DIGESTO ECONÔMICO, número 223, janeiro e fevereiro 1972
BICESTO ECON0MICO
luspícios oa ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE SÃO PAULO
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SUMARIO
Tcslomuuhoü o Ensinainonioa
Antônio Gontijo de Carvalho
IDoclínlo o Doclinaçõo — Milton Lainnos Toxlo Anlropoíngico -- Milton Campos Consórcios Bancários -- Avnold Walcl Pelo Dononvolvinicjiio do Minas —* IDario ele Almeida ^lo^íalluios
A Cidado do Alphonsus do Guianaraons — Milton Caim>os Homonngom no jurista Levi Carnoiro — ^liiiistro Luiz Gailotti Ruy Bnrbosa o n Democracia — Sobral Pinto Lovl Carnoiro — .lusé llonório RodrÍ£jues Eeluardo Celestino Rodncucs 7'ocnologia parn o Brasil Potência — O Zinco 'no Bmsil -- Antonio Ermirio ele Morais -- Mem ele Sá Um Homem Andrade Carlos Drumond tlc. Milton "Uma Conspiração contra n Intollgoncia , . . ● Estrutura do Incentivos o Comercialização para o Amendoim — Olhon Forreirn Josué Montcllo
— F'aulo da Silveira Santos
Aa lições do Hólio Viana Aspectos Econômicos da Independência Rosário Boncdicto Poilcgnni
Mário Savclli
A Morto do Sonhador Fisco o Merendo — Arnold Wald O Admirável Mineiro Tranqüilo — L. G. Nascimento vitória da vida sôbro a morto — Vieira Chiislo Milton, Q Fundo de Gaveta — Milton Campos
Obra do Joseph do La Vega A Bôlsa do Valôros e a As Primeiras Bôlsns
José Honório Rodrigues
Minas o São Paulo
Milton Campos
As razões do uma candidotura — Milton Campos
o DIGESTO ECONÔMICO
ESTA A VENDA
preço de CrS 0,00. quaJquei ao
encomenda, bem como a
nos puncipais pontos de jornais do Brahil, Os nossos agentes da relação abaixo estão aptos a supnr ^ receber pedidos de assinalurds. ao pn-», de Cr$ 30.00
Agenle Geral para iodo o Brasih FERNANDO CHINAGLIA DISTRIBUIDORA S/A.
si(,-ao aos go\ ernante.s, (pior do iHider. no exercício 1‘r.imo
jxic AIoiim) Arinos di' Milo (onti iii os clisciiisos, as as I ontririu ia.s, os rnsaio.s, os ar tigos. (]s j> iisaiiionto.s soltos do iirandc hrasiloiio Milton CainjMES, iiisrridos iia rc\ista Di'4i'sto Kl ttiiòmico. da »|iud sou o diretor.
\’er.sain tciuas edmaeiijiial. soeioioi.;ieo. jíráfieo, politiio, «● literário. Todos eles s.u>
balueador. de (Miáter iilosófieo, hist()rie(í. bio- \ejia adininislrati\o, juridico Iriitos ou de de de\-eres ini- prole.Nsor uiii\er.sitário> pensador poliiieo, escritor dc estilo nuniero.so e átieo. jornalista. Milton Campos toi de He!
-A t í(/<i púl)lico c o dccalogo”, que fi- ) gma iie.sto \olume, entre outras, dove ccmstifuir leitur.i ohrigatória nos eursos de edueavão ei\ iea. eomo dc\ 1 - era ter si do o seu Ii\ ro "Compromisso licmocrádoutrina ein ai,'ão no governo de .\Imas C^>rais — publicado á sua rcr . eoni o preláeio de Abgar Kenault, de tanta limna j>sieológiea.
mjuiu,oes inueelinaveis ou jK-riosos, deeorreiiles fimç-ões públicas (pie e\i“i\ ia, ou do \ iueulos de ami/.i<le, a i[ue Milton Campos uns o oulros das ad\(tgado (pie. nos auditórios lloii/onte. sueedi o u a Mendes no pontitieado da sua 2>i‘ofis-, i com avrazoados (' o iniiu a ialiou.
Os (liseiiisos parlamentares foram, na reproclu/.idos no Digi'Slo 1'a‘ouomico sem os apartes de apoiamento. eli minados bnir mento erislaliiii rimcnlel.
sao, d(“ serem exumados d parecoros dignos os autos masiaO; para en- j nqueeimento eultural dos homens cia k'i. Í Sugestáo e.\tensi\a aos dc Dario de Al- ^ meida Magallules. principi' dos advoga dos do líio do janeiro. ^
Quando deputado pela sua dirc(,ao para nao quea imid.ide e a flueiieia do pensa» de Milton Campos.
Elaborados, nas diferentes fases da sua vida, siibre natural dor ele eom ic‘(,ões prolundas haja bisado conceitos e imagens. obser\avão que poderá ser feita nu releilura do conjun to da obra. O que dá grande realce ao li\-ro de .Milton Campos e salta aos olhos do leitor é a eoereneia c1a sua vida federal, Milton ' Campos relatou eom brilhante justifica- ! ção e inúmeras emendas o projeto do Es tatuto da Ordem dos Ad\ ogados do Bra- ' sil, c o excreieiü da nobre carreira. Tambcni foi assuntos corn latos, é ein seus estudos, 0 pensa- que.
Os ideais de justiça e libeixladi', os mesmos pregados por Rui Barbosa, ja mais desertaram da sua pena ou da sua palavra. São verdadeiras lições cl(‘ mo ral c civismo as norque Milton Campos mi nistrou, quer na cátedra, quer na opo-
ü relator Geral da Constituição Mineira de 1935, que contou eom a va liosa colaboração de Afrànio de Melo Iranco, na qual Milton Campos, assi- K nalando as novas tendências do federa- . lismo, e fixando a função do constitu-inte^ estadual dc interprete da Consti- ^ tuição Federal e de legislador da ma Constitucional do Estado, pos á ' prova os seus largos oonliceimenlos de ' Direito Público Constitucional. pública e do seu liberalismo.
Nas questões de limites de Minas
Eslados de São Paulo e Es|1 pirito Santo c que tanta celeunia des-
^ : ● impnmiu a marca
^ seu devotamento à causa publica f* unidade do Brasil.
Dicfxsrc) K<;<JNÔ.vnco
Míllni) giiem exprimiu mellior do <jn<' Campos a grandt/a da<jm-ic v.-nhim-iuo.
O modesto c disLTí lo iillio Nova atrave ssou a viela t-m m i > ■' >»”>●» dcvolaflos '■ rrspiilado sem distiii' áo do
■i' pertavam nos municípios limítrofts, cm '' vários pronunciamentos, Milton Campos da sua serenidade, do c à F rais com os ■ aia de amigos - todos lira.süeiros correntes partidárias. Milton Campos, par.idigtna dndir'tri/. d Im-
Contudo a política impediuuma obra sistemáti-
nicm de governo aforismo: de consagrar-se a advocacia militante nos privou tratadísta do direito.
Se a honra, como afirmou Alfredo diversas oportunidades, ó de ca; a opressão jh) .solidaremos a opressão cconomic.i. noutro cítso estará csrpiecida humana e a democracia
por liberal, traçou a su.i o autor CO (● (Ir pi nsiunriuo m -l'Scin a liberdade c.iiieiiin'- na litica. .Sem a igiiahlaih- i<m-
um Num a p' SS(i.i falhai.i M.i '●iM c de Vigny, cm , a poesia do dever ou o pudor viril , nmmi.ssão”. - f ,, Milton Camixis, nao l.ilhoii a sn.i nii'.- de professor c cxceiilor d.i d' mhkim- sao eia.
ver a Historia tonorou o iiotána pr<Trilmnal Federal
Omuido SC eseredo iJra.sil Alíoinar Ihdccjro, temporânca vcl Ministro sidcncia do Suprmnopoder-se-u alrilimr a Milton (amqios papel de homem (pui desesperad; e tcnazinc-ni*^ bdou par.. iiiaiiti-r dircitos c garantias cstabelecich 141 da Constituição dc 46^ após a dc 1964. t o os is Jio Revolução l j
DECLÍNIO E DECLINACÃO
Milton* C/Vmpos
í.n!,,l it p.it.i "() ij\ lo <!;●
II i; .1' ,i }>*>r Soares du Cimlui). í
Minas*’, oi-a.inizado , I lüim. i>eiito de Milton Campos
(;'niiitr: .11 \<llu liaNc .satírica .so- P"
I! 111! I) a ■[ii.il, « th|ii.inIo o Hr.isil pni●Miii.i', dr. iin.i, giidr. O trocadilho é I . IHI ,s<-ll (loilhlf-',fUs, ■eiii .11 iii.idii as-
eriarauí
ixmjiie tam-
●siicM n (iri lmiii inim'iio e:n varios setoir\ ;n) do l..i{iiii i|uc nos é tr.uli( ion.diiK-uii .iliilinido. .M.is nem isto no.s eoneedriii ji.n ilu .unenl hciii i-orn-, j.i iiKDipoi.ido at) loleloii- navion.il, .i(|iirl. "apodo geográtieo” <pic iii.iikI.i dr.seoiifi.ir de trè.s loísas; riípietic p.mli.sta. \ah-nli.i dc gaúclio e l..alilll (Ir liiiliriin.
I-iis eoiiio o Latim ao mesmo tempo no.s f iicg.ulo eoiiio siii.d dc cultura clás sica c só nos c concedido como .sinto ma d(‘ decadeneia.
\-1 I.. Lntim c Filosofia em \ Ua loc.i. São João. São José, Pitangui, Manaiia. Séiro. Caoté o Minas Novas. E os Inconiiduito... no.s .seus planos, ou 1 nos ,so„s .sonbo.s proferirem, adotando' ●^ao Joao de! Itri como nam em Vil., Universidade. -\ao .se pode negar, '■oeavao da cultura marcou das elit
viiltiira
átjuele (e des.
„„h!'r
I>ortanto, que a ^ a íormação e dos elementos de Latim, essencial, j ’”po. ao estudo das Immanidai'! mincira.s, participava o
c Diamantina, a
A v- rdade c (juc essa as,sociavão do mineiro com o Iwatim tcni .sua ra/iío dc scr. Aí csl;’i o (àiraça, como estão os Seminário.s dc Mariana alc.starcm o cmiicnlio com (pic .se cuida da velha língua na lormaç-ão das ge rações cio üulrora. .Se o aluno .saía padre, o latim cra a língua dc todas as lujras. Sc ia para a J''aculdadc dc Direito em São Paulo, aí no velho Comento dc São Francisco, aprendia no Cor})tis Júris c nas glosas.
Ai estão ainda dados significativos da História mineira. Por cia sc \’c que foi sempre grande, desde a colchiia, o zelo da Capitania pela culliira, nas manifes tações (pic iupiclc tempo (.'slavain cm uso. Antes mesmo da Inconfidência, instiluiu-sc cm lei o subsídio literário, sLstente em SO réis dente fabricada de gado abntidoj
“ "■■'«Pos s5o 11 I ^ .los Soniinários, na 'ill»;'"»', jii c,s.ã„ .aposonladan. qoe amda estão em atividade i'lu™d'"”” 1 ° ° i hht. (Ic apheavao. Guardam lembrança dos mestres Lins, Pereira, Os SC apenas a * , tmi Edmundo v mn Ardumo Bolivar, mn Leoixildo:-! mu Augusto Vcloso. E os pou" salvo om raz.™ de ■■ o .em ’ de \ inem .unn conv.vio do Ilojc, sacasse o * Lnço dc alcobaça para mna pitada de ] rape. ^ ■
Nao tem razão, pois, o trocadilho ma- ● iigno que atribui às declinaçõcs latinas 0 declínio mineiro, “apodo geográfico’ Mais procedente é o :* í f. , - - fl^‘c manda descon- iiar do nosso Latim. Até porque, se o j nosso declínio é coisa dos dias de hoie, . a 1-Ii.stona mostra que ele não ocorria J quando por aqui se declinava muito. Fi- .1 co a mc lembrar de Calógeras, cujo cen- j tenário de nascimento se comemorou há Í pouco. Nao tinha formação conpor barril dc aguarc 225 réis por cabeça e com essa receita se caiaceuse.
■'j u ^
«h- Miii.i. I.
nasccra
Nem mesmo era mineiro, pois no Rioj mas sua formação foi em 0\iro
Escola de Minas, de onde sauí engenheiro. Suas ati% idades na vida pro fissional e na vida piiblica nunca tivc- a.s buma-
Há hastanUdeclinar o seu famoso íli iliuio <j‘"
L.itim '● II' IO p‘*i .it I il nn-ii». ●1 ito 11 M J5SO bupenni o Não liá, entre as de ( .ius.i pois, relaça‘i dna.s veiiíicaçdes. Sol»r' todo eni dias, (piaiido modeitd/ai ao linaiido as de i '
rações para os » Fí.sica. <le Química, (pie des organizam com nesses setores do c« (● sua pasllic daria a andes avul-
e\ieeIiC'ias etisim* as nossos do tempo e a de grau superior ^elM mh ■stmlos (!'● lãoMoima. l'!ii\' I sida( doutos
(●siiaio-
ram relações nccessarias com idades clássicas. Para que ser\ iria o Lamínistro da Fazenda, da Agrido n .f tim a um , r ● i ● cultura e da Guerra, como e!c ioi, dei xando sempre traços fundos d f sagcmi* Que contribuição língua morta para escrc\cr seus gr trabalhos técnicos, entre os quais [ tam os très volumes de “As Minas do ■ Brasil e sua Legislação”? Pois Calógcras não desdenhava o Latim, que cultiperturbação para sua obra de técnico e de estadista; e foi cm Latim traduziu os sentimentos de humanií
Milicí iim nto |a dciN.iiido Irab.illiiíS e alto \alor. h.isao numerosos e vcin realizações do mais bililados — e liabilitam os qnt- (pu aprender — para os nológiea.
vava sem Itado não se obtém .4 que dade cristã que quis in.scritos no seu túmulo em Petr(3poIis: “Ao pedes tuas. Fiat voluntas iua”.
Ê claro que tal resu atra\'cs do idioma latino. Nao sera uma há (!'■ esprimir uma coiislanlc c\oluçrin. iram tec- surtos da ei.i
língua morta (pu; ciência viva e em 'J'odos se lembram do q’"' a encícliea Malrr rl á/ogiv/ro. atra¬ atoiilcceu com vés da qnal o granch; papa Joao XXI11 iniciou, em nossos dias, a transformação das posições da Igreja. Querendo signi) Cológeras é mencionado apenas como exemplo. Não eram poucos os homens í cultos dedicados às ciências e.xatas ou I à vida prática que, não obstante, culti;* vavam o Latim.
De outro lado, o Latim nunca impe diu quc, no tempo de maior gosto pelo cultivo, se tomassem em Minas ini ciativas pioneiras no campo da economia. Mencionemos o Intendente Câmara, " muito longe do Caraça e bem do Seminário de Diamantina, consMorro do Pilar, em começos do seu que, nao perto Itruia no século XIX, 0 primeiro alto forno do Brasil e da América do Sul para fabri cação de ferro. Ninguém ignora ciaHdade da indústria siderúrgica para nacional. a essendesenvolvimento economico Nisto Minas foi pioneira. E nao são poua exo j economistas que apontam áo da siderurgia, sobretudo na zona a base da recupera/ COS os pansao metalúrgica, comoeconômica do nosso Estado.
ção
lama às KiKÍclicas Sociais do João XXIII . edição josó Ohanpio, trad. de joM- hui/ de Mesíjuiiu).
Adaplandu-.se ao inundo moderno so bretudo alra\es das lini\er,s'idad(.“.s, Mi nas \ein deelinando ead; sen \eili(» Latim. Procura ejn'so(lieo d(^'(.'línio alra\és de
fiear a itiri.i dr .snciali/.u ão, Iriii i rii ir^-pi >im1' saiinii puiitiluia adutnii p, litla^a s i'o:ni) ■snciiüia iiiliKiiuni inrr< }}}i iUo. j)rorrssu.\ t ildr s(<rí/,7ís <● niitl.is, D.ij ÍMli'l'pri‘tac,ües eoinr.uiiloii.is. (Ir ipi,' (iiaiam prowilo l.itiln os (i.i (lii< íl.i i|ii.iiit<) ()'; (Ia CMiiiiTda. loMí .iuia\a(,ão do (oiiliunto entre (orr-iit^s no si'io da lureja. ()uer islo di/ei (jur iiirMiii) as ( ieiu ias soeiais. no esl.ioio ]iioilrnio dr sii.i e\oliu,ão. não r\piiinii sriis prinei[)io.s nnina nioita. l’or isso, a Mottr it Mu●s(iila oi i'^inananienle ein it.i>ala\ra M>rio}i:2(i<'i(>i>'' t-aii t
i]ue n.io -lui.i ein l..(lim. a meui vez menos o superar seu no\ as gcr.içues apt.is p.ua os desafios da tecno logia. Mas. se alguns mineiros ainda s-rv.irein o gosto das letras elá.s.sieas deI)nu.areiM com con0 se paciente \olúpia num pentaim lro dc lloiaeio. ucni por i'.;sü e.spara nosso declínio, seguindo enitura luimaníspedem língua
^isliíi l'*l liano, ond'' a Sentido p!< ( i''0. Ao SCI' \crli(I.i paia a língua oiii ial do \'aticaiui. deparou-sc a (1 iI iciIldad<■. somciilt' \cncida mediante rodeios de linguagem (\eja-s-' a lespeiInlrodiiváo de Alceu Amoroso tarão contribuiiul lástaião. o ao contrfnio. bonrosa tr.ulição de tii a. uma |ue ajuda o homem ; mais serenidade dias e i encarar com nossos o julgamento o tumulto do conservar lúcido eontemjioràneos. a dos fatos io a
TEXTO ANTROPOFAGICO
Milton Camuos
Saudação a Carlos Drumond de Andrade, cm nome dos intc h i Inu' d. 1^'í‘* Horizonte, em 16 de Junho de 1930, jK-lo lançamento do livro / o. -.ui
um arlis- no.s,sa terra, rpu- sc oi nas dar ao Hr.isil
j^ütre gente nova, diante de ta novo, começo por invocar a anti guidade. Ela é sempre fonte de gran des prerogativus e explicação de muita.s aparências estranhas. Por ela eu aqui intérprete desta homenagem. Há um título que ninguém me di.sputu- rá: a (1 Mi- \ < I '_;i .iiiih- p< .ct .1,
mecei a admirá-lo por um artigo cni ' que êle, com sabedoria e malícia, cnmbatia a influência vvildeana. f colegiais ainda. Nesse tempo, e creio J:, que ainda agora, os valores literários, como as notas do Tesouro, circulavam por aqui com curso forçado e dcqx)is t' se recolhiam
líoje tein festa no r|ue a saparia rcjiihile, das marteladas nu tódicas iioicro, na Uerna atitude encontrou o Manuel liaiidcn.i: rimas com consoant* .s <lc ajxjio «● i'iim-u-
Incjii!" )'lsl<» ' ndi.ii go t.i(i (● scin < l<) s.ipi u* II estou, f.i/< n.id
antiguidade no afeto c no apreço a Carlos Drumond de Andrade. Co- É j)rceís<) conicr lois.is luais Cs |ji.d*»s [xmu <1 do iiiatos. concretas d(j (pie simjd substanciosos. Creio fjnc nao < o ciitiisiasino palri(>lic aquela tribo dc antropófagos <pic O progruiiM. (pi cou ior ma dor.i niiKaK^^j.
‘'{U-Itou im-ii'. i.i pir ■O Éramos siu-^in
São Paulo. SC em condensava Vamos comer tudo de novo', paieeeualtamente tonslnilivo.
Brasil, e bem que nu 9 4i 11.i niuilo pie babitant,- no esquecimento dos cstra então pape! e o jovem articulista advogava 9 sua incineração. O grande escritor in- r gles teve um destino infeliz: foi 0 mais imitado e 0 mais nocivo dos modelos. ^ Não houve alfaiataria literária não adotasse, mal servido. Gostei da rebeldia do mc o píritos. Oscar Wilde circulante comer no primitivo indicou o processo a.s gera<^õe andiicaçáo liislorica ih) s futuras, com a m bispo Sardinha, não se lem comido nada, ressente dessa abstinência.
Logo depois o conheei e !. VI que valera a pena: ganhei um J, amigo.
De então para ca, (jiiasv <● o país Sc cada .se ge- que o e o freguês saia sempre viesse (íisj^K)sta ●dente, surgisse n ração que comer giiiosamenle a ])rec<^ SC teria acelerado a cvolnçao naeio„al... Antropofagia cm todos os sentidos, com preendendo a.s múltiplas lonna.s da ati vidade inlclcclual: letras, ciencia, poH_ lica. Acredito mesmo (ju-_ polílu a a antropofagia teria apiicaçao mais útil do que nus pr(3prias letras, p(-‘hi maior amplitude do proveito .social vesullanic. tarefa seria talvez inais giata aos paladares. A carne do poHUoo, piq^ lExibilidade c pelos coleios a (pi<j carreira obriga, deve ser mais ^iít^la do que, por exemplo, a carne rija do como
Evoco o episódio pelo hábito profis sional de documentar. Escudado so[V mente na antiguidade, ficarei mais à ^ vontade para dar expressão à homena' gçm que os amigos do Carlos Ihc tri;3'. bulam, a propósito da publicação de Alguma Poesia”. Felizmente para minha responsabilidade, a e.xpressão importa pouco. O que importa muito ’ é a imensa alegria áa gente moça de estreante. / E a U a i um
fiifutaálYr I i
[).lrna^iaIl<) Im-ialiLu. acadmiK .1 c lir M ii.uli ii
jia- ■-( 1; ,duii, no lestim .intropt). s.dvadol.i l'l< ' lia pau o> iloiji lia compn rusào, jniiK u i oiiipiecmlei, e c tão Cã)iiio que tom palmeiras r.iu .1 I iJiiq)i< i n>ao ciitn- nos. SC t iiln- ilii.is lioii\cssc ic.iU mciilc iiu ompatiluliiladc, (piamlo
Europa, França e Jlahiii”, seus olhos lirasilciros se feeliam sauilosos e sua l)tna procura a "Canção do Exüío”: “Cojno era mesmo a Canção do Exí lio?
Ku tão esquecido de minha terra,.. Al terra canta o sabiá!
ii.L c ,q) IMS .1 ililcuai^a u-Millanle d.i iMtiii.it I )i\ciMii.iiL ilc atmos.Ailot.nuh) o esquema podemos ili/.i r ipic a ncatnio.stiua d.i lem
ici.i. c n.ul.i III.iis. (Ir Hrldi.ii ||| r.cção [),is>aii.i eiiltm.i. ci\ ili/a(,ãn.
(●crlaimntc os homens de gosto trido clamarão contra as reservas de que (..nlos einolve o seu lirismo. Eles que- * espetáculos completos: nuo <pic
eoraçoessangrando, lágrimas chovendo... Quan- ' do o jmdor contem essas expansões, èles di/.em que não entendem. Entretanto, ^ que tristeza naquela "Cantiga do Viú-, ! Que profunda melancolia se esjM- *j llni pelo livro todo! Que desanimo iii- j curavfl o de (piem viu um ueontecimen- to naquela pedra no meio do ca- ^ minho! A verdade
rsla IM II.i .itmo.-leia da .1 presciilr I mhjimuIo aipiela, ciUre ahs; .siiiiholos, esta, dc \o tr.içocs. os [)lOCMl .1 olhos aiicilos C ansiosos, procura a vida. (»l)sei\Mção do ihimi■‘.I arte moih mista (’■ I i\ ilizaçãu
D.ii a jnsl.i nado lus.so: lar.u Iciisliia ihi .siniboli.sta i‘ caracé que todos ^ uma pedra. ^ Outros d tão caminhos tem os Muitos como ,i .utc t' lislii .1 ila eullnra Carlos inissam por ola. a removem com o braço hercúleo.'' O.s delieados l^rumoiul do Dc estacam, e nunca pode alirnur (pio iim(! iiqxiràiicos .scntiilo da arte 11a aparência apenas, eleineiitares e roiiel.M.ts no sentido da
AndiMdc SC raros dc sciis t(.'m como ele moderna. .\ão como (liiMinismos (lias inexpressivas, proliimlidade. (|uc pem tra o .segredo das ■rdadeira /poesia. Não gosto de i'sliulav-liic Uípii a Mas frisarei o seu espírito siibsislinilo lu) meio provineiano. Coiisei[uèneia da civilização é (^●sse traço, (jiio impressiona na obra de Càirlos, si-nticla e escrita na província: a completa au.sèneia ile bovarismo, mal cmincntemenlc literário, (pie povoa de caipiras a rua do Ouvidor. Para èle, dc todas as luirriccs a maior é suspirar pela Europa”, c nem sc imporia do não ter visto o mar, porque viu a lagoa. Ao cabo dc tantas viagens imaginárias por
mais a esquecem. í Mas há um resíduo da cultura i| ne^se ^xieta civilizado: é a tortura mc- ^ talisica. o (pie angustia o espírito em in- ^ quielações irremediáveis. Ainda bem. \ loiquc c.sse resíduo c essencial a obra j para que *, seja marcada de profunda huma- nidade. Som elo, coisas o vjve a vi terei o mau contágio lírico se atenua até ser aptmas epidérmico. Fas cinação do infinito sobre o espírito, essa ■ inquietação toca a obra de grand eternidade, c só assim ela não será co- ’! flòrcs do jardim da Praça da Li- herdade: A terra o obra poética, ele liviliznção eza e '■ ino as nao sofreu para dar ' O espirito sofre o defeii- do-sc pela ironia na renúncia ao mistério indecifrável: Mundo mundo vasto mundo se cu estas flores. <4 mc chamasse Raimundo não seria uma solu- .. seria uma rima, çao .
sem esse car;U« r inlciiú,'» «jU'íilidaíl - fÍMii'-. às \«/x-s \ (X i: it."n > '«'lia. Alidl.nl'-. i) fli- t r.nisi'^: n< ias
Vamos desistir definítivamente das so- í luções. Fiquemos com as rimas, rjiic são I' mais inocenles e menos pretcncíosas. ‘ Nós aqui estamos rimando o nosso cora ção com 0 seu. .Aproveitamos o memo rável acontecimento literário que foi a a }u)que plica uma iH'rsf)ii de CarlosaparênciasDnnnoiid dr rela. inc.q>.i/ ai;ri'strs. dtf \aní;uacom ü iiúmcro, ll.i nm.i ur.md.- de l)ra\ tiru na .sua obra c r' na Mi.i \ id.i, tjiii’ jlniiiiiiarâo muitos < .i- publicação de “.Alguma Poesia par Jiá muito se por ÍS.SO niesino minhos. Sua resi^Umeia menagear um amigo que * impôs ao nosso apreço. Tanto pelo U lento como p-'lo caráter, como sedos' funcionários que sc aposmtam ao cabo de mais de trinta c cinco anos de Porao .unbi' iil' tcin |iit' diii.it.i tdiz durado muito: é licroisnio. ●. E n'”)s Ibe ' riiucinos no-.*.,!'; t.ic,.is. voto d«- confiança”.
senipn num » exemplar dedicação à causa pública.
CONSÓRCtOS BANCÁRIOS
Ansoco
I.
No mniMcnlo
Ha ( riai...'io dr
mídthi.u i(*ii.d roíisliuiido
rm (|Uc se eOgita inii b.nuo iiitriiKuional ou i-m tòrno do
B.nuo do bi.i^il
rom a eoopiracão ile
Urandrs ^iu|)os lin.mcciros cK» exteiíor, cabe iiid.ui.il i|ii.il r o N.ntido do consór cio b.iiu .'ii io I- qii.il .1 MU íiiulidadc n< mundo c'onti'iii|a)r.'im'o. an.ilis.nido-.st', as|iuis Miriiiram c.s f a função que stm. as la/.ors prl.is bane os niuúinai ion.iis atuabui-nto dcscinprnli.un.
2. Podriuos atiuuar que li.inc.ii ios intci nac ionais iKininito acc-brado. a n.utir
os ennsórsofr:‘iam
CIOS r<7o”. nrn dcsiaiví dc- inni. existindo atualmrnlc- cêrea de cinc-oeiil.i dcVssc-s consõrc-ios rcanúndo imporlanlissinios capitais e ... eleinmlos de ligação c-ntre os niercac-ado inleinacional.
' Os cousórcioa l)(inC(iríos vão crcscsi nn swmcro c dimensões c a maioria 'd.' Ics se instalará mw aluais centros /inm> crirns da Furojui c da Australia. Dcve^ mos. todavia, antecipar aJ<^umas inova' ções. A participação dos })ancos japonoscs croseerá. de modo infcív so. E á neee.ysária a criação de eonsór* cios Imneários tpte incluam, nistas. in.stituiçõcs financeiras dc paiscà como o RHASIL. Mc.deo, Kuteait c lu- \ ^oslavia. E tai.s consórcios se constitui-..
Michacll \on Clcnm ● func ionando co-
nal, a fim dc-, com maior facilidade, clrcn.ar c aplicar rt'curso.s nos vários paí.sos * da nacionalidade dos seus principais acionistas. ino
dos n.u i' mais c o mci c — Diante de nni mmido eiij.i unidade eco- afinna a cada linaneeira >e nôinica e
3. O crescimento dos bancos multi* nacu)*)ais on consórcios bancários inlcr-_í nacionais adcjniriu maiores proporções, nos dois últimos anos. Assim, cm outu-* bro de 1970, o 3.°, o 6.°, o 7.° e o 10.“ maiores bancos do mundo i formação de dois momento, em cirlmle dos inogressos tec nológicos e (la facilidadi- do comumea- çoes^ as finanças de eacla país deixaram de constituir eonipartiiuc-nlos eslancpies apresentar cn‘re si um \-erclacleiro sistema dc- \'asos conuml- canlcs. b)o mc-sino modo que, no plano loc-ais e regionais fo-lulo substituídos contrário. ao jiara.
interno, os bancos desapan-cendo pelos bancosnacional, o mox iim-nto no sentido da in ternacionalização das instiluiçõcs finanfoi robnsti-cido. Razões do ordem c política fizeram, toda\'ia, cm \c/. dc uma atividade insi ram nacionais, no campo inter-
0 0 ceira.s psicológica coni fjue tcrnacional crescente dos grandes ban cos nacionais sc pioferisso a con.stituição de consórcios bancários normalincntc constituídos com caráter multinacio-
inunciaram a consi)rcios bancános, com sede cm Londres, com um capital inicial de mais de -18 (quarenta e oito) milhões de dólares. D'ias depois, quatro outros grandes bancos, colocados na lis ta internacional cm 16.°, IS.'^, 55. 58.° lugar, anunciaram a formação de ■' uma no\a cmprèsa para coordenar os 1 consórcios financeiros por èlcs criados \ nos últimos anos. O simples fato dc se cogitar de uma sociecladc prcipria para ‘j coordenar os consórcios existentes com- 's prova a importância crescente que estão j
COííIO «CIO-
<■*
O de.safío que a vida oferece ao empresário está atualmente exigindo cursos financeiros e kiww hoio de valor complexidade crescentes. Antigaincntc, a sociedade anônima foi ficiente para atender à necessidade de reunir os capitais realização de uma mento, de determinados clientes. Hoje, tanto no campo interno, como externo, ● assistimos à multiplicação dos lonao desenvolvimento <Ias multinacioárea ban-
6. formas cie iiis- adquirindo essas novas tiluições financeiras. I. rios, -cmbora mente, com a necessidade de as suíLS funç-ões atiialin<-nlr guem (‘strnturalmciitc da<jn' Ia c!a.s pe serviços « grosso vioflo são idi iitiios ou análogos. A distinção r chfica: empianto os bancos líacionais atuam bàsicatnrntc no Irrrilóiio du s'-ii j bancos internacionais. canisÓK ios o.im .irios ou bancos miillinarionais sr «cíali/ani eni operações de tar.ttn inter nacional, aproveitando as dilereii<,.is de taxas, os inrentivos, a oxístémia de diiib* iio
1).UI( ,1- Xü locHiUe aos con^-oi* «os tiví-SSfin mu i.uíinalkliulc i .»
Lr< tlílíi u III'(lit) }u.i/o listm4. re- ll.io '''* ● M .lll/ t1. O- los bancos imeioiiais em U' i.i e resposta sn- a bliX.i gi'igl.1neccssarios para a obra ou o atendi- 11'. >.11'', ' sórcios e i empresas ' nais que, na cária,, ensejaram a , formação dos consór cios bancários ou baní COS multinacionais.
mais liarato em .dguiis paí.s<‘s c a pos.sibilid. do de pagaiiK-nlo do maior reimnieraçã i )ielo .seu uso a coinj>l nienlaeão do crédito naeioua! jX‘lo crédito interuacionidl. Ir f>u*roN. em 5. Normalmente, o consórcio é constituído * para realizar atividades Í-: y
< ^ para as quais os consorciados, um independentemente do outro, não estariam devida mente habilitados. As0 consórcio exc-
V
7. Con.slitiiem, ]ioÍs. os coM.sórcio.s liancários uma ponte dl- ligação entre as instituições li- n* sim, W cuta tarefas que ulttaV passam a competên- ^ cia habitual dos con[isorciados individualmente. A razão pela Íqual cada um dos consorciados sc ime
- aos demais nem sempre é a mesma, po dendo variar desde a necessidade dc , entrar num novo mercado ate a xonÍ' tade de aumentar a rentabilidade dos seus investimentos ou de realizar ope. rações a têrmo que não lhe seria possível contratar fora do consórcio. O .'consórcio é, pois, um multiplicador de uma nova fai-
nanceiras nacionais c o mercado fazendo inlcrnacional, com í|iic, num momento dc comércio internacional in tenso, po.ssa, a qualquer umu operação local da no momento, ser coniplcmcnla- mcrcado externo, a]noxiinando--‘5c os bancos de vários países tros pela função culalizadora realizada pelo consórcio bancário. Assim, fonnas de crédito inexislentos ou dificilineiilc suscetíveis de .serem obtidas no merca do interno pudem empresas nacionais em virtude dos ser viços prestado.s pelo consórcio, que auiins cios oiiscr utilizadas por m atividades que assegura K xa de atuação para o consorciado.
inent.í o I< {luí> lirilili'li> (l<- ! rriiiiiis
i\v allcrn.ili\MS, oii soja, acloqu.ulas dc iip.ii.i cacl.i raso
n.ic íaiii' nli> < li> iciitcs (diu ri-(o.
A iliiivasãn r. rspi-riaburiite p.U.i mu M) SC
qn.!
aiin'' ati.is. n t reditt) peSSO (■ o iTÓililo
gciros muna oiUiclacle multinacional. As fornuís tradicionais dc coojX'raç‘ão, seja jxdos contratos entre corrc\S|X)nden‘cs, se ja pela criação do filiais no cwlerior, paliujc o.slar .superadas pela criação dos consórcios que maitircs dimensões impoitante. p.iis como o Hr.íeoiilueia, até alguns al baseado na comercial com
●S. r<’i em se apresentam com no tocante ao capital t' aos recursos captados o com mais eficieueia em virtude do a[X)io dos sous^ eoiisorciados atunutos
Ml. n 11 proini''''' 'iia (l< si (»nlo d'' (Inplie.il.is e evi-iUualmente mesmo no nos vários países. 10. Como já assinalamos, inieialinente estruturados para o crédito a médio pra/.o. espeeialmeiUe em libras esterlinas, os consórcios ràpidamonto ultrapassaram a sua faixa
o < am ao. ] a agora, imilliplioaram-.'ie as finaueiameulo. abran de crédito inIrtisiug <le íinaiu ia-
eonlas lIMTC.ulo :is nai lon.u. [reiiie.l'' ilo novas 'gcildo as cliistlial ' mas ainda ' mento n.'io nosso pais, (jiie po( inlei iiualio dos onnas (ii\ « I s.ls inio)>íliavio. \isli'in teeuieas
originária de atuação, pevariados setores da o uelraudo nos mais vida financeira o funcionando como um ]X)dcr do equilíbrio c uma fórça do ni- 'elaçao das laxas de juro.s nos vários mercados.
pr.itii-.id.i.s nem exeípuveis nn lem ser utilizadas por baneário.s in- {●onsoieios ternaeion.us.
(.■om o
11. Os (Ir^^envolvimento da técni.a.ieana e a ereseente eoneentração instituições finaneei.as, o meroaco ,rasileiro e-tá evoluindo no seiUido de apresentar u.n «luadro no .pial cada eo- m.-reiante l.-rá seu l)an.[nnro, em vez .. dez ou vinte instituições itarle do créc-ada uma dc-
ncgoiáar uma neei‘ssita com
primeiros consórcios surgi ram nos países cconómieamentc mais de senvolvidos dados do
9. ea c com maiores disjxmibilirccursos financeiros, lendo, mo centros, a cidade de Londres, para a região do Atlântico Norte, e, num se gundo plano, a .Austrália considerada mo centro das das code co- tnilar com nancciras e dito de ípie Ias.
Em tais condições, a instituição fimm- ira dc atendimento global o o conglo- ●loado financeiros cliente o
operações do Pacífico. Atualmente, mais de 75% (setenta e cin co poi cento) dos 50 (cíncoenta) maio res bancos do mundo fazem parte de. no mínimo, nm consórcio bancáino. últimos a aderirem aos bancos multina cionais foram
os japoneses que recentemenlc criaram dois consórcios em Lon dres. É preciso, aliás, salientar membros ou acionistas dos qiie os consórcios não são nccessàriamenle bancos parti culares, também podendo (piias financeiras, como o lustiiuto ãfohiUarc Italiano (acionista da LiíJYmuríca Í''fiimi;:iíírííj), seguradoras como a Ri«nionc Aíhialica (consorciada na Mnnufactures Hanover Ltd.), empresas in dustriais como a Imperial Chemical Inser aatar- sao tróle de u
Os ccira nicrado ou super-iiu deverão garantir à mnprèsa crédito a emio, médio e longo |n-a7.o, tanto no mercado nacional, como inloinacíonal. dando-llic ainda a necessária a.ssistcncia na abertura de capital e omisd(‘ ações, fusões, aquisição do eonnutras c-omiiaiibias c‘tc... Para lauto, a efii-ièneia da instituição finan ceira nai.áoual exige miia xiucnlaç.io com o iiKTcailo internacional, mna espécie do linha direta” que sòmcntc é possível quando há consórcio com bancos estran-
dustries c ate bancos estatais como o Banco Comercial de Varsóvia que se integrou recentemente num convórcio financeiro internacional.
A sede da maioria dos consórcios i'i> bancários sc encontra em Londres, ca pital do mundo financeiro e centro ncr,i voso das negociações em curo-dolares e em títulos europeus. Normalmente, os vários consorciados tém agencias ou liais na Inglaterra c a localização da se de do consórcio cm Londres facilita as rela-ções entre os acionistas consorciados e o banco multinacional por ê'es consti- tuidos. Um estudioso da matéria chegou a dizer que ocorre, pois, um aumento da sinergia nas relações consórcio-consorciados, entendendo-se como sinergia a simultaneidade dos esforços dos vários
realiziír os fins coiniiti'.. .1 * ♦ '
consorciados t: do c^msor< io p.ir.i der c cada íini dos órgáo.s de sopoít * de apoio eiii rcho^ão aos di nMis. .lOnv' i \ m<l' >
b.iiu ai ii IS I .nli' !l < ^ 12. Os demais consórcios dentais não .sc nornialinenle o Stui (<ntro em ontr.is t.i* pitai.s financeiras com*' burgo, Zuricjue, Milão ( M 1* (liados em ti 1 n
Hni\' ia^. I.iiselii1’arí’'. e íi- .\ush.dia
Na região do Pacifico. «● que sc congregam os prineijíaís (iiiisoi- cios financeiros, especialm«-nt<- d.-sde (guando acjm'li.' país j>roil)iii ●> limcio- namento no seu Icrrilorio d<* íili.iis de bancos estrangeiros, obrigando os .gMiides conglomerados financeiros a je.dizar sempre nma "joinl \enture toui bancos locais. iia
Pelo Desenvolvimento de Minas
l>.\un) OI Almi ioa Maoai.hãics
jji;\() <i rsim iiinliii-nir cl.i di lrg.tç.io
tjiH- III. li1^(ín●xlliu a diretoria d<- lM>r.SIIU\.s \'Oi(>HANllM, Mgnilit.indo a \.»Nsa Icm ièiuia, CuM inadm It^NDOX PA( :i ll A‘O. o seu .1 lioiiia 1'oui
acir.id*'* iiiu nl"
(jiie .1 seiis
na inaugura’ , COMPAWniA í S.'.'lior
Iniidade o « lilsi\ i) pr ii )i’i/oii, «●mpre-.' pr;sti^in do m u «.oiup.ive- -So eiuMiilo.
taiulo a ' sta
( ) ('( sto de \’oss.i 1-AeelèiKÍa n.'io e\-
íVJi nome dc S .\ /.VDÚS-^ riUÁS vorouÁsriM^ («o dü usiua </e ^/nro MISEIRÁ D.F MFTAÍS, verificada cni 21 <lc janeiro de 1972. eoni a presença </() Senhor f.'ofrrn<i(/or HOSOON PAC7/t.'('(>. nn Trè.s .Marins.
Io e c-argo ção em
triunfo dcbssos prhnr Minp\vs de um liomom po- lidn r al.tv. l, d<- traio ameno e aeoilie- doi l i.idu/ um testemunlio de estumi.p.»io á .n>ptv>-> *|"*- f*' \ ..onst.uçáo da usi.u de produ,1,. /iiKO uesla regiao mmeira _ ... inic ia a lorniaoão. em coudKces c‘peeialMi*u.e 1»<>picias. de mn grame ni-leleo iiulustrial. K \ ' \’ossa 1‘AeeleiH’ia e um ea'emlário da iuaugurade uiu iiòvo centro no nosso tam ao
tos d<- <|"f pn'*‘assinala no seu dia (pie com inmi P^ çáo das atividades dc- traballH» e piocluçao Estado d.' Mi'n>s se ■dra branca o
agressividade da ação (pic as aspirações ambioiosas susoilani. bom as rc^sponsabilidadcxs e riscos corres ponclonlos, locando ao poder público cli aos empro.sários a colaboração []ue S(>inonle o.s instniniontos e meios dc que dispõe podem prcípieiar. E, para ajudar nossa formidável, benomórila ●● Ciorais. c lam-
nia. imprt'seindi\ eis planos agigantados, (jue se destinam a recuperar o tiuiipo perdido e a saltar as ’’ c‘tapas, rumo ao futuro. K. lueidamente. c<mi o bom sonso, cjuo . llio é prciprio. e a e\p!“riència fecunda ^ da \ida. \’ossa Exeelèneia tornou tHUto.J l>or atos o palavras, que a obra plano-J jada clo\o roalizav-se, sob a ógido o osl ostíimilos do govc-ino, poróm. londo, to- J mo ('lomoiUo propulsor impvoscindível e | básioc). a iniciativa privada, com a ino-|^ bilidadc' dc“ movinicuitos cpio llu' ó inc*^ ronto, a
Isxeelèiicia aproseulou o sou goHvasil, eoiu uma \'()ssa ir ao vórno, aos luinoiros e ; de eonliaiiça e oluiusmo, omadniinislraçâo no eonilodos os moimnsageiii ‘uliaiido a sua P‘ dc; acelerar, por;ol\imenlo do l'-stado, pol dos seus recursos c dos cxgiMile. E, luábices. promisso do.s, o (lesem inobilizaç.ão a mgenievantar o tonus da tíssima tarefa cie economia mineira, \'ossa Excelência pro- 't clamou, com ènla.se, cpi*' serão benvhidos aqueles que aqui (puiram trabalhar ^ e produzir. -l
cpiinze anos, nma 1 empresa siderúrgica — a Usina Wigg — scntc-sc jubilosa em ter agora integrado ; 0 seu complc.xo industrial com a COM-i
A VOTORANTIM, cjuc já in.uitém em ^ Minas, há eèrea dc is atributos de sua ccpcionais taiido sem deslaleeimento contra oh 'sislcmeia da inércia, deficiências c a rc Excelência prossegue, d-‘c ididaIraçado, procurando perspi-elivas. despertando Vossa mente, no abrir no\ as energias, convocando a eolaburaçao (‘iieu/. para a obra planejada e, sobretudo, iiia.ítcndo o clinm de fé e a força d’alruino
PAXÍIIA MINEIRA DE METAIS, cuja inauguração oficial hoje sc verifica. Em ambas se aproveitam recursos mi nerais do Estado, que se transformam era instrumentos de riqueza e progresso, núcleos dc trabalho e fontes geradoras de receita pública. E os dirigentes da or● ganização estão certos de que as suas iniciativas no Estado de Minas se expan dirão no futuro.
tos, [Xjrque í-ncontra comiX'iiN.i<.n<-s mmiv rápidas e fáceis em outros luu:..< ic-' u ii- ofercc<ui <)■' ri'' “s ● \\'oliime <!»■ iironuii p<'« mdosos, o qiie não cepeionaís, não exig«'in o vestiinento, e nem iiiqx»'ni o ríodo de maturação eeonoiim ,i ( .V metalurjiia. .1 s presas de ininerac/ao Dessa forma. d<-\e-s<* f< sti jar iá em n-iííiiu' I a iriaiili' ]>li na f:OMl’A\ni A guração solene, j. produ^ão. da usina
MINEIRA DF. MI-:TAIS cia — iiiti'iir.int*òsas (la ori^.i-
Permito-me destacar uma circunstân cia significiativa: o Dr. JOSÉ EHMÍHIO das trintas c cpiatro empr DE MORAES — pemanbucano de v n- nização VOTORAN 1 IM distrilmid.is ● tade dura, tempera in- dozcí Estados lu. quebrantável e inaltc- "j .silciros, de nort<- a sul rável vigor ds ânimo , — supremo orientador e inspirador da organih zação VOTORANTIM,
1,^ depois dc diplomado
^ em engenharia de mi^ nas nos Estados Unidos, iniciou a sua vida pro^ fissional nestas montaI, nhas, como modesto J engenheiro da Secre taria dc Agricultura; ^ e aqui permaneceu ^ cêrea de dois
anos,
Ihos, seus dignos gresso de Minas.
1do país. ctmi os s«-us trinta f trós ;nil Irab; lliadorcs — c-onio nò\’íiiMilo. dc ”f.iud .signifiraçao. <|iic sc es tabelece entre o luisso Estado e arpiela orga nização. siiseltando os voto.s, rpic ihVs os mineiros formulamos, pa ra que s<* registre Iioje ajxmas uma eta^ia a mais na participação dos empresários ERMÍRTOS 17E mo raes — colaboradores no pro-
^'iajando a cavalo por todo 0 norte do Esta- pai c fi¬ I do, fazendo levantamentos geológicos c B'; minerais, lendo tralralhado depois como ■r engenheiro da empresa que explorava P** as minas de Morro Velho.
P Êle pode conhecer, então, as nossas p reservas minerais, ainda mal dcvas.sadas t na .sua variedade c extensão, como ainf da hoje ocorre; e a .sua paixão telúrica r certamente se rracendeu, levando-o ' oirentar a VOTORANTIM para o apro veitamento industrial do nosso sólo e sub-sólo — campo em que ocupa ela po^ sição de predomínio, no círculo da ini ciativa privada — que, no nosso país, é esquiva a tal gênero de empreendimen-
Vossa Excolcncía, eminente Cov<'inador RONDON PACHECO, é um lídimo da famosa escola política represenfante di.stinguc por mn estilo nestas vírmincira, qnc se de comportamento inspirado tude.s: equilíbrio, modoraçao, prudência, modéstia, serenidade; c sentimento do justiça. Desta escola, era oxjmcnio in- rara iignra Ima comparável csla nobre e foi MILTON CAMPOS, enjo recordo do prop<^silo, o com emo ção, para traduzir a homenagem que lhe devemos, sob o sentimento de que mana que nome a sua
lIMIOI < N J U jUi -.Ms I >>
JiiorU' ou Miü.is do uma das suas pirihiais o i is icas.
om[)U'(‘ndru. po-
\ < ss.i C. l li
rnii. pii
.1 \i'id.id ua ot)ia jM)litica a III lula ni sl a lioi a, c tio l-lslallir loi I oníiailo, c a ilc iiiipolo, ailoju o ili;Kosso do ''<■11 i'uri(]iU'fiini'nto. nnuiihão uuiu'iia iiiaU'1 iais tlf \'ida, a
'■.Moslrar ao povo mlnoiro que lu- tlo isto <● susc'< plí\’ol tli' scr praticado pm l(*do o luiuicm dc boa \ ontade, som du\iiia, tor iovado à oousci«}QCÍa szoral a fó quo oada um dovc ler em si. a ló som a (}ual nada do bom sc ia/ iioslo imuulo. a \irludo o|>osta ao <pio nos lom abatido o <pio tão proliuidaiiu'ut<' nos ilopiimo — a no próprio osforç,-0 —.
S(T <'mpi< do II iji I ‘^1 \ ( (li'si-iu .iili-.ii, I mu (is.ãn o pi a iiiu <)' iruti- d.is < < >111 i 11III falta a jui- a I < do confianç li (jiU' j>iu 1 (' .ispu.ii pola'* possibi iil.ido-s d (luiis <● qu. ilidadi-.s d.i o Foi esta mo.sma do otiniismo monsaiícm de fé o ijuo \’o.ssa Exoolòncia Irou\i‘ dosdo o iuitio do sou ”o\'òrno ao po- rooonltccomio, iorma, a pi'occdC“Uoia do um puldioi.sla ilustro, b.st.iUo uloí< p.u ll '4<iU'i'osa. IC.I o g Ml. Iloss.l
taroí.í 1)0- \'os,s.i |●:\< rU lU i.i. p.lia 0>ta
I,. prioridailo absoluta, oonvo- ,uol.ili/.u.:m iulogral, todo o p.uo miu. i.n. <pu' sevá o supromo boiio- lãi.u-io ila ir..li/ai.âo dó.sso programa. 1'.. p.u.1 ouu.p.ir o M-u cmnpromis.so Vo.ssa l.A..|..,KÍa -s,' lançon ao trabalho o a drciilirlo. o \igor barroira.s.
do alguma quo observou ao assinalar que “o perigo maior do Miuas ó não ter bas tante ió em si mesma”. Nós mineiros podemos dizer. vo mineiro.
a Iiil.i, com conliança (juc rompem ;iiumo sua mensagem. \’ossa dl' nm formular a Exccliáicia iclomoii ●> pr<'gaçao graudi' npublicano — j0.\0 PINllKI- lUj _ o primeiro dos presidcnlis de Mi- a compnvnder <' proclamar Ic ix>!a ticl à sua predica) <pic sol)rele\';mle a toK ao cm cum- açao iMoslrar-M --●(,l,lcma magno. seu cr;i pi( dos os outros promover o cnviquccimeu- Vxtado. Reli'iulnem-se as merecer, como relo do nosso suas pa'a\'i-as, so niimâro, ao Congres- receberá dos no termino do seu eiti mcnsagi'm im)S; I m
in-ini I ila. Ui poivni, com oortü orgullm, {pie esta falta de oon- liança nao c o maior perigo; ó o único perigo, porque .se os mineiros se decidem 0 inareham animados do confiança, não há vitoria que nao possam alcançar, nem píncaros a que nao possam ascender. \ ossa Excelência, tendo reacendido a conliança dos mineiros, pregando e agin do, se empenha todos os dias prir o compromisso assumido pelo governo, esperando compensa do seu esforço, o reconheci mento que, cerlamcntc, seus governados, mandato.
lição do iiisigne mineiro que recordar c a do estímulo à
Mas a mais imporiaconfiança do povo mineiro no seu pró prio esforço. Eis as suas palavras: merece.
“E pr<'ciso nao perdi-r d<; vista (ine Reiterando o.s agradecimentos que lhe o nrobli'ma capital para o Estado do sao devidoS, e que pedimos licença para Minas, que a <|Ucstão premente?, ipic estender a todos quo aqui coniparcce- llu‘ podi' resolver a iriso de pcmiria ram, a diretoria de INDÚSTRIAS VO- ’ dcficiciici;! lias rendas pú- TÜR.ANTIM formula os melhores votos J pelo pleno exilo de sua administração c Fia felicidade pessoal dc Vos.sa Exce lência, na confiança, dc que todos par- lieqximos, dc qiic Vossa Excelência con duzira 0 povo mineiro, em paz e fclici- dade, ao destino quo êle ]>ailii'ul:ir c blieas, c o problema da produção .
A CIDADE INTERIOR DE ALPHONSUS DE GUIMARAENS
Milton C.vmpos
; (Publicado cfm primeira mão na Revista Acadcniica, dc Belo lloii/íiiite, em líldl)
t retrato de Rodembach, feito por Lévy Dhurmcr, expressão. Ao fundo, I de Bruges:
I. nai, fachadas <Te
Concoi(,áü do Sèrro e ^x>r liiii se ti\ )*.. ;i morte (J VI in i I..1 cm si rena em Mariana, ond ■ contrar, u ele (jim a esperav espcctativa.
'l'alve/, esteja tendências misticas do jMx-ta. M. c prcci-so distinguir — .ser um desencantado
(jue é maravilhosí) num pedalo a água tranquila dc um cade pli{ai,.'io íl.ls < \ ai a casas severas, e, mais distante, recortando a bruma, esguia de um beffroi; depois, - meiro plano, como a se formar da pai sagem, a cabeça romântica do evocador de Bruges-la-Morte, com a .sua cabelei ra ondeada, a flecha IS aqni o místico pochd.i lu.xéjria. no pri- O h íli. amor punlia ciladas capeiosas onde SC csprcgiiiçava sua laseivia, c mulheres da terra lhe deram, com IIO a larga fronte sonhadora c uma doce névoa melancólica nos ollios úmidos. Foi bem isso o sutil criador do Reino do silencio”: ' Rruges a desfazer-se ta cuja alma a biiscava, mn (jue (on.slüui mn
U — a névoa dc cido inas ainda no busca os amores cxtra-lcncnos, cm versos, o poca cidade formou e po- voou. E não serão assim todos os poe tas? Ricos de sensibilidade.
volúpia qiic ele dessa perfidia maiores encantos íemininos. l'.ntãu. aiiscio dc ama.’. pouco :h)s \<n< ●*( *
é mislico. Xo mislieisiiio dc Alphonais. porém não liá o iiUnilo de ciuontiar na celeste perfeição da Mulher .Suprema as virtudes amorosas que andam <li.spcrsas pelas miilliercs da terra. Nada profana o culto puríssimo, que não sc nu scla daquele “sensualismo místico dos luperbóreos”.
Nenhum, talvez, dos pocta.s de scvi tempo se elevou tão longe da terra c tão perto subiu ao céu para le\ar à Virgem a oblação iimílima. L:i pair.m- aUo, a tanger a lira como r balança um turíbulo, ele .se clcspoj do vão orgiillio himiuno c sc confes sava o mais pobre dos pedintes, mem reagindo à uiais leve provocação exterior, guardam eles os traços assinalado pelas cidades onde > ambiente não basta cm sua alm.i viveram. E, se o a animar-lhes o cs* ^ tro, eles criam a cidade interior, — refle.xo, quase apenas re.ssonãnda do * mundo externo e onde vagam perdidos os sonhos e as visões do artista. Assim foi Alphonsus de Guimarães. Sofreu intensamente as cidades mortas de Mi' nas. Passou meninice e juventude em X Ouro Preto, entre o casario colonial e tradições dolorosas de martírios e ích'lios; e, após rápida permanência em São Paulo e no Rio, onde viveu noita* das romanescas de estudante boêmio. ^ regressou à paz da província, imergin- jfc, do de novo no silêncio evocativo das cidades sem vida: — passou pela velha do ni) quem a\’a o "hode carne vil”, a niiscra “poeira (pio vento cspallia”. E a virgem qiio Iho acolhia as preces cra bcni aquela mesNossa Senhora de no.ssa infância que ele via sempre como nos sonhos (i 0 ma
r.i'(os d.i iiii iiiiiii <' ou no último olli.u' i-oiitiito tios iiioul)iimlos. Mills cito f hht
IS tcrieiios muitlam
iiiu,.'io leligios.i. A proximidaloii !hf d'ixoii na alma um ns-
MU .|ur poiu o dc dr d srlls II r I pl.ndor divino. t|iu- Iransluuil.i e \.ii loi .1! do In/ niislciios.i .i> liaiieis liiiuIriiiinin.is indeeisa.s e lugidias ap.it nluarada de .sua \iil»
jfs a passada lenta. E. (piando, ú In?; niortiça da candeia, uma >isão llu* surjiia. linha a palidez de monja de D'. ()e’esle ou a face macerada de D. Mís tica.
Ma.s ele descia também, muitas vezes ao túmulo das paixões mundanas c seu canto, inspirado nelas, linha sões desoliulas de amargura. Chovianii .sobre ele ileehas e pedradas, 0 sonha dor ira "martirizado pelos selvagens”, o, diante do espetáculo do mundo, o me.smo escuro mistério do Além lhe pareei.i (ptase radioso com doces promes.si\âj| de retlcnçrio: i.i>> expres- rii.ões 11,1 noite tioloio'.,!. .V i[ne oiilr.is nullheres h.ui.un Al- (1- .ip.neii i a quem \i\eu lom > photiMisr’ N.’io rompeu o solo nuriamai- se ns ini])el('s d.i nahuez.i Iropiea’. \ el.mdu-se ri'íloivsl.i bárbara ou no á llor ih' ciijas águas iloiradas dc sol, as n.i lin ( o.ieii.inte. drsli/.illl. a'' "'/.eS. \iihiluo'.is.
O Charoute infernal ^H*ga dos remos c a barca segue. .. Letis ilusório! tu, em face de.ste purgutóiio? por noites pávidas xivciuos? 1‘mtao ele ora lúgubro e funcreo. Ti nha Ivaç-os vigorosos de tragédia e pu- nlia nos verso,s fundos desesperos que lembram, por \czcs. a amargura formi dável do Poc. com cslrcmcciimutos dos seios. Sc há laras t»'nta<loi'es ciiiA a n.i
Que és Oude iilraiiha da terra, ua su●iia.s o c.irrascal, ou a vc. E mula dc ruidos ali rondes ou
II.1 miiH'1 los pcriíiic ê apt orlação raiiuítiea \ciilo que agita as das ondas. Somente, como muriuurosa do badalar dos silos, no cach iieiar 111) cantiga sonoridatle, Hiiieiráo do <-â>nuo e o os sinos... os carnlhuc.s Immzes das ermidas, os rcli.stivos de domingo c os dobres Aí vivendo a
O tinteiro de que se sorvia era bem corvo, cm .Seiiipro nos. aijuela .sombria cabeça do euja guela aberta ele metia a pona, pa ra arrancar a tinta negra com erevia os eaulos <1.1 Sé os pujlics lúgubies de finados, transfigmaclo por aguda .sen.siluhdade. : andav.i como pelos corredocoiuento, abafando nas laque csde torvas infle.xões. Mas, se é verdade que “não há gran de engenho sem melancolia”, certo ó Alpiumsiis res de um
Utinbém ^uc a alegria é condirão dns engcuiiüs grandes e pequenos. Xinguem, por mais desfavorável
Quando Isniúlia eiiloiupiei eu [>us-se na torre a .soiili-ir: ví uma lua no céu, \'iu outra lua no mar. . . X'o sonho cm que se j>rr<l> ii, hanhou-.se toda em queria subir ao céu, queria descer ao m.ir. . . como um anjo, pemleii voar: qué seja a exis- léneia', deixará de sentir alguns instan tes dc júbilo, minutos efêmeros de rí- dentes emoç-ões. /Vssini é c^ue Alphonsus, sendo embora uin concentrado, um c-óntemplativo, um triste, tangeu no plectro lúgubre. tez-lhe poeta de chamava pecha^ de ^ motivada juai..
nem por jsso a corda mística c injustiça o grande quem já ouví dizer que o por irrisão, "o rezador”. eertü hlague inconsecj^uenle, por uma pueril antipatia de escola, o místico cio Septenario a deria receber com glória. Rezador mas
c-m
● > po, sim, que rezava como nenhum outro, poemas onde Puaravilhoso de beleza cristão era um milagre de crença. Alciii disso, é preciso dizer que Alphon.sus foi também um lírico admirável, quando em cjuando, ele enfeitava de llores as cordas da lira, onde vam as
ics íLsas para cjucria n lua do céu, queria a lua do mar. . .
o lavor literário e e sentimento iüs lieróis, lioje, desconfianças, freada, os
Dc rc.s.soanotas fidalgas da galanteria. E até mesmo diante da amada morta ele recordava atitudes grandiosas da vida, e ainavcis como no soneto que assim co\ cr mtça:
Estão mortas as mãos daquela Dona t Enfrentava as cóleras solarengas coin 0 brazão de seus avós:
Xós devíamos guardar com luiiito carinlio esses finos poetas do .sentiiueuto. Eles andam por aí sem crédito no conceito dc muita gente. A orientação mais moderna cm poesia, é a opopej.i, que anda em busca ch- motivos lii-nhCüs e prefere Irepiclaçõis dc aeropl. nos a trinos dc rouxinol. Sc não ;q>arccoin mais ilíadas e odisséias, é j>orqii<provocam dúvidas c Ilá a impniisa desenparlaineiitos com imimidaílcs e ü.s prelos sem vigilância. Aquiles não seria mais vulnerável apenas no cah anhar, nem Penélope estaria livre dc caIuniado.s os seus castos e beróiuís labores dc tccedcira.
Campo de neve onde agoniza um que alguns eoraçao...
f c ilia-
E como sabia esse trovador apaixo nado cantar canções embaladoras, com que adormecia as infantas e comovia o coração das castelãs. Suas voltas c sc-iis . rondó.s, de tão cantantes dispensam a viola dos jograis. Ouvindo suas melo péias, quem não se deixaria levar doceniente, nas asas da fantasia para re giões encantadas de sonho, e que mu- Üier de alta e.stirpc oculta por trá.s do vitral colorido não sentiría palpitar o coração amoroso dentro do peito:
Após disseção impiedosa dos jornais, dos livros c dos parlamentos, Wilson c Guilherme II. Mac Svvinneu e D’Animnzio são figuru.s confusas, têm como heróis c outros como po])rcs diabos. Não serão, pois, esses homens, ou os acontecimentos cm que eles se envolv'eram, o assunto dos podas <la corrente nova, que ficam, assim, impos sibilitados ele produzir eiieidas das. Recorrem então aos aspectos nuiís ou menos siililimcs das lutas diulmnas, aos trabalhos stirpicoiiclcntcs das má quinas e dos homens, á turlia imdla dos cais, aos delírios ])opuIarcs, aos estaleiros e às cidades. E dessa manca ra se vai a pouco c pouco reduzindo o A
dos imilli Ti ) SI mesmos', os elementos dus coisas eternas... l£le escreveu, com timidez e humildadi'. ao s: te dores de Maria: ‘1 das que M- encerrar o [xiema esi''tén< 1,1, IlOSMls i JS aijllel- s que
poetas <!o sotriiueiilo, nos i.us ●iitiauli.i. S.io, jx)r isso nu-smo nfeiiKeein pilas jx-queiias eiuot.o s il' íuaea ou ile imlaiHüliu da [K)etas ainailos, ●tulMlam à nuisiea do ln pta< oídio ili\ iiio os nossos .sonhos ile
Ti de-nos o l)ia\o Marinelli \.'io
liar. . o (|Ue iiii>1 l.i.
.1 iiitinit.i e larmosa
Mais fi/.era. Senhora, se cii pudesse oiiiiar no mosteiro do Wrlaine. cada Iio) a. cslaria matemos assim, tòd.i noliiinos e sonatas?
|X)lSl.l uns
1'iquiiui's. os poft.is que
u.ir c (.1)111 SC cniluiagam do filtro -If «ntoui.i. IC um destis.
Xó\ bi-m s.diemos cjue o pode e nos.'ia fantasia nos ofereoc' o ospetácul^ dessa missa estranha
i'om o piilS. — daqui por diante, toda \ez que o Paiivre Lélian com aijiude ‘‘air d’un 1'auue cpii eeoute eloelu-s*’ cjuo lhe emprestou Ucmy de Courimmt, jogar aos ombros a .sobriqxdiz e mandar à \’irgcm as on das de iiiecMiso de “Sagesse”, — liá de j arder sempre .sóbre 1
iiia^ieo I dos mais sÍM'.;iilaies e sugestivos, é Alpiioiisus de Càúmaiaen.s, retardatário ‘●.idoiaih.r da hia" qne l’a'^Mni jx-la vi(!., (oiiin soiiibia sn.oe a disf.)/.,i-se em Srii nomr nunca mais fugirá Iriiiliianca loinovida: — é tão \ciM)s (|iu' l('m, de souuei i'S o altar, erepitimdqjj o círio volivo do ‘‘Sopte- perenemt'nt(“ nario”. (1,1 nos''a 1 guardar seus aii
Homenagem ao jurisita Leri Carneiro
Mi.SISTUO LU!7. G.m.t.oíh
Sessão de 8-9-1971, em Homenagem a (i.iiiieito L< \ i
VAO. O Supremo Tribunal Federal não podería silenciar ante a notícia da morte de Levi Carneiro. Embora \iii- opt.ir, jios (piatido .) (-ru^os cnlado a um estilo, que restringe suas homenagens aos que nèle tiveram assensobe- tü OU chefiaram a Xaçáo, razao jas justificam o preilo excepcional ao in- sígne jurista: Foi membro da Corte In ternacional de Justiça, de Haia, a que ;! pertenceram, apenas, dois outros brasi- Filadelfo Aze-
vedo, que ras
convite do Presidente WencesProfessor Mendes
logo se impôs ao respeito de todos. )>..i seu saber e .sens atributos motai.s, poi sua autorid.ide e sna iiidepen<h'neia d<opiniõe.s, firnie. seiiq^re, »-m pareceres, jmr sua ton\ii«,.io, ela SC opunha a \onlade dos poil do dia.
Conslituinte dr- 1931. 1 p;ir{ i( ip.i(,ão, ffitiira <la no\ .t < ;,iifa, loi Kra (los que, coiiio o Patriarca, record.ido |UC “as llieíjuc te\'<; na (ias mais egrcgias.
ab.solutamcntc, i<ão s;u) lativamentc; tudo c ÜMio do tempo e das Jir/es”.
Primeiro Presidente do Insliliilo Bra sileiro de Educação, Ciêuti;i (' Cultura (delegação nacional da UNESCO), onde tenho repre sentado a .Socíedadi; Brasileira de Direito Internacional, pude ver. de perto, toda pirito.
grandeza do si- II 'S- a inini caso em (picinsistia pela extradição de a nicu \’er, cometcua erime
Josí- Bonifácio, por Ivan Lins, niK iidiam Ihores ínstitniçcães, quando eonsíd. iiid.is :is nieibores Ve'leiros (Epitácio Pessoa c antes haviam honrado cach-idêste Supremo Tribunal); recu.sou, no primeiro Governo de Getúlio Var gas, o convite para ocupar uma dc-ssas cadeiras (o mesmo que fizera, em re lação ao lau Braz, 0 Pimentel, já liomenageado por esta Corte); não aceitou o con vite, daquele mesmo Governo, para 0 cargo de Procurador-Ge ral da República, porque, disse-me en tão, se habituara ao direito de escolher clientes e causas, c não queria abrir , mão desse direito; foi o fundador e pri meiro Presidente da Ordem dos Advo gados do Brasil, a cujo Conselho Fede ral pertencemos Oswaldo Trigueiro e eu, representando respectivamente a Paraí ba e Santa Catarina, e assim podemos testemunho de sua
Consultor Jurídico do Ministério das Relações Exteriores, país amigo alguém que, político e por isso não esla\a .sujei- àquela medida, tive hora fôsse contrária a opinião do Minis tro de Estado, quando dei parecer^
o sen apoio, 1111- to ambos dar seguro notáveLe fecunda atuação naquela Pre●sidência, durante a fase primeira e mais difícil da instituição que acabava de ser criada.
Antes, fôra Presidente do Instituto , dns Advogados Brasileiros.
Procurador-Geral da República, favor do extraditando, parecer uuàniiucmente acolhido pelo Supn-nio Tribumd acórdão da lavra de Aniljal Freire, l^i o orador dos adsogados c profe riu bela oração, quando eles ofereceram Supremo Tribunal o busto de Pedro
Vitoriosa a Revolução de 1930 c no’ meado Consultor-Geral da República, cou mo em ao
t uecmlra iin nosso .Sal.’u>
S9
L. 1" como Nol)re.
1-aii r)>T, rsti\r pr«-s<nl'- à .sua pos.\i .ulfiuia Hi.isih-ii.» dl- Letras: do eminente iscritor.
I <-i i.l < iu
se na jiisl.i I ( .n..10 ( )ii\ i I>-> Ah .\nt.oa i sj>h'iidi(los (li>eur>os dele e ile M.i h.ulo. (> mesmo aeonteI ●),")(). qu.imh) assistí à jrosse bido i>or L-.-\i
Idni.oio Coiliin, reei de ( !.0 OrilO.
N.l lefelia-se m.iiiilo-o piililie.inas que nu- escreveu. Tribunal, ch.iin>litnivõc.s ri'-
A S df ;ií;òsIo úUinio, completou anos, conservando plena Incide?^ ainda pnde sentir cm nosso último en-J eontro. no niès anterior.
Koi nin dos maiores da sua classe, qu^ tanto i-nalteetMi e honrou.
li eoin enternecida saudade que vô* eordo o lolega. o amigo e o MoslreJ grato aos insinanientos c estímulos quiH lhe ti(juei ilewndo. ■
Os seus li\T<ts. as suas lit^ões e o seuj exemplo lião de ficar, iluminando o ca minho. nosso e dos <pie vierem di‘i>ois. '
»d:iin.i e.irt.i. .Sopreino d,- ●●joia d.is .iO i
Ruy Barbosa e a Democracia
SouH>\L Pinto
(Conferência feita no Instituto dos Advogados do Hi.tsil;
palavra que vai se fazer ouvir nes te local, neste dia e nesta hora, paapresenlar e definir, não apenas a t natureza, mas também as manifestações legitimas da Democracia, não será a mi nha, mas a de RUY. Xão venho ofere cer, neste instante, RUY BARBOSA. Relatarei, como todo.s esperam, com objetividade e clareza, a sua palavra, que é ação, em todo* o es plendor de sua grandeza, como c.xpresexata do regímem democrático.
● 1 ii< estudo sobre um
bdo, tom o bom, e, jxjr ist( atual, pareccijílü (]uc foi í< il.i p.u.i «> 1 incin ein si, indi-p fKh utriiH nt« d.i «po ça e tia geração a (jue « le piiiuciíu ]>. itenco. Eis porque eia é m ei .s^ariauí nte atual, tlantlt) a todos a imprrss.ltj -.] foi criada para a cjjoca, ])i-iin(Io. o ano cm que est/i sentlo toiil» nqjhul.i, li da, ou e.sludatla. O .Moisés tle Migii( 1 ; Sermões do 1’adic \‘ii-ir.í. o t ● lO-
Ângelo, os Dom Qiiixotc dc Ci;r\aiil''.s s.io conlfin- poraneo.s do bonicin dc bojo, tomo o fo- do lionicin do.s .séculos cpi*- os \iserão ilo lionn.iii ik-
sao ram ram nascer, c o ainaniiã. Ilá em cada uma ih-.slas obiasSflo da perenidade. Elas são. primas o então, aluai.s.
Devo e, por isto, quero relatar, com fidelidade, a ação, em cpie se traduziu o apostolado de RUY no seio clu vida cívica da Republica Brasi'eira, para qt;e todos vejam, sintam e toquem a nobre za oracular do seu apostolado, c^uc se apresenta, em nossos dias, com os as pectos de impressionante atualidade. A lição do Estadista, mínLstrada pcla -.ma ação brilhante, corajo.sa e nobre, precisa, mais do que nunca, de ser recordada com admiração e re.speito, com cnlusi.isino e gratidão, pela atualidade,
A obra genial não envelhece nunca. Ela é como o Bronze: desafia o tempo, os anos, e os séculos. Ela deixa de ser da época em que nasceu, para sc ajus tar, adequadamente, ás épocas que vie ram e virão depois daquela qiic Ih.c deu o nascimento. Ela traz o sinctc da eter nidade, projetando-se, por isto, no es pirito, no coração e na sensibilidade dos homens que a contemplam, leem ou es- t\idam, onde quer que ela apareça, pro vocando os seus louvores e a .sua admi ração, 0 seu entusiasmo e a sua gratidão. Ela se irmana com a verdade, com o
dela.s c a obr.a de RL’V Da categoria BARBOSA. Ela atravos.sou os anos «● ( h“a marca da cti-rmcla- gou ató nós com cie. Eia foi criada para o bra.silciro dc todas a.s épocas: antigo, atual e futuro. É próprio do genio enxergar o futuro, porque empolgado pela verdade, obra olliaiido tao .só p.ira a natureza dela, c tal como esta cbega à .sua inteligência privilegiada.
A minha cidadania, indissoluvclmenlo democrático. cic sua indiscutível ena a sua ligada ao regimem agora, lembrar, logo no princípio dcslc relato da pregação denioerálica de UUV, quG a sua ação dc paladino, entre nós e em estranhas terras, do regimem publicano, teve por ba.se a nobre inspi ração, que relevou, no decurso do go verno militarista do Marechal Hcrmco da Fonseca, nesta mesma tribuna, ergui da, então, no edificio do Silogeu, situa do no velho Passeio Póblíco, e ao tomar posse da cadeira de sócio efetivo deste quer. ro-
Institiiti): “()iilr.i ^l)u^.l n.ão sou eu, S( al'4Min.i coiis.i linlio sido. senão t> ni.us impl.ii .i\'I iiiiiiii'4ci tio emeino do inun\ \io!inii.i, o mais lervortíso ]>iedk.inti- do '^<0(1110 dos liomens pelas fli) ]>,● rc.s'
A r.iz.ão closta sua l.-ls .
I-Xt.i
.T(u.ili(l.i<lr, 1 iii iiiitr.i nrsl.i .irmiiir
dcliniç.io luiii.il. de iudisiuti\t“l .1 Mia «‘xplicaçãu
dado bistin i' liz.idos: tegrl' os IlossoS ei^-s.iin d'- piot'-ger-nos. rat<iÍM'.i da lei
A moeda falsa moeda, a niooda falsa, trm prna do oadoia. Os falsos governos,’] pona do tpioda. Queda pela roprovaçãO^ pfiblioa. Queda |>eios suhágios popula- . Queda polo eseruUuio eleitoral.’' con\’icç;ão csla\ \ na i'onfian(,'a (juo nutria p^lo l»oni sen.so hUuitixi) de .seus concidadãos, como dcPaliia. quando leu
Porque ;i ca«slá no .imp.irar a frafòrça. a minoria eontra lireilo contra o interesse, o A lei
coiiti.i a (jin/a a niaioii.i. o ‘ des.ipa-
■ dela dispõe :i ocasião, o iti.iioria, ou a fòrça. Ma: se (oilos iiin regimem. oudi' a L>-i \ ieissil udiuária. ond ● uepriiuijiio eoiitr.t a msisuio. n< .o'.U) r<'r<!MliTe'-sc. a li.i sobre
"õo pod
7 1 . n nlmina com enu-ncia ixnle abrir-lhc ox(abili‘lade. :'i impersonalida<lo.
í é a Lei ser (■<■(.●.lo a cs o Hrpiiblic.im*. A ll('public; f in a.-ão- 1'ora da I.ci, pois. a Republica está inorl:i”.
M) na T.ci. qiu' .SC assenta dl' UUV. Ê. também, Mas nao a ol.ra <h HiocrátkM
●ontade sobiaami do lioinem do poiucessantiaiu-nlo solicitou na ' vo. cnio ai>oio c :i (piem proeiiron na tribuna c no lOV- milismo. dar conla do mandato que dele recebera. i)or(pii\ no .seio das nações vi ris do povo. e lão scnncnle dele. ó qnc l,‘<dtimidado do.s dirigentes da Rc- \'cm a iniblica.
a''Sfut;Kl.i na ivali- clarou. em 1910. na ali a su.i plataforma de candidato à Pre* .sidiiicia da República: ‘‘Cada homenV do po\(i. m\st;i terra, como que Uaz no .seio alguma lOusa, uma intuição, uin nulimcnlo. um traço das qualidade.s do bomem dc Estado. Se daqui vos lalassô* agora um tribuno, iriamo.s assistir, esta noite, a um comicio agitado o tumultuo so. Mas é' um programa do Govorno. ({iu‘ so vos ondoreça, c já não sois a multidão sodcnl;’ do emoções. Uma im pressão no\ a c tli\'orsa \ os xai transfigu rar. Sobro e.ssas cadoir.as baixa n consci ência dl' uma deliberação. É um Parla mento, ou um Tribunal que entra a fun cionar. paciente, sereno, reflexivo, com o ornado indulgente, a atenção resigna da, o animo oqiútalivo. o juizo mode rado pelo sentimento de sua responsa-' biliclade.
DcsenvoUciido osla sua convicção pro- . . . democracia quer dido po\ o polo po\-o. Sc não clamou RUY: zer go\’onio ó o po\-o qu<’in so goxorna a si mesmo, então, Icgalmonlo não há govorno c não c <’’ovcrno o ipio ba. Se o povo não es tá no Govorno. o o Governo não c a encarnação do ]jo\’o, nesse caso, constitucionalmcntc, isso que governo sc no meia, tanto tem de governo como dc
Tal confiança na intuição governa mental de homem do povo. RUY não a extraiu de um romantismo exaltado e ingênuo. Ele a colheu cio ensinamento bebido cm episódios registrados pela his tória das Nações cultas, como este que ele relembrou num dc seus discursos no Senado Federal: “Senhores, a primeira edição das obras de Blachstone, acaba\‘a-se de publicar na Inglaterra em 1779, c poucos anos depois cra proclamada a independência das Colonias americanas. Pois bem. Senhores, o Professor “H;umond” na Introdução à obra do Blackstono, nos diz que, apenas publicados, 2.500 exemplares deste livro si-
^0 absorvidos pela Nova-Inglaterra. Uma população de 1.300 almas, uma população de liomens de trabalho, { ou 6 anos tinlia absorvido tocios os -.oOO exemplares, no século passado, de 'un Tratado de Direito Constitucio.nal.
1 ).● Iou as sM.is ● sjici .;iiM-lupr<- pícslou < >of.is, lioiiicin piiblico il' %lt; É como t Ií:J
se pudesse dizer que, c m
íW proclamar-se nesse País a Rc- T publica Federali sumido 35.000 exempl de Br)Xf!
quela raça, ainda mal preparada ni<j u-- le tempo para a c i\iliz-K.ao lu.ílerial . O aposlohulf) (ie RI ^ <')iilmid‘ . as.sini, na sua ação, com '●» Rger. ta. a lucidez e a intuição do liomem do vo, no rpial dejKísil ças c ao íjiial como nenliuin I^iís, no vcu no
tlfcurso tios anos < m período republit ano. <p:.- \ Iiva, o Brasil havia conlares do Tratado Entretanto, para <pi<- a u > ’●’‘ ja .> ins trumento dc governo <h> lioni' in, ' in vt / da violência,'c para <pu- <' lioim iii <! ' ínluíç.ão govcrii.iliic-ni st olb< T. ' , Senhores, é destas sementes, deste es- pírito jurídico, deste gosto pelas ques- tões de Direito que se formam os povos tapazes de entreter instituições c mante-las.”
|X)vo eonqui.slc a tai necessária. ( juc llic permita os go\ t rn.mtcs th* entre o.' i an¬ eleições livres^ ein e juliíar. sua confiança, clidalos à sua lhe oferece o mpielc (|i|e itiia de ..d('● iiiiprest itid A I 1 ingoveni.inça. melhor progi.
O fato demonstra que o povo, — ao ;'i ^®^trário do que assoalham ij os partidários da violência tomo método de ministraçao. alavra seja iiv rc. (pie a p Icirainente livre, toitio lU V não cessou tle aposlola'': “Nd Cioverno do povo pel afirinoii patriotieainciile, alavra é o graiid ● governo —, conhecer os princípios jurídicos ma de o po- que regem o sístegoverno por ele ado- tadü, através dos
vo P' )- a p der. a fòrças. Mas que é, hoji*. Senliorcs, a Irihmii parlainonBrasil? O que eu já represen- " tantes legitimamente por ele eleitos tribuna a fõrt a da- I. como acertadaraente concluiu RUY: “Se a Repu blica se acha elevada America do Norte gráu, como se acha é " este
tar 110 disso: nmu ruína, d’onde niu deserto. na se ao maior fala SCparatêm cansado em bnsniatam-se numa lida iniidc cada imi d<’sles esforços d<‘ nin duelo 0-. e porque povo, 0 povo americano é o que possui 0 maior espírito jurídico, ó por que a Republica da America do Norte t,. o a Nação, por assim dizer, dos juristas; é porque, Sr. Presidente, onde quer que um homem inteligente, ao lado da , está eu, que, como levantu-Ia til, e saem com a impressão uma almajarra, um p te de areia”. No seu gigantesco esforço do implan tar entre nós a Democracia j>:‘la virili dade da tribuna, a fim dc educar o ]^xivo, para e.xerccr, cfelivaincnlc, a sua condição de soberano dos seus govetnantes, RUY adverte aos seus concida dãos: “Onde quer que o Governo po pular exista, como nas grandes Repuii car lí eonlia aredão ou um mon- t-p , j. - 1 haja iji biblia, ao lado do livro religioso l ^ Constituição, 0 livro do Direito. E aí está, Sr. Presidente, a razão por Nação, de uma dedicaçao iníi- jjji nita, que tem feito, que tem produzido a maior admiração a todo o povo euio●í pvu, pode crescer e prosperar naque le terreno agreste, regado pelo suor da-
Im (>S«’»MICO
llr ( ã i\ i | 1II1 du |X \ .1 IIM>
jiiisM) t« iiqxi. iiii SC cns.o.i um.i teutati*vo pelo jHivo, tiiIII) l.ipãi), n I Riis>i.i. n.i ruiqui.l. (diiii.i. .1 iii.ii,.*u> d.i tribuna p.uhiogo. a tr.msM.is M' as ('.nnaias
Sll.t
n.i ,,, iil.il I -O.U trii/.i, p.ii.i foriiiiç.ãu ujxi.id.i. I ( .jjsl.ttiv .IS dci icin .lutIII id.idi' tio scu rigor, e a jK-uh-. sf o Poder t luiompí-. as acov.ntla, as liat.iiiuntf a tribimi p.u(li-ssf ck-mi-iito im dcV('
j.;v-( uliv o siibjii'.:»l.un nt.n. as Mllit l'll g.ãi 1 I 11 .tc St cliiio. SC
t c ● de fiiiu ioiiar. ein 1912, v5 t.un1 )eputa(h).' .Seresponeuino exerce as ^.\pcs.ll -sso
blic.i'' ■ II.IS Mou.iKjui.is republienu.s do (jue lransero\ossoin, ein suas colunas, e.s discursos dc parlamentares oposiciuníât.is. ele foi bater às portas do Supremo Tribunal 1'etlera! p.ira qne a nossa mais Alta Corte de justiça anulasse estu dolísão despótica do Poder Rxeculivo, len do. afirmado, no lIabeas-C*orpus, que rt-ipiereu; “Do mandato resulta, para o inand.mtt-. o tlireilo de tomar eouta aos seus maml.Uários. e. para os mamlalários. o rlc\er th' as prestarem. De\er é. porlantt», do mandatário res● atrofia e tles.ipare- jX)nder ao inamUnUe pela maneira co mo eiimpre o nvmdato. De\t'r é, logo, do membro tio (.ãmgresso Nacional der à Nação pelo modo funções legislativas.
jdoies «le seii'N.uion.il. etun ni.iud.itos iirevogavas. ●. n.io P.m s. no I ,iM n. le |)H)prn)S foulM o )>' ser P 'itciilad UrV, vi"- 1’'' eia ' ih't'òvo p.irlai it.ir, tl ●'●adciio )|clieaim'nle. na avlamenlar. xun dos ●lotjueiuia p ●ab.iri.iiu por deslnuv env.ieilanle tpi.' .i ●oiistruira. t^m^'.'.m'.e
rsla
-idvert. neia sonilnia: ‘T-: o que e>- Icmlo MO WwxsW. ontU' o C.evei- diilidadi' e abdicação do at \iiios q'o' nós a I )cUUH IMCM Irr ● iia Republic; i I ]>iiiia
Paia isso t \eree ele a sua fisealizaiç.ão eonliima sobve os atos dos seus rcpresentantt'S^ acompanha as deliberações parlamentares sobrt’ as quais deve aluar ftmstantemente a opinião pública, no .seu pajx'1 de Cuiia. luiz. freio o pmjmlsor.
Ora, é mediante a puldieidade, não a a que faltam os mas a publicida de geral da Imprensa, a sua ampliss»ma j publicidade, que essas relações de man- ' dante c mandatários se publicidade oficial, meios de larga difusão. lá suiot da irresimii'-; < iio -sso N.uion:.!
tlos seus cvnario locados nesse do espírito cons raro pela irrisórios inutilithule. soam eoino sua aiiacronisiuos’'.
De tal modo, iia es.
bafs p.n!.uuentan-s de -ivindo-<is iiiteiramenle da sua açao ua- alos do Ciüveino, a que esvaziavam os iietodo interesse, exercem entre a Naçao e os membros do Congresso Nacional. V' tural sobre Camavas, st-rv ilnieiile oliedeeein. , , i.^tnuuento do 'Diieilo, da Verdade do Bem. não lein lugar nesse degradado antigos Iriunfos. Desineio hostil, os pvt.'lestv<s lilueional, dia-a-dia mais os vez de o ivpruii.i ein, ,\ eloquencix;, em as Corta-la é roubar à Nação o seu di reito soberano de seguir dia-a-dia, mo mento por momento, as declarações dos seus representantes. Mas c, também, ao mesmo tempo, e por isso mesmo subtrair ao representante da Nação o único meio existente de sc conesponderem, cada dia e a cada momento, com a sua Consação aposiiílai de titiúntc, a Nação, informando-a com a BUY, a Democracia vive do apoio lúci- devida continuidade e inteireza, do pro- do do povo, c(uc, cm 191-í, qn.mdn o cedimento dos seus procurador Governo Militar do Marechal llermi'S A todo dever legal, porém, correspon da Fonseca impediu aos jornais do l^ús dc um direito igualmente legal: o direie
Já Ihc não era pouco suai da Nação, üs po\o.s livres, da vista, não c unicanuuitr a .scr\'entia d ser o i'1'jao \i- ío aos meios necessários para o desem penhar.
Se o membro do Congresso Nacional, mandatário da Nação, tem o dovei de lhe dar, a ela, contas do seu mandato M;ls a Impreit''.!, « nlre instriinifulo nao e S() o ap.in liu) ntido. I. t.% o de ver, Participa, nesses organisnin-, de quase todas a.s funções \il.ns. K. so bretudo, mediante a pul)!iciil.i<! nm ''O (I
nao scr
^ que exerce, ipse jure, ao membro do Congresso Nacional assiste o direito a O pu- ( 'S tolhido nos atos essenciais a T obser\ anda desse dever”.
I’ O povo tem, assim, no apostolado de>' mocrático de RUY o direito, (jue ne* nhuma fôrça lhe pode tirar, de acompanhar, julgar, aprovar ou condenar os b atos administrativos, políticos c jutídicos de seus Governantes, que são, nos regimens democráticos, aqueles que receberam do povo o seu mandato, conforme jr demonstra a ação e.vemplarmenle apos'7 tólica de RUY, o qual vai mais longe, ainda, ao pontificar; “A Imprensa é a vista da Nação. Por ela é que a Nação acompanha o que lhe passa ao perto e * ao longe ,en.xerga o que lhe mal fazem, f devassa o que lhe ocultam c Ir.aman), colhe 0 quç lhe sonegam, ou roubam, percebe onde lhe alvejam, ou nodòani, mede o que lhe cerceiam, ou destroem, ^ vela pelo que lhe interessa e sc acauteí,' la do que a ameaça.
povos rc.spiram.
M
A Imprensa livn mocrática apo tular th- Hl Y. ap n.is o visual deste rcgiim-ni, oiulc t jx)- órgão vo ó o únieo .soberano, (píer na < S(olha. quer na designação, por livre, dos setis Governantes; ela *.unbé-in e principaluienle, os ciedade democrática. Onde « la n.V) < \istc daí desaparece a liberdade r. (om ela, a lei, porque o povo perde os srus olhos e os seus pulmões (h ixain dr tm,_ falta dc alinosfer;i. !●' o cpi,. mi nos <li'et.i rlrl(,ao f * j)iilmõi s dit }.<)_
não <●, iM .U...I) th -
cionar, ^xir proclama RU^ : o mundo espiriliml tainlM ni tein atmosfera, ePonde eles ;d)sor\
Nos indi\ idiios^ U povos, a sua o ar re.spirá\’(-l. e para onde exalam respirado. Cada um dos entes utilizam desse ambiente incoiptuco. d,senvolvc, na sua exisleneia, graça*; ;\s com esse anibicnle entive*n o pie sc ar
perguntas que tem, uma circulação, uma atixidade sangiiínea, condição primordial de ioda a vida, que dele depende. Não bá \ ida possivcl, .se c.s.sc nioio, onde te.clns respiram, Ihc.s não claliora o ar re,spirá- vel, ou se lhes deixa viciar o ar respira& sua do.
Sem vista mal sc vive. Vida sem vis ta é vida no escuro, vida na soledade, vida no mêdo, morte em vida: receia dc tudo; dependencia de todos; rumo á mercê do acaso; a cada passo acidentes, perigos, despénhadeíros. Tal a condição do Paí.s, onde a publicidade se avariou e, em vez de ser os olbos, por onde lhe exerce a vista, ou o cristal que lh a clareia, é a obscuridade, onde se perde, a ruim lente, que llie turva, ou a droga maligna, que lh’a. perverte, bastandolhe a noticia da realidade, ou não lh’a deixando senão _ adulterada, invertida, enganosa.'- -
O instrumento que alimenta o espiri to das Nações contemporâneas, elevaudo-o aló as regiõe.s da civilização e da virilidade, foi sempre, na lição cívica dc RUY, a Imprensa livre e indepen dente, conforme e.sla sua afirmação pe“Entre as sociedades niodcrgrande aparelho de elaboração depüração reside na puldiciclade orgasc
rcmplória: nas, esse e
SlUCS
ni/^icl.i. c {jt-iviu?; a Iniptcn.sj. I'.liiiiiiMÍ-.i il.i (iniinmi.i il) üSf.s luoi.ii--. cliiiiiii.u-.t, (UI <'ii\( m-nai-a, r M-r.i coum 1)1 ixt I in>>-rin as \ ias i^spir.itorias a nm \i\tn[c^ c pu/i.vsiis no \aiiiiii iiassi-in a insphai,-âo
1 .lis s.io os tpK- miM i’Ui>uu]il.i ministra .los isimilos. ! s|ni.tm as «-xaiaiau-.s p:-i'iik'!ii-
immidade
jniO'- legimem democrático, própU-”J içt)es \ iris e civili^;ldas●, como os e a Círã-Br.tauha. Lei, palavra o atividade política do os suportes ila Democracia, cuja e acima das pretensões por ele assim descrita:
ais iiiii 1 l.lls.ls <● si ith-l.is 1II1I
I III l‘ ii' >1<- dcgciii r.ida ou nii- i-, port.mto. lun Pais loiniaMiiailo, um Pais tlc ●uliiir ntns poiAOJfitlos, ploi.ulo. n.i '■ua Lousuiri.i liit.u com ()'● \icios. 11 '●i ●''i-ii
vnçâo, i-m Iodos os setores ela atividade Iimnaiia. divulsfando, sem censura govornamenlal. idéias o atos quer da aulori- cladt piiMlea, quer do.s membros da coiiaeional Lei, palavra, c imprensa foram as armas que KUY mane jou na sua lula pela implantação, entre UÓ.s, lll rias .\; LLA imprensa são, na ; KIV. esseucia. alheia
il.i lòrça, foi Dtqx>is ilc traçar à iòrça os seus diques^ tia soberania [Iie. e\ e qiie a Constituição, cm nome nacional, Ihc define orgaos, nos tres l’üderes iimdtunentms: o Legislali\ o,
cinu i.i. u.i" p ● lin- ) \plor.iin a'' instiluiç(")es . il.ido de defensor das nossas !\l'Y define, OS P' No aposli
‘●A iiiipieii^-a, ●nt.i sònn nie indi\ idoal: e nm \iiin l’ais. onde todos os (Io po\(>. onde a anlo● Iransinile. pelo (Seniuma bastam dois nao o sancionando, direito de or-
I a I a M
deni [loliti pod. K S em.inam ridatie pnbi' tiniu, da tanles. a Impienvi lo r‘"’npiu .1:.
N;içâo par.i da autoridade Ic- os setis repveseni'OH''titni um el.amai-
Inslitiiiçõrs h'iiioer;il icas. o Exceuli\'o, ü judiciário. Ü l\)der Lcgislatno estabeleceu ela que é e.vereido pelo CüugrcssO acionai ü Presidente da Rcpublira apenas llio saneiona c promulga os atos. Nlas terços de imui i outra Camara, para lhe iiuililiz.ar o \etü; o u resolução não sancionada se promulgani sem a sanção, coin todo o \ igor gislativa. O p.ip; 1 da pnblieidad,, n.i inanntenç.io e vaiori/ação desses sivleiiu lepresenlalno. diz.endc mais a mais, não liberdade do loeid*'/. o eoni r.ii.i no arl. 10, do org.ios (Io: represe earalir
Ein suas lulas ásperas pela doa.ocrj" nossa Patria, KUY sustentou quo èla so existe ondo luneionani, regularmento, os tres Poderes em (pie sc divide a soberania da Nação: o Legislaíivo, o Judieiáriü c o Exocuti\'o. Se tais Pode res decorrem d;i soberania da Nação, ó evidente que cada um deles, paia que possa ser tido como Poder, requer a sua separação e a sua independência das dos outros dois. Eis porque pondera RUY: ‘●s() o Congresso, pois, legisla. Só ele, em ultima analise, faz as Leis. Nem o Che fe de Estado nessa elaboração inten-cni, senão para aceitar, ou não aceitar,'com Airaa recusa meraniente suspensiva, os eia em çoes
L-fimiiKinclo a piiblauladc jomalis- abolo de lato a (deiçao, dos meios de iormar-
(àtxeino liea, o prixMiulo a opinião de enlemler-.s(‘, de promineiar’ de RUY se caracterizou, se Icmse . ●SC A vida cí\'ica vonsnanto o-s conceitos que ora brani, de nm lado. P^‘lc) liorror à violen- inslrnmenlo de governo. ,e. cia, como de outro lado, pelo culto das leis como dos Governantes c dos como órgão dc à \'ontade dos norma de ação governados; da pala\'i;i, t acesso ã inlcligcneia o concidadãos; e da Imprensa, como x'eiculo de apoio, louvor, critica ou reprolá
dal, tuwuch <fur c<ir<i'trrÍ7M n Jif. nui^ ça nUrr o .s/.s/rm// n jnr.rnfotir,. r o ühsoluto. Não s<- podr. po.s tl.m,.,ornar csU- fato prla r\]Jrrs^ão H- r-d «Ia - a -a- t;ão du CámstiluKáo: ó ■> Jtí Cou.s/íífiiív7o.
atos do Congresso. O Presidente da Itc- puhlica, em suma, não faz Leis: saiuJu' vota as , na, ou, temporariamente, LeLs feitas na Camara e no Senado. As sim o quer a Constituição da Repul^Iica. 2\ssim 0 querem todas as Constitui ções modernas. Nenliuma reconhece ao Governo competência de votar Leis ’.
A preservação da atribuição do Con gresso Nacional como único Poder Le gislativo, sem a intromissão indébita, nesta sua atribuição privativa, do Poder inlociuei, , dc .Alnieid i
Não *● ('■ t /o/'i’f/" " p/ÓU íf 1(1 flílí/,■ loflo V in carta sòiiiriitc: ".11 . »U() ct) ír<ni.\r< iK^<‘'‘^'' cou.stiluciouíil. Aind.í dig< lados os jiritidj ( f <io jn'<<(/.> O 1 mais: (ihsolulos ih /;os
inoii.irijm.
I I t.' L' [, .1 1 '. .1 d.i lad.t
N.io 1 I d.l
●!íubli( aiio, rrpu-s. Jit Ult .1. Ir tud.is
gOCtTílO, tin governo r< nia.s ^X)Iitiea.s pnss»'" m-nlimn, não o bonvr mmr.i, m... r po>11.10 rslrjiuil ii\aJor- ( .IS
.siv; l lm\«-!o, lon ‘l"r dn 1 ■.SÍ.KlO. .i OU ((iri)os
Executivo, RUY a tem por conforme liç"àO, ejue invoca, Garret, homem de Letras e homem de Estado português, ao se defrontar com os abusos do Go\erno de sua Patria: i.i i\ - :i< I ris.
U ,V( - o ● >
Poder Executivo violou a Consliluir.io; .● não foi em nenhum de seus acidentei, em nenhuma das suas regras governa mentais^ em nenhum do.s seus preceitos; foi m menda mesma do princípio cumtitucionah legislou. O corpo de delito está feito; os réus confessos. Aos procura dores do povo não SC pergunta hoje se há crise, ou cpiem são os réus; isso é j ' feito; pergunta-se-lhes somente se liã de dar perdão aos culpado.s, ou perscgiii- ^ los perante o Tribunal.
Pndrr I.rgishili' das as [X-ssoas fpicm coiiij>ctr o uhuma autorulad- )»>dr auistiar lhajitc criinc.
M mrtf
demoír;d'“’ Sf (.onlundr, .●ilo da (àuistitni.,*o \o. (àmsl il iiiiiL.‘. ●leitos ein
Is? promnlgaclia, o n
Q Lutando, em sua ação cívica, por um.i / ecpiação perfeita entre o regimem demo crático e 0 poder dc legislar privativo do Congresso Nacional, RUY volta a convocar a autoridade de Almeida Gar ret: “Mas, inquire-sc, ejuando o Poder Executivo chega a esse nec plus ultra de usurpação, cpiando o Chefe do Gover' no legisla tem o legislador o direito lhe perdoar?
RUY adere, de pronto, à resposta nek gativa do consagrado político português, dada nestes termos: “A Constituição do Estado, responde o grande oraiüor, foi 5 ^ violada no seu ponto capital, e.ssencial, na base mesma do sistema represciitati\ vo, na única, na mais positiva e essen-
O reginiom pois, com o resp ;\sseinblcia Inr. tada por inada cie cidadãos eleitorais livres. Tal (.onstitniç.ão, m’> terá iiislitiiido, 'Onn ms ( siin im P;iis. nm rtgnnem d ●iiiocrátieo se, como '.fir ma RUY, ela deslrilmiM a solicnuiei du Naç.ão por tr('.s )’oderes: o I .egislali\o. judiciário, soberanos toconslitiiidos os dois prinu itds p-, li-, res
Execut\() e o dos, e cidadãos eseolbidos ein cleu.oes »r e diretas. os nossos o.uidos Os no.sso.s olhos e já viram c omiram RUY na sii.i asão e.xcmphir de defe.sa do Poder Legisl.aí. c dc contenção <los )>ropoMtos an l„. do Poder Kxccnli\o, proeinando vo ciosos aqui acorrentar, ali snbjugaiq e, ppi _-.j, substituir mfsnio. ativvkíameiUe. o Poder Legi.slalivo, invcslimlo-se, por de liberação piApria. nas InnçAes dc legis lador. \e- }}
ZC.S acornp‘^”^''‘“' a sua ar-, o pápel da Jusli- E mister, agora, dorosa pregação sobreinstrumento essencial do regi- ça como
]IK 111 ll< MUH I ,lli> il cLinur; ■‘Di/ri 1
i-ul.io. a piojusliva muito [loilr. .S< nÍu)ros, [ii- iml sivr** ja sr tnii la liada
Inl \ OI r--. da II m tempo lia (pe- M' iiao .M-m Irpriii llitii; ) .lutiU'* ( (IIIIO II.ul.l. .1 m.iis
piii([ii<- 11.1(1 (In i|il>' dcsp iU) dc'i s, III,lis rrpriitin ijur o S' u ('M|ur« iiiK liliI.
Ida l’l,ll.in <jui-m ( *'I’rils,is qil pnss.i IS Sl-lls
rum a 11 S' U drspii /o. li/i.i lin .sril
INi.ui ' tl( sr\is(ir niii h ;s iián srj.uu .uitln ns julg.ii.ida «ju.il '('iii li is^ nu ijlir .IS tlilid.is .● .iliKjilll.ld.ls. qu
nn,.l. (|IMIlUO siibti.iiudn-M ■2\ .S(''rulns (jur Arish II. r. II.H) I -i! irs a r\visto ibr.i dr -Kin anos d'-pois. ,sr com rssr ■iitriin a\ali.ir rnt.tó th'”*"
SI lis drs,1 ,sr n.’in as pndr \ inl.ii . rili.io-'' -\trU'i (Ir tillio d r rnsnuv.i .|m/rllii< .omo a (imriijns Ias mil-naiias \ ts (■ l)N ;Kliai<‘m"s (]ii mbcbciuri auidi
\ SC UiUJ i' iilgarid.ides. aiiid do que a Jiistiva t' a rssrn- comeneeiain it
litieo e a ■Io seu giaiio po idie.i uni\i'isal. Rt ã euidos organizadores d.i uos. de í.i/er do Inspirado pe Mia eiilliira jm dou. eouio um sa U.-Mim-rafia Hrpiililu': _ S„p,-.nio Tril.m.;.! l■.■.I<■ral o ..rgiu, ,.|k.i.'nlc <la ;i„, liuli.ián», .■saan'.'.-nao .pu- ii|„i.ulo a<pu'I>' Tribunal, ()S (jue o eruirain pireilo tuna
S;iÍ’i;mu)s. «juc “a ^>ossi‘ ch' um lal sistiina ú iiifstimávfl pava quaitjiu-r ua^'rK;,. iiMS ijiiu. sol) unia ouistituivâo ondf su f.i/. inístur tMiUuyar um i,iaiidi‘ jxuirr às mãos írris[)<uisá\ois tio pou). i ss.i iustituiyão ó ahsolutaiiunl.‘ rssonri.il à rxistriifia tia oitU-ui riu romunlião libridadr."
■■\'ímos ijiic rs'a iiis|>iravão irrcbriai ;i MM lonua idrai ua tamstituivão tios I-NLulos-làiiilos. i>iiilr a mai^istraur.a r>l.i ilr litiartla ao dirriío iiiiulaiurut d do j>aís toiitiM as usurpat,õ. s do ‘j;tn''.uo t' da liMislalura. Cãmiprrriuliamos. onlim, (|iir. srm rssa (òi\a i!<“ lapiililuàti. jião j>íhIi‘ Irr Siuirtlatlr o rr;4Íuirm lrdt;Mti\o. nrlilirramos. jiois. v.isar ut’ssi‘ >»i\Uíd luoKlr a jusliva hrasilriia.”
ina
Ic- eeii: do Pü- ein lhe ;issegui:ir de, (pie. p.ir.i n.il i‘\‘d('ral do Cons(i\-emo'í eni -i —, iov.iiitar forlaleza inexpugiv. esseiK rarain
C'onlu'i (.'di'1'. jicla pnipri.i expíTinuia (Io .srii ucnio político, dos piuàgos (pie (crcani as in'titui(,õcs Imm.uias. .UL^Y SC c'lor(,'oip n.i sim taiala dc organiza dor da |u.s(i(,\i da D(‘nu>craci.i llepublic.ma incipiente, cni g.iranlir a imUqxMidcncia c a autonomia do P(xlcr Indiciário cm noss.i Terra contovmo csclaro‘‘.Mas l.inio (ra o nosso ('mpenho .1 mais sólida rcalida ● dotar o Supremo Tribntoda a independência ●ial ao sen papc'1. não nos aliguiiastante as gar.mli.is da Consli-
luição Amerie.ma.
‘‘Não taxando números aos mcinbv.os da(]uela MagisUatnra. o pacto iixleral dos 1‘Ntados-lhiidos, abre, ]xu' aí, bre cha a insasíães perigosas de interesse político, aeaslel.ido no Cãmgn^sso. assim (pie ali, semlo eonslitueionalmcnIc ind('lerminado. o Còrte Suprema tem variado, á mereè da com'cniencia política de certas ora elcvando-se a 10, 7, para últimamente se fixar em 9. vista, ali ao vel. (auglo -s.ixo- pensavamo.s ne.ssa Justiça ●.j (le q'“' laird Rrougliam falou com emoção, nc.s,s-a Justiça liada pureza de cujo arminho m- ()U\'iu, sequer, murmurar ein s''giii- V pnr entre a mais des(‘ncade:ula vio- ‘ iii das paixões, através das inai.s ,som- '(oiineiilas popularc.s, cpianclo a Co, a Igreja, a Camara do.s Pares e a T*' Coiiains SC \'iam assaltadas com a desnicdidn fúria pelo descontentaeo:üm .1 [aiú‘‘ ininei iiunÉ leiicf l)i'ia.s miniero de Juizes da eausas ora baixando A mais mento geral da naçao.
“Se houvessemos deixado aberta es sa porta no Brasil, as situações violentas, como a de hoje, teriam começado i>or ageneiar no seio do Supremo Tribuna! uma segura maioria, mandando, pela de í^ue sempre dispõe no Congresso Nacio nal, elevar-lhe, na proporção convenien te, o numero de Juizes,
“Foi a esse mal, de consequências in calculáveis, que, com uma providencia até agora não notada pelos mestres da crítica fácil, puzeram cobro os autores da Constituição Brasileira, negando ao legislador ordinário o direito de alterar o numero daqueles Magistrados, por ela fixado em 15. Lsso, ao menos, lizeino»; e se o não houvéssemos feito, muito liá que a Justiça Federal estaria absoluta mente reduzida a mera chancelaria do Governo”.
No pensamento e na aç-áo, BUY que ria 0 Supremo Tribunal Federal como órgão último e irrccorrivel da interpre tação das determinações constitucionais, ao contrário do que afirmava, então, c ainda hoje afirma, a maioria de nossos Governantes, segundo ele adverte: “Tan to vai do.s homsns que fundaram este regimem aos que o estão gargantuando, tanto da democracia jurídica vinte e cinco anos, encarnavamos so ideal, à demagogia anárquica, misto de cesarismo c indisciplina, pretorianismo e jacobinismo, em que os ideais de hoje supuram o seu virus.
Aqueles faziam da Justiça a roda tra do regimem, a grande alavar^-a da sua defesa, o fiel da balança constitu cional. Estes, se lograssem o que inten tam, reduziriam o Supremo Tribunal Fe deral a uma colonia do Senado.
Em vez de ser o Supremo Tribunal Federal, qual a nossa Constituição o de clarou, 0 derradeiro arbitro da constítucionalidade dos atos do Congresso, uma das Gamaras do Congresso passaria a
ser a iastancia dc cornarão paia as sen tenças do Supremo 'riilmnal J-** <l* ral.”
üs governanlis ad\ rrs.n íus tio ino biiscavaiii. hnscain. car a .sua atitude, trinaçã<í tle iiistalaiia in> ditadura jiuliciária, o ijiuesta re.spo-sfa .sarcastii a; iiãü usam esji.idas. dis[>õem <lo Je-souio. Íumiíjiiários.
.Supre.itiul.i. jiiNlifia tlouPaís a III' ie> < II cielc “O.s tll))UIMÍS ale'.'.imlo I jllo ()>. ird>u!iais não ()s tiduiii.iis não ( tnlmiiais nãü .Sciiarlous. nomciuiii escolhem Deputados e tribunais não í.izmn .Ministros, não <lisIribucin candidaturas, iião ob g' m i- tli-.selegem prc.sidintcs. Os liilmnais n.ãn co mandam iiiilicias, e.xercilos e «● sqiiadras. Mas é dos 'Pribuiiais «pie .s<‘ tvim in c sacerdotes <la imai ul.dnliil.Klc Os tremem os r( pul)!icana.
Coin ü.s governos, isso agiira e <mira Cüu.sa. Das suas ditaduras nao se aireDcniocracia brasileira. Niiegm-ui tliladur.is assu-sta ceia a aqui SC importa coin as sidenciais. Niiigucin .se ditudura.s militares. Niiiguein se nuiuifta candidaturas cauclilbe.scas. ● defende, so pretoiii aS Nin- coni as guem sc acautela, s. contra as ditadiTas tio Potler L>^eouli\ (). íP itidep!. ntlencia 'Iribiinal Podoral KUV, uin <los liiljuna
Esta autonomia, prcmacia do Supremo loi, no apostoladü dc meios dc que .sc serviu na lica e judiciária, c, também lismo, para resguardar eherdade dos cidadãos brasileiios, sog,,„, do declarou, numa de suas jornalísticas; “Qual é, com eleito, o so compromisso jornalístico? Advoir^jj. Direito perante a Lei, discutir o Gov no perante a Constituição. Ora, o de.sompenho de um tal programa prc.s,suJ>^^>^ ao menos, um resto de rcgiiucun consti- tucional; a Justiça. Mas, se o cios guardas supremos da Constituição Repu- blicana reconhecesse ao Governo o ari , em que, a o nose sulK)líim jornare.stiluir u li¬ mesnoso er-
LGraças à Tribuu.d I'rd
bitrio ilr premh r milil.mufnlc. c reter, com processo nu seiii ele, no fOiro mili tar, eifl.id.ins istranhos ao I'.xereilo, a e^taIia tnnverliila num grande num \ a>tn quartel.” n: gani/-içâo ilu Supremo I ral ua> eoiuliçxães di .serita.s. e. «-m pli-ua ditailui.1 militar tle .. alguns eidadâos a Mia subtraída, enl.lo, pelo ai'Íú«)rgáos do FoiliT KM“e.:ti\o, o qiie fc/. UUV exelamar. eom vuloría. iiiim dos artigos do seu aposlolado eívieo: “.\i;ora. todos sentem lU) Supreiiio Tribunal l‘*ederal o «pie os anloi<s da (.■onstiluição (juiTÍam i|m' el(' fosse: «●sse órg.lo e(»nseienl«' <la soberania da Nação. ein*eujo nome falou o ;eu \'encraiido IVi sideiUe. ao pronunciar a for mula r('deulora, e.ssa força, es.se Poder, essa .Autoridade oracular. rpu' repre.senta, neste sistema de CIo\erno. a i-xpressfu) viva da Lei, a chave da çbúão e o eixo da Republica.
meeíing de oiwsiçáo? que de sitio a liern.irda oficial. O direito dc
Seria o mesmo ir :u'ordar em procissão o estado Nação Hegimeuto. o Hr.isil
reunião publica está morto. Converteuse em pri\ilégio para os mazorqueiros do eiilu.Masmo governlst:i.” han faee d;i \iolencia governamental contra os oposicionistas, aos quais tira, o direito dc se reunirem na pode d 1S9‘5. n slitiiir-;i lilierdade, trio dos nao apenas praça te. mas, indi^●idual. acentua RUY. na sua missão tutelar de defensor das liberdades púlilíeas nacionais: “Para assegurar a herdade ixxssoal. não b.asta proteger a de locomoção. O indivíduo não é Üvre. [xirque jxido mudar de situação na supúblie.i. stnu armas e paeificamenainda, a sua própria liberdade li-
Issta euforia duron pouco, entretanto. Ajiesar do um Suj^.emn Tribunal Fede ral inloeasel, não lhe foi [xrssivel garansob a ditadura militar de Floriano Peixoto, Iodas as libiudados publicas, sobretudo as dos eonúeios. tão livres c re.speitados sob a monarquia de Pedro II o que levou RUY a fazer c.stc eon- Irástc : "Tivemos os mcctings momstros, mcctinfif! do indignação. Discutia-sc neles o Governo, a Constituição, a Coa Duiaslia, e isto era cm praça
perficic da terra, como o animal c como os corpos inaminados. Ilá liberdades que interessam à ixasonalidade ainda mais dirctamente, e que .são a égide dela. Tal. acima do todas, a liberdade de e>q>rimir c comunicar o pensamento, sob as for mas iniprescindi\eis u \ida intclcchial, moral c social do homem. Dar-lhe a fa culdade mais extensa de deslocar-se, rclirando-lhe a de pòr em comunhão os suas idéias eom as de seus semelhantes, é infligir-llic a eiofenrm mais degradan te, a coação mais dolorn.sa. a ilegalidade mais pro\-ocadora, c mais insolente dos abusos dc poder. Como denegí hcaS'Coi'pus aos que padecem assim na liberdade suprema?”
Qual a razão deste retrocesso? Onde a causa dos males acima descritos? Es tará ela apenas na predominância dos militares? Não haverá, além desta, mais alguma causa? RUY. sincero e leal, diz que sim, c se decide a denmicia-la, di zendo: “Quando nos lastimamos dos males do predomínio militar, devíamos advertir primeiro em que as classes, que mais o deploram, são, talvez, as mais responsáveis por essa calamidade. O mi" litarismo ocupou o lugar deixado no go-
anças as.sístiam a estas agitadas reuniões populares. E quando nos acusavam de pretendermos turbar a ordem pública, nossos filhinhos iam atestar com a ino- cencía c a alegria de sua presença as intenções benévolas do País. Quem ou saria hoje pensar, nesta Capital, em ura lir, ar o /mos ron, aberta, ora ás barbas da Policia, na rua do La\-raclio, no recinto imcn.so do Po liteama. Os velhos, as senhoras, a.s cii-
t vemo nacional pela deserção do país à o seu sógredí), a condição da sua pojnif audacia dos mais arrojados, como objeto laridade. O Ii).\<‘rci{o ccrfaim iil. i> --abc.
V j)TÍmi capientes. Ele não deslocou as in- Xão quererá (jiilra função." fluências naturais, não teria elementos para desloea-los: achou-as fora do seu pôsto, adormecidas, inertes, resignadas à destituição; e assumiu-o. Quinze mil baionetas são muito pouco, são nada, . guardar prisioneira uma população de quinze milhões de almas, num ter ritório de mais de oito mílliões de
Não é por inimizade ao Exercito que ele não o aceita como Governo. É pela natureza mesma desta salutar e necessá ria Instituição, como e.xplícou, nohrcmcn0 Exercito, pela natureza dc suas ■ funções, está subordinado a um regimem peculiar: não tem, j>or via de re gra, direitos politicos, nao pode peticiof nar, nem deliberar, nem reiinir-.se sem autorização legal. Por que? Porque não pode ser político; porque não pode sen tenciar sobre política; porque deve obe- decer ao Governo, >1 ) scr\ Ili
Pouco antes da Piimeir.i Càu ii.i Mun¬ dial, RUY ínsist; em se afíim.u .iiiiigo do Exercito, jíroclainando a lea rssid.ick» dele, e distingníndo-o do milit.ui''ino. que c a sna negação, eoino i >p(')s, . uião,. com a .sua cijstumeira eh-.e/.i: “N.i l.ist»atual da civilização, o milil.ir coiresjxnide u uma necessidade, l-iui (piahpu r ins tado social, ao contrário, o milit.u ÍMm> será uma desgraça. O militar é a l<)iç;i obediente. O mililarisino, a fcãrça do minante. O militar c o soldad< qui lômetros quadrados, e ditar-lhe sobera namente a sua vontade.
do. O militarismo, o solchido rciu.oul
O militar é a espada sob a Lei. (J jiiilitarismo, u Lei debaixo da espada." o. te;
Sereno, cmiiora .se\ i ro. HL'Y toi declarar com a sna )iabitu;il sinccrid.nJr; “Não nutro pre-venção (ontia o elemenlo militar. No caso dc agora o lenho 2^or menos cnl^^ado rpie o ei\il. O ele mento militar está na fàmstitnição, mas subordinado à orden ci\ il. Da imer são destas posições resulta o niilit.uismo, que é o (|iu; eu condeno. A subordj ção da ordem civil ao elemento miliiar. Empenhado eni não deixar
na ,i e não govcmá-lo. Sc Exercito julgar a política, o Exercito necessariamente a fará, cumulando em si os papsis de prolator e executor do ' julgado. E onde fica, nesse caso a Na ção?”. o naqne ;i Mia 2>regação, em matéria tão grave, não fos se perfeitamcnti.- comprcí iidida. r Anos depois, volta ao assunto, numa de suas pregaçóe.s democráticas, j>ara in.sistir que é por muito bem querer ao ^ Exercito que o quer fora da política e do Governo: “A Conferência de Ihiya r me deu a vêr o espetáculo vivo da im* portancía das armas entre as potências reunidas para celebrar a{i('Saí da clareza dc .siia.s palavras, RUY assim conclui esta parte de sua enlrcxisla: .sa distinção e essa re.s2X).st,i se acham cm todos os meus atos, em todas cminciações de imm [X-nsameiito a c“ss(.> respeito, cm toda a niinha carreira pú blica desde 1889, ainda sol) a monar quia, até Iioje. Anti-milUarista, .sini r sempre: anli-milUar, não e luinca. Esas a 23az.., ‘‘Mas por isso mesmo que quero o Exercito grande, forte, quereria pesando sobre 1 exempMr, nao o 0 governo do ^ País. A Nação governa. O Exercito, como os demais' órgãos do Paí.s, obcdcce. Nes ses limites ó necessário, é inestimável o ^ seu papel; e na observância deles reside
Finalmcntc, e 2>aru fixar beni o scii nobre projiósilo, ao fazer a distinção rea lista entre mililar e ■milU.arismn, RUY descreve esta situação: ^‘Eis iiíjiii liem visível, nesta contraposição, a diferença
eiitic ino.
a re.ilidailr militar c o militaris. e>.tialéi4ia das brigadas de Ib. runi cnctíiUro <.<un a
liin se de.-^tina p.ii.i i''rani;.t. d.is mi.sNas luigadas. para a eleição dos I ’ri'sidi'iiU'S."
.\ pregação de 1U’V. iios periodos aciin.i Iraiiserilos. ein .Setembro do .iiio passado, eu: (.arta diriiiid.i a nm dos mais ilustres miÜi.ires do nosso l‘'.\eiiüo. na (pial diss” eu; ‘‘Não (le\o. não |)osso e não ^pu“■o des prestigiar o Exercito, porque neh e.slá uma das iiuças d" resisli-neia ;io C« nm-
‘‘Entre os im-ios de constrangimento brutal, é mister notar, em 2’*‘hn‘-'iro lu gar, o Extreito, a Policia e a Grnfhirnií/nV/, as Pri.võc.v e os Trihinuiix. c seus ór gãos auxiliares: espiõe.s, i^roNOcaclores, rompí dores de gre\-es, as,sassinos assala riados, ctc..
“O Exercito, no Estado capiitalista, é unia organização à parte. À sua frente SC encontram Oficiais Superiores, os de altos galões”. E!os sc recrutam entre os intelectuais”.
a esta corrente que deseja conquistar o Poder governamental de minha Patria? .●\^>oiailo na doutrinação apostolar de Rl'V. ponderei, com lealdade, ao emi nente militar a quem me di‘ não desfrutar de sua honrosa amiza de: "O Exercito só será, em nosso País, uma bam-ira à \ itória do Comunismo se ; ele se eonsrTxar dentro da Ordem Constitueional^ obediente às Leis, que nela xigoram, e sujeito aos preceitos da Jus tiça e do Direito. Quando, então, vejo militares es(iueeer('jn estas normas, para mim impostergá\eis. não be.sito on le\;mtar a minha voz para adsertir aqncque, eoin armas na mão, pretendem rompè-las, eom manifesto desprestigio para a Instituição a (pie pertencem c ijue meri‘ee di' mim sin.era admiração e leal gratidão pelos serxiços (pie pres tou a esta Xação. É por ipie amo c es tremeço, com a maior intensidade ao Exercito de meu País, (jiie chamo a aten ção chupielos i[iie se empenham cm cles\ ia-Io cie sua nobre e superior Duissão”. Não raro lançam sobre RUY duas res trições: i do (pte aluou, na \ida publi ca, imoeando princípios idtrapassados, c a ele (pic, apesar dc velho, foi vim 1 Proíessor dc desordem no meio social brasileiro.
na; , apesar tiiilia reeordadi'. u j.i a uismo e((niomieo e político eni nossa P;itria. Seri.i uma injustiça, que eu ja mais jnatiearia, (hseonlieeer a ação sa lutar e eficiente (pie o Exercito tem exercido dentio d;is nossas fronteiras eoiUra as investidas violentas do Coimiles <pie se refere à ürdnn piiblii.a. - ço esta afirmação de Boiicni seu livro de divulgação do regimem eomuuista e crítica do regimem capitalista, intitulado A B C DU CXXMMUNISMK: contra a insmo no Não <leseonhc khariiu i o Estado dispõe, meios de classe operária, de eonslranginiento brutal <[iuinlo dc eseravização moral, (pie eonsliliu-in os órgãos mais imporlanles do Estado capitalista.
Estas restrições foram e são, além do descabidas, manifeslamente injustas. RUY foi, em tudo, homem do seu tem po, como demonstrou na campanha pre sidencial de 1919-1920, muna dc cujas Confercncias ad\’crtiu: “As nossas Cons tituições têm ainda por normas as de clarações de direitos consagradas no Sé culo XVIII. Suas fómiulas já não corres pondem exatamente à consciência jurídi ca do Universo. A inflexibilidade indi vidualista dessas cartas, imortais, mas não imutáveis, alguma cousa tem ds pc:der (quando lhes passa já pelo qua-
Sc sou c senq^rc fui advcjsário intran sigente do Comunismo, como j^^deiia me fazer inimigo dc uma instituição, co mo o Exercito, que se ergue, cm meu País, como uma barreira intran.sponivel < <(
L
drante o sol de seu terceiro Século) ao sôpro da socialização, que agita o mun¬ do.
Aí está a prova incontestável de que RUY não foi hostil às necessidades jurí dicas de seu tempo. Sentiu, pela reali dade social observada, que urgia séria modificação na formulação dos direitos da pessoa humana, a fim de que intangivel permanecesse o princípio da dig nidade pessoal da criatura humana.
Paladino do Direito e da Justiça, não preconiza, todavia, esta mutação pela fôrça e pela \doIencia, mas, ao contrário, pela Lei compreensiva e nobre, para o que pondera: “Mas para que se consuf mem proxâdencialmente estas transforí mações, cumpre que elas se operem com r equidade, com bondade, reconstituindo r e não destruindo; cumpre que se apoiem, ^ não na cobiça, não na inveja, não no ódio, mas na irmandade, na caridade, na solidariedade, pagando cada camada p social, voluntariamente, com a cota de ^ abnegação, a cota das reparações, que |b às outras camadas se deverem”,
r Esta é lição maravilliosamente de bom senso, equilíbrio e sabedoria que coloca a aspiração das transformações jurídicas e sociais das Nações no seu exato e verdadeiro terreno, e refuta aqueles que apontam RUY como retrogrado e reacionário.
corra na acusação lerrixcl rh.- estar sola pando os aliccrcc.s da .socÍc<l;ulc".
Pouco lhe importaram, port.mto, as ameaçxs contidas na acusação (pn- de nunciou, para fu.sliga-la cm lermos lapidares. Continuou sempre, uo Ii>n'.io d^ .sua vida varonil, da mocidade à maturidade, repudiando, com íirme/a. a sua rjualificaçãtJ dc \flho, emitindo, n.i eampnnha presidencial de I9H) <■ lti20, con ceitos (luc a mocidade dafjiiel.i época^ como a dc hoje, abraça com admiração, respeito e entusiasmo, por<pie m ies \C* e.xcmplo que ela lerá dc .seguir, sç quiz.er ser a construtora do Brasil forlo e grande dc amanhã. Na C.'oní« ri-ncia de Juiz de Fora, BUY esclarece <pie maturidade não c moti\'o jmra (pie al guém sc oponha à evolução necessária das instituições sociais. Eis, sobre isto. o seu parecer: “.Acobertar-me com a ve lhice, para mc esquivar a um sat rificio penoso e nobre, taml)ém não seria eu quem mc rehai.xa.sSe a fazc-lo. Que c a velhice? Uma das mais relativas humanas se a medimos j)clos ano.s-. As mulhere.s, di/em os ingleses, e muito bem, a.s mulheres t<}m a idade tram: os liomens “a rpie .sentem”, não me sinto velho, senão quando tenlio que fazer. Em me sobrando fa, sempre me achei moço. E mocidades não vejo, que pela minha carga dc idade, fosse fossei”.
Cjue preço
1) cousas que inos.» Eu nuQ tare., quantas nao trocaria por
À segunda restrição RUY com a exp' periencia dos anos e das duas lutas me moráveis em defesa da Democracia co mo expressão de um regimem que se as senta no Direito, na Liberdade e na Justiça, fustigou, com a sua costumeira bravura, os seus acusadores, denuncian do: “A tática defensiva dos fundados no abuso está na .sua e na sua palavra x-erdacom com- governos nisto: não
Quero terminar, meus amigos, c.sta ressurreição, ou mellior, esta invocação de RUY, no seu genío tutelar, ação apostolar deira e exata, patriótica c brilhante, esta lição de otimismo ante a vida, o de coragem ante o civismo, na certeza de. que os jovens de minha Patria preenderão agora c patrioticamente a mensagem de Liberdade e do Direito, ^ de Justiça e da Sabedoria que llies apre-
t se pode abalar seriamente' os alicerces * aos interesses do arbitrio, sem que se in- á
senla, pmnanenlcnu-nlf, o lulvogado único o ;Kl\oe:id(i p.ilriota, o acKogaclo corajo>o (juc «■ntri iitoii a iiuoniprocnsão ílos Jnizc'^. p--iaiilc os (piais jxislulou; dos políticos, contra os (juais pelejou; c dos inililaies. aos (piais ipii/, [lor amor do IvscTcilo Nac ioiial. eoloe.ir lora da política. nioc,os c!<sua o nobre B.AHBO.S.A, ide.il credo e na afinnac,'ão (pic', a seguir, rcp-tirei, para [)ro\ ar a sua indiscutivel atualidade perene: “Creio na liberdade onipotc-nle, ciiadoia das Xaç,t‘)-.s robus tas; creio na Lei, eniana(,'ão dela, o seu órgão capital, a primeira das suas neces sidades; creio (pu-, neste rc‘gimein. não há poderes solieranos, e solierann c sc) o Direito, interpretado pelos Tribunais; creio cpio a própria soberania popular necessita dc* limites, c (jue esses limites \cm a ser as suas (;onslitui(.ões. jxir ela mesma criadas, nas snas horas de inspira(,ão jurídica, cm garantia contra os seus impulsos de paixão clcsordcanida; creio cpic a Republica decai, porque se deixou estragar confiando-se ao reginiem da fòr(,‘a; creno que a federação perecera, sc continuar a não saber aca tar a |usli(,'a, porcpie da jusu(,-a nasce confian(,a, da confiança a tranquilidade, da tranquilidade o trabalho, do trabalh.o a produ(,’ão, da produção o
credito a opulência, da opulência ã res ponsabilidade, a duração, o vigor; creio no govonio do po\'o jx.do poyo; creio, porem, ipic o go\erno do povo pelo po\o tem a base da sua leiíitimidade n.i cultura da inteligência nacional pelo de senvolvimento nacional do ensino...”. ; i .Viitio .1 cnmicção dc (]uc os hoje ^■^|●)n^al■ãl) cmiu) Iniudcira
Mípcrinr ideal dc RUY ele rcsiiniiii no
Esto credo exigia uni complemento I iicrgico c firmo. O Aiwstnfo cia liber dade e da democracia, do Direito e da Justiça cm terras do Bra.sil, não poderia minea omiti-lo. Por isto, afirmou: “Rejeito as doutrinas do arbitrio; abomi no as ditaduras de lodo o genero militares ou científicas, coroadas ou popu lares; detesto os estados de sitio, as sus pensões de garantias, as razões de Estado, as leis do salvação pviblica; odeio ■>« as combinações hipócritas do absolutisino dissiimdado sob as formas democraí pie ticas e republicanas; oponhu-me aos governos cie seita, aos governos de fac ção, aos go\’ernos de ignoracia...
Nestas duas manifestações belas, onév- . gicas c corajosas tèm os advogados dc hoje, como IRcram os de ontem, e le rão os cie amanhã, o breviário perfeito cie sua atividade no exercício da advo cacia, vinculada aos preceitos da Justiça a c às exigências da Democracia, como rcgimcni adequado à x^alorização da dig nidade da pessoa humana e das normas credito, do políticas dos povos civilizados.
LEVI CARNEIRO
Jo.sÉ HoNÓiuo Roniufiiiici.
J^EVI Carneiro não andou nunca de braços dados com o Estado, ncin acreditou que a razão de Estado fosse sempre a verdadeira, a legitima. Pres tou, é certo, grandes serviços ao Gover no do movimento de 1930, quando auxiliou na redação de algumas leis fun- . damentais. Mas o importante é que í , carreira
um
nos meios legais para loirigit .is cit-íJcias e insuíieicmias uac ionais. o
sua
é o resultado afortunado de I qualidades pís.soais, morais e intelec tuais que o levaram de simples unc-ial de contabilidade do Ministério da Ma rinha a juiz da Corte de Haia. Homem íntegro, digno, èle conhecia bem sua profissão, e foi através dela, coadvogadü, que êle desempenhou t tos ofícios de relevo. É importante as sinalar a fidelidade r » mo ancom que manteve sempre seus ideais de um sistema cons^ titucional representativo, democrátieoliberal, com as garantias das liberdades individuais.
nem foi um .simplifit'acl(»r em in.iléria político-jurídica, ou mer.iim nt<- jurídica. Xão Í(JÍ um iKJinem do j)o(!« r. nuis homem de cultura, (jne ain-ditava deíi-
o
sentido de sua vocação jiiridix.i. no cxcrcicio da advocacia, d.i gr.uid-- .ulvocaciu, de sua curta c ilusir.ula .n ão j>olitica e du sua obra juridico-polilu .i. Como historiador jxjlíticc», ele 1 ./ o que ix‘)de c soube. X'0 PVdi-ralismo o Suius E.xplosões (I.o Càmgresso d<- Jlis~ tória Nacional, 191-1, Hcvisla do histUu^ tu Histórico e Ceo^rófiro Rrosih iro. p.ir« te Ilí, 197-280), êlc susl! iit.i (jm- o U».. deralisino resume o mais largo trecho da nossa história politica, e lig.i a asj>i.. federalisla aos inoviim-ntos n voln^
raçao cionários desde 1817 a») inanilesto ivpu.. blieano de 1870^ preparatório do golp^ de Estado de 1889. Para èle, o it-dera.. lismo é “a sohição necc.ssária do proi>h^,. ma de nossa organização ixilifica: ó salvação da nnidade naej(jnal; ó rantia do progresso nacional”.
No seu ensaio "Federalismo
^ Numa vida como a sua, longa e i’us- ^ tre, não é fácil resistir às tentações de moníacas do Poder, c .saber conservar a cabeça fria, num país constantemente perturbado pelas conspirações civis-militares e pelas crises econômicas. Êle nunca contribuiu para a gradual depre( ciação e descrédito do sistema representativo, do liberalismo político; soube distingui-lo do liberalismo cconomico, de tão nefastas consequências no Bra.sil; ;\ a gu*» c Jir'i^ ciarismw (Rio de janeiro, 1930), alóui da defesa da tese do l'ederalismo, sus-, tenta a .significação decisiva do Poil Judiciário na organização nacional, um Iraljalho lii.stórico-jx)lí(ico, meça examinando cr
qiio co^ o Superior 'Iribunui dc justiça do linpó-. ' rio, ‘‘tolhido, depeu.. dente do Executiv controlado pelo gi.slativo, subordina-, do ao Poder Mode- * rador do assim “efetivar o não poclen- M
.supri'iii:u i.t \.ic il.inlr tl.i f a pi()lr(,ã(i (liis direitos por ass(';4uratíos”.
Su.is ur.uides admirações juti<lieas. Hui lkirl)os.i 1- Pialro l.ivssa, for.im .seminsjiiradolt-s de seus esi'1'itos. lvU‘ se proel.miasse a r<-diral. "O Tiibnii.d ló-der.d”. alirmava
J93(>. tem siilriiio criticas .is mais variatl.is. mas ‘‘.iii menos sol) certos as pectos... não li iii f.dlado ã sua mis.são coiisliliieioiial. Não dei'larou, é lerpre os queria f .ispii.iv.i tpie siq)r('inaei.i do |mlieiário
Supr<ino em to. a iiieoiisliliu ionalidade do l.stado de sitio, ri-etisou-sf a apreeiar-lhe a neees.sUlade. a lei:itimidade; manteve prisões mas por ontro lado assenarbiS' ni J)roc esso, {ou algumas restrições vultosas ao trio do Pochr l-Aciiilivo”.
(,õcs do 193-1, das basos dosla Coiisliluivão de \ida Ifio pro', ária. como iuspir.u,ão recursos para os estudiosos e estudantes di‘ direito e de ^>t)lítica. \uma dessas j>ei,as èli- declarou que '*<) l’b\ecutivo exorbitou, o lt‘<j;is!ali\o submeli-u-sí-; só o Podi-r ludiciário uão prevariet)u”. (--VmiKv d(i Asscmhlcia Nocioiutl (.'oiistituititc. 193-1. 1.0 vob. pág. -18).
Presidencialista, èle combateu sempre o parlamentarismo, como o mostra cm seu li\ro T/ík/ Ex}H‘vícíu í<i dc Voihimcii’ /í/rí,v»Jo (São Paulo. 1935); como um }muco antes combatera o xoto do,s anallabelos (\'{)/o dos Aiudfídnios, Pi-trópolis, 19(>l). que eu detendi eiupianto pude no Joriud do Hrasil, reprodm/.iudo depois os argumentos no meu livro Coucdiação (■ Reforma (Rio de janeiro. 1965).
Seus vários diseiirsos, bre c‘sla inatiaia, como fonte p.ira o
(ianieiro teve mu pajK l impor- 1,'VÍ laiite na elaboração da C.ousliluiçat) 193-1. Cà)ui)e-Ibe ser o la-hUor do projedo Poder judiciário, esjíeeialmente sonu'reeiam public-ação. estudo das aspirade to de organização
Memória prodigiosa, orador fácil, infle.xíxvl nas suas con\'it\ões. Lovi Car3U’iro está presente no nosso espírito pe lo seu idealismo, pelo \igor na dcfcesa dos dircàlos humanos, nas horas doloro sas ein do absülutismo. Êle mn exemplo e um lonsôlo.
(juo o govèrno seguiu o caminho permanecerá como
Tecnologia para o Brasil Potência
Edu/VHDO Celestino Rodrigues
^ Brasil assombra o mundo pelo seu desenvolvimento c já se fala em Mas não é H milagre. É trabalho árduo de um bom jp Governo, trabalho árduo de um povo - motivado.
-MILAGRE BRASILEIRO.
' Somos hoje o décimo país do mundu, 0 oitavo do mundo ocidental e o primei ro do Hemisfério Sul em Produto Na cional Bruto. Porém, nos.so próximo pas so será extremamente difícil.
Necessitamos melhorar, e de muito, o nível das nossas Escolas de Engenliaria. Precisamos intensificar cursos de es pecialização e pós-graduação. Precisa mos ativar ainda mais as Divisões Téc nicas do Instituto de Engenharia na atualização e troca dc conhecimentos de nossos engenheiros.
Devemos enviar engenheiros a cursos de pós-graduação e especialização nos centros mais desenvolvidos no exterior.
Precísamo.s incentivar a Pesquisa, dan do ênfase não só à Tecnologia Indus trial, mas também à Tecnologia Agríco la. Precisamos melhorar e dinamizar ainda mais o nosso I.P.T.. Precisamos dinamizar o Instituto Tecnológico de ( Alimentos, o Instituto Agronômico e outros Institutos de Pesquisa. Devemos jios i manter, através da pesquisa, numa con tínua transformação tecnológica.
Tôda
Nossos pfS(]Uisadores elevem ser me lhor remunerados e inellior aproveiiados. Muitos de nossos pescpiisadores eslão hoje afogados en% l)uroeraiia ou cm earga exeessiva de aulas, qiiamlo seriam mais úteis na própria [)e.s(piisa. A capa cidade de nossos [>es(juisadores jx)di‘ ser rapidamente aumentada c ri.indo imedia tamente o Cenlro de Inforinai,õe.s Cien tíficas G Tecnológicas <; logo de[K)is uma Rede Nacional dc Informação Científi-
A estrutura <los nossos inslitultis clc vi pesquisa deve ser eomidctaiiMnlr al- * torada, lornando-os livres da burocraci* em (jue vivem e futu ioiianclo lal loinO , empresa privada de alia eficiêneia.
S ca c Tecnológica.
Devemos fornecer mais vc-rlias à FláSQUISA. A curto prazo, o mais l>arato c mais comodo é importar 'recnologiu, mas a longo prazo é o mais caro o mais incômodo c se não criarmos a nos sa Tecnologia ficaremos sempre clcq>o dentes dos países mais clesenx olvicl seremos tecnológico decisões do nosso processo ele desenvol vimento.
Numa fase transitória vamos conti nuar a importar Tecnologia, mas \-acuidadosamente verificar o
o nos, verdadeiras colônias sob aspecto e perderemos o eonlròle clus quo mos importamos para não pagarmo.s Teenologia obsoletas.
Tecnologia pode scr importada de xários modos. O mais barato será impor. vez que se fala em pesquisa e f tecnologia, já se fala em Secretaria de Tecnologia ou Ministério de Ciências Tecnologia. Não precisamos de secreta rias ou ministério; necessitamos, sim de institutos de pesquisa desbiurocratizados, E de pesquisadores bem remimerados e melhor aproveitados, e de verbas.
tar técnicos ou mesmo eonq^rur projetos e processos. Vamos precisar conhecer em todos os jjormenores o (pic vai pelo mun do em Tecnologia a nós necessária. Não tenhamos medo, quando necessário em espionar, mandando engenheiros ao exe
terior paiii ‘j.iIrt v apmukr o cpi? s.‘ faz nos inaiuri-s ci-ntros iLcnológicos cio mvm-
Ocvcmo.s passar da Tecnologia Imilaliva para a Tecnologia Adaptadora ao nosso meio c finahnente à Tecnolosia Criadora. Precisamos ser ambiciosos c mais do cpie passar à simples substituivão de Tecnologia Importada devemos passar à cpiasc auto-suficicncia tecnoló gica c audaciosamente wnder tecnologia 1 lá fora. do.
Precisamos ahsorvc-r o conhccinv. nlo do mundo Ueiiológieo c aplicá-lo para o des' M\oK iiiu nlo do nosso pais. l’rcliá jH-lo mmulo cm tccnoloííia palriitcada on não c da pati-nl; ad.i da on não eisainos s.iIhT o que no exterior, qnal a prolegipor [>atenles brasili-iras.
'I'emo.s (|iie ser anclacio.so.s. A nossa audácia é alieeiç.ula pela eomieção di que estamos constmiiulo um gr.uide p.iís.
Os saerifieios cimijx-nsarão.
Poderemos sempre pagar tecnologia importada sc- ela realmente aumentar e melhorar nossa produção e nossa pro dutividade.
Paralelaiixiilo, dexemos incentivar mais pi-sipiisa nas án-as mais carente.s c nas árc-as onde já gas tamos mais na importação de tecnologia.
\^amos, (juando ncces,sário, importar Ic-cnieos. Nossa empre sa trouxe poucos téc-uicos da Frauxa )xira as obras da Usina Subterrânea Capi\:iri-Cacboc‘ira c ]>ara o Metropolitano da Guanabara. Mc-lhoramos o custo c :i (pialídadc- cios serviços, nossos c-ngenheiros já absor\'eram a Tc-cnologia trazida já podemos c^xporlar essa Tecnologia.
É mollior importar técnicos c[UO trazer empresas de fora, prineipalmcntc em campo.s já dominados pela nossa En genharia.
Melhor também c pagar Tecnologia que comprar produtos vindos de fora.
Solue a importação dc técnicos, deveinos lembrar o exemplo de países de senvolvidos que foram ajudados cnormemente pela importação dc técnico.s altamente capacitados. Os prcinios Nobcl de Física c Química dôsfc ano são exemplos notáveis.
Lembremos o Presidente Mediei: Ho mem do meu tempo, tenho pre.s'sa., . 'remos (]ue aumentar no.ssa Produção. Necessitanio.s, com urgência, aproveitar J nosso \alioso pitoncial cm Rescr\’a Flo restal; nossa Arca Aprovciláxcl para Agricultura; nosso Rebanho para Carne; nosso Minério do Ferro c nossa Ener gia Hidráulica, campos onde somos dos primeiros do mundo.
Ê necessária a criação dc uma no\a Tecnologia para aprovei tamento de nossa floresta ama zônica, lioje mal aproveitada. Uma tecnologia que transforme cm chapas i cm chapas dc fibras, cm compensados, em *
nosso potencial do madeiras de aglomcrado.s, cm laminados, celulose^ tendo cm conta a liótcrogenei- ? dade du Floresta Tropical. Êste é um grande de.safio.
Com a ÁRE.A APROVEITÁVEL EM ' AGRICULTURA c que temos, podemos abastecer o mundo. Ê urgente a criação ; de uma TECNOLOGIA "pARA APRO VEITAMENTO DOS SOLOS TRO- i PICAIS.
A formação dc pastagens para a ^ criação de BOVINOS está sendo sucesso na Amazônia e logo poderemos ' ■: pas.sar do sexto lugar para um dos primeiros produtores de carne do mundo, } mas para isso necessitamos melhorar 1 também o rendimento do rebanlio e das um pastagens.
-i
Estamos aproveitando no.sso ixjtencíal em MINÉRIO DE FERRO. /Vs desco bertas da Serra dos Carajás colocani-nf)S definitivamente como primeiros em re serva mundial. O Programa Siderúrgico Nacional nos levará à produção dc 20.000.000 t de AÇO cm 1980, mus prcci.sanios preparar-nos para levar â frtnte ê.sse plano arrojado.
Necc.ssitainos pesquisar carvão, neces sitamos diminuir o consumo de coque metalúrgico por tonelada de aço pro duzido. Diante da dificuldade de obten ção de carvão importado, devemos me lhor aproveitar nosso carxão nacíí)nal com utilização do carvão-vapor na pro dução de Energia Elétrica e dos rejeitos piritosos na produção de ácido sulfúrico e enxofre, de modo a baratear o coque metalúrgico produzido com carvão na cional.
Devemos acelerar nossa produção de ENERGIA HIDROELÉTRICA. Nossa demanda cresce em 12^ ao ano. A de manda e.xigirá 30 milhões de kW cm 1980 c 50 milhões de kW em 1990 e ainda não temos 13.000.000 kW. Ne cessitamos Energia Elétrica mai.s barata para produção de Alumínio, Cobre, Mag nésio e outro.s produtos com alto uso dessa Energia.
Precisamos também manter nossa Pro dução de Café, na pesquisa dades resistente.s à ferrugem e de siste mas de combate a esta praga que atinge em cheio nossos cafezais.
Se analisarmos as principais matériasprimas e senii-nianufaturados negocia dos no mundo, vamos verificar a nossa presença em quase todos. Somos os primeiros em CAFÉ, segundos em MILPIO, terceiros em ALGODÃO e SOJA, quartos em ACUCAR, quintos em MI NÉRIO DE FERRO e FUMO, sextos em CARNE, sétimos em SUPERFOS-
Mas ainda é pomo. l)(-x'inos int>-nsificar <● insi.slir ímii pi-squis.ir l’lx l‘RoLKO. (;AR\’.\é) r COBRI-:. .S.-iu prioritários para o Brasil-Roti-iu. :a.
Vamos aproveitar nossa.s n-i ^'●lIl-^ll●M obertas de minério d«- .\LUMI\K). <L‘ ESTANHO, de .NI(')B:o. d,- rti l ASSlO ● de MAGNÉSIO. iii I ■pontos (
Vamos Intar ]jara .t mellioria d.i pro dução de outros materiais esti.il« gii os: ●íUNc;sti:n(() o NígüEL, zixoo. prineipahnente UR.ANIO, q'"\ .mi.uili.ã. possa ser nsado nas nossas INinas Nu cleares de Urânio enriqtieeido.
Não dexemos si-ntir-nos salisí< itos <-m seini-niannf.i- produzir maléria-j)rima <● tarados. Quanto mais elaborado produto obtido, mais tecnologia e ni.iis mão-de-obra no.ssa e.staremos aen seiuiiói- o tando ao produto. S«’ exjxirlamos miné rio de fc-rro, pouco de mão-de-obra o nmilo menos de li-cnologia, estamos ex portando. Sc, sucessix am: nte, lornios exportando pelotas, gnza, liiígotes cie aço, ebapas, perfis c produtos finais, ino, por exemplo, automciveis domésticos, estaremos amnc-nlando nossa exportação cie mão-de-obra o tecnologia, dando mais emprégo ao operário, técnico c ao engenheiro.
Precisamos inc(*ntivar nossíi indústria c nossa agro-peenária (‘in todos os scuis ramos .
Precísanio.s exportar.
Numa política inteligc*nlc, em lugar de procurarmos apenas produzir para substituir importação, lutanios para ex portar mais e eonse(pu'nteniente nos ha bilitamos a importar. Com isso no pe¬ coe eletrode \’aricao
ríodo rc xohicionário dobraiuos noss'as c.\porlai,õcs r dobramos também nossas imjx)rtacões o .somos lioje mn dos parccãros mais importanles do comércio internacio nal. !●] ciiamos in'-re.ido intimo aliaxés da iria(,."io do mcie.ulo externo, 'rm min.unos .i^oi a uma lasc inicial (Ic 1 \poit.u.áo. earacteri/-ada por oeupa(,'ão de x.i/ios no mercado mnndial, incentixos eo\< I n.iment.iis peimilindo co:npc-lii,ão internacional e produção utili zando muita da t .ip.tcidade ociosa de nossa imliistiia e exiuimlo ]x>nco investi mento.
Passamos agora à lase mais difícil. £X)í.s passamos a deslocar concorrentes no mercado numdial, tornando-nos incòniodo.s e temos <|iie \ i iicer a sobretaxa criada pelo goxèrno
anu-neano.
Para xcncermos nessa segunda lasc Se remos oluigados a:
1 . Protlnzir em maior escala e com menores custos;
. Pri)c1u/.ir melhor ([vialiclacle; 3. Exijíir maior eonlròle cie qualida de cias mercadorias produzidas e primipalmcnlo das exportadas. 'l*udo is>o é mais 'reeuoloiíia, c mais Engenharia.
Neci-ssilamos prc'parar-nos para essa \ erdadeira mievra comercial c não pode mos falhar.
iMicoiitramos o Brasil em pleno desen\ ()l\ imcnto. atingindo a mela do BHASIl--P()ri>NCI.-\.
()ui' o nossa Indejxndència seja o marco ini cial de nossa coinplela independência econômica c* tecnológica c cpie logo mais um pt>ela brasileiro possa veix'lir nuni BHASILÍ.ADAS do fim do Século XX, as famosas pahuras do imortal j>oeta porUiguès do início do Século XVI: “Cesse Indo o que a musa antiga can ta. (}ue outro \alor mais alto sc alcvanta.“
Antonio Ehmuuo ijr Morais
W pEKQUIíUNDO as origens do zinco, I investigadores surpreendem seu aparecimento como componente de Jigas no quinto século Antes de
Aparentemente, deve-se ao gênio das * civilizações indu e cliinêsa, primária do zinco.
1 O ZINCO NO BRASIL
As primeiras imlíeias processo eleírolitico, Mas já cm 1890, niostrav.t-.si- niaii* <piado, motivando o lecbameiito cia instala ção. i' iiios do j 18S1.CjU.' (latam
metálicas. Cristo. i
Xovas experiemias no campo Iróli-sc, realizaram-se dnr.mte .1 ra Guerra Mundial.
'Decorridos dois milènio.s, por volta de Europa, com a
*■ e.\istência isolada do zinco, através de Paraceisus, em páginas cpie descrevem a natureza do metal c o classificam cnna Ire os de pouca maleabilidade.
Havendo importado a técnica chinesa de distilação vertical e desenvolvido seu aprimoramento ao longo de uma década, Inglaterra já produzia em , toneladas anuais.
De.ssa feita, os traballios eoro.iram-.se de êxito c, clc.scle então, os lèstaclus Uni dos vêm liderando a prodnç.ão immdi;il de zinco.
Iloje calculada em 5 inilliòcs de to neladas, a mesma é prati< amenlc asse gurada em 60% pelos (jiialro maiores pro dutores:
20TÍ: 1740, 200 a 1.5' 12%; loré.
Estados Unidos Japão Kússia Canadá da eleI'rimei- mctalurgia a 1-500, deparamos
Apenas um século maís tarde, cm 1850, foram intensificados os primeiros tentames dos Estados Unidos para insta lar em New Jersey, a primeira usina dc zinco em escala comercial.
O empreendimento destinado a tratar franlclinita, minério de manganês, ferro e zinco, nos moldes da técnica belga, re dundou em fragoroso desastre.
Em 1856, novo processo foi engen drado, mediante utilização do forno de distilação, na primeira fábrica da Pensilvânia, igualmente nial sucedida.
Senhores, relevein-nos evocar!
A Iii.stória da implantação cle.sla fábri ca, cm Três Marias, ê algo paralelo, Ias dimensões do sofrimento, às e.vperimenladas pelos Estados Uni dos, De início, com a de.seobcila das minas dc Vazante c as outorgas de direi tos dc lavra, nosso problema fundamen tal era estudar
1>^’“ \ ieissitudes
, Mas foi só em 1860 ,em outra fábrica '● instalada lem, que os americanos do Norte obtive{ ram êxito no tratamento dos minérios.
Era 0
Estado, em Bethe- no mesmo
início da produção americana de zinco, início marcado pela tenacidade de homens I assenhorearam do que se problema e alcançaram 0 sucesso, após dez anos de desespero e de derrotas. f F
um proce.sso leenicamenle satisfatório, em virtude dc inexLsUr no mundo, protótipo industrial tamcnlo de minério inlciramente dado.
Nossa posição ora delicada c deman dava extrema prudência.
Escolhido o processo a ser utilizado e realizada metade- das obras civis, bale mos à porta do Governo Federal, cm 1963, solicitando o imprescindível finan ciamento, que nos foi negado por tratarse de metalurgia ainda desconhecida. para traoxi-
Mais uma \cz, cm 1965. inslanlemcnte, \(‘i-nuntcnuntc. postulamos o auxi lio do (à»\cino Federal, i-m sua área esjX‘cia!iz.id.i.
Naijml.i ojxtrlimidado. esclan-ccmos aos rcsixinsjvfis pi'l.i matéria cpic o em préstimo pri lcndido representava menos dü uin tei\() do imcsliimnlo até então realizado e que a supleim-nlação de re cursos, \iri.i mi-raimmle acelerar o di‘.scmoKimento. já <[ne, para a \'olorantlm, a fabricação do zinco era de todo irrcí\’crsí\ i-l.
Api‘sar expressai lu-nte propostas, não atendidos.
das amplas e sólidas garantias fomos
A ncgati\a proferida luuptela fas(‘ financcàrameiile ebiilili\ a. ímu mein an torvtdinlio de concordatas e falências, teve o inovilá\-el eonseelário d(* desae<-lerar o ritmo das nossas obras adiantatlas, as quais, não obstante, jamais foram inter rompidas.
Finalincnlc. cm 29 dc Setembro dc 1969, vimos as pvimícias do nosso es forço, ao fundir os primeiros lingotes com teor de 99.9-1" do zinco.
Era o início de uma empresa intcgralnicnlc realizada eom recursos próprios.
Nossa satisfação ora imensa, conquan to soubés.semos (|iie a áspera lula ha\’cria de prosseguir.
Foi preciso \cneer nossa ignorância dos escaninhüs do processo metalúrgico,
para, Iranscorritlos dois anos dc funcio- J luumaUo comercial, apresentar aos senliores esta fábrica, já produzindo tudo ^ ipianlo dela se esperava na presente a etapa.
Do regime atual do dez mil toneladas, 1 passaremos pam 20 mil em fins de 1973 1 e eoloearmnos 50 mil no mercado nacio- jj iial, até o final de 1977, (piando o Bra- 1 sil puli-rá ascender á ^x)Si{,ão de maior J produtor de zinco na América do Sul. J
Nesta hora de grato convívio, se os J amigos nos ix’rmitissem traçar paralelo | entre a ingrata indústria metalúriíica cm J sua consecução trifásica, seja ela ferro- i sa, e os graus da vida escolar, diriamos, , com lodo respeito jx?los mineradores, ir que a fase de extração do minério bru- J to corresponderia à nossa escola primá- >j ria. Já a fase do concentração química ^ ou gra\àmétrica equivaleria aos cursos gi- J nasial c colegial, enquanto a fase da me- 1 talurgia propriamente dita. compreen- 'j dendo a metalurgia extrati\'a c a de J transformação, poderia comparar-se ao curso universitário. ^
Os brasileiros, cm sua denodada luta 1 pelo crescimento, precisam compreender 1 que não se pode passar da escola pri- ●'S mária dirctamente para a universidade, n
Ao assumir a responsabilidade de pia- .i1 nejamentos de industrialização, tem sido -l filosofia do Grupo Votorantim, estudá-los j mcticulosamcntc em sua rcalida- '.l do específica, na gama dos seus í a.spectos c repercussões práticas, j antes dc ingressar no terreno for- fl mal dos pedidos ou da aceitação dos deferimentos consumados, 3 propiciando, destarte, a solução J de problema.s brasileiros e nunca, ^ graças a Deus, criando problemas J adicionais para o Governo e onc- éS rosos para a Nação. 'Í
Nossos pensamentos sempre se tem voltado para a transformação das maté rias primas.
Não nos entusiasmamos com a minepal ?iK’ta é o -siinplos t-iiri«jiu-t imiailo de scai.s poneo.s aeionislas, ii.‘io t\islir.
ração como objetivo final, [Xirtjue a mes- ma é geralmente simples e, \ ia de re gra, não envolve problemática.
!■ a ^ alta soma de implantação torna-a, nos primeiros anos ' - de atividade, pouco atratixa, do ponto rde \ista de rentabilidade.
Tôda indústria metalúsgica e.\trati\a é obviamente, uma indústria l)ásica e recursos necessários à sua de t < it .1
Para os que apreciam a matemática, nao trepidamos em definir a implantaÇão e mantença inicial duma indústria '' básica, como sendo a derivada do sacri fício, em função do desenvolvimento.
Em contrapartida, há aipieles qne com pouco capital muito hicrani.
Muito em moda nos dias \ de.stacam-se os especialistas em r do de capitais.
► (|ue correm, mercaem geral jovens e inex^ pirientes que, à custa do trabalho alheio, fe. desdenham, criticam curto espaço dc tempo.
O que (r-mos re.di/ad<i. bu }xissí\el. graças a unia jiolitie.i aust< r,i cm nos so Griijx), fiiule tralMlli.iiii ■33.(KK) pessoas, p,ica-sc (li.iri.micnlc ai»S cofres públicos .õOO.OÍMl (iti/. ji.is d,- jjnpostos, e.\cliiín<lo-sc deste moiit.nite. O imposto dc l’rodiitos Indiislji.di/ados.
Não distribuindo di\ idciulos. i,>i tabcemos iiíissas empresas, para rpie a no\a Iteração possa coiidu/i-Ias r m mait-lu \itoriosa, democrati/ando o capital c oferecendo aos futuros ationistas. p.ipéis bem rcmimeratlos.
íl preciso (jiu- ariiiia econòinii-os, se obs<-i\<- <» Irahidho r do drsprendiinriito. ideal de rfetixaincnlr srrxir
<los resultados primado do com o a Xação, com atjuele esforço vi\í> e infatioá\-el, .sem o ípial nada st; conslroi de tbiratlou-
ro. Senliorc.s. e ennqne- Nós pa.ssamo.s. Mas a obra pmin.meliv eiinn <--S})íiito dç cem em
Estes especuladores da bolsa, as ve zes filho.s dc famílias abastada.s, vangloriam-se de sua inteligência c alardeiam sua audácia, quando bafejados pela for tuna, mas não vacilam eni implorar a co bertura bancária do velho pai, quando naufrágos das tempc.stades do azar.
Até hoje, temos mantido fecliado o ca pital das nossas empresas.
Isto não .significa, em absoluto, ser mos infensos à sua abertura, à médio
cera nus mãos daqueles <|iie maior competência e maior sacrifício.
Ao excelenlíssiino s( nlior Clovcrn.idor do Estado, às cxcelcnlíssinias antoridades federais, estaduais c aos nossos amigos, agraih movidos a grande honra, a solidariedade da presença.
As Centrais Elétricas de Minas CA-rais nossos agradecimentos pelo constante apoio, desde a fase preparatória elesta instalação.
, reinvestindo SISTEMATICAmente a totalidade dos lu cros AUFERIDOS, damos no.ssa con tribuição ao desenvolvimento, .sem que i nossas empresas sejam dessangradas pc- la distribuição de dividendos. Somos dc opinião de que empresa fe chada, empresa de família, cuja prind-
A Diretoria da Companhia Miiunra de Metais, aos seus técnicos, engenlieiro.s. aos seus operários c a todo o seu ipiadro funcional, quiM-miios agradecer o es forço, a dedicação c o entusiasmo eoin que SC lançaram à esta lula, contribuin do decisivaincnlc para a inijdanlaçrto desta empresa. Jnimieipais ceinos coo estímulo c e V ^ prazo.
UM HOMEM
Mkm m: SÁ
1’ir.sitlriiti- do Tribuna! de Contas tia l'nião)
in p ria J>l ! i|)l Miiiriii, ● \ id.i púlíliea r rumpria os riam atrilniicxrrcia a \ andalns polilito'' qnr llir lios i-onio ípirm cisa. dr uin in d.í t'onta. I xat.i r predr\:|-. Simplrsmrntr um do¬
nriii prrei'bia ou prestava riM nm homrm importante.
i‘u Irnha eonhe-
llir Ir.izia x.inlagens t' nem nfani.i lhe da\a. \cr fpir nrni inrsino pr.izn nn thputado Irch-ial. roxermulor ile srn Es tado, inini.Mro da justiça do marechal ●nador. Sempre o ines,● oi Càistrio Branco, s» ino hoimni; !il< nção <pir deseinprnhando altos largos, Ningnrin. jamais, (|m ciclo, ioi mais despido ilr \ai dade. Tão sem \aidade «● eom atnralidadr sr eonihi-
tanta n /ia sempre, qne ni‘in ]>;treei;\ assim proeeiU’!' por modéstia. Sim, pode-.se aliniiar (jue èle eer inodessviiador
Iht disto, iazeii-
conseguia nein pare to. Isra ministro on sem se ap; rce do, apenas, fas dos (|iU'slão de exercer as iareeneargos lom rigor e exação
Mas. a seus amigos mais impressão qne dava iu'a a .sua amargura exemplares, chegados, a de t(iie sorvia o ealie<“ de última gota de fel. E poderia re- alé a p('lir a palavra de Cristo ([liando implo- ao Pai ([11C, se possível losse, lhe d(‘sviass(' a provação. C]ilo Cristo e o faço proposiladainenle, pois sem saber se Milton Campos praticava alguma re ligião, afirmo, sem vaci'ar, ([uc linha, como raramcnle sc encontra entre os hnroíi mims, as virtudes mais exeeisas de nm cristão. Era não apenas culto, cmdilo, sapiente, e.xpcrimcnlado. Nem era ape-
.iliii; o. ide nas um liomem de earalcr ilibado o rarissimo espirito públieo. Mais que tudo islo. mais do tjue liulo tjue se ou\’e di zer. por \-ez.es eom exeesso e com cleiua.siatla tacilidade. d ’ personagens em po sições eminentes. Milton (annpos era no bre. datpiela nobreza e grandeza de al ma. eom atpiela sensibilidade de espíri to i' de sentimentos (pie honram a Hu manidade. e (|ue fazem com tpie outros homens, numos do que c'le, ainda aeredilem na iIimianidade. porqno ele era uma llõr da bnmanidade. apesar de ser assim scnsitel, re traído. parecendo timido. passnia a Hrmez.a dos (]ue .se guiam por princípios morais e ideologicos inflexíveis. E curioso é (jne, aparentando ser eelieo, cleserente, desencanta do das coisas e clu maioria dos homens, hem no fnnclo era co mo se fosse escravti das nor mas e preceitos t|uc reputava essenciais à sociedade, e à imagem e ao exemplo qne se ju’ga\'a na obrigação do clei.xar à mocidade.
Vara isto e por isto, não cedia inn nülimetro, embora assim fiz.osse eom tan ta certeza, tanta brandura e tanta cari dade que u ninguém parece.sse intransi gente on a ninguém pretendesse inferiorizar on magoar. Como so pedisse des culpas por scr exemplar.
Milton Campos era, pois, sem favor, nm homem. Um liomem raro como rarissinunnenlo se encontra.
Èle hoje esta no Céii. Tem de estar no Céu, pois, do contrario, fica-se sem
, J ■ (iilhiaram F. saber para tpiem se destina ou se reser[' va o Céu, o Paramo Suprejuo ein que F us eleitos e os perfeitos gozxim da paz > eterna, da luz perpetua, da beatilude excclsa que .semearam « 'lerru, vÍ\a*ndo e penaiirb podem diwr qiie seu r- iiio inundo.
I 11)1110 os qv n.'io é de:#
MILTON
C.\m.«\s Dhu.mond dk Anduadu
I (JN (;.\Ml’O.S i ia bom demais ÍVI"-'
~ para Presiduite da lU-públiea. As forças políticas, <iue lamliém podtuiam ebamar-se iiaque/..is políticas, nunca levá-lo a èsse car- pensaraiu a serio iin go. Deram-llie. no lu.ixuno dade de ser \'iie-l’rc-sidente. Duas vèa disputar èsse ti^H) tlc 'unia di-las, interrompendo a de recreio á Eiirop.i, (|nc fa/.er). e duas vèzes loi
Si- alguém não licou amar as derrotas. foi èle
orçaram zis o ».● .snp.encia única \ iagein .se piTinitira dcrrt)tado. gorado mesmo. coin Nunea peieibi ein Milton Came há 5t) anos (pie o conhecia — sinal de ambição política. \’ocação política, sim, èle a po.ssuin em grau alto c apurado. .\ ausência dc am bição, articulada com a marca da voca ção, definiu tóda a sua carreira púldica. Fizeram-no candidato a Governador pos — o menor do Minas, no dcciirst) dc uma batalha perdida. Como i ra para perder, aceitou, SC forrando às dvirczas da campa nha, (pic deviam fcrir-llio particularmcna sensibilidade, èle <pie se sentiria muito mais a góslo no escritório de sua casa, entre livros, amigos, netos e um uísque moderado, cpie num palácio pre sidencial, entre feras (picrelanles. Com .surpresa geral, foi eleito. Era a 0[k>síção no poder. Como Governo de oposi ção, decepcionou muita gente. Nunca perdeu a serenidade, o senso de justiça nao
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■ 1
(sua formavãü jurídica c sua formação democrática se completavam), o senti- ' mento humano aplicado tanto na esca la iiuliv idual como na coletiva. D‘a gran de admiração litcnlria de sua juventude, Anatole 1'rancc, guardou a lição de iro nia e piedade.
Cumpre não confundir tolerância com indiferença ou passividade. Milton foi tolerante porcpje seu temperamento o inclinava à moderação e doçura. Isso não o impedia de e.xercitar o julgamento crítico mais correto. Não cultivava ilu- '8 sóes sobre a natureza humana c sôbre 3 as fórmulas ixililica.s, embora fundamen- lalmente avèsso a qualquer gênero de ^ ^X)der que não resulta.sse da escolha po- J pular. A Reu)lução parocou-lhc remédio heróico para males que se agravavam sem saída política visível. Üosejava seu coroamento na volta à normalidade de mocrática, c para isso trabalhou com eficiência nos conselhos do Governo. Sentindo que a meta se tomava cada vez mais distante, afastou-sc. Sem escàndalo, pois esta era a sua maneira de J ser. Porem com firmeza — a firmeza que jamais lhe faltou nos momentos de afirmação da personalidade moral. Poderão observar que era demasiado discreto, não entusiasmava, não suscita- S va paixões de auditório. A discrição tor nou-se defeito, na era da publicidade explosiva, cm que ate as virtudes têm de ser apregoadas como gela9 deiras ou cosméticos do últi- ’ ] 1 T modelo, sem o que não TU91 merecem credito. Estava lon ge de Milton Campos a idéia dc criar uma imagem fascinan- J
te de si mesmo, quer no poder quer na Oposição, e nesla úUima passou a maior parte da vida. Por is.so mesmo, viveu mais ignorado do que conliecido das inuUidõe.s. Só quem se aproximasse de le podia ter a medida exata dos homens que se reuniam nele: o político, de lureza liberal, procurando cia e lucidez facilitar a abertura de minho.s para o aperfeiçoaineiilo diLs frá geis e tüscsLS ínslitiiiçõe.s democráticas já experiineiitada.s no Bra.sil e a lodo ins tante .subvertidas; o intelectual, escritor sem livros, mas dono de estilo modulado, rccoinendando-se pela elegância e j^re- cisão, de (|ue deixou provas
de sentimentos excluía a rnfasr tU» b«9tJ e êle t> praticasa coinu quem risca fósforo paia aeemh-r o liz.iiro; naluraV' monte. Mas saljendo (ju <■ i i^.irro n»M agradece, e fjiie o íósfoi.» |..i {< iio ser (jiií-iiM.iclo sem »íh*ria. 3
pressionar (piem (jiicipre o consideramos mn mi sliv se, excinj)lo dr comliit.i.
o Milton cléste ato?” tal eircunstáneia?” si m jx* ‘‘1,)*'"' ixMison <,)'i*- hiria éle m ‘‘Po(h-r*'i tom.ir esa ou aquela atitude (pie rir iiilímamenh repro\asse?” lM(laga(,(")rs o ser
T saii(la\*is^ qur marcam a presença do amigo na \ ida < na consciência de cada nm.
que geralmen te se encontra nos bons. Sua delicad*. E?; za
Ter-ine aproximatlo (]<● Milicm tja fis ^ cia \ icla em íjin* se faZ'm ,is fumlanienlais e se (ha i<h' do napacien- com ta- pi opno !»● mo c uma d.is m.iiores acaso nie deu. Outras mesmo, l-de exerei 11 sól)p ção iini magistério espiiitii.d <|u.- n,*io » íjualifica em paiawas. |●V●/.s(■ (juc procurasse influir n*jii* /.is qííe l'ess*j;ts rlirão i ●I sii.i gert .miar set oni miigiiém. iit «pie toNs-'. Srrt- no jornalis mo e em discursos feito.s por élc mos^ mo e não por secretários; e, ainda, infinitaniente provido da capacidade de compreender e perdoar, ircmico sem malignidade, ágil no comentário imprevis to c iluminador de uma figura ou de uma situação. O ceticismo filosófi re.speito da natureza Immana dava ma tiz especial à .sua bondade, retirando-lhe * a justificativa emocional
co a .\ão sei eh maior elogio u .Milton (.ampos do (juc este: êlc foi o iiomem (pie a gi ule taria dc ser.
Umo Conspiração contra o Inteligência
i)\ Sii.NiiiiA S.wros
nUiinos leinpo.' niil.uh) Ti:m
Inclos e pes(|Ui es liislorií os e. biográfii os. pi dois gêneros
uma nos s*' li mleiiei.i pieclomiuanle para os >,.is reler* nt' s ialos lx'in .issim. [■).ira o.s eu''.úos os tr.ili.illios dos iinpoil.mt'.- setor lidos jv lo públi-
●ultiira alii.d o* iip.un s.‘io ●spi'i ial preíeréiieia. 'Io (la (. eo eoin * 1' t de \ultos \ant.igein de niarhiogralias I Acresce emiiieiilcs (jii*' as tém a diip'a rea\ixar rpisodios r inridrntis <|ur grande valòr hu- \id.i dc niu as lutas e realizações de (|ue par●lemluamlo. do mesmo pa.sso. ineuioráv *'is ligados \ i\*‘u u hiocaraiii a mano, lieipon, a.spei à tqxiea e grafado. n tos históricos ao nu io em ipie
E.slas palavras, (pie tive ocasião de es- a propósito do li\'i'o — Tibiriçá e sua época”, do jornalista e escritor dr. Hodrigo .Soares lumor, aplie integralmenlc. a um cu¬ cres-er cam-se agora, saio biográfico tpio acabo dc ler com o ●citainento. llcti- maior interesse c apro\ Uma Conspiração contra Vida c obra dc David do conliccido hisloriografo dr. Antonio Gontijo dc Cara In- n)-n^c a tcligência
Cainpi.sta c escritor, \-albo, meu prezado consíicio do InsliHistórico dc S. Paido. dc um opúsculo cpic agracia plenamcnle, cpicr pela maneira sugestiva o autor traça o perf} tiito
Trata-se c segnra com (pie fi! de um grande parlamentar e c.sta- clisla patrício, (picr pela jinguagcmi llu- ente e cscorrcita cm (pie foi elaborado o ensaio, quer sobretudo, pelos x’aliosíssinios ensinamentos qiic encerra.
Da\ kl Mon thzoii Càimpisla, nascido iin l\io dc laneiro iin veio u iiiloter eni Cà>penhague aos -IS anos cU' ida de. (^)ue \ida eurta, porém lâo intensa mente e nubreuuaile preouelucla! Es tudante de Direito, propagaiidisla da Hepúl)liea em plena monaripiia; depois Pioniotor Publico, Secretário de Estado no Cà)\èriu) de .\fonso Pena, prolessor na Faculdade de Direito de Minas Ge rais. Deputado l'i’deral, Ministro da l-'az.iida no uinèrno de Alonso Pena, Diplomata... can todos os cargos de sua lulguranle carreira pública brilhou inleiisaimaile. [X)i(pie era dotado de euUura imejável c de um caráter íntegro. Mas. a despeito de tão belas e nobres (pialidades, foi um injustiçado, como nuiilo bem demonstra o dr. Gontijo do Carvalho, cujo excelente trabalho bio gráfico tem. assim, um certo sentido dc reparação histórica.
Nada mais justo. Extinto o lorvclinho das jDai.xõcs, aplacadas a inveja e as mcs(piinbarias do momento, e decorri dos 60 anos da morte dc Da\ id Campis ta, já se nos deparam as perspectivas bistíkica.s para um julgamento sereno e imparcial, acerca da vida e da obra do inesíjuecívcl professor c estadista.
Eoi o que fez o dr. Gontijo de Car valho, atian’és das 143 páginas dèste seu e.splèndido volume. Conforme acertadamonte assinala no prefácio, o jornalista dr. Dario de .●Vlineida Magalhães. — “Êste magnífico estudo sòbre David Campista .. . sente-se que foi escrito não apenas com admiração, mas sobre tudo com amizade, com amor cúlido. O
Pautor não conheceu pessoalmente o seu grande biografado. Mas lhe recorda a vida e a carreira, retirando-as do esque cimento imerecido, com patente afeto, como se se tratasse de alguém ligado ao seu coração”.
Assim é, realmente. O dr. Gonlijo de Carvalho parece ter-se especializado no gênero dos estudos biográficos, e aí es tão para comprová-lo, seus sul)Stanciosos volumes sôbre Pandiá Calogeras, Raul Fernandes, “Rui, o estudante”, Vultos da República”, Ensaios Biográ ficos” e outros mais, que lhe deram nurecido renome de projeção em nossas letras. Além disso — e este fato tem si do assinalado por diversos autores — o dr. Gontijo possue um espírito crítico, tem a visão e a lucidez indispensáveis aos biógrafos, e é como acentuou o Desembar gador Nelson Hungria, — o mais seguro c bem informado historiador do período mais recente da História do Brasil.
De modo que, com _ seu estilo de impecável correção, foi-lhe fácil focalizar, com as côres da verdade, a vida dra mática e romântica de David Campista, digna de grande retrato, aqui admiravelmente composto, para o que o autor cuidado samente pesquisou, compulsou Anais da Câmara e do Congresso, folheou jor nais e publicações da época, examinou cartas e documentos privados, ouviu pessoas ligadas por parentesco ao bio grafado, anotou testemunhas fidedignas e analisou e confrontou todos os ele mentos, para aceitá-los com segurança (pgs. 13-14).
E assim, proporcionou-nos uma obra completa, exaustiva mesmo, examinan¬
do o assunto em todos- f>s príncip».-3k> a.spcctos, em todos os j^orim-iiuros. den tando sempre a ori« ut.í<..'i" s iíura e método com fjuc flal)oriui rslt* trabaU-tf que prima jx-la clar«-/a «i.i ' '‘1'osiç.lo.
Difieil gênero é a biografia. c«r ta \'e/. ressaltou Raijtie! <h- Oueiroz, ra acrescentar (jiie dependendo tamente dos fatos acontei idos ●● cl;j . .sonalidade psicológica <lo biografad depende laiii])ém da mão do artista c'paz do selecionar c de reunir loclos c elementos, para dêlcs lir.ir .i I va, e cntroga-la viva ao h ilor. No caso presente, como j.i não houve nc-nlmma dific uld.icK* paxj
*unra
Oissfino#. s\- -
Antônio Cíonlijo de Car«valho; c- êsle. coin ajmrada s- nsibiliihujj» artista, couliecc-dor fundo da \icla de estncí per
1>CV.Nnosl>ú- sos grandes liouiens blicos, soiibi^ captar aspectos culminantes figura t; da obra divid Camjúsfa, apresenta atra\c,s de .sugestivo.s capítulos.
os
ÍJIIC nctasoutipor ordem cro¬ nológica.
Acompanluuno-Io sim, clcsclc o desabr char daquela vida, a família do biogra fado, o estudante, a vida pública, vidade municipal, o Constituinte, o Deputado estadual, o liomcin de Go\-érno, o professor, o arti.sta, n obra, o par lamentar, a corre.spondência, o núiústrv* da Fazenda, o candidato; c na biblio grafia, a relação conq^lcta das obra.s o das publicações de David Campista, cui- dado.samente arrolada.s
As.sim pois, nesses 15 capítulos estão admiravelmente focalizados o perfil do
exornavam sua ptTSonalidadc, e que lhe / tão brilluinte carreira biografado e. Ik-iu tejiqx) i-m '[ur \i\i‘U, nlias de (jii.' i>,iitieij)ou. série de eailas doeuim-ntos
A obr.i < neerrat algmnas éstes
SC com lima delas ( oiiliih ui iais), (jiie ilustram < e demonsliam trabalho o esp ● bateu pela canclida●\-minisl ro da 1 azeiula. (pic- .Afonso l'eiia si lura (h- seu «
■|o«(uentenu'nte o liai interèsse com assim, o meio e o as lulas e eampa- proporeionaram pública, l^.uid Campista foi, entretanto, ' um injustiçado: e lamentavelmente ocor- / ren (pic, morto aos 48 anos no Exterior, onde se aeba\a a sorxiço do Governo, n.ão taulou qne seu nome ilustre viesse a eair no mais completo osquocimenlo!... ^
de.sassombio por mnguem m lbor do
Sim, bali'U-sr essa candiilalma «● que élc [xidc-ri.! fa/.é-lo. iKíiquanto Cam pista, seu antigo col.d)orador no Cànér- no ele- Minas, foi o braço direito cm seu República e seria, por presidente ideal para 1910- 1914. Infcdizmenl-, i om * to- Co\'érno da dos os lilnlos. (t
O cpiadriéiúo todos os esforços de um piilriolu sinciAfoiiso 1’eiia. for.un inleiramente anulados pel.i pode-rosa ro como ccmspiraçao contra Campista, assimmais para diante.
Nascido no Rio dc que se ergueu to a cpii* \<)lt.iremos
A vkUi jnihlica — Janeiro, a antiga (mrle, aos 22 de ja neiro clc‘ 1803, Da\id Campista fez sua
deputado à blica, Deputado à tário da Agriuillura
“A Iriografia dèsle singular homem v público, tão rica dc encantos cívicos c de estranha poesia, precisa ser divulga- " da, não por pancgirislas de Institutos > que de seus longos escritos fazem ou tros túmulos de esquecimento, mas jxir escritores cpic ^xissnam os recursos da lc\c/.a c da graça dc um Zwiig, de um ^ André Maurois. de um Emil Ludwig, ou de um Boswcll, o maior de todos.”
Assim acKerte o dr. Gontijo de Car^●alho à pag. 15 de sua cdira. E de fato, ; scómente mn hisloritrgrafo erudito e conscicncioso, e um escritor da estirpe do dr. Gontijcí jx)clevia, com inteiro êxito, como foz no.ste primoroso \olume, revi ver com carinho o isenção, a vida e a obra de Da\id Campista.
Minas Gerais: Pro- carreira iu'il)lica cm motor Público, propagandista da RepúCàínslituintc mineira; Acompanhamos a.ssiin, o futuro minis tro, desde muito cedo, a madrugar nas l letras, brilhando nos estudos. Cursou o Colégio D. Pedro II. o Colégio Aquino, j ^ aprimorou-se com pcrceptorcs particula res. Matriculou-se cm 1S79 na tradicio nal Faculdade dc 'Dircito dc S. Paulo onde, após iim curso distinto, diplomouso cm 1883 para, logo no ano seguinte, a Promotoria Piiblica em Rio
Afonso Pena: .Superintendente na Emo(Go\ êrno Assembléia ile Minas; Secrelu) Go\êrno de , do Serviço de Imigração Fortes): Secretário das Finanças, de SiKiano Brandão; pro fessor dc Economia Política. Direito Ci vil e Direito Con.sliliicional na Faculda de de Direito ele Minas Gorais; Depui(‘prcscntanlc dc Minas; Fa-/cnda, no Governo dc na l^inamaica e pa Bias Go\èrno no
exercer
Preto (Minas Gerais). Propagandista da República desde os tempos de estudan te na velha Faculdade das Arcadas, continuou sempre fiel aos ideais republi canos que entusiasmavam a mocidade mais esclarecida da época. tado federal, ministro da Afonso Pena; ministro Noruega, em todos esses postos sua iiilcnsamcnlo, numa scna figura ])rilboiiquência de contiimaclos êxitos.
Não obstante as nobres qualidades dc inteligência, de cultura e de caráter que
Ineluido na chapa dos Constituintes do Estado de Minas Gerais (1891), te- .
ve, na Câmara, atuaç<ão das mais dt;stacadas. Campista representava então o espirito da mocidade, que contribuiu para renovar o ambiente conservador do Estado niontanhès. Sol)ressaiu-se seus discurso.s memoráveis,
nia, o grupo de mm.os cpic t.uito se v hressairam nas lutas |>,ul.uin ut.ires di rante o Co\(‘-riio Ibnlrigurs Al\es o reuniram dejxiis, <-in Inrim di' .Afoit Pena, (jiie tanto admiiava os f.ilriitos ' ven.s, os no\-os \.il(')res. ziam parle r»s escritfjrrs Cunha e Aíraiiio Pcixoti). tares Caslan d;i Càinha. (..ul Filho e !.)a\id Cãunpist; por em que hagraça, doutrina, verve, sabor lite(pag. 32). Espírito con.slrutivo, coube-llie, juntamenfe 1 )o “l.iidim*’ f» I-hu 'ides d « \na rárío » jiarlamn I VÍ\ú‘ í Is com Olegario Maciel integrar, na Câmara, a Comi.ssão de Obras Públicas, assim cooperando ambos na con.strução de diversos ramais de estradas de ferro, e. 1.
A propiisito, em outra do dr. Càmlijo de Cãirv.dl da República” (ed. Uevisl.i d naís, .SP. Ib36) o autor tr(e jut,- 1'CS.SÒW te cotejo entre os Ires citados p.!!!.!!!!!?*" lares, ali focalizados eom imiita preví e\. el nle ol*» ●Vnh-' rril«III — que trouxeram o progresso para extensas regiões do ter ritório mineiro. IS
Mas, \()Itando a üina (àmspiraçi Dois |> (pienor relatados, di-mousti.un A-' altb
ou uão iiicloir no pr-a iinoeação ao noiof (.atóliit* <le a uueiali\a, ao era di>repuhlicAii'a desA' religião e a Jliab a Igreja e v' entre
/Vlém disso, em torno da organizarão judiciária do Estado, proferiu Campista uma série de discursos que atestaram o excelente jurista que ele o era. Fundada cm Minas a Faculdade Livre de Cién- Inteligf iicia”. eías Jurídicas e Sociais, Afonso Pena, seu ali primeiro Diretor convidou-o para mem- cabal, a independúiu ia <● a bro da Congregação do novel estabele- David CauipislA cimento de ensino superior. A 15 dc discutia na Càmstiluinle mb agosto de 1892 nomeado Secretário da p Agricultura, deixou sua Cadeira na Cá- Carta 0 mara dc Deputados. Deu.s, Campista, apesar ^ Como professor de Direito, firmou re- *'ií»bfestou-.se eonlrái io à ' nome de larga projeção. Mais tarde í-onsiderar que a Constifui(,ã voltou a fazer parte do Govôrno e.sta- <^i>menlo político c não leuIó<gjfo. JCsIadual sob a presidência de Silviano Bran- porrpianlo o n gime dão, cm cujo secretariado assumiu n implantado em I8.S9, adot; pasta das Finanças. ^ início a liberdade de Eleito Deputado federal em 1903, in- e-oniplcla separação tegroii a bancada mineira e, sua alua- E-'’iíido. ção no Parlamento foi uma continuação do êxito fulgurante, iniciado na Câma ra dos Deputados de Minas. “Na tri buna cra 0 mesmo causcur de trato en cantador, que brilhava nas recepções da sociedade brasileira.” (pag. 68). Em ma, um artista do pensamento e da pala\Ta.
Na Câmara Federal, Campista fazia parte do chamado “Jardim da Infância e.xpressão criada para designar, com iro-
Outra prova da altiwz de eaiáler. c ainda em decorrência da atitude anterior, deu-a quando declarou i divisa viver (h claras. neiro tiver |'ic linha jxn Se o po\'o nuque mc censurar, eu (|uer\i as consequências do meu procedimento; neste, como em todos atos do minlia A'ida de.sde já sofrer suos lenho por (li\‘iSxí viver às claras, o lema ])ositi\ isla muito cm voga no começo da República’', (l^ag. 33).
\'c-se, poil.mli) mcnl.ir peililluu.i dirctrize.s d-' [osé itouil.ieio. ea, seíiundti o (pi.d d.i mor.il e il.i que o eiii ^Hililica aS
ilustre parlanobres
o B.itriar.1 sã polilica é jilh.i
●● N.ula
1 mais ea>(-IU que Cl rios iigu.ipeii.is piiHUi.u.im “des111 io de sul o seu modo de peiiD.uid (!.-iiupist.i. uão. \'ia/.-u).
nuuM epo .1 gla\'c. rões (● lideivs conversar” e iiu‘''.uar. por teríúuios e '●ol isuM'-. sar e de auii. )\ia as eiai.i''.
gr;ui dl ^xTifulosidadc das vacinas. Dai tatni>cin, os gravis acidentes i|Ue sc vc1 il iearaiu. . .
sempre, eimi absoluta aiòrdo eom sua eonseinnm liuieo ponto de sua úle .u;iu ●ridade. de assim sincí <;-ncia. .ápeiias edificante c.ur< ira [>úblic.i eiTou, .leimlo de acòido ainda iiesU' passo modo de luais.u' r, portanto. mas coni .seu coerente com seus pnncipii.s: do .se tornou, u.i Câmara l< tl.-ial o maior deteiisor aiili-saii(’)lica. de Oswalclo Cni/ ( pag. BB), i'. wj.unos (U qii.iu-
brigatoi iuthulr da \aeina na cauipaub.i .s.iuitarisla
rtiriiui (>})ri<^aii>ria — agitou a imjirejisa, o Coiijiúhliea, pi'o\oeando cnlre os adeptos da <● os (|ue a eomabiingresso e a opiiuao trenionda eeleuina obrigatória vaeinaçao batiam. As .seguintes ponderações, do aipii mu pareule.ses. uioslram jx)vqiu‘ Campista
errou.
Ora, tli/.iam os ^x)siti\istas; o CovOrno esta no melhor iios propósitos ao (picver inocnlar nma \aeina, cuja toniposivão não eonlu-ee i-xatamente. K ela pois, nma aima de dois gumes — pode pre\enir. mas j^X)de lamlxan ser latal. }íntão. ad\irla o pút)lieo tpianlo a > ';lo ris co. e a»|ueles *pie (juiserem, (pio so va cinem. t) que não [nxle é obrigar o po\o a aeeitá-la à lòi\a. borcpie isto. dessa m.ineira eompnbòna. outra coisa não c, senão o (/c.spo/i.vmo .s(nu7(/» io.
Na \irdade, graiuies prolcssorcs o cientistas de tins do sr-culo passado e primeiros anos do atual, sc nianilcstar.im na bairopa sobre os perigos o a ineHeãeia da \acina, tal como era prepa rada. .\U‘smo no Brasil, um liom número de nx-dicos, como os proís. Barata BiIxMro, joaipiim Murlinlio. dr. Bagueira Leal e outros, se mostraram contra a \aeina. E Bui Barbosa^ cpie não era positi\isla, prontainenle acl\'ogou a cansa contra o (lcs))olLsnto sanHário o qual, afi nal do contas, acabou caindo. Prevale ceu o bom-senso.
● esla\aiuos em 1901. no inieio a inierobiologia nessa liinidamcnle os ensaiava no pe-
E C[U( do .século XX. L época ainda primeiros passos, ('ueontrava-se ríodo de transição da “pedra lascada para a “pedra polida”. Budimenlari‘S os microscópios, rudimeiilar a técnica de laIxiralório, empíricas e grosseiras a pre paração c a maneira de aplicação da va cina! Não haxâa os ullra-mieroseópios c menos ainda, os microscópios eletrôni cos. De modo que, misturados com os virus da \'arióla, lá iam tmnbém os
Hoje em dia, é claro, os modernos proce.ssos de laboratório, com um aparelhamenlo cicntificamenle perfeito, ma nipulado por pessoal té‘cnico allamcnte especializado, j^iardu/em a \aeina rigorosamento dosada e eficiente. D'o Insti tuto Butantã tèm sido en\iadas para o Pais e para o Exterior, entre outras mais, as anti-variólieas (capilares e liofilisadas) com inteiro tlxito. Agora, basta uma pccpicna g()ta de \’acina e um leve loque de estilete.
Êsse, portanto, o único erro de David Campista mas, é bem de vêr, errou na melhor boa-fé, na companhia de res* coccus — streptoccocus, mcningoccocus, daí 0 elevado stafiloccocus etc. e
peitáveis nomes da medicina sanitarísta da época.
Voltando, porém, à primorosa obra que estou comentando. No Govérno fe deral de /Vfonso Pena, David Canipi.sta foi ministro da Fazenda, elevado pos to que aceitou para concretizar as me didas de ordem financeira que havia preconizado como Deputado; deu então, as mais e.xpressivas provas de sua e.xiraordinária capacidade de trabalho e de sua atilada visão de economista. Foi, na verdade, o braço direito de Afonso Pena, conforme transparece meridianamente no capítulo zenda” (pags. 102 a 107). Tornou-se mesmo, sem nenhum favor a figura cen tral do Governo e, diga-se desde logo, de um ótimo Govêmo, ç. Diante disso tudo, uma pergunta sc impõe: como se explica que um parla- f mentar brilhante, um patriota da íüj.u f moral e um estadista da envergadura de David Campista não tivesse sido presi- dente da Hepública?
Ministro da Fa-
fe do Co\cniü, às ví'.spcr;is seu mandato, 6 qm iii, uh ito hl(‘m;is ir clificulcluclt-s ci.i - tcTinijs^aos - - ’ lU l>ro^ .Nação, de julgar, dentre sciis :iii\ili.ir< s iinedi*- ^ tos, qual deles .succdc-Io. assim proj)or< ion; a necessária cünlinind.ulc t I SC actia c.ijj.ic it.ulíi pü*. nulo ao Pjíit .idniinistrafr\-a.
Os |xj.siti\‘i.stas brasili jiíis peiíilhuvü (e perfilham) es.sa tese, jkh- toiisidt^-/ la a mai.s .siniph s e acertad.i. .\ssini p.s- rém, nãü entendiam os republicanos cfberais-democTala.s, entre êsles,*J{ui Bjjbosa.
Começaram então a surgir os ol>sti- culos à candidatura Campista. Segundo Mario de Alencar (1) a sincei íd.ide áe Afonso Pena, c-.scolhencio s<‘ii siicessor, ,? irrita\’a a gente política c a o[U)sição ti- niia, com isso, i nsc-jo de recompor predomínio. E mais adiante: AÍoikso Pe na volimtario.so, julgou intran.sigenle em Í3ra.s <!'«<● podia ser rcprr.saha oposicioni.sla.s. E jx)v f.dla de político ou excessiva boa-b'-, beu a disposição moral do.s seu ministério, .susccliinlíxado.s preferência do pre.sidcnl<colega da Fazenda. ‘‘E loi no inini.stério as manotacto IHucemeinbio.s <-om a cm lavor do jostamente r que a oposição acliou seu melhor elemento.” '
Rni Barbosa, que com a n.to ir-
/- Sobre esse problema, Gontijo de Ci '. valho nos esclarece cm poucas linhas: Os políticos não quiseram David Cam‘ pista. Mas acabaram elegendo l-lerme.-N da Fonseca. Razão teve Carlos Viana ' Bandeira, cunhado de Rui Barbosa, declarar nas suas memórias: o fracasso da candidatura Campista converteu-se ■ em desgraça nacional.” (pag- 116). No final do volume apresenta-nos o autor a transcrição de cartas de Alonso ,● Pena e Wenceslau Braz (algumas delas confidenciais) dirigidas a diversos cor religionários políticos, as quais revelam com que empenho os dois ex-presidentos ro Machado: “Alguma
► se bateram pela candidatura Campista ' presidência da República. E Afonso jí Pena, então na presidência, era quem N melhor podería fazê-lo. Porque, como ensina Augusto Comte, sòmente o Che¬
em há muito sonbi presidência da Repúi)lica, .saiu a campo desencadeando tremenda luta contra o j)residcnte Rc nem concebo coml>inação mais afronlosã ' ao bom princípio, donde se originou à candidatura do atual presidente "(Pena) \v.\ ,V II Nunca na; Ví, E numa carta a Pinlieicoisa cxtreniamente grave, de nós se aproxima, que a cegueira geral não enxerga.” E atirouse francamente contra Afonso Pena, apregoando pela imprensa: “Uú o prin cípio que recusa ao Chefe do Estado o |.c .seu triunfo. '■> a
direito da iniciaii\.i escolha (h- sen --ik i^-snr. ao dr. Hfidrigiirs .VK<s, deixar dc veemência, ao pi
U))C r iictia-K»
de liberação na Nós o negamos não pocb mos vom mais
●(■sidrntc atnal...” (2) nii
iiillamad.i de Hni
acolumassi-m os protoscandiil.üina G.impista.
E a.ssini. a p.ila\ia fez com cpie se tos contra a a 22 cie maio de 1909 a Convenção dos totalidade
congre.ssistas. (excc“ção ' dii Babia) proclamava o rnes da Fonseca candidato gowrnisla a de Afonso Pena. Imediatamenà Inla como candidato famosa “cametn sna (puse das baiu’adas di‘ Sao P.inlo c Mareclial lU‘icm
odisséia do ilustre patrício, cumprindo no Exterior uin jxVsto secundário, muito abaixo de svus reais merecimentos^ mas f|m“ :icctou jxinpu' precisava sobrcvi\er. A 25 do maio dc 1911. era remo\ ido pa ra a Legação na França. de\ endo as.sumir o cargo cm Pari.s. cm substituição ao ministro Gabriel Piz;i. Mas não chegou a \'iajar. ]Á se aciuua enfermo, com o organismo combalido jxdu tuberculose e Copenhngue \ cio a falecer a 12. de onlnbro dc 1911. aos -IS anos de ida de. longe da Pátria.
suces-sao le Rui lançon-se da opo.sição, panha ci\ili-sta”. l*. <» f lo cjue já S(“ i>odia jirever: do pleito o Marechal Ilcrmc.s. f iniciand t) a ●siiUado foi arpiisaiu \'cncedor
Eslava tra David Campista, aceitara a conlragòslo sua t pobre e pre\'ia a nos seis meses <|nando, para dcleria de renunciar cli- era mesmo jx)r(|ucficuldadc de subsistência
r li-innfanle a eonspnaçao Km \i'i(lade, ■andidalnra. conêste
como obseiAa Mario ‘inteli-
Assim termina a parlo biográfica do excedente ensaio, em que o autor recompeãs o btdo retraio, de corpo inteiro, clü proclaro mestre, parlamentar e minis tro, que foi Da\id Campista. Trata-se de mn livro do boa prosa, em que tudo vcin narrado naturalmcntc, o estilo eseorreitü e agradá\el, a exposição c cla ra, as informaçüc.s prccisa.s c docinnenlaclas. O \olnme encerra-sc com a transcrição das carta.s de Afonso Pena e Wcncc,slaii Braz, às’ quais há pouco mc referi.
ma.s cerimo-
niosa c
anteriores às eleições sincompatiljilizai-se, ao cargo. Ademais, de Alencar no citado artigo — gente, csmcradamcnlc educado, Da\id Campista não linlia jeito para a popula ridade; mantinha no trato pessoal a gen tileza que lhe cra própria, graduada. .
Em 15 dc janeiro de 1910, Campista ado Enviado Extraordinário o
cra nome Ministro Plcnipotcneiário, na Noruega e Dinamarca. No capítulo “O Diplomata” (pags. 118-124) acompanhamos
1 — Mario de Alencar xoto Filho VI. novembro, 1917. JoSo Mangabeira — dista da República
tôda a
De modo que, jíor tudo isso, “Uma conspiração contra a Inteligência — Vi da c obra dc David Campista” consti tuo um trabalho honesto e consciencioso que, só por si, basta para rccomendarsc e ao seu autor. O opúsculo, que li dc ponta a ponta com o maior interes se, foi lançado pela Editora “Arlenova cm esmerada composição gráfica. A ca pa é um lavôr artístico de Walnei de Almeida.
“CarloB Pelin Hevista do Brasil, vol.
Rui, o EstaRio, 1943.
Com estas linba.s outra intenção não tive, senão congratular-me com o dr. Antônio Gontijo de Carvalho, por mais esse magnífico lançamento.
Estrutura de Incentivos e Comercialização para o Amendoim
OrnoN FumKniA
IIS-
ires são
todas as sementes oleagínos; amendoim é a que oferece possibilidades de rendimento rpianto ao ólfio produzido. E é, também, um dos produtos de ampla div-ersífíca^-ão no X que se refere ao aproveitamento ind I? ^ trial. Variados produtos alimentí obtidos através de sua transformação tais ■ como manteiga, pasta comestível £ feitos, farinha, etc. Entretanto, comestível extraído da
con-
o ()lco semente, por inemprésas indus triais, é o subproduto de maior i lância na comercialização inte
Em rna. 1 vem to mando regular extensão de plantio e l)e- nefíciamento, calcula-se „ - 9UC (juase 80% da colheita se destina à transformação de óleo. Existem hoje no referido Es tado aproximadamente 80
„ , . emprésas do- F dicadas ao aproveitamento do ainen- f doim, entre fábríca.s esmagadoras e com- ^ plexa.s unidades de industrialização.
^ No conjunto dos principais
is, o maiores xpoT^ r}
países
^ produtores da semente, o Brasil situa- 6.0 lugar, com possibilidades de alcançar em tempo relatixo o nível do 5.0 ou 4.0 produtor mundial, isto
SeiH-g^^/fl pais-, s aprcHM ser asà^ H aspecto tííimTcial jH « XÍg«TÍ.l. a Lnidos, ipu-
i’ São Paulo, onde o amendoin termédio de diversas desl.upie mpor-
No tainpí» int« rn.icional d.ís ç-ões, d''stacatij-se Sudão c I'Atados reunem vendas innmli.iis xiinam lU- 8ÜV, Outro p«)jilí> a nalado quanto ao terno é (pie os biicin com 7(XÍ dus to oleaginoso. « s(;indo à fi< tite (,-a, Itália, Heino Unid manha Ocid- ntal. A ímii.i. te sua jxisição de çáo inimdjal, pouco participa das para o exterior. Xo < aso (pie tem dcsemoKicl da modesta, suas culturas d«nos últimos anos, completa corrente d semente. priiKÍp.ilnient<- sob a forma ev óleo, regíslrando-se maior comércio ò. produto sem casca c farelos. O ól
p.oses eiirop- iis cxinlFf W ( ompr.is (Io prode- ''J a 1'ráa«P, P«)ltM”.|l Alf- ll
0.10 nbstakr na pr<xhi“ toin \otdo Hrav.' o, <le maneira airtmiieiuUvtr
não existe, airul.i. c \ i lidas externas di ima
I <‘-'>l>osição iiaeional. so cspoucv I is dc amendoin' ^ Estado de a sem- Sào o C CO- ,1 pre l.. 1 1 K ●iu- í^olhcita p média anual de 5 milhões de tonclada.s ^ Em segundo plano encontramos a China ' Continental, com o registro médio de milhões de toneladas anuais. H .1
dustrializado comestível, setor <pu- aprt- ^ senta índices de regular descnvoU-inicn-11 to e preferência de não conseguiu ultrape promoção e projeto de e.xportação c de jx)i mo veremos no deeoncí desl; Em tènnos dc produção tamo.s lioje com nni \oliimc dc mais do SOO mil tonclad: com casca, cabendo ao Paulo as maiores fai.xas do culti\' lheilas. Sol? o as[>ecto da área colhida, planta vem apresentando boa taxa dc crescimento, tendo^ no período 1961/7CV passado de 436 mil hectares para 7Ü2 mil, aumento correspondente a 60%. En-*M
consumo mtonkx assar maior fase ck' acôrdus. se em pois â ^ uca signilicação, COno ca dê uma maior dedicação à cultura ^ da oleaginosa, a exemplo do que vem sendo realizado por duas ou três fon- ^ tes mundiais de produção. A índir esteve h frente no quadro intern< 't ' cional da produção, com
Kc<>NÒMt('()
ri-ndim<nto medio Icm s<drsni\<is. i'oiiio atesta o uadin (la produção iirasihiiiidii-strial. 1') scimailc eNpciiais no ciclo ●ja alcam.ado alunos insutretanto, o mantido com rcsjxíctivo (| ra dessa planla giicnltura, o volimu* tisico a< da seca c“ sempn cm \irlndc da menor extensão da (|Ue cxiU'' Mmla<l^>^ de produvâo. para «pie s« bom rendiio' nlo, e dai agnas. árcM cuUixada naipu-la e face da inferioridade do rendimento c[ne na nu‘sma se alcanca. um cessos -doim, parlicularment»' Paulo, e fe ila «-m doa''
tiiU;is, tlonoininaclas a satra <.la,s águas (tit‘/i‘mhro/fi'\iri'iro) i- <la scca (maio/ jnüio). pi-lo (jiii-. si'gmul() os lóc-oicos cm dc colheita ■ abaixo ao ela safra das
também, cm i de colluita^. A cultura do ameniio Estado de S. s.ili.i'' .mu.lis dix,v /
Afios
pHoi/i (.:ã() bH.\.siu:iib\ DE ami-:nd()1m em c:asc:a .\U’<i I olhUhi (/kj) K« ju/imcní() (k<^/ha) t 7‘«>n(7(í(/í/.s
As})C(ios do ainendoiin vem anos modesto Pais. estando eni juipadas muitas se dedicam A industriali/.ação alcançando nos desenvolvimento São Paulo as fábricas, sendo (|uc cxclusivamcntc- ao ai>ro\i mente*. Entre a industrialização da algumas refinam sna própria enquanto outras não dispiãcin de refinaria exoluido. Grande parte é dotada de conjunto dc aproxeitameiito Do imi últimos
ção da matéria-iuiina. o (pic muito fa cilita o dcscn\'ol\imonto dos proec.ssos dc comercialização, isto cm São Paulo, rcsponsáx cl jxda maior exploração da so mente, realizado pela Seção dc Análise do Cus tos c Rendas Agricolas da Di\ isão do Economia Rural, de São Paulo, o capa cidade dc csnw<^aincnto, media por csiai)clc’Cimc}i(o cucoutrada, foi dc 80 to neladas por dUp o que na base dc 300 dias de trabalho por ano, dd uma capa cidade total dc 24.000 toneladas dc se mentes oleaginosas.
Por outro lado, ainda com fundamen to nas mesmas fontes dc pesquisa, a ca pacidade total das indústrias de ól-os
Segundo trabalho do pcs<juisa no maiores e iiuus i‘« i‘ilaiucnto da sercalizam as empresas ([uc planla oleaginosa, produção, dc sislcma das indústrias prensas comuns para o do óleo e outros subprodutos, nodo generalizado, essas empresas es tão situadas nas proximidades da produ-
■
vegetais de São Paulo, isso há pouco tempo, era estimada em quase 8 mil to neladas de matéria-prima jxjr dia, o que significa, na base de 300 dias anuais, 2,4 milhões de toneladas para o perío do de atividade. Salienta ainda o estu do citado, quanto ao aspecto da situa ção ociosa do setor, que a capacidade efetiva utilizada pelas empresas indivi duais, de ordinário, ó inferior a 70% do total e, no conjunto, estima-se que pacidade ociosa existente no Estado es^ja próxima dos 50% da capackUide real de esmagamento das instalações existen tes. Invoca-se como principal causa do fenômeno a insuficiência do fornecimen to da matéria-prima para as grandes
concentrações da indústri.i. I'.\istom, ü da, outros fator<-s (jm- iiuidrm de fer nia destacada no comportaim-nto da P dústria de óleo de anirncloim, arroba do-se, entre alguns, subconsiiino, eni lude do baixo iX)cKr aquisitivo c hábã.' de alimentação, relação custo preço « venda, desencontros entre a l.ivouraCindii.strias, no <pie di/. n sp<-ito aos pr. ÇüS, assim como a fort<* eoiieorrèncii preferência de outros ()leos alinientarr
No (juadro da jirodução l)ra.sileira s óleos vegetais comestíveis, di stacamos evolução dü óleo de aim-ndoim. cuja ir duslrialização foi a segjiinte no perioá de 1961 a 1970;
PRODUÇÃO BRASILEIRA DE ÓLEO COMESTÍVEL
Anos
1969 1970 (“)
(“) Previ.são — Fonte: IBGE
Como registra o quadro, a produção brasileira de óleo de amendoim, no pe ríodo de dez anos, vem se mantendo numa evolução irregular, por vezes as sinalando desníveis acentuados. Destacam-se os volumes de industrialização dos anos de 1965, 1966 e 1967, colocando-sc à frente os resultados apura dos no segundo exercício.
A industrialização nacional de óleo de amendoim está ao encargo de três Esta-
Tdos, cabendo os menores índices dc pro dução a outras unidades, que no lol;v não chegam à participação dc 4%. É t salientar-se j.. que a produção industrial gancha do óleo em c.studo vem cainda sensivehnente, reduzindo-sc a pomv mais de mil toneladas. Segundo algum observadores isso se deve à expansão do desenvolvimento da indiistria do óleo do soja, produto quo se amplia de ano paia ano na região do Rio Grande do Sul.
CunicrrüilizíiçÍK^ e.vfí’rnrj
inicial de mercado interno e perspcctl\as externas.
brasileira de amendoim sob einco calego( matéria-prima).
A exportação processando vem SC rias; sem casca, óleo eomestivel. fan-los v torta. As veiiou-o icleiiciado com das de farelos téin se e\
Ias ile exportação, .sendo do maiores parce reduzida.s dimensões o comércio de óleo ainda na sua fase comestível, indústria
EXPORTAÇÃO DV.
Pelos dados extraídos dos quadros do comércio exterior, as \endas brasileiras de amendoim e seus subprodutos atin-. giram, em 1970. o \alor de 2S milliCes dl- dólares, sendo ijue a mercadoria sob a forma do fan lo registra o maior Índi co de participação. Temos, assim, os ele mentos a siguir. relativos às oxiX)rlaçõcs no período de 1965 a 1970:
AMENDOIM E SEUS SUBPRODUTOS
(Em US$ 1000)
1966 .... 1967 1968 1969 1970 ....
Fontes: IBCiE e CIEF do MF
Como se vé, em seis anos, nogoeiamos de amendoim e seus subprodutos, desta- mereaclos externos a soina global de ca-se, como atesta o respectivo quadro, oucü mais de 100 milhões de dólares a no.ssa fraca competição, não obstante d . ●nnencloim c seus subprodutos. Iso- as boas cotações internacionais da olea- l.Klamentc o comércio exterior de faro- ginosa. Sabe-se que contamos com pro- l/alc-mçòu no período, a soma dc 63 duto de alta ipialidade, em condições lilllücs dc dólares, o que representa 63% de igualdade com a mercadoria da Ni- 'rclação à exportação geral da olea- géria, cujo tipo “band picked .selcctcd Pinosa c .seus subproduto^ O produto atinge preços compensadores, sem casca, que vem crescendo nos últi- Com referencia ao óleo industrial e mos dois anos, registrou vendas externas comestível, igualmcnte com e.\celentes total de 32,6 milhões de dólares, em cotações nos mercados internacionais, o quo significa a participação nosso País não alcançou ainda o grau de de 32% sobre o conjunto. O comércio in- competição desejável, dc vez que os preternacional de óleo e torta, como logo ços internos são altos e, portanto, de di- assinala xaíores signifi- fícil ..capacidade de concorrência.
Dos subprodutos, como verificamos, somente o farelo e a torta têm sido nenos n cm no 1 seis anos, o 1 t se verifica, não cativos, contribuindo com apenas 5%.
Entre algumas conclusões que se po de tirar do mercado exterior brasileiro gociados, embora irregularmente, para
I- a Alemanha Ocidental, Países Baixos, Bélgiea-Luxemburgo, França, Dinamar ca e Japão.
- Óleo/Prnduçãü de
Os índices dc crescimento dn indú.stríalização do amendoim, tram a.s estatísticas, nuo lêm cvoluido na proporção dos resultados da lavoura da semente oleaginosa. Enquanto de 1980 tínhamos uma collieita de 408 mil toneladas, a fabricação de óleo mestível ia pouco além de 15%. Confíjrme os dados mais recentes apurados, es tamos hoje com menores índices de ticipação, isto sobre vegetal in-mtura que subiu r^uase o do bro. Grupando-se os quinquênios, no período de 1960 a 1969, sementea
teremos melliorts cííikI» ção de maiorífs íh t.illicv sim. de HJ6(J a líJOl
( OI S produção tot.d de 2.7 iin'liõ,-s dc lada.s de aim-iidoini, «iKju.into a triali/iição de «deo ia toneladas, o ção de I3. r/. ( te, — 1955/69 —
para oIhi analíticr>S. a)( andamos
)G5 ap< n.is .1 como regis- «jiic signilii . uii) si)l)St'qitrra 1.1^ oiii .1 partici;^ a p.issa a rt'' gistrar (juasc ●! niiilior s <i<- tum bul.is semínfes c, paralciainciifc. a l.ihricaç» íle óleo 490 mil toncla<l.
no ano co- is. coin cqm\» a piiiiirir.i «{IUb lência <lc 12,4" sóbre tidade.
i dados cm dois
NACIONAL DE A.MENDÜIM (Em loneIada.s)
O (jiiadro a seguir cxprcvsa o cl«.ssrv \'ol\'iiiiento da produção <lc aiiicndoí^. i no decorrer dc 1905 a 1909, c a conr?’ I>ondcnli: industrialização di- ('ilco. Síi mais importante subproduto: paruma produção do
Fontes: IBGE e Divisão dc Economia Rural SP
12,4 a e,\como
Como se comprova, a industrialização da colheita. Mesmo so iiiclmnno.s £ do amendoim, quanto ao aproveitamento ploração dos cleniíiis siiloprodutos de óleo, principalmente comestível, é sejam farelo.s e tortas, a participação ain- ainda de pequena exploração, não pas- da será débil no cômputo da produção sando de baixa incidência sôbre a soma de amendoim em bagas.
Objrlifos h(isu'os i ni hriicfirio do pitidiilo
Dc um liiirnio .itr têm SC cxp.iiuiido MiÍ)stamiaimcnte no País as indústri.is dc i>li'o>, \rg. t.iis, so bressaindo-se iis setores declie.ulos aoS comestíveis. Kntret.uilo. essa no\a atividadi- iiulustrial l<-ni ''C rcss''iilido tia laÍla dc uma «stnitur.i dc liase, não coiii'!e\ar-''C siiiiiicntementi'. jã ceouòmi-
l.iis loiiio dini!nuii,ão ilc’ pri-si'iitt- data.
ciilarmente no F.staclo de São Paulo on- j de .se concentra o maior paiíjue dc apro veitamento das .sementes ol aginü.sas do ' .Segundo daiios e inlormaç-ôes que - ■ temos em mãos, existem na capital pau lista très íábiieas de peeiais, uma ilas .serie tle eleiiuailos. tanto
equipamentos estpiaiS produz tòda a para a e.xtração dc óleo bruto como para a jefinaa inesniu lontc que cm São Ciactano c.xistc uma indústria tializada na fabricação dc equipamentos dc i.\tração por nua'o dc sol\entes, i sim como. cm Bauru, situa-sc outra nas mesmas condições. Aliás, comem sublinhar. o processo il ção. l'isclarcc-c seguindo tendo sofrido alguns impactos ospel co-íiuamciios. is-
dl- Ioiiipra dc encargos tiiiancciros c consumo, com[)ronussos matérias-primas, atividades cm ritmo de capaiidatle oeiosa. Tudo is.so, ê elaro. reMetiu-sc na agri cultura das plantas das safras, criamlo sérias difi-
apro\'oitamcnto do amendoim por meio ilc soKcntcs oferecendo grandes e \cm \inculadas ao ciclo \antagcns econômi cas c dc rendimento. Obsen-a.sc, enfim. <pie o a.sjx.‘cto inter no da industrialização dc equi pamentos destinados ao apro veitamento de agriiullores, culdades aos especial aos produtores de mentes oleaginosas.
A Carteira d<‘ Crédito Agrí cola e Industrial, do Baneo do Brasil, tem sido uma das fon(le assistência em se-
ó!eos vegetais vem sobrecanegando a nossa balança comercial, .siluando-sc mesmo como aulonuTcado brasileiro.
Estamos liojc diante dc grandes esfor ços gü\crnamenfais e particulares \isando elexar
nao í: tes principaiscreditícia à lavoura do aiiicdoini. Embooleagiiiosa leiiha süsuficiente o a ciillma da frido sérios problemas entre os anos 1967/68, cm \irtude di; situações climá ticas, u Carteira continua no seu prode aplicações no setor, com larga dc ijenefteios. Nas áreas da arra de os níxeis de produtíxidade crescimento rápido d<i demanda dc mercadorias alimentícias c a formação dc do al)astecimentü. É X] agrícola, sobretudo O ma
uma estrutura básica que está c.xprcsso no programa governamental de Es tratégica dc Dinamização da Agricultura, no (|ual deparamos com iiiiciatixas des tinadas à implementação dc pontos senciais, sendo dc salientar o estabeleci mento de centrais do abastecimento, sis tema de armazenagem e política dc comercialização e distribui ção, elevação da produção e da produ tividade agrícola, redução dos mecanização agrícola, educação rural, niurgcm mazenagem c conu-rcialização, igualmcntc, 0 órgão de crédito tem proporciona do alguns financiamentos, destinados a fortalecer a economia do x'cgctal. Des taca-se, o ainda, os ineenlivos ã política de de eoiiformiclade com espreços mmnnospropósitos governamentais de ajuda especial aos lavradores em geral. Aspecto especial de nossa indústria dc óleos vegetais comestíveis c que já contamoi) com fabricação dc equipamentos e instalações destinados ao setor, partios consor\-ação, custos,
viço clc) cotisiimo itilrriH» « rin '.undiçoi ílv coiiforrrnciu nos m« i. .ulos rxtOffir n s. J Ji stiU Minos, fiimlaim-nt.iis t- il<- n.itiii*/.i
emprego de novas técnicas agránas e, além de outras, o estabelecimento de uma estrutura consumidora interna, capaz de abrir condições ao mercado cxter^)onftr ~ oiiiplcmea* i tar, rcaliz.iNeis a (iiito pi.i/o, de inicv' ti%as g^)\erna^lelll.li^ e sejatu: (1 ) di\«rsiíie.i«..io de aiiK-mioim; (£ ' imri iin n*o do alinienlar d«i prmliilo. .iii.i\«s <,!e inar 3) m< nli\u . niakvr J ini rc.ido e\t''iior, piK I s>‘^iitido os tcx.' ■ produção; Ç-® J a])niiioraniento ^ ,1 ao mesmo nívcl ^ B .issim no. pm .ul.i'-, COM
A economia do amendoim, não sendo nuturalmcnte uma exceção diante dos demais produtos agrícolas, cncontra-se de corpo inteiro integrada nos |K)iiIos acima, principalinente por sj tratar de matéria-prima de grandes possibilidades econômicas, -cm especial quantcj aos as pectos do apro\citainento industrial e como fonte de óleo coincstí\eI de alta importância dictética. A expansão da cultura dü amendoim em bases de utili zação econômica ^«jde dar ao pais a oportunidade de vendas internacionais mais amplas, podendo desenvolver-se em outras áreas que oferecem condições ecológicas, como no caso do Nordeste.
Paru que .sejam objetivadas as bases de estrutura da economia do amendoim, planta de enorme destaque na área dos produtos de alimentação, temos de com plementar algumas medidas prioritárias, com a finalidade de proporcionar o d'.sempenlio eficiente da atividade, prin cipalmente colocá-la intcgralmenle a ser-
(i.i indústn.
teiga, óleo e past.i; c<jiocação da (jicauim >s.i ciii qiianliilades no o (|ual se p(jde destinar, nícos, mais de Tü'í d,i desenvoh imento ( produto, coloeando-o igualdade da nirre.idoi i.i csliangein (5) eslabelecimeiito dr incidt-iu ia trib*f . tária justa scibrc a scniriil'- c sua indu» Iriali/ação, — íalor de csfinmlo à e.vpcrtação e ao consumo intrim»; r (6) CT caminliamenlo de uma o)ijeti\a línlui sentido da rediK ão dos cust»* 1 açao no agrícolas e imliislriais cujos
oleagiiu’j>^ risiiltaclos irão relletir na reduç-* os úkvf da
ou c-íjUi!il)rio dos jjicí/os, pois vege-tais comestíveis estão a :disorver ; tos encargos de (lal)oração, em dclrinK»" lu da massa consumidora.
As lições de Hélio Viana
losí r; Mom i i i.o
eoshini.o.i di/er ,i \'iana. Is iutcri-ss.mte as>iualar. paru definir- *1 Ibe a parábola da obra reali/ada, ([uo 1 iNse rigor ila vcrdaile. aeiailuando-se ( eom t) ti-mpo, o lf\ou a modificar u li- ^ iilia i“\oluti\a de sua \oeação de histo- \j riailor. J
o
incai \i/inlio im plcii.inn i!<> Iho b'ed*'ial (ir (ãiltuta, (jue iu)>>a .iniiZade (Ir ((Hiipaiilirii<)'●. mais ilo (pu' imia afiuidadi- <lc M iiliinrntos, i oi rrs|-Kmdia a uma i.lu i^ac/ão irt Í[>iih a. tão fretpicnlfs craiii as o[)niluni(iades (juc destino nos ofen cia para que lica>senios juntos.
Xa realidade, dur.mtr ti\i‘inos iKasião (U' nos mesmas salas dc liaballio:
anos siiicssiVDs, ' iieonhar nas na Biblioledo lv\('reito. a tuj.i (iouiissão de pnblicaçõés peitem íamos; no Histórico, de r[ii<- «'●r.nnos mem bros efetivos: na Biblioteea Xaca
l’’oi eom uin e.sludo s»>bre a Fimud- *i çüo lirasili ira, j)ti})liai(h> cm 19‘55 ycla i Li\raria |osé C)liuipio. lu coleção Pro- | bliiuas 1’olitieos Cout«‘inporaiU{)S. que j èle ic/. a Mia i'sliéia como escritor. Re- H sulta c^M- trabalho do Cãir>o de llis- 1 tiuia Política e Social do Brasil. I
Insliluto
gòslo das ainda não c-ional, no Museu I listíu ieo, uas livrarias, nas sal.is de eoufereneías e tlebates; no (àniseIbo 1'ederal de (àiltma, de (|ue éramos colegas da ]n imeira lioe ainda no (iiiso de dn; longas via<gens: imia. a Boston: \ngola e Moi,aml)ii|iie, Mais do o encanto de s'n eom ívio. Ilãlio
Xesse livro matinal, o jovem historia dor se deixara orientar pe'o Heiu-ralizaçõrs. Se vivera o ba.slanto ar sues eomlusões no
p;ira apoi lastro das pes<juisas exaustivas, tinha contudo a intuição ecrlaslro. teira. (|ue supriu esse .Sou dos quo .\iiur Civ-sar Ferreira Reis (jue a Fornut~ J Bnisilrini. não obstante ter sido c.s- ^ pensam com ra. (S outra. çau crila na |iivontude de sen autor, perten- das obras (|ue mellior o 'j geral de nosa / ( omi>.inlieiro. 11111 eom ao número ce er.i um representam no panorama a liisloriografia. K eom esta circunstan- ●; _ia digna do nota: que Ilelio A uma a colocava num plano menor. A restrição da maturidade cpio assim a subestimava, aclveio-lho da mudança de caminhos. A medida que fm \-n-endo íluclanclo, Hélio Viana sentiu que o aber especializado o atraia esscncialmente factual. amigo preslimoso. .Ao contrário de ta casta de eruditos. cultura nm dom privativo
cer¬ que siipo.-in ser a [iic só èles o g(')slo da coniiinbao fraterna de seus estudos. Cài- podem (er. earaelei izava-o juo nasceia eom o jH-ndor da andava sempia* iio e documentos nu bibliotecas, livrarias c anjuivos, c alegrava-si' can abastecer os ninígos com pc(|iienas notas e indieaçõe.s precio.sas, (pie sabia estarem na li nha dc .seus estudos — além de abas tecer a si mesmo, ficl Tupiclc rigor da verdade que o padre Antônio Vieira de finia como a “profissão da Ili.stória”. pesepusa, encalço dc novidades 0 es lastro do s; para um terreno E acabou por deixar de ser o espírito ser cie pvcferèiicia que generaliza para o e.spíritn que retifica.
Para sinlitizar o seu povfiaclo labor e o seu horizonte intelectual como publi-
cista da História, bastará reconhecer que não se poderá escrever a Histó ria do Brasil sem recorrer às centenas de pesquisas que èle realiiiou. Hélio não se contentava em ir aos livros, na sua ansia de bem informar-se: debruçava-se sobre latas de documentos, comprazia-se no seu manuseio, deleitava-se em deci frá-los, e daí extraía, com uma espécie de sensualidade gráfica pelos papéis de outrora, uma luz nova sobre um fato histórico, que se apressava em passar adiante.
Sua Contribuição à História da Im prensa Brasileira (1812-1816) é, a esse respeito, obra modelar. Nías o livro que, a meu ver, melhor exprime as linhas de seu espírito e.de sua cultura é aquele em que reuniu os acréscimos us biogra fias de Pedro I e Pedro II. Sobre téria já sabida e perqtiirida, éle aduziu a sua pesquisa pessoal. Se o livro daí decorrente não tem a harmoniosa urdi dura das obras planejadas e realizadas,
por ser fruto dc estudos < sparsos e oc^ ■ síonais, ncin jxjr isso deixa dc ler j unidaflc própria, (jiie r sulta do espírit; de retifícaçãíj <● ((Jinplc.-m iit.K.ruí quc . in.spirou cin catla iiiii di- mus i-studos.
A inclinação para cat.ir o uiinimo t o csconditlo, íjiie Mac ii.ido dc AssÍs di zia ser a sua, era tamln-m a de Héb: Viana. Is o tcinpo, no si-u só fèí ●● aprimorá-la — sempre a serviç-o História do Brasil. di
Ao pa.ssado, quando pi.mejci unui no- J va História da Indeprudrnria do /iront ^ cm quatro \olumes, par.i .s.iir em abnl déste ano, como coMlribui(,.~io (luneino* rativa do se.síjiiicciit»-nário d»- no^sa au tonomia política, íjuis ou\i-’() .sóbre ess* iniciativa. E déie recebí, cm mais dc luc ^ ponto^ a colaboração dc .sen saber e df sua experiência, numa mente miúda fjiic mais parecia a \t»i Ijaixa do amigo jimto ao nu n ouvido de companlieiro. 1 a maletia I xlrenvi-
Aspectos Econômicos do Independência
M.vmo S.vvi-.M.i
-\ul.i do l.X (.'iiiso de História dt- S. Paulo no Atom u Paulista de História, a 10 dc no\ciubm do lüTl.
Uma definirão do lènno Independcueia ri-.sultado.s a (]uc conduzem divergentes princípios doutrinários i\sj^>osados.
iTnieialmenlc, l< ntcinos íixar a signifino sentido pleno, do têniio Indeyiria (|tie é intérmina inleque, alcaçao. pendêmia. tegração de coiu|uist.is menores, cançadas, exigem, p.ira eonserwiç.ão. ])crmanenlc \igilàucia. ■i como
O prcs(“iitc panorama mundial com]irova (pu‘ a simnll.ImM c\olução dos dos Povos gera (]>or insobreslávcl proces,sü regri'Ssi\'o, após o rompimento dc subordinações polilicas) inlcrdep aidências scunprc mais ine.\lrica\eis, (|uo Ic\'am a louvavci.s bnscas do .soluções, co mo a Liga das Nações ((‘xlinla'). a (')XU e o Mercado Comum Euro|X'U.
(> a\'assalador im icmenln das comu nicações, c-slugado jMÚo crcsctmte domí nio da eletrônica, faz pensar na asscrli\a dc Hcrb(‘rl Mc Lnhan de (luo, sob n bombardeio da notícia dirigida, o ccúmcno lendo a fransinudar-se numa enorme \ila tribal. Mas, se cada x'cz mais afetada por êsse inlereãmbio dc infonnc.s é a fisionomia cnUnral das Na ções e maior a inte-rpenetraçãn econô mica, criando gradação de liberdade nn agir qiie, para cada Pais, é diretamenle propnrcãonal ao \nllo dos recursos por êlc explorados, ainda resta aos Po\’OS ci vilizados (excluídos os submetidos — temporariamente, por certo — à prepo tência totalitária) a independência administrati\’a — parle essencial da polí tica, esta marcadamenic influída pela sempre mais intensa c rápida jicrimita de idéias e pelo pronto conhecimento dos
E foi essa independência administra- . tha. dignificada por todo.s os sinais cxtiruos da soberania poHliea
Bandeira, Exenito, Marinha — c con- j flicionada ;'i conjuntura acanhada da época, a imensa conquista feita a 7 de setembro de 1822. Razões peculiares . (ornaram, num primeiro tempo, relati- ^ vamente restrita nossa drs\ inculação do j
Bmlugal. Compiista mais ainpla condu- ziria. na Independência, à pronta passa- ' repul)licano, qi'^» o meio século
gem para o regime tal\<'Z, nos faria jx'rder de ordi in c re.spcito conslnitivos quc o reinado ele Pedro continente talado pelo caudillnsmo. tabcz, a prindo proce.';so lii.slórico coudu- nqnista de condiçocs desta foi II, exceção nuni
Uma das facêtas — eipa cente a essa co antodetenninação c aula: os fatores econômicos. tema de 4 Um falo cininentcmcntc econômico ar<nnção da constitucíonalidade ;..j nm imposto aduaneiro —, consti tuindo cansa primeira da luta de In dependência dos Estados Unidos, es- liniulnu a reação em cadeia que foi a emancipadora dos países da América Espanhola, c, de certa remo ta forma, influiu na Independência do Brasil. de 1 revolução
Não c necessário nos subordinarmos aos processos de análise, desumanizaclores o dissolventes, do muterialismo hi.slórico para concluirmos que os fato res econômicos são dos decisivos no tra-
çamento dos destinos dos Povos, e que imperioso é considerá-los atentamente, * impondo justa medida à tendência, não rara, de desmedida c.xaltação (algumas vêzes ingenuamente romântica c muita.s outras manhosamente interesseira) dc personalidades. Essas — -cinbora, para aconselhável manutenção de temperatu ra cívica, c-onvem sejam relcmliradas e apontadas como c.vcmplos — devem, para que a Iiistória constitua útil eicmento informati\o de deci.sões políticas, ter a importância inserida nos limites que a precariedade da contingência hu mana
inapehivelmente impõe. Esta, felizniente, é verdade compre endida pelo Brasil de hoje, que, esque cendo personalismos e considerando que a tarefa de engrandecer a Pátria através da dignificaçáo das condições de vida de cada um dos seus integrantes é de ver de todos, em regime de ordem e mútuo respeito entre Governo
/.«●r e Governados, num pragmatismo dosado pelo so nobre conceito de relações humanas justificado pelo bem comum, prefixou a meta que será transposta em tempo mais curto do que aquele que as Cassandras de sempre gostariam dc impor. Essa meta é o pleno desenvolvimento econô mico c social de todos os rincões do nossa grande Nação.
dência deu a c.sta caratt-r qm- .i síntíxilariza uo paim*) hi.slc)rico «l.is < iii.mcípa— ÇÕC.S dos pai.s-...s amcrií-.nins. ()t. mrcnclo aproximadanicntí' n;i imsui.i cLi gciu-ralizada rnpliira d.i '■idinidm.ivão Continental a pnlcncias rmopí i.is. cn(jiianto us f)iitras (oiMjiiist.ii.iin .i liber dade í‘in lutas iiurnt.is »■ <1 longachis, no Brasil, o próprio (ioM in'! inrtnqx>lilaiu), cf)nip<‘lido por cin nnsi.im i.is l>i>iiticas (‘.slranhas às r< |ai.ôi s (<un .i co lônia, que ocasionalim iilc ●-i- tornan» séde da inoiiarrpiia, lam.oii ,is Í)asi*s ele nossa autonomia.
Se pcrscrntarinos o in(« iio sentido da ocorrência, conclniremos (pie n üm do Período (.■ol»)iiial aconte: en. de fato. com a chegada da Côrle ao Br;isil, ten do, de direito, expirado (pianclo, em 1815 — sob lemnt.i insjíiração do gênio político do Talleyrand —, foi o País <.-lo\ado à cal<-goria de Reino Uni do íios de Portnga! e .-\Igar\’t‘s. Aceitemos, todax ía, a data con vencional: 7 de setembro
Do desenvolvimento decorre o máxinosde 1822.
mo de independência que o Mundo hodiemo faculta a nma Nação-Potencia, lembrando, ainda, que o naciona lismo embora seja expressão de sobera nia, não deve conduzir a extremos au tárquicos, econômica e politicamente nocivos.
Transinigração da Corte Portuguêsa
Durante toda a fa.se da Hcgc)icia do Princípe D. [oãn cm Portugal — cio 1792 a 1807 — oconcrain <li\(‘igências com o.s goxenios francêses da (ànnonção, do Diretório, do Consulado o do Império napoleônico. Com a presença em Portugal do General Lanmxs, repro.sentante cio Cônsul Nnpoleão Bonapartc, foi conseguida neutralidade, paga por pesado Irilmlo mensal; criado o Impé rio, tomou-se intolerável a insidiosa o prepotente atuação dc Jnnot, lançando mão dc todos o.s meios — inclusive a e o 'r
A transferência, eni 1808, da Côrto Portuguêsa para o Brasil, criando con dições apressadoras de nossa Indepenr
A transferencia loi iim complexo cio marchas e conlra-mai-clias politica.s militares, cadendadas, pi inc ipalmcnto. pelo metronomo de interêsse.s ciouômicos, provocadíjrcs, na l'hirop;i, d;i luta entre franceses c inglêses.
coii.sj)iravão urdida, ‘ in ISOíi. contra o p.n.i. solm-lmio, l.ivorecer a m.mobr.i asii\ianh' il.i i i'onnmi.i inH1im|iu ii) (áMiliiK-nl.d. Ainila no cc niuhnii ii im idilia outra e\i- t;i eni!‘i'gt.TÍa, o lonÜM-o dos poleônica. n'sidviit«‘s rin Porlu- ihngtm hisit.iiKis às Innni-
Hegentv — glê.sa; o líTniio gêlicia I >1 map.o l v.in.i; Ix-lis dos iii'.^'i'sfs g;d. Aiilr as f\.i--i\as lhantes iiii])osi( õrs. loi cIci- I.u.kI.i depos ta a dina'-tia d" Br.iüaiu.a. lit.iiuhi. no ‘IVatado dc l-'oÍMtanvbiv.in — 27 de ou tubro dl- 1S(17 —. aioicl.ido, rnliv Fian ça c I'!spanha. Brasil V das demais eolòni;is
posterior p.irlillia ilo lusitanas.
Mais mn;i \e/. a posse rle ri)[iu-/as como movei do e\eiilo his((')iieo! Cinco dias ant( s da ;issin:it nr.i dr-ssi- tralailo. ein Londres. i r.i lirmachi (lomenvão secre ta de [ransfcrêiK-ia leniporària d;i seclicia monarquia para Hra.sil. Essa nmtl:iiu,a foi ;iicrivrn) da alinnali\a [)i'olclic;i dc Martin) .\lonso dc Sf)iiz;i a D. loão III (1522-1557), dizentlo (pic “doiclicc seria vixer mn Rei na dcpc-ndênci:) dc seus xizinhos, podc-ndo scr nion;irca de outro m:úor mun do”. Conselho que retornaria na voz dc D. Pedio da Càmlia, Capitão do 1’ovto de Lisboa, ao Prior do (halo (15801583), (piando ac-mido pelo sol)erano c“spanhol Filipe 11. A mesma opção seria reiteradanienle eonsidc-rachi, lan moinciitos dificeis ai>ós a Reslaíiravão, por D. João IV (lfi^iO-1650). ]^;ii de D'. Teodósio, primeiio Prínci]X‘ do Brasil. Regonte, Bainl)a D. Lnisa do Guzmán em Instante ;id\'erso na lula eonlra a Espíinlia, cogitou, também, abrigar no Bra sil o licrdciio da côroa, o futuro c clcsafortunado Afonso VI (.1662-1067). E XVTII, D. Luiz da Cunha
Lisboa — 1755
va, que \oltou a scr considerada quando. cin .1702. a Capital do Reino foi aiiuMvada pelos espanhóis. Com Iodos ^ cssi-s antecedentes, latahnenle a propos(pumdo da in\estida naO Maiapiès de Alorna maeoin o reapresentá-la, em 1801, na Kejiènei.i ile D. lo.ão, iniciada 1792 — i» ano da tpieda de Luis XVI, ' \iliina da ri'\c)lu<,ão que teve ctnno cau sa pretloniinante o desealal)ro das finan- ’ vas públicas Iraneè.sas. Kis outro remoto, 'í iiulirettí c mareanl»' ialor econômico de nossa Independência. h'oi. ]X)is. a transmijiravão da Famí lia lUal. conut alinna Pandiá Calógeras “um plano maduro e politicamente delineado: o mais acertado nas condivões peculiares de Portugal’’. Na opi nião de um economista emérito, Rober● fO Simonsen: ‘'lUpvoscntou um mcsti- ^ má\'il ser\ivo prest;ido à Colônia, que passou a go/.:ir dos beneticio.s decorreu- * les da coincidência d;i.s diretrizes políti- ; las do Império com o dt) núcleo econo- ,r mico, já localizado na Colônia.
Para a .\mérica constituiu acontecimt nto surpreendente: a implantação no Continente Novo de uma monarquia t idêntica à de Portugal — a mesma exís- ^ tência palaciana, igual etiqueta, idênti ca regulamentavão dos atos públicos.
Ahciiura dos poiios
(( 1 no secuio apontava a D. João V (1706-1750), co mo local indicado para residência, o Rio de Janeiro. Por ocasião cio terremoto de , ao tempo do Mar quês de Pombal, pensou-se na mudan*
ID'os primeiros atos do Regente ao chegar, após acidentada travessia, ã Bahia, foi, atendendo a representação do Conde da Ponte, cm carta-régia, da tada de 28 de janeiro de ISOS,-abrir as Alfândegas do Brasil” aos “navios es- ‘■ trangeiros, das potências que se conser vavam cm paz c harmonia com a Real j Coroa”. Artifice maior dessa decisão — cuja significação histórica é de difícil ^ avaliação — foi José da Silva Lisboa, o
futuro Visconde de Cairú (1756-1835) protcbsor de Ciências Econômicas, c V - autor de Princípios do Direito Mercantii",. a primeira obra sobre a nialêria editada crn português.
A nação dominadora das atividades comerciais atlânticas — a Inglaterra — foi, cfvidentementc, a maior Ijencficiária do ato.
.siuna. vassala^í iii < i niMniu. .i. «pie. vt:. brev<-, rcílnnd.iri.t cn» li.ilir.i.i ixm.reial deficitária, «.om M-fic-.i» ii'_i.ili\o no câmbio. E ,assim, a Ijiist ,i .1- \.ijitageas conuTciais [M-la li.ilul i.i brilinica, que, mmi ram, também, b-nélii tituin, p‘lo posterini proxocaclo e>pe( ialm- iitc. ) ção cambial, f.üoi e<uiu>niui rar no proei-ssn <1<- laiss.i I:;<
it> ( I' |). iidência. lU-
A abertur.i dos poitus ix .isi.mon. .1111ii'-21c'ia de prme iro icmpo p.irc*Ct“ Jh.i^il. eons- ,IS .IO (Ic-i oiitr iii.imenlo, 1,1 d( teriorimside-
Bra— df d.is (piab 1 95 inglc-16 Iranecsas.
No Kio dc Ja* de Iratiipieaiii' iilo — 1S06 iiasios portugue.scs t ÍJO estrímg«-iros. l-.m bSdn, liltimo ao» d:i permanência de' D. jo.ão \'l no sil, elufgaram 16.55 i iub.irc .n.o. s eabolagí-m e longo i urso — 354 estrangeiras, entre elas. ses, 74 norte-americanas e Xote-.se a predominátu-ia dos barcos io* glêscs.
Além do Hiu de Janeiro, tinham mo vimento notável os portos de SaKador, Recife, São Luís e Belém. Iiixeprc-ssivos os do Sul: Santos, I^eslèrro e Kio Gran de. Os navios esliíingeiros não lrans[>ortíivam apeiias produtos, eram também, mensageiros de notícias do (pie oeorriJ C211 outras terriis e dc idéias cpie \iri:un incluir, de certa forma, no andamento d.i política, cm especial a eondueenle à In-
Na verdade, desde 1054, existia en tre Portugal e Inglaterra, tratado fj^ue a esta concedia o prisilégio do envio de navios ao Brasil. Era, porém, concessão turalmente, annn nt»i na teoricamente restrita: o comércio deve- embarcações e.stiang> ir.is. l. ria ser feito indirclamente por Portugal; neiro no ano pois, as embarcações eram, nas viagens — entraram 705 . de vinda e retomo, obrigadas a tocar em portos lusitanos, além de transpo rem o Atlântico incorporadas cm irolas portuguesas. Mas, apesar do tratado, comumente o tráfico era direto, constituin do proceder sujeito a possiveis sanções, que, com o franqueamento dos portos, passou a ser perteitamente legal. Percuciente antevisão dessa vantagem mercantil influiu para que os ingleses insis^ tissem na transladação do trono portu guês para a margem poente do Atlânti co. Comboiada por uma divisão naval inglêsa, comandada por Sir Sydney Smith, cruzou o Atlântico a esquadra real; viajando num dos barcos o embai xador Lord Strangford, representante da '● política do Gabinete de Saint James, iV que, pela defesa intransigente e hábil dependência, dos interesses imperiais, é por Arthur A abertura dos poi lo.s, a redução (jx?Whitaker, na notável obra '‘Os Estados Jo tratado comercial cie 1810) dos diUnidos e a Independência da América reitos até 15% e a guerra ct)nlim utal inLatina”, comparado aos, mais recentes, crementaram impoitaç<5cs c, dc.oulro la“proconsules” ingleses — Cromer, no do, reduziram c.xportaçõcs, gerando criEgito c Curzon, na índia. A tutela se- .se de nossa balança comercial, c^uc j[X'rria confirmada pelos tratados de aliança durou por mais dc 40 anos — até qiiane comércio de 1810 que conferiram à do encontramos o produto proxâdcncial: Inglaterra a posição de potência privi- o café. legiada, com direito a tarifas preferên- Disparidade entre os valores regionais ciais a níveis extremamente baixos. Em da moeda fez, a princípio, as espécies
K(:( >nòm k :o
d(“ onio pn)\iiii iais l■\p^ll^av^●m ;i'- iiacionfii' semlo piop.uid.ule Ir^al Inas miH-das nais. A pi.ila. dulo do pais <' íulotada
tal) impostos |X'los estatutos para func-iiui.unento do banco.
s< .iss.l I ● ,i (Tiatl.i nos \ aloi S (l.is .\tc .1 clu“gad;\ da Corte, o Brasil U\eia as j>ossibilitUules da cvoluçã(í eco nômica tra\.ulas pelo alviirá de jíuiciro de ITS5.
joe proibia no País qualquer concedendo a-
inicialisa da Í2idústria direito do fabrico do tecido eoiilrihniiam. laiulx ni. p.ua a ciicnlae.'n) tia moeda pro\ im ial. A poliliia ile int ção do \a'i)i' da i>iata. Icmiii à caiimbagem dos pesos ( spanliois. < nja anni->i>..'io í* lançaiiioulo iia cin iilai,.'to sc lonuni n»-en<-io iianloso. A-- rmissO'-s dc j)api'linoeda e a iiillai,.'io <la divisiouaria de eobr<- iriaiii (oniplciar o è\<ulo do ouio c- a eircMlaç.'io da pial.i.
O c.imbio sôlnv l,02idres. supeiado o ●nira<}iu‘ciinenlo d.i libra las napoleônieas, deelinaria’ 181.5
Aap<-n.is o gmsseim ile algodão, para nso dos osera\'os — e impedia ri‘lações dc coméreio internaeiotuiis. Portugal ora o exclusi\<) r<'ei'bedor de proilntos de nosso so lo — com predonunància do açúcar e himo. Càimi-se nnia ecotiomia frugal, de luibilos p.ilriareai.s. fixadora, rotineira, eserauxrala. Os poneos rpic prosi>cra\am — agrienltores o jxxniaristas — não dinamiza\ .nn o dinheiro. Limilavam-sc período do pelas eampanl rapi(la2iM'iile. jxissando ch‘ 7 bjiieda de Napole.ão) ; da Indrpendem ia).
peeti\a dcsmoralizav.i a gov('rn,iiu.a.
As ne('cssi(lad<'s di' eirenlação para fazer íaee aos encargos do l'!rário Régio c as liamsações (|iie si“ a\olnma\ain, le;id 11 linistração jiortugnésa a criar outros imãos di' pagamento além metálicas. Ibilravamos na
A \'aram a das moedas era do papel.
ouro
( I em em l S22 (ano paridade <Ta constitiiicla por 6-1 1 '2 peiu-es por 1§000. A des\alori/ação da moeda sem p'.rsde sobreslamenlo. eomo sempre, i ● à compra do essencial. Para caracterizar:i ('conomia dèsse remoto lh'asil, basta , itar a observação de Amaro Ca\aicanti sôhre a impintàneia do “mútuo” o do ‘‘comodato”. Eva dispensado o crnprègo do dinlteiro paiu o obtenção, até mesmo, de artigos do primeira noeo'.!sidade. circulação em princípios de ISOS não ultrapassava os oito mil contos do reis. Alt' 1810 iiossa moeda legal cxa. dc f.ito, . de prata, pelo limitado giro, ser\ ia de trôco. Em II clc' dezembro de liSlO, o Banco do Brasil
O pyhuciio Ihinco do Brasil
O alo ilo Goxerno instiliúdor de cir culação fiduciária foi a lei de 12 de ou tubro de 1808, criando o Primeiro Ban do Brasil. 'Nole-se qm' o primeiro Banco d(‘ Portugal, fundado como regulari/.ador da circulação, só foi criado cm 182.1. Nós funcionamos como cobaias dc desastrada experiência.
A pouca confiança ((ue inspira^●a as iniciativas governamentais fcv. com quo tivesse qiic ser aguardado mais dc inn ano até que fossem sub.scritos os primeiro.s 100 contos (dos 1200 do CirpiCO j
começou a emi tir. Tomou alento o mecani.smo, nunca mais .sobreslado, da inflação. O objetivo era incrementar o 2ucio circulante para assegurar ao comércio maioro.s recursas. .●V constituição do Banco oficial icria .sido salutar, sc o Governo não detur passe i\s finalidades legilima.s. Ao invés dc \italizador da economia transmudou-se cm arca destinada a suprir às múltiplas requisições do Governo. Pelos estatutos, o estabelecimento tinha com petência para emitir ilimitadamcnlc, c como primeira finalidade acliaiitar fun dos no Governo, o qual, ;ipó.s haver to mado dc empréstimo a totalidade do ctir
pitai realizado, continuou a requerer os simples bilhetes, (jue o Banco não ícssava de fabricar. Em 1819 e 20 monta ram acerca de CrS 2.‘1(K),Ü0, cm ouro. as retiradas feitas por simples ordem verbal do Visconde de São Louren^o. E claro que desse caos resultaria a desva lorização das notas. O dcscalaljro do banco provinha eslritamcnte dos saques do Erário Púldico. O balanço apresen tado a 23 de março de 1821, acusou iiin déficit” de 6 mil contos, quando a cou ta de te ditas apresc-ntou de 2..900 contos.
Em 1821, 17. João confessava cpic. em difercmtes épocas, o Banco contribuira com “extraordinários c avultados a\'an( IS
fpic tinha che-gad p‘ rdidf) n fé púiili iiic-utos, a d*> no dia cm «pic <● Si. 1/ |harra, com duzi-nt inofda, únita qiMiiti.i p.ira hm a notas. . .
o a ponto <!●' ter quos^ (a c I st.ir. por HM>íazer b-UK .111<>t.1. t« oilo ficaII) \' I s.tiu k ( ontos «!*● ri‘is cíU de suas
1S21. I>. h‘in carta cstrit.i .u» p o. ● -III i.is u cm.1 Mtu.ição: ■'I isii I (■' b.inco»
Pf<lro definiu <.om cst.is | l-Illl' llf .IN ● liaraço com qu<“Logo que o B.uh o. o ípie é U»'U Operações comerciais propnamcnum .salclo lavorável — í|uc para isso uos ses, pelos passos é!c: marciia para sc'us dilapidadores . . . Era o extremo de um.i iiise a ( o\ .1 ein cresdeclinio d*' eii lo (lo OurO eeiido desde o ÇO.S ao seu real Erário, para suprir ur gências do Estado”, e, sendo o estabele cimento credor dos cofres públicos, pe lo desconto de letras firmadas pelos te soureiros e pelo pagamento dc obras, de clarou como dívida nacional os desen caixes e
<£.prova Rei fez transportar pa ra as caixas do Banco tcãdas convidando os súdito.s suas loias, a seguirem o exemplo. Poucos dias após, porem, dc retônio para Portugal, levavam, o mo narca c os do sua comitiva, todos os valores guardados na caixa-forte do es tabelecimento c realizaram trocas em espécie amoedada dos bilhetes de tpic eram portadores.
É evidente que feriu fundamente os interesses brasileiros e dos portugueses que aqui labutavam com a Metrópole — o ver o Tesouro varrido^ tudo por pagar e o Banco ar ruinado quando da “partida dos man darins” da definição de Oliveira Martins.
O próprio Príncipe Regente, nas fa las do Trono à Constituinte, cm 3 de maio de 1823, afirma que “...o Banco
eiirosiluação. .is dc'-sluso-brasileiras na c o prmeipt*. a .A receita por ela responsáveis tcãdas as rendas públicas do Reino”. Como dc confiança, o
eoiiio as do
acelerada pi-los acoiit'( iinentos pctis. E, agracando a posas com as tropas Banda Oriental. Nessa silu.ição. pouco podiam significar de ajuda as restrições de despesa.s ordenadas ji: 1 começar pelo prój)rio 1’aço. do Rio dc Janeiro aleançasM 2.-10() con tos e as despesas do Reino asc c-ndi.un a .5.50Í). E não ciislavani. por certo, pou co as operações militares General Avilez insubordinaudo-sr à ]^ermanència do l’rineipc Regente uo Bra sil c retirando-se para a \'ila Real de Praia Grande (Niterói), ]-)osl'rioniiente blof|iicada por terra e mar.
Difícil é
manter-se eiu (|n;ulia de descalabro financeiro o respeito ]>: la au toridade. Os muitos iulerésses feridos, a desmoralização do eslabeleeimenlo índi ce da capacidade administrativa e éti ca do Governo, fizeram, sem diisida. afrouxar, mesmo entre portugiièscs, o de sejo de permancucia dos \’íuen'os com a Meti'ü]>ol(‘. O descalabro de uma en tidade financeira, Irau.smiidado em sím bolo de inépcia adiuinislrali\a, loi ou tro fator a facilitar a tarefa dos cpio preindisponclo-os
conizav.iin a Iii(l<prml«-mi.i guindo-.I si iii Int.i iiiunt.i, N.i vrid.id-., não ó f.ilo iiuuiilr .1 nin sistonu j>olitico o inlfii/ (oinpt)rl.mic iito do Cà)\crno C'Oin ii-l;i>,ão .1 imi oo^ao [>or olo cri.uio. No [>io|MÍo icuinic ivpui)lioano. rcgislr.ir.ini-s-- ot onviu i.is soinrlhanlrs. c-inl)or:i n.ão das nusinas j>ro[>oi\{'ns, Mus, a dcsiiioi'.ili/.ai,.'io ilos iv^inu-s — i'oni;\a, giialtnon-
riu «pii- o único soluuuno cpic conseguiu cngan.i-lo loi o pi'ilugucs. A Guiana l-'iancc.sa foi compiista de nlilidadc agroinli-ligciUc Govornaem iou para Porinu(amscciommuc.i; pi^is. o dor .Nl.uãcl ;l.i C'osla nambuco. Balii.i c Bio do )anciro. d.is de ‘'fnila-p.ão”. c do “cana caiana , ipic imOiiorou maroailamonto os cana\ iais ilo Bra.sil. ff
coiucin reilei.u
fiii.mç.is. Alcnlunio-nos. apeeoiisider.içõ; s rel.u ion.ul.is lom
te. pelas nas, a o B.uieo do Biasil. ipie de\em. na oca sião, ti-r sido loiii insistência, e l.iKi'/ exagêro, eoment.ulas. como lermenlo p.ira a idéia dc sep.iração de Pmtug.il. Km 1829 o instituto toi liijuid.ulo, c (!a*é)geras aponta o lato como érro dos pri meiros tempos da luch pendência. É de lamentar que ésse ti.ieasso da entidade bancária tcnlia obumbrado no julganieiilo dos coul‘‘iuporàm-os a mag- uítica. c-élere e audaz obra de organiza ção udmiiiisliali\a do iio\o Império”: ,i (lo (;onsellio (Ic l■Nlado. cio (àni- eriaçao selho da l''a/eiula. da Junta do (ànuéreio, da luUndéiiei.i Gcr.il da 1’olieia, e, em termos gerais, iiiua generosa eomdas necessidades do Pais. ein-
Induliitavcl a boa inlcnç-.lo de D' João cm fa/.('r c\ol\vr o País — onde (p.ircLX' não .ser for.i de pro^xSsito acre ditarmos ) pensou radicar-se. Provas desse dcsiderato eneoiUramo-la na isen ção de ilinitos às matérias-primas que SI r\ issi in ile base a (piaUpier manufatnr.i e as l(“iUati\as de imigração do europi‘us: a e\|H'rièneia de suiços om Na\.i Friliurgo; a infeliz nogoiiada com o Canèrno de Nái>oles e a imaginada de eliinesos. Kesiiltado melhor adviría dos portugueses eoncitados a vir para o Brasil. TeiUa\a-se substituir o braço eseravii, eujo tráfiio era sempre mais ameaçailo pela submissão à MUitado dos ingleses.
.Sjíuí/ív7() () chrgada da Còrtc
preensao Í)ora dixorciacla cia realidade, cpio Icnou. açodaclaimnte. à edilieação do 'realro (1809), à da Imprensa Marinha, da Kábrica de PcSlvoia (1808), à abertura do ])rimoroso Jardim Botàni(1811), da Biblioteca Nacional (1811) c da Escola de Belas Artes (1816). Em sínlc.se, D. João foi, sob muitos aspectos, o priimuro descn\ol\'imcntista deste País. criação do Arejuiço Militar, Régia, da .Academia da a jxiténcia comercial CO
Até mesmo uma réplica militar a Na([ue julga\a ler destruido a aconlcccni: ocupação, cm 1809, de Caiena. Lcmubremo-nos cpie o grande Corso, no exílio dc Santa Helena, desalentado, afirmapolcão casa dc Bragança a
No início do último cjuartel do sé'culo X\’11I. o Brasil formava entre os gran des paises exportadores do mundo. Nos !guala\ umos com as colcaúas inglesas do Norte do Continente c nos apresentava mos com destaque mesmo perante a Grã-Bvetanba do então, (|uc exportava amialnicnte 12 milhões de libras, 2 libras “pcr-capitu”. O Brasil, com apena.s 3 milhões de KiThitanles. exportava 3 milhõe,s de libras — 1 libra “per-capita” — isto é 1/11 do que exportamos hoje por habitante. Quando se considera a jx^rda do subs tancia cln moeda, fácil é compreender o que êsse valor representava. Infclizniente, não mais atingimos no período de
f
■
simbiose pnlílica com Portugal o me.suio valor. Em 181-í exiJurtainns de 2 bilhões.
No terreno industrial, a Inglaterra 'f avançava celerissima, e econoinicain-ntí* ^ dominava Portugal; com referência a ' nós, exercia política de desestimulo a empreendimentos. Era, cni última aná^ lise, por outro (amínlio, a permanência dos efeitos paralisantes do.s alvarás de D. João 1 e D. Maria I, tjue, mortalrnenIle, haviam golpeado nossa niamifatura. O ace.sso facilitado aos produtos britâni cos asfixiava qualquer iniciativa nacio nal. Além dêsse, fatores internos difi cultavam iniciativxs manufatureiras: fal ta de mão-de-obra qualificada, concen tração no labor rural e diminutos recur sos particulares. E os efeilo.s perdura riam mesmo após a independência, em bora não chegassem aos extremos deblaterados por Dunshee de .Abrantes, que, na Câmara dos Deputados, afirmou que após deixarmos “...de ser colônia po lítica de Portugal, durante mais de oi tenta anos seriamos literalmente uma colônia comercial da Grã-15retanha.”
das snliciLu.i^cs ●●\lciii.i-. nos do [).ni-l)i. ouro. (]oiii a \id.i '●< ou iiad.i, fiindanHiil.dimiit--, tcnclcinos a admir.u < straiiíifiras. A dií' ii M<,.i . >i III» ocorrti.i ar V d: c i>ndick>< t xtvriof. iinil .11 ' rilr<- as I)ase»
u«- nossa <-( 011011110 e .1 n (dl ;sde os príiiMirdio-. livainente. s-ilido u;na explicação — Jín.s Rodrigues — ipiista da tenfriíinal oploii pel.i
— integral ruptura «íiim n loiiial — ao p.isso (jue mo.s no regime nionáríjtoio Portugal í*. seus compromissos cionais.
I I i.K li >i .1 (le. reUmteiim) i.i'ie Mar,i( na ix».X.n.âo Sei< puhli(.unt p.is^.ido nos p<-unanvcí■ ● ligados int(.nu( j >o I j I . Ilide|X li(l<'in i.i, loiMl t .1
O fato de nossa provir de nm como a tios eliminou um de.safio — mulo — à no.ssa economia. .\.i verdade. nal
ipie
Tndepeml('-nc ia nio cruento gesto insnrrecio* Estados L'niclos — sriia esti-
a situação allcroii-sc tão jx seguimos ua marcha roUn- iia. tação relevante d(j brasileiro eiieoolramo-l.i eiu tô* eomlu/iii ao “homem (|I1Ç e o cia a laboriosa trama a (pie c-ons(‘(pièueias da iuIndei)enclèiu'ia (e s() vantagens C
)0( () (pie pros* Manifescordial”
“Fico”. Uma das eriicnla conquista da não poderiamos aspirar facilidades) está em rpie no.sso desenvolvimento não aceleramos <‘c.oiu')mico coul recrimináveis do ]>onto do medidas vista ético, mas de indnbitavel significacomo as atlolada.s pe(juc*, 11a lula, se fragment ando-as, o em condi-
f Quando 'D. João chegou ao Brasil, produção era integralmente agrícola — não ao imperativo de uma vocação, mas pela conjuntura criada por interê.sses exr ternos. Essa situação se ajustava aos propósitos ingleses, cujos representantes, habilmente, haviam convencido aos go vernantes lusitanos que o nosso destino econômico era, pelos princípios mai.s efi- çao ccononiica * cientes da divisão internacional do tra- ]o.s nortc-amoiican os, rcsullamlo no coubalho, a cultura da terra e a pecuaria; fisco das jjropricdades Icniloriais dos deixando para êles a produção de teei- grandes senliore.s rurais, dos. Na verdade, o acanhado mercado juntaram aos ingleseis, interno brasileiro dificilmente justificaria para serem cedidas ao pu\' expressiva manufatura local. Um terço ções favoráveis, da população (escassissima para as di- No Brasil não só tudo permaneceu co- V mensoes do País) era constituída por mo antes, mas tivemos rpie desembolsar L. escravos sein e.xpressão como consumi- posada soma para prc.soivar nossa Indc- fe dor. Dependíamos quase integralmente pendência. Não foi tocado o arcabouço mI.
social, contiiinandu iiitacla a propriedade Icrrilorial, tU-dieada nionocuUma. ises normas c
vrijimialuu-ntc à (●iu[u«’st.unos dos inulct oiiM'llH'iros para dirigir íin.mça. l''iu sinlc.'<i‘. nc)S.sa i-ionoiin.i para nós o (ásto do pre.sentou coiupú^la econômica.
inanteria, ainda jxir muito tempo, nossa economia em regime colonial. O comér cio vollara-sc para o exterior, e, sc anti-s era reduzido o número de negociant<‘s {■Hirtumicses e.stabeleeidos nas priti- 4 eipais cidades, acionando os cordeLs da política mercantilista da Coroa e conec-nlranclo os lucros, a partir de ISO”, à c-ssa minoria se acrescentam concorren tes de outras nacionalidades, sobretudo inglêsc-s. Internacionalizado o comércio n'u> eonslitnin núcleo de resistência eco nômica ao processo da Indo[X“ndência.
Ipirang.i u.ão ivliuh poudêni ia t àuitimi.iinos. jxir decênios, sujeitos a inlluêmi.i iiiolis.u i-, assim, da e.xploração colas (● inim r.iis beneficiários. M.is^ iiuluhil.n elnu'uti\ i epi i-seiitaraiu iniohiconllito.s ua tli- nossas lujnezas agnn,"io sriiainos os maio- j res dc.s.si-'s fatos, lisino o portanto auseueia de entre inl<.-rêss<.-s region.iis, cU-eoru-u uma inavaliável e cleliniliva vantagem: a ma nutenção da imidacK- leriilorial de nos‘l"e
Pais c-naiKlo o (“spaço geoeslá sendo erigiila a Potência do terei-iro milênio da so imenso gráfico eni Nação pie era Cristã.
Eevada pelo iuiediatisnio (pecado tão chega a ser pouco vecrimimsub ram as relações comum tpic nável quando metrópole-colonia) a C.orlc' porluguêsa concentrava atenções na indústria não lhe mese c(
maior
Brasil a mineração — a não ser a mag nificência de alguns templos c núcleos rbanos, como Ouro Preto e poucas ou tras cidades meiiore.s — “.só deixou buu
Tacos ●
Subordinado à política duplamcnlc co lonialista — a portuguesa e a inglesa — não foi propiciado ao País experiência manufatureira e tecnológica. A transfe rência da Côrte x>ara o Rio de Janeiro, embora extinguindo 0 regime colonial, ra.
A rc\'ogação, em 1S09, do abará de 1785. impeclidor de mannfalnra na colô nia c- a assinatura, no mesmo ano, de ou tra h“i dando fa\'ores a cpiem introduzis se inácjuinas a^>erfeiçoadas foram tenta tivas não hem sueedida.s de criação da indústria brasileira. Mo\ido ainda de boas intenções, mas ausento à realidade, D. João intentou, sem sucesso perma nente, implantar a metalurgia no Brasil. Três iniciativas maiores tomou — tôdas frustradas: a fábrica de Pilar, confiada ao Intendente Gexal das Minas, Manuel ^ l’c‘rreira da Câmara, com bens levados a leilão em 1S32; a Real Fábrica de S. João do Ipanema, com a presença de Frederico Luis Gnilliermc de Varhagen, que, também, não prosperou e, cm Con gonhas do Campo, a tentativa de WiIhem Ludwig Esehwcgc, que, não tendo melhor sorte, fez temporariamente, evanecer no Brasil o sonho de implantação da “mãe de tôdas as indústrias”, no di zer de Mauá, que, meio século após, também, não teria ôxito na criação da siderurgia nacional. Mantiveram-se, as- ' sim, imutadas após a Independência e até a grande e.vpansão da lavoura cafeeira as componentes da economia brasileir
A mmeraçao. agricultura e a rcciam cogitações. Simonsen eompatando, os lienefíeios do eic'o da mineração cafeeiro, declara tpie atpielc. em bora contribuindo, pela i>enetração, para a unidade do País, não nos trouxe gran des proveitos materiais. A Portugal, ou melhor, à Inglaterra, coube a parte do fruto do eielo do ouro. No 1 1 com o
A conjuntura criada no Brasil com a abertura dos portos refletiu dramatica mente na economia de Portugal. E nesse
fato se encontra uma da.s cau.sa.s da Itcvolução Con.slitucional do Porto, dirigi da, liminarmente, contra o ab.solutismo monárquico. As transações do Brasil com a Inglaterra, que pas.saram a ser nuiizadas diretamente, representavam nada menos do que nove décimos de todo o comércio português. Embora os orça mentos do Erário Régio inclicass.m co mo rendas diretu.s do Brasil menos de
25%, o comércio internacional português, em magna parte, era efetuado com pro dutos brasileiros. Exemplo; em 1819, do Brasil para Portugal íoram exportados 19.000.000 de cruzados e de Portugal cruzados.
Mundo 22.200.UOO para o Portugal era consumidor e entreposto de distribuição de todo o comércio exterior do Brasil. Ganhavam as naus portugue sas com os fretes: a alfandega de Lis boa com as importações brasileiras; os comissários lusitanos com a armazena gem e a revenda dos produtos; e nova mente as alfandegas portugiiésas entrada de manufaturas para na colônia, por vezes trocadas por arti gos brasileiros. Eranios os grandes con sumidores dos produtos da indústria por- liiguêsa, que, cm igualdade de eoncli- çóes, não podia concorrer com a ingle sa. Os demais proveitos que, sol) múlti plas formas, Portíígal recebia do Brasil cessaram abruptamente, levando o Rei nado a dese.speradora síluação cconòmíE contra essa situação se dirige propósito das Cortes, convocadas pelos rev'olucionários, de reconduzir o Brasil condição de colônia.
sofrer a com onem i.i (ie cuiundos dt* c-n.Ir.is n.içoes tjtir- n.K) '(mi' ut- tiver.im f. ( iiltaclo o UI esso :in Bi.isd. bém. se vjr.im fa\nre<idos dade cie (iilto. jiii/cs juiv.ilivos etc. Ei 1S20. ;iiio fjtie pM (ti|í-n <> i« eresSO ■> fã/fte. ( visti.tm iiii Hu> III.lis d (>() estibelccjmeijlf)s ● oiiio, tab' oiii a libcT( niiipreensivt .ipoi.i.ssem r- té»IltgleMS.
íjue os COOHTC i.ilites revolução (jiie ilies a<‘iM\.i tom jio ao pass.ido. o S< IS
A i;n"rwr>i/f/ iiiMn n içâo
De outro lado, o (b sem .tde.iiuejito di insurreição fc/, eiia igii' i onli.uliç(*)e,s civmicas e sotiais rjue a ord' in estaiicUx'.* da di.sfarçava: as prolimdiis disparid*des, relegando a inuss.i d.i j)npuhiç'i>.'' ocupada no «‘Slágio eleineniar cb- produ ção para iiiii ínliino p.idiÚo in.iterial dc existência; as conlradiçiãcs de n.ilurera étnica, colocando em ção o negro e o indigena. população atingida aliii bou-.se contra uma organização social (jm- a cxcluia dt* qna!<|ucr Ijcnefíeio <|iie .i e.vi.stèiicia >'*a colóniu pude.sse llie ofi i tar. A condiçxV' de escravo — l)ase du ceonoiuia agrária — apesar da aparente quietação, não | era de conformismo pleno, e a revolta era mantida .sitrda pelo péso cia ordoin c.slaljclecicla, mas .sempre; a inaigcau d.x eclosão.
Tüda.s essa.s contradições clel Ingram quando a Revolução Constitucional aba la o País. Eram predoininantenionto niotivaçõe.s econômicas; pois, p:im a doutri nária faltava-no.s centro irradiador, co mo a Universidade dc Cbarca.s, do Alto Perú, formadora dc lidero.s, como More no, Monteagudo c Anchorena, ou al guém que fósse encarnação da mensa gem telúrica, como Tupac-Amaréi II, no Perú.
cb juiiMcnlc jíoíi' A maioria da com a o consumo 1 o ca. à antiga
A política de D. Joao — repetimos percutira desfavoravelmente, tam bém, muna classe que no Brasil pro.spe- à .sombra do regime de colônia: a — re 1 rava a - ^ dos comerciantes portugueses, prejudica dos pela supressão de restrições que economia brasileira. Exclnsenhores do comércio, passavam a a oneravam sivos L r
Cramles movimentos de mass.i provo1' iiuliad.i de go.11,» sobstiliiii;ao
cam e acomp.mbam a i vernos das t i.qiit.mias p por juntas <-leilas. O piopiio Sol alineido pel.i agit.ie.m e, p to de 2b de leviTeiro
u r.uui e Io inov iim li de 1S2 1. n.i sede
tbrig.ido .1 1 eorguni/.U', íi.im.a popul.u'.
( lensl it iiii ão
V om sen niiein d-b.i-
IJsbo.i. A snblevalodo o P.iis. asdo Iróno, e t-!ementos de t on nistério e jnr.M a te, [X-la.e (iòries. çao, pro]iagamlo-se i>or ●hi lieterogelieidade de intelésForças reacionárias ;sailo colonial; em sumo, JM se.s, feição complexa, pensam no r<'torno ao pass outras, predoniiuauleiuente c
dar o ampliar através a liluiçãí) p!TSpfctiv;is
.siloiro do o decorrer de nossa esse d(‘ certa sileiros
Cnnstitiicionul. Oo alento exuino da picpara^ão da Inde^x-ndèneia. concUio-se l< r sido mo\ inu'nto de sucessivas adc'.('us, provocadas pela atilude inahil das (iòitcs tlc l,i''boa. Coube a eondueão do proetsso^ naluralmenle. ao ‘‘partido bra sileiro". (pie. divisando ni) príncipe He>4enle D. Pedro adequado instrumenlo de suas reivindica(,ões, .soube dèlc ulili7..ir-si\ atirando-o. sem <]uo. a princípio, o jiercebisse. na luta contra as Cortes porlu;4m'-sas. Dessa manobra, magislralmente lomandacl.i por |osé Bonifácio, resultou a IncK-pendència. Contribuiu, r-onstiluidas por certo, p.ir.i a soliu.ão. <pie ao invé.s ])e' is classes mi]1i ritires ila lolònia — is- do dramáticos tomou tons apoteóticos, o to é “o ]>artido brasileiro” —. esperam, temperamento lícnerosamente franco com um reítiiuí' consliliuional. i-onsoli- anda/ do Regente (o tipo perfeito do eulonomia adquirida a\entureiro — no bom sentido — (piede Ginèrno (piase próprio e as o dtnUo Sergin Buarípie de ITolanda diz camadas oprimidas vislumbram na Cons- definir o lusilanob Era èle. jovem re- ● de justiça sctc-ial (‘ presentante da gente portuguesa — tícneconomica. importa o quer .sc alegue O segundo gnqio — o “partido bra- eonr ridação sua obra do administra-, soube' imiior-se. Como em to- cão do Brasil, cumpriu com méritos exHislóri.i, mais ecqxionais de pioneira, a conquista do movimento renov ador parte da 'rrópico para a Civiliz-icão, sendo artífieiápula. D'e outro lado. o j->apel prepon- c(' maior desta Grande Nação, deranti* da eesmomia brasileira na geral E, por isso. sem nos atermos a csdo Império jxuiiiguès despertou nos bra- quadrinbnr nugas na grande gesta (dis- eullura o sentido da S(‘ncões menores de Família, (pie sé> ser]>rópría caimeidade. Fator poderoso, o vem para aumentar a afeição) —, ao (|ue c(“do S’’ manifestou, de irritação fo» aproximar-se o sesquicentenário do uma o padrão d(’ vida dos bÕ.OOO inlegran- Indcpc-ndéncia exigente de poucos bo tes da comitiva di' D. João \'T. muito locaustos, reconheçamos que, no panodos mais abastados rama i'olonial do Continente, a domina-
superior mesmo ao niíMubros da comunidade c'olonial. E tu do agravado pela descontentamento e
çüo porlnguésa foi — gvaça.s a Deus — o mellior (|ue nos podoria acontecer. E e.ssa verdade, é estadenda pelo fato úni co na história da política internacional: dois Paise.s ü eonslante cansa de V('vo1(a: tributação eomp1(“xa, dando maignn a excessiva e arbitrari(‘dades. A reação reeolonizadora. embora com apôio das Cortes, consegue fazer regredir Historia. Somente no .sentido de Inde pendência poderia evoluir a Revolução ontem viviam na atri- 1 que tante relação Melrérpolc-Colônia, hoje — tudo pas.sado e o balanço encerrado — .se aprc.scntam ao Mundo, onde cada x cz mais profundas são a.s incompreensões, como o exemplo emocionante de e da Metrópole, não mareba da a
V \
duas Nações Irmãs, indissolúvel e afe tivamente unidas, para juntas trilliarcm Um futuro radioso, alicerçado num pas sado de nobres trabalhos e sacrifícios conjuntos, algumas incompreensões es quecidas e glorias fraternalmente.
Crio Prado — Iv.oln
Polilica <, .UI
Brasil — 2.a Kdi«,.1o — l‘>J7 — ra Brasilícnsr I.fd.i. — SP.
Arthur P. Wliit.ik
Unidos e Latina — ()\ Lst»d da Amérv < r a iiidrjM iid< lu i.i tradíiç.u» (I.grat/. — — i:diloj. Í.)''I.mro Bao»- comuns, que, agora, evocamos. .Nacional — SP.
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^'OXilF.Cl
A MORTE DO SONHADOR
Kus uun Iri.M.mcTo PKLi.i cauM
piiib ss()i I I) i't
Mello jioi \'olta do ano de iVJoO. Pt)i' è.sse tempo distante la/i.i parle do Mi nistério Pul>lieo. ri\<“ opoitmiid.ule di' onví-io di\eis.is \è/e.s na liilum.i do júri d<‘ São P.iiili). Fra eontaui.mte o siu j>odiT dc otaloiia, a sua <‘lo(|uém'ia <pie arrelutaxa. I^axi.i parle de uai.i plèiad“ de notáxcis proinoloics. tais como Ihrahim Nobre. C<-sar Salc.ulo. Máreio
Miinho/., .M.iliba Nouiicira. \‘iccntc dc Azc\-cdo, Ncss.i época a liilnma tio Inri cra um alratixo para os estudiosos do Direito Penal. Do outro lado. entrt' os advogados <[ue niilitaxam no lúri d staca\’am-se. na primeira linba: Marre\- |tinior, Antônio Co\-ello, Ciirilo júnior. Ulis ses Coiilinlui. Roberto Mortúra. Sinésio Rocha. .Fra rcalmcnt»' um deleite para o e.spirito assistir àquelas moximeuladas e emoeionaules sessões do lúri. dado o ele\ado grau di* tiillma de fju(‘ eram dota dos os eonlendoi('s da acusação t‘ da de fesa, dando grandt* relèxo ao torneio de oratória. Quantas vezes d('i.\ei o rceinlo em horas mortas da noite. Houve im'sino nm moimmlo na minha \ida, tjuando cur.saxa o quinto ano dt' direito, fjue nlinientei a esperança do poder um dia fre(juenlar a tribuna do júri^ dado o fascí nio (pie os jiilgaimaitos nie causavam, Mas conchiido o “eurriculum” acadêmi co, o curso do barco da \ ida tomou ou tro mirto, c as c.spcianças ([uc o bacha rel bisonlu) acalentara foram postas de lado, tangido pelas cirumsfàncias (pte o destino Iho traçara. Mas continuei a freC[uentar o Jurí, atraído princi]jalmonto ])cla presença e pelo ])rilbo inigualá\'el da dialética dc Soares de Mello.
So.irt.'N dr l-an prim ipios do ano de 1934 Ar--3 mando de Salles Oliwira. eonl\ocedor da .1 eapaeiilado e cultura de Soares de Mello, ■ ■ e atento. M>bri'liuh). a sua i-.sp-'eÍalizução i| em iVireito Penal nomeon-o [ui7. Presi- ^ dente do Tribunal do lúri de São Paulo, i onde si- eon.';er\<m eom rara eficiência, J alti\’ez e austeridade até novembro do jj 1937, tjuando. por força de imposição M constitucional piveisou optar entre a presidem, ia e a eáleilra da Faculdade dc 3 Diuãlo. fpie eomjuislara. poucos mcscs >-Í antes, após meinnrávt'! coneur.so. Não ti- id tnbeou um instante secpKT, decidindo- 4 se iH*la cátedra, cuja comprista tão ain- -J bieionada lhe custara anos de intenso c á dedicado estudo. Posso dar o meu tes- |1
tiannnho pessoal do qrio foi o seu ingen- (e, desxeiado c laborio.so trabalho dc * Ali na Rua Cristóvão Diniz, ^ preparaçao. no bairro do Jardim América, tive ocad(' obsor\-á-lo noites a fio até alta ^ .siao madrugada, debruçado sóbre a mesa dc Irabailio, ou percorrendo, numa xàgilia estafante a va.sta biblioteca, coligindo paeientcmeiile fichas, oii escrex endo lau das e laudas de papel, muna caligrafia miúda c bcin legíx'cl. Ah! esforço scm l (réguas, em bu.sca do ideal almejado!^ Ah! lidador impenitente. visando com trabalho não a satisfação da sua x’ai-' bem colcti\'o!l Y O seu clade pessoal, mas, sim. Foi xim homem que lutou sémpre por causas, por princípios, e nunca andou à cata dc uma posição, disputando auferir 0 l x-antagens. j Mas Soares dc Mello não foi só pro- - ^ fessor. on magistrado. Era também \im i escritor de sólidos recursos, possuidor dc ^ um estilo elegante c apurado. A lingua- ® gem, oral ou escrita, era do mais puro
c requintado csníaltc. Como hi.storiador > contribuiu sub.stancialinentc para o es clarecimento de inúmeros fatos da na cionalidade. Ilaja \ista o li\ro “Kmboap, bas” que trouxe mais uma achega para I o conhecimento do episódio da nossa r historia pátria. Todo este acervo levou-o íi a escalar o l^arna.so, conquistando uma t cadeira na Academia Paulista de Ledras.
I Mas há ainda a mencionar outra íaP'' ceta do seu notável saber: não foi só ju[ rista nacional. Projetou as nossas letras r jurídicas para fora do País, representanr do-o em diverso.s congressos de Dircit-.) ■ ' Penal.
Sempre o mesmo homem. Sempre o mesmo idealista. Sempre o mesmo so nhador.
Jamais reciusou a luta, quando sti iraf tava das grandes causa.s, das causas nay cíonais.
,,
í^iiando H. M.iií.iUi.m ' [nunir o livro
plllílícc^l uui — o ho.mi:m i-; o mi,Me!l... <
tonhe- ● im I ajMtxonal.icel li.li.UlO. I>*sr« sp(mder .i.s .u itsal‘iMleriii dii '.H iild.ide do
— b(jarcs clc cedor profundo e .tdmit.idoi do da obra do inoK n se a cainjx» a fim dr ^'õi s <]ni- lhe foram feil.i''. \ersas confertau ias na Largo de .Sfu) l■'r.m( isco. d< jxtis reunidas
no volume 1U'I 1-: DHICVFUS”, exaiiniMiido <
A (,)tT-:STÃO refut.rndo. .1 ftjd.is re¬
uma a uma. as acns.i(,o< s. »● plicou com \ iintagi ii). Examinou. es<pl*drinhoii a obra d<- Jtiii, o ijin- ecjiiivaK' dizer cjin- examinou a < .iiis.i do Br.isil ■— |V)is não houve matéri.i rm ipi<- eh* nãv*» tivesse .s<: iiníscnido. (ámi s-n '■aher c .â
sua larga visão dos jiroljleinas d.i nacio nalidade, Hui os eiifrrnfac a ( mn ram .sabedoria e dignidade, -at iidindo a conscE-ncia nacional.
Dir. i:.sl() K r n NÒ M i c :<)
raíão .lo “(.aiiíjiienleiuii io d.i
\ i Soaies de .Mi llu n.i noite linninosa de 29 de de 19. I. n.i tocante m)lenid.ide, tjne m- eletuon iin Sal.io .\nlile cia r.iculclade de lúivilí), eni ciuiuinoUBAC.ÀO e das Hod.e» de Ouro da no
AOS .\io(,:os turma de h.ieliaie-is do .uio clc‘ 1920, a
Sfii !c‘ilo tK‘ inorU*. Cliogara ila liuropu (.lia 21. t' no clia .seguinte lalou cl.i L:u.mal)ara. omle re.siclia ulUnuuiuntc, .( lilha, .M.uia Aliee. Na convoralliira, cli,ssc à li“ em tom melancólieo:
eoni .siui sa lelei('»niea, a eerla lha, talvez, minha \iagem loi a última. Dos^K^dida Luropa’*.
PoucMS horas dc’pui> ceria\u os para sempre.
OUAÇAO AOS
não tc-ria existido, não fclsse a
!U,â() corajosa e pertinaz de Soares de Mello junto a Rni Harbosa. É nma au tentica verdade — e mais um extraordi nário .ser\ i(,'o (pu“ èU“ prestou à coletivi dade, fazendo \'ir à Inz a notável oração, considerada uma das mais belas c per feitas obras-primas da nossa antologia. Desde cedo o idealista! Desde cedo o sonhador!
Só viin a \è-lo na manhã triste c fria do dia 23 de no\cmbio do 1971, no Sa lão Nobre da Faeuldado dc Direito, no
olhos
Para mim Soares de Mídlo nao mor-
leu nesse clia. A sua morte ocorreu na(juc‘la iuMti“ de gala, no Salão Nobre da sua Paeulcladi', esta l'aeii!dade ipic èle j amou eom l()das as \eras do seu grande '' coração, pc raiUe os colegas dc turma e J dc- congregação, os amigos, e os ex-alu- nos. Esse foi o momento culminante da sua bela vida. Morreu em plena açao, ^ c-xalçauclo a figura do liomein que, frase lapidar de .Alcântara Machado, foi i o semeador das ji.iUn ras eternas”. Moi- * reu re\ ivenclo a imagem do homem quo loi durante Ickla a sua magnífica cxi.s- ^ Ic-neia o seu guia e.spiritual c iiitelectua . Em São Paulo Soares do Mello viveu lodo o apogeu, todo o fulgor da sua gloria.
na
Esta me <pie pcrteiieia. 1'ela [uimeir.i \ez o gianUe triluiiio, j.\ ((nii .i saude hast.mte eomproinetid.i. periiiiliu-sc l.dar senta do. M.is nfio loi .ilém de alguns minu tos. ,\ sua \o/. oulioia e.inLinle r licau timbrada, ioi desa[>areeeiido, ioi sumin do, até ([ii-' perdeu os si nlidos. tomban do para o lado ,1‘Nsa loi a última ncz cpu- o \ i e ou\i. !●; ioi a sua rVtima noite de g!(')ria. Sim. repilo, de glória, por(jiic- desfaleceu cliseorreiulo exalameule súhre a per.sonalidacle do homem cpic mais o laseinoii. eiu líula a sua longa e pr(‘stimosa e.xistcneia. Ou\i certa \ez dc‘ Antíinio Conlijo de (iaiAalho esta alirma(,ã() caleg(’)riea a MO(,:OS
Ausentou-sc durante poucos anosvcio cles-
São Paulo o .seu corjx) ; csla terra generosa, que podia deixar de
mas em cansar, porque éle tanto estimou, não té-lo novamente cm seu seio.
Em São Paulo ele \ i\ cu, vibrou o co lheu todos os louros'.
Em São Paulo èle veio descansar.
FISCO E MERCADO
Aunold Wai.d
J^m tôdas as legislações e cspcciahncnte no direito brasileiro, os incentivu.s fi.scais se tomaram os grandes catalizado res do dcsen\'olvimento do mercado de capitais, dc ta! modo que se pode afir mar que, sem éles, a abertura da.s ciedades anomínas não teria ocorrido, í menos com o ritmo adquirido nn último ano. É, assim, jicsto c compreensível que as alterações das normas de direito tri butário sejam anali.sadas nas sua.s rejxrr- cussões sôbre o mercado acionário. Pretendeu o
governo, no iiltimo més t. do ano passado, rever e raeíonalizíir a regulamentação do impõslo de renda, a ífi fim dc evitar algumas fraudes e distor¬ ções c dc democratizar a trilmtação, fa zendo com que alcanças.sc, de jnodo idêntico, todos os contríbuinte.s, preva lecendo, assim, o princípio conslitiicio- nal da igualdade de todos perante a lei. Algumas medidas foram tomadas desde logo e outras estãp sendo estudadas entrar em j
pani vigor num futuro próximo.
No Decreto-lei aprovado nos últimos dias do mês de dezembro, reduziu drasticamente a faculdade de abater juros pagos, estabelecendo-se o referido teto em 6% (seis por cento) da rend bruta auferida -sc 0.S a no ano-base, quando teriormente podia alcançar até 50% (cinqüenta por cento). A medida é válida e se justifica tanto no plano fiscal propria mente dito, como, ainda, no ’ creditíc-ia. Talvez até constitua, lidade, não apenas um meio de evitar fraudes, que ocorreram numa certa fa se, algumas vêzes com o concluio do contribuinte e de inscituições financeiras, como ainda anda política na reameio de proteção do próprio investidor. Efetivamente, no ciirum
so dí) ano [j.iss.kIm, um gi.imle nútnrtv de imx-stidíjr^s ie<on i.iin .i emprésti mos bancários par.i poib-i i>Mli/ar raçõe.s de bols;i ciii (i' (ei2ninados Cft.sos, nas fases de b.iix.i i>u de es(.d)tÍMÍ*de do nr rcado, t.il opti.n ão i liegou ● proví)car grandes ptejiii/os p.ir.i acpt^lr» ^ (jue especulas .iin foiii leiiit siis baitcáriíjs, não jxxiendo ir iii niesinn e.s{>crar c momento oporliino paf.i seniler as ações. [Kjís n.ão (ínliam í-ojmo p.ig.ir o ejnpréstimo (jiic lhes liiib.i siflo b itii sem alicn;ir o.s títulos por éles eompr.ulos üeorreniiii taiiibém as i li.mMcIa.s ope rações casadas, nas ijiiais o dcpo.sitante fiizia um de[)ó.situ a pra/o lixo e levan tava no mesmo l)aiic(> um empréstiilK» ou ol)líiiIia uma abertma de cré;dito. As.sim sendo, n;i realidadi-, o depositaute transfonmua um d' p(’)siio por prazo indclerniinaclo — (|iu- leg.ilnieiile não po dia render juro.s — em cIc-jxVsito a pra zo fixo — com juros e citrn-ção nionelâri;i, levantando, eni ípiabjiuu' niomcnlcç o dinheiro (|iie csentiialmenlc' precisasse c dc.scontando da sua renda os respecti\-o.s juro.s. Diante dt* tal situação, im punha-se reaimentíí unia medida gover namental que atabou sendo concretiza da no artigo l.o do Dc erelo-Iei. ^
Em lermos de interpretação do di reito tributário, podcr-.sc-ia chegar ã conclusão dc qnc a norma publicada em 1971 sc aplica a um imposto que só será declarado e joago cm 1972, servindo, ope-
Não lendo sido esclarecido pel<í diplo- 1ma legal o modo de aplicação da nova norma, surge o problema cie .saber se será ou não aplicável ;io imposto devido no ato de 1972 (exercício de 1972) que tcin 1971 como ano-basc.
simple.s ba>e de i.ilinlo. parcci ria, Ind.ivi.i. \a norin.i
N.i lealiil.ide.
m.iis justo que a IIU.sniie lile se .iplii asse p.\ra o exercício de .mo-bas’ in Kfelipublie.iilo wuncnlí', qu.md creto-U-i já limi. tinliam sido i tC.s todas as opeiai.oes referentes ao
O iJe- (1 lui 19T1 e já
{\a o I (Ir
n<'ii< i<iiKitl<I .11)1 V (piiaudo lOiam fritos, a Irgislaal>.itinu‘uli) dr il
stTiam as c 1971. Não ol)slauti‘ no- liiiitivamenle em i-eli'oali\idade decorresse nhuina reulemente da aidieação imediata da lei, ela, na realidade, iria U-r'n negócios per feitos c acabados, realizados anleriorinimão de serem o.s mesmos :q->ate na prcssuposiçrjgidos pela legislação então \-igenlc. Se problema técnico jurídico so apresen- sendo simples, desde que exami nado snb o prisma da ficção criada pdo direito tributário, ao contrário o respeito a boa fé c ã lealdade, (pie de\em reger fisco e o conlrib\iiure o ta como as relações entro o tc, c o próprio princípio con.stilucional da irretroalividade da lei nos levam a suscitar dúvidas quanto á validade da aplicação lei, fazendo incidir as suas normas sô bre operações realizadas em 1971.
●ÕO" (cinquenta por i< virtude de juros pigos d-.- t.d ●ontiibuinlrs. d'- boa fé. ta, ein modo cjur os i ufilizurjuu i taeuldadr leg.iluiruli.' os Sriis cálculos dr uma pre\ista: fi/iT.nu acordo coni os priiuíiiios rntao aplieárra li/a ram, eonsrqüriiclrtrrmin.idas operações <ju«-, feito
veis ã matéria e temente, talvez, se diferente a na(|uela época Embora a deelaraçao al> iião tivessem legislação \igenle. de 1972, çançada si:ja a situações sôbre ineidiria o uó\() as [U.US diploma ■()ustituidas de as
Ii imediata do recente decreto4
A jllri^p^udl●^cia já U\e o oiiáojo flc * examinar casos análogt)S c sc Icm incli nado m> si-nUdi> de não admitir a inciilèneia de lei j>osterior sòbro atos ou oper.u,ões anlerionnenlc coneluidas. niosnio tjninulo as suas consenüemias fiscais ain da não se li\ isscin exaurido. Assim, a jnrispnidèneia não admitiu a correção monetária dos débitos fiscais anteriores ^ a U)(M. |X)is. (juando da formação dos j mesmos, não esla\a em vigor a lei da correi,ão monetária. () próprio legisla«.lor (|ue, inicialmcnle determinara a in cidência da correção sòbrc os débitos anriores, retificoii a sua posição originária e determinou (juc somente se aplicasse no luturo. vSituação análoga também surgiu em relação ã eompnlsoriedade da aquisição de letras imobiliárias pelos locadores que antoriormente ti\essem recebido determi nados aluguéis, rinalmenle, em vários atos, taulo le gislativos. como regula mentares. que aumenta vam aliijuolas do imposto do importação, o govèrno sempri' ressal\o\i a sua não incidência sòbre as operações já em vias dc exe cução (mercadoria já embarcada antes da entrada em \ igor do aumento) e, al gumas vè/.es, até cm relação ãs que sim plesmente li\’cssem sido pactuadas, já tendo obtido as necessárias licenças. J o princípio que sc discute no caso é 0 respeito ãs regras do jògo, nu seja, o da segurança jurídica, de modo a não alterar, mediante um ato futuro da au toridade, as consequências que um ne gócio ou uma operação financeira nor malmente teria de acordo com a legisla ção então vigente. A tributação deve ser normalmente a vigente no momento ^ jem que o negócio se realizou e se tornou ^perfeito e acabado. A norma jurídica
exerce assim a sua dupla função de pre venção e repressão. Ela se apresenta em primeiro lugar como norma de conduta, fazendo com que o contribuinte saiba o que pode e o (jue não pode fazer e quais as consequências dos seus atos. Se vio lada a nonna de conduta, então pode ser aplicada como comando reprossi\o. O diálogo entre fisco e o contribuinte tem sido, cada dia mais, nas últimas ad ministrações, franco c leal, en.scjando um clima de confiança ncccs-sário numa eco nomia, cujo sucesso emana do entendi mento contínuo e harmonio.so entre ; iniciativa privada c a.s autoridades vemamentais.
ina.s uma m<-t.i <|u dí) sistema fh- iiu ilid.!'deseiníjK innaito ec om unit n t go-
Ainda recentcmenle, vá rias manifestações das autoridades fi.scais revelaram a sua sensibilidade as neces-sidades e os problemas do tribuinte. Ne.ste sentido, as normas que permitiram a dedução da correção mo netária paga nos débitos do sistema liapara con-
bitacíoiiai rewlar.un o c .ii.itcr luilUUM .soiial da politíi.i ttíbiit.ui.i. p.ira a a arrecaflaç.V* não t- um liin al>so - 1'iiqii.uira deac* ● tdrqtiadas A do paí&.
Xo sil«’-ncit> do ))(●( t« (o-Ici, cabe m atiforidacics fa/rmboi.is u zulamontAí .. artig<í 1.0, que .sí- .10 t<‘io dos ^ ros dc(liizí\< !'>. í';o' ( í ii.t justo c cqf» 4 tativft (juc o rrirridn liuiitr, r« s.salvjA* os ca-so-s (1«“ íraiidc p.oa quais c.ttsíw outras sanções, ,s<’> se apliiassc base flc 1972, não alcançando os jujifr pagos no aiio-I>.isc dc- 1971. f'nnriliw- « se-ia, assíin^ a defe-sa do <-rário púhíirí b com o princípio da invlro.itividado d> ^ lí-i e com o respe-ito às re dras do |cVcr fiscal, fjiic não dc\«-ni st r nnidadas p*ra o passado, c-spccíalnicntc nas bi|xSti:*'v cm cjuc não leiilia liasido fraude.
O ADMBRÁVEL MINEIRO TRANQUILO
I.. ti. Na^-CIMINIO Sll.VA
“Bem-av entm .id( > do .scin mam ha «● ir atríLS do ouro. nem
<{IK' llhciro, nem nus transgredir .1 h i e n.io a Fazer o nial r não o b z.
(( i'i( o (|iu' loi ai'liatião Se ch ixon «■sitriou no ditesonros. póclc transgrediu.
Toda a comunidade louvor.
n
Esse fiiiiiinento da predileção com razão, iãmpie e de (jiie fala o livro nmnkiade toda, <|ue desaparecí meu to. cntotia l()u\’or.
pulilii'os (■K)r profissão. entonará seu
ili) 1'aK'SÍaslii 1) foi
de Milton (ãíinpos. *'Sm- honuMu !●: .1 e ( saurado. K a cohoje ebor.i também o sen seu K
eneonlr.i
trani]iiilo morte uma consagração verdadeir.unente nacional.
rulitico o foi |X)r toda a .sua vida. Pcirqur político é vcudadcâvamciUo aquolc qu'‘ sf liga aos interesses da Pátria, aos iiileressi“s públicos antes (jue aos sons juópiios. ll.i políticos por \’ocação 0 como nos Icuíbra M.i.\ \\'elnr: \i\ein os primeiros para a judilica; os ontros da polilica. Milton Cainp<is ft>i. imtvi' nós. o protó^ tipo do político por vocação. Nunca postulou nu pViteon coisa algíima. Mas, nuiu-a fugiu ati dt'\er de sor\ii’, por mais ãnalua (|ue lhe tosse a missão. nniK-a dismion à lula, fosse <da imiito áspi-ra ou muito longíncpias as metas almejadas. .\ssim foi. i[uasc s: m (|m“riT. Ctnernadov de ,sou tado: assim foi Ministro da (ustiça do primeiro Go\eruo da Ue\olução, pa ra recordarmos apenas detis momentos culminaules do sua longa \ida dc servir.
Perguntei certa feita ao Presidente Càislelo Branco, findo i> seu governo, l>or (pie não fizera ele de Carlos Me deiros Silva seu Ministro da Justiça na ● , primeira fase. em fiuc se faziam neces sárias medidas de natureza revolucio nária. reseiNando a Milton Campos o derradeiro período, o dc consolidação da no\a ordem dadas as caraelerísliea.s dade do cada mn brasileiros. dc\er ser essa mais natural ante as rcahzadas. Respondcu-inc o te (jne via bem meu ponto de \âsta, ^ mas qne julgava ter sido acertada sua ordem de escolha. É que, logo que as sumira n poder, sua maior preocupa ção fora a cie caracterizar a revolução como um movimento qvie iria substi- ‘ tuir uma ordem jurídica por outra,
O mimúro na Esimanimitlade de miina raramentíç muito rareprodnz. Por <|iu“ i.sso o faleeiinenlo de sentitln? Cmia.senlimcnlos ([iie rainenle se ocorre? O que faz Milton Campos assim mente não o relevo dos cargos e fnncleseinpenhaclos. Mtmos lances de sua vida politica, çõe.s por ele; ainda os que a ípiis disenka assim a manteve sempre, 'ranlos ontros tiveram vida pn!)Iica e cargos de igual imporlàneía isso sua falta assim foi ebo- e nem por rada, O que Campos são os sua personalidade, a de uma individuahdade rara. em (pie os valores humanos fundamentais estavam inagnificamentc r(“pn sentados. Esse toi denominador comum (pie faz sua mor te ser por tantos, por todos lamentada. Como o homem do Eclesiástico, elo foi atrás do ouro, fo.sse cs.se o deles distingue Milton próprios atril mios de mau a indelével jurídica. Parccia-me, de personaliclo.s dois grandes a soqüència tarefas a serem' rresiden'V t i mmea ouro da fortuna on o do potUu-. Com binava desambição eom vontade de servir, combinação rara tpie qualifica os seres verdadoiramente superiores.
tnovimcnto que deveria inslitiicíonalizar-se através de normies jurídicas <juc assegurassem a persistência de sc-us ' objetivos, sendo um de cuidados o de fazer
DniHK r.K í.i d. Ii * <1< IV ai Io assim, cu|a P'
i seus prmcjpaLs com que o c.strangeiro assim visse a Revolução brasilei ra. E nenhum nome lhe parecia mais capaz de transmitir essa imagem do que o de Milton Campos. Era, o liomem convertido em símbolo, ' só presença no governo contribuia para dar deje uma idéia de legalidade e cie respeito ao Direito. Assim era o mi neiro tranquilo, reserva moral rjue .Mi nas guardava para grandes momentos necessário o reencontro tão difícil de pcjnto de equilíbrio entre forças em tensão.
Mineiro ele
sóbrio. Sí-u í 'lil'). rcílciía lx'm a uaiidadc: a d' nin (i tito ( das convít (,õ« s. I' (1'ntii ' ^ÕfS d' sl.K .l\.[-'●f soluta à iiiocriitivíís fjiKpara as ”«T.u,ri s lar i-\citij>Iar. longa passagi-iu iiiifirredoiir.i rr i>rci.i< .m
padrão sob todos <is ma (le tudo p"ns.ua n.i ele-stinos, no si-u .s' inpre o melhor mais perinam-nte o Brasil, para os em que sc; fazia dr sciis })ens.imcnK'V Assim ioí o iniii' iio Milton C;unpk>. I.S|K*ÍtO , um C,'onrjiiísloii tantas niaiis.iniente a ndniir.K .'io de lod.i uma r. o era funclanientalmente, paradigma vivo das virtudes que ornam o ho mem montanhês. Cortês, dí.screto, dc fala solho
man.sa e conseguro, de julgamento firme, sempre generoso, de uma generosidade a faltava uma nota de da. Estou
ma.s
í li g.intf c sinjfri 1 ● li- sua pcrv ^ oni proi ssas com-4. uma Iidrlíiiadc i.'-aos idiMÍS <Ãía/ mu inod . \ iiiiioiitas. Parlaohíi I' toda m > I « gislalivo d' uma íic..' aii’.oil( IS. Mus, a.r.iliia, nos sc_ fiilmo. I-. .t isso c.. dr Ml.IS rueriò***s -
ção pela iiil< ire/.i th* srra p..-, sonalicl.ide. pcl.i ioerència A suas c-onvic eões. p da achmt. ● \cl unidade d<- seu ser. peí' relevo ético qne imprimiu ir,-variavelmente ;i siia trajetv l<'ni nm nmiido tão Uv-
na.
Inrado pela ambição, competição, d<‘sla(;iva-s<- elr jxjr sv ch sapego às <-.\(eiioiidades. verso tão fracionado, eomo o do apresentava a nota insólita d«- nma un>' elude interior c dc mna sinli-se himv»prl. que nao ironia bcm closaa ve-lo ainda nitidamente em meio a seus livros, na tranc|üilicla- de de sou e.scritórío Tomás Gonzaga, . díscreteando sobre mn uiv.'
era esiKviT .sobn int'\^n>0‘nacionais, ou sobre os fatos do dia, sempre com a maior finura, com a visão ampla das coisas, e o conselho mais seguro. Suave no trato, ameno nas fórmulas, era, po rém, de ine.xcedívcl firmeza na defesa dc suas convicções, e nisso mostrava-sc, mai.s uma vez, bem mineiro, tipicamen te mineiro. Lia miiíto, lia bcm, não se pretendia um erudito: linha .suficiente bom gosto para isso. O saber nele converlera-.s'c cin sabedoria, está gio supremo do conhecimento. Escritor mas
na ca.sa da Rua Belo Horizonte, grandes temas assim como sobre literatura em L- os nislica. Era mn c mio; Hesitei bastante <ni Milton Camjxis, depois cpic tantos e tã>' melliores do íjik' cm o íizeram. Mas. e j escritor não comanda siia pciia conv' dirige o mmo de sciis pensamen tos. Principalmenti' (juando e.slcs bm- | tain do coração. E não stã lerminaT sem recorrer á síntese admiravel d. Carlos Drmnond de /Amlradc, nossv' poeta máximo, em sen ]>rimoioso arti go sobre Milton: eh* foi o liomem (juo a gente gostaria dc ser. Isso diz ])cm. Isso diz tudo.
Milton, a vitória da vida sobre o morte
\ II m \ (anu.sro
^() famoso ili.ilogo qiir «nlivlviii, l)t*
■) -ndo VIU minuTo v qualidade, o fo-
C.aulk- r M.iliaiix, vnli-i\aili ceiilr li\ro .Abatem" — o uviinal nos i.i'.i do mis tério da obia ou da vida sóbr. a morte. k I
(Jom o desaiiarec inieiito ile Milton Cam pos, (jiiein inoiie iiin poiuo c- o Hr.isil, ●A imagem ile nin de seiis mais iiolna^s fillios ap.iga-se — a imagem iisiea — (pie é o .sentido d.i iiioile, p.iva lix.ir a eternidade de sn.i imag< m moral, inte lectual e livit.i.
Ele agora é a elígie composta pela própria vid.i. Não a mo delaram nem a ]>ropag.nula tácil iu';u o fumo da ioiliiéneia oc.isional dos eavgos, mas tocl.i imia islrulura pevsoiialissima, de caráter, de saber, de cuUo-
eiesss. i.im busear para governar Minas. E epo goveino! O ecpmibrio, a serenidade, inteligência. U culto da justiça. A arlo üe conduzir corclia mento os homens. em le“( lii.intlo os Kol)l' s M' .Ni.sto loi iue.wedivel. Todavia, j)elo im pério da lei, loi eapaz dc superar-sü a . Uoliro-me ao “Manilcslo dos ●Miueiro.s", jxu‘ ele inspirado o assinado muna das lioras cruciais cia Naçao. Subsciev eu-ü ^xir amor à ordem juridica, arraigado no mais iiilinio de sua forma ção. i‘ jx‘lü qu.d suportou todas as eou-
comum.
Brasil reve-
sc(|ucncuis. o que não sc sabe é Sc o larú tão cedo outro Milton Campos. Nestes tempos tão pragmáticos, láo imediatistas, difícil será a suscitaçâo de um homem com eunjmilo de cpalidades cpic iléle fizeram um cidaduo Coiisola-nos, jxrrém, saber cjuc o seu porte assume, pela morte, a configuração de finitiva ipie a História costuma imprimir ficam na memória da
ra, manifcsla eni tudo o cpie loi c o cpie íez. Nasciilo na alvorad.i do século, que se (. sv ai, loniouse (jiiase uin estranho pi-la li(jueza dc v^alórcs epU' soube conservar consigo, projilaiuloos para o imiiulo cpie se anun cia. Por isso é (]ue sc fez entender, jx>r moços c velhos, talvez mais pelos prinu‘iros que pc-los segundos, pois que de le não BC sabe se cun.segiiin ser velho. Não o foi. Não o era pela linguageni e muito menos pela.s idéias. Liberal, o m-
nas criaturas cpie terra a que pertenceram. É com saudade imensa que evoco a figura désse raro brasileiro. Vejo-o ali, acolhimento cUuistral de sua biblioa voz meio rouca, o gesto medido c sóbrio, discorrendo, com profundidade e lucidez c.xtraordinúrias, .sobre o destmo do liomem. Do homem brasileiro. Do homem de tòdas as pátrias. Mas revejo-o também a sofrer, como um boerates a cicuta, pelos desvãos dos mo¬ no nimea foi um libcrlávio. Tinha o sentido cris tão 0 filosófico da Liberdade. Qiieria-a obsessivamenU', porém dentro da ordem, tendo a lei como o seu suporte. Êlico, jamais disputou posições ou cobiçou lu gares na incsíi das casas de pasto políti cas, porque não o fascinavam as vanta gens senão os princípios. Daí a grandeza de ter podido scr sem so promov'cr. Re traído, como um súbio grego, vivia cer cado de audientes, daqueles mesmos que, teca, i
ingerir sua prudentes.
Enfim, Milton Campos morre fisica mente. Sua palavra e seu exemplo per durarão.
É a vitória da vida sôbre a morte”. nos <1 -
FUNDO DE GAVETA
n Mn/roN Campos
Pensamentos escritos cm 1922 quando (jiiinlanisl.i de (lii< itn e pnblii-ados eni a liecisla de !925
^EN'DO um momento da eternidade, temos o eterno eni nós. Ü celici.Mno comodista é <pie nos leva à convicção de que somos passageiros.
SOC.S; o idéia de iiilmito. O
A concepção espetacular do Universo, que 0 sr. Graça Aranha e.xpos i- recente, é deliciosa poltrona de primeira. Mas liú homens comodistas, ,! ■ preferem perder ' eulo a ein hvro
ínfait.. díMi
O iniiiiitaini nle gi.iiide c o invntc peqin iio tem .is iiK âin.is le pr<.-domin.t < iii anibos c (jU«- e iiiMisccptÜTÍ - ^ medida e não |>o(.le, serncin peípicno. ^
1 o o o
Só o pen.saniento ch siiiterc.ssado audaz, F.- para (]uc*m lenha reali ente ser d(- Cioiiriiiont, iiiy í-xeinplo, para (jiie ningUn c.stranliasse sua misadu pensador, aleg.i\;t (jue erevia apeiia.s para acUr* (pie o -cspetávè-lo da confusão das torrinhas. Daí celente uma exe eiegante justifi cação do suicídio.
a.s pKjprias nleia.s. c c o o o o
S Romaín Roland é músico dendo
Dí/. mna oração <pio csí. nnimlo e oiii \ale de láiii" um manmié. compor as sinfonias geniais que liie turbilhonavam na alma, teve o re curso dc criar Jean Christophe. Que curso feliz!... Não po¬
( Diz-se que o instinto é mau, que o instinto é cego. No entanto, ele é "■ marca da divindade a na criatura. O que conseguimos além do instinto é por trabalho nosso, Com 0 instinto, vamos por caminhos di retos e claros; só com ele, não fugiria mos a nosso fim. — O sofrimento é uma ■b criação da inteligência.
mas. Ein frase ainda mais Ii<juida, c ux' oceano dc amargura. N’ão \ale a pca' nadando olcrnamenle, a romjvondas. ÍC melhor que no raso, construv.'viver com o peito as quemos, a principio, do pacicnlcmcntc no.sso batcl. J.)cpois “.soltcm-.sc üs rcinosl” — e vagarcuv> scrcnumcnlc à flor das águas, a ver i fr asa das gaivola.s corttimlo o azul d-' i reO O 0
ceu., .
O O o com esforço doloroso.
Nosce íe ipmm. — Conselho perigeso, que a poucos c dado seguir; quem resistirá à.s vertigens que a gente sofrx\ ao debruçar-se à beira de um abismo? I o 0 e « 6 é
B O tempo é inlinilo c imlivisí\(“1. Mas fl o Itomcin finge limit.i-lo <● cliviili-lo a ficção clf)s anos e dos dias, para ter a ilusão consoladoia de (|ue é o (pie passa por ele, e po. com tempo não ele pelo temO o
Escapou a Maeterliiiek. (puuulo escre veu o ensaio sol>re o silciuio, um exem-
pio IvLsantc. O inacabado, nas roaliza<,õcs artísticas, quando intencional, im pressiona mais fundamente, pela elabo ração a <}ue obriga a sensibilidade do ispeelador. () artista interronq>cu a obra num pontt) da execução, c daí por diante eia é mais expressiva c comunica tiva. iiíacabado é a parte do silencio nas obras dc arte.
Valores e a Obra de Joseph de La Vego
füsÉ IloNônio Honiur.UKs
^ historiografia econômica sobre o capital e as finanças nos começos da época moderna é vasta e va liosa. Dois livros, sobretudo, se dis tinguem sobre os demais, e são jus ta mente considerados como clássi cos. O primeiro é de Richard Ehrenberg Das Zeitalter der Fugger, (1) somente traduzido para o inglês em 1928 (2) e em 1955 para o francês (3). A obra estuda o caI>jtal monetário, o crédito público no fim da Idade Média, o papel de Jacob Fugger, o grande capitalista do sul da Alemanha que financiou parte dos empreendimentos portu gueses na navegação, outros capita listas alemães, florentinos e toscanos, como os Affaitadi, também im portantes nos descobrimentos e no comércio hispano-português. Exa mina as bôlsas internacionais, es pecialmente de Antuérpia e Lyon no século XVI, as transações finan ceiras dos mercados internacionais do Século XVI, e finalraente inicia os estudos sôbre o desenvolvimento da dívida nacional, e sôbre as bôlde ações iniciadas em Amsterdam e logo em seguida em Paris e Londres.
Tratava-se de um livro essencial, que examina uma época importante da história econômica mundial. Seu ponto principal era a crescente exi gência de capital para objetivos de guen*a, no fim da Idade Média, que fora dominada pelo princípio aristo-
tclico adotado por Sã«« Tomás d< Aquino de que pccunia pccuniam no» parero jjote.st (o dirilu-iro não pode gerar o dinheiro;. Aj)e.sar da sua no vidade, do sua vasta erudição, a obn nunca foi traduzida coinpletanienteEla gerou tôda uma literatura sôbie os Fugger e a sua época, em inglês. ● alemão e francês.
O segundo livi-o importante pel* sua significação teórica, pela vastidi«> de sua pesquisa e ixelo sua elaboração metódica é o de hlli F. Ilecksclier sòbre 0 iMercantilisim», ])ublicudo ec sueco em 1931 e logo ti aduzido eia várias línguas (l). É uma liistória da organização e das idéias econômicas desde o fim da Idade -Média até a criação da sociedade liberal, o exame de uma base da história da política econômica, aquela que sejmra a Ida de Média do ixeríodo liberal.
Heckschor cstiula o comércio exte rior que preparou o caminho para as forças que liaviam dc destruir a economia medieval das cidades, com a aparição das sociedades de capital. As sociedades de comandita existen tes na época medieval são substituí das pelos protótipos das sociedades modernas; a associação de capitalis tas unidos para colaborarem ativamente, que recebeu o nome cie societas, e o outro tipo, a companhia, palavra formada de cum et panis, isto é, os que comem o mesmo pão, os que convivem numa comunidade de vida e de pão.
exame <|ue teve e
Ehrenberg-, cm 1S9S, c Hoeksher, em 1931, trouxeram aos estudos de história econômica uma «(Uitiàbuivão fundamental, nfu» tanto i)olo do capitalismo moderno, tem outros analistaw, mas, solneliulo, pela rifjucza do informarão objetiva nôbre a fase <lo desmoronamento do sistema medieval e da eclo pitalismo.
io do caElcs mostram a fase antei[uan(liio {iodo parc-
rior ã descoberta da América (MOl’) e do caminho da índia (MOS),do a transformação se acentou de tal forma quantitativa, cer e é para outros xima mudança qualitativa. As descobertas novos problemas e novos campos do atividade; as viagens tornaram-se maiores c mais perigosas; exigiram-so grandes ca pitais e sua escassez au mentou, cresceram sibilidados dc lucros, desmentir teses sobro dade dinheiro.
ton chamou a Kevoluçno dos Pi^eçoá^ com tremendas conscqüências infla cionárias sobre a Europa (5), nôvo reforço se junta à grande revolução econômica do século X\'L Dêstfl modo muitas instituições se transfor mam complctamentc. como é o casO ila Bôlsa, ou novas sociedades eco nômicas se criaram, como as grnndos <-ompanbias dc navegação, caracterís ticas do mercantilismo do sécolo XVII.
As Primeiras íiolsas: Antuérpia
A Bôlsa existia como mostrôU Ehrenberg, tanto em em Antuérpia, sobretudo se efetuavam
criaram Bruges, como e nesta oixeraçõcs sôbre as espe ciarias. A de Broges foi a primeira que teve êsse nome, mas não era unia bôlsa no sentido moderno, usada especialcom I as iK)Sgrandes am-sG as a estcrilipois era mente para operar dinheiro e letras; todo o comércio de mercadorias
Quando, cm 2.5 de abril de 1409, o barco do Vasco da Gama entrou no pôrto de Lisboa, trazendo pociarias da índia; quando, em junho de 1501, os primeiros carregamentos importantes chegaram ao estuário cio Tejo, 0 quando, em 24 dc agosto 1501, 0 primeiro navio carregado de pimen ta e canela ancorou cm Antuérpia, Iniciou-se uma grande transforma ção econômica, monopólio de especiarias do eixo LisDo mesmo modo,
t realizava-se nas casas e armazéns onde elas eram Em An- depositadas. tuérpia, na segunda me do século XV, havia uma Quando coas csmetade bôlsa cie mercadorias.
gTande surto do comércio Conselho da cidade de edifício da meçou o marítimo, o Antuérpia construiu Bôlsa com o expresso
o propósito de Uma insti- camercio. esta, diz Elirenberg, ericom esta fifavorecer o tuição como gicla pelas autoridades naliclade, era uma inovação importanE mais importante ainda foi que ela significou para todo o comer cio de Antuérpia. O nôvo edifício de 1531, que causava a admiração dos contemporâneos, era, como escreveu l e cstabeleceu-se o boa-Antuérpia. quando, em 1501. se recebeu o pri meiro ouro da América, vindo de Cnba 0 Costa Rica. e n prata do T*orn e México, nrovoc.ando o nue o 'kriaclor americano Earl J. ITamilte.
J.A.Voris num admirável estudo, (6) o centro da vida comercial de An tuérpia. Nele se fizera esta inscri ção dedicatória, bem expressiva de seus fins: in u.sum negociatorum cuíuscumque nationis ac línguae urbisque adeo suae ornamentum (para uso dos negócios de tôdas as nações e tôdas as línguas do mundo e orna mento divino).
Nesta contribuição exemplar para a história dos começos do capitalis mo moderao, Vorís examina o papel das três colonias de mercadores, os judeus portugueses, os espanhóis e os italianos que tanta influência ti veram no desabrochar do capitalismo e da própria reforma religiosa. As duas primeiras, as mais importantes, provindas da península devido à per seguição religiosa, gozaram, desde o comêço, de privilégios especiais, tais como o das imunidades. Mesmo antes da perseguição em Portugal (1492, Espanha, 1496 Portugal) já havi uma colônia da nação portuguesa (Natio -portucalensis), composta tam bém de judeus, que se expandiu desde que engrossaram suas fileiras os per seguidos de Portugal. Mas em An tuérpia não permitiu a justiça que se mesclassem os negóscios religião.
Antuérpia, escreveu Henri Pirene, se engrandeceu com as descobertas portuguesas e espanholas e se tor nou, a partir do século XVI, o entre posto do tráfico mundial. A influên cia comercial que lhe coube entre 1520 e 1580 nunca pertenceu a ne nhuma outra cidade. Nenhum porto até aquela época exerceu uma supre macia tão exclusiva, uma atração tão irresistível e ofereceu um caráter tão cosmopolita. Nela falavam-se tôdas
as línguas e cda .se tornou “a terr* comum de tôdas as naçó(‘s” (7).
Na Bolsa, «íuim unia c-spécie dc colméia, se comiirimiam niilliares de pes.soas, das mais divcr.sas origens t línguas. O horário era curto, das 11 horas a pouco fhqiois tio meio dU. mas a pedido dos jxirliigucses se de cidiu abrí-la às 10 hora'.^, havende também uma sessão às 0 Iioras da tarde. A flesericão minuciosa e sw* de seu.s usos e costumes, das nore formas fie venda e compra (8) en contra-se eni Goris.
A bôlsa fie Antuértiia tem caráter extremamente especulativo, o são as especiarias das índias f)rientais os principais artigos de (.spoi iilação. O preço da pimenta tem um valor re gulador. Será deficiente fui .superabundante a colheita das (‘speciarins? O carregamento chegarji a seu des tino, ou o navio se afunilará, ou será atacado? Não se lrat;i mais de dias ou semanas, quando o comércio se fazia pelo Mediterrâneo. O navio que parte de Lisboa para ir ao Ori ente e volta carrcgaflo de especiarias gasta dois anos. A história trágicomarítima (jue Bernardo Gomes de Brito publicou (9), as várias rela ções dc naufrágios da literatura portuguesa, a começar pelo grande Diogo do Couto (10) mostram o ca ráter incerto da ojieração e n neces sidade dc confiar nas vendas futiu^as.
Tôdas essas especulações influem no jôgo comercial e nas consciências e dão grande importância nos enor mes reservatórios dc cajntais locali zados em Antuérpia e Amsterdam onde predominam os banqueiros Fugger e AVel-ser (11).
Não é aqui o momento apropriado para mostrar os escrúpulos que assal taram as consciências dos mercadoa com a
res luso-espanluns no trato dos negó cios (jue o eapitalisnui criava, na questão da usura, dos juros, lia ferti lidade ou eslerilidatle do dinheiro, do emj)réstinu), c*nfim, de tòdas as rela ções entre a moral e a economia. Não era êste o caso dos Jiuleus, (jue formavam a grande maioria das colônias portuguesa e c‘Spanhola do Antuérpia. pimenta (lue regula va a esj)eculação bolsista do século 'ÍVI em .Antuérpia era um monon'*lio do Hei de Portugal (lue vendia as cargas a grandes grupos econômicos que obtiniiam, assim, um monopólio de segtinda mão. f:les muitas vézes compravam as cargas ainda no mar, emprestavam ao Hei de Portugal, que .sempre delas necessitava, grandes somas adiantadas e repagavam-se aumentando o ]>reço. Kram caim/.es de regular o preço de acordo com seu próprio interêsse em Antuérjna, onde dispimliam dc grande volume de especiarias, e polo monos até a chegada de nova frota, que modifi cava novamente o iireço.
Os dois fatores, o interêsse dos grandes grupos econômicos e o volu me da importação determinavam na bolsa dc Antuérpia o preço da pimen ta. Esta especiaria agia, então, como um barômetro da temiievatura da bôlsa. Havia em Antuérpia nm agente do Rei de Portugal que diri gia os negócios e os interesses reais. A dívida em Antuérpia cio Rei dc Portugal no fim dc 1548. era esti mada por seu agente João Rabelo em dois miliiões de cruzados, uma soma inacreditável, comenta Ehrenberg, porque grande parto era devida a pagamentos adiantados de contratos de pimenta. Frei Luís de Sousa re conhece que a dívida real dobrava
cm quatro anos devido aos juros, l)üis pairavam l’J a iüVó ao ano tl-).
A lioisa de Aiuucrpia Xazia graniles transa^toes Jinancoiras, e nao só o Kei de i’ortugal nela buscava di nheiro emprestado, mas também o Hei da Inglaterra e o Governo da Jlolanua. Fugger tomava empres tado a ao ano e emprestava ao Hei ila Inglaterra a c ao icei de Portugal a II'. t. A importância lie Antuérpia como mercado mone tário iria em breve ser superada pela Bolsa de Amsterdam, que inovaria com especulações diferentes.
A Bôlsa de Lyon
A Bôlsa de Lyon, que teve tam bém sua importância nesta mesma época, agiu, como a de Antuérpia, como um centro de especulação sôbre mercadorias, dinlieiro e cambio. O desenvolvimento das duas bolsas In ternacionais do século XVI, a de An tuérpia e a de Lyon, revela, a des peito de traços claras lugar, ambas devem muito respectivas situações geográficas e, segundo lugar, aos seus dirigenfavoreceram seu desenvolvi-
comuns, algumas diferenças. Em primeiro a suas em tes, que mento pela concessão de largos priSe Lyon foi um produto Antuérpia o de- vilégios. desta política, em senvolvimento do comércio nacional foi o fator mais importante e Bruges não pode competir com Antuérpia pelos frutos das grandes descobertas marítimas.
As três bolsas internacionais do século XVI são conseqüência da con centração local do comércio, de cir cunstancias externas do mercado mo netário (caso de paxás que investiam nos empréstimos reais de Lyon) de
grandes operações financeiras, de poüerosas concentrações de negócios (13), gozando para isso de completa liberdade comercial, e valendo sua opinião como um crédito íinanceiro e público (14).
tabcleeidu e hiihi-a\am iioiamia
Daixub tüi iKu aiii-.-!●
As primeiras bolsas ajudaram as transações financeiras dos mercados, mas ainda não tinham o poder de a lulei i IMK 1 ..l-iO lia 1 .4 .S . euí>/ « ii .. iiaçao mais loim-jeia., a ti.ais in^Cjaua, auiiiuaaa e ou.ooa. ac foriugiu, <ia r.sj/aiioa u ua piu^. . i.-^^iauo »]ue c.vpío*. II.ar.tiniu e a J .* » V Ull w* i r rança, nau e o uireiamenie <■ eoimr< !> coiunizaçao.
Pensa Heeksm-j' qui- " caiMCier*^ tico do dtsenvoivum'iii<» ua.s eiupresAS dos 1'aise.s i>aixo.s loi a cai-acidadc dos holandeses lie resolverem seus atrair elas próprias o capital difun dido pelo mundo. Êste capital era emprestado aos Príncipes e Reis e em parte existia nos cofres de nu merosas cidades. A necessidade de problemas conierciai.s eoni nu nos orgrandes massas de capital crescia ganizaçao e com organi/.açáo mai£ rapidamente e é no século que simples que a de outros ])ovos, cuje a Bôlsa de Amsterdam vai servir a comércio e navegaçao nao podiam êstes objetivos. A fase portuguesa comparar-se nem de longe com as pré-capitalista havia passado. Du- daquele ptií.s. Xos J’a.ses i5tiijccs rara menos que um século, por mo- existia uma multidão do sociedades tivos hoje muito estudados o que ordinárias de comércio e de agrupafogem a esta exposição. Ludwig mentos de armadores. Xão fultarara Dehio, o grande, historiador alemão, escreveu no seu livro gechgewicht oder Hegemonie ('L5) que a glória legendária de Portugal foi tão rápida como um meteoro.
GleiAmsterdam, capital comercial e fi nanceira do mundo.
A situação mundial era outra, e outras eram as potências disputando 0 poder mundial. Portugal e Espa nha tinham podido conservar parte de seu Inlpério, mas tinham perdido muito, ganho pela Holanda e espe cialmente pela Inglaterra. mundial moderno foi sempre dispu tado no Oriente e Portugal nbo era hiais nem sequer o senhor do mar Indico. Amsterdam substituira An tuérpia como sede do capital finan ceiro; as próprias colônias judaicas fugiam de Antuérpia, temerosas da intolerância religiosa agora nela esu
sociedades de capital, destle o comèço organismos ])uramente iirivados, e o cani])ü de açáo das grandes agrupações apoiadas püblicamente sc achava também rigorosanu-nte cir cunscrito. 0 fato do comércio liolandes ter podido se de.senvolver am plamente por meio du iniciativa pri vada .se relacionava com as condições específicas dos holandeses. O comer ciante liolandõs pode ser considerado como 0 tipo burguês por antonomásia (IG).
A formação e o desenvolvimento Ias grandes companhias dc comér 0 poder ci^, a das índias Orientais cie 1602 ,G das índias Ocidentais (1621) tem ●. sido amplamente estudado, e desper tado a atenção dos estudiosos brasileiros pelas implicações que envolvem com rortugal no Oriente e coni Brasil na invasão e ocupação da Bahia (1624-1625) e do Nordeste (1630-1664). Ê uma literatura imen-
A
subirem faniusticamente A presa produziu mais do sa que em parle estudei im miuua Historioiírafia e l>il)Uo;irath» do Do mínio lloumdês no IJrasil. (17) As obras de .lacque Le .Mi>hie de L’Kspi* ne, de 1’ierre Daniels Huel e espiuda!mente de .lae<|ues Aeiaias di- tierionne e de Klias l.uzalv (IS) moslram a importância do eoinéndo, »la expansao marítima t* da pn*ponderaneia liolandêsas no sécuit
Bôlsa dl* \ alores em .Vnisterdam
A diferença esseiu-ia! i*nire a Bôlsa de Amsterdam e as ile .-VnUierpia. Bruges e I.yon consiste espeeialmente em ((Ue não são operações sôbre mer cadorias, nem transações linaneeiras. especialmeiile governamentais, quo dominam seu negócio. 1’ela primeira vez os objetos negociados na Bôlsa são ações, tal como na época atua’.. . O preço regulador não é mais a pi menta, mas o êxito das companhias comerciais, primeiro as Orientais e logo as Ocidentais.
suas aijoes de valor, doze milhões de florins, os acionistas receberam um dividendo de Tõ^í. o príncipe de Orange dez por cento, oü sejam 7(i() mil florins, os diretores 1',. ou 7000 florins, tanto (luanto Idel lle\n. (jue se tornou o homem mais po|nilar de seu pais.
Desde <>s princiiiios as ações das duas grandes Companhias foram ven didas e a Hólsa foi atraída para o seu eirculo. As Bolsas e as Companliias loram sempre da maior importâneia umas para liUilos sem]>re foram têrmo. Como divididas em sua XVII.
as outras e os comprados a as Companhias eram administração em importante e a mais a ile Amsterdam (4/9 do total), concentrou nesta esmeruladores seis canaras. era a especulação se cidavlo c os maiores afluiam diariamente ã Bolsa. Por isso Khrenberg acha que a téce da negociação de ações peculiar da moderna companhia desenvolvimento à especulação^ em As bolsas do século Ehrenberg, mosdeve seu nica Amsterdam. dezesseis, escreve traram sua importância ao negociar crédito, cspeciolmente crédito pú- A nova Bôlsa que se desenAmsterdam teve o pocler crédito o blico. volveu em de atrair capital não para o público, não para o Estado, mas para negócio privado. Eis ai a diferença essencial. (191. i na 0
O caráter especulativo destas em presas e as características de sua or ganização tiveram, portanto, grande importância quanto ãs origens o de senvolvimento da Bôlsa e do comér cio de valores. Não era só o caráter especulativo quo podia fazer valori zar ou declinar suas ações. Muitas vêzes a pirataria tinha efeitos extra ordinários. Quando Piet Heyn. noite de 7 para 8 de setembro de 1028, apreendeu a frota dd prata no porto de Matanzas em Cuba, esti mada em setenta e sete mil libras de prata ou aproximadamente oito mi lhões de florins, milhares de pérolas, 2 milhões de couros c quantidades substanciais de sêda, almíscar, âm-
^ muitas outros raridades, a npanhia das índias Ocidentais viu lar Coi
A contribuição judaica
logo que há e a
Geralmente se pensa uma relação decisiva entre os judeus formação do capitaWsmo, que Werner Sombart tentou revelar e que foi combatida por Hermann Wâtien e Henri Hauser (20). Ninguém ima-
ema a pequena contribuição judaica a formaçao da Companhia das índias dentais (21), nem crê na relativa msignificancia judaica
Holanda. , Em 1650, Amsterdam habitantes, nunca faltou za judaica
r doba. í^erseg^uido jic-Ia ínquisi^ fugiu para Antuêrpi.a, .Miildelburg*, depoi.s Anisli-rdam. Pcn.so foi (jueiro e fiiianeisia, filhos e seis filhas; «i.s tjiiairo hnmç^ foram todos comerciantes. I'oi o guntlo filho ./osej)h, nasc ido eni 165í na própria leve qujujt, e 1
do seu poder, possuía dos seus llõ.OOO apenas 3.000 judeus, e que se tornou escritor e a êle se dev, quem falasse da rique- esta obra fundamental jiara u hist^ das acõp<, ^P^ssuído 2ÕSc. ria da bôlsa. ísaae J-enso era d». Ofirionf ● ^oropanhia das índias cendente dos l’assarino, outro m*|v como rano espanhol, mr.s abandonara
um dn. m
<!<'■ I=‘ '■<-■«» P*-- um dos maiores devedores da Com- panhia das índias Ocidentais. (22).
Naquela época, pelos meados do século dezessete, a judiaria ashkena- zm (de origem alemã u pecialmente) constituía populaçao judaica no mundo, e a ou tra metade era sefárdica. Esta
1 peninsular, luso-espa- ilnJfr enriquecida, lustrada, discriminatória, proibindo cri sú com os gentios e cristãos como ainda hoje nos orto- coTL doíde^ ashkenazin, considerano
sarino, mas ora o nome jiaterno, on o materno:
●Joseph Felix Pen.so. língua, o c.spanhol, conlifcia bem hebreu, era familiaj-izado .JüSfph de la \’c^ oa Além tle su* í * ! e polonesa, esa metade da com a lii^. ratura clássica e lt)i nionibro e secre tário da Academia do.s Fltiritlos, associação literária scf.-irdifa. educado por mestres como Isasc Aboab (la Fonseca, (]ue esteve Brasil e foi o primeiro Raln tio Bra sil e da América, c Moi.sés de Kafael Aguilar, o segundo Rabi do Brasil e da América. Kcsidiu .somiire em ● Amstertlam, onde morreu no ano 5455 tio calendário judáico, ou seja lü9SSomiiart conliecou c louvou sua obra a primeira rjuc tratou das operações da bôlsa. Ivie escreveu seis novelas, orações fúnebres e gratulatórias, e discursos acadêmicos. O im- \ uma
Foi no origem inferior. Em 1850, os p‘upos seafárdicos constituíam 1/.5 do todo e hoje constituem apenas S%, deixando para os Ashkenazin mais de yUyx?* \^0 / ●
’ ' Confusion de Confusiones
Joseph Penso de la Vega era filho de Isaac Penso, que nascera na pe quena localidade de Espejo, em Cor-
Israelita de Ains-
A contribuição sefárdica deve me dir-se também pela sua obra ideo lógica, como se vê em Spinoza, Isaac de Pinto e em Joseph de la Vega, o autor da Confusion de Confusíones. portante, o que ficou, é a Confusion(Ic Confu.siones. Diálogos Curiosos entre imi filosopho agudo, uin IVIercader discreto, um accionista erudito, publicada em Am.sterclam, em 16SS. A extrema raridade da edição origi nal, da qual só se conheciam quatro exeniplare,s (Biblioteca Real de Plaia. Biblioteca da Sinagoga da Comunida de Portuguesa terdam. Biblioteca da Universidade em
1
dc delicia, á oiros de advorLencia, y a inucnos de cscarimeiuu de Gotin^jen e Bibliutecu du Universi dade de Aken), fêz com que o Econômico 11istôrico llolaiulês, com sede
Ar-
Analisando estes motivos, o mtronoiandeaa uiz que quivü sociedade iundada em em Haia, decidisse empreender a sua traduçao em holandês e sua pulilicaÇão nas duas Imguas.
ü bcuemcirilo cslorço ilcssa socie dade eri.dita se edição liilingiie tia obra tle .losepii tle la Vega, com uma magiiilica intro dução tio Hr. dução tio Dr. G. .1- Geers (Haia, Martinus Nijlioír, 1939).
dutor tia edição possivelmeiue éies não loram os uiucüs que levaram o autor a eseerver sua obra. Isso se depreendo do laco dele ter escrito em tspannol qiie, de compreendido
modo geral, por seus concidadãos crisiaos e que, lè-la. Bareee
nao era consubstanciou na « V potleriam êle prolendou dirigir-se a restrito tle pessAas, is transmitir um conliecimen- ^ assmi, nao claro que bmith c tra- M.K..). í as (um grupo 1 quais quis to real do negócio.
Na inli‘otluçã() à tratlução liolantlesa, o clr. Smith explica iiuo o mo tivo do empreeiulimeiito esta em que êste livro não só é a primeira obra que descreve inteiramente a Bôlsa tle Amstertlam no século XV11 como, ao que até agora se conhece, ó a primeira que iaz uma descrição cir cunstanciada dos processos, manipu lações e maquinações bolsistas que ali se empregaram.
Além do ponto de vista histórico, o livro apresenta também a maior importância do ponto de vista econô mico, pois nos dá a conliecer a téc nica bolsista já muitíssimo desenvol vida naquela época. viam ido para da Holanda que sua conhecida como Amsterdam”.
Em Amslertiam, grande numero de comercio . ' ■ 1 judeus se ocupava com o tias ações e para muitos dèies esse livro aberto, e diriservido negocio era como um Joseph de la Vega quisesse cristãos ter-SG-ia ü dr. iM. F. J. Smith hipótese de que do autor foi esclarecer exterior e observa que tempo do aparecimen- de Confusiones h^Londres tantos judeus colônia era ali Judeus de se gir-sc aos do holandês, levanta então a intuito -jjatrícios no justamente ao to da Confusion I o seus i 1 1
No prólogo de sua obra, Joseph de la Veja diz que três motivos teve o seu engenho para tecer êstes diálotítulo gos que espera grangeiem o de curiosos: entretener el ocio, con algim deleyte que no desdore lo modesto. El segundo, descrivir (para los que no lo exei’citan) un negocio que es el mas real, y útil que se conoce oy en la Europa. Y el tercero, pintar coa el pinzel de la verdad Ias estratagemas con que tratan los tahures (os jogadores) que lo desdoran, para que á unos sirva El primeiro dos negócios de ações dos judeus. E se, até hoje, um fortemente aquele que se empregou em Amsterdam no século^ XVII. É assim mais que provável, segun do o dr. Smith, que o livro de Joseph de la Vega tivesse influído no mer cado a têrmo londrino. Em uma moLondres assinalasistema que lembra em lo
í^^iJ^David e Raphael Penso, também digno de nota_ que te no ano da publicação do hvio, em 1688, Macaulay registre, em sua His tória da Inglaterra, que a maior parte caiu nas maos .1 a dos i faziam parte Dela de Joseph de la Vega,É
nograíia publicada em 1034, sôbre o Banco de Amsterdam, antes, portan to, da edição holandesa da Confusion de Confusiones, J.G. van Dillen, lou- -vando-se
as açõe.s valham mais ou mc-m>s, j' que nao semlo .seu vonde-i. mas apenas ir ret oíh jkIo o iiuto — ;pois este Le.sour-j ~u assemclna em trabalho anterior de uma árvore (lue produz < aila ano se» frutos —, o lato de \aii-i-c-m mu;tr ,su ines serve uo g-.-Sio iju.tginur» consiueiaiiuo (como acoiiLece i>a re*iioaue) que no ca.so ue <jU! i\ reiu \ctode-Jas poilem obter j)or uias aquc. aao preço. zia:
novos e mais poderosos
M.F.J. Sniith, publicado em 1019, diNo que concerne ás ações, o sistema de negociá-las para o íuturo parece ter sido introduzido na Bôlsa de Londres pelos fins do século XVII, por judeus portugueses, de Amster- dam”. Admitiu, assim, a tese antes esboçada por Smith, a que êle veio depois dar argumentos. (24)
Mas ouçamos o próprio Joseph de la Vega. No primeiro diálogo, o Acionista diz ao Filósofo e ao Mer cador que êles nada sabem, têm conhecimento de enigmático que é o mais real falso que tem a Europa, o mais nobre mais infame que conhece o mundo, o mais fino e pois nao um negócio - e o mais e o
0 mais grosseiro que exerce o orbe: mapa de ciências e epitome de enredos, pedra de toque atentos e pedra de túmulo dos atrevidos E às perguntas ansiosas dos outros dois sôbre tão enigmático negocio, 0 Acionista diz que se trata dás ações, que são partes do capital de uma Companhia
O.s .segundos, conm nK-i cailoreS, c comjuum unui paj-tula (cpio sao 0(k librasj e nuuuiani-iia iraii.sponar P»* ra u sua conta (por .siioni de op»niáü que elas valerao mais coni ^ volta Ue navios da imlia ou com a p*i que volte a imjierar na J'iuro]nu, tor nando a vende-Ja cjuamlo seu pre^c aumenta se acertam em .seu cálculo OU compram com dintieiro de tou* lado e receosos das novidades ou mu danças tornam a vende-la no mesmo instante, a prazo longo (caso em Que se costuma dar mais jior elai, coutentando-se com o luci-o (lue lhes grangeia o desembolso, sem querer contrapor o maior adiantamento m> maior perigo, mas ganlmr jjouco e ganhar seguramente. ,
Os últimos, como jogadores, pro curam fazer-se terceiros de seus au- que os negociande mentos, inventando umas rodas em 160^ e que cuidam dela três classes de que almejaram estabelecer as de suas pessoas: uns como príncipes, outros fortunas. Êstes compram uma ou como mercadores e os últimos como vinte partidas, que se chamam um jogadores. A cada parte ou porção Regimento, e chegando o dia vinte eram o nome de açao, pela ação que (jo mês (que é o tempo em que devem tmna no avanço de quem negocia. recebê-las) não têm mais que três modos de desincumbir-se: tornar a vendê-las pelo que valem, com perda ou lucro do que custaram, empenhálas em mãos dos que podem fornecerlhe 4/6 do seu valor sôbre as mesmas (o que fazem sem o menor descré-
Os primeiros vivem como príncipes da renda, gozando cada ano a repar tição das ações que têm em sua con ta, seja deixadas por seus anteces sores, seja compradas com seu di nheiro. A êstes poucos importa que
dito os mais i-ico.s;, ou, ainda, man dam coloca-las em .sua coiila, paganüo-as em íjíuico, o qvic nao jiu^iem lazer seiuio o.s imulo po(k-rt)sos, ue \ez cpie u.u JU-gUiu-iuu ciisia n ),,e mais de cem mil ducados.
Chega, assim, o i)i-azo, e faltandolhes a possiltiliiladc ile recebc-las ou empenliá-ias, são obrigados a vendêlas. Üs (jue e.sião a {)ar do jogo conhecem e.s.sa precisão e abatem no preço, a fim de ronseguir comprar por menos. J-l como esse gênero ê ár vore e os hebreus lhe ciuimam fôrça, vendo-se afogados com as parlidas e enforcados i)elo dinlieiro, procuram que pendam dêsse tronco como Absalao e ([110 morram como Adão por essa árvore.
Ainda nesse diiálügo primeiro o Aoionista cliania atenção dos seus interlocutores para as chamadas " op ções”, que são uns j)rêmios ou tiuantidades ((ue se dão para assegurar as partidas ou comiuistar os adian tamentos, os quais servem dc velas para navegar felizes nas bonanças e de ancodas para navegar seguros nas tormentas.
Explica estão presentemente florins, por exemplo, mas que lhe parece que pela volta dos navios da índia e por outras circunstyncias fa voráveis elas irão muito mais alto. Não so dispõe, porém, u comprar par tidas efetivas, mas chega-se aos que dizem que to'mam essas opções e perguinta-lhes quanto querem para ficarem obrigados a entregar-lhe cada partida a 600, até tal prazo. Ajustado o prêmio, a transação se efetua e o que sobe de GOO representa lucro, e o que baixa não lhe sei^ve de ansia para o juizo, nem de inquie-
tudo para a iionra, nem de sobres salto para o sossego. Se cliegando pouco mais ou menos a üüU, êle muda do opinião lão favorável como as partidas sem perigo, porque que baixa é lucro, recebeu a dinlieiro
e aclia que não é tudo julgava, vende tudo
E como 0 que está obrigado a pariulas ao prtço elas subam entregar-lhe as combinado, ainda que mais ilo (pic isso, o que comprou a pode sentir outra perda nem chorar outro lêrmo não que a da opção castigo que o do prêmio, modo do negocio pode lazer-se (gi rando ao contrário) se se pensa que as ações vao baixar, dando-se então pela entrega mas poto sorte, O próprio prêmios nao recebimento e, comprando no intervalo sòbre elas. confiando na Acionista interlocutores que
No segundo diálogo, ensina aos seus o têm três estímulos para baixar: o as açoes subir e outros três para estado da índia, a disposição da Eu0 acio- jogo dos acionistas. ropa e o nista arguto desvela-se em ter corres pondências na índia, a fim de que lhe ■ da Inglatez*- possam avisar por meio de qualquer outra via se ali da tranqüilidade desejada, ra ou 0 Acionista que as açoes ao preço se goza se estão adiantados os empreendimen tos da Companhia, se foram favorá veis os negócios que Japão, na Pérsia e tos navios saem para a patria, se trazem grande carga c se vem com muita especiaria, a fim de, por meio saberem se deMas nada de 580 ela realizou no na China, quan- 4 dessas informações, vem comprar* ou vendei, disso evita, por vezes, grandes aci dentes, por terem adotado os jogado res certas máximas que, se não fôstão repetidas, não deixariam de sem ser discretas.
A primeira é a de que em maté ria de ações não se deve <lar conse lho a ninguém porque onde está encantado o acerto mal pode luzir airoso o conselho.
A segunda é que não há ganhar c arrepender-se, porque uma enguia desliza quando menos se espera, e é prudente gozar o que se pode, sem esperar estabilidades ocasionais ou constâncias da Fortuna.
A terceira é que os adiantamentos dos acionistas são tesouros de duen des, porque ora são carvões ora dia mantes, ora lágrimas da aurora oia lágrimas.
A quarta é que aquêle que deseja enriquecer nesse negócio precisa ter paciência e dinheiro, porque como há tão pouca firmeza nos preços o me nor fundamento nas novidades aque le que sabe tolerar os golpes sem logo pasmar dos contrastes, sendo ' como os leões que respondem aos trovões com rugido e não como a corça que em face deles, fica absor ta, é preciso que esperando vença c que tendo dinheiro para esperar ganhe.
Essas mesmas alterações obrigam muitos a serem ridículos, governandose uns por sonhos, outros por agou ros, uns por ilusões, aqueles por ca prichos e inúmeros por quimeras.
No terceiro diálogo descreve os ne gócios das ações realizadas numa pra ça onde está o palácio, a que os fla mengos chamavam “Dam” (dique) e o autor denomina Damo”, e na Bôlsa. Na primeira de dez às doze e na segunda de doze às duas. A Bôlsa é uma pequena praça rodeada de pilares e chama-se assim já por encerrarem-se nela os mercadores como em uma bôlsa, já pelas diligên-
cias que cudu um faz <!«■ ai cnchfl ^ a sua.
Os que vivem como príncipes dw rendas conservam-se também no góciü com a trravi<la<le ile príncipes, limitando-se a dar suas ordens M corretores; dos cjue negociam CO»i mercadores, alguns há que ao dur suis ordens aos corretores se tissemcih»
u ciussc CIOS j>nmipcs, nmsiueian*i » inclcccnte trciiucniar as luuas e t»
icsiar-sc com o.s cinpun-ics, os ultr»jcs c os gmos, ucscomi)osturas 1'orcm hu ouiro.s c para cscosar-se o» . logcin dos ciiw que iissisiem col^■ ,| imuaincnic aos congressos {.como 1 f zcm os jogadores;, levados pelo sejü de nao pagar eorrelagens, p«>>' gózü de dar pulmaclinhas, i^ue uns eebem a contragosto o outros [ com prazer, ])ara conseguirem óos ; corretores que sempre os estáo venó* mais meio por cento, para conheCW como está disposto muitos compradores e ha o jogo, se vendedores f orocurar penetrar seus inientos, co» os que se julgam tão destros no ofie» que pensam ninguém agirá melhor do que éles.
Há, também três modos de com prar c vender essas ações dos acio nistas. O primeiro é ir à suntuos* casa que tem a Companhia e mandar passar a partida para sua conta, pagando-a logo. O segundo consisto no reencontro, comprando uma pessoa sôbre o dia 20 e vendendo sobre o dia 25. O terceiro é a prazo longo, para o mês que se assinala, em cuj’os dias 20 e 25 se deviam entregar as ações e liquidar os adiantamentos. Para estas últimas partidas enchem os cor retores uns contratos que se vendem ihipressos, com os cláusulas e con dições que são as ordinárias do ne.
que apesar de haver inúmeros cor retores todos jranham e todos vivem, sem que precisem ser salteadores que caçadores c como estão em branco os meses, dias e preços, não há brangocio, nomes, mais que encher os espaços em CO, ficando todos os detalhes assen tados para (lue não haja dúvida sobre conclui nem dissenção sobre
comem para matar, nem que matam para comer.
Alguns mancebos reconheceram ser muito extenso o jôgo das ações or dinárias (também chamadas grandes”) e procuraram 0 que se o ([ue se concorda.
gros« sas'’ estabelecer um jôgo mais moderado dc ações, com o título de ou (a quem os sali”, (lUC significa mosquitos » « pequenas , quo cada ponto que baixa ou que sobe não vale mais que um “ducaE assim foram instituíde 16SS, as “ações de para cujo efeito} fundaom . 1 ton”. (25) das, no ano ducaton”. mento o clareza, elegeram um homem título do caixeiro geral, partidas que se vendessem em um outro contrato que o da um [ que. com o anotasse todas as
Quando se zangam dois corretores italianos chamam son]>orque zumbem c picam) ao ajustar uma partida, são mais desenvoltas as vo zes, mais penetrantes as injúrias, mais ridículas as palmadas. E quan do cies querem dizer que foi uma pessoa do muita segurança que lhes deu a ordem, apregoam “que é homem como uma torre” o que tem “tanto de nariz”. Diz o Acionista que não compronde como se intro- comprassem ou duziu essa frase, mas que sendo o livro, sem _ nariz o quo distingue um homem dc ]>alavra. nem outra obiigaçao ^ outro (e por isso os hebreus intitu- do testemunho, ^agíi-se ^ pes- lam dc uma mesma maneira à cara soa uma placa (-0) por ’ cada partida que escreve, e que nao assenta antes de perguntar aos tratantes se estão conformes, vezes
mem. Pergunta outro de vida o morte”, afirma outro que " é o primeiro homem do mundo que é o pilar da Bôlsa”. o autor escreve ff , ou imi-
; e ao nariz, por ser este quo forma conNe- aquela), vozeia o coiTctor que o seu homem tem um grande nariz para significar que êle*é um grande ho“sc é homem por prazo E aumentou gocia-so poucas maior do que um mês. tanto nestes cinco anos — IGgg __ tal emprego, que 6 raro o sexo nue não o exercita; sem exceção de velhos, meninos e Iheres. Assim, pelo caminho que visou minorar o perigo, veio a toimardano, pois logo
Há alguns corretores que sao cados pcló magistrado, a que iiiam fazem de não negociar por sua São limitados a certo número, que não pode ser dilatado senão em oca sião de morte ou de algum favor bem assinalado, que s6 pode suceder muito raras vêzes. E há outros a que chamam de zangões, por enten derem os primeiros que êstes lhes usurpam o seu mel. Mas aqui ê lão geral o trato e tão geral o negócio, jurados, pelo juramento que conta. mais comum o tal excesso essa ocupaçao Regimentos ou se chegou a nue se vinte partidas como nificãncias. negociaram se fossem insig-
colocliase
A causa de enredarem-se quase to dos em tão imensa quantidade é a ambição de comprarem algumas par tidas das ações grandes para vendêlas em pequenas (por valerem no
princípio do mês mais estas que aquelas).
ao.s
sao
No quarto diálogo, o Acionista di7. que vai revelar o mais especulativo dos enredos e o mais intricado dêsses labirintos. E conta que enquanto as ações da Companhia das fndía.s Orientais são vendidas a 370 florins, as da Companhia das índias Ociden tais, que havia sido fundada em 1621 e que e.xplorara o comércio do Brasil durante o domínio holandês, não valiam mais que 75 florins. E desvenda então a seus interlocuto res mil estratagemas e astúcias que são empregados na Bôlsa para se conseguir melhor êxito, descendo mais variados detalhes. Poucos
vas: ■■Tenãví-l agí>nia! discoiToni são as caminliam são a.s
apenas a cornienos mas sen-
grange-
OS corretores desinteressados que recebendo uma grande ordem se li mitam realmente a executá-la como receberam e a ganhar retagem, ganhando ^ do mais limpo e mais seguro o que ^ ganham. Outros pretendem ^ ar o)iulências, guardando as parti das a seu risco e realizando especu- culações por sua própria conta an tes de executar a ordem que recebe ram. A propósito dos
sangue. Dn concefição de Santo T niás de que o dinlu-in» não pari*:' dinheiro, j*ara e.sta (]●● (juo o din^ ro é tudo, ia um mundo de difere*' ça. As palavra.s d'í-<rit ivas do Dia logo 'J\'rcc-iro <p- 1"2» ■.^ão «Icfinu afan! inexplicÍT imompar;ivol solicitude! S« ííç«a s o toma; s açõos o inccntiTí .so param, sãn n.s ações o freio; ?: i miram, são as ações o objeto; a conceituam são a.s ações o assunto: se comem, são as ações o regalo; s» pensam, são as aeões o sujeito; «j estudam, são as ações o ponto; s; | sonham, são a.s ações os fantasnus: se enfermam, são as ações os dcl> rios e se morrem. ,rão as ações « cuidados”.
Conferenoia prominoiada a 12-S-7,
(I) Richartl Ehrctih(>rír. dor Fuggor. Gcldknpilal und Kr*ditvcrkohr
Das Zellâltw IG. jQhrhund*TS «n Berlim. 1096.
Í2) Capital and Financo in tho Age c< Renalssanco. A Sludy of tho Fugaors and Ihoir connoclions. Londre.s. 1928,
(3) Lo Sièclo do.<5 Fuggcrs, -r*nris, Í4) l."*^ edição nlom.ã. 1932; l.f' cdicSo inglê.sa. 1935; I.n edição espanho la, 1943.
processos, que vão pela Bôlsa, o Acionista lembr então as palavras de Jeremias: Guarde-se cada um de ^ nheiro, não confie ninguém irmão, porque não há irmão que não engane, nem companheiro que enrede. a 1650 u seu compaem seu nao >»
Joseph de la Vega versado nos clás sicos lia comendo e caminhando, é muito raro o acionista que nuo fale em ações caminhando e comendo. O dinheiro é o sangue e a vida dos mor tais (pecunia sunt sanguinis et vita mortalibus) e os hebreus chamam do mesmo modo ao dinheiro e ao
É desta última qiic nos scr\’imos.
(5) American Troasuro and tho Pricf Rovolution in Spain. 1501 Harvard Univ. Press. 1934.
(6) ±tudc sur les Colonics Marchandi Méridionalcs (portugais, ospagnoU italions) â Anvers de 1180 ã 1567. Lonvnin, 1925.
(7) Hcmi Pireno. Les Ancionnos Democraíics dos Pays-Bas, Paris, 191Ppág. 251.
(8) A primeira, a clinlieiro; a 2.a a tôrmo; a 3.a vil baratto fórmula íta* liana de troca cie mercadoria por mercadoria. com trôs pêcios; o barato simples, o como com o tempo; a 4.a
es- ● 1 posto parte em dinheiro c parto a têrmo: 0 5,n. parto cm dinheiro te o parte robbe; a G.a. parto robbe e parte termine, isto 0. porto em di. nheiro corrente c parte em moi-cadoria ou vice-versa, com o dinheirp c contan-
9.a s.iií
a têrmo; a T.a a assinação de um crédito tpor cseritvirn m>tarial.): a 8.a V a iiaçãi) i-ombinados. parte i-m dinhein>. parle a téiino e pa)‘te em mer cadorias.
p.igamonto por assi-
(9) História Trágico-Marilimo. 2 vol.s,. Lisboa 173.5 - 1736.
(10) Vide iambém edições cm inglês do Charles H. Boxer. The Tragic HUtory of tho Soa, 1585-1G22, Tiie Hakliiyt Soi-uty. Ií).ã7. e Furthor So- locíion írom Iho Tragic History of tho SOiT, lã.”»!)-l.ãiiã, The Hakluyt Socicl\’, 1967.
ni) Vide também Jacob Strieder, Jncob Fuggcr tho rich morchnnt and ban1459-1S25, New 1931. Dad, cie Jacob Fuggcr 1926; e Lcon SchicU. Jacob Fuggor, Paris. 1957.
kor of Augsburg, York dor Roicho, Leipzig.
U2) ‘Elnembiog. obr. cit., 268 c Frei Luís de Souza, Anais do D. João III, Lis boa. 1938, ed. de Rodrigues Lapa. Vol. II
<13) Exonplo: Gaspar Schetz, cm 1552. em Antuérpia .ora o primeiro agen te financeiro tia Corte de Bruxelas o um cios sócios de Martim Afonso dc Souza na fuiiclaç.ão do primeiro engenho no Brasil, na capitania de S. Viconle. Vide Francisco Adolfo dc Vataiha.gon. Historia Geral do Brasil, vol. I. 204 c 227-228 c "Os Schelz na Capitania do S. Vicente", Publicação do Arquivo Nacional, vol. XIV, 5-31.
(21) Do.s 7
iM) Daí a chamada dlllo de botsa (do latim dica, dicía, de dicere, ama) promessa comercial do pagamento, uma obrigação ou assinatura ou marca comercial válida perante a loi, cm resumo um emprestador ' digno iro credito. Vido Ehronberg, obr. cit., 307-319. ll.ã) Krofeld. 1ÍM8. '17. (10) Hocksher, obr. cit., 333-335. (17) Kio do Janeiro, l.a edição, 1949. 2.a ediçfio, 1971? (18) Registrados na Historiografia, nos. 110-14-1, (19) Eiuonberg. obr. cit., 359 e 377-378. (30) Vide José Hünório Rodrigues. Histo riografia 0 Bibliografia, obr. cit., págs. 20, 36 e 375-377. ^ milhõe.s de flori,ns do capital da Companhia, sòmonte 36.000 per- "4 tenciam a 18 judeus cí. Arnold J Wizniter. Jcws in Colonial Brazll, New York. 1960 48 o 183.
(22) Wiznitzor. obr. cit.. 78. (23) Saio W. Baron. A Social and ReU- tho Jews, New 265. 2G8 0 275.
gious Hrstory o£ York, 1937. vol. II, ICG, 180. (24) "Tilc Bank of Amsterdam", in J. G. van Dilicn. History of tho Prin cipal Public Banks, Haia. 193-1, 107. (25) Moeda de prata francesa Víilendo còrca dc três florins. (26) Moeda antiga dos Países Baixos que ^ circulava nos demais domínios ●-.a panhóis e valia a quarta parte de um real do prata velha
MINAS E SÃO PAULO
Miuton Campos
(Discurso proferido pelo delegado mineiro dur.iiitc o Hotel de Poços de Culdíts ein |ii!lio dc 1917
s por mais humilde e inexpressiva que se ja minlia voz, sei que ela ganha pres tigio e significação quando sc levanta em nome de mineiros para dirigir-se n paulistas; e, pelo que representa e obje tiva, ela toma inflexões graves e sentido I^dcro.so, porque .se carrega da densida de e da grandeza com que a liístória teceu c compos, através do tempo, relações fraternas entre os dois grandes povos da comunhão brasileira.
O governo da melropolc, de brilhan te tradição colonizad
iPaU^ b.tliqil' t<-
pelo íeileralismo, da iios-sa <jrg.mi/.ição jM>Ii(it.a. tem sid: c* há de ,s‘T cail.i \' / m.iís uma coOSf» íjucncia <lí- bom *-n(« iidiincnto entre ^ unidades d.i |●■t●ch●r.lç.■|o. íundameBt I «● I) ‘J
Qii.-jiito a .Minas r ,i S- I’.mIo, a inírí' comunicação «●nir<- as popuhiçõ.^s ri'Spertivas Irin .sido tão rsin-it.i «● tão íntiiü que, ao cabo, elas sc* («julundeni ein C*racterísticos comuns. 1‘or.un os pauli<t«v d. sbravadort» detiven» í as i mipeluo.sos c* auda/c s, os dos nos.sos .scrtclcs, onde* se no.s s(*r\ iç(js das minas e nos labores loris. 'frazendo-nos c» impelo e a audá cia, por sua vez af<*içoa\am o lempíT** mento ;ls condições r ora, era realistico e sagaz, com exata noção de seu interes se; e foi por inspiração do scn.so politi- que, a 2 de dezembro de 1720, o al vará real determinou duas capitanias. Como rei, sua deliberação se fundav formações CO
a nas que se tomarão de varias soas que todas uniformeincnte dão
inpesconcorem ser muito conveniente a meo serviço e bom governo das ditas tanias de S. Paulo e Minas e a sua me lhor defensa que as de S. Paulo se se parem das que pertencem às Minas, fi cando dividido todo aquele distrito, ’ até agora estava na jurisdição de Governador, em
li.d)albo a do a separação das se exprimia el- aqm se entregavani; a pescuiisa naS nunas linha um sentido vertical dc profun didade c o pausado pastoi'í*io induzia i serenidade c à meditação. .Assim, coni o passar do teinj>o, a víTligcm progres sista, o impelo aventiiro.so, o seiUido d» profundidade c o gí)slo fecundo da me ditação ficaram sendo os grandes troço< ; popidaçõc's jxuiUs-
Capic]uc caracterizam as tas e mineiras . cjuo um só dois Governadores”,
Ne.ssas cjualiclaclcs comuns, foi que se cimentou a indestrutiví*! união entre os dois povos, união epu: as divergências intercorrentes nunca citcgavam a pertur bar j5orque ante.s elevem ser encaradas com sinal de vitalidade c de adaptação à luta. Assim foi o dissiclio sobre as fron teiras que agora se c.xtinguc’ c que teve como causa, além cia confusão origimiria, louváveis sentimentos de bom c .sadio re gionalismo. Porcpie, cm verdade, nem todo rcgÍonali.smo c odioso e imisatriotico. Um há cpie poderiamos chamar prer
O antigo serviço do rei se traduz ho je por serviço ao Brasil. E ai temos a predestinação que o velho alvará assi nalou aos dois Estados, no momento em que os constituía em entidades distintas: vida autonoma, para sua melhor defesa e maior vantagem ao serviço do Brasil. P Não há destino mais belo, e os dois Estados o têm cumprido pontualmentc. A unidade nacional^ assegurada hoje ( h i r
paração e siqvntc do patrioU.smo: c o nobre si-ntiimailo autonomieo. t|ue vem da ligação jnimaria c- profunda com a U-rra. Si- esses senliinenlos alimentaram, por mais de tlois st^eiilos, o litigio sobre limites, por outn) lado a razão clara e o ardente patriotismo de mineiros c pau listas coinjuveiuleram «lue, na \aslidão do território nacional. de>ile i'cdo distri buído i'om prodigalidach' entri- popula ções tão escassas, as questões territoriais não podiam subsistir e nada justifiea\a as inf|uietações i- os incomodos (pu‘ muikis \ezes delas ia‘sulla\am.
Foi com esse pensamento cpie se <“nconlraram e se entend«“ram dois homens que não ]>odem ser escpiecidos neste ins tante: o sr. Benedieto \'alladarc.s Ribei ro, gONcrnador do Fstado de Minas, o o sr. Armando d(“ .Salles Oliveira, então governador de São Faulo. Com pene trante clarividência c rc.soluta bravura civica, souberam eles .ser os exatos intcnpretes das as pirações jmpulares em seus Es tados ,e tomaram a dtdiberação definitiva dc por lerino á bisecular pendencía sobre as fronteiras, Animava-os o espirito dc brasilidadc. de que sc fizcrani beneméritos.
Agoru. depois dc ficlniente executado o pitclo 0 encerrados os trabalhos, justiíica-se o jiibilo do que nos aeluimos possuidos.
‘étaaarf Fica à delegação mineira, co- * mo prcinio aos seus esforços, a honra dc haver contribuído pa ra a realização do feliz enten- .. dimonlo, que mais cxprc.s,sívo e oportu- J no sc torna no momento das lutas eleito- ● j rais. Sc. i^ara a vida do Estado e a vi- *J lahdaclc cias in.stiluiçõcs política,s, a com- ■ unidades federadas nos g petição entre as prelios partidários é condição cio ai^>erfeiçoamenlo dcmocrati- CO, para a intcgricíade da nação e fraternidade entre as populações locais ^ faz necessária a inquebrantavel união, ^ afaslanclo-se tudo quanto possa compromete-la.
No primeiro caso, a luta se fere no campo superficial da fonní nio.s do efemero, No segundo, a harmoverdadeiramente a sc enoa e nos domí- ."t
A Comissão Mixta de Limites Minas — S. Paulo foi a fiel executora desses pensamentos, c, rcat:mdo a tradição dos que a precederam^ logrou o exito mais completo. A .solução obtida mcrcccu lo go a plena aceitação da opinião publica interessada, através de demonstração inequívoca. Aprovaram-na os Poderes Legislativo e Executivo locais; c, brecendo-a com o carater brasileiro que ela efetivamente tem, sancionou-a a Na ção, pelos seus representantes no Sena do da Republica o na Câmara Federal. Desse modo se consagrou o convênio que, a 28 dc Setembro de 1936, foi as sinado em Belo Horizonte. s i t i r j
Nosla lioia congralulatoria. é-mc gral(t, oin nome da delegação mineira, salionlar o alto espírito palriolieo de tran sigência e eoneiÜação com qno sc con- '.1 tlu/iu sempre a nobre delegação paulista. Do seu eminente cliefe. professor J Francisco Moralo. cumpre-me recordar, I não por mera gentileza, «nas por indeclina\el dever de jusHça, a decisiva con tribuição que trouxe aos nossos traba lhos, pela sua autoridade^ pelo seu tato e pelo seu saber. .Aos assinalados ser\úços (pie s. exa. como profc.ssor de direi to e como homem publico, já teve oj>or- ^ lunidade de prestar à causa da demo- ^ cracia no Brasil, acresce agora mais es- * se. sobre todos enobrecedor, que o sagra como benemérito da supre- a ma causa du fraternidade na- 3 cional. ' rJ
faz na substancia, nas regiões profundas, misteriosas e inteinporais ein JÍ\ ma sc ;
cujos insoudaveis abismos sc elaboram os destinos dos povos.
Foi nesse domínio eterno fjuc tnibaIhou a Comissão Mixta de Limites Mi-
* nas-S. Paulo. Dai a grandex-i do resul-
É tado, cuja significação nos tra/. ao tspi- ,jt rito agradecido, com o nome d*: Deus. y
l. |M
d.t i! (I.ii (ainbõra i ' ● minha j ílo gíoriiisu i '●●iiin n:<- im- t-ongn* dc jor* ^ a iiiiagcii ufaiiia com ({iic. !■ \ pela crrMctil«- piospi [X)\o panilsl. tulo (oin os hoin^ s < ● iiup.iMiH-itos
nada tão gt.il.i.
AAs razões de uma candidatura
Mii,t(ín Campos
L'niãi> ly. moi ráliea N.ieional. seção
dl' -Minas (ii i.iis. por >eu órgão má ximo (pie é a Ciomenção ilo Partiilo. ih'lil)ei(ni indirar .i<» eh iiorado um eati<lid;ito pn’>j>rio ao ”o\ i rno mineiro. lu‘caiii em mim a imlieação e a»jui estou para ilar inicio a mais esta campanha livica.
Xão me competi' discutir a esiolha. Apenas din i ([iie. si- ilependesse de mim. não estariam s<ihie meus ombros as responsabilidadis e os ómis da candidatura, nem me cabi-i ia a grande honra da indi cação. 1’orijiie Sei a\aliar o qm' signifiia. para nm nome modesto, a pridérencia de seus correligionários em face de mi.ssão lão alia. Ela constitui, ao nresmo Icnqx), um i normo encargo i‘ mna sensibilizante lionraria. Nunca me senti cm condições de arcar com mn, nom dc me recer a outra. Mas o devi‘v de ser\ir ao Partido c ao Estado não ine permite a csqui\ança o só inc resta pelejar com to das as forças para .ser digno do encargo que recebi.
Vamos, pois, continuar a trabalhar por Minas c pi’lo Brasil.
ü ([uadro, que hoji' sc mostra a nos sos olhos c dentro do qual aluamos, já constitui para os balalhadoves da demo cracia mn motivo dc regozijo. Não sc passou ainda nm ano solnc o encerra mento da memorável campanha que, podcrü.sa corrente elétrica, fez nosso Estado cm tor-
'l’rhiHÍio disfiirso na camp.uili.í para o go\-cino de Minas em 19-16) 1 4 i minar, como agora domina, o ambiente l>i)Iitico ItrasiU iro.
Não preciso dar o meu pov({ue toda a Nação o sabe: a Con.sti- } tnição de IS de setembro, sc ó uma Car- i ta democrática, deve-o às oposições ligadas, dc que a mais considerá\c1. Examinem-se os traclaboraçúo constitucional, c as cmenda.s
Eis aí a ooino mna vibrar o País c o uo do nome luminoso do Brigadeiro Eduardo Comes. Falhou-nos a ^’itória imediata. Mas a força das idéias C|ue pregavamos não se deteve ante os obs táculos que sc lhe antepunham, até do-
i testemunho. coUND era a piucelü balhos da Consultom-sc o.s projetos subscrita.s pelos elementos da maioria. Vcrificar-sc-ú então que foi decisiva a f influcMicia da UND para se conseguir o ; texto que veio a prevalecer, folha dc .ser\-iços com que já se pode apresentar ao eleitorado minei- \ ro o Partido a que pertençò c dc que efe-
mais do que uma expressãoavizinha. Ao nao sou mera para o pleito que se lado disso, eis também aí a cabal de monstração do que a resistência demo crática, que tem caracterizado e deve
Xão somos mais os outiaw. que pre- « cisáwnnos refngiar-nos nos snblorrànco.s i on afrontar as repressões do despotismo para clamar pelas idéias de liberdade. b'omos eidadâos n<i pleno exercício de nossos dir<'it»)S. (|iie uma Conslituiçiio * democrática reconlieccu e assegura. Te mos o desxanocimento de haver contriIniido iK)derosamento para esse feliz re sultado. Em \erdatle. a UDX. iniciando ^ (‘in 1915 a Ijatalha da democracia c labulando em 1916 para que sua.s idéias se refletissem na Carta Magna, enfra([ueeeu os embaraços re^ieionário.s c for- ^ çou tüclo.s os agrupamentos políticos a adotar os postuIado.s democráticos qtio ^ eram mn imperatn o da consciência po- j pnlar.
í» caracterizar a ação da UND, não é uma atitude neutra ou infecundn, mas mili tante^ eficaz e construtiva .
Ela pode afastar, é certo, o iincdiatís-- mo de vitórias fácei.s e estéreis. Mas os movimentos cúicos de en\'crgadura não se medem pelo compasso frentítico dos ^ minutos, e sim pelo irtmo pausado e fir me das gerações. Não liá nada mais con trário à neutralidade do rjue a resi.sté-ncia. Enganam-se os que supõem resis- t tir porque calám e .se retraem. Não po de haver consciências silenciosas tpiando ●’ a ofensiva do mal reclama toda.s as vozes. Então, as vozes que se calam vozes que se cumpliciam e os braços que ^ caem são braços que colaboram.
Eslá na Imitação de Cri.sfo “Se seguíssemos extirpar ► um vício cada ano, ^. depressa nos tornariamos homens per^'i feitos”. Eis aí, na vida espiritual, como a ação aparen- j^y temente demolidora eminenteraente
nada para a lior.i sruninli', se não for mos ficLs <● na prática dos pria* cípios c-nunciadt)S.
Xós^ dfjiKX ralas de Mnias. ti\'cii>OS i desventura (!<● defrontar depressa unu conduta política rieorosaiuentc conlrári* ao espírito da (.'onstitiii',ão. AssistiintB» a prc/pósilo <1.1 c|- it.ão do iiovso lioveroo consliincional, à in.iis inc<jm'\oca nianife.Stavão do poder pes--oal d'i Prcsidrtltf da H< púhlic;i. Tudo si tratassf.* da (‘scollia dicomo se <-sti\-és.s<-jnos ainda nos di;is do ;1T. As cl;i.«isicas entre os rfS* ● Indo se rvsoU^fo
● lez t omo SC SP iim interventor c
regime u!tr.jpass;ulo de lísla.s for.nm <jrgani/-ulas posleiros palaciaims segundo a.s preferências jírí sidenciats. mais importante a d.í jxilíti* ca mim'ira, <jue l»r aí (xil)c sua
O cjuc bá nisso não é o sintoma d<‘ fi.ifjueza con(leci(3s grandes nacionais ciência, p.irtidos íião <!*● influir cin ces.snriamente Iodos os rc'c'nntos do imin \-oz di* anulado Paí.s, e, minuido on o prestigio dos nos sos líderes, não e í construtiva, como método de conquis ta da perfeição.
1 de
Na vida política, bem se pode sintetizar resistência no sábio conceito dc Alain, claro mestre do radicailsmo francês; Se impedíssemos, a cada instante, cjuc levasse uma pedra à Bastilha, nós nos 0 trabalho de demoli-la”. te* ríamos quo eslnv ^ nbar a presença da nau ealarincta ein l águas dc Mar do Espanlm. . - São \'aria" V çücs da influência política, (pie o acaso \ da detenção dos cargos e as emergência? incertas da vida partidária jiodcm plicar. Amanhã, so Deus ;ijudar, nada . impede que outras embarcações apare- I çam a navegar cm oulr.as águas. . . ‘t a o <( t se c.xpouparíamos
Aí está a grande missão de um Par tido democrático numa democracia começo; extiipar um vício cada imobilizar as mãos que carregam pedras Bastilha da reação.
« em
E/aí o zelo que devemos dedicar à execução constitucional. O Brasil fez Constituição democrática, e foi
I muito para aquela hora. Mas não será
Mas o Ci^i.sódio tcin significação mais grave, como manifc.slação cio poder ]^>es* | soai, que liistoricamcntc tem sido o alvo ‘ dos nossos grandes movimentos demo cráticos. Para só lembrar os dias contemporâneo.s, recordemos <|ue foi assim em 1930. E, quando esse poder se exaano e para a uma
(■«●ihuii, à custa <!o rctraiincnlo da v* si.stciuiii, li\(.-iii()s 1937.
A l'DX niim-iia não qiu-r cam gar vssa.s pedras tom que sr eoim-ça a Cílilicar a iio\a Haslillia. Por isso. di\crgc, impugna v [nolcsta. iiii \<.‘/. dc colal>orar nos c(niclia\'os. l’rclcrc \ ir às ur nas V apilai' para o povo.
13c resto, nâo pn-eisainos impugnar, protestar on reeriminar para nos apre sentarmos ao povo mineiro eom um can didato próprio. Hasta, para isso, <pie se jamos republieaiios.
Xão tk'\’eiiios encarar como um cha vão ine.\pressi\o, e sim como um con ceito profundo, a tamosa delinição de Lincoln no discurso de' Ccllysburge). Pu ra que a república seja. rcalmcntc. o go verno do po\(), pe’lo po\'o e! piua o po vo, e”‘ preciso ({lu- o povo, além de estar presente nos negócios públicos pelos seus represeulanles, interfira diretamen te e com mais freqüència na ordem po lítica. Ora, as eamlidalnras únicas, decorrcnles de' eomlrinações e arranjos de grupos c düs partidos^ lém como re,sullado, salvo e-m horas excopcionalíssimas, afastar o povo das deliberações. E se a consulta ao povo já é tão espaçada no nosso regime, frustrar-lho qualquer opor tunidade de influência direta é o que X^oclc haver de mais anti-republicano, porque o governo deixa de ser do povo c pelo povo c dificilmente será para povo. E não bá negar que a candidatu ra émica, via de regra, é um logro ao eleitorado, porque eleger ó escolher e não bá escolha cm face de um só.
A candidatura da UDN é, portanto, uma imposição do destino democrático desse partido. É um acréscimo de auto ridade para o candidato que fôr eleito, porque vitorioso na competição das nas, ele se enobrecerá, ao passo que amesquinliará a origem inexpressiva dos conchavos.
cjiii' resta, para segurança desse ponto de \ isla, é a compreensão da lu- 1 la eleitoral toiuo sadia competição cíviva e não como i‘\pansão cruenta da vio lência. Isto depende do patriotismo e du eonqxtslnra dos partidos em campo. So- -J breludo. ilep^nde da correção e da rea- J lidade dos elementos que detêm as po- ' administrativas. Saibam eles conautoridades nos limite.s impostos pelo de\er de isenção e deem eles pró prios os necessários exi‘mplos de mode ração e decoro, — ecrtainentc o pleito ■ * de 19 de jamiro será mn episódio hon> roso para a \ida republicana eni Minas < Se o candidato du União Democrátici ' Nacional merecer a preferência do elei torado para os pesados encargos e as gra\cs responsabilidades do governo, .. e seus correliiíiouários não \'crão na inNcstidiira uma parada de repouso ou a graça de uma recompensa, contrário, outra fase da luta, a mais ásmais pungente.
siçoes ter as ele Verão, ao dura c pelas posições precederá Os problemas são dc pera, mais
A luta luta pelas soluções, mineiros aí estão, angustiantes, e toda ordem. Criou-os ou agravou-os a incúria administrativa. Como se não bas- ; reflexos inevitáveis da crise a ta.ssein os geral decorrente da guerra, tivemos, sob ditadura, os \elhos problemas acres- , cidos daqueles que se relacionam com \ necessidades imediatas do povo. Che- i gamos, a esse respeito, a uma situação J extrema, e lá no austero Senado excla- J dc discurso, um Sena- <1 a o as mou, em começo dor da República, cuja autoridacU afas ta a suspeita de demagogia; está cansado, o povo está sofrendo, o povo está com fomel
Numa situação destas, não há lugar para dissençÕes estéreis nem para re- 'j creios e amenidades. O exercício do go- '} vemo é um duro sacrifício. A disputa do governo é um ato de fé e um comO povo ur-
● iut<Tráiic't»> de ii<> nu’ti pfi* promisso dc austeridade c devotamonlo. O Partido, em nome do qual ine apreI sento, sabe bem diswj e, píjrque o sa'f- be, prepara-ss para arcar, se íôr o caso, 1, coin as enormes resp<jnsabilidades que p. . a preferência popular ínqwc. Não conta só com seu candidato, mas com o con junto valioso de seus elementos c de to dos os homens de boa vontade. iC sobre tudo essa colaboração que inqxnla, pí)rque a complexidade dos problemas de boje reclama a sabedoria de muitas eqiiift pes e não apenas a dedicação de uin lio®* moin.
IK É necessário que o liomcni de governo w' saiba sofrer com o povo e sejà capaz l^jl' de mergulhar vertícalmente nas camadas profundas, para delas emergir, não com ü sentimento esportivo dc alí\’Ío, mas ^ apreensões de quem encontrou 'T.; a verdade e viu que a verdade é triste.
Eis |Kíríjm-, Helo I loii/.oiit'-. (!■ s.!. lueiro í-t»Ccjnlío ton\ns( o. i ii v(» \t>s expblibo \i-icl.ul<-. *111 ●-' / il*' proiiH'SSft$ afáveis «● i niiaiui'-.!'-. llm'4iiMlii-Mie a m** « II .1 tocKts p<^ in ●- nuclitaidcv c- ao |X)vo iiiiiieiro, <I ço é uiii julií.ini ii(i> s( U I Outros iticoiitros t» n i iouvomo *● espe ro fjiie fies mim.j se int> it<mip< tao, pot*|M.
(!«● resjioiisa
iil.i não ó ua .IjUi-s fjue o cjne a \ os .s«candidato j>.issai'' ii<»^ <le idéias (● (!*● m.is niii.i ct>rrrtit<’ iiá de cstftt jU. .is (.mi.ulas pí>* ■ tio apoio do ^ p.it.t instituir- ] ●. tle libef- I bilitlado ttd.seiiij>re em eoiit.ito tmi pulares. K <Ía i olal)m.it,.’io » jxivo tjiie Indo « sjx í.tines, inos em .Minas um n giiir- l« 'i/. dade* jxjlílica, mini.slrativa e de jnsliç.i Muial: e esse re gime liá de vir niii di.i, tjiiamio, ml almladora persjiecliva (b) proür.niia do Bri gadeiro, os ricos forem menos podcK^ sos e os pobres menos sofretlorcs.
Que bom queo
Brasil está com pressa u
\ frota dv Hociii^' da I IS/' existe por eaasa de <S(^nte ('omo ' c preeiso acompanhar a jato os homens (pie estdo produzindo um nôro /{rasil.
Os jiüos da \ ÍSI^ fii ian à saa disposição, para levar roeê ao liio de Janeiro. Campo (h'an~ de, Ciii(d>d. Helo Horizonte, (d)iâni(u S(dvadoi\ . Recife. Idnialeza. i\atal, SãoLuls. Teresimu Relém,São l^iado. Mamais. liYrto . llep:re. Brasília.
Talvez roeè esteja ipierendo andar 5 anos na frente do smi eoneorrente. índe com a CISP.
l\drez roce esteja ipierendo apenas conhe^ cer as naa iivilhas ipie êsie naís apresenta fora do horário de expediente. I f lSP lera voce. L faz todas as suas vontades, eom mpicle serviço de bor do de (‘((tem)ria internacional em suas viagens ) I i < domésticas.
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Soo Paulo, 21 de janeiro de 1972.
Senho.' Conselheiro
Dr, Antônio Gontilo de Carvalho
Encerrando-se no próximo dia 22 o nosso manda to na Presidência da Federação do Comércio do Esta do de São Paulo, e, coincidentemente, os dos membros do Consellio Técnico de Economia, Sociologia e Políticumpre-nos trazer-lhe nossos ag.'adecimentcs pela valiosa contribuição que deu àquele órgão ao longo dos tiês últimos
ca. anos.
Os trabalhos que apresentou ao Conselho, bem como suas intervenções nos debates de assuntos propos tos por seus dignos companheiros, proclamam a alta co laboração de V. S. nos estudos de iniciativa daquele centro cultural, elevando o seu conceito dentro e fora de nosso Estado.