Jornal do empreendedor
Paulo Zilberman
São Paulo, terça-feira, 25 de junho de 2013
ESPECIAL
A tecnologia deu superpoderes aos consumidores As novidades em automação comercial estão na AUTOCOM 2013, que começa hoje no Expo Center Norte
DIÁRIO DO COMÉRCIO
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terça-feira, 25 de junho de 2013
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O varejo vive o futuro agora Com a evolução tecnológica, cada vez mais os varejistas estão usando soluções de mobilidade, aplicações em nuvem e inteligência na gestão
CARLOS OSSAMU
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o ano passado, o setor de automação comercial cresc e u 7 % e m o v imentou R$ 2,75 bilhões, de acordo com Araquen Pagotto, presidente da Afrac - Associação Brasileira de Automação Comercial, promotora da 15ª edição da Autocom, feira e congresso da área de Automação Comercial, que começa hoje e vai até quinta-feira no Pavilhão Amarelo do Expo Center Norte, das 14h às 21h. "Só não crescemos mais devido a este rearranjo da economia mundial – não chamo de crise – que afetou o Brasil. O País cresceu mais de 7% em 2010 e depois tivemos de devolver isso em 2011 e 2012, por isso o País cresceu pouco", analisa Pagotto. "Quando se tem facilidade no crédito e se vende muito carro, acima da demanda do mercado, depois as vendas naturalmente caem ou se tem dificuldade em saldar a dívida. Então, ocorre esse rearranjo na economia. A minha impressão é que este ano estaremos com números bem melhores", diz o executivo, estimando que o faturamento do setor este ano deva chegar a R$ 3 bilhões. A indústria de automação comercial é uma das poucas com desenvolvimento nacional em todas as etapas produtivas. A tecnologia é brasileira desde a impressora fiscal, o software, outros tipos de hardwares – um fator muito positivo para o Brasil. Isso se deveu por causa da legislação fiscal, que é complexa e única no mundo. Então, as soluções tiveram de ser desenvolvidas aqui. "Estamos desenvolv e n d o e s t a i ndústria desde 1988. Temos 16 fabricantes de ECF, 2,5 mil software houses, cerca de 6 mil revendas, 12 distribuidores, 6 fabricantes de bobinas térmicas, 6 importadores de papel, 400 fornecedores de bobinas", diz o presidente da Afrac. Na opinião de Pagotto, o setor de automação comercial está bastante movimentado pela forte influência do avanço da tecnologia. "Essa nova onda tecnológica que estamos vivendo mexe não apenas com o setor de automação, mas com o mundo dos negócios. O que falávamos no passado, de que o mundo iria caminhar para aplicações de
mobilidade, serviços em nuvem (Cloud Computing), SaaS (Software as a Service), isso se tornou realidade e está acontecendo", observa Pagotto. "Os varejistas estão implantando soluções para smartphones, tablets, além de ofertas SaaS, softwares que estão na nuvem; estas são as grandes novidades para este ano, graças à maior oferta da banda larga móvel 3G e 4G por parte das operadoras".
Evolução tecnológica Antigamente, quando se falava em automação comercial, envolvia sistemas de
frente de loja, como impressoras fiscais, teclados programáveis, scanners etc. O varejo evoluiu e as grandes redes hoje buscam a inteligência, a melhoria da gestão e redução de custos. Na última Retail's Big Show, o maior evento de varejo do mundo, promovido pela NRF - National Retail Federation, um assunto muito discutido foi o multicanal, o omnichannel, em que graças às tecnologias de mobilidade, o cliente pode comprar pelo celular, tablet, computador, pela TV ou mesmo indo até a loja física. "Temos alguns pilotos já ocorrendo no Brasil envolvendo aplicações de mobilidade.
O cliente que passar em frente à loja poderá receber uma mensagem em seu celular convidando-o a entrar na loja e aproveitar uma oferta. Esse tipo de aplicação já está acontecendo e vai crescer muito. Na feira da Autocom, provavelmente haverá expositores demonstrando essa tecnologia", afirma Pagotto. Segundo o executivo, há várias soluções tecnológicas já em uso no Brasil. O cliente já pode, por exemplo, entrar na loja, capturar os códigos de barras com um scanner de mão ou celular, pagar no caixa e receber os produtos escolhidos em casa. "Com o uso da
Sweda traça planos ambiciosos
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Sweda, uma das mais tradicionais fabricantes de equipamentos para automação comercial, há 80 anos no mercado, está participando da Autocom com soluções de hardwares, softwares e serviços, integrados com sua linha de terminais touchscreen, CPUs, impressoras fiscais térmicas, terminais Divulgação
Ribeiro: o mercado passa por interessante consolidação e crescente especialização
verificadores de preço, leitores de código de barras, caixas registradoras, gavetas e diversos tipos de acessórios. "Este ano, que será marcado por maior investimento em soluções que facilitem a gestão do negócio no setor de varejo, temos como foco fortalecer
o relacionamento com os nossos clientes e parceiros, alguns há mais de 30 anos conosco. Objetivamos apresentar novidades e aumentar a carteira de clientes, mas nossa meta primária é manter a base de clientes e, com isso, conquistar novos", afirma Marco Antonio Dias Ribeiro, diretor-geral da Sweda. Segundo o executivo, um dos grandes objetivos da empresa é atingir um alto grau de satisfação, possibilitando o crescimento em um mercado no qual evolução e novidades são uma constante. A meta da Sweda para este ano é crescer 15% em relação a 2012 em produção e, consequentemente, em vendas. Para isso, todo o planejamento está alavancado, principalmente, no lançamento de produtos. Esse crescimento está acima do que a empresa teve nos últimos três anos que foi, em média, de 12,5% e bem superior do que se projeta para o setor como um todo. "Deveremos ultrapassar essa meta de 15%, pois de janeiro a maio, o nosso crescimento foi de 18% e tradicionalmente o segundo semestre é mais aquecido", diz Ribeiro. Segundo o executivo, é muito difícil desenvolver e suportar tecnicamente uma grande linha de produto como a da empresa, pois é fundamental ter equipe própria de engenharia de hardware e software. "O
mercado passa por interessante consolidação e crescente exigência de especialização em função das obrigatoriedades impostas pelo sistema tributário brasileiro", diz. O maior ingresso de grupos internacionais de varejo no Brasil, nos últimos anos, de acordo com o diretor, possibilitou a criação de inúmeras oportunidades e aumentou a demanda por soluções completas, ou seja, hardwares, softwares e serviços. Esse movimento foi e é importante para a empresa ter atingido um patamar de crescimento tão alto e para que a expectativa seja ainda melhor. Somente no primeiro trimestre deste ano, a Sweda fechou contratos com vários grupos internacionais que estão abrindo lojas no Brasil, tais como Benetton, Calzedonia, Camper Shoes, Dayso Japan, Ferrari e Salvatori Ferragamo. Segundo conta Ribeiro, a Sweda atende diretamente os grandes clientes e mantém uma rede de mais de 400 revendas em todo o País para atender clientes de médio e pequeno porte, dispensando a figura do distribuidor. "Achamos que este modelo atende melhor as nossas necessidades. Por vendermos soluções, que exige um atendimento mais especializado, oferecemos um constante programa de treinamento e suporte aos nossos parceiros", afirma. (C.O.)
tecnologia RFID, o cliente coloca os produtos no carrinho, passa em um portal e o sistema faz a leitura de uma única vez, sem necessidade de passar produto por produto no caixa. Essas soluções nós já temos, mas estão espalhadas pelo País, principalmente em grandes redes de supermercados e lojas e grife", diz. "Quanto mais sofisticada a loja, mas tecnologias elas empregam. O cliente pega uma camisa, vai até o espelho e se vê usando a camisa, por exemplo. Existem muitas soluções inovadoras sendo aplicadas no varejo, seja aplicada diretamente com o consumidor na venda, seja no backoffice, na área de gestão do negócio". Em relação ao RFID (identificação por radiofrequência), a tecnologia ainda não é acessível para a grande maioria dos varejistas, mas segundo Pagotto, barateou muito e a tendência é cair ainda mais os custos, na medida em que mais empresas utilizem a tecnologia. "Faz 33 anos que trabalho na área de TI e lembro que na década de 90, quando desenvolvi meu primeiro software de varejo, o código de barras era incipiente, não se via na maioria dos produtos e era difícil comprar um leitor ou scanner, eram todos importados e caros", relembra. "Hoje, a tecnologia faz parte da vida de todos".
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is e rea d s e nto bilhõ rame u t a f foi o tor de e s o d o maçã 12, o t u A 20 ial em os c r e Com ndo dad segu frac da A
postas e poderão fechar negócios aqui no evento", diz. "Muitos varejistas brasileiros vão visitar a NRF, mas não conseguem comprar as soluções, porque não estão disponíveis no Brasil." "Em termos tecnológicos, estamos vivendo o futuro gora. A tecnologia vem avançando rapidamente, aumentando a oferta de soluções. Economicamente, o País precisa fazer a sua lição de casa, baixar os impostos e olhar melhor a condução das políticas econômicas", conclui Pagotto.
Congresso Autocom
Para o presidente da Afrac, a Autocom deste ano será um grande evento, pois quase todos os espaços foram vendidos e estão presentes vários expositores novos, principalmente dos segmentos de mobilidade e soluções de softwares na nuvem. "Firmamos parceria com entidades com a Associação Brasileira de Franchising, a Associação Comercial de São Paulo, que trarão seus associados ao evento. Eles verão as soluções ex-
Paralelamente à exposição, acontece o Congresso Internacional de Automação Comercial e Tecnologia para o Varejo. Este ano, o evento contará com palestras de Laércio Cosentino, presidente da TOTVS, Marcel Malczewski, co-fundador e diretor presidente da Bematech e Ricardo Camargo, diretor Executivo da Associação Brasileira de Franchising (ABF). As palestras realizadas durante o Congresso são direcionadas a empresários, fornecedores, varejistas, prestadores de serviços e representantes dos Governos Federal, Estadual e Municipal, e discutirão temas técnicos, por meio de painéis informativos, além da apresentação de casos de sucesso e a discussão das tecnologias aplicadas ao varejo.
Diretor de Redação Moisés Rabinovici
Arte Paulo Zilberman
A feira
Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira Edição e reportagem Carlos Ossamu Diagramação Lino Fernandes
Gerente Executiva de Publicidade Sonia Oliveira Telefone: 3180-3029 soliveira@acsp.com.br
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Bematech aposta em soluções completas Andrei Bonamin/Luz
Balanço financeiro mostra que foi acertada a estratégia de oferecer soluções integradas de hardware, software e serviços
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o mês passado, a Bematech, uma das maiores fornecedoras de produtos e soluções para automação comercial do mercado nacional, anunciou o balanço do primeiro trimestre e comemorou os resultados: a empresa apresentou crescimento pelo 6º trimestre consecutivo. No 1T13 o EBITDA (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 34,3%, o lucro 19,5% e a receita 9,6% em relação ao 1T12. A Companhia manteve crescimento da rentabilidade no 1T13, alcançando R$ 7,2 milhões de lucro líquido, contra R$ 6 milhões no 1T12. A mar-
Divulgação
A Bematech priorizou a oferta de soluções. Acima, impressora fiscal térmica, ao lado, terminal ponto de venda com tela touch screen.
gem líquida foi de 8,5% no 1T12 para 9,2% no 1T13. Em janeiro, a empresa já havia festejado o balanço de 2012. Segundo nota divulgada, a eficiência operacional e foco na estratégia de venda de solução completa fizeram com que a receita em 2012 fosse de R$ 328,4 milhões, 11,3% superior a 2011, com lucro líquido de R$ 32,5 milhões e crescimento de 89,2% do EBITDA. Para Eros Jantsch, diretor de hardware da empresa, apesar de o varejo ter crescido entre 7% e 8%, abaixo da
expectativa, foi bem superior aos 0,9% do PIB. "As redes de franquias estão crescendo, shopping centers continuam sendo abertos, assim como restaurantes e lojas de todos os tipos. O mercado vem se profissionalizando, buscando fornecedores completos, com soluções integradas de hardware, software e serviços, e como estamos bem posicionados no segmento, a p r e s e n t a m o s u m c r e s c imento acima de 11%, superior até do crescimento do varejo", justifica o executivo.
Nichos de mercado Eros Jantsch: o mercado vem se profissionalizando, buscando fornecedores completos.
De acordo com Jantsch, a Bematech se posicionou como uma fornecedora de soluções completas para automação comercial, incluindo hardware, software e serviços. Antes, o cliente final pre-
cisava correr atrás de vários fornecedores e administrar vários contratos. "Nossos produtos estão pulverizados em diversos tipos de varejo, mas estamos concentrando esforços em quatro segmentos: hotéis, restaurantes, redes de varejo e lojas de pequeno porte. Para estes, oferecemos soluções completas e é isso que estaremos exibindo na Autocom, em ambientes simulando esses tipos de negócios", diz o executivo. A Bematech vem acompanhando toda a evolução da automação comercial no Brasil. Ela nasceu focada em um produto, que era a impressora fiscal; em 2000 passou a ofertar um portfólio completo de hardware para o ponto de venda; em 2006, em função das aquisições efetuadas, como a compra da Gemco Anywhere, ela passou a incorporar solu-
ções de softwares em seus hardwares; na mesma época incorporou soluções de Transferência Eletrônica de Fundos (TEF) e também oferecer serviços aos clientes.
Evolução do varejo "A Bematech fez essa transformação porque o varejo foi evoluindo ao longo do tempo, mais rapidamente de 2010 para cá, principalmente os pequenos e médios estabelecimentos, que até então não precisavam tanto aprimorar sua gestão – o que eles usavam era muito básico e quando adquiriam uma solução mais sofisticada, muitos recursos nem eram utilizados. A partir de 2010, começou um movimento grande de aquisições, com os grandes ficando maiores ainda e empresas de fora vindo para o Brasil, com
nível de atendimento muito alto. Os varejistas nacionais sentiram uma pressão muito grande e tiveram de investir em automação para oferecerem o mesmo nível de eficiência e inteligência na gestão", observa Jantsch. A Bematech opera com dois distribuidores, a ScanSource CDC e a Network 1 – os dois parceiros estarão na Autocom com soluções Bematech em seus estandes. Jantsch admite que, no setor, a relação entre fabricantes e o canal (distribuidores e revendas) é sempre tensa. O canal reclama de políticas comerciais mais claras, guerra de preços e margem de lucro baixa. "Apesar de não estar previsto no Congresso da Autocom, este tema deve ser discutido de alguma forma, pois tem preocupado o setor", diz Jantsch. O diretor de Hardware da Bematech admite que no passado não havia políticas de canais muito claras, até porque os papeis dos participantes da cadeia produtiva eram confusos – havia revendedor que também era fabricante e fabricante vendendo diretamente para o usuário final. "Agora começou a ter uma definição mais clara dos papeis. Isso se deve a um nível maior de competição no setor e à profissionalização do varejo, que é o cliente final – quanto mais profissional é o cliente, mais profissional será toda a cadeia de fornecedores. Também a entrada de empresas que atuam no setor de TI, um segmento mais amadurecido, como é o caso da Network 1, também traz mais profissionalização para o mercado", analisa. (C.O.)
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As inovações tecnológicas passam por aqui Divulgação
A Oracle criou um negócio verticalizado, há oito anos, justamente para dar atendimento às empresas de varejo. No Brasil, o Pão de Açúcar é um grande cliente
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norte-americana Oracle se destaca entre os grandes fornecedores de soluções para o varejo mundial. Mais de 5 mil varejistas, de 68 países, usam soluções da empresa. Nesta entrevista para o Diário do Comércio, Rodrigo Braga, gerente comercial e executivo responsável pela unidade de negócios de varejo da Oracle Brasil, conta como a empresa vem se posicionando neste segmento e o que vem revolucionando o varejo mundial.
Diário do Comércio - Como tem sido a atuação da Oracle no setor de varejo? Rodrigo Braga - A Oracle tem feito uma série de pesquisas para tentar entender o que está revolucionando o varejo. Detectamos três pontos importantes: o primeiro é consumidor digital, que alguns chamam de neoconumidor, que hoje está no controle da relação, é ele quem define onde, quando e como quer comprar, e o varejista tem de buscar, através dos diversos canais, atender esta demanda. Isso exige uma série de alinhamentos em seus processos internos. Outra tendência importante é a mudança do próprio varejo. Hoje, há players como Amazon, Apple ou a própria Riachuelo, que verticalizaram suas operações, trazendo diferenciais competitivos. Como o varejista pode competir com esses players? Como oferecer uma experiência que seja relevante para o cliente, de forma a se diferenciar desses grandes players? Por fim, há o próprio papel da tecnologia, que de um lado permite ao consumidor ter mais informações e ter este poder – ele tem informação de preço, do próprio produto, a recomendação dos amigos – e por outro lado, as empresas podem usar a tecnologia para se transformar em uma velocidade que nunca se viu. Que tecnologia é essa? Essa tecnologia está muito apoiada no Big Data, que é a capacidade de analisar dados estruturados e não estruturados para entender coisas como sentimento do cliente, o seu comportamento e colocar
negócio verticalizado há oito anos justamente para dar um atendimento mais próximo aos clientes de varejo, percebendo essa transformação que estava ocorrendo nesta área, que é muito importante para os negócios da empresa. Temos um grupo de profissionais especializados para atender o segmento, para trazer essas soluções que permitem a transformação do varejo. Sem dúvida, este é um segmento muito importante para a Oracle.
esse cliente como foco das suas operações. Só que esse cliente não é mais massificado como a gente via no passado, o cliente busca a personalização. O varejista precisa transformar essa experiência de forma personalizada. Ele tem de entender o cliente, as relações que ele estabelece nos diversos canais e oferecer uma experiência única. Isso é desafiador. O que é essa personalização? A personalização é o entendimento do cliente naquele momento que ele está interagindo com o varejista. Se ele está na loja física, tem um comportamento diferente de quando está na loja virtual. O dia que ele está indo comprar uma TV, ele tem um comportamento, quando vai comprar uma panela, tem outro. Ter a capacidade de analisar essas informações, esses segmentos de comportamento e transformar essa experiência em tempo real é o que faz toda a diferença. O que a Oracle oferece neste universo? A Oracle está muito bem posicionada. Ela tem um conjunto de soluções, uma em particular adquirimos há cerca de um ano e meio chamada Endeca, que tem uma capacidade de fazer análises do comportamento em tempo real, seja através de dados estruturados ou não estruturados. Usando esse perfil de cliente daquele momento, a gente consegue atuar através de outra ferramenta chamada Real Time. Você consegue modificar esta experiência do cliente, em tempo real, com base naquilo que você está percebendo do seu comportamento. Quem é hoje o varejista que melhor usa essas tecnologias? Quem melhor usa essas ferramentas hoje é a Amazon,
Rodrigo Braga, executivo da Oracle
que detém atualmente 7% do varejo mundial e não é por acaso. Fizemos uma pesquisa recentemente chamada Th e Evolution of Experience Retailli ng. Fizemos pesquisas em vários países sobre o que é importante para o consumidor. A Amazon realmente tem transformado essa experiência e colocado os demais competidores em segundo plano. Um ponto abordado em nossa pesquisa é que a Amazon tem 78 vezes mais produtos que a média dos concorrentes. Como ela seleciona esses produtos, onde mantém estoques, são pontos importantes. A Amazon gira duas vezes mais estoque que os concorrentes. Isso faz toda a diferença em termos de precificação. Ela consegue repassar essa economia de escala no preço final, que se torna mais competitivo. É uma roda que está girando em favor deste varejista, que percebeu muito antes dos demais a importância da tecnologia. O varejo é um segmento importante para a Oracle? Sou responsável aqui no Brasil da unidade de negócios de varejo. A Oracle criou um
Shannon Stapleton/Reuters
Jeff Bezos, CEO da Amazon, empresa que está revolucionando o varejo mundial com o uso intensivo de tecnologia.
Os varejistas conseguem, através de cruzamento de dados, saber o comportamento de consumo dos consumidores. A Oracle possui ferramentas nesta área? A Oracle possui ferramentas que analisam em que momento os produtos são adquiridos, por qual perfil de indivíduos e qual relação entre os produtos, quais aqueles que o consumidor compra em conjunto, em qual ordem. Isso é muito estudado pelos os varejistas e os fornecedores. Essa tecnologia de cruzamento de dados existe há mais de 20 anos. O que é mais relevante e novo é, a partir do entendimento daquilo que sai deste tipo de análise, qual a decisão a tomar que impacte o negócio. Essa capacidade que existe hoje em termos de software e hardware que a Oracle oferece de fazer essa análise em tempo real e modificar uma oferta que você está fazendo para o cliente em um call center ou personalizar uma página da web para ele, ou o cliente está chegando na loja e receber um SMS com uma oferta que seja relevante, isso tudo faz a diferença. Esses mecanismos, que estão juntando a inteligência com a tomada de decisão, é que é novidade no mercado. Pouquíssimas empresas, principalmente no Brasil, estão usando isso. O Brasil está muito atrasado na adoção dessas novidades tecnológicas? Tivemos um componente que atrapalhou um pouco o desenvolvimento do setor, que foi a vinda dessa massa que saiu das classes E e D para o consumo. Isso deu um fôlego para o varejo crescer, tanto em número de lojas quanto canais, sem ter de se preocupar muito com essa parte de inteligência. Em mercados mais maduros, onde a Amazon já entrou de forma mais relevante, isso está causando uma revolução no mercado e todo mundo está correndo atrás para fazer a ponte entre a inteligência e a tomada de decisão. A gente vai ver acontecer isso no Brasil a partir deste ano. O crescimento do varejo reduziu, os espaços para abertura de lojas estão muito complicados. (C.O.)
Pesquisa revela desafios do varejo Daniel Teixeira/AE
Oferecer uma boa experiência ao cliente é essencial para o sucesso dos negócios.
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Oracle realizou recentemente o estudo "Global Insights on Succeeding in the Customer Experience Era" com 1.342 executivos de nível sênior, de 18 países, incluindo o Brasil, para identificar como as empresas enfrentam os desafios e atuam para aperfeiçoar a experiência de compra e de relacionamento com os seus clientes. Globalmente, a pesquisa detectou que 99% dos entrevistados acreditam que oferecer uma boa experiência ao cliente é essencial para o sucesso e os bons resultados nos negócios. Eles estimaram também que a perda média de receitas anuais em função de experiências insatisfatórias dos clientes é de 20%, um percentual bastante considerável. Outra constatação interessante é que 93% dos entrevistados acreditam que melhorar a experiência dos clientes é uma das suas três principais prioridades nos próximos dois anos e 91% deseja ser considerado um líder em experiência do cliente na sua indústria. Mas, segundo os participantes do estudo, muitas organizações ainda terão de enfrentar grandes desafios antes de oferecer experiências mais bemsucedidas: - 37% estão apenas começando com uma iniciativa formal para oferecer melhores experiências aos clientes e apenas 20% consideram o estágio atual de suas iniciativas avançado. - Os executivos de negócios ainda subestimam o impacto da experiência do cliente nos resultados, pois 49% dos entrevistados indicaram que os clientes irão trocar de marca devido a uma
experiência insatisfatória, enquanto 89% dos clientes dizem que mudam de marcas devido à experiências ruins. - As redes sociais exigem grande atenção – 81% dos executivos acreditam que a entrega de uma grande experiência ao cliente passa pela gestão eficaz do relacionamento com os clientes neste meio. Porém, 35% não oferecem comunicação direta com seus canais de vendas e 35% não as utilizam para atendimento ao cliente. - Por último e não menos importante, os executivos globais citam ainda dificuldades tecnológicas como infraestruturas inapropriadas ou engessadas, Dos 245 executivos entrevistados na América Latina, 80 são do Brasil e afirmaram que perdem em média 25% das receitas por não oferecerem experiências positivas, consistentes e relevantes aos clientes. Já 30% têm planos para ampliar as tecnologias na área de Customer Experience nos próximos dois anos. O estudo também identificou que 16% dos participantes têm programas de Customer Experience implementados, mas apenas 10% consideram seus programas avançados, enquanto 74% ainda estão avaliando e planejando a possível implementação. Outra constatação foi de que nos próximos dois anos 35% pretendem ter uma visão integrada dos clientes em todos os canais de atendimento; 30% querem oferecer capacidade de autoatendimento no website da companhia e 26% querem implementar uma solução para melhor gestão do conhecimento sobre o cliente.
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Big Data é a grande arma do varejo Para o diretor da Teradata, o varejista precisa usar todas as informações disponíveis para fazer ofertas dirigidas e servir melhor o cliente Scott Olson/AFP
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Como a tecnologia vem evoluindo
O Divulgação
o passado, a automação comercial se restringia a impressoras fiscais, PDV automatizado, leitor de código de barras. Hoje, o varejo vem utilizando ferramentas de análise de dados de diversos bancos de dados, seja próprio do varejista ou até mesmo as redes sociais na internet. "Na loja da Apple nos Estados Unidos, o vendedor está com o seu PDA ou mesmo um iPhone e ali mesmo faz o checkout com o cliente e pergunta se quer receber a nota fiscal em casa. Quando o cliente informa o seu e-mail, o sistema identifica se ele já é um cliente Apple na base de dados", comenta Américo de Paula, diretor para Indústria na América Latina da Teradata. Segundo o executivo, o caso da Apple é emblemático porque, além das lojas físicas, que servem para o cliente ampliar sua experiência de compra, poder tocar e experimentar o produto, a empresa criou a plataforma iTunes e aplicativos. "A Apple consegue mapear em detalhes quais são as preferências desse usuário em aplicativos, as músicas, os gêneros, os artistas, e começa a fazer correlações entre e esse usuários e os demais. A Apple é uma grande usuária de inteligência, ela consegue identificar os caminhos de compra, o que ele comprou na loja ou na internet. Com isso, ela consegue sugerir novos aplicativos ou novos produtos muito facilmente", explica. A Teradata Corporation foi criada em 1979 e fez parte do Grupo NCR de 1991 a 2007, com forte atuação no varejo e setor financeiro. Por isso a Teradata ainda mantém grandes varejistas em sua carteira de clientes. "Os 30 maiores varejistas do mundo são clientes da Teradata. A empresa atua no segmento de inteligência há mais de 30 anos, ajudando as empresas a determinarem índices de afinidades dos produtos, cesta de produtos, sortimentos por loja, reposição de estoque, através da gestão de dados", diz de Paula. A Teradata adquiriu em 2011 a Aster Data System, uma empresa focada em aplicações de Big Data, tecnologia que é a grande sensação hoje na área de Varejo e Finanças. Para de Paula, o varejo hoje é "omnichannel", multicanal, tem que tratar da web, celular, loja física, redes sociais, se estão falando bem ou mal da marca etc. "O Big Data começa a ajudar as empresas a personalizar a oferta de produtos e serviços para cada cliente. Aquele
Acima, loja da Apple: a empresa consegue mapear em detalhes as preferências dos seus usuário. Ao lado, Américo de Paula, diretor para Indústria na América Latina da Teradata.
conceito de segmentação de clientes usado no passado através de Mineração de Dados (Data Mining), com base no histórico de compras em lojas ainda existe, mas já não é suficiente. A partir do momento em que o cliente pode interagir com a marca em um ambiente sete dias por semana, 24 horas por dia, o varejista tem de reagir muito rapidamente aos rastros que o cliente deixa nos vários canais, transformando em uma oferta", observa o executivo.
Análise inteligente Para Américo de Paula, outro destaque nesta área é o caso da Amazon.com. Uma vez que o cliente se identifica no site através do login, o sistema começa a rastrear as suas preferências, as suas buscas, os produtos que olhou, sabe cada clique que deu na página. A partir daí, eles começam a enviar e-mails muito personalizados de acordo com a preferência do usuário. "Eu costumo participar de eventos da Teradata nos Estados Unidos nos meses de janeiro e outubro, e percebo que pouco antes desses meses começo a receber e-mails da Amazon, pois eles entendem que nesse período eu provavelmente vou fazer uma compra para entregar em um hotel nos EUA. Essa é a inovação que a gente percebe com o uso do Big Data, através de análises
de dados de diversos canais de informações que o varejista tem hoje", diz. Segundo o executivo da Teradata, as tecnologias de avaliação e de análise, que hoje estão chamando de Big Data, existem há um bom tempo. A novidade é que os varejistas perceberam que seus concorrentes estão usando e eles não podem ficar de fora. "O conceito de Big Data vem sendo usado muito pela área de marketing para personalizar ofertas para cada cliente, a partir do maior conhecimento que se tem de cada consumidor. (C.O.)
consultor Paulo Eduardo Guimarães, vice-presidente de marketing e relações internacionais da Afrac (Associação Brasileira de Automação Comercial), explica que na primeira geração de tecnologia para conhecer o comportamento dos clientes foram os programas de fidelidade, por exemplo o Cartão Mais do Pão de Açúcar. Eles foram a primeira tentativa e se apoiavam em tecnologia como banco de dados, cartão magnético para identificação do cliente. O sistema atribui pontos pela quantidade de compras. "Em seguida, veio uma segunda geração, que fez uso de tecnologias móveis, com uso de celulares, palmtops – há cerca de dez anos, eu usava um palmtop que, quando eu entrava no aeroporto, ele baixava informações sobre a minha reserva de voo, se estava atrasado, por exemplo", comenta. Em uma terceira geração tecnológica, foi introduzidas ferramentas modernas de captura de dados, como imagens, sons, transações. "São ferramentas muito poderosas. Existem câmeras que são programadas para identificar uma parte do rosto e capturar a
expressão do cliente, igual às câmeras que estão nas ruas hoje para identificar uma placa de carro. Essas ferramentas de captura de dados, associadas a um conjunto de tecnologias de análise e interpretação é que estão sendo usadas hoje para conhecer o consumidor e prever tendências", explica Guimarães. Ele explica eu a primeira geração era muito básica, na segunda já se identificava o indivíduo e na terceira é possível fazer algumas previsões ou tendências de consumo – para o varejista, ter uma previsibilidade de negócio é muito interessante, pois ele pode planejar e negociar melhor as suas compras. "Essas tecnologias ainda são pouco usadas no Brasil. Nos EUA, a rede de supermercados Safeway está com um piloto com um programa de fidelidade
muito interessante: comprando com eles, os clientes não precisam mais se preocupar com o inventário da casa. Eles fazem a conta de quanto cada um consome de cada item e mandam por e-mail ou celular a lista do que eles recomendam que se compre. Como as pessoas não têm muito tempo, isso é extremamente conveniente – a loja avisa que o cliente precisa comprar o sabonete, pois ele pode esquecer e só vai se lembrar quando chegar em casa". Essa terceira geração de tecnologia já consegue fazer a previsão do comportamento do cliente, que é útil para o consumidor e para o varejista – se o varejista consegue saber quantos quilos de queijo ele vai vender no próximo mês, ele resolve um dos problemas mais sérios que ele tem. (C.O.)
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Guimarães: a terceira geração de tecnologia prevê o comportamento do cliente, beneficiando consumidor e varejistas.
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Automação comercial de ponta Cada vez mais a automação comercial se aproxima da automação bancária, bom para a Itautec, que atua nos dois segmentos
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pequeno varejista está querendo se legalizar, começa a automatizar o PDV, adquire uma impressora fiscal e instala um sistema de pagamento eletrônico. Já o grande varejistas está em outro universo, está implementando várias melhorias na loja para otimização de processos, reduzir perdas, diminuir custos, agilizar vendas e atender melhor o cliente. Para Flávio Montezuma, diretor de automação comercial da Itautec, cada vez mais a automação comercial se aproxima da automação bancária, até porque algumas redes de varejo estão associadas a financeiras. "Temos visto algumas tendências fortes, como soluções mistas com automação bancária. Os grandes varejistas nunca olharam biometria com tanta ênfase", diz o executivo. Segundo ele, alguns estão olhando a biometria para controles internos, por exemplo, aplicações para aprovação dentro do PDV para gerentes e operadores de caixa, ou para clientes em programas de fidelidade. Isso traz mais segurança, rapidez nas operações, menos perdas. "Há muitos varejistas com financeiras associadas ao seu negócio e esses sistemas evitam muitas fraudes e dão segurança em aprovação de crédito. As fraudes em aprovação de CPF são imensas, se o varejista não tem um sistema confiável ele corre muitos riscos. Muitas tecnologias estão convergindo para a loja", comenta. A Itautec é um dos maiores players em soluções para automação comercial e bancária, com uma estratégia one stop shop, oferecendo hardware, software e servi-
Fotos: Divulgação
OKI compra 70% da Itautec
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ços, com soluções completas para varejo de todos os portes. "Estamos vendo que a gama de investimentos no varejo está se ampliando cada vez mais. Há varejos com necessidades básicas, sistema para cumprir a legislação fiscal, pagamento eletrônico, até um varejo mais sofisticado, que está preocupado em aumen-
tar a sua eficiência". "O segundo maior empregador deste País, depois do poder público, é o varejo, que tem crescido bem mais que o PIB. As projeções de todos os analistas é que, se nós não tivermos uma retração por causa da inflação, o varejo continuará a crescer até depois das Olimpíadas de 2016", diz. Entre as apostas da Itautec, o destaque é o PayTower, um sistema de self checkout em que o próprio cliente passa o produto no scanner para a leitura do código e barras e ainda faz o pagamento, via cartão de débito ou crédito. Sistemas assim vêm resolver o problema de falta de mão de obra no varejo. "Os próprios sindicatos, que antes eram contrários a sistemas de self checkout, hoje estão apoiando. Eles estão vendo que, para lojas 24 horas e caixa rápido, não tem solução. O varejista mantém a sua eficiência com o self checkout e vai abrir outra loja, vai empregar mais gente. Sistemas assim vão deslanchar no País a partir de agora", prevê Montezuma. "O PayTower está ficando mais sofisticado. Junto com aquele modelo que tínhamos para supermercado, desenvolvemos uma versão mais simples, sem a balança, para drogaria e magazines".
Novos sistemas Quem visitar o estande da Itautec na Autocom poderá conferir aplicações de mobilidade que em breve estarão presentes no varejo. A empresa desenvolveu o SIAC Mobile, sistema em que o cliente captura com o seu celular um QR Code (uma espécie de código de barras 2D) e entra na rede da loja e fica online com um carrinho virtual, podendo consultar preços, escolher os produtos que deseja e colocá-lo no carrinho virtual, como no ecommerce. Ao finalizar a compra, ele recebe um código e paga a conta no caixa da loja física. A mercadoria será entregue em sua casa. Outra novidade que poderá ser vista na feira é a Etiqueta Eletrônica, solução que permite a gestão dos preços de forma simples, eficaz e centralizada. Por utilizar o conceito de papel eletrônico, a etiqueta possibilita ao varejista apresentar as informações do produto de diversas formas, inclusive, com o uso de imagens. (C.O.)
PayTower: sistema de self checkout em que o próprio cliente passa o produto no scanner, embala e faz o pagamento.
Itautec anunciou um importante redirecionamento estratégico por meio de um acordo com a japonesa OKI, o qual resultará na criação de uma nova empresa de automação e serviços no Brasil. A parceria anunciada tem como objetivo alcançar maior participação no mercado de automações e serviços de TI, através da combinação das tecnologias de ponta da OKI em automação, como ATMs recicladoras de cédulas, com a carteira de clientes, tecnologia e extensa rede de serviços da Itautec, a maior do Brasil e que atende mais de 3.700 cidades. Conforme os termos do acordo, a nova empresa, ainda sem nome definido, receberá aporte de R$ 100 milhões da OKI, que herdará a carteira de clientes e a tecnologia de produção das unidades de automação e serviços da Itautec. Com isso, OKI passa a deter 70% de participação na nova empresa e a Itautec, os 30% restantes. As unidades de Automação e Serviços da Itautec desenvolvem soluções para o setor bancário e para o comércio varejista, além de prestar serviços como manutenção de equipamentos e de computadores, inclusive garantias, atividades essas que serão mantidas. A unidade de computação da Itautec será paulatinamente desativada sem qualquer prejuízo ao cumprimento integral de todos os contratos e obrigações de fornecimento, manutenção e garantia dos equipamentos da marca Itautec/InfoWay, bem como o atendimento ao consumidor e os serviços associados a essa manutenção. Em nota, a empresa esclarece: "A marca Itautec continua a existir. A Itautec detém 30% do capital da nova empresa formada através da parceria com a OKI. Esta nova empresa terá seu nome definido pela nova direção quando a companhia for constituída. Por enquanto, o atendimento e prestação de serviços ao cliente permanecem os mesmos. Todos os compromissos assumidos estão mantidos e a empresa honrará os contratos existentes".
Tudo automatizado na Hortifruti Rafael Hupsel/LUZ
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m busca de modernização e padronização dos seus processos de TI, a Hortifruti, uma das maiores redes de hortifrutigranjeiros do País, contratou a Suíte Itautec de Automação Comercial, conjunto de soluções desenvolvido pela empresa e que envolve desde a gestão operacional das lojas até a administração de pagamentos eletrônicos, passando pelo controle e monitoramento de sistemas, visando obter alta disponibilidade e produtividade. Especializada no desenvolvimento de soluções de computação, automação comercial e serviços tecnológicos para o varejo, a Itautec profissionalizou o gerenciamento da operação do negócio, permitindo expressivos ganhos de agilidade e redução de custos. "Com o aumento da concorrência no mercado de varejo, a Itautec oferece soluções que permitem melhorar a governança e elevar a competitividade das empresas, ajudando na consolidação da marca do varejista entre os consumidores", observa Flavio Montezuma, diretor de automação comercial da Itautec. Automatizando desde o ponto de venda (PDV) até a consolidação diária das
Hortifruti: solução da Itautec profissionalizou o gerenciamento da operação do negócio. vendas, o módulo Gestão Operacional e Estratégica fornece informações para a gestão centralizada da Hortifruti. Com um conjunto abrangente de funcionalidades, traz funções que permitiram à companhia realizar um melhor gerenciamento do ambiente de loja. "Agora conseguimos controlar de forma mais rigorosa a operação dos caixas. O módulo identifica, por exemplo, o cancelamento da compra de produtos e pode sinalizar possíveis riscos ou suspeitas de fraude", aponta Maxwell Mendes, gerente de TI da Hortifruti. Com o módulo de Gestão de Pagamentos com Conciliação Eletrônica, a
Hortifruti passou a viabilizar de forma mais simples transações e conciliações eletrônicas com as principais autorizadoras do mercado. Além disso, o software, que é facilmente integrável a sistemas de frente de loja, eliminou as divergências entre as operações das lojas e o sistema ERP (sistema integrado de gestão), facilitando, a adequação às exigências do Fisco. A empresa conta agora também com o monitoramento em tempo real das atividades do PDV com o módulo Controle e Monitoramento. A inovação melhorou a disponibilidade dos sistemas e a eficiência operacional dos equipamentos.
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terça-feira, 25 de junho de 2013
ESPECIAL - 7
A grande vitrine do varejo mundial
18%
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As novas tecnologias que em breve vão impactar o varejo e os consumidores são mostradas primeiramente no Retail's Big Show, evento da NRF
SXC
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odo o ano é assim: mal o ano começa e os varejistas voltam a atenção para a cidade de Nova York (EUA) – alguns nem terminaram de fechar o seu balanço de Natal. O motivo é o congresso da National Retail Federation (NRF), também conhecido de Retail's Big Show. Trata-se do mais importante evento do varejo mundial. Este ano, o evento começou no dia 11 de janeiro e recebeu mais de 27 mil profissionais do varejo, de mais de 80 países. Pelo quinto ano consecutivo, a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) levaram diversos profissionais ao evento (foram 120 este ano). Nelson Felipe Kheirallah, vice-presidente e coordenador do Conselho de Varejo da ACSP, coordenou a delegação. "Cada vez que a gente participa de um congresso como este, vemos algumas tendências se consolidando. A participação do varejo dentro da rede virtual vem crescendo cada vez mais. A tecnologia evolui e a compra virtual se acentua rapidamente", comenta Kheiralla. "Quando a gente fala do varejo do futuro, e isso foi muito claramente exposto no Congresso da NRF, a grande tendência é a venda multicanal, chamado hoje de omnichannel. Isso é uma coisa que está se consolidando", diz, acrescentando que foi muito discutida a necessidade de integrar a venda virtual, o mobile commerce e a venda física. "Tem aquele consumidor chamado de showroomer, que entra na loja, olha o produto, faz a pesquisa de preços no smartphone e depois decide se vai comprar fisicamente ou de sua casa pela internet". Para Kheiralla, o consumidor brasileiro ainda está muito arraigado na compra de lojas de rua, cuja participação na venda ainda é muito forte. O varejo de rua ainda é muito forte, basta ver o Brás, a Rua 25 de Março. Aqui no Brasil, o varejo nos shopping centers representa 18% do total, enquanto nos EUA este número é de 70%. O importante é que, se o consumidor for bem atendido na loja física, ele acaba fechando o negócio na hora, mas se não tiver um bom atendimento fisicamente, ele pre-
fere voltar para casa e depois decidir virtualmente se deve adquirir o produto", observa.
Em breve, tecnologias sensoriais
Tendências tecnológicas De acordo com a Regiane Relva Romano, CIO da empresa Vip-System e professora de Tecnologias Emergentes para o Varejo da FGV e da FIA, que também esteve no evento da NRF, não houve nenhuma grande novidade. "Até fiquei feliz, porque o livro que eu lancei no ano passado está 100% atualizado (Varejo & Tecnologia - O Futuro do seu negócio passa por aqui). O que aconteceu foi a consolidação de tecnologias já mostradas, mas com uso mais bem definido", diz. Como exemplo, o NFC (Near Field Communication), que é o pagamento eletrônico via telefone celular. "Isso é irreversível, mas até o ano passado, se falava ainda em pagamento com SMS, com QR Code, mas agora está definido, o padrão será o NFC, que já começa a vir encapsulado na maioria dos smartphones". Outras tendências irreversíveis são a mobilidade e o uso de mais de uma tela. O consumidor hoje é bombardeado por telas – do celular, tablet, notebook, desktop, TV, etc. "Daqui para frente, vamos ter uma série de outras telas invadindo as nossas vidas. Por exemplo, fui ao CES (Consumer Electronics Show), em Las Vegas, uma semana antes da NRF e deu para ver o que vai chegar ao varejo em equipamentos eletrônicos. Está se consolidando algo que eu já falava há cinco anos, que é a internet das coisas. Pelo o que foi mostrado na CES, vai começar a chegar uma série de equipamentos residenciais com telas, como na máquina de lavar louça, lavar roupa, geladeira com tela touchscreen para consultar informações via internet, mandar a lista de compras pela internet. Isso não é amanhã, isso é já", afirma Regiane. Por tudo isso, na opinião da professora Regiane, o varejo terá de se reinventar. "Os lojistas ainda pensam que estão vendendo produto, mas não é produto, é experiência. Produto eu compro a qualquer momento pelo menor preço. (C.O.)
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7ª edição estudo anual "IBM 5 em 5" revela quais serão as cinco inovações tecnológicas que irão mudar o modo como as pessoas trabalham, vivem e interagem nos próximos cinco anos. As previsões deste ano se concentram em um elemento da nova era: a capacidade dos computadores de imitar os sentidos humanos do seu próprio jeito – ver, cheirar, tocar, provar e ouvir. Os sistemas de computação cognitivos permitirão enxergar através da complexidade, acompanhar o ritmo das informações, tomar decisões assertivas, melhorar a saúde, ter qualidade de vida e romper todo tipo de barreira, incluindo distância geográfica, idioma, custo e inacessibilidade. "Os cientistas da IBM de todo o mundo estão colaborando em avanços que ajudarão os computadores a entender o mundo em volta deles", diz Fabio Gandour, cientistachefe da IBM Brasil. As cinco previsões que definirão o futuro são: Toque: Você poderá tocar através do seu telefone Imagine usar seu smartphone para comprar um vestido de casamento e poder sentir a seda do vestido, ou a renda do véu, tudo pela superfície da tela. Ou, até mesmo, sentir as miçangas e o trançado de um lençol feito por um artesão local a meio mundo de distância. Em cinco anos, segmentos como o de varejo serão transformados
pela capacidade de "tocar" um produto através do seu dispositivo móvel. Os cientistas da IBM estão desenvolvendo aplicativos para setores como o de varejo e saúde, usando tecnologias sensíveis hápticas, de infravermelho e pressão, para simular o toque. Quando um comprador passar o dedo pela imagem de um item na tela de um dispositivo, será possível sentir a textura e outras características sensíveis ao toque. Visão: Um pixel equivalerá a milhares de palavras Nos próximos cinco anos,
segmentos como saúde, varejo e agricultura. Audição: Os computadores escutarão o que é importante Já desejou entender os sons em volta de você e ser capaz de compreender o que não está sendo dito? Um sistema distribuído de sensores inteligentes irá detectar elementos de som, como pressão, vibrações e ondas sonoras, em diferentes frequências. Ele interpretará esses dados para prever quando árvores cairão em uma floresta ou quando um deslizamento é iminente. Este sistema "escutará" o ambiente e
Newton Santos/Digna Imagem
Gandour: cientistas da IBM em todo o mundo estão trabalhando em sistemas de computação cognitivos.
os sistemas não apenas conseguirão enxergar e reconhecer o conteúdo de imagens e dados visuais, como também transformarão os pixels em significado, sendo capazes de entendê-los de forma similar ao modo como uma pessoa vê e interpreta uma fotografia. No futuro, capacidades "cerebrais" permitirão que os computadores analisem características como cor, padrões de textura ou informações de borda, extraindo conhecimento de mídia visual. Isso terá um impacto profundo em
medirá movimentos para alertar de perigos futuros. Paladar: Papilas gustativas digitais ajudarão você a comer de forma mais inteligente E se pudéssemos fazer comida saudável ter um gosto delicioso usando um tipo diferente de sistema de computação construído para a criatividade? Os pesquisadores da IBM estão desenvolvendo um sistema de computação que efetivamente experimenta sabores, para ser usado por chefs para criar as receitas mais inovadoras e saborosas. Ele detalhará ingredientes
até seu nível molecular e misturará a química de compostos alimentares com a psicologia de quais sabores e cheiros as pessoas preferem. Ao comparar isso com milhões de receitas, o sistema será capaz de criar novas combinações de sabor, unindo diversos alimentos. Um sistema como esse também pode ser usado para nos ajudar a comer de forma mais saudável, criando combinações novas de sabores que nos farão desejar uma caçarola de legumes ao invés de batata frita. Computadores serão capazes de usar algoritmos para determinar a estrutura química exata de alimentos e o motivo das pessoas preferirem certos sabores. Esses algoritmos examinarão como elementos químicos interagem uns com os outros, a complexidade molecular de compostos do paladar e sua estrutura de ligação, usando essas informações combinadas a modelos de percepção para prever a atratividade de sabores. Cheiro: Os computadores terão um senso de olfato Minúsculos sensores embutidos no computador ou celular detectarão se você está prestes a desenvolver alguma doença. Ao analisar odores, biomarcadores e milhares de moléculas na respiração de uma pessoa, os médicos terão ajuda para o diagnóstico e monitoramento do início de problemas de saúde, tais como problemas no fígado e rins, asma, diabetes e epilepsia, detectando quais cheiros são normais e quais não são.
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terça-feira, 25 de junho de 2013
Divulgação
Código de barras: 30 anos de Brasil Inicialmente chamada ABAC - Associação Brasileira de Automação Comercial, agora GS1, a entidade foi responsável por orientar e administrar a implantação do Código Nacional de Produtos no País, seguindo o padrão europeu EAN International
Q
uem viveu os anos de 1980 lembra que os preços variavam diariamente, principalmente nos supermercados. As máquinas etiquetadoras trabalhavam freneticamente, remarcando os preços dos produtos. Era comum as pessoas fazerem compras para o mês todo, assim que recebiam o salário, na tentativa de driblar a inflação. As filas nos caixas dos supermercados eram enormes. Foi neste cenário que nasceu a entidade que hoje conhecemos como GS1 Brasil e que em novembro vai completar 30 anos. Ela foi a responsável pela implantação do código de barras no Brasil. Constituída oficialmente em 8 de novembro de 1983 com o nome de ABAC - Associação Brasileira de Automação Comercial, na verdade a entidade foi concebida em fevereiro daquele ano, quando a SEI - Secretaria Especial de In-
DE OLHO NO MARKETING – A dupla britânica de vôlei de praia Zara Dampney e Shauna Mullin foram as primeiras a usar o QR Code no biquíni. O código leva ao site do patrocinador.
formática convocou empresas do comércio para elaborar um documento refletindo as necessidades do setor com relação a automação comercial. Em dezembro de 1984, o Ministério da Indústria e Comércio decide dar pleno apoio a ABAC para orientar e administrar a implantação do Código Nacional de Produtos no País, seguindo o padrão europeu EAN International. Em 1994, com o objetivo de fortalecer a imagem da entidade em todos os seus campos de atuação, a ABAC passou a se chamar EAN Brasil. Em 2004, unificou-se os dois padrões de identificação para a Cadeia de Suprimentos utilizados no mundo: os padrões EAN (europeu) com o UCC (americano), tornando a associação totalmente global. Assim, a entidade novamente mudou de nome, passando a se chamar GS1 Brasil. De acordo com Flávia Ponte Costa, assessora de soluções de negócios da GS1 Brasil, dos anos 80 até agora, o sistema de codificação se aperfeiçoou e novos modelos entraram no mercado. "Apesar de as pessoas acharem que o código de barras é uma coisa estática, ele também evoluiu, assim como dos sistemas de captura e d a i n f o r m ação dentro dos sistemas. Existe o código linear, que as pessoas estão acostumadas a ver nas embalagens dos produtos, mas há outros modelos, como o DataBar, em que é possível controlar a validade do produto, sendo importante para a área de alimentos", comenta. Ela explica que existem códigos adequados para todas as operações logísticas, dependendo do que é preciso identificar e do tipo de informação que se precisa colocar. Há o GS1128 para gestão de logística e rastreabilidade por meio de codificações adicionais, como nú-
Flávia: rastreabilidade é o grande desafio da indústria.
mero serial, número de lote, data de validade, número do pedido do cliente etc. Segundo Flávia, a rastreabilidade é hoje o grande desafio da indústria. Em caso de problemas, como o do suco Ades em março deste ano, em que um lote foi contaminado com produtos de limpeza, é importante saber para onde esse produto foi. "Em um momento de necessidade de recall, caso haja um sistema de rastreabilidde, a empresa consegue ter uma ação mais efetiva e tirar o produto rapidamente do mercado, minimizando as consequências", comenta. A especialista conta que internamente muitas empresas já fazem esse controle, sabem o que receberam de matériaprima, como foi o processo e o que ocorreu até o momento da expedição. O problema está fora, de ter uma maior visibilidade da cadeia. Nesse ponto, ainda estamos engatinhando. Não há o link entre todos os atores da cadeia. "O segmento de medicamentos é hoje o mais avançado nesta questão de rastreabilidade, até por recomendação da Anvisa", diz Flávia. Vale a pena lembrar que a indústria farmacêutica teve problemas no passado. Em 1998, a Schering estava testando novas embalagens das pílulas anticoncepcionais Microvlar, quando medicamentos ineficazes acabaram chegando aos consumidores. O caso ficou conhecido como pílula de farinha.
Portfólio variado A Filizola desenvolveu a balança Platina, que imprime a etiqueta com a data de valida-
de do produto no código de barras, além de outras informações, como o nome do produto, o valor, peso, preço por quilo e a data que ele foi embalado. Quando o cliente passar pelo caixa, caso a validade esteja vencida, o sistema emitirá um alerta. A solução atende as exigências do Código de Defesa do Consumidor, que prevê penas duras para os estabelecimentos que venderem produtos fora do prazo. Esta etiqueta com prazo de validade se chama GS1 DataBar. O trabalho de disseminação do código GS1 DataBar está sendo feito pela GS1 Brasil desde 2010, com prazo até 2014 para adoção plena pela cadeia de abastecimento. O prazo privilegia principalmente varejistas, para que possam adaptar softwares, leitores e coletores,
a fim de decodificar e processar as informações do novo código e as informações adicionais como lote e validade. Os símbolos do GS1 DataBar são capazes de carregar mais informações do que o código de barras convencional (EAN/UPC). Por isso, possibilitam uma grande oportunidade de codificação de itens em diversos segmentos. O de frutas legumes e vegetais (FLV) e o de itens de pesos variáveis (carne, aves, peixes, padaria, embutidos, frios), por exemplo, serão muito beneficiados. O produtor poderá ter seus produtos identificados desde a origem, o lote, a validade etc. Para a rastreabilidade de medicamentos, outro tipo de código de barras foi desenvolvido, chamado DataMatrix. Trata-se de um código bidi-
mensional, em que é possível colocar lote e validade. Ele é bem pequeno, sendo possível colocá-lo em uma pílula de remédio", comenta Flávia. Segundo ela, o uso desse código garante um maior nível de segurança. "Em um hospital, a enfermeira fará a leitura da pulseira do paciente e do medicamento que ele irá tomar, evitando enganos, que podem ser fatais", diz. Flávia comenta que o DataMatrix é muito parecido com o QR Code,muito usado em publicidade e marketing, que inclusive está sendo incorporado ao portfólio de códigos da GS1, que é um órgão padronizador e dará regras ao QR Code.Hoje, qualquer um pode ir ao um site especializado e acessar um QR Code Generator e gerar um código. (C.O.)
Novos leitores Honeywell
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Honeywell Scanning & Mobility, uma das principais empresas mundiais em soluções de identificação e captura automáticas de dados (AIDC), está trazendo para o mercado nacional os modelos Vuquest 3310g e o Granit 1910i (foto). O primeiro é um leitor de código de barras compacto, que tem ergonomia e design ideal para aplicação em uma variedade de ambientes que exigem mobilidade e flexibilidade, como lojas e quiosques. O aparelho tem como característica a grande capacidade de ler qualquer código de barras, mesmo em superfícies com muito reflexo, como telas de computares e telefones celulares. "Criado para atender as necessidades em constante evolução dos nossos clientes, o Vuquest 3310g revela-se como a melhor solução de leitor compacto, com flexibilidade, já que conta com a
tecnologia Adaptus 6.0 Imaging", afirma Cássio Pedrão, diretor geral de vendas da Honeywell Scanning & Mobility para a América Latina. "Com a sua capacidade de combinar tecnologias inovadoras de leitura em um dispositivo versátil, o Vuquest 3310g demonstra a posição da Honeywell como líder global em imagem." Projetado para ter a versatilidade como princípio, o Vuquest 3310g pode ser facilmente instalado em quiosques e sistemas de verificação de preços. Este dispositivo também é ideal para ambientes com pouco espaço disponível, incluindo quiosques móveis e portões de embarque, por exemplo. No segmento industrial, como fabricação
de eletrônicos ou semicondutores, o Vuquest 3310g pode ser usado para ler e digitalizar dados em linhas de montagem manuais ou em esteiras lentas de transporte. Já o modelo Granit 1910i é o primeiro scanner de mão de geração de imagens 2D da série 191Xi. O leitor foi desenvolvido para atender aos setores comercial e industrial e combina digitalização de alto desempenho com uma plataforma que se adapta às condições mais exigentes na cadeia de abastecimento. Produzido com a tecnologia de imagem Adaptus Imaging 6.0, da Honeywell, Granit 1910i tem alto desempenho de leitura de código de barras, maior volume do alarme sonoro e vibração do dispositivo que indica respostas para assegurar a rápida decodificação das operações.