Especial Seguros

Page 1

Jornal do empreendedor

São Paulo, sábado, domingo e segunda-feira, 24, 25 e 26 de novembro de 2012

ESPECIAL SEGUROS

O risco aqui PASSA LONGE CARLOS OSSAMU

A

redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) no setor automobilístico e o aumento na oferta de crédito na área habitacional estão fazendo muito bem para o mercado de seguros gerais. Some-se a isso a queda na taxa de juros, a estabilidade no nível de emprego e o maior poder aquisitivo da classe média. "Enquanto o PIB no ano passado cresceu apenas 2,7%, o mercado de seguros teve um aumento de 11,7%; e este ano, de janeiro a setembro, o crescimento já soma 13%, com faturamento de R$ 35,4 bilhões nos nove primeiros meses do ano", afirma Neival Freitas, diretor-executivo da FenSeg - Federação Nacional de Seguros Gerais. O seguro de automóveis encabeça o ranking de seguros gerais, com 51% de participação no mix. Nos nove primeiros meses do ano, este ramo cresceu 14,5% em comparação ao mesmo período de 2011. "Este é um segmento onde o brasileiro já possui uma cultura de seguros. Ao comprar um carro, o consumidor já pensa em fazer um seguro, já que é um bem valioso e é uma forma de preservar o investimento", comenta Freitas. Estes números devem melhorar ainda mais, já que a Fenabrave divulgou que as vendas de veículos novos bateram recorde para o mês de outubro, avançando 18,6% sobre setembro e 21,8% na comparação com o mesmo período de 2011. O volume licenciado no mês passado somou 341,7 mil veículos, elevando o total acumulado de janeiro a outubro em 5,7% sobre o mesmo período de 2011, para 3,13 milhões de unidades. No ramo de automóveis, uma atividade ilegal que vem incomodando as seguradoras são as chamadas "proteção veicular", que o setor chama de seguro pirata. Oferecidas por cooperativas e associações a preços baixos, o proprietário do automóvel deve se associar e pagar uma mensalidade. Em caso de sinistro, eles se cotizam para pagar a indenização. "É uma atividade ilegal, sem o respaldo da Susep e que fere o Código de Defesa do Consumidor, já que, ao ser um associado, ele perde a qualidade de consumidor. Essas entidades oferecem um preço Divulgação bem abaixo de um seguro, pois não mantêm reservas técnicas e outros custos das seguradoras", diz Freitas. "Recentemente, a Susep fechou 30 entidades no Espírito Santo, que ofereciam esse tipo de proteção. A Susep tem atuado fortemente para combater essa prática". Outro setor de destaque, mas não pelo lado positivo da economia, é o de seguro rural, que apresentou um crescimento de 33% de janeiro a setembro. Este segmento responde por apenas 2,8% do mix e registrou uma arrecadação de quase R$ 993 Neival Freitas, da FenSeg milhões no período. "Como houve regiões assoladas por seca e quebra de safra, este tipo de seguro registrou um aumento na procura", explica Freitas. "Já o ramo de seguros habitacionais apresentou um crescimento de 31% de janeiro a setembro, impulsionado pelo aumento na oferta de imóveis", diz o executivo. Na opinião do diretor-executivo da FenSeg, uma categoria que tem grande potencial de crescimento é o seguro de responsabilidade civil, conhecido no meio pela sigla RC. Esta modalidade responde hoje por apenas 2% do mix de seguros gerais, mas vem crescendo a taxas de 18%. O seu objetivo é proteger o segurado de ações indenizatórias na Justiça em que ele seja responsabilizado civilmente por ter causado algum dano involuntário a outrem, seja material ou mesmo corporal. "Com os Juizados Especiais Cíveis (conhecido como Juizado de Pequenas Causas), o acesso à Justiça ficou mais fácil. Se o seu cachorro morder um vizinho, você pode ser acionado na Justiça a pagar uma indenização". Os profissionais liberais, como engenheiros, contadores e médicos podem contratar um seguro de responsabilidade civil profissional. Com tanta burocracia e obrigações acessórias a cumprir, um contador pode cometer um erro no cálculo ou até mesmo perder um prazo, acarretando uma multa pesada ao seu cliente, que exigirá que o contador assuma o prejuízo. "Com tantas obras de infraestrutura que estão sendo realizadas, algumas por causa da Copa do Mundo e Olimpíadas, o setor de seguros de engenharia também vem crescendo de forma significativa". Com estes investimentos em infraestrutura, cresce também o mercado de resseguros, que é o seguro das seguradoras. Trata-se de um setor que exige mão de obra bastante qualificada, pois lida com contratos sofisticados e de alto valor, envolvendo seguros de grandes obras, plataformas de exploração de petróleo, aviação, navios, hidrelétricas, etc. Até 2007, este mercado era um monopólio do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB Brasil - Re), empresa que atua neste mercado desde 1939. Com a Lei Complementar nº 126/2007, este monopólio foi quebrado e hoje o mercado tem 12 resseguradoras atuando. Através da operação de resseguro, a seguradora cede parte dos riscos assumidos por ela para um ou mais resseguradores.

O recorde nas vendas de automóveis, as obras de infraestrutura para a Copa do Mundo e Olimpíadas, a estabilidade econômica e a ascensão da classe média têm impulsionado o mercado de seguros, que este ano deve crescer acima de 13%. O setor representa 4,5% do PIB brasileiro, mas ainda há muito a avançar, já que em mercados maduros, este número chega a 10%.

SXC


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.ESPECIAL

sábado, domingo e segunda-feira, 24, 25 e 26 de novembro de 2012

BALANÇO POSITIVO no segmento Vida Levantamento divulgado pela FenaPrevi aponta para um crescimento de quase 14% no primeiro semestre Image Source

D

e acordo com dados divulgados pela FenaPrevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), o setor de seguros de pessoas, que engloba vários produtos, entre eles, o seguro prestamista, os seguros educacionais e os seguros de vida individual e em grupo, entre outros, fechou o primeiro semestre deste ano com R$ 10,5 bilhões em prêmios emitidos, um crescimento de 13,77% na comparação com o mesmo período do ano passado. O seguro desemprego e de perda de renda, distribuídos em redes de varejo entre outros canais, obteve o maior crescimento relativo no período. A arrecadação dessas apólices cresceu 173,99% no primeiro semestre e somou R$ 64,4 milhões, segundo a entidade, que é representante de 74 empresas que comercializam produtos de vida e previdência. "O seguro desemprego e perda de renda foi um dos produtos mais procurados pelos brasileiros. Os consumidores procuraram proteção para garantir o pagamento de dívidas e prestações, com o temor de perda de renda ou desemprego", explicou Osvaldo Nascimento, vice-presidente da FenaPrevi. Mais destaques

O segundo produto de maior crescimento relativo foi o seguro educacional, que movimentou R$ 16 milhões, alta de 71,40%, em relação ao primeiro semestre do ano anterior, quando foram registrados R$ 9,3 milhões em prêmios. "É um produto que tem forte apelo entre os pais, pois seu objetivo principal é auxiliar nas despesas com a educação do menor, principalmente as mensalidades escolares, em caso de desemprego, invalidez ou morte do responsável econômico pelo estudante", afirmou o executivo. O aumento do número de viagens nacionais e internacionais impulsionou, a exemplo dos últimos meses, o resultado do seguro viagem. Essa modalidade de seguro também foi destaque no semestre, com arrecadação de R$ 26,1 milhões e crescimento de 24,90%. Já as apólices de seguro de vida concentraram a maior arrecadação, com R$ 4,6 bilhões, volume 6,69% maior que o verificado no primeiro semestre de 2011. A segunda

P

O setor de seguros de pessoas fechou o primeiro semestre deste ano com R$ 10,5 bilhões em prêmios emitidos, um crescimento de 13,77%.

José Cordeiro/AE

Mercado tem um corretor para cada 3 mil habitantes

Osvaldo Nascimento: o seguro desemprego e perda de renda foi um dos produtos mais procurados pelos brasileiros no primeiro semestre.

maior arrecadação ocorreu com o seguro prestamista, também voltado para garantir o pagamento de prestações na compra de bens, com volume R$ 2,6 bilhões (expansão de 21,97%). Os números consolidados têm como base as informações coletadas pela Susep (Superintendência de Seguros Privados). O levantamento não inclui o VGBL, considerado para esse fim como plano de caráter previdenciário. O Grupo BB/Mapfre encabeça o ranking das seguradoras no segmento Vida, com 19,19% de participação, seguido pelo Bradesco (17,36%),

O

Itaú (12,73%), Zurich Santander Brasil Seguros e Previdência (11,28), Icatu Seguros (4,49%), Grupo HSBC (4,10%), Grupo Caixa (3,67%), Metropolitan Life Seguros e Previdência (3,53%), Cardif do Brasil Vida e Prev. (2,82%) e SulAmérica (2,31%). As demais seguradoras representaram 18,53% dos prêmios de seguros. Foram considerados, para este ranking, as respectivas holdings. Maiores altas Na avaliação do mês de junho, o mercado de seguros de pessoas movimentou R$ 1,7 bi-

lhão, crescimento 13,52%, em relação a junho de 2011. Dentre os seguros de maior representatividade no mercado, os produtos que obtiveram melhor desempenho foram o seguro viagem e o seguro desemprego e de perda de renda. O volume de prêmios do seguro viagem cresceu 89,33% e somou R$ 4,5 milhões, em relação aos R$ 2,4 milhões registrados no mesmo período do ano passado. Já o seguro desemprego e de perda de renda, foi o outro produto com desempenho expressivo no primeiro semestre, movimentou R$ 8 milhões, uma alta de 31,65%. (C.O.)

O seguro, na visão dos consumidores

esquisa realizada pela CNseg (Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização) mostra que a grande maioria das pessoas considera a compra de seguros um ato importante ou muito importante. Em um universo de 447 pessoas ouvidas, 62% dizem que ter um seguro é algo muito importante, ao passo que 23% classificam a proteção oferecida pelas seguradoras como importante. Uma minoria, 2,2% dos entrevistados, não vê importância alguma na aquisição do seguro. Apesar disso, não ocorre a compra para todos os riscos entre os entrevistados. Dos 447 participantes da pesquisa, 48% declararam não ter seguro de vida. Entre

os segurados de vida, o banco é o principal motor de venda das apólices (31,8%), aparecendo em seguida os corretores, com 16,1%. No caso de saúde, apenas 18% dos entrevistados – 82 pessoas – não possuem planos. E dos que estão cobertos, 70% contrataram as coberturas por meio de corretores, e os bancos figuram no segundo lugar, com 21% das vendas realizadas. Na apólice de automóvel, a maioria contrata seguro. O canal corretor é o mais atuante, com 66% das contratações, enquanto bancos respondem por 25%. A demanda por seguro residencial continua aquém do potencial. Dos entrevistados, 61% não contratam o seguro para seu imóvel. E do universo de segurado neste ramo,

corretores e bancos empatam na captação de negócios, com exatos 43% para os dois canais. Também a previdência não faz parte da realidade da maioria dos 447 entrevistados, já que 55% não contratam planos. Dos que possuem, 64% contrataram por meio de bancos, e outros 26%, por intermédio de corretores. A taxa de penetração da capitalização também é baixa no universo de entrevistados. Dos 447 entrevistados, 62% não compram título de capitalização. Entre os detentores de títulos, 74% contrataram o produto por meio de bancos e outros 14% via corretor. A pesquisa quis saber se os entrevistados acham do uso de novas tecnologias como um facilitador no

acesso ou contratação de seguros e serviços. A maioria (56,2%) está de acordo de que as tecnologias móveis "facilitaram totalmente" o acesso e contratação. Outros 22,6% declararam que as tecnologias "facilitaram muito", ao passo que 11,9% acham que elas "facilitaram razoavelmente". Mesmo assim, o consumidor ainda prefere a compra via corretor (45,6%). A pesquisa da CNseg foi feita com os participantes do XI Congresso Brasileiro de Direito do Consumidor, evento ocorrido em maio, em Natal (RN). O principal propósito foi avaliar as formas de contratação de seguros, o uso e as eventuais barreiras de novas tecnologias móveis para a contratação.

Brasil já registra, neste ano, mais de 70 mil profissionais em atividade no mercado de corretagem de seguros. Como o País tem uma população em torno de 194 milhões de pessoas, os números apontam a proporção de um corretor para cada 3 mil habitantes. Segundo a Fenacor Federação Nacional dos Corretores de Seguros Privados e de Resseguros, de Capitalização, de Previdência Privada, das Empresas Corretoras de Seguros e de Resseguros – a maioria atua como pessoa física e autônoma: são 45.956 no total. São 51.276 pontos de venda voltados para todas as modalidades de seguros, sendo mais 18.982 posições dedicadas à comercialização exclusiva de seguros de vida, planos de previdência complementar aberta e títulos de capitalização. Em São Paulo, concentrase 43% dessa força de trabalho. São 30.250 pontos de distribuição de seguros. Ivete Semmler, presidente do Grupo Semmler, avalia que este número de profissionais é suficiente para atender à demanda. "Entendo que há a possibilidade efetiva de um corretor manter um atendimento a 3 mil clientes. Entretanto, para a eficácia deste processo, o corretor tem que ter a preocupação de aperfeiçoamento em

pós-venda, por exemplo, contratando uma equipe qualificada". Segundo ela, a qualificação é fundamental para que os corretores possam se consolidar no mercado. É preciso conhecer o mercado, estudar sobre todos os produtos que comercializará e entidades que atenderá. "O corretor deve estar sempre atualizado dos assuntos pertinentes ao ramo, participando de treinamentos e cursos que facilitem e desenvolvam melhor a sua habilidade de vendas. Ele deve ser não apenas um vendedor, mas, sim, um consultor", ressalta a executiva. Ivete alerta para o fato de que muitos corretores escolhem a profissão apenas por seus ganhos ou até por falta de oportunidade de emprego em outras áreas e isso prejudica a categoria e os segurados. "O corretor competente não vende aquilo que precisa ser vendido, mas o que o cliente realmente necessita e que atenda às suas expectativas. É dessa maneira que se fideliza o cliente". Para ajudar os corretores a se qualificarem cada vez mais, o Grupo Semmler oferece aos profissionais com os quais trabalha um atendimento diferenciado. Disponibiliza material de apoio, realiza treinamentos, visitas semanais e acompanhamento para tirar dúvidas.

Diretor de Redação Moisés Rabinovici

Diagramação Lino Fernandes

Editor-Chefe José Guilherme R. Ferreira

Gerente Executiva de Publicidade Sonia Oliveira

Edição e reportagem Carlos Ossamu

Telefone: 3180-3029 soliveira@acsp.com.br


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado, domingo e segunda-feira, 24, 25 e 26 de novembro de 2012

ESPECIAL - 3

Divulgação

C

om forte atuação no setor corporativo, a suíça Zurich Seguros começa a ganhar espaço no segmento de Pessoa Física, área que a empresa chama de "seguros massificados", de alto volume e margem menor. No início do ano, por exemplo, a Zurich fechou parceria com a operadora Vivo um seguro contra furto qualificado e roubo de celulares, modems 3G e tablets chamado de Vivo Proteção Celular. Com as Casas Bahia, a seguradora é responsável pelo serviço de garantia estendida em móveis e eletroeletrônicos. Juntos, estes produtos já possuem cerca de 5 milhões de clientes em todo o País. Segundo conta Hyung Mo Sung, CEO de Seguros Gerais da Zurich, alguns fatores levaram a empresa a ampliar o seu leque de atuação. "O setor de seguros vive um bom momento, com crescimento de 8% a 10% ao ano, um reflexo da estabilidade e crescimento econômico do País. Com isso, quase 50 milhões de pessoas ascenderam à classe média e ganharam poder de consumo", comenta Sung. "São quase 100 milhões de pessoas na classe média, contingente maior que a população de muitos países. Assim, o Brasil se tornou um dos principais focos da Zurich no mundo". Impulsionado por esses novos ventos, a Zurich comprou, em 2008, a seguradora Minas Brasil e no ano passado firmou uma joint venture com o banco Santander. Em maio deste ano, Sung passou a comandar a área de Seguros Gerais. Segundo O executivo, o mercado brasileiro apresenta grande potencial. "Temos visto um aumento expressivo na frota de automóveis, maior oferta de crédito, crescimento do consumo e investimentos em infraestrutura por parte do governo e da iniciativa privada. Tudo isso impulsiona ainda mais o setor de seguros", diz,

11 filiais foram abertas este ano pela Zurich em várias regiões do País, permitindo a presença da empresa nas principais cidades brasileiras.

Hyung Mo Sung: o Brasil se tornou um dos principais focos da Zurich no mundo.

Foco total no MERCADO BRASILEIRO Com a crise europeia, a suíça Zurich enxerga boas oportunidades no Brasil, principalmente pelo crescimento da classe média e obras para a Copa do Mundo comentando que cinco obras de estádios para a Copa de Mundo de 2014 estão segurados pela Zurich, entre eles o Maracanã e o Itaquerão. "O setor de seguros no Brasil movimenta 4,5% do PIB, enquanto em mercado mais maduros este percentual chega a 10%, mostrando que temos ainda muito a crescer", diz. Está nos planos da Zurich se tornar a principal seguradora global na América Latina, em particular no Brasil, e a chegada de Sung à companhia faz parte da estratégia de crescimento. Sem revelar números, Sung diz que estão programa-

dos grandes investimentos em tecnologia (TI), ampliação de pontos comerciais e na qualificação de funcionários, nesta ordem de prioridades. "Em 2013, o mercado pode esperar novos produtos e serviços voltados para Pessoas Físicas, entre eles, novas coberturas em nichos específicos no ramo de automóveis". Novidades em Vida Richard Vinhosa, CEO da área de Vida e Previdência da Zurich, faz um balanço bastante positivo de 2012, com a abertura de 11 filiais, o lança-

Divulgação

Luciene Magalhães, da KPMG

continuamos investindo fortemente em tecnologia". Entre as novidades lançadas recentemente está a Indenização Especial para Cirurgia. O produto possibilita o recebimento de uma indenização em caso de realização de procedimentos cobertos, para reparar parte dos custos causados por intervenções cirúrgicas. "Trata-se de um produto inédito no Brasil. O segurado poderá utilizar a indenização de forma que achar mais conveniente e de acordo com suas necessidades, seja em medicamentos, transporte ou até na contratação de en-

Tendências para o setor de seguros

M

certificação digital devem levar a um aumento nas vendas online de apólices de seguros. "Este é um canal já existe, mas ainda tem uma participação pequena nas vendas, mas deverá crescer muito nos próximos anos", acredita Luciene. No que se refere à demografia, o estudo da KPMG alerta que cada vez mais as pessoas estão migrando para centros urbanos, aumentando a demanda de seguros nestas localidades. As seguradoras devem se utilizar de dados demográficos e análises preditivas para entenderem o comportamento dos clientes e do mercado nos próximos anos. As mídias sociais e o crowdsourcing também seriam boas ferramentas para antecipar tendências e aperfeiçoar produtos. Segundo o estudo, as pessoas ao redor do mundo estão se tornando mais ricas e vivendo mais, o que significa

SXC

eio ambiente, tecnologia, demografia e os valores éticos-sociais. Estas são as quatro megatendências que vão impactar significativamente o mercado de seguros até 2020, segundo aponta um estudo da consultoria KPMG International chamado "Seguradoras Inteligentes: criando valor às oportunidades em um mundo em constante mudança". Para Luciene Magalhães, sócia-líder da área de Seguros da KPMG Brasil, o objetivo deste estudo foi indicar quais áreas as seguradoras devem atentar para desenvolverem suas estratégias de mercado e produtos. "O mercado segurador toma como base dois fatores para mensurar os riscos: os dados históricos e as tendências futuras. O nosso estudo mostra quatro fatores que vão impactar as pessoas no mundo nos próximos anos e consequentemente as empresas seguradoras", observa Luciene. "É imperativo que as seguradoras estudem e façam os ajustes necessários para efetivamente preparar e se adaptar a essas tendências, a

mento de novos produtos e o reforço em ações de relacionamento e marketing junto aos corretores de seguros. "Aumentamos a nossa capilaridade, com a abertura de filiais nas regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e interior de São Paulo e Rio de janeiro, e estamos presentes em todas as grandes cidades do País. Hoje temos uma carteira interessante de corretores, que são peças-chave da engrenagem das seguradoras e corretoras, por isso, investimos nessa parceria", diz o executivo. "Além disso, contratamos mais de 300 profissionais e

fermeiros ou fisioterapeutas, procedimentos que não são cobertos pelo seguro saúde", explica Vinhosa. A Indenização Especial para Cirurgia é uma cobertura para procedimentos cirúrgicos, que pode ser contratada por pessoas em boas condições de saúde e em plena atividade física, com idade entre 18 e 60 anos, em qualquer região brasileira. Ela possibilita o pagamento de uma indenização, em caso de realização de procedimentos cirúrgicos cobertos, para reparar parte dos custos causados por intervenções cirúrgicas. Vinhosa conta que Indenização Especial para Cirurgia nasceu de pesquisas realizadas periodicamente pela empresa. "Fazemos pesquisas quantitativas e qualitativas para identificarmos a oportunidade de novos produtos. Da pesquisa até a análise de risco e formatação do modelo, levamos um ano para o lançamento do produto", revela. Outro produto recém-lançado pela Zurich Seguros é "A Sorte é Fiel", uma parceria com o Sport Club Corinthians Paulista e a Corretora 4K Brasil Insurance. Trata-se de um seguro para Acidentes Pessoais com cobertura para Morte Acidental e também Invalidez Permanente Total por Acidente, ambas no valor de R$ 5 mil. O produto utiliza um novo modelo de vendas, utilizando máquinas POS (Point of Sale), na qual são realizadas as transações com cartão de crédito/débito, que foi desenvolvida especialmente para este produto e será implantada em mais de cem lojas da rede Todo Poderoso Timão. O seguro custa R$ 9,99 por mês e seguro tem vigência de 12 meses, contados a partir da data de adesão, sendo renovado automaticamente por mais um ano. O segurado ainda concorre a um sorteio mensal com prêmio no valor de R$ 50 mil. (C.O.)

fim de competir, conhecer as necessidades dos clientes, satisfazer as partes interessadas e criar valor para os investidores", disse Frank Ellenbürger, líder global de Seguros da KPMG Internacional. "Enfrentar esses desafios agora irá moldar suas perspectivas de sucesso no mundo de amanhã". No fim de outubro, a passagem do furacão Sandy deixou um rastro de destruição na Costa Leste dos EUA, além de prejuízos de bilhões de dólares. O prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, chamou a atenção sobre os desastres naturais, que estão mais frequentes por causa da mudança climática no mundo. "No Brasil, não temos a ocorrência de grandes catástrofes naturais, como terremotos e furacões; temos

eventos como enchentes e deslizamentos, que atingem pontos específicos, não uma região inteira". Na área de tecnologia, segundo o estudo, a maior conectividade e uso de mídias sociais fornecem às seguradoras uma riqueza incomparável de dados. Enquanto a computação em nuvem cria o potencial para aumentar a flexibilidade e reduzir os custos, já que muitas seguradoras ainda utilizam sistemas legados. "A Tecnologia da Informação é o coração de uma seguradora, que precisa de grandes bancos de dados para armazenar as informações dos clientes, seus históricos e perfis. Os investimentos em tecnologia continuarão a crescer", afirma Luciene. Em sua opinião, a popularização da internet e da

que em muitos países a poupança para a aposentadoria deve começar mais cedo e durar mais. Isso cria uma necessidade de produtos de previdência cada vez mais flexíveis para financiar as demandas de novos aposentados e os custos mais elevados de saúde para os idosos extremo. As seguradoras também devem atrair o público mais jovem e reconquistar aqueles que no passado tiveram uma má experiência com seguros. Ressegurosl "No Brasil, temos ainda muito espaço para ocupar, pois a taxa de penetração ainda é baixa, se comparado com mercados mais maduros. Mas temos um mercado estável, em franco crescimento e bem regulamentado ", comenta a executiva. A abertura do mercado de

resseguros no Brasil tornou as seguradoras mais lucrativas no País. Esta é a opinião de 84% dos entrevistados de uma pesquisa da KPMG que teve como objetivo medir as expectativas dos agentes (seguradoras, resseguradoras e corretoras de resseguro) em relação à abertura deste segmento. O levantamento, que ouviu 24 companhias, também mostra que 100% dos respondentes concordam que a gestão de risco das seguradoras melhorou e para 63% as seguradoras também estão mais solventes. Entre outras consequências da abertura do mercado, que aconteceu em 2007, 80% dos entrevistados indicaram que as seguradoras estão mais preparadas tecnicamente e 79% disseram que os custos com resseguros estão menores do que no cenário anterior. (C.O.)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 -.ESPECIAL

sábado, domingo e segunda-feira, 24, 25 e 26 de novembro de 2012

DPVAT registra recorde de indenizações No primeiro semestre do ano, 216 mil pessoas receberam o seguro, evidenciando a escalada da violência no trânsito, vitimando principalmente os jovens

Charles Silva Duarte/O Tempo/AE

Embora representem apenas 27% do total de veículos em circulação, as motocicletas foram responsáveis por 69% das indenizações.

N

o primeiro semestre de 2012, foram pagas 29.770 indenizações do Seguro DPVAT por morte, 142.998 indenizações por invalidez permanente e 43.382 reembolsos de despesas médicas e hospitalares (DAMS). No total, foram R$ 1,26 bilhão gastos em despesas com indenizações, em favor de mais de 216 mil vítimas de acidentes de trânsito ou a seus beneficiá-

rios. Esse elevado número de indenizações representou um aumento de 31% em relação ao mesmo período de 2011. O levantamento dos dados de operação do seguro, feito pelo Centro de Estatísticas da Seguradora Líder-DPVAT, leva em consideração a data em que as vítimas receberam a indenização. Os interessados em solicitar o Seguro DPVAT têm prazo de três anos, a partir da data do acidente, para

dar entrada no seguro. No período, 51% do total de pessoas que sofreram algum tipo de dano em acidentes de trânsito tinham entre 18 e 34 anos, faixa em que predominam os jovens que estão ingressando no mercado de trabalho. As estatísticas apontam ainda que 23% dos acidentes indenizados ocorreram ao anoitecer, entre as 17h e 20h, horário pico das ocorrências. O menor índice,

11%, foi registrado ao amanhecer, entre 6h e 9h. Para a Seguradora Líder DPVAT, administradora do seguro, o aumento expressivo do número de indenizações é resultado de uma combinação de fatores. "Temos trabalhado para que cada vez mais cidadãos tenham acesso ao Seguro DPVAT, por isso estamos investindo em divulgação e na abertura de novos pontos de atendimento, principalmente

Entenda como funciona a garantia estendida Clayton de Souza/AE

Muitos consumidores não sabem que a garantia estendida é um tipo de seguro complementar à garantia de fábrica.

U

Um tipo de seguro que vem crescendo na esteira da ascensão da nova classe C é a de garantia estendida, que cresceu 5,6% no primeiro semestre do ano, segundo levantamento da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg). Até julho de 2012, o mercado de seguros registrou receita na carteira de R$ 1,4 bilhão, enquanto no mesmo período do ano passado os números chegaram a 1,3 bilhão. Em todo o ano de 2011, a contratação da garantia estendida chegou a R$ 2,36 bilhões, 10,34% a mais do

que em 2010, com R$ 2,1 bilhões. Segundo estimativas da Federação, o número de contratos atualmente é de 30 milhões ao ano, chegando a 40 milhões em 2015. Em setembro, a FenSeg lançou, na 3ª Conferência Interativa do Consumidor de Seguro, o Guia de Boas Práticas de Garantia Estendida. O seguro de garantia estendida tem como objetivo fornecer ao segurado a extensão e/ou complementação da garantia original de fábrica dada a bens eletrodomésticos, eletrônicos e veículos automotores, estabelecida no contrato de compra e venda de bens, mediante pagamento de prêmio. Ao todo, serão distribuídos 37 mil exemplares para os 12,5 mil pontos de vendas em todo o País, que deverão estar à disposição dos consumidores. Cerca de 8 mil serão disponibilizados para as 14 seguradoras que atuam no ramo, com o objetivo de incentivar as melhores práticas na comercialização do produto. Um arquivo pdf do guia pode ser baixado no site www.fenseg.org.br (clique na aba FenSeg e depois no banner Guia de Boas Práticas) Para o presidente da FenSeg, Jayme Garfinkel, "o lançamento do Guia é benéfico, tanto para o mercado de seguros, como para os varejistas e consumidores,

pois reafirma a importância das boas práticas de venda e a conscientização do consumidor na hora da contratação de um serviço de proteção de longo prazo". Na agenda da entidade consta também um programa de capacitação online dos varejistas, com a finalidade de trazer maior profissionalismo e transparência para a comercialização dos produtos nas lojas. "Uma das maiores reclamações dos consumidores que optaram pela garantia estendida é o desconhecimento de que se trata de um seguro, de uma ferramenta de proteção do seu patrimônio. A melhor formação dos varejistas, alinhada às mudanças das práticas que esperamos ter com o Guia, dará mais segurança ao consumidor que optar pelo produto", explica Garfinkel. A Federação também organiza uma agenda de workshops voltados ao diálogo com os órgãos de defesa do consumidor em diversas cidades do Brasil. "Estreitar o relacionamento com os Procons é fundamental para difundir a importância da contratação do seguro e especificar os principais pontos que resultam em reclamações dos consumidores, com o objetivo de encontrar soluções mais rápidas e eficazes", afirma o presidente da FenSeg.

AGÊNCIA NORMANDIE Tradição e Segurança desde 1966

SEGUROS vida •saúde •empresarial

(11)

3826-0088

Parceria com as maiores e melhores

residencial •condomínios companhias de seguro do mercado. riscos de engenharia www.normandieseguros.com.br automóvel •serviços de DESPACHANTE. NTO NDIME ATE ADO NALIZ PERSO

Rua Martin Francisco, 228/232 - Sta. Cecília - São Paulo - SP

através de parceiros. Só em 2011, o sistema ganhou 900 pontos de atendimento oficiais. Além disso, a imprudência no trânsito, como a combinação de álcool e direção, alta velocidade e a falta do uso do cinto de segurança nas estradas, tem causados acidentes cada vez mais graves", aponta o diretor presidente da seguradora, Ricardo Xavier. No topo da lista Embora representem apenas 27% do total de veículos em circulação no País, as motocicletas foram responsáveis por 69% dos acidentes e das indenizações pagas. Os automóveis, que representam 60% dos veículos em circulação, foram responsáveis por 25% das ocorrências. E os demais casos foram referentes às categorias de veículos, compostas por caminhões, ônibus e micro-ônibus. No quadro de vítimas, os motoristas representaram 59% das indenizações pagas, seguidos pelos pedestres (24%) e passageiros (17%). "O motociclista é um para-choque, muito suscetível a danos devido à sua posição de exposição no veículo. Qualquer batida, que para um motorista de carro resultaria em um dano pequeno, é capaz de deixar um motociclista com alguma sequela", comenta Xavier. Conheça o seguro O Seguro DPVAT (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre ou por sua Carga a Pessoas Transportadas ou Não) foi criado em 1974 para amparar as vítimas de acidentes com veículos em todo o território nacional, não importando de quem seja a culpa. Trata-se de um seguro social. Estão cobertos pelo Seguro

DPVAT todos os cidadãos, em qualquer parte do Brasil, sejam eles motoristas, passageiros ou pedestres. O Seguro DPVAT oferece três tipos de coberturas: morte (R$ 13.500), invalidez permanente (até R$ 13.500, dependendo do tipo de invalidez) e reembolso de despesas médico hospitalares comprovadas (até R$ 2.700). Qualquer cidadão pode dar entrada no Seguro DPVAT, gratuitamente e sem o auxílio de intermediários. Infelizmente, entretanto, muitas pessoas ainda desconhecem esse direito, e muitas vezes gastam parte da indenização a que têm direito com o pagamento de intermediários. A Seguradora Líder-DPVAT vem trabalhando para reverter esse quadro, por meio da divulgação do seguro. Até junho de 2012, mais de 289.236 mil ações judiciais relativas ao Seguro DPVAT encontravam-se em andamento. Em 51% dos casos – mais de 147.510 mil ações – foi aberto processo judicial sem que sequer tenha sido feito o pedido da indenização por via administrativa, diretamente a uma Seguradora Consorciada, quando o pagamento do seguro é realizado em até 30 dias. Com o objetivo de resolver estes casos, que na maioria das vezes são bastante simples, a Seguradora Líder-DPVAT implementou uma política de redução do passivo por meio de acordos judiciais, conciliações prévias e mutirões de conciliação em parceria com os Tribunais de Justiça Estaduais. Essa política permitiu a agilização e encerramento de 57.375 processos em 2012, com pagamento de R$ 325,5 milhões em indenizações. Este ano, já foram repassados R$ 3,1 bilhões para o SUS e R$ 349,5 milhões para o Denatran. (C.O.)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado, domingo e segunda-feira, 24, 25 e 26 de novembro de 2012

ESPECIAL - 5

SXC

A Susep vem mapeando a ação de associações e cooperativas que vendem seguros irregulares em todo País.

Associações e cooperativas vendem algo que eles chamam de proteção veicular, enganando o consumidor, que acha que se trata de um seguro

A

ssociações e cooperativas, que não são seguradoras, estão vendendo seguros piratas, principalmente de automóveis, o que eles chamam de "proteção veicular". "Este é um seguro irregular, eles resolvem fazer cotas e montar um seguro. Isso foge ao conceito de mutualismo do seguro, onde tem que ter reservas aplicadas e bem geridas e controladas por um regime severo de governança para poder fazer frente a um sinistro", observa Mauro Batista, presidente do Sindsegsp - Sindicato das Seguradoras, Previdência e Capitalização do Estado de São Paulo. Segundo ele, a Susep está atenta a essas entidades que vendem seguros irregulares. Essas cooperativas de proteção veicular operam recolhendo contribuições dos associados para a formação de um caixa único, que serviria para cobrir o dano de cada um dos cotistas em caso de algum sinistro. Ocorre que muitas funcionam como uma corrente financeira, que se for quebrada, trará prejuízos generalizados. "Frequentemente se tem notícias de cooperativas e associações que resolvem fazer seguro sem estarem autorizadas. Uma seguradora precisa demonstrar saúde financeira. Montar

Combate ao SEGURO PIRATA uma seguradora não é como montar um restaurante, uma seguradora precisa ter um aporte de capital bastante alavancado para suportar uma eventualidade de um sinistro acima de média; tem regras a serem seguidas, não é só querer vender seguros; e o corretor que está vendendo deve ter registro na Susep", diz. "O corretor de seguros é o grande agente de vendas, ele se organizou, se estruturou, tem seu sindicato, são treinados, são profissionais credenciados. Quem não é credenciado não pode sequer

entrar no site de uma seguradora e pegar as condições básicas para vender um produto". A Superintendência de Seguros Privados (Susep) mapeou a ação das associações e cooperativas que vendem seguro irregular em todo País. Foram identificadas 277 entidades que comercializam a chamada "Proteção Automotiva", principal segmento onde atuam, em 18 Estados do País. Outras 23 empresas são conhecidas, porém suas sedes ainda não foram identificadas. O levantamento foi possível

após o reforço da autarquia no setor de Fiscalização. Desde meados de 2011, a Susep conta com uma força-tarefa focada exclusivamente no combate ao seguro pirata. Enquanto em 2010 o número de autuações e processos administrativos chegou a 81 casos, em 2011 houve um salto para 192 ações. Até julho de 2012, foram realizadas 71 autuações. A Procuradoria Federal junto à Susep vem ajuizando Ações Civis Públicas contra as entidades. Trinta e cinco foram obtidas, além de 10 liminares

Apólices para aparelhos eletrônicos

O

s aparelhos eletrônicos portáteis, como tablets, notebooks, smartphones e câmeras filmadoras e fotográficas deverão ser as grandes vedetes deste Natal. Contudo, a popularização desses equipamentos tende também a atrair as atenções de ladrões. Outro fator importante a ser destacado, como possível revés a quem os adquire, é a fragilidade dos equipamentos a danos causados por curtoscircuitos, raios e impactos. Com isso, os seguros de aparelhos eletrônicos estão ganhando mercado. De acordo com Nilton Dias, diretor comercial da Seguralta Franchising, rede de franquias no mercado de seguros, os seguros para eletrônicos surgem como alternativa para gerar

tranquilidade ao consumidor. "O seguro contribui até mesmo no modo como os produtos são utilizados. Muitas pessoas os utilizam com excesso de zelo, com medo exacerbado de que aconteça algo, inclusive deixando de usálos em público. Com um seguro, o consumidor tende a usufruir da praticidade e tecnologia plenamente a todo instante", alega. Os valores dos seguros costumam variar entre 12% e 15% sobre o valor total do produto descrito em nota fiscal. Um notebook de R$ 2 mil tem seguro médio de R$ 298 ao ano, enquanto um tablet de R$ 1,7 mil tem seguro médio de R$ 260 / ano. Já um smartphone de R$ 1,5 mil sai por R$ 266 ao ano. A Porto Seguro também está presente neste segmento e acaba de

anunciar melhorias no produto Porto Seguro Equipamentos Portáteis. Além de garantir os equipamentos em caso de roubo e danos, o seguro agora oferece cobertura para os dados contidos nos computadores e notebooks, em parceria com a empresa Salva Dados. Ao utilizar o "Armazenamento em Nuvens", o cliente conta gratuitamente com serviço de backup para até 5 GB (gigabytes) de arquivos. Desta forma, com informações armazenadas via internet, é possível evitar a perda de fotos, vídeos, documentos e outros tipos de arquivos. O seguro também oferece uma série de vantagens, como o desconto na aquisição de equipamentos novos da marca Itautec; serviço de retirada, coleta e

destinação correta de equipamentos de telefonia e informática inutilizados, trabalho realizado pela empresa Descarte Certo; e ainda, sorteios mensais de títulos de capitalização, no valor bruto de R$ 2.500. Mediante pagamento de prêmio adicional, o segurado pode solicitar o serviço de help desk, com assistência telefônica para a instalação de softwares originais ou solução de problemas nos equipamentos segurados. A cobertura básica do Porto Seguro Equipamentos Portáteis garante danos físicos ao bem, causados por incêndios, raios, explosões e impacto de veículos ou aeronaves. Por sua vez, as garantias adicionais incluem subtração de bens (roubo), danos elétricos, acessórios utilizados com o equipamento.

Mais oferta em coberturas residenciais e locação Divulgação

A

Apólice cobre danos aos bens de escritórios instalados em casa.

Tokio Marine Seguradora ampliou a gama de coberturas do Seguro Residencial. Com isso, quem contratar o seguro agora poderá optar por quatro novas coberturas: Escritório na Residência, Recomposição de Documentos, Hole in One e Tacos de Golfe. O destaque fica por conta da cobertura de Escritório na Residência, que garante prejuízos e danos aos bens de escritórios instalados no imóvel segurado decorrentes de incêndio, queda de raio dentro do terreno segurado, explosão, danos elétricos e furto de bens com arrombamento e roubo. A Tokio Marine também garante outras vantagens e benefícios no Seguro Residencial, tais como: três opções de assistência à residência (24 horas, Especial e VIP), sorteio mensal com premiação de R$ 10 mil ao segurado e seu corretor, garantia para notebook em todas as coberturas ofertadas para casas e apartamentos habituais e indenização pelo valor de novo, sem depreciação. A seguradora também ampliou seu portfólio de produtos para

Pessoas Jurídicas e lançou o Tokio Marine Locação. O produto, que está disponível em até seis tipos de coberturas, desde a opção básica até as mais completas, tem diferenciais exclusivos, como apólice digital, especialidade técnica e taxas diferenciadas, para proporcionar aos corretores uma cotação mais ágil e uma oferta sob medida para as necessidades de seus clientes. O Tokio Marine Locação foi desenvolvido especialmente para atender as necessidades de Pessoas Jurídicas, expatriados e funcionários transferidos para outras regiões com vínculo empregatício. Conhecido popularmente por Fiança Locatícia, o produto é um seguro previsto em lei, que substitui a exigência dos tradicionais fiadores ou de depósito caução nos contratos de locação. "Criamos um produto sob medida para locatários Pessoa Jurídica, com isenção de taxa de análise de cadastro, apólice digital e pela sinergia do produto com o Seguro Garantia, vantagens que facilitam no momento da negociação", afirma o diretor executivo técnico Corporate, Felipe Smith.

para encerramento imediato das atividades. A autarquia ainda conta com suporte técnico do Ministério Público, da Polícia Federal e da Receita. A Polícia Federal vêm cumprindo mandados em diversos estados, já tendo fechado 20 entidades irregulares, incluindo a prisão de dirigentes. Minas Gerais é o Estado que concentra o maior número de empresas que vendem seguro pirata, 109 entidades foram identificadas. Em São Paulo foram registradas 50 empresas deste tipo e, no Rio de Janeiro, 32. Ao todo, a Região Sudeste concentra 70% das ações deste tipo de organização. No Nordeste, a Bahia é o Estado com maior número de cooperativas que vendem seguros piratas, reunindo 15 entidades. Pernambuco vem em seguida, com nove. Em Sergipe foram encontradas duas. Em fevereiro, o corretor Jayme Torres, que também é diretor do Clube dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro, viu por acaso um comercial de seguro pirata patrocinando as transmissões de jogos do Camentidades que peonato Carioca comercializam, de de Futebol em canais pagos. Torres forma irregular, a também é um dos proteção veicular já criadores do site Seguro é Proteção foram identificadas. (www.s eguroeAté julho, foram 71 protecao.com.br), autuações. que pelas redes sociais lançou a campanha "Seguro é proteção. Proteção não é seguro". O objetivo é informar os consumidores que a chamada proteção veicular não é um seguro, alertando sobre os riscos de se contratar um serviço dessa natureza, que é ilegal. A Susep foi acionada e houve uma grande mobilização de corretores e seguradoras. No início de março, a Susep notificou a empresa de TV, que retirou o comercial de sua grade publicitária. Após essa vitória, as atenções se voltam para portais na internet, principalmente o site de buscas Google. Foi verificado que entidades que vendem seguros piratas fazem anúncios em links patrocinados do Google. "A Susep tem feito algumas ações, mas é preciso uma fiscalização mais efetiva", diz Amilcar Vianna, presidente do Clube dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro. (C.O.)

277


DIÁRIO DO COMÉRCIO

6 -.ESPECIAL

sábado, domingo e segunda-feira, 24, 25 e 26 de novembro de 2012

MICROSSEGURO: Todos estão de olho no mercado de baixa renda, que pelas estimativas das seguradoras tem um potencial de 100 milhões de consumidores

E

m setembro, a Superintendência de Seguros Privados (Susep) publicou as duas últimas regras que faltavam para completar a regulamentação do microsseguro. As resoluções definem as regras de capital mínimo e de provisões técnicas para seguradoras e entidades abertas de previdência autorizadas a operar exclusivamente com microsseguros. A Resolução CNSP 244/11, que criou o marco regulatório do microsseguro, foi publicada no dia 6 de dezembro do ano passado no Diário Oficial da União, mas ainda havia alguns pontos que precisavam ser esclarecidos. O microsseguro é uma apólice que cobre valores menores e é direcionado à população de baixa renda. As estimativas apontam para um mercado de 100 milhões consumidores. Divulgação

Bento Zanzini, do BB Mapfre

O marco regulatório fixou as condições para as contratações das apólices, bilhetes ou certificados individuais, que são simplificados, de forma a reduzir custos. A regulamentação também determinou as condições para funcionamento das seguradoras que operarem o microsseguro, fixando regras diferenciadas de capital e de provisões técnicas. Características

Para Eugênio Velasques, presidente da Comissão de Microsseguros da CNSeg (Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais) e diretor executivo da Bradesco Seguros e Previdência, a grande novidade que essa modalidade trará ao mercado é o uso dos correspondentes bancários na comercialização das apólices. Trata-se de um importante canal de distribuição, com grande penetração nas camadas mais baixas da população, quase sempre ex-

micro só no nome

P

rimeiro integrante do mercado segurador a protocolar na Superintendência de Seguros Privados (Susep) o pedido para operar em microsseguro, o Grupo Bradesco Seguros apresentou o Microsseguro Bradesco Proteção em Dobro, que deve chegar ao mercado em até 60 dias após a aprovação da Susep. No formato "combo" – residencial + acidentes pessoais, acrescido de assistência funeral como benefício adicional –, o custo não deverá superar os R$ 8,00 mensais. A comercialização será apoiada por meio eletrônico – telefonia móvel e de POS (point of Sales) –, tecnologia já utilizada pelo Grupo segurador que, além de viabilizar a integração e simplificação dos processos de venda em todo o País, reduz significativamente os custos de aquisição do seguro. "Operar no segmento de microsseguro é uma vocação natural do Grupo Bradesco Seguros. Nossa expectativa é apresentar os benefícios do seguro a milhões de brasileiros que ainda não tiveram acesso a esse mercado", diz Marco Antonio Rossi, presidente do Grupo Bradesco Seguros. O Grupo Bradesco afirma que foi o pioneiro no mercado a criar seguros populares, em 2004. Em 2010, lançou o primeiro seguro comercializado no Brasil com o conceito e a filosofia de microsseguro: o Primeira Proteção Bradesco, hoje vendido em todo o País, a R$ 3,50 por mês, que já registra mais de 1,8 milhão de segurados. Lançado em 2010 o Bradesco Bilhete Residencial Estou Seguro é um produto precursor, desenvolvido para atender os moradores do morro Dona Marta, na Zona Sul do Rio de Janeiro. O seguro, que tem contratação simplificada e desburocratizada – custo anual a partir de R$ 9,90 –, integra o projeto de educação financeira "Estou Seguro", criado a partir de convênio assinado, em dezembro de 2009, entre a Confederação Nacional de Seguros (CNSeg) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT).

cluídas do sistema bancário. Eugênio Velasques alerta para a diferenciação de microsseguro e seguro popular, este último é usado para designar produtos massificados, com importâncias seguradas e prêmios de pequeno valor. "O seguro popular é para todos os perfis de consumidores. Já o microsseguro é um produto especificamente desenvolvido para as famílias de baixa renda, isso implica não apenas nos valores envolvidos, mas na simplicidade do produto, na forma de apresentação, na linguagem empregada", diz o executivo. Segundo ele, entre as principais modalidades de microsseguros que serão comercializadas estão auxílio funeral, seguro de vida, prestamista (protege contra inadimplência no crédito), acidentes pessoais e seguro residencial. Falando como executivo do Bradesco Seguros, Velasques observa que a empresa vem desenvolvendo desde 2010 produtos populares com conceitos de microsseguros, voltados para as classes C, D e E. Segundo ele, com essa iniciativa, a empresa conquistou destaque no relatório anual da Microinsurance Innovation Faccility, da Organização Internacional do Trabalho (OIT). O reconhecimento, atribuído à vocação e ao conhecimento no mercado de seguros destinado às classes de baixa renda, envolve, também, a capacidade do Grupo Bradesco Seguros em contribuir para promoção da educação financeira e a inclusão social. . Baixa renda na mira Bento Zanzini, diretor geral de Riscos de Pessoas do Banco do Brasil Mapfre, diz que desde 1989 a empresa comercializa um produto voltado para classes mais baixas e que já possui mais de 700 mil clientes. Tratase do Pasi - Plano de Amparo Social Imediato. "Na época, este seguro foi desenhado para atender trabalhadores da construção civil, que não encontravam uma proteção naquele momento. Isso passou, inclusive, a ser negociado em convenções coletivas do trabalho – os sindicatos do setor reivindicava que os empregadores contratassem esse tipo de seguro", conta. "Como é um produto que tem alcance familiar, esses 700 mil clientes significam mais de 2 milhões de vidas abrangidas por esse seguro", completa. (C.O.)

SulAmérica amplia portfólio e investe em tecnologia

O

crescimento do poder aquisitivo das classes C e D tem ampliado o mercado de seguros do País. De olho neste filão, a SulAmérica Seguros, Previdência e Investimentos, em parceria com a Rede Trel – uma plataforma eletrônica de multisserviços de varejo –, criou o Seguro Sorte Mania, uma apólice de Acidentes Pessoais com duração de um mês, que custa R$ 3,00. "Desenvolvemos um produto para quem nunca pensou em fazer um seguro, por conta das dificuldades do dia a dia. Hoje, já temos 25 mil clientes em todo o Brasil" diz Demétrio Godoy, superintendente de Relacio-

namento da SulAmérica. É possível contratar o Seguro Sorte Mania pelos terminais de vendas da Rede Trel, que estão presentes em diversos estabelecimentos comerciais, tais como drogarias, bancas de jornal, mercados e lojas em geral. Ao adquirir o produto, o cliente recebe um comprovante com os dados do seguro, que é totalmente garantido pela SulAmérica. A partir daí, o beneficiário receberá, em caso de invalidez ou morte, R$ 7.500. Além disso, no mesmo comprovante de compra existe um número da sorte, que garante ao segurado a participação em dois sorteios

À espera de aprovação da Susep

semanais de R$ 10 mil pela Loteria Federal. Planos odontológicos A SulAmérica está reformulando sua linha de produtos de planos odontológicos e lançou o "PME Mais", para atendimento de empresas com 30 a 99 vidas seguradas. Antes da reformulação, uma empresa com essa quantidade de beneficiários já pertencia ao segmento empresarial, que, agora, é voltado para companhias a partir de

100 beneficiários. Para atender a empresas menores, a companhia disponibiliza o PME (de três a 29 vidas). "Essa reformulação vai ao encontro das transformações da economia brasileira, que tem propiciado o crescimento das pequenas e médias empresas. Nosso objetivo é atender as necessidades específicas desses clientes. Temos percebido que muitas dessas empresas começam com 20 beneficiários e, em um período curto, passam a ter 30, 40", explica Andréa Fi-

gueiredo, superintendente executiva a empresa. Nos três tipos de planos, há segmentações com coberturas diferenciadas. As coberturas vão desde os procedimentos disponíveis no rol de procedimentos definidos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) até uma série de procedimentos adicionais, não exigidos por lei, como ortodontia e prótese. Na segmentação Prestige, disponível para os três planos, há cobertura para ortodontia, prótese e implantes.

A SulAmérica também tem apostado em tecnologia. Um dos recursos criados para facilitar o dia a dia de seus clientes e parceiros foi a instalação Terminais de Autoatendimento Saúde, os TAT's, em unidades comerciais da SulAmérica espalhadas pelo País. Entre as funcionalidades dos TAT's está o recolhimento de recibos para solicitação de reembolso de produtos relacionados à saúde, o que proporciona ao segurado segurança na entrega da documentação, pois os envelopes são lacrados e devidamente identificados. Atualmente já existem mais de 52 TAT's e esse número vem aumentando gradativamente. A SulAmérica pretende expandir os terminais de atendimento e ampliar os serviços disponibilizados aos usuários. A ideia é expandir o leque de serviços oferecidos, agilizando ainda mais o retorno ao cliente.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.