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Carlos Ossamu Divulgação
estaurantes, bares e restaurantes existem há um bom tempo no mercado. Este setor vem crescendo, se profissionalizando e criando demandas que antes não existiam, transformando toda a cadeia produtiva. Assim surgiu o conceito de Food Service, que pode ser traduzido como "alimentação fora do lar". Este mercado une três elos da cadeia: a indústria, o distribuidor e o operador. A indústria é o fabricante, que pode ser de equipamentos, insumos, alimentos e bebidas. O distribuidor é o operador logístico, que faz a ponte entre a indústria e os estabelecimentos, por exemplo o atacadista. Já o que o mercado chama de operador são os restaurantes, lanchonetes e bares. Esses três elos movimentam quase R$ 243 bilhões por ano, segundo cálculos do IFB – Instituto Foodservice Brasil, entidade criada em agosto do ano passado. Este é um dos setores que mais cresce no País, sempre na casa dos dois dígitos – a média tem ficado entre 12% e 14% ao ano. Em contrapartida, o varejo tem crescido de 6% a 7% e o PIB cresceu 2,5% no ano passado. Um levantamento realizado pelo IFB mostrou que no Brasil 80% dos estabelecimentos de Food Service são independentes, bem diferente do mercado norte-americano, em que 40% são independentes e 60% são redes de restaurantes. Outro dado interessante é que no Brasil 36% dos estabelecimentos são de restaurantes completos (servem desde a entrada até o cafezinho), 33% são fast food (lanches), 20% são fast casual (bufês por quilo) e 11% são padarias. Segundo Rafael Marchiote, membro do IFB e gerente comercial de Food Service da distribuidora Zamboni, o con-
de Food Service estava crescendo”, explica Marchiote.
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Profissionalismo
As empresas perceberam que o crescimento do varejo estava diminuindo e o de Food Service, crescendo RAFAEL MARCHIOTE
ceito de Food Service é novo no Brasil. “O País evoluiu muito nos últimos anos com a ascensão da classe média. A população está cada dia mais ativa, as mulheres conquistaram o mercado de trabalho. Se há 10 anos os gastos com refeições fora do lar somavam entre 25% e 28% de tudo o que o brasileiro gastava com alimentação, hoje, em grandes centros urbanos, este percentual já chega a 42%”, afirma o executivo. Marchiote conta que antes o Brasil não atentava a este mercado, a atenção era volta-
da mais para o varejo, com a dona de casa comprando os produtos no supermercado e preparando em casa. “H o je , com essa dona de casa trabalhando fora, há uma maior necessidade de se alimentar fora do lar. Assim, este mercado entrou em franca expansão, abocanhando essa parcela de consumo do varejo. Por conta disso, entraram no segmento empresas mais profissionais, algumas globais, que trouxeram este conceito de Food Service ao Brasil”, diz o gerente. Houve reflexos na indústria e na distribuição e as empresas passaram a criar áreas autônomas de Food Service – por exemplo, a Unilever tem uma vice-presidência específica para a área de Food Service. A Zamboni, que é uma distribuidora do Rio de Janeiro, criou uma área para atender este segmento, que se relaciona com o operador (restaurante) e a indústria. “Cada empresa, dentro da sua expertise, criou uma área para atender este mercado. As empresas perceberam que o crescimento do varejo estava diminuindo e o
Mas diante deste cenário, com a entrada de grandes empreendedores, como fica o pequeno restaurante? Para Marchiote, existem dois movimentos ocorrendo com o pequeno estabelecimento. “O primeiro é a associação com grupos de investimentos, que estão bastante interessados n e s t e m e rc a d o , t r a z e n d o mais profissionalismo e aporte financeiro", diz. Outro movimento é que os pequenos estão se associando entre si para ganhar força junto aos fornecedores, fazendo compras cooperadas. Além disso, em grandes cidades, como Rio de Janeiro e São Paulo, têm surgido polos gastronômicos. Em uma determinada região, onde se concentram vários operadores, eles se associam para ter mais sinergia, fazer divulgação e também ter maior poder de barganha com fornec e d o r e s . “A n t e s , existia um modelo mais amador de tocar o negócio e agora o mercado está fazendo com que o empresário busque mais profissionalismo, maior controle na gestão para o negócio sobreviver. Mas claro que sempre haverá espaço para o pequeno negócio mais artesanal”. A entidade Segundo explica Marchiote, o papel do IFB é representar a
cadeia de Food Service de uma forma geral. A sua principal missão é mostrar a relevância da cadeia para o poder público e mostrar o quanto este setor é importante para o desenvolvimento do País. A entidade congrega 26 empresas dos três elos da cadeia (indústria, distribuidor e operador). Juntas, faturam mais de R$ 40 bilhões, empregam mais de 200 mil funcionários e atendem mais de 90 milhões de consumidores por mês. “Temos cinco principais focos de atuação, uma delas é a racionalização tributária, pois em diversas ocasiões o setor é bitributado, pagamos duas vezes o mesmo imposto. Atuamos também na área de segurança alimentar e sustentabilidade, que de certa forma traz uma contribuição à área da saúde. Outro ponto é a otimização da malha logística para eficiência na distribuição, o que contribui para melhorar o trânsito e reduzir a emissão de CO2. Outra atuação é no d e s e n-
volvimento de pessoas e empregabilidade, discutindo forma de aumentar a capacitação e gerar mais empregos”, explica. Para Marchiote, ainda falta a conscientização do pequeno e médio empreendedor, que precisa se preocupar mais em desempenhar o papel de empresário. “Em geral, eles ainda estão muito preocupados com o dia a dia do que com o futuro do seu negócio, deixando de ser um empresário para ser um operador. Por exemplo, o dono do restaurante, ao invés de se preocupar mais em atender bem o cliente, hoje está mais preocupado com o seu fornecedor, em quanto vai pagar pelo produto”. “O foco, ao invés de estar na frente, está atrás. O distribuidor, da mesma forma, precisa entender que o foco dele é o operador, atender bem o restaurante, e deixar de se preocupar com o embate com a indústria, de comprar mais barato. Cada um precisa fazer o seu papel. Os elos da cadeia precisam olhar mais para frente”, conclui.
80%
Do estabe s le de Foo cimentos dS no Bras ervice indepe il são ndente s, diz o levanta men do IFB to
2 -.ESPECIAL
DIÁRIO DO COMÉRCIO
A GRANDE VITRINE deste mercado Confira as novidades e os projetos especiais que estarão movimentando a maior feira de Food Service da América Latina
omeça hoje no Expo Center Norte a 30º edição da Fispal Food Service - Feira Internacional de Produtos e Serviços para a Alimentação Fora do Lar. São cerca de 1.400 marcas expositoras, nacionais e internacionais, que vão mostrar suas novidades para cerca de 60 mil visitantes até o próximo dia 27. Este é um merc a d o e m p l e n a ex p a n s ã o , composto por restaurantes, b a re s , l a n c h o n e t e s , f r a nquias, confeitarias etc., que segundo estimativas, responde por quase 3% do PIB brasileiro. Nesta entrevista, Clélia Iwaki, diretora da BTS, organizadora do evento, fala sobre as novidades da feira e a evolução deste setor.
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Diário do Comércio – A senhora poderia explicar o que é a Fispal? Clélia Iwaki - A Fispal é a mais tradicional feira do setor de alimentação do mercado brasileiro e também latino-americ a n o. N a A m é r i c a L a t i n a , quando se refere a uma feira de alimentação, todo o restante do mercado, seja europeu, asiático ou americano, faz referência à marca Fispal, que está completando 30 anos agora em 2014. A marca Fispal se divide em algumas feiras distintas dentro da cadeia de alimentação. Nós tivemos no começo do mês, de 3 a 6 de ju-
Fotos: Divulgação
Fispal Food Service: evento reúne 1.400 marcas expositoras e espera receber 60 mil visitantes do Brasil e América Latina.
nho, no Anhembi, a Fispal Tecnologia, que faz parte desta cadeia Fispal. Ela é voltada para a indústria de alimentação. Participaram fornecedores e quem visitou para fazer negócios foi a indústria de alimentos e bebidas de toda a América Latina. E a Fispal Food Service? Agora no dia 24 acontece a Fispal Food Service, que é voltada para alimentação fora do lar. Este canal engloba tudo o que se possa imaginar de alimentação fora do lar, entre fornecedores para restaurantes, padarias, pizzarias, bares, choperias, bufês etc. Junto a ela, simultaneamente, ocorrem a Fispal Café, voltada exclusivamente para o setor de cafeteria, e a Fispal Sorvetes, para a indústria de sorvetes. Além deste grupo de três feiras Fispal que falam com o setor de alimentação fora do lar, temos ainda a Sial Brasil, que é uma feira europeia, cuja edição na América Latina é realizada por nós. Ela é voltada para o mercado atacadista e varejista de alimentos e bebidas. O que será destaque este ano na Fispal Food Service? Eu diria que o destaque deste ano é a grande evolução que o mercado Food Service vem tendo. O mercado de alimentação fora do lar vem crescendo em um exponen-
terça-feira, 24 de junho de 2014
ções fora do lar, com expectativas que chegue a 70 milhões até o fim deste ano. Cerca de 30% dos gastos do brasileiro hoje são voltados para alimentação e uma boa parte disso é para alimentação fora do lar, que é o Food Service. Quando a gente analisa a representatividade do canal Food Service no PIB brasileiro, vemos que ele responde por 2,7%, o que é muito significativo.
Quando a gente analisa a representatividade do Food Service no PIB, vemos que ele responde por 2,7% CLÉLIA IWAKI
cial mais acentuado se comparado a outros setores da economia. É um setor que cresce rapidamente e se modifica muito. Segundo a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) e a ECD, uma consultoria especializada em Food Service, hoje são servidas diariamente no Brasil cerca de 63 milhões de refei-
No mês passado, na feira ABF Franchising Expo, se falava que o mercado de franquias representava 2,4% do PIB. Então o Food Service tem uma participação maior? Essa proximidade de números faz sentido. Grande parte das franquias que impulsiona o setor, respondendo por uma parcela grande do faturamento, é de alimentação, que também acaba compondo este número do Food Service brasileiro. Há uma proximidade entre os dois setores, fazendo com que os dados de crescimento fiquem próximos. A participação do setor alimentação nas franquias é muito grande, nós também organizamos a feira da ABF e vimos que grande parte das ofertas de franquias está nesta área. O que os visitantes vão ver na feira deste ano como atrativo? Será principalmente todo es-
se movimento de evolução de crescimento e reposicionamento do canal Food Service. Por exemplo, as panificadoras, que até há alguns anos tinham essencialmente como core business a fabricação e comercialização de pães, hoje se transformaram. As padarias, principalmente nas grandes cidades, assumiram uma postura de restaurante, lanchonete e loja de conveniência. Na Fispal, o visitante poderá ver todo esse reposicionamento, inclusive com a presença de chefs respeitados deste segmento. Colocamos operante dentro da feira um projeto especial chamado Espaço Cheiro do Pão, desenvolvido em parceria com o chef Rogério Shimura, que com certeza é um dos maiores chefs panificadores, reconhecido mundialmente. Ele está na feira operando o Espaço Cheiro do Pão, produzindo pães artesanais e trocando experiências práticas e de gestão com os empresários do setor. Então, na feira o visitante não vai encontrar somente o forno para a padaria, a mesa e outros equipamentos, a gente quer ter cada vez mais conteúdos relevantes, um diferencial para o negócio hoje. Haverá um projeto para pizzarias? Sim, este é outro projeto especial: a Copa Brasileira de Pizzarias. Este projeto foi desenvolvido em parceria com Ronal-
Divulgação
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m clima de Copa do Mundo, a Fispal Food Service promove a 5ª edição da Copa Brasileira de Pizzarias. A competição, sob o tema “Sabores Regionais Brasil eiros”, tem como objetivo gerar visibilidade a um dos segmentos da gastronomia que mais cresce no País, resultando em uma oportunidade para os profissionais da área conhecerem as tendências do universo da pizza. A Copa Brasileira de Pizzarias é uma das principais atrações da feira e conta com a participação do consultor Ronaldo Ayres, conhecido como Senhor Pizza, que tem mais de 30 anos expertise nesse mercado. “A Copa tem como objetivo reunir, motivar as pizzarias de todo Brasil a participar. É preciso movimentar o setor, e para isso vamos contar com os melhores chefs para expor novas técnicas e comentar o rumo do cenário nacional, procurando alternativas para a falta mão de obra qualificada. Queremos incentivar as empresas a darem treinamentos, aulas especializadas para fomentar o interesse das pes-
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Na Fispal Café, com 60 expositores, os visitantes poderão degustar os melhores cafés do Brasil.
ano-safra 2013/14 (julho de 2013 a março de 2014) teve um volume exportado de cerca de 25 milhões de sacas, um aumento de 7,9% sobre o período anterior. Do volume embarcado, 85% foram de café arábica, 0,1% de torrado e moído, 10,3% de solúvel e 4,6% de café robusta. Na feira, os visitantes poderão conhecer o Lounge do Barista, um espaço em que será possível degustar os melhores cafés do Brasil. O Lounge tem parceria com a BSCA - Associação Brasileira de Cafés Especiais, que reúne os cafés mais finos produzidos no País, e foi fundada por
produtores de cafés de alta qualidade. Sorvete A Fispal Sorvetes - Feira Internacional de Tecnologia para a Indústria de Sorveteria Profissional, exibe novidades em equipamentos, embalagens, refrigeração, armazenamento, logística e áreas relacionadas ao mercado sorveteiro. Diante de um mercado em pleno crescimento, a Fispal Sorvetes surge como uma oportunidade para estabelecimentos sorveteiros conhecerem as tendências e lançamentos do setor.
Algum projeto especial para restaurantes? Quem deseja abrir um restaurante vai encontrar na feira um projeto de 250 metros, onde vai receber todas as informações do processo, desde quando o produto chega ao estoque até o salão, quando há o atendimento ao cliente final. Este é um projeto desenvolvido junto com a revista Cozinha Profissional.
S ERVIÇO
Fispal Food Service - Fispal Café – Fispal Sorvetes Data: 24 a 27 de junho Horário: das 13h às 21h Local: Expo Center Norte – São Paulo Credenciamento no site www.btsinforma.com.br/ credenciamento
Esta copa acaba em pizza
Café e sorvete completam o cardápio de atrações Fispal Café - Feira de Negócios para o Setor Cafeeiro e a Fispal Sorvetes – Feira Internacional de Tecnologia para a Indústria de Sorveteria Profissional são eventos que ocorrem simultaneamente à Fispal Food Service. Com foco em empresas do segmento cafeeiro, a Fispal Café conta com mais de 60 expositores e anuncia novidades, buscando superar as expectativas de quem procura saber e se atualizar sobre o mercado cafeeiro, que cresce a cada ano. Segundo dados da Abic Associação Brasileira da Indústria do Café, o Brasil é o maior produtor mundial de café e segundo maior consumidor, atrás apenas dos Estados Unidos. Cada brasileiro consumiu, em média, 4,8 quilos de café torrado em 2013. Para 2014, a Abic estima um crescimento do consumo interno de 3% a 4%, com maior procura por cafés de melhor qualidade. De acordo com dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CeCafé), as exportações brasileiras de cafés diferenciados, que incluem os grãos verdes certificados, orgânicos e especiais, no acumulado do
do Ayres, conhecido como Senhor Pizza. Esta já é a quinta edição, que havia sido suspensa por um período e agora retornou. Vamos ter 30 pizzarias finalistas, já pré-selecionadas concorrendo a prêmios. Temos um tema na feira, que são Sabores Regionais Brasileiros. Em cima deste tema as pizzarias vão desenvolver novas receitas. Além de concorrerem com as receitas, haverá um espaço em que o Ronaldo Ayres e empresários renomados do setor vão trocar informações relevantes quanto à administração, movimento de mercado, entre outros temas.
Segundo a diretora da feira, Clélia Iwaki, o evento é considerado uma vitrine do mercado, onde o visitante fica frente a frente com fornecedores de todo o País. “A Fispal Sorvetes apresenta um mix muito grande de produtos, para que o visitante encontre tudo o que precisa em um único lugar. A realização simultânea à Fispal Food Service, à Fispal Café e ao Sial Brazil reforça esse posicionamento de feira completa”, ressalta. Dados do mercado mostram que o setor sorveteiro está em alta e a Fispal Sorvetes surge para impulsionar esses números. Segundo a Abis - Associação Brasileira das Indústrias e do setor de Sorvetes, nos últimos 10 anos, o consumo de sorvetes no Brasil cresceu 81,6%, colocando o País em 4º lugar no ranking mundial, atrás somente dos EUA, China e Japão.
soas a trabalhar neste mercado. Estamos vivenciando um movimento expressivo, mas para isso precisamos de profissionais”, afirma Ronaldo. Somente na capital paulista são vendidas diariamente cerca de 800 mil pizzas, o que representa 53% do consumo de todo o País. Em delivery, o Brasil aparece em 1° lugar no ranking mundial com 40% de pedidos, seguido pela Rússia (36%) e Indonésia (32%) (fonte Grupo HelloFood e ECD Food Service). A competição reunirá pizzarias de todo o Brasil, que disputarão, durante os três primeiros dias da feira, grandes prêmios, além de um curso no CTP (Centro Tecnológico de Desenvolvimento de Pizzas) e produtos dos patrocinadores. A atração acontece todos os dias do evento, das 13h às 21h, na Arena Copa Brasileira de Pizzarias, na Fispal Food Service. Palestras sobre o mercado de pizzarias com renomados profissionais do setor serão ministradas gratuitamente no Carreta Sabor & Saber Makro, todos os dias, das 14h às 19h45.
Diretor de Redação Moisés Rabinovici
Diagramação Lino Fernandes
Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira
Gerente Executiva de Publicidade Sonia Oliveira
Edição e reportagem Carlos Ossamu
Telefone: 3180-3029 soliveira@acsp.com.br
terça-feira, 24 de junho de 2014
Sebrae é sempre referência quando o assunto é empreendedorismo. Quando alguém quer se tornar um empreendedor, por exemplo abrir um restaurante, e não tem experiência no ramo, muitas vezes é no Sebrae que ele busca orientação. Também há casos de estabelecimentos que estão no mercado, enfrentam dificuldades em tocar o negócio e procuram os serviços de consultoria do Sebrae para melhorar a lucratividade. Nesta entrevista, Wagner Moreira Lopes, consultor do Sebrae-SP especializado em Food Service, dá algumas orientações e mostra os principais erros cometidos pelos empreendedores neste segmento.
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Diário do Comércio – Quando um empreendedor procura o Sebrae-SP para abrir um restaurante, quais as orientações que são passadas? Wagner Moreira Lopes - A primeira orientação é conversar com a Vigilância Sanitária da cidade, já que é o órgão fiscalizador. A cidade de São Paulo é mais exigente do que outras cidades do interior do Estado neste quesito. O empreendedor precisa se adequar às normas da Vigilância Sanitária do município. Como ela é o órgão fiscalizador, ela também tem o papel de educar, para depois fiscalizar. Então, ela ministra cursos e tem manuais de boas práticas (em São Paulo, acesse o site http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/saude/vigilancia_em_saude/vigilancia_sanitaria) . E na questão de como tocar o negócio? A parte do negócio em si, basicamente tudo começa a partir do cardápio e da tipologia do estabelecimento. O cardápio vai determinar os equipamentos que estarão na cozinha, o tamanho desse local, número de funcionários etc. A tipologia é como chamamos o tipo de es-
DIÁRIO DO COMÉRCIO
Sebrae tira dúvidas e dá RECEITA DE SUCESSO Segundo o consultor, com o mercado muito competitivo, o segredo está em controlar as pequenas coisas, pois o lucro está nas gramas SXC
ESPECIAL - 3 média vai de 25% a 35%; o CMO (Custo de Mão de Obra), que também vai de 25% a 35%, sendo que estabelecimentos que operam no teto já estão fazendo provisão para férias, FGTS e 13º salário; o terceiro grupo é o de Gastos Fixos e Variáveis, que vai de 20% a 30%; e o último grupo é o de Lucro Líquido, que vai de 10% a 20%. Esse levantamento serve como um guia de performance, mas ele deve ser aplicado a partir do momento que o estabelecimento alcançou seu ponto de equilíbrio. Há também o desperdício, que em muitos estabelecimentos é grande, não é mesmo? Em sistemas self service, o desperdício é um grande problema, é preciso saber controlar muito bem isso. Tenho um cliente que começou a anotar o desperdício, que estava chegando a R$ 5 mil. É uma churrascaria self service. O desperdício vai se acumulando – dez quilos de arroz, três quilos de assado. Se ele não transforma isso em reais, ele não sabe o montante que está perdendo.
tabelecimento. Por exemplo, para uma churrascaria self service será preciso menos garçons, apenas para servir bebida e limpar a mesa. Em uma churrascaria rodízio será preciso garçons chamados de passante, que servem a comida. Neste caso, haverá um gasto maior com mão de obra, que afetará diretamente a lucratividade. Em um restaurante self service por quilo, o cliente pega o prato, se serve de comida e bebida, pesa o prato e vai para a mesa, nem é preciso de garçons para servir a bebida, só para limpar a mesa. O senhor se recorda de algum caso interessante em
que a consultoria foi importante? Houve o caso de um cliente em que o número de funcionários estava adequado, a precificação era correta, assim como a compra, o cardápio, o controle de estoque, tudo estava perfeito, mas ele estava tendo prejuízo. Este cliente vendia mais de 9 mil marmitas por mês. Ocorria que, a marmita que ele achava que tinha 850 gramas, estava indo com 1,3 Kg. A precificação é uma das principais dúvidas? Sim, há muitas dúvidas neste item. Alimentação fora do lar é bastante diversifica-
da. Em média, recomendamos que o custo do prato que se está vendendo fique entre 25% e 35% do seu preço de venda, trabalhando com multiplicador de 3 ou 3,5. Mas isso pode variar, dependendo do cardápio. As hamburguerias gourmet, em que eles mesmos moem a carne, que é diferenciada, e fazem o hambúrguer, esse percentual fica entre 35% a 40%, assim como as churrascarias. Já as pizzarias geralmente operam em 30%. Uma padaria tem de colocar o preço de venda em pelo menos três vezes o custo: se ele vende um quilo de pão por dez reais, o custo não pode passar de
três reais. Mas nessa padaria, se houve algum produto terceirizado, como pão de forma industrializado, não se consegue colocar três vezes o valor de compra. Essa porcentagem se chama CMV – Custo de Mercadoria Vendida. A gente identifica o CMV dos produtos fabricados na padaria e o CMV dos produtos comprados de terceiros para ver se tem algum problema em sua produção. Na consultoria, como é feita a análise do negócio do cliente? Na consultoria eu divido o faturamento do cliente em quatro grupos: CMV (Custo de Mercadoria Vendida), que em
Qual a receita de sucesso em um restaurante? Para ter sucesso, o empreendedor deve sempre ficar atento em manter o padrão, ter uma precificação correta, ter controle do negócio e ficar atento ao mercado. Mesmo colocando um CMV correto de 30%, se o produto está com preço muito abaixo do mercado, a qualidade será colocada em xeque. Sempre fazer a precificação olhando o preço praticado no mercado ou pelos concorrentes. Em geral, o lucro está em pequenas coisas, tem que controlar as gramas. Um restaurante tem 150 a 200 produtos, se eu não controlar as gramas, pelo menos nos produtos mais caros, é muito fácil perder o controle do negócio.
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DIÁRIO DO COMÉRCIO
terça-feira, 24 de junho de 2014
Beleza, segurança e conforto em TRANSPORTE DE CARGA A Fiat participa da Fispal Food Service com sua linha de comerciais leves e utilitários, todos com grande vocação para o trabalho Fotos: Divulgação
o estande da Fiat na feira, o visitante poderá conferir de perto as soluções da marca para transportes de carga e tirar dúvidas com a equipe de vendas presente no local. Entre os destaques estará o novo Fiorino Refrigerado. Com capacidade para 650 kg, a nova versão traz uma frente moderna, frisos laterais, retrovisores e lanternas maiores, portas traseiras com vidro e abertura de 180º. O motor 1.4 EVO Flex tem excelente torque nas baixas rotações e reduzido consumo de combustível. Agora, ele desenvolve potência de 85 cv a 5.750 rpm (gasolina) e 88 cv a 5.750 rpm (etanol); e seu torque é de 12,4 kgfm a 3.500 rpm (gasolina) e 12,5 kgfm a 3.500 rpm (etanol). Outro destaque da empresa na feira será a pick-up Strada Working. Também de visual reformulado, este comercial leve tem três opções de cabine, com uma exclusiva terceira porta na versão Cabine Dupla. Para reforçar a sua vocação para o trabalho, a tampa da caçamba pode ser removida, facilitando o carregamento, descarregamento e manuseio da carga, além de auxiliar no transporte de objetos mais longos. A tampa traseira vem também com uma fechadura para travamento, protegendo a peça e as cargas contra qualquer tentativa de furto.
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Aços Macom – Solução
Acima, o novo Fiorino Refrigerado, com capacidade para 650 kg; ao lado, o furgão Ducato Cargo 2014, referência em veículo de transporte de carga; e abaixo, a nova pick-up Strada Working, com visual reformulado.
DayHome FS – Em
parceria com a Hamilton Beach, empresa americana famosa pelos equipamentos profissionais, a Dayhome traz novos equipamentos, como os liquidificadores de bar de alto desempenho, com o diferencial do Sistema Wave, que força continuamente os ingredientes em direção às lâminas de aço inox, permitindo um drink mais cremoso.
Magna Vending –
ções para garantir o veículo perfeito para atender às suas necessidades de transporte de cargas. Interna e externamente, a estética do Fiat Ducato traz a
assinatura do conceituado designer italiano Giorgetto Giugiaro, em colaboração com o Centro Estilo Fiat Auto. Ela ressalta a racionalidade das formas e a função do veículo. É um
furgão que transmite robustez, determinação e força, proporcionando conforto, segurança e produtividade, predicados ideais para um modelo destinado ao trabalho pesado.
Especializada em pisos profissionais Divulgação
Miaki Revestimentos, empresa especializada no desenvolvimento e fabricação de resinas para revestimentos monolíticos de alto desempenho, participa da Fispal Food Service no Espaço Gestão Cozinha Profissional. Em uma área de 250 m², o visitante conhecerá as melhores soluções em revestimentos para a indústria alimentícia da Miaki, como o MMA, importado com exclusividade da Alemanha e o principal produto da empresa no setor alimentício. O MMA é um sistema impermeável, antibactericida, antiderrapante, resistente a impactos, aplicado sem juntas e com cantos arredondados, agregando segurança operacional, fácil higienização, durabilidade e controle de qualidade. O tempo de cura é em apenas duas horas e atende todas as exigências da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
versátil de cocção para gastronomia e fast food de pequeno e médio porte, a Série 700 permite inúmeras combinações entre os mais de 70 modelos. As montagens dos equipamentos podem ser em Blocos Centrais – com estrutura autoportante ou módulos de base – ou de Encosto, garantindo o melhor layout para a cozinha.
Elgin – A Balança Computadora de até 15 Kg é o destaque da Elgin na feira. O produto é uma das balanças mais resistentes do mercado e é produzida com padrão ISSO 9001, atendendo aos mais exigentes mercados do mundo
Intertitulo O m o t o r Fi re 1 . 4 8 V q u e equipa o Strada Working se destaca por equilibrar economia e bom desempenho. Com gasolina, ele produz potência máxima de 85 CV e torque de 12,4 kgfm a 3.400 rpm. Com álcool, sua potência é de 86 CV e seu torque, de 12,5 kgfm a 3.500 rpm. Já para quem busca mais espaço, o novo furgão Ducato Cargo 2014 também estará exposto na feira. O utilitário é referência nacional no transporte de cargas. E essa tarefa ele desempenha muito bem com ótimas acomodações, segurança, praticidade e principalmente economia, combinação que faz deste furgão o líder em seu segmento. O modelo Cargo tem quatro versões: Cargo de 7,5 e 9 m³ e MaxiCargo de 10 e 12 m³. Op-
Confira as novidades da feira
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Miaki: empresa mostra soluções para a indústria da alimentação. Nas áreas do bar, salão, recepção e estoque será aplicado o STAIN COLOR, um sistema que mescla resinas com pigmentos futuristas e o PU acetinado ou brilhante. Na área da padaria, a Miaki revestirá com PU-CIM AN, um piso robusto formulado para resistir a elevadas solicitações mecânicas, químicas e choques térmicos; e na área d o re s t a u r a n t e , o F L A K E
MMA, uma combinação de flocos e tinta ou mica, que protegidas por camadas de resina incolor, garantem a integridade das cores e texturas desejadas. "O cliente procura inúmeras soluções na mesma empresa e a Miaki, com mais de 20 anos de expertise, possui conhecimento e produtos de qualidade para atender todas as demandas. No ramo
alimentício, a Fispal Food Service é o elo para importantes negócios e a grande oportunidade de nos aproxim a rm o s c o m o p ú b l i c o e apresentar o que há de mais inovador em revestimentos", comenta José Moreira, diretor da Divisão Alimentícia da Miaki. A Miaki Revestimentos, empresa especializada na industrialização e comercialização de resinas para revestimentos monolíticos e impermeabilização em MMA, atua há 21 anos em todo território nacional, com sistemas para áreas industriais, comerciais e residenciais, além de sinalizações em MMA para áreas externas. Composta por uma estrutura de desenvolvimento, fabricação e distribuição de revestimentos, única no mercado brasileiro, a Miaki trabalha na nomeação e capacitação de licenciados em todo o Brasil.
A Maqna Vending traz para o Brasil a Le Petit Espresso, uma máquina única, elegante, compacta e tecnologicamente muito avançada. Seu software permite regulagem da temperatura da água, leitura de consumo das bebidas, vasta flexibilidade na programação de doses, deixando as bebidas sempre no seu melhor sabor. Elabora o café a partir da moagem de grãos, além de ter dois compartimentos de bebidas solúveis, e com isso, fazer até oito tipos de bebidas.
Franco&Bachot –
A mesa Santiago se destaca em bares e restaurantes pela qualidade, design, conforto e acabamentos, que devido aos permanentes investimentos em pesquisa e tecnologia, possui características marcantes, produzidas em estrutura em madeira maciça de Tauari.
ABM Sudamerica – Entre as
novidades da marca está a Hamburgueira F2000, uma moldadora italiana de aço inox, que produz até 2 mil hamburgueres por hora e que trabalha no modo automático e no pedal, com conteiner com capacidade para 20 Kg.
Avental&Cia –
Linha de produtos voltada para área de uniformização do setor alimentício. Traz novidades nas estampas e design em aventais, dólmãs, bandanas e boinas.