Especial - Viva o Contador!

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Jornal do empreendedor

São Paulo, sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Especial

Viva o Contador! 22 de setembro é o Dia do Contador. A imagem do profissional burocrático, que preenche guias, faz a Declaração do Imposto de Renda e "doma todos os leões" é coisa do passado. Vire a página e veja a nova imagem do contador. Bettmann/CORBIS

Nesta entrevista, o presidente do CRCSP, Luiz Fernando Nóbrega, faz um balanço da sua gestão frente à entidade, que termina agora em dezembro, e fala sobre a valorização dos profissionais da Contabilidade. Carlos Ossamu

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fissionais, mulheres, integrantes da melhor idade, do Terceiro Setor, da cultura e do meio acadêmico O atual presidente do CRCSP contador Luiz Fernando Nóbrega, cuja gestão termina agora no fim do ano. Com 38 anos de idade, o mais jovem presidente do Conselho até agora é pós-graduado em Administração de Marketing e Recursos Humanos, Controladoria e Finanças. Empresário contábil e professor universitário na cidade de Bauru (SP), Nóbrega é conselheiro da entidade desde 2000. Foi vicepresidente de Desenvolvimento Profissional na gestão 2008-2009 e vice-presidente de Administração e Finanças na gestão 2010-2011. Em entrevista para o Diário do Comércio, Nóbrega faz um balanço da sua gestão e dos principais temas que estão mobilizando o setor contábil. Diário do Comércio - Qual o balanço que o senhor faz da sua gestão, que termina em dezembro? Luiz Fernando Nóbrega - O

Conselho Regional de Contabilidade é, na verdade, uma grande prestadora de serviços. Temos de atender o nosso cliente, que é o profissional da Contabilidade. Muitas coisas que são das nossas prerrogativas, como fazer o registro, fiscalizar os profissionais e ofertar educação continuada, isso nós fazemos sempre, não tem como ser diferente. Dentro das metas de gestão, tínhamos o objetivo de aperfeiçoar o processo nessas três áreas e isso nós conseguimos. Tivemos algumas ações em cada uma dessas áreas que julgamos que foram inovadoras, como, por exemplo, trazer o registro para o processo eletrônico, via internet, ofertar soluções de e-learning para a educação continuada e também uma orientação ao profissional da Contabilidade de forma mais intensa por meio da fiscalização. Esses três pilares, que são a sustentação do Conselho, continuaram e tiveram algumas inovações. Quais outros destaques que

marcaram a sua gestão? Como outras realizações, uma que julgo estar entre as mais importantes foi a de trazer o profissional mais próximo do Conselho. Tivemos a nossa entrada nas redes sociais, o que serviu para difundir todo o nosso rico conteúdo em várias áreas, como também ouvir mais o profissional. Esse ingresso nas redes sociais foi uma ação bastante positiva para ficarmos mais perto dos profissionais. Isso rebate opiniões contrárias de que o Conselho está em um patamar diferente, no "Olimpo", longe do cotidiano dos profissionais. Isso mostra que estamos presentes para prestar bons serviços aos profissionais da Contabilidade. Como é o trabalho de comunicação como ferramenta para aproximar os profissionais do CRC-SP? Temos informativos periódicos para os profissionais, desde a TV CRC São Paulo, com conteúdos de cunho mais técnico, de interesse geral e canal de notícias, co-

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Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo (CRC-SP) faz parte do sistema de registro e fiscalização do exercício da profissão contábil, formado pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC), com sede em Brasília, e os Conselhos Regionais existentes em todos os Estados da Federação. Este sistema foi criado pelo Decreto-lei nº 9.295, de 27 de maio de 1946, assinado pelo então presidente Eurico Gaspar Dutra, e representou o resultado de um longo processo de gestões que a classe contábil, por meio de suas lideranças, reali-

zou junto aos poderes públicos e à sociedade para criar um órgão colegiado que representasse a regulamentação definitiva da profissão. Além de registrar e fiscalizar o exercício profissional, o CRC-SP é responsável por um ambicioso programa de educação continuada que já beneficiou milhares de profissionais de todas as regiões do Estado com palestras, seminários entre outras atividades. Também tem um programa de integração com as principais Universidades e Faculdades de Ciências Contábeis do Estado, oferecendo aos alunos a oportunidade de conhecer melhor o órgão fiscalizador e sua futura profissão. O CRC-SP organiza as Convenções (Estadual e Regionais) com o objetivo de estreitar o relacionamento entre profissionais, empresários e estudantes de Contabilidade. Tem uma forte atuação por meio de suas comissões, ampliando e reforçando o trabalho do Conselho. As comissões são formadas por jovens pro-

mo também temos um informativo impresso bimestral, que é o Gestor Contábil, trazendo uma série de informações úteis para a categoria. Temos também uma resenha de matérias técnicas semanal, que traz aos profissionais todas as novidades que estão acontecendo na profissão em vários segmentos, como contabilidade, fiscal, trabalhista etc. Temos um boletim eletrônico que também traz artigos científicos. Todas essas ações servem para aproximar, não somente o profissional, mas também um público muito importante para nós, que é o estudante de Ciências Contábeis, para que ele conheça o órgão de registro e fiscalização antes de se iniciar na profissão. Nós nos aproximamos muito da academia, tanto dos professores quanto dos alunos nesta nossa gestão, inovando com prêmios para professores e para dissertações; trouxemos para a nossa Convenção, realizado em agosto, trabalhos científicos de alunos e profissionais. Tudo isso faz parte do trabalho de comunicação e prestação de serviços, que foi uma grande bandeira que levantamos nestes dois anos.


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Aberto para BALANÇO L

Houve ações que estavam no plano de gestão, mas que por algum motivo não foram realizadas ou concluídas? O nosso planejamento foi todo em cima de objetivos bem centrados, de forma a não cometer loucuras e nem ficar alienado para realizar tudo em dois anos, que é um tempo exíguo. Mesmo na parte estrutural da sede, onde tivemos de construir um novo plenário para atender a maior demanda, fazer o Espaço Conforto para atender os profissionais que precisam realizar algum trabalho em nossa sede, tudo isso foi bem programado e realizado dentro da nossa gestão, sem correria. Não vejo frustração por não realizar alguma ação, tudo foi bem planejado previamente e executado a tempo.

contento esta gestão. Como foi a 23ª Convecon - Convenção dos Profissionais da Contabilidade do Estado de São Paulo, realizada em agosto? Tivemos este ano em torno de 2 mil participantes. Uma inovação foi trazer para a convenção trabalhos científicos. Abrangemos áreas de todos os segmentos da profissão, desde auditores, peritos, profissionais da Contabilidade e donos de escritórios. Tivemos a inovação de trazer painéis que refletissem a tendência da profissão. Isso nós conseguimos fazer e temos um documento que reflete as tendências da profissão para os próximos anos em alguns segmentos. A própria feira de negócios, que é uma área importante da conven-

ção, que sempre traz novidade na área editorial e de softwares, foi concorrida e bem montada, com muitas empresas participantes. Tivemos um público menor em comparação ao evento anterior, que foi de 2,5 mil participantes, pois tivemos dois eventos "fogo-amigo" na sequência e isso acabou tirando um pouco a participação de profissionais. Mas o que vale não é a quantidade, mas a qualidade do que foi feito. Por isso a avaliação é de que o evento foi altamente positivo. (Leia mais sobre a Convecon na pág. 7) Qual a sua avaliação quanto á resolução do CFC sobre lavagem de dinheiro? Esta resolução não é uma invenção da profissão, como também não é uma invenção

do Coaf, essa lei tem um histórico de ação contra lavagem de dinheiro e o terrorismo que é internacional. O Brasil aderiu a isso há muito anos, isso remete a 1988. O Coaf foi normatizando dentro da realidade brasileira e procurou o CFC com a orientação de que iriam fazer a lei e que a classe deveria estar envolvida, caso contrário eles fariam do jeito deles. Então, o CFC montou um grupo de trabalho, envolvendo membros do próprio CFC, da Fenacon, do Ibracon, que em conjunto fizeram essa resolução, que trata da lavagem de dinheiro. Não foi uma invenção do CFC, foi uma adesão que o Brasil fez. (Leia mais sobre a resolução sobre lavagem de dinheiro na pág. 4) Muito se tem reclamado da grande

quantidade de obrigações acessórias que o profissional da Contabilidade tem de cumprir. Esta não é mais uma obrigação? De fato, os profissionais têm muitas obrigações acessórias e o tempo dedicado ao seu cumprimento é muito grande, gasta-se mais tempo atendendo ao Fisco do que ao próprio cliente, que é quem garante o nosso sustento e paga os nossos honorários. Porém, essa resolução sobre lavagem de dinheiro não terá um impacto grande no dia a dia do profissional da Contabilidade, pois não será todo tipo de empresa ou todo tipo de operação que irá demandar uma comunicação ao Coaf, mas serve para fazermos uma reflexão e entendemos o nosso papel no contexto da economia. O profissional da

Havia uma meta junto ao Conselho Federal de Contabilidade para fiscalizar todos os profissionais do setor. O compromisso vem sendo cumprido? Esta é uma meta para três anos, estabelecido pelo CFC. Ainda resta um ano para cumprir o compromisso, cujo prazo vai até 2014. Este trabalho contou com a ajuda de ferramentas eletrônicas, não são visitas presenciais em todos os casos. Grande parte da fiscalização é feita via web, onde o proprietário da empresa contábil preenche um questionário, fazemos uma análise e decidimos se vamos a campo fiscalizar a empresa ou não. Este ano vamos cumprir a meta de fiscalizar 2/3. São aproximadamente 20 mil organizações contábeis somente em São Paulo. O restante deve ser cumprido no próximo ano. Foram dois anos de bastante participação, tivemos muita interação com os diversos nichos com o quais nos relacionamos enquanto prestadores de serviços, sejam eles conselheiros, colaboradores ou delegados. A minha avaliação é que conseguimos levar a

Contabilidade é um agente importante e esse novo papel servirá para que ele seja cada vez mais valorizado. De que forma haverá maior valorização do profissional? A partir do momento que ele tem obrigações e responde por elas, ele precisa se blindar, cobrar mais pelo seu trabalho, ter respaldo jurídico em contratos que permitam tomar algumas ações, zelar mais pela independência profissional. Então, é de fato mais uma obrigação a cumprir, mas não é uma obrigação diária e não deve ter tanto impacto. A resolução é complexa, difícil e o CFC deve soltar mais orientações sobre isso em breve. Contabilidade criativa é um termo que vem se falando muito no mercado. O senhor acha o termo correto? Não se trata de ser correto ou não, mas se o uso é ou não apropriado. Quando se tem desvio de dinheiro ou um rombo em alguma instituição e isso é justificado com um ajuste que não está dentro da legalidade, isso não é Contabilidade criativa. A Contabilidade tem que seguir regras, está subordinada à legislação fiscal e tributária, que quando permitidas, propicia um planejamento tributário que pode redundar em alguma ação positiva, fruto de uma criatividade, isso é um ponto. Outro é burlar regras, acobertar situações se valendo de ações que nem sempre são legais, que podem ser questionadas. Neste sentido somos contra. A Contabilidade hoje tem um cunho mais subjetivo do que no passado, não está tão engessada e pode dar margem a um bom profissional usar a criatividade para o bem. Mas quando se tem pessoas manipulando ou omitindo informações e se fala em Contabilidade criativa, isso somos contra. As brechas na legislação não seriam fruto da sua complexidade? Sim, a legislação é muito complexa, se cria uma dificuldade que gera interpretações diferentes, que acaba por entupir o judiciário com ações, com fiscalizações que são contestadas. O profissional acaba tendo de se virar para cumprir as obrigações que surgem, interpretações quanto às tributações. São 27 Estados com legislações diferentes, leis federais e municipais, regimes diferentes, formando um emaranhado de coisas. Em uma simples operação de venda pode ter interpretações complicadas – comprou de um fornecedor de outro Estado, exportou o produto, o regime do fornecedor é um, o meu regime é outro, tudo isso cria uma situação que chamamos de manicômio tributário, que tem piorado cada vez mais. (C.O.)

Zé Carlos Barretta/Hype

O balanço da nossa gestão mostra que estamos presentes e prestando bons serviços. LUIZ F. NÓBREGA

Em busca do reconhecimento

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ara Juarez Domingues Carneiro, presidente do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), a sociedade em geral não conhece a profissão contábil, apesar de a Contabilidade brasileira ser uma das mais respeitadas no mundo. "Muitos acham que o contador é aquele profissional que faz o Imposto de Renda e preenche guias para recolhimento de impostos, um trabalho meramente burocrático", diz. "Na verdade, o trabalho do contador é gerar inteligência e informações para a gestão do negócio e para a tomada de decisões". Para divulgar a profissão, o CFC lançou a campanha "2013: ano da

Contabilidade no Brasil". Segundo o presidente do CFC, o objetivo é fortalecer a imagem do profissional da Contabilidade, mostrando a sua importância como agente fomentador do desenvolvimento social e econômico do País. "A sociedade precisa compreender o nosso

verdadeiro papel. Existe uma deturpação em relação aos contadores, por parte de alguns segmentos da mídia, principalmente os relacionados com determinados programas humorísticos e novelas, que abusam em apresentar o profissional contábil de forma distorcida e irresponsável", reclama.

Para Carneiro, esta campanha surge em um momento em que a profissão contábil atinge, não somente no Brasil, mas no mundo, um estágio elevado de desenvolvimento e reconhecimento. Principalmente na última década, a Contabilidade cresceu muito e o Brasil foi

um dos países que apresentou os maiores índices de crescimento. Uma das principais razões são as Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS International Financial Reporting Standards), em que os países passaram a adotar uma linguagem universal, uma linguagem

Nova Instrução Normativa é retrocesso

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Conselho Federal de Contabilidade é contrário à Instrução Normativa nº 1.397, da Receita Federal, divulgada na terça-feira (17). Entre outras medidas, a IN passa a vedar o uso das Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS), em vigor desde 2008, para o cálculo de dividendos e juros sobre o capital próprio e obriga a apresentação de dois

balanços. Em nota, o presidente do conselho, Juarez Domingues Carneiro, afirma que a decisão da Receita Federal “pegou a categoria de surpresa” e classifica a Instrução como um “retrocesso na manutenção da neutralidade tributária na implantação das normas contábeis internacionais”. O conselho critica também a

criação de obrigação de duas escriturações contábeis, uma para os acionistas e outros interessados, seguindo o IFRS, e outra para fins tributários, pelo modelo contábil vigente até a edição da Lei 11.628, de 2007. O CFC defende a reabertura de diálogo com a Receita Federal para completo reestudo do conteúdo da Instrução Normativa.

de comunicação dos negócios, que é a contábil. "Para isso, havia a necessidade de que princípios comuns fossem estabelecidos, assim como regras e padronização, para permitir a comparabilidade", explica. O Brasil foi um dos países que adotou o modelo completo, incluindo não somente as normas para o setor privado (IRFS), que valem tanto para as companhias de capital aberto, como para médias e pequenas empresas, mas também adotou as normas internacionais para a área de auditoria (ISA) e para o setor público (IPSA). Com isso, o Brasil passou a se destacar no cenário internacional. Outros países não conseguiram atingir este estágio. (C.O.)


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A classe dos AUDITORES INDEPENDENTES As grandes empresas internacionais que atuam na área buscam profissionais ainda na faculdade para treiná-los

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a área contábil, uma das carreiras mais promissoras e desejadas é o de auditor independente. As grandes empresas de auditorias, todas elas internacionais, costumam buscar profissionais ainda na faculdade, para que possam treiná-los. Eles começam como trainees, depois assistentes, auditores, gerentes e o degrau mais alto é o de sócio da empresa. "A auditoria independente é uma profissão de contadores, uma especialidade dentro da Contabilidade. Mais do que isso, se o profissional quiser prestar serviços para empresas reguladas, ou seja, que exista algum órgão regulador ligado a ela, seja a CVM, Banco Central ou Susep, é preciso prestar um exame específico para cada área para se cadastrar junto ao Conselho Federal de Contabilidade (CFC), que é o Cadastro Nacional de Auditores Independentes (CNAI)", explica Eduardo Pocetti, presidente da Ibracon - Instituto dos Auditores I nd ep en de n-

Divulgação

tes do Brasil. Com isso, o profissional estará apto a prestar serviços de auditoria para empresas reguladas. Hoje, são pouco mais de 2 mil profissionais registrados nesse cadastro. Além disso, todo ano o profissional precisa comprovar ao CFC uma carga mínima de 40 horas de treinamento para atualização técnica, chamado de Programa de Educação Continuada. E não é qualquer treinamento, mas aqueles aprovados pelo CFC dentro da área que o profissional atua. "No Brasil existem cerca de 500 mil contadores, mas exercendo a função de

auditor são cerca de 10 mil, sendo 2 mil cadastrados no CNAI", comenta Pocetti, explicando que os 8 mil restantes fazem parte da equipe de auditoria, mas que também são obrigados a passar pelas 40 horas de educação continuada por ano. Cada equipe precisa ter pelo menos um profissional cadastrado no CNAI para assinar os pareceres. História da auditoria A atividade de auditoria independente foi introduzida no Brasil em razão dos i n v e s t i m e ntos internacionais tra-

zidos ao País no século 19 e aplicados, principalmente, em infraestrutura (portos, ferrovias, navegação, iluminação pública etc.), base para o início da industrialização. Instaladas no Brasil nas primeiras décadas do século 20, as empresas internacionais de auditoria contribuíram muito para o avanço do conhecimento e para a implantação de técnicas contábeis. O primeiro trabalho de auditoria registrado no Brasil de que se tem conhecimento ocorreu há pouco mais de um século, quando o balanço da São Paulo Tramway, Light and Power Company relativo ao período compreendido entre junho de 1899 e dezembro de 1902 foi analisado pela empresa de Auditoria Clarkson & Cross - atualmente Ernst & Young. De acordo com Paulo Adolpho Santi, no livro Introdução à Auditoria, não existem divulgações de pesquisas sobre os primórdios da atividade no Brasil, sendo certo, porém, que teve origem inglesa, e que o primeiro parecer foi publicado em 9 de abril de 1903. Ele se refere justamente ao exame dos livros da São Paulo Tramway, Light and Power Company, na sua matriz, em Toronto, Canadá. No entanto, segundo Santi, a menção nele contida não permite determinar se eles mantinham escritório no Brasil ou se enviaram audi-

Eduardo Pocetti, do Ibracon tores de Toronto para aquela expressa finalidade. A entidade O Ibracon - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil foi constituído em 13 de dezembro de 1971. A entidade surgiu da união de dois institutos que congregavam contadores que trabalhavam com auditoria independente: o Instituto dos Contadores Públicos do Brasil (ICPB) e o Instituto Brasileiro de Auditores Independentes (Ibai), que se uniram para a obtenção de uma melhor estrutura e representatividade em benefício da profissão. Assim foi criado o Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (IAIB), que hoje se chama Ibracon. Eram tempos de mudanças, como os de hoje em dia. O mercado de capitais brasileiro, após rápida e expressiva expansão, havia entrado em colapso, causando sérios proble-

mas à economia da época. O Ibracon esteve presente quando da reorganização do mercado de capitais após a quebra da Bolsa, em 1970. O Instituto foi criado justamente para auxiliar no processo de reconstrução, quando a auditoria independente passou a ser obrigatória para as empresas de capital aberto e o primeiro conjunto de normas sobre demonstrações contábeis foi escrito e adotado por meio da Circular Nº 179 do Banco Central do Brasil. Desde 1971, o Ibracon luta em prol do fortalecimento da profissão no Brasil e das estruturas de mercado. Para isso, ao longo dos anos, a entidade desenvolveu fortes relacionamentos internacionais, como forma de contribuir com o desenvolvimento da profissão no Brasil. Exemplo disso é o fato do Instituto estar presente na fundação da Federação Internacional dos Contadores (Ifac), nos idos de 1977, permanecendo até os dias de hoje como associado e interagindo intensamente em seus processos. Hoje em dia, esses relacionamentos internacionais se ampliaram. A parceria com a IFRS Foundation permitiu que o Ibracon se tornasse a entidade autorizada a traduzir o Livro Normas Internacionais de Relatório Financeiro. Com isso, participou e participa no processo de convergência de normas internacionais em todos os seus estágios, inclusive na criação do Comitê de Pronunciamentos Contábeis. (C.O.)


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CFC esclarece resolução sobre LAVAGEM DE DINHEIRO Segundo o órgão, tratase de uma lei federal e a resolução apenas vem regulamentar a aplicação dessa lei nos serviços profissionais de Contabilidade

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o fim de julho, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) aprovou a Resolução CFC nº 1.445/13, com normas estabelecem procedimentos a serem observados pelos profissionais e organizações contábeis, quando nos exercícios de suas funções, para que auxiliem as autoridades no combate à lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo. Assim, pessoas físicas ou jurídicas que prestem, mesmo que eventualmente, serviços de assessoria, consultoria, contadoria, auditoria, aconselhamento ou assistência, de qualquer natureza, nas operações de compra e venda de imóveis, gestão de fundos, abertura ou gestão de contas bancárias, de criação de sociedades de qualquer natureza, financeiras, societárias ou imobiliárias, entre outras, devem comunicar as operações suspeitas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Segundo a resolução, devem ser comunicadas obrigatoriamente ao Coaf, independentemente de análise ou de qualquer outra consideração, (i) prestação de serviço realizada pelo profissional ou organização contábil envolvendo o recebimento, em espécie, de valor igual ou superior a R$ 30 mil ou equivalente em outra moeda; ou por meio de cheque emitido ao portador, inclusive a compra ou venda de bens móveis ou imóveis que inte-

grem o ativo das pessoas jurídicas; (ii) constituição de empresa e/ou aumento de capital social com integralização em moeda corrente, em espécie, acima de R$ 100 mil; e (iii) aquisição de ativos e pagamentos a terceiros, em espécie, acima de R$ 100 mil. Essa resolução causou uma reação na classe contábil, já que uma das reclamações é que os profissionais da área já se encontram sobrecarrega-

dos para atender as inúmeras obrigações acessórias, que na prática fazem com que eles trabalhem para o Fisco, restando pouco tempo para atender as necessidades gerenciais de seus clientes. Por essa razão, o CFC emitiu uma nota de esclarecimento. Segundo o órgão, analisando a matéria sob a ótica mundial de países e legislações que tratam de lavagem de dinheiro, conclui-se de imediato

não se tratar de novidade ou "modismo" criado no Brasil, ou seja, trata-se de tema que há anos está inserida no contexto da realidade e do dia a dia dos profissionais e organizações, inclusive no Brasil. O CFC enfatiza que não se tratar de uma peculiaridade brasileira e alerta que a realidade é muito mais grave e as estatísticas dos órgãos de controle mostram que o Brasil vem se transformando em paraíso para o fi-

nanciamento ao crime organizado e ao terrorismo. A Lei nº 12.683/2012 diminuiu esta defasagem e para os contadores, houve uma particularidade em relação aos outros países. No mundo todo, as autoridades regulamentaram as normas para a classe contábil. No Brasil, logo após a promulgação da Lei, a Comissão formada pelas entidades que representam a classe se mobilizou em busca de resguardar

a inaplicabilidade imediata das normas. A Lei nº 12.683/2012 modificou de forma relevante a Lei nº 9.613/1998, quando inseriu os profissionais e organizações contábeis no rol daqueles que devem prestar informações sobre operações suspeitas de crimes de lavagem de dinheiro e de outros ilícitos previstos na referida lei. Trabalho em equipe

Fernando Bizerra Jr/Efe

Novas regras para o setor público

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setor público brasileiro tem até o início do ano que vem para se adequar aos padrões internacionais de contabilidade. A medida foi determinada pela portaria nº 184/2008 pela Secretaria de Tesouro Nacional, que estabeleceu as diretrizes a serem adotadas pelos órgãos públicos com relação aos procedimentos, elaboração e divulgação das demonstrações contábeis. Essa convergência permitirá

a padronização, modernização, controle e mais transparência nas ações realizadas por esses entes, seja na esfera municipal, estadual ou federal. A determinação para convergência partiu do Ministério da Fazenda, que estabeleceu que os entes públicos passassem, desde 2008, a desenvolver ações para a convergência da contabilidade pública

brasileira às Normas Internacionais de Contabilidade Pública (IPSAS, sigla para International Public Sector Accounting Standard), que são aplicadas na preparação de demonstrações contábeis por entidades do setor público. Entre as principais mudanças, os órgãos públicos terão que adotar o plano de contas único e as

demonstrações contábeis. Essas alterações, aliadas às outras medidas estabelecidas pelas novas normas contábeis, bem como a implantação de sistema de informação de custos por todos os entes públicos, trarão mais transparência sobre o uso dos recursos públicos e propiciarão ao cidadão exercer o direito de controlar e avaliar a qualidade do gasto público.

A partir daí, visando resguardar as premissas profissionais e o respeito às Leis e tratados internacionais, a referida Comissão trabalhou sob a coordenação do CFC, órgão regulador da profissão, visando viabilizar o cumprimento da Lei nº 12.683/2012. Durante um ano este grupo recebeu contribuições de inúmeros profissionais, autoridades, entidades representativas, resultando na aprovação pelo Plenário do Conselho Federal de Contabilidade da Resolução CFC nº 1.445/2013. Com isto, a classe contábil se juntou a outras categorias profissionais, como, por exemplo, os corretores de imóveis e demais entidades como os agentes financeiros e até os próprios bancos. Um dos aspectos mais importantes da Resolução é a proteção aos profissionais e organizações contábeis, no sentido de "conhecerem quem são os seus clientes" e não serem utilizados por criminosos em atividades ilícitas. (C.O.)


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ACSP tem ofertas ESPECIAIS PARA CONTADORES N Wesley Alisson/Hype

Custos Portuários em alta

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om a finalidade de verificar o real impacto dos custos portuários no comércio exterior brasileiro, o Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) realizou um completo estudo sobre o setor, identificando cada um dos itens que compõem o denominado custo portuário brasileiro, utilizando como base de dados o período de janeiro de 2009 a junho de 2013. O estudo ganha maior importância pelo fato de que 81% de todas as importações e exportações realizadas no País ocorrem por via marítima, e conhecer os custos incidentes sobre essas operações é imprescindível para a melhoria da infraestrutra brasileira. O estudo revela que os custos portuários tiveram crescimento em dólar de 27,26% no período de 2009 a 2012 no Brasil. Em 2009, esses custos totalizaram US$ 7,51 bilhões, passando para US$ 9,55 bilhões em 2012; e já no primeiro semestre de 2013 atingindo o valor de US$ 4,86 bilhões. De janeiro de 2009 a junho de 2013 o comércio exterior brasileiro movimentou por via marítima 2,77 trilhões de toneladas de produtos, ao valor US$ FOB de US$ 1,46 trilhão, a um valor médio por tonelada de US$ 526,42. Comparando-se 2012 a 2008, houve crescimento de 28,22% do valor em dólar, crescimento de 17,15% do peso líquido em toneladas e crescimento de 13,22% em dólar.

Ao se tornarem associados, profissionais da Contabilidade terão descontos em toda linha de Certificados Digitais ACCertifica, no celular corporativo ACCelular e em serviços na Jucesp

Mauricio de Souza/DC

Estudo do IBPT mostra que custos portuários aumentam em 27% de janeiro de 2009 a junho de 2013

ão há empresa sem os profissionais da Contabilidade e por essa razão eles são os grandes parceiros da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Assim, neste mês em que se celebra o Dia do Contador, a ACSP preparou ofertas especiais para os profissionais da área. Segundo explica Othavio Paulino Da Costa Parisi, superintendente comercial da entidade, essas ofertas envolvem todos os produtos da linha de Certificados Digitais da ACCertifica, serviços prestados pela Jucesp e o ACCelular, o celular corporativo da ACSP. "Temos uma capilaridade grande na cidade de São Paulo, por meio das nossas 15 Distritais e o atendimento em nossa sede. Com isso, conseguimos oferecer um atendimento mais ágil e diferenciado para o contador, que por essa razão acabará atendendo bem o seu cliente", diz Parisi. Ao se associar à ACSP (basta ligar para a central de relacionamentos no telefone 31803737), o contador terá à sua disposição inúmeras vantagens e serviços, além de receber uma assinatura do jornal Diário do Comércio. Na área de Certificados Digitais ACCertifica, o contador terá um desconto de até 47% sobre o preço normal, desconto esse que poderá ser repassado aos clientes associados da ACSP. "Além dos 16 postos de atendimento, oferecemos um serviço de validação in loco. Um de nossos agentes de registro efetuará a validação presencial no escritório ou domicílio", explica Parisi. "Além dessa

Othavio Parisi: neste mês em que se celebra o Dia do Contador, a ACSP preparou ofertas especiais para os profissionais da área.

maior comodidade, temos o melhor preço do mercado em validação em domicílio", afirma o executivo. Sendo associado e aderindo ao Clube de Oportunidades da ACSP, os contadores recebem uma comissão de 10% sobre o valor de cada Certificado Digital que ele indicar da ACCertifica. "Essa parceria é feita por meio de contrato, nós criamos um site com o nome do escritório de contabilidade para que ele possa revender o certificado", explica Parisi. Atendimento preferencial A ACSP mantém um escritório regional da Junta Comercial de São Paulo (Jucesp) em sua sede (Rua Boa Vista, 43 - Cen-

tro). Os contadores associados têm inúmeros benefícios junto ao órgão, entre eles, um suporte técnico via telefone para tirar dúvidas, ter informações sobre procedimentos e ainda ter acesso a alguns serviços online, via e-mail, como obter informações cadastrais e busca por nome, sem precisar vir pessoalmente até a Jucesp, ao contrário de quem não é associado. "Normalmente, ao se associar à ACSP, o profissional ganha dois processos de cortesia, economizando em torno de R$ 100. Em, comemoração ao Dia do Contador, até a próxima sexta-feira (27/09), o contador que se associar e aderir ao Clube de Oportunidades irá ganhar mais um processo de cortesia,

totalizando três", diz Parisi. Segundo o executivo, outra vantagem de ser associado é que o contador não precisa pagar no ato por cada procedimento realizado na Jucesp. "No fim do mês, ele recebe um boleto com todos os procedimentos realizados no período, facilitando o seu dia a dia". Tarifa zero

Também como parte das comemorações do Dia do Contador, a ACSP está oferecendo condições diferenciadas para a comercialização do celular corporativo ACCelular. Segundo Parisi, a proposta do serviço é facilitar e baratear a comunicação entre empresas e fornecedores, criando uma comunidade de associados, que estaria interligada pelo celular corporativo. O serviço está à disposição de associados de todo o Brasil. O executivo explica que a ACSP não atua como operadora, mas agrega valor aos produtos das teles. Neste primeiro momento, a entidade usa a rede da Vivo. "É como se a ACSP comprasse a matériaprima da Vivo e depois montasse um produto novo", explica Parisi. E a entidade montou um produto que atende especificamente às necessidades das empresas. Um dos grandes atrativos é a tarifa zero. Todas as linhas contratadas permitem que o usuário fale ilimitadamente entre todas as suas linhas sem ser tarifado por isso, além de poder falar da mesma forma com os demais usuários do plano. (C.O.)


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A Contabilidade EM FASE DE TRANSIÇÃO Para o presidente do Sescon-SP, quando os controles eletrônicos estiverem consolidados, os profissionais poderão praticar a Contabilidade plena

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m janeiro do próximo ano, entra em operação o eSocial, considerado o sistema mais complexo do SPED - Sistema Público de Escrituração Digital. As empresas passam a informar mensalmente a sua folha de pagamentos em formato digital e o Fisco terá essas informações para cruzar os dados, principalmente das contribuições previdenciárias, para saber se está sendo recolhido tudo de acordo, com base nos salários dos empregados. Isso permite fazer uma fiscalização eletrônica eficiente, já que atualmente isso é feito por meio de recolhimento de guias. Além da rotina da folha de pagamento dos empregados, a Receita quer saber de eventos como contratações, acordos e ações judiciais, dissídios e afastamentos, envolvendo vários departamentos de uma empresa, daí a complexidade. Na opinião do presidente do Sescon-SP, Sérgio Approbato Machado Jr., apesar de ser mais uma obrigação acessória, a maior responsabilidade que recairá aos profissionais da Contabilidade servirá para valorizar ainda mais a categoria. Nesta entrevista, Machado Jr. diz que o setor vem passando por uma fase de transição para o meio eletrônico, mas que quando o processo estiver consolidado, irá liberar o profissional a praticar a Contabilidade em sua essência, que é o da inteligência e apoio à gestão do negócio. Diário do Comércio - A grande novidade do SPED é o EFD Social, ou eSocial, que deve ter início em janeiro do ano que vem. Como será o impacto disso no setor? Sérgio Approbato M. Jr. Com o eSocial muitas coisas mudarão em termos de controle. Este sistema é mais abrangente, envolve uma série de cadastro, inclusive da parte previdenciária, área esta que também está agora sob o guarda-chuva da Receita. O eSocial é uma mudança mais radical de controle. O que deve mudar para os escritórios de Contabilidade? A grande maioria das empresas de Contabilidade praticam mais a folha de pagamento, elas não se envolvendo muito na parte de recursos humanos propriamente dita de

Paulo Pampolin/Hype

uma empresa, isso de forma genérica. Uma empresa pequena quase sempre não tem uma área de recursos humanos e o profissional da Contabilidade acaba até orientando como fazer com a questão salarial. Agora, com o eSocial, pelo que vimos em algumas apresentações da Receita Federal, envolve uma série de novas informações e eles vão querer controlar absolutamente tudo, tanto a parte de processamento da folha de pagamento, como também todos os vínculos sociais dos funcionários, desde o exame admissional ou de demissão, a parte de recursos humanos, todos os vínculos sociais. A gente terá de orientar de forma muito mais ampla os nossos clientes, que são pequenos, de forma a dar essas informações de cadastro, que serão mais sofisticadas e completas, coisa que não se tinha até então. O senhor considera isso positivo para a classe? Isso também abre uma oportunidade de negócio para as empresas de Contabilidade a partir desta nova modalidade eletrônica de se tratar a parte social das empresas, envolvendo as áreas previdenciária, trabalhista e relação empresa-empregado. São questões novas, as formas de fazer isso vêm sendo revelada agora. Da nossa parte, teremos de nos adequar a esta nova regra, mesmo na forma de passar as informações, com prazos. Por exemplo, será necessário informar a previsão de pessoas que vão sair de férias 30 dias antes. É uma rotina normal em empresas grandes, mas as pequenas não tinham esta situação. Mais responsabilidades também significa valorização para a classe? A Contabilidade está tendo um aspecto muito mais consultivo, os empresários estão percebendo a necessidade de usar a Contabilidade como uma ferramenta de gestão e apoio à decisão. Percebemos que o próprio empresário de uma forma geral está tomando a iniciativa de ter mais cuidado com os seus números, primeiro para gestão do seu negócio e segundo pelos controles que o governo vem impondo. Hoje, o contribuinte percebe que precisa estar

Fique de bem com o Fisco

E Sérgio Approbato Machado Jr.: oportunidade de negócio para as empresas de Contabilidade com a chegada do eSocial.

adequado para cumprir esses controles. As empresas contábeis também mais bem preparadas hoje? Todas essas exigências também vêm ao encontro da formalização do trabalho contábil. A maioria das pequenas empresas não pratica a Contabilidade plena, elas fazem apenas o que chamamos de livro-caixa. Surge agora efetivamente esta questão de se fazer a Contabilidade plena. A empresa contábil que não estiver preparada para isso, a sua tendência é desaparecer do mercado. Isso é bom, pois valoriza quem ficar e a nossa profissão de uma forma geral. Reclama-se muito da quantidade de obrigações acessórias, que toma muito tempo do profissional contábil. A chegada do eSocial não é mais uma? Estamos passando por um

momento de transição nesta questão de obrigações acessórias para o meio digital. O pequeno empresário tinha um sistema de gestão muito ruim, que não atendia às necessidades da fiscalização. Este é um primeiro passo na conscientização da necessidade de adoção de sistemas mais modernos, mas que requer investimentos. Nem todas as informações são processadas no sistema das empresas de Contabilidade, uma pequena parte é gerada por nós, mas a maioria vem do sistema de gestão dos nossos clientes. Como o senhor enxerga o futuro da classe contábil? No momento em que as empresas estiverem com os seus sistemas adequados e os escritórios de Contabilidade também acompanharem essa evolução e estiverem com os seus produtos adequados e integra-

ção com os sistemas de gestão dos clientes, o produto da Contabilidade, o fruto que hoje é o dia a dia, vai ser uma commodity. Nesse momento, se deixa de dispender muito o tempo no controle e passa a se fazer a Contabilidade em sua essência, no objetivo primeiro, que é o serviço consultivo, indicando ao cliente o melhor caminho a seguir. Este é o serviço nobre da Contabilidade, que muito profissionais deixaram de fazer porque gastam muito tempo realizando esses controles, já que os sistemas não estão adequados. Vejo que hoje estamos passando por uma fase de transição, com a adoção de controles eletrônicos mais sofisticados e a mudança de se processar a Contabilidade, agora pelo padrão internacional (IFRS). Isso tudo chegou mais ou menos ao mesmo tempo, gerando demandas diferentes por conta das adequações. (C.O.)

ntrou em operação esta semana o programa Alerta Simples Nacional. Com o novo sistema, ao acessar o Portal do Simples Nacional (http://www.receita. fazenda.gov.br/simples nacional), os contribuintes receberão um alerta da fiscalização, informando a existência de inconsistências entre os dados declarados ao Fisco e aqueles obtidos ou coletados pela Receita Federal e/ou Secretarias Estaduais, Municipais ou do Distrito Federal. Para o Fisco, o programa Alerta Simples Nacional é uma oportunidade de autorregularização, para que os contribuintes optantes do Simples Nacional possam corrigir erros de preenchimento nas declarações e na apuração de tributos, antes do início de procedimento formal de fiscalização. A Receita estima que a diferença entre o que é informado na Declaração Anual do Simples Nacional e o valor coletado de fato pela Receita Federal chegue a quase R$ 6 bilhões. Os créditos tributários a favor dos cofres públicos são estimados em R$ 600 milhões. "Nós acreditamos que pode chegar a 90% o total de empresas detectadas por meio da fiscalização com irregularidades", disse Iágaro Jung Martins, coordenador-geral de Fiscalização do órgão, alertando que a multa para a infração varia de 75% a 225% do valor devido. Segundo a Receita Federal, atualmente mais de 3,4 milhões de contribuintes entregam declaração como optantes do Simples e acessam o portal para emissão do DASN.


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Maior evento paulista CONTABILIZA SUCESSO

A 23ª edição da Convecon reuniu cerca de 2 mil profissionais da área de Contabilidade, que puderam assistir várias palestras.

Cerca de 2 mil profissionais participaram da 23ª Convecon, que teve como lema "Contabilidade: Ciência Estratégica a Serviço da Sociedade"

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cada dois anos, o CRC-SP realiza o seu grande evento, a Convenção dos Profissionais da Contabilidade do Estado de São Paulo (Convecon). Em agosto, no Parque Anhembi, ocorreu a 23ª edição do evento, que reuniu cerca de 2 mil profissionais da área. A palestra de abertura foi do fundador e proprietário da rede de fast-food Habib's, Alberto Saraiva. Em uma apresentação performática, o empresário contou sua história de sucesso e revelou os segredos para uma gestão duradoura e lucrativa dos negócios. De origem portuguesa, Alberto Saraiva veio com seus pais quando tinha seis meses de idade. Após a morte de seu pai, ele assumiu a gestão da padaria da família, quando tinha apenas 17 anos, e teve que conciliar a faculdade de medicina com a administração dos negócios da família. Mesmo com todas as dificuldades enfrentadas, Saraiva persistiu, pôs a mão na massa e buscou um diferencial para superar os desafios e atingir

Luiz F. Nóbrega, do CRC-SP seus objetivos: "Nessa época o preço era tabelado pela Sunab (Superintendência Nacional do Abastecimento), mas eu coloquei o preço 30% mais baixo que a concorrência e fiz promoções e parcerias para atrair a clientela", contou. Com 25 anos da fundação de sua primeira loja, aberta em 18 de agosto de 1988, o Habib's é hoje a maior rede de fast-food brasileira e a maior especializada em comida árabe no mundo, com 430 lojas e 220 milhões de clientes por ano. Alberto Saraiva credita o su-

cesso de sua rede à sua filosofia de vida. "Eu nunca pensei no lucro, mas ele sempre existiu. Eu sempre acreditei que devemos pensar primeiro no nosso público, oferecendo mais qualidade por um preço acessível. Fornecer produtos de qualidade, com um bom atendimento e um baixo custo é a receita de sucesso do Habib's", disse o empresário. Segundo o empresário, uma gestão eficiente e o controle rígido da Contabilidade são essenciais para conseguir manter a qualidade e preços. "Quando você oferece mais e cobra menos é preciso fazer uma equação e o profissional da Contabilidade possui um papel central nesse planejamento, organizando as contas e orientando o caminho a ser seguido na gestão da empresa". Outras palestras Na palestra "O Brasil e o Processo de Convergência", Heriberto Henrique Vilela do Nascimento, disse que o caminho a ser percorrido no processo de convergência às Normas

Trabalhos premiados

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s autores dos três melhores trabalhos apresentados durante a 23ª Convenção dos Profissionais da Contabilidade do Estado de São Paulo receberam suas premiações durante a sessão plenária do CRC-SP, realizada na última segunda-feira. Em primeiro lugar ficou o trabalho "Valorização do Erro para a Melhoria do Aprendizado em Contabilidade", de Elúbian de Moraes Sanches. O trabalho "A Importância da Due Diligence Trabalhista nos Processos de Fusão e Aquisição", de Adilson Alvares, com coautoria de Émerson Nogueira Sales, ficou em segundo lugar; e Martha dos Santos Azevedo Pereira foi a terceira colocada, com o trabalho "Percepções de Alunos Concluintes sobre Competências Gerenciais Adquiridas no Curso de Ciências Contábeis Oferecido por IES da Cidade de São Paulo". Os premiados receberam R$ 2 mil, R$ 1,5 mil e R$ 1 mil para o primeiro, segundo e terceiro colocados, respectivamente. Para Elúbian, que falou em nomes dos premiados, "quanto mais oportunidades houver para a divulgação das produções acadêmicas, melhor". Ela destacou o reconhecimento da importância da educação, pois, dos três primeiros colocados, dois abordam o ensino da Contabilidade. "Estou muito feliz com o prêmio. É a coroação para o

trabalho que venho desenvolvendo", declarou Adilson. Ele conta que escolheu um tema pouco pesquisado e ficou animado com a valorização e se sente incentivado a continuar a pesquisa na mesma área. "Espero que desperte ainda mais o interesse da classe contábil", concluiu. Martha acha muito

apropriada essa aproximação do CRC-SP com a academia, afinal, é de lá que saem os futuros profissionais da Contabilidade. "Esta premiação é um incentivo e na próxima Convenção dos Profissionais da Contabilidade do Estado de São Paulo vai atingir uma dimensão ainda maior", disse.

Internacionais de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público ainda é longo. No Brasil, as entidades atuando na adoção e implementação dessas normas são o Conselho Federal de Contabilidade e a Secretaria do Tesouro Nacional. O palestrante explicou que a adoção do regime de competência é a única forma de se reconhecer e evidenciar adequadamente a totalidade dos ativos e passivos, receitas e despesas, proporcionando uma imagem completa da situação econômica e financeira e do desempenho de uma entidade da administração pública. Ainda melhora a transparência, a responsabilização e a comparabilidade e pode melhorar a eficácia das

auditorias governamentais. Além do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público, a convergência no Brasil requer a implementação de algumas normas próprias e a superação de alguns desafios, como a capacitação de profissionais, a adoção de sistemas, planejamento, organização interna, auditoria para certificação da qualidade das demonstrações e a atualização da Lei de Finanças Públicas O contador e advogado Valmir Leôncio da Silva, que ministrou a palestra "O Papel da Contabilidade no Atual Contexto e o Reconhecimento de Bens Públicos", analisou o momento atual do Brasil, com manifestações exigindo transparência da administra-

ção pública. "Muito do que está sendo discutido pela sociedade", disse Valmir, "tem a ver com a Contabilidade, que é a transparência pública. Não há como a administração informar suas realizações e finanças sem passar pela Contabilidade. O que muita gente não sabe é que a sociedade de certa forma é 'acionista' da administração pública, pois investe nela cinco meses de trabalho por ano". Ele também disse que balanços bem elaborados são como fotografias das administrações e que a divulgação dessas demonstrações contábeis é um instrumento que deve ser usado pela sociedade. Vem daí o importante papel da Contabilidade para o País.


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o perguntar a uma criança o que ela gostaria de ser quando crescer, as escolhas recaem em jogador de futebol, médico, engenheiro, dentista, piloto de avião, entre outras profissões. Dificilmente alguém diz que deseja ser contador. No Brasil, a ideia que se tem é que o profissional de Contabilidade é um burocrata por excelência, passa o dia em meio a guias, contratos, formulários, calculando tributos e fazendo a declaração do Imposto de Renda. "Esta é uma imagem equivocada do contador. Nos dias de hoje, este profissional vem sendo cada vez mais valorizado e participando do gerenciamento e inteligência do negócio", afirma Ricardo Cintra de Almeida, coordenador-geral da Trevisan Escola de Negócios. "Outra ideia falsa é de que para ser um profissional de Contabilidade é preciso ser um gênio em Matemática. A Contabilidade é uma ciência social e não uma ciência exata", esclarece. Em sua opinião, além do desconhecimento sobre a profissão, não há o glamour de outras carreiras. "No cinema ou na estória em quadrinhos, o herói nunca é um contador, mas um médico, um engenheiro, um jornalista. Mas assim que a criança cresce, se torna um adolescente e chega o momento de escolher uma carreira, passa a ter mais informações", conta Almeida. "A Contabilidade é a quarta profissão mais demandada no mundo e a segunda nos Estados Unidos. No Brasil, o curso de Ciências Contábeis aparece entre as dez mais procuradas", afirma.

O bom profissional

COMEÇA NA ESCOLA Apesar do desconhecimento da sociedade quanto à profissão, o curso de Ciências Contábeis está entre os dez mais procurados

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Reginaldo Gonçalves,da FASM Segundo conta o coordenador, o curso da Trevisan Escola de Negócios é o único do Brasil criado por uma empresa de auditoria e consultoria, por isso ela conhece a fundo o mundo da Contabilidade e sabe exatamente como atender às necessidades do mercado. O

grupo de professores é formado por profissionais de destaque no mercado que trazem a prática para a sala de aula. O curso prepara profissionais para coordenar e controlar os registros financeiros, fornecendo informações precisas para a tomada de decisões. Além disso, oferece uma linha de formação em Finanças e Estratégia em Contabilidade, e preparar o aluno para lidar com os padrões internacionais de contabilidade em vigor no mundo todo. "Na última prova do Exame de Suficiência, 83% dos alunos da Trevisan foram aprovados, dentro de uma média nacional de 47%", diz com orgulhoso. A adoção do Brasil às Normas Internacionais de Contabilidade, conhecida pela sigla IFRS (International Financial Reporting Standards), em

2008, causou grande impacto no setor e o mesmo ocorreu nas escolas. "O Brasil tem se destacado na adoção da IFRS e a Trevisan é referência também nesta matéria na área de ensino, pois contamos com professores especializados com grandes conhecimentos neste assunto. Além disso, oferecemos, na área de pósgraduação, um MBA em Contabilidade Empresarial com ênfase em IFRS", diz Almeida. Outro curso de destaque em pós-graduação é o MBA em Contabilidade e Controladoria, elaborado a partir da concepção que os gestores tomam decisões econômicas, financeiras e contábeis e necessitam compreender os papéis, os conceitos e a lógica operacional das diversas atividades relacionadas, notadamente os responsáveis pela

direção geral dos negócios. Classe C e D A Faculdade Santa Marcelina (www.fasm.edu.br), é mais conhecida pelos cursos na área da Saúde, mas a primeira turma de Ciências Contábeis se formou em junho último e a segunda vai se formar em de-

zembro. O curso é ministrado apenas na Unidade Itaquera (Rua Cachoeira Utupanema, 40) e tem foco maior nas classes C e D, até pela localização da escola. "Dos antigos guarda-livros até os dias de hoje, a profissão mudou muito e ainda há um desconhecimento da sociedade quanto à nossa profissão. Houve uma grande valorização do profissional da Contabilidade com as mudanças da lei societária e a adoção das Normas Internacionais de Contabilidade (IFRS) e hoje, o papel do contador é estratégico nas empresas", diz Reginaldo Gonçalves, coordenador do curso de Ciências Contábeis da FASM. Segundo conta, depois de formado e com registro no Conselho Regional de Contabilidade (CRC), após ser aprovado no Exame de Suficiência, há um amplo leque de oportunidade para o profissional desenvolver a sua carreira, que não se restringe em trabalhar em um escritório de Contabilidade. Ele pode ser um auditor contábil dentro de uma empresa ou prestar serviços de auditoria externa, ser um consultor tributário, perito contábil ou controller em uma organização. "Antigamente, as empresas preferiam engenheiros para serem controller, pois esse profissional está mais habituado a trabalhar com números. Hoje, a preferência recai sobre o contador, pois os seus conhecimentos são mais amplos na área organizacional", afirma Gonçalves. "Há uma carência de profissionais no mercado e um contador com experiência internacional tem salários entre R$ 20 mil e R$ 30 mil", diz. (C.O.) Divulgação

Carreira com muitas oportunidades

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Conselho Federal de Contabilidade (CFC) aboliu o termo Contabilista. Agora, profissional da Contabilidade é a terminologia usada para contador (com curso universitário de Ciências Contábeis) ou técnico em Contabilidade (com curso técnico de ensino médio), quando se refere conjuntamente aos dois profissionais. Para exercer a profissão, o Contador ou Técnico em Contabilidade precisam ser aprovados em Exame de Suficiência e

registrados em CRC. Porém, o registro em CRC como técnico em Contabilidade será assegurado somente até 1º de junho de 2015. Após essa data, somente bacharéis em Ciências Contábeis poderão obter o registro como profissional da Contabilidade. No entanto, quem já estiver registrado poderá continuar exercendo a profissão normalmente. O bacharel em Ciências Contábeis é um profissional eclético. Todo e qualquer patrimônio necessita de

critérios de formatação e de avaliação, fato do cotidiano do profissional da Contabilidade. A identificação, análise e, finalmente, determinação do impacto das transações no patrimônio das entidades exige do profissional um amplo e variado leque de conhecimento. O profissional contábil está capacitado e possui o conhecimento necessário sobre assuntos econômicos, financeiros, tributários, organizacionais e comportamentais para direcionar as conclusões da

lógica contábil, sempre respaldado por princípios e normas técnicas, dando espaço à propalada interpretação da condição, qualidade e valor do patrimônio. Para Mirelle Philomeno, gerente da Manpower, empresa especializada em recrutamento e seleção de executivos, tem havia uma mudança no perfil do profissional da Contabilidade que as empresas estão buscando. "Na área financeira temos observado o profissional com registro no

CRC assumindo a posição de controller, sendo responsável tanto pela área financeira, quanto pela área contábil. Cada vez mais, o controller é um profissional que gerencia essas duas áreas", conta. Segundo a executiva, com o Brasil aderindo às Normas Internacionais de Contabilidade a partir de 2008, surgiu uma nova exigência aos profissionais da área. "O principal ponto de dificuldade é encontrar profissionais que dominem a língua inglesa. É muito recente a figura do contador que precisa reportar em nível internacional e a nossa maior dificuldade hoje é encontrar o contador que tenha inglês fluente", afirma. Mesmo assim, estão em alta nas empresas, para profissionais da Contabilidade, a figura do gerente contábil, o controller que seja responsável pelas áreas financeira e contábil, gerente de auditoria interna e

Mirelle Philomeno, da Manpower gerente da área fiscal. Segundo Mirelle, uma preocupação das empresas é garantir resultado pela área financeira. "Até 2008, muito do resultado da empresa era garantido pelo próprio core business. Com a própria IFRS e mudanças na legislação, passou a ser muito importante o planejamento tributário, a redução no pagamento de impostos, questões de crédito etc. A área contábil passou então a ser mais valorizada na medida eu passou a garantir resultados para as empresas", afirma. (C.O.)


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Especializada em SOFTWARES CONTÁBEIS A Contmatic Phoenix traça plano de expansão e inaugura filial no Rio de Janeiro e até o fim do ano abre mais três novas unidades, uma em Belo Horizonte

Serviço online informa valor de impostos

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Tax Compliance Services, que significa 'Serviço de Conformidade Fiscal', é um serviço online capaz de informar os percentuais de tributação, reduções e alterações de base de tributação na aplicação do cálculo de impostos incidentes nas diversas operações fiscais em tempo real para a emissão e/ou validação de documentos fiscais de mercadorias (PIS/COFINS, ICMS, IPI e Substituição Tributária). "Infelizmente, o Brasil é conhecido como o país dos impostos, portanto para as empresas, novidades como esta que chegam para reduzir serviços e impostos são muito bem vindas", avalia Jose C. Dias, gerente do Grupo YKP, empresa de consultoria especializada na implementação e sustentação de sistemas de gestão empresarial, fiscal e tecnologias para empresas de todos os portes e segmentos. O webservice foi desenvolvido com base na própria vivencia da empresa nos serviços prestados para mais de 300 clientes da área fiscal. "Percebemos nos últimos anos que as companhias pagam impostos errado e sempre saldam a mais. Outro detalhe que chamou nossa atenção é que, com tamanho avanço da informática e tecnologia, ainda há muitas empresas que fazem um trabalho como este de forma manual, correndo o risco de má interpretação da legislação", diz Dias. O Tax Compliance Services garante rapidez e precisão. "Esse serviço é muito simples, pois automatiza algo que era manual, numa consulta de cerca de 5 a 10 minutos, parecido com um celular pré-pago. Primeiro é feito o cadastro com senha, login e adesão ao contrato. Depois, o deposito em dinheiro na conta do serviço de pagamento online, seguindo facilmente o passo a passo no site e a cada nova consulta ele vai debitando. Basta apenas digitar as informações referentes aos produtos, qual categoria e o que é, qual a origem e destino, para ser apurados e baseados na legislação mais atual nacional e regional, isso é valido para o Brasil todo. Para conhecer melhor o serviço, há como acessar o site www.taxcomplianceservices.com.br.

Mário Hessel: a Contmatic Phoenix oferece uma linha completa de softwares contábeis e gestão empresarial.

ara colocar em prática seus planos de expansão para todo o território nacional, a Contmatic Phoenix (ww w.cont matic .com.b r), empresa especializada no desenvolvimento de softwares administrativos, contábeis e de gestão (ERP), anunciou a abertura de uma filial no Rio de Janeiro, a primeira fora do Estado de São Paulo. Até o fim do ano devem ser inauguradas outras t r ê s u n i d ades, em Belo Horizonte e nas cidades paulistas de Santos e Sorocaba. Além da matriz, na capital paul i s t a , a e mpresa possui atu alme nte filiais em Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Marília, São José dos Campos e Campinas. A empresa tem mais de 17 mil clientes e 450 funcionários, além de uma extensa linha de produtos. "O nosso plano é crescer organicamente, por meio da conquista de novos clientes em todo o Brasil. Hoje, o nosso portfólio de produtos inclui softwares contábeis, como es-

crita fiscal, cálculo de impostos, contabilidade, gestão de empresas contábeis, escrituração fiscal, emissor de nota fiscal eletrônica, administrador de escritório contábil etc.; e de gestão empresarial (ERP), automação comercial (SaaS), frente de caixa e folha de pagamento", explica Mário Hessel, diretor executivo da Contmatic Phoenix. Produtos O sistema Contábil Phoenix é um produto que atende as normas societárias e tributárias, oferecendo ao usuário toda rotina necessária para um departamento contábil, financeiro ou controladoria que necessita de gerar informações contábeis. Diversos são os relatórios, controles, e ainda a geração de arquivos para o Fisco. O Orion Phoenix é o ERP (sistema integrado de gestão empresarial) da Contmatic, que integra todos os dados e processos de compras, estoque, produção, faturamento/NF-e e financeiro de uma empresa em um único sistema. Efetua integração automática com sistemas da Linha Phoenix: G5 e Contábil. O G5 Phoenix - Escrita fiscal é o best seller dos sistemas de livros fiscais da empresa. Um sistema prático e eficiente que objetiva auxiliar o usuário,

simplificando o trabalho de digitação por meio de facilidades técnicas, como fixação ou eliminação de determinados campos, dicas e sugestões operacionais, teclas de atalho, integrações, etc. Efetua integração automática com os programas da Secretaria da Fazenda, Receita Federal do Brasil e prefeituras. Na área de Imposto de Renda, o IRPJ/JR Phoenix efetua, através dos lançamentos da escrita fiscal ou digitação de valores, todos os cálculos do Simples Nacional ou do Lucro Presumido. Disponibiliza diversos modelos de relatórios para utilização no aplicativo PGDAS-RFB, bem como a integração dos valores para esse aplicativo. Efetua integração com a DIPJ, inclusive com informações da escrita fiscal e folha de pagamento. Possui livro caixa integrado com a escrita fiscal e disponibiliza diversos modelos de relatórios. O Gescon Phoenix - Gestão

de escritório contábil, é um sistema totalmente desenvolvido para gerenciar e administrar o escritório contábil. Com o Gescon Phoenix o cliente emite diversos documentos, como boletos, recibos, notas de despesas, notas fiscais de serviços, protocolos, orçamentos, contratos, guias, DARFs, entre outros, que podem ser enviados via e-mail. Com ele, o cliente ainda c o n s e g u e g erenciar o contas a pagar e receber, administrar o fluxo de caixa, livro caixa, emitir e controlar os boletos enviando e recebendo as informações através da comunicação com o banco. O NAV Armazenador foi desenvolvido utilizando-se o conceito de cloud computing. Com este sistema é possível fazer o armazenamento de arquivos xml da NF-e e CTe em qualquer lugar com acesso a internet e a qualquer hora. Com o NAV Emissor NF-e Emissor de Notas Fiscais Eletrônicas, é possível emitir, armazenar e gerenciar as notas fiscais eletrônicas, com facilidade, segurança e baixo custo, utilizando um sistema totalmente online. Não é necessária a instalação de programas, apenas uma máquina conectada a internet e um navegador para emitir e gerenciar as notas. Para as empresas transportadoras, o NAV Emissor CT-e Conhecimento de Transporte Eletrônico emite conhecimentos de transporte com facilidade e total segurança utilizando o sistema totalmente online, não sendo necessário efetuar instalações do programa, apenas conexão com a internet e um navegador.


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Nesta data, em 1945, foi criado o curso de Ciências Contábeis e Atuariais. Não confundir com o Dia do Profissional da Contabilidade, comemorado em 25 de abril.

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Dia do Profissional de Contabilidade, antes chamado de Dia do Contabilista, é a data comemorativa mais tradicional da categoria. A versão mais aceita é que o senador João Lyra, em um discurso de agradecimento a uma homenagem que recebia da classe contábil, teria dito: "Trabalhemos, pois, bem unidos, tão convencidos de nosso triunfo, que desde já consideramos 25 de abril o Dia do Contabilista Brasileiro". Mas a data só foi oficialmente instituída em 23 de maio de 1979, pela Lei Estadual nº 1989/79 0 – a lei fala em Dia do Contabilista. No ano passado, o Conselho Federal de Contabilidade mudou o nome para Dia do Profissional de Contabilidade, abolindo o termo Contabilista. Já outras fontes falam que Lyra não poderia ter defendido o Dia do Contabilista em 1926, já que a profissão de guarda-livros (técnico em Contabilidade) foi criada somente em 1931 e a de Contador, em 1945. O Dia do Contador se deve ao fato de que em 22 de setembro de 1945, com a sanção do Decreto-Lei nº 7.988, foi criado o curso de Ciências Contábeis e Atuariais. Por essa razão, teria havido um erro de interpretação ao discurso de Lyra. O senador defendia a necessidade de se ensinar e estudar os fundamentos contabilísticos nas escolas, ou seja, de se estudar Contabilidade. Não se usava, então, o termo "contabilista", e, sim, "contabilístico", que tem o mesmo significado que "contábeis". Na época, só se ensinavam técnicas de escrituração contábil em escolas práticas de Contabilidade. O aluno não estudava as Ciências Contábeis, suas causas e seus efeitos, mas a desempenhar tarefas sem ter noção do que estava

22 de setembro DIA DO CONTADOR

Acima, São Mateus, o santo dos contadores; ao lado, o senador João Lyra. fazendo. O senador João Lyra defendia o ensino da Contabilidade e a regulamentação dos profissionais. E um de seus objetivos foi logo concretizado: em 1926, no dia 28 de maio, pouco mais de um mês o famoso discurso, através do Decreto Federal nº 17.329, foi criada primeira escola oficial com o objetivo de ensinar Contabilidade: a Escola de Comércio. Em 1931, com a vigência do Decreto nº 20.158, que dentre outras providências organizava o Ensino Comercial e regulamentava a profissão de contador, as chamadas escolas comerciais formavam técni-

cos e os alunos que terminavam os cursos recebiam os diplomas de perito contador, guarda-livros e atuário. Eram considerados contadores os portadores de diplomas conferidos por institutos de ensino comercial reconhecidos oficialmente. Os guardalivros práticos, os que já exerciam ou tinham exercício da profissão, para gozarem das prerrogativas do decreto, deveriam requerer ao superintendente do Ensino Comercial e posteriormente submetidos a exames de habilitação. Para obter o registro obrigatório dos diplomas, eram considerados equivalentes as denominações de guarda-livros, contador, perito judicial, perito contador e graduado em bacharel em Ciências Comerciais (art. 56), lembrando que até aqui todos eram cursos técnicos. Em 22 de setembro de 1945, como já foi citado, criouse o curso de Ciências Contábeis e Atuariais. Aos alunos que concluíssem o curso era conferido o grau de Bacharel em Ciências Contábeis e Atuariais.

Aos candidatos que, dois anos pelo menos depois de graduado, defendessem tese original de excepcional valor, era conferido o título de Doutor. História do patrono João de Lyra Tavares, ou senador João Lyra, como ficou conhecido, nasceu em 23 de novembro de 1871 na cidade de Goiana, no Estado de Pernambuco, e faleceu a 31 de dezembro de 1930 no Rio de Janeiro. Começou seus estudos na cidade de Utinga e, ainda muito jovens, ingressou no comércio, iniciando-se em atividades mais humildes Foi guarda-livros, chefe de escritório e da firma em que trabalhava. Como comerciante, teve uma atuação destacada em Pernambuco e chegou a fundar uma Associação de Guarda-Livros em seu Estado, e também foi membro da Associação Comercial do Recife. Atuou na política, foi historiador e economista, autor de obras didáticas e estudioso de geografia. Em 1914, a convite do então ministro Rivadávia Corrêa, esteve, pela primeira vez, na cidade do Rio de Janeiro, na época capital da República, onde tomou parte da Comissão escolhida para estudar a reorganização da Contabilidade do Tesouro Nacional. No ano seguinte, João de Lyra foi eleito Senador pelo Rio Grande do Norte, cargo que ocupou até o fim de sua vida. No Senado, foi um dos membros mais destacados da Comissão de Finanças e sempre enfatizou os benefícios que a sociedade brasileira teria com o reconhecimento de uma classe de contadores públicos. A vida pública do senador João Lyra foi marcada pelos inestimáveis serviços prestados à classe dos profissionais da Contabilidade.Mas o seu nome seria para sempre lembrado naquele dia 25 de abril de 1926, quando em São Paulo foi aclamado presidente do Supremo Conselho da Classe dos Contabilistas Brasileiros. (C.O.)

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Centro de Memória da Contabilidade Paulista : modernos recursos tecnológicos mostram a profissão.

lunos, professores e profissionais recém-formados da área contábil têm a oportunidade de conhecer a sede do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo (CRC-SP). A visita, monitorada e com roteiros diversificados, aborda os aspectos históricos da Contabilidade, conteúdos atuais também vistos em sala de aula e temas que fazem parte da rotina no exercício da profissão. Os estudantes conhecem toda a estrutura da sede do conselho, com destaque para o plenário, onde acompanham a simulação de um Tribunal de Ética, com a análise de casos práticos de conduta de profissionais da Contabilidade. Uma das áreas mais visitadas é o Centro de Memória da Contabilidade Paulista Professor Joaquim Monteiro de Carvalho, que conta a história da Contabilidade desde 4000 a.C. Instalado no andar térreo do Edifício Ynel Alves de Carvalho, anexo à sede do CRC-SP, o Centro de Memória existe desde 2001, sendo criado em conjunto com o IPH (Instituto de Recuperação do Patrimônio Histórico da Cidade de São Paulo) e a então Secretaria de Recuperação de Bens Culturais do Estado de São Paulo. Em dezembro de 2011, no aniversário de 65 anos do CRC-SP, o Centro de Memória foi reinaugurado no prédio anexo à sede, adquirido e reformado pelo Conselho. Desta vez, em homenagem ao presidente da entidade na gestão 1950-1953, recebeu o nome de Joaquim Monteiro de Carvalho. O conteúdo do Centro de Memória é apresentado em três idiomas: português, inglês e espanhol, com o objetivo de atingir um público mais amplo. A sustentabilidade está presente em um dos painéis apresentados. Com informações sobre crédito carbono, é uma forma de despertar a consciência dos visitantes em relação ao futuro do planeta. As informações disponibilizadas estão além do que pode ser visto em um primeiro momento. Por meio de um tipo de "código de barras", os chamados QR codes, os visitantes terão acesso a dicas e sites. Para visualizar as informações é necessário utilizar um smartphone que possua um aplicativo leitor de QR codes instalado. É possível testar conhecimentos por meio de games e "manipular" virtualmente objetos antigos utilizados no dia a dia por profissionais da Contabilidade. As visitas podem ser feita de terça à sexta-feira, em horário previamente agendado e aos sábados, uma vez por mês. Mais informações no telefone (11) 3824-5400, no ramal 1210.


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