Diário do Comércio

Page 1

Sua Excelência Tiririca

E os tiririca da silva

Leu e escreveu. Página 7

Enem nhe-nhe-nhem Página 9

Werther Santana/AE

Fabio Motta/AE

José Alencar sofre enfarte www.dcomercio.com.br

Ano 86 - Nº 23.246

Conclusão: 23h45

Jornal do empreendedor

www.dcomercio.com.br

R$ 1,40

Era do Inconcebível, uma vulcânica visão do mundo. Por Renato Pompeu, página 26

São Paulo, sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Tim Sloan/AFP

Reuters

Difícil posição de Obama, entre a China e emergentes.

Lula não consegue nem um armistício cambial

Enfraquecido nas urnas em seu próprio país, Obama sai do G20 sem acordo com a China e ferido na guerra cambial.

Cicerone da presidente eleita Dilma em Seul, Lula não consegue acabar com a guerra cambial. E atira nos dólares. Pág. 16

AS MULHERES NO PAÍS DE DILMA

Apenas 13,7% ocupam cargos executivos ante 6% em 2001. É um avanço tímido, conforme pesquisa Ethos/Ibope. Pág. 13 Flávio Moraes/Foto Arena/AE

Luludi/LUZ

O sonho dos anos 60 Camaro está de volta. Para novas conquistas. Antonella Salem/Divulgação

a m m a M Mia! HOJE Nublado Máxima 20º C. Mínima 12º C.

AMANHÃ Nublado Máxima 21º C. Mínima 13º C.

ISSN 1679-2688

23246

9 771679 268008

Encontro das águas, do lazer e dos negócios. Manaus encanta os turistasexecutivos. Boa Viagem

Estreia em São Paulo, embalada por 23 canções do Abba. Depois de ser aplaudida por 45 milhões

de pessoas, em 270 cidades ao redor do mundo. Mais no feriadão: Senna nos cinemas;

shows: Gil, Norah Jones; festivais: de jardins, de gastronomia. E cultura Roda do Vinho.

d


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2

o

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Qualquer que seja o grupo a que pertence um país, o crescimento depende do investimento. Roberto Fendt

pinião

EYMAR MASCARO

A VOLTA DA QUEDA DE BRAÇO

S

Seul e os salários em Portugal

E

stá no site Jornal de Negócios, do jornal de Lisboa Correio da Manhã: "Os cortes nos salários da função pública (funcionários públicos) variam entre os 3,5% para rendimentos entre 1.500 euros e 2.000 euros, e 10% para remunerações superiores a 4.165 euros". Enganaramse os que imaginavam que cortes de salários nominais haviam desaparecido com as legislações trabalhistas das décadas de 30 e 40 do século passado. A crise pode ser maior do que alguns supõem. Portugal é uma das vítimas dos desequilíbrios da economia mundial. Logo a Espanha, Irlanda, Itália e Espanha – os PIIGS, na sigla em inglês – poderão também sair chamuscados, caso na reunião do G20, em Seul, não se chegue a um consenso para o realinhamento das paridades cambiais das principais moedas. Será possível o consenso? A reunião prossegue e o risco maior é chegar-se, não a uma solução, mas a uma declaração vazia destinada a apaziguar os ânimos das partes envolvidas. Porque o problema é maior do que o consenso quanto ao que fazer para resolvê-lo. De que se trata, afinal? Correndo o risco de simplificar demais as coisas, a dificuldade tem raízes nas diferenças quanto a consumir e poupar das populações de dois grupos de países. No primeiro deles estão os Estados Unidos, Inglaterra e um conjunto de nações desenvolvidas. Os povos dos países desse grupo vivem, por assim dizer, acima de seus meios, consumindo mais do que produzem. A poupança nesses países não é suficiente para financiar os investimentos. No outro extremo estão os povos de países como China, Alemanha e Japão, que consomem menos do que produzem – ou poupam mais do que investem. Os países do segundo grupo são os financiadores da

ROBERTO FENDT farra consumista dos primeiros. Os países do primeiro grupo estão excessivamente endividados, tanto interna como externamente. Os balanços de pagamentos são deficitários, em grande parte, porque apresentam fortes déficits comerciais decorrentes do excesso de consumo. Portugal, Irlanda, Itália e Espanha estão nesse grupo.

Q

ualquer que seja o grupo a que pertence um país, o crescimento depende do investimento. Países "gastadores" financiam – ou financiavam, no caso dos PIIGS – seus investimentos com investimentos externos e endividamento. Para esses, é necessário desvalorizar o câmbio para que exportem mais e cubram seus investimentos com as divisas geradas pelas exportações. Mas exportar mais significa também consumir menos. O oposto ocorre com os países que poupam demais. Eles precisam valorizar suas taxas de câmbio para que importem mais – isto é, consumam mais – e, em conse-

quência, poupem menos. Como o papel em branco sobre o qual escrevo aceita tudo, é fácil dizer o que é preciso fazer. O problema é fazer. Como pedir aos chineses que poupem menos se não existe um sistema de seguridade social europeu na China? Como pedir aos alemães que consumam mais, se, passados 90 anos, as gerações atuais continuem apavoradas com a hiperinflação da década de 1920, que desgraçou seus bisavôs?

D

iferentemente do que possa parecer, o problema não está circunscrito aos grandes países do hemisfério norte. Países como o Brasil e outros emergentes, cujas moedas estão atreladas ao dólar, vêem suas taxas de câmbio valorizando à medida que o dólar se desvaloriza. Com isso, estão reduzindo seus superávits comerciais ou produzindo déficits – sendo induzidos a consumir mais pela valorização do câmbio. Se é verdade que houve anteriormente uma farra de consumo

Como está não pode ficar. Não é possível desvalorizar todas as moedas ao mesmo tempo. A taxa de câmbio é uma relação entre duas moedas e se uma desvaloriza, a outra valoriza.

nos PIIGS, é também verdade que o problema se tornou agudo com a valorização do euro. Toda a dificuldade em realinhar as taxas de câmbio decorre da quase impossibilidade de mudar subitamente padrões de comportamento de populações inteiras, simultaneamente nos dois grupos de países. Para evitar perder competitividade nos mercados internacionais, não somente a China defende a sua paridade desvalorizada, como os EUA induzem a desvalorização do dólar com as suas políticas fiscal e monetária. Os bancos centrais do Brasil e de outros países emergentes atuam no mercado de câmbio para evitar uma valorização maior de suas moedas. Como está, evidentemente, não pode ficar. Não é possível desvalorizar todas as moedas ao mesmo tempo. A taxa de câmbio é uma relação entre duas moedas e, se uma desvaloriza, a outra necessariamente valoriza.

S

e todos continuarem a agir como vêm agindo até agora, o passo seguinte será a imposição de controles sobre os fluxos de capitais e comércio. Como observou recentemente o arguto analista do cenário mundial, Nouriel Roubini, a única surpresa de tudo isso é que ainda não se ingressou em uma guerra protecionista entre os principais atores desse drama – particularmente porque o desemprego está estabilizado em 10% nos EUA e na China, e o desemprego europeu é substancialmente maior. Já me estendi sobre o assunto na coluna de hoje: completo a análise na terça-feira, quando então já saberemos os resultados da reunião de Seul. A menos que haja uma grande reviravolta, Seul não resolverá os problemas dos cortes de salários em Portugal. ROBERTO FENDT É ECONOMISTA

e nenhum dos dois trocar o PSDB por outro partido, José Serra e Aécio Neves podem proporcionar nova disputa pela legenda presidencial tucana em 2014. Eleito para cumprir um mandato de senador de oito anos, o ex-governador de Minas acha que a fila andou no partido e que chegou sua vez de se candidatar a presidente daqui a quatro anos, enquanto Serra não pretende jogar na lata do lixo quase 44 milhões de votos que alcançou na derrota para Dilma Rousseff. Os tucanos admitem que existem mais duas opções para Serra: presidir o PSDB a partir de maio de 2011, contra a vontade de Aécio Neves, que prefere Tasso Jereissati no comando do partido, ou, então, ser candidato ao Senado em 2014. Por mais que queira ser discreto, Serra ainda está magoado com Aécio, debitando ao mineiro a responsabilidade maior por sua derrota nas urnas em Minas, sobretudo no 2º turno. erra já perdeu duas eleições presidenciais, mas lembra que Lula perdeu três antes de se eleger pela primeira vez. A cúpula do PSDB pretende indicar o candidato à sucessão de Dilma Rousseff em 2012, admitindo que o partido cometeu um grande erro em atrasar o lançamento da candidatura de Serra na eleição que passou. Os tucanos sabem que mais uma vez terão de enfrentar o candidato do PT em 2014, que pode ser Lula ou a própria Dilma Rousseff. Além da decisão de antecipar a escolha do candidato, a tucanada quer se projetar no eleitorado exercendo uma oposição forte ao governo da sucessora de Lula. E é aí que a roda pega, porque tanto Serra quanto Aécio pretendem liderar a oposição a Dilma. A diferença é que Aécio vai dispor de um importante palanque para se opor à petista, que é o Senado, enquanto Serra ficou sem palanque. Outra coisa: Aécio tem admitido que, se preciso for, trocará de partido para assegurar sua candidatura ao Planalto. Ele não tem nada a perder: no caso de não se eleger presidente, ainda exercerá o mandato de senador até 2018. Com Serra, acontece o contrário: ele ficou sem mandato ao renunciar o governo paulista para concorrer ao Planalto. Diante desse quadro, tucanos paulistas falam até

S

O PSDB quer se projetar com uma oposição forte ao governo da sucessora de Lula. É aí que a roda pega, pois tanto Serra quanto Aécio querem liderar a oposição a Dilma.

que Serra poderia ser candidato à Prefeitura de São Paulo em 2012, com grande chance de suceder no posto o democrata Gilberto Kassab. Pela importância que representa, a Prefeitura paulistana seria um ótimo palanque para Serra. Além das inevitáveis candidaturas presidenciais em 2014 do PT e PSDB, o PV já está assumindo a decisão da senadora Marina Silva de voltar a ser candidata ao Planalto. Ela ainda está embriagada com os 20 milhões de votos que arrancou nas urnas. E, para completar o quadro de possíveis candidatos com boa viabilidade eleitoral, também o DEM admite que pode ter candidato próprio a presidente em 2014, abandonando a idéia de continuar atrelado ao PSDB nos principais pleitos.

s democratas entendem que com candidatura presidencial própria, o partido pode voltar a crescer e a se fortalecer. Detalhe: nas eleições recentes, o DEM saiu enfraquecido das urnas e seus dirigentes assistiram o partido a ter diminuídas suas bancadas na Câmara e Senado. Para as próximas eleições presidenciais, em 2014, o País deve registrar cerca de 140 milhões de eleitores, contra os 135 milhões atuais. Os estados de São Paulo e Minas Gerais vão continuar sendo os dois maiores colégios eleitorais, pela ordem. Por isso, tucanos e petistas já admitem que, mais uma vez, as eleições vão passar pelos dois centros.

O

EYMAR MASCARO É JORNALISTA E COMENTARISTA POLÍTICO MASCARO@BIGHOST.COM.BR

Fundado em 1º de julho de 1924 Presidente Alencar Burti Vice-Presidentes Alfredo Cotait Neto, Antonio Carlos Pela, Arab Chafic Zakka, Carlos Roberto Pinto Monteiro, Claudio Vaz, Edy Luiz Kogut, Gilberto Kassab, Guilherme Afif Domingos, João de Almeida Sampaio Filho, João de Favari, José Maria Chapina Alcazar, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Moacir Roberto Boscolo, Nelson F. Kheirallah, Roberto Macedo, Roberto Mateus Ordine, Rogério Pinto Coelho Amato, Sérgio Antonio Reze

CONSELHO EDITORIAL Alencar Burti, Guilherme Afif Domingos, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefia de Reportagem: Teresinha Leite Matos (tmatos@acsp.com.br) Editor de Reportagem: José Maria dos Santos (josemaria@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Bob Jungmann (bob@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), chicolelis (chicolelis@dcomercio.com.br), Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima (luiz.octavio@dcomercio.com.br), Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br) e Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) Editor de Fotografia: Alex Ribeiro (aribeiro@dcomercio.com.br) Editores: Cintia Shimokomaki (cintia@dcomercio.com.br), Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) e Vilma Pavani (pavani@dcomercio.com.br) Subeditores: Kleber Gutierrez, Marcus Lopes, Rejane Aguiar e Tsuli Narimatsu Redatores: Adriana David, Evelyn Schulke, Giseli Cabrini e Sérgio Siscaro Repórteres: Anderson Cavalcante (acavalcante@dcomercio.com.br), André Alves, Fátima Lourenço, Fernanda Pressinott, Geriane Oliveira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Lúcia Helena de Camargo, Mário Tonocchi, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Renato Carbonari Ibelli, Rita Alves, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Vanessa Rosal, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br) Gerente Executiva de Publicidade Sonia Oliveira (soliveira@acsp.com.br) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 1,60

FALE CONOSCO E-mail para Cartas: cartas@dcomercio.com.br E-mail para Pautas: editor@dcomercio.com.br E-mail para Imagens : dcomercio@acsp.com.br E-mail para Assinantes: circulacao@acsp.com.br Publicidade Legal: 3244-3175. Fax 3244-3123 E-mail: legaldc@dcomercio.com.br Publicidade Comercial: 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894 Central de Relacionamento e Assinaturas: 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355

REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911, São Paulo PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046, (011) 3244-3123 HOME PAGE http://www.acsp.com.br E-MAIL acsp@acsp.com.br


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

o

pinião

3

A RISPIDEZ NO TRATAMENTO A CRIMINOSOS E TRAPACEIROS É MAIS QUE JUSTIFICÁVEL.

NEIL EU NÃO VOTEI NO POSTE

FERREIRA

ENGULA A CPMF

Q

O DEVER DE INSULTAR natural e nada escandaloso que partidos legais se associem com quadrilhas de narcotraficantes e assassinos para a defesa mútua de seus interesses – interesses que, por isso mesmo, se destinam a sair igualmente beneficiados pela violência ou pela simultânea conversa mole de paz e democracia.

" Par délicatesse j’ai perdu ma vie.” (Arthur Rimbaud)

OLAVO DE CARVALHO

U

m amigo que nem sempre concorda comigo, mas já deu mil provas de seus propósitos elevados, apontou duas objeções ao meu artigo "Maquiadores do crime" . 1. Se formos mal educados com os nossos inimigos, estaremos nos rebaixando ao nível deles. 2. Mais importante que derrubar os adversários é lutar positivamente pelas idéias em que acreditamos. Tenho a certeza de que objeções similares ocorreram a muitos leitores. Deixando a segunda para um artigo vindouro, respondo aqui à primeira delas. Desde logo, digo que ela vale como regra geral, mas não como resposta ao meu artigo. O que ali afirmei não foi que devemos faltar ao respeito para com os meramente mal educados, mas para com os criminosos e trapaceiros. Para nivelar-nos a eles não bastaria dizer-lhes umas grosserias: seria preciso cometermos pelo menos um crime ou trapaça, coisa que jamais esteve nos meus planos. O merceeiro ou vendedor ambulante que, roubado, desfere meia dúzia de palavrões cabeludos contra o ladrão em fuga, tornase por isso um ladrão? Também não sugeri que infringíssemos todas as regras de polidez, apenas aquelas que nos são impostas artificialmente, maliciosamente pelos vigaristas, com o preciso objetivo de inibir a denúncia da sua vigarice, obrigando-nos a tratar delitos e crueldades (mentais inclusive) como se fossem elegantes divergências acadêmicas. Quando um sujeito insinua que vai me matar, ou me mandar para o Gulag, responder polidamente que não concordo muito com a

sua proposta é dar-lhe ares de mera e inofensiva hipótese, quando na verdade se trata de um plano muito prático, muito material. Pode ser um plano de longo prazo, mas garanto que ser assassinado ou preso aos oitenta anos não me consolará nem um pouco de não havê-lo sido aos cinquenta, sessenta ou setenta.

A

naturalidade bisonha com que petistas e similares falam entre si de "luta armada", uns enaltecendo-a abertamente, outros chegando a condená-la, mas só desde o ponto de vista da conveniência e oportunidade, jamais da imoralidade intrínseca, basta para provar que só são contra o homicídio quando não lhes é politicamente lucrativo (tal é a única objeção do sr. Presidente às Farc). Luta armada, caramba, não é idéia, não é doutrina, não é teoria filosófica: é matar pessoas. Sempre que discuto com esquerdistas, sei que estou discutindo com

assassinos. Muitas vezes, assassinos adiados, mas, no fim das contas, sempre assassinos. Assassinos que, quando impedidos de realizar seus planos macabros, saem choramingando e se fazendo de vítimas com cinismo abjeto. Que é essa canalhice das "indenizações" senão uma lucrativa encenação de autopiedade da parte de indivíduos que se consideram lesados injustamente porque o malvado governo militar os impediu, pela força, de matar todos os que queriam matar?

Q

ue respeito merecem essas pessoas? Que sentido tem conceder-lhes o direito de debater planos para o nosso assassinato, sabendo que a única divergência que pode surgir entre elas é quanto ao prazo de execução? Imaginem o escândalo, a revolta da mídia chique se nos puséssemos a planejar "ações armadas" contra os comunistas! No entanto, ela acha muito

A naturalidade com que petistas e similares falam entre si de "luta armada" basta para provar que só são contra o homicídio quando não lhes é politicamente lucrativo.

H

averá nisso somente uma "divergência de ideias" ou uma desigual distribuição dos meios de ação permitidos aos dois lados da disputa, um deles investido do direito de matar, roubar, sequestrar e trapacear à vontade, o outro abstendo-se servilmente até de falar duro contra quem faz isso? Aceitar esse jogo é mais que covardia, é trair a própria causa, é prostituir a própria consciência. Não, meu caro amigo, tratar esses indivíduos com a rispidez que merecem não é jamais rebaixar-nos ao seu nível. Nem mesmo se os xingássemos dos piores nomes e o fizéssemos o dia inteiro, sem parar, com a mesma obsessividade persistente e psicótica com que eles sonham com a nossa morte, estaríamos nos igualando aos bandidos das Farc e aos seus parceiros no governo federal. Nenhum de nós é traficante, sequestrador, assassino, nem parceiro político e bajulador de quem o seja. Muito menos somos consciências morais deformadas como o sr. Presidente da República, para quem a prática desses crimes hediondos não desqualifica ninguém para o exercício dos mais altos cargos numa democracia. Endereçado a quem de direito, nada que saia da nossa boca, por mais ofensivo e brutal que soe, pode jamais nos tornar tão sujos e desprezíveis quanto eles. OLAVO DE CARVALHO É ENSAÍSTA, JORNALISTA E PROFESSOR DE FILOSOFIA

FESTIVAL DE INCOMPETÊNCIAS A ARTHUR s fraudes contábeis no banco PanAmericano antecedem, de muito, a aquisição pela Caixa Econômica Federal de 49% de seu capital social por R$739 milhões. Ou seja, a CEF pagou aos acionistas um valor que a auditoria contratada pré-operação não foi capaz de detectar. É estranho, pois já havia um precedente bastante conhecido, no mercado, de maquiagem de natureza semelhante, efetuada no Banco Nacional por diversos anos. Em função dos "lucros" (fictícios) eram distribuídos dividendos aos acionistas e participação aos diretores executivos. Provavelmente, é isso que vinha ocorrendo no banco PanAmericano.

CHAGAS DINIZ A maquiagem é simples. O Banco fraudador mantém em seu ativo uma carteira de títulos que não existe mais. Duplicatas a receber que não têm nenhuma contrapartida. O Nacional foi adquirido pelo Unibanco depois de devidamente "desidratado"; seus diretores foram presos, liberados, e a culpa concentrada em apenas um vice-presidente.

A operação do banco PanAmericano é estranha porque envolveu o Banco Central e o adquirente de 49% do capital (a CEF) e uma conhecida empresa de auditoria. Se a CEF fosse uma instituição privada, todos os seus diretores, ou pelo menos os envolvidos na operação de compra de 49% do PanAmericano, deveriam ser investigados e demitidos,

assim como os vendedores que entregaram gato por lebre. O acionista majoritário deve ser penalizado pelas perdas sofridas por acionistas minoritários que não têm acesso a essas informações sobre as falcatruas. Os diretores do PanAmericano, punidos pecuniariamente porque, certamente, auferiram ganhos em função dos "lucros" contábeis. um festival de incompetências que vai desde o Banco Central até empresas de auditoria. Além do mais, põe em ridículo a Caixa Econômica Federal.

É

ARTHUR CHAGAS DINIZ É PRESIDENTE DO

INSTITUTO LIBERAL

ue vontade de escrever um palavrão, mas engulo a raiva e não afundo na baixura lullo-petista: vai "engula" a CPMF e pronto. Votou no Poste ? Engula a CPMF. Não votou no Poste ? Engula a CPMF, não engula a raiva. No "Aulete Digital": Engolir: 1. Fazer passar (alimento) da boca para o estômago; Deglutir. 2. Comer com sofreguidão; Devorar: Engoliu um sanduíche às pressas e voltou para o trabalho. 3. Fig. Aceitar como verdadeiro (o que é falso): Engoliu a história sem desconfiar de nada. 4. Fig. Sofrer calado ou resignadamente: "...Ronaldo teve que engolir as vaias dirigidas a ele..." 5. Fig. Tornar mais curto; diminuir: A bicicleta veloz engolia grandes distâncias. 6. Deixar de dizer, de falar, de revelar (algo): Engoliu a resposta malcriada que decidira dar. 7. Tabu. Exercer o homossexualismo de maneira passiva. 8 .Bras. Não conseguir evitar (o goleiro) um gol: Engoliu uma bola fácil de defender. 9. N.E. Chegar a determinada altura: As águas da enchente engoliram as casas. 10. Sofrer em silêncio, sem reclamar: Engole seu sofrimento sem dizer nada. 11. Arrebatar, tomar, roubar: Os sem-terra invadiram o mercadinho e engoliram todos os produtos . 12. Engolir em seco. Suportar (injustiça, humilhação, ofensa), reprimindo reação. Estas explicações dizem tudo. Repito-as para ênfase: 3. Fig. Aceitar como verdadeiro (o que é falso): Engoliu a história sem desconfiar de nada. 4 Fig. Sofrer calado ou resignadamente: "... Ronaldo teve que engolir as vaias dirigidas a ele..." 10 Sofrer em silêncio, sem reclamar: Engole seu sofrimento sem dizer nada. 12 Fig. Engolir em seco, Suportar (injustiça, humilhação, ofensa), reprimindo reação.

gual aos americanos quando dizem "suck it..." que quer dizer "chupa". E "chupa" é um progresso em relação aos incontáveis palavrões que continuam a chegar à minha caixa postal, como demonstração do nível dos ganhadores da eleição, habitantes do país dos "mais de 80%", talvez leitores do livro Viajando com o Presidente, 320 páginas cheias de palavrões presidenciais. (Nós que votamos no Serra vencemos em todos os Estados que produzem o PIB e pagam a conta. Perdemos em todos os Estados que vivem de mesada e penduram a conta. Somos 44 milhões que dissemos um sonoro "Basta" à corrupção pandêmica nunca antes vista "nestepaíz", dizem que chefiada de Brasília. Temos o direito constitucional de espernear.) Acho que "chupa" é um palavrão em petês castiço. Uma das minhas "correspondentes", que se diz avó, mãe, culta, poliglota e professora aposentada que passa férias em Paris, onde

I

conhece restaurantes carésimos que só sei de ouvir falar ou por fotografia, representante da "Nova Classe" (conforme livro profético de C. Virgil Gheorghiu), brinda-me com "Chupas!" maiúsculos em corpo 48 e com ponto de exclamação cada vez que nada tem de melhor a fazer com seu tempo ocioso. Quem votou e quem não votou no Poste, codinomes "Dillma", "Wanda", "Estela", "Patrícia", "Maria Lúcia","Mulé do Lulla", sei lá quais outros, vai engolir a CPMF a seco de cara – e é só o começo. Nem penduraram a faixa no Poste, évem aumento de imposto. Governadores-laranjas, como Cid Gomes e Eduardo Campos, do Ceará e Pernambuco, e Anastasia, da oposicinha do Aécim em Minas (que papelão hem Aécim, você nunca me me enganou, como minerim você é um Ziraldim escritim e escarradim...) fingem que constrangem o Poste a "aceitar falar" sobre a CPMF. O Poste já falou no seu "Mein Kampf" tão claro quanto o cumpanhero Adolf falou no dele. Ninguém pode dizer que não foi avisado. Lulla vive choramingando e clamando por vingança pela CPMF derramada no senado então hostil, e o Poste já falou em entrevistas : "Se as contas não fecharam, aumentam-se os impostos”. Fui claro ou preciso desenhar ? stimam a CPMF em 50 Bi por ano, que as "zelites conservadoras e predatórias" (como são chamados em petês castiço quem não votou no Poste) "tomou da saúde dos mais pobres". Quem sabe de um centavo da CPMF arrecadada que tenha ido para a saúde, levanta a mão. Desde de o fim da CPMF, o Leão já mordeu do otariado o dobro desses 50 Bi, e sabe quanto foi para a saúde ? Nem déreal. Agora, meia dúzia de gunnvernadores levantam a bola na rede para o Poste nos esfolar. Vamos chiar. Há na internet um abaixo-assinado contra a CPMF, que precisa receber milhões de assinaturas. Vamos assinar, distribuir, divulgar e repetir as mais de 12 milhões de assinaturas do "Ficha Limpa". (O Poste é "ficha limpa" com sua história de assaltos a cofres e bancos ?) Há mais esta, de "cabo de esquadra", como se dizia nos bons velhos tempos. Quando vai pagar seus impostos, qualquer um, você faz uma operação financeira. E paga CPMF para pagar seus impostos. Repito para você decorar: com a CPMF você paga imposto para pagar imposto. Como escreveu o guru Millor Fernandes, "para bom entendedor meia palavra basta, entendeu ...ecil ?"

E

UNE, BEBEL E O SINDICATO DOS PROFESSORES, QUE AMEAÇARAM "QUEBRAR A ESPINHA DO SERRA EM DEFESA DO ENSINO" ENEM TÃO AÍ PRA MIXÓRDIA DO ENEM.

NEIL FERREIRA É PUBLICITÁRIO

Não éo último ano de Lulla


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 -.GERAL

Giba Um

3 O tsunami do Panamericano 3 não afetou a agenda literária de Iris Abravanel, mulher de Silvio, que lança livro dia 16 em São Paulo.

gibaum@gibaum.com.br

«

k Quem quer dinheiroooo?

SILVIO SANTOS // em seu programa dominical, antes de jogar na platéia aviõezinhos feitos com cédulas de 50 reais.

Fotos: BusinessNews

333 Nos corredores e subterrâneos do poder, ainda a propósito da campanha que José Dirceu faz para Maria das Graças Foster, diretora da Petrobras, assuma a Casa Civil, há quem aposte em outro e especial motivo. Ela está cotada para substituir Sérgio Gabrielli na estatal do petróleo, mudar diretores e investigar fornecedores suspeitos. E Dirceu preferiria vê-la bem longe da Petrobras, onde tem cliente de sua consultoria na área de tubulações, área polemica diante das constantes rachaduras que surgem nas plataformas. O cliente de Dirceu já teria estado envolvido numa CPI no período Collor-Itamar.

Personal trainer Rafael Palladino, demitido da presidência do Panamericano, é casado com a irmã de Íris, mulher de Silvio Santos. Trabalhava na área de vendas, antes de ir para o banco e, numa época, foi personal trainer (e até do animador). Luis Sandoval, presidente do Conselho Consultivo do Panamericano e presidente da holding do grupo que, nos últimos quatro anos, também não notou nenhuma anormalidade no banco, era contrário à indicação de Paladino para a presidência, por não entender nada do mercado financeiro.

333

TUDO À VENDA As 44 empresas do grupo Silvio Santos que foram colocadas como garantia para o empréstimo de R$ 2,5 bilhões ao Panamericano, concedido pelo FGC, em sua maioria, não produz nada. São vendedoras e prestadoras de serviços. A jóia dessa coroa ameaçada é o SBT, cuja venda depende de autorização do Governo. Há tempos, Roberto Justus (com a Casas Bahia atrás) teria tentado comprar a emissora e Silvio Santos escreveu num papelzinho US$ 2 bilhões. Recentemente, grupo evangélico topava pagar essa quantia e ainda daria a Silvio as tardes de domingo para apresentar seu programa. Ele recusou. 333

333 Ricardo Amaral, rei da noite entre São Paulo e Rio, nos anos 70 e 80, criador do Hippopppotamus e outras casas no Brasil, do Club A , em Nova York e do Le 78 , em Paris, que começou como colunista social (quem criou a expressão Jovem Guarda foi ele e era título de sua coluna), vai lançar seu livro de memórias, Vaudeville. Ele é o entrevistado da nova Playboy onde faz uma comparação entre romances dos anos 60 e os atuais: “Antigamente, levava dias, mãos dadas, beijo no rosto e depois de um mês, beijo na boca no cinema. Agora, é flerte de minutos, beijo na boca, transada no primeiro dia para garantir posição. Mas, há exceções: algumas transas são no segundo dia”.

São Josafá Kuncewicz

ilho de cristãos ortodoxos da Ucrânia, muito jovem entrou na Ordem de São Basílio e logo assumiu o Arcebispado de Polotsk. Em sua incansável missão, defendeu com coragem a autoridade papal e o fim do Cisma do Oriente. Foi martirizado na Bielorússia (1623). É o precursor do Ecumenismo.

DE NOVO 333 O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) foi perguntadonoTwitter seLulaou Dilma haviam ligado para ele. Quando ministro da Educação no primeiro mandato de Lula, Cristovam foi demitido, em Lisboa, pelo telefone. Agora, recuperado, esbanja bom humor: “Ela não tem razões para me ligar e ele, se ligar, vou pensar que quer me demitir de novo de alguma coisa”.

MISTURA FINA 333 CARMEN Silvia de Paula Camargo, professora, pianista, advogada e hoje, juíza em São Paulo, lança seu romance de ficção O Rábula , na Livraria da Vila, nos Jardins, em São Paulo, no próximo dia 20, das 16h às 19h. Helen, personagem principal, é uma juíza de Direito, que se vê envolvida com corruptos e pessoas perigosas. O rábula, do título, é outro personagem, um golpista barato e sedutor.

NOS ÚLTIMOS anos, era grande a amizade de Rafael Palladino, demitido do Panamericano, com Marcio Percival Alves Pinto, vicepresidente da Finanças da Caixa (indicação de Aloizio Mercadante) e com Walter Appel, dono do Banco Fator, que auditou a instituição de Silvio Santos antes da CEF comprar parte do controle.

333

Adriane Galisteu (Unidos da Tijuca), à esquerda, Luiza Brunet (Imperatriz Leopoldinense), ao centro e Sabrina Sato (Vila Isabel) vestiram suas coloridas e reduzidas fantasias de madrinhas de baterias de suas escolas mais cedo para gravar a vinheta de carnaval da Globo. Adriane tem um bebê de pouco mais de três meses, Luiza é quase cinquentona e Sabrina é a favorita dos congressistas: todas, além de samba no pé, exibem grande forma. O que não chega a ser novidade.

Carnaval mais cedo

333

Dose dupla A fraude de R$ 2,5 bilhões do Banco Panamericano coloca duas figuras na parede: Henrique Meirelles, presidente do BC, porque o órgão que dirige deixou passar um furo de bilhões de reais e Maria Fernanda Coelho, presidente da Caixa Econômica Federal e uma das bem cotadas para formar no ministério de Dilma Rousseff, por ter comprado, em julho, 49% do controle do banco bichado de Silvio Santos (pagou R$ 700 milhões que acabaram não refrescando em nada a situação do Panamericano que, na época, já recorria ao redesconto). 333

h

CLIENTE

333 Para comprar 49% do Panamericano, a Caixa Econômica Federal contratou consultorias e auditorias que não viram nada de errado no movimento contábil. O banco Fator contratou a KPMG e depois a BDO (Antoninho Carmo Trevisan não é mais sócio) para analisarem a operação. A KPMG, para quem tem a memória curta, é a mesma que, até 1986, não enxergava nada do que acontecia no extinto Banco Nacional, da família mineira Magalhães Pinto. Na época, uma fraude de US$ 600 milhões, que provocou até cadeia. Paulo Henrique, filho de FHC, então presidente, era casado com Ana Lucia Magalhães Pinto, que também entrou na roda. Outra auditoria, a Ernst&Young, também não viu, com antecedência, a explosão do Econômico e a PriceWaterhouseCoopers, que está sendo contratada pela Caixa, igualmente não viu o desvio de US$ 242 milhões do Noroeste, antes de ser vendido para o Santander.

No bloco da miopia

F

Evolução do namoro

h IN

Franja à Bettie Page.

OUT

Franja picada, de lado.

Cara de mocinho O jogador Ronaldo ex-Fenômeno, 34 anos e R$ 600 milhões na conta, é capa da nova edição de Alfa , onde confessa que sua aposentadoria poderá ser antecipada. Sente-se cansado, dores no corpo e acha que a hora de parar está chegando “até por respeito aos torcedores”. E acaba de ser convidado pelo produtor de cinema Uri Singer, que está divulgando o filme Amor por Acaso, com Juliana Paes, para estrear na telona em 2011, em The Brazilian – e também ao lado de Juliana. Foi convidado para interpretar um ladrão de banco. Já aceitou, mas desabafa com amigos: “Será que eu não tenho cara de mocinho ?”

NO BLOG de Roberto Jefferson, presidente nacional do PTB: “Agora já se sabe o motivo pelo qual Silvio Santos esteve com Lula em setembro: pedir ajuda para salvar o Panamericano”. Depois, lembra que, na época da visita, Silvio afirmou que teria pedido a Lula doação pessoal para a promoção Teleton e aproveitou para alfinetar: “Saiu cara a edição do SBT da bolinha de papel jogada em Serra no Rio, hein?”

333

333 ATÉ com a ajuda do feriado de 15 de novembro e mesmo tendo saído de cartaz em muitas salas de grandes capitais (em compensação, estoura em cidade menores), Tropa de Elite 2 deverá atingir 10 milhões de espectadores (R$ 81 milhões de faturamento até agora) no próximo fim de semana, caminhando para desbancar Dona Flor e Seus Dois Maridos, recordista nacional com 10,7 milhões de pagantes.

Solução E P D E A D O R N ET D O A R E A C OR O A C A M R A T O R E I R E C R E R A C A N A D A D O E U VO R E MO A DN A

333 Mesmo aconselhado por Dilma Rousseff a se manter distante da cena principal da política, José Dirceu está em guerra declarada contra a possível nomeação de Antonio Palocci para a Casa Civil. Faz campanha por Maria das Graças Foster, diretora de Gás e Energia da Petrobras e muito chegada à presidente eleita. Dirceu acha que a Casa Civil deve ser tocada por um nome totalmente técnico e sem nenhum poder político. Ou seja: exatamente o contrário que era em seus tempos de Casa Civil, quando controlava nomeações e articulava alianças. Mais: na época, Dirceu chegou a mudar o cerimonial do governo, promovendo a Casa Civil para o segundo posto mais importante no lugar do Ministério da Justiça.

O que começou como desfile de coleções de lingerie virou um super-espetáculo, com grande produção, luzes, cores e uma verdadeira angels parade: é o Victoria’s Secret Fashion Show, que aconteceu esta semana em Nova York, no Lexington Avenue Armory e que será exibido dia 30 pela CBS que chama o acontecimento de sexiest show on television. E mais uma vez, as brasileiras brilharam: entre tantas, da esquerda para direita (nos destaques, cada uma delas se preparando nos camarins), Alessandra Ambrósio, Adriana Lima, eleita a mais sexy do mundo pelo site models.com , usando um sutiã de 16 quilates de diamantes, topázios e safiras, no valor de US$ 16 milhões e Izabel Goulart. 333

Angels parade

12 de Novembro

Por: José Nassif Neto Menino. Aquele que pratica façanhas.

Tem condiCausar; ções; posprovocar sibilidaincêndio. des.

'Rede', em inglês.

Compaixão; pena. Penedo; rochedo.

Carcoa; corroa.

Medida de superfície. Filtra; vaza. Conjunto de cantores. Troféu.

Dilação do Dispara; tempo; arremessa. delonga. 2º filho de Noé. (bibl.) Dirigir para trás. Indivíduo furtivo; ladrão. (fig.)

Zona Interpretar Animais continental, vertebrados o vizinha ao ovíparos. escrito. mar.

Transitar p/ outro lugar. Panorama; paisagem.

Feche; sele. Brilha o assoalho. Venera; idolatra. Érbio, símb. quím. Dela faz-se o açúcar.

Levantar, em italiano. 'Orelha', em inglês.

Bebida de pirata

Obstar; impugnar.

Composição para duas vozes. Alan Delon ator francês Ave Sulamericana.

Confiar; acreditar. Entidade da pessoa que fala. 'Fim' (ingl)

Pessoas de uma nação. Disp. intrauterino.

333

Colaboração: Paula Rodrigues,Alexandre Favero

'Mover', 2ª O paraíso pessoa do terrestre. presente do (bíblico) indicativo.

Anel; argola. O ovário dos peixes. Pron. da 2ª pessoa do singular, igual a ti.

333

NINGUÉM pode acusar Vera Fischer de não ser esforçada: em dezembro, lança seu terceiro livro, Serena. É seu primeiro romance e o clima é de policial. A personagem-título tem 35 anos, é escritora independente e tem residência em três países.

G C A MP A R O O V A T E C O S T A L A C L E V A R E O E P AR MU D O MI UR

Dirceu vs. Palocci

MAIS: chama-se Recados Disfarçados e reune 78 crônicas publicadas entre 1992 e 1995 em Contigo, revista de TV.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Festas públi -cas.(cand.) Alavanca de navegação.

Genitora.

Mau; perverso.

(1001) 2-só; dó; 3-ear; net; end; 4-taça; eden; odum; 6-levare.

Caminha.


p

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

5 PODER PSB ampliou a bancada, elegeu 6 governadores e quer muito mais

olítica

COBIÇA PMDB, PR, PP e PSB cobiçam pastas ligadas à área social ou infraestrutura

DILMA ESCONDE O JOGO Novo ministério e loteamento de cargos, só "no momento adequado", avisa a presidente eleita, Dilma Rousseff, que chega amanhã de Seul Michel Euler/Reuters

A

presidenta eleita, Dilma Rousseff, disse ontem que vai evitar especulações em torno das nomeações do futuro ministério. E não adiantou quando será feito o anúncio. À pergunta se havia convidado o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para continuar no cargo, respondeu que não tratou sobre isso durante a viagem até a Coreia do Sul, cuja duração é de mais de 24 horas. "Não tratamos disso não. Nem tinha sentido tratar dessa questão [no voo do Brasil para a Coreia]. Vou tratar disso quando for tratar de toda a questão [de nomeações], de todo o ministério. Quando for anunciar, vou anunciar direitinho, não vou especular", afirmou Dilma, que viajou com Mantega em duas etapas – de São Paulo para Frankfurt e de Frankfurt para Seul. Bem-humorada, a presidente eleita afirmou que não pretende antecipar medidas que tem em mente para a área econômica. Ela disse que segue os princípios de Winston Churchill. De acordo com Dilma, o ex-primeiro ministro britânico afirmou certa vez que havia decisões que não deviam ser confessadas nem para si mesmo. "Se eu tivesse medidas, eu não diria aqui", afirmou, dirigindo-se aos repórteres na recepção do hotel. Reunião em SP – Os coordenadores do governo de transição – deputados Antonio Palocci (PT-SP) e José Eduardo Cardozo (PT-SP) e o presidente do PT, José Eduardo Dutra – vão recepcionar Dilma amanhã, em São Paulo, quando ela retornar de sua viagem a Seul. Esta será a primeira reunião da equipe com Dilma, após a sua estreia no cenário internacional. Depois, a presidente eleita embarcará para Porto Alegre ou Brasília, onde deve descansar até terça-feira,

quando então retomará as atividades da transição. Os coordenadores afirmam que não será uma reunião de trabalho e, sim, um encontro informal de "boas-vindas". No entanto, esta será a primeira oportunidade para que José Eduardo Dutra relate a Dilma as conversas que manteve nos últimos dias com dez presidentes de partidos aliados, em que ouviu as reivindicações de ocupação de espaço no governo e indicações de nomes para os cargos. Demandas – Dilma ouvirá de Dutra, entre outras demandas, que o PSB – que ampliou a bancada no Congresso e elegeu seis governadores – não se contenta mais apenas com os ministérios de Ciência e Tecnologia e dos Portos. No entanto, o partido, que é presidido pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, ainda não formulou uma demanda específica, mas assim como PMDB, PR e PP, os socialistas cobiçam pastas ligadas à área social ou de infraestrutura, como Integração Nacional, Transportes ou Cidades. Ou seja, ministérios que possam redirecionar recursos para governos estaduais, beneficiando os governadores eleitos pelo partido. Em outra frente, PMDB, PR e PP avalizam a tese do vice-presidente eleito, Michel Temer, de que permaneçam com as pastas que controlam no atual governo Lula, especialmente Agricultura (PMDB), Transportes (PR) e Cidades (PP). Se o desenho for mantido, o PP cogita substituir Márcio Fortes pelo ex-líder da bancada na Câmara, deputado Mário Negromonte (BA), na pasta das Cidades. Na esfera administrativa, Cardozo e Palocci aguardam a chegada dos documentos da Casa Civil com informações sobre os ministérios e programas do governo para dar início

Presidente sul-coreano Lee Myung-bak e sua esposa cumprimentam o 'casal político' Dilma e Lula, em Seul, onde acontece a reunião do G-20

à transição. Por ora, os dois se revezam em conversas individuais com os ministros. Palocci já esteve com o ministro da Defesa, Nelson Jobim. Cardozo reuniu-se com o ministro da Educação, Fernando Haddad, e ainda ontem se encontrou com o titular da pasta do Turismo, Luiz Barretto. A um e n to – Dilma defendeu, ainda ontem, o aumento do salário dos ministros que vai nomear para sua equipe. No entanto, ela se recusou a comentar a possibilidade de ter o seu futuro salário de presidente da República reajustado, como defende atualmente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para evitar desgastes a ela. Indagada durante entrevista à imprensa no hotel em que está hospedada em Seul, na

Equipe de transição do novo governo já sofre a primeira baixa Envolvida no escândalo dos sanguessugas, advogada deixa equipe

A

cusada de envolvimento com a máfia dos sanguessugas, a advogada Christiane Araújo Oliveira pediu exoneração do governo de transição. Christiane iria ganhar R$ 2,6 mil mensais para trabalhar como secretária, com a atribuição de atender telefonemas. O esquema dos sanguessugas foi descoberto em 2006 pelo Ministério Público Federal. Na época, Christiane era assessora parlamentar do ex-deputado federal João Caldas (PR), também indiciado na operação Sanguessuga, da Polícia Federal. Christiane é ré na Justiça Federal de Arapiraca (AL) desde 2008, em processo que apura supostos crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva e fraude em licitação no esquema dos sanguessugas. A assessoria do governo de transição informou que a exoneração de Christiane será publicada no Diário Oficial da União de hoje. Abin – Segundo a assessoria, o nome de Christiane, assim como os dos outros já nomeados, passou por análise prévia da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que não teria detectado nada que a desabonasse. Bastava, no entanto, que a Abin tivesse feito uma varredura em sites de busca para encontrar o suposto envolvimento de

Marcia Westphalen/Reprodução

Christiane Araújo Oliveira: Abin não achou nada que a desabonasse

Christiane com o esquema de desvio de verbas da saúde. Christiane era um dos 25 funcionários nomeados até hoje para trabalhar na equipe de transição. O pai de Christiane é pastor evangélico e apoiou a candidatura de Dilma. Também foi nomeada para trabalhar na transição Márcia Westphalen, que, até 2009 trabalhava como cabeleireira em um salão de beleza de Porto Alegre (RS). Será secretária e vai ganhar R$ 6,8 mil. A assessoria de Dilma informou que Márcia é advogada, fala fluentemente três línguas (inglês, espanhol e italiano), além de já ter trabalhado na Argentina e na Inglaterra na organização de eventos e cerimonial.

O Diário Oficial da União publicou ontem o nome de mais cinco pessoas que vão integrar a equipe de transição de Dilma. Só mulheres foram nomeadas: Catherine Fátima Alves, Gabriela Fatel de Carvalho, Marcia Brandão Raposo, Maria da Solidade de Oliveira Costa e Rosária de Fátima do Carmo. Ao todo, o ministro da Casa Civil, Carlos Eduardo Esteves Lima, já nomeou 25 pessoas para trabalhar no governo de transição. Deste total, 15 são mulheres. Ao todo poderão ser nomeadas até 50 pessoas. A ordem de Lula é "criar todas as facilidades possíveis para a transição ser a mais tranquila e transparente possível". Agências)

Coreia do Sul, se concorda com o aumento dos salários dela e dos ministros, a presidente eleita afirmou que é a última a saber desse debate. "Agora, de fato, alguma coisa tem de ser feita em relação ao salário dos ministros porque, caso contrário, nós não vamos ter ninguém para ser

ministro do Brasil. (O salário deles) é muito defasado em relação ao mercado". Atualmente, ministros têm salários de cerca de R$ 12 mil mensais. O do presidente da República é um pouco maior. Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) recebem R$ 26,7 mil e querem elevá-lo

para R$ 30,6 mil. Deputados e senadores ganham cerca de R$ 16,5 mil e querem aumento para R$ 24,5 mil. Dilma não quer se envolver na discussão sobre o salário dela nem dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e dos congressistas. "Eles têm de ver, não sou eu que vou decidir". (AE/Folhapress)

Ministro defende manutenção de reajuste para o salário mínimo Apesar disso, ele diz que o governo está aberto a negociações

O

ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, voltou a defender ontem a manutenção dos critérios de reajuste do salário mínimo, apesar de dizer que o governo está aberto a negociações com os representantes dos trabalhadores. Quanto à possibilidade de adiantar um pedaço do reajuste esperado para o salário mínimo de 2012, a partir do próximo ano, disse que, se essa decisão for tomada, será uma "decisão política" e que precisa ser analisada. "Tenho discutido com as centrais (sindicais) e todas acham que é preciso manter o critério. Se for para mudar, vamos discutir e chegar a um acordo, mas o mais correto é manter", disse o ministro, durante o programa de rádio Bom Dia Ministro, produzido e coordenado pela Secretaria de Imprensa da Presidência da República, e transmitido ao vivo pela NBR TV e via satélite. Bernardo lembrou que, no próximo ano, o reajuste do mínimo será feito com base apenas na inflação deste ano, um porcentual um pouco maior de 5%. "Em 2009, que foi um ano difícil, cumprimos o critério", salientou. Para 2012, a expectativa é de que a correção seja em

O presidente Lula não criou impostos. Perdemos a CPMF, cerca de R$ 40 bilhões anuais, e fizemos adequações ao orçamento. PAULO BERNARDO

torno de 7%. "Não haverá perda para o trabalhador", garantiu. Em 2006, o governo federal fez negociação com as centrais sindicais com um critério de reajuste e essa fórmula tem se repetido. O ministro destacou ainda que, no passado, os sindicatos faziam marcha anual pela valorização do mínimo. "Em uma época, defendiam salário mínimo de US$ 100, mas acabou, porque fizemos acordo e estamos cumprindo até agora". Bolsa Família – Os critérios de reajuste do programa Bolsa Família, segundo ele, devem ser definidos no início do próximo ano, quando a presidente eleita, Dilma Rousseff, assumir. "Vamos buscar um critério para reajuste, como acontece

Celso Junior/AE - 29.12.08

Paulo Bernardo diz que critérios de reajuste do Bolsa-Família serão definidos e discutidos pela presidente eleita no próximo ano

com aposentadoria e outros, em vez de discutir todo ano". De acordo com o ministro, o estabelecimento de uma metodologia é importante para evitar que concessões de reajuste sejam atreladas a períodos de eleição. "Demos reajuste no final de 2007 e disseram que foi para ganhar eleições municipais", comentou. No ano passado, o reajuste concedido foi de 10% quando a inflação foi um pouco menor de 5%. "Fizemos isso justamente para não darmos este ano por conta da eleição. Com um critério, acaba com o problema de dizer que o governo está tentando manipular". CPMF – Bernardo sinalizou que a possibilidade de retomada da CPMF, o imposto do cheque, deve sair da pauta das discussões. "A presidente eleita já disse que não vai mandar proposta para o Congresso e se ninguém falar mais nesse assunto, acho que acabou o assunto", afirmou. E garantiu que o governo não tem previsão de criar impostos. "O presidente Lula não criou impostos. Perdemos a CPMF, inclusive, cerca de R$ 40 bilhões anuais, e procuramos fazer adequações ao orçamento". (Agências)


p

DIÁRIO DO COMÉRCIO

6

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Tinha pensado em acabar com o desmatamento, mas acho que não dá. Fábio Schneider, o garoto de 9 anos que quer ser presidente

olítica

Ailton de Freitas/AOG - 24.08.10

Ciro é nome forte para assumir BNDES Alijado da disputa presidencial, Ciro Gomes continuou aliado fiel e atuou na campanha de Dilma

C

omeça a ganhar força nas discussões da montagem do novo governo da presidente eleita Dilma Rousseff (PT) a indicação do nome do deputado Ciro Gomes (PSB) para assumir a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). De acordo com uma fonte com acesso à Dilma, mesmo depois de ter sido alijado da disputa presidencial a pedido do presidente Lula, Ciro continuou um aliado fiel e no segundo turno atuou na coordenação política da campanha da petista. Por isso, deve ser contemplado com um cargo na nova administração. De acordo com esse interlocutor, a presidente eleita também acredita que Ciro possa

dar uma contribuição ao setor, pois tem boa formação e pulso firme, qualidades consideradas necessárias para gerir o órgão. Além disso, é adepto da linha desenvolvimentista, perfil que Dilma pretende buscar na composição de seus colaboradores. De acordo com uma liderança do PSB, Ciro foi o único com quem Dilma se reuniu e ofereceu a chance de escolher o que quisesse fazer em seu governo. E ele escolheu o BNDES, complementou o líder. No governo Lula, o PSB de Ciro Gomes detém o ministério da Ciência e Tecnologia e a Secretaria Especial de Portos. Apesar do aceno a Ciro Gomes, setores do PT estão reticentes com a possibilidade de o aliado ficar com um dos órgãos mais cobiçados do governo fe-

deral. Ao longo dos anos, o BNDES se fortaleceu, ganhou injeção de R$ 180 bilhões do Tesouro no biênio 2009/2010 e é considerada a única instituição financeira do País especializada em financiamentos de projetos de longo prazo. Os desembolsos do banco devem encerrar este ano em torno de R$ 146 bilhões. Nessa queda de braço, o PT argumenta que é preciso escolher com cuidado os principais nomes da área econômica porque é necessário blindar tais postos da ambição dos aliados e tranquilizar setores do mercado. Mantega – O futuro de Guido Mantega ainda é incerto, mas o ministro da Fazenda já recebeu tarefas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a próxima reunião de ministros

de Finanças do G20, que acontecerá no próximo ano sob a gestão de Dilma Rousseff. Na entrevista coletiva que concedeu na tarde de ontem em Seul, Lula cedeu o pódio para que Mantega falasse por quase 20 minutos da ameaça de guerra cambial e dos temas que estão na mesa de discussões entre os líderes do G20. "Guido, na próxima reunião de ministros do G20, é importante que se faça um levantamento para saber o que cada país fez desde a primeira reunião até agora", orientou Lula durante a coletiva. E complementou: "Acho, viu Guido, que é uma tarefa importante para as equipes econômicas que compõem o G-20, para facilitar as tomadas de decisões futuras". (AE)

Ciro Gomes: BNDES pode ser a recompensa por extrema fidelidade

Temer confirma disputa pelo primeiro biênio na Câmara

O menino que quer ser presidente Fábio Schneider, 9 anos, já sabe que algumas propostas ficarão no caminho Reprodução

E

m meio ao tumulto gerado com a chegada da presidente eleita Dilma Rousseff no hall do hotel onde está hospedada em Seul, na Coreia do Sul, um menino de 9 anos com a bandeira do Brasil em mãos chamou a atenção da imprensa. Ele aguardava para cumprimentar Dilma. Conseguiu. E, de quebra, ainda tirou uma foto com ela. Segundo o site G1, o nome do garoto brasileiro que esteve com Dilma Rousseff é Fábio Menino aguarda Dilma no hall do hotel. Também quer a Presidência. Schneider. Ele mora há quatro anos na Coreia do Sul, e saiu do Brasil por causa colas e vou construir", avisou o garoto, confiando trabalho do pai dele, que é funcionário de te. Apesar da idade, Fábio já se deu conta da diuma multinacional e acabou transferido para o ficuldade de concretizar parte de suas propospaís asiático. tas de governo. Há dois anos, Fábio decidiu que quer a faixa "Eu tinha vários projetos, mas alguns ficaram presidencial. "Quero ser presidente porque ve- no caminho, porque vi que era difícil de fazer jo que existem muitas coisas para melhorar no acontecer. Tinha pensado em acabar com o Brasil", afirmou ele, para a surpresa de todos. desmatamento na Amazônia, mas acho que O garoto contou que sua principal proposta não dá", disse ele aos jornalistas. como pré-candidato mirim ao mais alto cargo Finalmente, Fábio também conseguiu no do Brasil é construir escolas públicas nas áreas mesmo dia o autógrafo e uma foto com o premais pobres. "Vou fazer uma pesquisa para sa- sidente mais popular de seu país: Luiz Inácio ber quais os lugares que mais precisam de es- Lula da Silva. (Agências)

PT e PMDB decidiram dividir a liderança na Câmara. O problema é: quem começa? Patricia Cruz/LUZ - 05.07.10

O

vice-presidente eleito M i c h e l Te m e r (PMDB) – que participa do Sexto Foro Ibero-americano de Parlamentares na capital argentina – afirmou ontem que PT e PMDB farão um documento que estabelecerá a divisão dos biênios na liderança da Câmara dos Deputados. "Mas, quem vai ocupar (o primeiro e o segundo biênio) é uma coisa que nós vamos verificar no dia 1 de janeiro. A eleição é no dia 1 de fevereiro. Não vamos examinar isso agora". Segundo Temer, "o PMDB não criará um problema para o governo logo no início, até pela razão óbvia de que o partido possui um representante dentro do governo". "Estamos trabalhando para que não seja um fator de trauma para o governo". No entanto, ele sustentou que a modalidade de biênios não poderia ser aplicada na Câmara Alta, como defendem alguns integrantes do PT. "Naquela ocasião (há quatro anos) nós não envolvemos o Senado, já que nessa casa existe uma regra regimental que estabelece que a maior bancada é necessariamente a titular. Na Câmara, não temos esse dispositivo". Confronto iminente – O candidato do PMDB à presidência da Câmara, deputado Henrique Alves – que também participava do evento parlamentar em Buenos Aires – teme que possam ocorrer "con-

Michel Temer promete: PMDB não criará problema no início do governo

frontos" entre ambos partidos caso este impasse permaneça. "Um confronto com o PT não seria aconselhável. Nem seria oportuno não chegar ao entendimento sobre os biênios na presidência da Câmara. Isso geraria um desconforto, um atrito entre os dois maiores partidos da base da Dilma. Não seria o melhor caminho... mas poderia ser inevitável. Se n ã o h o u v e r u m a c o rd o , o PMDB vai para a disputa da presidência da Casa". "No primeiro biênio da atual legislatura perdemos nosso direito ao dar ao PT o primeiro biênio. Esse gesto nosso ajudou a casa e criou um bom relacionamento entre ambos partidos", disse Alves, que defende que o PMDB deveria ficar com o primeiro biênio do novo governo.

Nesta hipótese, ele apresenta-se como a figura ideal para lidar com os primeiros dois anos do novo governo, já que "a Câmara terá desafios importantes, como a reforma política, que já devíamos ter feito e não fizemos, além da reforma tributária". "O PT... isto é, segmentos do PT querem incluir o Senado nesta negociação", explicou Alves, para indicar os problemas que estão surgindo entre ambos partidos. Na contramão de Temer e Alves, o deputado Maurício Rands, do PT de Pernambuco, disse que o primeiro biênio deveria ficar em mãos petistas. "E depois, o segundo biênio, com o PMDB", explicou. "Nesse momento de início de governo Dilma precisamos agilizar o processo político o máximo possível". (AE)

Fernando Haddad perde força, desgastado pelo Enem Fabio Pozzebom/ABr

E

m b o r a o p re s i d e n t e Luiz Inácio Lula da Silva tenha manifestado a Dilma Rousseff a vontade de que Fernando Haddad permaneça à frente da Educação, o atual ministro desgastou-se demais nos últimos anos por causa dos problemas seguidos com o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A situação é tão delicada que ontem o próprio ministro se reuniu com líderes estudantis em Brasília para se desculpar pelas falhas no Enem. "O Enem é um bom instrumento para a criação de um sistema nacional de educação, que o País não tem. Mas não dá para ser um bom instrumento com falhas", disse, após o encontro o presidente da União Brasileira de Estudantes de Secundaristas (UBES), Yann Evanovick. A reunião resultou também numa retratação formal pelos termos usados pelo Ministério

Haddad pede desculpas aos estudantes por novos transtornos

da Educação via Twitter no dia da prova. "Alunos que já 'dançaram' no Enem tentam tumultuar com mensagens nas redes sociais. Estão sendo monitorados e acompanhados. Inep pode processá-los", dizia a mensagem. Ontem veio a retratação pelo microblog: "A

Assessoria de Comunicação Social do MEC se desculpa pelos termos pouco elegantes usados na rede social durante a realização do Enem". No ano passado houve vazamento do conteúdo das provas do Enem. Com isso, o Ministério da Educação foi obrigado a cancelar a prova e a rem a rc a r o e x a m e c o m d o i s meses de atraso. Universidades que usariam o resultado nos processos seletivos desistiram de contar com a nota. Na época, o então presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Reynaldo Fernandes, deixou o cargo. Agora, o problema foi com a identificação errada das provas. O caso foi parar na Justiça e o impasse pôs no limbo 48.458 vagas oferecidas em instituições federais. Reunidas, elas respondem por 53% de todas as vagas oferecidas pelo Enem. (AE)


p Caminho suave de Tiririca no TRE: leu e escreveu

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

olítica

7

O Brasil tem refugiados de 76 nacionalidades porque temos uma cultura de convivência harmônica e ampla liberdade. Luiz Paulo Barreto, ministro da Justiça Alan Gomes/Folhapress

A tarefa foi lenta, mas o deputado mais votado atendeu às solicitações do juiz

T

iririca conseguiu ler e escrever ontem, em audiência no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo. Verdade que o palhaço de 1,3 milhão de votos – deputado mais bem votado no pleito de 2010 –, teve alguma dificuldade, sobretudo na hora de redigir. Mas ele cumpriu as lições que o magistrado lhe passou em longa audiência no 13º andar da corte. Réu em ação penal – a promotoria lhe atribui falsidade ideológica porque suspeita que não partiu de seu punho a declaração de alfabetização anexada ao pedido de registro de candidatura –, Tiririca foi submetido a um teste de dita-

do e a outro de leitura perante o juiz Aloísio Sérgio Rezende Silveira, da 1 ª Zona Eleitoral da Capital. Ele chegou ao TRE às 9h15, acompanhado de seu advogado, Ricardo Vita Porto, e escoltado por quatro seguranças. Sem os trajes de palhaço, que o acompanharam por toda a campanha, apresentou-se como Francisco Everardo Oliveira Silva, seu nome de batismo, cearense de Itapipoca, nascido a 1º de maio de 1965, "cantor, compositor e humorista". A prestação de contas de Tiririca à Justiça dividiu-se em duas etapas e a portas fechadas porque os autos correm sob segredo. Pela manhã, foi subme-

tido ao exame gráfico. O juiz pediu a ele que copiasse um parágrafo do capítulo "A Justiça brasileira pós Estado-Novo", do livro Justiça Eleitoral, uma retrospectiva. "A promulgação do Código Eleitoral, em fevereiro de 1932, trazendo como grandes novidades a criação da Justiça Eleitoral", anotou Tiririca, incluindo a cedilha e o til da primeira palavra do texto. Missão lenta – Essa parte da missão foi desempenhada vagarosamente. É que Tiririca alega sofrer de uma lesão causada pelos anos de atividade circense, que o impede de aproximar o dedo indicador do polegar. Tanto que na defe-

Werther Santana/AE

Presidente do TRE: "Com o material, o juiz da causa chegará à conclusão"

Brasil pode acolher mais refugiados, diz Barreto País tem, atualmente, 4.311 refugiados, número insignificante frente a outros

O

ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto, informou ontem que o governo brasileiro está adotando uma série de medidas para ampliar a concessão de refúgio a pessoas perseguidas nas diversas partes do mundo, no Brasil e nas Américas. "O Brasil tem condições de receber refugiados e até de estimular outros países a praticarem esse tipo de solidariedade internacional", destacou. O ministro deu essa declaração em entrevista, logo depois de abrir a 'Reunião Internacional sobre Proteção de Refugiados, Apátridas e Movimentos Migratórios Mistos nas Américas', que foi realizada ontem, em Brasília. A abertura do encontro teve a participação do diretor da Divisão de Proteção Internacional do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), Volker Turk. Número insignificante – O Brasil acolhe, atualmente, 4.311 refugiados, um número que é considerado insignificante, frente à solidariedade de outros países. O Equador, por exemplo, acolhe em seu

território 500 mil colombianos, que migraram em consequência da guerra civil contra as Farc. Entre os refugiados que estão no Brasil, 1.686 (39,15%) são de Angola. Em segundo lugar vem a Colômbia, com 592 (13,73%). Depois, figuram a República do Congo (431), a Libéria (258), o Iraque (201) e, finalmente, Cuba (133).

No Brasil, qualquer pessoa pode professar sua fé e praticar seus costumes sem sofrer constrangimentos. LUIZ PAULO BARRETO "O Brasil tem refugiados de 76 nacionalidades. Isso acontece porque temos uma cultura de convivência harmônica e ampla liberdade", afirmou Luiz Paulo Barreto . Segundo o ministro, "no Brasil qualquer pessoa pode professar sua fé e praticar seus cos-

Walter Campanato/ABr

Luiz Paulo Barreto: " O Brasil tem condições de receber refugiados e até de estimular outros países a praticarem esse tipo de solidariedade".

tumes sem sofrer constrangimentos". Ele afirmou também que a "atitude generosa" adotada pelo Brasil, atualmente, é uma forma de retribuição, pois no passado, o País precisou da solidariedade internacional, quando milhares de brasileiros saíram do País para fugir do regime militar. "Há 45 anos houve uma grande migração de brasileiros em busca de refúgio, que foram acolhidos em vários países do mundo. Agora estamos devolvendo a solidariedade". Caso Battisti – Enquanto isso, Cesare Battisti, o refugiado italiano no Brasil, espera pronunciamento oficial. Ex-ativista italiano (pertencia ao grupo Proletários Armados pelo Comunismo) foi condenado à prisão perpétua em seu país por quatro homicídios na década de 70. Fugiu da Itália, passou por México, França, e foi preso no Brasil em 2007. Recebeu status de refugiado político do então ministro da Justiça, Tarso Genro, em 2009. No fim daquele ano, o caso foi analisado pelo STF, que se posicionou a favor da extradição. Battisti continua preso. (Agências)

Tiririca vai ser diplomado, independentemente da sentença: ação penal não ataca seu mandato.

sa escrita que entregou à Justiça, há duas semanas, ele admitiu ter sido ajudado pela mulher a preparar a declaração. Depois, ele leu dois títulos de reportagens publicadas pelo Jornal da Tarde. Também teve de ler quatro linhas finas vinculadas aos títulos. O palhaço atendeu a quase todas as solicitações do juiz. Apenas a uma delas é que Tiririca se recusou acatar: não se submeteu à perícia técnica, para avaliar a veracidade da declaração que apresentou no pedido de registro. Pouco importa. Afinal, rezam os códigos, sua recusa não o prejudica. "Dentro da perspectiva legal ninguém é obrigado a fazer prova contra si", declarou o desembargador Walter de Almeida Guilherme, presidente do TRE. "O material coletado na audiência é suficiente para o juiz da causa chegar a uma conclusão", esclareceu Guilherme. Indagado se Tiririca havia passado no teste, o desembar-

gador foi precavido. "Eu não faria essa afirmação. Nem sim, nem não." Indagado se o deputado eleito conseguiu provar que é alfabetizado, o presidente da corte esquivou-se.

Não sou o relator do processo. O ditado, ele escreveu. Agora, se escreve mal ou bem, isso eu não posso dizer. WALTER DE ALMEIDA GUILHERME "O juiz é quem vai decidir. Não sou o relator do processo. O ditado, ele escreveu. Agora, se escreve mal ou bem, isso eu não posso dizer." "Tiririca passa no exame do Enem?", perguntou alguém ao desembargador. "Não sei." Outro quis saber se ele votou

no palhaço. "Não, não votei." Diplomação – Seja como for, dia 17 de dezembro Tiririca receberá seu diploma – o canudo que o habilita a ocupar a cadeira na Câmara. Sobre esse assunto, o presidente do TRE foi taxativo. "Mesmo que haja condenação, isso não interfere na diplomação. Ele vai ser diplomado, independentemente da sentença. A ação penal não ataca seu mandato." Uma vez diplomado, Tiririca passa a ter foro privilegiado e o processo é encaminhado ao Supremo Tribunal Federal. À tarde, na segunda fase da audiência, foram ouvidas quatro testemunhas de acusação e defesa. A denúncia do Ministério Público Eleitoral foi recebida em 4 de outubro, com base no artigo 350 do Código Eleitoral, que prevê pena de até cinco anos de reclusão e multa por declaração falsa ou diversa da que deveria ser escrita para fins eleitorais em documento público. (AE)


p Acabou a eleição, MST volta a atacar DIÁRIO DO COMÉRCIO

8

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Desde que o MST não invada terras, ele não será um caso de polícia. Senadora Kátia Abreu (DEM-TO)

olítica

Sem-terras põem fim à trégua eleitoral e retomam invasões de fazenda. Integrantes do movimento também bloqueiam estrada no Mato Grosso do Sul.

N

Força Nacional tenta desbloqueio de estrada no MA

A

Polícia Federal (PF) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) já iniciaram as negociações para a liberação da BR 226, interditada no quilômetro 342 por 200 índios Guajajaras desde a noite do último domingo. Os índios reivindicam o repasse de R$ 13 milhões referentes ao custeio do transporte indígena na região. Jenipapo dos Vieiras fica a 450 quilômetros de São Luís. Caso as negociações não avancem, 32 homens da Força Nacional e 50 da Polícia Militar de-

verão ser enviados ao local na manhã de hoje. Doze homens da Polícia Rodoviária Federal estiveram ontem pela manhã na aldeia Canabrava, recolhendo outras reivindicações dos indígenas para uma solução negociada. A proposta inicial da PRF era a de que os indígenas liberassem a rodovia em até 24 horas – prazo para a confirmação de que o governo do Maranhão irá efetuar o repasse dos R$ 13 milhões reivindicados.

A Polícia Federal informou que enviaria ontem mesmo para a região o seu superintendente regional, Fernando Segóvia, o secretário de segurança do Estado, Aloísio Mendes, entre outras autoridades, para conduzir o diálogo de forma tranquila. Caso as negociações não tenham bom prosseguimento, foi agendada para o início da noite uma outra reunião com os indígenas, a Polícia Federal e a Secretaria da Seg u ra n ç a p a ra r e s o l ve r a questão. (AE)

Tiago Pastoreli/LUZ - 13.04.10

Kátia Abreu (DEM-TO): "Vamos esperar o próximo governo dar os seus primeiros movimentos"

a primeira ação no Estado de São Paulo após a trégua das eleições, 30 integrantes do Movimento dos Sem-Terra (MST) invadiram ontem 206 hectares da antiga fazenda Faxinal, em Bauru (SP), segundo a Polícia Militar (PM). A área, desmembrada de uma porção maior, é considerada média propriedade produtiva, conforme o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). A advogada Lívia Fernandes Ferreira, que representa o proprietário, entrou com pedido de reintegração de posse no Fórum de Bauru. Segundo ela, a fazenda tem criação de gado e áreas de cultura. Os sem-terra são provenientes do Assentamento Aimorés, no município de Pederneiras, administrado pelo Incra. A coordenação estadual do MST informou que o grupo não pertenceria ao movimento. A PM, no entanto, constatou que os sem-terra usavam bonés e bandeiras do MST. A propriedade já tinha sido invadida este ano durante o chamado "Abril Vermelho" – a jorna-

da de lutas do movimento. Naquela ocasião, a Justiça determinou o despejo dos invasores de terras. De acordo com o presidente do Sindicato Rural de Bauru, Maurício Lima Verde, o MST está recrutando militantes com a promessa de lotes de terra em bairros da periferia da cidade, como as vilas São Paulo e Esperança. Ele teme uma onda de invasões na região. Pr ote st o – Mais de 1.500 sem-terra ligados ao MST bloquearam durante a manhã de ontem a BR-163, em Itaquiraí (MS), onde vivem em um acampamento nas margens da rodovia, no km 97. A manifestação foi contra as dificuldades que enfrentam 600 famílias de trabalhadores rurais brasileiros expulsas do Paraguai durante conflitos de terras no país vizinho. Eles são mais conhecidos como brasiguaios. Os sem-terra afirmam que estão passando fome devido à falta de alimentos, principalmente para as quase 500 crianças do acampamento. "São pouco mais de 3 mil desempregados esperando terra do Incra (Instituto Nacional de Co-

lonização e Reforma Agrária)", disse um dos líderes. Uma ordem judicial determina que a permanência do acampamento denominado Antônio Irmão seja, no máximo, até o próximo dia 18, devido à duplicação da BR-163, cujas obras estão bem próximas ao local, também chamado "cidade de lona". O ouvidor do Incra, Sidney Ferreira de Almeida, esteve negociando com os manifestantes, juntamente com o chefe do órgão na região, José Osmar Bentinho, mas não chegaram a um acordo. Parte dos sem-terra não quer sair do acampamento, mas alguns concordam em mudar provisoriamente para um terreno de 12 hectares na Fazenda Santo Antônio, também em Itaquiraí. Os dois funcionários públicos prometeram iniciar hoje a distribuição de cestas básicas no acampamento. Depois da promessa, a rodovia foi liberada e novas rodadas de negociações deverão acontecer. Segundo os líderes do movimento, o bloqueio continuará, caso as reivindicações não sejam atendidas. (AE)

Código florestal: ministra do Meio Ambiente cobra acordo Ela exige outra perspectiva para a agropecuária e a agricultura sustentável Elza Fiúza/ABr - 08.10.10

A

ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse ontem que a discussão sobre o código florestal é burra e que os dois lados precisam ceder para que o debate sobre a biodiversidade avance. "Não dá pra duelar, é preciso convergir. É preciso trabalhar a agropecuária e a agricultura sustentável sob outra perspectiva". Ao destacar que no Brasil há muitas restrições na legislação, a ministra disse que é necessário avançar para agregar valor aos serviços ambientais. "Não dá para associar a discussão somente aos biohistéricos ou biodesagradáveis". Para ela, um dos pontos fundamentais a ser resolvido é a implementação de estratégias para a utilização dos recursos destinados à preservação da biodiversidade, e isso requer a participação do setor privado. De acordo com a ministra, está sendo elaborada uma agenda nacional de metas para o setor ambiental, que ela chama de Agenda 20-20, porque projeta os desafios a serem

Izabella Teixeira: "A discussão sobre o código florestal é burra"

vencidos na discussão sobre a sustentabilidade até 2020. Cobrança – Já a presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a senadora Kátia Abreu (DEM-TC), cobrou ontem do presidente do Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), a votação do projeto de lei do Código Florestal ainda para este ano. "No Congresso Nacional, nos acordos políticos, não existe papel, existe palavra. E nós

confiamos no presidente da Câmara, que cumprirá sua palavra, mesmo porque hoje ele é o vice-presidente do Brasil". Segundo ela, a bancada ruralista no Congresso Nacional e a base governista fizeram acordo para que o Código Florestal voltasse à pauta após as eleições. A senadora convocou os produtores rurais a pressionar os parlamentares. "A gente quer a atualização do Código Eleitoral. Não estamos tratando de desmatamento".(AE)

Kátia Abreu: volta da CPMF seria um 'estelionato eleitoral'

STF decide processar o senador Valdir Raupp

Senadora diz que não acredita numa proposta nesse sentido e confia em Dilma

Ele responderá por crime de falsidade ideológica para fins eleitorais em 1998

A

senadora Kátia Abreu (DEM-TO), que foi relatora do projeto da prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), disse ontem que não acredita que a presidente eleita, Dilma Rousseff, apoiará o retorno do tributo. "Não acredito que a presidente vá colocar essa matéria em pauta, mesmo porque seria estelionato eleitoral", afirmou a senadora, durante palestra promovida pela Feira Internacional da Cadeia Produtiva do Leite (Feileite), em São Paulo. Sem chance – De acordo com a senadora da oposição, Dilma "deu sua palavra" 15 dias antes da eleição de que a CPMF estaria fora da agenda do Planalto. "Tenho certeza de que ela vai cumprir", completou. Kátia Abreu rechaçou a hipótese da CPMF voltar a ser discutida no Congresso Nacional. "Em qualquer hipótese, eu não voto aumento de impostos", ressaltou.

Sobre as expectativas em relação ao novo governo para o setor do agronegócio, a senadora – que também é presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) – disse que é preciso "dar um tempo" para Dilma e avaliar seus primeiros 100 dias de governo. "Vamos esperar o próximo governo dar os seus primeiros movimentos. Nós pretendemos fazer isso: aguardar esses próximos 100 dias para a presidente se manifestar a respeito de todos os assuntos federais, incluindo o agronegócio". Expectativa – A senadora, que atualmente é uma das principais lideranças nacionais do DEM, foi "cordial" ao declarar que tem "boas expectativas" em relação à sucessora do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Kátia Abreu, o governo depende do agronegócio e o setor depende do governo. "Acho que vai ser uma boa parceria", aposta.

Questionada sobre a declaração da presidente eleita de que o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) não pode ser tratado como "caso de polícia", a presidente da CNA mostrou que nesta área não deve haver consenso entre ruralistas e o governo. "Desde que o MST não invada terras, ele não será um caso de polícia", rebateu. DEM – Kátia Abreu aproveitou sua passagem por São Paulo para se reunir com lideranças de seu partido, como o prefeito Gilberto Kassab, cotado para ir para o PMDB. Após o encontro, ela descartou a possibilidade de Kassab deixar o partido. A senadora garantiu que a fusão do DEM com o PMDB não está em pauta e que a preocupação agora é com a reestruturação da legenda. "Queremos uma reformulação na direção do partido para revitalizarmos os diretórios municipais, estaduais e nacional", explicou. (AE)

O

Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu ontem, abrir novo processo criminal contra o senador Valdir Raupp (PMDBRO). Desta vez, ele responderá por suspeita de envolvimento com crime de falsidade ideológica para fins eleitorais na campanha de 1998. Essa é a segunda decisão do STF desfavorável ao senador. Em agosto, o plenário do Supremo abriu uma ação penal contra ele por suspeita de envolvimento com crime contra o sistema financeiro nacional. No julgamento de ontem, por 6 votos a 2, o tribunal aceitou denúncia na qual o Ministério Público acusou Raupp e o então responsável pela administração financeira da campanha dele ao governo de Rondônia, José Carlos Silvério, de protocolar, no Tribunal Regional Eleitoral do Estado, prestação de contas com dados "sabidamente inverídicos". Conforme a denúncia, entre os recur-

Waldemir Rodriques/Ag. Senado - 24.04.07

Raupp: envolvimento com crime contra o sistema financeiro nacional

sos arrecadados constava doação para campanha de R$ 90.350,00 em dinheiro por uma empresa. Mas, segundo o MP, durante as investigações descobriu-se que a firma não deu contribuição alguma para a campanha. Para comprovar o fato, o MP incluiu declaração do dono da empresa e uma informação da Secretaria da Receita Federal, segundo a qual

entre 1º de janeiro de 1997 e 31 de dezembro de 1998 não houve qualquer movimentação financeira feita pela firma. A defesa de Raupp alega que ele não sabia que a empresa não tinha feito a doação. Já o MP afirma que "não passaria despercebido do candidato e, muito menos, daquele responsável por suas contas de campanha esse valor". (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

c

9 Fábio Motta/AE

PROTESTO Em Niterói, 300 alunos foram às ruas protestar contra o Enem.

idades

EXÍLIO Família Real teve de deixar o País após a proclamação da República.

Reprodução/DC

Fábio Motta/AE

Em Niterói, nariz de palhaço para protestar contra o Enem

Enem: duas estratégias para derrubar liminar

O

governo decidiu abrir duas frentes para tentar derrubar a liminar concedida pela juíza federal Karla Maia, da 7ª Vara Federal no Ceará, que suspendeu o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Ontem foram apresentados recursos à juíza e ao Tribunal Regional Federal (TRF) da 5ª Região. Caso a juíza mantenha a decisão após analisar os argumentos de defesa da União, a questão já estará encaminhada na instância jurídica superior. O governo quer ir ao Superior Tribunal de Justiça, caso não tenha sucesso nas duas frentes. São basicamente três os argumentos para que só os candidatos prejudicados refaçam a prova. "Não podemos obrigar 3,4 milhões de pessoas a passar por um novo exame", disse o advogado geral da União, Luís Inácio Lucena Adams. "Houve problemas em menos de 0,1% das provas." A defesa vai alegar também que a reaplicação do exame teria um custo elevado para os cofres públicos. Finalmente, vai argumentar que os alunos que fizerem uma nova prova terão uma avaliação isonômica em relação aos demais. "A prova serve para aferir um conjunto de conhecimentos e não o conhecimento específico daquelas questões", disse Adams. "Mesmo com questões diferentes, o grau de dificuldade será igual." Segundo Adams, refazer o Enem por causa de erros em uma parte pequena das

provas abriria um precedente perigoso. "Isso inviabilizaria realizar concursos públicos, porque, quanto maior o concurso, maior a chance de ocorrer um ou outro problema", disse. A apelação apresentada à juíza e ao TRF contém informações coletadas junto aos realizadores das provas, mostrando o prejuízo que seria gerado pela suspensão do exame. É o primeiro conjunto de dados oficiais recebidos pela juíza. Até o momento, dizem os advogados, ela tomou as decisões apenas com base nas denúncias apresentadas pelo Ministério Público. Os advogados sustentarão que é possível reaplicar a prova só nos alunos prejudicados, sem que isso represente vantagem ou desvantagem em relação aos demais estudantes. Observaram, por exemplo, que as provas do Enem mudam a cada ano e nem por isso se alega que os alunos de um determinado ano foram favorecidos ou prejudicados em relação a outro. Protesto – Ontem à tarde, em Niterói (RJ), um grupo de 300 alunos promoveu manifestação contra as falhas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Com nariz de palhaço e cartolinas com a inscrição "Grito dos Enemganados", eles interditaram parte da avenida Amaral Peixoto, a principal via do centro da cidade, e caminharam até a Praça do Arariboia, onde queimaram cadernos da prova do Enem. (AE)

Vestibular: Unicamp divulga locais da prova

A

Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) disponibilizou ontem, através de seu site (www.unicamp.br), os locais de prova da primeira fase do vestibular de 2011, que será realizada no próximo dia 21. Para a consulta, os candidatos, que irão disputar as 3.444 vagas em 66 cursos da Unicamp e dois cursos da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, devem apenas digitar o nome ou o número de inscrição no vestibular. Com recorde de inscritos neste ano, com 57.201 candidatos, a Unicamp aplicará provas em 24 cidades do Brasil: Bauru, Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Jundiaí, Limeira, Mogi-Guaçu, Piracicaba, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, Salvador, Santo André, Santos, São Bernardo do Campo, São Carlos, São José do Rio Preto, São José dos Campos, São Paulo, Sorocaba, Sumaré e Valinhos. Orientações – Os candidatos devem chegar ao local da prova ao meio-dia, já que os portões serão fechados impreterivelmente às

13 horas. Sair de casa com antecedência é importante, tendo em vista que o vestibulando poderá encontrar trânsito e congestionamento em alguns locais. Nos estados onde não há horário de verão, a Comissão Permanente para os Vestibulares seguirá o horário local e não o de Brasília. A Comvest orienta os candidatos a fazer o percurso até o local de provas antes do dia do exame, para conhecer o caminho. O tempo máximo de prova na primeira fase é de cinco horas. Aprovados – A lista dos candidatos aprovados na primeira fase e locais de prova da segunda fase, que será realizada nos dias 16, 17 e 18 de janeiro de 2011, será divulgada no dia 20 de dezembro. As provas de habilidades específicas, para os cursos de Arquitetura e Urbanismo, Artes Cênicas, Artes Visuais, Dança e Música vão ser realizadas em Campinas, entre os dias 24 e 27 de janeiro de 2011. A primeira chamada será divulgada dia 7 de fevereiro e a matrícula dos convocados em primeira chamada deverá ser feita no dia 10 de fevereiro. (AE)

Na praça da Aclamação, no Rio de Janeiro, o marechal Deodoro da Fonseca proclama a República. Começava uma nova fase na História do Brasil.

Há 121 anos, o Brasil tornava-se uma República Mesmo com dor de barriga, no dia 15 de novembro de 1889 o marechal Deodoro da Fonseca instaurou o regime Valdir Sanches

Reprodução/DC

O

marechal Deodoro da Fonseca dormiu muito mal, de catorze para quinze de novembro de 1889. Queixava-se de falta de ar e de dor de barriga. Era a segunda vez que problemas de saúde o acometiam, naquele mês. Não se animava, naquele finalzinho de madrugada, a deixar o leito. Às seis horas, dois ardorosos republicanos, Benjamin Constant e Quintino Bocaiúva, chegaram à casa do marechal. Disseram-lhe que os fatos estavam em marcha. Não era possível adiá-los. Deodoro então deixou a cama, vestiu a farda e saiu de casa para entrar na História. Devido à dor de barriga, não levou sua espada à cintura. D. Pedro 2º estava em uma casa de banho de Petrópolis, na região serrana do Rio, no dia quinze, quando uma informação chegou. Havia uma inusitada movimentação de tropas na cidade. O imperador achou que era alguma coisa sem importância, e foi para o Palácio de Inverno, sua moradia predileta. Ali passava os dias quentes do verão. Durante todo o dia, monarquistas fiéis a D. Pedro hesitaram com um telegrama nas mãos. Fora mandado pelo visconde de Ouro Preto, presidente do gabinete de ministros do Império. Todos sabiam o que dizia, mas ninguém tinha coragem de entregá-lo. Só no fim da noite um major republicano, Sólon Ribeiro, procurou o imperador. D. Pedro foi acordado para um pesadelo. O major informou-o dos fatos relatados no telegrama do visconde. Assim, aquele homem de 64 anos soube que não era mais o imperador do Brasil. Seu gabinete havia renunciado. O País vivia sob o regime republicano. À hora em que o marechal Deodoro da Fonseca deixou sua casa, já havia grande agitação nas ruas. Tropas republicanas mobilizavam-se pelas ruas do Rio de Janeiro. De Niterói, desembarcavam soldados do Corpo de Bombeiros. Uma força de fuzileiros navais subia a Rua do Ouvidor. Estes iam armados, prontos para o confronto. O gabinete de ministros, presidido pelo Barão de Ouro Preto, reunia-se na secretaria do Império, instalada na Praça

Deodoro (primeiro plano, à dir.), ao lado do conde D' Eu: fiel ao imperador

da Aclamação, que fora o Campo de Santana. Os ministros sabiam que nos batalhões militares o caldo dos ideais republicanos entrara em fervura. Estudavam saídas para enfrentar a Revolução iminente. Os soldados chegavam em grande número à Praça da Aclamação, sem encontrar resistência. Raros, como uma força do 10º Batalhão do Exército, leal ao Império, posicionavam-se no caminho para tentar barrar o avanço – o que se mostraria inútil. Baleado – Às oito e meia, o marechal Deodoro chega ao Ministério da Marinha e encontra-se com o ministro da Arma, o Barão de Ladário. O barão achava-se no dever de defender a monarquia. Saca duas armas para atacar o marechal. Um praça do Exército age rapidamente. Atira no ministro, e ele cai ferido. Seria a único baleado de todo o movimento republicano. Uma hora mais tarde, a reunião presidida pelo visconde

de Ouro Preto é encerrada abruptamente. Militares leais ao Marechal Deodoro cercam o lugar e prendem todos. Os ministros recebem a opção de voltar à liberdade, se renunciarem a seus cargos. As prisões não duram muito. O ministério renuncia e o visconde de Ouro Preto redige o telegrama destinado a D. Pedro. Os ministros deixam a Praça da Aclamação em segurança. Sofrem apenas provocações dos soldados que ali estão. Deodoro, na verdade, deralhes garantias. Havia anunciado que nenhum monarquista sofreria retaliação de qualquer natureza, se reconhecesse o governo republicano. Terminado o episódio no gabinete, o marechal proclama a República, cercado de conspiradores de primeira hora, como Benjamin Constant e Quintino Bocaiúva. Havia chegado à cavalo à Praça da Aclamação. Desmonta, e é carregado em triunfo. Os soldados dão vivas à República e ao Exército Bra-

sileiro. Ecoam os estrondos da salva de 21 tiros. O herói da República na verdade não tinha um passado de convicção republicana. Mas o oposto. Fazia questão de declarar sua lealdade e amizade ao imperador. Dois meses antes da proclamação da República, escreveu uma carta para um sobrinho. "República no Brasil é coisa impossível, porque será uma verdadeira desgraça. Os brasileiros estão e estarão muito mal-educados para tornaremse republicanos. O único sustentáculo do nosso Brasil é a monarquia; se mal com ela, pior sem ela". Mudou a avaliação quatro dias antes de proclamar a República. Os mesmos Benjamin Constant e Quintino Bocaiúva, que o tirariam da cama para o gesto, no dia 15, o procuraram em sua casa. Um dos aspectos da conversa girou em torno do gabinete ministerial. Concordou-se que o visconde de Ouro Preto, e os ministros que presidia, pretendiam transferir atribuições do Exército e da Marinha para a Guarda Nacional - uma entidade civil. Isto esvaziaria as duas armas. Testemunhas da reunião d i s s e r a m q u e o m a re c h a l ponderou que gostaria de levar o caixão do imperador à cova, quando morresse. Mas encerrou o encontro com estas palavras: "Já que não há outro remédio, leve à breca a Monarquia. Nada mais temos a esperar dela. Que venha, pois, a República". Exílio – D. Pedro, na noite em que foi acordado pelo major Sólon Ribeiro, em Petrópolis, e soube que fora deposto, teve outros dissabores. Os republicanos achavam que a presença da Família Real no País era inaceitável. No mínimo, poderia provocar levantes entre os monarquistas. O major Ribeiro queria que D. Pedro e sua mulher, Dona Teresa Cristina, e a filha, a princesa Isabel, deixassem o País no primeiro navio que partisse do Rio. Isso se daria dois dias depois, dia 17. O imperador deposto reagiu. Contrapôs que não deixaria o Brasil como se estivesse fugindo. Mas acabou partindo. Pessoas que assistiram aos fatos, no palácio, disseram que a então ex-imperatriz chorou, e a princesa ficou muda. Apenas D. Pedro reagiu: "Estão todos loucos!".


DIÁRIO DO COMÉRCIO

10

c

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Agradeço a ACSP por mais esta oportunidade, que deixará a nossa cidade ainda mais bela. Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo

idades

SP ganha nova edição do Natal Iluminado Prefeitura e Associação Comercial de São Paulo assinaram ontem termo de cooperação para a 10ª edição do Natal Iluminado: um estímulo à decoração natalina. Newton Santos/Hype - 09/12/2009

Paulo Pampolin/Hype

Ivan Ventura

F

alta pouco mais de um mês para a chegada do Natal e Papai Noel se prepara para circular pelas ruas de São Paulo. Afinal, o paulistano já convive com as luzes e decorações natalinas espalhadas pelas fachadas das lojas de rua, no interior dos shoppings centers e, aos poucos, até nas casas da cidade. Foi pensando nessa data que a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e a Prefeitura da Capital decidiram dar um estímulo especial para a decoração da cidade. Ontem, o prefeito Gilberto Kassab e o presidente da ACSP, Alencar Burti, assinaram o termo de cooperação para a realização de mais uma edição do Natal Iluminado, evento que completa dez anos e que surgiu por iniciativa da Associação Comercial. Alegria – A assinatura ocorreu no gabinete do prefeito. Durante a assinatura, Kassab fez questão de se virar para as câmeras dos fotógrafos para que o ato fosse registrado. Em seguida, foi a vez de Alencar Burti assinar o documento. Ao final do encontro, representantes da ACSP e o prefeito Kassab falaram da importância do evento para a cidade. "Trata-se de mais uma oportunidade de levar alegria para os adultos e crianças deste "país" chamado São Paulo, com mais de 11 milhões de habitantes. Agradeço a Associação Comercial de São Paulo por mais esta oportunidade, que deixará a nossa cidade ainda mais bela", disse Kassab.

A partir da esquerda, Roberto Mateus Ordine, Alencar Burti e Gilberto Kassab: evento chega à 10ª edição Newton Santos/Hype - 09/12/2009

A festa do Natal Iluminado já é uma tradição nas ruas de São Paulo

Burti agradeceu o apoio do prefeito e a renovação da parceria entre a entidade e a Prefeitura para a realização de mais uma edição do evento. O presidente da Associação Comercial de São Paulo destacou os 10 anos do Natal Iluminado, que começou de maneira até tímida, mas que cresceu com o tempo até ser ser reconhecido pela população. "Nova York vai ficar com inveja da nossa decoração", brincou Burti. Árvore - Para esta 10ª edição da festa, os organizadores prometem

uma série de eventos para a celebração do Natal. Oficialmente, o Natal Iluminado será lançado no dia 7 de dezembro, no Pátio do Colégio, na região da Sé. A agenda de lançamento do evento será definida nos próximos dias. "Haverá manifestações festivas em diversas regiões da cidade. Vai ter coral de crianças, danças e outros eventos. Vamos divulgar a agenda em breve", informou o vice-presidente da ACSP, Roberto Mateus Ordine. Além dessa programação

Intenção é fazer que São Paulo seja a cidade mais iluminada do País

inicial, o Natal Iluminado promete uma decoração especial para as principais avenidas da cidade. As avenidas 23 de Maio e Paulista, além da região do Parque do Ibirapuera, serão amplamente decoradas, como vem ocorrendo nos últimos anos. O banco Santander, por

exemplo, financiará a gigantesca árvore de Natal montada todos o anos próximo à avenida Pedro Álvares Cabral. Nos bairros, a decoração natalina promete invadir as ruas comerciais e residenciais. As 15 Distritais da Associação Comercial de São Paulo serão

Fotos: Luiz Prado/LUZ

as incentivadoras da proposta do Natal Iluminado. "Já espalhei a mensagem para os superintendentes das Distritais da ACSP. Quero que eles levem a alegria do Natal aos bairros", concluiu Burti. Em meados do ano 2000, a ACSP criou uma programação para premiar as melhores decorações natalinas nos vários centros comerciais da cidade. Ano a ano, o projeto foi evoluindo e ganhando cada vez mais corpo, até englobar a presente missão, que é transformar a cidade de São Paulo na mais natalina das cidades brasileiras. Em pouco tempo, até 2012, se tudo ocorrer com o mesmo sucesso verificado nos anos anteriores, os organizadores do Natal Iluminado projetam que a cidade de São Paulo ganhará o título de a maior cidade iluminada do Brasil.

Cassiano Elek Machado/Folhapress

AI DE TI CAFARNAUM ...

D

efinitivamente, Cafarnaum não é um nome feliz para designar uma cidade. Salvo engano, existem apenas duas assim batizadas e ambas carregam marcas indesejáveis na sua existência. A primeira delas foi tristemente citada pelos quatro evangelistas no Novo Testamento, dos quais Mateus (11:23-24) tenha sido talvez o mais candente. Ali ele reproduz as palavras que saíram da boca de

Jesus: "E tu Cafarnaum, serás precipitada no inferno. Porque, se em Sodoma tivessem acontecido os milagres que em ti se realizaram, ela ainda hoje existiria". A maldição tinha a ver com a pouca receptividade da população à sua pregação. O fato é que, e os motivos são desconhecidos, Cafarnaum, na qual o Messias chegou a morar por algum tempo e que ficava ao norte, às margens do Mar da Galileia, sumiu na poeira já no ano I d.C.

Reprodução site City Brazil

...O MIGUEL REALE VAI CHEGAR

DÁ A IMPRESSÃO DE QUE...

A

rigor, falta apenas um canário cantando na gaiola para o Salão Nove de Julho, na Rua Senador Paulo Egydio, no Centro velho, reproduzir perfeitamente uma barbearia dos anos 40/50. Embora sua aparência sugira que a casa participe da paisagem há muitas décadas, na verdade, foi inaugurado há menos de um mês. Seu ar cenográfico e cheiro a fazem ressaltar entre as construções antigas. O piso de ladrilhos pretos e brancos, por exemplo, colocados especialmente, faz brilhar as três bojudas

cadeiras da marca Invicta que caracterizavam os velhos salões profusamente iluminados cujas luzes reverberavam na fartura de espelhos. "Essas cadeiras são autênticas, não se faz sequer réplicas delas", informa Tiago Cecco Gonçalves, 29 anos, que criou o salão com o sócio Anderson Nápoles. Ele conta que todos equipamentos e adereços, baseados em pesquisas sobre os usos e costumes daquele tempo, foram adquiridos em exaustivas pesquisas através da Internet.

A

idéia da barbearia nasceu do amor de ambos pelas coisas dos anos 50. Eles já possuíam um bem sucedido salão nos mesmos moldes na Rua Augusta e consideraram, ao planejar a expansão dos negócios, que um segundo teria muito mais cor de época se fosse instalado no Centrão. Nesse sentido, a freguesia vem fazendo a sua parte, pois o lugar está sendo frequentada por homens na faixa dos 40 a 60, principalmente advogados, para serem coerentes com a melhor tradição jurídica da região. Não por acaso, esclarece Anderson Nápoles, essa clientela ainda adota cortes clássicos como o americano ou meio americano, identificados pelo corte em alturas diferentes, mas cuidadosamente

harmonizados ou o célebre "escovinha", que marca a moda do pós-guerra. A barba também segue o ritual de outrora: toalha quente, essência de eucalipto, massageadores de face. Mas as navalhas clássicas, vetadas pela vigilância sanitária para prevenir contágio de doenças, foram substituídas por navalhetes de lâminas descartáveis. Porém, o totem listrado em vermelho e branco, sobreviveu. Ele indicava os fígaros que faziam sangrias, uma espécie de panaceia para curar doenças quando a Medicina engatinhava no século XIX entrando para o XX. O serviço custa R$ 25 – preço razoável para uma interessante viagem no túnel do tempo. (A música ambiente derrama sucessos dos fifties).

...ONTEM E HOJE

S

omente em 1962 d.C., quase dois milênios depois, uma nova cidade ousaria se chamar Cafarnaum. Ao contrário da inspiradora, que tinha água abundante nas suas franjas, ela cresceu no sertão da Bahia, a 439 km de Salvador. Nesta quarta-feira a Polícia Federal realizou a "Operação Carcará" no Estado, que prendeu

vários prefeitos acusados de desviar verbas federais em proveito próprio. O da Cafarnaum baiana estava entre eles. Evidentemente, não é caso de confundir os cerca de 14.500 cafarnauenses que ali residem com aqueles que viraram as costas para as palavras divinas. Mas é de supor que, tanto lá como aqui, houve o dedo de Belzebu.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

11 SURTO Cólera já matou 800 no Haiti; epidemia pode chegar aos EUA.

nternacional

'SOCIOPATAS' Cuba protesta contra videogame criado nos EUA para 'matar Fidel'

Abed Omar Qusini/Reuters

Homenagem ao passado de olho no futuro No sexto aniversário da morte de Arafat, líder palestino pede que compromisso pela paz vá além de 'slogans'. o objetivo de encerrar o conflito entre Israel e palestinos, por meio da criação de um Estado palestino, estão paralisadas desde setembro, devido a uma disputa sobre a construção de assentamentos judaicos nas terras ocupadas por Israel. As negociações tinham sido iniciadas apenas algumas semanas antes. Abbas reiterou sua oposição à retomada das conversas até que Israel interrompa a construção de colônias nas terras onde os palestinos querem fundar um Estado. Oportunidade - Abbas alertou que a janela para um acordo de paz está se estreitando. "Eu agora me dirijo ao povo israelense", disse. "Eu espero que ele nos escute, aqueles que acreditam na paz, se eles existirem. Fazer um acordo de paz é mais importante que construir assentamentos", opinou. "Nossos filhos e os filhos de vocês precisam experimentar a convivência, estabilidade, segurança mútua, com respeito mútuo, antes que a oportunidade seja desperdiçada", disse o presidente da ANP. Acordo - O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, disse ontem, durante encontro com a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, que está "muito sério" com relação às conversas com os palestinos. "Conversaremos sobre como retomar e continuar esse processo para chegar a um acordo histórico de paz e segurança entre nós e os palestinos", afirmou Netanyahu no início da reunião com Hillary. Em declaração conjunta, ambos destacaram que a segurança de Israel é chave para paz e será "totalmente levada em conta" em qualquer acordo com os palestinos. (Agências)

Após regressar à Rússia, a espiã Anna Chapman virou celebridade.

Diante de cartaz de Arafat, Abbas saúda a multidão, em comício na Cisjordânia. Em Gaza, a comemoração foi vetada pelo grupo rival Hamas.

O

ex-primeiro-ministro de Israel Ariel Sharon, em coma desde que sofreu uma série de derrames cerebrais em 2006, será removido do hospital Tel Hashomer, perto de Tel-Aviv, e será transportado, no final de semana, para a fazenda da sua família, no deserto do Negev. Raanan Gissin, assessor do ex-premiê, confirmou que "o plano é que ele volte para ca-

sa no final de semana". O ex-general, de 82 anos, está no hospital há mais de quatro anos. O diretor da instituição, Zeev Rothstein, disse que Sharon "não está inconsciente, mas tampouco está plenamente consciente. Ele necessita de ajuda para as suas atividades diárias" e está conectado a um respirador. Personagem polêmico, embora muito popular em Israel, Sharon estava no auge do poder quando sofreu os derrames em 2006. Meses antes, ele havia completado a retirada unilateral das tropas israelenses da Faixa de Gaza. (AE)

Quem traiu a espiã Anna Chapman? Um jornal russo descobriu: foi um agente duplo.

A

ssim como um sucesso de bilheteria garante uma sequência para um filme, o escândalo dos espiões russos voltou à tona ontem, com doses igualmente eletrizantes. Desta vez, foi desmascarada a pessoa responsável por trair Anna Chapman e outros nove espiões russos presos nos Estados Unidos. Segundo o jornal russo Kommersant, trata-se de um militar identificado como coronel Shcherbakov, o chefe das operações de espionagem do país nos EUA. Em declarações que lembram a Guerra Fria, fontes do Kremlin revelaram que pistoleiros foram contratados para matá-lo. Diretor do departamento de espionagem "ilegal" nos EUA do serviço secreto russo, Shcherbakov era um agente duplo que estava a serviço de Washington, informou o jornal, acrescentando que ele teria sido levado de Moscou para os EUA dias antes de o FBI anunciar, em junho, que havia detido espiões

russos. Entre eles estava a "Mata Hari russa", Anna Chapman. A traição tornaria Shcherbakov um dos espiões de mais alto nível hierárquico a passar para o outro lado desde a dissolução da União Soviética. Confirmando que o relato do Kommersant é exato, Gennady Gudkov, vice-presidente do comitê de segurança do Parlamento russo, disse que o caso foi um grande fiasco para o serviço de inteligência russo e um sucesso para os EUA. Cabeça a prêmio - Uma fonte do Kremlin disse ao jornal que pistoleiros russos provavelmente estavam se preparando para matá-lo. "Nós sabemos quem ele é e onde ele está", disse a fonte. "Sem dúvida um Mercader já foi enviado atrás dele", acrescentou, referindo-se ao espanhol Ramón Mercader, que era agente soviético e, a mando de Moscou, matou em 1940 o militante Leon Trotsky, na época exilado no México. (Agências)

Divulgação/AFP - 09.07.10

Caso Sakineh: seis por meia dúzia. Irã estuda mudar pena de morte por adultério para homicídio

A

condenação da iraniana Sakineh Mohamm a d i - As h t i a n i p o r adultério gerou críticas ao redor do mundo. Sob pressão, as autoridades iranianas estudam acusá-la por homicídio, fato que pode mudar a forma como é conduzido o caso. O promotor-geral do Irã, Gholam Hossein Mohseni Ejeie, disse que a acusação de homicídio contra Sakineh deve ter precedência sobre a condenação dela por adultério.

Sakineh recebeu duas penas: na primeira, ela foi condenada à forca por envolvimento na morte do ex-marido. Essa condenação foi posteriormente comutada para 10 anos de prisão. A segunda pena – morte por apedrejamento – foi imposta por ela supostamente ter mantido relações com outros homens. Essa pena foi mantida por um tribunal de recursos, despertando protestos no Ocidente, que considerou o fato uma "barbaridade". (AE)

Gleb Garanich/Reuters

O descanso final do ex-premiê Sharon

Reprodução - 30.06.10

O

s palestinos relemb r ar am on tem o sexto aniversário da morte do líder Yasser Arafat com pedidos para que os Estados Unidos e Israel confirmem seu compromisso com a paz. "Um amplo e justo acordo de paz é mais precioso que qualquer coisa", disse o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas. A resposta veio logo depois. Em Nova York, a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, "concordaram sobre a importância da continuidade das negociações diretas". Mas o líder palestino foi além, ao afirmar que o apoio norte-americano para a criação de um Estado palestino precisa ir além de "slogans". Abbas disse que as visões dos EUA e da Europa começaram a mudar a favor dos palestinos, mas mostrou frustração pela recente oposição dos EUA à ideia de levar o pedido de um Estado palestino para o Conselho de Segurança da ONU. "O mundo começou a mudar. A Europa começou a mudar, a América começou a mudar", afirmou Abbas, cuja administração depende de apoio político e financeiro dos EUA e da União Europeia. "Verdadeiramente, ainda está na fase de slogans, como 'Nós apoiamos uma solução entre os dois Estados' e 'o estabelecimento de um Estado palestino faz parte do vital interesse de segurança dos Estados Unidos'," acrescentou, durante comício em memória aos seis anos da morte do seu predecessor, Yasser Arafat. Patrocinadas por Washington, as negociações de paz com

Condenação ainda gera protestos, como este na Ucrânia.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

12 -.LOGO

Logo Logo

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

12

Chewbacca, o alienígena wookiee de Guerra nas Estrelas, virou pantufa. Para os fãs da série, obrigatório.

www.dcomercio.com.br

NOVEMBRO

www.enter tainmentear th.com/ prodinfo.asp?number=CS74131

M EIO AMBIENTE T URISMO

Engolida pela areia Um metrô diferente em Nova York Em 1904, o metrô de Nova York inaugurou a estação City Hall. A estação foi fechada em 1945, porque sua capacidade de apenas 600 pessoas por dia tornou inviável e perigosa a utilização. A estação foi restaurada em 1995 e pode ser vista a partir de agora. A

MTA, empresa que administra o metrô da cidade, não exige mais que todos os passageiros desçam na estação final de Brooklyn Bridge. Quem quiser seguir viagem pode ver City Hall enquanto o trem faz a manobra de retorno.

A

s fotos que mostram a areia cobrindo ruas da praia de Atafona, no Rio de Janeiro, foram tiradas ontem. São a prova física de um debate que acontece na localidade. Os pescadores dizem que é a fúria divina. Cientistas da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) levantam teorias. Mas não há dúvida, o vilarejo está desaparecendo. Localizado em um delta no estado do Rio de Janeiro, a pequena cidade está sendo engolida pela areia e o oceano, resultado do aumento das

Sergio Moraes/Reuters

temperaturas, que aceleram o processo de erosão do solo, explicam os pesquisadores. Um total de 183 construções

locais já foram destruídas e o farol marinho mudou duas vezes de lugar nos últimos 30 anos. Agora, os pesquisado-

res tentam projetar os efeitos do aquecimento global sobre o futuro da vila. www.mapasdigitais.uerj.br

AFP

P ETS

L

OLIMPÍADA ASIÁTICA - Imagem mostra a iluminação usada no ensaio final da cerimônia de abertura dos XVI Jogos Asiáticos. O evento acontece hoje na cidade de Guangzhou, na China, e termina no dia 27 de novembro. Participam dos jogos 45 países e territórios. Há competições de 42 modalidades esportivas.

M ODA Lucas Jackson/Reuters

Brasileiras dominam a Victoria's Secret O desfile da famosa grife de lingerie norte-americana Victoria’s Secret, sempre aguardado por levar à passarela algumas das modelos mais bonitas do mundo, desta vez foi dominado pelas brasileiras. na edição que aconteceu na noite de quarta-feira em Nova York, seis brasileiras exibiram as ousadas peças da grife, entre elas Alessandra Ambrósio, Isabel Goulart, Emanuela de Paula e Isabeli Fontana. O destaque da coleção desta temporada é o Bombshell Fantasy Bra, sutiã criado pelo designer de joias Damiani e avaliado em US$ 2 milhões. A peça foi apresentada pela top, também brasileira, Adriana Lima. O desfile da grife Victoria’s Secret ocorre desde 1998.

Cãozinho malhado Cães precisam de exercício frequente. Se você não leva o seu para longas caminhadas pode comprar a versão canina da esteira para ele, o GoPet Tread Wheel. Ajuda, mas nada substitui a caminhada, a interação com outros cães e a brincadeira. www.gopetusa.com

T RABALHO A NIMAIS

Em vez de aumento, demissão A notícia que sites internacionais e jornais divulgaram ontem, inclusive a Logo, de que o Google daria aumento de 10% para seus 23 mil funcionários e terminou em demissão de pelo menos um dos integrantes desse time. O e-mail confidencial, enviado pelo CEO do Google, Eric Schmidt, na terçafeira (9), teria sido repassado para o site Business Insider e para a

Na mira de caçadores

revista For tune. O funcionário responsável pelo vazamento tinha sido demitido. Segundo o jornal britânico The Guardian, o Google não confirmou a demissão do funcionário, apenas disse que “como a empresa não comenta assuntos internos, a companhia acredita que os planos de remuneração competitiva são importantes para o futuro do Google”.

Rinocerontes da reserva Mafikeng Game, na África do Sul. A caça à espécie aumentou este ano no país porque o valor dos chifres subiu no mercado ilegal. Jason Lee/Reuters

Mudando de casa Seis pandas gigantes, nascidos em 2009, saíram da cidade de Sichuan, na China, e foram deslocados para a cidade de Guangzhou para serem mostrados ao público dos Jogos Asiáticos no Safári de Xiangjiang.

L OTERIAS Concurso 582 da LOTOFÁCIL 03

07

08

09

10

11

12

13

15

17

18

19

21

23

25

Concurso 2445 da QUINA 01

05

32

53

C IÊNCIA

Siphiwe Sibeko/Reuters

71

A TÉ LOGO

Acesse www.dcomercio.com.br para ler a íntegra das notícias abaixo:

L

Número de casos de dengue aumentou 1.983,5% em SP e dobrou no País

L

Formação dos Andes deu à Amazônia sua biodiversidade atual, diz revista

Tudo começou com um vírus ET A vida na Terra surgiu quando um vírus, morto, chegou aqui em um meteorito e, ainda conseguiu dar surgimento a um novo tipo de vida. A tese foi publicada ontem pelo site da revista Wired. Embora muitos astrobiólogos afirmem que uma viagem pelo espaço mataria qualquer forma de vida, cientistas do Instituto de Astrofísica Herzberg, no Canadá, afirmam que mesmo mortos, as informações genéticas que carregam pode dar origem a novas formas de vida. A teoria é denominada de necropanspermia.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

e

13

conomia

Chefia: elas avançam, mas ainda patinam. Número de mulheres à frente de cargos executivos cresceu para 13,7% ante 6% em 2001. No entanto, sexo feminino ainda é minoria em postos de comando. Patrícia Büll

A

Faachir Rizvi/SXC

O

Brasil acaba de eleger Dilma Rousseff a primeira mulher presidente, mas são poucas as que, como ela, ocupam o topo dentro das empresas. Pesquisa do Instituto Ethos em parceira com o Ibope Inteligência apontou que apenas 13,7% das mulheres estão em cargos executivos. É um número pequeno, mas já foi pior: em 2001, apenas 6% desses postos eram ocupados por pessoas do sexo feminino. Os dados fazem parte da 5ª edição do levantamento "Perfil social, racial e de gênero das 500 maiores empresas do Brasil e suas ações afirmativas". "Existe uma tendência real de crescimento da participação feminina em cargos de diretoria, mas a diferença para a quantidade de homens ainda é muito grande", afirma o vice-presidente do Instituto Ethos, Paulo Itacarambi. Segundo ele, o único motivo que explicaria essa diferença é o preconceito contra mulheres em cargos de chefia, uma vez que elas têm mais tempo de estudo do que os homens (7,4 anos e 7 anos, respectivamente) e são a maioria (54,8%) entre os brasileiros com pelo menos 11 anos de escolaridade. Outras diferenças – Entre negros e deficientes, os números também não trazem surpresas. Apenas 5,3% dos cargos executivos são exercidos por negros e 13,2% dos gerenciais. "Mais uma vez nota-se que as ações das companhias não refletem as mudanças na sociedade. Por exemplo, nos últimos anos, os negros assumiram um papel mais afirmativo e as políticas de cotas estão ajudando na mobilidade social. Entretanto, as corporações não dão oportunidades nessa mesma velocidade", diz o vice-presidente da Ethos. As companhias sequer conseguem alcançar o mínimo garantido por lei para a contratação de deficientes ou pessoas reabilitadas, que varia de 1% a 5%. Segundo a pesquisa, apenas 1,3% dos cargos executivos são ocupados por pessoas

Fabrice Coffrini/AFP

nessas condições; 0,4% dos cargos gerenciais; 0,6% dos postos de supervisão e 1,5% do quadro funcional. A maioria das corporações não adota nenhuma política para melhorar esse cenário. No caso das mulheres, apenas 4% têm políticas com metas planejadas para incentivar a participação feminina em cargos executivos. Quanto à igualdade de oportunidades, 63% das companhias disseram possuir políticas para homens e mulheres; 53% para negros e brancos e 73% para pessoas com deficiência. "A ideia é que o levantamento traga ações para pro-

mover mudanças como políticas de diversidade", diz o presidente emérito do Instituto Ethos, Oded Grajew. Maus tratos – Os dados de uma outra pesquisa "Direitos humanos nas empresas", divulgada ontem pelo Instituto Norberto Bobbio confirmam essa necessidade. Feito com 800 funcionários de empresas com mais de 50 funcionários no Rio de Janeiro e São Paulo, o levantamento mostra que boa parte das companhias ainda adota um estilo de gestão rígido. Ou seja, sem muita participação do funcionário,

ausente de critérios claros de promoção e com a ocorrência de desrespeito e até maus tratos. (veja tabela) Um terço dos entrevistados citou ter sofrido algum tipo de abuso grave nos últimos dez anos. No ambiente de trabalho, uma elevada proporção, 43%, declarou que ocorreram situações moderadas ou graves de violação dos direitos humanos no último ano. "Fica clara a urgência do tema direitos humanos passar a compor o conjunto das preocupações centrais das empresas brasileiras", afirma o presidente do Instituto Norberto Bobbio, Raymundo Magliano.

Greve ronda a própria OIT

F

uncionários da Organização Internacional do Trabalho (OIT) ameaçam entrar em greve no próximo dia 17 caso não consigam fechar acordo com a direção da entidade. Eles acusam a OIT de não aplicar as leis trabalhistas que incentiva como, por

exemplo, o respeito à liberdade sindical. Também denunciam que a política de contratação é "opaca" e que houve avanço considerável de contratos temporários renovados por anos. Em comunicado, o sindicato dos trabalhadores apela à "ação mundial" para obrigar a direção da OIT "a colocar em prática o que a entidade promove em todo o mundo". (Agências)

Mark Normand/SXC

Emprego na indústria se estabiliza, segundo IBGE.

Em São Paulo, trabalho fabril também fica quase inalterado.

Postos gerados pela atividade apuraram leve recuo de 0,1% no mês de setembro, interrompendo oito altas consecutivas.

Embora Fiesp estime aumento de 4% no número de vagas em 2010, elevação é tímida frente à base fraca em 2009.

pós oito altas consecutivas, o emprego na indústria teve leve recuo de 0,1% em setembro ante agosto, já descontados os efeitos sazonais. É o que mostrou a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já na comparação com igual mês do ano passado, o levantamento apontou expansão de 4,9%, a oitava taxa positiva na sequência. No acumulado do ano, o crescimento do emprego na indústria foi de 3,4%. Já nos últimos 12 meses, a alta chegou a 1,5% em setembro, mantendo a trajetória de crescimento iniciada em dezembro de 2009.

O número de horas pagas pela atividade recuou 0,4% frente a agosto. Nas comparações com iguais períodos de 2009, as altas foram de 5,3% no índice mensal e de 4,3% no acumulado dos nove primeiros meses do ano. A folha de pagamento real dos trabalhadores avançou 1,2% em setembro ante o mês anterior, após recuar 2,9% em agosto. Já na comparação entre setembro de 2010 com igual mês de 2009, houve crescimento de 9,5% na taxa mensal e de 6,4% no acumulado do ano. O pessoal ocupado na indústria cresceu em todos os 14 locais investigados pelo IBGE, com destaques para São Paulo (3,8%), Nordeste

(6,1%), Rio Grande do Sul (7%), região Norte e CentroOeste (5,9%), Santa Catarina (5,2%) e Rio de Janeiro (7,8%). Na comparação por segmento, houve expansão em 13 dos 18 segmentos pesquisados ante igual mês do ano passado, com as contribuições mais relevantes vindo de máquinas e equipamentos (11%), meios de transporte (9,6%), produtos de metal (10,5%), borracha e plástico (10,6%) e máquinas, aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (9%). Por outro lado, os principais impactos negativos vieram das áreas de vestuário (2,9%), papel e gráfica (3,4%) e refino de petróleo e produção de álcool (5%). (Folhapress)

Paula Cunha

O

nível de emprego na indústria paulista permaneceu praticamente estável em outubro ante setembro. Foram criadas 1,5 mil vagas, que corresponderam a um leve recuo de 0,06%, com ajuste sazonal. Os dados foram divulgados ontem pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). A entidade considerou o resultado normal para a época do ano quando ocorre o início da dispensa dos trabalhadores temporários no segmento de açúcar e álcool. A expectativa da Fiesp é a de que o setor criará de 110

mil a 120 mil vagas em 2010. Se confirmado, o resultado será 4% superior ao observado no ano passado. Dos 22 segmentos acompanhados pela entidade, 13 apresentaram desempenho positivo, sete registraram retração e dois permaneceram estáveis frente ao mês anterior. Entre as maiores altas destacaram-se: impressão e reprodução (1,2%), confecções (1,1%) e móveis (1%), todos estimulados pela proximidade do Natal. Já no grupo das quedas mais significativas ficaram: produtos diversos (1%), bebidas (2%) e fabricação de coque e derivados de petróleo (4,2%). Para o diretor-adjunto do Departamento de Economia

da Fiesp, Walter Sacca, é preciso lembrar que o resultado neste ano é positivo, mas a base de comparação é negativa, pois o desempenho de 2009 foi prejudicado pelos efeitos da crise internacional. "Os dados atuais não representam tranquilidade, pois a indústria está patinando", disse Sacca. Ele também reforçou que há um processo de desindustrialização do País em razão do dólar favorável às importações e dos juros que permanecem altos. De acordo com ele, a indústria já foi responsável por 27% do Produto Interno Bruto (PIB) e agora situa-se em 15%. Em sua avaliação, é preciso rediscutir as funções do Banco Central (BC).


14 -.ECONOMIA

DIÁRIO DO COMÉRCIO

COMÉRCIO

sexta-feira, 12 de novembro de 2010


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

e

15 Bolsa não é cassino. As empresas seguem regras ali. Walter Mendes, presidente da Amec

conomia Fotos: Dida Sampaio/AE

BC vê problemas com cartões no PanAmericano Meirelles destacou que solução para banco não envolveu dinheiro público.

Empresário não descarta comprar SBT Tasso Marcelo/AE

FGC. Como garantia, o empresário colocou seu patrimônio. O aporte foi necessário após a identificação de que o banco mantinha em seu balanço como ativos carteiras de crédito já vendidas. Também houve duplicação de registros de venda de carteiras. Com isso, o resultado da instituição financeira era inflado (leia mais em Opinião, na página 3).

O problema não causa prejuízos a outras instituições financeiras, no sentido de que não gera crise sistêmica. HENRIQUE MEIRELLES, DO BC Dinheiro público – O presidente do BC afirmou que a solução foi positiva porque não houve o uso de "nenhum centavo do dinheiro público". "O BC agiu a tempo e na hora. O problema não gera prejuízos a outras instituições financeiras, no sentido de que não causa crise sistêmica." Ele lembrou que a saída foi dada pelo sócio controlador e pelo FGC. "Foi preservado o patrimônio dos acionistas, da

CVM quer regras mais claras para balanços corporativos Fernanda Pressinott

D Eike: oportunidades em estudo.

O

empresário Eike Batista disse ontem que prefere "deixar em aberto" os rumores sobre a possibilidade de seu grupo, o EBX, entrar na área de comunicação, adquirindo o SBT, do empresário Silvio Santos. Essa possibilidade passou a circular no final da tarde de quarta-feira, embalada pelas notícias referentes aos problemas financeiros do PanAmericano, e ganhou vulto na rede social Twitter ao longo da noite e na manhã de ontem. "Nós estudamos tudo, todas as possibilidades. Olhamos tudo no Brasil, tudo o que é bom e o que dá para arbitrar, olhamos", disse ontem Batista. Ele completou afirmando que a avaliação sobre investimentos, no entanto, tem que levar em consideração a competitividade do setor. "Eu não vou entrar para competir com a Ambev, com o Submarino e a Embraer. O Brasil tem áreas que competem em excelência mundial. Mas nem tudo tem esta competitividade. E em tudo o que é ineficiente no Brasil enxergamos um espaço gigante para poder investir". Indagado especificamente até que ponto seria interessante adquirir uma empresa de comunicação, uma vaz que o grupo anunciou na terça-feira uma joint venture com a americana IMG voltada para a área de esportes e lazer, Eike foi econômico na resposta: "é interessante sim". (AE)

Na avaliação do presidente da autoridade monetária, o Grupo Silvio Santos poderá ser obrigado a se desfazer do controle do banco PanAmericano para pagar a dívida com o Fundo Garantidor de Crédito (FGC).

Caixa Econômica Federal (CEF) e dos depositantes. Foi uma solução que reconstituiu a saúde financeira da instituição", avaliou. Conselho – A presidente da CEF, Maria Fernanda Ramos Coelho, ocupará a presidência do Conselho de Administração do PanAmericano. Também pela CEF, Marcio Percival, vice-presidente de Finanças, Marcos Vasconcellos, vice-presidente de Controle e Risco, e Fabio Lenza, vice-presidente de Pessoa Física, vão compor o Conselho de Administração do banco. As nomeações serão efetivas no dia 26, data da assembleia geral extraordinária de acionistas do PanAmericano, anunciada pelo próprio banco após revelar o aporte feito por seu acionista controlador. Além do Conselho, toda a diretoria-executiva foi reformulada, com indicações feitas pela Caixa – que detém 49% do capital votante do banco desde dezembro do ano passado. Perfil – O PanAmericano é, no jargão do mercado, uma "financeira", voltada ao fornecimento de crédito para o consumo popular. Até junho deste ano, possuía uma carteira de empréstimos de R$ 10,9 bilhões, bem como uma base de 12,3 milhões de cartões de crédito emitidos.

iferentemente dos problemas patrimoniais do PanAmericano, as fraudes contábeis mais comuns se referem ao fluxo de caixa. Para evitar que novas delas aconteçam nas companhias de capital aberto, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) colocou em consulta pública regras para padronizar o Ebitda – ou seja, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização. No cálculo do indicador (também chamado Lajida, em português), as despesas financeiras são consideradas ativos e não passivos. Dessa forma, é possível que uma empresa aparente mais liquidez do que realmente tem, se visto apenas esse indicador. Na realidade, se o Ebitda for positivo, mesmo assim a empresa pode apresentar prejuízo líquido, porque reduzidos os impos-

tos, apreciações e amortizações, pode não sobrar lucro. "O indicador foi criado para ver a capacidade de uma companhia de arcar com suas dívidas – e passou também a ser usado para ver se a empresa tem capacidade de gerar resultados", explicou a professora da Contmatic e proprietária da Keepers Serviços Contábeis, Maria Paula Boyadjian Fernandes. No entanto, o Ebitda ainda confunde o investidor pessoa física, cada vez mais presente na bolsa. Padronização – A CVM quer padronizar o cálculo do indicador e evitar que contadores façam manobras para aumentar a margem de lucratividade da empresa. A conclusão explícita no documento diz que "não devem entrar na composição do Lajida valores que não constem das demonstrações contábeis, no caso, demonstração de resultados". A consulta pública permite comentários e sugestões

até o dia 18. "É um ótimo passo para evitar fraudes", disse. No documento, a CVM indica o que deve constar no Ebitda caso a companhia opte pela divulgação (não-obrigatório). "Devem ser tão somente considerados os valores apresentados nas demonstrações contábeis, não podendo ser excluídos os itens não-recorrentes, não-operacionais e os relativos às operações descontinuadas". A autarquia expressa ainda que "entende-se por itens não-recorrentes aqueles que não tenham ocorrido nos dois últimos exercícios sociais e que também não se esperam que venham a ocorrer nos dois próximos exercícios sociais." "O mundo está de olho no crescimento econômico do Brasil, por isso é importante ter demonstrações contábeis confiáveis e transparentes. É natural que a regulamentação aconteça", sintetizou o gerente da Trevisan Outsourcing Adão de Matos Junior.

SECRETARIA DA SAÚDE DIVISÃO TÉCNICA DE SUPRIMENTOS - SMS.3 ABERTURA DE LICITAÇÕES Encontra-se aberto no Gabinete: PREGÃO PRESENCIAL 297/2010-SMS.G, processo 2010-0.100.838-0, destinado a aquisição de APARELHOS DE RAIO X TELECOMANDADO, para a Comissão de Gestão Técnica de Aquisição de Tecnologias, Insumos Estratégicos e de Serviços de Apoio e Diagnósticos (SADT) - COGESTEC/SMS, do tipo menor preço. A sessão pública de pregão ocorrerá às 09 horas do dia 07 de dezembro de 2010, a cargo da 3ª Comissão Permanente de Licitações da Secretaria Municipal da Saúde. RETIRADA DE EDITAL O edital do pregão acima poderá ser consultado e/ou obtido nos endereços: http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br, ou, no gabinete da Secretaria Municipal de Saúde, na Rua General Jardim, 36 - 3º andar - Vila Buarque São Paulo/SP - CEP 01223-010, mediante o recolhimento de taxa referente aos custos de reprografia do edital, através do DAMSP, Documento de Arrecadação do Município de São Paulo. DOCUMENTAÇÃO - PREGÃO PRESENCIAL Os documentos referentes ao credenciamento, os envelopes contendo as propostas comerciais e os documentos de habilitação das empresas interessadas, deverão ser entregues diretamente ao pregoeiro, no momento da abertura da sessão pública de pregão.

SECRETARIA DE COORDENAÇÃO DAS SUBPREFEITURAS SUBPREFEITURA DE SANTANA-TUCURUVI COMUNICADO DE ABERTURA A Comissão Permanente de Licitação/Pregão da Subprefeitura de SantanaTucuruvi, comunica aos interessados que encontra-se aberta a seguinte licitação: TOMADA DE PREÇOS nº 04/SP-ST/2010 Processo Administrativo nº 2010-0.161.779-3 Objeto: Contratação de serviços para execução de galeria de águas pluviais, com fornecimento de mão de obra especializada e materiais de 1ª linha na Rua Cel. João da Silva Feijó - Conjunto dos Bancários - SP. Entrega dos Envelopes 1 e 2: até as 09:30 horas do dia 29/11/2010, junto à Comissão Permanente de Licitação e Pregão, na Unidade de Licitação. Abertura do Certame: às 10:00 horas do dia 29/11/2010, no mini auditório da Subprefeitura Santana - Tucuruvi andar térreo onde serão iniciados os trabalhos de abertura dos primeiros envelopes. O Caderno de Licitação composto de Edital e Anexos poderá ser retirado, mediante a entrega de um CD-R junto à Comissão Permanente de Licitação/Pregão, na Unidade de Licitações desta Subprefeitura, situada na Avenida Tucuruvi, 808 - 3º andar, sala 310, no horário das 11:00 às 16:00 horas, com Adriana ou Cidinha, até o último dia útil que anteceder a data designada para a abertura do certame ou poderá ser obtido via internet, gratuitamente, no endereço eletrônico da Prefeitura do Município de São Paulo: http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br/.

Má governança levou a rombo Ricardo Osman

Maurício Lima/AFP

O

presidente da BM&F Bovespa, Edemir Pinto, qualificou como "lamentável" o rombo detectado pelo Banco Central (BC) nas contas do PanAmericano. Ele deixou a entender que é preciso mudar a forma como são feitas as auditorias externas. "Não tenho detalhes, mas trata-se de um episódio lamentável, que tem a ver com uma má governança corporativa", disse em seu pronunciamento no 3.º Seminário da Associação de Investidores no Mercado de Capitais (Amec), realizado ontem em São Paulo. "Na questão da governança, não bastam as

Edemir: "episódio lamentável".

formalidades, é preciso a participação de especialistas nas auditorias realizadas nas empresas", acrescentou. Representantes do setor presentes ao evento disseram con-

cordar com a avaliação de Edemir Pinto, e que não conseguiam compreender como as auditorias externas realizadas no banco não puderam detectarar o rombo financeiro. Petrobras – O presidente da BM&FBovespa também criticou o fato de dirigentes da Agência Nacional do Petróleo (ANP) divulgarem na campanha eleitoral informações sobre novas descobertas de poços da Petrobras. Ele lembrou que a estatal oferece ações em bolsa, e que há regras para a divulgação de dados. "Bolsa não é cassino, é um instrumento de poupança, e as empresas seguem regras ali", completou o presidente da Amec, Walter Mendes.

DC

O

Banco Central (BC) admitiu ontem que o rombo do Banco PanAmericano não envolve apenas as operações de crédito, como havia sido noticiado inicialmente. Em audiência pública no Congresso Nacional, o presidente da instituição, Henrique Meirelles, afirmou que também houve problema avaliado em cerca de R$ 400 milhões nas operações de cartão de crédito. Ao ser questionado se a inconsistência vista na subsidiária de cartões do PanAmericano também envolveria outros bancos, Meirelles afirmou que "não há indícios disso". Ele repetiu a avaliação feita no dia anterior pelo diretor de fiscalização do BC, Alvir Hoffmann, de que a investigação da autoridade monetária não encontrou qualquer sinal de problemas semelhantes ao do PanAmericano em outras instituições do mesmo segmento de pequeno e médio portes. E também sinalizou que o Grupo Silvio Santos poderá ter que se desfazer do controle do PanAmericano para pagar a dívida com o Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Na noite de terça-feira, o PanAmericano anunciou a injeção de R$ 2,5 bilhões pelo Grupo Silvio Santos, que está tomando um empréstimo do

os de

19 ane Conforto! te

in Requ

Visite nosso site e verifique nossas acomodações.

www.asturiasmotel.com.br

Fone: 11 3816-6689

asturias@asturiasmotel.com.br Avenida Nações Unidas, 7.715 - Pinheiros - São Paulo/SP


DIÁRIO DO COMÉRCIO

16

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

e Cúpula do G20: discussão emperrada. O dólar fraco faz com que o ajuste dos Estados Unidos fique na conta das outras economias. Dilma Rousseff, presidente eleita do Brasil

conomia

Debate sobre medidas para solucionar problemas econômicos mundiais não apresentou avanços ontem. Lula alertou para sinais de desunião entre países do grupo. para controle de capitais. Dilma – Também presente à reunião, a presidente eleita Dilma Rousseff criticou a política monetária norte-americana. "O dólar fraco faz com que o ajuste dos EUA fique na conta das outras economias", disse, ecoando o coro de países como Alemanha e China, que consideram uma desvalorização disfarçada a decisão norteamericana de irrigar a economia com US$ 600 bilhões no próximos oito meses. Crítica de Washington, Dilma afirmou não ver problemas no yuan chinês, constantemente acusado pelos EUA e por outros países de estar artificialmente desvalorizado. "A moeda chinesa está vinculada ao dólar, e o dólar está desvalorizado, e essa é questão." Por outro lado, disse que "não é bom para o Brasil" ter a moeda mais valorizada do G20. CEOs – Em um evento paralelo à cúpula dos países do G20, representantes empresariais das vinte economias reunidas em Seul pediram esforços para que se reduza a prática de medidas protecionistas. Dessa forma, segundo o grupo, seriam gerados estímulos para a economia global. "A conclusão rápida da rodada de Doha em 2011 é urgente para que possamos aproveitar o cenário atual", afirmou Victor Fung, presidente do Li & Fung Group e um dos organizadores do encontro empresarial. "A ameaça para a economia global é o protecionismo. Temos de admitir que ele aumentou nos últimos anos, e queremos aproveitar a cúpula para pedir atenção ao problema", completou. Com relação a políticas fiscais, os CEOs reunidos em Seul afirmaram em declaração que "a política monetária deve gradualmente retornar a uma posição neutra, a fim de prevenir a alocação ineficaz de capital e a ocorrência de novas bolhas de ativos". (Agências)

Jung Yeon-Je/AFP

Para China, EUA afeta emergentes.

A

utoridades chinesas rejeitaram, na cúpula do G20, uma tentativa para estabelecer limites para os desequilíbrios externos, defenderam o firme controle do yuan e acusaram os Estados Unidos de provocar fluxos desestabilizadores de capital de curto prazo para países em desenvolvimento. O presidente chinês, Hu Jintao, afirmou ontem que a China está determinada a continuar com a reforma do câmbio, mas a mudança será gradual e requer "um ambiente externo saudável", segundo Ma Zhaoxu, porta-voz do Ministério de Relações Exteriores daquele país. Ao mesmo tempo, Yu Jianhua, do Depar tamento de Comércio Internacional e Negócios Econômicos do Ministério do Comércio chinês, afirmou que a China não está buscando "uma confrontação" com os EUA sobre assuntos comerciais e de câmbio. Ele disse também estar otimista com o desenvolvimento das relações econômicas entre os dois países. O grupo de autoridades chinesas abordou assuntos cruciais enfrentados pelo G20, que tenta evitar uma "guerra cambial" global, buscando um crescimento mundial mais equilibrado e uma "desvalorização competitiva" das moedas. (AE)

O encontro foi marcado por protestos em Seul. Os líderes não conseguiram chegar ontem a um consenso sobre os desequilíbrios econômicos globais. credito Kim Jae-Hwan/AFP

Lula e Dilma (com o presidente sul-coreano Lee Myung-bak) criticaram a política monetária dos EUA na cúpula do G20

Merkel critica política do Fed

A

chanceler da Alemanha, Angela Merkel, expressou ontem preocupação ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, sobre as medidas adotadas recentemente pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) para injetar liquidez na economia, disseram fontes alemãs que participam da cúpula do G20 em Seul (Coreia do Sul). De acordo com as fontes, Obama disse a Merkel que quer ver mais demanda doméstica na Alemanha. Durante uma reunião na cúpula do G20, ambos concordaram que os desequilíbrios precisam ser discutidos com base em diversos indicadores. "Eles concordaram que não é ideal que, antes de uma cúpula como essa do G20, alguém tenha de ler repetidamente nos jornais sobre ataques contra as políticas econômicas e financeiras de cada lado", disse uma fonte, acrescentando que os líderes concordaram que isso poderia ser evitado no futuro por meio de uma coordenação melhor entre os países. Na reunião, Merkel destacou que não considera útil estabelecer metas para as contas correntes dos países.

O

Merkel e Obama ainda divergem sobre limites à conta-corrente

"Concordou-se que os desequilíbrios têm de ser discutidos para o bem de todos, mas com base em um amplo espectro de indicadores", disse uma fonte. "Obama não disse que ainda há uma discordância", complementou. Antes da reunião de cúpula, a chanceler alemã havia atacado a imposição de limites políticos aos déficits e superávits externos dos países, rejeitando a proposta dos EUA. "Impor limites políticos aos déficits e superávits comerciais não se justifica a nível econômico nem é politicamente apropriado", disse Merkel. O presidente Obama e seu colega sul-coreano Lee

JOIDIESEL Bombas - Bicos - Turbinas Regulagem de Motores e Freios a Diesel Trabalhamos com todas as marcas! Falar com Ivo Fones:

11

Alternativas ao dólar em debate

Jim Young/Reuters

2225 3881 / 7217 5256

DC

O

s líderes mundiais reunidos em Seul (Coreia do Sul) na cúpula do G20 não conseguiram ontem chegar a um consenso sobre os desequilíbrios econômicos mundiais e a disputa cambial. Em seu discurso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que os países precisam "recuperar o espírito de cooperação e solidariedade" que existia no encontro realizado há dois anos, em um reconhecimento tácito de que as divergências ameaçam a coesão do grupo. "Quando nos reunimos em Washington, enfrentávamos a maior crise do capitalismo desde 1929. Naquela ocasião, transmitimos ao mundo determinação e firmeza. Precisamos recuperar o espírito de cooperação e solidariedade daquele G20", declarou o brasileiro no discurso que proferiu durante jantar com presidentes e primeiros-ministros do G20. Guerra cambial – Lula defendeu que os líderes das 20 maiores economias globais deem prioridade ao debate da guerra cambial, que se manifesta em uma corrida de desvalorizações de moedas por países que tentam estimular seu crescimento pela ampliação de sua fatia no comércio mundial. "Essa guerra exacerbará a crise sem produzir vencedores. Só haverá perdedores", disse Lula, que se sentou ao lado do presidente da China, Hu Jintao. Ele ressaltou que os países emergentes, "ameaçados pelo fluxo de capital especulativo e pela valorização de suas moedas, são obrigados a adotar medidas defensivas" (leia mais em Opinião, na página 2). Na negociação prévia ao encontro de líderes, o Brasil pressionou para que o comunicado que será assinado ao término do encontro contemple a restrição da entrada de recursos externos por países que sofrem valorizações excessivas de suas moedas – um eufemismo

Myung-bak não conseguiram chegar a um acordo ontem para o estabelecimento de um acordo de livre comércio entre os dois países. Em conferência à imprensa, os dois líderes disseram que esperam ainda chegar a uma posição comum sobre o assunto em breve. Derrota – Essa demora está sendo interpretada nos EUA como uma derrota para o presidente norte-americano, cuja participação na cúpula do G20 faz parte de um giro de dez dias por países asiáticos para o estabelecimento de parcerias comerciais que estimulem a economia norteamericana e permitam a criação de empregos. Essa percepção negativa esteve presente ontem em declarações de representantes da bancada republicada no Congresso dos EUA. "Esta é uma oportunidade que não podemos perder, pelo crescimento de nossa economia e também por uma presença de longo prazo na Ásia, particularmente no que se refere à China", disse o deputado republicano Peter Roskam. (Agências)

presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu ontem na cúpula do G20 a discussão de alternativas ao dólar como moeda usada nas transações comerciais. Ele lembrou que os países que compõem o grupo Bric – Brasil, Rússia, Índia e China – já vêm tratando do assunto. "Desde o ano passado, estamos chamando o Bric para substituir o dólar nas transações. É um trabalho de convencimento." A presidente eleita Dilma Rousseff afirmou que a substituição do dólar por uma cesta de outras moedas é mais uma posição entre aquelas que surgiram sobre o assunto. O melhor, para ela, seria não haver desvalorização da divisa dos EUA. M eirelles – O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, afirmou ontem que vê restrições em relação à proposta de substituir o dólar como principal moeda de valor nas reservas e nas transações internacionais por uma cesta de moedas. Meirelles disse ainda que o problema é que não há um volume suficiente de outras moedas ou mesmo de Direitos Especiais de Saque (DES), que é a "moeda" usada contabilmente pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), para essa finalidade. (Agências)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

e Ceciex: pauta para novo governo.

Queremos enfatizar ao cidadão que seu nome é seu maior patrimônio. Roseli Garcia, superintendente de Produtos e Serviços do SCPC

conomia

Conselho de comércio exterior da ACSP detalhou os principais pontos que deverão ser encaminhados a Brasília Geriane Oliveira

Cai juro para pessoa física taxa média mensal de juros para pessoa física caiu de 6,74% em setembro para 6,69% em outubro, a menor desde janeiro de 1995,

Campanha do SCPC facilita acerto de dívidas

Paulo Pampolin/Hype

Queremos encaminhar a proposta ao novo governo para depois cobrar soluções.

O

Conselho de Empresas Comerciais Exportadoras e Importadoras da Associação Comercial de São Paulo (Ceciex/ACSP) já articula pautar o novo governo federal com projetos direcionados à solução dos principais gargalos enfrentados pelo comércio exterior brasileiro. "Como não está clara qual será a política econômica do governo eleito, é necessário adiantar os pleitos para garantir projetos e medidas que resolvam os entraves burocráticos e econômicos do setor", afirmou o coordenador do Conselho, Roberto Ticoulat, que presidiu a reunião realizada ontem na sede da entidade. A relação de propostas estabelecida pelos participantes inclui a ampliação da representação e a valorização das empresas comerciais exportadoras – conhecidas no mercado internacional como trading companies – junto às autoridades governamentais e às micro

A

ECONOMIA/LEGAIS - 17

ROBERTO TICOULAT, CORRDENADOR DO CECIEX

Reunião coordenada por Ticoulat discutiu a criação de um ministério específico para o comércio exterior

e pequenas empresas (MPEs). Além disso, destacou-se a necessidade de se fortalecer a Câmara de Comércio Exterior (Camex), órgão integrante do Conselho de Governo, de se integrar as missões e eventos da área, e de adequar os produtos brasileiros às exigências atuais do mercado internacional, facilitando os negócios.

Ministério – "A ideia é encaminhar a proposta oportunamente ao governo no começo de 2011 com a força de todo o setor e cobrar soluções", disse Ticoulat. O grupo também abriu discussão em torno da viabilidade de um Ministério de Comércio Exterior. A falta de profissionalismo entre traders e representantes

quando se começou a fazer esse tipo de levantamento no Brasil. A redução foi de 0,74%. Os dados foram divulgados ontem pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac). Das seis linhas de crédito pesquisadas, a maior redução se deu no financiamento de automóveis, de 2,37% ao mês em setembro para 2,29% em

outubro (redução de 3,38%). Nos juros do comércio, a queda foi de 5,65% para 5,55% ao mês (redução foi 1,77%), a menor taxa de outubro da série histórica. Os juros do cartão de crédito se mantiveram inalterados em 10,69% ao mês (237,2% ao ano), os maiores desde junho de 2000 (10,7% ao mês e 238,67% ao ano). Para as empresas, das três

Auto Posto Criarte Ltda, torna público que recebeu da Cetesb a Licença de Operação 48000616 válida até 08/11/2015 para atividade de comércio de produtos derivados de petróleo, sito à Av. Capitão Casa, 1033 - Das Casas - São Bernardo do Campo - SP. Posto de Serviços Marechal Tito Ltda, torna público que recebeu da Cetesb a Licença Prévia e Instalação 30003551 e requereu a Licença de Operação, para atividade de com. de produtos derivados de petróleo, Av. Marechal Tito, 1118 - São Miguel - São Paulo- SP. ASSOCIAÇÃO SAÚDE DA FAMÍLIA – ASF Pregão Presencial nº 010/2010 A ASSOCIAÇÃO SAÚDE DA FAMÍLIA – ASF comunica às empresas interessadas que se acha aberta a licitação na modalidade de Pregão Presencial para contratação de empresa para prestação de serviços de Agente de Portaria para o CAPS AD SÉ. Informações e Edital: Associação Saúde da Família, Praça Mal Cordeiro de Farias, 65 (11) 3154-7050 site: www.saudedafamilia.org, endereço eletrônico ggomes@saudedafamilia.org. Entrega de documentos e abertura de envelopes: 23/11/2010, às 10h00. Local da sessão: Associação Saúde da Família, Praça Marechal Cordeiro de Faria, 65 – Higienópolis – São Paulo.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 11 de novembro de 2010, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Requerente: Versacolor Rótulos e Recuperação Judicial Etiquetas Adesivas Ltda. - Re- Requerente: Honix Centro Autoquerido: R & A Foods Comermotivo Ltda.-EPP - Requerido: cial e Importação e ExportaHonix Centro Automotivo ção de Alimentos Ltda. - Rua Ltda.-EPP - Av. Vereador João Cavaleiro Frontini, 802 - 2ª Vara de Luca, 1.777, loja 02 - 2ª Vara de Falências de Falências

das MPEs também foi abordada, e houve consenso sobre a necessidade de ampliar a oferta de cursos e seminários para melhorar a formação dos profissionais da atividade. Missão asiática – Ticoulat apresentou o balanço da missão Encontro de Negócios Brasil Trade Ásia, realizada pela Agência Brasileira de Promo-

linhas de crédito pesquisadas, duas apresentaram taxas de juros reduzidas (capital de giro e desconto de duplicatas) e uma teve a taxa elevada (conta garantida). De acordo com os dados, a taxa de juros média geral para empresas caiu 0,53%, passando de 3,78% ao mês em setembro para 3,76% ao mês em outubro, a menor taxa média desde março de 2010.

ção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) em parceria com o Ceciex e a Camex de São Paulo, entre 11 e 12 de outubro, em Cingapura. O evento teve 175 rodadas de negócios e alcançou quase U$S 10 milhões em concretização de negócios. Do lado brasileiro, participaram 16 exportadoras – que representaram 147 empresas pertencentes aos setores de alimentos, construção, agronegócio, móveis e calçados. Da parte asiática, a missão teve como participantes 35 empresas de Cingapura, Vietnã, Coreia do Sul, Tailândia, Indonésia e Malásia.

Cenário positivo – Na avaliação da Anefac, a queda dos juros nas operações de crédito é resultado do bom momento da economia brasileira e da acomodação do mercado internacional, depois do auge da crise financeira. Segundo a entidade, também colaboraram a redução da inadimplência e a maior competição no sistema financeiro do Brasil. (ABr)

O

Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) realizará, entre os dias 22 de novembro e 22 de dezembro, a campanha "Acertando suas Contas". A iniciativa permitirá que os consumidores negociem suas dívidas registradas no SCPC diretamente com os credores, sob condições especiais e sem intermediários. A estrutura do evento será montada no Pateo do Collegio (Centro de São Paulo) entre 22 e 27 de novembro, e orientará o cidadão sobre como manter suas contas sob controle e também como poupar para alcançar seus objetivos. Para a superintendente de Produtos e Serviços do SCPC, Roseli Garcia, essa ação se reveste de um caráter social ao estimular o consumo responsável e a manutenção do nome livre de pendências financeiras. "Queremos enfatizar ainda mais ao cidadão que seu nome é seu maior patrimônio. Quando o orçamento doméstico é administrado de forma responsável, além de seu nome ficar livre de restrições, ele consegue traçar planos para realizar seus sonhos", afirmou. Ela também destacou as condições vantajosas da iniciativa. "É uma mão dupla que planejamos cuidadosamente, para que os benefícios impactem, de forma positiva, na economia e no comércio de São Paulo", declarou Roseli.

SAINT-GOBAIN DISTRIBUIÇÃO BRASIL LTDA. CNPJ/MF: 03.840.986/0001-04 - NIRE: 35.216.350.947 Ata de Assembléia Geral de Transformação de Tipo Jurídico de Sociedade Limitada denominada SAINT-GOBAIN DISTRIBUIÇÃO BRASIL LTDA. em Sociedade por Ações, de capital fechado, sob a denominação de SAINT-GOBAIN DISTRIBUIÇÃO BRASIL S.A. realizada em 01 de setembro de 2010. Data e Horário: 1º de Setembro de 2010, às 13:00. Local: na sede da Sociedade, localizada na Rua Cica, 201, deliberar sobre orçamento de fluxo financeiro da sociedade, decidindo sobre eventual contratação de empréstiBloco 1, Bairro: Francisco Eber, Cidade de Jundiaí, Estado de São Paulo, CEP: 13206-000. Presença: os sócios mos ou financiamentos, bem como estabelecer os limites máximos permitidos para realização de operações representando a totalidade do capital social, a saber: (a) LAPEYRE S.A., Sociedade devidamente constituída e bancárias de desconto de duplicatas e outros títulos de crédito, e aquelas a serem definidas como operações existente de acordo com as leis da França, com sede em 2 rue André Karman – Aubervilliers- 93300 (FR), inscri- normais e rotineiras da sociedade, além de fixar os limites de tolerância financeiro-operacionais a serem seguita no CNPJ/MF sob o nº 05.483.768/0001-87, neste ato, representada por seus bastantes procuradores, dos pela sociedade; (k) deliberar sobre a venda ou alienação, integral ou de parte substancial, dos negócios ou Francisco Sanches Neto, brasileiro, casado, Administrador de empresas, portador da cédula de identidade RG bens do ativo permanente da Sociedade, bem como a imposição de qualquer ônus com relação aos mesmos; (l) nº 10.745.854-SSP/SP e inscrito no CPF/MF sob o nº 010.660.068-06 e o Sr. Carlos William de Macedo deliberar sobre a celebração, alteração ou rescisão de qualquer acordo que tenha ou que possa vir a ter qualFerreira, brasileiro, casado, Engenheiro, portador da Cédula de Identidade RG nº 5.031.227 SSP/SP e inscrito quer efeito substancial com relação à sociedade, bem como a celebração de quaisquer contratos com partes de no CPF/MF sob o nº 045.745.918-20, ambos residentes e domiciliados em São Paulo, SP, com escritório nesta qualquer forma relacionadas com os sócios; (m) e opinar sobre a necessidade de se promover aumento de capiCapital, na Av. Santa Marina, 482, 4º andar, Água Branca, CEP 05036-903; e (b) SAINT-GOBAIN DO BRASIL tal social ou mesmo redução nos termos da lei. Artigo 11.- O Conselho se reunirá ordinariamente 2 (duas) vezes PRODUTOS INDUSTRIAIS E PARA CONSTRUÇÃO LTDA., sociedade empresária limitada com sede nesta por ano, e, extraordinariamente sempre que necessário ou quando a Diretoria considerar conveniente sua maniCapital, na Avenida Santa Marina, 482, 1º andar, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 61.064.838/0001-33, com seu festação. Artigo 12.- As deliberações do Conselho serão aprovadas por maioria dos membros presentes na contrato social consolidado na última alteração, datada de 30 de julho de 2010, registrado na Junta Comercial do reunião e constarão de ata lavrada em livro próprio, que será assinada pelo Presidente do Conselho ou seu Estado de São Paulo sob o nº 284.102/10-6, em 16 de agosto de 2010, neste ato, representada por seus Direto- substituto, além dos demais membros presentes. CAPÍTULO VII.- DAS ASSEMBLÉIAS GERAIS: Artigo 13.- A res os Srs. Francisco Sanches Neto, brasileiro, casado, administrador de empresas, portador da cédula de cada ação corresponderá um voto em qualquer assembléia geral. Artigo 14.- Além da forma prescrita em Lei, as identidade RG nº 10.745.854-SSP/SP e inscrito no CPF/MF sob o nº 010.660.068-06, residente e domiciliado em assembléias gerais serão convocadas através de aviso, por escrito, enviado por qualquer dos acionistas. CAPÍSão Paulo, SP, com endereço profissional na Av. Santa Marina, 482 – 4º andar, CEP 05036-903, e, Roberto Luiz TULO VIII.- DO EXERCÍCIO SOCIAL: Artigo 15.- O exercício social da Sociedade terá início em 1º de janeiro e Hecksher Corrêa Netto, brasileiro, casado, Engenheiro mecânico, portador da cédula de identidade RG nº terminará em 31 de dezembro. Ao fim de cada exercício social será levantado o balanço e preparadas as demais 3.164.506–IFP/SP e inscrito no CPF/MF sob o nº 385.072.347-04, residente e domiciliado em São Paulo, SP, demonstrações financeiras. Também poderão ser levantados balanços mensais, bimestrais, trimestrais, semescom endereço profissional na Av. Santa Marina, 482 – 1º andar, CEP 05036-903; MESA: Para presidir a reunião trais ou em períodos menores. CAPÍTULO IX.- DA DISTRIBUIÇÃO DE DIVIDENDOS: Artigo 16.- Os lucros foi eleito, o Sr. Jean-Claude Guy Breffort, que aceitando a incumbência, convidou a mim, Francisco Sanches líquidos apurados em cada exercício, após as deduções legais, terão a destinação que for determinada pela asNeto, para secretariá-lo, no que acedi, assim se constituindo a mesa e dando-se início aos trabalhos. Convoca- sembléia geral. CAPÍTULO X.- DA LIQUIDAÇÃO OU DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE Artigo 17.- Em caso de ção: dispensada face à presença dos sócios representando a totalidade do capital social. Deliberações dissolução ou liquidação da Sociedade, os Acionistas representando a totalidade do capital social deverão indiTomadas por Unanimidade: (a) foi aprovada a transformação do tipo jurídico da Sociedade, de sociedade limi- car um liquidante. Nessa hipótese os haveres da sociedade serão empregados na liquidação das obrigações e o tada, para sociedade por ações de capital fechado, sob a nova denominação social de SAINT-GOBAIN remanescente, se houver, rateado entre os Acionistas em proporção ao número de ações que cada um possuir. DISTRIBUIÇÃO BRASIL S.A., passando a mesma a ser regida pela Lei nº 6.404 de 15.12.1976 e suas altera- CAPÍTULO XI.- DAS ALTERAÇÕES DO ESTATUTO SOCIAL: Artigo 18.- O presente Estatuto Social poderá ções, e demais disposições legais aplicáveis às sociedades por ações, e por um Estatuto Social; (b) Em razão da ser livremente alterado, a qualquer tempo, por deliberação dos acionistas representando a totalidade do capital transformação ora deliberada, o capital social da sociedade, no valor de R$190.614.215,44 (cento e noventa mi- social. CAPÍTULO XII.- DO FORO: Artigo 19.- Elege-se o foro central da capital do Estado de São Paulo para lhões, seiscentos e quatorze mil, duzentos e quinze reais e quarenta e quatro centavos), dividido em dirimir as ações fundadas neste Estatuto Social, com a renúncia de qualquer outro, por mais privilegiado que 216.607.063 (duzentas e dezesseis milhões, seiscentas e sete mil e sessenta e três) quotas, no valor nominal de seja. (h) Resolvem os novos acionistas eleger para membros do Conselho de Administração, os seguintes seR$0,88 (oitenta e oito centavos de real) cada, passará a ser representado por 216.607.063 (duzentas e nhores: JEAN-CLAUDE GUY BREFFORT, francês, casado, Industriário, portador da carteira de Registro dezesseis milhões, seiscentas e sete mil e sessenta e três) ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, Nacional de Estrangeiro (RNE) n° V112425-U e inscrito no CPF sob n° 166.929.868-00, o qual será designado distribuídas aos acionistas na seguinte proporção: à LAPEYRE S.A. pertence 216.607.062 ações ordinárias Conselheiro Presidente; FRANCISCO SANCHES NETO, brasileiro, casado, administrador de empresas, pornominativas, sem valor nominal e à SAINT-GOBAIN pertence 1 ação ordinária nominativa, sem valor nominal; (c) tador da cédula de identidade RG nº 10.745.854-SSP/SP e inscrito no CPF/MF sob o nº 010.660.068-06, para Em seguida, foi aprovado o aumento de capital social da Sociedade, no valor de R$ 130.000.000,00 (cento e ocupar o cargo de Conselheiro e; FERNANDO DE CASTRO RODRIGUES, brasileiro, casado, administrador de trinta milhões de reais), sendo R$ 61.949.611,68 (sessenta e um milhões, novecentos e quarenta e nove mil, empresas, portador da cédula de identidade RG nº 3.201.896-SSP/SP e inscrito no CPF/MF sob o nº seiscentos e onze reais e sessenta e oito centavos) subscritos, em moeda corrente nacional, exclusivamente, 066.410.838-53, para ocupar o cargo de Conselheiro, todos residentes e domiciliados nesta Capital, com escripela acionista SAINT-GOBAIN DO BRASIL PRODUTOS INDUSTRIAIS E PARA CONSTRUÇÃO LTDA., acarre- tório profissional na Av. Santa Marina, 482, 4º andar, Água Branca, São Paulo, SP, CEP: 05036-903; (i) Resolvem tando a emissão de 70.397.286 (setenta milhões, trezentos e noventa e sete mil, duzentas e oitenta e seis) novas os novos acionistas que os atuais administradores da Sociedade, são neste ato eleitos para os cargos de Diretoações ordinárias nominativas, sem valor nominal, pelo preço de emissão de R$ 0,88 (oitenta e oito centavos de res da Sociedade, quais sejam: JEAN-CLAUDE GUY BREFFORT, francês, casado, Industriário, portador da real), e, R$ 68.050.388,32 (sessenta e oito milhões, cinqüenta mil, trezentos e oitenta e oito reais e trinta e dois carteira de Registro Nacional de Estrangeiro (RNE) n° V112425-U e inscrito no CPF sob n° 166.929.868-00, recentavos), provenientes da conta de reserva de capital decorrente de ágio de subscrição, sendo este último sem sidente em São Paulo, SP, com endereço comercial na Av. Santa Marina, 482 – 4º andar, Água Branca, São emissão de novas ações, passando o capital social da Sociedade de R$ 190.614.215,44 (cento e noventa mi- Paulo, SP, CEP 05036-903, o qual será designado Diretor Presidente; Sr. MANUEL DE REZENDE SIMÕES lhões, seiscentos e quatorze mil, duzentos e quinze reais e quarenta e quatro centavos) para R$ 320.614.215,44 CORRÊA NETO, brasileiro, casado, engenheiro, portador da cédula de identidade RG nº. 10.380.659-SSP/SP e (trezentos e vinte milhões, seiscentos e quatorze mil, duzentos e quinze reais e quarenta e quatro centavos), inscrito no CPF/MF 029.483.458-39, com endereço profissional na Av. Presidente Castelo Branco, 6201, Água totalmente subscrito e integralizado em moeda corrente nacional, capital este, dividido em 287.004.349 (duzen- Branca, São Paulo/SP, 05034-000, o qual será designado Diretor Geral; Sr. ARMANDO CARLETO FILHO, bratas e oitenta e sete milhões, quatro mil e trezentas e quarenta e nove) ações ordinárias nominativas e sem valor sileiro, casado, contabilista, portador da cédula de identidade RG nº 11.676.510-0 (SSP/SP) e inscrito no CPF/ nominal; (d) com a expressa anuência da acionista LAPEYRE S.A., a qual renuncia o seu direito de preferência, MF sob o nº 038.312.838-26, com endereço profissional na Av. Presidente Castelo Branco, 6201, Água Branca, a totalidade das novas ações emitidas em decorrência do aumento do capital social, ora aprovado, são subscri- São Paulo/SP, 05034-000, Sr. FERNANDO FELIZARDO MORENO, brasileiro, casado, engenheiro, portador da tas, neste ato, exclusivamente, pela acionista SAINT-GOBAIN DO BRASIL PRODUTOS INDUSTRIAIS E PARA cédula de identidade RG nº 16.316.343 (SSP/SP) e inscrito no CPF/MF sob o nº 132.330.988-80, com endereço CONSTRUÇÃO LTDA.; (e) Tendo em vista as deliberações supra, as atuais participações dos sócios no capital profissional na Av. Presidente Castelo Branco, 6201, Água Branca, São Paulo/SP, 05034-000, Sr. MARCELO da Sociedade, os quais passam à condição de acionistas, alteram-se na seguinte proporção: LAPEYRE S.A. ROFFE, brasileiro, solteiro, engenheiro civil, portador da cédula de identidade RG nº 89.105.722-7 (CREA/RJ) e possui 216.607.062 (duzentas e dezesseis milhões, seiscentas e sete mil e sessenta e duas) ações ordinárias inscrito no CPF/MF sob o nº 000.972.247-58, com endereço profissional na Av. Presidente Castelo Branco, 6201, nominativas, sem valor nominal, representando 75,47% do capital social, e SAINT-GOBAIN DO BRASIL PRO- Água Branca, São Paulo/SP, 05034-000, Sr. JULIANO OHTA, brasileiro, casado, administrador de empresas, DUTOS INDUTRIAIS E PARA CONSTRUÇÃO LTDA. possui 70.397.287 (setenta milhões, trezentas e noventa e portador da cédula de identidade RG n° 24.973.718-8-SP, inscrita no CPF 251.387.388-28, com endereço profissete mil, duzentas e oitenta e sete) ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, representando 24,53 % do sional na Av. Presidente Castelo Branco, 6201, Água Branca, São Paulo/SP, 05034-000, os quais serão capital social. O Boletim de Subscrição de ações integra a presente Assembléia como ANEXO I; (f) a Sociedade designados Diretores. Os Diretores e Membros do Conselho de Administração nomeados, neste ato, aceitam a continuará a operar com o mesmo ativo e passivo, mantendo a mesma escrituração, atendidas as exigências de nomeação e assinam este instrumento, declarando, sob as penas da Lei, que não estão impedidos de exercer a natureza fiscal e contábil, sem qualquer solução de continuidade nos negócios e na vida da Sociedade, sendo atividade empresária, tampouco a administração desta sociedade, seja em virtude de Lei Especial; ou em virtude garantidos os direitos dos credores; (g) foi aprovado o Estatuto Social da SAINT-GOBAIN DISTRIBUIÇÃO BRA- de condenação criminal, cujos efeitos da pena lhe vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; SIL S.A., nos termos a seguir transcritos: “ESTATUTO SOCIAL DA SAINT-GOBAIN DISTRIBUIÇÃO BRASIL ou em virtude de condenação por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato; ou S.A. - CAPÍTULO I. DA DENOMINAÇÃO SOCIAL: Artigo 1º- a Sociedade tem a denominação social de SAINT- em virtude de condenação por crime contra a economia popular, contra o Sistema Financeiro Nacional, contra GOBAIN DISTRIBUIÇÃO BRASIL S.A e se regerá pelo disposto neste Estatuto e pelas disposições legais normas de defesa da concorrência, contra as relações de consumo, fé pública ou contra a propriedade; ou, ainaplicáveis, em especial a Lei 6.404/76 e alterações. CAPÍTULO II.- DA SEDE SOCIAL Artigo 2º.- A Sociedade da, em virtude de condenação por qualquer crime tipificado na legislação penal, cuja pena vede o exercício da tem a sua sede e foro na Cidade de Jundiaí, Estado de São Paulo, na Rua Cica, 201, Bloco 1, Bairro: Francisco administração de sociedades empresárias. Tendo em vista as nomeações ora operadas e a aceitação exarada, Eber, CEP: 13206-000, podendo abrir, manter, encerrar e alterar endereços de filiais, escritório, sucursais ou ficam, desde já, os Administradores investidos em seu cargo pelo prazo de 3 (três) anos, até que sejam substituagências em qualquer localidade do país ou do exterior, por deliberação dos membros da Diretoria. CAPÍTULO ídos por nova nomeação, dispondo de todos os poderes necessários à administração da sociedade, observados, III.- DO OBJETO SOCIAL Artigo 3º.- A Sociedade tem por objeto a exploração da atividade do comércio e dis- contudo, os limites impostos pela Lei e pelo Estatuto Social. ENCERRAMENTO: oferecida a palavra a quem dela tribuição, no varejo e no atacado, de materiais para construção civil e decoração em geral, a prestação de quisesse fazer uso e, como ninguém se manifestou, foram encerrados os trabalhos e suspensa a reunião pelo serviços, bem como a importação e exportação de tais mercadorias e produtos. CAPÍTULO IV.- DO PRAZO prazo necessário à lavratura da ata, a qual, reaberta a sessão, foi lida, aprovada por todos os presentes, assinaArtigo 4º.- O prazo de duração da sociedade é indeterminado. CAPÍTULO VI.- DO CAPITAL SOCIAL Artigo da em 3 (três) vias de igual teor e forma, para um só feito. Jundiaí, 1º de setembro de 2010. Acionistas 5º.- O capital da Sociedade, totalmente subscrito e integralizado, em moeda corrente nacional, é de R$ Presentes: LAPEYRE S.A. P. Francisco Sanches Neto - P. Carlos William de Macedo Ferreira. SAINT-GOBAIN 320.614.215,44 (trezentos e vinte milhões, seiscentos e quatorze mil, duzentos e quinze reais e quarenta e qua- DO BRASIL PRODUTOS INDUSTRIAIS E PARA CONSTRUÇÃO LTDA. P. Francisco Sanches Neto; P. Roberto tro centavos), dividido em 287.004.349 (duzentas e oitenta e sete milhões, quatro mil e trezentas e quarenta e Luiz H. Corrêa Netto. Mesa: Jean Claude Guy Breffort - Presidente da Mesa; Francisco Sanches Neto - Senove) ações ordinárias nominativas e sem valor nominal. Parágrafo Único – A Sociedade reconhece um só pro- cretário. Membros do Conselho de Administração: JEAN-CLAUDE GUY BREFFORT - Conselheiro prietário para cada ação, e cada ação ordinária nominativa sem valor nominal, corresponderá um voto nas Presidente; FRANCISCO SANCHES NETO - Conselheiro; FERNANDO DE CASTRO RODRIGUES - Consedeliberações das Assembléias Gerais. CAPÍTULO VI.- DA ADMINISTRAÇÃO Artigo 6º.- A Sociedade será ad- lheiro; Diretoria: JEAN-CLAUDE GUY BREFFORT - Diretor Presidente; MANUEL DE REZENDE S. CORRÊA ministrada por uma Diretoria e terá um Conselho de Administração. Diretoria: Artigo 7º- A Diretoria será NETO - Diretor Geral; ARMANDO CARLETO FILHO - Diretor; FERNANDO FELIZARDO MORENO - Diretor; composta por no mínimo 2 (dois) e no máximo 7 (sete) membros, pessoas físicas, residentes e domiciliados no MARCELO ROFFE - Diretor; JULIANO OHTA - Diretor. Visto: Silvia Ferreira da Rocha - OAB/SP: 192.509. Sepaís, a serem designados 1 (um) Diretor Presidente, 1 (um) Diretor Geral e 5 (cinco) Diretores sem designação cretaria da Fazenda - Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico o registro sob o nº 397.021/10-0 em especial, eleitos pela Assembléia Geral. Parágrafo Primeiro: O prazo de mandato dos Diretores será de 3 (três) 03/11/2010 e NIRE 35.300.386.205 em 03/11/2010. Kátia Regina Bueno de Godoy - Secretária Geral. anos. Parágrafo Segundo: A remuneração dos Diretores será estabelecida em Assembléia Geral, e será levada ANEXO I - Boletim de Subscrição Aprovado pela Assembléia Geral de Transformação de Tipo Jurídico de à conta de despesas gerais da Sociedade. Artigo 8. Todos os atos e documentos que importem em responsabi- Sociedade Limitada denominada SAINT-GOBAIN DISTRIBUIÇÃO BRASIL LTDA. em Sociedade por lidade ou resultem em qualquer obrigação para a Sociedade, inclusive a concessão, pela Sociedade, de Ações, de capital fechado, sob a denominação de SAINT-GOBAIN DISTRIBUIÇÃO BRASIL S.A. realizada garantias, fianças ou avais, inclusive a prestação de fiança, em contrato de locação residencial, em favor de fun- em 01 de setembro de 2010. O capital social da SAINT-GOBAIN DISTRIBUIÇÃO BRASIL S.A., com sede socionários da Sociedade, serão obrigatoriamente assinados por: (a) dois Diretores; ou (b) um Diretor em conjunto cial na cidade de Jundiaí, Estado de São Paulo, na Rua Cica, 201, Bloco 1, Bairro: Francisco Eber, CEP: com um procurador investido de poderes específicos, de acordo com o parágrafo segundo deste Artigo 8; ou (c) 13206-000, totalmente subscrito e integralizado, em moeda corrente nacional, é de R$ 320.614.215,44 (trezendois procuradores, desde que investidos de poderes específico, nos termos do parágrafo segundo deste Artigo 8; tos e vinte milhões, seiscentos e quatorze mil, duzentos e quinze reais e quarenta e quatro centavos), dividido em Parágrafo Primeiro- Competirá a qualquer Diretor individualmente: (a) A assinatura de recibos de quaisquer 287.004.349 (duzentas e oitenta e sete milhões, quatro mil e trezentas e quarenta e nove) ações ordinárias importâncias devidas à sociedade; (b) os endossos para caução ou cobrança bancária de conhecimento de nominativas e sem valor nominal. Acionistas subscritores: 1) LAPEYRE S.A. Sociedade devidamente constitutransporte, duplicatas, letras de câmbio e notas promissórias; (c) os endossos de cheques para cobrança ban- ída e existente de acordo com as leis da França, com sede em 2 rue André Karman – Aubervilliers- 93300 (FR), cária e crédito em conta da Sociedade; (d) a emissão de duplicatas; e (e) A representação da Sociedade em inscrita no CNPJ/MF sob o nº 05.483.768/0001-87, neste ato, representada por seus bastantes procuradores, Juízo ou fora dele, ativa ou passivamente, perante terceiros, repartições públicas ou autoridades federais, esta- Francisco Sanches Neto, brasileiro, casado, adm.de empresas, RG nº 10.745.854-SSP/SP e CPF/MF sob o nº duais ou municipais, bem como autarquias, sociedades de economia mista e entidades paraestatais. Parágrafo 010.660.068-06 e o Sr. Carlos William de Macedo Ferreira, brasileiro, casado, Engenheiro, RG nº 5.031.227 Segundo- Os mandatos outorgados em nome da Sociedade devem apresentar a assinatura conjunta de 2 SSP/SP e CPF/MF sob o nº 045.745.918-20, ambos residentes e domiciliados em São Paulo, SP, com escritório (dois) Diretores e especificar os poderes conferidos, a forma de exercê-los e prazo determinado de validade não nesta Capital, na Av. Santa Marina, 482, 4º andar, Água Branca, CEP 05036-903, subscreve 216.607.062 (dusuperior a 1 (um) ano, exceto no caso de mandatos que contenham a cláusula “ad judicia”, que poderão ter prazo zentos e dezesseis milhões, seiscentos e sete mil e sessenta e duas) ações ordinárias e sem valor nominal, indeterminado de validade. Os mandatos contendo poderes da cláusula “ad negotia” não poderão ser pelo preço de emissão total de R$ 0,88 (oitenta e oito centavos de real), sendo neste ato totalmente substabelecidos. Conselho de Administração: Artigo 9º.- A Sociedade terá um Conselho de Administração integralizada a participação subscrita. 2) SAINT-GOBAIN DO BRASIL PRODUTOS INDUSTRIAIS E PARA indicado pelas acionistas, composto de no mínimo 3 (três) e no máximo 6 (seis) membros, sendo um Conselheiro CONSTRUÇÃO LTDA. sociedade empresária limitada com sede nesta Capital, na Av.Santa Marina, 482, 1º Presidente, pessoas físicas, que exercerão suas funções até designação de quem os substitua. Artigo 10 – andar, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 61.064.838/0001-33, com seu contrato social consolidado na última Compete ao Conselho de Administração, além das atribuições previstas no artigo 142 da Lei nº 6.404/76, no que alteração, datada de 30/07/2010, registrado na JUCESP sob o nº 284.102/10-6, em 16/08/2010, neste ato, couber, o seguinte: (a) aprovar o orçamento anual e fixação das metas anuais para os administradores; (b) apro- representada por seus Diretores os Srs. Francisco Sanches Neto, brasileiro, casado, administrador de emvar os investimentos operacionais no âmbito do orçamento anual; (c) aprovar todo e qualquer investimento, presas, RG nº 10.745.854-SSP/SP e CPF/MF sob o nº 010.660.068-06, residente e domiciliado em São desinvestimento, compra e venda, troca, alienação ou imposição de ônus sobre seus bens móveis, que não este- Paulo, SP, com endereço profissional na Av. Santa Marina, 482 – 4º andar, CEP 05036-903, e, Roberto Luiz ja inscrito no orçamento anual aprovado e que exceda a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais); (d) aprovar a Hecksher Corrêa Netto, brasileiro, casado, Engenheiro mecânico, RG nº 3.164.506–IFP/SP e CPF/MF sob celebração de contratos que obriguem a sociedade por um período superior a 6 (seis) meses, desde que, os o nº 385.072.347-04, residente e domiciliado em São Paulo, SP, com endereço profissional na Av. Santa valores comprometidos superem a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais); (e) estabelecer e alterar políticas co- Marina, 482 – 1º andar, CEP 05036-903, subscreve 70.397.287 (setenta milhões, trezentas e noventa e sete merciais da sociedade; (f) aprovar a aquisição de novos negócios, seja através da aquisição de participações mil, duzentas e oitenta e sete ) ações ordinárias e sem valor nominal, pelo preço de emissão total de R$0,88 societárias, ativos ou estabelecimentos; (g) qualquer deliberação quanto ao uso das marcas detidas pela socie- (oitenta e oito centavos de real). Jundiaí, 1º de setembro de 2010. LAPEYRE S.A. - Francisco Sanches Neto; dade; (h)escolher ou substituir auditores independentes da sociedade, bem como indicar aos mesmos os Carlos William de Macedo Ferreira. SAINT-GOBAIN DO BRASIL PRODUTOS INDUSTRIAIS E PARA princípios, normas e prazos a serem seguidos para a prestação de informes; (i) deliberar sobre a compra e ven- CONSTRUÇÃO LTDA. Francisco Sanches Neto; Roberto Luiz Hecksher Corrêa Netto. Visto: Silvia Ferreira da, hipoteca ou por outro modo qualquer alienação ou imposição de ônus com relação aos bens móveis; (j) da Rocha - OAB/SP: 192.509.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

18

e

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

No próximo ano, ficaremos de olho nos mercados nos quais não somos líderes. Luiz Eduardo Falco, presidente da Oi

conomia

Fotos: Divulgação

NATAL PREMIADO

SINAIS CONTRADITÓRIOS

BANCO: de um lado Fórmula 1, de outro executivo durão.

O

grupo financeiro suíço UBS fechou contrato de patrocínio com a Fórmula 1, de Bernie Ecclestone, na tentativa de emprestar à marca mais agilidade e velocidade nos negócios. Passou a ocupar, desde setembro, o lugar do Santander que andava descontente com restrições impostas. Assim, o UBS integra atualmente o circuito do campeonato automobilístico ao lado de bandeiras como LG, Mumm, Johnny Walker e DHL, com o compromisso de desembolsar por ano 32 milhões de euros. O objetivo do banco é usar as corridas como política de relacionamento com os clientes especialmente na Ásia, Oriente Médio e América Latina, praças nas quais estão as principais apostas de crescimento. Oswald Grubel, o homem que comanda o UBS, justificou a aposta afirmando que a instituição buscava, dessa forma, plataforma de patrocínio que tivesse apelo aos clientes, promovesse a marca globalmente e fizesse sentido comercialmente. No último domingo, no Grande Prêmio do Brasil – realizado em Interlagos (São Paulo) e vencido por Sebastian Vettel da RBR (que ganhou por antecipação o mundial) – o UBS, em festa regada a Red Bull, recebeu convidados em espaço vip para mostrar sua força em território nacional. Jovens executivos que comandam os negócios por aqui deram o tom pre-

tendido por Grubel. Mostrar um banco mais ágil, a um passo de entrar no mercado de capitais por meio da Link (isso depende ainda de autorização do Banco Central e dos Mendonça de Barros) com a agressividade e a renovada jovialidade da F1 no trato dos negócios. Tudo a ver com velocidade, tecnologia e, é claro, dinheiro. Afinal, quem deposita sua confiança no UBS, que nasceu em 1998 da fusão entre a União e a Sociedade de Bancos Suíços, com ativos de quase 40 bilhões de euros, quer ter garantia de solidez e de resultados. Mas os sinais de vitalidade e de política de maior descentralização e jovialidade no Brasil se desfizeram em menos de uma semana. É que os bancos têm por hábito enviar sinais contraditórios ao mercado. o UBS anunciou Lywall Salles como presidente da operação no País. O executivo presidiu o Private do Itaú e deixou a instituição depois de completar 60 anos sem conseguir integrar o Conselho de Administração. Conhecido por seu estilo centralizador e de poucos amigos, ele comandará justamente a marca que quer passar, com a Fórmula 1, uma mensagem totalmente diferente. Envie informações para essa coluna para o e-mail: carlosfranco@revista publicitta. com.br

Renner lança a campanha de Natal, assinada pela agência Paim. O mote é "Renner. Feliz Natal com 60 dias e 60 carros para você". No período entre 11 de novembro e 12 de dezembro, a cada R$ 120 em compras nas lojas físicas ou na virtual, o cliente terá direito a um cupom para concorrer a 60 carros Novo Fiat Uno 1.0. As compras com Cartão Renner, sempre a cada R$120 darão direito a dois cupons. O sorteio acontece em 22 de dezembro.

A

RENNER: rede varejistas aposta no mote "60 dias para pagar e 60 carros para ganhar" na campanha de Natal.

ZINCO NELAS Votorantim Metais abraçou no Brasil a campanha global "Zinco Salva Crianças". Trata-se de uma ação do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef ) em parceria com a Associação Internacional do Zinco (IZA). O objetivo é contribuir com a melhora nos índices de sobrevivência, crescimento e desenvolvimento de crianças subnutridas financiando os programas de suplementos de zinco realizados todo o mundo. Segundo dados da Unicef de 2009, 800 mil pessoas morrem anualmente no mundo por causa da falta desse nutriente, o equivalente à população da cidade de Natal (RN).

A

VOTORANTIM: adesão.

PICOLÉS GRÁTIS Nestlé retoma a partir deste mês a tradicional campanha do "Picolé Premiado". Serão mais de 6 milhões de unidades oferecidas, tornando esta a maior promoção da NESTLÉ: milhões de sorvetes premiados. categoria de todos os tempos, uma vez que a possibilidade de ganhar um novo sorvete nunca foi tão grande. Encontrar o palito premiado permite ao consumidor a troca por outro da linha La Frutta, nos sabores Limão, Uva ou Abacaxi. Com expressiva campanha de comunicação nos pontos de venda, a expectativa é aumentar em 25% os negócios no período.

A

CERESER: de olho nas classes C,D e E.

KIT BORBULHANTE Cereser, de Jundiaí, fabricante da popular sidra com 80 anos de mercado, preparou um kit exclusivo para presentear e brindar as festas de fim de ano. O conjunto inclui uma garrafa de Chuva de Prata de 660 ml e um par de taças. Sob o slogan "Festa fica melhor com Chuva de Prata", a empresa quer garantir participação nas vendas às classes C, D e E, que começam a ter mais renda no bolso e podem mudar de paladar. O kit custa R$ 19,90.

A

Oi irá priorizar investimentos em 2011 Neide Martingo

e Paraíba vão aderir ao programa do Conselho de Política Fazendária, o Confaz." A legislação do Confaz deempresa de telecomunicações Oi se prepara termina a desoneração do impara retomar a fase de posto para os novos assinantes investimentos em 2001. No da banda larga. Mas há uma ano passado, a companhia se condição: o preço do serviço dedicou à compra do controle não pode superar R$ 29,8. Falco disse ainda que a Oi da Brasil Telecom. Em 2010, as prioridades foram a diminui- deverá receber aporte da Porção da alavancagem, além da tugal Telecom – a previsão é rentabilização da base de de que o valor seja de R$ 7 biclientes. "No próximo ano, fi- lhões. Mas, mesmo que isso caremos de olho nos mercados não aconteça, os investimennos quais não somos líderes", tos previstos para 2011 serão mantidos. A disse ontem, operação dedurante coleve acontecer t i v a d e i maté o dia 31 de prensa, o premarço do ano sidente da que vem. empresa, No terceiro Luiz Eduardo bilhões de reais trimestre Falco. corresponde ao total deste ano a Oi O total de registrou luinv esti mende recursos cro líquido de tos, neste programados pela R $ 4 2 7 m iano, será de lhões, o que aproxim adaempresa de representa almente R$ 3,5 telecomunicações ta de 567% bilhões. Falneste ano em relação co não divulaos R$ 64 mig o u o v o l ulhões alcanme projetado para 2011, mas garantiu que o çados em igual período de patamar será maior. Segundo 2009. No acumulado entre jaele, depois de ter montado a neiro e setembro, o montante infraestrutura nos municí- foi de R$ 1,36 bilhão e reverteu pios nos quais atua – um total o número negativo de R$ 71 de 4,4 mil – o próximo passo milhões do ano passado. Já a será investir no serviço de receita líquida caiu 3% entre banda larga popular. O lança- julho e setembro, para R$ 7,3 m e n t o d o s e r v i ç o d e v e r á bilhões. No acumulado do ano, atingiu R$ 22,1 bilhões, acontecer ainda em 2010. O preço não está definido, queda de 0,7%. "O resultado positivo da emporque dependerá do resultado da negociação com cada um presa reflete a estratégia da Oi dos governadores para que se- de se dedicar ao aumento de ja concedida a isenção do Im- rentabilidade do negócio e na posto Sobre Circulação de captura de sinergias após a inMercadorias e Prestação de tegração operacional com BraServiços (ICMS). "Pará, São sil Telecom", afirmou o diretor Paulo e Brasília já concedem o de Finanças e Relações com Inbenefício. Ceará, Pernambuco vestidores da Oi, Alex Zornig.

A

3,5


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

19

Nº 342

DCARR

O lançamento oficial do novo Fiat Bravo, apresentado no Salão de São Paulo, acontece nos dias 24 e 25 de novembro, no Rio de Janeiro (RJ)

POTÊNCIA DE SOBRA

Saindo do Salão, direto para as lojas O "muscle car" Chevrolet Camaro é importado na versão SS com motor V8. Já está disponível por R$ 185 mil ANTÔNIO FRAGA

D

urante esta semana, as concessionárias da General Motors do Brasil estão recebendo os primeiros modelos do Chevrolet Camaro. Algumas lojas já têm filas de espera, pois o esportivo é um verdadeiro sonho de consumo para milhares de brasileiros, principalmente para aquele adolescente das décadas de 60 e 70. Para estimular ainda mais a adrenalina dos felizardos, a marca americana está trazendo o modelo na sua versão top, o SS. Com motor V8 de 6.2 litros, tem bloco e cabeçotes feitos em alumínio, produz 406 cavalos de potência máxima, atingidos a 5.900 rpm. Outro número impressionante é o torque máximo de 55,6 kgfm a 4.200 rpm. Além da potência, o motor do Camaro oferece muita tecnologia. O propulsor é equipado com o AFM (Active Fuel Management), com desligamento automático dos cilindros. Em velocidades de cruzeiro, viajando tranquilamente na estrada, o sistema de injeção desliga quatro cilindros, reduzindo o consumo de combustível - que pode ser aferido pelo computador de bordo aumentando significativamente a autonomia do bólido. O câmbio é sequencial/automático de seis velocidades, exclusivo da versão SS. Com ele, o motorista pode desfrutar do conforto da transmissão automática ou trocar as marchas conforme a sua necessidade, por meio de botões atrás do volante, permitindo a condução da maneira mais esportiva possível,

Divulgação

Ele será comercializado apenas na versão top, SS, com "lindos" 406 cv gerados pelo motor V8 de 6.2 litros

DUAS RODAS

sem tirar as mãos da direção. E para isso, além das trocas de marchas no volante, o Camaro oferece controles de estabilidade e de tração, ajudando o motorista no caso deste cometer algum excesso durante a "pilotagem". O sistema ainda tem dois níveis de atuação. Pressionando-se o botão apenas uma vez, ele desabilita o controle de tração. Pressionando-o novamente, o controle de estabilidade entra no modo "Dinâmico", permitindo uma condução mais pura e esportiva, sem tantas intervenções, mas mantendo o alto nível de segurança. O Chevrolet Camaro SS está à disposição nas concessionárias GM já apto para receber a gasolina brasileira e a sua altura não criará problema para o seu uso diário, já que em relação ao solo tem 15,6 cm (um Agile tem 16,0 cm). Ele vem equipado com rodas de alumínio de 20 polegadas - de tala 8" na dianteira e 9" na traseira. Calçando as rodas estão os pneus de medida 245/45 ZR20 e 275/40 ZR20, respectivamente. O conjunto deixa à mostra os enormes discos de freios (com 35,5 cm de diâmetro e 3,2 cm de espessura na dianteira, e 36,5 cm de diâmetro e 2,8 cm de espessura na traseira) e as pinças Brembo - marca italiana reconhecida mundialmente por equipar carros de F1, de seis pistões na dianteira e quatro na traseira. O Chevrolet Camaro será comercializado inicialmente no Brasil, em cinco diferentes cores: amarelo, branco, prata, preto e vermelho. Acelere para conquistar o seu.

PARA MATAR SAUDADES

CG 150 FAN, AGORA FLEX

BELO LIVRO, BELO DODGE

Modelo bicombustível terá preços a partir de R$ 6.290

Se você curtiu este beberrão nos anos 70, corra para a livraria

A

s motocicletas Flex, movidas a etanol, gasolina ou com a mistura de ambos, já conquistaram o consumidor brasileiro. A CG 150 Titan, primeira motocicleta bicombustível produzida em série no mundo, já comercializou cerca de 290 mil unidades desde o seu lançamento, em março de 2009. Já para a NXR 150 Bros, que ganhou o sistema Flex (com a tecnologia Mix Fuel Injection) em setembro do mesmo ano, as vendas ultrapassam as 151 mil unidades. Impulsionada pelo sucesso desses modelos, a Honda amplia sua linha Flex com a CG 150 Fan dotada dessa tecnologia. A novidade reforça o pioneirismo da empresa e seu forte engajamento com a preservação do meio ambiente, uma vez que o etanol, além de alinhado com a estratégia de matrizes energéticas do governo brasileiro, tem a vantagem de ser fonte renovável de energia e menos poluente quando comparado à gasolina. A nova motocicleta reúne o

sistema Flex (com a tecnologia Mix Fuel Injection), sistema de injeção eletrônica de combustível (PGM-FI) e partida elétrica. E, para atender às diferentes necessidades de cada motociclista, o modelo será comercializado em duas versões: ESi, com partida elétrica e injeção eletrônica PGM-FI; e ESDi, com o dif erenc ial do freio

dianteiro a disco, que proporciona mais segurança e conforto ao usuário. A CG 150 Fan apresenta motor OHC (Over Head Camshaft), monocilíndrico, quatro tempos, de 149,2 cm3, arrefecido a ar, com comando de válvulas no cabeçote e balancins roletados. O modelo traz ainda transmissão de cinco velocidades e embreagem multidisco em banho de óleo, que oferece acionamento preciso e macio. Completam o conjunto partida elétrica e bateria selada, de maior vida útil e isenta de manutenção. Disponível nas cores vermelha, preta e prata metálica, a CG 150 Fan chega às concessionárias no início deste mês, ao preço público sugerido de R$ 6.290, versão ESi e R$ 6.590 a ESDi.

C

orria o ano de 1971 (ou seria 72?) quando o companheiro Sérgio Aparecido, de "A Tribuna" (centenário jornal santista), perguntou se eu o acompanharia até São Bernardo do Campo para devolver um Charger RT de testes na fábrica. Nem foi preciso responder. Cinto colocado - era ainda apenas o abdominal - saímos do centro de Santos rumo à Anchieta. A Imigrantes só seria inaugurada em 1976. Sem radares para denunciar a "molecagem" e sabendo os pontos onde a Polícia Rodoviária fazia medições usando cronômetros e binóculos, Serginho não teve dó do pé direito e "sentou bota", como diz a expressão popular. O RT comia o asfalto, cantava pneus nas curvas, ultrapassando velhos caminhõesMercedes-Benz 1113 e Scania Vabis. De repente, uma preocupação: o ponteiro da gasolina se mexia mais rápido que o do velocímetro. Mesmo assim, a aceleração foi mantida e chegamos à fábrica da Chrysler, que ficava muito próxima ao término da subida da serra, com o tanque na chamada "reserva". Que viagem! Voltamos para Santos num velho e bom Fusquinha da reportagem de "A Tribuna", que gastou muito menos que 1/3 do consumo do RT e o triplo do tempo, ainda que serra abaixo. Que viagem mais monótona. Esta história não está no livro da Editora Alaúde "Dodge Esportividade e Potência", que mos-

Foto do livro "Dodge Esportividade e Potência"

tra toda a história de um dos mais cobiçados carros brasileiros, o "Dodjão", principalmente na sua versão esportiva, o Charger RT. O texto é de Rogério de Simone e Fábio C. Pagotto, que mostram a trajetória do carro, desde o seu surgimento nos EUA, em 1957. No Brasil ele surgiu em 1969, na versão comportada do Dodge Dart, na cor amarelo-carajás, com teto de vinil e um motor de 198 cv, que, como diz o livro, "é capaz de de levar seus quase 1.500 quilos a uma velocidade de 175 km/h". Era o carro mais rápido do Brasil, ultrapassando o Opala com seus 170 km/h. Também existiram o Le Baron, LS e Magnum. Em 1971, chegou o cobiçado Charger RT, que "arrasou" a concorrência de vez, com mais de 200 cv, que o levava acima dos 190 km/h. Para a época, um grande feito. chicolelis


DIÁRIO DO COMÉRCIO

20

tMANAUS:

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Fotos: Adriana David

urismo

NEGÓCIOS E LAZER NA SELVA. Graças ao pólo industrial, a capital do Amazonas recebe milhares de turistas executivos, que aliam reuniões a passeios imperdíveis

Encontro das águas: fenômeno envolve os Rios Negro e Solimões. Programa de barco inclui passeio até o lago das vitórias-régias (abaixo, à esq.).

Adriana David

I

r a trabalho para Manaus, capital do Amazonas, pode ser muito prazeroso. Conciliar os eventos e reuniões com lazer é uma opção para os milhares de executivos que viajam à quente e úmida cidade brasileira. Há várias alternativas de passeio dentro ou nas proximidades do perímetro urbano. A mais diferente é o Encontro das Águas, em que o turista é levado a ver os Rios Solimões e Negro se unirem. Eles tentam se misturar, mas todo o esforço é em vão. Avistando do alto de guia dá todas as informações: a um barco da Amazona Explo- melhor época para apreciá-las rer, que opera o passeio, em al- é em maio, quando mais floresguns momentos a visão é de cem. São plantas que chegam a uma linha retilínea, em outros, medir até dois metros de diâas águas dos dois rios formam metro e suas bordas, 40 cm de várias curvas, como se estives- altura. Suportam de 15 a 20 kg sem brigando. A mistura não espalhados em toda sua superocorre por conta das diferen- fície. Cada vitória-régia dura ças de temperatura, densidade cerca de dois meses aberta. Sua e velocidade dos líquidos. O flor, que só abre à noite, pode R i o N e g r o c o r r e d e 2 a 3 ser branca, rosa e vermelha, km/hora e é mais quente, sua mas é vista por pouco tempo, te mpe ratu ra em três dias oscila entre 25 morre. e 26ºC. Já o SoAo longo limões tem dos rios, o tuvelocidade de rista visualiza 8 a 9 km/h e casas em pafica em torno lafitas, comude 21ºC. nidades fluAlém do tuantes e pasp r o g r a m a Artesanato: à venda no mercado. sa por igaraemblemático, pés, que são o barco vai até o lago das vitó- as florestas inundadas. Nesses rias-régias. O turista desem- locais, vivem jacarés-açú, a barca, passa por um restauran- maior espécie, que alcança seis te flutuante, onde experimenta metros. Bichos como esse tampeixes dos rios amazônicos, e bém podem ser vistos no paspor uma lojinha de artesanato, seio da pescaria de piranha e repleta de lembranças. Depois, na focagem de jacaré, que cocaminha por uma passarela de meça após as 15h e se estende madeira entre árvores, no me- até as 20h. A própria Amazon lhor estilo "estou na floresta Explorer oferece o programa, amazônica”. Espécies bem al- mais procurado nos fins de setas e o frescor faz você esquecer mana pois grande parte dos tudo calorão de Manaus. Então, ristas é de executivos que traavista-se a infinidade de vitó- balham até o fim da tarde. rias-régias, novas e velhas. E o Outra razão é o custo. O pas-

Jacaré-tinga pode ser visto no Bosque da Ciência ou durante focagem.

Teatro Amazonas tem um calendário de espetáculos.

Bosque da Ciência abriga espécies de flora e fauna amazônicas.

seio precisa de, no mínimo, duas pessoas e custa cerca de R$ 280. Se for formado um grupo de quatro pessoas, cai para quase R$ 200. Além da focagem do animal, o turista pode segurar um. Talvez seja esse o ponto alto da viagem. Mas se não houver coragem ou interesse em interagir com o jacaré, ou o tempo for curto para fazer o passeio, uma alternativa é conhecer alguns animais da região amazônica no Bosque da Ciência, na cidade. Lá tem jacaré-açú e jacaré-tinga, que medem até 6 metros e 2 metros, respectivamente. Tem também o peixe-boi, aliás uma

construção é proveniente da Europa, como o lustre de murano da Itália, a nogueira portuguesa, o bordô francês e o carvalho italiano, estes três últimos utilizados para o piso do Salão Nobre, tombado em 1966. Se não puder conhecê-lo por meio das visitas guiadas durante o dia, assista a espetáculos de dança, ópera ou concerto custeados pelo Estado da Amazônia desde 1997. Quase que diariamente, às 20h, há apresentações. Em algumas épocas, também são

família inteira, ariranha, macaco-parauacu, peixe-elétrico e outras espécies. Há ainda um museu que abriga a maior folha coletada na Amazônia. Foi retirada da árvore coccoloba em 1993 no Parque Nacional do Jaraú, em Rondônia. Beleza arquitetônica – Quer passear mais? Manaus tem o lindo e antigo Teatro Amazonas. Sua cúpula reúne 36 mil peças em cerâmica esmaltadas e telhas vitrificadas, vindas da França. Por sinal, 96% do material usado na

GRUPO POSADAS APOSTA NO NORTE

Novo Caesar Business Manaus foi concebido para executivos.

C

om a expansão econômica de Manaus, aumenta o número de companhias instaladas na cidade. Assim, a oferta de boas acomodações hoteleiras também tende a crescer para atender a um mercado em que a taxa de ocupação está em quase 80%. O hotel Tropical Manaus, tradicionalíssimo, já não é mais a única opção de boas instalações na capital amazonense. Unidades das redes Ibis, Mercure e Comfort, reconhecidas mundialmente pelo padrão, já se instalaram na cidade. E recentemente, o grupo latinoamericano Posadas abriu as portas do Caesar Business Manaus, um quatro-estrelas voltado a profissionais de nível gerencial acima, que recebeu investimentos de R$ 55 milhões. O empreendimento fica a 10 km do aeroporto e a 20 minutos do distrito industrial, onde se concentra uma das maiores riquezas econômicas do Brasil por causa da Zona Franca. As negociações levaram quatro anos e há possibilidades de novas unidades no Nor-

te do País. “O grupo escolheu se instalar na cidade por ter planos de expansão na região e em outros países da América do Sul, como Chile, Uruguai, Argentina, C o l ô m b i a e P e r u ”, d i s s e o diretor-geral do Posadas, Francisco Gutierrez. Aberto em sistema de soft opening em julho, em dois meses o hotel obteve taxa de ocupação de 45%. É a primeira vez que a Engeco, incorporadora manauense especializada em edifícios residenciais de luxo e industriais, constrói um hotel. Segundo o diretor-administrativo, Maury Guerreiro, 75% do mercado hoteleiro em Manaus atende a área de negó-

promovidos festivais de cinema e de jazz. Na Praça São Sebastião, onde está o teatro, vá ao tradicional Tacacá da Gisela e não deixe de provar esse prato à base de tucupi, mandioca e jambu. Curioso para conhecer o mercado central? Não se decepcione, ele está sendo restaurado e não tem data certa para a reabertura. Especiarias, artesanato e peixes estão sendo vendidos em local ao lado de modo improvisado, os últimos em carriola (carrinhos de pedreiro). Os vendedores dizem que não tem problema e mesmo assim vale dar uma espiada.

RAIO X

cios. Os executivos da companhia perceberam que havia carência no segmento. “Queríamos trazer qualidade ao empreendimento, por isso pensamos na parceria com o Caesar Business”, afirmou. E o que significa qualidade para executivos? A Engeco considera um bom chuveiro, piscina e academia com vista para a cidade, um restaurante com padrão de qualidade (regional ou internacional), e atendimento eficiente e simpático. O Caesar Business Manaus tem tudo isso e, com exclusividade entre os hotéis do município, oferece tecnologia wi-fi gratuita no Business Center. (AD)

S ERVIÇO Caesar Business Manaus: Av. Darcy Vargas, 645, tel. (92) 33064700, www.caesarbusiness.com. A partir de R$ 192, com café.

COMO CHEGAR De São Paulo, a Gol (www.voegol.com.br) tem tarifas para Manaus a partir de R$ 438 ida-e-volta. Pela TAM (www.tam.com.br), os preços começam em R$ 467. ONDE COMER Restaurante Banzeiro: Rua Maceió, 444, tel. (92) 3232-7468. Para comer uma saborosa costela de tambaqui. Tacacá da Gisela: Praça São Sebastião, centro. Tradicional tacacá na cidade. FAÇA AS MALAS Vacina: é obrigatória contra febre amarela, pelo menos dez dias antes da viagem. Mais informações no www.anvisa.gov.br. Onde comprar artesanato: Central de Artesanato Branco e Silva, Rua Recife, 1999. Passeios: com a Amazônia Explorers, tels. (92) 3232-3052 e 3652-1128.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

21

d

cultura

Mamma Mia! (À moda paulistana) Estreia na Cidade esta peça-show que já foi vista por 45 milhões de pessoas. Na trilha sonora, canções do Abba, algumas na versão original. Sérgio Roveri

F

ormado na Suécia em 1972, o grupo pop Abba se converteu rapidamente em uma espécie de Beatles da segunda divisão. Vendeu tanto, criou quase tantos hits e foi tão assediado quanto a banda inglesa. Mas, ao contrário dos garotos de Liverpool, o quarteto sueco nunca viu seu repertório ser associado à poesia e à sofisticação – se os Beatles criaram músicas para corações e mentes, o Abba se concentrou na região das pernas e quadris. Dezenas de canções dançantes, de letras pueris e refrões hipnóticos, fizeram do Abba um dos maiores vendedores de discos da história – quase 400 milhões de cópias. Mais importante do que as cifras, entretanto, é constatar que o tempo parece ter perdoado o grupo por qualquer resquício de breguice e mau gosto: o Abba, hoje, é uma banda de valor sentimental inestimável para milhões de pessoas que, numa noite qualquer dos últimos 30 anos, deixaram o recato de lado para encontrar a felicidade já nos primeiros acordes do eterno hit Dancing Queen. Tudo isso posto, não é surpresa que as canções do grupo tenham inspirado um dos mais bemsucedidos musicais dos últimos tempos, Mamma Mia! Desde sua estreia, em 1999, este híbrido de peça-show já foi visto por 45 milhões de pessoas, responsáveis por movimentar uma bilheteria de US$ 2 bilhões em 270 cidades ao redor do planeta. A partir desta sexta (12), São Paulo passa a alimentar estes números estratosféricos com a estreia da versão brasileira de Mamma Mia!, que comemora os dez anos do Teatro Abril, o principal templo dos grandes musicais do País. "Não há dúvidas de que este sucesso planetário irá se repetir por aqui, já que Mamma Mia! reflete o espírito brasileiro de celebração, alegria e ligação familiar", diz Stephanie Mayorkis, diretora da

Área de Teatro da Time For Fun, empresa produtora do espetáculo. O musical não pretende ser um mero tributo à banda, tanto que as canções, traduzidas para o português, são empregadas para alinhavar a narrativa de um pequeno drama familiar. Perto de completar 20 anos, a jovem Sophie Sheridan (representada aqui pela atriz e cantora Pati Amoroso) decide convidar o pai desconhecido para sua festa de casamento com o garotão Sky. O problema é que ela não sabe quem é seu pai biológico: a garota é fruto de um entre três relacionamentos praticamente simultâneos que sua mãe, Donna Sheridan (Kiara Sasso, estrela de A Bela e a Fera, A Noviça Rebelde e O Médico e o Monstro) manteve no final da adolescência. Na dúvida, a garota convoca os três candidatos. Um dos prováveis pais, Sam Carmichael, é interpretado por Saulo Vasconcellos, galã de Cats e O Fantasma da Ópera. A chegada desses três homens e de duas velhas amigas da mãe vai incendiar a rotina do Villa Donna, pequeno e deficitário hotel que Donna Sheridan mantém em uma ilha grega. "Em todos os países em que o musical é apresentado, as canções são traduzidas para o idioma local como forma de facilitar o entendimento do grande público", diz o diretor musical David Holcenberg. "Como no Brasil o Abba continua sendo um grupo muito popular, decidimos criar, no final do espetáculo, um pot-pourri com três canções no original em inglês, Dancing Queen, Mamma Mia e Waterloo". Segundo Holcenberg, a execução das canções em inglês, com legendas, iria esvaziar o enredo e jogar toda a atenção da peça em cima do próprio Abba. "Os criadores do musical, que por sinal são meus chefes, fazem questão de que o público acompanhe a história de Donna Sheridan e sua filha, e não somente as canções do grupo".

As 23 músicas do Abba apresentadas em Mamma Mia!, que leva ao palco um elenco de 32 atores e uma orquestra de dez músicos, foram traduzidas para o português por Claudio Botelho. O musical inspirou, há dois anos, uma adaptação cinematográfica de enorme sucesso. Rodado na ilha grega de Skopelos e dirigido por Phyllida Lloyd, Mamma Mia!, o filme, foi estrelado por Pierce Brosnan, Amanda Seyfried e uma hilariante Meryl Streep no papel que é feito agora por Kiara Sasso. "A Meryl Streep é bem mais velha do que a personagem, e isso obrigou os produtores a elevar a faixa etária do restante do elenco do filme", diz Sasso. "Eu acho que estou mais próxima da idade real da personagem do que Meryl, embora sua atuação tenha sido estupenda". A polêmica sobre a pouca idade de Kiara Sasso que, aos 31 anos, interpreta a mãe de uma garota de 20, parece ter sido encerrada, a uma semana da estreia, por uma declaração do diretor do espetáculo, Robert McQueen: "Quando eu assisti ao teste da Kiara, vi que tinha encontrado a atriz perfeita para o papel", disse. "E o importante era encontrar a atriz perfeita, e não alguém que tivesse a idade perfeita. A atriz que fez Donna Sheridan na montagem de Las Vegas, por exemplo, tinha pouco mais de 20 anos". Mamma Mia! Teatro Abril. Avenida Brigadeiro Luís Antonio, 411. Tel.: 2846-6060. Quarta, quinta e sexta. 21h. Sábado. 17h e 21h. Domingo. 16h e 20h. R$ 80 a R$ 250.

DOIS PRA LÁ, DOIS PRA CÁ. Kiara Sasso, 31 anos, e Saulo Vasconcelos, 36, formam o primeiro casal dos musicais brasileiros. Mamma Mia! é a quarta vez em que eles contracenam – já estiveram juntos em A Bela e a Fera, O Fantasma da Ópera e A Noviça Rebelde. A seguir, trechos do depoimento de Kiara Sasso sobre esta nova produção. "Estou achando ótimo fazer este espetáculo porque, até hoje, eu sempre fui a mocinha. Agora eu sou a mãe da mocinha. Eu não me inscrevi para os testes iniciais porque me achava nova demais para viver a mãe e velha demais para representar a filha. Resolvi me candidatar quando eu soube que a produção ainda não tinha encontrado a atriz para fazer a Donna Sheridan, depois de duas baterias de testes. Está sendo uma alegria participar de um trabalho tão solar, principalmente depois de ter feito O Médico e o Monstro, uma peça escura e soturna."

SAULO, SEM MÁSCARA.

"A

o contrário dos outros musicais que já fiz, em que tudo vinha pronto dos Estados Unidos" – diz Saulo Vasconcelos – " Mamma Mia! nos deu a chance de estudar o texto, de discutir as características dos personagens. Tivemos tempo de entender o objetivo de cada uma das cenas. Foi um trabalho feito com muito carinho. Estou feliz também porque, depois de muito tempo, posso mostrar minha cara no palco. Em Cats e O Fantasma da Ópera, eu sempre me escondi atrás de máscaras."

Estreia filme sobre Ayrton Senna. Página 3

Fotos: Luludi/LUZ

Show de Gilberto Gil e artistas emergentes no Auditório Ibirapuera. Página 5

Balé Nacional da China em récitas no Teatro Bradesco até domingo. Página 3

NÚMER DO ESPET OS ÁCULO Traduzido em 14 idiomas Em cartaz at ualmente em 11 teatros 23 canções do Abba no Visto por 45 roteiro milhões de pessoas ao redor do m US$ 2 bilhõe undo s em bilheter ias Apresentado em 270 cida des 30 montage ns diferentes em 11 anos 32 atores em cena 10 músicos na or qu estra US$ 12 milh ões na prod ução e man utenção da montage m brasileira


DIÁRIO DO COMÉRCIO

22

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

d

cultura

As mulheres, seus desejos e motivos. O sério levado a sério, à moda freudiana. Veja neste seriado da TV Globo.

Com humor, à sombra do Dr. Freud.

Fotos: Divulgação

Herói brasileiro da velocidade Documentário faz retrato hollywoodiano de Senna Lúcia Helena de Camargo

S

enna, documentário sobre o piloto brasileiro que estreia nesta sexta (12) em 120 cinemas, mostra a trajetória de Ayrton Senna usando o formato de drama hollywoodiano. Não há, por exemplo, os costumeiros depoimentos. As cenas são pontuadas por narração e apenas alguns comentários de gente que foi próxima do piloto, como o jornalista Reginaldo Leme, que vem cobrindo a Fórmula 1 por três décadas, e Ron Dennis, comandante da McLaren, entre outros. Asif Kapadia, o diretor, não nega que essa foi a técnica usada. "Sim, quisemos fazer um filme à Hollywood. Além da história de Senna conter todos os elementos para tanto, tivemos acesso a imagens fantásticas". O roteirista, Manish Pandey, e os produtores, James Gay-Rees e Eric Felner, fazem coro. A música de Antônio Pinto completa a experiência. O lançamento do filme homenageia o aniversário de 50 anos do nascimento de Senna, morto aos 34, em 1994. Chegou a existir o projeto de um longa-metragem de ficção sobre Ayrton Senna, com o espanhol Antonio

Banderas no papel do piloto. Mas Viviane Senna, que administra o legado do irmão, não concordou com a abordagem da Warner, detentora dos direitos de produção. "Era comercial demais. Não refletia o Ayrton, então não vingou", relembra. "Tempos depois surgiram os produtores para o documentário, com o espírito certo." Para fazer Senna (Reino Unido, 2010, 107 minutos), a equipe assistiu a cinco mil horas de filmagens, entre vídeos caseiros e gravações de corridas, treinos e bastidores. Um dos arquivos mais vastos, segundo a equipe, era guardado por Bernie Ecclestone, dirigente da Fórmula 1. "Editar o material de forma a resumi-lo a menos de duas horas foi o mais difícil", diz Kapadia. "Muita coisa interessante deixou de ser aproveitada". Os produtores prometem que vão incluir parte do que foi descartado nos extras do DVD. O documentário retrata Senna como o herói de caráter incorruptível, que luta contra adversários nem sempre honestos e injustiças do sistema. Apesar de tudo, ganha três títulos mundiais na Fórmula 1 devido a talento genuíno.

A leveza é conferida por cenas como a aparição do piloto no programa da apresentadora Xuxa Meneghel, com quem viria a ter um romance. O casal troca beijinhos no ar, diante do público infantil. "O episódio é muito engraçado", comenta o diretor. Esse critério também pautou a inclusão da "entrevista" feita por Bussunda (19622006), para o programa de TV Casseta & Planeta. "Alguma namorada sua já disse, na hora agá, Acelera, Ayrton?", provoca o humorista. Depois de um longo momento, Senna entrega: "Já". Algumas imagens algo pitorescas aparecem como clipes: Ayrton recebe as chaves da cidade de São Paulo das mãos da prefeita Luiza Erundina, pilota uma moto tendo na garupa a namorada da época, a modelo Adriane Galisteu. Os bastidores inéditos são impagáveis. Um dos melhores é o da reunião que antecedeu o GP do Japão de 1990, um ano depois de Senna ter sido suspenso no circuito devido a uma conversão considerada ilegal na volta aos boxes, depois da batida em seu colega e desafeto Alain Prost. Nelson Piquet, conhecido por não ter papas na

língua, questiona, dirigindo-se aos "cartolas": "No ano passado vocês f... com o Ayrton. Este ano vai valer aquela regra?". Debate-se a área de escape, pilotos opinam sobre o que seria certo ou errado. E Jean-Marie Balestre (19212008), então presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), estipula: "O certo é o que eu decidir". Os fãs vão gostar de relembrar a vitória de Senna no GP do Brasil em 1991, quando ele leva até o final o carro travado na sexta marcha. Sai cambaleando e precisa de ajuda para subir ao pódio. Feliz da vida. A rivalidade entre Senna e Prost toma boa parte das sequências. Talvez porque se precisasse, nessa narrativa, de um vilão de estilo cerebral, em oposição ao arrojo do jovem brasileiro. Eles fariam as pazes depois. Isso não é exibido, mas para deixar claro que não acabaram como inimigos, o filme, além de mostrar Alain no cortejo fúnebre de Ayrton, assinala, nos créditos, que o piloto francês é um dos grandes apoiadores do Instituto Ayrton Senna, entidade presidida por Viviane que cuida de crianças carentes.

Aposentados atacam! Muita calma nessa hora.

Acima, Mira Nair, que dirige episódio em 8; Annette Bening com Julianne Moore. Fernanda Souza e Luis Miranda, de Muita Calma Nessa Hora. Abaixo, Helen Mirren e John Malkovich em RED.

M

uitas estreias neste fim de semana. Em RED Aposentados e Perigosos (RED, EUA, 2010, 111 minutos), Frank Moses (Bruce Willis), agente da CIA aposentado, é ameaçado de morte. Então decide chamar seus antigos colegas para garantir a sobrevivência. Morgan Freeman, Helen Mirren e John Malkovich são recrutados. No lugar do vigor da juventude, combatem com

astúcia e trabalho de equipe. Baseada na graphic novel da DC Comics escrita por Warren Ellis e Cully Hamner. Minhas Mães e Meu Pai (The Kids Are All Right, EUA, 2010, 104 minutos), conta a história de Nic (Annette Bening) e Jules (Julianne Moore), casadas e felizes, que conceberam seus filhos Joni (Mia Wasikowska) e Laser (Josh Hutcherson) por inseminação artificial. Agora adolescentes, eles decidem buscar o pai biológico. A comédia Muita Calma Nessa Hora (Brasil, 2010, 92 minutos), sob a direção de Felipe Joffily, reúne Marcelo Tas, Laura Cardoso, Andréia Horta, Gianne Albertoni, Lúcio Mauro, Sérgio Mallandro, Marcos Mion, Bruno Mazzeo, os humoristas Hermes e Renato, Heloísa Périssé, Marcelo Adnet, entre outros. Na tela, uma viagem para Búzios, mulheres de biquini e noitadas. Na Cinemateca (Tel.: 3512-6111), começa o festival 4mais1, que acontece simultaneamente também em Bogotá, Buenos Aires, Cidade do México e Madri. Serão apresentados 20 filmes

que integraram festivais no mundo, mas não entraram no circuito comercial, como 8, composto de episódios sobre as Metas de Desenvolvimento do Milênio da ONU interpretadas por diretores como Mira Nair, Gus Van Sant, Jane Campion e Wim Wenders. Dentro do programa Primeira Exibição, dedicado a apresentar filmes brasileiros ainda inéditos, será exibido nesta sexta (12), às 20h30, na Cinemateca, o documentário Camponeses do Araguaia - A Guerrilha Vista por Dentro (Brasil, 2010, 75 minutos, foto), dirigido por Vandré Fernandes. Narra a história da guerrilha do ponto de vista dos camponeses que conviveram com os militantes. A sessão será seguida de debate com presença do diretor. E segue em cartaz José e Pilar (Portugal, 2010, 125 minutos), documentário de Miguel Gonçalves Mendes sobre o escritor José Saramago. O ganhador do Nobel viaja ao lado de sua esposa, Pilar, enquanto concebe o livro A Viagem do Elefante. (LHC)

Regina Ricca

T

alvez nem o criador da psicanálise, o Dr. Sigmund Freud, tenha conseguido resposta sensata para a pergunta que ele mesmo formulou décadas atrás. Mas ela continua rondando a imaginação de muitos homens, em especial o psicólogo André Newmann, personagem de Michel Melamed no seriado Afinal, o que Querem as Mulheres?, que estreou nesta quinta (11), na Globo. Só que dessa vez será percorrendo o território do humor que a pergunta freudiana tentará encontrar reposta. Concebida a partir de uma ideia original do diretor Luiz Fernando Carvalho, com roteiro de João Paulo Cuenca em parceria com Cecília Giannetti e Michel Melamed, e texto final do próprio Carvalho, a série terá seis episódios e exibição semanal às quintas, 23h25. "Se tivesse que resumir este seriado em uma frase, diria: é a tragédia de um homem ridículo!", resume o diretor Luiz Fernando Carvalho, diretor mais afeito ao drama, vide seus trabalhos anteriores, como as minisséries Os Maias, Hoje É Dia de Maria e Capitu. André, o tal homem ridículo e protagonista desta história, está concluindo a pesquisa de sua tese de doutorado. Para tanto, se aventura por ambientes femininos, tipo salões de beleza, clubes e sex shops atrás de depoimentos de mulheres. Até encontrará soluções para sua tese, mas arranja uma montanha de problemas na vida pessoal. Para começar, tanta dedicação ao estudo acaba por afastá-lo de sua mulher, a artista plástica Lívia (Paola Oliveira, acima). A vida do jovem psicólogo, porém, vai seguindo em ritmo de comédia de erros. Triste pelo fim do relacionamento com Lívia, ora ele procura aconchego no colo de sua supermãe (sim, existe uma na vida dele!!! E atende pelo nome de Celeste, papel de Vera Fischer) ora na companhia boêmia dos amigos Zing (Rodrigo Pandolfo), Laura (Alessandra Colassanti), Miguel (Antônio Karnewale) e Ana (Fernanda Félix). A publicação do trabalho, porém, se torna um bestseller, já que aparentemente ele conseguiu decifrar o tal enigma feminino. Na noite de autógrafos de seu novo livro, André conhecerá Tatiana (Bruna Linzmeyer), uma russinha maluca, muito gata, com a qual não saberá o que fazer. Desconcertado com tantas mudanças, mais uma surpresa aparece para André: sua vida e sua tese sobre os desejos femininos se transformam em um seriado de televisão estrelado por nada mais nada menos do que Rodrigo Santoro (vivido pelo próprio). A partir daí, como um laboratório às avessas, o ator passa a perseguir André, como seu verdadeiro duplo. "Não chamaria essa série de comédia, mas posso dizer que este deslocamento está vinculado à minha curiosidade por novos temas e linguagens, uma certa versatilidade narrativa. Cada conteúdo requer uma linguagem. E como não sou capaz de escrever um sitcom, aí vai minha pequena tentativa", afirma humildemente Carvalho. Fernandinha e Clark Gable Fernandinha Torres tem ligações com o escritor Millôr Fernandes desde a mais tenra idade. "Idolatro Millôr desde a infância, quando ouvia o LP das Fábulas Fabulosas. Ele era amicíssimo dos meus pais, e o considero o homem mais inteligente do mundo". Pois Fernanda e a turma da Conspiração Filmes resolveram homenagear o escritor ao fazer uma adaptação remix e muito irreverente de Fábulas Fabulosas e Millôr Definitivo A Bíblia do Caos -- daí nasceu o programa Amoral da História, que o canal Multishow está levando ao ar de segunda a sexta, às 23h30. A série terá 20 episódios de 15 minutos de duração cada . Além de narrar as histórias, como uma coelhinha, Fernanda faz vários papéis nas fábulas e divide a cena com Miele, que interpreta os personagens masculinos. Também farão participações Paulo Silvino, o cantor Wando e o sambista Dudu Nobre. "Todos os textos do Millôr são moderníssimos. Ele é um pensador sem partido e que não empaca na moral", avisa Fernanda.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

23

d

cultura

Lanternas Vermelhas: espetáculo dirigido pelo cineasta Zhang Yimou é protagonizado pelo Balé Nacional da China. No palco, a história de uma jovem obrigada a torna-se terceira esposa de um velho senhor feudal. Cena do filme Lanternas Vermelhas. E o cineasta Zhang Yimou.

Divulgação

BALÉ CINEMATOGRÁFICO Rita Alves

O

Balé Nacional da China desembarca pela primeira vez no País. E São Paulo foi a cidade eleita para estrear a turnê nacional do grupo. Os espetáculos, iniciados no último dia 10, vão até o próximo domingo (14), no Teatro Bradesco. Quem passar por lá terá a oportunidade de assistir ao

famoso balé Lanternas Vermelhas. E se o espectador for um apaixonado pela sétima arte, vai assistir à atração com um olhar especial. Na direção do espetáculo está o cineasta Zhang Yimou, também diretor do longa homônimo, de 1991, e dos filmes O Clã das Adagas Voadoras (2004) e Herói (2002), indicado ao

Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 2002. Lanternas Vermelhas tem assinatura de Wang Xkinpeng na coreografia e de Chen Qigan na trilha sonora. No palco do Teatro Bradesco, o público vai acompanhar a história, ambientada nos anos 1930, de uma jovem que é obrigada a tornar-se a terceira esposa de um velho se-

nhor feudal. A rotina dela dentro do quarteto será repleta de jogos, ciúmes, artes marciais, segredos e brigas, tudo interpretado pelos belos passos da turma chinesa. O Balé Nacional da China, fundado em 1959, é a única companhia de dança estatal daquele país. Balés consagrados como Dom Quixote, Romeu e Julieta e A Bela

Adormecida fazem parte do currículo do grupo, formado por bailarinos vindos da Academia de Dança de Beijing. O New York Times não poupou elogios aos dançarinos: “Um balé moderno com os recursos de uma mega produção cinematográfica… uma obra colossal de teatro dançado”.

Teatro Bradesco. Bourbon Shopping São Paulo. Rua Turiassu, 2100, 3° piso. Tel.: 3670-4100. Sexta (12) e sábado (13), às 21h. Domingo (14), às 20h. R$ 60 a R$ 300.

Fotos: Arquivo DC

Norah Jones: folk no Parque da Independência; Paula Lima: samba-rock no Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso; Gilberto Gil: laboratório musical no Ibirapuera.

TUDO DE BOM PARA FICAR EM SÃO PAULO A

té bem pouco tempo o mercado musical tinha os finais de semana prolongados como datas perdidas. A programação desta sexta (12) a segunda (15), porém, mostra que essa é mais uma certeza que foi para a gaveta. Não só teremos dias com muitas atrações, como também com muita qualidade e diversidade, do antigo romantismo de Cauby Peixoto, que apresentará o CD/DVD Cauby Sings Sinatra no Sesc Vila Mariana, ao folk despojado da garota americana Norah Jones, que fará um show aberto no Parque da Independência. Enfim, tem música para todos os gostos e bolsos. Um bom símbolo da generosa programação do final de semana é o espetáculo Futurível, que ocorrerá neste domingo (14), no Auditório Ibirapuera, em comemoração à realização de dois fóruns culturais promovidos pelo Ministério da Cultura. Nele, o exministro Gilberto Gil abrirá portas para os emergentes Macaco Bong, de Mato Grosso, Banda de Pife Princesa do Agreste, de Pernambuco, Vj Scan, de São Paulo, e Dj Tudo, mineiro radicado em São Paulo. Será um show de ares tropicalistas, com a sobreposição de espaços e tempos diferentes e com a firme proposta de ligar tradição e inovação tecnológica. O título, aliás, foi inspirado na canção homônima que Gil compôs em 1969, na qual previa uma felicidade "de metal" para a humanidade, cada vez mais

André Domingues aprofundada em sua simbiose com o mundo das máquinas. Outro interessantíssimo combinado de artistas estará no especial Estéreo Saci, do Itaú Cultural, criado para celebrar o lançamento de mais quatro programas da série homônima de radiofonia digital. Nesta sexta (12) à noite, Odair José homenageará o amigo Raul Seixas. Nas noites seguintes, Patrícia Polayne prestará tributo a Dolores Duran, Renato Anesi recordará Carmen Miranda e Sebastião Tapajós e o Trio Manari trarão a memória de Jacob do Bandolim. A mistura de diferentes gerações acabou se tornando a tônica da atual programação paulistana. Dois artistas muito singulares revelados nos anos de 1970, por exemplo, terão compromissos por aqui: Ney Matogrosso e Oswaldo Montenegro. Ambos, curiosamente, protagonizarão projetos contrastantes com a imagem mais forte que construíram: o irreverente Ney estará contido e elegante em Beijo Bandido, marcado para sábado e domingo no Teatro Paulo Autran; já o menestrel Montenegro, tão ligado ao violão, terá, sábado, o piano conduzindo seu show, que faz parte da série Piano na Praça, realizada na Praça Dom José Gaspar. Os anos de 1980, por sua vez, estarão representados por dois importantes artistas do rock nacional: Lobão e Lulu Santos. O primeiro irá à Choperia do Sesc Pompeia com o show

Elétrico, tendo como convidados Luiz Carlini (sexta) e Chuck Hipolitho (sábado). Já o segundo subirá ao palco do HSBC Brasil apenas nesta sexta, entoando as canções do recente CD/DVD Acústico MTV II. As gerações mais novas, por fim, não ficarão de fora do roteiro cultural deste final de semana, que trará três nomes revelados entre o final dos anos de 1990

e o início dos 2000: a cantora paulista Paula Lima, o violonista gaúcho Yamandú Costa e a cantora e compositora mineira Ceumar. Paula estará sábado no Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso, com o show SambaChic. Yamandú fará duas noites de Tocata à Amizade no Teatro Sesc Pompeia, acompanhado por Alessandro Kramer, ao acordeom, Rogério Caetano,

Tributo a Raul Seixas

U

m dos showsmais inusitados do final de semana, sem dúvida, é a homenagem de Odair José a Raul Seixas. Os dois foram amigos, sobretudo entre o final dos anos de 1960 e início dos 70, período pouco conhecido da vida de Raul. O que vai ter nesse seu tributo ao Raul? Odair José– Vai ser um show meu, acústico, com algumas canções do Raul. Uma, com certeza, vai ser Tudo Acabado, música dele que gravei no meu primeiro disco, tendo produção e guitarra dele mesmo. Como era o Raul nessa época? Odair– Era um executivo e compositor muito antenado, competente, or-

ganizado, de quem todo mundo gostava. Era claro que viria alguma coisa maior dali, mas não dava para saber o quê. Quando eu me deparei com ele cantando Let Me Sing, Let Me Sing no festival de 1971, até me belisquei. Aquela performance tinha uma força muito grande. O compositor eu já conhecia, mas aquilo estava demais! Vocês foram muito amigos? Odair– Sim, foi um grande parceiro. Nós conversávamos muito. As informações dele eram diferentes das minhas, mas nos identificávamos. O mundo que a gente retratava em crônicas era o mesmo, só que com ele no rock, nas guitarras, e eu na música mais romântica, nos violões.

ao violão, e Luis Barcelos, ao bandolim. Ao mesmo tempo, Ceumar ficará em cartaz no Teatro Fecap, com o espetáculo Meu Nome, tendo como convidada Déa Trancoso. São razões de sobra, como se vê, para curtir os três dias de folga sem sair de São Paulo. Cauby Peixoto . Cauby Sings Sinatra. Teatro Vila Mariana. Rua Pelotas, 141, Vila Mariana. Tel.: 5080-3000. Sexta (12) e sábado (13), às 21h, e domingo (14), às 18h. Ingressos: R$ 40. Norah Jones. Parque da Independência. Rua dos Patriotas. Tel.: 3054-4511. Domingo (14), às 16h. Grátis. Gilberto Gil, Macaco Bong, Banda de Pife Princesinha do Agreste, Vj Scan e Dj Tudo. Futurível. Auditório Ibirapuera. Parque do Ibirapuera, portão 2. Tel.: 3629-1075. Domingo (14), às 19h. Ingressos: R$ 30. Odair José, Patrícia Polayne, Renato Anesi, Sebastião Tapajós e Trio Marari. Estéreo Saci. Instituto Itaú Cultural. Av. Paulista, 149. Tel.: 2168-1777. Sexta 12 (Odair), sábado (13) (Patrícia), domingo (14) (Renato) e segunda (15) (Tapajós e trio), às 20h. Grátis.

Ney Matogrosso. Beijo Bandido. Teatro Paulo Autran. Sesc Pinheiros. Rua Paes Leme, 195. Tel.: 3095-9400. Sábado (13), às 21h, e domingo (14), às 18h. Ingressos: R$ 40. Oswaldo Montenegro. Piano na Praça. Praça Dom José Gaspar, Centro. Sábado (13), às 16h. Grátis. Lobão. Elétrico. Choperia do Sesc Pompeia. Rua Clélia, 93. Tel.: 3871-7700. Sexta (12) e sábado (13), às 21h30. Ingressos: R$ 16. Lulu Santos. Acústico MTV II. Hsbc Brasil. Rua Bragança Paulista, 1281, Santo Amaro. Tel.: 4003-1212. Dia 12, às 22h. Ingressos: de R$ 70 a R$ 180. Paula Lima. SambaChic. Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso. Av. Dep. Emílio Carlos, 3691. Tel.: 3984-2466. Sábado (13), às 19h30. Grátis. Yamandú Costa. Tocata à Amizade. Teatro Sesc Pompeia. Rua Clélia, 93. Tel.: 3871-7700. Sábado (13), às 21h, e domingo (14), às 18h. Ingressos: R$ 20. Ceumar. Meu Nome. Teatro Fecap. Av. Liberdade, 532. Tel.: 4003-1212. Sábado (13), às 21h, e domingo (14), às 19h. Ingressos: R$ 20.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

24

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Fotos: Fernando Perelmutter/Divulgação

"Arcana alquimia" dos rótulos José Guilherme R. Ferreira

O

s designers especializados têm elevado os rótulos dos vinhos à condição de obras de arte. É claro que um rótulo deve, sobretudo, conter as informações básicas sobre o conteúdo da garrafa. Mas, com o crescimento e variedade da oferta, tem também o papel de se destacar nas prateleiras. Alguns comparam os rótulos às capas de livros, portas de entrada para uma experiência estética e de prazer. O inglês Peter F. May, "embaixador" da uva Pinotage e colecionador incansável de rótulos (é autor de Marilyn Merlot and the Naked Grape/Quirk Books/2006), acredita que os vinicultores devem apostar mais na graça e na alegria intrínsecas de seu produto e espelhá-las já nos rótulos – qualidades que enriquecem o rito da degustação e em nada atrapalham a avaliação enológica da bebida. A jovem escritora Tanya Scholes lançou no mês passado um

d

cultura

Preços camaradas e novos pratos no festival do Mercadão Lúcia Helena de Camargo

F

estival Gastronômico Caminhos e Sabores é o nome oficial. Mas pode chamar de festival do Mercadão. Uma dúzia de bares e restaurantes do Mercado Municipal de São Paulo se uniram para promover o evento. Em alguns, a atração é a novidade de itens recém-incluídos no cardápio. Em outros, pratos, lanches e petiscos serão vendidos a preços camaradas. E em todos os casos o cliente leva a receita para a casa. O Hocca Bar, famoso pelo sanduíche de mortadela, está vendendo o Bela Baby (com queijo), que normalmente custa R$ 8,50, por R$ 3. No Salada Paulistana, que tem no salão um boneco em tamanho natural de Adoniram Barbosa, o destaque é o Cupim Assado com Salada Russa (R$ 18). Bacalhau Para os amantes da culinária portuguesa a dica é parar para comer no Terra de Santa Cruz, que está servindo o Bacalhau Terra de Santa Cruz. Na receita, bacalhau, azeite, cebola, azeitonas portuguesas, batata sautê, brócolis,

ovo e palmito. O preço regular do cardápio é R$ 62. Dentro do evento, sai a R$ 55. Mais bacalhau na Lanchonete Ponto 27: criado para o festival, o Bacalanche é feito com bacalhau desfiado, temperado com ervas finas e azeitonas verdes. Custa R$ 14. O Elídio Bar, filial da casa da Mooca, lançou para o evento um prato com nome nada modesto: Melhor Filé Mignon à Portuguesa do Mercado Municipal. Leva cebola à milanesa, batata soutê e farofa de milho. O preço é R$ 32. Chope grátis No árabe Raffoul, a compra do Trio de Frios Árabe Raffoul (babaganuche, coalhada seca e homus – acompanha pão árabe), dá direito a um chope grátis. Custa R$ 28. O preço de cardápio do chope Brahma de 350 ml é R$ 5. Também no nipônico Japa Loko, o brinde é um chope (Itaipava, vendido a R$ 4,50). Para ganha-lo, é preciso comprar o combinado Japa Loko (R$ 33), composto de 12 sashimi, entre salmão, atum e peixe branco; um hossomaki de pepino e cinco niguiri – bolinha de arroz com peixe. O sanduíche de Sardinha Escabeche é a atração da Mortadela Brasil. A sardinha é assada e curtida com temperos e ervas. Normalmente vendido a

R$ 12,80, até segunda custará R$ 8. Prefere camarão? Então a opção pode ser o Escondidinho de Camarão (R$ 36) do Brasileirinho. Se pizza é a sua praia, dê uma passada na Sala Vip. Durante o festival, a pizza Marguerita, que normalmente custa R$ 26, sai por R$ 20. Na Pastelaria da Gigia, o pastel de frango com catupiry, em conjunto com uma cerveja Skol 360° (350 ml), custa R$ 7. E na lanchonete Torre Du Kebab, o Beirute de Picanha, de R$ 20 sai por R$ 17. O Festival é organizado pelo Projeto Mercatur e executado pelo Instituto Acácia, em parceria como Ministério do Turismo. Segundo a coordenadora do projeto, Nathalia Dellalibera Goduto, o festival marca o final de uma série de cursos de capacitação ministrados aos funcionários dos estabelecimentos. O evento segue até o feriado da próxima segunda (15). Os bares, lanchonetes e restaurantes do Mercado funcionam de segunda a sábado das 10h às 17h e aos domingos e feriados das 10h às 16h. www.mercadomunicipal.com.br

José Guilherme R. Ferreira é membro da Academia Brasileira de Gastronomia (ABG) e autor do livro Vinhos no Mar Azul – Viagens Enogastronômicas (Editora Terceiro Nome)

Oboé para Bach

No alto, o prato do Elídio Bar; bacalhau Terra de Santa Cruz (acima). À direita, cupim assado do Salada Paulistana e sanduíche de sardinha escabeche da Mortadela Brasil.

S

CACHAÇA No copo e no prato Antonio Rodrigues/Divulgação

N

o copo, cachaça. E no prato, receitas criadas pela chef Bel Coelho com a bebida. Até o dia 21 o restaurante Dui serve o menu-degustação harmonizado com a cachaça Cambraia, lançamento da Pirassununga. Classificada como extra premium, resulta de uma mistura de cachaças ar tesanais produzidas em pequenos alambiques, envelhecida em tonéis de carvalho francês. Está sendo oferecida em versões "1 Ano" e "3 Anos". Carolina de Tommaso Harley, da Pirassununga, e Bel Coelho (ambas na foto) se uniram para lançar o menu com entrada, dois pratos principais, um intermezzo (servido entre os dois pratos), sobremesa e dois drinques. O preço por pessoa é de R$ 170 (completo, com os drinques) ou R$ 130 (sem os drinques). Inclui dourada em crosta de castanha do Pará, costela de porco, sorvete de cachaça e, claro, caipirinha. Dui: Alameda Franca, 1590, Jardins. Tel.: 2649-7952.

livro ilustrado com rótulos inovadores de cerca de 250 vinícolas (alguns reproduzidos aqui), que ampliam nossa visão sobre o tema. The Art and Design of Contemporary Wine Labels (Santa Monica Press/2010) conta a história dos rótulos desde seu início utilitário até o papel estético de hoje, numa sociedade mergulhada em visualidades. "Confrontados por milhares de opções, o passeio por um empório pode se tornar uma verdadeira Odisseia", escreveu o designer Jeffrey Caldway, fundador do Icon Design Group e coautor do referencial Icon: Art of Wine Label(Wine Appreciation Guild/2006), para elogiar a importância do trabalho da coleção comentada de Tanya: ela acende uma luz sobre a arcana alquimia dos rótulos.

e você estiver numa sala de concerto, prestes a ouvir uma orquestra sinfônica, atente à cena que antecederá o espetáculo. Assim: os músicos, já concentrados, aguardam a entrada do spalla (líder do naipe de violinos). Quando este entra, sinaliza para um instrumentista colocado quase no fundo da orquestra: o primeiro solista de oboé, que, então, sopra uma estridente nota lá. A partir desse lá, todo o conjunto afina os seus instrumentos. Por que essa tarefa cabe ao oboé? Pela força do seu timbre, cortante (e mordaz). O oboé, na verdade, é versátil; pode, também, produzir doces melodias. Quem, em nossos dias, dá magnífico crédito à exuberância plena desse instrumento é o oboísta alemão Albrecht Mayer - um virtuose, titular da Filarmô-

nica de Berlim e da Orquestra do Festival de Lucerna. Mayer, no entanto, excede. É muito mais do que um quase "anônimo" músico de orquestra. Pela sua musicalidade, cultura, técnica e sensibilidade, já se consagrou como solista, cuja marca imprime em numerosos discos. Por exemplo, no mais recente deles, dedicado inteiramente a obras corais e concertos de Johann Sebastian Bach (18651750): Voices of Bach. Mayer toca também oboé d´amore ( in s trumento barroco) e corne inglês (oboé contralto). Momento especial do disco: Jesus Alegria dos Homens, último movimento da Cantata 147 (Hertz und Mund/Coração e Boca). Experimente ouvi-lo. Depois, não será difícil você entender porque a arte de Bach não pertence a este planeta. (MMJ)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

d

25

cultura

Tintos Para o Verão Carlos Celso Orcesi

V

inho combina com refeição, daí que raramente se bebe vinho fora da mesa. Em exposições e eventos tem sido hábito servir brancos ou rosados leves e gelados, como o belo Leyda Sauvignon Blanc reserva 2009 (R$ 42 Grand Cru). Em compensação os tintos combinam com a maioria das receitas: carne, frango, cordeiro, cabrito, arroz feijão, tortas, legumes, pizzas e massas, e até mesmo peixes fortes como bacalhau. Embora não seja proibido tomar branco com carne ou massa, a verdade é que sempre ficará aquém do prato, ou na pior hipótese, distorcerá o paladar da comida. Se você estiver mesmo a fim de tomar branco, a sugestão é levar a refeição com bastante calma, dar tempo entre engolir a comida e o próximo gole, de forma que acabes alternando vinho e comida e não tomando vinho com a comida. Há quem goste de Beaujolais, como o amigo Rabinovici nostálgico do tempo de correspondente do Estadão em Paris. O "nouveau est arrivée", mas o Drouhin veio caríssimo a R$ 67 (Mistral). Pesquise Beaujolais mais em conta e... cuidado com o poderoso marketing. Alternativa é a Pinot Noir? Originária da Borgonha, têm sido bem plantada no Valle de Leyda chileno e na Patagonia argentina. Ganharam fama e preço alto os vinhos da Bode-

ga Chacra, como o lote 32, o 55 e a versão menos cara do Barda (Expand R$ 98); assim como no Chile o Casa Marin (o Três Vinhedos a R$ 69 e o Cartagena PN a R$ 79 - Vinea). São preços tão elevados como a altitude dos Andes! Constante o Pulenta Estate PN (R$ 85 Grand Cru), igual preço do Bourgogne Couvent des Jacobins francês (Mistral), ambos ainda bem caros. Mais em conta o Bourgogne genérico do excelente produtor Liger-Belair a R$ 63 na promoção (Cellar). O bom do vinho é que permite ousar! Como bem observa o conhecedor Aliperti, o mercado mundial apresenta tendência à padronização. Nessa trilha o Alamos (R$ 30 Mistral) ou o Catena Malbec (R$ 50 Vinoteca SP), sem contar o surpreendente Amalaya de Colomé (R$ 42 Decanter), estes sim valendo o quanto custam! E porque não um tempranillo crianza com pouca "criação" em carvalho, uma Touriga Nacional du-

riense ou Alicante Bouchet alentejana? Sugestões de Espanha: Finca Antigua Tempranilo e Viña 105 Cigales a R$ 50 (Mistral) ou o mais caro Conde de Siruela

Roble 2008 (R$ 60 D'Olivino). Sugestões de Portugal: o EA da Cartuxa a R$ 38,50 (Bacco's) e o Altano da Graham's (R$ 42 Mistral). Nesta faixa de preço a linha Ar-

mador da Odfjell chilena, uvas carmenére, CS e syrah a R$ 39 (World Wine) ou o Cono Sur carmenère a R$ 30 (Expand). E já provaram a uva Bonarda, alegre com fruta algo azeda, como o Chakana 2008 e 2009 a R$ 30 (World Wine)? Do mesmo produtor há malbec CS syrah e merlot, ou seja varietais perfeitos para comparar o potencial de cada uva ao preço atraente de R$ 30 (World Wine). Para o verão algumas dicas podem ser lembradas, a principal delas servir o vinho bem frio, antes de gelado. Na França segue-se a regra de tomar o vinho chambrée (quarto, ambiente), equivalente à temperatura de onde o vinho é trazido, no caso a adega. Acontece que lá essa temperatura se situa em torno dos 15 graus, daí que vem à mesa frio. Se no Brasil tropical aplicarmos a regra sem flexibilização o vinho trazido do armário chegará à mesa pró-

ximo dos 28 graus. Há 20 ou 10 anos sequer os restaurantes tinham adegas, nem ao menos essas geladeiras especiais para mais de 100 garrafas, e então os tintos chegavam abrasivos. Está para ser melhor explorada a relação tinto e calor ambiente. No passado era considerado cafona o cliente pedir balde de gelo para esfriar o vinho. Isso acontecia porque boa parte dos neófitos consumidores tomava o vinho estupidamente gelado, como se fosse cerveja, e neste caso o gelo mascara os aromas e a qualidade do líquido. Eu já superei o receio de ser mal visto; se o vinho está quente (além de não recomendar o restaurante para ninguém) percebo no primeiro gole (aquele do cerimonial dos garçons para quase nada) e logo peço um balde para esfriar por 15 minutos. Lembrando filme famoso daquela deusa que namorou John Kennedy, quanto mais quente... pior. A chave mestra da solução dos tintos para o verão está na escolha de vinhos jovens, agradáveis e sem frescura que não a da temperatura. Periquita (JMF), Grão Vasco (Sogrape), Quinta da Pedra Alta Reserva 2007 (R$ 46 na Grand Cru)

Pra não dizer que não falei das flores. Do Ibirapuera. Festival de Jardins do MAM exibe nove jardins criados por grupo de franceses e brasileiros

Rita Alves

A

trativos não faltam para frequentar o Parque do Ibirapuera, especialmente agora, época da 29ª Bienal de São Paulo. Então vá, e, antes de qualquer coisa, preste atenção no parque. O vasto verde do local está com um encanto especial. A diferença acontece graças ao Festival Internacional de Jardins de Chaumont-sur-Loire, que sai pela primeira vez da França e chega ao

Ibirapuera nomeado como Festival de Jardins do MAM. O evento mescla projetos de paisagistas franceses, como Louis Benech e Florence Mercier, e brasileiros, como Ernesto Neto e Beatriz Milhazes, todos encarregados de trabalhar com o tema alimentação do corpo e do espírito em suas criações. Com curadoria de Felipe Chaimovich e cocuradoria de Chantal Colleu-Dumond, reúne nove jardins de 200

metros quadrados cada, distribuídos ao redor da marquise criada por Oscar Niemeyer, onde está o Museu de Arte Moderna. Segundo Chaimovich, os paisagistas franceses, já consagrados em seu país, foram selecionados por Chantal. No Brasil, o curador escolheu artistas contemporâneos, estreantes na criação de jardins, como a dupla Maro Avrabou & Dimitri Xenakis (foto à esq.) e Beatriz Milhazes (acima), esta última autora de um dos

jardins mais chamativos do local. A artista criou um sol todo especial, distribuindo girassóis em semicírculos concêntricos e formas geométricas irregulares. Aproveite os banquinhos dispostos no jardim dela (e nos demais) para contemplar o cenário. Depois da pausa, continue a caminhada em busca de mais oito belos jardins. No Parque do Ibirapuera. Av. Pedro Álvares Cabral, s/n, portão 3, tel.: 5085-1300. Grátis.

Fotos: Douglas Garcia/Divulgação

A

O mundo sem limites, visto das colinas das Perdizes. Gustavo Mayrink

ssim como os grandes poetas, o cronista Antonio Prata também é um fingidor. Ele só não finge tão completamente que chega a fingir que é dor a dor que deveras sente por questões, digamos, estratégicas, filosóficas e de diagramação de página. "Minhas histórias sempre apresentam elementos, fatos ou personagens inventados. Nem tudo o que está ali necessariamente aconteceu da maneira que está descrito", diz o paulistano de 33 anos que acaba de lançar seu nono livro, Meio Intelectual, Meio de Esquerda (Editora 34, 176 páginas, R$ 30), uma saborosa coletânea de crônicas publicadas em jornais e revistas nos últimos oito anos. É das colinas das Perdizes, tradicional e sinuoso bairro na zona oeste de São Paulo, que Antonio, mesmo morando num apartamento

térreo, enxerga o mundo através de horizontes muito além do nosso alcance. Windows Media Player, uma das 77 crônicas do livro, oferece um bom exemplo dessa sarcástica e fantasiosa visão ao tratar de um inusitado fenômeno socioesportivo: o "insulto intercondominial". Antonio se refere a uma prática cada vez mais comum nos últimos tempos, quando em dias de jogos de futebol as pessoas "correm até suas janelas e gritam, com vozes de barítonos que em outros tempos os levariam à opera, ao comando do exército ou de boiadas: `Chuuuuupa, porco imundo!´, `Toooooma, porcaiada!´, ` Choooora, Parrrrrmêra!´". A partir dessa curiosa guerra midiática, o autor sugere uma ousada prática publicitária: "E o que eu tenho aqui, diante de minha janela? Uma pequena multidão de um dos nichos mais disputados: homens de 16 a 25 anos, classe AA,

Crônicas de Antonio Prata: filosofando sobre o cotidiano.

todos de ouvidos abertos, só esperando para escutar o nome do patrocinador que me procurar e enviar um cheque no valor a combinar. Entre um `Chuuuupa, porcada!´ e um `Cala a boca, gambá!´, eu viria com `Notoriuns Vídeo, a locadora das Perdizes!´ ou `Cerveja Riopretana, a melhor das artesanais!´. Topo, até mesmo, fazer campanha política. Quando for gol do Palmeiras, grito: `Serra!´. Gol do Corinthians, berro: `Lula é Timão! Lula é Dilma!´. Ou, independente do time: `Marina! Um novo jeito de fazer política! Um novo jeito de fazer campanha!´. Assim como os grandes cronistas, Antonio Prata também transforma as pequenas milongas do cotidiano em prosas sublimes, divertidas e bem lapidadas, onde palavras são minuciosamente escolhidas e encaixadas. Entre projetos para TV, cinema e um livro

sobre memórias da infância, Antonio está finalizando seu primeiro romance. Parte da coleção Amores Expressos, projeto que levou escritores a diversas cidades do mundo para que desenvolvessem uma história de amor, a aguardada saga do autor em Xangai deve ser lançada, centenas de páginas Word depois, em 2011. "Nunca imaginei que o atalho entre a crônica e o romance pudesse ser tão esburacado e mal-iluminado", afirma de maneira dissimulada, antes de revelar o verdadeiro e mais frustrante dos seus enredos. "O que mais me aflige hoje em dia é ter uma bateria completa no meu escritório e, por morar em prédio, não poder tocá-la". Mesmo desconhecendo as habilidades rítmicas de Antonio, os leitores – e, acima de tudo, a eclética vizinhança das Perdizes – agradecem a preferência.

A PERSONALIDADE MÚLTIPLA DE FERNANDO PESSOA Em mostra dedicada a escritores essenciais do idioma. Museu da Língua Portuguesa. Praça da Luz. Tel.: 3326-0775. Terça a domingo e feriados. 10h/18h. R$ 6


DIÁRIO DO COMÉRCIO

26

d

cultura

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

O INCONCEBÍVEL BATE À PORTA

Como o livro A Era do Inconcebível, de Joshua Ramo, traça uma vulcânica perspectiva da civilização. Renato Pompeu

Tudo que é sólido desmancha no ar.

s e õ ç a e Táticas

h a l l o b z do He

struir tar e con s de e j o r p ato diam o n d e p o s re c e n t e s a r t e f t a q u e s , e i u a e q d m a er a er seus e p ro t e g i s q u e o s re s p o s t a l u g a re s u A o ? r h o a r l ter r ma Hezbol instalado em mais nses. Po sse sua e l e r a s a r e t s s i s ve h adas ane por e ezbolla aior ollah de a minas plant iitas lib da e apoio, o b H x z o e s e o H u e q m d a ju ci on (...) Por a casas, se sua eios am de a re v i v ê n s, ado i p re c i s a v h t i n h a s e t o r n d i a n a - e s o b e i r a d e e s t r a d a b é m a d e v i a a constru era imaginar m us? (...) a i b l m t l a a o o t n c b e ida colas ent Hez aptidão s de matar jude bollah vel da v gado às vavelm sentupidas e es am á o r r a p p e e z s t e i l in o tinh s de e f i c i e n s f o rç a s d o H amente ano. Nã privada s. Duas coisas rante a p ro f u n d s l e n t a s d o L í b a e n t re a u i d r P o r q u e a m c a s a s p ré - s o u t r a ? á o v i vi prim v variáve istinção algum e o grupo das, sob o d levanta as ali, uma apó m i t n s d a o a t c m en iam duas dé e fora do fabricad r que construía tais? Por faz sertar encanam uitas vezes, m a i s d e re s s ã o d e n t ro m a i o n m p p o ; , s c s s o a á h i b o p m m m o Al intensa essa obsessão c ara a tes fazia ricar bo no sul d e dirigia p : o o escolas ndo as pessoas ema com fab esmos militan nham Líban o e um instint ntas. l os m s. Ti a s s e i ã e l ç o q u e , q u a i n h a m u m p ro b c o , c o m h s c l a i s v e o t ambas a ado fundo, e iss rmação a ino lência a variáv Líbano mento domésti com i o h s f l e n r u i g e r u a e d o n s a m s ento o enc uilos tudo, de s barulh d a v a d e e l u g a re s t r a n q vizinho nça que não se o , a gratidã uma cri va pelo Corão a s o s e o r r mei inte vam pri p ro c u r a

TREC

LIVRO HO DO

A ERA

L CEBÍVE N O C DO IN

E

sta frase de Marx é o que ocorre à mente quando lemos o livro Era do Inconcebível - Por que a Atual Desordem do Mundo não Deixa de nos Surpreender e o que Podemos Fazer, do economista e jornalista americano Joshua Cooper Ramo, ex-editor de Internacional da Revista Time e atual diretor da Kissinger Associates na China, um intelectual extremamente qualificado, que circula com igual desenvoltura entre os mais brilhantes tecnólogos, por exemplo, de videogames, e entre os mais brilhantes chefes de serviços governamentais de informações, por exemplo, os de Israel. A Companhia das Letras lançou a edição brasileira menos de um ano após o lançamento original da edição americana, no ano passado. Ramo dá ênfase ao fato de que tudo em que se tinha confiança está sendo sacudido de alto a baixo. A maior guerra contra o terrorismo até hoje desencadeada na história da humanidade apenas está fazendo surgirem mais terroristas. A globalização do capitalismo, projetada e saudada como a extensão da prosperidade do mundo desenvolvido a todo o planeta, apenas está aumentando a distância entre os mais ricos e os mais pobres. Baseado em um profundo conhecimento nos mais variados campos do pensamento humano - a história, a economia, a psicologia - e nas mais avançadas pesquisas contemporâneas - sobre as teorias do caos e da complexidade, sobre a imunologia e sobre a nova ciência das redes e sistemas - Ramo diz que vivemos, a maioria de nós sem perceber, uma era revolucionária, em que os impérios, inclusive o americano, desabam; as grandes corporações enfrentam o risco de falência e têm de ser socorridas pelo poder público. Tudo se tornou imprevisível, diariamente modos de pensar e de trabaTudo em que se tinha lhar entram em coconfiança está sendo lapso, técnicas hipesacudido de alto ravançadas se tora baixo. A maior nam obsoletas em guerra contra o questão de horas. terrorismo está fazendo Por enquanto, de surgirem mais acordo com o autor, terroristas. quem está à altura dessa revolução, muito mais do que as pessoas responsáveis em cada setor Tudo se tornou nas empresas e nos imprevisível, governos, são os que diariamente modos de perceberam que a repensar e de trabalhar volução está em pleentram em colapso, no andamento, espetécnicas avançadas se cificamente alguns cientistas, mas printornam obsoletas em cipalmente terrorisquestão de horas. tas muito sofisticados e dirigentes de fundos de hedgeque conseguem acompanhar o ritmo alucinante das mudanças contemporâneas. A tal ponto que o inconcebível acontece: investidores apostam em empresas praticamente de fundo de quintal, como a Google, ganham bilhões de dólares, enquanto empresas seguras, como a GM, só sobrevivem com garantias governamentais; os militantes do Hezbollah conseguem derrotar as Forças Armadas mais bem preparadas do mundo, as de Israel. Pertinho de Israel, o Hamas continua dominando Gaza, apesar das constantes intervenções israelenses. Em Wall Street, complicadíssimos esquemas para garantir a segurança nos investimentos apenas tornaram mais aceleradas as falências, num ritmo alucinante. As tecnologias de diferentes setores se combinam como nunca antes, com o que surgem setores ainda mais diferentes. Por exemplo, no Japão, o inventor Shigeru Miyamoto - aquele que pôs figuras animais nos cabides, encantando as crianças - juntou a tecnologia dos videogames com a tecnologia dos airbags e desenvolveu o Wii. Na África do Sul, a maior campanha médica da história contra a tuberculose resultou na propagação de um supergerme. Na Rússia, o colapso do comunismo não levou à instauração de um regime democrático alinhado com os valores americanos. Ramo recorre à teoria da pilha de areia do físico e biólogo dinamarquês Per Bak, segundo o qual, se se acumulam grãos de areia para formarem um cone, o comportamento desse cone de areia se torna imprevisível. A qualquer momento, acrescentar mais um insignificante grão de areia ao cone tanto pode levar ao desabamento imediato de toda a estrutura, sob a forma de uma avalanche, como pode não acontecer nada e o cone se manter em equilíbrio perfeito. Do mesmo modo, assinala Ramo, pequenos acontecimentos, como a inadimplência no pagamento de uma hipoteca, ou a inserção de um vírus num computador, podem levar a grandes catástrofes financeiras ou tecnológicas, como pode também nada acontecer. Do mesmo modo que, a pilha de areia, na medida em que se acrescentam mais grãos de areia, vai se transformando e aumentando em complexidade, também os problemas do mundo contemporâneo, em vez de irem desaparecendo conforme se encaminham soluções para eles, apenas mudam de forma e continuam existindo. Mas o autor acha que a sociedade americana e os valores americanos podem perfeitamente sobreviver às atuais crises, se os cidadãos comuns tomarem conta de seus destinos e pensarem e agirem de forma revolucionária numa era revolucionária. Se todos revolucionarem conscientemente as suas vidas para estarem em dia com as mudanças revolucionárias que ocorrem no cotidiano e a médio e a longo prazo, acompanhando o que já fazem hoje os pesquisadores mais avançados, os terroristas mais bem-sucedidos, os poucos gerentes de fundos de hedge que lucram com as bruscas erupções dos mercados financeiros, os resultados, de acordo com Ramo, só podem ser bons, pois ele tem fé em que a esmagadora maioria das pessoas quer coisas boas e não más. Temos de ser ao mesmo tempo resistentes, cuidar não só de nós, mas de outros, e de ser ininterruptamente inovadores e estar em constante mudança. Temos de tomar conta de nós mesmos, cuidar de nossa família, nossa poupança, nossa educação e aperfeiçoamento. Temos de ajudar a cuidar dos outros, e não ficar esperando que o governo ou as empresas cuidem dos outros. Acima de tudo, precisamos acompanhar as constantes transformações, nos transformar ininterruptamente a nós mesmos. Só assim poderemos adotar visões de mundo mais adequadas para enfrentar os desafios econômicos, políticos, internacionais e tecnológicos e comportamentais que a nova era nos impõe com suas incertezas.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.