.Cflricos — Produção o Comercialização — Otlion Ferreira
Carlos Peixoto — Antônio Gontijo ele Carvalho
A Gloria da Espanha — João ele Scantimburgo
X O Papel da Empresa Privada e da Empresa Pública no Econômico — José Garrido Torres
Milton Campos — Magalhães Pinto
Milton Campos — Caio Mario ela Silva Pereira
rTrading Companios — Amoldo Wald >-Tungstônio — Nocossidade de Prospecção e Pesquisas Eficientes
Sócio- Dosonvolvimonto OUion Ferreira
'Milton Campes — Carvalho Pinto
V A Obra de Milton Campos — Magalhães Pinto
Os Aspectos Sociais da Tributação — Gustavo Miguez de Mello .
O lutador o o estola exato — Pobovto de Oliveira Campos
Hélio Vianna — João Camilo de Oliveira Torres
Bibliografia
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e um repositório ^predoso de informações guardadas sob sigilo absoluto e conjtQdas exclusim e dírelomente aosínteressadc^
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ce I-'
A Philips está ligada à vida diária de cada um. Desde o instante em que se acende uma lâmpada ao momento em
vocé ver todos os dias em qualquer lugar o escudo Philips, componente que define a excelência de qualidade que uma pesquisa cientifica exige o uso em produtos para iluminação, conforto de um microscópio eletrônico, a Philips doméstico, processamento cie dados, ' está presente com o mais avançado telecomunicação, medição e registro, instrumental que faz a vida moderna. áudio-visualizaçào. ensino, pesquisas E faz tudo para vocé. Com doze científicas, medicina, agricultura, fábricas no Brasil (167.000 m- de área odontologia, enfim, onde a eletrônica construída), dando emprégo para mais e a química sejam princípios de 10 mil colaboradores de todos os fundamentais. Eis porque Philips níveis, a Philips participa Intimamente está nas indústrias, no comércio, no da vida brasileira. lar, nas escolas, nos transportes. 0 prestigio da marca nos bancos, nos cinemas, nos e 0 extraordinário i hospitais, nos laboratórios, nos conceito de que escritórios, nos supermercados, goza, são razões de oficinas técnicas, nas fazendas, em todo lugar.
melhor nõohã!
0 MUNDO DOS MGOCIOS MM P,1X0R.UM.\ DIMESTR.U
Publicado sob os auspícios ira ASSOCWÇÍO COMERCIAL
DE S.PAILO
Diretor; Antônio Gontijo cie Carvalho
O Digesto Econômico, órgSo de In formações econômicas e financei ras, é publicado bimestralmente pela Edltôra Comercial Ltda.
A direção não se responsabiliza pelos dados cujas fontes estejam devidamerue citadas, nem pelos conceitos emitidos em artigos assi nados.
Na transcrição de artigos pede-se Citar ^ o nome do Digesto Economico.
publicará no próximo números
CA.ST.Ã.O DA CUNMA, O i:>IPLÜMATA
Anlonio Cíonlijo de Carvalho
Acelta-se Intercâmbio com publi cações congêneres naclonala e es- irangeiras.
(Anli'4< .%1ÍllÍstH) (1 I instiga f tio Supvfino Trihmial l'\'(li’ral) IL no PuADO Kl i.i.v
Scnliort-s
Complcta-s.’ lioje quênio da Jnslit,-a Seeeional Mas as VOZC’S qne exa vos juizes ^K-lo exemplar suas funções ganliam timhre, ressonância só ixplieáwis pela liaditãi) - cpic eles sfio depositários e polas su gestões deste recinlo, onde o antigo b »premo vitalizon, na dinlmna prática d(. as \'erdad, s esscaicia;; instituições polip. mieiro o (punrenaseida.
am ag. ira os noexeiAÍeio da-. \ ()!iu',-.e, transição: poi.s. (luanclo eomeçasa a aluir o regime represi‘ntati\c. minado nos alicerces pela corrupção do alistamento e pela fraude das apuraç-ões, a Lei Bueno de Paiva tentou sanear o 2’*<’ccsso do 2>lt'ito, cliamando-os a participaxctn, pela ineonlestada idoneidade, cio estágio fi„;il — ü da diploinaçãc), cinboia su jeita ao reconheeimento arbitrário das Câmaras.
uri^ia coiificoni os Senti.somjiR- t|tic liar as garantias cios inclÍ\ícIuos logitimo.s intcrossfs cio Poder, nelas do Direito Púhlico, também o foram da lisma eleitoral numa fase cie
Fatos esiKirádicos. ein podiam ineoativamente suscitar condão de sou niagislério, ao florescimento das licas.
Ambas as inslànci; primeira Constituição nie.smo ano ele 1890 is uuleciparam-.sc à uma ou outra rejnihheaua, im V pedo iiKsmo dcque deu Se'Cção, ereto do Goseruo Pro\ isório organicicladc à Justiça Federtd.
0 “status” dos juizes dc; Seeção cra dos mais categorizados da magistraliiva. Acudiam cm clcfc‘sa da Constituição nas wusas fundadas direlamentc^ cm seus preceitos. Velavam pela ob.scrvãncia das leis da União c proccssa\’am propo.stos por ela ou contra ela, só c imediata revisão da Cumpriam a mi.ssão Campos Sales na com tal autoridade
não liuham o os créditos do sistema, req^aros; porem de conqnometer iDois a x igilància do órgão su2>orior j^ron- taniente rcslabeleeia a ordem proces.suai violada.
duas tendências presírculos jurídi-
A esse teni25c) tigiosas dosjíontarain nos c os litígios
cüin a CO.S. à criação de Tridcslocaniento
Uina delas visn\'a bimais Hegionais c par-x eles ua competência cm grau apelação, conferida à Còrte Supirema que se \ãa assoberbada pelo aumento trradnal das demandas oriundas das Va° impossibilitada, por isso, de julgar presteza as cansas originárias e os recursos extraordinários, no ciimprimeudo cxctqjcional papel que o regime Ibe rcser\ara a bem da aplicação uni forme do Direito nacional.
-Alta Còrte. que Iho.s traçara aurora do ao de regime; e que o Supremo convocava na.s subsüluiçõus lenq>orárias e alguns deles, dc vários Eslaclos, ram a integrar em definitivo o quadro do Tribunal. A própria função pecializou no trato, na análise, pretação do Direito Administratix' Tributário, os ras c vieeom os esna intero c do aram a malo cuja doutrirfa ajucl compor e a propagar, tendo por trizes do ensino as regras básicas da Loi Magna, das qunls extraiam lúcidas
A outra mirava à unificação da ma gistratura cm todo 0 país, cora o fito de resguardar as prerrogativas indispen-
O arliiiic «irss.i i<‘sUmrav;"io foi o y- sáveis à autonomia c ao decoro da ' fnnçãü judicante.
‘í Em poucos anos os objetivos daqueir ' lüs tendências seriam total ou parcialmente alcançados. De alymn modo. entretanto, Niriain a produ/.ir contra|j. ditoriamente efeitos danosos aos Juizados L Seccionais.
^ O estatuto de 19-34 disciplinou coin tanto acerto a carreira judiciária, mediants regras de cumprimento obriga, lório por parte dos Estados, ejue tornou ^ dispensável o retorno à centralização vi^ gente na Monarquia e fronlalmeiite incompatível com o sistema federativo, [ sobretudo quando a unidade do pro- l' cesso, então adotada, comple- l tava o rol de limitações ao arI bítrio, legislaturas provinciais.
.Ministro Milton < 'ainpos.
A Càmiissáí ● nomeada para esdeferir por e ( triitiuar .i reiorm.i loiiuçou por ao .Supremo t.d p:iiininèueia ejue não a i'4iialaria m iibiim Tribunal congènete Mant(.‘ve lod;is as el.issi. as. Iicrcladas do
●idtos. pai‘'cs atribuii, ões nos suas e acresccnlCHido “juizo dç das modenus modelo norle-ameiieaiK'. liiís atribuições polilieas legitiinidad )iriv ativas
Còíles eiiropf i.is.
* tudo, a ideia-fòrça, despojada dos motivos originários, operou * uma surpreendente o Plenário passou c {-ontene.oso da Constituição, miinadas às pvU(1( i-lai .içõe.s dc cfcilo geral de lei ou alo de a c.xcreer assim nas d mandas ci tes eomo em rclalivas à iiieiicáeia natureza
Ibiião, ( Tiirinas ec-lcridadt- dos julgamentos) Sí ('01110001050 d.is iiorinaliva. cjuer da ● dos Estados. |llc-l (( levadas a três) para nesse particular, das Conresc-rv oii leis. criação dc Heciirsos. o A Comissão sugenu a dc- mais dois Tribunab Is. conferindo os apresentados ao reversão, ensejando um nivelamento às avessas, ou fosse a eUadiuilizaçõo da primeira instância, alvo inicial da campanha — a jccierali- zação da Justiça cm todos
A inesperada inflexão, triunfante cm 1937, poupou, é certo, a jurisdição ordi? nária de recurso, mantida no Supremo. Com isso agravou além da medida 7 congestionamento dos feitos, a prcte.xto de que a fórmula preconizada jaara ali- '*● viar a carga — a instituição de tvibii\ ' naís intermediários rev erencuiiiios ton Campos.
proj'íos antes todos eoinciclenlcs no restabeI-'c‘clcrais, definiuGoverno, Iccimento cias \’aras contra o em sa ia um lhes a competência tisfação à “eoimminis opinio” e ch.-ver cie reparação histórica. Eis aí ponjuc. nesta data c nesto lo- a memória de Mil-a, csiaei os graus.
O Brasil o conlu-c-e de nma carreira vivida. Jurista, o aicliiamcntc’ pública professor, parlainc‘nlar. Ministro dc Es tado. Os dois priinc-iros títulos ajuscomo luva às suas inclinações Era por lormação mestre. Mais do (pic isso, os¬ so efetivaria em futuro próximo, o que importou tam bém cm esvaziar de sentido a outra iniciativa, só concretizada iini decênio mais tarde em obediência a manda mento constitucional de 1946. tavain-sc naturais. con.scIb('ii'(), guia. crevia c doutrinava com a ciência c a arte, a concisão c; a profundeza de A educação (|uc o norteou ■as — as mais um * Somente em 1965, no primeiro go verno revolucionário, se restituiu à Jus tiça Federal o traço arquitetônico de todas as organizações judiciárias.
Inimanislu. procedia das fontes clá.ssic genuínas, as mais autênticas, as mais de-
l.-sd,. o emineia-
Milton Cainpo.s iTa uma consciência (podiamos clizi-r “um ideário”) a scr\ieo (la política. Mas da política orgâ nica ua acepção mais nobre, a que ele ensinava n.i cátc-clra. a dominada i>or a felicidade puradas. C) aceno de lanões adqui ridas )iabiiítoii-o a sinte^es lapidai'.>. i sóbrios conceitos que do circulav am eomo .li ii m.u.õe'' seni eontrastí*. Xeiilium desvio ua «'sseiuia do pensamcnlo rev. lado. neuliiun.i iiupredsão na forma exata, .luil, moderna. O sentimento (pu‘ lli" anim.iv.i a^ p.d,l\la^ foi sempre o do i idad,'io li\r. . o do liberal (pie pe'o ex.mplo diitnitieava uso cia liberdade eomo (!●● Siihtancial a todas as c-natiiras, mesmo identiíieon no '■prim ipio libe ral” um estado dc- espirito ([n,\ tal, pode durar e sobrevivei: "Oneni sabe llic caberia s r, no innnclo agil;ulo e liimnlluário de boje-, o sal da di-mocracia, para imp'dir qm- ela m- eorronipa e pai’a couserv.ir. nesta (piadra racterizacla ]iel.i aceleração da liistória. 0 essencial d.i liberdade e da dignidade do homem':' “.Airi-nas. a sen v, r, não bastava a .sini[)'es e desannachi atitude, pois “a ordem natural das pode ser largada ãs disle.rçõe inínte lhe provocam a cobiç; petições dc int; resse.s
Mas a naturalidade' será, 1
mua umea preoeuj)açao euleliva. bor .Símelliaufc caminbo c.sV er rejuvenescidas as tradiçõe.s ‘‘Como agir no pre— indagava — j)ara se enq>regantilmcnf<‘ as virtucle.s (lue uo.s insNão ou.so tentar perav a eivie.is de Miiias; J o rcin piraraiu no passado)' a re.sposla.pelo menos, boa consc-lhcíra. porquo espírito dc dismn hem cimr.le
COiUO 1 nela liução. o sentido dc* c“qiiilíbrio e a força humilde da paciência ele (pu' precisam as obras cuja grandeza sc incclc pc.as SC cunccutram o ● crescem na dimensões do liituro c q*'*-' obscura prolimdidadc das raizes, .sem das collvitas na superfície, inde- tios afoitos, dos cai\
coiisas nao s que falala e às eomegoistieos”. llii (|iic condicionar aqiu-la orcU-m a obje tivos aclc<[iiados, rcgiihimenlando-a atra vés da “lei (]iie liberta”, por significar “a regra obje-liva (luc, prevendo c pro vendo, afasta as soluçiães easiiislieas do arbítrio c da força”. Donde o prin cipio da legalidade, que- não ó o íeticbisino da lei un si nvsma. se não um processo corre-livo da iinpc'rfc’ição hu mana”. Ah! com (|iu‘ siiieeridade lhe brotou da alma esta c.xp.msão apostolar: “A bumildadc' (mi sulmiissão à lei) SC traduz pela moderação c pela tole rância, que eiivolvcni um sacrifício à tendência dc cada um para se e.xpandir c brilhar. São não satisfazem a natural vaidade dos homens nc’ni bastam aos heróis”!
preocupação Essa missão prcscu. dcMUagoíos c dos taiimaUirgos a prazo ' “ Nas frases iiue acabo dc ler fi\o. (■.■●●pellia-.sc destino.
um Iraça-se vocaçao. uma nsibili- É o repúdio ({ue a se
[iíOS, imiiU) cio incigus o cio profeta,, acnrolos c|i.o Max Wolror via transfomia- d,!s om donos cio partido oos parlamarim ooiclonlais. È. cio mosmo passo, .1 oootlona.,-ão da poHUc-a passional, e oom- peditiva, onclo, .ra confissão cio B.smarck, havia É Imiar para a por último, o^louvor cia ponderação, do itudo, da probidade intelectual no go- fora delo, com a determinação de servir às causas jusA função pública não c privilégio -i serviço dc todos nao es verno ou desinteressada Ias: dc ninguém, mas c um benefício coinnm.
Impermeável à vaidade, Milton Camdisputou honrarias. Desprovi>> para o virtudes pálidas que pos nunca do dc ambição, nunca reivindicou um cargo ou mandato. Os c[uc llie vieram
às mãos foram imp(.Tati\os, como re sultantes do consenso íjcral oii de necessidades vitais da agremiação parti dária. Se eram para sersir a Minas oii à República, jamais vacilou na acei tação nem esmoreceu no desempenho. E a ação que desensolveu com satis fação goetheana, cm detrimento da saúde e cm atenção a comodidades, veio desde o começo tocada cie idea lismo de contribuir
t ráliea do pi()])iio espírito c sim unu disposição <-inin<-nteinenic seletiva, um apeh» e.sliiiuiianle às \ irtiiosÍdadc’s dj razão ein faee às contradições da sociedadr c do hlstado.
Só
Os exemplos (jiic prodigalizou na \icia pública ioraiii apeii.is a projeção dos rief)S atriimios da sua jiersonaÜclade. no jieqmno immdo das afeições se avaliaria a .imenidade daquele tenijieiamento. a distinção (não a ■uislerid.ule) do porte, a delicadeza (mais de sensibilidade que de li;il)ítos) cio trato Innnano, a liei soiieilude xotada à fa mília c aos amigos. .\ lamília, onde os (■xlreiní)s de dedicação loram para o casal mn romance sem jialaNia.s. Aos amigos, pelo \alor qnc cmprc*.sta\'um a mna estima fratírna. ,A amizade, como a
proporçíio i cm comn-
e perseverança, na e.xpectatixa para a regeneração dos costumes, para a melhoria das in.stiluições, para a educação, realçou tjuc primeiro dever do lionieni públi ■ correspondência pontual, sincera o ca lorosa às aspirações e sentimentos cuja força irresistível faz prevalecer lha popular”. E explicou sem ênfase, quem nionologasse; “A que a.s dificuldades da vid; nidade o ICO e a a csco- \ como
Nessa miitua
tí mas arte de eonxc-rsar « pret soa c a,s ox-
se acentuam mais imperiosa se presença do povo no cenário das deliberações políticas, ü sofrimen to impede-o de tato com torna a scr mais rigoroso de conas massas populares, compreen-sao e ne.ssa comunica ção ininterrupta estará a chave para a solução ou atenuação da crise como a que vivemos. Aí a razão de ser do - valecímento da democracia moderna^; bre as tentativas da ditador periências definitívamente malogradas dos regimes fasci.stas. O comando de um só lioincm ou de
um só grupo de homens não é apenas uma usurpação po lítica: é também o método ineficaz c ilusório de captar nialicinsamente confiança do povo para traí-la guida”.
ípialiíicou Milton (.‘anipos cm carta a Rodrigo Meio )'ranco cic Andrade, era “nobre c inata ca]>aci(Iaclc de influir, tão diferente da arte de fazer ainigo.s e influenciar pessoas” tjuc os utilitaristas ensinam c os |■)^)mocionistas apronclein”; “xerdadeira \irtndc”. “corrente de coiminieação formada entro as alí)bra prima da naUirezii”. A lornoii-se para è!e o <|iic foi j>ara Mmilaigne — “o mais pro\’cit(jS() c natural exercício cio espí rito”, de “nso mais doce tjiic o cie nenlnnna onlra ação da nossa existência”. Todos la^coliuunos na memória do co ração os ecos d(“ tantos c compensado res encontros; ele minlia parte, a grata, a honrosa experiência conta-se por mn cpiarlo de sccnio. Por isso ainda agora ine comove a l)ondacle com (|ue Milton Campos sistcmalicamente nos ponpou ao sen própiào sofrimento, assim na fatali dade cpic o enlutoii duas \ezes no es])aço dc- <lois aiKJs como uo desdobra mento do mal (juc- o xitimaria. Eui nenliiim Jiiomenlo articulou uma queixa.
Sua resistência a outra liden não fos.se a do lúcido o livre cimento dos go\'ernudos não indiciava retraimentü, e\'asi\’a ou excusa idésse inteipretar-sc como reação aristoa em scuiça que convenque pu.láláÁA
Sua superação ri\ali/a\.i i oni eslüicos que. go\cniaiulo os pensamen tos e os desejos, resistiam .1 todos os males “no asilo imioláwl da (àmiorta-nos a esperança de ([uc' as no\as gerações, ao a<inilatarem a con tribuição moral (|ue Milton Campos Iho.s transfere, repilam. i'in intenção dè’.o, o <pie de Einstein omin Malnui.x: exemplo de iima \ida moralmenlc suj-)('rior é imeneível”.
tios a propn.i '.●ontade”. I*’. de lato. elu-gon .1 exeedè-la pelo <]ue efeli\amente signitieon a prática, tão expontânea quanto la-neménfa, cia caridadt' i rislã. it O
Mudanças sociais e variações semânti cas; relação entre esses dois tipos de mudanças
FkP.X.ANIH) I>I‘. .AzIOS I.IU)
^NTRE as faculdades próprias do ho mem está a linguagem articulada, bto ê, a de poder criar, compreender e transmitir os símbolos pelos ([uais, comunicando-se uns com os outros (! dc
dc elaboração são as línguas f)rganismos c iiltuiais que, como OS povo? (jue as eriarani. ii;r<cm. evoluem, atin gem a maturidade e o esplendor de seu d. seuvob iineiito, t r.mslonnam-se, dando iiigar à formação 11111 dia dc serem às \'êzc‘S em obras íjiie as tornam imor tais.
I<le outras, V, deixando lalatlas, se cristalizam uma geração para outra, pode ligar o passado ao presente e este, ao futuro, através de gerações sucessivas. Por essa faculdade, — a da linguagem (jiie e, numa expressão feliz, um lune-binder. pela de apropriar-se das cousas, moclifi- ca-las e fabricar, coin elas, ferrament; utensílios, instrumentos e que o homem pode atingí mento como , .Scmlo. pois, ( l iaçãt) colcli\ a de que participa, através dc séculos, toda imu sociedade, na siicc.ssão ininterrupta de .suas geraçõ<-s, <■ por uma rêd(“ incxlricü●1 de ações iuler-imli\ichiais e dc rea ções ao mundo (Xleiior, eas, maquinas, ê ir o conhecidoniínio do mundo exte rior, e assegurar sua continuidade progressos. Uma c outra, — a de ser animal transformador por excelência (tool-making. anima!) e a de criador dc símbolos
c seus o
para intcr-coniunicação no c.spaço e no tempo, — e o homo faber, dc cuja íntim ção resulta o homo sapiem, raizes da história luimana c de todas forma.s de civilização. Mas, sc gem articulada ê uma faciilclad tencialidads, ligada à natureza l>io-psicológica, cada iíngua ou idioma c pro duto de elaboração coletiva, ção dc cada po\'o c que o homem cebe por via social ou. pelo processo de transmissão da cultura do grupo. Ê esse, o da invenção e das mudanças linguísti cas, um fato
\( eada uma do- o mentalidade, os costumes. aspirações do povo (bí elaborando, como se ignora c não tom Ias reflete a as Icmbrançus e as fjite lentaniente as inn artífice consciência de sen pap"l na criaçao ori ginal. Ela é', por isso mesmo, uma da-s \ias dc j^enetração
(|U.'
homo locf o uens a associar' na [jsicologia e na catla po\'o, quando — estão nus r a lingua0 on \ pouma cruirc\ eminentemente .social e, portanto, suscetível de scr analisado de uma perspectiva sociológica. Produtos
]>rópria história tle ●Sc truta de sociedades aUamcnle evo luídas íjiie deixaram, em documentos c obras, a memén-ia de sua.s origens e dc sua c\-olução, dc sua grandtza e d<- sua dccadcncia. Nu anti guidade clássica, duas línguas, com suas rcspccli\’as literaturas, a\'ultam por sua extraordinária signilicaçáo c suas contri buições sumamente importantes à civi lização ocidental, Sc nos detivermos no estudo dc uma e outra, não nos será di fícil perceber os cíemcnlos que forne cem ou podem fornecer paru u inteli-
gència das diferenças o singularidades da formação hÍstórico-so:ial, da \ida e dos costumes, da mentalidade e cultura dos gregos e romanos. língua grega, flexivel, rica de recursos e mianças, apro priada para exprimir conceitos e analisar idéias, poderoso inslnunenlo de expre sâo, trabalhado c apurado por escritores e poetas, filósofo e sábios, não é ela pró pria uma imagem das mais significativas cio gênio grego e de sna cÍNilizcição? já 0 latim, — língua fcáta para o comando, sintética c rápida, em cpie etudo convida à brevidade soberana, é a língua dc um povo que antepõe a ação às palavra.s, — povo de agricultores e soldados, de em preendedores tenazes e construtores de nação.
A análise e o con fronto do francês c do alemão, nos tempos modernos, não proje tam luz menos viva sobre as relações entre as línguas c os esta dos da sociedade c da sa. o
A unidade e unis ersalidadc de sua zavão, a França a deve à sua língua, exprcsSião de seu gênio. Na língua ingleespírito pragmático, o empirismo do inglês, sua desconfiança cm face das cabeças altas (high brown) c dc idéias ccrebrinas, a disciplina e o pudor de sen timentos, a tendência à sintese, a dizer muito em pomas pa’avras, afirmam-se jxrr igual e com tal intensidade que a aprendizagem desse idioma e a longa prática que delo tenham estrangeiros, lhes modificam os estilos dc pensamenface da \ida, das
ver neira discursiva ^
;‘;é;rss:'urfi^u.ucc„c=uo
cÔní um üráu definido dc abslraçao^ e de Bcneraíidado, mas evoca um comp.e- iudefinido de imagens partícula- xo (1) res.
Produtos da '-ida em comum vivos e flexíveis que estão sempre se formando formarem de todo, modisua estrutura, em seu acersem nunca se ficam-se na
(1) Hoberi Metion — Sociologie de la connaissance. in “La sociologie au XXe. Siècle" Publicado sob a direção de G. Gurvitch. Vol. I. FTesses Universitaires de France. Paris.
atitudes em dos acontecimentos. Em to c as La cousas e Pensce chinoise”. M. Granet atribui ji linguagem, ^ Durbheim o conforme Robert E. com lembra nos Merton, “grande im portância na medida em que contém e fi.v« conceitos e os mo dos dc pensamento do minantes. Elo mostra que a língua chinesa não é aparelhada para exprimir conceitos, ana lisar idéias e desenvoldoutrinas de mase manteos civilização em que se o racionalis- geraram: mo, 0 gosto das idéias claras e distintas, o es pírito critico, iré.nico c motejador, do francês, refletem-se tão fortemente em sua língua quanto se acusa, no idioma alemão, essa singular e extraordinéiria mistufa de romântico e de espírito po sitivo, de senso prático e de impulso pa ra 0 pensamento metafísico, dc precisão e dc conteúdo poético, dc disciplina e de rebeldia, com cpie se exprime o con traditório gênio alemão. Essas duas lín guas, de origens diversas, contrapõem-se, pelas suas peculiaridades respectivas, como as duas fôrmas de civilização qus se desenvolveram, no ocidente europeu, e se exprimem ix)r elas e suas literaturas.
vo vocabular, em sua semeologia c cm sua prosódia, e, portanto, na construção da frase, nas palavras c em seus senti dos como
na maneira dc 2)ronuncia-las. As transformações jjor que passam os fa tos linguísticos sob todos os a-sjjectos (vocabulares, prosódicos, sintáticos), processam-se em virtude de própria transmissão de
j-se de¬ sua uma geraçao a outra ou pela transferência du língua da geração de adultos 2)ara a de imatu ros (crianças e adolescentes). Poi.s, observa John D’ de humana coewey, “uma sociedaestá scnqjre começando dc novo, sempre em processo de renovação, e perdura só por causa da renovação. As alterações ds uma língua, ^^or exenq^ln, nunca foram intencionadas e precisas. As pessoas sempre pretenderam reproduzir r- ■ as palavras que mo ' ouviram a seus pais c supuseram que o conseguiam. Esse fato pode servir de símbolo d operada nos hábitos, a reconstrução por causa cio fato que podem lransmitir-se e fazer-se perdurar só 2>or meio das imperfeitas ati vidades do jovem ou mercê do contato com as pessoas que têm Iiábitos diferen tes. Em s_ua maior parte essa alteração continua foi inconsciente e impremedi- tada. A atividade do imaturo não sufi- cíentemente desenvolvida logrou modi ficar acidental e .sub-repticiamente, ati vidade organizada do adulto.” Islo qucr dizer, como já ponderei em um de meus livros (2), que “transmissão triição” são dois tempos ou dois aspec to de um mesmo fenômeno qiic sc pro cessa entre duas gerações, uma das quais, a dos adutlos, de
canclo-as c r<‘fons(riiimlo-as.” Como não liá suficiente p.r.spccti\a liistórica, não se percchem logo com nitidès as modifi cações que <fc[i\amcnte se operam muna língua, cm sua (ransmisão de unu grrac.'ão para oníra, pelo só fato de que, semânticos, c transferincb ros, ela pasoii jmr construção ou de r ciiaçao.
9) e .vcconscxcrcc uma açao 2>ura transmitir as formas de experiência so- ' ciai, e a outra, a dos jovens, reage, j^ela sua imaturidade, ao recebe-ias, modifír (2) Fernando de Azevedo — Sociologia Educacional. Parte I, Cap. IV. 5,a edição Edições Melhoramentos. S. F'aulo, 1960.
;ubiltos [)ara imalniiin jnocesso dc re-
Esse c um f.itor hio-psicológico que, de falo, iiUer\a'in nas alterações de uma língua, ao ser (lansinitida e só por se processar sua transmissão pelas gerações adultas às cie imaturos (jiie reagem so bre esse e outros elcinc-nlos culturais, nioclificando-os. Mas ainda com maior intensidade aluam nas mudanças linguiticas fatores dc- outra orcKin, socioculturais, que interferem cm gráus variuseis na dinâmica d*‘ssas mudanças.
São ele.s, as translorniaçõcs de estrutu ra econômica c social; a di\crsificaçâo da sociedade c-ni classes ou c:imadas (eslratificação) c- cm grupos ocupacionais; o isolaincmlo uu distanciamento, geográfico e social, dc comunidades em relação a outras cia niesinu língua, o qual está na origem da formações dia letais; e, por últinio, o contato com lín guas o culturas diferentes. Sob a pres são des.ses fatores, I}io-23sieolügicos, so ciais e culturais, as línguas estão sempre se Iransforinanclo, com maior ou menor intensidade, no seu \ocahuIário, que se enriciuece e sc reno\a, e particularmentc cpianto às jíalavras c seus Scuitidos. Do ponto do \’ista \'oeabidar e semântico, — c é este cpic mais nos interessa, no sente estudo, elas se ;un25liain jDcla cria ção do lermos, j>oIas variações dc sentido j5or que 2>assam vocábulos integrados no patrimônio linguístico, e [jslos emprésti mos tomados a outras línguas o culturas com que tenliam contatos passageiros ou mais ou menos longos. “O valor de uma
As palavras tom. pois, cada uma delas que se exprimo algum língua ein nuUória clc- não está, como poncU ra C.ioellu'. padclacle de os rc-joilar. vc-Ios.” Assim, iirompcm pala\ias nodefinidas ou imprc-eistuitidos estraiigoinsmos ua ca mas na de al'^^or-
CliOU culos a vas com acepções sas; vocábulos ;mlÍgos tonuim diferentes cm caem em desuso, de.s;qnirecendo da língua corrente. Termos ob soletos, arcaicos. pal;ivias mortas, ;ilé que um escritor, uma necessidade ou cir cunstância as ponlni novamcule cm cir culação, reinlc-graiul()-:is iio fluxo da vi da e das nuubmças. Pois, como nos lem bra Goetbe, não há indavra cpic ficpie inerte; com o uso desloca-se do lugar primitivo, antes para baixo do quo 2‘>ava cima, antes para pi<n do cpie meIbor, antes para o rc^sirilo do (pic \.y\rí\ coinj>lexo, e lu ssa inshdiilidade da inslabilidadc do
0 lavra manifesta-sc (3) ft conceito.
sua bislória, em dos a>iX-clos d;i civ ilização do povo que a língua c ainda ;i fal a ou por scfalou. Ela.s são como cpie “cadc.sceiu do passado carregadas
noas cpic das lembranças do povos <iue mos.” Profunda ob,scrv;ição a (|ue sc contraduz ne.ssa bela imagem do 2>ara a qual sc volta sempre meu pensamento quando, remon tando ;\s suas origcn.s, lento reconstituir Assim, p(5r vem do hi-
lumca VItém ou so Ortbon Cook\\-, :i história de uma palavra, exemplo, calamidade”, que Jamitas, significava, na Imgua on dos caules (cala- lim ca criuária, “destruição mm) ele iriao. pov uma piaga, ou pci- ' L colbèilas pala gcacla ou grau,ao Dai calamiclacU-”, desgraça dc grandes - “ Vjiibieão” todos .sabem o proporçoes. Amhiçao . ^.a-^vra ;„,o significa cm português. pa'-' , nina; nmb,7/0. dc que P™™’ ele omb-irc, andar a ; fito de correrem a ciclaclc,andiclatos a postos itido material abstrato,
(3) Essas afirmações de Goctho esta- bem na pc”ia dc um UnRuista ou d? um dos derha nam um sociólogo. O poeta alemão, maiores da literatura universal, tão gran de que Bertho'd Auerbac-h faz da capaci dade de compreende-k). — GoothcTo'í, a medida com que aferir o grau dc cultura de um homem ou de um povo. foi o pri meiro gênio que, "no mistico tempo do romantismo, soube encontrar o caminho que conduz ã natureza c ao seu conheci mento mais profundo, Na plena maturi dade de sou talento, como escreve Hermann Rosen. percebeu ele o sopro do Es pirito do Cosmos, que imprime a todas as cousas a sua fiir''ç-‘io”. Os seus amigos, românticos, chefiados por Jneobi. con sideravam os estudos naturallcfcos do poeta como um "caDrichoso erro”. Mas a vordade é que Goetlv' pvesspniixi, .favore ceu e prestigiou o desenvolvlm''nto das ciências físicas e naturais, E se, em seu tempo, o conhecimento da natureza não íês maiores progressos, isso se explica principalmcnte pelo fato do que a cultura humanistica e a cia.s ciências naturais seguiram, na Alemanha, duas vias intei ramente diversas, pretlominand-i a pri meira. Goethc que. na idade madura, foi contemporâneo cia Revolução Francêsa, manifestou-se mais tarde, em 132*1, a res peito das revoluções, cm suas "Conversa ções com Eclcerrnann”, que Nietzsehe er putava ”0 livro máximo da língua alemS".
signa oprocura dc votos, os c da magislralura. Do --"●10 significado geral . . ● ●' Piii latim iamhitio) c assuma, ja cm l-b J de glória, ididato? Os eleições 2X1SS0U que depois, cm nossa _ onienlc ele, poder, usp.ra^»
I honrarias. Que e cat ’ ando disi>utavam ira das honras (ctird: cor vc- língua, riqueza romanos, qu nara cargos na carreirahommim), trocavam a . ^ toga branca (crtuctid.i, serem didatos, 2>ulos cidase lem¬ os sus -la dc j^alha pt candidalus) para conhecidos, como can clãos. Ao usar essa ^jalavra, quem ^ ;”i, dc suas origens e de sua s.gnrf.- cação primitiva entre romanos,/' De con- ,vi*rarc (omn-sHlcro), observar tros as estrelas {sidus, sidcris), — bulò do dominio da astrologia nosso considerar”,2M-ovem do latim coiifemphiri que, scfacilmente reos asvoca\em o contcnq^lur )} como
r gundo já notavam Bréal c Bailly (4), i- “parece também ter feito parte a prin- 1 Oipio da língua religiosa.” Tenxçilum ■ (donde, contemfjhri), de sentido, primaria e originaimente material, (espaço, i, lugar) e, secundariamente, mágico, reli- f gioso, é “o quadrado traçado pelo augure e no interior do qual se { observavam, p:;lo vòo das aves, os pres- i. ● ságios.” Todas elas passaram de um sen- L tido material
“aquele que é amamentado”, passa a designar », estudante (aluno), e paedagogus, escravo que leva crianças a escola, b acaba por designar o professor de cri- ^ anças, o educador, o e.spccialista cm 1' teorias e técnicas do ensino. A idéia de estrangeiro que se exprimia a prin- eipio pela pa’avra hosti% conduziu dois sentidos ta ou
dois tipos dc ci\ilização, de duas foimações, nientalidades c ciilturas. Uma dcla.s.
‘eivilização”, criada pela no ccu para uma acepção abstramais ampla.
a Jiiuito diferentes, — o dc ' hospede (hospes) e o de inimigo (hos- ri-s). Para quistadores, ● passa\'a de os romanos, — povo de cono estrangeiro (hostis) inimigo (hospes-hostis) jg ni perspectiva ou em estado potencial. f‘ vrn ' T’ de uma pala- i vra e traçar a história de uma idk. e r cl8 sua evolução. As palavras b Ção”, ’
nao um civilizasegunda metade do século XVIII, e “cultura” 1 sume por essa epoca um sentido ' tual, ev'oluiram do que asespiri- ponto de vista 5 mànti'0, na França e na Alemanha em direções diferentes sob a influência das \ concejjeoss de vida dominantes nesses dois see das tendênci-: , ^ países. Uma cousa é o cpie entendem franceses cultura e civilização, outra. las por a que veem 1’ os alemães, através dessas palavras, : cuja conotações se imprime a marca de em
(4) Michel Bréal et Anatole Bailly V Dictionnaire Éiymologique Latin. Sixie- W me edition. Librairie Hachette. Paris 1906.
França, pelo c.spírit(j francês, e a outra, — “cultura”, no seu sentido espiritual de.sviani-.sc de sua direção primitiva, como pt)r um processo de refração, ao passarem de um meio para outro. Atra\essando duas atmosferas culUmiis, igualniente densas, mas diversas, malizam-se dc coloridos diferentes. (5) Náo é ni' nos .significali'o o que nos revela o estudo de outras paIa%Tas que vem da antiguidade clássica aos tempos moder nos, conser\'ando, nas línguas do oci dente europeu, suas formas rcspectú^as, nia.s cujo conteúdo tonceptual se amplia ou se restringe, dc um país para outro ou de uma para outra fase da civiliza ção. Quando falamos, por e.vcmplo, em democracia, julgamos sempre que os outros lhe atribuem o mesmo sentido que lhe emprestamos, de um determi nado ponto de \isfa ideológico ou de acordo com as idéias politicas mais di fundidas nesse ou naquele p;us, sob tal ou qual forma de ci\ilização. Confor me o angulo do qual encaramos a de mocracia, e se procurarmos precisar-lhe o sentido cm que tomamos a palavra, ela poderá antes separar-nos do que unir-nos, gerando tonflitos e oposições. Sob a aparência ilusória dc exprimir uma idéia cm torno da (jual se estabeleceu o acordo entre os que se tem jx)r de mocratas, o que, na verdade, apresenta, são sentidos diferente aquéms e além das fronteiras e no seu desenvolvimento hi.stórica Com a evolução das idéias I
(5) Ver "Civillsalion — Le mot et ridóo — Exposés par Lucien Febvre, Emile Tonnelat, Marcei Mauss, Alfredo N ceforo, Louis Webor. Discussions. Premiere Semaine Internationale de Synthese. Deuxième Fascicule. Librairie Fólix Alcan. Paris,
CÀ-rto as pala\ras mudam dc sen- cconômicas, sociais e politicas, dcsdtr a democracia ateniense (6) e a romana, passando pelas deinueracias insLuiratlas em consequência e dr[)ois da Kc\olução France.sa, em 1789, o termo, geral i' abs trato, sofreu uma tal imulauç.i tU- sen tido que, <|uaiu1o o protirimos, já não nos damos tonla de tjiie t“K- sòa dc' maneira desigual a outros tmsidos. Pois, democracia, nos paises capitalistas, é ilemocrucia “política” (sutiagio universal, direito dc disputar eleições, — diiiálos que correspondem ao if/.v \iiffrnoii e ao iiw honortt l/l, tios roínaues). Nl.is, de mocracia, nos paises socialistas, é, antes de tudo demoeracia “economiea e so— destruição das barreiras de
ciai”, classes e distrilmição ((juilaliva dos bens materiais e e.spirituais: a Hussia Soviética e seus satélites ccmsidi'r:un-se e sc cliamiun “demoeraeias populares", e democracias taiuln ui se julgam ;is das sociedades capitalistas.
Nesses domínio de esludo.s linguísticos, o grande Max Müller foi um dos <[ue abriram eaminlio, Mas é somente cmii a introdução do espirito e dos métodos sociológicos nas técnicas especiais, pi>r iaspiração de E. Durklieim, (|ue lin guistas como Anloino Meillet, 1'erdinancl Brunot, Jac<iue.s Vendrv’ès e outros (7) começaram a examinar, segundo uma perspectiva .sociológica, os fatos dc lin guagem, ligando a organização e as va riedades nos sistemas linguísticos ao es tado e à.s transformações sociais. Sc é,
cais. tido, dcslocando-so lui espaço, — g^ográlito. de um.i região para outra, ou soeial. Mas, se usamos a mesma palavra para outro; no s; u processo evolutivo, alravé.s de gerac,ões; sob o impacto das mudanças de estruturas social c econô mica ou por influência de contato.s com culturas diferentes. mesma palavra, — operação, toma sentidos diversos conforiiK' o gnijX) oeup;ieional que dcla so matemática, na cinirgía, no mundo das fi¬ utiliza. — na nos meios militares, politi;a (Cfr. OPA, Opc- nauças ou na ração rau-Amrricaua). Esse é um e.xem- plo dc mudança de sentido quando o vocábulo se desloca de uma camada ou de um grupo para outro na e.strutificaçao social. Mas. se usamos a mesnv.i palavr.i p;ua i'xpnmir atos on ações diferente.s, não é raro servir-nos também dc pala-
vras diferentes para designar o mesmo interessando a dois grupos ■etado de modo diem al‘> <inc, oposição, verso. c inlerpi “Traidor”, ;
SC abandonou o uos-
(G) Dcmocraci.a (Palavr.a de odgem P*e- ga) é governo do povo polo P°^o ° q^ie iistingue. entre go'™o
zam os direitos civis e poht;cos. b) a ti- vTftGin à sorto (ou c-leiçao, no ca»o dos eslroTegos) dos magistrados; c) J-.esponsa- bilidad? dos magistrados: d) o direito do novo a opinar sobre toda.s as questões lírgov^rno e de leis. Cfr. Mario Casasan- ?a — Sócralcs e a democracia atsmense. ●●politica". pgs. 14/24. in porém, nas variações .sc-mántica.s ou cio sentido das palavras (pie se manifestam com mais intensidade as mudanças so ciais, não se pode conte.star ser n.is cri ses sociais c políticas e nas situações revolucionárias
(71 F Max Müller — Die Wissenschaft der Sprache. Verlag Wilhelm Engelman. Leipzig, 1893; Aníoine MeiUel. Comme les mois changent de sons. m "L’Annee So- ciologique”, 190Õ-1906; Ferdinand Brunot. Histoire de la Langue Française. 9 vols.. 192G- Jaeques Vendtyes. Le Langage: Edward Sapir. A linguagem. Introdução estudo da fala. Trad. por J. Mattoso Camara. Instituto Nacional do Livro. Rio de Janeiro. 1954, cpi.' as variações apa nham maior numero de palavras c essas passam por mudanças dc sentido, ainda que temporárias, mais proliinda.s e radiao
uma
Passa um indi\íduo de um
' religioso para outro: é esse ato “aposta.sia” para o griqx) que ele ; repudiou, e uma “conversão”, para a cot munidade a que se incor^xirou. Varian- t do os pontos de \ ista de que as apre, ciamos, as mesmas atitudes e ações lo/ mam nomes e sentidos diferentes.
Nas crises sociais e políticas em que ' se acelera e se intensifica esse proco.sso de mudanças linguisUcas e, particularniente, semânticas, afloram à superfície palavras antigas com sentidos mam outras, da linguagem usual, ções que se acrescentam às tradicionais; definir
“habil”. para significar, não a agilia astúcia, n experiência, mas a iliidir e mistificar, dissiDir-se-ia
l>ara <js propósitos reais, assistimos, nesses momentos crília uma conlraclam;a de pahivras, na “perdemos os N eicladiuros nomes e de tal modo (jue já mal ct*rtos vocábulos através de sentido. As pala-
novos; toc originais, licas provêm dc valores, mudanças c ídcía.s: donde, a de palavras para designar des c situações novas, c as permanentes, dos senlioiitras íjue passam acepüu se opõem enam-se termo.s situações singulares, KJ»' ' '^onotações, criticas, dramáticas, ou pi torescas. Neologismos que ou não du ram mais do que as crise.s e, desapa recendo com elas, não servem .senão para documentar algumas de tícularidades, ou se i achados para com suas criação e importação idéias, alitumudanças, transitórias ou dos tradicionais de a ser empregadas, de modo ccpiivoco ou mais re- suas par' 'ucorporam, por bem ao acervo vocaEufemisinos ou pala- que então nos utilizamos multívoco, em suas acepções contos. e e.xpressivos, . bular da língua. vra.s de É ü que já obsi.rvaram gregos c ro manos nas crise.s mais agudas que utrasocÍcdad(‘S de seu lenqxi. rra do Reloponeso o para suavjsar a c.xpressão de uma idéia, subs tituindo o termo próprio {roubo, culato, — por exemplo) por outra nos chocante ou
inu-m sentido.s muito di\'erso-S dos habi tuais; “coordenar” por “roubar”, que é um exemplo de eiilemismo; “esperto”, dacle, aptidão muiando (pie COS, cpial das cousas”, reconhecemos de sua \'aria(,'oes \ras são as mesmas, mas as acepções incsptiradas, — grotescas ou ferinas, que lhes damos, antes deslòam do que re sultam de suas signii icaçoes primitivas i;>‘as crises sociais c polÍIransformações no sistema cí)nfusão de so grupo para aliar-se ao adversário. ●. que o recebe adesão” o que, com festas, chamando no grupo (]^>olítico ou militar) de qnc se afastou, se considera “deserção”.
vessaram as A propósito da gue das transformações pe¬ (jiie, cm eonsequenein Atenas, na vida nas idéias e nas palaIir, 32) niemais cortes {desvio, caixinha), ou disfemismos, com que ao contrário, se dá ênfase à expressão de uma idéia, por meio dc palavra mais I* irreverente e agressiva do que a da fala quotidiana. Eufemismo, — palavras bombeiros; disfemismos, — termos ou " expressões incendiarias, nos rimos das
Umas, com que cousas e dos liomcns; . nutras, com que se procura realça-las e irrila-los.
cia, se operaram social c política, Tbucydides (L. I adminu’ei preci.são: “Deu-se de ingenuidade à boa ié, de à duplicidade, de fraqueza à O homem mais irascível vras, notava com o nome destreza moderação, foi considerado como o mais seguro; aquele que ousava fazcr-lhc frente, foi declíiradu su.speilo. significativo o cujas preforencias
Nãu é menos testenuinhü de Platão, iam para as lormas }f Mas, sobretudo, são palavras da linguagem comum, a que se atri.k-.» >.
aristocrátieas de govuno: mocrncia, lece 0 amor da lieeiu,a a insolência chama-si (piia, liberdade; ficência; a audátia.
de-
e as do« roiiime destruído, ao contrário relcso e presbour,ycoÍs, bourgcoiligaclas à caclasso cin ascensão social ^ Tfiulo resultado essa Rc\oiiohlc ou noblcssc, mais que lembram Hanhando, tigio ao que. como sit\ se reixirtam ou estão mada ou
MU iim;i gn\'crno em ([iie pre\’ae da nmdan^'a, ‘ polidès; a ;m;ira liberlinau-m, magnienragiMii: o pudor é tido ^X)r imbeeilidade, a lemper;mca por covardia; a mndeiacão c frugali dade por rusli'.idade e i)aixè/a”. {Platão lênlre os politic;i. lução do uma luta do classes, do j[Xjvo c d;i burguesia contra a aristocracia, tudo o (|ue, .na <'a classe dominante su.speitü e mal visto, c o que refere à que lhe arrebatou o ^ioder e.\pande-se força e autoridade imprevistas. i);ilavras c expressões que tomam sen tidos diferentes e outras, que emergem (iacologucs) linguagem, evoca a anticai em desuso ou — República, 1 — \I1II). romanos, Salustio, conlriuporàneo dc unia das maiores crises por que llonia passou, c em que já si- lucnuneiava a queda da República, Ia/, di/.er a C'atáo f|tie muito antes enireiilara mna des sas crises: “Xós perdemos os verda¬ deiros nomes das cousas (.Vo.v ccíríf rcrum vocabula anii.sit)iti.s): chamamos lüieralidade às dissip;tçõcs feitas o l)em dc outrem; do crime. UI), revoluções, virtudes, idéias de sentido, por força c cm consequên cia, das transionnações epu- so proces sam na estrutura social e na escala do valores, e soli a iníluêneia dos conflitos dc idéias, dos odios dc partidos e das paixões políticas, quando já não existe, para clisciplina-las e conle-las. por de sarticulado e frouxo, o sistema dc freios reguladores c de sanções sociais. (8)
Sc da antiguidade saltarmos aos tem pos modernos, em uma dc suas fases mais críticas, — a Revolução Francesa, de 1789, encontraremos essas mesmas oscilações c variações dc sentido, já apontadas por gregos c romanos. Não são poucas as palavras que tomam sig nificações pejorativas, como arístocratie,
.se torna se ecommiico e político, com São de.sigiuircm figuras ●ctos da nova paisagem social e fase caótica de reconsimmdo, com para com toragcni, à audacia {Salustio — Catiliiia. Cap. No clima instáv(.-l de ou aspc-politiea, em sua Paluvni (luo corre represália para Piuor ck- oulro-s chamada x-h. nome dc qnun imenlara a ma- ^ de matar, amplaniente utili/ada I aristocracia c os Lanterner (de gazear, audarsentido de tnição. sentimento da uns e crises c as palavras (|iu‘ designam morais, tendem a mudar o qiima liquidar com i da Revolução. para inimigos lanternc), que significa à tóa, hesitar”, etc., toma o s ■'suspender no braço da lanterna (pen- ,,, ê la hnucruc), enforcar”; ec/mmr Ics chaicaux. já não quer dizei duminar, por fogo nos castelos. “As violências, lembra Daniel Esserlier, não foram nas cida« rnas como menores nos campos do que des A linguagem nos conservou delas traço nessa expressão sinistra.” Noi/a- des c Septembriades são outras dua,s palavras ligadas á época dc terror; aquela, que significa “a ação de afogar varias pessoas dc uma vez”, passa a de signar, particularmcnte, a chacina po lítica, praticada em 1794, em Nantes, pelo representante Carrier {noijades dc Nantes)-, e esta, Septembriades, diz-se o
(8) Andró Joussain — Le changement lemporainc de sens des 'mots dans le crises Bociales. in Revue Internationale de Sociologie. N.o 11-12. 1936. pg. G37/661. l
-■ - dos massacres dc Setembro e por alu são a outros acontecimentos análogos da Revolução, e cujos autores se indicavam j pela palavra “Scplembríscurs”, da mesma origem do nome designati\o dos morticinios.
Mais recentcmenle, \'oliiç-ões cpic se desencadearam, — i
na maior cias rcinipar na história humana, pela siia pro- fiindiclade, significação e ainpIiUiclc dc conseciuèncias, — a Recoluçâo Russa, dc f917, — não foram mcnorcs as suas re_ percussões nos fatos linguísticos ' - ticularmente, variações expressões sao ccnclenaclas e, dizer, e, parno mundo cias palavras c semânticas. Palavras e das por assim corrente; gir os objetixos dc sna loriia Íntcrn;u'ionaI, pois da segmicla giicrr;i rcvcslc aspectos . nacionalistas, guerra dt.- 1939-19-1.5, a c.\;icerbaç.ão dos sentimentos dc pátria, dc vocada cnlrc expulsas da linguagem por suspeitas por estaacjuelas, à situação e outras, tidas r- rem ligadas, ; anterior; como palavras a que ●' sentidos diferentes, V místicos .senão
dem a romper ou manter o equilibrio, a reduzir f)u a agra\ar as tensões, a alar gar <511 rcsl^in^i|● a án-a de conflitos entre essas ideologias e as forçiis po líticas <jiu as encarnam. "Capitalis mo e l}Mrgii<sia” lransfonnain-se em dois mitos a <[iie se conlrapõcni, com maior on iiu-iior \eemencia, para lhes tomanan o lugar, os mitos “socialismo c proN-lariado” < m nome dos quais se fra\ani acesas batalhas, com tréguas {X‘riódicas. A itléia di- uma ceemomia planificada ra. ionalmentc para eliminar ou reduzir a <\\p]oração do ser humano por outros serc‘S bumanos. é o que e.slá na raiz do comunismo {|iie, para alinpoiilica, ora se c-oino antes e dennindial, ora Nessa I
se atribuem pejorativos, enfeopostos; outras, cjue encni circulação pel:i pc3\o ou sob a inspiração do <jue promoveu 1 naçao, propcla presença de porém, antes psicológicos, resistência do j>ovo c tram boca do Partido instaurando do”. rapidamente os russos
a Re\-olução, ditadura do pioletaria- Tendo .sido mais profunda dical que ciiiaisquer outras, foram, como tinham de ser. mais extensas, cm todas ; línguas, as influencias palaxras, — vermelho, u a e ramacs.
força inimigas, constituiu, dc tudo, uni dos fatores mais eficazes, dc de dc fesa da Icrni in\-aclicla pelos ale-
A Revolução de 1930, no Brasil, que foi um episodío dentro ele processo voliicionário ainda em desenvolvimento, inaugura uma época tormentosa de cri ses c agitações. Rcxolução desencadea da pela burguesia contra a “aristocra cia rural” (senhores de engenho c fa zendeiros de c:ifé), mas para implantar um regime democrático liberal (reforma eleitoral, voto secreto, etc.) urdida por políticos para realização de fins políticos, resultou, na verdade, dc uma crise eco nômica e cias perturbações sociais a que deu origem. Supondo cjuc dirigiam uma revolução, foram arrastados por ela, e. para não serem por ela devorados, tiis qiie provocou. As conuini.sta rer ● . . cripto- comunista, conuinisante, simpatisante es- querda. direita, burguesia, burguês,'na cionalismo, internacionalismo, a'éin de expressões como -mocentes uteis”, pas- sam a circular por toda a parte^ com sentidos prccio.sos ou variaveis, conio um ^ vivo e inquietante sinal dos tempo.*' ^ no Áspero conflito de duas ideologias, Essas palavras, do ponto de vista da Revolução ou da Reação, cnchií>m-sc ou k se esvasianr de certos elementos tf; s, connacjuela . dirição, movimentos diversos que tenceptuais, incitando, nessa ou
veram dc ul5rir caminho ; profundas. A in''lauracão
Provisorio, em 30; a tucionalista, em H;3:
velormas mais (lo\i-rm5
Kc\()lução Coii.'iti; .1 I ()nvoc aç;u5 da do
Assembléia Conslilihnlc, <● a promulga ção, cni 193-1, da iim.i (áut.i (ánislitucíonal; o golpe cie Kstado tou a ditadura ( ni 1937; Governo, ein 191.3. e os (juc sucederam, sfio nimuneulos ou re●sultaclos de movimeutos. sob eiijos -\os e refluxos o que se <h. nunei;i. sao as agitaç-ües teinpesluosas cie uuni rc-\(5lução cm inarc'ha. ora laxori^cida ora c<5iiIrariacla pelas torças po’ilieas. ICm tc5do esse largo período, o (.àixérno. que sc estendeu por 1-3 anos c- ,cs que- se lhe segiiiruni, promovem ou presidiau aS mais profundas Iraiisformaçcáes econômicas c sociais fjue se operaram no país. Nimna atmosfera carregada, sacudida dos \’cntos das ideologias, — liberal, facista c comunista, surgein também, como nas grandes crises ciladas, pala\ras, ou no vas on derivadas <le b.Tmos usuais, com duplo sentido on sentidos dilerenlcs nos quais SC refletem os ino\ imcnlos contra ditórios do ideais e aspirações colcli\-as. ‘‘Ouliibrislas”, para designar os autores e aderentes da R;\-ohição <pie rebentou e venceu cm Outubro dc 1930; "carco midos”, cartolas” c “casacas”, lermos com que S(* csligmalizain os políticos do regime anUrior. lidos por c(5nser\-adores c reacionários; “Icncnlismo”, com (juc .se exprimia o predomínio, com a sub versão cia liieravíjuia militar, dos tenen tes, clicfes ou participantes dc rc\-oltas anteriores, e cjue lia\iam lutado pica \’itória da Revolução dc 30: "irincheiristas”, — nome (pie sc dava aos (pie par ticiparam de combales na Revolução ConstitucionalisLa, cie 32; "camisas” ou “camisas verdes”, pava designar os fas cistas do país, que se batisavani a si
impi;ina (|ued;i desse .iconli-cimc-ntos
nu-.smos dc “integralistas”; ‘■melancias”, \erdcs por fóra e \'ernn.llios por dentro, — vocábulo c<nn que se apontavam criplocomunislas ou os (pie, sob as apa rências dc j)rogrcssislas liberais, passa\am por comunistas, são outros tinitos termos que entraram em voga e com cpic SC exprimiam as ^●icissitudcs, lutas e contradições internas da |X)Iitica na cional.
OS eram ou
“Despistar c dcspitamcnlo”, cujo sen tido comum é “fazer i>ordcr a pista”, significar, na seguida, no manobra Iiabil para ocultar ir de maneira a ihilinguagom polifalar ejuotidia- passani a tica. e. cm 11(5, ação ou as intenções reais: agir desfazer suspeitas; desnortear desviar a atenção para propositos ou planos dife rentes dos que SC tem cm nar, iludir, no fina! das contas. Go pe _ termo xulgar nos seus '■^enüclo de forimenln". conquista lugar >abulário político, de que corrente, co-
“pancada, no voc cspccia csccmcga para a linguagem mo exoressao cios c(5Stumes da época em úo“Ípcrtá:,, o vc-Ihaoria »So tidas por i ,ldi.;ència c l,abilidacl.--. GoIlK e. nessa :;L',cepeão.
(cm política, neaocos ou carrena), ●ada e escusa, com algo ás vezes obter o maior inespei dc espetacular, para sc h.cro oi, proxeilo com o meno. ivel. Os “go’pes e fundo, admirados nuc os condenam de boca, lamentam in timamente não terem as mesmas capaci dades e oportunidades pura fazerem a.ssaltarem posiçoes ser\-indo-se meios. Coordenador, coclc sua significação nsco “golpistas o muitos dos >> os possix são, no fortuna e dc quaisquer mo já vimos, decai correta, destituída de malicia, para de signar, por eufemismo, o indivíduo sem escrúpulos, peculatorio, lacliao. baliza, marco, barreira, mira, — tosentidü politico, pava exprimir.
Meta”, ii ma imi
I3ict-;sTo EcoxÔNnco
qiialificati\(), al\os clc nni programa T clc ação. Quando .se fala em “metas”, \ por es.sa época, é na acepção política que tomamos o vocábulo, cle\aclo ago ra de sua obscuridade à linguagem es pecifica de planos e discursos politícos. a- Palavras
novas “entrecuismo”, “entre^ guista”, para significarem a tendência ^ ● ou a ação de entregar ao capital e.stran- ’. geíro a e.vploração de nossas ric|uezas ou - que se conforma ou pactua com essa política, surgem como anátema.s para fustigar ou meter a ridículo os adeptos uma política, econômica e financeira, menos fortemente o i . de marcada por esse tipo de nacionalismo ou hostil à sua orienta- . - Ção. Esse . “doze 4 « í termo (nacionalismo) que, anos atrás, segundo observa Gus- m tavo^ Corção (“Uma evolução tica”, in “O Estado dc S. Paulo”, 1961) V ^^^s^gnava uma idolatria detestada pelo I democratas ou significava de socialização dos I apenas tolerado, ^ bandeira
uma
1 semun\ l s um programa meios de produção, tornou-se lioje
trágicos (' somln ios (!<■ nosso dt stino.” (9) Mas, como » ssa. iimilas outras e luimesem rosa.s, ( III lod.i as lineiias decácm ou se elevam, perdemin oii ganliando presti gio. já me referi â pala\ru luicdagogtis, — pedagogo, (jiie, do sentido primitivo, “<.'.scra\() fjiie eondii/ a criança a esco la”, passou a significar o próprio mestre, o prolessor de ( riaiiças, sein, jxiréin, se altear t.into como o sen derivado, — pedagogia; teiiria geial da formação do liomem, m; .seii sentido mais amplo. Do germânico luiirrh.skalk, (|ue significava “criado cie cavalo, eslribeiro”, é que xx-io, através do frances, maróduil, o no me pelo qual se designa, nas forças de terra, no c.xcrcito, o mais alto posto na híerarc|uia militai'. A Instiuia da palavxa ffuhlimc’ (do latim .suhliiiii.s-) ó ainda mais curiosa: os antigos destingniam en tre soleira superior (linicii .siípcrum) e soleira inferior (limcii infcnim); e, COcastigados suspensos na soleira adjetivo siiblimis
ou um símbolo guem ousa recu.sar. Todos listas. Ninguém tem
que mais nmsão naciona- tf ,. . , coragem de dizer , pura e .simplesmente que não é nacíona- Jista, porque, se disser, e.Kecração pública como vez de termos
será apontado á entreguista. Em ou dois nacionalistas. um temos uma duzia deles”. As palavra.s, Trístão de Ataide, ve e lembra como se vao e vem, ganliam ou perdem prestigio de acordo com as . circunstancias. A palavra “foguete”, ' por exemplo, que, durante tod ● mocidade c até mesmo a nossa poucos ano.s atra-s, evocava apenas imagens festivas, ) de bilhetes de loteria, vitórias esporti- r vas ou passagens dc ano, está hoje liga- *● da aos problemas mais trágicos do do contemporâneo; à guerra, à corrida r, armamentista, ao colonialismo..., homem no espaço”, aos problemas mim-
mo os escravos, para serem com vx-rgas, ei'am superior cia porta, o que signifií-ava piimilivament<‘ "suspen so no ar”, tomou o sentido dc “elevado, sublime” e, c-m português, “cxcclso, muito alto, acima cie nós, grandioso.” É o que, .sol) certos aspectos e }X)r vias di ferentes, sucedeu com as palavras que, em latim, exprime-m a noção dc liberda de, como SC vé da intima associação en tre a ideia de caráter, nobreza de senti mentos, lionradé/ c a de liberdade, li bertos, qnc j)rovx‘m de lihcr, nascido li vre, donde libcrlus, o escravo que sc tornou livre. Ingenuus, natural, puro, nascido livre, digno de homem livre; daí, nobre, bone.sto, leal. Em ingcnuUas. co mo em liherali.t, libcialilcr, — palavra.s derivadas, cneontra-se a mesma ligação
(9) Trisíao do Alalde — Cullura geral, in "Folha de S. F'aiilo”, 12 de Fevereiro de 1961. ao (i mais
Diceíto Ecíjnü.micü
entre u ideia cK- lihrrd.ulr c a de ge ne rosidade, lioiiradè/.. (oiiio p.iia signitiear 0 que, secn'os ilepois. ol)'er\ou Toma/ dc Aquiiu), qiic é pieiiso iini ininimum do c'ondi(,ões de \ida nialeiial par.i sa praticar a \irtiide, Mas, como i'ssa «.‘orr. l.u.ão enlit- li berdade e \árlud' s apresenta uitidaniente em todas as pabnias ipie expri mem a ideia il-' lihc-r<l.idi'. \a!e a pena insistir ,sol)re este ponto (jue é <\sscncial à ideia de denmeraeia solnetmlo em uma
época em (jue uma e ouUa corre-m peri go. libcidi}! gii.siahuui, como es¬ creve Petronio.
provarão a agua da liberdade, de <iiie leni siale as in.stiluições democráticas. liberdade, imréni, pode tocar as ráias da licença e Ira/.cr sua própria deslruia “lic-ni si o germe dição, (juando, com a imlisc-iplina o bertinagem” poliliea, se apaga o senliiiiento de inlerèsse público. Lihcrlas c palavra de (jiie se serviam os romanos para designar como si’ pode \i‘r em Ciccro. Tacilo e tantos outros, o mesmo
iiistiluida por lei c pelos costumes ou dissimulada soli as formas mais diversas.
lapidar: concisão
“Libertinus”, para os romanos, é o que é próprio do libcrítis. rxscravo que se tornou li\re, forro ou altorriado, e daí, libertino, licencio.so, d.sregrado. E afinal liberdade sem se Os romanos pcssòa cpic adipiiriu a lc‘r pri“parado para usá-la. sentiam, — <● l>cla sua nificavam claiaiucufe, briclc' iTAuimn/.io c-xprimiii, ‘●a clisciplina é a vir tude do liõmem livre.” Üii, por outras e disciplina, alibilidade subslinguagem o sig— o que Gacom uma
palavras, entre liberdade’ longe dc haver incomp. taníiais, o que c.xisle, na verdade e uma correlação lão intima que. faltando uma delas, corro a outra o pevigo dc sc per der ou de ,se deturpar, no seu sentido. “O populaelio, observa Chamfort, pems. marihar para a liberdade, quando aten- libcrdade dos outros .
la contra a Es.ses exemplos que podiam ●rendo a varias línguas, ja - mostrar como pelas palavras dc sentido se acusam, em caInstona multiplicar, á bastariam reeoi e SLia.s para variaçõc.s regime ou a niesnia lonna de governo, que loinoii o nome de “republica” (respublica, — cousa publica) e sc’ instituiu para gerir, numa atmosfera de lib-evdade, os negocios púlilieos. .-V itléia do iiiterôsse público ou do bi‘m eouuim (' a de liber dade cncontrain-se iulimamente ligadas na concepção poliliea dos romanos. No entanto, Ubtr. livre, significa também "desrcgraclo, lieencioso”; libertas-, 6 li berdade, independência, c' também, cença, clesrcgramenlo, indisciplina. (]ue (pie a liberdade’, desacompanhada cio sentimento do iiilc’rêssc‘ público e sen) o sistema dc controle e do sanções sociai.s, corre sempre o risco de levar ao doniinio dos inlerèsse particulares, ao privalismo, à lieeiiça e à auar(|uia. A idéia de lieeneioskladi', de libertinagem está sobretudo ligada à de escravidão, e a ; mudairças de espsicoiogia da povo, de idéias e sentimentos cujas_ transformações social. A associação a sua I ligadas ;
‘V-, („eto, -sobrinho), e a hgaçuo, na ■ idéias de virtude, seniedade filial, ou dc as estão Irutiira pos palavra piefas, das timento religioso, picfidelidade, devoção, lão expressivas quanto a ôo liberdade a de certa connioral dc vida, à dc elevação de coragem, atrihomem livre. Asamor aos pais, são tendência a li- li-
E :i idéia gar eepçao sentimentos, lealdade o buidas geralmcnte ao neto, sobrinho, significava dissipadov, pródigo, perdulário, o nosso dito pobarão; filho, perdulário; ncpüs, sim, também É aliás o que sugere pular: “Avo,
■f i: 24 i->ir.LisTí> EcoNÔ.\nco neto, ladrão. È nas entranhas dc nosso ' paternalismo politico, sempre inclinado t a tratar a cousa pública Ire.vpiihlica) co- í' mo
luclos dessas ass(K Í.i(,õcs como das mu<!anças dc sentido (jiic sc operam, quer pcla c\nIiição da litiLín.i c suas Iransforiiiaçõcs no icinjio. (picr pela inigraç-ão da j>.da\Ta »lc nni.i rciriâo para outra, cin (jiK- a liiiLto.i M- di\ersiiica, circulan do ao loiiLío dos <'aniinlios. (jiier ainda pela j).:ssag< in dc um para ontro gruj>o. dc nina para nnira camada social. Se já foram (entado-'. cnirc nós, estudos (e alcousa particular, que .se geraram as palavras “filhotismo tismo” (de ncpo% neto. subrinlit)), ra designarem (de filho), U nepupao favoritismo, a ttnclcue-ia do homem público, entre nós, do poder para proteger famiiiajlf res e amigos, transformando I tração em M tência social. Ora, 3; ●íngua latina. a servir-se a adininis-
vras
uma
nao se encontram, iri esses derivados on pa'a- analogas. A ine.vistência de termos ■ equivalentes, nesse idioma, já denuncia r por si mesma quanto era mais \ ivo na f Republica romana o espírito público e P mais forte, portanto, a resistência tu a intromissões, , iuterêssses particulares.
cie grujKis fecbada.s. opo.sna vida polilica, dos O falo de se
● ^g*’uP‘'U‘cm, sucedcndo-,se, na palavra f Poetas, OH sentidos diversos n ●. ta,
va.stu empresa de assis- giins dc rca! \aliu ) '■('ibrc as formas re gionais c M-iis I. spccli\os \ocabiilários ou modos (Ir falai'. muito poucn ou «jiiasc natia ,sc tem empreendido, no doininío da pesíjiiisa, par.i o eonlu-ciinento das línguas especiais (|ne sc lormarani ignalmenle á base da lingna comum, — as \ariaiilis das classes, (.'cupacíonais e de sociedades Nenluim Irabalho (jiu- < ii saiba, baseado o \ ocabiilario dos cs-
que coinpor- — justiça, respeito às divindades c cousas sagradas, naturais, liumanos —, parece denunciarem estreita correlação entre religiao e familia. entre iuimanidadc Im-
● "'‘■‘"'zaçao dos costunic.s e religião!
● Todas essas associações dc sentidos
: derao ter raizes bio-psicológieas U
●● aos pais, amor dos ma.s não deixam de a às
^ particularidades de uma concepção dc viinna Wellumchauung, certa ’ sentação ou da, repre- imagem do mundo, a qual, N como se .sabc% \aria de uma para outra civilização. Não meno.s inlere.ssante, pois, nem menos fecunda, do ponto dc vista a pesquisa sobre essas associações semânticas que indicam correliições de idéias e dc sentimentos, ligados entre si, pela de uma
í-ni j>esf|tnsa, soore liidantes, líniíini cios soldados, os ter mos de giria. a língua fc-sc-eiiina ou a dos marginais. \’arios estudos, embora jjurciais e fragmentados, já tem sido fei tos ])ara mna eoinj^remisão melhor das (ran.sforniaçõe.s liiigiiislicas e, c‘.speeialnientc;, cjiianlo ao vocabulário, resultan te, do contato com línguas c culturas diferentes, como a italiana, a a'cmã (so bretudo nos lêstaclos cio Sul) c.‘ a inglesa, entre* outras. É, na verdade, um largo c-ampo c{uc sc- abre, na exlrc-ma varíedacle dc sens sclorc-s, a pesfpiisas sociolc)gicas, nesse.- domínio de c.-stiidos, quase lodo por c-.xplorar.
Mas o qiio nos Importa, neste traba lho, elaborado niai.s para .sugerir c pro por do que para concluir, é o c.studo das variaçõe.s ,scmànlíca.s c dc seus fatores sociais ou ainda, cni campo mais restri to, o das relações entre as modificações de entido cia.s palavras, dc um Indo, e, dü ontro, as mudanças c; crise.s sociais. Poi.s ú nesse.s pc-ríodos críticos que se ■ sociológico, sua natureza ou por força conjugação de fatores, socioçiilturais. Certamente, são do ‘ terêsse, linguistico
amor a familia, sen- âf» timentos i poainor pais pelos filhos), exprimir aspectos ou
í maior inc .sociológico, os c.s-
obst*r\'ain, ao lado cK um;is forma(,oi‘S de \ocabulos, mais ircíiii; nlcs c inespe radas variações scinànlii a'-, dentes a uma no\a «ud dais, iis alternali\as im uiamaras ( rentes de agir anl e à diversidade de tom.idas (.Ic consci ência e de [xisieão cm ta^c das nnidanças sociais. No iundo dessas \ariai,oi.'s de sentido o t|iu' cslá, como já s»- ano tou, são as allcrai,ôcs di- iilcias v atitu des, pro\’Ocadas j)clas lianstmanacõcs dc estrutura social t do sistema dc \a’orcS. A tendência a apn sentar o \icio como uma virtude, ou a \ irlndc como uma Iraqueza senão como nm \icio, <● dc lam,-av à conta dc ideias, para acol)crta-las, os inlerèsses mais grossi-iros. é uma das características dessas épocas, cm qnc as paixões tomam a dianteira à ra/ão c a instaÍ)ilidadc dos conccittis sc rctlclc na instabilidade das pala\’ra,s dc seus sen timentos. Nessas fases dc transição, dc renova(,'ão dc idi-ias c paivões desenca deadas, a sociedade- oscila entre a lil)crdade, que sc desmanda ate a licciK,-a c o desregramcnlo, c a intolerância tiuc toca as raias do fanatismo, politico c re ligioso. São fasc‘s, — essas, das grandes crises, — em <iuc ou sc corta pela li berdade dc critica c oi)inião, c o pensar livremente passa por suhwrsivo c peri goso, on, ao contrário, não semente sc põe por toda parte o sinal dc caminho livTC, mas se reelama “para o pensa mento o direito dc pinsar como (pieira, justas pala\ras de Raínon direito ã libertinagem função mais alta de que dispo(10) Em todas as (piestões, “irre-
clulivcis às austcriclacles do método pre— método que, essencial ao proeientifico c técnico, se instalou
{. ISO . üresso c-m correspon111 dc \ alores so- lodos os dominios da ciência estrita, a indls- bic os mesmos cstinmlos {|uc impera, nessas épocas, e - - c moral, gerada nas cno cijilina mental traiibas das crises c revoluções, c gera da desordem nas clora. por itleias e dessa ,sua \’cz. dança, .sinistra on piloresde pala\Tas.
Em lugar da lealdade c franqueza, o (juc passa à ordem do dia, é a dissimu lação. a perfidia; a coerência perdo o estigio antigo, em face do oi>ortunis- ^ ^ Iodas as acoca. pi sti jno com (|uc sc niodaçoos; a fidelidade do.s princípios c mantc-los la/.em atitude.s intransigência aos' r. alistas, como para em a sorrir .superadas; idealismo e ,,.,cco .íukl„,s iru. clifcrc nlo-s qu. inu.m.kladc, c esU', que ^ c de liducle, espirito posituo p.rde a Iradiciona! paia dc\sigt. 1^ . ausência de csempulos. ^ealizaçao vi.sta, sem olnai realismo tomam se por rea nificação lc/.a.
tle fins, qi'í' si-' ti'»' . onde se reclama\am cpirilo publico, de que sentido, refugiafirmêza e transações; c o cs ... ter-sc perdido o ; cada vêz. mais restritos ao ticularcs, disrarartificios. dc um passado, abrir caminho a parect sc cm grupos - assalto dos interêsses pai çndos sob mil másearas^e honestidade dir-se-ia
● encerrou, para A (plC sctoda cspecie espetaculares sempre csciuccidas, para rupção. A hipocrisiahomenagem prestada a xutude , para iransfcirmar nu virtude por excclencia. alto preço (c mais pesado ain da subversão de valores. de manobras, sorrateiras ou denunciadas às x èzes, rnas estímulo à cor- o (jUc e, nas Turró, reclamar o deixa de ser uma para u mos.” se
(10) Ramon Turró — La disciplina men tal. Discurso com que íuõ inaugurado el IX Congresso de la Asociacion Espanola para el FTogresso de Ias Ciências, cele brado en Salamanca. Publicaciones Atenea. Madrid, 192'1.
E esse o ; da do que du desordem e da corrupção, e o de vi das humanas), alto preço, sim, que pao
●; gnm, pela sua reconslruçrio econômica f- c social, as sociedades revolvidas
por es sas crises, tão tormentosas quanto fe cundas, em que circulam com que .surgem apresentam lu^ que príjjelam (<>m maior m! tensidade correntes coletivas, criadoras f. e renovadoras. fatos Mas, como todos esses repercutem na linguagem, a pes quisa e o estudo de palavras que então
Si’ criam un sc imjiorlam, o dc oiib^ scnlidos diferentes, im iiilrivssc particular peLi snhrr as ideias, senti mentos (■ alittuU-s (lomíiiaiites na é[X)ca, as \ aria(,or.s ojjrradas iio xocabulárío da língua.
GASTÀO DA CUNHA
(Capítulos dc uin i\ i'i)
inédito. “Os Mos(iiieU'lros tio Jardim da Infunda”)
.\NTÒ.SI0 (jONTIJO dc CiVlW/VLHO
O PUOFESSOU
.ASTÃO DA (;i’NlIA. nomeado lente " substituto da FaenUhule de Direito de Minas Gerais, ila piinu-ira seevão. cm 25 de fevereiro de IStKi. Umiou pos se cm sessão especial a 15 de março. Trôs dias após, profero a .lula inaugu ral dc Direito Internacional Público, com a sala repleta de estudantes e ad vogados, \i\’aineiile aplaudido. Vendo, entre os assislenli-s, o jurista Kslevam Lobo, Gaslão da Gimlia o comida para stntar-se a seu lado na mesa.
As suas preleções foram ouvidas sem pre por alunos de Iodas as cla.ssos, admiradorc-s de sua memória prodigiosa e fascinante eloquência.
Artur 1’into Lima, (jue o te\o eomo professor cm Ouro Prelo, e em São Pau lo foi juiz de direito i-m Iguape, recovda-se da sua impressão de pasmo quan do ouviu Gaslão <la Cunha, em aula de Direito Internacional, reproduzir, sem alteração dc uma palav-ra c sem auxilio dc um aponliuncnlo, o discurso de Emí lio Castclar, “Sinlcso da História”. Gastão da Cunha conhecia, tomo muitos dos seus contemporâneos europeus, to da a obra dacpielc (pie ibi o genio da oratória ibérica, d.c estilo bairoco.
Em 25 de maio de 1897, com a re nuncia dc João Pinheiro, foi promovido a catedrático c assumiu a eadeira dc Di reito Público Internacional c Diploma cia. Trocou essa matéria pela dc Direito Criminal, objeto dc seus estudos prefe ridos, mediante permuta com o extra ordinário poeta c excelente jurista Paimundo Corrêa, que na revista da Facul dade, da qual Gastão da Cunlia foi um
dos redatores, ha\ia escrito longo tra balho sòbrc antiguidades romanas, tendo Kainmndo Corrêa assumido
Não
●adoira do Direito Internacional Públida Cuniia lecionou as duas a t CO. Gastão aló 1898. matérias
Finalmonlc, renunciou à catedra em 5 do março de 1908, cuja vaga foi preencliida pelo relação aos vcllu) Ferreira Tinoco, que, colegas de Congregação c do Tribunal do Justiça, não primava ,xL, gcm-rosiclacl.- cios jnlgcniiontos.
Tcnclo vivido na quicHude de c.dades do interior de Minas - em R.o iNovo como promotor público, em jei. municipal, em Tin,ckn^cH.oP^^ to como jmz de dirtuo Cunha i>ode absorver-se nos ridicos e Immanisticos.
E„, Tiradentes, consignava no D» »- _ “Vivo por abstração, numa Sar 11, _ . le„a, numa y^X/aTí/uéraíton, a ncüuc dc Dcux ^^on(U;s, ç. g „,,ras de Buckle, Dostoiçw^^.^ ^ ,
bre Direito Comercial, a de IbJ-, ua Faculdade dc São Paulo, furto dc transcrever quatro do Diário de 1894: em estudos jiiNão me pas.sagens 17 de fevereiro — “Deliberei para hoje estudos dc Direito Criminal para me por em dia com a Escola Penal Ita liana, a antropologia. A antropologia nao ' -I Direito Penal moderno, é auxiliar dólc, como 0 são da psicologia f o as ciên-
cias fisico-quimicas. Quero ter idéias seguras sôbrc as Niioui orizontli”. i9 de fevereiro
coniircfu a ripi'il>lic.a lirasiieira. Náo aceitaria se não ft.ssc a saúde de Elisa." j>clf)s c!i/cr<-s que, para a sua aceitaí.ão, liom<- motivo familiar e Gas* tão da C.ãinlia não liavia ainda abamlo' nado de lõdo a"» Mias comic^ões JnonarIt Contínuo com meus e.studos da nova esiola p.nal. N'a teoria do determinismo e consec|uente ^ Tiegação do livre arbítrio encontro gran- [w des dificuldades. Estudo sutil. y' hábitos inveterados. Encontrei uma dificuldade em apreender r, tre liberdade quanto aos motivos e libcr- k I dade quanto aos atos. A Escola posiliv.i E neste ponto ¥ ca”.
Talvc-/ qmeas.
20 de fevereiro — “Leio Tarde — Criminalogie Comparée”.
Dtj>iiis de \isit.n São João Del Rei, chega a Oiim Prelo em 1() de .Vovembro e no dia seguinte toma posse do Imprensa Oficial, não só administraas di.stinçue.s enclc I.Sb-l lugar dc da Diretor parece muito metafisi- de ine cariío ti\a como politiia. () Minils C»cT«Í5, Cuj.l publicação .se iniciou im 21 cie abril de Cioverno dü Es-
21 de fevereiro — ‘‘Continuo '1'arde b Em muitos pontos deixa Lombroso f em pandarecos”.
evidên- s
f A transcrição desses trecho - cia que Gastâo da Cunha era um espi- i ntualista.
1892, era o orgao do lado e Ga.stão d;i ('unha revelou-se bri lhante jormdista. euj;i obra esparsa é de difícil rc-consliliiição. ,sua atuação n:i imprensa o crc-di-uciou para u Câmara Federal.
No cenlcmiiio do seu nascimento, cm liomcnagcm ao terceiro diretor, a Im prensa Oficial (h-u ã nova sala da Re visão dc Obras o nome de Gastâo da Cnnlia.
traliaa fio sem des-
Em 29 de outubro do blica, mesmo ano, pu- no Farol de Juiz dc Fora, o pro- t da sua cadeira de Direito Públi¬ co, na Academia de Comercio, Jho que levou trc.s dias canso”.
Na ve.spera daquela data Ii fato que deu - ta-o no Diário:
ouve um novo rumo à sua vida. Rcla' “Hecebi carta do Afon.so {Afonso Arinos) convidando- , me em no¬ me do Bias (Bias Fortvs) para o lugíU" de ' redator do Minas Gerais e pedindo res posta por telegrama. Respondo logo, aeei- * tando. Eu, republicano!!! Vejo na folhi nha que hoje, há 4 anos, Leão XIII re-
LEITURAS
xários caextrato de obras mpanliados de
Gastâo da Cunha deixou demos de notas com de di\'ciso.s autores, :ko algim.s comentários c pensamentos seus. Perlustrei dois desses cadernos, üm, sò-
Ijre matéria jnridica, notadanienle de Di reito Inlernacion:il l^úlilico, em que \'cntila lemas de arbitramento, reelamaçõcs internacionais, naxáos peeunianas, mercantes, soberania das riljeirinhas ete. nos Outro, sòlire literatura, arte e sociologia, imenso o material apre sentado por c'le. Cita ções inúmeras de Saiiit Simon, Taine, D’Annuzio, Analole, Renan, Vollaire, Musset, MiE
nliol liá Beiiilo (asim indicam èles o chelet, Riiskin, Tac ilo. Bnissicr. Reinach e tantos mais. L/'os biasilrivos, Hui Bar- palácio de Sõo Hcuio onde se reune o parlauunto ein Horlugal) e Benedicto, eliaiuando-se ao Papa. na Espanha, Beiiedielo X\’ — Os ilieionário.s espanhóis francês bosa, Euclides da Càmha. Ivpit.Uio Pesensino. assunto d.i pr.Dos nose dl- O.irvallio. soa, èste sobre dilc^-ão de Gaslão di tlunh.i. sos poetas, Vicent
Abre o caderno, coiu estas palawas.
●●A Imu noil”.
Sc)bre o exalo nome do papa, muitos depois, Rui Jíarbosa escreveu cru¬ anos dita monografia, esgotando o assunto, re produzida na guesa, de Laudelino Ereirc.
fa/om corrosjx)niU-r o Hcuito ao Bí-m(»íí e Benedito ao francês Bencdict. italiano Benedclto ao francês Bc- sôbre a Igreja c- me paieicm aluais: igreja está preparada p.ua toilas ;is trans formações, cia tem iormulas já feitas para tudo. Quer sustentar a monaripiia de Direito Divino — ela di/. ommí.v potestas nwi u Deo —; quer sustentar o sufrágio universal — ehi diz que è.sse poder pode vir diretamenle di- Deus ou por intennédio do povo. Ela já adotou a formula co.r po]>uU. eo.v Dvi”.
Transcreve no caderno esta carta do monsenhor Montugniui ao cardeal MerT)' Del Vai. apreendida entre os seus papéis pelo governo de G'eineneeau — também de atualidade.
‘‘A aristocracia (ein Frunça) clá bom exemplo de catolicismo; mas êste-s exem plos não passam de roda limitada; nun ca vão até ao povo e é o povo ijue pre cisamos conquistar. .
A ação }^x)Htica dos cUpulados eatc)licos é nula. Quase todos os deputados católicos pertencem à nolneza e são mui tíssimos inferiores como valor moral o como talento aos seus colegas da Cáma-
O partido católico dex eria ser repre sentado por homens menos nobres, mas sabendo falar ao po\o”.
No Brasil, êsle assunto tem sido magistralmentc focalizado, em dixcvgència radical, por Alceu dc Amoroso Lima o Gustavo Corção, pensadores c|uc são es tilistas.
Outro pensamento de Gastâo da Cuniia mie está no caderno c vale por um pro- ná dc o legislador .sentimentos, as
Revista da Língua Portucpie grama de governo: resi>c‘itai' o haclições do povo, senao disposições em contrario , ainda epu, escritas na lei constiluc-iunal”.definiçru; de velhice: c comretrocede a dela -. ● carater, os « elas revogam as da. a a Unha do horizonte que medida que nos — Lendo o mundo de Vcünee de C.c^o il donne apix-tit cic
disse Montaigne \icillir”. interes- algumas citações ^ não nie posso Transcrexe santes — é pena que _ dc Remy dc Gourmont. ^ paUura, as pa<,as ck Slatepoaie, ^ melhores acabadas, sao naira-construçoes cie esU Em uma mesmo as livas arte. A peçaciclopica, com pedras toadas”. Uma de Maistre; a mentira dos homens honestos <‘lhistroliou frauçaisf^: Bossuet tout cnteir est sortí dc Pascal. Ce.st le dcrmcr .elo- de Pascal, C’est Ic premier a c nao constriiida, á maneira dramaticas está ra. brutas c amon“o exagero e Da á faire gc a faive dc Bossuet”.
A propósito do nome do papa Bento XV ou Benedito XV — anotou Gastâo — “Na carta comunicando a apresenta ção de sua credencial, Magalhães de Azeredo diz — Bento XV. No «spa,1
Gastâo da Cunha, a tradiçao e a Nietzebe Para hereditariedade sociológica, e é mais um pensador políticofilosofo, Talleyrand, deou sociologo de que um
pois de Napoleão, a personalidade inaís considerável do seu tempo. Xo aludido caderno se mc depararam duas páginas, bem do espírito de Caslão da Ciinlia. Uma, sobre “Órfãos da Glória”, em 1^110 com ironia cita \ários exemplos, como o de Cbateaubriand
que não foi recebido na Academia francesa, cm sessão pública, por ordem do gove^rno. Outra, éle deu o titulo ‘■Distraçõis”. — página essa que Agripino Grieco tanto gostaria clc as.sínar — Gastão da Cunha apresenta imacronismos gritantes em Balzac, Dumas Pae, Vitet, Serilie escritores.
Êssos cadernos atestí e tantos outros un a capacidade e.xtraordinária de leitura de Gastão da Cunha, cuja curiosidade intelectual é im pressionante.
em
Nao me furto de transcrev ta do Diário, de 13 de er esta nojaneiro de 1922 que transpira a sua curiosidade pelo Idioma do Lado: “X’a Bibliotequc Un- verselle {Recue Sume) no 312 — decemire 1922, leio um artigo (mediocre) sobre os Epigramas campeslres de Mar cial e odes rústicas de Horacio”. A se guir, enumera os epe o impressionaram.
A CULTURA
Embora irreprimivel
a tendência de um con-
Gastão da Cunha ele divulgar ceito cliístoso, — uma observação de Calógeras — não devo aquêle e.scuUor cia palavra ser julgado só pelo aspecto do caricaturista de almas. Possuía sólida cultura, alicerçada no convívio cliuUuno dos livros.
to do os ter praticado tarde. Da prosa francc‘sa, conlueia. porém, a obra inte gral cic innmeros autores, como Reinach, Le Bon, i^mílío l-'aguet, .Analole e Rcnan, sempre j>reseiites t in suas palestnis. l'azia exercícios meiu-mònicos, relendo Camões e Daiite, processo Cjue Assis Brasil e 13a(isfa Peieira laml)ém usavam j)ara cic-seinoK iT porlento.su retentica. Pouco se infer;ssa\a pelas ciências eco nômicas (.● naturais. J^aipielas, há jWucos vestígios nos s< iis trabalhos. Desleis, 0 falo cIc- Le Danlee. alvo ('iitão de curio sidade imi\crsal. não o rc-[ir. sequer jxir alguns minutos, na sala, em célebre cur so da Sorbonne. Castão confessou o seu de.sinteresse, não escondendo a mn ami go, qnc o acompanhava, o enfado de ou vir assunto cie tanta -sensahoria. Em compensavão, um freíjiienlador assiduo cia Coméòic l'rançoisr e de recepções acadêmicas.
Gastão da Cimlia foi um formidável coniieccdor da História Universal. Dos polííieos cio .sen (lanpo. não sei quem o subrepiijassc na geras se emparelhasse
Seguia, Gauticr: matéria. Talvez, Calóeom êlc*. como crente, o conselho do “jcunes gens, lisez le dictionaíres”. Enciclopédias, vocabulários, glossários, sempre foram as leituras do seu repouso inlclectual.
Na leitura de um dicionário, Rosas o eonliecimciito nu vida”. É a explicação irgcnlinos às do caudilho
leve a “súmula de todo rpic adquiriu ciada pelos liistoriadoics ; definições “laq^iclas c frias” dos 2?ampas.
Ledor inveterado de enciclopédias, en tre os nossos eruditos, era Artur Nciva, mestre na bibliografia e profundo conhe cedor das coisas brasileiras. Dentre os meus amigos cito o ijibliofilo Paulo Arantes, que por timidez, nunea mostrou o quanto valia.
Gastão sabia a ciência do Direito, pu blico e privado. Versava os clássicos la tinos. Riquíssimo, o \'ocábulário da lín gua portuguesa, c|ue manejava com ele- gãucia. Não pronunciava com perfeição os idiomas estrangeiios. Atribuía ao fa- f
Castão da Cunba, aos ção, .simbnliza\a “montanheses”, salientava, há ao descrever a Tijuco, hoje Diamantina.
olluis da 'Nados
uiinamsmo n amor à instrnvao um século, Saint Ililairc, cidade c os hábitos do o ludiosos do vernáculo. CU)
rc‘s aiam lo, c-rain
latinis-
C)s mineiros não ciam apenas tas. Eram conhecedores da sintaxe c cs-
colegial, os pvofesso-
Havia em didonais, como os cU; Caraça, Congo nhas cio Campo. Campo Belo do Ulicraba, Sabará e São joão D’K1 Rei, c se minários como os de Mariana o Dia mantina. Hoje desapareceram qnasc to dos, substiluichvs pelos da Ordem dos
Marislas.
Minas Gerais eoléiíios tra¬
O direito cie duvidar de “latim de ini cie certa idade, a ninguém é neiro”, dado, escreveu com espírito Augusto de Lima Júnior.. .
Oulrora, quem pretendesse um atesta do cie aprovação cm latim, se o exami nador fòsse rigoroso como Afonso de Brito, depõe Juscelino Barbosa, passariacscrevè-lo, dila- pelas cpialro provações: do pelo examinador; traduzi-lo, sem cionário; 1’az.er uma versão do porlugucs o latim e medir os versos ele Vir-
ainda exi-
No meu tcuupo aclos de português cm São Pauc^uase todos mineiros: Eduardo Carlos Pereira, Lamartinc Delamare, Sil vio de Almeida, Luis Antonio dos San tos, Colombo de Almeida, Mario de Sou za Lima, todos cia linhagem de Julio Ri beiro, o gramatico Cjuc
ecr o a des, a formação
criou uma esco-
Ia. o luiinanisino dos dcsconlie- 'Xão compreenderá filhos de Minas Gerais epem inbienlc tranquilo das suas cida- inoral cia sua juventude c os rigorosos métodos cios seus estabe lecimentos de ensino. Sobretudo, se des conhecer a historia do colégio Caraça, moldes romanos.
Orações clássicas forma e ainpHdao proferidas, _ _ Deputados, pelos saojo ce ter sido dos últimos pública. Não podem lo tempo as págmas “Casamento tribuna para gílio, Ovídio o Horácio. na
nos da di- pela correção ' do pensamento, as da Câmara dos ioanense que parehclcnos na l^eesmaecidas pe-
Os profcssòrcs do Caraça os alunos vertessem para o ser giam cpicidioma do Lacio a prosa maviosa de Frei Luis de Sousa, cpic tanta influên cia exerceu no estilo de Dom Silvério Gomes Pimenta, o sábio arcebispo de Mariana. dos Anais que arCivil”, “Legação abilidacle Civil do Tratado do quivam: do Vaticano”, Respons Rio Branco , - ivorsidade”. Na matena, não da oratória bra» Estado”, Acre” c ‘‘Uni\ ; mestres superaram os sileira.
Francisco Sá, numa banca do exame, traduz cni versos alexandrinos uma ode dc Horácio, assombrando o arguidor, filólogo Castro Lopes, que o convida, a seguir, para professor de seu ginásio.
Teodoro ele Carvalho, aluno do Cara ça, no crepúsculo da vida, nie traduziu, sem pestanejar, versos das Bucólicas de Virgilio. o
intenniédio de Rio Branco quis, por Alberto Faria, 0 rico, 0 lo membro da Academia Brasileira faltavam a Gastão da o autor de Maná, f aze de Letras. Não Obra melhores credenciais, dúvida. Mas profunda e E de forma aprimorada, Cunha as esparsa, sem não pequena
I*
Ga-stão, mesmo improvisando, foi stmp're esmerado na linguagem.
O Barão nada conseguiu, de\ido à oposição dc Pedro Lc.ssa, tentperamento apaÍxon.rdü, amigo de oulróra e na ocasiao de.safeto pessoal dn candidato.
TIUUNFOS
ORATÓRIOS
Não só o recinto da Câmara dos a os ecos da citapiencia deputados guard de Ca.stáo da C‘i:inl
São Paulo, Belo Horizonte c Buenos Aires foram festenumiias de triiinfos la. (jlIC nao perecem.
Em pleno fasügio do seu nome, vol tou a São Paulo com o Barão do Rio Branco. Lanipejoii a mais alta eloquên cia em discurso que eletrizou a assi.slen. comprimida no salão nobre da Aca^ demia de Direito. O Desembargador An- tao de Moraes, de fino gosto literário, \ defeito imperdoável é o de ser avaj ro em suas produções artí.stíca.s, guarda WR'U orador ^^^4 tao ta.scinante.
em
■: sito na nl n I"í<=™‘>«onal".
- ■ iSiâMm" ‘>'= Novembro, da Pau- Iiccia, entoou, delirantemente . do pela mocidade acadêmica, um hino de surpreendente beleza, à obra do Ba’ rao do Rio Branco nuf -i. i W i 1- ● ^ ’ '‘1 tíonvito do » Ccntio Acadêmico Onzo dc Agôsto”, ^ aiabava de inaugurar, na Praça da Hc- t publica a icrma dc Alvares Azevedo
Castão da (àitilia foi hospede, em Sâo Paulo, do (ionsi-lluúro .Antonio Prado. .\a .sessão st)Icne da I'aculclade de Di reito dc Bi lo Horizonte*, saudando a loacpiim Xalnno, não menor a vitória Iribiinieia.
Nabiico féz a defesa cia siu incriroi-
nada aj>ostasia |X)líliea, pc*rante o dire tor da Escola, antigo cíjlega de lunna, monaríjiiista no Inij)ério e presidente eleito da R<-piiblica. Empolga a assis tência ao usar a iniagc‘in cio hoiu süinaritono para sc defender, eseudado ein Eduardo l’raclo, dos atacjiies cie velhosCarlos de
companheiros dc lulas, como Lacl.
Aii.scntc o orador (“.scalado, o inspira do poeta Augusto de Lima, eatfdrático de I'’ilost;fía do D'ircito, o diretor conse lheiro Afonso F;ua, sem a\ iso prévio, dá a pala\Ta Gaslão da Cunha.
Daniel dc Carvallio elesx-reve a cena: “Castão lc\antou-sc da cadeira ele pro fessor c -se colocou no estrado, entre Nal)iico e a assistência.
fi-
“Ainda guardo na retina a sua giira c os seus gestos, nos ou\ idos a nii*" sica cia sua ; sua dicção impecável. \’os diga po*’" frente. Podemos clÚNÍda, ovaciona- \’oz e
Não é preciso cjue êlc se acha à nossa qu ve-lo c adiiiira-lo. Temos, .som diante de nós, iini dos mais belos exem plares da nossa raça...”
í Em surtos de eloquencia, traçou magi.s- trai paralelo dos dois Rio Branco, l'' dilatando as frontei
O pai, A- ^ cn M . 1 ^'‘‘tria. O' rilho, dilatando as frontei jf Perorou, arrebatando de paulistas. “Escuto jF- obra do segundo Rio Branco, 'A' ta.s vão repercutir em todos « do Brasil, e as estrofes são as que estão sendo % mocidade”.
j . -I
eiras nacionais, entusiasmo triunfal da os o hino cujas noos recantos mais brilliantes entoadas pela
Foi assim, mais ou menos, que come çou. Nabucü, vaidoso, sorriu satisfeito e a mocidade acadêmica rompeu os aplau sos que continuaram a marc;ir o fim de cada período do discurso.” Referem Icsteimmhas fidedignas — Mendes Pimentel e Afon.so Pena Júnior — cpie o dis curso de Nabuco não eclipsou o dc Gastão. Era sempre o artista do \erbo, de surpreendentes recursos.
Um discurso seu ao velho Bias Fortes, pela felicíssima comparação dc que.se
do m'.i\ <■
se^^’iu, ficou conhecido tomo ‘'<i (hscurSO do jccjuitibá*’, imagem i[ue. célere, psreorreu os sertru^s de Mina'-, até hoj ' na incinória dos admiiadores |)olítÍcü de Barbaeena.
Castão da Cunli.i <le\cn n inicio da carreira política a Bias l■'ol●te^, Kia llie grato e foi padrinho dc e.isamento do lilliu, o go\’ernador |osé h'r.inciset> Bias Fortes.
Salles iia \ia- is
d;i Cvinha. I labia cia Cunha. Amigo incMi, dos <jm- mais prezo, presencitiu, muna tarde de domingo, no jockey Cdiib de Pah rmo, a(}uele lato (pie o en cheu do justo orgulho de ser brasileiro, (iaslão da Cunha leve na grande me trópole platina o minuto da populari dade.
(.(Mnilic .1 dc nu.t
/Vcoinpanhou a (àmij): gem à Argentina em nnssão da Iralcrnidiide continental. () j)Vesidrnte da Re pública cercou-se d prestigiosos políticos e de iutc-l<';lii;us de renome. Repv; sentava a iinpri'nsa, o prineipe cia poesia e primoroso decla mador, Ola\(t Bilae. O parlamento di-signou, como sen represeulaute, Castão da Cunha, cuja c'streia na trihima. pou cos dias antes, emno \imos. fora um acontecimento.
Era èle, no di/er de Salles júnior, uin ini.sto dc cultnia e laeéeia. ironia e clicacidaclc, o retrato da no.->as moderna elocpiencia parhimentar.
Na.s prac,'as d<‘ Ruenos .●'iirc‘s, a nuillicláo fascinada pela sua elo(|uencia, quan do o pressentia, rc-.lamava aciiuda pala vra arrchalaclora aos grilos de “llahla
Agripino Cirii'co, ípie via cm Gastao da C.ãmha “nm tcmi\cl ninho de vespa.s”, sahedor do ci>isódi<i pas,sado em Buenos .-\ircs com o grande cl-pntado. fèz e.sta pilhéria com um cmhai.xador brasileiro: “No loekcv Club o po\o grita\a Não habhi Luzordo
ImhUi Luzordo'".
' Outro discurso digno de menção, com dc" estilo oral, é o da cm 1911, a um companheiMinas Gerais, Fone.xercício da características as hr.menagein, de mocidade em seca 1 lermos, quando no lideram a do governo. Corajoso, afirinou, ua época cm (luc o pais estava sob o jmm do militarismo, iiuc a ' coragem li'™ nSo cede cm bm,'ura à coragem ■ando em seguida uma sinte da re\oluç'áo social e processando na Inglaterra e de “causcur” ' ro ci4 militar”, Iraç se brilliantíssinia se estava política (juc í - 1'rança, na Itália, Alemanha. Discurso na na tí dô pensador.
Cítricos - Produção e Comercialização
OiMOX I'i-:mu iiiA
QUEM analisa a evolução da cultura dos cítricos no País, pode notar (pie exploração agrícola esteve durante ' muito tempo submetida a processos sinir. plórios, não passando de pcejuemas faiI xas plantadas, collieifas irregulares c co- k mercialização desordenada. Pela biblioS . grafia que temos em mãos, trala-se de b lavoura sujeita aos maiores cuidados, desb de 0 cultivo à comercialização. I plantas e frutas scnshelmentc
ti\aç('Hs a alguns citrieiiltores e expurladores como giandc lont;' de renda. A ase os mercados exterio- partir (Ia(|iir l.i i
essa res SC ivlrairam (.● o consumo interno nanãn olcrtcer condições lado, agravase mais ainda o juaiblema com üS impac tos das praeas e doenças (jue assolam r;s laranjais dc aleuinas regiões, üS dé beis pi'ocessos téeiiieos baixa prodnlivid.ide e vo.s finaiic; iros. eionai passoii r-numeral ivas. l’or outro de exploração, a a falta de incenliTndo isso. é eerto, fez j^reci^iilar n desestimulo das médias e pef|uenas
Houvesse nada a elevar a ei vés de novos meios imia nova e expor- a c.xemplo de outros países, 'tr compenetrados de que existe um mer- I cado de frutas cítricas em evolução, exi gente e numa intensa disputa quanto ao aprimoramento cia mercadoria nos seus variado.s graus de comercialização, paiscs que atualmente l grande produtores de h curado desenvoK
estando i mcrce pragas, nnitlanças de tcmpcralura, doenças e deterioração, afora outros zélos indispensáveis. cie araudt’5, O lavouras, sem que desti- Hoje, entretanto, geneializa-se menlalidacle entre citrieiiltores ladores,
siinnllànea reação illura do cítrico, atrade exploração, na qual íòssc obtido o máximo cie produção u maior 2>artc de de tempo desejável.
2>or área, assim eoino lucro c-io espaço
No niomcmto, o^Mirlimidacles j^ara a quanto ao fnilo in nalura e sucos con centrados e não concentrados. estão alicrtas laranja brasileira, novas Os se alinham como iranjas têm j)roculturas em ba ses ccnl,ficas c de maior produtividade Visa„i,_ assim melhores processos para obtenção de frutos selecionados para o comercio de exportação e consumo do mestico.
Durante um certo período da laranja constituiu a lavoura uma parcela dc destaque na economia de algumas re giões do País, principalmcnte no Estado do Rio de Janeiro, cuja produção foi das maiores e passou a declinar durante anos seguidos. Até a última guerra ;/ dial, a fruta cítrica brasileira tinha sição de relêvo nas bansações munpocomerciais externas, o que proporcionava mo-
Com a sete indústrias inqjlantação de seis ou dc contrados dc laranja no sul do j)ais, ntindo mercado — cm São Paulo — gara consumidor interno para o cítrico [produ zido na região, observa-sc imi clima do entusiasmo pelo desenvolvimento da la voura e do ajprovcitamcnlcp industrial da fruta.
O Brasil, como grande [produtor mun dial de laranjas, <‘stá cm condições do elevar a sua produção, priiicipalmente competir no con.sumo internacional com os subprodutos industrializados, desdo que medidas sejam tomadas no sentido áe uma cultura racionalizada e formas
mais rcntiu cis do > xploi ação o comoreializaçião.
lante aus2>icioso. vülviinento e eslrntnr.i da
Presenteiiionlo, om ploiia ali\idado, ostáo instaladas sois lábrioas do concen trados de laranja «'iii São Paulo, sendo très de grande diniens(')cs, cada uma. com capacidade de absorver o milhões de caixas d” -10 ([uilos por salra. 1'bssas unidades fabris. <|u.- contam com equi pamentos modernos, estão em condi(,ões de industriali/ar o suco conconlrado nos mesmos padrões internacionais, o que não deixa de ropiasenlar nm falo baseerlo cpic o desenindnstria do concentrado de sucos cilricos no País, principalmont!' laranja, dependem dirotamente do nível do aumento da la\'oui'a da fruta, através de evoluídos processos de cultivo o roudimonto, garautiudo o abastecimento (pianlitativo e ipialitativo dc produtos às fábricas.
Pequeua (nuili.n' da produção dc laranja
A atual prodnc,'ão brasileira de laranja é da ordem do 15 bilhões de Irulos, conconlrando-sc as maiores quantidades nas regiões sudeste o sul do País, com uma partici pação conjunta de ~iZ% S()bre o geral. Nas duas áreas estão São PaiPo, Minas Gerais, Rio de janeiro e Rio Grande do Sul, Estados <pu' totalizam uma produ ção cie pouco mais de 10 bilhões de fru tos. As demais unidades da Federação fpie integram as mesmas faixas regionais, como Paraná c Santa Catarina, registram apenas 9% cm relação ao total das duas regiões, c 6% cm comparação no geral da produção nacional, Isoladamente, S. íaulo ó responsável por 45% cia produ ção ’ brasileira de laranja, com o total de 6 bilhões Mo frutos, colocando-sc em
segumlo plano o Eslado do Minas Ge rais, cuja colluila ó de mais oii menos 2 liilliõcs. O l-lstado do Rio do Janeiro, (pio já lo\o marcanle posição nessa laMMiia. está hojo oom uma jjrodução que do 1 Iii’Iião o 200 mil fru-
mo vem eo.
.sua c (|.i destacam-se Bahia, nhão, t; ncem
Sc aiMOxima tos. O Rio Grande do Sul, situado co(piarlo produtor nacional do cítriclesenvolvenclo rcgulanncnte ●ultuni e \em seguindo cio 2>erto as aiilidacles do .segundo c do terceiro Estados. No noiic e nordeste brasileiro, produção clo.s Estados da Sergii^e, Pernambuco c Mara- .seiiclo quc os maiores índices perao segundo.
Sob o aspecto do rendimento médio d» laranja, como atestam a.s estatísticas, a atividade não vem apre- si,„t;.ndo u cUsonvolvinK-ntc) se U va.-„,os cm conta a fraca «pansao ^ . ...u.jclo.- nns liltiniOs
da culutra aroas bastante delica do colhei- anos. Lavoura da sob os aspectos tas cuidados cio aclubaçao do enças c praga.s a sua explora ção não tem sido bem orienta da no sentido das «^o^ernas técnicas de cultivo. ,,,oclo geral, o baixo rendimento da produção cio citrico no Pais, ao lado da alta de métodos que proporcionem l.eitas qualitativas cm bcmf.cio da co mercialização. Convem tanto, que em algumas rcgioes_ encon tramos culturas racionalizadas, nao cons tituindo uma fõrça no computo gcncrali- iclo da i>rocliição. Isso podemos veri ficar cm poucas ^^^‘Oihiçõcs^ paulistas, onde vamos deparar o emprego de nio- clcnia tecnologia agrícola, visando maio res rendimentos e frutos dc melhores qualificações, incluindo-se evoluído pvo- de embalagem c formas modernas iiiu coregistrar, entre7á cesso dc comcrcializaçíão.
;● O aumènlo ou decréscimo das wndas da fruta brasileira estão sob a direta in^ fluência de diversos fatores, destacan^ . do-se a situação de quantidades expor- táveis e praça cm navios dotados de frigorificação. É sabido que periòdicamcn- j, te os exportadores nacionais de frutas, L.' em particular laranjas, se vêem a braços com dificuldades que levam a diminuir r sensivelmente o mercado dessa C dorias. Pela falta de
Comercialização externa ao-s ni!T( ado-^ inicriiacionais, pois, de O-c inna collirila dr dO inilliõos dc cilixaS, wpi.rtamos ●> iiitlliõrs. Assiin. logo se pode \ crificar iiRTcadn da liiita io luilura. assim como
● podemos estender o nosso
indusliialí/á-la aii do c‘ii tros país(.-s. (daro e.stá w)S tlepcuideto de uma c racional, assim como ( nológicas de i xploração uíjs tágios da Irota, gòsto e promoção.
i|ilameutc. concorreniiíua!<!ade de condições com ou(jue tais objelicullura ordenada le medidas tccdiversos esda qualidade. s inerca- loria mel uma perfeita estru■ tura de exploração, como já assinalamos, a cultura da laranja bríisileira é constanL temente prejudicada, sobretudo na co- ^ lheita
A.S j)cct os da indusl rializ^tção e no beneficiamento, pelo não é sem razão 1 descarte (jUC que o produto sofre que, por vèzes, atinge até 70í?.
Ainda, no caso das vendets externas o problema de embalagem para frutas geral tem sido
Data dc j>ouco tempo o em das grandes preo- cupaçoes de produtores e exportadores, em especial interêsse uma
lação
interesse pelo apro\citaincnto industrial da laranja bra sileira, só ]>assundo a expandir-sc a par tir dos últimos cinco anos, com a mstade iinidacks iran.siorniadoias em duas ou mais três unida-
São Paulo. Em des da Federação do .sul do País estão caso da laranja, pois o padronização das embalagens cresce de importância, destacada- mente no comércio no na programadas outras fábricas de sucos c concentrados, onde existem o.xcedentcs de produção da fnila cítrica.
* . , externo, face às exi- gencias de consumo internacional , A exportação brasileira de laranias L - que marcou uni recorde em 1965 f o total de 4,5 milhões dc caixas ’ f lor de 7,4 milhões de dólar [. pràticamente a declinar, indo, abaixo da metade do do naquele ano. Em f- no período 1966/70,
com no vacs, passou por vezes, comércio registracinco anos, ou seja , , , ■ exportações mé- y dias de laranjas foram de 2,3 milhões i de caí.xas-padrãc), valendo a média dc ■ 3,5 milhões de dólares anuais. Quanto ’ aos preço.s, as vendas da fruta têm mantido a média de ÜSS 1,6 por caixa. Observadores e estudiosos da cítriculf tura brasileira calculam as que 95% da pro- r duçáo de laranja é destinada largamentc ao consumo interno, cabendo apenas
Pelos dados das \-<‘ndas externas bra sileiras dc suco dc laranja nos últimos anos, tem-se mn (juadro liastante anima dor do mercado da fruta industrializada. No período dc 1966 n 1970 o comér cio externo nacional de suco o concen trado dc laranja passou dc 13.929 tone ladas j)ara 33.468, nos valores correspondente.s de 4,7 milliões de dólares e 14,7 milhões de dólare.s, respecti\-amento.
Com ligeiro desnível no ano de 1969, o comercio externo dc suco de laranja apresentou a seguinte e\'olução:
EXPORTAÇÃO BRASILEIRA DE SUCO DE LARANJA
1967
1968
1969
1970
Fonte: CACEX
Em cinco anos as vendas brasileiras de suco de laranja atingiram 119.385 toneladas, no valor de 48.7 milliões de dólares. Os cmbarcpies foram constantes e os preços se manlix cram na fai.xu mé- me dia de US$ 399,00 ^x>r tonelada. Segun- im do os analistas e pesquisadores de mer cados, são excelentes as perspectivas de ma vendas do cítrico industrializado para os próximos anos, devido a problemas em algumas áreas internacionais de pro dução, particularmentc no Oriente Me dio, onde situa-se o mercado potencial concorrente de Israel.
laranja in nflfura, dando lugar ao co mércio de sucos concentrados c pasteu rizados. Verifica-se que a fruta indtustrializada tende mesmo a cobrir o voliidos embarques de laranja natural, que diz respeito às quantidades. Quanto ao valor, o comércio sob a for- ds sucos vai dcLxando muito pira resultados cambiais obtidos atra-
tras os ves do cítrico natural. Enquanto 1966, a laranja transformada particqxi- va com 20.5% sôbre a exportação dc fnitos naturais, em 1970 passou a 38,2%, isso quanto ao volume. Com relaçao ao valor, basta assinalar que enquanto, nn ano de 1966 a fruta natural proporcio- mbial de 3,8 milhões industrializado em nava uma receita ca dc dólares e o produto fornecia 4,7 milhões, em 1970 passava - - 3,4 milhões e 14,7 milhões .res pectivamente quanto à mercadorm m Uura e o produto transformado. Pelos ciados de comparação apre.sentados, em bora superficiais sob certos aspectos, ser-denionstrar as para sim como
Obscrva-sc, numa visão primária e su perficial, que o comércio de exportação de suco vem oferecendo positivas van tagens em relação às \-endas do fruto in i\atura. Enquanto os preços médios do produto natural mantém US$ 52,00 por tonelada, o suco registra a média de US 399,00/tonelada. É bom ressalvar, entretanto, que a fruta in natura con tém grande cpiantidadc de resíduos ina- proveitáveis, como casca e bagaço, as- vem, no entanto, para ^ reune problema.s cie Retes, vantagens do f embalagens, descartes e transporte es- do cítrico brasi eRO, so i pccializado. A fruta industrializada, por se relaciona com as ven as ex outro lado, ganha larga vantagem e êxi- Indústria paulista de cítricos tos quanto aos aspectos dc acondiciona- , mento e embalagem, transporte, e está Em virtude dos preços compensadores menos submetida a cuidados especiais. oferecidos pelos industriais, a agricu^- ● As estatísticas da c\-portação mostram ra paulista vem desenvolvendo a produa tendência de redução das vendas de ção de frutas cítricas, principalmente la-
t ranja. Em diversas regiões de fácil es coamento do Estado estão concentrados numerosos pomares, muitos dotados do tecnologia moderna de exploração, de^ senvolvendo a comercializ<u;ão em très K direções: mercado interno da fruta t tural entre consumidores, setores indusr tríais e mercado de exportação.
Índico significativo cie consumo indus trial, com oporluniclnclc futura de maior demanda, se consideramos os planos de instalação de no\’as indústrias de sucos e concentrados.
nu-
Doào.s t^crais — Perspectivas
ano para com uma colheita cor-
> A produção paulista de laranja vem crescendo substanclalmente de [ ano, estando hoje ( aproximada de 7 milhões de frutos, i res^ndendo a 452 da soma geral do [■» País. A área colhida, por outro lado, vem se finnando com razoável nível de rendimento. Sabe-se c^uo a maior preo cupação da lavoura paulista de cítricos, em especial laranja, é atingir novos e. ra cionais métodos de colheita, mo aprimorar os tipos de laranjas pre feridos nos mercados internacionais. Pa- ra isso, órgãos governamentais e pri,a- ; cios vèm dedicando esforços destinados 1 a tratamento
O Brasil, pcia.s suas condições climá ticas, pode cfeti\ainenle clcscn\’olvcr e aprimorar a cultura de laranjas, assim como expandir a industrialização de su cos c cítricos. No conjunto da política go\ernamc*nlaI dc incenti\os à indús tria de produtos alimentares, o aprovei tamento dos cítricos aparece com rcídce, \i.sand<) a instalação de fábricas em di\'crsas áreas do País naquelas onde existe o suporte de produção intensi\a de laranjas.
principalmente uma assim coa laranja brabastante disseminada em
especiais ao setor, através novos processos de irrigação, pulve rização química, adubação dados indispensáveis, objetiva-se de
tanle parque industrial no como participar coin no comercio exterior. e outros cuiParalelamenle,modernização da estrutu- ^ ^ de comercialização da fruta, dando ênfase à melhoria do sistema dc > porte, boa distribuição dos embarques, frigorificaçáo eficiente, etc., elementos essenciais à
Como já acenlnainos, sileira, fruta todo território, pude contribuir para for mação e eslrulura dc mais um imporPais, bem maior incidência
Isso, entretanto, objetividade se cultura do a só será viá\el e terá tivermos a garantia ele uma frutos cítricos devidamente racionaliza¬ ra -se trans-
oferta dos frutos qualifica |R.. dos, sem as comuns depreciações |4 sequente 'queda dos preço.s.
O Estado de São Paulo, maior produtor é, igualmentc, c.xportador de laranja c, como já regis- p f tramos, fabricante de produtos cítricos. 'Íf'! estão situadas as fábricas existentes i|[^- no País, cuja estimativa de absorção de ^istéria-prima é de quase 10 milhões dc caixas de laranjas, o que representa mais menos 40% da produção estimada da ;a na lavoura paulista. É, aliás, um e conalém de o maior
da, à altura de uina moderna técnica dc exploração.
Enfim, estreitamento vinculada c condicionada às possil)ilidaclcs da la voura do produto, a indústria de suc'OS e concentrados de laranja estará sem pre sob a influência dos seguintes pon tos de sustcntáculos, destinados à per feita eficiência geral do setor: (1) apri moramento das culturas; (2) melhoria do transporte, armazenamento e frigorificação; (3) aplicação de processos modernos ele seleção; (4) uso dc mo dernas formas de embalagem c acon-
dicionamcnto; (5) maiores c‘slímulos à iiiduslriaUzii(,ã() cia íriita; (6) garantia da facilidades de siipriim nto de matéconliimos ineenli\'os
(7) rias-primas; às exportações; (S) cuidados de beneficinnientn e aparência dos produtos ci-
tricôs industrializados ou não; (9) dcscn\olvinient(t da indústria em outras áreas do território; e (10) estudo para dixersificação e apro\eitamento de outros subprodutos da laranja c dos cí tricos em ueral.O
CARLOS PESXOTO
AnTÔN'10 GoNTIJO de C/UIVAEHO
(De um livro inédito Os Níosqueteiros do Jardim <la Infancia)
A CULTURA
Carlos Peixoto deixou uma grande bi blioteca. Nas suas estantes — escreveu 1 o seu companheiro de “república”, Afràla-se de Platão a Bergson, passando por Goethe e Renan, e mais do que lidos estavam os Spencer e os Summer Maine”.
Perlustrei dois caderr\os seus de 100 páginas cada um, letra miuda e desigual, . de leitura dificil, com transcrições de autores e notas à ' nio Peixoto, — i t
bre o seu estilo. Peixoto, como quase to do mineinj, nunca abandonou o estudo do latim.
i margem, redigidas 1905 a 1909. Textos em portu- guês, francês, inglês, alemão e que confirma a declaem Á if; latim, o L/ ração de Victor Viana de y. Peixoto menos, idiomas. Sabia eu, por informação de Caiogeras, que êle falava corretamente o francês e gostava de recitar trechos de r poetas ingleses e italianos. ; , Eleva a mais de uma centena o nú- ^ mero de citações de autores naquêles ;● dois cadernos. Menciona, a voo de pas- 1 saro ~ permita-me o leitor esse galicis- mo que Camilo usou — Renan, Anatole, Michelet, Ferrero, Voltaire, Le Bon, Pas cal, Goethe, Barrés, Rui, Euclides, Rer nard, Ortega y Gasset, Emerson, Les, conte de Lille, Gambetta, Taine, Guizot, Nietsche, Bulkle, Roberty, Sbakespeare, Labolaye, Ihering, João Mendes, f Garofalo, tanto e tantos outros. Proclasua admiração por Montesquieu e grande é o seu conhecimento da vida de Napoleão. Dos latinos, Tácito, cujos períodos sintéticos devem ter inflüido sôque poliglota, pelo conhecedor de vários era um na, no r .
De Renan, para uma ban- r> 1^ que acres- ao
fonte, portanto, com a suposição rem ma a
Apesar dc ter reproduzido, num ca derno, êste pensamento dc Spencer, Jingua jamais teria progredido se os pu ristas a dominassem desde o começo', diversas vezes insere, com o título luiculidacles”, significados de vocábulos de Rui, e.xtraidos da Replica, o mesmo fazendo em relação ao vocabulário dc Alexandre Hcrculano. Denomina Rui, grande cinzclador”, definição exata, pois foi um grande burilador da frase, em que pese a negativa do extra ordinário jurista filólogo. Dezenas dc citações suas e de outros me vem ao correr da pefolbeio destes cadernos. De Aristóteles, “o abuso do poder abre via-lhe a duração”, ter influência é preciso ar\orar deira e ser dogmático”, centa: prefiro não mentir; De Voltaire, “chamamos cépticos aos que não tem as nossas próprias ilusões e não indagamos sequer se êle tem outras”. Reproduzo estes outros textos, sem a indicação da de se do próprio Peixoto; “u imprensa tem dc dizer tudo até mesmo às vêzes a própria verdade”; “a educação não se faz com palavras mas com atos”; “se discursos dirigissem o mundo, há muito o sermão da montanha estaria realiza do”; “a fortuna não tem poder algum sobre um carater firme”; “é preciso sa ber o que se quer, quando o sabemos é mister dize-lo; e quando o diz é pre-
Dicesto Econò Mic;o
i-iso ter a coragem clc íuzer”. Esta, a meu '■er. a frase que melhor retrata Peixoto.
Há transcrições
A de Pen;
({iie ainda o definem, in, por exemplo: “Não se é obrigado ao charlatanismo nem à mentita para obter um mandato cuja primei ra condição é a sinciTidadc.”
A leitura destes cadernos confirma a de Carlos de Campos, que acadêmicos: o asserçao conheceu desde os teni]X)s “cultura rarissima para um moço de sua idade”.
Ê pena ({ue ésle conceito não tenha sido do conhecimento clo.s eleitores bra sileiros que, U11 data recente, elevaram mais alto posto du República um litico caracterizado pelas Renan.
Agnóstico. Carlos Pei.xoto disponha, de J fato, de sólido preparo de humanidades. | Ledor insaciável, frequentador de livra- ^ rias, assinava as principais revistas curo- ^ péias para acompanhar o mo\’imento in- j telectual do mundo.
ao popalavras dc ’n
com a qual
“Em política, é preciso um “osso
Embora fôsse um talento que “opera\ mellior orando”, comentava as leiturasprediletas, em notas à margem dos li vros assim como os princijxiis aconte- a cimentos políticos, que se iam desenro“Entre nós lando no País.
Uma outra, a dc Joubert não concorda: sempre dar aos froudeurs roer”. Acrescenta pLÍx(»to: não c a èlcs mas aos ladrões ciso tapar a boca. sob [>cna dc ter tra si os jornais, Pais, Imprensa, a Tri buna c o Malho. Logo, Alcindo; Bartolomeu Aze\cclo”.
Peixoto ironisa as expressões “demo cracia autoritária”, "dcmocratica ditadu ra”, Cesarismo plcbiscitário”, usadas com frequência por leigos em política.
Otávio de Sousa Leão
■ mimoseou a Agenor de Roure um caderno de Carlos pixoto que, se tive^e sido pubhcado. constituiría êxito de livranii. ,, de minha queda pohtica . até imnitiue e preconapós 14 meses Meticuloso, -adores de de vida al. Tal-
Não encontrei citações cie economistas não ser uma de Leroy Rcaulicu. Donde se conclui (|iie Peixoto, (pie sc tornou inn dos maiores financistas c economistas do Parlamento Brasileiro, somente se dedi cou aos estudos (juc lhe deram grande renome, como relator da receita, depois da sua cjucda política em 1909. Em todo caso, há, num dos cadernos, o pensamento que vale por um progra ma de governo: “O’ protecionismo não pode ter por fim assegurar a sobrevivên cia de uma organização definitiva”. Peixoto não deixou de transcrever
despesas parsolteiro, os tais esca\ reputação atribuiam-lhc teor boêmio, mais aparente do ^ vez possuísse e cintilação na tribuna. Frequentava, com Olavo Bdac. Alber to de Ohveira, Afrãnio Peixoto, Aloysio de Castro e outros do memo naipe, as tertúlias literárias de Sousa Bandeira, a informação é de Alceu Amoroso Lima. Discutia, quando líder da maioria ou Presidente da Câmara, literatura com os rapazes da imprensa. Assim evitava fa lar em política. Peixoto, que díssimo para com os próprios amigos Ín timos, só dizia o que convinha ser dito.Mário Cataruza, repórter do “Correio da mas como era re , a mais se trechos de discursos parlamentares, como alguns dc Francisco Octaviano c Nabuco de Araújo, dando a impressão de mate rial colhido para a elaboração de seus notáveis trabalhos. era reserva-
4 ÍT--' \ > 1
Manhã , votava a Carlos Peixoto e a cação era a <'xlr;iordinári; i [mdIícIcz para David Campista irrestrita admiração. com as senhoras. Cantando em prosa e em verso os triun- Renan, “o (jiiuse úiiieo”, na definição fos parlamentares das duas grandes fign- ele Rui, e (pie tão marcada influência do “Jardim da Infância”, contribuiu exerceu no estilo de Jo;iquini Nabuco pena para aureolar o nome de c Eduardo Prado, o escritor preferido. ^ ambos. Os valores, sirvo-me da imagem Torturado, cie displicência aparente, pro- de Joaquim Sales, são como as pedras curava revesilr o pensamento de forma preciosas: existem, mas ocultas na terra. agradá\’el. Outro é o mérito de Cataruza, que tan- Eis um Ircicbo caracteristico de dis te) cultuava a inteligência: a lição de ci- curso parlamentar, com a visivel preovismo que dava, como estrangeiro, a cer- cup;ição da onomatopéia:
■ brasileiros que, a sôldo de tj-ala própriameiite de uma ^hticos inescrupulosos, procuravam de- acepção c,ue geralmente da- iicgrir 0 vulor incoiitcstc desses f^rnndí^s 't i ' i*' ● ' . astros do Brasil granües a esse vocabnlo, e (juc abas nao e a verdadeira.
Carlos Peixoto conliecia, como pou- t-os, a Platão e Bergson, e fora dos maioentusiastas de Alberto Torres f idéias ainda ’ ’ ^ política res cujas nüo estavam em voga. Em pragmatista. Tentava era concio pensamento à ação, e a verdade É do grande homem de j/ Lstado, estava liar no com se.
' Em Roma, Ferri, ao regressar do Bra- ● sil, declarou.
Com efeito, ao invés de lhe atribuir mos a significação de cl-. sfêebo, convul são lentamcntc preparada em um orga nismo pela lula demoracla e tenaz dt* vários elementos antagônicos, ligamos em regra a éssj vocábido simples, sin gelo e nada onomatopaico, a idéia de , . exame acurado que fa- convulsão, catástrofe ou cataclismo im- ^ '^"t^gens ou preiuizos que previsto c subilàneo, (iiialqucr coisa clecomam da sua verificação. 4 L.nparávd a raio cn, cíu azul e sereno, paixona o do Brasil, em conviv^ôncra De ordinário, (|uamlo falam cm crise, es rangeiros ilustres que no.S'visita- querem referir-se a mn estado calastrá- xam, azia o jra e verdadeira caieque- fico ou a uma inespLuada deflagração, como que uma cspecic ele ciclone subi tamente desencadeado, que colhe des. . entrevista concedida percebidos os navegantes, por mais há- a im^jrensa, que Peixoto o impressionara beis, cuidadosos e previdentes. . Wvamente. Em artigo publicado no Certamenle, crise, do grego Krisis, é ' ^creurio de França’, Tristao da Cunha científicamente, cm rigor, o contrário f fala da grande admiração e estima C|ue disso, devendo entencicr-se como o fi- Uie votavam Ricliet, Dumas, Ferrero, nal, o resultado bom ou mau, feliz ou Ferri, e Paul Adam. Madame Paul desgraçado de uma luta anterior, denio- Adam, digna embaixatriz da graça fran- rada e violenta, cpiase sempre, entre cle- cesa, de superior cultura, que ss admira- mentos inimigo.s que se cliocam o comva não ve-!o na Presidência da Repú- batem Com dureza; mas ninguém o cn- blica, disse a Tristão da Cunha: “Pei- tende assim vulgarmente, e, sobretudo xoto é o mais encantador dos brasilei- em uma democracia, “vulgo” quer dizer ros”. Não é de se estranhar êsse con- todo o mundo, opinião ou sentimento ceito: o traço característico da sua edu- geral. Acrcsce que, no parecer de Emerras com a
son, falando da do sni próprio país, a democracia é um tumulto de mediocridades, tolices o desouestidades, sendo a nossa época, na o[>iuião dêli*. a dos ôni bus, da terceira pcsso.i do plural, da Taminany Hall”. . .
Quando leio críticas à democracia, me vem sempre à im-ule a coulu-cida defi nição de Clmrelull: ‘‘o pior dos siste mas de governo, excepl nados todos os demais”.
Sales Júnior eslreou no Parlamento brasileiro, discutindo o Orçamento da Pcceita. Confirmou o valor que todos, desde os bancos acadêmicos, lhe reconlieciamos.
Terminada a oração magnífica, Álva ro de Car\'aIlio. radiante, faz a confi dência desejada; ‘‘Bravos” Peixoto ou viu e o aplaudiu.” “líoniu locuta est”.
O di: urso f[ui- Peixoto proferiu tra o ceticismo dissolvciUt-, conestreantes Raul Fer- eser. vcu Victor Viana, é verdadeiro brinco, lição de energia e de lé, pcíiueniiui obra-pri ma de sagacidade.
De fato, não há palavras inúteis e dir-se-ia elaborado por um Lafaiete, o gênio da sinlese.
Peixoto era cético literário e idealis-
Teorista, desejaxa o César, “a personalidade chefe”. Fulgiria
aparecimento de eari.smálica do com o par!amentari:ímo e ninguém foi mais presidencialista.
Entusiasta dos novos, — estou me re cordando de Balzac lançando Stendhal Carlos Peixoto foi quem projetou, no cenário político, os andes c Anibal Freire, ao ouvir o pri meiro na Comissão de Poderes e o segun do no plenário da Câmara dos Deputa dos. Um elogio seu era uma consagra ção. Carlos Peixoto, grande como era, não conhecia o sentimento da inveja e ? eslinudar os seus corn ou menores que
n procurava .sempre e panheiros, por fossem.
maiores
Em 8 do agòsto lolcrama, a João Pinheiro, Joao Luis proferiu ontem o hoje dois discursos em defesa do do admirável eloqutmom ^ hjo folm
dever me sinto no municação com nciro”. João Luis. cra
Este verso, Francisco Sá Senado (setembro dc 1908) Luís Alves”, registro dos seus ta político. A sua per.sonalidade enrique cia-se com essês eoiitrasles, pois nos contrastes é (lue Carly'e via a grandeza dos homens providenciais.
Orador, não aeredilaxa na eficiência da tribuna. Artista, preocupava-sc com o lavor literário dos seus discursos c nem sequer os corrigia depois de pronuncia dos. Simples diputado, cra orgulhoso, desdenhava o auditório. Presidente da Câmara, rcvela\a-se modesto quando so sentava á mesa dc um café, com os em pregados da secretaria.
Afrãnio Peixoto, seu companheiro de “república”, escreveu que a vida não lhe dera a conhecer ninguém mais inteli gente c frisava que convivera com gran des artistas e grandes pensadores.
Oracular, a sna voz na Câmara dos Deputados. O prestígio, inigualável, e o julgamento, disputado.
Pois que eí , ^.. ,-s dos nossos és tal, quem aplicou no à estréia de Joãoda Cunha num de Gastáo cadernos de notas.
legitimo orgulho' de im- deputado federal, dera fosses
Carlos Peixoto, nesta fase pública, gozou de enorme popularidade. Quando aparecia nas reuniões políticas ou nas casas de espetáculos, nos cafés, nos teatros, onde preferia a companhia da jciinesse dorée e de alguns intelec- testemunho é de Victor Viana da sua vida tuais — 0 apontado com admiração. era
A imprensa o endeusava e os carica turistas não poupavam o seu nariz adun co que tanto lhe caracterizava o rosto, misto de força e de encanto.
JARDIM DA INFÂNCIA
O Jardim da Infância nasceu da troca de idéias de um grupo de deputados, escritores e Jornalistas, íntimos de Car los Peixoto e do Senador João Pinlteique se preparava para ser o Presidente de Minas, num modesto quarto do Grande Hotel do Largo da Lapa. José Augusto de Freitas, notável ora dor baiano, havia sido indicado por Se- verino Vieira para ministro da Viação de Afonso Pena. Carlos Peixoto, porém, ' Presidente eleito o nome de [r Miguel Calmon, que foi o escolhido. I; grande promessa de 27 anos. Pei- xoto acertou: Calmon foi excelente mi- I nistro. A interferência de Peixoto p oou uma crise \ retando
iro,
Calógeras, .Miguel Càdmon, joâo Luis Alves, Este\ão Lòbo e James Darcy trouxeram para «>s debates da Ciuiiara os grandes problemas nacionais. Era a reação da cultura íjue infelizmente o Brasil não com|K)rlava. Predominaria a teoria dos “não preparados”, pregada com cinisiiK), por Q)uinlino Bocaiuva; e Carlos Peixoto, o “orgulho da inteligên cia”, como o definiu o acadêmico Afrànio Peixoto, foi para o ostracismo.
mas
Júlio Mesquita, em uma das suas últiVarias”, rememorando o governo 25 dc
do Mareclial Hermes, apontava outubro de 1908 como a data fatídica do Brasil.
Nesse dia, de luto nacional, falecia eiii Belo Horizonte João Pinheiro, “o Oleiro de Caetc”. E.sI>oroa\a-se o grande es forço de Carlos Peixoto: o Brasil gover nado pelo apóstolo, o anteeipador de um Bra.sil dinâmico c anti-formalistico. Com o surto do militarismo, desapare cia o “Jardim da Infância”.
Carlos Peixoto muito sofreu com a provoacar- política baiana, __ . rompimento de Severino. FreiW- j ° perdoou. No momento azado
g deu-lhe 0 trôco.
^ ' Referindo-se K proferiu estas palavras
K me repercussão: na o a Pinheiro Machado, que tiveram enorTj , , “O chefe do Partido ' Republicano e um prisioneiro de políti- COS de nova raça, aparecidos de impro viso na representação dos poderes públi- COS, convertendo esse país em um ver- dadeiro Jardim da Infância".
De efêmera duração, e do qual Peixo to, o chefe, fôra das figuras mais cinti- ● lantes,
morte dc João Pinheiro.
apontavam
República, chorava como amigo e o enaltecia como símbolo puríssimo das virtudes, que se formam na vida do lar, no santuário da família. Discurso, todo êle, ouvido com lágrimas pelos presentes. es-
O CIVILISMO
Ante.s de baixar o cor^xi à sepu'tura, em Caeté, discursou, com lágrimas nos voz muito baixa, saindo-lhe olhos, em soluçante a palavra, muitas vêzes apebalbuciada, mal ouvida pelos que não estavam perto. Referiu-se à sua in quebrável amizade ao grande morto, a vida política, con.sagrada j>ela opi nião unanime dos brasileiros, quc como o futuro Presidente da nas sua 0 o Jardim da Infância não era partido político, nem se regulava por tatutos, mas uma elite de estudiosos dos nossos problemas econômicos, financei ros, sociais e políticos, que procuravam elevar o nível intelectual do Parlamen to brasileiro. Sem favor, a fase aurea da República.
Carlos Peixoto, David Campista, Pe dro Moacir, Gastão da Cunha, Pandiá
A convenção de 22 de agosto de 1909 escolheu o nome de Rui Barbosa para o ,.K.
Econômic(i
governo da Hepnbliea. loi presidida poi José Marceiino e sciii i.uí.kÍu p;n' (áneinato Braga, com o (●(unp.ireeimenlo dt●350 rcprescnU‘S de uninieipios Inasileiros. A presidência de lionr.i i'onl)e a Bernardino tle Cami>os, tjue esl.ua (juase cego, ovacionadissimo ao penetr.ir no recinto.
da caiidilhagonr’. Os delegados deliravam com essa afirmativa. Brasil, timidamente, aiDarteia, lòda a coligação há um prourama. Peixoto lulmina-o: “Quem se cede. Estamos aipii reunidos pasal\ai a Pátria’’. hVira inipo,ssi\ol conIhe permitiam
Assis di/.eudo (pie em u c-o tga ra limiar. Os aplau.sos não concluir o íli.scuro. Esla%’u saKa a ConAssis Brasil, que desejava .ser Assis Brasil cuni Mirpnsa g<-ral, tez critica, cni tlisLurso < si iilo, à iall.i ele programa do ci\ilisino, Kxiuia mauilcslo antecipado para, laitão, pinc-cdcr .'i es colha do caiulidalo.
nambuco, l(“nla não conSLgnindo, l(ula\ia, tisfatóriamente. Assis Brasil, tpic era noaiircolado, \oUa à tribuna e deelara ine que sc subiirátria ;i \otar na Conven ção com rcser\a de negar o \oto ao can didato sc o programa
Bricio Filho, ii-pres«'iitaute d lespomler às ()l)jeçoes. relutá-las sa\'cnçi*'>candidato, retira-se Immiliiado e cabis baixo; com a derrota que Peixoto lhe ina derrocada do seu no- ílingiu, inicia-.se \ A imillidãn aguarda a saída de Pei- cm triunfo. mc PlT- M)lo. lentmulo carregá-lo
Assis Brasil não simpatizava com Rui. Considera\a-o apenas nm gemo da ex pressão, o qiie não era pouco, dissc-lhc ou ao ou\ir aipicla restrição.
Assis Brasil rcjircsi nta\a o Parlidemocratas satisfi- ic nao do zes.se do Democrático do Hio (u'aiul.' cio Sul, fundado cm 190S coni o nianitcs- rcccm U) de Santa Mmia.
Mouve sensação di‘ estupor. Todos ti veram a imprc.ssão clr (juc a Cà)n\c‘nçáo naufragara.
Instado por (.‘ciso Bavma, Clarlos Pei xoto, que eslava proliindamcntc emocio nado com as ruidosas manifestaçcàcs po pulares, quc' ruas para legado do município de Uberaba, le\anla-sc, na platéia, e pede a palaxTa.
Não sc descre\'c o entusiasmo que se apoderou da Asseinblcáa. Ninguém duvidava cie fjuc Assis Brasil seria es magado. “Contra isso é que mo re\‘olto”, foram as palavras proferidas no centro do grande salão e subiu à tribu na sob ensurdecedora o\ação.
Peixoto profere talvez inellior dos seus discursos, já se firmou;
Na vespera do pleito, os viouraiulenses, com Assis Brasil e Al,nU à frente, fi/eram dcclaraiao í!;::xiná:;:r-:ie‘rfí2
poi lunes
Maciel, ada do Grande
Hotel, dc Belo Cai\ a!ho de Brito fase aguda Na sac Horizonte, ladeado cie c Afonso Pena Jônior, ^ do ulorioso movimento, as %e.spcras nloito cm 20 de fevereiro 4o o, com Moprculcnle d.scurso, faz -atriótica o pais inteiassistiu, declarou a > foi narrado por Otávio na do I de 1910, recebera ao atravessar as ir ao 'i'i‘:ilro Lírico, como devibrar de emoçao p ami- Rui, que uos, èsse fato mc * ■ u ● de Souza Leão c ouvido do proprio Rui, :c reeordax'a de ter alguém mo ro. (luc nao ,sc . cebido tão prolongada ovaçao como a últimas palavras do extra- qiic coroou as ordinário orador. Mais de seis mil pessoas o O seu longo discurso, aclamadelivio. historia a situação política navam cm em quecional, a luta da luz contra a treva.
o mcnor c o “Um partido o da resistência à invasão
i).
í|uc coin-
em qiie u aguia não excrgava as mos cas”, frase tirada cic unia expressão la tina que encontrei num caderno seu, ● - foi classificado, no dia seguinte, de numental por "O Diário de Nnlícias”. orgão do ci\'iIismo, jornal ; Ipulsei.
O discurso da Convenção de agost; o do Grande Hotel, tirante os dc Rui, foram ) e os pontos mais altos da campanbu unti-militarísla cm Minas Gerais.
Uberaba, da zona do '1'riangulo Mi neiro, prestou bomenagem especial a Carlos Peixoto, da zona d;i Mata c lítico caído do pedestal, designando 1 0 seu representante na Convenção de 22 de Agôsto, pois o agente executivo uberabense, Dr. Felipe Acbè, ocomo , fiue leve gran de atuação na imprensa c nos coniicios, foi também a Convenção para repre.scn- tar, nao Uberaba, mas os municipios triangulino.s de Uherlandia, Prata e Araguari. Os artigos do Dr. Acbè, na C(/- P^ífl de Uheraha, com o pseudônimo Silvio Câmara, eram Iranscrito.s na Ga zela de Noticia,, do Rio de Janeiro. Uberaba constituiu reação eni Minas.
Deu vitória espetacular a Ruj. Triângulo Mineiro compunlia-se - quatorze municípios. Monte Carmclo e Frutal, onde as eleições foram ladas com atas falsas,
frágios, paia ana^ar a caiulidatura ci\il, rrsjKMidf II o giamlc Estado, con correndo para »'la eoni essa maioria de cèrea cie \inte mil \olos, cada uni dos fjuais representa o \aIor de unia gCliM ineslímác!●], pelo m ii etisto de indepcadeneia, ahnegaeão ou inartirío, nilste encontro d<; lói(,as tão desiguais, entre nina reação da moral piihlica, inopinadamente le\an(acia. i- a sólida organ.zação do poder, iirmaclo no dinheiro, nas armas, na presunção do triunfo inelitável. Dc-staite Minas, qne ainda não experimentara num eometimento desta inagnilnde, agora, eoiilieec a si incsiiia, sal)c liojc o qiie \ale. e pode medir sua in\'encil)ilidacle”.
O ci\ilisino. Rui o deliniu em termos uma asjiiração moral, uma do futuro, uma clareira do aberta nèsle inferno, nos fala do beni. siinplü.s: ante-eipação espirito de IDeiis alguma eoisa qne da honra c da justiça”.
Ü civilisino era a 0 contra o por Riii Barbosa na sua governo. tt d'.- favor do exército niilitarisino. distinção feita plataforma de mn dos cíaitros cie glorioso
O U (le manipu- os únieo.s que d<ao Marechal ram votação .superior Herme.s.
O miblar é a força O inilüarisnio, a lórça do-
O militar é o soldado ser-
O niilitarismo,, o soldado rei-
Em magistral entrevista, o brasileiro insistia: obediente, miiiantc. vindo, liando. O militar é a espada sob a lei. O militarismo, a lei debaixo da e.spada”.
Sobre o ciiílismo em .Minas, Militares de prestigio na classe, conio Argollü, Cainara, Liiis Mendes Moraes, Socratc.s, tantos e tanto.s, foram civiJistas c sempre esliverani ao lado do candi dato civil. o maior . movimento cívico da sua história, des crito por Batista Pereira em página anto lógica na conferência pronunciada Belo Horizonte e inserida no livro ‘‘Peia Redenção do Rio Grande do Snl, ei „ a palavra final de Rui Barbosa: cm
<l A combinação deprimente . contemplava a que nos computos do bermismo com um peso morto de 150.000 suf.
A obra dc Rui Barbosa está sondo toda reeditada Ca,a Rui, com ex plicativos prefácios do ilustre historia dor Américo Jacobina Lacombe. A cam panha civilista já está toda impressa.
A GLORIA DA ESPANHA
n.\o lu: SeANTlMiiviu-.o
'^ENIIO |'-ela l''.si)aiili i um Lis. inio ir* re.sislivel. Mas não me sedii/em na bela terra iberiea siumaile o s.n loleloiv, as suas tradições [lopul.nvs. o inquieto, extrov-ilido de seu ])o\o. miro a gente para a qual suas preL-rencias se coneeiitraiu nas cores \i\as, nos espetáculos \ iol nles, como as limraclas. soberbo clesclem p. los Iiorarios. mas admiro, solireliulo, na Icspanlia. vocação ealoliea, seu espiiiln missionagraude/a c-ivili/adora. Não loi iiasecaam ua bNpanlui
de CeixanteS paiiliol. A gloria a d. ler fixado, inclelcvelmento,
na espirito Ado osp cjuisla . eii ibz.ação c intransigente da defesa
pmo es lc)i essa. literatura, o retraio de seu po\‘0, do sua gente. O cavaleiro (lo ideal. (}ue Icz cia Procura o senliclo clc- sua s ida, e bem anbol d, todos os tempos, da Con do .seeiilo de ouro, da colonização da America, da catequese, do reino de ^
ID. iis 0 sua Igreja contra os f libusteiros, os asenlu- ] no Mia a imjmstorcs, c renegados. os os corsários. ladrõi-s c os reiros, os D.) \lr-xico à Argentina, nas tena.s ‘ anluita. está pvos.ntc a marea Não fossem os de no, siia por acaso qneSanta,Terez.a d'.A\ila. São |oão d.i Criiz. São Domingos de Ciisinão. Santo Iná cio de Loiola, santos (|uc imidavani a face da Terra, que niilrirain eiiUuras, animaram iiileligrn(.'ias, qiu- dirigivonlades, ipie espalliarain a semen te da mensagem trislã iio imindo mo derno, no Oeidmile, no Orienle, na Aiiielica, na Afriea, na Asia, e deram a Cris to, com fervor, submissão e renuncia, a sua vida como prenda, Não foi por aeaignalmenle, qii; Fernando ác Castela, Felipe 1, ([iie Felipe 11, qiu- o duqne D’Alba, naseeram na Espanha, c quo deinonstrarain. com sen apego à fé, a vontade, a sua determinação, serem de realizar a obra da defesa do
fala esp da grande ei' inqnistadores ●ilizaçâo. . .ulo XVI, acen- ■ i;,(lor mexicano, Jo- J ●Vnierica espanhola -ada à civilização -ffâ aventureiros, de.sbravado- i do see Cl ule liistori Uia-o o grai ● \'’aseonee'l()S, c a não teria sido ineorpoi licrois, os sv (pie ram cristã. Foram os dm ida, os desconhecidos d soldados, os Espanha, qr'C do Me- , ' .sem a res
AmciStoSaCclos Ana uma meutahdaso, a inn ou seja, ção, a um govi-rno,formas de ^●Khl '.s dos séculos, com as mes- da matriz ibenca. 0 Novo c manifes- s dc', a sua atravéscaracteristicas Uun, mas capa7.es deposito da Revelação e da conquista do Novo Mundo. Não foi por acaso, ain da, que o Quixole surgiu para a gloria da literatura universal, na velha Esp.iiilia, poi.s o Qiiixote, eoin o simliolo da Procura, a Procura incessante, a Procura de sempre, a Procura de um bcni, do um ideal, de uma prenda (jiif não sc sabe bem o (Jlie é, o qne seja, o que foi na imugeni espiritual, psicológica do
espanhóis para nas terras (pie os Trouxeram Mundo, comoPortiuml trouxeram os portugueses, a ‘ovmmizirção política. Nas regiões tropi- . cais ignoradas dos conquistadores do scciilo XVI, os espanhóis desembarcaram com uma estrutura de poder, ja comple ta, repelindo do México a (pic já fizera Portugal no Brasil. Entre couberam \ '4 .\rgenüna, o
Dicesto Econômk o
t'm?iuniul>;mcl()-a.s, por esse moa fé no Deus uno c trino. O nelas, tsla nossas igrejas, inconfuncliveis. O inuis os liabitantos pic-tolninhiaiu» rica, (juo coube são- da Igreja L século VI c inicio ili da Reforma, havia ionnu cU-
delidade cpit' e Priseiliamis, abundante li- vem (]ue ca bamapusmo. (jue seu im-io n:aturai di’ Expansão. o.s
ila Aineà [-'.spanlia. ileeiSoLÍ'-dac!e de Nat,-ões do seeiilo X\’I, antes miv erno. eieneias, li\o. para b.uroeo eslá coni suas nolas belo inonninento barroco do mundo é a Mas as igrejas da i caledval do México. Companhia eoino se cimmam ainda ho je. as igrejas jesuilicas do Peru atestam a fidelidade de Ivspanha ao Ixurocx), fi- desde Liicano Seneesses 2’rocursores do meontrou na Ihería
E.xplorou, sem duvida, a Espanha o ouro e a prata do .\’o'o Mnndo. Os te souros do Peru, do México, de Nova Granada escaldavam as imaginações es- Mas esse é o resultado da con- , da civilização. reis, 5LS leis, o brac.o da monarquia estendido até as distantes terras da .\meriea, atra vés d-J seus capitães, de seus mandalarios, e alguns dos (piais liearam legen dários na galeria de avcmlureiros, de heróis, de delegados da coroa, eoino Corlez, Pizarro. Diego de Alm.igro, Cabejranholas
Tuas scMU nin corpo Uc leis; j)reva‘i-eia inaias e a-/-let-as, unia Icocralica, nianlida no verapenas, entre uu-as, hierarquia tice de uma soticdailc pre-iiolüiea pelos ritos sangrentos, chteralura nos <lá lonla. Os espanhóis lhes impuseram ssu regime, jiclas amliencias, cahildos, os ‘■avmilamiimlos” os vieec trouxeram o direito, o resj-)eilo i
l^ribuiu-sc Espanhu, emn ^ America, do t usto . Outros da eolonizaçao i ●ncontradas na zas t elevadíssimo de suas expedições ão foram ci\-historia da colonieculo XIX, <inando de Vaca e tantos outros, Imigo arrolar.
sena (pie ivilizado- ça colonizadores, (ju^' les, fizeram pior.
Não se nega que bouv(“ desmandos iiíLS colonias americanas da Estranha. Üs espanhóis reagiram violentameule à re sistência indigtna, pois comjuistar a terra. Mas onde os habi tantes 2>re-colombiano.s conl raterni/.aram dominadores, a obra es^janhola transcorreu sem incidentes de inimta, e pode SC
ca prnfondamcnlc fiel ao csp.rrto do C^cilío dc Trento, à Ccntra-Relorma,insamento dc seus teoanhol não veio na incumbia les com os
d„ sc„ cicl.. civilizador tevo
traduzir na construção do NoMundo através de lundação de uni versidades, <i'ie llores;.eram do Peru ao México, como admiráveis centros de forcultural e artística. A nação da ●1 vo barroco, ao [íc.. logos c filosofos. Se o esp . i ,, demonstrar po.ssuir a apctcncia dos bens materiais dos anglo-saxoes, c essa maniresao a inaçao Contra Reforma e do barroco, fez, |3or isso, da America um continente da ConIra-Reforma e do barroco. As igrejas, erguidas do Mrxico à .Argentina, o.s so- inflnencia do clero secular ●aracteristica, dessa raça qualidades, que estão propa- -■ de que falou outra ctou outras rando a ‘ - ,, historiador José Vasconcollos, tese já celebro.
A Espanha fez, com s gue, dc bens, de vidas, de sofrimento, de feridas que ainda nao ,sc cicaUizaraça cósmica numa o minarios, a e das ordens religiosas na formação de acrificio dc san- sucessivas gerações, a.s preparou para o culto dc Deus ua Igreja Católica, quc incontestável dominio das cons- teve n
ram, a única cruzada do sc-culo XX, cruzada da guerra ci\ü, contr munismo. A mais tragica de tod t'. ntati\as de dominar uma na(,ão foi pelida graças à disposição dos cspanhoi que não se deixaram envoKer pelos co munistas, que liaviam tomado o 25Uílí-’r Espanha. Essa foi uma autentica cru zada, mal compreendida até hoje de não ' poucos historiadores.
embora louvada por outros, pela sua grandeza epiea, 2> - los dramas que durante foram os seus anos vividos, pelo .sangue que correu, Jiclo exterminio de milhares d.- re’igio- ● sos, pela destruição de igrejas, inonuiiuii- lüs, edifícios, por tndo um passado de glorias, elcvaclíi pehi inleligenciji
Saiu da gin-iia lolalinente arrazada, extenuada, sem torças para se reerguer, giaud-- IXpaiilia. Mas se ree>:s(a «le (raliallio do })rh'a* [lac ii iu ia, e se inqxK cotiio uma d.e' nações ílorescenlos d.’ a a o CO- ; a \i-liia e as as re- eiijienMi, ções sem conta de s, nosso lfinj)o. llo]<' a Jxspanha, de novo, giande lèspaiilia. se não como no teiii^Hi d(J Ilii])eiio. ao liielios COIUO Uiua nação de pritiH iia graiuh za di) mundo conlí mjjoraneo. \ão recebeu auxilios, não contou enni ajuda e\t<-nia, mas so mente com o vigor <li' seus fillios, e, cüin ehs se rívslabeleeeii. Ninguém se iluda, ]>r>ia III, ((iie o inimigo é Miíerte. está vialivo, e pode. onlia vfz, arrastar as velhas (erras da Ibéria, oiuli- santos, licrois, poetas, rninaneislas. artistas rcís. caiidilhos, gnenciros, av eiitnieiros, tiví'ram morada e coiistrniram uma na e
no lenqx) e no csjxtço e a arte c.s^Janliolas. Re- ; . conheço reconhecem-no todos, que hou- ● ve excessos de ambos os lados , ra civil esjjanhola.
nao a que as tropas então lhes opunham, e
* civil onde <gr.uide na gucr- Mas cjual a guerra SC registram fatos conde náveis, à luz do direito e da moral? Mas impostura comuni-sta encontrou na Es- r panha uma fortaleza, e as hordas dos novos barbaros pararam diante do Al; cazar, simbo'o da grande resistcncia es panhola, pararam diante da re.soluta dis posição do deté-los, chamadas rebolch-s acabaram vencendo.
l,
nação, para crises. (|iie a ^^reei^^itarão na anar(|uia. .\ Espanha depende, ainda e scnqjre, d'.* sua f idídidacle aos manda mentos de Cristo e às linhas de .sua civ ihzação c sua cultura, (|ue não lém ne nhuma afinidade com ideologias estra nhas, (|ue lhe (jiiernn impor, para satcliza-Ia à potência vermelha dos mongob do leste curopiai.
Papei da Empresa Privada e da
Cniiíerim ia pnmnneiaila na (lonfecU-raçao |osi’. C'..\umi)(> Toiuu-:.s
Nacional <lo Comércio a 16-3-19T2
— Ec:()N<).Misr.\
liva 2>articular, mas inostrava-se, jjor zcs, claramenlc contra ola.
ve-
.\inda assim, a despeito dessa situação, node-se dizer (juo o relativo 2>rogresso ● então foi devido, prmcii empresa privada, um fato facihucntc clcalcançado até palmenlo, ; histórico cpie pode ser monslrado. Roder-.se-ia a empresa i>rivada no rio do quesubdesenvolvidas do planeta o Ási-I c a África, nao c nma m. cxótic-n nSo íestrangeiro c iinpcnalist. . j ^ e.,dição ^ -o significou, iul s;»» continentes, tnn n slnnmn 1 Cõn ,x-lo colnnizntlor n.ndn n ste sec Eln criou e cspnMtnn rmxes .tmplas ^^rofundas.
acrescentar que . Brasil, ao contráoutras” ííreas tais como j instituição .( acontece em 4-,
UANDO, a conv ite dos ros^x-i. livos go vernos, visitei (pialro jiaísixs socia listas euro2>oiis lan [iíjiiei im2'>rossionaclo com o falo de suas eiiq>rosas es tatais parecerem dinâmicas e <● fieieiUes. Estabelecendo, então, nm paralelo com a generalidade de nossas enqvresas ^■Jrivadas, ^Xírguulei a mim mesmo se. 2‘^'^ra ser hom brasileiro, deveria lornar-me so cialista. Recordei-me, no entanto, de cjuc, nos países onde prevalecí* o vegimi* (IcMiioerálico. bas; ado na propriedade e na empresa privada, a villima eonsegne scr tanto ou mais elieiimle do (|ue as enqjresas estalais da Isuro^ía (Oriental, com o acréscimo da preciosa vantagem da liberdade política. Ksle foi o caso nos 2>íííí>cs do Mercadí) Cánmim Kiivo^^eu c no Japão ea2>ilalisla do ajiós-gucrra, onde se atingiram as maiores taxas dc crescimento econômico do mundo. Nes tas nações registrou-so um es]>ctacidar clesenvolvimenlo com fundamento na iniciativa [íailicular, na livre associação, na autoridade consentida, sobre as bases da Democracia. Isto convcnccu-me dc que a ex2>licação j^ava o nosso subdesen volvimento não eslava, intrinsccamcntc, no sistema econômico, mas sim no anli([iiado modiis operandi da nossa cm^ire2>rivada, no inadequado sistema insti tucional, na insuficiência cia infra-estru tura sócio-cconômica c, nacjuela época, na política cio governo que, damente ou não, não estimulava a inicia-
Tres Condições
Acredito que este qundro possa a,i.ado n Anrerica Lat.nx^S^^cscr <»ener iáter tradicional c o sucesso empresa pri^■acla, cm nossa paiLe mundo, são fatores positivos na lula pc- sobrevivéncia, 2>nrece-mc, entre- clopenclc, pelo menos, de ^ do i f la sua tanto, que estacondições fundamentais:
1) A empresa privada t apoio de uma injra-estrulura de cuja atuai insuficiência ela sc resscrite e que tem de ser ampla e ativamente suprida, Ircs deve ier o sa delibera-
fiobrefudo através- do inve.siiívento públi co. Como ü investidor estrangeiro afas tou-se desta área da economia capital local, público e privado, é insu ficiente, a alternativa
e como o é suplementá-lo para aquele fim específico por meio dc empréstimos estrangeiros e internario- nais, inspirados num sentido de urgên cia e em : e.scahi adequada.
2) A cmprc.sa privada terá de contar grande demanda efetiva dc -s-cus ■ ierviços para produzir cm condi- - ótimas,dispti.<ser de
lioje acontece no Brasil. Pode parc*ccr paradoxal, mas a empr- sa privada di’pende do respaldo ^o\vrnamenlal para fortalecer sua ])osieâo. C,*omo um econo mista auieriiMiio assinalou, “eiujuaillo o in\'estiinento pri\ado j)odv ser coordena do atra\és do mercado, o auxilio c in\-estimento olieiais de\-ein ser coordena-
3) A ' demo.sdos por mn esforço consciente”. Este es forço consciciile (le\e ser dirigido parJ o fortalecimento de ecenomias dc mer cados c não pod'' deixar de scr marcado pc!a rat ionalidade.
e isto só será possível se mercados amplos, empresa privada, como u ente/iAmérica Lalitut, precisa passar por reformas internas ijuc a tornem ver- (caeiro e efetivo instrumento de desenda^'Ty‘" econômico e de distribuição .T velha
primazia dada á emvc .ser praginaticamenque, devido a iiin estágio maior on menor subclena América Latina, a atiatividade pública econômicoToT'” "
● ser interden i ‘social, dev _ "‘terdependentes devem . niaos dad; «e\cm cífica o privada c a a
(eiijo proces.so de circiinstàncnis A despeito da Pfíísa privada, de reconhecid generalizado de «‘^«volvímento vidadü fim de
envolvem a scgurana (pial SC distingue por seu e supletivo dentro dc deve ser interpretado conm socialismo nascente, em seguir de pa¬ is e viver por muito em coexistência tempo ainda, lí
Deste modo. d; \cmos eliminar dc vez controvérsia ‘‘im'ciali\'a privada \(‘r.sus inicia(i\a pi'iblica” na America Latina. Parecc-nie tão errado ter pre conceitos contia lima como contra ou tra. É também pr(‘ciso dissipar da men te d(‘ outros po\-os crescimento ocorreu cm históricas distintas), a idéia de que a ini ciativa p:irticiilar }>odc lazer tudo por si só c no ritmo acelerado (|uc sc exige. Por outro lado, o fato de (|ue Itá iima ne cessidade temporária dv ação pública, fora das áreas (pie ça nacional caráter pioneiro eúda país, não mo indicação de com hen.s- e
pois, á medida ein (jue gerai.s .se desenvol verem, iiiciUe, a ação goX crnamcntal de\eri;i cnndiçõc.s' as fa\’ora^'cltornar-sc menos pres(. nte c tender a substituição uma gradual. Enquanto o Estado se abstiver de substituir a cmpresa privada ou de coni ela competir
mais capa/-. propósito de Ir.insa proprii chule de mãos particulares.
transporte, comunicação gia, além de escolas.
chnamcnlc função cm (|uc assim Icm sido nesta parte ov domina, ou do globo. Qmmlo á infra-estrutura eco nômica, seria impossí\cI <juc o Estado dcixas.se de assumir uma parcela bem maior do grande im-estiniento (pie .se faz o problema
nomias externas disponíveis, como encrportos, hospitais etc. No que se refere à infra-estrutura social, esta é o Estado pvecm atividades de que esta e e enquanto estiver no ferir, eventualmenle. suas companhias para Sempre que sua acão <● posse nao mais neecssária e eom os reenrsos apura dos voltar-se para no\os emprei ndinientos, tudo estará como de\e ser. ainda, uma terceira funcãu qiu> compete ao Estado — a do planejam; nlo —. ex ceto que, en(|uanlo o planejanuMito na administração púb'iea é maiuUilóiio. que se rehri- à empresa pri\ad.i de\e ele ser inclicali\’o. exercido por ;u,-ão indireta.
Depois de um longo debate' e de al gumas experiências kU-ologieamenle ten dentes ao eslalismo, o Brasil está hoje aplicando um modelo econômico em (pic a ação privada e a ação púlíliea se com pletam c complemi-nlam. C) falo de ad mitirmos a utilidade da inieialiva públi ca não deverá oliscuu'cc'r (|iu’ a cmpicsa privada c encarada como a pedra an gular da sociedade aberta, livre e plu ralista que lutamos por construir.
E liá. solucionar para bãliil. necessário em tempo no as defieièn- Pcssoalmcnle, creio (jue ifieadas nestes setores básicos mu) simplesmente atribuídas à á falta de capital cias ven podem falta dc interesse ..arte da iniciativa particular. O Eshá muito tempo, adotou praticas políticas e legislação ciuc deram nio- 1 1 .>11+1' 'V essa siluaçao. livo, em grande parte. a c. a a tal comportamento, o imcsti adualmente removido ser ou ]>or p tado. ou
Graças dor privado foi gr daqueles setores, com e\
«íXl naquelas áreas <:■
●iclente prejuízo mencionar o O
Infra-Estruluia Sócio-Econômica
Já afirmei (juc a primeira condição o desenvolvimento do que se necessária para sistema da empresa privada ova a exis tência de uma infra-estrutura sócio-economica. Na verdade as economias que, até agora, não atingiram a fase de cres cimento automático e cpie ainda têm, como problema fundamental, o estabe lecimento da infra-estrutura necessária, justificam, a despeito do nível do efici ência comparativamcnlc mais baixo da empresa pública cm geral, mn maior grau de intervenção do que no.s países desenvolvidos. de que discutir a intervenção nos é o Esta- doutrinários. Na situaçao em que encontramos, a melhor scjluçao do assumir a responsabilidade de lesol- problenia criado por ele propno, o ^ ' "azer, aliás, utilizando-so financeira internacional medida pnssíxol e necesI vcr o que hoje pode tí cooperação disponível, ua sária.
Para expandir e prosperar, do a um custo baixo, a empresa deve contar com eco-
ra sóeio-eeonònriea .SC nniwt. ]a n.u>
Para melhor executar produzin- pioneiras c supletivas mun país em de- social relativainente senvolvimento de mdo.e democrática e onde o capital é escasso, a atitude loda estas tarefas
gica e niciomí! do Eslado dev a dc reter e ser, nao seu aleanc<‘ para sempre a propriedade jani os doim-sliios das empresas por ele desen\()I\ idas (esa área da infra-estrupaia alargai- mercados, seextemos. Uma |)o]iiica cainhial i comercial certas, hasc-adas
eiii
SÍ im os I pecialmente fora d tura), mas a de transferi-la [lolilica capa/, de conter a monetária sólida, iníla<,ãü e manter os custos internos está\-i-is, deveria favore-
para maos particulares, para o povo, mediante a venda das ; içoes, como está agora acon tecendo no Brasil. Os recursos íiiuincei-
ros assim recuperados podem dos no lançamento de ser aplicanovos einprc-endi- mentos ígiialmente necessários, desta forma empurrando-se a fronteira ecomV mica para o interior e ampliando-se os limites da economia monetária m> terri tório nacional consoante o integração econômica do um
cer o acesso aos mercados internacionais. Xcsla ordem idéias, é da maior importância, por exemplos, considerar seriainentc* as reais jiossibilidadcs de e.xpoi tar jiara outros nu rcado.s da Améri ca Latina, eomo escoadouros natmais, não S() dc- alguns bens primários, ni.rs so bretudo de produtos manufaturados que objetivo da c-stão sendo agora produzidos. Na Anit^ , . pais. Eis aí rica Latina '-stão nossos mercados natu- uperfeiç,oamento Icigico do “modelo bras. Ciro” que tem na interdependên cia da iniciativa privada e da iniciativ publica uma de suas mais flagrantes racteristicas. de
Expansão da Demanda EfeliCi
O raciocínio cond ção mencionada, damental uz à segunda enndique é igmilmente fiinpara a empresa pricada poder crescer entre nos. É a que se refere à necessidade de c.xpandir tiva, até a procura efe- ponto dc proporcion economias de escala”. No mundo que vivemos não é ética, técnica cialmcnte o ar as em ou soecoimperiosa empresa privada é produzir muito, bem e barato. E faze-lo em regimem de concorrência, com o compromisso dc ser vir à sociedade cada vez mais eficiente mente, ao invés de considerar o lucro como a sua unicji razão de ser. Para que isto aconteça, não é bastante que presa aumente sua produtividade e siga uma política orientada no sentido de ser vir bem às necessidades do consumidor. O Estado deve fazet tudo o que etiver ao possível pre.servar nomia de escassez”. A tarefa i « uma da
O aumento da procura c, jxirlanto, uma das condições indispensáveis para que a empresa privada se desenvolva e SC consolide, tendo-se o direito de espe rar C|iie o E.stado abra o caminlio atra vés de tratados Irilaterais e multilalerais c proveja c.stíniulos por meio dos incen tivos fiscais. a ca-
raís, (luc deveriamos jirncurar manter in clusive cm c()n^()nància com a política de integração iri |●egi^lo. CJontudü, tcrcmo.s dc- con(|iiislar igiialmentc mercados cm outros coiitiiiciUc-s, como já estamos faz(.-ndo. No Brasil ê c-vidente a pressão para exjxirtar afê mesmo bc-ns de capital, um setor onde- se tc-iii observado certo grau de capacidade ociosa. Na pro^xirção cm (|iic- nossa indústria inecàiiic-a e.vporlar, isso conlrilniirá para utilizar plenamente sna capacidade, desta forma re duzindo seus custos (- preços dentro c fora do país.
Imperativo da Concorrência
Mas, sempre (|iie se fala de mercados c de desenvolvimento da empresa priva da, fa’a-se dc competição, de capacida de competitiva. Eis aqiii um problema em que o Estado não se pode omitir, a em-
oo DicnsTo Econòm k< >
Se o (punido cio mercado interno, deve ele manter a íitilude no que se relcrc ao mer cado internacional. Xão c nc‘ccssárío dct()nsídenu,áo da importância
mesma ter-nos na da concorrência no ipic concerne as cx não ê basda moeda; as.segurá-las, portaçoes para tanle manter scilida a posição recomenno investidesejo fazer inen-
Estado estimular u concorrência, (' sempre que possível, dentro Heferi-me ao dever <lo l‘.siailo de esti mular essa capacidade eompeülí-.a, de modo que a empresa i>ii\ada náo per verta o seu papel, e o sistema do (pial é {X‘ça mestra leiilia eoulinuidade. A empresa privada somente im re-.-e sei preservada eu»|iianto lor um iuslnunenlo de desenvolvimento econòmieo d- niocrático e não mn processo de lonuavão oligárqiiica. A competição é salutar c- o Es tado deve manter as regras ilo jogo no que SC refere à concorrência, tanto in terna quanto cxtcrnaiiu utc.
É sabido (jiie a coinp. licão imi países subdesenvolvidos c haca. l’ioqiicnlcinexislència cU contoncucia é
Incentixos Ircqüciitomentc se dam. Mas c às importações e mento estrangeiro que ção expressa.
A proteção e um importante apoio funucitio pí-lo Esluclu par.. «tinu.Ia.;^^a
i„a..sü-ialir,açãa e «
ck.srnvolv....™to. .Na ..nta.it.., c-la pncla distorce, a cconom.a quando exeessúa on de longa i,d.ndasdine..ldadesq..epo^gcran,sc_ mente; devida a fatores (pu- se combinam para criar um monopólio ou oligopólio, como um natural, dc /urto, c-spontàneo fenô meno, de ocorrência transitória, ineremUao processo dc evolução da economia nacional. Tais fatores são, esseneialmeiia
te, a do.s mercados locais situação monopo’islica necessariamente de deliberado nesse sc-ntido, que desaparecerá tia em que o pais sc for capitalizando mercado intc-nio se for integrando. O fenômeno só se mostra anti-social na seus cli-
olviclni-s.. o fnto —
FOteacionai. o i “muralha fa\'or do produtor n ...-lhe o amparo i„ dc mn a uma uma guer-sc cionisla cm escassez de capital e o isolamento ou regionais. IC uma (|ue não resulta (iua!([iiei' propósito uma condição naluralmentc à medi-
dc que
nanlcmente, tais como ganas, mas { , ;itingir nível í™.'ToÚ ap.oxi.....do ao do Oí^lCO ‘4 . r Uran-eiro, quer a competição se,a ofe- rec da por esíc sob a/orma de importa- ^ ● o faça mediante m\-cstimcntos ● Em país que não nacionais, e 0 proporção cm epr' a empresa ou .igentes cedam à tentação do ganho íádo poder econômico. Cube ao Esn Cll ou tado pÔP fim ao abuso e corrigir a situa ção, estimulando a competição para be nefício do consumidor e, em \'iltima aná lise, dos próprios produtores. Evidente mente, não através de uma política anliIruste crradamenlc inspirada por um es pirito puniti\o e cxcessi\'amcnte restriti vo, mas por meio de uma legislação que denote um sentido realista e prudente, refletindo uma orientação que deve ser, preferivelmente, preventiva.
clhor é assegurai m I necessita por meio posilivo. Rcfiro-mc
roe.s quei no mercado domestico, isa dc desenvolver sua pvodutiyida-intevesse atvaiv ín- prccisa dc c que julga dc vestimentos externos, o protecionismo caráter de re.spaldo ou seu deve assumir o de fortalecimento da posição do empre sário nacional. Essa foi a política inicia da pelo Banco Narional do Desenvolvi mento Econômico cio Brasil, quando sob minha direção, a qual tomou a forma
primeiro dos o iia.
pequena e da média empresas, c o último estabeleceu um mecanismo dc assistência jis empresas carentes de de senvolver sua produtividade, pio foi seguido e, hoje, muitos outros programas foram lançados, não somente naquele Banco, mas também em outras institui-ções financeiras
O exemf' nacionais c regio nais. Podc-sc ainda mencionar o Fundo para Modernização e Reorganização da Indústria, cujo objetivo principal é o de promover fusões, a fim de dar às unida des de produção a dimensão para enfrentar a necessária competição das gran- empresas estrangeiras e c.stufais. Es te hpo de ação se poderia reproduzir na America Latina em benefício d; presas dos países que a prcjuíz.0 do esquema des is emcompõein e sem integrueionista.
A Reforrjia da Empresa Privada
A terceira condição citada acima tra ta da reforma da nós. E'a enfrenta, um .serio desafio. Há quem duvide das suas virtudes intrínsecas e louve as excelências da empre.sa pública. Não têm es.ses detratores d sentido
náo põcin i-níasc na maneira dc cnino o fazem, com a siipri-ssão ila liberdade e u alienação da digmilacle da jxessoa luima-
l-)i(UúSTo Eco^●ô^^co dos fundos conhecidos como FINAME. FIPEME, FUNDEPRO, Cjuais introduziu o financiamento a ter mo médio em favor da indústria mecâ nica, o segundo começou o financiamen to da
\o c-ntaiito. SC algo foi demonstrado 110 mnmio, durante as últimas décadas, foi o falo de <|iic a melhoria das con dições de vida c* pc-rfeitamente compatí vel com os concciots cie Iii)erdade polí tica c do direito de propriedade. Como Roberto Camjios — o rcnoiinido economislu brasileiro — já o disse: “Uma eco nomia pluralista l)ein diversificada é a única Ijastí 4111* se descobriu até hoje para o sucesso di- uma sociedade políti ca pluralista”. Existem exemplos entre as dcinocracias ocidentais onde foi pos sível atingir os chamados “ideais socia!isl;is” da distribuição da ri‘nda, da pro moção do bem-estar, sem rccorrcr-se à socialização da t;conomia. Isto foi con seguido através de um processo de de mocratização econômica, cspccialmente por meio da sociedade dc cajíital aberto, onde a propriedade está separada da ad ministração, rcsnllando daí a concepção moderna da empresa como uma institui ção eminentemente social. De acordo
empresa privada entro países como 0 Bra- com esta concepção, o empresário não dispõe da empresa como sc cia fosse uma uma propriedade feudal sua, ijue ele ex plora a seu talento, mas, ao contrário, que cie administra na convicção de uma nobre mLssão socia em sil, enqjresa privada o pragmático aqui advogado adotam, antes, uma posição doutrinária. Isto ocorre com cs comunistas, por exem plo, cujo credo é hoje menos uma ideo logia do a a cumprir.
Para ensejar u empresa frentar o desafio atual privada cntorna-se impe rioso rcformá-hi de dentro para fora. Sòmcnte assim pode eia ser transfor mada em instrumento de dcsenvolvimcn, mas que uma técnica para pro- o desenvolvimento mover Adeptos com o melhor econômico acelerado dos meio.s de produção.
to econômico acelerado c, tempo, em agente efetivo dc distribuição uz. Isto significa que, primeiro lugar, qualquer tendência - prática monopolústica deliberada está condenada;
econômico, e cndocrinados ao mesmo são atraídos argumento de que o Estado pode da renda que proa desenvolvimento em promover o ujíia vez na posse Naturalmente, a uma que a empresa deve l
ela deve crescer com o mcreaclo; 4110 sempre procurar superar seus pióprois níveis dc produtividade; <jue dt.-\e ;»dotar a mais avançada lec-nologia possível; deve ser racional menti" estruturada
pela Revolução cie 196-1, cnlrc mviitas ou tra reforuias,
A despeito da inflação, agora sob con trole. certas medidas legislativas import:intes foram tomadas cle.sde 1964 até ta chita, cobrindo o mercado dc capienvolvciulo a modernização \alorcs, da lei de sociedade.^ fiscal c o estaque e administrada; cjuc iU\i" encontrar um nwdus vivendi satisfatório com seus cmes das tais c bolsas de pregados; c, finalmculc. ipic dev<- ser um fator de progresso, abundância c har monia social. anônimas, da estrutura belccimcnto de bancos c companhias dc investimento e financiamento, a Hm dc propiciar ao cidadão brasileiro maior par ticipação no sistema da empresa privada. O resultado i>ode ser classificado como notável. De fato, neste c noutros setores economia, alingiram-se
Por outro lado, (.oiupiinlúas lecliadas, de tamanho médio para cima, devem ir sendo gradualnumte abertas. Seria muito errado manter a empresa como um negócio de família ou dc grupo. Es sa condição seria difícil dc conciliar com a conscientização social que si‘ vem dis seminando. A empresa t<“in obrigações bem definidas para com a comunidade; ela deve impor-se ã disciplina do aten der ao bem comum. Se o Estado demo crático não pode senão cstiinulá-hi c con dicionar seu comportamento socialincnte, ao empresário cabe a iniciativa, a livre inicialiva, de integrar a empresa que cie administra na .sociedade em que ela expressivas Na verdade, o da dc crcsciinenlo. Bmsil tem l.oje uma das maiores taxas de crescimento do mundo, partilhando a América Latina. do México na posição Sc a empresa instrumento efetivo rcalmenle se tornar mn ● de desenvolvimento meio ecomnnico e mn adequado c da renda que procUi/^ e condições básicas foacrcdido distribuição se as outras duas rem satisfatoriamenteconsolidara atendidas, sua posição mi Latin., onde quçr q>.e do dentro ato chamar . tenha opera.
O livre exercício dessa liljcrchidc deve ria conduzi-lo, por exemplo, a chir o decisivo dc abrir a empresa ã par em seu capital soindicaembora e\’
ino e uma espécie a 10 vada e sem a produção.
Naturalmente, este obieti\'0 depende, grande parte, do empresário, de sua em
do parece ter s jxissa não ser ex lista o sistemaseado nesse tipo falo, tal sistema se tornou algo mais c ^ ie de dctnocracKi cconomica „ue incorporou muitas conquistas qnc ornaram equidistante do cap.tal.smo e “o socialismo, pois a dcmocratrzaçao da economia foi i>ossível com a preservaçi_ do direito natural da propriedade pri- socialização dos meio.s cie de capitaeconômico moderno ba- de empresa privada, üe transcende ao capitahsdiferente, passo ticipação do público ciai. Se a empresa privada deve produ zir muito, bcin e barato para o indiví duo como consumidor, chi de\e também dar, a este a oportunidade de participar do financiamento cia produção, pois o homem deve ser ao mesmo tempo o su jeito e o objeto da economia. A empresa ideal é aciuehi aberta, cujos incrementos de produtividade também são compar tilhados por .seus acionistas. Essa c a ga rantia de que o desenvolvimento econô mico terá caráter democrático. A rápida evolução neste sentido é a grande novi dade no panorama brasileiro, introduzida
ic-apaciclade cio evoluir, cniijora lanii)ém tlepvndíi cio reformas e incenti\os que compelem ao Estado. O empresário iião deve considerar siia firma como tuário de pri\ ilégios, mas uma insliUiiçüo liumana, rpic de\e .ser permanentemrnle aperfeiçoada, (jne deve servir aos intere.sses da coiminicíade
um san-
soei.d. Isto acontece quando dcssensolviincnlo
c nao esperar ser sersido por tia. O empresário desc compreender que, quando ele “s-ise c dei.\a viver”, isto é, cpiando partilha equitativamente os frutos produzidos por empresa, está suprindo o mercado do c|ual depende e suprindo-o com po- eler acjuísitiso. É claro rpic o empresário irá reinvestir uma parte substancial de seus lucros para a expansão e consolida ção da empresa. Mas a melhor dc fazè-lo é interessando acionistas futuro da empresa, de modo que da distribuida
e desordem ●s(f tenta iiiianei.ir o atrases da iiillaçâo nu por imio de Imit.d cnmpre,ssã(} do eonsiimo, à maneira dos pais<‘s t(;taiiíárif)s. () meio democrá tico de financiar n cleseinolvimentü eco nômico as.se-íi:ra a lis re participação do poso no proeesM). prineipalmenie atra ses do inerc-ado cl eaj)ilais c graças a inceiitisos, eomo oeorrir no Brasil de lioje.
Sc é verdade ([uc o progresso social c a conscíjüéneia do desemoK niiento eco* menos verdadeiro clizer suu noinico, nao qiie u progresso social, por sua vez, tam bém gera maior clesemolvimcnlo. Ele é efeito e causa ao mesmo tempo. A insta bilidade social é mna rc‘alidade entre nós e
a renparte, reverta, em boa para o próprio benefício daquel
Se o problema do desenvolvimento econômico é premente, da mesma forma 0 é o da justiça social. Aliás, tanto as economias subde.senvolvidas como as de- .senvolvidas en a.
frentam boje uma tarefí; dupla. Contrariamente j ao que aconte- pa.ssado, quando a reforma social veio depois de atingido certo estágio de desenvolvimento econômico, em nossos dias temos de fazer face ao difícil impe rativo de realizar uma justaposta ao ou tro. Não é possível, como alguns de jam, imaginar que apenas a.s futuras rações gozarão dos frutos do i>rogresso material. Impor tran.sferencias forçada.s da poupança de uma grande parte da população para uma pequena parle dela ou para o Estado, reduzindo ainda o padrão de vida da enorme maioria do povo que já tem um nível bai.xo de sumo dc bens genéricos, pensar ou pro ceder assim é um convite à instabilidade
ccu no .segemais con-
maneira no na América Latina, e tem suas raízes «a má distribuição da renda. É importante, portanto, qiu- tuna participação conco mitante e gradual nos licnefícios do clesen\-oivimento econômico tenha lugar à medida que isle a\ança, desde que se ja possível educar o povo no sentido de eeoimmizar ou <le aplicar no processo a solira dc seu consumo, sobra essa poíisí\'cl com a elex ação do padrão do ^’ida. Isto é o (]iie pode ser obtido se o po\o fòr coiretamente moli\ado por meio de uma compensação adequada às poupanças aplicadas, (juo o estimule a al)ster-sc dc consumir além dc certo pon to. E isto tudo sem deixar de rcconliecer também cpic, as insuficiências do esfor ço de capitalizar, do imperativo de uni desenvolvimento dinâmico, ixidcin ser supridas por fontes cxtcnias, disponíveis lioje sob condições exigidas bá longo tem po c graças às circunstâncias do mundo moderno, cpie são uma mistura de in teresse próprio nacional e de coopera ção internacional, baseada em princípios de solidariedade humana.
MILTON CAMPOS
M -S o AI. H .'s r.S Pl NTO
( IDiscurso no Senado Federal)
(Antigo GüS'ernador de Minas C»erais. Fx-minislro do Exterior — Senador Pcderal)
APÓS o discurso pvonuiK Íado pelo eminente coesladuano Senador Gus tavo Capancina. <]ue nele inlimdiu os primores da sua iiUeligèiv. ia e da sua eiiltura, outro pronuneianienlo mineiro so bre a grande figura de Milton Campos afigura-sc-me desnecessário.
Assim, não \on propriamente fazer um discurso. Espero apenas contribuir com pequeno depoimento para o estudo histórico da sua personalidatle política e humana. De sua atuação em momen tos culminantes da nossa \icla pública, os quais são ainda do conhecimento de poucos. Em parte porque Milton Campos não chegou a relatá-los ou co mentá-los, por motivo de sua aversão a falar de si próprio, dominado, como era, por uma força de contenção, por ele denomina da, tão apropriadamente, “a \-irludc pá lida da modéstia”.
O que earacteriza o comum dos ho mens, notadamente os que exercem fun ções políticas, é a divergéneia cnlve a sua fisologia c a sua vida pública entre e.stji c a sua vida particular.
Em Milton Campos deparamos niti damente c.xccção; não há dcscontinuidade entre Mda privada e vida pública, en tre a filosofia que adotara desde jovem c 0 estilo geral dc sua \ ida.
Esses componentes espirituia.s eram uma só e a mesma coisa para a sua per sonalidade. Eram-lho consubstanciais. Inipossivel separá-los numa análise de sua vida e de seu destino c.xemplares.
l‘'ra uma integridade moral e intelectual. Iia\ia fendas no conjunto daquela harmoniosa composição liumana, assim leria, dissonâncias Tudo nele obedecia aos mesmos precei tos éticos. A sua própria inteligência a eles doeilmcnle perinanentemeutc posta i ●èz de — como quase sempre utilizada para dcSNÍrtuá-los, defender:dianle bá-
nem ou contrastes
submetia c esta\-a se ao seu serviço, aconem \ ser tece ajustá-los às cireunslàucias c lhes a alteração de vumo^s mc soHsticos. Eis por^'rnador é beis recursos “go\’e ele, ara que, p resistir”.
Com ele eomivi ínlimamcn-íodos diferentes das nossas vidas l le durante pen e até, opostosnúblicas. Arrostamos juntos r penas cio consulado cio Hstac^o ci.nos ele perto o esplendor cia consagraçao púWicaj„,n„rpadee™os
S^r^!:"r.-.ua trangdda f.r- ^p.ci.são sem jactancia. horas as
Novo, seu meza. A mesma cxprcs.sao " -i lacônica nas qualquer arroubo tea- ávol urbanidade nos nos lances A mesma cm mais graves, trai. A mesma impec momentos mais calorosos ou mais eriçados dc surpresas dos liomens e dc inquietações dos acontecimentos.
as^X" a o V.
Enti-etanto, é curioso que nas atitudes na marcha uin ou ouado, feito à dis- tro julgamento, apre tància, lhe fizesse a injustiça de consi derá-lo comodista. .Ao Contrário. Era hofSS inom de riscos.
meu
Não
Gerais’, que fosse as cerca de d uas de de
movimeíi-
Eni março de 1964, pedi-lhe, como Governador de Min a Belo Horizonte. Acorreu pronta <■' gen tilmente ao meu convite. Conversam{)s horas. Expus-Ihe a .situa ção nacional e d?i-lhe a ver a necessida- unir Minas, pois iriamos tomar a iniciativa, como o fizemos, do to revolucionário. Concordou sem hesítaçao e, apesar da sua vocação jurídica, reconheceu que era preciso agir dc.sde ogo, correndo todos os riscos necessários. Afina’,
principal objetivo era cum prir o dever de Minas, cuja tradiçfio nos mdicava lutar para preservar as in.stituiÇoe.s ameaçadas e a tranquilidade cli) povo brasileiro. Julgou, dever declarar
dci-llie conta da con\’crsa com o Presi dente e concitei-t) a aceitar o convite. Dcu-mc suas razõe-s. argumentou e por fíin rcsponclcii-mc coin estas palavras: — “Eu esperava (jue vocè me ajudasse u não ae<‘ifar, em \ (“z de somar o seu |X'dido ao do IVesidenlc Castello Bran co”.
rransmiti o diálogo ao Chefe do Go verno e acrescentei: — “Sua posiçáo é de firme negativa. .Mas pelo seu patrio tismo, dedicação à causa pública e res ponsabilidade que acabará cedendo, aconteça, cntrelanlo, é uecess;irio que o Senhor lhe crie constrangimento”.
Hevolução, acredito Para que isto nosso na
porém, de seu “Advirto-o de que, no caso de fracassos, você ficará in curso em todos lidade”. -me: os crimes de re.sponsabi- ‘Sei disso”, rcspondi-lhe, preparado para tudo”. De pois, mdaguei: Até onde vai a .sua disposição, a sua solidariedade?”. “Até on e for preciso”, respondeu-me trannia.s estou
Depois cie trocar e.ssas impressões co migo, o Presidente clisse-me: — “Então, pcço-llie ainda a fineza ele voltar ao Dr. Milton Campos e dizcr-Ihc que náo le nho ailernaliva”.
Diante cia ix)siçáo do Presidente, Mil“Neste
N:io. quiJamente.
ton Campos nic rcS[X>ndeii: — caso, eu vou”. — “Então, po.sso dizer ao Presidente f|uc vocé aceita?”. — Aceitar, não. uma e.\pcriéneia“.
Tal o liomcm, tal o político. Nenhuma ambição, salvo a com sacrifício.
ele servir, ainda que me; mo.s artigos de lei
A ííc'guir convidado para Secretário, ele, que ja fora Governador e de quem eu tinlia sido Secretário, aceitou e disseAssim estarei incurso nos meseiTi que você estiver”, fazer D'iga-lbc que vou
Pouco depois, já vitoriosa a Revolu ção de que Minas tomara a responsabi lidade, o Presidente Castelo Branco, me que declino com profundo respeito, eonvidou-o para Ministro da Justiça e contou-mc: — “Convidei-o já pelo tele fone, mas ele recusou, alegando que sua formaçao jurídica o contra-indica para Ministro da Justiça de um governo revolucionário. Peço-lhe que interfira para que ele aceite”. Telefonei a Milton, noa h
Quero eoneluir este d‘-qx)imento ilus trando-o com dois exemplos, dois traços da sua figura e.spiritiial: o senso de hu mor c a serenidade on resignação no su premo transe.
Quando Governador ele Minas, foi in formado pelo Chefe do Cerimonial que hóspede ilustre reclamara contra a posi ção à esquerda, a ele dada na organiza ção de um jantar oficial, e não à direita, A como julgava ser uma prerrogativa ine- I rente ao cargo rpe ocupava. Milton, I
bem luiinorudo. ivhpnml ainda lioiivcr Icmpo clr aeroporto, diíía-ibf (|m- sou i-anlioto”.
— A tilba entra. O pai nola-llie a dor estampada no rosto e diz-lhe: nha tillia. não é para nos desperdimos. É para podir-llu' nm cigarro — “Ora. si‘ alcam.'á-lo no i-u; — “Mi-
A[>ós o primeiro ala(|ue madrugada do dia em melhor pela manhã, peclm a sua o.xcmplar eompanlieiva — “Náo tenho”, rc-s
cairdiaeo na (jue faleeni, já mulher, . imi cigarro, poncleu-lle.' 1). Di-a.
eolega.s, o homem O mesmo em
Este meus caros ora reverenciamos. »pic (pialquer circunstância; grande em todos momentos de iim;i grande vida. os
MILTON CAMPOS
Caio Maiuo o,\ PiauaiiA ( “ )
J^^ORTO, parece
Assim se referiu Ruy Barbo.sa a J sé Bonifácio, parodiando de Henrique III ante que de Guise.
Uma pes.soa não se avalia peh tatura material, nivelada pelo fenomeno da cpie dove sobre’evar a todas as consideimana. Não mas
qiic é nccessíu-iamente ü morte. le,
rações é a sua dimensão hi no sentido físico que é material . transitório. Sim, na acepção superior c perene da espiritualidade. Não como ser corporeo. Porém como ente moral.
maior do que vi\’o. (juando meu J’ai < ntroii nesta Casa, pa ra só se retirar arrebatado pela morte em pleno trabalho, ap()s um (juartel de sé culo dc c.xereício m-slc Tribunal, onde alta cadtira da Presidência”. Issla foi a constante marca de sua vioa exclamação o corpo do Duocupou a a sua esda. .Mililou iia advocacia, cumpriu man dato jwlílico, foi duas %ezes constituinexerceu fiiiu.ões administrativas. Ja mais pcrdcii o ;ipruino eejuilibrado c se de uin magistrado, i'- (juanclo Mi-
Milton Campos, nem bem baixou; túmulo
e ]a SQ ressente a Pátria dc enorme ausência. Do grande
sua vazio que representa a sua falta. Foi êle um ho mem extraordinário. Pa.ssou semeando bênçãos. ; que colha na morte todas
reno nislro da Justiça da Revolução de 1964, conduta e determinou a acendrado pautou a sua sua gestão pelo mais vivo e respeito :is dciisõcs do Poder Judiciário, (III cumprir a lodo
cpie se einpeiinou preço c a lodo custo.
pela vida Nao é de estranhar as liomena- res gens.
Vem-llie do berço o sonso do justo. Seu pai foi magistrado ilustre nas Ge rais. 0 Desembargador Rodrigues Cam pos peregrinou pelas Comarcas interioranas e cJicgou à Presidência do Trib nal de Minas. íntegro e culto, bom, foi bem julgado por quantos jul gou, sem o receio da recomendação do Cristo, ao aconselhar aos liomens não julguem para que não sejam julga dos; Ne jiidicate, ne juclicamim.
Milton Campos formou a sua menta lidade na
visão constante da justiça. Ele mesmo, em visita ao Tribunal de Minas r quando Governador do Estado, proclamou-o: Foi à sombra desta mansão da Justiça que formei a minha personalida de. Começava a minha adolescência.
dos mai.s prestigiosos
Bacliarcl pela Faculdade de Direito dc Belo ílori/onte, iniciou a vida profis sional na então pefpiena comarca de Doda Boy, Esperança. Retomando logo à Capital Mineira, formou com Pedro Aleixo ;i ala moça do escritório de Abí lio Miicbadü, um causídicos do seu tempo.
Cresceu o escritório do advogado Mildos mais ●idos do Estado Montanlicz. Mil-
tornoii-se um nameno c ferissem que representação que reEstado, na
ton Campos, concon.lon Campos defendeu causas rumorosas. Aconselhou. Orientou. Opinou nos prélios do maior vulto, (pier se dentro oii fora de Minas. Vale, entre to dos, salientar a cebeu do Governo dc .sou (jueslão dc limites com São Pmilo. No cumprimento deste mandato, defrontou-
(°) Discurso pronunciado em Sessão So- I lenc do ConsoUio Foclcnil da Ordem dos I Advogado.s do Brasil, realizada aos 23 de I maio de 1972. J
Se ctJin um lutador pertina/. e jurisionsulto eminente, 1'ram iseo Moralo. pro fessor renomado nas Arcaidas do Largo cie São Francisco. E lal foi o coinporlamento profissional dos coiiWaidoivs, (pu se encerrou o litígio cm cliuui de res peito transacional. 1-^ preciso. co-Undo. salientar o seu desinteresse pesso;d: não sendo homem dt- fortuna, recusou lionoráriü.s, com a cxplicac.ão de assim procedor ponjiic eslava di-tendi-ndo o seu próprio Estado.
Advogado Ceral, imprimiu orienlaç.ão segura c correta à funcj-rio, eoiiio Conse lheiro dc dois Ctosernos, em períodos difícicis.
Foi Presidente do Inslliulo dos .^cKogados Mineiros, dirigindo eomo tal as discussões em torno do Projeto de C(klidc Processo Ci\ il. Foi Pre sidente do Conselho Sccional
(HicnUi\a com ussiclnidade. No Conscllu) da Ordem que logo lui integrar. Jun tos participamos das mesmas manitestaeões cÍNÍcas. Juntos assinamos o Manifi-sto dos Mineiros, <pie tanta celeuma liawria di- le\-antar ncsle País; que tanagaslou os lionvns da ditadura, e que ad\'outü da
corna, mas
scria o primeiro passo no restauração democrática. Milton Campos como todos, os mesmos riscos, dando sempre a iinprc-s.são de estar no e.vercício das mais singelas ativida des de sua vida cotidiana.
Eleito deputado ;i litiiinte Federal de 19-16, desloca-se pacoin a família.
ra o
Assembléia Cons-
Rio de Janeiro
Constilueionalisln di- elevado tomo, trou●aliosa contribuição de sua expe de sua cultura, à elaboração da Carla dc 1946. Sobretudo de seu bom senso e resi>eito nelas liberdades públicas, boa mostra de seu zelo lielas instituições o substitutivo que
xc a V viència e I:i
Dá da Ordem dos Advog;iclos, en cabeçando nesta qualidade a lula que então travamos (e cu Consellu) iupiele a intervenção
Minas art. defendeu ao rclanclo a intervenmonopolio das :')i- eni risco laborou o e integrava o tempo) contra Governador de 146, resgua estatal e o çao que o tentou fa/er, impondo uma lista de ad vogados dc sua oscollia, cm pleito ru moroso, que veio a ter seu desenlace no âmbito deste Conselho Federal.
De seu cscrilorio de advocacia saiu para cumprir o seu primeiro mandato popular, como Deputado Assembléia Conslituintc Mineira de 1935, aliando dotes dc cullur;i ao scn.so de equilí brio. Transformada a Constituinte cm .Assembléia Ordimíiiu, continuou repre sentando o Povo Mineiro, até o seu fe chamento, cm consequência da implan tação do Estado Novo.
A minha aproximação com Milton Campos data desta época. No foro, em que ensaiava os meus primeiros passos. jsJq Instituto dos Advogados, que frei crifício.
industrias da União, sem sc por o princípio da libcidade.campanha sucessória em Minas,°ra'’uD'N‘o apicsenla como seu i-aucliciato. Aceita a indicaçao certo da derrota. CouNCncido apeoas do seu sa:Í
Ei.s que SC PSD e dc um momento para outro o nome dc Milton Campos çlariza o es pírito dc resistência aos velhos metodos. Não muda, porém panha. Não p» elerrama cm arroubos oratórios. Ao con trário. Conservando sempre a bandeira da legalidade, promete realizar vêi-no mais da lei do que dos homens, impessoalidade que assegure o invencí\'cl no ● ahrc crise os tomis de sua cam●oiríctc milagres. N;ão se o um gocom a
clima de serenidade e confiança dentro do qual o exercício dos direitos não se embaraça pelo espírito de facção e an tes se facilita pel ■encarnando a renovação dos costonics, assume entretanto o Governo de Minas “sem a proclamando
Enfrenta problemas. Múltiplos e gra- 'es. Foi a hora da liquidação dos erros o pa.ssado. Foi a liora da primeira ten- lativa de defloração no País. Instabili dade política por toda parte, para Milton Campos por ser de'’coligu- çao o seu Govêrno. O Congresso W: Nacional, inseguro, leva Otávio Nhinga- r ’eua a conclamar u todos a que náo sa- È'. « “Píantazinha tenra da de- m niocracia , no altar das reivindicações f excessivas. Crise financeira cm Minas, ç. ^JI^A^embléia Legislativa, parca mar- ● g e votos assegura maioria precária. ' companheiros da véspera pleiteando que ele pusesse o poder do Go\ 'êrno na consohdaçao de posições recem-conquis- tadas. ‘ -se
nar é rc.sistir” ronio clrpõc o seu amigo Abgar Hcnaiih.
Dcixamlo CioMTiio dc‘ Miiias, trazia nome .uirrolado ]>elo respeito c pela eonsid ração de seus concidadãos. Deputado iederal, prossegue a siia ali\idaclc eoii-seicnte e nobre. P;mi ele, o mandato popular <’● o instrumento de ser vir. A\ult; certeza da justiça”. a o SCI pretensão de um taumaturgo”, o incan.sáx'el lidndor da cau.sa px'iblica”; e prometendo e cum prindo um Governo modesto como \em à República, c austero como é do gosto dos mineiros”.
E o Governador Milton Cí sístindo, em nome dos .sistindo a tudo
alidade. Crescx> siia p. rson na planura jiolíliia iKH'ioiiaI. .Agíganla- con.sc coni o (cmjK).
Diias \czcs. o -scu |) lo para caiuli<lalar-sicia cia Rcpiililica.
.irtido vai husc-áà Vice-PresidènICm dois momentos comjianhciro dc juarez Quadros. D’a última,dramáticas. As anicaçaN^am de apòio ao
difíceis: CDino '1'avora e cl; |anin as circunslàneias foram divisões (● ciúmes cindir as intcTiios forças políticas opositionista. Milton Campos a sua primeicandidato acbaxa-.sc na hairoj^a. Era
\'c!ho Continente, qne co¬ ra \aagcin ao migo comentaria d', jmis zando “nm pouco L internacional o alcança cm reali- já estarO iclcfome Roma, levanaceita. Insistem. tarde”. do-lbe o conxitc. Não Recusa dc no\’o. .●\rgnmtnla eom a inoportimidade da snbstiliiiçãn do nome integrado na lota. Só então dc Leandro Maciel já Recebe o upêlo ine\ crsivcl. anui. Interrompe a \iagem. Regress Percorre o País na campanha. E fnz o sacrifício da derrota.
unpos rcprincípios. Re- que se desviasse dí a. is mais
O Presidente, mal se -lhe a Embaixada dc AVaslúngtoii, qual declina cie, por lhe parecer que sim procedendo, inclliores scrviços ptostaria ao País. da '1 ce as- 4
Nesta época, era cu seu coinpanlieiro dc Brasília, de Consultor semanal na ponte aérea” exercendo então o cargo Geral cia República. Nossa amizade mais se estreita, à medida que mellior cu conhecia. Quantas informações, quantas 0 tí gover-
Resistindo e e.xternas. Resistin. versários impiedo- so-s e as solicitações de amigos incon- teníaveis. Resistindo na defesa di uni- / dade territorial do Estado, ameaçada pela campanha separatista do Triângulo Mineiro, e de outro lado à campanha i expansíonista dos que reivindicavam ter\\ ritórios no leste. Resistindo ao ponto de fazer da resistência uma filosofia políti- 5. ca por êle definida nos slogan puras normas institucionais, às pressões internas do aos ataques dc ad empossa, ofere-
ma o traço preponderante dc seu cai'at«r: a coerência, a inabalá\ol fidelidade às suas conx icçõcs c a siais princípios. Ministro da Hevoluç-rio, trouxe consilio o “”rave .senso da oicKm” i[ue ele iucsino já íicíinira ein celebro discurso proferido cm lÜ-lS: “Unia das caraeterístieas maís saoonfideiicias, qnanla.s i xjuM iêneias mo re velou 0 ciUâo senador Milton Cànupos! Precipitam-se os aeoiUeeimentos. Jicnuucia o Prcsidi-ntc. ln.iie.tnia-sc o Cà>veino Parlanr-nlioist.i, Helorn.i o Presiclencialismo. Iç luxsic (.'.lU iclosc i)[)io poliiico, dia a dia delerioia-se .i esl.ibilidade institucional.
Em lüfi-l, Minas le\.nita-.se na delà-sa da ordem piiblica. O Go\-ernador MagalhfiEs Pinto, n.» direção ei\ il da ile\-oliição que se arlieti'a, coinoia o .Sena dor Milton Campos, ,i (puni pede aceite uma Secretaria sem 1’asla. l-' ele, (pie já fôra Governador, troca a Iraiupiilídadi' ds sua ^'icla pelo mergnllio n.i aventura, e aceita, dizendo (jm; o ia/.ia para eoinpartilliar de Iodos os riscos, c'omo de põe o Senador Magalhães Pinto em re cente prommciameiiln no Senado da Re pública.
Eleito Presidente o Marecbal Ciastido Branco, convida Milton Campos para Ministro da justiça. Kle recusa, alegando as tendências de sen temperamento. Parecia-lbe não si-r esta a nudhor manei ra dc .servir à Revolução \iloriosa. Mas 0 Pre.sideiitc insiste, declarando não abrir mão dc sen tionie e da cooperação i[ne de'c esperava.
Milton Campos assume, então, o Mi nistério da Justiça, na difícil “hora da conta” como diria o Padre Antonio Viei ra. Com sen profundo conhecimento da Historia Política das Nações, c como analista da vida institucional brasileira, tinha consciência dc qoc a enorme ta refa de uma Rc\’olução é restaurar o clima da normalidade, que elo fixou no símile dc um grande rio que transborda de seu leito c se espraia pelos vales, mas que é preciso fazê-lo reencontrar o .seu curso natural.
Aceitando aquela missão, sem vaida de e sem orgulho, mais uma vez reafir-
li-.nles dc Minas c o sui famoso es pírito de ord.m. E.ssa ordem, que constitui nioti\t) de orgulho jxira a civilização, não é pura c ahslra- nossa (a tsdegoria do espírito, concepção ar bitrária dc poder, imposto pela força á.s mas c antes uma ordenação na do conví\io humaou plano subjetixo realidades exterioro.s, tiiral o c.spont.mea enctra na indolc populiu- e efeito dc no, que pe que inna aí alua como que por con\’Ícção íntima .
Sentindo a o
çao
ção giu, foram cncami- Nacional os Projetos de Cochp Civd e do Código dc Obrigações. E e uma las tima, grande lástima, que depois tives sem sido retirados, não sc logando, em da melhor ate lioje. SC reformou verdade, fazer na Foi sob sua gestão, que a legislação de inquilinato, em cujo Pro jeto trabalhei; mas cie cuja redaçao fi nal me afastei, por discordar do exces- assinalou. sivo tecnicismo que o Foi com scu referendo que se editou Lei do Condomínio e Incorporações, calcada em Projeto de minha lavra, re-
A sna ('c-slão administrativa no Minis tério da Justiça imprime c.stas caractc?n.s- litas dc sna “com ieção íntima”, portunidade do momento histórico, e auscnltando os anseios do pcnsamcnlo jurídico nacional, promoxe acpiilo que nm pouco antes cu dcsigna- x a come! a imprescindix-cl ‘ rcformu.açao da ordem jurídica”. Estimula a ^ dos novos Códigos, e com E-xposí do Motivos que pcssoalmente ledi- inhados ao Congresso r
solvcndü os probloinub e imprimindo dis ciplina a um dos mais lumulluiirios c contro\ertidos empreendimentos da \idu contemporânea.
r'üi por iniciativa do Ministro Milton Campos que esse votou a lei reguladora da Ação Popular, baseada em Projeto redigido por Seabra 1'aguudes, Foi Milton Campos quem designou a Camis.sáo de Alto Nível, composta dOrozimbo Nonato, Prado Kelly, Dario de Almeida Magalhães incumbida de elaborar anteprojeto dc Reforma dtj Poder Judiciário. Is foi também fruto de iniciativa dele Ministro a Lei que estru turou a justiça Federal do Primeira Justância.
A sua operosidade no Ministério da justiça revelava-se incansável. Atenden do em Brasüia e no Rio, c-ra a todeí mo mento
as-
si!n[>atia ,i ]tip()l'--c d<- eiieorrar a sua \i(la pnl>!i(.a na mais .\lta Corte, dei xou dn .iiclí.ir. J>,( piijiieira, paru alen(!<t a<is M-ii.s i-si-nipulos pessoaisj leudo bido de inieiali\a '.●na, lunio Ministro de l-Nlado, (● para at' ncler aos reelainos d.l Revolução, a Isniemla Constitucional que o niiuiero dos juizes daquele Tribiiiial. entiaidiui não l!io íicur bcm ser nibros. Da segunda, às imposições da polilica lorcava à recondução ao
elev av a tiin dos novos lu para ateiidiT niini-ira, ijne o .Senado, ev ilandi (re as alas ndenistas .Aiiuia.
R- eleito, ianii-ntar.
eional a litiiiçõe.s par lamentares nos jmises.
com isto uma erisc enpc-ssedUtas lu e atividade par!)<● do Congresso Naiiieinnbèneia <le <“Stiidar as insgrandes O j)r<)ssc*gnr na r.-ce‘ !●:
Percorre, como ])es(|ni/ador os Estados Unidos e a Europa.
Carneiro, seu de Comissão, substancioso , co¬
E sem prejuízo de suas atividades c funções Ministeriais promoveu a Refor ma Constitucional relativa à Maioria Ah.sointa nas eleições presidenciais, ma téria polemica que já no passado iima guerra civil, sua orientação qne sc votou a Lei defini dora do Domicílio Eleitoral. Foi o Mi nistro Milton Campos quem cncaminliou a edição do Código Eleitoral. É de sua gestão a Lei Orgânica dos Partidos Po líticos. ]'oi ,sol) siui direção que sc editou a lei instituidora da Fundação do ]3emEstar do Menor.
Riíligi-, com Nelson eonipaniieim veialório. .Miimeioso. Arguto. Aponta as transformações da re]>resentaç.ão poUti. D'e -seu trabalho \é-se bcm que não mundo moderconvücado pelo Presidente Cas telo Branco, para os mais variados suntos, náo somente os de sua pasta mo outros dc governo.
ea
tem mais eabiinenlo, no no, a consc-rvação clo.s estilos parlaincn- lares do passado. Dotado dc elevada jXTsjiieáeia, c portador de solida cultura em Ciéneia Política, dc que fora ProfosCalcdráticü na Faculdade de FilosoUni\'cr.sidadií Federal de Minas
quase provocara Foi sol) sor fia da Gerais, discixúamentc indica os novos ninio.s'.
Considerando cumprida a sua missão no Ministério da Justiça, dele afastou-sc. Por duas vezes o Presidente Castelo Branco llie ofereceu uma cadeira no Su'J'ribunal Federal. E Milton Cam- prenifí pos, jurista dos mais elevados méritos, que particulannente eu sei encarava com
JCin seguida, assmne o encargo dc elaliorar nin anteprojeto de Reforma lanientar Brasileira. A êle so dedica íãleiranientc. Entrega-lhe todos os seus es forços. 'J'odo o sen talento.
Apesar dc desencantado da vida pú])!iea, como na intimidade confidenciava aos amigos, promineia a 7 de novembro de 1969, no Senado Federal, o seu últi-
Diciísto Eco.nòm k ●()
tsti\i>si- marelumdii para n inexová\el. Hi-eiisou a oK-rla de ir aos Estados Uni dos siibmeliT-se ao.s mais clicazes iralailU) dbeiirso. aqir 1 nciiia denominou (]IU (ál-Nl.tV loni ia/.'to o seu “Ir.s(i.ip.ilaincnto politieo". Ali náo s eoii.sign.i lima pala\ra dr ainaiem-i- N.lo s*' ivwla iim gesto de dcM iviiça. N’.'io u-.ssoa uin liino de desenganos. Náo m- mauili >ta o tl».sespt-ro. .-\o t iuilnii io. t) seu diseur.so. pronutieiado uo Aero|>.ie.o da NaçTu), eoino que a dar-llie p.il.oi.i tle < '.|ierauIhe a li no ideal, Miiilidala
ça e a comnnicarton Campos é o N'ã() da diama raeia li'oi ica. ni.is dj veali/ação dos ideais th inocraticos como e\-
la deniou .ici.i. respondeu: \ir também. E eu di‘”. D‘c outra foila. dele indaguci pm‘ Rio. onde não si' iraiisferia para o prc-ssão pragmáliia. Sustenta (|ue iiiinlios políticos <lo làiis lião no plano da leg.ilivlade deinocrálica.
im-ntiis, preferindo encc-rrar sua exis tência junto ao.s seus. Sua dedicação a lauiilia i. ra total. Sujeito às constantes C ciuilimias \ iageiis a Rra.sília. no exercício certa vez não se instalava, dl- siia.s atividades públicas, pi-rgmilei-llie por (juc di' vcz. no Distrito Fcilcral. E el;i me ●●Sc n fizer, a Déa f(tiereiá receio pela '.^na saú-
os caile abrir-se <|ue :is snas pcrspocliva.s profissionais .seriam ilimitadas, e ele me disse <|ue já pen- ia estar longe do ([lUantevê eoin eiute/a n.is send as ili) iuturo. nisto, mas iiao <|i:'-ria ivio dos nilios e netos, que enehiam sara 0 traço pre])oml rante da persoiialidailc de Milton Campos foi o sentido do equilíbrio c de lianuouia, 'Na viu.i e na morte foi idèntieo a si mesmo. Sempre igual. Sempre aiiièntieo. O mesmo sorri.S() aeolliedor. .\ in.sma palavra de es tímulo. ü' mrsino ealor lunnano. para quantos so aeeivavam dcl(\ A mesma bondade para enliaaitar os revezes, as ingraticlões, as iiieoiupr«‘cnsões, as mal(lades. A mesma bravura para arrastar os perigos sciii javlaneia, A mesma voz um pouco rouca, na eouversa ou ua tribuna. A mesma i;:nnia mansa para o eomcnlário do (iiiolidiano. Nas alividadi-s do ad vogado. Nas afinnaçõ('s do eidad.lo. No aconchego da família.
Atingido iiela eidãrmidade que o eoIheria em pleno v igor da inleligèneia e cm plena lovça de trabalho, não esbo çou nm gesto di' revolta. Recebeu o golpe do destino, na pre-eieneia do fim. Saliia <|ue ]miieo tempo llu' ve.sLava. E eonservim-.se do mesmo inoilo cordial -e reeeptício. Com (jiieni o visitava, c eu o faziá todas as vi‘zes (|iie ia à Capital Mi neira, línlia os mais atualizados comen tários dc bom “eauseur”. como se não
cmivivio ... de alenia a sua vida e a Nad'a melhor o define do que a rec-n- ,c de viva voz dei.xou a u; fillios, já sentindo a proxi- clo final. Sem falar a pa- s chocar, embora sua casa.
Mídação qnv na Déa e a seus ...idade aguda lavra morte, para não os
fôra mí
si' entregassem a sua vida fòra l<»iga c U porque liz”. morte a na R.H'elu‘ Milton Campos(lovida á imen.sa supenoii- de espírito. Como advofòr;i eminente nas (.●onsagraçaiJ dade de seu gmn <rado, um colega qne " Gerais o distinguui como a ●onsular de nossa classe . não existe uma so “finossas gnra e. Na vida política, llic increpar falha. Ao con- ' do Senador Nelson Milnma voz a lrávi(\ o depoimeutií Carneiro cnnsagra-o, dizendo que ^ ton Campos foi o melliov de todos nos . Sempre exemplar. E deixa aos poste- excniplo. 0 exemplo de lição de sua palavra. Vvanca. sua ros o seu vida. E a Leal. Esclarecida. Ensinou no seu estilo límpido. Mus sobretudo pelo comportamento. Poncos
' homens tèm vivido no cenário político k’ da Nação uina existência tão pura, tão, N' construtiva, e tão profícua.
^ Os seus pronunciamentos e a sua obra, r que a nião carinhosa dos amigos rciinit rá em publicação que Antonio Gontijo de Carvalho já está organizando, vêin refeitos de suas lições. Desprelcnciosas, porém seguras. Que valem também co mo advertência. Nesta hora em que
marc-bainos ao ciuoiitro do futuro, e em (jtie o no^so I’ais se defronta com dificnld.icli s mil. animado da fé na sua pró pria fòrça, dr\i- ser lí iubrada a pala\ra d.' .Milton (.'.impns. pronunciada cm ou tro inoim iito. mas (jiie pode ser trans posta j^rara os dias atuais, encarecendo a necessidade de mn i “convergência dos esjríritos, reclamada pela defesa das insliluiçõe.s e pelos snperifucs interesses de nossa Pátria”.
TRADING COMPANIES
Ah.noi.do W.m.o
“...\anios realuiiaili- criar unia com panhia de comércio i-om \ taulcdorcs lo cais, vamos |>rodn/ir uni «.alálogo i- sair vendendo de porta produtos, qiu‘ conseguir vender. Si)i^ucin vnule senta do fw escritório’'.
ein jrorta os nossos e a única lorina ili- .si-
Não há diuida que as ('stutísticus re\elam a existência de um incontestável paraleli.snio entre o crescimento do pro duto interno bruto do.s- paiscs em vias de de.sem ob imento e a cn olução de sua.s exportações. .\'a realidade, o aumen to das exporlaçõe.s-. especialmcnte de produtos mamifaturados, v uma garantia do crescimento cia economia nacional, ; divisas ncces-
Nos últimos meses. o grande oiibiieo tem acompanliado a milrada dc uma no\’u i‘Slmlnra enipiesarial sentido ainda não íiemi de bens, ,scr\ iços e na moda , eiijo miúlo claro para os leigos — as Tradim^ Companies. A cla,s se referem os estudos cios, as noticias de imprensa, de associações cU- classe t dc toda ordem, já ciando
produção ●/.ida capacidade de impoitar rente de falta cie di^■isas possa c" -scimonto do i>ais, como delcrminada.s fases da dc garantir o nto diespeeiair/.aas reuniões “ os si-minávios agora estamos aguariiina regulamentação própria do novo tipo de empresa (pic uma no\'a esperança de rápido c iiUcmso clesen\-ol\-imen'to.
Ministro Delfim Ndo pois alcni de as.segurar as . ^ árias para a realizaçao das importaçõeshwic-hoto indispensá\eis ao desenvolvimento, permite uma ,„c-lhoi- Ulilizavão cl..s vários fatores dc E\ila-se, assim, que a redudecorconstituir s*
entrave ao evcí já aconteceu em nossa Os meios hislchia. ilihrio do balanço de pagame sidade de importar consisicm rro recebimento de nos empréstimos c.xternos o mrs uvporta “é JEstns últimos se reycstem da „ i„r importàneia. pois levam a ampha- eá,. do mercado prodntor. arrmentando e número do enrpregos o mlrodnzmdo rr ntilização do técnicas e escalas nrtns adequadas. Consequentemente, os pro ntos melhoram em qnabdadc c podem baixar cm preeo. Assim, a pressão em faror da exportação passa a conshturr um fator dc racionalização industrial e até de combale u inflação no plano in terno.
A política de exportação, fixada após Re\-olução de 1964, teve assim metas
C(|U1 . anlc' da neces roprescnla, para o nosso pais, I il
Efelivamcntc', <|iiand() foi lançado há alguns anos atrás o slogan EXPORTAR É A SOLUÇ.ÃO, II muitos não imagina vam que SC iniciasa iiiini no\a fase do milagre brasileiro e que n Govcnio apre sentava nao apcMias uma idéia programática üii uma frase literária, mas sim uma tática agressiva c eficaz de cresci mento da economia nacional. Dentro da filosofia da política dc c.xportação, tive mos uma primeira fase baseada nos in centivos fiscai.s c, agora passamos a uma etapa caracterizada pela criação das Tracling Companies, consideradas como em presas especializadas dc comercialização allamente válidas que foram alcançadas integrada. ’ graças à política dc incentivos fiscais. a
' consagrada no plano ícdcral c, ]á ago ra, acatada pelos Estados, nos tcniios dos convênios. VerÍfÍcou-sc, assim, cm cinco anos, um incontestável aumeiilo das e.xporlações, c.specialincntc no to cante aos produtos acabados c semi-aca bados, abrindo novas áreas cie
Í:;.\.njjui.indo .e. i \poilai,ões brasileiras, \ -1 ilic anios (jiic nni iedn/idü núliUTO de prodnlos re])r< s, u(,i ,i maior parte da iiiereadoriii rcnu-lida p.iiii o e.xlcrior e :doiun;is poiii as lanpicssas concentram a maior p.iitc- do \<ílmuc das nossas cxporla(,cH'.s. I’i\ idcncj.i-sc <[iie niinicros.e; soei<'dad< i íuncu iais brasileiras tem ]irc( o (■ (jiiaiidadc ]>ai'.i
exp.m.sao . para a nossa indú-stria c obrigando-a a uma revisão c rccícluiícnn paru o alciuliraento das c.xigèncias do mercado exterBrasil entrar no mernão estão om condide ou- no. Pcklo. jK)is, progrcssivainente a sun participação no como produtor cl ‘ aumentar o fros ])aíses no campo m. rciali/ação. ipic somente accssixcis para exportadores (jiie represcnlcin nin grande xailnmc* (le vcndas. .●\ existência dc iima rede cie conierjustiíica e ● eompieencUt a partir de um dc cx])f)rlaçrns. que cous- IIIrada do produto ●ado internacional. campo internacional mamifatiirados.
As principais dificuldades encontradas pelos industriais brasileiro.s foram rcf<;rentes ao controle de qualidade c ;'i fal ta dc dimenscães para atender aos pedi dos internacionais, ao mesmo tempo {]iic se sentia a necessidade de uma eslrutiiadequada para abrir o merca do externo aos produtos brasi leiros,
cado externo, mas ções dc c-oiii])rlir com einpresasdos canais de co se tornam
cializaçãi) internacional so se ●sònienle .s< limite niímmi)
litiii o i'iião j)ara a < For ra 'i no imaa outro lado. as despes;is de comer cialização .são imersaineiile prodc vendas; sem que as nossas .■ sas. geralmente de tamanho queno ou medio, tivessem dições econômicas emprepeconpara criar c que é to no comércio inter-
r maior o snportiir tal e.striitiira, davia indispensável nacional. diniensõo.s Considerando <|iie as atuais das empre''as ralnieiitc iniiilo iuleriori‘S às ;lí ij brasileiras são g'-'* dc suas afirmou internadosão as maior Com 0 decorrer do tempo, os expor tadores bra.sileiro.s utilizaram siib.stancialmcnte os incentivos fiscais, os finan ciamentos gmernamenlai.s crédito, e, cm empresas fizeram para poder atender às c-neomendas lindas do exterior.
poreioiiius ;to wuinnoxoluine, menor é o custo da coiijereializacão.
Íí congêneres estrangeiras, ja sc f|iic as grandes eompanliias nais oii imiltinacioiiais, (|iu' ‘iidodoras no mercado (“xterno, tdll a o .seguro dc \'irtiidc deles, nuniero.sas res \’(* lanianlio eonqiaiável aos respectivos 1IIII setores indii.slriais Iirasihiros. Assim, à ]iolílua interna de concenIraeão eoniereial e industrial, jusli comer.sÕ!.s necixssárias ori;aiia Aos poucos, íüinos o espírito relativamente csgrande-s piMSj:K-eem|iianto no mercado incentiva- verificandó tático c a aiisêneia de tivas da ALALC. internacional, eneoiilrainos dificuldades paru competir com os grandes exporta dores, como o Japão e a Alemanha, especialmeute depois da limlalix-a do volta dos Estados Unidos au protecionismo. ]>elas fusões e ineorporaçoes das ])('!() Cà)\'crno eoin uma legislação especial e \’antagens de ordmii fiscal, dex'( ria eorrosponcii'!', ,1)0 jilaiio da pohdca d(> (.'Xporlação. mna (‘struliira que ga rantisse a utilização das xauitagens da eeonojnia de c.seala, para perinilir a compeUlixidadç dos e.xpüiLaduies brasileiros
MU li'i pi iMu II a a'/c-ia.
li-.ulii ifiKiis. cí-Uí\iini iiKiInliiados no campo inlciiia< icil. loiUtliva loi iv.ili/.ul.i lum .1 oi^.uii/açno dos consóii. iiIS di- cxpoitad' todavia não |●l-llllilalll <i ca^iil.i! rio, noin apia-M-nlaiauí a iu(!isp,r. iigrcssi\idad:' para « niisiiliiiai ,i in>ss.( posiyãü no mercado intci nacional, lima iiü\'a fase se inic ia c oni
II ● -s , i]llc nect ssa- .se xai^ao
lMu]iianlo liistorii ainonlc a cspocialila/i.i por produtos, alualinciidivis.io do Iraballio não dependo mais do.s produtos, cm \'irtudo de di\crsiííeai,s'*' iecnnda, mas sim da fun(,'ão e.vercida t' ae, et>mo orgao p.ira pi-rmilir cjuc penetro c se conso lide no esotérico mercado internacional. a
a Triuliiig Company siuau.xiliar do industrial; jiic olcicccm as o.s mcu>s rai ionalias lias expor-
s.l\ - t a uma .\ssim. a orgaiiizaváo das Tmí/íui; rc/M/.vmíi s. inspiradas nn exemplo japniu, s. pccpienas e médias cmpiasas necessários para [ladnaii/ar. zar, financiar e pi Mnu>\ cr taç,ões.
Dialite de um immdo cada di.j complexo c de uma di\ isão muilc maior de lmu,iu'S <● taretas, ; jxirlação passou a scr imia afi\idade pc-cializada c exige iiislrumcnids dc trabalho e c< nuns piDgi cssi\ aa exX'Spiuprios piipanieiito adccpuido. Oforre as.sim nma substitnic ã (laclc. Do iiusmo modo ipu', nas relações internas, o rcxeiulcilor deixou dc finan ciar 0 aclquirenle do autonicnc! íiparcllios clelrodonié.sliios para atribuir tal lunção a íiiuuiccira, naciiioal, o industrial prod Trading ComjHiiuj faça as suâs ções. Mas, não se pretende, vas medidas, impedir que os exportado res Iradiciunais eontimuan a realizar lal função. Ao contrário, pliar 0 fioiil da «xporlavão, aereseenlan(lo aos que cxpuilain direlainonte. por que têm condições cie fazê-lo, aqueles que não podeviam realizar a exportação direta, mas que poderão fazê-la atia\-és da Tradiug Comjumi/, cujos .scrxiços dc marketing, informação, transporte c garantias poderão utilizar.
■2. raitindo da idéia de ser o comérlu) .seu dosenvühiinento. exterior, técnica dc mobilização integral dos - luimaiios c materiais internos, aba anincntando o ni\-el dc proecimòiiiica do país, o problema CIO uma recurso'.! (pie ac diição |i;'is;co passa a consistir no c.xame dos ins- Uiclos c adequados para in. Não há dúvi-
(nimentü.s xa erenu-ntar as exportações
<l t «|ue a piiineira condição, necessária, ^ Mificienle, consiste em ter o *e com',ao (Ic ;üi\ imas nao «portar .10 .m-rc-aclo inU'rnacioi.al. lUas, .■.^islòl.r■ia ria produção, por si sO, nao P sufioioiilo iiuoia .'pora dc grande so fisticação c a segunda fase de grande importância d a referente a comercrali- aaçãü que. no campo mlemac.onal, sc . dc inconlesláxeis peculiaridades.
uii ile
iio campo interuz para que a c.xporlaeom as norcvc.slt recente estudo.
pensa-se em am- ]■
Como a.ssinalava, cm
●HNANE GAL\ EAS, ha mna necessida de do inoxsir pam poder conquistar os .rruules nurcaclos externos, acrescenlau- dü o eminente presidente do Banco Cen tral que “a essência da comercialização inovadora está em descobrir novos mercadüs para produtos tradicionais, encon trar mais eficientes métodos de trans porte, \cnda. buscar influência sobre os pro dutos visando a melhoria dos tradicioinlrodução de novos produtos, e prover condutos estabilizadores das
iinaneiamenlo, aeondicioiiamento, estocagem, e Não se trata, pois, do substituir lécnica antiga por outra nova, dc criar um novo uma nias sim iiislrumeiito que permi ta a c.xportação p.ara aqueles que, pelos nais e a
vendus aptos a incentivar a ri.nli2uyrio d< investimentos tendentes à produção em massa, onde t;d c-seala de opc-raçáo con tribua para reduçãf) dos custos miitá' xios.
A ino\ação e a utilização de técnicas - de comercialização fjiie sc aprcscnlam com rclativa simpliciclade para as inaléiras prinias e os produtos agrieola.s, \ão adrpiírindo um caráter de complexidade * e sofisticação crescentes (|iumclo sc tra ta de bens de consumo durá\’.is c final; mente de ecjuipainentos, exigindo do produtor-e.xportador importantes provi% dèncias no tocante à estocagem transporte, estudos de marketing e de fi nanciamentos, utilização das mais \ariadas formas de crédito
Diante da impo.ssibilidade fin: ’ do produtor de atender £ sitos da
nacionais.
fiiilizadii^ p.iss.im a t iiiilar da venda iio í xtcrior c c!.i i \ji(n la(,ão dos produtos rnUa-sc df (kgãos muito floP(k1i‘ cstender-se li'(pic (|iie se coadu-
exigcncias
M\ - is c eiija liiiK.io on iccliizir-se. iiiiin na tom as meessitiades d<i cliente C as do mercado. Assim, confora lniíliiii^ funciona no contra-
ine o caso, lí) d<- % ; mia cm nome proprio ou coino ■adora do produtor, n-presentante e pro;nr; ainda como a\ alista ou até coino siin- Oll pies corretora <[iu- aprí).ximou as partes, ü finaiiciaineiilo é limçao fnndamculal ialmeiile mima lase na da trotiing 1-spi'ci. lal lalla normainu nte ao exportador podcT 0 ao 'i' capital ele giro ncccs.sariü compelir iio mercado inlcinacional. Ain da u(ph, a companhia dc comércio nâo limita a utilizar i\ corsos próprios, pois ineiimbc-sc dc estudar c realizar a eiig-nliaria financeira da operação, mobi lizando íiiianciameulos privados e públipaís ou no exterior, para asse- r.ntabilidade da operação. A financeira xai desde o despara e complcinenlação de uma operação pela outra, a fim - - conseguir, pela diversificação, custos ^ mai.s baixo.s e, consrqüc-ntemcnte, melho;● res preço.s.
Sc de tos, no aiiceira aos novo.s requicompclição inlcrnacionai, giram as companhias gerais de . cio ou trading companies com dade de assessorar
gnrar a sua aluaçao conto de títulos \inenlados a exporlaçao ale o pagamento antecipado da merca doria c a concessão
snrcoméra finalic complementar as atividade.s dos produtores, tornando dc meios para do tM]uipameiito necessário ou a atpnsiçao útil à produção.
O.s problemas de armazenamento e a utilização das formas onerosas, sáo -sc as { grandes catalízadoras das transações, i financiadoras parciai.s oii totais, ta própria ou dc terceiro is de X^or conas organizado ras do transporte e do armazenamento
♦ e a.s criadoras dc tim fluxo contínuo dc informações e dc estudo.s de marketing para o cüentc. Trata-se. pois, de uma (representação integrada, abrangendo to dos os aspectos dó negócio, desde a x>iir- te de estudos até a realização dos contrato.s, incluindo, pois, aspectos ^●financeiros, técnicos econômicos, jurídi- K COS e fiscai-s.
Iransporte, com mai.s racionais também da competência normal da tra- ding, qiic x>rocura colocar o excesso de produção, funcionando como órgão gularizador cio mercado c pleno emprego, iitilizmiclo navios espe ciais o de grande tonelagem e casando as operações do importação e e.xporla- fim dc evitar a existência dc qmilno IransxJorte. c menos re* consegue o e execução çao, a quer capiacidade ociosa
*É Com a evolução tecnológica, a expor¬ tação direta vai se tomando mais rara e, nos países capitalistas, empresas espe-
O marketing realizado x>^'las tradii^g companies abrange não somente o estu do do mercado, mas ainda o das técni-
s f
das pr(nn(K;<) s lespoiisahilidail ●
cinnerno. (|ue eslu-
Os Ili¬
cas de \ cndas o as aUci na! i\as clrs ca nais de prodiu,ãi), la/cndo roín tjue " produtor alcnila. ua lalirit ai ão dn-, rijiiipamentos i\[)inta<los. ás pccnliaiidacK necessidade dos eonsmnidoics de eada localidade. Os estudos das le<4islavões lo cais, a fixavao de piados r d,i resp.\li\a política o a oniiuu/aí.áo também é nialéri;, d i das companlii.is de dain, pois, todos os i'lenu-n(os ía\oiá\eis a realização do ne^óeio, desde centivos fiscais até a mellior adaptação do produto ao uoslo do eli; nle-nsiiávio jinal.
le num Inlnro remoto poderia comprar. ^ Nái camjii) interna, ional, a tracliiig com- \ p<‘inj. eoino <.atalizadoi';i de negóeios, ad- 1 mite (|ne possam realizar transações in- j l- rnaeionais. por seu intermédio, cm- i pri‘sas, (jue. pela sna natnn-za e dimeu- ^ sões. normalmente não tviiam condições i p.ua tanto prr faltar-lhes os adeípuulos p insfrmnenlos de comercialização, embo-
ra oferecessem artigos com proi,o c ciua- N lidade comp-(Íti\'os. í
Num imindí) cin ijiic os scr\iços se tornam cada dia mais importantes c no J rclc\;\ncia crescente
por mii'r a pedioii dc con^-mnitlores.
As empresas aimia reali/am. ciutiva própria im par.i ateml dos de prodotori\s promoções de importação ou exportação. Dcdicam-se. por e\. mplo. á \í-iula de fábricas iiiLí iras (pu' expoiiam e tuin para imlregá-las eiu eoudições de imediato fimeionanienlo. l*or outro lado. organizam a importação ile nialérui pri ma para a indústria lo.al. muitas vèzes, /oiní ccitlurc\, ciedacle em conta de partieipaçã um negócio digenninado. taclor ou exportador c empresas locais un cujo capital aciutam uma p.irlicipação acionária.
te. nòmico,
qnal se destaca a do kiiou -lioic eni todos o sens si-ntido.s, '1 a trodiiig rompamj é, in.onlcsta\‘<‘lmcn- S imi üiaiide aif nti' do progresso eco- 1 '"desde (]U- Ibc sejam garantidas 1 condiçíãos aíleqnadas de fiineionamcnto.
.'3. Nâo st num-
‘ pode cogitar de liading j componi, sim exncar o exemplo japonês das .vogo slwsha <m companluas gerais j de cin^ércio, (sogo: geral — ●' sha: companhia). Ja atn- clefinir as ira-
on seja. solo para com o imporassociando-sc a tánito nu as
mereio reabzando. inoii tiuc nao liá como _ , dings japone.sas, pms tem ela.s um sigiii ficado experimental-, tomo o Impono Br - ileições primarias no.s Esta dos Unidos. Na lealidade, se elas n^ao existissem, ningoém poderia jnventa- as uma realidade Jnstonbado as vicissitu-
Finalmimlc. a trading se destina a tran.sfcrir conhecimentos tecnológicos e a organizar investimentos tanto no mer cado interno tomo no exli'rior. É, cm certo sentido, uma espécie de ponLt' en tre o mercado interno e o mundo inter nacional, iazendi) com (pr- se dè acosso e condições de \-endas às petjiienas c medias empresa.s nos contratos interna cionais f[ue nonnalmente se caracteviZiim pelo sen gigantismo.
Na arca interna, o crédito permite quti u consumidor possa adquirir hoje aquilo rpic, sem financiamento, sòmcn-
e elas repre.sentam rica, quo lein euforiasacom])-i da economia japone●endo. na sua vivência, as vá- clt\s i’ as sas, in.scre\'c vias facc.s cio desenvobimento do pais.
]á sabemos (pie são empresas gigau- te.sca.s que, ultrapassando o simples ra da exportação o da importação, tov- naram-se organizadoras e realizadoras ele negócios, no campo interno e inter- aeional, dominando, na realidade, a produção e a distribuição da maioria dos artigos de equipamento e de eonsumo. Apresontam-sc, assim, com traços muito nio n 1
diversos, das lii-nuis iinportacluras c c\- poi açoras existentes no resto do mundo, be se vernaniental /í>m.y existem
il\ l(H Ij.o n J-. i’.tl \’ao. I >rí tjc ii('( iii.iia'-. niai leii .1 [,i(.ido'-
piodul O'' (Ic aço, olc“o, '●errada. Iccido.s, sal. Ii.i invlo. açúcar, e,\i''Kigios, ele. .. Xa Itmit.mi à ati\icl;ul;‘
pergiiiilar a um funcionário uornpòiiieo (|uanfas /nve/ing nu Japão, de\crá alirniai 4ue .sao 6.200, coníonne sc v. riiica p- - ns e-statístíca.s. Sn a indagação f.ir fei- a a inn lioinein de ncnócios. dirá qm- sao 12 ou 13, de niovimento n realKl.ulc. n.io se eoiiieicial. iii.is (neani/ain c lideram indri'!ri.is. '.i.M-.nileni Miiteiição cio \ rndidos, < í)rr<'[or(‘''. a^' 'nl(●^ d<' seguros, ●/adores (!<■ lraiis])oile e rados.
ei>iiser\ac,'ao o nuMi.it' l i.d e equipamentos toiislioian, liincionani come organi(le supermerque representam o 'gianconiercial cio ]iaís. l''ind- mente, se formos saher cia tente p[)SI<;ao cx!sno Japão com'c‘rsaiKlo . ^aripregado de nma ímc/ing finii i responderá cine só liá nma — ^ aual -clc trahalha. Xa realidade, a referência u seis mil gerada, têm um iiir matéria com o liam os, tmieionam Ctn ●niid ides eomplcreali-
\'iii' ulados .los c' rio .sentido i otiio < I inanceiro, caracterizariam o ineiilares do sistema ■/.ando operai.ões cpi'' liaiieo dl.- iii\esline-nlo on d’affairr. A tniding pertence grupo <le eni[)i'e-'as (pie coordi'na e cujo (leseiivobiiiiento inleiirado lidcr.l. É nma frente a\am.ada do grupo ecWiser\c eoiiio ponte para exli-nrimonle.
imeo. es com IK-eon trezentos inilliíies d" i( por ano cada uma. jiatdes acionarias, (os c - as diversas
empresas c c‘xa- pois dois ter<,'os das nicninicnto de menos de US^ a hanque mesmas a um 12.000,00 por ano. representam as Cerca ch? duas inii empresas médias coin "■■ovimcnlo qin* alciiifi ^ 12.000.000.00 encontramo.s os do/e granel eios Superiores cbilares nm US-S os no\os ii.’g<kios, interna e -aii/.andn associat.õrs. tomando particifa/."ndo investimen● con(i'alando iieirócios comuns sol) forni.i de /oiidr ecnOin’. ■ssoa! allamentc treinado.
As doze grandes Irading coiiiiHiuirs reprc..scntam „„ ],p5„ exportações c "OX d país, além dc 2.5% do por atacado. Essa no mundo.
importações do comércio interno (.'oni uni ])( mlaiido c-om reciiiMis liiiancciros muito as (●( inqiortaiilcs t' drenando negócios novos iiegéicios |api)nc\scs par.i concentração é única nos países de organiza ções cpie lonlniin tal di\-ersificação d- mercadorias pui.s, incsnio economia socialista, inc-xislem
])ara o japao <o exterior, as lrtidi}ig eonslitiiiram o (liio anlo-e.straclas coiisadas símulgraude número d (U-noiiiinam nierciais jiúlilicas'’. rotas (ancTiKieníc j)or um jnodiilos. nos xários .s. ntidos. jx'rniitiiido nina distribuição a custo baixo, onrcilas ]>ri\adas elas as e equipamentos, akaniaiido a.s dimensões da companbias j sas. O qiic as caracteriza é a não espe- ciaJizíição, alirangcndo as suas ati\ idades as mais diversas ioriiias de japoneulili7aiima \ aric dade limitada dc artinegóeios e os ('oiilaiido nv.iis 'de (S f[uaiilo a.s das ])or L... gos, s<'udo ser\adas c sao objetos os mais distintos, seu catálogo de \ endas com 10.000 artigos, as tmding, realizam ope rações que coln-cm todo o comércio desde o.s mísseis até o ialharim c-biuès”, de acordo com o dil.ado. Negoeiani, pois, com niaquiiiaria dc toda espécie. o mais restritas, menos fonmais onerosas, .\ geir. ralizaí.-ão da atividade c w preliulns os uietvados immdiais, a sriiij-iK- maniid.i eomeutração do recursos ií sença em ílilonmu. .ãi; <'iii il íliii.i e em dia c a 4^ . j.
fazpin (l:i luidiiin nm ilür d(j iir^(’n'i()s crMn a nforcccr c‘umlir(us i spccMi'. cm \iitiuli' cic suas própria'' din i<ns'i ●- < plunU'nlil(,ão qm ])nclí- l.allMi gócioi clifcivnti s.
.li ' 'I s il-dri.d d^
Trala-.se de enij>e ',is dez inil cnipr( ^ados, (niil.iiidu centena di eserííoiios un e\teiioi de quarenta no pi('ipiKi trainos as suas liliais .
eeU a il OItl om nni.i e I eV' a |apau. MM onlepiesenl;n,i')CS nos grandes centros <!<> mere.ulo ninmli.il. cm Xnva ã'orque. l.iuidn-s, raiis. Milão. Du.seldi irf, .-\ i n st erd a u
íalnicas o alciulor ao capital liiulin^ s c haticos loram iiiiamáanclo a*; iiulii^trias imosUnclo iKi'' iirMius. ailijuiriiulo paiiicipaçõi'S atioiMvias (jiii- jr.rain aiinunlaiiclo com ;> Icnipo. l’oi' siia \c/.. os inciuslríais, .ilLiunia> \c/rs. im cstiram a sua poupanK.A nas tnulitiA r-(n/íp«jí/c’.v criando, as sim, mn iiilrincado ciUrosanuMUo dc parUcij)a»,õ<‘s qiic caracíciiz-a o inundo dos iicmu-tos no Japão.
l.i eniiin> ne)
Os grandes grupos japoneses que contodos com as siia.s troding firms ]iassiin nm eonjmito de cerca de Iam deram trinta empresas, lendo como órgão ficenlral um banco. A cli\-crsidas coinpanliias fez com que ' dissi-ssc (pie uin empregado cia MitsnMitsubislú, ale Mosemi. Siia maior foiça de inilueiu i.i sí tio Slide.sle da Asi.i. nas Malásia, (àirêia. T,ii’aii<li,i. índia. Ullimameiite. as liiidin A e\ereil' ililiina.s, na Indonésia <■ naneeivo ficacão
St g japone- ●sas sofreram nm .'iramle desen\oK inu nlo na .áuslrália.
a.s hadijig 1,1/cr ' recuperar o eiitr.uia lav-
Xa realidade, coiihc com (]UC o Japao pudessi tempo perdido com a soa (lía na fase do capitalismo industrial. Após a Segunda Cui-ria .Mundial, (1(1 os grandes conglonii (zaiinilsn) foram dissoK id hraiido-sc em menores imitlad
Com o ]'ásiirgirani iinadcpiirivain sua tendén'iii tradicioiia! japonesa de no sentido do
hislii pode dirigir um carro \ iaiar mnn uiiíImis feito pela companiiia, comprar gasolina num iwsto da mesma empresa/beber ccr^●eja Jabricada pelo muno c usar ronpa feita com fibras sm- rética da Mitsubishi, cuja matéria pnma cm navio construído ele sua.s cni-
cerca produtos cia empresas^ I)cudo-llie negociar 35%
comprova (pie .-alizados pela imding griqio, o qne iMirtantes negócios rc: fora do grupo, atendendo pecincnas c mesmo outros gru¬ painternacional, mas a médias empresas pos por (iradiiig do grupo Sumitomo) que ven deu á Indonésia uma usina dc energia térmica eonstrnida pela Milsnbishi.
ou É interessante notar, financeiros, exemplo, que foi a Sumitomo Shoji no campo da pnma e cscoinanutalurados. necessidade dc ram
enlroii no Japao ru-la comiTanliia com aço presas A trading Milsuliisbi Shoji aten- n totalidade do grupo, realizando dc 30:T- dos seus negócios com Mitsubisln c ca da produção do existem im¬ qiuin●rados patriarcais desnu-m- ns, (!(' es produ toras c coinert iais, liouw unia rt-formulação das empresas locais, ])icIo avanço tecnológico, portantes indústrias iain;i cia, por motivos di- oiah (● cia pi‘(ípriii nicntalidach' dividir o Iraballio, foi concentrar a sua ali\idade produção, usando as ll■(lding como pon te para o mercado externo e como ins trumento dc comercialização, garantindo ao industrial a matéria ando os seus produtos Aos poucos, com a maior capital para aumentar as insta-
Em recente estudo sobre exportação, as caraclcrislica.s das irading jinm forcsumiclas nos seguintes termos:
iV a) controlam nina grande parte do í['. mercado japonês;
r < presentuntes ' mundo;
b) c.síão presentes, por lilíais ou ro em todos os países do
t c) neíiociam eom cjiialipier tipo diproduto;
‘ d) têm facilidades fsp.-‘ciais para ne gociar com o sou próprio grupo;
í e) podem ultrapassar as ri\ulidados h entre grupos paru negociar eom outras empresas de outro coiiglomorado;
1g í) têm uma rodo comc-roial c capital
^ W para realizar qualciucr tipo d(^ negócio no Japão o no exterior.
lentos e eias no tempo e <]ue a-< Iradiii^
. iiliipcios. iCssa flcvihilidade <● () ])t)(lfr (Ic as circunstsuino espaço permitiram i< .ili/.issi III jinporlantos l\slatlos Unidos, com
iipeiaçoe.s eoiii os a Unifio So\ iél íea. eoni os países da {.atina i- da AÍricu. Assim.
Amérii a União Soviética Utilizam a iiiiportam madeira da <● iorneeem-Ilie má(|iiinas. ■{'aiwan eonio grandes parques Sendo a indúsCoréia e mclii.striais prndiilori'S.
l;xlil (1'■ raiwan .siip{“rior à da Code liação. enquando a fria i('i:i iia téeniea (,’oiéia é mais elieiente na costura e m» /mf/íug ronipanies produzem em Taiwan e terCoréia para o.vporlá-las
corte. aS fios, linlias e roupas [; Honvc quem pensasse que, com a in- * dustríaliz.ação do Japão, as trading finns
^ SC tornassem um anacronismo, mas foi I exatamente o contrário mimmi-os na 1 para outros pais(“s. '1'raballiando caiiK-iile baixas. rdali- c oin comissors c-ieiites clu sua r(.’Sponeconómica no dc- que acoiitcccii, í pois elas se reciclaram sal)ilidade ●oKimcntí» do j)aís. as Iradiny, comcalali-
para atender às t ncce.ssidadcs da '^conomia. Acompanlia- 5 ram, mediunfe uma mentalizaçã
’* industrial do
socia e sem adequada departaao, a mudança da eslriitura país.
.■\pós terem iiioii-
V lado uma rede mnndfal de ne<u')cios I condicionaram a produção nacional atender às
\ quando não nnjdiíicaram as j exí.stenlos no exterior, u fim cie / tir o escoamento da produção j -
I A sua flexibilidade c rapi(Jez. de » ção tem permitido a realização de grandes operaçõe.s coinereiuis que for;...-, f mais difíceis ou até impossíveis para [ países que não contam com tais instruJ' mentos. A.s.sim, se afirmou que os movímentüs das trading companies são pa- ^ recidos eom o círculo exterior cie uma f roda, mais rápido c centrífugo, enquanto L os fabricantes fazem movimentos mais
lornarain-sc no Japao as miliirais dos negócios, cori'. dores nacionais
puniCK z.uloras doras dos grandes interitacioiiais do c-ornéreio, permitin;is cria-
( do do a inlioclneão c a kiiint: bote, a rc“iio\açao para nccesidades do markcliu" redução cios ciustos oi>cde uma verdadar re:ilização condições garani;ieioiiais c a deina reorganizaçao ãs empresas a ncccssarui coinp no mercado externo. Num mundo chi industria! para etitiviclade japonesa, atuacomplexiLxige uma espeeialitrading eompanij \-icla apresenta mna quc‘ a dade crescente c- ;mi zação progressiva, a |iodc fornecer ao Japão um instrumento fiexí\cl e do liábil a rcno\-ação
Q industrial c a concjuista mercados, garantindo assim o cno seu desendc seu p.ircju no\'üs ric|uccimenlo cio 2^‘ds c \-olvimento econômico.
Tungstênio - Necessidade de Prospecçõo e Pesquisas
ificseníes
OiiioN
luiigstênio integra a eniiiposiç.'.i) d.dois imi^Kirtaiilt-s uiinerais volframita.
ó encontrada (‘iii graml Estados nordeslin Grande do Norte.
a -\ilila
Fnii nosso Pais, a \ilila e i|n.iiilidad no' uís (1,1 Paraiba e Rio
Trala-.se de mine ral cuja proeur.i ereseeu de intensidade cüm 0 dosomolvimenlo mundial da in dústria moderna. priiu ipalin. nte vista dc .sen emprego na labrieaçã tliapas blindadas di' além da utiliz; pois cm í fase final do processo que obtenção do pú dc duro . om a(í do aços eorlantes. ição tradicional nn.s fila mentos de lanipadas elétricas. 0 minério dc xilita das rc.s-rvas brasileira.s foi negociado tensidade nos mereados exlcanos dur; te o período de 19'12 a 19o6. A partir desta última data, eom o acentuado de.snível de preços, diminuiu si'nsi\elmente «a capacidade competitiva da mineração do produto nos dois Estados, retração do inereado norte-americano que, na época, completava .snas reser vas estratégicas do mineral, tava-sc, ainda, (|iie no ano de 196-3 a situação do mercado externo %'antajosa, desãdo aos grandes rstoípics comerciais c aos percalços poMticos da China Continental c da Coréia do Norte, dois grandes exportadores e dutores do minério.
tiMlamonlü quíinito do .xilita pnra ob tenção ilc áxido de tim^stên.o. Entre as mais impartante.s, de.stacainos unida de labril sediada cni São Bernardo do Càmipo. em tsào Paulo, ijuo, (i partir dos cotwciilrodos d: 73% dc ãV03, pro duz o óxUlo dc tini'^slcniü que ó trausjoruuido tm /mig.v/íàut) metálico c dc■arhouclo de Itm^slènio, o!c a consiste na
Dados sóbre a produção
eom relali\-a iu- reser\as de Embora existam algumas m- regiões do pais, o ocorre com destaque nos E.s t;idos do Rio Grande do Norte e Pa raiba, sendo que ê-ste iVtimo, como ju lungslénio ein outras minério dispõe de exploração ente dados a considerar. De is atualizaregistramos. nao face à que represacordo com as estatísticas mais uucl.a do extração do Biu Oum- Acrcsccndc do Norte, nos últimos cinco anos, e de um pouco mais dc 152 mil toneladas, aproximadamente 100% da produção do ● ^ as estatísticas, a declinar
O dcsenvolviuicnlo industrial brasilei ro, assinalado abriu boas perspectivas ao consumo in terno de tungstênio nacional, rcstri’o durante muito tempo à fabricação de fi lamentos de .rmpadas elétricas, atualidade, já contamos com usinas de te últimos dez anos nus
nao era Como expressam clü mineral c-nlron a pais. produção . bastante a partir dc 195S, rcduzmclo-seano dc 1964. pro- a cnialro \czes menos no Em 1965, a extração passou ligeiramena ele\'av-.sr, indicando perspectivas de aumentos nos anos subsequentes, acentuamos, o desnível produção brasileira de tungstênio em determinada época teve como causa fundamental a retração dos
Conforme já verificado na Na
mcrcados estrangeiros e desfavoráveis de pr<’«,o‘í. desestimulo aos princip.ns setores de No inomenlo. o Jf mineração do produto, entretanto, tem s(f observado c-sforço de investimento privado nas atividades <h) mineral nordestino, no sentido de sua estruturação, principalnu-nt' para ga rantir produção necessária ao iiiereaflo interno, já cm expansão, assim eonio < \cedentes para cxpf)rtaçõí“s.
as C'undi<,(H;s () tjiic l''\nii tlcnias [<'i iii< a-- di- <-\plora(,ão. Traballii)-- (1 ]H(i‘'|ir. < ,!(i (l.is jazidas da rc”iãu lojaiti 1 tali/ados pttr lécilicoS cli) j^cparlaimailij \a>i(nial dc Proclução Mineral, tln ,\liiiisltd io das Minas e l^^er^ia. eoiii r siillado'^ “allamcnte favorá\eis". Ne''se'' e.stndos. foram (.'011sidt-racltis o.s seLiiiinle-' ponlo.s: 1) cxanie dos trahallios <le leeonliecimenlO já «delnados c análist; dos resultados obli-
PRODUÇÃO RRASILEIRÁ DE ruxe^TÉMO
Auou
1966 1967
Ml..521
Ml. 93.5
dos nas pro.sjKTÇõcs; 2) análise das requantidade e (pialidadc; 3) etpiipamentüs servas eni i'ec'oniendaçôi mais adcquacbjs à ualureza c propósitos hislrial; -1) iiulide desenvols snhrt* os
■inj^rcciidiiiuailo iiu caçoes soiir.' iiin programa viinenlo da cxlr.tção; 5) atciier de prüd.' ])rodnlo.s de do
Toiudadas diição dc tilda a gama linigstcnio. a ]>arlir do mineral: 6) opor tunidade de ojieração
●alizaçâo da e !oc
1968 .siiinária dos inves- ;ív aliaeao usina: / , linu-iitos eorr: spondeiile'-: 8) doiiiand.l 9) csliiiialiva de nião-de-
1969(4-) k' 1970( + ) de energia: i obra.
(-b) — Previ.são — Fonte: ihcíf:
No Rio Grande do Norte, onde sitna-se a maior reserva de xilita do País. desenvolve-se
C(>ntri<i(di'Or<lo cxtrnui
O comércán ixlciior brasileiro do xilíla tem so j)rocessado pai';i seis mi novo países, destacando-se, nos últimos anos. as vendas rea]iz:idas para os Países Baimaiilia Oeideiilal. No ann de l atividade no sentido de montage-m dc uma usina dc benefieiamenlo do tnngsténio, obcleccaido nio-
NOS e 1970. ]^ara inii eoiiiéreio de 1.6-10 tone ladas, a Alenianlia Oeideiilal e os Paí ses Baixos soinarani 1.366 toneladas. c'onespond<‘iiU“s à parlici|}ação No período th' 1.961 a ção ])or desníveis acentnatins e peijiienas al ias, elcvando-S(! bastante a partir do ano dc 1969. No qniiu|uènio relativo ao c.spaço de 1966 a 1970. as vendas de .xilita apresentaram o seguinte quadro: de 837. 1967, a exporta do miner.il brasileiro caraelerizou-s-'
EXmHrACÃO HliASlI.LIliÁ DE XILITA
Aiie.v
1966 ...
1967 ...
loas . ..
'1'tmrUitiiis ( SsUUlI) 1'S^/lou
.310 Ol.õ l .30H
1969 . ,. 420
■2.000 1.107
7..030
■371 ,.7S
300,-13
200,8.5
310.30
1.50,(i3
de imlúslrias dosem olvidas, l)aslu re gistrar que a China, a Birmânia e a (iuréia chegaram a ixportar o produto por \ia aéri‘a, eni (piantidades apreciá veis, principalmonle para a Rússia. Dois dos priueipais países produtores* ori(“utais do minério — Cdiina e Coréia
— englobam uma produção de mu eo mais dc SSfé cio moiitautt' mundial e, contando com juão-de-obra mais bavanlajosameutc 070 1.108
iM)iiie: (:.u:i':x
1970 .... 1.010 nos rata. mercados cxlerno.s. .sobretudo nos Es tados Unidos, onde a Cliina eliegou a minério por preços très veze.s concorrem
A soma das cspoiUiçocs do minério, no período de eineo anos. totaii/.ou -I.-17M toiu‘ladas. no \ .ilor eoru-spondenle de 10 inillioes dc didares. l-bn ler mos médios, as vendas representaram 396 toneladas e 3 ini!hõi‘s de dólares anuais. \'eiifie.i-se, por oiilro lado. unia acentuada valorização do produto, alcançando (piase 8 milhões dc dólarc-s para mna {.xporlaçao dc l.O.K) lonela(la.s. Nota-se, de outra maneira, nina tciuléncia de alias eoiislanles nos preços médios da nicreadoi i.i. rcgistrmulo quase ●166 dólares por lone‘ada, eni 1970.
Dados jíM/Jif/jf/i.v \(ihn‘ <> /i/iig.v/éuío
0 tinigslèiiio eonla eoin doze ou treze países produtores. tU‘slaeand ordem de iiiqnirlàneia. a China, Coréia. Cilha, biniiània. Ivspaiilia. 1‘niliigal. Bo lívia. Estados Ihiitlos. Bi;'.,sil, Argen^ tina, México. I’eiii e .-ViiNliália. Os Es tados Unidos, não obstante s.reiii gran des prodiilorivs do niiiural. são, priralelamcnle. destacados eoiiqvr.idores cni diversas fontes mimtliais, salienlando-se a China, a Bolívia, o Brasil, a Argen tina e Coréia, Iodos eonio Iradieioiiais forneeedovos do mineral an con.smno norlc-amerieann.
Para ,se ter uma ligeira idéia sóbre a importàncíji dü Uingstcuiu nos países
negociar o abiiixo do estabelecido no consumo norNa Europa, aHnham-.se de tungsténio: le-ameneano. dois grandes produtores
Rússia e Portugal, com comercio quase realizado propna na lotalmente ijiie área européia.
Lalina. a Bolívia é o principal produtor de tnngsténio, colo- c-ando-se em segnid:. n Argentina e o ado. a Bolíxia chegou média dc 5.630
Na América Brasil. ;t atingir iima produção de concentrados anuais, clccn-da ul-
No pass lonelada.s , . ando sensivelmente no termino d; As reservas n minerais de considera- lima guerra, timgslènio da das importantes tuada
Quanto no ■ntuada Argentina sao . iiaveiido ali uma acen de maior exploração, atual nnia o-Se, ]nn' lendèneia Brasil. 110 seu de maior explorano seu atual lendèneia :iet Brasil, çao. Quanto ao . , . ● , estágio de desenvolvimento industrial, prineipalmente no setor das atividades metalúrgicas, preleiide-se a produção exlvativa mialeançar níveis mais elevacaso do (ungslênio existem possibilidades de atingirmos o dòbvo da alnal extração. Nês.se pavHGov èrno desenvolv endo criar eondições para tpie noral po.ssa dos, s-^ntlo t[ue no liar. vmn o esforços no sentido de elevar o valor du produção minorai brasileira c am¬ ei
.-.rj
● pliar a exportação de bens minerais, através de uma política objetiva de in vestimentos e d.iminização da pi sejuisa consubstanciada n,i adaptação do Càdigo de Minas.
A li'j;(‘ir.! an.ilisf c exposição sóbre a iiiiportãiM i.i (!<■ lunesfènio nas indiisp.irtii iilariN- nt- iio cjiic se referr às pi'isp«'f li\.1'^ hrasil' ira. \ isaiii. iii la-íc^-siíKKl
Irias. 'J do ntin lai iia ocniiomia l .síntese, deinonsde imui intensiva c industrializa-
Coimimo in.enw — Penpcctica.-i
C sumo
evolução de T rio tende a
Analisando-s: os rcspec-tivos dados Itvantados, podemos verificar que o conaparenlcm.nte médio do produto c da ordem de 150 mil lonel.idas. Com a nossas indústrias, o miné. a encontrar campo d- aplino s-tor das V-
Irar a C\pIo3 MÇ.ão icsMUlidas nos s.giiin-
prospccçiH >, ção do piodnlo, tes pontos I ondaniciitais: (1) traU-s* dl- miiu-rio css.-ncial d' variadas apliimlu-tràiis. destacando-se a fa*
caço;s brica; fio de ;iços ciais; (2) o e fi-tramentas esp * contando coin rcscr* de tungslènio, e.xplora condições acv
vas apr<'ci:iveis o jírocliilo em manleni ainda jietpi ■duzidas exportações; (3) com o ^ indústrias anhadas c cações maior, sobretudo ligas de f rros consumo intento no VI- espeei- i.s. São granel ● as perspectivas naciana-s para íabric; rf ção de ferro-tunqstènio, visando as in- dústrias de fcrraincnta.s de
minério d i
e r< sivcl deseiiv o!v iin-nlo das nacionais, sobretiulo no .setor de aços especiais destinados a l.ibricaçao d- ranienlas. ;d)rein-se positivas possibili* i-
Pela aço. sua natureza especial, o tungstênio é elcm^-nto básico dc alta resistência mefá’ica. usado com suces so na inclústria bélica. Sabe-se que du rante a última guerra mandial, o mine ral foi empreg. do cm mais d ]õ mil tiiaos diferntes de peças dc artilharia e chapa-s bhndadas. Acresce, ainda, (pie o produto, pelo seu poder d-3 resistir às alta.s temperaturas, é tradicinna monte utilizado nos filanvnlos das lãmpad elétricas, na fabricação de bntad broca.s, serras para metais, açns de corte rápido, ou sejam navalha.s e instrumení,, tos de cirurgia.
dach-s dc consumo inl- rim para o mj* nério bnisib-iro; (4) podemos dcsrnyold 2 fer- induslrialnu nte a ]')mduçao através ch' nova.s iccnicas {errovtr ro-timgslénio, dc caboração. ●niplo d'.‘ (5) a evpoti'* a cxi maganês e f rro-sílieo; ç:ão cio minério, presenfement e, cslá r.sclois léslaclos norde.stinos, ou sco Paraíba. i-' Irita a jam, Ri(' Crand ● dn rlc cabendo ao primeiro tidades dc extração; (Õ) a pequena ptoarz;id;í nos dois i'-- maiores qua«* as as ores, (hiç.ão de íimgslénio re Estados pode ser de uma árc;i desenvolvida e posta .sul-di-s^nvolvida. -ndidas efic;!- a serviço A.ssím. podemos prever um grande desde (lue sejam 5" consumo interno para o minério nacio- zes medidas ^ nal. d-- vez que já .sc pode vi.slmii])rar to desenvolvimento cie nossas indústrias de ferramentas especiais, dc uso pessoal, profissional c manufaturfiro, pelo ciae - temos dc pensar na expansão o explo ração das reservas do mineral, ignal^' mente cm face das possibilidades de maiores exportações.
( mjrrcí dc aplicação d.- recursos, pro.specção c p(\s(jiiisa eficien-es v uÜ- lização ecomàinica do miiie:al; o (") atingidos os objcUivo.s d imvi cxploraracional do niinério, isto é-, niinc- çao ração e País empreender uma vaiiitajosa coincTcialização do importante p.oclulo, con ciliando mercado iuLcnio c externo.
inchislrialização, pode o 110.SSO ^ 'y
M5LTON CAMPOS
t: \u\ Aj.nu
S1’iN ro
{nisrnrso no Senado Federal)
U. Presidi nle. Si s. .Senadores, bem poucas vozes nnia sob-nidiuU' d sta natureza emerge cU“ seu f»)rinalisnui ha bitual para, muna almo.sfera de verda deira uneção civica, Iradnzir o rr.sp;.dlo profundo, a admiração s.in limites, d.todo o Brasil, pela lignra di- mn de seus mais iln.slres filhos, reeenlemont-' desaparecido.
Alguém já disse, numa síntese (pu' bem define a sua iniag tn, epu' Milton Campos, fòra o homem tpu- todos nos desejáramos ser. Integro, res ponsável, sereno, lúcido, cnllo, genert)So, nobre nos senlimento.s, firme nas convicções, alevantado nos i d <_● a i s , sua personalidade sc muna virtudes, a que espontânea c mna ção pouco comum, emprestavam invul gar alcance e prestigio.
desdobrava nnétifovnic inadiaçião cU* uma niodcstia desambi-
t in todos os eampo.s de sua atuação pú blica e privada, havia cinprc — imper- . um profun do evitar de as-
turbávcl c onipresente — do sen.so do cqniiihrio, capaz excessü-s, cio impedir distorções c linha de assinalada coe- segurar, muna renciu. u justa c harmônica conso.*-cÍação das mais nobres inspiraçõ-..s, tanto ra.sonlimcutais c práticas. cionai.s, como
A\’c.s.so à precipitação, improdutivas aos exerssos e ^ c osten-, às radicalizaçõestatóiias, era o próprio simbolo do cpie virtudes páli- chamava-se as das”, não relação às quais ocultava 0 seu particular infere destas c cm apreço, como sc palavras, proferidas na defesa do principio da legalidade: “São virtudes pálidas, que nao atunil vaidade
sati.sfazom à n bastam «os ●irtudes essenciais cios homens, nem heróis. Mas sao ' ao convívio Ininiano . fruido o privilegio de sua Tendo usu cliulurna conviv ència fomos nesta incsquechcl k-n,bran;a 1'ip'va ^_gi- ..antacla, cujas atiludes e mamt staçoes, por menores que preciosos Brasil, da forma despretcnciosa mas im- aqucle espetáculo colicliimo dc expressão do Rui, por companheiro de Casa — guardo se sala qne
Sua vida, por isso mesmo, é das que prestam admiràvelmcute, no interesse do aperfeiçoamento moral, espiritual e cívico de um povo, à obra educativa dos biógrafos e, nesse sentido, valiosas são, pov certo, as contribuições contidas nas expressivas orações (jnc nesta Casa se proferem, c que bem espelham os sen timentos de todos nós. Mas desejaria apenas, neste intanlo, Unibrar um dos aspectos a meu ver mai.s marcantes des sa personalidade singular: é qm-, acima dessas virtudes tòdas, a subliiuá-las e dar-lhes cunho c onslrulivo, o.st?nsivo
i fossem encerram sempre ofereciam ao ensinainenlos c
prcssiva, suas V irtudes”, na
“Em Louvor cia (1) MILTON CAMPOS. , . tolerância”, aula inaugural da Universi dade Federal de Minas Gerais, profe rida em l.° de-março de 1966.
ek- própiiu evocada cjuanclo o lutik- vor de Pedro Lessa (2).
e ab'‘ito às con 9t e compreendia, como píjuco.s, a.s necessidades da reno^vação social c jKilífica (3). Ma.s ainda
K' Espírito atuali/-ido . fjuistas do progresso, aceitava o diiuoios- tico de GAS'í“0.\ BEKGEH, nlutfvo à “aceleração da iiistória
cra o sen a impjrturbável .senso de e(|uilíbrio que, n.-iterando a coufiança açao dos partidos c do Prcsidcnlír da Bepública, Xada há ui
na realisticamcnte advertia; ^ objetivar contra renovação, inas é perigoso promovè-la de ci-" - ^ ra baixo, porque então dei;, não parti- k cipa o i>ovo e a inspiração democrática fica esquecida, transformando a dite ' líUca, que todas (1 a poas nações civilizad; procuram aprimorar, i‘m l)iirocracia , liticamente irre.sponsávd’’ (<1).
Hecordo-nie, ainda IS poa propó.sito da re- ^ novaçao institucional do País, da declí0 participou dos esforço w destinados à atualização e W mento do no,s.so Senado, c do carmi.o com que, dentro do programa então 'ra- çaclo, deu míeio „ni trabalho pictado, teria sido,
(5) s aperfeiçnaqiu“, coin. . X‘ in dúvida, uma das mais utei.s- contribuições à no.ssa vida instilucionai: u mksão contemporânea do
Puder I. iii\I). J.eiiiliro-ine btin, a esse re.sjieilu. du ciiiprnlio 0111 proservai a dígnidacie d,i iusíitiiirãu e ein destacar campus iii(-\])luiadus da fundão parlaineiiJar. Iv. taiiiheni a([ui, sua V07-, cra du hum M'ii'u (■ du ecjnilíhrro: “A COiiipi' tiK-iilac ãi> ligislaliva poderá promo ver. cm i-ai\íter d salvação, a adapta ção da caria ma'.:[i.i à re.ilidade. Náo é imia reforma c otislihicioNal <|iu* SO pe de. mas imi.t sinip'es reform.i legislati va ordinária. da nossa índole o goslo das larcf.is eíuiiplicadas. Procuramos refonnas cos| Ui u-ititiais de processo comjiI''\o pciiusu. (|naiido está a nosM) alcaiu'e ('oii eslão a dvsafiar-nos) reformas legislativas ordinárias mais úteis c mais nrgi-nles, purc|iie sem Gas não pndianos di/.er ([iie a Coiislitnição sc(|iK*r exista, a não sei' como armadura, a (jni' falta o conti'ndo capa'/ di; llie dar consistciicia <’ vloraeão
discunio prolecomemoração ao de Peelro em
ü n.
● (2 MILTON CAMPOS, rido no Senado ' centenário de nascimento Lessa (DCN de 25-!)-59V (3) IVDLTON CAMPOS Realidade-, in - Digosio Econômico 151 do janen o-fevereiro dc 1960 rcírr’ 4'' :. |4) MILTON CAMPOS. Cdsí^ái'así:
■_ leira . proniineiamento feito no Senndo (DCN cie 8-11-69) icnacio
.Senliores .Senadores, tra/endo a esta Casa a e.\pi'essão comovida da lilinlia saudade e o (esteminiho da minlia .soli dariedade à jnsla homenagem prestada à figura do inesijiieciva-l Inasileiro, teiilio a certeza de (pie traduzo os senti mentos dc lodo o povo de meii Estado, (jiio deplora profimdamenle a j)crda. h(.-m dimensiona os seiis efi^itos irr('paráveís, c guarda, nu coração c no fspii'ito. suas admiráveis lições de dignidade e dc civ’ismo, corno e.vcmplo a iluminar as gerações liilnras.
l.uu .inienlo do livro Tes/enimihov e .FiisiuruiinitOS p !,i l.ivrari.i losé Olimpio)
.\1a(. VI ll.Vl-.S PlN'10
17 muito diííeil a g» nte imaginar ipie
Milton já nao existe, poiapie per tencia a uma rara m.i o slirpe de lioinens que P.iieeia (h ●'sas pe.sso.is e a V . uce-lo. lor< s. nao morrem uniu a. votadas a desaii.ir o l<-mpo Dessas pessoas qm hiliia a ver soh a mesma hr/. Ihna luz
palavra. (]uc nislico da lãviliz.ação Im.u nesse cenário e.spirilnal um dos pon tos mais altos; nao lhe beleza da liugna: não -- mistério da i)oesia; lidava com e.sànea .simplicidade eom o saber. .. a paixão pelas luílu mundo se haeru estranha a Ir.insfigiiradma que as situa n.upiele r.strito compartimento d.t humanidade on de l(‘in seus eunselhos ,)s snhios e os santos, situados amltus n.i Irnnleira onde lálernidadc. lhe era indifer;nte o pont ainda irazJa no espinlo erandes ordenaçò-s jundicas, o empe nho d;i ação poHtiea ciUeiulida como ai-
:!“a, .i.uU, n,ais
o hon,c,n. E 0 Tempo se emonlr.i eom a silèiieio é. às vezes, niais fcy Vivos, seu tiindo do <|ue lod eles seus ,is as palav r.is. emnininhiárus de jornada .se eoinu ([liem hiisea a da na Ix'Para sua voz í de cüineclitribu- ● voltam senipr. rivicUmeia cie mn oráculo. .Mortos, Ia expressão das Sagradas Eseriluias, sua ennuleee nas soinlvras do .silènportc', gestos (.oiivorsaçao, inizia a marca fazia notana Tudo — oo -xcu v sii.ssiirada, nos i[uasc (la dcgàneia, na cserilns — .ima elássica nobreza, que d„ c.xatamenlc por acpdlo onr que ,xu-a passar clespevcebida a ^ ;;,bedoria impõe e a sode medida exige.
na de voz. nao cio. Perlciiccmi a imia raça diferenU-, na. uox o se re- gregos deixavam uma aquela dc ipie iinperccivcl memória. Aquela, cuja vo/, ●rclc nunca; ao contrário, ganba os fiigiav a modéstia cpie a s. hricdacle que o sen.so nao SC pc dimensões o timbre (|u;' a dislàneia ama durece e ipic a perspectiva d(*s)>oja d.is conotações transitórias, jiara I' da mais familiar c refeil.i da .>,.ibcdoria a vitória não o ,.„,|,riagavo, o clori nta n;.o o oboli». Com- prornsuo. toloronlo o ioclolopoU-, pm, ivansigio nos piineip>os. ato potqoo nm- ousaria pedir-lhe qu aliava. A luta não o cx az.e-la am¬ ([iic não passa.
Milton integrou mn grupo de mineiros fez desfilar perante a vida brasi- transigisse. (' guein que leira nomes eoino os de Rodrigo Melo Franco, Carlos Druminoiid do Andrade, Abgar Hi'naiill, Pedro Nava, João Alphonsus, Afonso .Arinos, Cyro dos Anjos, Pedro Aleixo, Arlliur unn'’***
IAanou a libcrtlaclc c scrvía-;u como pou cos.
Se, na vida púfjlica, não pude Iruir tudo o que desejou, cons.guíu im pedir que se destruísse tudo o que pode. Deixou, entretanto, o monumento de sua própria imagé-m de homem púldico, tadü ao respeito e à admiração d<* quan tos tiveram o privilégio de ser\àr ao seu lado e de quantos, pelas gerações, .se mi rarem no seu e.vcmplo. Quatro grandes mortes po, o Brasil sentiu dos contra o.s alicerces da própria nacio nalidade, disse João Franzc*n d. Lima: de Buy, a dc Nabi.no, a do Barão do Rio Branco c a de Milton Campos. Ruv, Nabuco e o segundo Rio Branc navani, como Mfton, crática da nossa história. ; Hoje, graças ao incansáxel lah.,r e amorosa ckclicaçao dc Antonin CoiUi: ^de Carvalho, lemo-Io entre nós n is ní- J,ginas de um livro, cujos cscrito.s, r-sni- |f- gados pacientomente, trazem o líti.lo K. que melhor convinha ao ílomcm e K - Mestre
cons\ ()no no.s.so temgolpes desferi- e remuieia como a
a .sua prc',s<'ii(.;i l(uain reclamados: SerciKí c' iinpc‘rhn!);i\<'l. ensinou a árdua ]i(,-rio (Ia lilj rclaclc, fundada nas normas da com i\ ( ncia jiu ídiLa e no re.speilo à dignidade da pessoa liiunana, a cujo ser\i^o SC cucontr.un todas as instituições: a Família, o Justado, a C’omunidade das Xações.
E\oco-o foin ( uio(;.u) c rendo minlia hoincnagt-ni à(|U'. Ia (pic foi ao longo de sua \ida, paixão c inspiração, dcdícaçáo Dona lãca — a paz na iiora da tormenta, a liiz no instante niais (*scuro, a alegria eompartilliada, a incondicionada solidariedade (jU(“ todo gran de Jiomeni recl una. para lu-m cumprir seu destino.
-O encarvocação demo- a
V; a iO ao que todaji Nação reverencia nunca' será c fc ■ cuja perda A' masía.
J Ele deu testemunho d; [ Ções, onde c qimndo sentida em de-
S* as .suas convi.0 .seu conselho e ,1
A\èsso às liomeiiagens c aos louvores, ele não desdenliaria a de uin lÍ\ro, pois os li\ro.s se contaram sempre* entre os seus mais cliegidos e discretos eonipanlieiros. Xeles liauriii grande parte da sua sabedoria. Nmn deles, agora, fruto do carinho dos amigos, iio estilo límpido, tt^TSo, salpicado, atpii e aeoiá, da ironia, (jue (j a cpiiutess(.'neia dos grandes espí ritos, ele continuará a larei.i (|ite a Na ção reclama da sua memória — u dc cn.sínar c a de dar testennmlu).
Os Aspectos Sociais da Tributação
(■rr.instiite cnin a de\'id.i venia de “O Jornal do Brasil”)
t;isr\\'n Miciuv. dk Mui-I.o
ienomeiio tri- i- o (|U.l
^ FORMA p. !a butáriü encarado pelos (●'●prehilislas. nu'smo jiflo puliliei) l('iu no jilano inéiltiinas décadas.
eneorajumento de nuiUo da poupança; determiiKidos im estimentos prioritários e da exportação; proteção á cional clc-. .
indústria na- peln Governo i evoluído muito rapidameute lernacional, nas ([uatro principalmente a jiarlir da divulgação das obras do emimnte eioiumusta briJ ipntação de dados e tanico John Mayiiard Leynes e de s.us seguidores.
Paralelamente a nma ma'or consciên cia dos ohjeli\-os da tributação desenvolvoram-se consideravelmente as técnicas !egislali\as e de con "recvir.sos econômicos, financciro.s, conláhcis, pedagógicos, psicológicos, jor lislicos, adininistralivos, ostatísticü.s, dc propaganda, de que já agora d'spõo o administrador de tril^ulos para realizar aqueles objetivos.
O interesse pelo i>rob'ema da tributa ção no Brasil tem crescido de lorma epu’ espantosa. Ksse iuter<'sse os n:\ehega a ser crescente c revelado pela re.dização de conferi'neias, debates péiblieos. cursos, entrevistas e r; portagens jomalisiieas, e pelas sucessivas edições dt* l(*is fiscais Brasil, assim obsenou espantado fessor da iMiiversidad'- á: llar-
PoUiicd fiscal c òcscnvolvimciito que no um pru vard, sao romances e jornais.
Explica-sc o inleressj a <pr.- aludimos pelo fato de a tributação não mais ser vista como um fenenneno isolado rdalivn à obtenção dc veeiusos pelo Governo c sim como um f.némieno social coniidexo, funcionando os aumentos e reduções de tributos e as altevaçõv.s da legislação tri butária como jnslnimentos utilizados pe lo Estado para diversos fins-como: o de senvolvimento econômico c social, ou, e.suUlização eficiente dos
A política fi-scal, como ob.serva o pro fessor da Universidade de Oí*>o> Jolumsen, deve scr integrada a política cambial do píds.
I)cst-si‘Ucrs, eonio se losseni vendidas até nas baneas de salarial arial — são
No Brasil, objetivos de polibca _ compcnsaç-rio pela contenção sa alcançados por meio de mstru
FC/rS, o PIS e o a objetivos da mentos fi-scais, como o .3 també‘in visam de disenvolvimonto econômico dos níveis de poupanças redistribuiPasep que política pela elevação e dc política ção dc riqueza.
A política - subdivide em compartimentos estanques exigindo, pelo contrári harmonia e coeré*neia entre as providém- diversos .setores da social como a social nfio se econômica e pccificamcnlc, a recursos da economia e a consequente redução dc todas as formas de desempvcinclusive o setorial; reclisUiliuição de ndas; equilíbrio do balanço do paga mentos internacionais; restrição à de manda doméstica; fortalecimento da Fe deração e do mercado dc capitais; auu), uma crescente cias adotadas nos vida nacional.
Hoje os diversos aspectos do fenômetributário, que é ao mesmo tempo fenômeno jurídico, econômico, políle no um
tico e Südal, cKv<‘iíi sf r rslududo.s inhgraliiR-nU- não adoüiclab medidas
● Mll illi' ●' I iniiiniTi^Neis oulros ● in ● iii apeiia'- para que s-jain is adequadas à realizaçao de um maior número du olijctivos. mas também
i dos sejam projxjrc ionados IJior, cm caso de conflito das finalidad os fius, ou lll'-iia reali/.aç,'ão
|l l!M. '! Ila hiialuladi- oiiiiiiiiiMs e admíiiis'ii> (jm; dizcin r<‘Spoiii'( nisos <vonòmieos i< aii/e rlirelamenlc jiic <le|n-n(lam de tais trai i'. .is I l.i I nbiil .<(. >1 ilI III .1(1 ([< «l.liln para que aos meios cscüllii- lo à pai.i ,is Mias finalidad]■ ClIlM»-'.
K,ão seja ado-
'.‘"as IIM ll( I.K Ics S' Com efeito, ' e.xaminado se o
1" ( ) i-s da tribut;: mellior soluí^ão de * lada a cniiipromis^o. problema nfuj for cm termos globai.s, [)od. rái ocorrer a eleição de um meio para a rea lização do mna das finalidades da tri butação desproporeionadt) ao liin jxu prejudicar gravenu-nte a realização de : outra finalidade.
^ Os diversos tributos devem também ser estudados u luz das fim lidades da tribulaçã ' - ladamente
i;ao, nao isoem vista de nem suas denominações gradamente e em ^ que desempenhamtributário contrário,
■ de um tributo paru a r<ralizai,.ãH do objotrvo i»derão ser contr.abala„çad„s pol.a cobrança do onlrn tributo - . Outro problema ejua vem dojportand.., uo exlvrior, a alcn- çao dos tccnicos c dos got -crmmt.., da distribuição do rondas, mormonto ou, desenvolvimento. mas interazão do papel no sistema pois, do efeitos benéficos nacional os
Ainda «■ecenteinentc entre outro.s, o mini.stro Delfim Neto economista Mário Henrique Sinionsen e presidente cio Banco Mundial Mac ■ Namara, se pronunciaram publica’m*cnle < sobre o problema.
relaiaonain eoin a c-arua Iím;iI. Mipoilada |U‘lo setor pri\atlo da ccuiiomia ulnbaliiieiUe conside rado.
Kxisicm, ])nr (iiilin l.idi). liualidades di Irilmlarão rdalixas .'i repartição dos en cargos do l-isiado (● ( rii respoiul. ntes ao atiiiiiiiiiniío iiidirelo por ele tle suas finalidaíli-s pelo impaelo da cobrança d' íriimtos .'.obre <i setor privado (1.1 eíoiioniia.
Kiilre es-,as se r lacíonaiu: a repailii.ão eipiaiiime dos etieareos do l']siado entr»' p'.'SSoas lisieas .seiii depeiidenles c fa mílias (linalidad. moral relati va à justiça fiscal); a linalidado social — rcparliíão do produto na cional — os oi)j( li\os ccomunicos — descii\'()K imciito, combate à iiillaçán. ao desemprego e ao desequilíbrio do balan ço de pagam; nlos inlernaeionai.s; e a nalidade jurídica: proleçãn de direitos iiidi\ idiiai.s.
; Qual o papel que a tributação deve desempenhar na di.stribuição dc rendas? o o Qiie 6 o Jniposlo dr Renda?
A tributação e suas finalidades f
É tempo de anunciar as finalidad \ genéricas ou globais da tributação e.s e que
fi-
Além dessas iinaliclad('s merectu ser indicadas as iiiialidades |)o!ílicas d;i tri butação; o fm'l;ileciiii( ulo da Federação: OS' aspectos políticos inl.rmicionais d.i tributação c os princípios ;i s:roin respeüado.s na coljrança de lril)u(os (’in uin país ei\’ilizado.
Diz, com muita graça, Ruben.s Gomes de Sousa que Imposto dc Runla é o tributo que incido .sobre aquilo que a lei diz ser renda. ..
paia liiis (Iímtm).'. tlilados pela Políliea 1'isi.al: ;t nao le\OU a'< Últimas eonsequi-iu ia-- a mm lirin hiinU)racla arinnai.ão <!< \ /. < mn o legis'atli>i iiuliiia'ii ilimitados na i-niiicit ii.a puis a Con^lünicãci l-'rd< !al i' la^ão cnmpli-incnlar çõc‘s ao podiT (Ic trilnitar <● eompetèneias imposilixas.
Eslá elaro (jii'' o im i-l ilistrilíuivão ecjuilatixa dos e <lo renrias dos' a eiRsir-íus do Ivslado einilvibuintes (iiiqroslo global de renda |UÍlibrio dos bainlernacionais intiTnacionai.s iic ii( 111 iiiestem i>.>deii“' de "reiubi". das pesso.is lísieas): i‘< laudos de paganuailos (tributação dos fluxos 'uda); ilesen\()l\'imcnto econômico de incenti\-os fiscais
Haverá, poiMii. nes-^a afirma^'ão alunoi \islninlnr nm já que ni iii Indo <> < |ii define eoioo manifesUu,'ãu eoiitrihniiva?
Ilá iiicideiKÍa í-iihre a renda ineidèiieias
üuúl.i- ●■laliel (.<■111 d«“ u (retirando jxir \ia aumentando por meio do compostos Iribntação de r. uda dos í
imau niii 'd.i ile >. i lieis● (I lecíisluvlor i< pres( iitará uma ( ajxu idade ou rogulntúrio.s a eonlribuinlcs). ele... eulrel;mlo. <jue so trate ●uda para t|ue o triI)uto e e(iuilali\am-entc na
ilo iiiqioslo de renda ( leli\ a do (.oiili il luinle. '.obre unia eslim,ili\a de u.i loiil e dec«n‘renaiiiKil. Ilá iiiqiosios (1 eoiit ■ ibliiiile é O.-s-
Não basta. reiula eleíiv a .1 de im]>osto de ri funcione efeliv a distribuição do ivndas. feito, os impostos calculados ou sobre
Com e base na renda presmnula arbitrada, por exemplo, nao re- efetivamonte. c}uc liaja eiilre a renda presumilaclo ' ^ eoiii a renda distribuem a renda, ineidèiieias te.s de deelar.u.ao de V( nda eiii ipie e iiiipiisliis de renda em (|U" o coiitribniiile é pessoa jiiridie;i.
re- renda uma medida '●ni ●bida na Cl ineciuixalénein. ou os valores arbitrados do um ,„da cm termos reais de ou tio -iais sobre a i-iKia determinadas espccífica.s. boncficiásna física
bnlain-.se prodii/idos iio pais (_● nais de r- uda: liá iinpnslos sob ali([Uolas pro'zrcssi\,is !!lí(|UOlaS ndimenlos isolados de nm m góeio >' o 'iiero liqiiidí' de operaeoes eoiisideradas e. p.oa nu nasp'.'(.'lo mais re!e\-.nile. tri;;ll rendiuMUi-
li'a..ileiros reiidiiiiMilos e a VI (Ic
Os impostos parcu ●lidas lliiMis inleroaeioeobrados
● imlr(iS sob ■rribuli'.iii-S!' de vedislribuem Vi dcstinaçücs oiieens ou com fuíXes do ou- pr()]un'eionMS. rios o i-endimenio cujo moninclusivc. maior. ; formas de Imposto finalin formas de Iras laule poderá ser. Nem todas as , d.- Ronda, .'ão. pois atlcquíiclas as .los sooiais do iriliulo. .'Uto.sco ,,uc_a de vendas nao do trilegislação que finalidade: gra\a-se globalmenle eiouar o bnfam-se üeus dc renda tos de iK-ssoas lísieas de dv^lenninad.i (iiiiCKislos parciais ou t-ediilare.-: ('(piilaliiva distribuição ongem cie renda) e os |■^●1Kli!nl■1lll)S das pessoas físicas globahni iite eoi peml: ntenieiit'- dc suas uriLiens iiu josepli (ribiiiação das ali\idades urbanas Iribntação das ali(inase todos os paí-
deoorre apenas bulo com base em uma ^ à realização daqnei ' ainda necessário que tal IcgiscfeU\amenle aplicada pola ‘ilados os direitos isideradiis, inde- la anli- \'ise ibserva lorna-si hição seja administração c vesp^ dos eoulvibuinles. '('(.'Iiiiiaii caçoes. (|ue a difere na piálie:i da vidades rurais (.'in
disse a Comis- hifelix amcnle. de Refoniui Tribulávia na Colôm bia presidida pelo economista Ricbard eumo .sos do nuimlu.
Os di'' rsus ji.iÍM". rias das inodalklades acima
iililizam-.se de \áreferidas sao
A. Musgrave, dn Universidade de Marvard, nenhum sistema tributário é me lhor do
que a sua efetiva aplicação.
Um Imposto de Renda adequado seus objetivos sociais c efecienlemente administrado c cobrado será in-strumento efetivo de política fiscal üi.stribuição de rendas?
qualquer loiiiia o «●eu patrimônio líqui do) para pagar o imposto.
Embora tal imposto contribua para atingimento da Hnalidade xisada, pa- que seja ela alcançada, torna-se aíii- neces-sárin aos um (c lia na o ra da , qoo a regressívidade dos aeiuai.s trihulo.s e da despesa pública uuo neutralize a progressividade do Im posto dc Renda.
Analisando prniilciiia .sob o liiit an¬ gulo econômico c .● der à ●5" «pusermos respoii- mdagação tendo em vista favore- realizaçáo cer a 1 . - <-'"1 termos práticos, dos oVt.vos sochm d. lrib,„açr,o,
cuiado com hciíte ^ monial líquido da f que a equidade diz humanas
Ora, SC todos os tributos íiravani economicanieiilc .i n m!a líquida do ctíiUribuinlc c III m Iodos s.'io calculados com base ncia poderá c\ idenlcm. nte ocorrer pr.ilica ocorre) <]uc determinados Irilnitos tiia\ctii r. I.ilivainente mais a.s rendas íiipud.cs de contribuintes de ren das menore.s c absor\a:n parcelas iiu*lu.rcs de r< nda tic < ontribiiinte.s ds ren das maiores. T.iis tributos, embora co brados si:b aliípiotas proporcionais (ou até progr; ssi\as) são. cio ponto-de-visti (comniiico, o.s cuj relação à ren¬ da dos eoutribuinlcs (potl-iitlo ser projjorc-ionais on ale ])rogrcssi\’os cm relaçao aos prc(,-os dos bens adcjiiiridos üu dos scT\iç-os rec- bidos ])clo contribuinte).
acréscímo patripi-ssoa física dc no vc-z (IPI) e respeito por fim, Iodas ; não se refea pessoas que suporiam. as mcidências da tributa, rmdo primordialmcnte a empresa.s.
Impostos pagos com a renda
'Iodos os tributos auferida sao pagos com a acumulada renda líquida (capital) pelo contribuinte, como aind . recentemente lembrou Antônio Rol,-r- to Sampaio Uoria.
O problema pode um outro angulo: ser examinado sob Iodos os tributí)s mesmo os «pie não sejam calculado.s com bass na renda, graiam econômicanv.nte a renda líquida do contribuinte renda ou por ele acumulada gravam a (capital) caso a renda líquid .suficiente pai'a suportá-lo contribuinte de .se descapitalizar nha ele de se endividar (reduzindo de a seja ínc* tenha o ou te-
IüxcnipIífi(|ucnios; o imposto sol>ro circulação dc mcicadorias (ICM).oiaiposto sobr.' piodulos industrializados os impostos rmicos (nos casos em qm; não forem suportados, em ter mos econômicos, pela empresa nem shiftcd hark — transfeiidos “para trás” — para os empregados ou suportados por outros fatores dc produção) gra\ani eeonomieamenle a parcchi coiWtnU' chi (Ia renda dos atlqiiirenlc.s das mer cadorias .sobre cujo prc‘çn (“les incidem. Tais tributos gra\am economicamente a renda não ein \isia de seu montante mas cm ra'/ão de seu emprego. Friscsc porém cpie gra\am muitas \czes ren das lítpiidas insufieicmtes para a manu tenção dc padrões adequados e consumo, ou melhor, gra\'ain rendas Iíqiiida.s que de\'Oriam ser isentas dc tributação.
Ocorre, porém, que as pessoas de ren das mais elevadas tendem a poupar parccla.s maiores da renda disponível do que as pessoas dc rendas diminutas as quais, muitas veze.s; cm lugar de poupar-sc descapitalizam ou se endividam
(Pau) A. .Sainul<'sou. i nln- nmitos outrtis economistas, analisou a "piupcusão para poujwr”).
Essa é a razão
8,5% <lrt
coulrüiuiutc (, .\) otH)
Assim sendo, um de renda mensal elrvada. tU^auios salários, mínimos. leiuUa-.i .i poupar par cela consideruvi'lmenU maior tia laaida (30?, j^H)r exemp'o) tio que um tinUribuinte (B) cuja ivmia seja de um salá rio mínimo.
IPl e os lin¬
Ora, como o ICM. o postos únicos erav.uu econoniicaiueule apenas a parle consumida tia renda, incidirão eles, eeouomieamenle. no c.xemplo acima, sobre 70'/ da remia lí([uida de A e sobre pralicaiuenle 90T da renda de 13 (ailmitiiulo que 13 con suma parte da renda cm produtt)s on serviços não tributados).
Ocorre, porém, «pie ção à parcela
mesmo eiu relaeonsumid.i da renda o
!C:M gra\a, Gcnnoniicamonlc, renda dt' A e 17% da r^nda dc 13. pela qnal tais tri butos, eiu todos os países só sao cobra dos como im)>o}ilos CòCOihHcIüs nos pre- hicklcii ícixcs.
ços das mereadoria.s, como ^ dc \ cv- <pic fossem eompulaclos, anua - mc iíle, os \ alores pagos pelos contriinii.idos con- f tes individualmente, a oposição trilniinlc.s acabaria por acarretar a substancial redução do tais a supressão ou gravamos' rogrossi\'Os.
Os impoütos tscoiulidos desvalorizam por outro lado a atuação dos sci\idore.s públicos (|uo utilizam cficicntcin-nte os ivtursos públicos pois as obras mutcis e os pagamentos som conlrapre-slaçao cor respondente de s- iviças ao Estado nao são desencorajados pola população que ;;L, sente, emliora suporte os encargos 'decorrentes dc tais desperdícios.
ICM e o IFI (o mesmo não ocorre com o imposto unieo sobre Inbrificaut-s «● gravam renda líquida dc coiUvibuinlc.s c recursos públicos
parte I fisEncargos fiscais conseiènci.i poi cn.argos velalivamentc combustíveis)
Uma maior dos contribuintes cie seus
mais a de renda menor. cls
Com efeito, os contribuintes de renda mais c-Ie\^ada consomem cela maior da renda em scr\iços (empregados do mésticos, motoristas, garçons, \’iagcns di; rccreito, nacionais c internacionais) não tributados do «pie renda menor.
Assim, timativamenle o
na 1 contrilniiiú. s de os P‘ on municipais, - Assim, foi aiimenlacla a /ecUtzido o custo ua cobrança butos pela mecanização dos serviços cie controle, a utilização do processamentocomposição inteligente e particulares. e\c nn exemplo aeima. fiálo esajuste decorrente das observaç<")es cpic se seguiram, o o IPI gra\'am sol) a mesma alíquota (cpio hoje, cm termos efeli\os, — cal culada por fora dainente) cm
● da cie A (dc renda consideravelmente maior) c cerca dc 90% da renda cie B. Como 17% dc 50% são 8,5% e 17^o cie 90% são, em números redondos, 15%, o
'idícios de recursos t ciciais.?ntuahncnte existentes, eficiência o
cU' triICM e de dados e nnia públicos a utilização da rede bana cobrança de tributos, o re¬ de interesses — é de 17% aproximaccrca dc 50'% da ren¬ que permitiu cária para cebimento dc declarações, etc., soluçoes um maior treinamento de « 1 imaginosas, funcionalismo em todos os setores da
Dici-:sto Econômico
iiclminislração pnblic: areas dc ineficiC-iiciu c estas a «■límin.içãn dr ' iM Lii^o.s por cfitiTiüS 11|\ j(lo-< [x>r critõa, tpempreguismo. Toprovidências ipi. cujos benelícios so serão mais bem conhecidos quando ^ ser maior ;i consciemia dos eiicar<'os Hscals acarretado.s pelo d: xperdício "de -recursos públicos. É certo
I<"'rc."-Ms ns e I O das Sendo tomadas sao rujs pi ()'4K"'Si\ (i.-,. Jíj^é I.iii
xier
(^UC IliC' ( ( ilM >11 Jl.ls l bleiiia d cio priiH ip.ilitieule de jiistii.-i (pic-slã(j (i.l domina sobje o < X cni
^ qu(“ o empreguisino ímicionon. fm certa medida, ccmio mna forma de , assistência social di.sfarçada a in-olissionais nao qualificados e suas famílias. O papel desempenhado p. la intelieèneia essa forma anônima dc- assisfdnòa so cial íoi ridículo pois o empre-go do.s rc- eurso.s assim desperdiçados cm um pn.- ^ ama de instrução pmfis.sional ..de.nia- da tona trazido resultados sociais e Íco- nomicos muito melhores o evitaria dis criminações entre os faxoreeidos.
Hiii!i(')es 1’edreira ●.nleiide ie.s' iix olx idas "o proidiieeilo d.i renda é e.xamina,M)I) (] ponto-dc—\ista si). uii, pni-' n-ssi‘S p.iises a redtsijii)ui(,ã(j da renda pre1.1 .sii.i criação.” Diver so'. i'Oiicontis(,is (|p icnoiiie intciueeiün.il mas
siibtcnlain sei o lies u\<;l\imento ecuntiniieo a [iriiii íp.il I iii.ilid.ide da tfilaitiição nicMiio eiu j).ii'cs dlsenx oixidüS.
A P'-ogreHm:khidc das despesa públicas ●V
careça dt analisc.s corno a realizada Ja Canadian Ta.v 1'oiindation, que os recursos púb'icos, quer os empre gados cm assistência médica, pelo c pelos Cox-ernos cslaclnais, cjucr os em pregados cm inslnição de iodos os ui veis, icm proporcionado mais benefícios as pc.s.soa,s de menores rendas dc as domais Icm reconido reJativ, muito mais à inícialix-a particular. c em os re¬ to IS pessoas pcvcrifica-sc
" '■.Klo progrc.s.s,va, „„ cur.,üs- p„blicü.s tím sido primordial, empregados n„ Ix-nefido d, cie renda menor,
Mi.-snio nos cllain.idos paíseS deseiixolxidos os sishnias liil)Utáiio.s tèiii illCr< {'ido ci ilicas scu r.is do pontü-tlc-vis'l.i (la disl 1 iluiição dc r» mias toiiio a.s cl.i Roxal (á)iiii'’SÍoii on r.ixation c .is de Roris i. J5illker. chard Coode, Hiehard .Miisgraxv, muitos oiilios.
l/axid V. Tiiilijivll, llientre
13a.sta ieniebrar ues-.e particular <pie os paisis do Mercado (.'oinimi Europeu adotam um iiujuil sm la ralrnr (çOii/fC semelhante ao nosso l(.'.\í c dixcr.s03 inuiiicipios aiuericaiios (obr.un um impos to sobre as xeiiclas a toiisumidor fiaal.
E)axi(l Y. 'I'inil)rcll ilicgou inesnio a rcconliCc;. r iinpliciía. poicaii. efetivaineníe. (juo uão liaxia no niimdo um uiiico sistíuna Iribulfirio. Pecou o autor parviii ao c.xaminar a malia ia apenas sob o pouto-dü-xista srKãal .. pois. do ponco-doxlsta ceonòniico, existem sisleiiuis trilnilários, coino o Einonda n. tiiição Eedc-ral de Ih-ifi.
liiasileim a partir da .!« de 1-12-U)6.õ à Consli-
'■ez fjuc; anicntc Coiisidcrarões finais
A experiência internacional experiência internacional revela cjue os países em desenvolvimento tendem
A n
A análi.so ,acima jjcrmitc' avaliar a rciüvancia das medidas aiumciaclas pc!o Mini.stcrio dn l*’azenda na Exposição cie Motivos de que resultou a Resolução u.
65 ele 19-8-lt)T() dc Senado lodiial; (a) redução da iai'4a (i il )iilaiia c 0>) coino meio. para aU aiu.ar csm- lim. naliição dü.s iinpnslos auti-‘ni, iai'. solu< a ci’tiilação dc incii.adoiia'. >● prndiitO' in dustrializados.
A rvdução ]'uomcssi\a do KAl pi(‘\i'ta na ineiic ionacla Hcsoliu .'m c a riTCnto redução do ll'l sobvi' .iliniculos ,são decorrentes da oiicntaç-ao c,,\ (●ni.niicutal acima n rciida. Outros sersiços c pia»diifos essenciais, coino educação e re médios, podíuão \ir a ser ]>ostos à di-Spobição dc faixas ni.iis laruas «la popu lação na uualida <'in (pie \iereiu a Ser desonerados <1a lriÍ>iita(;ão indireta (im posto ninnieip.tl sobri' scr\ iços e ICiM re.spccli\'amenlc') cpie os onera.
Merece ser ob^Tx-ado (pi,' a substitui ção do imposto altainenle recressi\'o so bre vendas e c-onsinnações
TCM já rc-pi'( sentou uma e\'olução consi derável do )>onlo-de-\ isla da iilili/.açãii eficiente dos recursos da economia.
A rcíiressividadc desse tributo o a m‘ce.ssidadc de (<>nsid(‘rá\e’ r.dnçãn de sua alíf|uola loi recoulieeida por econo mistas rpic, na <piali(ladi' de coxa-rnante.s. contribuiram jiara a sua introdução sob alíquotas menores do que as v. siiUantxxs dc reivindicai.ões dos Ivslados: os ('X-minislros Roberto de 01i\-<“ira Campi'S e Otávio Couxeia de Rullira-s-,
dos l ouU il.uiiiiU s dc \ cz qur (jiumto maior a ronda tanto niciior o sacrifício fiu dispcndcr nni ilclriniinadn nnnioro dc unidades niondárias.
Outro fundamento inxoeaclo ne.sso par ticular c o do declínio da utilidade do rlinhciio na elevação da renda.
Esse.s dois' fundamentos da progressixitlade da Irilmtação foram estudados por \'alter |. Bliim c llarrv Ealxen |r. alcndimen- llá despesas iiceossarias ao de necessidade {xxs.soal do contribuiníamília. Ora, despesas absorvem parcela maior da ren- liíiuida dos contribuintes de ^renda a tributação seja prolo como essas te o de sua da menor, para que porcioual à parcela da renda liquida da n„al pode dispor o conlribuinlc, clcx-cra cl imixisto scr cobrado sob alíquotas progrcssi\'as.
Essa matéria foi estudada dc-talhc uo nepor, of The noyal Cominr.WíOii on 7V/.vaí/V>ii.
No.s países ('in <pu' iior<.'enla.;iem maior da arrecadação decorre de inqxoslo: in- aos serx diretos íc isso ocorre em Iodas as^('rodeseiivolviimaitot bá la-iiressixãdadc na repartição dos eiusivaos Estado einbova a Oespi-sa Rúbliea possa ser prouressixa. b.aieliiàaudo mais as pessoas de menor renda.
No qiio eoneernc a protíressixidudo das alíquotas, dixersas tc-orias tem sido defendidas, entre ela.s a de ([tie as alí quotas progressixxis igualam os .sacriricios
ra o t
(IVC) pelo cm maior redistri- eautela mercceni as : fiscais para que meometidas por ocasiao não se agrave do-vista da Especial buições cios encargos justiças não sejam das reformas tributárias c a inflação que. do pouto-distribmçao ●' dos encargos tributo não eciiiidadc na dc! Estado funciona cmno mn ■acidade conlnbntix a. ● observado i[ue as desaproamonlos dc remuneração labclamentos baseado na eap Mcrccc sei priaçücs, os pag■idores pviblicos x-aloi'cs inferiores aos reais distribuição dos encargos c os (Ic preços por funcionam do Estado de uma forma irregular e por mn erili-rio cine não é presidido pela ca- eonliibuliva, EfeLivamenle, na nmmas c'm cio idadeiiaei dessas medidas, ciue visam ao alingimcncle benefícios proporcionados polo Es tado. clecomun encargos econômicos pa,'idadão ou para dclcniiinadas em presas, encargos essc‘s impostos não cm lo
Ecünô.voco decorrência da renda de alinginicnto jwuüo píj.slu j>. rniifii' mais pleno de ooIim finalidade da fribulaeáo, f se não lu)uver medida atema(piem os smxir- _ ta mas sim de circunstancias fortuitas d<■ se um ^ possuir um imóvel eni dclcrminaílo local ou se produzir alguma mercadoria essencial ao consumo iJopiilar: tais en cargos econemico.s funcionam como Iri● iJutos disfarçados.
[ Concluindo, devemos dizer cpie ;i Iri- |r utaçao deve ser, sempre que possix-el, h nicdida da capacidade con- \ razão pela qual o imposto so- ^ bre a renda líquida das pessoas fisicas eve constituir a espinha dorsal do sis tema tributário.
r , Conforme a lição da Roval C.ommis4 Slon on Tixxation, do Governo do Cana- ► clu, o critério da capacidade conlributi- va so deve ser afastado se a medida pro-
l-Cdrração óuna das fi nalidades políticas da lril)ulaçãn) reque ridos <>m l<.-rmos (!<● <‘qiiidade, ,a
ii\a (|tie alianee (●.'■sc oljjelÍNO soni pre judicar a eijiiiclade. .V foncenlracão recursos jurídicos, [(■; liico.s. eoMtáliei^. admini.strativos, pe dagógico.'. econômicos e financeiros lu col)iam,a do itn])o'.'(o de renda das pes●soas físicas, o coniijatc' à sonegação des se tributo, o pn;gr. ssivo aumento cio nú mero dc seus (oiilribuintes e aperfeiçoa mento <le sua jã torrencial legislação, permitirão a transf<'rèneia de muito niais rccnr.sns ao.s ICslados e Municípios contrabalançanclo e\ ( ntuai.s prejuizos ao forlalí‘cimentc) da
O lutador e o esteta exato
RouiiUTo Dr. OliviiIua Campos
^ ESTA fi!Sla de r;>peilo à .sab.doria. e de gratidão pelos gestos e feitos de dois varões exímios, uada uu-lhor me ocorre como lema eonio mole tpie o Conselho ck' Ckunões no dikãiiui canto düs Lusíados:
“Tomai conseliio só cie experimenlados, Que vivem longos anos. longos meses. Que, posto C|ue em eienU-s muito cabe, Mais cm particular o esperto sabe*. . Conhecí Eugemio Cuuliu na Conferên cia Monetária de Bivllim Woods. cm 1944, na qua’ se forjou o sistema mone tário internacional de pós-gitevra, pela criação do Fundo Monc-lário e ilo Ban co Internacional. Cudin era já economis ta famoso, internacionalmenle o mais conhecido e mais reputado de nossos cienti-stas sociais. Eu era apenas um Ter ceiro Secretário de Embaixada, uma es pécie do proloz.oário diplomático, cujas três imicas realizações eram: escrever poesias, cedo consignadas a merecido csquecimcnlo; frequentar eur.sos noturnos do Economia, como \-aeinação pragmáti ca contra um passado seminaríslieo; e cultivar um socialismo romântico, .subconscientemenlc tal\'oz convencido dc que quem não ó socialista aos 20 anos não tom coração, e cpicm assim perma neço aos 40 anos não tem imaginação. . .
Admirava Gudin um pouco de longe, vendo-o acotovclar-sc com Dean Acheson, Lord Keynes, Edxvard Bernstein e “Sir” Dennis Bobertson, líderes intelec tuais daquele conclave, enquanto minha Immilde missão cra principalmentc criptografar telegramas paru o Itamaraty. (A Ddegação Bvitanica eva indiscutivelmente a mais brilhante, dominada por Ues ;
(Saudação ao projc.ssor Eugênio Gndiu aa ccrhnònia dc ciitrcga do Prcinio //cnn/ng Alhcrt Ihnlcscn — Palácio dos Bandciranlcs. São Paulo. 21 de junho dc dc 1972).
famosos economistas; Lord Kevnes, de quem sc dizia .ser mai.s inteligente do que conenle; Hoberl.son, acusado do ser mais coerente do que inteligente; e Kobbins, dc quem se dizia com injustiça, ser inocente de ambas as qua lidades. . . sirosscira
Gudin insistia desde então, com sm o sistema ecoclaudican- gular prcsciência, cm que o nômico internacional nascería fosse atacado o problema do comércio internacional cin mais vulnerável: o da preços dos produtos de base. Inesoluto problema, os paísc.s subdesenvolvi dos estariam fadados à instabilidade
te se nao aspecto instabilidade de seu ; esse cambial.
havia ainda amadiiimediatas eram
Mas a idéia não recido, as preocupaçõescxclnsivamcnlo financeiras, c Lord Key nes, conquanto reconhecendo a validade da postulação, achava o problema po.s- lergável. Mesmo a Conferência Interna cional de Comércio dc Havana, em 1947, da qual resultou o GATT. limvtou- gular o problema tarifário, sem consideração frontal do problema dos produtos de base. implantaçãoSomente de esquemas de fi% sc a re 1 depois, anos com a nanciamento compensatório no FMI e a criação da UNCTAD', a questão do co mércio internacional dos produtos de bav4. ..J
sc volloii ií ribalta, ainda assim com for mulações incompletas c soliiciães paliati vas.
Depiis, \-im a conlieca r Ciitlin em to da a riqueza de sua j>-rsonalithulo ]>» limorfa, capaz de coinhiiiar a um tem po a iiUensidadt! do r.iio-laser e u ale gria croniútitu do arco-iris. Aprendí, inclu-sive, fjuando por ele comidatlo par.i a-ssuniir a cátedra de “Moeda ( CJrédito” na Eaeuldade Xaeional de Economia, p que há pessoas a qneni a gente som- nte ii pode suceder c mmea substituir.
lava
sido o I <1 \\' liei. eoiitrihuiiido tenaznienlí' p.o.i a di-.stniição de mitos o a siil)'litniç;'io ila nia^ia pela racionalidade, se não qii.iiito aos íiiis tia Sociedade, JX‘io menos qii.inlo .lO' ineios. 1’rociirou lonieiN ■■justo'’ de tjiie fa.Soioii. <) 'irande leoi>lador. fjiiamlo mqiicritlo soiiie (oiiio ule.iiiçar ju-stiça em -\lenas, i-osj-oi ria aleam .1(1.1 '<■ as ●I (lolc” ■●l'.\rZAUBE- tlo
aleii <|ii.' a justiça sejiesso.is não tlirelaiuente ah'tadas pela injuria rewlasscni tanta indi'jii.uão eomo .iipieles tjue fòs■ssoalnienle li-ridos, l-.ssii eapuitansas allieiits. e
Além dc carreiras frustradas, como a dc baixo da Ópera do Recife, cumpriu com é.xito c-inco carreiras eonliccidas: a de sem p< dacle de hatalh.ir por de se iiidi‘.iiiar p Ias li-tidas de outrem, (aulin um t*\ee1-
Càidín engenheiro c planejador, a de administrador publico, u de hmi de Estado, com
leni corajo-
seinjjre ine ])areeeii ein so e raro ]n<-t1ieado.
Sábio” (lihoniem de obras onselheiro csclapresença hre\-e, marcante no Ministério da hazenda, a de empresário, e a de Professor, esta taUcz
sa o reeido (|iie a (jlK- mais querida, pois sempre semeadiira de foi prezoii mais a idéias .sultados.
Monetária” cpie a colheita de r<'-
Seu livro
ti Princípios de Economia é um elásico dc nossa litera tura economica. e nelt' sc abehernii toda geração dc economistas. Alg de suas coMlrilDiiicões
X<-le en\<-i'j;o laiilheiii o \'ollaii(-. o mareaoti‘S. o t não st“ dei.xou apri sionar jx-lo sono dogmatiai nem desconlieeer a angusti.i da duvida. Tal como dizia Voltaire eni sen famoso versieiilo sointí f^eihnitz:
II fiit dans I iinitcrs eonmi par se.< [oiivrages
Et dans son juivs niíhiie íl se lil res[pccter.
ll instniit les Hois. il éelaira ks Sagos. Pliis sage {|M'eii\. íl .miI tlooler,
\'ejo-() finaliiielite lOiuo o “ideali.st.1 sem iiii.siãe.s”. segiuido a ii'ceita <(iierida do ]>r<‘sid;'u(e Keniiedt. l'áo Keonoiiii.l. seiO]>re loi aiiihieioso em objetivos e rea lista (|iiaiilo aus meios, eomeneiclo de ([ite a eieiieia eeonomiea lem ([ue lidar com as “amargas eíjiiações de escassez”. E em Politiea. foi senqnf iim democra ta .scin iliisiães, eonseieulo de (|iu' só é livre o homem que eonhecí' os limites da liberdade. (i r a nova guinas para a Teoria tl; Inflação, como a distinção entre a moe da de ação (Ur<'la indireta, .são hoje parte do foielor dial dos estudio.sos dc moeda e erédití I e a moeda de açao e mimI, 'fevo a \isão do estadista sem a pa ciência do ]K)'ítico, difereneiantlo bem como fazia Cluirchill. entre n esUidinta f|tie pensa na próxima geração, c o polí tico que so pensa na jjróxima eleição. Xo oxereleio do.s.sas variadas camáras. som deixar dc gozar os encantadores erros da juventude, de rpic falava Anatole Fi'ance, Giidin re\elou varias face tas de seu rico comporlumciilo. Ele teiu
. t ^*9 l.
Em sua seivosa inUapu larão hi'loiÍea da problemática lna'i!i ii.: i- latinoamericana na busca da l) anuci aeia. eoin frequentes recaídas nos i-\livnio> do aiitoritari.sniu i* da anarquia. Càuliti nini .t se esqueceu tio (pic ha dc \<'rdadi'iio <● fuíulamental, na nielaiuolitM eonslala<;ão de uin outro cinimaile hi'loriailor, .ártnr Scliellc.singcr, segundo ipuaii de ser a eoudi^aão natural do honieiu c da sociedade^ a liherdatlc c algo (pie l>oucos aleanc.arani. em poiieos luaaivs, através de e.sfoi\o, dcdieaeão, autotliseiplina c eiigenhusidaile soeial. A liberda de é a e.\cei,'ão tia historia, não a n gra; é ü tpio os homens linseain. não o qne
Ela é ante.s
(los ciicuiislniilis, «juo nolos sc lioni.mi, \ gU>iia ilc mu luuucm oicliiuuão não olnulo nimiuom. nina soirula homenagem ao vulgar. Ma' há no talento uma iusoleneia que M' r\pia por odios surdo.'^ e calunias prol mulas''.
Mas não é este o momonlo dc rci>arar dc celebrar a ccrilonua \itia, rita dc idéias e de s. rtiços. \itla de um cientista cm a tieiieia e.\ata não einl)olou a per do belo; cm que a espiritualida-
eiii \ e/. injiist mas sim inonia de uui.i que eepcao de da nialematiea não afastou o goz.o triidição li¬ do \ iiiho, o prazer da ioriiia, a o Sentido dc “Inimour” que, pudor da leraria e eomo tlissc o poeta, é o zão diante da \itla’’. po.ssuein .
Ao lonuo tie siia leeimd.i O foram poupados a thitliii ealimia e o : (( ra-
earrcira, nao o Ncneno da tel tia incompre: nsão; bustüu ele ser ungido eom o lialsaino tia l>opulai'itlade. !●' não podería ser dc Ira forma, pois que sempre preferiu a causticaiUe verdade ao unltioso aiirado.
llesta-lhc, eomo l(‘ilor assithio tle .\nalole France, o consolo da reflexão filosó fica do Abade Jm^oine CJoignard sobre punição (pie aflige os i|ue escapam a mediocridade:
iiit I
Gudin
.Siispeüo mesmo tpie Eugênio — ü economista, o estadista, o liteialo, luiniorisla — nem I 011- o eanlor tle operas e não rejeitaria a - ‘ Lord Chesterfield confessava haver que possível a \-irtiide fom a satiso íormula do bem viver
sempre a
“Os inedioeres são iniediatamente alçados i-arregados pelas meclioerida-
praticado: unir jovi:iI apareneia cio fação solida do pecado.
Meu caro Eugênio Gudm; seu o Prêmio, nossa é a admiraçao do lais gratidão, dc todos nós ;i amizade. o a
Jo.\o Ca.míi.o m-: ()i.i\ i:iha Tomo s
,UA\DO se íniciaxa o ano do sesfjiiicentenário, com a recordação do dia ^ do Fico, a historiografia brasileira nofadannnte da época imperial, p<‘rdia <piem niais presente deveria estar nessa hora: ta Hélio Vicinud. Fal''í-IlK; pela úllim: na catedral de Petrop.alis, dejiois das r exéquias de D. Isabel e do Càimlc* d'F — ol: estava bem disposto e l \'CZ
torm.i(,õcs ])rccio.sas. (guando as circuns tâncias o c\igi.ini, cli‘ tazia síntese — c o fazia bem.
C) (]ii: . porúii. mas o lastina\a era, cxalaiiicnli'. a lula contra o obscuro fa to Itistórico. oculto muitas vezes nos do-
cmncntos. iJai [)or c.\emplo, a sua iincns.i [jcsqiiisa em torno dos cotncços da imprcn.sa br.isilcira. Duraiil ' mnito teiníi\ . mos wicladeiros joinais, mas dc nomes piprineipalmente, causa deterII
ap.iren- tava boa saude, embora %'ivesse desde ir.uito tempo sob rigoroso tratamento. F ^ dando um salto no tempo — já o liu ^ década de 30 quando* devia estar come- í çando. Havia um semanário do tditorial de po nao lollias clèmeras, não raro proc iiraiido, ou delcnder
A Noite”, que publicava geralmente artigos, c parece linlui boa circulação — “Vamos Ler”. fi.Ele era relalivamente assiduo
^ cm suas páginas c creio ■- ii pela primeira bro-me (( r ca í n que o vez aí. Lemnté lioje de alguns óti mos artigos cpie publico revista.
ã torescos, eoinb.iler minada. na uma J-'oram iniimerá\'eis essas publieaçiã.s, iio piimciro reinado, na Kegènc ia. mesmo entrando uui pouco ná é*p0de D. l\-clro II, quando ^’erdadí-iros jornais começaram a circular, .\lgims de.sse.s órgãos eram até de muito valor polí tico e literário. A maioria, ( grupo
claro, não era grande coisa. Nesse campo da pesíptisa Insjornalismo primitivo ele de seus ulu nessa
l ^ Hélio Vianna, no Brasi! como raros, representou o conceito científico dc histó ria. Em nossos dius,
téirica sobre o eons.-giiiit material para nm limos !í\tos publieadtjs, sol)ro D. Pedrodesconhecida do .i com tantas clcformaçõj.s e tantas confusões, de foi fjel a linlia do rigor c da olqetividade princi palmente, ao zelo da pureza liislórica
■ Pesquisador incansável, mesmo doente,
♦ continuava esmiuçando e fichando , principalmente escre\’endo. Conhecedor como ninguém da precariedade problemas da prsquisa histórica no Bra^ sil, ele divulgava conslanlemente ia colhendo, de modo a difundi. Jnções. Na.s página.s do \-clbo “Jornal do Comércio”, até bem pouco tempo com ’ relativa assiduidade, ele divulgou .. nas de pequenos artigos, rep'etos de in-
I jornalista. Fundador da IFilria i'accla Brasil; ira, a alivirié’i() Vianna des- dado jornalislica, (pic coln-iu e revelou, ao encontrar os origilevou a de muitos artigos, rpie o e nais identificar ps‘. iidónimo, et;. E afinal lemos o Imperador escre vendo na imprensa, fazendo críticas c polemicas. É claro <pie no estilo da épocotejar estilos, e dos o que ir as so- ca.
Esse, todavia, foi apenas o seu último
livro publicado dc maior projeção. A par disso, muitos outros foram escritos o há cente-
imiita coi.su inódila, piim-ipalniontc muilos arligos não rfunuln.s cm \olimic.
Fui modelo ele ti.iha l:o assidnt). cl.p(irse\eranc,a. ele s; ri daclc c de cuidado t* zelo pela pcsipiisa. L'm tial)alliador se rio, sem misUiicavõcs, lão comuns cm
no.ss!» l--mpo, niode.slo, Iraiujuilo, efieí< nl.. organi/.ado. Acima d ■ luclo um ho mem digno e sér.o. Fiel as suas (jrigenj, >o:ri'to cm tudo. c com o hábito. t<ão ram hoje, de responder cartas, manusM.las. lom a sua bel.i letra.
IBIBLIOGRAFIA
VISÃO PANORÂMICA DA IDADE
Média
Paulo da Si'veira Santos
Já .se acha nas livrarias da obra monumental a Cavalaria e Lins. A propósito deste fato ; nova edição
A Id-ide Média.
^e loiiinu ne í‘ssária esta -í-a liragem, I.m<.ami Mlo da Civilização Bra.sil<'ira Editoia, com 3^'7 páginas, capa de .Marins laiurilzen Bern.
outro local, a. ídeiites provocados por mais ; foito. (jii:- procurou tu as ses.sões antes de conhecer as as Cruzadas” de Ivan
lUSpICIOSO, o presidente da Academia Brasileira de Letras, escritor Austr gc.silo de .Mhavde observa que esta -La edição consliliii verdadeiro elu-g..ria o ilustre cono priipiio autor relaparle fina! do volume, iraiiscrcveiido, ineiiisive, algumas noticias c com(‘nláiios (!<■ jornais tia época, bem collie foram dirigidas (pags.
O livro rí uiie uma série de conferèneias juolerid.is por l\an Lin.s, inicialrm nte na Acade-mia Bva.sileira de Letras e in seguida eoneinidas em em virtude d um grujío miilluar do. íjue
● tendo, desde a moci- Auguslo Comtc, clade se dedieado a fundo ao estudo dos
Mas a focaliza Ivan Lins. os aspectos marcantes da Idade .Média, entre os (|ii.us, como o |iré)prio nome da obra indica, a instituida Cavalaria e das Cnizada.s. Todos admirálempo.s medievais, ii-sta obra.
^ onctii.soes a <|iic lereai ista. Pi o «ju ta na acontecimento editorial por romance, contos ou se tratar nao de poesia, gêneros mais a essíveis ao gran- P público, mas sim de estudo sério d.- historia, sociologia c filo.snfia. Um est do que tem por fundo dez séculos de Idade Media, é de admirar tenha Brasil a mo cartas í|ii. 35) a 371 L IIfilosófica do 1’erf illiaiulo a corrente no consagração de tantas edições, razao do interesse dos leitores e. consequentemente, do êxito verificado esta cm que, como assinalou o presi dente da AI3L., “a obra possni cacego- na igna de nota, agrada quer pela abundancia dc informações, quer pela maneira original com que Ivan Lins desenvo ve .sua lese”.
A.s.sim é, rcaimente. Trata-se dc alen tado ensaio, um trabalho pacientemente elaborado durante vários anos, cuidudosamente revisto e anotado. Nele traçou o autor, com as vdstas dc conjunto, o amplo painel dc uma época que foi fun damental para a evolução da Humanidads.
A primeira edição de A Idade Média, as Cruzadas” saiu cm 1939, com prefácio de Afránio Peixoto. Saiu a segunda edição em 1944. Esgota da também essa, a 3.a edição veio a lume cm 195S e foi tal o êxito registraa luz ■i a Cavalaria e
çao fatos são ap;esentados eoiii c.xaminados exaustivamente o.s vel i-.-('iK,ao. da so.iologia e e.stiibados na oxl-n.sa biliMografia eompulsada, relacioiuid I ao fim de cada capilulo, E a.ssim, eni iingiigein fluente e sugc.stiva, mostra o autor que a Idade Mé dia foi a época de maior iasligio do Cainliei.smo, uma fase importante da evo lução humana, mas ainda hoj- sujeita às mais desencontradas interpretações. Pa ra ah^uns autores, ela foi a idade dc ou- O , ^ ro, enquanto a maioria .segue a opinião de Henry Ilallam, segundo a qual a Ida de Média foi um longo túnel de tre vas . . ou então, tinw noif:’ cia mil finos
de obscurantismo, dc acordo coin o conceito de Miclu-kl.
Na verdade porém. »■ islo íica cientemente assinalado na Lins, a Idade Média n.ida mais foi uma fase de transirão, mediário (um comp.i.sso d;preparou o terreno para Renascença. Uma fase tanto, na loiig;i taininliada pela espécie hmn ina, culos.
\'irgom. a tomada dc Constantinopla c \ários outros aspectos sol^rcmodo curio sos são relembrados no decorrer das pá ginas. sufi\an que o i'slágio inlerespera) (jue a Ihiração d i ir. ei‘ssária, jxirpeieorrida através dos séde I ohra
Segue-se a parto referente às Cruza das, a afte defensiva e as guerras, a támilitar, Saladino c os grandes he róis da Idade Media, e como julgar as Cruzadas. 7'udo isso e uma assuntos corrclatos, a pena o feiticliísniü, a festa do Essa é a tesií de .Augusto Cromte, ad miravelmente explanada E realmcnte. foi gia quem reabilitou a Idade Média mo sabem quantos eonbec t in zes da historiografia modeuna — diz autor — c foi proeUmuulo inclusive pelo Cardeal Cerejeira numa obra publicada em 1936, em Coimbra (pag. 3S2).
Outro capitulo é cUdicado a Cavalaria, sua organização c objetivos; o estoicismo. os leigos o religiosos no medievalismo; no campo da cultura, a ciência árabe, o latim, a geografia e a história, autor do ideal cristão, seguir, trata o o duelo, o ascetismo, a moda, o celibato dos rt^giosos, asno 0 us d voções medievais.
por Ivan Lins. o lunclador ila süciolotica co¬ as diretri-
a
Ivan Lins, através de um estilo reito, n cpie torna agradável, dá-nos mna portentosa \isão (Ic conjunto dos temp: obra compõe-se de <S capítulos; após os dois primeiros, (|ue servem de biilü ou introdução histórica, a situar devidamente a época, o autor passa a examinar suerssivaniontc' versas questões ligadas ao assunto, tre clus, o feudalismo e hierarquia feudal, o fundios, a Cavalaria,
infinidade de o brilhante de revista, ensinandoa informa- l\ an Lins passa nos muita coisa, .sempre com ção precisa, o comentário c.xato. tudo mimiciosamcntc documentado, num le vantamento bibliográfico completo. Tra- obra monumental, um vnsí kIo em linguaivcl ao leitor em escorleitura sobremodo
os m dievais. A gem comum.
ta-se pois, de uma livro erudito, porém clara, e portanto, acessn
Como observa Afránio Peixoto no pre- obra poi todos preamdestinados fácio, trata-se de uma tiUilos meritória esta, do dr Ivan L.iis, fez dc sua sabedoria divulgaçao eduassas e até mesmo para a.s dien- ü.s sua origem, a problema dos lati- qiic cativ’a para a.s m os mais cultos”. _ Na orelha dc.sta 4.a cdiçao, o escritor Barbosa, também
o Catolicismo e os tempos niodernns. Os pn ceilos ca valheirescos, a honra c a lealdade no de Jerusalcm c o feudalismo, os há bitos e co.slunics medievais,
de Assis Francisco -embro cia Academia Brasileira de Leassiiiala a certa altura: “Não pen.se o leitor que se trata de um livro de leitura difieil, massudo, ou hevmétiNada disso. O quo há de admirável nele, é a restaura do todo o medievalismo. o reimc culto cia o tras, ● co.
çao peça por peça, com sólida ar-
. ganiassa, areia e eal da inais pura eru dição: a Idade Média se lc\anta painel de contorno.s límpidos”.
nuiti
Em suma, Idado Média, a Cava laria e a.s Cru./adas” já agora nu -l.a edi. Vao, vcin corroborar pltiuunenlc o Irri- Ibante renome de I'- agradá\el tanta coi.sa interessante. Alum de ^ trabaMio completo e que, assim nos pro porciona com a nitidez fotográfica, iiiivi admirável visão de conjunto Idade Média,
“ü coiilufiimiito proluiulo (jue ViHxIcm clc- Iodos os sf^ròclos das coisas que licarain para tIá^. dá-liio uinu aiUoridado cpK' loiiioii o <]oc iscreve, rcalmendc ctiUiira imivcrsal”.
seu autor. Leitura c amena, cm cpie aprendemos ser um
acerca
c* também, a única obra português c-m rjue o assunto é foca is lí/.ado em todos os sens íisp?etos limcb
l:-, mna e\pre>sao ié Ici iiiiiia rm iando a Ivan Lins, uma mensae< tii de (iitusiasiuo e admiração “pela e.xtraorclinária capacidade de transmitir uma .sabedoria tjiie é rara na<
tciiqíos (le liO)e C,'rtio (jue depois désse expressivo de poimento, iKida aereseenlar. será neec'.ssúriú cbi
■[' Tnenlai.s. Isso explica o enoriui- in'.rressc manifestado pelo público e, temente, verificado. i.\I:i> \rj;mios. p.ir.i terminar, duas pa- I\;ni Lins, o sociócom<'(|ii' 11o extr.mrdinário êxito editorial hivras rc-lereiite.s ;i logo e pensador, ([iie tem sido, entre nós. iini dos mais eficientes cliculgadores das idéias e cia corrente liiosófiea de Augus-
em
Vejamo.s agora expre.s.si\o depoimento . de emérita personalidade, em tòmo do é volume apreço. O c.x-prc.sidcnte da V República, dr. Juscelino Kubitschek, extensa carta dirigida a Ivan Lins, diz ‘ em certo ponto:
● ● .Mergulhei imeciiatamente n.i l.itura de “Idade Médi Cruzadas’
em to Comte. .Ministro do de Contas do Es¬ tado cia Cnanabara. c‘ membro cia Acackmia Brasileira de Letras. einp:)S.sou-.sc o ilustre escritor c- eonfeienci.sta no Ins tituto Histórico c‘ Geográlico Brasi'eiro, cio Rio, (un sob niclaclc" realizada aos 1” cie setembro de 1969. .\ sauclação de re cepção, em nome cio Instituto foi escrita peio acadêmico Muc;io Leão, já então gravomente c-nfcuino.
Dr modo fjue na ocasião em que ocora solenidade da poss,-. já liavia èle a ontro ac.idè- r rcu ialeciclo, cabendo então, mico o bistoric)gralo, Raibosa Lima Sobrinlio, ler a saudação do rccipiendárin. Neste formoso discurso, após as palavras iniciais de |joas-\indas, diz Mucio Leão:
a Cax alaria e e, com 0 autor, iniciei a lon ga viagem pelos caminho.s antigos e fni robiistecendo e modiiicando muitas das impressões que eu achpiirin pretação dessas eras passadas. Confesso-lhe que, emÍ)ora .seja. tam bém, um apre-.iador da llistcSria e já tenha lido tudo que niv foi possivd s(i- bre o que Michdel chamou A ,io,7c de mil anos como Você tvoca, estou lendo ' agora, uma interpretação muito ta e interí'ssantc dêsse largo período. Mesmo viajando, lendo c acompanhan do a e\oIução de uma época que liabi. toáramos a classificar de obscura, trei, em seu admirável trabalho, uma sôconsiderável de conhecimentos.” E la as iia inter-
“Aqui chegais agora, carregado de li vros, aureolado com èste grande titulo que ucicdilo ninguém \’os disputaria em sã consciência — o de serdes o mais apaixonado, o mais rico dos Immanistas brasileiros, neste momento. Filho de um . mais exaenconma mais adiante, após outras considerações:
IIKUS
outro lado “os livros que tèm como pon to cie partida uma figura lii.stórica, bra sileira ou estrangeira, lembraria os livros que dedicastes a Desa Erasmo, a Tomás Morus, a LoPaclre \’icira. a Bcnjae neste terreno
mais lu'lo liac*’ do feitio com o cloul('r Edeartes. p. do \’ega, ao min Constanl, a Martins Fontes”, e.stas notas, e a título de informação complementar, direi final- discurso de posse' proferido
Ui.stórht do PosUivismo iio Hrasd. Dl- homem raro, qu ri-miia (. ni si alnhutos que m\iitiis ve/es não i‘slão juntos — \nn caráter sem jaca, um (.oração per.cito, um cereljro luminoso — dèle luudastes aquele ^òsto pelo e^ludo e pela nudilacáo, que é o mineiro. Foi com è'e. immdo Lins. \osso i^íiinu-iro mestre, vos.sn companheiro, \osso <:nia e exeniplo. que upremUsles as primeiras noções do Latim, èsse maravilho.so instrumento da ordenação no pensamento e na frase.” Referindo-sc. mais adiante, aos estu dos filo.sófieos de h aii Lins. ohs; rva Mucio Leão: "Cluiado pi-lo ministro Fdnumdo Lins loi (pu.' também penetrastes na Filosofia, a !'ilosoiia cpie nmn de seiis domínios — <i do l’osili\-ismo — ia ser
in trodução a antropologia .SOCI.VL
Um trabalho (‘dilovial fruto de cuidadoso esforço da ' vevismos, 'social, dó
Para encerrar mente, (pie o por Ivan Lins nes.sa sol-nidade (a 17 de setembro de 1969), intilula-.se “Dom Pedro II. o Po.sitivismo e seus adeptos”. Os dois primorasos cliscur.sos, juntamen- t<.' com as palavras de Barbosa Lima So- foram reunidos em eegante plapassado. pela hnntio cpicta. publicada no ano editor;, Liwaria São Josí*. 0 terreno em (|uc- para todos os lenqx>s vos fixaveis. llomi.' de ser nm deslum bramento, em verebuU'. o \osso encon tro com Augusto Coinle o eom as teo rias (|ue èle pregax a. É lac il imaginá-lo por èste amor ejue persistiu para sempre, pnr esse altíssimo papel tjue dais ao Po sitivismo no tiTritéivio do i‘spírilo. Num doannenlo que vem de vossa mão vejo 0 (jue encontrais no Posilix ismo: “é, an tes de mais nada, nm método de sistemaclos conhecimentos científicos e
pu tização filosóficos e dos estudos históricos e so ciais, além de fornecer sólidas bases pa ra o estabelecimento de unui moral cien tifica”. Em uma de \ossas páginas en contro também mna apo’ogia tomada a Tarde: o Poitix ismo. . . essa pnrttntosa caledraJ de idéias”.
Depois de outras pondi'raç(')es muito interessantes, e ao anaMsar mais detida mente a bagagem literária e íilosofiea cie Ivan Lins, o saudoso csciltor Mucio Leão divide-a em dois grupos: de um lado, as obras que tratam cie temas ge-
hlicacla pela Na .ional■nte livro, depois de uma ente- ialistas brasi-
O prest Íèims'dirctamente tnxoMdos no ensmo sistemático da matéria, foi escolh.do co-, ;il de introdução a antropoentre espeei ino lun manu logia social. \ tradução, impccáxc’, ó obra de He-. loí.s., Rodrigues Fernandes, licenciada em Ciências Sociais pcla FFCL da Univer sidade de São Paulo.
As Escolas Filosóficas, A idade Média, a Cavalaria e as Cruzadas, e a O objetivo da Editora Nacional, ao , livro, foi colocar ao alcance dos professores e dos estudantes brasileiros, manuais que representam formas segu- rais
» rus cie iniciução u matéria. Cxistcm- rias tnidu{,õ.'s ^ física e cultural. ,\Ia.s ciai tem .sido dc-suirada. E John BcaUic pjmto (!<● i‘iiconlro de váos cultores de m -. a <jUf traduz o rias t‘'ndéiicias drtiJrc -s:ii cainjjí) d;- cstiiclo.s na Grã-)3retanha. E.\posi(,á(i siitiphs, olijcti\a. im.s de inam-ira ah^iniia i-iiiadonlut.
refcrentc.s à antropologia a antropologia so^ o livro df merc.cu a prcf. rència por-
^TC^®mqueo
Brasil @stác@m pressa.
A frota de Hoeiii^' da I ISF existe por causa de írente como roce.
E
/ ( , preciso acompanhar a jaío que esíxfo produzindo um uôro Brasil.
OS homens
Os jatos da ] AAF ficam à sua disposição, para levar roce ao Rio de Janeiro, (xuupo Guin de, Cui(d)(f Belo Horizonte, Goiânko Salvado/. Recife, Fortaleza, j\aüd, SãoLuis. Teresina, Be lém,São Paulo. :]Janaus, Pôiio Alegre, Brasdia.
Tidvez você esteja querendo anaar o anos na frente do seu co/u
Tidvez você es cer as mara vilhas ([ue este horário de expediente. A todas as suas vontades, com aq do de categoria infernacion(d em domésticas.
/A > com a orrente. An iteja (fuerendo apenas ' apresenta for leva você. E faz riço de borsuas viagens conhea do pais ( VASP
Me sei í\ \ V" ^ A msp
coloca este pais inteirinho a seus pés
E com toda a pre^ que você tem de chegar.
A EMPRÊSA AÉREAS ANOS NA FRENTE.
igue tudo com Cheoúe^him mais fácQ, maie nráUco j despesa com ôsse nôvo serviço do quer agência do Banco do Bra^J 3CÔ chega no lugar da conSr^f B^odoBrasü.
O depósito é creditado na \ mpre bem recebido. ® Multo menos você. mesmo que o cheque seja de ç comerciante n3o têm nt^nh ^ ^ preciso que o comerciante de- praça, ennuma posiie o seu Cheque-Ouro em qual- CóinCheque-Ouro.praque
De uma carta, ao diretor do Digesto Econô
mico, Antonio Gontijo de Carvalho, escrita pelo
Professor Paulo Bonilha, da Universidade Católi
ca de São Paulo.
// Digesto Econômico^ magnifica Revista, explendido repositório e veiculo de alta cultura".