os destinos mais procurados. Outro dado em destaque diz respeito ao grau de satisfação dos portugueses que visitam o Brasil: 76,5% avaliaram que a viagem superou ou atendeu plenamente as expectativas e 94,6% manifestaram o desejo de regressar ao país. Referentes a 2017 e neste caso ao primeiro semestre, informações disponibilizadas pelo Banco de Portugal (BdP) dão conta do aumento de gastos dos turistas portugueses no Brasil em 2,1%, ou seja mais 1,38 milhões de euros, totalizando os 65,64 milhões de euros. No primeiro quadrimestre do ano a mesma fonte indicava que os turistas lusos tinham despendido em terras brasileiras, o sexto destino do ranking, 52,15 milhões de euros. Mais reveladores são os dados do Banco de Portugal que dizem respeito ao primeiro bimestre, já que os gastos dos turistas lusos no Brasil tiveram um crescimento de 22,8%, representando um aumento de cerca de 4,23 milhões de euros, tendo sido o quarto com o maior aumento percentual, e o quinto em relação aos valores. DESTINO RICO E DIVERSIFICADO O Brasil tem os patrimónios naturais e a biodiversidade mais ricos do planeta, mas o seu potencial turístico é limitado por deficiências em segurança, infra-estruturas,
mão-de-obra e outros factores. Esta é a conclusão do Fórum Económico Mundial no documento The Travel & Tourism Competitiveness Report 2017, pesquisa que desde 2007 monitora o potencial competitivo de recursos e serviços para o turismo internacional. Na avaliação, o Brasil também tem recursos culturais “muito fortes”, que incluem desde patrimónios a eventos desportivos e de entretenimento, e desenvolveu uma estrutura turística relativamente boa, mas peca em vários outros factores. O próprio secretário-geral da Organização Mundial do Turismo, Taleb Rifai, que visitou recentemente o Brasil afirmou que “o potencial [do país] é enorme, realmente. O Brasil não atingiu ainda a ponta do iceberg do que merece, mas está a caminhar nessa direcção”. É essa diversidade natural, histórica e cultural que leva à procura de portugueses e aposta de operadores turísticos em Portugal àquele imenso destino turístico. Estas empresas, que consideram que o destino estabilizou, vendem de tudo um pouco, mas as preferências vão para o Nordeste brasileiro, com destaques para Salvador, Fortaleza e Recife, e para o Rio de Janeiro, embora com menor quantidade de passageiros. SOLFÉRIAS QUER VENDER MAIS MAS NÃO HÁ LUGARES Para Nuno Mateus, director-geral da Solférias “a procura do mercado nacional para o Brasil tem es-
tado muito bem e nós estamos a crescer em relação ao ano passado. Não temos vendido mais porque tem havido muita dificuldade em conseguir confirmar lugares para além da nossa capacidade contratada e começamos a ter a dificuldade de os voos estarem todos cheios. A TAP está com ocupações elevadíssimas, o que nos dificulta vendermos ainda mais, mas não há falta de procura, pelo contrário”. O não conseguir coloNuno Mateus Director-geral da Solférias car mais capacidade no mercado, leva o operador turístico, juntamente com outros parceiros, a “A procura do mercado nacional para o Brasil colocar charters em dois períodos tem estado muito bem e do ano, designadamente, na Páscoa e no réveillon. nós estamos a crescer em Para o fim de ano a Solférias vai relação ao ano passado. Não temos vendido mais operar quatro charters, sendo dois com partidas de Lisboa e porque tem havido muita dois à saída do Porto, para Salvadificuldade em conseguir dor e Fortaleza, cujas vendas “esconfirmar lugares para além da nossa capacidade tão a correr muito bem”. Como é sabido no mercado, a recontratada…” lação da Solférias com o Brasil é muito antiga, representando este destino o top 3 em termos de facturação, antecedido por Cabo Verpacotes colocados no mercado”, de e Disneyland Paris. Nuno Mateus reconhece, no en- para afirmar que “é um destino tanto que “há momentos que o com uma diversidade como pouproduto se torna mais caro, mas cos, que se vende bem ao longo de FrotaAzulA5_ING.pdf 1 10/02/26 todo o ano, que as pessoas repeultimamente tem havido um 18:27 FrotaAzulA5_ING.pdf 1 10/02/26 18:27 FrotaAzulA5_ING.pdf 1 10/02/26 18:27com muita facilidade, já que tem equilíbrio tarifário em relação aos
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Miguel Ferreira Director-geral da Exoticoonline
Daniel Marchante Director executivo da Lusanova
“Continuamos a apostar neste destino apesar de não termos nenhum apoio por parte da Embratur. São os privados, de cá e de lá, que continuam a investir na promoção do Brasil”.
“Relativamente aos mercados concorrentes o destino [Brasil] continua caro, havendo situações em que a qualidade dos serviços e unidades hoteleiras está inflacionada em relação á qualidade que oferecem”.
se pode entrar por uma cidade e sair-se por outras, e que pode ser visitado muitas vezes seguidas com programas diferentes”, mas “apesar de no Nordeste ser Verão o ano inteiro, esta época do ano
não é o momento mais forte para colocarmos charters no mercados, até porque “para os produtos mais ou menos similares e a dificuldade de preços que são apresentados, naturalmente, que
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TURISVER | SETEMBRO DE 2017 09/09/2015 10:29:3255
>reportagem operadores. Neste caso, para o fim de ano, tem duas operações com parceiros à partida de Lisboa e duas do Porto para Salvador e Fortaleza. A primeira fase das vendas antecipadas “correram bem e estamos na segunda fase que vai até 30 de Setembro”, referiu o responsável, para indicar que, de entre os seus clientes (mais de 90%), a procura vai para as praias, resorts e o Rio de Janeiro. No entanto, sendo o Brasil um país com múltiplos destinos, o operador programa também circuitos, como os litorais cariocas, extensões à Amazónia, ao Pantanal e às cidades históricas. TRÁFEGO DA LUSANOVA MAIS DE LÁ PARA CÁ
não favorecem o Brasil”, frisou o director-geral da Solférias.
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BRASIL É DNA DA EXOTICOONLINE
O Brasil é de facto o DNA do operador Exoticoonline desde a sua criação há nove anos e “nunca deixámos de apostar no destino mesmo nos tempos em que poucos o vendiam”, esclareceu Miguel Ferreira, acrescentando que apesar disso não penalizou a empresa porque “temos vários destinos que fazem um ponto de equilíbrio quando o Brasil está com menos procura, ou por questões económicas, ou outras”. Não é o caso neste momento. O director-geral da Exoticoonline afirmou que “2016 foi um bom ano e já de algum crescimento que, comparado com o primeiro semestre de 2017, verifica-se um aumento de vendas na ordem dos 29%”, indicando ainda que “o ano passado tivemos o problema do Zika que inviabilizou as vendas na Páscoa, período de maior procura. Este ano, felizmente, não tem acontecido nada”. Em 2016, o operador levou 2.500 passageiros ao Brasil e só no primeiro semestre deste ano já transportou 1.200 turistas portugueses para aquele destino, por isso, até final de 2017 “apontamos para o mesmo número de passageiros ou um bocadinho acima, tendo em conta que a partir de Julho houve uma quebra em função da grande oferta de Verão colocada no mercado para destinos concorrentes ao Brasil e a preços mais baixos”, disse. Miguel Ferreira nega que o Brasil seja um destino caro para o tipo de produto que oferece, “os outros destinos, como as Caraíbas, é que se calhar não estão ao preço que de56
SETEMBRO DE 2017 | TURISVER
veriam estar”, para exemplificar que “o preço médio de um pacote para o Brasil ronda os 1.300 euros, que deveria ser também o preço normal para as Caraíbas, mas estas estão a ser vendidas a 800/900 euros, em tudo incluído e crianças grátis. Isso penaliza o Brasil”. No entanto, como sendo destino de aposta, a Exoticoonline, continua a apostar no Brasil com acções permanentes nas agências de viagens, de marketing e capacitações através de workshops, “de forma a manter o Brasil como destino de férias dos portugueses”. “Continuamos a apostar neste des-
tino apesar de não termos nenhum apoio por parte da Embratur. São os privados, de cá e de lá, que continuam a investir na promoção do Brasil. Podemos dizer que representamos uma gota na economia brasileira, mas estamos a falar que o mercado português injectará largos milhões de dólares na economia daquele país, e recebemos zero apoio das entidades oficiais”, sublinhou Miguel Ferreira. A maior parte da operação da Exoticoonline é em voos regulares da TAP, mas nos períodos de pico, como sejam a Páscoa e o réveillon, coloca charters em parceria com outros
Solférias e Exoticoonline promovem roadshow sobre o Brasil Com o título “Sol e férias num Brasil Exótico”, os operadores turísticos Solférias e Exoticoonline juntam-se mais uma vez para promover aquele destino num roadshow que passará por cinco cidades portuguesas, e conta com o apoio de mais de três dezenas de parceiros, entre hotéis, fornecedores, destinos e entidades brasileiras. 24, O roadshow começa no Funchal a 23 de Outubro, segue para Coimbra a marcada está Lisboa em acção A Porto. pelo passar seguinte para no dia para o dia 26 de Outubro, finalizando no dia 27 em Vilamoura. De acordo com Nuno Mateus, “é uma forma de os nossos parceiros estarem em contacto com os agentes de viagens e esclarecer dúvidas”, um acrescentando que “de alguns anos a esta parte, o roadshow do Brasil é dos maiores eventos que se faz no turismo”. <
Embora o tráfego da Lusanova seja maioritariamente do Brasil para Portugal, “com três delegações no Brasil, cerca de 25.000 passageiros brasileiros para os nossos circuitos europeus e destinos exóticos, e como receptivo recebermos milhares de turistas brasileiros para os nossos circuitos regulares ou produtos à medida”, o director executivo da empresa referiu que “houve um aumento de procura do Brasil, ainda que não muito significativo”, para acrescentar que até ao fim do ano o objectivo, é “vender o allotment que temos no charter para Fortaleza com extensão a Cumbuco. De acordo com Daniel Marchante, “o mercado brasileiro para a Lusanova tem um peso muito significativo”, o que leva o operador a continuar a apostar em Portugal com programas para o Brasil, já que há “procura do destino, sobretudo no período de réveillon”, com as praias do Nordeste a merecerem a preferência, para realçar, no entanto que “relativamente aos mercados concorrentes o destino continua caro, havendo situações em que a qualidade dos serviços e unidades hoteleiras está inflacionada em relação á qualidade que oferecem”. Por todas estas razões, desde 2000 que a empresa participa na ABAV, até há 2 anos com um stand próprio e agora com stand no espaço Braztoa, entidade agregadora dos operadores brasileiros da qual a Lusanova é membro, já que a presença nesta feira “permite-nos o contacto com os agentes de viagem, e a entrega de material com os novos produtos para a temporada seguinte, além de que nos permite marcar posição no contexto dos operadores”, disse o director executivo do operador. Como novidades, a Lusanova vai distribuir na ABAV o seu novo catálogo de Europa para 2018, que inclui novos roteiros como por exemplo a Itália do Sul. Também o destino Portugal terá novidades a serem divulgadas aos agentes. <
>aviação
1,420 milhões de passageiros transportados em Agosto
TAP bate recorde histórico num só mês Apesar do forte crescimento da oferta, com novas rotas e aumento das frequências, a TAP atingiu o recorde histórico num só mês de passageiros transportados, num total de 1,420 milhões, ou seja, mais 224 mil passageiros face ao período homólogo de 2016, numa variação positiva de 18,7%. A taxa média de ocupação dos seus aviões foi de 83,8%. TEXTO:CAROLINA MORGADO
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ara a TAP, o mês de Agosto é tradicionalmente o de maior pico anual de transporte de passageiros, mas este ano os crescimentos tendiam a ser menores, devido ao forte crescimento da oferta, com novas rotas e aumento das frequências. Mesmo assim a companhia aérea conseguiu transportar mais 224 mil passageiros que no mesmo mês do ano passado, uma variação homóloga de mais 18.7%, totalizando os 1,420 milhões. Esta subida verificou-se em todos os sectores de rede em que opera. Foi nas rotas da Europa (excluindo Portugal continental e ilhas) que a TAP registou o maior crescimento absoluto de passageiros transportados, mais 146 mil, ou +20,6% que em Agosto de 2016, atingindo este ano um total de 854 mil passageiros. Em termos relativos, foi nas ligações à Madeira e Açores que a transportadora aérea portuguesa mais cresceu, registando um aumento de 29,5% face a Agosto do ano passado, com mais 30 mil passageiros, num total que atingiu os 133 mil. Nos voos intercontinentais, África (+26,1%), Estados Unidos da América e Canadá (+15,7%), Brasil (+7,7%) e mesmo Venezuela (+5,7%) contribuíram para que a TAP transportasse durante o mês em análise nos seus voos de longo curso um total de 335 mil passageiros, mais 43 mil, o que corresponde a um aumento de 15%, face ao Agosto de 2016. No acumulado do ano de 2017, de Janeiro a Agosto, a TAP transportou já 9 261 647 passa-
geiros, mais 1,8 milhões que em igual período do ano passado, traduzindo-se num acréscimo de 24,3%. As taxas de ocupação são superiores a 80 por cento em todos os sectores de rede, aproximando-se nalguns casos dos 90%. Considerando todos os voos realizados pela TAP em Agosto, a taxa de ocupação (load factor) média foi de 83,8%. No acumulado do ano, esta taxa situa-se agora nos 82,7%, um crescimento de 6 pontos percentuais face a 2016. Refira-se que em Junho a companhia deu início a ligações para nove destinos novos. As primeiras novas rotas começaram operar no dia 10 de Junho – Toronto (Canadá), Gran Canária e Alicante (Espanha) e Estugarda (Alemanha), tendo ficado para Julho, Bucareste (Roménia) e Budapeste (Hungria), no dia 1, Colónia (Alemanha) dia 15, e Abidjan (Costa do Marfim) e Lomé (Togo) dia 17. Para 29 de Outubro fica o lançamento da única rota entre Portugal e o centro financeiro de Londres, o aeroporto de London City, com dois voos diários de segunda a sexta-feira e um voo diário aos fins-de-semana. Esta operação será realizada em Embraer 190, com capacidade para 106 passageiros, com partidas de Lisboa às 6:50 e às 16:45, e regresso de Londres às 10:00 e às 19:55, de segunda a sexta-feira. Aos sábados, as partidas de Lisboa serão às 6:50 e de Londres às 10:00, e aos domingos, às 16:45 da capital portuguesa e às 19:55 das capital inglesa. < TURISVER | SETEMBRO DE 2017
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>figuras
>últimas
Boris Darceaux
Director-geral para Portugal e Espanha Air France-KLM
Boris Darceaux é o novo director-geral da Air France-KLM para Portugal e Espanha. Licenciado pela Escola de Negócios de Reims, Boris Darceaux entrou na companhia em 1999 e, antes de ocupar o actual posto, era director-geral da Air France-KLM para a Bélgica e o Luxemburgo. Anteriormente, ocupou cargos distintos, entre os quais o de responsável de rotas para o Norte de África, Suíça e Áustria (1999-2001), responsável de Marketing e Assistência de Vendas para Estrasburgo (2001-2004), director de Vendas para a zona Oeste e Sudoeste da Alemanha (2004-2007), director para a Irlanda (2007-2010) e director de Negócio para Empresas no mercado francês (2010-2014). <
Miguel Quintas retirou candidatura à APAVT
Rodrigo Nené
Sales manager | Dolce CampoReal Lisboa
Passou a liderar o segmento MICE & Corporate para o mercado ibérico no Dolce CampoReal Lisboa, ficando ainda responsável pela relação com os tour operadores. Desde 2015, Rodrigo Nené ocupava o cargo de Sales Executive num dos hotéis do grupo Marriott e o seu currículo conta com experiências profissionais a nível nacional e internacional. O novo sales manager da unidade fez a sua formação académica na Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, onde se formou em Direcção e Gestão Hoteleira, e está a finalizar o Mestrado em Ciências Empresariais no Instituto Superior de Economia e Gestão.<
Em comunicado enviado à imprensa no passado dia 12, Miguel Quintas tornou pública a sua decisão de desistir da candidatura à presidência da APAVT para o triénio 2018-2020, alegando ter recebido, desde o início da sua candidatura, “pressões de vários quadrantes, inclusive de entidades que não estão directamente ligadas à APAVT para desistir”, pressões essas que “se alastram àqueles que oficialmente me apoiam e se encontram (ou encontraram, em algum momento) na minha lista”. “Como líder de campanha, não posso, não consigo, nem devo exigir este esforço a ninguém, em nome de um trabalho que no final do dia, não alimenta as próprias famílias”, motivo pelo qual “decidi apresentar a desistência” da candidatura, uma decisão “difícil” por contar com “o
Carlos Teixeira
Director de F&B | InterContinental Porto
TAP reforça operação para o Recife A TAP anunciou que está a reforçar a oferta de voos para o Recife, capital do estado brasileiro de Pernambuco. Assim, a partir do Inverno IATA, ou seja, a partir de 29 de Outubro, a companhia passa a operar oito voos por semana, sendo que no período de maior procura, designadamente durante o Natal e Ano Novo, irá operar 10 voos semanais. Este será também o número de frequências semanais que a transportadora aérea portuguesa prevê realizar no período de maior tráfego de passageiros, no próximo Verão IATA. Segundo a companhia, este aumento da oferta é reflexo da progressiva retoma do mercado brasileiro, que após um período de abrandamento tem vindo a crescer novamente. A TAP adianta ainda que no passado mês de Agosto, o mercado brasileiro cresceu 7,7% em número de passageiros transportados, face a igual mês do ano passado. No acumulado dos primeiros sete meses do ano, a TAP transportou mais 13,2% de passageiros nas rotas do Brasil, ultrapassando um milhão. <
Desejo assinar a Revista por um período de ______________ ano(s)
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O novo director de F&B do InterContinental Porto – Palácio das Cardosas e do Restaurante Astória tem uma longa experiência no ramo de hotelaria. Formado pela Escola de Hotelaria e Turismo do Porto iniciou a sua carreira em Portugal, tendo feito um percurso percurso internacional que o levou a hotéis como; o The Montagu Restaurant – The Churcill Hotel em Londres, ou ao Hyatt Regency em Dusseldorf. Nos três últimos anos, Carlos Teixeira deixou a sua marca no Hotel Bristol Warsaw, na Polónia, onde redesenhou o menu e oferta gastronómica, conquistando diversos prémios. <
apoio de mais de 90 associados da nossa Associação”. Afirmando ter “a certeza que muitas agências de viagens irão ficar desapontadas” com a sua decisão porque na sua candidatura vislumbravam “uma oportunidade de mudança”, Miguel Quintas assegura que as suas “convicções não mudaram” e que acredita que a APAVT “tem de mudar mas, quiçá, este não é o momento, ou as condições não estão criadas”. O ex-candidato promete continuar a “batalhar” por aquilo em que acredita e termina com um apelo aos seus apoiantes: “peço aos meus apoiantes que se unam em torno de uma APAVT forte, pois continuo a acreditar que uma Associação forte consegue fazer mais por todos” <
Boletim de Assinatura Turisver
Nome: ___________________________________________________________________________________________________ E-mail: ___________________________________________ Empresa: _____________________________________________________________ Morada: ______________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________ C. Postal: ___________________________ Telefone: __________________________________________ E-mail: ___________________________________________________ Contribuinte: _____________________________________________ Data: ___________________________________ Continente e Ilhas € 52,50 (Anual)
Estrangeiro € 65,00 (Anual)
IVA incluído à taxa de 6%.
Assinale com uma cruz o destino pretendido.
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Pagamento por cheque ou vale dos CTT dirigido a: Rua da Cova da Moura, Nº 2, 2º Esq., 1350-117 LISBOA
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