DIGESTO ECONÔMICO, número 224, março e abril 1972

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SUMARIO

^Uma viaao do Prouai no Segunda Melado do Sóculo — Afonso Annos de Melo Franco

' O Grando Millon Campos — Ministro Dccio Miranda Compromisso Dcmocrálico -- Abgnr IvjnauU

Milton Campos — Ministro Luir. Gallol^i Millon Campos — Haul Machado Horta ● ●; ■ Consoquoncias oporacionais das iusõos — Olavo EgicUo Setvibai

A Idáia do Progresso — i: possivol uma noção cionlifica de progresso. eJe Azevedo

' Unm América Lalina cm mudança num mundo om mudança Castro y ■ InlQriorjzaçüo do Dcsonvolvimcnlo — Alberto Figueiredo

'A Segunda Faze do Ciclo do Mercado do Capitais — Arnold \Va c Lovi Carneiro — Prado Kelly

Levi Carneiro — Ivan Lins

San Martin — Minisiro Mario Gibson Barboza ● fMáquinas o Equipamentos — Aspectos do uma -

1 Indústria de Suporte

Ferreira '0 papel do Economista na Política Econômica Brasileira

MiUon Campos — Nelson Carneiro

'●Milton Campos — Gustavo Capanema

Milton Campos — Tancredo Neves

A lição de Oliveira Lima — Josué Montello r\infi%;rn Centenário Nalalício de um Grando Juiz — Minisli'o Washington Osoiio de Olneira

0 DIGESTO ECONÔMICO

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Antônio Gontijo do Carvalho

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publicará no próximo número:

- ()l lioii |●Vl rcíra

Uma visão de Proust na Segunda Metade do Século

(( u II 1,1 |ni>iiin.vi.ula no Hio di- )aitcho. no cmoirainrnlo cia ■‘Sriiuiia tlc 1’ionst) Ú

j|^ luyjn' coniiim o di/vT-s,' <|IU“ as cuntiirias rronolócíii as nào i « rrospotulcin às h storiias. ou literá rias. Assim, tomado nestes villimos aspectos, o século XIX transborda ria politicamente do i>eriodo compreotulido entre os anos di> lt*'00 e 19C0, ilente líevolução

Guerra literàriíunente. S''cu!o seriam poderiamos obras de J- d. Uousseau Proust.

para abarcar a vida do Oci(●in tôila a fase que vai da l‘'ranccsa ))i'imeii'a que. a Mundial; emiuanto os limites do mesmo semelhantes. mai'cá-los po s entre e Marcei as

diz, Lonino considerava a novela de j Balzac, " Les Pay.sans”, um «Ics ^ melhores estudos sobre a decadên-í cia da classe de proprietários ru- t rais da França à mesma distíuicia 4 de tempo.

COS

Na verdade, para os fins didáti(le periodizavão da História da Literatura, como do painel proustiano, unfal do século passado.

Outra da, mas seu (jue Perdu”, ao lado do sou significado estético, ^jjossui extraordinário va lor descritivo, do ponto de vista social. Máo-Tse-Tuníj, set?undo tal ponto do vista, poderia estudar a liquidação de uma classe de pro prietários urbanos parisienses, nesdepoimento recuado de mais de meio século, tal como, ao que se

é razoável vor-se habilualmento se faz no grano Cêeho trimuito repetiisso observação que não perde, por cunho de autenticidade, é a de ●● À la Kechercho du Temps i se

Aiitda uma terceira observação jlí aparece, com frequência, nas análi-^ .sos críticas do romance prousfa-" no: a de que êle consejruiu trans portar, com esjAecial êxito, para o , plano da experiência vivida, as re- ^ velações da Psicologia o da Filoso- J fia — expressas inàncipalmcnto na J obra de Bergson — sôbre as reali- ^ dades nutis i)rofundas do nosso ser.-,; Tem sido discutido o grau de influ- r oncia do pensameitto de Bergson no 3 aproveitamento, feito por Proust, | da noção de tempo e da faculdade J da memória. De fato, o nome do Q ilustre filósofo aparece pouco uol romance, uma ou duas vezes, mas 1 isto não significa que suas idéias : não teniiam atuado. É uma ques- J tão especializada, a ser debatida pelos historiadores de Filosofia. >] Os historiadores da Literatura se contentam em observar que Bergson casou com uma prima de ' Proust, e que o jovem Marcel,‘. nos seus 20 anos, foi um dos “ garçons d’honneur” do casamento, o, que autoriza a supor a existência ? de próximas relações pessoais, e

De qualquer maneira, a dimensão humana da obra de Marcei Proust se acrescemtaria por este seu esy travasamento, do campo literário, » para o território científico da hístoria, da Sociologia e da Filosofia.

A bibliografia crítica proustiana, inclusive a brasileira, desde o seu início repete, com maior ou menor ênfase, essa generalizada presunção.

Aparentemente, são essas manei ras de se considerar o romance ^ proustiaho outros tantos

processos de ampliação do seu significado cul tural, porque chamam a atenção pa ra a importância de que éle reveste, em aspectos essenciais da V cultura, situados fora do plano literário.

Mas, se nos deixarmos levar demasiada docilidade, ou estreiteza pelos referidos processos de apro ximação crítica, sentiremos, afinal, que a pretendida ampliação de sig nificado pode se transformar verdade, em uma limitação mutila- dora^ e, mesmo, em uma espécío de negação do conteúdo e do senti do de “Â la Recherche du Temps Pei-du”. se k com ! (' na I

<1<- i'jit'i. i>s riscos v;iIôr«'S íia projuçünatuífza estranho?

l<-< nii a. com a «*la irrcmisl’ara usar diriamos qu? « n<|ua<lra n^rrandexâ tia continua evoportanto, de intercâmbio de opi niões e idéias.

Graves sfi<», se prender estética, por sua às influémdas <ia científicos, que sao slvel mente sujei U»s. conceito berjísoniaiio. a técnica ci(-niifica se Tempo, considí-rado «oimi mensurável, e sofr«‘ lução (lé.ste, eiajuanlo <|Ui* a criação artística se insere na Duração, que é uma multiplicidade íjualitativa. mas não miméi-iea. Daí |)oder-se fa lar cm evolução eieiilifiea, enquan to <iue, na criação estética, não hi, pròpriamente, evolução, no sentido de progresso, mas, apenas no de transformaçã<) de gém-ros. ICsta di ferença fundamc-nl al s<- niani festarla se comparás.semos. <le um lado, a Física de Ileráclito com a de Einsos do

Com efeito, o que acontece, atra vés de tais processos críticos, a transferência da Literatura 0. plano da Ciência, com todos graves riscos, para a duração mes mo da obra examinada, que tal ma nobra pode determinar. Verifica-se a confusão entre dois mundos, quais iHenri Bergson, precisamente, na parte menos discutível do pensamento, conseguiu isolar e in dividualizar de forma reveladora. I e r: para os i L I ÜS seu

a Kscullura um grande es.-Mi o progres.^o. esUigios tvansia íiprescntação permanências aulônodc c dl-

estético. Di/.em que Rulzac, ao levan tar o gigantesco painel da socieda de fj-anco.sa sob a Restauração a Monar<piia ile Julho, dou. a prinoitoin, e, de outro lado. de Fidias com a cultor moderno, com a sucessão tórios: afpii sòmciiie diferente de mas.

0 extraordiiuirin cel 1’rou.st, <● te para explicar de da sua obra.

destino do Marmais importana m:\giea viialitlureside na intuição utilizar os ele-

pio, a vanos jicrsonagens. os no mes verdadeiros quo lívorain em vi da. Depois troeou-os por nomes imapor ginários, o ijue. jiveeisamento maior liberdade criadora escritor auinentttu a realidade sua obra.

l'oi, senão eni escala maior, seguramento de maneira mais penetran te e profunda, o que também Marcei Proust. fêz ili <le instrumentos nio uma outra realulade.

liar dailo ao da segura (pie o têz mentos da Ciência do st-u tempo, de que pôde se assenhorear. apenas (i>eaplaçàt) Ksta outra desvendada pela sensib;-

Sua vida. (luc jiüdia parecer a de diletante, apresenta-se, realidade, lidade e ])elo gôslo, é íntima e subs tancial.

um oeioso dc fato, como um raro exemplo de oiiuilíbrio. como único caminho ca paz do levar à realização a que es tava destinada. c! não externa e formal coa da escola realista, quo por isto mesmo. LaiUo envellieeeu. Ain da uma vez.

Tempo SC Tenqio nos como enumeração narrativa nio as duas concepçõo.s do defrontam; em Proust o como duração cpialit ativa; Goncourt ou em Zola o temim (luantitativa. Na realista a Literatura é no memorialismo pro-

Intclectualinento, preparou-se tra duzindo crítica de Arte; parodian do estilistas famosos; frequentando l)intores c músicos; observando dou trinas de filósofos. Os resíduos des sa acuimdação nos nas páginas densas, vibráteis e coloridas que nos deu sôbre os es critos de Bergotto, a sonata de Vintcuil, as telas de Elstir. Mas não cra a Estética propriamente, ou Ciência do belo, que reprepara êle, o objetivo final, meditada surgem- composiçao;

ustiano, Por isto mesmo Proust dizia que. contrário do que afirmavam co mentadores superficiais da sua obra ●ofundamento da análise psiela e criaçao. ao api cológica, significava, o cm (lue foi mostre, nao nèlc, um csfôrç o do íirticularização, senão que ao coniim processo de goneralizase.ia a sentava, como, de resto, nenhuma outra Ci ência. Êle não seria um nôvo Rus- P trário. ção. 0 indivíduo cm Arte, cm efcilo. só é durável (luamlo exprime verdade g:enérica. O espírito criado]-, em Literatura, é aquele que desvenda e fixa a mu tável i-ealidade poi- meio da ima gem; que tlá maiui' substância real, ao transportá-lo para o plano kin, nem um nôvo Sainte-Beuve. A Estética era o campo cia sua cria ção, mas não pròpriamente a ma téria dela. Os próprios estetas reconhoclem que a Ciência da Arte, que praticam, não se confunde com a própria .Arte, tanto quo grandes artistas podem existir, que descouma ao

Inheçam as leis que regem as suas faculdades criadoras.

Êm Proust o conhecimento avi sado de tais leis, pelo menos a.s vigentes na sua época em todo o vasto campo da criação artística, deu-lhe a consciência da obra que estava realizando, mas tal conheci mento não se substitui a esta obra, não alterou a natureza especTicamente literária do seu ímpeto cria-

até os últimos dia-.^. nu faina construção, deixamb) a <»iitros os toque.s finais <ia olna terminada. A idéia dc herid.-nifi du, na consagr.açfui mo Proust. heróis da .«(* rcvtdítm

mto t* o.xoft^radi' «●.'OTitores. co('lá.-nltirc.s «-tniio êle sãc Iiumani<l;idc. c(»mo os que ri.as cr;;<-rras. nas revolu ções e na idade.

Xã(» ptidcria jo da ghlria. de permanência na S'*r sónieiite o dts^ loRipDStej-os, «jiie Icvari* fé- m-in esperaninter(*.s.ses. sor.'. a ju.siifii ar dor brança do.s aípitdc homem '.^em

Talvez a consciência estáti'a do que estava realizando é que tenha dado a Proust a energia necessária para levar a têrmo a tarefa gigan tesca, resistindo â pressão sofrida por todos aqueles que, dela tendo conhecimento, se chocavam

com os seus aspectos inovadores, üm eritor menos seguro do que fazia e de por que o fazia, sobretudo no estado de desgaste físico escomo obra de nao ina em que via fase final da sua criação, teria resistido à

concentrando

ça, sem amores ncni passado ju-ssoa futuro a defomler. a se agarrar deaos existência nem lillimos fnrrade sofri.mensesperadamente j)OS de uma tos, na Tempo, enchendo |»áginas luta imidae;l%-el contia(jiio, sabia, ríder, Atuava nele, nos lieróis, o sentimento da que se é portador: da ação de que se é instrumento; da voz de (pie se r intérprete, mo Balzac ou positários do um quecerá as gerações, transmitirá inda m<irte, senão pelos restos de vida usar até o fim.

veu nao indiferença ou Os lieróis literários, coProust. sentem-se de legado (pie enrimas (pie não se que fpic puderem mesmo, à hostilidade do Neste ponto é que devemos nheeer a provável importância meio. recoque teve a formação estética e filosó fica de Proust na tenacidade extra ordinária com que, tudo o que lhe restava de vida ultimação do seu livro, pode terminá-lo, embora talvez sem lhe dar o acabamento final que, pos.sivelmente, lhe daria, segundo alguns seus biógrafos, caso tivesse algum tempo de vida. Mas êste aprimoramento da

dos ma’s parte ja escrita, caso a ela se dedicas se, talvez consumis.se, os restos de vida necessários à re dação do que faltava. Por isto m-smo devemos agradecer ao seu instino escritor, tinto heróico, que o levou a pensar

Sabemos (juc Swann", editado pola jirimoira foi poi- conta do autor, como os doforam seguindo, desconfiança.

■■ Uu Ck^t('í (le Chez \Ç.7

em 19XP>, o Aquele livro eslranlio. mais (juo .se lhe ])rovocavain natural pela completa desconformidade com os padrões acídtos.

Sem dúvida, um Rimbaud, um Jarny, para não falar em um Mailarmé, tinham re.solvido as noçõo*s assentes da conii^osição literária. Mas a interpretação, às vezes pe nosa, das criações desses três es-

todos ctmtemiHiraneos

priK-ura nr.nulira prt>usti:ina. da do

<k* na a uni tempo o amor humano e a luz de Deus, não aparece verdadei» lamente naqueles maciços volumes. Se não trabalhou com as forças da inciuietação espiritual que levaram poetas como Kimbaiul e Mallarmé a i‘omper com tòtlas as convenções, in clusive a da linp:uai>fem, Proust tão pouco lançou mão do inverossimil, como fêz .Tarny, ijuc sejíuiu este ou tro meio do se afastar dos modelos formais o lójricos.

i-m uma dircçao :i Proust; a pro por meio dc prodizer mctafi.sicos. Em vidéncia cliainada poética ●● Iluminação”; mistério poético, docscola. por com

critores, Proust (e os dois últimos produzin do ao mc.smo tempo (pie ele), colo ca-os em um cainjui de to diverso Em primeiro lugar, nas poesias dc Rimbaud t* d(‘ Mallarmé. lodo o es forço se concentra que nunca atraiu cura do Al>soluio. cessos a bem Rimbaud a êle mesmo em iUallarmc o pois transformado cm 0 nome de simbolismo. Nada dc ]iarecido no romance

dc Proust no inclusive a muteria aos derraqual a matériados sentimentos — atinge deiros graus dc lluidcz e de transpa rência dc colorido, mas nunca apare ce sob aspectos visionários oti místi. Longe disso, u obra dc Proust é a mais terrivelmente materialista de toda a História da Literatura, procisamentü ponjue leva aos extremos lia interpretaçáo COS mites a descrição c da matéria, viva uu som vida, ilumi nada polo intelecto ou agrilhoada por jiaixões, in.stintos c emoções. Mas o chamar espirito está (]ue SC pode ausente da obra do Proust, o, com os misicriüs. Tudo o êlo, as visoes o quo é propriamente espirito não atrai nein preocupa os infatig-áveis persode Proust, (pie sc agitam de- nagens sesperadamente num mundo sutil, re finado, mas sem alma. 0 amor Immano só é entrevisto nas figuras da mãe c da avó — que parecem, de res to, a mesma possôa. Fora disso não há amor que dure ou que resista a corrupção da vida. O amor de Deus — a idéia religiosa mesmo — são au sentes. A própria criança que encar-

A obra de Proust pareceu estranlia e. às vezes, incompreensivel aos contemp(U’àneos. por outros mo tivos, cpier dizer, pela sua originalidaile básiiau porque reveladora do uma imensa e escondida realidade. Kada tinha de visionário, misterio so ou inverossimil Ostc infundávcl romance, nem mesmo acontecimen tos extraordinários, embora abordas se diretamente temas humanos, velhos como a civilização o mesmo existen tes fora dela, que são colocados, não no rol do extraordinário mas do anor mal. Nas milhares de páginas em que pouca coisa realmentc acontece, o que flui é a vida humana, em tôdas as suas manifestações, cruelmente per seguidas pela impiedosa lucidez do escritor.

Essa obra chocou, a principio, por si mesma, por sua riqueza desbordante, que exigia uma composição fora de normas; por sua profundidade ana lítica que derrotava os leitores mais' corajosos; por sua audácia inovado ra, que fazia titubear os moralistas; 0, íinalmente, pelo que havia nela de mais inusitado e ostensivo; a capaci dade de tratar todos os temas esté ticos sem se propor nenhuma tese; de montar todo um imenso panora ma social sem se engajar em nenhu-

Ima doutrina; de levantar, como até então ninguém havia feito, o traça do de uma memória vivida, sem c intuito de se engrandecer, de se jus tificar nem mesmo de ensinar nada a ninguém. cujo sucesso coberta, que mental oritrina 1 idade. Gasconha, fe«.di.ad<» na corle.v^ão, no duque seu (luarlo diletante, enc-lausuiado de enférnio lançavam, do mundo, .sí»ndagi-ns reveladoras nr

Já tem sido lembrado que, entre as influências da literatura clássica atuantes sôbre Proust, estarão, prova velmente, Montaigne, (apesar do au tor de Perdu” não se referir ao dos " En saios

,Sãi> três li\ Tí»s (-ainlalosos, ^ tos por três jiutor«-s t-merrados, fc)i luna í*speeie cie desvi'it> eoriutr unia nionu() (.-astclão da sua torro; K^aratujaiulo palaciano c* o burguês na sua cela às escondidas

“À la Recherche du Temps humano. coraçao

Montaigne arraslar <li-i.xava-se no seu romance), e, segtraMemó- capriehtiso do pensanien-

Síiint-Sitnon acumulava narr»Proust 1-i'ciiava, na ficção, a (ada curso criador cnpelo curso tos; ti vas; realidade. mente, Saint-Simon, rias" U cujas são por éle citadas repetidamente.

Insistindo, ainda, presença de Montaigne na inspira ção de Marcei Proust, observamos 0 fato verdadeiramente -inex.plicável, do romancista na questão da peitsanicna narilistória: Estética insistir fim natural: c> na l''i!osofia; controu o to do ensaista, rativa do im-morialisla. na artista, na o romance <lo Nunca ser;i não se referir — salvo êrro — ao nome do íilósofo, não impede o leitor habi tual dos ■' Ensaios damente,

taigmana na trama complicada

A la Recherche du Temps Sem falar s>- (jeliUllS tenha bre éste ponto, por sido éle atentamente lo.s analistas de du Temps Perdu”. ust, essencial mente ])o, tornou-se fundiu elonieiitos COS, artísticos, gicos em uma tética.

mais (jue perquirulo po‘À )a Keeherche de sentir, nitiuma certa atmosfera mon-

\ <le ProTcm.●\ ol>ra ligada ao inti'mjK>ral éliiats, historic(»s de Perdu”. ^ que certas influências di retas sao inegáveis, como, por exem plo, aquela reminiscôncia da sensa ção de acordar com música — tão famosa nas recordações de Montaig— que vamos encontrar logo começo de “La Prisonnière”. porque sociológio psicolügi-ande liarmoira esÉle soulje enlaçar os valores finalidade da sua obra. do Tempo na tornando-a iiermiinento, fazer dela uma simples ])rujoção daa tor¬ ne no de cm vez Há, com efeito, muito denão apenas entre a substância do mance proustiano, de Saint-Simon e os quéles mesmos valores, o <]uc naria tcmjiorária, como tantas tras.

Ao descrever a.s angústias desvios amorosos éle não composições. E, va; ao exibir os classe decadente, nfio transmitir impressões excessos de fazia sociolosô- gia; ao bre a literatura dc Bergotte, pintura de Elstir, a nuisica cie Vina

comum. ou¬ roMemórias Ensaios” de Montaigne, mas, também, na forma das respectivas muitas vêzes, a forma da composi ção é uma resultante, uma conse quência, e não uma causa, do gê nero da obra composta. 'as 99 dos moralizauma

todo o sisíenia, reunindo os elemen tos antes separados, e ató opostos, do hulo Swann e do lado Guerniantes. Seria a união final das aparenneste

estjiva ijue

í*s<Ti‘VÍa irilica ile Arte: m>s laliirintos e:oneológilultivava a hisiória; ao mais tênues reaç'»es realizava experiêneias 'riiilo o que fazia era eslètieantenle. no sinuiex pressão estêliea. tcuil, nâo ao peitetrar COS, não captar da alniíi. nao as nada. Mas, cias no grande moinenlo, mc.smo. falamlo do livro cm terminando, clecisi psicológiias. exprimir*sc do niodcrnc íjue é, como ivconlu-ccMn. os filosofos da .*\rte. a mesma da rivalidade, pela ideia belo. Xeste sentido é ijue Troust íoi

Proust nos dá, subitamente, a fração dêle, !■ ila pala- seguintes vras: para voltar a mim mes¬ mo. eu pensava mais modestameutc no meu livro, e seria inexato di zer (lue pensava nos que o ler.am, nos meus leitores. Porque èles não

nas da esseiieia ]H‘iu-t raçao do um dos pioneiros ila estética conpois, ao se evadir da refugiando-se no isolatemporâncíi. vida real. mento, éle Ira viila; meus leitores, dêles mesmos, seriam, para mim, setião ipie leitores

de falo, viveu uma ouviveii a vida ile oUtros reeriaiulo-a estèlià moral, luinunios. imliferente à líieilade. seres camente o ao nêíes próiJriüS. lhes pediria amor, ou

meu livro não sendo mais que uma lente de aumento... meu livro, gra ças ao qujil eu llies fornoccria meio de se lerem

De sorte (pie eu não para me louvar, itcm para me dene grir, mas, somente, para mo dize rem se estava bem certo, se inilnvra que êles lêcm, em si mes mos, são bom aquelas que escre-

Esta intenção, qiie constitui a trasensivel. lunhora invisível, vem à tona afinal, exno coroanuuto do roderradeiras, que abóbaila da imensa cuidadosamente colocade ma tôda a obra. as plicitamenle mance. Ns juiginas são como (jue a vi”. construção.

Por isto 6 que. nesta já avança da segunda metade do século XX, a obra de I\Iarcel Proust adquiriu tôda a sua dimensão.

Não SC pode pretender que contemporânea do Pi*oust se ja nova, ou mellior, não se pode afirmar que, ao leitor de hoje, ocornão entrevistos

Proust apresenta, o plano (jue o condutóda a complicada e lenta Ao contrário do conso seu plano só nos fim. Como se estiaiitor. da pela nitidez, com zira om arquitetura, ti-utor comum, é mostrado no falando do uma catedral e es ta comparação éle a repete em ear— desvenda-nos as uma visao vesse julgamentos ram pelos leitores de há quarenta anos passados. Ao contrário, o que exis to de substancial para a compreen de “À la Recherche du Temps já foi dito pelos principais críticos do romancista a um amigo ta conexões profundas, que personagens destinos, como se fossem divisão G templo material, filha de Robert de Saintrelações e interligam os diversos e os seus elementos de apôio, sustentação de um sao Perdu biógrafos e nos primeiros anos seguintes à des coberta da sua obra e ao seu faleos 99

A jovem Loup e de Gilberta Swann surge coehave da abóboda, o elemento fragilidade, mo a final que une, na sua cimento, assim como os erros a seu

Ido respeito são hoje, os mesmos antigamente. Mas o que sv pode afirmar é que a imanente viv*ên;ia, a intemporalidade e a amplidão hu mana do romance contram agora a sua melhor com provação; agora, quando o ambiente que suscitou a obra foi sub.stítuVh.

mulos de curiosid.-ulc, estudo e %((● miração jjcla toi.

obr;» (l(í grande escsiLeilí»n*s j>n*viiulos de país« as pereffna»na() com o int«~ o exóikv P'»vos metropolise liaiiitiiar também i proustiano c*niU- ver re.sse ípol-s tano.s (levem idéia (le (lue antigo.s })ov(»s ce.ssi(lade de <-S por outro, completamente diverso. 0 próprio autor não estaria condições de prever esses elemen;o'5 de vitalidade sua obra, inexistentes na de outros contemporâneos, tidos, como superiores a êle. Proust viveu uma França que era potência mundial de primeira grandeza, um Paris que era a mais impor.an te cidade do mundo. Conseguiu pe netrar no segredo de uma socieda de que exprim.ia o mais alto requin te dêsse poder e dessa cultura. Ho je, menos de meio século

passado *cle sua morte, todo ésse panora ma histórico e social se desf‘z mo se dissolvem as formas das vens no cóu. Nem a França, Paris sao hoje perdidopropriamente de substânci na África, na Asia no próprio Oriente'europeu. uma imensa e nova realidade histórica se levantou . Assim, se tivesse ficado pr.jso ao 'interesse esnecífico mundo que criou, recriando, a obra de Proust seria considerada, leitores de agora, como sendo' püsculo literário do século como tantas vezes foi dito mente, a seu respeito. No entanto, não é 0 que se ob serva. Ao contrário; é das culturas mais diferenciadas e distantes procedem os mais

lonífíntiuoH a<‘i»rr<*ni çõcs j)rouslianas. turislif*! aiUiKos

cxoi icos folniiiais) pnra 05 mas na ne~ o centro d* .s;u j em e sobrevivência da (Ic uma qiu*. pur cami(-S fax vida. enaçat^ nhoH der certos caminhí..*^ 1'rou.st nao satisfar Iciloi- dos nossos dia^ lhe sobr» dc sensibilidade. da no tempo, Sem dúvida totalnientc ao em atormeníad('.s, pois, sentido se e em alma, no falta-llic alma, no .sentido de espiresLrivüo. tamb 'm apre~ excrito. 1*1 esta sentada pelos sfiis primeiros getas, tornou-.se crucial nos dias de hoje, e muito mais significativa do que nos da .sua de.scoiiei la.

Os riscos de os conflitos e vimento desigual; sociais internos; a guerras feitas em do isto exige, de muitos espíritos, o complemento esjui-itual (jue n:io po demos encontrar em I’roust.

nuclearr do desenvoU dosequilibrios brutalidade das (Ic.strLiiçao dramas conu-

os nem 0 que então eram, porque hajam ia, mas porque na Amírica e nao nome da jiaz; tuí Pornossn. o nas éjioca.s como a que, que nos falta não é (lado estética, (lue Também carecemos somente a veriios completa a (le outra do vida.

verdade, u quietação além da vida, nesse cendente tão hoje, i^elos vida mesma. Ou, em in- que nos aplaque a pelo que so desdobra mundo transpe 03 0 crepaszado, errôn a- aproximado do riscos e conquistas da palavras mais nos. a claras: nunca, mais que agora, Humanidade precisou que a Arte, tal como a Ciência, sejam caminhos que vigorosos estí-

Irauscondêmúa espiriafastem, que levem à tual, e <lela nao se nem mesmo a csciueçam.

Esta é. i‘m ção sincera de um do sécailo, cliaiíle

resumn. a j-osileitor desta fase obra de Mar¬ li do sentimento, mesmo da da

col Pioust. Em tudo que se refere jv vitlu, êle atingiu a eternidade pe la estética. Mas a falta irremediá vel ()ue sentimos na sua obra imor tal é Klernidadc.

3

O GRANDE MILTON CAMPOS

Mi.vi.sTno Dyx:ic> Min.\Nt>.\ - tribunal federal de RECURSOS

Sessão plena de 24-2-72

Nas férias déste Tribunal, quando P seus juÍ2os, dispersos pelo Brasil; rei cuperavam forças e conhecimentos, .. um lutuoso fato nos uniu em profun- L da comunhão de dor e de tristeza, ^ No dia 16 de janeiro, faleceu Mil- |T. ton Campos.

L Comoveu-se

pena, o consellio ou o ;l^●iso ton CamiJos f.«cusar;im re.stituiram 0 País, uníssona, a alma brasileira, rude golpe do oprimiu-se, com o coraçao generoso que, repente, deixou de lhe animar a ática figura.

0 lamento da perda irre parável cobriu de Brasil como uma espécie de rosa dos ventos de raios infini-

0 tos.

E a comoção, além désse espraia- mento horizontal, até os confins da Patna, apresentava uma rara são de verticalidade,ticularmente à Minas Gerais, pobres, ou apenas ou os simples; os jovens ou os pais e avós; mas eram todos, de alto baixo, a participar do sentimen'o de desfalque de algo próprio, de um pouco da sua proteção e defesa de uma certa medida da sua fé e da perança.

Eram mulheres, mães,

dependente.s «le oportunidade, atendido.s em concursos jiúblii-os, nas mais lonjíinquas cc» marcas. <aim jjreterição do.s clá.ssic-os emju-nlujs das oliííarquia.s; eram ;idvojs;ii-io.s pol.ticos, partiídpantes d.as eseolhas das auioridade.s p<íljciais nos .Muniir pios, que j;assaram â sepruranva <le todos, em 1 vex de e.scarincMto ã in<lependênc a dos contrários.

Eram, enfim, milhares, a quem * de Mil* de injustiças. n pjix, projíorcionaram seííurança: na aflvo<-aeia. na política, na mlmin ist i-ação.

E.s.sa íidmiração universal não se fêx, no entanto, pelos artifícios ou j>cdos eiiíiaiios (Ias fanfarras o dos estrépttos, nos írestos, nas palavras e nos atos, senão pelo exer cício humilde das virtudes fundanien-

tais do homem jníhlico.

Dopoi.s do ter sido Constituinte es tadual de e Constituinte f<?* deral de 1045-16, eleit.o fjorvernador de Minas cm 10-17, expôs no dis.urso de posse o compromis.so (jue era a própria linha constante de seu tem peramento:

« O esesposas e filhos, como aquelas dos ferroviários à espera do trem naeador, que Milton Campos lhes mandara, em lu^-ar do comboio de soldados; eram jovens,

expresno que toca parsua doce província de Não eram apenas os os ricos; os cultos a .. . afasto a pretensão de ser no governo o taumaturgo ou herói, disposto a operar milagres e a praticar fnçanlnis. O que es pero sei’ é o incansíivel 1’diidor da causa ))ública, que conhece o l’mito de suas forças c conta com o auxílio dos colaboradores, com o apoio popular e com a contribuição dos homens cie boa vontade.

O Guvêrni' (pu* ora se inicia pro curará ser inodisio. como convém â Ueinildica c ausien), como é du KÔslo dos mineiros. A investiilura não será para mis uma paraila de repouso ou a p:raç:i de uma recom pensa. A vilóiãa cdeitoral não foi o fim de um movimcnlo, mas o ini cio do ouli-a f:ise da luta ilemocrálica, mais diii-a v mais áspera”.

K lionrou o comi)romisso. insuflan do, na vida politica do Kstado. (-s ares limpidos da lolerancm e da jus tiça, a par da inli-ansia'enle tlefesa da lei 0 da ordem, e, na vida mlministrativa, Um extraordimirio dinamis mo, surpresa dos iuR-ènuos inimif;-os da inteli^réncia e da cultura, <pie preincom|ialibilidad(“ enli-e o .iuadministrador.

Em ações pioneiras no Brasil, insplanejamento eeoregional integrado, pelo Plano dc Itecuperação Econômica do Estado de do plano dc empresas mistas do ener gia elétrica: iniciou a construção da primeira hoje um do.s maiorc.s sistemas dc serpúblicos dc eletricidade do

titLiiii. o iirimeiro nômico viços País.

Foi assim que govoniou. A tudo < que dosnatiirasso tais aspirações upuului o veto intransponível de tran- í (luila obstinação, embora muitas / vCx.es evilamlo, como de seu feitio, j o ànjrulo atiudo da nejrativa.

Atingido o tèrmo ile seu governo, (ino. além da opeiMsidade administra tiva e da realixação poHtiea, foi es- » eola viva. eiirsu prãtico de instrução moral e cívica governar e opor- ► Umidade de educar — voltou ãlilton Cami^os, mais tardo, ã Câmara dos ^ Dei)utados, depois o conduziram os mineiros tto Senado.

Ali o foi buscar, para a ingente tarefa da construção revolucionária, o Presidente Castello Branco.

Ministro da Justiça dos primeiros ^ dezoito meses da Revolução, êsse rico e árduo período do sua carreira ● de estadista está a exigir, pela sua ' transcendência na abertura dos .-i rumos dêsse movimento qnc trans-

Minas e lançou as bas.‘s forma o Brasil, um analista e um ●.● cronista da estirpe dc Abgar Re nault, (]ue reabra c continue o admi- ; unidade do que constitui rãvcl prefácio ã coleção dos seus pronunciamentos da fase estadual, sob 0 título ■■ Compromisso Democràtico”.

Mas não creditaria a si mesmo, senão ao povo mineiro, que o elegei a, orgulho das realizações, pois, se gundo adiantava no seu referido dis curso:

açao a 0

“ ... governar Minas não c entrogar-se ã conduta livre o fanta siosa, sob as inspirações do arbítiro e sim interi>rctar o sentido ])rol.'undü de sua vocação histeírica 0 o rumor, às vezes surdo, mas sempre sensível c imperioso, das aspirações de seu povo”.

Demonstrou essa nova fase da do estadista que também para . reconstrução revolucionária era possível contar com aqueles mesmos valores, que são eternos, da sua constante pregação cívica. -1

«

A conciliação da enei\gia com a ● serenidade, que as horas reclamavam, foi o traço dominante de sua a:ão”. Desta forma resumiu Milton Campos sen elogio ao Presidente CasteVo Branco, na homenagem que ã memo- 1 ria deste prestou o Senado, viam rista e o

E de si mesmo, e do conjunto dos homens que com êle compunham o Governo, assim descreveu a ação na quelas horas de energia e serenidade:

''Vós clamais pela democracia, e nós lutamos pela criação das con dições da sua sobrevivência. Vós reivindicais a liberdade, e nós trabalhamos para que ela ae im plante de modo definitivo no solo político do Brasil. Vós, da margem, clamais para deter as águas re voltas, e nós, em meio à torrente, nos consumimos para cavar os leitos por ondd corram natural mente as águas da normalidade constitucional”.

Era o realista nu bom sentido. Com exata penepção ilas possibílidade.s cia ação políiira. Com um sen tido nítido das <cirrcntes profundas e cambiantc.‘í, <|uc comandam a socie dade humana.

pressao

Colheu-o, por fim, a morte, ainda Senador por Minas (Icrais, amada terra natal cie cujas virtudes foi exadmirávcl, síntese perfeita, ação prática, da matéria, da prudo Direito e

Síntese <lo ideal o da do espírito e déncia c <la e.speranç.a. da Justiça.Creio, Senhor Presidente, traduzir pensamento de Justiça que não está na nossa pauta, mas na brasileiros, cultui numa causa de todos os consciência condôminos do legado cívico e ral de Milton Campos, dizendo do profundo pesar desta Casa pela sua requerendo conste da ata de clêsse r ! Admirável definição de atitude. Não era o puro idealista, sem rainhos para o ideal, o intelectual alienado da vida, o Contemplativo sonhador. r j4 ca- 1 ' morte, c trabalhos a oxprcs.sao

nossos sentimento.

Compromisso Democrático

lMtEF.\CIO

pontânca, intimidade, uma faixa noutra

a

di.spornui-nos a cserevi-r Oste prefácio preocupou-nos desde lo go a figura i)sicológica do Sr. Mil ton Campos, (lue sob unia aparência simples, e.sconde cNtreina eoniplexitlade: sob a modéstia ingênita acolhese, ainda que mitigada o distante da exatidão, a segurança tio prfiprio va lor, isenta de ipiabiuer orgullui vão; sob a polidez impecável o .sob a' apa rência de tender sempre a coiuordar e de não ser cajiaz tle opor-se e ne gar, está sempre em guanla uma re sistência peremptória, tanto mais firme (pianto mais parca de palavras,' ante íiualcjuer ameaça de ataque à zona inexinignável da sua consciên cia; entre o fácil sorriso liumano, que a todos recebe com igualdade ese o terreno do acesso à veda entrada aos (lue tentam violá-la; jeito de homem bem pôsto e con tente oculta aiienas um franciscano de bom humor: debaixo da facilida de, da graça e da segurança verbal do causeiir excelente a discretear sôbrc as cousas do tempo encontrase, não a irresponsabilidade do fluxo que os oradores de praça públi ca se embriagam e esperam embria gar os ouvintes, mas o exercício contínuo de uma inteligência dc ín dole reflexiva, dotada de surpreen dente poder de aceleração em seu diálogo com a realidade concreta; sob a frieza c sob o ar de distancia, resultados de severo sistema de

Ireios c controle a bt-ndade militante o a capacidade de comover-se in- ; tensamente diante dos males alheios, j sem jirantos públicos e com uma do- ' minação de si e tie qualquer conjun tura que implica sempre o extermí nio das possibilidades de drama o das atitudes que o acompaniiam; aci ma da pressão das necessidades ime diatas, o desdenn incoorcível dos bens materiais; sob a inteligência do déptico radical, a luz do homem que crê em Deus, frequenta a Igreja Ca tólica, Apostólica 0 Romana, não faIha à missa aos domingos, todo se opõe ao famoso aforismo que resu me o pensamento de Protágoras, e ao mesmo tempo guarda no coração as indulgências mais completas para tôdas as formas de erros, falhas, ri dículos e misérias do mesquinho ani mal humano.

Tudo isso é perturbador e contra ditório. Como conciliar, por exemplo, o seu inegável cepticismo com a sua fé católica ? Por que não logrou tal cepticismo induzi-lo a uma atitu de agnóstica ? Em outro plano, co mo tem tal posição filosófica, que se caracteriza em getal, pela ten dência à ataraxia, conseguindo supor tar essa companheira inquieta incômoda que é a ação pública?

Evidentemente, o cepticismo do Sr. Milton Campos não é uma atitu de, nada tem de postiço, mas não é, por outro lado, um meio de enca rar 0 mundo e reduzí-lo, pela nega-

çào ou pela. dúvida, a um sistoma de contingências ou realidades apenas imediatas.

Parece-nos que o seu ceptlcísnio é um processo mental, um instrumento de análise, e prospecção da realida de, uma defesa contra essa realida de e ura meio de diminuir tanto possível a margem de érro de .seus julgamentos diante da necessidade da ação.

Um céptico pode não ser um des crente da ação: que aspire a conhecer prêviamente, em cada caso concreto, os precisos limites da eficácia da ação.

Tal é, suspeitamos, o caso do cép tico Milton Campos.

mais aííuvíàr.-ini lalvcz) c de utv. herança cüin}n’»siia. a laspeito qual é difícil .afirmar onde a maíor ricjueza e.stá - .si- luis <ioiis m rais, se nos don.s iiuelectn.-ii.s.

Détise clivi-r.su i>:<-mplar iuiinuno a '.^íuifdade? — unia lemlência a dl (jue jioderia r sjjorar

1’rimeirximentc, reagir diante <lo meio i- a nao se conformar. .Mas ícagir ei>ntra rj-eeisamenlo conque nesse mei<) :tra aquilo qiu? os seus ímpelíts

Ora, o (jue mais citaria o exerei<-io critico, incÍtan<lo-o da sua arma ju-eferida a ironia j)u<h sse pear liberdade. mais pode ser alguém |i:ira iim-di.-itamentc e.\a espriío do sou à luta e ao uso

É essa forma especial de eeptidsmo que permite não haja distâncias

1 ampo (k- liou vci a Ser t» libenkule periinvostidas a em <jiH; gasse ante as entre os aspectos particulares aspectos públicos da da. 0 que que) formas de EscamaiiKia mesmo e os mais vivazes, (ou j)or isso (lisfarçíidas sob htibeis tado", a saber po da jiolítica partidária. Para uma inteligémcia

sua VIcur.so do pensamento a.s político e o curso do senti mento moral inflectem para o outro e compõem a vis infor mativa da sua filosofia política e da^projeçao desta no plano da (le “razóes um o (lésse tipo teve tciniieríimento que ã violência rea- o para um sempre o maitjr filialmente "as horror

Tal complexidade ou tal jôgo contrários resolve-se, pois, em ines peradas resultantes que explicam homem público — advogado, jorna lista, deputado origens formação, dentro tôrno de e venera judiciíirias a vida tem de desdobrar-.se das auras da liberdade* o em liberdade da I» propiuix

0 ou governador quem o sentimento democrático, 0 sentido da tolerância liberdade são, frutos da, formcição dela i>ara defendé-la, como conceito ou como divagações literários e de como valor hunuxno parável das experiências comum em luta com nao em tcmxx para exercícios liberdainsee 0 amor à filosóficas, oríitorios, mas geral, do homem ao mesmo tempo. em ium egrégio pelas virtudes, de uma edu cação intelectual entre Montaig - Rivarol, Voltaire, Renan, Remy dé Gourmont e Anatole France — convém assinalar não lhe em botaram 0 espírito religioso, antes lar o ciLiotidiano. Essa idéia de liberdade, que oeuclo adolescente o, ao ne, (que pa o cérebro mesmo tempo, lhe pulsxi no coração «ob a forma viva de sentimento, ó

1

ni cxercifio das “virtudes quotiilianas", onibora sailia que, por em rem do estar pernianentemente em condição alerta, exigem tensão eonsTor- tanle da vontade, ao passo que as uso virtudes heróicas ou espetaculosas tC‘m de ser intercaladas e, talvez, um pouco a«*t i l'ieio^■as ou imiíuisido vas.

consulisUuieial enm a ideia de ileiniplaeável nãu õ iilóia lie poiler. i'(>ngc-nial. deturpação do o homem de Ksialiberdadi* e as suas tc- esse mocracia e, [lara ■■ dissocií ilor" de idéias, nada aiuinôniiea da Ao contrário: é-lhe tanto, só uma do poder levará do a reduzir a manifestações luimanas diante mito estatal e a entender a Hberdasentiilo puramente egoistieo

hipostasiar” U podt‘r tU) Kslado, dade com o lhe admitindo a existência, nem seii formulação sob aspecto obêle exterior.

(}uer jctivo ou a

A sua vida pública (e a particu lar também) é uma coerência, uma espessura, uma solidez, um contímium, uma oxiiressão global c tem de natureza de em ou subjetivo ou do gôzo termos aimla, como arca exclusiva ou, em outros a só ser eapaz o ]iriueipio da libernão do poder de uma constante, quer intelectual, quer do natureza moral, ü excrcicio do poder não vem infirmar, mas confirmar, essa cons tante, de tal modo que a sua obra de governo ó uma efusão ou transbordamonto de sua vida como resultante ile um temperamento, fln nm caráter, de uma cultura.

A jireocupação democrática fere adolescência do Sr. Itlilton Camacaba por fazer do critico e a a pos e do ironistu um combatente que não i distância histórica Aimla falta mais abandonará a refrega e aceidc bom humor, os risco.s, as incômodos e os projuí-

0 julgamento, em têrmos por iiarte de áci do que vem realizando o ad¬ de liara razoável justiça, tará t > derrotas, os zos materiais dela advindos. Mas c um combatente intelectual, versanos, Sr Milton Campos como obra ministrativa e obra política ou (evitemos equívocos) democrática. Os que tendem á injustiça por qual quer motivo, cli\ro ou oculto, in clusive porque não podem avaliar o agreste e o tormentoso do seu pe ríodo de governo, (e não cabem aqui outros adjetivos mais penosos ação 0 tem impedido, singular pois que o ardor as agruras da derrota ou I esse ? da luta, as perspectivas da vitória ou a pró pria vitória, nada lhe tiram o gume ã inteligência e, portanto, nada o perder o espírito crítico, ou senso cia exatidão e da ■■ irracional leva a o seja — realidade. O tivo ou "afeporque a sua isto é, tem evitado^ pela tolerânpela paciência e pela serenida de, atos e fatos que legitimem uso) não podem estimar com ’ (tomadas estas i)aUivras sentido técnico), que é, por exe cada vez mais, o reino faz-se objeto de incesno seu cia, celência, da política, santo correção c contenção por par te do Sr. Milton Campos. Na sua íranciscana tendência à omissão de si mesmo e à falta de espetáculo pessoal, prefere o obscuo seu pesos isentos o que íêz e o que não íêz, ou seja — o mau e o péssimo que sábia omissão tem levado a não acontecer.

Não é fácil a análise desse vêrno, como fácil não é (já o vi mos j a figura do Sr. Milton Cam pos, que, aparentemente simples e plácida, é complexa e perturbado-

(io go-

I ra.

A começar pelo aspecto político, e impossível; sem injustiça rude, negar o valor e a importância que vem tendo e continuará a ter por muitos anos o fato de haver o Sr. Milton Campos exercádo o govêr' no de Minas Gerais no período tur vo e confuso que se seguiu ao rer - inaugurado em 1946. ● » É possível admitir propriamente das formas de governo sobre o exer cício do poder, de temperamentos bomens enchem irrecusável

I’or interniódit» Campos <iconit-cc-u o a híj)ütese i<K-al forma <le acomoda quem vai ânimo díts cousa- vivas;

como o concavd c (» mesma figura. .Vléjn cou-,se mento afoi UjikuIíj da hora c o (iuc

cí»nvenicncia (*U

Sr. Miluext liíordinúri:(ia adí-(juaçao: unia <lUf recebe e conumicar-Ihe o ada ptani-s< convexo da tlisso, verifiajusta( Mlie as agruras o Si-. Milton Cam pos se propimiia a rc-alizar, tradu zindo em ato o <(>nijjr<jmisso longín quo, o tení])eranu-nt<^ o a culturm com que entr:ira em combjite des de a adolescência, <»u seja vocagão jHíblica.

senão a influência j e culturas dos que exercem o govémo e dibou j)or consistir, fó.s.so eni razão de sua inquietude e gi-avidade, pela inca])acidacle dos Jiomem pnra enxorga-la e enxergar além de sua espessura, fósse pela m;i vontade, fosse ainda pela incomj)reensão das dimensões e do empreendida, irrecusável monto experiência, democrática sa pureza. e animam essas formas. É fosse que certos temperamene cultura facilitam tam tal ou dificulou qual modo de açao em oü desacordo com a forma e governo. Pode haver coincidên cia entre o homem e a forma governo. Pode não haver essa co- incidência, mas submissão do ho mem a forma de govêmo. Pode não haver tal coincidência, e rebelar-se 0 detentor do govêmo contra forma, contra ela arremeter e des truí-la. Esta última hipótese é ve e dela originam-se golpes de Estado acordo

que não hú influência decisiva a sja 1 restituição Essa mesinu iiora democrática veio a eriçar-se de ficuldudes e só cni dificuldades acadc

obra .sc-ntido (la dc uma de rigoro■4

essa atirae graas crises, os e as revoluções. Na segunda, não chega a haver subversão, mas não há também ideal encarnação do regimen no homem dos a a espírito do que 0 represen ta. No primeiro caso, teremos adequação exata entre o homem que exprime o govêmo o a forniu regimen dê.ssc govêmo. a ou

Sedentos de cousas imediatas, muitos se desmandaram da linha de razoável comedimento e se ram ao ataque. K foi um querer sem conta. E nada Ijastaria — nem o possível, sein o difícil, nem o im possível. Assim, no exercício atos mais triviais ejue caracteriznm o governo, teve de ser constante, minudtínciusü, infatigável a preocu pação do Sr. Milton Camjjos de conter as investidas do “ irracional sob calor de reinvidicaçõos de tô da natureza e calibre.

Tal csf()rvi) *’● tanto mais cansa tivo quanto *'● dificil roínjuT com praxes c Inibitos ariaiirados e de por do seu trono o costume la royne et 1’eiaperiere du monde, na linguagent esjieciosa d;u [uêh' v(“Iho Sieiir de .Mnntaiiiiie . pelo meii:’d'itos e costuindo!^-. Os outros subsfiicilmcritc por piores, é o

Xão nos parece (|Ue tenha havi do nada de mais considcvjível vida píditica dêsle sua redemocratização. do na íi paiH. apos (jue a exvcin levando a efeito periência i|Ut‘

nas prensas ou nas engrenagens es tatais, o sentido agiulo do meio têrino. que é a sua posição füosofica c‘ a smi lialia de procedimento c U‘va a aborrecer o ritmo paroxístico dos homens frenéticos.

(lovernar. ]H>rém, não e apenas administrar: é taitibém eduear. Com efeito, já tjue o governo ou o Esta do constitui o mais enérgico dos jirocessos assistemãticos ou difusos do educação, governar ó estabele cer, por meio da educação ministra da pelo exemplo, a atmosfera de liberdade, de justiça o de rigorosa moralidaile, sem a qual o governo, mais eficaz ou realizador, codizer, decai da sua nos as praxes, os nic.s dc má tituem-se claro.

Sr. Milton ( ainpos. Kla é granpido s(,‘U poder isolado, (‘xercerá infUumtarefa desmarpor mo hoje amam altitude c da sua missão. o de dc e forte c. contraste cias enérgicas nessa cada de brasileiro

t ransformar o rcgimon inuma democracia sincera.

reconhecimento désse

Mas 0 tável trahullio nonatur((za hívica deve olisciiri‘ccr a tarefa admiemiircondida entro as an da situaçrio financeira c as ●1e

Pensamos cjuo a verdade se con tém por inteiro nestas palavras no bres de Emerson: "0 fim de toda luta política é estabelecer a morali dade como base de tôda legislação; o não instituições livres, nem uma democracia, meio.

república, nem Não, tudo isso é apenas moralidade é o objetivo do govêr. (The end of all political strugglc is to establish morality as the basis froe institutions. it is not a republic, no, but the nao nistrativa uma A gústias angústias do tempo, em grande par te roubado pela atenção dispensada se desenvolve o fano à área em quo to político c ptda of all legislation. It is not vigilância para

òlc invada o domino a evitar que it is not a dcmocracy only the means. Morality is object of govcrnmcnt”).

da administração, à qual 0 area Sr. Milton Campos dedica a mes ma paciência, a mesma análise crí tica que, em meio à massa dos facifras. regulamento.s e

Sem embargo, vários discursos reunidos neste volume evidenciam a reconstrução e de iniciaque vom sendo levada a cabo pelo Os algaritímoa falam tos, atos, lesi, obra de discrimina insíantancamente fútil do grave, u apaiciiU' do cssi-ncial, 0 mí'Hmo domínio da rnzucí sôbve a sensibilidade, o sentimento a preocupação ascética o equilíbrio çuo atual governo, mais do quo í\s paliwraa nesses dis cursos (jue são apenas exemplos dos muitos pronunciados sobre o mesmo assunto. o do justiça, da cüusa pública impede a trituração do ser humano que

Ainda na maior intimidade, êsse homem incapaz de uma pose, a que, pelo desamor ao espetáculo, muito custou, durante a campanha que o levaria ao pôsto de Governador do Estado, atravessar a Avenida Afonso Pena de pé em um automóvel aberto, ^ sempre se manifestou da mesma for ma sobre o que deve, no seu entender, marcar. a relação entre governan tes e governados, entre poder exej cutivo e poder legislativo e cons tituir, afinal, o exercício da mocracia.

Lembra-nos que conversávamos, <^'erta vez, quando alguém se aproxi. ^ ^he deu, com irritação natu- ral, que logo nos contagiou, que certo deputado se desem ataques ao Governo, pecialmente ao Governador. A Ção do Sr. Milton Campos, vira impassível frase:

O fato íjuc revela outra deniocrâíi<-a léncia.

E.stava cjíi .i de \’iação por niotivo (os atrasado.^í. O fo«-o to era depredações e feréncia a «juc mos jjiesentes de um coíitingeiiU* tar para aijiuda ton í.‘amp<)S coni esla algo malicio.sa impediu java impedir; j)assamos a relaU^ d;i sua constante o di s;rôsío da vic-. Uéde Mineiri pagamendo movímenUivim>polis. Ilavi.a perigo d« conflitos. Km j!or foi de con» ;í<as() estive^ propo.sta a ida Policia Mili. <];i Sr. Mil. interrogação o (lue doso(●i‘l;ide. !●: de* o

— Xão seria nn-llior mandarmos o pagador?

fizera k' es¬ reaque ou0 relato, foi esta pediente da çao na binete chefe político dia instantemente uma diretora

Também se afiguia ficativo êste ei>is()dio. bro de 1ÍM7 i-('Sj)ondíamos j)elo exSeeret.aria da Educa(jualidaíU* de Chefe do Gae fomos i)rocurados j)or um da situação que pea no¬ tícia de muiio signiKm setem-

: - É natural. Muitas vézes mesmo tpho dificuldade em apoiar este governo.

■ É do eu de a rcmioçao de gru|)o e.scolar, ato de que dependia — êle — acordo importante na assegurava-nos poUtiKxplicamos s?m Comjireendeu, Gode.spachnria mesmo gênero a seguinte - a alguém que ter pessoa havida por amiga atacado o govêrno: — Falar do resposta por êle dada ● lhe comunicava ca de certo município, a impossiliilidade anuência da diretora, inas pediu-nos (juc falasse ao vernador, com naquela tarde. do atender govêrno é tão bom, . . ^1^® gozem désse privilegio só os inimigos. que não é justo q ucin

y . 0 que ditava essas palavras t era insensibilidade mas tolerância f”, ‘‘a caridade do espírito ’ í, finiu Lemaitre. E é preciso quecer outro aspecto, k amado D. Francisco Manuel de Melo 1. expõe nestas palavras deliciosa.s: ^ “Isto de falar cada um à sua vontade é mais sadio que galinha cozida... Sr. Milton como clesecireiinstãncia nao Narramos o caso ao Campos e assinalamos, java o interessado, a acordo aliás, para o va em posição Legislativa. Não o desfecho, que se palavras: if como a denao esque 0 nosso m uniciiial, Governo, rjue se achadifícil na Assembléia nos siiiqiroondcu verificou nestas i’elovante, do

. j,

dir(d''ra scr re- a movida ? — Xão. Deseja ficar uiulc esta. — J;intão, não sc‘ faz o aconii*.

Ainda cniíru falo, i'eve!ador, esdesaml.tição i)olilica. período d:i escolha do rrcsitlciu-ia blica, não salxonos

(Io Sr. Milton Campos um dos mais prováveis, de que a jn)ssil)ili(.lade a resposta veio fulminante: te agora, de Em pleno candidato ã sesso a escrever.

oiulo ostíiràü ?...) sübre minos mesanos ijjassarum... mn arliyfo, muiio ruim aliás, a nova gorayão do esvritoros neiros, poryuiUávainos a nu.s o (juo não soria capaz ilo fazer o Sr. Millon Cami)os, so se dispu-

da Uepú(luem indagou certamente mavamos guagom, de estilo e pensatnenlo.

A(}ui está :i resposta que cspeiaèstes primores de linNô-

da nossa dificil simidicidtide, tão Somerset Maugham tem este aforismo excelente: neiru encarava sua candidatura, e lacònida, instantanea — Não encaro.

èsle registro conversa com lhe falava no mesmo astamljcm al- comentário em mo guém que sunto: us reflexivo espírito qiie

les a primeira cousa que arrasta atenção ó a sinqtlicidade, a dificil que sobro ela ■■ Escrever tão dificil co¬

Merece com simplicidade é ser bom". (To urito simply is difficull as to bc good). 0 tom revela a qualidade do um aborrece a retórica, aborrece tudo além do meio exatamente i)esado e medido e para qual o verbo não 6 fim, senão insnão deve

Deixar êste govêrno o aguenÉ assim como ofeéltrio cujo estòtêinno tar mais um : recer licor a um mago já vai mal...

Eis ai o Irumcnto cuja uülizaçao ir além de certo limite para ficar razfies bastantes a levarautor, a reunir mais signidiscursos, revelia do livix» alguns ●— os dos muitos nos, a

assegurada a cessidade de não ser dominado por convenieneia ou neein ficativos ele quem o maneje.

A fidelidade ao meio termo é ou tra constante do espirito do auter e contém, como assinalamos, a filosofia diante da vida. Ele o defi ne nesta lidos ou de improviso, tem proincluir êste volume que nunciado e na Cultural desta Secretaria, valor inestimável Coleção

Além do seu documento de um claro instannosso Paí.s, caráter educativo sua como te da democracia cm revelação do fórmula admirável de precisão, sutileza e sagacidade criti- qiial pensamento e verbo são Em verdade, o meio termo é de coragem, da,quela determinada coragem resulta da convicção sincera e como de uma obra de govêrno, pregação e, ainda, compêndio de teo ria e prática de mn pensamento po lítico, devem considerar estes escritos, que de discursos têm apeobra literária de líclica, na um: " uma posição tranquila e que refletida. O ponto extremo é mais cômodo, porque oferece uma defini ção precisa e dispensa as constan tes revisões que a realidade sus cita. É um compromisso teórico e sistemático, cuja firmeza está em cívica nas 0 nome mo valor.

A êsse propósito, ocorre-nos escrevendo para “O Jornal dido do nosso caro Rodrigo M. F. de Andrade, em 1929, (vinte e dois que, a pe-

contraste com as vertiginosas mu^ tações da vida real. O ponto inter médio é mais propriamente uma 2ona fronteiriça, de contornos im precisos e lindes esquivas, onde mais adequadamente se marca a área da realidade. É que se devem colocar aqueles que, não sendo criadores de doutrina ou aplicadores de sistema, têm, tanto, a incumbência de lidar as situações objetivas que se lhes deparam, ordenando a solução do.s problemas com espírito prático e finalidade utilitária. Longe de mim a ideia de qualquer desapreço aos fundadores e seguidores de siste mas, que trabalham as camadas tá? altas do conhecimento. O que desejo fixar é que o sistéma pode ser um compromisso para professó- K- res e filosofos, mas não pode mais do

te nas áreas tia política, demarca das com ahs<-»luta niti<lc/. jior ac&mpamentí>5 vizinhos <● lio.siis. Sem éle não h<juver;i j)t»ssível guar¬ dar exatidãí», «íjuíIíÍm-ío e equ'distância nos di;is 'arro_ados e brus cos de uin govériKi d«- coligação, is to é, tle meio ir'rnn). I-h-a imperioso ir sempre ao jMinto c.xato: nem atiuéni, nem ah-ni. ‘M/arclier qni oultrapas.se Ic hlanc fanit. comtnc celuy (|ui n'y arrisf pas”, escreve Montaiiiiie no i-apiliilo vro I do.s seus lassais. Jlaverá nnda mais certo e preciso ?

*> mas de- t ai entrecom h ( XXIX do lifjuo presta(ic numla às nos«IcnuM-ráticas e, por letia.*^ ao trazer a l)alavras docuj)cn.samento numeuma fidelidade as<la justiça e da constituindo o uma vida alta, instante de ascennos vales ilumidc

Só A o por um tal excelência.

ser que uma orientação para os mpntes, cujo compromisso a realidade, excluído da odioso sentido e expressão o maquiavélico", pensador servido , estilo podería lavrar

0 meio têrmo dominou também a açao do g-ovêrno, mais notadamen-

Estamos seguros mos um serviço sas instituições igual, às nossas lume estas nolircs mentais de um roso c áticfi e de cética aos princípios liberdade, (pie vêm ideal e a fôrça de desde o primeiro ção, lá em baixo nados.

30 (le junlio de lO.õO.

Abgar Renault t

MILTON CAMPOS

Qonheci

pos cm do regressei a ter cumprido niinlia missão em .^lontes Claros. ●1:1 rado e respeitado, acomp-anliei .\sseml)léia

hrilhanConstiadmir.i-lo Depois, te atuação na tuinte de lO-lf) o passei a sua ainda mais.

Na primeira to de Brasília fase do funcionamencomo Capital, infortúnio dc companliciros mos morando no mesmo hot(d o tornandose maior a nossa aproxima ção.

Em 19()l, (luamlo o PreQuadros visiSupromo Tribunal sidente Jânio tou 0 Federal, disse-me que neces sitava falar-mc. audiência Marcou-mo

pessoalmcnlc Milton (’am- mas mo iiarccoriam ainda escolhas ^ fevereiro ilc 1030, cptaii- de nomes outros, como Osvaldo Tri- j Hedo Horizonte, após gueiro e Scabra Fagundes. O Presi- | (lente replicou que tencionava no- ^ então, ele era adnii- mear Milton Campos, mas conti- * nuando eu no Tribunal, c que só g 0 nomearia daí a dois anos, iiois antes queria fazê-lo Embaixador em Cuba. Não sei se este convite ^ cliegou a ser formulado, mas sei ^ que, cojividado para Embaixador nos fo- Estados Unidos, i-ccusou. E, no en- i tanto aceitara o Supremo. Depois, uma vaga neste lhe foi oferecida pelo Presidente Castelo J Branco, mas não aceitou. ^ porque, como Ministro da ^ Justiça, oiiinara pelo au- j| mento do número de Minis- J tros (de onze para dezesseis) ^ e não admitia ser beneficia- ■«

ra o República desejar

■ 0 vaga no ao contrario ra

do por uma reforma a favor qual se pronunciara. Posteriormente, o próprio Presidente Castelo Branco quis nomea-lo pavaga que já não era uma daque las decorrentes do aumento do nuniei-o de ministros, e essa vaga êle J aceitaria. Recebeu, porém, apelo pacandidatar-se novamente a Se nador por Minas Gerais, de modo a vitória do seu Partido, . na (pial mc dirisontido (lc‘ (pie eu não giu apelo, requeresse aposentadoria. no ■ á apelo não cra Respondí que honroso apenas para mim mas tam bém para ele, pois n normal é Presidente da o

Supremo, c o Presidente, mc pedia para não lhe dar vaga. Prometí ficar uo cargo, enquanto eu e minha imillier (sobretudo esta) pudéssemos supor tar Brasília. Mas ponderei que ou vira falar no seu próposito de noMilton Campos para o Suconsiderando da maior

assegurar a e a esse apelo atendeu. Por último, Presidente Costa e Silva resol- j( veu nomeá-lo. Mas, contando então 69 anos, entendeu Milton Campos I que não ficaria bem aceitar, para, ^ já um ano depois, aposentai’-se com íg os proventos do alto cargo. o mear premo e quC; importância para o País tal nomea ção, eu apressaria o meu pedido de aposentadoria. Falei que acertad’ssi-

QUANDO

Esses fatos mostram por si mes mos e de maneira eloquente, a es tatura moral do insigne brasileiro, estive hospitalizado em Belo Horizonte, de 13 de dezem bro de 1969 a 8 de janeiro de 1970, . com visitas proibidas, ao saber que llilton Campos, mais de uma vez,

me visitara com a senhora, sendo recebidos por minha mulher e minha filha, pedi ao meu médico, professor Manuel Borrotchin, fosse aberta

Não conhecí democrata le

L cidadão

C' acjueins dun^^

Explic'ou-mf íjuc* cscj'fvera o discur so, antes do nuinifoslo dos mineiros, e que a reação viok*nla do Governo., contra os (juc o havianj subscrito, obrigara a supi-iinii{júginas em (juc <-xa!tava a tolerân cia de Cetúlio \’argas.

Quando fiz se.sscnfa anos, meu ir mão Antônio reuniu amigos seus e meus num alnuíço-

.Milton Campris. «●onvi<Iaclo, não pode compare<-er, pc»i.s no mesmo di^ comjiletava sessenta e (juatro anos e Delo Horizonte, facomemorativ*. bela carrjue até hoje vir dele. que uma exceção para aqueamigo, nas visitas seguintes, tal apreço extraordinário que lhe tiuha. E a exceção foi aberta.

seus amigos, cm ziam celebrar missa P3screveu-me, porém, uma ta, das mais lionrosas recebí, sobretudo por 0

mais puro, mais digno, mais respeita rei homem de bem.

. Por seu. ^Ito saber insuperáveis atributos morais foi uma das pessoas que mais admirei. A propósito do histórico manifes to dos mineiros, de que ele foi os signatários (o que lhe custou perda do cargo de Consultor Juridi00 da Caixa Econômica, no qual foi reintegrado por decisão do Supre Tribunal), vou contar um episódio, que suponho desconhecido; 0 Mi nistro Ataulfo de Paiva era o ora dor designado para saudar o Presi^ ' dente Getúlio Vargas em sua posse na Academia Brasileira de Letras Visitando-me, dias antes da iposse de Getulio, Ataulfo reveloutivera de rasgar duas paginas seu discurso. Perguntei-lhe o motivo.

Era admirado e por seus

Não era apenas um grande juris ta, mas um escritor jirimoroso, mem bro do.s mais eminentes <la Acade mia .Mineira de em Montaigno ras prediletas.

I.et ras e í]ue tinha uma da.s suas leitu- um a ad aiirar: Lus e sabia ICdmundo da Quando morreu

Pinto c publiquei cm G CiI.OBO uni artigo rcvcrenciaiulo-llic a memória, telefonema de solidarie-

mo o primeiro dade que recebi foi do Milton Cnmpos.

Hoje, é a sua memória que reve rencio, dominado por um profundo sentimento de pesar, pois bem ava lio 0 infortúnio que de maneira ir reparável, acaba de ferir nossa Pá tria.

-me que V do

MÍLTON CAMPOS

^(íRAl)b:Cl'.NDO

Constituição Fedei al llui de líKM. Ikdalor de homenagens

íjuc a Assoiuldoiu do Estado de Minas Gerais iirestou à memória do gramle MíUm» ( amcspeeial realizada as se^sao pos, em 110 dia 21 de Raul õlaeliado lloi ta. março, o Professor em nome da j)rofeiúu o seguinte discur- ramília.

so:

Honifácio Dalton Costa, Tanure lí sentando a

Legislativa

](> de ju- \ Geral da Co- ● missão C'onstiUu'ional, Milton Cam- 1 j)os deixou eonsij.’,nadas no texto j i)ue então redigiu, para encaminhar < o 1’rojeto de Constituição ao ple nário da Assembléia Constituinte, ● as inovações verifiv-adas no esta-'” tulo eonstitiieional di> País. Reve lando a aeiiidade do publieista fa- '' miliarizailo eom do Direito Púldieo mineiro registrou as na con-

1. Ouvimos, vom emoção, as iial)e|Hitmlos Sylo Amirada, Wilson Canabrava. rejireAliança Renovadora NaM(.vinu‘ulo Dtunocrá ti na inteu-pretação dos Egrégia os grandes temas "S contemporâneo, ^ lavras do.s ilustres

o parlamentar transformações operada?, constitucional do fedoralis- cepçao cional e co Brasileiro, sentimentos d(‘stu Assccnblóia

Estado.

mo do Legislativa

a«iui nos enambienle r em contranins recordação da a r propicio vida parlamentar de Milton no antigo Ainda Campos.

Poder Legislativo, exercício de mandatos prédio, que der T^egislalivo

Na verdade, (> brasileiro o convocou as atenções ilo constituinte do Es tado nuMubro. Em visão ‘ antecipailora e fazendo pe netrante análise das novas '' tendências, frisava I\Iilton Campos a diijila atividade do constituinte estadual, j “ao mesmo tempo legisla-'' a função or- t tolhida pelas limitações v

dor o intérprete, com ganizadora constitucionais que Iho terpretar”. Captava fcdicidade serviu de sede do Po do l‘]stado, na PraMibon trajetória

Afonso Arinos. cumpre m- jj portanto, com >. de expressão e fl iniciou ça fascinante Campos de servidor <lo no honroso oriundos da sua

a rara a notável densidade de sou raeio- ^ («uiio — características pormanen- "ti tes de seus trabalhos na Imprensa, | Universidade, no Pretório na atividade múlti- .'D representação popular, do 1934/1935. Constituinte mmen-o brilhante geraçao no dc na integrou a homens públicos, (luo se tornou res ponsável, sob a direção sábia Abílio Machado, pola confecção da Constituição do Estado, de 30 julho de 1036, definidora da organide Minas Gerais, renovadas da

Parlamento e pia do Homem Público — o declí nio do 1891 e 0 início do federalismo de federalismo dualista de *. de ex- : t 0 comando nacional "i pansivo, sob das grandiosas atribuições da União ● zação política dentro das linhas Federal.

3, Foi no de Deputado Estadual que Milton Campos se entregou a uma missão de concórdia, tão grata ao seu es pírito, e da qual ele ainda se re cordava, com visível satisfação, em impressões que transmitia na der radeira fase de sua vida. Refiro-me

L)i<.j sTo Jlcoxômjco

exercício do mandato naturalidade reiJuidicaiia dos moQ> tanhesGS — era aos membros do Poder Lcííislativo do I*Jstado, ri4s visitas íio início tias sessões legis lativas, que o tuitão (íoveinador h»bitualmcntt' manifestava, com m. ressonância nacional de seus pronunciamentf>s, as altas inspirações a questão de limites de Minas-Sâo de seu pensamento ptjlítieo, na liPaulo, para cujo feliz desfecho nha severa da desambição e no perconcorreu com. sua concepção da manente serviço aos superiores in& fórmula aplacadora de dissídios, teresscs de Minas e <lo lírasil. ® inspirada na fraternidade indes- Senhor Presidente e Senhores IP, tnitível que une os dois grandes Deputados: ^ ■ Estados da Federação Brasileira. Em nome da I''aniilia, agradeço

4, Em outra culminância de sua as homenagens ora jjrestadas à vida pública, quando no exercício memória de Milton Campos pela da Chefia do Poder Executivo do Egrégia Assembléia Legislativa do Estado, dentro da irrepreensível Estado, em sessão especial, assinaconduta de respeito à independência lando o conforto que ela trouxe aos e a harmonia dos Poderes, — que corações dilacerados pola irrepa- Milton Campos praticava com a rável perda.

Consequências operacionais das fusões

/^CEITEI o convite feito pelo meu

^ ‘ Justo Pinlieiro da EonseFederação lírasidc! Bancos, de min¬ am igo ca, Presidente da leira de Associações

nesse dia um relacionamento tas vezes excelente, mas de carac terísticas paternalistas, que preva lecem cm empresas médias.

neste simiiusio uma pa■■ Consequências opepronunciar lestra sobre as racionais das fusões”, porque acre dito que nos dos à ser poderei trazer, como concxperiência neste tribuição, minha setor, em face <le ter participado de 4 fusões ou incorporações expressifinanecira.

Tivemos ocasião de verificar, nu ma fusão, (pie diversos funcíonáantigos, extremamente chegar Diretoria de um Banco, ao anunciada a fusão, sairam e moveram posteriormente ação em Juízo contra o nôvo dicando indenizações.

Banco, reivinIsso causou aos Direhovas na arca cuidarei dos fatores que IcDiretorias de 2 empresas a nem juridicos e econômíisso outros eonfeextraordinária surpresa tores responsáveis por aqueles considerarem amigos.

COS envolvidos; rencistas farão grande brilho.

Não vam as se decidirem por uma fusão: mons, por se Na verdade, nada do que a mudança do tipo de rela cionamento, que numa empresa petem características pessoais, um relacionamento de caráter mais aconleceu. dos prol)lcnias

O assunto da minha palestra são os pi-oblemas operacionais que apa recem nas fusões, a partir do dia em que a Diretoria as anuncia. Já nesse dia aparece o mais grave dos problemas que os responsáveis pela fusão, neste simposio, o quona para impessoal na da fusão. com nova empresa, fruto

1 — ORGANOGRAMA — Nossa política tem sido imediatamente le var um voto de confiança a todos os das organizações que informando que todos continuarão merecedores de confiança da Administração e que todos dever«ão ser aproveitados, dentro do nôvo organogi-ama que será estabelecido. Essa informação, se de um lado traz uma certa Iranmuitas vezes introduz incógnita “ Organogra ma” — o que é isso? Muitos per guntam e daí os funcionários co meçam a sentir que a fusão não será simplesmente uma snudaiiça de nome ou de chefia, ou muBança funcionários se fundem, da empresa, apos a enfrentar: a estruturação funcionários operaçao terão que do pessoal. Os antigos procuram os uma pergunta fundamental; O que acontecer ? A insegufusão gera é dc tal funcionárias total mais Diretores com é que vai me rança que a ordem, que as antigas e mais chegadas ã Direto ria têm crise de choro dentro Muitos mais quilidade, uma nova do dos trabalho. recinto de funcionários, além da sensação de insegurança, têm também uma cei- de terem sido abando- ta sensaçao nados pela sua chefia. Rompe-se

de tamanho. Ésse é provavelmente o primeiro sinal de que uma nova forma de administração começa a se implantar na Organização. O organograma foi o ponto fundamün* tal para a estruturação da empresa, em tôdas as fusões de que te.T.os participado.

Na nossa

<lani fumianu-iualmcnt'- coin a fosão, poríiue fias «iffom-ni <lo t*nianho do

Uma ctjisa t* u-iteira df* C obr.-inça

codo df início das profundas transformações que o setor finan ceiro sofreu no Bradecorréncia

Revolução no da if l sil, em da de 1964.

●A- administraçao __ era muito í tradicional e baseada »bancária ;gí 'iL.; tí*

experiência V européia de antes da ^erra. Toda a aten- ção da estrutura era W. aos negócios , bancários, a tal na

No org^nnograma flue adotamos, sepa ramos com clareza a dos Banc.'rios t um Banco Carfom filtrada dí o]iei'ada na foi.sa muito d-feum;i (';irleij-a cenj)oi- cominitaior 10 mil títulos

Sfrviço do f vainJo para o fus o. o experiência, que meçou em 19G5, as instituições ban cárias, de um modo geral, estavam ainda

õOí) tituh/.s jM.j- (li;i Agência f outra rente é juvijotai íralizatia, <q>fratl.a com uma enlia<la j)or dia. í) sisifina Banco méfiio não nôvo Bancf) íjue surg^t* .seu Ííimanho exigí tt-cnicas (Io trabalr.o muito mais evoluid:is f ê.sse fenômeno tem tpie se refletir no org^anograma a ser eslahedeeido pa ra (i Banco após a I fusão.

VI I t n pon to que os únicos car gos realmente im portantes

administração Negócios

A<lniinistraçiio da Administração dos Serviços Bancários. Os órgãos c.xecutivos dos negócios ban cários são Imsicamcmte as Agências e mais alguns órgãos ospeeializailos como: os Jvncarregados do Câmbio da e disputa dos nos Bancos, pelo prestígio e remuneraf çao, eram os cargos ; de decisão de negócios. Ter auto ridade para despachar um borderô de desconto era o sonho, de todo f bancano e o pior dos castigos era .. ser designado responsável por um setor de serviço.

e Negócios Esjieciai.s, como Finanie (lo.s Serviços expandir relação fusão. etc. Na Administraçao Bancários tivemos que enormemente os órgãos em aos dos Bancos anteriores a V 0 negócio bancário , , muda em decorrência da fusão; êle é mais fun ção do cliente do que do Banco. Os conceitos de risco, de liquidez ■' reciprocidade, são coneeitoB da empresa cliente e êles perduram após a fusão. Já as áreas de serviço mucom clareza Dividimos os mesmos em órgãos operativos e órgãos staff”; equipáramos os gráus hie rárquicos destes órgãos ao grau hiede de

rárquico dos órirnos tia Atlininislração dos Negófios líaiuarios.

Essas deíiniçõos troiixoram

completa modificação dü pessoal na cslriitura Bancti apó.s a fu.são. com Um rápido dcscnvulvimcnto dos sua (pialidade t/cniapi‘t)veilar df>-orr<‘ntc do da serviços e ca, 0 que permitiu potencial fusão. o da )ancai'io

ix) i^reenchimeiilo dos Cargos <lefinidos no Orgtuio.urama — O pioenchimento dos cargos na área bancá ria foi sempre rolai ivainonte pois nes.se campo, os Bancos tjue se fundiam, traziam homens com ex periência e capacidatle e cra iVuil colocá-Ios nos cargos definidos pelo lá vil organograma.

A régra que seguimos para isso foi a de alternância de dud‘ias. Cm Diretor de um Jbinco passtiva a che fiar Chefes de Departamentos (lue vinham do outro Banco e êsses por chefiavam C-erentes dc e assim por nizaçao.

Agências do primeiro diante.

tio organoiriaina fez ct>m um m'nimn ilo problemas humanos. Os proldomas quo surgiram foram (.●onsotjuênfia de haver suas clieiias de igual eapacitlaile e a escolha de uma não era aeeita pela outra. Nes se caso, foi inexorável a demiys.lo da não escolhida. K muito dificil que dois homens tle capacidade semelhan te e de responsabilitladc ila mesma invergadura em 2 empresas u.eitem, ai3üs a fusãt), um a chefia do outro. Mas o número tlêsses impasses, ao cüJUrãrio do que parece, é imqueno j)orque muitas vêzes encontramos, por exemplo, dois chefes de grande caiiacidatlc na área do Pessoal, mas um já Unha experiência na área ilo Inspetoria. Então, na fnsão, como nenhum dos Bancos linha uma Insjiotoria do boa invorgadiu-a, foi fá cil jnantor um dos homens na Chefia do Pessoal c passar o outro jmra a Cliefia da Inspetoria da nova Orgauma

Acredito mesmo que a definição do 0 ponto crucial sucesso do uma fusão. Achasua vez

Já na área dc serviços o problohavia geralmente

organograma seja para o mos que o organograma deve definido e preencliido no período que medeia entre o anúncio da fusão e 0 início da operação unificada, que período dentro do qual se main as medidas legais junto autoridades financeiras, para aproda fusão. É de tôda convenisvr nia era inverso; falta de homens treiiuulos para pre encher funções do maior re.sponsabilidade e dc técnica

Nesses casos, não adotamos a ternância ele chefias, mas sim esvoIhiamos o núcleo mais evoluído. AsBanco tinlia um Procesmais evoluída. to- al- e o as vaçao ôncia que no dia do início das ope rações do nôvo Banco já se tenha uma definição completa do Organo grama. As chefias já devem estar designadas. Muitas vêzes escolhemos os chefes e os fizemos assumir suas sim, se um sarnento de Dados melhor, com ho mens mais preparados, nesse núcleo eram incorporados os homens do ou tro Banco; se o outro Banco tinha uma Contabilidade, embora tradicio nal, operada com eficiência, ela pas sava a ser a base do nôvo Banco. funções na Organização básica, an tes mesmo de ter sido completada incorporação do Banco onde eles tra-

Adotados êsses princípios funda mentais, 0 preenchimento dos postos a

Dk.i-sto Eo u

POLÍTICA SALARIAL 2

mais dítíccis <1<* jcsulver c só : balhavam. Isso deu excelentes sultados, pois esses bomcns, ao assu- cheíias, dentro do Banco maioi\ já se iam inteíp?ando, de madía da fusão o choqce reatingido e<»in o c<'n'-rcl:tmunto <ias jrntiíicações cjuc trutra .salarial nieniando a tl".-; E.sse ]jr«icessi> giu que íilguns pletamenle fura das para a miticíos, com jiagaim-nlu indenizações. Vemos que no trabalho a .solução

ostawmi acima da piogianuuia e a_<jiu‘ e.stavain abaixe. <li- i-(jUÍparação eximirem as neira que no era diminuído ao mínimo. COB- funcionarios. (Ias turvas aprorarfiiiuiuTação, fossem à*~ de vultvsxs

Terminado o preenchimento dos postos do organograma do Banco, aparece com grande clareza, o pro blema salarial.

Equiparação a co unificado, foi feito i)or e<iuiparaçao mais elevadas e j)onta.s foi nizações.

método problema c< aumento subsiaaC- mjs.so <lo pessoal gera ciai na forma tle pagamento do BaaBásicanu-nte o acèrtc às medUs um

As diferentes políticas salariais se guidas pelos Bancos anteriores fusão passam a gerar conflitos. Exemplo: um Banco seguia a pol.tica de ter uma remuneração muito ‘ alta para Gerentes e muito ba‘xa para os funcionários. O outro Ban¬ das a eliminação à fu.sta de inde- a olitida

b Avaliação de Desempenho cu.slo tio jicssoal

t

CO, que já tinha uma evolução maior área de serviços, com maiores r exigências, tinha um nível de neração de se

que elimmar necessário não tivesse a i)rodutivida(le e cnpacihomogeinização do dade necessárias . a

Para (pie o mantivesse dentro de limites razoã- na foi da equiparaçao, o pessoal veis, apesar remupessoal administrativo mais elevado. Imediatamente após a fusão e com pessoal dentro do

Isso, num Banco pequeno, era re- lativamento fácil, portiue geralmenGercnte antigo. organograma, a equiparaçao se toma inevitável.

A nossa primeira preocupação foi equiparar a Acreditamos que o ordenado, pela li. gação à hierarquia funcional, de eria ser a primeira equiparação ser feita.

te um Diretor responsável pelo pessoal, conhece a maior parte dos funcionários. Lem- muito bom qi-ic um dos Diantigos de um ou remuneração mensal.

bro-me aos retores mais Bancos, ao fazer a folha de gratifiencarregado; ^ solteiro. a ^ Em seguida, ' as gratificações, pois a estrutura do ^ seu pagamento pelos Bancos

I - fundiam era geralmente diferente, - havendo uns com salários mensais > mais elevados e gratificações menor res, enquanto que o.utros tinham posição oposta. Esse ponto é um dos procuramos acerlar cações discutia

●● Fulano com o êsse é menino da minha professora filho de uma terra; para êsse pode dar uma grati ficação dc Cr.? 100,00, porque êle não " Êsse outro teni filhos, è que se 99 precisa . bom funcionário; para êsse dê _uma gratificação de Cr$ 500,00”. ... 0

para fulano? perguntou o encarre gado. “Não me lembro dêU'”, ilisse o Diretor e o diálogo continuou; l-I aquC-le funcionfirio loiro, da Ag-cncia tal”. "Para c.^se m'u> dê gratifica ção, porepu* duas vèzes (piando visi tei a Agência êle ciiegou at ra.^^aiU)" !

Êsse sistema, evidentemente*. po de funci(<nar pai‘a (>0ü ou SOO fun cionários, mas ê inviável paia 10.000 funcionários.

Então, foi necessária a implan tação do um Setor do Avaliação de Desemi)onbo. A implantação tlêsse setor gerou imodiatamente novos problemas têcnic(»s. i>orfiue para termos as chaves do avaliação, pre cisamos uma definição das funçoos. Essas necessidades geraram a am pliação do Setor de Organização e Métodos.

c — Seleção

ser muitas vêzes iiroenchidas urgência.

}xanlz:u.’ru). Í\Ia,s os candidatos ',à rcmn^-ào 0 promot^ão, <le forma g;eacciiam bem essa solução.

A implantação de um serviço de Seleção, técnicamonte bem estrutulaiio e com p:iande velocidade no recrutamento, é uma das tarefas ]>rioritárias na fusão.

A introdução rípriila de critérios técnicos <lo seleção e de promoção foi fundamental, jKira quebrar a estrutura do pessoal dos Bancos <luo se fundiram e conseguirmos ra{)idamonto uma integração do to dos os funcionários no novo Ban-

ral. CO.

01‘ERACIÜNAL SISTE.MA 3

O método de trabalho adotado em cada um dos Bancos é em geral di ferente. A escolha tio método a ser adotado gera dificuldades ines peradas. ãluitns vêzes, funcionários dedicados, que passaram a vida in teira trabaüiando num certo ser viço, procurando melhorá-lo dentro de sua capacidatlo, vêcm de re pente ser posto cm dúvida o seu trabalho. Isso gera insatisfação tão vêzes maiores que os problemas salariais ou de che fia.

O rccriitamonto aunidnta durande fusão, porque iômedidas geram, além l)rogramadas, dc demissão i)or insagrando de funcionários tenha que ser substituído. As alterações estrutura do serviço geram excessos te 0 processo (Ias as novas das despedidas guns casos tisfação, razendo com que número algrandes c às nu atritos com Minimizamos esses de pessoal numa área c falta em outras, sondo que as faltas têm que com definição fundamental: Os mépelos uma todos de serviços adotados Bancos deveriam ser substituídos, a curto prazo, pela mecanização comjilota em computador e centralizada de todos os serviços. Essa defini ção resolveu grande parte das in compatibilidades,

Além disso, para definir melhor 0 pessoal, exigimos que tôdas as re moções e promoções fossem feitas mediante teste semelhante ao admissão. Essa solução foi adotada para evitar o teste compulsório de todos os funcionários, o que sempre gera um grande mal-estar lui Oide porque nmguom mais passava a defender seu método de trabalho ou sua experiência; tomotivados a colaborar dos foram

i na implantação de métodos moder nos de computação eletrônica. Os Analistas de Sistema e os Enge nheiros de Organização e Métodos, não tinham bastante tradição ban[— cária para (ficarem influencia<5os [ pelos métodos de um ou outro Ban* co. Pelo tipo de formação proflsí sional, tinham uma atitude ob'ei tiva e impessoal, adotando a expct riência mais válida de cada um, ao r projetar o nôvo sistema operacio- I* .nal para o Banco.

— Normas de Serviço

apnjvar as nornia.^i. mento troux<* do ficuldadcs, mas <>

recolhimento de todo o equipnmentn de mimeógrafí» tente e colorando-os .‘«'b responsa bilidade <lo «'«rtrão ciu-nrrpprado du])licação exis- o de Ks.so i>roccdiinicio grandes dililivcmo.s rapida mente a unific.ição <las normas de o <jue foi niuipara .a c*strutura dc f iisfu^.

b — Com;)ula<b»r

A definição fundamental dc que o sistema r)pera<donal do Banco dea mecanização apôs escolha dc um Bana Nesse momento - sário dar conhecimento a tóda a Or ganização dos novos métodos

O ponto crucial é um sistema únide informações co e normas. Cr!a^ mos um sistema centralizado i emissão de circulares informativas f ®. ivas, sob responsabilidade direta da Diretoria. Ninguém podia ; divulgar informações ou modifica-

1 çoes de normas fora do nôvo s ste- { ma de circulares. Esse sistema exi-

● gia a apresentação ■ aprovadas em discussã

Inegocjos c* serviços, to importante Banco após a 4

toma-se neces- via sor voltado para por computíulor. trouxe fu.sões, o proljbmia equipamento. fíeral mento co tinha um erjui))amento c outro Banco tinha outro equipamento. Al os homens fpie tinham esequi}>amento c pasAlém os (la ope racionais e administrativos implan tados e suas modificações.

apareciam colhido afiuolí? vam a defender a .sua o.scolha. de disso, o.s fabricantes imssavam a pressionar a nova Organização, atra vés dos Diretores <-<>m o.s quais ti nham mantido contato no passado, para evitar que os produtos de sua fabricação fossem devolvidos sub.stituídos.

^ mandando cartas nor-

de minutas ou - ^ ^ 0 com os f orgaos interessados, codificação do í assunto tratado, segundo regras de- } finidas. No início, tivemos dificuldade no preparo ' C ções pelos diversos órgãos, grande era essa dificuldade l' cada Setor procurava, de grande das instruTão \ que uma forou de outra, fugir à obrÍga;ão de apresentar as instruções codifi cadas dentro da ma nova siste"nática, minieografadas, avi.sos, etc. O controle dessa ma só foi rapidamente obtido pelo

Adotamos, com relação a êsse problema, uma definição básica: es colhemos a IBM, como fomecedera do equipamento eletrônico, por que ela fornece 75% desse equipa mento no mundo inteiro o está es tabelecida no Brasil há mais de 50 anos, assegurando uma continui dade na sua manutenção. Essa de finição evitou que se entrasse em discussão sobro quantos milisegundos um computador ora mais i*ápido que o outro, ou sobre os méritos

do “soft wear" de tal eniprêsa. Ê necessário, nesse momento, (pie as definições sejam das, em critérios finíveis. latórios, vantagens ficam pi-rdidas. em faee da demora na solução.

.\(lotanu)S essa um dos maiiires

c — Transporte e ('onumicação j-;ipidas. facilmente evitando-se avaliações, roestudos prt)loneados. ciijas 1'asea(lesisíema de ('riar e operar \im tiansiiorte e comunicação para a’inumtar um computador, que traliza tôdas as tqierações de Kanoo, cobrindo do ten-itório nacional, exige capacitécnioos do ní\el cenum uma larga are a dado e preparo elevado. linha, ct)piando Uani'OS iiígd^ses, cujo Diretor responsáved peda canização me explicou. cUtrante irva visita ao seu ('(“ulro di* ('on'itula'● Escolluouos o eipiipanii nto da

Ksse serviço é tão importante no nosso <‘nso, (jco tivemos <iuc ede’ ar o órgão responsável pelo mesmo, ao .grau nosso rativa

Departamento pelos serviços de telex, serviço de frota do carros,

de Departamento, (luc 'V no ori:anograma a unitlade opode maior liierárquia. Fase ficou responsável de malotes, se)'viço

çao: IBM, i)oniue ída ó a maior fabrican te do mundo (‘ nos aciui no Banco nem tem]io. nem ele(liscuiir os mée(]uipam- nlos mercado inglês”. não tinluunos montos cai)azcs ritos dos existentes no <le mensageiros, etc. A sua oporacompleta reformulaque estavam esdiversas áreas, diver.sos

hoje para trás, vemos definição foi extremameno Banco, ]iorc[ue cono nosso oquipaa trabalhar Olhamh)

Evidentcinente, equipamento des se custo exige para o seu pro'eto, contratação instalação, operação e manutenção, elementos cie alto nvel. Esse sistema deve ser perfeitaniente entrosado dentro de todo o sistema operacdonal do Banco, a fim de que esse equipamento de o rendimento e o suporte operacional para o qual foi projetado. ir.o-

ção exigiu uma ção em serviços, pnlhados por uma

especializada.

Para se ter uma idéia do custo, só nas redes de telex o de telefo nes, foram investidos cêrea de CrS 10 milhões.

A implantação rápida num Ban co grande, fruto da fusão de diver-

C|Ue essa to feliz para seguimos unificar sem responsabilidade unificada e com mento o passar grande jirodutividade. poucos elemon tos som que os técnicos d's onídcbatcmdo lon nmon- vois ficassem to cjual o melhor ociuipamenlo exis tente. As indenizações <iuo Uvcvos que pagar pelos devolvemos, foram uma gola d‘água custos globais da fusão e as vantagens da padronização foram amplamcnte cotmpomsadoras. eiiuijmmontos que nos calma, estamos adotando equipamentos dc diversas procedências para serviços periféri cos, embora mantenhamos ainda no nosso núcleo central a mesma detizemos na primeira Hoje, com mais I d — Treinamento finição ciue fusão cm 1!)()5.

sos Bancós médios, de r tema operacional evoluído e eeníralizado, esbarra imediafamente com L 0 problema de preparo do seu pes- l soai.

com normas

meníüs, em balho, eram

falta do morcatlo tra(](● g-raiulc- necessidade

Bancti um novo sisein doci.i rêneia ilo pofusõ para o Ktiea seguida conforice nas nc.sia oes, paleslrn. já e.xpusemos Trabalhar de acordo estabelecidas centralizadamente, encher formulários

Na fu.são

mos o rondo na necessários para os novos órgãos da Administração Central, parar os relatórios de gestão, ® Um treinamento especial, atingirmos êsses objetivos, y criamos em São Paulo, em amplas k instalações, ■ fessores

Rêde de 4 prenovos de forma correta, levantar as informações e dados

Agências

Estabele.ef mos um programa de cur.sos de atuaf nzação, de acordo definidas pelo ■ i Obrigamos todo^s e <3ores de Agência, tes, Subgerentes e responsáveis pelos e^iços da Agência, a seguir cursos ' esti-uturados, para ensinar com cla reza as atribuições

l.reexlge ção da fim de cobrir maior prf)duti^’i<ia<lt*, <● unia das gran fias fusões bancárias: des vantagens mesmo o fator que mas primeira pro.j. <]iH* Kor tomada é segut. talvez sejíi impubsionou. tem com um corpo de pr..permanentes, um Centro de Ireinamento do Pessoal. as (léneia que a definição da na relocaçao O Banco vai coiirir uma região? Vai cobrir as Caiiitai.s de Kstado? grande número de opções e uma delas precisa .ser atlotaila.

de 'L Bancos sempre te- f probleUKi df Agência, concor- niestua arca. A reforniuUlocali^'Uçã‘> <las Agências, « inna éirca maior, com

jif»lítiea a scr das cartas patentes. da com as funções organograma, j os Administraque são os Germm um

Não me que 0 nõvo or ganograma lhes' dava. Mas todos cursos, na sua

cias os aparece o novas Agências, tentes liberadas polo conflitantes. parte introdutória, procuravam dar uma visão clara do / organograma geral do Banco, das - estruturas das normas de serviço e das normas de

alongarei sôbre essas op ções, mas sim sobre .suas eonsequên- oporacionais. I mediatamente j)roblema fie instalação de com as cartas pafeebamento de

O problema ff)i tratado nas suas anteriores. Agências do pessoal já linhas gerais, em tójiicos passaremos a ver ê o negócio. Ensina-. am ^ tBrnbein, a trabalhar do acordo ^ essas normas para conseguirmos j-*' rápida implantação. ^ Uma grande parte do Centro [■ Treinamento se dedicou à forma-ão ou aperfeiçoamento de elementos pa- i ra a área de serviços mecanizados, K começando pelas funções mais simpies como: Perfuradores de Carlão, Operadores de Telex, até o preparo de Programadores, Analistas e Ope radores de Computador. Esses ele-

O que agora método mais rápido de colocá-las om com sua eficiente. operaçao Começamos, no nosso caso, cr an do no organograma, na área de serDepartamento dc Eng'enliaria Departamento de BacionaPzação de viços, o e o de Operação de Agências. O Departamento de Ilacionaliísaçâo de Agências estabeleceu quadros de pessoal e “la)'0uts” padrões para as Agências em função de serviço. Em

Vjtí. _J=i

base a esses e.stud«*s o I)ej)íirlamento tle Bngi-nharia definiu plantas padrão para as .\gi'nfias. l- i ^-nms um levantameJito do pottmeial óancário das praças para as ipiais Xoraxi tranferitlíis lartas patentes. t'om base nos.sos levantanu-nlos, se tlefiiua tjUíil a pUmta padrão desejfivel pjira cada caso

Banco pioci.ravam adquirii ou edifícios, o nuds dessjus csiiecifiraçoes. Esse é um dos problemas tlificeis que tufrentamos na Alugar ou comj)rar lü ou õO Agênmelliures ]uniltis do brasil, csi)ecificações t) Banct) llaú

do e então os orgai»s nlugttr poss vel proximt) e nurs fusão.

cias, nos que satisiiz.e.ssem as técnicas tio tipo tiuc

A.irôneias antigas sc tornou muito Unia instalaijão antiga que linaa tapacitiado do atender a um !-5ama> médio, muilas vezos não ser* via para :iiendor aos ui.argos de uma gramle Organizarão. O volume de .serviros reeelutio de outras Agênlias poile duj)liear ou tripliear depoi.s da fusão, levando as eomli;Ces de espaço a serem um fator jiro/.onderanle na <jualidade do serviço no ilesenvülvimento tia Agência. Além <lisso, muilas das instalaçõ.s dos Baneo.s méilios foram feitas tom muita parcimônia, não tendo condi ções tle ihir aos clientes, no local on de estíivam instaladas, a imngcni do nõvo Isanco que surgia da fus.io.

América c.xigia foi um trabalho mo roso, difícil o i-aro, ijue não acaba mos até hoje. ti- t) u‘asileiro nao .se íat-ilitlatle do seu

Tivemos na prática que reconstruir quase todas as Agências da rêdo do Banco. Os móveis tias Agências

veram que ser mudados, eiu. lunção tios novos "layouts” o tios novos orestabelecitlos. Tivemos mudar o equipamento desfaz com trimônio imobiliário e quando o com prador é um l>anco, o preço sobe as 0 jiütler de barganha tios tio negócio se torna paganogramas também que mecanizado das Agências, ajustando-o tipo tle sistema operacional imjilantado após a fusão.

encarregados muito pequeno (juantlo as especifica ções técnicas Portanto, essa que é voltada iiara a ericiência liuuconsequência imediata ao restringem a escolha, especificação tIcnica

Para finalizar, gostaria tle dar ênfase a um fato que talvez s upreenda os senhores: a fusão c um pro- ● nuvens.

ra, traz como alto custo tle investimento ou locação do imóvel para extiomamcnto oneroso, que mobilização de recursos e luimanos enorines. Os na cesso um fi- 0X1 go a aquisiçao a nova lêde de Agências. nanceiros resultados dos primeiros tempos da fusão são decepcionantes; todos osaumento de rentabilidade e

A operação de um Departamento de Engenharia, capaz de executar grande volume de obras num prazo curto, espalhadas pelo Brasil inteiro, foi tamliém uma das consequências operacionais da fusão, que tivemos que enfrentar.

Paradüxalmente, à medida que noAgências iam sendo instaladas, a

peram do eficiência operacional do Banco verdade acontece é o e o que na oposto. Mas, passada essa primeira fase, o resultado das fusões planejadas são Bancos altamente eficientos, capazes' do serem a base do desenvolvimento da empresa pribem vas demanda de toda a Organização pe la reforma e reequipamento das vada nacional.

A IDÉIA DE PROGRESSO

É possível uma noção científica de progresso?

,r é aqui 0 lugar para traçar, ainda que em síntese apertadis- a história da idéia do pro¬ gresso que, tida recente, remonta, em suas origens niais remotas, a uma das correntes pensamento

cl('Sj)t'Ílo (io SUilS nmjililude e sígnifi* o.s (jualifiea Ken* elas.sieo.s ila idéia im- corpo, e, a precisões, nian>r cação. São, eoino d« Hubert, “(js jirogresso.Se essa i(ie;a se apresen ta em geral, e«jino do val<u- (jue o geral, por muito em ● i.m dos prmcjhomea na Grécia antiga, se não é este o momento papais JUIZOS faz sobre siui Mas, í escreve-la, pois outro é o pro blema i-ondiçao no jjassa-.c*, futuro”, Cas pala- no presente e no de Fricdniannj, já para Conesta inscrito n* que nos preocupa, são para um interesse particular, no à questão, — objeto desie Ç pequeno estudo, algumas indicações e certos aspectos e tendências na evolução da idéia do pheada do VI

cujo pensa- Spemer, em sentido de uma o e para mento toma ele o lei natural e te objetiva. querela a inteiramen* universal, e sao, co mo pensa René Hubert, deiros mventores da idéia de pro gresso ; desenvolvida, de um lado, pelo cristianismo, de salvação e de os verdadesajireci ativos, subjetivos.

considerado c<nno um Ora, ses JUIZOS traduzem antes disiiosiçoes ou com suas idéias (JUC estados de rcalida- espirito do (juc ora definido relação, uma lei quo

aperfeiçoamento moral, e, de outro, pelos humanis tas, com ‘ suas concepções do lor da cultura, da libertação pela cultura e do papel do tempo”, ela foi mais explicitamente formuiada, sob sua forma intelectual Enciclopedistas. ’ r como des exteriores, um fato, “uma re.sulta da natureza idéia do progTeSíO desenvolvimento histórico, entl vadas cüusas”, a parece oscilar, no seu pelos tre o plano dos juizos do valor e o dos juizos de realidade. Intimamene te ligada a conotações valorativns. mantem-se como uma questão eniU nentemente filosófica, ou delas, nest Foi porém, na ’ França, com Condorcet, Comte Renouvier, o qual aliás, liga noção à liberdade, com Spencer, na Inglaterra, Herder e sa ou naquela concepção, procurn Hegel, na Alemanha, que tomou desprender-se para assumir o enroeessa

vras .sao dorcet o jirogresso natureza luiniana, \ nós de tocante 4 leis da nutufonite, que náo não como nas univer.sal; jiai^a reza considera pi-ngresso SC ordem, o progresso lei natural; o a realizaçao da é lealmento uma progresso. Imcomo, nos fins como ®m teorias e no V século, as dos soíis- tas, que inauguraram dos antigos o modernos

Herbert .sc;

0 raio

ter objeliví) do unia loi natural, K certamento uma o outra c-ousa. ooi\forine o âny:ulo cio visão uu o jumio de vista. filos>)fioo ou oi(.-ntít'ioo, que tomamos, para anali.sar o iirotrresso, no sou oontcuulo concoptua!. ●Aliás, como oson-vo ^'liarlos (íido, (' precdso rojua-sontar-sc' o valor “oomo uma iluminaoão das c-ousas sob do lu/. .projotado jior nosso oss«.‘S dois judos, o Jiiizos objotivos.

desejo”. Knirijuizos ile va'or cli-se-ia niovi-r-sc. com suas *.'(>ntradições internas, seui se fixar em ne nhum deles, tão suma.nente portante ilo jirogresso, como o revela a hi.stória dessa tão .surpreendente sugestiva como a de todas as idéias, no .seu desenvolvimento lõgivariaa (jui‘sim-

uieia. (“

eonsidera- a

" proconforme f CO, cm suas ções, distinções mais niiidas, ou menos desvios montos. Soja qual for a inter]')retaçao (juo dar ã noção c eiinquccise jiossa de j)rogrc.«so. — inmecânica (Ui orgânica, idealista, deterministerpretação naturalista ou la ou finalista”, não mc parece ter sido ainda examinada com precisão neste sentido, a sabor, so é apenas um juizo de valor ou se é suscctivel de ser tratado, segundo so admitiu no século XTX, realidade, — mn uma lei natural, sem conotações vaInrativas.

A lii.stória da idéia do jivogresso mostra-nos, no entanto, que sempre essa noção sc apresenta necomn imi juizo do fato. uma relação. nem

cessài iamoníü ligada VÕes valoralivas. Ksso inmto de vis ta cjuc iior oortü jiredomina. não c oonstante na liistória da idéia, em ijuo ora se afirma ooin vigor, ligan<lo a noção de progresso a valores morais, religiosos. intelectiia's ou jiolitieos, ora eeile o lugar a juizos objetivos, imjilioados cun teorias ou olaramento enunoiados. tjue tem sido esse termo, — j>i'ogresso. utili zado em função de juizos do va’or, de tal modo (jue, em oonsotiuuuda, o que é jtrogresso. para uns, não o é pa ra outros, não há sombra de duvida. A diversidade de crité rios. ajílicadf-s ^>ara conceituar o gresso", tais ou quais concep ções de vida c de cul tura. é uma, entre tantas outras provas do que essa pa’avra tom viajado, no espa ço e no tempo, tão li gada a s’stema« de va lores e com tanta car ga emocional que não podiam dei xar de torna-la suspeita nos domí nios da ciência social. Daí, a reieição, sem maiores exames, da idéia de progresso como uma noção cien tifica. no pi-essuposto de não ser pos sível despoja-la de considerações valorativas. Mas, entre a constatação desse fato e a afirmação gratuita, como SG verá. do que não podemos emnrpgav a nalavra cm questão sem qne isso envolva somjjre implicações filosóficas, há uma grande distancia ' V que, no estado atual da ciência, nãa .'i

Dic.isio l£co^(ó>nco

K me parece difícil vencer. Antes, ● ■ rem, de atacarmos de perto a questão p que nos interessa de modo andaj-. pi-otrredír. Yazer |)r(ígre.ssio, — a'. anc<>. dosenvolvi●> ([irogro.^isio dísavançar, piogre.s.^a-s: adiunianieiilo. po<b*n<l<-. ticular, cremos que poderá projetar sobre ela alguma luz uma rápida incursão sobre a origem da palavra “progresso” e suas variações de tido. Nem sempre serão úteis essas incursões no dommio etmolój.i.: semântico, sobretudo quando se trata de terminologia científica, as ciências criam as palavras de pr<>;-í mento, cendi. rb●^^^■nv<.lvl:lu●nt*^ progress-> estudfn (● !»rogrcssiis — ação de rl(- ir par.i diante (proandar, o n\*anlàn S--11 .sentido conno caminhar, grc.ssus sen-

aefíitis). < I çar dos ancjs^. trári(», r.o e regredior. regressus sum. — retroceder. andar traz, com cs'.<cs nie.smos sen tidos que passaram para o português verbo progredí, progredir. I>aia em que ir ou regredir. que necessitam ou as tomam de emprés- ^ timo à língua corrente, para lhes dat rem um novo sentido. Mas, presente, a palavra tem origem e guarda, no seu desenvol^ viraento histórico e no estado atual da língua, onde a filosofia » logia foram busca-la. o nao so caminhar aumentando. coni() (progrediniento, para diante, avançar, ir (●volver, adiantar-se“. .seus (kri\:ulos progressit continuação) c pro■■ m»'vinient(> ou marcha fjente, desenvcdvimcnto, aunienc tanib(-m " adiantamento cm 4< no caso na sua os e a socio. . um .sentido K positivo, de Um juízo de realidade, que os próprios dicionários filosófi- ^ COS registram e é legitimo restau- ft rar.

J'. De fato, se tomarmos ' “progresso”, a palavra no sentido etimológíco t e na sua acepção usual, será facil verificar que ela. gua que se de um juiz-o vab riitivo.

onginariamente, não estava e, na língua corrente, nem sempre está ligada a juizos sub, jetivos ou apreciativos, e que a idéia ● de evolução “para melhor”, é uma conotação que tomou ou pode tomar é implicando interpretações segundo esta OU aquela táboa de valores, uma determinada concepção de yida e, portanto, segundo nossas preferenGrupos dos mais diversos,

gresso, para to”, sentido fíivorjivel ,\essa e apenas pn’a- última acepção, é riuc a prog ressiis ”, 1 rans ferida à linvernácula e a outras linguas em incorporou, toma o caracter O termo nessa vra tt

porem, na uma conotamatemúti<*, (piando se dix, a moléstia proauíjuirc malonijil ica, çao ca em pro¬ gride ou gresso militares se ff referem a progressos nas Operações, e sempre um juixo objetivo que se afirma ou se pre tende afirmar. É nesse sentido cias.

médicos, militares, economistas, temáticos, por exemplo, nem por isso deixaram de emprega-la em sentidos

maí{ ainda, do alcoolismo”.

I“ progi essao ” linguagem especial (prog ressão ou geométrica); medicina, (lue regrido, .se fahi cm (Ic uma doença ou quando i

< para diante, movimento (marcha numa direção definida) que dizemos progressos da eiuminalidade.

Já so vê, pois, que a palavra apre senta com frequência dois sentidos diferentes, um, objetivo, que é o do objetivos, claros e precisos . A palavra, como se sabe, de origem laI tina, vem de progredior (progressus V ^ sum, progredí) —● ir para diante,

-É_í-

descnvolvinu-nlu. av:im,'o, n\u vi mon to, avaiH‘"r nii'\iim'ini» i-m lioloiminada direvno, o i> muro, «lo ovoluvno para niclln)r. "iiuor mmi ilomiiiio li mitado, (iiior nu ouiijunUi das vuiisas’’, sem contar o sentido sin'^'uiar fjue lhe deli Ptiscal, ein Pensões, cita do j)or lailande. e de (jiie não liá outro exempht. (I) Ora, se é das palavras sí)l'rm ein 11 ansforinai^õos remânlieas e se j assa urande nu mero dcdas [Hir essas mudanças, e se assumem aeejivões dilereiUes nas línjíiias especiais, não há netihuma razão ptira, sòmente em relação :io termo " pro^fusso". nos fixarmos em Um de seus sentidos (c‘xat;unento o extra-cientifico do menos bem é suscetível de nutras ace]u,'õos.

soeiolóe.ico. as palavras "evolução, nr;rào, função, capilaridade” que se ';j einpre^iam em sentidos diferentes de si;a. oiãjiinaria conotação bioUljrica ou iisica; e "cultura”, (lue, tendo uma aciq.ção especial, na França, e ouiia, t‘in alenifu), tomou em antropolo.uia tantrojiolojria eiiltui-al) utn senti<lo prójirit*. muito tliverso tias accpçõies correntes. (2) Fssas considera ções jireliminares ile caracter se mântico ou lip:adas ã constitu ção da lenninoloírui cientifica, jã nos levam ao menos à ci-nclusão de (pio não se ])odc excomun.uar, sem uma revi são do processo, a palavra " progres so" e desterra-la como indesejável, e com ares científicos, do campo dos estudos sociológicos.

nos que so lhes atribuiram, para atender a necessidades csjieciais, nos diversos domínios cieiilí 1 ieos. Po diam-se multiplicar os exemplos. Ci temos apenas alguns. A palavra "fi losofia”, <iuc, depois dos gregos, já significou a) enciclopédia das ciên cias, b) síntese dos conhecimon‘os, sistemas, sumulas, suma; c) esforço síntese total, ficou, mas para

\’amos. pois, ao nosso problema cai'ital, isto õ. ao problema quo ele gemos por objeto deste estudo e jã é tempo do jun- em seus termos exa tos. E i)cs.sivel despojar a palavra “pa-ogresso” das eonotaçiões valoratívas (pio lhe aderiram c tendem a parasita-la, impedindo-nos aí(i* certo ]:onto ou reduzindo as jX)ssibilidados do examinar, sep.nndo uma perspecti\a sociológica, e, iiortanto, científi ca, 0 progresso, não somente técnico, como também social? Ou, por outras palavras, é possivel tomar uma ati tude objetiva em face da idéia de pro gresso, fazer abstração de nossas preferências e dos impulsos de nos sa sensibilidade para analisar e tra tar o progresso como ele ó ou se de senvolvo no plano do real ? Ou ain1 — " transformação ao mcllutr”) (piando Vo cábulos (pic SC incorporaram ã ter minologia ci(‘ntifica. e, j)ai-ticularmente, ao V()cal)uljirio sociológico, não são empregados nos seus senti dos comuns ou mais ('(-rrrnUcs mas

DAndré Laland(2 — Vocabulaire léchniquo ei critique dS' Philosophie. in "Progrès". Librairie Félix Alcan, Paris, 1938.

para designar cousa difc)’cnto do quo jior ela exprimiam em gorai os antigos. Veja-se a distinção que estabelece Abel Rey, em “La philosophie moderne”, entre espírito científico o es pirito filosófico. Assim, no plano 1 4 Kullur. Hisioire du mot. Evolulion du sons. in Civilisalion. Le moi el ridee. Exposós. Premiere Somaine Internationale de synthèse. Deuxiòme FascicLile. Librairie Félix Alcan, Paris. 2) E. Tonnolaí

K da, é possível formular uma noção I. cientííica de progresso? i-sta é a ^ questão que preienuemos, nao resoiver mas anaiisar e üiscuur. É certo

que ela tenha poira iiicii.ur , MguiHKi <ie vaiores'.'

-*ias o que nie HiieJa-s.-ii, neste Uabiiinn, e examinar ii ])ossiDiiiUade (le Se loriiunar unia iinçao cieiuüica, oijjcLisíi íie ]>iogi.-.ssm fois, no sea SeiiLiuo, lao jreqii-me, cie uma e^i>iuç<tu iiaru nicuiini' ou cie “ Lrunsloriiiayao giauuai do nu-nos bem parai o menior, <]uer m.m doininio linmadü «iuer no eonjunio das c-ousas”, pro gresso, como ja anuKMi i.a.atuie, um termo poiS tiue cie]H-mUlessada |)or a(]uele «lue e.scaia de valores de <iue se trata**. l'or estar ligado, nesse sentido a jui/ios de valor <jue tiacluzem as ten dências cie nossas id< ias e de nossas

sensibilidades, o que progresso pa ru uns, nesse ou naípieie domínio ou no conjunto das eousa.s, não é üU po de nao ser para servamos. L assim, ■■ essencitiinu-nte

é considerado, uma concepção de vida e uiilros, como já obnc-s.se sentido, um relativo”. termo liesta saber, porem, se pode também tomado absolulameiUe como ex pressão de um jLiizo objetivo, susce tível, portanto, de se enquadrar en tre os juizos de realidade, os quais atribuem certas propriedades a se res ou a coLisas, abstração feita de nossos desejos, dc nossas repugnãncias ou de nossas simpatias. A ques tão encrespa-sc dc dificuldades, mais e muitas vezes ser pe-

uma "eNOiução p-;.seii sisteniA que, enquanto consiuerariiius o pro gresso como ■■ uma iransiormaçáo gradual do bem para o meuiur", — transiormaçao apreciada a luz ideais váriaveis de coniorme as concep ções de vida e uma determinada taboa de valores, a questão nau se des locará do terreno inosóiieo em que, geralmente, Pois, a idéia de ” melhor se procura mame-ia. essemuinm-nLc reUui'i o» proesta e liea sempre condicionada a pontos de vista particulares termo de consideraçõesíicas. Mas ainda assim (diga-se passagem), quando da K])in:ao laia sobre a carregando-se o exira-cieniide a idéia de j/rogresso está ou fica ligada a deter minados sistemas de valores, isto é, [*41 quando o progresso dentro de de cultura, uma "evolução para me lhor , podemos investiga-lo e anaii- sa-Io, de um ponto de vista cientilico, otmando por base ou pomo de partida o que, numa sociedade, em determinada fase de sua evolução,' e considerado um "bem", e examinar 0 desenvolvimento do bem para me lhor, segundo a direção indicada los valores sociais dominantes. Pro- ceder à investigação e k análise des- t se movimento numa direção definida, partindo da análise de valor . culturais, que são, também eles sus. cetiveis de serem cientificamente ’ pesquizados e estudados,

es socioou menos sentidas exageradas pelos (lue tom aboitJado este assunto, c para uma das quais apontou Lalando na breve análise cri tica dos sentidos da palavra.

não é pro ceder com espirito e métodos sociof lógicos? Não são os juizos de valor, os valores socialmente aprovados ● dado da realidade, e não é outro dado do real o movimento que, nessa ou naquela sociedade, se processa e U Progresso, tomado absoluLamente (escre ve elej, é uma expressão muito em pregada: faz-se uma espécie de necessidade histórium

dela muitas vêzes

ca ou cósmica, al.eninas \a-x.es iim po der real (pic agi- soluc os indivíduos, uma necessidade coletiva cpic .se ma nifesta nas transformações das so ciedades. Mas a dificuldade- está cm dar um conteúdo pi.-ciso a esta f<>rinula ou, |)or outras palavras, em determinar a direção e o sentido des se movimento. *Ni’>s pensamo.s que dcvemu.s fixar-m-.s na definição formal ([Ue é dada acdma. sc-m proeurar uma definição c-xpiicativa, rc-si iniiulo os caracteres comuns dc- tudo aquilo

cuja realizaçao <- cominm-nte consi derado como um piogre-sso.”

nuiK-iamos. para cxpi-imi-la, às teo rias (ii‘ iM.‘rfc-rtil'ili«la(k‘ luiniana, cen tradas na crença da unitlade íundiinu-ntal do esjiirilo e kaseadas quer m» ai'erfeiçoamcnto do espirito luiniaiui 11. omlonot,). tpier na evolução hiologica (Sponcer), como às teorias ● diveisas dc jirogrosso coiUinuo e imloíinido ilas soeiedailes numa uni-

c-a direção. São todos esses, caminhos (pic, longe do nos levarem à solução do problema, dela tendem n desviarnos jmra cc.ncepções filosóficas e cxira-eientíficas do ]trogresso. Sem a liretensão de percorrermos o unico caminho seguro, é certo que esforçamos por dar, escolhendo um entre outros, numa contribuição ao esclarecimento de um jn-oblema, tan tas vezes abandonado quantas vêzes posto em termos diferentes. Pois, em termos exatos, é preciso procu rar critérios que nos permitam desa })alavra dos elementos sub-

Oliservações cc-rlamcnte lúcidas cprecisas. Não é, porém, nesses ter mos em (pie ●'progrc-.s.so ” já é toma do absoUitanu-ntc, (pie se tem de colocar a cpiestão se se pretende examina-la segundo uma iiersiiectiva sociológica. Poi.s, sendo, ou jiodeiulo seus ser, como observa Lalaiule, "uma ne cessidade coletiva (pie se manifesta iia.s transformações das sociedades”, não basta reconhecer esse fato cm si (piamlo se prucura dar um e tão tória nos pojar jetivos que a tornam suspeita do j)onto de vista sociológico e, portan to, científico. Em uma breve hisda idéia de progresso e tendo conta a complexidade dessa nodc ção, Kené Hubert, propõe uma de finição iirovisória, mesmo, conteúdo c-onceptual objetivo, exato quanto possível, u palavra . Sc tivemos o cuidado pro- em gresso citar na integra o trecho de I.alande, foi para deixar claro que, con cordando com sua análise critica, nos em que entram, entanto, dois desses elementos. Todo progresso (conclui ele) a) uma mudança, um vir no su- (í afastamos dc sua conclusão. Na ten de lhe (lar um conteúdo ci entifico, tanto nos recusamos a for mular a noção de progresso, na base exclusiva da idéia de histórica ou de “necessidade colelimani festa nas transFora l)üc: ser; b) uma orientação, uma direção, isto é, uma intencionalklade; c) uma aspiração para melhor, o que mr●● necessidade plica um juizo de valor.” (4) Ora é precisameute dos elementos b) e c) que se tem de erradicar, para tativa va, que sc mações das sociedades”, quanto re-

3) A. Lalande — Vocabulaire téchnique

©1 critique de Philosophie. Librairie Félix Alcan. Paris, 1938.

4) René Hubert — Hisloire de 1'idée de progrès. in La notion de progrès devant la Science acluelle. Exposés, Sixieme Semaine Internationale de Synthèse. Paris, Librairie Felix Alcan, 1938.

tirarmos o carater relativo, jjciçào de progresso, em que â idéia de "movimento para diante em uma direção determinada cessariamente ligadas a de evolução para melhor como se afirma na citada defini ção.

não estão nee a intencienalidade,

tos culturais no domínio seniido .'●«M-i<-dadc, entranx 5 ●iiitiira, i|uer no s«-j restrito ' ;irt istico, literário. cientiíií‘(» e t<'etiii'o), cjuer em uoxa de suas manifesiav"»'-'^ e<jmpreendidas na atepção anti'o{M'l<>;4Í<-a, muito am pla, (jue a pa!a\ra tomou. I*ois, cullurjí, C-OHJO s(! saln-. <● uma noção polimóifica e, emiiora ic-nlia tomado acepção div<-r.sas. -.is-.^umiu na antro pologia, um .sentido, larg;inu*nte com preensivo, al)rangendo as idéias, ins tituições, r<;;ili/.açõcs humanas, ma teriais ou não materiais. .Mas, come vamos iniciar no.ssa amilise pelo desenvolvimento ciiliural, jKirticularmente cienlífic-o c* Li'-c-niro, e, portanto num doininio m.ai.s limitado cia cultuda n da

arecem-me exatas, sim, as obser^Çoes com que em breves palavras, enri Berr definiu seu ponto à margem dos debates travavos sobre de a noção de progresso em lace (ia ciência atual. A noção de Progresso, — na qual se erra em misurar elementos muito diversos. — impõe-se u ao espirito, se nos limitarconstatar o desenvolvimento mos a consciência e o acréscimo do po- ■P, ^ hamem sobre as cousas. Mas, í ão as relações desse po- ^ 1* e da felicidade põem um proble- ‘«a que não pode J almente f aliás util

í parte, salvo evolução da

Senão ão a ► ' com 0 progresso huma^ hipóteses filosóficas”. . (o) Isto posto, e aceitas essas resalvas, começaremos por examinar o , que pode justificar positiva de progresso 1 7i uma concepção na sociedade, ' considerada em suas realizações e ^ seus aspectos culturais como i + ^ . na es¬ trutura e na dinamica social. Quando Henri Berr fala

I“em acréscimo do poder do homem sobre as cousas” e e aspee- nos referimos a realizações

f 5) La noiion de prcgrèa devani la Scien ce aciuelle. Exposés. Sixieme Semaine rnternationale de Synthòse. Henri Bérr — Avaní-propos. Librairie Félix Alcan, Paris, 1938.

É um fato })osÍtivü cpie a ciência, a técnica e o desenvolvimento cultu ral constituem (]uanti(latles determi nadas e mensuráveis o (pie os conhe cimentos crescem não somente em voíU.me mas t£.(mbém em \'.ariedladc, em alcance mensurável pelas suas consGíjuências, sociais, econômicas o políticas) e em poder de expansão. Tome-se, por exemplo, a teoria de "projeção espontânea”, de Louis Weber, que, analisando o desenvolvi mento das invenções, as distingue em tres espeeies: 1) as que aumentam o poder das mãos (ferramentas); 2) de ser resolvido atupor um ato de fé, progresso. De outra no que concerne u vida, , , . _ natureza, no estado f f ^ ciência, não pode compor- . tar ligação no senão

ra, é do maior interesse ter presento.s a duj)la observação de Ortega y (.'asset a respeito de aumento cresccmte do volume de (-(ínhecimentos e (lo não desenvohimento da capacida de de apremiixagem do lioniem, e o fato de (pie a evolução cientifica e técnica tran.sformou não o liomem biológico mas o conjunto l.)io-mecânico con.stitiiido pelo homem c pelos instimmentos de (lue se utiliza no seu ambiente socio-cultural.

até eiuào exclusivos do ho- ●der defensivo pnos c‘ mem. As duas primedras rovoluções maream uma esiiéeie de dcsvalorizaeecnômiea da força nuiseular, e as (pic aumentam <> p' dos sentidos tinstnimentos i ; :-n c* o e as (iiie facilitam a extração e d:i m;iti‘ria (maipiias çao esta transfoi-maçoc s no-falin‘a) e o di-sloeanumto no esvcieiilos). Ora. o

to(las essas espeeies tle

desvalorização uma de cujas é o desaparecimento reclamam faouldaúllima uma ec‘rebi'al e ))lan(' no paço (m:;(|vmas. piogrcsso invenção, o (pm ção, seleção isuseetivcd <le analises ipialitat ivas e i‘onsei|iU'neias de emproros ejue. des intelectuais, certos ramos Idlidaile, de de 1 si‘ l;i7. por aeunuraaperfcdçoanuMito. embora menores: de trabalho, de contaestatistica. de cálculo se tornarão domínio reservadas às máquinas, exemido, :t máipiina Beseletrônico) e a lUavk e (luantitativas. véz maior <le exatidão. Se eonsidei-aratentamente cada com um ngor de numeneo, atividades como. ]>or sie 111. já ultrapassadas por outras mais aperfeiçoadas. desenvolvimento o mos (ias ciências jíosiíivas i-omo (lemas de e de suas eompiistas (» das técnicas mo- (cérebro de trans))orle. léeprodrçao. de comunicação proveiiiontes parece «pie. como já obRobert Wiener, estamos d(* uma terceira revolução inV reci-eaçao das deseoliertas um pois. aqm definir o proda ciência e "a acumulação de materiais e de conhecimen-' .fá oncontixunos. critério objetivo par:i nicas científicas. grosso (jiu', nas esieras da técnica, será no servou começo dustriai, não .se produziu máquina u vapor boníferas, nas só comparavcl à com n descoberta o das jazidas carultima décadas do séUíiuisiçao experimcntalmente conip ^jvados, Se o i)rogresso, que da tos de uma cultura, domínio, se realiza por acumudc deseolxnias ilienlificas e utilizações na prática e, por¬

Inglaterra, o à ([uo culo XVIII resultou, no século XIX com a descodu eletricidade, dos combustina borta veis líquidos e dos motores do oxidotambém, certamenle, mui- mento e .sao, como to mais importante, sob todos aspectos, do que as duas anteriores. Esta revolução provém tanto da des coberta da energia atômica (é a era inaugura) quanto, lembra Robert Valléc, das aplidelas por um alto de refinamento, é evidente que aperfeiçoamento proseleção de técnicas os

nesse laç«ão suas tanto, de invenções; se essas são suscetíveis (Ic constante aperfeiçoase SC processa a seleção gráu cada vêz mais

acumulação de gressivo e toda ordem constituem niveis de qua lidade e quantidades determinadas c dados rigorosamente atômica que se como mensuráveis, objetivos. A noção de progresso, que movimento numa direção deneste caso, de da cibernética: enquanto rovoluções industrida introdução método.s mais cômodos dc obtenção de energia (mecânica, elétrica, etc.), tom uma dc suas origens as caçoes (luas primeiras ais resultaram é " um finida”, despoja-sG, elementos subjetivos que são os va lores: é uma noção científica. dos É O a terceira na.s tram agora na tiea de certos processos mentais próque nitidamente percebeu, entro ou tros, Paul Valéry, em uma de suas análises finas e penetrantes, quando

faculdades novas que,se eneonrealização autoniá-

em “Propos sur le progres”, tentan do dar uma idéia positiva do chama '● progresso da consideração política ou estética, definiu 0 acréscimo muito rápido e podemos acrescentar,

que se e, eliminando tode ordem moral. progresV so como sensível” (e, mensurável) "do poder mecânico uti lizável pelos homens

ca-

resultar e ef<'livaiin-ntf it*ni resultadr» das reações <l<is ^rrupos soeiais ao .sí*u nieio natiJial e a falnres cu influéruiíiK e.\t<-riias no seu processe tle adaptaçáo a esse nieio e a noxas i-ondições eriadíis peii s contatos com culturas difer<-nt' s. Mas essas rea ções V a«la|>t;ição pínlcni ser espontâ neas, i)roduzifIas pel«) eonjunto da# forças e instituições

c o de precit sáo que ‘eles f/cdem atingir suas previsões. um eoncorretr. qili' Um número de valos-vapor, um número de decimais ^ verificáveis, eis indices que não se pode duvidar tenham grandemente I aumentado desde um século. (d) [ Se há um acréscimo de conhecimen tos, do poder ou domínio do homem ' sobre

I)ura o <lesí*n\'«>lvinieiu<» «ias socieda des, como po«l«-rn tenciemais, e eficazes se m>s Ijasejulos na < ii ncia e quando (-steja esta de orienta-las ou de direção. I'or outj-as palavras, a rc^vrranização, a <liseij)lina «● o controle racionais dos nioviimntos e das rea ções coletivas marcam um progresso real, objetivo, j)el;i .aplicação dos co nhecimentos soc-iol<')gicos. econômicos

rioçâo objetiva de dos problemas C’omto o polítieo.s à solução sociais. I‘’oi Augusf«‘ mo.strou, de uni lado, ‘ a lendêiieia da ordem natural

SO. Mas, mentos, da se, que cada facil de- (>ni loi iiar-se véz mais inotlificavel à medida que se complica” (como é o caso da rea lidade social que, sendo mais comple xa, e, por isso mesmo, mais plás tica e maleaved tiiie (imilfpior outra), e, de outro lado, e om consequência, "a possibilidade ea<ia vêz maior de o homem conduzir pela eiôneia a so ciedade ou de modificar e orientares

Encaremos agora a esse outro aspecto V samente, vejamos fiaesíão mais seb ou. preci0 que se entende , ou se pode entender p„r social. 0 desenvolvimento e o enri quecimento da experiência humana nessa ou naquela sociedade, ne.sse oii naquele tipo de civilização, podem

í Cj Paul Valéry — PropoD sur lo progres in "Pièces sur l'ari‘. pg. m. Gallimard' 1. 47e éíjition, Paris.

Iser provoí adas, inscTao Miais KÍpidas e ílirig^iíl.Ms segundo plísoeial. onde em condlçõe# influir na sua li Ki a natureza e de precisão nas previsões (científicas, como as I. fÍBicas. b!olÓKÍc-a.s. è. sociais ou políticas) esta- If;; tnos em face de um progresso cien- ■ Wicaraente determinavel de uma G, portanto, - progresna esfera de conhecíciência e da técnica õ como se vê, relativamentc / f;n.r em termos científicos a norão de progresso, aliviando-a dei Sdã ■ a carga de juisos de valor, pergun- ) ta-se como atingir precisão, igual ou : no dominio dos fatos e . problemas sociais?

movimentos sociais pela «lireção dclilierada de uma ativitiade do -.cor(lo com as leis naturais.” iCssas dmm conclusões de Comtc sobro a tendên cia da ordem mais modifieavcl à medida c|iio complica e sobri' a ))ossibilldade do se intervir jiela eiêm-ia na realida de social e de dar aos problemas enatural a so tornai SC

(la sucieilatlo. de acordo com íis leis natin^ais lui. se preferirem, dc acoret»nclusões ou os resuUa-

piTsp«“ct ivas clalxiração de progresso «● se admitirmos a posstctmstanío das uma noça<* social.

de novas situações soei- mergenles solução racional fuu<la«la na fatos e na laddexão ais unui ob.se rvação sobre eles, abrem fornecem elementos ã cientifica d«) com as dos lilanejadas com conduzidas. ía«los ile pestinisas rigor e metodicamente .■Vssim. pois. liilidade de progre.<so ciências si>ciais e Inimanas e de ai'lieonliecMUentos sociol«>giios

De fato. eonio o polo conbei'i;n«‘Uto dominar a

homem cis ('«msegiun nat m ais. Si‘U i-ação de c antro}iol<>gicos pai-a o eontn>le direção dos movimentos e solução dos sociais, temos de aceitar «Ias e 1. a nati.r«-/a admite-se po-'a V (pu- p«.ssa c«mc«mheei- serviço, tribuir catia prolílemas também a de uma noção de progresse misturem

véz niais pelo «la Vida s«H-ial. as forças sm-iais, eonoii, ao menos, ponderável nas diversas par da «‘volução somento do mecanismo para dominar trola-las e so social em ipie na«> juizos de valor a Juizo.s de roaliiladade. Vma palavra. ])lo, "progresso”. ])elo «lue sôa aos gem corrente mas jielos sentidos que ou podem variar grupos ]irofissionais diferenl' s campos cientificos, dirigi-las infliiêiuia seja. por exernnão vale apenas ouvidos, nn lingnaR«>- exercer bre elas e intervir tes do inoviincnilo «■

As leis naturais às (piais esse ef«‘ito. snbmenos desviarem de mocial. movimento assumo o variam conformo os ou os cstii. coin tido, longo de difica-lo sem cessar, devem, ao eonservir-nos iiara apli«‘ur mo inais segurança nossa dc direção e reconstruKoi esse problema (lue altordou Karl Mann-

(pie penetrou. K |>reciso, iiois, SC chegar a uma eonelusâo so as relações entro a a palavra: conformo o om trário Ihor ou eom atividade” ção social entre outros heini, em Zeit”,

jiara Ç gura, examinar itlóia 0 lindo que Ibo atribiiimos ou a idéia ela ou i)or ela so pretendo sentido cienso¬ Diagnosis unseror om cpie estuda a ■‘t-H-ni a soutilizada polas ditaduras o pe¬ que eom traduzir, ela terã um oxtia-científico pelos .iuido valor que implica cm acepdeterminadas. 0 que importa, ando empregamos tal ou qual torprogresso”. em lingua-

ora des)-)ojados vai ivas.

Dias. iirosseguimlo em nossa aná lise, tomamos a John Dewey a oba base

●●Zur iífico ou ciai la propaganda política o a possibili dade de empregai essa técnica social em um plano de coordenação iiue resilifcrcnças individuais c não zos çoos qu (í como científica. 6 o sentido que lhe mo, jieite as sujirima a ciai consistiría lilierdade. O progresso sopois, ni.in aumento do poiler (social) utiligcni atribuimos, isto é. um conteúdo conelnramente definido. É o ccptual, que se dá com a ou acréscimo zavel pelos homens e dc precisão que atingir em suas provisões, econômicas e políticas, ou. aumento da capacidade e humanas sobre « palavra "progres0 vocábulo " Gvolu- 50 ”, (lUG, como 0 tantos outros, sc emprega em ora carregados de conotações vrdo)iossam sociais, ainda, no da eficiência (lo conhecimento da viila social, om seu dinamismo, em seus processos, na direção, modificação e reconstrução çao sentidos diferentes.

servação de que o processo, afinal,, consiste num "aumento de si^ificado e alcance da experiência hu mana”, — o que envolve uma multi plicação de distinções percebidas mo também harmonia e unificação. Assim, pois, a) a conversão da dade em variedade (enriquecimento de formas), b) a da luta em harmo nia, e c) a da limitação em expancritérios objetivos, fáceis de aplicar e oferecem elemen tos para pesquisa e verificação progresso em determinadas direçõe.s que se podem constatar dentro dos quadros de uma cultura ou de uma forma de civilização. Um pode investigar sobre tos ou processos de diversificação, de unificação ou de expansão, concluir em que direção ou veito de que cultura

co- o paganismo '● í}Ue abriam cismas »● vi(!i-Io. a reliçi.ão no\a.

Kssa C(jnversã(» »la nnidailc c*m va riedade. da lui.i cm hanumia, esse ■‘aumento de signifit julo e alcance da í ● Idc: são, constituem «■ni de sociólogo esses tres fae

religião rvsiritn a .In<jria, se difun diu por todo o ocidontr europeu (convcr.síuj df limiiavÓK» cm e.vpansâo). lutando aló- alcançar t;ni<la<le contra Ii.ss<-sõos internas pi t)curavam di( vpaiísao c unificação da < m scu espirito e ea constituem um i religião), que icnr.os concre<f>n.sct!uências são gualmcntc susces(iciob')gicas, tão < icm ificas, (juanto o tiisl<')rÍcos refe-

uni- ) rit<ts seus Mogmas I'rogr<'SS(* lí-.al se pofltr definir tos e <-ujus <-aus.as c sücio-culturais tiveis tle anãilises 1 igorosamente permitam t>s dados lentes ã tpicsião.

em pro se manifestam, sem entrar na apreciação do.s movimentos socio-culturais segundo pontos de vista filosóficas. Nada

U mar,

ssus as ou suas concepções impede aliás afir_ sobre um ponto preciso e em função de um critério definido palavras são de Claude Lévi-Strauss) a superioridade particular de cultura sobre a outra exemplo, no século XIX meços deste, a superioridade cientí fica e técnica do ocidente eou 0 planeta e tomou uma civilização mundial. Não ' „ juízo de valor em uma afirmação de um fato, como e.sse, verificável dados estatísticos e

oxperiéncia humana", mxsse ou na quele .setor, ncKsa ou naíjuela dire ção, — na direção (pie tomaram, por exemjilo, a idóda de lilierdade e in.stituições democr;Uic-as, (*ni Atenas, ou na da jiredominãneia do coletivo soltre o individual, da ordem e disciprogressos, em (pie se podem segun<lo

(as plína, em Esparta, suo sentidos diferentes, constatar e aníilisar. per.spectiva soeiobVr ica.

uma como por e nos couma científica, sem se entrar na a]n-cc-iagão desses fatos segundo determinados esque mas de valores. Poderá um liberal que unificoncebível democrata, dentro de sua concepção de vida, rcconliecer uma evolução pro tótipo do todas as sociedade.s livres (nas palavras de Adiai Stevenson), e cuja glória reside no fato de tei*, pe la espontânea vontade dos cidadãos, suplantado o poder da Pérs‘a e .sii))Grado, pelo seu pró)>i'jo 'pensa mento, a disciplina férrea doa espar tanos”. A grande oração fúnebre de bá U para melhor”, cm Atenas, (( por que podemos examinar em seus elementos objetivos sem qualquer indagação de ordem filosófica ou moral. Quando tianismo atingiu a Europa, entrou, vindo do Oriente Próximo, pelos povos mediterrâneos, e, 0 crisem que de

modo im-xooili-

Aii-nas o d«.‘ p.arliripur. a ira vós do .lo Púricles traduz, vel, os ideais *iuo que vieram a séculos, cidatlõos do Lodas as paliias:

■■Admitimos lod().s i-m nossa cidaiio o

bojo om proveito uoiOontal Contendida pai 000 oporar-sc da oivilizavfiü soniitlo muito largo) e das idcias

cm

evolução ue

('0 e de i)rogrosso. l-artindo da observação do falo das

diferenças culturais de um para oude uma civilização estabelecer as caunàü expulsamos esirangeiros por me do tle <iue eles pudessem ver demais na guerra. ci>nfiaau)s em i- coragem c nao en\ estratagemas e preparativos. Os nospreparain-se para a a treinamento adoiesceiu-ia; vivepa-

duzem mutações também mutações culturais" e que não ó conti- progresso, portanto, lambem não é linear, isto 0 que reso mas iKU) somos meenfreiilar i)erigo'.«. mas sem exibi-

iro povo ou ra outra, j)rociira sas dessas porque, nossa bravura diversidaiies. Mi-sira que delas estão as mudanças lui de cultura, pois, assim como se probiolügicas, exisic... sos inimigos gucri a, sul)melendo-se intenso desde a mos à vontade, nos confiantes ao as artes,

luio como 6, somente numa direção, ta a explicar é bruscas mudanças portiue certas culturas puderam, em certas direções, ii' mais longe do que certamente da .\mamos cionismo suntuoso, c amanuis as cou- ü que provoca essas do orientação e sas do espirito, brandos. sem nos tornarmos jielo preferirão Outros ã ordem e ã disciplina, os .seu amor ideais para (lUe gundo os <iuais se oiganizou a vida

Elas proveem outras, capacidade inventiva do homem, que constante na históse orientou e sepermanece quase ria e não é, em Ao jiurem, sociulogo, esitartami. compete analisar ulijetivamenie esses ou movimento.s parti diunmuiuela direção, os í'atodo caso, apanágio tle nenhuma cul- tle nenluimu raça o 0 mesmo progressos te nessa ou tores externos problema se poe, e lura. é então do se saber porque essa cadetermina nuitaç'es e internos ipie as suas contribuições noutro sentido e suas conse-

ÜS pacidado não culturais importantes senão em certos lugares. A provocaram, num üu certos períodos e resposta achar a oni quéncias. de Lévi-Strauss consiste em todas as sovariedade de seus setoespirituais, intelectuou itolíticos, vivem

Como quer (lue seja ciedades, na condição do progresso, diferenciação das cula um tempo, na turas e em seus res, religiosos, ais, econômicos duplo processo de diferenciação

E aqui tocamos num contactos ou, por oucLiltura progri- tras palavras, que de quando ela aumenta e intensifica contatos, de qualquer natureza outras. Assim, o sua esse c unificação. j)onto essencial para a compreensão do que é j)rogresso condições da produção desse fenôme no, Em seu estudo " Race et Ilistoirc”, em que propõe a racistas, detem-se ele na análise da significação histórica da diversidade das culturas e da unificação seus que sejam, com do Ocidente prende-se ao fato no começo da e das causas e cesso de que a Europa, Claude Lévi-Strauss se combater os preconceitos

Race et His-

7) Claude Lévi-Strauss — Étude ccrite sur la demande de tolre. runesco. F'aris, 1952. Cír, L’Express. 22 Avril 1955. N.o 100. Paris. que

Renascença, era o lugar de encontro e íusão das influências as mais di versas”. Quando ele contesta a pre tensa superioridade moral da Euro pa, não deixa de mostrar logo cjue essa ética é um outro exemplo do contato das civilizações, pois ela foi marcada pelo Oriente

tributária por

ou mais exa¬ tamente pela Judéa, sua vêz da Babilônia e do Egito.

Em um artigo em que faz a críti ca dessa tese e ao qual respondeu

Lévi-Strauss em “Temps Modernos”, (n.o de Março de 1952), Roger Cai.- lois apresenta seu ponto de vista pa ra explicar as. mudanças culturais, que 0 grande antropólogo francês li ga, com toda a razão, à diferencia ção das culturas

São duas teses inos a

SC opôe Rogvr Ji«da <ii\Oisiihulo tias CJ.-

gresso a íjiicí'aillois I, turas e .si*as ml lin-in ias reciprocas.* Eis a sua c<mc!u.sao; ' a c.xelusiva fatalickuic, a uni«a lara «jue jicde atl:gir um grujH' himi.-mo c o impede df realizar ])l« iKim« nic sua natureza, < a de estai' (ou <1«- scrj só. A diversi dade é uni lato

ci.itiza.ao a <]nc a unitiade.** 0 suiTimc .1 diversidadí diversidade em unidamesmo litub progresso (conver.são da de ou da luta em versidade «pu- lhe «●, disiiensavel. tanto, a si mesmo e tomar sua marciia diversificaç«'K-s. das condiçíA-s juiia progresso, em uma ou naquela direção, c-sta, gundo Lévi-Sti aiiHs, das culturas e di- harnionia), — no entanto, mesteriliza, pornão j)(/dena rtsenão iior novas

A condição ou uir.i (ji:c se realize o .sociedade, nessa pois, na diversidade KU- se e a seus contatos. que se opõem. Já vi de Lévi-Strauss. Qual a de Caillois? Segundo deste, se- agora, a concepção 1 t cultura progride inde pendentemente das tuüe dos dons

possui, e ela os tem. culturas é bem o culturas, e cuja é precisameiile ria c fecunda homens ou das sociidades o do sua? culturas resiioctivas. o (|ue torna nocessados ^ que leva van- colaijoraçao a u sobre si mes-

em .seii.s contatos OJ nas contribuiçíões que uma socieda de recebe de fora, ist«j é, de ou ra' «li ^ «Tsitlade inicial outras, em virque ela sem que se saiba donde A diversidade das fato primeiro. Mas tagem, assim íecbad ma, nas competições de fato que as opoem umas às outras, não deve seu sucesso senão às suas qualidades próprias ” Essas afirma«;ões de Ro ger Caillois, que atribui de uma cultura aos dons

o.s nao dever ela seus progressos senão às suas quali clades próprias, são vagas e impreci sas demais para as admitirmos mo científicas. Entra-.se copor elas num mundo de divagações metafísi cas. A verdade parece-me estar Lévi-Strauss, quando explica com 0 pro-

Em todo caso, como Smets, ao estudar estagnação e de regressão, so modificar os U o progresso que ela ,pos sui e sem que se saiba donde ela fem, acrescentando

G. ol>serva os fenômenos do é preciternios do prcblema" (refere — ao jiroblema de evo lução social que lioje se jjõe de mo do muito diferente daquele em qU- < o colocava o século XIX). "Será preciso (acrescenta) pergunta-nos ss 0 progresso ó ma.s normal que a estagnação. É necessário admitir que ele deve ser explicado ao mesmo títu lo que esta. Uma teoria do progresso impõe-se, e dela se poderíam eneon-

^●ao, soguiais v prC‘Hiu>5^, racional da prc.ilusão ralivos cl:is classes tlidas ctnuia a movimentos do monti>s íiar os olcmoinos peiíSaUül’. i>l;;amos que iu lem uma msioria que pria: (lUe a ucumulaçau di>s conncc.meiuos luimanos um oin mais

por SI su Ua nistoria «l«)s pntgr admilir que cie resmuas riqfiuras «ie e ,u.cqiiuiiuio na«* se resgraças

1 ugulamcniavão

da. cmigiuorgamzaçào

I aua pi <'.c,rcsliic c jU'o- , grupos corpoindusiriais, meflutuaçàü dos preços, junsdijUo «Ia t. «nita nao nos pacilislas, iiUcrnacK>nai, socictlmlc «Ias Xaçocs. 1‘] possivcl ipi».* imssas sociedades eseapem seinine à estagnação; prtidii/.isse o e«.nirario, nao sctenomeno que teria titodas as civiliza-

iiuíusirial essos; que e precist) la das cnscs, librio, e «pie o tauelece seium mas as nivimçiKS ou «la tccnicu se se ria senão um clu técnica social. l’odcra, pois, liaver e.stagnaç..o ri-sialjeleciilu o do precedente em atualmente estagnamos.” çi>e.s d«:sde que, equilíbrio, de eipiiiilirio.” 'lalvc/ estugnaçao de bmets) ■'se «luamlo o diferenciação e

uma vez nao haja novas rupturas A esta altura jã se torna mais lacil compreemler a «listinção essencial ou a pausii le.slas paiavias são ainda torne mcn«)s provável social 0 progresso, evolução social ipie é dinâmica «Ias sociedaentre mudança Ue fato, a remjmoiu) de u.n mais i'lcva«l«>; pois ciUã«) mais aevUtuüíla e a transm.ssãt) das técnicas a um teiui)«) n.ais nive e

Iransiormaçãü ou s«!‘i*io de estrutura social base das quais se acha a mu das relações econômicas ou de dos bens materiais, não é des, transformações uma a da e na dança tradições e das abundantes e menos homogtjnea; gruprodução progresso em si mesmo. Ela prosim, oportunidades para distintos .se formam: esialam Iios conflitos; as crises sao mais frequen tes e mais violentas. Sena o momento de lalar do papel das ciasses «lesprezadas que têm K>do muitas vêzes uma das moias ilo progresso, fontumecaiiismos de parada exis-

um 0 porciona, progresso, com a emergência de iu’0- e necessidade de en- blemas novos frenta-los. Toda de transformação social suscita e ordem economica c põe problemas que desafiam a argú cia dos homens e do cuja ’ _ '

(lo, os tem entre nos como entre os primitiSem tluvida, nossos paises estão saido do perloilü de < VÜS continuidade o os pro- dependem a ●ossos de uma sociedade, em tal ou qual direção. Ao lado, pois, do fiveo se verifica pela simples sociedade mais longe de terem transformações rápidas, o «lual comeséculos. A acumulação gi çou há alguns de conhecimentos técnicos e a aiiiic. imediata das descobertas eien..aumento de população, con modificaclasses sodo que nao substituição de uma içao estacionária por uma so¬ ou. menos iicas, rCncia industrial intensa, ções da composição das relações entre elas, conacarretandú menos estacionária ciedade mais ou sociedade dinâmica, segun- por uma ciais e das riitos entre transformações políticas os povos

8) G. Smels — Sociologi<j des Primiíifs, L(ís causes de slagnaiion el de regres, in “Les origines de la soci«í'l«c”. Exposés. Semaino Internationale de Fascicule, Libvairie profundas.

Percebem-se todavia indícios de um esforço consciente para a ordem e estabilidade: controle dos nasciDeuxiòme Synthèse. Premier Félix Alcan. Paris. a

do observa John Dewey, está o fato de que essa substituição oferece ocasião de progresso e é mesmo condição quando não é seu efeito ou consequência. Assim, quando obser vamos

t i‘:insf<n‘inação sóckr● jiic h;ij;i intcrferencti {danc.iada. na oricntaçlo movimento sociaL Se produzam <letermina-

ação (le¬ do uma (

Kiiltar cte uma cultural sem sua intencií»nal, de mudança <>ti Dé.s<le íjUt* ^com Durkheim que a difc- da.s comliçõfs, <-i.mo sejam cs con- renciação, produzindo a complica- tatos de c-uliiiras diferentes e suas çao social e o entre-cruzamento dos mutuas iníluém ias, mudanças econè- círculos sociais, liberta o indivíduo micas <■ sociais, ha si-mpre possibique, nas palavras de A. Cuvillier, lidade.s e jn-rspect i\as a examinar de eixa de ser então o homem de pioírressíj .social m-ssa (»u na<]uela di- um só grupo e ao qual, achando-se reção. Nã<» na «lirc-çao que quisesse- ai por diante no ponto de cruza- mos ou seria de desejar, sogund.' mento dos grupos, a diversidade pontos de visl.a j)art ieidares, mas nr mesma cios seus liames confere mais direção para que encaminha esta originalidade, mais variedade e mais marcha para diante dentro do pro- in e, portanto, ma*s per- ce.s.so de evoluçãc» de uma sociedade ^ de un.a forma <le ci\ilização. Ê sa 1 erenciação social não é em um progresso «jiie se realiza sem o progresso mas uma procurarm«;s. «-m virtudi» (.it sob a noT-c da pressão de forças coletivas que co- orieimíVi ^ uirana, pola maior operam no desenvol\ iniento das so- adfiiiíro'/f ^ que ciedades. Mas, sc* o i>rogresso social meio socia/^ relação ao se rc;aliza, como se vé, espontanca- sociedflflp Precisamente à mente, sem que haja }>lano precon- tacão do inri^^i ^ cehido para provocar ou disciplinar cíedade trloba^* movimentos e mudanças sociais, pode p n mimont j’ ^ díversificação ele também result.ar. dentro de con- cia coSuem ‘'‘= dicOca favo. áv.-i., c ●● 1 poderoso de liberada .s(»l>re essas mudanças o mo- /.nn«5dí»rflr ^ Podcm mc-smo viinentos. Se, pelo progresso dn ciên- Íívo nn sgh/TíI obje- <-ia, chegarmos a adquirir capurar viflii'!!” í!« . ^'Ijerdado indi- uma arte ou técnica social, consti- finihi hiimor». du peisonalí- tiiida de jjrocessos ojieratórios adenéd f ^ idéia quados a conjunturas diferentes, que |iio nós fazemos de.ssa üh^rrioa i ● i - ^ . _ I 1 uoerctade, do nos permitam mlervcmçoes seguras bem ou do mal que possa renr^cGní.» g- ● . , representar e eficazes nas muoun;as sociais e ^ ri 'r ^^4.- concep- nes efeitos ou movimentos lesultan- çao fllosof.ca, poht.ca ou moral. tes de contatos do cultiu-as, o em- progresso, pois, não se confun- prêgo do.ssas técnicas nos fornecerá e com mu ança social, que não é os meios não somento de acelerar um progresso em si mesma, mas uma a marcha para o iirogrcsso mas de condição para que se realize, senão orienta-’a cm determinadas direções, frequentemente uma de suas conse- É então e também progresso social, quências. Ele pode, por certo, re- em tal ou qual sentido todo niovi-

iiupclitlo e e.n

cientificas. rcnôimm(*s ]'ruccssi‘. açãn t ''cnicas siici:ns c mento (pio se orientado pela bases e seumah» sobre imulanças de acultin ifão. Preeurseuis dclii)t‘i ada.

seria '■ um alcance cultural significado e asiiectos positivos) »la cxpiTién- icm i'or «ondiçao seus cia pres lUc . transformações div(rsos pido

Sc

Durkheim. Émilc Rousseau. fliapUre fie. Il»ã3. Ferriòro. Ad. biologic ct cn scciologio.

Monlesquiou ct de lo Sociologle. III. Librairic Mareei Fúvièro ct

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e.Konmc- SOCKUS, as nivids c setores da cons denl ● -se nes vida social, aplicado à solução blcmas ou pchi dirc uo maitir liomc.n possa dar dc iberanuidanças, tradue contro-

nor (iiie o (lamente a zindo o sentido c*ssas real delas dos falos pcU) imrov rciKinuMU.s (‘con-)-

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Uma América Latina em mudança num mundo em mudança

J. A. |>K .Ajiauiíj íAsih.-

^NTES de mais nada, desejo agra decer-vos 0 vosso convite generoe esta oportunidade de dirigir-me ^ à Inter American Bar Associatíon, instituição que tem prestado r notáveis serviços f cooperação melhor e mais íntima tre os juristas e os advogados das ti Américas.

(Tradução da Almar Hanault) so

tao à causa de uma en-

O <lisrursi> fjm uf, rrri utos üOS llOSSO* Iritorcs (■ ju ra untai i l p'l<i siui forma, pclti .sa^ürifladr <hi atuilisf. pcla rxrtf*

Iciirin (Ia ari^tiiiii nltu ejii. Foi jyrimuncia' (lo paio Sriiltnr J. ,\. do Araújo Cüiin\

coincidência venerada por sempre, mopara reflee projeção no

Considero auspiciosa coincidir a minha pre.sença entre vós com as celebraçfes do dia de Colombo, data todos nós e, hoje como mento muito apropriado xões sobre o passado futuro.

0 tema num Mundo em MuTnfi-r,« -\jr , “Uma América Lataa ™ Mudança num Mundo em Mudança”. Sao dinâmicos veis ambos os termos da equação e seria vao e sem propósito tentar imobilizar qualquer dos dois amor à clareza ’

Kmhaixador do Brasil rm Wasliinglon, fwia da\ mais (dia figuras da diploma' ria ( uuirmporàwd, a 12 da oíduhro dc 19TJ, na Inlar Amrriraii liar Associatíon. r transí rito nos anais da (.'asa dos /hprasciUantas dos- Fslados (hiidos. omle foi lido pelo Drpulado !■'. Jiradfonl Morse.

Peço-vos licença vós brevemente sobre América Latina dança para dirigir-me a por out)'a. Aqüolos <pu* .são adep os da siniplicidado c* <io oxeos.so de ge neralização devem abainlonar o as sunto América f.atina. JNu- mais tenazmento f{Uo Icntcds, não sereis ca pazes de tornar o caso da América Latina um casí) simples c dc linhas definidas, ■ftste verão dc Washington em que temo.s vivido podo aímla ser registrado na história corno o Ve rão (lil 'Jhansição, iioniuo foi um verão no qual muitos dogmas foram destruídos completainente ou se dissi param: dogmas políticos, dog-inas di plomáticos, dogmas Dnaneeiros, dog mas monetários. Julho o agôsto po dem ter sido pouco mais do quo ajustamento a realidades, mas nada mais ))róprio do (|ue nos esforçarmos por definir, idenlificni- e caracterizar as realidades da nossa situação pre-

A ou, antes r e mutápor . _ ou num esforço do simphficaçao. Os fenomen políticos nunca são _ os so:iaÍ3 e Simples, por mais vigorosamente que estejamos didos de que u porsiiíitomplQxidadc é in- tclu.uvd liara o espírito humano 0 mumlo esta longe de ser simple.s neste nosso tempo e a América La tina é, por il quaisquer padrões, a quintessência da complexidade, po's apre.senta um caso de eomploxidado composta dc subdesenvolvimento e agitação social agravada por um c

sente, as realidailes nas quais mos channulos a viver, du somente h;i tivs válulos 0

0 Toder é fluido e votiUil por natuiVider ainda é a vara de eslalãü pelos quais estão

SüOs raciocí- reza, e i* medir e o sendo avaliados os atos dos ho.nens e t)S atos das nat,’ões. E possível quo estijamos a entrar num período qúe yiiardará estreita semelhança com o periodo de UM5 — 1918, quo lançou' periüdo de após-i;uerra abandonar. nios e suposições ou quatro meses nao sao fonim substituídos i>ela ló^iea, pelo violência dos acon- impacto ou pela teciincntos. As novas políticas anunileter- ciadas em julho e afjfósto não as bases ilo somente consequências P-’economicas de longo al cance. Trecipitarão, em verdade jã estão jirecipilamlo, tremendas danças, atitudes, posturas psicológicos do comportamento inter nacional. Dogmas íêm sido destruinovos dogmas sejam a impressão de vai, tudo é permissivel era de transição e o dólar nun a minarao liticas e que estamos começando a O mundo está mudando e nunca mais minha pergunta será o mesmo. K a mumodeos "Como roagiiYi u Amé- iiojo é esta: rica l^atina a tais mudanças? Kstard a América descmpauhar modelação Por U outras jialavras:

Latina preparada para papel signifieante na do mundo do futuro?” K, ainda mais "Revelará a América dos e, até tiue erigidos, jn-evalecera que algo se e admissivel nessa Talvez o mundo um vigorosamente:

Latina a vontade politiea de desem penhar um papel de tanta im))orlan- problema nao é apeproblema de poder. É, por exatamente os mcs.v.os. mais sejam Isso bem poderá ser o fim dc cia?” Porque o um 1 nas um igual, um problema de volição e um problema de determinação, acontecimentos recentes convencer-nos de que tal esta surgindo, jielas nações da período de apus-guerra que so aionalém da nunlida. além da expec- gou taüva G até além da razão, e o rea parecimento do Alguns .Japão e da AleNações Maiores, eml:o- podei iam vontade politiea assumida manha como ra não no sentido oslritamente mili tar, poderá simbolizar o fim desse período dc após-guerra. Talvez tejamos passando pelas dores parto do um mundo novo e deseje mos torná-lo um mundo de Espeianestejamos num novo csA posição

América Latina cm Buenos Aires e face das novas po líticas econômicas dos Estados Uni dos podería pio. A experiência tem revelado, po- Yüiitado politiea, ainaíirma. podo não ser

essa liando se rcin, que (Ia q um iJüVü

esno Panama cm do ser citada como exemça. Talveztádio dc pre-DumbarUüii Oaks e do estádio pre-Hretton AVoods.

I)lt;l.sTO E* *

com I

bastante quando defronta realidades duras no mundo político e no mundo monetário. Tôda a ação empreendida na UNCTAD é um exemplo que ilus tra bem a nossa afirmação. Não sei quantos dentre familiares com as iniciativas toma das pelas nações latino-americanas exceção de Cuba apenas, dentro da estrutura do item sobre o talecimento da Segrurança Internacio nal”.

For-

A redação conjunta apresenta da pelas nações latino-americanas, naquela ocasião, é o equivalente po lítico da posição assumida por aque las mesmas nações em relação a as suntos economicos e financeiros “Consenso de Vinã dei ifar” e davia, ’ no qualquer impcdirji novo progrescni <|ual(]Uer delas. Amêi-iea Latina protoessa posição comum, de alto sipificado político na história diplo mática da América Latina, foi co.n- pletamente posta à margem pela im prensa americana, publica continental da pela opinião em geral e, por — 0 que é ainda mais espanto so — pelos próprios governos haviam autorizado a aposição de su as assma uras nesse documento. Por outras palavras: as idéias muito importantes sentes, mas faltava fim que — e idéias estavam prea vontade. Po dería dizer-se que as nações da Ame rica Latina são relutantes no dar o passo crucial para sair da platéipara o palco onde o grande drama vai sendo desenrolado por um círculo de dramatis per.sonae que se vai reduzindo. Um continente inteiro num mundo que, ao cabo de contas tem apenas emeo continentes, não pode resignar-se a ser testemunha passi va da história em formação.

A Resolução latino-americana tor nou-se 0 centro e a essencia da claração sobre o Fortalecimento da la De-

Seííuraíiça Íni<‘iíiaí i«malfinalmer.*aprovada j.via .●\ss4 in})k*ia Geral25.0 .AniverH;irio. i- <ssa Declaraçic. que é o do<-um«-nJr. mais .si^iiifieat.v: produzido jx.da maranizavão desde r. assinatura da < arta ii<- São Francis co, enunciava alíruns princípios q l téni j)arliculaj- iní!iu-nc-ia na in:erta situação de hoji-. I)rsc-.io lançar C*" relevo o principio da relação intim e estreita que <'xisic entre os coc- j ceitos <le .S<qrurança Interna iònil ’ Desarmamento e I )esi*nvolvimen‘o Economicf> a tal j)oíUo (pie um proí^resao .sensível em (pialqucr d:ss*s áreas significará aljrum progresso feito cm caíla uma delas c uma es tagnação continuada em dessas áreas so significativo As nações testaram fortemente contra um P-Ocessü não disfarçado de “Congela mento do ]’od(U' Mundial*’, que tende í\ transformar a Organização numa espécie de Instituto Internacional de Tecnologia ou num capítulo ineficax da Cruz Vermelha ínternacional. Pro testaram contra a dcgraílaçHo des grandes ideais o concej^ções da Car ta. Viram a Paz <jUo oj-a <lcgi'adada a Apaziguamento e viram o desar mamento geral e comjíleto ejue se de gradava a Controle de Armas. Iden tificaram uma tendência a não tomar conhecimento dos gramles problemas de paz e de segurança internacionais G a concentrar os esforços das Na- v ções Unidas nas chamadas “no as tarefas” de Ciência e Tecnologia, População, Preservação do Ambiente, Narcóticos etc., e viram que parecia cada vez mais frequentemente, voltar uma teoria ominosa e estranha da soberania limitada que oferecia uma vos s: o

i

omboi'a an■■ es-

justificação conveniente tiquada do estabelecimento de feras de influência . na na area

Naquela oiasião as nações da Amó sua ade- rica Latina proclamaram são aos Propiisitos e Prineípi(»s

])obroza. O nosso propósito é ilustiar o fato de que o progresso ;irca jurídica e o progresso i)olílica podem não ter significação c lierrular-sc a si próprios so não arompanliados e comiilcnu-ntados pe lo progresso social e econômico, direito à soberania pressupõe o di reito ao pleno exereicio tlcssa sobeeontexto real. não num

Carta de São I-’rancisco, com ênfase da 0 j)rincípio (Ia iguaUla le particular no soberana dos Kstados. .Assim como a defesa dos direitos e liberdades indiinteresse mais direto

rania, num contexto legal. Esta foi a posição as sumida pelas nações latino-amoricarelação aos in-oblemas viduai.s é do dos indivíduos d<> que dos também pode ser defesa dos propósitos e pr'nCarta é mais vital v.ente F.slados, sustentadi» mun- nas oin (liais hã menos de um nno. Tal iiosição ê válida e apropriada lioje. .A paz é algo mais do que “um tolerável estado de guerra". 0 closarmamento ê algo mais do que uma do armamentos”. nssiin que a da cipios importante para os l^.stados luniuenos

Estados e médios <lo que para os (jue têm outros meios disposição para i)reservar a nacional.

ttderãvel corrida Desenvolvimento deve ser poderosos, à sua Hua segurança mais e o do qiie '■ Um tolerável estado de po breza mas não liastanle. É essencial, reafirmar tsso princípio de " igualdalos Estados”. Não

IMssemos quo é possível que este jamos num estádio de pre-Dumbavton baks e num estado do pre-Bretton Woods após os dias inquietos do "Verão de Transição”. Os dogmas o de soberana bastante dizer que iodos os Estados são iguais ainda quando os Estados mais poderosos estejam desejosos do renunciar a flagrantes violaç'GS

Ainda que estejamos longo desse ainda que coloqueis to( dissipando c novas concepções vao-se vão surgindo com vigor e imiíeto, e inteiramento imunes do conceiÉ imperativo que

0 .0 dêsse jirincipio. possível (pie mu) to do Poder, (juestão do planejamento do futuro do Homem seja apresentada agora com imaginação e poder criador. Encom determinação a necesa objetivo — dos os Estados em pé de igualdade tudo quanto diga respeito à coné óbvio em dição legal c jurídica tal pé do igualdade repousa em sequilibrios e desigualdades de fato que' perturbam toda a equação gal. A enimciação da soberania que de- caremos sidade de rever a Carta de São Fraufim de adaptá-la às necessi- le- cisco a dades presentes dos povos e das na ções. A Carta da Organização deve ser mais do que um Tratado de Paz, 0 que, até certo ponto, ela é, Ela deve ser mais do que o fim de uma guerra ou até do que o fim de um período de «após-gueiTa. Deve ser o começo do imui nova Paz. nao é bastante, se não acompanhada pe lo advento dc condições que tornem possível e factível o pleno exercício daquela soberania. Uma nação inde pendente, mas economicamente fra ca, tem roalmente direito a pouco mais do quo um direito soberano a

Esta é a hora de pensar e esta é a hora de construir. É imperativo uma Carta Revista, incorporando novas idéias

As nações latino-americanas poílerão renunciar a muitas coisas, Não podem, porémi, renunciar ao seu futuro. que as e os novos conceitos e beneficiando-se com a experiência e as frustrações dos últimos vinte e quatro anos incorpore o principio da segurança coletiva no campo ec<y- tiômico, que complemente o princíp o da igual soberania dos Estados tal como dentro da jurisdição nacional de cada Estado. Se .sente " cípio da segurança socíai dev plcmentar individual. que o prin- e coni0 princípio da liberda/le

o único rumo al)erlo à América r.atina ó tojuar a <lirc(,*ão oposta, a saber — a o.-tiaíia <1«» proírresso e d.’ desenvolvim«-ni<>. para afirmar uma vontade pí*!iliia de paj-tíc-ipar n^$ acontcu-inn-nios do numdo, para aj^uílar a criarão dc* uma iiova C arta pa- 1 ra as Nav'‘'C-s t‘ni<Ias c de uma nor» Ê ortleni interna' ional. cm cjue os ho- I niens terão o diroilo. não apenas àt K viver, mas taml»'m <le sobreviver. 1

Tal é o desafio «pjc tem dc ser en- ^ frentadfj nos anos <|m- aí vêm, anos i de mudança, rupturas e deslocaçces ■ de Poder. ]■] não há razão para que a América I.atina corra, a fujrir, da história.

Um novo mundo está se formando dia a dia, diante dos I nossos olhos, e e necessário que a América Latina se tome sensível a êste fato. Como disse T. S. Eliot,

“In a world of fugitives inose taking the Will appear to opposite direction run away.”

Interiorização do Desenvolvimento

Ai.in uro l-'i(.ci lu.iM)

Palestra r<'uniai i (i<> prolenda em d c)

(ions: llio de Associaçoi"; ('omcri lais (le Sfio Paulo

fenonieno da

conccnti'ação

Sendo um fenomcno cconomicas

o

gera

te da concentração industrial em nosKstado. Segundo tlados dos Censos valor de transformação imlustrinl do no Kstado de São Paulo, quo

das em turno semlo ubservalanto so f atividades de alguns núcleos vem últimos anos, paises desenvolvidos que estão na fase de imluslrialização de suas economias.

Xo tocante à da mão-de-obra. n industria paulista, que ab.sorvia oTCÍdo total em 1030, ●1()C^, om 1950. nos naqueles do, nos como

cru de -lO.õ'" em 19S9, clovou-se para 48,8ÇÓ em 10-10 e õOjKc-, om 1050, do total gerado no Brasil.

novo e havendo na sua complexa ]>assou a absor- evolução uma entre fatores econonneos, ver 1950 o Vale ob.servar que para 51 da capacidade mesmo politi<‘os sume hoje, em sões tais <iuc

relativamente formação e interação sociais 0 esse jiroblema asmuitos países, dimenacarretam grandes

Estado ])ossuia instalada o (lue a análise dc di\ Brsos disponíveis mostra que elevado ainda mais a de São Paulo no valor indicadores (leve ter-se .Mgumas nações, como preocupaçovs.

Estados Unidos, Inglaterra. índia outras, embora não caracterização final ]U’oblcnia. têm apliespeei ficas visunas <iuais. via de ])rograinaçüo dc industria, ])olitica de criação os participação total do país.

Os dados relativos à situação deEstado acusam o ime Italia, entre chegando a uma dos origens do cado terapêuticas do ã sua correção

mografica no pacto dessa evolução que tange ao crescimento vegetativo da população, mais especialmente, entes migratórias de outras reregra, con.sistem na áreas de eontinamento da no tocante às corr giões da país, que suplantaram o total de 700.000 pessoas no decenio 1950/00, dando a resultado, uma taxa demográfica de 3,0Cv’ a.a., (luando, no mesmo perío do, a do Brasil foi de 3,í^/c.

No Brasil, o processo de desenvol(lue so intensifidecada de 30, foi

São Paulo, como vimento industrial, partir da apresentando lização semi^re Centro-Sul e, à cidade dc São Paulo.

Outra consequência do processo de desenvolvimento industrial, e que ainda continua a ocorrer, c a ccolerada urbanização no Estado, po1950 o por regiões numa de distritos industriais.

Considerando a industi-ia cm seus a evolução do porcou a uma tendencia de locacresconte na região em especial, proximo çao dendo-se constatar que en de urbanização de São Paulo diversos ramos centual com que São Paulo vem par ticipando no total do valor da trans formação industrial do Brasil mostra, de forma nítida, o fenomcno crescengrau era de sendo o do Brasil 30%: 0 contingente urbano paulista p"s-

Isou a 6S% e, em 1970 a 80% en quanto o do Brasil antigia 45% e 56%, respectivamente.

A par dos aspectos até aqui abor dados, que mostram o grau de con centração das atividades econômicas no Estado de São Paulo, em compa ração com 0 panorama nacional, deve-se ainda considerar, em termos do proprio Estado, como se desenvol veu a distribuição espacial interna dessas atividades.

Constata-se no tocante ao Estado de São Paulo, o que se observa nas experiências internacionais, ou seja, uma tendencia crescente à concentra ção regional da industria, concentra ção essa registrada em nosso Estado na região do Grande São Paulo.

A região do Grande São Paulo, que compreende 37 municí pios, mais a Capital, ocupa uma área de 3,2% do Estado e possui uma população que representa 41,8% do total.

vivem lu)jc no (Jj';iníh* São Paulo nui* de .sete milhõe.s «Ic pessoas, o cerra de .ãô'í do total <ía população url)an.a do I%stado e lõ'" da do PaÍH. .Alcjn das dificuldade^ de tran.silo. p(di:iç.ão do ar, proble mas sociais, cic.. :i concentração da atividade em uma determinada re gião cria ncces.^dd.adcs de infra-es trutura e sei'viços em pr<jj)orções s:;periores à eajiacifl.adc de atendimen to dos i)(KÍ(;res locais, ('om o cresci mento urbaiui dc.sorcUuiado, as exiin fra-cst luj tiira cconômi- (l(r gencias ca e social, tais coino energia, transporte.s, obra.s tação, e.scolas etc., tendem a crescer mais rapidamente do que as pos sibilidades do 1’odcr Publico etQ atcmdê-las, provocando problemas de .saúde, higiene, liabitações inadeíjiiadas etc. .●\l('*m (lis.so, a concentraneamento, habi- <lc .sa

m1965, respondia em e gerando

A sua estrutura industrial, por 68,1% do valor de vendas do Estado, ocupando cerca de 70% da mão-deobra do setor industrial 40%, aproximadamente, da renda produzida pela industria nacional. Em têrmos nacionais, essa região absor via 35% do pessoal ocupado dustria brasileira.

A região do Grande São Paulo é hoje caracterizada como o grande centro manufatureiro latino-ameri cano e uma aglomeração urbana cujos problemas, pela sua magnitude, já passam a exigir uma atuação conjun ta dos poderes públicos em suas di versas órbitas e setores.

Para se ter idéia da magnitude desses problemas, basta dizer que

% ção do do.scnvolvimento in dustrial na iirea do Gran<le Bão Paulo .serve como j)olo do atração para os recurso.s humanos e financeiros do outras áreas do Kstado, aumentan do as disparidades i*cgionais da renda.

A grande concentração industrial e populacional em torno de São Paulo se realizou, inieialmente, por que nesta área as empresas encon traram condições in f ra-estruturais propiciais ao* séu desenvolvimento. A instalação e funcionamento des sas empresas, criando economias externas, atrairam novos investi mentos industriais, e, a exemplo de uma bola de neve, o desenvolvimen to do parque industrial paulista passou a orientar, dai por diante toda uma política de investimentos na in-

atraindo infra-estruturais. empresas e mão-de-ohra que locava do setor primaiái

nova.s se desC-O- <ia nomia. Em função ilisso c (luc (lualquer politica atividade (‘conoinica <l(*vc consideração esse aspecto.

à criação de condições de infra-es trutura tiue permitam a eclosão üc um processo de descentralização in dustrial em nosso Estado.

A politica visando ã descentrali zação das atividades econômicas da região do Grande São l’aulo deve se orientar no sentido do criar uma de descentralização da levar cin descen¬ tralização resultados jiarto, da capacidade do Estado fatores que comandam a das atividades econoniiatleqiuulo suprimento de transportes, co-

infra-estrutura econoimca em tuitras areas do Estado, (jue a.s Iransfor.ne polos de desenvolvimento regio nais capazes de atrair a instalação de novas ompre.sas pela criação de externas geradas pelo setor publico.

A alocação regional dos investi mentos constituirá o elemento bá sico da politica de interiorização, não .Sü no (pie diz rosiieito aos es tímulos ã agricultura, como no que concerne ã aceleração da industrial, sendo que os dejienderão, em grande

Seria vavelinente inviável, numicações, etc.

financeiro a esse proestá sendo dado pelo próprio Estado, Banco

O apoio grama Tesouro, Banco do de Desenvolvimento dc São Paulo e Economica do Estado, com a de recursos captados inCaixa utilização ternamente e provenientes do exterior.

Da adequada conjugação desses demais instru- infra-estrutura Ias como a

aUamente negativo e prodo ponto de vista economico, a adoção de medi das coercitivas que visassem pura e sini|)lesmente u transferencia de industrias do Grande São Paulo pa ra outras areas do Estado, tendo em vista não s() a existeneia de uma capaz ^(le sustenhvperdu dos recursos já mecanismos com os investidos, alem de acarretar difi- mentos de politica fimuiceira estaculdades ã mão-dc-obra instalada na dual e do aiioio da iniciativa pii.acapital G numicipios adjacentes. da dependerá

Dentro desses princípios é que o em questão. Governo do Estado, que vem dc- Os estudos realizados pela . e- j mostrando grande preocupação cm cretaria do Planejamento so le distribuir da forma mais equitati- varias regiões administrativa s possível os beneíicios do progres- Estado permitiu o oqiiacionamen oi tem procurado estabelecer pro- dos problemas, visam o a a cança setoriais de desenvolvimen- os objetivos desejacos. aia an^o mobilizadas todas as forças a esfera publica esem suprir os localização em cas com energia oletrica. economias proprio

êxito do programa o as do va so gramas to, elaborados, sempre a partir de global da economia pauserao que integram tadual.

uma visao lista.

Essa política, conforme tem sido mplamente noticiado, se caracteri zará pelo apoio ao crescimento da agricultura e da agro-industria e do por exemplo, Jmrte execução pelas Cende São Paulo — a

Assim programa em trais Elétricas (CESP) visa a levar a energia ele-

trica, fator indispensável à produ ção indu.strial, a regiões que se encontram praticamente estagna das.

com a Nova e V

São Paulo estabeei.xo.s (i(* ])cnetração i*o.s seguintes: Preto; ●losé (lo Pio Prede

Kü seu l’rogia*na de Interior;:: çàü do I n seiix cdvimenío, o Got«ino do J*Í.sia<li> leceu quatro dustrial, <iu«- .sau São J'aul<< a Iíil»eirãü São j’au!o a .‘';'io to; .‘i) São í’aulo a Sorocaba; São Paulo \’ale do I’araiba.

ma .s Visando a facilitai- a tareia : iniciativa |.riva<ia. oferecerá ao es ]>rosario lun conjumo de inforre*ções ecujKíniicas dc mercado, produtividafií- <lo .solo, das zas naturais, das o investimenlo.s <● sol»re de produtos indu.striais e agricoUs de cada região.

A instalação da Usina Hidrelé trica Jaguari, no rio do mesmo no me, afluente do Caraiba, consequente construção da Igaratá e da extensão das linhas fie transmissão que beneficiaram de 60 propriedades produtoras frutas para consumo de São Paulo, deverá, ainda, provocar o surgimen to de núcleos industriais nessa gião, desse fator energético. Para uma idéia da importância do preendimento dentro da política analisada, basta lembrar beneficiará inicialmente, de Atibaia, Bom Jesus dos Paulista. 1-

0 governador divulgar o que a deficiente portes constitui obstáculos íKjuele jirograma. expansão das co- mumeaçoes, em execução pela COpermitirá a integração extensas áreaQ i, ● martrir, r praticamente marginalizadas, no processo de desenvolvimeto do Estado

de re- riq-fj)(»rtimidades ^ a dcniandt disponibilidades graças as se ter omaqui que êle as cidades Complenicntando o elenco de i'rograma de In* I) es en vo IvimenU\ lançado o Interiorização do Estado (PROdidas relativas ao leriorízação foi recentcmcntc Mairiporã, Perdões e Nazaré Piracaia, do Plan: 0 Rodoviário para a Desenvolvimento do INDE).

No setor dos ineira metlitla para se alcançar objetivos visados foi a criação da « 4 1 , -f Paulistas &. A.), unificando cinco empresas saber: a Mogiana, a Paulista, a So- rocnbana, a Araraquarense e a São Paulo-Minas. Essa unificação, per- racionalização dos serviços e melhoria da eficiência operacional, criará condições favoráveis para de

Laudo Natel, ac ressaltou estrutura de transum cios principais 1’RÜIXDE, transportes a prios

O primeiro passo para a remo ção dessa deficiência foi a criação da FEPASA e as medidas dela de correntes já citadas untoriormente e o segundo o

Os principais objetivos do PROINDE são, a) estabelecer novas li gações para as potencialidade dc b) aliviar a pressão de tráfego nos trechos mais congestionados do sistema viário urbano; e c) criar con dições para a formação de coitôdores capazes de facilitar o fluxo E^EPASA a PRÜINDE. mitindo uma areas com maior desenvolvimento mais escoamento da pmdução do interior do Estado, não so no sentido dos maiores centros de consumo do país, como exterior. 0 para o

írial e agricola

ile produvâo iiulus(lo Estado. nccGSsaria. Quer en carada a (luestão do ponto de vista dos problemas que as grandes conurbanas válida como de exportação

0 total fios investimoníos ilenlro do Plano Rodoviário para a In‘eriorização fio De.senvolvimento Estado deverá atingir cerca de 1,') bilhão de cruzeiros, até 1075.

O sistema dc vias cx|trcssas como nujleo cyniral <> and viário, do qual pailcm grandes i'adiais (pie possibilitam a interliga ção de todas as regiões do Ivsiado e do Pais. tem rodo- aprceentam, ee^Urações (luer dos problemas economicos c vem o Interior, verifide se adotarem esvaziamento sociais que acarretaiulo para ca-se a urgência o medidas para a sua correção. Acreditamos, inclusive, que o grau de concentração atingido tna região do Grande São Paulo e os problemas dêle decorrentes já es tejam acarretando fatores negatique anulam, pelo menos parvantagens que leva vam as empresas a escolher essa instalarem. A cria-

Guanijá.

Cabe ainda assinalar (lue o INDE compreende uma obras de recapeamento (como por exemplo, da Pedro Taciues — Pon te Pensil. Culiatao etc.); de implantação (como Jufiuiá — Sete Barras, Peniibe

PROsérie de vos cialmente, as regiao para se de condições de infra-estrutura a instalação

çao que permitam ein ITna, oferece às emprede localização que não existiam, o que outras regiões etc.); de melhorias de pavimenta ção (como Eldorado Paulista — Jacupiranga, Biguá — Iguapc, gistro — Sete Barras, etc.); e de (Bertioga em sas opç-oes nuiitos casos contribuirá, elas vcrsificar a sua localização.

Ro- certameiite, para que espontaneamente, procurem di- São Sc- preservaçao bastião), o <iue já permite ter-se uma icleia da extensão do Plano.

de concluir dizendo ProGostariamos espírito que norteou o de Interiorização do goverdo Estado de São Paulo, qual de criar condições para que voluntariamente p^para outras absolutamente que o

Não pretendemos analisar o Prode Interiorização em grama seus grama detalhes, mesmo porque não dispode todos os elementos necesno seja 0 mos sarios. Apenas procuramos dar uma ligeira idéia dc seus contornos. as empresas encaminhar-se curem regiões, . _ correto, pois a experiencia mundial tem revelado ser êsse o melhor ca minho. parece nos

O que nos parece e que a inicia tiva de se promover a interioriza do desenvolvimento é não só çao

A SEGUNDA FASE DO CICLO DO MERCADO DE CAPITAIS

1. Já se pode falar hoje, na his* tória econômica do País, da existéncia de um ciclo do mercado de I. pitais do mesmo modo

ca-

que se reco nhece a existência de um ciclo ' mineração, do açúcar e do café. bietivamente, as transformações rtali' zadas após a revolução de 1964, fi zeram com que o mercado de capi- l tais se tomasse o centro nervoso da ● nacional, ensejando importantes transformações econômicas, financei ras, sociais e até psicológicas, Há, F. atualmente, uma geração que na.sceu e cresceu com o mercado e nele vi ve integralmente. A própria noção de empresa se modificou e se mo dernizou, obrigando o empresário a uma reciclagem para ultrapassar a PUternalista de^out^ora e adaptar-se a fase competitiva de ho- je, na qual o critério valorativo de apreciaçao da importância de sociedade e o da sua rentabilidade, dos seus resultados econômicos, dé sua períormanc-e.

Nesse ciclo, o que público é menos do que a eficiência

interessa 0 patrimônio social , , . . , . ® ^ agressividade dos administradores; é o aspecto di- námico que prevalece sôbre tico, a gestão sôbre

ao í o está„ ^ ^ ^ propriedade. Essa transformaçao se aplica no setor privado,

pelos analistas, di- i.al modo que cütaçõe.s <la llóls.a j*oderiam repre sentar notas atrii>u.<l;is aos resulta dos obtidos em minisiraílr>res possível isíilar e boatos e <;s fatój«-s tacomcTcíais e de não deixam <le influir ações. Assim admitir a existência, um verdadeir(í ci<-Io ecamoniico tem coni<j ativida<le j)redominante c niercaílo de capitai.s.

2. Ao eontrjirio de outros cicKrs nos quais a concentração <lo país eit torno de uma atuação esijocífica im portou em atrofiar os demais seto res da ecom>niia nacional, o de senvolvimento fio mercado de capi tais é uma mola propulsora de tòdas as atividades imlustriais c comerci ais, impondo um sistema construtiw de competição <jue obriga tôdas empresas a eliminarem os setores dc pouca rentabilidade e a aumentarem a sua produção, baixando os seus custos, pois a meta bãsicti passa a ser a possibiliflade de tlistribulr os melhores dividendos e o maior nú-

mero de ações como Ijonificação aos acionistas. Assim, enquanto nos demais ciclos, a ativiílade preponde rante excluía as <lomais, agora, ao contrário, o mercado se torna a mo la propulsora que dinamiza todo empresariado ao mesmo tempo que dá maior elasticidade tanto como no público, ensejando o exame pela opinião do desempenho dos administradores ^ diretores de empresas. 0 que outro- ^ ra era questão sigilosa de economia interna tornou-se matéria de e o a poupança, multiplicando diariamente o número exame

‘ í

balanços pelos ● ●mpresas se fôss excluir todos políticos ou mcmanijnilação qvt ^ nos valores d: .semio, parece válH. í* no Hrasil, cc

(.'iiento diversificação das institui ções financeiras.

(>. A idéia fôrça. na primeira fase, foi. pois, a democratização do capital das empresas, com medidas que poderiam ser resumidas da seguinte made investidores que, (uitrora margi nalizados. SC int<‘gram alualmenle no mercado. i

3. A recente ipie egislaçao acaba de jiermilir a emissão de a.ões ao portad(u* das instituições finan ceiras e das seguradoras, ensejan lo. neira:

l.<^) Substituição dos custos fi nanceiras das empresas — que tradicionalmente recorriam aos vários

outrossim. maior facilidade jiara a abertura das sociedades de eeonom a mista, aumenta a faixa de fimeionamento completo do mercado de capi tais, (jue encontrava algumas difi culdades U(» manejo das ações nom'.nativas de bancos e de algumas em presas controladas i>ela União Kederal. 4 1 tipos de cmi^rcstimos c à emissão de letras de câmbio eaiutal mediante maior participação acionária de investidores;

As recentes nieilidas governaas (pie ainda estão sendo assim 4. mentais e aguardadas, política geral fixada no to cante ao mercado do capi tais nos levam a concluir do respectivo status;

*2.°) Criação do regime da socie dade de capital aberto, com os lespefiscais, e facilidaa obtenção pela chamada de 1 % etivos incentivos dos administrativas para

3.®) Polarização do mer cado de capitais em tôrno das Bolsas dc Valores, nas movimencomo a quais se waliza o to de compra o venda de ])assando da que estamos primeira para a segunda fa se do ciclo, ou seja. (luo, di ante do extraordinário suces so obtido com os resultados da logmlação dc líXir), algumas metas já foram alcançadas e (luo, assim, uma nova orientação se impõe diante do uma conjuntura diferente daquela existente por ocasião da promulga ção da Lei n.o 4.728, de 14.7.1965.

5. A caracterização da iirimcira fase <lo nosso ciclo poderia ser fei ta a grosso modo, em traços largos, afirmando-se que os objetivos go vernamentais consistiram inic^aldinamização do mercado

açoes; 4.0) Diante da transfordescrita do sis- maçao acima toma de financiamento, diversificação ●escente das instituirões financeiras . lado dos Bancos I Cl ao com a criaçao. comerciais e das companhias de ci sdito e financiamento, dos Bancos de Investimento, das i ^ cfuTctoras e das distribuidoras. Na realização das metas da democratização do capital, muito raobtidos resultados após uma canalizados 7. pidamente foram incontestáveis. De fato, fase na qual os recursos Bôlsa aumentaram mais ràpi- mente na acionário, com a substituição de uma política emijresarial baseada no fi nanciamento iior uma orientação no sentido da abertura das companhias, aumento da participação aciopara a dainente do que os papéis oferecidos à venda, criando uma ações e uma valorização dos mesmos decorrente, tão somente, da lei da oferta e da procura, ou seja. do fato 1 de “ fome 1 com o nária de grupos exógenos e a conse-

de haver um crescimento maior de cursos investidos do que de títulos a serem comprados, realizou-se, o equilíbrio e já nos últimos lança mentos, 0 simples fato de se tratar de uma ação nova não justificou alta desmedida decorrente da entrada em Bolsa do papel.

maior rapiilcz no atcmliniento de irvostidores, laíiva.s exi;;id:i.s c tanto da IJ«01sa. re-

«■nm as modificações legiso rcaparelhameRiconio das próprias c-mpre.sa.s jiara ésti* fim. agora.

uma

Ao contrário, alguns títulos foram reajustados para baixo no momento em que saíram do mercado de balcão para entrarem Bôlsa.

na 8. 0 desenvolvimento do mercado acionário suscitou, outrossim, problef mas no sentido de se exigir a fisca lização adequada das aberturas de capital, a fim de não permitir a dis- ● tribuição de prejuízos [ nistas.

aos novos acioAo mesmo tempo, sentiu ' que um grande número de L necessitava de -se ompresa.s p. - , robustecimento » previo para poder ingressar na EÔlsa fii Própria foi elabora¬ rá da para facilitar ^ companhias as reavaliações de que pretendiam abrir íusões destmadas Z ZT ?● ^ Bancos , sistemática exigiu tamliém . que, apos a fase da . ' se realizasse

o seu capital e diversificação, . ^eentrosamento das instituiçoe.s financeiras para que pudessem constituir os grandes aglomerados ou conglomerados finan ceiros exigidos por uma economia em expansao. _Se a diversificação pernii- tiu a criaçao de novas funções para ' as entidades pnva3as de intermedia- ^ ção financeira a união a posterlori manteve as funções diversificadas dando um maior respaldo 0 , . econômico e financeiro a cada um dos órgãos do grupo.

_ 9. Finalmente, a circulação e a liquidez das ações exigiram algumas ' -providências no sentido de assegurar f

10.

Ao lado, la.s Bolsas, o merca do de balcâíj .sc- apresenta como tende

unia importãiKua crescente e exigicdo uma r<*gulanieniaçâo interna c~ externa, partindo da própria classe sob a forma d(* auto-reírulamenta;i^ ou emanando das autoridades finan-

ceira.s.

11. A criação de novas empresas sem rentabilidade imediata na sua fase de injilanlação faz com que, aos poucos ao lado da ação, a debênture conversível deixe íle ser uma simples figura teórica jiara convorter-se nuna instrumento luUiil de c-a|)íação de Tv>cursos.

12. Podemo.s, assim, delinear as características (lue aiirescnta o nosso ciclo do merca<lo no início da segunda fase:

l.°) Concentração bancária, nie<liante a fusão dc bancos e a organi zação jielas entidailes financeiras da gama completa de serviços por meio do entrosamento, sob a liderança de um banco comercial, de uni banco de í, investimento, corretora, distribuidora, financeira (e, eventualmente, companhia de turismo, processamento de dados etc.); os bancos, cujo número está sendo reduzido diariamente e que passam a investir em emjirêsas par ticulares, nas quais sc tornam acio nistas, transformam-se, pois, nos grandes conglomerados financeiros l que movimentam os fundos de investimento e realizam todas as opera ções de crédito no camiio interno o internacional; ^

2.°) Controle da al)ertura do em presas, mediante um estudo iirévio mai.s profundo de sua rentabilidade realizado jielo próprio óiaíão lançador (Banco de Investimento) e pelas au toridades (Banco Central o Bôlsa», a fim de imjiedir a abertura de empre sas deficitárias ou pouco rentáveis;

3.°) Rolmstccimenlo das emiirosas pela reavaliação do seu capital e pe los incentivos concedidos às fusões em ííeral e cspecialmente em determinados setores (seK'uros, usinas de açúcar);

4.'’) IMaior raindez na circulação das ações com a possibilidade do emissão de títulos ao )>ürtador, sem pre que não houver motivos de ordem púlilica em scnüilo contrário e acele ração tias transferências das ações nominativas;

5.°) Rcpfulamontação ou auto-reRulaincntação do mercado de balcão; 0.°) lm])ortância crescente das debèntures conversíveis para a even tual abertura de novas empresas em fase de implatação industrial na qual não há condições de rentabilidade.

LEVI CARNEIRO

PUADO

'JENTEMOS, por instantes, traçar o retrato ideal do advogado — cônscio da sua missão, zeloso : seus deveres, votado por inclinação natural ao estudo e à pesquisa, pro bo e diligente como os que mais o sejam, servido a um só tempo de energia e paciência, de fé e magna nimidade, destro no manejo das ar● mas do ofício, experimentado

dos no

^ exercício da lógica e no culto f sentimento, tão meticuloso na me¬ do ditação e no preparo quanto pugnaz no debate, assim ur bano e tolerante com clientes adversários como das causas e suscetível e in transigente no que toque à hombri dade profissional, submeterem jiaí.s aos interêscidaclãos, de interesses coletivos. as polido e atencioSO com os juizes mais inflexivel na defesa da justiça e da liberdade ante os poderosos, servo da lei e das ga rantias individuais até aos extremos da resistencia legítima, cidadão gilante e colaborador do Estado tudo que se relacione malidade

VIem com a nore 0 progresso da ordem jurídica.

Pois, senhores, nesse retrato, s'n- tese dos predicados mais nobres que aspira a nossa classe, logo identifica Levi Carneiro, Dizendo i to, dizemos tudo. al, a se ISp Dotado, como poucos, de atributos essenciais à carreira — o padrão éti co, 0 raciocínio ágil, a palavra fácil, a dedicação ao trabalho e ate k II le ao (®) Discurso proferido cm sessão solene do Consellio Federal da Ordem dos Advogados a 28 de setembro de 1971.

phy.siípK* du !-õlf tinha tódas as ra/.õe.s, desde a es tréia, para .«<-r um individualista, quer na teoria, quei- na prática. X» 4 teoria, fielo coi-po de idéias adquiri- ■ das na Faculdade <jue o laureara: a ■ base civilista, firmada Jias glosas r» I manas c mais pi-oximamcnte no cô- ■ digo naiíoleônico: ;is noç(')GS econô¬ micas ii Adam Smith; o principal mente a oposição, estitnulada nas cátedras, entre o itidividuo e ò Es tado, mais aguda (jue ii dos enciclo pedistas (Io século X\HII, a ponto ue Ilenry Michel, criticando êsse “des vio do século XIX”, assinalar a ten dência geral de se instituições de um ses particuhu'es «los preferência aos notadamente os nacionais e os fami liares. Na {)rática, porque as pró prias qualidades o marcaram para o êxito rápido, dando-lhe consciência do mérito (jue possuia, da distinção intelectual (lue o caracterizava, uma afirmação dc personalidade em face dos contenij)orâneos e do meio socicomo a coiToborai* a previsão de Stuart MilI de que a originalida de, assim revelada, se converte em fator de progresso e a sociedade lu cra forçosamente quando a elite, des pida do preconceito aristocrático, não se utiliza cgoísticamente de sua superioridade e, ao coTitrário, a põe serviço do interesse comum. Levi Carneiro, como se envaidecia de confessar, lançou-se sozinho à advocacia. Não se abrigou à sombra de outras bancas, já prestigiadas. .

Porém na .sakda modesta da General Câmara, onde alendt*u primeiras considtas. ovi nas salas acolhedoras da rua Ouvi<lor, olu*deceu a dois mandamentos <pie compu nham, no seu entender, a " alma do escritório”: a afeição entre os eole-

fiu-arnar papi*l destacado em cargos e fnnvões (pie iriam desde o Con~ seüio Consultivo do Estado natal à Consultoria da República e à Cons tituinte e, depois, da Consultoria do Ilanuuati às missões internacionais t‘ à Corte de Haia.

A transirão, (pie estava na lógica do sou espírito, do Direito Privado para o Direito Público era a contingCncia imposta ao analista de temas institucionais ra<;‘ão v os do Judiciário — por fa tos da realidade que ora apare ciam dramáticos, como as prova^ces da infância desvalida, ora surgiam imperiosos, nas crises do regime, a exigirem a colaboração dos mais ca pazes e dos menos comprometidos, na busca de receitas heróicas para a cura de males intermitentes que minavam o organismo na cional.

Os hábitos da profissão ou melhor os instrumentos da ha bilitação tíícnica foram, naquelas

rua as gas e a afeição <le uns e milros com os clientes. Era sobr(‘liu!o o invejá vel privilégio — segundo emareeeu Zanaidelli — de estabelecer entie comi)anheiros o.s laços mais fortes e mais amistí^sos. .V (pie plêiade não foi aquela, de.sde o "advogado-d namo" Cítl Braune at»‘ juristas do jiorle (!-● Filadelfo Azevedo, Demóstenes Madureira de Pinho, Carvalho Santos! Nesse dileto circulo e na sucessão Ic vitórias forenses podia encerrar-se uma vida. E.staria confirmada a declaiação feita em membros do Congresso Jnridico da Independência: “Advo gado, simples advogado, sem aptidão para mais, ou me con solo de sentir-me destituído de asmaiores, amando a minha emergencias, para difíceis nios do Poder; mas foram, de igual antídoto contra o aliciamensubmissão do hocomo os da Fede11)22 aos a preciosa provisão jornadas pelos dom;- piraçoes profissão na sua beleza, na sua for ça, na sua humildade, nas suas afli ções; no ção, de que comporta do abnegalealdadc, de desinteresse; no que exige de desassombro, de probidade e de vibratilidade; no que proporciona passo, 0 to político mem livre e desejou ser, por efeito da qual prosperam e de- situações e partii a solitário, que sempre ã disciplina gregária, de independência, de tolerância. no finham grupos, Se dos. que ensina

A escolha para a Constituinte vi nha precedida do prestígio grangeado pelo legislador da Revolução de 30. Saíra de suas mãos o decreto or gânico que regeu o governo da União, dos Estados, dos Municípios e que definiu as faculdades discricionárias dos órgãos centrais, especialmente quanto aos respectivos servidores; na

“ Sem aptidão para mais. . . a modéstia já não correspondia ã evidência da formação humanistica e muito menos ao manifesto pendor pelas letras, cultivadas mais tarde Companhia dos Quarenta com a concisão, o gosto, a harmonia dos modelos clássicos, a ampliação do horizonte crítico e os impulsos da conscisneia coletiva o levariam a M

ainda aí procedeu com sobranceria, obtendo, em poucos mêses, do Go verno todo-poderoso a restituição aos ministros do Supremo Tribunal das garantias indispensáveis, independência pessoal dos juizes que saberiam mantê-la,

nao a e sim a respei tabilidade da Corte e à autoridade dos seus arestos.

A Levi Carneiro também coube a regência da de publicista: eoilc(‘it'í dc restringindu-a ao orques tra de especialistas encarregados da revisão dos Códigos — o Civil, Comercial, o Penal e o de Processo — e da elaboração de outros ,entre os quais, o Eleitoral, o Penitenciário, o Administrativo. Mandatário das profissoes liberais, entendeu desde pnmeiro momento que “só pnderia ser de algum modo útil seu dever, zelando

Wo

('rt’dcn«iava-<» Consultor do Kxtfriíirrs. te. posição Miiii>t<-rio (Ias RelftÇv:criMlcncinva um* a Mais ( > obra editada dois anos anics Idreit'» Int«-i-na<-ional e a Democra cia”. Xessas cxiiress(“»es geminidis orieiUa(;âo do tiã g-alharda cor|.<»rfiados " s(d>erxmia êí poder óe [ internos e s-* -0

.se preniincni\a a tor. Filiava-sc rente rever < Estado ”, disjior S(‘)l>ro negíxuos bordinando-a a priiu ipios e n coainterna-

dc org.amsinos pro niiHSos cionais. Dc outra (luéncia dessa dirc-(,-ão, trilha dc E.ajnadcllc. Westlakc. j)rcconizand() uma declara dos direitos do p;irle o om conscretoniava ● Politis, dc de o ho- e cumprir o . suas convicções indivijiais, expondo-as e defendendo- . Disso pôde verando: universa como veio a fa/.ê-lo a ONU em 1ÍMS. ou fos;e V do primado daqueUs ;is normas positivas Memlji-o da Delegação assettlo làa II Co-

ÇtKJ mem, 10 de dczt*ml)r<< reconbeci mento dc as regozijar-se, asse- Nunca reconhecí líder al- U direitos síôlirc de ca<la país. Brasileira, toniítu mis.são (leral. síões” registrou gum”. Todavia ® grupo mais nume- roso da Assembléia _ bacharéis c professores de Direito _ formava rara a qual dissertava Levi Carneiro em discirsos as vezes paralelos com os do outros oradores. Recordo-o agora, como o VI tantas vezes, ao soerguer-se na primeira bancada ver a destra

E o "Diário das Sesa sua intci^v^onçâo, todas as

freíjuente c aniniosa, cm controvérsia.s duas tarefa.s fundíiniontais: definir a agressão (da qual sc* cuidara sem re sultado na Francisco) de travadas acerca reda(.‘ão da Carta de S, e dedimitar a "zona tle sugerida pela Delegaçã-.^ primeira tare'‘a. proposta dc IjOVÍ Carneiro, tro])êços de unta em certo e modireção à tribuna em ou à presidência, da cabeça, manter mais ereta

Um tique leve como segui^ança Mexicana. (Quanto à no meneio para . , ® cerviz, faúlhas intermitentes no cinzento dos olhos a ritmarem os largos períodos fluíam céleres no jorro da i

Igual expectativa o acolheu 'Conferência Interamericana de 1947, reunida em Petrópolis para acordar um Tratado com vistas à manutenção da paz e à segurança do Continenluna

vingou a a qual removia os formula demasiado ampla sentido c, do outro prisma, oxeessívamento restrita o alvilrava, om gar dela, a enumeração exemplificativa dos casos, como o de ataque armado e o de invasão territorial. Quanto à segunda, a Comissão distinguiu entre a hostilidnd© pratica* que improvi¬ sação.

la dentro e fura da Zuna prú-ustaliulecida, para, mima Idpútoso, impor a todos os Ksiadus a ulud”:avâu *b‘ aju darem ao aurcdidu e. na outra, de proniovi‘1 (‘111 uma ivuniãu do con sulta a fim de assentar medidss. Km vista da divereêneia il< s 1-^ Unidos, exjiressa pido Senador \’an(lenberg. (pie nàu diseriniinava (iitre iina e outra das hipóteses, no t >cante às ohrieavües eunuins das in>tCncias americanas, a euneil;a(.'ão de pontos de vista S('> foi o\>tida ,ura(,’as às diligências du representante bra sileiro. como timbrou (‘iii eonsignar o 1'bnbaixador Caieedo Castilla. mes tre universitário e delegado da Co lômbia. na ubra rpu> dedicou cm 1010 ao Traladu do Rio do Janeiro, Nesti* lirovo osfur(.‘o doixo do par le os traiialbos da <'(‘)rto de ITabí — relatórios e votos (pie deram n‘)Vo lustre à merecida reputa(.'ão do juriseonsulto patrício. Os louros da missão contrastariam, em nosso in-oito de reverência e saudade, coni o

mais fundo dos golpes desferidos no de Levi Carneiro — a per- coraçao

da, om Paris, da companheira extre mosa. ■ grande mullier de um grande homem", como da esposa do Kui disse o maior dos seus discíinilcs. João Mangaboira.

Mas Iní alguma coisa, senhores, (jue não posso nem devo esquecer. Kssa rica personalidade, bastante a si mesma, avessa no iiroselit'S’ito, rofratária às lideranças, ciosa apenas do pequeno mundo de amizades cons tantes e admira(,‘ões enalteccdoras, como as do Pelaunde, Coutuve c Re gules, altino-amerieanos da mesma confraria espiritual, dou aos colegas do Brasil a maior prova do solida riedade que jiodo receber uma clas se. arquitetando a Ordem, esboçan do o decreto (pie a criou, organizan(lo-lbc os quadros, imprimindo-lhe o cunho morali/.ante da sua origem, erigindo-a om autarquia totalmente desvinculada dos podêres públicos, suscitando condições éticas o prerro gativas decisiirias para a auto-sufi ciência o para velar, em toda a Fede ração, pela unidade e pelo aprimo ramento das leis. Esse o seu titulo, esta a nossa gl(>ria. (I

LEVI CARNEIRO

Palavras dc saudade c<>n.sai»racla a Li\i (.■arm-íio p. I.i

Hr:u>iKin de LolriLS, na .sessão dt* q <Ít- si-tt tiilno <!'● i‘)71

HO grande pena de não ha.*er

Levi Carneiro escrito as suas memórias, porque a sua vida foi das ^ mais interessantes de nosso tempo, Muito môço ainda fêz, em fins do século passado, concurso paia ser-

.Miâiuarn sut)ii*. eomo a lab&rr Ifv.-mtn <(>in iinpetuosíd.L-

e, na miagcm <ir do, ■■ *cm vez df da que se de e logo Si- ap;iga. L<*vi cresceu eoir ^ o vagar pipdcro.si) d:is arvores lei”.

■ vir na Secretaria do Ministério da Marinha. Bem classificado, dente da banca examinadora, que era 0 pai de Filadelfo de Azevedo, guntou-lhe se dispunha de pistoláo para ser nomeado. Atônito pergunta, Levi respondeu negativa mente, mas se lembrou de que em sua rua, em Niterói, residia um ofi cial de Marinha, exorcendoj tempo, a chefia do Gabinete ' do Ministro. E foi êsse ofici al que, só por ser seu vizi nho, impediu fôsse êle terido na nomeação tada em concurso permitiría custear Direito.

Homem altivo ufania de afirmar, da: dos berrtjs ou o pre.siNunca permim. nem me pedi para nunca tive patrono”.

e brioso, tinha i tlt* cabeça erjMjpralHpUM a advocar.z do.s cochichos, nunca inculquci

Foi por i.sto (juc se tornou uma mais i-esj)eitadas do fò-

com a das figuras brasileiro, a ponto dc ter sido, Iovitoriosa a Revolução MO. convidado pelo Pr^sidente* Clelúlio Vargas pa do Ministro do 'ITibunal Federal, ro g:o depois de nes.se de

ra o cargo ,Supremo convite (luo não aceitou jara ser fiel à sua vocação de preconquise que lhe advogado.

o seu estudo de

Uma vez formado, dedicou-se dc corpo e alma, à advocacia, quê foi para êle, um sacerdócio. A realida de da^ vida forense evidenciou-ihe, como êle mesmo observava culo da retórica palavrosa, tão gosto brasileiro, oratória sóbria e precisa. Dela deu numerosos exemplos sessões particulares e públic mais se deixando embalar pela mú sica de suas próprias palavras.

A pobreza dos primeiros tempos de sua vida enrijeceu-lhe o caráter,

o ridído tornando a sua nos em nossas as. ■"açao nos

Quando, em 180ÍL «c espalhou a notícia de se atrÍÍ)UÍr a Côrte Su prema dos rogativa do julgar lidade das leis, os jurisconsultos eu ropeus, tomados do espanto, inda garam :

E.stados Unidos a prera constituciona-

“Quis, autein, custodiet custodes? Quis. autem, judicabit judices?

"Quem, jioróm, guardará a êsses; “guardas” da Constituição? Quem. porém, os julgará, a êsses juizes?

A res|5osta foi dada pola Associa» dos Advogados Norte-Amerien— a As.sociation”.

tem sido o uuai'd;i (.● o juiz dos mem bros da forte Suprema, excercendo o que os modernos ‘.'t)nslitueionalistas chamam “tlu* judicdal \oto”, ao qual a Corto Supi‘cma jamais deixem de inclinar-se.

Entre nós, cimio Teixeira de Frei tas, Rui Barbosa. laifa>ette Kodriííues Pereira, flóvis Bevihuiua, Men des Pimentel, Plinio Barreto e mais alguns causídicos de cscol, I.o\i C'arneiro foi um desses advogados (lue, pelo seu sabor e independência, se impuseram como juizes dos juizes.

Êle jamais foi o repetidor de fór mulas forenses e o interprete am bíguo das leis — o Icguleiiis quidem. a que se referia Cieero: cantor formularum, anceps syllabarum, inca paz de percol)er o problema social, que SC acha em e(iuac;ào em cada caso judiciário.

Se é nas escolas, conforme ressal tava Plínio. (}ue se apremle o direito só no fôro é que êlo vive: leges in scholis audiuntur. sed in foro discuntur”.

“jura et qiie o poferreum <4 porque a

Sustentava Eschbach, em sua “In trodução ao estudo do Direito”, somente pode ser jurisconsulto quem fôr capaz de estudo profundo rene meditação, possuindo caput et plúmbeas nates”, vastidão e a complexidade do direi to exige pesquisas permanentes, sem pre renovadas.

de modo translúcido c elegante, pa- J ra o que muito lhe valeu a sua acen tuada vocação literária.

Ao narrar, om “Lo Mémorial de l'ocb”. as .suas entrevistas com o Marechal da \ütória, Raymond Recouly observa que "os homens su periores produzem todos idêntica impressão: tudo quanto dizem, mes mo quando é muito original e pro- * fundo, aj)aroce como a própria sim plicidade”.

Era 0 que ocorria com Levi Car neiro. Do seu cérebro se podia dizer 0 que do de Lafayette Rodrigues Pereira disse Gastão cia Cunha: era um filtro: s ellm despejassem água lamacenta, dêle brotaria linha crista lina: e se lhe esfregassem um car vão, êste se transformaria em cPamanto... j

Eis por que se tornou o Nestor de nossa Academia, sempre ouvido com respeito e acatamento, falando com projndedade e equilíbrio sobre qual quer tema em debate, sem jamais as sumir a atitude de catedrático pe dante.

Na sessão de õ de agosto último, que precedeu de três dias o seu octogésimo nono aniversário, teve a foi'tuna de obter em vida aquela glória que, segundo Ovídio, só aos mortos se concede:

Tu inibi (quod rarum est) vivo su blime dedistí

capacida-

Foi essa extraordinária de de investigação e estudo, reve lada no fôro e na cátedra, que fêz de Levi Carneiro um dos mais au torizados representantes do Brasil na Corte Internacional da Haia.

Evitando os termos raros e o amaneiramento da linguagem, sem pre apresentava o seu pensamento

Nonien ab exequiis quod dare Fama solet”...

Nessa sessão, estando êle presen te, cada um dos acadêmicos encar nou a posteridade ao enaltecer, com justiça, os seus altos méritos.

Teve êle ainda a sorte rara de vi ver em plena -higidez de corpo e de espírito, até completar oitenta e no-

ve anos. E, ao adoecer, o tlestino ainda lhe reservou a felicidade <le um desfecho rápido, sobrevindo-lhe o colapso quando, muito contente, se preparava para deixar o hospital onde, durante alguns dias, se inter nara.

E, assim acontcceu-lhe apresentou, como ideal, ao terminar 0 seu discurso de posse na Acade mia:

IVI

últimos aconipariü.ide nossas aprí/Vfit ainhi. mento pro.sa, .as ví-zi“'nhia (le Ao terminai', diálogo <pHeermo.s a esf:id:i < ílizi;t'lhe «●ii lhe o bravo. — invariavelmente.

● privilégio ír * -.ii*- a >ua casa depois .sí-ssõfs das (juinias-feiras. no tru.ivio o encanUsna \-ariada c instrutiv* loJilpoS, f: do {■ na .bonrosa compiI.inia Sobrinho, registrar o dc5-

ílarliiisa .-,1 o que (jn«-rn CIO sciiipr'' ocorria ao la Ac-.ademia: — (Icixe-nio <l»rNão. j-C‘.spondia-rw Ainda não preciso Mas«

Disse Buffon: tí La plupart de.s hommes meurent de chagrin”. Gregório da Fonseca desgosto. Morreu a ponto de efelisuas velhas aspirações de ar tista. Serenamente, nao morreu de descer. (jue me ajmlc-m a relriicava-liu- eu. sua ajuda, soii eu te argiinuMito, de.s.se o l)rav<>. I*'oi " <|ue so vorificoi dc (piem precisa K. só diante dc5c-on.sentia (pie eu lhe var i como sempre, sua alma de crente e de bom aco lhería com íntima alegria, a liberta● . ção definitiva da realidade, fei triste, da vida terrena culto da arte cipar”.

última voz c*m que, sous oilonla e n»''* à .Academia. ainda na completado.s os anos, comjiarocou a e que no pura procurara ante-

Tal a morte do nosso querido Leyi, que tantas saudades nos deixa a todos nos. Tive frequentemente,

Sala das

sotenihro Sossoos, b do de 1971

IV.AX IvINS nos

SAN MARTIN

Mimstuo Maiuo Cáusos B,\iuuv/.\

(Discurso proiiiiilo n.i fciiinoniu d;i in;uu;urac,'ru) do sc‘u inonuni.Mito)

yA cerimônia de imuiguravão do monumento a San Martin, o chan celer Mario Gil>son Harbo/.a iiroferiu 0 seguinte discurso:

horizonte paço

“Com o gesto largo a mostrar o (pie é o futuro no cseste bronze destina-se a cap-

tar a efigie eterna dc um homem que, 110 dizer de Ricardo Rojas, “per tence à toda a América iiulepcmlente”. Não sei .se o conseguirá, pois a imagem do Libertador general don José de San IMarlin vive e há cie vi ver sempre em nós com o dinanismo próprio da ação. a galoimr, de sabre em punho, na frente de seus granadeiros, a criar exércitos, cru zar cordilheiras, libertar povos e nações, fundar pátrias. A San Martin, devemos a ho menagem suprema de vê-lo sempre como um ideal a al cançar, um símbolo de inconformismo, a ambiçao irrefreada dc servir à liberdade.

Do alto deste pedestal, o grande capitão comanda mais uma carga de cavalaria, mais um ataque contra o aparentemente impossível, tal como nas planícies aiidaluzes de Arjonílla, quando, jovem ainda, sentiu pela primeira vez o gosto guez da gdória. Cabe-nos hoje, aos desta geração, encontrar e conquis tar o horizonte que nos aponta o Libertador.

Sua vida foi, desde o começo, uma predestinação. Nascido na missão jesuítica de Yapeyu, às margens do rio Uruguai, em Corrientes, quis o

destino marcá-lo desde o inicio, pois ■■yapeyu” significa, om idioma gua rani, "o fruto que chegou no seu tempo”. IC San Itlartin foi isto an tes do tudo: o homem do tempo, nem antes nem de])ois, o tempo certo. Aos 33 anos, já coberto de glorias, depois de se liaver balido por seu rei duran te toda a adolescência e a mocidade, cm terra e no mar, na África e na Península, contra mouros, ingleses, portugueses o franceses, recolhou-se para dentro de si mesmo e parou. Foi sua primeira parada no tempo, aquela que por sua vez primeira obrigou a refletir, ponderar, pesar e medir para chegar finalmente a de cisão suprema do sua vida: a esco lha da liberdade como a causa maior. E tomou o ca¬

niinho dos mares, atraves sou 0 oceano para voltar ao berço natal, após 27 anos fincar as raízes da incom ardor e dc ausência, para (le homem maduro na terra fancia, para dedicar-se, ideal mais alto de libertação da América, 7 sua paixão, ao época: a conquista da independencia. Em sua luminosa existência, é es te 0 periodo que vai firmá-lo defi nitivamente no culto da posteridade. San Martin viveu este momento hea a embria- e roieo integralmente, como se sou besse que sua imagem naqueles dias a que serviría de modelo para eternização no bronze: concebe, numa chispa de genio, a idéia de que a independência argentina havia de consolidar-se além da imensa corera a

apos memorável

Cidade ti a

íilheira, nas praias do Pacifico; cria 0 exercito dos Andes e, novo Aní bal, novo Bonaparte, cruza o íci;?antesco maciço de montanhas para aquecer-se ao sol do meio-dia da vi toria de Chacabuco e, finalmente, ao lado de 0’Higgíns, implantar defi nitivamente, nas planicies de Maipu, a independencia do Chile; esquadra, faz-se ao mar, desce nas praias de Pisco e, campanha entra em Lima, dos Reis”, proclama a independen cia do Peru e aceita constituir-lhe e chefiar-lhe o governo com o titulo de protetor”, titulo que parece ter- lhe calado fundo na alma, pois que sempre timbrou em ostentá-lo. K vem a entrevista histórica de (íuaiaquil com Bolívar, em 27 de julho de 1822, 0 dialogo a sós dos dois gi gantes, os libertadores de todo mundo, o mundo hispânico rica, no momento

transfigui'ou-H«-. r;ula no recoIhe-Hf nu 4-nmio dos muros lenciíi, ii tudo solicitações. ser»-no.

j)t'rturl»a\ad. al«abale o corpo no no-Surmer, aos eternidade, é a sua niliva para<la jío tempo. Senhotvs. (jue lição i‘Xtraiifnio.s de.ssa iniirlavel vi<la? fonui podei-e.nos faier justa justiça a Z ~ .Martin? !’enso não (■ a sua segunda ^ Kegressa à Euror voluntário, atr-A3 im-.\puiínavois do seu s— r<-sií-timIo, a todas .ls lacitumo. nuc a morte vilarejo do 72 ano.s, e entre lt*reeira e dt-:arma uma

melhor e mais Jo.sé <le San vei- alternativas. ^e.\l: c-reio nao o nosso dever ( ssi-m’ia <lo seu pensA rem <luas o))ç«'e.s: interpretai- a mento, da sua ação. da sua vontà caminho que ele i>cs e seguir o alto (Icsln estatua, cu?. ele nos legou, ta iiidcqiendoncia, de ciu‘rgia e sem des do aponta prir a tarefa <pie zer efetiva nossa dicando-nos (smi um na Ameque preciso em aqm, na America Portuguesa, pnncipe Dom Pedro, sob a influen cia de brasileiros

liberdade, destas ter- falecimento, na ras da America, deste solar do nov para (|uc o homerc-omo ci-iatura <le Devs o

uma geração vibrante de por nascimento ou ado- çao conduzida pola sabedoria políti- oa do grande Andrad rebeldia que levari bro. mundo, criado nele vivos.se na segurança de ser a medida dv' todas as coistis. a, comandava a a ao 7 de setem- Esta missão, esta suprema taref* que recediemos, os do nosso tempo, c somente nacional, embora nepatrias renuncie à sua solierana resjionsabiliclade; de todos nós, jiovos da America, ^ há ílc ser obra conjunta

Está San Martin gloria. Tem 44 no auge de suu , , . de idade. Já entrou na historia, já tem da a consagração da Duas horas e meia, em nao nhuma de nossas asseguraposteridade. , Guaiaquih conversam a sos os dois libertado res. E San Martin

solidade e de um continente nascido sob o sigrenuncia a todas as pompas do mundo, retira palco, recolhe-se à sombra dos bas tidores. E’ o seu mais alto to, aquele em que dentro de si mesmo, icresceu sobre si mesmo, superou-se a si mesmo, da igualdade entre as nações. no -se do Excelentissimos senhores presi dentes da República Argentina e d\ Republica Federativa do Brasil.

Tenente-genoral Alejandro Agu$, tin Lanusse e general-de-exercito momense aprofundou

Emílio Garraslazu IMédiei. a presen ça de vossas exceli'neia.>; na inaugu ração deste monunienlo à gloria do Libertador general don .losé de San i\Iartin é petihor seguro e testenuinho permanente da unidade dos cks* linos da .Argentina e do Itrasil, da nossa amizade fratenia e iiulestrutivel.

Em cumprimento no mandato com que houve por bem lionrar-mc sua exceloncia o senhor presidente Emí lio Garrastazu Módici, recebo c agradeço, em nome do povo brasi leiro. a estatua do Libertador, ge nerosamente doada ao Bnxsil pe’o

nobre povo argentino e erigida num belos recantos da do.s mais formosa de nossas cidades”.

mais

Máquinas e Equipamentos - Aspectos de uma

Indústria de Suporte

bVami niA

^ indústria brasileira de máciuinas e equipamentos, no setor da produção de bens-de-capital, situa boje com extraordinária importância, ocupando posição de destaque na ^ mérica Latina. O incremento des- . sa atividade teve início com as di. íiculdades do comércio internacional, . em consequência da última Guerra I i^lundial, quando surgiram [ as primeiras oportunidades , instalaçao de

ro, einl.ora (iivor.‘^os i-amos que lategram o .setor ainda se ressintam ^ entixives, ;tli:ís supenivois, segfuair atestam -.ilgims oliservadores.

Km têi-mos de cre.scimento, a Í2dúslida brasileira dc- transforma:».' tem SC caracleri/ado com excepcir^ nal desenvolvimento no contexto di economia ílo setore.s fpic*

P;iís. salicníando-se c? servi-m de sustentácuVt? | (ic l)c*n.s-de-capital. *t atividades da mecinv ●' do material elc- ! no País para um parque que ensca demanda interna. I jasse atender i Em três decêni

’ econômicas que ^ tendiam ●os, com as dimensões «I se esuas áreas das raatenas-primas, dos e- Quipamentos e dos isu- sumos básicos, a fabri cação (lesses bens conseversificam^Ü^^^^ ■ técnicas, di- dução. ''^^'■adas linhas de pro-

A importação de pamentos em foi, durante uiáquinas, equigeral e ferramen‘as . , , rnuito tempo, a fon*e essencial da industrialização brasi leira, com ritmo ascendente de com pras. Ha menos de um decênio, ve- rifK^ou-se acentuado desnível aquisições exteimas desses materiais. iniciand()-se, praticamente, a era da auto-suficiencia do País nêsse setor industrial. Daí por diante assina- lam-se baixas no peso e no valor da importação desses bens, o que faz entender a firme tendência da evo lução do nosso parque manufatureii nas

â fabricação denciam-s(' as ca, da metalurgia, trico e material d<“ c-omunieaçoes outras que, direta c indirc‘iamcnte, interfe rem no comportnmeTi- * to da indústria de mif|uinas, equipamentos < ferramentas. Conformí || dado.s levantados peda Fundação túlio Vargas, correspondentes ac ^ ano de lOGÍ). as indústrias de equ> pamentos c as do consumo não dvráveis revelaram menores incremen tos em relação ao ano anterior, com. exceção da indústria tle bebidas e alimentos, esta influenciada pela || transformação de produtos agn”ícolas indu.strialixaveis e as boas collieitas. Maior parto do dinamismo observa do no setor manufatureiro naçíonal se deve à indústria automotriz, tan to pelo .sou próprio desenvolvimento, tanto pela ílemunda que gerou. Além disso, a atividade influiu indiretamente em termos de emjirego e ren da sôbrc o comércio, o transporte o

campo da indiislría traloros alin-

mar-

Ali-

Material tle transporto . . . .

Papel 0 papcdão

Química

-í- 1Ü,3 + 3,6 i .... + 24,1 .í + 11.2

Produtos do perfumaria, sa bões 0 velas . Produtos de matérias plás ticas Têxtil \'ostuário, calçados e arte-

Produtos

Borracha os serviços. X<> posada, a produção diKÍu, CMVi lOdí*. a (piantidadc do 11.000 unidades, esjiorando-sc' (pio t<.-nha al cançado os totais do ir’. mil o 10 mil, re.spectivamento nos anos subsociucntcs. A sidcruri^ia, por outro lado, vem ocujiando larpa marii'om do capacidade iiartic-i])ando do ^manoira decisiva nas indústrias do bonsdo-capital, com a cante do.s

Beliidas

fatos de tecidos conlrihiiição mclais-não-fcri (»s( s. as, com o )iropúsito do instituir o promover as bases que sirvam como fontes constantes de matérias-primas às indústrias de mã<iuinas, equiiiamentos o feriximenlas, vem o tlovêrno considerando os vet-ur.^o.s mine rais do País. seu lensivo paralolamcnte. tares jiara trias básicas.

Dados mais atualizados conhecidos, relativos a indicadores da evolução da indústria do transformação, vantados pelo Derartamento de Kstat'stiea Industriais. Comerciais e de Serviço.s — DEICOM, registram o seguinte quadro, para o iierlodo — 1D70/71, de janeiro a novembro:

alimeníares -p 3,0 -

Fumo + 9,2 + 4,3

Fonte:

DFICÜM — IBGE

Jan/nov 1070/71

Minerais não metálicos . .

± (%)

7

V\RIAÇõES POUCENTUAIS DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇ.ÃO I4 d

Metalúrgica

Setores e m máquinas, a indústria -h 2Í>.6 -i- 12.5 -1- 42,0

Como clemonstra o respectivo qua dro da evolução da indústria brasi- ^ Icira dc transformação, quatro tores devem ser destacados aproveitamento ine eficiente, estabelecendo, medidas comiilcmenconsolidação das indúise- i no mais da fabricação conjunto das atividades qus interferem no campo de máquinas e equipamentos, ou sea metalurgia, a mecânica, o de ^ ,s .lam material elétrico e material de coniuniatcrial de transporte. lenicações c \ indústria de máquina-ferramenta, IPEA, 1 registra estudo do is talvez do que qualquer outro como mais segmento produtor dc bens-de-capi- tal. ocupa posição de extraordinária importância no funcionamento do sistema ccomãmico. Parcela signifi cativa de sua utilização tem por fi nalidade a fabricação de outras va riedades de bens-de-capital pois, ; como é sabido, máquina-ferramenta j áquina destinada à fabricação de De forma generalizada, de transformação, no

Mecânica

Material elétrico c material de comunicações firmou-se com o citado. período aumento de 13.G‘?( 0 que significa boa taxa de crescimento. Iso- nma ladamente, no setor metalúrgico sa- .i -H 24,2

lientam-se as indústrias de chumbo, de laminados, folhas dc flandres, ferro gusa e aço em lingotes. Xa área da indústria mecânica, apresen taram maiores taxas de crescimento os ramos dedicados à fabricação de tratores, motores Diesel, mecânicas, bombas centrífugas tativas e elevadores não industriais.

mente no ●-ainpo das indústrias df bens-dc'-c:ipil.al.

V n-

Indício marcante que revela o avanço da indústria nacional de má quinas, equipamentos tas está verificada S.lo Ber- n e ferramen- 'J r na exportação nos últimos anos, atingi , do, em 1970, o valor de 97 milhões 1. de dólares. A evolução, entre . de 1967 e 1970, foi de expresso

do Sul, com 4.8'v. maquinas e aparelhos pertences e acessórios, motrizes, instrumentos j parelhos diversos

Klementos rrlaii\'os ao ano de... 19.Õ9. dà(» < onia fli- «pie o nmior nüferramentns si- » i‘ais. Sendo que to localizadts .T\ emi)rêsas <'ojn uina f«-rte concen- \i tração dí» t<iial. Ai j-esc(>. ainda, qu? W ósse parque industrial <Íe sustenticulf) reune-se na ;'irea dos municipios pauli.sta.s de '.-^anto Amlré, naido do C*ampo, Sao ('aelaiio do Sul c* naC-apital. .-\s demais unidades prodiitoríis desses m.ateiuais do bens de mero <lt* nuiipnna---. e tua-se no sul il*i Kstaílo de ,São estai> pren.sas e ro-

Capital estão distriluiidas entre San1.2'í. Kio Grande os anos ta ("alarina. com 6.0M . <● Guanabara, com mais de 50'Á, arrolando-se a venda externa de elétricos, seus máquinas agrícolas, apara indústria, etc.

S<d> o aspc*ct<t cional tio ranie» de do-nos dc* dados Como fator 1 ● preponderante no de- senvolv,mento da fabricação brasile- ira de maquinas, ramentas muito influído a

<](> estrutura ocupa.'itividade. valen(● análise* rc?alizados

5.661 pesequipamentos e ferdiretamente tem niontagem de uma infra- estrutura economica e financeira de soas bricação

do um total dc* duz num índice dc* apoio, compreendida expansão do credito, inseçao de tributos, incenti vos à criação de know-how

, _ , nacional e absorçao de tecnologia estran<>oi- ra e outras motivações ’ atual política engajadas na de desenvolvimento industrial do Governo. Afora a atu ação do Banco Nacional do Desen volvimento Econômico G outras en¬ tidades financeiras, públicas ciliares, destaca-se, na área dos i centivos, o que vera realizando o Con selho de Desenvolvimento Industrial (GDI), do MIC, órgão recentemente reformulado, através de seus grupos e sob grupos específicos, particulare partiin-

pelo IPK.A, ol)serva-sc* rjuc* 71 empreaa.s con.sideradas ociijmni , exclusiv.anu-nli- dc‘dieadas à ffl* niá<|UÍnas-fc-rramenta. ] 1.18.5, o (|Ue se traoc-upaeitmal de 57G relação à nião-deAinda

para o .setor, em obra efetiva das (*niprêsas. com referência ao aspecto de estru tura ociijiac-ional, conparando-se da dos de 1961/68, nota-.so (pie enquan to o número de empresas decresceu de 19''/, o número dc jiessoal ocu pado na industrbi dc* máquinas-ferramonta subia ]iara 185'í , o que sipmifica um crescimento do tanianlio das empresas, de 5.3,1 para 79,7 .pessoas por unidade .produtiva. Setor altamente especializado c técnico, tornase crescente a necessidade de pes soal habilitado, princi)ialmente de senhistas e engenheiros qualificados.

Conforme aponta o c.<ludo ciuuk», as empresas de menores dimensões dispõem de lapacidade luira

ver mão-de-ol'ia (.'spi-ciali/.aila. na media desejável, liaviuulo mesmo, de um inodt> (íeral, uma fraca prt>pornao absor-

oionaliilade ile participação dêsse pessoal. 0 quadro respectivo, com dados de 19(58. do IÍ’EA, indica a situação do pessoal direto e indireto ocupado no setor nacional de niáquinas-ferrainenta:

PEsso.AL (:(;n'AiJi) \o sivrou XAtdoxAi. i)i-: ma(^)UIXas-i'Kkha

— 19(iS —

cias eni)>re'.is

Mais (Ic õOn pi'ss(),is 100 a m)

ÕO a 99

Menos dc -19

Foiitc; irilA

Apura-se. pelo (puulro representa tivo, ciue a inão-cle-obrn esiiecializacla, na produção de mã(|iiinas-ferramenta, aleança 31M do iiessoal no setor, o ((110 re]nesenia nivel razoá vel, SC considerarmos cpie no eainpo internacional o percentual gira em torno de 40',< . No entanto, adianta o estudo do 11’KA, a alta relação infio(le-obra imlireta/tamanho de emprê- número sa iiulica a prcqionclcranle influência da empresa nacional com mais de l.OQO pessoas ocupacla.s sôhrc este n resultado TonUbido-se as 70 empre sas com menos de l.OOt) pessoas do. ocupadas, o novo conjunto passa a ter .58,2 pessoas por empresa e a percentagem de indiretos passa para 24%.

Não é pequeno o número de empre sas industriais dedicadas à fabrlcade máquinas e equipamentos, com insuficiência de pessoal especia lizado, prineipalmente engenheiros.

Numa análise um pouco mais deta lhada, quanto aos aspectos quanti tativos, os resultados se tornam mais graves, o assim descreve o es tudo do IPEA: “Existem, apenas, 49 engenheiros entre as 24 empresas que os empregam, distribuídos entre proprietários, seus filhos e outros; quanto aos desenhistas, alcançam o de 121, entre as 40 emprêA participaindústria naciosas que os contratam, ção de técnicos na al de maquinas-ferramenta atinge, atualmente, 2K/< do pessoal ocupaPara que o setor alcance me lhores níveis tecnológicos e de efi ciência, é indispensável que conte participação de 3 a 4 vêzes com a mais engenheiros e desenhistas, do tem atualmente (6 a 8%), pelo

que menos.

Contudo, evidencia-se que a fabri cação nacional de máquinas, equipa mentos e ferramentas tem, nos uUiçao

mos anos, atingido niveís acentuados É . de desenvolvimento, abrindo oportuni- í dades apreciáveis para substituição [ de importações. Contribui e tem par- ticipado para isso o interesse gover[■ namental pela formação de ^ trutura de suporte, através de estí- f mulos setoriais, particularmente por t meio de incentivos às pesquisas de re1^ cui'sos minerais, ao desenvolvimento f científico e tecnológico, abrangendo, H, ’^^*ysive, à tarefa de fortalecimento da infra-estrutura social.

. ^ Em Gspeci- a indústria de bens-de-capital r tá estreitamente vinculada í r Paração de al, cs- a premao-de-obra especializaou seja à criação de know-how nacional e absorção de tecnologia ex terna. Ahás, quanto aos aspectos de , uma estratégia de educação e recur- ;● sos humanos, procura a açao go- ' estabelecer a inwVatso dois niveis principais de formada,

çao do jt'SM>al t«-rnici> dc* oÍónci:i «● l< rii<df»gia e execu ção do.s pi’ogiai7)as <!«● pesquisas ci entífica c* i*-«-nidn'L'ii'a. para que este jam pcrfoitanu-m»- articulados, senílo uma conscijm‘m-ia natural do ou tro. Tudo isso. <● i l.aro. com a finali dade prc<ípua tio cstalioleccr no Pais uma liinámica exemplar de acordo are as uma esf com o seu cstjigio g-cral de desenvol vimento, Htilux-iudo no si‘tor da indús tria de márjuinas. ctjui] ameníos e ferramentas, a exi>.'ir. em síntese, dc campo empresarial j)rivado a mais rápida adaiilação dc* jnentalidade evo luída, em cpic- sejam adotados novos métodos de adminÍsti-ação, decisces mais oficientc‘S, icduçâo de custos, compreen-

tjualidadt* e melhoria de são do alto significado da participação de pessoal técnico especializado no conjunto das atividades iledicadas à fabricação d(* l)ens-de-capital.

O papel do Economista na Política

Econômica Brasileira

l’iu)i- i:.ss()H ( Soi.r. l I

Palestra promiiiciatia poi tHasi.'in da Faculdade dc (iiem ias Iv, inu'tmicas ila l‘'uiuKKão

Ituni.iliiia tia tiunia dc economistas da "AKaics Ponteado”

coletividade dc tiual<iucr pais busca alcançar sempre um mesmo ob jetivo, (p;al seja, o dc ct)nscguir um nível superior do l)cm-cstar social. É através do Clovcrno, organismo dotado de poder e capaz ile estabele cer normas, regulamentos c do ma nipular, deliberadamonte, certo nuinstrumentos ciue a o seu

montos utili/'.adt.>s pode conduzir a re sultados contrários aos objetivos fixados.

litica econômica economista

No campo da microoconomia tam bém cabe ao economista uma imporde assessorar tanle função que é a os responsáveis pelas empresas suas decisões. O conhecimento da po do Governo dá ao elementos para a planiatividades da empresa nas 'i mero de sociedade busca alcançar objetivo.

A atuação jamento

ficação das de forma a permitir-lhe aproveitar as economias externas geradas governamental com

do Govêrno no planena coordenação, na no controle das pela ação vistas à mnximização do seu execução e atividades econômicas situadas ft na sua esfera e na fixação das regras para as atividade.s das particulares fornuim iim conjunto (pie podemos de nominar do politica econômica.

Uma voz fixadas as motas a serem atingidas pelo Governo, também chude variáveis-objetivos, tais desenvolvimento econômico, a lucro.

Utilizando seu, instrumental teórico para a solução dos pro blemas econômicos, quer a ní vel do Govêrno quer a nível da economista dá sia maior desenvolvimento do emiiresas empresa, o contribuição ao país colaborando para a elevação do bem-estar da coletividade.

No Brasil essa contribuição, embo ra recente, já é bastante expressiva.

A função do economista, até na alguns anos atras, era entre nos pou- formandos em madas 4 como 0 estabilidade monetaria, a melhor dis tribuição da renda e o equilíbrio do balanço de pagamentos, a Teoria Eco nômica fornece os elementos para a escolha das variáveis-instrumentos como a política monetária, crediíicia, fiscal, salarial, cambial, etc, que per mitam a compatibilização dos fins vi sados dentro do modelo de desenvolconhecida e os CO encontravam 0 exercício de econômicas ciências campo i"estrÍto para sua profissão.

No setor publico os cargos de na tureza técnica eram, em geral, exer cidos por pessoal não qualificado. Apesar de seus esforços e boas in tenções, por desconhecerem a aplica dos instrumentos de politica ecovimeno adotado, com vistas a maximização dos resultados. Cabe ao economista a tarefa dessa escolha que envolve uma grande responsabi lidade pois a inadequação dos instru- çao

m 05

nômica, provocavam desperdícios na administração dos recursos e condu ziam a economia nacional sem grande visão de conjunto e sem definire seus rumos.

címeiUo d;i iii rra-t*.slriiira cconôn:.. e .«ioeial, r< %i-lam a acêrto dessa po'^lica ecíjiiõniica tornando nosso p*:? inclusive, inotivíi <le admiração cenariíi inli-rnarional.

A intensa inflação gerada por excesso de demanda, levou privado da economia a se descuidar do planejamento, do controle de to.s, da pesquisa de mercado, dos bleraas gerados pela interna e externa, já que prevalecia a chamada lei de Say “onde a pro dução cria seu próprio mercado”. A exemplo do setor publico, as empresas que possuíam um depar tamento econômico ou uma assesso ra econômica para indicar à empre sa 0 melhor caminho a percorrer. Os planos elaborados visando coordenar íuica não foram executados ciência e

0 seior

A niai«/r utilização dt* economisi&s no setor púldico. tanto no plar^.Icdeial, cí.ino c.si.adual e municipal levou as (●rnjirêsas a reconhecerem necessidaílc.' um

CU3proconcorréncía emprego de nssess*?^ re.s economn-ds para melhor compre enderem e .se aimddarem aos noTcobjetivos g^í.vernamenlais.

raras eram

no passado a politica econôcom efi'■‘=si>>tados foram pouco sat,sfatorios. A partir de 1904, 01^ a criação do Ministério do Pl o primeiro esforço bem sucedido de coordenar a atuaçao governamental

Com isso tivenuís uma acentua*!* valorização do jirofissional em ecoiK^ mia e nos camjios fiue lhe são liga dos, como a adminisração <le empre sas, desi)ertando a atenção dos jover.s que passaram a procurar as faculdaíles que ministj-am esses cursos.

Para atender a essa procura forair. criadas e estão sendo autorizadas a funcionar em tôdo o país inúmeias faculdades destinadas ao ensino de ciências sociais, ospocialmente de economia e atlministiação de empre sas. Alem <la criação de novas uni dades o contróle das mensalidades nas faculdades pelas autoridades fe derais obriga as já existentes a aumentarem o numero de vagas em seus estabelecimentos a fim de bus car o equilíbrio <ie suas finanças.

ar. vis(as a consecução dos objetivos fixados no Plano de Ação Econômica do Go verno. A execução do Programa Es tratégico de Desenvolvimento e atualmente, do Plano Nacional de Desenvolvimento se realizando de forma bastante satisfatória a tarefa de coordenação e nhamento dos técnicos graças acompaque integram a equipe governamental. Os resultados apresentados pela economia brasileira nos últimos tais como altas taxas de anos, crescimento econômica, substancial redução d taxa inflacionaria, expansão das portações, manutenção de elevado nível de i‘eservas cambiais, íortalea excursos superiores.

A criação de grande numero de novas faculdades o a ampliação das existentes visa a absorção de um j maior numero de alunos nesses cur sos, pelo menos nessa área, quase de terminando o desaparecimento dessa estranha categoria dc estudantes criada ultimamente cm nosso país, n dos chamados ‘●excedentes”, isto ê, alunos que após concluído o curso médio não conseguiam ingressar nos du

silulidade de conseguir o tipo de trahallio mais adequado ã sua prepara ção profissional sendo obrigados a sc deslocarem para outros campos de atividatle.

Creio ípio deveria se tlar maior atenção ao ensino médio profissional e (pie a criação de novas unidades de ensino sui)erlor deveria se enquadi*ar dentro de um planejamento global das necessidades do mercado de traImlho e das disponibüi<lades físicas e luimanas para o seu funcionamento sem aviltar o nível de ensino.

Segundo dados da Siu-volaria do cuidado se defrontarão com a imposEconomia o Plano.ianionto. sòmonlo no Estado <lo São Paulo, existiam, até 1970, -10 ostaludooimontos do en sino superioi- (‘m ciôiu ias ooonòmicas e adiiiinislrativas, dos (p ais 17 loetilizados na roííião do (íramlo São Paulo. O número de matriculas, st>niente no ano de I97n. nessas faeiildades foÍ de estudantes, dos quais KJ.08Õ na rcjíiào do Cramle S. Paulo. Como o número de furmandos em ciCmcias ecomúmicas e admi nistração de empresas atingiu a 1.G85, cm 19()9, em todo o i''sl:ulo e. caso contituii a Jitual tendência, pode-se calcular ([ue daqui ha três ou quatro anos êsse número sera, provavelmente, 20 ve/.es maior. Enti-etanto, é dificil conciliar quali dade com ciuantidado, sondo de supor que a niassificaçao do ensino superior redundara em uma (}uoda oni seu nível de eficiência, tendo em vista a não existência de urna infra-estrutu ra adequada, como salas do aula, bi bliotecas especializadas, institutos do pesquisas, professores, caiiaz do aten der a esse crosedmento desordenado. Como a oferta do oni]n’êgo i)ara pi^ofissionais teiidcrá mais lentamento será corto de que grande parte dos (jue se formarem em futuro imóximo nao encontrarão cotidições para exercer a profissão para a qual foram formados o que acarretara a uma utilização inefi ciente do investimento feito jior toda coletividade.

Quero crer senhores formaiidos que nenhum de vós venha a encontrar os mencionei. tipos (le problema que ina.s, julguei oportuno alerta-los que cada vez sora maior a no mercado de trabalho o que exigira sempre maior nível do qualificação jirofissional. De qualquer forma a Faculdade cumpriu a missão a que j)ropôs, qual seja de transmitirconhecimentos básicos da concorrência sc lhes os Teoria Econômica, cabendo agora, cada um, individualmente, o sucesso vida profissional. a i üu nao om sua

Entretanto, para que possam enmelhores possibilidades de novas profissões não contrar a crescei- esses êxito em suas basta apenas o curso que acabaram de concluir. Considerem apenas que está se encerrando uma etapa^ na A nova etapa exigira vossa vida. novos esforços como a realização de de especialização e de pos- cursos graduação, pois, como disse recente- Professor Antonio Delfini mente o Netto, atual Ministro da Fazenda, aquele que correr ficará onde está e o que parar, rotroagirá' e será atrope lado pelo processo de desenvolvimen to econômico.

A solução para o jíroblema dos “■ execedentes” nas universidades po derá criar outro ainda maior o dos “excedentes” do mercado do traba lho, representado por uma legião de frustrados que após cursarem a fa-

MILTON CAMPOS

.\ki.sí).n C‘.\nNi.iiu I

(Discurso proferido polo ilustre parbinv-nf,,i <lo M.D.B.) em 11' >11

Q nobre Senador Gu.stavo Caj

acaba de significar, dc-sla tribuna, o pensamento comum dos dois Partidos ao evocar, com as palavras de Milton Ci ' pos, a trajetória traç-ada a este País. Sr. Presidente,

somente no cuinpri- nienlo de uma disposição regimental siii- ' to-me obrigado a ler a oraç-fio que 'Tevi em nome do meu Partido. os-

de d.i illteljo ;dt<is e l).ii\os o í I ● ● í \ í ● 1 í bk; 11 i < 1. i d li rd‘ i"tuna indíi.e ão tl<- li.di.dbo o uma bçx cie liberdade. ( ) ijiie lenho foito C tra balhar p 1.1 ot.iiule/.i (lo Brasil c de\c^ t;ir-Mle evtlem.imeiile .lO ( idtO d.l libíT' dade”.

eiui.i. ( orno c onsorviuu, Cfc> I .irieira |X)lilica, b* ■■<) p.ilrimòmo <j»' ,If inii< >11 ( ei (.1 fcula — *<Q vanem t I iin-

c ■ (U>.) ,-I.tdn

« ^ Srs. Senadores, Milton .J Uampos foi o melhor de todos mVs Por- ’ íf. que foi humilde quando podería ser ' Porque foi compreensivo qnanes quando pnderia .ser fátui. Porvam P outro.s fraíinojacheio oum mundo suas tcntaXs í,™ cravo^P„rcpe',,.ave„do%™,K:ro Z , . . ’ pulmillwu os .atalhos da íran .gonca, nem dele guardou ressenti- monto.

Muitos S‘toM'S. tSini preseiK .1. in.i'' f) político (lisjvot voto (lírelo. os SI- iin])io\isam ■^eiiei.us. f essore.s baebarelaiidos da de (ioíás. Insistimos.

( oi to. rcclamavj» ioi anlo.s de tu--:

IMS virnas, l>()--tiis (jiio ocupam. Nk* ■ (ie ntistas, j — Iiã \inieanos,a» y K

i■■.lc●ul(Ia(lo do Dirdí.' J todavia, ein «»● i.i polilica fa/om um m joiM (los omlvatcs p.vrti* I (. -

Há lioras de vivcr e horas dc

Há os que tardam na vida tando vivos. Há morrer, o morrem cs. . na mor¬ te c vivem estando mortos. Milton Cam pos deixou-nos quando mais precisa‘.sua palavra, mais necessária sua desi ' ^ ção, até indí.sp£nsável tanto rjue j-iara j-KHlir aos cics se (Ictcnhain, fixar o pensamento ]‘>olílico cie unia ge ração tão incoiMj5r<“{'nclichi quanto sacrificada.

denar aos (pic < Uno, < omo sc dários jvmbssciii os noviços polir as ar^- c sc banhar n.\< tas cic sna íoiimu.ão águas lustrais da c< tes dc )x-rscgnii' a incrcc siij^rcina c oiit ntar suas a.spiraçtks. ' coniíiança iióblica. ando dingir os jxnos

Do oxist('ncia tão rica ele atitudes lim- ^ pidas, Iici dc ailorar, Sr. Prc“sídcnle, ajx'- j alguns iiislaiilcs, nicno.s para avivá- | los' na nicnnnaa dos contíunporanoos dv' jvóslcros f|uc s(vbrc (juando tiverem de nas

O primeiro grande momento, c]uc de sejo recordar na vida jíúhlica do Milton Campos, foi o “Manifesto dos Mineiros”, esquecido, no curso dos anos, por vúdcsassoniliratlan.onlo o assinaiprovae seria o basa majestade dc seu silêncio. Pnncipalinente, a lição de exemplo. . Não fora para homens dc seu parle qiuí Aristóteles di.s.s(:ra que seu inteligência, I'. como o corpo, tem sua velhice”. Milton Campus mantivera no estudo a juvenUia nos cpie ram cm período de cxcaqieional grávida» de. Mus elc não faltou à nova Inconfi.

se leaos eompronusniemora\ el do- e

dòncia. autos a lionrnn atr .i hora tlnradoira. Quando o nn Belo lloriZonto. já deitado para [i.ão mais vantar, (.ontinua\a li ! sos assumidos na(|ue! ciimcnto. lèslávainos < in ph na an,.riM no nuindo” — osplicara a s*'u Innpo —, 0, om nosso l’ais. iloniina\a ditadura. Sons alicerces eram jn-ecános. ina> apaatravés dos niélodos da procarac terisliea do redime, a so-

rentavam. p.iganda lide/, .suficiente para iludir o po\o. (,) primeiro abalo \eio do ‘‘Maniiestv) dos Mineiros”, <pu- se pode conceituar eomo uin nu)\'imento de inU lec'luais e de

prrv u m')I>ii“ as U-ntalivas da ditailnia f a> cx^XTiòncias dolinilivamonto inaloifiadas dos rcjiiiiifns fascistas O coniaiulo d.' ntn só homem ou do vim só ;4rupo di' hoim-ns não ó a^xmas uma UMU|>aoão {xilitka: ó tamhóm o mótodo inolica/. o ilusório do captar malioiosaimuto a timfiam,-a do povo, para traíla nu si‘>,;uida. .\ sua sombra prosperam t*s c'\ploradoivs da ani;óslia popular e os apro\i'iladoros do monopólio políti co”.

po-

liticüS (pio so disjvunliain a airontar autoritária. a I opressão

Um dia, Srs. Senadores, a Oposição pediu sou nome para di',slraIdá-lo na lu ta governamental. Ninguém linha dnvi da de sna derrota nas urnas. Milton

i-

As lorças .situacionistas haviam inci dido, em U)óO. no ciuiano do nmu candidaltira ilustro c rospoitávol. poróm som maior ressonância na opinião pública, (pio. na palavra do Milton Camjxvs, cons titui. ‘‘no verdadeiro regimo ele liberda de, a fonto dos |K)cloros o das dolibcra(,'(’h‘s, poripu- nola so rofiote o sc con densa o sentimento difuso do povo”. Tudo prcmmoiava, por isso mes mo. a vitória do seus oomp.tidodori“S. Quando as últimas nu vens dc roprovavão sc ' ‘ vem, o cronista dcsapai.\onado constata rá (pic, na opção cm que so viram, os coiivouoÍonai.s oposicionistas não sc eqiiicscolhor o candidato ã Pre-

Campos, mais do (juc todos, .Sua biografia siaia outra, se vigoras sem as leis de agora. No pleito direto, uma sublegencla abrigaria a jxjclcrosa dissidência pcssedisla. ü to a descoberto e a fide’idade parlidáseii Iriunlo muna clcim I 1 sipa- « vo'

ria inipodiriam ção indireta. Ainda i)cin ipie os tempos (ram outros, não importa discutir agora Sc bons ou maus. Cumpre ressaltar (juo Milton Campos rocolbcn do resultado favorável das urnas liçao cjiic vale ser re petida:

gnnar mente:

vocaram ao sidéncia, por mais ruinosas c docoj[X‘io- nantes suas atitudes [Xistoriorcs, mas dificilmcntc os redimirá do ix'caclo mortal m dc haver r<.'lardado dc tal modo a can(lidatura Milton Campos, que a tornou dosgraçadamonte inviável, nao obstante exemplar procedimento do Senador Leandro Maciel. Não foi a eleição dire ta que, derrotando-ü,inesperados à comunidade nacional. Foi a demora no lançamento de seu nome. O sufrágio indireto não lhe daria igual mente n vitória, antes lhe negaria perepclo país, e.spalhando a boa sbt — “Temos um objetivo comum la atingir, que é o de estabelecer o tran^ j | i

A vitória eleitoral não foi o fim dc um movimento, mas o início dc Ira fase da lula democrática, mais du ra e mais áspera. Nessa lula, estamos cada ve/ com mais alento. Pelejamo.s todo.s pelos direitos do homem, cuja sobrevivência dependerá da tenacida de dc nossa geração. E porque desejou scr fiel ao trabalho e à liberdade, coube a Milton Campos ^ destacar que “a democracia moderna “ tí ! o ouV caminhos criou >)

'liiilo ambiente de liberdade c confian^ti qiie nos permita traballiar em paz, Cuin« pre-nos eslabelecê-lo dcfinílivamente, humanizando tanto o poder político quanto o poder econòmicí). O prinv-iro, nos seus excessos gera o despotismo e o segundo, nos seus abusos, a opressão.”

Se a apresentação tardia de siia can didatura à vice-presidência, aliada a<j condenável desinteresse de tantos íjiu- a deviam ajudar, tirou a Milton CaiiH)os a possibilidade de vitória o insuces.so não 0 diminuiu aos olhos da Naç-ão. Ou viu a voz das umas com grande/a, revolta .“Só l

Pí-nconti.iii» <● .iKc II).<is constante do: arr< iiH-tiil.r' ".

]‘Xoci>. Pi> -xid<-nte. eom irKxwtida A í inovão. <> <.itMili<> qiie Mi'ton Caia|MS’■ inqirhniu .i<> > siu<io (joi- jnnto rcoIizaB» i solire o liiiK íon.uiii-iito do ('ongrcsso .1 dl iiKx i.ii i( os {loimun dc p.iises t tnpo. sent ia qu> < > sua esj< r.i do .O..IO. niões do I .●●■^islafX o

só a Irilinii.i livie do pmo «● o (maltnetite iiu iimliido dr lazcr a itisfitiiiçáo com ]>rolini( administravam <> dõssc- trahallio lei. ii < iK .11 r g ula dc fiscaluas lid.id'' c- segurança, aos <}■( l^slatl^>. .-\s ctmclusòrs II.lo <-m lilieceram, ontr> ser aprovad.is com brevid»-

Kxeintivn ainplmi 1 Ml.IS abria os p.ir.i «pie fosse, n^'y I\>der

s< in o povo — pontificou — ú sobtrano e sua solK*rania vés das se exerce atraumas, que por isso mesmr» ne cessitam ser livres”. iiccessil.ini íl , j).iia ipK' r<-sso( iii jx>r todos os recjí*-vfrdadeiras <ir tos <la P.ilria. « m MI.Is

1'àitre as

Antes dêle, outros lideres democráti cos haviam percorrido pírito púbbc.' o í-sfolÇO e o «-.s iiu-nsoes, dos le gisladores. o país, levando ao povo sua mensagem cvangelízadtira. ^ naçws, como os barcos, dependem muuo do tempo, de so! ou de chuva, de calmana ou de tempestade. .Mas prescindem de bons timoneiros nneçam o segredo de tranquilos

^ ao Brasil faltou, na hora da borrasca, Mihon Campt

A presença do eminente homem pú- bheo. que Minas Gerais dcu ao Bnísil era uma garantia no Ministério da lus- tiça, em fase de inevitável atrito entre a lei e o arbítrio, entre o ímpeto revolu cionário e a ordem

constitucional. Sua exemplar correção não lhe permitiu di vulgar a.s res/stendas e as amarguras so fridas, antes de afastar-se do posto, ,sem alarido, nobrenientc. Deus de momentos ainda

Iimm-i lagc-iis. Senhores Semtotlo o P.iís teiii sido prx'>tlo parlamentar Milt>.«t aiiicl.i e.slá iallando. Xrs*

dores, qm fada.s â memória em nao Campos, nma .ses últimos anos. neiilnima lei foÍ irub o csiatulo da imdhrt que co' navegar tanto no.s como nos oceanos importante do qne casada. Iegis'alura ant'rior eneerrara-Sc antts (jiie a Ciãmara dos Deputados aprvw ●iro projeto. <pie lograr» mare.s voltos. E re¬ is. vasse im-n prmn ● favoiiivel da (àimissão de Com¬ parecei tituição e liisliça. \'ollei a oferecê-lo a outra Casa do Congresso lúo 1952, e tardou a aetilá-lo. Ao chegar a prop^v.. la a <‘sta Casa, encontrou proposiç-j^v que, com o mesmo obji-livo, rocem-apix'- ^ ilustre .Senador Mozart Lag.' e Atílio Vi-

sentara o Longa e vacqiia niorrmi ● fosse apreciado. Quando tudo pa- rccia perdido, eis que predcstinavão di- fe/. dc Milton Campos relator çU árdua foi a lula antes (pic* seu notável prestrvou-o mais amargos, a êlc a lodos nós cum-

recei que acreditava que pre a defesa intransigente da represen tação popular, porque é precisamente aí que os inimigos do regime democrático « vina matéria.

Sua grande autoridade, seu indiscutivel equilíbrio, a santidade de sua vida.

o respeito (juc lodos ili'- ti ibiiLiv .mi. a Serenidade com qiir aenlbi.i Mim's{ões e a despretensiosa fnnn.i de relatar, .Se nhores SeiKulores. lor.ini tatores ileeisivos para <jiie sen sul)situli\o se tornasse lei, aprovado smii i-niend.is nas duas (’ i4ii.uda\a. nos

todas, Sr. Presidente, eu lembraria, em J nome do Mo\'imenlo Democrático Brasili-iro. Milton (àimjxis protestando, em de/t inbro de 19fiS, contra o recesso i.m- '? posto ao Parlamento, eom a mesma dc- d terminavãn e a mesma tranquilidade j c-om que assinara onlrora o maniiesto dos 4 mineiros. Xunea será de mais «.-xaltar aos . ^ (pic-, nas lre\as (jin- envoKiam cleslino.s' e institni(,'ões. colocaram seus destinos a ser\i(,() das inslitnivões e honraram ■; esta (àisa e a ordem democrática. J i-

Quando soou o niomento d.» desp<-dida final, e. no Pahuio se eiuaniinliavam para carregar .ilé à p.i/ ilu s; pultura os restos mortais de Milton (ã vra (juanlo eom o uma e outro, mie. si

sas do Congresso, ollios c no cora(,.‘to, ,i pn sen»,a meiga c benfazeja de Dona l)i ,i, a « sposa de to da a \'icla. e no lar li m eonstrnido. av‘Utado m)s últimos tempos p,>r tantos in fortúnios, Imseara inspiração par.i si-n iiiagnífieo tral)allu>. Por tudo isst). Milton Campos, como Uni Barbosa pncleriu proclamar rpic ensinou mais eom o exemplo do quo eom a palavra. On tanto com a palaexemplo. Porque ‘ confundiram.

nupos, i‘in silêncio. rogiiei inulilinvnli- a Deus. que as seiiboras presentes se sein em tomar anli-eipasalç-as tio gesto, uma

Batista Pmeiia «.‘.screvtai (jue Nabueo de Araújo “parecia misérias contennx)ráneas. A sua soreniia ter resolvido o problema

plainar acima das nus niao.s a.s caixão, resgalamin, eom sen dívida qne se traiisinilirá pilas gmuçnes. dade parecia da luz fria — iluminava sem queim;.:. E preciso ri.petir: — havia nele alguma coisa de goelhiano”. .ir.

Mas Se nie íósse dado dest; vida feita de altitudes. ícar, muna a mais alta de

MÍLTON CAMPOS

Gustavo Capankma i ● inirlcflual «● (!«● Estado,

Discurso oficial pronunciado em nome cl.i .-\r< n,i valoroso homem publico Gustavo Capam in.». .mlign

Presidente )”● it 1

Sr.s.

Senadores:

Agradeço ao meu caro lider, Se nador Filinto Müller, o encargo que me é conferido e tanta honra me faz. Queira Deus que o meu discurso não deixe de corresponder à confiança do meu partido, em cujo nome passo a falar.

A GRANDE PERSONALIDADE

Nestes últimos meses, depois que perdemos o nosso tão querido Milton Campos, muito lado,

equilíbrio c*ra dom imr excelência. 7‘udo nele- er.-i « «jiiilibrado, a começa.* pela importãiici.a da (-bra em CO»frontí» com a elevação da persosilidarle.

Dizia cii ipic (jiiantos se vt3 ocupamlo da vida <lc lUilton Campw» flepoi.s qiu- êlc* si* rc.ssaltar o sua pcrsonali<lad(*. humanidade”, foi de Sá, foi. instara c* incomjí.arável valor d* “ Uma flor \W o (|uo disse Mc?? ^ antigí» senador, que cora Senade

enaltecer

longamentc* Outro senador, Nelson Carneiro, tar*.colega na jirescnte legisl» conviveu no se tem escrito e fana imprensa e nas solenidades, em louvor bém seu tura, não reinumiu estas palavras t;i: Milton Campo.s era o ir.«Km Minas, tod^s dele. . - Rememoram-sc episodios da sua vida e feitos da (i certas: Ihor do todos n<')S. sua carreira. Cada qual procura _ a sua imagem de homem superior. Os atributos da sua

U

Keeordemos apeivas^ dois Gcsritoros ir.> Não b disse Vivaldi Mc^ falaram. assim os conccdtos de nciros (lo primeira ordem, moclifla ))ara ele, e não há termo de compara Milton Campos ora “o único e caracteres rara personalidade são lem brados, em críticas antigas republicam e em perfis e comentá rios feitos agora morte.

que se reira, ção.

João Camilo do Oliveira Toitcs, pairafraseando as palavras que Shaks ])eare pôs na hoca de Mai*co Antonv respeito do Bruto, quo acabnvn d-’ moiTor, assim se exprimiu: “Ele fo* o mais nohro entro todos os m'. \ » a propósito da sua

Como era alta > como era perfeita a personalidade de Milton Campos! A história mostra a diversidade da figura dos grandes homens, especial mente dos homens públicos. " notabilizaram pela obra extraordiná ria, conquanto menor tivesse sido personalidade. Em outros trárío, a personalidade é que avulta, pela grandeza e exemplaridade, passo que a obra não alcançou o mesmo nivel. Em Milton Campos esse contraste não existiu. Nele o

a

Uns se neiros.

Que grande milagre que 6 o mem superior! Não faltam homer.s de elevadas qualidades. 'Homens cio ( critério, homons de probidade austeridade, homens co?’ajosos e bra vos, homens di.spostos a morrer per um amigo ou por uma causa, !«>-. a ao con-. h ao

mens modestos e humildes, homens de bom coração o do espirito caritativo, homens finos o polidos, homens de raro tato, liomcns altamente inte ligentes ou consumados no salier. quantos e quanítis convivem conos co! Mas não é com tais ou ciuais desses e outros giandes atributos, o até nem mesmo cum a soma deles, que se há <le compor o ser miste rioso (iue é o grande homem. A personaliílade supm-ior é toda uma vida, “uma vida harmoniosamente modelar”, jnira usar a expressão de Alceu Amoroso I.ima, referindo-se a Milton Campos. Mesta expressão vemos os dois traços de di finição da supcrioriíhule humana: ela tem do

ser coisa harmoniosa e coisa exem plar.

Kant, filosofo no mais alto sen tido da palavra, pois a sua filosofia culmina numa ética, numa “razão prática”, Kant. na sua teoria dos imperativos categóricos, estabelece este imiierativo categórico funda mental: ● Procede de tal maneira que teu ])rocedimento possa converter-se em lei universal.” Foi o caso de I^rilton Campos. A sua vida teve essa jicrfeição. Carlos Drumond de Andrade (reparai, senhores senado res, que estou fazendo uma coleção antológica de conceitos escritos sobre Milton Campos, quando da sua morto), Carlos Drummond de Andra de. na crônica sobre o nosso ando morto, assim termiNão sei do maior elo gio a ãlilton Campos do que este: ele foi o homem que a gente gostaria de ser.

Aí está, em fina linguagem literária, o exato princípio do filósofo. gr U na: jj

A personalidade superior ó dom tão misterioso, que nem mesmo o pecado é ca paz de tisná-la. Não há o de Goetlie, cuja obra

enso é das maiores da história de todos as culturas, mas cuja personalidade, sem ser atingida pela desmesurada explosão dos seus amores, muitos considerada é por como superior à sua obra?

Quando Rielielieu morSanto Padre comen- reu, 0 tou: Cardeal de Richelieu terá Se Deus existe, o muitas contas que lhe pres tar. Mas se não existe,

r

Ique admirável existência ele vi veu!”

Haverá exemplo maior do que <> do rei David? Com o seu tão «rave adultério ele escandalizou Jerusa lém. Mas a sua personalidade, ful gurante desde a adolescência, avultou de tal modo na história do povo hebreu, que Jesus, descendente dele. exultava de ser chamado filho de David.

e a rafiidí-z no |ier<loar, não por urtj e.spé<*ie de pendores r-i'arn o seu .ser. Miiioii ( ampos foi sempr» assim.

<b-ver. m.as porque esses < on'ubstancÍB's e*”

Outro tr;iç

Milton ('.'tnijM.s. ma presunção, nenhuma o.^^lentaçao.

d«- .I<-.sus. constante » r;i não ter nenhi m-nlniina afetaçir Krn em ta:

.1 (io; homens. (]es:imor <la riqwr^ Ber

Estou dizendo estas coisas para acrescentar que Milton Campos não pecava. principio. foram as pnmeiras pa-

A sua natureza era avessa c infensa ao pecado, senhores senadores, da última que 0 Senado realizou

Lembrai-vos, aventurailos os de pfihrezíi. toda a viíla «● de Jesus. sessão todo no ano pas sado, quando o presidente Petrónio Portella expunha a reforma que es tava promovendo? referindo ● C

o mais simpiis Em .lesus. o era inclinação <■ aventura<Í;is. lav’ra.s do .SciMii.ao cia ^Montanha, ber ● cjue têm o espm* Esle- traço percorre o ensinnmer.t

Milton Campos podia, «*r dons (b* gaiilnulo advogado eompemuito dinheirv' os seus tente, ter acumulaml» ou não jiódc nem no longo

A certa altura. Mas nem quís fo)-l una. ad\og-ar a vida tod*

se a um estudo de que, para essa reforma, estava incumbido nador Milton Campos, fermo o seperío(lf) em que exertirou considerável? do seu esforçvv C’hegou ao fir.' o modesta, qg' então já enem Belo Horizonte, teceu-lho grandes elogios, chamando-lhe tle santo, boou no ceu a profissão, proveito.s financeiros muito ao eontrfirio. a vida pobre

0 caloroso aplauso que rerecinto era repassado de -amargura. Havia no coração de to dos um com toflos conheciam, tinha ilusões a respeit' faltas, erros, pecapressentimento triste.

Je.su.s nao das fratjuezas, dos das pessoas com tiueni convivia, mas as NO RASTRO

DE JESUS

A personalidade de Milton Cam pos tinha muitos traços do modo de ser de Jesus. Um deles ragem, a bravura, a firmeza cora que Jesus se conduzia em todas as circunstâncias, mas tudo isto mistu rado de tal serenidade, brandura e humildade, disfarçando e esconden do aqueles dons fortes, que gem que sempre ficava era a da mansidão.

Jesus tinha o coração sempre cheio de bondade, e também a habilidade

EU eompanh'' mesmo. amava assim de viver em

se alegrava dos outros, de conversar, de comer C lêste era tambêr l;I era a co- beber com cios. um dos aspectos fascinantes da alma de Milton Campos, aborrecia se zangava, cia com a ima- conviver. O deputado Murilo Badaró, no exce lente artigo escrito a propósito dc sua morte, descreve a república que ele e outros deputados mineiros

■ ^ Ele nao dos homens, com nmguem. Tinlia infinita toleràntodos. Comprazia-se er.'. Gostava dos bate-papos.

convidados i>ermaiuntes, lavras suas — estava o senador Mil ton Campos, cujti pi\‘sença era seincuidados t*speciais. i‘aznes de sobra ainda mais ípie (piatro canícts sat> papre cercada <lc Afinal, tinliamos para homenagcá-lo, ele proclamava pelos do Congresso (pu* aipicia era a me lhor repúl)lica do brasil. .Sempre que o senador Milton tampos nosso convidado jiar:í almoço ou jan tar, José Monteiro ficava do de escolher o

ei a encarregavinlio ao gosto do senador, bel)ida i|ue .«alioreava inoderadamente, mas Taveira com grande iiraalgumas pão de queijo, eu c Helio (Jareia ficavamos por conta <le fazer !)erguntas”. zer, iguarias especiais, buscava o pivjiarava

tinham cm Hrasília: ■' nonírc os Seria longo prosseguir. Mas não posso deixar, porque este ponto é nuüio imjutrtantc, não posso deixar do aproximar Milton Campos de Jesus t'risto no modo de considerar cada ente humano. Jesus não falava muitas vezes em Deus como o Cria dor todo poderoso: o que se revestia de maior enfase no ensino de Jesus ei-a o apaixonado interesse de Deus j>elo ileslino do cada pessoa. Este loi o aspecto principal da mcntalidaile de Milton Campos, menos pixiocupado sempre com os diferentes aspectos estruturais da organização política do (jue com os fundamentais direitos tle cada indivíduo no seio dessa organização.

Jesus falava com indulgente so de humor. O reverendo James Dow, no seu Dictionary of lhe ao contar a Ptirábüla do Bom Samaritano, reco ter piscado o olho. Não Jesus era irônico.

senL. Ilible, diz iiue Jesus, pa¬ ra ro, Esse traço ora um dos encantos da per-sonalidade d Milton CamiK)S. e

Santo é o máximo da superioriilade. O in-esidonte do Senado, refe rindo-se a IVIilton Campos com essa palavra, definu-lhe bem a natureza. Santidade é o atributo dos que vi vem com Deus. Tudo no santo é limpo 0 reto, o coração, a palavra, comportamento.

Não faz muito, pus-me a ler tenso artigo, sob o verbete Jesus Christ, de.sse pequeno dicionário. Como o

A VOCAÇÃO POLÍTICA DE MILTON CAMPOS

o cx-

Devo ainda falar sobre a carreira de Milton Campos. Algumas palaapenas, primeiro porque ja me tempo, e depois carreira abrange tantos e inestimável autor soube, através dos textos cvangédicos, tra çar as feições espirituais a personalidade luimana de Jesus! Dessa leitura ó que agora me

so¬ corro para o confronto fazendo. que estou

vras foge o espaço e o porque essa acontecimentos e feitos importantes, cheios de influência e lição, que não poderá caber senão numa biografia. retratar

Milton Campos era fino e gentil com as senhoras, outro traço que o citado reverendo aponta em Jesus: “To all women, good and bad, Jesus was, in the true sense of the Word, a gentlenian. em extremo n

0 que pretendo é simples. É ape nas dar meu depoimento sobre o sen tido da carreira de Milton Campos. Aqui já não poderei falar com as belas palavras alheias, que fui reco lhendo, sobre a sua personalidade.

IMuitos têm dito que Milton Cam pos foi no fundo um intelectual, e que somente um intelectual queria

'Dir.i-sio ■ " "

rhefL- <la Xavâo. na organização prí>íifrania «ii- r<'cfiK,'ao do sober*»# bcd^^a, não <i<-ra a devida consider»* noine. l:ui

Começou ux* (jcs;igi'avo ao lider desHorizonlo partis ostinlantes, e entre .Milton Campos, terceiser, devotado, a vida inteira, ao.s seus livios e aos seus escritos. A política foi aborrecido tropeço que teria frustrado, ou restringido, a sua vocação de escritor.

A meu ver, assim não foi. Milton Campos, desde a adolescência, apai xonou-se pela política, e nunca des viou desse rumo o coração e o olhar. Tlui Barbosa era o nosso ido.o. Quando ele fez estremecer o pa s éramos primária. Mas

cntr«* l(-dos 0 m»xs Farho.sa, que, ass:«Iher-se, humi:na cidade bú- a lioje chamads ü

çao ao ilustre, se viu forçado .a ílc mas neira .Santos lomaria (h* feiteado. de rt'1'o .●illivaiiiciUf, l’;ilmira. (hDiiinont. n.d( / uma conus-^^ao <Jc edes estava rani.sta de direito. teve inicio * .seguinte. com a campanha civilista, tneninos de escola aquele estrondo

Xo uno presidcncii^. da camjianha Nilo Peçaiiha, cia da República, em oposição ao canHernardes, chísue<‘.<.sao candidato à presdl^r.- nos marcou e nunca pôde ser esquecido. Rui Barbosa íoi sacrificado pelas manobras dos po líticos que então eram donos de tuoo, Mas

diilato ofiíial Artur Reação Repu- da movimento Sinuiltãneamcntc, cm M;Reaçãü Republicomo candidato a.' Francisco Sale?. liava o blicana. a vigorosa oposição que logo depois desfechou no Senado e toda sua tormentosa vida política até niorte teve a maior influência sobre a mocidade daquele tempo.

Milton foi e.sta<lual, nianifesto na esse compae amigos. Muito mais tarde, Rodrigo assim rememorava: “'Desde adolescente, entretanto, Milton já era muito amadurecido e lúcido do ponto de vista cívico, campanha civilista e as refregas par lamentares posteriores de Rui Bar bosa 0 tinham nutrido de profundo sentimento democrático, um crítico severo e cáustico dos litícos dominantes, ainda s nidade e a brandura

Mello Franco filiados ã lançaram, csta<lual, nas, os cana govérno para res. litanto nos dois ral e o tores do canditlato ila a a

(’ani|)os, ardoroso nnmovimentos, o fedeum dos reda(jiio lançava c

de Raul Soa- enfrentar o nome Rodrigo de Andrade fazia os seus estudos em Belo Horizonte e, estando Milton Campos ainda cola secundária, tornaram- nheiros

o))()SÍçno ao governo ■ mineiro.

adolescência e f. q’udo mo-stra (jue a mocidade de Milton Campos transestudos do ! a Os ecos da correram, nao apenas nos curso jurídico, na autores e nas jxrimícias já tão finas , da sua vida intelectual, mas tambcin. j- continuadamente, nos ásperos recon- ^ tros da política.

Anos depois, em 1920, chega Brasil, convidado pelo Presidente Epitácio Pessoa, o Rei Alberto. O ao

Intelectual, nosso país, ele foi. os poetas e romancistas, leu os filó sofos, leu os historiadores e soció logos, leu os críticos o ensaístas de todos os gêneros. E não foi homorn leitura dos bon$ fr Era então ' I podos maiores do i Leu muito, leu e sem a sereque o caracte- í| rizariam mais tarde.”

de um só livro ou de um sú autor, isto é, luuj leve u (,‘Hi)irilo \’ineado por esta ou a(]Uela int'luêneia pre dominante. Fala-se imiilo <iue Anatüle Franee Iht* Leria im])rimido sua marca. .Mas, a i-sli' resi)eilo, niai.s certa é a ub>e!-vavàu do l’edi-o Aleixo. Aiialole l‘'rance nfu> iTífluiu, com a.s suas idéias, em Milion Cam pos; somente terá concorrido itarti a formação do seu estilo, tão medido e límpido, tão simples e claro. Milton Campos produziu muit(» como jornalista c- ensaísta, como re lator, ar^umentíiiUn' e orailor. A reunião dos e.scritos. que ele deixou, haverái de dar olu-a das mais impor tantes.

Devo, i)orém, a este i-espeilo, fazer duas observações.

A primeira é que ser intelectual em Minas foi semi)re um dos cami nhos da carreira política. Havia (íUtro, (lue .seria tornar-se lider de grande eleitorado. Mas era no dos. políticos intelectuais, mente dos humanistas de notável nome, que estava a classe dos polí ticos de maior prestígio.

A outra observação é que a produ ção intelectual de Milton Camj)os nunca teve earater literário, cientí fico ou filosófico. Ele foi quase em tudo um ensaísta ijolitico, até mesmo nos seus artigos de jornal. É que iia política é que elo se sentia no seu terreno, no seu domínio familiai*.

0 que teril ]ior certo concorrido para dar cui'SO à versão de que Mil ton Campos desamava a política e não a exercia cóm agrado foi que ele nunca teve ambição de nenhuma espécie' de poder político, nunca se desmediu, se exaltou, se apaixonou

nu busca das posições. Não íoi visto pleileumlo nenhuma candidatura. .Mas se a alguma ei-a convocado (e não raro e.^ssa convocação teve de .ser feita com insistência), ele cum]>ria, laboriosamente, impavidamente, o pajiel tle candidato, e se os cargos lhe eram postos nas mãos, ele os exercia com satisfação cívica e es merada diligência.

Ambição, essa iiaixão nunca no bre, ele não a leve nem pelos bens da riqueza nem pelas glórias da po- ‘ lítiea. O sen modo de pensar dian te desses privilégios devia ter sido ' sempre aipiilo (lUe foi dito por Ca mões :

" Mcdlun* ê mcrecê-los sem os ter, CJuc possui-los sem os merecer.” ●

Se nunca teve ambição, havia nele, isso sim, decidida e imperiosa voca ção j)ax*a u política, para os estudos as pele■. I políticos, para as causas, realizações, os ideais polítir carreira poligTupo principal- jas, sa cos, em suma, para a tica. Essas vocação, natural na sua autêntica, retanto mais alma, era quanto sem limite era a sua capa cidade para o exercício dessa car- 0 pi*ofessor André Laiande,definições fi4 reira. consumado mestre losóficas, diz mesmo que possuir as aptidões correspondentes a determi nada inclinação é que a ela confere caráter de vocação. Se faltam esnão há, mas em 0 aptidões, vocaçao simples ambição. sas

Não posso deixar de referir-me ao período em quô Milton Campos foi advogado. Formado em 1922, ele

. <1 i I

I:t<-oiUcoímcntos - começou recusando uma promotoria que lhe fora oferecida em São Paulo. Queria ficar em Minas, onde lacíümo lhe teria sido obter ouira. Mas não o tentava esse ramo das pro fissões jurídicas. Preferiu advogar, e íoi para o interior, para a comar ca de Dores da Boa Esperança. Cerca de um ano dejjois, ei-lo de novo de Belo Horizonte.

É que, na capital, havia, a esse tempo, um advogado, que o era em toda a extensão da palavra, i.sto é, homem de grande coração, homem de bem e mestre no direito, advoga do famoso e prestigioso, Abilio Ma chado, que, querendo cercar-sc de jovens de excepcional valor, chamou Pedro Aleixo e logo depois Milton Campos, para formarem pe inicial.

O escritório prosperava, e o nome do advogado Milton Campos foi cres cendo em reputação e autoridade. A profissão, exercida até 1947, quando cie foi eleito governador, serviu apenas de suporte financeiro para as despesas da família que ia crescendo, mas, obrigando-o mais numerosos e diversos estudos jurídicos, concorreu ainda, a par do exercício, por duas vezes, do cargo de Advogado Geral do Estado, para a formação do seu saber jurídico, outro instrumento de que ele iria utilizar-se tanto nas lutas e traba lhos da sua estrada real, isto é, da sua carreira política.

ram «-.s goveriiu ' nas. Milioo lí- «ilr^^ario .Maciol enj <”:iiiip()s nâ(» se desinte». (Ic na'ia i-ra para toc < líi ido n;is horas e -

re-^sn eons«*lh'-ii< um fieeis.

Pronujlg.oia ('niistituiçâo al^J●ir-^●»●. i-m 1035, a asnsiitiiime mineira, estari lejuiiado i.‘sladiial e partíin;iis i-sclarccidos e a*colaboraçãíj da nova constiJO.stadn de Minas. Conti«■stadual até que, co« ;ís atividades pns ec‘ssaram. Algua d**puis, um grupo de contesde lançar, quase (élebre Manlfís:i

19.‘M e a<í semlíbda <-o ede t.-leito eipante <b>s da vo.s iinçao *l‘> nuou d(;putad< Kstadf* Xovc), o priamente- i)o]itnas teniiJo tadores entenderam clandcslinamenlí-. *● to dns ^íineir'●s. Milton ('ampos, tenrí‘dnção do plan¬ a sua equiria lio participadi) fkrto, foi um rios seus .signatários. Veio u ('onslit uinle do lO-lG e, eUifcrleral. .Milton Campe.c

não lhe ria cimento

to dej)Utado dela fez parle nacici ade, (●(>1)1 dedicação e pugalém <i<‘ inexetalivel conhejnatéria eonstitucionaV

Minas, numei‘osas didas o aos o até a morto.

A CARREIRA POLÍTICA

Em 1017, foi uloUt) governador de , prtj- um a<-oi'do dificílimo, dí foi-ças entre si desenten- I contraditórias, mas que f harmonizaram efusivamonte s6 por I efeito da confiança ile todos nierec;- I da pelo candidato. i

Milton Campo.s cm 1954 se elege I de novo para a Câmara dos Depu- jj tados, donde, cm 10.58, transita para Senado Federal, onde permanecei

Duas vezes J’oi-lhe imposto o pcencargo de candidatar-se à vice-

noso presidência da República, compa nheiro de chapa de Juarez Távora 1955 e de Jânio (í^wadros em 196t\ Não foi eleito. Mas tudo, a parti Enquanto militava na advocacia, Milton Campos não se arrefeceu nos pendores políticos. Veio a Aliança Liberal e a Revolução' de 1930. Vieem

Demos ao bom senso o sentido cartesiaim: é o poder de julgar bem, de distinguir o veixhuleiro do falso, o eerlt* do errado. cipação correia, a gallumlia, o liom humor, a dedicação desintores.sada. o espírito de sacrificio. ● - ludo, nas duas camj)anlms. foncorreii para mais lhe enaltecer a iiei-sonalidade tmlítica. Dele, nesses dois transes malo grados, como de ri-stt> em Iodos os outros de sua viila, se poderia di/.cr 0 que La Rocludoucauld c*seroveu a respeito do Cardeal de Kelz: “ sa conduite a loujours angnionté reputation."

E ao senso comum empi^ístemos a significação latina da expressão, eonsideramlo-o como o conjunto das opiniões admitidas sobre as mesmas coisas do um modo tão generalizado, ●

(jue as opiniões contrárias apareçam individuais. sa j)ontos de vista como Kessa ordem de idéias, Cicero dizia homem de ciência

Em março dc líMil. Milton Campos íoi cliannulo a fa/.er no de Magalliàes Pinto, tário sem imsta. na liora

parte ihi govertico. cer em contato com a conu) secreem ejue o em ter- govorno mineiro ia tomar, mos do lula arimula. u inicaitiva da Revolução. Era mais um onus, íjuele momento perigoso, o seu maior erro senso comum.

(juo, enquanto o deve dar as costas ao vulgo, o políao contrário, tem de permanenuiltidão e que seria repudiar o

Milton Campos possuia, em alto grau, estes dois dons, o bom senso e quais estruturanão

nacpio Se 1)0clia ao seu patriotismo. Vitorioso o Castello o senso comum, os vam o privilegiado equilíbrio, do homem particular, qae também do estadismovimento, Branco o convoca para Ministix) da Justiça, posto cm <iue el presidente o apenas nele havia, mas e sorvui com atributo que, segundo uma palavra dele mes mo, é o traço caracteristico da Ín dole mineira. sou perfeito equilíbrio. o

Como Ministro da Justiça, assim como em todas as outras atividades e circunstâncias da sua lítica, o equilíbrio não um traço, mas a estrela constelação dos grande atributos da sua personalidade superior. i mar- carreira poora apenas maior da

cie se tornou. ta, em que de 19(55, depois A. 1.0 de outubro do* ter exercido por mais de uni ano e meio as funções de Mm.stro da caaab y presidente Cas- Campos, na caita au x «-coe tello Branco, alegava que, com essas eleições, estava, pelo menos em par- 0 equilíbrio, em Milton Campos, te, cumprida a sua ^ do seu compromisso com a causa üeniocrática, estas expressões) que motivação de minha vida.

era a combinação de duas impreteriveis qualidades da alma do esta dista, o bom senso e o senso comum. Estadista verdadeiro não pode ha ver, que não possua estes dois dons. tem sido (ele usou tem sido a “ que V

Não consideremos as duas expres sões, pelo menos para os fins deste discurso, como sinônimas.

Esse “pelo menos em parte” era modo modesto de dizer, visto como, em verdade, inteiramente cum prido estava o seu papel. 0 pais já

arima ilc tudo. o cxtremmlo jHilo <!<' '●-j)jiito jurídico-Sc- no jroviTiio ainda esti\T?sse, Çj* horas d«* aiii-<-oiisão, constran^mefttr e aniTÚí^tia >●!<● t’-ria passado, efttrr alt«-rnaii\a d«- as.stnar, violentaJMí foíix iõnria. e a de ei < om o sistem» Tt(jual estava tà. se achava reintegrado no pleno tadü de direito.

O Ato Institucional de 9 de abril de 1964, único que devia ser segundo o inicial propósito revolucionário, o que abrira um período de exceção, .á estava, a bem dizer, esgotado. Findo Se achava o prazo de suspensão díi-< garantias constitucionais ou lega s de vitalieiedade e estabilidade. Igua'niente terminado estava o período em que o Presidente da República poderia suspender direitos políticos e _ cassar mandatos legislativos. Aa d-- ‘ mais disposições daquele Ato Institu; cional, que iam durar até o fim <lo mandato do Presidente

Ca.stello Branco, como, por exemplo, as í^jue prescreviam mais rápida tramitaçã*j das proposições no Congresso, não eram de natureza excepcional, feriam o regime democrático, tão bem inspiradas que duraram c devem ser preservadas. í s-

Portanto, Milton Camp. exoneração quando já não cessário fazer mais nada

Ora, senhores senadore.s, não tar dou muito, as coisas subitamente transtornaram, e a tal ponto se fi zeram tensas e perigosas, que ●verno foi levado a quebrar, Ato Institucional que tomou o n.° 2 0 estado de direito. se o gocom o

a

a Vf) conipio

as-“inar. r<»m p« n< l<« luei(»n;iri‘i <uiii <> nift ido!

(■..nver sando i crta vez em amigo de Mil*' acontecimento^ um «-lu*g:i<lo s<»l)rc esse c.-t a ol)servação: navegante, o no.sso Milton teve a asl;i lempcstade, e desembariliia.”

(^u.aticlo, dias antes díts eleições Af utubro dc IIM')."). ele pediu eXx*com Tampos fez-me tevisao cou na i)rimeira

d de <1 neração, tudo era ( laro e tranquxVv mar Ijonança. Nesse pnss. tudo era <la sua vi<la. ele terá talvez reveU.v do estndi^u^ nao e eram doS <l(>m niau>res um ,jue é a intuição vejais, modo de prever, senhores senadorecj. falar, nenhuir.s d«* <lesapreço pelos que fcreain ir, na oport a (pie nu* retiro, o per evi excessão. A história, inclusive ● digna iiistória do nosív c*ssa c-ontraposição dc.' normalidade aos quaSi inevitáveis intervalos, cur demorados, de arbítrio. Nei'.^

Não

os pediu era nede nest(; .-oni)>ra ram obrigados a rm*u para a res tauração democrática, e o país achava em perfeita ordem, nhum sinal de grave crise próxima. A sua missão estava cumprida. se idade n sem ne- de agitada, mas mostra Ijaís, períodos <Ie sempre tos ou matéria, creio falar eom certa exf^ riéncia.

A HERANÇA DE MILTON f'AMPOS

O estadista avulta na história ni somente jiclo esjietáculo da sua vidi também c sobretudo pela he u como rança que deixa.

Os que conheciam de perto Milton Campos sabem que ele teria relutado em participar daquela medida excep cional. Talvez não assinasse o novo Ato Institucional. Isto era o natural da sua índole democrática. E havia.

lativo aos direitos do liomcni. E c de IcMiibrar também (lue, a 10 dc dezeaibro íle lOõy. de.s]iedindo-se da Câmados Deputados por ter sido ele.to a tribuna para Há, na heríinça dc .Milton Cainj^os. um valor permanente. <iue é a con vicção de ejue a vida democrática é a única digna de ser viviila. Logo dc- ra pois da sua morte*. AlI>erto Deodatu delo disse estas i>alavras: “ I‘’oi a falar sobre convicção democrática mais intransi- dos Direitos de) Ilomcm, cujo 10.° anigente que já cemlieei."

Não raros estadistas, devotade>s ao conjunto dos proble-mas naeie)nais, se apegam de moelo especial a eleterminaela causa e|ue ne*le*s elesperta maior interesse e fervor.

Para falar a|)enas a respeito dos iiiejrtos, não vinu)s, m> períoelo monár quico, um Joaeiuim Nalnieo entre.^iuc* de corpo e alma à camiianlia ela abo lição e um Kui Uarbe>sii por muitos anos ielontificaelo eom o ))riiecíi)io fe derativo; e, na era reinil)lieana. iim l)arão do Rio Branco todo absorvido pelo prol)lema elos itossos limites e um Getúlie) \’argas sempre ai)aixonado pela causa elos trabalhadores?

semidor. ele ocupou a Declaração Universal

ver.sário naquele dia se comemorava. Disse o orador que essa Declaiação, proclamada pela ONU, ficou sendo ordem política, social c ecogrande docuEm loupara a nômica dos povos, nto do mundo moderno.

● dessa Declaração, frisou que ela, consagrados nas o me vor além dos princípios primeiras declarações de direitos dos fins do século XVIIl, continha a direitos, de ordem modernas os novos mais, econômica e social, que as constituições, promulsradas depo.s rrimcii-a Guerra Muuc ml, consaK.a- r-im Tratava-sc do desdobramento da famosa sintese das quatro liberdades essenciais, elaborada pel» Fraiiklin Roosevelt, e por 1941, ao Congresso luimanas presidente ele mandada, em Estados Unidos.

Milton Campos tinha a sua causa predileta. jOra a causa dos direitos do homem. Para ele, revestiam-sc, sem elúvida, de muita importância ti questão da organização dos poderes tenho constitucie)nais, a questãe) dos parti dos políticos, a eiuestão elo sistema eleitoral. Mas o eiue se llie afigurava verdudeiramente essencial, na orga- zendo ao nização política, era o problema elos tinlia direitos do homem.

O ministro Aliomar Baleeiro, pre sidente do Supremo Tribunal Federal, na homenagem i)restada por aquela tigo egrégia corte de justiça a Milton Campos, quando do seu falecimento, lembrou o papel por ele desempenha do na Constituinte de 194(5, lutando “■ descsi)erada e tenazmente” pela adequada estruturação do texto re-

Para realçar o mento desse p-n- do Milton Campos, cre.o que nao melhor maneira do pisódio de grande significaçao. Lafayette Rodrigues Fe’ dos Estados Unidos, tra- Cesário Alvim, de Minas, dos doi um e Em 1902 reira voltara seu amigo sido presidente preciosa lembrança. Era uma peque na lata. contendo uma pedrmha e uns nunliados de terra recolhidas do an- túmulo de George Washington, Mount Vemon. A lembrança foi enviada com uma carta, em que aque le eminente mineiro traçava, com sua pena magistral, o perfil do grande estadista o Dizia Lafayette; “Ele é o herói dos em herói norte-americano.

t-

rfeX t' I rar verdadeirns o <● i- cia

heróis. Alexandre tinha mais graça c sedução. Anibal mais estratégia e tática. César mais elegância e elo quência. Frederico, o Grande, mais rapidez e ação. Napoleáo mais brilho e flama. Mas ele foi maior do que todos.” E dava, como primeiro mo tivo dessa superioridade, isto: “por que tinha em grau mais elevado do que eles o respeito dos direitos do homem.”

TESTAMENTO POLÍTICO

o.s p:trtido.s só podcnio (piadro.s

;■(.-niidt) revelador <L:í | aininiios da democr»< o J'rc.vidi nie da República < piilitiro.«. (Quanto a estes. < s ivtr utilmente sses l--jralidadi- democrática.

compromissos com a nessa base eU

cjUc serviço.s ao regime de-

Referindo-mc jiarticiilarinente ao partido. <pio "i-a .«c reorganiza, ! bro os seus berdatle, j^ar.i pos."a prestar nKicrático <● a i«-voUição que foi feis» garanli-lo. t^iianlo ao Presi1 da

para rlente, é.sse é <> seu programa, anw- ; ciado j)rincii)almente no seu primeirí’ pronunciamento c;om tantas e.^pcr.anças. Teve entào » Presidente Mediei queza de reconiic-e»‘r que não vivensos ainda na pknitiide do regime denso>~ aerc.s<’entüii que, no * do seu goveriu), essa plenitude

l Milton Campos fez uma espécie dc testamento, que foi o seu último dis curso político, pronunciado no Sena do, a 7 de novembro de 1969. Ele deixa, nesse discurso histórico, ou tra espécie de herança, esta de lor atual. Inspirado ii Xação, rocebiâç^ V 'A a louvável frar:- itk» h vano constante crático, mas pensamento do Presidente Castello Branco, observava Milton ' que, enquanto a idéia e a inspiração da revolução

sao permanentes, processo revolucionário há de ser transitório e breve, porque sua dura- çao tende à que elimina os cidadãos meio social.

cur.so seria alcançada.” Campo.s essa articul4- ' Pergunto eu agora: ção política, assim pregada pelo esp^ . rito realista

O de -Milton Campos, csnó.s cspiritualnionto prepari^fazê-!a ? tamos dos para consagração do arbítrio, o direito, intranquiliza e paralisa a evolução do Se estamos, então exultemos per ^ a lâmpada da esporançs. ter na mao Caso contrário, façamos todos os es forços, tentemos os maiores sacrifí cios para realizar essa articulaçàv'. deve ser lúcida, conipi^ensivx-

nos

E não preva lecerá, diz Milton Campos, se se arti cularem dois fatores capazes de apu-

Depois dessa observação, referiu-se aos modos de erosão da democracia, fazendo especial analise dó problema da liberdade de consciência. Disse que leal e infatigável. Só assim poderá conduzidos ao que todos, os *1 que não podemos desejar erosão prevaleça no que essa rtosso país. E acrescentou esta objetiva e prudente advertência, que vou transcrever seus próprios termos: mos ser homens comuns c os governantes, sinceramento desejam, e que é o res tabelecimento, durável ou definitivo-, do pleno estado dc direito democrá tico.

MÍLTON CAMPOS

Discurso proIcTÍdo pelo eminente homiMii público, nu Câmara

'l‘AN-c;ur.Do Nkvks

rcderal.

pELA .segund;

a em menos de ano.

ocupo esta liibnu.i, ceo j>or eerto da opinião naeionai, num di‘\-cr cpie a lim tempo me jninge c nie eh\a. a lim de tecer a lioinenagcin do pi-sar a dois mineiros bem eonlu-eidos nossos, eoinponentes do patrimônio civico dc Minas e que só enrolaram a bancU-ira (piando a morte inap-hu^c-lnienle os abateu.

Refiro-me a Bias l-'ortes e a Milton

Aíjiii estou para dizer a \^ Exas., no bres Deputados, (|ue Min.as se iclentiiica com a figura de Milton Campos, porque . ele, como os antigos liomens das Gerais (jne já se foram,uperior do seu país, de um Brasil \'ontade de .se tornar, a

aeha\ a apegado à ima¬ gem s intansu\e cada instante, a cada dia. mais genuina mente autèiitieo, mais infinitamente Branu sil.

Nestu hora do evocação cívica nao mc recorrer à imagem de Vieicom toda a Campo.s. Expoentes da nossa gal.ria pú blica, amlíos i‘x-g()\'eniadores, ex-Ministros de Estado, refexos dc um padrão definido dc \-ida.

Sc diferença home cnlrc clcs quanto à maneira de focalizar problemas e mé todos, ligaram-nos. entretanto, afinida des essenciais: o amor a Minas, a voca ção brasileira, a probidade, a comicção ele que scr\'ir é elc\ar-sc.

Aqui estou e a minha \’OZ pairando sobre as dhergencias partidárias, é a voz dc Minas sentida, esta \oz que foi omida c que ouvida há dc continuar ainda ciuc situações Iransilórias tenUMn cclipsa-

Ia.

A minlia \oz ne.ste momento é tam bém u voz ele.sta Ca.sa, do Movimento Democrático Bra.sileiro, dc quantos eonhoccram Milton Campos e com cie conviveram.

scrá mister encher a minha pena dc minha alma. A vida do Milton aspectos definidos, direção, porera c força seus Campos, nos constitui um roteiro, uma inndo ensinamentos e exemplos.

tios

ENOcar a memória de MiUon Campos é reverenciar a dignidade, a cultura e o d\ásmo brasileiro.s, numa de suas e-xprçs- sões dc raro c singular da Mata, da bda c progressista Ponte Nox-a fugiu ao biótipo dos liomens da- Z^la re^ão, em regra autontanos, vo- kintariosos, intransigente-s, afirmatuos e auto suficientes, como o foram entie ou- Raul Soares e Arthur Bernardes, se realizar na linha do humanista do intelectual cético, do homem ’ conciliador c do estadisconvicções na plenitude de uma consciência sem trincas.

O grande homem sobrevive por si sua participação no prosocial ou político em que se en-

Estou certo de que ela jamais tão alto quanto na glorificação dc um homem ilustre, tão cheio das qualidades particulares da gente mineira, que sintetizam na modéstia e na prudência, na reserva habitual com que pesa mina os problemas coletivos. para suave público isento e fiel às suas tu soava mesmo, pela cesso volve. Ele vi\’e, asim, através do tempo e do espaço, como força que atue pela se e exapresença.

Dk:i'sto Ecosóicr^

lid.id rjiK- .1 I <lj,i iiiuí.s se oRnu l.ilitn<l«-s m‘ográfÍcas, d*s io-* > (MHiinicas. (-IK outro difículdaàr' cl spfito rljícroiK.as cias c o <}

unia cp<j-

Churchill, Rooseveit, De Gaullc ou Adcnauer são substantivos absolutos, enunciado de seus nomes rcíenibra campo em (jue se distinguíram como <1 ■nominadores de uma fase, dc ca, de um momento na História.

Se Milton Campos, pelas condlçõe*s particulares de sua vida, não atingia ; proporções desses títás do século, no entanto, se eleva na nossa saudade como um desses cavaleiros do Direito, incansáveis na busca da Justiça, como o único meio certo e infalível de tabelecer

iS ele,

cintíiafõcs <h- as alnaliz ida. «● jx los apuraria íoim.u.ão inoinl.

se csequilibrio social entre as dis- o paridades das situações líticas. econômicas e po¬ mas o rcsiih.iclo (Ic- bciii r iiirlado aprink>' raiiienlo rultiiiMl. sua tranrpuIidj<.V cra ac«-ita<,ãi» talira das defonOA<h>s iiomciis <■ da vida. ma.s uina dr-

Sua vida é um emaranhado dc bele zas, um tema precioso de civismo riue tesplandec^ com a luz ejue vem de lon ge, varando as distancias e as dí- ínensões.

Para nós, mineiro.s, Milfon Cam- Pos e Pennanente iaspiração

Que ttria sido ele sua carreira?

longo dc ao

Polilico, jurista, mestre, sociolo- go ou intelectual?

Posso dfeer que foi ,ud„ isto base Immanistica assimilou admirável. Milton foi versai.

Recordando-oJ nesta hora de saudad. e de consagraçao. em que a sua lem brança mc emociona, ve|o-o, permit- ine V Exas. cpie eu diga, ape.sar da ‘ pJitude de seu espírito, expressivos repre.çentantes de mento que é bem nosso, talvez logismo impreciso, mas de ^ ficação, que é a mineiridade.

Confesso <|i:c drfími a dc Milton Gunpic p P«-rsonalid.nÍc ci<- i xccjx-inoal comp'rt- <,ão, sí- c f nisl it 11III niiina indiv idualíd*ii: k .senão triiíca, ci<’ <ct(o. solitária cm nM. M à paisa^i III bniiiati.i ch» seu IcinpO, COfcr j nós, pelas jieetiiiai i< l.uh-s cl«- .scu COritíÇ ii.s ricas íilieiaii.is cIon scais .scnli!Den^l*^ sii.i eulturn, scn^iw os padrõt*s de suj

Nrdr-, a .‘●<1' nid.uli- ii.ão cra cumodisa*'

nao

çoes fesa dos valores cm qin- acreditava, mt>ino ponjiic jamais transigiu cúcr a mr-iiliva, a \ iolt'ncia. a cornipção c a mcrliocrirladc.

Ilá momentos rmi rpie O Tccois. (lo como iim cético; um anatcí^

que .sua numa síntese nni homem uni- qiu; iiianc-java cru'

e

pois que, sempre foi, linha

Amava a forma. íi amamcomo dos mais definitivos da inteligência. I um sentíum ncoexata signí-

Nós, mineiros, do mesmo modo

Icaiio, ciiglobanclo .situações di~ scisas niim sorriso de desconfian ça e ele descrença; noutros instanlc.s, elc rcpoiila na minlia imaginaçâ..> coin a irrcvc-réiicia cio i'3ça. Na ironi* com cleslrc^za, mas sem Idade, \'ingava-sc cla.s agressões à .sua inteligência o à .siia scn.sibiIidatU\ c.x'cclc-iit:- machadeano quo o horror à polêmica”, a idéia como fatores

Nos seus escritos, na contribuição iixlelectual que nos legou, como diaman tes de raro valor, ressurge o estilista, ix'vive o clássico, na preocupação do ar tista de conseguir a 2^ei leição.

Mesmo as.sim, banhado ^^ela ironia dc Anatole, Milton Camjjos, agora tão i que os outros, somos antes de tudo brasileiros, hipnotizados na magia que sugere o no me de nossa Pátria comum, essa brasi- ? :ou-

Econònuc-í)

C )i int ra os di-t ermiuismos avassoladoi\ s, Milton scrcnamente marchava acre ditando na \itória das energias disciplinailas.

l-'ste pensam, nlo vale não só pclo concomo também pela tranccdèn-

gc, era no Inmlo nm l●●l■\oroso i-rente [jara quem a íé loi t.'io mcc^.sária ([uanto ü pão c a água. Homem tle tonln-LÍiiMnlos giaais, sua paixão foiam os li\i’os. as leituras pacientas i' nu-dil;ulas, di-sd<- a .súinuhi de São '!'lionia/. às doutrinas usarias, às concepções iiiteieeluais (|iie assnslaxam u amedrontavam, Sliakr sprare e IJanle, Goelhc c (à'i\aiili-s crain siais inlimos. du mesmo modo ipie e:ilrenla\'.i e domi nava Marx c Liiiin., lk“rdiai.r, e Bertrand Russel, Sailia' e Marense. Aceilava-os c critica\a-os eom a impassibilidade de nm s.-naio pensador miin lalioralório de idéias. I (endo.

Sua culUira poliinoila surpreende-nos. inergulliado Depois rUChristoplu', passcantlo na beleza darpicIcs volumr’s, silcncirisos c cheiris ele mú-

Diz-se qnc o instinto ó mau, que o " instinto é cego. No lailanto, ele é a ^ marea da divindade na criatura. O -j qne conseguímos além do instinto é por trabalho nosso, com esforço doloroso. I

Com o instinto, vamos por ciuni- ^ nhos diretos c claros; sé) com ole, não fim. O sofrimento . ' fugiriamos a nosso é uma criação da inteligência”. > A humildade o movimenta. Conhece dc uma nos revela:

Sua filosofia é universal, tom a luz c a intcn.sidaib' das inteligências ágeis. Por isso nos diz:

jean Ir-r no as oraçoes c “Diz uma oração rjue é nm vale dc lágrimas. Em frase ain da mais lírinida, c um oceano de amar- ■rura. Não v ale a pena viver nadando Hcmamcnle. a romper com o peito ondas. Ê melhor que fiquemos, a princípio no ra.so. construindo pacien- ^ temente nosso batei. Depois ● ● ‘ tem-.se os rcanos -- c vagaremos se- venamente à flor das aguas, a er ^ das gaivotas cortando o azul do este mundo sicíi, assim dr-linc Boniaiii Holand, o pa cifista: “Não podcnrlo compor sinlonia í]Uc lhe borbulhavam na ahua, criou o Jean Cdiristophe”.

“O infinilamcntc' grande e o infiuilamcnlr pi'([ncno lém as mesmas diinciisões; o ([iu‘ predomina cm ambo.s c a idéia de infinito, (pio é inucetível de medida c não pode, pois, ser grande nem pecpiono”.

A tolc*rància ipie lhe marcou os atos, parece que foi buscar, bem no fundo da essência, a superfície aparente das coi sas, c nada melhor para quezas c devaneios, do que a própria consciência individual. as vs

Ouçamo-lo:

"Nosce te ipsuin — Conselho i>erigoso, que a ^doucos é dado seguir; quem resistirá às vertigens que a gen-bcua do

usa }} ceu... ● o jurista SC revelou nele, como que atavismo, na herança intelectual do (Tcnitor, o egrégio Desembarga dor Rodrigues Campos, que lhe incutiu no espírito o amor ao Direito, o culto da Justiça e o devotamento a Libercla-

<■ por austero J de. conhecí, liderava sem conEstado, a nossa classe, sucei Quando lestação, no drndo a Mendes Pimentcl ,como obserGontijo dc Carx-alho, no pontificado da profissão. À austeridade moral, soma- sólida ilustração, que todos res peitavam e admiravam. Os seus pareceo

\'a i» x-a-sc a te sofre ao debruçar-se à abismo?”. ●í

res e arrazoado.s se tornaram clássicos c muita doutrina ele criou e outrxs ino vou, influenciando não raro a própria jurisprudência dos Tribunais.

Estudioso dos problemas brasileiros, abrangia-!hes os -contomos, nem lli" es capavam as minúcias. Seu ideário jxdili- co revela-nos um pensador cuidadoso, sé não nos deixou obra ord.nada, !cmbra-nos, entretanto, sem exagero, ein muitos trechü.s dos seus trabalhos as re flexões de um Pascal.

uma

arac !■ ri/.ti

■ i

tb r.disiiMí r\tt<-m.«io, considcri\*i5xBsatÍNf.ilê)]tos os tr.ic.o^ de uutonooiÍA«i iin-stiin irí.im c estadual .|th nossa prinea.r(■<iiis(itiii(,.'i<i !● j)td)lii .m.i o que \ x.iiu imiiiii ]oiii>o tios sonhos da ^ p.io.iml.i. \

A Democracia para ele mais do íjiiv filosofia política, na, um -cstilo, um

cra uma Icomportamenlí):

Sem a liberdade cai são política. Sem lidaremos

U . cairemos na opresa igualdade, consoa opres,são econômica. Num e noutro caso estará e.S(|uecidu u pes soa humana, e a Democracia falhará rui sua missão.

Um poema? Um pensamento? Um í ■ fi,, Pdncipalnientc, uma profnii- * da e arraigada convicção, ledcralisl >t

^ „a al.a '● . e.smagada. Oiçamo-lo ção palpitante de a, mutilada <■ nesta notável liatualidadc:

roíi-a .1 tb- (òinijxis IIIOSO o ( OIK <‘Ít I)

A (Í> sprito (b-ssos l.iiiit-ntos, a Fedr- B r.iç.lo t-iitii- ii('is SC t«msli(uiu em n tons \ioniosos .. .ipós OS tlimultUC«> priliu-iros tli.is (1.1 Ht-piiblica, sua pra-n li( ,i tOIr< s|Himb-u aos t«xtos. RexTje-B “politif.i dos go\crnadorts“ H .Salcs^ (If qncin ficou i»~ (jiic considerava í I arl. fi.® d.i C.diistitiiiç.u) de 91 (rf^“ l.idor d.i iiít r\<-m..'io federal nos E>* tiidos “o foraçfio d.i Keptd)lica”. Chfgoii-se a lenií r o exagero federalista. tomo ad\er!ia o proprio Unv B»irlx^ dos pioneiros do sistema. E i* ●xflnido o iiiterv'A> (b- sofiei.ini.t

sa. iim sim foi utê 1930. «●: tnrbuhuilo das '‘sulv .ições i>: 1 iodo opoilimidadi s < spor.idieas, oprimir&í* alguns Ivslados. «●sjjrt ialmenle no XorIc, com iiil(-rvciiçõ{‘s caprichosas, Itbitrárias o vio’ni(as. C.nrioso dijxvi* mento foi o (jii j)ivston o Presidente Wasliinglon Luiz. Obslinaclainente s> lencioso, lodav ia certa vez falou cr» I^uris, no exilio. Falou em tese. ‘‘J’refácio Sintético” com (jue abre c> livro ‘‘fárnslítiiíções da América Latina”, o Frof. Mirkinc* Guctzéviteh, tò-a cm voga entre- nós nas alturas cie ISS-I, adverte contra os perigos da e.xact'r« bação cio federalismo; c, em nota, pa ra ilustrar a advertência, rofere-se a uma comunicação ele Washington Luiz, na Sociedade de Estudos de Dircito Público cic Paris, na (pial o an tigo Pre.siclent(.“ brasileiro revela, em toni doutrinário, c]uc, ciu certas fede rações, a União se cnfrac|uece tanto que, 1911. c em outrjL< 1910 ; a para ijuein a Federação

“Quem compara dores com a o sonho do.s fnnd; realidade de ci ano.s depois, verifica ficou sendo, nada 1Xc cinijüenta que a Federação realidade, brasileira, mais (jue uma saudade na Constituição de 91 extremados. Esses na Havia, us federalistas _ nao se satisfaziam ír.b.11 na.scenclo dos trabalhos e invocavam ainda a “sobe- dos Estados-Meml com a ● >1 rama r r . a que se referira, com evidente imoderação e impropriedade, o Decreto n.o 1 dc 1889. Veja-se a amargura com qJe sc exprimiam, nos debates da Constituinte alguns representantes, que, no seu fc-

que dois ou très balados mais jxiderosos, aliaudo-se. asseguram por ve/.es a \’itória contra ela di- iiuniinentos re\'olueionários. Ei.i o episódio dc- 1030, do íjual o Pr sidenU- deposto extraia o saber de experiências liito...”

Depois d sse iiiarto histórico, \cio a decadência da l''ederação. Longo pe ríodo de ditadura ceiilraM/adora, uu (jue os Eslatlus se desabiliuiram do zelo pelas suas lradiçõ;s autonòinicas. Concentração do poilcr i“conòinico v financeiro na Ibiião, em eonsecpiència das no\as tondições (pie se criaram cm geral para o mundo moderno. Al terações jnofiindas na tscala de valo res da politiea. D.'sen\-ol\-iinento pro digioso da têtiiiea. No\os métodos da ação pública. A inflação dtdiranle o subversiva. Tndo isso loram fatores que conlribiiiram para o aba^o da es trutura federalista; o fenômeno não ocorreu ap'uas entre nós, mas em ou tros países oude a Federação era mais sólida e tinha raizes históricas mais

profundas. () exemplo clássico ê o dos F,stados Unidos, onch- alguns dos fa tores mencionados (- especialmente o esforço cie guerra alteraram sensivel mente a eslrntma tradicional, aumen tando a parte da União nas rendas pú blicas c diminuindo a dos Estados, ele tal forma

Entre nós. a deterioração da ordem fi‘derati\a tliegí* a ser alarmante”. E eonelvii: “Ihge iistalH'li‘cer no Brasil a per dida mentalidade íederati\a, através ila (pial se revi ja e se r. formule esse líiave problema. Entre as refonnas que tão nervosainenle se reclamain e anuncianí, bc-in podería ser incluída a redas bases da nossa ordem fede-

visao “E não .será pequena tarefa a rativa. de estabelecer as condições para a so da Feduação, a fim de ela. através das autonomía.s locais « brevivéiieia cpu* efetivamente exercidas, torne cada vez mais indeslrutivo! a unidade da pátria.

Homem cie partido soube lealdade o dedicação, mus jamais injunções, (jiumclo cs- sacrifieios de .sua.s consscrvi-los ■ h se eoin

submeteu as suas lhe pediam eomieções ou violentavam a sua ciência. Esse eon.selho é de rara beleza ética, c a sna transcrição nesta hora .se inqxãe: os tas .1 1

cleve-

“A fidelidade partidária I scr mais um pretexto cie constranhomem ● natiiralnao

niücrático não <1 rente aos p raeli dava aos princípios e sc agarrarem principies, largarem os ao^ partido; stick to hour party”. O grande lider a ironi-a c a boa U Dawn vou consei^vador amava frase, atributos do escritor que ele transportava para a política. Mas, lá Grã-Bretanha, a crítica o dc con-

mesmo na condena esse sistema que é sagrar o voto-robò”.

ra o cívico, para que gimento público, já sob as pressões Incute decorrentes cia mdole autonU- ria do regime, não fique também opri mido pclio autoritarismo dos orgaos articlários. Sei bem <iue o regime de- - exclui a clisciplma meartidos, Na Inglaterra, DisComims 0 conselho dc se multiplicaram a União P os que granis iu aid”, pi-los quais presta auxílio ás Uuidaclos mais neces sitadas, para determinados serviços da esfera estadual, Ao lado disso, ou por causa disso, expande-se a competên cia da legislação federa!, sob as vistas compreensivas e construtivas da Supre ma Côrto, a grande corporação judi ciária cjiic assegura a permanência das instituições constitucionais norteamericanos pela lenta adaptação às mutações do tempo.

A demagogia lhe causava engulhos. Via nela a pior das calamidadt*s da vi da pública e por isto a eslígmatizava com o ferro cm brasa de sua indignação cívica: r

Mas o-s malefícios da d'Mnagogía sao mais e.xtensüs, Ela atinge o.s l)oiis. que se dei.xam ilndír. En\olve os dcsínformadns, que são a grande maioria e que não tem como \erificar a fal sidade das nando os <( promi'-‘-o niiiK iar uiníTátíc.i. \.n) '■ou «‘leito. .Sc I i()U\ p ●'>''e hilídade fh- \itoii.i. Pi f 1 «I i s i m '● (p-. p I'

promessas. Acaba doiniprópríos demagogos, que criam para o seu uso uma segunda na tureza, e prometem c enganam com .gr a mais comovente naturalidade. Com o impacto das promoções publieitá- jM das e a intensiva emissão d*- .s/og«n-9, que a prodigiosa técnica moderna aju- ■ da, cria-se a falsa atmosfera dc idéias HU que impede o bom iiso da razão, de- bilita a mente e domina as multidões. E assim se prescreve a democracia, (lue (i substituída pela - Político por formação a^g- inclinado à são do

par.i Mil>inctcr-me às || ir não mc pcrruàt.' p (h* sua candidM. = iinpcrtubávcl sc--lha ainr/iid'

.síçô's pai t iíl.ii ias ( fiío( ;ir-inr Ih-^pp )iu! ní<l:i(h-: a s I I J l( 1 4 Mn “\ã -e pii <K iipi'. () meu CTT-- .1 r.l? N. é o dc pr,-' ^ d-' doutrinação ceaiididato |xin s a mais remota pos-(I ( andidato não sc -

Ifiçocs, voces pet.issjin “Milton Gimpoíiim (juase fa!_-

ria eu . M«-si s d<-j)(>is. j.i « I«'ito < neontranKHBt-' <‘ ele rt^spoudi.- I i'i |Í( itp j-O lioeaMU iifi-. liic: “\ão ganipp i .i'> < deram-iM''”. Ki.i .siin]>les, (icspn l < ipsiosat. lista.

Na (lireeão (Io llior (lo fju*' eu fui tia oposição .lo seu go\orno na ,\.ssenihléia Jgisl.tti\a. portou-se corrv.-. inagistraclo. I''>i o «Irlriisor do partid'' \<*M(i(lo e, ás n.iliii.iis exigências dvv correligionários, n spomlia apelando jxxrc a lei, reciisando-s iorinahnenle á práti* das deiniliadas so'ieiladas. O nx'*.'. l 'i do (}uo dcís Ixsnão se afastou.

Kst;ulo ningué*m rx“clizé-lo, líder

Helator da Constituição Mineira, prv>como ele hom’cra 1935, ti\'e ct>m pod qxN sua máscara. c vocaçao, mais genero.sidade e à compreen- ^ qiie a malignklade, não .sc iludia í: homens públicos. Ei mo os classificava:

Podemos distí ca, segundo o uso ca s co- go\-crno .sera mais d; inens”. lé desta noniia u mguir na vida púlilísiias os idea. qoe fazem de - ideias, tres tipos dc políticos: ; listas, que assumem ► de suas idéias; tèm as idéias de : têm idéias

mulgada ein do da promulgada < m o Govcrnadoi- \:iiio.s contactos c pudo vcrificar-llir a pn íu iipação de respeitar j lei, dc transformar o Palácio da Li. ^ berdadu cm tribunal político, recusando,so a nele montar nm laboratório de sosempre a posição oportunistas, que séi sua posição, .sc é (pie 0 não sennente os a posiçõ(\s; <5 qne guardam fidelidade e .só a.s os realistas, às suas idéia.s luçõcs facciosas. concretizam a posição 0 acon- quandn sentem íjuc i" selha e o indicam

Tnlegraiido o jn imeiro Ministério revo lucionário, só admitia as restrições soli citadas pc‘I:i conjuntura doscle que ftxstinnsiUuias, jamais compactuando como as circunstancias.”

Uni incidente na Comissão Exccuti > do antigo P. S. 0. Mineiro desequilibrou as forças eleitorais, c eis Milton Campos alçado u Governança do Estado, Quando candidato eu lamentei que- tivesse de constranger

iva som com a idéiia dc instítucionaiizá-Ias regra.s definitivas.

o encontrei e vt-

Este ensinaincnlu. na \ ibianle atuali dade do conceito c ua profundeza da íi

verdade (jue tiicerra, cUiinc o homem na eslupiuida alinnacão do seu caráter:

Cumpi'i' distinguir entre u ie\'ohiçao e -seu processo.

A revolução há de ser permanente como idéia e inspiração, p.ira «jue, com a coI.tl)ora(,-ão do tempo in\'oeada paeien temente, possa produzir sevis trnlos, fjm se earaiterizam principalinenlc pela mudança consentida das c.strntiiras e ila im-ntalidade dominan(í

scnliu-se nioralmcnte impedido de provò-hi, (juando convidado por haver con cordado, ao tcinpo cm quo foi Ministro da ]usli(,a, com o aumonlo do mtmero dos membros do Sodalicio Excelso.

Argüi-lo de frio, indiferente e céptico, é gravo injustiça. Ao contrário, vi\ia c so identificava com o sofrimento do po\'o, ijue na sua concepção de con glomerado, de entidade vi\ a c sujeito dc direitos, constituiu-llic itma ineocnpação permanente. E jxirquc o povo assim sentia, rclribuin-lhe, em expressivas elei ções, o apreço que lhe votava.

No discurso em que aceita disputar as Governador d'' Minas, fuz o l(‘, si'ja no po\'o. s<.'ja nas elites, processo re\’ohiei()iiávio há do .ser transité)rio e In-ovi-. portpie sna dur.ição tende á ennsagração cio avhiivio, qiic elimina o J^ireilo. inti'an<pii'i7.a os ci dadãos o paralisa a evolução do meio social. O (jno urge insliliicionalizar, portanto, é a recoliição o não o seu léssa posição ficou sendo O

elcições par i prodigiosa profissão de fé: ‘Ê necessário qnc o homem de go-aiha sofrer com o po\o c seja de mcrgnllwr vcrticalmente nas ara delas emernina p verno s capaz camadas profundas, p ,rir não com o sentimento esportivo rie alívio, mas com as apreensões de verdade c viu que processo, meu compromisso ctmi o po\o minei ro que mc trouxe a esta Casa”.

E.scra\’o de sua formação jurídica, sa bia como c dilieil lazer prc\’alcccr as normas do Direito nos países subdesen volvidos. Nas nações pobres o D'ireito vive cm teoria, realmcnle acorrentado, tendo no geral das siluaçries de subme ter-se, quando, ao contrário, deveria inipor-sc. Numa época em que a socieda de se forma sol)re as bases do consumo imediato, não morria nela a fé cm Pla tão, a prevalência do espírito, a raciona lização c o discernimento, a crença inarledável nos ideais de honra, liberdade e justiça.

Para ele os valores morais se impunluim numa escala ascendente. Possuin do, como poucos om sua geração, as mais altas - c nobres credenciais para ocupar uma vaga no Supremo Tribimal Federal,

- encontrou a ●erdade é triste.

Consideramos

quem a \ Milton Campos História, um lancc nas repetem uma página na nossa tcnlalbas democráticas que c um triunfo a sua existência. " Hcímens de tal porte enobrecem um ís dão sentido positi\o a sua cultma iiodelos que espontaneanos pr se pais, c SC tornam i mente so impõem às geresoes que vierem sneeder.

A lembrança de Milton Campos há de permanecer imaculadamente pura entre nós. sobrevivendo apssar da morte, atravessando a treva, varando a noite, luz que ilun'iina os símbolo da democracia das razões de sua vida brilhando com caminhos, como foi uma a qvie pública.

A lição de Oliveira Lima

ladações jiolíticas, *q-: relações econôBLiconforme insistia era acer“Or»

Ao dedicar ao Presidente Afon- vimento <!a.s hoje significam cas ” tuar. K (l.aí «-.sia conclusão: não .se concebe riciueza nacio»4. »' sem i>ro(lução e não se valoriza prcclução sem cí»nsumo; e já que rc nosso ca.so o consumo tem que scr estrangeiro, â dij)lí)nincia compete estimul;i-lo pelo.s seus múltipV>ç meios de ação, rjue vão desde a paganda inteligente e discreta ate os tratmlos de comércio vantajo sos. ”

so Pena, em 1907, o seu livro Cou sas Diplomáticas, que seria publica do no ano seguinte em Lisboa, Oli veira Lima teve oportunidade de re conhecer, com uma nítida visão ob jetiva do mundo moderno, que” a di plomacia do século XX é muito mais comercial do que política, pela sim ples razão de que atualidade é o t; a política da comercio.” E a sc"Não basta a um guir observava: país querer ser grande — grande em recursos e em prestígio, em território nao so

e imagsnaçao mister poder sê-lo, e só é possível sê-lo dispondo queza empresta.

O historiador e de meios que a rie diplomata quem Gilberto Freire identifium Dom Quixote rauitas em cou gordo, vezes quiinvestidas por ser xotesco nas suas de homem afirmativo era também, ainda um Sancho Pança de — “realista, objetivo, mo todo bom Sancho. e corpulento, segundo Gilberto, em ponto gi’ansensato co»

Lido em Eça de Queiroz admirava profundamente, nele nhecendo um dos mestres de geração, Oliveira Lima não veria na diplomacia aquela caricatura 0 romancista português esboço

Maias: ' de, passada no estrangeiro, sentimento constante da própria in significância.

Longe disto, via-a como um exercí cio contínuo na defesa dos direitos nacionais, através do hábil desenvolque recosua que u em uma forma de ociosidacom o

A lição de Oliveira I>ima, minis trada íjuase no começo <lo século, ter minou por jxrevalecer na linha dijxlomática do Brasil atual, sem qur se perdessem do vista, no procesá^' do nossa política extern», diga-se logo, aqueles interes ses .supranacionais que sie indispensáveis ao convívio e à comunhão universal.

Afoixso Arinos de IMelo Franco, com a sua dupla experiência de Chanceler e historiador, equacionou com exatidão as duas ordens de pro blemas neste trecho de um de seus livros do memórias: “Vivendo num mundo composto de Estados nacio nais, a primeira motivação da polí tica externa é, sem dúvida, a sal vaguarda dos interesses do Estado e da nação, na medida em que elos possam ser atendidos, ou atingidos, pelas relações internacionais. Além dessa motivação nacional da políti ca externa, existem outras, de or dem puramente internacional. São as motivações ligadas ao esforço do

aprimoramento e humanização das relações internacionais que visam à aproximação entre os povos e ao progresso a ela consequente; ao de senvolvimento (ia cultcra humana e a consolidação da Justiça e da paz.”

Ora, numa conferência que i'i*ofei*iu em Pernambuco, no Instituto Arqueol(3gico do Recife, sobre a vida diplomática, Oliveira Lima preferiu ater-se à primeira ordem de proble mas, dando-lhe naturalmente a ên fase que ao tempo se fazia mais ne cessária. Mas ele próprio, pelo exem plo do sou tirocínio da vida pública, serviu também ã outra ordem de cogitações, sobretudo no plano su perior das relações culturais, em que foi mais do que modelar — ex cepcional.

no plano desse entendimento, ’*os valores espirituais, éticos e cultu rais que constituem os alicerces de nossa civilização e de nossa maneira de ser como ]iovos.”

Embora a sabedoria do velho Tal-

leyrand haja reconliecido, como sín tese dos diálogos diplomáticos, que entcnle cordiale entre potências ss tece à base das desconfianças recíj>rocas, a verdade é que o Brasil, ao longo de centúria e meia de vida au tônoma. sempx'0 colocou a lealdade na essência de suas raa e a correção lações internacionais.

Por inspiração de um alto poeta, também homem de sentido que eraixrático. Augusto Frederico Schmidt, mesmo aqui há uns 15 aixos de uma política exterdesenvolvimento

iniciou-se a prospecção visava o con-

Ano passado, o Chanceler Mário que Gibson Barbosa, pernambucano ilus- harmônico das nações do contii^nte tre como Oliveira Lima, saudando como forma de defesa da uni a e num discurso o Chanceler do Pc- democrática, ru, então em visita ao Brasil, reco- Vale a pena lembrar, paia nhecia: “Cabe-nos manter e apro- cluir, que ainda Oliveiia una, n fundar um estreito entendimento dos estudos das Cousas ip orna » que se faz indispensável para a con- definiu a posição exa a ce quista do uma particiiiação mais quando afirmou que, em , g justa de nossas nações nos frutos rer ser como do progresso, que ainda constituem ser influentes. E m ue fortes 0 injusto privilégio de poucos em de- queremos agora, e com trimento de muitos.” E logo acres- razões, no sentido co centava ser essencial não abandonar, mento e da paz.

Centenário Notolício de um Grande Juiz

.1..S

na t;i)oea <■ euji.s veze.s,

cxame.«5. moiu.* for;un jTi--.^iclitlos pelo própr-' inip<*ra«l«>r 1 )<>m l’« <lro II. Conswnva. (Ias melhores vida escolai'. o alizado naíjiiele

WAJ^HlI.NCTnX. como uai reminiscéncins de exaPK» de inglês, r*cstaludeoimento to o magnânimo s(d>erano brasilegAs notas das. e distintas então alcançt* os eumjM-itnentos recebida gi-.amie monarca, tor* aram-llie ines<iueeívois nciueles dUs do inclusive n de sua vida ginasiana. Retornando cm f('*rias ã terra na* tal, certo dia defrontou-so, ali wn uma das m.aiores surin'Osas de vida. I'’(*>ra convocado o Tribun»' do .Turi c era .luiz ^lunieipal o iH? trado Dr. pulsa- 1 va ispor snbSAN-

Ministro Washington <h- í)b\t u.i D.idos biográfi* os tabeleeimento mais acred'UÍet \ A Ministro WASHINGTON ÜSORiO DE OLIVEIRA era natu ral do Estado do Rio de Janeiro, tendo nascido a 23 de março de 1872 em SANTA MARIA — MAGDALENA, bêrço, também, de seus ascendentes, e sendo seus pais o Sr. JOAQUIM OSÓRIO DE OLI VEIRA e Dna. FELTSMINA DE tSANT’ANNA OLIVEIRA.

Situada aquém-rio Macaé, a terra do seu nascimento é parte integrante do S. Paulo das bandeiras, po; dendo, pois, dizer-se, que em WA SHINGTON DE OLIVEIRA o velho e genuíno sangue pauli t. por contra-fortes da p Serra do Mar e banhada I? afluentes do Paraiba do Sul, TA MARTA MAGDALENA é dos melhores

um . . e uma das mais pitorescas cidades do Brasil, lembrando ao visitante um dos tos e encantadores recantos da .Sui climas

TRO, da Corte Fí‘(leral, c premo Tribunal, pedimonto e, mesmo. Promotor Público S muiissa.

O pai, Joaquim Osório de Oliveimas a Dna. Felismina de SanfAnna educação rada, que iria influir, como decisi vamente influiu na formação espiri tual do filho. E a imagem de.ssa mãe foi sempre, para êle, grata de suas recordações.

Fez os primeiros estudos dade do Caimio de Cantagalo, no p Colégio de seu tio SanfAnna, B' prestou cís primeiros exames preE Paratórios no EXTERNATO SÃO t, JOSÉ, do RIO DE JANEIRO, es1 ■¥ ra era modesto lavrador, mãe. Oliveira, recebera

rcflc.xao, geira

CASITIO

nao esmeo tréia na ciando o Ministério do .seria.

\’í\'i-:iROS DE CASmais tarde Desembargador de Ajiclação do Distri'.: d(‘pr>is Ministro do \'erifica-se o «na ausência d> efetivo. Após Ib VIVEIROS titubeia: nonieit

Com firme vontade de estudar, r sendo o DTRI‘H'rO a sua vocação, pensa em pai-lir jnira OURO PRKTO, ciuc era. então, um dos cen tros de ensino de maior fama País, e até mesmo no Estrangeiro a ma>s na cie

WASHINCíTON promotor ad hoc. F estudante jiropnratoi-iano se e$ tribuna judiciária, prenunnotável representante do Público (|ue mais lar- -

Seus professores, forrados de gran de cultura humanística, alistavam-se entre os sábios da época, e leciona vam, a um tempo, na ESCOLA DE FARMACIA. na ESCOLA DE MINÁS e nos cursos preparatórios. Ali completaria WASHINGTON, seus exames, prestaria os vestilmlarcs 0 se matricularia na F.\CULDADE DE DlREPro. Como fazê-lo, entretanto, em terra absolutamente estranha c não dispcmdo <le recur sos ?

da velha cidade é AFONSO CEL SO DE ASSIS FIGUEIREDO, o imortal VISCONDE DE OURO ' PRETO.

Estava solucionado o problema. Parte para OURO PRETO, completa : os preparatórios, matricula-se na Es- i cola de Direito, nas hoi-as vagas le ciona, e ainda acha tempo para satis fazer um velho j)endor intelectual, frequentando as aulas de astronomia da Escola de Minas. Era de vê-lo, já

avançado em anos, a apontar pax'a o céu em noites estreladas, nomeando, constelações do zo- uma a uma. as díaco.

Espirito eminentemente sociável, que era, e já popular em sua terra pelos dotes de espírito revelados, em poucos dias via aberto o ca minho para a satisfação do grande desejo, da vocação para o estudo: um vcllio e abastado amigo da família, MENDADOR — ELIAS DE MO- nas; RAES, dá ordens a seus correspon dentes na antiga metropole inineii’a para que cubram qualquer saque so que o jovem estudante fizer, quem o introduz nos meios sociais e

CO-

OURO PRETO e cida- Foriua em des vizinhas um largo círculo de ami- Henrique Bawseu sua incoorcivel zades, como sejam: den, inseparável companheiro de es- tudos, depois Desembargador em - Eogério Fejardo, seu conterrâ neo, estudante da Escola de Minas; Barão de Camargo; " Pena, ao tempo Diretor da Escola do Direito; os irmãos Afonso Aimos Afrânio de Melo Franco; Eenian- do de Mello Via na, Artur Bernardes, Pandiá Calógeras, Augusto de Lima, Olavo Bilac e 0 sábio e santo Arcebispo de Mariana, Dom

Silvério Gomes Pi menta.

Episódio interes sante: Passam-se os anos, tres dé cadas, mente. RAS, com quem nunca mais se avistara, ê o MipossivelCALÓGE-

■ nistro .da Guerra de EPITÁCIO e vem a S. Paulo em inspeção aos quartéis do Exército. WASHING TON, Juiz Federal do Estado, ten ta visitá-lo e não o encontra. Lé nos jornais que, em tal dia, o Mi nistro da Guerra retornará de no-

turno para o Rio. Vai da Luz para cumprimentá-la. plataforma regorgita: povo, praças da Força Pública, Oficiais do ExéríJÍto, bandas de ?'sla,ao u A música... Vencer esse obstáculo não seria fácil. Wa shington, contudo, nãõ^ desiste. KomPe, a custo, a massa chega até junto do trem, ça a partir. CALÓGERAS o avista, estende-lhe efusivamente uum franco sorriso, e exclama: 0 mesmo homem de Ouro Preto”! Aludia, com isso, â aparente moci dade de Washingto i até à morte, se totalmente pretos. Terminado

REITO TON

CCiconi sua conterri' popular e que come¬ a mao ”É

tro.s; e eiure os colcfjas: outra IIPlNKlC^rK l^-WVDKN e MELO VI.^\NA. KAn. KKRNANDES, JCsi5 Arcrs'ro crsar, ernest> íH;.í(»I., SIOKASTIAO pereira PAi:i.O DIAS DI-: AZEVEDO JtDOMIXfinS GONG.ALVES OHAVES, KKNATO FULTON SILVEIR.\ DA MO'1'A «● muitos outros. Em 10 <ii* maí-çr) de 1898, na ve:'* Sé de S. i’aiilo. presidindo u ccrir nia rc‘li^i<isa o .saudoso MOXSF NIÍOU Df)i;T()K C.AMILO PAS^ SALA(2UA, WASniNGTO.N trai casamento nea, Dna. A.NGEÍJXA BRAVO DF OLf VIOI R.A. namorados únicos, ; foram, desde u j)vimeira infâneir confornid éle próprio teve oportunanar, ao descrever

nidade vida do ca.^íal na formosa página 1;. terária (iiu* foi o ciisi-urso de agradeci mento à.s manife.stações de

cujos cabelos, conservaram quase n recc bidas poí' sua.s lindas do ouro. 19 maj-ço ele 19 1H.

Outi*o episcxlio interessante sua vida: colegra <lc* turma, foi, JR., casaram-so no me.snio dia, na mesma Igreja, no mesmo altar, perante c mesmo celebrante c tendo as noi vas o me.smo nome!

0 primeiro ano de DIem Ouro Preto, WASIilNGe outros colegas se transfe rem para a Faculdade de S. ocasião essa em quf DI.AS AZEVEDO gráu na mesma data. de PAUÍ.O colaram Pau!o, que pratica a adtt:.ooa , . ®^^^‘^ório de PEDRO LESSA, leciona normalistas e tra balha como revisor no Correio Pau listano sob a direção de JOÃO VEIRA, firmando vocacia no SILsólida amizade Havia necessidade, por essa oca sião, de um Promotor enérgico }iara determinada zona do Estado, e v' de WASHINGTON é indica- v nao somente com êle como com seus filhos AGENOR, WALDOMI RO, JOÃO e ALARICO SILVEI- nome do e nomeado para PIRAJÚ (5-101898), de onde se afastara, havia pouco, RAUL CARDOSO DE ME LO. A ação moralizadora do representante do CO, ao lado, sempre do íntegro jui* que foi Sinião Eugênio de Oliveira Lima, se fez sentir durante quase RA.

Conclui 0 curso com notas distin tas e cola grau com a turma de 97, contando, como amigos dêsse tem po entre os mestres, RAMALHO, JOÃO MENDES JR., PEDRO LESSA, BRASILIO MACHADO, AMANCIO DE CARVALHO e novo Ministério Pübli-

ou-

dez anos consecutivos, (luaiulo decreto do ^ovôrno do então o

move para IT.ATIB.A (27 de agosto de 1908).

Demite-so do cargo advocacia, ao coin numeroso correligiunário.s pela moralização dos pela vcrdaile

Não aceita a remoç'.o. e dedica-se ã mesmo tempo que. grupo de amige.s e prossegue na luta costumes o eleitoral. Recebe, de pronto, o apôio de Pinheiro Ma chado, de Rodülph Angelo Pinheiro, do Manuel Pedro Vilaboim. E emboãliranda, de Bento Bicmlo. cie o ra em campos opostos, mais de uma vez manifestam sua solidariedade moral a WASHINGTON homens como JÚLIO DE MESQUITA, GESÁREO B.‘VSTOS, CERQUEIRA CESAR, PADUA S.ALES. e outros, um dos mais mode advocacom vasta clientela se nome sidcncia da República (sucessão de Hermes). A sua candidatura se firtempo que passa desgosto da perda de JOSÉ BONIao mesmo ma, pelo imenso seu genro, o doutor FÁCIO DE OLIVEIRA COÜTI- NIIO professor ilustre da FACUL- DE DIREITO DE S. PAULO Mantém, então, vimentados escritórios cia do Estado, no cível e dia das fronteiras Porto de Santos.

os jurados à sala secreta., e de lá trazem a absolvição do réu por unanimidade de votos. .A. sessão se encerra sob aplausos e o defensor è carreg^ado em triunfo até a Es tação Sorccabana, onde embarca para a sua sede profissional. E a colônia libanesa nunca mais se es queceu do notável esgrimista da palavra, que foi WASHINGTON DE OLn’EIKA. Fato ocorrido e.n 1912, aj)roximadamcnte. É nessa ocasião que, francamentc apoiado por Pinheiro Machado, levanta, pela segunda vez, o de Campos Sales para a Preum re¬

DADE no crime, que se esten do Paraná ao de e, como 0 sogro, grande amigo WASHINGTON DE OLIVEIRA. WASHINGTON, de CAMPOS SALES, i Recebe, entãq^ honrosa carta -fazendo-lhe sentir que, como a uni- pessoa capaz, para êle, de subs tituir JOSÉ BONIFÁCIO nao chefia da Casa Ci-

Não faz muito, lembrava ULYSSES COUTINHO, tes do poucos anos antrespasse, memorável a que respondia sou juri em AVARÉ, um libanês, por crime de morte. Possuidora de apreciável fortuna, a família da vítima contratara ca 0 dispensaria na da Presidência da Republica. Passados alguns meses, contudo, Campos Sales vil em S. Paulo acusadores particulares para funcionarem ao lado do Pro- adoece gravemente, Guarujá em busca de vai para o melhoras, e ali falece em 1913.

Prossegue, WASHINGTON, , íia luta política e na sua .atividamotor, que era êle próprio, ULYSSES COUTINIHO. E para lá segui ram IBRAIM

NETO, CARVALHO, NOBRE, PEREIRA o médico leg'ista Dr. J. J* e outros. Presidia a sessão o Juiz JOÃO GONÇALVES DE OLIVEIRA. Na tribuna de deWASHINGTON, solitário. sua de forense, quando recebe um con vite de PINHEIRO MACHADO pano concurso para ra inscrevei'-se

JUIZ FEDERAL do Estado, cargo que se vagara com a aposentadoria do Dr. MANUEL DIAS DE AQUIfesa. Depois de dois dias e duas noites de animados debates, recolliem-se

MUNIXí .MI N]/ IJAKKETO, Prc-rador (ii-ial ( c;al\'á(). GüUUFUKJJU ü cargo de Juiz

Ecii'tc <»j)0.siçau tão, a eurrcMite especial im-nti; da J.-es.sa. Clíegam cai-tas no, com lar, àquele tempo, tôda a matéria ^ eleitoral.

Recebido o convite, \VASiiIX(jTON dirige extensa carta àquele ^ Senador, expondo-lhe o conceito em que tinha a função de juiz, e de fendendo, sobretuiló, dois pontos in.portantes: PRIMEIRO: que o jul gador não deve, de modo algum, assumir comprdmissos politico-partidários, ou se deixar levar por injunções dessa natureza. Isenção completa de ânimo e independência de ação, de acordo com a dignida de da Justiça. SEGUNDO, e aten dendo à amplitude da competência então atribuída aos Juizes Federais em matéria eleitoral, a necessida de da maior

PKO E CASTRO. Federal sempr(i foi dos de maior responsabilidade para um juiz diga circunstância de acumu¬ la Itepúbüca; (if IMARA ES XATAI. Ci;XIIA, PEDRO '.UIL5IKLI.Í. ÍJ;oXl RAMOS, PEDRC l LESSA, CA.Xr ro '.3.VRA1VA, SE- ' RASTlAíJ J)iO J.ACERDA, JOSS LUIZ í tMvLIlo !■: CAMPOS, MANUEI. .MCRIINHO, OLIVEIRA RIlíEiRo <■ j-:rko coelho.

ali encontrava, €g- I ])oIitica dominacu I parte de Pedr. , anônimas 1

a WENCES- qorreção nas ções e nos julgamentos, a fim que s© tentasse, realmente, . periência democrática através sufrágio universal, e não fossem as eleições uma burla cação do regime adotado no País.

E encerrando

apurade

tencer ã de Juiz Paulo. Mas anônimas, c(*ntt‘mlo das increi)açr)C.s ao a exdo

e uma mistilia carta, acrescen¬ tou; “Se concordar com estas normuito honrado mas, sentir-me-ei em aceitar o seu convite”.

A tal carta, que bem diz do ráter e da dignidade de um homem responde PINHEIRO ’ em rápido telegrama: termos de sua carta, o seu caso não se discute. Venha.

Supremo 'riilnina! contendo, contra AVASHiXtiTO.X, as mesmas imputa- ^ -● êle um dia des- m çoes caluniosa.s <jue fizeíra., conforme vara. A .se.ssáo se São reco!hi<l()S Ministros, o I)uluvra e penso íi dar LAU J)E (QUEIROZ, por já pei liieranjuia na qualidade Substituto cia Seção de S. diante do tantas cartas as mais absurcandidato WA

SHINGTON DE OLIVEIRA, pojêle antecipadamente desfeitas, conde estar diante de um no¬ prêviamente :j .torna agitadju os votos. Um do-últinui a votar, toma « declara <!ue estava pro sou Voto

vencia-se me de lor, e o tava, e por decreto de 5 de junho de 19D. . o então Rresidonte da Repúblicr, ^ RODRl-

● I grando independência e va- |j seu voto era para êle. Es- *' classificad-' caWASHING.TON,

MACHADO 1 \ Diante dos

Washington inscrevou-se curso. Compunham, àquele tempo, Supremo Tribunal Federal, os Mi nistros iHERMINIO DO ESPIRITO SANTO, Presidente; ANDRE VALCANTI, Vice-Presidente;

M A R E CIIA L H E R M E S GUES DA FONSECA, o nomeava JUIZ FEDERAL, vara única àque le tempo, da Seção íle S. Paulo.

}> no cono Uma vez nomeatlo, oferece-lho. ! Pinheiro Machado, um almoço em sua residência, no Morro da Graça k (Rio), a que comparecem o Presi- I CAED-

dente do Supromo 'rril)unal l'o(U‘ral, o Ministro rroiurailor tloral da República, outros Ministros lia Su prema Corte, além do .Juízos, í\iinistros de Kstaclo, Soiuuloros o mais pessoas gradas. — Termina do o alinoi,M), l’inlu‘iro dii-ijro U’va saudação ao novo .luiz maior espanto SHINGTOX, que d:.le datar-se ao oar.eo, aos convivas, plicoii então, mos. Srs. Ministros sentes tomassem no do caiátei- do te da Justiça Fcileral e compreendessem que 0 convitlara concurso e se nomeação.

doria tacliar do ropeUyào do ou tro.

e, com o dr. WAa carta antes de eandipa.ssamlo a lc-'a l-:sse seu gesto, exera jnira ([uo os Exe Juizes preconbeeimonto plenovo reiiresentancm S. Paulo, os motivos pora inscrever-so interessara nor s.ia para lira do líolso i'ecel)críi

Recordando, corta declarou intuito era

Uma \ ez no oxercicio do cargo, transformou cada um de seus au xiliares em amigos sinceros, desde u seu Substituto e eoiicorrenle ao cargo, AVENCESLAU DE QUEI- Á ROZ, que selou essa amizade com luu parentesco espiritual, até os Escrivães e Üiiciais de Justiça. E dêles recebeu sempre um tributo de profunda veneração e estima. Vale nomeá-los, pola honestidade, compe tência e energia moral com que liouveram no desempenho dc funções. Foram èles: Como JuiSubstitutos:

I

o V se suas

WENCESLAU

JOSÉ DE OLIVEIRA QUEIROZ e EDUARDO VICENTE DE AZEVE DO* como Procurador da RepúbliÜSWALDO CHATEAUBRIAND; Escrivães, MARINO MOTA, BATISTA DANTAS, PAULO SALES, zes :l

cmi ca como JOÃO FERRAZ DE CÂNDIDO. ^ JOSÉ GOMES BARRETO e LÁZA RO FARANI. E como Oficiais de Justiça, desempenhando, tantas ve- e arriscadas diUgenANTüNIO

CAMPOS DA SILVA FAGUNDES, voz, êsse 0 dr. Washington que sen -- jirestar uma homenagem fato, n Pinheiro Maciuulo, a quem nao se fizera ainda tôda a justiça a que tinha direito; o que a ocorrência lembrada mostrava a sem razão dos que insistiam em qualificar de simeminonte i dificcis

TA e

ADELINOVIER, CELESTINO LUIZ DE SOU ZA SÁTIRO FR-^^NCO, JOaO COS- ' SEGISMUNDO TELHADA, êles frequentemente zes, eiaS; XApios brasileiro. U caudilho’ a tão

do-lhes a mável colaboração que Juiz Federal, festado cebia.

foi a sua ação como Do que membro do Ministério Público, coadvogado, como Juiz Federal do Estado, e depois como Ministro do Supremo Tribunal Federal, não se ria preciso dizer. Dizem-no os pa receres, as sentenças e acórdãos que nio a

A todosreferia \WASHiINGTON, enaltecen- honestidade e a inestide todos re¬ se Foi geral Estado com 0 regozijo em todo o a nomeação do novo regozijo êsse manipor ocasião de sua posse, c depois, quando em trem especial seguiu para Piiajú, a fim de pro videnciar sua mudança: enorme afluência de povo em todas as es tações, discursos de saudação, todos, os quais agradecia WA SHINGTON em magníficos impro visos, a nenhum dos quais se po-

fproferiu, as atitudes firmes que soube tomar nos mais difíceis mo mentos de sua judicatura, em espe cial na matéria eleitoral e nos cri mes políticos; disseram os advoga dos que o saudaram, quando de sua posse no Supremo Tribunal Fe deral, disse-o o Presidente daquela casa, Ministro Bento de Faria, ao apresentar-lhc as despedidas (piando se aposentou: disseram as casas legislativas da União, do Estado e do Município; disse-o a imprensa do Pais, disse-o, finalmente, e com uma exatidão e felicidade impares, o Exmo. Sr. Ministro Pedro Chaves, então Desembargador, ao fazer-lhe o elogio fúnebre em sessão solene do Tribunal de Justiça de S. Paulo, verbis:

"levou para profissão, foram palavras Exa., o ideal

r'

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Dizer da nistro deral sacrifício, tand<i do

do mereiieoi ea d(rsga.slados. menagens. se o vida se

açãí» do futuro W Supremo Tribunal Fenes.scj pi.síü de verdaòíir: é tarefa simples, bai invocar o testemunho (jueles (jue com cie participai** af:im*so movimento forcíiW para «iiu- ressaltem suas quaW*“ des de homem e suíis virtudes o* Juiz. l'‘ieariam<jK, entretanto, «» jtaradti de adjeti'« em rotineiras nãü saHeniásserD.'^ I)ont<» alto dessa judicatura t se não disséssemos (pie um teeimento singuhir iior todos c? motivos veio projettir a cidadão simples e a brancura sem mácula

dessa toga nos n:*s ^ nossa vida pübl:culminãncias do fôro br*- 5^ impelindo-o para a paV grandes da Pátria, coni* ^ um grande juiz e deacredor do respeito, õ* gratidão de todcí da alto.s planos nas ca, sileiro, do.s

as lutas da nobre de S. bem inana grando-o fazendo supremo do público, escudado nas bases i Henáveis do dever patriótico zendo das virtudes teologais o norte saliente de des. da admiraçao e os brasileiros. r fa¬ suas ativida-

o nosso

Em 1914, aplacadas as borras cas que agitaram político e rescaldadas as paixões pela prudência e serenidade do.s homens daquele tempo, foi WA SHINGTON OSÓRIO DE VEIRA premiado pela clarividincia de notável estadista, com sua escolha para as altas, elevadas e trabalhosíssimas funções de Juiz Federal da Seção de S. Paulo, mas na verdade o premiado foi 0 povo paulista, que adquiriu as sim para tão importante judicatura um magistrado perfeito, tra balhador, modesto, sereno.

Suas

Kefiro-me à revolução de 1924 é de ontem, e imedi*-

tus, seus são são meio

A história ainda cau.sas remotas efeitos e sua repercusainda objeto de análise

í sociológica, mas o resultou política e cesso que dela 710 indiciados cm inquéritos vis e militares, 688 incluídos n* denúncia, c (juc se estendeu em 200 volumes de autos, perjulgada, é pae atesta qu^ con‘.r*

O Li¬ ei-

quase teiice já ã coisa tidmônio nacional, só um juiz do porte daquele q ^ hoje pranteamos, poderia dirigÍ-U> com independência e julga-lo com inteira isenção de ânimo.

As malhas estreiias da denún cia colheram e arrastaram para o Pretório, desde hiimikles imi grantes. pela eon fusão (mvolvidos nos acontecimentos, até as mais altas patentes das nossas forças armadas, levamlo <le permeio ele mentos civis. <|ue pagaram a de dicação e o despremlimemo in compreendidos com a acusa-.ão de rebeldia.

llierismo e amor pela justiça, com o ponto final remarcante de que a sentença íôsse, além verdade legal proclamada Poder Judiciário, o ilesta com

As atitudes reacionárias <1*^ muitos que não haviam partici pado nem «iireta nem indireta mente das agruras e dos perigos da luta armada, se orientavam no sentido do sujeitar os venci dos às suas forças caudinas, pa ra o espetáculo degrailante de um processo prejulgado; mas as legiões da vingança pararam retrocederam, batidas, destroça das e desmoralizadas ante a for taleza do um homem (pie, só, destemeroso, e impávido, brandindo a Constituição como um lábaro, exi giu não se recusasse aos acusa dos a mais ampla liberdade defesa, criando para o processo e seu andamento um clima da mais perfeita ordem jurídica. da pelo ajustamento a verdade real, indis pensável ã paz social.

Êsse homem foi o Juiz AVASHINGTON DE OLIVEIRA ao Supremo deixou de suaatestado da mais valiosa cooe acendrado amor ao tra- um

Sc as 'lições de compreensão, de tolerância e de respeito essa decisão que encerra tivessem vialéni de fseiis efeitos vido jiara judiciários, talvez outras páginas houvessem gravado os fatos posnacionalidade. terioros da Estava escrito, no entanto, que grande magistrado que ia divi dindo os dias da sua vida entre encargos profissioencantos do lar que tanainda assistir o afanosos nais 0 os to amava, deveria a outro movimento insurrecional de larga envei-gadura, A REVOI^ CÃO CONSTITUCIONALISTA DE 1932 para nele se integrar intima- mente pela força de seu espirito e de seu sangue, forlado dos os pelo sanguemando resolutamente ao ideais paulistas. E vencidos, que ^ aposentadois tarde revodesviasse de uma fomos, colheu-o riu compulsória maisse nao i So**retiHnea ^trajetória de uma vi da pi-edestinada e ascendesse ele posto de Ministro do Egrerio Tribunal Federal, onde curta permanência

Os conceitos [jurídicos ef ciais que emitiu em veis decisões de pronúncia e julgamento, marcam não individualidade de jurista mais fino quilate, como revelam moral soperaçao balho.

também uma formação plena de equidade, uma coragem cívica exemplar, nobreza, cavaco naçao

Senhor Pixísidente. Nestas pa tente! esboçar, sebiografia, nem alcanalturas de um panegíriduas notáde só uma nao uma lavras, quer, cei as ; disse-as por honrosa determide V. Exa., afirmo que do

jsâo a expressão de uma çrande admiração pessoal, de uma ami zade que, pela insignificância, ti nha medo de se amesquinhar fa zendo-se íntima, do respeito fiue grandes de

padca tributo aos minha terra.

Sei que êste Colendo Tribunal, na sua unanimidade, comunica comigo na admiração pelo gran de Juiz, e sei também que memória será pelos paulistas, maximé por nós magistrados, seus legatários imensa fortuna de ter sido jus to e da glória de ter sido bom.

sua cultuada .sempre da IRMÃO PROTE^ dia 20 de dezembro ò« Não se poderia dizer melhor.

É esse o homem cujo centenário e a sociedade brasileira, comemoram.

Mas não foi WASHINGTON, apenas, o grande jurista e o integemmo magistrado que todos co nheceram. Relevantíssima foi 'tam-

béin a sua social, a prine'^« na LKÍA N A ('K )NAL1STA, e tar<l«- na M<-sa A<lministrativ» Santa í'asa <!<● Misericórdia Paulo omU-. ao lado de SALKS. lio LKAL COSTA. õ, PUSU) HAKKKTO. dc OLITV (ÍOMKS. do ^●I:AXCTSCO GONf;AIA'KS MACHADO, do DESEJlHAIHÍADOP I’AlH.O COS^T.A. Ai AVUKS XKTO, ile CELESTIVc BOIMiROlJí. o do tantos outros ilusLros, consoííuiu ordenar « patrimônio da notável Instituição ● nicdhorar os sc-rviços internos, recendo da Mosa Administrativa « honroso Utuli» do TOU, no 1D48.

PJm tou senií)re coni uma inteli^^enlo sua virtuosíssima (* })ósa, Dna. DK OLIVKÍKA, tui-no, levanto tuiçõos religiosas

tôdus as suas atividades inestíbulvel « colalioraçào, qual a incansável em geral bravo se* .AXGKLIXA a qual, por desemiionhou também atividade* social nas Insf- à a que pertenc^^; K

de chtn'a... nao senil frio Vuò me nao tomei um

'-« calor... fiz muita economia... encontrei Indo o que precisava.j ^dos eram amáveis e atenciosos..- nunca vi carne tao oa... as frii ^s e vet'ditras estavam muito frescas... comprei tu( o nurn instante.,, dos supermercados da yClarOj ela foi fazer suas cornpt'as em um 3 eS: mdll IDjíl

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