Diário do Comércio - abril 2006

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Ano 81 - Nº 22.100

São Paulo, terça-feira 4 de abril de 2006

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Edição concluída às 23h25

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LEÕES SE ENCONTRAM PARA COBRAR MAIS IMPOSTOS

Flávio Neves/Zero Hora/Agênica Globo

Leões de 36 países discutem meios de aumentar a arrecadação, em Florianópolis. Economia/1 Fábio Motta/AE

Fipe prevê carga tributária a 54% em 20 anos

Oposição ataca Bastos. Lula faz silêncio. Arthur Virgílio, líder do PSDB no Senado, quer convocação do ministro da Justiça, para explicar quebra de sigilo do caseiro Francenildo. E Lula, ao dar posse a nove ministros, não mencionou em nenhum momento Thomaz Bastos (foto), que ficou. Página 3 Wladimir de Souza/Diário de S. Paulo/Agência O Globo

O salto dos 38% de hoje para 54% será dado para sustentar o gasto do governo, que cresceu entre 1995 e 2004 a uma taxa de 5,3% do PIB - explica a economista Maria Helena Zockum. Economia/1

Patricia Cruz/LUZ

Souvenir espacial: medalha ao 1º astronauta. A medalha (foto) foi da Terra para ser exibida no espaço. Diário de bordo, pág. 8 HOJE Parcialmente nublado Máxima 27º C. Mínima 17º C.

AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 26º C. Mínima 17º C.

Em qualquer idioma, a palavra é VoIP Os alunos da poliglota Liliane Alphandary (foto) aprendem agora via voz sobre IP. DC Informática

Lei garante cão-guia no metrô A deficiente visual Thays (foto), advogada, entrou na Justiça contra o Metrô, para garantir o direito de viajar com o cão-guia. TJ de SP deu ganho de causa, por unanimidade. Página 12


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Administração Urbanismo Ciência Transpor te

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 3 de abril de 2006

MARCOS PONTES INICIA HOJE NOVAS EXPERIÊNCIAS

A imagem da Terra dá a verdadeira noção do termo "nações unidas" Marcos Pontes

ASTRONAUTA BRASILEIRO JÁ ESTÁ ADAPTADO AO ESPAÇO Distância

Marcos Pontes nem precisou tomar remédio para enjôo. Hoje, o astronauta brasileiro participa de uma entrevista coletiva. Nasa TV/Reuters

A Estação Espacial Internacional orbita a Terra a uma altitude de 350 quilômetros, mesma distância que separa a capital paulista da região de Ribeirão Preto (interior do Estado).

Dumont O nome dado à viagem, Missão Centenário (a 13ª rumo à EEI), é uma homenagem a Alberto Santos Dumont, brasileiro que há cem anos fez o primeiro vôo com um aparelho mais pesado que o ar, em Paris. Nesse clima de reverência ao Pai da Aviação, Marcos Pontes levou na bagagem um chapéu panamá semelhante ao usado por Dumont.

Pontes entra na EEI sorridente e com a bandeira do Brasil. Astronauta já encerrou alguns experimentos e deve começar outros hoje. Ele retorna à Terra no próximo sábado.

O Por e-mail Durante o período em que permanecer na Estação Espacial, a família do astronauta terá um endereço restrito de e-mail para se comunicar com ele. O irmão, Luiz Carlos, disse que escreveria contando o resultado do jogo São Paulo X Santos. O astronauta brasileiro torce para o Santos, time que perdeu ontem por 3 a 1.

astronauta brasileiro, Marcos César Pontes, conversou ontem, pela primeira vez, com a coordenação de imprensa do Ministério da Ciência e Tecnologia, que mantém um representante em Moscou. Ele disse que está muito animado com a viagem e que, na hora do lançamento, pensou no equipamento que levava para as experiências e nas pessoas que o ajudaram a estar na Estação Espacial Internacional (EEI), principalmente a família. "Senti uma sensação bastante grande de paz quando vi o Brasil pela primeira vez, durante o dia. Senti bastante orgulho", afirmou o astronauta. Pontes disse também que é possível ver os contornos do Brasil à noite. O astronauta garantiu que passou muito bem as primeiras 24 horas a bordo da EEI e que já concluiu a primeira fase de dois dos oito experimentos de universidades e institutos de pesquisa brasileiros que levou ao espaço. No primeiro contato que manteve com o controle da missão, na noite de sábado, o astronauta brasileiro disse que não se sentiu indisposto em nenhum momento, o que seria normal para um recém-chegado ao espaço. "Marcos Pontes está se sentindo bem e disse que nem precisou tomar remédios para enjôo". Marcos Pontes já havia dado uma entrevista, na noite de sábado, ao Jornal Nacional, da TV Globo. Na ocasião, afirmou que, ao ver a Terra lá de cima,

pela primeira vez, lembrou da cor dos olhos de sua mãe e do que ela dizia: "Todo sonho é possível de ser realizado". Pontes garantiu que está cem por cento adaptado ao espaço e que a imagem da Terra lhe dá a verdadeira noção do termo "nações unidas" ou "planeta único". Chegada – A Soyuz TMA- 8 acoplou-se com sucesso por volta da 1h18 de sábado, mas Pontes e os outros dois tripulantes só entraram na EEI às 3h. Pontes foi o primeiro a sair da Soyuz. Sorridente, o astronauta carregava e exibia a bandeira brasileira. O brasileiro deve voltar à Terra em oito dias, acompanhado do russo Valeri Tokariov e do norte-americano William McArthur, que os receberam na EEI. A Soyuz havia partido às 23h29 de quarta-feira da base de Baikonur, no Cazaquistão. A tripulação da nave teve de esperar cerca de uma hora e meia para checagem de sistemas e para a pressão interna da nave se equiparar com a da estação. Além de renovar a tripulação, a missão levou à EEI uma grande provisão de mantimentos, equipamentos e experimentos científicos. Para chegar à estação, a Soyuz teve de girar em torno da Terra cerca de 30 vezes, ganhando altitude a cada volta, até chegar a seu destino. O retorno à terra, que dispensa esse percurso em espiral, é mais rápido: leva pouco mais de três horas e deve trazer o brasileiro ao solo terrestre às 21h46 do dia 8 de abril. Para o brasileiro, a missão vai durar dez

dias – oito deles dentro da ISS – onde ele vai realizar oito experimentos científicos. A estimativa é que ele pouse , se tudo correr no horário previsto, às 21h46 do dia 8. Já o russo Pavel Vinogradov e o norte-americano Jeffrey Williams, que também participam da Missão Centenário, ficarão na EEI por pelo menos seis meses. Durante o primeiro contato, Pontes recebeu uma mensagem do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que felicitou o brasileiro e os demais integrantes da nave. "Pontes, bola pra frente!", disse Lula ao astronauta, que agradeceu. Experimentos – Ontem, o brasileiro iniciou três novos experimentos e para hoje está prevista uma entrevista coletiva com a nova tripulação. Organizada pela Nasa, a entrevista será transmitida para o controle da missão, em Moscou. Segundo o programa, os jornalistas brasileiros terão cinco minutos para fazer perguntas a Pontes. A participação do brasileiro no vôo teve origem quando o Brasil ingressou no grupo de 15 nações envolvidas com o projeto da EEI, em 1997. No ano seguinte, Marcos Pontes foi selecionado pela AEB (Agência Espacial Brasileira) e pela Nasa (Agência Espacial Norte-americana). Em 2005, a viagem foi oficializada. O custo para a realização da missão aos cofres brasileiros foi de cerca de US$ 10 milhões --metade do preço "real", segundo a AEB, por conta de uma parceria entre Brasil e Rússia. (Agências)


segunda-feira, 3 de abril de 2006

GIr

Agendas da Associação e das distritais

Hoje I Santo Amaro – A distrital

realiza visita do núcleo setorial de profissionais de beleza do Projeto Empreender, coordenada pela consultora Maria Cristina Imbimbo Gonçalves, à feira Hair Brasil, no Expo Center Norte. Às 10h. I Desenvolvimento – O presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Guilherme Afif Domingos, participa da transmissão do cargo a Rogério Amato como Secretário Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social . Às 15h, sede da secretaria, rua Bela Cintra, 1032. I São Miguel – A distrital São Miguel realiza reunião do núcleo de profissionais de salões de beleza do Projeto Empreender, coordenada pelo consultor Valdeir Gimenez. Às 18h. I OAB – O presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e da ACSP, Guilherme Afif Domingos, participa do lançamento do livro OAB X Ditadura Militar, promovido pela Editora Quartier Latin do Brasil e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SP). Às 18h30, na Sociedade Harmonia de Tênis, rua Canadá, 658, Jardim América. I Argentina – O presidente da Facesp e ACSP, Guilherme Afif Domingos, participa do coquetel de despedida do cônsul-geral da República Argentina no Brasil, Norberto Vidal . Às 19h30, no consulado da República Argentina do Brasil, rua Inglaterra, 189, Jardim Europa. I Santo Amaro – A distrital realiza reunião do núcleo de profissionais de pets shops do Projeto Empreender, coordenada pela consultora Maria Cristina Imbimbo Gonçalves. Às 20h.

Transpor te Ambiente Distritais Administração

DIÁRIO DO COMÉRCIO

JABAQUARA PLANEJA NOVA SEMANA DO EMPREENDEDOR

São pessoas que, em sua maioria, buscam novas alternativas de vida Fernando Calderón Alemany

Cursos para novos empreendedores Jabaquara participa de semana do empreendedor: palestras orientaram desempregados e interessados em abrir o próprio negócio Emiliano Capozoli/Luz

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esempregados de todas as idades e pessoas interessadas em mudar o rumo de suas vidas formaram a platéia da Semana do Empreendedor no Jabaquara, ciclo gratuito de palestras e cursos de gestão empresarial que foi realizado, de 27 a 31 de março, na sede da Distrital Jabaquara da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e em outros locais do bairro. O evento foi idealizado pelo Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas), Subprefeitura do Jabaquara e teve o apoio da distrital. O ciclo de cursos e palestras teve aproximadamente 500 participantes. "São pessoas que, em sua maioria, buscam novas alternativas de vida", disse Fernando Calderón Alemany, superintendente da Distrital do Jabaquara. Além das palestras realizadas na distrital, a Semana do Empreendedor no Jabaquara contou com uma tenda do De Olho no Imposto na estação Conceição do Metrô. "Ao mesmo tempo em que as pessoas interessadas em ter o seu negócio recebiam instruções, conheciam também os elevados impostos que são obrigados a pagar quando adquirem qualquer produto. As pessoas tendem a pensar que só pagam impostos quando trabalham com carteira assinada. Pensam que imposto é só aquilo que vem descontado no holerite. A tenda serve para mostrar ao consumidor que, ao comprar um quilo de feijão, ele paga mais de 20% de imposto", lembrou Fernando. Diante da repercussão positiva obtida pelo ciclo, a Distrital Jabaquara já começou a cadastrar os interessados para uma nova semana do empreendedor. Nas bases móveis do Sebrae, os interessado em come-

çar um negócio puderam tirar suas dúvidas e obter informações sobre abertura de empresa, legislação trabalhista e administração de capital de giro. Curso – Apreender a empreender, foi o curso ministrado por Kênia Cristina Paternes, do Sebrae. Vários aspectos do empreendedorismo foram enfocados na aula, tais como quem é o consumidor, fluxo de caixa, como definir o preço do produto e características do consumidor. Milton Rogério Fernandes, um participantes, ficou desempregado em fevereiro, após trabalhar 20 anos numa estatal de energia elétrica. "Estou pensando em ter algo próprio, talvez na área de informática", disse ele, que deve recorrer aos três filhos, também desempregados, para tocar a empresa de informática. "Tenho uma filha que é web designer e um filho que é técnico de informática. Vou precisar da ajuda deles", contou. "Vamos trabalhar com impressão de fotos digitais e cartões", disse, esperançoso. "O curso foi ótimo. Aprendi a estabelecer metas. Rosalina Ortiz de Oliveira, de 58 anos, professora aposentada, utilizou o ciclo de cursos e palestras da Semana do Empreendedor para aprender a administrar a sua empresa de de salgados. A Rosa de Sarong é uma realidade. Viúva, com filhos criados e casados, Rosalina diz que renasceu com o seu novo negócio. "Tenho minha própria empresa, diariamente conheço novas pessoas e ainda tenho tempo para minhas caminhadas. O próximo passo é abrir uma filial na região dos Jardins", afirmou, otimista. Wladimir Miranda

Amanhã

Factoring

DC

I Imposto - A ACSP promove

lançamento do movimento De Olho no Imposto em Curitiba (PR), com palestra do presidente da entidade, Guilherme Afif Domingos, sobre o tamanho da carga tributária brasileira. Às 11h, no Conselho Regional de Contabilidade (CRC-PR), rua XV de Novembro, 2987, Curitiba. I São Miguel – A distrital realiza reunião do núcleo de profissionais de bufês e eventos do Projeto Empreender, coordenada pelo consultor Valdeir Gimenez. Às 14h30. I Exterior – Reunião da Comissão de Comércio Exterior da ACSP coordenada pelo vice-presidente Renato Abucham. Às 17h, rua Boa Vista, 51/11º andar, salas Tadashi Sakurai de 1 a 4.

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O que é Factoring? É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa. Entre em contato conosco Empresa filiada PABX (11) 6748-5627 (Itaquera) à ANFAC 6749-5533 (Artur Alvim) E-mail: falecom@finanfactor.com - www.finanfactor.com

Rosalina de Oliveira (ao lado), que já tem seu próprio negócio, e Milton Rogério, que pretende virar empreendedor na área de informática, aprovaram o ciclo de cursos e palestras. Nas bases móveis do Sebrae, os interessado em começar um negócio puderam tirar suas dúvidas e obter informações sobre abertura de empresa, legislação trabalhista e administração de capital de giro. Divulgação

Centro promove entrega de Marco da Paz

Ganhadores do concurso Natal Iluminado ganharam troféus

A

Distrital Centro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) fez a entrega de réplicas do Marco da Paz aos premiados do concurso Natal Iluminado da região central. Este ano, a competição foi realizado em parceria com a Prefeitura e prem i o u l o j a s , re s i d ê n c i a s , prédios e ruas que mais se destacaram em suas decorações natalinas. Os grandes destaques do

concurso foram os seguintes: Teatro Municipal de São Paulo, Shopping Center Light, Bank Boston, Banco Real, Pátio do Colégio, Ação Local Álvares Penteado, Natal Arte e Edifício Ouro para o Bem de São Paulo. Participaram da solenidade de entrega dos troféus

o vice-presidente da Associação Comercial de São Paulo Roberto Mateus Ordine, o superintendente da Distrital Centro, Marcelo Flora Stockler, delegados, comandantes e representantes de associações da região central e também de secretarias municipais.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.LOGO

Logo Logo

Sei que cometemos erros táticos no Iraque, milhares deles, tenho certeza disso.

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Da a secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, admitindo que os EUA erraram em vários momentos na guerra do Iraque, diante de especialistas e jornalistas.

ABRIL

Phil Noble/Reuters

segunda-feira, 3 de abril de 2006

Recolhimento de INSS Dez anos da morte da escritora francesa Marguerite Duras (1914-1996)

R ELIGIÃO I TÁLIA

Um ano sem João Paulo II

Alessandro Bianchi/REUTERS

País comovido com trágico seqüestro

F RANÇA

F AVORITOS

Lei polêmica é promulgada

Biblioteca Nacional para além do Rio

O presidente da França, Jacques Chirac, promulgou ontem a contestada lei do primeiro emprego, que tem gerado violentos protestos e greves em todo o país. Chirac esclareceu, entretanto, que a lei será substituída em breve por uma versão modificada com o objetivo de contornar a crise. Entretanto, os sindicatos organizam nova rodada de greves e manifestações organizadas para a amanhã permitam deixar o governo na defensiva e obrigá-lo a extinguir a lei.

Quem não pode visitar a Biblioteca Nacional no Rio de Janeiro pode fazer visitas diárias ao site da Fundação que mantém a biblioteca e onde se encontram diversos serviços para os usuários. Além de exposições virtuais, o site tem mapas, textos para serem lidos ou copiados para o computador, loja virtual, programas de formação e registro e informação sobre direitos autorais. Usuários cadastrados aproveitam ainda mais os recursos.

E M

aos peregrinos na Praça São Pedro. Bento 16, que na segunda-feira conduz uma missa em memória de João Paulo, relembrou como seu antecessor e amigo sofreu sem reclamar. Seu discurso foi interrompido diversas vezes por cantos de "João Paulo, João Paulo" e gritos de "Santo Subito" ("Torne-o um santo agora"). "Eu não tenho palavras para expressar meus sentimentos. Ele foi não somente nosso pai, mas um pai para todo o mundo", disse na praça São Pedro, Hanna Ulatowska, 29, dona de uma floricultura em Varsóvia. Dezenas de faixas com a palavra "Solidarnosc" (Solidariedade), grupo político polonês que o antigo papa apoiou na década de 1980 e que ajudou a derrubar o comunismo no Leste Europeu, eram agitadas.

Em Lagiewniki, perto de Cracóvia, onde João Paulo II foi ordenado, milhares de poloneses, incluindo o presidente Lech Kaczynski e o primeiro-ministro Kazimierz Marcinkiewicz participaram de uma missa conduzida pelo o cardeal Stanislaw Dziwisz, que foi secretário do papa. Em maio passado, o papa Bento 16 colocou seu antecessor no caminho para a santidade, dispensando as regras da Igreja de cinco anos de espera após a morte do candidato. Autoridades da Igreja estão investigando a cura de uma freira francesa com sintomas de mal de Parkinson que desapareceram depois que ela rezou ao papa. Isso pode ser o milagre que a Igreja precisaria para beatificar o João Paulo II, no último passo a caminho da santificação. (Reuters)

Patrick Hertzog/AFP

assassinaram poucas horas depois do seqüestrado, em Parma. Uma passeata silenciosa foi organizada pelas ruas da cidade para manifestar a indignação de seus moradores pelo crime bárbaro, cometido pelos dois pedreiros sicilianos que trabalharam na reforma da residência da família Onofri. Centenas de flores foram depositadas em frente à residência dos pais da criança, enquanto uma página virtual aberta na internet dedicada a Tommaso ficou repleta de mensagens, algumas delas pedindo a pena de morte para os assassinos. Nos jogos de futebol do campeonato italiano, as torcidas se despediram do menino (foto).

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ezenas de milhares de pessoas do mundo inteiro reuniramse ontem no Vaticano para lembrar o primeiro aniversário da morte do papa João Paulo II e rezar para que ele seja santificado em breve. Havia fiéis da Polônia, terra natal do papa, dos Estados Unidos, da Ásia e da Itália, que vieram rezar e ouvir as palavras do papa Bento 16, pronunciadas após um momento de silêncio que aconteceu às 21h37 (16h37 de Brasília), horário exato em que João Paulo morreu, há um ano. O papa Bento 16 relembrou como o seu antecessor "deixou uma profunda marca na história da Igreja e da Humanidade". "João Paulo morreu como viveu, movido por uma indomável coragem de fé", disse

SAUDADE - Na praça de São Pedro, no Vaticano, peregrinos seguram pôster de uma pintura em que o papa João Paulo II aparece abençoando os fiéis. Milhares de pessoas participaram ontem à noite de uma vigília em memória do papa.

C A R T A Z A STRONOMIA

TEATRO

Sedução de Vênus ssim como Mercúrio, Vênus também é considerado um planeta interior, situado entre a Terra e o Sol, distando deste 108 milhões de quilômetros. Algo como viajar entre São Paulo e Brasília 108 mil vezes. Em sua maior a p ro x i m a ç ã o da Terra o percurso torna-se 67% menor. O tamanho e a massa dos dois planetas se assemelham. A primeira sonda espacial a estudá-lo foi a Mariner 2, lançada pela Nasa em 1962; em 1970, partindo da estação de Baikonur, no Cazaquistão, ex-república da União Soviética, outra sonda, a Venera 7, foi a primeira a pousar lá. Mas não suportou mais que algumas horas a alta pressão, de 90 atmosferas, equivalente a uma profundidade de 900 metros no mar.O ambiente,

Ferramenta para cientistas

Primeiro-ministro palestino, Ismail Haniye, critica os EUA por ignorarem governo do Hamas Ataque à bomba contra ônibus em Istambul termina com três mortes por atropelamento Presidente Néstor Kirchner reivindica para a Argentina a soberania das Ilhas Malvinas

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products/dg-3.html

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

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www.scalar.co.jp/english/

A TÉ LOGO

composto de 1% de água, 4% de nitrogênio e 95% de gás carbônico, é vítima permanente do efeito estufa. Envolvido por densas nuvens, o calor não volta ao espaço – como está acontecendo aqui na Terra – mantendo uma temperatura em torno de 450ºC, a maior dos planetas

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A japonesa Scalar Corporation lançou o DG3, um microscópio digital de 3a. geração. O aparelhinho aumenta de 25x a 1000x, com resolução de 2,3 megapixels. Apesar de portátil, o DG-3 não é um brinquedo: é usado em inspeções sérias, pelo exército dos EUA, NASA, Boeing e fabricantes de automóveis. A partir de US$ 5780 no site.

do sistema solar. Vênus não tem satélites, seu período de translação, de 225 dias, é mais curto que o de rotação, de 243 dias. Portanto, um dia venusiano é mais duradouro que um ano inteiro! A estrela d’Alva, como é popularmente conhecido, é a primeira a bilhar no céu crepuscular, e a última a se por, logo antes do sol nascer. O nome é uma homenagem à deusa romana do amor, beleza e feminilidade (Afrodite para os gregos), tendo a forma de um espelho como símbolo astronômico. Na astrologia, Vênus rege o signo de Touro (21/4 – 20/5), favorecendo a praticidade, teimosia, conservadorismo, amor, relacionamentos, sensualidade e sedução. (ASN) Arte: O. Sequetin

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G @DGET DU JOUR

Cerca de 56% dos norteamericanos estão a favor de oferecer "algum tipo" de condição legal aos imigrantes sem documentos, indicou uma pesquisa divulgada ontem. A pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos também indica que dois terços dos norteamericanos acham que os imigrantes ilegais ocupam postos de trabalho em funções que os cidadãos do país se recusam a trabalhar. A proposta de uma reforma migratória tem levado milhares de cidadãos às ruas em protesto nos EUA. A versão aprovada na Câmara dos Representantes pede a construção de um muro em grande parte da fronteira com o México, transforma os ilegais em criminosos e prevê punições a quem os ajudar. B RAZIL COM Z

Os jornais britânicos The Sunday Times e The Mail on Sunday destacaram ontem o risco de que as investigações independentes sobre o assassinato do brasileiro Jean Charles de Menezes pela polícia em Londres, no ano passado, sejam comprometidas pela renúncia da chefe da agência responsável pelo inquérito, Susan Atkins, e pelo afastamento de outro membro da agência por acusações de condutas sexuais inapropriadas. A renúncia de Atkins seria uma vitória para o chefe da Polícia Metropolitana, Ian Blair, que corre o risco de perder seu cargo caso a investigação aponte falhas em sua conduta no caso Jean Charles.

www.bn.br

Leitura da peça Com Vista para Dentro, de Sérgio Roveri, como parte do projeto Letras em Cena. O texto é vencedor do Prêmio Funarte de Dramaturgia. Participação dos atores Claudio Fontana e Elias Andreato. Direção de Gabriel Villela. Grande Auditório do Masp. Av. Paulista, 1578. 19h. Entrada gratuita. Reservas: 3086-4224.

56% apóiam imigrantes

Jean Charles: 'pizza' no ar

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Os italianos manifestaram ontem seu pesar, indignação e comoção pelo assassinato do bebê de 18 meses Tommaso Onofri, seqüestrado no dia 2 de março no norte da Itália. A história de Tommaso mobilizou todo o país no último mês. Na TV, nos jornais e nas ruas, todos comentavam o caso. Fotos de Tommaso, com seu cabelo cacheado e olhos bem abertos, foram estampadas nas primeiras páginas de todos os jornais italianos neste domingo, ofuscando a corrida pela eleição geral na próxima semana. O papa Bento XVI e o presidente da República, Carlo Azeglio Ciampi, condenaram a ação dos seqüestradores, que o

No mundo todo, católicos evocam a memória do papa e rezam por sua santificação

E UA

P OLÔNIA

Auschwitz não é aqui A Polônia solicitou a mudança do nome do campo de extermínio de AuschwitzBirkenau. O país insiste em que o mundo seja alertado para o fato de que o campo, apesar de construído pelos poloneses, é obra da Alemanha nazista, não da Polônia. Catalogado como patrimônio mundial da humanidade pela Unesco, o campo deve se chamar, segundo o governo polonês, “Antigo Campo de Concentração Nazista Alemão de Auschwitz-Birkenau”. Assi, argumenta o estado polonês, ficaria claro que o país não tinha relação com os crimes cometidos ali. C INEMA

Os Simpsons, na telona em 2007 Depois de 17 temporadas na TV, a típica família norteamericana chegará às telas dos cinemas. A 20th Century Fox confirmou que a popular série Os Simpsons vai virar filme, com lançamento nos EUA em julho de 2007. Um trailer de 25 segundos do filme já está nas telas, anunciando a apresentação do "grande herói da história americana": Homer Simpson, apenas de cueca, dizendo: "Eu me esqueci do que deveria falar".


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 -.OPINIÃO

segunda-feira, 3 de abril de 2006

RESENHA

NACIONAL

COMO FUNCIONA O PATRIMONIALISMO

O instrumento operacional mais utilizado pelos patrimonialistas para manter o poder é o paternalismo ganhos obtidos por políticos e aderentes em seu nome (enriquecimento pessoal) e recursos obtidos, através de cargos públicos, para uma causa maior, no melhor estilo comunista, em que os fins justificam os meios. Por exemplo, Lullinha, que realizou um negócio milionário com a Telemar, é paradigma de uma classe política que, no poder, não vê diferença entre o que é seu e o que é um bem público. Os mensalões, que compravam os votos da base aliada para atender ao governo petista, nada mais eram que uma extensão desse modelo. A justificativa de bancos como o BMG e o Rural é da ramificação cuja rationale é a de que “se eu não fizer, os outros fazem”. Como o Estado é um bem privatizado pelos donos temporários do poder, gestores de fundos de pensão de estatais operam realizando prejuízos para seus fundos e lucros para as corretoras selecionadas.

POLÍTICA

Espaço para mudar ROBERTO FENDT

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PUBLICADO NO SITE DO

INSTITUTO LIBERAL WWW.INSTITUTOLIBERAL.ORG.BR

Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Alencar Burti, Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br), Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Marcos Menichetti (marcosm@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Adriana Gavaça, André Alves, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046 Tiragem média diária de 25.646 exemplares, conforme auditoria realizada na semana de 13 a 17 de junho de 2005

febre política preocupou muito correntes intelectuais francesas e outros países menos ascendentes entre as duas guerras. A guerra deflagrada em setembro de 1939 teve uma duração excessiva, seis anos, assinalada pela perda de imensas riquezas soterradas e incendiadas pelos bombardeios. A volta às atividades em cada país atingido pela hecatombe consumiu verbas altíssimas; uma delas, o Plano Marshall, devolveu a confiança aos europeus mais sofredores. A febre política é um mal definido por vários estudiosos de problemas políticos, que se torna pandêmico se não for atalhado a tempo, podendo levar uma nação à ruína. O Brasil é um dos países do mundo que está gemendo sob o peso do mal político. Quem crê no diabo atribui à sua presença os fenômenos políticos que geram o mal.

A

TRECHOS DO EDITORIAL DE ARTHUR CHAGAS DINIZ

L ulinha é o paradigma do patrimonialismo

Auditado pela

A FEBRE

Céllus

O

JOÃO DE SCANTIMBURGO

No Estado patrimonialista, difunde-se o princípio básico entre autoridades, mesmo que não-eleitas. A polícia se acha no direito de cobrar a multa de cada cidadão através de uma negociação pessoal. Os traficantes de droga pagam pedágio para operar em “seus territórios”. O instrumento operacional mais utilizado pelos patrimonialistas para manter o poder é o paternalismo. Através do assistencialismo, transformam um líder político carismático em “pai dos pobres”. Mal sabe o beneficiário que aquilo que recebe lhe é furtado no diaa-dia do imposto excessivo e da privatização do público. Os petistas, que na era Thomaz Bastos passaram a usar o qualificativo "republicano" para tudo o que fazem, deveriam aprender que “república” é, antes de tudo, “coisa pública” e não proveito privado. Pode ser que Nildo, o caseiro, nos dê um lastro de esperança para deter a selvageria patrimonialista que prepondera. Eu acho difícil. Jefferson, Dirceu, Barbalho, os “anões do Orçamento” que não tiveram senão proventos públicos - ficaram ricos. Como explicar? Desde já é preciso ficar claro que seus sigilos bancários não serão quebrados. O presidente “Lulla”, o compadre Okamotto e o STF podem garantir.

Marcelo Ximenez/AE

ex-deputado Roberto Jefferson, quando esclareceu a uma sociedade estarrecida a existência de um mensalão pago a deputados da base do governo e as razões que justificavam a ocupação de cargos em ministérios e estatais por políticos e seus apaniguados, mostrou, de maneira clara, como funciona o patrimonialismo. Conforme texto introdutório ao seu livro Patrimonialismo e a realidade latino-americana, Vélez Rodriguez informa que patrimonialismo é a administração e o usufruto do Estado pelos políticos, como se se tratasse de um bem de família. Eufemisticamente, os petistas tentaram separar os

que pode mudar na política econômica com a saída de Antonio Palocci? Acho que muito pouco. Talvez uma aceleração no ritmo de redução da Selic. Talvez uma redução na TJLP. Não creio que mais nada possa ocorrer. A razão para isso é simples. O que chamamos de "política econômica" de fato compreende um tripé de políticas: a fiscal, a monetária e a cambial. O cerne da política fiscal é a manutenção de um superávit primário mínimo suficiente para estabilizar a relação dívida pública/PIB. Nas condições atuais o valor para esse superávit está em torno de 4,5% do PIB. É verdade que o superávit esteve acima da meta para os últimos dois anos; mas o seu valor percentual já havia declinado no primeiro bimestre deste ano, antes da saída de Palocci. Até aqui a meta para o superávit fiscal foi obtida por uma combinação de aumento da arrecadação – que vem se expandindo continuamente ao longo dos últimos três governos – com cortes seletivos nos valores constantes do orçamento fiscal. Daqui para frente, com as dificuldades de aumentar ainda mais a arrecadação, a arte na gestão da política fiscal consistirá em combinar o que for possível arrecadar mais com os aumentos de despesas que sempre ocorrem em anos eleitorais. De qualquer forma, não se vislumbra qualquer alteração na diretriz básica de produzir os superávits necessários para estabilizar a dívida pública em relação ao PIB. Uma forma de fazer isso é acelerar a redução da Selic, a taxa de juros básica do sistema finan-

ceiro brasileiro. Com isso, entramos na seara da política monetária. Nessa área, que comanda a meta de inflação, o instrumento básico é a fixação da taxa de juros pelo Banco Central. Atualmente, a taxa vem sendo reduzida à razão de 0,75 ponto percentual a cada 45 dias – o equivalente a uma redução mensal na taxa de 0,25 ponto percentual. Se a redução da taxa Selic passar para 1 ponto percentual a cada 45 dias, essa redução será equivalente a uma redução de 0,67% ao mês. Com isso, o custo do giro da dívida atrelada à Selic se reduz e o esforço fiscal mínimo necessário também diminui. De qualquer forma, não se vislumbra qualquer alteração na diretriz básica de se convergir para a meta de inflação, de 4,5%.

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inalmente, o regime cambial brasileiro é de taxa flutuante de câmbio, sujeito a intervenções do Banco Central. Em 2005, essas intervenções procuraram evitar uma apreciação ainda maior do real. Nesta semana, diante da forte desvalorização do câmbio, o BC simplesmente afastou-se do mercado. Com ou sem intervenções pontuais do Banco Central, no entanto, não se vislumbra qualquer alteração na diretriz básica de manter-se o câmbio flutuante como principal instrumento de manutenção do equilíbrio das contas externas. Em razão desses fatos, o espaço para mudar a política econômica é pequeno e está restrito às mudanças nas taxas de juros – o que não impede a nova gestão de, no curto espaço de três trimestres, ficar conhecida como a gestão em que baixaram os juros.

U ma mudança na política econômica ficaria restrita às taxas de juros

A praga que resiste MARCOS CINTRA

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tragicomédia tributária no Brasil teve mais um ato, com a notícia de que nem os técnicos e fiscais da Secretaria da Receita Federal conseguem entender um tributo que nos últimos anos se tornou emblemático da esculhambação tributária que reina no país. A Cofins virou uma colcha de retalho após tantas alterações e a SRF pretende treinar seu quadro de fiscalização para mostrar o que está valendo. É um absurdo. Se nem os técnicos do Fisco estão conseguindo destrinchar a complexidade da Cofins, não é difícil imaginar o inferno vivido por empresários e tributaristas quando lidam com o tributo. Não é à toa que nem os profissionais da Receita entendem. Desde que foi alterada a forma de cobrança, o tributo sofreu inúmeras mudanças. A partir da lei 10833/03 o que se viu foi uma quantidade absurda de alterações na contribuição. Em seu primeiro ano o número de leis, medidas provisórias, decretos, instruções normativas, normas de execução, atos declaratórios e interpretativos e as portarias tratando da Cofins chegaram a quase 90. Durante 2005 e o início deste ano foram mais 57 mudanças. Portanto, em apenas dois anos a Cofins sofreu quase 150 alterações. A burocracia tributária no Brasil é uma praga cada vez mais resistente. A produção de normas não cessa e torna a vida do contribuinte um inferno. Isto fica evidente em um levantamento do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). Segundo o órgão, desde a promulgação da Constituição até 2004 foram editadas quase 220 mil normas tributárias no Brasil. Isto equivale a 55 novas regras por dia útil.

A estrutura de impostos como um todo é ruim, mas há tributos que são símbolos do caos que prevalece no país. O PIS e a Cofins são contribuições cuja proliferação de normas e procedimentos têm sido calamitosa desde quando os críticos da cumulatividade impuseram a tese de que a solução seria cobrá-las sobre o valor agregado. Com isso, a alíquota de ambas mais que dobrou e o peso das duas contribuições na arrecadação tem sido cada vez maior.

A

mudança na sistemática de cobrança das duas contribuições pode ser classificada como um dos casos mais patéticos da história tributária do país. Muitas atividades que reivindicavam a forma não-cumulativa mudaram de idéia poucos meses depois de sua implementação e pediram para voltar ao sistema anterior, cumulativo, e foram atendidos. Passou a vigorar um sistema híbrido, como, aliás, acontece com outros tributos tidos como não-cumulativos. A Cofins tem sido o tributo mais criticado do país nos últimos anos e um dos mais difíceis de ser entendido tanto pelo contribuinte como pelo Fisco, tal como ficou evidenciado pela necessidade de treinamento de fiscais e técnicos fazendários. A CNI criticou as freqüentes mudanças na legislação do PIS/Cofins e defende a revisão de suas alíquotas. E assim, de regra em regra, geram-se mudanças pontuais que contribuem para criar situações hilariantes, como a dificuldade dos próprios fiscais em entender a Cofins. MARCOS CINTRA , EX-DEPUTADO FEDERAL, É SECRETÁRIO DAS FINANÇAS DE SÃO BERNARDO MCINTRA@MARCOSCINTRA.ORG

N em os técnicos do Fisco estão conseguindo destrinchar a Cofins

O mal político situa-se em partidos débeis, em mandatos mal exercidos e governos despreparados etúlio Vargas nos poupou a febre política, mas gerou outra febre, a que reduziu à quase nada as liberdades democráticas. Nesse momento estamos em plena febre política, com um termômetro simbólico rebelde aos mais modernos medicamentos, que de resto não são assimilados. É um desses sinistros azares que ocorrem nas nações, como uma fatalidade da qual não podemos escapar. O mal político situa-se em partidos débeis, em mandatos mal exercidos nos órgãos de representação e de governos despreparados para a grande tarefa de dirigir uma nação. Sumariamente, deixo aqui o meu ponto de vista. À falta de instituições políticas sólidas, provadas pelo tempo, obedientes à linha ética e irredutíveis ao valor moral, o exercício da atividade política não pode se confundir com um balcão de negócios, em que todos se locupletam contra o abandono das populações. Esse é o mal político.

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JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR


DEU

NO

OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 3 de abril de 2006

DOISPONTOS -11 11

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Sai daí, Márcio, sai rápido.

BLOG A

matéria da revista Veja desta semana, somada às informações O prefeito do Rio, que os membros César Maia, indica em da CPI do seu "ex-blog" (enviado Banestado tem há só para assinantes) meses - e que o que o ministro da relator do PT, Mentor, segundo Justiça, Márcio dizem está Thomaz Bastos disposto (à direita), Alan Marques/Folha Imagem a fazer está em explodir, maus por lençóis, pois remessas participou para o da operação exterior de ocultação por conta de uma da quebra do sigilo grande bancário do caseiro empreiteira, Francenildo Costa. transformam o ministro Márcio HTTP://CESARMAIA. Thomaz Bastos, na bola da vez. BLOGSPOT.COM

Como diria Jefferson: -Sai daí logo e rápido, antes que seja mais um dos próximos a Lula a sair para depor na Polícia Federal. É o que garantem em Brasília, nos melhores restaurantes. Notas da Veja só confirmam e ampliam ! 1. Um pouco mais tarde, o ministro Márcio Thomaz Bastos, que vinha de uma viagem a Rondônia, fez um pouso na base aérea de

Brasília, antes de decolar para São Paulo, e recebeu uma cópia da notícia que saíra no blog. O ministro, inicialmente, achou que se tratava de um fato alentador. Mas mudou de idéia no fim de semana diante da comoção contra a violação, pelo poder público, do sigilo bancário do caseiro. 2. Na quintafeira 23, desembarcou em Brasília o advogado

Arnaldo Malheiros. Amigo do ministro Márcio Thomaz Bastos, Malheiros seguiu diretamente para a casa de Palocci. Lá já o esperavam o ministro da Fazenda e o presidente da Caixa. 3. Ao chegar à residência de Palocci para entregar o documento exigido, Mattoso encontrou outros dois integrantes do governo: o assessor de imprensa do Ministério da

Fazenda, Marcelo Netto, e o secretário de Direito Econômico, Daniel Goldberg. Subordinado ao Ministério da Justiça, Goldberg é o braço-direito do ministro Márcio Thomaz Bastos. Na quinta-feira 23, Mattoso voltou à residência de Palocci. Lá encontrou o advogado Arnaldo Malheiros, amigo do ministro Márcio Thomaz Bastos.

ANTONIO DELFIM NETTO

A FESTA DO PETRÓLEO Brasil comemora este mês uma conquista que mexe muito com a emoção popular, a auto-suficiência no abastecimento do petróleo. Um sucesso que levou cinqüenta e dois anos sendo construído sob o guarda-chuva do monopólio estatal, exercido com competência pela Petrobrás e à custa de sacrifícios nada desprezíveis do consumidor brasileiro. Esse custo, que todos

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Cidade sem rosto

Conquistamos a auto-suficiência no abastecimento do petróleo. À custa de sacrifícios nada desprezíveis.

Cesar iniz/Digna Imagem

A arquitetura da cidade vai se transformando numa terra-de-ninguém

ou membro de um escritório de projetos de arquitetura “jovem” (no sentido empresarial, pessoal e conceitual). Apesar de não termos muito tempo de mercado – 15 anos - comparado a alguns escritórios e profissionais do Brasil, não posso desconsiderar nossa experiência. Sobre esta “certa” experiência e uma observação do que vem ocorrendo com a prática profissional do arquiteto, que faço esta pergunta: ainda há espaço para a arquitetura no Brasil? Ou melhor, para qual arquitetura e arquitetos há espaço no mercado de trabalho? Procuramos ao longo do tempo, desenvolver uma linha de raciocínio, conceituação e ética para o orientar a evolução do escritório, buscando sempre, a preservação e valorização da profissão de arquiteto, pois dependemos dela para viver, portanto devemos preservar. De um lado temos os órgãos e associações - representantes da categoria, responsáveis pela regulamentação da prática profissional e os seus valores atribuídos – que estabelecem as tabelas de preços baseadas apenas para um determinado tipo de escritório, dotado de uma grande estrutura operacional e um alto custo, mas que manipula projetos de escala que comportam valores estipulados. Desta maneira, cria-se um panorama que não corresponde à prática de mercado, sendo que os projetos mais comuns são de escala menor que, quando aplicadas às tabelas de cálculo para valores de honorários, tornam-se inviáveis e proibitivos para os contratantes em geral. Não há parâmetros de cálculo já que as únicas fontes de referência existentes ficam fora da realidade de mercado. Do outro lado, temos os profissionais que dizem seguir estas regulamentações e praticar outros valores na entrega de projetos mais “enxutos” ou incompletos, ou ainda, procuram outras fontes de renda, umas escusas, outras não, obrigando profissionais gabaritados a desenvolver outros trabalhos deixando de dedicar-se à arquitetura. O fato é que entre o céu e a terra há um vácuo na previsão das tabelas, porém esta lacuna é constituída pela a maior parte dos escritórios e profissionais do país. Esta acomodação geral e o formato de projeto “enxuto”, nos levaram a uma conclusão que o contratante não quer e não precisa de um projeto completo. Quantas vezes nos é solicitado o desenvolvimento até o ante-projeto, depois os contratantes, sejam construtoras ou empreen-

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G Fachadas,

plantas e implantações muitas vezes são decididas por todos, menos pelo arquiteto. Até a palavra do corretor chega a ser mais importante do que a do autor do projeto. G Quem define a cara da cidade é o corretor. Mas, sejam eles corretores, profissionais de marketing, maquetistas e outros, não oferecem nenhum conhecimento de história, estética e, muito menos, de arquitetura. O que nos resta então? G Há espaço para a arquitetura no Brasil? Ou melhor, para qual arquitetura e arquitetos há espaço no mercado de trabalho?

Mande seu comentário para doispontos@ dcomercio.com.br

presidente da Petrobrás, Sr. Jeferson Gabrielli fez uma declaração sensata, dizendo que a auto-suficiência não vai modificar a política de preços da empresa; quer dizer, não devemos imaginar que podemos vender a gasolina por preços diferentes daqueles que estão sendo praticados nos mercados mundiais. Porque, se o fizermos estaremos consumindo antes da hora um produto que certamente vai faltar para nossos filhos e netos. É normal que mesmo os países que possuem excedentes tendem a economizar seus estoques, ainda que eles estejam debaixo da terra, para poder continuar a oferecer o combustível a preços competitivos no futuro. No caso particular da Petrobrás, dada a condição de quase monopólio que exerce, com o controle das importações, há certamente espaço para oferecer ao consumidor brasileiro um pequeno bônus, que seja, em termos de preço final do combustível. Afinal, a Petrobrás ganhou muito em todos esses anos, transformou-se numa potência econômica com um produto superior ao de vários países em nosso hemisfério sul.

dedores, afastam a figura do arquiteto do processo, para ter autonomia sobre as decisões que antes faziam parte das atribuições do profissional. Isto possibilita a mudança de técnicas e soluções de projeto, sem a “chateação” e intransigência do autor com suas idéias, “devaneios” e discursos que, de tão coerentes e aprofundados, dão trabalho para pensar, construir e vender. O arquiteto tornou-se uma pessoa que não conhece o mercado e é dado aos devaneios. Fachadas, plantas e implantações muitas vezes são decididas por todos, menos pelo arquiteto. Até a palavra do corretor, que possui uma formação técnica ou prática de vendas, chega a ser mais importante do que a do autor do projeto. Como dizem, eles têm contato direto com os compradores e sabem os “melhores caminhos” para as vendas. Há casos, em que as empresas de marketing, contratadas para divulgação, e o empreendedor resolvem as fachadas e linguagem dos edifícios com os maquetistas ou perspectivistas. omo diz o colega arquiteto George Hochheimer “quem define a cara da cidade é o corretor”. Mas, sejam eles corretores, profissionais de marketing, maquetistas e outros não oferecem nenhum conhecimento de história, estética e, muito menos, de arquitetura. O que nos resta então? Apenas a concepção inicial e o trabalho burocrático de aprovação nos órgãos legais? Ou melhor, desenvolvermos projetos de arquitetos renomados e “caros”, que foram contratados apenas para o ante-projeto e a prefeitura (garantindo a “grife” da assinatura), criando uma cadeia regressiva de terceirizações, colocando todos os profissionais em cheque. Dentro deste contexto que me fiz a pergunta: ainda há espaço para a arquitetura no Brasil? Às vezes penso, mesmo que utopicamente, que podemos resgatar o orgulho e a viabilidade de sermos arquitetos e construirmos nossos escritórios com dignidade neste país. É necessária uma revisão de postura profissional por parte de todos componentes do setor e, principalmente uma união em torno de uma questão comum que é a nossa sobrevivência e, principalmente, a da arquitetura.

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LUCIANO IMPERATORI É SÓCIO-DIRETOR DA HOCHHEIMER IMPERATORI ARQUITETURA ARQUITETURA@HIARQ.COM.BR

nós pagamos, deve ser lembrado nesta hora de festa e em nada diminui o valor da conquista: quem viveu os problemas da escassez de energia e pagou o enorme imposto decretado pela OPEP, que produziu a crise mundial dos anos 80 do século passado, certamente dá a devida importância à auto-suficiência. Significa que nos libertamos de mais um fator de dependência externa, pois seja qual for o nível de turbulência do mercado de petróleo futuramente, o Brasil adquiriu musculatura suficiente para enfrentálo. A festa, portanto, se justifica plenamente. Sorte de quem recebe no colo este presente que começou a ser embrulhado há meio século, no segundo governo Vargas, referência do agrado do presidente Lula. Independência, auto-suficiência, são motivos ótimos de comemoração, mas não devem estimular extravagâncias que ponham em risco o abastecimento futuro da energia.

inguém pode afirmar que a auto-suficiência demorou 52 anos só por causa do monopólio. Mas também ninguém pode negar que o brasileiro, consumidor direto ou não do combustível, proprietário de carro ou passageiro, pagou um alto preço todos esses anos devido à demora em se libertar da dependência do fornecimento externo. É louvável compensar o povo brasileiro pela paciência com que ele sustentou a crença que, apesar do monopólio, um dia chegaríamos lá ...

N

DEP.DELFIMNETTO@ CAMARA.GOV.BR

Há espaço para oferecer ao consumidor brasileiro um pequeno bônus. Afinal, a Petrobrás já ganhou muito.

FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, 3244-3799, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894


DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 3 de abril de 2006

Eymar Mascaro

Pé na tábua

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ivre e solto, Geraldo Alckmin vai hoje a Brasília e participa do primeiro encontro com o provável coordenador de sua campanha, senador Sérgio Guerra (PSDB-PE). Os dois vão discutir a montagem da equipe de trabalho. Sérgio Guerra foi escolhido para coordenar a campanha pelo presidente do partido, Tasso Jereissati. Além de Guerra, Alckmin se encontra também com Tasso e outros membros da cúpula do PSDB. O partido prepara uma agenda de viagens do candidato aos estados, principalmente do Nordeste, região em que Lula leva vantagem nas pesquisas. Alckmin espera encostar em Lula até setembro. A escolha de Guerra foi estratégica: os tucanos estão preocupados porque Alckmin é pouco conhecido no Nordeste. O senador é pernambucano e conhece a região de ponta a ponta. Pelos entendimentos preliminares, fica claro que o candidato tucano vai se preocupar menos em fazer campanha em outras regiões, como, por exemplo, o Sudeste. Nessa região, Alckmin confia nos desempenhos de Aécio Neves, em Minas; de Cesar Maia, no Rio e de José Serra, em São Paulo.

ALIANÇAS

As conversações de hoje em Brasília incluem as futuras coligações que o PSDB pretende amarrar com os partidos. Até agora, o PSDB já acertou a aliança com o PFL, partido que deve indicar o vice de Alckmin, que vai sair de um estado nordestino.

PREFERÊNCIA

Por enquanto, os mais cotados no PFL continuam sendo os senadores José Agripino e José Jorge, que representam os estados do Rio Grande do Norte e Pernambuco. Se a escolha fosse hoje, um dos dois seria o vice de Alckmin.

OUTRA OPÇÃO

Apesar da preferência por um nordestino, não está afastada a hipótese do presidente do PFL, Jorge Bornhausen ser o vice de Alckmin. Embora Bornhausen seja de um estado do Sul do País, Santa Catarina.

Lula, o prefeito de São Bernardo William Dib anuncia que seu partido tem 70% de chance de apoiar Serra. É quase certo que o PSB se divida nas eleições.

TAMBÉM O PT

Além dos senadores José Sarney e Renan Calheiros, o PT joga também com a ajuda de Nelson Jobim (ex-STF) na sua luta para obter o apoio do PMDB a Lula. A diferença é que o PT ainda alimenta a esperança de conseguir o apoio do PMDB no primeiro turno.

INSISTÊNCIA

PT e PSDB corem atrás do apoio de outros partidos, como o PDT e o PPS. Os pedetistas não querem apoiar ninguém porque terão candidato próprio, que sairá das prévias convocadas pelo partido. Também o PPS terá candidato próprio, Roberto Freire. PDT e PPS só anunciarão apoio a outro candidato no segundo turno.

EM FRENTE

O vereador José Aníbal continua firme na sua decisão de se anunciar como précandidato do PSDB ao governo de São Paulo. Aníbal propõe uma prévia no partido entre ele e Serra. Mas, os tucanos continuarão trabalhando pela renúncia do vereador.

APELO

CORRIDA

O PSDB deve criar um grupo para tratar do apoio do PMDB a Alckmin, no segundo turno, isto porque os peemedebistas continuam afirmando que terão candidato. Os tucanos consideram fundamental o apoio do PMDB.

Os tucanos encarregaram Alckmin de conseguir o recuo de Aníbal. Mas, até agora, o apelo do ex-governador não foi atendido. Aníbal confia no seu crescimento nas pesquisas e diz que ainda não subiu porque está fora da mídia eletrônica.

CONVERSAÇÕES

Fora da prefeitura, Serra começa a tratar com sua CARA-A-CARA equipe dos entendimentos A informação é que com os partidos na busca de Alckmin esteve com o presidente do PMDB, Michel coligações. O ideal para os Temer, no fim de semana. O tucanos é que Serra dispute as eleições apoiado no tripé candidato tucano decidiu conversar diretamente com PSDB/PFL/PMDB. o Papa dispensando os COMO SERIA bispos. Michel Temer está na O PSDB pode ter um vice do linha de frente das conversações do PMDB com PFL, que deve ser o empresário Guilherme Afif outras lideranças Domingos. Se não for o vice, partidárias. Afif pode ser indicado candidato da coligação dos GAROTINHO três partidos ao Senado. Nesse Virtual candidato do caso, o vice de Serra sairia do PMDB à presidência, PMDB: Michel Temer ou Anthony Garotinho Orestes Quércia. Se Afif for o considera difícil uma vice, o candidato ao Senado da composição do seu partido coligação seria do PMDB. com o PSDB, embora enalteça as qualidades de 1º ENCONTRO Alckmin. Garotinho acha Investidos no governo e na difícil também sua indicação prefeitura, Cláudio Lembo e para a vice da Gilberto Kassab, ambos do candidatura tucana. PFL, devem promover hoje o 1° encontro para tratar de SOCIALISTAS assuntos ligados às suas Enquanto a cúpula administrações. E aproveitam nacional do PSB discute o para posar para os fotógrafos. virtual apóio à reeleição de

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Política

Vamos ter muito trabalho pela frente e vai valer a pena. Rogério Amato, novo secretário de Estado de Assistência e Desenvolvimento Social Ailton de Freitas/AG/22-11-05

JOSÉ DIRCEU JÁ TRABALHA PARA REELEGER LULA

"Lula pagou caro por não fazer a reforma política"

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ex-ministro e exdeputado petista cassado José Dirceu já está trabalhando para reeleger o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A declaração foi publicada em entrevista concedida ao jornal argentino Página/12, na edição de ontem. "Ex-eminência parda e número 2 de Lula", conforme a apresentação do periódico, Dirceu afirma que o governo "tem razões suficientes para querer a reeleição" e que Lula pagou "caro por não ter feito a reforma política". Segundo Dirceu, ele vê a re-

eleição de Lula com muitas chances reais. "Temos 40% das intenções de voto, apoio do PT e de partidos aliados, como o PTB". O ex-deputado afirma que está trabalhando como advogado e consultor e fazendo política como sempre. "A única mudança é que não tenho mandato. Mas estou trabalhando pela reeleição de Lula. Acho que vou ajudar muito."

Avanços – Ao jornal argentino ele enumerou os avanços do governo Lula, como "tirar o Brasil de uma grave crise de credibilidade, risco de hiperinflação, descontrole do câmbio e crise energética". Dirceu disse que o governo Lula vai fechar quatro anos de mandato "criando cinco milhões de empregos". Em relação à decisão dos tucanos, de disputar a presidên-

cia com o ex-governador Geraldo Alckmin e o governo do Estado com o ex-prefeito José Serra, Dirceu disse ao Pá gina/12 que "esperamos derrotar os dois, já que ambos são adversários". Sobre a saída do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, o petista acredita que foi "uma perda muito grande para o presidente, para o governo e para todos nós".

Rogério Amato assume secretaria Milton Mansilha/LUZ

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rticular a enorme rede social de São Paulo com projetos já existentes para não haver desperdício de esforços e recursos, é o que promete para os próximos nove meses o novo secretário Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social (SEADS), Rogério Amato. "Se queremos dar um pulo rumo aos países desenvolvidos temos que fazer com que os recursos materiais e humanos trabalhem organizada e harmoniosamente", afirma. Aos 57 anos de idade, formado pela FGV, o empresário Rogério Amato leva para a secretaria sua larga experiência em entidades de classe e filantrópicas. Atual presidente da Rede Brasileira de Entidades Assistenciais e Filantrópicas (Rebraf) – que reúne quase mil organizações em todo o País – e vice-presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Rogério – filho do líder empresarial Mário Amato – articulou inúmeras iniciativas assistenciais nos vários Estados do Brasil, onde atua como empreendedor. Amato acumula ainda em seu currículo a coordenação de um dos mais importantes projetos de inclusão social do País: o Movimento Degrau – Desenvolvimento e Geração de Redes, um projeto conjunto da Rebraf em parceria com a ACSP e Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) que gerou, em pouco mais de três anos de existên-

que recebe aquele dinheiro durante um tempo. E quanto às outras prioridades? Dar atenção ao banco de dados que a secretaria já dispõem e ao nosso portal onde todos os prefeitos podem entrar e ver como anda a situação do município, inclusive, com indicadores que podem ajudar no seu desenvolvimento social.

cia, emprego e formação profissional para mais de 200 mil jovens entre 14 e 18 anos, por meio da Lei do Aprendiz (Lei 10.097). Amato, que assume a pasta elogiando a atuação da professora Maria Helena Guimarães de Castro, que foi para a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, conversou com o Diário do Comércio.

Qual a importância do trabalho social em rede? O Degrau me é muito caro pois é uma decorrência da Rebraf, com a Rede Social do Estado que tem as maiores fundações de São Paulo. Trata-se da rede de Proteção dos Direitos da Criança e do Adolescente. Vamos fazer um trabalho para fazer com que todos, juiz, delegado, a professora etc, trabalhem juntos, que se reconheçam como uma rede organizada.

O senhor já definiu a quais projetos daria prioridade neste momento? O Pró-Social, financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), por exemplo, é da maior importância. Com ele, poderemos avaliar o desempenho dessas políticas de distribuição de renda, como o Bolsa Família, para saber se estão funcionando, pois toda a sociedade está investindo bastante dinheiro nisso e, até hoje, nunca se fez um trabalho bem feito para saber o que acontece à família

O senhor pretende ampliar as parcerias da secretaria com o setor privado e entidades assistenciais ? Sem dúvida. É impossível imaginar que uma secretaria, órgão de classe, ou mesmo alguém, faça alguma coisa sozinha, pois isso é o mesmo que desperdiçar recursos, uma característica do subdesenvolvimento. Se queremos dar um pulo rumo aos países desenvolvidos temos que fazer com que os recursos trabalhem organizada e harmoniosamente. É nisso que vamos nos empenhar.

Amato: trabalho conjunto.

Ou seja, não se trata de dar um foco apenas assistencial à secretaria. Pois é. Hoje, a moderna visão da assistência social é muito mais ampla. É preciso pensar na sustentabilidade dos projetos, para que as coisas possam crescer e p e r m a n e c e r. E s ó t e m u m jeito de fazer isso: a articulação de toda a sociedade. E esse conceito é o que o senhor está levando para a secretaria ? Mas não tenha dúvida. Aliás, já trabalhamos junto com a secretaria há três anos. Com isso a Rebraf fica mais próxima da secretaria? Com certeza. Quando se convida o presidente da Rebraf, está se convidando também suas entidades. Aproveito para fazer uma convocação à rede Rebraf e do Degrau e, especialmente, à nossa ACSP e à Facesp, para participarem da nossa gestão. Vamos ter muito trabalho pela frente e vai valer a pena. A capilaridade das 420 associações comerciais que integram a Facesp pode ajudar nesse trabalho ? A ACSP e a Facesp têm as melhores credenciais para fazer e já fazem isso, seja pela sua capilaridade na cidade de São Paulo e no Estado, seja pela representatividade que elas têm em cada um das suas áreas geográficas de atuação. Sergio Leopoldo Rodrigues

A autoridade de um servidor DISCURSO PROFERIDO PELO PROFESSOR CLÁUDIO LEMBO NA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA

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o tomar posse como governador de São Paulo, na última sexta-feira, o professor Cláudio Lembo (PFL), aproveitou, na Assembléia Legislativa, para fazer um discurso em defesa do liberalismo e do Estado democrático, baseado no absoluto respeito às leis. "Creio nos postulados da democracia", resumiu para toda a classe política paulista. Acompanhe a íntegra do discurso: "Prometi solenemente cumprir a Constituição. Obrigueime a preservar o Estado de Direito. Quem se submete à Constituição e comprometese a manter o Estado de Direito sabe que assume, perante esta Casa, o parlamento dos paulistas, deveres irrevogáveis e obrigações irreversíveis. Os direitos naturais das pessoas, em suas quatro dimensões, encontram-se entre estes deveres e obrigações ora assumidos. Na primeira dimensão dos direitos naturais das pessoas, se encontram os

direitos liberais clássicos. Estes proclamam a autonomia de cada pessoa e a importância da liberdade para o progresso individual e da comunidade. Os direitos de liberdade impedem a autoridade de agir sem limites e, assim, ofender as pessoas e seus atributos. Prometo preservá-los e cumpri-los. Os direitos liberais históricos soam como palavras ocas, sem a presença da segunda dimensão dos direitos das pessoas. Esta segunda dimensão contempla os direitos sociais. Estes permitem que a igualdade entre as pessoas não se apresente como mera fórmula vazia. Os direitos sociais possibilitam a todos o acesso aos bens necessários à subsistência individual, das famílias e das entidades familiares. São direitos de prestação do Estado. Prometo torná-los eficazes, na medida das possibilidades. A terceira dimensão dos direitos naturais da pessoa arrola os direitos coletivos e difusos. São os direitos de grupos determinados ou da universalidade de pes-

soas. Os direitos de todas as pessoas apontam para os bens da natureza, do patrimônio histórico e cultural comum. Prometo acatá-los e tê-los como preocupação permanente. A quarta e última dimensão dos direitos naturais das pessoas remonta à idéia de fraternidade e invoca a exigência de solidariedade, dois elementos essenciais para a vida e a criação de laços indispensáveis à sadia convivência social. Prometo incentivá-los e cooperar para a sua efetiva inserção em nossas práticas cidadãs. Poucos serão os meses de minha presença como governador do Estado. Uma ação firme e decidida, neste espaço de tempo, pode servir de estímulo a todos os brasileiros de São Paulo a compreenderem, ainda com maior intensidade, a importância de viver em um efetivo Estado de Direito. O Estado de Direito, a par de contemplar os direitos naturais das pessoas, como cerne de sua própria concepção, traz ainda em

sua arquitetura a exigência dos três poderes clássicos. Prometo a esta Assembléia Legislativa respeito e acatamento às suas funções fiscalizadoras e geradoras de normas legais. Prometo ao Poder Judiciário submissão a suas decisões finais e a reverência devida a seus integrantes. Aos brasileiros de São Paulo peço a diuturna opinião e análise dos meus atos como cidadão e administrador público. Daqui até dezembro, minha dedicação às tarefas do Estado será plena. Sucedo a um administrador, o governador Geraldo Alckmin, que pautou seu governo por profundo respeito à lei e à ética. Seu exemplo é indelével e perdurará, na História de São Paulo, em registro maiúsculo. Ainda e por derradeiro, porque creio nos postulados da democracia, prometo servir com abnegação e firmeza a São Paulo. Obrigado." Cláudio Lembo, governador do Estado de São Paulo.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

12 -.INTERNACIONAL/OPINIÃO

lguns leitores estranham que, em plena ascensão do comunismo na América Latina, eu me desvie da atualidade explosiva para me empenhar, aqui e em outras publicações, num combate aparentemente extemporâneo contra Immanuel Kant e o iluminismo (v. http:// ww w.ol avod ecar valh o.org/se mana/060313dc.htm, http://www.olavodecarvalho.org/semana/060323jb.htm e sobretudo http://jbonline.terra.com. br/jb/papel/opiniao/2006/03/29/joropi20060329002.html, mais o artigo meu que saiu na Zero Hora de ontem, que no momento em que vocês lêem já deve estar reproduzido no meu website, www.olavodecarvalho.org, mas cujo endereço completo não sei ainda). Há quem chegue a imaginar que criei birra do anãozinho corcunda de Koenisberg por sua semelhança física com o de Turim (Antonio Gramsci). Mas nada tenho contra anõezinhos, exceto quando por dentro são monstros enormes. No artigo anterior descrevi brevemente o segundo. Seu antecessor alemão parece bem menos perigoso. Com freqüência, surge na mídia com as feições risonhas de um amante da paz e da liberdade. Ninguém pode negar que isso ele era realmente, mas em filosofia as palavras não valem pelo seu sentidopadrão dicionarizado, e sim pelo conceito específico e plenamente desenvolvido que nomeiam. Quando examinamos o que Kant entendia por paz e liberdade, sabendo que assim as entendem também os atuais candidatos a governantes do mundo, não podemos deixar de perceber que a parecença do filósofo com o fundador do Partido Comunista Italiano não é só anatômica, mas também moral, sobretudo na capacidade que ambos tinham de embelezar com uma linguagem idealística as mais feias realidades históricas que estavam plantando no solo do futuro. ILUSÃO MORTÍFERA - De modo geral, a influência cada vez maior e mais organizada dos intelectuais nos centros de poder mundial e a adoção generalizada da "guerra cultural" como instrumento primordial de dominação tornam a política incompreensível a quem não consiga acompanhar de perto a marcha das idéias. É uma ilusão mortífera imaginar que ainda existe uma esfera "prática" separada do debate cultural, religioso e filosófico. Os políticos ou líderes empresariais soi-disant "pragmáticos", que se gabavam de olhar com desprezo as discussões aparentemente bizantinas dos acadêmicos, são hoje uma raça em extinção. Para destrui-los, basta à intelectualidade ativista conceber estratégias que passem longe do horizonte de visão do seu imediatismo praticista. A vitória do gramscismo no Brasil explica-se, em boa parte, pela indolência intelectual dos líderes políticos e empresariais de fora da esquerda. Nos EUA, nada se debate no parlamento, se decide no judiciário ou se empreende no executivo sem ter passado, muito antes, pelo crivo dos think tanks, onde intelectuais de grosso calibre criam as categorias de pensamento que depois orientam toda a discussão subseqüente. Se você tenta acompanhar o desenrolar dos acontecimentos sem conhecer os pressupostos intelectuais mais remotos por trás dos conflitos de poder, acaba não entendendo nada. Um desses pressupostos é a filosofia de Kant. Exposta num estilo abstruso que repele até os estudantes de filosofia, ela é a última coisa pela qual um "homem prático" poderia se interessar. Por isto mesmo, ela vai se tornando realidade bem diante dos narizes deles, sem que tenham a menor idéia de para onde ela ameaça levá-los. Umas poucas observações bastam para realçar a gravidade do assunto. PAZ ETERNA-Em primeiro lugar, a noção kantiana de "paz eterna", tão própria a seduzir os sentimentais pela sua vaga ressonância bíblica, não significa outra coisa senão "governo mundial". Num estudo importantíssimo (La face cachée de l’ONU, Paris, Ed. Sarment Fayard, 2000), o Pe. Michael Schooyans, filósofo belga que já lecionou no Brasil, mostra que as novas legistações uniformizantes que a ONU vem impondo ao mundo, como por exemplo o abortismo obrigatório a que me referi num dos artigos anteriores, são de inspiração diretamente kantiana. O governo global que a ONU está construindo com rapidez desnorteante é a tradução jurídica exata do que Kant entendia como

segunda-feira, 3 de abril de 2006

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Immanuel Kant (1724-1804)

MuNDOreAL por OLAVO DE CARVALHO, de Washington DC

O guru da Nova Ordem Mundial Há quem chegue a imaginar que criei birra do anãozinho corcunda de Koenisberg por sua semelhança física com o de Turim (Gramsci) "comunidade humana". Essa comunidade, segundo o filósofo, emergia espontaneamente do fato de que os homens são todos dotados da mesma faculdade da "razão". Mas a razão, para Kant, não é a mesma coisa que era para os antigos e medievais. Estes a entendiam como o simples dom da fala e do raciocínio coerente, reflexo longínquo da Razão divina que criou e sustenta o mundo. Graças a esse dom, o ser humano podia apreender algo da ordem divina e cósmica do mundo, ordenando por ela, na medida de suas limitadas capacidades, a vida da sua própria alma. Para Kant, ao contrário, a razão é a autoridade legisladora suprema e insuperável, que não tem satisfações a prestar nem a uma ordem divina pré-existente, nem a quaisquer fatos do mundo real que não se enquadrem na sua auto-regulação soberana. Os estudantes de história da filosofia não ignoram que o iluminismo, de um modo geral, se caracterizara pela apologia da universalidade abstrata, com pleno desprezo da variedade dos fatos singulares. Na Revolução Francesa, milhares de cabeças singulares foram decepadas para enquadrar as restantes na linda universalidade da razão. Kant adorou isso. A rigidez do seu moralismo abstrato não tinha limites. Imaginem agora o que pode resultar da transformação disso em princípio regulador da ordem mundial. Eli-

minar do mapa as nações que não se enquadrarem na perfeição da nova ordem global será tão fácil quanto guilhotinar dissidentes. Se a cultura colombiana, por exemplo, é refratária ao aborto por querer permanecer fiel às suas origens cristãs, corta-se o crédito internacional da Colômbia como outrora se cortou a cabeça do poeta André Chenier ou do físico Lavoisier. Isso está de fato acontecendo, e é uma solução tanto mais tentadora porque o governo colombiano move uma bem sucedida guerra contra o narcotráfico, que a ordem global em gestação preferiria, ao contrário, liberar como comércio legítimo (uma vasta campanha nesse sentido é subsidiada pelo sr. George Soros, que ao mesmo tempo investe pesadamente na construção da nova ordem e na compra de terras... na Colômbia). Para quem quer enquadrar o planeta num modelo jurídico uniforme, esmagando os adversos e recalcitrantes com a boa consciência de um apóstolo da paz eterna, nada mais inspirador do que os abstratismos de Kant. IMPÉRIO DA RAZÃO - Mas, muito antes de insuflar essas idéias malígnas nas cabeças dos burocratas de Genebra, Kant já havia feito um mal irreparável à inteligência humana. Ao consagrar o império da "razão" uniforme sobre a multiplicidade dos fatos, ele criou o dogmatismo cientificista que permite abolir continentes inteiros da realidade, sob o pretexto de que são refratários ao estudo científico, dando em seguida, a essa mesma ciência que admite sua incapacidade de estudá-los, a autoridade de declarar que não existem. Essa idolatria do método produziu resultados tragicômicos. A epidemia de charlatanismo antropológico no século XX esteve entre eles. Ba-

seando-se na premissa kantiana de que de um juízo de fato não se pode deduzir um juízo de valor, nem do valor um fato, cientistas sociais bisonhos professaram abster-se asceticamente de proferir julgamentos de valor sobre as realidades culturais que estudavam e acabaram tirando desse voto de castidade a conclusão de que, nesse campo, as diferenças de valor não existiam mesmo. A igualdade das culturas perante a suprema Razão kantiana é hoje um dogma imposto a todas as nações pelos pedagogos politicamente corretos da ONU. É imensurável a bibliografia destinada a persuadir o mundo de que, por exemplo, os rituais astecas de sacrifícios humanos eram um costume tão decente quanto a caridade franciscana. Quando o Prof. Peter Singer afirma resolutamente os direitos humanos das galinhas, estendendo às diferenças entre espécies animais o

Nos EUA, nada se debate no parlamento, se decide na justiça ou se empreende no executivo sem o crivo dos think tanks mesmo preceito que obteve tanto sucesso no que diz respeito às diferenças entre culturas, ele está sendo rigorosamente kantiano. Da mesma inspiração vem aquela regra sublime de que, como a ciência genética não consegue perceber nenhuma diferença entre um ser humano e um chipanzé aos três meses de gestação, os seres humanos não são realmente diferentes dos chipanzés. Fortalecida pela autoridade de Kant, ca-

da ciência se crê autorizada a proclamar que tudo aquilo que está fora do alcance dos seus métodos é perfeitamente inexistente. Qualquer faxineiro sabe que um embrião humano, uma vez crescido, pode se tornar Platão ou Michelangelo, e que nenhum embrião de chipanzé pode esperar um futuro igualmente promissor. Mas, como a embriologia não estuda nada do que sucede aos embriões depois que eles deixam de ser embriões, essa diferença é kantianamente abolida em prol da soberania do método. E há muito tempo a supressão dessa diferença deixou de ser uma pura especulação acadêmica; ela já virou lei, e as cabeças que sua aplicação vai arrancando pelo caminho não são de chipanzés nem de galinhas. Outro malefício incalculável que o kantismo trouxe à humanidade é a separação rígida e estereotipada entre "ciência" e "religião". Segundo Kant, a primeira diz respeito àquilo que podemos "saber", a segunda áquilo que podemos apenas "esperar", quer dizer, desejar e imaginar. Em suma, vigora aí a diferença entre "conhecimento" e "crença". Uma teoria científica você prova ou contesta. Numa doutrina religiosa, você apenas crê ou não crê, sem possibilidade de arbitragem racional. Essa distinção impregnou-se tão profundamente na alma ocidental que acabou por determinar o uso diário das palavras respectivas na mídia, nas escolas, nas discuções públicas e privadas. Esse é talvez o dogma terminológico de maior sucesso em todos os tempos. Até no automatismo do inconsciente a religião tornou-se "fé", e ponto final. Mas isso é um conceito pueril e insustentável, uma idiotice completa. Nenhuma religião do mundo começa com "cren-

ça". Começa sempre com uma sucessão de fatos que assinalam a súbita e humanamente inexplicável penetração coletiva numa esfera de realidade mais alta, de onde toda a existencia aparece transfigurada por um novo sentido. Digo "fatos" porque é disso que se trata. A travessia do Mar Vermelho pode ter se transformado em objeto de "crença" para as gerações subseqüentes, mas, para aqueles que viveram o acontecimento, não foi nada disso. Jesus Cristo podia dizer ao cego e ao paralítico curados: "Tua fé te salvou." Mas é pura metonímia: a cura, se fosse pura matéria de fé e não um fato da ordem física, seria fraude e nada mais. Com a passagem do tempo, esfumando-se a memória viva dos testemunhos, o acesso a esses fatos pode requerer alguma "fé", mas não tem sentido confundir a natureza de um fato com o modo de conhecê-lo séculos depois. Ou esses milagres aconteceram, ou não aconteceram. E deslocar o problema para um passado remoto é só fugir do problema. Setenta e seis por cento dos médicos americanos acreditam hoje em curas miraculosas, porque as vêem acontecer diariamente e sabem que elas são até mais freqüentes do que a cura pelos meios terapêuticos usuais. JESUS - O próprio Jesus Cristo, quando perguntaram se Ele era mesmo o enviado de Deus ou se seria preciso esperar por algum outro, não respondeu com uma "doutrina" para ser crida ou descrida, mas com fatos para ser confirmados ou impugnados (confira em Mateus, 11:16). As religiões só se transformam em matéria de "crença" para um público que está muito afastado, no espaço ou no tempo, das suas fontes originárias. O conhecimento direto e o estudo cientificamente responsável dos acontecimentos miraculosos são as únicas vias de acesso intelectualmente válido à religião. O resto é uma discussão oca entre ignorantes tagarelas sentados na periferia da realidade. Hoje em dia, porém, qualquer fato tido por miraculoso está afastado, automaticamente, da discussão oficial, a não ser quando é uma fraude ou uma ilusão, isto é, quando, precisamente por não ser miraculoso de maneira alguma, pode ser explicado por algum psicologismo ou sociologismo fácil. Expulsos os dados inconvenientes, a "razão" kantiana impera absoluta no seu buraco de toupeira. O kantismo, consagração da covardia intelectual que foge de tudo aquilo que não conhece, bloqueia a possibilidade de vir a conhecê-lo. Nenhum autoritarismo dogmático, ao longo da história, foi tão mesquinho e tão danoso quanto esse. Em artigos subseqüentes darei exemplos de seus efeitos desastrosos na cultura, na história e na vida moral. INOCÊNCIA FINGIDA - Por enquanto, peço apenas que não me venham com aquela conversa mole de que Kant tinha a melhor das intenções, de que foi tudo culpa do zelo exagerado de discípulos incompreensivos. As conseqüências perversas do kantismo, como as do hegelianismo e do marxismo, não vieram séculos ou milênios depois: foram quase imediatamente

Eliminar do mapa nações que não se enquadrarem na nova ordem global será tão fácil quanto guilhotinar dissidentes subseqüentes. Um pensador que se acha capaz de virar do avesso o universo inteiro dos conhecimentos humanos não tem desculpa para ignorar os efeitos mais obviamente previsíveis da difusão de suas idéias. É indecente passar da arrogância intelectual suprema aos gemidos de inocência fingida. Não se pode conceder esse direito a Kant, como não se pode concedê-lo a Hegel, a Karl Marx ou mesmo a Nietzsche, malgrado o atenuante da loucura. Quem quer que anuncie ter compreendido o sentido integral da História humana tem a obrigação estrita de prever com acerto o próximo episódio, ao menos no que diz respeito ao seu próprio campo limitado de atuação pessoal. Se nem isso o cidadão consegue fazer, é porque não alcançou a plenitude da autoconsciência filosófica de um Platão, de um Aristóteles, de um Tomás de Aquino ou de um Leibniz. E, nesse caso, é só por devoção idolátrica que continuamos a considerá-lo um grande filósofo e não apenas um pensador interessante.


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Senado Câmara Eleições Planalto

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 3 de abril de 2006

Existem campanhas nas ruas incitando a população a optar pelo voto branco ou nulo para protestar contra os governantes Miguel Reale Júnior, jurista

CORRUPÇÃO SERÁ TEMA INEVITÁVEL

CIENTISTAS POLÍTICOS TEMEM TROCA-TROCA DE BOATOS E ACUSAÇÕES ENTRE GOVERNO E OPOSIÇÃO.

CRISE E ÉTICA ACIRRAM CAMPANHAS Paulo Liebert/AE/30-08-04

Márcia Rodrigues

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eleição presiden- concretos e mostrar ao povo cial de 2006 já está que moralidade, ética e os liminas ruas. Há seis tes dos governantes também esmeses do pleito e tão em pauta, mais do que nuncom a definição dos principais ca este ano, e merecem atenção candidatos – o presidente Luiz redobrada a partir de agora. Inácio Lula da Silva (PT) e o exO cientista político da Tengovernador de São Paulo, Ge- dências Consultoria alerta para raldo Alckmin (PSDB) – dá pa- os riscos de um campanha difara se prever o clima predomi- matória. "Os candidatos sabem nante na disputa dos protago- que a legislação é bastante rigonistas. A moral, a ética e os li- rosa e que qualquer descuido mites da governabilidade de resultará em direito de resposum presidente, além da atual ta, o que implicará na redução crise política, certamente serão no tempo que eles têm para faas grandes matrizes das cam- zer sua propaganda no rádio e panhas partidárias. Alguns na TV’, ressalta Schmitt. Outro cientistas políticos até as clas- fato importante, na opinião desificam como mecanismos de le, é a falta de apelo dos discurdestruição da imagem do atual sos moralistas. "Nem sempre é governo petista, que sempre se agradável para o eleitor saber sustentou com a bandeira em sobre os aspectos morais e étiprol da moralidade. cos de um candidato porque ele "As campanhas serão acirra- mesmo comete deslizes em sua das por acusações, divulgação vida e pode não gostar do que de fitas comprometedoras de vai ouvir". candidatos ou pessoas ligadas Descrença – O insucesso das a eles, além de constantes men- Comissões Parlamentares de ções a escândalos que domina- Inquérito (CPIs), impedidas ram a mídia no ano passado, de fazer uma apuração real dos como o dos US$ 100 fatos que foram alvo mil escondidos na de uma série de decueca de um assesnúncias contra altos sor do deputado esmembros do govertadual José Nobre Haverá boatos no, vem criando um Guimarães (PT)", c l i m a d e d e s c o nafirma o cientista e constantes fiança na população político Gaudêncio vazamentos de e no eleitorado, alerTorquato. Para ele, informações da ta o jurista, Miguel haverá um "saco de oposição e do Reale Júnior. Para boatos" e constantes governo. ele, a população está vazamentos de ininsatisfeita por acreformações sigilosas Gaudêncio Torquato, ditar que "algumas cientista político pessoas são imunes tanto da oposição a averiguações"(veja como do governo. "Os candidatos estão se muni- entrevista abaixo). "Existem ciando para conseguir meca- campanhas nas ruas incitando nismos de destruição comple- a população a optar pelo voto ta dos adversários", aposta. branco ou nulo para protestar Outro que vê a corrupção co- contra os governantes", lamo o tema central da oposição menta Reale, que foi ministro para combater Lula é o profes- da Justiça no governo Fernansor de ciência política da Uni- do Henrique Cardoso. O jurista, inclusive, faz parte versidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Nelson Carva- do movimento "Da Indignação lho. Para ele, a crise política se- à Ação", que propõe algumas rá o grande mote da campanha medidas para dar lisura à realido PSDB, mesmo que Alckmin zação das eleições. Entre elas, o relute em seguir o plano dos controle efetivo das contas de marqueteiros do partido. campanha por convênios de triPropostas concretas– Mas bunais eleitorais e bancos, com nem todos os analistas acredi- o auxílio dos conselhos de contam que os escândalos vão im- tabilidade e que o Tribunal Superar nas campanhas, como perior Eleitoral (TSE) crie um único instrumento da oposição. disque-denúncia e divulgue Até porque, "denúncias de cor- nos meios de comunicação os rupção não sustentam uma fatos lesivos para que a populacampanha de quase cinco me- ção participe do processo de fisses", afirma Rogério Schmitt, da calização. "São medidas que Tendências Consultoria. Por is- não implicam em mudanças na so, o partido político que quiser legislação eleitoral e que pose dar bem nessas eleições vai dem ser efetivamente objeto de precisar apresentar projetos decisão do TSE", afirma.

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao lado do então governador Geraldo Alckmin, no ano passado, durante premiação de empresas admiradas

Governo vai ressaltar o crescimento econômico

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s governistas, segundo especialistas, vão basear toda a sua campanha política no desenvolvimento econômico e nos projetos sociais que foram implantados até agora. De acordo com a cientista política e professora da Faculdade Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fespsp), Roseli Martins Coelho, apesar do crescimento econômico do ano passado ter sido inferior ao previsto, houve um impacto positivo na vida da população de baixa renda. "Para eles o que interessa é a abertura de mais vagas de trabalho no mercado, o aumento expressivo do salário mínimo, que pode parecer pouco, mas para eles foi muito significativo, e os

projetos sociais como o bolsa escola, anunciados pelo governo. Tudo isso aconteceu em 2005 e promete ser mantido este ano", comentou. Para o sociólogo e professor da Fespsp, Rogério Baptistini Mendes, não é a economia que vai pesar de forma favorável para o governo nas campanhas eleitorais deste ano, mas o carisma e a relação pessoal que a população tem com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Para as classes menos favorecidas Lula é um semi-Deus que vai livrar o Brasil dos ricos. Eles também acreditam que o Lula está sendo alvo de injustiças dos ricos que querem o seu mal só porque é um homem pobre que chegou ao poder", ressaltou. (MR)

Crise política já muda o discurso dos candidatos atual crise política já começou a interferir na forma como as pessoas vêem a política e vai refletir, conseqüentemente, no resultado das eleições deste ano, segundo o sociólogo e professor da Faculdade Escola de Sociologia de São Paulo (Fespsp), Rogério Baptistini Mendes. "Esta desesperança e desilusão já mudou o perfil dos candidatos que disputarão a Presidência da República. Basta observar os arranjos internos dos partidos. Houve a ruptura do próprio PT, que resultou na criação de PSOL, e a formação de alianças que até pouco tempo era inimaginável", afirmou. Para ele, escândalos como o do mensalão, por exemplo,

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serão muito usados nas campanhas da oposição. Outro que acredita que a corrupção será o tema central, principalmente do PSDB, é o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Nelson Carvalho. Mesmo que hoje o exgovernador de São Paulo, Geraldo Alckmin, esteja relutante em abordar o tema, e afirma que vai basear sua campanha em projetos, será inevitável falar da corrupção, segundo Carvalho. "Os últimos escândalos que foram revelados pela oposição nas eleições presidenciais do Canadá, no fim do ano, impediram que o Partido Liberal, que dominou aquele país por muitos anos e era o favorito da população, fosse o vencedor", afirmou. (MR)

não se pode impedir que sejam realizadas porque a CPI não pode estar limitada por exigências escritas. Quando se fala em fato determinado, por exemplo, estamos falando do fato em si, que está sendo investigado, mas se forem apresentadas novas ramificações, elas devem ser analisadas. Não dá para dizer 'isso não tem nada a ver porque não estava fixada'. É evidente que não se podia prever no início do processo, mas se aparecerem, as investigações não podem ficar limitadas porque senão a CPI não prospera.

Qual a sua avaliação sobre a intervenção do Poder Judiciário nas investigações? O Judiciário sempre teve um papel importante, de guardião da Constituição Federal, mesmo com relação a atos praticados pelo Legislativo. Ele cuida de garantias como a quebra de sigilo bancário, por exemplo, para que não ocorram sem a devida justificativa. O direito de ficar calado está na Constituição. O que não é permitido é mentir numa CPI, diferente do processo penal que pode faltar com a verdade. Impedir oitiva é impedir que exista a atuação plenamente aberta e livre do Poder Legislativo. É uma interferência, a meu ver, do Judiciário. Eu tenho a maior admiração pelo ministro Nelson Jobim, fui um entusiasta da sua indicação, eu o considero o ministro mais importante hoje no STF. Da mesma forma que o elogio, porque ele merece, tenho amizade por ele. Eu o critico também não por antagonismo, mas porque acho que o entendimento dele não está de acordo com aquilo que eu penso. (MR)

Luiz Prado/LUZ

Reale Júnior quer mais fiscalização para o Caixa 2

A

s eleições deste ano preocupam o jurista Miguel Reale Júnior, especialmente depois que o crime de Caixa 2 em campanhas políticas atingiu tanto o PT quanto o PSDB e acabou banalizado pelo próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva em entrevista à TV Globo. Para ele, "só a transparência nas eleições trará de volta a credibilidade da população". Em entrevista exclusiva ao Diário do Comércio, ele afirma que o povo brasileiro vai 'sobreviver' , superar, a atual crise política, mas com muita dor. E defende que a sociedade seja ensinada e conclamada a fiscalizar os candidatos, dando suporte ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Por esses motivos, ele integra o movimento "Da Indignação à Ação", com o apoio da OAB-SP, que propõe uma série de medidas para garantir a lisura do pleito deste ano.

Quais são as propostas do movimento para as eleições? O movimento "Da Indignação à Ação" propõe o controle efetivo das contas de campanha, a divulgação de práticas que ferem a legislação e a criação de um disque-denúncia para que o eleitor seja um partícipe, um protagonista do processo, um fiscalizador da lisura da eleição. Nós sabemos que o tribunal não tem como fiscalizar tudo, principalmente "aquela" cidadezinha do interior. Enfim, são medidas que trarão mais transparência e que não precisam de alteração na lei para funcionar. Encaminhamos ao TSE uma proposta de convênio entre os tribunais eleitorais e os tribunais de conta. O resultado das CPIs vai se refletir nas eleições? Sim, justamente porque a população está insatisfeita com as investigações por acreditar que

Ex-jurista Miguel Reale Júnior quer a ajuda do povo para fiscalizar

algumas pessoas são imunes a averiguação. Tanto que existe uma campanha para o voto branco e nulo. Como avaliar o impedimento da quebra do sigilo de Paulo Okamotto e a devassa contra Francenildo dos Santos Costa? No caso do Okamotto há fatos importantes que justificam a quebra do sigilo. Afinal, ele declarou, na própria CPI dos Bingos, que pagou contas do presidente e depois surgem provas de que também pagou contas

de seu filho. Um homem que exerce uma função pública e importante de dirigente do Sebrae teria que abrir suas contas. O caseiro abriu. Ou seja, quando chega perto do presidente se faz um biombo protetor e impeditivo de apuração da verdade. O senhor acredita em mais quebras de sigilo durante a campanha eleitoral? Não se pode estabelecer que as cassações e investigações sejam verdadeiras devassas ou inquisições. Ao mesmo tempo,

De um modo geral, como o País vai sobreviver à crise? Com muita dor. Eu creio, e a gente percebe junto à população, uma imensa descrença e uma grande desconfiança e é necessário que continuemos lembrando tudo o que aconteceu nos últimos meses, porque acredito que parte da população já esqueceu, inclusive, o que foi o Mensalão. Só mesmo a repetição da informação trará a conscientização. Caberá ao eleitor mudar ou não.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 3 de abril de 2006

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Geral PETROBRAS

Temos vários objetivos e interesses comuns. Precisamos da Bolívia como a Bolívia precisa de nós. Do presidente da Petrobras José Sérgio Gabrielli

Wilson Dias/ABr

Brasileira sepultada em Israel

NA MESA DE NEGOCIAÇÃO

Helena Halevy e seu marido israelense morreram em um atentado suicida na quinta-feira

Futuro de petroleiras multinacionais está em jogo na Bolívia, mas Evo Morales diz que o Brasil terá mais "flexibilidade" nas negociações

O

secretário especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, e o presidente da Bolívia, Evo Morales devem negociar ainda hoje o futuro da Petrobras na Bolívia. Em um decreto que deve ser publicado ainda este mês, o governo boliviano pretende determinar a transferência para a estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales (YPFB) do controle sobre os campos de petróleo e gás atualmente nas mãos de multinacionais. Garcia sinalizou que a nacionalização dos ativos da Petrobras não é fato consumado e que o governo brasileiro fará o possível para evitar a retomada das jazidas por parte da Bolívia. A Petrobras tem forte presença na Bolívia e já vinha mostrando desconforto com a decisão nacionalista de Morales. Evo Morales veio ao Brasil ontem para participar da reunião anual do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em Belo Horizonte. Ele

declarou que "há muita irmandade" com o Brasil, país ao qual considerou "um irmão maior", por isso "há uma maior flexibilidade nas relações". Garcia saiu de São Paulo por volta das 13h de ontem em direção à capital mineira para o encontro. Questionado sobre se a decisão da Bolívia seria contrária à política do governo Luiz Inácio Lula da Silva de priorizar as relações com os países da América do Sul, Garcia desconversou: "Não vou discutir as negociações com a Bolívia pela imprensa." A proposta da Bolívia para as multinacionais que atuam no país como concessionárias na exploração de petróleo é a migração para um novo modelo contratual em que as empresas se tornem prestadoras de serviço da YPFB. Este novo modelo de exploração do pretróleo no país foi definido em maio do ano passado, com a Lei dos Hidrocarbonetos, que nacionalizou todas as reservas do recurso. (AE)

Gil Cohen Magen/Reuters

Marco Aurélio Garcia: sem especulações sobre o futuro da estatal brasileira Arquivo DC

Brasileiros e israelenses estiveram no funeral

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Evo Morales: relações com o Brasil são de "muita irmandade"

BOMBEIRO Cristiano Machado/Hoje em Dia/AOG

O

presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, sinalizou ontem a intenção de reforçar o volume das reservas internacionais brasileiras, que somam aproximadamente US$ 61 bilhões. Ao ser indagado sobre a disposição do governo de aumentar as reservas, Meirelles respondeu que dará continuidade ao processo de acumulação, levando em conta as condições de liquidez do mercado financeiro, mas também evitando que as compras adicionem volatilidade ao mercado cambial. "Se em algum momento, chegarmos à conclusão que atingimos o nível adequado, certamente vamos anunciar. Não é o caso agora", disse, sobre o nível de reservas adequado a ser atingido. A declaração de Meirelles fez parte de um trabalho de "bombeiro", exercido ao longo de todo o fim de semana, ao reafirmar a continuidade da atual política econômica, independentemente da saída de Antonio Palocci do Ministério da Fazenda. Desde a noite de sexta-feira, ele participou de uma maratona de encontros com representantes de bancos estrangeiros que participam de seminários que antecedem a 47º reunião do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que começa hoje. Nas conversas, uma preocupação central foi sobre o grau de independência do Banco Central, já que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou, na última semana, que o Banco Central responde diretamente a ele, e não à Fazenda. "Desde o início de sua gestão, o Presidente Lula tem assegurado a autonomia do Banco

Washington Alves/Reuters

Com a saída de Palloci na Fazenda, presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, passa o fim de semana acalmando ânimos sobre a economia

Central para suas decisões. Esse é um processo que tem continuado informalmente", disse Meirelles na abertura do seminário do Institute of International Finance (IIF) - o único compromisso aberto à imprensa. O presidente da entidade, Charles Dallara, apresentou Meirelles como figura-chave no processo de estabilização da economia brasileira no governo Lula, mas

também como garantidor de que esse processo terá continuidade, apesar da saída de Palocci do Ministério da Fazenda. Após sua exposição no seminário, Meirelles respondeu a três perguntas da platéia de representantes do mercado financeiro. Todas foram espinhosas. Uma indagava sobre a amplitude da autonomia do BC. Ele explicou que a legislação não prevê autonomia. "A independência depende do compromisso do Presidente da República. É assim que funciona no Brasil", afirmou. Ao ser perguntado se a proposta de autonomia formal será enviada pelo Presidente Lula ao Congresso Nacional, Meirelles disse que não é um assunto de sua competência, mas do governo e do Congresso Nacional. Uma segunda pergunta foi sobre as críticas à persistência das altas taxas de juros no País. O presidente do BC voltou a reafirmar que os juros seguem um trajetória de queda enfatizando que a elevação foi necessária para trazer as expectativas de inflação para as metas. "No dia em que todos nesta sala tiverem confiança de que a inflação ficará dentro da meta fixada, o risco Brasil cairá, o que facilitará muito a queda dos juros", disse. Um economista perguntou se o BC tinha preocupação com a apreciação do real frente ao dólar norte-americano. Meirelles reafirmou que a única meta da autoridade monetária é a inflação. "Se olharmos os números, veremos que a balança comercial continua forte e as exportações crescendo. Se o mercado acreditar que o câmbio está valorizado, promoverá o ajuste necessário", afirmou. (AE)

sinagoga da colônia israelense de Kedumim, no norte da Cisjordânia, ficou lotada, na manhã de ontem. Parentes, amigos e conhecidos fizeram questão de se despedir da brasileira Helena Halevy e de seu marido, o israelense Rafael Halevy (conhecido como Rafi), mortos na quintafeira, passada, vítimas de um atentado suicida. O velório, que teve a presença de parentes de Helena, de Israel e do Brasil, transcorreu em clima de muita tristeza e comoção. "A morte não conseguiu separar Helena de Rafi. Eles formavam um casal que só queria a paz", disse chorando a irmã da brasileira, Fanny Tenembaum. Os quatro filhos do casal Halevy, Oded (35 anos), que é tenente-coronel do Exército israelense, Gilad (33), Naamá (30) e Neta (27) sentaram diante dos caixões com os corpos dos pais. O de Helena estava coberto com a bandeira de Israel e o de seu marido com um talit (um manto ritual judaico). "Meus pais eram a favor da paz. Acreditavam na coexistência pacífica entre judeus e árabes", afirmou Naamá. A mãe de Helena, Débora Shilovitzki, de 78 anos, chorou muito no velório e teve de ser amparada durante o cortejo que seguiu para o cemitério de Kedumim. A família vetou a presença da imprensa no enterro. Nascida em Copacabana, no Rio de Janeiro, Helena tinha 59 anos e imigrou para Israel aos 18. Há cerca de 20 anos, ela e o marido decidiram morar no assentamento de Kedumim, a poucos quilômetros de Nablus, no coração de uma das regiões mais conflituosas do planeta. Na semana passada, eles voltavam de uma festa quando decidiram dar carona a três pessoas na estrada. Entre os passageiros estava o palestino Mahmud Masharka, de 24 anos, que, disfarçado de judeu ortodoxo, acionou 10kg de explosivo dentro do carro. O suicida foi identificado horas depois como membro do grupo radical Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa. O rabino de Kedumim, Daniel Shilo, afirmou que o casal Halevy era conhecido pela bondade e por tratar palestinos e israelenses com a mesma gentileza. "Rafi e Helena eram justos também em relação ao povo do qual veio o assassino. E justo eles foram os escolhidos para morrer", disse o rabino. Apesar de sustentar que o casal condenava vinganças, Shilo apelou ao governo para que responda ao atentado com ações militares. (AE)

Protestos e bomba em BH

A

Sob um forte esquema de segurança, manifestantes protestaram ontem em Belo Horizonte contra a realização do encontro do BID

gentes da Polícia Federal (PF) detonaram no início da tarde de ontem uma bolsa suspeita de conter algum tipo de explosivo, no Expominas, em Belo Horizonte, onde acontece programação que antecede a Assembléia Geral de Governadores do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A bolsa de couro, distribuída aos participantes do evento, foi encontrada por volta das 12h, no chão, num dos banheiros do centro de convenções. Depois de 40 minutos sem que ninguém reclamasse, o pessoal da limpeza comunicou os agentes federais. De acordo com o delegado da PF,

Alexandre Silveira de Oliveira, que coordena o centro de órgãos de segurança do encontro do BID, os peritos chegaram a examinar o conteúdo da bolsa por equipamentos de raio-X, sem sucesso. Os policiais retiraram a bolsa por uma corda e a detonaram do lado de fora do Expominas, onde acontece o encontro. Esta é a quarta suspeita de bomba que

foi verificada pelos 20 peritos criminais da PF, desde que foi iniciada a programação do evento, na última quarta-feira. O primeiro caso ocorreu no Hotel Ouro Minas, que sediou alguns eventos paralelos da reunião. Na sexta-feira, uma bolsa de couro estava em um dos banheiros masculinos do Expominas e uma denúncia falsa foi investigada pela PF.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 3 de abril de 2006

1 Consumidor não tem o hábito de planejar Marcel Solimeo, economista da ACSP

INADIMPLÊNCIA, QUE AFETA MILHARES DE BRASILEIROS, PODE SER CONTROLADA, NA OPINIÃO DE ANALISTAS

CONTRA O CALOTE, PLANEJAMENTO Marcos Fernandes/Luz

Roseli Lopes

D

esemprego, perda de renda, descontrole financeiro, falta de planejamento, crédito mal avaliado, calote ou apenas esquecimento. O que leva o brasileiro a financiar a compra de produtos e serviços e depois não pagar a dívida na data combinada? Por que ele fica inadimplente? Uma explicação científica para a inadimplência não existe. Ela pode ser justificada por um dos motivos acima ou por todos eles juntos. Uma pesquisa sobre as cauPatrícia Cruz/Luz

Fábio Busti, bancário: "Mais de uma vez esqueci de pagar a conta da internet. Até me cobrarem".

sas que fazem com que o brasileiro atrase o pagamento de dívidas, realizada, no mês de março, pelo Instituto de Economia Gastão Vidigal (IEGV), da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), dá algumas pistas: dos quase 630 consumidores ouvidos que disseram estar inadimplentes, 48% apontaram a perda do emprego como principal motivo para efetuarem o pagamento fora da data. O empréstimo do nome para terceiros, na condição de avalista ou fiador, velho costume incorporado pelo brasileiro para ajudar parentes e amigos sem crédito no mercado, foi citado em 15% das respostas. Outros 10% indicaram o descontrole dos gastos como responsável pela inadimplência. “O brasileiro se complica porque não tem o hábito de planejar seu orçamento. Sem planejamento, muitas vezes ele acaba surpreendido por imprevistos, como a perda de emprego, por exemplo", avalia o economista Marcel Solimeo, diretor do Instituto de Economia Gastão Vidigal. Outro problema, diz ele, é que a maioria das pessoas tem renda baixa. A última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que, menos de dois anos atrás, em 2004, o percentual de pessoas ocupadas cresceu ao nível mais alto desde 1996. Já o rendimento médio real dessa mesma população manteve-se nos mesmos R$ 733,00 verificados no ano anterior. Sem renda suficiente, diz Solimeo, a maioria encontra no crédito a parte que falta no salário. Mas muitos se endividam além do que podem. Calcula-se que, hoje, dos 90 milhões de brasileiros que fazem parte da População Economicamente Ativa – pessoas com idade acima de 10 anos que exercem um trabalho remunerado, segundo o IBGE, com ou sem carteira assinada – cerca de 80% use algum tipo de crédito. Seja por meio do cheque especial, pelo cartão de crédito ou via empréstimo em bancos e financeiras. Hora errada – A falta de planejamento citada pelo economista Marcel Solimeo fez Osvaldo, um operador de tele-

marketing que pediu para omitir seu sobrenome, pegar, na semana passada, um empréstimo em uma financeira. O segundo em menos de dez dias. O primeiro foi conseguido no banco, que liberou apenas parte dos R$ 3 mil de que Osvaldo precisava para pagar os gastos de uma viagem feita no início de 2006 "em hora errada", nas suas próprias palavras, as prestações referentes à compra de eletrodomésticos efetuada no final de 2005 e a prestação do carro, adquirido também no ano passado. Casado, dois filhos na escola, Osvaldo viu, em março, seu orçamento estourar feito uma bexiga. "Meu salário é baixo e tenho de preservar meu nome. Melhor pagar juro de 8% ao mês a ver meu nome sujo", diz. Situação menos dramática, porém não incomum, vive Maria Aparecida Martins, casada, um filho, e que trabalha em uma agência de publicidade. “O consumidor é seduzido o tempo todo a gastar. Quando se é mulher, pior ainda. É roupa, é sapato, é tudo. Já comprei vestido de tamanho menor do que eu uso porque estava em liquidação. Pensei: posso emagrecer, não posso? A gente se enrola em dívidas. Principalmente quando se está em férias”, diz. Das últimas, passadas em Cancun, ela trouxe um pé-de-pato. “Tem tudo a ver com Cancun, mas aqui... eu nem tenho casa na praia! Foi o cúmulo do consumismo, admito”. Com ou sem utilidade, todas as compras de Maria Aparecida têm um destino: a fatura do cartão de crédito, que a deixa “em pânico”, diz ela, quando chega. “É quando corro de um lado para outro para conseguir pagar”, confessa. Democrata – A inadimplência não tem sexo, cor nem classe social. Também não escolhe segmento da economia. Pode aparecer no pequeno lojista da esquina que vendeu a prazo e no maior banco do País que concedeu um crédito pessoal. Todos são suscetíveis a ela. Em 2005, a inadimplência cresceu entre as financeiras, segundo Érico Sodré, presidente da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), para quem o brasileiro “não está acostumado a gerenciar dívidas”. Também ganhou corpo entre as administradoras de cartões de crédito, chegando a ultrapassar os 16%, revela a pesquisa Crédito Pessoal, Panorama e Perspectivas, reali-

Maria Aparecida Martins: "Pé-depato que comprei em Cancun foi o cúmulo do consumismo". Fiquei enrolada no cartão de crédito".

zada pelo Ibope Inteligência, empresa do grupo Ibope que atua na análise de setores de consumo e meios de pagamento, entre outros. Em fevereiro último, os bancos concederam R$ 163,4 bilhões em crédito a consumidores pessoa física. Registraram um percentual de saldo com atraso no pagamento acima de 90 dias, em relação ao total em-

prestado, de 7,1%, segundo o Banco Central (BC). No comércio, o mês de março encerrado na sexta-feira deve apresentar uma taxa líquida de inadimplência de 30 dias em média na casa dos 7%, segundo a ACSP (a inadimplência líquida é igual ao número de títulos incluídos na lista de devedores menos os cancelados, dividido pelo total de consultas de três meses anteriores). Se concretizado, o índice, apesar de maior do que o de março de 2005 (6,4%) estará dentro do previsto para o período, segundo o economista Emílio Alfieri, da ACSP. “A inadimplência de março e abril é reflexo do excesso de gastos do final do ano”, diz ele. "Mas serve de um alerta para o comércio e para o próprio consumidor" completa. Para o presidente da ACSP, Guilherme Afif Domingos, é isso e mais um pouco: “O consumidor, que já tem renda curta, ainda vê seu salário ser espremido pelo confisco tributário. É um processo permanente de drenagem, que não volta para o sistema produtivo. Temos uma economia de confisco pelo imposto sobre o salário e pelo juro alto", diz Afif. Uma fórmula mágica para acabar com a inadimplência não há. “Ela não é privilégio do

Wagner Barbosa é gerente de cobrança em um banco, mas ele próprio já ficou inadimplente, por excesso de gastos no cartão

Brasil, está diretamente ligada ao crédito, em qualquer país”, diz o consultor Boanerges Ramos Freire, sócio-diretor da Boanerges & Cia., consultoria em varejo financeiro. “O que acontece é que o brasileiro usa de forma errada o crédito. Crédito não é renda. é um instrumento que ajuda o consumidor a comprar algo em determinado momento. E o cartão de crédito é um dos mais arriscados. É como dar um cheque em branco sem ter conta corrente”, diz ele. Bola de neve – Wagner Barbosa, de 27 anos, solteiro, que trabalha na área de cobrança de um grande banco, concorda: "Você vai comprando e quando percebe o cartão virou uma bola de neve. Para pagar a dívida do cartão fiquei devendo na faculdade porque essa dívida podia jogar para a frente, não te protestam", conta. Fernando Chaves, garçom, que também se enrolou com a dívida do cartão de crédito, culpa os bancos: "Eles dão crédito muito fácil. Tenho três cartões. Meu limite em um deles é de R$ 900, bem maior do que meu salário. Há uma semana tomei um empréstimo para poder pagar as faturas", diz. Independente da causa, os efeitos da inadimplência não são sentidos apenas pela empresa que concede crédito. O c o n s u m i d o r, e m e s p e c i a l aquele que paga em dia suas contas, é afetado diretamente por ela. “O primeiro impacto da inadimplência recai sobre o custo do crédito”, diz Armando Castellar, economista do

Leonardo Rodrigues/Hype

Érico Sodré (primeira foto, no alto), da Acrefi, e Guilherme Afif Domingos, da Associação Comercial de São Paulo (foto acima): cadastro ajudaria a baixar os juros do crédito

Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e professor de economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). “No momento em que o credor deixa de receber, ele aumenta o juro dos empréstimos, seja ele lojista ou um banco”, conclui Castellar. Isso porque, receber o pagamento da venda com atraso é sinônimo de aumento de custos, lembra o economista. Cadastro positivo – E é nesse momento que o cadastro positivo poderia fazer a diferença. O cadastro positivo, defendido pela Associação Comercial de São Paulo em nome do varejo, é um um histórico do consumidor no mercado de crédito. Nele, estariam informações do comportamento dos consumidores, como, por exemplo, se ele costuma pagar em dia as dívidas geradas de financiamentos, quantas vezes tomou empréstimo, em que circunstâncias. O cadastro positivo poderia ser usado pelo varejo, por bancos e empresas credoras para identificar o risco que determinado cliente representa para ele no momento de conceder crédito.

"O cadastro positivo vai premiar o bom pagador com juros menores, permitiria que se aumentasse o volume de crédito sem risco, ajudando a movimentar a economia", diz o presidente da Associação Comercial, Guilherme Afif. O projeto de lei que cria o cadastro, elaborado em parceria com a ACSP, foi encaminhado ao Congresso Nacional em agosto do ano passado. Mas ainda não foi aprovado. "É preciso parar de pensar no cliente negativo para pensar no positivo. Que fundamental não é o cliente estar com o nome sujo, mas qual é seu comportamento, qual é sua história. é muito importante que cada consumidor construa sua história para que ela possa ser usada a seu favor na hora de ele buscar um crédito, pagando juros menores", diz Élcio Aníbal de Lucca, presidente do Serasa. "Hoje, a gente só sabe quem é

ruim. Precisamos conhecer quem é bom pagador", afirma Érico Sodré, presidente da Acrefi. "Sem o cadastro, o cliente é uma incógnita e o risco do mercado é rateado por todos", diz Boanerges Freire. O cadastro positivo ajudaria pessoas como o motorista de táxi Vinícius de Castro, casado, um filho, que sempre quitou em dia suas prestações. Mas atrasou, por três meses, o pagamento do cartão de crédito, do cheque especial, do convênio médico e da conta de telefone depois que teve seu carro roubado e foi obrigado a ficar 30 dias parado, sem trabalhar. Reconheceria, ainda, no bancário Fábio Busti, de 34 anos, um bom cliente. Ainda que ele costume atrasar o pagamento da internet. "Atraso por puro esquecimento, só lembro quando sou cobrado", diz ele. Na página 3, especialistas falam sobre o controle da inadimplência.


Resultados do check-up da

inadimplência Ano 81 - Nº 22.099

Perder o emprego, avalizar e gastar sem controle são as causas mais comuns de uma doença nacional: a inadimplência. Pesam também o o juro alto e o confisco tributário no salário do consumidor. Economia/ 1 e 3.

São Paulo, segunda-feira 3 de abril de 2006

Ninguém entende a w w w. d co m e rc i o. co m . b r

COFINS Técnicos e fiscais da Secretaria da Receita Federal farão um curso para entender a Cofins, alterada já 150 vezes. Opinião/ 10.

R$ 0,60 Jornal do empreendedor

O movimento agora vai para Curitiba. Eco/5.

Leão com faro afiado em seu IR Dobram os presos na malha fina. Eco/ 5.

Edição concluída às 23h30

Brian Jensen/Corbis

Sebastão Moreira/AE

São Paulo atropela o Santos e adia o título Alex Dias (foto) comemora o terceiro (dos 3 a 1) contra o líder. A decisão do Paulistão fica para a última rodada. DC Esporte. Wojtek Radwanski/AFP

Paulo Pampolin/Hype

HOJE Parcialmente nublado Máxima 28º C. Mínima 18º C.

AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 28º C. Mínima 18º C.

Estande na cabeça. É o Hair Brasil O Expo Center Norte é só cabelos até amanhã (foto). Em cada cabeça, uma vitrina. Economia/3.

Rezando por João Paulo II

Zé Dirceu de novo com Lula

Um ano depois de sua morte, o povo pede pela sua santificação (foto). Página2.

Ex-poderoso Dirceu revela na Argentina que já trabalha para reeleger Lula . Pág. 3


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.ECONOMIA/LEGAIS

segunda-feira, 3 de abril de 2006

COMUNICADOS

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

FDE AVISA:

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

FDE AVISA:

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TOMADAS DE PREÇOS

TOMADA DE PREÇOS

TOMADAS DE PREÇOS

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Obras: TOMADA DE PREÇOS N.º - OBJETO - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO - PRAZO – CAPITAL SOCIAL MÍNIMO DE PARTICIPAÇÃO – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/0386/06/02 - Construção de ambientes complementares e Reforma de prédio(s) escolar(es) - EE Prof. Eduir Benedito Scarpari – Rua Lutero Luiz, 150 - Jardim Alvorada - Piracicaba/SP - 90 - R$ 23.631,00 – R$ 2.363,00 – 09:30 – 04/05/2006. 05/0387/06/02 - Construção de ambientes complementares e Reforma de prédio(s) escolar(es) - EE Profª Juraci Lima Lupo – Rua Irene Galvani Casado, 974 - Res. Santa Amélia - Votuporanga/SP - 90 - R$ 16.686,00 – R$ 1.668,00 – 10:30 – 04/ 05/2006. 05/0433/06/02 - Construção de ambientes complementares em prédio(s) escolar(es) - EE Prof. Jorge Barbosa Moreira – Rua Fonte Canidu, 10 - Vila Candida - São José dos Campos/SP - 90 - R$ 15.357,00 – R$ 1.535,00 – 14:00 – 04/05/2006. 05/0472/06/02 - Construção de ambientes complementares e Reforma de prédio(s) escolar(es) - EE Dr. Candido Rodrigues – Praça Br. do Rio Branco, 141 - Centro - São José do Rio Pardo/SP; EE Dr. Leopoldino Meira de Andrade - Rua Serafim Herminda Soares, 336 - Jardim Paraiso - Matão/SP; EE Prof. Sebastião de Oliveira Rocha - Rua Pe Teixeira, 1260 – Jardim Bethania – São Carlos/SP - 90 - R$ 49.506,00 – R$ 4.950,00 – 15:00 – 04/05/2006. 05/0477/06/02 - Construção de ambientes complementares em prédio(s) escolar(es) - EE Jardim Santa Angela – Estrada Velha de Sorocaba (Cotia), s/nº - Jardim Santa Angela - Cotia/SP; EE Jacques Klein - Rua Nossa Senhora da Conceição, 254 - Jardim Santo Antonio - Embú/SP; EE Buenos Aires - Rua Olavo Egidio, 1008 - Santana - São Paulo/SP - 90 - R$ 55.352,00 – R$ 5.535,00 – 16:00 – 04/05/2006. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 04/04/2006, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). O Edital completo através de cópias reprográficas/heliográficas terá o custo de R$ 0,10 (dez centavos) por cópia reprográfica e R$ 3,00 (três reais) por cópia heliográfica. Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 03/05/2006, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. Miguel Moubadda Haddad Diretor Executivo

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Construção de ambientes complementares e Reforma de prédio(s) escolar(es): TOMADA DE PREÇOS N.º - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO - PRAZO – CAPITAL SOCIAL MÍNIMO DE PARTICIPAÇÃO – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/0489/06/02 - EE Pe Bartolomeu de Gusmão – Rua Itanhaem, 394 - Saboo - Santos/SP - Reforma de Pequeno Porte: 150 / Adequação: 90 - EE Jardim Bopeva - Rua Monteiro Lobato, 883 - Ocean - Praia Grande/SP - Adequação: 90 - R$ 42.946,00 – R$ 4.294,00 – 09:30 – 05/05/2006. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 04/04/2006, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). O Edital completo através de cópias reprográficas/heliográficas terá o custo de R$ 0,10 (dez centavos) por cópia reprográfica e R$ 3,00 (três reais) por cópia heliográfica. Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 04/05/2006, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. Miguel Moubadda Haddad Diretor Executivo

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para execução de Obras: TOMADA DE PREÇOS N.º - OBJETO - PRÉDIO – LOCALIZAÇÃO - PRAZO – CAPITAL SOCIAL MÍNIMO DE PARTICIPAÇÃO – GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO – ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 05/0373/06/02 - Construção de ambientes complementares em prédio(s) escolar(es) - EE Prof. Basilio Rodrigues da Silva – Rua Luiz Moura, 110 - Conj. José Carolo - Pontal/SP - 90 - R$ 15.132,00 – R$ 1.513,00 – 15:00 – 02/05/2006. 05/0385/06/02 - Construção de ambientes complementares e Reforma de prédio(s) escolar(es) - EE Dom Agnelo Cardeal Rossi (Jd Vera Cruz II) – Rua Américo Turini, s/nº - Sapato Branco - Jardim Angela - São Paulo/SP - Adequação: 90 / Complementação dos Serviços: 180 - R$ 35.589,00 – R$ 3.558,00 – 16:00 – 02/05/2006. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – São Paulo – SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 04/04/2006, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). O Edital completo através de cópias reprográficas/heliográficas terá o custo de R$ 0,10 (dez centavos) por cópia reprográfica e R$ 3,00 (três reais) por cópia heliográfica. Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE até as 17:00 horas do dia 28/04/2006, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO e a PROPOSTA COMERCIAL deverão ser entregues na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, o estabelecido no edital. Miguel Moubadda Haddad Diretor Executivo

CONVOCAÇÕES

AVISOS DE LICITAÇÕES PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARATINGUETÁ/SP

Aviso de Abertura de Licitação Processo: Pregão Presencial 011/06 A Prefeitura Municipal de Guaratinguetá, informa que este Pregão será realizado por meio de sistema eletrônico, pela internet. Objeto: Contratação de empresa para prestação de serviços de reparos e manutenção em diversas máquinas da frota. Edital disponível no site: www.guaratingueta.sp.gov.br. Local sessão pública: Praça Dr. Homero Ottoni nº 75, Centro-Guaratinguetá. Data da sessão: 18.04.06, às 14:00 horas. Valor para retirada do edital: R$ 5,00.

AVISOS AOS ACIONISTAS

PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARATINGUETÁ/SP

Aviso de Abertura de Licitação Processo: Pregão Eletrônico nº 026/06 A Prefeitura Municipal de Guaratinguetá, informa que este Pregão será realizado por meio de sistema eletrônico, pela internet. Objeto: Contratação de empresa especializada para serviço de seguro de veículos da frota da Secretaria da Educação. Endereço Eletrônico do Pregão: www.caixa.gov.br, no menu principal portal de compras CAIXA, na opção outros compradores - pregão eletrônico. Data de Credenciamento para o Pregão: até às 23:59 horas do dia 18/04/2006. Data e Horário do Recebimento das Propostas: até às 11:00 horas do dia 24/04/2006. Data e Horário do Recebimento dos Lances: das 14:00 horas às 16:00 horas do dia 24/04/2006. Disponibilização do edital e informações no endereço web www.caixa.gov.br, no menu principal portal de compras CAIXA, na opção outros compradores - pregão eletrônico, no item editais. Quer falar com 26.000

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AVISOS DE LICITAÇÕES PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARATINGUETÁ/SP

PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARATINGUETÁ/SP

PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARATINGUETÁ/SP

Aviso de Abertura de Licitação Processo: Pregão Eletrônico nº 029/06 A Prefeitura Municipal de Guaratinguetá, informa que este Pregão será realizado por meio de sistema eletrônico, pela internet. Objeto: Aquisição de pneus novos, câmaras de ar e protetores. Endereço Eletrônico do Pregão: www.caixa.gov.br, no menu principal portal de compras CAIXA, na opção outros compradores pregão eletrônico. Data de Credenciamento para o Pregão: até às 23:59 horas do dia 20/04/2006. Data e Horário do Recebimento das Propostas: até às 09:00 horas do dia 26/04/2006. Data e Horário do Recebimento dos Lances: das 10:00 horas às 12:00 horas do dia 26/04/2006. Disponibilização do edital e informações no endereço web www.caixa.gov.br, no menu principal portal de compras CAIXA, na opção outros compradores - pregão eletrônico, no item editais.

Aviso de Abertura de Licitação Processo: Pregão Eletrônico nº 028/06 A Prefeitura Municipal de Guaratinguetá, informa que este Pregão será realizado por meio de sistema eletrônico, pela internet. Objeto: Aquisição de um veículo novo utilitário, zero-quilômetro. Endereço Eletrônico do Pregão: www.caixa.gov.br, no menu principal portal de compras CAIXA, na opção outros compradores - pregão eletrônico. Data de Credenciamento para o Pregão: até às 23:59 horas do dia 19/ 04/2006. Data e Horário do Recebimento das Propostas: até às 12:00 horas do dia 25/04/2006. Data e Horário do Recebimento dos Lances: das 14:00 horas às 16:00 horas do dia 25/04/2006. Disponibilização do edital e informações no endereço web www.caixa.gov.br, no menu principal portal de compras CAIXA, na opção outros compradores - pregão eletrônico, no item editais.

Aviso de Abertura de Licitação Processo: Pregão Eletrônico nº 023/06 A Prefeitura Municipal de Guaratinguetá, informa que este Pregão será realizado por meio de sistema eletrônico, pela internet. Objeto: Aquisição de tonner e papel sulfite. Endereço Eletrônico do Pregão: www.caixa.gov.br, no menu principal portal de compras CAIXA, na opção outros compradores - pregão eletrônico. Data de Credenciamento para o Pregão: até às 23:59 horas do dia 13/04/2006. Data e Horário do Recebimento das Propostas: até às 11:00 horas do dia 19/04/2006. Data e Horário do Recebimento dos Lances: das 14:00 horas às 15:00 horas do dia 19/04/2006. Disponibilização do edital e informações no endereço web www.caixa.gov.br, no menu principal portal de compras CAIXA, na opção outros compradores - pregão eletrônico, no item editais.

PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARATINGUETÁ/SP

PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARATINGUETÁ/SP

PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARATINGUETÁ/SP

Aviso de Abertura de Licitação Processo: Pregão Eletrônico nº 024/06 A Prefeitura Municipal de Guaratinguetá, informa que este Pregão será realizado por meio de sistema eletrônico, pela internet. Objeto: Aquisição de telha romana e paulistinha. Endereço Eletrônico do Pregão: www.caixa.gov.br, no menu principal portal de compras CAIXA, na opção outros compradores - pregão eletrônico. Data de Credenciamento para o Pregão: até às 23:59 horas do dia 17/04/2006. Data e Horário do Recebimento das Propostas: até às 10:00 horas do dia 20/04/2006. Data e Horário do Recebimento dos Lances: das 13:30 horas às 14:30 horas do dia 20/04/2006. Disponibilização do edital e informações no endereço web www.caixa.gov.br, no menu principal portal de compras CAIXA, na opção outros compradores - pregão eletrônico, no item editais.

Aviso de Abertura de Licitação Processo: Pregão Eletrônico nº 025/06 A Prefeitura Municipal de Guaratinguetá, informa que este Pregão será realizado por meio de sistema eletrônico, pela internet. Objeto: Aquisição de tubos, brita, areia, cimento, bloco de concreto e tábua. Endereço Eletrônico do Pregão: www.caixa.gov.br, no menu principal portal de compras CAIXA, na opção outros compradores - pregão eletrônico. Data de Credenciamento para o Pregão: até às 23:59 horas do dia 19/04/2006. Data e Horário do Recebimento das Propostas: até às 10:00 horas do dia 25/04/2006. Data e Horário do Recebimento dos Lances: das 13:30 horas às 15:00 horas do dia 25/04/2006. Disponibilização do edital e informações no endereço web www.caixa.gov.br, no menu principal portal de compras CAIXA, na opção outros compradores - pregão eletrônico, no item editais.

Aviso de Abertura de Licitação Processo: Pregão Eletrônico nº 027/06 A Prefeitura Municipal de Guaratinguetá, informa que este Pregão será realizado por meio de sistema eletrônico, pela internet. Objeto: Contratação de empresa para prestação de serviços de limpeza e conservação (com fornecimento de materiais), das dependências do prédio da Prefeitura Municipal de Guaratinguetá. Endereço Eletrônico do Pregão: www.caixa.gov.br, no menu principal portal de compras CAIXA, na opção outros compradores - pregão eletrônico. Data de Credenciamento para o Pregão: até às 23:59 horas do dia 18/04/2006. Data e Horário do Recebimento das Propostas: até às 10:00 horas do dia 24/04/2006. Data e Horário do Recebimento dos Lances: das 14:00 horas às 15:00 horas do dia 24/04/2006. Disponibilização do edital e informações no endereço web www.caixa.gov.br, no menu principal portal de compras CAIXA, na opção outros compradores - pregão eletrônico, no item editais.

BALANÇO

ITOCHU Brasil S.A. CNPJ nº. 61.274.155/0001-00 RELATÓRIO DA DIRETORIA Prezados senhores: Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos a apreciação de V.Sas. as Demonstrações Financeiras, relativas ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, permanecendo à disposição dos Senhores Acionistas para esclarecimentos. São Paulo, 24 de janeiro de 2006. A Diretoria. BALANÇO PATRIMONIAL ENCERRADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 (Em Reais) AT IV O ITOCHU Brasil S.A. Consolidado Referencial CIRCULANTE 2005 2004 2005 2004 Caixa e Bancos 906.652 2.018.119 1.306.635 2.095.253 Títulos Vinc. no Mercado Aberto 19.936.126 15.488.633 21.580.377 16.109.491 Duplicatas a Receber 54.886 32.108 54.886 32.108 Notas a Receber 1.765.194 2.109.301 1.765.194 2.109.301 Adiantamentos Diversos 165.896 – 165.896 – Mercadorias Estoques 103.822 – 103.822 – Contas a Receber 189.646 178.924 698.120 501.263 Cauções e depósitos 4.170 4.170 4.170 4.170 Despesas Antecipadas 133.964 109.964 136.719 111.131 I. Renda e Contrib. a Compensar 155.818 95.676 155.818 95.676 Impostos a Recuperar 41.434 – 41.443 – Imposto de Renda e Contribuição Social diferidos – 507.970 – 507.970 23.457.608 20.544.865 26.013.081 21.566.363 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Cauções e Depósitos 120.000 – 120.000 – Impostos a recuperar – – – 161.215 Creditos e Valores Vinculados – – 23.442 138.044 120.000 – 143.442 299.259 PERMANENTE Investimento 54.500 54.500 5.000 5.000 Imobilizado 2.489.006 3.316.416 2.500.577 3.330.293 Diferido – 2.328 – 2.328 2.543.506 3.373.244 2.505.577 3.337.621 TOTAL DO ATIVO 26.121.114 23.918.109 28.662.099 25.203.243

P A S S IV O ITOCHU Brasil S.A. Consolidado Referencial CIRCULANTE 2005 2004 2005 2004 Contas a Pagar 536.865 113.758 955.741 356.963 Salários e Férias a pagar 287.321 269.284 291.522 269.284 Obrigações Fiscais e Sociais 216.079 204.036 328.686 317.922 Imposto de Renda e Contribuição Social a pagar – – 26.833 10.483 Financiamentos FUNDAP – – 334.879 52.946 1.040.265 587.078 1.937.660 1.007.598 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO Provisão de FGTS Complementar 607.876 607.876 Participação Minoritária em Controlada/Consolidada PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital Reserva Legal Lucros Acumulados

TOTAL DO PASSIVO

618.995 618.995

607.876 607.876

618.995 618.995

16.931

9.141

18.193.834 9.193.834 772.065 684.029 5.507.074 12.834.173 24.472.973 22.712.036

18.193.834 9.193.834 772.065 684.029 7.133.733 13.689.646 26.099.632 23.567.509

26.121.114 23.918.109

28.662.099 25.203.243

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO – EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em Reais) ITOCHU Brasil S.A Consolidado Referencial Reserva de Lucros Lucros/Prej. Reserva de Lucros Lucros/Prej. Capital Reserva Legal Acumulados Total Capital Reserva Legal Acumulados Total SALDO EM 31.12.2003 9.193.834 684.029 12.996.545 22.874.408 9.193.834 684.029 13.092.066 22.969.929 Resultado 31.12.2004 – – (162.372) (162.372) – – 597.580 597.580 Reserva Legal – – – – – – – – SALDO EM 31.12.2004 9.193.834 684.029 12.834.173 22.712.036 9.193.834 684.029 13.689.646 23.567.509 Diferença de Contr.Social s/Lucro e IRPJ – – 225 225 – – 225 225 Capitalização de Lucros Acumulados 9.000.000 – (9.000.000) – 9.000.000 – (9.000.000) – Resultado 31.12.2005 – – 1.760.712 1.760.712 – – 2.531.897 2.531.897 Reserva Legal – 88.036 (88.036) – – 88.036 (88.036) – SALDO EM 31.12.2005 18.193.834 772.065 5.507.074 24.472.973 18.193.834 772.065 7.133.733 26.099.632 NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS – EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em Reais) 1. Contexto Operacional - A empresa tem por objetivo a representação, importação, impostos a pagar relativo a anos anteriores. As taxas vigentes são: Imposto de renda exportação, industrialização e comércio em geral. 2. Apresentação das demonstra- Calculado à alíquota de 15% sobre o lucro tributável, acrescida do adicional de 10%. ções financeiras - As demonstrações financeiras foram elaboradas com base nas prá- Contribuição social - Calculada à alíquota de 9% sobre o lucro contábil ajustado. ticas contábeis emanadas da legislação societária brasileira. Os valores apresentados ITOCHU Brasil S.A. Consolidado Referencial na coluna “Consolidado Referencial” inclui os elementos patrimoniais e o resultado da 2005 2004 2005 2004 investida COSMOS IMPORTAÇÃO, EXPORTAÇÃO E COMÉRCIO LTDA, uma socieda- 3. Imobilizado de com sede em Vitória, Espirito Santo, dedicada à atividade de Importação em nome Edifícios 2.397.178 3.506.586 2.397.178 3.506.586 109.736 417.477 109.736 417.477 próprio e/ou por conta e ordem de terceiros, da qual esta sociedade possui 99% do Terrenos capital social. A divulgação do balanço consolidado, que não decorre de imperativo Instalações 91.107 381.708 91.107 381.708 legal, visa o aprimoramento da qualidade e transparência das informações contábeis da Móveis e Utensílios 328.482 282.453 328.482 282.453 440.622 322.795 447.272 328.345 empresa. Descrição das principais práticas contábeis - a. Aplicações financeiras: Equip.de Proc.Eletr.de Dados Resgistradas ao custo, acrescido dos rendimentos incorridos até a data do balanço, que Sistemas Aplicativos Softwares 79.067 69.680 79.067 69.680 não supera o valor de mercado; b. Imobilizado: Resgistrado ao custo de aquisição, Veículos 624.636 624.636 634.636 634.636 formação ou construção. A depreciação é calculada pelo método linear a taxas que Obras em Andamento 159.879 44.260 159.879 44.260 levam em conta o tempo de vida útil dos bens; c. Direitos e obrigações: Atualizados à Outras Imobilizações 21.879 21.879 23.378 23.378 taxa de câmbio e encargos financeiros, nos termos dos contratos vigentes, de modo que 4.252.586 5.671.474 4.270.736 5.688.523 reflitam os valores incorridos até a data do balanço; d. Imposto de renda e contribui(–) Depreciações (1.763.580) (2.355.058) (1.770.158) (2.358.230) ção social: O imposto do período é o imposto a pagar calculado sobre o lucro tributável 2.489.006 3.316.416 2.500.577 3.330.293 do ano, usando as taxas de impostos em vigor na data do balanço, e qualquer ajuste de LÍQUIDO MASAHIRO KANAOKA - Diretor Presidente

YOSHIO HIRATA - Diretor Gerente

TOMADA DE PREÇOS GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DOS NEGÕCIOS DO MEIO AMBIENTE - INSTITUTO FLORESTAL Rua do Horto, 931 - Horto Florestal - São Paulo - SP - CEP 02377-000 - Fone (11) 6231-8555 TOMADA DE PREÇOS Nº 001/2006 Encontra-se aberto os procedimentos licitatórios na modalidade TOMADA DE PREÇOS para a execução de obras de reforma da superestrutura dos prédios 01, 29 e 37 do Instituto Florestal. A entrega dos envelopes contendo os documentos de habilitação e a proposta de preços serão recebidos no Anfeteatro do Instituto Florestal sita à Rua do Horto, 931 (entrada pela Avenida Luiz Carlos Gentille de Laet, altura do nº 600) Horto Florestal, São Paulo - SP, no dia 18 de abril de 2006 das 09:00 horas até às 10:00 horas, onde no mesmo local, no mesmo dia às 10:30 horas terá início a sessão de abertura dos envelopes. A visita técnica, que é obrigatória, deverá ser realizada no dia 11 de abril de 2006, por um engenheiro civil representante do licitante. O Edital, bem como o projeto, completos estão disponíveis na Seção de Despesas, será fornecido cópia em mídia, gratuitamente deste que apresentado um CD prata virgem com código de barras do fabricante e nos sítios www.iflorestsp.br e www.e-negociospublicos.com.br e na Unidades acima. Maiores informações poderã ser obtidas pelo fone 6231-8555 - ramal 2109.

DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS – EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em Reais) ITOCHU Brasil S.A. Consolidado Referencial RECEITA OPERACIONAL BRUTA 2005 2004 2005 2004 Exportação de Mercadorias 83.411 – 83.411 – Vendas de Mercadorias 17.435 – 17.435 – Serviços Prestados 9.925.704 9.328.734 9.929.004 9.332.334 Impostos (550.701) (508.660) (551.171) (509.173) RECEITA OPERAC. LÍQUIDA 9.475.849 8.820.074 9.478.679 8.823.161 Custo das Mercadorias Vendidas (81.414) – (81.414) – LUCRO BRUTO 9.394.435 8.820.074 9.397.265 8.823.161 (Despesas)/Outras Receitas Operacionais Despesas Administrativas (12.266.252)(11.510.697) (12.489.239) (11.830.027) Despesas c/ Vendas e Serviços (49.890) (72.300) (49.890) (72.300) Resultado Financeiro 2.755.229 1.965.083 5.810.103 5.003.284 Outras Receitas Operacionais 681.008 571.748 (1.074.485) (1.059.116) LUCRO/(PREJ.) OPERACIONAL 514.530 (226.092) 1.593.754 865.002 Receita Não Operacional 2.137.192 375 2.137.192 375 Despesa Não Operacional (457) (2.610) (457) (2.610) LUCRO/(PREJUIZO) ANTES DO 2.651.265 (228.327) 3.730.489 862.767 IRPJ E CSLL Contribuição Social s/Lucro (108.184) (108.419) (194.047) (200.395) Provisão p/Imposto de Renda (274.399) (275.015) (488.784) (506.505) Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos (507.970) 449.389 (507.970) 449.389 LUCRO/(PREJUIZO) LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 1.760.712 (162.372) 2.539.687 605.256 Lucro /(Perda) por Ações 0,10 (0,02) – – (-) Participação minoritária no resultado de controlada – – (7.790) (7.676) Lucro Líquido Consolidado – – 2.531.897 597.580 DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em Reais) ITOCHU Brasil S.A. Consolidado Referencial ORIGENS DOS RECURSOS 2005 2004 2005 2004 Lucro Líquido do Exercício 1.760.712 – 2.539.687 767.628 Diferença de Contribuição Social s/Lucro e IRPJ 225 – 225 – Depreciação/Amortização 326.701 367.660 330.107 370.832 Aumento Exigível a Longo Prazo – 100.354 – 100.354 Redução do Ativo Permanente 904.451 2.990 904.451 2.990 Redução Realiz. a Longo Prazo – 126.425 275.817 126.425 2.992.089 597.429 4.050.288 1.368.229 APLICAÇÕES DOS RECURSOS Prejuizo Líquido do Exercício – 162.372 – 162.372 Aquisição de Ativo Permanente 401.414 73.204 402.514 73.204 Aumento Realiz. a Longo Prazo 120.000 – 120.000 284.674 Redução do Exig. a Longo Prazo 11.119 – 11.119 – 532.533 235.576 533.633 520.250 AUMENTO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO 2.459.556 361.853 3.516.655 847.979 DEMONSTRAÇÃO DA VARIAÇÃO NO CAPITAL CIRCUL. LIQUIDO ATIVO CIRCULANTE 2.912.743 PASSIVO CIRCULANTE 453.187 CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO 2.459.556

(95.164) (457.017) 361.853

4.446.717 930.063 3.516.655

(1.342) (849.321) 847.979

4. Capital - O Capital Social de R$.18.193.834,27 está dividido em 6.879.841 ações ordinárias nominativas e 789.223 ações preferenciais nominativas. Capital Nacional 736,61 Capital Estrangeiro 18.193.097,66 18.193.834,27

AUDISERVICE – Auditoria e Assessoria Fiscal Contábil S/C Ltda. - CRC 2SP010822/O-6: OSMAR RAPOZO TC–CRC 1SP035155/O-1

FALÊNCIAS & CONCORDATAS Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 31 de março de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências: Reqte: JGM Fomento Mercantil Ltda. - Reqdo: Pamcell Comércio de Telefonia e Informática Ltda. - Rua Lagoa de Dentro, 130 - 2ª Vara de Falências Reqte: Carlos Augusto da Silva Penha - Reqdo: EBID Editora Páginas Amarelas Ltda. Av. Brig. Luiz Antonio, 277 - conj. 64 - 2ª Vara de Falências Reqte: Leman Factoring Fomento Mercantil Ltda. - Reqdo: Ogma Editora e Gráfica Ltda. - Rua da Mooca, 4.214/4.218 - 2ª Vara de Falências

Reqte: Cooperativa Triticola de Getúlio Vargas Ltda. - Reqdo: Emporium Leda Comércio de Bebidas e Serviços Ltda. - Av. Guaipa, 1.568 - 1ª Vara de Falências Reqte: Intermédica Sistema de Saúde S.A. Reqdo: Pires Serviços de Segurança e Transportes de Valores Ltda. - Rua Alfredo Pujol, 1.102 - 1ª Vara de Falências Reqte: Worth Fomento Mercantil Ltda. - Reqdo: Mercosucos Ind. e Com. de Alimentos Ltda. - Rua Ibitirama, 1.749 - 1ª Vara de Falências

A UNIODONTO de São Paulo Cooperativa cumpre o doloroso dever de comunicar o falecimento de seu diretor DR. ROBERTO CONCEIÇÃO MORATO LEITE

ocorrido em 31/março/2006. O sepultamento ocorreu no Cemitério da Consolação no dia 01 de abril de 2006 às 8:00 horas.


segunda-feira, 3 de abril de 2006

Saúde Educação Administração Transpor te

SEM ÁGUA Cerca de 400 mil pessoas de São Paulo, Embu e Cotia ficam sem água de amanhã a sexta

DIÁRIO DO COMÉRCIO

7

NOVO PREFEITO TEM DOMINGO FAMILIAR

BEBÊ Recém-nascida é achada em lixeira em Indaiatuba. Socorrido, o bebê passa bem.

Ó RBITA

Kassab inaugurou praça pela manhã e foi ao Morumbi assistir Santos e São Paulo à tarde

SOB NOVA DIREÇÃO Paulo Pampolin/Hype

Vivi Zanatta

BUENOS AIRES

O

subprefeito da Sé e novo secretário da Coordenação das Subprefeituras de São Paulo, Andrea Matarazzo, esteve ontem na praça Buenos Aires, em Higienópolis, na região central da cidade. Durante a visita, ele se propôs a tomar medidas para melhorar a área, com relação à conservação, uma antiga reivindicação dos moradores. A praça é conhecida por ser ponto de encontro de donos de cães. O fato de alguns animais ficarem soltos cria alguns problemas com frequentadores que não têm animais de estimação.

Andrea Matarazzo na praça Buenos Aires: intenção de promover melhorias Daniel Mobilia/AOG

ACIDENTE AÉREO

M

édicos plantonistas, voluntários e até legistas lotados na direção do Instituto Médico-Legal (IML) fluminense conseguiram identificar ontem, em esquema de mutirão, 15 das 19 vítimas do acidente aéreo ocorrido sexta-feira, na mata do Pico da Serra Bonita, na Região Metropolitana do Rio. Para identificar os quatro corpos restantes serão realizados exames de DNA. Os corpos de quatro passageiros e do piloto Michael Peter Hutten foram enterrados ontem. O sepultamento de um carioca está previsto para hoje ou amanhã. Outros nove seriam levados para São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina. (AE) A TÉ LOGO

Gilberto Kassab no Morumbi: prefeito ainda não é reconhecido pela população, mas não se importa. Diz que a situação vai mudar com muito trabalho.

Prefeito inaugura praça e vai ao estádio Depois de cumprir agenda oficial no Jabaquara, na zona sul, o novo prefeito da cidade, Gilberto Kassab, teve um domingo típico: almoçou com a família e foi ao Morumbi ver o clássico Santos e São Paulo. Kassab é são-paulino e seu time venceu por 3 a 1. Fernando Vieira

MAIS DE 10 MIL NO AGITA MUNDO

A

proximadamente 10 mil pessoas, de todas as idades, participaram ontem da IV Caminhada Agita Mundo, no Dia Mundial da Atividade Física. O percurso teve início na avenida Paulista, na região dos Jardins, e terminou na Assembléia Legislativa, no Ibirapuera, zona sul da

cidade. As ruas foram tomadas por pessoas que carregavam balões coloridos. O evento, uma iniciativa contra o sedentarismo, terminou com a realização de exercícios físicos na rua e teve também o objetivo de alertar os moradores das grandes cidades sobre os riscos do estresse.

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

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Primeiro fim de semana de abril foi típico de outono

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Bombeiros resgatam psicólogo que sofreu acidente com paraglaider

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Acidente com Van de MC Marcinho mata duas pessoas

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ão fosse um único compromisso da nova agenda, a inauguração da praça da inclusão Barão de Japurá, no Jabaquara, zona sul, e o domingo do prefeito Gilberto Kassab (PFL), de 45 anos, teria seguido à risca sua tradicional rotina: um dia de dedicação à família. Recém-empossado na Prefeitura, Kassab, que mora sozinho, acordou cedo. Por volta das 9h chegaram assessores e seguranças. Os primeiros traziam reportagens publicadas sobre o novo prefeito. Tudo organizado e encadernado. Às 10h45, Kassab saiu do edifício onde mora, na região do Itaim, rumo ao Jabaquara, para a inauguração da primeira praça paulistana adaptada para pessoas com mobilidade reduzida. No espaço foram instalados brinquedos especiais – com travas de segurança para cadeirantes – e rampas de acessibilidade. O prefeito já era esperado pelo novo secretário da Coordenação das Subprefeituras, Andrea Matarazzo, pela secretária Especial da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, Mara Cristina Gabrilli, e pelo subprefeito do Jabaquara, Cássio Freire Loschiavo.

O compromisso não durou mais de quarenta minutos. Kassab discursou e repetiu insistentemente a mensagem de continuidade à gestão de José Serra, elogiando a indicação de Mara Cristina Gabrilli para a pasta no início do mandato, "uma feliz decisão de Serra". Ouviu também palavras de apoio, como as da moradora da região Alzira dos Santos, de 48 anos: "Estamos com você também", disse, em referência ao apoio dado ao ex-prefeito José Serra, que renunciou na última sexta-feira para concorrer ao governo do Estado. A vendedora de Zona Azul Iraci Rocha dos Santos, de 58 anos, reclamou da ausência de Serra no evento. "Acho que ele devia estar aqui hoje, mas decidiu não ser mais prefeito. Espero que ele (Kassab) faça um bom governo. Deus escreve certo por linhas tortas", comentou após cumprimentar o novo prefeito. De volta – Da praça para casa. Assim como acontece tradicionalmente aos domingos na maioria das casas brasileiras, o dia é de almoço em família. E o prefeito não fugiu à regra. Foi para o apartamento dos pais, que moram no mesmo edifício. De estilo reservado, Gilberto Kassab é tido como tímido por pessoas que com ele trabalham. Mas o pre-

feito prefere se definir como uma pessoa tranquila. Diferentemente de Serra (político mais impetuoso e palmeirense), Kassab é são-paulino. Frequentador assíduo de estádios, o prefeito reuniu a família (irmãos e sobrinhos) e seguiu para o Morumbi às 15h40, onde estava prestes a começar a partida entre São Paulo e Santos. O time do prefeito venceu por 3 a 1. Vice-prefeito de São Paulo há um ano e três meses e prefeito há dois dias, Kassab ainda passa despercebido por boa parte dos paulistanos. "Não vi o prefeito por aqui", disse o vigia da entrada do setor de cadeiras cativas do Morumbi, estádio do São Paulo Futebol Clube, Edésio Ferreira da Silva, imediatamente após a passagem de Kassab por ele. "O prefeito não é o Serra?" Kassab (que já foi vereador, deputado estadual e duas vezes deputado federal, antes de participar da coligação entre PFL e PSDB para o cargo majoritário) achou normal o fato de as pessoas não o reconhecerem, atribuindo a situação à falta de visibilidade de suas funções anteriores. "É diferente ser prefeito de São Paulo". Para ser conhecido, Gilberto Kassab diz que vai apostar em apenas uma receita: trabalho.


segunda-feira, 3 de abril de 2006

Empresas Tr i b u t o s Nacional Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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TUDO PARA CABELO E ESTÉTICA ATÉ 4 DE ABRIL

A Embraer divulga hoje o resultado do seu balanço do ano de 2005.

Paulo Pampolin/Hype

Novidades para salões na Hair Brasil Leonardo Rodrigues/Hype

P Tom Toffanello, dono de salão no Tatuapé, na zona leste: curso de gestão facilitou crescimento do negócio

Saída pode estar em quem concede crédito Paulo Pampolim/AOG

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e a inadimplência não pode ser evitada pelo credor, ela pode, ao menos, ser "pilotada, gerenciada", diz Georges Regimbeau, presidente da Cetelem, financeira do banco francês BNP Paribas. Uma maneira de mostrar que o risco embutido em cada operação de crédito do mercado pode, e deve, ser controlado pela empresa que está concedendo o financiamento, varejo ou banco. Para o executivo da Cetelem, a inadimplência pode ser gerenciada de duas maneiras: no momento em que o crédito é liberado e depois, quando o cliente deixa de pagar. "A Cetelem vem investindo não apenas aqui, mas no mundo inteiro, em ferramentas que identificam alguns graus de risco do tomador de crédito", conta. São, segundo ele, ferramentas de inteligência artificial que permitem qualificar de antemão os clientes em função de seu perfil socioeconômico. Mas ele lembra que, mesmo depois do crédito liberado é preciso ficar atento ao comportamento do cliente. "É preciso intervir rapidamente na hora em que o cliente atrasa o pagamento, mas é preciso saber como intervir. ", diz Reginbeau. "Não podemos disparar um canhão em cima de todos os clientes. É preciso tratar cada um deles de acordo com o tipo

Georges Regimbeau, da Cetelem

de atraso e, principalmente, o motivo do atraso", completa. Culpados – Para Elcio Aníbal de Lucca, presidente do Serasa, parte do problema da inadimplência está nas empresas que concedem o crédito. "O tamanho da inadimplência deve ser observado, mas o que importa mesmo é como ela está sendo administrada" , diz ele Na sua avaliação, há setores da economia que têm de ter uma inadimplência muito pequena, quase zero. Outros precisam trabalhar com percentuais maiores, em torno de 7% até 10%. "Isso porque o negócio exige esse tipo de risco", diz o presidente do Serasa. Ele ressalta ainda que a empresa que dá crédito precisa estabelecer riscos. Trocando em

POUPANÇA Aprovada nova fórmula de cálculo da TR, índice que corrige cadernetas de poupança

DEMISSÃO

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presidente do Banco de la Nación, Ricardo Lospinnato, renunciou ao cargo, evidenciando as diferenças entre a ministra da Economia da Argentina, Felisa Miceli, e vários técnicos de sua equipe. (AE)

NÃO À SOJA

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juíza Vânia Hack de Almeida, do Tribunal Regional Federal de Porto Alegre (RS), suspendeu a liminar que autorizava embarque de soja geneticamente modificada pelo Porto de Paranaguá. (AE) A TÉ LOGO

Ó RBITA

miúdos, que "cada setor de atividade, cada empresa tem de ter sua política de crédito", diz o executivo. "Assim como existem bons e maus pagadores, existem os bons e os maus fornecedores de crédito. Há muitas empresas hoje no mercado que não sabem conceder o crédito e acabam jogando o consumidor na inadimplência, matam o cliente", diz Elcio. Para Massimo Tagliavini, consultor na área de risco de crédito e mercado de capitais, um dos problemas da inadimplência hoje está na estruturação dos produtos que são colocados no mercado. Leia-se ofertas de crédito. "As instituições financeiras criam necessidades em um consumidor que não tem condições de avaliar o quanto podem se endividar. É um critério predatório que leva as pessoas a se enrolarem em dívidas", diz o consultor. Na avaliação de Tadeu da Silva, diretor de estratégia da Omni financeira, a aprovação de crédito com base no 'olho no olho' não funciona mais. Co uma carteira de R$ 450 milhões voltada para clientes pessoa física, a Omni tem por estratégia não seguir a estratégia do mercado. "Procuramos não copiar o que o mercado está fazendo, ainda que isso gere um desconforto inicial dentro da financeira e junto aos consumidores. Mas é mais seguro", diz (RL)

BANCOS PIB dos bancos superou em 2005 toda a riqueza produzida pelo comércio.

MORALES NO BRASIL POR GÁS

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presidente boliviano, Evo Morales, virá nesta semana ao Brasil e se reunirá com executivos da Petrobras para negociar pessoalmente um aumento de preços do gás natural que a empresa brasileira

compra da Bolívia. Segundo o porta-voz de Morales, Alex Contreras, o encontro será durante uma reunião do Banco Interamericano de Desenvolvimento, que ocorre esta semana em Belo Horizonte. (Reuters)

NEUTRALIDADE NOS JUROS DOS EUA

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presidente do Federal Reserve de Kansas, Thomas Hoenig, afirmou na sextafeira que a taxa de juros dos Estados Unidos foi levada para uma faixa "neutra", que não estimula nem retrai a economia. Mas acrescentou

que apenas os próximos dados confirmarão se é um nível apropriado. Entretanto, ele disse que ainda não é possível ter certeza se isso terá os resultados desejados para equilibrar o crescimento norte-americano. (Reuters)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

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BNDES: carga tributária ajuda País a manter "fundamentos fiscais sólidos"

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Previdência suspende 240 mil aposentadorias de beneficiários suspeitos

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Construção civil retoma fôlego com investimentos de R$ 80 bilhões

elos disputados corredores do Expo Center Norte, onde até amanhã acontece a quinta edição da Hair Brasil, considerado o maior evento de beleza da América Latina, caminham cabeleireiros que querem ver e ser vistos. Muitos são novatos e foram ao evento para apreciar o trabalho dos "veteranos" e levar novidades para seus próprios salões. Os 21 mil m² do pavilhão transformaram-se em um grande centro de beleza. Em cada canto, uma surpresa: uma esteticista faz limpeza de pele numa cliente, um cabeleireiro prepara um penteado especial, um rapaz tem o peito desenhado por um maquiador. O Hair Brasil é um verdadeiro parque de diversões para quem procura espaço no segmento de beleza, como as amigas Rosângela Santos e Lucimara do Nascimento. Elas estão fazendo curso para se tornar cabeleireiras em Bauru, no interior de São Paulo, e vieram à capital especialmente para o evento. "Já sou esteticista e quero comprar maleta e alguns produtos", afirma Rosângela. "Meu marido tem um salão e faz cortes masculinos. Eu quero atender o público feminino", conta Lucimara. Já Eliane Ferreira de Souza, cabeleireira há cinco anos, visitou a Hair Brasil em busca de aperfeiçoamento. "Quero conhecer a técnica de alisamento

Eliane Souza testa novo secador

a laser. As clientes estão cada vez mais exigentes, e o mercado tem muita concorrência." Dificuldade — Eliane tem razão quando diz que há muitos no mercado. De acordo com a consultora especializada Lucy Paiva, só na cidade de São Paulo existem cerca de 70 mil salões. "E a informalidade é muito grande no segmento", observa Lucy, que também é professora de um curso que ensina como gerir e montar um salão de beleza desenvolvido pelo grupo Ikezaki. Segundo ela, quem quer começar deve primeiro fazer um curso específico, gastando en-

tre R$ 150 e R$ 300 por mês. "O aluno vai aprender a fazer coloração, cortes com tesoura, com navalha e penteados." Lucy afirma que os profissionais devem ficar atentos a duas questões: à burocracia, que fica sob a responsabilidade de um contador de confiança, e à lucratividade, de onde vem a expansão do negócio. "O profissional é, antes de mais nada, um gestor", diz. A consultora afirma que para abrir um salão pequeno, o empresário vai precisar de três cadeiras de corte (com carrinhos auxiliares), dois lavatórios e dois aquecedores, duas estações para manicure com estufa e um sofá de espera. "Os investimentos podem chegar a R$ 2 mil", afirma. Em dois anos ministrando cursos na Ikezaki, Lucy atendeu a cerca de duzentas pessoas. Um dos alunos de Lucy foi Airton Toffanello, proprietário do Ton Sur Tom, salão que fica na zona leste de São Paulo. "No ano passado juntei-me a dois amigos, que viraram sócios no empreendimento. O salão, que tinha 120 m², passou para 540 m². Mas fizemos a ampliação sem contrair dívidas. Tudo foi planejado", conta. Neide Martingo


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 3 de abril de 2006

A Petrobras passará a controlar os postos de combustíveis da Shell no Paraguai.

FARMÁCIAS FATURAM R$ 8 BILHÕES AO ANO NO PAÍS

CONSULTORA ENSINA A MELHORAR IMAGEM DE UMA PEQUENA DROGARIA PARA VENCER AS GRANDES REDES

VISUAL GARANTE VENDAS DE FARMÁCIAS Marcelo Soares/Hype

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alta de informação e de organização são as principais desvantagens do pequeno farmacista em relação às grandes redes do setor. Enquanto o de maior porte exibe um visual agradável e oferece preço mais acessível, os menores exibem, em geral, ambiente mal-iluminado e amostras de fornecedores amontoadas no meio do estabelecimento. "Só no que se refere à exposição de mercadorias, esses profissionais estão 15 anos atrasados", diz a consultora da Associação dos Proprietários, Oficiais e Profissionais de Farmácias e Drogarias do Estado de São Paulo (Aprofar), Silvia Osso. O pequeno farmacista, acrescenta Silvia, normalmente tem um balcão de medicamentos com uma caixa registradora ao lado e um único funcionário com a dupla função de cobrar a compra e atender à clientela do estabelecimento. Sobra pouco tempo para o atendente se dedicar aos clientes. "Isso inviabiliza qualquer venda. Quando o negócio não dá certo, muitos acham que o fato decorre dos descontos que as redes oferecem aos consumidores. Mas o problema não está no preço, e sim, na imagem da farmácia", diz a consultora. Silvia explica que os clientes

gostam de loja bem iluminada, de piso claro e mercadoria fácil de ser encontrada porque estão altamente condicionados pelas grandes redes de supermercados, que criaram no consumidor o conceito de departamentos. "Trocar lâmpadas incandescentes por fluorescentes, por exemplo, além de ajudar a destacar o layout do estabelecimento, reduz custos com energia elétrica", diz. Para a consultora, o cliente busca constantemente a sensação de bem-estar. "Quanto mais à vontade ele se sentir, mais tempo ficará e gastará no estabelecimento", acrescenta. A estratégia de exposição dos produtos mais indicada, segundo ela, é a seguinte: setor de perfumarias nas laterais; medicamentos no fundo da loja; e aproveitamento do centro do espaço com uma ou duas gôndolas para amostra dos produtos mais caros." Exceção à regra - Para a consultora, os únicos estabelecimentos brasileiros que apresentam bons rendimentos apes a r d e n ã o i n v e s t i re m e m layout são aqueles tradicionais. "Em geral, são pequenos negócios que já passaram por duas ou três gerações e exercem sobre o cliente alguma ligação familiar", diz. No entanto, acrescenta Silvia, no dia em que ocorre a ausência de um dos profissionais de referência, a farmácia pode quebrar. Para ajudar o pequeno farmacista a crescer no mercado, a Aprofar indica empresas como

a Metalfar, especializada na montagem de farmácia, para assessorar o empreendedor. "Com o auxílio de um Autocad (programa de desenho em computador), o farmacista faz um croqui da loja na hora e sabe quanto terá de investir", explica. Uma área de 72 m², como a apresentada no estande "Drogaria Modelo", custa cerca de R$ 100 mil, se somada as despesas com os produtos. "O retorno de capital virá em torno de sete meses", diz a consultora. O protótipo foi apresentado na segunda edição da Abradilan Expofarma 2006, feira do setor que terminou na última sexta-feira, no Transamérica Expocenter, na capital. Recursos – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), lembra Silvia, dispõe de várias linhas de crédito para o setor. Além disso, a Aprofar oferece assessoria jurídica que ajuda o farmacista a abrir seu negócio. "Há uma série de procedimentos a serem seguidos, como o registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a aprovação da Prefeitura", destaca Silvia. De acordo com estudo do Conselho Federal de Farmácia, o Brasil é o oitavo maior m e rc a d o d e f a r m á c i a s d o mundo, com faturamento anual de R$ 8 bilhões. Quase metade desse valor, R$ 3,5 bilhões, está relacionada ao faturamento anual das 27 maiores redes de farmácias do País.

A Drogaria Modelo, de 72 m², tem custo estimado de R$ 100 mil. O protótipo foi montado em feira do setor.

Silvia Osso: boa iluminação valoriza produto

Ana Laura Diniz

Setor de perfumaria deve ficar na lateral da loja

Produtos mais caros ficam nas gôndolas centrais

Delphi deve demitir 8,5 mil

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fabricante de autopeças Delphi anunciou na última sexta-feira que continuará com a suspensão de seus contratos de trabalho nos Estados Unidos e de seus acordos não lucrativos com a antiga controladora General Motors. Com isso, vai cortar 8,5 mil empregos e reduzir sua base industrial no mundo em um terço. Espera-se que esses cortes sejam parte de tentativa da Delphi de ressurgir da falência. Segundo seu presidente executivo, a Delphi tem realizado recentes progressos nas negociações com líderes sindicais e a GM. A Delphi, que pediu proteção judicial contra falência em outubro do ano passado, também declarou que vai eliminar cargos de 40 de seus executivos enquanto sai de vários negócios que não considera entre os principais. A empresa anunciou que espera vender ou fechar um terço de suas unidades de produção até 2008 para

se voltar para áreas de produtos mais lucrativos, incluindo eletrônicos, navegação e segurança. A Delphi identificou apenas oito locais de produção nos EUA como principais. A companhia afirmou que pretendia preencher as ordens judiciais até o fim da última sexta-feira. Se as moções forem concedidas, a Delphi poderá impor os termos dos contratos aos sindicatos. As ordens judiciais, no entanto, não permitem que os sindicatos entrem imediatamente em uma greve que pode fechar a Delphi e abater a GM, a principal cliente da fabricante de autopeças, em momento em que a montadora está armazenando caixa e lançando novos modelos de carros. Sem as peças da Delphi, a GM corre o risco passar por um longo período de interrupção na produção de veículos. Greve – A União de Trabalhadores do setor Automobilístico (ou UAW, em inglês),

porém, anunciou na sexta-feira que será "impossível evitar uma longa greve" se o tribunal de falências permitir que a Delphi cancele seus contratos com os trabalhadores. Negociação – A Delphi afirmou que espera continuar a negociar com seus sindicatos para tentar chegar a um acordo fora dos tribunais. A empresa pretende economizar cerca de US$ 450 milhões por ano com os cortes de empregos e outras melhorias. Em meados do mês passado, a empresa chegou a anunciar um acordo com o sindicato de trabalhadores para permitir a antecipação da aposentadoria dos metalúrgicos da empresa. De acordo com a Delphi, cerca de 13 mil empregados poderiam aderir ao plano. Alguns funcionários têm a expectativa de receber até US$ 35 mil. A companhia também pretendia fazer a transferência de 5 mil operários para a General Motors em 2007. (Agências)

Petrobras e Braskem sem acordo

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Braskem, maior petroquímica da América Latina, anunciou na última sextafeira que a Petroquisa, subsidiária da Petrobras, não exerceu opção para elevar sua participação acionária na Braskem dos atuais 10% do capital votante para até 30%. "Foi decidido que a opção não será exercida, tendo em vista que não foi possível encontrar um consenso quanto aos termos e condições que permitissem a criação de valor para todos os acionistas da

Braskem", informou a petroquímica controlada pelo Grupo Odebrecht. Shell – A Petrobras informou ainda que concluiu a compra de negócios de comercialização e distribuição das operações de combustível da Shell no Paraguai. O acordo inclui postos com lojas de conveniência, ativos na comercialização de GLP e instalações para comercialização de produtos para aviação nos aeroportos de Assunção e Cidade Del Este.

"Pela sua importância geográfica, o Paraguai é estratégico para a Petrobras, por estar próximo do Brasil, da Argentina e da Bolívia", afirmou a Petrobras em comunicado divulgado pela Comissão de Valores Mobiliários. "Este incremento logístico apresenta um ótimo potencial de crescimento e possibilidade de sinergia com os atuais ativos da Petrobras no Cone Sul." A empresa espera que a mudança da marca Shell pela Petrobras ocorra num prazo de 18 meses. (Reuters)


segunda-feira, 3 de abril de 2006

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Nacional Empresas Tr i b u t o s Finanças

5 400 mil contribuintes ficaram presos na malha fina da Receita Federal em 2005.

DE OLHO NO IMPOSTO CHEGA AO PARANÁ

SIMPLES ERROS NA DECLARAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA PODEM LEVAR O CIDADÃO À MALHA FINA

CONTRIBUINTE NAS GARRAS DO LEÃO E

stá cada vez mais difícil driblar o Leão do Imposto de Renda. Simples erros no preenchimento da declaração, propositais ou não, acendem a luz vermelha da Receita Federal com uma precisão jamais vista, levando o contribuinte à malha fina e a uma longa espera para ter o imposto pago a mais devolvido, quando se tem esse direito. O grau de sofisticação dos sistemas do fisco federal pode ser melhor compreendido pelos números. Para se ter uma idéia, a quantidade de declarações do Imposto de Renda de pessoas físicas retida para averiguação pulou de 495 mil, em 2004, para 900 mil, no ano passado. Ou seja, quase dobrou. "Em 2005, realmente, os contribuintes cometeram muitos equívocos na declaração", justifica o supervisor nacional do Imposto de Renda, Joaquim Adir. De acordo com ele, das 900 mil pessoas que tiveram a declaração bloqueada no ano passado, cerca de 500 mil já tiveram o imposto devolvido. Essa relativa rapidez do Leão, segundo Adir, está ligada à boa vontade do contribuinte em corrigir o erro no documento. "Tanto que nossos sistemas receberam um grande número de declarações de retificação", informa o supervisor. Erros rotineiros – Segundo Adir, entre os "erros" mais comuns cometidos pelos contribuintes, no ano passado, está a omissão de uma segunda fonte pagadora na declaração ou de rendimentos dos dependentes. Isso significa que o truque de lançar vários dependentes para diminuir o imposto a pagar ou engordar a restituição, omitindo os rendimentos deles, não funciona mais. Assim

como tantos outros. Nesse caso, a única forma de regularizar a situação fiscal e evitar problemas no futuro é enviar uma nova declaração. Caminhos – Aos 400 mil contribuintes que prestaram contas ao Leão em 2005 e ainda permanecem com as declarações bloqueadas, existem duas alternativas: esperar a liberação de lotes residuais – e torcer para estar incluído na lista – ou, na pior das hipóteses, receber um comunicado da Receita pedindo esclarecimentos sobre dados informados na declaração e que motivaram seu envio ao sistema de malha. Em tese, a Receita Federal tem um prazo de cinco anos para contestar – e cobrar o contribuinte, se achar que deve – as informações contidas na declaração. Isso explica, por exemplo, o fato de o órgão ainda manter em seus sistemas declarações do exercício fiscal de 2001. Na opinião da contadora Elvira de Freitas, da Organização King de Contabilidade, a demora é decorrente da falta de retificação dos dados. "Hoje já é possível acompanhar pelo site da Receita o andamento da declaração, mas muitos contribuintes não o fazem", afirma. Já o tributarista Raul Haidar não poupa críticas ao atendimento da Receita. Na sua opinião, seja qual for o motivo da retenção da declaração, o contribuinte não pode ficar indefinidamente à espera da devolução. "Afinal, se tem imposto a re s t i t u i r, é p o rq u e p a g o u mais", completa, ao classificar de injusto o sistema adotado pela Receita Federal. "Se fosse justo, não haveria restituição, ou seja, o contribuinte pagaria exatamente o valor devido." Sílvia Pimentel

DC e Confirp esclarecem dúvidas sobre o IR

Como declarar um apartamento que adquiri no ano de 2005, à vista, pago da seguinte forma: 60% em dinheiro, resgatados de aplicações financeiras já declaradas em anos anteriores e 40% por meio de um terreno, recebido de minha mãe a título de doação no ano de 2005? O apartamento entra pelo valor total? Como declarar o terreno, já que minha mãe tem feito a declaração como isenta nos últimos anos? (Barreto) Em relação ao apartamento, você declara o seu valor total, como aquisição em 2005, colocando no histórico todos os fatos da forma que relatados. Quanto ao terreno, deve ser declarado seu histórico completo: de quem você ganhou, CPF e valor. Esses dados não devem ser colocados nas colunas 31/12/2004 ou 31/12/2005. Também deve adicionar ao histórico que entregou esse terreno na aquisição de seu apartamento. O valor do terreno ganho deve ser declara-

do como Rendimento Isento e Não Tributado. No formulário completo existe uma linha específica de doações. Como no simplificado não existe essa linha específica, entraria como recebimento geral. Sou obrigado a informar, na declaração, o número do recibo da entrega da declaração do ano passado? (Douglas Garcia) Não é necessário informar o número do recibo da declaração do ano anterior. Haveria necessidade caso fosse declaração retificadora.

TIRA-DÚVIDAS

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s dúvidas dos contribuintes sobre o preenchimento da declaração do Imposto de Renda Pessoa Física devem ser encaminhadas para o e-mail: irpf@dcomercio.com.br Elas serão respondidas pelos técnicos da Confirp.

MAIS DE 5 MILHÕES EM DIA Receita Federal recebeu até as 17 horas da última sexta-feira 5,5 milhões de declarações do Imposto de Renda da Pessoa Física 2006 (ano-base 2005), o que representa aumento de 16,7% na comparação com o volume entregue em igual período do ano passado. Desde a abertura do prazo para o acerto de contas com o Leão, em 1º de março, o dia de maior movimento foi a última terça-feira, quando foram transmitidas pela internet 247

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mil declarações. Até o dia 28 de abril, a Receita esperar receber 22 milhões de documentos. Como fazer – Deve declarar quem teve rendimentos tributáveis acima de R$ 13.968,00 em 2005. Há três meios disponíveis para a entrega da declaração. Além da internet, que é utilizada por 98% dos contribuintes devido à facilidade e rapidez no preenchimento e envio, a declaração pode ser feita em disquete ou em formulário de papel. (Agências)

Ademir Miranda

Roberto Stuchert Filho/Ag. O Globo

Raul Haidar: sistema adotado pela Receita é injusto para o contribuinte

Joaquim Adir: foram muitos equívocos na declaração de 2005

DE OLHO NO IMPOSTO Campanha chega a Curitiba A

pouco menos de um mês para o término do prazo de coleta de assinaturas da campanha De Olho no Imposto, que se encerra no dia 1º de maio, o total de adesões é de 554.734 mil pessoas, já contabilizados os acessos feitos na internet. Em sua reta final, chegou a hora do movimento se expandir para fora dos limites do Estado de São Paulo. Por isso, será realizado amanhã, em Curitiba, o lançamento nacional da caravana do De Olho no Imposto, na sede do Conselho Re-

gional de Contabilidade do Paraná (CRCPR), com a presença do idealizador do movimento e presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Guilherme Afif Domingos. Na oportunidade, cerca de 30 entidades de classe do Paraná deverão manifestar seu engajamento na campanha. Consciência – Para o presidente do Instituto Brasileiro de P l a n e j a m e n t o Tr i b u t á r i o (IBPT), Gilberto Luiz do Ama-

ral, "é a população que arca com o alto custo dos tributos e não recebe nenhum retorno em serviços públicos de qualidade". Amaral afirma ainda que, entre os objetivos da caravana no estado, está o de "conscientizar o cidadão paranaense sobre a quantidade de impostos embutidos na renda, patrimônio e consumo". Segundo estudo do IBPT, o brasileiro dispõe de 145 dias do seu salário anual apenas para pagar impostos. Projeto de lei – Até o dia 1º de maio, a campanha De Olho no Imposto pretende arreca-

dar 1,5 milhão de assinaturas para apresentar ao Congresso Nacional um projeto de lei popular que torne obrigatório informar ao consumidor, na nota fiscal de cada produto ou serviço, o valor dos impostos pagos sobre a mercadoria e/ou serviço adquiridos. Nesta semana, dois novos pontos de coleta de assinaturas estarão à disposição dos paulistanos. Um na Praça Antônio Prado, no Centro, até o dia 13 de abril; e outro no bairro da Liberdade, até o dia 7. Eduardo A. de Castro

Estado fecha cerco a devedores do ICMS Patrícia Cruz/LUZ

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ão cada vez maiores as chances de os contribuintes em débito com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) ficarem com o "nome sujo". Isso porque a Procuradoria Fiscal do Estado de São Paulo está colocando em prática sua estratégia de levar as dívidas a protesto. O próximo passo será adotar o mesmo procedimento em relação às pendências com o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). Segundo o Procurador-geral fiscal, Clayton Eduardo Prado, desde setembro do ano passado, 100 títulos de cerca de 30 empresas foram protestados em cartório. Isso significa que esses contribuintes serão inscritos em cadastros negativos, como o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), da Associação Comercial de São Paulo. O primeiro lote de débitos tinha 24 títulos. Em oito casos, os contribuintes questionaram na Justiça e conseguiram liminares para não serem protestados. A procuradoria pe-

Rachid preside seminário sobre tributos no mundo secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, que também está à frente da Secretaria da Receita Previdenciária, vai presidir o Centro Interamericano de Administrações Tributárias (Ciat), que reúne os fiscos federais de 36 países, entre eles Estados Unidos, Canadá, Espanha, França, México, Holanda, Argentina e Brasil. O secretário abrirá hoje, em Florianópolis (SC), a 40ª Assembléia Geral do Ciat para discutir a arrecadação de tributos em todo o mundo. Mais informações sobre o evento e a programação pelo site www.ciatbrasil2006.org.

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O Procurador-geral fiscal, Clayton Eduardo Prado, diz que a medida é uma alternativa ao Judiciário, que é muito moroso

diu a suspensão de cinco delas, mas obteve apenas de duas pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). As outras três continuam livres até o julgamento final da ação, mediante o depósito integral do débito. Resistências – A medida já

enfrenta resistências. "O Estado tem outros instrumentos para fazer a cobrança", diz o diretor do Instituto de Economia Gastão Vidigal, Marcel Solimeo, para quem o protesto inviabiliza o funcionamento da empresa. Já o procurador

Clayton Prado justifica a medida para reverter débitos de contribuintes que freqüentemente são executados. "A via administrativa é também uma maneira de enfrentar a morosidade do Judiciário", afirma. Adriana David

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segunda-feira, 3 de abril de 2006

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CONSIGNADO SEM TARIFA DE ABERTURA NO BB

ponto percentual foi o corte da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) determinado pelo CMN

EM SUA PRIMEIRA REUNIÃO NO CONSELHO, GUIDO MANTEGA ENTROU EM ACORDO COM PRESIDENTE DO BC

CMN REDUZ TJLP PARA 8,15% Celso Júnior/AE

O

Conselho Monetário Nacional (CMN), em sua reunião da última sexta-feira, a primeira presidida pelo novo ministro da Fazenda, Guido Mantega, fixou a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) em 8,15% ao ano. Foi um corte de 0,85 ponto percentual, em uma decisão pautada pela cautela, diante da tensão que envolveu a troca de comando na Fazenda. A taxa de 8,15% vigorará durante o segundo trimestre deste ano. Esperava-se confronto entre Mantega, defensor de cortes mais drásticos na taxa de juros, e o presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, de linha mais conservadora. No entanto, segundo o diretor de Normas do BC, Sérgio Darcy, a decisão foi unânime. O novo nível da taxa foi negociado antes de a reunião começar, em uma conversa reservada, segundo um integrante da área econômica. Mantega queria corte de um ponto percentual e Meirelles defendia uma redução mais modesta, de 0,5 ponto ou 0,75 ponto. Os dois passaram então a negociar "feito dois mascates", até que chegaram ao corte de 0,85 ponto percentual. Argumentos — A discussão, porém, se deu de forma tranqüila. O principal argumento apresentado por Mantega foi o de que a redução da taxa de juros básica da economia, a Selic, gera efeitos positivos no consumo. Porém, para aumentar os investimentos, seria preciso baixar mais o

custo do financiamento ao setor produtivo, cortando a TJLP. A taxa é um importante sinalizador para o nível de investimentos privados no País, pois corrige os empréstimos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Outra fonte do governo disse que a decisão foi técnica e não corresponde a uma análise a respeito dos vencedores: se os desenvolvimentistas, representados por Mantega, ou os monetaristas, capitaneados por Meirelles. A nova TJLP, segundo essa fonte, reflete o resultado de uma avaliação objetiva dos parâmetros que são utilizados para definir a taxa: a meta de inflação e o prêmio de risco do País. Seria, por isso, uma decisão equilibrada dissociada de injunções políticas. "Trata-se de uma decisão que não pode ser interpretada como uma avaliação a respeito da nova composição do Conselho Monetário", disse a fonte, referindo-se à saída de Antonio Palocci e à posse de Mantega. "A decisão não é um embate por meio do qual se possa saber se prevalece a linha ortodoxa ou desenvolvimentista nos próximos nove meses de governo Lula", afirmou. Ainda segundo essa fonte, a decisão do CMN deve ser analisada no contexto do mesmo gradualismo seguido pelo BC na redução da Selic, hoje em 16,5% ao ano. Assim, apesar de haver um critério para a definição da TJLP, existe também uma forma de moderar o processo de queda ou alta.

Meio-termo — A decisão, que foi um meio-termo entre o que queriam Meirelles e Mantega, foi tomada também para dar um sinal de que o novo ministro defenderá os interesses de sua pasta, que não são necessariamente os mesmos do presidente do BNDES. Na semana passada, ainda presidente do banco, Mantega defendeu um corte de dois pontos na TJLP. Mas no dia de sua posse ele indicou que o corte seria menor, ao dizer que quando presidente do BNDES ele "dava palpite e pressionava", mas agora caberia um diálogo com seus pares no CMN. Em dezembro, quando foi fixada a TJLP para o período de janeiro a março de 2006, Mantega envolveu-se em um debate público com o então secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, por defender cortes mais drásticos na taxa. Ao anunciar a nova TJLP, Darcy não divulgou os parâmetros considerados na definição da nova taxa. Disse apenas que a decisão foi tomada pelo "conjunto da obra". Considerando-se que a meta de inflação é de 4,5%, o prêmio de risco considerado ficou na casa de 3,65% — taxa, entretanto, que está acima da verificada atualmente, segundo as agências de classificação de risco. A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) afirmou, em nota, que a redução de 0,85 ponto percentual da TJLP, embora modesta, é positiva e demonstra coerência por parte do novo ministro da Fazenda. (AE)

Mantega quer mais rigor contra fraudes

O

ministro da Fazenda, Guido Mantega, em entrevista ao jornal Financial Times, reafirmou que a atual política econômica será mantida. "Minha prioridade é continuar a executar a política econômica da maneira que ela tem sido executada", disse o novo ministro à publicação britânica. Ele ressaltou os progressos da economia brasileira nos últimos anos e reafirmou sua previsão de um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano entre 4% e 4,5%. "Estamos numa nova situação estrutural que é consolidada e

permanente", disse o ministro. Previdência — M a n te g a afirmou que a reforma na Previdência Social feita no início do governo Lula é suficiente para colocar o sistema numa trajetória de estabilidade. "Eu não acredito que precisamos de mais reforma. O que precisamos é de melhor gerenciamento", disse o ministro. Ele argumentou que uma ação mais rigorosa contra fraudes na Previdência vai proporcionar uma economia de R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões. Isso, segundo ele, vai compensar parcialmente os gastos maiores resultantes do aumento do salá-

rio mínimo e ajudar a equilibrar as contas para os próximos quatro ou cinco anos. "E depois disso?", questionou o jornal. "Vamos pensar em alguma outra coisa", respondeu o ministro. Mantega não descartou a necessidade de continuar com outras reformas. Segundo ele, a reforma tributária iniciada pelo governo foi parcial e precisa ser concluída para produzir um sistema mais eficiente e simplificado. A reforma sindical também é outra prioridade, juntamente com microreformas como a modernização dos órgãos antitruste. (AE)

Antigo defensor de queda mais acentuada da TJLP, o ministro Mantega acertou um meio-termo para a taxa

Meirelles defende queda consistente do juro Euler Júnior/AE

O

presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, voltou a reafirmar na última sexta-feira a necessidade de que a queda dos juros e o crescimento econômico brasileiro estejam baseados em fundamentos sólidos e consistentes, e não em artificialismos e em voluntarismo. No momento em que os investidores ainda digerem a mudança na equipe econômica, com a escolha de Guido Mantega para a Fazenda, Meirelles disse para uma platéia de investidores que o Brasil pode ter um crescimento econômico superior a 4% ao ano desde que faça "todo o dever de casa". "Poderia ser maior e temos certeza de que será maior, mas para isso é preciso fazer todo o dever de casa", afirmou.

O presidente do Banco Central repudiou as medidas "artificialistas"

Entre o trabalho a ser feito, ele incluiu a necessidade de estabilização da economia, da eliminação de fatores de crise e da criação de condições para a atração de investimentos que impulsionarão a economia.

"Não serão euforias de curto prazo com incertezas amanhã que gerarão possibilidades de crescimento. É importante que frisemos essa questão da consistência e da solidez das questões de crescimento." (AE)

HSBC cria fundo de ações do Brasil

BB deixa de cobrar TAC no consignado para aposentados

HSBC Investments lançou na última sexta-feira o primeiro fundo no Japão dedicado a ações de empresas brasileiras, com patrimônio inicial de 15,5 bilhões de ienes (US$ 132 milhões). O fundo é direcionado a investidores interessados em retornos mais elevados em suas aplicações no mercado financeiro. O investimento japonês em

A

papéis das chamadas nações Bric — Brasil, Rússia, Índia e China — tem crescido nos últimos anos, mas até agora nenhum fundo de investimento japonês tinha se focado somente na bolsa brasileira. "O fundo brasileiro preenche uma lacuna em nossa linha de fundos de nações BRIC", disse Nobuyuki Fujiwara, analista de mercado. (Reuters)

Banco do Brasil (BB) deixa de cobrar, a partir de hoje, a Taxa de Abertura de Crédito (TAC) dos aposentados e pensionistas que quiserem tomar empréstimos consignados. O banco se antecipa à resolução do governo que proíbe a cobrança. (AE)

O

AGENDA TRIBUTÁRIA

Abril /1ª semana ICMS/SP - OPERAÇÕES

c) contribuinte que tiver rece-

Produção Rural - Recolhi-

combustíveis e lubrificantes deri-

cados no código 2402.20.00 da

b) cujo somatório dos débitos

COM

bido o combustível exclusiva-

mento - Veja os arts. 22A, 22B, 25,

vados de petróleo; cimento; refri-

TIPI (cigarros que contêm fumo).

declarados nas DCTFs relativas

DERIVA-

mente do sujeito passivo por

25A e 30, incisos III, IV e X, todos

gerante, cerveja, chope e água -

DIA 6

ao segundo ano-calendário ante-

substituição: dia 06.04.2006;

da Lei no 8.212/1991.• Não ha-

último dia para recolhimento do

Salário de março/2006 - Pa-

rior ao período correspondente à

vendo expediente bancário, per-

ICMS apurado no mês de março/

mite-se prorrogar o recolhimen-

2006.

INTERESTADUAIS COMBUSTÍVEIS

DOS DE PETRÓLEO E COM ÁLCOOL ETÍLICO ANIDRO CARBURANTE

d) importador: nos dias 03, 04, 05 e 06.04.2006;

O contribuinte deverá entregar as informações relativas às

e) refinaria de petróleo ou suas bases:

to para o dia útil imediatamente posterior.

gamento dos salários mensais. Nota : O prazo para paga-

DCTF a ser apresentada tenha sido superior a R$ 3.000.000,00.

IRRF - Recolhimento do Im-

mento dos salários mensais é até o

DCTF Semestral - Entrega da

posto de Renda Retido na Fonte

5o dia útil do mês subseqüente ao

Declaração de Débitos e Créditos

que

e.1) até o dia 13.04.2006, em

correspondente a fatos geradores

vencido. Na contagem dos dias,

Tributários Federais (DCTF),

promover com combustíveis de-

relação às operações cujo impos-

DIA 5

ocorridos no período de 21 a

incluir o sábado e excluir domin-

com informações sobre fatos gera-

rivados de petróleo em que o im-

to tenha sido anteriormente reti-

ICMS/SP – CNAE´S - 15237,

31.03.2006, incidente sobre rendi-

gos e feriados, inclusive munici-

dores ocorridos no 2o semestre de

posto tenha sido retido anterior-

do por refinaria de petróleo ou

15911 a 15954, 21105 a 21490,

mentos de juros sobre capital pró-

pais. Consultar o documento co-

2005, pelas pessoas jurídicas não

mente

suas bases;

23108 a 23302, 24112 a 24996,

prio e aplicações financeiras, in-

letivo de trabalho da respectiva

enquadradas na obrigatoriedade

operações

ou

interestaduais

com

álcool

etílico

anidro carburante cuja operação

e.2) até o dia 23.04.2006, em

25216 a 25291, 26204, 27138 a

clusive os atribuídos a residentes

categoria profissional, que pode

de apresentação mensal (arts. 2o e

tenha ocorrido com diferimento

relação às operações cujo impos-

27413, 27499 a 27529, 28118 a

ou domiciliados no exterior, e tí-

estabelecer prazo específico para

3o da IN SRF no 583/2005).

do lançamento do imposto com

to tenha sido anteriormente reti-

28215, 28312 a 28991, 29130,

tulos de capitalização; prêmios,

pagamento de salário aos traba-

observância

do por outros contribuintes.

29157, 29246, 29254, 29513 a

inclusive os distribuídos sob a for-

lhadores.

de

programa

de

FGTS - Depósito, em conta bancária vinculada, dos valores relativos ao Fundo de Garantia

transmissão eletrônica de dados.

(Arts. 423-A e 424-A (na reda-

29548, 29718 a 29963, 30112 a

ma de bens e serviços, obtidos em

O contribuinte obrigado a pres-

ção dada pelo Decreto no 49.910/

30228, 31119 a 31410, 31518,

concursos e sorteios de qualquer

DIA 7

do Tempo de Serviço (FGTS)

tar essas informações por meio de

2005) do RICMS/SP, art. 20 da

31810 a 31992, 32107 a 32301,

espécie e lucros decorrentes desses

DCTF Mensal - Entrega da

correspondentes à remuneração

transmissão eletrônica de dados

DDTT e Ato Cotepe no 42/2005 e

32905, 33103 a 33502, 33910 a

prêmios; e multa ou qualquer van-

Declaração de Débitos e Créditos

paga ou devida em março/2006

deverá observar os seguintes pra-

Comunicado CAT no 52/2005)

33944,

tagem por rescisão de contratos.

Tributários Federais (DCTF),

aos trabalhadores. Não havendo

zos para o cumprimento dessa

34100,

34207,

34509,

35114 a 35211, 35238, 35327 a

IPI (exceto o devido por ME

com informações sobre fatos ge-

expediente bancário, deve-se antecipar o depósito.

obrigação (Convênio ICMS no 3/

DIA 3

35912, 36927 a 36951, 36978,

ou EPP) - Pagamento do IPI apu-

radores ocorridos no mês de feve-

1999, Cláusula décima sexta, na

Previdência Social (INSS) -

36994, 40118 a 40142, 40207,

rado no 3o decêndio de março/

reiro/2006, pelas pessoas jurídi-

Convênio

Recolhimento das contribuições

40304, 51217 a 51926, 60267 a

2006 incidente sobre produtos

cas em geral, inclusive as equipa-

dos e

ICMS no 33/2005, Cláusula pri-

previdenciárias relativas à compe-

60291, 61115 a 61239, 62103 a

classificados no Capítulo 22 da

radas, imunes e isentas (arts. 2o e

Envio, ao Ministério do Trabalho e

meira):

TIPI (bebidas, líquidos alcoólicos

3o da IN SRF no 583/2005):

Emprego (MTE), da relação de ad-

redação

dada

pelo

tência março/2006, devidas por

62308,

a) TRR: no dia 03.04.2006;

empresa ou equiparada, inclusive

92223 e 92401. - último dia para

64114,

64122,

92215,

b) contribuinte que tiver re-

da retida sobre cessão de mão-de-

recolhimento do ICMS apurado

cebido o combustível de outro

obra ou empreitada e da desconta-

no mês de março/2006.

contribuinte substituído, exceto

da do contribuinte individual que

TRR: nos dias 04 e 05.04.2006;

lhe tenha prestado serviço.

e vinagres).

a) cuja receita bruta auferida

IPI (exceto o devido por ME

no segundo ano-calendário ante-

ou EPP) - Pagamento do IPI apu-

rior ao período correspondente à

ICMS/SP - Substituição Tri-

rado no 3o decêndio março/2006

DCTF a ser apresentada tenha sido

butária - álcool anidro, demais

incidente sobre produtos classifi-

superior a R$ 30.000.000,00; ou

Cadastro Geral de EmpregaDesempregados (Caged) -

missões e desligamentos de empregados ocorridos em março/2006.

Fonte


DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 3 de abril de 2006

Indicadores Econômicos

7

2,165

reais foi o fechamento do dólar comercial na última sextafeira. A moeda norteamericana desvalorizou 1,1%.

31/3/2006

Informe Publicitário

FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Situação em 30/03/2006 Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda

Fundo P.L. do Fundo Empresarial LP ....................... 2.368.320,02 Lastro Performance LP ......... 941.383,08 Múltiplo LP .............................. 2.445.893,56 Esher LP .................................. 2.465.618,40 Master Recebíveis LP ........... 232.302,58

Valor da Cota Subordinada 1.019,799476 992,667409 1.023,095535 1.004,117420 952,235035

% rent.-mês 3,1168 - 0,7333 3,3438 0,4252 - 4,7765

% ano 4,3838 - 0,7333 2,3096 0,4117 - 4,7765

Valor da Cota Sênior 0 1.013,085241 1.019,198697 0 0

% rent. - mês 1,3085 1,4965 -

% ano 1,3085 1,9199 -

rating AA-(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)

DC

COMÉRCIO


8

Nacional Empresas Comércio Exterior Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 3 de abril de 2006

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, defende um resultado equilibrado da discussão

NEGOCIAÇÕES INTRINCADAS

Fábio Rossi/Agência O Globo

Monalisa Lins/AE – 22/1/01

Peter Mandelson, da Comunidade Européia, Celso Amorim, ministro brasileiro das Relações Exteriores, e o representante americano Robert Portman: temas agrícolas na pauta do encontro

N gócios

& OMC: NAS MÃOS DE LAMY M

esmo sem acordo sobre os principais entraves à Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC), o encontro entre Brasil, Estados Unidos e União Européia, neste último final de semana, no Rio de Janeiro, deixou claro que nenhum desses protagonistas quer para si o ônus do possível fracasso das negociações. Diante do jogo intrincado, cada um manteve sua posição defensiva. Mas adotou um tom mais brando e cedeu à negociação de temas secundários — a velha tática de comer pelas bordas e deixar o miolo para o final. O fim também ficou mais claro. Antes relutante a aceitar um calendário informal, que prevê a apresentação definitiva das propostas sobre os temas agrícolas e industriais até 30 de abril e o encerramento das negociações até o final deste ano, o comissário de Comér-

oportunidades

cio da União Européia, Peter Mandelson, cedeu. Pesaram nessa mudança discreta as intervenções de Pascal Lamy, o diretor-geral da OMC e antecessor de Mandelson. O francês Lamy será o responsável por colher as propostas de 30 de abril e, com base nelas, formular um rascunho do acordo final palatável aos 149 membros da organização. "Trabalhamos contra o relógio", assinalou Mandelson durante a entrevista à imprensa ao final do encontro, no início da noite de sábado. A tática de comer pelas bordas foi testada com êxito em dezembro passado e impediu o alarmado fracasso da Conferência Ministerial da OMC em Hong Kong. Sem sinais de avanço nos temas centrais, os negociadores conseguiram avançar em um tópico considerado secundário, porém relevante (a eliminação dos subsídios à exportação).

Desta vez, os negociadores dos 149 países deverão avançar nesta semana, em Genebra, na Suíça, na discussão de outros temas secundários e não menos importantes (tratamento para os produtos agrícolas sensíveis, simulações sobre a redução dos subsídios domésticos e formas camufladas de subsídios à exportação). Na avaliação do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, os acertos para essas questões podem ter influência positiva na solução dos tópicos centrais — o corte real das tarifas agrícolas e industriais e nos subsídios à produção agropecuária, para os quais o chanceler espera um resultado "justo e equilibrado". Ou seja, com mais concessões dos países ricos que das economias em desenvolvimento e, portanto, com abertura de mercados agrícolas proporcionalmente maior que a dos segmentos industriais.

Essa fórmula, argumenta o ministro Amorim, não é capricho do Brasil e de seus aliados do G-20, o grupo de economias em desenvolvimento que exige justamente a redução dos subsídios domésticos, a abert u r a d o m e rc a d o a g r í c o l a mundial e a eliminação das subvenções à exportação. A rigor, seria uma correção tardia dos resultados das rodadas anteriores, que praticamente não tocaram nas questões agrícolas, e a única saída para promover o crescimento econômico dos países menos desenvolvidos. "A responsabilidade tem de ser proporcional aos meios", receitou Amorim. As nove horas de negociações foram marcadas por momentos de tensão. Da primeira sessão de trabalho, no sábado, Amorim, Mandelson, Lamy e o representante dos Estados Unidos para o Comércio, Rob Portman, seguiram para um almoço restrito. (AE)

Nova frota impulsiona indústria naval

O

Brasil deve fechar 2006 com 40 mil pessoas trabalhando na indústria naval. A expectativa é do secretário de Fomento para Ações de Transportes do Ministério dos Transportes, Sérgio Hermes Martello Bacci. Ele projeta esse número com a perspectiva de expandir a construção de navios petroleiros, inclusive com a finalidade de exportar. Um grande pedido, de cerca de 30 navios, já está em fase de finalização entre o Brasil e a Venezuela. O projeto será assinado entre cinco estaleiros brasileiros e a PDVSA, gigante petroleira venezuelana, no valor de R$ 3,7 bilhões. Outra alavanca para o setor é a construção de 22 navios para a Transpetro. Para financiar essas construções, o governo federal ofertou, por meio do Fundo de Marinha Mercante (FMM), R$ 1,1 bilhãonesteano.EoBanco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ficou responsável pelas linhas de financiamento. Segundo Bacci, se for preciso, ainda poderá ocorrer uma suplementação de recursos para financiar os projetos. Para ele, ao contrário do que ocorreu no governo de Fernando Henrique Cardoso, quando a indústria naval quase desapareceu, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva dá atenção especial a essa área. Como exemplo, o secretário cita que o montante destinado ao setor em 2002, no governo anterior, foi de R$ 600 milhões. "Durante o governo FHC havia um entendimento de que era mais caro fabricar navios aqui, então mandavam trazer de fora, em especial da Coréia e

Paulo Barreto/Ag. O Globo

Feira de bebidas alcoólicas na Coréia do Sul

E

n t re o s d i a s 2 e 4 d e maio, realiza-se em Seul, Coréia, uma das mais populares e importantes feiras de bebidas alcoólicas da Ásia. A expectativa é de um crescimento de público de 30% em relação ao ano passado, quando a "Seoul International Wines & Spirits Expo" recebeu 20 mil pessoas. Com uma população de 48 milhões de habitantes e um PIB per capita de US$ 19,2 mil por ano, a Coréia do Sul caracteriza-se por um baixo desemprego e uma boa distribuição de renda. É um mercado jovem e interessado em vinhos, com um crescimento firme nos hábitos e costumes ocidentais. A entrada de bebidas alcoólicas do Ocidente tem diminuíd o o m e rc a d o d e b e b i d a s orientais tradicionais, como o vinho de arroz, e essa tendência é visível nas importações de vinhos franceses. Oportunidades – A "Seoul International Wines & Spirits Expo" é a oportunidade para a s e m p re s a s i n g re s s a re m nesse mercado em expansão, já que o evento é considerado um dos responsáveis por essa evolução na Coréia. A f e i r a a b re n u m e ro s a s possibilidades de promoção de vinho para 20 mil visitantes, em sua maioria compra-

dores profissionais, convidados pelo organizador do evento, Korea Wines & Spirits Importers Association. Importações – O ranking dos países de origem dos vinhos importados pela Coréia é liderado pela França, seguida por Estados Unidos e Chile. A Argentina ocupa o oitavo lugar. O vinho proveniente de países do novo mundo está ganhando popularidade, não apenas entre os consumidores diretos como também entre aqueles que o consomem em hotéis e restaurantes. Em recente pesquisa promovida por Wine Nara Inc., entre dez hotéis e restaurantes internacionais da Coréia, de 25 classes de vinhos que são oferecidas, 17 vêm do novo mundo (7 da América, 5 da Austrália e 5 do Chile). Apenas cinco são provenientes da França. Na edição deste ano da feira, são esperados 100 expositores de 20 países e o perfil dos visitantes é formado por importadores de vinhos e destilados, assim como vendedores e compradores; distribuidores e varejistas; s om mel ie rs; cozinheiros e chefs; gerentes de bebidas de restaurantes; supermercadistas e colecionadores. Mais informações no site w w w . f e r i a s a l i m e n t arias.com/seoulwinexexpo/

Delegação da África do Sul em SP Novos empregos devem surgir nos estaleiros e, até o final deste ano, o setor empregará 40 mil pessoas no Brasil.

Japão", diz Bacci. Ele lembra que muitos estaleiros fecharam naquele período. O secretário diz que a política do atual governo é gerar emprego, por isso incentiva o setor, ainda que o custo seja maior. Segundo Bacci, em 2002, cerca de 200 pessoas trabalhavam na indústria naval brasileira. "Se o Brasil voltar a empregar 40 mil pessoas, estará voltando aos patamares da década de 1970, quando os in-

vestimentos eram bastante fortes no segmento." Ajuda externa – Segundo o presidente do Sindicato Nacional da Indústria Naval e Offshore (Sinaval), Ariovaldo Rocha, além da renovação da frota existente, o aumento das exportações está impulsionando as construções de novas embarcações no País. Com custo mais baixo e recursos do FMM, a construção de empurradores e rebocado-

res deve crescer consideravelmente até o fim de 2006. O estaleiro Wilson, Sons, por exemplo, está investindo US$ 25 milhões na construção de cinco rebocadores. Cerca de 70% do valor vêm do Fundo. Um dos rebocadores do grupo, o Aquar i u s , re c e b e u re c u r s o s d e US$ 6,5milhõesetemcapacidade para atender os maiores navios do País. Ele foi entregue em fevereiro e já está em operação. Adriana David

O

Departamento Comercial do Consulado da África do Sul em São Paulo recebe hoje delegação de empresários sul-africanos para contatos comerciais em diferentes setores. Entre as empresas participantes encontram-se: fabricantes de vidros para carros e ônibus; cadeiras especiais para

deficientes; talheres de aço inox; artigos para decoração de interiores; artesanato; detergentes industriais; vinhos; peças para ônibus e ainda uma empresa cinematográfica. A missão permanece ainda no dia de amanhã em São Paulo. Para contatos, telefone: (11) 3265-0443, com Mark, no Departamento Comercial.

PAÍSES QUE DESEJAM EXPORTAR PARA O BRASIL ÍNDIA 66 - Têxteis de algodão; tecidos, artigos têxteis acabados e confecções 67 - Artigos médicos e cirúrgicos descartáveis, cânulas, cateteres, bolsas de sangue, tubos para coleta de sangue, linha de monitoramento da pressão arterial, máscaras de oxigênio, nebulizadores, agulhas para fístulas, etc. ISRAEL

68 - Bombas de água proporcionais que injetam liquido de acordo com a necessidade, com aplicação na agricultura (fertilização e irrigação), pecuária (alimentação e nutrição de gado), etc. 69 - Produtos balísticos com avançada tecnologia PAQUISTÃO 70 - Abajures e outros artigos de sal-gema

PAÍSES QUE DESEJAM IMPORTAR DO BRASIL CHINA 71 - Aparelhos elétricos de iluminação ou de sinalização; limpadores de pára-brisa FRANÇA 72 - Tacos e assoalhos MALÁSIA

73 - Açúcar no estado sólido TAILÂNDIA 74 - Ferro fundido bruto, não ligado, contendo em peso, 0,5% ou menos de fósforo ISRAEL 75 - Açaí e acerola ao natural

Departamento de Comércio Exterior da Associação Comercial Gerente: Sidnei Docal R. Boa Vista, 51— Telefones: 3244-3500 e 3244-3397


DIÁRIO DO COMÉRCIO

6

segunda-feira, 3 de abril de 2006

Cidades

Reforma das marginais será a primeira PPP no município de São Paulo

SOB NOVA DIREÇÃO

Legado de Serra: asfalto e projetos pela metade

Patrícia Cruz/Luz

Programa de asfaltamento, ainda incompleto, recebe elogios da população. Mesmo assim, o ex-prefeito deixou uma série de projetos pela metade. Seu sucessor, Gilberto Kassab, terá de fazer jus à fama de bom negociador. Na lista de tarefas a cumprir, ônibus e camelôs. Clayton de Souza/AE - 23/02/2006

Davi Franzon Roberto Tripoli, presidente da Câmara, recebe a renúncia de Serra

U

m ano e três meses depois de assumir seu posto no Palácio Anhangabaú e ter prometido cumprir a totalidade de seu mandato de quatro anos, José Serra deixou a Prefeitura de São Paulo para disputar o governo do Estado de São Paulo. No seu legado, uma série de projetos pela metade, um pedido para que seu vice (o agora prefeito, Gilberto Kassab) coloque em prática a reforma das marginais Tietê e Pinheiros e uma série de criticas da população. Parte de seus eleitores considerou a renúncia de Serra uma "traição". Entre as obras deixadas para seu sucessor, um dos destaques é o Corredor Expresso Leste. Iniciado na gestão Celso Pitta (1996-2000), o Fura-Fila, depois rebatizado de Paulistão, atravessou a administração petista de Marta Suplicy (2000-2004) e só foi retomado agora, com bom ritmo, no final da gestão de Serra. Com a saída de Serra, fica a dúvida: Kassab dará continuidade à obra ou a população aguardará mais dois anos por uma nova administração e, quem sabe, um quarto nome? Em sua gestão-relâmpago, a Prefeitura peitou os empresários que atuam no sistema de ônibus da cidade. Do lado dos empresários, o queixume relacionou-se ao valor do repasse da administração às empresas e à indecisão do prefeito em relação a um aumento de tarifa. Kassab assumirá esse impasse e precisará tomar decisões rápidas para que a população não pague o pato de locautes. Carnês – Outra lembrança que ficará da gestão Serra: os carnês de cobrança do Imposto Territorial Urbano (IPTU). No início do ano, a secretaria de Finanças imprimiu uma série de boletos que continham um resumo das realizações de Serra. Ocorre que boa parte das ações ali descritas não foram efetivamente realizadas ou estavam com seus números inflados. No documento, o contribuinte era informado que 14 hospitais municipais e 17 prontos-socorros estavam em reforma, quando a informação correta seria que a licitação para essas obras havia sido aberta. O informativo também indicava que cerca de 22 mil pessoas haviam sido atendidas pelo sistema de mutirões da saúde (uma das bandeiras da campanha de Serra para Prefeito). O número real, segundo a própria secretaria municipal da Saúde era de cerca de 10 mil pessoas. Para se explicar, a secretaria de Finanças, responsável pela confecção dos carnês, informou que os boletos eram apenas um teste para o modelo finaç a ser enviado aos contribuintes. Motoboys – Ainda no campo das polêmicas, Serra também entrou em choque com os profissionais do motofrete. O primeiro motivo foi a portaria que obrigou os motoboys a adquirir uma série de equipamentos, como, por exemplo, capacetes e coletes, para conseguirem o cadastramento junto aos órgãos de fiscalização. O estreitamento das faixas na avenida 23 de Maio também gerou críticas por parte dos

Na Câmara, esforço para atrair o Centrão e aprovar projetos Com fama de bom negociador, Gilberto Kassab terá de costurar novos acordos para aprovar seus projetos Ivan Ventura

O Evelson de Freitas/AE - 13/02/2006

O ex-prefeito José Serra: mandato curto, promessa quebrada e muitos projetos a serem tocados. O asfaltamento de ruas e avenidas foi elogiado. Sua principal proposta, a reforma das marginais Pinheiros e Tietê, ficou para Kassab. O combate às enchentes também, assim como uma solução para o comércio ambulante ilegal.

Valéria Gonçalves/A - 15/12/2005

motoboys e dos motoristas que circulam diariamente pela via expressa. Com a intenção de criar uma quinta faixa, a via foi afunilada em pelo menos dois trechos (Ibirapuera e Aeroporto). Como justifica, a secretaria de Transportes informou à época que o estreitamento traria um impacto positivo na circulação, permitindo maior fluidez, principalmente nos horários de pico. Camelôs – A queda de braço com os camelôs da cidade continuou na gestão Serra, que anunciou um projeto de retirada dos ambulantes ilegais. Fiscais e a Guarda Civil Metropolitana partiram para ações de limpeza e controle das áreas ocupadas pelos marreteiros. A ação também fechou uma série de galpões que estocavam e distribuíam produtos piratas na cidade de São Paulo. O resultado foi parcialmente positivo. Serra conseguiu retomar a rua 12 de Outubro, na Lapa, mas não obteve êxito nas ruas 25 de Março, Oriente e no Largo Treze de Maio. Mesmo assim, comerciantes e consumidores dessas vias elogiaram as ações da Prefeitura, alegando que sem elas o quadro poderia ser muito pior. Enchentes – O combate às enchentes também ficou pela

Márcio Fernandes/AE - 05/07/2005

metade. Além de um plano de emergência, que uniu órgãos da Prefeitura e do governo do Estado, a administração Serra sai de cena criticada por não ter construído, ou pelo menos iniciado, as obras de mais um piscinão (seria o nono) na cidade de São Paulo. Como justificativa, a secretaria de Subprefeituras, responsável pela administração dos piscinões, informou que o modelo adotado por Serra previa o controle do sistema de drenagem, limpeza e conservação dos espaços – e não somente a construção de reservatórios. Asfalto – Um dos pontos positivos mais lembrados pela população na administração Serra é o programa de recapeamento de ruas e avenidas, com cerca de 300 km já realizados e uma previsão de mais 500 km até o final de maio. A reforma do pavimento foi elogiada por moradores e comerciantes de todas regiões da cidade. Opiniões – Se a renúncia de Serra irritou uma parcela de seus eleitores, há os que defendam a decisão, alegando que ela foi, na verdade, "um sacrifício" cujo objetivo é evitar a vitória de Marta Suplicy na disputa pelo governo do Estado. Fábio Xavier Catão, 28 anos, taxista, considera uma traição

Serra ter renunciado. Dagher Andrigo Fernandes Lisboa, 24, não conhece Gilberto Kassab. "Ele é japonês, não é?" O médico Paulo Rodrigues Sales, 48, defende o ex-prefeito. Ele lembra que o compromisso de permanecer no cargo foi assumido por Serra quando o quadro político era totalmente diferente do atual. "Acredito que não tenha sido uma decisão fácil. Foi uma escolha política, ele é o único que pode impedir que o Estado fique no total abandono no caso de vitória do PT. Acredito em uma boa administração de Serra no governo do Estado". Quanto a Gilberto Kassab, o médico crê que ele manterá o projeto de governo de Serra "Ele é um político experiente e, pelo que se sabe na conversa com amigos, um grande articulador", afirmou. Li Ka Wai, 18 anos, estudante, votará pela primeira vez este ano e se diz decepcionada com a saída de Serra. "Ele recebeu um voto de confiança quando disse que ficaria no cargo. Não acho certa essa saída, ele quebrou esse pacto com a população", disse. Próximos meses – Até o fim de outubro, Kassab administrará sob a tutela de Serra. Para isso, nomes como o do secretário de Governo, Aluísio Nunes Ferreira e do futuro secretário das Subprefeituras, atual subprefeito da Sé, Andréa Matarazzo, estão mantidos no secretariado do novo prefeito. Serra deixa para Kassab seu principal projeto: a reforma das marginais Tietê e Pinheiros. Orçadas em R$ 400 milhões, as obras serão a primeira Parceria Publico Privada (PPP) de São Paulo. A idéia é que a iniciativa assuma a obra em troca da implantação de um pedágio urbano em duas novas pistas, uma em cada marginal.

presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Roberto Trípoli (sem partido) deseja uma gestão com responsabilidade ao agora prefeito Gilberto Kassab (PFL). A mesma expectativa têm os vereadores do chamado Centrão (formado por PMDB, PL, PTB e outros). Os tucanos acreditam que Kassab dará prosseguimento aos projetos do ex-prefeito e agora candidato ao governo do Estado, José Serra. Já os parlamentares do PT, claro, farão oposição. O cenário do Legislativo municipal está praticamente pronto para hoje o pefelista iniciar sua jornada à frente da Prefeitura. De imediato, Kassab encontrará um grande problema: controlar os vereadores de outras legendas, sedentos de acordos. O que pode agravar essa missão é o fato de o PFL não ter maioria na Câmara. O partido do prefeito conta com apenas sete vereadores e com o apoio pontual de uma dividida bancada do PSDB, com 13 vereadores. A oposição tem 12 parlamentares petistas e um do PSOL. Em meio a isso tudo, o novo prefeito dará atenção maior aos 16 vereadores que compõem o Centrão. No ano passado, Serra sentiu a força desse grupo quando, sem um acordo, tentou aprovar alguns de seus projetos. Um exemplo foi o pacote fiscal municipal (uma série de projetos como a nota fiscal eletrônica, contratação de auditores fiscais, a criação do conselho fiscal entre outras proposituras), só aprovado só em dezembro, depois de muita negociação com o Centrão. Circula nos bastidores da Casa que o principal legado de Serra para Kassab é um acordo de paz com esses vereadores, a vigorar até outubro (data das eleições para governador). Passado o período eleitoral, Kassab terá de costurar um novo acordo para que possa aprovar projetos de sua autoria. Antes de contar com os votos ao Centrão, Kassab se

empenha em aumentar a bancada do PFL. Em fevereiro, o vereador Domingos Dissei (líder do partido) comentou que a expectativa do PFL era chegar a 11 parlamentares até o fim do ano. A última conquista dos pefelistas foi Wadih Mutran, ex PP e ela sinaliza a possibilidade de o vereador ser o novo líder de governo da Câmara. Outro cenário possível é a permanência do atual líder de governo, Gilson Barreto (PSDB). Os próximos alvos do PFL são os dois vereadores do PV: Abou Anni e Aurélio Nomura. Eles foram sondados pela legenda de Kassab, mas ainda não se decidiram pela mudança de legenda. Ventilou-se também o nome de Roberto Trípoli, que negou a informação. Secretarias – A saída de Serra também promoverá mudanças em secretarias municipais e alguns dos novos secretários sairão da Câmara. Um deles é o tucano José Police Neto, que já aceitou o convite para o substituir o secretário de Participação e Parceria, Gilberto Natalini (PSDB). Natalini foi eleito vereador, mas aceitou convite de Serra para ser secretário. Natalini retornará à Câmara, no lugar do suplente Tião Farias, em meio a uma grande polêmica: a bancada do PSDB não aceitou a saída de Netinho e a vinda de Natalini no lugar de Farias. A vereadora Bispa Lenice (PFL) deverá assumir uma das pastas do município, possivelmente a de Assistência e Desenvolvimento Social. A decisão deverá sair nos próximos dias. A Câmara também passará a ter caras novas nos próximos meses. Pelo menos 12 vereadores deverão sair da Casa para disputar cargos políticos nas esferas estadual e federal – e suplentes assumirão. No PT, Paulo Teixeira e Soninha devem concorrer a uma cadeira na Câmara dos Deputados, em Brasília. Entre os tucanos estão confirmadas as saídas de José Aníbal (governo do Estado), William Woo (para deputado federal) e Carlos Alberto Bezerra Júnior (deputado estadual).


DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 3 de abril de 2006

Não gostei dele me paquerar: apitava e olhava pra mim.” Vanderlei Luxemburgo, sobre o juiz Rodrigo Cintra

almanaque Celso Unzelte

ENTRE SANTOS E SÃO PAULO

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Esporte

Hoje o São Paulo mostrou que é muito superior ao Santos.” Lugano, zagueiro tricolor

CAPÍTULO FINAL Fotos Jorge Araújo/Folha Imagem

UH/ARQUIVO DO ESTADO DE SÃO PAULO

Pela 36ª vez em seus 104 anos de história, o título de campeão paulista ficará ou com o Santos (que, para isso, só precisará vencer a Portuguesa, na Vila Belmiro, na última rodada) ou com o São Paulo (que tem de derrotar o Ituano, em Itu, e torcer por pelo menos um empate santista diante da Lusa). Ontem, os dois times se encontraram, como já havia acontecido na decisão de 1956. Na foto acima, os capitães Mauro, do São Paulo, e Jair Rosa Pinto, do Santos, cumprimentam-se antes do início da partida extra que decidiu o título paulista em favor do Santos, após uma vitória por 4 a 2, já em janeiro de 1957.

O SANTOS, COM OU SEM PELÉ O Santos foi campeão paulista pela primeira vez em 1935. Seria seu único título até 1955, ano em que reconquistou o título estadual depois de 20 anos. Na temporada seguinte viria o bicampeonato. A partir do surgimento de Pelé, a equipe seria o grande papão de títulos do Estado. Conquistou nada menos que 11 dos 15 Campeonatos Paulistas disputados entre 1955 e 1969: em 1955/56 (bi), 1958, 1960/61/62 (tri), 1964/65 (novamente bi), 1967/68 e 1969 (novamente tri). Foi, ainda, campeão paulista em 1973, ainda com Pelé no time, dividindo o título com a Portuguesa, e em 1978 e 1984. O Santos tenta, agora, a 16ª conquista.

O SÃO PAULO, DE FRIEDENREICH A CENI Já o São Paulo conquistou seu primeiro título com Friedenreich, o Pelé do início do século passado, em 1931. Mas aquele Tricolor, chamado de São Paulo da Floresta, teve que ser extinto, e por isso aquele título é contestado. Uma vez refundado, o novo São Paulo Futebol Clube ganhou 20 vezes o Campeonato Paulista, em 1943, 1945/46 (bicampeão), 1948/49 (novamente bi), 1953, 1957, 1970/1971 (outro bi), 1975, 1980/81 (bi), 1985, 1987, 1989, 1991/92 (bi), 1998, 2000 e 2005. O São Paulo foi, ainda, supercampeão paulista em 2002, derrotando na final o Ituano, campeão paulista .

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astava ao Santos um empate contra o São Paulo ontem, no Morumbi, para garantir com uma rodada de antecipação o título de campeão paulista, que não vai para a Vila Belmiro desde o já longínquo 1984. Em um jogo que seria marcado pelos erros de arbitragem, a equipe de Vanderlei Luxemburgo começou bem, dando a impressão de que o campeonato seria decidido ali mesmo. Mas acabou levando a virada para 3 a 1. Agora, na última rodada, que será disputada no próximo domingo, somente Santos ou São Paulo podem ser campeões. Ao Alvinegro bastará uma vitória simples, contra a ameaçada Portuguesa, na Vila Belmiro. Ao Tricolor, só resta derrotar o Ituano, em Itu, e torcer por pelo menos um empate santista diante da Lusa. O Santos fez 1 a 0 depois de escapar de levar o primeiro gol logo aos quatro minutos de jogo (no primeiro dos muitos erros da arbitragem, em que Josué marcou para o São Paulo mas o auxiliar Carlos Nogueira errou ao dar impedimento do volante). Em uma falta na entrada da área, aos 24 minutos, Léo Lima bateu forte, Rogério Ceni espalmou para a frente e Reinaldo desabou no contato com o zagueiro Edcarlos. Pênalti duvidoso, cobrado por Léo Lima, que fez 1 a 0. Aos 39 minutos, o são-paulino Aloísio sofreu pênalti, o árbitro marcou, mas voltou atrás depois que viu o auxiliar marcar impedimento do atacante no lance. Quatro minutos depois, o Santos, maior favorecido até ali, também começaria a reclamar. Maldonado tentou matar a bola no peito e o juiz deu mão. Rogério Ceni cobrou o pênalti e empatou. No segundo tempo, após a expulsão do zagueiro santista Luiz Alberto, aos 12 minutos, o domínio do São Paulo foi absoluto. Aos 28 minutos, Tiago marcou o gol salvador do time do Morumbi ao completar um cruzamento do lateral-esquerdo Júnior (que, por sinal, estava impedido). O golpe final foi de Alex Dias, aos 47 minutos. “É uma pena que tivemos

Virada do São Paulo sobre o Santos para 3 a 1 adia a decisão do título paulista para o próximo domingo. Para o Alvinegro, basta vencer a Portuguesa na Vila Belmiro. O Tricolor precisa derrotar o Ituano, em Itu, e torcer por pelo menos um empate do Santos com a Lusa

tão pouco tempo de preparação, porque o São Paulo seria campeão”, falou o goleiro Rogério Ceni, deixando antever que, apesar da vitória de ontem, as chances de título são pequenas. “O sentimento de nossa torcida era que o Santos não comemorasse o título aqui. O campeonato ainda não

Sérgio Assis/AE

No Rio, a final entre Botafogo e Madureira é inédita, mas a presença do Tricolor Suburbano em decisões, não: o Madureira foi vice-campeão carioca em 1936, perdendo a melhor-detrês final para o Vasco. Completou ontem 95 anos de fundação o Guarani Futebol Clube, de Campinas, batizado em homenagem à ópera O Guarani, composta pelo maestro campineiro Carlos Gomes e apresentada em 1870 no Teatro Scala de Milão.

o meu terceiro gol em clássicos no ano, e o segundo em que eu faço gols”, falou, lembrando dos dois que marcou na vitória de 4 a 2 sobre o Palmeiras. Pelo lado do Santos, muitas reclamações contra o árbitro Rodrigo Cintra. “Ele errou a partida inteira”, reclamou o volante Maldonado. “O árbi-

A Eliminado e jogando com os reservas, Corinthians vence a Ponte Preta por 1 a 0. Agora, espera pelo zagueiro Rodrigo

Últimas definições A

lém do título (Santos ou São Paulo?), o Campeonato Paulista chega à sua 19ª e última rodada com pouca coisa a definir. As colocações entre o terceiro e o quinto lugares ficarão entre Noroeste, Palmeiras e São Caetano. Com seus 30 pontos, o máximo a que o Corinthins pode aspirar é o quarto lugar. Briga boa, mesmo, é a que envolverá a parte de baixo da tabela. Com seus 9 pontos, o

tro foi infeliz hoje, mas o negócio agora é buscar o título em casa”, disse o atacante santista Reinaldo. “O campeonato ainda está nas mãos do Santos”, acredita o técnico Vanderlei Luxemburgo. “Eu prefiro perder o clássico e ser campeão. O que adianta ganhar dois, três clássicos e não o título?”

Voltado para o futuro

"Foi um dos jogos mais bonitos e emocionantes que disputei em toda minha vida." (Pelé, referindo-se a uma das muitas vitórias santistas sobre o São Paulo na década de 1960, por 6 a 3, no dia 3 de setembro de 1961. Naquele ano, o Santos foi o campeão paulista. O São Paulo fez uma má campanha.) Santos e São Paulo enfrentaram-se, agora, 249 vezes, com 106 vitórias tricolores, 83 alvinegras e 60 empates, 412 gols são-paulinos e 350 gols santistas. A maior goleada é do São Paulo: 9 a 1, pelo Campeonato Paulista, no dia 9 de junho de 1944. Em finais, deu Santos em 1956, 1967 e 1978 e São Paulo em 1980 e 2000.

acabou, mas isso que aconteceu hoje foi legal”, afirmou o técnico Muricy Ramalho. Outro que tinha motivos para estar contente era o atacante Tiago, de 19 anos. Ele marcou um belo gol, decisivo, tornando-se o principal artilheiro do São Paulo no Campeonato Paulista: já soma 9 gols. “Esse é

Mogi Mirim já está matematicamente rebaixado. Restam ainda três lugares para quatro times: Marília, Portuguesa Santista, Guarani e Portuguesa de Desportos. Dessas, a única que depende apenas de si é a Portuguesa da capital, que, no entanto, tem pela frente o compromisso mais difícil: enfrenta o Santos, adversário que também precisa ganhar para ser campeão, na Vila Belmiro.

melhor notícia de ontem para o torcedor corintiano não foi a vitória sobre a Ponte Preta, em Campinas, por 1 a 0, gol de cabeça de Renato aos 38 minutos do segundo tempo. Afinal, já eliminada há muito tempo do Campeonato Paulista, a equipe mais uma vez entrou em campo com os reservas. E o resutado (conseguido depois de a Ponte Preta ter chutado um pênalti para fora, com Élson, aos 23 minutos do segundo tempo) nem sequer serviu para melhorar a colocação: o time disputará a última rodada em sexto na classificação, atrás não só dos rivais Santos, São Paulo e Palmeiras, mas também dos pequenos Noroeste e São Caetano.

A novidade, mesmo, pelos lados do Parque São Jorge, é a contratação do zagueiro Rodrigo. Contratado junto ao Dínamo Kiev, da Ucrânia, após quatro meses de negociação, por R$ 9,2 milhões, o ex- jogador da Ponte Preta e do São Paulo está no Brasil desde sábado. Hoje, deve se apresentar no Parque São Jorge para exames médicos, e se for aprovado poderá, enfim, ser anunciado como a mais nova contratação corintiana. Quando perguntado se o jogador seria inscrito na Libertadores, o técnico Ademar Braga foi direto: “É para isso que ele veio”. Rodrigo, de 25 anos, deverá assinar contrato por três temporadas.


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Paulista Passe Livre Mineiro Outros Estaduais

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 3 de abril de 2006

O raio não cai duas vezes no mesmo lugar.” Edu Dracena, após o Cruzeiro vencer o Ipatinga

CRUZEIRO VENCE IPATINGA E É CAMPEÃO

CAÇA ÀS BRUXAS paSse livre F Desfalque oportuno Djalma Vassão/AE

oi uma semana terrível para o Palmeiras. Na quarta, perdeu para o Paulista, em Jundiaí, por 3 a 0, dando adeus às últimas possibilidades de chegar ao título. No sábado, na despedida em casa, foi derrotado novamente, dessa vez pelo Rio Branco, de Americana, por 2 a 0 — dois gols de Fabiano Gadelha, no primeiro tempo, aos 7 e aos 36 minutos. Em ambos os jogos, o técnico Leão optou por entrar em campo com um time recheado de reservas. Sábado, por exemplo, estiveram em campo o goleiro Diego, os laterais Amaral e Márcio Careca, o meia Cristian e o atacante Cláudio. Entre todos, o escolhido da torcida para desabafar a raiva por mais uma derrota foi Cristian. Os torcedores fizeram questão de xingá-lo durante o segundo tempo, exigindo a sua saída. Para o Campeonato Brasileiro, a equipe deverá passar por uma grande reformulação. O zagueiro Daniel, o próprio Cristian e Marcinho Guerreiro devem ser os primeiros a deixar o Parque Antarctica. O téc-

Roberto Benevides

D

Palmeiras, que já estava eliminado, perde para oRio Branco e diretoria já começa a falar em dispensas

nico Leão se coloca em posição contrária à saída do criticado volante. Ele acredita que Marcinho é muito útil e é barato. A diretoria, no entanto, pretende negociá-lo, de preferência com o futebol europeu.

PARANÁ

RIO GRANDE DO SUL

Vitória por 3 gols dá vantagem ao Paraná

Tudo igual no primeiro Grenal

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N

Paraná Clube derrotou ontem a Adap por 3 a 0, no Estádio Willie Davids, em Maringá, no primeiro jogo da decisão do Campeonato Paranaense. Maicossuel e Leonardo (dois) fizeram os gols da vitória. Com o resultado, a equipe de Curitiba ficou muito perto de conquistar um título que não ganha desde 1997, quando se sagrou pentacampeã estadual. O Paraná poderá perder por até dois gols de diferença no jogo de volta, que será realizado no Estádio Pinheirão, em Curitiba, no próximo domingo. A vitória da Adap por diferença de três gols levará a decisão para os pênaltis. Somente a vitória por quatro ou mais gols garante o título para a Adap.

a primeira partida decisiva do Campeonato Gaúcho, no sábado, no Estádio Olímpico, em Porto Alegre, Grêmio e Internacional não foram além de um empate por 0 a 0. Foi a primeira vez que os dois rivais se enfrentaram desde que o Grêmio caiu para a segunda divisão d Brasileiro, no final de 2004. Esta é também a primeira vez desde 1999 que os dois times decidem o título estadual. O Grêmio, agora, poderá empatar com gols a segunda partida, no Beira-Rio, no próximo domingo, para ser campeão. Já o Internacional precisa vencer. Novo empate por 0 a 0 levará a decisão para a prorrogação e, talvez, para os pênaltis.

Vitória, vingança e mais um título Marcelo Elias/Futura Press

U

Gol de Wagner quebra invencibilidade do Ipatinga e garante a taça

cruzou, Élber cabeceou na trave, mas Wagner aproveitou o rebote e fez o único gol.

NOVA ZAGA

DE SAÍDA?

Sem Luiz Alberto, o Santos também não terá Manzur e Domingos, que levaram o ontem terceiro cartão amarelo, no jogo contra a Portuguesa que vale o título paulista. Luxemburgo vai escalar a zaga com Ronaldo e Jardel, garoto de 20 anos que veio do Vitória.

Campeão mineiro, o técnico Paulo César Gusmão disse ontem que decidirá na quarta se continua no Cruzeiro. Até lá, quer descanso. Antes, PC garantia que por nada deixaria agora o Cruzeiro.

PREJUÍZO TRICOLOR

MINAS GERAIS

m ano depois de perder o Campeonato Mineiro para o Ipatinga, no Mineirão, o Cruzeiro deu o troco ao adversário. Com um gol de Wagner aos 45 minutos do primeiro tempo, venceu ontem a segunda partida da decisão estadual por 1 a 0, no Estádio Ipatingão, e voltou a ser o melhor time de Minas, o que não acontecia desde 2004. Na primeira partida decisiva, realizada na quarta-feira passada, os dois times haviam empatado no Mineirão por 1 a 1. O Cruzeiro foi melhor em todo o primeiro tempo, mas perdeu muitos gols. A compensação veio no último minuto. O lateral-esquerdo Júlio César

eve ter sido a convivência com Júnior Baiano que fez deste Luiz Alberto um exemplo de desequilíbrio em campo. Formado na Gávea, o santista Luiz Alberto reedita o inspirador: tanto pode liderar o time numa grande vitória - e, por isso, é chamado pelos companheiros de "Presidente" - como pode entregar o jogo num instante de inconsciência. Foi o que aconteceu ontem, no Morumbi: expulso aos 11 minutos do segundo tempo, após cometer uma falta muito violenta e desnecessária em Josué, desmontou a defesa santista e escancarou o caminho para a vitória são-paulina que, no mínimo, adiou o sonho santista de conquista do título paulista após 21 anos de jejum. É verdade que o São Paulo foi melhor durante todo o clássico e poderia ter começado a ganhá-lo logo aos três minutos se o juiz não tivesse anulado erradamente um gol de Josué. Quando Luiz Alberto foi expulso, no entanto, o jogo estava empatado em 1 a 1. Léo Lima, de pênalti, fez 1 a 0 aos 25 minutos do primeiro tempo e o São Paulo empatou a um minuto do intervalo. O Santos voltou para o segundo tempo aparentemente disposto a defender o empate que ainda lhe daria o título paulista por antecipação. Já se tratava de uma empreitada arriscada com 11 contra 11, tal era o domínio territorial do São Paulo. Com apenas 10 jogadores, o Santos viu os riscos se multiplicarem. O São Paulo acelerou o ritmo, fez 2 a 1 aos 26 minutos e, já na prorrogação, fechou o placar em 3 a 1. Foi indiscutivelmente justa a vitória são-paulina, mas os santistas sempre poderão cobrar de seu zagueiro estabanado estes sete dias de aflição que, no mínimo, terão de viver até a decisão do próximo domingo, na Vila Belmiro, contra a Portuguesa de Desportos., cuja única ambição é escapar ao rebaixamento. Basta o Santos vencer em casa para finalmente recuperar o caneco que ganhou, pela última vez, em 1984. Para tranqüilidade santista, Luiz Alberto não joga.

No segundo tempo, o Ipatinga jogou mais tempo no ataque e esteve perto do empate,

resultado que lhe daria o título. A equipe, no entanto, falhou nas finalizações. Aos 35 minutos, Diego Silva acertou a trave de Fábio. Aos 42, o Ipatinga chegou a marcar, mas o árbitro Álvaro Quelhas anulou o gol, dando um toque de mão. A perda do título teve gosto amargo para o Ipatinga, que, além da melhor campanha, estava invicto até a decisão. Para o Cruzeiro, o sabor foi de revanche. Em 2005, o time do Vale do Aço foi campeão mineiro pela primeira vez com uma vitória sobre os cruzeirenses, em pleno Mineirão. O título estadual foi o 33º do clube na história do Campeonato Mineiro. O Atlético tem 38 conquistas.

RIO DE JANEIRO

A festa é toda do Botafogo

Para variar, Vanderlei Luxemburgo voltou a reclamar da arbitragem. Realmente, o árbitro Rodrigo Martins Cintra e seus auxiliares Carlos Augusto Nogueira Júnior e Osny Antônio Silveira erraram demais, inverteram muitas marcações e atrapalharam o jogo - mais o São Paulo do que o Santos, porém.

ENTRE GRANDES Embora o bi tenha ficado muito difícil, o São Paulo tem a comemorar neste Paulistão a vitória em todos os clássicos - 4 a 2 no Palmeiras, 2 a 1 no Corinthians e os 3 a 1 de ontem no Santos.

EM BRANCO O atacante Luizão, que estreou no Flamengo em 19 de fevereiro, ainda não viu a coloração do dinheiro rubronegro. Por enquanto, está quieto: "Um atraso de até dois meses dá para suportar..."

UM POUCO MELHOR Melhora aos poucos o estado de saúde de Telê Santana, internado há mais de uma semana em Belo Horizonte.

A VOLTA Melhor notícia a torcida brasileira não pode querer: o fenômeno Ronaldo está voltando aos bons dias. No 1 a 1 com o Barcelona, sábado, marcou seu terceiro gol em três jogos seguidos do Campeonato Espanhol (Zaragoza e Deportivo La Coruña foram as vítimas anteriores) e completou 99 gols com a camisa do Real.

*Com Agência Estado e Reuters

Decisões de Norte a Sul

O

Brasiliense conquistou ontem o tricampeonato do Distrito Federal, ao empatar em 0 a 0 com o Gama. No sábado, Goiás e AtléticoGO empataram (0 a 0) na primeira partida da decisão. O Colo Colo, de Ilhéus, derrotou o Vitória por 1 a 0 em Salvador e ganhou o primeiro turno. No domingo, em Santa

Catarina, o Joinville fez 2 a 1 no Figueirense no primeiro jogo decisivo. No Pará, o Paysandu ganhou do Ananindeua (2 a 1) também na primeira da decisão. No Ceará, o Fortaleza perdeu a primeira para o Ceará (1 a 0). Em Pernambuco, o Sport ganhou o segundo turno e decide o título com o Santa.

Marcos D'Paula/AE

E

m um Campeonato Carioca marcado pelo predomínio das equipes pequenas, enfim um grande voltou a sorrir. Ontem, no Maracanã, diante de 31 976 pagantes, o Botafogo ganhou do Madureira por 2 a 0 no primeiro jogo da decisão do título, e ficou mais perto de reconquistá-lo após nove anos (o Botafogo foi campeão estadual pela última vez em 1997). No próximo domingo, no segundo jogo da final, o Botafogo poderá perder por até um gol de diferença que ainda as-

Com os 2 a 0 no Madureira, time pode até perder para ser campeão

sim será o campeão carioca de 2006. Se o Madureira vencer por dois gols de diferença, o campeão será conhecido nas cobranças de pênaltis. Para garantir o título, o Madureira precisará vencer por uma diferença de três ou mais gols. Os dois gols da vitória botafoguense saíram no segundo tempo. Aos 21 minutos, Reinaldo acertou o ângulo direito do goleiro Renan e fez Botafogo 1 a 0. O segundo gol da vitória que deixou o Botafogo mais perto do título foi de Joílson, aos 27 minutos.

COPA DO BRASIL

Rodada sem paulistas

C

om a classificação antecipada de Santos e Guarani para as oitavas-de-final da Copa do Brasil, a rodada desta semana não contará com equipes paulistas. O Santos, que fez 3 a 1 contra a URT, em Patos de Minas (MG), já tem o próximo adversário definido: o Brasi-

liense. O Guarani aguarda o classificado entre Flamengo-RJ e ABC-RN. PRÓXIMOS JOGOS: quarta-feira, 5/4 - Flamengo-RJ x ABC-RN; Fortaleza-CE x Ceilândia-DF; Atlético-PR x Volta Redonda-RJ; Paysandu-PA x Vila Nova-GO. Sábado, 8/4 - Vasco-RJ x Iraty-PR


segunda-feira, 3 de abril de 2006

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Espanhol Liga dos Campeões EM CAMPO, TODOS OS BRASILEIROS Liber tadores Copa do Mundo

Djalma Vassão/AE

Não admito que se pense em eliminação." Ademar Braga, técnico do Corinthians

Dia de Ronaldos Julian Martin/EFE

O

Sem chances no Paulista, Leão deu prioridade para jogo contra o Nacional, na Colômbia, pela Libertadores

TUDO OU NADA

S

em Edmundo, o Palmeiras terá de reencontrar forças para o jogo que decide sua sorte na Libertadores, contra o Atlético Nacional, em Medellín. O jogo é amanhã, às 21h15 (de Brasília), com Sportv, e o "Animal" nem sequer viajou para a Colômbia, por causa de dores nas costas decorrente de uma queda sofrida no clássico contra o Corinthians. O time passa por um momento de transição - o técnico Leão já afirmou que precisa de reforços para o Brasileiro e a fase de mata-matas da Libertadores. A um ponto do rival, o time pode até garantir sua vaga com antecipação, se vencer e o Rosario Central derrotar o Cerro Porteño. Se perder, o Palmeiras decide sua sorte em casa contra os paraguaios. O rival Corinthians, que também deu prioridade total à Libertadores, muda para enfrentar a Universidad do Chile, quinta, às 21h15. A situação é parecida com a do rival: enfrenta o líder de seu grupo e fica perto da classificação se vencer, mas se complica se perder. Ademar Braga anunciou a saída de Roger e a entrada de Carlos Alberto, que, para o técnico, tem mais capacidade defensiva. Os jogadores sabem da obrigação de vencer. "Não podemos cair na primeira fase", disse Carlos Alberto. O São Paulo precisa bater o Chivas, quarta, para retomar a liderança do Grupo 1. No mesmo dia, o Paulista joga suas últimas esperanças diante do River Plate. Internacional, a um empate da vaga, e Goiás, já

classificado, estão em situação bem mais confortável. RESULTADOS - Grupo 1: Caracas 4 x 0 Cienciano. Grupo 2: Bolivar 1 x 0 Independiente Santa Fe. Grupo 3: The Strongest 0 x 1 Unión Española. Grupo 4: Deportivo Cali 2 x 3 Universidad Católica. Grupo 6: Maracaibo 3 x 0 Pumas. Grupo 8: El Nacional 1 x 1 Libertad. JOGOS DA SEMANA - Grupo 1: São Paulo x Chivas. Grupo 2: Sporting Cristal x Estudiantes. Grupo 3: The Strongest x Goiás. Grupo 4: Universidad Católica x Corinthians. Grupo 5: LDU x Universitario. Grupo 6: Nacional x Internacional. Grupo 7: Atlético Nacional x Palmeiras; Cerro Porteño x Rosario Central. Grupo 8:

Paulista x River Plate. CLASSIFICAÇÃO - Grupo 1: 1. Chivas, 7; 2. São Paulo, 6; 3. Caracas, 4; 4. Cienciano, 3. Grupo 2: 1. Independiente Santa Fe e Bolivar, 7; 3. Sporting Cristal e Estudiantes, 6. Grupo 3: 1. Goiás, 10; 2. Unión Española, 6; 3. Newell's Old Boys, 4; 4. The Strongest, 3. Grupo 4: 1. Universidad Católica, 10; 2. Corinthians, 7; 3. Tigres, 6; 4. Deportivo Cali, 0. Grupo 5: 1. Vélez, 12; 2. LDU, 6; 3. Rocha, 4; 4. Universitario, 1. Grupo 6: 1. Internacional, 10; 2. Maracaibo, 8; 3. Nacional, 7; 4. Pumas, 0. Grupo 7:1. Atletico Nacional, 7; 2. Palmeiras, 6; 3. Cerro Porteño, 5; 4. Rosario Central, 2. Grupo 8:1. Libertad, 8; 2. River Plate, 6; 3. Paulista e El Nacional, 2.

Daniel Augusto Jr./AE

Carlos Alberto substitui Roger no time do Corinthians que enfrenta a Universidad de Chile e precisa da vitória para continuar sonhando com a classificação

Clubes cobram a Fifa

O

G-14, grupo que reúne os 18 clubes mais poderosos da Europa, quer que a Fifa pague 200 milhões de euros para os clubes cederem seus jogadores para as seleções que disputarão a Copa do Mundo. O anúncio foi feito ontem por Karl-Heinz Rummenigge, presidente do Bayern. "A quantia estabelecida pelo G-14 leva em conta o fa-

to de um jogador internacional custar cerca de 10 mil euros por dia", explicou o craque da Alemanha nas Copas de 1982 e 1986, em entrevista à revista Wirtschaftswoche. O dirigente reclama que, durante o Mundial, o paíssede, os participantes e os jogadores recebem dinheiro, enquanto os clubes ficam sem nada. "Só nós regressamos com as mãos vazias. O

pior é quando voltamos com jogadores machucados. Na política da Fifa os clubes não têm voz", comentou. No último dia 20 de março, o G-14 entrou com uma ação na Justiça da Bélgica para pedir da Fifa a quantia de 860 milhões de euros como indenização pela cessão de jogadores nos últimos 10 anos. O resultado deve ser anunciado nos próximos meses.

Polícia preocupada com telões

A

polícia da Alemanha está preocupada com a segurança nos locais onde serão instalados telões para que os torcedores sem ingressos possam acompanhar os jogos da Copa do Mundo. "Esses centros são um problema, do ponto de vista da segurança", explicou presidente do Sindicato Alemão da Polícia (DPolG), Wolfgang Speck.

Durante a Copa, devem ser instalados cerca de 300 telões pela Alemanha, em lugares abertos com capacidade para acomodar milhares de torcedores. Também haverá telões em estádios, mas nesses casos o dirigente policial afirmou que está tranqüilo, pois os incidentes geralmente ocorrem do lado de fora. Para prevenir problemas, pediu que

os organizadores dos locais onde serão instalados os telões colaborassem com a polícia e impedissem que esses pontos se transformassem em centros de camping dos jovens que viajarão ao país para o Mundial. A Copa do Mundo da Alemanha começa no próximo dia 9 de junho. O Brasil está no Grupo F, ao lado de Croácia, Japão e Austrália.

resultado em nada altera a disputa pelo título espanhol, mas Barcelona 1 x 1 Real Madrid, com gols de Ronaldinho Gaúcho (de pênalti) e Ronaldo, foi um clássico para encher de alegria a torcida brasileira. Ronaldinho voltou a brilhar, o que não é mais novidade, e Ronaldo emplacou o terceiro gol em três jogos consecutivos e, sozinho no ataque do Real, deu enorme trabalho à defesa do Barça. Os jornais espanhóis de ontem deram destaque ao astro do Real Madrid, relembrando que, depois de uma longa fase de pouco brilho técnico, Ronaldo está voltando a jogar bem e, em certos momentos do jogo no Camp Nou, chegou a lembrar os tempos em que era considerado por unanimidade o melhor jogador do mundo. A pouco mais de dois meses da Copa do Mundo, a reconciliação de Ronaldo com os gols e a boa forma é uma ótima notícia para a Seleção, pois de pouco servirá ao Real nas sete rodadas que restam no Campeonato Espanhol. Com 69 pontos, 11 a mais do que o Real, vice-líder, o líder Barcelona tem praticamente garantido o bicampeonato nacional. Daqui a pouco, também Ronaldinho estará livre para só pensar no Brasil.

Ronaldinho e Ronaldo: gols e brilho em Barcelona

Amanhã e quarta, os semifinalistas

O

s quatro semifinalistas da Liga dos Campeões da Europa serão definidos, amanhã e na quarta-feira, em jogos marcados pela presença de brasileiros em todas as equipes. Amanhã, Milan x Lyon pode reunir até oito brasileiros. Na quarta, Barcelona x Benfica pode chegar a 11. Os jogos, sempre às 15h45 do Brasil, serão mostrados por Bandeirantes, ESPN e ESPN Brasil.

ITÁLIA

ESPANHA

INGLATERRA

32ª rodada Lecce 1 x 0 Milan Treviso 0 x 0 Juventus Internazionale 3 x 0 Messina Chievo 2 x 1 Livorno Fiorentina 1 x 1 Roma Lazio 3 x 3 Empoli Palermo 1 x 1 Ascoli Reggina 1 x 1 Siena Sampdoria 1 x 1 Cagliari Udinese 2 x 0 Parma

31ª rodada Real Sociedad 3 x 0 Málaga Zaragoza 0 x 1 Villarreal Barcelona 1 x 1 Real Madrid Alavés 0 x 0 Athletic Bilbao La Coruña 2 x 0 Racing Santander Mallorca 0 x 0 Espanyol Osasuna 0 x 4 Getafe Valencia 5 x 3 Cádiz Atletico Madrid 0 x 3 Celta Betis 2 x 1 Sevilla

32ª rodada Birmingham 0 x 0 Chelsea Arsenal 5 x 0 Aston Villa Bolton 1 x 2 Manchester United Everton 2 x 2 Sunderland Fulham 1 x 3 Portsmouth Newcastle 3 x 1 Tottenham West Bromwich 0 x 2 Liverpool Manchester C. 0 x 1 Middlesbrough West Ham 0 x 0 Charlton Classificação

P

V

S

Classificação

P

V

S

GP

Classificação

P

V

S

GP

1 Chelsea

79

25

41

60

1 Juventus

79

24

41

61

1 Barcelona

69

21

43

70

2 Manchester United

72

22

34

64

GP

2 Milan

70

22

44

70

2 Real Madrid

58

17

28

56

3 Liverpool

67

20

25

47

3 Internazionale

68

21

35

59

3 Valencia

56

15

16

44

4 Tottenham

55

15

14

46

4 Fiorentina

61

18

17

52

4 Osasuna

55

17

4

41

5 Arsenal

53

16

30

53

5 Roma

60

17

26

58

5 Sevilla

51

15

7

39

6 Blackburn

52

16

6

42 43

6 Chievo

48

12

8

46

6 Celta

51

16

5

34

7 Bolton

48

13

9

7 Lazio

46

11

2

44

7 La Coruña

49

14

5

42

8 West Ham

46

13

0

46

8 Palermo

44

11

-1

42

8 Villarreal

48

12

11

41

9 Wigan

46

14

-2

36

9 Livorno

44

11

-3

33

9 Atletico Madrid

43

11

8

40

10 Everton

44

13

-12

31

10 Sampdoria

38

10

0

43

10 Getafe

43

12

4

44

11 Charlton

43

12

-5

37

11 Ascoli

38

8

-4

35

11 Zaragoza

41

9

0

39

12 Newcastle

42

12

-5

34

12 Parma

38

10

-15

36

12 Betis

36

9

-12

29

13 Manchester City

40

12

1

39

13 Siena

36

9

-13

37

13 Athletic Bilbao

34

8

-6

32

14 Middlesbrough

40

11

-8

44

14 Reggina

35

9

-18

32

14 Racing Santander

33

7

-9

26

15 Fulham

36

10

-13

41 34

15 Empoli

33

9

-18

37

15 Espanyol

33

8

-16

30

16 Aston Villa

35

8

-12

16 Cagliari

32

7

-13

33

16 Alavés

32

7

-14

31

17 West Bromwich

27

7

-21

28

17 Udinese

32

8

-18

31

17 Mallorca

32

7

-16

29

18 Portsmouth

27

7

-25

27

18 Messina

28

5

-17

29

18 Real Sociedad

31

9

-18

39

19 Birmingham

25

6

-21

23

19 Lecce

24

6

-25

24

19 Cádiz

27

6

-19

24

20 Sunderland

11

2

-36

21

20 Treviso

16

2

-28

17

20 Málaga

23

5

-21

30

FRANÇA

ALEMANHA

PORTUGAL

33ª rodada Lille 1 x 1 Auxerre Troyes 0 x 1 Lyon Metz 0 x 1 Lens Nantes 1 x 3 Olympique Nice 3 x 1 Strasbourg Saint-Etienne 1 x 1 Monaco Sochaux 3 x 1 Ajaccio Le Mans 0 x 0 Nancy Toulouse 0 x 1 Rennes PSG 3 x 1 Bordeaux

28ª rodada B. Leverkusen 5 x 1 Kaiserslautern Bayern 2 x 2 Colônia E. Frankfurt 0 x 1 Werder Bremen Hertha 2 x 0 Stuttgart B. Mönchen 2 x 1 B. Dortmund Nurnberg 3 x 0 Mainz Wolfsburg 1 x 1 Duisburg Hannover 0 x 1 Arminia Bielefeld Schalke 0 x 2 Hamburgo

29ª rodada Braga 1 x 0 Nacional Naval 1 x 0 Paços Ferreira Vitória Guimarães 0 x 1 Sporting Belenenses 1 x 2 Benfica Amadora 3 x 2 Acadêmica Penafiel 1 x 1 União Leiria Boavista 1 x 1 Marítimo Porto 3 x 0 Gil Vicente Rio Ave x Vitória Setubal (hoje)

Classificação

P

V

S

GP

Classificação

P

V

S

Classificação

P

V

S

GP

1 Bayern

66

20

34

56

1 Porto

66

20

33

47

1 Lyon

72

21

34

57

2 Hamburgo

59

18

23

45

2 Sporting

64

20

24

46

2 Bordeaux

60

16

15

34

3 Werder Bremen

56

17

30

62

3 Benfica

59

18

21

44

3 Lille

54

14

22

45

4 Schalke 04

52

14

14

39

4 Braga

54

16

16

32

4 Rennes

53

17

-1

42

5 Hertha

40

10

5

52

5 Boavista

47

12

11

35

5 Lens

52

12

12

40

6 Bayer Leverkusen

38

10

7

49

6 Nacional

44

12

5

33

6 Auxerre

52

15

7

40

7 Borussia Dortmund

37

9

2

36

7 Vitória de Setúbal

42

13

-1

25

7 Olympique

52

14

3

33

8 Borussia Mönchen.

37

9

-4

33

8 União Leiria

37

10

-3

35

8 PSG

50

13

10

40

9 Stuttgart

36

7

1

22

9 Estrela Amadora

36

10

-4

27

9 Le Mans

48

13

4

30

10 Hannover

34

7

-2

35

10 Marítimo

35

8

-2

30

10 Nice

46

12

0

26

11 Nuremberg

34

9

-5

36

11 Naval

34

10

-9

31

11 Nancy

43

11

4

29

12 Arminia Bielefeld

34

9

-7

28

12 Belenenses

34

10

1

36

12 Monaco

42

11

4

33

13 Eintracht Frankfurt

30

8

-8

37

13 Acadêmica

33

9

-11

29

13 Saint-Etienne

42

10

-6

26

14 Wolfsburg

29

6

-16

28

14 Paços Ferreira

31

8

-15

28

14 Nantes

38

9

-3

31

15 Mainz

28

7

-5

40

15 Rio Ave

31

7

-10

28

GP

15 Toulouse

37

9

-9

29

16 Kaiserslautern

27

7

-22

39

16 Vitória de Guimarães

30

7

-11

23

16 Sochaux

36

9

-11

28

17 Duisburg

22

4

-25

27

17 Gil Vicente

29

8

-7

29

17 Troyes

29

6

-16

25

18 Colônia

20

4

-22

38

18 Penafiel

14

2

-35

20

18 Strasbourg

27

5

-16

29

19 Metz

26

5

-28

22

20 Ajaccio

24

5

-25

19


4

Getty Images/AFP

Fórmula 1 Ve l a Ta e k w o n d o Vôlei

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 3 de abril de 2006

Helio Castroneves ultrapassou Scott Dixon a quatro voltas do fim do GP de St. Petersburg

NATÁLIA FALAVIGNA É OURO NA EUROPA

ALONSO DISPARA P

ara quem gosta de emoção, o GP da Austrália foi um prato cheio: vários acidentes, quatro entradas do safety car na pista, ultrapassagens. Mas, no resultado final, a rotina que fatalmente se repete desde o ano passado: no alto do pódio, o espanhol Fernando Alonso, que abriu 14 pontos de vantagens para seus rivais mais próximos no Mundial de Pilotos: Kimi Raikkonen, segundo colocado, e Giancarlo Fisichella, quinto. Alonso tomou a ponta de Jenson Button, o pole position, logo no início da prova, e venceu com dois segundos de vantagem sobre Raikkonen. O espanhol, no entanto, acha que a situação não continuará assim. "Temos que aproveitar e vencer essas corridas agora, porque as outras equipes vão melhorar." O finlandês gostou do segundo lugar. "Agora temos condições de competir com a Renault, acho que demonstramos isso aqui." O pódio foi completado por Ralf Schumacher, da Toyota, que cumpriu punição por ter ultrapassado o limite de velocidade nos boxes. Nick Heidfeld, da BMW, chegou em quarto, seguido de Fisichella e da outra BMW de Jacques Villeneuve. Rubens Barrichello chegou em sétimo, depois de ter largado em 16º, e de enfrentar problemas nos freios durante toda a corrida. "Minha temporada começou agora. Há muito a fazer se quisermos começar a fase

européia em situação mais competitiva", afirmou. Button brigou pelas primeiras posições enquanto pôde, mas teve problemas de aderência nos pneus. Era o quinto até a reta final, quando o motor estourou sobrou-lhe a décima posição. "É decepcionante terminar assim", lamentou. A última posição entre os pontos mudou de mãos depois da corrida. O norteamericano Scott Speed, da Toro Rosso, cruzou em oitavo, mas foi punido por fazer ultrapassagens sob bandeira amarela cedeu a posição a David Coulthard. E a Ferrari? Seus dois pilotos, Michael Schumacher e Felipe Massa, se envolveram em acidentes e deixaram a Austrália sem pontos. "Foi um fim de semana para esquecer'', disse o chefe Jean Todt. MUNDIAL DE PILOTOS: 1. Alonso (ESP/Renault), 28; 2. Fisichella (ITA/Renault) e Raikkonen (FIN/McLaren), 14; 4. M. Schumacher (ALE/Ferrari), 11; 5. Button (ING/Honda), 11; 6. Montoya (COL/McLaren), 9; 7. R. Schumacher (ALE/Toyota), 7; 8. Villeneuve (CAN/BMW), 5; 9. Heidfeld (ALE/BMW), 5; 10. Massa (BRA/ Ferrari), 4; 11. Webber (AUS/Williams), 3; 12. Rosberg (ALE/ Williams) e Barrichello (BRA/ Honda), 2; 14. Klien (AUT/Red Bull) e Coulthard (ESC/Red Bull), 1. MUNDIAL DE CONSTRUTORES: 1. Renault, 42; 2. McLaren, 23; 3. Ferrari, 15; 4. Honda, 13; 5. BMW, 10; 6. Toyota, 7; 7. Williams, 5; 8. Red Bull, 2.

William West/AFP

Espanhol venceu o GP da Austrália e, após três corridas, já tem o dobro de pontos dos rivais mais próximos. A corrida teve teve vários acidentes, como de Massa, e quatro entradas do safety car na pista

Divulgação

Começo arrasador

B

runo Senna (foto) teve um fim de semana brilhante na Fórmula 3 Australiana: venceu três das provas, promovidas como preliminar do GP de F-1. Na primeira corrida, na quinta, Bruno foi o quarto. Depois, venceu sexta, sábado e ontem. Sobrinho do tricampeão mundial Ayrton Senna, morto em 1994, Bruno começou tarde no automobilismo, apenas em 2004, aos 20 anos, e ainda não havia vencido nenhuma corrida. "Sinceramente, não esperava ir tão bem. Não conhecia o carro nem o circuito", declarou. Ele volta nesta semana à Inglaterra, onde estréia no dia 17 em sua segunda temporada na F-3 local.

Helinho vence e lidera na IRL

H

elio Castroneves venceu o GP de St. Petersburg, na Flórida, e assumiu a liderança da IRL, em corrida com bons resultados brasileiros: Tony Kanaan foi o terceiro, e Vítor Meira, o quinto.

Destino: Baltimore Antonio Scorza/AFP

CLASSIFICAÇÃO: 1. Castroneves (BRA), 93; 2. Dixon (NZL), 70; 3. Wheldon (ING), 64; 4. Hornish Jr. (EUA), 62; 5. Matsuura (JAP) e Kanaan (BRA), 54; 7. Herta (EUA), 49; 8. Sharp (EUA) e Giaffone (BRA) 46; 10. Franchitti (ESC) e Meira (BRA), 44; 12. Scheckter (AFS), 40; 13. Cheever Jr. (EUA), 39; 14. Patrick (EUA), 35; 15. Lazier (EUA), 32; 16. Cheeson (EUA), 31; 17. Andretti (EUA), 30; 18. Rice (EUA), 23; 19. Moreno (BRA) 12; 20. Carpenter (EUA), 6.

A1: despedida melancólica Começou ontem a etapa da Volvo Ocean Race que saiu do Rio até os EUA

C

om Marcelo Ferreira na tripulação, o Brasil 1 começou mal ontem a quinta etapa da Volvo Ocean Race, que saiu do Rio e vai até Baltimore, nos EUA. Após três horas de prova, o barco, que queimou a largada e foi fechado por um veleiro espectador, está em quinto, só à frente do líder da classificação

geral, o ABN Amro 1, que teve problemas com a vela. Ferreira só foi confirmado na tripulação horas antes da largada, por causa de uma contusão no púbis."Fiquei de cama por alguns dias e estou pronto para ir até Baltimore", disse. Os barcos devem levar duas semanas para chegar aos EUA.

Unisul e Minas Alex e Hevaldo lutam por final vencem no RS

U

nisul e Telemig Celular/Minas terão de brigar até o quinto jogo por um lugar na final da Superliga masculina. Sábado, a Unisul, treinada por José Roberto Guimarães, venceu por 3 a 2 (15/25, 25/23, 25/20, 24/26 e 15/11), em São José (SC), mantendo a escrita: o time que joga em casa vence. Assim, o Minas é teoricamente o favorito, pois o jogo decisivo será quinta, às 20h, em Belo Horizonte, com transmissão do Sportv. O vencedor enfrentará na decisão a a Cimed/Florianópolis, que eliminou o Banespa em três jogos. "Fizemos um grande jogo. "Depois da derrota por 3 a 0 em Belo Horizonte, a equipe conseguiu se reconstruir", elogiou Zé Roberto. O Minas foi o melhor time da primeira fase. Na Superliga feminina, Finasa/Osasco e Rexona/Ades fazem a decisão, depois de eliminar, em três jogos, São Caetano e Macaé, respectivamente.

A

lex e Hevaldo venceram a etapa de Porto Alegre, a quarta do Circuito Brasileiro de vôlei de praia. Na final, derrotaram os atuais campeões brasileiros, Márcio e Fábio Luiz, por 2 a 1 (15/18, 18/12 e 15/10). Foi a segunda vitória da recém-formada dupla na temporada. "Serviu para mostrar que não foi sorte ou zebra o título em Curitiba", disse Hevaldo, que nunca havia chegado a uma semifinal antes. Alex era parceiro de Luizão, que hoje joga com Nalbert. No feminino, as campeãs nacionais e mundiais Larissa e Juliana venceram Renata e Talita por 2 a 0 (18/12 e 19/17) na decisão e chegaram a três títulos em quatro etapas. "Quem sonha alto não pode pensar em repetir o que passou, mas sim, melhorar. Estamos tentando nos superar", afirmou Juliana, que jogou com torcicolo. "Nosso mérito é buscar sempre mais", completou Larissa.

C

hristian Fittipaldi obteve um décimo e um 19º lugares no GP da China da A1, e com a vitória de Alex Yoong, da Malásia, caiu para o sexto lugar na competição, encerrada ontem. A próxima temporada da disputa por países começa em outubro, na Holanda. CLASSIFICAÇÃO: 11. França, 172 pontos; 2. Suíça, 121; 3. GrãBretanha, 97; 4. Nova Zelândia, 77; 5. Malásia, 74; 6. Brasil, 71; 7. Holanda, 69; 8. Irlanda, 68; 9. Portugal, 66; 10. Canadá e México, 59; 12. República Tcheca, 56; 13. Austrália, 51; 14. Itália, 46; 15. Alemanha, 38; 16. Estados Unidos, 23; 17; África do Sul, 20; 18. Indonésia, 16; 19. Áustria, 14; 20. Paquistão, 10; 21. Japão, 8.

Natália é ouro na Bélgica

N

atália Falavigna, campeã mundial de taekwondo, venceu no sábado o Aberto da Bélgica, categoria até 72 kg, ao bater a australiana Amy Ash na final. Foi a terceira medalha da brasileira no ano: ela foi prata no Aberto dos EUA, em fevereiro, e bronze na Holanda, há duas semanas. O Brasil obteve mais duas medalhas de prata: Cátia Arakaki (até 47 kg) e Débora Nunes (até 55 kg). Depois do giro europeu, Natália volta ao Brasil para se preparar para o Mundial Universitário, em maio, na Espanha. Ela se mostra otimista. "Estou trocando golpes com as melhores atletas do mundo num bom nível", diz.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.ECONOMIA/LEGAIS

terça-feira, 4 de abril de 2006

CIA. MANUFATUREIRA AUXILIAR C.N.P.J. nº 96.198.486/0001-93 RELATÓRIO DA DIRETORIA Senhores Acionistas: Atendendo às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de Vossas Senhorias, o BALANÇO PATRIMONIAL e demais demonstrações financeiras, correspondentes ao exercício social encerrado em 31 de Dezembro de 2005, permanecendo à disposição para quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários. São Paulo, 06 de janeiro de 2006. A Diretoria BALANÇO PATRIMONIAL ENCERRADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 (R$) 2005 (R$) 2004 Ativo (R$) 2005 (R$) 2004 Passivo Passivo Circulante Ativo Circulante 1. Obrigações Diversas 1. Disponível Fornecedores 7.011,78 8.623,08 Aplicações Financeiras 1.135.854,57 1.054.373,84 Obrigações com o Pessoal 14.936,27 19.862,58 Caixa e Bancos 56.745,04 134.127,43 Obrigações Previdenciárias 14.067,24 18.957,47 2. Existências (Nota 02) Obrigações Tributárias 9.028,90 45.984,85 Estoques Inventariados 806.440,57 866.009,32 689,30 -0- _ Credores Diversos 3. Créditos 45.733,49 93.427,98 Contas a Receber 33.355,34 6.816,89 Passivo Circulante Exigível a Longo Prazo Impostos Recuperáveis 27.489,62 3.445,46 -0- _ 162.369,94 Lucros de Exercícios Futuros 60.844,96 10.262,35 Exigível a Longo Prazo -0- _ 162.369,94 Ativo Circulante 2.059.885,14 2.064.772,94 Patrimônio Líquido Ativo Realizável a Longo Prazo 1. Capital Contas a Receber -0250.000,00 Capital Social Realizado 5.310.000,00 5.310.000,00 Impostos Recuperáveis 67,65 2.139,59 2. Reservas de Lucros 3.196,10 3.715,10 Depósitos Judiciais/Fiscais Reserva Legal 115.834,02 115.834,02 Ativo Realiz. Longo Prazo 3.263,75 255.854,69 3. Lucros Acumulados Ativo Permanente (Nota 03) (2.943.098,26) (2.687.701,79) Resultados Acumulados 1. Investimentos 2.482.735,76 2.738.132,23 Em Coligadas 9.088,00 9.152,00 Patrimônio Líquido Total Geral do Passivo 2.528.469,25 2.993.930,15 2. Imobilizações Máquinas e Equipamentos 712.760,77 712.260,77 VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO Móveis e Utensílios 11.279,17 11.279,17 (R$) 31.12.05 (R$) 31.12.04 Variação Cauções e Direitos 69.715,31 69.715,31 Ativo Circulante 2.059.885,14 2.064.772,94 (4.887,80) Diferido 919.263,13 919.263,13 45.733,49 93.427,98 (47.694,49) Passivo Circulante 1.713.018,38 1.712.518,38 2.014.151,65 1.971.344,96 42.806,69 (1.256.786,02) (1.048.367,86) Circulante Líquido (–)Deprec./Amortiz. Acumuladas 456.232,36 664.150,32 NOTAS EXPLICATIVAS Ativo Permanente 465.320,36 673.302,52 1 - Apresentação das Demonstrações Financeiras - A elaboração, forma Total Geral do Ativo 2.528.469,25 2.993.930,15 de apresentação e conteúdo das demonstrações financeiras, foram procedidas de acordo com as normas estabelecidas pela Lei 6.404/76. DIRETORIA 2 - Estoques - Demonstrados ao custo médio de aquisição, não excedendo Justino Augusto Azevedo Peixeiro Amilcar de Oliveira ao valor de mercado. 3 - Ativo Permanente - Demonstrado ao custo de Presidente Diretor aquisição, observados os seguintes aspectos: - Os investimentos em companhias coligadas são avaliados pelo método de equivalência Carlos Hernani de Almeida Prado Hilário da Costa patrimonial. - As depreciações e amortizações são calculadas pelo método Diretor Diretor linear, às taxas que levam em consideração a vida útil econômica dos Alcides Rodrigues - Contador - CRC 1SP047102/O-0 bens, segundo parâmetros estabelecidos pela legislação tributária.

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO Receita Bruta de Vendas e Serviços (–) Impostos Incidentes (=) Receita Operacional Líquida (–) Custos dos Produtos e Serviços Vendidos (=) Resultado Bruto Outras Receitas Operacionais Despesas Administrativas Despesas Tributárias Despesas Financeiras Receitas Financeiras Avaliação Equiv. Patrimonial Resultado Operacional Receita Não Operacional Contribuição Social sobre o Lucro Resultado Antes do Imposto de Renda Provisão p/Imposto de Renda Resultado Líquido do Exercício

(R$) 2005 866.413,27 (246.783,96) 619.629,31

(R$) 2004 621.112,54 (204.113,71) 416.998,83

(523.414,91) 96.214,40 2.070,28 (652.377,93) (19.676,35) (2.950,61) 159.017,80 (64,00) (417.766,41) 162.369,94 -0- _ (255.396,47) -0- _ (255.396,47)

(723.739,92) (306.741,09) 1.100,63 (831.793,08) (59.137,18) (3.760,50) 65.311,30 (55,00) (1.135.074,92) 1.168.380,00 (13.543,11) 19.761,97 (25.900,19) (6.138,22)

1 - Saldo no Início do Exercício 2 - Resultado Líquido do Exercício 3 - Saldo no Fim do Exercício

(R$) 2004 (2.681.563,57) (6.138,22) (2.687.701,79)

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DOS RECURSOS Origens dos Recursos Resultado Líquido do Exercício Depreciações e Amortizações Res. da Participação em Coligadas Aplicações dos Recursos Aumento do Ativo Permanente Redução do Exigível a Longo Prazo Variação do Real. a Longo Prazo Variação do Capital Circ. Líquido

Dinâmica Promoções de Vendas, Shows e Eventos Ltda. CNPJ nº 51.183.358/000138 registrada na JUCESP sob o NIRE nº 35218211871 de 11/06/2006, comunica à praça a perda de 2 (duas) vias originais do Contrato de constituição da empresa. INDÚSTRIA MECÂNICA ELMO FAIA LTDA EPP torna público que recebeu da CETESB a licença de Operação nº 31002592 com validade até 14/02/2009 para USINAGEM DE PEÇAS, sita à Rua Padre Raposo, 349 - São Paulo/SP

COMUNICADOS À PRAÇA COMUNICADO À PRAÇA A Raio de Luz Serviços de Mão-de-Obra Ltda-ME CNPJ 05.262.557/0001-14 comunica o extravio (04,05 e 06/04/06) do Livro de Registro de Empregados de nº 01 e os Atestados Admissionais. COMUNICADO À PRAÇA

DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS (R$) 2005 (2.687.701,79) (255.396,47) (2.943.098,26)

COMUNICADOS

(R$) 2005 (255.396,47) 208.418,16 64,00 (46.914,31)

(R$) 2004 (6.138,22) 211.906,68 55,00 205.823,46

500,00 162.369,94 (252.590,94) 42.806,69 (46.914,31)

1.121,30 1.168.380,00 (1.802.278,92) 838.601,08 205.823,46

BIANCHI & CIA. LTDA., com sede nesta Capital à Rua Vergueiro, 48, Liberdade, CEP 015004-000, CNPJ 61.389.540/0001-01, Inscrição Estadual 102.163.681.110, COMUNICA aos Clientes, Fornecedores e a quem mais possa interessar que ENCERROU AS ATIVIDADES em 31/03/2006, sendo que qualquer obrigação a partir desta data, não será de responsabilidade da empresa ou do sócio subscritor deste comunicado. César Nicolau Saad - Sócio

CONVOCAÇÕES

CIA. MECÂNICA AUXILIAR C.N.P.J. nº 61.086.740/0001-87 RELATÓRIO DA DIRETORIA Senhores Acionistas: Atendendo às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de Vossas Senhorias, o BALANÇO PATRIMONIAL e demais demonstrações financeiras, correspondentes ao exercício social encerrado em 31 de Dezembro de 2005, permanecendo à disposição para quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários. São Paulo, 06 de janeiro de 2006. A Diretoria. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO BALANÇO PATRIMONIAL ENCERRADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 Passivo (R$) 2005 (R$) 2004 Ativo (R$) 2005 (R$) 2004 (R$) 2005 (R$) 2004 Passivo Circulante Ativo Circulante Receita Operacional Bruta 17.327.164,34 13.208.622,45 01. Obrigações Diversas 01. Disponível (632.441,48) (482.114,75) (–) Impostos Incidentes Obrigações com o Pessoal 70.950,26 65.742,68 Caixa e Bancos 762.399,48 1.899.357,07 Receita Operacional Líquida 16.694.722,86 12.726.507,70 Obrigações Previdenciárias 60.613,92 56.411,35 Aplicações Financeiras 316.870,43 5.060.192,01 (–) Custos dos Produtos Vendidos (1.001.058,18) (1.758.648,35) Obrigações Tributárias 213.050,34 253.142,65 02. Existências Lucro Bruto 15.693.664,68 10.967.859,35 Contas a Pagar 5.962,71 21.496,18 Imóveis Destinados à Venda 29.387.796,49 18.526.468,97 (+) Outras Rec. Operacionais 0,85 1.223.860,78 -0- _ 645.000,00 Receitas a Realizar 03. Créditos (+) Receitas Financeiras Líquidas 1.629.009,01 2.202.890,61 Passivo Circulante 350.577,23 1.041.792,86 Contas a Receber 4.775.842,86 2.278.188,17 (–) Despesas Administrativas (3.178.900,34) (2.953.986,42) Exigível a Longo Prazo Custos a Realizar -0- _ 115.170,38 (–) Despesas Tributárias (389.064,93) (702.769,73) Contas a Pagar -0- _ 250.000,00 (+) Avaliação Equiv. Patrimonial Ativo Circulante 35.242.909,26 27.879.376,60 573.560,00 305.017,33 Exigível a Longo Prazo -0250.000,00 (=) Resultado Operacional Ativo Realizável a Longo Prazo 14.328.269,27 11.042.871,92 Patrimônio Líquido Depósitos Judiciais 4.301,49 4.301,49 (–) Despesas Não Operacionais (442.056,35) (25.852,00) 01. Capital 5.892,00 5.892,00 Imp. de Renda a Compensar (+) Receitas Não Operacionais 302.000,00 32.500,00 Capital Social Realizado 31.500.000,00 31.500.000,00 Realizável a Longo Prazo 10.193,49 10.193,49 (–) Prov. p/a Contribuição Social (431.486,75) (501.163,22) 02. Reserva de Lucros Ativo Permanente (Nota 02) (=) Resultado antes do Reserva Legal 3.090.919,37 2.455.836,78 01. Investimentos (=) Imposto de Renda 13.756.726,17 10.548.356,70 03. Lucros Acumulados Em Coligadas 1.934.576,00 1.361.016,00 (–) Provisão p/o Imp. de Renda (1.055.074,31) (1.262.090,04) 12.066.569,27 4.654.309,90 Resultados Acumulados Por Incentivos Fiscais -013.197,29 (=) Resultado Líquido do Exercício 12.701.651,86 9.286.266,66 Patrimônio Líquido 46.657.488,64 38.610.146,68 -0- _ 159,07 Títulos e Val. Mobiliários Lucro Líquido por Ação 3,09 2,26 1.934.576,00 1.374.372,36 Total Geral do Passivo 47.008.065,87 39.901.939,54 02. Imobilizações DEMONSTRAÇÃO DOS LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DOS RECURSOS Edificações e Terrenos 3.156.002,11 4.681.601,21 Instalações em Geral 953.113,40 953.113,40 (R$) 2005 (R$) 2004 (R$) 2005 (R$) 2004 Origens dos Recursos Veículos 2.212.528,25 1.642.498,24 1 - Saldo no Início do Exercício 4.654.309,90 11.031.390,02 Resultado Líquido do Exercício 12.701.651,86 9.286.266,66 Aeronaves 3.018.369,46 2.929.896,08 Res. da Particip. em Coligadas (573.560,00) (305.017,33) 2 - Resultados: Processamento de Dados 582.695,20 534.223,01 Resultado Líquido do Exercício 12.701.651,86 9.286.266,66 Aumento do Capital Social -015.300.966,55 45.917,56 44.904,01 Outras Imobilizações 3 - Transferências/Destinações: Aumento Exig. a L. Prazo -0250.000,00 9.968.625,98 10.786.235,95 Valor Líquido das Baixas: Aumento do Cap. Social -0(1.199.033,45) (–) Depreciações Acumuladas (148.238,86) (148.238,86) 1.967.655,45 25.852,00 Do Permanente Dividendos Distribuídos (4.654.309,90) (14.000.000,00) 9.820.387,12 10.637.997,09 14.095.747,31 24.558.067,88 Reserva Legal (635.082,59) (464.313,33) Ativo Permanente 11.754.963,12 12.012.369,45 Aplicações dos Recursos 4 - Saldo no Fim do Exercício 12.066.569,27 4.654.309,90 Total Geral do Ativo 47.008.065,87 39.901.939,54 Redução do Exig. L. Prazo 250.000,00 -0VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO Aumento Realizável a L. Prazo -04.301,49 DIRETORIA Aumento do Permanente 1.136.689,12 2.130.045,34 (R$) 31.12.05 (R$) 31.12.04 Variação Gabriela Mascioli Antônio Virno Arthur B. Mascioli Dividendos Distribuídos 4.654.309,90 14.000.000,00 Ativo Circulante 35.242.909,26 27.879.376,60 7.363.532,66 Diretora Diretor Presidente 8.054.748,29 8.423.721,05 Variação do Capital Circ. Líquido 350.577,23 1.041.792,86 (691.215,63) Passivo Circulante Justino Augusto Azevedo Peixeiro 14.095.747,31 24.558.067,88 Circulante Líquido 34.892.332,03 26.837.583,74 8.054.748,29 Flávio Roberto Riva Diretor Diretor NOTAS EXPLICATIVAS 01 - Apresentação das Demonstrações Financeiras - A elaboração, forma de apresentação e conteúdo das demonstrações financeiras, foram procedidas Manuel Vazquez Fariña Paulo Ferreira de Souza de acordo com as normas estabelecidas pela Lei 6.404/76. 02 - Ativo Permanente - Demonstrado ao custo de aquisição, observado o seguinte aspecto: Diretor Diretor - Os investimentos em companhias coligadas são avaliados pelo método de equivalência patrimonial. 03 - O Capital Social de R$ 31.500.000,00 é representado Alcides Rodrigues - Contador - CRC - 1SP047102/O-0 por 4.113.000 ações ordinárias e nominativas, sem valor nominal.

FUNDAÇÃO PAULISTA CONTRA A HANSENÍASE Descrição ATIVO ATIVO CIRCULANTE Disponível Caixa Caixa Matriz Bco. c/Movimento Bco. do Brasil S/A Bco. Brasileiro de Descontos S/A Banespa A/S = 1234-8 Grupo S. Banespa - c/c 0220-13-003009-0 Bco. Itaú S/A Caixa Econômica Estadual Aplicações Financeiras - Open/ Aplicação Financeira - Itaú Aplicação Financeira CDB Bradesco Aplicação Financeira POS-CDI Bradesco Aplicação Financeira - Banespa Bco. do Brasil S.A. - 2270-5 Aplicação Financeira - Bradesco S/A Grupo S. Banespa - FBQ Plus 900-458626-96 Total de Disponível Realizável até o Exercício Seg. Aluguel a Receber Aluguel a Receber Contas a Receber Despesas a Recuperar - Congresso Despesas a Recuperar - Cursos Adiantamento para Projeto Total de Realizável até o Exercício Seguinte Despesas do Exercício Seguinte Juros Passivos a Vencer Despesas Incorridas Financiamento de Material Educativo Impostos a Recuperar INSS a Recuperar

CNPJ: 062.405.295/0001-33 BALANÇO PATRIMONIAL ENCERRADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 2004 2005 Descrição PASSIVO Passivo Circulante Obrigações a Recolher Iapas a Recolher 48,60 806,46 Iapas a Recolher 48,60 806,46 FGTS a Recolher 331,63 264,02 FGTS a Recolher 894,69 5.701,39 331,89 276,69 Contrib. Assistencial a Recolher 8,31 9,24 Contrib. Assistencial a Recolher 0,03 60,02 1,82 1,82 Total de Obrigações a Recolher 1.568,37 6.313,18 Obrigações Fiscais a Recolher IRF a Recolher 184.862,58 68.077,01 IRF a Recolher - Cód. 0561 - s/Assalariados 5.834,55 5.834,55 8.000,00 8.000,00 PIS a Recolher 1.437,40 1.633,89 PIS s/ fls Pagamento a Recolher 63.780,77 75.417,87 Total de Obrigações Fiscais a Recolher 1.601,87 1.601,87 Outras Obrigações 26.324,35 2.870,02 Contas a Pagar 291.841,52 163.435,21 Contas a Pagar 293.458,49 170.554,85 Imposto Predial a Recolher 419.792,60 419.792,60

419.792,60 419.792,60

0,00 0,00 55.926,66 55.926,66 475.719,26

2.572,02 585,00 98.303,79 101.460,81 521.253,41

4.188,79 0,00 4.188,79

8.990,49 36.369,02 45.359,51

345,04 345,04 4.533,83 773.711,58

0,00 0,00 45.359,51 737.167,77

Salários a Pagar Salários a Pagar Total de Outras Obrigações Total de Passivo Circulante Resultado de Exercícios Futuros Receitas Diferidas Receita do Exercício Futuro Receita do Exercício Futuro Total de Receitas Diferidas Total de Resultado de Exercícios Futuros Patrimônio Líquido Resultados Acumulados Patrimônio Social Superávit Acumulados

2004

2005

AVISO AOS ACIONISTAS

AVISOS DE LICITAÇÕES Prefeitura do Município de São Pedro

Aviso de Abertura de Licitação Objeto: Contratação de empresa para Pavimentação Asfáltica do bairro Horto Florestal Modalidade: Tomada de Preço nº 012/2006 Processo: nº 644/2006 Encerramento: dia 20 de abril de 2006, às 11:00 horas. Abertura: às 15:00 horas do mesmo dia. O edital completo poderá ser retirado no Departamento de Compras e Licitações, à Rua Valentim Amaral, nº 748, Centro, São Pedro/SP. Outras informações pelo telefone 0xx-19-3481-9208. Obs.: Não serão enviados editais por via Postal ou fác-símile. Eduardo Speranza Modesto - Prefeito Municipal. Vicente Francisco Gil - Departamento de Licitações e Compras Prefeitura do Município de São Pedro

0,00 0,00

1.225,87 1.225,87

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836,03 836,03

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181,42 181,42 2.243,32

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454,55 454,55

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126,23 580,78

0,00 0,00 0,00

44,88 1.169,20 1.214,08

3.728,58 3.728,58 3.728,58 3.728,58

5.631,51 5.631,51 6.845,59 9.669,69

419.792,60 419.792,60 419.792,60 419.792,60

419.792,60 419.792,60 419.792,60 419.792,60

646.254,83 608.681,91 646.254,83 608.681,91 Total de Resultados Acumulados 646.254,83 608.681,91 Total de Patrimônio Líquido 646.254,83 608.681,91 Total de Passivo 1.069.776,01 1.038.144,20 Reconhecemos a exatidão do presente Balanço Patrimonial do Exercício, totalizando o Ativo e o Passivo, de acordo com os documentos apresentados, a importância de R$ 1.038.144,20 (um milhão, trinta e 113.465,95 0,00 oito mil, cento e quarenta e quatro reais e vinte centavos). São Paulo, 31/12/2005 113.465,95 0,00 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO ENCERRADO EM 31/12/2004 Prédios Prédios 130.001,00 243.466,95 Descrição Valor 130.001,00 243.466,95 Assinaturas Jornais e Revistas 1.890,00 Máquinas e Equipamentos Conservação e Manutenção 23.399,77 Máquinas e Equipamentos 14.029,00 16.199,00 Contrb. a Assoc. de Classe 240,00 14.029,00 16.199,00 Consumo de Gás 348,19 Máquinas e Acessórios Despesas c/Cartório 291,98 Equipamentos de Informática 10.578,04 12.077,04 Despesas Legais 644,00 10.578,04 12.077,04 Lanches e Refeições 13.476,57 Móveis e Utensílios Energia Elétrica 955,06 Móveis e Utensílios 26.809,80 28.052,80 Material de Consumo 1.223,99 26.809,80 28.052,80 Impressos e Material de Escritório 4.189,08 Instalações Material de Limpeza 260,30 Mobiliário e Instalações 1.180,64 1.180,64 Copa e Cozinha 176,81 1.180,64 1.180,64 Despesas c/Promoção 21.024,80 Total de Imobilizado 296.064,43 300.976,43 Seguros 834,59 Total de Ativo Permanente 296.064,43 300.976,43 Telefone 5.147,95 Pesquisas 11.285,87 Total de Ativo 1.069.776,01 1.038.144,20 Serviços Contábeis 5.200,00 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO ENCERRADO EM 31/12/05 Promoção Científica 1.230,00 Material Elétrico 238,75 Descrição Valor Medicamentos 61,73 Receitas Despesas c/Congresso 73.597,48 Receitas do Exercício Xerox 312,70 Receitas Operacionais Despesas Diversas 10.061,67 Receitas Usufruídas Despesas c/ Locação 8.241,00 Receita “Isenção Usufruída” 36.795,84 Internet 1.302,00 36.795,84 Cursos e Aperfeiçoamentos 75.476,83 Total de Receitas Operacionais 36.795,84 Assistência Técnica 1.877,88 Outras Receitas Operacionais Dedetização 550,00 Receitas e Subvenções Despesas com Informática 3.100,00 Donativos Recebidos - PF 561,00 Despesas de Processo 1.252,65 Donativos Recebidos 8.700,00 545.804,87 Rendas de Aluguéis 570.765,18 Total de Despesas Operacionais 644.727,53 Mercadorias Recebidas em Doação 3.392,89 Despesas Tributárias Rendimentos de Aplicações 34.883,83 Tributos Diversos Dividendos Recebidos 101,29 TRSD - Taxa R.S.Domiciliar 237,83 618.404,19 Taxa de Lic. e Funcionamento 76,58 Total de Outras Receitas Operacionais 618.404,19 Taxa e Emolumentos 10,00 Total de Receitas do Exercício 655.200,03 Imposto Predial e Territorial 9.054,23 Total de Receitas 655.200,03 Imposto Sindl. Patronal 610,02 Despesas 9.988,66 Custo e Despesas Operacionais Despesas Usufruídas Despesas Operacionais INSS Contribuição Patronal 13.806,71 Despesas c/Pessoal INSS Contribuição - SAT 1.380,64 Salários 63.650,85 INSS Contribuição Terceiros 4.003,95 Décimo Terceiro Salário 5.892,01 COFINS 17.604,54 Férias 8.536,76 36.795,84 Indenizações 497,83 Total de Despesas Tributárias 46.784,50 IAPAS 600,12 Despesas Financeiras FGTS 7.208,57 Encargos Financeiros PIS s/Folha de Pagamento 710,14 Variação Monetária Passiva 2,73 Vale Transporte 1.786,38 Despesas Bancárias 1.204,50 Refeição 10.040,00 CPMF 53,69 98.922,66 1.260,92 Despesas Administrativas Total de Despesas Financeiras 1.260,92 Propaganda e Publicidade 15.996,00 Total de Custo e Despesas Operacionais 692.772,95 Fretes e Carretos - PJ 2.628,45 Total de Despesas 692.772,95 Financiamento Material Educativo 130.447,09 Demonstração do Saldo Final Despesas c/Viagens e Estadias 12.915,31 Resultado do Exercício Correios, Telégrafos e Telex 1.544,65 Prejuízo do Exercício 37.572,92 Despesas c/Condução 5.146,00 Total da Apuração do Resultado 37.572,92 Serviços de Terceiros - PF 3.552,63 Reconhecemos a exatidão da presente Demonstração dos Resultados do Exercício, cujo resultado Serviços de Terceiros - PJ 17.731,00 apresentado é de R$ 37.572,92 (trinta e sete mil, quinhentos e setenta e dois reais e noventa e dois Assistência Social 87.447,71 centavos). São Paulo, 31 de dezembro de 2005. Água 504,38 DIRETORIA MARLI IZABEL PENTEADO MANINI - Presidente DR. LUIZ AUGUSTO OTTONI DE PAULA SANTOS - Gerente Financeiro SONIA MARIA VIEIRA SARMENTO - T. Contab. - CRC SP 1SP196409/0-4 São Paulo, 31 de dezembro de 2005 FUND. PAULISTA C/HANSENÍASE Total de Despesas do Exercício Seguinte Total de Ativo Circulante Ativo Permanente Imobilizado Terrenos Benfeitorias

EDITAL – 2a. CHAMADA Transcorridos já 27 (vinte e sete) meses da publicação do 1º EDITAL sobre INCORPORADORA PAULISTA DE IMÓVEIS S/A, liquidada na forma de seu ato extintivo datado de 18/02/1994 e arquivado na JUCESP sob nº 36.894/94-1, em 22/03/94, no qual se transferiu ao acionista Prof. Celso Neves o encargo de responder aos acionistas remanescentes, por eventuais pendências residuais; vale-se da presente 2a. CHAMADA para convocar os atuais portadores das 8 (oito) cautelas representativas de 25 (vinte e cinco) ações ao portador cada uma, ainda em circulação, para vir resgatá-las, pelo valor de R$ 1. 180,00 (um mil, cento e oitenta reais) por ação, no endereço dos seus procuradores, na Rua Boa Vista, 280 – 16º andar, das 14 às 18 horas, de 2a. a 5a. feira, a partir do dia 10/04/06 e para quaisquer esclarecimentos os interessados poderão procurar a Dra. Lúcia Braga Neves, no mesmo horário, pelo telefone 011- 3106.0021. Os direitos inerentes ao presente edital deverão ser exercidos em até 5 (cinco) anos, contados da data da publicação do 1º EDITAL em 05/12/2003, sob pena de caducidade em favor daqueles que vierem a atende-lo. SP, 03/04/2006.

Aviso de Abertura de Licitação Objeto: Contratação de empresa para Pavimentação Asfáltica do bairro São Tomé. Modalidade: Tomada de Preço nº 011/2006. Processo: nº 643/2006 Encerramento: dia 20 de abril de 2006, às 11:00 horas. Abertura: às 14:00 horas do mesmo dia. O edital completo poderá ser retirado no Departamento de Compras e Licitações, à Rua Valentim Amaral, nº 748, Centro, São Pedro/ SP. Outras informações pelo telefone 0xx-19-3481-9208. Obs: Não serão enviados editais por via Postal ou fác-símile. Eduardo Speranza Modesto-Prefeito Municipal.

ATA

FALÊNCIAS & CONCORDATAS Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 3 de abril de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências:

Requerente: Topema Ind. e Comércio Ltda. - Requerido: Basic Engenharia Ltda. - Rua Lopes Amaral, 112 01ª Vara de Falências Requerente: Mineradora Pedrix Ltda. Requerido: Dourado Comércio e Construções Ltda. - Rua Sete de

Abril, 264 - 02ª Vara de Falências Recuperação Judicial Requerente: Prolan Soluções Integradas S.A. - Requerido: Prolan Soluções Integradas S.A. - Rua do Rocio, 351 – 11º andar - 02ª Vara de Falências


terça-feira, 4 de abril de 2006

Nacional Agronegócio Empresas Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3 A Rússia retomará, a partir de hoje, as compras de carnes bovina e suína do Rio Grande do Sul, de acordo com o Ministério da Agricultura.

A RESTAUBAR SERÁ REALIZADA ATÉ AMANHÃ

Patrícia Cruz/LUZ

De omelete em pó a chope de vinho A Restaubar é a primeira feira dedicada aos segmentos de bares e restaurantes

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No estande da Peter Food, os visitantes poderão conferir como se prepara um omelete em pó

INFLAÇÃO O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) subiu 0,22% na última semana.

Ó RBITA

COMBUSTÍVEL As vendas de álcool caíram 30% em março em razão da alta de preços do início deste ano.

Foto: Divulgação

UE PEDE URGÊNCIA PARA ZONA LIVRE

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Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, será a maior acionista na nova estrutura do capital da fabricante de aviões Embraer, com participação de 16,42%. Os acionistas da Embraer aprovaram a reorganização societária que prevê a pulverização do controle e o ingresso da empresa no Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). (Reuters)

BANCO DO BRASIL

O

Banco do Brasil anunciou que vai reconhecer no resultado do primeiro trimestre do ano créditos tributários de R$ 1,5 bilhão. A iniciativa foi tomada após o Conselho Monetário Nacional (CMN) alterar de cinco para dez anos o limite de reconhecimento. (Reuters)

MENOS POBRES

S

egundo dados do Instituto de Estatísticas e Censos (Indec), a pobreza caiu de 38,9% dos argentinos no segundo semestre de 2004 para 33,8% da população. Foi a maior queda do volume de pobres desde que, em outubro de 2002, atingiu pico de 57,5%. (AE) A TÉ LOGO

A mãos cruzadas", disse. Strube se reuniu ontem com um grupo de empresários na Câmara de Comércio e Indústria BrasilAlemanha (foto), na capital paulista, para falar do cenário econômico atual e sobre o que seria "alcançável" fazer no momento para que o livre

comércio comece a funcionar efetivamente. Segundo ele, os empresários precisam participar mais das negociações e trabalhar diretamente junto ao Fórum Empresarial Mercosul – União Europeia (MEBF, da sigla em inglês). Márcia Rodrigues

MÍNIMO PERMITIRÁ MAIS COMIDA

O

presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que o aumento do salário mínimo dos atuais R$ 300 para R$ 350 permitirá mais comida na mesa do brasileiro. "Quando nós tomamos posse, o salário mínimo dava para comprar um pouco mais que uma cesta básica, por exemplo, 1,3 cesta básica. Hoje, pode comprar duas cestas básicas. Um pouco mais até: 2,2 cestas básicas", afirmou

durante o programa de rádio Café com o Presidente. Lula explicou que o governo teve de promover o aumento do mínimo por medida provisória porque o Congresso não votou o projeto de lei prevendo o aumento, enviado desde 1° de fevereiro. "Como o aumento do salário é a partir do dia 1° de abril, eu não podia correr nenhum risco de ver chegar o final de abril e não ter sido votado o projeto de lei." (ABr)

MORALES: GÁS DEVE SER PÚBLICO

O

presidente da Bolívia, Evo Morales, disse ontem que a exploração do gás deve ser um negócio público e anunciou que vai formar com o governo brasileiro um comitê de alto nível para discutir questões energéticas, incluindo os preços de exportação de gás.

"Concordamos em ter uma comissão até a semana que vem", disse Morales depois de se reunir com o assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, durante reunião do Banco Interamericano de Desenvolvimento. (Reuters)

INSS SUSPENDE 80 MIL BENEFÍCIOS

A

Previdência Social deu início ontem à suspensão do pagamento de 80.989 aposentadorias e pensões cujos beneficiários, convocados desde o mês de outubro, não apareceram na rede bancária para fazer o recadastramento. Também começou a segunda fase do

censo previdenciário. Cerca de 10% dos 14,7 milhões de beneficiários convocados neste mês para comparecer em data específica ao banco para se recadastrar receberam o primeiro aviso. Eles só devem participar do censo na data indicada. A segunda fase vai até julho de 2007. (AE)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

L

MP do Bem da agricultura será mais enxuta e atingirá setores emergenciais

L

GM vende financeira do grupo por US$ 14 bilhões, incluindo a do Brasil

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Lucro líquido de companhias abertas brasileiras cresceu 32% em 2005

Firestone Building Products, subsidiária da Bridgestone Firestone, marca conhecida mundialmente em competições automobilísticas, quer conquistar 15% do mercado brasileiro de revestimentos para pisos. Para isso, investiu US$ 1,5 milhão na abertura de um Centro de Excelência na capital paulista. O local servirá para treinar engenheiros, arquitetos e aplicadores dos produtos e acessórios. Outra parte dos recursos será destinada a um Centro de Distribuição de Produtos, instalado na cidade de Mauá. "Esses dois empreendimentos visam garantir a qualidade dos serviços de instalação e da disponibilidade dos produtos de seu portfólio", disse o diretorgeral da empresa no Brasil, engenheiro Carlos Alberto Silva. A Firestone vai concentrar esforços em dois setores em crescimento no País: o imobi-

liário e o de construção civil. Só em 2006, esse último deverá movimentar, segundo dados do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon), mais de US$ 80 bilhões. Produto – Há dois tipos de revestimento que a Firestone Building vai distribuir no País. Um deles é EPDM, espécie de borracha sintética ou polímero, própria para coberturas de grandes empreendimentos, como shopping centers, edifícios comerciais, escolas, galpões industriais e fábricas. Esse sistema é adequado também para lagos artificiais de grandes condomínios, empreendimentos turísticos, agropecuários e de lazer. O outro é o Termoplástico Poliolefina (TPO), de cor branca, muito utilizado em telhados metálicos e câmaras frigoríficas. De acordo com o diretor-geral da Firestone, a empresa está desenvolvendo pesquisas no

JE AR Ar-condicionado automotivo, instalação e manutenção. Pacote promocional (carros nacionais) * Carga de gás + filtro de pólem + higienização = R$ 140,00 Rua Pio XI, 373 - Alto da Lapa : (11) 3832-2976 - e-mail: jear.ar@terra.com.br

Factoring

DC

EMBRAER

tre outros temas. "Poucos investem em um plano de negócio para montar um estabelecimento. Faltam pesquisas de público-alvo para saber, por exemplo, se são pessoas que querem alimentação rápida ou preferem sofisticação. É preciso identificar ainda se é necessário ou não ter estacionamento no local", disse Wagner Sturion, professor de marketing para restaurantes, um dos consultores da feira. A Restaubar está sendo realizada no Transamérica Expo até amanhã e traz 95 expositores. Alguns usaram a feira para levar novidades ao mercado. No estande da Peter Food, um chef mistura água a um pó, leva à frigideira e prepara uma omelete já temperada. A omelete em pó deve che-

gar ao mercado no próximo mês, segundo seu criador, Ricardo Fernandes. Outra curiosidade da feira é é o vinho branco frisante embalado em garrafa long neck da marca Autêntico. O vinho, previsto para ser comercializado em maio, também pode ser vendido em barris de chope. O produto será distribuído como chope branco de vinho. S et or – Em 2004, cerca de 26% do gasto do brasileiro foi destinado às refeições fora de casa. "É um mercado enorme, mas os donos de bares e restaurantes tinham de buscar as novidades em feiras de hotelaria, alimentação e até de presentes. Agora reunimos tudo num só espaço", disse Cláudia Godoy, promotora da feira. Renato Carbonari Ibelli

Dos pneus para a construção

A

s relações comerciais entre o Mercosul e a União Européia transitam sobre uma ponte sólida, mas velha, e que hoje não corresponde mais às exigências da globalização. Com essa afirmação, o presidente do Conselho Administrativo da Basf, Jürgen Strube, pediu ao empresariado brasileiro e alemão mais agressividade nas negociações, que perduram por mais de seis anos, para avançar no processo de criação da maior zona de livre comércio do mundo. "Infelizmente os políticos ainda não conseguiram chegar a um acordo e nós não podemos aguardar de

melete em pó e vinho em garrafas tipo long neck são algumas das novidades do setor de alimentação que podem ser encontradas na Restaubar Show 2006, feira que está em sua primeira edição e busca reunir fornecedores e consultores específicos para bares e restaurantes, mas que ainda sofre com a falta de informações. Hoje, segundo a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), a metade dos estabelecimentos do gênero quebram já no primeiro ano, principalmente, por má administração do negócio. Estão programadas palestras e workshops que abordarão gerenciamento de negócios, segurança alimentar e reaproveitamento de alimentos, den-

O que é Factoring? É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa. Entre em contato conosco Empresa filiada PABX (11) 6748-5627 (Itaquera) à ANFAC 6749-5533 (Artur Alvim) E-mail: falecom@finanfactor.com - www.finanfactor.com

mercado brasileiro de revestimentos desde os anos 80. O objetivo era avaliar a viabilidade dos produtos da companhia no País. "Desde 2002, realizamos serviços de revestimentos com o sistema EPDM em grandes empreendimentos, como o Shopping Frei Caneca; a fábrica da Motorola, em Jaguariúna; e uma loja do Wal-Mart, em Osasco", afirmou Silva. Potencial – A expectativa da empresa é de que a América Latina tenha potencial para consumir de 4% a 5% das vendas desse tipo de revestimento nos próximos cinco anos. O Brasil poderá responder por 70% do total comercializado na região. A meta é alcançar, com vendas, o equivalente a US$ 70 milhões nesse período. Se a estimativa da Firestone do Brasil se confirmar, é possível que o País possa abrigar uma fábrica de revestimentos até 2011. Eduardo A. de Castro


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Administração Urbanismo Ciência Transpor te

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 4 de abril de 2006

PONTES PARTICIPOU DE LANÇAMENTO DE SELO E MOEDA

A mensagem que fica é a da perseverança e da determinação Marcos Pontes

PONTES: "SENTIREI FALTA DO ESPAÇO" O astronauta brasileiro disse ontem, em entrevista, que dorme bem e que já está perfeitamente adaptado à falta de gravidade Nasa TV/Reuters

A NA NAVE Nas últimas semanas, especialistas criticaram de forma enfática a missão de Marcos Pontes, com o argumento de que ela custou muito caro (US$ 10 milhões) e trará poucos avanços científicos. "O cientista às vezes repete uma, duas, três vezes uma pesquisa. É preciso incentivar e ter paciência", disse Sérgio Gaudenzi, presidente da AEB.

REALIZAÇÃO Logo nos primeiros contatos que manteve com a Terra, Marcos Pontes disse que viveu momentos muito interessantes dentro da Soyuz, durante o vôo. "Foi igual ou melhor do que tinha sonhado", disse. "Mas não vejo isso como um sonho pessoal, mas como uma realização com impacto positivo na nossa juventude", disse.

o conceder uma entrevista coletiva, ontem, junto com os demais tripulantes da Soyuz TMA-8, o primeiro astronauta brasileiro, Marcos Pontes, de 43 anos, disse que sentirá saudades do espaço quando voltar à Terra. "Estou aproveitando meu tempo aqui e não tenho pensado muito no retorno. Mas certamente terei muitas experiências e histórias para contar, principalmente para os jovens do meu País", afirmou. O retorno do tenente-coronel da Força Aérea Brasileira (FAB), que desde a madrugada de sábado ocupa a Estação Espacial Internacional (EEI), está marcado para sábado, às 21h46. Pontes viajou com o russo Pavel Vinogradov e o norte-americano Jeffrey Williams, que ficarão na estação por seis meses. Pontes retorna acompanhado pelo russo Valeri Tokariov e o norte-americano William McArthur que já estavam na EEI. S on o – O tenente-coronel disse também que se adaptou com muita facilidade ao espaço e que consegue dormir sem dificuldades. "A adaptação foi bastante rápida, já me acostumei às situações típicas da falta de gravidade. Se tiver alguma dificuldade na volta, com a queda de objetos, conto para vocês", disse aos jornalistas. Pontes se destacou de seus colegas ao vestir um macacão branco com uma bandeira es-

Pontes, de macacão claro, durante a entrevista coletiva concedida pelos astronautas. A medalha (acima) e o selo (abaixo) foram lançados ontem. Agência Espacial Brasileira

tilizada do Brasil. Os demais usavam trajes azuis. O astronauta afirmou sentir muito orgulho do Brasil a cada vez que vê seu País do espaço. "Penso na minha família e em todas as pessoas que sempre apoiaram esta missão. A mensagem que fica, com a ida ao espaço, é a da perseverança e determinação", concluiu. Selo e moeda – Também ontem, Pontes executou funções mais parecidas com as de um

mestre de cerimônias. Ele participou do lançamento oficial de um selo comemorativo da Missão Centenário, além de ter apresentado três medalhas com o mesmo tema, cunhadas pela Casa da Moeda. A agenda de Pontes previa também a continuação de quatro experimentos, iniciados quando chegou à estação, e o início de um quinto, que envolve o teste de evaporadores capilares – um sistema de

controle térmico que poderá um dia ser usado em satélites não-tripulados nacionais. Dos testes científicos já iniciados, três são de ordem biológica e dois envolvem o cultivo de sementes – um desses é um experimento educacional, e as primeiras imagens do procedimento já estão disponíveis no site www.aeb.gov.br, da da Agência Espacial Brasileira, para que se compare com a realização do mesmo

experimento em terra, por estudantes de São José dos Campos, no interior paulista. Os outros dois envolvem o cultivo de uma semente de gonçalo-alves (uma árvore do cerrado estudada por pesquisadores ligados à Embrapa) e a observação de nuvens de proteínas responsáveis pela luz dos vaga-lumes. A experiência que não tem relação com a biologia testa tubos de calor, como estratégia para refrigeração térmica de sistemas espaciais. Horário – A rotina diária dos astronautas na EEI é ditada pelo horário do m e r i d i a n o d e G reenwich (GMT), que está três horas à frente do de Brasília. É uma solução razoável por ser um meio-termo entre os horários locais dos dois centros de controle do complexo orbital, o de Houston, nos Estados Unidos, e o de Korolev, na Rússia. A situação da estação espacial não poderia servir de referência, uma vez que lá em cima acontece um pôr-do-sol a cada 90 minutos. Pontes acorda às 7h30, toma seu café da manhã e passa por uma das duas reuniões diárias com o pessoal de terra para planejar sua programação profissional, por volta das 9h. O almoço começa às 13h35 e dura uma hora. O jantar ocorre às 20h50, e o astronauta vai para a cama sempre às 23h. (Agências)


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

Empresas Tr i b u t o s Nacional Finanças

terça-feira, 4 de abril de 2006

O último dia salvou as vendas do mês. Amanda Ribeiro, vendedora de O Boticário

INPI INAUGURASITE PARA PEDIDOS E CONSULTAS

COM UM DIA ÚTIL A MAIS, CONSULTAS AO SCPC SUBIRAM 5,7% EM MARÇO SOBRE IGUAL MÊS DO ANO PASSADO

VAREJO EM RITMO LENTO Luludi/LUZ

A

s consultas ao Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), aumentaram 5,7% em março de 2006 em relação ao mesmo mês de 2005. As consultas ao UseCheque cresceram 8,8% no mesmo período. No entanto, o resultado não significa que as vendas do varejo estejam em ritmo acelerado. Elas foram conseqüência de dia útil a mais que em março do ano passado. A média diária de consultas ao SCPC aumentou menos, 1,8%, e ao UseCheque, 4,7%. Para o presidente da Associação Comercial, Guilherme Afif Domingos, o movimento foi muito semelhante ao de fevereiro deste ano e abaixo do esperado pelo varejo. A liquidação contribuiu para que a vendedora Solange do Nascimento, da loja de vestuário PA Concept, no Centro de São Paulo, vendesse 15% mais que em março de 2005. Mas o bom desempenho não foi sentido pelas funcionárias da loja Bayard. As vendas não deslancharam em março. "No ano

passado, o inverno já havia chegado nesta época. Os clientes procuravam as roupas de frio. O calor que tem feito inibe a procura por esse tipo de vestuário", disse Elisabete Elisei. Cheiro bom – As vendas da perfumaria O Boticário, no Centro, foram alguns pontos percentuais mais altas que em março de 2005. Mas foi por pouco. Segundo a vendedora Amanda Ribeiro, na última sexta-feira, último dia do mês, faltavam 3% para a loja alcançar o mesmo faturamento de março do ano passado. "O último dia salvou", disse.

A expectativa é de que em abril as vendas possam melhorar, principalmente com a entrada dos recursos do novo salário mínimo, queda dos juros e expansão do gasto público. Inadimplência – De acordo com o economista Emílio Alfieri, do Instituto de Economia Gastão Vidigal da ACSP, o aumento de 9,8% nos registros recebidos pelo cadastro de inadimplentes do SCPC, contra o crescimento de 6,4% dos cancelados, constitui sinal de alerta para o varejo, para as instituições financeiras e para os consumidores, pois o crescimento da inadimplência, embora ainda moderado, exige cautela de todos. Alfieri explicou que a taxa de inadimplência de março representa 7,3% das vendas do Natal. Em março de 2005, ela era de 6,4%. Segundo pesquisa do Instituto de Economia, 96% dos entrevistados no balcão de atendimento do SCPC pretendem excluir o nome do cadastro de inadimplentes. Para isso, 65% vão reduzir gastos e usar recursos do próprio salário. Adriana David

Marcas e patentes agora pela internet

A

partir de maio, inventores e empresas brasileiras terão mais facilidade para registrar marcas e patentes no País, com a entrada em vigor do sistema informatizado de pedidos de registro. O sistema foi apresentado ontem pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e

Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, e pelo presidente do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), Roberto Jaguaribe. Disponível no site www.inpi.gov.br, ele permitirá que os usuários encaminhem os pedidos e acompanhem totalmente os processos pela internet. Hoje, uma concessão de

marca pelo INPI pode levar cinco anos para sair e até nove anos no caso das patentes. Existem no órgão 600 mil pedidos de marcas e 130 mil de patentes que aguardam parecer. Segundo Jaguaribe, espera-se que até o fim deste ano os pedidos acumulados caiam para 100 mil e o prazo para concessão de uma marca não ultrapasse 12 meses. (ABr)

Para Elisabete, da loja Bayard, dias quentes prejudicaram as vendas do mês: consumidores não se animam

Brasil tem recorde de exportações

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s exportações brasileiras encerraram março com um total d e U S $ 11 , 3 6 7 b ilhões, o que representou um recorde para qualquer mês do ano. As importações atingiram US$ 7,686 bilhões e só ficaram abaixo das compras feitas em agosto de 2005, de US$ 7,689 bilhões. Com isso, o superávit alcançou US$ 3,681 bilhões em março, o melhor resultado da história para este período do ano. No acumulado de 2006, todos os resultados foram recordes. As exportações somaram US$ 29,388 bilhões, as importações, US$ 20,042 bilhões, e o saldo, US$ 9,346 bilhões. O ministro do Desenvolvi-

BALANÇO

mento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, comentou sobre a firmeza das exportações, apesar da valorização do real frente ao dólar. "Apesar da taxa de câmbio, que prejudica alguns setores da economia, o mês de março representou as maiores exportações que já tivemos no Brasil." Destaque – O secretário de Comércio Exterior, Armando Meziat, destacou que as vendas de manufaturados no primeiro trimestre deste ano cresceram 12,8% em relação ao mesmo período de 2005. Para ele, isso mostra que os empresários brasileiros estão buscando exportar cada vez mais produtos de maior valor agregado, o que gera mais riqueza e

empregos para o País. No acumulado de 12 meses, as exportações chegaram a US$ 123,245 bilhões, o que representa um crescimento de 20,5% em relação aos 12 meses anteriores. Já as importações somaram US$ 77,446 bilhões, aumento de 17% na mesma comparação. Meziat destacou também que, pela primeira vez, a corrente de comércio do Brasil em 12 meses atingiu US$ 200 bilhões, o que confirma o nível crescente de abertura da economia brasileira. "O número mais importante são os US$ 200 bilhões na corrente de comércio. Aumentar essa corrente é o grande objetivo de qualquer país em desenvolvimento", disse. (AG)

ATA CIA TEXTIL NIAZI CHOHFI

CNPJ. 60.397.361/0001-45 Relatório da Diretoria Senhores acionistas: Em cumprimento as disposições legais e estatutarias, temos a satisfação de apresentar as demonstrações financeiras, referente ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005. Permanecemos outrossim a inteira disposição de V.Sas. Para quaisquer esclarecimentos que porventura se façam necessarios. São Paulo, 29 de março de 2006. Ativo Circulante Disponivel: Caixa e bancos Realizavel Clientes: Duplicatas a receber

Balanço Patrimonial encerrado em 31 de dezembro de 2005 2005 2004 Passivo Circulante 318.967,06 351.259,60 Fornecedores 318.967,06 351.259,60 Obrigações sociais fiscais Financiamentos 4.598.653,77 3.681.741,57 4.598.653,77 3.681.741,57 Exigivel a longo prazo

Bens e direitos Estoques Outros créditos

52.572.686,14 35.912.754,40 595.943,87 611.721,51 53.168.630,01 36.524.475,91 Exigivel a longo prazo: Aplic. financeiras 868.594,18 – 868.594,18 – Permanente Imobilizado Bens moveis, imoveis e invest. 1.619.180,11 1.394.375,11 (–) Deprec. Amort.acumulado (707.354,13) (613.584,35) 911.825,98 780.790,76 Diferido Correção monet. dif. IPC/BTNF 540.578,57 540.578,57 Depreciação dif. IPC/BTNF 1.357,35 1.357,35 541.935,92 541.935,92 Total do ativo 60.408.606,92 41.880.203,76 Nota Explicativa - Práticas Contábeis: As principais práticas contábeis adotadas pela Companhia para elaboração das demonstrações Financeiras são as seguintes: a) Estoques: são avaliados ao custo médio da aquisição inferior ao valor de mercado; b) As demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo com a Lei nº 6404/76 e alteração da Lei 10303/01; c) O ativo permanente está registrado ao valor do custo e corrigido monetariamente até 1995. As depreciações e amortizações são calculadas pelo Método Linear com base na vida útil dos bens.

Patrimonio liquido Capital social Capital subscrito Reservas Lucros acumulado Prejuízo acumulado Lucro do exercicio Total do passivo

2005

2004

49.126.870,32 27.951.049,07 461.136,24 226.067,67 700.108,53 2.931.680,91 50.288.115,09 31.108.797,65 9.064.631,33 9.884.630,25 9.064.631,33 9.884.630,25 2.100.000,00 2.100.000,00

2.100.000,00 2.100.000,00

601.661,47 317.598,03 (1.814.885,61) (1.814.885,61) 169.084,64 284.063,44 (1.044.139,50) (1.213.224,14) 60.408.606,92 41.880.203,76

Demonstração das orígens e aplicações de recursos em 31/12/2005 Origens de recursos Lucro líquido do exercício 2005 169.084,64 Depreciações 93.769,78 Aplicações Variação capital circulante líquido Aumento do imobilizado

38.049,42 224.805,00

Variação do capital circulante líquido 2005 2004 Variações Ativo circulante 58.954.845,02 40.557.477,08 18.397.367,94 Passivo circulante 59.352.746,42 40.993.427,90 18.359.318,52 Aumento/redução capital circulante 38.049,42

Demonstração do resultado em 31/12/2005 2005 2004 1 ( + ) Receita operacional bruta Vendas de mercadorias 58.124.788,79 49.501.021,70 2 ( – ) Deduções de Renda Bruta 10.483.498,43 9.059.582,22 ICMS 10.246.063,46 8.517.885,15 PIS sobre faturamento 2.469,30 17.033,75 COFINS 11.373,73 150.062,68 Vendas canceladas 267.188,22 437.058,40 ( – ) ICMS sobre vendas canceladas (43.596,28) (62.457,76) 3 ( = ) Receita Operacional Líquida 47.641.290,36 40.441.439,48 4 ( – ) C. M . V 39.368.800,46 32.398.715,55 5 ( = ) Resultado Bruto 8.272.489,90 8.042.723,93 6 ( - ) Despesas Operacionais 9.192.339,66 7.852.517,56 Despesas com vendas 835.248,32 658.323,48 Despesas com pessoal 5.313.973,25 4.344.505,81 Despesas administrativas 1.620.715,71 1.585.987,47 Depreciação 93.769,78 69.566,15 Despesas financeira 1.047.851,49 956.546,65 Despesas tributaria 92.530,64 101.455,00 Despesas indedutiveis 188.250,47 136.133,00 7 ( + ) Outras Receitas Operacionais 348.259,84 209.618,45 Receitas financeiras 348.259,84 209.618,45 8 ( + ) Receitas não Operacionais 868.594,18 – Receitas não Operacionais 868.594,18 – 9 ( = ) Lucro antes das Prov. IRPJ/CSLL 297.004,26 399.824,82 10 ( – ) Provisão do IRPJ E CSLL 127.919,62 115.761,38 11 ( = ) lucro / prejuizo do exercicio 169.084,64 284.063,44 Reginaldo Chohfi - Diretor Presidente Marcia Pereira dos Santos - CRC 1SP187961/0-2

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terça-feira, 4 de abril de 2006

Saúde Urbanismo Administração Transpor te

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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SECRETARIADO PERMANECE O MESMO, POR ENQUANTO

Projetos são continuidade do que vinha sendo feito por Serra. Nada muda. Gilberto Kassab

Newton Santos/Hype

KASSAB TEM PRIMEIRO ENCONTRO NA CÂMARA Prefeito e vereadores discutem greve de professores, novos projetos, aumento da bancada e liderança Niels Andreas

Ivan Ventura Representantes da ACSP e da Cohab firmam parceria em São Paulo

Distritais da ACSP receberão cadastros da Cohab Davi Franzon

"Quem não tem acesso à internet ou não tem tempo hábil para ir a um posto do Poupatempo poderá procurar ma parceria entre a uma de nossas distritais, Associação distribuídas por todas as Comercial de São regiões da cidade. A Cohab Paulo (ACSP) e a terá o apoio dos nossos Companhia Metropolitana de serviços de consulta ao Habitação (Cohab) permitirá crédito", disse. que os interessados em um Segundo Solimeo, os projeto habitacional da funcionários das distritais já autarquia municipal façam o cadastro em qualquer uma das foram treinados para realizar o cadastramento dos quinze distritais da ACSP, interessados. "A parceria será presentes em todas as regiões colocada em prática da cidade. O projeto tem como imediatamente. objetivo facilitar a Todos estão inscrição dos prontos para interessados na casa própria. Quem não tem acesso realizar o trabalho", disse. Além dos à internet ou tempo Na opinião do serviços já hábil para ir a um presidente da prestados no posto do Poupatempo, Cohab, Edsom Poupatempo e no site da Cohab poderá procurar uma Ortega Marques, a parceria (www.prefeitura. das nossas distritais, sp.gov.br/cohab), que estão em todas as contribuirá para a rapidez no as distritais regiões. processo de também Marcel Solimeo, diretor avaliação da oferecerão a ficha de do Instituto de situação do cadastramento e Economia Gastão interessado em o serviço de Vidigal da ACSP comprar um imóvel da consulta (por empresa. meio do SCPC) Participaram do encontro o ao histórico de consumidor superintendente-geral da do interessado, o que ACSP, Márcio Aranha; o facilitará a triagem por parte diretor-presidente da Cohab, da Cohab. Edsom Ortega Marques; o Marcel Solimeo, diretor do Instituto de Economia Gastão economista Marcel Solimeo, Davi Gonçalves de Almeida, Vidigal da ACSP, informou gerente das Distritais da que a parceria visa uma ACSP, e Ricardo Leite, diretor prestação de serviço à comercial e social da Cohab. comunidade e à Cohab.

U

U

ma visita de cortesia. Esse foi o objetivo do encontro do novo prefeito paulistano, Gilberto Kassab, com os vereadores da Câmara Municipal de São Paulo, na tarde de ontem. Os 33 parlamentares fizeram sugestões de projetos a Kassab e pediram empenho n a re s o l u ç ã o d e q u e s t õ e s emergenciais na cidade, como transporte e educação. No seu primeiro dia útil de trabalho, Kassab teve uma agenda lotada. De manhã, ele participou de um programa de televisão, onde foi indagado sobre os rumos da sua administração e de como será a relação com os vereadores. Em seguida, o prefeito almoçou com o recém-empossado governador de São Paulo, Claudio Lembo (também do PFL), que assumiu o lugar de Geraldo Alckmin, candidato à presidência pelo PSDB. Professores – À tarde, Kassab foi à Câmara com o secretário de Governo, Aloísio Nunes Ferreira (PSDB). No início da reunião, o prefeito ouviu do vereador Carlos Gianazzi (PSOL) um pedido de rapidez na solução da greve dos professores municipais, iniciada na semana passada. Os professores reivindicam aumento de salário e a volta das aulas de informática na grade obrigatória. Atualmente o curso é opcional. O prefeito disse que se reuniria, ainda nesta semana, com o secretário de Gestão Pública, Januário Montone, para discutir o assunto. Kassab afirmou que está esperançoso na resolução do impasse. Sobre novos projetos para a cidade, Kassab disse que esse é um tema que será discutido na Câmara. Afirmou, no entanto, que algumas das propostas para o município devem chegar às mãos dos vereadores já na próxima sexta-feira. "Os projetos são uma continuidade do que vinha sendo feito por José Serra. Nada muda".

O prefeito Gilberto Kassab (primeiro plano) almoçou ontem com o governador Claudio Lembo (ao fundo)

Perguntado sobre um projeto com a cara do novo prefeito, Kassab disse apenas que isso está sendo analisado. O vereador Gilson Barreto (PSDB), líder do governo na Câmara, explicou que todas secretarias estão analisando novos projetos e encaminhando-os a Kassab. B an ca da – Outro assunto abordado pelos vereadores foi o futuro da bancada do PFL na Câmara. Oficialmente, Kassab negou que esteja empenhado na busca de vereadores para a legenda. Nos bastidores, entretanto, comenta-se que dois novos parlamentares estão na mira dos pefelistas: Myryam Athiê e Edivaldo Estima, ambos do PPS. Outros nomes seriam dos vereadores do Partido Verde, Aurélio Nomura e Abou Anni. Todos os parlamentares citados negam que tenham sido sondados pelos pefelistas e afirmam que não têm intenção

de mudar de legenda. "Não cabe a mim conversar sobre esses assuntos. Os vereadores do PFL têm plenas condições de conseguir novos vereadores para o partido", disse Kassab. O atual líder do PFL na Câmara, vereador Domingos Dissei, defendeu um crescimento do partido na Casa, mas fez uma ressalva. "Mesmo sem eles teremos a base de apoio do PSDB e de outras bases de sustentação do governo. Teremos votos até do PT em alguns projetos". No início do ano, Dissei comentou que a intenção do PFL é chegar a 11 vereadores. Líder – A liderança de governo na Câmara Municipal também foi assunto da reunião. Kassab anunciou oficialmente a permanência de Gilson Barreto como líder de governo. Barreto, por sua vez, disse que deixou o cargo à disposição quando o prefeito ainda era José Serra. "Quando

soube da saída de Serra da Prefeitura, entreguei o cargo. No entanto, ele pediu para que eu continuasse na liderança do governo, por solicitação do próprio Kassab". No fim do encontro, o novo prefeito disse que não haverá outras mudanças entre os secretários municipais. "O Netinho (vereador José Police Neto) assumiu a Secretaria de Participação e Parceria porque isso é normal no processo de mudança de governo. Mas não haverá novas mudanças, por enquanto". Os acordos com parlamentares também foram alvo de questionamentos. Mas Domingos Dissei tratou de negar informação de que vereadores negociarão cargos em subprefeituras. "Não existe mais esse negócio de vereador comandando uma região. Hoje, aprova-se um projeto pensando no bem do cidadão", disse.


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 -.OPINIÃO

terça-feira, 4 de abril de 2006

LENTE DE

AUMENTO

INFLAÇÃO COM RISCO BAIXO

Investimentos e capacidade instalada estão em linha com a demanda. O IPCA projetado para 2006 diminuiu. no último trimestre de 2005 e o baixo nível de utilização de capacidade instalada garantirão o crescimento da oferta de bens e serviços em linha com a expansão da demanda. O segundo fator de risco é o impacto de eventuais elevações das taxas de juros no G3 sobre a oferta de fundos para mercados emergentes. Neste caso, o BC atribui baixa probabilidade a uma alta muito acentuada nos juros externos que pudesse limitar a oferta de financiamento ao Brasil, destacando, ainda, a diminuição significativa da vulnerabilidade externa brasileira. Em relação às projeções de inflação, houve leve redução da projeção para o IPCA em 2006 pelo cenário de referência - em que são utilizadas como hipóteses a Selic e a taxa de câmbio vigentes na última reunião do Copom. A projeção passou de 3,8% para 3,7%, valor abaixo da meta.

POLÍTICA Céllus

E MENTIRA

O sol e a peneira PAULO SAAB

P

TRECHOS DA ANÁLISE DE MARCELA PRADA NO BOLETIM TENDÊNCIAS WWW.TENDENCIAS.COM.BR

D ólar a R$ 2,15 reduziu a inflação projetada

Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Alencar Burti, Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br), Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Marcos Menichetti (marcosm@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Adriana Gavaça, André Alves, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046 Tiragem média diária de 25.646 exemplares, conforme auditoria realizada na semana de 13 a 17 de junho de 2005

Auditado pela

JOÃO DE SCANTIMBURGO

Apesar da redução da Selic no período de 18% para 16,5%, a apreciação da taxa de câmbio de R$ 2,25/US$ para R$ 2,15/US$ e o menor ritmo de atividade no segundo semestre de 2005, cujos impactos se darão sobre a inflação de 2006, explicam a redução da projeção. Para 2007, contudo, a redução da Selic provocou aumento da expectativa de 3,6% para 3,9%, valor ainda abaixo da meta. No cenário de mercado em que o BC projeta a inflação a partir das hipóteses do mercado para taxa de juros, câmbio e preços administrados destaca-se a redução das expectativas para a taxa de câmbio para o último trimestre deste ano, de R$ 2,41/US$ para R$ 2,25/US$, e para o último trimestre de 2007, de R$ 2,55/US$ para R$ 2,38/US$. Provavelmente associada à expectativa de câmbio mais baixo, houve redução das expectativas para os reajustes de preços administrados para 2006, de 5,6% para 4,7%. Com isso, a expectativa para o IPCA em 2006 passou de 4,9% para 4,6%, valor próximo ao do centro da meta. No entanto, para 2007, a projeção com as hipóteses de mercado subiu de 5,3% para 5,4%, mantendo-se acima da meta.

Niels Andreas/AE

O

Relatório de Inflação do primeiro trimestre, divulgado pelo BC, atribuiu baixa probabilidade para os dois principais fatores de risco que condicionam a condução da política monetária. O primeiro é a possibilidade de o maior crescimento de demanda projetado para este ano gerar pressões inflacionárias, já que, aos estímulos naturais à atividade econômica que já ocorrem (queda de juros, aumento da massa salarial e expansão do crédito), somam-se a expansão fiscal e o aumento de transferências via salário mínimo. A percepção é de que a retomada dos investimentos - já ensaiada

or que caiu Genoino?Por que caiu Delúbio? Por que caiu Silvinho? Por que caiu Gushiken? Por que caiu Dirceu? Por que caiu Waldomiro? Por que caiu Palocci? Por que caíram outros membros da cúpula PT/Governo Lula? O país todo sabe as respostas. Até porque eles não cairiam das posições privilegiadas que ocupavam no PT ou no governo Lula se tivesse sido possível resistir à profunda onda de reação por parte da sociedade, da mídia, do mundo político e econômico aos atos que cometeram em sua relação com o poder público. Algumas conseqüências são palpáveis. No Congresso Nacional, por exemplo, é constrangedor assistir à líder do governo, senadora Ideli Salvati, do PT de Santa Catarina, tentar defender as ações dos membros do partido e/ou do governo em situação delicada perante a opinião pública. No calor do ânimo, da motivação, de agir em defesa do indefensável, a senadora se expõe de forma às vezes até patética, numa missão que é um castigo. Já no Planalto, fica difícil imaginar que após a queda, demissão, exoneração, seja lá o nome que tiver, de cada um dos mais fiéis colaboradores do presidente Lula, alguns citados acima, este ainda possa ser considerado ignorante em relação aos atos reprováveis que levaram à perda de suas posições. Não houvesse culpa e eles ainda estariam saltitantes em seus postos. Sobra, assim, o raciocínio simples para avaliar a situação do presidente da República, que tenta surfar acima das ondas que acometem seu governo. Ou o presidente efetivamente não sabia de nada e por isso é um inconseqüente, um omisso, um alienado que não tem condições de ser o presiden-

te da República, ou ele sabia de tudo ou de parte de toda a sujeira que enlameou seu governo e por isso deve também ser responsabilizado. Não há outra alternativa. A escabrosa manobra governista devassando o direito constitucional de um simples caseiro, a tentativa de evitar a aprovação do relatório do deputado Osmar Serraglio na CPI que apura o mensalão , o escárnio da deputada da dança da pizza, ao ver colega seu "salvo" da cassação por infração ao decoro parlamentar, as fugas patéticas do amigo pessoal do presidente, Paulo Okamoto, para não ter que se explicar a respeito de contas pessoais do presidente Lula por ele pagas com dinheiro de origem duvidosa, tudo isso e muito mais, formam um painel que os governistas tentam tapar com a peneira, enquanto o sol ilumina a tudo e a todos de forma a, na pior das hipóteses, revelar à classe média o que é o governo brasileiro e a forma de agir dos que lhe dão sustentação, a começar do PT.

A

camada mais humilde da população, que tradicionalmente oferece algo em torno de 25% dos votos de Lula, seja ele o que for, alienada dos fatos graves que alcançam o seu governo, não deverá, desta vez, ser engrossada pelo voto da classe média o que permitiu a vitória de Lula em 2002. Por mais que o governo atual imagine que a reeleição será alcançada, as conversas com quem votou em Lula mostram decepção e um rumo diferente na intenção de voto desta vez. A onda de indignação contra a "ética" do governo Lula pode tornar-se numa olla e aí nem o mais otimista segurará a derrocada petista ainda no primeiro turno das eleições presidenciais. Não haverá peneira para tanto sol.

N ão há alternativas: ou Lula é omisso, um alienado, ou sabia de tudo.

Ética política no brejo? MÁRIO ERNESTO HUMBERG

2005

ficou na memória brasileira como o a n o d o d e s v e l amento de falta de ética na política, em todos os partidos e instâncias. No Executivo federal foi uma tristeza, como não se viu nem mesmo nos tempos de Fernando Collor, o breve. No Congresso, confirmou-se a visão do atual presidente da República, de que havia pelo menos 300 picaretas, transformada em letra de música. Felizmente, um grupo minoritário se organizou – o Pró-Congresso, mostrando que nem todos são iguais. Nos Executivos e Legislativos municipais, foi quase geral a esbórnia com o dinheiro dos contribuintes (que, no final, somos todos os 180 milhões de brasileiros), segundo as apurações feitas pela Corregedoria Geral da República. Na Justiça, além da política ter invadido o Supremo, com seu presidente atuando como pré-candidato, a lentidão e o nepotismo marcaram o ano, encobrindo até alguns avanços importantes. É tudo muito triste para o cidadão comum, que compra um carro e paga dois, compra um refrigerante e paga três ou mais, compra um pãozinho e paga 1,5, para com a diferença sustentar essa massa de mais de 60 mil eleitos e 500 mil ocupantes de cargos de confiança que, em sua maioria, não merecem nenhuma confiança. A sensação de impotência do cidadão comum com o desperdício, a má gestão e o roubo de recursos públicos (que saíram de seu trabalho) é tão forte que poucos se mobilizam. É necessário, entretanto, que neste ano eleitoral se faça forte pressão sobre todos os candidatos, para mudarmos o conceito de que “política é o melhor caminho para enriquecer no Brasil”. Muito mais importante do que discutir todo dia se a taxa de câmbio ou a de juros precisa mudar é concentrar a discussão naquilo que é fundamental para o País: a reforma política. Que

precisa incluir a introdução do voto distrital misto, a redução do número de senadores para dois por estado, sem suplentes, a redução do número total de deputados e um ajuste na proporcionalidade, o fim de pelo menos 90% dos cargos de livre provimento nos três poderes e em todos os níveis. E acabar com o pagamento de vereadores usando verbas dos fundos de participação, limitando ainda o uso desses recursos para remunerar prefeitos e outros ocupantes de cargos municipais. Além de outras medidas que possibilitem maior controle dos eleitores sobre os eleitos e um melhor uso dos recursos públicos. Sem essas reformas, a classe política tende a ser cada vez pior, pelo desinteresse das pessoas íntegras e com valores éticos em participar de um sistema viciado, onde o cinismo parece ser imprescindível. Não há dúvida de que vamos ter em 2006 uma renovação de 40 a 50% no Legislativo e há quase certeza de que os novos eleitos serão ainda piores do que os atuais, porque o sistema vigente leva a essa seleção negativa.

N

ão é fácil uma verdadeira reforma política, pois como diz um dos chefes de oligarquia regional, essa é uma das poucas coisas sobre as quais senadores e deputados têm certeza de que vai afastá-los em boa parte. Por essa razão, o PNBE, Pensamento Nacional das Bases Empresariais incluiu no seu Projeto Brasil 2022 – Do País que Temos para o País que Queremos, a proposta de convocação de uma Constituinte exclusiva para alterar esse capítulo da Constituição, possibilitando a reforma política que deputados e senadores não querem fazer. Além de, ao mesmo tempo, tirar da Carta Magna os itens que deveriam fazer parte da legislação ordinária. MARIO ERNESTO HUMBERG É COORDENADOR DO PNBE – PENSAMENTO NACIONAL DAS BASES EMPRESARIAIS

O s eleitos em 2006 serão ainda piores. O sistema gera a seleção negativa.

m discurso proferido pelo grande Rui Barbosa às classes conservadoras do Rio de Janeiro, na campanha presidencial de 1919, invectivou o iminente tribuno o compadrio política-mentira, uma dessas pragas que corrompem as mais bem intencionadas democracias e o bem comum. Serve às tramas do diabo para aviltar nações e grupos políticos sem nenhum benefício para o povo, que precisa de representantes que por ele falem nos legislativos institucionais. Quem acompanha a política brasileira, nas suas manifestações de vários meses até agora, não duvida que a política se entrosou com a mentira nas várias fases das Comissões Parlamentares de Inquérito que apuram as origens da crise em que se debate a Nação. Como assentou há dias em artigo para o jornal O Estado de S. Paulo o professor Miguel Reale, não estivemos até hoje numa situação como a de agora, em que os princípios éticos foram enxovalhados.

E

A política se entrosou com a mentira nas várias fases das CPIs que apuram as origens da crise política que assola o País ão se viu nenhum gesto de grandeza nos inquéritos de comissões, mas revelações de fatos que depõem contra a classe política, ainda que em seu seio se encontre brasileiros de alto patriotismo e espírito público. No citado discurso de Rui Barbosa, do compadrio da política com a mentira, o ilustre baiano arrasou vendo a volúpia de mentir que toma conta de políticos em exercício de mandato e os leva à prática de ações contrárias ao bem comum. É esse mesmo o ponto negativo do compadrio combatido pelo notável Rui Barbosa, do qual não se obtém nenhum benefício que favoreça à ascensão da pessoa humana à patamar mais elevado nas suas manifestações a favor da nação brasileira. Na realidade, o que temos visto é o excesso de mentiras, nas quais a política tem se acomodado, quando a sua missão é vencê-las, expôlas a irrisão do povo e de quebrar este compadrio, como nocivo aos destinos superiores do Brasil.

N

JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR


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Congresso Planalto Eleições CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 4 de abril de 2006

IGREJA RECOMENDA CUIDADO COM CAMPANHAS MUITO RICAS

O julgamento não pode ser feito apenas pelos tribunais, mas também pelo povo. Dom Geraldo Majella Agnelo, presidente da CNBB

CNBB LANÇA DOCUMENTO COM RECOMENDAÇÕES AOS CATÓLICOS SOBRE AS ELEIÇÕES DE 2006

Fiéis em busca de políticos honestos e competentes

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presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Geraldo Majella Agnelo, disse que ninguém está satisfeito com o cenário político brasileiro e que as eleições deste ano são uma ótima oportunidade de reprogramar o futuro. Durante o lançamento de um documento preparado pela CNBB com recomendações sobre eleições de 2006, Agnelo manteve o tom das críticas que vem fazendo nos últimos dois meses ao governo. Afirmou que a situação enfrentada pelo País trouxe como conseqüência a perplexidade. "É preciso terminar com essa farsa. E o julgamento não pode ser feito apenas pelos tribunais, mas também pelo povo", afirmou. Para ele, as eleições serão um instrumento importante "para que se proscreva atitudes que não são feitas para alcançar um bem comum, mas que procuram, sim, atender apenas grupos de seus interesses." Na apresentação do documento Eleições 2006 - Orientações da CNBB, d. Agnelo afirma: "Após tantos escândalos de corrupção e malversação do dinheiro público, frente à decep-

ção de muita gente e da perda de confiança nos políticos e nas instituições democráticas, bispos constatam também alguns sinais de resistência." O presidente da CNBB afirma que o momento é de se pensar num projeto de nação e que eleitores têm de discutir com candidatos o caminho a seguir. No documento, a CNBB faz recomendações para eleitores sobre como escolher um candidato. Ao mesmo tempo, indica quais são os assuntos importantes para serem observados pelos candidatos. "Não indicamos partido A ou B", assegura. Indicamos apenas uma discussão em torno de temas que achamos fundamentais para a renovação da política", completa. Na edição deste ano, a CNBB recomenda que eleitores tenham cuidado, por exemplo, com candidatos que exibem campanhas muito ricas. Algo que, afirma, pode ser um indício de que eles possam, no futuro, tentar recuperar, de alguma forma o investimento realizado. A CNBB pede ainda que população tenha cuidado com candidatos que prometem favores, acostumam mal o povo com "esmolas e promessas de benefícios imediatos." (AE)

Elza Fiúza/ABr

Dom Gerado Majella Agnelo (ao centro): "É preciso terminar com essa farsa"

Igreja reconhece que ajudou a fortalecer o PT

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presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), D. Geraldo Majella, reconheceu ontem o apoio da Igreja, por meio das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), à expansão do Partido dos Trabalhadores no País, nos anos 1980. Ao comentar relatório do Centro de Informação do Exército, de julho de 1987, sobre o papel de grupos

religiosos no crescimento do partido, publicado no domingo pelo Estado, ele evitou críticas ou qualquer mea-culpa aos grupos católicos considerados "progressistas", especialmente num momento em que a conduta ética do PT é questionada até por setores da esquerda. D. Geraldo sugeriu que a manifestação política de padres e bispos à época não deve se repetir, independentemente de candidatos e partidos. "O importante é que nós, como Igreja e bispos, não podemos apoiar candidatos e partidos que confiamos ou

acreditamos", afirmou. Ele disse que a CNBB marcou presença na divulgação do partido do então sindicalista Luiz Inácio Lula da Silva nas cidades brasileiras. "Certamente, essa participação não é de agora, e essa vontade de colaborar houve também por parte da CNBB", salientou. D. Geraldo observou, no entanto, que a manifestação política individual de representantes de grupos religiosos ligados a entidades como a conferência, é livre. O que não pode ocorrer, segundo o presidente da CNBB,

é o suporte das organizações a candidatos e legendas. "Não podemos impedir que nossos grupos se pronunciem politicamente no campo local", disse Ele evitou, porém, fazer qualquer crítica aos representantes das Comunidades Eclesiais de Base. Foram a partir das CEBs que muitos diretórios petistas surgiram em bairros de periferia das capitais e nos grotões do País. As declarações do presidente da CNBB foram feitas numa entrevista durante lançamento da Campanha Nacional de Combate nas eleições de 2006. (AE)

Quem usa caixa 2 é bandido, diz corregedor eleitoral TSE promete este ano fiscalizar detalhadamente os gastos das campanhas

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corregedor-geral eleitoral, César Asfor Rocha, disse ontem que quem usa caixa 2 é bandido. "O que é o caixa 2? É sonegação. Se uma pessoa não pode revelar de onde vem toda a despesa que efetua é porque não tem lastro, não tem recursos com origem legítima, legal ou comprovada que possa ser mostrada ou que possa compatibilizar com aquela receita. É, efetivamente, coisa de bandido porque é fruto de sonegação", afirmou.

Rocha deu a declaração após o lançamento da Campanha Nacional de Combate à Corrupção Eleitoral, promovida pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Ele disse que na eleição deste ano a Justiça vai fiscalizar detalhadamente os gastos das campanhas e verificar se as despesas são compatíveis. "Se não houver essa compatibilização, evidentemente que estará havendo a prática ir-

regular do caixa dois de campanha", afirmou Rocha. O corregedor garantiu que as contas de todos os partidos serão fiscalizadas. "Não adianta mais querer fazer produções cinematográficas, showmícios mirabolantes e campanhas publicitárias milionárias porque, hoje, ninguém mais vai entender ou aceitar que essas práticas estão sendo pagas com recursos tão escassos, tão pequenos", alertou o corregedor do TSE. (AE)

Amato quer gestão participativa

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novo secretário de Assistência e Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo, Rogério Amato, convocou ontem toda a rede social paulista, incluindo fundações privadas e entidades de classe – como a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e o Sindicato das Empresas de Serviços Cantábeis no Estado de São Paulo (Sescon) –, a participar em rede de sua gestão. Em uma cerimônia simples, que reuniu mais de 300 líderes de entidades de classe e ONGs e políticos, na sede da secretaria, Amato prometeu dar continuidade ao trabalho da ex-secretária Maria Helena Guimarães Castro. "Não parem nada, o que está sendo bem feito deve continuar. Vamos fazer isso porque é um trabalho que vale a pena", enfatizou. Rogério Amato reafirmou a disposição do governador Cláudio Lembo (PFL) em dar continuidade ao trabalho administrativo do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB). Ele acrescentou que pretende ampliar as parcerias com o setor privado e entidades assisten-

Milton Mansilha/Luz

Amato: "Não parem nada, o que está sendo bem feito deve continuar"

Amato substitui Maria Helena Castro

ciais para colocar em prática o Estatuto da Criança e do Adolescente em todo o estado. Também destacou que vai intensificar a parceria da Secretaria com a Rede Brasileira de Entidades Assistenciais Filantrópicas (Rebraf), da qual é

coordenador, com a Associação Comercial e a Facesp, responsáveis pela criação do Degrau – Desenvolvimento e Geração de Redes, que já empregou quase 200 mil adolescentes em São Paulo. Amato agradeceu o apoio dos colaboradores, amigos e autoridades presentes na transmissão de posse, entre eles, o secretário do Emprego e Relações do Trabalho, Walter Caveanha, e o presidente da ACSP e Facesp, Guilherme Afif Domingos. "Temos agora na secretaria um homem com visão empreendora cívica e social", afirmou Afif. Sergio Leopoldo Rodrigues


terça-feira, 4 de abril de 2006

DIÁRIO DO COMÉRCIO

INFORMÁTICA - 5


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Política

É assustador. Quando o ministro da Justiça está no centro de graves suspeitas, relacionadas a um crime de Estado, a quem devemos recorrer? Ao bispo? Senador Efraim Moraes (PFL)

ALVO DE ATAQUES DA OPOSIÇÃO, MINISTRO DA JUSTIÇA NÃO RECEBE APOIO PÚBLICO DO PRESIDENTE. Lula Marques/Folha Imagem

BASTOS FICA FORA DO DISCURSO DE LULA

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o dar posse a nove mento dos depósitos feitos na ministros, o presi- conta do caseiro pela imprensa. dente Luiz Inácio Foi a primeira manifestação Lula da Silva pediu pública de Bastos desde a sehumildade aos novos integran- mana passada, quando os notes do ministério e mandou que mes de Cláudio Alencar (chefe eles tenham muita coragem pa- do gabinete) e Daniel Krepel ra brigar. Em discurso improvi- Goldberg (secretário de Direisado, ele espalhou elogios à sua to Econômico) apareceram enantiga equipe de governo – volvidos no episódio. principalmente aos ex-coordeGoldberg e Alencar prestanadores políticos Jaques Wag- ram depoimento à Polícia Fener e José Dirceu – e agradeceu deral no domingo e confirmaao vice-presidente José Alencar ram a participação de Palocci pelo tempo que ocupou o Mi- na violação. Ambos afirmanistério da Defesa. ram ter estado na casa do exLula, porém, não chegou ministro da Fazenda na noite nem a mencionar o ministro da de 16 de março, ocasião em que Justiça, Márcio Thomaz Bastos o então presidente da Caixa que, com a saída do ministro Econômica Federal, Jorge Matda Fazenda, Antonio Palocci, toso, entregou a Palocci uma está sendo alvo de suspeita de cópia do extrato de Francenilparticipação no caso da quebra do, que contradisse Palocci na de sigilo bancário do caseiro CPI dos Bingos. Francenildo Santos Costa, e A intenção do ministro era entrou na "linha de tiro" de desacreditar o caseiro ao divuloposicionistas por gar que ele recebeu valores acima de causa do episódio. Em visita ao Rio, sua renda mensal. Palocci, segundo os B a s t o s p ro c u ro u isentar seus assessoassessores de Bastos, pediu a eles que res de envolvimento Claro que não. direto na violação do Não tenho verificassem a possigilo do caseiro e nenhum motivo sibilidade de aberdisse não haver mo- para ser ouvido, tura de inquérito tivos para ser convopara investigar o canão se aponta cado a prestar depoiseiro Nildo. mento sobre o caso, nenhum fato. Eleições –Durante a posse dos novos pois, segundo ele, a Márcio Thomaz investigação da Polím i n istros, Lula Bastos, ministro comparou as eleicia Federal está da Justiça adiantada e em fase ções deste ano à disputa da Copa do de conclusão. "Claro que não. Não tenho nenhum Mundo e reconheceu que é famotivo para ser ouvido, não se vorito. "Vamos fazer mais e meaponta nenhum fato", afirmou. lhor porque vocês sabem o que Bastos aproveitou para elogiar a nos espera. Temos que enfrentar atuação da PF, subordinada ao o jogo, que é mais ou menos o de Ministério da Justiça, no caso. Copa do Mundo. Se analisar, o "Em uma semana, está quase 80 Brasil é sempre favorito, mas a por cento resolvido. Com certe- disputa no País não é fácil. Pé no za não houve nenhuma demo- chão e muita humildade e muita ra, nem deslize da Polícia Fede- coragem de brigar", disse. Ao falar do novo coordenaral ou do governo federal." Defesa – O ministro saiu em dor político, Tarso Genro, Lula defesa de seus assessores. "Eles elogiou os ex-ministros Jaques receberam um pedido que não Wagner e José Dirceu. " Só peço puderam atender. O ministro a Deus que Tarso consiga mais (Antonio)Palocci queria que fos- e melhor do que Jaques Wagse investigado se o caseiro teria ner. Há uma trilha construída recebido suborno. É só isso", por Dirceu, Aldo Rebelo e Jadisse Bastos. E acrescentou: ques Wagner, que está fazendo "Eles não assistiram a nenhuma seu caminho asfaltado", disse quebra de sigilo, a nenhum va- em discurso de improviso. "O zamento de sigilo." O ministro Tarso está pegando o caminho disse ainda ter tomado conheci- meio asfaltado". (Agências) Silva de Jesus Júnior, que OS NOVOS assumiu o Ministério dos COMPANHEIROS Esportes, no lugar de Agnelo Queiroz; Paulo Sérgio de NO MINISTÉRIO Oliveira Passos, que O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou ontem os termos de posse, no Palácio do Planalto, de seus novos ministros. Ao todo, são nove: cinco vão ocupar o cargo definitivamente, até o final do governo, enquanto outros quatro assumem interinamente. Eles entram no lugar daqueles que deixaram o governo na semana passada para concorrer as eleições. No ministério das Relações Institucionais, Tarso Genro assumiu o lugar de Jaques Wagner. Dos nove substitutos, sete eram secretários-executivos das pastas. São eles: Orlando

assumiu o Ministério dos Transportes, no lugar de Alfredo Nascimento; e Pedro Brito Nascimento, que substituiu Ciro Gomes na Integração Nacional; Altemir Gregolin, que assumiu a Secretaria de Aqüicultura e Pesca, no lugar de José Fritsch; Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário), no lugar de Miguel Rosseto; Jorge Agenor, assumiu a pasta da Saúde, no lugar de Saraiva Felipe; e Jorge Hage, ficará com a Controladoria Geral da União, no lugar de Waldir Pires, que saiu da Controladoria para assumir o Ministério da Defesa no lugar de José Alencar. (ABr)

Presidente Lula durante a posse dos nove integrantes do ministério: elogios à equipe anterior e pedido de humildade ao novos ministros. Paulo Alvadia/AE

OAB PEDE INVESTIGAÇÃO. MINISTROS ABAFAM CASO. Lula Marques/Folha Imagem

O Bastos, em visita ao Rio: convocação descartada e defesa de assessores.

OPOSIÇÃO QUER O MINISTRO NO SENADO

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ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, poderá ter que comparecer ao Senado para explicar se teve participação na violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa. Ontem, o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), apresentou requerimento para que o ministro seja convocado a falar no plenário da Casa e obteve apoio da oposição. Em uma casa onde o governo não tem maioria, são boas as chances de o requerimento ser aprovado. "O governo está perdendo a noção das coisas. Era para ele (Bastos) atravessar a rua e vir aqui no Senado dar explicações", afirmou Virgílio, que recebeu imediatamente apoio dos senadores Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), José Agripino (PFL-RN) e Cristovam Buarque (PDT-DF). "Deve ser do interesse do mi-

nistro vir aqui prestar esclarecimentos. Isso tem que ser explicado, ou o cidadão brasileiro terá o dever de entender que a quebra de sigilo foi uma ordem do governo", disse Agripino. A decisão de chamar Thomaz Bastos ao plenário, e não à CPI dos Bingos foi uma forma da oposição reagir ao suposto envolvimento do ministro no caso sem tratá-lo como culpado. Em mais uma reação contra Bastos, o presidente da CPI dos Bingos, senador Efraim Moraes (PFL-PB), também discursou da tribuna: "A bola da vez, segundo informam os jornais, é o ministro da Justiça. E isso é assustador. Quando o ministro da Justiça, chefe da Polícia Federal, está no centro de graves suspeitas, relacionadas a um crime de estado, a quem devemos recorrer? Ao bispo?" Já existe outro pedido igual apresentado na Câmara pelo PPS na semana passada. (AE)

CESAR MAIA DEFENDE IMPEACHMENT DE LULA

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prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia (PFL), defendeu ontem a abertura do processo de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva por conta da participação de integrantes do governo na violação dos sigilos do caseiro Francenildo Santos Costa. Na avaliação de Maia, Lula pode ser investigado, no mínimo, pela omissão nas investigações das irregularidades cometidas contra o caseiro. "A um chefe de Estado, quando ocorre uma grave irregularidade na administração pública, cabe muito mais que demitir seu auxiliar e depois dar uma cobertura pessoal acariciandoo e beijando-o", numa referência ao tratamento dado pelo presidente a Antonio

Palocci, na transmissão de cargo para Guido Mantega. Para o prefeito carioca, "crime de responsabilidade é fato objetivo. Lula tem que ser impedido, enquanto é tempo". Em sua avaliação, o período eleitoral não pode impedir as investigações contra Lula. "Se o presidente cometeu crime de responsabilidade por omissão, e, mesmo sabendo de tudo, ainda no ato da posse fez carinho, deu beijo e chamou Palocci de grande irmão, o que têm as eleições com isso? Ou seja: político que comete crime antes das eleições não deve ser processado até as eleições? Só se a Constituição dissesse isso", afirmou Cesar Maia. (AE)

presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Roberto Busato, disse ontem que é necessário investigar se o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, teve participação na quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro Francenildo Santos Costa. "Ninguém está acima da lei, ninguém está acima da quebra de princípios éticos e morais; se até mesmo o ministro estiver envolvido, ele deverá também sofrer as conseqüências da lei e da sua suposta falta de ética", afirmou Busato. "Essas notícias trazem certo constrangimento à OAB, uma vez que ele é oriundo da entidade e já foi inclusive presidente do Conselho Federal (1987/1989)", disse. Apoio – Ontem, alguns ministros saíram em defesa de Thomaz Bastos. O novo coordenador político do governo, Tarso Genro, disse que há integral confiança no governo do ministro da Justiça. Segundo ele, a oposição não tem fundamentação para querer envolver Bastos no caso e está se valendo de motivação políticoeleitoral. "Ele (Bastos) é um dos melhores ministros da Justiça que este País já teve", engrossou o coro a ministra-

Ciro: Bastos não está envolvido.

chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Para o ex-ministro da Integração Nacional, Ciro Gomes, querer envolver o ministro o caso é "passar totalmente da conta". No Congresso, a líder do PT no Senado, Ideli Salvati (SC), o senador Tião Viana (PT-AC) e o líder da legenda na Câmara, Henrique Fontana também defenderam Bastos. "Não há crise que possa chegar ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos", disse Fontana. (Agências) Leia mais sobre o assunto na página 4

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terça-feira, 4 de abril de 2006

Nacional Agronegócio Finanças Empresas

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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4,5

MINISTRO QUER GASTOS CONTROLADOS

por cento é a meta para a inflação deste ano apurada pelo IPCA do IBGE

INVESTIMENTOS DO GOVERNO DEVEM SE CONCENTRAR NA PRIMEIRA METADE DESTE ANO ELEITORAL

MANTEGA: PLANO FISCAL "CAPRICHADO" Wilson Dias/ABr

Washington Alves/Reuters

O Evo Morales: recursos naturais

BID Oferta maior de crédito

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Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) está pronto para ampliar os financiamentos ao setor privado, liberando potencialmente bilhões de dólares a empreendedores latinoamericanos, afirmaram ontem autoridades de países-membros que participaram da reunião anual do banco, que neste ano é realizada na capital mineira, Belo Horizonte. O BID pode emprestar até 10% de seu portfólio de US$ 50 bilhões ao setor privado, mas por enquanto libera menos de 3%. As regras atuais impedem o banco de fazer empréstimos sem apoio dos governos aos setores de infra-estrutura e para o financiamento de exportações. A idéia é incluir no rol dos beneficiados os setores de agronegócios, industrial e extrativista, além de serviços como turismo. Seria mantida a proibição de financiamento às indústrias bélica e tabagista. O encontro contou com a presença de representantes dos países latino-americanos, entre eles o presidente da Bolívia, Evo Morales. Ele disse que o grande objetivo do seu governo é o aproveitamento dos recursos naturais como forma de resolver os problemas econômicos da população. "Temos obrigação de aproveitar ao máximo nossos recursos naturais", afirmou Morales. Protestos — Manifestantes contrários à realização da reunião anual dos representantes do BID entraram em confronto na manhã de ontem com a Polícia Militar. Os incidentes ocorreram pouco antes da abertura oficial da Assembléia Anual dos Governadores do BID, com a presença de ministros e chefes de Estado. Na Praça 7, no centro da capital mineira, distante poucos quarteirões do centro de convenções onde foi realizada a solenidade de abertura do encontro, manifestantes entraram em choque com os policiais. Na confusão, um auxiliar de cinegrafista de uma televisão local ficou ferido por ter sido atingido por uma bala de borracha e foi hospitalizado. Manifestantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) chegaram a ocupar o hall de entrada da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e promoveram um quebra-quebra. Policiais militares e manifestantes ficaram feridos e, conforme as primeiras informações, cinco pessoas que participaram dos atos foram presas. (Agências)

Protestos marcaram reunião anual dos governadores do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)

Cartão "sem contato" deve incrementar mercado em 2006 Emiliano Capozoli/Luz

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s cartões do tipo contactless para uso como meio de pagamento poderão ser a novidade do mercado de cartões durante o ano de 2006. Os contactless, ou cartões sem contato, são aqueles que trazem embutida uma tecnologia que dispensa a inserção do cartão na máquina para que seja lido, bastando aproximá-lo do leitor. Esse tipo de cartão já existe no Brasil, mas tem seu uso restrito à liberação de acesso a estabelecimentos e em transporte coletivo. A adoção, agora, da mesma tecnologia para os cartões utilizados em compras é o destaque do 11º Congresso e Exposição Internacional de Cartões, Serviços e Tecnologias, o Cards /2006, evento aberto ontem em São Paulo e que termina amanhã. "Considerando o aspecto tecnologia, os cartões sem contato, semelhantes aos s ma rt cards , deverão crescer dentro do mercado de cartões", disse Gilberto Dib, presidente da Dib & Associados, empresa de consultoria em tecnologia e mercado financeiro responsável, junto com a RPM Brasil, pela realização do Cards. Ao lado dos cartões sem contato, o mercado deverá presenciar, em 2006, um novo aumento da base de cartões private label também conhecidos como cartões de loja, segundo Dib. O ano de 2005 se

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vo ministro defendeu uma política menos austera do que a aplicada por seu antecessor, Antonio Palocci. Ciente do nervosismo, Mantega afirmou logo após tomar posse do cargo que a meta fiscal é sagrada e será cumprida. Todo esforço ao longo da semana passada foi para reafirmar seu compromisso nessa direção. Resta saber se os gastos terão mesmo uma dinâmica mais modesta no segundo semestre, conforme o previsto. Segundo Bernardo, isso vai ocorrer porque a legislação proíbe que, em ano de eleições, sejam iniciadas obras novas no segundo semestre se elas não tiverem sido previamente licitadas. Saldo positivo — O objetivo do governo central (conjunto formado por Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) é chegar ao fim de 2006 com um saldo positivo em suas contas de R$ 52 bilhões, o equivalente a 2,45% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse resultado é uma parte dos 4,25% do PIB fixados como meta para todo o setor público (além do governo central, as empresas estatais e os governos de estados e municípios). Mantega e Bernardo sabem que a credibilidade da política econômica depende do cumprimento da meta fiscal. Os analistas estão de olho no cumprimento do objetivo fixado. O problema é que o governo federal não tem como controlar o desempenho das contas dos estados e municípios. (AE)

IPCA: previsões dentro da meta

Gilberto Dib: 150 milhões de private labels até o final deste ano

encerrou com um total de 90 milhões de cartões de loja, responsáveis por um faturamento de R$ 21 bilhões, segundo a Partner Consultoria e a Credicard, maior administradora de cartões do País. Movimento – Em fevereiro de 2006, o total de cartões de débito no mercado subiu para 101 milhões, de acordo com pesquisa da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). Apenas naquele mês, o total de transações somou R$ 51 milhões, volume 17% maior do que o registrado em fevereiro de 2005. "Existe um movimento de mudança dos cartões de fidelidade no varejo – cartões que oferecem bônus a cada compra do usuário – para os private labels", afirmou Dib. A estimativa da Dib & Associados é de que o ano de 2006 termine com 150 milhões de

cartões private labels circulando no mercado. "A indústria de cartões cresce, anualmente, em média 20%. Estima-se que existam hoje no Brasil 650 milhões de cartões, sendo 68 milhões do tipo crédito e 170 milhões de débito. Os cartões de fidelização somam algo em torno de 50 milhões, dos quais 30 milhões usados no segmento de transporte, outro que deverá apresentar um crescimento neste ano", avaliou Dib. O Cards/2006 bateu recorde em número de empresas participantes (cerca de 80). Pela primeira vez, empresas estrangeiras sem escritório nem representação no Brasil, ao todo oito, participam do evento. Todas do setor de tecnologia. Outro destaque no evento são as empresas de seguro, que têm se utilizado do cartão para a venda de produtos. Roseli Lopes

ACSP lança private label neste mês inda neste mês de abril, a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) coloca no mercado seu cartão do tipo private label. O lançamento foi anunciado ontem durante o 11º Congresso e Exposição Internacional de Cartões, o Cards/2006. O cartão é voltado para os lojistas associados à ACSP. "O objetivo do cartão é atender o pequeno e o médio varejista para que ele possa impulsionar suas vendas", disse

s ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Paulo Bernardo, estão discutindo uma estratégia para garantir que as contas públicas continuem sob controle neste ano. "Vamos fazer um plano fiscal bem caprichado", disse Mantega na reunião da Junta Orçamentária, realizada no Palácio do Planalto na sexta-feira. Basicamente, o plano prevê que os investimentos do governo federal serão concentrados na primeira metade do ano e as liberações serão menores a partir de junho ou julho, se comparadas com os valores liberados em igual período de 2005. Tradicionalmente, o que ocorre é o inverso: os gastos se concentram nos últimos meses do ano. Segundo Bernardo, esse plano foi apresentado ao presidente Lula, que concordou, dizendo: "É isso aí." A primeira parte da estratégia dos ministros segue a previsão. Segundo Bernardo, as liberações de verbas para investimentos de janeiro a março foram da ordem de R$ 2 bilhões. É mais do que o dobro do que foi liberado em igual período de 2005 (R$ 900 milhões). Afrouxamento — O ritmo acelerado nos gastos levou analistas a temer um afrouxamento nas contas públicas. As preocupações ficaram ainda maiores quando Mantega foi escolhido para comandar o Ministério da Fazenda. Ao longo dos últimos três anos, o no-

Jacira Barros, consultora de serviços da ACSP. Segundo Jacira, o cartão será oferecido ao lojista com redução de custo. "A taxa de serviços é bem menor do que a do mercado." O cartão será lançado em parceria com a Losango, financeira do banco inglês HSBC. A Losango fornecerá toda a análise do crédito para o lojista. O cartão será oferecido nas versões private aberto, que permite sua utilização na rede de lojas Losango e em pontos em que a

financeira atua, como supermercados, e na versão private fechado, que limita o uso do cartão a um estabelecimento. Um projeto-piloto com a Darco, loja de artefatos de couro, no mercado há mais de três décadas, deu o pontapé inicial ao projeto da ACSP. "Chegou a hora de termos um cartão de marca própria, que tem um custo significativamente inferior aos produtos oferecidos pelo mercado", disse Ary Giron, dono da Darco. (RL)

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para fazer frente a uma eventual crise de liquidez no mercado externo, avaliou ontem o vice-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI), Agustin Carstens. (AE)

Brasil deve manter FMI: por a estratégia de acumular reservas já que o reforço nas internacionais, volume atual, de aproximadamente US$ 61 reservas bilhões, não é adequado

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om os preços dos alimentos em queda, o mercado financeiro reduziu novamente sua expectativa de inflação e passou a projetar uma variação de 4,5% para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano — exatamente a meta oficial definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

A nova estimativa foi detectada na pesquisa semanal feita pelo Banco Central (BC) entre instituições financeiras e empresas de consultoria. As previsões para os juros básicos no fim do ano recuaram pela terceira semana consecutiva na pesquisa do BC, passando de 14,25% para 14,13% ao ano. (AE)

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Lançamentos Automação Convergência Varejo Hi-tech

tradicional CPF começa a entrar em fase terminal, mas ainda leva algum tempo até ser totalmente extinto. Isso porque seu substituto, o e-CPF, concebido há cerca de um ano e meio, ainda não decolou e vai precisar de muito gás para alçar vôo. A principal barreira para que seja adotado de forma maciça é o preço, já que, como é uma certificação digital, tem uma tecnologia embutida que não é barata e de alguma forma precisa ser diluída entre os usuários. Ele sofre do "efeito tostines", ou seja, não pegou porque é caro ou é caro porque não pegou? Francimara Garcia Viotti, responsável e coordenadora do grupo responsável pela disseminação da tecnologia na Febraban, diz que "...hoje o preço varia entre R$ 300 e R$ 400, mas estamos fazendo esforços para que ele custe no máximo R$ 50 para o usuário final", diz a executiva. O e-CPF tem esse preço porque, além de ser um cartão como outro qualquer, vem acompanhado de u m h a rd w a re q u e é uma leitora magnética para que o usuário possa passar o cartão e dessa maneira se identificar seguramente junto à outra ponta da transação. Exemplificando: hoje as transações bancárias feitas via internet necessitam de senhas para serem validadas e, como se sabe, são passíveis de interceptação por hackers ou até mesmo podem ser roubadas caso um usuário descuidado deixe vazar a sua e alguém mal intencionado se apodere dela para

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 4 de abril de 2006

É considerável o número de empresas que fecham contratos utilizando o e-CPF Francimara Garcia Viotti

O E-CPF É UM CARTÃO QUE VEM ACOMPANHADO DE HARDWARE

Preço ainda emperra adoção do e-CPF

fazer transações ilegais. Com o e-CPF isso não ocorre, pois as duas pontas da operação, ou seja, o usuário e o banco são ligados praticamente por um canal fechado de comunicação e fica impossível para um hacker interceptar os dados enviados. Da mesma forma, as informações de assinatura são criptografadas através de chaves públicas, que são cálculos matemáticos que "embaralham" o conteúdo e o torna praticamente impossível de ser decifrado por quem não tem a contra-senha. Usos práticos – Além de transações bancárias corriqueiras, tais como verificação de saldo, transferências e pagamentos de contas online, o e-CPF também irá facilitar bastante outros tipos de operações mais complicadas. Será possível mudar radicalmente a maneira como um cliente irá solicitar aumento de limite de crédito ou um empréstimo, por exemplo. Hoje, para que isso ocorra, é necessário ir até o banco, assinar uma série de papéis, pois a presença física se faz necessária e, em muitos casos, reconhecer a firma, ou assinatura, das partes envolvidas. Com o e-CPF nada disso será necessário e a transação poderá ser realizada totalmente online, sem a necessidade da presença física da partes para realizar as assinaturas. O gerente do banco pode mandar o contrato via internet para o cliente e esse, por sua vez, após tomar conhecimento das cláusulas, assina di-

Massificação depende da redução de custo mas já existem movimentações nesse sentido Por Guido Orlando Júnior

MAIS DE 30 A Apple Computadores completou 30 anos, sábado, sem lançar novidades.

gitalmente e devolve também via internet ao banco. Mesmo que uma letra, uma vírgula ou até mesmo um espaço em branco seja inserido ou removido posteriormente, será necessário nova assinatura, pois qualquer modificação anula a anterior e ele perde a validade jurídica. "Hoje já é considerável o número de empresas que fecham contratos de câmbio para exportações utilizando o eCPF e a tendência é de crescimento, pois reduz custos e agiliza o processo", afirma Francimara. Além do uso bancário, também será possível sua utilização em órgãos públicos. Um exemplo prático é o agendamento junto ao INSS para solicitar ou resolver um pedido de aposentadoria. Hoje é necessária a presença física em algum posto, enfrentar filas, esperar horas e nem sempre isso é garantia de atendimento no mesmo dia. Com o e-CPF, "será possível agendar a data e horário de atendimento sem a necessidade de ir até o local apenas para marcar uma data para ser atendido", exemplifica a executiva. Outra vantagem que ela afirma existir é que o e-CPF irá massificar a inclusão digital, pois permitirá que as pessoas passem a ter um contato mais direto com tecnologia. Quanto a massificação, Francimara acredita que dependerá basicamente da redução de custo. Como dito anteriormente, considera R$ 50 um valor aceitável, pois a leitora, se bem conservada, tem vida útil praticamente inesgotável e o e-CPF, pode ter validade de até nove anos. "É um valor pequeno, se comparado com as vantagens que ele irá trazer e a economia que irá proporcionar aos usuários", pondera Francimara.

@ Ó RBITA

gojunior@videopress.com.br

INPI Os brasileiros poderão começar a registrar marcas via internet a partir de maio.

BRINQUE DE DJ ovidade na área de tocadores de MP3, cada vez menores e com mais recursos. O AQ323, da Apacer, chega ao Brasil através da Controle Net e pesa apenas 25 gramas, tem quatro opções de capacidade de armazenamento (de 128 MB a 1 GB) e preços competitivos, a partir de R$ 219. Além de gravar voz, o AQ323 serve também para exercitar os conhecimentos do usuário em línguas, pois exibe as letras das músicas em inglês ou qualquer outro idioma, quando a mesma é baixada juntamente com o arquivo da letra, no formato LRC. As habilidades de mixagem de quem adquirir o produto podem ser testadas com o novo Apacer, que permite alterar a velocidade de reprodução da música –sem distorção de som– e tem recursos de equalizador, que possibilitam escolher entre ouvir músicas no modo

normal, pop, rock, classic, soft, jazz e DBB (grave), transformando o usuário num DJ sem bagagem, dispensando pick-ups, long-plays ou CDs. Outro atrativo do Apacer AQ323 é que ele pode ser usado como agenda, com capacidade de armazenar até 200 posições com nome, telefone principal, celular, mail, MSN e fax. Um sistema especial de segurança permite

criptografar todos os dados armazenados no pen drive ou somente em parte dele, deixando uma área protegida com senha e outra disponível para que qualquer pessoa tenha acesso. O AQ323 facilita a busca por arquivos através da divisão do conteúdo armazenado em diretórios (pastas). Mais informações pelo telefone (11) 3037-7257 ou em www.controle.net. (RM)

INVISTA

SUCESSO 1

SUCESSO 2

ntra no ar, hoje, o site "Como Investir", da Anbid (Associação Nacional dos Banco de Investimento). O www. comoinvestir.com.br foi completamente reformulado e apresenta nova área dedicada às Finanças Pessoais. Com uma linguagem nada complicada e acessível, o "Como Investir" possibilita entender os critérios que devem ser observados no investimento pessoal.

que está dando o maior Ibope online é espionar o vai-e-vem das celebridades. É com essa receita editorial que a seção Stalker Maps, parte integrante do site Gawker http:// www.gawker.com/stalke, especializado em fofocas, atingiu, em menos de um mês, a notável marca de 120 mil visitas únicas por dia. (JM)

riado pelo blogueiro Nick Denton, em parceria com a jornalista Elizabeth Spiers, colaboradora do "The New York Times", o Stalker Maps mostra num mapa virtual de Nova York onde os colunáveis (assinalados com pontos negros) estiveram em certo dia e hora. Para gáudio dos fãs. E dos paparazzi. O conteúdo é construído com base em informações enviadas por olheiros. (JM)

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Divulgação

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Câmara Senado Planalto CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 4 de abril de 2006

Eu, por muito menos, tirei muitos ministros que não tinham culpa no cartório. Fernando Henrique Cardoso

SIGILO: POLÍCIA PRESTES A DESVENDAR O CASO

POLÍCIA NÃO LOCALIZA ASSESSOR DO MINISTRO PARA DEPOR.

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lém de desqualificar o caseiro Francenildo dos Santos Costa, o ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci tentou usar o Ministério da Justiça para transferir para a Polícia Federal os inquéritos que ele responde em Ribeirão Preto. Com a quebra do sigilo do caseiro, em cuja conta buscava provas de corrupção e com o desaforamento dos inquéritos contra sua administração como prefeito de Ribeirão, ele esperava ter mais chance de contornar os ataques da oposição e, com isso, se manter no cargo. A manobra está narrada no depoimento sigiloso prestado domingo à PF por dois assessores do ministro Márcio Thomaz Bastos, o chefe de gabinete Cláudio Alencar e o secretário do Direito Econômico, Daniel Goldberg. Eles disseram ter sido chamados por Palocci no dia 16 de março (dois dias depois da entrevista de Francenildo ao Estado) para fazer consultas ao ministério: como fazer a PF investigar suspeitas de que teria recebido depósitos vultosos na sua conta da oposição e também assumir as investigações de Ribeirão. Nenhum aviso – Alencar e Goldberg informaram que em nenhum momento Palocci, que estava na ocasião, por volta da meia-noite, acompanhado do presidente da Caixa, Jorge Mattoso, avisou que havia sido quebrado ilegalmente o sigilo bancário de Francenildo Apesar de os dois terem deixado dúvidas no depoimento, a PF informou que ainda não vê razões para tomar o depoimento do ministro Thomaz Bastos, a quem a instituição é subordinada. No dia da consulta de Palocci, Bastos participava, em Rondônia, de uma atrapalhada operação da Polícia Federal para fortalecer o policiamento de fronteira do Brasil com a Bolívia. Cláudio e Goldberg disseram que só avisaram da consulta ao chefe no sábado, dia 18, numa escala que o avião ministerial fez na Base Aérea de Brasília a caminho de São Paulo, onde o ministro passaria o fim de semana. Vazamento – Para a PF, o quebra-cabeças da violação de sigilo do caseiro está montado, com a identificação dos mandantes – o ministro Palocci e o presidente da Caixa – e dos executores, dois gerentes da Caixa e seus cúmplices. Falta agora descobrir quem vazou os extratos do caseiro para a imprensa. O maior suspeito, o jornalista Marcelo Netto, assessor de Palocci, também já demitido, está em local desconhecido desde a última sextafeira e a PF não consegue localizá-lo. Os depoimentos tomados até agora indicam que ele passou os dados bancários do caseiro para a revista Época no mesmo dia 16. A Polícia Federal tenta também ouvir novamente Mattoso, que foi localizado em São Paulo e deve depor hoje. Amanhã será a vez de Palocci dar sua versão aos fatos. A exemplo de Mattoso, ele deverá ser indiciado por violação de sigilo bancário e abuso de poder. (Agências)

Eymar Mascaro

Visão do futuro PALOCCI TENTOU O MANDAR INQUÉRITOS DE RIBEIRÃO PARA A PF

ex-prefeito José Serra se candidata ao governo paulista de olho na eleição presidencial de 2010. Interessa a Serra que o Congresso aprove emenda constitucional acabando com a reeleição, porque no caso de vitória de Geraldo Alckmin, Serra ficaria sem opção de ser o candidato do PSDB, no caso de manutenção do dispositivo. Mas, Serra sabe que em 2010 terá um adversário no partido que também é presidenciável, o governador de Minas, Aécio Neves. Por isso é que Serra lutou tanto para ser o candidato a presidente contra Lula no lugar de Alckmin. Serra deixou a Prefeitura de São Paulo 15 meses depois de assumir o cargo e pode renunciar o governo do Estado para disputar a presidência em 2010. Como candidato a governador, o tucano começa a campanha com amplo favoritismo nas pesquisas. Se a eleição fosse hoje, Serra teria um mínimo de 50% dos votos, segundo a última pesquisa Datafolha. O exprefeito paulistano deixou a prefeitura absolutamente convencido de que se elegerá governador, possìvelmente já no primeiro turno.

Celso Junior/AE/26-03-06

COLIGAÇÕES

O PSDB já amarrou aliança com o PFL em São Paulo e agora corre atrás de outros partidos, como o PMDB. Serra deve ter um vice do PFL, provavelmente o empresário Guilherme Afif Domingos, um candidato que tem história e potencial de votos.

PEEMEDEBISTAS

O ministro, que depõe amanhã, tentou manobrar para que tivesse mais chance contra ataques da oposição. Monalisa Lins/AE

Os tucanos vem conversando com Michel Temer e Orestes Quércia, porque desejam o apoio do PMDB. Nesse caso, o PMDB pode lançar como candidato ao Senado Orestes Quércia, que disputaria a eleição com o apoio do tripé PMDB/PFL/PSDB. Quércia pode ser um adversário difícil para Suplicy.

OUTRAS OPÇÕES

É possível que Serra tenha o apoio do PSB, PPS e PTB. O prefeito de São Bernardo, William Dib, já admitiu que os socialistas de São Paulo tem 70% de chance de apoiar a candidatura do tucano. Em tempo: Dib chegou a ser cogitado para a vice de Serra.

VIAGENS

Alckmin vai intensificar as viagens pelos estados, especialmente para o Nordeste, que tem o 2º maior colégio eleitoral do País. Detalhe: o vice de Alckmin deve sair de um estado nordestino.

PREFERÊNCIA

Marco Maciel, que por duas vezes foi vicepresidente, anuncia que dois senadores do PFL despontam como candidatos a vice na chapa de Alckmin: José Agripino, do Rio Grande do Norte, e José Jorge, de Pernambuco. Os dois atuam com destaque no bloco da oposição nas CPIs.

CHAPA

Lula continua convencido de que se não pode ter um vice do PMDB, que tenha então como companheiro de chapa um candidato de Minas, que seria novamente José Alencar, por quem o presidente tem um profundo apreço. O presidente quer impedir que Aécio Neves descarregue os votos mineiros em Alckmin.

TRABALHISTAS

Ex-presidente Fernando Henrique: 'meu sentimento, como brasileiro, é de indignação e preocupação'.

FHC: LULA DEMOROU A AGIR.

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presidente Luiz Inácio Lula da Silva deveria ter agido há muito mais tempo e demitido o então ministro da Fazenda, Antonio Palocci, ao tomar conhecimento das primeiras notícias de que o ministro estaria envolvido nas reuniões da mansão da chamada "República de Ribeirão Preto", onde lobistas e ex-assessores de Palocci se reuniam para participar de festas com garotas de programa e partilhar dinheiro de origem ilegal. A opinião é do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e foi apresentada ontem em uma breve declaração que ele deu à imprensa, ao deixar o Grand Hyatt Hotel, na capital paulista, após participar de um evento da

empresa HayGroup. "Eu, por muito menos, tirei muitos ministros que não tinham culpa no cartório", comparou Fernando Henrique. Ação – Segundo o ex-presidente, embora Palocci não tenha sido julgado pela Justiça, há muitas evidências e "sempre numa área de falta de correção". "Isso é muito grave é uma acusação preocupante. Imagino que o presidente Lula deveria ter agido há muito mais tempo", opinou. Para FHC, poucas vezes o Brasil viveu um momento tão delicado quanto o que acontece neste momento, em termos de incorreção ética dentro de um governo. "Fico olhando isso e me pergunto: onde é que vamos parar? Sinceramente, neste momento, meu sentimento, como brasi-

leiro, é de indignação e preocupação", declarou. Baixo investimento – No evento, FHC proferiu palestra sobre "O Brasil de Classe Mundial", na qual ele evitou tecer críticas ao momento político e até mesmo à conjuntura econômica do País. Limitou-se a dizer que a taxa de investimento do governo federal, hoje em torno de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB), está muito baixa e aquém das necessidades do País, quando o próprio governo brasileiro, no passado, já chegou a atingir patamares de 3% do PIB. Para enfrentar as dificuldades de desenvolvimento, ele entende que, além da expansão do investimento, é preciso que o País avance na expansão e na qualidade da Educação. (Agências)

Mattoso pode ser reconvocado

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CPI dos Bingos tenta hoje fazer a acareação entre presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, e o ex-petista Paulo de Tarso Venceslau, um dos primeiros a denunciar a existência de contratos suspeitos entre administrações municipais petistas e empresas de consultoria. Advogados de Okamotto entraram com mais uma ação na Justiça pedindo liberdade total de atuação na CPI. Antes porém, os

senadores votam a reconvocação do expresidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, afastado pela violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa. Venceslau acusa Okamotto de ser um tesoureiro informal do PT. O presidente do Sebrae afirmou que pagou uma dívida de R$ 29,4 mil do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2004. (Agências)

O PTB está numa situação estranha: em São Paulo vai apoiar as candidaturas de Serra e Alckmin, mas no âmbito federal pode fechar com Lula. Os entendimentos do PT com os petebistas, em Brasília, estão avançados. Até José Dirceu afirmou ao jornal argentino Página/12 que conta com o apoio do PTB para a campanha de reeleição de Lula.

REPETECO

Também o PSB está na mesma condição do PTB: se em São Paulo pode apoiar Serra, o partido deve ficar com Lula na eleição presidencial. Os entendimentos do PT com os socialistas no Planalto vão de vento em popa.

ENCONTRO

Alckmin tem conversado com Michel Temer: o exgovernador que fechar um acordo com o PMDB. O tucano tem interesse em que os peemedebistas lancem a candidatura de Anthony Garotinho que, segundo as pesquisas, tira votos de Lula. Temer acha difícil o PMDB deixar de ter candidato próprio.

EM FRENTE

Começa a fase no PSDB dos entendimentos com outros partidos para apoiar Alckmin. Este foi um dos temas discutidos na cúpula do partido na reunião de ontem em Brasília. Alckmin não quer perder tempo, espera até setembro para encostar em Lula nas pesquisas.

PROBLEMA

Nos seus primeiros dias de trabalho como prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab enfrenta um problema de difícil solução: a greve dos professores municipais, que reivindicam aumento salarial. Hábil nas negociações de bastidores, Kassab promete uma solução rápida para acabar com o impasse.

DEPOIMENTO

Ficou para amanhã o depoimento do ex-ministro Antonio Palocci na Polícia Federal, em Brasília. Palocci nega, mas novos depoimentos mostram que ele estaria envolvido até o pescoço no episódio de violação da conta do caseiro Francenildo Costa.

OUTRA VEZ

O presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, deve depor hoje na CPI dos Bingos. Mas, o amigo de Lula poderá se negar a responder algumas perguntas graças a uma liminar concedida pelo STF. Okamotto pagou uma dívida de R$ 29 mil que Lula tinha com o PT e a oposição quer saber se o dinheiro saiu do valerioduto.


6 -.ECONOMIA

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 4 de abril de 2006


terça-feira, 4 de abril de 2006

CPI Planalto Eleições Congresso

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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PSDB E PFL: ALIANÇAS NA MAIORIA DOS ESTADOS

Se eu admitir o raciocínio de que não existiu mensalão, e sim Caixa 2, terei que pesar a caneta e indiciar Lula por crime de responsabilidade. Osmar Serraglio, relator da CPMI dos Correios

GOVERNADOR DIZ QUE DENÚNCIAS SÃO INJUSTAS E SEM FUNDAMENTO. PSDB OFICIALIZA APOIO A SERRA.

EXECUTIVA DO PSDB REFORÇA APOIO A SERRA

'NÃO TENHO MEDO DE CARA FEIA', DIZ ALCKMIN.

Vidal Cavalcante/AE

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s 20 integrantes da executiva estadual do PSDB oficializaram ontem o apoio à pré-candidatura do ex-prefeito de São Paulo, José Serra, ao governo estadual. O vereador José Aníbal (foto), porém, manteve seu nome na disputa. Na reunião de duas horas com os pré-candidatos à sucessão do governador Geraldo Alckmin, ficou acertado que a executiva não fará objeção à candidatura do vereador José Aníbal, mas desde que ele consiga arregimentar o apoio de 10% a 20% dos 2,8 mil delegados convencionais para que seu nome possa ser levado para a convenção do partido, em junho. Outros dois pré-candidatos, o deputado Alberto Goldman e o ex-ministro Paulo Renato de Souza, abriram mão em nome do ex-prefeito. Aloysio Nunes Ferreira, que chegou a ser cogitado para concorrer ao governo paulista, não se desincompatibilizou da secretaria municipal de Governo e seu nome foi descartado da corrida sucessória em São Paulo. Já Aníbal, que se transformou Clayton de Souza/AE numa nova pedra no sapato do ex-prefeito – depois da insistência de Alckmin em manter seu nome como précandidato à presidência–, não só manteve sua candidatura como assegurou ter o apoio de parte do PSDB paulista, inclusive da executiva, o que contraria a versão dada de que Serra teve apoio irrestrito. O presidente estadual do partido, deputado Sidney Beraldo, garantiu, após o encontro, que houve consenso entre os integrantes da executiva em torno do nome de Serra e que não haverá necessidade de prévias. "Vamos trabalhar para que o José Aníbal compreenda esse apoio do partido ao nome do Serra e ele mesmo também decida apoiar o ex-prefeito." Segundo interlocutores, a desistência de Aníbal ao governo de São Paulo passaria pelo lançamento de seu nome como candidato único ao Senado, mas ele descarta essa possibilidade. (AE)

O A senadora Heloísa Helena participou do lançamento de Arruda Sampaio para o governo do Estado

PSOL: SAMPAIO DISPUTA GOVERNO DE SÃO PAULO.

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inda em dúvida se sairá candidata ao governo de Alagoas ou se tentará a sorte como candidata à presidência da República, a senadora Heloísa Helena (PSOL) esteve ontem à tarde na Câmara Municipal de São Paulo, onde participou do anúncio oficial da candidatura ao governo do estado de São Paulo de Plínio de Arruda Sampaio. Heloísa Helena vive um dilema: nas recentes pesquisas de opinião em Alagoas, a senadora aparece em primeiro lugar na disputa pelo governo. Ela venceria ainda no primeiro turno o confronto com o senador Te o t o n i o Vi l e l a ( P S D B ) , candidato da mesma chapa do atual governador e também tucano Ronaldo Lessa. A reeleição ao cargo de senadora é outra possibilidade. "Eu também venceria

novamente pelo meu Estado, mas ainda estou analisando todas as possibilidades e a decisão deverá sair em maio", contou. Mais visibilidade – A expectativa do PSOL no entanto é que Heloísa saia mesmo como candidata a presidência da República. O objetivo de sua candidatura é atrair votos para o partido e conseguir um destaque maior no cenário nacional. "Deixei o meu nome à disposição do partido. A cúpula é quem deverá decidir." Sobre planos de governo, a senadora contou que isso também ainda será discutido, mas já existem algumas diretrizes. "Serão as políticas sociais, redução da carga tributária que causa a má distribuição de renda e a redução dos gastos públicos. Com base nisso, iremos concluir o nosso plano de governo". No evento, Heloísa ainda

VOTAÇÃO DO RELATÓRIO FINAL PROMETE TUMULTO NA CPMI

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em acordo e com o acirramento da disputa eleitoral, a expectativa é que governo e oposição partam para o tudo ou nada e briguem voto a voto na CPMI dos Correios hoje, quando está prevista a reunião para discussão e votação do relatório final de Osmar Serraglio (PMDBPR). Na prática, as divergências entre governo e oposição podem levar a CPMI a terminar em pizza, sem aprovação de um documento conclusivo sobre as investigações feitas ao longo dos últimos 10 meses. Ontem, governistas e oposição passaram o dia preparando suas armas para o duelo de hoje. A oposição está encurralando os governistas e acredita que terá condições de aprovar o relatório. Por outro lado, certos de que poderão ter os 16 votos para aprovar o texto oficial, os integrantes da oposição na CPMI e Serraglio desistiram de tentar um acordo com o governo para mudanças no relatório. Indiciamento –Depois de várias reuniões com a oposição, Serraglio anunciou que se o PT insistir em tirar do texto a pala-

vra mensalão, caracterizando o valerioduto como recursos de Caixa 2, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá que ser indiciado por crime de responsabilidade, já que há provas de que parte do dinheiro quitou dívidas da campanha do presidente, durante o exercício do mandato, em 2003 e 2004. Recuo – No final do dia, depois de passar horas reunidos no Palácio do Planalto, integrantes da cúpula petista admitiram recuar da disposição de trocar mensalão por Caixa 2. E acenaram com a possibilidade de os líderes do PTB e do PMDB entrarem em campo para substituir os deputados Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) e Asdrúbal Bentes (PMDB-PA), que anunciaram a intenção de votar a favor do relatório Serraglio. Se os dois votarem, o resultado seria de 16 a 14 a favor de Serraglio. Se forem pressionados a sair, inverteria o placar a favor do governo. Se o relatório de Serraglio for rejeitado, ele diz que a oposição pode recriar uma outra CPI, usando o material jogado no lixo. "Se eu admitir o raciocínio

de que não existiu mensalão, e sim Caixa 2, terei que pesar a caneta e indiciar o presidente Lula por crime de responsabilidade. Temos provas, dadas por Duda Mendonça e Valdemar Costa Neto, que revelaram ter usado dinheiro do valerioduto para quitar dívidas de campanha de Lula, inclusive no segundo turno", afirmou o relator. Segundo Serraglio, se seu parecer for rejeitado e aprovado outro com a tese do Caixa 2, qualquer partido pode usá-lo para pedir o impeachment de Lula. Repasse – "Não importa se é mensalão ou Caixa 2, mas sim o conteúdo. O importante é deixar claro no relatório que não houve vinculação entre os repasses e compra de votos", disse o deputado Maurício Rands (PT-PE), sub-relator e um dos negociadores do PT. Ainda seria realizada uma última reunião entre Rands, o relator-adjunto tucano Eduardo Paes e o sub-relator ACM Neto (PFL-BA) para tratar dos pontos que os petistas querem alterar. Os oposicionistas, no entanto, não acreditavam num acordo. (AG)

falou do ex-ministro Antonio Palocci. "O presidente Lula realizou uma manobra inteligente, sofisticada, mas fraudulenta demonstrada (com a saída do ministro). Na minha opinião, ele demitiu o ministro da Fazenda para que isso não tenha impacto nas eleições." Confiança – Outro ex-militante histórico do PT, Plínio de Arruda Sampaio mostrou-se confiante ao falar de sua candidatura ao Palácio dos Bandeirantes. Ele contou que pretende discutir na campanha assuntos como "a pobreza e a má distribuição de renda, alternativas para tentar mudar o sistema prisional do Estado e, principalmente, a questão das nossas bacias hidrográficas que estão sendo poluídas pelo agronegócio e loteamentos irregulares". Ivan Ventura

ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), pré-candidato a presidente, considerou "positivas" as investigações do Ministério Público (MP) em torno das denúncias de doação de vestidos à ex-primeira-dama Lu Alckmin pelo estilista Rogério Figueiredo, e de suposta irregularidade no patrocínio do governo do Estado a uma revista da área de saúde. Ao mesmo tempo, porém, Alckmin avaliou que as denúncias "são injustas e totalmente desproporcionais". "Mas eu não tenho medo de cara feia. Tenho a consciência tranqüila e chego a Brasília para começar uma nova jornada extremamente animado", disse. Ele viajou para Brasília para montar a equipe de campanha. Alckmin terá uma sala na sede nacional do PSDB na Asa Sul, na capital federal. O candidato tucano disse que São Paulo é um dos governos estaduais que menos investe em publicidade, em relação ao orçamento que administra, e que não vê dificuldade nenhuma em fazer propaganda em "revistas sérias", que têm até caráter educativo. "Vejo que estão procurando pêlo em ovo", comentou. Alianças – O ex-governador afirmou ainda que teve ontem uma conversa com o pré-candidato a presidente Roberto Freire (PPS). "Ele colocou-se como candidato, mas vamos manter o diálogo", afirmou, lembrando também que conversou com o presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), e o pré-candidato Anthony Garotinho (PMDB). "Sou favorável a alianças. No Brasil, não há um quadro bipartidário. Há um quadro

multipartidário, e as alianças são importantes, não só para ganhar a eleição como para governar", afirmou. Ele lembrou que as conversas com o PFL estão bastante adiantadas e destacou que o PMDB tem candidato, observando que isso será respeitado. "Se houver uma aliança com os três grandes partidos (PSDB, PFL e PMDB) nu m a concertação política para executar um programa, para o País, seria uma beleza", afirmou, destacando que trabalhará para que isso aconteça. "Se, no entanto, não der, o cenário será mesmo o da disputa." Palanques – "Passamos a vista no quadro de alianças nos 27 estados, e o PFL é o partido com o qual eu diria que está acertada aliança na maioria dos estados", afirmou o précandidato tucano, Após sua primeira reunião de trabalho com a cúpula do partido para estruturar sua campanha e começar a montagem dos palanques nos Estados. Geraldo Alckmin anunciou que, nas próximas 24 horas, será definido o nome do coordenador da campanha dele. Além da coordenação geral, haverá também, na estrutura de sua campanha, um conselho integrado por representantes dos vários partidos que fecharem alianças com o PSDB. (Agências)


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15,80

por cento foi a taxa mensal ontem para o Certificado de Depósito Bancário (CDB) para o prazo de 32 dias

3/4/2006

Informe Publicitário

FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Situação em 30/03/2006 Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda

Fundo P.L. do Fundo Empresarial LP ....................... 2.368.320,02 Lastro Performance LP ......... 941.383,08 Múltiplo LP .............................. 2.445.893,56 Esher LP .................................. 2.465.618,40 Master Recebíveis LP ........... 232.302,58

Valor da Cota Subordinada 1.019,799476 992,667409 1.023,095535 1.004,117420 952,235035

% rent.-mês 3,1168 - 0,7333 3,3438 0,4252 - 4,7765

% ano 4,3838 - 0,7333 2,3096 0,4117 - 4,7765

Valor da Cota Sênior 0 1.013,085241 1.019,198697 0 0

% rent. - mês 1,3085 1,4965 -

% ano 1,3085 1,9199 -

rating AA-(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)

DC

COMÉRCIO


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2 -.LOGO

Do meia inglês David Beckham, que joga no Real Madrid, revelando que sobre de TOC, um distúrbio de ansiedade caracterizado por atitudes e pensamentos obsessivos, no jornal The Daily Express.

Logo Logo www.dcomercio.com.br/logo/

ABRIL

Victor Fraile/Reuters

Tenho esse transtorno obsessivo compulsivo, que faz com que tenha de colocar tudo em linha reta ou ir por pares.

terça-feira, 4 de abril de 2006

4 Assassinato do ativista político Martin Luther King, em Memphis, EUA (1968).

E CONOMIA C INEMA

Da telona direto para o monitor Dois serviços de filmes online, o Movielink e o CinemaNow, anunciaram a comercialização de grandes longas-metragens online no mesmo dia em que seus DVDs chegarem às lojas. O anúncio é considerado um divisor de águas para Hollywood. "Isso é um endosso de que o lançamento digital de conteúdo de alto valor finalmente chegou", disse Jim Ramo, executivo-chefe do Movielink. Até agora, ambos os serviços ofereciam downloads de filmes digitais apenas por um período de aluguel. Alguns filmes só estavam disponíveis para compra, mas a maioria era

composta de filmes B. Memórias de uma Gueixa, O Segredo de Brokeback Mountain, Harry Potter e o Cálice de Fogo, Jogos Mortais 2 e King Kong já têm lançamentos digitais programados a partir da próxima semana. Os preços dos filmes virtuais devem variar entre US$ 10 e US$ 30. Há anos os grandes estúdios de Hollywood vêm se mostrando relutantes em oferecer filmes novos para venda no formato digital por várias razões, incluindo o temor da pirataria, que já representa mais de US$ 3,5 por ano em prejuízos para o setor. www.movielink.com www.cinemanow.com

E UA Tim Shaffer/Reuters

Arte na linha de produção Adaptações nos produtos levam pequenas empresas a conquistar grandes clientes

A

s 200 artesãs do projeto Carnaúba e Açu, no Rio Grande do Norte, encontraram um cliente surpreendente para sua produção. Acostumadas a vender esteiras de palha de carnaúba para quem quer tomar sol ou decorar a sala, elas viraram fornecedoras da Petrobras. As esteiras passaram a ser usadas como isolante térmico nas tubulações que conduzem vapor nas operações da companhia. Com a aplicação inovadora do produto, toda a produção passou a ser vendida para a estatal. Mas outras empresas já apresentaram interesse na produção das artesãs, segundo a coordenadora do projeto situado em Açu (RN), Gracia Ramalho. O grande atrativo do

produto é a economia de 30% garantida pelo novo material, que passou a substituir os caros isolantes de alumínio. Para melhor gerenciar o negócio, as artesãs se organizaram numa microempresa, a Carnaúba Viva. O sucesso das mantas incentivou os jovens da comunidade de Açu a se qualificarem e buscar cursos técnicos para atender a outras necessidades da empresa. "Alguns aprenderam a impermeabilizar as esteiras e viraram novos prestadores de serviços da empresa," conta Gracia. A Filtros Filtrex, de Macaé (RJ), também descobriu que, mesmo sendo uma microempresa, poderia se tornar fornecedora da Petrobras. Com 25 funcionários, a empresa desenvolveu filtros especiais pa-

ra petróleo, abriu um novo mercado. "Antes fazíamos filtros automotivos para Fusca, para Chevette, coisa de R$ 2. Só dava para pagar as contas. Aí resolvemos criar algo que eles pudessem usar com petróleo", diz o gerente de Vendas da Filtrex, Fabiano Marun. "O nosso produto ficou 60% mais barato que o filtro alemão que eles importavam, e entregávamos em 15 dias, contra 90 deles." O contrato com a estatal abriu portas e gerou mais negócios para a Filtrex. "Recentemente, uma empresa de Joinville (SC) pediu alguns filtros para nós", conta Marun. "Ter um cliente grande é uma excelente carta de apresentação. E a empresa pequena tem a vantagem de ser flexível e fazer aquilo que os clientes precisam". (AE)

L

Avião C-5 Galaxy da Força Aérea norte-americana se partiu em dois pedaços ontem próximo à pista de decolagens de Dover, Delaware. O avião caiu com 17 pessoas a bordo, mas todas sobreviveram.

Nélida Piñon premiada na ONU

Sharon, afastado definitivamente

A escritora brasileira Nélida Piñon é uma das dez mulheres que recebeu o prêmio anual Women Together, ontem, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU). Entre as demais personalidades que receberam o prêmio estão a rainha Rania da Jordânia, a senadora Hillary Clinton, a presidente da Cruz Vermelha espanhola Cristina Macaya, a diretora do Instituto Valenciano de Arte Moderna Consuelo Ciscar, a atriz Angelina Jolie, a cantora Shakira e a modelo Karolina Kurkova.

O gabinete de Israel vai declarar o primeiro-ministro Ariel Sharon "permanentemente incapacitado" em seu encontro da próxima semana. O secretário de Justiça de Israel declarou Sharon temporariamente incapacitado depois que o premier sofreu um derrame em 4 de janeiro. Desde então, o viceprimeiro-ministro Ehud Olmert vem ocupando o cargo. Sharon será submetido a uma nova cirurgia hoje para restaurar partes do crânio de Sharon. Seu estado é crítico, mas estável.

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DEMOCRACIA VIGIADA - Mulheres da vila de Sonapur, no nordeste da Índia, esperam na fila de votação. Milhares de pessoas foram às urnas ontem no estado indiano de Assam, numa eleição protegida por tropas policiais, que temiam um ataque de rebeldes. A RQUITETURA

Novas luzes na igreja

C A R T A Z

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F AVORITOS

Conforto Economia: teoria na classe econômica na prática

www.ipea.gov.br

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A TÉ LOGO

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O site do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) traz as publicações da instituição além de uma série de artigos e textos relativos a temas como produção industrial e teconologia, além de assuntos diretamente relacionados a consumo e distribuição de renda no País. Ao todo, o catálogo do Ipea possui mais de 60 mil obras, entre livros, teses e documentos, além de 600 periódicos. jornais e CD-Roms. A base de dados na internet conta com cerca de 52 mil títulos de livros e 520 títulos de periódicos.

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O Skymall vende esse útil travesseiro inflável para vôos em poltronas apertadas. Cheio, o "Travel Pillow" se encaixa entre as poltronas, permitindo que a pessoa se recline, sem forçar as costas e sem cair no ombro no passageiro ao lado. Vazio, o travesseiro ocupa pouco espaço dentro da bagagem de mão. Custa US$ 29,95 no site.

igreja preferida de nove entre dez paulistanos elegantes está em reforma. Inspirada nos templos coloniais mineiros, com leve toque das igrejas ortodoxas russas, a edificação da Nossa Senhora do Brasil, começou a ser construída em 1942. O projeto de Bruno Simões Magro, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP chama a atenção pela temática dos azulejos e vitrais. São séries de madonas em "vitrais" decorativos, como a dos sabiás, dos cafezais, dos Verdes Mares. "Esses vitrais não são originais", revela o paroquiano Alessandro Salles. Substituíram, em 1994, as janelas da igreja, que exigiam enorme esforço do sacristão encarregado de abri-las e fechá-las diariamente. Entre as peças que tomaram o lugar das janelas, uma curiosidade: no pórtico, uma grande porta que dá para um jardim interno, mostra Jesus segurando um garotinho no colo, com a mão pousada sobre a cabeça de outro. A assinatura da peça: L. C. Tiffany. Nascido em NovaYork, Louis Comfort Tiffany (1848 – 1933), filho de um milionário e

Fotos: Armando Serra Negra

MÚSICA A Banda Mantiqueira continua no Tom Jazz. No repertório, músicas do CD mais recente, Terra Mantiqueira. Entre os temas, Eu e a Brisa, de Johnny Alf. (foto). Avenida Angélica, 2331. Telefone: 3255-3635. R$ 30. 21h30.

O Google anunciou que vai digitalizar o acervo da Biblioteca Nacional. Por enquanto, a idéia não passa de uma proposta informal da divisão de livros da empresa à Fundação pela biblioteca mais importante do Brasil e com o maior acervo da América Latina. O trabalho custaria cerca de US$ 10 milhões e permitiria que o acervo fosse consultado em todo o mundo pelo sistema de busca Google Book Search. A digitalização seria gratuita para a biblioteca brasileira, e o Google recuperaria o investimento com a comercialização do serviço. B RAZIL COM Z

Esforços recompensados

S AÚDE

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I SRAEL

Livros raros na rede

O esforço do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso em viajar para os EUA e divulgar sua biografia já deu resultados. Num longo artigo com entrevista no jornal The Washington Post, toda a história do ex-presidente é relembrada: o nascimento no Rio, o exílio durante o governo militar, a participação na campanha Diretas Já, a passagem pelo Senado e pelo ministério e os dois mandatos presidenciais. "Não sei se o que está no livro é a verdade", diz FHC ao jornal, "mas é a minha verdade", acrescenta ele, "humildemente".

Utpal Baruah/Reuters

L ITERATURA

I NTERNET

Cigarro prejudica quimioterapia Especialistas da Universidade do Sul da Flórida divulgaram um estudo que mostra que a presença de nicotina no organismo humano pode comprometer a quimioterapia no tratamento de câncer. Segundo os pesquisadores, a nicotina – o princípio ativo do tabaco – pode proteger as células cancerígenas da ação da quimioterapia. O estudo foi apresentado à Associação Americana para Pesquisa do Câncer, em Washington, e será publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences. www.pnas.org

C HINA

Dalai Lama, sim; Tibet, não Acima, o novo vitral da igreja N. S. do Brasil, do Mestre Ataíde. Ao lado, réplica do original de L. C. Tiffany e o detalhe que mostra a assinatura do artista.

renomado joalheiro, enveredou pela arte decorativa em vidro, estilo déco. "Um marchand viu a obra e queria levar a porta de qualquer jeito, por qualquer preço. Foi difícil convencê-lo de que era uma cópia", conta Salles. De plástico, portanto, essas portas e janelas descoraram com o tempo, e agora estão sendo substituídas por vitrais verdadeiros de gran-

de beleza, produzidos no interior de Minas Gerais. "São imagens sacras barrocas, pintadas por grandes pintores brasileiros, como Mestre Ataíde e Oscar Pereira da Silva", diz o paroquiano, apontando para um deles na nave. (Armando Serra Negra) Igreja Nossa Senhora do Brasil Avenida Brasil esquina com a rua

A China considera a possibilidade de aprovar uma visita do Dalai Lama e poderá estabelecer relações com o Vaticano, se ele romper as ligações com Taiwan, disse ontem o principal dirigente chinês para assuntos religiosos, Ye Xiaowen. O Dalai Lama disse no mês passado que gostaria de ir à China para visitar locais importantes para o budismo e testemunhar o progresso econômico que o país atingiu nos últimos anos. "Se o Dalai Lama não mostrar que abandonou totalmente a independência do Tibet, não é impossível cogitar sua visita", disse Ye.

Colômbia, Jardim América. Tel: (11) 3082-9786

L OTERIAS Concurso 132 da LOTOFÁCIL

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

MEC suspeita de fraudes de alguns estados no Censo Escolar para obter mais verbas Grupo vendeu cursos universitários à distância falsos para mais de 6 mil alunos em MG Estado de saúde de Telê Santana piora; ex-técnico está com dificuldades para respirar

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terça-feira, 4 de abril de 2006

Seção Seção Varejo High-tech Seção

DIÁRIO DO COMÉRCIO Muitos consumidores e varejistas nos EUA desejam abolir cheques e cartões de crédito

SISTEMA PODE ATRAIR 2 MILHÕES DE CONSUMIDORES

Sistemas de reconhecimento biométrico ganham espaço no varejo mpresas como a Pay By Touch estão prevendo um futuro onde ninguém precisará de carteira ou documentos para fazer compras. Fundada em 2002, a Pay By Touch já reuniu mais de 2 milhões de consumidores interessados em usar suas impressões digitais como substitutos para cheques e cartões de crédito em mais de 2.000 lojas e estabelecimentos comerciais nos Estados Unidos. No final de março, a empresa anunciou que seu sistema de reconhecimento de digitais será instalado em todas as 200 lojas da rede Albertson's Jewel-Osco. A curva da adoção desses sistemas está se acentuando nos países industrializados, especialmente nos EUA. Para as lojas, a adoção dos sistemas biométricos pode trazer várias vantagens. Como um sistema de reconhecimento de digitais pode ser conectado a várias contas bancárias e cartões de crédito, os varejistas podem economizar encorajando as pessoas a usar contas com

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tarifas menores, como as praticadas em cartões de débito. Uma pesquisa recente da firma Bernstein Research indicou que sistemas como o da Pay By Touch pode aumentar a pressão sobre as operadoras de cartões de crédito para reduzir suas tarifas e se manterem competitivas nesse mercado cada vez mais acirrado. Os defensores das tecnologias biométricas dizem que os sistemas são mais seguros contra roubo de identidade, um crime cada vez mais comum na era digital. É mais fácil, por exemplo, furtar um número de cartão de crédito do que uma impressão digital ou registro de voz. Mas como as tecnologias biométricas são baseadas em dados biológicos, algumas pessoas se mostram ainda mais nervosas a respeito de seu uso. Jan Stanley, diretor de comunicações do Projeto Tecnologia e Liberdade da American Civil Liberties Union (ACLU), diz que as informações obtidas por uma empresa de reconhecimento biométrico podem

Nos EUA, a Pay By Touch anunciou que seu mecanismo de reconhecimento de digitais será instalado em todas as 200 lojas da rede Albertson's JewelOsco; ele pode ser conectado a contas bancárias e cartões de crédito Por Sergio Kulpas

Divulgação

Diversas modalidades de reconhecimento prometem agilizar a vida de consumidores e comerciantes nos pontos-devenda

ameaçar a vida privada do consumidor. Stanley disse que o maior problema das tecnologias atualmente em teste é que elas estão à frente da lei; ou seja, ainda não há legislação clara a respeito de possíveis conseqüências negativas de seu uso. A ACLU não é contra o

uso de tecnologia em si. Segundo Stanley, a sociedade precisa de uma lei que a proteja do "lado sombrio" dessas novas tecnologias, para impedir que elas sejam usadas contra as pessoas -- tanto por empresas como por governos. Contudo, para muitos

consumidores nos EUA, usar impressões digitais ou imagem de retina está se tornando cada vez mais comum. A Pay By Touch percebeu a onda de crescimento na adoção dos sistemas biométricos. Em janeiro deste ano, a empresa comprou a rival BioPay por US$ 82 milhões e recentemente realizou uma captação de US$ 60 milhões de fundos hedge e investidores privados. Ela espera dobrar suas vendas este ano, em comparação com 2005. A Pay By Touch espera ampliar seus serviços para permitir que consumidores possam validar compras online, usando um periférico que registra as digitais. Deve anunciar ainda este ano uma loja de e-commerce parceira da iniciativa. A analista Sapna Capoor da firma Frost & Sullivan prevê que a adoção de sistemas biométricos será muito rápida nos próximos anos. No momento que um dos "mega-varejistas" dos EUA, como a Wal-Mart, adotarem algum sistema biométrico, as outras grandes redes segui-

rão o exemplo, avalia ela. A verificação de impressões digitais ainda não é uma tecnologia perfeita. Segundo Philip Youn, consultor do International Biometric Group, lembra que algumas categoriais profissionais, como trabalhadores da construção civil, costumam perder as digitais devido ao seu trabalho. Mas para a maioria das necessidades de consumo, a leitura de digitais é um método bastante seguro e de custo relativamente baixo para implementação. A leitura de íris é muito cara e pode intimidar os consumidores e sistemas de reconhecimento de voz não funcionariam bem em lojas barulhentas. Outros sistemas estão fazendo sucesso no mundo. No Japão, a Fujitsu desenvolveu um sistema de reconhecimento da palma da mão, que usa um tipo de raio infravermelho para identificar o padrão de vasos de sangue da mão. Já está sendo usado nos caixas eletrônicos japoneses e a Fujitsu espera introduzir o sistema nos EUA ainda este ano. sergiokulpas@gmail.com

Panda encontra e elimina as maiores ameaças ão é preciso pagar caro para estar seguro contra pragas virtuais, como vírus, spywares e outros vermes que rondam pela web. Bastam alguns cuidados básicos, como ter o sistema operacional atualizado, posEm teste, o suir um bom antivírus, não abrir anexos executáveis (com extensão Panda .exe e .bat, por exemplo) e não clicar em links enviados por e-mail ou Titanium entrar em sites suspeitos, princi2006 palmente internacionais com conconseguiu teúdo erótico. Regras simples como essas são suficientes para deimanter o xar sua máquina limpa dessas pracomputador gas, mas, muitas vezes, não são respeitadas e geram um grande funcionando prejuízo às empresas, além de muita dor de cabeça ao usuário final. bem e Quanto ao antivírus, existe um eliminar grande dilema sobre qual produto escolher em um mercado que tem vermes e tanto a oferecer. De fato, existem derivados grandes empresas no setor que oferecem produtos de primeira, para de maneira vários segmentos e portes. Porém, os preços são consideravelmente alsimples e tos, mesmo porque é preciso levar competente em conta a renovação da licença, anual, para atualização do software –de nada vale um antivírus sem as atualizações para defender a máquina de ataques de novos vírus. Entre os fabricantes de renome, que vendem soluções contra essas pestes, é possível destacar dois gigantes: Macfee e Symantec. Ambos trazem suporte técnico avançado e contam com laboratórios de alta tecnologia. No entanto, outras empresas mostram que também podem competir com um software de qualidade, como a Panda Software. Com uma nova tecnologia que garante dupla proteção, contra os vírus e intrusos desconhecidos, o Panda Titanium 2006 + Antispyware + Firewall consegue manter o computador em bom funcionamento e eliminar vermes e derivados de maneira simples e competente, sem exigir que o usuário tenha grandes conhecimentos sobre o assunto. Isso porque o software, além de remover

Fotos: Captura de tela

e bloquear as ameaças, explica ao usuário quais são os passos que ele deve dar para solucionar os problemas que não dependem do aplicativo, como atualização do sistema operacional, por exemplo. O DC Informática testou a aplicação exaustivamente, em notebooks e desktops, e obteve bons resultados. Para os testes, os equipamentos foram infectados pelas mais variadas formas de pragas e ameaças, apresentando –inclusive– muitos erros na utilização, principalmente na execução de aplicativos, visualização de páginas da web e não permitir algumas alterações do registro do Windows e do Internet Explorer, como definir a página inicial. Para verificar a qualidade do software, as máquinas foram infestadas com spywares e outros programas maliciosos por todos os lados. Essas pestes não são apenas aquelas propagandas chatas, que vivem estourando na tela do monitor, mas também podem ocasionar outros problemas mais sérios: lentidão, alterações súbitas na configuração do PC e instalação de programas sem a sua autorização. A primeira tarefa do antivírus era justamente conseguir ser instalado –já que em alguns casos de infecção mais graves, nem isso é possível. O segundo passo era procurar e remover com segurança os vírus e variantes residentes no micro. O programa atingiu os objetivos com excelência, pois, além da instalação ocorrer de forma tranqüila –mesmo em máquinas com pouca memória–, o softwa-

re foi capaz de detectar e eliminar de forma eficiente as mais diversas ameaças. Talvez você nunca tenha passado por isso, mas alguns usuários de acesso discado já se assustaram ao ver sua conta telefônica indicando números nunca vistos antes. Se seu telefone não foi "clonado", existe uma grande possibilidade de que a sua máquina esteja contaminada por um malware, chamado Dialer. Os malware são programas que instalam softwares maliciosos sem o seu consentimento ou mascarando sua verdadeira ação. Um dialer é um programa que assume o controle da máquina e utiliza a conexão discada do modem para ligar para um provedor na internet, tornando seu micro um servidor, para ser utilizado para invasão, ou ligando para telefones pagos por minuto (tipo 0900), alguns deles até mesmo internacionais. Normalmente, esses dialers são instalados por usuário leigos, que buscam MP3 e pornografia. Esse tipo de contaminação é muito difícil de ser encontrada e removida por programas disponíveis no mercado. O Titanium 2006 se mostrou eficiente, mais uma vez, ao conseguir encontrar e eliminar essa praga, de forma rápida e muito simples. O antivírus até explica quais as conseqüências de ter um dialer no PC. O grande diferencial do antivírus da Panda Software é a nova tecno-

O software não exige que o usuário tenha conhecimentos avançados de informática e consegue detectar e eliminar de forma eficiente as mais variadas ameaças

logia TruPrevent, que analisa cuidadosamente o comportamento dos arquivos e dos programas instalados, bloqueando os que tentam danificador o computador. Assim, mesmo que o antivírus não esteja com a lista de pragas mais recente, o software pode impedir a contaminação. Além disso, o sistema de firewall é capaz de bloquear tentativas de acesso não autorizado ao micro, até em redes wireless. De forma geral, o software se apresentou eficiente e de simples operação. Apenas uma falha nele foi detectada durante os testes: o programa não foi capaz de impedir o download de um arquivo .exe, por cartões postais virtuais falsos, enviados por e-mail –um dos tipos mais comuns de infecção pela internet. No entanto, ao ser executado, o antivírus notificou que se tratava de um vírus e o eliminou, pedindo apenas o CD do sistema operacional para reparação do arquivo destruído. Fábio Pelegrini

Panda Titanium 2006 + Antispyware + Firewall Distribuição: Panda Software Requisitos mínimos do sistema: Windows 98, ME, 2000 Pro ou XP, processador Pentium 150 MHz, memória RAM de 96 MB, 110 MB de espaço livre em disco rígido, unidade de CD-ROM e Internet Explorer 5.01 ou superior Idioma: Manual e software em português Preço sugerido: R$ 72,60. Com suporte técnico 24 horas gratuito durante 12 meses Mais informações: www.pandabrasil.com.br


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Administração Urbanismo Justiça Transpor te

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 4 de abril de 2006

POR LEI, CÃO-GUIA PODE IR COM O DONO A QUALQUER LUGAR

Existem 160 mil cegos e mais de 2 milhões de pessoas com dificuldade de enxergar no Brasil.

GARANTIDA ENTRADA DE CÃO-GUIA NO METRÔ Advogada cega tem garantido o direito de utilizar o metrô acompanhada de seu labrador Bóris. Ela só usava o transporte graças a uma decisão judicial provisória. Jefferson Coppola/Folha Imagem/17/08/2005

O

Tribunal de Justiça de São, por decisão da 7ª Câmara de Direito Público, garantiu ontem, por unanimidade, o direito de a advogada Thays Martinez, de 32 anos, utilizar o metrô acompanhada do seu cãoguia, o labrador Boris. Há seis anos, ela já entra nos vagões com o cachorro, mas graças a uma decisão judicial provisória, contestada pela Companhia do Metrô. O julgamento da ação, que foi movida por Thays em 2000, teve início na semana passada, quando o desembargador Moacir Peres pediu o adiamento da sessão. Na ocasião, o relator da apelação, desembargador Guerrieri Rezende, e o revisor, Walter Swensson, votaram pela manutenção da sentença do juiz da 3ª Vara da Fazenda Pública, que condicionou a entrada de Thays nas estações à apresentação de documento de identidade – criado por regulamento interno do Metrô – e identificação do animal, vacinado e treinado, segundo o TJ. Quando a chamada tutela antecipada foi concedida à advogada, ela estava baseada em uma lei municipal que permite aos deficientes visuais transitar com cãesguia em ambientes públicos. Desde então, foram criadas outras leis – de âmbito estadual e federal – com conteúdo similar.

Thays Martinez e seu cão-guia, o Bóris: com ele, a advogada conseguiu liberdade, segurança e garantiu seu direito básico de ir e vir

Cachumba – Thays se formou em Direito pela Faculdade do Largo São Francisco, da Universidade de São Paulo (USP), em 1998 e, desta vez, advogou em causa própria. Até a tarde de ontem o Metrô não havia se pronunciado sobre a decisão do TJ. Thays é cega desde os

quatro anos, depois que o vírus da cachumba se alojou em sua retina. Em entrevista que concedeu ao site Sentidos (sentidos.com.br), em maio de 2004, a advogada afirmou que conseguiu liberdade, segurança e independência com seu labrador, o que lhe assegurou um dos seus

direitos básicos: o de ir e vir. Segundo Thays, atualmente existem 17 cães-guias treinados no Brasil e todos foram preparados no exterior. A própria advogada passou um ano e meio em Michigan (EUA) para obter o certificado de adestramento de seu cão. No ano passado, a

Prefeitura paulista levantou a hipótese de instalar, no Ibirapuera, neste ano, um centro de treinamento de cães-guia. O projeto prevê um espaço onde os animais serão preparados e também para a realização de cursos sobre mobilidade e cadastramento

de famílias interessadas em ter os cães em casa na fase de adaptação, antes de serem levados às pessoas beneficiadas. Os animais serão cedidos gratuitamente aos portadores de deficiência. Dados do IBGE apontam que existem 160 mil cegos e mais de 2 milhões de pessoas com grande dificuldade para enxergar no Brasil. Lei – Independente da decisão do TJ de ontem, foi publicada no Diário Oficial da União, de 17 de fevereiro, um decreto regulamentando a lei que autoriza a entrada de deficientes visuais acompanhados de cão-guia em supermercados, estabelecimentos comerciais, shoppings, igrejas e no transporte coletivo. Pelo decreto, essas pessoas têm o direito de ir aos locais onde é servida refeição, a usar a entrada principal, elevador de serviço ou social, em qualquer prédio público ou particular. Pela lei, o deficiente deverá carregar uma carteira de vacinação do animal e uma outra atestando o treinamento. O cão-guia deverá ter um lenço azul no pescoço. Quem impedir um deficiente visual de entrar nesses locais estará sujeito a multa de R$ 1 mil a R$ 50 mil. Em caso de reincidência, o local pode ser fechado por até 30 dias. O usuário do cão é responsável por danos ou lesões que sejam causados pelo animal. (Agências)

CELULAR

AVIÃO

m telefone celular SC3120 da Motorola explodiu quando era carregado em São José do Rio Preto, no interior do estado. A dona-de-casa Tutako Furukava de Almeida, de 69 anos, sofreu queimaduras nas costas e na mão direita. Ela havia colocado o telefone para carregar uma hora antes da explosão. Quando o aparelho explodiu, Tutako estava deitada. Ela conta que sentiu um calor nas costas, colocou a mão e acabou queimando os dedos. Os estilhaços do telefone também atingiram a cama, queimando o edredon e o colchão. A dona-de-casa recolheu os pedaços do telefone e os levou para a delegacia, onde eles devem ser periciados. De lá, foi para o hospital. Em nota, a Motorola afirmou que os incidentes deste tipo são muito raros. (Agências)

Instituto Médico Legal (IML) do Rio identificou a 16ª vítima do acidente aéreo que deixou 19 pessoas mortas, na sexta-feira. O corpo era do copiloto Eloir Albaruz. Os outros três serão submetidos a exame de DNA. Restam ser identificados os corpos de Marco Galasso, Jaques Berner e Márcio Pereira. O vôo saiu às 17h19 de sexta-feira de Macaé (RJ) com destino ao aeroporto Santos Dumont, mas sumiu dos radares de controle da Infraero minutos após sua decolagem, às 17h35. Às 19h45 o desaparecimento foi oficializado pela Infraero. O tempo equivale à duração estimada do combustível. Todos os ocupantes foram carbonizados e alguns corpos ficaram mutilados, o que dificulta a identificação. Parte das vítimas foi reconhecida por parentes. (Agências)

U

GIr

Agendas da Associação e das distritais

Amanhã I Centro – A distrital realiza

17ª reunião ordinária. Às 18h. I Santo Amaro – A distrital realiza 19ª reunião ordinária. Às 19h. I Lapa – A distrital realiza 16ª reunião ordinária com a presença de autoridades, membros da comunidade e entidades da região. Às 19h30. I Butantã – A distrital realiza 13ª reunião ordinária com a presença do subprefeito do bairro, Maurício de Oliveira Pinterich, que irá expor seu plano de trabalho e receberá sugestões e o apoio das entidades para suas realizações. Às 19h30. I São Miguel – A distrital realiza reunião do núcleo de profissionais de lojas de móveis e colchões do Projeto

O Ó RBITA

QUEEN MARY maior transatlântico do mundo (342 metros de comprimento e altura de um prédio de 28 andares), o Queen Mary 2, atracou por volta das 5h de ontem no porto do Rio, onde ficará até hoje à noite. O navio veio de Valparaíso, no Chile, com 2.600 passageiros, e segue para Nova York. Antes de chegar aos EUA, ainda irá ao Caribe. O Queen já havia parado no Rio em janeiro por causa de avaria em um dos motores. A velocidade teve de ser diminuída e três escalas foram canceladas. (AE)

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Empreender, coordenada pelo consultor Valdeir Gimenez. Às 20h.

Quinta I Brasil-Rússia - O vicepresidente da ACSP Renato Abucham e o coordenador da área de Inteligência Comercial da São Paulo Chamber of Commerce, Guilherme Mattar, participam da III reunião do Conselho Empresarial BrasilRússia. Às 8h30, no Hotel Hilton Morumbi, avenida Nações Unidas, 12.901. I Chamber – O vicepresidente da ACSP Alfredo Cotait Neto coordena a reunião do Conselho de Relações Internacionais da São Paulo Chamber of Commerce. Às 10h, na sede da ACSP, rua Boa Vista, 51/11º andar, salas Tadashi Sakurai 1 a 3. I São Miguel – A distrital realiza reunião do núcleo de profissionais de escolas particulares do Projeto Empreender, coordenada pelo consultor Valdeir Gimenez. Às 15h.

I Penha – A distrital realiza

reunião ordinária. Às 19h30. I São Miguel – A distrital realiza reunião do núcleo de profissionais de automecânicas do Projeto Empreender, coordenada pelo consultor Valdeir Gimenez. Às 19h30. I Fisco – O presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Guilherme Afif Domingos, participa do seminário nacional O equilíbrio na relação Fiscocontribuinte - Defender o contribuinte: uma questão de cidadania, promovido pelo Sindicato Nacional dos Técnicos da Receita Federal (Sindireceita). Às 20h, no salão nobre do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), avenida Paulista, 1.313.

Sexta I Centro – A distrital realiza

reunião do Movimento Degrau. Às 14h.


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Nacional Empresas Agronegócio Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 4 de abril de 2006

O PAÍS TEM UMA MANADA DE 5,9 MI DE CAVALOS

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milhões de dólares foram comercializados em carne de cavalo em 2004 pelo Brasil.

Fotos: Divulgação

O hipismo não pára de crescer. De 1999 a 2004, o número de eventos cresceu 315%.

Cavalgada rumo à profissionalização Agronegócio ligado a cavalos cresce no País, e entidades ligadas à área buscam conhecimento no mercado internacional. Setor emprega 1 milhão de pessoas. Matuiti Mayezo/Folha Imagem

O

agronegócio ligado a cavalos emp re g a m a i s d e 1 milhão de pessoas no Brasil, espalhadas em mais de 120 atividades que variam desde a confecção de selas até o turismo eqüestre. Esse número pode crescer significativamente com a profissionalização do setor, segundo dados preliminares do Estudo do Complexo do Agronegócio Cavalo no Brasil. Encomendado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o levantamento, que está sendo finalizado pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq), é a primeira radiografia detalhada do segmento no País. De acordo com o presidente da Comissão Nacional do Cavalo, Pio Guerra, o detalhamento das informações fornecidas pelos técnicos da Esalq será fundamental para a elaboração de medidas que valorizem o setor no Brasil, que detém a terceira maior manada do mundo, com 5,9 milhões de cavalos, perdendo apenas para China (7,9 milhões) e México (6,2 milhões). "Esse estudo será vital para embasar diretrizes e ações básicas para fomentar a atividade", afirmou Guerra, que preside a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Eqüideocultura, integrante do Conselho do Agronegócio (Consagro), do Mapa. Segundo Guerra, a partir da pesquisa será possível diagnosticar quais serão as ações de governo mais eficazes para alavancar a eqüideocultura. E

como criar eventos de grande porte que contribuam para chamar empresas internacionais interessadas no setor. Bom ano – O Brasil fechou 2005 com uma receita de US$ 34 milhões em vendas de carne de cavalo. Um salto de 8,41% na comparação com os resultados de 2004. O País está entre os cinco maiores exportadores de carne de cavalo do mundo. As vendas para o mercado externo são realizadas basicamente por produtos originários de três estados: Rio Grande do Sul, ParaFrança e Bélgica são os maiores compradores, e 30% do consumo desses dois países é atendido por carne brasileira. A carne de cavalo atualmente é consumida principalmente na Europa e Ásia. Outro dado que sinaliza a expansão da eqüideocultura no País, dentro do agronegócio nacional, é o crescimento do número de eventos esportivos. Somente na Federação Paulista de Hipismo, o número de eventos cresceu 315% entre 1999 e 2004. Trata-se de um fenômeno mundial, aponta o estudo da Esalq, e o Brasil acompanha essa tendência. No ano passado, por exemplo, a Semana Nacional do Cavalo, realizada de 16 a 22 de outubro, em Brasília, contou com a participação de mais de 300 animais que representaram diversas raças criadas no País. E, neste ano, a edição terá uma novidade, a Copa dos Campeões, uma competição que terá a participação das 23 associações de criadores nacionais. E as ações não param por aí. Integrantes da Comissão Nacional do Cavalo estiveram na Alemanha no ano passado

para discutir com os organizadores da Eqüitana, uma das maiores feiras de eqüinos, a possibilidade de realizar um evento semelhante no Brasil. D e a c o rd o c o m G u e r r a , o setor deve ampliar as discuss õ e s p a r a a re a l i z a ç ã o d a "Eqüitana brasileira", provavelmente em 2007. J o c k e y C l u b e s – O u t ro avanço obtido pelo setor em 2005, foi a publicação, pelo Mapa, da Instrução Normativa (IN) 21 que regulamenta a implantação do si mul ca sti ng internacional no plano geral de apostas dos jockey clubes. O sistema prevê a exibição, ao vivo, de corridas de cavalo em hipódromos de outros países, nas quais os brasileiros poderão fazer apostas. De acordo com a proposta, 1,5% do movimento geral das apostas captadas pelo simulcasting internacional será pago ao Mapa, gerando receitas para incrementar a eqüinocultura. Na avaliação de Guerra, esse sistema vai contribuir para o processo de revitalização dos jockeys clubes brasileiros. Genética – Já na área de melhoria da qualidade genética, a CNA participou da elaboração de uma Instrução Normativa, também publicada em 2005 pelo Mapa, que trata das normas de fiscalização da produção e comércio de material genético de equídeos e da prestação de serviços na área de biotecnologia da reprodução de cavalos. Ainda nessa área, a CNA tem acompanhado o processo de credenciamento dos laboratórios que realizarão exames de DNA eqüino, obedecendo a IN 74/04, que define requisitos para essa sistemática. Cláudia Marques

Patrícia Cruz/Ag. Luz

No alto, cavalos mangalarga participam de exposição durante evento no ano passado. Acima, diferentes raças participam da abertura da Semana Nacional do Cavalo.

Pio Guerra: estudo é vital para fomentar a atividade no País

Trombeta: para não comer estrume


CIDAMDE SE

ROSTO

Corretores de imóveis desenham a cara da cidade? Eles respondem às críticas do arquiteto Luciano Imperatori publicadas ontem.

OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 4 de abril de 2006

DOISPONTOS -11 11

E

devemos culpar os outros profissionais pela opção dos clientes. Temos que inovar, estamos em um país em que novidade tem ótima aceitação e temos que trabalhar em cima disto, na mudança de paradigmas. Somos vendedores, sabemos qual é a aceitação de um imóvel no mercado, o que o cliente procura, o que vende mais; por este motivo, muitas vezes opinamos sobre as fachadas dos imóveis, sem menosprezar o

trabalho do arquiteto, mas sim com estudos, em cima do trabalho criado por ele. Sabemos o que agrada ao cliente e o que oferecemos é a valorização do imóvel. Também sabemos do que deu e do que não deu certo. A palavra do corretor pode chegar a ser mais importante que a do autor do projeto, porque estamos lidando com as economias de uma vida e o cliente procura sempre o melhor negócio. Não é a um arquiteto que ele vai

procurar para comprar ou vender um imóvel. Quando vendemos um terreno, queremos que ele esteja satisfeito até o término da obra e que no dia em que for vender seu imóvel não encontre dificuldades. Caro Luciano Imperatori, desejamos muito sucesso ao seu escritório, pois isso significa um mercado imobiliário aquecido, o que nos deixa muito satisfeitos. MÁRCIO DE OLIVEIRA GOMES PENEZI E DEMAIS CORRETORES DA MARLY MORAIS IMÓVEIS LTDA. MARCIOPENEZI@ESTADAO.COM.BR Site na internet dcomercio.com.br /doispontos/

Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br

Gangorra da fortuna impossível acabar com a bandalheira de um governo se dele fizerem parte elementos com anos de convivência no grupo e tempo para maquinar planos e infiltrar pessoas de seus esquemas nos setores mais importantes da sociedade. Entre estes setores, a comunicação, os centros de representação do trabalho, as igrejas e até o sistema judiciário. Estes elementos, levam uma vantagem em relação à população. A união. Ou seja, os bandidos sempre se unem, enquanto a população briga entre si nas filas, correndo desordenadamente, cada um para um lado, como num formigueiro destroçado. Da mesma forma, é impossível acreditar que um companheiro, amigo e testa de ferro de um grupo, não saiba o que seus pseudos-comandados fazem em seu território, principalmente se continua usando de seus poderes para proteger ou protelar ações que visem combater as falcatruas cometidas pelos seus subordinados. Daí, de nada adianta espantar as moscas sem eliminar o foco de sujeira. É como pegar a quadrilha sem identificar o chefe ou mentor intelectual dos crimes. É preciso atingir o controle e dificultar a reorganização do bando. Nós, brasileiros, convivemos sempre com impunidades. Grupos inteiros ocupam sempre o comando e pro-

É

G Grupos prometem salvar a pátria, usam e abusam do poder, carregam o que podem e após algum tempo são substituídos por outros grupos, que se comprometem a combater os corruptos, mas acabam deixando tudo cair no esquecimento.

Mande seu comentário para doispontos@ dcomercio.com.br

metem salvar a pátria. Fazem o que bem entendem. Usam e abusam do poder, carregam o que podem e após algum tempo são substituídos por outros grupos, que se comprometem a combater os corruptos, mas acabam deixando tudo cair no esquecimento. Novos fatos aparecem e tudo é feito para desviar a atenção da população, como se houvesse um acordão entre eles: "Você roubou o que pode, agora é nossa vez". Em um curto espaço de tempo, o grupo anterior se reorganiza e volta com as mesmas argumentações que o levaram ao poder, e a população aceita. Aqui nesse país, onde virou moda os caras-de-pau chor a re m d e p o i s d e pegos de calça-curta no meio de uma mentira, só não fica impune quem rouba banana na feira. ossa lei, que não separa ladrão de galinha de ladrão do erário público. Além de só punir o ladrão de galinha, ainda o coloca na cela com elementos que cometeram crimes hediondos. A mesma Justiça que tenta pregar bons exemplos, prendendo o ladrão de galinhas, correndo atrás de sacoleiros, tenta diminuir a pena de condenados perigosos e protege os criminosos de colarinho branco. Enquanto isso, a maioria da população, alheia aos fatos, espera uma nova eleição para, sem qualquer análise ou conhecimento, dar seu voto ao político mais simpático, mais global, mais carade-pau. E tudo fica sempre como está, ou seja, sem solução.

N

JOÃO PATRICIO JBPATRIC@ UNISYS. COM.BR

DEU

NO

A fumaça da corrupção e a neblina

BLOG A O deputado federal Fernando Gabeira (PV) lembra em seu blog que a corrupção, que dominará a discussão política da semana, não pode bloquear a visão do futuro. A campanha está começando sem discutir o amanhã

HTTP://WWW.GABEIRA. COM.BR/BLOG

A

Ao gosto do freguês m defesa dos corretores de imóveis, não podemos deixar de observar que a implantação da fachada de um imóvel nada mais é que a vontade do cliente. Se opinamos no projeto é porque sabemos o que ele quer. Não é preciso fazer faculdade pra saber que tipo de fachada os agrada. Não temos nada contra arquitetos, muito pelo contrário, precisamos muito deles, mas não

quebra do sigilo bancário do caseiro e os resultados da CPI dos Correios devem dominar esta semana. São na realidade os dois grandes escândalos do governo Lula, em diferentes etapas de apuração. Processos punitivos não esgotam nossa energia, ou pelo menos não deveriam esgotar. Está começando uma campanha política, espaço

onde, pelo menos teoricamente, precisamos discutir os caminhos do Brasil. Não há dúvida que um critério para escolher candidatos é sua atuação anterior. Mas é preciso saber o que ele fará adiante, caso tenha um novo mandato. Mas se não houver demanda de programas para o Brasil, os políticos vão se dedicar a discutir apenas o que se passou (quem

roubou mais, quem desviou mais verbas publicitárias, etc). Outro dia, a Globo mostrou o drama dos meninos do tráfico e comemorou-se um ano da chacina na Baixada. Será que os candidatos vão se manter distantes do tema violência urbana, como têm se mantido em outras campanhas eleitorais? Estou me

preparando para a campanha usando alguns eixos. O primeiro deles é definir qual o tipo de ações que tornam o Brasil mais competitivo no processo de globalização. Terá de haver preferência para educação, infra-estrutura, inclusão digital e racionalização da máquina do Estado. O grande problema no tiroteio da luta política, na neblina das

denúncias e contra denúncias, é não perder a noção do caminho. Todo esse processo de decomposição moral dos políticos tem como resultado bloquear a visão do futuro, convencendonos de que o Brasil não vai para a frente, o país não tem mesmo jeito, etc. Vamos, mais uma vez, provar o contrário dessa tese.

oposição política brasileira tem, por muitas razões, nem todas higiênicas, mantido um comedimento e compostura que resguarda o País de turbulências imprevisíveis que poderiam resultar da aplicação a Lula dos preceitos constitucionais vigentes. Nisso vem sendo acompanhada pela mídia de um modo geral. Não tem sido a oposição, mas os ortodoxos, os radicais, os extremistas, os que se acham à esquerda do governo Lula, que têm criado maior dificuldade e causado maiores estragos à sua imagem e ao seu governo. Na extremidade esquerdista de seus aliados se acha o movimento ilegal, subversivo, do MST que retribui os abraços e as bonezadas do presidente com atos de vandalismo, terrorismo, invasão de próprios do governo, seqüestro e desacato de suas autoridades e chega a invadir dependências palacianas do Planalto. E é um seu ex-

BENEDICTO FERRI DE BARROS

"PAS D’ENNEMIES..." as d’ennemies à la gauche – Nada de inimigos à esquerda, diz o ditado político francês. Complete-se: nem à extrema direita. Porque os extremistas desconhecem limites e não recuam diante de nada. Sabe-se disso desde os tempos do Terror da Revolução Francesa. A Noite dos Longos Punhais, comandada pessoalmente por Hitler, na qual Röhm foi executado, é apenas um exemplo de que a regra também se aplica às extremas direitas. Dada a infância cultural do nosso povo, não alcançamos os requintes psicológicos e sociais. O que até aqui tivemos foram módicas reproduções exógenas, importadas de figurinos ideológicos estrangeiros, configurando episódios como o da mulher de Carlos Prestes e outros quantos de períodos de ditadura militar. Os modelos nativos lembram mais o cangaço e "o princípio de Gerson".

P

fato de o PT se inspirar em um marxismo de quarta-lavagem, ressuscitando a estrela vermelha soterrada sob o Muro de Berlim, de mistura com as características da cultura política local, não o exclui dos princípios universais relativos ao perigo representado pelos que se acham à sua esquerda. O repúdio que tem sofrido de seus ortodoxos, os rachas que tem sofrido em suas hostes (para nada falar do terrorismo cultivado pelo MST) mostram que também ele está sujeito aos riscos de extremistas internos. E esses, como os de todos os tempos e partidos, não recuam diante de nada. A mentira, o furto, a intimidação e o assassinato são meios eticamente justificados pelos que se acham auto-beatificados pela elevação de seus fins. Petistas que "estão por dentro" e entendem do riscado, depois do caso de Celso Daniel e outros menos comentados, se auto-exilam do País para salvar a pele, sua e dos seus. E até um Nildo hoje dorme cada noite em um canto. Sua mãe pediu a Lula que o protegesse, mas o presidente disse que tudo eram "manobras rasteiras" da oposição. Essa versão não agüentou uma quinzena.

O

A mentira, o furto, a intimidação e o assassinato são meios eticamente justificados pelos que se acham auto-beatificados companheiro de jornada que, ultrapassando todos os limites verbais, o chama de "bestalhão ou ladrão bonzinho". Abstemo-nos por decência de comentar esse diagnóstico. Antes nos parece que omissão é o essencial do desgoverno que caracteriza o mandato de Lula.. Ele "não está nem aí". Não assumiu nem o comando administrativo nem político da presidência. Limitou-se a aparelhar os escalões do Estado com o deficiente, inepto e ávido plantel petista e saiu a passeio pelo mundo em sua pregação messiânica. E sempre se mostrou surpreendido, indignado e impotente com a inépcia, desastres e escândalos de seu desgoverno. hegamos a isso que "aqui está". O diagnóstico mais explícito da situação a que chegamos com o caso Nildo foi formulado pela declaração do presidente da OAB, Ordem dos Advogados do Brasil, Roberto Busato, para quem "isso é coisa de gângster, de sindicato do crime." Neste caso o perigo não está fora, nas extremidades, mas dentro da própria casa. Que o digam Palocci e Lula, ambos traídos por amigos do peito.

C

BENEDICTO FERRI DE BARROS É ESCRITOR PAJOLUBE@TERRA.COM,BR

FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, 3244-3799, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894


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Automação Convergência Lançamentos Mobilidade

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 4 de abril de 2006

NOVA CÂMERA DIGITAL DA SONY CUSTA US$ 400 NOS EUA

Vietcong 2: encare uma nova faceta da Guerra do Vietnã

Fotos: Divulgação

Jogo reproduz com extrema fidelidade histórica um dos momentos mais marcantes de todo esse conflito, a "Ofensiva Tet"

Mesmo no modo fácil, o jogador encontrará dificuldades para encarar os inimigos: suas reações são imprevisíveis

Por Fábio Pelegrini uando falamos em jogos de tiro em primeira pessoa, não dá para deixar de citar os games que têm como tema a 2ª Guerra Mundial e a dura batalha entre os americanos e os vietnamitas. Até parece não haver mais nada mais a explorar desses momentos históricos, no entanto, a Tech Dealer trouxe para o Brasil o Vietcong 2, jogo que nos leva a interagir em um dos momentos mais turbulentos do conflito da Guerra do Vietnã, a "Ofensiva Tet". Afinal, uma pergunta fica no ar: o que foi a O f e n s i v a Te t ? Em 30 de janeiro de 1968, o Exército Norte-Vietnamita (ENV) e a Frente Nacional de Libertação (conhecidos como vietcongues) aproveitaram-se do cessar-fogo, por causa das tradicionais celebrações do Ano Novo Lunar vietnamita, o Tet, para realizar ataques ao governo sul-vietnamita e seus aliados americanos. Estas investidas pegaram os soldados de surpresa, em um momento em que se esperava uma

trégua para a comemoração do feriado. Um verdadeiro massacre ocorreu, com grandes danos para ambos os lados. Isso porque, apesar de inicialmente os rebeldes indicarem estar saindo à frente, com a invasão, principalmente, da embaixada americana em Saigon (atualmente a cidade de Ho Chi Minh), a resposta ao ataque foi ainda mais dura. As forças dos EUA e o Exército da República do Vietnã (ERV) conseguiram finalmente defender-se da ofensiva, com combates sangrentos em Hue, Saigon e outras cidades, com grandes perdas norte-vietnamitas de equipamento e pessoas que nunca imaginaram que iriam acontecer. Com tudo isso, mesmo o general William Westmoreland, dos EUA, afirmando que a ofensiva tinha sido um fracasso, o valor simbólico do ataque ficou marcado e foi mais importante do que a própria derrota tática, com a distribuição de imagens da ofensiva para o mundo todo, o que diminuiu a confiança do público americano quanto à sua vitória. Com esse cenário apresentado, é chegada a hora de entrar em combate na pele do capitão das forças especiais americanas, Daniel Boone. O nosso herói deverá conseguir alcançar o objetivo almejado pelos dois lados: retomar o Palácio Imperial.

Por Ana Maria Guariglia

VIETCONG 2 Distribuição: Tech Dealer Telefone: (11) 4226-2404 Configuração mínima do sistema: Windows 2000 ou XP, Pentium IV de 1.8 GHz ou Athlon, 3,5 GB de espaço livre em disco rígido, 512 MB de memória RAM, placa de vídeo 3D com 128 MB compatível com A/Shader 2.0 e placa de som, unidade de DVDROM Idioma: Software em inglês, manual em português Faixa etária: 18 anos Preço sugerido: R$ 99 Mais informações: www.techdealer.com.br

Já no começo, dá para entender o porquê de o jogo ter recomendações para maiores de 18 anos. As primeiras cenas nos levam a encontrar nosso personagem em uma casa noturna cheia de mulheres vendendo prazer aos combatentes. Antes que aconteça algo mais quente, porém, o herói é avisado por um soldado que é preciso escoltar um repórter de guerra, chamado Jimmy Davis, até a câmara municipal para participar da celebração do Ano Novo Lunar. Nesse momento, Boone e sua unidade procuram defender-se e também a vida do jornalista dos ataques surpresas de seu inimigo. As batalhas ocorrem em 14 cenários repletos de detalhes e, ao contrário do título anterior, em Viet-

cong 2 a maioria das campanhas solo está localizada em ambientes urbanos, principalmente na cidade de Hue. Armas – O poder bélico é grande e envolve cerca de 50 armas, divididas em duas classes de exércitos (armas americanas e vietnamitas) e subcategorias que especificam o tipo de armamento, entre fuzis de assalto, submetralhadoras, metralhadoras, pistolas e os mais variados veículos de guerra e civis. No modo singleplayer é possível ver a Guerra como um soldado americano ou como um vietcong, nesse caso, na pele de Mai Van Minh. Já o modo multiplayer –que suporta até 64 jogadores–, tem algumas particularidades, como a possibilidade de utilizar veículos

civis e militares. Na tela do jogo são apresentadas informações importantes ao jogador, como a quantidade de vidas, vigor (que permite o jogador correr), radar, entre outras dicas. Mas ativar as legendas dos diálogos é uma forma importante para conseguir compreender melhor o que dizem, basta alterar em opções gerais –alguns diálogos podem trazer informações necessárias para o avanço na partida. Os efeitos sonoros são bons, mas não contam com nada de diferente do que conhecemos do gênero, além de uma pequena melhora nos efeitos de vozes. A qualidade gráfica 3D traz boas imagens, tudo recriado com a máxima fidelidade e inspirado na história real. Contudo, sacrifica muito a máquina, trazendo uma grande lentidão ao carregar o software, além de baixas taxas de quadros por segundo. Esses foram os itens que mais pesaram negativamente em sua avaliação. A inteligência artificial pode ser considerada o item que mais se destaca, além da qualidade histórica do game. Aliás, mesmo no modo fácil, o jogador encontrará algumas dificuldades para encarar os inimigos –suas reações não são tão previsíveis e não se espante se precisar reiniciar a partida do ponto de salvamento algumas vezes.

Fotos: Ana Maria Guariglia

Impressão doméstica não 'decola'

Sony N1: tela sensível permite "pintar" fotos

Sem previsão de lançamento aqui, a N1 tem preço sugerido de US$ 400 nos EUA

Sistema touch-screen deixa o usuário interagir com a digital, escolher, revisar, colorir e brincar com as fotos

Sony tem sido a campeã em colocar em suas câmeras recursos que procuram aproveitar ao máximo a tecnologia dos chips. Pode-se dizer que a Cyber Shot DSC-N1 é um modelo que agrega um conjunto desses preceitos tecnológicos. Nela, a empresa japonesa colocou o sistema touch-screen ou o comando de toque no monitor de cristal líquido, para operações como pintar as fotos (paint), desenhar sobre a imagem, criar álbuns, determinar o foco do objeto a ser fotografado (Free Spot AF), entre outras opções. Um leve toque com o dedo como se faz nas telas de terminais de banco e você vê as mudanças acontecerem num piscar de olhos. Sem dúvida, é uma nova forma para deixar o usuário interagir com a digital, escolher, revisar, colorir e brincar com suas fotos. Esses fatos ficam mais claros quando a camerazinha vira um álbum de bolso para você mostrar as fotos no momento em que quiser. Nessa opção (album viewing), ela armazena cerca de 500 imagens em sistema VGA (640 x 480 pixels). A N1 tem capacidade de resolução de 8,1 Megapixels (3.264 x 2.448 pixels), com o sistema Super HAD (Hole Accumulated Diode), que trabalha com o sensor CCD para aumentar a sensibilidade dos pixels (pontos que formam a imagem). Durante uma feira em Orlando, na Flórida (EUA), técnicos da Sony norte-americana convi-

A Cyber Shot DSC-N1 foi testada em Orlando, na Flórida, e seu desempenho agradou bastante

daram o Diário do Comércio para observar em um instrumento óptico os pixels comuns e os produzidos pela N1. A constatação da diferença ficou evidente: eles possuem uma estrutura mais coesa e harmônica, evidenciando a qualidade funcional do sistema nas imagens. Nos testes, os registros mostraram ser de excelente qualidade, sobretudo nos detalhes e nas luzes incidentes. Depois de tiradas, as fotos se transformam em pequenos fotogramas (t humb nail s), a pre se nt a do s na tela e identificados por datas. Ao acionar o processo slide show, é possível escolher quatro tipos de transição na mudança das fotos e quatro tipos de música para acompanhá-las. Ou ainda, com o CD-ROM, que acompanha a câmera, você pode gravar trilhas sonoras de sua preferência. A tecnologia não é espetacular? Notamos que a superfície da telinha de 3 polegadas pode reduzir os

reflexos, de forma que se possa enxergar comandos e fotos em qualquer iluminação. Outro recurso é o Smart Zoom, um tipo de chip que atua sempre que se deseja usar o zoom digital de seis vezes. O recurso ajusta a aproximação para que não haja perdas de resolução consideráveis do objeto como ocorre com o zoom digital comum. O zoom óptico é de três vezes e a objetiva é a alemã Carl Zeiss de 7,9 x 23,7 mm, equivalente a 38 x 114 mm das câmeras convencionais. A lente macro funciona a partir de 6 cm. A velocidade de obturador vai de 30 seg a 1/1.000 seg, há ainda oito modos de cena automáticos e a memória interna é de 26 Megabytes. A DSC-N1 não tem previsão de chegada ao país e seu preço está em torno de US$ 400 nos EUA. Pesa 180 gr com bateria de lítio e o cartão MemoryStick. Para saber mais: www.sony.com

maior problema que estanca a venda de impressoras domésticas é a ausência de interesse dos usuários em imprimir suas fotos digitais, que acabam sendo armazenadas em CDs ou simplesmente apagadas. Sem muitas saídas para convencê-los de que devem fazer cópias, uma das estratégias adotada agora pelas indústrias do segmento é "forçar" as vendas, oferecendo impressoras com sistemas PictureBridge, Infrared Ray ou por cabo, juntamente com câmeras que se comunicam direto com a impressora, sem passar pelo computador. Durante o evento da Photo Marketing Association International, na Flórida, foram apresentados modelos com inúmeros avanços técnicos e sistemas de impressão à tinta e térmico, ajustes eletrônicos das imagens para compensação de cor e contraste etc. A Canon lançou a Chromalight 100 para a série de câmeras Ixus, a HP, a Photosmart 420, Fotos: Divulgação para os equipamentos da linha Photosmart, além da Sony, com a SnapLab –possui um painel de cristal líquido do tipo touch screen (comando de toque na tela)– para as Cyber-Shot e as câmeras fones. A UltraChrome 43 é da Epson para um grande leque de câmeras digitais. Todas elas fazem cópias de vários tamanhos, incluindo os mais populares de 10 x 15 cm. O jornalista Tom Winston, do "Daily Photo", acredita que está havendo um certo crescimento das vendas das impressoras. A estimativa da própria Daily Photo mostra que, nos EUA, em 2005, foram impressas cerca de 18 bilhões de imagens, delas, 40% feitas em casa, 35% em lojas, 20% via web, e 5% em quiosques. "Infelizmente, esse crescimento não é o esperado pelas indústrias. Diante de tantas ofertas digitais, os usuários estão começando a levar em conta os fatores de custo e benefício, que se tornam conflitantes quando o kit de impressão que veio com o aparelho acaba. Papéis e cartuchos de tinta chegam a custar o preço da impressora." No Brasil, por exemplo, dificilmente são adquiridos cartuchos originais, quase 50% deles são remanufaturados, e o papel para impressão tem custo alto, mas o usuário não tem outro jeito a não ser adquiri-lo para ter as cópias. Para Winston, ninguém deve entrar numa roda viva para comprar uma impressora. É A partir do preciso avaliar bem e ter conhecimento do alto, as opções quanto vai despender com a manutenção. Se não souber o da Panasonic, que fazer, é melhor deixá-las de lado e mandar copiar as Sony e HP fotos em uma loja. "É a solução viável para quem não quer ter dores de cabeça e de bolso e deseja imagens com qualidade profissional", explicou. (AMG)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 4 de abril de 2006

Fotos: Patrícia Cruz/Luz

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Informática

Às vezes fica mais difícil entender só ouvindo o professor, mas isso faz parte do treinamento Andréa Cruz

Liliane Alphandary Coutinho fundou a By Telephone há cerca de 20 anos e hoje incorporou a tecnologia do VoIP para alcançar seus alunos onde quer que eles estejam

xecutivos, profissionais liberais e universitários precisam dominar outros idiomas, mas a própria rotina de trabalho desse público o faz interromper freqüentemente seus cursos, mesmo que façam aulas particulares. Para acabar com essa falta de continuidade, a poliglota e professora Liliane Alphandary Coutinho teve uma idéia simples, há cerca de 20 anos: realizar as aulas por telefone. A nova proposta pedagógica, todavia, foi-se tornando mais eficaz e abrangente com o uso de novas tecnologias de comunicação, como e-mail e, mais recentemente, VoIP (Voz sobre IP). "Quando começamos, tinha que ir diariamente ao correio para remeter testes e outros materiais escritos, e esperava pelo menos quatro dias para ter retorno. Com o e-mail, não só resolvi esse problema, como também ficou mais fácil organizar as agendas com os alunos, além de facilitar o contato com pessoas difíceis de encontrar disponíveis, como os diretores de Recursos Humanos das empresas que atendemos", lembra Liliane, diretora da By Telephone, uma escola sem instalações físicas, em que professores e alunos não precisam se deslocar até a sala de aula. Ao invés de investir em sofisticados, caros e incipientes sistemas de elearning (ensino não presencial), a By Telephone foi adaptando seus métodos aos recursos tecnológicos a que os professores e alunos já estavam acostumados. Atualmente, cerca de 25% dos estudantes utilizam o Skype para as aulas. Além de economizar tarifas e evitar interrupções nos cursos quando os alunos viajam, esse modelo proporcionou mais abrangência na formação do grupo de professores. "A tecnologia eliminou os problemas de logística. Hoje temos professores trabalhando em Jundiaí, Itu e Curitiba", diz Paulo Coutinho, coordenador de tecnologia da By Telephone. "Não quisemos partir para um esquema de franquia, pela dificuldade de controlar a qualidade. Com o uso da internet, conseguimos superar os limites geográficos e manter um modelo centralizado. Temos hoje alunos em vários estados e alguns nos EUA e no México." Segundo Liliane, menos de 2% dos alunos já viram seus professores. Ela esclarece que, mesmo com a disponibilidade de banda larga e os atuais recursos de comunicação por vídeo, o uso de imagens está descartado, para não descaracterizar a proposta pedagógica. "As aulas são de apenas meia hora, mas o rendimento é mais intenso. Em uma conversa só por voz temos que falar o tempo todo e, pela falta de expressões gestuais, somos obrigados a prestar atenção para entender cada palavra e temos que falar com mais clareza. Isso dá muito mais segurança na hora de falar em uma conference call ou fazer uma apresentação", avalia Helton Cruz, que trabalha na área de private bank do Citibank e é aluno da By Telephone há três anos. "Sempre fui tímida para falar na frente da classe. Às vezes fica mais difícil entender só ouvindo o professor, mas isso faz parte do treinamento", acrescenta Andréa Cruz, filha de Helton, de 17 anos, que começou o curso há dois anos. "Se colocasse vídeo, iria perder a motivação de sabermos sempre o quanto somos capazes de entender e nos expressar no idioma", avalia Flávia Cruz, de 15 anos. Além das duas filhas, a psicóloga Marisa Cruz, esposa de Helton, também começou a estudar pela By Telephone, com foco em melhorar seu entendimento em literatura médica. Embora as aulas sejam por telefone, ou áudio via internet, Liliane enfatiza que a parte de leitura e escrita é coberta por material didático comum (conteúdo de livros, CDs e web sites). Como grande parte dos alunos já exerce atividades profissionais, a troca de mensagens de e-mail com os professores muitas vezes é voltada a resolver problemas específicos, como envio de correspondência em língua estrangeira. Liliane enfatiza que encoraja seus alunos, após algum tempo de aulas, a fazer exames externos de certificação. No caso dos cursos pagos pelas empresas, como Votorantim e Motorola, a própria companhia contrata auditorias especializadas em acompanhar qualidade e rendimento. Atualmente, a By Telephone oferece cursos de inglês, espanhol, francês, italiano, alemão e português para estrangeiros.

Na ponta da linha

Aulas de idiomas por telefone ou VoIP dão mais flexibilidade a professores e alunos, além de aumentar rendimento, pelo uso exclusivo da comunicação por áudio Por Vanderlei Campos


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terça-feira, 4 de abril de 2006

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Cidades

Fotos de Leonardo Rodrigues/Hype

São Paulo vive o drama de perder espaço verde para aumentar o sistema viário, um modelo falido, que não funciona. Guilherme Mazza Dourado, curador da mostra

O Jardim do Solar, no Museu da Casa Brasileira, na avenida Faria Lima: um espaço verde preservado para deleite do paulistano

DOS TEMPOS EM QUE SÃO PAULO ERA VERDE O Museu da Casa Brasileira abre seu Jardim do Solar ao público, com acervo vivo composto por árvores que integram a paisagem urbana de São Paulo e que já foram bem mais abundantes na década de 40 Rejane Tamoto

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Ilustração de Hiroe Sasaki

paulistano poderá voltar a respirar um pouquinho dos ares da década de 1940, quando São Paulo era uma cidade cheia de árvores. O Jardim do Solar, do Museu da Casa Brasileira, abriu ao público no dia 1º uma exposição com acervo vivo, composto por obras de arte esculpidas pela natureza: jabuticabeiras, ligustros, tipuanas, jacarandás-mimosos e outras 26 espécies da Mata Atlântica e de outros continentes, que ajudam a contar a história e os hábitos da cidade entre o final do século XIX e a 2ª Grande Guerra. A mostra é fruto da parceria da Fundação Crespi-Prado com a Associação Brasileira de Paisagismo (ABAP) e Associação Nacional de Paisagismo (ANP), com o objetivo de reativar esse espaço do museu. "As associações fizeram o pro-

Flores e folhas de ipê amarelo

jeto de restabelecer percursos pelo jardim e também trabalharam no cadastramento das espécies", disse o curador, historiador e arquiteto Guilherme Mazza Dourado. O Jardim do Solar é o último remanescente da época em que o objeto de desejo da elite paulistana era a construção de sofisticados jardins, em vez de espaços de recreação. A exposição ficará aberta ao público até o dia 2 de julho e uma de suas funções é educativa. A idéia é que crianças e adolescentes possam conhecer as espécies que habitaram a cidade e, com isso, aprender um pouco da história de cada período de São Paulo. "Estamos colocando placas de identificação nas árvores, com mapas que indicam a região de origem de cada espécie, além de ilustrações da fruta ou da flor da mesma. Há

Idéia é instruir crianças e adolescentes sobre várias espécies

também um texto que não só informa as características da árvore, como também traça uma relação dela com as histórias de São Paulo e do Jardim do Solar", explicou o curador. Os desenhos que ilustram cada uma das 30 espécies são de autoria da ilustradora botânica Hiroe Sasaki, premiada pela Fundação Botânica Margareth Mee, Royal Botanical Gardens, em Kew, Inglaterra. "São desenhos feitos com plantas ao vivo, que mostram a exata dimensão entre folhas, flores e frutos", destacou. História – Hoje, o Jardim do Solar pode ser considerado um oásis em meio a prédios e o tráfego de veículos na avenida Faria Lima. O jardim fica nos fundos do Museu da Casa Brasileira, que em 1945 foi a residência do casal Fábio e Renata Prado. Segundo o curador da mostra, a primeira parte da exposição se dedicará a contar a história da arborização da cidade, por meio de painéis instalados no próprio jardim. "Queremos resgatar o trabalho da família Prado, que fez fortuna com fazendas de café em São Paulo. Antônio da Silva Prado foi o primeiro prefeito republicano de São Paulo, entre 1898 e 1910, que valorizou a difusão do verde pela cidade e se empenhou na criação do Departamento de Parques e Jardins e na arborização das ruas. A inspiração veio da Reforma de Paris, ocorrida na segunda metade do século XIX, que se discutia o plantio de vegetação como forma de melhorar o meio ambiente das cidades. Os Prado incentivaram o uso desse modelo, quer do ponto de vista urbano quer do residencial. Fábio Prado, também prefeito, entre 1934 e 1938, continuou esse trabalho", contou o curador da mostra. A partir desse período de plantio de muitas árvores em

áreas públicas da cidade, como nas avenidas Paulista, Tiradentes e Amaral Gurgel, houve a retirada de muitas delas em decorrência do alargamento de ruas para a passagem de veículos. "O que eu sinto, dessa época até hoje, é que há muito corte de árvores e pouco replantio. Isso representa a destruição de um conjunto paisagístico importante, que compromete a qualidade ambiental, tornando a cidade quente e árida. Os políticos de hoje não acordaram para essa questão e, por isso, São Paulo vive o grande drama de perder espaço verde para a aumentar o sistema viário, proposta que é um modelo falido e que não funciona", criticou Mazza. Segundo ele, o projeto do Jardim do Solar também envolveu um tratamento técnico

fitossanitário para combater fungos e cupins. "O cupim é um problema sério nessa região, onde, antigamente, as construções eram feitas com estacas de eucalipto nas fundações. Isso atraiu muitos cupins", destacou. A Prefeitura, ao remover árvores, argumenta que a principal causa de condenação são os ataques dessas pragas. "O problema em São Paulo é que o poder público deixou a situação chegar em um ponto muito complicado. Quando a árvore estava com pouco cupim não foi tratada", disse. Outra crítica do curador é em relação à fiação elétrica, que motiva a poda desnecessária de muitas árvores da cidade. "No Exterior, enterram a fiação para manter o verde. Aqui, preferem sacrificar a árvore e deixar essas feiúras que são os fios para fora", completa. Espécies – A segunda parte da exposição é um convite para uma caminhada pelo bosque do jardim, que tem ao todo 6.600 m². O percurso é formado por quatro praças com bancos para que as pessoas possam parar e contemplar as espécies e, se tiverem sorte, comerem alguns dos frutos das árvores, como o jambo. Há também árvores raras como o araribá (espécie proveniente da Mata Atlântica) e exemplares mais antigos, com mais de 50 anos de idade, como

O jacarandá-mimoso: natural da Argentina, Paraguai e Bolívia

paineiras, cedros, tipuanas e seringueiras. Uma das curiosidades que a exposição traz é o papel importante que algumas árvores, principalmente as frutíferas, exerceram na vida de algumas famílias. "Possuir uma árvore frutífera em casa era muito valorizado. Em períodos em que não havia onde comprar alimentos, ela tinha a função prática de consumo", afirmou o curador. Uma das histórias mais interessantes envolvendo essa relação com as plantas é a de uma jabuticabeira que constava de um testamento, dado que comprova a valorização da árvore dentre os bens Ilustração de Hiroe Sasaki

populares no Brasil, na verdade, são estrangeiras. O abacateiro, por exemplo, é originário do México, América Central e norte da América do Sul. Foi uma espécie sagrada para os maias e astecas, que usavam suas folhas para produzir remédios. Chegou ao Brasil por meio dos europeus. Mais um exemplo é o ligustro, árvore japonesa que foi utilizada na arborização da avenida Paulista, em 1899. "O jacarandá-mimoso – que é da Argentina, Paraguai e Bolívia – foi muito utilizado no paisagismo de Buenos Aires e São Paulo, no mesmo período. A minha hipótese é a de que havia uma correspondência entre os profissionais daqui e de lá", disse. A árvore mais conhecida dos paulistanos é a tipuana, também de origem argentina e boliviana, que foi introduzida na cidade pelo agrônomo Antonio Andrea Etzel e pela companhia inglesa City em ruas de bairros como jardim América, Pacaembú e Lapa.

Flores e folhas de paineira

SERVIÇO de cada família. "Mesmo as mais abastadas famílias deixavam descritos nesses documentos o número de espécies que constavam em cada uma das propriedades. Eram elementos que valorizavam o imóvel do ponto de vista financeiro, mas também há o fato de pensar nas árvores como um bem precioso, sentimental. Ouvi relatos de pessoas de Minas Gerais e São Paulo que comprovam isso", disse. Outra descoberta que a mostra traz é a de que árvores tão

Jardim do Solar, no Museu da Casa Brasileira (avenida Faria Lima, 2705 - Jardim Paulistano tel. 3032-3727. O site é www.mcb.sp.gov.br. Entrada: R$ 4,00, de segunda a sábado, e gratuito aos domingos. Estacionamento a R$ 10,00


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

Mobilidade Te l e f o n i a Lançamentos Automação

terça-feira, 4 de abril de 2006

Obra discorre sobre a fragmentação da audiência frente às novas tecnologias e sobre novas mídias

MARKETING TEM DE SE ADAPTAR ÀS NOVAS TECNOLOGIA

Fotos: Captura de telas

Lendo a web mundial com os tradutores online web é um universo em expansão. Preparamos Estima-se que atualmente ela tenha mais de 600 uma bilhões de páginas, com coleção de informações de todos os gêneros. As melhores páginas estão em tradutores, inglês ou em outros idiomas. O que seria uma pedra no caminho a maioria da maioria dos internautas deles brasileiros, não fossem os tradutores online. gratuitos, É verdade que essas pequenas que podem ferramentas estão longe de ajudar sua substituir as traduções feitas por seres humanos. A conversão das navegação palavras é feita de maneira literal e isso pode comprometer o pela web sentido de algumas frases. Outro internacional problema é a tradução de nomes próprios, como no caso dos Rolling Stones, que viram Pedras do Rolling ou rock n' roll que se tornam rolo da rocha. Mesmo com essas deficiências os tradutores online podem oferecer uma idéia geral do que se quer traduzir. Muitas deles são gratuitos e combinam pares de idiomas. Os mais comuns são: inglês-português, portuguêsinglês, português-espanhol, espanhol-português, inglêsespanhol, inglês-francês, inglêsalemão, inglês-italiano,

São inúmeros os sites que fazem tradução online de páginas da internet ou de pequenos textos, alguns deles trabalham com mais de um idioma

espanhol-inglês, francês-inglês, alemão-inglês e italiano-inglês. Veja a seguir uma coleção de tradutores que podem ajudar a sua navegação pela internet internacional. Babel Fish AltaVista (http://babelfish.altavista.com) – Traduz sites inteiros ou textos de até 150 palavras por vez. Babylon (http://www.babylon.com.br/) – Software que agrega 25 dicionários especializados, em 13 idiomas, cada um deles com mais de três milhões de palavras e expressões de uso formal ou informal (incluindo gírias) ou de enciclopédias. Traduz online e off-line. Versão de demonstração grátis. O Uol

(http://www1.uol. com.br/babylon/) oferece o sistema Babylon do inglês para o português e mais dez outras línguas, inclusive o chinês. Cola da Web (http://www.coladaweb. com/tradutor.htm) – Utiliza a tecnologia Google para traduzir do inglês para os mais diversos idiomas e vice-versa. Ferramenta de idiomas do Google (http://www.google.com. br/language_tools?hl=ptBR) – Traduz textos e sites inteiros para vários idiomas. O resultado é razoável, com muitos erros, mas dá para o gasto. Foreignword (http://www.foreignword.

com/Tools/dictsrch.htm) – Traduz palavras e pequenos textos de 69 idiomas para outros 73. FreeTranslation (http://www.freetranslation. com/) – Tradutor gratuito que pode ser utilizado para textos ou sites. Suporta diversos idiomas, entre os quais espanhol, francês, português, norueguês e alemão. Imtranslator (http://translation.paralink. com/) – Traduz para 20 idiomas. Possui corretor ortográfico para verificação dos textos traduzidos. Tem plug-in para o Internet Explorer e para o Firefox, da Fundação Mozilla. Download grátis na página http://imtranslator.net/

plugin-tr.asp. Logos (http://www.logos.it/ dictionary/owa/) – Tem um banco de dados com mais de 7,5 milhões de verbetes. Digite a palavra em português e obtenha a tradução para mais de trinta idiomas. O Logos também traz uma barra de ferramentas que se incorpora a diversos navegadores. Promt's Online Translator (http://www.translate.ru/) – Traduções de russo, inglês, francês, alemão e espanhol. Serviço rápido e eficiente. Research-it (http://www.itools.com/) – Site que traz uma série de recursos de tradução, como dicionários online, thesaurus, tradutores multilingüe, dicionário de citações etc. Sstol 3.0 (http://www.softscience.com. br/index.php) –Tradutor online em várias línguas. Suporta textos com quebras e com mais de 100.000 caracteres. Possui corretor ortográfico para corrigir o texto traduzido. Para fazer o download é preciso cadastra-se (gratuitamente) no site do software. Systran (http://www.systransoft.com/) – Programa desenvolvido pela Systran Translation Software que traduz textos e páginas web em tempo real. TraduzWeb (http://www.traduzweb.com. br/16/twp/download.shtml) – Integrado ao Internet Explorer traduz sites em tempo real. Todos os links, gráficos e formatações das páginas originais são mantidos. Fácil de usar. Vinilator (http://www.vinilator.kit.net/) – Software totalmente grátis, que entra na página do Babylon e executa seu dicionário online. Traduz palavras e frases do português para o inglês e viceversa. Possui plug-in para o navegador Firefox. João Magalhães

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Livro mostra potencial das novas tecnologias de marketing

Sandisk lança cartão de memória com saída USB integrada

"O Marketing Depois de Amanhã" usa uma linguagem simples e acessível a todos, sem termos complicados

Obra ajuda o leigo a entender o que está mudando com o uso das novas tecnologias ocê sabia que é possível anunciar produtos ou colocar a logomarca de sua empresa num videogame? Já pensou em fazer propaganda de seu restaurante ou lanchonete pelo celular? Tem idéia do que seja a computação ubíqua? O avanço da tecnologia da informação na última década mudou o mercado, o comportamento do consumidor e, obviamente, o marketing está mudando também. Mas, quais são os novos caminhos? Como a tecnologia vai influenciar a comunicação das marcas? Respostas a essas e a outras perguntas estão no livro "O Marketing Depois de Amanhã" (Digerati Books, 176 páginas., R$ 29,90), que fala sobre o aparecimento de novas tecnologias e a influência que elas poderão exercer no marketing nos próximos 15 anos. O autor, Ricardo Cavallini, apresenta aos profissionais do setor e aos empresários essa nova reali-

dade, como enfrentá-la e ser bem-sucedido num futuro tão próximo quanto o dia depois de amanhã. Linguagem simples – O leitor leigo não precisa temer o famoso "tecniquês". Cavallini discorre sobre a fragmentação da audiência frente às novas tecnologias e sobre novas mídias, como celulares e videogames, usando uma linguagem simples e acessível a todos, sem termos complicados. Ainda para facilitar o entendimento, as novas tecnologias foram separadas por capítulos, nos quais o autor se aprofunda na apresentação de cada uma. TV Digital e os gravadores de vídeo digitais, advergaming, mobile marketing, RFID, novos displays e computação ubíqua (onipresente ou penetrante na vida do cidadão) são exemplos de assuntos abordados no livro. Também há um capítulo sobre privacidade, assunto muito polêmico e discutido quando se trata de mar-

keting do futuro. Ricardo Cavallini tem mais de 18 anos de experiência em comunicação interativa, tendo se dedicado mais aos meios digitais. Atualmente, é diretor de Operações da agência Euro RSCG 4D e professor do curso de Extensão de Marketing Direto da ABEMD. Atuou também na Vetor Zero, Globo.com, DM9, JWT, foi sócio-diretor da Organic e CTO da Trans Burti Network. Tradutor instantâneo – A obra tem prefácio de Washington Olivetto, presidente da W/Brasil, um dos mais premiados publicitários do país. O "Marketing Depois de Amanhã", diz Oliveto, "é um objeto que fisicamente parece um livro, mas na verdade é uma espécie de tradutor simultâneo de tudo que está acontecendo e mudando no marketing e na comunicação de hoje e de um futuro próximo: amanhã cedo, por exemplo". Rachel Melamet

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O usuário não precisa de leitores, obtém as informações do cartão sem usar outro acessório

SanDisk está lançando cartões de memória da série Ultra II que já vêm com entrada USB integrada. O cartão é encaixado na câmera digital e depois de tirar as fotos, é colocado diretamente na entrada USB do computador. Testamos o Ultra II para equipamentos que usam cartão SD (SecureDigital Card), de 512 Megabytes e o funcionamento foi perfeito. Pela sua capacidade, é possível usá-lo até para armazenar textos e músicas. Embora seja um cartãozinho robusto, de material rígido, deve-se tomar cuidado para não forçar a parte do encaixe do USB. Essa série da empresa norteamericana SanDisk proporciona a vantagem de o usuário não precisar de leitores de cartão, podendo obter as informações sem nenhum outro acessório. O preço nos EUA está em torno de US$ 50. Ana Maria Guariglia Para saber mais: www.sandisk.com


terça-feira, 4 de abril de 2006

Te l e f o n i a Lançamento Automação Convergência

DIÁRIO DO COMÉRCIO

O COMÉRCIO ONLINE DEVE CRESCER 56% ESTE ANO

3 O corretor precisa vender e não ficar treinando um software Flávio Faggion Júnior, da Siscorp

Fotos: Divulgação

Programa calcula seguro de veículos em seguradoras na web agilidade no atendimento de um cliente é um dos segredos para o sucesso dos negócios e a internet se transformou em uma das ferramentas mais eficientes nesse sentido. Segundo a pesquisa Web Shoppers, promovida pela eBit, o comércio online deve crescer 56% neste ano no Brasil, movimentando cerca de R$ 3,9 bilhões, uma demonstração de que o brasileiro está mesmo usando a internet para comprar, pesquisar preços, contratar serviços etc. As seguradoras e corretoras de seguros vêm se adaptando aos novos tempos e procurando atender aos seus clientes de forma mais ágil e facilitada. Afinal, a concorrência é grande nesse segmento, e tempo é dinheiro. Uma novidade para atender a essa demanda é o software da Siscorp Sistemas Corporativos, o Ditix, criado especialmente para fornecer, em poucos minutos, as cotações de seguros de automóveis em várias seguradoras brasileiras. O Ditix já está em uso em cerca de 80 corretoras de São Paulo, segundo o diretor da Siscorp, Flávio Faggion Júnior, cuja meta é atingir a 5 mil empresas em três anos. Estar na web e, portanto, ser acessível a todos, e ter a capacidade de mostrar ao

O Ditix, da Siscorp, reduz o tempo que o cliente perdia na internet para avaliar qual o plano mais vantajoso para o seu carro Por Barbara Oliveira cliente os cálculos de três, cinco ou sete seguradoras em menos de 10 minutos são as principais vantagens do Ditix. "Todos os cálculos são online e o corretor não precisa fazer nenhuma instalação nova, basta ter acesso à internet de qualquer lugar", explica Faggion. Ele lembra que o programa permite gravar as informações que serão repetidas em todas as cotações, reduzindo o tempo de digitação na web e também para recuperar alguma cotação já feita para uma nova consulta à seguradora. Uma das clientes da ferramenta é a Coutinho Amaral Corretora de Seguros. Segundo o diretor Orlando Coutinho Amaral, o programa facilitou muito a vida de seus clientes, reduzindo o tempo que ele fica na internet procurando o melhor preço para segurar seu carro. Amaral é um dos clientes mais entusiasmados do Ditix. O corretor informa que o site da empresa (www.seguroemcasa.com.br), dedicada a vários tipos de seguro via web, recebe atualmente mais de 100 visitas/dia, sendo que 40% se referem a propostas de seguros de automóveis. "Nosso fechamento de vendas dobrou com o Ditix." Depois de definida a seguradora, o cliente faz o tradicional processo de ligar para a corretora e contra-

tar a apólice. Para adquirir o Di- Telas mostram o início da cotação, questionário sobre tix, a corretora se ca- perfil do segurado e o resultado da cotação; dados dastra no site www. podem ser gravados para posterior consulta ditix.com.br, onde terá direito a uma degustação de sete dias "Por tratar-se de um produto novo no do programa. Depois disso, ele contrata um mercado e que exigia alto nível de confiados planos da Siscorp. Se a corretora for de bilidade, levou algum tempo para ele fipequeno porte, a sugestão de Faggioni Jr., car disponível. Além disso, queríamos da Siscorp, é pelo plano que prevê um nú- um produto barato e simples (ele foi demero x de cálculos (10, 20 ou 100, por exem- senvolvido em ASP e plataforma .Net, da plo), no valor de R$ 0,13 cada cálculo. Se ele Microsoft) para que o corretor não precioptar por 5 seguradoras pagará 5 x R$ 0,13 sasse perder muito tempo no treinamen(R$ 0,65). Se a empresa for de médio a gran- to, afinal, ele precisa vender e não ficar de porte, o ideal é que ela compre o pacote treinando um software", diz o diretor da de R$ 50 mensais, o que lhe dará direito a Siscorp. O produto deve sofrer atualiza500 cálculos e mais 100 de bônus para a pri- ções conforme as exigências dos corretomeira assinatura. Se o número de cálculos res e também das demandas dos clientes for superior a esse volume no mês, a corre- nessa área de seguros. tora comprará mais créditos na Siscorp. O software da Siscorp foi criado com foco "Mas, se ela não usar esse cálculos dentro do em seguro de veículos não só em razão da mês contratado, não poderá utilizá-los no grande demanda mas também porque exismês seguinte", avisa Faggioni Jr, "sendo ne- te uma especialização nessa área dentro da cessário fazer uma nova compra". O paga- Siscorp. Faggion espera que, em breve, posmento do plano é feito, ainda, do modo an- sa colocar à disposição do mercado um protigo, por boleto bancário. duto para seguros de vida. O Ditix foi testado por dois anos e meio Mais informações em www.ditix.com.br ou com mais de 600 corretoras antes de entrar www.siscorp.com.br em operação nos últimos cinco meses.


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

Automação Lançamento Mobilidade Convergência

terça-feira, 4 de abril de 2006

A Intel avalia que os serviços de conexão wireless impulsionam o mercado de computação móvel

BRASIL DEVE TER 600 MIL COMPUTADORES PORTÁTEIS EM 2006

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AS

Fazendo bons negócios (reais) num mundo virtual

IOS

NC ANÚ

Por João Magalhães uem quiser aumentar as vendas de seus produtos pode tentar fazê-lo em um novo metaverso (universo virtual) em 3D: o There. Lá, o apelo é bem maior porque se trata de uma game online disputadíssimo. Como acontece no The Sims, você cria um personagem e a partir daí inicia sua jornada pela vida como ela é: vestir-se, alimentarse, estudar, ter um emprego e ganhar dinheiro. Para começar, você recebe alguns trocados em moeda própria do metaverso: o therebucks. Até dá para o gasto, mas logo acaba e

R

DIÃO

R GUA

EB.B W A D

Situações como a vivida pela família de um adolescente carioca, acusado de pedofilia na internet, podem ser evitadas por pais brasileiros. Projetado para rodar em PCs, o Spector Pro, lançado pela EsyWorld, é um software que monitora e grava, de modo invisível, tudo que é feito na internet –desde conversas em chats, e-mails,

Chips com mais performance, promoções junto a fabricantes de notebooks e dispositivos portáteis, e investimentos diretos fazem parte da estratégia da indústria para iderar o mercado de computação móvel no Brasil

um sistema de manutenção de estoque. Acredito que eles movimentam de 60 ou 70% de toda a nossa economia", explica Bruce Boston, analista financeiro do There. Bruce começou como jogador. Com sua experiência de marqueteiro em empresas como a Toyota, Honda, Panasonic e Sony, espalhou-se rapidamente pelos ambientes virtuais do game e o There contratou-o. A missão de Bruce Boston é convencer os participantes a comprar mais Therebucks com dinheiro de verdade. "Estamos surpresos com o entusiasmo dos usuários e com o montante que eles estão investindo em

então é preciso obter mais. O que só é possível se você pagar em dólares reais. O game, que foi desenvolvido secretamente durante muitos anos por uma equipe liderada por Tom Melcher, ex-vice-presidente da CNET (The Computer Network), está em sua fase beta, ou seja, de testes. Ainda assim promete realizações fantásticas. Por exemplo, qualquer um pode lançar moda e comercializá-la no mundo físico. Mas seu mais popular e eficiente ponto de negócios são os leilões. "Além de ser uma ferramenta de fixação de marcas e de compra e venda do que se possa imaginar, os leilões podem servir também como

mensagens instantâneas via ICQ ou Messenger e sites visitados. "Os casos de assassinatos, tráfico de drogas e pedofilia podem começar com uma inocente conversa de chat. Coisas assim assustam mesmo os pais mais confiantes em seus filhos", diz Luis Rogério Moraes, diretor da EsyWorld. O Spector Pro tem atraído também pequenas empresas que querem rastrear funcionários. Site relacionado: http://www. esy.com.br/spector_pro.php

A NTR E S DEU

NA

SALA

A história da criação do mundo já foi contada em prosa e verso, para crianças, deficientes visuais, no cinema, na televisão, em CDs. Faltava uma versão feita especialmente para os freqüentadores de salas de bate-papo online. O site The Irc Bible preenche a lacuna. Nele, a linguagem formal do

nosso produto com seus cartões de crédito. Ninguém tinha conseguido isso antes", anima-se. Nada bobos, a Levi's e a Nike patrocinam o empreendimento. Afinal, seus produtos podem ter Reprodução saída fácil, uma vez que os jogadores estão dispostos a tudo para chegar a mais alta posição social proporcionada pelo There.

AP EM M

A notícia corre solta na internet: o Google acaba de lançar anúncios no Google Local, seu serviço de mapas locais. A novidade, batizada de GeoAds, estaria, segundo o bem informado blogueiro Shimon Sandler, em fase de testes nos Estados Unidos até a semana passada. Agora já está online. Sandler diz que foi ao Google Local, digitou "booksellers nyc" no campo de buscas e viu como resposta, além do tradicional "baloon" vermelho, uma pequena xícara de café. Ao clicar no ícone, surgiu um anúncio da livraria virtual Barnes & Noble, com sua localização, número de telefone e um link para ela. Para comprovar o fato, Sandler capturou a telinha do anúncio (veja abaixo). "Nem sempre o Google Local exibe o ícone da xícara. Depende da sorte do internauta", diz Sandler.

Site relacionado: http://www.there.com/index.html

Velho e do Novo Testamento é substituída por termos e abreviações típicos dos chats, nem sempre fáceis de decifrar. O Gênesis, por exemplo, começa com o tradicional "Deus entra na sala". Em determinado trecho, Ele pergunta se os participantes estão entediados com a conversa e convida-os: "Sejam então produtivos e multipliquem-se". Site relacionado: http://twc. sshunet.nl/~djstronk/ircbible/ pages/archive.html

DOM

OTE QUIX

ME A GA

VIR

O espanhol David de Torres, depois de se formar em Engenharia pela Universidade de Zaragoza, decidiu dedicarse ao seu hobby preferido: desenvolver games online. Com a ajuda de seu irmão Eleazar, ele começou a produzir A Ilha de Sancho, jogo que revive as aventuras de

Dom Quixote. São nove episódios, dois deles prontos. Os demais estrearão ao longo de 2006. O game é uma aventura gráfica em 3D, gênero que fez sucesso dez anos atrás, mas que foi engolido pelo marketing maciço dos RPGs e dos tiros em primeira pessoa. Sob a forma de perguntas e respostas, lembra a série Monkey Island, comercializada pela Lucas Art nos anos 90. Site relacionado: http://www.insulasancho.com

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esta semana, fornecedores de notebooks, celulares inteligentes (smartphones) e outros dispositivos portáteis estarão oferecendo promoções, em lojas de varejo e nos sites de compras online. A campanha é uma continuação da Semana da Mobilidade, uma série de eventos que a Intel promoveu, no final de março, para reforçar seu posicionamento no mercado de computação móvel. Além do lançamento de modelos, de 15 fabricantes, com a tecnologia Centrino Duo, a companhia também anunciou um projetopiloto, junto à Prodam (Companhia de Processamento de Dados do Município de São Paulo), para interligação de seis pontos da Prefeitura com conexões WiMax. A Intel Capital (braço financeiro da corporação) criou ainda um programa de investimento de capital empreendedor no valor de US$ 50 milhões para promover o crescimento das tecnologias de mobilidade no país. Conforme a Intel, o mercado brasileiro de computadores portáteis deve chegar a 600 mil unidades neste ano, o dobro do total de vendas de 2005. Em 2008, segundo a IDC, serão comercializadas 1 milhão de unidades, volume que será dobrado em 2008. A Intel avalia que os serviços de conexão wireless, como a expansão das redes Wi-fi e a disponibilidade de WiMax, são os grandes impulsionadores do mercado de computação móvel. "O crescimento (do mercado de notebooks) está em 30% por ano e esperamos que aumente para 50%", prevê Paul Otellini, CEO da Intel. Ronaldo Miranda, diretor de mobilidade digital e comunicações da Intel, observa que mais do que o aumento na vendas de notebooks, este ano também registrará a consolidação da internet sem fio no país, além do contínuo crescimento do número de celulares e a

Intel aproveita a onda do wireless

tendência de sofisticação dos aparelhos, que chegam ao mercado com mais funcionalidades. Daniel Rostriola, gerente de produtos da Dell, explica que a plataforma Centrino Duo tem duas vertentes de inovação. O uso de CPUs de maior velocidade em dispositivos de tamanho reduzido é limitado por problemas de temperatura (quanto maior o clock, maior a dissipação de calor). Nesse sentido, a arquitetura Duo Core permite que mais instruções sejam processadas em um ciclo, o

que, na prática, aumenta a performance, mesmo com uma freqüência menor. Já a tecnologia Centrino engloba a família de CPUs Pentium M; os chipsets 855 e a interface Wi-fi PRO/Wireless. "Esses componentes são otimizados para baixa dissipação, economia de energia e desempenho necessário para aplicações pesadas. Com performance sem e l h a n t e e p re ç o s c o m u m a diferença menor (em comparação ao desktop), muita gente tende a optar pelo notebook. O crescimento das redes wireless torna essa alter-

Além da tecnologia para notebooks, os fabricantes de celulares e handhelds apresentaram produtos baseados no processador Intel XScale. A BenQ-Siemens lança o P50, smartphone GSM com o processador Intel PXA 272, de 416 MHz, Microsoft Pocket PC 2003, e O Avensis conexão Wi-fi. A Digitron e a Gigam555N (à esq.) byte anunciam o lançamento do tem preço de g.Smart, um smartphone GSM, baR$ 4,9 mil para seado em arquitetura Intel, equio usuário final e pado com o Microsoft Windows de R$ 3,9 mil Mobile 5.0. A Motorola lança o para as A910, um celular híbrido Wi-fi/ revendas; o UMA (Unlicensed Mobile Access). i@tech 6410 A TIM apresenta o modelo 8700g (abaixo) custa do BlackBerry, que envia e recebe R$ 4,3 mil; o Dell e-mails, visualiza arquivos e sinLatitude D820 croniza com servidores de e-mail. é o primeiro Na era do rádio – No dia 28 de notebook com março, a Prodam e a Intel iniciaram tecnologia a operação dos primeiros pontos Duo Core do projeto piloto de rede WiMax em pontos da administração munativa ainda mais atraente nicipal. A primeira antena interlipara empresas e consumi- ga a Subprefeitura do Tucuruvi, o ponto central, à Unidade Básica de dores", diz Rostriola. A Dell lançou, na semana Saúde (UBS) Izolina Mazzei, à UBS passada, o Latitude D820, o Vila Maria e à Escola Municipal de primeiro modelo com tec- Ensino Fundamental Rodrigues nologia Duo Core. No final Alves. Essas quatro unidades condo último trimestre de 2005, tam com redes locais Wi-fi. Ou seja, as vendas de notebooks re- a interconexão de redes é feita com gistraram aumento de 56% WiMax e o tráfego local com Wi-fi. O segundo ponto ligará o Gabiem relação ao mesmo períonete do Prefeito à Secretaria de Gesdo do ano anterior. Entre as indústrias lo- tão, onde haverá também a aplicacais, a RBC, de Manaus, ção de Voz sobre IP (VoIP) e instalançou o i@tech G410, de R$ 4,3 lação de câmeras de segurança. A Intel, segundo Ronaldo Mimil, dotado do processador Intel CentrinoDuo, de 1,66 GHz ou de randa, soma 43 projetos de WiMax 1,83 GHz. A Metrocomm, distri- no Brasil, dos quais 5 já estão em buidora nacional de produtos de atividade. "Nossa previsão é que, informática, anunciou o Avensis neste ano, pelo menos mais dez M555N, com processador Centri- projetos sejam iniciados na Améno Duo de 1,66 GHz, a R$ 4,9 mil rica Latina", diz. Depois de lançar para o usuário final e R$ 3,9 mil pa- a "Cidade Digital de Ouro Preto" ra revendas. Accept, Amazon PC, (MG), localizada entre montaGigabyte, Epcom, HP, Itautec, nhas, e a "Cidade Digital de ManLeader Tech, Lenovo, LG, Nova- garatiba" (RJ), no litoral, decide indata, Positivo, Semp Toshiba, e Te- vestir no WiMax em uma grande chsul. também lançaram produ- região metropolitana. Vanderlei Campos tos com o novo padrão da Intel.


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terça-feira, 4 de abril de 2006

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por cento foi quanto cresceram as despesas do governo na última década.

Paulo Pampolin/Digna Imagem

CARGA FISCAL SUSTENTA GASTOS DO GOVERNO

Zockun, da Fipe: antes da reforma tributária, País precisa passar por choque de gestão na aplicação dos recursos públicos

Estudo da Fipe demonstra que a carga elevada de tributos, próxima de 38% do Produto Interno Bruto (PIB), decorre do aumento dos gastos do governo que, entre 1995 e 2005, cresceram a uma taxa real de 5,6%. Uma das conclusões do levantamento é de que as despesas da União estão 25% acima da média internacional.

A

carga tributária no Brasil teria de subir dos atuais 38% para 54% do Produto Interno Bruto (PIB) nos próximos 20 anos somente para sustentar o aumento dos gastos públicos. As despesas do governo cresceram a uma taxa anual de 5,6% na última década, já descontada a inflação. O alerta é do movimento Simplificando o Brasil, lançado ontem pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP). A projeção tem como base um estudo encomendado pela entidade a um grupo de economistas da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo (Fipe). Segundo o estudo, as despesas do governo estão 25% acima da média internacional. Se nada for feito, elas dobrarão em 20 anos. A pesquisa demonstra que a elevada carga de tributos do País deriva essencialmente da expansão do gasto governamental e só será resolvida com a redução drástica das despesas da União. Num segundo momento, seria necessária uma reforma tributária que simplificasse os impostos e diminuísse as alíquotas. "O governo arrecada muito, gasta muito e o faz mal. É necessária uma racionalização dos tributos e do gasto, senão ficaremos presos ao baixo crescimento que vemos hoje", disse a economista Maria Helena Zockun, coordenadora da pesquisa. De acordo com o estudo, a despesa do consumo per capita do governo federal (gasto por habitante) somava R$ 1.416 e atingiu, em 2004, o patamar de R$ 2.061, o que demonstra uma alta anual de 3,5%. Segundo Maria Helena, a conclusão do levantamento é de que, antes que se realize a reforma tributária, o País precisará passar por um choque de gestão e eficiência nas aplicações dos recursos arrecadados no setor privado. De acordo com o levantamento, os gastos com a educação primária por aluno estão abaixo de países como Filipinas e Tunísia e se equivalem ao de outras nações, como Bolívia e

35 bebês morrem no Brasil para cada mil nascidos, média bem acima dos países que investem menos na área da saúde Irã. Já a aplicação na educação secundária no País fica acima apenas de países como Botsuana, Guatemala, Quênia e Indonésia. Quanto ao analfabetismo, o Brasil continua com um índice semelhante ao da Bolívia e da Malásia e maior que o da Costa Rica e do Panamá. A distorção aparece quando são observadas as despesas por aluno no ensino universitário. Nesse quesito, o Brasil consome mais recursos que o Reino Unido, Finlândia e a Alemanha. "O estudo mostra

54 por cento do PIB é quanto deve chegar a carga tributária brasileira nos próximos 20 anos. que somos o país que mais gasta com o aluno universitário, em relação ao primário, que é contrário ao resultado de nações como o Japão e a Coréia do Sul", disse Maria Helena. Mortalidade – A mesma situação se repete na área de saúde, em que o Brasil gasta mais que países como o Reino Unido e a Noruega, mas tem um índice de mortalidade infantil comparável ao de nações com situação econômica muito pior do que a brasileira. "Para cada mil nascidos, o Brasil deveria ter apenas 15 mor-

tos, dado o que gasta em saúde, mas são 35. Além disso, com o que se gasta nessa área, o brasileiro deveria ter cinco anos a mais de expectativa de vida", disse Simon Silva Silber, um dos economistas responsáveis pela pesquisa. Propostas – De forma a tornar viável a reforma tributária, os pesquisadores da Fipe propõem que o governo mantenha constante o gasto real por habitante, permitindo que o crescimento seja apenas proporcional ao aumento populacional. Para tanto, seria preciso definir o limite de endividamento do governo federal, seguindo a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e o aumento da Desvinculação Temporária de Recursos da União (DRU) – que corresponde atualmente a 20% das despesas do governo federal – para 40%. "Todo país que tem uma alta rigidez orçamentária encontra dificuldades na eficiência dos gastos. No Brasil, os limites de responsabilidade fiscal estão definidos apenas para estados e municípios. E, pelos nossos cálculos, o governo brasileiro já bateu no seu limite", afirmou Silber, que ainda ressaltou a importância do combate à fraude com os recursos públicos. "Aproximadamente 1 milhão de pessoas que já morreram recebem aposentadoria. Também quadruplicou o auxílio-doença nos últimos quatro anos, de R$ 3 bilhões para R$ 12 bilhões", acrescentou. Tributos – Os economistas da Fipe também sugerem a unificação de diversos tributos e a criação de alíquotas uniformes, como forma de simplificar o sistema de impostos. Para o setor produtivo, o ideal seria substituir ICMS, IPI, ISS, PisPasep, Cofins e Simples por um único imposto sobre o consumo de bens e serviços, que incidiria sobre o valor adicionado a uma alíquota de 12% em todas as operações internas. N o â m b i t o d a re n d a , o s pesquisadores da Fipe defendem a substituição do IRPF, IRPJ, da CSLL e outras contribuições à Previdência Social por um Imposto de Renda único e abrangente. (AE)

Patrícia Cruz/LUZ

Para o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, aumento da arrecadação é fruto do maior controle fiscal

Leão se arma para arrecadar mais

A

40ª Assembléia Geral do Centro Interamericano de Administrações Tributárias (Ciat) foi aberta ontem em Florianópolis com a participação dos 36 países membros e associados, mais delegações enviadas por outros 14 países e entidades internacionais. O encontro, que será encerrado na quinta-feira, tem como tema principal "A Arrecadação Potencial como Meta da Administração Tributária", que pretende discutir os meios de reduzir a diferença entre o que é efetivamente pago pelos contribuintes e o que poderia ser legalmente cobrado. De acordo com Jorge Rachid, secretário da Receita Federal, o governo está "buscando o aperfeiçoamento da máquina arrecadatória, introduzindo mecanismos de controle, visando reduzir o espaço da evasão tributária". Ele destacou que o aumento da arrecadação que vem ocorrendo no Brasil, sem novos impostos ou alíquotas mais altas, devese a várias medidas que estão

sendo adotadas, como a nota fiscal eletrônica, um projetopiloto aplicado em 19 empresas de seis estados (SP, SC, BA, RN, RS e MA) que se ofereceram para participar do teste. "O meio eletrônico promove a efetiva redução de custos e de obrigações acessórias", afirmou Rachid que, na quintafeira, assume a presidência do Ciat para mandato de um ano. Cerveja – Outro mecanismo que vem sendo utilizado desde 2005 é o medidor de vazão nas fábricas de cerveja, onde o imposto é calculado literalmente na boca da máquina, em tempo real, por aparelhos para controle, registro, gravação e transmissão remota de informações à Receita Federal. No ano passado, as vendas de cerveja, no mercado interno, cresceram perto de 6%, mas a arrecadação de impostos no setor subiu cerca de 15%. Segundo Rachid, "o objetivo (dessas ações) é buscar o equilíbrio das contas públicas, trazendo para o sistema tributário quem não paga e reduzindo a concorrência desleal". Ele afir-

mou que é fundamental que haja fiscalização sobre a qualidade dos gastos para que a arrecadação seja sustentável. Setorização – O secretário da Fazenda de Santa Catarina, Max Bornholdt, um dos anfitriões do evento, disse que o estado está seguindo o modelo da Receita Federal, setorizando a fiscalização para aumentar a eficácia, e participa do programa que visa integrar o sistema tributário de todo o País. "Em 2005 tivemos uma receita 18% superior à de 2004 sem aumentar alíquotas." A coordenadora-geral de Política Tributária da Receita Federal, Andréa Lemgruber, apresentou um trabalho definindo a arrecadação potencial. Para ela, "a evasão e a ineficácia da administração tributária são razões pelas quais a carga tributária efetiva não coincide com o potencial tributário legal". Andréa afirmou ainda que varia de país para país o sacrifício em tributos que a economia faz para sustentar o Estado, referindo-se ao estudo feito pela Fipe. (AE)


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Administração Urbanismo Ciência Transpor te

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 5 de abril de 2006

ASTRONAUTA RETORNA ÀS 21H48 DE SÁBADO

Para se recuperar, Marcos Pontes deverá ficar entre uma e duas semanas em quarentena.

PONTES JÁ PREPARA REGRESSO Médico do astronauta começou a orientá-lo sobre os cuidados necessários para a volta à Terra. Marcos Pontes chega sábado.

Marcos Pontes concedeu, na noite de ontem, entrevista à Rede Globo, que teve a presença de seu pai e irmãos. O astronauta usou uma réplica do chapéu de Santos Dumont e mostrou um lenço que pertenceu ao Pai da Aviação.

ESCOLAS A odisséia brasileira no espaço chegou às escolas. No Colégio Magno, a 4ª série aprende com notícias dos jornais. As crianças aproveitam títulos e fotos e colam seus textos. Reportagens também servirão de base para a Feira de Ciências do Colégio Santa Maria. No Colégio Montessori Santa Terezinha, as crianças têm as primeiras noções de astronomia. (AE)

FOTOS Chegaram ontem ao Centro de Controle da Agência Espacial Russa as primeiras fotos de Pontes no espaço. O comandante da missão, o russo Pavel Vinogradov, fez os registros. Todas as fotos enviadas podem ser vistas no site da Agência Espacial Brasileira (www.aeb.gov.br/ missaocentenario).

O

médico brasileiro Luiz Cláudio Lutiis já começou a preparar o astronauta Marcos Pontes para o seu retorno à Terra, entre 21h46 e 21h48 de sábado (veja no infográfico ao lado a reprodução de toda a missão, do lançamento ao retorno à Terra). Os cuidados deveriam ser repassados a Pontes ainda ontem, segundo a Agência Espacial Brasileira (AEB). De acordo com o médico, nas viagens curtas, os astronautas não costumam ter reações adversas assim que chegam ao planeta. Quando as missões são mais demoradas, podem aparecer osteoporose e perda de equilíbrio. Para preservar a saúde dos tripulantes, os centros médicos determinam um período pós vôo, chamado de quarentena. "É o tempo que os astronautas demoram para se recuperar das adversidades do espaço. Eles ficam internados numa espécie de clínica de repouso", explicou. Pontes deve levar de uma a duas semanas para se recuperar. O último boletim médico divulgado por Lutiis mostrou que Marcos Pontes está muito bem de saúde. A preocupação maior era com um inchaço no rosto, que ficou aparente na terça-feira, durante a coletiva organizada pela Agência Espacial Americana (Nasa). Segundo o médico brasileiro, esse inchaço é completamente comum em ambiente de microgravidade e não deixa nenhuma seqüela ao astronauta. Hoje, Lutiis e a representante da AEB, Loiva Lopes Calderan, deverão ir à Cidade das Estrelas (40km de Moscou) para checar as instalações onde Pontes ficará de quarentena. Na quinta-feira, eles viajam

para o Casaquistão a fim de prepararem o resgate. Conversa – Pontes, que está há quatro dias na Estação Espacial Internacional (EEI), conversou ontem com radioamadores brasileiros. O diálogo aconteceu no momento em que astronauta podia ver o Brasil do espaço. "Tive a oportunidade de conversar com rádio-amadores e foi muito bom poder falar e olhar, ao mesmo tempo, para o meu País", disse Pontes a Vera Canfran, assessora do Ministério da Ciência e Tecnologia no centro de controle da missão em Korolev, na Rússia. O astronauta destacou a importância dos experimentos escolares – germinação de sementes de feijão e cromatografia da clorofila – realizados na estação e que podem ser acompanhados via internet no site da AEB (www.aeb.gov.br). Em relação ao fato de dormir no mesmo ambiente onde são feitas as experiências, ele explicou: "Gosto de ter as coisas sob controle, de ter perto de mim os experimentos. Acordo de madrugada para acompanhar e verificar se está tudo bem", afirmou. Na EEI a escolha do local onde dormir é feita pelo tripulante. Pontes já cumpriu 50% dos experimentos propostos. Alarme – Um alarme interrompeu ontem a realização de um experimento científico colocado em prática por dois dos cinco tripulantes da EEI, os americanos William McArthur e Jeffrey Williams. Eles deveriam dormir no módulo Quest, com uma pressão inferior à do resto da estação, mas acordaram após o alarme de um sensor ser ativado duas vezes. Por causa disso, a Nasa suspendeu o experimento. (Agências/AEB)

espaciais exclusivos Brasileiro irá vôos para turistas. Após os vôos do Space ao espaço Ship One, do bilionário Paul Allen, em junho de que levaram ao como turista 2004, espaço os primeiros

O

jornalista brasileiro Wilson Fernandes da Silva, de 41 anos, deverá se tornar o primeiro turista brasileiro no espaço. A viagem está prevista para 2008. Ele estará entre as cem pessoas que serão passageiros dos primeiros

turistas, o empresário britânico Richard Branson criou uma companhia aérea espacial – a Virgin Galactic. A vontade de ir ao espaço fez com que o dono da revista científica australiana Cosmos, Alan Finkel, pagasse US$ 200 mil (cerca de R$ 463 mil) para ser um dos primeiros a

Arte/AE/Infos/AE

CHAPÉU

fazer a viagem. E ele convidou e pagou para Wilson, editor da revista, juntar-se a ele . "Desde criança, sempre sonhei em ir ao espaço, mas nunca pensei que realmente isso fosse acontecer. É incrível", disse Wilson, que nasceu em Santos e mudou-se para a Austrália aos 9 anos . A Virgin Galactic está construindo cinco naves destinadas ao turismo espacial. Cada uma tem capacidade para sete passageiros e dois

tripulantes e pode fazer duas viagens diárias. Wilson e Finkel vão estar entre os cem primeiros. "Finkel e eu somos os únicos dois da Austrália. Ele, o primeiro australiano. Eu, o primeiro brasileiro e talvez o primeiro jornalista também." O primeiro vôo será somente com passageiros da família Branson, com exceção da esposa do bilionário, que não quer ir. Porém não se sabe ainda quem serão os primeiros entre os cem turistas a irem

para o espaço. As reservas serão decididas por sorteio. "Finkel e eu temos um acordo. Como ele comprou a passagem, caso meu nome seja sorteado antes do dele, tenho de ceder meu lugar", brincou Wilson. Até hoje, somente 444 pessoas foram ao espaço. O risco de acidentes fatais é estimado em 3%, menor do que o risco de escalar o monte Everest, de 4,7%. "É impossível se lançar em um foguete e não ter nenhum risco. ", disse Wilson. (BBC)


São Paulo, quarta-feira 5 de abril de 2006

D C A R R O 15

ANIVERSÁRIO

Fiat, 30 anos. Renault, 10. As duas montadoras aproveitaram a oportunidade para fazer festa e falar de investimentos. A Fiat promete para este ano o primeiro tetrafuel brasileiro. uas montadoras fizeram aniversário em março. A Fiat, a última das quatro veteranas a se instalar no Brasil, completou 30 anos de atividades locais. A Renault, uma das primeiras “newcomers” a vir para o País na nova fase do setor, já na década de 90, comemorou 10. Ambas aproveitaram a oportunidade para fazer festa. A Fiat recebeu em sua fábrica de Betim (MG), no dia 28 passado, o presidente da Fiat SpA, Luca di Montezemolo. Um momento histórico, pois foi a primeira vez que o executivo veio ao Brasil após ser eleito para presidir o Conselho de Administração do Grupo Fiat. Também estiveram presentes o governador de Minas Gerais, Aécio Neves, o embaixador da Itália no Brasil, Michele Valensise, o ministro da Atividade Produtiva da Itália, Claudio Scajola, e o prefeito de Betim, Carlaile Pedrosa. Como anfitrião, o presidente da Fiat para a América Latina, C. Belini. Durante seu discurso, Montezemolo reforçou o plano de investimentos da Fiat no Brasil e o lançamento, ainda este ano, do primeiro carro tetrafuel, que será um Siena 1.4 com motor que poderá funcionar com álcool, gasolina com álcool

Divulgação

D

(vendida no Brasil), gás natural veicular (GNV) ou gasolina sem álcool, disponível em outros países. Francesa - A comemoração da Renault foi no dia 29, quando completaram-se dez anos do lançamento da pedra fundamental que marcou o início da unidade industrial de São José dos Pinhais (PR). A

empresa investiu no período cerca de US$ 1,35 bilhão, com a construção de três fábricas, organização da rede e implementação de um parque de fornecedores. O Complexo Ayrton Senna, no Paraná, ocupa uma área de 2,5 milhões de metros quadrados, abrigando a produção de veículos de passeio, utilitários e motores. A montadora tem atualmente 2.900

Entre os convidados da Fiat (acima), o presidente mundial do Conselho de Administração do grupo, Luca di Montezemolo, e o governador de Minas, Aécio Neves. A Renault fez festa no Complexo Industrial Ayrton Senna, em São José dos Pinhais, no Paraná (ao lado)

funcionários diretos e gera em torno de 15 mil postos de trabalho indiretos. Suas atividades começaram com o Scénic, carro que lançou o conceito de monovolume no mercado brasileiro. Em 2001, foi inaugurada a primeira fábrica comum da aliança Renault-Nissan no mundo, uma unidade de veículos utilitários que contou com investimentos de US$ 230 milhões.


quarta-feira, 5 de abril de 2006

Ciência Urbanismo Administração Transpor te

CRAVINHOS O Superior Tribunal de Justiça negou novo recurso aos irmãos Cravinhos. Eles ficam presos.

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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SERÃO INSTALADOS 22.660 PONTOS DE LUZ A PARTIR DESTE MÊS

Ó RBITA

CELULAR A dona-de-casa que se feriu após a explosão de um celular vai ganhar outro aparelho.

Só na Ouvidoria do Município, setor de iluminação pública recebeu 9 mil queixas em 2005

Prefeitura começa a investir em iluminação Luludi/Luz

PROFESSORES: GREVE CONTINUA

E

m assembléia realizada ontem, os professores e funcionários da rede municipal de ensino decidiram manter a greve iniciada dia 28. O protesto feito pela categoria ontem à tarde, na rua Líbero Badaró, em frente à Secretaria Municipal de Gestão Pública, reuniu uma multidão (7 mil pessoas segundo o sindicato e 1,5 mil de acordo com a PM). O trânsito chegou a ser interditado na altura da rua Miguel Couto, sentido bairro. Outra manifestação está agendada para a próxima sexta-feira. Eles deverão se reunir no vão do Masp, na avenida Paulista. Os professores querem aumento do piso salarial para R$ 960 e melhores condições de trabalho. Segundo o sindicato da categoria, o salário inicial de um professor fora da rede municipal é de R$ 509 por 20 horas semanais. Para professores municipais o valor é R$ 457 por 40 horas.

ESTUDANTE DESAPARECE NO RIO

À

s 17h do último dia 25, Marcus Vinícius da Silva Amaral deixou o CTI do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, no Rio, onde trabalha desde novembro. Ele é estudante do último ano de Medicina na UFRJ e sumiu quando voltava para casa, no bairro da Penha, onde mora. Os colegas acreditam que o desaparecimento de Amaral, que costumava andar de jaleco, possa ter

sido obra de traficantes: ele teria sido seqüestrado para tratar criminosos. Na segunda-feira, os amigos foram a um evento na UFRJ do qual participaram o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e o diretorgeral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, e ontem foram recebidos na Assembléia. Ontem, pela primeira vez desde o desaparecimento, os pais do estudante foram chamados à delegacia. (AE)

ESCORPIÕES

SIAMESAS

O

Ibama apreendeu ontem cerca de 50 escorpiões que seriam enviados de São Paulo para a Suíça, pelos Correios. Os animais, ainda filhotes, encontrados por fiscais da Polícia Federal e analistas ambientais do Ibama, estavam em 26 tubos de filmes fotográficos, colocados em um pacote. No último dia 22, o Ibama apreendeu 219 aranhas que seriam enviadas de Belo Horizonte para a Alemanha.

A

equipe que atende as irmãs siamesas Aline e Analu, em São José do Rio Preto, disse que elas têm dois corações, o que aumenta suas chances de sobrevivência. As meninas nasceram unidas pelo tórax e abdome, no domingo, em Penápolis, e estão internadas UTI do Hospital de Base de Rio Preto. Ontem elas passaram por tomografia para saber se, além do fígado, têm em comum algum outro órgão.

M

esmo cobrando uma taxa de R$ 3,50 na conta de luz, só agora, após 15 meses da administração José Serra e no início da gestão Gilberto Kassab, a Prefeitura promete retomar o programa de ampliação da rede de iluminação pública. O projeto é instalar, a partir do fim do mês, 22.660 pontos de luz, ao custo de R$ 28 milhões. O setor é recordista de reclamações na Ouvidoria Geral do Município – em 2005 foram 9 mil queixas –, enfrentou falhas e corte de pagamento na manutenção, interrupção na expansão da rede e problemas na licitação. Ao mesmo tempo, a Prefeitura está retomando o Reluz, uma parceria com a União e a Eletropaulo para substituir lâmpadas de vapor de mercúrio (brancas) por de sódio (amarelas), 33% mais econômicas. Este ano serão trocadas 50 mil lâmpadas. Para a Prefeitura, essas iniciativas mostram que a administração está investindo no setor os R$ 166 milhões arrecadados em 2005 com a Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública (Cosip) – em vigor desde 2003. "A Cosip sustenta os serviços e, quando não é suficiente o tesouro municipal completa", disse o secretário Andrea Matarazzo. Ele saiu da Secretaria de Serviços na semana passada para assumir a Coordena-

Andrea Matarazzo saiu da Secretaria de Serviços, mas deixou pronta a minuta do edital da licitação que vai terceirizar a iluminação pública

ção de Subprefeituras. Antes disso, porém deixou pronta a minuta do edital da licitação que vai terceirizar a iluminação pública, devolvendo a responsabilidade pelo serviço à iniciativa privada. A licitação, que ocorrerá sob o comando do novo titular de Serviços, Antônio Marsiglia Netto, deve ser lançada neste semestre. A minuta foi preparada a partir de estudo da Fundação da Universidade de São Paulo (Fusp), encomendado

pela Prefeitura por R$ 74 mil. A ampliação da rede começou no início de 2004 na administração petista. Perguntado sobre a demora para continuar o trabalho, Matarazzo afirmou: "Na gestão anterior foram 18 mil pontos em 48 meses. Faremos mais de 22 mil em dois anos". Matarazzo disse que a média mensal de problemas nos 520 mil pontos de luz da cidade já caiu de 6% para 2%, apesar do grande número de queixas. (AE)


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DCARRO

São Paulo, quarta-feira 5 de abril de 2006 DVD PLAYER

Das telas para o asfalto Contran libera utilização de geradores de imagens no painel do carro. Mas com ele parado! Divulgação

Aspen da Blaupunkt: reproduz imagens no painel apenas com o veículo parado

JVC: monitor destacável pode ser colocado no painel ou no banco traseiro

VRXModelo a d , 755VD n o Clari também à atende nova o do resoluçã Contran

O monitor de 3" funciona também como display do aparelho da JVC

ANDERSON CAVALCANTE

O

Ponto Chic

DC

motorista também pode se divertir. Desde que não esteja dirigindo, é claro! O Conselho Nacional de Trânsito (Contran), por meio da Resolução 190/06, revogou o texto da Resolução 153/03 que proibia o uso de qualquer tipo de gerador de imagem no painel do veículo. Com isto, fica permitida a instalação de equipamento destinado ao auxílio de manobras ou à orientação do condutor que substitua a imagem de mapas por símbolos e/ou áudio quando o veículo estiver se deslocando. Além disso, monitores de DVD também já podem ser utilizados, desde que deixem de funcionar enquanto o veículo se movimenta, ficando autorizado o uso, durante o deslocamento, somente pelos ocupantes dos bancos

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traseiros. Para quem acompanha este mercado isto não é uma novidade, pois já havia produtos como este disponíveis no mercado. O coordenador de Marketing da JVC, Sergio Junior, explicou que a empresa já comercializava este tipo de produto por aqui, mas não para ser utilizado pelo motorista. "Temos dois DVDs Players com monitores que podiam ser utilizados no painel. O primeiro já era vendido por ter monitor destacável, podendo ser realocado no encosto e ser assistido do banco traseiro. O segundo possui um monitor multifuncional de 3 polegadas, mas que na realidade é o display do aparelho". O executivo esclarece ainda que estes equipamentos possuem dispositivos que não permitem a geração de imagens durante o deslocamento do veículo, conforme a resolução. Com a mudança nas

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normas, a JVC promete mais novidades ainda este ano. O modelo KD-AVX1, que tem monitor 3", permite visualizar o menu do aparelho, assistir a filmes, ver fotos JPEG ou ainda ser utilizado como retrovisor instalando uma filmadora na traseira do carro. Seu preço é R$ 2.999, enquanto KD-AV7010 com monitor de 7" destacável custa R$ 7.499. Clarion -A marca já comercializa no Brasil o modelo VRX-755VD com sistema de segurança inteligente que desliga automaticamente seu monitor de 7" quando o carro está em movimento. O monitor fecha e o aparelho funciona com um display secundário que oferece todas as informações necessárias à reprodução da música, ganhando visual de CD Player convencional. O equipamen-

to é compatível com iPod (Apple) e é de fácil manuseio. Possui um teclado numérico na tela para que o usuário selecione de forma simples as faixas de um CD ou DVD e a sugestão de preço é de R$ 7.500. Blaupunkt - O Aspen IVDM 7003 também é produzido de acordo com a Resolução 190. Com monitor de cristal líquido de 7" motorizado (retrátil) e sistema Touch Screen (operação via teclado na tela), possui alta definição e performance de vídeo com 200 watts de potência. Custa R$ 6.400. Mas nada de querer assistir um filme enquanto dirige! De acordo com a Resolução 190, usar equipamento fora das especificações estabelecidas é cometer infração grave, sujeito a multa de R$ 127,69, cinco pontos na CNH e mais a retenção do veículo.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.LOGO

Do deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE), na revista Primeira Leitura www.primeiraleitura.com.br

Logo Logo

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ABRIL

Quando a deputada Angela Guadagnin saiu dançando pela absolvição de mais um mensaleiro do PT pôs em marcha uma catarse coletiva e cristalizou um sentimento de indignação instantâneo. Serviu de páraraios para o difuso mal-estar e a pesada frustração que acometiam a muitos diante da reiterada absolvição de parlamentares confessadamente culpados (...)

quarta-feira, 5 de abril de 2006

12 anos da morte de Kurt Cobain (1967-1994), vocalista do Nirvana Recolhimento de IRRF e ICMS

R ELIGIÃO I SRAEL

O milagre da Galiléia

Adiada cirurgia de Sharon somente depois que a infecção, comum em pacientes nas condições do primeiro-ministro israelense, for eliminada. O processo infeccioso, detectado na manhã de ontem, em exames de rotina, está sendo tratado com antibióticos, prosseguiu o portavoz. "Não há regras sobre a duração de infecções. Podem durar um dia, dois dias, duas semanas", explicou Krumer à imprensa. Desde o derrame de Sharon, o cargo de premiê é ocupado pelo vice-primeiro-ministro Ehud Olmert. O partido centrista de Olmert Kadima, venceu as eleições da semana passada.

A RTE Enrique de la Osa/Reuters

Estudo feito nos EUA diz que Jesus não andou sobre a água, mas caminhou no gelo

A

história está no Novo Testamento, livro sagrado do cristianismo, e diz que Jesus caminhou sobre a água. Mas o professor de Oceanografia Doron Nof, da Universidade Estadual da Flórida, tem uma versão menos milagrosa, e garante que Cristo andou, na verdade, em cima de um pedaço flutuante de gelo. Nof também teorizou, no começo da década passada, sobre os fundamentos científicos do episódio em que Moisés teria dividido o mar Vermelho. Ontem, ele divulgou que seu estudo encontrou uma combinação rara de condições hídricas e atmosféricas no atual norte de Israel, que poderia ter levado à formação de gelo no mar da Galiléia.

Para chegar a esta conclusão, ele usou registros da temperatura da superfície do Mediterrâneo e modelos estatísticos para examinar a dinâmica do mar da Galiléia, conhecido como lago Kinneret pelos israelenses. O estudo encontrou um período de temperaturas mais baixas na região entre 1.500 e 2.600 anos atrás, inclusive na época em que Jesus viveu. As temperaturas abaixo de zero grau Celsius teriam formado uma camada de gelo, grossa o suficiente para suportar uma pessoa. Para um observador distante, seria quase impossível distinguir o gelo boiando na água. Publicado na atual edição do Journal of Palelimnology, o estudo é "uma possível explicação" para a caminhada de Jesus sobre a água. "Se você me perguntar se

eu acredito que alguém andou sobre a água, não, não acredito", disse Nof. "Talvez alguém tenha andado sobre o gelo. Acredito que houvesse ali uma condição natural. Deixamos aos outros a avaliação sobre se a pesquisa explica o relato bíblico". Ao apresentar, há 14 anos, sua teoria de que as condições do vento e do mar explicariam a divisão do mar Vermelho, Nof disse ter recebido alguns e-mails agressivos, embora tenha dito que a tese corroborava a descrição bíblica da fuga de Moisés. Desta vez, não foi diferente. Assim que a teoria sobre Jesus no gelo começou a circular, sua caixa-postal ficou entupida de mensagens violentas. "Perguntaram se da próxima vez vou tentar explicar a ressurreição", afirmou. (Reuters)

Reprodução

O primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, em coma desde um derrame cerebral sofrido em 4 de janeiro, seria submetido a uma cirurgia ontem, mas o procedimento foi adiado depois que os médicos detectaram uma infecção, informaram fontes hospitalares. Os médicos pretendiam reposicionar uma parte do crânio de Sharon, que foi retirada logo depois do derrame. Sharon, de 78 anos, seria submetido à oitava cirurgia desde sua última internação. Ron Krumer, porta-voz do Hospital Hadassah, onde Sharon está internado, disse que a cirurgia será realizada

M ÚSICA

McCartney não é McCartney? O ex-beatle Paul McCartney morreu num acidente de carro em 1966 e foi substituído por um William Campbell que, nos últimos 40 anos, enganou o mundo todo. A "notícia" com a "chancela" da agência Reuters e do Yahoo News aparece no site de um fã dos Beatles. É falsa. Não foi divulgada por nenhum meio de comunicação. Mas vale a pena conferir. www.nickmar tellaro.info/ mccar tney.html

Jack Guez/AFP

TAÇA LIBERTADORES

The Strongest x Goiás 19h30

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Visitante observa a obra de arte do artista cubano Luis Enrique Camejo intitulada Fast Food e feita com restos de carros antigos das ruas de Cuba, na IX Bienal de Havana.

Paulista x River Plate 19h30 São Paulo x Chivas 21h45

I NGLATERRA

Cirurgiã brasileira no grupo dos VIPs

Maioria quer renúncia de Blair

Na sexta-feira, a cirurgiã paraense Angelita Habr-Gama recebe em Zurique o título de membro honorário da European Surgical Association (ESA) Associação Européia de Cirurgia pela carreira médica. Fundada, em 1993, a entidade só concedeu o prêmio a um time seletíssimo de 17 médicos. Angelita, referência nacional em doenças do intestino, será a primeira latino-americana e a primeira mulher a receber a homenagem.

Pelo menos 57% dos eleitores britânicos consideram que o primeiro-ministro Tony Blair "ficou sem energia" e deveria renunciar este ano, segundo pesquisa do Instituto Populus divulgada ontem pelo jornal The Times. Para outros 34% dos consultados, Blair deveria renunciar "imediatamente". No entanto, Blair aponta que deve ficar no poder até 2008 e negou ter diferenças com seu possível sucessor, o ministro da Fazenda, Gordon Brown.

B RAZIL COM Z

Cidade dos Homens

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M EDICINA

MAIS VIOLÊNCIA - manifestante chuta um homem caído no chão durante mais um protesto violento contra a lei francesa do primeiro emprego, ontem, na Place D´Italie, em Paris. As autoridades só conseguem controlar os tumultos com gás lacromigêneo. I NTERNET

C A R T A Z

MAGA LIERI

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A compositora e cantora lança seu primeiro CD, em espetáculo que combina um revival do melhor suingue dos anos 70 com canções intimistas e baladas de concepção acústica. Teatro Crowne Plaza. Rua Frei Caneca, 1360. Telefone: 3289-0985. 21h. R$ 15.

Aprender inglês de graça

O PowerBreathe é um aparelho para exercitar os músculos da respiração. Com o mesmo efeito de um equipamento de ginástica, aparelho tensiona a musculatura e pode ser usado em várias séries de exercícios. Bom para atletas e asmáticos. Custa US$ 90.

O cobiçadíssimo curso de inglês a distância que a BBC lançou nos anos 70 e 80 se modernizou e ganhou uma versão online e, o que é melhor, gratuita. O curso não transforma nenhum profissional em um líder fluente no idioma, mas pode ser um ótimo reforço para quem já faz aulas ou para quem está com os conhecimentos um tanto enferrujados. O mais interessante para treinar ouvido e pronúncia é fazer os exercícios específicos e ouvir o noticiário.

www.powerbreathe.com/

www.bbc.co.uk/

buycountries.html

por tuguese/learningenglish/

m mosaico de peças de lingerie femininas misturadas e bagunçadas como numa gaveta exclusiva, mas com a diferença de conter em um só espaço centenas de opções. Assim é a tela do site Coverpop dedicada apenas à lingerie feminina. As opções são inúmeras, as marcas as mais variadas,

U

os tecidos e designs variam das idéias mais ousadas e fantasiosas passando pelas peças sexies e pelos modelos básicos para o dia-a-dia. O mais curioso do site interativo é que não é necessário quase nenhum esforço para "pinçar" as peças no emaranhado. Basta deslizar o mouse pela imagem que as peças são exibidas em fotos maio-

res e os detalhes de fabricação exibidos num simples clique. Direcionado imediatamente para um site de compras - em geral páginas da Amazon.com - o internauta não precisa de muito para realizar seus desejos: apenas um número de cartão de crédito válido e a informação do tamanho desejado. www.coverpop.com/pop/undies/

Inúmeras opções de lingerie para todos os momentos, podem ser vistas no site Coverpop. Além da imagem e as especificações de cada peça, o site interativo redireciona o internauta à página de compras

L OTERIAS Concurso 1583 da QUINA 01

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Concurso 443 da DUPLA SENA

A TÉ LOGO

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Relatório da Anistia Internacional tenta provar existência de prisões secretas dos EUA Operações na Tríplice Fronteira podem ter financiado ações terroristas no Oriente Médio

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Para fortalecer a respiração

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F AVORITOS

Gaveta feminina

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G @DGET DU JOUR

Reprodução

O The New York Times destacou ontem as recentes obras do cinema brasileiro, com destaque, é claro, para o diretor Fernando Meirelles. O mote para a extensa reportagem foi o lançamento da série Cidade dos Homens, criação do cineasta, no Sundance Channel. O NY Times testemunha uma tendência mundial que é a valorização do cinema brasileiro na Europa e nos Estados Unidos.

Taubaté, cenário de 24 filmes de Mazzaropi, homenageia o artista com a "Expo Jeca"

Primeiro Sorteio 22

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Segundo Sorteio 08

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DEU

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paulista Orestes Quércia e o gaúcho Pedro Simon decidiram ontem lançar Itamar Franco candidato a presidente da República pelo

O

Luiz Costa/AE - 02/09/2005

O repórter e colunista de política Fernando Rodrigues contou ontem em seu blog como foi que o ex-presidente Itamar Franco recebeu o convite feito por Orestes Quércia para se candidatar à Presidência (depois que sairem os relatórios de umas pesquisas de imagem que o PMDB está fazendo, lógico).

DOISPONTOS -11 11

PMDB. Vai dar certo? Impossível dizer, mas essa é outra história. O fato é que o nome

de Itamar está na rua e vai bagunçar um pouco o coreto. O próprio Quércia telefonou para Itamar Franco dizendo que ia lançá-lo. O ex-presidente da República (1992-1994), hoje com com 75 anos, respondeu que está com a vida arrumada em Minas Gerais, onde tudo indica será um candidato imbatível para o Senado. As condições de Itamar são quase impossíveis de serem cumpridas: 1) o

partido (PMDB) teria que ir até ele pedindo que fosse candidato; 2) o PMDB de Minas Gerais também precisaria estar 100% de acordo. A resposta que ouviu de Quércia é que esse tipo de trabalho teria de ser feito ao longo dos próximos meses. Itamar aceitou, mas deixando claro que ele próprio não está pleiteando a candidatura. Mas que gostou, gostou. Políticos experientes, Quércia e Simon estão

enxergando no fim do túnel da atual crise alguma abertura para uma saída alternativa na eleição presidencial. Sabem que não é algo muito provável, mas não impossível. Digamos que Lula continue enredado em acusações e mais acusações de degradação moral e desça a ladeira nas pesquisas. Que Geraldo Alckmin não emocione ninguém. Não é impossível que o cenário sucessório se

transforme num deserto de opções. Além disso, por óbvio, Quércia sabe que suas chances (pequenas) de ser vitorioso numa disputa pelo Palácio dos Bandeirantes só crescem com uma candidatura forte do PMDB a presidente. Daí, procurou Itamar Franco. Não custa lembrar que Itamar Franco é um dos políticos mais sortudos da história recente. Quando herdou a Presidência, ninguém dava nada por Itamar.

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Triste fim de um desgoverno

Joedson Alves/AE

Lula passará para a História como o presidente que “não sabia de nada”.

desgoverno do presidente Lula destruiu, por conta de seus esquemas de corrupção e trapalhadas, todos os pilares de moralidade que se exige de uma administração pública. O governo desmoronou, acabou, mas Lula, como sempre, finge que não sabe de nada. Não sabia do esquema de corrupção montado dentro do seu governo; não sabia do mensalão; não sabia do valerioduto e da mansão de Palocci e sua turma de Ribeirão para negócios escusos e saliências patrocinadas com dinheiro público. Lula passará para a História como o presidente que “não sabia de nada”. A última mentira que resta a ser varrida pela verdade dos fatos. O povo sabe que Lula sabia de tudo. O “núcleo duro” do governo Lula amoleceu e morreu: José Dir-

O

PIB este ano. Como porcentagem do total das despesas do governo federal, as despesas do INSS passaram de 25% em 1991 para mais de 34%, hoje.

Não custa lembrar que Itamar é um político sortudo

NO

BLOG

OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 5 de abril de 2006

ceu, Luiz Gushiken, José Genoino, Silvinho “Land Rover”, Delúbio Soares, e por último Antonio Palocci, caíram. Todos envolvidos numa série de denúncias, desde a falta de decoro, manipulação e aparelhamento petista da máquina federal à montagem de uma verdadeira quadrilha funcionando a partir de dentro do próprio governo para agir em nome de um projeto de poder e da vontade de se locupletar. Depois dos que foram “jogados fora”, foi a vez dos que saltaram do navio petista. A debandada geral de ministros da Esplanada é a imagem perfeita da fuga desesperada. Oito pediram o boné e se mandaram, confirmando o avançar da hora da verdade para o presidente. Se Lula estivesse com credibilidade intacta perante os brasileiros, os ministros fa-

G Lula começa a sentir a solidão dos governos que acabam. O dele envelheceu rápido demais, consumido pelo mar de corrupção. G A ministrada saiu correndo para salvar a própria pele. Os fujões conhecem bem as entranhas do governo a que estavam servindo

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riam de conta que pensavam no bem do País e continuariam ministros. Qual nada, a “ministrada” saiu correndo para salvar a própria pele. Os fujões conhecem bem as entranhas do governo a que estavam “servindo”. O uso de métodos arbitrários e truculentos, típicos de uma ditadura, usados contra o caseiro que derrubou o ministro da turma de Ribeirão Preto foi mais uma mostra de que o atual governo não tem medida ética e nem honradez. O sigilo de um cidadão virou sujeira política. O País não admite mais que a administração federal continue um ninho de petistas a serviço de ilegalidades e da malversação do dinheiro público. Tudo “lindo”, em nome do partido, usando uma lógica cínica, vale tudo: o país que se “exploda”.

Entre os expulsos pela pressão da opinião pública e os fujões de última hora, resta cada vez m e na s (s ic ) gente ao lado do presidente Lula. Ele começa a sentir a solidão dos governos que acabam. O dele “envelheceu” rápido demais, consumido pelo mar de corrupção no qual afogou também as esperanças dos brasileiros. Mas Lula não acabará totalmente sozinho. Ainda resta a sua cadelinha Michele como testemunha do seu fracasso, no seu colo, obediente e ingênua. Só resta torcer para que ele, na falta de gente, não acabe nomeando a cadelinha para algum Ministério (a bichinha tem experiência pelo menos em andar de carro oficial). Já imaginou, Michele, ministra chefe da Casa Canil? ANTERO PAES DE BARROS É SENADOR PELO PSDB-MT

udo leva a um aumento no problema previdenciário. Primeiro, nos oito anos do governo anterior o aumento acumulado no salário mínimo real (descontada a inflação) foi de 42%; entre 2003 e 2006, o aumento real foi de mais 7,7%. É bom lembrar que de cada três benefícios, dois são pagos pelo piso previdenciário (um salário mínimo). Segundo, a população brasileira envelhece à taxa de 4% ao ano – reduzindo o número de contribuintes e aumentando o número de beneficiários. Terceiro, a tendência é de aumento do número de "informais" (que não contribuem para a Previdência) no mercado de trabalho e de achatamento dos salários (que reduz a contribuição média de cada trabalhador "formal"). Finalmente, o crescimento medíocre do PIB e da renda nacional não permitem fazer face ao aumento das despesas previdenciárias.

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ROBERTO FENDT A PREVIDÊNCIA SEM REFORMA m entrevista ao jornal inglês Financial Times, o novo ministro da Fazenda referiu-se à necessidade de reforma na Previdência, afirmando: "não acredito que precisemos de mais reforma, precisamos de melhor gerenciamento". Para o ministro, basta por hora a reforma feita no início do governo Lula. Para manter a situação atual, sem agravamento do déficit pelos próximos cinco anos, é apenas necessário combater as fraudes, gerando uma economia de até quatro bilhões de reais. Será? O ministro pode ter razão em duas circunstâncias, ambas associadas ao explosivo aumento das despesas com auxílio-doença do INSS. Primeiro, reduzindo o número de auxílios-doença concedidos. Em 1998, o número desses auxílios foi de 506 mil. Em 2005, ele havia saltado para um milhão e meio de auxíliosdoença. Visto de outra forma, entre 1999 e 2002, essas despesas cresceram à taxa média anual de 13,8% ao ano; no período 2003-2005, à taxa média anual de 20,7%! Com a economia crescendo em média a 2,5% ao ano, é claro que essa situação é insustentável – como é insustentável a suposição de que a população tenha ficado muito mais doente nos últimos três anos relativamente aos anos anteriores. Portanto, é preciso urgentemente reduzir o número de auxílios-doença de natureza fraudulenta. A dúvida é se a eliminação de todos os auxílios fraudulentos irá gerar a economia necessária para manter, a trancos e barrancos, o sistema como está.

E

ora a redução expressiva no crescimento desse tipo de despesas, há pouco a fazer sem uma reforma. As despesas totais do INSS vêm crescendo ano após ano e desde 1988 não houve um único ano em que tenham decrescido como porcentagem do PIB ou do total da arrecadação. Em 1988, elas correspondiam a 2,5% do PIB; em 1994, no início do Plano Real, já haviam aumentado para 4,9% do PIB; em 2002, último ano do segundo governo de FHC, haviam atingido 6,5% do PIB; e a previsão é que cheguem a 7,9% do

F

As despesas totais do INSS vêm crescendo ano após ano desde 1988. Em nenhum ano cresceu menos que a arrecadação. reforma feita no início do governo Lula e o combate às fraudes dificilmente serão suficientes para manter o status quo previdenciário. Essa reforma tem um efeito limitado, já que afetou apenas os servidores públicos e reforçou momentaneamente a receita do INSS com o aumento do teto contributivo, gerando um aumento de 0,4 ponto percentual do PIB na receita do INSS entre 2003 e 2005 – claramente insuficiente para sanar sequer os problemas existentes hoje. A conclusão de tudo o que foi dito é simples: temos um problemão previdenciário agora, que só tenderá a se agravar no futuro e que será cada vez maior quanto mais se adiarem as necessárias reformas.

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ROBERTO FENDT É ECONOMISTA FENDT@TERRA.COM.BR

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 5 de abril de 2006

12 Em reportagem, o jornal de Serramazzoni (abaixo) destacou a presença do grupo de brasileiros

JOVENS CARENTES DESCOBREM A ITÁLIA PELA GASTRONOMIA

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Fotos: Marcos Peron/Virtual Photo

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Deficientes vão escalar os Alpes suíços

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m grupo de alunos da Tsukuba University, do Japão, anunciou na última segunda-feira que dois deficientes físicos japoneses estão planejando escalar os 4.164 metros do monte Breithorn, nos Alpes suíços, com o apoio de montanhistas e usando futurísticas roupas robóticas de caminhada. Na foto ao lado, do ano passado, o estudante de pós-graduação Takeru Sakurai usa a roupa batizada como "HAL-5" (da sigla em inglês para Perna Assistente Híbrida), desenvolvida pelo grupo do professor Yoshiyuki Sankai.

Maria Susy Pacchioni dá aulas de italiano na ONG (à esq.); acima, o grupo na escola italiana; Wellthon (à dir.) curtindo a Itália; Wesle (abaixo) faz planos para voltar à escola italiana

participaram do curso no ano passado. Ele oferece bolsas de estudo que incluem estadia e alimentação dentro da escola. Mas não para todos. As novas bolsas da Scuola Regionale Alberghiera e di Ristorazione, entretanto, não são garantia de uma nova incursão pela cozinha italiana. Falta ainda o dinheiro das passagens e do seguro de vida para os adolescentes poderem viajar novamente para a Itália. São necessários pelo menos dez mil dólares. Em busca de verba – Conseguir o dinheiro para o retorno à Itália é uma questão de honra. “Quando estivemos lá as pessoas da escola ficaram impressionadas com a criatividade e o esforço de nosso grupo. Por isso, nos deram essas bolsas para o novo estágio”, disse Maria Susy Pacchioni, a italiana persistente que dá aulas de sua língua nesse projeto de capacitação gastronômica que ela mesma montou junto com a ONG. Para angariar verba, os alunos estão planejando, talvez para o mês de maio, um jantar onde todos vão trabalhar na cozinha ou no serviço. Maria Susy também espera a ajuda da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic), como aconteceu na primeira viagem de estudos à escola

italiana de gastronomia. Movimento Degrau – Os adolescentes carentes brasileiros entraram na vida de Maria Susy quando ela passou a morar tempos aqui e períodos na Itália acompanhando o marido que trabalha na Câmara Ítalo-Brasileira de Comércio e Indústria, em São Paulo. Há dois anos ela montou o projeto de capacitação em gastronomia e fluência em italiano para jovens carentes de Campinas com a ONG Santana. Para ela, o apoio do Movimento Degrau, em Campinas, foi e está sendo fundamental para a continuidade do trabalho com esses adolescentes. De acordo com a coordenadora do Movimento, em Campinas, Vera Lia Cardoso Teixeira, o trabalho realizado com o aprendizes de gastronomia já mudou a vida de todos os participantes dos cursos da ONG Santana. Todos os 30 adolescentes que participam do curso de gastronomia da organização não-governamental já estão trabalhando na área como aprendizes na cozinha ou na hotelaria da cidade. Encerrado o processo de aprendizado, geralmente, os adolescentes acabam sendo contratados já como profissionais pelos hotéis ou restaurantes.

Futuro profissional – A aluna da ONG, Taise de Oliveira, é uma das que sonha em se firmar na área. Ela não deve seguir para a Itália nesse segundo estágio deste ano porque tem 17 anos. Um dos critérios eliminatórios para a escolha dos seis ou nove que vão é ter mais de 18 anos. “Não vai faltar uma próxima vez”, diz a menina que trabalha como camareira no hotel New Port Residence em Campinas há cinco meses. “É a melhor coisa que já aconteceu na minha vida. Pretendo, com certeza, crescer no setor de hotelaria e gastronomia”, disse a garota. Aos 18, Wesle Rodrigues Pereira, alimenta uma ponta de esperança de voltar à Itália. “Sempre gostei de cozinha”, diz o garoto que trabalha no setor de saladas do bufê de almoço do restaurante do The Royal Palm Tower, localizado no centro de Campinas. O garoto pensa longe e grande. Quer ser dono de restaurante ou mesmo de hotel. Um sonho ainda distante mas que ele acredita pode se tornar realidade com a possibilidades que tem nas aulas de gastronomia e as viagens que está fazendo para aprender a culinária italiana e mediterrânea na Itália.

Arquivo Pessoal

Quando estivemos lá as pessoas da escola ficaram impressionadas com a criatividade e o esforço de nosso grupo. Por isso, nos deram essas bolsas Maria Susy Pacchioni

Mário Tonocchi

France Presse

adolescente Wellthon Luiz Matsumoto não quer morar na Itália –apesar de tudo que um país do primeiro mundo pode oferecer. “É muito frio lá. A gente sente falta do calor do brasileiro, da nossa terra, da família e dos amigos.” O rapaz foi um dos 14 adolescentes carentes de Campinas, meninos e meninas, que participaram de um curso de 18 dias de aprendizagem em alta gastronomia na Scuola Regionale Alberghiera e di Ristorazione, de Serramazzoni, na Itália, na segunda quinzena de outubro do ano passado. Durante a viagem estudaram teoria e prática da cozinha italiana e também da culinária mediterrânea. São alunos dos cursos de língua italiana e gastronomia da organização não-governamental Aprendizado Doméstico Santana, de Campinas, que deve mandar novamente, este ano, mais um grupo para essa mesma escola italiana. Desta vez para mais um estágio de três meses, a partir do mês de junho. O aprendizado e as viagens podem ser uma oportunidade para esses adolescentes carentes se apropriarem de seus próprios destinos de uma vez por todas. Tudo graças à persistência de uma mulher italiana que aposta na capacidade de desenvolvimento humano e pelo apoio fundamental do Movimento Degrau. Voltar para a escola da Itália para mais um período de aprendizagem, agora, é tudo o que Wellthon –hoje trabalhando como aprendiz de cozinha no hotel The Royal Palm Plaza–, e outros 30 garotos e garotas do curso de gastronomia da Aprendizado Doméstico Santana querem. Mas escolhas devem ser feitas. Apenas uma parcela dos jovens, que pode variar entre seis e nove estudantes, deve ser escolhida entre os 30 alunos para essa nova viagem. Isso porque o estágio é um convite especial que o diretor da escola, Giuseppe Schipano, fez aos brasileiros que

Petrobras vai contratar 2.555 aprendizes este ano

O

ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, assinou ontem, no Rio de Janeiro, Acordo de Cooperação Técnica com a Petrobras com o objetivo de cumprir a Lei do Aprendiz. A estatal irá contratar 2.555 jovens neste ano. Os primeiros 417 aprendizes já estão trabalhando no Rio de Janeiro. De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, este é o segundo acordo assinado com uma estatal nos últimos 15 dias. No dia 23 de março, a direção da Eletrobras comprometeu-se a admitir como aprendizes 1.897 adolescentes. Segundo o ministro Luiz Marinho, estas iniciativas visam o estímulo à contratação de aprendizes. Ele se encontrou, durante o mês de março, com representantes de 55 estatais, além de centrais sindicais e

confederações patronais para reforçar a necessidade da adoção de programas de aprendizagem como uma saída para a inserção desta camada da população no mercado de trabalho. Denominado Programa Jovem Aprendiz, ele será implantado em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial, Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial, Fundação Abrinq e o Centro Federal de Educação Tecnológica, entre outros. Os jovens contratados deverão ter entre 14 e 24 anos e receberão formação teórica e prática fornecida por entidades qualificadas em formação técnicoprofissional. A quota exigida por lei define que as empresas devem ter em seu quadro de 5% a 15% adolescentes aprendizes.


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quarta-feira, 5 de abril de 2006

1 Queremos mostrar que, por exemplo, o mensalão saiu do bolso do consumidor. Guilherme Afif Domingos

DE OLHO NO IMPOSTO A ARRECADAÇÃO TRIBUTÁRIA DO GOVERNO DE SP ALCANÇA R$ 4,2 BI Fotos: Albari Rosa

Em março, o ICMS representou 85% do total da receita tributária paulista, alcançando R$ 3,59 bilhões. Isso significa um crescimento real de 29,9% sobre fevereiro e de 20,2% em relação a março de 2005. Segundo a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, o desempenho foi puxado, entre outros fatores, pelo aumento das importações.

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arrecadação tributária do governo do Estado de São Paulo alcançou em março R$ 4,22 bilhões. Deflacionado pelo IGP-DI, o número representa um crescimento real de 22,4% em comparação com fevereiro e de 19,8% relativamente a março de 2005. Segundo análise setorial realizada pela Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz), no acumulado de janeiro a fevereiro, comércio e serviços registraram, juntos, crescimento de 8,3% na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Em março, a arrecadação do ICMS representou 85% da receita tributária de março, alcançando R$ 3,59 bilhões. Isso significa um crescimento real de 29,9% relativamente ao mês anterior e de 20,2% em relação a março de 2005. A nota técnica da Sefaz justifica a elevação pelo fato de fevereiro ter tido apenas 18 dias úteis. Além disso, como o Carnaval ocorreu nos últimos dias do mês, os vencimentos do dia 25 foram prorrogados para 1° de março. As importações também foram responsáveis pelo resulta-

22,4 por cento foi quanto cresceu a receita tributária do Estado de São Paulo no mês de março em relação a fevereiro. do positivo. Os recolhimentos vinculados à entrada de serviços e produtos no País representaram 16,9% da arrecadação do ICMS de março e mostraram crescimento real de 28,2% em relação ao mês anterior. Setores – Segundo Pedro Paulo Cardoso de Mello, assessor de política tributária da Sefaz, o comércio atacadista registrou, no acumulado de janeiro a fevereiro, 8,8% de crescimento na arrecadação de ICMS. No varejo – com exceção das lojas de departamento, supermercados e revendedoras de veículos – a expansão foi de 8%. Para Mello, esses crescimentos revelam o início da recupe-

ração econômica com relação ao consumo. "Desde a crise do apagão, em 2001, a economia começou a se recuperar. Em 2003 foi a vez das exportações; em 2005 dos bens de consumo duráveis; e agora começa a se recuperar o ramo de bens imediatos", afirmou. Renda maior – De acordo com Marcel Solimeo, diretor do Instituto de Economia Gastão Vidigal, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), os resultados se devem à elevação da renda dos consumidores, em decorrência do aumento do índice de emprego. "E o aumento do salário mínimo em abril deve contribuir para a expansão do consumo desses bens em maio", disse Solimeo. IPVA – Já o Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) rendeu aos cofres estaduais o montante de R$ 404,2 milhões em março, o que representa um crescimento real de 19,6% relativamente ao mesmo mês do ano passado. Com relação ao mês de fevereiro, entretanto, a arrecadação registrou um recuo de 22,3%, segundo a Sefaz.

Meta no Paraná é atingir 100 mil assinaturas Campanha que teve início em Curitiba ontem continuará até o dia 1º de maio

O Polícia Federal prendeu 55 suspeitos de envolvimento em esquema de corrupção

PF descobre fraude trabalhista

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Afif Domingos cumprimenta Antonio de Melo, que coletou, sozinho, 300 assinaturas para o movimento

Laura Ignacio

Simone Marinho/Ag. O Globo

Polícia Federal (PF) prendeu ontem 55 funcionários e ex-funcionários da Delegacia Regional do Trabalho (DRT) no Estado do Rio sob acusação de envolvimento num esquema de corrupção na fiscalização do cumprimento de leis trabalhistas. A sede da DRT no estado tem 155 funcionários. Dos presos, 40 são auditores fiscais, 11 são funcionários administrativos, três eram aposentados e um já havia sido demitido. Um funcionário continuava foragido até o fim da tarde. Todos são acusados de crimes como formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, tráfico de influência, inserção de dados falsos no sistema, falsidade ideológica e documental, prevaricação e estelionato. O procurador da República Carlos Alberto Aguiar afirmou que também há "indícios de associação criminosa que em algum momento histórico

Empresários e representantes de entidades lotam auditório no lançamento do De Olho no Imposto, em Curitiba

existiu a ponto de fomentar caixinhas para financiamento de campanhas". Ele não citou nomes. Depois, declarou: "O que eu quis dizer é que estamos trabalhando com isso; é um fato tranqüilo. Estou na fase de hipóteses a serem trabalhadas. Nosso desafio vai ser confirmar esses fatos." O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, que anunciou o resultado da investigação, iniciada em 2003, afirmou desconhecer a informação de suposto benefício político e disse que, "aparentemente", é um caso isolado no Rio. "Não me consta que esse processo de corrupção tenha a ver com qualquer vínculo político-partidário. Não descarto nem confirmo, mas não há absolutamente nada constatado de benefício a algum esquema político", declarou. Segundo ele, todos os processos suspeitos da DRT serão revistos. Ele isentou a de-

legada regional, Lívia Arueira, que substituiu, em 2005, o ex-delegado Henrique Pinho, indicado para o cargo em 2003 pelo então deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), cassado após o caso do "mensalão". "A DRT é administrada de maneira técnica por uma auditora fiscal que continua no cargo. O que ela sabia era em colaboração com a PF e o MP. É uma dirigente técnica que terá respaldo para fazer todas as correções necessárias", afirmou Marinho. As investigações tiveram início no Ministério do Trabalho, a partir de suspeitas de fraude no Fundo de Garantia p o r Te m p o d e S e r v i ç o (FGTS). Depois, na PF, foram detectadas outras formas de atuação, como fiscalização realizada de forma irregular, proteção de grupos e segmentos empresariais e venda de homologações de rescisão de contratos de trabalho. (AE)

trabalhador rural aposentado Antônio Melo, de 83 anos, chegou ontem pela manhã à sede do Conselho Regional de Contabilidade do Paraná, em Curitiba, com um maço de folhas debaixo do braço. Ele trazia mais de 300 assinaturas de adesão ao movimento De Olho no Imposto que, sozinho, colheu no município de Rebouças, interior do estado, a 170 quilômetros da capital. "Quando soube da campanha, resolvi levá-la ao conhecimento da comunidade", disse. "A carga de impostos no Brasil é muito alta. Muitos assinaram sem que fosse preciso explicar", completou. Em quatro dias, Melo visitou lojas, cartórios, hospitais, postos de saúde e outros estabelecimentos, explicando à população do município o que era a campanha De Olho no Imposto. Ontem, foi um dos primeiros a chegar ao local em que foi feito o lançamento da campanha no Estado. Mais de 400 pessoas prestigiaram o evento, com 27 entidades patrocinando o lançamento do programa. A intenção, segundo o presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Guilherme Afif Domingos, é conseguir 100 mil assinaturas no estado: "É uma meta agressiva, mas possível", afirmou. "Queremos mostrar que não existe nada de graça, que o cidadão paga por tudo", disse, ao proferir palestra sobre a carga tributária brasileira e convocar os participantes a aderirem ao movimento. O desafio foi muito bem aceito pelos apoiadores da campanha no Paraná, que prometeram coletar pelo me-

nos 100 mil assinaturas. Esse número, segundo o presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap), Jefferson Nogaroli, será alcançado somente por meio da Associação Comercial de Maringá. Lembrando o recuo do governo em relação à MP 232, no ano passado, Nogaroli afirmou que "se imposto fosse bom, se chamaria espontâneo; e se a MP tivesse sido aprovada, se chamaria confisco". Informar – Afif Domingos frisou que o papel das entidades é levar as informações corretas aos consumidores. "Queremos mostrar que, por exemplo, o mensalão saiu do bolso do consumidor", disse. "Há um desinteresse por parte do governo na questão. Se o artigo da Constituição Federal que determina que se informe o quanto se paga em tributos por produto ou serviço que se adquire nunca foi regulamentado, é porque não há interesse", afirmou. As entidades envolvidas na campanha em todo o País esperam conseguir chegar a 1,5 milhão de assinaturas necessárias para encaminhar ao Congresso Nacional um projeto de lei popular que regulamente o parágrafo 5° do artigo 150 da Constituição Federal. Caso se transforme em lei, toda nota fiscal proveniente da venda de um produto ou serviço trará discriminado o custo dos impostos embutidos no valor final. Para o presidente da Associação Comercial do Paraná,

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Cláudio Slaviero, o programa é uma forma de a sociedade pressionar o governo. "O cidadão tem o direito de exigir", disse. "Ao mesmo tempo, queremos tirar a pecha de o empresário, de o comerciante ser o vilão da história. O empresário não é o bandido da história", afirmou. "Informar é o primeiro passo para que o cidadão possa ter o retorno adequado dos serviços públicos." Feirão – Ontem, as entidades que patrocinam o De Olho no Imposto no Paraná promoveram o Feirão do Imposto, expondo, através de produtos e utensílios básicos, qual o custo em tributos embutido no preço de cada item. A descoberta do quanto se paga em impostos é sempre assustadora. Dados do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) mostram que, por exemplo, em um quilo de açúcar, 40,5% do seu preço são impostos; um litro de álcool carrega 43,28% de seu custo em tributos. Mas a mordida do Leão que mais surpreende o público é na cachaça: 83,07%. Balanço – Até a noite de ontem, o movimento De Olho no Imposto já havia conseguido recolher quase 570 mil assinaturas. A campanha pela transparência tributária será realizada até o dia 1º de Maio, quando as entidades participantes apresentarão o resultado em evento promovido pela Força Sindical. Para participar, basta acessar o site www.deolhonoimposto.org.br e fazer a adesão online. Ricardo Sabbag Bueno


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Nacional Estilo Empresas Finanças

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quarta-feira, 5 de abril de 2006

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PETROBRAS NÃO QUER PRESTAR SERVIÇOS

milhões de reais foi o investimento do grupo Silvio Santos na compra da SSR

PRESIDENTE DA ESTATAL BRASILEIRA DISSE ESTAR DISPOSTO A FAZER TODAS AS PARCERIAS NECESSÁRIAS

PETROBRAS QUER SER SÓCIA NA BOLÍVIA Divulgação/grupo Silvio Santos

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presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, reafirmou ontem que a estatal continua firme no propósito de ser produtora de petróleo e gás na Bolívia e não prestadora de serviços. "A estratégia da companhia não é de ser prestadora de serviços, mas produtora de petróleo e gás. Estamos dispostos a fazer todas as parcerias necessárias para isso", afirmou o executivo em entrevista em Belo Horizonte, onde participou da 47ª Reunião Anual das Assembléias de Governadores do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Gabrielli observou que a especialidade da Petrobras é a produção e o processamento de petróleo e gás, não havendo interesse pela prestação de serviços. E explicou por que a estatal tem contrato para prestar serviços na extração de gás no México. "Foi a forma de entrarmos naquele mercado, que nos interessa", justificou. O México não permite exploração de petróleo e gás por empresas estrangeiras, ressaltou. Regras — O contrato de importação brasileira de gás natural da Bolívia, explicou Gabrielli, tem uma regra de reajuste baseada numa cesta internacional do produto, que se aplica para o volume de até 24 milhões de metros cúbicos por dia. Hoje, a estatal traz 27 mi-

lhões de metros cúbicos diariamente e aceita negociar a fórmula de determinação do preço do volume adicional. Na terça-feira, o presidente boliviano, Evo Morales, reiterou em discurso em Belo Horizonte que a intenção do governo é o melhor aproveitamento possível dos recursos naturais do país para melhorar as condições de vida do povo. Para isso, segundo Morales, o gás

A estratégia da Petrobras não é a de ser prestadora de serviços, mas produtora de petróleo e gás natural também na Bolívia. José Sérgio Gabrielli não pode ser um negócio privado, tem de ser público. A Petrobras mantém seus planos de aumentar a presença na Bolívia, segundo Gabrielli, e, para isso, tenta acelerar a negociação com o governo. A comissão de negociadores deve incluir executivos da brasileira e representantes da Yacimientos Petrolíferos Fiscales (YPFB) e do Ministério de Hidrocarbonetos, em reunião a se realizar nos próximos 10 dias.

Estatal — O objetivo do governo boliviano é transferir para a estatal YPFB o controle dos campos de petróleo e gás do país. A determinação implica a nacionalização das reservas que estão nas mãos de multinacionais, inclusive a Petrobras. Além disso, um novo modelo contratual, que reserva às atuais concessionárias o mero papel de operadoras de poços, está em gestação no Ministério dos Hidrocarbonetos e deve ser apresentado neste mês. Gabrielli não quis comentar o tom das conversas e disse várias vezes que vai evitar adiantar estratégias para a imprensa. Quando questionado sobre a posição de Morales, de que o governo pretende ter sócios na exploração dos recursos naturais e não patrões, Gabrielli afirmou: "Eu também disse ao presidente Evo Morales, quando ele esteve aqui no Brasil, a mesma frase. Nós também queremos ser sócios da Bolívia e sócios da YPFB." O ministro da Economia da Bolívia, Luis Alberto Arce Catacora, evitou falar sobre o novo modelo contratual que o governo quer firmar com as multinacionais e reduziu o impacto da decisão. "Temos recebido boas notícias da predisposição por parte das empresas petroleiras de migrar de forma muito tranqüila. Quando há um bom negócio, tem que beneficiar todos." (AE)

Linha infantil conta com o apelo de personagens da Disney

Juracy: plano para faturar mais

Silvio Santos agora em cosméticos

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grupo Silvio Santos comprou por R$ 5 milhões a fabricante de cosméticos SSR, detentora da marca Hidrogen e da licença para comercializar produtos com personagens da Disney. Com esse novo negócio, o "homem do baú" está de olho no resultado financeiro desse setor que, só em 2005, faturou cerca de R$ 15 bilhões. Para este ano, o grupo trabalha com a expectativa de ganhos de R$ 10 milhões. Em 2005, a SSR faturou R$ 4 milhões. De acordo com Juracy Monteiro, diretora de cosméticos do grupo, o objetivo é elevar o faturamento para o de uma empresa de médio ou grande porte, algo em torno de 15% a

18% do faturamento do setor. As estratégias da nova empresa para obter resultados a médio prazo são aumentar a rede de distribuição, investir cerca de R$ 16 milhões em publicidade e trabalhar em consonância com as demais empresas do grupo. Os produtos serão comercializados pelas 40 lojas do Baú da Felicidade. Líder – O foco inicial do grupo no novo negócio é o público infantil, uma vez que a SSR já atua no varejo e no atacado com sete produtos para crianças, das linhas Kids e Baby, com o apelo de personagens da Disney. "A médio prazo, de cinco a oito anos, queremos abranger 10% desse mercado infantil", afirmou Juracy.

A estratégia do grupo para este ano é colocar no mercado 40 produtos diferenciados. Para o segundo semestre, estão previstos os lançamentos de duas linhas licenciadas, com os personagens das turmas do Ursinho Pooh e das Princesas. Investimentos – Atualmente, o grupo Silvio Santos estende sua atuação para o ramo hoteleiro, numa parceria com Accor Hotéis, investe no segmento imobiliário, planeja um shopping na Bela Vista e está expandindo as lojas do Baú da Felicidade. O grupo detém ainda o banco Panamericano, a Liderança Capitalização, o Centro Cultural Grupo Silvio Santos e o Teatro Imprensa. Eduardo Araújo de Castro

BALANÇOS ORGANIZAÇÃO MÉDICA CRUZEIRO DO SUL S/A CNPJ: 61.613.287/0001-10 Relatório da Diretoria Senhores Acionistas: Em cumprimento as disposições Legais e Estatutárias, apresentamo-lhes o Balanço Patrimonial, a Demonstração dos Resultados e demais demonstrativos contábeis, acompanhados das respectivas Notas Explicativas referente ao exercício findo em 31 de dezembro de 2005. Colocamo-nos a diposição para quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários e aproveitamos a oportunidade para agradecer a todos os Clientes, Fornecedores e Instituições Financeiras. Osasco, 10.03.2006 A Diretoria Balanço Patrimonial Encerrado em 31.12.2005 - (Em Reais) 2005 2004 2005 2004 Passivo 5.095.922,94 5.263.128,92 5.072.836,34 4.656.609,22 Circulante Fornecedores 820.232,93 610.744,70 349.012,86 443.170,50 Obrig. Sociais e Previd. 300.799,32 369.543,98 3.306.451,04 2.057.704,58 Obrigações Tributárias 783.247,58 736.260,32 551.649,38 292.638,00 Credores Diversos 354.315,85 379.566,99 80.627,81 19.610,90 Financiamentos 2.837.327,26 3.167.012,93 314.009,38 355.865,39 Exigível a Longo Prazo 4.329.531,55 3.947.905,86 471.085,87 1.487.619,85 Parcelamento Tributário 3.976.767,00 2.368.104,11 192.059,20 226.210,70 Financiamentos 352.764,55 1.579.801,75 192.059,20 226.210,70 Patrimônio Liquido 11.731.010,72 11.399.893,43 15.891.569,67 15.728.108,29 Capital Social 10.800.000,00 10.800.000,00 247.011,52 247.011,52 Reservas 1.634.993,84 1.634.993,84 15.644.558,15 15.481.096,77 Prejuízos Acumulados -703.983,12 -1.035.100,41 21.156.465,21 20.610.928,21 21.156.465,21 20.610.928,21 Total do Passivo Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido em 31.12.2005 (Em Reais) Capital Reservas Res. Esp. de Cap. e Lucros (Prejuízos) Social de Reavaliação Res. de Subv. e Invest. Acumulados Totais Histórico Saldos em 31.12.2003 10.800.000,00 1.629.207,90 5.785,94 -1.072.492,42 11.362.501,42 Resultado do Exercício – – – 54.372,06 54.372,06 Ajuste do Exercício Anterior – – – -16.980,05 -16.980,05 Saldos em 31.12.2004 10.800.000,00 1.629.207,90 5.785,94 -1.035.100,41 11.399.893,43 Resultado do Exercício – – – 331.117,29 331.117,29 Saldos em 31.12.2005 10.800.000,00 1.629.207,90 5.785,94 -703.983,12 11.731.010,72 Notas Explicativas as Demonstrações Contábeis de 31.12.2005 I - Contexto Operacional: A Sociedade tem como objetivo a prestação de IV - Imobilizado: Em 31.12.2005 está assim representado: Saldos Saldos serviços médico-hospitalar em todas as suas modalidades. II - Apresen31.12.2004 31.12.2005 tação das Demonstrações Contábeis: As demonstrações contábeis fo- Custo Corrigido Terrenos 3.650.000,00 3.650.000,00 ram elaboradas de acordo com as práticas emanadas da Lei 6404/76 Edifícios 8.715.947,52 8.715.947,52 adotando-se ainda no que for compatível as normas brasileiras de contaInstalações 385.616,51 388.730,33 bilidade e os princípios fundamentais de contabilidade, exceto a atualizaEquipamentos 629.365,73 656.650,45 ção monetária face a vedação legal. III- Principais Práticas Contábeis: Móveis e Utensílios 402.015,67 408.435,71 A) As receitas e despesas são contabilizadas pelo regime de competênArsenal Médico-Cirúrgico 727.974,70 753.812,70 cia; B) Os estoques foram avaliados pelo preço de aquisição; C) Os invesVeículos 36.225,31 16.541,86 timentos representados por incentivos fiscais e participações em capital de Poços Artesianos 63.558,36 63.558,36 terceiros, estão contabilizados pelo custo original corrigido monetariamente Equiptos. e Sist. Proc. Dados 383.463,79 405.244,03 até 31 de dezembro de 1995. D) O imobilizado está contabilizado pelo custo Marcas e Patentes 3.401,30 3.401,30 de aquisição corrigidos monetariamente até 31 de dezembro de 1995 acresLinhas Telefônicas 11.483,78 11.483,78 cido de reavaliação efetuada em 17.08.2000 na conta terrenos e edifícios; Imobilizações em Andamento 3.090.725,43 2.980.146,34 E) As provisões para imposto de renda e contribuição social foram calcula18.099.778,10 18.053.952,38 das em conformidade com a legislação vigente; F) O parcelamento tributário -2.618.681,33 -2.409.394,23 relativos aos encargos INSS e COFINS está sendo amortizado pelo REFIS Depreciação/Amort. Acumulada 15.481.096,77 15.644.558,15 desde 02/2000 aplicando a alíquota de 1,2% sobre o faturamento mensal. Imobilizado Liquido Ativo Circulante Disponibilidade Clientes Estoques Impostos a Recuperar Despesas antecipadas Contas a Receber Diversos Realizável à Longo Prazo Depósito Compulsório Ativo Permanente Investimentos Imobilizado Total do Ativo

Demonstração do Resultado em 31.12.2005 (Em Reais) 2005 2004 Receita de Serviços Prestados 20.521.430,46 17.007.228,84 ( - ) Impostos Sobre Serviços -1.268.494,48 -1.095.376,12 ( - ) Glosas e Abatimentos -473.923,03 -436.524,27 Receita Liquida 18.779.012,95 15.475.328,45 ( - ) Custos dos Serviços Prestados -10.112.788,78 -6.447.028,25 Resultado Operacional Bruto 8.666.224,17 9.028.300,20 Depesas/Receitas Operacionais -8.254.067,76 -8.957.940,20 Despesas Administrativas -4.289.022,32 -8.050.748,80 Despesas Gerais -3.149.802,08 -2.887.659,51 Despesas Tributárias -139.642,33 -92.487,79 Despesas Financeiras -3.447.036,20 -623.703,32 Receitas Financeiras 15.675,36 24.577,25 Receitas de Aluguel 2.755.759,81 2.672.081,97 Resultado Bruto do Exercício 412.156,41 70.360,00 ( - ) Provisão P/ Contrib.social -25.965,85 -4.432,60 ( - ) Provisão P/ Imposto de Renda -55.073,27 -11.555,34 Resultado Liquido do Exercício 331.117,29 54.372,06 Demonst. das Origens e Aplicações dos Recursos em 31.12.2005-Em Reais 2005 2004 Origens dos Recursos Lucro do Exercício 331.117,29 54.372,06 Dim. R.L.P 34.151,50 – Aumento do E.L.P. 381.625,69 910.418,04 Depreciação 105.024,65 360.795,99 Total das Origens 851.919,13 1.325.586,09 Aplicações dos Recursos Ajuste Exercício Anterior – 16.980,05 No Imobilizado 268.486,03 675.899,09 Aumento R.L.P – 195.741,45 Total ds Aplicações 268.486,03 888.620,59 Variação do C.C.L. 583.433,10 436.965,50 Representado Por : Aumento(redução) A.C. 416.227,12 1.770.040,70 Aumento(redução) P.C. -167.205,98 1.333.075,20 V - Capital Social: O capital social totalmente integralizado é de R$ 10.800.000,00 (dez milhões, oitocentos mil reais) dividido em 10.800.000 (dez milhões e oitocentas mil) ações no valor nominal de R$ 1,00 cada uma. Conselho Administrativo Dr. Roberto Cavalieri Costa - Dr. Ronaldo Jorge Azze Diretoria Executiva Dr. Denir do Nascimento - Diretor Administrativo Dr. Rubens Corrêa da Costa Filho - Diretor Serv. Hospitalares Dr. Akeshi Taíra - Diretor de Serv. Ambulatoriais Contador Sr. José Roberto Saccani - TC-CRC-1SP160298/O-5

CONVOCAÇÕES ORIENT RELÓGIOS DO BRASIL S.A.

CNPJ/MF: 60.401.205/0001-00 Assembléias Gerais Ordinária e Extraordinária - Convocação Ficam convocados os srs. Acionistas a reunirem-se em Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária em sua Sede Social, na Av. das Nações Unidas, 10.989, 6º and., conj. 62, São Paulo/SP, no dia 28 de abril de 2006, às 15:00 horas, para deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia: a) exame e Votação do Relatório da Administração, Balanço Patrimonial referente ao exercício findo em 31.12.2005; b) distribuição de dividendos; c) outros assuntos de interesse social. São Paulo, 3 de abril de 2006. A Diretoria. (05, 06 e 07/04/2006)

ATA

COMUNICADO À PRAÇA COMUNICADO À PRAÇA A Raio de Luz Serviços de Mão-de-Obra Ltda-ME CNPJ 05.262.557/0001-14 comunica o extravio do Livro de Registro de Empregados de nº 01 e os Atestados Admissionais. (04,05 e 06/04/06)

EDITAL AVISO AOS ACIONISTAS

- CONCORRÊNCIA PÚBLICA Nº 003/2006 - PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 19.922/2005 - Faço público de ordem do Senhor Prefeito Municipal de São Carlos, que se acha aberta licitação na modalidade de Concorrência Pública, para contratação de Empresa especializada para execução de pavimentação nova e drenagem com recuperação asfáltica da Estrada Guilherme Escatena, no trecho entre a fazenda Canchim (Embrapa), e o Balneário turístico do 29 (vinte e nove), no município de São Carlos. O Edital na íntegra poderá ser adquirido na Sala de Licitações da PMSC, sita à R. Major José Inácio, 1973, Centro, São Carlos, Fone: (16) 3307-4272, a partir do dia 05/04/06, no horário das 8 hs às 12 hs e das 14 h às 16 h, mediante a apresentação da guia de recolhimento da Tesouraria Municipal dos emolumentos de R$ 30,00 (trinta reais). Os envelopes nºs 01 e 02 serão recebidos na Sala de Licitações até às 10:00 horas do dia 08 de maio de 2006, quando após o recebimento, iniciar-se-á a sua sessão de abertura. São Carlos, 04 de abril de 2006. Paulo José de Almeida - Presidente da Comissão Permanente de Licitações.

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CARLOS/SP

AVISO DE LICITAÇÃO PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARATINGUETÁ/SP

Aviso de Reabertura de Licitação Processo: Concorrência Pública nº 004/05 Objeto: Contratação de empresa especializada em informática educacional para promover a implantação de projeto de informática educativa com capacitação continuada de professores e coordenadores pedagógicos da Rede Municipal de Ensino de Guaratinguetá. Edital disponível no site: www.guaratingueta.sp.gov.br. Local sessão pública: Praça Dr. Homero Ottoni nº 75, Centro-Guaratinguetá. Data da sessão: 26.05.06, às 14:00 horas. Valor para retirada do edital: R$ 30,00.

COMUNICADO

FALÊNCIAS & CONCORDATAS Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 4 de abril de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências:

Requerente: Uniserv União de Serviços Ltda. - Requerido: Over Megastore Artigos Esportivos Ltda. - Rua Coronel Xavier de Toledo, 23 – loja 227 L 228 L -

01ª Vara de Falências Requerente: Gestão Fomento Mercantil Ltda. - Requerido: Paulo Sérgio da Silva Alves - EPP - Rua Riachuelo, 326 – conjuntos 101/

153 - 02ª Vara de Falências Requerente: Pontimax do Brasil Comércio Ltda. - Requerido: JV Eletrônicos e Assistência Técnica Ltda. ME - Rua Silva Bueno, 1239

- 01ª Vara de Falências Requerente: Minas Moxiaço Ltda. - Requerido: Luxor Indústria Mecânica Ltda. - Rua Maria Dafre, 142 - 01ª Vara de Falências


quarta-feira, 5 de abril de 2006

Nacional Estilo Empresas Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

PARCELAMENTO AJUDA A ELEVAR VENDAS

3 A TV digital poderá operar comercialmente ainda neste ano, segundo o ministro das Comunicações, Hélio Costa.

SETOR TEM DESEMPENHO FRACO NO PRIMEIRO TRIMESTRE DO ANO E SOLUÇÃO É VENDER A PRESTAÇÃO

PÁSCOA PARCELADA NOS SUPERMERCADOS Newton Santos/Hype

C

No hipermercado Carrefour, o consumidor pode dividir as compras em até três vezes sem juros

COMPUTADOR Segundo a FGV, foram vendidos 6,2 milhões de computadores no Brasil em 2005.

Ó RBITA

TURISMO O ministro do Turismo, Walfrido Mares Guia, defendeu a redução de tributos no setor.

Fabio Rossi/Agência O Globo

VARIG RECORRE, DE NOVO, A LULA.

A

diretoria da Varig voltou a recorrer ao governo em busca de uma tábua de salvação. Segundo fontes, o presidente da companhia, Marcelo Bottini (foto), encaminhou na segundafeira uma mensagem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva solicitando uma audiência com urgência para relatar a situação da empresa. Na mensagem, Bottini alertaria que a Varig corre o risco de paralisar suas operações "nas próximas horas". A Infraero, estatal que administra os aeroportos brasileiros, deu um ultimato à Varig. Se a companhia não retomar os pagamentos diários das tarifas de

TIM INVESTE

O

presidente da TIM Brasil, Mário César Pereira de Araújo, anunciou que a empresa investirá R$ 700 milhões em sua rede de telefonia móvel neste ano. O objetivo é ampliar suas fronteiras e reforçar a cobertura de banda larga. Com 21 milhões de aparelhos celulares ativos, a TIM é hoje a segunda maior operadora de telefonia móvel do Brasil, atrás apenas da Vivo. (AE)

AMANCO

A

fabricante de tubos e conexões suíça Amanco anuncia hoje sua nova estratégia de atuação no País, onde faturou R$ 535 milhões em 2004, ou 30% do seu resultado na América Latina. A empresa pretende ancorar o crescimento na AL a partir do Brasil e transferiu sua sede de San José, na Costa Rica, para São Paulo. Anuncia também a unificação das marcas Fortilit e Akros, que passam a ser Amanco. (AE) A TÉ LOGO

operação nos aeroportos até o final desta semana, a estatal ameaça passar a cobrar os valores à vista nos aeroportos, no início de cada vôo da empresa. Com isso, várias rotas podem deixar de ser operadas e os clientes desses vôos poderão saber disso pouco antes da decolagem.

A Varig deve R$ 116 milhões à Infraero. De acordo com fontes da estatal, a inadimplência foi tratada ontem pela diretoria, que preferiu não fixar data-limite para início das cobranças à vista. A dívida se refere ao período de 1º de setembro de 2005 a 14 de março de 2006. (AE)

IR: 6,1 MILHÕES DE DECLARAÇÕES

A

Receita Federal recebeu até as 17 horas de ontem 6,1 milhões de declarações do Imposto de Renda da Pessoa Física 2006 (ano-base 2005). O número corresponde a um aumento de 15% em relação ao número de declarações entregues em igual período do ano passado. De acordo com o balanço parcial, a Receita Federal recebe em média 22 mil declarações por hora.

A expectativa é de que sejam entregues 22 milhões de documentos até o próximo dia 28 de abril, quando se encerra o prazo. Devem declarar aqueles contribuintes que tiveram rendimentos tributáveis acima de R$ 13.968 em 2005. A declaração de ajuste de contas com o Leão pode ser feita por programa oferecido pela Receita na internet, por meio de disquete ou formulário de papel. (Agências)

PETROBRAS DEVE REAJUSTAR GÁS

A

Petrobras deve repassar ainda neste mês um novo reajuste no preço do gás natural para todas as distribuidoras no País. De acordo com cálculos do mercado, o reajuste deve ficar entre 14% e 20% para o gás boliviano, que responde por 50% do total consumido no Brasil. O diretor de Gás e Energia da estatal, Ildo Sauer, admitiu ontem que a possibilidade existe, porque está no contrato. "Nós

vamos cumprir exatamente o que está nos contratos assinados tanto com a Bolívia, quanto com as distribuidoras", disse Sauer. Com o intuito de estimular o consumo e atingir a capacidade de transporte total contratada com a Bolívia, a Petrobras manteve o preço do gás natural importado entre 2003 e 2005, fazendo com que a demanda saltasse de 14 milhões de metros cúbicos para 24 milhões de metros cúbicos por dia. (AE)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, receberá visita de diretor do FMI

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Rússia pode suspender embargo à carne de Santa Catarina

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Pesquisa aponta queixas e insatisfação de usuários de planos de saúde

om vendas fracas e mento vale para compras de mas e 300 gramas. concorrência acirra- ovos de, no mínimo, R$ 16. Preços – Segundo pesquisa Marca própria – Outra ar- da Fundação Procon-SP, os da, o setor supermercadista está parce- ma das redes supermercadis- preços de produtos de Páscoa lando em até dez vezes, sem ju- tas é aumentar a oferta de na capital variam até 97,98%. O ros, as compras de ovos de Pás- ovos de marca própria e licen- levantamento foi feito no dia coa e bacalhau. A facilidade é ciados. O Carrefour pretende 20 de março em 10 estabelecioferecida pelas redes Extra e triplicar a venda desses pro- mentos e avaliou 105 itens, enCompreBem, do tre ovos, coelhos, dutos. Já o Pão de Açúcar traz bombons e bolos de Grupo Pão de Açúcar, que pretende Páscoa. A maior diferença foi apurada vender 3,5 mil toneladas de chocolate, no preço da caixa de bombons De Luxe, incluindo as vendas das bandeiras Senda marca Ferrero das e Pão de Açúcar. Roche, que custava Segundo o presiR$ 33,30 em uma lodente da Associação ja do Pão de Açúcar, Brasileira de Superno Planalto Paulismercados (Abras), ta, e R$ 16,82, na Chocolândia, no João Carlos de Oliveira, a medida é um bairro do Ipiranga. Entre os ovos de reflexo das vendas baixas no primeiro Páscoa, a maior diferença foi no preço trimestre deste ano. O faturamento do de Mini Ovos Espesetor deverá ser 2% cialidades de 230 menor quando comgramas da Nestlé: parado aos primei62,25%. O maior ros três meses de preço era R$ 11,99 2005. "O parcelana Lojas Americanas do Centro, e o mento como condição promocional menor, R$ 7,39, no supermercado Kanagressiva é um mal Diferença de preço entre produtos chega a 97,98% necessário para não guru, no Tatuapé. O valor de venda de bolos de perder as vendas. É complicado 15 lançamentos nas quatro para o varejista receber isso em bandeiras do grupo. Páscoa também apresentou dez vezes", afirma Oliveira. De acordo com pesquisa en- variação superior a 50%. A CoAs redes Carrefour e o Wal- c o m e n d a d a p e l a A b r a s , a lomba Pascal tradicional, da M a r t p o s s i b i l i t a m a s e u s maioria dos brasileiros deve Bauducco, de 750 gramas, era clientes facilidades seme- comprar ovos de chocolate pe- vendida a R$ 16,99 também na lhantes. Ovos de chocolate e quenos, de 150 gramas. As Lojas Americanas, no Centro, colombas podem ser vendi- apostas dos fabricantes para contra R$ 10,78 no supermerdos em três vezes sem juros no este ano, no entanto, são nos cado Wal-Mart, no Pacaembu, cartão da rede norte-america- ovos médios. Do total produ- uma diferença de 57,61%. na. Na francesa, o parcela- zido, 56% têm entre 201 graAdriana David


DCARR São Paulo, 5 de abril de 2006

Nº 114

A maior picape do Brasil, a Ford F250, chega na versão 2006 com opção de tração 4X4. Conheça -a nas páginas 12 e 13.

Divulgação

DIÁRIO DO COMÉRCIO


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DCARRO

São Paulo, quarta-feira 5 de abril de 2006

De novos buracos e semáforos burros

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ÍNDICE OFF-ROAD - 3 Uma competição, fora de estrada, entre universidades brasileiras.

SERVIÇO - 5 Calibragem correta dos pneus aumenta a segurança e a economia.

CAPA - 8 e 9 Daimler Chrysler mostra os novos: 300C, Dodge Ram e PT Cruiser.

ANTIGOMOBILISMO - 10 Milhares de brasileiros se dedicam a motos e carros antigos.

LANÇAMENTO - 12 F250: a maior picape do Brasil agora, também, com opção 4x4.

al a máquina de recuperação do asfalto acabou de passar e já existem locais na cidade onde o asfalto está em pior estado do que se encontrava, antes que este meritório plano de recapeamento de ruas e avenidas na cidade terminasse. Em muitas vias dos bairros premiados com o programa já existem buracos - alguns verdadeiras crateras - que assustam motoristas e causam danos aos seus veículos. E não se deve pensar que os novos buracos dos novos asfaltos possam ter escapado ao olhar dos administradores. Isto não ocorreu. Tanto, que em muitos deles, as regionais ciosamente colocaram cavaletes alertando os motoristas para os perigos do caminho. Pode ser que ao ler estas linhas alguma autoridade imbuída da maior das boas vontades elas existem, podem crer deseje saber a qual ponto da cidade nos referimos. É só circular por aí. Os novos buracos do novo asfalto estão em todo canto. Fale com taxistas, ouça motoristas de entregas pela cidade, com motociclistas. Todos vão se lembrar de locais onde o novo asfalto já está cheio de novo buracos. O que terá acontecido? Má qualidade do asfalto?

Erros na escolha do material? Falta de um preparo adequado do trecho para receber a benfeitoria? Estas são respostas que não nos cabem. Elas são de responsabilidade de nossas autoridades.

Diretor-Presidente Guilherme Afif Domingos Diretor de Redação Moisés Rabinovici

Diagramação Hedilberto Monserrat Jr. 3244-3281 hmonserrat@dcomercio.com.br

Editor chicolelis 3244-3184 chicolelis@dcomercio.com.br

Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. 3244-3122 agebara@acsp.com.br Rua Boa Vista, 51

Semáforos ignorantes Em 2003, o Brasil ficou em penúltimo e último lugar, respectivamente em matemática e ciências na avaliação - entre 41 países internacional da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico. Com certeza os semáforos da cidade não conseguiriam resultado melhor que os estudantes brasileiros. É só prestar atenção aos congestionamentos nos horários de picos. Passa-se por um cruzamento e o seguinte lhe oferece, invariavelmente, um sinal vermelho. E assim vai. -Mas não é isso. É o volume do tráfego. Podem defender-se aqueles que respondem pela organização (?) do nosso trânsito. Entretanto, no mesmo trajeto feito em horários normais, com a cidade livre do "rush", veremos que a ignorância dos semáforos é, exatamente, a mesma. chicolelis

AGENDA 6 de abril

A Anfavea divulga o desempenho da indústria automobilística (veículos e máquinas agrícolas) referente ao primeiro trimestre do ano. A partir das 11h no Hotel Sofitel, em São Paulo.

6 a 9 de abril

Acontece a Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade, Reatech 2006, no Centro de Exposições Imigrantes - Rod. dos Imigrantes Km 1,5. Dias 6 e 7, das 13h às 21h e 8 e 9 das 10h às 19h.

Repórteres Alzira Rodrigues 3244-3689 alzira@dcomercio.com.br Anderson Cavalcante acavalcante@dcomercio.com.br

Impressão S/A O Estado de S. Paulo

OESP Área Comercial Celso Nascimento 3856-2454/9168-8258 www.dcomercio.com.br/dcarro


São Paulo, quarta-feira 5 de abril de 2006

DCARRO

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MINIBAJA

Brincando com o futuro Pablo de Sousa

Mais que simples "carrinhos de kart fora de estrada", eles representam o futuro da engenharia automotiva ANDERSON CAVALCANTE

U

m rápido olhar para eles pode causar uma falsa impressão! Pequenos carros motorizados e preparados para andar na terra podem parecer brincadeira de criança. Na verdade, são veículos projetados e construídos por alunos de Engenharia de universidades de todo País, de acordo com regras definidas pela SAE Brasil (Sociedade de Engenheiros da Mobilidade) Estes protótipos são produzidos com estruturas tubulares em aço, com único lugar para o motorista e prontos para enfrentar condições adversas, ou seja, muita terra. Mas, "o que são" é irrelevante! O intuito da competição é mostrar do que são capazes estes futuros engenheiros, estudantes que desenvolvem sistemas de suspensão, transmissão, freios e o próprio chassi dos minibajas que usam motor padrão de 10 HP. Além disso, aprender a buscar suporte financeiro para viabilizar os projetos leva os participantes das equipes a se aproximarem ainda mais da realidade em que viverão quando chegarem ao mercado. Para o presidente da SAE, Gábor János Deák, o evento é a principal prova nacional de veículos motorizados projetados e construídos por estudantes e revela novos talentos que no futuro serão os engenheiros-chefes e diretores de montadoras e empresas do setor. "Os projetos de Minibaja são completos e com eles os estudantes desenvolvem habilidades técnicas e também humanas, pois o sucesso depende muito do trabalho em equipe", afirma.

O motor padrão é de 10HP, o resto é com os estudantes que viabilizam o projeto, produzem e pilotam os minibajas na competição "fora de estrada"

Vários sotaques - Formadas por, no máximo, 20 estudantes e um professor orientador, as equipes ocuparam o Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo, em Piracicaba, interior de São Paulo. Nesta 12ª edição da competição, ao todo, foram 56 grupos vindos de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Pernambuco, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Norte, Distrito Federal, Bahia, Ceará, Maranhão e Paraíba, e também São Paulo. Durante a competição, os carros são submetidos a provas estáticas que avaliam conforto, possibilidade de produção em massa, facilidade de manutenção, qualidade de montagem, conformidade do projeto e originalidade. As provas dinâmicas expõem itens como tração, manobrabilidade, aceleração, velocidade, subida de rampa. Um enduro de quatro horas em pista de terra com obstáculos, testa durabilidade e resistência dos veículos. Tecnologia - Os projetos são levados muito a sério. Algumas equipes, como as da FEI de São Paulo, utilizam sistema de telemetria (como na F1!) para saber, do box, todos os detalhes de funcionamento e

desempenho do carro enquanto ele corre na pista. O piloto de uma das equipes da Universidade Federal de Santa Catarina, Antonio Carlos Guimarães, conta que os minibajas começaram a usar o CVT antes da indústria automotiva. "É uma evolução da caixa de marchas, com transmissão contínua. Ainda hoje apenas o Audi A4 e o Honda Fit usam este sistema".

Esses "brinquedinhos" chegam a atingir, no máximo, 60 km/h e seu tanque, com capacidade para menos de 4 litros de gasolina, garante mais de uma hora de funcionamento. O custo varia de acordo com os recursos conseguidos. "Nosso carro (equipe UFP Baja da Universidade Federal da Paraíba) foi bancado praticamente pelos alunos e custou R$ 12.100, mas acho que carros de ponta devam custar de R$ 30 a 40 mil", explica o piloto Rodolfo Rodrigues, que com certeza se enganou: a equipe campeã investiu em seu projeto aproximadamente R$ 15 mil. Viagem marcada - A primeira e segunda escolas com maior pontuação na classificação geral da competição ganham o direito de representar o País, entre 24 e 27 de maio, na SAE Midwest Mini Baja em Milwaukee, nos EUA, onde o Brasil já é bicampeão (em 1998 e 2004). A primeira vaga ficou para a Escola de Engenharia de São Carlos da USP que garantiu o direito de ir aos EUA com a vitória geral da equipe EESC-USP 123. "Construimos um carro já pensando na competição americana e o nosso projeto é de ponta, portanto podemos ter o melhor SAE Minibaja do mundo", afirmou Eder Benaventana Alves, piloto e aluno de Engenharia Mecânica. Também viaja a vice-campeã, equipe Mauá 2, da Escola de Engenharia Mauá.


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DCARRO

São Paulo, quarta-feira 5 de abril de 2006

COMBUSTÍVEL

Reduza o consumo AEA dá uma série de dicas para você economizar

E

m tempos de combustível em alta, nunca é demais lembrar de dicas que ajudam a fazer alguma economia no uso diário do veículo. A Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA) lembra que há três pontos que interferem diretamente nesta questão: manutenção, direção e planejamento. É fundamental, para se garantir as características de rendimento e de boa performance do veículo, fazer revisões periódicas. O motorista deve respeitar a categoria de óleo especificada no manual e manter o nível correto. Motor ajustado, sistema de injeção limpo, velas limpas e com folga correta são outros itens que devem ser verificados. Filtro de ar obstruído, por exemplo, pode aumentar o consumo em até 10%. “A gasolina ‘aditivada’ ajuda a manter o sistema de injeção limpo durante um longo prazo. Porém, o rendimento é o mesmo em quase todos os carros com relação à gasolina "comum”, explica Paulo Lozano, diretor-técnico da AEA. Os pneus também podem interferir no consumo de combustível, por isso devem

ser calibrados conforme especificação do fabricante de preferência toda semana, sempre quando estiverem frios (veja matéria na página ao lado). Por causa da pavimentação ruim das ruas, alguns motoristas optam por diminuir a pressão dos pneus para obter mais conforto de rodagem. Entretanto, este hábito ocasiona desgaste irregular dos pneus e faz o consumo de combustível crescer em até 3%. Suspensão desalinhada também aumenta o atrito, o consumo e o desgaste dos pneus. Ar-condicionado - Quem usa freqüentemente o ar-condicionado deve ter certeza de que a carga do fluido está completa e que não há vazamentos. A AEA ressalta, ainda, que a vedação do carro deve estar em bom estado. É preciso respeitar a troca do filtro de pólen nos intervalos estipulados. O ideal é utilizar o ar-condicionado com moderação mantendo todas as janelas fechadas. Quando acionado, o compressor do ar-condicionado consome alguns cavalos de potência do motor e o aumento no consumo de combustível fica em

torno de 0,5% a 2%. Com relação aos hábitos de direção, o primeiro fator a ser destacado é a aceleração, responsável pela maior parcela no consumo de combustível de um automóvel. Acelerar suavemente, não esticar as marchas e nem trocá-las prematuramente são atitudes que contribuem para a economia. Estar atento ao trânsito, procurando se antecipar ao que vai acontecer a fim de evitar variações bruscas de velocidade também ajuda. "Em grandes congestionamentos, desligue o motor se conseguir prever que ficará parado por mais de três minutos", ressalta Lozano. Nas subidas, evite ultrapassagens que exijam redução de marcha e aceleração do veículo. No caso de carro com injeção eletrônica, é mais indicado manter 80 km/h em quinta marcha com o acelerador no fundo em uma longa subida. Isso gasta menos do que obter a mesma velocidade em quarta marcha, com um pouco menos de pressão no acelerador.

Nas estradas, a aerodinâmica torna-se um fator de suma importância. Se não for utilizar o bagageiro, por exemplo, retire os elementos transversais. Se for, obedeça aos limites de peso e dimensões da carga. O excesso de velocidade também é tão prejudicial à segurança quanto ao consumo de combustível. Planejamento - "Hábitos de planejamento contam pontos adicionais para economizar combustível", lembra o diretor-técnico da AEA. "Evite deslocamentos curtos, em que o motor não atinge a temperatura normal de funcionamento, pois motor frio gasta mais. Reduzir o percurso, tanto na cidade quanto para viagens longas, e evitar pontos de congestionamento também ajudam", complementa. Uma dica importante: anotar os dados dos abastecimentos. O ideal é encher o tanque e reabastecer completamente antes de atingir a reserva.


DCARRO

São Paulo, quarta-feira 5 de abril de 2006

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SERVIÇO/PNEUS

Calibragem é coisa séria

Pablo de Sousa

Pelo menos uma vez por semana o consumidor deve checar as condições dos pneus. É uma questão de segurança.

CÂMARA MÚLTIPLA

Câmara Principal

Q

Coitados - deles e de você também -, nem sempre recebem o tratamento devido. Esquecemos de ver se a sua calibragem está correta. Deixamos a escolha da quantidade de ar a ser colocada neles por conta do frentista, nem sempre preparado para isso. Enfim, os pneus são os itens do carro mais mal tratados. E não apenas por nós, motoristas, mas também pelas ruas da cidade.

Câmara de volta? Pneu murcho é gasto com o próprio, com combustível e tem o risco de acidente

calibragem abaixo do recomendado também causa o superaquecimento do pneu, comprometendo acentuadamente a sua segurança. Se apenas um dos pneus está abaixo ou acima da pressão ideal, o impacto negativo ocorre diretamente sobre o mesmo, embora cause prejuízo à performance do carro como um todo. Para os casos de garantia, ela explica que ela se perde quando o consumidor não obePrejuízo e riscos dece ao manual do Todo carro tem um proprietário, já que manual de proprietáexames feitos pelos fario - com certeza o bricantes determinam maior best seller do exatamente a causa do mundo, com o menor defeito gerado pela auíndice de leitura do sência de manutenção. universo - e lá, o fa"É como se alguém deiCalibre uma vez por semana. bricante do carro mosxasse de trocar o óleo Mais economia e segurança. tra, entre outras coiconforme recomenda sas, qual a calibragem o manual", conclui. a ser usada para cada um dos carros que Tempos do Fusca - Na frente, entre 16 vende. Não seguir esta regra básica é e 18 libras e, na traseira, entre 18 e 20, prejuízo na certa. dependendo do tipo de pneu e da "carga". "Calibrar abaixo do recomendado - diz Era assim nos tempos do Fusca, ainda a engenheira de Produto da Goodyear, motivo de suspiro de muitos amantes do Carolina Wagner - provoca desgaste automobilismo em todo o mundo. O maior nos ombros (laterais) dos pneus. tempo passou e muitos carros, durante Acima, o desgaste aparece na parte central bom período, tiveram a mesma calibragem do equipamento" que o Besouro da Volkswagen. O frentista Ela complementa dizendo que manter só sabia daquelas medidas, então tome 16,

A Bridgestone traz de volta o pneu com três câmaras separadas independentes uma das outras.

18, 20 libras em todos os demais. Hoje, o frentista sabe que as indicações estão na tampa do porta luvas ou na do tanque de combustíveis e isto facilita a coisa e ajuda na economia e segurança dos veículos. Mas preste sempre muita atenção a este serviço. Carrões - Quando se vê passar na rua uma Ferrari, com aquele motorzão ar-

rastando enormes pneus pensa-se que eles devem estar calibrados com dezenas e dezenas de libras. Engano, dependendo do modelo, varia entre 29 e 32 libras. Menos que o Audi A8: vazio, 35 na frente, 32 atrás. Com cinco passageiros, passa para 41 e 44, respectivamente. E não se deve esquecer do rodízio dos pneus. No manual do seu carro tem como fazer isso.

DC

uando você for abastecer seu carro e o frentista perguntar se quer calibrar o pneu, ver água e óleo, preste atenção no primeiro item e veja há quanto tempo não faz isso. Em geral, se estiver faltando água (hoje há um fluido apropriado) no sistema de arrefecimento, o marcador de temperatura no painel avisa. Na troca de óleo, cola-se um selo no párabrisas e dá para ver quando é a próxima troca. Mas os pneus!

Subcâmara

Subcâmara

CENTRO AUTOMOTIVO

Suspensão Alinhamento Balanceamento

Amortecedores

Freios Embreagem

Pneus Escapamentos Injeção Eletrônica

Av. Jacú Pêssego, nº 5.326 Itaquera - SP

Elétrica Manutenção preventiva

Sistema “leva e traz”

Fone: 6286-5069


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Tr i b u t o s Estilo Nacional Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 5 de abril de 2006

4,2

INDÚSTRIA ACELERA RITMO DE PRODUÇÃO

por cento é o crescimento da produção industrial no primeiro bimestre sobre igual período de 2005.

IMPULSIONADA PELA EXPANSÃO DO CRÉDITO E QUEDA DE JUROS, PRODUÇÃO CRESCEU 5,4% EM FEVEREIRO

MERCADO INTERNO ESTIMULA INDÚSTRIA Marcos Peron/Virtual Photo

A

pós um desempenho medíocre em janeiro, a indústria apresentou ótimos resultados em fevereiro e compensou as perdas registradas no primeiro mês do ano. A expansão do crédito, o aumento da renda e a queda dos juros resultaram em maior dinamismo do mercado interno, permitindo aumento de 1,2% na produção do setor ante janeiro e expansão de 5,4% na comparação com fevereiro do ano passado. No primeiro bimestre do ano, a produção industrial acumula alta de 4,2% em igual comparação com 2005. Segundo Silvio Sales, chefe da Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com o resultado de fevereiro o setor praticamente zera a perda de 1,3% na produção em janeiro ante dezembro, e retorna ao nível do final do ano passado. Os bens de consumo foram o principal destaque nos resultados, o que, para ele, confirma que "o mercado interno ganha destaque na dinâmica industrial". Os bens duráveis (eletrodomésticos, automóveis) aumentaram a produção em 6% ante janeiro e 14,9% ante fevereiro de 2005, enquanto os semi e não-duráveis (remédios, alimentos, confecções) registraram, respectivamente, variações de 1,7% e 6,3%. Para Sales, o crescimento da produção de bens de consumo acima da média industrial reflete uma conjugação de fa-

tores, como a manutenção do processo de expansão do crédito, mercado de trabalho mais forte, inflação em queda e redução da taxa básica de juros, a Selic. Ele disse que as exportações permanecem como fator de contribuição para o dinamismo industrial, "mas com peso menor do que ocorreu no ano passado". Também para o diretor do Departamento de Economia do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Boris Tabacof, as exportações deixaram de ser o motor da atividade industrial, como ocorreu nos dois últimos anos, cedendo lugar ao mercado interno, que recupera o dinamismo. O diretor-executivo do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Julio Sérgio Gomes de Almeida, avaliou que a trajetória de redução da taxa Selic, retomada em setembro, começa a ter impacto positivo sobre a economia. O Iedi revisou a projeção de aumento da produção no ano de 4% para 4,5%. Para Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesqui-

sas Econômicas da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), os dados do IBGE comprovam a tendência de recuperação da atividade. Ele acredita na continuidade do processo de alta nos próximos meses e aposta que a produção deve crescer em torno de 6% neste ano ante 2005. Expectativa – Mais que confirmar o vigor do setor industrial no primeiro bimestre, com 4,2% ante igual período do ano passado, os dados divulgados pelo IBGE anteciparam sinais positivos para o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, pois mostraram aumento dos investimentos e do consumo das famílias, duas variáveis importantes no desempenho da economia. A produção de bens de capital acelerou de 4,2% no quarto trimestre de 2005 (na comparação com igual período do ano anterior), para um crescimento de 8,6% no primeiro bimestre deste ano. Já a produção de insumos para a construção civil subiu de 2,9% no quarto trimestre de 2005 para 9,4% no primeiro bimestre de 2006. (AE)

Depois de um janeiro de queda, produção teve expansão de 5,4% em fevereiro sobre igual mês de 2005, e encerra o primeiro bimestre com acumulado de 4,2%

CNI também aponta melhora

O

s dados da atividade industrial no mês de fevereiro apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foram confirmados pelo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A entidade divulgou que as horas trabalhadas na indústria, que mostram o ritmo da produção, cresceram 2,08% na comparação com janeiro, já descontados os efeitos sazonais. O coordenador da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, disse que os dados mostram que a indústria conseguiu desovar seus estoques acumulados no final do ano passado e voltou a produzir para atender o aumento da demanda. Com os dados do primeiro bimestre bem melhores que o esperado, a CNI vai rever, para cima, a previsão de crescimento da economia brasileira e do

Produto Interno Bruto (PIB) industrial para este ano. Os novos números devem sair na segunda quinzena deste mês. No fim do ano passado, a CNI projetou expansão de 3,3% do PIB nacional e de 4,2% para o industrial. "As perspectivas para os próximos meses são bastante positivas", disse Paulo Mol, economista da entidade. Inflação domada – A CNI não vê no aumento da demanda uma ameaça para o controle da inflação. Castelo Branco disse que o nível de utilização da capacidade instalada, em torno de 80%, é bastante confortável para garantir o atendimento da demanda. Ele acredita que as indústrias devem aumentar os investimentos para ampliar a capacidade de produção de suas plantas. "O aumento da economia deve ensejar o aumento dos investimentos", disse, lembrando a redução nos custos financeiros com a queda da Taxa de

Juros de Longo Prazo (TJLP) e da taxa Selic nos último meses. As vendas da indústria, por outro lado, caíram 0,44% no período. O economista da CNI acredita que houve acomodação normal das vendas após um período de crescimento intenso. "Isso não implica perda de dinamismo, tampouco reversão da trajetória de crescimento", garantiu Mol. Ele acredita que os resultados de março já deverão mostrar recuperação das vendas. Novo cenário – A expansão das horas trabalhadas e a queda nas vendas marcam, de qualquer forma, uma reversão de cenário. Até janeiro, os indicadores mostravam recuperação nas vendas reais e acomodação da produção, indicando desova dos produtos em estoque. Com a reversão do quadro, a CNI acredita que haverá espaço para a geração de novos empregos no setor, sobretudo no segundo semestre. (AE)

Venda recorde de veículos em março Patrícia Cruz/LUZ

A

s vendas de automóveis e comerciais leves cresceram 21,9% em março ante fevereiro, e 5,14% na comparação com igual período de 2005, segundo informou ontem a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). No acumulado do primeiro trimestre, a alta foi de 13,48% em relação aos três primeiros meses do ano passado. "O setor de distribuição de veículos, excluindo máquinas agrícolas, apresentou não só o melhor mês de março da história, mas também o melhor resultado entre os primeiros trimestres", afirmou o presidente da Fenabrave, Sérgio Reze. Foram emplacados 395.356 automóveis e comerciais leves de janeiro a março, contra 348.403 unidades no mesmo período de 2005. Apenas no mês passado, o número foi de

Venda do primeiro trimestre foi a melhor da história para o período

148.066. Os carros bicombustíveis representaram mais de três quartos das vendas no trimestre, segundo a Fenabrave. A entidade atribuiu o bom desempenho à confiança dos consumidores na estabilidade econômica do País, apesar das incertezas no cenário político.

Queda – Já a venda de caminhões e ônibus caiu quase 2% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2005, para 22.134 unidades. A comercialização de máquinas agrícolas despencou quase 15% na mesma comparação, para 4.761 unidades. (Reuters)

Aumenta compra de imóveis usados Paulo Pampolin/Digna Imagem

A

s vendas de imóveis usados na capital paulista cresceram 4,92% em fevereiro na comparação com o mês anterior, segundo pesquisa divulgada pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo (Creci-SP). O levantamento, realizado junto a 441 imobiliárias, aponta ainda que o mercado imobiliário paulistano registrou "duas marcas significativas" no período: o recorde de financiamentos concedidos pela Caixa Econômica Federal (CEF) e o mais baixo percentual de vendas à vista de imóveis usados. Conforme o Creci-SP,

Vendas subiram 4,92% no mês

os negócios à vista representaram 60,44% do total de casas e apartamentos comercializados em fevereiro,

o menor índice desde os 69,83% registrados em janeiro do ano passado. No período, houve crescimento de cinco pontos percentuais no volume de imóveis vendidos com financiamento da CEF, para 23,56% do total. O índice de vendas de unidades usadas evoluiu de 0,4863 em janeiro para 0,5102 em fevereiro, quando foram negociados 225 imóveis. Locação – Segundo o CreciSP, o mercado paulistano de locação seguiu em tendência contrária e registrou baixa de 6,09% no número de casas e apartamentos alugados. Dos 983 imóveis locados em fevereiro, 52,29% eram casas e 47,71%, apartamentos. (AE)


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DCARRO

São Paulo, quarta-feira 5 de abril de 2006

MERCADO/ AUTOINFORME

Preço do carro zero se mantém estável Em março, queda de 0,1%. No trimestre, a alta é de apenas 0,03%.

elo terceiro mês consecutivo o Preço de Verdade do carro zero quilômetro, isto é, o preço realmente praticado no mercado, se mantém estável. A variação em março foi de 0,1% negativo e no acumulado do primeiro trimestre o índice é positivo em apenas 0,03%. A Pesquisa da Agência AutoInforme compara mês a mês os preços praticados no mercado com base na cotação da Molicar. É a primeira vez desde 1999 (quando foi iniciada a pesquisa) que o mercado se mantém estável nesse período do ano, que normalmente acumula as maiores altas praticadas pelo setor. Nos anos anteriores, o primeiro trimestre sempre apresentou aumentos em índices expressivos para compensar os descontos tradicionalmente concedidos em dezembro. No primeiro trimestre de 2005 o preço do carro zero subiu 3,83% e no mesmo período do ano anterior a alta foi de 7,67%.

P

A estabilidade nos preços está contribuindo para a situação favorável do setor, que tem comemorado recordes de vendas neste início de ano. O volume de carros, comerciais leves, caminhões e ônibus comercializado no primeiro bimestre foi 18% maior que o obtido no mesmo período do ano passado. As variações das maiores montadoras foram: Ford (- 0,30%), Fiat (- 0,16%), GM (- 0,02%) e Volks (0,19%). Em março, os importados da Jaguar foram os que mais caíram de preço. Os carros da marca fecharam o mês com queda média de 5,75%. Em seguida veio a Land Rover, com recuo de 3,28%. A Renault ficou em terceiro na lista com decréscimo médio de 2,17%. Por modelo, o New Beetle (passou por reestilização e é importado do México) foi o que teve a maior queda de preço. Em fevereiro ele custava R$ 70 mil e agora custa R$ 56 mil.


quarta-feira, 5 de abril de 2006

Empresas Estilo Nacional Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

5 Mudam os governos, mas não mudam as políticas econômicas. Roberto Setubal, presidente do Itaú

PAÍS PODE CHEGAR AO 20º LUGAR NESTE ANO

O BOM DESEMPENHO DO PAÍS É RESULTADO DA MAIOR COMPETITIVIDADE NO MERCADO EXTERNO

BRASIL SOBE NO RANKING DA OMC O 23ª Pedro Vilela/AE

Brasil subiu posições no ranking dos maiores exportadores e importadores mundiais. Segundo a classificação que será publicada na semana que vem pela Organização Mundial do Comércio (OMC), o Brasil aparecerá como o 23º maior exportador e o 27º maior importador. As novas posições do País no ranking são conseqüências de seu desempenho em 2005 no comércio exterior, mas a classificação ainda não significa uma mudança fundamental na participação do Brasil em todo o mercado internacional. Segundo dados preliminares sobre a classificação publicada anualmente pela OMC, em 2004 o País aparecia como o 25º maior exportador e conseguiu subir duas posições, superando Tailândia e Irlanda. Mas, de acordo com os economistas da OMC, uma revisão da tabela de 2004 mostra que o Brasil já ocupava a 24ª posição havia dois anos. Para 2005, porém, o aumento das exportações de mais de 20% permitiu que o Brasil ganhasse posições, já que o cres-

cimento médio das vendas mundiais foi de apenas 13%. A subida no ranking não significa ainda um aumento expressivo no mercado internacional. Os produtos brasileiros representam apenas 1,1% das exportações mundiais, ou seja, US$ 118 bilhões. Em 2004, essa taxa era de 1%. Liderança – Em 2005, a liderança no ranking, assim como em 2004, foi da Alemanha, que se beneficiou da relação entre o euro e o dólar para registrar exportações acima das vendas norte-americanas. Mas o Brasil não subiu apenas no ranking dos maiores ex-

Agricultura: governo descarta pacote por MP

O

pacote de ajuda ao setor rural será oficializado por meio de resoluções técnicas do governo e não mais por medida provisória (MP). A informação é do secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Ivan Wedekin. Em entrevista em fevereiro, o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, havia dito que negociava a edição da MP com a área econômica do governo. Agora, porém, o conjunto de medidas parece ter assumido forma mais restrita. Na última segunda-feira, fonte do governo admitiu que a idéia de reduzir impostos para produtos e para títulos de captação de recursos para o agronegócio ficaria de fora do pacote. Depois de participar de reunião da Câmara Temática de Financiamento e Seguro Rural do Agronegócio, Wedekin disse que a demora em anunciar as medidas deve-se a uma "dificuldade de agenda". Técnicos do ministério comentaram de maneira reservada que o ministro Rodrigues

Burocracia segura exportações

I

será a posição do Brasil no ranking de maiores exportadores e importadores. A classificação é feita pela OMC.

portadores. Segundo a OMC, o País ocupa hoje a 27ª posição entre os maiores compradores do mundo. Em 2004, ocupava a 29ª colocação. Apesar de subir duas posições, o Brasil representa apenas 0,7% de todas as importações mundiais. O ranking da OMC, para especialistas, tem sido um espelho da participação do comércio exterior na economia brasileira. Há cinco anos, o País representava apenas 0,9% das vendas mundiais. Para 2006, a OMC aponta que o Brasil pode chegar à 20ª posição no ranking. Para isso, teria de manter o atual nível de crescimento das exportações. Isso permitirá que o País supere Suécia, Suíça e Áustria no ranking. Os técnicos da entidade apontam que alguns fatores, porém, podem atrapalhar a colocação do Brasil no ranking. Um deles seria o comportamento do euro frente ao dólar, que poderia distorcer o valor das exportações dos países europeus que superam hoje o Brasil no ranking. Outro fator seria a própria valorização excessiva do real, que atrapalharia as exportações. (AE)

ntensificar as medidas para desburocratização e dar prioridade para a inserção das pequenas e médias empresas no mercado globalizado são iniciativas fundamentais para aumentar a capacidade competitiva do País no exterior, alertou ontem Renato Abucham, coordenador da Comissão de Comércio Exterior (CCE), da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Durante reunião da CCE, Abucham disse que apesar dos enormes superávits comerciais obtidos pelo Brasil com as suas vendas no exterior, ainda persistem muitos entraves e "complicadores" que dificultam a vida do exportador brasileiro. "A burocracia parece piorar cada vez mais", enfatizou. Outra ameaça é o real valorizado, que tira a competitividade do País no exterior. ( SLR)

não consegue espaço na agenda do presidente Lula para apresentar o plano. Caberá a Lula bater o martelo sobre as medidas, principalmente no que diz respeito à renegociação dos débitos do setor. Dívidas – O secretário afirmou que os enfoques do plano continuam sendo a renegociação de dívidas e medidas de apoio à comercialização da safra 2005/2006. No caso das dívidas, a decisão pode ser anunciada pelo Executivo e depois ratificada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em reunião extraordinária. "As medidas emergenciais não precisam de MP. Apenas as estruturais, que ficarão para um momento posterior. Aí sim sairão por MP", afirmou. Wedekin disse que uma renegociação de dívidas como a feita pelo governo em 1995 e 1998, que alongou os débitos dos agricultores por até 25 anos, "está fora da agenda política". Ele disse que a proposta defendida pelo ministério é de repactuação das dívidas de produtores que pagaram em

dia seus débitos até o dia 31 de dezembro de 2004. Técnicos do ministério disseram que a edição de uma MP agora poderia estimular os parlamentares a apresentar emendas ao texto original, o que "fugiria do controle do governo". Eles citaram como exemplo a MP 285, que renegociou dívidas de micros, pequenos e médios agricultores do N o rd e s t e , e j á re c e b e u 7 0 emendas no Congresso. Plano agrícola – Na reunião, o secretário afirmou que a intenção do ministério é lançar o Plano Agrícola e Pecuário de 2006/2007 até meados do mês de maio. Segundo ele, o governo enviou cerca de 200 questionários a representantes das câmaras setoriais e a líderes do agronegócio para saber quais são as sugestões da iniciativa privada para o plano, que estabelece as prioridades do governo para a agropecuária, os limites individuais de financiamento e as taxas de juros dos empréstimos. Durante este mês, essas sugestões serão consolidadas. (AE)

Roberto Setubal, presidente do Itaú, e William Rhodes, presidente do Citibank, durante reunião do BID

Spreads de títulos de países emergentes estão baixos, diz IFF

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presidente do Citib a n k , Wi l l i a m Rhodes, fez um alerta ontem de que os spreads dos títulos dos países emergentes estão baixos demais, por causa da enorme liquidez global, e podem não estar refletindo corretamente o risco de se investir naquelas economias. "Eu estou neste negócio há 40 anos, e nunca vi uma liquidez como a dos últimos anos", disse Rhodes. Os spreads são o adicional de rentabilidade (que reflete o maior risco) dos títulos em relação aos papéis equivalentes do Tesouro americano. Para ele, "parece haver insuficiente diferenciação entre investidores e credores sobre as economias emergentes". Segundo Rhodes, "pode-se questionar até que ponto esses s prea d s genuinamente refletem os riscos que investidores e credores estão assumindo em países que não estão perseguindo reformas econômicas de médio prazo, capazes de produzir crescimento sustentado e de produzir um ambiente de estabilidade". Rhodes é uma das principais autoridades em dívida de países emergentes na comunidade financeira internacional e liderou, por parte dos credores, a renegociação nos anos 80 da dívida externa brasileira e de outros países latino-americanos. Atualmente, ele é vicechairman do Instituto Internacional de Finanças (IFF), uma

associação internacional de bancos. Ontem, durante a reunião anual do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Rhodes deu uma entrevista à imprensa, junto com Roberto Setubal, presidente do Itaú e também vice-chairman do IIF, e Charles Dallara, diretor-gerente do IIF. Bonança – Segundo Dallara, em tempos de spread baixo, os governos atribuem a bonança a "um voto de confiança" dos investidores, o que "nem sempre é o caso". Para ele, "os países em que as políticas são mais questionáveis vão enfrentar maiores desafios à medida em que as taxas de juros (internacionais) subirem". Para Rhodes, o ambiente internacional de altíssima liquidez está próximo do fim. Ele observou que o novo chairman do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Ben Bernanke, deu sinais de que vai continuar a subir a taxa básica americana, que já se elevou de 1% para 4,75% entre junho de 2003 e março de 2006. Até agora, o aperto monetário americano afetou pouco as taxas de juros de longo prazo, às quais os títulos dos mercados emergentes são mais sensíveis. Rhodes crê, porém, que elas acabarão subindo. Na visão de Rhodes e Dallara, a grande liquidez dos últimos anos que derrubou para níveis irrisórios o retorno das aplicações de renda fixa nos países ricos, empurrou grande

volumes de capital para os países emergentes. Combinados com as melhoras macroeconômicas e com as reformas estruturais em muitas daquelas economias, os fluxos de capital contribuíram para derrubar os spreads dos títulos emergentes para níveis recordes de baixa. Eleições – Rhodes e Dallara foram diplomáticos ao falar da temporada de eleições na América Latina, que só em 2006 incluem Brasil, Venezuela e Peru, e nas quais candidatos populistas, como o peruano Olanta Humalla, vêm despontando. "Esse ciclo eleitoral é um período de teste; se virmos política econômicas sólidas, e se ocorrer um novo ciclo de reformas após as eleições, então os prognósticos são encorajadores", disse Dallara. "A época de eleições é um tempo em que os governos devem se manter vigilantes na busca de políticas econômicas sustentáveis que continuem a manter a confiança dos investidores", complementou Rhodes. Já o presidente do Itaú, Roberto Setubal, disse que as diferenças entre a esquerda e a direita diminuíram na América Latina. Na visão do banqueiro, as duas correntes políticas vêm adotando as mesmas políticas econômicas. "Mudam os governos, mas não mudam as políticas econômicas; aliás, não mudam não só quando mudam governos, mas também quando mudam ministros", disse Setubal. (AE)


São Paulo, quarta-feira 5 de abril de 2006

DCARRO

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PRODUTO

Sportvan: o novo conceito da Volks Divulgação

As vendas da SpaceFox serão iniciadas no final de abril. Produzido na Argentina, o veículo tem proposta familiar. ALZIRA RODRIGUES

A

té o final de abril a Volkswagen inicia a venda da SpaceFox, que a montadora define como o primeiro Sportvan do mercado nacional. O modelo chega nas versões Plus e Comfortline, ambas equipadas com motor EA111 1.6 8V Total Flex, que rende potência de 101 cv (gasolina) ou 103 cv (álcool). Produzido na planta argentina de General Pacheco, o novo carro foi desenvolvido no Brasil a partir da plataforma do Fox. O conceito da SpaceFox, segundo a montadora, nasceu a partir de uma síntese extraída das clínicas com compradores potenciais de peruas e minivans. Constatou-se que esses consumidores queriam um carro que reunisse dirigibilidade, porta-malas e design esportivo de station a espaço interno e versatilidade de minivan. Desenvolveu-se, então, um veículo que oferece um dos maiores vãos livres para pernas no banco traseiro e o maior porta-malas do segmento de minivans e peruas: ele varia de 430 litros a 527 litros (o banco traseiro pode conter o sistema ARS, como no Fox, que corre sobre um trilho para ampliar o bagageiro). "O SpaceFox é perfeito para a vida das jovens famílias e das pessoas modernas, que têm um estilo de viver contemporâneo, valorizam a praticidade, o espaço interno e querem um veículo que se destaque pela beleza do design e pela esportividade", afirma Hans-Christian Maergner, presidente da Volkswagen do Brasil. Tecnologia - O SpaceFox utiliza a

O modelo tem 376 mm a mais que o Fox, totalizando 4.180 mm de comprimento. A capacidade do porta-malas varia de 430 a 527 litros.

consagrada caixa de câmbio MQ-200, uma das mais modernas já produzidas pela Volkswagen, conhecida pela extrema precisão e maciez dos engates. O modelo acelera de 0 a 100 km/h em 11,1 segundos (100% de gasolina) e atinge velocidade máxima de 173 km/h. Abastecido com álcool, leva 10,8 segundos para ir de 0 a 100 km/h e tem velocidade final de 175 km/h. Outro fator positivo destacado pela Volkswagen é o consumo do veículo, um dos melhores do segmento. Com gasolina, faz, segundo a norma NBR 7024, 11,6 km/l na cidade e 17 km/l na estrada (média de 14 km/l). Já com álcool, percorre, com um litro de combustível, 7,8 km na cidade e 11 km em estrada, perfazendo a média de 9,2 km/l. O SpaceFox tem 1.660 mm de largura, 1.576 mm de altura e 2.464 mm de distância entreeixos. A grande alteração em relação ao Fox reside no comprimento (376 mm maior), que totaliza 4.180 mm. O banco do motorista tem regulagem milimétrica de altura de série nas duas versões. Possui dois encostos de cabeça com regulagem de altura no banco traseiro. O carro é repleto de porta-objetos (18 no total) nos quais motorista e ocupantes podem acomodar de livros e CDs até garrafas de água mineral de 1,5 litro. Equipado com painel de instrumentos integrados, o SpaceFox fornece leitura imediata do funcionamento do veículo. Preço - As duas versões oferecem, de série, ar-condicionado, direção hidráulica e trio elétrico. A Plus chega ao mercado com preços a partir de R$ 45.650 e a Comfort Line, R$ 47.650. Segundo a empresa, a capacidade de produção do veículo será de 4 mil a 4.500 unidades, ficando, de 2 a 3 mil direcionadas para o mercado brasileiro e o restante indo para o México e para a própria Argentina. Para quem espera um visual mais "agressivo" para o modelo, já foram iniciados os estudos da versão Cross Space Fox.


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Nacional Estilo Finanças Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 5 de abril de 2006

As administradoras devem lançar produtos para a terceira idade. Fernando Chacon

ECONOMIA DÁ SINAIS DE AQUECIMENTO

AGÊNCIA INTERNACIONAL DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS DESTACA FUNDAMENTOS POSITIVOS DO BRASIL

FITCH VÊ MELHORA NA ECONOMIA A Selic: apostas em 3,5

agência internacional de classificação de risco Fitch avaliou ontem que, desde o fim do ano passado, alguns fundamentos importantes do Brasil apresentaram melhora. A agência lembrou que em outubro, quando colocou a nota soberana BB- atribuída ao Brasil em perspectiva positiva, havia ressaltado que a dinâmica da dívida pública, a perspectiva para os juros e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) seriam fatores importantes para uma melhora da classificação do País. "Além disso, frisamos que uma maior certeza sobre a continuidade da política macroeconômica no governo que assumirá em 2007 seria determinante para uma melhora contínua da qualidade de crédito do País", afirmaram, em relatório, os analistas da agência Roger Scher e Morgan Harting. Riscos menores — Um dos fatores que indicam a melhora dos fundamentos é a queda da exposição do setor público do Brasil ao risco cambial e aos credores internacionais. Além disso, as expectativas inflacionárias ficaram mais moderadas e as taxas de juros caíram. "Com uma performance sólida do balanço de pagamentos, com os ratings de dívida

por cento é a estimativa da Fitch para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro neste ano e em 2007. externa declinando e com a inflação sob controle, as taxas de juros reais deveriam continuar caindo, sustentando uma melhora no crescimento econômico e aliviando as pressões sobre as finanças públicas", afirmaram. A Fitch prevê que o PIB brasileiro crescerá 3,5% neste ano e também em 2007. Mas, apesar dessas melhoras, observaram Scher e Harting, a crise política paralisou o processo de reformas econômicas. "Desde que o escândalo de corrupção atingiu um nível febril em 2005, as reformas foram suspensas, exceto a eliminação dos impostos no mercado de renda fixa para os investidores não residentes." A Fitch afirmou que as finanças públicas do Brasil são comparáveis às de outros paí-

ses classificados na categoria BB. "No lado negativo dessa comparação, a dívida brasileira é muito alta em termos de PIB e de curta duração, e a capacidade do governo para reduzir sua carga da dívida é desfavorável, se comparada à dos demais países", escreveram. "No lado positivo, a exposição do setor público ao risco cambial ou a mudanças no sentimento dos credores internacionais é menor do que na maioria dos países classificados como BB ou BB-." Além disso, acrescentou a agência, a arrecadação tributária do País é relativamente mais elevada. Dívida — A Fitch estima que o governo vai recomprar cerca de US$ 15 bilhões da dívida externa neste ano, reduzindo tanto os depósitos do Tesouro no Banco Central (BC) como as reservas oficiais do País (que serão compradas pelo Tesouro do BC para adquirir bônus nos mercados). "Os depósitos do Tesouro vão cair em cerca de R$ 35 bilhões, deixando cerca de R$ 65 bilhões disponíveis para lidar com qualquer problema nos leilões domésticos da dívida, como os vistos durante as eleições de 2002", disseram. A agência destacou também a melhora dos indicadores do balanço de pagamentos do País. (AE)

corte de 0,75 ponto

O

crescimento da produção industrial acima do esperado em fevereiro vai novamente fortalecer a aposta em um corte de 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros da economia brasileira (a Selic) neste mês, segundo avaliam analistas de bancos estrangeiros. "Os mercados estavam começando a flertar com a idéia de um corte de 1 ponto percentual nos juros em abril", disse o economista sênior do Dresdner Kleinwort Wasserstein, Nuno Camara. "Entretanto, esses números fortes da produção industrial deverão mudar a balança de volta a 0,75 ponto", observou Camara. Quando a economia dá sinais de aquecimento, normalmente o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) lança mão de política monetária mais apertada para evitar alta da inflação. De acordo com o economista, o desempenho da indústria

em fevereiro é mais um indicador de que a recuperação da economia brasileira já está em curso. "Além disso, o comportamento desse setor sugere que o ajuste nos estoques do quarto trimestre de 2005 foi agora encerrado." Camara observou que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro neste ano poderá ser maior do que o previsto pelos mercados, principalmente no que se refere aos gastos dos consumidores. "Especialmente levando-se em consideração o esperado impacto na atividade do aumento no salário mínimo e a expansão fiscal no quarto trimestre de 2005", disse. "Por isso, uma revisão da estimativa de crescimento do PIB em breve não deve surpreender." Sustentabilidade — Na opinião do economista, o Banco Central não tem nada contra um crescimento maior, desde que não cause inflação. "O acentuado aumento no inves-

timento é positivo para a sustentabilidade da recuperação." Por isso, Camara mantém a aposta de corte de 0,75 ponto na Selic em abril e prevê que a taxa encerrará o ano em 13%. O economista José Carlos de Faria, do Deutsche Bank, acredita que o desempenho da produção industrial é consistente com uma recuperação na demanda agregada ancorada na expansão do crédito, na inflação em queda, no aumento da renda e na maior confiança no setor empresarial e entre os consumidores. "Os números também sugerem que a recente desaceleração no setor industrial estava relacionada a um ciclo dos estoques que pode estar sendo encerrado", afirmou Faria. "Os números da produção industrial reforçam nossa expectativa de um corte de 0,75 ponto percentual na Selic em abril", acrescentou. A reunião do Copom neste mês está marcada para os próximos dias 18 e 19. (AE)

Terceira idade na mira dos cartões

O

s brasileiros com mais de 60 anos são o novo alvo das administradoras de cartões de crédito. O aumento da expectativa de vida da população e a permanência de pessoas nessa faixa de idade no mercado de trabalho devem contribuir para um crescimento de até 24% neste ano no número de plásticos em posse do público idoso, contra uma expansão de 20,3% esperada para toda a indústria de cartões de crédito do País. Estudo divulgado ontem pela administradora Credicard mostra que, apesar de as pessoas com mais de 60 anos de idade representarem atualmente apenas 8,4% da base de cartões em circulação (cerca de 5,6 milhões de plásticos), há uma enorme lacuna a ser preenchida. No ano passado, os gastos com cartões feitos por pessoas dessa faixa etária somaram R$ 13,6 bilhões, o equivalente a 10,7% do faturamento desse mercado. "Os gastos desse público hoje já são mais elevados do que a média do mercado, favorecidos pela renda mensal, que é

maior do que a média da população economicamente ativa no País", disse o diretor-executivo de Marketing da Credicard, Fernando Chacon. "Atentas a esses números, as administradoras devem lançar novos produtos e campanhas direcionadas para a terceira idade", acrescentou. A renda média das pessoas com mais de 60 anos economicamente ativas é de R$ 780, contra R$ 713,7 das pessoas com menos idade. Além disso, 85% dessa renda são constituídos por aposentadorias e pensões, o que reduz os riscos de inadimplência. Produto — Segundo Chacon, as campanhas de marketing desenvolvidas pelas empresas de cartões até agora focavam no público com menos de 65 anos, limite que deverá subir já no curto prazo. A própria Credicard, de acordo com o executivo, estuda o lançamento de produtos exclusivos para essa faixa de idade. "O crédito consignado foi uma aposta para esse público que deu certo. Só que os bancos sabem que nem todas as

contratações serão renovadas, enquanto o cartão de crédito poderá fazer parte do hábito de consumo dessas pessoas", destacou Chacon. O executivo disse que é possível ainda que o cartão acabe diminuindo a procura por crédito consignado, na medida em que permite o parcelamento de compras sem a cobrança de juros. Atualmente, as pessoas com mais de 60 anos que possuem cartão de crédito utilizam o serviço de parcelamento em 36% das compras, contra a média de 47% registrada por toda a indústria no Brasil. Por outro lado, preferem pagar as compras em um prazo mais longo do que a média — 33,3% do total de compras parceladas são com prazos superiores a quatro vezes, contra 26,3%, que é a média de mercado. "Essas pessoas poderão recorrer cada vez mais ao uso do cartão na hora de comprar produtos de alto valor agregado, em vez de usar o crédito consignado, em que as taxas de juros variam de 2,5% a 3,5% ao mês", disse Chacon. Adriana Gavaça

Bradesco: foco nos corporativos

D

epois de adquirir as subsidiárias da American Express no Brasil, o Bradesco, um dos principais emissores de cartões de crédito do mercado brasileiro, se prepara para ganhar terreno no mercado de plásticos corporativos. "Vamos lançar no próximo mês mais produtos voltados para o cliente empresa", informou o gerente de Planejamento de Negócios de

Cartões do banco, Octacílio Morrone de Carvalho. O segmento de cartões voltados para pequenas, médias e grandes companhias encerrou o ano passado com faturamento próximo a R$ 8 bilhões. Mas o índice de penetração do produto no mercado brasileiro ainda estaria abaixo dos 10%. "O potencial desse mercado é de R$ 120 bilhões", disse a diretora de Vendas de Produtos

Corporativos da Mastercard, Regina Rocha, durante o 11º Congresso e Exposição Internacional de Cartões, Serviços e Tecnologias, o Cards, que termina hoje em São Paulo. Maior controle e centralização das despesas e separação de gastos pessoais dos referentes à empresa estão entre as vantagens dos cartões corporativos, segundo Regina. Roseli Lopes


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 5 de abril de 2006

7

18,3

por cento foi o crescimento no número de consultas ao Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) entre fevereiro e março.

4/4/2006

Informe Publicitário

FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Situação em 03/04/2006 Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda

Fundo P.L. do Fundo Empresarial LP ....................... 2.464.259,04 Lastro Performance LP ......... 941.834,87 Múltiplo LP .............................. 2.697.759,87 Esher LP .................................. 2.467.952,10 Master Recebíveis LP ........... 232.964,03

Valor da Cota Subordinada 1.018,893408 992,645326 1.023,856073 1.005,067814 954,946395

% rent.-mês 0,1137 - 0,0100 - 0,0550 0,0502 0,1622

% ano 4,2911 - 0,7355 2,3856 0,5068 - 4,5054

Valor da Cota Sênior 0 1.014,326173 1.020,558463 0 0

% rent. - mês 0,0613 0,0667 -

% ano 1,4326 2,0558 -

rating AA-(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)

DC

COMÉRCIO


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 -.OPINIÃO

quarta-feira, 5 de abril de 2006

RESENHA

NACIONAL

MÁRCIO THOMAZ, À ALTURA DE LULA

Nada de mais grave aconteceu no período democrático do que a invasão do sigilo bancário de Francenildo Costa e seu suposto pai Desde que o País voltou a ser uma democracia, nada de mais grave aconteceu, no que concerne ao Estado de Direito, do que a invasão do sigilo bancário de Francenildo Costa e de seu suposto pai biológico. Aqui mesmo já argüiu-se a responsabilidade de Bastos, quando menos por causa de sua omissão. Que dois assessores seus tenham participado de uma reunião em que aquele esbulho foi tramado, eis um desses escândalos que escancaram a natureza de um governo. Ora, é óbvio que ninguém é obrigado a compactuar de uma trama. Pegue-se o exemplo de Murilo Portugal: entre a primeira onda de boatos, dando conta de que ficaria no governo, e a segunda, informando o pedido de demissão, terá acontecido o quê? A resposta me parece bem simples: Portugal é um homem de bem. E disse a si e ao país: “Estou fora dessa sujeira”. Mas e os outros?

Desenvolvimento e inflação BENEDICTO FERRI DE BARROS

A

ciência econômica e a compreensão de seus fatos continua, nos dias correntes, dominada pela visão keynesiana. A seu tempo ainda não ocorrera a revolução tecnológica da informática, nem o renascimento das nações orientais, macro-eventos globais que podem, de certa forma, relegar para o arquivo da História Econômica a teoria dos ciclos, segundo a qual períodos de prosperidade seriam inevitavelmente sucedidos por períodos de depressão econômica. No horizonte das perspectivas atuais essa possibilidade não é visível, embora possa vir a ocorrer em virtude de novos fatores hoje igualmente invisíveis. Mas um dos pontos capitais da teoria e da política prática keynesiana parece completamente esquecido e secundarisado tanto pelos formuladores de políticas econômicas quanto por seus analistas. Embora se aceite como dogma indisputável, a formulação keynesiana de que desenvolvimento depende de investimento, esquece-se o fato de que inexiste investimento sem que haja inflação. Quando seus discípulos, que integravam o think-tank do New Deal de Roosevelt sugeriram a política de gastos deficitários por parte do governo para prover investimentos que a economia privada não tinha disposição nem condições de fazer, estavam preconizando uma política de inflacionamento como recurso contra a deflação. Keynes chegou a formular em números quanto se deveria incorrer em déficit para se sair da crise.

TRECHOS DO COMENTÁRIO DE REINALDO AZEVEDO NO SITE DA REVISTA

PRIMEIRA LEITURA WWW.PRIMEIRALEITURA.COM.BR

M árcio: movimento para desestabilizar Lula.

Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Alencar Burti, Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br), Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Marcos Menichetti (marcosm@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Adriana Gavaça, André Alves, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046 Tiragem média diária de 25.646 exemplares, conforme auditoria realizada na semana de 13 a 17 de junho de 2005

Auditado pela

A PRESIDÊNCIA DO BC Céllus

A

JOÃO DE SCANTIMBURGO

A esta hora do dia, Daniel Goldberg, secretário de Direito Econômico, e Cláudio Alencar, chefe de gabinete de Bastos, já deveriam ter-se demitido ou ter sido demitidos, sendo inadmissível apenas que permaneçam em seus cargos. Em vez disso, põe-se em curso o de sempre. Bastos já disse, aqui e ali, que considera haver um movimento para desestabilizar o presidente Lula. É uma falácia. A suposição tem servido para que as agressões à democracia se façam nas sombras. Márcio Thomas Bastos, aqui já se disse, é o ministro da Justiça certo para um governo que precisa de um criminalista. Que ajude Lula com suas manhas e artimanhas jurídicas, vá lá; que dois assessores seus participem de um encontro em que se vai conspirar contra a legalidade, bem, aí já parece um pouco demais. E, no entanto, nada vai acontecer. Quando o valerioduto veio à tona, tem a marca de Bastos a invenção de que tudo não passava de Caixa Dois, crime eleitoral prescrito, que a todos igualaria. Sua gestão ficará também marcada por operações espetaculares da Polícia Federal, em que os “condenados” de véspera foram expostos à execração pública antes mesmo que soubesse direito do que eram acusados. Vai passar.

Está implícita nessas formulações que como inexiste desenvolvimento sem investimento, também inexiste investimento sem tendência inflacionária. Pela simples razão de que quando se investe se aumenta a demanda sobre os recursos disponíveis e se distribui renda, ao passo que o aumento da oferta pelo aumento da produção só vem posteriormente, como decorrência. A idéia de que investimentos com poupança externa disponível elimina o aumento da demanda de recursos internos e a maior distribuição de renda interna não corresponde à realidade dos fatos.

H

á na economia brasileira, não meramente por efeitos conjunturais, mas estruturais, uma pressão irredutível para o desenvolvimento, para investimentos que atendam às possibilidades e necessidades de crescimento do País, sem o que será inviável atender às prementes urgências de suas estruturas, seja a de suas deficiências sociais. A obsessão com as pressões inflacionárias irremovíveis dessa situação têm resultado no pior dos resultados possíveis: um desenvolvimento que não acompanha a voga da prosperidade mundial e nos coloca apenas acima do...Haiti! A bem ver as coisas o dilema brasileiro não decorre, porém, de uma escolha entre investimento com inflação mas de gastos políticos sem produção correspondente. Não temos investimentos mas a inflação persiste como força presente.

O pior dos resultados possíveis: gastos políticos e fraco desenvolvimento. Sebastião Moreira/AE

minha primeira tentação, e acho que a de todo mundo que preza o Estado de Direito, é pedir a cabeça de Márcio Thomas Bastos, ministro da Justiça. Há uma penca de razões para isso. A cada dia, soma-se um fato novo a um histórico bem complicado. Quis o destino que um dos príncipes do Direito brasileiro chegasse ao posto mais alto da Justiça no Executivo para aviltá-la. Sempre soube transitar no establishment, pré e pósditadura, mostrando-se, antes de mais nada, um excelente biógrafo de si mesmo. Como disse, escrevo disposto a pedir sua cabeça. Mas não peço. O governo Lula tem um Ministério da Justiça à sua altura.

Malha Fina: soluções PAULO ANTENOR DE OLIVEIRA

A

cada ano, aumenta o número de contribuintes que têm suas declarações retidas para uma melhor análise por parte da Secretaria da Receita Federal, o que se chama comumente de Malha Fina. Esse crescimento é sinal de melhoria na eficiência da Receita Federal, que ampliou os parâmetros a serem analisados. Assim, a compra de imóveis, aquisição de veículos, gastos com cartões de crédito, retenção de CPMF, podem ser citadas como alguma das informações que passaram a ser verificadas mais recentemente. No entanto, ao mesmo tempo em que há que se comemorar o aumento de informações vistoriadas, percebe-se claramente que a verificação destes itens por parte da Secretaria da Receita Federal tornou-se mais lenta. Em algumas unidades do Fisco ainda está sendo processada a malha do exercício fiscal de 2001. Basta ir a qualquer Centro de Atendimento ao Contribuinte e verificar que vários contribuintes têm sido privados de um atendimento conclusivo sobre a Malha Fina. Legalmente, a Receita Federal dispõe de até cinco anos para efetuar as contestações que achar conveniente nas declarações de renda. No entanto, esse prazo não precisa necessariamente ser todo utilizado. É importante verificar as causas e ao mesmo tempo propor soluções para buscar o equilíbrio entre a necessidade da Receita Federal em fiscalizar e o respeito ao contribuinte, não permitindo que sua situação perante o Fisco fique indeterminada por mais tempo que o necessário: A) Hoje na SRF, do total de 7.696 mil fiscais, apenas 1.645, ou seja, cerca de 20% estão efetivamente atuando na fiscalização. Evidentemente que não só dos contribuintes pessoas físicas, de quem tratamos neste artigo, mas de todos, pessoas físicas e jurídicas. A solução seria a melhor alocação da mão de obra de todos os servidores da Carreira de Auditoria da Receita Federal. B) A retirada dos técnicos da Receita Federal

da análise das declarações retidas em malha trouxe conseqüente piora no atendimento ao contribuinte. Apenas a título de exemplo, em algumas unidades da SRF, cerca de 90% dos atendimentos da Malha Fina poderia se dar nos Centros de Atendimento ao Contribuinte, de forma conclusiva. A situação pode piorar se o PLC 20/2006, que está sendo analisado no Senado Federal e que cria a Super-Receita, não for alterado. O projeto de lei não deixa clara a incumbência de orientação ao contribuinte, ao dizer apenas que essa é uma atividade privativa do fiscal. Se este ponto não sofrer alteração, o contribuinte não receberá sequer orientação nos pontos de atendimento da Receita Federal. A solução seria retomar a Malha Fina como era até 1999, com a participação de todos os servidores da carreira de Auditoria e corrigir o erro no PLC 20/2006. C) O sistema que os servidores utilizam para analisar as declarações é lento e, muitas vezes, fica paralisado por dias, o que inviabiliza o acesso às informações que deveria disponibilizar. A solução seria ampliar os investimentos na área tecnológica, o que vem sendo feito, porém sem uma resposta concreta ao problema que já perdura demasiadamente.

O

Sindireceita vem demonstrando, rotineiramente, o mau funcionamento da malha fiscal, que gera uma longa espera para o contribuinte. É preciso repensar essa realidade e oferecer ao contribuinte o maior número possível de verificações, mas que também garanta uma rápida solução em caso de problemas. A Secretaria da Receita Federal deve buscar um sistema que atenda as necessidades do Fisco, mas que principalmente, respeite o contribuinte. PAULO ANTENOR DE OLIVEIRA É PRESIDENTE DO SINDICATO NACIONAL DOS TÉCNICOS DA RECEITA FEDERAL PA@SINDIRECEITA.ORG.BR

A Super-Receita vai complicar o atendimento a quem caiu na Malha Fina

uando Alan Greenspan anunciou que não aceitaria continuar na presidência do Federal Reserve, o mundo focalizou em retrospectiva a sua obra como presidente da grande instituição da política monetária dos EUA, e, por via de conseqüência, da economia planetária. Vêm estas breves considerações a propósito de notícias sobre o Banco Central do Brasil que, se noticiou, seria independente; quer dizer, uma vez nomeado seu presidente, seria ele inamovível. Nada disto tem realidade num país chamado Brasil. No passado, Roberto Campos informou que ele e o ministro Octávio Gouvea de Bulhões foram em audiência com o presidente Costa e Silva para tentar obter a independência do Banco Central, e receberam como resposta que o BC continuaria dependendo do presidente da República.

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Nem sempre presidentes da República têm competência em economia, e essa falha não é demérito com o atual. esse um dos nossos males, pois nem sempre presidentes da República têm competência em economia e finanças, e essa falha não é demérito com o presidente atual. Se independente fosse o Banco Central, seriam evitadas crises na área econômico-financeira, provavelmente o ministro Antonio Palocci não teria se demitido ou não seria defenestrado, como ocorreu. Os pais fundadores dos EUA compreenderam que economia e finanças devem ser sonegadas aos arranques e recuos da política partidária e da influência direta da citada megera nos negócios, que devem estar protegidos das injunções. Evidentemente, não conheço o Brasil como pretendo conhecê-lo e espero que um dia o BC seja independente dos envolvimentos políticos. Enquanto esse dia não chega, o banqueiro Henrique Meirelles que se considere em face do presidente da República um presidente independente. É uma hipótese da Teoria dos Jogos.

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JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 5 de abril de 2006

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Política

A pior coisa que pode acontecer é a CPMI dos Correios acabar sem a aprovação de um relatório final. Senador Renan Calheiros (PMDB), presidente do Congresso

GOVERNO E OPOSIÇÃO SE UNEM PARA FECHAR UM RELATÓRIO COMUM A SER VOTADO HOJE NA COMISSÃO

ACORDO PODE ENTERRAR CPMI Lula Marques/Folha Imagem

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PT: SEDUZIDO POR VALÉRIO.

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PT foi seduzido pelo empresário Marcos Valério a participar do chamado "valerioduto" e aderir à prática do caixa 2. É o que conclui o substitutivo global apresentado ontem pelo PT como contraponto ao relatório do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR). Redigido pelo deputado Jorge Bittar (PT-RJ), o relatório petista substitui a expressão "mensalão" por "esquema Marcos Valério" e "caixa 2", sustenta que o esquema foi montado pelo empresário durante o governo do PSDB em Minas, em 1997, e repassado ao PT em 2003, quando o partido foi, então, seduzido pela proposta. Para explicar como o PT entrou no esquema, o relatório petista detalha os empréstimos de Marcos Valério para o então governador tucano Eduardo Azeredo (MG), que recebeu mais de R$ 9 milhões do empresário para sua campanha da reeleição em 1998. "Descobriu-se ali o DNA do esquema Marcos Valério", afirma o texto. O parecer diz também: "Há evidências de que Marcos Valério manteve relacionamento constante e intenso com o senador (então governador) Eduardo Azeredo,

Dida Sampaio/AE

Sergio Lima/Folha Imagem/21-02-2006

ACM Neto: PT fez acordo sobre indiciamentos relativos aos fundos.

desde a campanha, em 1998." Mensalão – O relatório petista diz que não se sustenta a afirmação de Serraglio sobre a existência de um suposto mensalão como compra de consciência de parlamentares para votação em favor de projetos do governo. Com base neste raciocínio, retira a proposta de indiciamento dos parlamentares que receberam do "valerioduto", propondo que o Ministério Público aprofunde as investigações. E subtrai da lista de indiciados os ex-ministros José Dirceu, Luiz Gushiken e o ex-presidente do PT José Genoino. Sobre Lula, o PT manteve o

Beto Barata/AE/07-10-2002

texto de Serraglio de que ele foi avisado do "mensalão" por Roberto Jefferson e mandou apurar. O PT também propõe que o Ministério Público continue investigando Genoino, o ex-assessor do PP João Cláudio Genu, o ex-tesoureiro do PL Jacinto Lamas, o petista Vilmar Lacerda (DF), o ex-tesoureiro informal do PTB Emerson Palmieri, o ex-ministro Anderson Adauto e a publicitária Zilmar Fernandes, sócia de Duda Mendonça. São mantidos os pedidos de indiciamento de Duda Mendonça, Delúbio Soares e Sílvio Pereira. E três novos parlamentares são incluídos: o ex-líder do PSDB na Câmara Cus-

DENÚNCIAS JÁ CONTAMINAM ELEIÇÕES

O MEU NOME (AINDA) É ÉNEAS deputado Enéas Carneiro (Prona-SP) voltou ontem à Câmara depois de uma licença médica e quase não foi reconhecido: famoso pelo bordão "Meu nome é Enéas" e pela barba grande, chegou barbeado à Casa. Enéas teve uma inflamação no estômago e uma pneumonia, mas está recuperado e anunciou: concorrerá, de novo, à presidência da República. Será a quarta vez que ele se candidata. A primeira foi em 1989. Apenas em 2002, ele desistiu, tentou a Câmara dos Deputados e foi eleito com 1,7 milhão de votos, recorde na história do País. Dessa vez, terá de contar apenas com o bordão para ser reconhecido. Até outubro, dificilmente, conseguirá recuperar a famosa barba. (AE)

O

tódio Mattos (MG) e os deputados Romel Anísio (PP-MG) e José Militão (PTB-MG). Fundos – O texto dos petistas também retira do relatório de Serraglio todos os indiciamentos relativos a fraudes na Prece, o fundo de pensão da Cedae. O sub-relator de Fundos de Pensão, o deputado ACM Neto, acusou o ex-governador Anthony Garotinho de ter feito acordo com o PT para suprimir fatos relativos à Prece. Durante a CPMI, o dep u t a d o C a r l o s Wi l l i a m (PMDB-MG), do grupo Garotinho, defendeu o fundo de pensão. "Isso é um absurdo. Para o PT não houve nenhuma irregularidade comprovada. Fizeram um acordo com Garotinho", protestou ACM Neto. O documento do PT pede, por outro lado, o indiciamento do dono do banco Opportunity, Daniel Dantas, pelos mesmos crimes que Marcos Valério: tráfico de influência, corrupção ativa e supressão de documentos. Mas livra do indiciamento o lobista Nilton Monteiro, o responsável pela divulgação da lista de Furnas, com políticos do PSDB e PFL. O substitutivo reconhece que há dúvidas sobre a autenticidade da lista. (Agências)

debate eleitoral deste ano começa a ficar contaminado pela avalanche de acusações e o tiroteio deflagrado contra o PT e o PSDB. A avaliação é do cientista político e pesquisador Marco Antônio Carvalho Teixeira, da Pontifícia Universidade Católica (PUC) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo. Carvalho destaca que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato à reeleição, e o pré-candidato a presidente Geraldo Alckmin (PSDB) são postos no centro desses escândalos e deverão passar boa parte da campanha rebatendo as acusações, que começam a ganhar força neste momento. "Com certeza, essas denúncias deverão ser utilizadas pelos dois lados como arma de campanha."

Para o cientista político, neste momento, o desgaste de Lula é maior "porque a indignação, principalmente dos formadores de opinião, com a grave violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa ('Nildo'), é muito grande". De acordo com Teixeira, a queda de Palocci é um abalo forte na área econômica, único pilar da gestão Lula que resistia a toda a avalanche de escândalos que atingiu a administração federal. Na análise sobre Alckmin, ele destaca que as recentes denúncias podem comprometer a imagem do tucano. "Nas próximas pesquisas eleitorais, já será possível avaliar o desempenho do exgovernador, não apenas pelos índices de preferência, mas pelos índices de rejeição."(AE)

Factoring

DC

Membros da CPMI dos Correios reunidos com o presidente do Congresso, Renan Calheiros: necessidade de aprovar um relatório final.

arlamentares gover- chegar a um acordo. Além dele, nistas e oposicionis- integram o grupo Amaral, Sertas resolveram na úl- raglio, Rands e os deputados tima hora buscar um Antônio Carlos Magalhães Neacordo para tentar aprovar ho- to (PFL-BA) e Eduardo Paes je um relatório na Comissão (PSDB-RJ). "O relatório do PT é Parlamentar Mista de Inquéri- um suicídio. Eles viram que fito (CPMI) dos Correios. En- zeram besteira e agora querem quanto apresentavam na co- conversar", disse ACM Neto. Foi aberta no início da noite missão um texto alternativo que contesta quase todas as de ontem uma sessão para disconclusões do relatório produ- cutir as propostas de mudança zido pelo deputado Osmar no relatório de Serraglio. A sesSerraglio (PMDB-PR), os pe- são deveria se estender até tistas aceitaram senmeia-noite e recotar para negociar. meçar às 10h. Numa reunião coMudanças – O remandada pelo presilator mostrou-se disdente do Congresso, posto a fazer algusenador Renan Ca- Demos um passo mas concessões. Avilheiros (PMDB-AL), importante para sou que aceita pedir foi designado um a condução de o indiciamento do banqueiro Daniel grupo de seis parla- um relatório mentares para proDantas, como defenúnico. por alterações no padem os petistas. Para Deputado petista agradar ao PTB, o rerecer de Serraglio. "Demos um passo Maurício Rands lator também aceiimportante para a tou reescrever a parcondução de um rete do relatório em latório único", disse, que trata do pagaao fim do encontro, o mento de parlamentares para mudar de deputado Maurício Rands (PT-PE), prin- Não é possível partido. Serraglio avisou, porém, que cipal autor do pare- não termos um cer paralelo apresen- relatório final. É não aceita mudar o conceito de "mensatado pelos petistas. O preciso ter grupo, chamado de lão" e dizer que hou"comissão de siste- cuidado com o ve apenas caixa 2. "Se matização", terá até que fizermos quiserem fazer a opas 16h de hoje para porque, ção por caixa 2, eles buscar entendimen- infelizmente, a que arrumem votos to, mudar pontos do para isso", afirmou. nossa imagem relatório de Serraglio "É uma alternativa e entregar à comis- está no chão. que escolheram e são um novo texto. Senador Delcídio não pensaram no tiUm dos temas mais Amaral (PT) ro de canhão que estavam aprontando", polêmicos é o chamado "mensalão". completou, ao voltar Temor – Apesar da tentativa, a afirmar que a substituição do os integrantes da CPMI admi- "mensalão" por caixa 2 dá martem que são grandes as chances gem para a abertura de processo de não se chegar a um consenso. por crime de responsabilidade Neste caso, haveria uma dispu- contra o presidente Luiz Inácio ta voto a voto. A falta de enten- Lula da Silva. dimento preocupa a CPMI, cujo Votos – Governo e oposição término é segunda-feira. O te- passaram o dia contando os vomor é que a comissão acabe sem tos. A margem para qualquer ter aprovado nenhum relatório dos lados é pequena. Um dos final, a exemplo do que aconte- fiéis da balança é o vice-presidente da CPI, deputado Asdrúceu na CPMI do Banestado. A comissão analisará os 37 bal Bentes (PMDB-PA). Ligado votos em separado apresenta- ao deputado Jader Barbalho dos ao relatório de Serraglio e (PMDB-PA), Bentes é contabilitentará chegar a um texto de zado como voto pró-governo. consenso. Nos temas sem acor- Mas hoje afirmou que pretende do, serão votados emendas e votar a favor do relatório de Serdestaques para alterar o docu- raglio. "Votar contra esse relatómento. Serraglio disse, depois rio é caixão e vela preta", afirde uma reunião dos integran- mou o paraense. (AE) tes da CPMI com Renan, que o texto poderá mudar em alguns pontos, mas que há uma "espinha dorsal" intocável. "Não vou fazer nenhum entendimento para fazer vergonha", afirmou o relator. "A pior coisa que pode acontecer é a CPMI dos Correios acabar sem a aprovação de um relatório final", disse Renan Calheiros, momentos antes de se reunir com os integrantes da comissão e o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP). "Não é possível não termos um relatório final. É preciso ter cuidado com o que fizermos porque, infelizmente, a nossa imagem hoje está no chão", observou o presidente da CPI, senador Delcídio Amaral (PT-MS). Consenso – O deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP) reconheceu que há chances de não se

O que é Factoring? É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa. Entre em contato conosco Empresa filiada PABX (11) 6748-5627 (Itaquera) à ANFAC 6749-5533 (Artur Alvim) E-mail: falecom@finanfactor.com - www.finanfactor.com


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

Nacional Empresas Estilo Finanças

quarta-feira, 5 de abril de 2006

Lojas de luxo como a La Patisserie confeccionam ovos com formatos e sabores diferenciados

BRASILEIRO CONSOME 2,12 KG DE CHOCOLATE POR ANO

Divulgação

Come chocolate , pequena: Come chocolates! Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates. Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria. Come, pequena suja, come! Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes! Mas eu penso, e ao tirar o papel de prata, que é de folha de estanho, Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida. Fernando Pessoa (Álvaro de Campos), Tabacaria

Ovos de Páscoa para paladares requintados

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ata importante para o calendário varejista, a Páscoa, com a costumeira troca de ovos, registra considerável aumento de demanda por chocolates nos meses de março e abril. Neste período, as vendas de chocolate em geral praticamente dobram se comparadas aos outros 10 meses do ano. Com média de consumo de 2,12 quilos por ano, o brasileiro, hoje, é o terceiro maior consumidor de chocolates do mundo, atrás, apenas, de suíços e ingleses. Não é de se estranhar, portanto, que depois do Reino Unido, o País seja o maior fabricante de ovos de Páscoa do planeta, com produção estimada em 20,4 mil toneladas – e só o Estado de São Paulo consome a metade. Apesar da constatada vocação para chocólatra, o consumidor, neste ano, está preocupado com os preços. O aumento médio nos ovos foi de 10% em relação ao ano passado. Um dado que não intimidou os grandes atacadistas, que, animados, encomendaram 16% a mais de ovos de chocolate que em 2005, certos de que após o dia 16 terão registrado um crescimento de 12% nas vendas comparativamente ao ano anterior. A expectativa é baseada nas inovações oferecidas pelos fabricantes em brindes, formatos e embalagens. Na Chocolat du Jour, por exemplo, novidade é o que não falta. O ovo de chocolate ao leite e crocante, dedicado aos corações apaixonados, traz no recheio a frase "Te Amo". Acompanhado de um casal de coelhinhos de pelúcia, custa R$ 235 (1,2 kg). Já a caixa de 200 g chamada Surprise (R$ 58,60) inova com o brinde, um acessório para celular. Crianças de todas as idades, porém, derretem-se diante dos Coelhinhos Coloridos (R$ 59,80/250 g), todos de pelúcia e recheados. As Joaninhas, outra tentação, carregam um ovo especial de nougat (R$ 89/200 g). Outra marca de prestígio, a Payard quer supreender os paladares mais exigentes com opções à base de chocolate meio-amargo ao rum (entre R$ 18 e R$ 87), Marshmellow e Noir (ambos a R$ 47). Por sua vez, La Patisserie Café & Delícia aposta em uma irresistível dobradinha: chocolates e castanhas. Criação do chef Marc Gonzalez, a linha traz diferentes tipos (amargo, meio-amargo, ao leite e branc o ) e m t rê s c o m b i n a ç õ e s : amêndoas, castanhas e avelãs (todas a R$ 65,5 Kg). Na Le Vin Patisserie, a sensação são os ovos crocantes com amêndoas caramelizadas, encontrados nos tamanhos 70 g (R$ 16,25), 180 g (R$ 40), 300 g (R$ 60) e 800 g (R$ 147,50). Copa do Mundo – Na tradicional Brunella, os sabores do Brasil ganham destaque em ano de Copa do Mundo. Com a casca feita de chocolate meio-amargo e recheada com cocada mole e bombons, o Ovo Cocada (R$ 40/300 g) repete o

Fotos: Leonardo Rodrigues/Hype

sucesso de sua inspiração, a torteleta junina do mesmo sabor. Em homenagem à seleção brasileira, o Ovo Copa (R$ 41/300 g) é recheado com ganache sabor cola e deliciosas bolinhas de futebol de chocolate. A linha de ovos ainda inclui modelos variados, com opções de chocolate ao leite entre R$ 5,80 (40 g) e R$ 106,60 (900 g), crocante (de R$ 39,60 a R$ 114,60), diet (R$ 50,40) e brigadeiro (R$ 45,30). Ainda no circuito das dicas mais descoladas, o badalado Clube Chocolate também apresenta a linha de Páscoa. Macadâmia, a grande novidade na produção de ovos da marca, passa a integrar o time de iguarias, que se completa com gianduia, praliné de amêndoas e nutella. O Ovo Macadâmia, de chocolate ao leite com macadâmias torradas e bombons sortidos, está disponível em três tamanhos: 500 g (R$ 98), 1 kg (R$ 228) e 5 kg (R$ 1,1 mil). Qualidade – Paladar apurado, bolso recheado. O segmento luxo no setor de chocolates também tem seus fiéis consumidores. Sempre que vem a São Paulo, o empresário Marcelo Brasil, do Maranhão, não resiste e acaba dando uma passada na Chocolat du Jour. Amante de trufas feitas com chocolate meio-amargo, desta vez ele teve a atenção desviada para as novidades de Páscoa. Entre caixas de bombons e ovos que variam de R$ 39 (200 g) a R$ 767,80 (4 kg), ele justificou o fato de não fazer economia. "Se é para pecar, então vamos pecar com qualidade", ponderava, sem complexo de culpa por sua requintada gula. "O preço não é o principal fator de decisão. A satisfação está em primeiro lugar." De mesma opinião, os irmãos Marcelo e Taissa Mendonça, ambos administradores, não sabiam qual produto levar. "Haja tentação, mas cada centavo pago é bem empregado. E Páscoa é só uma vez por ano", lembrava Taíssa. Na Payard, a gerente de marketing Lúcia Torres também hesitava sobre qual ovo comprar. Na dúvida, pediu para provar um bombom de chocolate branco enquanto decidia quais modelos levaria para presentear os amigos. "Apesar da despesa, é muito bom ver que serei motivo de doces lembranças."

Os irmãos Marcelo e Taissa Mendonça sofrem para escolher qual os melhores ovos para presentear

Lúcia Torres: enquanto pensa no que comprar, experimenta bombons

Atendente da Grifes e Design arruma as mesas de Páscoa

Artistas e socialites participaram da elaboração de mesas especiais para celebrar a Páscoa na loja de decoração Grifes e Design

Luxo e tradição nas mesas de Páscoa

M

João Jacques

SERVIÇO

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runella: R. Dr. Mário Ferraz, 479, tel. 3167-6735. Chocolat du Jour: R. Haddock Lobo, 1672, tel. 3168-2720. Clube Chocolate: R. Oscar Freire, 913, tel. 3084-1500. Payard: Shopping Iguatemi, tel. 3816-4875. La Patisserie Café & Delicias: Al. Santos, 85, tel. 3177-0504. Le Vin Patisserie: Al. Tietê, 178, tel. (11) 3063-1094.

Brasil vem a SP e compra chocolate

Diferentes histórias para a celebração

C

elebração da ressurreição de Jesus Cristo, a Páscoa é uma das datas mais importantes para os cristãos. A imagem do coelho, símbolo da festa, também representa fertilidade, que é associada ao renascimento de Cristo. O nome Páscoa vem do hebraico Pessach, que significa passagem. Na liturgia judaica, esse é o nome da festa anual que comemora a libertação do povo judeu depois de séculos

de cativeiro no Egito. Embora com calendários e origens diferentes, as cerimônias judaicas do Pessach e a Páscoa cristã mantêm muitas relações de significado, sobretudo por celebrarem uma história de libertação. Para os judeus, representa a passagem da condição de escravos para a liberdade, em busca da Terra Prometida; para os cristãos, a passagem da condição de pecadores para a vida eterna. (J.J.)

otivo de reunião de amigos e familiares, a Páscoa pede celebração. Para dar uma mãozinha, a loja de decoração Grifes & Design montou uma exposição de mesas, todas assinadas por socialites e artistas. Nesta quarta edição, o endereço exclusivo de grifes como Rosenthal, Daum, Bulgari, Versace e Vista Alegre, só para citar algumas referências, apresenta, em 600 metros quadrados, 14 propostas de arranjos. Entre as mesas decoradas, destaque para as concebidas por Ana Maria e Paulo Veloso, Astrid Fontenelle, Beth Szafir, Débora e Francisco Ventura, Karina Bacchi, Maria Fernanda Cândido e Vic Meirelles. Alegres, coloridas, chiques, todas em comum refletem a data no décor, criado com requintadas combinações das

peças à venda na loja. A da soc i a li t e Beth Szafir, por exemplo, remete ao Pessach e, por tabela, ao modo judaico de celebração, na qual não faltam um belo prato para apoiar o tradicional pão ázimo, o porta-caviar e outros elementos alegóricos à data. Já a atriz Maria Fernanda Cândido usou quase tudo da italiana Versace. Outro destaque da mostra, a própria mesa usada por Karina Bacchi é uma obra de arte: o pé da mesa é feito de uma peça única de cristal. (J.J.)

SERVIÇO

P

ara ver a exposição de mesas decoradas, visite a loja Grifes & Design, na Rua Gabriel Monteiro da Silva, 795, Jardim Europa, tel. 3062-1251.


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Senado Eleições CPI dos Bingos Planalto

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 5 de abril de 2006

Convivi com o Delúbio (Soares, ex-tesoureiro do PT) por 25 anos. Nunca imaginei que ele me colocaria numa situação dessas. Deputado Josias Gomes (PT)

OKAMOTTO REBATE DENÚNCIAS

FRACASSA ACAREAÇÃO COM OKAMOTTO. ÂNGELA: FORA DO CONSELHO.

A

oposição decidiu voltar à carga contra o presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, e apresentará à CPI dos Bingos novo requerimento para quebrar seu sigilo bancário. Okamotto, que admitiu ter pago uma dívida de R$ 29 mil do presidente Lula com o PT, enfrentou ontem na comissão a disposição até da base governista de tentar convencê-lo a abrir o seu sigilo bancário. A maioria dos senadores tinha mais interesse neste tema do que na acareação com o ex-petista Paulo de Tarso Venceslau, que denunciou a existência de contratos suspeitos entre a Prefeitura de São José dos Campos, na gestão da agora deputada federal Ângela Guadagnin (PT-SP) e uma empresa de consultoria. Durante o encontro, Venceslau manteve todas as acusações contra Okamotto. Ele acusou acusou o presidente do Sebrae de ter praticado, há 13 anos, tráfico de influência junto às administrações do PT. O requerimento de quebra do sigilo de Okamotto será apresentado pelo PFL, segundo o líder do partido no Senado, Agripino Maia (RN). O senador foi um dos que tentou convencer Okamotto a responder perguntas sobre o tema. Mas protegido por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), ele alegou que estava ali apenas para participar de uma acareação. Sigilo – O sigilo de Okamotto já foi quebrado pela CPI, mas outra decisão do Supremo impediu os parlamentares de ter acesso aos dados. Ontem, o relator da CPI, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), defendeu a aprovação de uma nova quebra. "Se todos votarem como estão dizendo, é positivo pelo simbolismo. Apesar de pragmaticamente, sabermos que haverá um novo recurso e um novo conflito com a Justiça", disse. O presidente da comissão, Efraim Morais (PFL-PB), foi

QUEBRA DE SIGILO O foco é Lula A ROUBA A CENA NA CPI DOS BINGOS

oposição aperta o cerco a Lula mas escala o ministro Márcio Thomaz Bastos a bola da vez. O que a oposição deseja, na verdade, é pedir o enquadramento de Lula em crime de responsabilidade, por conta do escândalo do caseiro Francenildo Costa, que culminou com a queda do ex-ministro Antonio Palocci. O ministro da Justiça agora é o alvo porque dois de seus assessores (Daniel Goldberg e Cláudio Alencar) estavam na cada de Palocci na noite em que o ex-presidente da Caixa Econômica, Jorge Mattoso, entregou ao ex-ministro da Fazenda o extrato bancário de Francenildo Costa. Admite-se que a oposição fale em crime de responsabilidade para chegar ao pedido de impeachment de Lula. Para os oposicionistas, a violação da conta bancária do caseiro teria sido patrocinada pelo governo como um todo. A oposição acha que Lula prevaricou porque só teria tomado a providência de demitir Palocci uma semana depois de saber que o ex-ministro era o principal responsável pela violação do extrato bancário do caseiro.

Roberto Stuckert Filho/Agência Globo

LUTA

Os petistas acham que a oposição fala em crime de responsabilidade porque Lula está liderando as pesquisas de intenção de voto, apesar das crises que enfrenta. Para os aliados, a oposição desconfia que será difícil o candidato Geraldo Alckmin desbancar Lula do 1º lugar nas pesquisas. Acareação na CPI dos Bingos entre Paulo Okamotto e Paulo de Tarso Venceslau: encontro constrangedor.

mais cauteloso e disse que prefere aguardar o recurso feito ao STF para que a CPI possa abrir as caixas com os dados de Okamotto, que inclusive já foram enviados à comissão. "Se o Okamotto atendesse à solicitação da CPI, inclusive feita por grande parte da base aliada, a comissão teria muito o que dizer ao Brasil. Mas ele tem o que esconder" atacou Efraim. Na acareação –um encontro constrangedor, sem nenhum gesto de cordialidade – , Venceslau, que é ex-secretário municipal de Campinas e de São José dos Campos durante gestões do PT, acusou Okamotto

de circular pelas prefeituras em busca de nomes de empresas que tinham crédito junto aos governos locais, com o objetivo de angariar recursos para os cofres petistas. Delírio – Okamotto desqualificou as acusações, considerando-as "falsas, presunçosas e sonhadoras". "Você mente, mente, mente. Você fantasia, você delira", respondeu Okamotto uma dezena de vezes. Paulo Venceslau surpreendeu os senadores presentes ao acusar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de ter montado nos anos 90 uma empresa – a Televisão do Trabalhador – em so-

ciedade com o ex-tesoureiro petista Delúbio Soares, os ex-ministros José Dirceu e Luiz Gushiken e Okamotto. A revelação mostra uma ligação societária com boa parte da turma do mensalão. Mas Okamotto rebateu, esclarecendo que não se tratava de uma empresa, mas de uma ONG. Venceslau acusou também a empresa Consultoria para Empresas e Municípios (CPEM) de ter-se "infiltrado" em prefeituras petistas. Segundo ele, "quem vendia" a empresa às administrações petistas era Roberto Teixeira, amigo de Lula e proprietário da CPEM. (Agências)

José Patrício/AE

Dida Sampaio/AE

VAZAMENTO

Palocci é apontado pela oposição como o homem que determinou ao expresidente da CEF, Jorge Mattoso, a quebra do sigilo bancário de Francenildo. E mais: a oposição defende a tese de que foi o ex-assessor de Palocci, Marcelo Netto, que vazou a notícia e encaminhou o extrato da conta do caseiro para a redação da revista Época.

EM FRENTE

Conselho aprova pedido de cassação de Josias Gomes Conselho de Ética da Câmara aprovou ontem o pedido de cassação do deputado Josias Gomes (PT-BA), acusado de receber R$ 100 mil do empresário Marcos Valério. Apesar de o relatório pedindo a sua cassação ter sido aprovado por 10 votos a um – apenas a deputada Neyde Aparecida (PT-GO), que substitui a deputada petista Ângela Guadagnin, afastada do conselho por ter protagonizado a "dança da pizza" – Gomes parece apostar na sua absolvição no plenário. Ele confirmou ter recebido os R$ 100 mil (em duas parcelas de R$ 50 mil), mas alegou que não sabia que o dinheiro era irregular. "Eu convivi com o Delúbio (Soares, ex-tesoureiro do PT) por 25 anos. Nunca imaginei que ele me colocaria numa situação dessas", disse. O parlamentar afirmou que sua ida ao banco Rural, para receber a segunda parcela, foi honesta. Prova disso é que ele deixou cópia de sua carteira parlamentar no local. "Esse ato está me custando caro", lamentou. Gomes afirma que seu ato foi partidário.(Agências)

CONTESTAÇÃO

A oposição contesta os petistas argumentando que o governo está envolvido na quebra do sigilo bancário do caseiro. A culpa, para os oposicionistas, é de Lula, que em plena crise veio a público para defender seu ex-ministro da Fazenda.

Indiferente às acusações que são feitas pela oposição, Lula continua fazendo campanha pela reeleição. O presidente vai prosseguir com suas viagens pelos estados inaugurando obras e fazendo pronunciamentos políticos. Lula é candidato não-declarado em plena campanha.

Deputado confia em absolvição

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Eymar Mascaro

AFASTADA – Citada na acareação da CPI dos Bingos pelo ex-petista Paulo de Tarso Venceslau, a deputada Ângela Guadagnin (PT-SP), que há 15 dias dançou no plenário da Câmara após a absolvição de João Magno (PT-SP), foi afastada oficialmente do Conselho de Ética. A deputada disse que não vai recorrer da decisão.

CASSAÇÃO DE JOÃO PAULO: DÚVIDA.

O

resultado do processo de cassação do deputado João Paulo Cunha (PT-SP), que será votado no plenário da Câmara hoje, é uma incógnita mesmo para o mais informado dos parlamentares. Na Casa, ninguém quer apostar qual será o destino de João Paulo, a cassação ou a absolvição. O próprio relator do processo de João Paulo no Conselho, deputado Cezar Schirmer (PMDB-RS) se diz "cético" em relação à cassação. Schirmer mostrou certo desânimo ao falar da votação de hoje. Apesar de seu relatório ter sido considerado devastador para João Paulo, o relator acha que boa parte deputados já não está dando importância para a opinião

pública e muito menos para os relatórios do Conselho de Ética. "Estou bastante pessimista", afirmou. João Paulo é acusado de ter recebido R$ 50 mil de Marcos Valério e de ter mentido à CPMI e ao Conselho. Tranqüilidade – Ontem, João Paulo circulava tranqüilamente pela Casa. Ao entrar no plenário, recebeu cumprimentos e apoio de vários deputados. Mas não quis comentar o processo. "Não dá para saber. Estou conversando muito, mas aqui as coisas mudam muito rápido. Não tenho como prever nada. O deputado afirmou que só vai comentar o processo depois de passada a votação e, amanhã (hoje) fará sua defesa no discurso. "Não será nada

bombástico", garantiu. Na onda de absolvições patrocinada pelo plenário nas últimas semanas – apenas três deputados foram cassados e sete já foram absolvidos – as chances de João Paulo escapar aumentaram, pois os parlamentares já deram provas de que dão pouca importância ao que diz o Conselho. Conta a favor de João Paulo sua boa relação com os deputados, especialmente os do chamado baixo clero, conquistados na época em que era presidente da Câmara. Joga contra o deputado a imagem de que ele é um dos "peixes grandes" e pode ser cassado porque tem visibilidade, assim como os ex-deputados José Dirceu e Roberto Jefferson. (AE)

pefelistas, como os senadores ACM , Tasso Jereissati e Marco Maciel. O vice do tucano pode ser um desses dois senadores: José Agripino (RN) e José Jorge (PE).

VOTOS

Levantamentos de opinião que chegam aos partidos indicam que a virtual candidatura de Garotinho tira votos de Lula. Para Alckmin é bom que o PMDB e outros partidos lancem candidatos, evitando que a eleição se decida já no primeiro turno.

OPÇÕES

Amadurece no PPS a candidatura do deputado Roberto Freire a presidente. Sua candidatura também rouba votos de Lula. Outro partido, o PDT, poderá não ter candidato próprio mas também não deve apoiar nenhum dos candidatos no primeiro turno. Acordos, só no segundo turno.

DIVISÃO

O PSB caminha para o racha: no âmbito federal deve apoiar a reeleição de Lula, mas em São Paulo vai fechar com a candidatura de Serra a governador. Os entendimentos em São Paulo estão sendo tratados pelo prefeito de São Bernardo, William Dib.

EM FOCO

Hoje era o dia do exministro Antonio Palocci depor na Polícia Federal, para esclarecer seu suposto envolvimento com a quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa. Mas, alegando problemas de saúde, foi ouvido ontem no conforto de sua casa, no Lago Sul, alegando estar doente. Mesmo assim, não escapou de ser indiciado.

JUSTIÇA

ACM é contra a idéia da oposição de convocar o COLIGAÇÕES ministro Márcio Thomaz O PT ainda alimenta o Bastos para depor na CPI sonho de atrair o apoio do PMDB no primeiro turno. Os dos Bingos sobre sua possível omissão no caso do petistas não acreditam na sigilo bancário de candidatura de Anthony Francenildo Costa. Bastos, Garotinho, embora o por sua vez, nega qualquer presidente Michel Temer tipo de omissão. ACM garanta que o PMDB terá considera mais razoável o candidato próprio. ministro falar no plenário do Senado. NOVA FRENTE Também o PSDB joga para VÉRTICE obter o apoio do PMDB no 1° Uma ala da oposição acha turno. Há tucanos que advogam a tese de que o ex- mais conveniente convocar governador de Pernambuco, para depor na CPI dos Bingos o assessor de Márcio Jarbas Vasconcelos – tido Thomaz Bastos, Daniel como o mais tucano dos peemedebistas –, poderia ser Goldberg, que poderia incriminar o ministro. o vice de Alckmin. Goldberg, que estava na casa de Palocci quando o extrato CHAPA da conta do caseiro foi Mas, prospera no PSDB a entregue a Palocci, poderia indicação de que o vice de declarar que passou a Alckmin seja do PFL. Os informação da quebra do tucanos estão tratando do sigilo ao ministro. assunto com lideranças


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Geral A MORTE DO

quarta-feira, 5 de abril de 2006

40 metros, com 7,30 m na base e diâmetro de 2,20 m de tronco, esparramando seus ramos como senhor feudal da floresta...

Carlos Celso Orcesi da Costa

JEQUITIBÁ Um raio rasga ao meio o jovem rei do resto da Mata Atlântica na Fazenda Morro Azul Carlos Celso Orcesi da Costa *

600

anos de idade! U m r a i o r a sgou ao meio o jequitibá da Fazenda Morro Azul. Faz muito tempo não acontecia no Brasil notícia mais triste. Nada comparável aos atentados, rebeliões e CPIs cujo roteiro ao menos é conhecido. Segundo estimativa do Prof. Tomaselli da Escola Agrícola Luiz de Queirós, a árvore teria de 500 a 600 anos. O arrastão que na semana passada devastou a região de Piracicaba e Limeira, matou o jovem rei do resto da Mata Atlântica da fazenda. Deu de passagem na Gazeta de Limeira, com a rapidez do jornalismo. Muitos terão lido e se lamentado, mas poucos terão compreendido a dimensão da perda. Gostava de dizer, arredondando 100 anos a menos, que o jequitibá brotara na terra roxa do Morro Azul "na mesma época em que Pedro Álvares Cabral chegava ao Brasil". Do ano de 1500 para cá, a árvore assistiu a todos nossos momentos gloriosos: a chegada dos jesuítas e a partida dos bandeirantes, a forca de Tiradentes e o grito de Pedro I, o Império e a República. As vitórias na Copa do Mundo de futebol, nós os únicos a vencer cinco vezes a mais difícil competição da terra. Para não falar dos podres, dos golpes de Estado e ao Estado. Dirão alguns... paciência, 600 anos, "ele já estava velhinho"! Não, os jequiti-

bás vivem mais de 2.000 anos, de modo que numa comparação com os humanos, teria 25 anos de idade. Gostava de pensar que "meu" jequitibá-rosa era mais belo que o Vassununga e outros poucos sobreviventes da devastação florestal porque era mais copado, belo e másculo, erguendo-se a 40 metros, com 7,30 metros na base e diâmetro de 2,20 metros de tronco, esparramando seus ramos como senhor feudal da floresta, déspota e feitor, gigolô de todas as putas, essas "pobres outras árvores"! Avô de todas as seivas vegetais. Na verdade a comparação egoísta era inconseqüente bravata, a meio-termo entre o maior orgulho e a correspondente humildade: "Meu jequitibá"! Hoje triste confesso: "menti; sequer conheço o Vassununga", perto de Santa Rita do Passa Quatro, próximo à Rodovia Washington Luis. Agora a comparação é ainda mais irrelevante, seja porque não é possível comparar o que depende de gosto (por exemplo, cidades: Rio, Paris ou Roma?) seja, principalmente, porque um deles morreu. O arrastão do vendaval seria obra dos homens? Será comum o que acontece com nosso clima? O estúpido lá da casa branca daria de ombros por essa morte irrelevante. Ele está preocupado em evitar a bomba do Irã e o incêndio dos gasodutos no Iraque. E só, não exijam dele que cuide também dos náufragos de Nova Or-

leans. O fato de vetar o Tratado de Kyoto não torna Bush culpado de todos os males, apenas revela ao mundo sua ignorância, semelhante a dos predadores de motosserra da Amazônia. Com a diferença de que estes lutam pela sobrevivência, sem avaliar o efeito de suas queimadas. Seu veto ecoou por aí como aval para todas as agressões: "sou um caipira texano que acha essa merda toda de efeito estufa conversa de pederastas ecológicos". Ou foi obra de Deus? Mas que Deus insensível faria isso? Logo agora que, apesar das explicações científicas cada vez mais técnicas, estava me convencendo de Sua existência! Há para tudo uma explicação, menos o começo de tudo: como explicar a beleza de um... jequitibá-rosa! Ademais, o que ele tem a ver com minhas

crenças e dúvidas? Aliás, a árvore sequer era minha, antes sim fora de Manoel Jordão que, lá por volta de 1806, teve o mérito de parar a devastação bem na sua frente. Foi também de meu tio-avô Luiz Bueno de Miranda, que nas Semanas Santas dos anos 1910, levava 7 amigas para abraçar a base do tronco de mãos abertas. E de minha tia-avó Laura Sá Leite BM, que em torno de 1960 colocou moradores para impedir o saque de madeira de lei. Era, sim, muito minha, eu, cuidador ou curador do Morro Azul, embora também de todos nós, como o Prof. Hiroshi, o coordenador da Defesa Civil de Iracemápolis Nivaldo Conti, Ione e alguns poucos que choraram a sua morte. E, por favor, me poupem do tradicional "isso acontece"! Não me venham consolar com essa conver-

sinha fiada. Foram 600 anos de tempestades, 7.200 meses de raios, 2 milhões e seiscentos mil dias, para tudo acabar bem na minha frente! O que foi feito da probabilidade estatística? Por que exatamente agora, sob meus cuidados? Eu que sequer divulgava, como devia, sua existência aos olhos do mundo, imaginando, com isso, protegê-lo, deixá-lo ficar ventando e buscando o sol como há tantos séculos. Estará mesmo mudando o clima do planeta? Não haverá neve nas estações de esqui em 2050? Subirão os mares alguns centímetros, inundando praias e cidades? Nada disso importa: não moro no litoral, paro de esquiar em Aspen e deixarei de visitar Veneza! Dançar no plenário, roubar do erário, deferir liminares, dirigir licitações, essa sujeira toda é irrelevan-

te perto da morte do jequitibá. Até dos humanos nos cadeiões infectos, para nem dizer dos curdos e surdos, da contínua vingança no Oriente Médio, de nós, miseráveis da América Latina, nem as mortes por balas perdidas, híbridas de crime e acidente, doeramme mais do que a morte da árvore. Hoje quero que se lixem os iraquianos e texanos, fundamentalistas por religião ou por dinheiro. E também os indiferentes que "curtem" o namoro das vaquinhas das revistas ou choram na T V por mais uma criança arregimentada pelo tráfico. Entristeço-me, sim, com as dezenas de árvores raras que o vendaval sacrificou da própria Luiz de Queirós. Em resumo, dezenas de mortes humanas não me chocaram tanto quanto a morte de apenas um jequitibá. Alguns não gostam da sinceridade? Paciência; não estou sequer feliz comigo mesmo. O que era possível fazer e não foi feito? Estou de mal com a vida. Sim, mas quem sou eu; também não valho nada. Estou pior que os "sem-teto" e os "sem-terra", estou "sem-emoção". Não seguirei o conselho de Montaigne que recomendava contar até dez para domar as emoções. Não há remédio para seiscentos...! Hoje, enfim, quero que morram todos os texanos e os não texanos. É certo que todo esse lamento não devolverá sua vida, mas ao menos quero que saibam que esse maldito raio rasgou ao meio muito mais do que o jequitibá. Carlos Celso Orcesi da Costa é professor da Fundação Getúlio Vargas, curador da Fazenda Morro Azul e cidadão Iracemapolense.


quarta-feira, 5 de abril de 2006

CPI Eleições Planalto Congresso

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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BASTOS PODE SER CHAMADO PELA PF E SENADO

Em eleição, adversário não joga flores. Ainda mais o PT, que está no fundo do poço e quer puxar todo mundo para baixo. Geraldo Alckmin, pré-candidato tucano à presidencia

Entre verdades e mentiras

PALOCCI DEPÕE À PF E É INDICIADO Domingos Peixoto/Agência O Globo

BASTOS PODE DEPOR COMO TESTEMUNHA

O

ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, pode ser convocado a qualquer momento para depor como testemunha no inquérito aberto na Polícia Federal para apurar a quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa. Daniel Goldberg, secretário de Direito Econômico, e Cláudio Alencar, chefe de gabinete, estiveram na casa do exministro da Fazenda, Antonio Palocci, no dia 16, quando o então presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso entregou-lhe cópia do extrato do caseiro. Hoje, a CPI dos Bingos deve votar requerimento pedindo a convocação dos assessores. Ministros do STF disseram ontem que não é necessário abrir um inquérito para ouvir Thomaz Bastos. Segundo eles, o ministro da Justiça pode ser convocado para falar como testemunha. Como ministro de Estado, ele pode combinar com a PF o local, a data e o horário do depoimento. Integrantes do STF

disseram que o ministro da Justiça deveria, espontaneamente, ir à PF para acabar com as dúvidas sobre o episódio. Segundo eles, Thomaz Bastos também poderia ir ao Congresso, espontaneamente, para prestar informações. Convocação – O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP) vai consultar os líderes partidários, antes de decidir se colocará ou não em votação o pedido de Bastos, para prestar depoimento no plenário. Aldo afirmou que pretende reunir os líderes ainda nesta semana e que é necessário analisar, porque há vários requerimentos de convocação de ministros. "Os assessores do ministro (da Justiça) prestaram depoimento à Polícia Federal sobre esse episódio. É necessário averiguar primeiro se os esclarecimentos são suficientes", comentou Aldo. Silêncio – Thomaz Bastos evitou dar entrevistas ontem. Ele apenas negou que os dois assessores tivessem participado do crime.

Thomaz Bastos evita comentar caso

Defesa – O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, voltou a defender o ministro da Justiça, afirmando que ele não tem nenhum envolvimento na quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro e que, inclusive, já conversou com o ministro sobre o assunto. Tarso disse ainda que a PF está agindo de maneira exemplar e que nunca um governo foi tão investigado como o atual. Para ele, não há elementos que justifiquem a ida do ministro ao Congresso. Ele esteve na sede da OAB, onde pediu ao presidente da OAB, Roberto Busato, a abertura de um diálogo com o governo. (Agências)

PSDB: VAGA DE VICE É DO PFL.

D

epois da reunião com o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), e o candidato tucano Geraldo Alckmin para discutir a aliança entre os dois partidos, o presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), disse que seria importante o apoio do PMDB, mas assegurou que a vaga de vice na chapa de Alckmin é do PFL. "Nós não discutimos a possibilidade de ceder a vice. A vice é do PFL. Todavia, numa campanha, somar é sempre positivo. O Bornhausen tem colocado que não vai ser empecilho para nenhuma aliança. O PMDB seria muito importante. Temos bons palanques. É difícil uma aliança formal, mas é desejável" , afirmou. Bornhausen, por sua vez, disse que o PSDB ofereceu a vaga de vice ao PFL, mas deixou claro que sua prioridade é "derrotar o governo corrupto do PT". O pefelista disse que uma

aliança com o PMDB poderia ajudar a resolver a eleição no primeiro turno. "A vice está colocada para o PFL. A aliança está praticamente feita, não estou aqui para desistir, mas para construir uma solução harmônica para os dois partidos." O presidente do PFL disse ainda que a aliança com o PSDB está praticamente fechada, embora haja pendências em alguns estados, como no Rio Grande do Sul e no Paraná. Reação – Em sua primeira reunião com a executiva nacional do PSDB, Alckmin pediu aos dirigentes do partido

que saiam da defensiva e reajam "com dureza à postura do governo Lula", em uma referência a onda de denúncias que vem sofrendo. "Temos que ir para a ofensiva. Vamos ter dar respostas imediatas a cada denúncia que surgir durante a campanha", completou, deixando claro que, a seu ver, a estratégia do PT na campanha será o denuncismo. "Sou um expert em PT", resumiu Alckmin depois da reunião em que o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) foi apresentado como seu coordenador de campanha. Ele reconheceu que "o povo está cansado de luta política" e disse que quer tocar sua campanha "com os olhos no futuro, discutindo propostas para o Brasil". Mas recorreu à própria experiência para concluir que esta campanha presidencial será dura. "Em eleição, adversário não joga flores. Ainda mais o PT, que está no fundo do poço e quer puxar todo mundo para baixo". (Agências)

A

o contrário do que se esperava – já que o depoimento estava marcado para as 10 horas de hoje – o ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci, acabou sendo ouvido secretamente, ontem, em sua residência, por conta do seu envolvimento no caso de quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa. Palocci teria alegado problemas de saúde para justificar a mudança de data e de local para o seu interrogatório. Mesmo assim, ele foi indiciado por crime de violação de sigilo funcional, episódio que que culminou uma série de afirmações feitas por Palocci, desde o ano passado, e desmentidas. Segundo o seu advogado José Roberto Batocchio, que convocou uma entrevista coletiva, Palocci negou qualquer envolvimento, com a quebra do sigilo bancário do caseiro e que tenha passado informações sigilosas para qualquer pessoa. Com as explicações do exministro, o delegado Rodrigo Carneiro, encarregado do inquérito, espera fechar a cadeia de comando envolvida no crime, que prevê pena de até seis anos de reclusão, mais multa e apurar a responsabilidade pe-

lo vazamento dos extratos do caseiro para a imprensa, até agora atribuída ao jornalista Marcelo Netto, ex-assessor de Palocci. Netto deve se apresentar para depor hoje, sob pena de ser levado judicialmente sob coação, por determinação judicial. Uma convocação por edital deve ser publicada na imprensa, caso ele não se apresente amanhã. Outros crimes – Por conta dos depoimentos de dois assessores diretos do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, a PF poderá indiciar Palocci também por abuso de poder e advocacia administrativa. São eles o secretário de Direito Econômico, Daniel Goldberg e o chefe de gabinete do Ministério, Cláudio Alencar, que prestaram depoimento no último domingo em companhia do jornalista Edson Luiz da Silva, assessor de imprensa Bastos. Os depoimentos dos dois reforçam a tese de que Palocci aproveitou-se do cargo para forçar a PF a participar do esquema de pressão que o ex-ministro comandou pessoalmente para desmoralizar o caseiro. No seu depoimento, Goldberg diz que no dia 16 de março passado, por volta das 21h, logo após assistir ao "Jornal Na-

cional", da TV Globo, em companhia de Alencar, no Ministério, ele recebeu um telefonema da secretária de Palocci. Goldberg relata que a secretária lhe perguntou se dormia cedo e, diante da negativa, informou que Palocci o convidava para uma reunião às 23h30, na residência oficial dele, na Península dos Ministros Relato a Bastos – Goldberg discutiu o assunto com Alencar. Os dois foram jantar e depois seguiram para residência de Palocci. Alencar diz no depoimento que não ficou para a reunião e só voltou duas horas depois, para buscar Goldberg. No dia seguinte, à noite, eles relataram o encontro ao ministro Thomaz Bastos. O Ministério Público Federal também começou a investigar a violação do sigilo bancário do caseiro. Os procuradores da República no Distrito Federal Gustavo Pessanha Velloso e Lívia Nscimento Tinôco já requisitaram informações sobre o caso à Caixa Econômica Federal, à Receita Federal e ao Coaf. (Agências)


São Paulo, quarta-feira 5 de abril de 2006

São Paulo, quarta-feira 5 de abril de 2006 Divulgação

RAM cabine simples

Ele já vendeu 875 mil unidades em todo o mundo e agora chega ao Brasil numa versão com preço diferenciado: a Classic, custando R$ 75 mil. O modelo top, Limited, é vendido a R$ 96.5 mil. O modelo Limited 2006 ganhou computador de bordo programável e o banco do motorista tem regulagem elétrica Ele mudou externamente e tem mais luxo no interior. Há um novo pára-choque dianteiro, faróis reestilizados e de neblina, e um discreto spoiler da cor do carro na tampa do porta-malas.

A maior novidade da linha Dodge RAM que a Daimler Chrysler trouxe para o Brasil foi a opção de cabine simples. No mais, com algumas alterações de estilo, o veículo continua seu sucesso de vendas com motor 5.9 turbodiesel, de 24 válvulas e 330 cavalos de potência. A fábrica aponta como diferencial no mercado a transmissão automática e a tração 4x4 com reduzida. O preço do modelo 2006 varia, segundo a montadora, entre R$ 105 mil e R$ 137 mil. Ela ganhou nova grade, pára-lamas e pára-choques dianteiros, além de mudança no desenho dos faróis. Por dentro, novo painel de instrumentos, controles de arcondicionado e novo som.

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O modelo Dodge agora tem opção de cabine simples. Mas dupla continua.

Dirigindo docemente

Não se engane pelas aparências. Eles são muito dóceis para dirigir.

ANTONIO FRAGA/CHICOLELIS

Q

uantas vezes nos deparamos com figuras, pessoas, situações e outras coisas na vida que, à primeira vista, nos causam um determinado tipo de impressão. Quem, que tenha assistido à animação Shrek, não teve impressão errônea daquele ogro? Deve ser um sujeito violento, difícil de conviver, pensava-se. Qual o que, por dentro daquele ser de aparência bruta, montes de virtudes, bons pensamentos, bom coração e, até mesmo, sutis toques de elegância. Pois é, pense nisso quando avistar na rua o novo Chrysler 300C, tanto na versão Sedã, quanto na station wagon, a Touring. Por fora, seus cinco metros de comprimento (Sedã 5,015 mm, e a SW 4,999 mm) e quase dois de largura podem levá-lo a pensar que se trata de um daqueles enormes carros norte-americanos, chatos de dirigir, que se arrastam pelas ruas, apesar dos potente motores. Engano! No casos destes dois modelos, que estão ajudando a Chrysler a sair do buraco em que se enfiaram as grandes montadoras no Estados Unidos, a situação é diferente. Eles são extremamente confortáveis, têm um eficiente motor e interiormente oferecem um conforto difícil de ser superado. Só não há como contrariar a lei da Física: é muito difícil achar uma "vaguinha" para os seus quase 10 metros quadrados, até mesmo nas enormes garagens dos prédios mais modernos. Os preços dos dois dóceis brutamontes: o sedã custa R$ 180 mil e a Touring, R$ 190 mil.

PT Cruiser Classic

Chrysler trouxe duas versões do PT Cruiser 2006 reestilizado

Os doces bárbaros

DCARRO

Os dois modelos abrigam um excelente motor, qualidade em conforto para cinco passageiros. E, no caso da Touring, a vantagem de virar um verdadeiro furgão, para 1.602 litros de bagagem. Suficiente, não?

Maior que muitas picapes, este sedã e a station wagon Touring, da Chrysler são o que popularmente chamamos de "barcas". Ou melhor, um pequeno "transatlântico" para andar no asfalto. Mas positivamente. Afinal, são cinco metros de pura imponência. Com design e motor tipicamente americanos, os dois modelos 300 C são carros confortáveis e com desempenho de esportivo, pelo menos na aceleração. Com o "furto" de muitos componentes dos veículos da Mercedes-Benz , eles são dois veículos muito interessante para se dirigir. Equipados com o mesmo motor da nova Grand Cherokee, o fantástico V8 Hemi de 340 cavalos de potência máxima 5.000 rpm, o 300C atinge a velocidade máxima controlada eletronicamente de 250 km/h

(se não tivesse esse sistema eletrônico, a velocidade máxima seria muito superior) e acelera de 0 a 100 km/h em apenas 6,3 segundos (Ela, 7,2s). Esses números impressionam porque na verdade estes carrões pesam quase duas toneladas. Ou seja, é quase o peso de três Fiat Mille. Achar a posição ideal de dirigir não é uma tarefa difícil, mas requer um pouco mais de atenção, do que normalmente você teria num Mercedes-Benz. O volante é muito grande (na verdade, tudo neste carro é assim) e gera desconforto logo superado. Tração traseira - É cada vez menor o número de veículos com tração traseira. Os dois fazem parte deste grupo. Os modelos, avaliados para este "Dirigindo", mostraram boa estabilidade mesmo em

velocidades mais elevadas ou, como a chuva que enfrentamos na Rodovia Castelo Branco, um verdadeiro dilúvio. Em todas as situações o comportamento foi muito bom. Mas é necessário tomar muito cuidado com estes modelos, de grandes dimensões, pesados e que não foram projetados como esportivos, mas carro de alto padrão de conforto. Eles se movem com segurança e comodidade. A tranqüilidade transmitida ao motorista, em muito é auxiliada pela já tradicional sopinha de letrinhas. Tecnologias como o Programa Eletrônico de Estabilidade (ESP), Sistema de Controle de Tração (TCS) e Sistema de Freios Antibloqueio (ABS) são um incremento e auxiliam na estabilidade dos veículos. Os freios são outro destaque, já que param o carro em

c

espaços curtos e sem desvios. Mesmo naquela chuva forte que mencionamos anteriormente, não houve sustos. E para colaborar, mais uma vez entra a tecnologia do ABS, que mantém o veículo reto e a capacidade direcional ao frear em superfícies escorregadias evitando o bloqueio das suas rodas. Debaixo dos capôs, verdadeira usina de força e de tecnologia. Destaque para o MDS. Este sistema introduzido no desenvolvimento do motor HEMI V8 de 5.7 litros possui um desligamento automático de 50% dos cilindros. O MDS desliga quatro cilindros do motor HEMI quando a potência do V8 não é necessária, como por exemplo na estradas com a velocidade já estabilizada, melhorando a economia de combustível em até 20%. Garante a fábrica.

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São Paulo, quarta-feira 5 de abril de 2006

André Penner

ANTIGOMOBILISMO

E o cordão aumenta mais... Estima-se que mais de 50 mil brasileiros já se dediquem aos carros e motos antigos

EDUARDO CERIONI

O

verbete "Antigomobilista" não consta sequer do Dicionário Michaelis, por exemplo. Mas dê um passeio por cidades turísticas um final de semana destes e veja como o automóvel antigo vem arregimentando uma legião de fãs nos últimos anos. Quem passeia por Itatiba, Serra Negra, Amparo, Jarinu e outras cidades do Interior acaba se deparando com raridades sobre rodas, todas impecáveis e, o que é melhor, rodando. De acordo com dados divulgados pela Federação Brasileira de Veículos Antigos, a FBVA, já ultrapassam os 50 mil os colecionadores espalhados pelo País. São pelo menos 20 grandes encontros anuais,

sem contar os semanais e mensais. Em São Paulo, por exemplo, é realizado um encontro do gênero todas as noites de terça-feira no Sambódromo, que conta até com apoio da General Motors do Brasil e reúne centenas de modelos. Também em São Paulo, tem um encontro na Estação da Luz todos os últimos domingos de cada mês. Anualmente, destacam-se os eventos de Águas de Lindóia (SP) e Araxá (MG). Preservação - "O brasileiro despertou para essa cultura de preservação. Hoje, colecionar carros e motos é uma realidade que mexe com muita gente, por prazer ou negócio", garante o técnico em eletrônica José Benedito Burche, dono

Entre vários encontros de "antigos", o da Estação da Luz, em SP.

de motocicletas alemãs da década de 50, como uma impecável BMW R51/3, além das italianas Lambreta e Piaggio, assim como de uma bicicleta motorizada inglesa Villiers e um Chevrolet Impala. "Meu prazer é resgatar um pedaço da história e, como não, continuar curtindo esses incríveis veículos". Assim como Burche, muitos outros vêm se dedicando ao trabalho de preservação e também de restauração de modelos que marcaram época. Se hoje a onda do tuning parece não ter concorrência, é bom que se preste atenção no grupo que rema contra essa idéia de que quanto mais mexido for o carro ou a moto, melhor. Só o que é raro - "Só tenho olhos para o que é original e, preferencialmente, raro. O Brasil importou muitos modelos, especialmente os americanos, que me fazem viajar por uma espécie de túnel do tempo", garante Alexandre Wechsler Dias, vendedor em uma concessionária Chevrolet de peças novas e um apaixonado pelos "velhinhos". Dono de uma Picape Ford dos anos 60 em

excelente estado, Dias vem reformando, aos poucos, outros carros. O antigomobilismo é um hobby acima de tudo caro, mas com paciência e determinação, consegue deixar praticamente qualquer carro em estado de novo, seja ele de que marca ou época for. "A internet abriu as portas do mundo para nós", conta Burche, que adquiriu dezenas de peças para uma moto NSU 1951 na Alemanha. Ele achou o que precisava na loja Hammel, na cidade de Erlenbach – manual do proprietário, escapamentos, banco, rodas, pneus e diversos outros itens. "Foram mais de três anos até deixá-la como eu queria", diz. Diferentemente do tuning, que parece não ter fim, os colecionadores sabem exatamente o momento de parar. Há casos de colecionadores que esperam até um ano para conseguir um simples parafuso. Afinal, um veículo placa preta, não custa relembrar, tem mais de 30 anos de sua produção e pelo menos 80% de originalidade. Ah! Não existe tabela de preço para raridades.


São Paulo, quarta-feira 5 de abril de 2006

D C A R R O 11

ANTIGOMOBILISMO André Penner

Nem tudo que reluz é ouro Como diz o ditado, nem tudo que reluz é ouro. Por isso, é bom tomar um certo cuidado antes de se aventurar a engrossar o cordão dos antigomobilistas. Segundo colecionadores, é preciso escolher a dedo o carro ou moto que irá merecer tanta atenção e investimento durante meses ou anos a fio para que não haja arrependimento depois. Uma dica: opte por um modelo que tenha lhe marcado, como por ter sido o primeiro carro da família ou alguma ligação afetuosa do gênero. Burche e Dias dizem que é preciso gostar muito do carro ou da moto para que o trabalho não se torne um fardo no futuro, quando as dificuldades forem aparecendo. Também é preciso definir o quanto se poderá gastar na compra de peças, retoques de pintura, calibração mecânica e outros serviços. E quando.

Afinal, muitas vezes o colecionador procura uma determinada peça e não acha. Mas de repente, quando não está preparado, eis que ela surge na sua frente e nessa hora é pegar ou largar, pois outros interessados normalmente não faltam. Conhecer a história do modelo é outra necessidade. Número de unidades produzidas, posicionamento na hierarquia da marca, pioneirismo no mercado em geral e demais detalhes acabam apontando o quanto este ou aquele modelo merece maior atenção. Afinal, Fusca, Opala ou mesmo Karmann Ghia são muito mais comuns que um Bianco S e, se têm como lado positivo a facilidade de se achar componentes originais, por outro não têm o mesmo toque de exclusividade e, conseqüentemente, valor em uma eventual negociação.

Para ser considerado um veículo placa preta, o carro precisa ter mais de 30 anos e pelo menos 80% de originalidade. O valor depende do estado de conservação, da marca e do ano de produção.


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São Paulo, quarta-feira 5 de abril de 2006 Divulgação

LANÇAMENTO

F250, a maior, agora 4X4 Com cabine simples e dupla, o modelo Ford ganhou opção de tração 4x4. E agrada especialistas.

ANTONIO FRAGA

opção da Ford do Brasil em posicionar a F 250 como um veículo de lazer e trabalho, visa tentar achar um rumo que não faça a picape brasileira brigar com a importada Dodge Ram. Pelos menos é uma tentativa, pois o mercado as compara automaticamente. Na realidade, isso é facilmente comprovado ao ver seus consumidores; as "gigantes" são utilizadas para lazer com a família e para levar o seu proprietário para o trabalho. Com pouquíssimas exceções uma F-250 ou Ram cabines duplas são utilizadas para o trabalho. Quem conhece a verdadeira realidade da vida agropecuária sabe muito bem que fazendeiros ou

A

proprietários de áreas agrícolas não a utilizam para trabalhos pesados. Talvez aí esteja um grande erro de estratégia que, pela falta de humildade, vem refletindo o atual mercado de picapes grandes no Brasil. Conhecer a realidade do mercado, que não se restringe a uma região como a que foi pesquisada, com toda a certeza abriria um novo e grande horizonte para a indústria nacional. Voltando ao lançamento da nova Ford F-250, a maior picape do Brasil com quase quatro metros, ganha novo motor mais potente, elástico e já dentro das normas de emissões de poluentes, o Proconve Fase 5/Euro III. Além disso só com motor eletrônico é possível, tecnicamente, usar o biodiesel.

Na frente, a imponência pedida a este tipo de veículo: grade enorme, faróis potentes, pára-choques robustos.

Durante o teste de impressões ao dirigir realizado pelas belíssimas paisagens do Rio Grande do Sul, a grande F250 da Ford logo acaba com a imagem - é difícil dirigir - de quem é iniciante. Difícil é subir, principalmente para quem é baixinho, apesar do bom estribo e das alças bem colocadas. Mas é questão de hábito e, no final, vale pelo exercício físico. Mas ao volante da F-250 logo se sente uma picape dócil e tranqüila. Para conduzí-la é obrigatório ter, no mínimo, habilitação de categoria "C". É preciso também atentar - mas isto não é difícil -

para suas gigantes dimensões. Tem que abrir mais nas curvas, calcular melhor os espaços para ultrapassar e, nas idas e vindas urbanas, se preparar para a peregrinação de se achar uma vaga. Shoppings e restaurantes de final de semana tornam-se difíceis se não houver manobrista. A posição de dirigir é muito confortável e o campo de visão é amplo. Na estrada, onde melhor se acomoda, é muito agradável e tem bom desempenho. A velocidade máxima é de 160 km/h limitada eletronicamente (se bem que isso não é importante) e acelera de 0 a 100


MEU NOME É... ENÉAS

Bacalhau e Ovos de Páscoa em 10 vezes Venda de bacalhau (foto), de Ovos de Páscoa e azeites em prestações é estratégia dos supermercados para garantir vendas. Começa a guerra de ofertas. Leia em Economia/1

Homessa! Pópilas! De novo candidato a presidente, Enéas está barbeado! Pág. 3 Eduardo Nicolau/AE

Ano 81 - Nº 22.101

Dida Sampaio/AE

São Paulo, quarta-feira 5 de abril de 2006

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Edição concluída às 23h45

w w w. d co m e rc i o. co m . b r Albari Rosa/ACP

BRASIL COMEÇA A FICAR DE OLHO NO IMPOSTO O movimento De Olho no Imposto tornou-se nacional, ontem, com a 1ª escala em Curitiba. Um de seus líderes, Afif Domingos, presidente da ACSP, explicou que um dos objetivos é mostrar, por exemplo, que o mensalão saiu do bolso do consumidor. Economia/1 Roberto Stuckert Filho/Agência O Globo

Palocci indiciado como Palocchio Ex-ministro da Fazenda depôs ontem à Polícia Federal, mas em casa. O advogado José Roberto Batocchio explicou as verdades de Palocci, disse que ele negou a quebra de sigilo de Francenildo, mas acabou indiciado. Página 5 Divulgação

Reprodução de TV

Relatórios unidos jamais serão vencidos HOJE Parcialmente nublado Máxima 29º C. Mínima 15º C.

AMANHÃ Sol om pancadas de chuva Máxima 29º C. Mínima 16º C.

Quando as PONTES aparências DUMONT Um lenço de Santos enganam Dumont e uma réplica Robustos, imensos, novos da Chrysler (como o 300C) são dóceis para dirigir.

de seu chapéu flutuaram na estação espacial, homenagem de Pontes. Página 8

Governo e oposição fazem acordo e criam "comissão de sistematização" para tentar aprovar hoje relatório da CPI dos Correios. Temor é que o texto original de Osmar Serraglio (foto) seja desfigurado. Página 3


São Paulo, quarta-feira 5 de abril de 2006

D C A R R O 13

LANÇAMENTO Divulgação

Na caçamba, que carrega mais de uma tonelada, o adesivo com o logotipo da nova opção da Ford F250, a maior picape fabricada atualmente no Brasil.

No interior, conforto e comandos à mão. Pequeno ponto negativo para o banco do passageiro. Temse a sensação desconfortável de que seremos jogados para fora dele a cada curva da estrada.

km/h em 14,8 segundos. O consumo médio é de 6,8 km/l na cidade e 9,0 km/l na estrada. São números muito interessantes se comparados com o modelo anterior, mas longe da concorrente Dodge Ram. A estabilidade, vale mais uma vez destacar que levando em conta que se trata de uma picape de grandes dimensões e muito pesada (4.050 kg), é boa transmitindo segurança. Nas curvas em velocidades mais elevadas (não acima do que o bom senso e o juízo recomendam), a inclinação pode até assustar, mas o motorista pode ter a certeza que a F250 ainda está longe de sair da "mão". Os freios auxiliados pelo ABS param a "grandalhona" em espaços curtos e sem grandes desvios.

O motor é um dos pontos fortes que ajuda na hora de vencer os obstáculos, quando é exigido o uso da tração 4x4. Ele cumpre bem seu papel.

Motor - O motor é um dos destaques da nova Ford F-250. Apesar da concorrente direta, a Ram ter 340 cavalos, o salto de 180 para 203 cavalos do motor Cummins eletrônico é um avanço e fez muito bem à F-250. O desempenho teve aprimoramento significativo. O novo motor MaxPower, junto com a transmissão de cinco marchas reescalonadas, gera alto torque em ampla faixa de rotações, com funcionamento econômico e silencioso. Com 3,9 litros, quatro cilindros em linha, quatro válvulas por cilindro, injeção eletrônica common rail e aspiração turbo intercooled, ele gera 203 cv de potência (a 2.900 rpm) e torque de 56 kgfm (a 1.500 rpm). Isso representa uma potência es-

pecífica de 51,3 cv/l, bem maior que os 42,9 cv/l do motor mecânico anterior, que produzia 180 cv (a 3.400 rpm) e 51 kgfm (a 1.600 rpm) com configuração de 4,2 litros e seis cilindros. O motor MaxPower garante respostas precisas. Ele passou por um trabalho especial de desenvolvimento para a atenuação de ruídos, que inclui desde o desenho do bloco e agregados até o sistema de escapamento. Outra novidade é a válvula "shut-off", que reduz a vibração do veículo quando ele é desligado.

Outro desejo do consumidor dessas picapes pouco utilizado, mas bom para o ego é ter a tração 4X4. Ela é equipada com sistema de tração total, de acionamento eletrônico. Com isso ela enfrenta terrenos adversos com boa aderência e estabilidade, na lama, areia ou pista molhada. Ela tem como opção a roda livre, que proporciona economia de combustível quando operando em 4x2. A Ford não definiu seu preço, mas ao ser colocada à venda no final do mês deverá custar entre R$ 93 mil (4X2) e R$ 135 mil (4X4).


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DCARRO

São Paulo, quarta-feira 5 de abril de 2006

NOVIDADE

Nova geração do Celta já está em produção

DCARRO POR AÍ

FIAT ALERTA INTERNAUTA SOBRE VÍRUS

Divulgação

A

O carro é fabricado em Gravataí, Rio Grande do Sul

General Motors já iniciou a produção da nova geração do Celta, que será lançada no próximo mês. Criado pelo Centro de Design da GM do Brasil, o novo Celta ganha linhas mais modernas e arrojadas, que devem contribuir para alavancar as vendas do produto no mercado brasileiro. Com mais de 600 mil unidades comercializadas desde o seu lançamento em setembro de 2000, o Celta continuará sendo oferecido com motor bicombustível 1.0 litro e o 1.4 a gasolina. "O carro mais vendido nos últimos anos da linha Chevrolet ganha um novo visual e um interior totalmente reestilizado, para continuar sendo um enorme sucesso de vendas no mercado brasileiro", destaca Ray Young, presidente da GM do Brasil e

A

Fiat Automóveis alerta os usuários de computadores sobre a ação de “hackers” que estão enviando falsos e-mails, em nome da montadora, convidando-os para as mais diversas promoções, como por exemplo "Promoção FIAT e você. PARABÉNS" ou "test-drive Fiat Idea". A empresa informa que estes e-mails contêm vírus que podem se instalar

no computador do usuário e transferir suas informações privativas para uso indevido. A orientação é para que as pessoas não abram o e-mail e o deletem imediatamente. A Fiat esclarece, ainda, que adota políticas conscientes na internet e que qualquer mensagem só é enviada mediante prévio cadastro voluntário do internauta.

POSTOS DO PÃO DE AÇÚCAR

KEKO ACESSÓRIOS FAZ 20 ANOS

O Mercosul. Segundo o dirigente da empresa, o Complexo Automotivo de Gravataí, onde o modelo é produzido no Rio Grande do Sul, tem um dos mais elevados índices de qualidade da General Motors mundial, graças ao moderno parque industrial lá instalado. O Celta é um dos carros brasileiros que menos deprecia após sair da concessionária. Estudo da Agência AutoInforme mostra que a versão 1.4 perde apenas 4,48% do seu valor original após um ano de uso, índice que é de 4,63% no caso da motorização 1.0. Ambos estão na lista dos três menos depreciados do País. Detalhes sobre o novo Celta, como preço e previsão de vendas, serão divulgados pela GM por ocasião do lançamento, programado para o período de 10 a 12 de abril.

cartão Smart VR Auto, oferecido por empresas a funcionários que usam o automóvel para fins profissionais ou particulares, pode ser utilizado na rede de postos de combustíveis do Grupo Pão de Açúcar, localizados nas unidades do CompreBem, Sendas, ABC CompreBem, Extra e Pão de Açúcar.

A

Keko Acessórios completou 20 anos sábado. Fundada pelos irmãos Leandro e Juliano Mantovani e o pai Henri Mantovani e especializada na fabricação de acessórios automotivos, a empresa de Caxias do Sul (RS), fechou 2005 com crescimento de 85% e projeta um incremento de até 15% este ano.

PARA REDUZIR A POLUIÇÃO

NISSAN TERÁ NOVO PRESIDENTE

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homas Besson assumirá a presidência da Nissan Mercosul no próximo mês, substituindo Ryoji Makino, que era responsável pelas operações brasileiras e agora está retornando ao Japão. O novo presidente vai comandar as atividades da empresa no Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.

A

Robert Bosch AL acaba de iniciar a produção de injetores do sistema Common Rail NKW de terceira geração. Específicos para veículos médios e pesados, são destinados principalmente ao mercado norteamericano, para uso em motores diesel preparados para atender a nova lei de emissões EPA 2007.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 5 de abril de 2006

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Cidades Prefeitura vai revitalizar Em um mês, o Serviço Funerário do Município passará a parcelar em até 12 vezes os custos dos funerais pagos.

Ó RBITA Lawrence Bodnard/Diário de São Paulo/AOG

os cemitérios públicos Serviço Funerário pede ajuda da população para combater casos de corrupção e cobranças indevidas Rejane Tamoto

Fotos de Luiz Prado

A

PCC MATA BANDIDOS RIVAIS

O

Primeiro Comando da Capital (PCC) atraiu cinco homens e uma mulher da facção rival Comando Revolucionário Brasileiro da Criminalidade (CRBC) para uma armadilha. Seqüestradas, pelo menos quatro vítimas foram mortas a machadadas. Elas foram dominadas na sextafeira numa churrascaria

em Guarulhos, Grande São Paulo, onde planejavam um assalto. Presa, foram mantidas num cativeiro. De lá, o grupo foi levado à Serra da Cantareira para ser morto. A polícia (foto acima) achou ontem os corpos de quatro homens, em Parada de Taipas, zona norte. A mulher continua desaparecida. A chacina foi por pontos de droga. (AE)

Arquivo DC

MULTA DE RADAR VALE

A

1ª Turma do Superior Tribunal de Justiça reconheceu ontem a legalidade da utilização de fotografias tiradas por radares fotográficos na aplicação de multas de trânsito. A decisão deu-se em função de uma empresa que pediu a anulação de multas por excesso de

velocidade, alegando falta de identificação dos condutores e do agente que lavrou a multa. Segundo o ministro Luiz Fux, o pleito da empresa não deveria ser atendido já que os radares apenas fornecem elementos que permitem à autoridade de trânsito decidir por lavrar ou não o auto de infração. (Agências)

Ivan Cruz/Agência A Tarde/AE

TRÁFICO DE AVES

A

gentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) apreenderam ontem no município baiano de Uauá dezenas de filhotes de papagaios. As aves estavam nas mãos de traficantes de animais, que iriam comercializá-las. Algumas espécies de papagaios correm risco de

extinção. O tráfico de animais silvestres brasileiros, especialmente araras e papagaios, tem sido crescente e os traficantes visam não apenas o mercado interno, como também outros países. Os filhotes capturados na natureza dificilmente resistem ao transporte feito em caixas.

A TÉ LOGO Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

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No Rio, passageiros do Queen Mary visitaram o Corcovado

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Abril na capital paulista começa mais frio do que em 2005

L

Desmantelada quadrilha que simulava seqüestros e extorquia

sete meses do feriado de Finados, os 22 cemitérios públicos de São Paulo (que chegam a reunir 2 milhões de visitantes nessa data) entraram na agenda de preocupações da administração municipal. A promessa do superintendente do Serviço Funerário do Município, Celso Jorge Caldeira, é de revitalizá-los ao longo deste ano. O início das obras está previsto para o próximo mês. Com um orçamento de R$ 2,6 milhões, a idéia da Prefeitura é contratar empresas por meio de uma licitação que será aberta ainda neste mês para a execução de obras. Serão reformadas as dependências das administrações dos cemitérios (como os velórios e as capelas), as instalações elétricas e hidráulicas, os sanitários, o calçamento, além de pintura, troca de portas e vidros, instalações de páraraios, impermeabilizações, revisão de coberturas e grelhas para a coleta de águas pluviais. De acordo com o superintendente, o projeto de revitalização dos cemitérios públicos da cidade será executado em três fases, de 60 dias cada, para que até o fim do ano todos eles estejam concluídos. As obras ocorrerão de maneira simultânea e, durante a primeira fase, deverão ser feitas a limpeza geral das caixas d'água, a recuperação do arruamento e troca de pisos. "Analisamos a situação dos cemitérios e, com o apoio da Secretaria de Obras e Serviços, vamos fazer melhorias. Recebemos muitas reclamações de pessoas idosas, que visitam cemitérios e se queixam da falta de conforto", afirmou. Um dos cemitérios que aguardam essa revitalização é o de Campo Grande, na zona sul da cidade, que abriga o mausoléu dos heróis da Polícia Civil de São Paulo, e no qual são sepultadas cerca de 10 a 15 pessoas por dia a dia. O principal problema enfrentado pelos visitantes desse cemitério é caminhar por algumas de suas ruas, que estão com o calçamento deteriorado pelo crescimento das raízes de árvores antigas, algumas com mais de 40 anos. Usar o banheiro também é um desafio, já que o teto de um deles está mofado e com vazamento constante. "As reformas que ocorreram no passado foram esporádicas. Queremos recuperar este patrimônio público de forma contínua", afirmou Caldeira. Outro triste cenário do cemitério está nas quadras onde são enterradas pessoas que não tinham reserva de sepultura, onde o mato alto denuncia não só a necessidade de melhorias, como também o abandono. Além de melhorias na infraestrutura, Caldeira também planeja uma reestruturação completa no sistema funerário de São Paulo, que hoje tem 1.600 funcionários distribuídos em cemitérios, agências, crematórios e pólos de serviços. "Faremos uma reestruturação na fiscalização, com a mudança de ação e treinamento de novos fiscais, com o objetivo de localizar os

problemas e evitar casos de corrupção", disse. O superintendente conta que tem combatido esses casos e pede para que a população denuncie, caso presencie, cobranças indevidas. A denúncia pode ser feita por meio de uma ligação gratuita ao número 0800-109850. A lei 11.083/91 garante a gratuidade do sepultamento, bem como dos meios e procedimentos necessários aos munícipes que não tenham condições de arcar com as despesas do funeral. "No início do ano tivemos dois casos de exoneração de funcionários por esse motivo e acredito que as denúncias são muito bem-vindas. Elas permitem que possamos tomar uma atitude", destacou. Mas há opções pagas de sepultamentos. Financiamento –Em um mês, o Serviço Funerário do Município passará a parcelar em até 12 vezes os custos dos funerais pagos. Atualmente, os serviços de urna, velório, transporte, decoração no caixão e velas são pagos a vista, embora haja também opções gratuitas. O financiamento só será oferecido em postos de contratação de serviços localizados nas 11 agências funerárias municipais, sem a necessidade de a pessoa se deslocar para bancos. "Estamos consultando as instituições financeiras e escolheremos aquela que oferecer a melhor oferta de juros", disse Caldeira.

Muros pichados, mato alto e calçamento deteriorado são alguns dos problemas enfrentados pelos cemitérios públicos da cidade. Um exemplo dessa situação é o cemitério Campo Grande, na zona sul de São Paulo. Proposta da Prefeitura é revitalizar os 22 cemitérios municipais, com verba de R$ 2,6 milhões. As obras deverão começar no próximo mês. Serão reformadas as dependências das administrações (como os velórios e as capelas), as instalações elétricas e hidráulicas, os sanitários e o calçamento.


quinta-feira, 6 de abril de 2006

Tr i b u t o s Empresas Nacional Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

DIEESE COMPLETA 50 ANOS DE ATUAÇÃO

5

35

por cento foi o crescimento das ações no STJ contra planos de saúde entre 2004 e 2005.

DIEESE LANÇA FERRAMENTA ONLINE QUE PERMITE COMPARAR SALÁRIOS DE DIFERENTES REGIÕES DO PAÍS

MESMA OCUPAÇÃO, SALÁRIO DIFERENTES Captura de tela

O

salário de Clemente Ganz Lúcio. dois trabaAs informações lhadores atuais são da base de com a mesdados da Relação ma ocupação pode ter Anual de Informações uma diferença de até Sociais (Rais), do Minis100%, dependendo da tério do Trabalho. Mas a idéia é que o site seja região onde cada um mora. Um auxiliar adabastecido com inforministrativo, por mações dos próprios inexemplo, pode ter uma ternautas sobre profisdiferença de até 70% no são, idade, sexo, região seu salário. Este profis- Informações do site são da base de dados da Rais onde mora e salário. sional ganha, em méHistórico – A primeidia, R$ 1.004 no Norte, R$ 1.010 países, já que o programa foi de- ra experiência foi feita na Hono Sul, R$ 1.481 no Sudeste, senvolvido pelo Dieese em par- landa, em 2000, onde já se tem R$ 1.544 no Centro-Oeste e ceria com a Fundação Wage In- um mapeamento completo soR$ 1.714 no Nordeste. Em São dicator e Instituto de Estudos bre a faixa salarial de todas as Paulo, a média salarial da cate- Avançados sobre o Trabalho, da categorias profissionais. Além goria é de R$ 1.136. de Holanda e Brasil, outros 15 Universidade de Amsterdã. A comparação pode ser feita "Nosso levantamento ainda países adotaram o programa. por qualquer trabalhador pelo não está completo porque não "Houve melhora significatisite www.meusalario.org.br, lan- consideramos o custo de vida va nas negociações salariais na çado ontem pelo Departamen- das regiões para saber se o salá- Holanda depois que começato Intersindical de Estatística e rio é ou não satisfatório para a mos a fazer a comparação dos Estudos Sócio-Econômicos realidade de cada profissional. rendimentos mensais de pro(Dieese) em comemoração aos Mas é o começo de um trabalho fissionais de países próximos", seus 50 anos de atuação. Em para conseguir uma amostra- disse Paulien Osse, diretora inbreve também será possível fa- gem completa em breve", expli- ternacional do projeto. Márcia Rodrigues zer a comparação com outros cou o diretor-técnico do Dieese,

Dieese comemora bodas de ouro

F

oi há 50 anos que o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos (Dieese) surgiu, a partir da união de dirigentes sindicais que queriam dados econômicos mais consistentes para auxiliar a atuação dos sindicatos nas negociações salariais. "Na época, observou-se que havia uma certa discrepância

entre os dados oficiais da inflação divulgados pelo governo e o seu impacto real no aumento dos preços. Por isso os dirigentes resolveram assumir o levantamento dos dados e o resultado foi bastante positivo", lembra o diretor-técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio. Desde então, o órgão se tornou responsável por uma série de índices em 16 capitais: cesta

básica, salário mínimo necessário para o trabalhador ter qualidade de vida, emprego e desemprego, greves, acordos e convenções coletivas, perfil de categorias profissionais e custo de vida, este apenas para a cidade de São Paulo. Em breve, o Dieese estará no Amazonas, pois a diretoria do órgão aprovou a instalação de um escritório no estado. (MR)

Planos de saúde na UTI

C

ada vez mais associados de planos de saúde recorrem às instituições e órgãos de defesa para resolver problemas com as operadoras. A situação é tão grave que o Superior Tribunal de Justiça (STJ), instância máxima de análise dos processos que ferem a Constituição, registrou aumento no número de processos contra planos de saúde: de 325 em 2004, para 439 no ano passado, alta de 35%. Entre as análises do STJ estão processos solicitando correção de reajustes, internações, danos morais, benefícios do plano para portadores de HIV e descredenciamento de operadoras. Um desses casos envolveu, em outubro de 2005, a Bradesco Seguros. Após litígio de sete anos de tramitação, com início em 1987, a empresa foi condenada a indenizar o segurado que pedia senha de internação para uma cirurgia de cálculo na vesícula. O valor da multa foi correspondente a 150 vezes a prestação do plano que o cliente pagava. Pesquisa recente da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Pro Teste), envolvendo as 16 principais operadoras do País, revela que quanto pior a avaliação dos usuários, maior é o desejo de trocar de operadora. O furor financeiro das operadoras não se reflete na mesma proporção

em benefícios para os associados. A pesquisa da Pro Teste verificou que nenhum plano de saúde oferece cobertura para transplante, exceto os previstos em lei: rins e córneas. Geral – Nos órgãos de defesa do consumidor, a situação não é diferente. Na Fundação Procon esse item foi responsável por 3,78% do total de solicitações em 2005. Foram registradas 462 reclamações. Dessas, 113 eram de pessoas que queriam rescindir o plano.

Já no Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), os maiores índices de reclamação são sobre os reajustes abusivos e cobertura do plano. Do total de 14.044 reclamações do Idec no ano passado, 2.124 eram contra planos de saúde. Na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), órgão que regulamenta as operadoras, o aumento da mensalidade e a carência dos planos estão entre os dez temas mais consultados. Eduardo Araújo de Castro

ADVOGADOS Wadih Helú - Waldir Helú

Advocacia Cível - Comercial - Família - Tributária Escritórios: Rua José Bonifácio, 93 - 9º andar, conj. 91 - CEP 01003-001 Av. Nove de Julho, 4.887 - 10º andar, conj. 101-B - CEP 01407-200 Fones: (11) 3242-8191 e (11) 3704-3407


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 6 de abril de 2006

Indicadores Econômicos

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13,6

5/4/2006

por cento foi o aumento no número de cheques sem fundo registrados pelo Banco Central em março

Informe Publicitário

FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Situação em 04/04/2006 Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda

Fundo P.L. do Fundo Empresarial LP ....................... 2.934.812,89 Lastro Performance LP ......... 972.507,94 Múltiplo LP .............................. 2.727.109,11 Esher LP .................................. 2.469.184,69 Master Recebíveis LP ........... 233.342,52

Valor da Cota Subordinada 1.024,084029 993,424391 1.025,536926 1.005,569784 956,497869

% rent.-mês 0,6238 0,0685 0,1090 0,1002 0,3249

% ano 4,8224 - 0,6576 2,5537 0,5570 - 4,3502

Valor da Cota Sênior 0 1.014,945543 1.021,237094 0 0

% rent. - mês 0,1224 0,1333 -

% ano 1,4946 2,1237 -

rating AA-(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)

DC

COMÉRCIO


Senado Eleições Cassação Planalto

4

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 6 de abril de 2006

É um parecer, não um panfleto. Baseiase no depoimento de João Paulo Cunha que, por mais incrível que possa parecer, foi determinante no convencimento quanto à culpabilidade. Deputado Cézar Schirmer (PMDB)

DOS 19 ACUSADOS, SÓ TRÊS PERDERAM O MANDATO

POR 256 VOTOS A 209, DEPUTADO PETISTA SE LIVRA DA CASSAÇÃO.

Eymar Mascaro

Alckmin: sonho JOÃO PAULO, O OITAVO A MENSALEIRO ABSOLVIDO.

A

Câmara absolveu ontem o ex-presidente da Casa João Paulo Cunha (PTSP), que confessou ter recebido R$ 50 mil do esquema montado pelo ex-tesoureiro petista Delúbio Soares e pelo empresário Marcos Valério. Dos 483 deputados que votaram, 256 foram a favor de João Paulo, 209 pela cassação, 9 abstenções, 7 votos brancos e 2 nulos. "Sei que os jornais vão continuar me chamando de 'mensaleiro' pelo resto da vida", lamentou João Paulo, em seu discurso no plenário. Foi a terceira maior presença de parlamentares nas sessões de julgamento dos acusados de ter se beneficiado do "mensalão". À que cassou o mandato do ex-deputado José Dirceu (PT-SP) compareceram 495; à que também tirou o mandato do ex-deputado Roberto Jefferson (PTBRJ), 489. Livraram-se da cassação, até agora, além de João Paulo, os deputados João Magno (PT-MG), Wanderval Santos (PL-SP), Professor Luizinho (PT-SP), Roberto Brant (PFLMG), Sandro Mabel (PL-GO), Romeu Queiroz (PTB-MG) e Pedro Henry (PP-MT). Dos 19 acusados de participar do "mensalão", só três foram cassados. Além de Dirceu e Jefferson, perdeu o mandato o presidente do PP, Pedro Corrêa (PE). Renunciaram ao mandato para fugir do processo os ex-deputados Valdemar Costa Neto (PL-SP), Carlos Rodrigues (sem

Lula Marques/Folha Imagem

FRAUDES, MENTIRAS E OMISSÕES.

O

Comemoração: deputado Ricardo Berzoini cumprimenta João Paulo.

partido-RJ), José Borba (PMDBPR) e Paulo Rocha (PT-PA). Sem dança – Desta vez, a deputada Ângela Guadagnin (PTSP) não ensaiou os passos da dança da pizza, como fez na absolvição do deputado João Magno (PT-MG). Ela nem esperou o encerramento da votação. Mas opinou sobre a defesa de João Paulo: "Foi uma defesa honesta, clara, transparente, de uma pessoa que não deve". O deputado Cézar Schirmer (PMDB-RS), relator do processo de cassação do ex-presidente da Câmara, deixou o plenário antes do fim da apuração dos votos. "Sabe quem dançou hoje? O povo brasileiro", afirmou desanimado. Ele foi, assim como no Conselho de Ética, arrasador em seu parecer. Mas poucos o ouviram. Quando subiu à tribuna, menos de 30 deputados

estavam presentes. Ele disse que em sua acusação não fez avaliações subjetivas. Tratou de fatos comprovados. "É um parecer, não um panfleto. Baseia-se fundamentalmente no depoimento do senhor João Paulo Cunha e nos documentos da defesa que, por mais incrível que possa parecer, foram determinantes no convencimento do relator quanto à culpabilidade." Schirmer centrou a acusação em três pontos: o saque de R$ 50 mil de uma conta de Valério feito por Márcia Milanesi Cunha, mulher de João Paulo, no Banco Rural, em setembro de 2003, fora do horário bancário; omissão de informações sobre a retirada do dinheiro; e a contratação pela Câmara, na gestão de João Paulo, da SMP&B, contrato marcado por acusações de irregularidades. (AE)

relatório do deputado Cezar Schirmer (PMDB-RS), que recomenda a cassação do mandato de João Paulo Cunha (PTSP), acusa o deputado de obter vantagem indevida no exercício da atividade parlamentar, por ter recebido "em proveito próprio" R$ 50 mil da agência de publicidade SMP&B, do empresário Marcos Valério. O parecer também aponta fraude em licitação da Câmara, vencida pela mesma SMP&B em 2003, quando João Paulo presidia a Casa. Schirmer acusa João Paulo de mentiras e omissões. O relator lembrou que a primeira explicação dada por ele para a visita de sua mulher ao Banco Rural foi que teria sido com o intuito de reclamar de uma fatura de TV por assinatura. O relator lembrou ainda que um dia antes do saque, João Paulo recebeu Valério na residência oficial. Dez dias depois, a SMP&B venceu a licitação para a conta de publicidade da Câmara, de R$ 10 milhões. (Agências)

Marcos Michelin/Estado de Minas/AE

PESQUISA ma radiografia dos vereadores feita pelo Senado mostra que a maioria é homem e não tem curso superior. Dos 60 mil vereadores do País, 88% são homens, 12% mulheres e apenas 16% têm curso superior completo. Apenas 3% têm pósgraduação, 14%, curso fundamental, e 4% reconhecem que mal sabem ler e escrever. A pesquisa, intitulada 1.º Censo do Legislativo Brasileiro e divulgada ontem pelo presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), foi feita para mostrar as dificuldades do Legislativo do País. O levantamento também mostrou quais os partidos que dominam as câmaras municipais do País. O PMDB é a legenda com maior número de vereadores, com 16,67%, o PSDB com 12,75%, PFL com 12,44%, PP com 10,38%, PTB com 7,94%, PL com 7,19% e PT com 7,03%. Depois de visitarem 5 414 cidades, os recenseadores também levantaram que a média salarial dos vereadores é R$ 450 em pequenos e médios municípios e R$ 1.700 nos grandes.

U

prioridade nº 1 de Geraldo Alckmin, no momento, é amarrar uma aliança com o PMDB, embora este partido mantenha o propósito de lançar candidato próprio a presidente. O tucano vem conversando com o presidente do PMDB, Michel Temer e admite que o apoio peemedebista seria fundamental para sua campanha. O PSDB já alinhavou a coligação com o PFL. Os pefelistas, como Jorge Bornhausen não se opõem à aliança dos tucanos com o PMDB. Para Bornhausen, o objetivo do partido é derrotar Lula. Mas, Temer admite que existem dificuldades para a aliança do PMDB com o PSDB, porque o seu partido já está em campanha com Anthony Garotinho. Além de PFL e PMDB, o PSDB corre atrás do PPS. Alckmin já se encontrou com o deputado Roberto Freire que, até prova em contrário, mantém sua candidatura presidencial. O sonho de Alckmin, portanto, é de fazer sua campanha apoiado por pelo menos quatro partidos: PSDB, PFL, PMDB e PPS.

REGIONAL

No encontro que sustentou com Temer, o candidato tucano discutiu a possibilidade de acertos regionais entre PSDB e PMDB. O PMDB, por exemplo, tem candidatos a governador em pelo menos 15 estados. Seria necessário que o PSDB fizesse composição com o PMDB em todos os 15 estados.

CHAPA

Admite-se no PSDB a tentativa de Alckmin ter um vice do PMDB, que seria o exgovernador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos. Resta saber se o PFL aceitaria ficar fora da chapa tucana. Vasconcelos tem muita afinidade com os tucanos, sobretudo com FHC.

O VICE

Os políticos acham difícil que o vice de Alckmin não seja do PFL. Tasso Jereissati já bateu o martelo em favor do PFL. Os pefelistas tem dois senadores citados para a vice: José Agripino (RN) e José Jorge (PE).

Aécio pode transferir para Alckmin. O vice de Lula seria novamente José Alencar, que vem recebendo elogios no PT.

ESTADUAL

José Serra também paquera o PMDB. O tucano quer disputar o governo de São Paulo apoiado por PSDB, PFL e PMDB. Serra estaria disposto a impedir que o PSDB lance candidato ao Senado para apoiar um peemedebista, que seria Orestes Quércia. Fala-se também que Temer poderia ser o vice de Serra.

PREFERÊNCIA

Mas, a preferência no PSDB é que Serra tenha um vice do PFL, que pode ser o empresário Guilherme Afif Domingos. A coligação PSDB/PFL já vingou nas últimas eleições em São Paulo, em que os vices foram indicados pelos pefelistas. Deu certo.

NA FRENTE

As pesquisas têm revelado que Lula leva vantagem sobre Alckmin exatamente no Nordeste. ACM já admitiu que o partido não abre mão de que o vice de Alckmin seja daquela região.

Ó RBITA

JANENE processo de cassação do deputado José Janene (PP-PR) no Conselho de Ética não deverá ser arquivado, mesmo que o parlamentar seja aposentado por invalidez. É a opinião do deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ), em resposta à consulta da Mesa da Câmara sobre o processo. "Foi justamente com o intuito de evitar que um parlamentar sujeito a processo de perda de mandato pudesse, somente por ato de sua vontade – a renúncia ao mandato – pôr fim ao procedimento disciplinar contra ele instaurado que o constituinte revisor de 1994 inseriu no texto constitucional a regra do art. 55, § 4º, suspendendo os efeitos da renúncia até a deliberação final da Casa sobre o assunto", disse. O parecer será votado na próxima semana.

Gilberto Prado

O

DITADURA – A ditadura vista pelos advogados que militaram pelo retorno da democracia. Este é o foco do livro do advogado Cid Vieira de Souza Filho: OAB X Ditadura Militar, lançado com a presença de juristas, parlamentares e empresários, como Guilherme Afif Domingos, presidente da Associação Comercial.

MAIS AMPLO

Alckmin, com Aécio: vaga de vice na chapa é indicação natural do PFL.

Alckmin quer o PMDB e a maior aliança possível

O

pré-candidato a presidente Geraldo Alckmin (PSDB) disse ontem, em Belo Horizonte, que trabalha com o objetivo de formar a "maior aliança possível" para as eleições de outubro, não descartando a possibilidade de um acordo com o PMDB. Alckmin afirmou que o PFL é quem, "naturalmente", deve indicar o candidato a vice-presidente na chapa presidencial. Mas observou que o presidente nacional do partido, senador Jorge Bornhausen (SC), declarou que está "aberto" para a um "entendimento". O pré-candidato do PSDB a presidente classificou como "muito boa" a conversa que manteve no último domingo com o presidente nacional do PMDB, deputado Michel Temer (SP), e lembrou que a origem dos tucanos está no MDB "o velho e bom Manda Brasa". "No que depender de mim, eu farei, baseado num programa, num projeto nacional, a maior aliança possível", disse. Mais dois nomes – O tucano reuniu-se ontem com o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), pré-candidato

à reeleição, no Palácio das Mangabeiras. Do encontro, participou também o ex-secretário de Planejamento e Defesa Social do Estado Antônio Augusto Anastasia, que foi convidado por Alckmin para ser um dos coordenadores do programa de governo. Outro nome definido pelo pré-candidato tucano é o de João Carlos Meirelles. "Nós vamos fazer um grupo bem amplo", disse. Aécio afirmou, após o encontro, que estará "abraçado" à candidatura de Alckmin, equilibrando-se entre o governo do Estado e a campanha. "Com ele, pretendo percorrer o Estado e mesmo em outros lugares, onde ele ache que a minha presença possa ser útil", disse o governador de Minas Gerais, para quem a gestão de Alckmin em São Paulo é o principal "atestado". I m p e a c h m e nt – Sobre um possível pedido de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com base num relatório da Ordem dos Advogados do Brasil, o ex-governador paulista disse não querer entrar nessa campanha, "para fazer luta partidária". (AE)

Apesar do PTB no âmbito federal estar se acertando para apoiar Lula, o PTB paulista pode dar apoio aos tucanos no Estado. O partido em São Paulo está fechado com Alckmin e ainda participa do secretariado.

DE PERTO

A ala governista do PMDB acompanha de perto os entendimentos de Temer com Alckmin. Não está afastada a hipótese do PMDB rachar nas eleições: o grupo de Temer fica com Alckmin e a ala dos senadores José Sarney e Renan Calheiros fecha com Lula. O PMDB, nesse caso, ficaria sem candidato próprio.

ESPERANÇA

A verdade é que o PT ainda não perdeu a esperança de atrair o PMDB. Continua em pé a proposta para o PMDB lançar o vice de Lula. Mas, o grupo de Temer não aceita. Anthony Garotinho, por exemplo, não abre mão da candidatura e ameaça apoiar Alckmin se o seu partido ficar com Lula.

ALENCAR

Como é difícil o PMDB fechar com Lula, o PT admite que o vice na chapa do presidente saia de Minas, para evitar a votação que

CORRIDA

Marta Suplicy e Aloizio Mercadante continuam marcando passo na cabala de votos dos convencionais do PT.Os dois estão inscritos para a disputa das prévias. Por enquanto, a ex-prefeita leva vantagem sobre Mercadante porque dispõe de tempo para enfrentar os convencionais, enquanto o senador permanece em Brasília.

INVESTIGAÇÃO

O ministro Márcio Thomaz Bastos reafirma que foi ele quem pediu à Polícia Federal para investigar o caso de violação do sigilo bancário de Francenildo dos Santos Costa. Por isso, o ministro não vê motivos para que seja chamado a depor na PF.

AMEAÇA

Bastos ameaça deixar o cargo se os seus assessores Daniel Golberg e Cláudio Alencar forem demitidos do ministério. Os assessores estavam na casa de Palocci na noite em que o expresidente da Caixa Econômica, Jorge Mattoso, entregou o extrato da conta do caseiro a Palocci.

DEPOIMENTO

Como negou na Polícia Federal ter violado o sigilo de Francenildo, Palocci pode ser convocado para depor na CPI dos Bingos. A oposição quer colocar novamente o exministro no banco dos réus.


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Nacional Tr i b u t o s Empreendedores Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 6 de abril de 2006

METADE DO FATURAMENTO VEM DE AEROPORTOS

Uma placa de publicidade em carrinho de aeroporto custa cerca de R$ 42 por mês

Denise Adams/AGF

Sem sair do chão, executivo faz sucesso em aeroportos Criador do grupo Kallas descobriu como explorar a mídia publicitária nos aeroportos. O negócio deu certo e resultou na abertura de outras 13 empresas.

LETREIRO Divulgação

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ara agrupar todas suas empresas, Luiz Roberto Kallas decidiu que o melhor seria ter uma holding. Nessa época, início dos anos 80, pediu que a equipe de criação fizesse um logotipo simples e moderno, mas que representasse a longevidade das empresas. Assim, nasceu o K, do grupo Kallas. (FP)

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e cachimbo na mão, sentado na cadeira, os pés displicentemente pousados sobre a mesa e olhar de blasé – assim o empresário e engenheiro Luiz Roberto Rached Esper Kallas recebe a reportagem do Diário do Comércio. Em sua ampla sala, em uma também grande casa no bairro de Pinheiros, em São Paulo, o empresário fala direta e secamente, parece um homem duro. No entanto, é educado e, às vezes, engraçado. Talvez esse seja um dos segredos de seu sucesso. Kallas não faz rodeios para conversar e, provavelmente, nem para fazer negócios. Tem o tempo apertado, afinal é um dos principais executivos de mídia exterior do País. Ele foi o pioneiro em publicidade para aeroportos. Hoje, após 26 anos de trabalho, Kallas tem 14 empresas que realizam o processo

de montagem, instalação, iluminação de painéis, outdoors e envelopamento de trens e ônibus, entre outras atividades. A história começou em 1978, quando o engenheiro ainda trabalhava no Grupo Brasif – que explorava a Duty Free Shop no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro. Na época, ao negociar com os clientes internacionais, sempre ouvia a queixa de que não havia lugar para que eles pudessem expor suas marcas no aeroporto. "Conversei com colegas da época e resolvemos falar com o ministro da Aeronáutica, que nos deu autorização para explorar publicidade no aeroporto", diz Kallas. Ele e os colegas de trabalho, então, resolveram utilizar a empresa Coneemp – que pertencia ao grupo BMG, sócio da Brasif –, para atender a área internacional, e uma empresa de São Paulo, com nome parecido, a Codemp, foi indicada pe-

EMPREENDEDORES Luiz Roberto Kallas diz que presta atenção na demanda dos clientes para criar novas empresas

lo ministro para atender a área nacional de publicidade. "O negócio deu certo e saí do free shop, montei a Aka Painéis, comprei a Codemp e passei a negociar nos aeroportos de todo o Brasil", explica. A Coneemp virou Brasif Publicidade e continuou explorando os espaços dos free shops. Atualmente, existem 103 empresas concessionárias de mídia aeroportuária no Brasil. Mas apenas três, incluindo a Codemp, exploram o serviço em âmbito nacional. No começo, a principal dificuldade do empresário era convencer os clientes de que anunciar em aeroportos traria um retorno significativo.

Ar-condicionado automotivo, instalação e manutenção. Pacote promocional (carros nacionais) * Carga de gás + filtro de pólem + higienização = R$ 140,00 Rua Pio XI, 373 - Alto da Lapa : (11) 3832-2976 - e-mail: jear.ar@terra.com.br

SEGREDO

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presidente do grupo Kallas, Luiz Roberto Kallas, atribui seu sucesso ao trabalho e aos funcionários. "Nosso pessoal é formado aqui. A maioria entra como estagiário e faz carreira", diz. Além disso, afirma, o foco da empresa é investir na área comercial, que serve como vitrine dos serviços. (FP)

PEDRA

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o começo da exploração da mídia aeroportuária, os clientes não acreditavam no retorno financeiro. "Tentei vender o primeiro painel para a Golden Cross, mas eles só aceitaram um painel sem custo para teste. Depois de 30 dias o compraram", diz Luiz Roberto Kallas, presidente do grupo Kallas. (FP)

"Cheguei a oferecer espaço de graça, só para os clientes testarem", conta Kallas. Oportunidade Dois ou três anos depois de começar o negócio, o empresário se viu diante de uma nova oportunidade e não deixou de aproveitá-la. "Íamos fazer os painéis de aeroportos de uma marca de cigarro norte-americana, enquanto outra empresa ia fazer os painéis urbanos. Mas eles (a outra empresa) não foram nas reuniões e nosso cliente nos pediu que fizéssemos também a mídia urbana. Assim montei uma nova empresa, a Aka Outdoor." Hoje, o grupo de Kallas é formado por 14 companhias, que foram surgindo de acordo com as necessidades do mercado. "Desde o começo, penso nos nichos que ainda não foram explorados", diz o empreendedor. Assim, Kallas detém todo o processo de montagem, confecção de outdoors e até manutenção de mobiliários urbanos. Faturamento Entretanto, mesmo após tantas empreitadas de sucesso, o carro-chefe de Kallas continua sendo a mídia aeroportuária. Do faturamento do grupo em 2005 (cerca de R$ 32 milhões), 50% foram provenientes da Codemp. "A mídia nesses locais é muito cara e nós somos experts no assunto", afirma. Uma placa de publicidade em um único carri-

nho de bagagem, por exemplo, chega a custar R$ 42 por mês. Também nos aeroportos ou com temas ligados a eles estão as principais histórias de sucesso do grupo Kallas. Um exemplo foi a instalação de um painel em tamanho natural de um avião Boeing 747 da Varig na via de acesso ao Aeroporto de Guarulhos. Para confeccionar a tela foi preciso uma câmera especial colocada no topo do ginásio da Portuguesa de Desportos, que fotografou o lay out de tal forma que os transeuntes tinham a impressão que o avião girava à medida que os carros passavam. Segundo Kallas, a Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero) tem o direito de explorar e, inclusive, de aprovar todas as peças publicitárias que passam pelos aeroportos brasileiros, o que garante qualidade excepcional às mídias. Entretanto, essa análise pela Infraero também já causou histórias engraçadas. Em 1981, lembra o executivo, a marca de jeans Dijon criou uma publicidade com a Luiza Brunet, na qual a modelo aparecia em um divã, coberta com um lençol de seda e uma garrafa de champanhe nas mãos. A Infraero não permitiu essa campanha nos aeroportos alegando que "incitava a pornografia". Fernanda Pressinott

WValente/AGF

Detalhe de uma mídia feita pela Kallas no aeroporto de Congonhas


quinta-feira, 6 de abril de 2006

CPI Eleições Planalto Congresso

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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PALOCCI E MATTOSO: ATÉ SEIS ANOS DE PRISÃO

O privilégio diz respeito ao exercício do cargo. As pessoas que não mais exercem cargo público não têm porque preservar privilégios que são inerentes àquela função pública anteriormente exercida. Procurador Nicolao Dino

QUEBRA DE SIGILO

PF CONCLUI: PALOCCI FOI O MANDANTE. Jamil Bittar/Reuters/24-06-2003

TRATAMENTO VIP IRRITA OPOSIÇÃO

A

oposição reagiu fortemente no Congresso, assim como o Ministério Público, contra o privilégio concedido pela Polícia Federal ao exministro da Fazenda Antonio Palocci que, afirmando estar doente, prestou depoimento em casa sobre a violação do sigilo do caseiro Francenildo dos Santos Costa, enquanto o caseiro teve de ser ouvido na PF na condição de investigado. "O ministro teve um tratamento mais do que privilegiado", disse o senador José Jorge (PFL-PE). "Estranho que se tratou de um depoimento VIP, mas eu tenho certeza que isso revolta cada vez mais a sociedade brasileira que não aceita mais esse tipo de

privilégios", disse o presidente da CPI dos Bingos, senador Efraim Moraes (PFL-PB). Delivery – Para o précandidato do PSDB à presidência Geraldo Alckmin, a atitude da PF de ouvir Palocci em casa fere o conceito de República, que é o conceito de igualdade. "Foi um depoimento 'delivery'. É grave porque a vida pública precisa ser feita com valores. E um deles é o apreço à democracia. A violação ameaça toda a sociedade." O presidente da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), Nicolao Dino, concorda. "Isso é absolutamente inaceitável sob o ponto de vista de um estado republicano", disse. "No estado republicano deve-se exercer e aplicar o princípio da igualdade." Palocci prestou depoimento secretamente

A

na terça-feira e foi indiciado. Pela legislação brasileira, apenas os detentores de cargos e funções públicas têm a prerrogativa de combinar com a autoridade policial ou judicial o local, o horário e o dia do depoimento. "O privilégio diz respeito ao exercício do cargo. As pessoas que não mais exercem cargo público não têm porque preservar privilégios que são inerentes àquela função pública anteriormente exercida", explicou Dino. Defesa – o advogado de Palocci, Roberto Batochio disse que "não constituiu regalia, mas um direito inerente a qualquer cidadão em circunstâncias especiais de saúde a tomada de depoimento em sua própria residência." Segundo ele, Palocci estava com problemas cardíacos e depôs sob monitoramento de equipamentos. (Agências)

FÉLIX CONFIRMA ENCONTRO

O

chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, general Jorge Armando Félix, confirmou ontem a parlamentares que foi procurado pelo então ministro da Fazenda, Antonio Palocci, há cerca de duas semanas – no auge da crise da quebra ilegal do sigilo do caseiro Francenil-

do dos Santos Costa –, preocupado com as pressões que ele e o governo recebiam. "Palocci foi até o gabinete do ministro (Félix) falar que o governo estava sofrendo de forte pressão e perguntou se podia ser feita alguma coisa", disse o líder da minoria na Câmara, José Carlos Aleluia (PFL-BA), sobre o relato feito pelo chefe do GSI.

Félix é superior hierárquico da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Ele foi à Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência do Congresso, depois da revelação de que Palocci teria pedido à Abin que investigasse o caseiro. A comissão considerou que não houve participação da Abin nem do ministro no caso. (AE)

Todo o Brasil “De Olho no Imposto” $UTXLYR 'LiULR GR &RPpUFLR

movimento “De Olho no Imposto”, que visa conscientizar os cidadãos sobre a quantidade de impostos embutidos na renda, patrimônio e consumo, foi lançado na última terça-feira, dia 4, em Curitiba - Paraná, reunindo mais de 400 pessoas. Liderado pelas entidades que formaram a Frente Brasileira contra a MP 232, o movimento tem o objetivo de colher 1,5 milhão de assinaturas para encaminhar à Câmara Federal, por meio de um projeto de lei que regulamente o parágrafo 5° do artigo 150 da Constituição Federal, onde está prevista a discriminação em nota fiscal do valor dos impostos sobre produtos e serviços. Segundo o presidente do SESCON-SP, Antonio Maran-

gon, presente ao evento, é importante que o movimento de conscientização tributária chegue a todos os Estados brasileiros. “Temos o dever cívico de levar estas informações a todos os lugares deste imenso País. A população brasileira tem o direito de saber que nada vem de graça do governo, ela paga imposto sobre tudo o que consome”, disse. De acordo com o presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), Gilberto Luiz do Amaral, na redistribuição dos impostos, que são arrecadados nos municípios, a União fica com 60%, os Estados com 25% e os municípios com 15%. “A população arca com o alto custo dos tributos e ainda não recebe o retorno

esperado em serviços públicos de qualidade”. Até agora, as entidades envolvidas conseguiram colher cerca de 570 mil assinaturas em municípios do interior de São Paulo. A campanha se encerra no dia 1º de maio, durante a festa do trabalho realizada pela Força Sindical, na capital paulista. Estiveram presentes à mobilização importantes lideranças nacionais, que já caracterizam a luta contra o aumento de impostos, além do SESCON-SP, o Conselho Regional de Contabilidade do Paraná (CRC-PR), Associação Comercial do Paraná (ACPR), Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Sindicato dos Contabilistas de São Paulo (Sindcont-SP), entre outras.

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O governador cumprimenta convidados após sua posse

constitucional, o novo governador também prometeu

deria ter acesso e a usado em proveito próprio com o objetivo de perseguir um desafeto, utilizando, assim, aparato fiscal do governo. "É inverossímil que toda a iniciativa tenha partido do Mattoso", observou um policial com acesso às apurações. "Nildo" revelou que Palocci era freqüentador da mansão do Lago Sul, em Brasília, na qual lobistas de Ribeirão Preto promoviam festas com garotas de programa e partilha de dinheiro. Coaf – No depoimento que prestou na terça na sua casa, Palocci confirmou que acionou o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), subordinado a ele, para levantar dúvidas sobre movimentações de quantias elevadas na conta do caseiro, de modo a forçar a polícia a entrar no caso. Ele disse ter recebido a informação original sobre a existência de "um bom dinheiro" movimentado por "Nildo" da jornalista Helena Chagas, diretora da sucursal do jornal O Globo em

cumprir e observar as leis estaduais e federais.

Desde o dia 20 de março está em operação o Cadastro Sincronizado, que compartilha informações entre a Receita Federal e a Secretaria de Estado dos Negócios da Fazenda de São Paulo (Sefaz-SP). Na última semana, diversos associados do SESCON-SP relataram à Entidade problemas com a utilização do Cadastro Sincronizado, no que diz respeito à demora no atendimento das solicitações, ausência de informações sobre o estágio de atendimento e encaminhamento equivocado de processos de empresas de serviços sem vínculo com tributos estaduais, resultando em maior perda de tempo para a conclusão das solicitações. O SESCON-SP encaminhou os relatos à Coordenação da Administração Tributária (CAT) da Sefaz-SP e à Superintendência da Receita Federal no Estado paulista. A CAT esclareceu os seguintes pontos: · A elevação sensível e atí-

pica do número de processos gerados desde a implantação do Cadastro Sincronizado ocasionou aumento do prazo médio para atendimento; · na última quinta-feira, aproximadamente 6 mil processos foram concluídos e colocados à disposição dos contribuintes; · a equipe Sefaz-SP foi reforçada e está trabalhando para solução do estoque de processos pendentes com a maior rapidez possível (são 20 mil processos); · estão sendo efetuados ajustes nos sistemas, de forma a eliminar algumas inconsistências detectadas; · nos próximos dias deve haver redução sensível do prazo médio de atendimento das solicitações de serviços, com a eliminação das mencionadas inconsistências. “O SESCON-SP continuará acompanhando a solução definitiva do problema”, afirmou Antonio Marangon, presidente da Entidade.

Nota Fiscal Eletrônica é utilizada em SP

Lembo assume governo de São Paulo e dá andamento aos projetos de antecessor O pefelista Cláudio Lembo foi empossado governador do Estado de São Paulo, pelo presidente da Assembléia Legislativa, Rodrigo Garcia, em sessão solene na última sexta-feira, dia 31, na Assembléia Legislativa. Durante seu discurso, ele declarou que seguirá os passos de Alckmin com “dedicação plena às tarefas do Estado”, imprimindo apenas seu “traço pessoal”, o que, segundo ele, “é inevitável”. Ao proferir o compromisso

Antonio Palocci: contradições.

Brasília. Ela está em férias e o jornal divulgou nota na qual confirma que ela "foi, realmente, procurada pelo ministro Palocci". Ela será convocada. Suborno – Palocci negou que tenha determinado a violação da conta (Mattoso também não confirmou). Mas o exministro tinha certeza de que o dinheiro era fruto de suborno da oposição, numa ação orquestrada pelo senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT), para desestabilizar o governo. Para desmascarar o desafeto, ele acionou o aparato fiscal e policial do Executivo. Para chegar a essa constatação, os policiais perceberam uma contradição no depoimento de Palocci. Ao tempo em que reforça ter recebido a informação de Helena, ele diz que destruiu "no triturador de papéis" o extrato do caseiro, tão logo teve certeza de que o Coaf iria investigar o caso. Para fechar a rede de cumplicidades na investida atrapalhada do alto escalão do Executivo contra o caseiro, falta agora definir a responsabilidade pela entrega do extrato para a revista Época. Principal suspeito, o jornalista Marcelo Netto, ex-assessor de imprensa do ex-ministro, usou ontem o direito de ficar calado para não levantar prova contra si. E não foi indiciado. Ribeirão – O delegado seccional de Ribeirão Preto, Benedito Antônio Valencise, vai ouvir o depoimento de Palocci no dia 19 ou 20, no inquérito que apura crimes praticados durante a gestão de Palocci. (AE)

Ajustes no Cadastro Sincronizado

Lideranças que compõem o movimento

O

Polícia Federal (PF) concluiu que o exministro da Fazenda Antonio Palocci foi o mandante da quebra ilegal de sigilo do caseiro Francenildo dos Santos Costa, o "Nildo". Para consumar o suposto crime, conforme as apurações, Palocci teria contado com a cumplicidade do ex-presidente da Caixa Econômica Federal (CEF) Jorge Mattoso, acusado de ter determinado a subordinados que bisbilhotassem a poupança de "Nildo" na instituição. Palocci e Mattoso estão indiciados por violação de sigilo funcional e quebra ilegal de sigilo bancário e podem pegar até seis anos de prisão, mais multa. O inquérito será concluído no dia 21, mas a PF acredita ter desvendado a cadeia de comando da violação do sigilo bancário do caseiro. As investigações indicam que, na iminência de serem desmascarados, Palocci e o ex-presidente da CEF teriam concordado em confessar a violação, mas combinaram as versões que apresentariam nos depoimentos para facilitar a defesa deles e evitar outras tipificações penais, como a de formação de quadrilha. Para isso, contrataram bancas de advogados caros, uma delas comandada pelo ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Roberto Batochio. Provas – A análise dos testemunhos e das provas materiais mostra que o ex-ministro teria se valido do cargo para obter informação à qual, por lei, não po-

A Sefaz-SP promoveu o lançamento nacional da Nota Fiscal Eletrônica, em cerimônia realizada na última quinta-feira, dia 30, na capital paulista. A implantação oficial do projeto no Estado de São Paulo, em conjunto com os Estados da Bahia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Goiás e Maranhão e a Receita Federal, teve início no dia 3. O novo modelo substituirá a Nota Fiscal de papel. O secretário da Sefaz-SP, Luiz Tacca Júnior, disse que o novo modelo da Nota Fiscal

Eletrônica “facilitará a escrituração fiscal e será mais um instrumento da fiscalização no combate ä sonegação.” O evento contou com a presença do secretário da Receita Federal, Jorge Deher Rachid, do coordenador da Administração Tributária de São Paulo, Henrique Shiguemi Nakagaki, e dos vice-presidentes Administrativo do SESCON-SP, Sérgio Approbato Machado Junior e o Financeiro João Edison Deméo, além de representantes das associações de empresas, contabilistas e entidades.

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Nacional Empreendedores Empresas Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 6 de abril de 2006

A maquiadora Aninha Costa produziu o look Copa do Mundo na modelo Flávia Perussi.

KIT OLÉ BRASIL CUSTA R$ 3

Fotos: Paulo Pampolin/Hype

Verde, amarelo, azul... e goleada de criatividade Fabricantes de maquiagens e esmaltes apostam em lançamentos para a Copa

C

omo as arquibancadas alemãs estão longe da maioria dos brasileiros, a torcida pela vitória na Copa do Mundo tem que ser especial. Quem pensa assim encontrou várias opções para montar o visual na Hair Brasil, evento do setor de beleza que terminou nesta semana na capital. Homens e mulheres que querem não apenas demonstrar o patriotismo, mas incorporá-lo, podem "decorar" unhas, cabelos e rostos em dias de jogos – ou começar desde já. Dois modelos aceitaram experimentar algumas novidades, especialmente para os leitores do Diário do Comércio. A Niasi lançou uma linha de esmaltes para a torcedora entusiasmada, nas cores "verde já ganhou", "branco campeão", "amarelo canarinho" e "azul vitória". "Queremos homenagear o Brasil transformando o visual do torcedor", disse a gerente de marketing da Niasi, Flávia Carro. A manicure Alessandra dos Santos desenhou o losango e a

estrela, símbolos da bandeira brasileira, nas unhas da modelo Flávia Perussi. Rosto – O passo seguinte foi o rosto. A maquiagem da empresa Catharine Hill, há vinte anos no mercado, é feita para profissionais de TV, cinema e teatro. Mas, nos últimos meses, procurou atender também os cabeleireiros, que podem utilizar o produto nas clientes. O kit Olé Brasil, lançamento da grife, custa R$ 3 e vem com duas sobras (verde e amarela). A maquiadora da empresa, Aninha Costa, preparou o rosto da modelo. A pele tem de estar limpa, hidratada e tonificada. Primeiro a base, aplicada de maneira uniforme. Depois, vem a arte. As pálpebras ganharam sombra amarela. O delineador azul foi passado até o osso do nariz. Em cima dele, mais uma "linha" verde. Com um pincel fino, é preciso contornar de amarelo toda a produção, para dar destaque. Para os cílios e as sobrancelhas, rímel preto. E o toque final nos olhos fica com o glitter verde. Na boca, só um brilho rosado.

"A cor dos lábios tem de ser discreta, já que o olhar ganhou tanto destaque." Os cabelos não podem ficar de fora da "montagem". Uma mecha verde e amarela foi escolhida para dar charme. Ela foi colocada no cabelo com o laser Beammer, que é capaz de reduzir o tempo da produção de um megahair de quatro horas para 28 minutos (o aparelho custa R$ 12 mil e 60 grandes salões de beleza em São Paulo já o compraram). Homem pode – O modelo Rodrigo Marques também optou pela mecha, que acompanhou a divisão do cabelo. O visual masculino é um pouco mais "agressivo". É uma pintura de guerra, para estádio. O azul no rosto, só de um lado, delineador verde nos olhos e as estrelas brancas como acabamento fazem o colorido no rosto masculino. O detalhe é o glitter amarelo no nariz. Segundo a maquiadora Aninha Costa, para retirar tudo, basta um demaquilante. Até o próximo jogo. Neide Martingo

Os modelos Rodrigo Marques e Flávia Perussi foram maquiados durante a feira Hair Brasil, na capital

DE CARA LIMPA Arte sobre fotos/Barbeiro: Abê

F

amoso pelo bordão "Meu nome é Enéas" e pela barba, o deputado Enéas Carneiro (Prona-SP) surpreendeu ao reaparecer barbeado à Câmara. E se outros barbudos do cenário político mudassem o visual? Seria uma boa maneira de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente cubano, Fidel Castro, o ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci, o marqueteiro Duda Mendonça e o líder do Movimento dos Trabalhaores Sem Terra, João Pedro Stédile, aparecerem "de cara limpa" para a população...

Luiz Inácio Lula da Silva

Fidel Castro

Antônio Palocci Filho

Duda Mendonça

João Pedro Stédile

Gerdau faz mais uma aquisição nos EUA

N

o terceiro anúncio de compra de ativos nos Estados Unidos em menos de um mês, a Gerdau Ameristeel, subsidiária na América do Norte do Grupo Gerdau, anunciou ontem a aquisição da Sheffield Steel, em Oklahoma, por US$ 170 milhões. A empresa pagará US$ 76 milhões, valor sujeito a ajustes até a data da conclusão da operação, além de uma dívida lí-

quida e alguns passivos de longo prazo de aproximadamente US$ 94 milhões. "Estamos com caixa bastante elevado na Ameristeel e temos recursos suficientes", disse a jornalistas o vice-presidente sênior do grupo, Frederico Gerdau Johannpeter. A Sheffield Steel produz aços longos, principalmente vergalhões e barras, com vendas anuais de cerca de 550 mil toneladas de produtos acaba-

dos. A companhia possui uma aciaria e uma laminadora em Sand Springs, Oklahoma, uma laminadora menor em Joliet, Illinois, e três unidades de transformação em Kansas City e Sand Springs. Segundo o presidente do Grupo, a Gerdau está pagando US$ 300 por tonelada. "Foi uma oportunidade... Essa empresa (Sheffield) já esteve em concordata. Com ela estamos entrando no sudoeste norteamericano", afirmou. Ele comparou o valor da aquisição ao desembolsado pela européia Arcelor para comprar a canadense Dofasco, cerca de US$ 1,2 mil por tonelada. O acordo divulgado ontem está sujeito à aprovação de acionistas da Sheffield e das autoridades reguladoras do mercado e antitruste nos EUA, e deve ser concluído no segundo trimestre de 2006. (Reuters)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

12 -.CIDADES & ENTIDADES

quinta-feira, 6 de abril de 2006

CAREQUINHA 1915-2006

Wilton Junior/AE

George Savalla, o Carequinha, acreditava ser o último palhaço "daqueles que tinham nascido com o dom". Ele era filho de uma equilibrista, neto de um dono de circo e, aos 5 anos, se transformou em palhaço.

HOJE TEM MARMELADA. LÁ NO CÉU. Carequinha, um dos mais tradicionais palhaços brasileiros, talvez o último deles, morreu ontem, aos 90 anos. Com 85 anos de carreira, ele alegrou várias gerações.

O

último palhaço típico, daqueles que parecem ter nascido com o dom, morreu na madrugada de ontem. George Savalla, o Carequinha, que acreditava ser o único palhaço sobrevivente desta linhagem, teve morte súbita, aos 90 anos, enquanto dormia, provavelmente por problemas cardíacos. Quando o corpo deixou sua casa, no bairro Zé Garoto, em São Gonçalo, os vizinhos aplaudiram. O corpo de Carequinha foi enterrado, à tarde, em São Gonçalo, no Grande Rio, cidade em que morava desde os 7

anos, e onde foi decretado ponto facultativo e luto de três dias. Carequinha foi enterrado com o mesmo terno com o qual se apresentava no circo. O artista tinha problemas de saúde havia alguns anos. Em 2005, uma pneumonia dupla o deixou na UTI por 28 dias. Na noite de terça, sentiu dores no peito e falta de ar, mas, apesar de morar em frente a um hospital, decidiu medicar-se em casa e ir ao médico somente pela manhã. Não houve tempo. Na cama – O corpo foi encontrado às 6h, na cama, pela família. Wellington Gomes, de 59 anos, um de seus cinco fi-

lhos (ele tinha quatro netos e três bisnetos) contou que Carequinha pegara no sono vendo TV. "Ainda voltei ao quarto, à meia-noite, para desligar o aparelho". Eupídea, mulher do palhaço há 60 anos, sofre do mal de Alzheimer. O velório foi acompanhado por fãs de todas as gerações. Carequinha tinha 85 anos de carreira. O palhaço se apresentou pela última vez no dia 27, na Semana Nacional do Circo. Já estava debilitado, como lembrou a nora Cristiane Gomes, mulher de seu filho Tairone. "Estava fraco, mas ele sempre dizia: 'Tenho de ir'".

No circo – O palhaço Carequinha nasceu em 18 de julho de 1915, em Rio Bonito, no Grande Rio. Nasceu no circo: sua mãe, a equilibrista Elisa Savalla, andava na corda bamba quando sentiu as primeiras dores do parto. Sob a lona do Circo Peruano, deu à luz. Cinco anos mais tarde, ele já encarnava a figura que o tornou famoso. "Meu padrasto colocou uma careca na minha cabeça e disse: ‘Você vai ser palhaço’. Não parei mais. Não sou o melhor, mas sou o mais querido", disse ele há alguns anos. Carequinha atuou em uma série de circos nacionais e internacionais.

Em 1938, estreou como cantor na Rádio Mayrink Veiga, no Rio. No início dos anos 50 foi para a TV Tupi e virou o primeiro palhaço da televisão brasileira. Ele estrelava o primeiro programa da emissora, o Circo Bombril. Em julho de 2005, a gravadora EMI lançou o CD Carequinha – 90 Anos de E s pe t á c u lo para comemorar seus 90 anos e os 85 anos de carreira. Foi na época da Tupi que inventou seu primeiro bordão: Tá certo ou não tá, garotada? Outros surgiriam: O bom menino não faz xixi na cama/o bom menino não faz malcriação e ai ai ai, carrapato não tem pai".

Nariz – Ele foi pioneiro também no uso do nariz vermelho, que se popularizou como símbolo do palhaço. Carequinha ouviu de um menino um conselho para usar chiclete no lugar da bola de plástico. Deu certo: "dura cinco meses", disse ele certa vez. Para Carequinha, a figura principal do circo mudou com os anos. "O palhaço tem hoje um papel secundário no circo". Mesmo assim, não desistia, já preparava o neto Iago para sucedê-lo. O menino se apresentou no ano passado como Gabiroba na festa que celebrava os 90 anos de seu avô. (Agências)

LULA COMPARA MARCOS PONTES AO PILOTO AYRTON SENNA Sérgio Lima/Folha Imagem

O

LUGAR O primeiro astronauta brasileiro, Marcos Pontes, não tem um lugar garantido no Centro Espacial Johnson, da Nasa, em Houston, no Texas, quando voltar da missão à Estação Espacial Internacional (EEI). "Ainda não está decidido se ele voltará para o centro. Para falar a verdade, praticamente não discutimos isso desde 2004", afirmou à BBC Brasil o diretor da Divisão de Ciência do Escritório de Relações Externas da Nasa em Washington, Peter Ahlf. A permanência do Brasil no consórcio vai depender do volume de recursos que o País estiver disposto a desembolsar.

presidente Lula disse ontem, na videoconferência que manteve com o astronauta Marcos Pontes, que ele o fazia recordar o piloto Ayrton Senna quando mostrava a bandeira brasileira. Lula conversou com Pontes, por volta das 19h, direto da Estação Espacial Internacional (EEI). Durante a conversa, Lula admitiu que o governo ouviu críticas pelo dinheiro gasto na viagem de Pontes, mas afirmou que a experiência valerá a pena para o País. Pontes declarou que sente satisfação por estar trabalhando em experimentos de crianças. O astronauta contou ainda que, sobrevoando a Terra, carrega com muito orgulho nossa bandeira. O presidente comentou que em poucos momentos da história do País, os brasileiros tiveram um orgulho como esse. "A experiência será muito positiva para ampliar o programa de microgravidade da Agência Espacial Brasileira (AEB)", comentou Pontes.

O ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, comentou que Pontes, com seu sorriso e otimismo, tem levado um tempo novo para os brasileiros. Hoje, às 18h05, 250 crianças do Serviço Social da Indústria de Brasília (Sesi), irão falar com o astronauta. A última videoconferência com Marcos Pontes, amanhã, às 18h21, será para jornalistas brasileiros. Essas últimas conversas estarão abertas para a imprensa. Efeitos – Marcos Pontes deve estar de volta à Terra no sábado, às 21h38. O general Valery Korzun, primeiro vice-comandante do Centro de Treinamento Gagarin, explicou que, no retorno, os astronautas sentem os efeitos fortes da gravidade. "O fator peso parece dobrar. Você parece que está sendo puxado para o chão. Os olhos giram para os lados e as pernas ficam tremendo quando você tenta ficar em pé", disse. O general é o responsável pelo resgate dos três astronautas que estão na EEI e que

O presidente Lula participou de uma videoconferência com o astronauta Marcos Pontes, direto da EEI. O brasileiro retorna sábado à Terra.

voltam sábado. Korzun também é astronauta e participou em missões de seis meses em 1996 e em 2002. No solo, a equipe russa planeja uma operação de resgate que vai acompanhar a cápsula desde a entrada na atmosfera até o pouso no solo do Casaquistão. Haverá aviões de alta atitude, heli-

cópteros russos MI-8, e três carros especiais "capazes de andar até na Lua". A cápsula, segundo o general, terá aquecimento porque a previsão é de temperatura negativa com ventos de 40 km/h. Após a chegada, será montada uma tenda médica onde estarão, num primeiro momento, apenas mé-

dicos e paramédicos russos. Após os primeiros exames, os astronautas seguem de helicóptero para Kustanay, também no Casaquistão, onde darão uma entrevista. Na seqüência, embarcam num avião militar russo para retornar a Moscou e chegarem até a Cidade das Estrelas. (AEB)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 6 de abril de 2006

1 O Brasil tem de ser mais ágil na aprovação de reformas estruturais. Jorge Gerdau Johannpeter

PROJETO DE LEI QUE ESTABELECE REGRAS PARA PROTEGER OS CONTRIBUINTES SERÁ DISCUTIDO EM SÃO PAULO

CÓDIGO DO CONTRIBUINTE EM DEBATE Joedson Alves/AE

E

m tramitação no Senado Federal desde 1999, o projeto de lei Complementar nº 646, que cria o Código de Defesa do Contribuinte, começará a ser discutido hoje em São Paulo por juristas, tributaristas, empresários, representantes da sociedade civil, parlamentares e servidores públicos. A idéia é debater propostas a serem incluídas no projeto e acelerar o seu andamento no Congresso Nacional. O primeiro palco das discussões será o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), onde será realizado, de hoje até amanhã, o seminário "O Equilíbrio nas Relações Fisco-Contribuinte", organizado pelo Sindicato Nacional dos Técnicos da Receita Federal (Sindireceita). O segundo debate sobre o assunto será realizado na Assembléia Legislativa de São Paulo que, no dia 24 de abril, abriga outro evento com o mesmo propósito, organizado pelo Instituto de Estudos dos Direitos do Contribuinte (IEDC). O Código tem como princi-

pais objetivos proteger o contribuinte dos abusos das autoridades fiscais, oferecer-lhe ampla defesa nos conflitos travados com o fisco e estimular o cumprimento voluntário das obrigações tributárias. Entre os pontos já previstos no projeto de lei em discussão no Senado está o cumprimento efetivo dos prazos pelo poder público, sob o risco de sofrer penalidades. Hoje, apenas o contribuinte sofre sanção quando não os cumpre. Essa mudança é apoiada pelo presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Guilherme Afif Domingos. "O poder tem que ter prazo. Este é o primeiro grande direito do contribuinte", afirma. Na opinião do vice-delegado sindical do Sindireceita, Leandro Tripodi, o projeto tem sofrido resistência do Ministério da Fazenda e de servidores fiscais. "A Receita Federal não quer ter limitação de poderes", disse. Relatório – Desde novembro do ano passado, a relatoria do projeto de lei está sob a responsabilidade do senador Ra-

mez Tebet (PMDB/MS). O parlamentar surpreendeu-se com a informação de que haverá um seminário para discutir o assunto em São Paulo. Segundo ele, desde 2002 o projeto não recebe emendas. Ele pretende concluir o relatório até o fim deste mês. Até lá, Tebet deverá trocar idéias com o relator do projeto de lei que cria a Super-Receita, Rodolpho Tourinho (PFL-BA), para ter um relatório consolidado. "Como faz muito tempo que o projeto foi apresentado, a matéria está e n v e l h e c i d a . P re c i s a m o s atualizá-la em relação à Super-Receita", afirmou Tebet. Desde que foi apresentado por Jorge Bornhausen (PFLSC) no Senado, em 1999, o projeto de lei foi discutido em várias comissões da casa. A proposta já recebeu 29 emendas e teve três relatores. O Código do Contribuinte tem sido comparado ao Código de Defesa do Consumidor, criado há 15 anos e considerado um dos mais modernos no mundo. Adriana David

As propostas do Sindireceita

U

m estudo com propostas para o Código de Defesa do Contribuinte, elaborado pelo Sindicato Nacional dos Técnicos da Receita Federal (Sindireceita), será apresentado hoje ao senador Jorge Bornhausen (PFLSC), um dos participantes do seminário "O Equilíbrio nas Relações Fisco-Contribuinte". Entre as propostas dos técnicos está o reconhecimento imediato do pagamento dos tributos. Hoje, o montante entra no

caixa do fisco em cinco dias. Segundo os técnicos, o reconhecimento em tempo real é possível. "É só a Receita querer", disse Leandro Tripodi, vice delegado sindical do Sindireceita. "É respeito ao contribuinte obter uma CND (Certidão Negativa de Débitos)", completou. Outra reivindicação é a proibição de "medidas prosaicas", como revistas pessoais e fiscalização de sacolas de consumidores, cogitadas pela Receita

Federal e Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo. Há ainda a proposta de funcionamento de posto bancário em aeroportos durante a noite para o recolhimento de impostos sobre bens importados. O sindicato também sugere a redução de cinco para um ano do tempo de análise da declaração do Imposto de Renda quando ela cai na malha fina e a obrigatoriedade de a legislação tributária ser editada em linguagem simples e direta. (AD)

Carga fiscal inibe negócios

A

s empresas brasileiras praticamente dobraram os indicadores de eficiência e produtividade nos últimos dez anos, mas o aumento dos gastos públicos no mesmo período e a conseqüente elevação da carga tributária têm impedido que esses ganhos do setor privado se convertam em competitividade no mercado global. A análise é do empresário Jorge Gerdau Johannpeter, co-presidente do Fórum Econômico sobre a América Latina, que termina hoje em São Paulo. A alta carga tributária, aliada à falta de investimentos em educação e ao alto custo do capital, faz o Brasil ocupar o quarto lugar na lista dos 21 paí-

ses da América Latina e Caribe, atrás de Chile, Argentina e Costa Rica. O ranking de competitividade da região foi elaborado pelo presidente-executivo do World Economic Forum, professor Klaus Schwab. Na avaliação de Gerdau, além das vantagens em educação, custo do dinheiro e carga tributária menor, a Argentina está à frente do Brasil na lista porque o nível de estatização da economia do país vizinho é menor que o brasileiro. "A indústria brasileira tem competência e competitividade mundial melhores que a Argentina, mas o Brasil tem de ser mais ágil na aprovação de reformas estruturais", afirmou. Falando ainda em competitividade global, Gerdau afir-

mou que os custos do governo representam 40% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto na China, principal concorrente brasileiro em escala global, esse índice é de 12%. Na avaliação de Gerdau, o ranking elaborado pelo Fórum Econômico Mundial não espelha o fato de o Brasil ter regiões economicamente mais desenvolvidas que outras. Ao contrário, o estudo mostra uma foto do Brasil como um todo. No Fórum Econômico Mundial sobre América Latina 2006 estão sendo discutidos os principais resultados do estudo "A competitividade da América Latina - 2006", cuja base é o Índice de Competitividade Global do Fórum Econômico Mundial 2005. (AE)

O relator Ramez Tebet quer adequar a proposta ao projeto que cria a SuperReceita


MAIS UM ABSOLVIDO: "O BRASIL DANÇOU" O petista João Paulo Cunha foi absolvido por 256 a 209. "Sabe quem dançou? O povo brasileiro" - reagiu o relator Schirmer. Pág. 5

ESPECIAL O BRASILEIRO PERDEU A PRIVACIDADE Páginas 6, 7, 8 e 10

Arte de Céllus sobre foto de Paulo Pampolin/Hype

Ano 81 - Nº 22.102

São Paulo, quinta-feira 6 de abril de 2006

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Edição concluída às 23h50

w w w. d co m e rc i o. co m . b r Celso Junior/AE

PT QUER REABRIR A CPI QUE ACABOU Derrotado no voto do relatório final, o PT acha "inadmissível" que suas alterações não tenham sido contempladas. E pede a reabertura. Na foto, a festa da oposição: caixa 2 não substitui mensalão. Página 3

PF CULPA PALOCCI Conclui que o ex-ministro mandou quebrar o sigilo de Francenildo, com ajuda de Mattoso. Página 5 Célia Almudena

Um Procon para proteger o contribuinte Juristas, tributaristas e empresários debatem hoje em SP projeto do Código de Defesa do Contribuinte, em tramitação no Senado. Eco/1 HOJE Nublado com chuva Máxima 24º C. Mínima 17º C.

AMANHÃ Nublado com chuva Máxima 23º C. Mínima 17º C.

Que viva España! Cada quinta-feira de abril viva a Espanha com nossos repórteres. Hoje, a Espanha é das crianças. Olé! BOA VIAGEM


2

Nacional Empresas Tr i b u n a i s Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 6 de abril de 2006

O advogado poderá obter notícias sobre seu processo, diminuindo o fluxo de pessoas nos cartórios e varas. Celso Luiz Limongi

REFORMA NO TJ-SP VAI CUSTAR R$ 5,4 MILHÕES

Emiliano Capozoli/LUZ

Tribunal paulista se moderniza

O

Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) assinou ontem contrato com a GV Consult para reestruturar e modernizar a primeira instância do Poder Judiciário do estado. O principal

objetivo do convênio é melhorar o atendimento ao público para, literalmente, "acelerar o processo". Hoje, há 15 milhões de ações em andamento na primeira instância. Por ano, o tribunal paulista recebe 2 milhões de novos processos.

O custo pela consultoria e capacitação será de R$ 5,4 milhões, que deverão ser pagos em 17 parcelas com recursos do Fundo de Modernização do TJ-SP. "Precisávamos de pessoas especializadas para dar continuidade a uma reforma administrativa que se iniciou de forma tão ousada e positiva na gestão do desembargador Tâmbara (Luiz Elias Tâmbara, último presidente do TJ-SP)", esclareceu Celso Luiz Limongi, presidente do TJ-SP. Segundo a advogada Kátia Martins, de Marcondes Advogados Associados, a demora no julgamento de processos varia de comarca para comarca. "É revoltante. Ao menos poderia ser estabelecido um padrão", sugeriu. Ela afirma que, atualmente, um processo fiscal na primeira instância é concluído no prazo de três anos, em média.

A reestruturação no tribunal paulista será finalizada em 17 meses, segundo o coordenador do projeto, José Ernesto Gonçalves, da GV Consult. No primeiro trimestre será feito um diagnóstico com base em análise do caminho percorrido pelos processos. "Mas já se sabe que há muita coisa por fazer, como diminuir o volume de servidores e investir em tecnologia", disse Gonçalves. O auto-atendimento no fórum e pela internet é uma das medidas a serem implantadas. "Com isso, o advogado poderá obter notícias sobre seu processo, o que diminuirá o fluxo de pessoas nos cartórios e varas", explicou Limongi. Também serão adotadas algumas medidas que foram implantadas em 2005 na segunda instância do Poder Judiciário paulista. Na época, a GV Con-

ATAS

Parceria com a GV Consult para reestruturação foi fechada ontem

sult foi contratada para fazer a fusão dos quatro tribunais de alçada. "Nessa etapa, identificamos 132 melhorias possíveis, como a alteração no manuseio das pastas dos processos, o que acelerou a tramitação", explicou o coordenador. Segundo a GV Consult, com

a fusão, cada desembargador ficou com 1,5 mil processos. "Nos últimos cinco anos, a média de julgamentos era de 250 mil ao ano. Em 2005, esse número já subiu para 360 mil", disse o juiz assessor da presidência, Carlos Alberto Violante. Laura Ignacio

COMUNICADO COMUNICADO À PRAÇA A Raio de Luz Serviços de Mão-de-Obra Ltda-ME CNPJ 05.262.557/0001-14 comunica o extravio (04,05 e 06/04/06) do Livro de Registro de Empregados de nº 01 e os Atestados Admissionais.

AVISO AOS ACIONISTAS

DECLARAÇÃO DECLARAÇÃO A Empresa Sandra R. Ramos ME, estabelecida na R. Cantagalo, 2085 - Tatuapé - 03319-002 - SP - SP, IE nº 112.594.383.113, CNPJ nº 62.176.946/0001-60, declara para os devidos fins o extravio dos Talões de NF de Micro Empresa de nº 001 a 250; Livro Mod. 06 - Reg. Utilização de Doc. Fiscais e Termos de Ocorrência; Livro Mod. 1-A Reg. de Entradas; Mod. 2-A Reg. Saídas e Mod. 07 - Reg. Inventário. (6, 7 e 10/04/06)

CONVOCAÇÕES ORIENT RELÓGIOS DO BRASIL S.A.

CNPJ/MF: 60.401.205/0001-00 Assembléias Gerais Ordinária e Extraordinária - Convocação Ficam convocados os srs. Acionistas a reunirem-se em Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária em sua Sede Social, na Av. das Nações Unidas, 10.989, 6º and., conj. 62, São Paulo/SP, no dia 28 de abril de 2006, às 15:00 horas, para deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia: a) exame e Votação do Relatório da Administração, Balanço Patrimonial referente ao exercício findo em 31.12.2005; b) distribuição de dividendos; c) outros assuntos de interesse social. São Paulo, 3 de abril de 2006. A Diretoria. (05, 06 e 07/04/2006) Associação Brasileira da Indústria do Trigo – Abitrigo

Assembléia Geral Ordinária - Edital de Convocação Em atendimento à determinação do Estatuto Social da ABITRIGO, conforme Artigo 21, § 1° e 2°, convocamos as empresas associadas da ABITRIGO - Associação Brasileira da Indústria do Trigo, para se reunirem em Assembléia Geral Ordinária, que será realizada no Hotel Clarion – Jardim Europa, sala Áustria, à Rua Jerônimo da Veiga, 248 - Itaim Bibi, São Paulo, SP, em 1ª Convocação às 13:30 horas, conforme artigo 24 do Estatuto Social, com a presença de Associados que garanta a maioria absoluta da quantidade de votos qualificados, no dia 27 de Abril do ano de dois mil e seis, ou em 2ª Convocação às 14:00 horas, com qualquer número de Associados, para deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia: 1. Aprovação do relatório anual (Balanço) e as prestações de contas da administração relativos ao exercício encerrado em 31/12/2005; 2. Outros assuntos de interesse dos associados. São Paulo, 03 de Abril de 2006. Roland Guth - Presidente Conselho Deliberativo

EDITAL

DECLARAÇÕES DE PROPÓSITOS FALÊNCIAS & CONCORDATAS Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 5 de abril de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências:

Requerente: Ricardo Rezende Taboada - Requerido: Commerce Desenvolvimento Mercantil S/A. - Avenida Morumbi, 7.750 - 2ª Vara de Falências Requerentte: Procred Tecnologia e Fomento Mercantil Ltda. - Requerida: NY Look’s Indústria e Comércio Ltda. - Rua Flórida, 675 - 2ª Vara de Falências Requerente: Max Segurança Ltda. - Requerida: Promodal Logística e transportes Ltda. - Rua Albertina de Oliveira Godinho, 264 - 1ª Vara de Falências COMUNICADOS

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

FDE AVISA:

FDE AVISA:

PREGÃO PRESENCIAL Nº 36/0425/06/05 BANCO INTERAMERICANO DE DESENVOLVIMENTO – BID CONTRATO DE EMPRÉSTIMO Nº 1225/OC-BR OBJETO: FORNECIMENTO DE MOBILIÁRIO ESCOLAR A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para aquisição de 1.093 (hum mil, e noventa e três) estantes duplas – ES-03, 1.093 (hum mil, e noventa e três) estantes simples – ES-01, 146 (cento e quarenta e seis) armários – AR-09, 2.242 (duas mil duzentas e quarenta e duas) mesas de informática – ME-18 e 2.242 (duas mil duzentas e quarenta e duas) cadeiras giratórias – CD-04– Convênio n° 177/2000 - PRO,MED. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 06/04/2006, na sede da FDE, na Supervisão de Licitações na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – CEP 01121-900 – São Paulo/SP, de segunda a sextafeira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital na íntegra, através da Internet no endereço: http:// www.fde.sp.gov.br. O credenciamento do representante das proponentes e o recebimento dos Envelopes “Proposta” e “Documentos de Habilitação” ocorrerão na sede da FDE, no endereço acima mencionado, às 14:00 horas do dia 20/04/2006. Todas as propostas deverão obedecer rigorosamente o estabelecido no edital. Willian Sampaio de Oliveira Diretor Executivo

PREGÃO PRESENCIAL Nº 14/0454/06/05 BANCO INTERAMERICANO DE DESENVOLVIMENTO – BID CONTRATO DE EMPRÉSTIMO Nº 1225/OC-BR OBJETO: FORNECIMENTO DE ESTAÇÕES DE TRABALHO, IMPRESSORAS E ESTABILIZADORES A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para aquisição de 1.137 (hum mil, cento e trinta e sete) estações de trabalho, 2.162 (duas mil, cento e sessenta e dois) impressoras e 6.558 (seis mil, quinhentos cinqüenta e oito) estabilizadores – Convênio n° 177/2000 - PROMED. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 06/04/2006, na sede da FDE, na Supervisão de Licitações na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – CEP 01121-900 – São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital na íntegra, através da Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br. O credenciamento do representante das proponentes e o recebimento dos Envelopes “Proposta” e “Documentos de Habilitação” ocorrerão na sede da FDE, no endereço acima mencionado, às 09:30 horas do dia 20/04/2006. Todas as propostas deverão obedecer rigorosamente o estabelecido no edital. Willian Sampaio de Oliveira Diretor Executivo

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quinta-feira, 6 de abril de 2006

Empresas Empreendedores Nacional Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3 Guido Mantega será um ministro da Fazenda completo, que não veio para tapar buraco. Antônio Delfim Netto, deputado federal

O BRASIL TEM MIL FÁBRICAS DE BICICLETAS

5 MILHÕES DE UNIDADES SÃO FABRICADAS ANUALMENTE. BRASIL É O TERCEIRO MAIOR PRODUTOR MUNDIAL.

PAÍS TEM FROTA DE 60 MILHÕES DE BICICLETAS

Rogério Casimiro/Folha Imagem

Liu Jin/AFP PHOTO

C

Boa parte dos usuários de bicicletas do País utilizam o veículo para ir ao trabalho

INFLAÇÃO IPC da Fipe teve alta de apenas 0,14% em março, puxado pela queda de produtos in natura.

Ó RBITA

APPLE A Apple apresentou novo software compatível com o Windows, da Microsoft.

Rejane Carneiro/AG

MONTADORA QUER CRÉDITO DE ICMS

O

presidente da Ford América do Sul, Antonio Maciel Neto, sugeriu ontem ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a devolução dos créditos de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) obtidos na exportação para amenizar a perda de contratos externos que a indústria registra por causa da valorização do real frente ao dólar. A Ford deve reduzir entre 5% e 10% suas exportações. "O presidente Lula ficou de discutir, junto com governos estaduais, uma forma de

ARGENTINA

A

inflação em março na Argentina foi de 1,2%, de acordo com o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec). No acumulado do primeiro trimestre, a alta dos preços foi de 2,9%. (AE) A TÉ LOGO

devolver o ICMS", afirmou Maciel Neto. Durante visita à Ford (foto), Lula evitou falar de política e traçou um perfil favorável da economia.

Segundo ele, apesar do agravamento da crise, com a saída de Antonio Palocci do Ministério da Fazenda, o País vive momento promissor. (Agências)

MENOS FALÊNCIAS E CONCORDATAS

O

volume de falências e concordatas do primeiro trimestre apresentou queda expressiva, segundo levantamento nacional divulgado ontem pela Serasa. Nos três primeiros

meses do ano, as falências requeridas tiveram queda de 64% em relação a igual período de 2005 e as falências decretadas diminuíram 34,5%. O volume de concordatas deferidas caiu 66,7%. (AE)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

L

Kimberly-Clark vai investir US$ 50 milhões no Brasil e lançar 16 produtos

L

Rosa Chá e Marisol anunciam fusão e criam a marca Rosa Chá Studio

L

União da Ale e da Sat cria distribuidora com faturamento de R$ 4,3 bilhões

om uma frota de 60 milhões de bicicletas, o Brasil tem hoje mais de mil fabricantes que produzem, anualmente, cerca de 5 milhões de unidades, colocando o País entre os três maiores produtores do mundo, que tem à frente a China, com 80 milhões anuais e a Índia, com 10 milhões. Os números são da Abraciclo, entidade que reúne os fabricantes de veículos de duas rodas e, à exceção dos dados brasileiros, atuais, referem-se ao balanço mundial de 2002. Responsável pela área de bicicletas da Abraciclo, Cláudio Rosa Júnior, diretor da Sundown, que produz 80 modelos de bicicletas e oito de motocicletas, diz que o elevado número de fabricantes está concentrado em pequenas e microempresas. As grandes marcas são Calói, Houston, Monark, Prince e Sundown. Informalidade – Entre as empresas menores, segundo o diretor da Abraciclo, predomina a informalidade, quer fiscal, quer de produção. "Embora não sejam todas, é claro, existem muitas que, além de não recolherem impostos e taxas, compram componentes de quem também não tem esse hábito, e que também é informal quanto à qualidade e material das peças", afirma. Rosa Júnior diz que a entidade está trabalhando junto ao governo para regulamentar a produção de bicicletas no Brasil, para garantir a qualidade do

Na China, a produção anual de bicicletas é de 80 milhões de unidades

produto e evitar que os informais prejudiquem os que cumprem seus deveres com o fisco. Onde estão? – Ao se perguntar onde estão as bicicletas que fazem a nossa frota de 60 milhões de unidades, a resposta é uma incógnita. Rosa Júnior diz que é impossível determinar onde elas estão exatamente, informando apenas que desse número, 50 milhões são usadas no trabalho. "Sabemos que essas bicicletas estão concentradas em cidades do interior, planas, e usadas, em sua maioria, para o trabalho." O que impede saber onde elas estão com precisão está no exemplo da Sundown. "Não vendemos uma única bicicleta para o Paraná. Entretanto, andando pelas cidades do interior do estado, encontramos muitos veículos da nossa marca. E isso é explicado pelas enormes quantidades compradas por

grande grupos do Rio Grande do Sul, que distribuem as bicicletas para suas lojas instaladas por todos os estados da região", diz o executivo. O mesmo exemplo é usado para São Paulo. As grandes fábricas, que produzem juntas cerca de 2,5 milhões de bicicletas ao ano, vendem para os magazines com sede na capital. E para onde elas vão? A fábrica não tem essa informação, sabe apenas que a maioria vai para o interior paulista. Motos – A produção do setor de motocicletas, filiado à Abraciclo, teve alta de 22% no primeiro trimestre, com 342,5 mil unidades, ante 280,7 mil em igual período do ano passado. As vendas no mercado interno cresceram 33% e as exportações, pouco mais de 11%, embora o setor creia numa queda, ao final do ano, de 6%. chicolelis


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Administração Urbanismo Compor tamento Transpor te

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 6 de abril de 2006

A FALTA DE LEGISLAÇÃO SOBRE A INTERNET É CLARA

USUÁRIO, SEMPRE O ELO MAIS FRACO

O

A rigor, na internet, a segurança não é 100% garantida. Transações bancárias, só no próprio computador, aconselha a polícia. pesquisador Marcelo Lau, da Poli-USP, dá outras recomendações, especialmente no caso de execução de operações bancárias. Suas dicas: só fazer as transações ou digitar dados confidenciais no próprio computador. "Evitem usar a máquina do amigo, do parente e, menos ainda, das lan houses, aqueles recintos públicos onde se pode ter acesso à internet", aconselha. E lembra: "É mais fácil do que se imagina ter a privacidade violada por meio da internet, mas devemos considerar que o elo mais fraco da corrente é sempre o usuário." O estudioso prevê que, no futuro, celulares conectados à rede e palms também passarão a receber o mesmo tipo de ataque. Vírus e vermes – Em 2005, de acordo com o Cert.br, o Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil, ligado ao Comitê Gestor da Internet, 40% dos casos notificados à entidade referiam-se a fraudes, seguidos pelos ataques de programas espiões (33%) e pela disseminação de worms, do inglês, "verme", um tipo de praga semelhante ao vírus que se autopropaga de uma máquina para outra (25%). Mas nem o Cert viu-se livre de ataques indesejados: poucas horas depois de ter divulgado sua cartilha, circularam pela rede mensagens em nome da entidade indicando um link falso. Quem abriu o link correu o risco de ter o computador invadido por um tipo de vírus chamado "cavalo de tróia". (Vale a pena conhecer a cartilha verdadeira no site www.cartilha.cert.br). Bancos – As empresas mais visadas pelos intrusos, no entanto, são os bancos. Ou melhor: os internautas que fazem transações financeiras pelo computador. Procurada, a Febraban, a federação dos bancos, não se manifestou. Mas informou por meio de sua assessoria que no ano passado foram computados 300 mil golpes contra as instituições financeiras (821 por dia). Os ataques significaram prejuízo de R$ 327 milhões com o ressarcimento de vítimas que comprovadamente sofreram danos com falhas no sistema de segurança dos bancos. Apesar de significativa, a cifra parece não incomodar a federação: as fraudes representaram 0,001% no universo das transações feitas pela rede. Em 2005, o montante de dinheiro movimentado pela internet, operações com cartões de crédito inclusas, foi de R$ 22,9 bilhões. "Não há sistema 100% seguro", alerta o gerente de um grande banco, que prefere não ser identificado. "Mas é preciso dizer que boa parte das fraudes e desvios de di-

nheiro é feita por funcionários mal-intencionados." Sabem tudo – Um dos mecanismos de defesa das grandes empresas é o monitoramento dos emails dos funcionários. A prática não é admitida, mas pelo menos dois casos comprovam que se deve usar o correio eletrônico corporativo apenas para fins profissionais. Em 2000, um funcionário do HSBC Seguros de Brasília foi demitido por justa causa por usar o email da empresa para enviar fotos eróticas para alguns colegas. Foi a primeira ocorrência do tipo a ir a julgamento e, por fim, o TST deu ganho de causa ao banco, por entender que esse meio eletrônico fornecido pela empresa tem natureza jurídica equivalente a uma ferramenta de trabalho. "Assim", sentenciou o relator, ministro João Oreste Dalazen, "a não ser que o empregador consinta que haja outra utilização, destina-se ao uso estritamente profissional." Na mesma ocasião, 11 funcionários da General Motors de São Caetano do Sul também foram afastados por justa causa quando uma mensagem eletrônica igualmente com imagens eróticas foi interceptada na tela de um diretor da empresa, nos Estados Unidos. A GM não fala sobre o caso, mas um assessor disse que oficialmente não há qualquer restrição ao uso de e-mails pelos funcionários. "Mas todos nós sabemos que estamos sendo monitorados." Um projeto de lei, da deputada Anna Pontes (PMDB-PA), alterando o artigo 151 do Código Penal, pretende incluir entre os crimes de violação de correspondência, a leitura ou divulgação indevida de mensagens eletrônicas. A deputada argumenta que "e-mail equivale a uma correspondência fechada e dirigida a alguém, já que somente o detentor da senha dessa conta tem o acesso garantido à mensagem." O projeto está sendo analisado pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania e só depois deverá ser votado pelo plenário da Câmara. Se aprovado, pode provocar mudanças no trato do correio virtual. Pode? O pesquisador Marcelo Lau afirma que falta legislação mais clara a respeito da internet. E imagina que, mesmo se o projeto da deputada seja aprovado, haverá brechas legais para a prática do monitoramento. "Se uma empresa duplica os e-mails trocados pelos funcionários, tem-se como certo que a duplicata pertence à empresa. Assim sendo, não se comete violação ao se abrir as cópias dessas mensagens." Papagaio velho – Na área policial, a responsável pelos crimes cometidos pela rede em São Paulo é a 4ª Delegacia de Repressão aos Delitos Eletrônicos, cuja base funciona no Departamento Estadual de In-

Emiliano Capozoli/Luz

Rua Santa Ifigênia, na área central de São Paulo: meca das maquininhas, traquitanas e geringonças capazes de bisbilhotar a vida alheia

vestigações Criminais, o Deic. O caro leitor está imaginando um ambiente cibernético? Pois errou – o velho prédio é mal-iluminado, tem piso puído, cartazes com inscrições do tipo "A cortesia não compromete a valentia" espalhados pelas paredes e é repartido com divisórias de fórmica. Numa dessas divisórias encontra-se a sala do delegado Plínio Sales, recentemente transferido da divisão de estelionato. Ele trabalha com 16 investigadores, a maioria vinda das operações tradicionais. Isso não parece incomodar o policial. "O que vale para nós nem é tanto o conhe-

ção em casos de desbaratamento de quadrilhas de pedófilos e de estelionatários. Uma última pergunta para o delegado Sales: o doutor se sente seguro ao fazer compras ou transações bancárias pela internet? A resposta é inquietante: "Em se tratando de internet, todo cuidado é pouco: não faço nada pela rede." Depois, se justifica com uma frase recolhida em Cláudio (MG), sua cidade natal: "Papagaio velho não aprende falar". O doutor Sales tem 58 anos. Nem é tão velho assim. Mundo real – Embora tenha produzido os casos mais rumorosos e seja o que

Em se tratando de internet, todo cuidado é pouco: não faço nada pela rede. Plínio Sales, delegado de Repressão aos Delitos Eletrônicos

cimento em informática, mas sim o tirocínio." "A invasão de privacidade", explica, "só nos afeta quando produz algum tipo de crime, do contrário não podemos fazer nada." Ele enumera que os principais casos registrados em 1.400 inquéritos produzidos pela delegacia referem-se aos crimes contra a honra (calúnia, difamação e injúria) propagados pela rede e, logo em seguida, pelos casos de furto por meio de invasão de senhas bancárias. "Estamos aparelhados para rastrear qualquer computador mas, ainda assim, não é simples fazer um flagrante", informa. "Os ataques podem ter origem em outro país ou em um computador portátil." Apesar disso, a delegacia tem demonstrado exemplar atua-

provoca maior repercussão, o crime de invasão de privacidade dos novos tempos não se limita ao mundo virtual identificado pelas siglas www. Em nome da segurança, qualquer edifício comercial ou residencial de médio porte conta hoje com câmeras, visíveis ou ocultas, para monitorar o movimento até dentro dos elevadores. As câmeras também varrem o movimento nas ruas de comércio e em vários quarteirões residenciais da cidade. Servem ainda para monitorar o trânsito, embora possam captar qualquer atitude de quem está dentro do carro. Manuel Costa, porta-voz da CET, a Companhia de Engenharia de Tráfego, diz que as 149 câmeras

espalhadas pelas cinco centrais de controle são analógicas e sua principal função é monitorar o trânsito da cidade. "Por isso, só usamos o recurso de gravação de imagens quando ocorre algum problema de trânsito." A Prefeitura informa que não tem o número de câmeras de vigilância instaladas nos prédios da cidade. A Abese, associação que reúne as empresas de sistemas eletrônicos de segurança, também não sabe fazer esse cálculo. Mas é possível ter uma vaga idéia desse número ao visitar qualquer loja de comércio eletrônico de São Paulo: são vendidas de cinco a seis câmeras por dia para instalação em prédios e casas. Além de câmeras, pode-se comprar qualquer equipamento para escuta telefônica ou microcâmeras embutidas em maços de cigarro ou em botões da camisa. Uma das lojas especializadas nesse tipo de comércio atende pelo nome de "Missão Impossível". O dono, Kid Marlom, é avesso a entrevistas, mas diz que se trata de um negócio para combater o crime. "Nossa maior cliente é a polícia", informa. Qualquer interessado, no entanto, pode sair da "Missão Impossível" com um, digamos, singelo ursinho de pelúcia com um microgravador digital de áudio e vídeo, com lente infra-vermelha e alcance de 50 m. "Esse tipo de comércio não é ilegal", esclarece o delegado Plínio Sales, o policial especializado em crimes eletrônicos. "Mas o uso indevido dos equipamentos pode ser criminoso." É, no seu entender, como comprar uma arma: se não há crime, não há ilegalidade. O caseiro – Ainda no mundo terreno, nem é preciso qualquer

aparato eletrônico para ter a privacidade invadida. Em muitos casos, só é preciso ter uma empregada doméstica. Pois não foi Francenildo, o caseiro, quem relatou em depoimento à CPI as particularidades de Palocci, o ex-ministro, na mansão em Brasília? (Nildo, é verdade, também teria sua privacidade invadida ao surrupiarem seus extratos bancários da Caixa Econômica Federal). A advogada Margareth Galvão Carbinato, presidente do Sindicato dos Empregadores Domésticos do Estado, defende a tese de que não se deve permitir intimidades com empregados. "Deve-se tratar a doméstica com toda dignidade e garantir a ela todos os direitos trabalhistas, mas sempre tratá-la como uma empregada, não como confidente." É o primeiro passo para evitar bisbilhotices. "Casos de dissolução de casais provocados por intrigas de domésticas, são mais comuns do que se imagina." Há outros, segundo ela: "Muitos casos de assalto, furtos a residências e seqüestros foram originados a partir de informações passadas pelos (maus) empregados de confiança." 1984 – Lembra-se de George Orwell?, pergunta Donizetti Victor Rodrigues, o especialista em segurança da Receita Federal, ouvido no início desta reportagem. "Pois não parece que estamos vivendo 1984?" (O romance 1984, do escritor britânico George Orwell, foi apresentado em 1949 e relata o monitoramento das teletelas controladas pelo Big Brother, o Grande Irmão, que acabou inspirando o programa de televisão). (LG)


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 -.OPINIÃO

quinta-feira, 6 de abril de 2006

RESENHA

NACIONAL

POLÍTICA EM RITMO DE DEFINIÇÃO

Somente quando o PMDB decidir sua posição em relação às eleições presidenciais haverá uma visão mais nítida do cenário Datafolha. Além de captar os efeitos da Crise Palocci sobre as intenções de voto em Lula, a pesquisa deverá sinalizar as conseqüências da saída de Serra da prefeitura e da sua candidatura para o governo do Estado. Aparentemente, a combinação destes fatores indica que os candidatos tucanos devem tirar vantagem das circunstâncias. Mesmo que isto se configure, o retrato do quadro da disputa será momentâneo e até efêmero, por três razões: 1) as camadas eleitorais estão em movimento e ainda longe de sedimentações; 2) tanto pelo lado de Lula quanto pelo lado de Alckmin existem movimentos de acusações cujas conseqüências eleitorais não são ainda mensuráveis; e 3) somente quando o PMDB decidir sua posição em relação às eleições presidenciais haverá uma visão mais nítida do cenário.

TEMPO DE

ADJETIVOS

A preocupação do ministro e a nossa MARCEL SOLIMEO

S

TRECHOS DO COMENTÁRIO DE POLÍTICA DO BOLETIM TREVISAN WWW.BOLETIMTREVISAN.COM.BR/

egundo o jornal O Estado de S.Paulo, o ministro da Justiça divulgou nota à imprensa na qual afirma que "o governo está preocupado com as recentes invasões de propriedades privadas de empresas ligadas ao agronegócio". É de se estranhar essa preocupação do ministro com as invasões de propriedade, uma vez que desde o início do governo as invasões são fatos rotineiros (a bem da verdade, isso também ocorria no período anterior), sendo anunciado com antecedência pelos seus mentores, sem que nenhuma providência fosse tomada. Pelo contrário, o presidente da República, que por diversas vezes recebeu os líderes do movimento, em uma delas colocou o boné do MST, posando para fotografias, em autêntico estímulo às suas ações ilegais. Nos últimos dias ocorreram vários episódios lamentáveis, como o vandalismo praticado no Centro de Pesquisa da Aracruz pelas mulheres da Via Campesina, uma organização estrangeira que defende o protecionismo francês. Houve a invasão dos escritórios da Baeesa (consórcio responsável pela Usina Barra Grande ) por militantes do Movimento dos Atingidos pelas Barragens, quando mantiveram quinze funcionários como reféns, impediram outros cinco de entrarem na empresa e colocaram uma vaca e um porco no escritório, segundo denunciou o diretor presidente da Abiape, em artigo no Estadão. O laboratório de uma multinacional do agronegócio foi depredado por um grupo de autodenominados "sem-terra", que invadiram também a sede do Incra em Cuibá e continuaram a invadir propriedades agrícolas, queimando a sede de uma delas no Pará, além de um trator e outras benfeitorias, saquearam caminhões de alimentos no Nordeste e continuam em sua marcha impune para cumprir o anunciado 2006 Vermelho. Estimulados pelos exemplos e a impunidade dos "sem-terra", os índios invadiram a sede da Funai e, em um episódio mais grave, mataram dois policiais.

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br), Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Marcos Menichetti (marcosm@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Adriana Gavaça, André Alves, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046 Tiragem média diária de 25.646 exemplares, conforme auditoria realizada na semana de 13 a 17 de junho de 2005

Auditado pela

Nesse ambiente de anomia (quando a lei é violada sistematicamente, sem punição) e de grave crise de autoridade, a nota do ministro afirma candidamente que "não criminalizamos movimentos sociais ", jargão muito utilizado pelos governistas para justificar a omissão das autoridades, mas que soa estranha partindo de um jurista que ocupa o Ministério da Justiça. Ações criminosas devem ser punidas, independente da forma como se apresentem seus autores. Não há na Constituição nada que autorize algum grupo a desrespeitar o direito de outros apenas por se apresentarem como "movimento social ". O próprio ministro diz isso em sua nota, pois assegura que "ninguém pode transgredir os limites da lei. E ninguém está acima da lei ". O ponto mais curioso da pífia nota ministerial é a afirmação de que "o governo tem se manifestado duramente quando episódios do tipo acontecem". Fica-se procurando saber quando e como o governo se manifestou de forma dura em relação a tais acontecimentos. Mesmo que o tivesse feito, a questão não é a de se manifestar, mas a de agir, o que as autoridades não fizeram até agora e nem o ministro anuncia a intenção de fazê-lo.

A

demora de mais de três anos para o ministro da Justiça se manifestar em relação às sistemáticas violações da lei por diversos grupos talvez seja explicada pelo fato dele estar muito ocupado, assessorando o governo dentro de sua especialidade de advogado criminalista brilhante, uma vez que são constantes os problemas enfrentados por membros da equipe, exigindo atenção e aconselhamento. O que se espera, é que, em vez de se preocupar, o governo passe a se ocupar, tomando providências para pôr fim ao desrespeito ao direito de propriedade e à lei, e adotando as medidas legais cabíveis contra todos os que praticaram ações de violência, não apenas contra "as empresas ligadas ao agronegócio ", mas contra o patrimônio de qualquer cidadão.

O ministro da Justiça está ocupado assessorando o governo em criminalística

O sigilo de Okamotto

L ula perdeu aliados e vive isolamento político

Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Alencar Burti, Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi

bservadores e analistas da política brasileira, nesta fase cinzenta de crises, cuja intensidade é forte, estão usando adjetivos para defini-la e chegam ao extremo na sua qualificação irreverente. Editorialista de um dos órgãos de imprensa usou a péssima, que é o máximo da situação malévola, perversa, opressiva, em que se encontra a Nação, bombardeada diariamente por revelações comprometedoras e falhas na ética, com a qual a Nação não pode se conciliar. Não se trata de tomada de posição, como se tem dito algumas vezes dentre políticos alvejados pelas críticas contrárias ao situacionismo presente, mas do sentimento de patriotismo que deve ser cultivado para manter altivo o moral da Nação e dos brasileiros.

O

Céllus

A

JOÃO DE SCANTIMBURGO

Em relação ao governo Lula, alguns analistas sugerem que agora a oposição parte para outra investida. O alvo seria o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. Assessores do ministro estariam envolvidos na violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo. Amigos de Lula, como Paulo Okamoto, também estão na linha de tiro da oposição. O presidente encontra-se num momento de isolamento político. Perdeu seus principais auxiliares no governo e no PT. Precisa definir o candidato a vice de sua chapa e novos núcleos estratégicos, tanto de campanha quanto de governo. E precisa de alianças para montar palanques estaduais fortes, o que tem sido sua grande dificuldade. Em contrapartida, o candidato tucano Geraldo Alckmin vem mostrando desenvoltura e agressividade na montagem de palanques estaduais e na ampliação do leque de alianças. Agora investe na atração do PMDB, cujo presidente, Michel Temer, se mostrou receptivo à chamada tríplice aliança, que envolveria os três grandes partidos – PSDB, PFL e PMDB. Levantamentos indicam que o PMDB tem, em cerca de 18 Estados, mais afinidades com o PSDB e o PFL do que com o campo de partidos que apóiam Lula. Registrese que, nos dois maiores colégios eleitorais – Minas Gerais e São Paulo – Alckmin já conta com Aécio Neves e José Serra.

Sérgio Dutti/AE

crise que cerca o governo mantém o cenário sucessório indefinido. A definição das candidaturas do PSDB à Presidência da República e ao Governo de São Paulo e a prévia do PMDB que definiu a pré-candidatura de Anthony Garotinho não tiveram a força de estabilizar a conjuntura política, nem conferiram mais nitidez ao cenário sucessório. A crise que abateu o ex-ministro Antônio Palocci provocou perturbações no quadro governista, que vinha contando com boas perspectivas desde janeiro. Uma percepção imediata destas perturbações deverá ser revelada no final de semana, com a divulgação de uma nova pesquisa do

ARTHUR CHAGAS DINIZ

D

izem os criminalistas que a confissão é a rainha das provas. Vamos ter uma excelente oportunidade de examinar se essa é uma verdade universal ou limitada a contextos e interesses. Pois, afinal, Okamotto, há vários meses, confessou ter pago a dívida de Lullacom o PT no valor de R$ 29 mil. Informou adicionalmente que pagou em espécie ainda que Lulla tenha afirmado que nada devia ao Partidão. Ora, ontem, em acareação com o economista Paulo de Tarso Venceslau, Okamotto negou tudo, dizendo jamais ter pago qualquer conta do chefe. Vale a confissão ou vale a negação posterior? Será que Okamotto foi orientado pelo criminalista e ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos? Ao que Okamotto tem resistido ferozmente é o que deveria ser uma obrigação de todos os homens públicos: a abertura de suas contas correntes à sociedade. No caso de Okamotto, o "japonês" não confessou apenas ter pago a dívida de Lulla com o PT: mais ainda, ajudou Lurian -–a primeira filha de Lulla – a sair de uma trapalhada pagando as despesas com aluguel de salas que a moça ocu-

pou durante sua campanha à vereança. Assim, pelo menos, duas vezes Okamotto pagou contas de Lulla, considerando-se que as despesas da filha seriam necessariamente pagas pelo pai, não tivesse ele um amigo abastado e grato.

O

que resta saber é se o Coaf foi acionado para examinar a movimentação financeira das contas de Okamotto, como o fez no caso de Francenildo, ou achou que essas são as despesas normais do presidente do Sebrae. E, ainda: resta saber se o STF acha que há justificativas para quebrar o sigilo de Okamotto ou se trata-se de segredo de Estado e que deve ser preservado, não importa a que custo. Porque este custo, afinal, é pago pela sociedade brasileira pela constatação de que existem cidadãos de primeira e de segunda qualidade, entre os quais está o Francenildo, o caseiro infiel. ARTHUR CHAGAS DINIZ É PRESIDENTE DO INSTITUTO LIBERAL WWW.INSTITUTOLIBERAL.ORG.BR

O Coaf não vai examinar a movimentação financeira de Okamotto?

Os adjetivos não são usados por passionalidade, mas por corresponderem perfeitamente a este momento inédito na história do País aracteriza a imprensa neste momento o apego à verdadeira obra de uma majestosa conferência de Rui Barbosa, onde o grande baiano faz um elogio do respeito que os jornais ingleses, e dentre eles o Times, tinham em seu tempo e ainda têm pela verdade. Sem dúvida, estamos sendo inundados de amplo noticiário sobre a crise política, que nos fornece detalhes importantes das investigações sobre a origem desse enorme problema ainda não resolvido e nem solucionado; portanto, que já deveria ter sido alcançado no interesse maior do País. Os adjetivos não são usados por uma espécie qualquer de passionalidade, mas por corresponderem perfeitamente ao que pretendem divulgar nas observações e análises que são feitas sob este momento lamentavelmente inédito na história do País. Não se veja, portanto, nos fortes adjetivos usados sobre a situação, um trabalho de lesa-pátria, mas, ao contrário, um trabalho altamente meritório de defesa do brio e da honra da Pátria.

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JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR


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Tr i b u t o s Empresas Nacional Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 6 de abril de 2006

TERMINA EM BELO HORIZONTE REUNIÃO DO BID

450

milhões de dólares será a linha de crédito para o Procidades, voltado a projetos de infraestrutura.

ENTIDADE PRETENDE AMPLIAR CONCESSÃO DE CRÉDITO PARA EMPRESAS DO SETOR PRIVADO

BID VAI FLEXIBILIZAR REGRAS DE EMPRÉSTIMO Alexandre C. Mota/AFP

U

ma das principais conclusões da Reunião Anual das Assembléias de Governadores do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que terminou ontem em Belo Horizonte, foi a decisão de flexibilizar as regras de concessão de empréstimos para o setor privado. De acordo com o presidente da instituição, Luís Alberto Moreno, a idéia é ampliar a linha de financiamentos a empresas para 10% da carteira de empréstimos. Hoje, o setor é responsável por apenas 3% do total. Moreno reiterou que na aproximação do banco com a iniciativa privada a prioridade serão projetos de saneamento básico e abastecimento de água, além de participação em projetos de Parcerias PúblicoPrivadas (PPPs). "A partir desta reunião, vamos desenvolver em Washington as diretrizes de como aplicar esses recursos do banco e um plano de negócios amplo que aponte as oportunidades de investimentos nos países", afirmou. Durante o evento, o BID e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assinaram um proto-

colo de cooperação, em que ambas as instituições se dispõem a colaborar para o financiamento de investimentos de infra-estrutura no Brasil. Lição de casa – No discurso de encerramento, Moreno destacou o consenso entre os governadores de que o BID terá o compromisso de desenvolver políticas de redução de pobreza e promover o crescimento da América Latina e Caribe. "A região continua crescendo a taxas consideradas baixas e é necessário aumentar o ritmo de crescimento socialmente sustentável, e aprofundar as reformas para que estas economias sejam menos vulneráveis a choques externos." A região cresceu cerca de 4% em 2005, e a previsão para 2006 é de um número parecido. Ainda que o cálculo esteja quase quatro pontos abaixo da estimativa para a Ásia e Pacífico, mostra o prosseguimento do maior ciclo de expansão regional na história recente. Outros acordos – Na segunda-feira, o presidente do BID e o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, assinaram um protocolo de intenções para a implementação do Procidades. A linha de crédito foi orçada em

US$ 450 milhões e financiará, em moeda local, projetos de infra-estrutura urbana para pequenos e médios municípios. Quanto ao debate sobre o perdão da dívida para Haiti, Nicaraguá, Bolívia, Guiana e Honduras, foi delegado um comitê especial que será coordenado pelo Brasil. O ministro do Planejamento, que irá chefiar o comitê, afirmou que os diretores do BID deverão se reunir em Washington no dia 20 para iniciar os trabalhos. Reformas – Já o economista sênior de comércio exterior do BID, Mauricio Mesquita Moreira, disse, durante painel sobre os efeitos do crescimento da China sobre a América Latina, que o Brasil precisa centrar suas atenções em realizar uma reforma fiscal, e conseqüente possibilidade de redução dos juros e da carga tributária, para só depois engajar-se na disputa global do comércio. Ao mesmo tempo, ele reconheceu que o País enfrentará dificuldades extras na disputa com os chineses, já que o país asiático ampara empresas com recursos do tesouro, desvaloriza o câmbio e ainda estabelece barreiras comerciais para importações. (Agências)

O

aumentarão. Por isso, uma melhor divisão da receita será fundamental para atender às novas necessidades", afirmou o banco em relatório. Imigrantes — Para o UBS, o retardo da idade de aposentadoria, o prolongamento da jornada de trabalho e o aumento do número de trabalhadores imigrantes serão acompanhados por um "necessário aumento das contribuições da população ativa". Nesse sentido, a população terá cada vez menos capacidade para consumir tudo o que produz e "nem sequer os instrumentos financeiros mais engenhosos poderão alterar essa tendência". Contudo, a taxa de poupança das economias industrializadas vai ser reduzida, o que desacelerará o crescimento econômico dos países mais ricos. Mas esses impactos negativos serão, em certa medida, compensados pelo desenvolvimento de novos produtos e serviços específicos para a população de mais idade. De

acordo com o relatório, isso permitirá "a inovação, a evolução e o fortalecimento" de novos setores econômicos. Os analistas do UBS afirmaram que o efeito que o envelhecimento pode ter na economia mundial não afetará os mercados financeiros, pois a falta de poupança para investir será compensada por outros fatores, como a diversificação geográfica dos lucros. "As empresas investirão mais no exterior e aumentarão o grau de diversificação geográfica de suas estruturas de venda e despesas." Segundo o estudo, isso permitirá que os lucros estejam cada vez menos ligados à evolução econômica do seu país de origem. Outros fatores que contribuirão são, segundo o UBS, a progressiva integração dos mercados de capitais de todo o mundo e o surgimento de novos instrumentos de investimento para responder às demandas dos aposentados. A cultura de aplicação em bolsa deve ser reforçada. (AE)

Luiz Alberto Moreno, presidente do BID (esq.) e Paulo Bernardo, ministro do Planejamento: parcerias

EMERGENTES

ONU alerta sobre acordos bilaterias

A Envelhecimento ameaça economia mundial

progressivo envelhecimento da população nos países industrializados vai desacelerar o crescimento econômico mundial no médio prazo, alertou ontem o UBS, o maior banco suíço e europeu. Apesar da previsão, a instituição disse que esse desaquecimento não chegará a debilitar os mercados financeiros. A estimativa foi feita em um estudo sobre as repercussões econômicas que o constante envelhecimento das populações, decorrente do aumento da expectativa de vida nos países desenvolvidos, pode causar no cenário mundial. Segundo o banco, o aumento do número de pessoas que já não produzem faz com que os sistemas de saúde e de previdência social tenham de arcar com mais despesas usando uma receita — derivada da contribuição dos jovens — que não cresce no mesmo ritmo. "A população ativa será reduzida proporcionalmente, enquanto as aposentadorias

Eleições dão o tom das negociações

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s eleições de outubro no Brasil já começam a condicionar a posição do governo nas negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC). O Executivo quer acelerar a aprovação de uma lei no Congresso que permita que o Brasil faça concessões pedidas pelos europeus e americanos no setor de serviços. Pelos cálculos do

governo, essa aprovação terá de sair até julho, já que as iniciativas do Congresso no segundo semestre podem ficar paralisadas diante das eleições. Representantes dos Estados Unidos e Europa indicaram que esperam que o País possa oferecer maior abertura em seu setor de serviços financeiros. Brasília acredita que, durante essa rodada da OMC,

que estaria concluída no final do ano, poderia oferecer certas aberturas para que companhias de resseguros possam atuar no País. Hoje, o setor está restrito a empresas nacionais. A estratégia do Brasil, porém, é a de não oferecer nada a seus parceiros comerciais que ainda precise de uma mudança constitucional ou outras leis. Daí a urgência. (AE)

O rg a n i z a ç ã o d a s Nações Unidas (ONU) alerta que a proliferação de acordos bilaterais de investimentos está se tornando um novo desafio para os países emergentes, que precisam avaliar os impactos desses entendimentos para proteger investidores. No total, a Conferência da ONU para o Desenvolvimento e Comércio (Unctad) aponta que existem 5,2 mil acordos diferentes de investimentos entre países. Os acordos, em sua maioria, são iniciativas das nações ricas, que querem proteger os investimentos de empresas multinacionais em várias partes do mundo. O problema é que uma nova geração de acordos vem sendo aprovada nos últimos tempos, dando maiores garantias aos investidores e facilitando o fluxo de capitais. Alguns desses exemplos de acordos são os que o governo dos

Estados Unidos fechou nos últimos meses com o Chile, Cingapura, México e Austrália. O governo norte-americano ainda tentou sugerir o estabelecimento de acordos similares em todo o hemisfério americano nas negociações da Área de Livre Comércio das Américas (Alca). A ONU identificou duas tendências que prevalecem. Uma é liderada pelos Estados Unidos que, desde a criação da Área de Livre Comércio da América do Norte (Nafta), da qual são signatários além deles próprios, México e Canadá, defende acordos amplos, permitindo que cada país possa incluir áreas mais sensíveis em listas de exceções. Já a Europa lidera um outro modelo, que é o de progressivamente derrubar as barreiras existentes nas economias para que suas multinacionais possam atuar com segurança. Para a ONU, o resultado dessa proliferação de acordos

é uma redução do espaço de manobra dos países emergentes para aplicar suas próprias políticas de desenvolvimento. Por isso, a organização sugere que governos pensem como irão integrar esses entendimentos com economias mais poderosas em suas estratégias de crescimento. Proteção ao investidor – Segundo a ONU, os acordos são destinados a criar estabilidade para os investidores. Mas os governos precisam manter espaço suficiente para promover suas políticas, afirmou a entidade, em um documento publicado na última terça-feira. Na avaliação dos técnicos das Nações Unidas, eventuais acordos de proteção de investimentos precisam ser pesados em relação à estratégia dos países em áreas como comércio, concorrência, tecnologia e política industrial, propriedade intelectual e pesquisa e desenvolvimento. (AE)

OMC: EUA sinalizam mudança

O

governo dos Estados Unidos sinalizou ontem na Org a n i z a ç ã o M u ndial do Comércio (OMC) uma primeira tentativa de aproximar sua posição no setor agrícola às demandas dos países emergentes, como o Brasil. Washington, em uma reunião com Europa, Austrália, Japão, Índia, além do Brasil, indicou que estaria disposto a rever as cotas que implementará para produtos sensíveis. Para a diplomacia brasileira, uma eventual flexibilização poderá facilitar a entrada de carnes e açúcar nacionais no mercado americano. A OMC está correndo contra o relógio. A entidade está a menos de um mês do fim do prazo estipulado para completar um acordo sobre como ocorrerão os cortes

tarifários para os setores agrícola e industrial. Apesar da iniciativa americana, cresce o pessimismo entre os negociadores de que um acordo completo possa ser atingido até o final de abril. Isso porque a questão das cotas é apenas uma fração do problema que os países precisam solucionar nas discussões. Tarifas — O principal obstáculo para um acordo é o tamanho do corte nas tarifas de importação que europeus estarão dispostos a aceitar. Por enquanto, a redução sugerida por Bruxelas não passa de 36%, enquanto o Brasil quer um corte de pelo menos 54%. Quanto aos produtos sensíveis, o Brasil sabe que a maioria dos bens que hoje exporta aos países ricos acabará entrando nessa categoria. Por isso, a tentativa

americana de aproximar as posições foi bem recebida pelos brasileiros. "Queremos resultados", afirmou um negociador do Itamaraty. A proposta inicial dos Estados Unidos era de que seria mantido um certo número de produtos em condição especial e que barreiras poderiam ser colocadas. O Brasil aceita que essa categoria de produtos seja criada, mas pede que as cotas dadas a esses produtos representem até 10% do consumo nacional de cada país. Para os americanos e os europeus, essa taxa seria exagerada. Ontem, porém, Washington deu sinais de que poderia criar um sistema que permitiria que produtos como carnes ou açúcar importados pudessem ocupar cerca de 7,5% do mercado. (AE)

Impasse prejudica a Bolívia

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overnos como o da Bolívia precisam repensar que tipo de sinais querem enviar às empresas do setor de energia no mundo para obter investimentos. A avaliação é da Agência Internacional de Energia (AIE), com sede em Paris. Nas últimas semanas,

o governo de Evo Morales na Bolívia e a Petrobras vêm trocando farpas sobre o futuro da empresa no país. La Paz prepara uma lei para nacionalizar as reservas de gás e petróleo, mas até agora não explicitou qual será a condição de participação da empresa brasileira. Para os espe-

cialistas internacionais, a nacionalização manda um "sinal preocupante", já que nenhuma empresa gosta de fazer investimentos, entregá-los a um governo e se tornar apenas prestadora de serviços. Para eles, uma medida como essa pode ter efeito negativo para os próprios bolivianos. (AE)


Nacional Estilo Febem Finanças

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REBELIÃO NA FEBEM DO TATUAPÉ DUROU 10 HORAS

REBELIÃO DEIXA 57 FERIDOS

O tumulto começou por volta das 22h de terça-feira e se espalhou por sete das 14 unidades ainda ativas do complexo.

Juca Varella/AE

O motim na Febem do Tatuapé, iniciado na noite de terça-feira, terminou ontem com a invasão da Tropa de Choque. Entre os feridos, internos e funcionários.

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Febem do Tatuapé, na zona leste de São Paulo, foi palco de mais uma rebelião, terminando com uma calmaria que durava 134 dias. O motim começou por volta das 22h de terça-feira e se espalhou por sete das 14 unidades ainda ativas do complexo. O tumulto continuou na madrugada e foi controlado apenas na manhã de ontem, por volta das 8h, depois da entrada da Tropa de Choque da Polícia Militar. Por volta das 15h, um novo motim foi registrado no complexo. Durante as 10 horas de rebelião, entre a noite de terça-feira e a tarde de ontem, funcionários foram mantidos reféns. O número de feridos, não confirmado oficialmente até a noite, foi de 57. Segundo informações fornecidas pela Febem, na tarde

de ontem, entre os feridos estavam 41 funcionários da instituição e 16 internos. Um funcionário fraturou a perna ao pular um muro para fugir dos rebelados. Outros foram vítimas de intoxicação por causa da fumaça provocada pela queima de colchões. Três adolescentes e dois agentes de segurança permaneciam, até a noite de ontem, internados no PS do Tatuapé. As unidades 1, 2, 12, 13, 14, 15 e 23 abrigam cerca de 600 jovens, alguns reincidentes de delitos graves, com idades que vão de 18 a 21 anos. Terror - Segundo funcionários, a rebelião teve início depois de um ritual em homenagem à facção Primeiro Comando da Capital (PCC). O ato, que normalmente acontece às 22h, na terça-feira foi antecipado para as 20h25. Na madrugada

Policiais militares usaram helicóptero e tiros de advertência, com balas de borracha, para conter a rebelião.

de quarta-feira, os internos subiram nos telhados, quebraram muros e derrubaram as grades das unidades. Os rebelados estavam armados com pedaços de pau e de ferro. Para conter o motim, a polícia militar invadiu o complexo por volta das 8h de ontem. A invasão foi pelo telhado com a ajuda de um helicóptero. Os policiais desceram na instituição dando tiros de advertência, com balas de borracha. Um policial caiu e se feriu. Os 90 rebelados foram contidos com tiros de borracha, gás pimenta e bombas de gás lacrimogêneo. Cerca de 200 policiais participaram na ação. Na tarde de ontem, internos da unidade 20 atearam fogo em colchões e móveis e inicia-

ram um novo tumulto. Conforme informações da Febem, a confusão começou por volta das 15h e foi controlada 15 minutos depois. Dentro do complexo, médicos e enfermeiros fizeram a triagem nos adolescentes que participaram da rebelião. Cada uma das unidades com adolescentes que cumprem medida sócio-educativa por crimes graves comporta de 80 a 100 internos. Nenhuma unidade da Febem está superlotada atualmente, ainda segundo a própria fundação. Denúncias - Para o advogado Ariel de Castro Alves, coordenador estadual do MNDH (Movimento Nacional de Direitos Humanos) e integrante da Comissão da Criança e do Adolescente do Conselho Federal da OAB (Ordem dos Ad-

vogados do Brasil), integrantes de movimentos de direitos humanos vistoriaram o complexo, na última sexta-feira, e receberam denúncias de maus-tratos e tortura. "Essas denúncias foram apuradas nas unidades 14, 17 e 19 e encaminhadas para o Ministério Público e para a Vara da Infância e da Juventude". No último dia 14, internos teriam relatado maus-tratos durante uma visita da OAB. Mostraram hematomas e afirmaram que eram obrigados a tomar banho gelado após sofrerem as agressões. O complexo da Febem do Tatuapé é alvo de medidas provisórias da Corte Interamericana de Direitos Humanos da OEA (Organização dos Estados Americanos). A Febem diz desconhecer as denúncias de

maus-tratos e que a cada dois meses presta informações à Corte sobre os procedimentos no complexo. Desativação - No dia 23 de março, o então governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, atual candidato à Presidência da República, comunicou a desativação total das unidades do complexo, com a derrubada de uma delas. De acordo com o projeto do governo, o local dará lugar a um parque. A Febem reconheceu que o complexo do Tatuapé "hoje em dia, já não faz parte dos padrões adotados pelo Poder Público para abrigar adolescentes em conflito com a lei". As novas unidades da Febem serão compostas de módulos menores, que comportem até 40 adolescentes, conforme exigência do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Morte - Os 350 quilômetros que separam as Penitenciárias de Álvaro de Carvalho, região de Marília, e a P2 de Itapetininga, não impediram que o crime organizado executasse dois irmãos presos nas unidades. Na terça-feira, Roberto Aparecido Junqueira de Souza, de 32 anos, que estava em Álvaro de Carvalho, e Márcio, de 30, que estava em Itapetininga, foram enforcados. Presos se apresentaram e assumiram os crimes. A suspeita é que o PCC esteja por trás dos assassinatos. Roberto foi enforcado com uma corda numa sala usada para guardar material esportivo. Márcio foi espancado e enforcado num princípio de rebelião. Kelly Ferreira, com Agências

Factoring

DC

quinta-feira, 6 de abril de 2006

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 6 de abril de 2006

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Política

A tumultuada sessão da CPMI durou cerca de 30 minutos e quase terminou em pancadaria.

TEXTO DE SERRAGLIO QUE PROVA O MENSALÃO E PEDE O INDICIAMENTO DE MAIS DE 100 PESSOAS É APROVADO

Celso Junior/AE

CORREIOS: PT QUER ANULAR VOTAÇÃO DE RELATÓRIO.

S Parlamentares da oposição comemoram a aprovação do texto original do relator Osmar Serraglio (PMDB-PR), com poucas alterações.

PETISTAS FALAM EM TRAIÇÃO Moreira Mariz/Agência Senado

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governo partiu para briga e protocolou ontem na Câmara recurso para anular a votação do relatório final da CPMI dos Correios. O PT responsabilizou diretamente o presidente da comissão, senador Delcidio Amaral (PT-MS), pela decisão de não aceitar a votação de destaques ao relatório que poderiam alterar o conteúdo do parecer do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR). "Foi um clima de tribunal de exceção. É próprio do momento que estamos vivendo", afirmou o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), o principal avalista da indicação de Delcidio para o comando da CPMI. Delcidio deixou a sala da comissão debaixo de contundentes críticas de seus colegas petistas pela maneira "truculenta" com que conduziu a votação do relatório. "Nós fomos traídos. O senador Delcidio agiu como Judas, não contra o PT, mas contra a causa democrática", afirmou o deputado Jorge Bittar (PT-RJ), acusando-o de fechar um acordo com a oposição para garantir a aprovação do texto de Serraglio. Recurso – Segundo Mercadante, o PT apresentou um

Mercadante: revolta com decisão do companheiro Delcidio.

pedido de reabertura da CPMI dos Correios. O recurso foi encaminhado à Mesa da Câmara dos Deputados, para que os petistas tentem votar as alterações sugeridas ao texto do relatório final, que não foram votados por decisão do presidente da comissão. Na avaliação de Mercadante, é "inadmissível" o fato de Delcidio ter encerrado os trabalhos sem votar os destaques propostos pelo PT. Depois que o relatório de Serraglio foi aprovado por 17 votos a 4, Delcidio deu por encerrados os trabalhos da CPMI e negou a votação dos destaques afirmando que o regimento do Congresso garante ao presidente da comis-

são tomar tal atitude. Ele avaliou que os pedidos de modificação já haviam sido incorporados pelo relator. Briga – Como não conseguiu aprovar as mudanças contestando a tese da existência do "mensalão" e enxugar a lista dos indiciados, o PT partiu para a briga regimental. No recurso, o deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), que assina o documento, argumenta que o presidente da CPMI fez uma "interpretação absolutamente equivocada" do regimento. Cardozo diz ainda que a votação do parecer foi feita de forma "intempestiva, antiregimental e autoritária". "Desde 1993, quando da vo-

tação do relatório da CPMI do Orçamento sempre se interpretou como possível a apresentação de destaques e sugestões de modificações do relatório", diz o recurso. Anulação – O PT também pede a anulação da votação, alegando que o relatório não poderia ter sido aprovado simultaneamente à realização da ordem do dia do plenário da Câmara segundo regimento interno da Casa e do Senado. "É uma radicalização absolutamente desnecessária", disse Mercadante. Segundo ele, foram cometidas tantas irregularidades na votação que o PT poderia pedir a anulação de todo trabalho da CPMI. "Mas não é isso que nós queremos. O que nós pretendemos é garantir o direito de votação dos destaques", declarou o líder, se esquivando de comentar a hipótese de Amaral ser punido pelo partido ou pela bancada no Senado. "A discussão não pode ser partidária." Já Bittar disse que uma eventual represália é um assunto que cabe ao diretório nacional do PT discutir. "A cada dia sua agonia", disse a líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), evitando a polêmica. (Agências)

GAROTINHO: MAIS UMA VITÓRIA NO PMDB.

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esultou em fracasso a ofensiva da ala governista do PMDB contra a candidatura presidencial do ex-governador Anthony Garotinho (PMDB-RJ). Os aliados do Planalto estavam certos de que conseguiriam aprovar a convocação de uma convenção nacional extraordinária no dia 7 de maio para rever a conveniência do lançamento de um candidato próprio a presidente. A proposta, no entanto, nem sequer foi a voto ontem na reunião da executiva nacional. Foram três horas de muito debate e tensão, em que não faltaram gritos e murros na mesa. Em meio ao bate-boca entre representantes das duas alas, porém, Garotinho conseguiu reafirmar sua candidatura com o apoio declarado de peemedebistas históricos, como os senadores Pedro Simon (RS), Maguito Vilela (GO) e Ramez Tebet (MS). Em vez da

Alan Marques/Folha Imagem

Garotinho: 'É mais uma pedra no meu caminho, mas eu a removerei'.

convenção, o presidente nacional do partido, deputado Michel Temer (SP), convocou todos os candidatos a governador para um encontro com Garotinho no próximo dia 19, em Brasília. Insatisfeitos, governistas como os deputados Jader Barbalho (PA) e o líder no Senado Ney Suassuna (PB) abandonaram a reunião. "Fica mantida a tese da can-

didatura própria a presidente e não haverá convenção a não ser a legal, entre os dias 10 e 30 de junho", resumiu Temer. Queixa – "Não é possível a gente continuar brincando de candidatura e ignorando o que está ocorrendo nos Estados. Enquanto a gente trata de uma ficção, a realidade política nos Estados são as alianças, todas incompatíveis com a candida-

tura própria", protestou Jader, ao lembrar a regra da verticalização, que proíbe partidos adversários na eleição presidencial de se coligarem na disputa pelos governos estaduais. Os ânimos ficaram ainda mais acirrados com a defesa da candidatura alternativa do expresidente Itamar Franco. À frente da articulação pró-Itamar, o ex-governador Orestes Quércia insistiu que o ex-presidente está disposto a se candidatar e que tem o apoio de governadores e de setores expressivos do partido. "Ninguém nesta sala tem autoridade moral para me vetar", disse Garotinho a Quércia, ao lembrar que ele obteve 48% dos votos do PMDB paulista na consulta interna em que foi escolhido candidato. "É mais uma pedra no meu caminho, mas eu a removerei e vou à convenção nacional apresentar minha candidatura". (AE)

ob aplausos dos oposicionistas e protestos indignados dos petistas, a CPIM dos Correios aprovou ontem, por 17 votos a 4, o relatório do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR), que apontou a existência do "mensalão" e pediu o indiciamento de mais de cem acusados, entre os quais, o ex-deputado José Dirceu (PT-SP) e o chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos (NAE) da Presidência da República, Luiz Gushiken. A tumultuada sessão durou cerca de 30 minutos e quase terminou em pancadaria. A reação dos governistas só aconteceu depois: o PT já protocolou uma ação para anular a votação (veja matéria ao lado). A maioria dos 17 votos a favor do relatório foi dada por parlamentares da oposição (veja quadro). Três governistas surpreenderam por votar, na última hora, com Serraglio: o vice-presidente da CPMI, Asdrúbal Bentes (PMDB-PA), e os deputados Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) e Luiz Antônio de Medeiros (PL-SP). O presidente da comissão senador Delcídio Amaral (PT-MS), não deixou os integrantes da CPMI discursarem ao dar os votos e nem comentar as modificações feitas por Serraglio. Pulso firme – O PT tentou, então, adiar a votação, exigindo por escrito as modificações pontuais feitas pelo relator. Mas Delcidio manteve o pulso firme e continuou a chamar os parlamentares para votar, ignorando os protestos. "Essa votação foi completamente errada porque em toda CPMI cabe a votação de destaques", reclamou o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (SP). "Foi uma sessão antidemocrática", disse o deputado Jorge Bittar (PT-RJ), que ficou tão irritado a ponto de quase agredir Delcidio. A votação do relatório final de Serraglio começou às 18 horas, depois que fracassou a ten-

tativa de acordo entre governo e oposição, negociada durante todo o dia. Apesar de o relator poupar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a votação foi uma derrota para o governo. Além de indiciar ex-estrelas petistas, o relatório afirma com todas as letras que o governo montou um esquema de pagamento de parlamentares para votar a favor de propostas de seu interesse. Diz ainda que recursos do Banco do Brasil, por meio da Visanet, foram desviados para o "valerioduto". Serraglio tirou da lista de pessoas que sacaram recursos do "mensalão" o nome de Márcio Lacerda, que foi secretário-executivo do Ministério da Integração Nacional. Serraglio também retirou dos pedidos de indiciamento o presidente dos Correios, Jânio Pohren, do ex-presidente do BB Cássio Casseb e do vice-governador de Minas Gerais, Clésio Andrade (PL). (AE)


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Duas pessoas morreram atropeladas por dia em 2005, em São Paulo, segundo a CET.

VIDAS SEM SIGILO

Paulo Pampolin/Hype

quinta-feira, 6 de abril de 2006

Cid

Muito cuidado. Cada vez mais, o brasileiro é vítima de invasão de privacidade. Os espiões estão por toda parte: nos e-mails, nas transações bancárias pela net, na lente bisbilhoteira de equipamentos eletrônicos. Luiz Guerrero

N

ão duvide: é muito provável que neste exato instante você esteja sendo vigiado. E não há como resguardar sua intimidade. Os espiões estão onde você menos espera. Pode ser um vigia virtual a milhares de quilômetros da tela do seu computador ou alguém muito próximo de você e de sua família. Tão inquietante quanto ter sua correspondência (eletrônica ou material) violada – ou tão constrangedor quanto ser monitorado por uma câmera instalada na rua ou no elevador do seu prédio – é saber que a declaração de renda entregue ao Fisco pode estar sendo devassada por gente que nada tem a ver com a Receita Federal, sabe-se lá com que objetivo. Pois os dados da Receita estão à venda nos camelôs do Centro da cidade. Impossível? Nem tanto, como se verá a seguir neste passeio pelas ruas do comércio eletrônico de São Paulo. Sem

mento em pouco tempo", diz o camelô. "Você pode fazer quantas cópias quiser e revender." Encomendei o cadastro da Receita Federal mais recente, para comprovar o comércio de informações sigilosas. Cinco dias depois, cobro o material. "Tenha um pouco mais de paciência. Meu fornecedor está esperando a poeira baixar um pouco para me mandar o CD", informa. O fornecedor seria um advogado do interior de São Paulo, que receberia parte do dinheiro da venda. E a poeira teria sido levantada com a prisão de dois ambulantes envolvidos nesse tipo de ilegalidade. (A prisão, no entanto, não seria confirmada pelo delegado José Matallo Neto, titular do 3º Distrito Policial, para onde vão as ocorrências da região. O policial parecia mais preocupado em desbaratar uma quadrilha de traficantes de crack nas redondezas, mas disse estar atento ao movimento dos

a p re s e ntação, é mais difícil. O melhor é ser indicado por algum lojista para ganhar a confiança dos vendedores de programas piratas da região da rua Santa Ifigênia. São esses ambulantes, com ponto fixo nas calçadas, que vendem cópias do cadastro da Receita Federal. E não apenas da Receita: nosso contato, um homem de meia idade que diz trabalhar no ramo há dez anos, garante conseguir a relação dos clientes de bancos e dos usuários de qualquer repartição pública. Ele sabe que está cometendo ato ilícito. Por isso, baixa o tom de voz e olha seguidamente para os lados, como se estivesse sendo... bem, como se estivesse sendo vigiado. Se o interessado busca, para citar um exemplo, cópias da última versão do Windows em português, a conversa é franca, sem receios: custa R$ 10. Na loja em frente, a edição oficial mais em conta sai por R$ 500. O movimento de clientes nas calçadas é infinitamente maior que nas lojas. Mercadores – A edição 2001 da Receita, relativa às declarações de 2000 e com informações supostamente confidenciais de contribuintes do Estado de São Paulo, vale, em média, R$ 100 e é entregue em poucos minutos. O arquivo mais atualizado da mesma Receita, referente às declarações de 2004, é cotado entre R$ 400 e R$ 600 e não existe para pronta-entrega – é preciso deixar sinal em dinheiro com o mercador e aguardar a confirmação por telefone. E já há quem aceite encomendas do novo cadastro, aguardado para fim de maio, intitulado "19 milhões de Endereços do Brasil". Supostamente gerado pelo IBGE, o cadastro, como o nome indica, traria informações atualizadas de 19 milhões de brasileiros e está cotado a R$ 800. "É caro, mas dá para recuperar o investi-

camelôs. "Sabemos que há esse tipo de comércio por aqui, mas o flagrante nesse caso é difícil." Como prova de sua, digamos assim, lisura, o vendedor cede o cadastro de 2001 pelos R$ 50 pagos como sinal da edição 2005: um arquivo compactado, que ocupa 385 MB na memória do computador (como comparação, um dicionário eletrônico toma 12 KB de memória). Instalado o CD, qualquer um pode ter acesso aos dados dos contribuintes físicos e jurídicos – endereço, telefone, CIC, RG e e-mail. Código quebrado – O publicitário Aílton Silva tem um palpite: ele acredita que o cadastro é revendido a empresas de mailing. Desde o envio de sua declaração de 2002 pela internet, Aílton desconfiava que seus dados estivessem sendo usados por empresas para o envio de correspondência e e-mails comerciais e, com isso, sua privacidade estivesse sendo invadida. No ano seguinte, criou uma conta eletrônica exclusiva para o Fisco e, no endereço, acrescentou as letras B (de "bloco") e IR ("imposto de renda"). "Algum tempo depois", conta, "veio a proposta de um cartão de crédito enviada pelo Citibank no endereço codificado. E, em 2005, passei a receber ofertas de assinatura de uma revista semanal." Meses depois, o correio eletrônico de Aílton passou a ser alvo de uma agência de turismo pertencente à editora da revista. "Só não tive como provar se houve vazamento das minhas informações financeiras". O Citibank informa que seu mailing vem de empresas ligadas à Associação Brasileira de Marketing Direto. "Estamos apurando o caso do publicitário. O Citibank não teve contato com a Receita para obtenção do cadastro." Mais sobre quebra de privacidade nas páginas 7 e 8

Na rua Santa Ifigênia, camelôs vendem cópias do cadastro da Receita Federal. Publicitário é uma das vítimas.

Paulo Pampolin/Hype

Ilicitudes em bancas de CDs na rua Santa Ifigênia, Centro: informações sigilosas da Receita e do IBGE por R$ 100, R$ 400, R$ 600 e R$ 800


quinta-feira, 6 de abril de 2006

ades

DIÁRIO DO COMÉRCIO Para evitar fraudes, o Denatran aprovou novo modelo da Carteira Nacional de Habilitação.

O Tribunal de Justiça de São Paulo contrata consultoria da FGV para modernizar serviços.

Publicitário comprov manipulação de dado

O

arguto publicitário Aílton Silva, presidente da ONG Politicus, conquistou 15 minutos de celebridade ao expor seu caso em rede nacional. Mais que isso, comprovou sua suspeita de que dados confidenciais estão sendo repassados da Receita Federal para empresas particulares. "Imagino que as informações tenham saído da Receita Federal e foram repassadas, de algum modo, a interessados nesse cadastro. Eu me rec u s o a a c re d i t a r q u e u m a grande empresa compraria o cadastro em uma banca de camelô", disse o publicitário. No ano passado, 20,5 milhões de contribuintes declararam imposto por meio da internet. Neste ano, a expectativa é de que 22 milhões prestem contas ao Fisco. "Não fossem informações confidenciais, um cadastro desse tipo seria uma preciosidade para qualquer instituição comercial", calcula Aílton. A s i n f o r m aç õ e s

de proteção de dados c da Nasa, a agência esp americana, Rodrigues não ter conhecimento d nhum dano sofrido pelos tribuintes. "Diria que n nível de proteção 99,99%", diz. A Receita F ral destaca que não repas informações do seu cad a terceiros e, para gara maior privacidade dos tribuintes, retirou o ca que pedia seus e-mails tão, como os dados do p citário teriam vazado? " posso responder até a con são das investigações" ponde Donizetti. Porta abertas – Há, n tender do detetive Ag dono de uma agência qu propõe a investigar caso tuais, vários meios de su piar informações de qual computador. "Basta uma cha no sistema para o ma trar", filosofa o profissi pertencente a uma linha de detetives particulares 26 anos no ramo. São m as brechas, segundo "Desde

O coordenador de segurança da Receita Federal afirma: "Diria que nosso nível de proteção é de 99,99%".

Emiliano Capozoli/Luz

O publicitário Aílton Silva teve quebrado seu código exclusivo de comunicação com a Receita Federal: oferta de cartão de crédito e de revistas

p e r mi t isei a riam, entre outras dedicar à inves utilizações, o cruzamento de ção virtual, há coisa de c dados e, ainda, o envio de ofer- anos, tenho percebido q ta de produtos. Normalmente, maior parte das empresa informa o publicitário, as em- toma o mínimo cuidado presas interessadas em en- seus arquivos virtuais, grossar a lista de clientes pa- meçar pela instalação de gam até 10 centavos por nome. gramas antivírus eficaze No caso de grandes lotes, co- sistema." mo o da Receita, a cotação é de Curiosos – "As platafo 1 centavo por nome. "Se al- operacionais não são un guém conseguiu surrupiar es- das e quando ocorre um ses dados do Fisco, ganhou blema em um dos comp muito dinheiro fácil", deduz. dores" – é o detetive falan Ética – O diretor-executivo "o sistema é confiado aos da ABT, Associação Brasilei- dados de um técnico, g ra de Telemarketing, Carlos mente terceirizado, ou d Umberto Alegretti, informa gum curioso em informá que a entidade não tem qual- que vai apenas quebrar quer meio para fiscalizar a ob- lho. É por aí que o mal en tenção de cadastros. Mas inO pesquisador da Poli voca o código de ética da en- na área de Segurança d tidade para, como diz, "sepa- formação e professor de rar o joio do trigo". "Existem graduação sobre o mesm empresas éticas e aquelas que ma no Senac, Marcelo não seguem a mesma linha." um dos maiores especial O código, elaborado pelo Pro- do País nessa área, tam bare, sigla de Programa Brasi- acha que a maioria dos u leiro de Auto-regulamenta- rios de computador negl ção (que congrega os call cen- cia as normas básicas de s ters, contact centers, help rança e, por isso, torna-se desks, sacs e telemarketings), nerável a ataques espiõe no entanto, não menciona em Invasão – Os software nenhum dos seus cinco capí- invasão, ou spywares, e tulos a conduta dos associa- cada vez mais sofistica dos na captação de cadastros. informa o especialista Só a ABT reúne 350 associa- spywares podem invadi dos que empregam 615 mil computador por meio funcionários. mails com anexo ou de O caso do publicitário está kies (os dados enviados sendo investigado pela Re- um site e armazenado no ceita Federal. O órgão tam- co rígido do computador bém apura, por meio de sua Uma vez ativados, po corregedoria, o suposto vaza- identificar as senhas e ou mento de informações sigilo- dados do internauta. "Al sas de 6 mil contribuintes físi- têm a capacidade de cap cos e jurídicos, entre os quais a seqüência de teclas di o presidente do Banco Cen- das, outros de sobrepor tral, Henrique Meirelles e o tela falsa de um site banc empresário Marcos Valério, por exemplo, e outros de além de juízes e ex-servidores turar a tela remota." federais. Mas o coordenador Só há uma forma de p do setor de Tecnologia e Segu- ção, segundo explica Ma rança da Informação da Re- Lau: manter os program ceita, Donizetti Victor Rodri- antivírus e de anti-spyw gues, reafirma que o sistema é atualizados e não abr seguro e que todas as infor- m a i l s d e s c o n h e c i d mações confidenciais estão "O computador nada m preservadas. O sistema usa- do que um eletrodomést do para captar as declarações como tal, precisa de made renda foi desenvolvido no nutenção". Brasil, informa o especialista, (LG) e o modelo vem sendo usado por outros países. Ao comparar os mec anis mos Alguns softwares de invasão

a capacidade de capturar a seqüência de teclas digitadas Marcelo Lau, pesquis


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Empresas Nacional Finanças Empreendedores

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 6 de abril de 2006

FMI ALERTA PARA DESEQUILÍBRIO COMERCIAL

Novidades, como o leitor de cartões que dispensa contato com a máquina, apareceram em feira

DE ACORDO COM O BANCO CENTRAL, MARÇO TEVE O MAIOR FLUXO CAMBIAL DESDE IGUAL MÊS DE 1998

CRESCE ENTRADA DE DÓLARES NO PAÍS C 17,7 FMI ontinua forte o ingresso de recursos externos no País. Em março, o Banco Central (BC) registrou a entrada de US$ 7,993 bilhões por meio de operações de câmbio, o maior valor registrado desde os US$ 10,331 bilhões de março de 1998. Com o resultado, o valor acumulado no primeiro trimestre atingiu US$ 17,692 bilhões. Em três meses de 2006, o número está distante apenas US$ 1,127 bilhão do total de US$ 18,819 bilhões que ingressaram em todo o ano passado. Março foi o segundo mês consecutivo de entrada forte de dinheiro estrangeiro no Brasil. Em fevereiro, o BC havia contabilizado US$ 7,750 bilhões. O economista Guilherme Loureiro, da Consultoria Tendências, acredita que não haverá redução no ritmo dos ingressos nos próximos meses. "O fluxo total no ano deve ficar em torno dos US$ 42,6 bilhões", afirmou. O principal fator que tem provocado aumento no fluxo de capitais estrangeiros é a exportação. Os ingressos de moeda estrangeira no País relacionados ao comércio exterior, pelos dados do BC, subi-

Jamil Bittar/Reuters

bilhões de reais foi o volume de dólares que entrou no Brasil nos três primeiros meses do ano, mostra o Banco Central ram em março pelo segundo mês consecutivo e ficaram em US$ 5,537 bilhões. Superávit — Mas a novidade, nos últimos meses, é que o ingresso de recursos do chamado segmento financeiro, que abrange operações não ligadas a comércio exterior, deixou de ser negativo para se tornar superavitário. Em março, a entrada de recursos por esse segmento chegou a US$ 2,456 bilhões, contra um déficit de US$ 2,8 bilhões em fevereiro. Na opinião de Loureiro, apesar da avalanche de dinheiro externo, a taxa de câmbio não deve se valorizar de forma excessiva. "Teremos o BC e o Tesouro Nacional comprando

parte desse fluxo de dólares", disse. A expectativa, segundo ele, é de que o BC adquira pelo menos US$ 20 bilhões do total de recursos que entrarão no País neste ano. "É um valor que corresponde ao total da dívida externa de curto prazo que poderá ser recomprada pelo Tesouro Nacional com recursos das reservas internacionais." Títulos — Para o economista, os detentores dos títulos recomprados estão usando os recursos obtidos na venda dos papéis em aplicações nos títulos do Tesouro Nacional com prazos mais longos e indexados a índices de preços ou com taxa de juros prefixada. A operação tem ajudado a manter o forte ritmo de entradas de dólares nos primeiros meses do ano. "Com o risco baixo, o investidor não quer sair do Brasil e acaba indo para os títulos da dívida interna", disse. Além de contribuir para a recomposição das reservas, o movimento tem permitido ao governo melhorar o perfil da dívida interna. "Os prazos estão se alongando e ainda há troca de endividamento corrigido pelo câmbio por outro atrelado a índices de preços ou com taxa de juros prefixada." Os investimentos externos em ações e os níveis altos de rolagem dos passivos no exterior são outros fatores que têm favorecido o aumento do fluxo. "As empresas têm procurado melhorar o perfil de suas dívidas fora do País."(AE)

Reservas em nível "muito confortável"

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Mantega e Furlan, na posse de Fiocca, presidente do BNDES (à dir.)

Mantega reforça discurso sobre economia

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ministro da Fazenda, Guido Mantega, reafirmou ontem a unidade de discurso do governo em relação à condução da política econômica, à ênfase no controle das despesas e geração do superávit primário e ao processo de aumento das reservas cambiais. Segundo ele, "quando for oportuno", o Banco Central (BC) continuará com a recomposição das reservas internacionais. "É desejável que o Brasil tenha um volume considerável de reservas. Acho que já temos", disse Mantega em resposta ao vice-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI), Agustin Carstens, que na última segunda-feira defendeu aumento do nível das reservas cambiais brasileiras por considerar que o patamar atual — aproximadamente US$ 60 bilhões — não é suficiente no caso de ocorrência de uma eventual crise de li-

quidez internacional. "Nós continuaremos na trajetória que vinha sendo seguida em relação às reservas. Quando for oportuno e o preço for conveniente, o Banco Central e o Tesouro Nacional poderão adquirir reservas", disse o ministro após solenidade de posse do novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Demian Fiocca. O ministro disse que não compartilha da preocupação dos analistas de mercado sobre uma possível falta de liquidez global e negou que o movimento de alta dos juros americanos afete o Brasil. "Uma pequena elevação de juros do Fed (banco central dos Estados Unidos) não afeta o Brasil. Não houve repercussão", disse. "O Brasil é um país sólido, reúne condições excepcionais e apresenta excelentes oportunidades para aqueles que querem investir aqui", afirmou. (AE)

economia brasileira está forte e possui um nível de reservas internacionais "muito confortável". Esse comentário otimista foi feito ontem pelo diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI), Anoop Singh, em visita ao ministro da Fazenda, Guido Mantega. "O Brasil vive um momento de força econômica", afirmou. Questionado se haveria uma preocupação do Fundo quanto ao balanço de pagamentos brasileiro diante de uma crise internacional, Singh afirmou: "Eu diria que não. O Brasil tem inflação em queda, economia em crescimento e um nível de reservas muito confortável." Essa avaliação contrasta com as declarações, na última segunda-feira, do vice-diretor da instituição, Agustin Carstens. Ao participar da reunião anual do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em Belo Horizonte, Carstens avaliou que o montante das reservas internacionais brasileiras, de cerca de US$ 61 bilhões, é insuficiente para fazer frente a uma eventual crise de liquidez no mercado internacional. Em igual situação estariam a Argentina, o Peru e o Chile. Comércio — O diretor-gerente do Fundo, Rodrigo de Rato, alertou na terça-feira para o excesso de desequilíbrio no comércio mundial. O número um do FMI fez um apelo aos líderes globais para que equilibrem o comércio internacional. Ele afirmou que os déficits acumulados por países como os Estados Unidos e os excessivos superávits acumulados pelos asiáticos não são sustentáveis. (AE)

Smart cards ganham mercado

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té poucos anos atrás, os smart car ds, que substituem a tarja magnética por um chip, vinham ocupando mais espaço no noticiário de tecnologia do que na vida prática dos usuários. Hoje, esses cartões ganham mais visibilidade por conta de projetos dos grandes emissores. "Nossa base de smart cards no Brasil fechou em 5 milhões de unidades em 2005, depois de 10 anos de desenvolvimento. Hoje já está em 6 milhões. Na América Latina, essa expansão foi de 10 milhões para 13 milhões, só em 2006", informou Percival Jatobá, diretor de produtos da Visa do Brasil, um dos conferencistas da Cards/2006 — 11º Congresso e Exposição Internacional de Cartões, Serviços e Tecnologias, que terminou ontem em São Paulo. A preocupação com fraudes ainda é um dos principais apelos do smart card. Jatobá mencionou o exemplo da Malásia, onde o governo incentivou a mudança da tecnologia de cartões e conseguiu garantir redução drástica da incidência de fraude. O cartão com chip não permite a prática conhecida na indústria como skimming (ou chupa-cabra), que é o roubo das informações da tarja magnética do cartão.

Mas a queda do custo da tecnologia também contribuiu para a disseminação. "Em 1996, um smart card saía por US$ 9, valor que hoje é de aproximadamente US$ 0,9." Novos serviços — "A segurança é importante, mas o atrativo do smart card é a possibilidade de o emissor oferecer novos serviços aos clientes", avaliou o diretor para América Latina da Smart Card Alliance (SGA), Edgar Betts. Além do formato tradicional do smart card, os expositores da Cards/2006 apresentaram outras modalidades do chip, inclusive com integração a telefones celulares. A francesa Axalto mostrou tecnologia que permite inserir um cartão de autenticação no chip do celular do usuário. "Essa identificação permite novas aplicações de mobile banking e de comércio eletrônico com segur a n ç a " , d i s s e o d i re t o r d e negócios para América do Sul da Axalto, Gustavo Prellwitz. A venezuelana Intelligensa apresentou na feira outra abordagem de interação com o celular, desenvolvida em parceria com a fabricante Nokia. Trata-se de um smart card montado na carcaça do telefone e integrado ao ambiente operacional do aparelho. Nesse caso, o celular funciona não

como um meio de comunicação, como ocorre com a solução da Axalto, mas como um console para operar o cartão. Um único smart card pode conter vários cartões diferentes (débito e crédito de múltiplas instituições financeiras). A escolha das funções é feita pela tela e pelo teclado do celular. Indução — Outro destaque da Inteligensa foi a interface Vivotech, para cartões acionados por indução (contactless). Para oferecer uma alternativa de migração paulatina da base dos tradicionais POSs, a empresa desenvolveu um adaptador que converte a leitura do cartão contactless em sinais magnéticos inteligíveis pelo leitor de tarja. Assim, o comerciante pode trabalhar com ambas as tecnologias usando um mesmo terminal. A comunicação sem fio foi um dos destaques da CIS. A empresa apresentou uma solução que funciona sobre redes GPRS (o padrão de transmissão de dados das operadoras de GSM). "O produto é ideal para entregadores de pizza, motoristas de táxi e outros profissionais que têm de coletar pagamentos enquanto estão em trânsito", argumentou Paulino Moreira, gerente de distribuição da CIS. Vanderlei Campos


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.LOGO

Do jornalista Ricardo Noblat, em seu blog. http://noblat1.estadao.com.br/noblat/

Logo Logo www.dcomercio.com.br/logo/

ABRIL

O rol de escândalos do governo Lula se distingue do rol de escândalos de outros governos pela originalidade dos meios usados e o amadorismo dos seus principais protagonistas.

quinta-feira, 6 de abril de 2006

6 Nascimento da atriz brasileira Cacilda Becker (1921-1969)

I NTERNET

ZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZ.com WEBWEBWEBWEBWEBWEBWEBWEBWEBWEBWEBWEBWEBWEBWEBWEBWEBWEBWEBWEBWEB.com DIDYOUKNOWTHATYOUCANONLYHAVESIXTY-THREECHARACTERSINADOMAIN-NAME.com Não se assuste. Os endereços de websites acima não são resultado de dedos "esquecidos" no teclado. Eles existem, embora, até o momento, não tenham nenhum conteúdo prático. Mas o fato é que, no futuro, não apenas estes três, mas muitos outros

Esticando domínios pontocom

domínios com mais do que as 32 letras que até então limitavam os endereços de sites passarão a fazer parte do cotidiano do internauta. Com cerca 50 milhões de domínios .com, a internet começa a se tornar uma megalópole virtual onde não é muito fácil

encontrar um endereço para abrigar o próprio site. Principalmente se a busca for por um domínio pequeno. As opções parecem infinitas, mas não são. Quem estuda o caso já percebeu, por exemplo, que das 17.576 combinações de letras possíveis para

um domínio de três letras, todas já foram adquiridos e 80% dos domínios com quatro letras estão esgotados. Quem fez essas contas (e as colocou num website) também concluiu que os domínios mais populares são os de 11 caracteres. Como muita gente quer

os mesmos domínios - os melhores, mais fáceis de lembrar - para seus sites, a solução foi esticar o tamanho dos domínios .com. O limite saltou de 32 para 63 letras e os três primeiros (esses aí em cima) já foram registrados. yafla.com/dforbes/2006/03/29.html

C IÊNCIA S OCIEDADE

B RAZIL COM Z

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Rogério Reis

O Courrier International da França destaca nesta semana a obra do fotógrafo brasileiro Rogério Reis, que durante as décadas de 80 e 90 fotografou em preto e branco o carnaval do Rio.

R EINO UNIDO

Evolução das espécies Pesquisadores anunciam descoberta do elo perdido entre peixe e animal terrestre

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aleontólogos descobriram fósseis de uma espécie de peixe que fornece o elo perdido entre os peixes e os primeiros animais que saíram da água para caminhar sobre a terra firme, cerca de 375 milhões de anos atrás. A espécie recém-descoberta, Tiktaalik roseae, tem crânio, pescoço, costelas e membros semelhantes aos de animais de quatro patas, além de características que lembram

peixes - como a mandíbula primitiva, nadadeiras e escamas. Esses fósseis foram descobertos na Ilha Ellesmere, no Ártico canadense. "O Tiktaalik borra a linha entre peixe e animal terrestre, tanto em termos de anatomia quanto em estilo de vida", disse um dos líderes da pesquisa, Neil Shubin, segundo nota divulgada pela Universidade de Chicago. O animal era um predador de dentes afiados, uma

cabeça semelhante à do crocodilo e corpo achatado. O material do esqueleto de diversos espécimes, de 1,3 metro a 3 metros de comprimento, está bem preservado e permitiu que os especialistas estudassem o padrão de mudança evolutiva. Os cientistas concluíram que as juntas do cotovelo, ombro e pulso eram capazes de sustentar o peso do corpo - como em animais com pernas. www.nature.com

José Aguirre/El Mundo/AFP

Britânico preso por músicas 'suspeitas' Seguranças de um aeroporto britânico impediram ontem que o empresário Harraj Mann embarcasse num vôo por causa de uma música que ele cantou dentro de um táxi. O motorista o achou suspeito e informou os seguranças. Mann, de origem indiana, pediu ao motorista do táxi para colocar a música London Calling, do grupo The Clash, para tocar durante o caminho para um aeroporto no norte da Inglaterra. A letra da música diz algo como: "Chamado de Londres ecoando pelas cidades longínquas, agora a guerra está declarada e a batalha E M

começará/Chamado de Londres pelo submundo, saia de seus esconderijo, garotos e garotas. Mann, de 24 anos, também pediu que o motorista tocasse Immigrant Song, da banda Led Zeppelin. A canção diz: "O martelo dos deuses levará nossos navios para novas terras, para lutar cantando contra hordas e chorando no Valhalla, eu estou chegando!" Mann foi detido no aeroporto, teve de prestar esclarecimentos e perdeu o vôo. A polícia disse que o avião levantou vôo antes que eles pudessem determinar se Mann era inocente.

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O CLIQUE DEFINITIVO - A última imagem captada pelo fotógrafo venezuelano José Aguirre foi feita ontem para o diário El Mundo. Aguirre estava de bicicleta e cobria um protesto em Caracas e foi atingido por um tiro, supostamente disparado por um policial.

Conversas de elevador João Caldas

Cromoterapia para banheiras

Informações privilegiadas

Um novo sistema de iluminação para banheira deve tornar o banho ainda mais relaxante. Principalmente porque custa apenas US$ 20, permitindo que você economize bastante para encher a banheira de sais de banho franceses. O Aqua Glow Tub Light é à prova d'água e tem várias cores. Funciona com 4 pilhas AAA.

Informações sobre finanças e administração dos governos estaduais e municipais, divulgação de estatísticas, noticias, estudos setoriais, análises de experiências administrativas. O Banco Federativo mantém em seu site uma variedade gigantesca de informações econômicas de qualidade. O projeto é mantido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea).

whatever works.com/

http://federativo.bndes.gov.br

A TÉ LOGO

Depois de saírem das prateleiras para a internet na versão e-book, os livros fazem o caminho inverso e saem dos websites para as prateleiras. São os blooks (neologismo que une as palavras book e blog (livro mais blog, ou blivro). A nova categoria de literatura já tem uma série tão grande de autores que foi criado até o Prêmio Blooker, uma versão moderna do tradicional Prêmio Booker da literatura inglesa. O blook vencedor deste ano é da autoria de uma cidadã americana, Julie Powell, que, em 365 dias, num pequeno apartamento, resolveu preparar as 524 receitas que constam da bíblia gastrônomica norteamericana, o Dominando a Arte da Cozinha Francesa, de Júlia Child, de 1961.

TAÇA LIBERTADORES

The Strongest 1 X 0 Goiás Paulista 2 X 1 River Plate São Paulo 1 X 2 Chivas

co, fragmentada: duram o tempo de uma subida ou descida do elevador, às vezes insuficiente para sua conclusão. Para não se ocupar apenas de personagens reais, o espetáculo ainda dá uma ca-

rona para o fantasma do pai de Hamlet e para Chapeuzinho Vermelho. (SR) Centro Cultural Banco do Brasil. Rua Álvares Penteado, 112. Telefone: 3113-3600. Quinta e sexta às 19h30. R$ 15.

L OTERIAS Concurso 608 da LOTOMANIA 13

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Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Livre de infecção, Ariel Sharon é submetido a cirurgia de reparação de crânio com sucesso Pesquisadores da Universidade Santa Cecília descobrem espécie de peixe na Baía de Santos

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itemdy00.asp?T1=K2714

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F AVORITOS

oi no sobe e desce da cidade grande que a Cia. Elevador de Teatro Panorâmico encontrou inspiração para o trabalho que comemora seus cinco anos de existência. Em cartaz a partir de hoje no Centro Cultural Banco do Brasil, Peça de Elev a do r , que tem direção de Marcelo Lazzaratto e dramaturgia de Celso Pires, capta os flagrantes dos moradores de uma metrópole através dos vidros de dois elevadores panorâmicos. As histórias não poderiam ser mais cotidianas – conversas de funcionários da mesma empresa, brigas de casal, paqueras, intervenções de ascensoristas. E a maioria delas é, talvez para desespero do públi-

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G @DGET DU JOUR

O jogador de futebol bemsucedido do mundo, Ronaldinho Gaúcho, foi tema de uma análise da pesquisadora Liliana Rolfsen Petrilli Segnini, da Faculdade de Educação (FE) da Unicamp sobre as desigualdades étnica, de escolaridade, renda e trabalho que envolvem a população negra do País. Para chegar lá, não bastou ao jogador ser bom de bola: ele teve de driblar e conviver com o preconceito.

Variações de livros na internet

T EATRO

Paradoxos Brasil. Mostra de 178 obras, com 78 artistas brasileiros de carreira recente. Na foto, outdoor de Eduardo Srur. Itaú Cultural. Avenida Paulista, 149. Telefone: 2168-1776. Das 10h às 21h. Grátis.

Ronaldinho dribla desigualdades

L ITERATURA

C A R T A Z

VISUAIS

Gustau Nacarino/Reuters

Estado de saúde de Telê Santana se agrava ainda mais com novos problemas respiratórios

Concurso 752 da MEGA-SENA 04

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O IMPOSTO EO

SIGILO A carga tributária cria a segregação e a Receita facilita a quebra do sigilo fiscal

OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 6 de abril de 2006

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Fui criado no país do Apartheid, a África do Sul, e só agora percebo que existe Apartheid também no Brasil: nós do setor privado e eles do setor público! Depois de fazer o cálculo dos impostos que pago - que representam 46,73% dos meus ganhos - tenho apenas um comentário a fazer: o Estado está obeso! Faca nele! Diminuam o tamanho e apetite dele através de cortes e privatizações. Mantenham apenas os funcionários que são dignos de estarem trabalhando lá. Só assim veremos cair este porcentual absurdo de impostos comendo nossos rendimentos!

DOISPONTOS -11 11

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MARCELO ANTONIO MARTINS GUTIERREZ, MOGI DAS CRUZES, SP FIRSTGUTIERREZ@YAHOO.COM.BR

AMBIGÜIDADE

ENGLISHPRESS@TERRA.COM.BR

Site na internet dcomercio.com.br /doispontos/

Foto de Maurício LIma/AFP - Metalúrgicos protestam em frente à sede do PT contra a impunidade

Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br

e havia alguma dúvida da minha parte agora não há mais. O PT, em matéria de ética, nivela-se ou é pior do que os demais partidos que estão por aí. Bons tempos aqueles em que o PT se reservava a prerrogativa da ética. Época em que as denúncias do PT eram aceitas como verdades. Jornais davam manchetes. O Ministério Público ingressava com processos. O PT era o guardião da moralidade, o acusador dos desvios éticos, o perseguidor da corrupção. Pe rg un tar am -m e, um dia, se eu acreditava que o prefeito de Santo André havia sido assassinado por razões políticas. Claro que não, respondi indignado! Falaram-me do caso Lubeca, lá atrás, na Prefeitura de São Paulo. Impossível, respondi eu. Mas, na medida em que o PT passou a ocupar espaços, começaram os desvios de conduta. Aqui e ali, prefeituras passaram a ser saqueadas e imoralidades foram cometidas. Eu mesmo fui vítima desses posicionamentos. Lá no ano 2000, em Santos, o Dr. Danilo, então advogado do PT e da candidata Telma, sumiu com processos de direito de resposta no segundo turno do pleito municipal de então, para impedir que meu cliente pudesse exercer seu direito. Os

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CLAUDIO WEBER ABRAMO

CULPA OU

WALTER PADILHA, SÃO PAULO, SP

ivulgou-se há alguns dias uma pesquisa realizada pelo Ibope a respeito das atitudes do eleitor brasileiro sobre corrupção. A pesquisa revelou que 69% dos eleitores já transgrediram alguma lei ou descumpriram regra contratual para obter benefícios de forma consciente e intencional. Outro resultado da pesquisa é que 75% afirmaram que cometeriam pelo menos um entre 13 atos de corrupção, ou entendidos como tais. A interpretação desse porcentual elevado merece um olhar mais atento. A saber, o quê, exatamente, esse resultado informa?

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s atos de corrupção listados foram os seguintes: 1. Escolher familiares ou conhecidos para cargos de confiança; 2. Mudar de partido em troca de dinheiro ou cargo/emprego para familiares e conhecidos; 3. Contratar, sem licitação, empresas de familiares para serviços públicos 4. Pagar despesas pessoais não autorizadas com dinheiro público; 5. Aproveitar viagens oficiais para lazer; 6. Desviar recursos das áreas de saúde e educação; 7. Aceitar gratificações para escolher prestadores de serviços ou vendedores de produtos ao governo; 8. Usar Caixa 2 em campanhas eleitorais; 9. Superfaturar obras e desviar o dinheiro para campanha eleitoral; 10. Superfaturar obras e desviar o dinheiro para o patrimônio pessoal; 11. Receber dinheiro de empresas privadas para fazer e/ou aprovar leis que as beneficiem; 12. O político contratar "funcionários fantasmas", e ficar com os salários; 13. Trocar o voto a favor do governo por um cargo para familiar ou amigo. As assinalações campeãs foram escolher familiares ou pessoas conhecidas para cargos de confiança (59%) e aproveitar-se de viagens oficiais para lazer próprio e de familiares (43%).

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processos só apareceram depois da eleição, quando os julgamentos do TRE-SP caminhavam na direção de entender prejudicados tais pedidos, que não poderiam ser exercidos após o pleito. Mesmo assim, com julgamento pelo prejuízo, foi assentada recomendação nos acórdãos para que os fatos fossem apurados, inclusive pela OAB. O que se sabe, seis anos depois, é que o tal Danilo, além de ter exercido posto importante nas Docas de Santos, acabou tornando-se presidente da Comissão de Ética do PT. Que ética, digo eu, que moral! Ali, em São Caetano, agora mesmo, o último presidente do TRE aplicou uma reprimenda em determinado processo, acusando advogados de estarem agindo para procrastinar (adiar de forma indevida) o feito. Pois o candidato a prefeito derrotado em São Caetano, no último pleito, passou o material para prestigioso jornal do ABC como ato do meu escritório. Por sorte, o jornal, este, sim, ético naquele episódio, trouxe cabal desmentido no dia seguinte, exibindo a verdade dos fatos, que nos eximiam e indicavam culpa desse adversário (e não de seus defensores). Muito recentemente, em Santo André, no único processo capaz

G Bons tempos aqueles em que o PT se reservava a prerrogativa da ética. Época em que as denúncias do PT eram aceitas como verdades.

Mande seu comentário para doispontos@ dcomercio.com.br

em original. Eram duas vias do mesmo recurso que sumiram no cartório de Santo André. Os fatos foram denunciados, petições foram feitas para a Corregedoria Eleitoral e, como num passe de mágica, apareceu uma das vias do recurso. Quem tinha interesse no desaparecimento do recurso? Quem seria beneficiado pelo sumiço de duas diferentes vias do recurso que chegaram ao cartório em horários diferentes? Espero que a Corregedoria do TRE dê-se conta da gravidade dos fatos e de que o problema não deixa de existir com o reaparecimento de uma das vias do recurso. Há que saber quem foi o culpado dentro do cartório pelo sumiço, e fora do Cartório pelo favorecimento indevido. Não serei eu que irei jurar a inocência do PT neste fato. Da última vez queimei a mão.

de cassar o prefeito Avamileno, uma Ação de Impugnação de Mandato Eletivo, após a sentença de 1ª. Instância que o absolvia, fizemos recurso e o processo foi remetido para o TRE. Quando foi julgado na Corte, descobriuse à inexistência nos autos do aludido recurso que havia sido remetido por fax, como faculta a lei, e por protocolo

sses pequenos exemplos alcançam agora postos diferentes, funções diferentes. A ética do PT é tão pequena e tais autores tão medíocres que nos mais altos cargos da República a triste cena da falta de ética é repetida. O presidente não sabia do que se passava na sala ao lado onde seu ministro mais importante se escondia da imprensa. Tal ministro recebia quebras de sigilo bancário e as repassava,

G Hoje, as elucubrações do PT são tão perversas que chegaremos à conclusão de que o grande responsável por tudo foi o Francenildo.

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mas depunha no sentido de que nada sabia para o subordinado do ministro da Justiça, que convocava colega seu, advogado, para instruir todo mundo no sentido de compor fatos desconexos de modo a evitar a elucidação de crimes. A vítima de tais crimes tornou-se ré de crime de lavagem de dinheiro. Enfim, mais uma vez o PT expõe a sua ética, ou a falta, dela com procedimentos que o igualam a tantos outros partidos comprometidos com a corrupção em outros momentos da história política do país. As elucubrações do PT são tão perversas, que chegaremos à conclusão de que o grande responsável por tudo foi o Francenildo, que, ademais de tudo, foi o caseiro da República de Ribeirão Preto em Brasília. Na minha lide profissional encontrei, sim, e registro com alegria, advogados do PT com ética e qualidade. Assim como já votei em gente do PT que não me decepcionou e nem me provocou o arrependimento do voto dado. Mas, a conclusão é que há gente boa em qualquer lado do processo político. E que, infelizmente, corruptos, pizzaiolos, dançarinos e antiéticos há em todos os lados da política. ALBERTO ROLLO É PRESIDENTE DO

INSTITUTO DE DIREITO POLÍTICO ELEITORAL E ADMINISTRATIVO

ma primeira observação é que, evidentemente, os 13 atos distribuem-se por uma ampla gama quanto à gravidade, que por sua vez pode ser medida pelas suas conseqüências econômicas. Em segundo lugar, para que ganhasse mais significação, seria importante comparar tais resultados com pesquisas semelhantes feitas em outros países. Isso serviria para dissipar a seguinte dúvida metodológica: será que o respondente sueco, responderia de forma muito diferente? Será que não se está superestimando a integridade desses povos em comparação com a dos brasileiros? Se as diferenças forem pequenas, então uma interpretação demasiadamente severa pode refletir um preconceito sobre nosso ambiente. Como a pesquisa do Ibope foi apresentada sem referência a pesquisas ao menos aparentadas feitas em outros ambientes, é impossível saber. Em terceiro lugar, o que mais transparece nos

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Depois que foi provado que não existe ética ou respeito para com o contribuinte, foi demonstrado na TV que as informações de quaisquer contribuintes podem ser compradas em CD pirata no centro de São Paulo. A Receita Federal é inescrupulosa! O que podemos esperar da Receita Federal se não há respeito com o que é informado na própria declaração de renda do contribuinte?

Aquilo que é considerado como condenável pelos formadores de opinião talvez não seja assim julgado pela maioria resultados não é tanto o fato de pessoas responderem que contratariam um parente ou que usariam uma viagem oficial para proporcionar lazer a seus familiares. O que mais salienta é a ambigüidade das respostas. Ao lado das respostas indicativas de que as pessoas participariam de certos atos de corrupção, elas rejeitam fortemente outros atos (além disso, toda pesquisa feita no Brasil sobre a corrupção quando tomada genericamente resulta em rejeição muito alta). A interpretação mais direta para isso é que as pessoas não reconhecem todos os atos listados como configurando corrupção, ou não os reconhecem com o mesmo grau. Como a pesquisa não mediu essa convicção, é bem possível que aquilo que é considerado como condenável pelos formadores de opinião não seja assim julgado, em vários casos, pela maioria das pessoas. s resultados da pesquisa poderiam então ser interpretados de forma menos radical do que se ventilou. Em vez de concluir-se que o brasileiro é tolerante com a corrupção, talvez fosse mais prudente considerar que sua consciência sobre o assunto é falha.

O

CLAUDIO WEBER ABRAMO É DIRETOR EXECUTIVO DA

TRANSPARÊNCIA BRASIL WWW.TRANSPARENCIA.ORG.BR

FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, 3244-3799, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894


quinta-feira, 6 de abril de 2006

Empreendedores Tr i b u t o s Empresas Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

7 Dívida da Varig é de aproximadamente R$ 7 bilhões, a maior parte com o governo federal

FEICON VAI ATÉ SÁBADO NO ANHEMBI

Fotos: Milton Mansilha/LUZ

Casa do futuro já está à disposição dos consumidores Últimas novidades em tecnologias para residências estão em estande da Feicon

Interruptores "inteligentes" entre as novidades da casa do futuro

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"A Varig não vai parar"

magine que você está cansado depois de um dia intenso de trabalho. Do carro, digitando um número no celular, prepara a banheira com sais para relaxar assim que chegar em casa. Ou então programa o aparelho de som para ouvir uma boa música quando abrir a porta, com os ambientes da casa já à meialuz. Pode parecer sonho, mas algumas dessas facilidades já são bastante reais. Elas estão presentes no estande "Viver e Lazer" na Feira Internacional da Indústria da Construção (Feicon), que vai até sábado no Pavilhão de Exposições do Anhembi, em São Paulo. "Os consumidores já podem encontrar o que há de mais avançado em termos de tecnologia para residências", disse o diretor da The Automation Associate Group (Taag), Cesar Valverde. A empresa, especializada em projetos de automação, é a responsável pelo aparato do estande, uma espécie de casa do futuro. As novidades vão do acionamento de iluminação inteligente em todos os cômodos a interruptores de luz sem fio, que podem ser carregados pela casa. "Se a invenção do con-

Valverde: tecnologia acessível

trole remoto foi uma verdadeira revolução, imagine o que significa ter um controle que comanda a casa toda a distância", comparou Valverde. Áudio, vídeo, iluminação e monitoramento de câmeras estão entre as opções de controle. Emoções — Os que gostam de sentir na pele fortes emoções, literalmente, podem adquirir o sofá com auto-falantes (s u bw o o f e r s ) embutidos. "O subwoofer é o equipamento responsável pelas baixas freqüências que nos fazem tremer quando entramos em contato com sons graves, como os de tiros, de explosões e de trovões", explicou Valverde.

Outra novidade do estande é o home-theater feito sob medida, que pode dividir ambientes como a sala-de-estar e o quarto. A tecnologia já permite a divisão sem que o som passe de um espaço para o outro. Assim, evita-se que os moradores percam a privacidade. Invenções — Também no estande, o visitante da Feicon pode conhecer os pisos aquecidos, que evitam o desconforto das baixas temperaturas, os aspiradores de pó com dutos de escoamento de sujeira instalados em paredes, poltronas que massageiam, teto retrátil, desembaçador de espelhos, entre muitas outras novidades. E tanto conforto não está disponível apenas para milionários: com investimento a partir de R$ 5 mil pode-se começar a traçar um projeto de "casa do futuro". "Cada vez mais as construtoras traçam plantas que incorporam toda essa tecnologia", disse Valverde. Para quem tem o orçamento apertado, a dica é fazer um projeto e completá-lo aos poucos. "Boa parte da nossa clientela, a maior parte das classes A e B, acaba escolhendo essa opção", observou Valverde. Ana Laura Diniz

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presidente da Varig, Marcelo Bottini, descartou ontem a possibilidade de a empresa suspender suas operações, apesar de admitir a necessidade urgente de capitalização. O executivo solicitou ao governo uma linha de crédito para aliviar o caixa da empresa até o segundo semestre, quando termina a baixa temporada do setor. A Varig quer que a BR Distribuidora e a Infraero, empresas do governo que fornecem produtos e serviços para suas operações, facilitem os pagamentos. "Esse risco de a companhia parar eu descarto, sem dúvida. Mas precisamos de investidores para dar continuidade ao nosso plano de recuperação", afirmou Bottini antes do início da assembléia de credores que elegeu o banco Brascan como gestor dos fundos de investimentos do plano de recuperação da companhia. Para a Varig sair da crise que a obrigou a pedir recuperação judicial em junho do ano passado foram criados quatro fun-

dos de investimentos de participação, os Fips: um para arrecadar recursos para o controle da empresa e os outros três com o crédito das três categorias de credores — os trabalhistas, os com garantia e os sem garantia. A idéia é que, com o passar do tempo, os créditos sejam transformados em controle da empresa aérea. Salários — Com dívida de aproximadamente R$ 7 bilhões, a maior parte com o governo federal, e "caixa limitado", segundo o próprio Bottini, a Varig pagou apenas parte dos salários de seus funcionários em março e tenta adiar os pagamentos de serviços de seus principais fornecedores, a Infraero e a BR Distribuidora, até pelo menos o segundo semestre. Ele pediu uma audiência ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para expor a situação da companhia. Bottini confirmou que a estratégia da Varig é a de cada vez mais se especializar em vôos internacionais e manter os vôos domésticos nas principais cidades do País.

Banheiro tem aparelho de DVD

VarigLog — O presidente da Varig informou que a proposta feita na última segunda-feira pelos controladores da VarigLog, de separar a Varig lucrativa da Varig endividada e reduzir a frota de 71 para 48 aviões, com a demissão de 4,6 mil pessoas, vai ser analisada pelos credores. Ele também sinalizou com possibilidade de a oferta ser modificada. Na terça-feira, alguns credores, como os trabalhistas e o fundo de pensão Aerus (sem garantia), declararam, na saída da reunião em que foi apresentada a proposta da VarigLog, que rejeitariam a oferta por não prever o pagamento das dívidas. "É uma proposta de calote", chegou a afirmar a presidente do Sindicato dos Aeronautas, Graziela Baggio. Bottini disse que está acostumado a debater "há anos" uma proposta para a Varig e, pela experiência, tem confiança de que os donos da VarigLog — o fundo de investimento Matlin Patterson e alguns empresários brasileiros — podem aperfeiçoar a oferta. (Reuters)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

ESPANHA

quinta-feira, 6 de abril de 2006

SÃO PAULO INVESTE NOS TAXISTAS Prefeitura e São Paulo Turismo criam um projeto para capacitar os 32 mil taxistas da cidade para receber turistas com qualidade. Pág. 4

Com as crianças Divulgação

Roteiro kid: em Terragona, Costa Dorada, o parque PortAventura (ao lado), da Universal Studios, tem entre suas atrações, uma montanha-russa radical. Em Barcelona, o zoológico (fotos acima) encanta visitantes mirins. Pouco conhecidas pelos brasileiros, as praias do norte da Espanha e da costa leste (abaixo) também merecem a visita. E em Valência, a Ciudad de las Artes y de las Ciencias (fotos abaixo, à esq.) é um complexo que convida a pensar com diversão. Inclui um aquário com 45 mil exemplares de 500 espécies do mundo

Esta é primeira edição de uma série dedicada à Espanha. Confira toda quinta-feira deste mês

Célia Almudena

caixinha de surpresas para os pequenos turistas. Oferece atrações incontáveis que vão de parques de diversão a museus interessantes, playgrounds, zoológicos e aquários. Págs 2 e 3

Célia Almudena

Célia Almudena

Divulgação/Javier Yaya/CACSA

O país europeu é uma

TURISMO - 1 Paulo Pampolin/Digna Imagem

Divulgação/Javier Yaya/CACSA

Divulgação


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.TURISMO

Um país que surpreende os pequenos

quinta-feira, 6 de abril de 2006

Fotos: Célia Almudena

Não é preciso seguir os roteiros tradicionais na Espanha para divertir as crianças. As atrações são muitas em pequenas e grandes cidades. Praias com playground, museus... Por Célia Almudena

No Guggenheim de Bilbao (acima) é indescritível o deslumbramento da criançada diante das 150 Marilyns, de Andy Warhol. A pacata Mundaka (à esq.), no litoral norte do país, na chamada Espanha Verde, é uma das dicas fora do comum. E Vinarós (ao lado), na Comunidad Valenciana, tem playground na areia

V

iajar com crianças para a Espanha é uma experiência que garante muitas surpresas, para os adultos. Logo se descobre que nem é preciso seguir os roteiros tradicionais ou oficiais para garantir a emoção dos pequenos e também dos maiores. O país parece estar totalmente preparado para atender as necessidades mais básicas para a diversão do viajante de qualquer idade. Para o alívio do bolso dos pais isso pode significar gastar pouco ou até mesmo nada.

Das pequenas às maiores cidades espanholas, praticamente todas contam com playgrounds públicos bem equipados a cada cinco ou seis quadras que podem render horas de lazer gratuito. Melhor ainda, trazem um convívio e uma troca de experiências com a garotada local, já que a barreira do idioma é rapidamente rompida quando os brinquedos são compartilhados. E passeios mais tradicionais, como visitas a museus, também prometem muitas descobertas. Visitar com crianças o Prado

Espanha Verde

ou o Reina Sofía, em Madri, ou o Guggenheim, em Bilbao, traz uma nova visão sobre obras de arte. Alguns museus chegam a reservar oficinas para crianças. Em atividades divertidas elas reinterpretam as obras. Mas não é necessário ter um guia. É indescritível o deslum bramento dos pequenos diante das 150 Marilyns de Warhol, no Guggenheim, da Guernica de Picasso, no Reina Sofia, ou ainda do Jardim das Delícias de Bosch, no Prado. E a obrigatória bateria de perguntas nos faz refletir sobre aspectos an-

tes "invisíveis" e acaba revelando detalhes, formas e cores não observadas antes. Madri, por exemplo, dispõe de um Card Niños, uma opção para que as crianças até 12 anos desfrutem de descontos na grande oferta de atrações para elas: Zoo Aquarium, Planetário, Museo Interactivo de la Ciência, Museo de Cera, Museo Nacional de Ciências Naturales, além das grandes pinacotecas (Prado, ThyssenBornemisza e o Centro de Arte Reina Sofía). Valendo por 72 horas, o cartão custa 15 euros e

Fotos: Célia Almudena

Divulgação

De temperaturas mais amenas, a região inclui a bela Santiago de Compostela (à esq.), o Parque Nacional de los Picos de Europa (acima) e Cuevas de Altamira, caverna com pinturas rupestres

BOA VIAGEM Diretor-Presidente Guilherme Afif Domingos Diretor de Redação Moisés Rabinovici Editora Antonella Salem antonellasalem@uol.com.br Sub-editora Lygia Rebello lygiarebello@uol.com.br Projeto gráfico José Coelho Diagramação Evana Clicia Lisbôa Sutilo Publicidade Gerente Comercial Arthur Gebara Jr., tel. 3244-3122, agebara@acsp.com.br Rua Boa Vista, 51, 6º andar Impressão Diário de S. Paulo

www.dcomercio.com.br

N

o escaldante verão europeu nada mais interessante que buscar as temperaturas mais amenas do norte. A chamada Espanha Verde se estende pela costa norte da Península Ibérica, percorrendo quatro comunidades autônomas: País Vasco, Cantábria, Astúrias e Galícia. O roteiro inclui desde cidades seculares, como Santiago de Compostela, até totens do que há de mais moderno, como o Museo Guggenheim, de Bilbao. Praias também são paradas obrigatórias nesse roteiro. Do cosmopolita calçadão da Playa de la Concha, em San Sebastian, onde a cultura surfe nos remete a algumas cidades brasileiras, ao bucólico litoral galego, passando pela pacata Mundaka, ao lado do histórico povoado de Gernika, há op-

ções para todos os gostos. E bolsos, naturalmente. 14 mil anos – Uma das atrações que mais encantam as crianças na Espanha Verde são as Cuevas de Altamira, perto da medieval Santillana Del Mar, na Cantábria. A caverna abriga pinturas rupestres préhistóricas de cerca de 14 mil anos de idade e representam bisões, cervos, javalis e cavalos, entre outros animais. Ameaçada pelo turismo predatório, a caverna original foi reproduzida de forma minuciosa. Agora os turistas visitam a Neocueva e têm a sensação de observar os desenhos da caverna original, de entrada restrita a pesquisadores. Efeitos originais mostram como o homem pré-histórico vivia na região e as técnicas empregadas na produção dessas

pinturas. O museu anexo também permite entender melhor a arte rupestre e vale a visita. Se nada disso bastar para tirar o fôlego do pequeno visitante, o primeiro Parque Nacional da Espanha promete dar conta do recado. O Picos de Europa, coberto de neve no inverno, apresenta uma paisagem verdejante no verão. Imensas montanhas, rios e lagos formam o cenário. Em Fuentedé, um teleférico eleva o visitante a 1.800 metros acima do nível do mar. E o Santuário de Covadonga garante um caráter espiritual ao passeio. Em Covadonga a Espanha iniciou a reconquista do país, sob as ordens do rei Pelayo. Porta do Parque Nacional de los Picos de Europa, Covadonga definitivamente conquista o olhar do estrangeiro. (C.A.)

pode ser adquirido nos escritórios de turismo. Para adultos, custa 56 euros. Mudanças inesperadas – Se viajar com crianças exige um rigoroso e bem detalhado planejamento, por outro lado é preciso estar aberto a mudanças bruscas e inesperadas do roteiro. Bom senso para, por exemplo, excluir toda uma "perna" da viagem para evitar problemas é fundamental. Abandonar o plano de visitar a região sul da Espanha e deixar para trás a visita à Andalucia, por exemplo, é uma opção sensata. Afinal, a temperatura média ultrapassando os 40° C diariamente e a profusão de incêndios florestais na região sul do país no verão tornava proibitiva a presença de pequenos. Mais de uma vez ouvi a recomendação de que seria uma loucura levar crianças para conhecer Córdoba, Sevilha e Granada sob um calor senegalês. As frentes quentes provenientes da África castigavam os turistas em busca das belezas da Alhambra de Granada, da Mesquita de Córdoba ou da Catedral de Sevilha. Assim, torna-se uma agradável obrigação alongar em alguns dias o roteiro pela chamada Espanha Verde (litoral norte)

ou pelas praias da Costa Dorada (costa leste). Pouco visitadas por turistas brasileiros, as duas regiões guardam grandes surpresas. E nada melhor do que se espreguiçar nas praias de Premià Del Mar, pertinho de Barcelona, na Cataluña, ou da acolhedora Vinarós, na Comunidad Valenciana, só esperando o tempo passar devagar. N e s s a s p r a i a s , o s p l a ygrounds públicos ficam na areia. E as águas tranqüilas e mornas do Mar Mediterrâneo completam a diversão. As crianças podem até estranhar e se divertir com o costume de se trocar, sem muitos pudores, na própria praia ou o de tomar sol fazendo topless. Uma boa conversa, nesses casos, pode evitar constrangimentos de ter crianças apontando para os seios de uma deslumbrante espanhola ou para o derriére de uma louríssima francesa. Sim, viajar com crianças produz desde "constrangimentos" divertidos como esses até descobertas mais básicas e simples como aprender que as praças espanholas estão sempre floridas porque, cedinho, todos os dias, um jardineiro troca os vasos para garantir que todas as flores estejam sempre vicejantes.

RAIO X

FAÇA AS MALAS Informações turísticas: em São Paulo, no Centro Oficial de Turismo Espanhol, tel. (11) 36752000. Na internet, www.spain.inf o ( E s p a n h a ) ; w w w . e s m adrid.com (Madri), www.barcelonaturisme.com (Barcelona); www.turisvalencia.es (Valência), w ww.p ai sva sco. co m /d on os ti a (País Vasco); www.turismodecantabria.com (Cantábria). Cartão de descontos Madri: www.madridcard.com. Parques e museus: www.dinopolis.com (Dinópolis); www.war-

nerbrospark.com (Warner Bros Park); www.universalmediterranea.com (Por tAve ntura); www.tibidabo.es (Tibidabo); www.fcbarcelona.com (Barcelona Futbol Club); www.cac.es (Ciudade de Las Artes y las Ciências); www.museoaltamiramcu.es (Cuevas de Altamira); www.mma.es/parques/lared/picos (Picos de Europa). Pacotes: a New Age (tel. 11/3138-4899)e a Flo t ( te l. 11/3231-2311) são algumas operadoras brasileiras com pacotes para a Espanha.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 6 de abril de 2006

TURISMO - 3 Célia Almudena

O roteiro de parques temáticos Divulgação

O

s Estados Unidos podem ser o maior, mas não são o único oásis de parques temáticos do mundo. A Espanha também conta com ótimas opções para quem faz questão de se divertir ao lado dos personagens de desenhos animados ou apenas desfrutar da adrenalina em uma montanha russa radical. Apesar de não contar com nenhuma Disneylândia, o país oferece o Warner Bros Park, pertinho de Madri, e o PortAventura, parque do Universal Studios, na Costa Dorada. Como alguns dos maiores parques do mundo, ambos oferecem áreas temáticas com diversão para todas as idades, ao lado de personagens como Piu Piu ou Popeye. O Warner revela ainda os segredos dos melhores efeitos especiais do cinema e exibe espetáculos incríveis, cheios de disparos, perseguições e explosões, como o de Louca Academia de Polícia. Fantasia – Em plena Costa Dorada, em Tarragona (entre Barcelona e Valência) o PortAventura leva a cinco áreas temáticas: México, Far West, Mediterrânea, Polinésia e China. Se o desafio de encarar os oito loopings da gigantesca montanharussa Dragon-Khan, no território chinês, for adrenalina demais, o velho oeste traz outras opções como a pequena Tomahawk ou a gigante. Como guia do Port Aventura, Pica-Pau convida a se refrescar no Costa Caribe, com-

A arquitetura vanguardista é marca registrada dos edifícios na Ciudad de las Artes y las Ciencias de Valência

Célia Almudena

Fotos: Divulgação/ Javier Yaya/CACSA

Entre Barcelona e Valência, o PortAventura reúne cinco mundos temáticos, uma montanha-russa gigante – a Dragon-Khan – e espetáculos para todas as idades. Tudo com o Pica-Pau como guia

plexo aquático ligado ao parque, com inúmeras atrações, inclusive algumas exclusivas dos pequenos. Todo o lugar conta com completa infra-estrutura, com inúmeros restaurantes e lanchonetes, além das obrigatórias sorveterias. Mas os grandes estúdios de cinema não são os únicos que dominam o roteiro da diversão na Espanha. A Ciudad de las Artes y las Ciencias de Valencia (leia texto na página ao lado) e o Parque de la Naturaleza de Cabárceno, na Cantábria (Espanha Verde) propõem experiências mais "edificantes". O Cabárceno é um imenso zoológico a céu aberto onde os animais desfrutam de semi-liberdade, vivendo em espaços imensos. Em 750 hectares, o

parque abriga 118 espécies de animais de todo o planeta. Dinos – E o mundo dos dinossauros também está disponível para os viajantes de qualquer idade. Nas imediações da cidade de Teruel, Dinópolis mostra de forma didática uma visão panorâmica da vida dos seres que uma vez dominaram o planeta. Apesar de abrigar o Museo Paleontológico, o parque deixa o didatismo um pouco de lado em brinquedos, cinema em 3D e outras atrações. Para quem busca diversão ou conhecimento, os parques espanhóis garantem horas de alegria e lazer. Com muita disposição e euros no bolso, uma viagem apenas pelos parques temáticos torna surpreendente a descoberta da Espanha. (C.A.)

Diversão garantida em Barcelona

S

e Barcelona estiver entre as paradas da viagem, a diversão também está garantida. E bem variada. Uma tarde no Park Güell (Patrimônio da Humanidade) passa muito rápido. Seus (des)caminhos e playgrounds introduzem os pequenos ao mundo de Gaudí, ampliado com a Casa Milà. O gigantismo e o inacabado da Sagrada Família também arregalam os olhinhos. O simpático Tibidabo é parada obrigatória. O mais antigo parque de diversões espanhol fica no topo de uma montanha. A vista de Barcelona, do alto de sua roda-gigante, impressiona. Entre as atrações, uma pequena montanha-russa, sala de espelhos, carrosséis, trenzinhos etc. O Castell Mistérios, casa-fantasma, e o Piratta, barco que "sobe" 180°, produzem adrenalina suficiente. Zoo – Um longo passeio pelo Zoo Barcelona é uma forma direta de aprender sobre uma infinidade de espécies e viver momentos bem tranqüilos. O L´Aquàrium Barcelona, também abusa da observação direta, filmes e espaços interativos para exibir a diversidade aquática. Nos diversos aquários, 450 espécies representam vários ecossistemas, em espe-

É proibido não tocar

Célia Almudena

Zoo Barcelona: parada obrigatória para as famílias

cial o do Mediterrâneo. Para chegar ao aquário, a caminhada pelo Moll d'Espanya, longo e remodelado pier no Port Vell, área mais antiga do porto da cidade, é uma atração. E esticando o passeio, o caminho através da La Barceloneta leva à Vila Olímpica e ao Porto Olímpico, paraíso dos esportes náuticos. Mas o ponto alto esportivo de Barcelona para os brasileirinhos é a visita ao Camp Nou, "casa" do Barcelona e de Ronaldinho, ídolo local. Por 8 euros (adultos pagam 10,50 euros) o tour deixa entrar no vestuário

dos visitantes, passa pelo túnel, leva ao campo, percorre a cabine de imprensa, a arquibancada e "deságua" no bem equipado Museo, que exibe em troféus, fotos, estátuas e quadros as glórias do time. Os pequenos se orgulham de ver homenageados os compatriotas Romário, Ronaldinho e Rivaldo, que defenderam as cores do Barça. Também há registro da passagem do Santos de Pelé, quando houve a estréia do holandês Cruyff no time catalão. Tudo para deixar com um pouco de saudades de casa. (C.A.)

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uem disse que um museu de ciências precisa ser chato? A Ciudad de Las Artes y las Ciencias de Valência prova que não já do lado de fora. A arquitetura vanguardista começa a divertir antes mesmo da entrada na área do "É proibido não tocar". Os imensos espelhos d’água que circundam e ligam as áreas do complexo impressionam. O complexo é formado por diversas áreas. O l’Umbracle é um jardim suspenso que abriga esculturas de diversos artistas e é a porta de entrada do Museo de las Ciencias Príncipe Felipe, onde as crianças são convidadas a experimentar a ciência na prática, seja chutando e arremessando bolas, percorrendo uma estrutura de DNA ou brincando com a eletricidade. A poucos metros dali, está o l’Hemisfèric, original edifício que parece um olho humano e abriga um planetário e um deslumbrante cinema Imax, com programação bastante sugestiva. Filmes em 3D projetados em uma gigantesca tela levam a um mergulho, quase literal, na história do Rio Nilo ou à descoberta do Grand Canyon. Mundo marinho – No outro oposto está o l’Oceanogràfic, considerado o maior centro marinho da Europa. O gigantesco aquário comporta 45 mil exemplares de 500 espécies de todo o mundo. Enormes tubarões que parecem nadar a poucos centímetros da cabeça do visitante que percorre um aquário-túnel. Arraias, morsas, leões-marinhos e um divertido show de golfinhos mexem com os turistas de todas as idades. Recentemente, o complexo ganhou uma nova área. De arquitetura igualmente surpreendente, o Palau de les Arts também tem o objetivo educativo de despertar a cultura mu-

Em todo o complexo, atrações e aparelhos convidam os pequenos curiosos a experimentar e aprender brincando. Além de um completo centro marinho, há um planetário e um cinema Imax, com uma enorme tela que projeta filmes em 3D

sical em crianças pequenas. O local abriga espetáculos teatrais, óperas, musicais e balés. Por tudo isso, a Ciudad de Las Artes y las Ciencias passou a ser parada obrigatória no roteiro de quem viaja com crian-

ças. Aliar diversão a conhecimento é o grande mérito do complexo, que desperta a alma dos pequenos cientistas. Com certeza é um dos mais surpreendentes espaços culturais e científicos do mundo. (C.A.)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 -.TURISMO

quinta-feira, 6 de abril de 2006

SÃO PAULO

Taxistas preparados para dar as boas-vindas O novo projeto da Prefeitura e da São Paulo Turismo irá capacitar os mais de 32 mil taxistas da cidade para melhor receber os turistas. Os profissionais receberão CDs com dicas e informações em diferentes idiomas Paulo Pampolin/Digna Imagem/29.09.2004

F

oi pensando no número de turistas que a cidade recebe e no número de táxis que ela tem – São Paulo possui a maior frota de táxis do mundo: são mais de 32 mil veículos, contra 1 2 m i l d e N o v a Yo r k , p o r exemplo – que a Prefeitura de São Paulo, por meio da São Paulo Turismo, acaba de lançar um projeto para capacitar os taxistas. A idéia é preparálos para receber os visitantes que vêm à megalópole para fazer com que estes profissionais, que muitas vezes são o primeiro contato do turista com a cidade, tenham segurança para transmitir informações de qualidade, melhorando a prestação de serviços e o nível do atendimento. O projeto pretende ainda que os taxistas compreendam a importância dos visitantes para a

economia de São Paulo. Nesta primeira fase, que iniciou-se no mês passado, serão distribuídos 20 mil CDs duplos a todos os taxistas. A distribuição será feita pelo Sinditaxi (Sindicato dos Taxistas) e pela Adetax (Associação de Táxis de Frota de São Paulo). O primeiro deles dá as boas-vindas ao turista e informa sobre os pontos altos da cidade, como a cultura, e seus números – quantos cinemas, teatros, shoppings e centros culturais existem, além de informar que São Paulo é um centro de referência gastronômica mundial. Idiomas – O produto foi montado em oito idiomas – alemão, japonês, chinês, francês, inglês, espanhol, italiano e português – para ser escutado no próprio táxi. Assim, enquanto o passageiro é transportado, ele receberá informações úteis e cu-

riosidades sobre a cidade. Um outro CD, dirigido ao taxista, contém 31 faixas com várias informações sobre São Paulo: o que existe de mais importante nas diferentes regiões, roteiros culturais e dicas de entretenimento, além de instruções sobre como abordar e tratar o passageiro, os dife-

rentes tipos de turistas que visitam a cidade e como conquistar a confiança do turista. Dicas práticas, como, por exemplo, a tradução de algumas das palavras ou expressões mais usadas em cada idioma (Bom dia, Tudo bem?, Por favor, Com licença) também estão incluídas no CD.

SERVIÇO Mais informações sobre o novo projeto de capacitação de taxistas e a programação cultural da cidade pelo site www.spturis.com.

Com a maior frota de táxis do mundo – 32 mil veículos – a cidade agora investe em qualidade de serviço. Nos dois CDs distribuídos, há dicas de passeios para os turistas e dados úteis para os profissionais

PANORAMA Boas-novas na Braztoa O 25º Encontro Comercial da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa), que ocorreu na semana passada em São Paulo, registrou um crescimento de 25% em relação ao número de agentes de viagens que visitaram o evento. O volume estimado de negócios ficou em R$ 3 bilhões, sendo que 60% desse valor refere-se a pacotes internacionais. A feira, que contou com um total de 117 estandes e 110 expositores, tem duas edições por ano.

Diamantina. Assim, a viagem será mais rápida e os preços, garante a operadora, mais atraentes. São sete roteiros pela região. Sete noites, por exemplo, custam a partir de R$ 1.590 por pessoa incluindo hospedagem em Lençóis e cinco passeios. Informações e reservas pelo tel. (11) 3872-0362, site www.venturas.com.br.

TAM lança vôo Manaus-Miami A partir do dia 1º de junho, a TAM Linhas Aéreas, vai iniciar o vôo Manaus-Miami (EUA). A nova rota, que terá freqüência diária, partirá de Fortaleza, com escala em Belém e Manaus, e permitirá conexão com o hub de Brasília. O novo vôo atende a demanda de passageiros das regiões Norte e Nordeste e Brasília para Miami, que não precisarão vir até os aeroportos de Guarulhos, em São Paulo, ou Galeão, no Rio, para prosseguir aos Estados Unidos. Informações pelo site www.tam.com.br.

Blue Tree amplia sua rede de hotéis A rede de hotéis Blue Tree acaba de inaugurar mais dois empreendimentos: o Blue Tree Premium Londrina – no Paraná, voltado ao público de negócios – e o Blue Tree Park Lins – no interior paulista, voltado para o lazer, com atividades de esportes radicais. Com estes dois, a rede passa a ter um total de 29 hotéis, num total de 6.693 apartamentos. Informações e reservas pelo tel. (11) 3841-7444 , site www.bluetree.com.br. United: mais facilidades para passageiros Além de informações de vôos para celulares e outros aparelhos sem fio, a United Airlines passou a oferecer também dados como guias de cidades, mapas e a previsão do tempo. Mais informações sobre o serviço nos sites www.united.com/wireless e www.united.com.br. Viajando mais Quatro em cada dez brasileiros viajam pelo menos uma vez ao ano pelo País. Segundo pesquisa inédita do Ministério do Turismo, que avalia a movimentação do turismo doméstico brasileiro, o transporte usado é o próprio carro – a viagem com automóvel passou de 39% para 48,5% – e a hospedagem é feita em pousadas e hotéis e não mais em casa de parentes e amigos. Realizada por intermédio da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), a pesquisa ouviu pessoas de 30 mil domicílios urbanos, com renda mensal entre um e mais de 30 salários mínimos. Os residentes em São Paulo são os maiores viajantes e o Estado é o que mais recebe turistas. Chapada Diamantina mais próxima A Venturas & Aventuras oferecerá durante todo o mês de julho vôos fretados em um jato para 100 lugares para Lençóis, na Chapada

ça neste sábado e vai até o fim de maio no Playcenter. Além dos 35 brinquedos do parque, serão instalados atrações radicais, como arvorismo, rapel, tirolesa e prancha de surfe mecânico. Haverá ainda oficinas de grafite, apresentações de motos, skate, hip hop e street dance. Para completar, shows de bandas de rock: de Pato Fu e Biquini Cavadão a Raimundos. A expectativa é de atrair 300 mil pessoas durante os dois meses. Mais informações pelo site www.xplayfestival.com.br.

Passeio, cultura e história em Santos Quem visitar Santos até o mês de julho não deve perder a exposição "JK e o Café – A Importância do Governo Juscelino Kubitschek para o Café do Brasil", à mostra no Museu do Café da cidade (foto acima). A exibição – que revela 30 fotografias, reportagens, livros e documentos da atividade cafeeira durante o governo JK – fica aberta de terça a sábado, das 9h às 17h e aos domingos, das 10h às 17h. Ingressos a R$ 4. Informações pelo tel. (13) 3219-5585. Enit: parceria inédita com operadoras Até junho, a Entidade Nacional Italiana para o Turismo (ENIT) estará promovendo em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Porto Alegre e Curitiba, uma série de eventos chamados "Itália: A Europa Começa Aqui". O objetivo, além de anunciar uma parceria inédita com oito operadoras nacionais – Agaxtur, Bon Voyage, Cit, CTC Tour, European, , Polvani, Raidho e World Stream –, é divulgar os destinos desse magnífico país. Mais informações com a Enit, tel. (11) 3179-0146, site www.enit.it. Festa Radical no Playcenter Aqueles que ficarem na cidade nos próximos fins de semana e feriados podem aproveitar para curtir o X-Play Festival, que come-

Festival em Paraty A charmosa Paraty (foto abaixo), no Rio de Janeiro, lançou mais um festival para seu concorridíssimo calendário cultural. De 20 a 23 deste mês o Por Ti Paraty – I Encontro de Cultura e Gastronomia de Paraty, vai mobilizar chefs e artistas, associação de pescadores, restaurantes, galerias de arte, pousadas, praças, ruas e tomar conta do Centro Histórico. Haverá degustações, cursos, exposições e apresentações artísticas. Cada restaurante participante preparou ainda um menu exclusivo, destacando o prato principal ou especialidade da casa. No coração da cidade, a Pousada Porto Imperial, tem pacotes de três noites a partir de R$ 720 por casal para aproveitar o festival. Informações pelo tel. (24) 3371-2323, site www.portotel.com.br.

Balanço Favecc Guerra tarifária não afetou tabelas corporativas Se o dólar não tivesse caído tanto (bom para o passageiro), os resultados teriam sido melhores (bom para as agências), mas mesmo assim o Fórum das Agências de Viagens Especializadas em Contas Comerciais (Favecc), composto por 27 agências de viagens, conseguiu melhorar sua performance em 2005, em relação a 2004: R$ 3,73 bilhões em vendas totais, contra R$ 3,28 bilhões no ano anterior. Se bem que a lógica "bom para o passageiro" e "bom para a agência" vale apenas para os contratos em que a agência é remunerada pela comissão aérea, pois nos contratos de fee (taxas de gerenciamento ou serviços) o bom para os dois lados é o preço menor. Nesse caso a queda da tarifa média por causa do dólar baixo, é bom para ambos os lados. As vendas de passagens aéreas nacionais ficaram com a maior fatia das vendas das agências Favecc: 45,7%. O setor internacional veio em seguida, com 37,9%. A hotelaria nacional respondeu por 8,1% do total de vendas das agências Favecc e a internacional por apenas 1,9%. As locadoras nacionais ficaram com 0,8% do bolo, e as internacionais com 0,2%. Outros fornecedores nacionais com 4,2% e internacionais com 1%. No item outros destacam-se os incentivos, eventos e convenções (2,74%). Preços menores No aéreo nacional o Favecc emitiu 3,1 milhões de bilhetes, contra 2,8 milhões em 2004. A tarifa média doméstica caiu de R$ 556,22 para R$ 552,53, ou quase nada. Isso mostra que a guerra tarifária entre as empresas nacionais beneficiou apenas o turismo de lazer, até porque essas tarifas promocionais são repletas de restrições, como exigência de tempo mínimo de estada, multas para remarcações e limitação de destinos. No aéreo internacional o Favecc também emitiu mais bilhetes: 489.259 contra 424.814. Mas também viu a tarifa média diminuir: R$ 3.032,12 em 2004 e R$ 2.900,91 em 2005. Pouco se comprado à queda do dólar: R$ 2,93 em 2004 para R$ 2,43 em 2005. A diária média na hotelaria nacional foi de R$ 179,18 e de R$ 504 no internacional. A locação média de carro no Brasil foi de R$ 119,63 e no Exterior R$ 360,41. TAM tem quase 50% do bolo Líder da aviação doméstica, com 44% de participação de mercado, a Tam prova sua força também nas vendas das agências Favecc. Do R$ 1,7 bilhão de vendas de passagens aéreas nacionais nas associadas Favecc em 2005, 49,53% foram para a TAm. A empresa aérea aumentou seu share no Favecc de 38,51% em 2004 para os quase 50% do ano passado.

As vendas foram de R$ 847 milhões. A Varig, sem surpresas, caiu de 37,98% para 32,49%. Surpresa mesmo foi o não crescimento da Gol: 14,37% em 2004 e 14,21% em 2005, o que mostra que o aumento de oferta da empresa no ano passado não atingiu o mercado corporativo. Pela primeira vez no ranking, a Ocean Air apareceu com 1,16%, mais do que a empresa tem no mercado nacional (menos de 1% de share). Os principais destinos nacionais vendidos foram Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Salvador, São Paulo, Recife, Fortaleza e Manaus. Internacional Nas vendas de bilhetes internacionais, a liderança é da Varig, com 29,38% (tinha 32,05% em 2004), mas entre as estrangeiras o destaque foi a American Airlines. Ela aumentou seu market-share com as agências Favecc de 10,66% em 2004 para 11,55% no ano passado, com vendas de R$ 163 milhões. A americana se consolidou como a estrangeira preferida do fórum. No total internacional o Favecc vendeu R$ 1,4 bilhão em bilhetes aéreos. O Grupo Air France-KLM também se destacou: a Air France subiu seu share de 6,95% para 7,14% e a KLM de 1,59% para 2,17%. Hotelaria tem diárias díspares Dos R$ 303 milhões de vendas em hotéis nas agências Favecc, a rede Accor, maior do País, teve R$ 34,2 milhões, com 248 mil room nights e diária média de R$ 138,1. A Blue Tree teve R$ 18,2 milhões, com 72,3 mil room nights e diária média de R$ 251. Para comparar a Atlântica vendeu 30 mil mais room nights (104 mil), mas faturou R$ 2 milhões a menos que a Blue Tree (R$ 16,2 milhões), com uma diária média de R$ 155. Redes como a Pestana e a Posadas têm altas diárias médias (R$ 220 e R$ 237, respectivamente), mas uma produção muito baixa com o Favecc: 13.849 room nights no Pestana e 19.846 no Posadas. A rede Windsor, do Rio, tem a diária mais alta, R$ 308 (até por estar no Rio de Janeiro, onde as tarifas são maiores), vende mais que a rede Othon (18 mil diárias contra 17,7 mil), e chegou a um faturamento de R$ 5,6 milhões, o mesmo que a rede Transamérica com 31,8 mil diárias. Outras redes tiveram vendas de R$ 35,3 milhões, 185 mil room nights e 11,64% de share, com diária média de R$ 190. E os hotéis independentes receberam dos membros Favecc R$ 162 milhões, 894,2 mil room nights e 53,3% de share. A diária média foi de R$ 181. Mais informações sobre o Panrotas Corporativo no site www.panrotas.com.br. Assinaturas pelo tel. (11) 5070-4816 ou 5070-4804, e-mail assinaturas@panrotas.com.br.


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

14 -.OPINIÃO

sexta-feira, sábado e domingo, 7, 8 e 9 de abril de 2006

LENTE DE

AUMENTO

INDÚSTRIA CRESCE DE OLHO NO DÓLAR

O total de importações cresceu 24,1% e as exportações cresceram 20,2%. A valorização do real preocupa. bens de capital, que engloba a produção de máquinas e equipamentos industriais, com crescimento de 10,6%. Os bens de consumo semiduráveis e não duráveis expandiram sua produção em 6,3% e a categoria de bens intermediários sofreu redução de 0,6%. A taxa de crescimento de 5,4%, em relação ao mesmo mês do ano anterior, é a maior desde julho de 2005. Com o resultado de fevereiro, completam-se cinco meses de contínuo crescimento da produção industrial brasileira. Cabe destacar o vigoroso crescimento anual da produção das indústrias farmacêutica (42%), de material eletrônico e de comunicação (26,6%) e a extrativa (12,8%). O bom desempenho anual da produção de bens duráveis deve-se, principalmente, ao aumento do volume de crédito ao consumo, à expansão da massa salarial e à queda da

VENCEU

Mensalão e f.d.p. BENEDICTO FERRI DE BARROS

N

ão consta dos meus registros de memória que nos xingamentos que os congressistas trocam entre si se use essa expressão de baixo calão com todas as letras, que pudicamente a imprensa abreviou com essas três letras conhecidas. O xingamento podia ser até mais pesado, mas, protocolarmente, se dizia, por exemplo: "Vossa Excelência é um canalha." Mas foi um petista que usou a expressão contra outro petista com todas as letras (conforme confirmou o petista presidente da CPI dos Correios) por ter sido aprovado sem emendas o trabalho do relator dessa comissão de inquérito que, entre outras coisas, confirmou a existência do mensalão. Ora, a CPI não apurou nada que já não fosse mais do que evidente e sabido. Em artigo que publicamos há muito tempo neste jornal, já havíamos colocado o problema que motivou o mensalão. Transcrevemos literalmente:: "Quem ganhou as eleições de 2002 foi Lula, com 61% dos votos; o PT não fez mais do que 18%. O eleitorado quis Lula, não o PT. Assim, enquanto o Executivo gozava de tranqüila maioria, no Legislativo o partido se achava em penosa minoria. Estava colocado o problema da governabilidade. (Problema crônico de um país esfarelado entre numerosos ônibus e lotações partidárias, sem definição, rumo, fidelidade e consistência.) Sem o Congresso, como realizar as mudanças com que Lula prometera, com um governo ja-

TRECHOS DO COMENTÁRIO DE

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br), Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Marcos Menichetti (marcosm@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Adriana Gavaça, André Alves, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046 Tiragem média diária de 25.646 exemplares, conforme auditoria realizada na semana de 13 a 17 de junho de 2005

mais visto, mudar a cara e a história do Brasil? Admitindo que o mensalão tenha sido eliminado (o que a CPI não investigou) por motivos ignorados por nós, que estamos "por fora", ele continua a funcionar: a maioria comprada continua (também por razões secretas) a votar com o PT. Salvo quando o PT vota contra o PT, como no caso do relatório da CPI. É quando se aplica o f.d.p. O leitor compreendeu o imbróglio?

S

eria simples decifrá-lo se as votações fossem abertas, transparentes, nominais, mostrando quem, de que partido, votou no quê. Mas isso podia ser uma nova pista para indicar quem se beneficiou do mensalão. Caso em que Suas Excelências, os nobres deputados, fecham as cortinas e votam em secreto, ocultando aos seus eleitores a forma pela qual estão exercendo o mandato recebido. Essa prerrogativa que os legisladores se autooutorgaram de se esconder para praticar maracutaias é apenas um dos inumeráveis privilégios que criaram para dividir os cidadãos em duas classes: a dos PF, os cidadãos-eleitorescontribuintes que os sustentam e ficam Por Fora e os FP, eles mesmos, os Filhos da Pátria, que ficam por dentro das pizzas. O que os PF não compreendem é como se pode chamar de democracia e Estado de Direito a um regime como esse, onde uns poucos são desiguais perante as leis.

P ara dividir os cidadãos, o Congresso criou duas classes: os PF e os FP.

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Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Alencar Burti, Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi

ndicado por minha secretária fui alugar o filme O Senhor das Armas e o assisti domingo último. É um excelente filme e de grande atualidade, que merece o número de vendas e aluguéis em locadoras de vídeo. Não é um filme de ficção, mas um documentário, reconstituído, que Hollywood produziu muito bem. A narrativa é perfeita e ficamos sabendo por acréscimo que um dos mais perigosos negócios do mundo é o contrabando de armamentos, que alimenta guerras sem fim em várias partes desse agitado mundo em que vivemos. Todos sabemos que o negócio de armamentos tem duas faces, quando os governos compram armamento para suas Forças Armadas e o contrabando, onde mercenários se abastecem. Numerosos deles estiveram muito ativos antes do soçobro da União Soviética.

I

ECONOMIA DO BOLETIM TREVISAN

M ais crédito, mais eletrodoméstico

Auditado pela

O MAL

Céllus

A

JOÃO DE SCANTIMBURGO

inflação. O crescimento das exportações de automóveis também contribuiu. A expansão da categoria de bens de capital foi favorecida pela queda da taxa de juros no longo prazo e pela política mais ativa do BNDES na liberação de financiamentos. No entanto, um fator que ainda preocupa o setor industrial é a manutenção da valorização do real frente ao dólar. Apesar de manter superávits vigorosos, a balança comercial brasileira já começa a sofrer os efeitos da valorização cambial. Os dados do primeiro trimestre mostram tendência de queda relativa das exportações de produtos manufaturados em relação aos produtos básicos e maior crescimento das importações em relação às exportações. No período, comparado com o mesmo período do ano anterior, houve um aumento de 30,9% na exportação de produtos básicos, contra um aumento de 12,8% na exportação de produtos manufaturados; e o total das importações cresceu 24,1%, contra crescimento de 20,2% do total das exportações. O aumento dos preços das commodities agrícolas e minerais tem sustentado boa parte do desempenho das nossas exportações. Embora uma queda futura do saldo da balança comercial possa corrigir, em parte, a valorização cambial, isso pode demandar mais tempo do que a indústria nacional poderia suportar.

Monalisa Lins/AE

última Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física – Brasil, do IBGE, indica que, em fevereiro, a produção industrial cresceu 1,2% frente a janeiro. Em relação a fevereiro de 2005, o crescimento foi de 5,4% e nos últimos doze meses acumulados a produção foi 3,0% superior ao registrado no mesmo período anterior. Entre as categorias de uso, a que mais cresceu, na comparação com fevereiro de 2005, foi a de bens de consumo duráveis, que reúne a produção de eletroeletrônicos, eletrodomésticos e automóveis. Esta categoria registrou aumento de 14,9% na produção. Em segundo lugar, ficou a categoria de

Fábrica de heróis CARLOS EDUARDO SEDEH

D

e tempos em tempos vivemos a mesma situação: conhecemos o maior herói brasileiro do momento. A bola da vez é o astronauta Marcos Pontes. Não tiro (e reitero) todo o mérito que este brasileiro possui: tem garra, perseverança e muito talento. Mas o que desperta indignação é todo esse processo de fabricação dos novos heróis para o nosso povo. Funciona mais ou menos assim: faz-se toda a panfletagem, os familiares vibrando e chorando, o assunto que não sai da boca do povo, as referências. E de repente, um desconhecido se torna nacionalmente exposto, assim como seu passado, seu ciclo familiar e de amizade. Nem mesmo a professora primária escapa de ter seus quinze minutos de fama. Neste momento, o intangível espaço se aproxima do Brasil, as pessoas podem tocar as estrelas na imaginação, se interessam pelos projetos espaciais, decoram nomes específicos e técnicos e passam a falar com propriedade sobre missões espaciais, rivalidades e vaidades russas e americanas. Uma pena a superficialidade e brevidade deste contato com uma realidade tão fascinante e enriquecedora que é o universo onde estamos inseridos. Pena também a superficialidade dos nossos heróis do momento (novamente defendo o Marcos Pontes, que é realmente um herói). São os mais variados: o dono do restaurante que não aceitou pagar propina porque estava duro, o deputado que totalmente encurralado sai disparando contra tudo e contra todos, a secretária de um, o caseiro de outro. Isto quando não é o ganhador do reality show que mais emburrece do que esclarece, a mulher que se casa e descasa-se com a maior facilidade. O povo é direcionado a participar destas vidas alheias a maior parte do tempo. Insinuo que esta "força" existe para que o cidadão comum "esqueça" de cobrar o que é seu, uma melhor conduta com a coisa pública e que seus poderes são os menores possíveis em contraposição de sua altíssima responsabilidade, a

maior dentre os países em desenvolvimento. Penso que seja o momento de revisarmos algumas coisas neste jogo hipócrita. Quem era Marcos Pontes até semana passada? Apenas os mais informados lembrarão. Quem será ele daqui 10 anos? Apenas os mais informados lembrarão. Assim se separam os informados da massa. Criam-se as maiores novidades do momento, os heróis e vilões da semana, o escândalo da quinzena, a catástrofe do mês. Isto dificulta a compreensão das coisas, fazendo com que os acontecimentos mais bizarros - como este último escândalo, o da quebra de sigilo bancário, inadmissível em um república democrática -, fiquem lado a lado com a grande conquista de enviar para o espaço, mesmo que pagando caro por isto, o primeiro astronauta brasileiro.

Q

uanto isso é relevante para o desenvolvimento do País? Quanto vai tornar nossas trinta milhões de famílias pobres mais dignas? Não sei dizer. Certamente elas ficarão mais confortadas em saber que um irmão, filho do mesmo país, conseguiu chegar ao espaço. Isto é muito pouco. Esta fábrica de heróis, muito mais do que todas as outras, tem uma ingrata missão, como dizia Abrahan Lincoln: pode-se enganar algumas pessoas todo o tempo, pode-se enganar todas as pessoas algum tempo, mas não se pode enganar todas as pessoas todo o tempo. Sinto que o tempo de enganar o povo brasileiro esteja acabando e espero que o povo use sua maior força – o voto – para buscar mais coerência e menos populismo em nossos governantes. Assim a sociedade responderia elevando e aprofundando o nível das discussões, dos debates. Certamente teremos heróis mais legítimos e merecedores, e pessoas de bem não serão mais usadas, para desfocar os problemas importantes e esconder a sujeira embaixo do tapete. CARLOS EDUARDO SEDEH É DIRETOR DO FÓRUM DE JOVENS EMPREENDEDORES DA ACSP

S into que o tempo de enganar o povo brasileiro esteja acabando

"O Senhor das Armas" é um filme que mostra muito bem como agem os mercadores e o contrabando da nefanda mercadoria filme mostra muito bem como agem os mercadores de armamentos de contrabando e a qualidade da nefanda mercadoria que é oferecida aos grupos revolucionários e, infelizmente, não raro para governos desestabilizados. Esse filme pode ser tomado como um grito de alerta que Hollywood está dando para impedir que países pacificamente calmos sejam perturbados por agitações internas que nunca resultam em benefícios para o povo e nem para os princípios democráticos. Hollywood acordou e pode ainda fazer muito mais do que fez com este filme. Lamentavelmente, ficamos sabendo que no contrabando dos "senhores das armas" o mal venceu; nunca, desde que eu me lembre, o mal venceu nos filmes de Hollywood, pois os estúdios daquela seara de sonhos sempre fizeram o bem vencer. Esta é uma exceção a se meditar. É a realidade!

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JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR


Congresso Planalto Eleições CPMI

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sexta-feira, sábado e domingo, 7, 8 e 9 de abril de 2006

PRESIDENCIÁVEIS TROCAM CRÍTICAS

O Brasil não é um país para amadores. Frase de Tom Jobim, usada por Geraldo Alckmin (PSDB)

EM SP, PRESIDENTE CRITICA GESTÃO DE ALCKMIN, SEU PRINCIPAL ADVERSÁRIO NA DISPUTA PRESIDENCIAL. Valéria Gonçalvez/AE

LULA USA FEBEM PARA ATACAR TUCANO

M

esmo mantendo o discurso de que não sabe se será candidato à reeleição, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva partiu ontem para ataques diretos ao seu principal adversário nas eleições e, sem abandonar o discurso de candidato em campanha, criticou duramente o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB). Em solenidade no Aeroporto de Viracopos, em Campinas, interior de São Paulo – estado que, segundo pesquisa divulgada ontem, elegeria Alckmin como presidente –, Lula fez referência direta à Fundação para o Bem-Estar do Menor (Febem), ponto fraco da administração do ex-governador paulista. "Ainda chegará o dia neste País em que cada tijolo utilizado por cada governante será para gerar emprego e construir escola. Não será tijolo para construir cadeia, para construir Febem", disse Lula, criticando a falta de investimentos em educação para beneficiar a juventude. Ironia – Além da crítica direta à Febem, o presidente ironizou os argumentos tucanos de que o Estado de São Paulo tem crescido mais do que o País." Virou moda agora dizer que o estado de São Paulo cresce mais do que o Brasil. Ah, o Rio de Janeiro cresce mais do que o Brasil, o Nordeste cresce mais do que o Brasil. Parece coincidência, mas esses estados só estão crescendo mais do que o Brasil quando o Brasil começou a crescer no nosso governo", afirmou o presidente. Ainda em tom de ironia, Lula sugeriu ao senador Aloizio Mercadante, líder do governo no Senado, um "estudo" para mostrar quantos desempregados surgiram em São Paulo. Ele lembrou o dado de que em fevereiro último foram criados 176 mil novos empregos de carteira assinada no País, o maior número para o mês desde 1992. E continuou com a crítica: "A pergunta que eu faço é a seguinte: por que não cresceu antes de governarmos o País?

Por que não cresceu nos últimos oito anos?", questionou. Educação – Lula citou números de seu governo relacionados à educação. Segundo ele, em todo o Brasil foram criados em seu governo quatro novas universidades federais, 43 extensões universitárias de universidades federais e seis faculdades foram transformadas em universidades. "Qual foi a última universidade que vocês (empresários) viram fazer aqui em São Paulo?", questionou Lula, que citou em território paulista novos cursos universitários em Santos, Diadema, Guarulhos, São Carlos e Osasco, além da criação da Universidade Tecnológica do ABC. "Nenhuma nação será grande, se não tiver investimento forte em educação", disse, atribuindo a ele próprio e à origens o sucesso alcançado até agora. O final do discurso ele arrematou com a seguinte frase: "Estamos fazendo uma revolução que não é de curtíssimo prazo, que é de médio prazo, que é o que o Brasil precisa." Projetos – Recebido por uma platéia composta, principalmente, por moradores da região, que pediam sua reeleição dele, Lula discursou de improviso por cerca de 40 minutos falou também dos seus projetos de governo, exaltou temas como as condições de vida da população mais carente. Ele sugeriu até mesmo de forma direta da possibilidade de candidatar-se, novamente, ao cargo, ao dizer que gostaria de retornar à região para ver o resultado das propostas previstas para o aeroporto. (Agências)

Presidente Lula, durante solenidade no Aeroporto de Viracopos, em Campinas: respostas irônicas para comentar críticas ao seu governo.

Ainda chegará o dia neste País em que cada tijolo utilizado por cada governante será para gerar emprego e construir escola. Não será tijolo para construir cadeia, para construir Febem. Presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Estamos sofrendo o resultado de uma política econômica equivocada, que começa pela taxa de câmbio fora de equilíbrio e por uma política fiscal péssima. Geraldo Alckmin, pré-candidato do PSDB à presidência da República

EM CAMPANHA, ALCKMIN CONTA 'CAUSOS' E ATACA LULA. Dida Sampaio/AE

G

eraldo Alckmin (PSDB) viveu ontem um autêntico dia de candidato ao Planalto. Em visita a Rio Verde, Goiás, ele experimentou bonés, distribuiu apertos de mãos, posou para fotos, comeu churrasco, tomou Coca-Cola e contou "causos" dos tempos em que morava em Pindamonhangaba, interior de São Paulo. Cercado de fazendeiros e políticos, Alckmin exibiu familiaridade com o campo ao comentar características da raça bovina Jersey. "A maior vantagem do gado Jersey é que, se ele pisar no pé do dono, dói menos, dizia meu pai", brincou. Aproveitando o embalo de candidato, Alckmin criticou seu principal oponente nas eleições de outubro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O tucano disse que o governo Lula é formado por amadores e lembrou uma máxima criada pelo compositor carioca Tom Jobim: "O Brasil não é um país para amadores", disse. "É uma referência ao aparelhamento de Estado e não à pessoa do presidente. Governo é gente, é preciso ter equipe, gente preparada para governar", emendou. Economia – Para a platéia de produtores rurais, queixosa dos efeitos da taxa de câmbio sobre as exportações, Alckmin

O tucano Alckmin: "O Brasil não é um país para amadores".

atacou a política econômica. "Estamos sofrendo o resultado de uma política econômica equivocada, que começa pela taxa de câmbio fora de equilíbrio e por uma política fiscal péssima", disse. "O Brasil deve voltar a ser uma terra de oportunidades para quem quer trabalhar e produzir e não uma terra de rentistas, de quem vive de juros."

Alckmin afirmou que a sobrevalorização do real decorre da elevada taxa de juros e sugeriu uma maior intervenção da administração federal sobre o câmbio. "Em tudo que é lugar em que o câmbio é flutuante, ele é administrado, você limita a flutuação" afirmou. O tucano criticou também a carga tributária, que, em 2005, passou os 38% do PIB. (Agências)


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LAZER - 5

João Caldas/Divulgação

Hércules executa 12 trabalhos nas ruas Parlapatões e Pia Fraus dão vida ao herói da mitologia

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le terá 12 trabalhos pela frente, entre eles lutar contra o leão de Neméia, eliminar a hidra de Lerna, limpar as cavalariças de Áugias, que acumulam 30 anos de dejetos produzidos por 3 mil bois, e roubar o cinto da rainha das Amazonas. Este herói contará, para dar cabo de tantas façanhas, com o auxílio de 26 atores, uma carreta de 13 metros, dois andaimes que fazem as vezes de palco, alguns bonecos de quatro metros de altura e a torcida vibrante de 800 pessoas nas arquibancadas. Hércules, o espetáculo de rua mais portentoso já produzido na cidade, estreou ontem no Vale do Anhangabaú, onde ficará em cartaz até domingo. Depois, será apresentado em mais três endereços da cidade. Concebido pelos grupos Parlapatões e Pia Fraus, o espetáculo se propõe a narrar os feitos de um dos maiores heróis da mitologia grega, o semideus Hércules, filho de Júpiter com a mortal Alcmena, que recebeu das mãos do rei Euristeu a incumbência de realizar 12 trabalhos cuja insalubridade assustaria qualquer habitante do Olimpo. O espetáculo tem direção de Beto Andretta, do grupo Pia Fraus. “A idéia inicial do projeto é a de quebrar um paradigma do teatro de rua no País. Neste sentido o desafio é muito grande”, diz Hugo Possolo, diretor dos Parlapatões e responsável pela dramaturgia de Hércules. “Em geral, os espetáculos de rua, inclusive os feitos pelos Parlapatões e Pia Fraus, são voltados para um número menor de espectadores, que assistem de pé, formando uma roda. Pensamos em ir além, em interferir na arquitetura, ter uma arquibancada para o público, traçar uma dramaturgia mais próxima do carnaval e também trazer bonecos e alegorias de grandes dimensões”. Possolo acredita que, diante das dimensões do espetáculo e das dificuldades para encená-lo, não poderia haver um mito mais oportuno do que o de Hércules. “Aos poucos fomos compreendendo que havia uma grande ligação entre a aventura hercúlea e a proposta do projeto como um todo”, diz. “Iniciamos nosso trabalho com uma oficina de interpretação, que teria 20 vagas. Como apareceram mais de 120 inscritos, aumentamos para 60 vagas. Iríamos selecionar cinco estagiários e acabamos incluindo 20 participantes diretamente no elenco. Enfim, a cada desafio as dimensões se dobravam e nós nos colocávamos mais fortes diante das diversidades. Não sei se o mito de Hércules foi escolhido ao acaso, mas hoje não compreenderia que fosse outro para este projeto”. Mais do que na parafernália, o diretor acredita na atualidade do tema que os dois grupos estão levando às ruas da cidade. “Desde a antiguidade, boa parte da humanidade luta pela sobrevivência em sociedades onde o homem explora o homem”, diz. “É preciso acordar cada dia acreditando que os 12 trabalhos ainda são possíveis de se vencer. Nossa vontade não é explicar a história, mas se valer dela para falar de temas contemporâneos, que têm sido, displicentemente, deixado de lado pela História”. (SR) Hércules, espetáculo de rua no Vale do Anhangabaú. Hoje e amanhã às 18h30, domingo às 20h30. Grátis. Os ingressos serão distribuídos uma hora antes do início do espetáculo.

Ilustração: Abê

Paulo Pampolin/Hype

MÚSICA

Um barzinho e um violão em sua sala

O filósofo Nietzsche, interpretado por Cássio Scapin (dir.), na clínica do doutor Breuer (Nelson Baskerville)

TEATRO Compromisso mútuo de salvação Nietzsche e Breuer convivem brevemente nos palcos

Aquiles Rique Reis

Sérgio Roveri

esde que Roberto Menescal, junto com Raimundo Bittencourt, criou a gravadora Albatroz, vem se especializando em realizar discos por empreitada. Esse grande compositor, agora também produtor, se prontifica a satisfazer os desejos de quem quer que solicite seus serviços, seja esse alguém uma grande gravadora ou alguma empresa. Entregando-se com competência profissional ao trabalho, ele tanto se lança com total afinco à primeira produção do CD de um novato promissor, quanto se atira de cabeça na realização daquilo que o mercado fonográfico chama de “disco de projeto”. Contratado pela Seleções Reader’s Digest, a Albatroz se dedicou agora à gravação das músicas de maior sucesso na opinião dos leitores da revista, o que resultou no projeto Uma voz, Um violão... E as Mais Lindas Canções. As 70 canções mais votadas foram distribuídas entre cinco cantores com formação “na noite”. A intenção foi mostrar cada uma acompanhada pelo violão do intérprete. Como se estivesse num bar, um coro de amigos dos envolvidos no projeto reuniu-se para cantar junto, assoviar, aplaudir e ritmar com palmas os momentos mais agitados de cada música. No primeiro dos cinco CDs, intitulado Eu Sei Que Vou Te Amar, Elói Vicente (um dos integrantes do lendário Os Cariocas) empresta a voz tarimbada à interpretação de megasucessos como Viola Enluarada, de Marcos e Paulo Sérgio Valle, O ceano, de Djavan e Carinhoso, de Pixinguinha e João de Barro. No segundo, Grandes Sucessos do Rei, o mato-grossense Maurício Detoni (integrante do grupo vocal Garganta Profunda) canta grandes sucessos de Roberto Carlos. Desde a belíssima canção Como vai você?, de Mario Marcos e Antonio Marcos, passando por Força Estranha, de Caetano Veloso, até Ciúme de Você, de Luiz Airão, o Rei está presente na bela voz de Maurício. No terceiro, Cantigas e Sucessos, o contrabaixista Rômulo Gomes (também compositor e um dos parceiros de Johnny Alf ) vai de Na hora do almoço, de Belchior, Apesar de Você, de Chico Buarque e Luar do Sertão, de Catulo da Paixão Cearense. No quarto disco, Nos Bailes da Vida, Eduardo Braga, carioca também com experiência em grupos vocais, é encarregado de entoar sucessos como O que é o que é, de Gonzaguinha, Sozinho, de Peninha e Frevo Mulher, de Zé R amalho. O quinto CD chama-se Roda-Viva de Sucessos. Lá estão Travessia, de Milton Nascimento e Fernando Brant, Eu só quero um xodó, de Dominguinhos e Anastácia, e Nervos de Aço, de Lupicínio Rodrigues, cantadas por Flávio Mendes que iniciou sua trajetória em Brasília, cantando os sucessos de Legião Urbana. A idéia de tentar transportar para um CD o clima dos barzinhos que têm um cantor e seu violão entretendo a clientela, que canta junto entre um trago e um tira-gosto, não é nova. Mas é boa. “A noite é uma escola!”, sabem os músicos e os boêmios. Não são poucos os que iniciaram a carreira sentados num banquinho, quase sempre ao violão – algumas vezes ao piano – para fazer seu show baseado nas músicas que o povo gosta de ouvir. E cantar. Neste projeto de Seleções, o clima de festa que costuma imperar em frente ao palco não foi totalmente alcançado. Há uma excessiva preocupação dos cinco intérpretes em serem certinhos demais, certamente influenciados pelo perfeccionismo musical e harmônico de Roberto Menescal. Alcançam o objetivo. Por um lado, felizmente; por outro, nem tanto. Soam monocórdios. O coro, predominantemente feminino, parece se valer de um delay (atraso), fazendo com que o solista fique quase sempre atravessado com relação às vozes que tentam acompanhá-lo. E assim, o que tenta mostrar veracidade se mostra apenas fake. Para quem gosta de ter em casa 70 músicas maravilhosas, dessas que marcaram a vida de tanta gente, o projeto de Seleções satisfaz e atende de sobra. Mas, se você gosta mesmo das 70 músicas que estão lá na caixa-brinde, eu sugiro: ouça-as em suas gravações originais.

O

maior endosso do espetáculo Quando Nietzsche Chorou, que estréia hoje no Teatro Imprensa, vem da lista dos best seller. O livro homônino no qual o espetáculo se baseia, escrito pelo psiquiatra americano Irvin D. Yalom, já teve mais de 200 mil exemplares vendidos no Brasil – um fenômeno que se repetiu também na Grécia e Espanha. O título foi lançado, pela primeira vez no País, pela Ediouro, em 1995, mas passou praticamente em branco. O segundo lançamento, em 2002, já com uma campanha de marketing um pouco mais agressiva, ajudou a empurrar a obra para o pódio dos mais vendidos, onde se encontra há quase 50 semanas. Quando Nietzsche Chorou não é propriamente um compêndio de filosofia, já que os principais postulados do alemão Friedrich Nietzsche foram deliberadamente deixados de fora. Assim, o título se apóia numa breve – e fictícia – convivência entre Nietzsche e o médico austríaco Josef Breuer, um dos pais da psicanálise e o primeiro mentor de Sigmund Freud. Contemporâneos, os dois nunca se encontraram na vida real. O que não impediu Yalom de confinar os dois personagens no interior de um consultório médico, onde Nietzsche assume o papel de terapeuta de um perturbado Josef Breuer. “Yalom criou uma ficção a partir de personagens reais, valendo-se de informações verídicas da vida

Ulisses Cohn, autor da adaptação

A peça, assim como o livro, não se propõe a ser um tratado filosófico

pessoal e profissional de cada um deles”, diz Ulisses Cohn, que adaptou o livro para o palco e também assina a direção da montagem. No espetáculo, a história se passa inteiramente na clínica do doutor Breuer em Viena, para onde Nietzsche é encaminhado por intermédio de uma ex-amante, a jovem russa Lou Salomé. O filósofo

alemão, interpretado por Cássio Scapin, padece de uma série de males do físico: enxaquecas terríveis, úlcera, perda acelerada da visão, além de uma crescente compulsão ao suicídio. Breuer, por sua vez, enfrenta uma crise ética que começa a afetar sua vida pessoal – apaixonou-se por uma ex-paciente e agora vê seu casamento ameaçado. O que nasce entre os dois é, antes de qualquer coisa, um compromisso mútuo de salvação: Breuer aceita tratar dos males que afligem o corpo de Nietzsche, enquanto o filósofo se propõe a despoluir a mente de Breuer, vivido na peça pelo ator Nelson Baskerville. “Estes encontros entre os dois é a gênese de uma relação psicanalítica. A peça, assim como o livro, não se propõe a ser um tratado filosófico”, diz Cohn. “Na adaptação, eu obedeci a cronologia do livro, apenas enxuguei os diálogos para criar uma narrativa mais fluente”. No palco, Cohn preservou, ao vivo, apenas a relação entre os dois personagens centrais. Os outros três personagens do livro – Lou Salomé, o jovem médico Sigmund Freud e Matilda, mulher de Breuer, surgem por meio de gravações em telão feitas pelos atores Ana Paulo Arósio, Flavio Tolezani e Ligia Cortez. Quando Nietzsche Chorou, estréia hoje no Teatro Imprensa, Rua Jaceguai, 400, tel.: 3241-4203. Quinta a sábado, 21h; domingo às 19h. Ingressos de R$ 50 a R$ 60.

BREUER O

NIETZSCHE O

filósofo alemão Friedrich Nietzsche, autor de obras fundamentais do pensamento ocidental, como Humano, Demasiado Humano, Assim Falou Zaratustra e Além do Bem e do Mal, sempre sofreu com sua saúde frágil. Tinha apenas 34 anos quando a Universidade de Basiléia, na Suíça, resolveu aposentá-lo compulsoriamente, alegando sua incapacidade de seguir com as aulas. O filósofo nasceu em Roecken, nas proximidades de Leipzig, na Alemanha, em 15 de outubro de 1844. Depois de estudar Letras

Clássicas, foi convidado, com apenas 24 anos, para lecionar filologia na Suíça. Trabalhou como enfermeiro na guerra Franco-Prussiana. Foi grande amigo do músico Richard Wagner, com quem romperia mais tarde. O filósofo começou a perder a razão em 1889, vivendo os 11 anos seguintes em estado de demência, sob os cuidados da mãe e da irmã. A causa da morte, em 25 de agosto de 1900, foi uma infecção pulmonar. Nas últimas décadas, Nietzsche se tornou um dos filósofos mais lidos e discutidos do mundo – um gênio pop de raro quilate. (SR)

médico austríaco Josef Breuer ajudou a lançar as bases da psicanálise ao publicar, ao lado de Sigmund Freud, em 1895, a obra Estudos Sobre a Histeria, em que relatava os progressos obtidos no tratamento da paciente Anna O., jovem judia da burguesia vienense. Anna O. foi paciente de Breuer de dezembro de 1880 a junho de 1882. Neste período, com o auxílio da hipnose, o médico constatou que os sintomas de histeria da paciente desapareciam quando ela conseguia evocar as circunstâncias que marcaram sua primeira manifestação. No livro Quando Nietzsche Chorou, este método de Breuer é descrito como "a cura pela palavra". Breuer nasceu em Viena em 15 de janeiro de 1842. Seu pai, Leopold, era uma das maiores autoridades em judaísmo da Europa na época. Breuer começou a estudar medicina em 1859, tornando-se um fisiologista de renome. Depois de romper definitivamente com Freud, em 1896, desenvolveu importantes estudos sobre a respiração humana e o papel do labirinto no equilíbrio. Morreu em 20 de junho de 1925. (SR)

D

SHOW Recital de Ângela Ro Ro - Nesta sexta (7) e sábado (8) no Tom Jazz. Intimista, faz-se acompanhar pelo pianista Ricardo MacCord, ao cantar As Time Goes By e Amor, Meu Grande Amor, clássica balada dos anos 80, composta pela própria Ro Ro. Av. Angélica, 2331, tel.: (11) 3255-3635. 22h. R$ 50. Chico Sá e Guinga - Os notáveis violonistas tocam no Teatro do Sesc Vila Mariana. Sábado (8), 21h; domingo (9), 18h. Rua Pelotas, 141, tel.: (11) 5080-3000. R$ 15.

Aquiles Rique Reis é vocalista do MPB4 e autor de O gogó de Aquiles, editora A Girafa. Reprodução

Clima dos barzinhos é distribuído em 70 canções interpretadas por cinco cantores


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Nacional Imóveis Tr i b u t o s Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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BOLSA TÉRMICA CARREGA 37,10% DE TRIBUTOS

30

bilhões de reais é o total de débitos de contribuintes com a Prefeitura de São Paulo.

FEIRA DA SAÚDE VAI INFORMAR REPRESENTATIVIDADE DOS TRIBUTOS SOBRE APARELHOS E SERVIÇOS MÉDICOS

A DOENÇA DOS IMPOSTOS

Marcelo Soares/Hype

O

brasileiro está ficando doente de tanto pagar impostos sobre os medicamentos. Segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), 36% do preço dos remédios são tributos. Por isso, neste ano, a tradicional Feira da Saúde passa a ser chamada de Feira da Saúde e Cidadania, pois traz como novidade o Feirão de Impostos da Saúde, onde serão exibidos medicamentos, equipamentos hospitalares e serviços médicos com os respectivos preços e cargas tributárias. No preço final de um exame de laboratório, por exemplo, estão embutidos 16% em impostos. Na aquisição de um plano de saúde são 18% para os cofres públicos. Nesses cálculos não estão incluídos os encargos sociais, Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e Imposto de Renda (IR). Segundo o Instituto de Economia Gastão Vidigal, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), a carga tributária é alta sobre os equipamentos mais utilizados em hospitais. Entre eles, cadeira de rodas (9,25%), muleta (9,25%), gaze

(31,20%), seringa (23%) e aparelho de pressão digital (40,6%), considerando apenas as cargas do Programa de Integração Social (PIS), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Fardo – De todos os tributos incidentes sobre os remédios, o ICMS é o mais pesado: em São Paulo, Paraná e Minas Gerais representa 18% do valor final. O fato levou a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) a promover campanha pela diminuição da carga tributária. Mais de 3,6 milhões de assinaturas já foram colhidas para serem levadas ao Congresso. Além do ICMS, os tributos que mais pesam sobre os medicamentos são Cofins e a contribuição previdenciária. Mas a lista de tributos ainda inclui: Imposto sobre Serviços (ISS), IR, Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor (IPVA), CPMF e Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Laura Ignacio

FEIRA Dicas para uma vida saudável

A CARGA PESADA Um simples termômetro carrega 49% de tributos no preço cobrado ao consumidor final

Sai o parcelamento municipal

O

s contribuintes que estão em débito com o fisco paulistano podem, a partir de hoje, negociá-lo em até 120 parcelas diretamente no site da P re f e i t u r a ( w w w. p re f e i t ura.sp.gov.br). Ontem, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, assinou o decreto regulamentando o Programa de Parcelamento Incentivado (PPI), dirigido às empresas e pessoas físicas, cujos débitos, inscritos ou não na dívida ativa, tenham ocorrido até o dia 31 de dezembro de 2004. A Prefeitura espera rever, com o programa, R$ 30 bilhões em débitos acumulados. Caso existam débitos após esse período, eles devem ser negociados antes da inscrição no programa. "A partir do mo-

mento que o contribuinte pagar a primeira parcela, poderá ingressar no PPI e sairá da inscrição na dívida ativa", afirmou o secretário de Finanças, Mauro Ricardo Costa. Quem está nessa situação deve agir rápido, já que o prazo de adesão termina no dia 5 de junho. O programa oferece quatro formas de pagamento. A parcela única é a mais vantajosa, já que garante a redução de 75% no valor da multa e de 100% dos juros de mora. Também é possível parcelar o débito em até 12 vezes. Nesse caso, haverá uma redução de 50% no valor da multa e de 100% nos juros de mora. As parcelas serão corrigidas em 1% ao mês. Quem optar pelo pagamento de 13 a até 120 parcelas terá o

mesmo desconto, mas a correção será feita pela taxa Selic. Para quem acumula débitos muito elevados, há a possibilidade de pagá-los em mais de 120 meses. Neste caso, a proposta será analisada e a Prefeitura vai exigir a apresentação de uma garantia bancária ou hipotecária. Todos os parcelamentos devem respeitar o valor mínimo de R$ 50 na mensalidade, no caso de pessoa física, e de R$ 500, no caso de empresas. "A proposta é coerente e garante que as empresas voltem para a formalidade", disse Kassab. O contribuinte poderá aderir ao PPI por meio da Secretaria de Finanças. Para ter acesso aos débitos pela internet, basta informar o CPF ou CNPJ. Márcia Rodrigues

partir de hoje, o Pátio do Colégio, na região central da cidade, passa a ser palco da Feira da Saúde e Cidadania. O evento, que é organizado pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), tem o apoio de várias entidades e o objetivo de conscientizar a população sobre a importância de ter uma vida saudável. Em sua sétima edição, o evento traz como novidade este ano o Feirão de Impostos da Saúde (ver texto acima). Segundo Gaetano Brancati Luigi, assessor especial da presidência da ACSP, também serão montados diversos estandes para atendimento ao público. Os cidadãos poderão fazer

gratuitamente exames de glicemia, colesterol e pressão arterial; avaliação postural, fonoaudiológica e de osteoporose; obter esclarecimentos sobre nutrição, uso de genéricos e terapias alternativas, além de outras orientações. Espera-se a visita de mais de 15 mil pessoas nos dois dias de evento. Entre os mais de 30 parceiros da ACSP na Feira estão a Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania de São Paulo, Secretarias de Estado e Municipal da Saúde, Secretaria Municipal de Participação e Parceria, Banco da Amazônia, Sesc e Colégio Integral. A Feira da Saúde e Cidadania ocorre hoje das 8h às 17h e amanhã, das 8h às 13h.(LI)


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6 -.LAZER

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Do Báltico para o mar verde de azeite das caçarolas José Guilherme R. Ferreira

Gadus morhua morhua

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BOCHECHAS FRITAS Reproduções/Bacalhau, de Mark Kurlansky

Um rochosos da sua costa. Cada peixe bacalhau perdia cerca de quatro quintos de embarcado seu peso e transformava-se numa hoje na peça dura como tábua, cortada em Noruega pequenos pedaços, como biscoitos. E leva até com nutrientes capazes de sustentar três as diabruras de Eirik, o Vermelho. semanas Até hoje a cidadezinha portuária para de Lofoten, na Noruega, com seu chegar ao colorido casario art nouveau, é Brasil e, cenário dessa rotina. Numa única assim, temporada (fevereiro a maio), a trocar as águas do Báltico e do indústria de Lofoten pendura em Atlântico pelo mar verde de azeite seus "varais" para secar 16 mil das caçarolas. Muito menos tempo toneladas do bacalhau mais nobre, o do que seus ancestrais, também Gadus morhua(veja ao lado). No total, secos e salgados, levavam para cerca de 50 mil toneladas de aportar aqui no século 16, época das bacalhau saem das águas da região. grandes navegações. O papel do Bascos - Depois dos vikings, os bacalhau nas aventuras que bascos. Eles tinham sal em expandiram os limites do globo e do abundância, mercadoria então paladar é desfiado na "biografia impensável para os nórdicos, e autorizada" Bacalhau, o peixe que começaram a usá-lo no mudou a história do mundo (Editora processamento do bacalhau. O sal Nova Fronteira), escrita por Mark aumentava a durabilidade do Kurlansky, um pesquisador alimento. Além de bravos minucioso da história e da sociologia pescadores, os bascos eram bons da alimentação. comerciantes. No raiar do século 11, Aportar em terras novas não é já tinham tradição da pesca à baleia e bem o caso já que o bacalhau dos da venda de seus produtos. O Descobrimentos era quase sempre bacalhau os ajudava a enfrentar as carga de sobrevivência, 80% durezas das perseguições aos proteína, iguaria não perecível cetáceos gigantes, arpões de devorada nas embarcações que prontidão, como os célebres deixavam o Velho Mundo e cortavam personagens de Moby Dick, de mares "nunca d'antes navegados". Herman Melville (1819-1891). A O bacalhau entrou na lista oficial ligação desse povo com o de provisões da Marinha Real mar é exagerada na portuguesa com uma penada de D. história de pescador João II (1455-1495), ironicamente o que corre por lá: o rei que não gostava de peixe. O bacalhau possuiria o monarca apostou na salubridade dos dom da fala. E falaria exemplares enviados por basco... portugueses desbravadores da Terra "Os bascos ficavam mais Nova, então um dos principais ricos a cada sexta-feira", pontos de pesca do bacalhau. A Terra escreve Kurlansky, Nova de Gaspar Côrte Real era a referindo-se aos dias de mesma Newfoundland do italiano jejum determinados pela anglicanizado John Cabot, hoje Igreja Católica. Além dos 40 território canadense. Os franceses dias da Quaresma e da também tinham os pés nos pródigos Semana Santa, havia vários mares do Hemisfério Norte. Todos outros períodos de abstinência reivindicavam o título de de carne vermelha, totalizando descobridores do santuário. Os quase a metade dos dias do ano. bascos sempre zanzaram por lá. Carnes de bacalhau e de baleia eram Havia o mesmo "entusiasmo de uma enquadradas como carnes frias, corrida do ouro", conta Kurlansky. vinham da água, e estavam Euforia alimentada pelo crescimento liberadas. O bacalhau tornou-se do mercado: "lá pela metade do "um soldado mitológico na século 16, 60% de todo peixe cruzada pela observância consumido na Europa era bacalhau, cristã", analisa Kurlansky. porcentagem se manteve estável por A grande procura pelo mais duzentos anos". bacalhau acirrou a disputa entre os Os diários de bordo das países pesqueiros e não foi nada fácil expedições de estabelecer Cabral e Vasco limites e da Gama não territórios. Três relatam como a guerras do proteína do mar bacalhau chegava às eclodiram e tripulações tumultuaram os famintas, antes negócios. que estas fossem Nenhum tiro foi consumidas pelo disparado, não escorbuto e houve baixas, a outras doenças não ser a que dizimavam destruição de as naus muitas redes portuguesas. É consideradas bem provável "devastadoras" que as postas de uma e de carnudas, outra frota. A guerra do bacalhau de 1532, desmanchandoCom o tempo, perto de Grindavík. Acervo da se em lascas, a pesca deixou Universidade de Uppsala ficassem com os de ser aventura comandantes e apaniguados. As de homens dispostos a enfrentar "espinhentas sobras" alimentariam "latitudes solitárias", em áreas os porões. "O fado não canta a literalmente congeladas e saudade e sim a posta perdida", eternamente enevoadas. Tornou-se resume Paiva de Carvalho, da prática predatória com redes e Academia do Bacalhau de Toronto. dragas, bem distante das tradicionais Vikings - Primeiro foram os linhadas com muitos anzóis. Para vikings, que ocuparam a Islândia e a desespero dos homens que Groenlândia, entre os anos 800 e ganhavam a vida no mar, a pesca 1200. Antes de zarparem com seus passou a ser controlada. Os preços do velozes barcos de duas velas, produto dispararam. avançando das terras geladas para a A queda dos estoques levou o Europa, matando monges e freiras na Canadá, em julho de 1992, a proibir a Inglaterra, barbarizando e pesca em áreas da Terra Nova. Os negociando rumo ao Sul, os vikings únicos "pescadores" autorizados já falavam dos peixes que ferviam em integram o projeto Sentinel Fishery. Zarpam para monitorar "estoques" e seus recortados fiordes e conheciam a técnica de secá-los. Fileiras e fileiras acompanhar o desenvolvimento de filhotes. Todos à espera da volta dos de bacalhau de "peito aberto" eram generosos cardumes. expostas ao vento frio nos degraus

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uguste Escoffier (18461935), pai da moderna cozinha francesa, tinha Portugal em alta conta, por ter o país garantido lugar de destaque ao bacalhau na cena gastronômica. Taillevent, cozinheiro do rei Carlos V, da França, servia o bacalhau com molho de mostarda ou manteiga derretida. Apesar de não ter o bacalhau em suas águas, os portugueses iam longe para trazer o peixe até a cidade do Porto e, de lá, para Lisboa e o mundo. Há tantos pratos preparados com a iguaria em Portugal que é possível comer um bacalhau diferente a cada um dos 365 dias do ano. Na Idade Média, graças à abundância do pescado e o preço não tão salgado, o bacalhau freqüentava a mesa da nobreza e dos pobres. Enriquecia panelões de arroz para numerosas famílias caribenhas. Ou reinava quase sozinho, só o nobre lomo, em receitas que os espanhóis batizaram de bacalao a la vizcaína ou o al pil pil, com pimenta. Do bacalhau se come tudo, até os ossos. Na Islândia, as espinhas ficam de molho em agraço (suco de uvas verdes), são posteriormente cozidas e viram mingau. Em outras épocas, as crianças das terras gélidas comiam também as peles fritas com manteiga. Enquanto outras,

A pesca do bacalhau com linha longa, no banco Georges, de 1887

mundo afora, tiveram de beber na marra o fortificante óleo de fígado de bacalhau. Em 1571, Elizabeth da Áustria foi recepcionada em Paris com banquete que incluía tripas do peixe. Os bons de garfo lambem os beiços é com as línguas cozidas, na verdade as gargantas do bicho. "Têm sabor mais forte e uma textura mais gelatinosa", ensina Kurlansky. Na lista de históricas receitas, o autor destaca as bochechas fritas (discos carnudos que vêm com a mandíbula), as ovas (quase sempre recheadas), além das bexigas natatórias e cabeças de bacalhau assadas. Sim, bacalhaus têm cabeça. E são disputadas.

O peixe em gravura de William Lizars, da Jardine's Naturalist's Library, 1833

príncipe dos Mares do Norte atende pelo nome científico de Gadus morhua. Assim foi registrado no Systema Naturae do sueco Lineu , em 1758. É o mais cobiçado da família. Assim como seus algozes, é dado a aventuras e, na época da desova, migra pelas águas acompanhando correntes menos frias. Seus parentes estão também nos mares da Noruega, Rússia, Islândia, Canadá e Alasca. Corpo robusto, olhos pequenos, "barbicha" no extremo da mandíbula inferior, 5 aletas, cauda reta, o bacalhau da Terra Nova tem manchas cor de âmbar no dorso verde oliva e a barriga branca. Um exemplar de 20 anos mede, em média, um metro, e chega a pesar 50 quilos. Quando fisgado, não costuma reagir. Dizem que esse comportamento desestressado está relacionado à carne branca tão apreciada. Quando o assunto é comida, é predador voraz, ataca até anzóis sem iscas e nem filhotes desavisados escapam. A fêmea põe até 8 milhões de ovos. O escritor Alexandre Dumas criou uma imagem poética para essa fertilidade: "se nenhum acidente atrapalhasse a maturação dos ovos e todos conseguissem transformar-se em peixes, demoraria apenas três anos para que o mar ficasse coalhado de bacalhaus de modo que poderíamos atravessar o Atlântico sem molhar os pés, caminhando sobre eles". Fora da ficção, só 6 vingam e 2 chegam à idade adulta. (JGF)


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por cento foi o acumulado pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna nos últimos 12 meses

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Informe Publicitário

FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Situação em 05/04/2006 Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda

Fundo P.L. do Fundo Empresarial LP ....................... 3.045.238,30 Lastro Performance LP ......... 973.063,64 Múltiplo LP .............................. 2.905.463,68 Esher LP .................................. 2.470.418,12 Master Recebíveis LP ........... 233.722,43

Valor da Cota Subordinada 1.025,977191 993,967575 1.027,996074 1.006,072095 958,055164

% rent.-mês 0,8098 0,1232 0,3491 0,1502 0,4882

% ano 5,0161 -0,6032 2,7996 0,6072 -4,1945

Valor da Cota Sênior 0 1.015,564512 1.021,915414 0 0

% rent. - mês 0,1834 0,1998 -

% ano 1,5565 2,1915 -

rating AA-(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)

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COMÉRCIO


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2 -.LOGO A absolvição significa que pegar dinheiro de empresa não é aético, que mentir reiteradamente não é indecoroso e que fazer contrato que fere o interesse público também não é aético. De certa forma o que se disse foi: 'repitam tudo isso que foi feito, pois nada vai acontecer com ninguém'. Isso é inaceitável.

Ed Ferreira/AE

Do deputado federal Cezar Schirmer (PMDB-RS) sobre as absolvições de deputados acusados de envolvimento com o mensalão.

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ABRIL Dia do Jornalismo Dia Mundial da Saúde Depósito de FGTS

F UTEBOL V ENEZUELA

Comoção coletiva Cerca de 300 repórteres, cinegrafistas e fotógrafos fizeram ontem uma passeata silenciosa em Caracas, em protesto contra o assassinato na quarta-feira do fotógrafo Jorge Aguirre, de 58 anos. A manifestação terminou diante do edifício da Procuradoria-Geral, onde pediram que o Ministério Público que designe um promotor especial para o caso e maior agilidade na investigação. Aguirre faleceu no hospital. Ele foi atingido por uma bala no tórax quando cobria, para o jornal El Mundo, o protesto de estudantes que

exigiam a prisão dos culpados do assassinato de três adolescentes, John, de 17 anos, Kevin, de 13, e Jason Faddoul, de 12, seqüestrados em fevereiro. Um desconhecido em uma motocicleta sem placas tentou impedir que Aguirre se aproximasse do local do protesto, a Universidade Central da Venezuela. Pouco depois, ele abriu fogo e fugiu. O próprio Aguirre registrou a fuga em sua máquina fotográfica. A cena também foi gravada por uma TV local. O governo prometeu capturar os assassinos de Aguirre e dos adolescentes.

A RTE Christie´s/AFP

O sonho de Raí na França Ex-jogador de futebol poderá se tornar dirigente do Paris Saint-Germain

O

ex-jogador de futebol Raí está próximo de se tornar dirigente do Paris Saint-Germain, da França. O jogador está na Europa aguardando as negociações dos consórcios interessados em assumir a maioria acionária do clube francês, hoje nas mãos da emissora de TV Canal Plus. Raí pode ser o segundo brasileiro a assumir um cargo diretivo importante em clube internacional. O primeiro foi Leonardo, atualmente no Milan.

"Recebi uma proposta do Luc Dayan (um dos nomes fortes do clube) para ser manager geral de políticas esportivas caso o grupo francês, de capital internacional, vença a disputa pelo controle acionário", disse o brasileiro. "Eles estão bem à frente do concorrente, um grupo americano, nas negociações, mas ainda há a possibilidade de franceses e americanos se unirem para administrar o clube em parceria." Raí acredita que a situação do PSG estará definida em 20 dias.

Enquanto isso, vai manter seus compromissos profissionais no Brasil - por exemplo, com a Rádio CBN, para quem fará comentários no jogo Santos x Portuguesa, domingo. Raí admitiu que ser dirigente esportivo é um sonho antigo. "Faz algum tempo que eu estava amadurecendo a idéia de fazer alguma coisa em algum clube do Brasil ou o do exterior", confidenciou o ex-jogador de futebol, que chegou a trabalhar por um curto período no São Paulo. (AE)

Enrique Marcarian/Reuters

F UTEBOL

Maradona em Brasil X Argentina O jogador argentino Diego Maradona chega hoje ao Brasil para participar do jogo de showbol que será disputado amanhã, às 18h, em São Bernardo do Campo. Será o terceiro confronto entre brasileiros e argentinos no esporte, uma espécie de futebol indoor que reúne exjogadores. No primeiro duelo, em Brasília, a Argentina ganhou por 8 a 4. E no segundo, também neste ano, houve empate por 7 a 7 em Buenos Aires. Bebeto, César Sampaio e Müller estão confirmados no time brasileiro. B RAZIL COM Z

Cracolândia em Chicago

L

O jornal norte-americano Chicago Tribune publicou em seu site na internet uma reportagem sobre uma das regiões mais paradoxais da cidade de São Paulo, a área conhecida como Cracolândia. Mostrando a opinião de um urbanista e a de um morador da região, o texto aponta as dificuldades de concretizar o programa da prefeitura de revitalizar as problemáticas ruas desse pedaço do Centro de São Paulo; relata a ação do tráfico de drogas e aponta algumas alternativas possíveis para implementar a revitalização: "vontade política, investimentos privados e sorte", diz o jornal.

O quadro de J.M.W. Turner Giudecca, La Donna della Salute and San Giorgio, de 1841, foi vendido ontem pela Christie's por US$ 35,8 milhões, o mais valioso trabalho de um artista britânico.

R OCK

R ELIGIÃO

Stones, sem sexo nem Horror nazista levou drogas, em Xangai Bento XVI ao clero

E M

Num raro momento de introspecção pessoal, o papa Bento 16 disse ontem que a brutalidade do regime nazista na Alemanha, sua terra natal, influenciou sua decisão de entrar para o clero após a Segunda Guerra Mundial. O pontífice, de 78 anos, respondia de improviso a um participante de uma reunião de jovens na praça de São Pedro, que perguntou como Joseph Ratzinger havia descoberto sua vocação clerical. Ratzinger tornou-se padre em 1951 e chegou a participar da Juventude Hitlerista durante a guerra.

C A R T A Z

L

Com três anos de atraso e sem muito alarde, os Rolling Stones chegaram ontem à China para um show, no sábado, em Xangai. Os 8.000 ingressos estão esgotados, um público minúsculo para a banda que teve um milhão de espectadores no Rio. Os preços dos ingressos variaram de 300 aos 3 mil yuan (30 a 300 euros), considerados exorbitantes para uma cidade onde o salário médio é de 1.700 yuan por mês. Ainda não se sabe qual será o repertório, mas a censura chinesa, que proibiram músicas com alusões ao sexo e às drogas.

ACERTANDO O TOM - Músico da Orquestra Sinfônica Nacional da Argentina faz um "panelaço" durante um concerto ao ar livre numa praça de Buenos Aires. O objetivo era chamar a atenção das autoridades para os baixos salários dos músicos.

T EATRO

I NTERNET

Álbum de família Reprodução do site

m 1976, um casal argentino, Diego e Suzy Goldberg, de Buenos Aires, decidiu: todos os anos, no dia 17 de junho, tirariam fotos de todos os membros da família. Na época, a família era formada apenas por marido e mulher. Mas, depois de dois anos do casamento, nasceu o primeiro filho, Matías. As fotos se seguiram e registraram o nascimento dos outros dois filhos, o crescimento das crianças até a fase adulta, e o envelhecimento dos pais. A idéia original se transformou num ritual familiar e num álbum de família que foi colocado na internet. Nenhuma produção é feita para as fotos, e as imagens são regis1978 tradas no mais despojado e simples preto e branco. É um "ritual privado: nos fotografamos para deter, por um momento evanescente, a flecha do tempo que passa por ali passa", diz a família no site. Como nada aparece 1979 na rede impunemente, a idéia logo se alastrou e serviu de inspiração para outra família argentina e para o escritor e 1984 d ire to r i n d i ano Raj Nair.

E

MÚSICA O compositor e pianista André Mehmaria acompanha a cantora Ná Ozzetti (foto), em recital no Teatro Santa Cruz. Rua Oboró, 277. Telefone: 3024-5191. Às 21h. R$ 25.

1976

Moda com tecnologia

Informações sobre o governo

É uma combinação interessante de moda e tecnologia: uma pulseira de couro com LEDs que mostram as horas e a data. A Dot Matrix Watches está disponível em couro marrom com LEDs amarelos ou preto com LEDs vermelhos por US$ 112,62.

Licitações, pagamentos, processos, legislações, documentos, denúncias, dados sobre a Farmácia Popular, oportunidades de trabalho, direitos humanos, legislação e normas, indicadores do País, pagamentos ao governo. O site E-Gov traz tudo isso com uma linguagem simples e é fácil de consultar. Entre os destaques do site, o link Abra seu Negócio, que traz um passo-apasso que explica desde o que deve ser feito para escolher o ramo de atividade até a legislação específica e a formalização da empresa

magazine/essays/ diegotime/timesp.html

Wittgenstein! Lógica e loucura Pouco mais de três anos após a temporada da peça Almoço na Casa do Sr. Ludwig, do austríaco Thomas Bernhard, a vida do filósofo Ludwig Wittgenstein (1899-1951) volta a ganhar os palcos, desta vez no monólogo Wittgenstein! Lógica e Loucura, texto do poeta e ensaísta Contador Borges que serve para comemorar os 30 anos de estrada do ator Jairo Arco e Flexa. Neste primeiro monólogo de sua carreira, Arco e Flexa (foto) exibe o pensamento e as tragédias que marcaram a vida do autor de Tractatus LogicoPhilosophicus, ensaio que virou de cabeça para baixo o estudo da lógica nos anos 20. Milionário, briguento, polêmico e brilhante, Wittgenstein surge em cena durante uma palestra para professores de filosofia, na qual não perde a oportunidade de atacar as confusões da linguagem, principal armadilha dos filósofos. Direção de Roberto Rosa. (SR) Teatro Fábrica São Paulo. Rua da

2005

Consolação, 1623. Tel.: 3255-5922. Sexta e sábado às 21h30, domingo às 20h30. R$ 20.

A TÉ LOGO

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

L OTERIAS

Cerca de 450 mil contribuintes receberão desconto da Prefeitura para quitar IPTU atrasado Israel detém brevemente ministro do governo palestino liderado pelo grupo do Hamas

L

www.e.gov.br

http://zonezero.com/

L

F AVORITOS

L

G @DGET DU JOUR

www.iwantoneofthose.com

www.chicagotribune.com

Coréia do Norte e Coréia do Sul retomam conversações para reaproximação neste mês

Concurso 1584 da QUINA 12

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OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 7, 8 e 9 de abril de 2006

DOISPONTOS -15 15

valerioduto. Com seu terno de corte impecável fez a sua defesa recheada de Aristóteles, Sócrates e Jesus Cristo, criticou a mídia e a opinião pública. Safou-se. Por 256 votos a 207 foi considerado não cassável por seus pares, mensaleiros ocultos no voto secreto daquela votação desavergonhada.

O lado feíssimo de Belíssima m "Belíssima" estão fazendo uma coisa "Feíssima": insultar a mulher, no caso uma viúva sofrida e mãe zelosa que muito peleja para manter sua dignidade. De fato, Vitória é uma personagem sofrida. Menina de rua que foi estuprada, que matou o estuprador, que passou pela

E

Febem. Quando a vida fê-la cruzar com Pedro, suas perspectivas mudaram e, mesmo assim, o sofrimento continuou pois ele foi assassinado em circunstâncias não esclarecidas. Assim, ela teve que voltar, mais sacrifícios, para o Brasil e conviver sob o mesmo teto com a grande personagem má da história.

Agora, depois de tudo isso, agora, a vulgaridade de situála como possivelmente apaixonada pelo grandíssimo mau caráter da novela é uma violência, é menosprezar a inteligência da mulher, pois uma personagem forte e determinada foi transformada num reles e fútil objeto de uso em alcovas.

Divulgação

Vitória, forte e determinada, foi transformada num reles e fútil objeto.

Tamanha insensatez, tamanho desprezo pela dignidade da mulher, tamanho abuso da feminilidade, em verdade, não revela outra coisa senão uma manifestação do descontrole emocional dos autores da história e, também, da falta de assunto. PEDRO VERGUEIRO PEDROVER@MATRIX.COM.BR

Site na internet dcomercio.com.br /doispontos/

Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br

Tela mágica Mexa-se, telespectador, o controle da TV digital estará em suas mãos.

partir da definição do padrão de televisão G As emissoras digital a ser implantado no Brasil entra- estão decretando o mos numa nova etapa. É chegada a hora fim da passividade de discutir o que será feito para esta nova televi- do telespectador. são. Como as agências de publicidade farão para A interatividade é a disputar a atenção do telespectador em um novo palavra-chave. cenário no qual a interatividade é a palavra-chave? A própria televisão, em uma espécie de revolução auto-gestionária, está decretando o fim da G O comercial de passividade do telespectador, que agora poderá tevê vem perdendo escolher a hora de ver seu filme predileto, saber apelo desde que quem é o fabricante de um sofá que aparece na no- surgiu o controle vela, ou solicitar o replay de um gol de seu time do remoto. coração. A escolha de um padrão entre os já existentes G A propaganda vai (americano, europeu e japonês), ao que tudo indi- ter que conhecer ca, deverá privilegiar este quesito, mais preponde- cada vez melhor o rante nos padrões europeu e japonês, enquanto o seu consumidor americano privilegia a alta-definição. O governo brasileiro vem demonstrando preferência pelo padrão japonês, que, além da interatividade, também possibilita uma maior convergência tecnológica e uma portabilidade inalcançável, ao menos por enquanto. A televisão seria viável em diferentes aparelhos, além do próprio televisor, como celulares e computadores, por exemplo. Diante deste cenário, a propaganda vai ter que se reposicionar para permanecer atingindo o público de forma eficiente, pois, com a televisão digital, o Mande seu comentário número de canais existentes vai crescer amplapara doispontos@ mente e as opções de programas vão proliferar de dcomercio.com.br forma nunca antes imaginada. Assim sendo, a

A

DEU

A Procter&Gamble, fabricante do desodorante Old Spice, convida o consumidor a reeditar o comercial da marca pela internet. A GM propõe o mesmo para a perua Chevy Tahoe. A onda só começou e está assustando publicitários. WWW.BLUEBUS.COM.BR

comercial de televisão, da forma como o conhecemos, fatalmente minguará. Seu formato vem perdendo apelo desde que surgiu o controle remoto. As pessoas não têm que assistir; elas simplesmente optam por fazê-lo. Imaginem como será, agora, que o número de canais será muito mais elevado? Tudo aponta para uma imersão cada vez maior da propaganda em conteúdo, na programação propriamente dita. Os programas institucionais ganham espaço nas programações, a cada dia, e isto, ainda tendo uma concorrência muito menor. Ainda que haja opiniões mais alarmadas, temerosas com os resultados desta mudança na televisão, é bastante provável que o mercado publicitário e de produtoras ganhe novo fôlego para atender às novas demandas. Será fundamental a adequação destas empresas à nova maneira de assistir TV para que permaneçam na ativa.

O

SANDRA JONAS É DIRETORA-EXECUTIVADA PRODUTORA ESTAÇÃO 8 WWW.ESTACAO8.COM.BR

A propaganda é a alma do cliente

NO

BLOG

atenção do espectador será ainda mais concorrida. Para disputá-la, será necessário explorar novos formatos, em meios que aproximem a empresa do público. A propaganda terá de conhecer cada vez melhor o seu consumidor e seus anseios, o que já é feito há muitos anos, com testes e pesquisas de mercado. A diferença é que, agora, a adequação da publicidade ao gosto do público-alvo específico de um produto será ainda mais relevante.

outro lado, cho permite um muito interessante ponto de contato virtualmente a idéia e até certo infinito e uma ponto natural. A banco de dados internet e seus em real-time sobre meandros quase opiniões, que obrigam as reclamações, empresas a sugestões que o aceitarem um 'mundo' tenha relacionamento sobre os produtos muito mais dessas empresas. próximo e Mas calma lá! constante com Isso não significa seus clientes. Por

A

que iremos eliminar o meio de campo entre empresa e seus consumidores. Ao menos por enquanto. Essas ações me parecem uma tendência tirando vantagem do mundo digital conectado e da onda de realityshows que nunca

termina. Claro que temos empresas com blogs, flogs, gerentes de produto no Orkut fazendo pesquisas e muito mais. Só que isso são novas formas do bom e velho concurso Publicitário Mirim e servem também

para a empresa parecer mais amiga, preocupada e próxima de seu público. Nem de longe são a nova "tendência criativa". Creio que o modelo cliente/agência está mesmo com os dias contados. PEDRO PELLICANO, LEITOR DO BLUE BUS

NEIL FERREIRA GENTE FINA É OUTRA COISA canalha, judas, Fdp ,traidor. Foi disso que o deputado federal Jacó Bittar, PT/RJ, chamou o senador Delcídio Amaral, PT/MS, na sessão da CPMI dos Correios que aprovou o relatório do deputado federal Osmar Serraglio, PMDB/PR. Tendo dito, Jacó Bittar tentou dar um murro em Delcídio e só não conseguiu porque outros litigantes, da bancada do Deixa Disso, impediram. Bittar e Delcídio são "cumpanheros" de partido, o PT do Lulla, imagine só se fossem adversários como essa sessão seria mais animada. Bittar é uma figura no mínimo bizarra. É igualzinho aos senadores Ideli, Sibá e Tião Viana e aos deputados federais Devanir, Maurício Rand, Abicalil, Henrique Fontana e Ângela Guadagnin, aquela do "É o Tchan" da pizza... Sei disso porque assisti a muitas sessões das CPIs, gravei as caras e os nomes, são todos do PT, alguns mais histéricos do que outros, mas todos sem exceção empenhados em melar tudo. Como eles gostavam de dizer dos outros, são farinha do mesmo saco. compreendo como recebem Não votos suficientes para chegar às duas casas do Congresso. Ver suas finas estampas e ouvir suas vozes e sua sintaxe é quase um convite a não se votar neles, mas eles são votados e isso é um mistério para mim. Mas como ainda não sou um idiota completo, não é um mistério para mim o neogranfinismo do deputado federal João Paulo Cunha, PT/SP, ex-metalúrgico embrulhado para presente, como outros ex-metalúrgicos de sucesso: o presidente Lulla, o ministro do "Trabalho" Luiz Marinho, aquele mesmo da história das festinhas da Volks alemã regadas a recepcionistas da Mary Jean Corner deles, e o trem pagador Paulo Okamotto. João Paulo, mensaleiro e mentiroso, mentiu que a mulher foi ao Banco Rural pagar uma conta da Tv a cabo e depois foi obrigado a engolir a mentira e confessou que ela foi retirar 50 contos do

notícia é que Lulla estava A boa enganado quando disse que havia 300 picaretas no Congresso, há 256, estamos melhor com 44 picaretas a menos. Quem sabe na próxima eleição a gente consegue reduzir mais um pouco esse número. Assim, aos pouquinhos, de picareta em picareta a menos, a gente acaba limpando o Congresso daqui a umas dez eleições. São só quarenta anos, eu não vou ver isso, quem sabe a minha netinha veja, a esperança está vencendo o medo de ver essa gang do PT perpetuar-se no poder. Ver na tv a cara de santo do João Paulo, ver o cinismo com que enfrentou a opinião pública, pois ele enfiou a mão no dinheiro e mentiu,

Lulla estava enganado quando viu 300 picaretas no Congresso: há 256. Talvez a gente consiga reduzir um pouco. ver a maneira como negou palocchianamente tudo, ver negativas que se repetem de alto a baixo em todos os escalões do governo, João Paulo era o terceiro da linha de sucessão quando mergulhou no valerioduto, só é superado pelo que veio no fim da sua fala: o aplauso em pé do plenário e das galerias. Um aplauso longo, caloroso, tão ofensivo a quem tem vergonha na cara quanto foi a dança da deputada Ângela Guadagnin. Por enquanto estamos nas mãos deles. Por enquanto eles negam, Lulla nega, Palocchio nega, Dirceu e Gushiken negaram, Genoíno negou, Delúbio, Silvinho Pereira e Marcelo Sereno negaram. Todos cairam, só falta um, que flutua abraçado num Thomaz Bastos ainda armado com um arsenal de idéias e experiência na profissão de livrar a cara de criminosos. outubro chega logo, chega Mas mais depressa do que a gente pensa, outubro está quase aí, que medo que essa gente deve ter de outubro. Talvez o "stalin" Dirceu nem tanto, a revolução chefiada por Lênin passou para a História como a "Revolução de Outubro". Mas o comissário está mais dedicado agora a beber Romanée Conti no Antiquarius. Gente fina é mesmo outra coisa. NEIL FERREIRA É PUBLICITÁRIO NEIL_FERREIRA@UOL.COM.BR

FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, 3244-3799, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 7, 8 e 9 de abril de 2006

LEGAIS - 9

Bradesplan Participações S.A. CNPJ 61.782.769/0001-01 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP Relatório da Administração Senhores Acionistas,

A Bradesplan adota, como política na contratação de serviços não relacionados à auditoria externa, a postura de atender às regulamentações que preservam a independência do auditor externo, mantendo consistência, inclusive com os princípios internacionais, em atendimento aos procedimentos estabelecidos pela companhia, os quais, incluem, dentre outros, os seguintes tópicos: (a) o auditor não deve auditar o seu próprio trabalho; (b) o auditor não deve exercer funções gerenciais no cliente; e (c) o auditor não deve promover os interesses de seu cliente. Adicionalmente, em caso de contratação de outros serviços, o escopo e os procedimentos dos referidos serviços são discutidos com os auditores independentes, para que os mesmos não afetem as regras de independência estabelecidas.

Apresentamos a V.Sas. as Demonstrações Financeiras da Bradesplan Participações S.A. relativas ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, elaboradas na forma da legislação societária, bem como o parecer da Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes . O Capital Social realizado da Companhia era de R$ 862,0 mil e o Patrimônio Líquido de R$ 278,0 milhões. No exercício, a Bradesplan registrou Lucro Líquido de R$ 363,2 milhões, equivalente a R$ 204,70 por lote de mil ações.

Cidade de Deus, Osasco, SP, 27 de março de 2006

Serviços Prestados pelos Auditores Independentes:

Conselho de Administração e Diretoria

Em cumprimento ao disposto na Instrução CVM nº 381, de 14 de janeiro de 2003, a Bradesplan informa que seu Auditor Independente - a Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes - não prestou durante o exercício findo em dezembro de 2005 outros serviços que não sejam de auditoria externa.

Balanço Patrimonial em 31 de dezembro – Em Reais mil 2005

Demonstrações do Resultado – Em Reais mil

PASSIVO

2005

CIRCULANTE ............................................................................................ Disponibilidades .......................................................................................... Títulos e Valores Mobiliários ........................................................................ Valores a Receber ........................................................................................

64.752 61.188 3.564 –

162.649 94.387 66.404 1.858

CIRCULANTE ............................................................................................ Empréstimos e Financiamentos ................................................................... Juros sobre o Capital Próprio e Dividendos Provisionados ........................... Outras Obrigações .......................................................................................

204.082 117.763 86.300 19

54.606 – 53.607 999

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO .............................................................. Valores a Receber ........................................................................................ Depósitos Judiciais ...................................................................................... Tributos a Compensar ou a Recuperar ......................................................... Créditos Tributários .....................................................................................

281.288 6.994 10.965 200.786 62.543

234.971 6.994 7.409 158.025 62.543

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO .................................................................... Debêntures .................................................................................................. Derivativos Sobre Emissão de Títulos .......................................................... Empréstimos e Financiamentos ................................................................... Provisão para Contingências ........................................................................

90.626 – – – 90.626

374.465 157.466 10.231 133.546 73.222

PERMANENTE .......................................................................................... Investimentos ...............................................................................................

226.684 226.684

2.085.344 2.085.344

PATRIMÔNIO LÍQUIDO .............................................................................. Capital Social ............................................................................................... Reservas de Capital ..................................................................................... Reservas de Lucros .....................................................................................

278.016 862 212 276.942

2.053.893 1.915.431 212 138.250

ATIVO

2004

2004

Exercícios findos em 31 de dezembro 2005 2004 RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS ............................................... Resultado de Equivalência Patrimonial ......................................................... Resultado na Alienação de Investimento ....................................................... Amortização de Ágio .................................................................................... Despesas Gerais e Administrativas ............................................................. Financeiras Líquidas .................................................................................... Outras Receitas (Despesas) Operacionais ..................................................

363.243 261.560 58.163 (47.380) (1.005) 15.739 76.166

220.755 387.246 50.688 (48.412) (1.764) (129.363) (37.640)

RESULTADO OPERACIONAL ..................................................................

363.243

220.755

LUCRO LÍQUIDO .......................................................................................

363.243

220.755

Número de ações ......................................................................................... 1.774.477.325 1.774.477.325 124,41 Lucro Líquido por lote de mil ações em R$ ................................................... 204,70

TOTAL ........................................................................................................

572.724

TOTAL ........................................................................................................

2.482.964

572.724

2.482.964

Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido – Em Reais mil RESERVAS DE CAPITAL CAPITAL SOCIAL

EVENTOS

RESERVA ESPECIAL LEI No 8.200

RESERVAS DE LUCROS LUCROS/ PREJUÍZOS ACUMULADOS

ESTATUTÁRIA PARA AUMENTO DE CAPITAL

LEGAL

TOTAIS

SALDOS EM 31.12.2003 ......................................................................................................

985.000

212

(28.898)

956.314

AUMENTO DE CAPITAL POR SUBSCRIÇÃO .....................................................................

930.431

930.431

LUCRO LÍQUIDO .................................................................................................................

220.755

220.755

DESTINAÇÕES: - Reservas ................................................................................................

9.593

128.657

(138.250)

- Dividendos Propostos ..............................................................................

(53.607)

(53.607)

SALDOS EM 31.12.2004 ......................................................................................................

1.915.431

212

9.593

128.657

2.053.893

REVERSÃO DE DIVIDENDOS PROPOSTOS EM 2004 .......................................................

53.607

53.607

AUMENTO DE CAPITAL COM RESERVAS .........................................................................

191.858

(9.593)

(182.265)

REDUÇÃO DE CAPITAL ......................................................................................................

(2.106.427)

(2.106.427)

LUCRO LÍQUIDO .................................................................................................................

363.243

363.243

DESTINAÇÕES: - Reservas ................................................................................................

18.162

258.781

(148.285)

- Dividendos Propostos ..............................................................................

(86.300)

(86.300)

SALDOS EM 31.12.2005 ......................................................................................................

862

212

18.162

258.780

278.016

Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos – Em Reais mil Exercícios findos em 31 de dezembro 2005 2004 ORIGEM DOS RECURSOS ....................................................................... LUCRO LÍQUIDO ....................................................................................... AJUSTES AO LUCRO LÍQUIDO ............................................................... Resultado de Equivalência Patrimonial ........................................................ Variações Monetárias de Longo Prazo ......................................................... Amortização de Ágio ................................................................................... Lucro na Alienação de Investimentos ........................................................... Outros ......................................................................................................... RECURSOS DE ACIONISTAS ................................................................... Aumento de Capital por Subscrição ............................................................ Reversão de Dividendos Propostos em 2004 .............................................. RECURSOS DE TERCEIROS ORIGINÁRIOS DE: .................................... Aumento do Exigível a Longo Prazo ............................................................ Alienação e Baixa de Investimentos ............................................................ Juros sobre o Capital Próprio/Dividendos Recebidos e ou Provisionados .... APLICAÇÃO DOS RECURSOS ................................................................ Aumento do Realizável a Longo Prazo ........................................................ Juros sobre o Capital Próprio/Dividendos Pagos e/ou Provisionados .......... Redução de Capital .................................................................................... Investimentos ............................................................................................. Debêntures ................................................................................................ Diminuição do Exigível a Longo Prazo ........................................................ REDUÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO .................................

2.572.849 363.243 (259.810) (261.560) 12.533 47.380 (58.163) – 53.607 – 53.607 2.415.809 – 2.341.983 73.826 2.820.222 22.329 86.300 2.106.427 284.805 – 320.361 (247.373)

1.230.438 220.755 (221.563) (387.246) 149.081 48.412 (50.688) 18.878 930.431 930.431 – 300.815 113.803 57.064 129.948 1.416.200 36.918 53.607 – 353.005 972.670 – (185.762)

VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO: ATIVO CIRCULANTE ................................................................................ No Início do Exercício .................................................................................. No Fim do Exercício .................................................................................... PASSIVO CIRCULANTE ............................................................................ No Início do Exercício .................................................................................. No Fim do Exercício .................................................................................... REDUÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO .................................

(97.897) 162.649 64.752 149.476 54.606 204.082 (247.373)

(339.637) 502.286 162.649 (153.875) 208.481 54.606 (185.762)

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras – (Em Milhares de Reais, exceto quando mencionado) 1.

2.

3.

4.

CONTEXTO OPERACIONAL A Bradesplan é uma sociedade por ações, que tem por objeto, principalmente, a participação como sócia ou acionista, em outras sociedades, o agenciamento da compra e venda de imóveis de qualquer natureza por conta de terceiros, a administração, compra e venda de bens imóveis e a realização de aplicações em títulos e valores mobiliários. Em 07 de fevereiro de 2005 foi homologado pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM, através de Ofício/CVM/SEP/GEA-1/Nº 062/2006, o cancelamento do registro de “Companhia Aberta” da Bradesplan Participações S.A. As principais participações societárias diretas e indiretas são: a) Millennium Security Holdings Corp. (MILLENNIUM) A MILLENNIUM tem por objeto, ingressar em qualquer ato ou atividade que não esteja proibida por qualquer lei no momento vigente nas Ilhas Virgens Britânicas. b) Antares Holdings Ltda. (ANTARES) A ANTARES tem por objeto a administração, locação, compra e venda de bens próprios e a participação em outras sociedades como cotista ou acionista. c) VBC Participações S.A. (VBC) A VBC é uma sociedade por ações de capital fechado, constituída por meio da associação dos Grupos Votorantim, Bradespar e Camargo Corrêa, com a finalidade de explorar e executar serviços na área de energia elétrica (geração, transmissão e distribuição), através da participação ativa em programas de privatizações estaduais e federais. d) VBC Energia S.A. (VBC ENERGIA) A VBC ENERGIA é uma sociedade por ações de capital aberto, com o objetivo de participar em outras sociedades primariamente dedicadas à distribuição, geração e comercialização de energia elétrica. e) CPFL Energia S.A. (CPFL ENERGIA) A CPFL ENERGIA é uma sociedade por ações de capital aberto, com o objetivo principal de atuar como holding, participando no capital de outras sociedades dedicadas, primariamente, à distribuição, geração e comercialização de energia elétrica. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Apresentamos as Demonstrações Financeiras da BRADESPLAN em 31 de dezembro de 2005 e de 2004. A BRADESPLAN é constituída como uma sociedade anônima, utiliza na preparação de suas demonstrações financeiras as práticas contábeis adotadas no Brasil, que incluem as diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações. PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) ATIVOS CIRCULANTE E REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Os ativos são demonstrados pelos valores de custo, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias e cambiais (em base “pro-rata” dia) auferidos, ajustados aos valores prováveis de realização, quando aplicável. Os créditos tributários são registrados pelo valor provável de realização e referem-se a créditos de imposto de renda e contribuição social sobre prejuízos fiscais, base negativa da contribuição social e diferenças temporárias sendo reconhecidos, quando aplicável, no ativo circulante e realizável a longo prazo. b) PERMANENTE São demonstrados ao custo de aquisição, corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995, combinado com os seguintes aspectos: Investimentos I. As participações nos investimentos relevantes em coligadas, controladas e controladas de controle compartilhado são avaliadas pelo método de equivalência patrimonial e quando aplicável acrescidos/deduzidos de ágio/deságio a amortizar e de provisão para perdas. Os outros investimentos estão registrados ao custo de aquisição e deduzidos, quando aplicável, de provisão para perdas; II. O ágio na aquisição dos investimentos é amortizado de acordo com os prazos descritos na nota 10c. c) PASSIVOS CIRCULANTE E EXIGÍVEL A LONGO PRAZO Demonstrados pelos valores conhecidos e calculáveis, incluindo, os encargos e as variações monetárias e cambiais (em base “pro-rata” dia) incorridos, quando aplicável. A provisão para o imposto de renda é constituída à alíquota de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10%, quando aplicável. A provisão para contribuição social é constituída sobre o lucro tributável antes do imposto de renda considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais de acordo com as respectivas legislações vigentes. d) RESULTADO DO EXERCÍCIO É apurado pelo regime de competência.

Em R$ Milhões Demonstração do Resultado

Balanço Patrimonial ATIVO Circulante ................. Realizável a Longo Prazo ...................... Permanente .............. TOTAL ..................... PASSIVO Circulante ................. Exigível a Longo Prazo Resultados de Exercícios Futuros ............ Participação Minoritária ........................ Patrimônio Líquido e Recursos Capitalizáveis ................... TOTAL ..................... % de Participação Direta e Indireta ......

2005

2005

2004

2004

2005

– (544) –

1

7

Resultado Líquido .

5.095

6.460

1.600

1.937

341

232

456

1.693

1.357

– – –

3.818 27.831 43.481

– – –

8 9.245 9.709

1.180 2.634 5.507

1.303 2.618 5.278

– –

9.326 13.944

– –

430 –

1.855 3.258

1.198 3.672

10

2.031

52

– –

18.170 43.481

– –

9.279 9.709

394 5.507

356 5.278

5,70%

16,94%

33,33%

33,33%

5.

6.

7.090

9.013

1.601

1.937

506

360

(1.451)

(1.810)

(1)

(138)

(111)

– (743)

– –

– –

(13) (15)

(15) (9)

61.174 14

94.378 9

TOTAL ...............................................................................................

61.188

94.387

4.441

4.378

(832)

(1.476)

(1.292)

(1.273)

16.272

27.544

3.149

3.105

(7.796) 8.476

(14.123) 13.421

– –

– –

(2.173) 976

(2.305) 800

(1.459)

(3.367)

(120)

(242)

(312)

(252)

(192)

(2.000)

2

3

(227)

(479)

265

408

1.719

2.176

7.090

8.462

1.601

1.937

437

69

7.

VALORES A RECEBER - (CURTO E LONGO PRAZOS) Em 31 de dezembro 2005 2004 Venda de Ações ................................................................................... Valores a Receber - Opportunity Anafi Participações ............................ TOTAL ...............................................................................................

8.

– 6.994 6.994

CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS

10.

Em 31 de dezembro 2005 2004

166.009 (99.605) – 66.404

114.912 (114.912) –

– – –

Resultado antes dos Tributos (Imposto de Renda e Contribuição Social) ..................................................................................

363.243

220.755

Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente ...................................................

(123.503)

(75.056)

Participações em coligadas e controladas ......................................

88.930

131.664

Juros sobre o capital próprio (recebidos) .......................................

(25.101)

(38.762)

Créditos tributários não registrados ...............................................

(4.725)

Outros valores ...............................................................................

59.674

(13.121)

Imposto de Renda e Contribuição Social do Exercício ............

Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos:

b) Créditos Tributários Os Créditos Tributários em 2005 e 2004 referem-se a prejuízo fiscal e base negativa da contribuição social de R$ 32.824 (2004 - R$ 32.824) e a diferenças temporárias de R$ 29.719 (2004 R$ 29.719), com perspectiva de realização em até 4 anos. A Companhia deixou de registrar outros créditos tributários no montante de R$ 168.882.

Em 31 de dezembro 2005 2004 – – 3.564 3.564

1.858 6.994 8.852

a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social:

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS

9.

TRIBUTOS A COMPENSAR OU A RECUPERAR Os impostos a compensar e a recuperar referem-se, a imposto de renda retido na fonte sobre aplicações financeiras e juros sobre o capital próprio, no montante de R$ 22.661 (2004 - R$ 20.995) e créditos do imposto de renda e da contribuição social a compensar no montante de R$ 178.125 (2004 R$ 137.030).

INVESTIMENTOS a) Os ajustes decorrentes da avaliação pelo método de equivalência patrimonial dos investimentos foram registrados em conta de “Resultado de Equivalência Patrimonial” e corresponderam, no exercício, a um resultado positivo de R$ 261.560 (2004 - R$ 387.246). b) As participações societárias diretas, avaliadas pelo método de equivalência patrimonial da BRADESPLAN são demonstradas a seguir:

Empresas

Millennium Security Holdings Corp. (1) (4) ............. Antares Holdings S.A. (1) (4) (6) ............................. VBC Participações S.A. .......................................... Valepar S.A. (8) ...................................................... Babié Participações S.A. (5) ................................... Rubi Holdings Ltda. (9) ........................................... Subtotal ................................................................ Incentivos Fiscais ................................................... Total ......................................................................

Capital Social 12.136 277.930 – – – –

Patrimônio Líquido Ajustado

Resultado Ajustado

3.715 222.962 – – – –

(3.556) (53.968) – – – –

Quantidade de Participação Ações Possuídas (em mil) no Capital Social O.N. 12.136 276.930 – – – –

100,000% 100,000% – – – –

Ajuste Decorrente de Avaliação (3)

Investimentos 31.12.2004

31.12.2005 3.715 222.962 – – – – 226.677 7 226.684

31.12.2005

– – 118.850 1.966.487 – – 2.085.337 7 2.085.344

31.12.2004

(3.556) (53.968) 57.938 261.146 – – 261.560 – 261.560

(5.151) – 77.406 315.586 (591) (4) 387.246 – 387.246

c) As principais participações societárias diretas, avaliadas pelo método de equivalência patrimonial, das empresas controladas direta e indiretamente pela BRADESPLAN estão demonstradas a seguir:

Controlada direta da Antares Holdings S.A. VBC Participações S.A. (1)(2)(4)(7) ....................... 1) 2) 3)

4) 5) 6)

VBC

29.020

291

Em 31 de dezembro 2005 2004

Curto Prazo Debêntures - U.G.B. (*) ....................................................................... Provisão para Perda Debêntures - U.G.B. (*) ....................................... Derivativos sobre Emissão de Títulos .................................................. TOTAL ............................................................................................... Longo Prazo Euro Notes Globopar (*) ...................................................................... Provisão para Perda Euro Notes - Globopar (*) ................................... TOTAL ...............................................................................................

9)

30.6.2005 31.12.2004 30.6.2005 31.12.2004 31.12.2005 31.12.2004 17.104

69

Fundo de investimento financeiro ......................................................... Outros .................................................................................................

8)

Receita Bruta de Vendas e Serviços . Impostos Incidentes sobre Vendas e Serviços ................. Receita Operacional Líquida de Vendas e Serviços .............. Custo dos Produtos Vendidos e Serviços Prestados ............... Lucro Bruto ............ Despesas Operacionais Líquidas ........... Receitas (Despesas) Financeiras Líquidas Resultado de Equivalência Patrimonial ... Resultado Operacional ..........................

DISPONIBILIDADES

7)

VALEPAR (1)

551

Capital Social

2004

11.832

CVRD (2)

Em 28 de setembro de 2005 houve redução de capital na Bradesplan Participações S.A., no montante de R$ 2.106.427, mediante restituição do capital em bens representados pela totalidade das ações de emissão da Valepar S.A. à Bradespar S.A.. (2) A BRADESPLAN não possuia ações da CVRD e sim da VALEPAR que é a controladora desta companhia. A CVRD e as controladas indiretas VBC ENERGIA e CPFL ENERGIA são sociedades por ações de capital aberto e, por conseqüência, arquivam suas demonstrações financeiras junto à Comissão de Valores Mobiliários.Desta forma, informações detalhadas sobre essas sociedades em 31 de dezembro de 2005, 30 de junho de 2005 e 31 de dezembro de 2004 podem ser obtidas diretamente junto à CVM, através do site www.cvm.gov.br.

Em R$ Milhões Demonstração do Resultado

30.6.2005 31.12.2004 30.6.2005 31.12.2004 31.12.2005 31.12.2004

Empresas

(*) A despesa do exercício está registrada em Outras Despesas Operacionais. Em 20.7.2005 as debêntures da UGB foram substituídas por Notas de emissão da Globopar (Euro Notes), vencíveis em 2012, com remuneração de CDI mais 1% ao ano, capitalizados semestralmente e pagáveis a partir de 2009.

VBC

Resultado não Operacional ...................... Resultado antes da Tributação sobre o Lucro ..................... Imposto de Renda e Contribuição Social . Item Extraordinário Líquido do Efeito Tributário ................ Participação Minoritária Reversão dos Juros Sobre Capital Próprio

VBC

VALEPAR (1)

VALEPAR (1)

(1)

SUMÁRIO DOS BALANÇOS PATRIMONIAIS E DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADO CONSOLIDADOS DAS CONTROLADAS DE CONTROLE COMPARTILHADO Apresentamos abaixo o Balanço Patrimonial e a Demonstração de Resultado das principais empresas Controladas de Controle Compartilhado indiretamente pela Bradesplan Participações S.A., conforme divulgado pelas empresas em 31 de dezembro: Em R$ Milhões CVRD (1)

CVRD (1) (2)

519.147

Patrimônio Líquido Ajustado

Resultado Ajustado

393.473

312.329

Dados relativos a 31.12.2005; Controlada de Controle Compartilhado; Ajuste decorrente de avaliação, considera os resultados apurados pelas companhias, a partir da aquisição e inclui variações patrimoniais das investidas não decorrentes de resultado, bem como os ajustes por equalização de princípios contábeis, quando aplicáveis; Empresas que tiveram suas informações anuais/financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2005 revisadas pelos mesmos auditores independentes da BRADESPLAN; Empresa incorporada pela Bradesplan Participações S.A. em abril de 2004; Empresa adquirida em novembro de 2005, sendo que em 28 de dezembro de 2005 aumentou o capital social em 276.926.899 cotas, subscritas e integralizadas no ato pela Sócia-Cotista Bradesplan Participações S.A., mediante a conferência de 3.166.839.246 ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, de emissão da VBC Participações S.A.; No resultado do exercício contempla um ajuste de exercícios anteriores em controladas decorrente da provisão para obrigações com Programas de Pesquisa e Desenvolvimento e Eficiência Energética, no montante de R$ 28.333; Em 28 de setembro de 2005 houve redução de capital na Bradesplan Participações S.A., no montante de R$ 2.106.427, mediante restituição do capital em bens representados pela totalidade das ações de emissão da Valepar S.A. à Bradespar S.A.; Empresa vendida em maio de 2004 para União de Comércio e Participações Ltda. VBC Os ágios decorrentes de aquisição da participação societária na CPFL PAULISTA, RGE, CPFL PIRATININGA e SEMESA, são amortizados a partir de 2004, proporcionalmente às curvas do lucro líquido projetado para o período remanescente das respectivas concessões. Para a controlada indireta SEMESA, o ágio é amortizado pelo prazo remanescente de seu contrato de arrendamento. Os ágios decorrentes das aquisições de participações da Barra Grande, Foz do Chapecó e ENERCAN, controladas em conjunto da CPFL GERAÇÃO, estão fundamentados na expectativa de rentabilidade futura decorrente de seus contratos de concessão, sendo amortizados no prazo destes contratos, a partir do início das operações comerciais dessas empresas. No exercício de 2005, a amortização do ágio foi apurada com base em taxa anual de 4,997631% na CPFL PAULISTA, 4,997631% na RGE, 5,777282% na CPFL PIRATININGA, 7,439278% na SEMESA e 0,168050% na Barra Grande, sendo essas taxas sujeitas à revisão periódica.

11.

EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS Os empréstimos e financiamentos referem-se a captação de US$ 50.000 via Resolução nº 2.770 do Banco Central do Brasil pela Bradesplan, junto ao Banco de Investimentos Credit Suisse First Boston S.A. (CSFB), com encargos de juros de 5,09% ao ano, acrescidos da variação do dólar, cupons semestrais e vencimento do principal em maio de 2006, sendo que o saldo em 31 de dezembro de 2005 correspondia a R$ 117.763 (2004 - R$ 133.546).

12.

Quantidade de Participação Ações Possuídas (em mil) no Capital Social O.N. 3.166.839

33,333%

Ajuste Decorrente de Avaliação (3)

Investimentos 31.12.2005

31.12.2005

31.12.2004

131.157

31.12.2004

46.170

DEBÊNTURES a) Posição das Debêntures Data de Emissão

Data de Vencimento

Nov/00

Nov/07

Emitida Colocada 7.000

778

Forma

Remuneração

Pública

C.D.I.

Em 31 de dezembro Longo Prazo 2004

2005 –

157.466

Em Assembléia Geral Extraordinária de 28 de novembro de 2005, foi aprovado o cancelamento das 7.000 debêntures de segunda emissão que permaneciam em tesouraria, firmando respectivo Instrumento de Distrato da Escritura de Segunda Emissão entre a Bradesplan e o Agente Fiduciário. O cancelamento foi homologado pela Comissão de Valores Mobiliários - CVM em 7 de fevereiro de 2006, através de Ofício/CVM/SEP/GEA-1/Nº 062/2006. 13. EMISSÃO DE TÍTULOS NO EXTERIOR COM “SWAP” Em 22 de maio de 2003 a BRADESPLAN, através de sua controlada Millennium, vendeu ao Credit Suisse First Boston (Bahamas) Limited títulos emitidos no exterior no montante de US$ 52,073,333.33, remunerados à taxa de 5,646514% ao ano, com vencimento em 3 (três) anos. Essa operação conta também com um contrato de “swap” sobre a emissão desses títulos (modificando o indexador para 95% do CDI), com vencimento em maio de 2006, contabilizado na rubrica “ Títulos e Valores Mobiliários Derivativos sobre Emissão de Títulos”, que montava em 31 de dezembro de 2005 a um diferencial a receber líquido de valores a pagar R$ 3.564 (nota 6) (2004 diferencial a pagar - R$ 10.231). Em 22 de setembro de 2003 houve a colocação desses títulos no mercado com redução do montante para US$ 50,000,000 e aumento da taxa para 7% ao ano, sem alterações de vencimento e do valor de resgate final dos títulos. O contrato de “swap” para 95% do CDI referente a esses títulos permaneceu inalterado. Em dezembro de 2004 a BRADESPLAN, realizou a 1ª antecipação do pagamento do contrato de “swap” ao Credit Suisse First Boston, no montante de R$ 55.618, pois, de acordo com o contrato de operações de “swap”, as partes, a qualquer momento durante o período de vigência, ao se comparar os valores presentes dos ativos, a taxas de mercado, e uma parte ser credora da outra em valor superior ao equivalente em moeda nacional a US$ 12.000 (doze milhões de dólares dos Estados Unidos da América), essa quantia será imediatamente entregue pela parte devedora à parte credora. Após a realização deste primeiro adiantamento o valor de referência foi reduzido para US$ 5.000 (cinco milhões de dólares dos Estados Unidos da América). Durante o exercício de 2005 houve outras antecipações de pagamento do contrato de “swap” ao Credit Suisse First Boston, sendo que a 2ª antecipação foi realizada em abril de 2005 no montante de R$ 12.799, a 3ª antecipação foi realizada em maio de 2005 no montante de R$ 11.892, a 4ª antecipação foi realizada em agosto de 2005 no montante de R$ 11.531 e a 5ª antecipação foi realizada em novembro de 2005 no montante de R$ 10.848. 14.

PASSIVOS CONTINGENTES Foram constituídas provisões para as quais os advogados externos da companhia tenham determinado que a probabilidade de perda é provável ou possível. Nos processos mais significativos estão sendo discutidas as bases de cálculo do PIS e COFINS no montante de R$ 90.626 (2004 - R$ 73.222).


DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 -.LEGAIS

sexta-feira, sábado e domingo, 7, 8 e 9 de abril de 2006

Bradesplan Participações S.A. CNPJ 61.782.769/0001-01 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras – (Em Milhares de Reais, exceto quando mencionado)

CONTINUAÇÃO 15.

c) BABIÉ

PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Composição do capital social em ações O capital social, totalmente subscrito e integralizado, é dividido em ações nominativas-escriturais, sem valor nominal. Em 31 de dezembro 2005 2004 Ordinárias ................................................... Total ...........................................................

1.774.477.325 1.774.477.325

2005 Ativo Receitas (passivo) (despesas) Valores a Receber - Venda de Investimentos: - Bradesplan Participações S.A. ...........

1.774.477.325 1.774.477.325

Em Assembléia Geral Extraordinária, realizada em 30 de dezembro de 2004, foi aprovado o aumento de capital da Sociedade. O montante da operação foi de R$ 930.431, elevando o capital social de R$ 985.000 para R$ 1.915.431, sendo emitidas 825.798.035 ações ordinárias, nominativas escriturais, sem valor nominal, ao preço de R$ 1,126704783 por ação, mediante subscrição particular pelos acionistas, com integralização à vista. Em Assembléia Geral Extraordinária de 29 de abril de 2005, foi deliberado aumento do capital social, no valor de R$ 569, elevando-o de R$ 1.915.431 para R$ 1.916.000, mediante a capitalização de parte do saldo da conta Reserva de Lucros - Reserva Estatutária para Aumento de Capital, sem emissão de ações, de acordo com o disposto no Parágrafo Primeiro do Artigo 169 da Lei no 6.404/76. Em Assembléia Geral Extraordinária de 27 de setembro de 2005, foi aprovado o aumento do seu capital social da sociedade no valor de R$ 191.289, elevando-o de R$ 1.916.000 para R$ 2.107.289, mediante a capitalização do saldo da conta “Reserva de Lucros - Reserva Estatutária para Aumento de Capital” - R$ 181.696; e de parte do saldo da conta “Reserva de Lucros - Reserva Legal” R$ 9.593, sem emissão de ações. Em Assembléia Geral Extraordinária realizada em 29 de setembro de 2005, foi aprovada a proposta do Conselho de Administração, registrada na Reunião Extraordinária de 28 de setembro de 2005 a redução do Capital Social da Bradesplan Participações S.A., no montante de R$ 2.106.427, de conformidade com o disposto no Artigo 173 da Lei no 6.404/76, que foi concretizado mediante restituição do capital em bens, exclusivamente à acionista Bradespar S.A., representados por 66.420.639 (sessenta e seis milhões, quatrocentas e vinte mil, seiscentas e trinta e nove) ações ordinárias, nominativas, sem valor nominal, de emissão da Valepar S.A., pelo custo contábil deste investimento, no valor de R$ 2.106.427. b) Dividendos Conforme disposição estatutária, aos acionistas estão assegurados dividendos e/ou juros sobre o capital próprio que somados correspondam a 25% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da lei societária. O cálculo dos dividendos propostos, relativos ao exercício de 2005, está demonstrado a seguir:

Lucro líquido .................................................................................. Reserva legal ................................................................................

R$ 363.243 (18.162)

Base de cálculo ...........................................................................

345.081

Dividendos Propostos em 2005 ................................................. Dividendos Propostos em 2004 .................................................

86.300 53.607

Contratos de Mútuo: - Bradesplan Participações S.A. ........... 17.

25% 25%

2004 Receitas Ativo (passivo) (despesas) –

(1.703)

(86.300)

(53.606)

(2.353)

18.

Valor do Contrato (1)

Posição Ativa

Posição Passiva

100% da variação cambial + 7% ao ano

95% do CDI

Conselho de Administração e Diretoria Cidade de Deus, Osasco, 27 de março de 2006

1.295.827

162.300

3.564

OUTRAS INFORMAÇÕES a) Resultado na alienação de investimentos refere-se a venda de acões da Net Serviços no montante de R$ 58.163 (2004 - R$ 50.688). Em decorrência das alienações, a Bradesplan deixou de ser acionista da NET. b) Outras Receitas (Despesas) Operacionais 31.12.2005 Despesas Tributárias ..................................................................... Reversão/Provisão para Perdas sobre Debêntures da U.G.B. ........ Provisão para Perdas sobre Euro Notes Globopar ......................... Reversão de Provisão para Amortização de Ágio (*) ...................... Outros ........................................................................................... Total .............................................................................................

Valor a Receber (2) Vencimento Maio/2006

31.12.2004

(9.049) 99.606 (114.912) 100.138 383 76.166

(17.139) (20.497) – – (4) (37.640)

(*) Refere-se a reversão de provisão para amortização de ágio do investimento na VBC Participações S.A., que foi constituída na empresa Antares Holdings S.A., atual controladora de VBC (nota 10 c item 6). 19.

CONSIDERAÇÕES SOBRE RISCOS Os negócios da VBC e de suas controladas compreendem, principalmente, o fornecimento de energia a consumidores finais, como concessionárias de serviços públicos, cujas atividades e tarifas são reguladas pela ANEEL. Os principais fatores de risco de mercado que afetam seus negócios são como segue: Risco deTaxa de Câmbio: Esse risco decorre da possibilidade de as controladas virem a incorrer em perdas e em restrições de caixa, por conta de flutuações nas taxas de câmbio, aumentando os saldos de passivo denominados em moeda estrangeira. As controladas da VBC se protegem desse risco mediante contratação de operações de “hedge”/”swap” , para que as dívidas estejam indexadas à variação de índices nacionais. As referidas operações são registradas de acordo com regime de competência e conforme as condições do instrumento contratado. • Empréstimos em Moeda Estrangeira: A exposição relativa à empréstimos foi substancialmente coberta através de operações financeiras de “swap”, o que proporcionou à VBC e às controladas trocar os riscos originais da operação para o custo proporcional ao CDI. • Compra de Energia de Itaipú: As controladas da VBC estão expostas em suas atividades operacionais, à variação cambial na compra de energia elétrica de Itaipú. O mecanismo de compensação - CVA protege as empresas de eventuais perdas. Risco deTaxa de Juros: Esse risco é oriundo da possibilidade da VBC e suas controladas virem a incorrer em perdas por conta de flutuações nas taxas de juros que aumentem as despesas financeiras relativas a empréstimos, financiamentos e debêntures. Para os empréstimos tomados em moeda estrangeira as controladas da VBC têm pactuado contratos de derivativos para fazer “hedge” contra esse risco e, para parte dos empréstimos tomados em moeda nacional, as controladas da VBC tem como contrapartida ativos regulatórios atualizados pela variação da taxa “Selic”. Adicionalmente as controladas da VBC têm buscado aumentar a participação de empréstimos atrelados a variação de TJLP, índice menos volátil as oscilações do mercado financeiro. Risco de Crédito: O risco surge da possibilidade das controladas virem a incorrer em perdas resultantes da dificuldade de recebimento de valores faturados a seus clientes. Este risco é avaliado pelas controladas da VBC como baixo, tendo em vista a pulverização do número de clientes e da política de cobrança e corte de fornecimento para consumidores inadimplentes. Risco quanto à Escassez de Energia: A energia vendida pelas suas controladas basicamente é gerada por usinas hidrelétricas. Um período prolongado de escassez de chuva pode reduzir o volume de água dos reservatórios das usinas e resultar em perdas em função do aumento de custos na aquisição de energia ou redução de receitas com adoção de um novo programa de racionamento, como o verificado em 2001. Devido ao nível atual dos reservatórios, o Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS, não prevê para o exercício de 2006 um novo programa de racionamento. Risco de Aceleração de Dívidas: As controladas da VBC possuem contratos de empréstimos, financiamentos e debêntures, com cláusulas restritivas (“covenants”) normalmente aplicáveis a esses tipos de operações, relacionadas ao atendimento de índices econômico-financeiros, geração de caixa e outros. Essas cláusulas restritivas foram atendidas e não limitam a capacidade de condução do curso normal das operações.

2004 Receitas Ativo (passivo) (despesas)

131.157

Cotação em Bolsa (*)

VBC

2004

1.703

(1) Valor registrado em conta de compensação. (2) Inclui antecipações de “swap” no montante de R$ 102.688, conforme descrito na nota 13. O valor contábil dos demais instrumentos financeiros registrados em contas patrimoniais, principalmente, títulos e valores mobiliários e contas a receber equivale, aproximadamente, ao valor de mercado desses instrumentos.

Em 31 de dezembro

Contratos de Mútuo: - Millennium Security Corp. ................. Dividendos e Juros sobre o Capital Próprio: - Bradespar S.A. .................................. Obrigações por Aquisição de Investimentos: - Babié Participações S.A. ...................

O valor das cotações em bolsa de valores desses investimentos não reflete o prêmio de controle correspondente a um lote representativo de ações. Além dos investimentos mencionados acima, a BRADESPLAN efetuou operação de “swap” com o Credit Suisse First Boston (nota 13) e operações com contratos de opções. Apresentamos a seguir, a posição em 31 de dezembro de 2005: Operações de“swap”

b) BRADESPLAN 2005 Ativo Receitas (passivo) (despesas)

(1) Indiretamente pela participação da Antares. (*) Cotação de média de 29 de dezembro de 2005.

% (1)

53.606

INSTRUMENTOS FINANCEIROS A Bradesplan Participações S.A. e suas Controladas participam de operações envolvendo instrumentos financeiros registrados em contas patrimoniais ou de compensação, no sentido de administrar sua exposição a riscos de taxas de juros, conforme demonstrado a seguir: Os principais instrumentos financeiros ativos registrados em contas patrimoniais, referem-se, principalmente, aos investimentos possuídos direta e indiretamente, os quais são avaliados pelo método de equivalência patrimonial. Os principais investimentos que possuem cotação freqüente em bolsa de valores estão sumariados abaixo, considerando a última cotação disponível até 31 de dezembro de 2005:

VBC/CPFL Energia/ Companhia Paulista de Força e Luz - ON (1) .......

Em 31 de dezembro

86.300

2.353

2004 Receitas Ativo (passivo) (despesas)

Valor Contábil

a) BRADESPAR

Dividendos e Juros sobre o Capital Próprio: - Bradesplan Participações S.A. ...........

Em 31 de dezembro

PARTES RELACIONADAS Os principais saldos e transações entre a BRADESPLAN e empresas controladas e a BRADESPAR, seu acionista controlador e empresas controladas podem ser demonstradas como segue:

2005 Ativo Receitas (passivo) (despesas)

2005 Ativo Receitas (passivo) (despesas)

Reservas de Lucros ..................................................................... 276.943 138.250 - Reserva Legal (1) ....................................................................... 18.162 9.593 - Reserva Estatutária para Aumento de Capital (2) ........................ 258.781 128.657 (1) Constituída obrigatoriamente à base de 5% do lucro líquido do exercício, até atingir 20% do capital social realizado, ou 30% do capital social, acrescido das reservas de capital. Após esse limite a apropriação não mais se faz obrigatória. A reserva legal somente poderá ser utilizada para aumento de capital ou para compensar prejuízos. (2) Pode ser constituída em 100% do lucro líquido remanescente após destinações estatutárias, mediante proposta da Diretoria, aprovada pelo Conselho e deliberada pela Assembléia Geral, sendo o saldo limitado a 100% do Capital Social Integralizado. 16.

2004 Receitas Ativo (passivo) (despesas)

d) MILLENNIUM

(1) Percentual da remuneração aos acionistas sobre a base de cálculo. Em Assembléia Geral Extraordinária realizada em 27 de setembro de 2005, em razão da necessidade de reestruturação do capital da Sociedade, o dividendo proposto pela Bradesplan Participações S.A. do exercício encerrado em 31 de dezembro de 2004, no montante de R$ 53.607, foi revertido para a conta de Reserva de Lucro - Reserva Estatutária para Aumento de Capital. c) Reservas de Lucros 2005

A VBC e suas controladas mantêm políticas e estratégias operacionais e financeiras visando liquidez, segurança e rentabilidade de seus ativos. Desta forma possuem procedimentos de controles e acompanhamentos das transações e saldos dos instrumentos financeiros, com o objetivo de monitorar os riscos e taxas vigentes em relação às praticadas no mercado. Os principais instrumentos financeiros ativos e passivos das controlada da VBC, em 31 de dezembro de 2005, são descritos a seguir, bem como os critérios para sua valorização e avaliação nas demonstrações financeiras: Disponibilidades: Compreendem caixa, contas bancárias e aplicações financeiras. O valor de mercado desses ativos aproxima-se dos valores demonstrados nos balanços patrimoniais. Ativos e Passivos Regulatórios: São compostos, basicamente, pela Recomposição Tarifária Extraordinária, Energia Livre, Parcela “A”, PERCEE, Ativos e Passivos relacionados a compensação financeira, resultado da Revisão Tarifária Periódica, CVA, Subvenção Baixa Renda, Ativo Regulatório de PIS/COFINS e outros. Esses créditos e débitos decorrem dos efeitos do plano de racionamento de 2001 e outros valores relacionados ao diferimento de custos e receitas tarifárias e alteração de legislação tributária. Esses valores estão avaliados pelo valor contábil, conforme critérios definidos pela ANEEL. Empréstimos e Financiamentos: Estão avaliados conforme os critérios estipulados em contratos. Conforme descrito acima, em 31 de dezembro de 2005 as controladas da VBC mantinham instrumentos de troca de resultados financeiros para seus empréstimos denominados em moeda estrangeira e juros internacionais. Esses instrumentos contratados têm como objetivo proteger as operações das controladas da VBC de variações cambiais e juros internacionais e não são utilizados para fins especulativos. Debêntures: As debêntures lançadas pelas controladas da VBC não são negociadas no mercado e estão avaliadas conforme os critérios estipulados quando de sua emissão. Investimentos em Controladas: A controlada integral VBC possui investimento avaliado pela equivalência patrimonial na controlada CPFL ENERGIA cujas ações são negociadas no mercado de capitais. O saldo contábil do investimento na controlada indireta CPFL ENERGIA em 31 de dezembro de 2005 é de R$ 1.846.152 (2004 - R$ 1.543.739) e as respectivas cotações de mercado na BOVESPA e na NYSE - New York Stock Exchange no EUA, naquela data foram de R$ 5.170.863 e R$ 5.021.487, respectivamente, (2004 - R$ 3.057.056 e R$ 2.991.034, respectivamente).

Em 31 de dezembro

EVENTOS SUBSEQÜENTES Em 23 de fevereiro de 2006, houve Cisão Parcial do Patrimônio Líquido da Bradesplan Participações S.A., com versão da parcela cindida ao Patrimônio da Malta Holdings Ltda., visando a promover a reorganização societária, com o objetivo de otimizar os recursos disponíveis e alcançar melhores níveis de competitividade e produtividade, com a conseqüente racionalização e redução de custos operacionais, administrativos e legais. Na operação foram segregados ativos no montante de R$ 198.148 representados, substancialmente, pelo investimento na Antares Holdings Ltda. e passivos no montante de R$ 198.048, substancialmente, representados por dívidas da Bradesplan com terceiros, com conseqüente redução de capital na Bradesplan e aumento de capital na Malta, no montante de R$ 100. A Malta Holdings Ltda. é controlada em 100% pela Bradespar. Apresentamos abaixo os eventos subseqüentes, conforme informações prestadas pelas empresas, considerando o valor total dessas operações e não a parcela proporcional referente a BRADESPLAN: VBC Segregação de Participação Societária Através da Resolução Autorizativa nº 305, de 5 de setembro de 2005, a ANEEL anuiu com a transferência do controle acionário detido pela controlada CPFL PAULISTA na CPFL PIRATININGA e na RGE, para a Sociedade, cuja implementação deverá ocorrer até 14 de abril de 2006 e 14 de março de 2007, respectivamente. As controladas e seu novo controlador direto, CPFL ENERGIA, deverão firmar os respectivos termos aditivos aos contratos de concessão de distribuição, no prazo máximo de 30 dias, contados a partir da convocação formal pela ANEEL. Distribuição Pública de Debêntures da controlada indireta CPFL PIRATININGA Em reunião do Conselho de Administração da controlada indireta CPFL PIRATININGA realizada em 06 de janeiro de 2006, foi deliberada a distribuição pública de 40.000 mil debêntures não conversíveis em ações, da 1ª Emissão, nominativas e escriturais, em série única, da espécie subordinada, com valor nominal unitário na data de emissão de R$ 10.000,00 (dez mil reais), perfazendo o montante de R$ 400 (quatrocentos milhões de reais) sendo remuneradas a 104% do CDI, com vencimento para 01 de janeiro de 2011. Em 22 de fevereiro de 2006 foi publicado Anúncio de Encerramento de Distribuição Pública de Debêntures, que comunicou em caráter exclusivamente informativo que as debêntures foram subscritas e integralizadas. Programa de Desligamento Voluntário Em janeiro de 2006, a controlada CPFL PAULISTA e controlada indireta CPFL PIRATININGA lançaram o Programa de Desligamento Voluntário, com vigência entre os dias 24 de janeiro de 2006 e 10 de fevereiro de 2006, destinado a colaboradores que reúnam condições para aposentadoria integral ou proporcional no INSS e/ou na Fundação CESP. Os custos a serem gerados por este plano serão reconhecidos durante o exercício de 2006, tão logo os termos finais respectivos se tornarem conhecidos.

Parecer dos Auditores Independentes Aos Acionistas e Administradores da Bradesplan Participações S.A. Osasco - SP

Conselho de Administração

Presidente Lázaro de Mello Brandão

Vice-Presidente Antônio Bornia

1.

Diretoria Diretor-Presidente João Moisés de Oliveira

Diretores Membros Mário da Silveira Teixeira Júnior Márcio Artur Laurelli Cypriano João Aguiar Alvarez Denise Aguiar Alvarez Valente

2.

Luiz Maurício Leuzinger Renato da Cruz Gomes Rômulo de Mello Dias

Examinamos o balanço patrimonial da Bradesplan Participações S.A., levantado em 31 de dezembro de 2005, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes ao exercício findo naquela data, elaborados sob a responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. O exame das demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2005, de certas controladas indiretas em conjunto pela Sociedade foi conduzido sob a responsabilidade de outros auditores independentes, cujos pareceres foram emitidos sem ressalvas. O investimento proporcional da Sociedade nessas controladas e o resultado da sua avaliação pela equivalência patrimonial representam, respectivamente, 42% do saldo de investimento da Sociedade em 31 de dezembro de 2005, e 23,63 % do resultado de equivalência patrimonial registrado para o exercício findo naquela data. Nossa opinião, no que diz respeito aos valores dessas controladas indiretas em conjunto incluídos nos investimentos registrados pelo método da equivalência patrimonial nas demonstrações financeiras da Sociedade, está baseada exclusivamente nos pareceres desses auditores independentes. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas brasileiras de auditoria e compreendeu: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles

internos da Sociedade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração da Sociedade, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3.

Em nossa opinião, baseados em nosso exame e nos pareceres de outros auditores independentes, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 acima representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Bradesplan Participações S.A. em 31 de dezembro de 2005, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos referentes ao exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

4.

As demonstrações financeiras referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2004, apresentadas para fins de comparação, foram por nós examinadas e nosso parecer, emitido em 29 de março de 2005, sem ressalvas, conteve os seguintes comentários: (a) limitação de escopo sobre investimentos auditados por outros auditores; (b) parágrafo de ênfase sobre o seguinte assunto: (i) alteração de amortização de ágio por certas controladas indiretas.

São Paulo, SP, 27 de março de 2006

Sergio de Jesus Contador CRC 1SP198209/O-2

Tr â n s i t o Urbanismo Administração Transpor te

Maurício Pires de Andrade Resende Contador CRC nº 1 MG 049.699/O-2 “T” SP

DELOITTE TOUCHE TOHMATSU Auditores Independentes CRC nº 2 SP 011609/O-8

Secretaria Municipal de Transportes seria responsável pela instalação das placas.

AVISOS VÃO INDICAR ROTAS ALTERNATIVAS

Arquivo/DC

APROVADA SINALIZAÇÃO DE CHUVA Projeto, aprovado em primeira votação, prevê colocação de placas indicativas em vias que costumam inundar

D

Ivan Ventura epois das fortes chuvas das últimas semanas, um projeto de lei não poderia ser mais conveniente para a cidade: o PL 37/06, que obriga a Secretaria Municipal de Transportes a instalar placas de sinalização indicativas nas vias que forem atingidas por alagamentos ou avisos em locais estratégicos. A proposta, do vereador Francisco Chagas (PT), foi aprovada em primeira votação simbólica, na terça-feira, e recebeu votos favoráveis de todos os vereadores. Para virar lei, são necessárias a segunda votação e a sanção do prefeito. Segundo Chagas, seriam dois tipos de placas. As perma-

nentes, colocadas em locais com grande incidência de enchentes – como a avenida Aricanduva. Ruas menores ou com um fluxo menor de veículos teriam placas provisórias. Resta saber se as enchentes também obedeceriam às indicações, mantendo sempre o mesmo curso. Indignação – A proposta foi apresentada em fevereiro e passou rapidamente pelas comissões permanentes da Câmara. À época, Chagas revelou que o PL nasceu de uma reportagem que o indignou. "Foi uma chuva que atingiu o Campo Limpo e a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) demorou para chegar ao local para indicar rotas alternativas aos motoristas. Com esse pro-

jeto, espero ajudar as pessoas nessas condições até a chegada dos agentes de trânsito". Chagas afirmou que considerou também a questão orçamentária. "A CET tem efetivo e condições de implantar as placas, porque o custo é baixo". Na mesma semana em que foi apresentada a proposta, o engenheiro Kurt André Pereira Amann, especialista em trânsito e engenheiro civil, comentou que acrescentaria ou-

tra medida ao projeto original. "A Prefeitura deveria realizar uma campanha nos meios de comunicação sobre a existência dessas placas que explicam as rotas alternativas", disse. Segundo ele, quem mora na cidade tem o hábito de usar vias alternativas em caso de alagamento, mas motoristas que estão de passagem conhecem apenas as principais ruas e avenidas e acabam presos nos congestionamentos por não conhecer as alternativas. Atualmente, a Companhia de Engenharia de Tráfego, por meio de seus agentes de campo, já auxilia os motoristas quando ocorrem as tempestades na cidade, direcionando o fluxo de veículos para outras ruas.

Aricanduva: a avenida, na zona leste, teria placas permanentes


sexta-feira, sábado e domingo, 7, 8 e 9 de abril de 2006

Nacional Estilo Segurança Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Presidente da fundação diz que organizações deveriam colaborar com o governo

A

zeram parte a presidente da Associação de Mães e Amigos de Crianças e Adolescentes em Risco, Conceição Paganele, e Ariel de Castro Alves, do Movimento Nacional de Direitos Humanos) esteve no complexo com os adolescentes. Para Berenice, Conceição só contribuiu para agitar os jovens. "Ela insufla a manifestação", disse. As críticas atingiram também o promotor da Infância e Juventude, Thales de Oliveira. "Ele quer falar em cultura carcerária, mas nunca visitou o complexo." OEA – Berenice confirmou que a Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa visitará hoje o complexo. Fotografias foram tiradas e serão anexadas ao relatório sobre o episódio que será enviado à Organização dos Estados Americanos (OEA). Uma delas mostra um dos símbolos do PCC pintado na parede. Embargo – Depois de perder, ao menos temporariamente, a queda-de-braço com prefeituras da Grande São Paulo, que não querem suas unidades, a Febem sofreu outra derrota. A Promotoria da Infância e Juventude conseguiu liminar para embargar a construção de duas unidades: na Vila Leopoldina, zona oeste, e em Itaquera, na zona leste. Cada uma abrigaria até 150 internos, o que, para o promotor Edson Spina Fertonani, um dos autores da ação, já configura um complexo. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) prevê que os internos devem ficar em unidades pequenas, mas não define o número de internos. Em 1996, contudo, o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente fixou em 40 jovens a capacidade máxima. A Febem, que afirmou ainda não ter sido notificada sobre o embargo, está sujeita a multa diária de R$ 50 mil por unidade, caso descumpra a determinação, e ainda ao afastamento provisório da presidente (AE)

Roberto Donask/Futura Press

LONGEVIDADE

APREENSÃO

ela primeira vez na história, 15 países apresentam uma expectativa de vida acima dos 80 anos, segundo relatório divulgado ontem pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A liderança no ranking dos países mais longevos é compartilhada por Japão, Mônaco e San Marino, todos com expectativa de 82 anos. O Brasil aparece com

Polícia Militar apreendeu uma carga de medicamentos roubados equivalente a três carretas, ontem, em Tatuí, a 135 quilômetros de São Paulo. Os remédios, avaliados em R$ 3 milhões, estavam embalados em caixas de papelão e escondidos em um depósito do clube Pantanal, no bairro Americana, zona rural do município. Duas pessoas foram presas. (AE)

A

Ó RBITA média de 69 anos e, apesar de ter evoluído, ainda é o 91º colocado entre 192 países, superado por quase todos os demais da América Latina. A OMS também destaca que o número de pessoas com mais de 60 anos cresceu

no País entre 1994 e 2004. Há 12 anos, 7,1% da população brasileira tinha mais de 60 anos de idade. Em 2004, eram 8,7%. O número de pessoas com mais de 60 anos vem aumentando no mundo, principalmente na Europa.

Companhia Securitizadora de Créditos Financeiros Rubi (Atual denominação da Companhia Securitizadora de Créditos Financeiros Interatlântico) Empresa da Organização Bradesco CNPJ 01.222.069/0001-22 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP

Demonstração do Resultado – Em Reais mil

Relatório da Diretoria

Exercícios findos em 31 de dezembro 2005 2004

Senhores Acionistas, Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas. o Balanço Patrimonial, bem como as Demonstrações do Resultado, das Mutações do Patrimônio Líquido e das Origens e Aplicações de Recursos, relativos ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, acompanhados das Notas Explicativas e Relatório dos Auditores Independentes sobre a revisão limitada. Colocamo-nos à disposição de V.Sas. para quaisquer esclarecimentos que julgarem necessários. Cidade de Deus, 10 de março de 2006 Diretoria

Balanço Patrimonial em 31 de dezembro – Em Reais mil ATIVO

2005

CIRCULANTE .................................... Disponibilidades .............................. B a n c o s ............................................ Aplicações Financeiras ................ Outros Créditos ................................ Tributos a Compensar ou a Recuperar Valores a Receber ......................... Créditos Tributários ........................ REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ..... Outros Créditos .............................. Tributos a Compensar ou a Recuperar Créditos Tributários ........................ Outros Valores e Bens ................... Créditos Securitizados .................. Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa ......................... Valores a Receber ......................... TOTAL .................................................

2004

PASSIVO

696.884 651.410 43 651.367 45.474 34.030 10 11.434 147.873 147.873 655 104.030 6.885 255.656

511.418 481.681 3 481.678 29.737 5.827 34 23.876 161.721 161.721 692 158.070 296 247.251

(245.885) 26.532 844.757

(244.588) – 673.139

2005

CIRCULANTE .................................... Obrigações Fiscais e Previdenciár i a s ................................................. Dividendos Propostos a Pagar ..... Contas a Pagar ............................... PATRIMÔNIO LÍQUIDO ..................... Capital: - De Domiciliados no País ............ Reservas de Lucros .......................

2004

47.972

26.205

9.335 38.628 9

371 25.834 –

796.785

646.934

589.831 206.954

563.998 82.936

TOTAL .................................................

RESERVAS DE LUCROS

844.757

673.139

ESTATUTÁRIA

LUCROS/ (PREJUÍZOS) ACUMULADOS

287.674

(285.291)

2.383

(285.287) (2.058) 563.669

– – –

– – –

285.287 – –

– (2.058) 563.669

– –

– –

– –

1 108.773

1 108.773

– – –

5.439 – –

– – 77.497

(5.439) (25.834) (77.497)

– (25.834) –

CAPITAL SOCIAL

EVENTOS SALDOS EM 31.12.2003 .................................................... REDUÇÃO DE CAPITAL: - Absorção dos prejuízos acumulados ............................. - Cancelamento de ações .................................................. AUMENTO DE CAPITAL POR INCORPORAÇÃO ............ AUMENTO DE LUCROS OU PREJUÍZOS ACUMULADOS POR INCORPORAÇÃO ...................................................... LUCRO DO EXERCÍCIO ...................................................... Destinações: Reserva Legal ................................................................... Dividendos Propostos ...................................................... Reserva Estatutária ..........................................................

RECEITAS OPERACIONAIS ................. Receitas Financeiras ............................. Rendas de Créditos Securitizados ...... Outras Receitas Operacionais .............. DESPESAS OPERACIONAIS .............. Despesas Tributárias ............................. Despesas Gerais e Administrativas .... Outras Despesas Operacionais ............ RESULTADO OPERACIONAL ............... RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ........................................ LUCRO DO EXERCÍCIO .........................

261.881 97.754 51.346 112.781 15.497 12.267 578 2.652 246.384 246.384

7.538 7.534 – 4 355 352 3 – 7.183 7.183

(83.738) 162.646

101.590 108.773

Número de ações ................................... Lucro por lote de mil ações em R$ ......

278.218.647 584,60

269.499.659 403,61

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos – Em Reais mil Exercícios findos em 31 de dezembro 2005 2004

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – Em Reais mil LEGAL

TOTAIS

SALDOS EM 31.12.2004 ....................................................

563.998

5.439

77.497

646.934

AUMENTO DE CAPITAL ..................................................... LUCRO DO EXERCÍCIO ...................................................... Destinações: Reserva Legal ................................................................... Dividendos Propostos ...................................................... Reserva Estatutária ..........................................................

25.833 –

– –

– –

– 162.646

25.833 162.646

– – –

8.132 – –

– – 115.886

(8.132) (38.628) (115.886)

– (38.628) –

SALDOS EM 31.12.2005 ....................................................

589.831

13.571

193.383

796.785

ORIGEM DOS RECURSOS ...................

202.327

RECURSOS PROVENIENTES DAS OPERAÇÕES .......................................

162.646

672.442 108.773

LUCRO DO EXERCÍCIO .........................

162.646

108.773

RECURSOS DE ACIONISTAS .............. Aumento do Capital Social por incorporação ................................................. Aumento do Capital Social ................... Aumento de Lucros ou Prejuizos A c u m u l a d o s p o r i n c o r p o r a ç ã o ... Redução do Realizável a Longo Prazo

39.681

563.669

– 25.833

563.668 –

– 13.848

1 –

APLICAÇÃO DOS RECURSOS ............ Redução do Capital Social ................... Aumento do Realizável a Longo Prazo Dividendos Propostos ...........................

38.628 – – 38.628

189.383 2.058 161.491 25.834

AUMENTO NO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO .................................................

163.699

483.059

ATIVO CIRCULANTE .............................. No Início do Exercício ........................... No Fim do Exercício ..............................

185.466 511.418 696.884

509.262 2.156 511.418

PASSIVO CIRCULANTE ........................ No Início do Exercício ........................... No Fim do Exercício ..............................

21.767 26.205 47.972

26.203 2 26.205

AUMENTO NO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO .................................................

163.699

483.059

VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO:

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras 1) CONTEXTO OPERACIONAL A Companhia Securitizadora de Créditos Financeiros Rubi (atual denominação da Companhia Securitizadora de Créditos Financeiros Interatlântico), é uma empresa que tem por objetivo a aquisição de créditos oriundos de operações de empréstimo, de financiamento e de arrendamento mercantil. A Companhia Securitizadora de Créditos Financeiros Rubi é parte integrante da Organização Bradesco, utilizando-se de seus recursos administrativos e tecnológicos, e suas demonstrações financeiras devem ser entendidas neste contexto. Através de Instrumento de Protocolo e Justificação de Incorporação de 31 de Dezembro de 2004, deliberou-se a incorporação da Companhia Securitizadora de Créditos Financeiros BoaVista, com conseqüente aumento do capital social no montante de R$ 563.669, mediante a emissão de ações. 2) APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refere à constituição de provisões. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas. 3) PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Apuração do resultado As receitas e despesas são apropriadas de acordo com o regime de competência, observando-se o critério “pró-rata” dia para as de natureza financeira. As rendas de créditos securitizados são apropriadas ao resultado de acordo com o fluxo do efetivo recebimento das operações. b) Ativos e Passivos Os ativos foram demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias (em base “pro-rata” dia) auferidos e provisão para perda, quando julgada necessária. As aplicações em fundos de investimentos estão valorizadas utilizando a data do último dia do exercício fornecida pelo administrador dos fundos.Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e variações monetárias (em base “pro-rata” dia) incorridos. c) Imposto de Renda e Contribuição Social (Ativo e Passivo) O imposto de renda e contribuição social diferidos, calculados sobre diferenças temporárias às alíquotas descritas abaixo, são registrados na rubrica “Créditos Tributários”. Os créditos tributários sobre adições temporárias serão realizados quando da utilização e reversão das respectivas provisões sobre as quais foram constituídos. A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10%. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes. 4) APLICAÇÕES FINANCEIRAS A carteira de aplicações financeiras está representada em 31 de dezembro de 2005 por cotas de Fundos de Investimento no montante de R$ 651.367 mil (2004 - R$ 481.678 mil). Em 31 de dezembro de 2005 e 2004 a Companhia Securitizadora de Créditos Financeiros Rubi não possuia operações de instrumentos financeiros derivativos. 5) CRÉDITOS SECURITIZADOS Representam valores securitizados de operações de créditos oriundas de Instituições Financeiras, efetuadas de acordo com a Resolução n o 2686 de 26 de Janeiro de 2000, do Banco Central do Brasil BACEN. Em 31 de dezembro - R$ mil

Saldos Inicial ....................................... Constituição de Provisão ................... Entradas ............................................... Baixas por recebimento ..................... Reversão de Provisões ...................... Saldos Final ......................................... - Créditos Securitizados ..................... - Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa .........................................

2005

2004

2.663 (2.652) 12.265 (3.860) 1.355 9.771 255.656

– (244.588) 247.251 – – 2.663 247.251

(245.885)

(244.588)

Diretoria

Diretoria Diretor-Presidente Márcio Artur Laurelli Cypriano

a) O capital social, totalmente subscrito e integralizado é representado por 278.218.647 ações ordinárias nominativas, sem valor nominal. b) Movimentação do capital em ações: Ações Ordinárias Quantidade em 31 de dezembro de 2003 287.674.089 Redução de Capital (1) ....................... (247.996.769) Incorporação (2) ................................... 229.822.332 Quantidade em 31 de dezembro de 2004 269.499.652 Emissão de ações (3) ......................... 8.718.995 Quantidade em 31 de dezembro de 2005 278.218.647 (1)

7) TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS As transações com o controlador e empresas ligadas foram efetuadas em condições e taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações e estão assim representadas: Em 31 de dezembro - R$ mil

R$ mil 287.674 (287.345) 563.669 563.998 25.833 589.831

A Assembléia Geral Extraordinária de 18 de junho de 2004, deliberou redução do capital social no montante de R$ 287.345 mil, sendo R$ 285.287 mil para absorção dos prejuízos acumulados e R$ 2.058 mil, mediante restituição à acionista IASA, com conseqüente cancelamento de 247.996.769 ações ordinárias nominativas de sua titularidade, passando o capital social à R$ 329 mil, representado por 39.677.320 ações ordinárias nominativas, sem valor nominal;

(2)

O Instrumento de Protocolo e Justificação de Incorporação de 31 de dezembro de 2004, deliberou a incorporação da Companhia Securitizadora de Créditos Financeiros BoaVista, com conseqüente aumento do capital social no montante de R$ 563.669 mil, mediante a emissão de 229.822.332 novas ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal. (3) A Assembléia Geral Extraordinária de 23 de outubro de 2005, deliberou aumento de capital no valor de R$ 25.833 mil, mediante a emissão de 8.718.995 novas ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, mediante a utilização de crédito de titularidade do Banco Bradesco S.A. junto à Sociedade, relativos à pagamento de dividendos. c) A Assembléia Geral Extraordinária de 31 de agosto de 2004, deliberou alteração da denominação da sociedade de Companhia Securitizadora de Créditos Financeiros Interatlântico para Companhia Securitizadora de Créditos Financeiros Rubi; d) As reservas de lucros são constituidas obrigatóriamente, como segue: reserva legal a base de 5% do lucro líquido do exercício, até atingir 20% do capital social realizado ou 30% do capital social, acrescido das reservas de capital. Após esse limite a apropriação não mais se faz obrigatória. A reserva legal somente poderá ser utilizada para aumento de capital ou para compensar prejuízos; reserva estatutária objetiva à manutenção de margem operacional compatível com o desenvolvimento das operações ativas da Sociedade, pode ser constituida em 100% do lucro líquido remanescente após destinações estatutárias, sendo o saldo limitado a 95% do capital social integralizado. e) Conforme disposição estatutária, aos acionistas estão assegurados dividendos propostos que, somados aos dividendos intermediários e/ou juros sobre o capital próprio correspondam, no mínimo, a 25% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da lei societária, que foram provisionados e estão apresentados na rubrica “Dividendos Propostos a Pagar” no montante de R$ 38.628 mil (2004 - R$ 25.834 mil).

2005 Bancos (a) ............................................ Dividendos Propostos a Pagar (b) ....

2004

41 38.628

3 –

(a) Transações com o Banco Bradesco S.A. (b) Dividendos propostos a pagar para a empresa Titan Holdings S.A. no valor de R$ 34.485 mil e Banco BoaVista S.A. no valor de R$ 4.143 mil. 8) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social: Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Resultado antes do imposto de renda e contribuição social ..... 246.384 7.183 Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente (83.771) (2.442) Créditos tributários relativos a exercícios anteriores constituídos ...... – 104.013 Outros valores ............................... 33 19 Imposto de renda e contribuição social do exercício ..................... (83.738) 101.590 b) Composição da conta de resultado do imposto de renda e contribuição social: Impostos diferidos Constituição/(realização) no período, sobre adições temporárias .............. Utilização de saldos iniciais de: Base Negativa de Contribuição S o c i a l ............................................... Prejuízo fiscal ................................... Ativação de créditos tributários de exercícios anteriores: Base Negativa de Contribuição Social Prejuízo fiscal .................................. Adições temporárias ......................... Subtotal ................................................ Impostos correntes Imposto de renda e contribuição social devidos ............................................... Subtotal ................................................ Imposto de renda e contribuição social do exercício .......................................

2005

2004

(59.071)

(1.962) (5.449)

(701) (1.948)

– – – (66.482)

26.362 73.228 4.423 101.364

(17.256) (17.256)

226 226

(83.738)

101.590

c) Origem dos créditos tributários de imposto de renda e contribuição social diferidos Saldos em 31.12.2004

Realização

Saldo em 31.12.2005

84.970

59.071

25.899

84.970

59.071

25.899

96.976 181.946

7.411 66.482

89.565 115.464

181.946

66.482

115.464

Provisão para créditos de liquidação duvid o s a ......................... Total dos créditos tributários sobre diferenças temporárias Prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social Subtotal ..................... Total dos créditos tributários .............

d) Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias, prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social Diferenças temporárias Imposto Contribuição de Renda social

Em 31 de dezembro de 2005 - R$ mil Prejuízo fiscal e base negativa Contribuição Imposto de Renda social Total

2006 ............................................................ 183 66 8.224 2.961 11.434 2007 ............................................................ 10.213 3.677 5.887 2.119 21.896 2008 ............................................................ 8.544 3.076 20.358 7.329 39.307 2009 ............................................................ 103 37 31.388 11.299 42.827 Total ............................................................. 19.043 6.856 65.857 23.708 115.464 A projeção de realização de crédito tributário trata-se de estimativa e não é diretamente relacionada à expectativa de lucros contábeis. e) O valor presente dos créditos tributários, calculados considerando a taxa média de captação praticada pela Organização Bradesco, líquida dos efeitos tributários, monta a R$ 115.464 mil, sendo R$ 25.899 mil de diferenças temporárias e R$ 89.565 mil de prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social. 9) OUTRAS INFORMAÇÕES a) Tributos a Compensar ou a Recuperar, refere-se basicamente a IRRF a compensar sobre aplicações financeiras, no montante de R$ 34.016 mil (2004 - R$ 5.729 mil). b) Valores a receber no montante de R$ 26.582 mil, refere-se a venda de bens recebidos em dação de pagamento. c) Obrigações fiscais e previdênciárias, refere-se basicamente a imposto de renda a recolher no montante de R$ 6.249 mil (2004 - R$15 mil); contribuição social a recolher no montante de R$2.253 mil (2004 - R$ 5 mil) e Cofins a recolher no montante de R$ 716 mil (2004 - R$ 302 mil). d) Despesas Tributárias referem-se, substancialmente, a despesas com PIS e Cofins no montante de R$ 12.167 mil (2004 - R$ 350 mil). e) Outras Despesas Operacionais referem-se, a constuição de provisão para devedores diversos no montante de R$ 2.652 mil.

Aos Acionistas e Diretores da Companhia Securitizadora de Créditos Financeiros Rubi (Atual denominação da Companhia Securitizadora de Créditos Financeiros Interatlântico) Osasco - SP Efetuamos revisões limitadas dos balanços patrimoniais da Companhia Securitizadora de Créditos Financeiros Rubi (atual denominação da Companhia Securitizadora de Créditos Financeiros Interatlântico), levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004, das respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos para os exercícios findos naquelas datas, elaboradas sob responsabilidade de sua administração.

Diretores Décio Tenerello Laércio Albino Cezar Arnaldo Alves Vieira Luiz Carlos Trabuco Cappi Sérgio Socha Julio de Siqueira Carvalho de Araújo Milton Almicar Silva Vargas José Luiz Acar Pedro Norberto Pinto Barbedo

6) PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Relatório dos auditores independentes sobre a revisão limitada

Cidade de Deus, Osasco, SP, 10 de março de 2006.

Berenice Gianella: "ONGs deveriam até assumir unidades"

Foram encontradas 60 facas improvisadas, 6 celulares e 2 carregadores com os adolescentes.

REBELIÃO DEIXOU 62 PESSOAS FERIDAS

FEBEM: P CRÍTICAS A ONGs presidente da Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor (Febem) de São Paulo, Berenice Gianella, criticou ontem Organizações NãoGovernamentais (ONGs) que carregam a bandeira da defesa dos direitos de crianças e adolescentes. O argumento foi utilizado para explicar os motivos das rebeliões de quartafeira, no Complexo do Tatuapé, em São Paulo, que deixaram 44 funcionários e 18 adolescentes feridos, Segundo ela, as entidades estão exercendo um papel "fora de moda", ao apenas fazer críticas e denúncias. "As ONGs deveriam ter uma postura de colaboração, de ajudar o governo, trabalhar junto e até assumir unidades." Berenice também divulgou dados das rebeliões. As Unidades 14 e 23 foram praticamente destruídas pelos internos, com quem foram encontrados, após revista, 60 facas improvisadas, 6 celulares e 2 carregadores. Os 131 adolescentes das duas unidades foram redistribuídos no complexo e podem ser transferidos para o Presídio Feminino, que fica ao lado, e está desativado. A decisão deveria ser tomada na noite de ontem. Caso opte pela transferência, a Febem vai demolir as Unidades 14 e 23. Berenice declarou ainda que estão em andamento sindicâncias para apurar a responsabilidade pelos motins e denúncias de supostos abusos de funcionários. Ela disse que, em princípio, a polícia agiu corretamente na repressão. Como o governador Cláudio Lembo (PFL), que anteontem atribuiu os problemas na Febem à provocação de "agentes externos", Berenice lembrou que os dois últimos motins no Tatuapé aconteceram após visitas de entidades: tant o n o d i a 2 2 d e n o v e m b ro quanto na quarta-feira. Segundo ela, há uma semana, um grupo de entidades (do qual fi-

11

Adelmo Agnelli Neto Contador TC1SP090360/O-1

Nossas revisões limitadas foram efetuadas de acordo com as normas específicas estabelecidas pelo IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil e consistiram, principalmente, na aplicação de procedimentos de revisão analítica dos saldos financeiros e na averiguação dos critérios adotados na elaboração das demonstrações

financeiras em 31 de dezembro de 2005 e 2004 junto aos responsáveis pelas áreas contábil e financeira. Considerando que estas revisões não representaram exames de acordo com as Normas de Auditoria Independente das demonstrações financeiras, não estamos expressando uma opinião sobre as referidas demonstrações financeiras. Baseados em nossas revisões limitadas, não temos conhecimento de qualquer modificação relevante que deva ser efetuada nas demonstrações financeiras referidas no primeiro parágrafo, para que as mesmas estejam de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 29 de Março de 2006

KPMG Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6

Cláudio Rogélio Sertório Contador CRC 1SP212059/O-0


12

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Administração Urbanismo Ciência Transpor te

sexta-feira, sábado e domingo, 7, 8 e 9 de abril de 2006

Nós fomos muito privilegiados de estar aqui na entrevista. Andressa, 13 anos

SEMENTES DE FEIJÃO JÁ BROTARAM NA EEI

CRIANÇAS VIRAM FÃS DE PONTES AEB

Astronauta brasileiro responde perguntas de seis alunos do Sesi e do Senai direto da Estação Espacial Internacional

F

oram 16 minutos de conversa e o astronauta Marcos Pontes, que está na Estação Espacial Internacional (EEI), conquistou para sempre 464 fãs. Ontem, ele respondeu a perguntas de seis alunos das escolas do Sesi e do Senai que estavam na sede da Agência Espacial Brasileira (AEB), em Brasília, e recebeu aplausos muito entusiasmados. A primeira das perguntas, feita por André Figueiredo, de 21 anos – aluno do curso de segurança do trabalho do Senai – foi qual era a sensação de realizar um sonho. Pontes disse que era excelente, falou da vitória de poder representar o Brasil. As perguntas seguiram quase todas o mesmo tom. Além de André e de outro aluno do Senai, as outras quatro crianças – escolhidas entre os melhores alunos de ciências de 5ª a 8ª séries das escolas de ensino fundamental do Sesi – queriam saber, principalmente, "como era estar lá em cima". Igor Vinícius Vieira, de 10 anos, que fez a última pergunta quis saber qual era o sentimento de Pontes ao chegar lá em cima e ver a Terra. Pontes disse que era "maravilhoso e emocionante". Igor contou que ficou nervoso na hora de fazer a pergunta. "Foi muito emocionante. Ele é um exemplo para todo mundo", disse o garoto que, apesar de adorar ciências e ter sido escolhido por ter a nota máxima na sua escola, não quer ser astronauta. "Quero ser advogado. Astronauta deve ser muito difícil." Andressa Gomes, quis saber qual foi o melhor momento da viagem. "Foram muitos momentos, muitas emoções", disse Pontes. Mas o principal, disse o astronauta, foi a decolagem, quando sentiu que realmente tinha conseguido e iria representar o Brasil. Andressa, de 13 anos, quer ser astronauta. Agora que o Brasil conseguiu ter um, disse, está mais decidida a tentar. "Nós fomos muito privilegiados de estar aqui", disse. As crianças das escolas do Sesi e do Senai foram escolhidas, segundo o presidente da AEB, Sérgio Gaudenzi, porque o próprio Pontes estudou nas escolas do Sistema em Bauru. "Foi uma homenagem", afirmou. Essa foi a segunda transmissão feita pela AEB. Na quarta-feira, Pontes conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As transmissões são feitas por cerca de 15 minutos, no momento em que a estação espacial passa sobre a Rússia, onde há um link que permite a conexão. Feijão – As sementes de feijão levadas por Pontes para a EEI brotaram. O experimento foi elaborado por alunos de 7ª e 8ª séries de São José dos Campos. Diariamente, o astronauta registra a evolução dos brotos e manda as fotos para o site da AEB ( www.aeb.gov.br/missaocentenario). (AE)

A VOLTA Com uma velocidade de cerca de 28 mil km/h, o brasileiro Marcos Pontes, o russo Valeri Tokariov e o norte-americano William McArthur deverão chegar sábado, às 20h56, no território do Casaquistão. Ao entrar na atmosfera, os cosmonautas levarão de 15 a 20 minutos para pousar. Apenas uma equipe de médicos terá acesso aos astronautas.

Pontes retorna à terra no sábado. Ontem ele falou novamente do orgulho de ser brasileiro.

Átria Participações S.A. Empresa da Organização Bradesco CNPJ 04.748.956/0001-27 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP Relatório da Diretoria Senhores Acionistas, Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas. o Balanço Patrimonial, bem como as Demonstrações do Resultado, das Mutações do Patrimônio Líquido e das Origens e Aplicações de Recursos, relativos ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, acompanhados das Notas Explicativas e Relatório dos Auditores Independentes sobre a revisão limitada. Colocamo-nos à disposição de V.Sas. para quaisquer esclarecimentos que julgarem necessários. Cidade de Deus, 10 de março de 2006

Ó RBITA

Diretoria

Balanço Patrimonial em 31 de dezembro - Em Reais mil AT IV O

2005

2004

CIRCULANTE ....................................

7.759

7.090

Disponibilidades .............................. Bancos .............................................. Aplicações Financeiras ...................

7.343 3 7.340

6.532 – 6.532

Outros Créditos ................................ Tributos a Compensar ou a Recuperar

416 416

558 558

TOTAL .................................................

7.759

Demonstração do Resultado - Em Reais mil

PASSIVO

7.090

2005

CIRCULANTE .................................... Obrigações Fiscais e Previdenciárias Dividendos Propostos a Pagar .......

277 36 241

212 32 180

PATRIMÔNIO LÍQUIDO ..................... Capital: - De Domiciliados no País .............. Reservas de Lucros .........................

7.482

6.878

5.250 2.232

5.250 1.628

TOTAL .................................................

Exercícios findos em 31 de dezembro 2004 2005

2004

7.759

7.090

RECEITAS OPERACIONAIS ........... Receitas Financeiras ....................... DESPESAS OPERACIONAIS ........ Despesas Tributárias ....................... Despesas Gerais e Administrativas RESULTADO OPERACIONAL ......... RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO ................. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ........................... LUCRO DO EXERCÍCIO ...................

1.293 1.293 49 1 48 1.244

1.027 1.027 104 54 50 923

1.244

923

(399) 845

(290) 633

Número de ações ............................. Lucro por lote de mil ações - em R$

34.475.317 24,51

34.475.317 18,36

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos - Em Reais mil

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - Em Reais mil RESERVAS DE LUCROS CAPITAL SOCIAL

EVENTOS

RESERVA LEGAL

LUCROS RESERVA ACUMULADOS ESTATUTÁRIA

Exercícios findos em 31 de dezembro 2004 2005

TOTAIS

SALDOS EM 31.12.2003 ............................................................................

5.243

83

1.099

6.425

AUMENTO DE CAPITAL ............................................................................. LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO ............................................................. Destinações: Reserva Legal ........................................................................................... Reserva Estatutária .................................................................................. Dividendos Propostos ..............................................................................

7 –

– –

(7) –

– 633

– 633

– – –

32 – –

– 421 –

(32) (421) (180)

– – (180)

SALDOS EM 31.12.2004 ............................................................................

5.250

115

1.513

6.878

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO ............................................................. Destinações: Reserva Legal ........................................................................................... Reserva Estatutária .................................................................................. Dividendos Propostos ..............................................................................

845

845

– – –

42 – –

– 562 –

(42) (562) (241)

– – (241)

SALDOS EM 31.12.2005 ............................................................................

5.250

157

2.075

7.482

ORIGEM DOS RECURSOS ............. RECURSOS PROVENIENTES DAS OPERAÇÕES .................................. LUCRO DO EXERCÍCIO ................... APLICAÇÃO DOS RECURSOS ...... Dividendos Propostos ..................... AUMENTO NO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO ........................................... VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO: ATIVO CIRCULANTE ........................ No Início do Exercício ..................... No Fim do Exercício ........................ PASSIVO CIRCULANTE .................. No Início do Exercício ..................... No Fim do Exercício ........................ AUMENTO NO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO ...........................................

845

633

845 845 241 241

633 633 180 180

604

453

669 7.090 7.759 65 212 277

166 6.924 7.090 (287) 499 212

604

453

RÚSSIA DARÁ SOYUZ AO BRASIL primeiro-ministro da Rússia, Mikhail Fradkov, prometeu ontem doar a cápsula da nave Soyuz, que vai trazer o astronauta Marcos César Pontes, ao Memorial Aeroespacial Brasileiro (MAB), do Centro Técnico

O

CONVOCAÇÕES

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras 1.

2.

3.

CONTEXTO OPERACIONAL A Átria Participações S.A. é uma empresa que tem por objetivo participar como sócia ou acionista de outras sociedades, bem como comprar e vender participações societárias e administrar bens próprios. A Átria Participações S.A. é parte integrante da Organização Bradesco, utilizando-se de seus recursos administrativos e tecnológicos e portanto suas demonstrações financeiras devem ser entendidas neste contexto. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refere à constituição de provisões. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas. PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Apuração do resultado As receitas e despesas são apropriadas de acordo com o regime de competência, observando-se o critério “pró-rata” dia para os resultados de natureza financeira. b) Ativos e Passivos Os ativos foram demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias (em base “pro-rata” dia) auferidos. As aplicações em fundos de investimento estão valorizadas utilizando a data do último dia do exercício informada pelo administrador dos fundos. Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e variações monetárias (em base “pro-rata” dia) incorridos. c) Imposto de Renda e Contribuição Social A provisão para o imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10%, quando aplicável. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes.

Diretoria Cidade de Deus, Osasco, SP, 10 de março de 2006

Diretoria Diretor-Presidente Luiz Carlos Trabuco Cappi

Diretores Samuel Monteiro dos Santos Júnior Marcos Suryan Neto Ivan Luiz Gontijo Júnior

Jorge Andrade Costa Contador - CRC 1SP159543/O-0

4.

5.

APLICAÇÕES FINANCEIRAS A carteira de aplicações financeiras está representada em 31 de dezembro de 2005 e 2004 por cotas de Fundos de Investimento no montante de R$ 7.340 mil (2004 - R$ 6.532 mil). Em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 a Átria Participações S.A. não possuía operações de instrumentos financeiros derivativos. PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) O capital social, totalmente subscrito e integralizado em 31 de dezembro de 2005 e 2004, é representado por 34.475.317 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal. b) A Sociedade está autorizada a aumentar o seu Capital Social independentemente de reforma estatutária até o limite de 70 milhões de ações ordinárias e/ou preferenciais observado o limite legal para emissão de ações preferenciais. c) As ações ordinárias a serem emitidas dentro do limite do capital autorizado terão as mesmas características das ações ordinárias, e as preferenciais terão os mesmos direitos e vantagens das ações ordinárias, exceto o de voto, além da prioridade assegurada pelo estatuto social no reembolso do capital e adicional de 10% (dez por cento) de juros sobre o capital próprio e/ou dividendos, conforme disposto no inciso I do artigo 17 da Lei nº 6.404/76, com a nova redação dada pela Lei nº 9.457/97. d) As reservas de lucros são constituídas obrigatoriamente, como segue: reserva legal a base de 5% do lucro líquido do exercício, até atingir 20% do capital social realizado ou 30% do capital social, acrescido das reservas de capital. Após esse limite a apropriação não mais se faz obrigatória. A reserva legal somente poderá ser utilizada para aumento de capital ou para compensar prejuízos; a reserva estatutária objetiva a manutenção da margem operacional compatível com o desenvolvimento das operações ativas da Sociedade e pode ser constituída em 100% do lucro líquido remanescente após destinações, sendo o saldo limitado a 95% do capital social integralizado. e) Conforme disposição estatutária, aos acionistas estão assegurados juros sobre o capital próprio e/ou dividendos que somados correspondam, no mínimo, a 30% do lucro líquido do

exercício, ajustado nos termos da lei societária, registrados na rubrica “Dividendos Propostos a Pagar”, no montante de R$ 241 mil (2004 - R$ 180 mil). 6.

TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS As transações com partes relacionadas são efetuadas em condições e taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações e estão assim representadas: Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Bancos (1) ........................................ Dividendos a Pagar (2) ................

3 241

– 180

(1) Transação realizada com o Banco Bradesco S.A. (2) Transação realizada com a Bradesco Seguros S.A. 7.

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social: Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Base de Cálculo .............................. 1.244 923 Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente ... (423) (313) Adicional do Imposto de Renda .... 24 23 Imposto de renda e contribuição social do exercício ....................... (399) (290)

8.

OUTRAS INFORMAÇÕES a) Os tributos a compensar ou a recuperar, no Ativo Circulante referemse a Imposto de Renda a compensar, basicamente de aplicações financeiras, no montante de R$ 416 mil (2004 - R$ 558 mil). b) As despesas gerais e administrativas referem-se, a despesa de editais e publicações no montante de R$ 37 mil (2004 - R$ 36 mil), serviços de terceiros no montante de R$ 5 mil (2004 - R$ 11 mil) e contribuição sindical patronal no montante de R$ 6 mil (2004 - R$ 3 mil).

Relatório dos Auditores Independentes sobre a revisão limitada Aos Acionistas e Diretores da Átria Participações S.A. Osasco - SP Efetuamos revisões limitadas dos balanços patrimoniais da Átria Participações S.A., levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004, das respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos para os exercícios findos naquelas datas, elaboradas sob responsabilidade de sua administração. Nossas revisões limitadas foram efetuadas de acordo com as normas específicas estabelecidas pelo IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil e consistiram, principalmente, na aplicação de procedimentos de revisão analítica dos saldos financeiros e na averiguação dos critérios adotados na elaboração das demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2005 e 2004 junto aos responsáveis pelas áreas contábil e financeira. Considerando que estas revisões não representaram exames de acordo com as Normas de Auditoria Independente das demonstrações financeiras, não estamos expressando uma opinião sobre as referidas demonstrações financeiras.

Baseados em nossas revisões limitadas, não temos conhecimento de qualquer modificação relevante que deva ser efetuada nas demonstrações financeiras referidas no primeiro parágrafo, para que as mesmas estejam de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 29 de março de 2006

KPMG Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6

Cláudio Rogélio Sertório Contador CRC 1SP212059/O-0

ATAS

Aeroespacial (CTA), em São José dos Campos (SP). Fradkov cumpriu vários compromissos na cidade. A promessa da doação foi feita durante a inauguração da ala russa do MAB. Fradkov visitou ainda a Embraer e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).


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Política

Eles (petistas) tentaram me cozinhar e me enrolar. Eles vinham trabalhando para que a votação do relatório não acontecesse. Deputado Osmar Serraglio (PMDB)

CASO JOÃO PAULO ABRE FERIDA NO CONGRESSO. RELATÓRIO DA CPMI DOS CORREIOS SEGUE POLÊMICO. Fotos: Roberto Stuckert Filho/Agência Globo

CRISE RACHA CONSELHO DE ÉTICA E JÁ ECOA NO PAÍS Roberto Stuckert Filho/Agência OGlobo

U Ricardo Izar, presidente do Conselho de Ética: apesar dos apelos, debandada dos insatisfeitos já começou.

DELCIDIO E SERRAGLIO DEFENDEM RELATÓRIO Alan Marques/Folha Imagem

A

o rebater ontem às críticas feitas pelo PT às mudanças de última hora apresentadas ao relatório da CPMI dos Correios, o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) admitiu que algumas alterações atenderam a reivindicações de políticos. Para o presidente da comissão, Delcidio Amaral (PT-MS), as mudanças foram simples e não mudaram em nada o mérito do documento. Os dois deram entrevista coletiva ontem para explicar todas as mudanças que feitas antes de fechar o relatório, na tentativa de barrar a estratégia petista de desqualificar o texto que, para surpresa dos próprios parlamentares, foi aprovado e antes do fim da CPMI. Na quarta-feira, momentos antes do relatório final ser votado, o relator apresentou 35 alterações ao todo, retirando o pedido de indiciamento de pelo menos uma dezena de pessoas envolvidas em supostas irregularidades com o sistema de franquias dos Correios, o Instituto de Resseguros do Brasil e o mensalão. Os petistas alegam que essas alterações feitas por Serraglio somam R$ 1 bilhão. Omissão – "Não podem imaginar que o relator é bobo e achar que vão implantar nos documentos esse número e dizer que tinha isso e eu tirei. Nós não encobrimos nada", afirmou Serraglio. Irritado, o relator fez questão de lembrar que o relatório paralelo do PT poupava de qualquer investigação a Prece, fundo

Delcidio, presidente da CPMI: mudanças não mudam mérito do texto.

de pensão da Companhia Estadual de Água e Abastecimento (Cedae) do Rio de Janeiro. "Nós não escondemos a Prece no nosso relatório. A Prece era um dos fundos mais comprometidos em irregularidades e eles o excluíram do relatório paralelo. Deve ser com a Prece que eles chegam a esse número de R$ 1 bilhão." Franquias –Serraglio reconheceu que retirou o nome de Armando Ferreira da Cunha e o do ex-deputado João Leite Neto do item do relatório que trata de franquias a pedido de um parlamentar do PFL, que preferiu não divulgar. Armando e João Leite são ligados à franquia Tamboré, em São Paulo. "Retiramos os nomes, mas não os excluímos das investigações que pedimos ao Ministério Público", disse. Ao defender as alterações feitas às pressas em seu relatório, Serraglio justificou que retirou o pedido de indiciamento do vice-

governador de Minas Gerais, Clésio Andrade, com base no voto em separado apresentado pelo PT. "Inclui algumas coisas que consegui identificar no voto do PT. Foi o caso da retirada do pedido de indiciamento do Clésio e a inclusão do grupo Opportunity no relatório", argumentou. O relator disse ainda que retirou dos pedidos de indiciamento o nome do expresidente do Banco Brasil Cássio Casseb porque o crime estava prescrito. E afirmou que ex-diretores do IRB, que tiveram seus nomes retirados dos pedidos de indiciamento, serão investigados pelo Ministério Público. Desabafo – Serraglio aproveitou para fazer um desabafo e criticar o PT. Ele disse que o partido nunca quis, de fato, chegar a um consenso. "Eles (petistas) tentaram me cozinhar e me enrolar. Eles vinham trabalhando para que a votação do relatório não acontecesse." (Agências)

ma crise está em gestação no Congresso. Revoltados com as sucessivas absolvições de deputados acusados de envolvimento no valerioduto, seis integrantes do Conselho de Ética renunciaram ontem a seus cargos. Além deles, outros três apresentaram renúncia, depois voltaram atrás, mas já avisaram: trata-se apenas de um adiamento. Assim que o processo de Vadão Gomes (PL-SP) for encerrado, o que deve ocorrer no fim do mês, eles também vão abandonar seus postos. No Congresso, quem melhor definiu o sentimento de indignação foi o deputado Cezar Schirmer (PMDB-RS), relator do processo derrotado em plenário que pedia a cassação de João Paulo Cunha (PT-SP): "O sentido (que provocou a renúncia) é de protesto, de manifestar nossa inconformidade com o que está acontecendo. Minha sensação é de impotência, desalento e desencanto", disse. Fora do Congresso, a indignação é semelhante. O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Roberto Busato, afirmou que a absolvição de João Paulo envergonha o Brasil e reforça o clima de impunidade. Gota d'água – A gota d'água para a indignação foi a absolvição de João Paulo, na quarta, com a complacência de 256 votos do plenário. Foi o oitavo deputado a sair ileso depois de provado seu envolvimento no valerioduto – esquema ilícito coordenado pelo publicitário Marcos Valério que dava dinheiro a congressistas em troca de apoio ao governo e tráfico de influência. Nos oito casos, a cassação foi sugerida pelo

De saída: Júlio Delgado.

Conselho de Ética. O processo de João Paulo tinha um sentido especial para os membros do Conselho e para a sociedade em geral. Era tido como um caso emblemático, a maior oportunidade da Câmara começar uma virada ética, depois de tantas denúncias contra seus integrantes. Afinal, as investigações encontraram provas claras de que o ex-presidente da Casa se beneficiou do valerioduto. Até a mulher dele chegou a sacar R$ 50 mil na boca do caixa de uma conta de Marcos Valério. Descoberta a operação, João Paulo mentiu, dizendo que tratava-se do pagamento de uma conta da TV por assinatura. Mais tarde, juntou-se aos parlamentares que apresentaram a desculpa orquestrada de uso de caixa 2, ou mesmo o disfarce de "receitas de campanha não contabilizadas". Agitação – O dia de ontem foi de idas e vindas no Conselho de Ética. Revoltados, nove deputados apresentaram renúncia pela manhã. Anunciada a debandada, o presidente da comissão, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), fez um apelo

para que os congressistas se mantivessem em seus postos: "Disse aos deputados que não podemos fugir da raia. O Conselho de Ética faz um trabalho digno, honrado e transparente e não podemos jogar isso fora dessa maneira", argumentou. Porém, nem todos atenderam o pedido de Izar: Benedito de Lima (PP-AL), Cezar Schirmer, Chico Alencar (PSOL-RJ), Cláudio Magrão (PPS-SP), Júlio Delgado (PSB-MG) e Orlando Fantazzini (PSOL-SP) deixaram a Comissão ontem mesmo. Já os deputados Carlos Sampaio (PSDB-SP), Marcelo Ortiz (PV-SP) e Nelson Trad (PMDB-MS) devem fazê-lo em breve. De sâni mo – "Demissionários" ou não, nenhum dos deputados ligados ao Conselho de Ética acredita em novas cassações nos processos a serem julgados em plenário daqui em diante. "A crise está instalada. O plenário nos desautoriza a todo momento. Nosso papel está esgotado", disse Chico Alencar. Já Cézar Schirmer acusou uma "frouxidão moral" no País, que não reage à corrupção. "Há uma visão permissiva de condutas. O presidente da República não viu, não tomou conhecimento. Os ministros da Fazenda, da Justiça envolvidos em ações incompatíveis com a decência, dois ex-presidentes da Câmara, sete presidentes de partido, seis líderes de bancada e nada acontece, nada muda. Estão aí como se fossem os senhores da verdade e da dignidade. Então, tem de confiar na população, no povo, no início de uma restauração moral. Se não enfrentarmos isso, esse País tem o seu futuro comprometido." (AgênciaS)

Roberto Stuckert Filho/Agência OGlobo

Time desfeito: após a renúncia, alguns membros do conselho reuniram-se pela última vez à comissão.

PT QUER INTERFERÊNCIA DO MP

N

Coletiva petista: investigação deve incluir os excluídos do relatório.

encaminharam à presidência do Senado um recurso pedindo a anulação da sessão em que foi aprovado o relatório e a realização de uma nova votação. Investigação – Os autores do recurso esclareceram, porém, que, se o pedido for rejeitado, não se oporão ao envio do relatório aprovado para o Ministério Público. Reunidos na sala da

liderança do PT no Senado, os parlamentares petistas frisaram, em entrevista coletiva, que não querem impedir o encaminhamento do relatório final da comissão ao Ministério Público, já que apoiariam a maioria das conclusões. Eles afirmaram, entretanto, que querem solicitar aos procuradores que investiguem também as pessoas cujos

nomes foram excluídos do relatório na última hora. Protesto – "Houve irregularidades no procedimento de votação. Mas nosso recurso não será utilizado de forma alguma para impedir que o relatório seja encaminhado ao Ministério Público", disse o deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP). Ontem, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDBAL), enviou ofício a Delcidio, solicitando informações sobre a votação do relatório da CPMI. Ele prometeu analisar o recurso o mais rápido possível, já que na próxima terça termina o prazo de funcionamento da comissão. Mas, numa sinalização de que as contestações não serão atendidas, Renan disse que não votar nenhum relatório seria o pior dos cenários. (Agências)

Factoring

DC

José Cruz/ABr

ão satisfeitos em encaminhar um recurso à Mesa Diretora do Congresso na quarta-feira, parlamentares do PT que integram a CPMI dos Correios anunciaram ontem que o partido vai encaminhar ao Ministério Público um documento pedindo investigação dos pontos que foram retirados do relatório final da comissão, momentos antes da votação em que foi aprovado o texto do relator, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR). Os petistas protestaram contra a retirada de pedidos de indiciamento e nomes de pessoas envolvidas em suspeita de favorecimento para distribuição de franquias dos Correios e de irregularidades em contratos para transporte aéreo noturno, entre outros pontos. Em vista disso,

O que é Factoring? É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa. Entre em contato conosco Empresa filiada PABX (11) 6748-5627 (Itaquera) à ANFAC 6749-5533 (Artur Alvim) E-mail: falecom@finanfactor.com - www.finanfactor.com


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira, sábado e domingo, 7, 8 e 9 de abril de 2006

Fico muito satisfeito em ser bem-avaliado pela população de São Paulo, mas não é o fim. A gente tem de trabalhar muito até a eleição. José Serra (PSDB)

TUCANOS SÃO OS FAVORITOS NO ESTADO

PESQUISA IBOPE REVELA QUE PAULISTAS PREFEREM ALCKMIN E SERRA

Eymar Mascaro

ALCKMIN BATE LULA Mar de votos A EM SP POR 46% A 28%

lém de ter um vice do Nordeste, Geraldo Alckmin quer usar três fortes palanques na sua campanha em São Paulo, Rio e Minas. Em São Paulo, o tucano vai fazer campanha acoplado a José Serra; em Minas, usará o palanque de Aécio Neves (candidato à reeleição) e, no Rio, precisa que o PSDB se coligue ao PMDB para subir no palanque de Sérgio Cabral. Os três estados concentram 42% do eleitorado brasileiro, ou seja, cerca de 50 milhões de um total de 125 milhões de votos no País. É fundamental, portanto, ser bem votado no chamado "Triângulo das Bermudas". Apenas em São Paulo estão concentrados mais de 25 milhões de votos. Alckmin não sossega enquanto não acertar a aliança com o PMDB. O tucano vem conversando com peemedebistas, sobretudo com o presidente do partido, Michel Temer. Além de ser um partido bem estruturado nos estados, o PMDB dispõe de um dos melhores tempos de campanha na TV. É atrás disso que corre Alckmin.

C

aso fossem às urnas hoje, os paulistas dariam a vitória na corrida presidencial ao candidato do PSDB Geraldo Alckmin. Com 46% das intenções de voto, o tucano venceria o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ficaria com 28% dos votos do estado de São Paulo. Os demais candidatos à presidência da República registraram índices de 5% para menos (veja no quadro ao lado). Realizada pelo Ibope a pedido do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga de São Paulo e Região (Setcesp), a pesquisa entrevistou 1.204 pessoas, entre os dias 1 e 3 de abril, em 65 cidades, incluindo a Capital. Comparada com a pesquisa de fevereiro, a primeira realizada para o sindicato, Alckmin subiu dos 32% para 46% e Lula teve uma queda 32% para 28%. Maurício Garcia, gerente de Projetos do Ibope, avalia como estável os números referentes ao presidente Lula. No caso do tucano, ele acredita que o crescimento tem uma relação direta com a ratificação do seu nome como candidato do PSDB. Rejeição alta – Outro dado relevante na pesquisa é a taxa de rejeição a Lula entre os jovens de 16 a 24 anos, de 33%. No caso de Alckmin, o porcentual nessa faixa fica na casa dos 11%. Tais números são vistos como uma avaliação desses eleitores sobre o atual governo. Muitos votaram pela primeira nas eleições de 2002 e agora cobram o retorno da sua primeira "aposta" política. Focando apenas nos dois prováveis nomes fortes na disputa, a taxa total de rejeição de Lula é de 35% para Lula e 11% para Alckmin. O índi-

CHAPA

ce de reprovação do presidente é o mesmo do ex-governador do Rio Antony Garotinho, cuja candidatura demonstra sinais de naufrágio dentro do PMDB. Comparando com a pesquisa anterior, os números ficaram estáveis, dentro da margem de erro de três pontos porcentuais,

para mais ou menos. Quando a rejeição é relacionada à escolaridade, Alckmin e Lula têm os piores desempenhos na faixa dos paulistas com grau de instrução entre a 5ª e a 8ª série do ensino fundamental. Alckmin recebeu 11% dos votos, mas Lula se saiu pior com percentual de 41%. Olhando para um provável segundo turno entre Geraldo Alckmin e Luiz Inácio Lula da Silva, o tucano seria eleito com 55% dos votos do Estado de São Paulo. Lula ficaria na casa dos 31%. Nessa disputa direta, o presidente obteria o seu melhor resultado com os paulistas de menor escolaridade, entre a 1ª e a 4º série, com intenção de voto de 36%.

Já Alckmin tem o seu melhor desempenho entre os eleitores com nível superior completo: 65% dos votos. Desempenho – A pesquisa Ibope/Setcesp também avaliou o desempenho dos governos Alckmin e Lula. No caso do tucano, 15% dos entrevistados avaliaram sua administração como ótima, 47% como boa, 27% regular, 3% ruim e 4% como péssima. Lula teve 5% de ótima, 25% boa, 38% regular, 11% ruim e 18% péssima. Comparando com os números da pesquisa anterior, a média de variação também ficou na casa dos 3%, ou seja, dentro da margem de erro. O presidente estadual do PSDB, deputado Sidney Beraldo, recebeu com muito entusiasmo e otimismo os números da pesquisa. Segundo Beraldo, "os números que mostram vitória do ex-governador Geraldo Alckmin sobre Lula, em São Paulo, são o grande indicador de que estes dados positivos vão se espalhar por todo o Brasil e que nos dão a certeza da vitória nas eleições". David Franzon, com agências

SERRA VENCE JÁ NO 1º TURNO.

J

osé Serra (PSDB) seria eleito já no primeiro turno caso as eleições para o governo de São Paulo fossem hoje. A pesquisa Ibope/Setcesp coloca o candidato tucano com 51% das intenções de voto, seguido por Marta Suplicy (PT) com 17% e Orestes Quércia (PMDB) com 8%. Os demais candidatos usados na pesquisa ficaram com uma média de 3% da preferência do eleitorado paulista. Serra venceria no primeiro turno nos três cenários colocados pelo instituto de pesquisa. Trocando Quércia por Paulo Maluf (PP). O ex-prefeito de São Paulo teria 52% dos votos, Marta 18% e Maluf 5%. E caso o candidato petista fosse o Senador Aloizio Mercadante, Serra teria 55% dos votos contra 7% do petista, 11% de Quércia e, no caso de um outro cenário, 5% de Paulo Maluf (PP). Em uma disputa de segundo turno, Serra teria 62% da preferência do eleitorado contra 23% de Marta. O número de brancos e nulos ficaria na casa dos 10%, os que não opinaram na dos 6%. Tendo Aloizio Mercadante como adversário, o tucano teria 67% contra 16% do senador. Neste cenário, o número de votos brancos e nulos seria de 10% – 7% dos eleitores não opinaram sobre o quadro de disputa. Gestão aprovada – A pesquisa também avaliou o período de governo José Serra na Prefeitura de São Paulo. Dos 1.204 entrevistados, 9% classificaram a gestão Serra como ótima, 40% como boa, 28% re-

gular, 6% ruim e 7% péssima. Maurício Garcia, gerente de projetos do Ibope, avalia que o resultado da pesquisa demonstra que a população não demonstra grande rejeição por Serra devido a sua renúncia ao cargo de prefeito. Outro ponto destacado é a avaliação positiva que os moradores de cidades do interior e da Região Metropolitana fizeram da gestão tucana. Nessas regiões, o ex-prefeito teve uma provação, em média, de 40% dos entrevistados. Repercussão – Para Serra, os números apresentados são o reflexo do atual quadro político brasileiro. No entanto, o pré-candidato do PSDB afirma que esse cenário não será o mesmo até o período das eleições, afinal mudanças são mais do que previstas em qualquer corrida eleitoral. Segundo ele, a pesquisa é uma foto" do atual cenário político, mas "não um filme até a eleição". O tucano disse encarar com humildade os números que

mostraram sua vitória em primeiro turno contra os dois nomes prováveis do PT. "Fico muito satisfeito em ser bemavaliado pela população de

São Paulo, mas não é o fim. A gente tem de trabalhar muito até a eleição." Satisfação – Usando o mesmo discurso, Marta Suplicy afirmou, por meio de uma nota à imprensa, que ainda faltam seis meses para as eleições, o que pode mudar totalmente o cenário desenhado neste momento. "Estou satisfeita com a sólida intenção de votos que tenho na capital e vejo que há muito espaço para progredir em todo o Estado", afirmou. No comunicado, a ex-prefeita declara ainda que José Serra ainda vai sofrer o desgaste por ter usado a Prefeitura como trampolim para ambições pessoais. (DF)

45% das cidades da PARA O SENADO, capital, Região Metropolitana e 34% no interior. O candidato mais SUPLICY É O forte na seqüência, Orestes PREFERIDO. Quércia (PMDB), tem sua Os números da pesquisa Ibope/Setcesp colocam o Senador Eduardo Suplicy (PT) na frente da disputa pela cadeira paulista no Senado Federal. Suplicy tem 41% das intenções de voto contra 21% de Orestes Quércia (PMDB), 9% de José Aníbal (PSDB) e 3% de Guilherme Afif Domingos (PFL). O número de votos brancos e nulos ficou em 12% e 14% não opinaram. Dentro do universo da pesquisa, Suplicy tem o voto de 50% dos eleitores da

melhor avaliação no interior de São Paulo com 24% das intenções de voto. Suplicy tem sua melhor avaliação na faixa de eleitores com nível superior completo, 58% indicaram o petista como seu candidato. No caso de Aníbal, o melhor resultado foi entre paulistas com escolaridade entre a 5º e 8º série – o índice foi de 11%. Os nomes usados, segundo o IBOPE, foram definidos por meio de informações colhidas junto às legendas e coletadas no noticiário político nacional. (DF)

Para amarrar um acordo com o PSDB, o PMDB poderia até indicar o vice na chapa de Alckmin. Falou-se muito no partido no nome do ex-governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos, que se entende muito bem com os tucanos, principalmente com o expresidente Fernando Henrique Cardoso.

O VICE

Jarbas Vasconcelos é do Nordeste. Mas, o PFL não estaria disposto a abrir mão de indicar o vice na chapa tucana. O partido lapida os nomes dos senadores José Agripino (RN) e José Jorge (PE). O presidente do PSDB, Tasso Jereissati, declara que o vice de Alckmin sairá do PFL.

lançar a candidatura de Itamar. O ex-governador do Rio não vai entregar os pontos.

CANDIDATURA

Paralelamente às conversações que líderes do partido sustentam com os tucanos, Quércia reafirma sua disposição de ser candidato a governador pelo PMDB. Quércia se apóia na boa colocação que alcança nas pesquisas e, pelo jeito, não deseja disputar o Senado numa eventual composição PSDB/PMDB/PFL.

VANTAGEM

É no Nordeste que Lula leva vantagem sobre Alckmin, segundo as pesquisas. As obras sociais do governo, como o Bolsa Família, são endereçadas sobretudo às populações mais carentes dos estados nordestinos. Lula dá com uma mão e espera receber com a outra.

DIVISÃO

Quanto aos eleitores paulistas, Lula espera dividir a votação com Alckmin. Por enquanto, é apenas uma esperança, na militância petista: pesquisa divulgada ontem pelo Ibope dá larga vantagem ao exgovernador no Estado. No Rio, Lula sempre foi bem votado. O nó da questão para o petistas é em Minas: Aécio está muito forte e pode transferir votos para Alckmin.

COMPOSIÇÃO

Lula pensa em rachar a votação com Alckmin em Minas indicando um mineiro como companheiro de chapa. É por isso que os petistas admitem que o vice de Lula pode ser novamente o empresário José Alencar, que está entusiasmado.

SENADO

Mas, diz-se em Minas que Aécio estaria envolvido na trama de Quércia de lançar Itamar Franco a presidente, o que abriria vaga do Senado para Alencar.

FRENTE

O ideal para Alckmin é disputar a eleição apoiado em pelo menos quatro partidos: PSDB, PFL, PMDB e PPS. Resta acertar com o PMDB e o PPS.

CONVENÇÃO

Garotinho promete disputar a convenção se o PMDB levar em frente a proposta de Quércia de

TUCANO

Tudo indica que José Serra também terá como vice um pefelista. PSDB e PFL se entenderam bem nas últimas eleições de governador e prefeito em São Paulo. Os dois partidos se coligaram, venceram e devem repetir a dose também este ano. O empresário Guilherme Afif Domingos pode ser o companheiro de chapa de Serra.

PERDA DE VOTO

Marta Suplicy e Aloizio Mercadante, que lutam pela legenda do PT, estão preocupados com a virtual candidatura de Plínio de Arruda Sampaio ao governo do Estado, pelo PSOL. Plínio foi um dos fundadores do PT e sua candidatura pode tirar votos da legenda.

BRIGA PELO VOTO

Livre da cassação, João Paulo Cunha será candidato novamente à Câmara. Os votos que controla no PT estão sendo disputados por Marta e Mercadante. João Paulo lidera o partido na região de Osasco e é considerado um importante membro do partido com muitos votos entre os convencionais.

PUBLICAÇÃO

Luiz Gushiken está enviando rica publicação a jornalistas e outras áreas de intelectuais para se defender da acusação de seu suposto envolvimento com o escândalo do mensalão e outras acusações a que responde da época em que integrou a equipe de primeiro escalão do governo, com status de ministro. Não se sabe quem pagou a publicação.


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MAIORIA DE 3/5 AMARRA REFORMAS NO CONGRESSO

Ninguém governa sem o PMDB. E ninguém governa com o PMDB. Lúcia Hippólito, cientista político

ESPECIALISTAS VÊEM POLARIZAÇÃO ENTRE O PT E O PSDB, COM O PMDB ASSUMINDO UM PAPEL IMPORTANTE Fotos: Patrícia Cruz/LUZ

Leôncio Martins Rodrigues e Lúcia Hippólito (ao alto). Maílson da Nóbrega e João Carlos Meirelles (acima).

Senador Sérgio Guerra, coordenador da campanha de Geraldo Alckmin: crise política vai continuar, mas repercussão popular será menor.

ELEIÇÕES SERÃO AS MAIS 'SANGRENTAS'

A

eleição presidencial de outubro próximo será "pobre em termos de debate", mas uma das mais "difíceis" e "sangrentas" já vista, segundo avaliação dos cientistas políticos Lúcia Hippólito e Leôncio Martins Rodrigues. Eles concordam que haverá polarização entre PT e PSDB, embora seus resultados eleitorais ainda sejam "imprevisíveis". O senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), chamado para ser o coordenador da campanha do ex-governador paulista Geraldo Alckmin, acrescentou que "a crise (política) não vai ar-

refecer" e que as denúncias devem continuar, "mas sem a mesma repercussão popular de antes", disse ontem em São Paulo, durante seminário promovido pela Tendência Consultorias Integradas. A ausência dos senadores

Aloizio Mercadante, do PT, e Arthur Virgílio, do PSDB, amenizou debate armado pelo diretor da Tendência, o ex-ministro Mailson da Nobrega. Mas levou Lúcia Hippolito a ironizar: "Fui salva na última hora", disse ao enfatizar que além da pobreza de idéias, a disputa será marcada "por um banho de sangue", ameaça que o senador tucano tentou desarmar. Pós-eleição – Ao contrário dos outros palestrantes, a cientista política Lúcia Hippolito focou suas considerações para o "quadro institucional difícil", imposto pela Constituição de 1988 ao presidente eleito, seja

ele quem for. "Essa Constituição é quase um programa de governo", explicou. O fato, esclareceu a cientista, é que "a maldição dos 3/5" do Congresso para aprovar mudanças constitucionais impede as reformas, exigindo a formação de maioria por alianças a qualquer custo. "Isso também deixa pouca margem de manobra para mudanças significativas na (atual) política econômica", enfatizou Lúcia. Agravamento – Ela lembrou que a partir disso o quadro político futuro tenderá a se agravar. "Vão continuar as dificuldades para formalizar coalisões de voto e não de veto", dis-

se. Esse contencioso, prosseguiu, "acabará engolindo o Parlamento e o presidente da República (seja ele quem for)". Leôncio Martins Rodrigues concordou. "Lula ou Alckmin serão prisioneiros das relações de força existentes dentro do Congresso". Sobreviventes – Rodrigues acredita que essa situação não vai mudar "muito" com o instituto da verticalização – que só vai vigorar para estas eleições, conforme o entendimento do Supremo Tribunal Federal –, pois ainda sobreviverão pelo menos sete ou oito partidos no Congresso. "O que leva a crer que se Lula se reeleger será um

presidente enfraquecido". Rodrigues acha que na busca de aliados Lula poderá aumentar a distância em relação ao PT e se aproximar mais das camadas pobres da população. Finalmente, tornou-se consenso entre os debatedores que o PMDB ficou mais importante no cenário político, apesar de persistir a idéia de que continuará atuando como coadjuvante e voltado para sua política regional. Lúcia Hippolito resumiu bem o papel do partido antes e depois das eleições: "Ni ngu ém g o v e r na s e m o PMDB. E ninguém governa com o PMDB". Sergio Leopoldo Rodrigues

Oslaim Brito/Arquivo DC/02-09-04

TRE QUER PACTO CONTRA SUJEIRA DE CAMPANHAS

O

Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo realiza hoje, a partir das 14 horas, uma reunião com os presidentes dos diretórios regionais dos 29 partidos para apresentar uma proposta de pacto, a fim de evitar uma grande poluição visual e sujeira na Capital durante o período eleitoral. O objetivo do TRE é que os partidos evitem a publicidade realizada por meio de banners e faixas. O acordo pretende que não seja feita publicidade eleitoral em postes, viadutos, passarelas e pontes, mesmo sem sinalização de trânsito, que, apesar de permitida, são as que mais sujam e poluem visualmente. Também será proposto às

legendas que não lancem mais de cem candidatos a deputado federal, cada uma. A medida evitaria que o candidato a deputado no Estado concorra com um número composto por cinco dígitos, uma vez que, em todo o País, o número do candidato a deputado será formado por quatro algarismos. A lei permite a cada sigla lançar um total de 50% a mais de candidatos ao número de vagas. Em São Paulo, considerando que são 70 vagas, cada partido poderia lançar até 105 candidatos, passando os quatro dígitos. A reunião contará com a participação do presidente do TRE, Paulo Henrique Barbosa Pereira, e do corregedor regional eleitoral, Marco César Müller Valente. (AE)

Tribunal quer evitar cenas como essa, nas eleições em 2004: faixas e banners poluem o canteiro central e passarela na avenida Radial Leste.

THOMAZ BASTOS DIZ QUE VAI AO CONGRESSO

PF DESISTE DE MINISTÉRIO ACAREAR PÚBLICO QUER PALOCCI-MATTOSO INTIMAR DIRCEU

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delegado Rodrigo Carneiro Gomes, responsável pela investigação da quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa, descartou a acareação entre o exministro da Fazenda Antonio Palocci e o ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Mattoso. Entretanto, é possível que os dois, já indiciados, deponham novamente. O inquérito da Polícia Federal deverá ser encerrado dia 21.

ransformado pela oposição na "bola da vez" da crise, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, decidiu se antecipar e diz estar pronto para ir ao Congresso. Ele enviou carta aos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), se oferecendo para prestar esclarecimentos sobre a participação de assessores no caso da violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa.

O

O

s promotores de Justiça que investigam o suposto esquema de corrupção da administração de Celso Daniel, prefeito de Santo André morto em janeiro de 2002, anunciaram que vão intimar o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu para prestar esclarecimentos sobre o caso. O MP tenta ouvir Dirceu desde 2002, quando seu nome foi envolvido em denúncias. Na época, o STF bloqueou investigação contra ele, que tinha foro privilegiado.

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sexta-feira, sábado e domingo, 7, 8 e 9 de abril de 2006

ATA

DIÁRIO DO COMÉRCIO

ECONOMIA/LEGAIS - 7


DIÁRIO DO COMÉRCIO

16 -.INTERNACIONAL

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Karen Bleier/AFP

A Última Ceia de Leonardo da Vinci, Judas Iscariotes é o terceiro à esquerda

Acima, Bart Ehrman, pesquisador que apresentou ontem o manuscrito em Washington. Ao lado, o uma das páginas em papiro do original.

O Evangelho, segundo Judas

U

Painel apresenta o códex, como foi encontrado, na década de 70, no Egito. Depois do trabalho de conservação, as páginas foram separadas National Geographic

Lançamento pega carona na febre Da Vinci

O

sucesso de O Código Da Vinci, de Dan Brown, e principalmente a adaptação da obra para o cinema por Ron Howard, com Tom Hanks no papel principal – o filme estréia mundialmente em 20 de maio –, causaram na Europa e nos EUA o que já está é chamado de "febre Da Vinci". Na Grã-Bretanha, o Channel 4, que saiu na frente na época do lançamento do livro com o documentário The Real Da Vinci Code (O verdadeiro Código da Vinci), agora colocou à venda o The Da Vinci Detective (O detetive Da Vinci), documentário sobre o especialista em arte Maurizio Seracini, retratado livro. O rival Five já se mobilizou e lançou The Man Behind the Da Vinci Code (O homem por trás do Código Da Vinci), um

programa com Henry Lincoln, autor de The Holy Blood and The Holy Grail, livro que teria sido plagiado por Brown, acusam alguns. Na França, livro e filme são tema exclusivo de uma feira audiovisual. Nos EUA, a National Geographic pegou carona no sucesso da obra, que questiona a história de Jesus, como apresentada no Novo Testamento, para divulgar seu Evangelho Segundo Judas, livro e documentário sobre o manuscrito descoberto no Egito (leia ao lado). "Trabalhamos nisso há anos, bem antes de O Código Da Vinci. Foi sorte termos acabado agora, pouco antes de o filme ser lançado", disse Michael Rosenfeld, vice-presidente executivo da National Geographic.

Toru Hanai/Reuters

Tom Hanks e Jean Reno, astros de Código Da Vinci, divulgam filme no Japão

Museu Copta, no Cairo, que irá abrigar o manuscrito do Evangelho segundo Judas depois de uma exposição em Washington, nos Estados Unidos. Em nenhum lugar do manuscrito está indicado que o autor do texto tenha sido, realmente, Iscariotes.

m manuscrito ancestral redescoberto depois de 1.700 anos pode lançar uma nova luz na relação entre Jesus Cristo e Judas Iscariotes, o discípulo que o traiu. No documento - O Evangelho Segundo Judas - o discípulo, que é retratado no Novo Testamento como o traidor de Jesus, aparece como alguém que teria agido a pedido do próprio Cristo a fim de ajudá-lo a se despir do corpo terreno. O texto ajuda a mostrar a diversidade de crenças no início da cristandade, afirmou Marvin Meyer, professor de assuntos bíblicos da Universidade Chapman, Califórnia. O manuscrito de 26 páginas em papiro, provavelmente escrito por volta de 300 d.C. em copta (antigo idioma egípcio), é uma cópia de um manuscrito grego anterior, afirmou Terry Garcia, da National Geographic Society, que tornou o documento público. Ele foi descoberto num deserto do Egito em 1978 e foi autenticado por exame de carbono e analisado e traduzido por estudiosos da Bíblia, anunciou a National Geographic. Ao contrário dos quatro evangelhos da Bíblia, esse texto insinua que Judas traiu Jesus a pedido de Jesus. O texto começa com "o relato secreto da revelação do que Jesus conversou com Judas Iscariotes. Na passagem principal, Jesus diz a Judas que "você irá superar todos eles. Você irá sacrificar o homem que me cobre" - indicando que Judas iria libertar o ser espiritual de Jesus ajudando-o a se livrar da parte física, segundo estudiosos. O manuscrito foi mencionado pela primeira vez num tratado por volta de 180 d.C. por um bispo, Irenaeus de Lion, no que hoje é a França. O bispo denunciou o manuscrito como herético e disse que ele resultou numa história fictícia. Havia vários evangelhos em circulação na época além dos

quatro da Bíblia. Quando esses evangelhos eram denunciados, os crentes os escondiam. O evangelho de Judas foi mantido pelos cristãos gnósticos, um grupo de religiosos do século II que rivalizava com a Igreja oficial. Os gnósticos foram denunciados como hereges em 180 d.C. Eles acreditavam que Judas seria de fato o mais iluminado dos apóstolos, o único que entendeu o verdadeiro significado dos ensinamentos de Jesus, e teria proporcionado a possibilidade de a humanidade ser redimida através da morte de Cristo. Sendo assim, Judas mereceria gratidão. O Evangelho Segundo Judas foi adquirido em 2000, pela fundação suíça Maecenas Foundation for Ancient Art, que iniciou sua tradução. Acredita-se que a National Geographic tenha pago cerca de US$ 1 milhão pelos direitos de publicação. Referência – O manuscrito já é considerado por especialistas como um dos três textos antigos mais importantes descobertos no último século, junto aos manuscritos do Mar Morto e aos de Nag Hammadi (Egito). A existência do Evangelho de Judas era conhecida por uma referência feita pelo bispo Irineo de Lyon em seu tratado Contra a heresia. Mas, até agora, não sesabia ao certo o conteúdo do texto ninguém sabia o que o texto dizia. Nele, muda totalmente a imagem de Judas Iscariotes, protótipo da traição e da mentira no cristianismo. O texto começa assim: "O relato secreto da revelação que Jesus fez em conversas com Judas Iscariotes uma semana antes da celebração da Páscoa". O documento mostra Judas como o único discípulo que conhece a verdadeira identidade de Jesus. O livro retrata Jesus dizendo a Judas: "Tu superarás todos eles. Tu sacrificarás o homem que me cobre". O texto se enquadra na tradição dos cristãos gnósticos, que enfatizavam a importância do conhecimento, ou "gnosis", em grego.


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Nacional Tr i b u t o s Imóveis Finanças

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BAIRRO ESTÁ MAIS VALORIZADO

3,5

mil reais é quanto chega a valer o metro quadrado de imóvel residencial novo

Fotos: Milton Mansilha/LUZ

MUDANÇA DE PERFIL NA VILA MARIANA Antigos sobrados dão espaço a prédios de alto padrão

O

perfil da Vila Mariana, na zona sul de São Paulo, tem mudado nos últimos tempos. Antigos casarões que eram vistos em ruas como a Domingos de Morais estão caindo para dar lugar a edifícios residenciais de alto padrão, que sobem alheios ao saudosismo dos moradores mais antigos do bairro. A Vila Mariana vem crescendo e rejuvenescendo. Faculdades se instalaram e atraíram estudantes que, por sua vez, chamaram bares e agitaram a vida noturna. Terrenos vagos próximos à região da Saúde e da Praça da Árvore (extensões da Vila Mariana) foram descobertos pelo mercado imobiliário, que apostou em prédios residenciais familiares modernos. Grandes empresas também têm procurado o bairro, que é próximo da Avenida Paulista, mas tem preços mais baixos para compra e locação. A transformação vem tirando a Vila Mariana da condição de ilha cercada por bairros mais valorizados (Paraíso e Aclimação, principalmente) para inseri-la em uma região de maior valor agregado da cidade, segundo Fábio Rossi, diretor da imobiliária Itaplan. As mudanças são mais evidentes nas ruas Sena Madureira e Domingos de Morais, onde a principal característica da nova Vila Mariana fica evidente: numerosos prédios residenciais de três e quatro dormitórios de alto padrão. Metro quadrado — Alugar um imóvel novo no bairro custa mensalmente entre R$ 30 e R$ 40 o metro quadrado. Já para comprar, o interessado vai encontrar apartamentos com o metro quadrado valendo entre R$ 3 mil e R$ 3,5 mil. "A Vila Mariana está se valorizando, mas os preços ainda são mais baixos do que os de Moema e do Paraíso, outros bons bairros da zona sul da cidade", afirmou Rossi. "Por isso, há moradores de outras áreas mais valorizadas que procuram imóveis na Vila Mariana. Existem também os antigos donos de casas que foram demolidas para construção de edifícios, que usam o dinheiro para comprar um desses imóveis novos", destacou Rossi. Prédios comerciais também despontam nas proximidades do metrô Paraíso. A Avenida Bernardino de Campos e a Rua Cubatão são destaques no segmento de escritórios. Nesses locais, segundo Feliciano Giachetta, proprietário da FGI Negócios Imobiliários, o valor do metro quadrado comercial para locação vai de R$ 20 a R$ 40. "Os novos empreendimentos comerciais e residenciais estão seguindo as estações de metrô. Eles trazem restaurantes e bares, dando cara nova ao bairro", disse Giachetta. Essa mudança fica evidente ao longo da Avenida Abrahão de Morais, em direção ao vizinho Ipiranga. Os galpões de fá-

bricas, que antes monopolizavam o espaço, começaram a dar lugar a novos empreendimentos, com a chegada das estações Klabin e Imigrantes do metrô. Por lá ainda existem áreas interessantes para montar pontos comerciais. Comércio — A Vila Mariana é bem servida de comércio e serviços. Há um grande número de hipermercados, com destaque para a Avenida Abrahão de Moraes. Existem padarias, feiras livres e estabelecimentos comerciais variados, entre eles os de material de construção e de automóveis. O bairro também é bem suprido de clínicas médicas e laboratórios, o que levou parte do comércio local a se dedicar à revenda de produtos de uso médico. Aliás, a área de saúde é destaque do bairro. Nele está a maior concentração de hospitais de São Paulo. São 19 ao todo, entre eles o Hospital do Servidor Público Estadual, que atende 40% dos 3 milhões de servidores públicos, o hospital-escola da Universidade Federal de São Paulo (antigo Hospital São Paulo) e o Instituto Dante Pazzanese, referência nacional em cardiologia. Há, ainda, bons colégios na Vila Mariana, com destaque para o Bandeirantes, além de universidades. A Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), a UNIP, a FMU e a Escola de Belas Artes estão na região. Também não é preciso se afastar do bairro para encontrar opções de lazer. O Parque do Ibirapuera, que recebe em seus 1,8 milhão de metros quadrados de área uma média de 200 mil pessoas nos finais de semana, está em um dos extremos da Vila Mariana. O trânsito nas proximidades desses pontos de referência é um problema, mas o miolo do bairro consegue ficar livre dos congestionamentos mais pesados. O tráfego está concentrado em vias como a Rua Sena Madureira, a Rua Vergueiro e a Avenida 23 de Maio. Há ainda a opção do metrô, que oferece acesso às linhas azul e verde. Problemas — Ainda que a renda média da Vila Mariana gire em torno de R$ 3,6 mil mensais, mais do que a média de R$ 1,3 mil no município, de acordo com dados da subprefeitura, há um complexo de favelas, com cerca de 3 mil pessoas. Mas elas são problemas antigos. Para os moradores tradicionais, são as recentes mudanças do perfil de ocupação do bairro que preocupam. O presidente da União dos Moradores da Vila Mariana, Leonel Cogan, citou a substituição dos antigos casarões por prédios residenciais. "Onde moravam três ou quatro pessoas agora moram 300. O bairro não tem infra-estrutura para acompanhar essa demanda e, com isso, o trânsito piora. Não sei se a distribuição de água suporta isso, e a violência tende a aumentar", disse Cogan. Renato Carbonari Ibelli

Estação do metrô facilita a vida de quem mora na Vila Mariana. A grande quantidade de hospitais, clínicas e laboratórios é outra comodidade para os habitantes do bairro.

INCC subiu 0,2% em março O

Índice Nacional da Construção Civil (INCC) registrou variação de 0,2% em março, recuando 0,11 ponto percentual em relação a fevereiro (taxa de 0,31%), divulgou ontem o Instituto

Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A variação do mês foi a menor desde setembro de 2005 (0,14%). No acumulado do ano, o índice está em de 0,94% e, em 12 meses, em 6,02%. O

resultado de março foi inferior ao apurado em março de 2005 (0,47%). Segundo o IBGE, o custo nacional da construção por metro quadrado passou de R$ 547,14 em fevereiro para R$ 548,22 em março. (AE)


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LAZER - 1

O ACALANTO DO POETA Alexandre Sant'Anna/Editora Globo

DISCOS

Stella Caymmi/Arquivo pessoal

Auto-legenda (foto maior). E afagos de Stella.

Emoção e história. Caymmi vê a neta Stella na dissertação de mestrado. E entoa Acalanto com a filha Nana.

Reprodução

André Domingues

P

LIVRO Dorival Caymmi - O Mar e o Tempo (Editora 34, 627 páginas, R$ 75), levou dez anos para ser concluído. Stella Caymmi escreveu uma biografia emocionada, que conta causos e mostra vida e obra do grande Caymmi. Traz ainda mais de 300 imagens de infância, adolescência, shows, amigos. Inclui documentos, como a certidão de nascimento do cantor, além de fotos suas na pele de galã, como no filme Estrela da Manhã (1950), no qual contracena com Dulce Bressane e Paulo Gracindo. Não faltam as letras das canções e capas dos discos, e um gráfico com toda a genealogia dos Caymmi.

ode avisar à Adalgisa: Dorival Caymmi está muito vivo ainda lá! Na defesa da dissertação de mestrado de sua neta, a jornalista Stella Caymmi, realizada recentemente, na PUC-RJ, ele fez questão de comparecer e, embora tenha sido levado de cadeira de rodas, para não se cansar, estava bonito, alegre, dando a entender que os seus 91 anos de idade bem podem virar 100 ou 120. Extremamente bem disposto, acompanhou atentamente às mais de três horas da defesa e atendeu a vários admiradores com afabilidade, exibindo um sincero sorriso nos lábios e aquele seu famoso olhar, ao mesmo tempo terno e maroto. E tem mais: ele até cantou! A raríssima audição de Caymmi foi no final da defesa, quando a também ilustre mãe de Stella, Nana Caymmi, foi convidada pelo orientador, Julio Diniz, a encerrar a solenidade. Sentada nu-

ma daquelas cadeirinhas de estudo, virada para a sala, a cantora escolheu interpretar, sem nenhum acompanhamento, o clássico Acalanto, que seu pai criou para niná-la há quase 65 anos. A platéia ouvia extasiada, no mais absoluto silêncio. Aos poucos, o já emocionado Dorival, sentado na cadeira da frente, foi balbuciando a letra, até chegar em voz baixa, mas nítida, ao famoso refrão "Boi, boi , boi, boi da cara preta...". Choros na platéia e na mesa, comoção geral. Foi, seguramente, a interpretação mais bonita daquela música, infinitas vezes cantada, que eu e a maioria dos que estavam ali presentes já ouvimos. Stella, derrete-se ao comentar o acontecimento "Eu me segurei a defesa inteira, mas, naquela hora, não consegui me conter. Minha mãe já estava cantando para mim uma música que meu avô fez para ela, e aí, ainda por cima, ele também quis cantar...

Foi uma cena como nunca eu vi!". Sua emoção se justifica plenamente. Além de a repercussão da obra de Dorival entre os anos de 1938 e 1958 ser o tema do trabalho apresentado, O Portador Inesperado, os dois têm mais um vínculo que excede a já afetiva relação entre avô e neta: Stella é a principal biógrafa de Dorival. E olha que é uma biografia que dá muito o que falar. Dorival Caymmi conseguiu o feito de, com apenas cerca de 100 músicas editadas ao longo de toda a carreira, ser alçado ao Olimpo da MPB, ao lado de Pixinguinha, Noel Rosa, Tom Jobim e outros poucos. Além disso, entrou para o imaginário nacional como a melhor tradução da sua terra natal, a Bahia, na música popular. Seus personagens baianos foram retratados com tal vivacidade – lembre-se do hobby preferido de Caymmi: a pintura! – que, ao andar em Salvador, é inevitável a impressão de que se pode

encontrar, a qualquer instante, o João Valentão descansando na areia da praia ou a vizinha que passa remexendo as cadeiras e mexendo com o juízo dos homens que vão trabalhar. Mas é curioso notar que essa temática regionalista baiana, extremamente marcante em sua obra – e muito bem descrita na dissertação de Stella –, não foi a sua primeira fonte de inspiração. Ainda nos anos 20, com 11 anos de idade, o menino D o r i va l co m eçou sua trajetória de composito r co m o b ra s criadas sobre gêneros de sucesso na época, como a toada sertaneja No Sertão ou o fox-trot No Cinema.

Caymmi compôs cerca de 100 canções. Quase todas registradas em discos preciosos. Ele deu um jeito especial ao samba canção (Sábado em Copacaba, Não Tem Solução,Só Louco...); divertiu-se com Maracangalha; contemplou o mar, os pescadores, as baianas, a paisagem de sua cálida Bahia; encontrou-se em registro histórico com Ary Barroso; celebrou Vinícius, Tom. E hoje tem sua obra editada numa caixa de sete CDs (acima), sob o título Caymmi amor e mar. Essa antologia dá uma visão completa de sua obra.

Reprodução/Livro Dorival Caymmi

Fotos: Stella Caymmi/Arquivo pessoal

Com Caymmi, da esquerda para a direita: o orientador Julio Diniz, Stella, Nana e os integrantes da banca A entrevista de Dorival Caymmi a André Domingues continua na página 2

Auto-retrato de Caymmi, pintado a óleo sobre tela em 1974. Faz parte da coleção de Danilo Caymmi. No detalhe (esq.): Caymmi atento, sentado na "carteira escolar": todo o olhar para a neta Stella.


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sexta-feira, sábado e domingo, 7, 8 e 9 de abril de 2006

1 A expectativa é boa, já que haverá a entrada do novo salário mínimo na economia. Marcel Solimeo, da ACSP

Leonardo Rodrigues/Digna Imagem

VAREJO: À ESPERA DO DIA DAS MÃES Pesquisa mostra que 69,2% dos consumidores pretendem presentear na data mesmo período de 2004." Apostas – Prevendo o otimismo dos consumidores, a fabricante de acolchoados Zêlo espera um aumento de 20% no faturamento neste Dia das Mães em relação ao mesmo período de 2005. "Queremos vender principalmente edredons de malha e de tecido misto. Vamos aproveitar a vontade de presentear as mães e também o inverno, que parece que vai finalmente chegar", diz o diretor da empresa, Mauro Razuk. Já a operadora de telefonia celular Vivo prefere fazer segredo da ação que prepara para a data. A assessoria de imprensa da empresa reconhece que o Dia das Mães é a segunda data mais importante para o setor – e deixa escapar que fará uma grande promoção especial para atrair consumidores. Crédito – O coordenador do Provar ressalta, porém, que o aumento das vendas ocorrerá principalmente por conta dos parcelamentos. "As linhas de crédito facilitam o negócio, mas podem também provocar aumento da inadimplência." Ele diz que a renda média do consumidor é de R$ 1 mil e, descontadas despesas com aluguel, saúde, vestuário e contas de consumo, "sobram" 10% para as compras. "Aí a pessoa percebe que não pode comprar à vista porque o valor não cabe no orçamento. Mas com o parcelamento é possível. O problema é que, quando

faz os cálculos das parcelas, não leva em conta a exorbitante taxa de juros cobrada. O importante é se o valor da prestação cabe no bolso", afirma. "Tem consumidor que ainda está pagando as compras de Natal e até o parcelamento do presente do Dia das Mães de 2005. Haverá uma sobreposição de dívidas", diz Fávero. Ou seja, se não fizer as contas na ponta do lápis, aumenta o risco de se tornar inadimplente. O pesquisador cita os dados do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), para comprovar que a inadimplência está ascendente: "Em fevereiro do ano passado, 8% da população economicamente ativa estava endividada. Neste ano, subiu para 18% – ou 125% de crescimento", compara Fávero. Mesmo assim, ele faz uma avaliação positiva dos dados da pesquisa. "Não é motivo para soltar fogos, mas o bom resultado do ano passado foi mantido." Já o diretor da ACSP, o economista Marcel Solimeo, é menos otimista. Para ele, haverá um crescimento entre 4% e 5% nas vendas deste ano em relação à data de 2005. "A expectativa é boa, já que haverá a entrada do novo salário mínimo na economia e as taxas de juros estão em queda. Mas não há como superar o Natal, quando há o pagamento do 13º salário."

Venda de celulares continuará como a primeira opção de presente para as mães, mas cama, mesa e banho estão na seqüência

Divulgação Zêlo

T

udo indica que os filhos vão colocar a mão no bolso no Dia das Mães. Pesquisa sobre expectativa de consumo do Programa de Administração do Varejo (Provar), da Fundação Instituto de Administração (FIA-USP) mostra um cenário otimista – as vendas poderão ser até melhores do que as do Natal de 2005. Mas haverá um reflexo: o aumento da inadimplência. O levantamento indica que 69,2% dos consumidores têm intenção de comprar em abril, maio e junho. No primeiro trimestre do ano, o índice era de 62,2%. Os campeões de vendas, mais uma vez, serão os celulares e acessórios de telefonia, com 17% da intenção de compra e gasto mínimo de R$ 300. Os produtos que compõem o setor de cama, mesa e banho vêm logo depois, com 14,8% da preferência; eletroeletrônicos, 14%; e móveis, 12%. "Há fortes indícios de que este Dias das Mães será mais rentável para o comércio do que o Natal do ano passado", afirma o coordenador do Provar, Luiz Paulo Lopes Fávero. Ele analisa que haverá um crescimento de faturamento no varejo de 22% entre as duas datas. Mas em comparação com o Dia das Mães de 2005, haverá uma pequena retração, de 0,09%. "Isso se explica porque em 2005 tivemos um resultado muito bom, de alta de 9,06% em relação ao

Robson Ventura/Folha Imagem

Neide Martingo

Sufoco na pequena empresa

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faturamento real das micros e pequenas empresas (MPEs) do Estado de São Paulo ficou praticamente estável em fevereiro, com variação positiva de 0,2% ante o mesmo período de 2005, conforme levantamento divulgado ontem pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SebraeSP), que estimou receita total de R$ 18 bilhões para o segmento. Na comparação com janeiro de 2006, entretanto, houve queda de 3,5%. No primeiro bimestre do ano, a pesquisa detectou variação negativa de 0,1% sobre os dois primeiros meses do ano passado. Segundo o Sebrae-SP, as micros e pequenas indústrias foram o destaque do estudo, com aumento de 7,9% no faturamento real em fevereiro, ante o mesmo período de 2005. As micros e pequenas indústrias paulistas registraram, pelo segundo mês consecutivo, alta de faturamento, após sofrer oito meses consecutivos de queda. No mês anterior (janeiro) as MPEs da indústria já haviam apresentado expansão de 5,3% na mesma comparação. Quanto ao comércio, por conta de um menor número de

dias úteis, a pesquisa apontou quedas de 4,8% sobre fevereiro de 2005 e de 6%, ante janeiro de 2006 no faturamento real. No primeiro bimestre, a tendência foi mantida e houve recuo de 3,2%, na comparação com o mesmo período do ano passado. Já o setor de serviços apresentou crescimento de 4,8%, em relação a fevereiro de 2005, redução de 0,4% sobre janeiro deste ano e aumento de 1% no confronto entre bimestres. Recuperação – De acordo com o superintendente do Sebrae-SP, José Luiz Ricca, "os primeiros meses do ano mostram uma tendência de recuperação modesta para as MPEs em 2006". Ele diz que, apesar da melhora, o resultado dos segmentos ainda está longe do nível de 2002, uma vez que, na comparação de fevereiro de 2002 com fevereiro de 2006, as MPEs mostram queda de 11,7% no faturamento real. Segundo Ricca, a continuidade do processo de retomada das MPEs vai depender da manutenção do controle da inflação, "o que favorece a recuperação do poder aquisitivo da população e do ritmo de queda dos juros básicos na economia brasileira". O levantamento

INFLAÇÃO IGP-DI cai 0,45% P

ela primeira vez desde sua criação, na década de 40, o Índice Geral de Preços Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou deflação na taxa acumulada em 12 me-

ses de 0,29% até março. O resultado recorde foi provocado pelo IGP-DI de março que, beneficiado pela valorização do dólar, caiu 0,45%, o menor nível dos úl-

mostrou que o gasto real total das empresas com folha de salários aumentou 0,4% em fevereiro sobre o mesmo mês de 2005. Em relação a janeiro de 2006, houve recuo de 2,6%. Regiões – Na análise regional, a pesquisa do Sebrae-SP indicou que as micros e pequenas empresas da cidade de São Paulo estão puxando a recuperação. Em fevereiro de 2006, o faturamento real das MPEs paulistanas cresceu 5,8%, reflexo da recuperação do setor de serviços, a partir da melhora da renda e ocupação na economia. Os pequenos negócios do interior seguem a onda de recuperação das MPEs da capital e registraram em fevereiro aumento de faturamento de 4,2% com relação ao mesmo período de 2005. A pesquisa foi realizada pelo Sebrae-SP em parceria com a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) com uma amostra de 2.703 empresas de micro e pequeno portes de um universo de 1,3 milhão existentes no estado. De acordo com o Sebrae-SP, 57% desse universo é formado por empresas do comércio; 32%, por serviços; e 11% por companhias do setor industrial. (Agências)

timos sete meses. "Isso só comprova que a economia brasileira está passando por uma fase de inflação mais baixa", considerou Salomão Quadros, economista da Fundação Getúlio Vargas. Mas o bom cenário em março deveu-se exclusivamente aos preços no atacado – fortemente influenciados pelo dólar – que caíram 0,82%. Na contramão, os preços do va-

Exatas 230.755 unidades de veículos saíram das linhas de montagem das montadoras em março

Produção recorde de veículos

N

unca, em toda a sua história, a indústria automobilística nacional produziu tanto, em um único mês, como em março passado. Entre veículos completos e CKD (desmontados para exportação), a produção atingiu 230.755 unidades, um crescimento de 12,3% sobre fevereiro. O setor também bateu recorde produtivo e em vendas externas no acumulado do primeiro trimestre. Foram fabricados 631.688 veículos nos primeiros três meses do ano, 7,8% mais do que no mesmo período de 2005. As exportações totalizaram 200.319 unidades, com crescimento de 5,1% na mesma comparação. Em receita, as vendas externas atingiram quase US$ 2,64 bilhões no trimestre, uma receita 10,9% superior à do acumulado janeiro-março do ano passado (US$ 2,38 bilhões). As vendas internas também foram positivas no mês e no trimestre, mas não bateram re-

rejo passaram de 0,01% em fevereiro para 0,22% em março. Já os preços na construção civil foram de 0,19% para 0,2% entre fevereiro e março. No bolso – Haverá efeitos para o consumidor e nas contas públicas. O IGP-DI é usado no reajuste da dívida dos estados com a União, e afeta o consumidor pois reajusta, junto com outros índices, as tarifas administradas. (AE)

cordes anteriores. A comercialização interna atingiu 156.788 veículos em março e 417.559 no acumulado do trimestre, o que representou crescimento em relação ao ano passado de, respectivamente, 4,9% e 12,6%. No comparativo do mês passado com o anterior, a alta foi de 22,6%. "Esse percentual mais expressivo na comparação mês a mês é explicado pelo maior número de dias úteis em março (23) sobre fevereiro (19)", comentou o presidente da Anfavea, a associação das montadoras, Rogelio Golfarb. Menos fôlego – O melhor resultado em produção mensal até agora tinha sido o de agosto do ano passado, com um total de 230.600 veículos. O aumento das exportações foi decisivo para a indústria bater recorde produtivo em março e no trimestre, mas o presidente da Anfavea alerta para o fato de que as vendas externas estão perdendo fôlego de crescimento neste ano.

"Os resultados ainda são positivos, mas o ritmo de expansão está caindo por causa da questão cambial. No ano passado, por exemplo, a receita com as exportações cresceu 30,7%. No primeiro trimestre de 2006, o índice é positivo, mas o percentual é de apenas 10,9%", destacou Golfarb. Bicombustível – Com relação ao mercado interno, o executivo admite que a queda dos juros e as melhores facilidades de financiamento estão contribuindo para manter as vendas aquecidas. Por conta do lançamento de novos produtos com a tecnologia flex-fuel (bicombustível) a participação desses modelos nas vendas globais não pára de crescer. Em março, por exemplo, foram comercializados 114.961 veículos bicombustíveis, o equivalente a 77,6% do total vendido internamente. Há um ano, esse índice de participação era de apenas 28,5%. Alzira Rodrigues


IMPOSTOS NO PRONTO-SOCORRO Hoje, Dia Mundial da Saúde, o DC trata de uma doença que aflige o Brasil: impostite aguda. Flagramos muitos sintomas na foto ao lado. No estetoscópio, há 40,60% de impostos. No aparelho de pressão, 40,60%. A cadeira de rodas carrega 9,25%. Na maca, deitam 31,20%. Um esparadrapo cola 31,20%. O termômetro bate 49%. Este PS está na Feira da Saúde montada no Pátio do Colégio, hoje e amanhã. O visitante poderá medir a pressão depois de assustar-se com os impostos. Eco/5 Marcelo Soares/Hype

Ano 81 - Nº 22.103

São Paulo, sexta-feira a domingo, 7 a 9 de abril de 2006

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Edição concluída às 23h40

w w w. d co m e rc i o. co m . b r

Notícia de 1.700 anos: Judas não traiu Jesus. A notícia bíblica (foto) foi revelada em Washington: Jesus pediu a Judas que o ajudasse a se livrar de seu corpo terrestre. Página 16

UM VAZIO ÉTICO NA CÂMARA Alckmin vence Lula em SP

Roberto Stuckert Filho/Agência O Globo

Pesquisa Ibope revela que, caso fossem às urnas hoje, os paulistas dariam a vitória ao ex-governador na corrida pela Presidência: 46% a 28%. E Serra é o preferido para governador. Página 4

O Conselho de Ética num plenário de maioria aética perdeu ontem 5 de seus deputados. O presidente do Conselho, Ricardo Izar (foto), apelou para que os rebeldes ficassem, mas eles partiram e outros ainda partirão. Página 3

Paulo Pampolin/Hype

Alexandre Sant´Anna/Ed. Globo

DIVIRTA-SE

HOJE sol com pancadas de chuva Máxima 28º C. Mínima 17º C.

AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 29º C. Mínima 17º C.

H

ércules, o espetáculo de rua mais portentoso já produzido em São Paulo, estréia no Vale do Anhangabaú (foto). Reúne o humor dos Parlapatões e a plasticidade de Pia Frauss, para contar a história do herói grego que recebeu do rei Eristeu a tarefa de realizar doze tarefas desafiadoras. O público assiste de uma arquibancada móvel para 800 lugares, que a cada semana será levada a um lugar público da cidade. Leia ainda: o compositor Dorival Caymmi (foto), 91 anos, roubou a cena no dia em que a neta Stella enfrentou a banca de mestrado. Nas telas, Boleiros 2, um filme engraçado sobre o futebol dentro e fora do campo. Embarque também numa aventura irresistível: descubra os segredos e encantos do príncipe bacalhau. Você jamais os esquecerá. DCultura


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.LAZER Foto: Fernando Rabelo/Livro Dorival Caymmi

sexta-feira, sábado e domingo, 7, 8 e 9 de abril de 2006 Divulgação

OUTRAS ESTRÉIAS

Denise Fraga calça as chuteiras para interpretar a juíza Neidinha

Warner Bros/Divulgação

Conversas de bar. E pouco futebol Boleiros 2 retrata o lado humano de jogadores e ex-craques

A

s belezas da sua terra só o despertaram na década de 30, quando passou a veranear na então distante, quase isolada, praia de Itapuã. Foi uma grande descoberta. A deslumbrante combinação da areia fina, do mar e do coqueiral com a vida simples e generosa da comunidade de pescadores que ali existia o entusiasmou demais. Após poucas temporadas, criou seu primeiro canto de homenagem: a bela e densa Noite de Temporal, que inaugurou sua célebre série de "canções praieiras" – essa classificação foi inventada pelo próprio Caymmi, já que sua originalidade não cabia em nenhum dos gêneros conhecidos na época. Na mesma linha, viriam depois O Mar, Lenda do Abaeté, É Doce Morrer No Mar (parceria com Jorge Amado) e História de Pescadores, entre outras. No final dos anos 1930, surgiu uma segunda vertente regionalista na obra de Dorival Caymmi, mas voltada aos encantos da cidade e da gente mestiça de Salvador. Morando no Rio de Janeiro, com saudades de sua terra, ele sentiu-se impelido a mostrar o que era uma baiana de verdade aos cariocas e demais brasileiros, já acostumados a ouvir sambas que exaltavam a Bahia feitos por não baianos – sobretudo, Ary Barroso. Compôs, então, O Que É Que a Baiana Tem, que, em 1939, seria apresentado ao País por ninguém menos que a estrela Carmen Miranda. Tudo graças a um tremendo golpe de sorte. Deu-se que, ao saberem do alto preço exigido por Ary para cessão de Boneca de Piche e Na Baixa do Sapateiro para o filme Banana da Terra, que seria estrelado pela Pequena Notável, seus produtores foram atrás de novas canções que se encaixassem no enredo. Acabaram se deparando com esta, que foi prontamente incluída na montagem e teve sucesso arrasador. Tanto que motivou Caymmi a criar mais sambas no mesmo formato, desenvolvendo cada vez mais os temas e o sincopado da sua terra em obras como Vestido de Bolero, Eu Não Tenho Onde Morar e O Samba da Minha Terra. Mas a Bahia não resume, de forma alguma, o excepcional criador que é Dorival Caymmi. Suas canções românticas, despidas de quaisquer traços típicos da cultura baiana, foram também numerosas, bem-sucedidas e representativas. Dentre estas, que seguiam caminhos variados, como os da valsinha e da modinha, é preciso ressaltar os sofisticados sambas-canções que começou a compor em meados dos anos de 1940, sob notória influência do jazz norte-americano da época.

Neles, o cenário não era mais as praias ou ruas ensolaradas da Bahia, mas as boates esfumaçadas de Copacabana, tão freqüentadas por Caymmi em sua longa permanência no Rio de Janeiro. O clássico Marina, foi o primeiro a estourar, em 1947, após ser gravado quase simultaneamente por Dorival, Francisco Alves, Nelson Gonçalves e o moderníssimo Dick Farney – o que mais se projetou com esta música. Logo a seguir, vieram Nem Eu, Sábado em Copacabana, Só Louco e tantos outros, que, depois, seriam apontados como precursores da bossa-nova por suas harmonias elaboradas. Todos esses sambas-canções, entretanto, despertaram reações muito diversas entre os comentaristas da época. "Houve repúdio por parte de alguns críticos por acreditarem que essa nova fase significava uma decadência, uma acomodação. Isso demonstra o apego que eles tinham por aquele Caymmi regional, folclórico", conta Stella. Esses sambas-canções de Dorival acabaram sendo amplamente consagrados, inclusive figurando como precursores diretos da bossa-nova, movimento que abriu definitivamente as portas dos mercados internacionais para a música brasileira. Vale dizer, entretanto, que o trabalho de Stella mostra que a relação da bossa com o avô vai ainda mais longe, abrangendo sua obra toda. Seu exemplo preferido é a grande quantidade de sambas baianos gravada por João Gilberto, que, aliás, incluiu Rosa Morena logo em seu histórico LP de estréia, Chega de Saudade, de 1959. No mesmo sentido, Tom Jobim, outro visitante freqüente da obra de Caymmi, também poderia ser lembrado. Ele registrou em seu disco derradeiro, Antônio Brasileiro (de 1992), versões impagáveis dos sambas Maricotinha e Maracangalha. Isso sem falar nas canções-praieiras, que foram uma grande referência para a obra de seu filho Dori Caymmi e para o maior sucesso de um outro bossanovista da segunda geração, Edu Lobo: Arrastão (parceria com Vinícius de Moraes). Com esta canção, Edu venceu o primeiro festival da TV Excelsior, em 1965, ganhou renome nacional e, ainda por cima, revelou ao País a cantora Elis Regina. Que música saudável tem Caymmi! (AD) Para ouvir Caymmi: Caymmi Amor e Mar – caixa com sete CDs que contém boa parte das suas principais gravações. Para conhecer Caymmi: Dorival Caymmi: O mar e o tempo – biografia escrita por Stella Caymmi, Editora 34.

ACALANTO

Canção para a pequena Nana É tão tarde, a manhã já vem, todos dormem A noite também, Só eu velo, Por você, meu bem. Dorme, anjo, O boi pega neném. Lá no céu, Deixam de cantar,

Os anjinhos foram se deitar. Mamãezinha Precisa descansar. Dorme, anjo, Papai vai lhe ninar. "Boi, boi, boi, Boi da cara preta, pega essa menina Que tem medo de careta".

de Vingança (V for Vendetta, EUA/Alemanha, 2006, 132 minutos). Produzido pelos irmãos Andy e Larry Wachowski e dirigido por James McTeigue, o filme, ambientado na paisagem futurista da Bretanha, mostra a luta solitária e secreta de um homem mascarado conhecido como V (Hugo Weaving) contra o regime totalitário da Inglaterra de 2020. A mocinha Evey (Natalie Portman) é salva por V de uma situação perigosa e a partir daí acompanha a batalha do mascarado. V é uma pessoa sofisticada e delicada, mas que em momentos decisivos mostra seu lado vingativo e violento.

Geraldo Mayrink

N

unca foi explicado, e talvez nem se tentou, porque o futebol tenha rendido tão pouco (quase nada mesmo) como assunto do cinema brasileiro. E mesmo Boleiros 2 – Vencedores e Vencidos, continuação de um razoável sucesso de 1998, é enganoso no título. Não é um filme sobre futebol, mas sobre suas bordas, e alimentado com muita conversa fiada por ex-jogadores que se reúnem num bar para lembrar seu passado. "É, antes de qualquer coisa, um retrato privilegiado do Brasil", diz o diretor Ugo Giorgetti, o ex-publicitário paulistano que vem fazendo carreira e nome com filmes como Festa e Sábado, entre outros. Pois é no bar do Aurélio, interpretado pelo locutor Sílvio Luiz ("Pelas barbas do profeta!"), que se reúnem os boleiros (entre eles Sócrates, ele mesmo) e a imprensa para receber vindo da Itália um certo Marquinhos (José Trassi), herói do penta,

cujo irmão Magrão (Anderson de Oliveira) está preso e quer extorqui-lo, ameaçando contar aos jornais o desonroso parentesco do craque. A exmulher do simpático Marquinhos, Lurdinha (Suzana Alves), quer mais dinheiro dele e uma passagem para passear na Europa. Virgílio Pênalti (Otávio Augusto), filho de um juiz de futebol corrupto, procura vender um jovem jogador com as seguintes palavras: "É ouro puro, 17 anos, saúde perfeita. Mostra para ele os dentes". Um craque que se diz argentino (Petrônio Gontijo) é na verdade um vigarista procurado pela polícia. Com alguma razão, Aninha (Fernanda d’Umbra), repórter que vai cobrir o evento, desabafa: "Eu não gosto de futebol e tenho raiva de quem gosta". Fora do bar, um casal de motoqueiros (João Motta e Danielle Barros) roda pelas ruas e vai batendo as carteiras de quem encontra pela frente. É jogo duro. O filme se organiza em torno de um

punhado de pequenas histórias, todas contadas com bom humor apesar do sórdido ambiente em volta. Giorgetti tem habilidade de narrador, pois reúne mais de quarenta papéis com fala, é econômico (o filme dura apenas 86 minutos) mas também um esbanjador de talentos consagrados, escalando um elenco de dar água na boca em pequenos papéis (entre eles Lima Duarte, como um treinador, Denise Fraga, uma juíza de futebol, Cássio Gabus Mendes, Fúlvio Stefanini, Flávio Migliaccio, Adriano Stuart , o veterano diretor de teatro José Renato e por aí afora). Mistura de drama e comédia, como as que se vêem em campo, Boleiros 2 é de certa forma tocado pelo espírito de Nelson Rodrigues, o teatrólogo que na notável série de crônicas À Sombra das Chuteiras Imortais, serviu-se do futebol não para glorificar gols e chutes na bola, mas para retratar o lado mais humano de seus jogadores e de seus ex-craques.

Europa Filmes/Divulgação

Injeção de ânimo nos brasileiros Divulgação

U onecas Russas (Les Poupées Russes, França/Inglaterra, 2005, 125 minutos). A continuação da comédia Albergue Espanhol (2003) traz de volta o ator Romain Duris, que interpreta o roteirista Xavier, e o diretor Cédric Klapisch. Com o mesmo elenco do episódio anterior, o filme mostra a história de Xavier e seus amigos. O roteirista, que agora está na casa dos 30 anos, é escritor de telenovelas e sonha em poder ser livre para escrever sua próprias histórias. As conquistas amorosas são frustrantes, mas Xavier conta com a ajuda dos amigos para encontrar o verdadeiro amor.

B

CINEMA

Despertando para as belezas da Boa Terra

Lembranças de grandes jogadas, Irma Vap, renascida e modificada...

O poeta do mar: sambas precursores diretos da bossa-nova

... explosões, uma comédia e histórias de amor

V

go Giorgetti tem uma espécie de fascínio pelo futebol e também pelo boxe. "Você precisa ser uma pessoa especialíssima para ser jogador de futebol ou lutador de boxe", argumenta. "Você sai de uma favela e logo é aterrorizado pela mídia, pelo roubo dos empresários. Os jornais não param de ficar especulando sobre a sua intimidade", diz. "Como não há mais guerras, pois hoje tudo é uma questão de apertar botões, o refúgio de qualidades como a coragem, o estoicismo, a tenacidade e a persistência estão no futebol e no boxe, em que as coisas estão no limite. Você trabalha no limite. Hoje não tem nem mais briga de rua. O cara já atira lá de longe. O futebol é um refúgio dessas qualidades morais. O jogador de futebol está próximo do ator que também trabalha à beira do abismo, na corda bamba. Você vai da glória ao abismo em um minuto. Da fama ao

Ugo Giorgetti

esquecimento." O cineasta lembra uma entrevista recente de Woody Allen, para quem o teatro é o único espaço de vida inteligente nos EUA. "Agora eu quero dirigir teatro", confessa Giorgetti, que foi sócio de Antonio Abujamra no TBC de

Divulgação

Dupla Nanini & Latorraca volta em biografia original e estranha

Paris Filmes/Divulgação

M

anual do Amor (Manuale d'Amour, Itália, 2005, 116 minutos). Quatro episódios diferentes que se unem em uma narrativa circular contam histórias de crise, paixão, traição e abandono vividas por casais diferentes. Tommaso (Silvio Muccino) e Giulia (Jasmine Trinca) são os jovens apaixonados. Os quarentões Bárbara (Margherita Buy) e Marco (Sergio Rubino) atravessam uma crise que parece interminável. No terceiro episódio a traição do marido desperta a ira de Ornella (Luciana Littizzetto). A fase do abandono é vivida por Goffredo. Dirigido por Giovanni Verones.

1980 a 83. Ainda não tem nenhum projeto de encenação. "O cinema está cada vez mais adolescente e impossível de ser feito", lamenta. "O cinema está muito infantilizado. Precisa cada vez mais de multidões e essas multidões são jovens. Isso está provocando uma barbarização das novas gerações." O diretor lembra de Invasões Bárbaras, de Dennis Arcand. "Esse filme fala de uma nova Idade Média que está surgindo, de uma massa de iletrados. E o cinema tem de contemplar os iletrados." A única saída para Ugo Giorgetti é o humor. "O humor é uma maneira de encarar a ausência dos deuses, de encarar a vida. O humorista é um trágico que não se assume como trágico, mas ele vê a tragédia da vida." Em matéria de humor, Boleiros 2 tem tudo para dar uma boa injeção de ânimo na vida de todos nós, brasileiros. (Evaldo Mocarzel)

Fenômeno do teatro chega às telas

U

m dos grandes fenômenos de público do teatro brasileiro, se não o maior, chega às telas mas não é mais teatro, e sim cinema. As diferenças entre O Mistério de Irma Vap, a peça, e Irma Vap – o Retorno, o filme, são notáveis. Durante onze anos, desde 1996, as platéias estimadas em três milhões de espectadores se divertiram com Marco Nanini & Ney Latorraca, segundo se diz um recorde mundial de longevidade para espetáculo com o mesmo elenco. A dupla de atores espantava pela capacidade de trocar de roupa, assumindo os papéis de vários personagens, em poucos segundos. Era uma grande acrobacia mas a peça também tinha texto. Assinado por Charles Ludlam (1943 – 1987), criador de uma certa Companhia Teatral do Ridículo, estreou em Nova York em 1984 e deu prestígio mundial ao grupo. Continha, entre muitos outros, diálogos assim: - Você faz um chá forte, hein? - Quando faço chá, eu faço chá. Quando faço água, eu faço água. - Será que você não poderia juntar no mesmo bule? Estas frases de humor escrachado sobrevivem na tela, mas quase todo o resto sumiu. Carla Camurati, linda atriz de poucos filmes e talentosa diretora

de Carlota Joaquina Princesa do Brasil (grande sucesso de bilheteria) e Copacabana, além de óperas, tinha um problema. Era o mesmo com o qual tantos realizadores se defrontaram: os personagens eram tão teatrais que pareciam infilmáveis. Socorreu-a os deuses dos roteiristas (ela mesma, Adriana Falcão e Melanie Dimantas) e assim foi jogado fora quase todo o texto de Ludlam. Acrescentaram novos personagens em aparições-relâmpago (Arlete Salles, Louise Cardoso, Marieta Severo, Paulo Betti, fazendo os papéis deles mesmos), reunidos no enterro do primeiro produtor de Irma Vap, que morrera do coração e dívidas contraídas no palco. Mantiveram, é claro, a dupla Nanini & Latorraca, mas deram-lhe uma biografia original e estranha, saqueando o baú inesgotável do cinema No caso, mais ou menos disfarçado, O que Terá Acontecido a Baby Jane?, o clássico que Robert Aldrich fez em 1962 em torno de duas velhas sinistras, Joan Crawford e Bette Davis. Quem viu lembra que uma escraviza a outra numa cadeira de rodas, que a paralisou depois de um acidente de carro na juventude. Na verdade, o acidente de Tony foi provocado pela sua irmã Cleyde (ambas interpretadas por Nanini, além de outros três personagens), invejosa do tempo em

que era menina-prodígio (a "pequena grande cantora", intérprete do famoso sucesso juvenil Banho de Lua) e cuja carreira a irmã mais talentosa ameaçava. Assim, como Joan Crawford no filme, Nanini está paralisado e por isto convidam um ator decadente, Darci (Latorraca, que faz também o papel da própria mãe e três outros). São dez personagens concentrados em apenas dois atores. Eles compõem um momento de glória do travestismo, com farto uso de seios de alpiste, duas meias em cada perna, saltos altos, perucas, cílios, dentes postiços e muita maquilagem. A produção é caprichada porque Carla Camurati não cuida apenas da própria beleza e de sua habilidade para contar histórias. Num lance de humor realista, ela aparece numa ponta, ao lado da dupla dinâmica, dizendo "Como estamos no cinema brasileiro") e agradece aos patrocinadores (cerca de vinte) que bancaram a produção, que demorou três anos para ficar pronta. Irma, a peça, despediu-se supunhase para sempre em 1997, perante uma platéia de quatro mil pessoas. Mas Irma, o filme, mostra as ressurreições de que só o cinema é capaz de promover, ainda que o renascido se pareça tão pouco com o original. Geraldo Mayrink


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.LEIS, TRIBUNAIS E TRIBUTOS

sexta-feira, sábado e domingo, 7, 8 e 9 de abril de 2006

ORIENTAÇÃO LEGAL LEGISLAÇÃO • DOUTRINA • JURISPRUDÊNCIA INSTITUTO JURÍDICO DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE SÃO PAULO

COORDENAÇÃO: CARLOS CELSO ORCESI DA COSTA

Agenda Tributária Paulista – Abril/2006 COMUNICADO CAT-20, DE 29-03-2006 O coordenador da Administração Tributária declara que as datas fixadas para cumprimento das Obrigações Principais e Acessórias, do mês de abril de 2006, são as constantes da Agenda Tributária Paulista anexa. AGENDA TRIBUTÁRIA PAULISTA Nº 200 MÊS: ABRIL DE 2006 DATAS PARA RECOLHIMENTO DO ICMS E OUTRAS OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS Classificação de Atividade Econômica

Código de Prazo de Recolhimento

CNAE

CPR

15237, 15911 a 15954, 21105 a 21490, 23108 a 23302, 24112 a 24996, 25216 a 25291, 26204, 27138 a 27413, 27499 a 27529, 28118 a 28215, 28312 a 28991, 29130, 29157, 29246, 29254, 29513 a 29548, 29718 a 29963, 30112 a 30228, 31119 a 31410, 31518, 31810 a 31992, 32107 a 32301, 32905, 33103 a 33502, 33910 a 33944, 34100, 34207, 34509, 35114 a 35211, 35238, 35327 a 35912, 36927 a 36951, 36978 e 36994; 40118 a 40142, 40207 e 40304; 51217 a 51926, 60267 a 60291, 61115 a 61239, 62103 a 62308, 64114 e 64122; 92215, 92223 e 92401. 01112 a 01708, 02119 a 02135, 05118, 05126, 10006, 11100, 11207, 13102 a 13293, 14109 a 14290, 16004, 26913, 26921, 45110 a 45608, 50105, 50202, 50504, 51110 a 51195, 55131 a 55190, 55247, 60305 e 63118 a 63401; 65102 a 65994, 72109 a 72907, 74110 a 74993, 85111 a 85324. 64203 15431, 41009, 50300 a 50423, 52116 a 52795, 55212 a 55239, 55298, 60100 a 60224, 66117 a 66303, 67113 a 67202, 70106 a 70408, 71102 a 71404, 73105, 73202, 75116 a 75302, 80136 a 80993, 90000, 91111 a 91995, 92118 a 92134, 92312 a 92398, 92517 a 92622, 93017 a 93092, 95001 e 99007. 28223, 29114 e 29122, 29149, 29211, 29220, 29238, 29297 a 29408, 29610 a 29696. 15113 a 15229, 15318 a 15423, 15512 a 15890, 17116, 17191, 19100 a 19291, 20109 a 20290, 22144 a 22349, 23400, 25119 a 25194, 26115 a 26190, 26301, 26492, 26999, 27421, 31429, 31526, 31607, 34312 a 34495, 35220, 35920, 35998, 36110 a 36919, 37109, 37206, 60232 a 60259. 17213 a 17795, 18112 a 18228, 19313 a 19399, 26417, 26425, 35319 e 36960. Industriais ou Atacadistas de Pequeno Porte (art. 11 das Disposições Transitórias do RICMS/2000) Observações O Decreto 45.490, de 30/ 11/2000 - DOE de 1°/12/ 2000, que aprovou o novo RICMS, estabeleceu em seu Anexo IV prazos do recolhimento do imposto em relação às Classificações de Atividade Econômica ali indicadas, com alteração do Decreto n° 49.016 de 06/10/ 2004, DOE de 07/10/2004. O não recolhimento do imposto até o dia indicado sujeitará o contribuinte ao seu pagamento com juros estabelecidos pela Lei 10.175, de 30/12/98 - D.O. de 31/12/98, e demais acréscimos legais. O Decreto 50.474, de 20/ 01/2006 - D.O. de 21/01/ 2006 fixa as condições para o prazo adicional de 30 dias para o recolhimento do imposto relativo às operações a serem efetuadas no mês de fevereiro de 2006, pelos contribuintes situados nos municípios de São Paulo, Santo

Regime Periódico de Apuração Recolhimento do ICMS FATO GERADOR 03/2006 02/2006 DIA DIA

1031

5

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1100 1150

10 17

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2102

-

10

André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Barueri, Guarulhos, Mauá, Mogi das Cruzes, Osasco, Suzano e Taboão da Serra que aderirem à campanha denominada “Liquida São Paulo”, organizada pela Associação Brasileira de Lojistas de Shopping, realizada no período de 15 a 19 de fevereiro de 2006. Informações Adicionais do Imposto Retido Antecipadamente por Substituição Tributária: Os contribuintes, em relação ao imposto retido antecipadamente por substituição tributária, estão classificados nos códigos de prazo de recolhimento abaixo indicados e deverão efetuar o recolhimento até os seguintes dias (Anexo IV, art. 3°, § 1° do RICMS aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/ 00, D.O. de 1°/12/00, com alteração do Decreto 45.644, de 26/1/01):

Dia 05 - cimento - 1031; refrigerante, cerveja, chope e água - 1031; álcool anidro, demais combustíveis e lubrificantes derivados de petróleo - 1031. Dia 10 - veículo novo 1090; veículo novo motorizado classificado na posição 8711 da NBM/SH - 1090; pneumáticos, câmaras-dear e protetores de borracha 1090; fumo e seus sucedâneos manufaturados - 1090; tintas, vernizes e outros produtos químicos - 1090; energia elétrica - 1090; Dia 17 - sorvete, acessório como cobertura, xarope, casquinha, copo, copinho, taça e pazinha - 1150. Observações em relação ao ICMS devido por ST: a) O contribuinte enquadrado em código de CNAE que não identifique a mercadoria a que se refere a sujeição passiva por substituição, observado o disposto no artigo 566, deverá recolher o

imposto retido antecipadamente por sujeição passiva por substituição até o dia 9 do mês subseqüente ao da retenção, correspondente ao CPR 1090 (Anexo IV, art. 3°, § 2° do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/ 11/00, DOE de 1°/12/00; com alteração do Decreto 46.295, de 23/11/01, DOE de 24/11/01). b) Em relação ao estabelecimento refinador de petróleo e suas bases, observarse-á o que segue: 1) no que se refere ao imposto retido, na qualidade de sujeito passivo por substituição tributária, 80% do seu montante será recolhido até o 3º dia útil do mês subseqüente ao da ocorrência do fato gerador - CPR 1031 e o restante, até o dia 10 do correspondente mês CPR 1100; 2) no que se refere ao imposto decorrente das operações próprias, 95% será recolhido até o 3º dia útil do mês subseqüente ao da ocorrência do fato gerador - CPR 1031 e o restante, até o dia 10 do correspondente mês CPR 1100. 3) no que se refere ao imposto repassado a este Estado por estabelecimento localizado em outra unidade federada, o recolhimento deverá ser efetuado até o dia 10 de cada mês subseqüente ao da ocorrência do fato gerador - CPR 1100 (Anexo IV, art. 3º, § 5º do RICMS, acrescentado pelo Decreto nº 47.278, de 29/10/02). Empresa de Pequeno Porte e Microempresa - CPR 1210; Dia 24 - Os contribuintes sujeitos a esse regime deverão efetuar o recolhimento do imposto apurado no mês de março/2006 até esta data (art. 11 do Anexo XX e art. 3°, inciso VII do Anexo IV do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/ 00, DOE de 1°/12/00; Comunicado CAT 3, de 22/1/ 01 - DOE de 24/1/01). Outra Obrigações Acessórias 1) Guia de Informação e Apuração do ICMS - GIA: A GIA, mediante transmissão eletrônica, deverá ser apresentada até os dias a seguir indicados de acordo com o último dígito do número de inscrição estadual do estabelecimento. (art. 254 do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/ 11/00 - DOE de 1º/12/00 Portaria CAT 92, de 23/12/ 98, Anexo IV, artigo 20 com alteração da Portaria CAT 49, de 26/06/01 - DOE de 27/ 06/01). Final Dia 0e1 16 2, 3 e 4 17 5, 6 e 7 18 8e9 19 Caso o dia do vencimento para apresentação indicado recair em dia não útil, a transmissão poderá ser efetuada por meio da Internet

no endereço http://www. fazenda.sp.gov.br ou http:// pfe.fazenda.sp.gov.br 2) Dia 10 - Guia Nacional de Informação e Apuração do ICMS - Substituição Tributária: O contribuinte de outra unidade federada obrigado à entrega das informações na GIA-ST, em relação ao imposto apurado no mês de março/2006, deverá apresentá-la até essa data, na forma prevista no Anexo V da Portaria CAT 92, de 23/12/98 acrescentado pela Portaria CAT 89, de 22/11/00, DOE de 23/11/00 (art. 254, parágrafo único do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00, DOE de 1°/12/00). 3) Dia 17 - Demonstrativos do Crédito Acumulado: o contribuinte deverá entregar até essa data, no Posto Fiscal do seu domicílio, os respectivos demonstrativos referentes aos fatos geradores do mês de março/2006 (art. 72 do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00, DOE de 1°/12/00 e art. 1º, inciso IV da Portaria CAT 53/ 96, de 12/8/96 - DOE de 27/8/ 96 - Retificada em 31/8/96, na redação dada pelas Portarias CAT 68/96, 15/97, 38/97, 71/97, 71/98; 37/2000, 94/01 e 35/02). 4) Dia 17 - Relação das Entradas e Saídas de Mercadorias em Estabelecimento de Produtor: produtor não equiparado a comerciante ou a industrial que se utilizar do crédito do ICMS deverá entregar até essa data, no Posto Fiscal a que estiver vinculado, a respectiva relação referente ao mês de março (art. 70 do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00, DOE de 1° /12/ 00 e art. 18 da Portaria CAT 17/03). 5) Dia 15 - Arquivo com Registro Fiscal: Os seguintes contribuintes deverão enviar até essa data à Secretaria da Fazenda através do correio eletrônico http:// pfe.fazenda.sp.gov.br, com registro fiscal de todas as suas operações e prestações com combustíveis derivados de petróleo, gás natural veicular e álcool etílico hidratado combustível efetuadas a qualquer título efetuadas no mês de março: a) os fabricantes e os importadores de combustíveis derivados de petróleo, inclusive de solventes, as usinas e destilarias de açúcar e álcool, as distribuidoras de combustíveis, inclusive de solventes, como definidas e autorizadas por órgão federal competente, e os Transportadores Revendedores Retalhistas - TRR (art. 424B do RICMS, aprovado pelo Decreto 48.139 de 8/ 10/2003, D.O. de 9/10/03, normatizada pela Portaria CAT-95 de 17/11/2003, DOE de 19/11/2003). b) Os revendedores varejistas de combustíveis e os

contribuintes do ICMS que adquirirem combustíveis para consumo (art. 424-C do RICMS, aprovado pelo Decreto 48.139 de 8/10/03, DOE de 9/10/03 e normatizada pela Portaria CAT-95 de 17/11/2003, DOE de 19/ 11/2003). 6) Renovação da Inscrição no Cadastro de Contribuintes: No período de 1º de janeiro a 30 de junho de 2006, deverão solicitar a renovação da inscrição no Cadastro de Contribuintes deste Estado, nos termos e condições estabelecidos pela Secretaria da Fazenda, os contribuintes que exerçam as seguintes atividades: a) fabricante ou importador de combustível, derivado ou não de petróleo, inclusive de solvente; b) distribuidor de combustível e Transportador Revendedor Retalhista TRR como tal definidos e autorizados por órgão federal competente, inscrito no Cadastro de Contribuintes do ICMS; c) comércio atacadista de solvente; d) posto revendedor de combustíveis. O contribuinte que não renovar sua inscrição perante a Secretaria da Fazenda, será considerado não inscrito, sujeitando-se às penalidades estabelecidas na legislação, e terá cassada a eficácia da inscrição de todos os seus estabelecimentos localizados neste Estado, nos termos do artigo 24 do Regulamento do Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30 de novembro de 2000. (Decreto 50.319 de 07/12/05 D.O. de 07/12/05) Notas Gerais 1. Unidade Fiscal do Estado de São Paulo Ufesp: Por meio de comunicado, a Diretoria de Arrecadação divulgou o valor da Ufesp que, para o período de 1°/1 a 31/12/ 2006, será de R$ 13,93 (Comunicado DA 57, de 20/12/05 - DOE 21/12/05). 2. Nota Fiscal de Venda a Consumidor: À vista do disposto no art. 134 do RICMS, aprovado pelo Decreto 45.490, de 30/11/00, DOE de 1°/12/00, será facultada a emissão da nota fiscal, desde que não exigida pelo consumidor, quando o valor da operação for inferior a R$ 7,00, no período de 1°/1 a 31/12/2006 (Comunicado DA 61, de 20/12/05 - DOE 21/12/05) 3. Esta Agenda Tributária foi elaborada com base na legislação vigente em 28/03/2006. DOE 30/03/2006


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Cidades

Fotos de Leonardo Rodrigues/Hype

A obra, orçada em R$ 200 milhões, ocorrerá em três etapas e se estenderá por um período de 30 meses.

O movimento de caminhões na avenida dos Bandeirantes é pesado e crescente. A via já ganhou características rodoviárias e exige providências que vão da engenharia às decisões políticas, como a conclusão do Rodoanel.

BANDEIRANTES: AVENIDA QUE VIROU ESTRADA, AGORA SERÁ VIA EXPRESSA Projeto prevê a retirada de cruzamentos, a construção de corredores para caminhões, passagens subterrâneas e a ampliação das duas pistas, de 13m para 16m Rejane Tamoto

Reproduções/CET

A

avenida dos Bandeirantes – principal via de interligação entre as rodovias estaduais que chegam à cidade – passará por ampla reforma para se tornar expressa. O projeto da Prefeitura para os 8,5 km da avenida prevê a retirada de 10 cruzamentos controlados por semáforos, a construção de corredores para caminhões, ampliação das duas pistas de 13m para 16m, inserção de cinco passarelas de pedestres, construção de passagens subterrâneas, quatro viadutos e novas alças de acesso a eles. Segundo o secretário de Transportes do Município, Frederico Bussinger, o projeto organizará o tráfego na via, hoje disputado por 700 caminhões e mais de 4 mil veículos, por hora, em cada sentido. Atualmente, a avenida dos Bandeirantes é uma das poucas alternativas para os caminhões que vão para o porto de Santos, no litoral sul. Segundo Urubatan Helou, presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de São Paulo e Região, a Bandeirantes foi transformada em uma rodovia contra sua "vontade própria", devido à demora na execução do trecho Sul do Rodoanel. Helou disse que a avenida registra um aumento na circulação de caminhões todos os meses, prejudicando a velocidade média dos veículos. "A reforma aliviará o tráfego enquanto o trecho Sul do Rodoanel não fica pronto", disse Bussinger. A obra, orçada em R$ 200 milhões, será custeada pela Prefeitura e pelo Governo do Estado. A execução ocorrerá em três etapas, por um período de 30 meses. Obras - A primeira fase das obras custará R$ 30 milhões, com previsão de início em outubro e término em 18 meses. Nesta etapa serão construídas duas faixas exclusivas para os caminhões à esquerda de cada sentido da pista. A avenida terá cinco faixas de cada lado, em vez das atuais quatro. Serão eliminados os semáforos sob o viaduto Santo Amaro, da rua João Carlos Malet e da alameda dos Tupinás. Dois deles serão implantados na avenida Santo Amaro. Além disso, haverá a construção de

Nas duas ilustrações (acima e à esq.), uma visão do que deverá ser a nova avenida dos Bandeirantes. Pistas mais largas, eliminação do canteiro central e caminhões trafegando em faixas duplas e exclusivas, criadas à esquerda da via. Técnicos em trânsito criticam essa última solução e temem complicações junto à entrada da rodovia dos Imigrantes.

passarelas para pedestres e de hoje 95% deles já respeitam esacessos para a rodovia dos Imi- sa regra", afirmou. Segundo Bussinger, as faigrantes. Serão feitas correções na rua Democratas e na aveni- xas ficarão à esquerda porque da Pedro Bueno, inserção de há um estudo da Secretaria dos câmeras da Companhia de En- Transportes que indica que genharia de Tráfego (CET) e re- 80% dos caminhões que entram na Bandeirantes pela modelação de calçadas. O objetivo, segundo o secre- marginal seguem direto até a tário, é aumentar a velocidade Imigrantes. "Será complicado média de tráfego na via, que para o caminhão que vem da Imigrantes, pela hoje está entre 13 Bandeirantes, e 14 km/hora, acessar a margipara algo entre nal. Ele estará à 25 e 28 km/hora. esquerda e terá O projeto, posque acessar a diteriormente, reita", questioprevê a construnou El Hage. ção de alças de O secretário deacesso entre as fende que as faia v e n i d a s B a nx a s p a r a c a m ideirantes e nhões à esquerda Wa s h i n g t o n ajudam os veícuLuís, retirada de los de passeio a semáforos nas acessarem, pela ruas Ribeiro do Vale, Nhambi- Será complicado para d i r e i t a , a s 1 0 8 ruas transversais quaras e Tupinida Bandeirantes quins, e passa- o caminhão que vem que levam a bairgens subterrâ- da Imigrantes, pela n e a s n a c o n- Bandeirantes, acessar ros como Moema fluência com as a marginal. Ele estará e Vila Olímpia, na duas primeiras. à esquerda e terá de se zona sul da cidade. Segundo BusA rua João Carsinger, a Imigranlos Malet passa- colocar à direita. rá por baixo da Nelson Maluf El Hage, tes inicialmente avenida dos especialista em trânsito será acessada pelos caminhões Bandeirantes e o viaduto João Julião da Costa por um cruzamento com semáforo e, posteriormente, por Aguiar terá alças de acesso. Polêmica - O ponto polêmi- uma passagem subterrânea. "A arrancada do caminhão é co do projeto é a colocação de faixas para caminhões à es- diferente da arrancada do auquerda, segundo o especialista tomóvel. Os semáforos terão em trânsito e ex-presidente da de ficar por muito tempo aberCET, Nelson Maluf El Hage. tos para que os caminhões cru"Nos mini-anéis viários a regra zem e subam a rampa da Imié que os caminhões trafeguem grantes. Espero que conspela direita. Desde 1993, tenta- truam a passagem subterrânea mos educar os condutores e logo", disse El Hage.

Ambiente - Atualmente, o projeto para a reformulação da Bandeirantes aguarda a aprovação da Secretaria do Verde e do Meio Ambiente do município, já que devem ser retiradas cerca de 200 árvores do trecho. Em 30 dias, a Secretaria deve se manifestar sobre o Estudo de Viabilidade Ambiental e Urbanística (EVA). "O projeto oferece alternativas de compensação ambiental. Vamos remover árvores condenadas e plantar espécies da mata atlântica. O projeto também prevê a redução da

poluição atmosférica e sonora. Para se ter uma idéia, um veículo parado por 20 minutos consome 1 litro de gasolina. Se esse veículo andar, haverá redução do consumo e, consequentemente, de emissão de gases", explicou. O secretário afirmou que a compensação abrange a criação de novas áreas verdes e obras que visam facilitar o escoamento de águas pluviais. O médico Jorge Rodrigues da Silva, de 50 anos, proprietário de um imóvel localizado na avenida, acredita que o projeto

é positivo, se realmente houver um tratamento paisagístico. Se transferirem as árvores que plantei no canteiro da avenida para outro local próximo, tudo bem", disse. Para que a avenida dos Bandeirantes seja ampliada, não só as árvores terão de ser cortadas. Uma das atribuições da Prefeitura será desapropriar 250 imóveis ao longo de toda a via. "Escolhemos lotes pequenos e pagaremos o preço de mercado por eles", assegurou o secretário Bussinger. Colaborou Davi Franzon


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LAZER - 3

Reproduções do livro O Atentado

LEITURA Brasil, gravura de 1954 (à esq.), o curador Olívio Tavares e a mostra, em cartaz até 14 de maio Paulo Pampolin/Hype

Leonardo Rodrigues/Hype

A esposa-bomba A kamikase se explode, o marido salva feridos Moisés Rabinovici

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Arte para ver de perto

VISUAIS Instituto Tomie Ohtake exibe 78 obras de Livio Abramo

Fotos: Divulgação

A

os 27 anos, uma lâmina de barbear e um pedaço de madeira improvisado foram os instrumentos usados por Livio Abramo para produzir sua primeira gravura: uma paisagem chinesa copiada de outro original. A inspiração surgiu em 1930, logo depois de o artista visitar uma exposição com gravuras do expressionismo alemão. Hoje, os trabalhos produzidos desde essa época até o início da década de 1990 podem ser vistos na mostra Livio Abramo, em cartaz no Instituto Tomie Ohtake. As obras são de pequeno formato e demonstram o virtuosismo e a precisão do artista. Vistas de perto, ainda revelam ao observador mais atento a delicadeza de alguns detalhes. Com curadoria de Olívio Tavares de Araújo, a exposição exibe ao público 78 trabalhos do artista que é considerado, ao lado de Oswaldo Goeldi, pio-

No alto, Paraguay-Ritmos, gravura de 1963; à esquerda, Miliciano-Espanha, de 1938 e Paraguay-Las Plazas, 1965

Rita Alves neiro da gravura brasileira. "A obra de Livio Abramo teve uma fama desproporcional a visibilidade dela. Seu trabalho sempre teve pouca divulgação", conta o curador que conheceu o artista na década de 1970. "A gravura de Livio é precisa, transparente, luminosa na sua realidade. Essa exposição possibilita ver isso", diz. Entre os destaques o curador cita as obras Paraguay Laz Plazas e Paraguay - Magia, ambas de 1965, e Miliciano - Espanha (1938). A mostra em cartaz proporciona ao visitante contemplar três importantes fases da produção de Livio Abramo. A primeira delas, realizada nos anos de 1930, abrange temas brasileiros. A Guerra Civil Espanhola também toma conta de suas gravuras e é retratada entre 1936 e 1938. Foi ele o único artista brasileiro que tratou dela em sua obra. A segunda fase tem seu auge a partir de

1946 quando ilustra com 27 gravuras o livro Pelo Sertão, de Afonso Arinos, numa edição numerada da sociedade Cem Bibliófilos do Brasil. Seu amor pelo Rio de Janeiro também é retratado nesse momento. Virtuosismo e brilho absoluto são aspectos esbanjados nessa época. Em 1956, o gravurista visita o Paraguai e dá início a sua terceira fase. As cidades com suas praças centrais e as violentas chuvas do planalto são os principais temas da produção paraguaia. As gravuras expostas vieram principalmente dos acervos do Museu de Arte Moderna de São Paulo, do Museu de Gravura de Curitiba e do Instituto de Estudos Brasileiros da USP. Livio Abramo - Instituto Tomie Ohtake - Av. Faria Lima, 201, Pinheiros, tel.: (11) 2245-1900. Até 14 de maio. Grátis.

mulher entra no fast-food lotado da rua Hasmonaim, na região do Ministério da Defesa de Israel, em Tel-Aviv. É uma palestina. Veste-se como grávida. Gesta um cinturão dos kamikazes. E dá à luz a O Atentado, o livro de Yasmina Khadra que ganhou o prêmio dos livreiros franceses e foi lançado no Brasil pela Sá Editora. A forte explosão foi ouvida até no hospital Ichilov, ao sul de Tel-Aviv. E lá soa o alerta vermelho. O doutor Amin Jaafari começa a esperar as vítimas. Foi "uma carnificina", alguém grita. Chegam as ambulâncias. "Imprensado entre duas macas, um ferido urra, debatendo-se como o diabo (...) O corpo retalhado, põe-se a dar socos no vazio. A enfermeira que está a seu lado parece perder o controle. Os olhos dela iluminam-se quando me vê". –Rápido, rápido, doutor Amin... "Quando me debruço sobre ele, ameaça-me com o olhar e retorce os lábios numa careta de ultraje: –Não quero que um árabe toque em mim – repele-me com a mão raivosa. –Prefiro morrer". O doutor Amin é filho de beduínos, os senhores do deserto. Sua façanha não foi apenas a de romper a vida nômade ancestral, mas a de fixar-se como cirurgião, muito respeitado, num hospital de Israel, e com a mulher palestina, Sihem, num bairro luxuoso de Tel-Aviv. A trama de O Atentado usa mais fios incríveis, a começar pela própria autoria, atribuída a Yasmina Khadra, mulher do verdadeiro autor, Mohamed Moulessehoul – um escritor argelino que foi comandante no exército da Argélia na luta contra o terrorismo, marcada por acusações terríveis de massacres e violações dos direitos humanos entre os presos. "Entrei para a clandestinidade", ele explicou numa entrevista, ao se esconder sob identidade feminina. Mas provocou certa confusão. A França até acolheu com entusiasmo a árabe que se tornava autora emergindo da fechada sociedade muçulmana da Argélia, a ex-colônia, independente desde 1962.

Yasmina/Muhamed escreveu O Atentado em francês, a língua do colonizador, e não no árabe de seus primeiros livros. Talvez por isso o seu estilo seja bastante singular, filho da união de duas línguas. O leitor se depara com um fumante que "mama cigarros", bate contra um "poste anêmico", avista uma "nuvem arrepiada", ou um "azul aflitivo", ou uma "treliça avarenta", sente a brisa que "forrageia" e se perde nas "tetas da salvação" – alguns exemplos pinçados entre dezenas de termos raros e bizarros. A tradutora Ana Montoia ateve-se fiel ao estilo do autor. Acertar as metáforas esdrúxulas mesmo em francês seria um atentado dentro de O Atentado. E ela fez um excelente trabalho. Pena que alguns nomes próprios tenham ficado em francês quando já são conhecidos em português, como Janin (e não Jenin), Nabulus (Nablus), souk (shuk, o bazar árabe) e Yacine (o sheik Yassin). Há um momento em que o doutor Amin estranha que "nenhuma alma cristã" apareça para socorrê-lo. Pudera: está num bairro judeu de Tel-Aviv! Esses detalhes não chegam a comprometer a narrativa, construída como um thriller pronto para ser filmado. O doutor Amin deixa exausto o hospital Ichilov, às 22 horas. No caminho de casa, é barrado em bloqueios militares levantados depois do atentado. Salvou vidas há pouco no centro cirúrgico, mas agora tratam-no como suspeito, porque árabeisraelense. Frustra-se ao perceber que sua mulher, a bela Sihem, não tenha voltado ainda de uma visita de três dias a avó, em Kfar Kanna, perto de Nazaré, ao Norte de Israel. O doutor Amin acorda com o telefone tocando, 3h20 da manhã. É o seu amigo e alto funcionário da Polícia, Naveed Ronnen. Quer que ele reconheça um corpo, o corpo da mulher-bomba que se imolou horas antes. E a terrorista era Sihem, revelam o material de imprensa e a orelha do próprio livro. Não se trata de contar o final da história. Na verdade, a história está só começando.

O livro tem tradução em português de Ana Montoia. Sai no Brasil pela Sá Editora. Preço R$ 33

Yasmina Khadra é na verdade o pseudônimo do escritor Mohammed Moulessehoul, nascido na Argélia, em 1955. Ele escreve em francês e é considerado porta-voz do mundo árabe. Seus romances já foram traduzidos em 17 países


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Empresas Imóveis Nacional Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

BANCOS PÚBLICOS OFERECERÃOR$ 3,5 MILHÕES

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182,2

mil toneladas foram as exportações de carne bovina do Brasil em março.

PACOTE AGRÍCOLA INCLUI A LIBERAÇÃO DE CRÉDITO E PERMITE A RENEGOCIAÇÃO DE DÍVIDAS ANTIGAS

AJUDA A PRODUTORES SERÁ DE R$ 16,8 BILHÕES Divulgação

Jamil Bittar/Reuters

D Empresas decidiram juntar negócios para enfrentar concorrência com os importados

Maritel e Long Jump se unem

I

novar. Essa foi a saída encontrada por duas fabricantes brasileiras do setor de brinquedos para manter ou ampliar a produção. A Long Jump e a Maritel anunciaram ontem parceria no desenvolvimento de bichinhos e bonecos em pelúcia. A Maritel vai produzir e a Long Jump ficará responsável pela parte comercial. A expectativa das companhias é obter faturamento de R$ 15 milhões em dois anos e gerar 500 empregos diretos e indiretos. "Será a união entre o foco no comercial e na produção", resumiu o presidente da Maritel, Gilberto Vasconcelos. Diante da concorrência com os produtos chineses, a pirataria, o contrabando e o subfaturamento, a Maritel, com 27 anos de existência e detentora de 52% do mercado nacional de bichos de pelúcia, corria o risco de ter que reduzir sua produção. De acordo com o presidente da empresa, de todo o mercado de produtos de pelúcia, 60% são licenciados e 40% pirateados. "Nosso maior concorrente é o importado da China", disse ontem, durante o anúncio da parceria.

Vendas menores – O auge das vendas da Maritel foi registrado em 2003, com 2 milhões de produtos, sendo 800 mil deles licenciados com a marca Bananas de Pijamas. A empresa chegou a faturar cerca de R$ 15 milhões ao ano. Em 2005, porém, as vendas não passaram de R$ 500 mil. A Long Jump, representante de marcas como Disney, Hello Kitty, Cavaleiros do Zodíaco e Meninas Superpoderosas, há um ano começou a trazer bichos de pelúcia do exterior. Mas há dois meses percebeu que a continuidade da importação desses produtos seria inviável por causa de medidas de proteção da indústria nacional. Para piorar, há cerca de dois meses, foi implantada pelo governo brasileiro uma medida compensatória de sobretaxação de US$ 11 sobre o valor do quilo da pelúcia. A matéria-prima a ser usada pelas duas empresas na parceria será nacional. "Só vamos importar se precisarmos de um tecido com qualidade que não existir no País", disse o diretor comercial da Long Jump, Luiz Fiorini. "Se surpresas aparecerem, vamos tentar nos

ICV-DIEESE Índice apurou inflação de 0,52% no mês de março na cidade de São Paulo.

LULA CRITICA POLÍTICOS DA AL

Ó RBITA

adaptar", disse, referindo-se a rumores de imposição de cotas máximas de importação. Intervenção – A união das duas empresas só foi possível graças à intervenção do presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), Synésio Batista da Costa. Sabendo dos problemas de cada uma, ele facilitou a aproximação dos diretores e sugeriu que a Long Jump trouxesse a produção de bichos de pelúcia para o Brasil. Segundo Costa, o faturamento do setor, que foi de R$ 900 milhões em 2005, deve aumentar cerca de 5% em 2006. "Mas vai ser bom apenas para quem se mexer", afirmou Fiorini. "Quem não inovar vai ficar no meio do caminho. Negócios são como produtos: precisam ser renovados", emendou Costa. As parceiras já vão fazer o lançamento dos bichos de pelúcia na 23ª Abrin – Feira Brasileira de Brinquedos. Serão produtos licenciados da Disney e da Sad Sam. O evento será entre os dias 24 e 27 de abril, no Expo Center Norte, na zona norte da capital paulista. Adriana David

CONTA DE LUZ Distribuidora do interior paulista, a CPFL vai reajustar tarifas em 0,62% amanhã.

Orlando Kissner/AFP PHOTO

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presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem, na reunião do Fórum Econômico Mundial na América Latina (foto), que político latino-americano "gosta é de construir ponte para botar o nome da família". "Eles acham que enterrar manilha para saneamento básico não dá voto", acrescentou. Nenhum político, ministro ou exministro latino-americano reagiu, embora houvesse vários no auditório. Dirigindo-se ao presidente do Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID), Luís Moreno, afirmou que a reunião do BID só tem discurso político e gostaria de ver uma reunião em que cada participante falasse de seus programas de inclusão social. Moreno permaneceu impassível. (AE)

A TÉ LOGO

BANCO CENTRAL

O

s sinais de autonomia do Banco Central e a preservação da postura conservadora no processo de redução das taxas de juros foram reforçados ontem com a indicação dos economistas Mário Mesquita e Paulo Vieira da Cunha para ocupar cargos na diretoria, o que foi bem recebido nos mercados. (AE)

APOSENTADOS

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presidente Luiz Inácio Lula da Silva anuncia hoje mais um "pacote de bondades", desta vez para beneficiar aposentados e pensionistas que ganham mais de um salário mínimo. O governo vai reajustar em 5% os benefícios e antecipar para setembro o pagamento de metade do 13º salário, entre outras medidas. (AE)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

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Câmbio desfavorável provoca redução de 5,4% da área plantada de grãos

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Procuradoria Geral da Fazenda Nacional vai protestar devedores em cartório

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Receita Federal libera consulta para lote residual do IR 2005

epois de 40 dias de negociações com a área econômica do governo, o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, anunciou ontem o pacote de ajuda aos agricultores. As medidas apresentadas em cerimônia no Palácio do Planalto atacam os problemas emergenciais da agricultura, liberando créditos e permitindo a renegociação de dívidas. Rodrigues garantiu que medidas estruturais, como a redução de impostos e o barateamento das importações de insumos, poderão ser anunciadas ainda neste mês. O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Ivan Wedekin, estimou o valor do pacote em R$ 16,8 bilhões, incluindo créditos para a comercialização e estocagem da safra e prorrogação do vencimento das dívidas antigas dos produtores. O governo enfatizou que esses recursos retornarão aos cofres públicos quando os produtores pagarem duas dívidas. "Estamos começando a sair do fundo do poço e, a partir de agora, o horizonte será mais risonho", disse Rodrigues, ao anunciar as decisões. Ao propor o pacote à área econômica do governo, o ministro lembrou a dificuldade pela qual passa o agronegócio. A quebra de safra por problemas climáticos, o dólar baixo desfavorável às exportações, aumento dos custos de produção e queda de preços internacionais re-

Rodrigues: horizonte "risonho"

sultaram em perda de mais de R$ 30 bilhões nos últimos dois anos, estimaram representantes dos produtores. "A conta não fecha para o agricultor neste ano. Havia um horizonte de inadimplência muito grande", comentou o ministro. Comercialização – A primeira medida é a alocação adicional de R$ 1 bilhão de recursos orçamentários para apoiar a comercialização da safra 2005/06 dos grandes agricultores. A liberação será feita em duas etapas: R$ 500 milhões em abril e mais R$ 500 milhões em maio. Wedekin disse que a prioridade é apoiar a venda de quatro produtos: arroz, milho, trigo e algodão, com ênfase para os dois primeiros. Os preços desses grãos estão muito baixos no mercado interno. Mais R$ 238 milhões do orçamento serão liberados para compra de parte da produção dos agricultores familiares. O ministro do Desenvolvimento

Agrário, Guilherme Cassel, estimou que a medida beneficiará 500 mil produtores. Para poder liberar esse total de quase R$ 1,2 bilhão, o governo deve baixar hoje uma medida provisória, já que o orçamento da União para 2006 ainda não foi aprovado pelo Congresso. O governo alegará situação de calamidade para justificar a publicação de uma MP. Além da liberação de recursos para apoiar a comercialização da safra, Rodrigues também anunciou que bancos públicos e privados deverão oferecer mais R$ 5,7 bilhões em crédito de estocagem para aplicação até 30 de junho de 2006. "Esses recursos poderão ser aplicados para estocagem, por meio de operações de Empréstimo do Governo Federal (EGF) e Linha Especial de A p o i o à C o m e rc i a l i z a ç ã o (LEC). Todo o dinheiro será emprestado a 8,75% ao ano", disse o ministro. Na estimativa do governo, R$ 3,5 bilhões serão oferecidos por bancos públicos e R$ 2,2 bilhões por instituições privadas. Voto no CMN – Rodrigues disse ainda que o Ministério da Fazenda encaminhará um voto ao Conselho Monetário Nacional (CMN) propondo a prorrogação das parcelas vencidas e a vencer em 2006 dos empréstimos para investimento rural. As parcelas que vencem neste ano serão prorrogadas para 12 meses, após o vencimento da última parcela do contrato. (AE)


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Administração Urbanismo Memória Transpor te

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PALACETE TERÁ SEUS MÓVEIS ORIGINAIS DE VOLTA

O prédio hospedou o presidente americano Dwight Eisenhower e também o papa Pio 12.

UM PALÁCIO PARA O CENTRO DA CIDADE Depois de servir como sede do governo paulista por 54 anos, o Palácio Campos Elíseos está em reforma para hospedar chefes de Estado em visita a cidade

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Fotos de Milton Mansilha/Luz

Clarice Chiquetto

pomposo Palácio Campos Elíseos, no Centro da capital paulista, vai voltar a ter uma de suas funções originais: hospedar chefes de Estado. Assim que o restauro do prédio terminar, o local estará à disposição de líderes de países estrangeiros em visita a São Paulo. Eles poderão ficar hospedados quantos dias forem necessários. Quando não houver visita, o palacete, construído em 1898, ficará aberto à visitação pública. A proposta para que o palácio retomasse algumas de suas antigas funções, já que serviu de residência e sede do governo do Estado por 54 anos, até 1965, partiu da Associação Viva o Centro, e foi aceita pelo ex-governador Geraldo Alckmin no último dia 28. Pelo projeto, o espaço também ficará disponível para recepções oficiais. Móveis – A reforma do prédio, que chegou a hospedar o presidente americano Dwight Eisenhower e o papa Pio 12, deve durar cerca de 18 meses – começou efetivamente no mês passado – e inclui não apenas o restauro das áreas externa e interna. Está prevista também a volta dos móveis do início do século XX, quando foi adquirido pelo governo estadual (1911). "O conselho responsável pelo restauro do prédio, aliado a organizações sociais, vai localizar os móveis que ainda existem e que podem estar espalhados pelas secretarias e órgãos estaduais. Os que não forem localizados serão reconstruídos. A intenção é deixá-lo o mais próximo possível do que já foi, para que o público sinta como se voltasse no tempo", explicou o superintendente-

geral da Associação Viva o Centro, Marco Antônio Ramos. A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, que ocupa atualmente o prédio da avenida Rio Branco, já está de mudança para o edifício onde funciona o Museu de Tecnologia, na Cidade Universitária, na zona oeste. Ramos acredita que abrir o palácio para visitação pública servirá, não só para divulgar a história da cidade e do estado de São Paulo, mas também para manter conservado e limpo o prédio, tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico (Condephaat) em 1977. "Para ajudar na divulgação e na transmissão de informações históricas, pensamos em propor a criação de uma pequena sala de vídeo e imagens, onde os visitantes poderão, rapidamente, conhecer a história do palácio e do estado de São Paulo naquela época", disse. "Lá aconteceram eventos muito importantes para a história brasileira, como casos das revoluções de 24 e 32. É importante resgatar tudo isso", afirmou Ramos. Discussões – O Conselho de Orientação do Restauro do Palácio Campos Elíseos, responsável pela reforma, foi instalado em janeiro de 2004, quando começaram as discussões sobre a reforma do edifício, e hoje é presidido por Ruy Altenfelder, ex-secretário de Ciência e Tecnologia. O conselho reúne, além de órgãos do governo estadual, personalidades como o exgovernador Laudo Natel, último a trabalhar no palácio. O gerenciamento das obras

O Palácio Campos Elíseos vai recuperar seu glamour: projeto de reforma prevê a abertura para o público e para recepções oficiais

é responsabilidade da Fundação Patrimônio Histórico da Energia de São Paulo, que conseguiu autorização da Lei Rouanet para buscar patrocínio para o restauro. Algumas empresas já se interessaram e fazem parte do projeto, como instituições financeiras e de seguros, mas ainda faltam incentivos para levar o trabalho até o final. "Esperamos que esse apoio que falta apareça logo e que tenhamos sucesso. Depois de um grande incêndio e algumas reformas, o palácio precisa de um trabalho que recupere as características originais de sua construção", disse Marco Antonio Ramos, na torcida.

Barão do café construiu o palacete

C

A reforma começou em março, deve durar 30 meses e vai abranger as partes interna e externa do palacete. A idéia é recuperar as características originais da sua construção.

om 108 anos, o Palácio Campos Elíseos começou a ser construído em 1896 e ficou pronto dois anos depois. Nessa época, era chamado de Palacete Elias Chaves, em referência a seu proprietário, o barão do café Elias Antonio Pacheco e Chaves. Nomeado por D. Pedro II vice-presidente da Província de São Paulo, o fazendeiro entendeu que o novo cargo exigia uma moradia à altura. Contratou o arquiteto alemão Matheus Häussler para elaborar o projeto do prédio de quatro andares, inspirado no castelo francês de Écouen, e trouxe materiais da Europa, como espelhos de Veneza e maçanetas de porcelana da França. A família Chaves, entretanto, morou no local apenas até 1903, quando o patriarca morreu e o mais importante exemplo de residência da fase áurea do café foi vendido ao governo. Cinco anos depois, se transformou em residência oficial do presidente do Estado. Os novos moradores, o conselheiro Rodrigues Alves e sua família, só lá foram morar em 1911, quando o palacete passou a ser conhecido pelo nome atual. Ao longo dos anos, abrigou a sede do governo estadual, a Secretaria da Cultura, Esporte e Lazer do Estado e a Secretaria de Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo, que desde 79 estava no local. Entre os governadores que despacharam e moraram no palácio estão Washington Luís, Armando Salles de Oliveira, Ademar de Barros e Jânio Quadros. (CC)


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Geral Sem-terra acusados de fazer reféns no PR Índio cinta-larga matou garimppeiros durante partilha de diamantes

Evilazio Alves/Diário de Cuiabá/AE

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Estrada é bloqueada no Mato Grosso

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ais de 300 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Acampados voltaram a interditar ontem, durante 13 horas, a BR364, entre Cuiabá a Rondonópolis, rota de escoamento da soja para as regiões Sul e Sudeste. Além do congestionamento de mais de 30 quilômetros nos dois sentidos, o protesto afetou o esmagamento da soja das empresas Sperafico Agroindustrial, Encomind Agroindustrial e Grupo André Maggi. Os manifestantes reivindicam agilidade nos processos de assentamento de 5.200 famílias. O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) tomou conhecimento dos pedidos em fevereiro, quando a rodovia foi interditada no mesmo local. As lideranças prometem novo bloqueio hoje. Os manifestantes querem garantia de assentamento para 300 famílias despejadas em novembro de 2005 da Fazenda Boa Esperança, entre Campo Verde e Primavera do Leste. A assessoria de imprensa do Incra informa que os técnicos continuam na área para dar andamento ao processo. A desapropriação da área com indenização do proprietário teria sido aprovada. (AE) legenda

CINTA-LARGA MATA GARIMPEIROS

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ois garimpeiros foram mortos a tiros por um índio cinta-larga na hora de dividir os diamantes, na aldeia do cacique João Bravo, na Reserva Roosevelt, em Rondônia. O indígena também feriu a tiro Arionilsol Bispo da Silva, que andou três quilômetros até ser atendido, ontem, por policiais federais na entrada da reserva, a 580 quilômetros de Porto Velho. Agentes da PF entraram ontem à tarde na área indígena para procurar os corpos. Silva disse que o grupo tinha uma dívida com os cintas-largas, por isso houve problemas na hora da partilha das pedras. Is-

so aconteceu porque o garimpeiro precisaria pagar de R$ 15 mil a R$ 20 mil para ficar durante cerca de 20 dias no local. O pagamento é feito em diamantes. Malária - O diretor da Polícia Federal para Operações de Fronteiras, delegado Mauro Sposito, disse ontem que o garimpo está praticamente vazio porque estão ocorrendo muitos casos de malária. Além disso, os agentes impedem a entrada de óleo diesel e de alimentos, obrigando os garimpeiros a deixar o local. "Às vezes eles conseguem nos tapear e entrar com combustível, mas é difícil". (AE)

polícia paranaense te. "Não houve nenhum tipo de acusa um grupo de cárcere privado, muito menos cerca de 150 sem- reféns, pois as pessoas que corterra do acampa- tavam erva-mate em nenhum mento 20 de Novembro, antiga momento foram privadas de Fazenda Curi, em Guarapua- sua liberdade." O MST regisva (PR), de ter mantido 13 pes- trou que há alguns dias 25 semsoas reféns das 14h30 de quar- terra foram presos ao retirar erta-feira até a manhã de ontem. va-mate para subsistência. Dois teriam conseguido esca- "Agora o fato se repete com par e avisar a polícia. Os sem- uma empresa e nenhuma meterra, ligados ao MST, negam dida é tomada", reclamou. acusação de cárcere privado e O Instituto Nacional de Coalegam que estavam apenas lonização e Reforma Agrária defendendo a propriedade de (Incra) informou que a propossível corte irregular de er- priedade, de 10 mil hectares, va-mate. está no nome de Elias J.Curi In"Eles dominaram os funcio- dústria e Comércio, mas foi penários e os mantiveram reféns. nhorada pela Fazenda NacioNão houve agressão física, nal. O objetivo é que seja admas ameaças para que não gri- quirida pela União. Para isso a tassem", disse o delegado de Procuradoria pediu ao Incra Guarapuava, um levantamenMiguel Stadelr. to, que está senSegundo o deledo feito. gado, na manhã Nesse período de ontem os poli- Eles dominaram os muitos posseiros ciais foram avie os sem-terra enfuncionários e os sados que os sutraram. A Fazenpostos reféns es- mantiveram reféns. da Nacional sitariam na sede da Não houve agressão, naliza que a área fazenda. "Mon- mas ameaças para pode ser destinada à reforma tamos uma equi- que não gritassem pe, entramos e liagrária, mas o Inbertamos os re- Miguel Stadelr, delegado cra tem interesse de Guarapuava, apenas em parte. féns. Os sem-terra estavam em Recife - Um um matagal próximo à casa e grupo com cerca de 70 agricullogo aceitaram deixar a fazen- tores, ligados à Associação dos da pacificamente", afirmou. Produtores Rurais do AssentaEle disse que os sem-terra mento Ubu, em Igarassu, reresponderão por cárcere pri- gião metropolitana do Recife, vado e roubo, visto terem desa- bloqueou ontem, por mais de parecido animais e pertences duas horas, um trecho da BRde funcionários da empresa 101, que corta o município. Irritados, alguns motoristas tenErva Mate 81 e da fazenda. Segundo um dos coordena- taram liberar a pista e acabadores do movimento na re- ram entrando em confronto gião, José Acir, a fazenda foi com os manifestantes. Houve ocupada pelo MST em novem- empurra-empurra e o clima fibro do ano passado. Na quar- cou tenso. A rodovia só foi libeta-feira, eles teriam percebido rada com a interferência de popessoas em uma área onde há liciais. O protesto, segundo os cerca de 250 mil pés de erva- sem-terra, foi para reivindicar mate. Foram até lá e pediram a paralisação das obras de um que parassem o corte até que os aterro sanitário que está sendo responsáveis pela empresa construído a 500 metros do Rio viessem mostrar documentos Arataca, que corta a região. De provando serem donos da acordo com os manifestantes, plantação. Em nota, o MST há um temor coletivo de que o afirmou que realizou apenas o aterro sanitário polua os maembargo do corte da erva-ma- nanciais da área. (AE)

CONVOCAÇÕES ORIENT RELÓGIOS DO BRASIL S.A.

CNPJ/MF: 60.401.205/0001-00 Assembléias Gerais Ordinária e Extraordinária - Convocação Ficam convocados os srs. Acionistas a reunirem-se em Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária em sua Sede Social, na Av. das Nações Unidas, 10.989, 6º and., conj. 62, São Paulo/SP, no dia 28 de abril de 2006, às 15:00 horas, para deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia: a) exame e Votação do Relatório da Administração, Balanço Patrimonial referente ao exercício findo em 31.12.2005; b) distribuição de dividendos; c) outros assuntos de interesse social. São Paulo, 3 de abril de 2006. A Diretoria. (05, 06 e 07/04/2006)

TEKNO S.A. - CONSTRUÇÕES, INDÚSTRIA E COMÉRCIO Companhia Aberta - C.N.P.J. 33.467.572/0001-34 Assembléias Gerais Ordinária e Extraordinária Convocação São convocados os Srs. acionistas a se reunirem em Assembléias Gerais Ordinária e Extraordinária, a se realizarem no dia 26 de abril de 2006, às 14:00 horas, na sede social, na Rua Alfredo Mário Pizzotti, 51, nesta capital, a fim de deliberar sobre a seguinte ordem do dia: 1º - Assembléia Geral Ordinária: a) Relatório de Administração, Demonstrações Financeiras e Parecer dos Auditores, relativos ao exercício encerrado em 31/12/2005; b) Destinação do lucro do exercício findo e distribuição dos dividendos; c) Fixação da verba anual da remuneração dos administradores; d) Instalação do Conselho Fiscal. 2º - Assembléia Geral Extraordinária: a) Exame e deliberação a respeito da proposta da administração, de aumento do Capital Social de R$ 80.000.000,00 (oitenta milhões de reais) para R$ 90.000.000,00 (noventa milhões de reais), mediante a capitalização de R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais) da conta de reserva de lucros retidos, sem emissão de novas ações e conseqüente alteração do artigo 5° do Estatuto Social; b) Consolidação do Estatuto Social - Os senhores acionistas deverão comparecer a assembléia com seus documentos de identidade e os representantes legais e procuradores dos acionistas, deverão também, comprovar a legitimidade da representação até 3 dias antes da assembléia, na sede social da Companhia. São Paulo, 07 de abril de 2006. José Lyra David de Madeira - Presidente do Conselho de Administração. (07, 10 e 11/04/2006)

ATA AEROGLASS BRASILEIRA S/A - FIBRAS DE VIDRO Companhia Fechada CNPJ/MF: 61.665.212/0001-82 Ata 01/06 Lavrada em Forma de Sumário da Assembléia Geral Ordinária de Acionistas 1. Local e Data: Sede social na Rua Balão Mágico, 1003 - Cotia (SP) em 15 de março de 2006 às 10:00 horas. 2. Presença: Acionistas titulares da totalidade do capital social, conforme assinaturas constantes no livro “Presença de Acionista” n° 01, fls. 04. 3. Mesa: Mário Franco - Presidente; Nelson Penteado - Secretário. 4. Convocação: Dispensada pela presença da totalidade dos acionistas representando o capital social, nos termos do § 4° do artigo 124 da Lei 6.404/1976. 5. Ordem do Dia e Deliberações: Por unanimidade, sem reserva ou restrições, foram tomadas as seguintes deliberações. Primeira: Aprovado o Relatório da Administração, as contas e a Demonstração Financeira relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2005. Segunda: Aprovado o resultado do exercício de 2005, de acordo com a Demonstração Financeira apresentada, elaborada segundo a legislação societária, sendo que, no exercício findo em 31 de dezembro de 2005, a empresa teve um Lucro Líquido de R$ 1.594.240,85 (Um milhão, quinhentos e noventa e quatro mil, duzentos e quarenta reais e oitenta e cinco centavos). O resultado do exercício terá a destinação abaixo, remanescendo o saldo de R$ 204.240,85 (duzentos e quatro mil, duzentos e quarenta reais e oitenta e cinco centavos), na conta de lucros e prejuízos acumulados: • Distribuição antecipada de dividendos: R$ 1.300.000,00 (Um milhão e trezentos mil reais). • Participação de empregados (gerentes): R$ 90.000,00 (Noventa mil reais); • Saldo lucro/prejuízo acumulado: R$ 204.240,85 (Duzentos e quatro mil, duzentos e quarenta reais e oitenta e cinco centavos). Terceira: Foram reeleitos para compor a Diretoria, no período de 01 de maio de 2006 a 30 de abril de 2007, os Senhores: 1) Mário Franco, brasileiro, casado, engenheiro, portador da Cédula de Identidade RG.: n° 1.091.752 e do CPF/MF n° 006.828.45868, residente e domiciliado em São Paulo à Rua Valença, 212; 2) Júlio Kassoy, brasileiro, casado, engenheiro, portador da Cédula de Identidade RG.: n° 320.575 e do CPF/MF n° 006.828.708-97, residente e domiciliado em São Paulo à Rua Barão de Capanema, 366, apto. 171. 6. Encerramento: Esta ata lavrada nos termos da lei, lida e aprovada, vai assinada por mim, secretário, pelo Presidente e demais presentes. Cotia, 15 de março de 2006. (a.a) Secretário - Nelson Penteado, Presidente - Mário Franco; Mário Franco, Júlio Kassoy. p.p. Enrico Franco, Adriana Franco, Augusto Isola, Francisco Xavier Lopes, Waldemar Cortez Manso. p.p. Neusa Tavares da Cunha Mello Franco, Sérgio Segre. p.p. Ilda D’Antonio Franco. p.p. Fábio Franco. p.p. Gilberto Franco. p.p. Hugo Franco. p.p. Carlos Franco. p.p. Gisela Kassoy. p.p. Ilana Kassoy. A presente certidão corresponde ao original lavrado no livro de Atas de Assembléia Gerais de Acionistas da Aeroglass Brasileira S.A. N° 01, Fls 12, 13 e 14". Mário Franco - Presidente. Jucesp: sob n° 80.714/06-7 em 23/03/06. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.


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4 -.ECONOMIA/LEGAIS

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AVISO AOS ACIONISTAS

DECLARAÇÕES DE PROPÓSITOS

DECLARAÇÃO DECLARAÇÃO A Empresa Sandra R. Ramos ME, estabelecida na R. Cantagalo, 2085 - Tatuapé - 03319-002 - SP - SP, IE nº 112.594.383.113, CNPJ nº 62.176.946/0001-60, declara para os devidos fins o extravio dos Talões de NF de Micro Empresa de nº 001 a 250; Livro Mod. 06 - Reg. Utilização de Doc. Fiscais e Termos de Ocorrência; Livro Mod. 1-A Reg. de Entradas; Mod. 2-A Reg. Saídas e Mod. 07 - Reg. Inventário. (6, 7 e 10/04/06)

CONVOCAÇÕES

BALANÇOS L.W. S/A Agrícola e Participações - CNPJ (MF) nº 61.291.282/0001-18 Relatório da Diretoria - Srs. Acionistas: Apresentamos o Balanço Patrimonial e as Demonstrações Financeiras do, exercício social encerrados em 31/12/2005. A Diretoria. Balanços Patrimoniais findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Reais mil) Passivo 2005 2004 Ativo 2005 2004 Circulante 1.895 496 Circulante 3.212 4.075 Fornecedores Contas a Pagar e Impostos a Recolher 1.895 496 Caixa e bancos 2 8 Aplicações Financeiras 1.635 2.696 Exigível a Longo Prazo 812 511 Direitos Realizáveis 1.575 1.371 Financiamentos Conta Garantida C/C Realizavel a Longo Prazo 7 2.636 Adm. 812 511 Adiants, Empréstimos Compl. e Aplicações Financeiras 7 2.636 Permanente 22.557 17.420 Patrimônio Líquido 23.068 23.125 Investimentos 5.762 5.461 Capital Social 15.965 15.965 Imobilizado 16.795 11.941 Reserva Legal 325 325 Imóveis, Gado, Equinos, Móveis e Utensílios 17.450 12.485 (–) Depreciação Acumulada (673) (543) Reserva de Reavaliação 5.589 5.589 Lucros (ou Prejuizos)Acumulados 1.252 1.246 Diferido 18 18 Total do Passivo 25.775 24.132 Total do Ativo 25.775 24.132 Notas Explicativas: 1. Contexto Operacional - A sociedade tem por objetivo zes Contábeis - As Demonstrações Financeiras foram elaboradas segundo as prasocial a administração de bens próprios, o comércio de produtos, máquinas e ticas emanadas pela Lei 6404/76, a seguir sumariadas: A) Apuração do Resultado implementos Agrícolas a importação e exportação de mercadorias de qualquer na- e Ativos e Passivos Circulantes e a Longo Prazo - O Resultado é apurado obedetureza, e a sociedade também poderá participar de outras sociedades no País e no cendo ao Regime de Competência. 4. Capital Social - O Capital da sociedade e de Exterior. 2. Apresentação das Demonstrações Contábeis - As Demonstrações R$ 15.964.916,56, dividido em 640.370 ações nominativas, sem valor nominal, Financeiras foram elaboradas com observância das disposições contidas na Leis sendo 352.690 ações ordinárias e 287.680 ações preferenciais correspondendo a das S.As., segundo as práticas contábeis adotadas no Brasil. 3. Principais Diretri- cada ação ordinária um voto nas deliberações da assembléia geral.

Demonstração do Resultado do Exercício (Reais mil) Receitas Operacionais Variação Patrimonial Liquido (–) Custo das Vendas Lucro Bruto Despesas Gerais, Prop. Rurais Resultado Operacional Receitas não Operacionais Depreciações Lucro antes da Contribuição Social Provisão para Contribuição Social Lucro Após a Contribuição Social Provisão para I.R.P.J. Lucro ou Prejuizo do Exercício

2005 640 30 670 (1.070) (400) (845) (1.245) 2.192 – 947 (115) 832 (294) 538

2004 524 – 524 (400) 124 (2.715) (2.591) 3.783 (59) 1.113 (160) 953 (419) 534

Lucros ou Prejuízos Acumulados (Reais mil) Saldo no inicio do Exercício Distribuição de Dividendos no Exercícios Lucro no Exercício Saldo em 31/12/2005

2005 1.309 (595) 538 1.252

2004 1.307 (595) 534 1.246

Wilton Paes de Almeida Filho - Diretor Presidente Maria Lucilia S. Paes de Almeida - Diretor Vice-Presidente Roberta P. Almeida de M. e Souza - Diretora AparecidaTolentino Gomes da Conceição - Contadora 1SP185.949/O-9

IMOBILIÁRIA SANTA THEREZINHA S/A CNPJ - 61.530.200/0001-40 Relatório a Diretoria Senhores Acionistas, Em obediência aos dispositivos legais e estatutários, submetemos à apreciação de V.Ss.o Balanço Patrimonial e demais Demonstrações Financeiras, referentes ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2005.Ficamos à sua disposição para quaisquer esclarecimentos que julgarem necessários e esperamos que os documentos ora apresentados mereçam aprovação. São Paulo, 28 de março de 2006. A Diretoria. Balanço Patrimonial em 31 de dezembro de 2005 ATIVO 2005 2004 P A S S I V O 2005 2004 CIRCULANTE 6.640.002,29 6.630.277,18 CIRCULANTE 4.439.495,39 4.560.884,04 Caixa e Bancos 1.761.861,83 1.511.269,84 Contas e Impostos a pagar 349.291,40 260.103,83 Locatários 930.264,92 845.044,41 Credores Diversos 4.090.203,99 4.300.780,21 Valores a Reaver 3.533.383,58 2.551.932,82 Estoques 404.993,40 1.711.980,49 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 891.916,57 400.924,49 Antecipações – 1.119,71 Credores Diversos 891.916,57 400.924,49 Despesas Diferidas 9.498,56 8.929,91 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 83.875,00 88.498,51 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 32.259.475,34 32.724.581,26 Empréstimo Compulsório DL.2288/86 83.875,00 76.815,40 Capital Social 5.082.360,00 5.082.360,00 Realizáveis Diversos – 11.683,11 Reserva de Reavaliação 26.208.392,09 27.087.207,14 PERMANENTE 30.867.010,01 30.967.614,10 Reserva Legal 51.628,02 30.942,56 Investimentos 126.148,01 149.376,10 Lucros ou Prejuízos Acumulados 917.095,23 524.071,56 Imobilizado 34.003.525,31 32.943.903,23 TOTAL DO PASSIVO 37.590.887,30 37.686.389,79 (–) Depreciações Acumuladas (3.205.456,08) (2.095.421,44) Demonstração dos Lucros ou Prejuízos Acumulados em 31/12 (–) Amortizações Acumuladas (57.207,23) (30.243,79) 2005 2004 TOTAL DO ATIVO 37.590.887,30 37.686.389,79 Saldo Inicial 524.071,56 (63.837,17) Notas Explicativas 413.709,13 618.851,29 1. As presentes demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo Lucro Líquido do Exercício (20.685,46) (30.942,56) com os dispositivos da lei 6404/76; 2. As depreciações e amortizações do Transf.p/Reserva Legal 917.095,23 524.071,56 Ativo Imobilizado, foram calculadas com base na estimativa da utilidade Saldo Final do Período do bem, com aplicação de taxas admitidas pela Legislação Fiscal vigente; 3. O Capital Social, totalmente integralizado, é representado por ações ordinárias, no total de 1.033.000, no valor nominal de R$ 4,92 cada uma; 4. As receitas Financeiras foram apropriadas pelo regime de competência, e referem-se a ganhos obtidos até 31 de dezembro; 5. A Reserva de Reavaliação, refere-se a avaliação do seguintes itens do Ativo Permanente: Imóveis e Móveis e Utensílios, conforme laudo técnico de HRK Engenharia S/C.Ltda. e World Consultores.

ATA

Variação do Capital Circulante Líquido 01.01.2005 31.12.2005 Ativo Circulante 6.630.277,18 6.640.002,29 Passivo Circulante 4.560.884,04 4.439.495,39 Variação Líquida 2.069.393,14 2.200.506,90 Therezinha Maluf Chamma Diretora Presidente

Variações 9.725,11 (121.388,65) 131.113,76

FALÊNCIAS & CONCORDATAS Demonstração do Resultado do Exercício encerrado em 31/12 2005 2004 Receitas de Vendas de Imóveis 1.129.565,03 271.435,50 Receitas de Serviços Prestados 4.641.102,33 4.120.742,98 Impostos Incidentes s/Serviços (225.031,96) (181.509,57) Custo Imóveis Vendidos (1.389.105,65) (322.823,95) LUCRO BRUTO 4.156.529,75 3.887.844,96 DESPESAS OPERACIONAIS Despesas Gerais e Administrativas (3.452.770,71) (3.327.468,45) Depreciações e Amortizações (1.136.998,08) (1.023.436,45) Resultado Financeiro Líquido 118.284,22 187.828,97 Outras Receitas Operacionais 202,87 1.827,01 PREJUÍZO OPERACIONAL (314.751,95) (273.403,96) Resultados não Operacionais 897.168,60 892.255,25 LUCRO ANTES DOS IMPOSTOS 582.416,65 618.851,29 Provisão p/Imp. Renda e Contr. Social (168.707,52) – LUCRO (PREJUÍZO) LÍQUIDO 413.709,13 618.851,29 LUCRO(PREJ)LÍQUIDO POR AÇÃO 0,400 0,599 Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos em 31/12 2005 2004 ORIGENS DE RECURSOS 2.233.846,40 4.142.205,68 Lucro Líquido 413.709,13 618.851,29 Depreciações e Amortizações 1.136.998,08 1.023.436,45 Redução no Realizável a Longo Prazo 4.623,51 – Aumento no Ex.L.Prazo 490.992,08 326.462,92 Valor Residual Imobilizado Baixado 187.523,60 2.173.455,02 APLICAÇÕES DE RECURSOS 2.102.732,64 2.320.028,98 Aumento no Realizável a LongoPrazo – 17.600,68 Adições ao Imobilizado 1.223.917,59 1.410.186,22 Redução no Patrimônio Líquido 878.815,05 892.242,08 Variação do Capital Circulante 131.113,76 1.822.176,70

Dilermando Cigagna Junior Diretor Vice-Presidente

Marcos Roberto Soares Pinto Contador CRC.1SP205559/O-7

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 6 de abril de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências:

Reqte: Banco Daycoval S.A. - Reqdo: Mitex Importação e Exportação Ltda. - Rua Norma Pieruccini Giannotti, 130 - 02ª V. Falências Reqte: Banco Daycoval S.A. - Reqdo: Limite Service Adm. Cons. Serv. Ltda. - Rua Raul Pompéia, 430 - 02ª V. Falências Reqte: Replás News Comercial Importação Exportação Ltda. - Reqdo: Mastercolor Indústria e Comércio Ltda. - Rua Aparecida de São Manoel, 152 - 01ª V. Falências Reqte: Eletro Buscaroioli Ltda. - Reqdo: Confortherm Ar-Condicionado Ltda. Av. Valdomiro de Lima, 889 - 01ª V. Falências Reqte: JP Plásticos Ind. Com. Importação Export. e Representação Ltda. - Reqdo: Aladim Comercial Ltda. - Rua Kumaki Aoki, 102 - 01ª V. Falências Reqte: Comercial Cordeiro de Derivados de Petróleo Ltda. - Reqdo: Gros Engenharia e Ambiental Ltda. - Rua Oliveira Dias, 341 - 01ª V. Falências


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 -.LAZER

sexta-feira, sábado e domingo, 7, 8 e 9 de abril de 2006

Fotos: Leonardo Rodrigues/Hype

HAPPY HOUR

Os verdes de Eça José Guilherme Ferreira

O

Café Piu Piu: iluminação perfeita, decoração lúdica, ótimo som e ambiente propício para a paquera

Viveiro de última geração Armando Serra Negra

G

rande Café Piu Piu! Continua bombando... Bastante antigo – 25 anos em maio – tem som de última geração; e som é o que não falta lá. Iluminação perfeita (nem muito claro nem muito escuro), combinação ideal para apresentações ao vivo. Melhor custo monetário e benefício auditivo impossível. "Gostamos de apresentar cantores novos e bandas ecléticas", diz Sílvia Galante, dona do viveiro. Táxi-balcão na entrada, decoração lúdica, charmosa, aviãozinho de lata pen-

durado, paredes de tijolinho, vidros e néons coloridos, bancos Thonet. O artesão austríaco, estilo déco, descobriu a forma de vergar a madeira, sucesso nos bistrôs parisienses: Podem ser encontrados na Thonarte. Quando as apresentações acabam, é a vez do DJs. "Escolhemos o nome Piu Piu, simpático, musical, malícia, bem brasileiro; nada a ver com o passarinho amarelo da Warner", explica Sílvia. Mesmo assim, muito Frajola ronrona, esgueirando-se pelas mesas do térreo e mezanino: "A paquera é forte; muita gente se

conheceu, namorou e casou aqui". A casa apóia o Projeto Coisa Fina, divulgador da música do saxofonista Moacir Santos, carreira nos EUA. "Amigo de Sérgio Mendes, autor de trilhas sonoras – como em Justiça Final (1985), com o ator Don Baker – chegou a receber a Ordem de Rio Branco, uma das mais importantes distinções brasileiras, mas é pouco conhecido por aqui", diz Vinicius Pereira, da Big Band Projeto Coisa Fina, com 12 músicos. Embora famoso na gringolândia, chamado de Mr. Samba, o som, nível clás-

sico, mistura jazz, MPB e Bossa Nova, com acordes Afro. Imperdível! Alpiste: porções de bruschetta e calabresa (R$ 8), filé mignon acebolado (R$ 16), Latkes judaicos (R$ 6). Bebedouro: caipirinha (R$ 6), caipiroska (R$ 8), dose de Red Label (R$ 9), chope (R$ 3,50). Pouso artístico: de R$ 7 a R$ 15. Não é (um) barato? Piu piu!

vinho verde é mesmo "algo atrevido". Quem diz assim são os portugueses, orgulhosos da bebida produzida na região demarcada do Minho, noroeste do país. O atrevimento creditado ao vinho verde tem como fonte a marcante acidez e a sensação especial que o gás restante da fermentação provoca na boca. "É um dos poucos vinhos do mundo para o qual há um mínimo de acidez imposto por lei", lembra o escritor e negociante de vinhos Gerald Asher, em Vineyard Tales. "É todo alma!", exclama um dos personagens de Eça de Queiroz (1845-1900). Maior prosador realista que a literatura portuguesa já produziu, Eça construía seus ambientes e personagens com o espírito da gastronomia, dos vinhos e da paisagem de Portugal. Em A Cidade e as Serras, o vinho de

Café Piu Piu - Rua Treze de Maio, 134, tel.: (11) 3258-8066. Thonarte, tel.: (51) 3221-5834. sat@thonarte.com.br.

Tormes, o mesmo hoje produzido e comercializado pela Fundação Eça de Queiroz, é motivo de celebração. " (...) fresco, esperto, seivoso, (...) entrando mais na alma que muito poema ou livro santo." Em carta a Ramalho Ortigã (1873), o escritor confessava sua nostalgia da geografia e da mesa minhotas. "(...) constantemente penso nas belas estradas do Minho, nas aldeolas brancas e frias – frias! – no bom vinho verde que eleva a alma, nos castanheiros cheios de pássaros (...)" Os vinhos verdes, que devem o adjetivo à sua jovialidade, é produzido com castas típicas. No caso das brancas, lista-se: Loureiro, Pedernã, Trajadura, Avesso, Azal Branco e a Alvarinho. O vinho "algo atrevido", de cor citrina, que deve ser bem servido em temperaturas entre 8 e 10 graus, é indicado para acompanhar, frutos do mar, peixes e o bacalhau.

http://www.feq.pt/ http://www.instituto-camoes.pt/revista/tormes.htm http://www.viajarcom.org/ecaqueiros/temas.htm#

TELEVISÃO

Regina Ricca

TV Globo/Márcio de Souza

Astros de perto

Periferia no palco

U

m sábado de estréias na Globo. A primeira delas, uma espécie de revista Caras eletrônica, tem Angélica no comando. Estrelas irá ao ar todos os sábados após o Jornal Hoje, e vai conferir a intimidade de algumas celebridades da casa – de duas ou de quatro patas. Isso porque uma das matérias do programa de estréia deslocou Angélica até São Paulo para que ela pudesse conferir como vive a famosa Belinha, a poodle de estimação de Ana Maria Braga. Diretamente de Turim, na Itália, a atriz Priscila Fantin, desafiada, mostra se foi capaz de descer as montanhas em uma prancha de snowboarding. O casseta Bussunda revela qual é o seu prato preferido, Camila Pitanga, fã da ioga, conta como a técnica é importante para o conhecimento corporal e finalmente Susana Werner mostra como é viver na cidade italiana de Milão.

M Um Bussunda mais magro revela a Angélica o seu prato favorito

ais à noite, logo após o Globo Notícia, Regina Casé volta a dar voz àquela parcela excluída da população, mas que tem muitas lições a dar aos brasileiros em geral. Em Central da Periferia – uma criação da própria Casé e do antropólogo Hermano Vianna –, a apresentadora comanda um programa de auditório ao ar livre para mostrar a arte, a cultura e as atividades sociais dos moradores dessas zonas periféricas. O primeiro programa foi gravado no Morro da Conceição, no Recife, Pernambuco. Em cima do palco, Casé convida músicos para apresentar seus sucessos (e fica pasma ao perceber que a platéia sabe todas as músicas de cor) – quase sempre rejeitados pelas grandes gravadoras. O programa também exibe cenas dos bastidores dos shows e da vida das pessoas da região e dá voz para as histórias de gente que, além da música, exerce outras atividades criativas ou se empenha em projetos sociais na sua comunidade. Central da Periferia terá quatro episódios, exibidos uma vez por mês. Os próximos programas serão gravados em periferias de São Paulo, Rio de Janeiro e Belém.


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segunda-feira, 10 de abril de 2006

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Política PARA NÃO VIRAR 'BOLA DA VEZ', BASTOS FALA HOJE. O ministro da Justiça está em um governo que opera no limite da legalidade. José Carlos Aleluia, deputado (PFL-BA)

D

epois de José Dirceu, Luiz Gushiken e Antonio Palocci, Márcio Thomaz Bastos, chefe da pasta da Justiça, é o novo candidato a ex-ministro do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Sob pressão crescente, ele anunciou ontem à noite que quer comparecer hoje ao Congresso para esclarecer sua participação no vazamento ilegal do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa. Caso não seja atendido, Bastos vai usar a imprensa para se explicar hoje mesmo: "Se não marcarem minha ida ao Congresso, vou dar uma entrevista coletiva", disse. A pressão contra ele cresceu no fim de semana. Matéria da revista Veja que começou a circular no sábado, alega que Bastos se encontrou no dia 23 de março com o então ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e com o então presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, para tratar do caso Francenildo – o caseiro que desmentiu Palocci, ao afirmar que o ex-chefão da Fazenda visitava uma casa de lobistas em Brasília. Ao encontro do dia 23, além de Bastos, Palocci e Mattoso, compareceu o advogado Arnaldo Malheiros Filho. Nova versão – O ministro confirmou o encontro, mas negou a tese central da reportagem: a de que ele e Malheiros estariam empenhados em criar uma versão que encobrisse a participação de Palocci e Mattoso no episódio da quebra de sigilo – que provocou a queda de ambos. Mais ainda: segundo a reportagem, Bastos e Malheiros estariam à procura de um funcionário da Caixa que concordasse em assumir a autoria do vazamento em troca de R$ 1 milhão. Em nota, Bastos chamou a versão da revista de "fantasiosa". Ele alegou que Palocci queria apenas saber que implicações jurídicas pesariam con-

tra os autores da violação do sigilo do caseiro. A assessoria do ministro informou ainda que Malheiros "fez uma exposição, ouviu e falou alguns aspectos genéricos da questão" e que "não houve qualquer menção à informação de que o executivo da Caixa (Jorge Mattoso) havia entregado extrato bancário ao ministro Palocci". Bastos deve se encontrar com o presidente Lula hoje pela manhã, durante a reunião de coordenação política, realizada habitualmente às 9h30 no Palácio do Planalto. Mas os dois já conversaram sobre o assunto no sábado, por telefone. Oposição – A iniciativa de Bastos antecipar seus esclarecimentos ao Congresso foi bem recebida pela oposição. "O ministro da Justiça está em um governo que opera no limite da legalidade. Às vezes dentro, às vezes fora. Talvez seu papel seja o de alertar para esse limite, o que faz correr o risco de se contaminar", disse o líder da minoria na Câmara, deputado José Carlos Aleluia (PFL-

Se não marcarem minha ida ao Congresso, vou dar uma entrevista coletiva. Márcio Thomaz Bastos, ministro da Justiça BA). "É como quem trabalha com material radioativo ou substâncias perigosas. E esse governo é perigoso. O ministro deve correr para dar sua versão. Estamos dispostos a ouvir, com respeito." Já o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), ironizou a disposição do ministro de falar aos parlamentares: "O ministro está como biruta de aeroporto. Uma hora ia para um lado, depois para outro. Ele irá, queira ou não queira. O melhor é que ele vá depor por vontade própria. O escândalo

é de tal monta que agora resta a ele bancar o democrata e ir." Defesa – Coube ao ministro das Relações Institucionais e coordenador político do governo, Tarso Genro, a defesa de Bastos. "Eu não tenho nenhuma dúvida de que Márcio Thomaz Bastos merece toda a nossa confiança e está tendo um excelente comportamento", disse Tarso. Para ele, se o ministro da Justiça foi ao encontro de Palocci e Mattoso "como membro do governo, para ouvir o ministro da Fazenda a respeito de um fato de que estava sendo acusado, isso não interferiu na sua conduta em relação aos fatos anteriores". Tarso revelou estar convencido de que os ataques a Bastos fazem parte da campanha eleitoral. "Este debate está muito impregnado do ano político, do processo eleitoral, em uma tentativa de desconstituição do governo Lula, que vem sendo muito atacado pela oposição", destacou. "Nós recebemos isso com absoluta normalidade. Achamos que isso faz

parte do debate político do ano ção, e ao governo contornar a e nós não estamos impressio- crise, não ao partido. "O PT nados com o que está aconte- tem é que cuidar da campanha cendo", declarou. à reeleição. A oposição quer Ele alegou ainda que o mi- nos imobilizar. Fazer mais do nistro da Justiça "tomou medi- que afirmar nossa solidariedadas duras para fazer a investi- de é fazer o jogo da oposição", gação (sobre a quebra de sigilo), o resumiu um dirigente. "É meque, provavellhor o PT não se meter", atestou mente, colaborou até para que um secretário da legenda. "O gose tomasse a decisão a respeito verno não pediu da permanência O ministro está opinião ao partido ministro Pa- como biruta de do no começo da aeroporto. Uma locci". crise e não é agoPT – Escalda- hora ia para um ra que vai pedir", do com a derro- lado, depois defende a mescada de Palocci, ma fonte. o P T q u e r s e para o outro. Ao contrário do que fez com manter à distância dos desdoArthur Virgílio, líder do Palocci, não está bramentos da PSDB no Senado nos planos da dicrise provocada reção petista divulgar qualquer pela quebra ilegal do sigilo bancário do casei- nota oficial em defesa de Basro Francenildo Costa que ago- tos. Ao menos por enquanto. ra ameaçam Márcio Thomaz Líder do governo na CâmaBastos. Nos bastidores, sabe- ra, o deputado Arlindo Chinase que os integrantes da legen- glia (PT-SP) afirmou ontem da serão solidários, mas não que duvida que membros do assumirão a defesa do minis- partido estejam por trás do tro como assunto institucional b o m b a rd e i o a o m i n i s t ro . Questionado sobre as queixas do partido. Na semana passada, Bastos de Bastos, afirmou que o midisse a um parlamentar que nistro pode ter se referido a pepetistas inconformados com tistas efetivamente ligados à sua influência sobre o presi- quebra ilegal do sigilo do cadente Lula e com a autonomia seiro Francenildo. "Temos feida Polícia Federal nas investi- to a defesa do ministro normalgações estariam por trás de mente", disse Chinaglia. uma movimentação para tiráImpeachment – Animados lo do posto. com o desempenho do presi"Isso é inimaginável", reagiu dente Lula nas pesquisas Dataontem o presidente do PT, Ri- Folha de intenção de voto e de cardo Berzoini. "O PT tem o avaliação de governo divulgamaior apreço pelo ministro das ontem, o comando petista Márcio Thomaz Bastos e por não acredita que a turbulência sua atuação." Segundo o depu- que paira sobre Márcio Thotado, "não há nenhuma rusga" maz Bastos possa dar força à entre o partido e o ministro – defesa do impeachment. "A que não é filiado à legenda. "O hora de tentar o impeachment PT defende a permanência de já passou", defendeu um diriBastos e seu trabalho à frente gente do partido. "Agora, com do ministério", garantiu. o novo salário mínimo no bolOntem, porém, integrantes so do trabalhador, então, não da Executiva Nacional do PT há o menor clima para tentar deixaram claro que cabe ao mi- derrubar o presidente Lula", nistro esclarecer sua participa- afirmou. (Agências)

SEMANA MORNA EM BRASÍLIA Elton Bomfim/Agência Câmara

J. Fretitas/Agência Senado

A

semana curta, que promete colocar a política em banhomaria em Brasília, poderá ser aquecida caso o Ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, compareça ao Congresso. No fim de semana, ele se colocou à disposição dos congressistas para esclarecer seu envolvimento com a quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa. Outros assuntos explosivos da política, porém, devem ficar de lado durante a semana de Páscoa. Novos depoimentos de mensaleiros ao Conselho de Ética e de Antonio Palocci e Jorge Mattoso à Polícia Federal – os dois acerca do caso Francenildo – só devem ocorrer na próxima semana. Há ainda outros temas que poderão salvar a semana do marasmo. Amanhã, será divulgada nova pesquisa de opinião sobre a corrida ao Planalto. Encomendada pela Confe-

Apesar do feriado, Congresso tem de votar nove MPs e Orçamento

Renan: coordenando votações.

deração Nacional do Transporte (CNT) ao Instituto Sensus, a sondagem vai mostrar o cenário da disputa presidencial com a entrada oficial do tucano Geraldo Alckmin. O levantamento vai indicar ainda como a população vê o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva depois da crise que envolveu Palocci, Mattoso, Francenildo e Bastos. Orçamento – Também esta semana, um tema de importân-

ser derrubado após a votação das MPs pendentes. Imposto de Renda – Há assuntos importantes a resolver, como a MP que destina crédito extraordinário de R$ 890 milhões para que o Ministério das Cidades toque projetos de urbanização. Outra MP trata do reajuste de 8% na tabela do Imposto de Renda (IR) da Pessoa Física, além do abatimento com despesas com educação e dependentes. Há ainda MPs

cia vital poderá finalmente ser solucionado: o Orçamento da União deste ano, que está atrasado mais de três meses. Na última sexta, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDBAL), prometeu que o assunto será votado amanhã. Antes da votação, porém, deputados e senadores terão que remover nove Medidas Provisórias (MPs) que trancam a pauta do Congresso. O bloqueio da pauta é previsto por lei e só pode

que tratam do Simples – sistema de impostos que rege a taxação dos negócios das pequeno e microempresas. CPIs – Devido ao feriado da Semana Santa, a CPI dos Bingos só vai se reunir no dia 18. O Conselho de Ética também não têm depoimentos esta semana. Já a CPMI dos Correios, cujo relatório final foi entregue na semana passada, deve ter seu destino selado esta semana. Renan prometeu comunicar amanhã seu parecer sobre recurso do PT que pede anulação da aprovação do relatório. Apesar do adiamento dos novos depoimentos do ex-ministro da Fazenda, Antonio Paloc-

ci, e do ex-presidente da CEF, Jorge Mattoso, a Polícia Federal promete prosseguir com as investigações relativas à quebra de sigilo bancário do caseiro. O objetivo é concluir os trabalhos até o dia 21. (Agências)

V

otar novamente no presidente Luiz Inácio Lula da Silva "é uma maluquice", afirmou em Londres o compositor Caetano Veloso. "Votar em Lula de novo? Não voto nele agora de maneira nenhuma. Acho um absurdo votar em Lula de novo" disse ele à BBC, ao visitar no sábado a sede do serviço mundial da tradicional televisão britânica. Para Caetano, a possibilidade de votar em Lula ficou distante, "ainda mais depois de tudo isso, dessa história do Palocci".

Caetano disse que as crises políticas ocorridas no governo Lula não o surpreenderam. "Não fiquei muito surpreso, não, porque esse pessoal da esquerda é muito auto-confiante. Pensam que por serem de esquerda já é uma vantagem terem chegado ao poder. Então, não se preparam para fazer coisa

alguma, não planejam um programa. Pensam q u e s e r d e e squerda é, em si, s u p e r i o r. S o u contra esse negócio", disse. "O José Dirceu foi uma tradução escandalosa desse tipo Não voto nele de atitude." (Lula) agora de O compositor, exmaneira eleitor de FHC, não nenhuma. revelou seu voto em 2006. "Não sou obriCaetano Veloso gado a votar em (GeAE/24-05-2004

raldo) Alckmin. Pensei em votar em Roberto Mangabeira (Unger), mas a candidatura dele não se mostrou viável. Meu candidato é Roberto Mangabeira." Caetano não quis opinar sobre a participação de seu amigo Gilberto Gil no govern, embora reconhecendo que, a seu juízo, "o governo Lula traz traços políticos arcaicos". Anteriormente Caetano admitiu que Gil funcionava, no governo, como "o Lula do Lula", sugerindo que ele é uma espécie de consciência crítica do presidente. (AE)

Factoring

DC

'VOTAR EM LULA DE NOVO É MALUQUICE', DIZ CAETANO. O que é Factoring? É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa. Entre em contato conosco Empresa filiada PABX (11) 6748-5627 (Itaquera) à ANFAC 6749-5533 (Artur Alvim) E-mail: falecom@finanfactor.com - www.finanfactor.com


Senado Câmara Eleições Planalto

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segunda-feira, 10 de abril de 2006

PSDB E PFL: ESFORÇO PARA QUE ALCKMIN FIQUE CONHECIDO PELO PAÍS

BAIXA POPULARIDADE DE ALCKMIN EM PESQUISA PREOCUPA PSDB

ALERTA NO NINHO TUCANO

A

população começar a olhar para a eleição, esse número vai se ajustar. Lula vai cair quando começar uma associação da campanha com o seu governo", disse o líder do PFL, Rodrigo Maia (RJ). O pefelista reconhece, porém, que a situação de Alckmin é crítica no Nordeste e aponta a região como o principal desafio do candidato tucano. "Temos de entender o que está acontecendo no Nordeste e reverter o quadro." Alianças – Cotado para ser vice de Alckmin, o líder do PFL no Senado, José Agripino (RN), revelou estar muito preocupado com o desempenho do tucano e disse que o PSDB precisa urgentemente fechar as alianças políticas e definir a escolha do vice, estruturando o gabinete que irá conduzir a campanha. "Esta pesquisa é uma sinalização, uma advertência para a necessidade urgente de organizar a equipe de campanha e definir o arco de alianças." A pesquisa, favorávpraticamente sepulta uma possível aliança do PMDB com os tucanos e pefelistas já no primeiro turno. "Com essa pesquisa, esqueça o PMDB. Garotinho vai se agarrar como um cão danado na sua candidatura", analisou José Agripino. Substituição – Por enquan-

Esta pesquisa é uma sinalização, uma advertência para a necessidade urgente de organizar a equipe de campanha e definir o arco de alianças. José Agripino (PFL) to, os tucanos mantêm o investimento político na pré-candidatura de Alckmin à sucessão de Lula e não querem falar na possibilidade de o ex-governador ser substituído na disputa pelo ex-prefeito José Serra, pré-candidato ao governo

IMPORTÂNCIA

Alckmin: queda de 3% nas intenções de voto, segundo Datafolha.

de São Paulo – possibilidade que corre entre os bastidores. Apesar do discurso de que a campanha ainda não começou, os tucanos não querem perder tempo. "O que precisa é brigar no dia-a-dia, ganhar um pedacinho a cada dia", disse o deputado Alberto Goldman (SP). Sobre a possível troca, o secretário-geral do PSDB, deputado Eduardo Paes (RJ) afirmou: "Isso é intriga do PT". "É sabotagem do inimigo", reforçou Goldman. Como são obrigados pela Lei Eleitoral a deixar os cargos para concorrer, Serra e Alckmin tiveram de anunciar suas pré-candidaturas no fim de março. Mas, oficialmente, os candidatos só são lançados depois das convenções dos partidos, em junho. Um dos principais motivos que fazem os tucanos manterem a candidatura de Alckmin é a confortável situação de Serra na disputa estadual. As pesquisas mostram que o ex-prefeito venceria no primeiro turno. Surpresa – Agripino considerou "preocupante" a resistência de Lula aos escândalos.

Para Goldman, também chamou atenção o fato de Lula não ser atingido pelas novas denúncias que culminaram com a saída do ministro da Fazenda Antonio Palocci. "A população não dá muita importância, boa parte do eleitorado sabe dos fatos, mas eles não chegam claramente ao conhecimento da população, que não vê as responsabilidades. O eleitor mais informado já tem posição definida. É preciso alcançar esse povo que não lê os jornais", disse Goldman. Planalto – No Palácio do Planalto e no PT, os números foram comemorados. Para o núcleo do governo, a pesquisa Datafolha reforça que Lula está blindado em relação às denúncias. A avaliação interna é que a população separa o que é denúncia e o que é campanha. Para o presidente do PT, Ricardo Berzoini, os números não surpreenderam e demonstram que a estratégia da oposição, de querer transformar cada fato novo contra o governo em escândalo, não dá certo. (Agências)

Mônica Zarattini/AE/31-03-2006

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ré-candidata do PT ao governo do Estado, a ex-prefeita da capital Marta Suplicy resolveu jogar pimenta na corrida ao Palácio dos Bandeirantes ontem. Ela afirmou que seu provável e maior oponente, o tucano José Serra, pode trocar a candidatura ao governo pela da presidência – o que ela chamou de plano "C" de Serra. "Ele é tão maquiavélico, que é capaz sim", disse. Nas pesquisas de opinião divulgadas até aqui, Serra leva o governo do Estado já no primeiro turno. O plano "A" de Serra, segundo o raciocínio de Marta, seria a candidatura a presidente, perdida na disputa com o exgovernador e atual pré-candi-

No caminho dos Bandeirantes, a petista Marta lança os primeiros ataques ao tucano Serra.

dato tucano Geraldo Alckmin. Com a confirmação pela cúpula do PSDB do nome de Alckmin em março, Serra teria passado, então, ao plano "B", o atual: concorrer ao governo paulista – o que o obrigou a

deixar a prefeitura da capital. Troca de time – O plano "C" seria uma possível substituição de Alckmin por Serra na corrida presidencial, caso o exgovernador não decole mesmo nas pesquisas de opinião.

Marta disse que Serra perdeu a credibilidade ao renunciar ao cargo de prefeito, depois de ter feito a promessa, durante a campanha de 2004, de permanecer à frente da prefeitura até o último dia de mandato. Para ela, esse fato pesará muito na vida política de Serra. "Esta é uma marca que ele vai carregar o resto da vida e quando fizer promessas de campanha, as pessoas vão se perguntar se ele tem ainda credibilidade ou não", afirmou. A pré-candidata defendeu também que, no interior do Estado, os eleitores ainda não tomaram conhecimento da saída de Serra. Ela aposta que isso poderá reverter o jogo a ser favor. (Agências)

GAROTINHO QUER QUE PAULISTAS ESQUEÇAM ITAMAR

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m terceiro lugar na corrida ao Planato, com 15% das intenções de voto, o ex-governador do Rio Anthony Garotinho (PMDB) visita hoje São Paulo para uma reunião com peemedebistas do Estado. O objetivo dele é mostrar que a ascensão nas pesquisas prova que sua candidatura é viável, além de convencer os paulistas a esquecer o nome de Itamar Franco (MG) – lançado pelo ex-governador paulista Orestes Quércia à pre-

sidência na semana passada. Está previsto um almoço da liderança peemedebista num buffet da zona Sul da capital. À tarde, Garotinho vai a Mato Grosso do Sul, onde visita a Assembléia Legislativa do Estado. Na pauta, mais uma vez a candidatura ao Planalto.

Serra na cabeça

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SERRA TEM PLANO "C", DIZ MARTA. Agliberto Lima/AE

Eymar Mascaro

ponto alto da pesquisa Ibope sobre a eleição de governador em São Paulo é que a tendência é de José Serra vencer já no primeiro turno. O tucano teria mais do que o triplo dos votos da candidata petista Marta Suplicy: 54% contra 17%. Mas, se o candidato do PT for Aloizio Mercadante a diferença seria maior em favor do tucano. Serra, portanto, inicia a campanha com amplo favoritismo. Ganharia sem susto se a eleição fosse hoje. Sua linha nas pesquisas é de estabilidade. O tucano teria o mínimo de 50% dos votos. O colégio de São Paulo concentra pouco mais de 25 milhões de eleitores, sendo 2/3 no interior e 1/3 na Capital. Admite-se que a eventual candidatura de Orestes Quércia (PMDB) a governador poderia impedir Serra de se eleger ainda no primeiro turno. O peemedebista tiraria votos do tucano. Por isso, o PSDB tenta convencer Quércia a se candidatar ao Senado com o apoio de três partidos: PMDB, PSDB e PFL. Quércia, no entanto, ainda prefere disputar o Palácio dos Bandeirantes.

Filipe Araújo/AE/31-03-2006

pesquisa Datafolha divulgada no fim de semana, que mantém a vantagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o candidato tucano Geraldo Alckmin na corrida presidencial, acendeu a luz amarela na cúpula do PSDB. A expectativa no núcleo tucano era de que a diferença entre o petista e Alckmin cairia depois de três semanas de intenso bombardeio em cima do governo por causa das denúncias de quebra de sigilo do caseiro Francenildo Costa e da demissão do ministro da Fazenda, Antonio Palocci. Os números do Datafolha mostram que nos dias 16 e 17 de março Lula tinha 42% das intenções de voto e agora está com 40%. Segundo a mesma pesquisa, Alckmin caiu de 23% para 20%, no mesmo período, e Garotinho subiu de 12% para 15%. No núcleo tucano, o crescimento de Garotinho também assustou o partido. Sem Garotinho, Lula venceria no primeiro turno, segundo a pesquisa. A avaliação interna é de que desde que conseguiu a indicação do partido para ser o presidenciável tucano, Alckmin não conseguiu gerar nenhum fato positivo. Para o PSDB e o PFL, o maior desafio no momento é fazer com que Alckmin fique conhecido num curto espaço de tempo e passe a produzir fatos positivos. O temor é o de que ele não consiga crescer o necessário até as eleições. A expectativa na coordenação de campanha era de que nessa pesquisa a diferença entre Lula e Alckmin fosse de apenas 13 pontos percentuais e não de 20 pontos. Tucanos e pefelistas dependem do desempenho de Alckmin para que as candidaturas majoritárias e proporcionais nos estados também cresçam. Cautela – Ontem, o tom dos oposicionistas foi de cautela. "A pesquisa mostra que a denúncia da quebra de sigilo do caseiro ainda não chegou às classes D e E. Precisamos de mais tempo. Mas esses números mostram que a avaliação do governo caiu. E quando a

Suplicy – O senador Eduardo Suplicy (PT-SP) lançou ontem sua candidatura à reeleição ao Senado. Ele afirmou que vai concorrer ao cargo de parl a m e n t a r, função em que atua há 15 anos, dur a n t e o e ncontro do PT estadual em São Paulo que debate propostas

Ele é tão maquiavélico, que é capaz disso sim. Marta Suplicy, précandidata do PT ao governo, sobre o plano "C" de José Serra

para a sucessão do governo do Estado. Suplicy fez o anúncio momentos antes de o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), líder do governo no Senado, iniciar a exposição a respeito de sua pré-candidatura ao governo paulista. "Vamos fazer o contrário do habitual: quem não quiser que eu fique no Senado, levante a mão", propôs Suplicy. Como ninguém se manifestou, ele considerou que foi "aprovado por unanimidade". (Agências)

A grande votação de Serra beneficiaria também os candidatos às casas legislativas, Assembléia e Câmara dos Deputados. Admite-se, portanto, que Serra ajude a eleger grandes bancadas. E o que é mais importante: também o candidato à presidência, Geraldo Alckmin, seria beneficiado.

ADVERSÁRIOS - 1

Pela pesquisa Ibope, Marta Suplicy tem melhor desempenho frente a Serra do que Aloizio Mercadante: na melhor das hipóteses, a ex-prefeita teria 18%, contra 52% para Serra, entre os paulistanos.

ADVERSÁRIOS - 2

Segundo o Ibope, quando Mercadante aparece como candidato do PT, teria no máximo 8%, perdendo até para os votos brancos e nulos. No cenário que inclui Quércia, a situação de Mercadante piora: ficaria em quinto lugar, com apenas 7%, atrás dos indecisos (8%), brancos e nulos (10%), Quércia (11%) e Serra (55%).

favorável ao apoio a Serra em São Paulo.

COERÊNCIA

A mesma pesquisa Ibope registra também a vitória de Alckmin sobre Lula em São Paulo. Existe uma considerável diferença em favor do tucano: 46% dos votos contra 28% do petista. Nota-se coerência dos eleitores paulistas em relação aos candidatos a presidente a governador.

DOBRADINHA

Também o coordenador da campanha do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), defende a escolha de um nordestino para a vice de Alckmin.

NA FRENTE

A preferência de um nordestino na chapa tucana tem lógica: as pesquisas apontam vantagem de Lula sobre Alckmin na região. O tucano ainda não é muito conhecido no Nordeste.

DIFERENÇA

O favoritismo de Serra é massacrante. O tucano rompe a barreira dos 50% dos votos. Em tempo: para se eleger no primeiro turno, o candidato precisa ter 50% dos votos mais 1. Segundo analistas de pesquisas, a tendência é de Serra sustentar a diferença até as eleições.

CHAPA

Serra mantém a tendência de ter como candidato a vice um pefelista. O mais cotado é Guilherme Afif Domingos, líder empresarial que tem se destacado por sua atuação no combate às altas taxas de juros e à cobrança de impostos. A coligação PSDB/PFL tem sido vitoriosa em São Paulo.

INVASÃO

Além de seu favoritismo natural, Serra será beneficiado com a candidatura a governador de Plínio de Arruda Sampaio pelo PSOL. Fundador do PT, a candidatura de Plínio Sampaio invade redutos petistas. Ou: Plínio tira votos do PT.

ACERTO

O PDT paulista ainda alimenta a candidatura do vereador Carlos Apolinário a governador. Mas, gestões estão em andamento para que o PDT apóie Serra. No âmbito federal, o PDT faz oposição a Lula, o que pode facilitar uma decisão

APOIO

Alckmin continua conversando com peemedebistas. Quer o apoio do PMDB. O tucano acha que pode disputar a eleição apoiado por pelo menos quatro partidos: PSDB, PFL, PMDB e PPS. O apoio do PMDB é difícil porque o partido quer ter candidato próprio.

IMPULSO

Tasso Jereissati (PSDB), Jorge Bornhausen (PFL) e Michel Temer (PMDB) devem se reunir amanhã em Brasília. Vão tricotar e trocar figurinhas sobre a eleição presidencial. PSDB e PFL estão acertados, mas o PMDB ainda é o nó da questão.

DEPOIMENTOS

Se depender da oposição, os assessores do ministro da Justiça, Daniel Goldberg e Cláudio Alencar, podem ser convocados para depor na CPI dos Bingos, para que expliquem suas presenças na casa de Palocci na noite em que o presidente da CEF, Jorge Mattoso, entregou ao ex-ministro o extrato bancário do caseiro Francenildo Costa. A oposição entende que a ida de Bastos ao Congresso não impede que os dois colaboradores possam depor na CPI dos Bingos.


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

Nacional Tr i b u t o s Empresas Finanças

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BOA GOVERNANÇA NA FAMÍLIA SIGNIFICA SUCESSO

Fotos: Marcelo Min/AFG

IRFM

CASA DA BÓIA

Centralizar o comando

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ara o administrador de empresas Mário Roberto Rizkallah, da Casa da Bóia, especialista na venda de metais não ferrosos, como cobre e latão, um dos grandes segredos da empresa familiar é a concentração de poder. "A empresa não cresce no mesmo ritmo que a família. Se não houver uma concentração de poder, a tendência é a empresa ir para o brejo", avisa Rizkallah. "Há diferença entre ter a propriedade e a gestão. Tem que deixar bem claro quem é que manda. Se não, dá uma bela confusão." Para ele, como a família cresce mais rápido, sempre haverá muita gente dependendo dos negócios. "Isto, é claro, vale para uma empresa pequena, não para a Votorantim", compara. Outra dica é não misturar o caixa da empresa com o particular. "Acontece muito isso, principalmente nos negócios menores. Precisa ter a contabilidade muito certa, saber o que é seu e o que é da companhia." Hoje, Rizkallah comanda a empresa sozinho. Até meados dos anos 90, havia um tio e um primo no negócio. O tio faleceu. O primo saiu e Mário comprou a parte das duas irmãs. "Comecei a sentir dentro do núcleo familiar a teoria do achismo. Mas, para achar alguma

Fotos: Arquivo AE

coisa, tem que ter horas de vôo", afirma o empresário. A filha dele – a quarta geração – ainda tem oito anos e prefere a Barbie aos metais, brinca o pai. Memória Ele transformou o lugar onde os avós moravam, no fim do século 19, no Museu da Casa da Bóia. É lá que está mais que preservada a memória do empreendedor Rizkallah Jorge Tahan. Documentos, como o saldo da conta corrente em 1909, mostram como toda a família é organizada. "Meu avô guardava tudo. Meu pai também. Eu também", diz. Depois de uma restauração, até as paredes voltaram a ser originais. Jorge Tahan, ainda menino, trabalhava com o pai na Síria, onde moravam. Em 1885, ele chegou ao Porto de Santos e depois de apenas três anos, fundou a Rizkallah Jorge & Cia, na Rua Florêncio de Abreu, no Centro de São Paulo. Na época, a especialidade era a produção de materiais hidráulicos. Em 1911, para ajudar no combate à epidemia de febre amarela, Rizkallah introduziu no País as bóias para caixas d'água. Em 1940, a loja foi assumida pelos filhos: Jorge, Nagib e Salim, este pai de Mário. Em 1980, a terceira geração da família assumiu o poder.

Os condes Francisco e Chiquinho (alto): auge e decadência

Concorrência e brigas derrubam o império

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Kety Shapazian

Mário Roberto, com o retrato do avó, fundou o Museu Casa da Bóia para perpetuar a memória da família

CASA SANTA LUZIA Três gerações ainda unidas

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CIPOLATTI Natal 365 dias por ano

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"É mesmo, estava sim", lemonceição Cipolatti e os quatro filhos respiram bra Conceição. O bico de Ana Natal 365 dias por ano. não dura dois minutos. Luiz tiA cada temporada, a Cipolatti nha toda a razão. & Cipolatti monta 120 decoraAlém de shoppings, a Cipoções natalinas em shopping latti atende empresas e faz decenters por todo o País. A em- coração de rua. Loja da Kitpresa atende ainda shoppings chens na Faria Lima, o Bankno Uruguai, Argentina, Chile e Boston na Paulista, o Teatro México. Qual o segredo para Municipal, a Oscar Freire, as dar tão certo? ruas de Campo do Jordão. Tudo "Primeiro é o r e s p e i t o . D edeles. O trabalho é superpuxapois, dedicação total. E tem que do. "Nos últimos 45 dias, então, é gostar. A gente tem momentos loucura", conta A n a . M a s n i nruins, é claro. Não vá pensar g u é m s e a r r epende de não ter que aqui é um mar de rosas", seguido outra profissão. diz Conceição. Segundo o fiLuiz chegou a lho Luiz Paulo, trabalhar de trabalhar com a garçom em Oufamília dá certo Conceição: dedicação total ro Preto e também deu aulas – no caso deles – porque "você pode até xingar o de História. "Trabalhar com irmão que o bico passa logo." minha mãe é fácil. Ela é muito Ele está há 25 anos na empresa, exigente, mas eu já estava desde o nascimento do negó- acostumado desde pequeno", cio. "Sou o único que fiz os 25 diz, rindo. "É verdade. TrabaNatais", diz. Quem não gostou lhamos muito bem juntos", muito da afirmação foi a irmã confirma Conceição. É óbvio que todos adoram Ana Cecília. "Como assim, o trabalhar juntos. Outro segreúnico? E eu?", reclama. Ana tinha 12 anos quando a do da Cipolatti é que cada um é Cipolatti começou. "Mãe, e o vice do outro. Quando um não Barra Shopping? Eu não esta- está, assume outro membro da família, e por aí vai. (KS) va lá?", pergunta, indignada.

O grupo Matarazzo chegou a faturar 350 mil contos de réis por ano, o equivalente, na época, à arrecadação do Estado de São Paulo.

uitas empresas não chegam à terceira geração por culpa da segunda, que não sabe preparar os mais novos. Essa é a conclusão a que chegou Jorge da Conceição Lopes, o seu Jorge, um dos donos do supermercado mais chique da cidade, a Casa Santa Luzia. Apesar da afirmação, o empreendimento foge completamente a essa regra. Fundada em 1926, hoje, 80 anos depois, une, no trabalho, a segunda, terceira e quarta gerações. Sobrinho do fundador Daniel Lopes, Jorge trabalhou em um armazém de tecidos em Portugal. Com 18 anos, veio para o Brasil e, em 1949, começou a trabalhar no supermercado, que, naquela época, ficava na esquina da Rua Augusta com a Oscar Freire e era um armazém de secos e molhados. "Briga na família sempre existe. Fora da empresa, no entanto, as desavenças são esquecidas. No fim de semana, quando nos reunimos no sítio, não entra assunto de negócios", conta Jorge. "Eu e os meus sócios não tivemos opção, fomos condicionados a trabalhar na empresa. Já com a terceira e a quarta gerações nada foi imposto", diz. Jorge divide a sociedade da Casa Santa Luzia com Antônio Lopes da Silva e Álvaro Lopes, representantes da segunda geração da família. Álvaro é avô de Flavia, da quarta geração. Formada em Rádio e Televisão, ela achava que seria a última da família a ir trabalhar na empresa. Estava enganada. Flavia começou em novembro do ano passado, atuando em meio período, e ficaria só até o Natal. "Mas me convidaram para continuar, a proposta foi legal", conta a hoje assistente de marketing. "É cedo e estou ainda descobrindo o limite

Jorge, Flavia e Álvaro: unidos e sem desavenças fora da empresa

entre a relação pessoal e a profissional, até onde posso ir." De outro canto Jorge faz questão de frisar que há funções importantes comandadas por pessoas de fora do clã. "O encarregado da manutenção é um profissional que está conosco há 20 anos." "Eu digo aos funcionários que não precisamos do lucro para viver, mas que eles preci-

sam, e que devem cuidar disso como se fosse deles", diz. Desde 1994, os empregados têm participação no lucro da empresa. "Isso dá um ânimo muito grande a eles."(KS)

m seu auge, as Indústrias Reunidas F. Matarazzo produziam tecidos, alimentos, sabão, louças e azulejos. O conde Francisco Matarazzo (1854-1937) tinha um banco, uma frota de navios, um terminal exclusivo no Porto de Santos e duas locomotivas para transportar mercadorias. Quando completou 80 anos, suas empresas faturavam 350 mil contos de réis por ano, o equivalente, na época, à arrecadação do Estado de São Paulo. Nenhum dos atuais conglomerados do País conseguiria bater o grupo Matarazzo. Mas quase nada restou do império. Após a morte do conde, a condução dos negócios foi entregue ao 12º de seus 13 filhos, Francisco Matarazzo Júnior, o conde Chiquinho. Os problemas começaram na década de 50, com o avanço da industrialização. Endividadas, as empresas foram vendidas uma a uma, em meio a várias brigas na família, até a concordata no início dos anos 1980. (KS)


segunda-feira, 10 de abril de 2006

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Congresso Planalto Recursos Públicos IRREGULARIDADES RETIRAM DA SOCIEDADE 0,5% DO PIB CPI

5 É a institucionalização da corrupção. Lizete Verillo, diretora da ONG Associação dos Amigos de Ribeirão Bonito.

NO BRASIL, IRREGULARIDADES NO SETOR PÚBLICO CONSOMEM QUASE R$ 10 BILHÕES POR ANO DO PIB Reginaldo Pereira/Ag. A Tarde/AE/09-02-2006

O CUSTO DA CORRUPÇÃO Reginaldo Pereira/Ag. A Tarde/AE/09-02-2006

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20% das obras fiscalizadas pelo TCU têm indícios de irregularidades

NO PARANÁ: PERDA DE R$ 1 BILHÃO E A REVIRAVOLTA

N

a esfera estadual, os tribunais de contas também se articulam para combater fraudes e conter a evasão de recursos das obras públicas. O Paraná, em particular, tem um histórico significativo de desvios, mas parece ter encontrado o caminho para enfrentá-los de forma efetiva. Em junho do ano passado, a Polícia Civil desmantelou uma quadrilha de 17 integrantes formada por empreiteiros ligados à Associação Paranaense dos Empresários de Obras Públicas (Apeop), servidores públicos de diversas prefeituras e do governo. Eles fraudavam licitações. Hoje, respondem pelos crimes de formação de cartel, corrupção ativa e passiva, tráfico de influência e frustração de licitação. "As empreiteiras articularam-se para não participar de concorrências e esvaziaram a licitação. Nós éramos obrigados a aumentar o preço para que elas aparecessem", diz o governador Roberto Requião

NO INTERIOR DE SP, SOCIEDADE UNIDA DERRUBOU PREFEITO.

O

trabalho de Lizete Ve r i l l o , u m a d a s fundadoras da Amarribo, é a prova de que a organização da sociedade pode ser determinante para prevenir e combater o desvio de dinheiro público. A Amarribo nasceu em 1999 para conter esses des-

corrupção consome R$ 9,68 bilhões por ano do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, isto é, quase a metade dos R$ 20 bilhões que representam o total de investimentos previstos no Orçamento federal de 2006. Com o valor subtraído anualmente dos cofres públicos municipais, estaduais e federais, seria possível construir 538 mil casas populares, que poderiam propiciar moradia de boa qualidade a 2,1 milhões de brasileiros. A estimativa é do professor Marcos Fernandes, coordenador da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e autor de A Economia Política da Corrupção no Brasil. Segundo ele, o impacto da corrupção nas contas públicas corresponde a 0,5% do PIB, que em 2005 atingiu R$ 1,93 trilhão. O cálculo confronta os índices de percepção da corrupção mundial divulgados pela Transparência Internacional com os índices de produtividade nacional (deduzidos os custos ocultos de transação, que ele chama de "custos de despachante"). Suborno – Dados do Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crimes (Unodc), que patrocina a campanha "Corrupção: Você pode detê-la", indicam que mais de US$ 1 trilhão são pagos em subornos em todo o mundo, contribuindo para o aumento da pobreza, atrapalhando o desenvolvimento e afugentando investimentos. O contínuo desrespeito à legislação, a falta de transparência nos contratos e um judiciário ineficiente contribuem para perpetuar fraudes e negociatas

17 anos 1.055 É o tempo pelo qual as obras do Fórum de Curitiba ficaram paralisadas, causando um prejuízo de cerca de R$ 30 milhões.

É o número de obras inacabadas nos 399 municípios do Paraná, agora monitorados por um sistema central do governo estadual.

(PMDB). O Estado teria perdido R$ 250 milhões em 2005 devido aos desvios. A Secretaria de Segurança Pública estimou que os prejuízos ultrapassaram R$ 1 bilhão em seis anos. Atrasos – O governo amargou ainda prejuízo de R$ 30 milhões com a paralisação, por 17 anos, das obras do Fórum de Curitiba. Com o esqueleto de 11 andares erguido bem em frente ao Tribunal de Contas (TC-PR), o elefante branco era uma das milhares de obras inacabadas do Estado. Em 2000, o TC-PR instituiu a Comissão de Obras Inacabadas, para resolver a pendenga do Fórum de Curitiba e mapear as demais obras abandonadas. Foram contabilizadas 1.055 em todo o Estado. A obra do fórum foi retomada em

2004 e deve ser concluída em agosto. Vai consumir mais R$ 21 milhões. Do trabalho da comissão, resultou a implantação do Sistema de Informações Municipais (SIM), por meio do qual todos municípios são obrigados a cadastrar cada obra, com dados como início da execução, valor do empenho e tamanho da empreitada. Com tecnologia, conseguiu-se cadastrar todas as obras em execução no Paraná desde 2001. Por meio do sistema, os 16 auditores do TC-PR verificam as obras de maior vulto e tempo de paralisação para eleger as que serão fiscalizadas nos 399 municípios. Os tribunais de contas de Santa Catarina e Pernambuco já implantaram sistemas similares. (A.V.)

vios em Ribeirão Bonito (SP). Enfrentando ameaças, os representantes da ONG reuniram provas de corrupção para fazer uma denúncia contra o prefeito Sérgio Buzzá. Eleito em 2000, ele ostentava sinais de enriquecimento ilícito. "Em dez meses, ele desviou mais de R$ 1 milhão, sendo aproximadamente 20% de recursos do Fundef e 50% da saúde", diz Lizete. No início do processo de afastamento do prefeito, dos

13 vereadores da cidade, 11 estavam ao lado de Buzzá. Mas um trabalho corpo-acorpo mudou o posicionamento dos vereadores. Buzzá renunciou ao mandato em abril de 2002. Em 6 de agosto, foi detido pelas acusações de improbidade administrativa e ficou preso durante 13 meses. Nesse período, sofreu impeachment da Câmara de Vereadores, que cassou seus direitos políticos por oito anos. (A.V.)

TCU usou mais de 100 auditores para fiscalizar Operação Tapa-Buracos

envolvendo lo, diretora da ONG Assorecursos públicos. ciação dos Amigos de Pesquisa – Para compleRibeirão Botar, o compornito (Amarribo). Pioneira tamento de de dólares são pagos, grande parte no combate à em subornos em todo corrupção em da sociedade brasileira não o mundo, segundo dados prefeituras, a colabora. É o do Escritório das Nações entidade foi a que revela primeira a Unidas contra Drogas conduzir um pesquisa recente divulgaprefeito, ene Crimes. volvido em da pelo Ibope. Os resultados fraudes, ao confirmaram que 69% dos elei- impeachment, em 2002. tores brasileiros já transgrediCombate – Um alento diante ram alguma lei ou descumpri- desse quadro é que no âmbito ram alguma regra contratual, das obras públicas, uma luz foi sabendo o que estavam fazen- acesa no fim do túnel. A novidado; e 75% cometeriam pelo me- de vem dos órgãos públicos de nos um dos 13 atos de corrupção fiscalização, como o Tribunal de Contas da União (TCU), tribucitados se tivessem a chance. Entre os entrevistados, 14% nais de contas dos estados e a admitiram ter pago gorjetas Controladoria Geral da União, para se livrar de multas e 59% que passaram a adotar medidas afirmaram que, se fossem au- efetivas, de caráter preventivo, toridades, contratariam fami- para o combate às fraudes enliares ou amigos para cargos volvendo obras públicas. Apenas em 2005, o TCU conde confiança. Foram ouvidos 2.002 eleitores de 143 municí- seguiu economizar R$ 630 milhões para os cofres públicos pios em janeiro deste ano. "É a institucionalização da fiscalizando obras antes de corrupção. Para os prefeitos, é elas saírem do papel, quase tão fácil, tão comum cultural- 10% do montante que escorre mente, que quase todos fazem pelo ralo da corrupção. algo errado", avalia Lizete VerilO procurador Lucas Furta-

1 trilhão

do, representante do Ministério Público junto ao TCU, atesta que, desde o escândalo do TRT-SP, as grandes obras federais passaram a ser mais fiscalizadas, dificultando o aparecimento de irregularidades. "Os corruptos migraram de grandes obras públicas para contratos de publicidade porque é mais difícil fiscalizar", observou Furtado durante audiência na CPMI dos Correios, em referência às agências de publicidade (SMP&B e DNA) de Marcos Valério. Obras – A maior obra do governo Lula nem chegou a sair do papel, e o TCU mandou reduzir mais de R$ 400 milhões na estimativa de custos do projeto de transposição do Rio São Francisco, que é avaliado em R$ 4 bilhões. O tribunal exigiu que fossem sanadas várias irregularidades verificadas no edital de licitação da obra. Também nas obras da rodovia BR-101, entre Natal (RN) e Palmares (PE), orçadas em R$ 1,7 bilhão, o TCU mandou o Departamento Nacional de InfraEstrutura de Transportes (Dnit) abater R$ 230 milhões do orçamento, após verificar indícios de superfaturamento. Em fevereiro, o presidente do TCU, Adylson Motta, criou uma força-tarefa de 100 auditores para fiscalizar a chamada "Operação Tapa-Buracos", ação do governo federal para repavimentar 26 mil km de rodovias e orçado em R$ 350 milhões. Historicamente, 20% das obras anualmente fiscalizadas pelo TCU têm indícios de irregularidades graves. Em 2005, foram vistoriadas 400 obras – 80 apresentaram irregularidades. Andrea Vianna (Congresso em Foco)


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Nacional Empresas Finanças Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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CVM TEM INFORMAÇÕES SOBRE FUNDOS

por cento foi a taxa média de crescimento do setor de consórcio nos últimos anos, segundo a Abac

DINHEIRO É DE CONTRIBUINTES QUE DECLARARAM IR ENTRE 1967 E 1983 E APLICARAM PARTE DO IMPOSTO EM AÇÕES

MAIS DE R$ 1 BI NOS FUNDOS 157 V

ocê pode ser investidor do mercado de ações e não saber. Há nos bancos pelo menos R$ 1 bilhão parados em cotas do extinto Fundo 157. O dinheiro pertence a contribuintes que declararam Imposto de Renda (IR) entre 1967 e 1983 e que desconhecem o direito a uma fatia desse bolo. A fim de incentivar o mercado de capitais, o decreto lei 157, de 1967, permitia que as pessoas destinassem até 3% do IR para cotas de um fundo de investimento em ações no banco de sua escolha. Mas esse fundo (popularmente conhecido pelo número do decreto que o instituiu) foi fechado 15 anos depois. Hoje, passados 23 anos da extinção, muitos investidores ainda não foram informados do que ocorreu com o dinheiro aplicado.

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) tentou reverter essa situação em 1996. A idéia, na época, era contatar as instituições financeiras que administravam esses recursos e, a partir do cadastro do cliente, enviar correspondência informando sobre o direito ao dinheiro. A iniciativa, porém, não funcionou. Como muitos dos bancos administradores dos fundos 157 acabaram sendo vendidos, fechados ou incorporados por outros grupos no decorrer dos anos, os cadastros de clientes acabaram se perdendo e a comunicação com essas pessoas ficou praticamente impossível. Consulta — A saída encontrada pela CVM foi a de criar um link de acesso aos fundos 157 em sua página da internet (www.cvm.gov.br). Lá, é possível saber, apenas digitando o

300 reais é, atualmente, o saldo médio das contas dos fundos de investimento que herdaram recursos dos 157, que foram extintos já há 23 anos número do CPF, se o contribuinte tem recursos aplicados. Caso a resposta seja positiva, basta o interessado se dirigir ao banco hoje responsável pela administração do fundo e pedir o resgate. Em um prazo de cinco dias, o dinheiro já fica livre para movimentação.

Apesar de esse processo parecer simples, de acordo com dados da assessoria de imprensa da CVM, o link ainda é pouco acessado, o que ajuda a explicar a existência de 3.220.749 cotistas pessoas físicas e 15.933 jurídicas com dinheiro parado em um dos 27 fundos de investimentos que herdaram os recursos dos extintos 157. Sozinho, o Bradesco administra um terço dessas cotas, em cinco fundos. Em apenas uma das carteiras, que leva o nome de Bradesco FIQ de FIA, conforme a CVM, há 700 cotistas com um patrimônio de R$ 350 milhões. A reportagem do Diário do Comércio procurou três dos bancos que administram as carteiras (Bradesco, Itaú e Unibanco) para saber se adotaram alguma estratégia para informar os clientes do direito

aos recursos, mas nenhum quis comentar o assunto. Silêncio — A dificuldade em achar os investidores e o silêncio dos bancos têm funcionado como combustível para a queima de recursos direcionados à aplicação. Como na época da criação dos 157 não existia um órgão fiscalizador desse mercado — papel hoje desempenhado pela CVM —, os bancos cobravam o que queriam em taxas de administração e não mostravam muito interesse pelo desempenho das ações que faziam parte das carteiras. Os cotistas pagam, sem saber, até 8% ao ano de taxa de administração, enquanto a média do mercado é de 4%. Depois de 23 anos, a média de saldo das contas é de R$ 300 — valor que varia de acordo com a política de investimento adotada pelo banco e das taxas

de administração cobradas durante todos esses anos. O patrimônio dos extintos 157 só não desapareceu, segundo fontes do mercado, porque nos últimos dois anos a Bolsa de Valores de São Paulo teve ótimo desempenho. Nem a CVM nem a Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid), que acompanha a evolução do mercado de fundos, sabem informar com exatidão o volume hoje aplicado nos extintos fundos 157. A reportagem do Diário do Comércio pesquisou os 27 fundos apontados pela CVM como aplicações que receberam recursos dos 157, mas só conseguiu ter acesso ao patrimônio de 15, por meio do site da Anbid. Esses fundos totalizavam, até o último dia 24, cerca de R$ 1 bilhão. Adriana Gavaça

Abac traça perfil do consumidor de consórcios Entidade que representa as administradoras fez levantamento para descobrir quem são os cotistas do sistema. Dados servirão para as administradoras montarem estratégias de crescimento dos negócios.

Fotos: Newton Santos/Hype

A

possibilidade de comprar um bem ou serviço de forma parcelada, sem juros, por meio de uma espécie de poupança programada, é o principal motivo que leva muitos brasileiros a entrar para um grupo de consórcio. A revelação está na pesquisa, inédita, sobre o perfil do consorciado, feita em março pela

Associação Brasileira das Empresas Administradoras de Consórcios (Abac). O levantamento foi divulgado na última quinta-feira no 28º Congresso Nacional de Administradoras de Consórcios (Conac). Dos 650 entrevistados, das cidades de São Paulo, Salvador e Porto Alegre, 70% disseram que o formato do produto foi decisivo para a compra de uma cota. Os 30% restantes viram no consórcio um investimento, uma compra planejada e uma alternativa para quem não consegue pagar à vista. O levantamento da Abac detectou ainda que o maior número de consorciados está na classe B (pela classificação da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisas). Desses, 58% têm consórcio de imóveis; 56%, de motocicletas; e outros 48%, de automóveis. Imagem — As mulheres ainda são minoria. Os consorciados do sexo masculino predominam nos segmentos de eletroeletrônicos (80%), motocicletas (78%), imóveis (76%) e automóveis (56%). Os consumidores com idade entre 30 e 39 anos aparecem mais nos segmentos de automóveis (55%), imóveis (50%) e eletroeletrônicos (43%). "A pesquisa servirá para o mercado conhecer melhor quem é o consorciado e, com isso, identificar oportunidades de crescimento", disse o presidente nacional da Abac, Rodolfo Montosa. Segundo ele, a boa surpresa revelada pela pesquisa foi a imagem positiva que o consumidor que não tem o produto faz do sistema, que cresceu a uma taxa média de 10%, nos últimos anos. Dos entrevistados que não têm consórcio, 55% afirmaram ter uma boa imagem do sistema. Em dezembro de 2005, o mercado atingiu R$ 49,5 bilhões em ativos administrados. Do total, R$ 44,7 bilhões correspondem a valores a receber e R$ 4,9 bilhões estão em caixa para a compra dos bens. Imóveis — Os consórcios de imóveis são os mais procurados. Não é à toa que também é o segmento em que a concorrência é mais acirrada, em especial entre os bancos. O Bradesco é líder, com 72.499 cotas ativas. "Crescemos 91,55% em número de cotas no ano passado, enquanto o mercado cresceu 38,37%", afirmou o diretorpresidente da Bradesco Consórcios, Celso Barbuto. "A simplicidade, as prestações fixas e a possibilidade de uso do Fundo de Garantia do

Do alto, no sentido horário, executivos no congresso: Rodolfo Montosa, presidente da Abac; Celso Barbuto, da Bradesco Consórcios; Luiz Simione, do Santander Banespa; Ricardo Talamini Cardoso, da Caixa Econômica Federal; e Valdomiro José Pedroso, diretor-executivo da Rodobens.

Tempo de Serviço atraem os consumidores", afirmou. No Bradesco, os planos prevêem pagamento em 10 anos. Forte concorrente do Bradesco, a Rodobens, que está entre as três maiores administradoras de consórcios de imóveis, registra crescimento anual médio de 25% no faturamento. A venda, apenas no segmento imóveis, somou R$ 600 milhões do faturamento total de R$ 2,2 bilhões em 2005, segundo o diretor-executivo, Valdomiro José Pedroso. A Caixa Econômica Federal, que anunciou durante o Conac sua entrada no segmento de automóveis no final deste mês, quer vender, em 2006, 50 mil cotas adicionais de imóveis. O banco fechou 2005 com 62 mil e

no primeiro trimestre do ano comercializou 15 mil. "Hoje, o total de consumidores que têm financiamento da Caixa com recursos próprios quase empata com o total de clientes com consórcios de imóveis. Apenas no mês de março vendemos 3,6 mil cotas", afirmou o diretor de consórcio da Caixa, Ricardo Talamini Cardoso. Já o banco Santander informou que prevê para o segundo semestre deste ano sua entrada no segmento de consórcios de imóveis. "Nossa prioridade, neste momento, tem sido a integração das agências do Santander e do Banespa", afirmou o superintendente da área de consórcios do Santander Banespa, Luiz Simione. Roseli Lopes


DIÁRIO DO COMÉRCIO

12 -.INTERNACIONAL/OPINIÃO m artigo do Monde reproduzido na Folha de S. Paulo do dia 2, os críticos Michel Guerrin e Jacques Mandelbaum apontam algumas fraudes montadas pelo diretor austríaco Hubert Sauper no documentário "Os Infernos de Darwin" para impressionar a platéia com os malefícios imaginários da globalização capitalista, mas acabam louvando o filme sob a alegação de que a tese ali defendida por meios desonestos é certa e adequada. Reconhecem que, se a propaganda ideológica não se apresenta honestamente como tal, "aquilo que se pretende um projeto alegórico pode ser apreendido pelo público como um acúmulo de fatos irrefutáveis"; admitem até que "com o filme de Sauper, não estamos distantes do princípio segundo o qual o fim justifica os meios", mas no fim desculpam o diretor na base de que "é preciso avaliar o filme pelo olhar da subjetividade do cineasta" e alegam em favor dele o lema de outro vigarista cinematográfico, Johan van der Keuken, segundo o qual "pouco importa a trapaça– a base precisa ser justa". A iniciativa de Sauper não é nova. Reflete a tradição essencial do documentarismo esquerdista, que começou a mentir com o "cinema-verdade" de Dziga Vertov, prosseguiu com Jean Rouch e recentemente chegou à apoteose da mendacidade com Michael Moore. A atividade da moderna elite artística do Ocidente, nesse sentido, pouco se diferenciou da indústria de fraudes da KGB. Ao contrário, com freqüência não consistiu senão na comercialização elegante dos produtos dela. A justificativa apresentada também não é nova. "Mentir em prol da verdade", dizia Brecht, é o dever fundamental do militante comunista. Com igual boa consciência os funcionários da KGB apagavam a cada ano os trechos inconvenientes da memória coletiva depositados nas enciclopédias e dicionários, remoldando o passado à luz do futuro desejado. Mas, cá entre nós, se alguém tem uma tese geral e abstrata sobre a realidade – o tal "fundo justo" – e se para argumentar em favor dela reúne imagens singulares e concretas num filme, essas imagens estão para a tese exatamente como a prova está para a teoria. A prova artística não precisa ser completa, exata, rigorosa, mas, que é um tipo de prova, é. Se o filme não pretendesse provar nada, nem mesmo implicitamente, não seria obra de tese, não seria a favor nem contra coisa nenhuma, não poderia portanto ter o sentido de um argumento político, que é justamente o que esses documentários pretendem ser. Ora, num cérebro normal humano, a prova reforça a veracidade da tese, a veracidade da tese sustenta-se na prova. Na lógica dos srs. Michel Guerrin e Jacques Mandelbaum, como também na de Dziga Vertov, Rouch, Michael Moore e Sauper, o que sucede é o contrário: a prova, mesmo mentirosa, deve ser aceita como boa porque a tese é dada por verdadeira. A tese não é provada pela prova, mas a prova é que é provada pela tese que, ao mesmo tempo, ela simula demonstrar. Imagine um rapaz tentando entrar numa balada, às três da manhã, e mostrando como prova de maioridade um documento obviamente falsificado. – Este documento não serve, diz o porteiro. – Serve. Como sou maior de idade, isso prova que o documento prova isso. Esse raciocínio imita aqueles desenhos de Escher, em que uma mão, parecendo emergir do papel, se desenha a si mesma. Mas esse truque requer um desenhista de carne e osso que, desde fora do papel, crie a ilusão. O que a vigarice intelectual esquerdista dos Moores e tutti quanti pretende nos impingir é que a mão, se está desenhada, realmente se criou a si própria. Quando o psiquiatra Joseph Gabel disse que as ideologias de massa têm uma estrutura lógica idêntica à dos delírios psicóticos, era a esse tipo de raciocínios que se referia. A que respeitabilidade intelectual pode aspirar o charlatão que os produz ou, pior ainda, o semilouco que se deixa levar por eles, arrebatado para o sétimo céu da estupidez no instante mesmo em que acredita estar sendo muito esperto e profundo?

E

MuNDOreAL

segunda-feira, 10 de abril de 2006

pseudocultura, à propaganda política e à exploração da boa fé popular. A diferença entre escola privada e pública, desse ponto de vista, é irrisória. Consiste apenas em que a primeira é paga em mensalidades por aqueles que a freqüenpor OLAVO DE CARVALHO, de Washington DC tam, a segunda em impostos pela multidão dos trabalhadores que não podem freqüentá-la. Nenhuma delas presta serviço digno de ser pago, mas uma explora a sua própria clientela, a outra o restante da população. Se algumas pessoas ainda acreditam que esta última hipótese é a menos indecente Toda a militância esquerdistornaria imediatamente alvo de dis- oposição dialética, a organização das duas, isso só se explica pelo ta, sem exceção, compõe-se de cussão, perdendo o prestígio do estrita dos meios e a disciplina rí- coeficiente de estupidez que adquatro tipos de pessoas: vimistério, fonte da sua autorida- gida do corpo de agentes. Quanto quiriram no curso da sua própria garistas, otários, vigarismenos a militância sabe para onde formação universitária. de sacral. A honrosa folha de realizações tas que estão se tornando O objetivo permanece vai, mais se apega à certeza preotários sem largar da indefinido não somente sente das tarefas e da solidarieda- de umas poucas escolas técnicas vigarice e otários que quanto à sua consistên- de grupal. Todos se dedicam com e científicas, especialmente miliestão se transmutancia, mas também, é cla- maior intensidade quanto menos tares, nada prova contra o que esdo em vigaristas sem ro, quanto à sua data. sabem a que raio de coisa estão afi- tou dizendo. Exatamente ao indeixar de ser otários. Mas não se trata apenas nal se dedicando. Tão frágil é o verso: a desproporção entre esOs dois extremos são da natural incerteza equilíbrio entre esses extremos, sas ilhotas de sinceridade e o mar raros, são na verdade do futuro. É antes uma que qualquer intromissão da rea- de fingimento que as cerca é tanpuros tipos ideais webeincerteza dupla e re- lidade externa, qualquer adversi- ta, que o sucesso da parte só torrianos que não existem troativa. Quando, por dade, por mais passageira e fátua na ainda mais deprimente o frana realidade: a população exemplo, se instaura que seja, desperta imediatamente casso do todo. Alguns de meus alunos, recoesquerdista efetiva comum regime socialista na o pânico, o horror, a revolta paropõe-se de vigaristas otários e Rússia ou em Cuba, to- xística contra a abolição do senti- nhecendo esse estado de coisas, otários vigaristas, num perpéda a militância univer- do do enredo. Nenhuma exclama- não ousam porém admitir que tutuo intercâmbio de posições. O sal proclama o advento ção, nenhuma hipérbole, nenhu- do está perdido. Acreditam que sr. Palocci, que não era muito otávitorioso do socialismo. ma fantasia paranóica, nenhuma vale a pena submeter-se ao massario, entrou em transição quando Mas, como esses regi- calúnua aberrante deve então ser cre das suas inteligências durante começou a freqüentar a casa da poupada no esforço de exorcizar o alguns anos em troca de um emsra. Jeanne Mary Corner. O sr. Luperigo. A segurança psicológica da prego universitário que lhes perla, que não era muito vigarista, comunidade é tudo. Em sua defesa, mitirá, mais tarde, atuar dentro do progrediu depressa. qualquer coisa que se diga contra o próprio ventre do monstro e tentar reconduzi-lo a um comportaTanto faz, sob esse aspecto, o nímento decente. Assim, depois de alguns anos nos meus cursos, onde aprendem o que ninguém lhes ensinou nas instituições universitárias, voltam a alguma faculdade na esperança de que a educação que adquiriram comigo lhes dará forças para sair ilesos da freqüentação diuturna desses templos da estupidez, ao ponto de um dia poderem lutar aí dentro por um ensino autêntico e um Brasil melhor. Estão iludidos. Nem eu mesmo sobreviveria a essa experiência. Entrar numa dessas instituições com o intuito de transformá-la numa universidade genuína é o mesmo que entrar numa jaula de leões na esperança de convertê-los ao vegetarianismo. 'Mentir em prol da Toda a militância O sr. Palocci, que A universidade brasiToda ideolo verdade', dizia esquerdista, sem não era muito leira não pode ser meg identi revolucion ia lhorada. Ela deve ser Brecht, é o dever exceção, compõe-se de otário, entrou em ária fic abandonada, desprezacom o a o bem fundamental do militante quatro tipos: vigaristas, transição quando futuro da, esquecida. A quase to, c om um comunista. Com igual boa otários, vigaristas que começou a talidade da produção intev a g o de ple consciência funcionários estão se tornando otários freqüentar a casa nitud estado lectual mais alta neste país já ea ser at vem de fora dessa instuituida KGB apagavam os sem largar da vigarice e da sra. Jeanne Mary ingido e m ção presunçosa, dispendiosa e d ata trechos inconvenientes da otários que estão se Corner. O sr. Lula, por m incerta inútil. Em filosofia isso é ainda memória coletiva das transmutando em que não era muito ei mais visível do que em outros muito os não enciclopédias e vigaristas sem deixar de vigarista, progrediu bem ramos da atividade intelectual. esclar ecido dicionários ser otários. depressa. Mário Ferreira dos Santos, Vicens. te Ferreira da Silva, Vilém Flusser e o próprio Miguel Reale, malgrado seu cargo na Faculdade de Divel cultural do cidadão. Safadeza mais definha, menos o cidadão se mes só podem subsistir na base da atacante é válida. reito, jamais foram aceitos pelo ese idiotice em doses iguais às de um dá conta da sua falta? violência e do crime e isso pega Como a raiz da segurança consiste Lula ou de um Palocci observamO fato de que o artigo dessa du- muito mal, é preciso proclamar em continuar acreditando no enre- tablishment acadêmico que, ao se nos mais sofisticados intelec- pla de idiotas saia no Monde e na Fo- também que esse vexame só acon- do, a mentira empregada para res- mesmo tempo, admitia sua impotuais esquerdistas, como os srs. lha é aliás muito natural, já que a no- tece porque ainda não se trata de taurá-la vale como símbolo da "ver- tência de criar um só filósofo que Michel Guerrin e Jacques Mandel- ção de veracidade que eles enun- verdadeiros regimes socialistas. dade". É por isso que o esquerdista fosse. Mas nos estudos literários é baum. Quando Roberto Campos ciam é a expressão literal do concei- Deste modo, a chegada do socia- "mente em prol da verdade": quan- a mesma coisa. A crítica literária dizia não haver esquerdista que to de jornalismo que ali se pratica. lismo não somente é incerta no fu- to mais cabeluda a mentira, maior a brasileira definhou, secou e morfosse ao mesmo tempo inteligente MEIOS E FINS turo, como também no passado. prova de fidelidade na defesa do reu sem deixar herdeiros a partir e honesto, ele ainda tinha a espeUma ideologia revolucionária Não sabemos quando ele chegará, enredo. Daí o sentimento de perso- do instante em que a presunção rança de que alguns conseguis- não é uma teoria sobre a realidade, mas, quando chega, também não nificar a verdade em pleno paroxis- universitária houve por bem apropriar-se dela, gabando-se de sem ter uma dessas duas qualida- muito menos um plano de ação. É podemos saber se chegou. mo da mentira. substituir o império da ciência ao des separadamente. Mas malícia um enredo ficcional, uma história Por essas razões é que, quando CONTRA A UNIVERSIDADE não é inteligência, e sonsice não é imaginária da qual o adepto, mili- o sr. Luís Inácio confessa a seus Obviamente um dos fatores reino do "amadorismo". Nas ciências sociais, a marginahonestidade. Cabeça de esquer- tante ou crente tenta acreditar que companheiros do Foro de São que mais contribuem para idiotidista é isso: ser esperto na fraude e está participando, e cuja unidade Paulo: "Não sabemos como é o so- zar as pessoas a esse ponto é a for- lização de talentos fulgurantes cocretino na ilusão de probidade. aparente dá um simulacro de coe- cialismo que buscamos", ninguém mação universitária que recebem. mo Gilberto Freyre, Oliveira VianOs srs. Guerrin e Mandelbaum rência e de sentido à sua vida dis- dentre eles o chama de irresponsá- No Brasil, isso chega a uma perfei- na e Guerreiro Ramos já basta para não têm, é claro, a menor noção de persa e fragmentária. vel por convocá-los a uma viagem ção raramente igualada. Com mostrar que a universidade brasique seu conceito de honestidade Toda ideologia revolucionária com destino ignorado. O indefini- trinta anos de experiência na dire- leira já fez há tempos a opção preartística é apenas um sintoma psi- identifica o bem com o futuro, com do não pode ser contestado, e atrai ção de grupos de estudo de filoso- ferencial pelos medíocres e lesacótico. Estão de tal modo imbuí- um vago estado de plenitude a ser ainda sobre o portador da mensa- fia, com incursões ocasionais em dos, que por força da sua própria dos do sentimento de ser pensa- atingido em data incerta por meios gem uma aura encantadora de instituições universitárias onde inépcia cedem mais facilmente à dores sublimes, que não enxer- não muito bem esclarecidos. A in- modéstia e realismo. O guia é con- meus alunos não encontraram a chantagem dos superiores e à grigam a estupidez maciça do que di- definição nebulosa da imagem vi- fiável precisamente porque não educação que desejavam e de on- taria da massa militante. Está na hora de fazer com que a z e m . O p ú b l i c o d e p s e u d o - sada não perturba em nada a cons- sabe para onde leva a caravana e de por isso mesmo saíram e vieintelectuais pedantes que se delei- ciência do crente. Ao contrário, é es- porque nem mesmo pretende ter a ram parar nos meus cursos, posso independência da vida do espírito ta com as seções inculturais da Fo- sencial à eficácia persuasiva do dis- menor idéia a respeito. lhes assegurar que a universidade em relação ao estamento burocrálha embarca na canoa deles, sen- curso ideológico. Se o futuro que se A indefinição dos fins não espa- brasileira na sua quase totalidade tico universitário, já longamente tindo-se inteligentíssimo. Estão busca fosse objeto de definição ra- lha entre os fiéis nenhuma insegu- é hoje uma entidade inútil e lesiva praticada entre nós, seja assumida vendo como a inteligência, quanto cional e descrição meticulosa, se rança porque lhe corresponde, em ao interesse público, dedicada à publicamente, ostentada como um orgulho e legitimada como um direito fundamental, do qual depende a própria sobrevivência ajuda do MI-5 e do Mossad, Rumsfeld, aquele sacana. da cultura brasileira. matamos um dos infelizes. Novos homicídios INOCÊNCIA Entre outras informações aguardam-se a qualquer rês jornalistas inglesa, eu, o Reinaldo A sra. Heloísa Helena anda dimomento, em edição brasileiros que vivem Azevedo, o Diogo Mainardi, preciosas postas em zendo que não tem nada a ver com circulação pelos três extraordinária. em Londres, Chico o Ricardo Noblat, o Cláudio o sr. Achille Lollo, que mal conheanjinhos, descubro que a Enfim, um rolo dos Nader, Morgana White e Humberto, a Lilian Witte ce o cidadão, que só teve contato vítima fatal da nossa demônios. E vocês ficam aí, Alberto Salvador, do site do Fibe, o Merval Pereira e com ele uma vez na vida, numa trama foi o eletricista Jean de braços cruzados, sem CMI, Centro de Mídia mais uns quantos, para entrevista. Que gracinha. Ela é tão Charles de Menezes, mover uma palha em Independente (o mesmo derrubar o governo Lula e, inocente que nem lê os jornais do aquele que a polícia baleou defesa dos coitadinhos. que divulgava convocações de quebra, infernizar a vida seu próprio partido, onde o terropor engano no metrô de Quanta frieza! Quanta ao meu assassinato), desses seus gentis rista italiano, membro do grupo Londres. Na verdade ele indiferença! Quanta informam a um estupefato servidores londrinos. Já Praxis, brilha como uma das glómaldade! Se vocês mundo que uma violamos a correspondência era um agente lulista rias intelectuais da organização. disfarçado, e foi morto não continuarem assim, não conspiração foi urdida entre deles, grampeamos seus Dona Heloísa detesta o Lula, mas por acidente, mas sim por vão ganhar sorvete de os serviços secretos computadores, invadimos aprendeu bem depressa o refrão ordem do sr. Donald sobremesa. americanos, a polícia seu escritório e até, com a dele: "Eu não sabia de nada."

Cabeça de esquerdista

Apelo humanitário

T


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Passe Livre Copa do Brasil Carioca Gaúcho

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 10 de abril de 2006

BOTAFOGO CAMPEÃO: 3 A 1 NO MADUREIRA

PÁGINA VIRADA Niels Andreas/AE

Robson Fernandjes/AE

P

ara Palmeiras e Corinthians o Campeonato Paulista também terminou somente ontem. No entanto, já é uma página virada para ambos há algumas rodadas. Enquanto Santos e São Paulo ainda disputavam o título, a dupla entrou em campo sem motivação, mais preocupada com os futuros compromissos pela Libertadores, a competição que restou antes do início do Campeonato Brasileiro. O Palmeiras cumpriu bem o último (e frustrante) papel que lhe restava em um campeonato que não vence já há dez anos e que chegou a liderar durante um bom número de rodadas. Com os 3 a 1 sobre o Santo André, fora de casa, e a vitória do Juventus sobre o Noroeste, ter-

O campeão

D Palmeiras (3º colocado) faz 3 a 1 no Santo André

minou em terceiro, com 36 pontos. Diego Padilha, aos 39 minutos do primeiro tempo, fez 1 a 0 para o Santo André, mas Marcinho Guerreiro, aos 2, Marcinho, aos 10, e Enílton, aos 46 do segundo, viraram para o Palmeiras. “Foi uma vi-

Corinthians (6º) empata com o Paulista: 2 a 2

tória para nós, jogadores”, disse Marcinho. O Corinthians ainda poderia terminar em quinto, à frente do São Caetano, mas, jogando outra vez com os reservas, não foi além de um empate em 2 a 2 com o Paulista no Pacaem-

bu. O adversário fez 1 a 0 com Nivaldo, logo a 10 segundos de jogo. Akai empatou para o Corinthians aos 43 mas Neto Baiano fez Paulista 2 a 1 aos 44 do primeiro. No segundo tempo, logo a 2 minutos, Élton voltou a empatar.

Graças a um gol no Beira-Rio

U

Jefferson Bernardes/AE

Depois do 0 a 0 no Olímpico, Grêmio empata por 1 a 1 com o Inter no campo do rival e conquista o Gaúcho

do pelo artilheiro Fernandão em um chute cruzado. Para o Grêmio, que tinha o empate a partir de um gol ou a vitória para conquistar o título, restava ir ao ataque.

Pedro Júnior, aos 33 minutos, deu o golpe fatal no Inter: aproveitou uma cobrança de falta de Marcelo Costa e, de cabeça, se antecipou à zaga para desviar a bola para o canto es-

querdo de Clemer, que saía do gol. Embora mantenha a invencibilidade de 28 jogos em seu estádio, o Inter não conseguiu marcar mais gols e acabou perdendo o título.

RIO DE JANEIRO

A taça, nove anos depois

N

o ano do centenário do Campeonato Carioca (disputado pela primeira vez em 1906), o Botafogo volta a ser campeão depois de nove anos. O Alvinegro venceu o Madureira, ontem, no Maracanã, por 3 a 1, em uma partida que poderia ter perdido pela diferença de até um gol para ainda assim ficar com o título que não era seu desde 1997. A vantagem foi conquistada no domingo anterior, com a vitória por 2 a 0 no primeiro jogo da decisão entre as duas equipes. Aos 18 minutos do primeiro tempo, o atacante Dodô abriu o caminho da vitória com um chute de longa distância. No segundo tempo, Dodô voltou a marcar aos 3 minutos. Foi o seu nono gol na competição, conquistando a artilharia isolada do Carioca de 2006. Em uma jogada individual, o atacante Fábio Júnior fez o único gol do Madureira, aos 12 minutos. Em um contra-ata-

Fábio Motta/AE

Após a vitória por 3 a 1 que garantiu ao Botafogo seu 18º título de campeão carioca, o atacante Dodô e o zagueiro Scheidt beijam o troféu, que o clube de General Severiano não levava para sua sede desde 1997

que, Reinaldo recebeu a bola e tocou na saída do goleiro Renan, aos 36 minutos, ampliando a vantagem alvinegra. “Muita gente fala que o Campeonato Carioca acabou,

PARANÁ

Paraná Clube ganhou ontem o Campeonato Paranaense ao empatar por 1 a 1 com a Adap, no Estádio Pinheirão, em Curitiba. Na primeira partida, realizada no final de semana anterior, em Maringá, o Paraná havia vencido por 3 a 0, o que lhe dava a vantagem de poder perder por

mas todo mundo quer vencêlo”, desabafou, no vestiário, o zagueiro e capitão Scheidt, que ainda destacou o “brilhantismo” da conquista. “Tive um início muito difícil. Cheguei

aqui como o quinto goleiro até que o Acácio (treinador de goleiros) me deu uma oportunidade e não larguei mais”, comentava o goleiro Lopes, titular no final da campanha.

OUTROS ESTADOS

Empate dá título ao Paraná

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paSse livre Roberto Benevides

RIO GRANDE DO SUL

m gol marcado na casa do adversário. Foi por esse critério que o Grêmio reconquistou ontem o título de campeão gaúcho, após quatro anos de domínio do Internacional, tetracampeão do Estado entre 2002 e 2005. Na primeira partida das finais entre os dois tradicionais rivais, que voltavam a decidir o título de campeão gaúcho entre si após sete anos, realizada no Estádio Olímpico, do Grêmio, no sábado retrasado, houve empate em 0 a 0. Com o resultado, o Internacional recebeu o adversário em seu estádio, o Beira-Rio, ontem, precisando vencer para ser campeão. Em caso de nova igualdade em 0 a 0 a decisão iria para os pênaltis. Ao Grêmio, bastava uma nova igualdade, desde que marcando gols na casa do rival. O Internacional ia conquistando o pentacampeonato desde os 13 minutos do segundo tempo, com um gol marca-

Seria burrice se jogássemos de igual para igual. Gostamos do empate.” Mano Menezes, técnico campeão gaúcho pelo Grêmio

até dois gols de diferença na partida de ontem. Warllei, aos 12 minutos do segundo tempo, abriu a contagem para a Adap. Marcelinho, aos 19, empatou para o Paraná, devolvendo ao clube um título que não era seu desde 1997, ano em que foi pentacampeão estadual.

Mais 7 campeões pelo Brasil

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Vitória fez 3 a 1 no Estrela e reconquistou o Capixaba, após 29 anos. Em Florianópolis, o Figueirense derrotou o Joinville (3 a 0) e reconquistou o Catarinense. Em Goiânia, o Goiás ficou com a taça ao vencer o Atlético por 1 a 0. O Sport perdeu para o Santa Cruz por 1 a 0, mas, nos pênaltis, fez 5 a 4 e

foi campeão pernambucano. Em Fortaleza, o Ceará fez 1 a 0 no Fortaleza e foi campeão. No Pará, o Paysandu perdeu por 2 a 1 para o Ananindeua, mas conquistou o título nos pênaltis (4 a 1). No Rio Grande do Norte, o Baraúnas perdeu por 3 a 1 para o Potiguar, mas ainda assim foi campeão.

esde 1965 a Vila Belmiro não via festa igual: o Santos é o novo campeão paulista. Naqueles tempos de Dorval, Mengálvio, Toninho, Pelé, Pepe e sucessores nem sempre tão ilustres, mesmo longe da Vila, o Santos ganhava um título paulista depois do outro. Foi tri em 67, 68, 69, novamente campeão em 73 e em 78. Daí em diante, entrou em compasso de espera: ganhou o caneco em 84 e nunca mais. O jejum acabou- o que os santistas deverão, para sempre, a Vanderlei Luxemburgo. O Santos mereceu o título? Por certo. Afinal, fez mais pontos do que todos os adversários. Isso é matemático. Outra coisa é a qualidade do futebol mostrado pela equipe ao longo do Paulistão. Este Santos jamais chegou a empolgar seus torcedores. Fez a obrigação, nada mais. O São Paulo, vice, e o Corinthians, sexto colocado, são times tecnicamente superiores ao do Santos. Talvez o Palmeiras lhe seja, no mínimo, equivalente. Que diferença, então, fez o campeão paulista? O trabalho consciente de Luxemburgo, que foi armando a equipe durante a competição sem se descuidar jamais de lhe cobrar resultados imediatos. Luxemburgo tem um currículo de sucessivas conquistas no comando de equipes de variada qualidade técnica e, em todas, deixou como marca o futebol ofensivo. Este campeão que chegou à última rodada do Paulistão precisando apenas de uma vitória, em casa, sobre a Lusa - e a abateu tranqüilamente por 2 a 0 - inverte a lógica de outros Santos e de outros times de Luxemburgo. Concentra a maior força na defesa. Não são poucos os santistas que ainda choram de saudade dos tempos recentes em que Robinho e Diego davam o tom de toda a banda. Choravam, talvez seja mais acertado dizer, agora que se encerrou o jejum de 21 anos. O Santos - parece heresia! - fez menos gols do que o São Paulo, o Corinthians, o Palmeiras, o Noroeste e o Rio Branco. E - surpresa! - teve a defesa menos vazada do campeonato. Ganhou mais do que todos, porém - 14 vezes, cinco por 1 a 0. E isso é o que conta num campeonato de pontos corridos. Luxemburgo sabe disso há séculos e, desde o começo do Paulistão, jogou pragmaticamente o Santos nesta trilha. É o grande campeão.

BOLA EM JOGO

ENFIM

Aproveitando que a Lusa não lhe dava trabalho, Fábio Costa ficou acenando ao filho Fabinho, nos últimos minutos do jogo, para que descesse ao campo e pudesse acompanhar a entrega da taça. “Meu filho é a coisa mais importante da minha vida e eu dedico a ele mais esse título”, justificou.

Campeão pernambucano com o Náutico em 2001 e 2002, campeão gaúcho com o Inter em 2003 e 2005, campeão paulista com o São Caetano em 2004, finalmente Muricy Ramalho perdeu a primeira decisão estadual neste milênio e é apenas vice paulista com o São Paulo.

SONHO Luxemburgo disse, depois da decisão, que o seu sonho agora é levar o Santos à conquista da Libertadores título que, aliás, ele também não tem.

QUASE NU No fim de São Paulo 2 x 0 Ituano, em Mogi, a torcida invadiu o gramado do Estádio João Paulo II e deixou o garoto Tiago apenas de sunga. Assustado, o artilheiro tricolor não resistiu: “Deixei levarem tudo para não ter maiores problemas”.

EM DOBRO Mesmo não tendo atuado nas últimas três rodadas, o corintiano Nilmar foi o artilheiro do Paulistão, com 18 gols, quase o dobro dos dez marcados pelo tricolor Tiago.

INÉDITO O Guarani é o primeiro campeão brasileiro rebaixado para a Segunda Divisão de um campeonato estadual.

COMEÇO DO FIM A Portuguesa pode até voltar à Primeira Divisão do Campeonato Paulista, mas não mais alimenta sonhos de grandeza. Vai tratar agora de sobreviver na Segundona do Campeonato Brasileiro.

*Com Agência Estado e Reuters

COPA DO BRASIL

Começam as oitavas-de-final

C

om os jogos do último meio de semana (e também do sábado, em que o Vasco goleou o Iraty-PR, em São Januário, por 5 a 1), foram definidos os últimos classificados para as oitavas-de-final da Copa do Brasil. Santos e Guarani, as duas equipes paulistas que haviam garantido suas vagas por antecipação, entram em campo na quarta-feira em situações opostas. Em sua primeira partida após a conquista do título de campeão paulista de 2006, o Santos faz um jogo de festa para sua torcida, na Vila Belmiro, contra o Brasiliense, a partir das 21h45. Já o Guarani, um dos rebaixados no Campeonato Paulista, vai ao Maracanã enfrentar o Flamengo a par-

tir das 20h30. As partidas de volta estão marcadas para a quarta-feira seguinte, 19 de abril, no Estádio Brinco de Ouro da Princesa, em Campinas, e na Boca do Jacaré, em Taguatinga (DF). ÚLTIMOS RESULTADOS (no destaque, os classificados): 5/4 Flamengo-RJ 4 x 0 ABC-RN; Fortaleza-CE 3 x 1 Ceilândia-DF; Atlético-PR 0 x 0 Volta Redonda-RJ; Paysandu-PA 1 x 0 Vila Nova-GO. 8/4 - Vasco-RJ 5 x 1 Iraty-PR PRÓXIMOS JOGOS: 12/4 Flamengo-RJ x Guarani-SP; Volta Redonda-RJ x 15 de Novembro-RS; Atlético-MG x Fortaleza-CE; Ipatinga-MG x Náutico-PE; SantosSP x Brasiliense-DF; Criciúma-SC x Vasco-RJ; Vila Nova-GO x Fluminense-RJ; Vitória-BA x Cruzeiro-MG.


Ano 81 - Nº 22.104

São Paulo, segunda-feira 10 de abril de 2006

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Edição concluída às 23h45

w w w. d co m e rc i o. co m . b r

BASTOS QUER FALAR HOJE

Preço da corrupção: R$ 10 bi

O ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos vai ser o seu próprio advogado de defesa: ele dará uma entrevista à imprensa, hoje, se não puder falar ao Congresso antes da Semana Santa, como tinha marcado. O que precipitou Bastos foi a revelação, pela Veja, de que ele ajudou a armar a defesa de Palocci. A oposição acha que o ministro quer "bancar o democrata" e neutralizar o desgaste. Página 3

Paraíso fiscal à vista

A sociedade precisa exigir transparência do poder. Guilherme Afif Domingos, presidente da ACSP, em Economia/1

Gastança já começou Leia artigo na página 10

A idéia vem dos EUA: empresa propõe alugar cabines de navio para escapar à tributação. O Fisco brasileiro, em Brasília, já disse que por aqui aqui isso é impossível. Eco/ 1

Que remédio! Arte de Jair Soares com foto Radiobras

Feira da Saúde mostra tributos embutidos: indignação! Eco/1

SANTOS

Ari Ferreira/Lancepress

Irregularidades no setor público consomem R$ 9,68 bilhões do PIB brasileiro. É quase a metade dos R$ 20 bilhões que representam o total de investimentos previstos no Orçamento federal de 2006. Pág. 5

Marcelo Min/AFG

Uma visita às empresas familiares Nem sempre é assim: "Pai rico, filho nobre, neto pobre". Entre os exemplos que o desmentem, o da foto ao lado de 3 gerações no Santa Luzia. Eco/6 e 7 HOJE Nublado com chuva. Máxima 27º C. Mínima 19º C.

AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 28º C. Mínima 18º C.

Bateu a Lusa e fez a Vila virar festa (foto). É campeão paulista, depois de 21 anos. Valeram a liderança de Luxemburgo, a garra, e saber ganhar sempre que foi preciso.

DC Esportes


DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 10 de abril de 2006

1 É um absurdo saber que pagamos tantos tributos sobre analgésicos e antiinflamatórios. Neusa Camargo Tiete

DE OLHO NO IMPOSTO

SURPRESA E INDIGNAÇÃO COM FARDO NA SAÚDE Visitantes da Feira da Saúde e Cidadania ficaram impressionados com os tributos embutidos em produtos de higiene pessoal, remédios e equipamentos médios

A

alta incidência de impostos em medicamentos e produtos de higiene pessoal causou indignação nas pessoas que visitaram a Feira da Saúde e Cidadania, no Pátio do Colégio, no Centro de São Paulo, nos seus dois dias de funcionamento. Mais do que orientar a população sobre a importância de cuidados básicos de saúde, a feira, organizada pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), mostrou, através do Feirão do Imposto, o peso dos tributos em produtos essenciais à população. A aposentada Neusa Camargo Tiete, de 52 anos, se assustou ao saber que, em um remédio como Cataflan ou Tylenol, ela paga 36% do valor em impostos. "É um absurdo saber que pagamos tantos tributos, ainda mais sobre analgésicos para dor de cabeça e antiinflamatórios que usamos com freqüência. Ninguém compra remédios porque quer, mas por necessidade", afirmou. Já a dona de casa Emília Cristina Sousa Lima, 32 anos, ficou

Fotos: Milton Mansilha/LUZ

impressionada com os 35,2% do preço de uma pasta de dentes que vão para tributos. "Como o governo quer combater os problemas de higiene bucal da população se não dá condições para que se compre ao menos pasta de dentes sem tanto imposto? É um contra-senso." A auxiliar de serviços administrativos Ana Cristina Correia, de 39 anos, criticou a falta de contrapartida do governo. "Sabia que pagávamos impostos, mas não imaginava que fosse tanto. O pior é saber que nossos governantes só pensam em seu bem-estar e nada dão em troca pelo que pagamos em saúde, educação e qualidade de vida", afirmou. Campanha – A maioria das pessoas que passaram pelo Feirão do Imposto aproveitou para aderir à campanha De Olho no Imposto, que tem o objetivo de recolher 1,5 milhão de assinaturas para enviar um projeto de lei popular ao Congresso, pedindo a discriminação da carga tributária na nota fiscal de produtos e serviços. "Todo mundo precisa se unir

para conseguir um retorno do governo por tudo o que paga", disse a dona de casa Delfina Alves Guariglia, de 63 anos. O casal Jacob Werepe e Emilia Braga, ambos de 80 anos, também deu sua contribuição. "O que é feito do nosso dinheiro?", questionou Werepe. Outra que fez questão de assinar o documento foi a aposentada Mutsuko Myanishi, de 65 anos. "Precisamos saber o quanto pagamos para poder exigir." Atendimentos –Segundo o médico da ACSP, Antonio Moreno, entre sexta-feira e sábado, a Feira da Saúde realizou 14,5 mil atendimentos, entre exames de glicemia, colesterol e pressão arterial, avaliação postural, fonoaudiológica e de osteoporose, além de esclarecimentos sobre nutrição, genéricos e terapias alternativas. O evento terminou com a sensação de dever cumprido. "Conseguimos ampliar os serviços prestados e as atrações também", disse o assessor especial da presidência da ACSP, Gaetano Brancati Luigi.

Ao mesmo tempo em que checavam como estava a saúde e recebiam orientações, visitantes do evento puderam conferir o peso dos tributos no setor. Muitos, como Ana Cristina Correia (abaixo), aderiram imediatamente ao De Olho no Imposto.

Márcia Rodrigues

Navegando contra os tributos Divulgação

J

á imaginou sair cedo para trabalhar num navio e no final do dia voltar para casa? E, melhor, fugir do fisco? A idéia pode parecer estapafúrdia, mas não é. Nos Estados Unidos, na costa de Los Angeles, a empresa Sea Code pretende lançar um navio e alugar suas 600 cabines para quem quiser trabalhar al mare sem pagar imposto – a embarcação ficará parada a 3,1 milhas marítimas da costa, em águas internacionais. O Diário do Comércio ligou para a Receita Federal, em Brasília, para perguntar se isso também poderia ser feito no País. "Se está dentro dos limites do Brasil, a gente cobra imposto", disse uma assessora. E quais são os limites do Brasil? "Aí, eu já não sei." O navio deveria respeitar o limite das 12 milhas do mar territorial, as 24 milhas da zona contígua ou as 200 milhas da zona econômica exclusiva? "Ai, que pergunta difícil", reclamou a moça, que pediu para não se identificar. Na área de zona econômica exclusiva, qualquer Estado goza do direito de navegação e sobrevôo cabendo-lhe ainda a liberdade de instalação de cabos e dutos submarinos. "A responsável pela área aduaneira, que trata de comércio exterior, falou que existem várias formas de isenções ou de cobrança de impostos. É tudo muito relativo", afirmou, mais tarde, por e-mail, a funcionária. Pela Lei nº 8.617, de 4 de ja-

Idéia americana: alugar cabines de navio como o da foto para escapar da tributação

neiro de 1993, o mar territorial brasileiro compreende uma faixa de 12 milhas marítimas de largura. Ou seja, o escritório estaria a apenas 21 quilômetros de distância da costa, aproximadamente. E o transporte poderia ser feito por táxi náutico ou helicóptero. Idéia – Nos Estados Unidos, a notícia de que a empresa Sea Code deseja lançar o projeto Hybrid-Sourcing (fonte híbrida) virou notícia. Jornais, revistas e blogs, de Nova York a Seattle, repercutiram a idéia de David Cook e Roger Green. Muitos criticaram porque a idéia inicial era colocar no navio trabalhadores estrangeiros e pagar a eles 1/3 do salário pago a um norte-americano. Ao invés de transferir a produção para a fronteira com o México ou para a China, produz-se num navio, sem nenhum tipo de regulamentação nacional, pois estará em águas internacionais. "Não bastava vir gente de fora tomar nossos empregos, agora vão se instalar num navio para não pagar

imposto", esperneou um blog. "Trabalhadores estrangeiros num navio perto de você", ironizou outro. Em tom mais sério e sem ranço de xenofobia, um veterano colunista de tecnologia chamou a embarcação de "navio-escravo". Mas teve gente que achou a idéia ótima, como o professor Omar El Sawi, da Universidade da Califórnia. "Se der certo, vai ser a maior zona livre de comércio." No site (www.seacode.com), a empresa agora diz que o projeto é para devolver aos americanos empregos que já eram deles. A tripulação do polêmico navio americano é de 300 pessoas. David Cook e Roger Green não revelam o custo do projeto nem a identidade dos investidores, apenas que serão gastos entre US$ 10 e US$ 30 milhões. "Acho estranha a idéia de empresa apátrida, que não seria tributada em nenhuma parte do mundo", comentou o advogado tributarista Jorge Henrique Zaninetti. Kety Shapazian

Emiliano Capozoli/LUZ

Guilherme Afif alertou sobre as oportunidades que o País está perdendo, durante Congresso da Anefac

Setor público deve prestar contas do que faz com a arrecadação

N

ão adianta apenas haver transparência no setor privado, sem igual transparência no setor público. "Por isso a sociedade precisa exigir transparência do poder; transparência desse sistema tributário que foi feito para errar e arrecadar cobrando multas", disse Guilherme Afif Domingos, presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) em dois momentos, na semana passada. No 8º Congresso da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), na sexta-feira, em Mogi das Cruzes, Afif lembrou que o sistema tributário garantiu uma arrecadação de R$ 731 bilhões em 2005, sem dar o retorno devido à sociedade em serviços

públicos de qualidade. "Por isso a carga tributária continua impedindo o desenvolvimento dos cidadãos, das empresas e de todo o País", disse. Afif acrescentou que "o alarde atual sobre o desenvolvimento do Brasil é falso, pois estamos perdendo as oportunidades que o crescimento mundial está nos oferecendo". Ele apresentou aos participantes do evento uma alternativa de mudança. Pediu o engajamento de todos na campanha De Olho no Imposto, que busca arrecadar 1,5 milhão de assinaturas para enviar um projeto de lei ao Congresso Nacional, pedindo a regulamentação do artigo 5º do parágrafo 150 da Constituição Federal, que obriga a discriminar na nota ou cupom fiscal a carga tributária paga pelo

consumidor na compra de todos os produtos e serviços. O desafio foi aceito e, imediatamente, mais de uma centena de executivos assinaram a lista e se comprometeram a arrecadar outras adesões nos seus locais de trabalho. Na noite de quinta-feira, ao falar no seminário nacional sobre o equilíbrio da relação fisco-contribuinte, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Guilherme Afif elogiou a iniciativa do senador Jorge Borhnausen (PFL) – autor do projeto de lei do Código de Defesa do Contribuinte – de estar trabalhando junto com o Sindicato Nacional dos Técnicos da Receita Federal (Sindireceita), promotor do evento, para aprovação do Código no Senado. Sergio Leopoldo Rodrigues


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.ECONOMIA/LEGAIS

segunda-feira, 10 de abril de 2006

AVISOS DE LICITAÇÕES PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARATINGUETÁ/SP

Aviso de Abertura de Licitação Processo: Pregão Eletrônico nº 031/06 A Prefeitura Municipal de Guaratinguetá, informa que este Pregão será realizado por meio de sistema eletrônico, pela internet. Objeto: Aquisição de gaze, compressa de gaze e papel kfrat. Endereço Eletrônico do Pregão: www.caixa.gov.br, no menu principal portal de compras CAIXA, na opção outros compradores - pregão eletrônico. Data de Credenciamento para o Pregão: até às 23:59 horas do dia 26/04/2006. Data e Horário do Recebimento das Propostas: até às 12:00 horas do dia 02/05/2006. Data e Horário do Recebimento dos Lances: das 14:00 horas às 16:00 horas do dia 02/05/2006. Disponibilização do edital e informações no endereço web www.caixa.gov.br, no menu principal portal de compras CAIXA, na opção outros compradores - pregão eletrônico, no item Editais.

PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARATINGUETÁ/SP

Aviso de Abertura de Licitação Processo: Pregão Eletrônico nº 030/06 A Prefeitura Municipal de Guaratinguetá, informa que este Pregão será realizado por meio de sistema eletrônico, pela internet. Objeto: Aquisição de clips galvanizado, fita dupla face, cartolina, papéis variados e tinta aquarela em bisnaga. Endereço Eletrônico do Pregão: www.caixa.gov.br, no menu principal portal de compras CAIXA, na opção outros compradores - pregão eletrônico. Data de Credenciamento para o Pregão: até às 23:59 horas do dia 25/04/2006. Data e Horário do Recebimento das Propostas: até às 10:00 horas do dia 28/04/2006. Data e Horário do Recebimento dos Lances: das 15:30 horas às 16:30 horas do dia 28/04/2006. Disponibilização do edital e informações no endereço web www.caixa.gov.br, no menu principal portal de compras CAIXA, na opção outros compradores pregão eletrônico, no item Editais.

PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARATINGUETÁ/SP

Aviso de Abertura de Licitação Processo: Pregão Eletrônico nº 032/06 A Prefeitura Municipal de Guaratinguetá, informa que este Pregão será realizado por meio de sistema eletrônico, pela internet. Objeto: Aquisição de tubos de concreto. Endereço Eletrônico do Pregão: www.caixa.gov.br, no menu principal portal de compras CAIXA, na opção outros compradores - pregão eletrônico. Data de Credenciamento para o Pregão: até às 23:59 horas do dia 25/04/2006. Data e Horário do Recebimento das Propostas: até às 09:00 horas do dia 28/04/2006. Data e Horário do Recebimento dos Lances: das 10:00 horas às 11:30 horas do dia 28/04/2006. Disponibilização do edital e informações no endereço web www.caixa.gov.br, no menu principal portal de compras CAIXA, na opção outros compradores - pregão eletrônico, no item Editais.

PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARATINGUETÁ/SP

Aviso de Abertura de Licitação Processo: Pregão Eletrônico nº 034/06 A Prefeitura Municipal de Guaratinguetá, informa que este Pregão será realizado por meio de sistema eletrônico, pela internet. Objeto: Aquisição e instalação de ar-condicionado.Endereço Eletrônico do Pregão: www.caixa.gov.br, no menu principal portal de compras CAIXA, na opção outros compradores - pregão eletrônico. Data de Credenciamento para o Pregão: até às 23:59 horas do dia 03/05/2006. Data e Horário do Recebimento das Propostas: até às 10:00 horas do dia 08/05/2006. Data e Horário do Recebimento dos Lances: das 12:00 horas às 14:00 horas do dia 08/05/2006. Disponibilização do edital e informações no endereço web www.caixa.gov.br, no menu principal portal de compras CAIXA, na opção outros compradores - pregão eletrônico, no item Editais.

PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARATINGUETÁ/SP

Aviso de Abertura de Licitação Processo: Pregão Eletrônico nº 033/06 A Prefeitura Municipal de Guaratinguetá, informa que este Pregão será realizado por meio de sistema eletrônico, pela internet. Objeto: Aquisição de móveis e equipamentos para a Secretaria da Saúde. Endereço Eletrônico do Pregão: www.caixa.gov.br, no menu principal portal de compras CAIXA, na opção outros compradores - pregão eletrônico. Data de Credenciamento para o Pregão: até às 23:59 horas do dia 28/ 04/2006. Data e Horário do Recebimento das Propostas: até às 09:00 horas do dia 04/05/2006. Data e Horário do Recebimento dos Lances: das 11:00 horas às 13:00 horas do dia 04/05/2006. Disponibilização do edital e informações no endereço web www.caixa.gov.br, no menu principal portal de compras CAIXA, na opção outros compradores - pregão eletrônico, no item Editais.

DECLARAÇÃO DECLARAÇÃO A Empresa Sandra R. Ramos ME, estabelecida na R. Cantagalo, 2085 - Tatuapé - 03319-002 - SP - SP, IE nº 112.594.383.113, CNPJ nº 62.176.946/0001-60, declara para os devidos fins o extravio dos Talões de NF de Micro Empresa de nº 001 a 250; Livro Mod. 06 - Reg. Utilização de Doc. Fiscais e Termos de Ocorrência; Livro Mod. 1-A Reg. de Entradas; Mod. 2-A Reg. Saídas e Mod. 07 - Reg. Inventário. (6, 7 e 10/04/06)

CONVOCAÇÃO

ATAS

CONSTRUTORA TRIUNFO S/A.

COMUNICADOS

CNPJ/MF nº 77.955.532/0001-07 - NIRE nº 35.300.174.143 Ata da Assembléia Geral Extraordinária realizada em 15/12/2005 1) Data, Hora e Local: Aos 15 de dezembro de 2005, às 9:00 horas, na sede social da Sociedade, na Rua das Olimpíadas, 205, conj. 1403, Vila Olímpia, CEP 04551-000, em São Paulo-SP. 2) Convocação: Por prévio entendimento de todos os acionistas, vez que todos foram regular e tempestivamente convocados, dispensaram a publicação dos anúncios convocatórios estando assim regulares neste ato, com a aplicação subsidiária do disposto no artigo 124, § 4", da Lei nº 6.404/76. 3) Composição da Mesa: Escolhido à unanimidade dos presentes, assumiu a presidência desta reunião o Sr. Miguel Ferreira de Aguiar, que nomeou a mim, João Villar Garcia, para secretariá-lo. 4) Presenças: Reuniram-se todos os acionistas, representando a totalidade do capital social da Sociedade, conforme se constata pelas assinaturas lançadas no competente Livro de Presenças, arquivado na sede da Companhia. 5) Ordem do Dia: Análise e deliberação, nos termos do artigo 9º, alínea d, inciso VIII e demais dispositivos aplicáveis do Estatuto Social, sobre: (I) Aprovação da indicação da empresa Melloni & Associados Consultoria Empresarial S/C Ltda., inscrita no CNPJ nº 00.806.088/0001-32, para proceder avaliação de ativos representados por Acervos Técnicos e Atestados de Obras possuídos pela Companhia, a serem utilizados em cessão e transferência de ativos e incorporação no capital social da empresa TCE - Triunfo, Comércio e Engenharia Ltda. (CNPJ nº 76.436.146/0001-46) da qual a Construtora Triunfo S/A é sócia, sendo que a Melloni & Associados Consultoria Empresarial S/C Ltda. já vinha anteriormente desenvolvendo o referido trabalho pericial avaliatório. (II) Aprovação do laudo de avaliação de ativos elaborado pela empresa Melloni & Associados Consultoria Empresarial S/C Ltda. (III) Aprovação e autorização de cessão e transferência para a empresa TCE Triunfo, Comércio e Engenharia Ltda., dos seguintes bens e valores: (a) equipamentos diversos até atingirem o montante de R$ 12.246.000,00 e, por fim, (b) acervos técnicos e atestados de obras no valor total de R$ 4.513.000,00 e parte do quadro técnico de profissionais de nível superior, (c) Bens imóveis no montante de R$ 700.000,00. 6) Deliberações: Iniciados os trabalhos, após a análise e discussões, foi deliberado por unanimidade dos acionistas e autorizado ao Conselho de Administração e à Diretoria à prática e providências dos atos que se fizerem necessários, tudo encetando, realizando e assinando, para os fins e efeitos da execução da Ordem do Dia, ficando aprovado pelos acionistas: (I) A contratação da empresa Melloni & Associados Consultoria Empresarial S/C Ltda para proceder a avaliação dos ativos consistentes de Acervos Técnicos e Atestados de Obras da Companhia e elaboração do Laudo Pericial correspondente. (II) A Aprovação sem restrições, após a devida explicação pelo responsável pelo realização do laudo de avaliação de todos os critérios e parâmetros utilizados em sua elaboração, do laudo de avaliação de ativos. (III) A cessão e transferência a empresa TCE - Triunfo, Comércio e Engenharia Ltda., dos seguintes bens e valores: (a) equipamentos diversos até atingirem o montante de R$ 12.246.000,00, e, (b) acervos técnicos e atestados técnicos no valor total de R$ 4.513.000,00 e parte do quadro técnico de profissionais de nível superior, e, (c) bens imóveis no montante de R$ 700.000,00. 7) Encerramento: Concluídas as análises das matérias constante da pauta acima citada, todas aprovadas à unanimidade pelos acionistas, e nada mais havendo a tratar deram-se por encerrados os trabalhos, tendo sido lavrada esta Ata que, após lida, conferida e achada exata, foi assinada em Livro Próprio, arquivado na sede da Companhia, por todos os acionistas presentes: Miguel Ferreira de Aguiar, Wilson Piovezan, João Villar Garcia, Luiz Fernando Wolff de Carvalho, e Antonio José Monteiro da Fonseca de Queiroz, todos domiciliados na Rua das Olimpíadas, 205, conj. 1403, Vila Olímpia, CEP 04551-000, em São PauloSP. Sr. Miguel Ferreira de Aguiar - Presidente e Sr. João Villar Garcia - Secretário. A presente é cópia fiel, lavrada no livro próprio e arquivado na Sociedade, para os fins e efeitos legais. São Paulo, 15 de dezembro de 2005. João Villar Garcia - Secretário. JUCESP - Certifico o registro sob o nº 93.678/06-0, em 05/04/2006. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

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CÂMARA DE COMÉRCIO DINAMARQUÊS - BRASILEIRA 1946 - 2006 Edital de Convocação Assembléia Geral Ordinária Com a presente e de acordo com o art. 20 e seguintes do seu Estatuto Social, a Câmara de Comércio DinamarquêsBrasileira convoca V.Sas. para a Assembléia Geral Ordinária que será realizada na sede social na Rua General Almério de Moura, 780, Morumbi, no dia 18 de abril de 2006, às 18:00 hs em primeira convocação com quórum de maioria absoluta, e, em segunda, às 18:30 hs com o número de presentes. Pauta: a) Prestação de contas, pelo presidente, sobre atividades do ano 2005 e até abril de 2006; b) Previsão, pelo presidente, sobre atividades para os anos de 2006 e 2007; c) Apreciação dos demostrativos financeiros do ano de 2005; d) Apreciação da renúncia do Diretor Tesoureiro e nomeação de outros Diretores; e) Mudança de endereço da sede da Associação e f) Outros. São Paulo, 3 de abril de 2006.

ALTERAÇÃO DE CONTRATO SOCIAL MARTINS, CHAMON E FRANCO CONSULTORES LTDA.

CNPJ/MF nº 01.189.676/0001-38 - NIRE nº 35.218.987.381 Conforme a 14ª Alteração de Contrato Social da Sociedade Martins, Chamon e Franco Consultores Ltda., de 30 de dezembro de 2005, foi deliberada a redução do capital social da Sociedade no valor de R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais), nos termos do art. 1.082, inciso II, do Código Civil, com cancelamento de 500.000 (quinhentas mil) quotas de propriedade do sócio que receberá a correspondente restituição do valor das quotas canceladas, de modo que o capital social passará de R$ 522.000,00 (quinhentos e vinte e dois mil reais) para R$ 22.000,00 (vinte e dois mil reais). Tendo em vista que a Sociedade não possui credores de dívidas líquidas e vencidas, e se compromete a saldar imediatamente quaisquer que sejam validamente opostas, nos termos do § 2º do art. 1.084, do Código Civil, a presente redução de capital é eficaz desde já entre a Sociedade e os sócios correspondentes. Nos termos do § 1º do art. 1.084, do Código Civil, no prazo de 90 (noventa) dias contados da presente publicação, os credores quirografários, por título líquido anterior a esta publicação, poderão opor-se ao deliberado. Martins, Chamon e Franco Consultores Ltda.

CONVOCAÇÃO

TEKNO S.A. - CONSTRUÇÕES, INDÚSTRIA E COMÉRCIO Companhia Aberta - C.N.P.J. 33.467.572/0001-34 Assembléias Gerais Ordinária e Extraordinária Convocação São convocados os Srs. acionistas a se reunirem em Assembléias Gerais Ordinária e Extraordinária, a se realizarem no dia 26 de abril de 2006, às 14:00 horas, na sede social, na Rua Alfredo Mário Pizzotti, 51, nesta capital, a fim de deliberar sobre a seguinte ordem do dia: 1º - Assembléia Geral Ordinária: a) Relatório de Administração, Demonstrações Financeiras e Parecer dos Auditores, relativos ao exercício encerrado em 31/12/2005; b) Destinação do lucro do exercício findo e distribuição dos dividendos; c) Fixação da verba anual da remuneração dos administradores; d) Instalação do Conselho Fiscal. 2º - Assembléia Geral Extraordinária: a) Exame e deliberação a respeito da proposta da administração, de aumento do Capital Social de R$ 80.000.000,00 (oitenta milhões de reais) para R$ 90.000.000,00 (noventa milhões de reais), mediante a capitalização de R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais) da conta de reserva de lucros retidos, sem emissão de novas ações e conseqüente alteração do artigo 5° do Estatuto Social; b) Consolidação do Estatuto Social - Os senhores acionistas deverão comparecer a assembléia com seus documentos de identidade e os representantes legais e procuradores dos acionistas, deverão também, comprovar a legitimidade da representação até 3 dias antes da assembléia, na sede social da Companhia. São Paulo, 07 de abril de 2006. José Lyra David de Madeira - Presidente do Conselho de Administração. (07, 10 e 11/04/2006)

ATA

FALÊNCIAS &

BRASMETAL WAELZHOLZ

BRASMETAL WAELZHOLZ S.A. INDÚSTRIA E COMÉRCIO

CNPJ - Nº 43.798.594/0001-30 - NIRE - 35300057783 Ata de Assembléias Gerais Ordinária e Extraordinária realizada na forma , data, local e condições abaixo indicadas. Data: 13 de março de 2006. Horário: 14:00 horas. Local: Rua Goiás, 501 - Diadema-SP. Presença: Presentes nistração tomarão posse mediante a assinatura dos respectivos termos lavrados no livro de reuniões do Conseacionistas da sociedade, representando a totalidade do Capital Social com direito a voto, conforme assinaturas lho de Administração, e permanecerão em seus cargos até a investidura dos novos conselheiros eleitos. § único constantes do livro de presença dos acionistas, e o representante dos Auditores Independentes, aplicando-se o - Em caso de ausência ou impedimento temporário de qualquer membro do Conselho de Administração, inclusidisposto no § 4º do Art. 124 da Lei nº 6404/76. Objetivos: Assembléia Geral Ordinária: a) Leitura e discussão ve do Presidente, o mesmo será substituído interinamente por outro membro por ele indicado para representá-lo, do Relatório da Administração, Balanço Patrimonial e Demonstrações de Resultados, Origem e Aplicação de ao qual será atribuído inclusive o direito a voto em seu nome. Em caso de ausência ou impedimento permanente Recursos e de Mutações do Patrimônio Líquido, relativos ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005; de qualquer membro do Conselho de Administração, inclusive do Presidente, o respectivo cargo permanecerá publicados no Diário do Comércio e no Diário Oficial do Estado de São Paulo do dia 03 de março de 2006, vago, até a realização de Assembléia Geral da Companhia para eleição do substituto. O membro do Conselho de juntamente com o parecer dos Auditores Independentes; b) Eleição do Conselho de Administração. Mesa Dire- Administração eleito em preenchimento de vaga exercerá o cargo pelo prazo restante do mandato do substituído. tora dos Trabalhos: Presidente: Luis Roberto Souto Vidigal; Secretário: Domicio Pacheco e Silva Neto. Ordem Art. 14 - As reuniões do Conselho de Administração, realizar-se-ão, ordinariamente, a cada 6 (seis) meses, e dos Trabalhos: 1) Assembléia Geral Ordinária: a) A assembléia deliberou ficasse consignado em Ata que, pela extraordinariamente sempre que houver necessidade, mediante convocação do Presidente, ou na sua ausência presença de acionistas correspondendo à totalidade do Capital Social com direito a voto, sua realização, independia por pelo menos 3 (três) de seus membros, a qual deverá ser efetuada por escrito e enviada com no mínimo 15 de prévia convocação, e considerava sanada a falta de publicação dos anúncios previstos no Art. 133 da Lei das (quinze) dias de antecedência da data da reunião. As reuniões instalar-se-ão com a presença de, no mínimo, 4 Sociedades por Ações, na forma de seu § 4º. b) Foram colocadas a disposição dos acionistas cópias do Relató- (quatro) conselheiros. A convocação será dispensada para a reunião em que todos os conselheiros estiverem rio da Administração, Balanço Patrimonial e Demonstrações de Resultados, Origem e Aplicação de Recursos e presentes ou tiverem enviado seus votos nos termos do § 1º abaixo. § 1º - As reuniões do Conselho de Adminisde Mutações do Patrimônio Líquido, correspondentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2005. Discutidos tração serão sempre realizadas na sede da Sociedade. Os membros do Conselho de Administração que não e votados, foram os documentos aprovados integralmente, inclusive, quanto a deliberação em Ata do Conselho puderem estar presentes, poderão participar da reunião por conferência telefônica ou por vídeo-conferência, e de Administração, realizada em 31 de dezembro de 2005, estabelecendo o crédito de juros sobre o capital seus votos serão considerados válidos, se enviados por fac-símile ou outro meio eletrônico seguro, caso já não próprio, em lugar dos dividendos, no montante de R$ 9.347.326,52, (nove milhões, trezentos e quarenta e sete tenham sido enviados por carta. § 2º - As deliberações do Conselho de Administração serão aprovadas por voto mil, trezentos e vinte e seis reais e cinqüenta e dois centavos), calculados sobre as contas do Patrimônio Líquido, favorável de, pelo menos, 4 (quatro) de seus membros. § 3º - Das reuniões do Conselho de Administração serão observando os limites legais, à razão de R$ 71,90 (setenta e um reais e noventa centavos), por lote de 1.000 (mil) lavradas atas, as quais serão assinadas pelos conselheiros presentes à reunião e arquivadas na Sociedade. ações, observada a posição acionária desta data. c) Eleição do Conselho de Administração, com mandato até a Art. 15 - O Conselho de Administração terá as atribuições previstas em lei. Seção II - Da Diretoria - Art. 16 - A Assembléia Geral Ordinária de 2007 e fixação dos respectivos honorários: discutido e votado o assunto, foram Diretoria será composta de 3 (três) a 5 (cinco) membros, residentes no País, acionistas ou não, eleitos pelo reeleitos para membros do Conselho de Administração os senhores: (i) Luis Roberto Souto Vidigal, RG nº Conselho de Administração, sendo 1 (um) Diretor Presidente, 1 (um) Diretor Vice-Presidente e os demais Direto1.952.677-5, CIC nº 006.573.958-20; (ii) Ingeborg Waelzholz-Junius, residente e domiciliada em Hagen, Republica res sem designação especial. § 1º - O mandato da Diretoria será de 1 (um) ano, permitida a reeleição. § 2º Federal da Alemanha, passaporte nº 5.631.124.534; (iii) Alcides Lopes Tápias, RG nº 3.262.877, CIC nº Compete ao Diretor Presidente, além das funções, atribuições e poderes a ele atribuídos pelo Conselho de 024.054.828-00; (iv) Dario Ferreira Guarita Filho, RG nº 3.290.721, CIC nº 024.233.678-72; (v) Dr. Hans-Toni Administração: (i) convocar e presidir as reuniões de Diretoria; (ii) cumprir e zelar para que sejam cumpridos, Junius, residente e domiciliado em Hagen, Republica Federal da Alemanha, passaporte nº 5.757.158.451, CIC nº este Estatuto, as deliberações da Assembléia Geral e as resoluções do Conselho de Administração e da Direto735.686.351-00; (vi) Hermann Wever, RG nº 024.970.568, CIC nº 003.563.878-87 e (vii) Rolf Leeven, RNE nº W ria; (iii) coordenar e supervisionar as atividades dos membros da Diretoria; e (iv) representar a Companhia ativa 525.737-S, CIC nº 096.778.548-01. O Sr. Luis Roberto Souto Vidigal, acima qualificado, foi reeleito para o cargo e passivamente, em juízo ou fora dele, perante terceiros e autoridades públicas em geral, observado o disposto de Presidente do Conselho de Administração. Os acionistas deliberaram, ainda, fixar para o exercício de 2006, no Artigo 19 abaixo. O Diretor Vice-Presidente substituirá o Diretor Presidente em seus impedimentos ou ausênem até R$ 4.000.000,00, (quatro milhões de Reais) a verba anual global para os honorários da Administração da cias temporárias. § 3º - As atribuições dos membros da Diretoria serão estabelecidas pelo Conselho de AdminisSociedade, podendo ser corrigida por índices admitidos oficialmente, sendo que a importância que couber indi- tração. Art. 17 - A investidura dos Diretores far-se-á por termo de posse lavrado no livro de atas de reuniões da vidualmente aos membros do Conselho de Administração e da Diretoria será determinada em reunião do Conse- Diretoria. § 1º - Nas suas ausências temporárias os Diretores se substituirão mutuamente. Em caso de ausência lho de Administração; 2) Assembléia Geral Extraordinária: Foi lida proposta do Conselho de Administração definitiva, o Conselho de Administração poderá eleger novo Diretor para o seu preenchimento, exercendo o com o seguinte teor: Esta administração propõe aos senhores acionistas a elevação do Capital Social, mediante assim eleito o respectivo cargo, pelo prazo restante do mandato do substituído. § 2º - Os Diretores permanecea capitalização de Lucros Acumulados no montante de R$ 20.200.000,00 (vinte milhões e duzentos mil Reais), rão em seus cargos até a posse dos que forem eleitos para substituí-los. Art. 18 - A Diretoria reunir-se-á sempre sem distribuição de novas ações. A aprovação da presente proposta implicará em modificação do Art. 5º do que convocada pelo Diretor Presidente, ou, em caso de ausência temporária, pelo Diretor Vice-Presidente desigEstatuto Social que passará a ter a seguinte redação: Art. 5º - O Capital Social é de R$ 82.000.000,00 (oitenta e nado, e suas resoluções ou decisões constarão no livro de Atas das reuniões da Diretoria. § único - As decisões dois milhões de Reais), representado por 130.000.000 (cento e trinta milhões) de ações ordinárias nominativas ou resoluções da Diretoria serão tomadas por maioria de votos, devendo estar presentes pelo menos 3 (três) sem valor nominal. Observações Finais: A Assembléia deliberou ficasse constando em Ata que todas as delibe- dos seus membros. Art. 19 - Compete à Diretoria exercer com os mais amplos poderes, todas as atribuições rações foram tomadas por unanimidade e que, nelas não votaram os impedidos por lei e, dos eleitos, os que necessárias ao funcionamento regular da sociedade, inclusive propor à Assembléia as importâncias que devam estiveram presentes declararam que não se encontram incursos em nenhum dos crimes previstos em lei que os ser distribuídas como dividendos ou bonificações aos acionistas e as que devam ser destinadas à formação de impeçam de exercer a atividade mercantil. O Estatuto Social, fica fazendo parte integrante da presente, para fins reservas, e, ainda, autorizar a aquisição e a alienação de bens do ativo permanente que sejam de uso do de arquivamento no Registro do Comércio. Aprovação da Ata: Lida e votada a presente Ata foi aprovada por estabelecimento industrial da Sociedade e cujo valor esteja limitado individualmente a 1% do patrimônio líquido todos os presentes, devendo sua publicação e a dos avisos exigidos por lei ser feita nos jornais Diário do Comér- da Sociedade. § único - A Sociedade será legalmente representada: a) por 2 (dois) diretores agindo em conjunto; cio e Diário Oficial do Estado de São Paulo. Assinaturas: - Presidente - Luis Roberto Souto Vidigal; Secretário - b) por 1 (um) diretor, agindo em conjunto com 1 (um) procurador devidamente habilitado. Art. 20 - A remuneração Domicio Pacheco e Silva Neto. a) Souto Vidigal S.A.; a) C.D. Waelzholz Trading GmbH; a) Luis Roberto Souto dos Diretores será fixada pelo Conselho de Administração, dentro da verba de remuneração anual global fixada Vidigal; a) Ingeborg Waelzholz-Junius; a) Alcides Lopes Tápias; a) Dario Ferreira Guarita Filho; a) Dr. Hans-Toni pela Assembléia Geral. Capítulo IV - Do Conselho Fiscal - Art. 21 - A Sociedade terá um Conselho Fiscal Junius; a) Hermann Wever; a) Rolf Leeven. A presente é cópia autêntica da Ata lavrada no livro próprio. Diadema, composto de 3 (três) membros efetivos e 3 (três) membros suplentes, que funcionará de modo não permanente 13 de março de 2006. Luis Roberto Souto Vidigal - Presidente; Domicio Pacheco e Silva Neto - Secretário. Anexo e somente será instalado a pedido de acionistas, presentes em Assembléia Geral, observadas as disposições I - Estatuto Social - Capítulo I - Da Denominação, Sede, Foro, Objeto Social e Prazo de Duração - Art. 1º - da Lei das Sociedades Anônimas. Capítulo V - Das Assembléias Gerais - Art. 22 - A Assembléia Geral Sob a denominação de Brasmetal Waelzholz S.A. - Indústria e Comércio, fica constituída uma sociedade anôni- dos acionistas reunir-se-á ordinariamente dentro dos primeiros quatro meses de cada ano e, extraordinariama que se regerá por este Estatuto Social e pelas disposições legais aplicáveis. Art. 2º - A Sociedade tem por mente, sempre que os interesses sociais o exigirem. Art. 23 - Compete à Assembléia Geral deliberar sobre as objeto a indústria, o comércio, a representação, a importação e a exportação de metais ferrosos em geral e seus contas da administração bem como, exercer as suas atribuições previstas especificamente em lei. Art. 24 derivados, podendo ainda, participar de outras sociedades como sócio ou acionista. Art. 3º - A Sociedade tem A Assembléia Geral é órgão soberano da sociedade com todos os poderes que a lei lhe oferece. § único sede, foro e administração na cidade de Diadema-SP, podendo abrir e extinguir filiais, sucursais, agências e As Assembléias Gerais Ordinárias ou Extraordinárias serão convocadas com uma antecedência em primeira escritórios em qualquer parte do Território Nacional a critério do Conselho de Administração. Art. 4º - O prazo de convocação, de pelo menos 10 (dez) dias e de 8 (oito) dias em posteriores convocações por editais publicaduração é indeterminado. Capítulo II - Do Capital Social e Das Ações - Art. 5º - O capital social é de dos no Diário Oficial e em outro jornal de grande circulação e simultaneamente, por convocação particular, R$ 82.000.000,00 (oitenta e dois milhões de Reais), representado por 130.000.000 (cento e trinta milhões) de mediante carta registrada ou telegrama. Acionistas com domicílio na sede da sociedade, serão convocados ações ordinárias nominativas sem valor nominal. Art. 6º - A cada ação ordinária corresponde um voto nas por carta protocolada, entregue por mensageiro. Capítulo VI - Do Exercício Social e Dos Lucros - Art. 25 Assembléias Gerais. Art. 7º - As ações são indivisíveis em relação à Sociedade. Art. 8º - A Sociedade poderá O exercício social terminará em 31 de dezembro de cada ano, quando será levantado o balanço anual. Poderão emitir cautelas representativas e títulos múltiplos de ações, sendo o desdobramento desses títulos efetuado a ser levantados balanços semestrais. O lucro líquido apurado, depois de deduzidos os impostos sobre ele preço não superior ao custo. Art. 9º - As ações, cautelas e títulos múltiplos serão sempre assinados por dois incidentes e o percentual a ser distribuído aos membros do Conselho de Administração e da Diretoria, na forma diretores. Art. 10º - A Sociedade completará no prazo máximo de 15 (quinze) dias do pedido do acionista ou estabelecida pela Assembléia Geral, terá a seguinte destinação: a) 5% (cinco por cento) para a Reserva Legal, interessado, os atos de registro, averbação, desdobramento ou transferências de ações. Capítulo III - Da Admi- até atingir 20% (vinte por cento) do Capital Social; b) 25% (vinte e cinco por cento) no mínimo, para o pagamento nistração - Art. 11 - A Sociedade será administrada por um Conselho de Administração e por uma Diretoria. de dividendos aos acionistas, observados os critérios estabelecidos pela Lei das Sociedades Anônimas; e c) o § único - Cabe à Assembléia Geral fixar a remuneração global anual dos membros do Conselho de Administra- saldo será levado a conta de reserva. Art. 26 - Os casos omissos do presente estatuto serão regulados de ção e da Diretoria, cabendo então ao Conselho de Administração deliberar sobre a sua distribuição. Seção I - Do acordo com as disposições da Lei das Sociedades Anônimas. Diadema, 13 de março de 2006. Brasmetal Waelzholz Conselho de Administração - Art. 12 - O Conselho de Administração será composto de 7 (sete) membros, S.A. Indústria e Comércio. Luis Roberto Souto Vidigal - Diretor Presidente; Peter Sergio Pondorf - Diretor; todos acionistas, eleitos pela Assembléia Geral para mandato de 1 (um) ano, permitida a reeleição. Os membros Osmar Di Angelis - Diretor; Antenor Ferreira Filho - Diretor. Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania do Conselho de Administração poderão ou não ser residentes no Brasil. A Assembléia Geral designará, entre os Junta Comercial do Estado de São Paulo - Certifico o registro sob o nº 83.414/06-0, em 29/03/2006. Cristiane conselheiros eleitos, o Presidente do Conselho de Administração. Art. 13 - Os membros do Conselho de Admi- da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

CONCORDATAS

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 7 de abril de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências: Requerente: C’GRAF Comércio Acabamentos Gráficos Ltda. EPP - Requerida: RE Gráfica Fotolito e Editora - Rua Zanzibar, 728 - 2ª Vara de Falências Requerente: Holos Administração e Participação Ltda. - Requerido: Estoril Comercial e Artigos para Decorações Ltda. - EPP - Avenida Nossa Senhora do Ó, 2.016 - 2ª Vara de Falências Requerente: Este Reestrutura Engenharia Ltda. - Requerida: AJM Sociedade Construtora Ltda. - Avenida Arnolfo de Azevedo, 167 - 2ª Vara de Falências Requerente: MC Bauchemie Brasil Indústria e Comércio Ltda. - Requerida: Construtora Triunfo S/A - Rua Olimpíadas, 205 - Conjunto 1.403 - 2ª Vara de Falências


DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 10 de abril de 2006

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Cidades VIDAS SEM SIGILO

A empresa aplica as penas estabelecidas nas normas disciplinares, chegando, até mesmo, à demissão de empregados eventualmente envolvidos. Nota do Serpro

CORREGEDOR DA RECEITA INVESTIGARÁ DENÚNCIAS DE QUEBRA DE PRIVACIDADE Reportagem do "DC" mostrou que o brasileiro é vulnerável à quebra de sua privacidade. A ousadia dos espiões chega à Receita Federal, que promete providências. Paulo Pampolin/Hype

Luiz Guerrero

H

oras depois da circulação da edição de quinta-feira do Diário do Comércio, com as denúncias de que dados sigilosos da declaração do imposto de renda estariam sendo repassados para empresas de telemarketing, a Secretaria da Receita Federal enviava a São Paulo o corregedor-geral, Marcos Mello. Ele é o encarregado de investigar o caso. Mello esteve reunido por cerca de uma hora na sede da Receita, em São Paulo, com o publicitário Aílton Silva. Silva, conforme as denúncias trazidas na reportagem "Vidas sem sigilo", comprovou o vazamento das informações sigilosas de sua declaração de

Procurado pela reportagem, Mello não retornou as ligações. Mas sabe-se que uma das primeiras conclusões da investigação é que poucos tiveram acesso a essas informações. A princípio, segundo o corregedor, parece descartada a hipótese de que os dados teriam sido vendidos por camelôs no Centro da cidade, crime também denunciado na reportagem. Mesmo assim, por R$ 100, é possível comprar em algumas bancas de programas piratas, oferecidas abertamente na região da rua Santa Ifigênia, Centro de São Paulo, cópias das declarações de renda 2001, com os dados (nome, endereço e CPF) dos supostos contribuintes. Os ambulantes vendedores também o f e-

O Serpro, fiel depositário do sigilo dos contribuintes, informa que em casos de suspeitas, investigações rigorosas são realizadas

renda de 2003 ao receber, meses depois de entregar o documento ao Fisco, cartas comerciais de um banco. Na correspondência, o publicitário reconheceu os códigos que havia criado exclusivamente para a sua declaração: ao seu endereço, Aílton acrescentou as siglas "B" (de bloco) e "IR" (de imposto de renda). Além disso, a conta de correio eletrônico que o publicitário abriu para o envio da declaração passou a receber ofertas de uma editora de revistas e de uma agência de publicidade. A Corregedoria-Geral da Receita Federal entendeu que havia evidências de sobra e resolveu ouvir o publicitário. Todos os documentos reunidos por Aílton foram examinados pelo corregedor-geral que, agora, passa a investigar todos os elos da corrente. Com isso, a Receita Federal espera chegar aos responsáveis pelo vazamento de informações sigilosas.

recem cópias mais recentes das declarações, a preços que variam de R$ 400 a R$ 600. Se de fato isso ocorresse, concluiu o corregedor, um número maior de empresas teria tido acesso aos dados de Aílton. E o bombardeio de ofertas comerciais endereçadas ao publicitário seria mais intenso. O representante da Receita, contudo, também teria admitido a possibilidade de que o sistema de captação das declarações do imposto de renda em anos anteriores a 2004 poderia contar com eventuais brechas, falhas que, segundo ele, já foram sanadas em anos recentes. Serpro – Por meio de nota enviada ao "DC", o Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), o fiel depositário dos dados dos contribuintes, enumera uma série de procedimentos de segurança de dados e de informações armazenados em seus

Suspeita de fraude: o publicitário Aílton Silva, que teve quebrados os códigos de sua comunicação com a Receita Federal Emiliano Capozoli/Luz

computadores. A nota informa que a empresa é certificada em Gestão de Segurança (BS 7799, a mais recente norma na área), conta com profissionais premiados internacionalmente no quesito segurança e esclarece que "na eventual ocorrência de anormalidade, o Serpro busca a apuração dos fatos, por meio de Comissão de Sindicância, cujos resultados obtidos permitem o entendimento exato do ocorrido e identificação de responsáveis." "Nesses casos", continua a nota, "a empresa aplica as penas estabelecidas nas normas disciplinares, chegando, até mesmo, à demissão de empregados eventualmente envolvidos. Nos casos de apuração de fatos anormais o Serpro trabalha em consonância com

Rua Santa Ifigênia, no Centro de São Paulo, onde é possível comprar CDs com dados sigilosos da Receita Federal

a corregedoria da Secretaria da Receita Federal para posicionamento e complementação de informações e ações relacionadas com os fatos apurados."

O comunicado termina com a informação de que a empresa conta com um "Grupo de Resposta a Ataques", o GRA, que trabalha "preventivamente, identi-

ficando ações suspeitas, abortando tempestivamente procedimentos que apresentem potencial risco aos limites de segurança estabelecidos."


segunda-feira, 10 de abril de 2006

Martin Bernetti/AFP

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Liber tadores Liga dos Campeões BARCELONA, A TRÊS VITÓRIAS DO BI Espanhol Copa do Mundo

Com três gols de Kaká, o Milan goleou o Chievo por 4 a 1 e está a sete pontos da Juventus no Italiano.

Albeiro Lopera/Reuters

Quase campeão Victor Fraile/Reuters

S O Corinthians de Nilmar se aproximou das oitavas da Libertadores, onde já está o Palmeiras de Leonardo Silva

HORA DA VERDADE

T

rês brasileiros jogam nesta semana pela Libertadores em condições bem distintas não apenas entre si, mas das que apresentavam antes da rodada da semana passada. O São Paulo, por exemplo, visita o Cienciano, em Cuzco, na quarta-feira, às 21h45 de Brasília. O time embarca hoje, e, depois de ser derrotado em casa pelo Chivas, terá de obter um bom resultado na altitude, sob risco de fazer um jogo de vida ou morte na última rodada, contra o Caracas. "O importante é a gente erguer a cabeça e se concentrar nesse jogo importante", disse ontem o atacante Thiago, depois da vitória contra o Ituano, insuficiente

para a conquista do título paulista. É verdade que o time pode até sair classificado de campo se vencer e, no mesmo dia, o Caracas não vencer o Chivas. O Paulista estava praticamente fora, mas se animou com a vitória sobre o River Plate, em Jundiaí, e joga a vida contra o Libertad, em Assunção. Se vencer, pode chegar à última rodada precisando apenas de uma vitória simples contra o El Nacional, em casa. O Palmeiras também se sentia ameaçado, e virou a semana classificado. Se bater o Cerro Porteño, quinta, às 22 h, no Parque Antarctica, termina em primeiro no Grupo 7. Já o Corinthians pode se classificar sem jogar: basta que amanhã o

Rickey Rogers/Reuters

Derrota em casa afastou o São Paulo de Lugano da luta pela liderança

Deportivo Cali vença o Tigres. RESULTADOS - Grupo 1: São Paulo 1 x 2 Chivas. Grupo 2: Sporting Cristal 2 x 2 Estudiantes. Grupo 3: The Strongest 1 x 0 Goiás. Grupo 4: Universidad Católica 2 x 3 Corinthians. Grupo 5: LDU 4 x 0 Universitario. Grupo 6: Nacional 0 x 0 Internacional. Grupo 7: Atlético Nacional 1 x 2 Palmeiras; Cerro Porteño 1 x 3 Rosario Central. Grupo 8: Paulista 2 x 1 River Plate. JOGOS DA SEMANA - Grupo 1: Caracas x Chivas; Cienciano x São Paulo. Grupo 2: Independiente Santa Fe x Sporting Cristal; Estudiantes x Bolívar. Grupo 3: Unión Española x Newell's Old Boys. Grupo 4: Deportivo Cali x Tigres. Grupo 5: Rocha x Vélez Sarsfield. Grupo 7: Palmeiras x Cerro Porteño; Rosario Central x Atlético Nacional. Grupo 8: Libertad x Paulista; El Nacional x River Plate. CLASSIFICAÇÃO - Grupo 1: 1. Chivas, 10; 2. São Paulo, 6; 3. Caracas, 4; 4. Cienciano, 3. Grupo 2: 1. Independiente Santa Fe, Sporting Cristal, Bolivar e Estudiantes, 7. Grupo 3: 1. Goiás, 10; 2. Unión Española e The Strongest, 6; 4. Newell's Old Boys, 4. Grupo 4: 1. Universidad Católica e Corinthians, 10; 3. Tigres, 6; 4. Deportivo Cali, 0. Grupo 5: 1. Vélez, 12; 2. LDU, 9; 3. Rocha, 4; 4. Universitario, 1. Grupo 6: 1. Internacional, 11; 2. Maracaibo e Nacional, 8; 4. Pumas, 0. Grupo 7:'. Palmeiras, 9; 2. Atletico Nacional, 7; 3. Rosario Central e Cerro Porteño, 5. Grupo 8:1. Libertad, 8; 2. River Plate, 6; 3. Paulista, 5; 4. El Nacional, 2.

O inferno astral de Kahn Kai Pfaffenbach/Reuters

Apesar da preferência popular, o goleiro do Bayern de Munique é reserva na seleção da Alemanha

H

á quatro anos, o goleiro Oliver Kahn foi o primeiro jogador de sua posição a ser escolhido o melhor jogador de uma Copa do Mundo - é bem verdade que uma falha grotesca na final deixou um gosto amargo na conquista. Desta vez, quando seu país é anfitrião do Mundial, provavelmente vai ver a Copa do banco de reservas. Depois de fazer reveza-

mento na posição por dois anos, o técnico Jürgen Klinsmann anunciou que o titular da Alemanha na Copa será Jens Lehman, do Arsenal, de Londres. Segundo o treinador, essa foi sua "tarefa mais difícil" à frente da seleção. A questão tomou conta da Alemanha nos últimos meses, e pesquisas apontavam a preferência da população por Kahn, que chegou a dizer que não sabe se aceitará a reserva.

No fim de semana, os dois viveram dias infelizes. Kahn até que foi bem, mas o Bayern levou 3 a 0 do Werder Bremen e viu o Hamburgo encostar na luta pelo título alemão. E Lehmann também não falhou, mas o Arsenal caiu por 2 a 0 diante do Manchester United e se afastou dos primeiros lugares no Inglês e da briga por vaga na Liga dos Campeões - a não ser que vença a competição.

em Ronaldinho Gaúcho, mais uma vez o Barcelona bobeou no C a m p e o n a t o E s p anhol e não passou de um empate por 2 a 2 com o Racing Santander. Nem por isso ficou mais longe do bicampeonato: o Real Madrid, na véspera, também empatou - 1 a 1 - com a Real Sociedad e, agora, com os mesmos 59 pontos que o Valencia, caiu para a terceira colocação. Com 11 pontos de vantagem e 73% de aproveitamento até agora, o Barça precisa apenas de mais três vitórias - ou 50% de aproveitamento nas próximas seis rodadas do campeonato - para garantir o bicampeonato sem depender dos resultados dos outros times. E ainda terá Ronaldinho.

Barça, sem Ronaldinho, empata com Racing, mas mantém dianteira

Duelo quase brasileiro

Q

uatro titulares da Seleção Brasileira podem estar em campo num dos duelos das semifinais da Liga dos Campeões: Dida, Cafu e Kaká, do Milan, e Ronaldinho, pelo Barcelona. Isso sem citar Serginho, Belletti, Edmilson, Thiago Motta, Sylvinho e o "português" Deco. Na outra chave, duelam o reserva Gilberto Silva, do Arsenal, e o "espanhol" Marcos Senna, pelo Villarreal.

ITÁLIA

ESPANHA

INGLATERRA

33ª rodada Livorno 0 x 2 Udinese Ascoli 1 x 2 Internazionale Parma 4 x 0 Reggina Siena 2 x 3 Lazio Cagliari 1 x 1 Palermo Empoli 2 x 1 Sampdoria Messina 3 x 1 Treviso Milan 4 x 1 Chievo Roma 3 x 1 Lecce Juventus 1 x 1 Fiorentina

32ª rodada Málaga 1 x 2 Getafe Cádiz 1 x 1 Betis Real Madrid 1 x 1 Real Sociedad Celta 0 x 1 Valencia Alavés 1 x 2 Osasuna Athletic Bilbao 1 x 1 Mallorca Espanyol 1 x 1 Atlético Madrid Racing Santander 2 x 2 Barcelona Sevilla 1 x 1 Zaragoza Villarreal 1x1 Deportivo La Coruña

33ª rodada Aston Villa 0 x 0 West Bromwich Chelsea 4 x 1 West Ham Liverpool 1 x 0 Bolton Manchester United 2 x 0 Arsenal Middlesbrough 1 x 2 Newcastle Charlton 0 x 0 Everton Portsmouth 2 x 2 Blackburn Tottenham 2 x 1 Man. City Wigan 1 x 1 Birmingham Classificação

P

V

S

Classificação

P

V

S

GP

Classificação

P

V

S

GP

1 Chelsea

82

26

44

64

1 Juventus

80

24

41

62

1 Barcelona

70

21

43

72

2 Manchester United

75

23

36

66 48

GP

2 Milan

73

23

47

74

2 Valencia

59

16

17

45

3 Liverpool

70

21

26

3 Internazionale

71

22

36

61

3 Real Madrid

59

17

28

57

4 Tottenham

58

16

15

48

4 Roma

63

18

28

61

4 Osasuna

58

18

5

43

5 Blackburn

54

16

6

45

5 Fiorentina

62

18

18

54

5 Sevilla

52

15

7

40

6 Arsenal

53

16

28

53

6 Lazio

49

12

3

47

6 Celta

51

16

4

34

7 Bolton

48

13

7

43 38

7 Chievo

48

12

5

47

7 La Coruña

50

14

5

43

8 Wigan

48

14

-2

8 Palermo

45

11

-1

44

8 Villarreal

49

12

11

42

9 West Ham

46

13

-3

47

9 Livorno

44

11

-5

33

9 Getafe

46

13

5

46

10 Newcastle

45

13

-4

36

10 Parma

41

11

-11

51

10 Atletico Madrid

44

11

8

41

11 Everton

45

13

-12

31

11 Sampdoria

38

10

-1

45

11 Zaragoza

42

9

0

40

12 Charlton

44

12

-5

37

12 Ascoli

38

8

-6

36

12 Betis

37

9

-12

30

13 Manchester City

40

12

0

40

13 Siena

36

9

-14

39

13 Athletic Bilbao

35

8

-6

33

14 Middlesbrough

40

11

-9

45

14 Empoli

36

10

-17

39

14 Racing Santander

34

7

-9

28

15 Aston Villa

36

8

-12

34

15 Udinese

35

9

-16

33

15 Espanyol

34

8

-16

31

16 Fulham

36

10

-13

41

16 Reggina

35

9

-22

32

16 Mallorca

33

7

-16

30

17 Birmingham

29

7

-20

25

17 Cagliari

33

7

-13

34

17 Alavés

32

7

-15

32

18 West Bromwich

28

7

-21

28

18 Messina

31

6

-15

32

18 Real Sociedad

32

9

-18

40

19 Portsmouth

28

7

-25

29

19 Lecce

24

6

-27

25

19 Cádiz

28

6

-19

25

20 Sunderland

11

2

-36

21

20 Treviso

16

2

-30

18

20 Málaga

23

5

-22

31

FRANÇA

ALEMANHA

PORTUGAL

33ª rodada Lens 1 x 1 PSG Lyon 2 x 1 Nice Bordeaux 0 x 0 Saint-Etienne Nancy 0 x 0 Lille Monaco 1 x 0 Olympique Strasbourg 0 x 1 Nantes Ajaccio 1 x 0 Toulouse Metz 2 x 4 Troyes Auxerre 0 x 0 Le Mans Rennes 2 x 1 Sochaux

29ª rodada B. Dortmund 2 x 1 B. Leverkusen Kaiserslautern 0 x 2 Hertha Colônia 3 x 0 Wolfsburg Stuttgart 1 x 0 Nuremberg Werder Bremen 3 x 0 Bayern Arminia Bielefeld 1 x 0 Eintracht Mainz 0 x 0 Hannover Hamburgo 2 x 0 Borussia Monchen. Duisburgo 1 x 1 Schalke 04

30ª rodada Benfica 2 x 2 Marítimo Nacional 4 x 0 Belenenses V. Setúbal 1 x 0 Sp. Braga P. Ferreira 2 x 1 Rio Ave Académica 2 x 2 Naval Gil Vicente 1 x 1 Amadora Sporting 0 x 1 FC Porto U. Leiria 1 x 0 V. Guimarães Penafiel x Boavista (hoje)

Classificação

P

V

S

GP

Classificação

P

V

S

Classificação

P

V

S

GP

1 Bayern

66

20

31

56

1 Porto

69

21

34

48

1 Lyon

75

22

35

59

2 Hamburgo

62

19

25

47

2 Sporting

64

20

23

46

2 Bordeaux

61

16

15

34

3 Werder Bremen

59

18

33

65

3 Benfica

60

18

23

46

3 Rennes

56

18

0

44

4 Schalke 04

53

14

14

40

4 Braga

54

16

15

32

GP

4 Lille

55

14

22

45

5 Hertha

43

11

7

44

5 Nacional

47

13

9

37

5 Lens

53

12

12

41

6 Bayer Leverkusen

41

11

8

51

6 Boavista

47

12

11

35

6 Auxerre

53

15

7

40

7 Stuttgart

39

8

2

29

7 Vitória de Setúbal

45

14

-1

26

7 Olympique

51

14

2

33

8 Borussia Dortmund

37

9

1

37

8 União Leiria

40

11

-2

36

8 PSG

50

13

10

41

9 Borussia Mönchen.

37

9

-6

33

9 Estrela Amadora

37

10

-4

28

9 Le Mans

49

13

4

30

10 Arminia Bielefeld

37

10

-6

29

10 Marítimo

36

8

-2

32

10 Nice

46

12

-1

27

11 Hannover

35

7

-2

35

11 Naval

35

10

-9

33

11 Monaco

45

12

5

34

12 Nuremberg

34

9

-6

36

12 Rio Ave

34

8

-10

30

12 Nancy

44

11

4

29

13 Eintracht Frankfurt

30

8

-9

37

13 Paços Ferreira

34

9

-14

30

13 Saint-Etienne

43

10

-6

26

14 Mainz

29

6

-5

40

14 Belenenses

34

10

-3

36

14 Nantes

41

10

-2

32

15 Wolsburg

29

6

-19

28

15 Acadêmica

34

9

-11

31

15 Toulouse

37

9

-10

29

16 Kaiserslautern

27

7

-24

39

16 Vitória de Guimarães

30

7

-12

23

16 Sochaux

36

9

-12

29

17 Colônia

23

5

-19

41

17 Gil Vicente

30

8

-10

30

17 Troyes

32

7

-14

29

18 Duisburg

23

4

-25

28

18 Penafiel

14

2

-35

20

18 Strasbourg

27

5

-17

29

19 Ajaccio

27

5

-24

20

20 Metz

26

5

-30

24


segunda-feira, 10 de abril de 2006

Tr i b u t o s Empresas Nacional Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3

CONSUMIDOR PREFERE FAZER PEDIDOS À NOITE

O governo federal vai investir R$ 100 milhões em plano de prevenção contra a gripe aviária.

DE AUTOPEÇAS A ÓCULOS, VAREJO APOSTA NAS ENTREGAS EM DOMICÍLIO PARA CONQUISTAR O CONSUMIDOR

DELIVERY GARANTE CLIENTE FIEL À MARCA Marcelo Soares/Hype

J

As entregas em domicílio hoje representam 40% do faturamento do açougue Carnes Paris Paulo Pampolin/Hype

Celso Borges (acima) diz que o negócio cresce com a propaganda boca-a-boca. Empresa ainda oferece o serviço de churrasqueiro.

BANCO POPULAR O Banco do Brasil anunciou que vai fazer um aporte de R$ 27,9 milhões em sua subsidiária.

TERCEIRA IDADE

O

Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC3i) subiu 0,82% no primeiro trimestre, quase a metade da taxa registrada no quarto trimestre do ano passado (1,54%). A perda de fôlego na alta dos preços dos alimentos, cuja elevação passou de 2,31% para 0,22% do quarto trimestre de 2005 para os primeiros três meses deste ano, levou ao resultado, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). (AE)

VARIG

A

Varig vai apresentar na próxima semana ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) um projeto de recuperação da empresa, segundo o presidente da companhia, Marcelo Bottini, que esteve reunido por quase duas horas com o ministro da Defesa, Waldir Pires. O objetivo é obter empréstimo para financiar possíveis investidores. (AE) A TÉ LOGO Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

L

Bird investe em PPP´s

L

Eletrônicos avançam nos supermercados

L

Cutrale: US$ 50 mi em SP

Ó RBITA

PETRÓLEO A British Petroleum está em busca de áreas no Brasil para a produção de petróleo e gás.

COMBUSTÍVEL PRESSIONA IPCA

A

gripe aviária contribuiu para segurar a inflação em março, mas não evitou uma alta de 0,43% no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), provocada pelos reajustes nos combustíveis. Em fevereiro, a taxa havia sido de 0,41%. Álcool e gasolina, sozinhos, contribuíram com 0,29 ponto, ou 67% do índice no mês de março, segundo os dados divulgados na sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE). No acumulado de 12 meses, a taxa do IPCA, referência para as metas de inflação do governo, recuou mais uma vez, para 5,32% até março (a menor variação desde maio de 2004), ante 5,51% em fevereiro. Do lado contrário à forte pressão dos combustíveis, o frango caiu 12,15% em março, com contribuição de -0,10 ponto sobre a taxa total. O recuo no preço continua sendo provocado pela gripe aviária. (AE)

MESMA META DE SUPERÁVIT ATÉ 2009

E

m mais uma reafirmação de que pretende manter o rigor fiscal, o governo deve colocar na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que será enviada ao Congresso Nacional até o próximo dia 15, indicação de que a meta de superávit primário (economia para o pagamento de juros da dívida) continuará em 4,25% do Produto Interno Bruto (PIB) até 2009.

O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou que "provavelmente" a LDO vai indicar que a atual meta será estendida até 2009, mas, segundo ele, a decisão final ainda não foi tomada. "Essa é uma proposta do Ministério do Planejamento, mas nós ainda vamos conversar com o Ministério da Fazenda e com o presidente Lula para uma decisão", disse. (AE)

á consagrado como canal alternativo de vendas em vários segmentos de negócios, o delivery tornou-se uma ferramenta poderosa na busca pela fidelidade do cliente. O sistema continua ganhando adeptos e merece avaliação carinhosa do varejo. A entrega sob encomenda é um instrumento para o empresário diferenciar-se da concorrência. Pode ser uma questão de oferecer conveniência ao consumidor, como ocorre em açougues, restaurantes, oficinas mecânicas, óticas, entre tantos outros negócios. E pode até ter uma pitada de "maldade", como é o caso das entregas da Doces Vinganças. No açougue Carnes Paris, na zona sul de São Paulo, 40% do faturamento da casa já vem das entregas em domicílio, feitas com bicicleta, moto ou carro – conforme a distância da encomenda. A demanda pelo serviço cresce a cada ano, conta Celso da Cruz Borges, segunda geração de um negócio iniciado por seu pai há 37 anos. O forte da divulgação, segundo ele, é a propaganda boca-a-boca. "Hoje, a maioria dos açougues faz entrega, senão não sobrevive. Você tem de oferecer toda a comodidade ao cliente", diz o empresário, que muitas vezes ainda cede o serviço de churrasqueiro. Exigência – Em alguns casos, como no varejo de autopeças, o delivery é a única forma de não perder a clientela. "Você não fideliza as oficinas mecânicas sem oferecer o serviço", afirma Francisco Wagner De La Torre, vice-presidente do sindicato que representa o setor, o Sincopeças. "Hoje, antes de perguntar por preço, o me-

cânico pergunta se a loja entrega", complementa. No ramo há 21 anos, Torre conta que para a sua loja o delivery é 80% do faturamento e motivou alteração no perfil de atendimento. "No nosso caso, o motoboy é tão importante quanto o vendedor do balcão. Tanto que passa por treinamento." Torre chegou a terceirizar a entrega, mas avaliou ser necessário controlar de perto esse atendimento. Antes, entregas nesse ramo eram restritas a grandes compras. Hoje, diz o empresário, é necessário atender a 100% dos pedidos. Benefício – "É como se eu tivesse pedido uma pizza para viagem", brinca o mecânico Flávio Yoshimitsu. Há 35 anos no ramo, ele mantém cadastro em seis lojas da região onde atua, cota preço por telefone e garante receber a encomenda em um prazo de dez a 15 minutos. Entre as vantagens, lista o ganho de tempo na pesquisa de preço por telefone e no trânsito, além de ficar menos sujeito à poluição e aos "riscos de vida" de São Paulo. São questões que têm a ver com a tendência mundial de as pessoas buscarem conveniências que lhes facilitem o dia-a-dia. "Isso tudo está muito ligado à questão da metropolização e o custo do tempo", define Claudio Felisoni de Angelo, coordenador do Programa de Administração de Varejo (Provar), da Fundação Instituto de Administração (Fia). "O mesmo fenômeno vem acontecendo em outros mercados." Pesquisa do Provar sobre o sistema de delivery de São Paulo mostra que 44,2% das pessoas compram por esse meio, ante 31,5% que não usam o sis-

tema e outras 24,3% que o utilizam raramente. A maioria dos entrevistados faz seus pedidos à noite (84%), especialmente nos finais de semana (82%). Felisoni alerta, porém, que o serviço não substitui os outros canais de venda e recomenda avaliação cuidadosa do raio de influência do negócio. "É preciso saber de onde vêem os clientes e analisar os custos operacionais." Novos negócios – A preocupação dos empresários com esses custos foi decisiva para o crescimento do Restaurante Web, um sistema criado a partir do trabalho de pós-graduação de Marco Antonio Corazini e de seu sócio Luís Carlos Sanches. Trata-se de uma loja virtual de delivery, que reúne várias marcas. O sistema desenvolvido por eles coordena os pedidos, pela internet, e os remete às lojas, em segundos (por meio do fax). Hoje, a empresa atende a 80 pontos-de-venda, de 45 marcas, entre elas as redes Flying Sushi e China House. Segundo Corazini, para o dono do restaurante significa uma economia em torno de R$ 30 mil, "só para desenvolvimento do software". Ele estima que existam 40 mil deliveries de alimentos no Brasil. Desse total, 6 mil estão em São Paulo. A demanda por comodidade é tão grande que até as óticas têm-se adaptado para satisfazer a clientela. Mario Luis Rebollo, da Imagine Óptica, incorporou o serviço há quatro anos e estima que ele represente de 5% a 7% do seu negócio. A maior demanda está associada aos consertos especializados que sua loja oferece. Fátima Lourenço

Brincadeira e reconciliação em casa

C

riada há 12 anos pela atriz Kiki Sudário, a Doces Vinganças é um negócio apoiado na logística de entrega mediante pedido. O cliente encomenda um presente, que pode ter conotação de vingança, de um pedido de reconciliação ou de uma simples brincadeira. As entregas são estruturadas no sistema de delivery e, muitas vezes, acompanhadas por personagens, interpretados pelo casting da Doces

Leonardo Rodrigues/Hype

A atriz Kiki Sudário, da empresa Doces Vinganças, atende 50 pedidos por dia

Vinganças ou, se houver necessidade, pela própria criadora do negócio. Kiki mantém loja em Alphaville, mas atende especialmente

paulistanos, dispostos a pagar de R$ 55 a R$ 850 por vinganças e reconciliações, que totalizam cerca de 50 pedidos diários. (FL)


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Administração Urbanismo Religião Transpor te

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 10 de abril de 2006

Os cristãos têm de lembrar que só se pode vencer o mal com o bem e jamais fazendo mal pelo mal. Papa Bento XVI

CELEBRAÇÕES ABRIRAM SEMANA SANTA

Sérgio Castro/AE

David Mercado/Reuters

DOMINGO DE RAMOS ATRAI MILHÕES PELO MUNDO

Em sentido horário, a partir do alto: celebrações em La Paz, Bolívia; em Jerusalém; menina penitente em Málaga, na Espanha; o papa dá a benção no Vaticano; e fiéis paulistanas participam de cerimônia na Sé Gali Tibbon/AFP

Bento XVI deu início oficialmente às celebrações da Semana Santa no Vaticano e fiéis do mundo todo lembraram a entrada de Jesus em Jerusalém

C

ristãos de todas a Brasil (CNBB), cardeal-arcepartes do mundo bispo Dom Geraldo Majella deram início ontem Agnelo, comandou o cortejo às celebrações da de milhares de fiéis castigado Semana Santa. No Brasil, mi- por chuva forte. Depois, celelhares de fiéis de todos os esta- brou missa campal na Praça dos participaram das procis- Municipal, que foi completasões e missas do Domingo de mente tomada pela multidão. Ramos, que lembra a entrada Foi o segundo grande evende Jesus Cristo em Jerusalém. to público organizado pela ArEm São Paulo, a missa foi ce- quidiocese de Salvador duranlebrada pelo cardeal Dom te a Quaresma, arrastando miClaudio Hummes na Catedral lhares de pessoas pelas ruas da da Sé, no Centro da capital, pe- capital baiana. A Romaria Pela manhã, e atraiu uma multi- nitencial do Bonfim já havia dão de fiéis. A Basílica Nacio- atraído mais de 100 mil pesnal de Aparecida, no interior soas à Cidade Baixa. do estado, também ficou lotaPapa –Ontem também foi a da. Milhares de pessoas acom- primeira vez que o Papa Bento panharam a programação in- XVI comandou as celebrações tensa, que começou às 7h30 solenes do Domingo de Racom a missa presidida pelo ar- mos. "Com essa liturgia, entracebispo de Aparecida, Dom mos na Semana Santa, para viRaymundo Damasceno Assis, ver a paixão, a morte e a ressure foi seguida de procissão em reição de Jesus Cristo", declatorno da Basílica e distribuição r o u o p a p a a o i n i c i a r a de ramos aos fiéis. cerimônia no Vaticano. Bento A p ro c i s s ã o XVI lembrou contou ainda que os ramos de com a presença oliveira são o de portadores símbolo da paz e de deficiências as palmas reprefísicas e mentais, A liberdade interior é a sentam o martíem referência à premissa para que se rio de Jesus CrisCampanha da to. possa superar a Fraternidade O papa pediu deste ano, cujo corrupção e a aos fiéis que se tema são as difi- ganância que estão lembrassem de c u l d a d e s e n- devastando o mundo. não combater a frentadas por esinjustiça com Papa Bento XVI outra injustiça, sas pessoas. A previsão é de nem a violência que, até o próxic o m m a i s v i omo domingo, quando se cele- lência. "Os cristãos têm de lembra a Páscoa, cerca de 120 mil brar que só se pode vencer o romeiros participem das cele- mal com o bem e jamais fazendo mal pelo mal", disse. brações em Aparecida. Na cidade de Itu, a 92 quilôA missa foi acompanhada metros da capital, além do Ofí- por milhares de pessoas na cio de Ramos, também aconte- Praça de São Pedro, no Vaticaceu, na noite de ontem, a tradi- no, muitas delas jovens que cional Procissão de Passos, a participavam da 21ª Jornada partir da Igreja de Nossa Se- Mundial da Juventude. A cerinhora do Carmo. Durante a se- mônia começou com a Procismana, todas as celebrações se- são das Palmas, que percorreu rão acompanhadas pelo coral a praça desde o obelisco até o Schola Cantorum, e serão fei- altar maior. Em sua primeiro rito da Semana Santa como patas em canto gregoriano. Bahia – Em Salvador, na Ba- pa, Joseph Ratzinger narrou a hia, o presidente da Conferên- entrada de Jesus em Jerusalém cia Nacional dos Bispos do e a Paixão de Cristo.

Alessandro Bianchi/Reuters

Após ressaltar que há 20 anos, "graças a João Paulo II", o Domingo de Ramos se tornou o dia da juventude (Karol Wojtyla instituiu a Jornada Mundial da Juventude em 1984), o papa defendeu que a cruz seja

José Luis Rocca/AFP

"um instrumento de paz e reconciliação entre os povos." Pobreza – Depois, analisou a chegada de Jesus a Jerusalém, não em uma luxuosa carroça nem a cavalo, "como os grandes do mundo", mas em um ju-

mento, o animal dos camponeses, que lhe foi emprestado. O significado, afirmou o papa, é que Jesus quis ser "rei dos pobres, um pobre entre os pobres e para os pobres". Ele lembrou que pobreza se

entende como humildade, liberdade interior e menos desejos de poder. "A liberdade interior é a premissa para que se possa superar a corrupção e a ganância que estão devastando o mundo", afirmou. (Agências)


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Natação Vôlei Automobilismo Tênis

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 10 de abril de 2006

Se não temos Guga como líder, temos quatro líderes." Fernando Meligeni, capitão do Brasil na Davis

NELSINHO PIQUET BRILHA NA EUROPA

Karim Jaafar/AFP

HERÓI SOLITÁRIO Fotos: Aly Song/Reuters

U

ma medalha de ouro e uma de bronze, ambas de Kaio Márcio de Almeida, nos 100 e 50 metros borboleta, respectivamente, foram o saldo da participação do Brasil no 8º Mundial de Piscina Curta (25 m), encerrado ontem, em Xangai, na China. Kaio não foi à final dos 200 metros borboleta - ficou em 10º na classificação geral, com o tempo de 1min56s55. De qualquer modo, o paraibano de 21 anos, recordista mundial dos 50 metros borboleta, foi o único medalhista e o principal nadador do Brasil em Xangai. "Gostei muito dos meus resultados, com exceção dos 200 metros, em que não calculei direito o tempo e relaxei demais. Mas as medalhas de ouro e bronze que conquistei foram muito importantes para mim e me deixaram muito feliz", disse Kaio Márcio. O Brasil piorou seu desempenho em Mundiais em comparação à edição de Indianápolis, em 2004, quando conquistou cinco medalhas, incluindo o ouro nos 200 metros e o bronze nos 100 metros de Thiago Pereira no estilo medley. Desta vez, Thiago não foi à final em nenhuma das provas. O País ainda teve a prata no 4 x 100 metros livre e o bronze no 4 x 200 metros livre, ambos no masculino, e o bronze de Nicholas dos Santos nos 50 metros livre - desta vez, ele foi à final, mas chegou em oitavo. Ao todo, o Brasil chegou a 12 finais e obteve dois novos recordes sul-americanos, no re-

Rossi vence a primeira

V

alentino Rossi obteve no GP do Catar sua primeira vitória na temporada da MotoGP e se igualou ao australiano Michael Doohan como segundo maior vencedor da categoria, com 54 vitórias - o italiano Giacomo Agostini venceu 68 vezes na entre 1965 e 1977. Nicky Hayden ficou em segundo, seguido do italiano Loris Capirossi.

vezamento 4 x 200 metros livre, com Rodrigo Castro, César Cielo, Thiago Pereira e Lucas Salatta (7min06s09), e nos 400 metros livre, com Mariana Brochado (4min07s21). Ontem, no último dia de provas, os velocistas César Cielo Filho e Rebeca Gusmão ficaram em quinto lugar nas suas provas. Cielo fez 48s04 nos 100 metros livre, que teve vitória do sul-africano Ryk Neethling, com 47s24. Rebeca nadou os 50 metros livre em

24s80 - a medalha de ouro foi para Lisbeth Lenton, da Austrália, com 23s97. Os nadadores brasileiros terão agora um trabalho de dois anos em piscina longa, de 50 metros, até os Jogos Olímpicos de Pequim-2008. Neste ano, até o Troféu José Finkel, tradicionalmente disputado em piscina curta, será em piscina olímpica, de 23 a 28 de maio, no Pinheiros, em São Paulo. Desfalcado de grandes estrelas, como o australiano Ian

Thorpe e o norte-americano Michael Phelps, o Mundial de Xangai teve cinco recordes mundiais quebrados. A grande estrela, responsável por três deles, foi o norte-americano Ryan Leche: nos 200 metros medley (1min53s3), nos 200 metros costas (1min49s05) e nos 100 metros costas (49s99), na abertura do revezamento 4 x 100 m medley. Por países, a Austrália foi a melhor, com 25 medalhas (12 de ouro, nove de prata e quatro de bronze).

Kaio Márcio ganhou as únicas medalhas do Brasil no Mundial de piscina curta; Ryan Lochte bateu três recordes mundiais

CLASSIFICAÇÃO: 1. Capirossi (ITA), 41; 2. Hayden (EUA), 36; 3. Pedrosa (ESP), 30; 4. Rossi (ITA), 27; 5. Elias (ESP) e Stoner (AUS), 21; 7. Melandri (ITA), 20; 8. Nakano (JAP) e Roberts (EUA) 14; 10. Gibernau (ESP), 13; 11. Edwards (EUA), 12; 12. Tamada (JAP), 8; 13. Hopkins (EUA) e 14. Checa (ESP), 7; 15. Vermeulen (AUS), 4; 16. Ellison (GBR), 3; 17. Hoffman (ALE), 2.

Francês vence na ChampCar

S

ebastien Bourdais, atual campeão, começou bem a luta pelo bi: fez a pole e venceu de ponta a ponta o GP de Long Beach, na Califórnia, primeira prova do ano. O melhor brasileiro foi Cristiano da Matta, que chegou em quinto.

Às portas da elite Rodrigo Buendia/AFP

CLASSIFICAÇÃO: 1. Bourdais (FRA), 33; 2. Wilson (ING), 27; 3. Tagliana (ITA), 25; 4. Dominguez (MEX), 23; 5. Da Matta (BRA), 21; 6. Ranger (CAN), 20; 7. Heylen (BEL), 18; 8. Legge (ING), 15; 9. Power (AUS) 13; 10. Pizzonia (BRA), 11; 11. Clarke (ING), 10; 12. Zwolsman (HOL), 9; 13. Philippe. (FRA), 8; 14. Vasser (EUA), 7; 15. Junqueira (BRA), 6; 16. Allmendinger (EUA), 5; 17. Tracy (CAN), 4; 18. Servia (ESP), 3.

Na Stock Car, Cacá ganha

V André Sá e Marcos Daniel marcaram ponto da vitória do Brasil na Davis

O

Brasil cumpriu sua missão e conseguiu, mesmo sem contar com o machucado Gustavo Kuerten, bater o Equador, em Cuenca, e chegar ao play-off do Grupo Mundial da Copa Davis. O ponto decisivo ponto veio com Marcos Daniel e André Sá, que marcaram 3 a 0 (7/6 (7/2), 6/2 e 6/3) em Nicolas Lapentti e Carlos Avellan. Para o capitão Fernando Meligeni, prevaleceu o espírito de equipe. Tanto que Guga, nos Estados Unidos, telefonou todos os dias para dar seu apoio a Meligeni. "O tênis brasileiro

começa a viver novamente um bom momento", festejou o exnúmero 1. "A união do grupo sempre foi o mais importante", destacou Meligeni. O Brasil enfrentará, em setembro, um dos oito países eliminados na primeira fase da Davis, o que pode trazer ao País um dos dois grandes astros do tênis atual. Isso porque se o sorteio, marcado para quinta-feira, colocar o time de Meligeni diante da Suíça de Roger Federer ou da Espanha de Rafael Nadal, os jogos seriam aqui no Brasil.

ice no ano passado, Cacá Bueno venceu ontem em Interlagos a equilibrada prova de abertura da Stock Car. As três montadoras que correm o campeonato foram ao pódio: Cacá usa o Mitsubishi Lancer; Hoover Orsi, o segundo, dirige o VW Bora; Rodrigo Sperafico, o terceiro, vai de GM Astra.

CLASSIFICAÇÃO: 1. Cacá Bueno, 25; 2. Hoover Orsi, 20; 3. Rodrigo Sperafico, 16; 4. Felipe Maluhy, 14; 5. Ingo Hoffmann, 12; 6. Giuliano Losacco, 10; 7. Alceu Feldmann, 9; 8. Thiago Camilo, 8; 9. Antonio Jorge Neto, 7; 10. Ricardo Maurício, 6; 11. Duda Pamplona, 5; 12. Jader David, 4; 13. Gualter Salles, 3; 14. Guto Negrão, 2; 15. Chico Serra, 1.

GP2: Nelsinho começa à toda

Minas e Rexona na frente N

T

elemig Celular/Minas e Rexona/Ades saíram na frente nas finais das edições masculina e femina da Superliga, respectivamente. Em casa, ontem à noite, o time mineiro bateu a Cimed por 3 a 1 (20/25, 25/18, 25/13 e 25/17), para surpresa do técnico, o argentino Jon Uriarte. "Não esperava uma vitória por 3 a 1, É um ótimo começo, mas ainda não acabou", afirmou. O Cimed começou melhor, comandado pelo levantador Bruno, filho de Bernardinho. Mas, aos poucos, o Minas

aproveitou a pressão da torcida para manter a invencibilidade em casa. O próximo jogo será quinta, em Florianópolis. Entre as mulheres, fora de casa, o Rexona/Ades bateu o Finasa/Osasco por 3 a 2 (25/17, 25/21, 21/25, 22/25 e 15/11). O time carioca começou arrasador, mas cedeu espaço para a reação do Osasco e só conseguiu retomar o domínio no tie-break. "Erramos muito no ataque", reclamou o técnico Bernardinho. O segundo jogo da decisão melhor-decinco será quarta, no Rio.

elsinho Piquet obteve uma vitória e um quarto lugar nas duas corridas de GP2 disputadas em Valência, Espanha, neste fim de semana, e lidera a competição, considerada a categoria de acesso à Fórmula 1. Tem 16 pontos, contra 10 do francês Nicolas Lapierre e 9 do inglês Lewis Hamilton. Depois de vencer a prova de sábado, Nelsinho chegou em quarto ontem, na corrida vencida pelo alemão Michael Ammermueller. O brasileiro optou por fazer uma corrida conservadora, depois de largar em oitavo, mas mesmo assim levou um ponto extra por ter feito a melhor volta entre os pilotos que largaram do grid.


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 -.OPINIÃO

segunda-feira, 10 de abril de 2006

RESENHA

NACIONAL RUMOS DE UMA ELEIÇÃO POLARIZADA

A partir de agora as pesquisas terão impactos muito mais significativos no preço dos ativos do que teriam antes da queda de Palocci crescer a ponto de impedir a vitória de Lula no 1º turno ou de vencê-lo no 2º? Num ambiente de polarização é fundamental que Alckmin emparelhe com Lula antes do início do horário eleitoral gratuito. O impacto da televisão poderá ser exponenciado pela formação de sólidos palanques nos Estados. Examinando-se o cenário sob outro ângulo, é possível que o crescimento de Lula seja revertido? Existem boas razões para crer que sim. Primeiro, a recuperação de seus índices eleitorais deu-se nos segmentos mais voláteis do eleitorado (eleitores de baixa renda e pouco escolarizados, residentes no Nordeste e nas periferias das grandes metrópoles). São eleitores mal-informados e pouco atentos à política, que podem voltar as costas a Lula. Para que isso ocorra, entretanto, necessita-se de um catalisador. Em certa

ESPACIAL

A gastança já começou ROBERTO FENDT

S

e alguém acha que a saída de Antonio Palocci do Ministério da Fazenda vai detonar um festival de gastos, engana-se: a gastança já está aí e começou com Palocci ainda ministro. A questão é saber se vai continuar até as eleições. Quem quiser saber o que está acontecendo basta consultar a nota à imprensa do Banco Central sobre o resultado fiscal do primeiro bimestre deste ano. Todos os indicadores pioraram, comparando-se o período janeiro-fevereiro de 2006 com os primeiros dois meses de 2005. Primeiro, piorou o resultado nominal do setor público consolidado, que engloba o Governo Federal e suas agências, os governos estaduais e municipais, e as empresas estatais. O déficit nominal (que inclui todas as receitas e despesas) aumentou de 2,93% para 7,33% do PIB no período correspondente. Desse aumento de 4,4 pontos percentuais, contudo, o governo federal propriamente dito foi responsável por 1,65 ponto percentual e o Banco Central por 1,97 ponto. Isto é: juntos, foram responsáveis por mais de 80% do aumento do déficit. Não deixa de ser interessante que muitos julgavam que a Fazenda estudava a proposta de zerar o déficit nominal, tantas vezes defendida nestas páginas pelo deputado Delfim Netto. Quem se levou a sério essa proposta não foi o Governo Federal, mas os estados e municípios, que estão a caminho de zerar seus déficits nominais. O conjunto dos estados apresentou no primeiro bimestre déficit de

TRECHOS DO ARTIGO DE OPINIÃO HTTP://WWW.MCM-MCM.COM.BR

Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Alencar Burti, Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br), Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Marcos Menichetti (marcosm@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Adriana Gavaça, André Alves, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046 Tiragem média diária de 25.646 exemplares, conforme auditoria realizada na semana de 13 a 17 de junho de 2005

ão sei se a ciência médica dos grandes e adiantados centros do mundo, como EUA, Tóquio, São Paulo, Berlim, Roma, Paris e outros que seria longo citar, já tem os elementos para julgar qual a reação das viagens espaciais no corpo humano. A Nasa já deve ter estudos ao menos sobre este assunto e sobre as mudanças que podem operar no corpo de cada astronauta e, futuramente, no corpo dos viajantes espaciais imaginadas pelo fabuloso Júlio Verne. Ao Brasil cabe a honra de ter oferecido à Nasa um astronauta de nome Marcos César Pontes, um curioso amador em viagens espaciais, que acabou recompensado de seu interesse com esse convite para integrar a equipe que foi ao espaço.

N

DO SITE DA MCM CONSULTORES

A lckmin tem que correr para ultrapassar Lula

Auditado pela

VIAGEM

Céllus

A

JOÃO DE SCANTIMBURGO

escala, pode ser o caso da quebra ilegal do sigilo bancário e da perseguição policial e administrativa movida pelo Planalto contra o caseiro Francenildo dos Santos. A liderança de Lula pode não ser tão sólida quanto aparenta, mas Alckmin, por sua vez, não tem muito tempo. As eleições presidenciais desde 1989 mostram que o candidato que lidera as pesquisas três ou quatro meses antes do início da campanha eleitoral tem forte chance de ser eleito no 1º turno ou de vencer no 2º. Em junho de 1989, Collor liderava com 42% das intenções de voto. A exceção ocorreu em 1994, quando o FHC obteve seu primeiro mandato. Ele só logrou ultrapassar Lula no início de agosto. Mas tinha atrás de si o sucesso do Plano Real. Do ponto de vista do mercado financeiro, o relevante é lembrar que as próximas pesquisas terão impactos muito mais significativos no preço dos ativos do que teriam antes da queda de Palocci. Como ressaltamos em publicações anteriores, o cenário ficou mais incerto e, conseqüentemente, mais volátil. Quando a volatilidade cresce, tudo o mais constante, o prêmio de risco também aumenta. Dado que a essa altura do jogo não é possível fazer prognóstico confiável com relação à eleição presidencial, para os participantes de mercado a palavra de ordem é cautela.

Dida Sampaio/AE

saída de Palocci aumentou a incerteza sobre a política econômica em um eventual novo mandato do presidente Lula. Optar por Lula ou Alckmin não era uma questão vital até recentemente, pois dava-se por certo que, fosse quem fosse o eleito, a política econômica seria mantida e as reformas voltariam à agenda legislativa em 2007. O quadro mudou e a preferência por Alckmin tende a aumentar. Mas se ele ficar muito atrás nas pesquisas, a incerteza voltará a atormentar o mercado. É certo que o exgovernador tem potencial para melhorar seus índices. Quais são suas chances de

0,45% do PIB e o conjunto dos municípios um déficit irrisório de 0,06% do PIB. Quem quiser continuar acompanhando o enganoso conceito de saldo primário também terá o dissabor de verificar que, da queda do superávit primário do setor público consolidado (de 5,28% para 2,43% do PIB), a parcela maior dessa queda (74%) é de responsabilidade do conjunto formado pelo Governo Federal, Banco Central, INSS e empresas estatais. Estados e municípios foram responsáveis por somente 25% da redução.

E

sse descompasso entre receitas e despesas não poderia deixar de refletir-se sobre o endividamento público. Novamente aqui há uma tentativa de usar os números para confundir, divulgando sistematicamente os números da dívida líqüida e esquecendo os da dívida bruta. Por esse último conceito, a dívida bruta do setor público consolidado, que em fevereiro de 2005 correspondia a 72,2% do PIB, passou para 74,7% em fevereiro último. O acréscimo, dois e meio por cento do PIB, equivale em dinheiro de hoje à bagatela de 50 bilhões de reais. É quanto devemos a mais no curto lapso de 12 meses. Portanto, leitor, se nada mudar, a gastança eleitoral já foi deflagrada: o déficit que interessa (o nominal) aumentou, o déficit primário diminuiu – esse decorrência direta dos gastos associados ao ano eleitoral – e a dívida pública aumentou. Sobrou para nós, os "contribuintes", a conta; como de hábito.

A dívida bruta do setor público passou para 74,7% do PIB em fevereiro

É preciso salvar o Simples MARCOS CINTRA

O

Simples foi um marco em termos de racionalização. A unificação dos seis tributos federais (IRPJ, PIS, Cofins, CSLL, IPI e INSS) em uma única guia de recolhimento poupou a Receita Federal e o INSS de manusear 75 milhões de documentos por ano. O Simples também foi positivo para a atividade produtiva. A opção por um sistema simples e barato de recolhimento de impostos formalizou firmas que operavam de modo clandestino e trouxe para a legalidade cerca de 1 milhão de postos de trabalho. Recentemente o Simples regrediu com a aprovação da MP 275/05, que elevou suas alíquotas. Com isto, a atual alíquota nominal máxima já é quase o dobro da verificada quando o sistema unificado foi criado em 1996. Os benefícios do Simples têm se evaporado gradualmente. A burocracia que impera na área fiscal brasileira acabou criando um sistema que já não é tão Simples nem tão barato. Aos poucos o tributo se torna parecido com os demais, ou seja, caro e confuso. É preciso salvar o Simples. A saída passa pela extinção das suas vedações e a troca de sua base de incidência do faturamento para as movimentações financeiras. Isto permitiria praticar alíquotas significativamente mais baixas que as atuais. O Simples sempre foi um sistema vulnerável à sonegação, pois utiliza um fato gerador declaratório, o faturamento. Com alíquotas mais altas, aumenta o prêmio para quem deixar de emitir nota fiscal ou subfaturar vendas. Surge um paradoxo. O sistema foi gerado para coibir a evasão e agora sofre dos mesmos males que veio corrigir. Ao utilizar as movimentações financeiras como fato gerador, a sonegação se tornaria remota, o Fisco teria custo operacional nulo e a alíquota po-

A

deria ser sensivelmente reduzida. Para garantir a arrecadação bastaria que o optante fosse obrigado a movimentar suas operações por meio do sistema bancário, sob pena de perder o direito de optar pelo sistema. Como proteção adicional, deveria haver legislação que fizesse a liqüidação das transações mercantis das empresas do Simples somente terem validade jurídica se ocorridas dentro do sistema bancário. Transações em moeda seriam limitadas a valores reduzidos. Seria uma CPMF adicional para as micro e pequenas empresas. Mas qual a alíquota?

E

m 2005 o Simples arrecadou R$ 12 bilhões e a base da CPMF foi de R$ 7,7 trilhões. Cerca de 60% dessa base é movimentada pelas pessoas jurídicas. A Receita Federal apurou que na composição do faturamento dos diferentes regimes de tributação o Simples representa 6%. Partindo destes números, tem-se que uma alíquota média de 4,3% manteria a atual arrecadação do Simples. Hoje, uma empresa prestadora de serviços que fature por ano R$ 100 mil tem uma alíquota efetiva de 5,4% no Simples. Se o faturamento for R$ 1,8 milhão por ano, a alíquota efetiva é de 8,1% se for comércio e de 11,6% no caso de prestador de serviços. O Simples incidente sobre as movimentações financeiras resgataria um sistema que, em seus primeiros anos, beneficiou o setor produtivo e o poder público. Aperfeiçoá-lo adotando esta linha, efetivamente simplificadora, é a única forma de evitar que haja outro mico tributário como o que ocorreu com o PIS/Cofins. MARCOS CINTRA É SECRETÁRIO DAS FINANÇAS DE SÃO BERNARDO MCINTRA@MARCOSCINTRA.ORG

burocracia fiscal acabou criando um sistema que já não é tão simples

As viagens virão, como vieram as viagens de avião. Se tiver vida, vou me candidatar a um lugar no foguete que irá à Lua. ão tenho dúvida que as viagens espaciais virão, como vieram as viagens de avião. Eu mesmo, se tiver vida, vou me candidatar a um lugar no foguete que irá à Lua. Deve ser, para os seres humanos que saírem da Terra, um espetáculo fascinante ver o nosso planeta azul do espaço. Júlio Verne imaginou grandes viagens espaciais, cujos romances fantásticos tanto encantaram minha adolescência e a dos milhões de leitores que ele teve pelo mundo. Tudo quanto Júlio Verne imaginou foi ou está sendo realizado ou ainda previsto, menos a viagem ao centro da Terra, tema do livro Lições de Abismo, do encantador e saudoso líder católico Gustavo Corção. Como admirador dos EUA, faço votos que o mundo retribua a sua política altruísta, que seu sonho se realize no possível dos benefícios de sua tecnologia admirável, que cumulem a Terra de invenções que tornem menos árdua a vida de cada dia em todo o planeta.

N

JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR


4

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Nacional Empresas Tr i b u t o s Finanças

segunda-feira, 10 de abril de 2006

Postos de gasolina nos supermercados terão 30 dias para providenciar inscrição estadual.

MAIS DE 7 MILHÕES JÁ ESTÃO QUITES COM O LEÃO

DETALHE QUE FAZ DIFERENÇA: DESPESAS COM ESCOLAS ESPECIAIS SÃO CONSIDERADAS GASTOS MÉDICOS

DESCONTO ESPECIAL NA LEGISLAÇÃO DO IR

O

contribuinte que paga escola especial para uma criança com limitação física ou mental pode lançar esses gastos na declaração do Imposto de Renda (IR) como despesas médicas e não educacionais, como é de praxe. A vantagem, nesse caso, é que existe um limite máximo (R$ 2.198) para se declarar os gastos individuais com educação, seja do contribuinte ou de seus dependentes. Para as despesas médicas, o valor é livre. Para conseguir esse tipo de dedução, o contribuinte precisa prestar as informações no campo correspondente a pagamentos e doações, no ítem sete, em que são discriminados gastos com médicos, dentistas, psicólogos, fisioterapeutas e terapeutas

consultor alerta, no entanto, que o desconto não pode ultrapassar R$ 10.340. Declarações – A Receita Federal havia recebido até sextafeira 7 milhões de declarações do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) 2006, o que representa um aumento de 15% sobre o volume recebido no mesmo período no ano passado. Pelas contas do fisco, 15 milhões de contribuintes ainda não cumpriram a obrigação. Todas as pessoas que tiveram rendimentos tributáveis acima de R$ 13.968,00 no ano passado devem prestar contas ao Leão. A declaração de renda pode ser enviada pela internet (ww.receita.fazenda.gov.br) ou gravada em disquete para entrega nos bancos credenciados. O prazo de entrega termina no próximo dia 28.

ocupacionais, entre outros. "Mas a dedução só é possível se o contribuinte fizer a declaração no modelo completo, já que a simplificada não permite o preenchimento dessas informações", explica Welinton Motta, consultor tributário da Confirp. Segundo Motta, antes de enviar a declaração para a Receita Federal, é preciso observar o que vale mais a pena: declarar esses gastos ou desfrutar do desconto de 20%, que é dado automaticamente ao contribuinte quando opta pela declaração simplificada. "Se o contribuinte atingiu um rendimento de R$ 30 mil, em 2005, ele vai ter o imposto cobrado com base em R$ 24 mil por causa do desconto. Por isso é preciso ponderar antes de escolher a forma como vai enviar o documento", avisa. O

Postos de combustível em supermercados perdem vantagem

A

Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz) regulamentou decreto que obriga os postos de combustíveis que funcionam dentro de supermercados a providenciar inscrição estadual própria. A legislação estabelece um prazo de 30 dias para os estabelecimentos se adaptarem à exigência. Em alguns bairros da cidade, a diferença de preço oferecida por postos de supermercado, em comparação com postos autônomos, chega a R$ 0,12. "Dessa diferença, até R$ 0,6 é o crédito do

Postos de supermercados devem ter inscrição estadual própria

Imposto Sobre Circulação de M e rc a d o r i a s e S e r v i ç o s (ICMS) que esses postos abatem com as mercadorias vendidas no interior dos supermercados", explica o presidente do Sindicato do Co-

m é r c i o Va r e j i s t a d e Derivados de Petróleo de São Paulo (Sincopetro), José Alberto Gouveia. O decreto foi publicado na edição de quinta-feira do Diário Oficial.

a causa trabalhista, ganha na Justiça, já descontada a comissão de 10% do advogado. Em quais campos devo lançar os valores? Sou obrigado a informar? (Luiz Augusto) Esse valor deve ser lançado, na declaração, no campo Rendimentos Tributáveis, sem que seja incluso o gasto que teve com advogado. Isso porque estão sujeitos ao imposto de renda na fonte os rendimentos pagos em cumprimento de decisão judicial. E cabe à fonte pagadora, no prazo de 15 dias da data da re-

tenção, comprovar o recolhimento do imposto de renda na fonte incidente sobre os rendimentos pagos em cumprimento de decisão da Justiça do Trabalho e enviar o Informe de Rendimento ao favorecido.

Renato Carbonari Ibelli

Márcia Rodrigues

trativo de Apuração de Ganhos - Renda Variável, disponível no programa IRPF 2006.

DC e Confirp respondem questões sobre a declaração do IR 2006 Se não recebo salário, mas distribuição de lucros, e tenho aplicação superior a R$ 15 mil, preciso entregar a declaração do Imposto de Renda? E se, ao invés da aplicação, tenho esse mesmo montante em bolsa de valores? (José Cruz) Normalmente, para ter participação na distribuição de lucros, o contribuinte é sócio de

Paulo Pampolin/Hype

Estou há três anos com a restituição do IR parada na malha fina. Descobri os motivos, só que não recebi intimação para prestar esclarecimentos. Como devo proceder para comprovar meus direitos? Não há necessidade de declaração retificadora? (Odair Carlos) Depende. Se o motivo que levou sua declaração à malha fina da Receita Federal foi um erro que você cometeu no pre-

uma empresa. Neste caso, está obrigado a fazer a declaração de renda. Sobre as aplicações, apenas será obrigado a declarar se a aplicação for igual ou superior a R$ 80 mil. Já o contribuinte que realizou operações em bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e assemelhadas deve fazer a declaração, preenchendo o Demons-

enchimento de dados, deverá fazer uma declaração retificadora e esperar o processamento do fisco para que o documento seja liberado em um dos lotes da malha fina. Caso não tenha encontrado nenhum erro na declaração, deverá ficar atento aos lotes da malha fina liberados ou esperar o chamado da Receita Federal para esclarecimentos. Isso pode demorar até seis anos. Recebi, no ano passado, a quantia de R$ 32,5 mil referentes

TIRA-DÚVIDAS Perguntas sobre a forma correta de preencher a declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física devem ser enviadas para o e-mail: irpf@dcomercio.com.br

AGENDA TRIBUTÁRIA

Abril/2ª semana ICMS/SP - OPERAÇÕES IN-

ICMS/SP - Fabricantes de tele-

ções para cálculo e recolhimento do

lhimento de contribuições em mais

pagas, creditadas, entregues,

cal

TERESTADUAIS COM COM-

fone celular, latas de chapa de alu-

ISS estão previstas na Portaria SF n

de uma GPS, encaminhar cópias de

empregadas ou remetidas a resi-

efetuadas no mês anterior (Convê-

BUSTÍVEIS DERIVADOS DE PE-

mínio ou de painéis de madeira

14/2004.

todas as guias.

dentes ou domiciliados no exte-

nio ICMS n

TRÓLEO E COM ÁLCOOL ETÍ-

MDF - último dia para recolhimen-

ISS - PROFISSIONAL AUTÔ-

Nota:

Se a data-limite para a

rior, a título de royalties ou re-

posteriores, e Portaria CAT n

LICO ANIDRO CARBURANTE

to do ICMS apurado no mês de

NOMO E SOCIEDADE UNI-

remessa for legalmente considera-

muneração previstos nos res-

1996, na redação dada pela Portaria

fevereiro/2006.

PROFISSIONAL - RECOLHI-

da feriado (municipal, estadual ou

pectivos contratos relativos a

CAT n

O contribuinte deverá entregar

o

das

operações

o

e

prestações

57/1995, e alterações o

o

32/

92/2002).

as informações relativas às opera-

ICMS/SP - Industriais ou ata-

MENTO DO IMPOSTO - Recolhi-

nacional), a empresa deverá anteci-

fornecimento de tecnologia,

ICMS/SP - ARQUIVO MAG-

ções interestaduais que promover

cadistas de pequeno porte (art. 11,

mento do imposto relativo ao tri-

par o envio da GPS.

prestação de serviços de assis-

NÉTICO COM REGISTRO FIS-

com combustíveis derivados de pe-

§ 3 , das Disposições Transitórias,

mestre janeiro/fevereiro/março/

tência técnica, cessão e licença

CAL DAS OPERAÇÕES E PRES-

tróleo em que o imposto tenha sido

na redação dada pelo Decreto n

o

2006 pelos prestadores de serviços

DIA 13

de uso de marcas e cessão e licen-

TAÇÕES REALIZADAS - CON-

retido anteriormente ou com álco-

49.472/2005) - último dia para re-

sob a forma de trabalho pessoal

IRRF - Recolhimento do Im-

ça de exploração de patentes.

TRIBUINTES DO SETOR DE

ol etílico anidro carburante cuja

colhimento do ICMS apurado no

(profissional autônomo) e pelas

posto de Renda Retido na Fonte

Incidente na comercialização

COMBUSTÍVEIS - Os contribuin-

operação

mês de fevereiro/2006.

sociedades de profissionais (socie-

correspondente a fatos geradores

de petróleo e seus derivados,

tes e os importadores de combustí-

gás natural e seus derivados e

veis derivados de petróleo, inclusive solventes, as usinas e as destilari-

tenha

ocorrido

com

o

diferimento do lançamento do im-

ICMS/SP - Substituição Tri-

dade uniprofissional) (art. 19, § 1 ,

ocorridos

posto com observância de progra-

butária - contribuinte enquadrado

do RISS - Decreto n 44.540/2004).

10.04.2006, incidente sobre rendi-

álcool

ma de transmissão eletrônica de

em código de CNAE-Fiscal que não

IRRF - Recolhimento do Im-

mentos de:

(Cide-Combustíveis).

as de açúcar e álcool, as distribuido-

dados. O contribuinte obrigado a

identifique a mercadoria a que se

posto de Renda Retido na Fonte

a) juros sobre capital próprio e

Cofins/CSL/ PIS-Pasep - Re-

ras

prestar essas informações por meio

refere a sujeição passiva por substi-

correspondente a fatos geradores

aplicações financeiras, inclusive os

tenção na Fonte - Recolhimento da

solventes, e os Transportadores

de transmissão eletrônica de dados

tuição; energia elétrica; fumo e seus

ocorridos no mês de março/2006,

atribuidos

ou

Cofins, da CSL e do PIS-Pasep reti-

Revendedores Retalhistas (TRR)

deverá observar os seguintes prazos

sucedâneos manufaturados; pneu-

incidente sobre rendimentos de

domiciliados no exterior, e títulos

dos na fonte sobre remunerações

deverão enviar à Secretaria da Fa-

para o cumprimento dessa obriga-

máticos, câmaras-de-ar e proteto-

beneficiários identificados, resi-

de capitalização;

pagas por pessoas jurídicas a outras

zenda arquivo magnético com o

3/1999,

res de borracha; tintas, vernizes e

dentes ou domiciliados no País.

10.833/

registro fiscal de todas as operações

Cláusula décima sexta, na redação

outros produtos químicos; veículo

IRPJ/CSL/PIS/Cofins - Incor-

buídos sob a forma de bens e servi-

2003, arts. 30, 33 e 34), no período

e prestações realizadas a qualquer

dada pelo Convênio ICMS n

novo ; veículo novo de 2 rodas mo-

porações imobiliárias - Regime

ços, obtidos em concursos e sortei-

de 16 a 31.03.2006.

torizado - último dia para recolhi-

Especial de Tributação - Recolhi-

os de qualquer espécie e lucros de-

a) TRR: no dia 03.04.2006;

mento do ICMS apurado no mês de

mento unificado do IRPJ/CSL/PIS/

correntes desses prêmios; e

b) contribuinte que tiver rece-

março/2006.

Cofins, relativamente às receitas

ção (Convênio ICMS n

o

o

33/

2005, Cláusula primeira):

ICMS/SP - CNAE´S - 01112 a

o

o

no

período

a

de

1

residentes

o

a

b) prêmios, inclusive os distri-

etílico

combustível

pessoas jurídicas (Lei n

o

do no 1

o

combustíveis,

inclusive

título no mês anterior (art. 1

o

IPI (exceto o devido por ME ou EPP) - Pagamento do IPI apura-

c) multa ou qualquer vantagem

de

Portaria CAT n

o

da

95/2003).

ICMS/SP - ARQUIVO MAG-

decêndio de abril/2006

NÉTICO COM REGISTRO FIS-

incidente sobre produtos classifica-

CAL DAS OPERAÇÕES E PRES-

tribuinte substituído, exceto TRR:

01708,

05118,

incorporadoras que tiverem opta-

Cofins - Pagamento da contri-

dos no Capítulo 22 da TIPI (bebi-

TAÇÕES REALIZADAS - RE-

nos dias 04 e 05.04.2006;

05126, 10006, 11100, 11207, 13102

do pelo Regime Especial de Tribu-

buição cujos fatos geradores ocor-

das, líquidos alcoólicos e vinagres).

VENDEDOR VAREJISTA DE

a 13293, 14109 a 14290, 16004,

tação (RET), na forma da IN SRF n

reram no mês de março/2006:

IPI (exceto o devido por ME

COMBUSTÍVEIS E CONTRIBU-

bido o combustível exclusivamente

26913,

26921,

45110

a

474/2004.

do sujeito passivo por substituição:

50105,

50202,

50504,

51110

dia 06.04.2006;

51195;

55131

a

bido o combustível de outro con-

c) contribuinte que tiver rece-

d) importador: nos dias 03, 04, 05 e 06.04.2006; e) refinaria de petróleo ou suas bases: e.1) até o dia 13.04.2006, em relação às operações cujo imposto

02119

a

02135,

45608,

recebidas em março/2006 pelas

o

a

Comprovante de Juros sobre

por rescisão de contratos.

INTES

QUE

ADQUIRIREM

Cofins - Entidades Financeiras

ou EPP) - Pagamento do IPI apura-

e Equiparadas.

do no 1

decêndio de abril/2006

COMBUSTÍVEIS - O revendedor

o

55247,

o Capital Próprio – PJ - Forneci-

Cofins - Demais Entidades.

incidente sobre produtos classifica-

varejista de combustíveis e os con-

60305, 63118 a 63401, 65102 a

mento, à beneficiária pessoa jurídi-

Cofins - Combustíveis.

dos no código 2402.20.00 da TIPI

tribuintes do ICMS que adquiri-

65994, 72109 a 72907, 74110 a

ca, do Comprovante de Pagamento

Cofins - Fabricantes/Importa-

(cigarros que contêm fumo).

rem combustíveis para consumo

74993, 85111 a 85324. - último dia

ou Crédito de Juros sobre o Capital

dores de veículos em substitui-

para recolhimento do ICMS apura-

Próprio no mês de março/2006

55190,

IPI (exceto o devido por ME

do no mês de março/2006. ICMS/SP -

REMESSA INTE-

ou EPP) - Pagamento do IPI apura-

IPI (exceto o devido por ME

deverão enviar à Secretaria da Fa-

ção tributária.

ou EPP) - Pagamento do IPI apura-

zenda arquivo magnético com o

Cofins não-cumulativa.

do no mês de março/2006 inciden-

registro fiscal de todas as operações

PIS-Pasep - Pagamento das

te sobre todos os produtos (exceto

e prestações realizadas, a qualquer

tenha sido anteriormente retido

RESTADUAL EM CONSIGNA-

do no 3

decêndio de março/2006,

contribuições cujos fatos geradores

os classificados no Capítulo 22, nos

título, no mês anterior, com com-

por refinaria de petróleo ou suas

ÇÃO INDUSTRIAL - ENTREGA

incidente sobre produtos classifica-

ocorreram no mês de março/2006:

códigos 2402.20.00, 2402.90.00 e

bustíveis derivados de petróleo, gás

bases;

DE ARQUIVO ELETRÔNICO -

dos nas posições 84.29, 84.32 e

PIS-Pasep - Faturamento (cu-

nas posições 84.29, 84.32, 84.33,

natural veicular e álcool etílico

e.2) até o dia 23.04.2006, em

Entrega pelo consignante à reparti-

84.33 (máquinas e aparelhos) e nas

mulativo).

87.01 a 87.06 e 87.11 da TIPI).

hidratado combustível (art. 2

relação às operações cujo imposto

ção fiscal a que estiver vinculado,

posições 87.01, 87.02, 87.04, 87.05 e

PIS - Combustíveis.

tenha sido anteriormente retido

em meio magnético, de demons-

87.11 (tratores, veículos automó-

por outros contribuintes.

trativo de todas as remessas interes-

veis e motocicletas), todos da TIPI.

taduais efetuadas em consignação e

IPI (exceto o devido por ME

49.910/

das correspondentes devoluções,

ou EPP) - Pagamento do IPI apura-

2005) do RICMS/SP, art. 20 da

com a identificação das mercadori-

do no 3

DDTT e Ato Cotepe n

as (art. 474-A, inciso II).

incidente sobre produtos classifica-

(Arts. 423-A e 424-A (na redação dada pelo Decreto n

o

o

Comunicado CAT n

o

42/2005 e

52/2005)

ISS - RECOLHIMENTO DO IMPOSTO - CONTRIBUINTES

o

o

da

IPI (exceto o devido por ME

Portaria CAT n 95/2003). Nota: O

PIS - Não-cumulativo (Lei n

ou EPP) - Pagamento do IPI apura-

parágrafo único do art. 210 do Có-

10.637/2002).

do no mês de março/2006 inciden-

digo Tributário Nacional (CTN)

PIS-Pasep - Folha de Salários.

te sobre os produtos do código

estabelece que os prazos só se inici-

PIS-Pasep - Pessoa Jurídica de

2402.90.00 da TIPI (“outros cigarros”).

am ou vencem em dia de expedien-

o

Direito Público.

decêndio de março/2006

dos nas posições 87.03 e 87.06 da TIPI (automóveis e chassis).

o

o

te normal na repartição em que

PIS-Pasep - Entidades Finan-

DIA 15

deva ser praticado o ato. Essa obri-

ceiras e Equiparadas.

ICMS/SP - ARQUIVO MAG-

gação se cumpre por meio eletrôni-

PIS - Fabricantes/Importado-

NÉTICO - OPERAÇÕES E PRES-

co e pode ser efetuada a qualquer

res de veículos em substituição

TAÇÕES INTERESTADUAIS

-

tempo; no entanto, recomenda-

DIA 10

EM GERAL - Pagamento do im-

Previdência Social (INSS)

ICMS/SP - CNAE´S - 17213 a

posto relativo às prestações de ser-

GPS - Envio, ao sindicato represen-

tributária.

Remessa pelo contribuinte usuário

mos que o envio se faça até o dia 15

17795, 18112 a 18228, 19313 a

viço efetuadas no mês de março/

tativo da categoria profissional

Cide - Pagamento da Contri-

de sistema eletrônico de proces-

do mês subseqüente às operações.

19399, 26417, 26425, 35319 e 36960

2006, bem como do imposto retido

mais numerosa entre os emprega-

buição de Intervenção no Domínio

samento de dados, às Secretarias de

- último dia para recolhimento

na fonte no referido mês (art. 80 do

dos, da cópia da Guia da Previdên-

Econômico cujos fatos geradores

Fazenda, Finanças ou Tributação

do ICMS apurado no mês de feve-

RISS, aprovado pelo Decreto n

o

cia Social (GPS) relativa à compe-

ocorreram no mês de março/2006:

das Unidades da Federação, de ar-

reiro/2006.

44.540/2004). As diversas instru-

tência março/2006. Havendo reco-

Incidente sobre as importâncias

quivo magnético com registro fis-

Fonte


segunda-feira, 10 de abril de 2006

Administração Urbanismo Distritais Transpor te

DIÁRIO DO COMÉRCIO

9

NOVO POUPATEMPO ATENDERÁ A ZONA OESTE

Há mais de 50 anos nossa região não recebe uma obra tão significativa Douglas Formaglio

Divulgação

GIr

Lapa apóia instalação do Poupatempo

Agendas da Associação e das distritais

Hoje

Newton Santos/Hype

I Centro – A consultora do

Projeto Empreender Jane Giannini participa, junto com o núcleo de confecção e aviamentos, do seminário Comércio Bilateral BrasilEspanha. Às 8h30, na Assembléia, av. Pedro Álvares Cabral, 201, Ibirapuera. I São Miguel – A distrital realiza reunião do núcleo de salões de beleza do Projeto Empreender, coordenada por Valdeir Gimenez. Às 18h. I Rural – O vice-presidente da ACSP Carlos R. P. Monteiro participa da inauguração da filial da Credicitrus. Às 18h, no edifício Esplanada, Pç. Ramos de Azevedo, 206/19º andar. I Homenagem – O presidente da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Guilherme Afif Domingos, participa de homenagem ao presidente mundial da Sun Microsystems, Jonathan Schwartz, promovido por Bia e João Doria Jr. Às 20h30, na residência do casal, no Jardim Europa.

Vencedores receberam troféus com réplicas do Marco da Paz

Café, negócios e Natal Iluminado em São Miguel

A

Distrital São Miguel realizou o IV Café com Negócios, em março, na sua sede. O evento teve a participação de mais de cem pessoas, entre empresários e representantes de instituições da região. O superintendente da distrital, José Parziale Rodrigues, entregou o Marco da Paz aos vencedores do concurso Natal Iluminado/2005. A seguir: Divulgação

Representantes da GCM estiveram na distrital e foram convidados a participar do De Olho no Imposto

Terça I São Miguel – A distrital faz

reunião do núcleo de bufês e eventos do Projeto Empreender , coordenada por Valdeir Gimenez. Às 14h30. I Comus - Reunião extraordinária do Comitê de Usuários dos Portos e Aeroportos do Estado (Comus), coordenada pelo conselheiro da ACSP José Cândido Senna com participação do chefe do setor de exportação da Alfândega de Guarulhos, Renato Augusto da Gama e Souza, sobre A atuação da SRF no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Às 17h, rua Boa Vista, 51/9º andar, plenária. I São Miguel – A distrital São Miguel realiza reunião ordinária. Às 19h.

Quarta I Lapa – A distrital realiza

reunião do núcleo de RH do Projeto Empreender , coordenada por André Gil Sanchez Júnior. Às 9h. I São Miguel – A distrital realiza reunião do núcleo de lojas de móveis e colchões do Projeto Empreender, coordenada por Valdeir Gimenez. Às 20h.

Residência - famílias Deodato Tadeu e Brazão Hott. Árvore Gigante – Natalício Aparecido Vigo. Comercial - Fachada – CNA Idiomas, representada por Solange Pereira Orantas; e Bozó Automóveis Ltda. Instituição de Ensino - Fachada – Faculdade Guainás, representada por Antonio Carlos Calabrez.

GCM em reunião na Penha

U

ma reunião entre representantes da Distrital Penha e da Guarda Civil Metropolitana (GCM) foi realizada, na sede da distrital, em março. O objetivo do encontro foi solicitar a participação da GCM no movimento De Olho no Imposto. Foi solicitado também o policiamento e a proteção do largo do Rosário, um dos pontos mais tradicionais do bairro e que foi invadido por mora-

dores de rua. Os dois pedidos foram aceitos pela GCM, mas devem ser encaminhados ao comando por meio de ofício. Estiveram presentes à reunião o inspetor chefe de Grupamento do Comando Operacional Leste, José Reinaldo Brigido, o inspetor Eliazer Rodella, o superintendente da distrital, Marco Antonio Jorge, e o conselheiro Eugênio Cantero Sanches.

Divulgação

Santo Amaro doa sangue CME ajudou a realizar coleta

Quinta I São Miguel – A distrital

realiza reunião do núcleo de escolas particulares do Projeto Empreender, coordenada por Valdeir Gimenez. Às 15h. I São Miguel – A distrital São Miguel realiza reunião do núcleo de automecânicas do Projeto Empreender, coordenada por Valdeir Gimenez. Ás 19h30.

O

Conselho da Mulher Empreendedora (CME) da Distrital Santo Amaro, o Poupatempo da região, a Fraternidade Feminina Cruzeiro do Sul do Estado de São Paulo, o Lions Clube Planalto Paulista e o Centro de Hematologia de

São Paulo realizaram, em março, uma campanha para doação de sangue. Foram coletadas 70 bolsas. O CME esteve representado por Rosa Simei Bruno e o Poupatempo por Ilídio San Martin Machado Júnior.

A

Distrital Lapa da A s s o c i a ç ã o C omercial de São Paulo foi palco, na última quarta-feira, de um encontro entre representantes de entidades de classe da região. O evento teve como pauta o projeto de abertura de uma unidade do Poupatempo no bairro, assim como a transferência da subprefeitura para a chamada Lapa "de baixo". Para o superintendente da distrital, Douglas Formaglio, a chegada do Poupatempo trará maior movimento para o comércio local. "Há mais de 50 anos nossa região não recebe uma obra tão significativa. Trata-se de uma decisão sábia", afirmou. O deputado estadual Celino Cardoso acredita que a Lapa é o bairro ideal para receber o Poupatempo da zona oeste, devido à sua localização estratégica. "A unidade beneficiará todos os bairros próximos. A idéia é inaugurá-lo até o fim do ano, já que a licitação está em andamento", disse. Mud anças – No mesmo imóvel onde atualmente está instalada a subprefeitura, funciona também o Tendal da Lapa, um espaço destinado à realização de atividades culturais. Como o projeto prevê a instalação do Poupatempo neste local, tanto o Tendal como a subprefeitura terão de mudar de endereço. De acordo com o chefe de gabinete da Subprefeitura da Lapa, Roberto Nappo, o Tendal irá para um galpão nas proxi-

Reunião na distrital discutiu a chegada do Poupatempo e as mudanças da subprefeitura e da área de lazer do Tendal da Lapa. O superintendente, Douglas Formaglio (ao lado), acredita no crescimento das vendas.

midades da atual sede, enquanto a subprefeitura mudará para a Lapa "de baixo". "É uma forma de revitalizar e valorizar essa parte do bairro", afirmou Nappo. A Ordem dos Advogados do Brasil também apóia a abertura do Poupatempo na Lapa. "Nossa reivindicação nesse sentido é antiga. Como é uma região muito populosa, será um avanço", contou Helena Maria Diniz, presidente da 96ª Subseção Lapa da OAB. "Encaminharemos aos governantes um ofício com as conclusões do debate", disse Formaglio. Mais discussão – Não é apenas a instalação do Poupatempo que tem sido discutida na região. Um encontro realizado

no Colégio Santo Ivo, em março, debateu vários assuntos de interesse do bairro e que devem ser tratados como prioridades neste ano. Foram discutidas a construção da estação ferroviária na Lapa, a implantação do Parque Municipal Orlando Villas Bôas (onde existia a estação de compostagem da Vila Leopoldina), a reforma do Mercado Municipal da Lapa e a ajuda para o Hospital Sorocabano. O vereador Gilberto Natalini, à época secretário de Participação e Parceria, esteve presente e se mostrou disposto a colaborar e a pedir apoio a outras secretarias para o encaminhamento dessas questões. André Alves

Terceira idade na Sudeste D

urante a instalação da Faculdade da Terceira Idade das Faculdades Paulus de Tecnologia e Comunicação foram entregues seis troféus Marco da Paz a pessoas que se destacaram na área da terceira

idade. O evento foi em 8 de março, Dia Internacional da Mulher. As réplicas foram entregues pelo superintendente da Distrital Sudeste, Giacinto Cosimo Cataldo. Também em

comemoração ao Dia da Mulher, foram homenageadas, no Clube da Cidade Ibirapuera, as conselheiras da distrital Cibele de Freitas e Rosimeire Campos.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 10 de abril de 2006

Indicadores Econômicos

9

-0,91

por cento foi o encerramento do Ibovespa - principal índice de Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) – na sexta-feira

7/4/2006

Informe Publicitário

FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Situação em 06/04/2006 Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda

Fundo P.L. do Fundo Empresarial LP ....................... 3.116.075,58 Lastro Performance LP ......... 973.582,53 Múltiplo LP .............................. 2.909.263,02 Esher LP .................................. 2.471.652,39 Master Recebíveis LP ........... 431.836,57

Valor da Cota Subordinada 1.027,943840 994,449035 1.029,391023 1.006,574749 950,324806

% rent.-mês 1,0030 0,1717 0,4853 0,2003 - 0,3226

% ano 5,2174 -0,5551 2,9391 0,6575 -4,9675

Valor da Cota Sênior 0 1.016,183534 1.022,593746 0 0

% rent. - mês 0,2445 0,2663 -

% ano 1,6184 2,2594 -

rating AA-(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)

DC

COMÉRCIO


DIÁRIO DO COMÉRCIO

6

segunda-feira, 10 de abril de 2006

Geral Itália: 66% vão

Não votem em quem possa dividir o país e pôr em risco os avanços democráticos. Alejandro Toledo, presidente do Peru

Giuseppe Cacace/AFP

AFP

às urnas no 1º dia da eleição Favorito nas pesquisas, Prodi é o mais cotado também nas casas de apostas de Londres. Porém, indecisos ainda são 15% dos eleitorado

M

ais de 66% dos eleitores italianos foram às urnas ontem, no primeiro dos dois dias das eleições gerais que decidirão se o primeiro-ministro de centro-direita Silvio Berlusconi continuará no poder ou será substituído pelo centro-esquerdista Romano Prodi. Ao todo, 66,5% dos eleitores votaram. Nas eleições de 2001, quando a votação ocorreu em apenas um dia, 81,4% foram às urnas no país. Um grande comparecimento é considerado crucial para uma vitória de Berlusconi. Sua coalizão, a Casa da Liberdade, espera um comparecimento superior a 80% – num país onde o voto não é obrigatório – para poder imaginar uma vitória de Berlusconi. Se a porcentagem for inferior a 80%, os dirigentes da Casa da Liberdade já admitem que poderão ser derrotados. Como a campanha se transformou num referendo sobre a permanência ou não de Berlusconi, eles acreditam que isso poderá contribuir para mobilizar maciçamente o eleitorado italiano. O domingo de votação não esteve livre das polêmicas que marcaram a campanha. Ainda no período de reflexão do eleitorado, pouco antes da abertura do processo de votação, os responsáveis pela campanha de Berlusconi inundaram os telefones celulares dos italianos com mensagens de texto (SMS) de pro-

paganda anti-Prodi, violando a legislação eleitoral. Isso levou a aliança de centro-esquerda a enviar um protesto ao órgão controlador da privacidade dos usuários da telefonia – que, por sua vez, alertou a Justiça sobre essa iniciativa da Casa da Liberdade. Multas - Romano Prodi, na cidade de Bolonha, onde votou, reagiu indignado contra a ruptura do silêncio via SMS. Durante a campanha, Berlusconi foi condenado a pagar duas multas por violação das regras eleitorais, num total de 400 mil euros. Apesar dessas artimanhas, os dirigentes da aliança de Prodi mostravamse convencidos da vitória. Favorito nas pesquisas Prodi era o mais cotado também nas casas de apostas de Londres. Mas permanecia o ponto de interrogação por causa dos indecisos – que, segundo as sondagens pré-eleitorais, chegavam a 15% dos quase 50 milhões de eleitores. As eleições renovarão a composição da Câmara dos Deputados (630 cadeiras) e do Senado (315 assentos elegíveis; há 7 senadores vitalícios) para os próximos cinco anos. O comparecimento às urnas dos italianos que vivem no exterior foi de 42,7%. O recorde foi da América Latina (51,81%), com a Argentina como primeiro colégio eleitoral do continente, seguida do Brasil. (AE)

O primeiro-ministro Silvio Berlusconi chega para votar junto com sua mãe; o opositor Romano Prodi vota em Bolonha

Peru: disputa pelo segundo lugar Enrique Marcarian/Reuters

Peruanos residentes na Argentina formam, em Buenos Aires, enormes filas para votar na eleição presidencial que já tem confirmado no segundo turno o nome do nacionalista Ollanta Humala. A eleição será decidida em 7 de maio

P

esquisa de boca-deurna do instituto Apoyo, o mais respeitado do Peru, indica uma acirrada disputa entre o ex-presidente Alan García, da Aliança Popular Revolucionária Americana (Apra), e a conservadora Lourdes Flores, da Unidade Nacional (UN), pelo direito de enfrentar o nacionalista Ollanta Humala, no segundo turno da eleição peruana de 7 de maio. Outros institutos de pesquisa revelaram resultados bastante semelhantes após as eleições de ontem. A sondagem da Apoyo mostra ainda que o partido de García deve obter a maior bancada entre os 120 congressistas do Peru, com 20 7% dos votos. A União Pelo Peru, de Humala, teria recebido 17,7% dos votos para o Congresso e a UN, de Lourdes, 17,1%. Fujimorismo - Outro dado confirmado pela pesquisa é o significativo ressurgimento do fujimorismo na cena política peruana. A candidata da Aliança para o Futuro (AF), Martha Chávez, teria ficado em quarto lugar na eleição presidencial, com 6,9% – superando na reta final o ex-presidente Valentín Paniagua, da Frente de Centro, obteria 6,5%. Além disso, a filha do ex-presidente

Alberto Fujimori, Keiko, deve ser a deputada mais votada desta eleição. Fujimori fugiu do país em meio a uma imensa crise em 2000 e está preso no Chile. A bancada fujimorista, segundo Apoyo, será a quarta maior do Congresso, com 12,9%. A Frente de Centro obteria 8,6% e o partido do presidente Alejandro Toledo, Peru Possível, receberia 4,2% dos votos para o Congresso - 0,2 ponto porcentual acima do limite mínimo de 4% para que um partido possa ter uma bancada no Legislativo. Desde sábado, a missão de observação eleitoral da Organização dos Estados Americanos (OEA) vinha advertindo a população a receber com cautela as pesquisas de boca-deurna, ressaltando que nenhum resultado poderia ser levado em conta antes da manifestação da entidade eleitoral oficial, o Escritório Nacional de Processos Eleitorais (Onpe, pelas iniciais em espanhol). A votação foi marcada por filas e confusões. Na universidade em que Lourdes votou, ao lado do Estádio Nacional, de Lima, os eleitores esperaram em filas por até quatro horas para chegar às urnas. "Isso é um desrespeito, uma desorganização completa", reclamava

uma senhora que disse estar na fila havia três horas e meia. "Nos deixam aqui, sob o sol, enquanto as mesas param porque tem um candidato lá dentro. A lei eleitoral dá prioridade a candidatos na hora do voto. Entre os principais candidatos, só Paniagua dispensou o privilégio e esperou na fila por sua vez de votar. País em risco - Humala, cujo discurso em favor da renegociação de contratos com as empresas estrangeiras desperta temores em vários setores da sociedade peruana, acusou Toledo de intervir no processo para tentar impedir sua vitória. Durante um pronunciamento na véspera Toledo pediu aos peruanos que refletissem antes de votar em algum candidatos "que possa dividir o país e pôr em risco os avanços democráticos". Em seu último comício, na quinta-feira, Humala afirmou que, se eleito, proibiria Toledo de deixar o Peru até que prestasse contas de seus atos de governo "lesivos ao país". Os adversários de Humala, tenente-coronel da reserva que liderou a rebelião militar contra Fujimori em 2000, o acusam de ter sua campanha financiada pelo presidente venezuelano, Hugo Chávez. (AE)

Ó RBITA

ILEGAIS

POMBINHOS

PAIXÃO

ezenas de milhares de pessoas marcharam ontem pela cidade de Dallas, no sulista Estado do Texas, nos EUA, exigindo aos políticos americanos que votem uma lei que permita a legalização da maioria dos 11,5 milhões de trabalhadores ilegais no país. O Senado não conseguiu a aprovação de um projeto que concederia a cidadania aos ilegais.

príncipe Charles, da Grã-Bretanha, e sua mulher, Camilla Parker Bowles, comemoraram ontem o primeiro aniversário de casamento, na Escócia. Durante este ano, Camilla ganhou popularidade entre os súditos, mas muitos britânicos ainda se opõem à possibilidade de Camilla ser rainha quando Charles assumir o trono.

papa Bento 16 celebrou ontem no Vaticano a tradicional missa do Domingo de Ramos, que dá início às liturgias da Semana Santa. "Com essa liturgia, entramos na Semana Santa, para viver a paixão, a morte e a ressurreição de Jesus Cristo", declarou. Bento 16 lembrou que os ramos simbolizam a paz e as palmas, o martírio de Cristo.

D

O

O


segunda-feira, 10 de abril de 2006

Nacional Tr i b u t o s Empresas Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

5 Os acessos ao site Flores On Line são três vezes maiores no período da Páscoa. A empresa fez parceria com a Amor ao Pedaços.

MÁSCARA DE CHOCOLATE CUSTA R$ 240

Paulo Pampolin/Hype

Newton Santos/Hype

Cosmetóloga derruba mito de que chocolate dá acne

Leila Maria Furlan (dir.), da Bacco's: exclusividade

Leonardo Rodrigues/Hype

Leonardo Rodrigues/Hype

Minirrosas e chocolate da Flores On Line

Para as mais exigentes, kit com importados

Chocolate é só um detalhe para vender mais Varejo aposta na Páscoa também com flores, brinquedos e tratamentos estéticos

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e atender ao apelo comercial é inevitável, que pelo menos seja com criatividade. A Páscoa está aí e as opções de p re s e n t e s ã o m u i t a s p a r a quem quer "fugir" do chocolate. O varejo aproveita a data e oferece alternativas inusitadas para presentear. A fabricante de brinquedos Estrela está lançando a Suzy Moranguinho nesta Páscoa. Outro produto que agrada meninas de todas as idades nasceu de uma parceria entre a Estrela e a fábrica de chocolates Top Cau: um ovo que vem com uma boneca Fofolete, sucesso nos anos 70 e 80. A Estrela oferece como sugestão também a turma dos Ursinhos Carinhosos e jogos. "Uma criança costuma ganhar ovo de Páscoa de avós, padrinhos e tios. É melhor diversificar", diz o diretor de marketing da fabricante, Ayres José Leal Fernandes. Segundo ele, as vendas da empresa devem crescer 8% nesta Páscoa, em relação ao mesmo período do ano passado. A Flores On Line, que atende a pedidos pela internet (www.floresonline.com.br) criou cestas, arranjos e caixas aproveitando a parceria que fez com a Amor aos Pedaços. "O único lugar em que as pessoas encontram os produtos da Amor aos Pedaços, sem contar as lojas próprias da marca, é aqui. Com a vantagem de ter a companhia de flores", afirma o diretor de marketing da empresa, Eduardo Casarini. Entre as novidades, está o ovo de galinha com chocolate dentro. As cestas variam de R$ 39 a R$ 200. "Nesta época, o número de acessos ao site aumenta três vezes. O faturamento deve crescer 25%", diz Casarini. Almoço – Existe inovação também para a refeição de domingo. A La Vera Pasta criou massas para as crianças em forma de coelhinhos e cenouras, recheados de mussarela de búfalo. "A família acaba comendo o que os filhos gostam para

Paulo Pampolin/Hype

Delícia também trata a pele

ter menos trabalho na cozinha. Se os adultos quiserem mais sofisticação, é só mudar o molho", ressalta uma das proprietárias da empresa, Tânia Suplicy Abul Hiss. O kit com três unidades da massa custa R$ 10, ou R$ 4 cada uma. E Páscoa só é verdadeira, dizem muitos consumidores, se o bacalhau estiver presente. O Empório Chiappetta preparou duas novas receitas de bacalhau ao forno para os admiradores do prato. A loja oferece cortes especiais, como o lombo do bacalhau e pedaços desfiados do peixe. A expectativa do diretor da empresa, Eduardo Chiappetta, é de que o faturamento cresça entre 5% e 8% em razão das novidades. Os gourmets terão à mão os produtos da linha Hulalá, da Codap, que coloca nas prateleiras dos supermercados o molho branco Gran Cucina. A novidade substitui o creme de leite de origem animal em qualquer receita; além do chantilly de chocolate, o único encontrado com o sabor. Ovos diferentes – Mas há quem não abra mão do chocolate, embora exija uma roupa diferente para o produto. Os fãs do futebol vão encontrar ovos de Páscoa personalizados com o símbolo de quatro times paulistas: Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos. A idéia é fruto da união da da loja Roxos e Doentes com a fabricante de chocolates Ar-

cor. O produto, de 230 gramas, sai por R$ 13,90. Exclusivo – A Bacco's dá suporte para que o cliente "monte" o próprio ovo. O produto customizado fica com a cara do dono. Os recheios chamam a atenção – entre as opções, estão cachaça e cupuaçu. Para as crianças foram criados kits com itens da Hello Kitty, além de carrinhos, sapinhos, colares e miniursinhos. Os adultos podem escolher peças que podem ser usadas o ano todo: bandanas e lenços, por exemplo, com estampas de oncinha ou verdes e amarelas. "Queremos que nossos clientes tenham prazer não só na hora de degustar os chocolates, mas também quando os compram", detalha a sócia-diretora da Bacco's, Leila Maria Furlan. Quem faz questão só do chocolate, não importando o formato dele na Páscoa, vai realizar um sonho: uma fonte elétrica do doce, que mantém o produto morno e serve toda a família. O equipamento chegou há dois meses da China. Uma das sugestões de uso é oferecer a iguaria derretida para os convidados degustarem com frutas. A fonte custa R$ 429 na Biagallo. Diabéticos – As fabricantes de chocolates estão atentas até às pessoas que têm restrições ao açúcar ou à lactose. A linha 2006 da Pan está recheada com o ovo de Páscoa sem lactose, para as pessoas que têm intolerância ao leite de vaca. Já a Nestlé está lançando o Galak Diet. Está disponível também nas prateleiras a versão do Alpino. Os produtos não têm açúcar e exibem nas embalagens o selo da Associação Nacional de Assistência ao Diabético (Anad). A Kopenhagen oferece três ovos diet, que variam de 150 a 500 gramas, além de produtos conhecidos dos consumidores que têm limitações alimentares, como Língua de Gato e caixas de bombons. Neide Martingo

Faz bem para a pele e não engorda

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uitos não sabem, mas o chocolate não apenas pode ser degustado, como também ser besuntado na pele. A esteticista e cosmetóloga Roseli Siqueira desenvolveu uma máscara de chocolate e ouro – combinação que, segunda ela, é perfeita. " O cacau é rico em nutrientes para a pele. Já o ouro tem a função de

catalisar os princípios ativos do chocolate, agindo no equilíbrio das células." Roseli detalha que a primeira notícia do uso do cacau na pele surgiu em Paris, na França. "Se lá fazia sucesso, porque no Brasil não, o país do cacau?", disse. O procedimento começa com uma aplicação de polpa de cacau no colo e no rosto. Depois, o chocolate é espa-

lhado. As folhas de ouro vêm por cima. Das mãos da esteticista sai o calor sentido no rosto, que ajuda a restaurar a pele que sofre com poluição, sol ou má alimentação. A sessão custa R$ 240. A recepcionista Juliana Macedo experimentou a novidade. E gostou do resultado. "Entrei uma e saí outra, rejuvenescida." E sem engordar. (NM)

Paulo Pampolin/Hype

O tratamento com chocolate e folhas de ouro ajuda a rejuvenescer a pele, segundo a cosmetóloga Roseli Siqueira. O ouro reforça os efeitos do cacau, que é rico em nutrientes.

Leonardo Rodrigues/Hype

Leonardo Rodrigues/Hype

Eduardo Casarini, da Flores On Line: faturamento deve crescer 25%

Consumidor pode montar cestas


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Nacional Empresas Comércio Exterior Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 10 de abril de 2006

Dez empresas nacionais vendem para panificadoras e supermercados mundiais

AS EXPORTAÇÕES JÁ RENDERAM US$ 1,25 MILHÃO

Emiliano Capozoli/Luz

Joedson Alves/AE

Forno brasileiro assa pão francês e outros produtos de confeitaria

N gócios

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oportunidades

Gemplus busca parceiro no setor eletrônico

Reinaldo Gonçalves, gerente da Ferri, garante que o faturamento da empresa aumentou 20% com as exportações

Pães e croissants A franceses com gosto tropical Empresas brasileiras estão exportando equipamentos de panificação para países como França e EUA Beto Barata/AE

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França, tão famosa por seus croissants, baguetes e outros produtos de confeitaria, agora os produz com máquinas e equipamentos brasileiros. Na esteira do país europeu, Arábia Saudita, Emirados Árabes, Estados Unidos, Japão, Angola, Quênia, Tanzânia, México, Chile e Argentina. São equipamentos que abrangem desde a produção da massa até pesagem e embalagem, como fornos, amassadeiras, batedeiras, câmaras climáticas e assadeiras. A pitada brasileira na receita mais famosa do mundo gerou, em 2005, US$ 1,25 milhão para o País. Os equipamentos exportados pelo Brasil são fornecidos por dez empresas, a maioria de micro e pequeno porte de São Paulo, Minas Gerais e Paraná. Elas integram o consórcio de exportação Brazilian Bakery Equipament (BBE), com sede em São Paulo e fundado há três anos com o apoio do Sebrae e da Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). Os membros do

As empresas também atendem o mercado nacional de padarias

BBE também são integrantes da Associação das Indústrias de Equipamentos para Panificação e Confeitaria (Abiepan). Além de exportar, essas empresas abastecem 40% do mercado brasileiro, fornecendo equipamentos para panificadoras, supermercados e lojas de conveniência. Segundo o gerente do consórcio, Armando Taddei Júnior, a participação das associadas em feiras internacionais é uma das principais ações.

"As rodadas de negócios promovidas pelo governo brasileiro também contribuem muito", diz. Ele conta que antes da BBE, em 2002, as empresas exportavam cerca de US$ 35 mil anuais. "Hoje, esse número saltou para US$ 1,25 milhão". Acessórios – Dentre as principais histórias de sucesso do setor está a da Cimapi, empresa especializada na fabricação de acessórios, como formas e assadeiras. Segundo a diretora Cláudia de Almeida André, a

empresa exporta seus produtos para França desde o início de 2005 e, com isso, aumentou seu faturamento em 20%. "Nossa produção também cresceu e contratamos mais funcionários", diz. O objetivo para este ano é exportar 20% mais do que em 2005. Inovação – Com a Ferri não foi diferente. O gerente de marketing da empresa, Reinaldo Gonçalves, diz que o faturamento aumentou 20% depois de exportar com o apoio da associação. A empresa, que fabrica fornos e máquinas para padaria, já comercializa com o Chile, Paraguai, e alguns países da África. Segundo ele, a Ferri realiza isoladamente algumas ações de marketing. "Os preços diferenciados são o principal atrativo." Em 2006, a novidade é o lançamento do forno Montreal, capaz de assar, ao mesmo tempo, o pão francês e outros produtos de confeitaria. "O preço médio desse tipo de forno é de R$ 45 mil. O nosso custará apenas R$ 15 mil", diz. Vanessa Rosal

Embaixada do Brasil na França comunica o interesse da empresa francesa Gemplus em estabelecer um projeto de subcontratação com parceiro brasileiro, para montagem de cartas eletrônicas: circuitos integrados para leitura de cartões magnéticos. É exigido que o parceiro nacional tenha escritório de engenharia próprio, apto a implementar o projeto de fabricação do produto com base em especificações programadas pela empresa francesa. Também é solicitada competência em integração mecânica, se possível dis-

Missão comercial ao México

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Câmara de Indústria, Comércio e Turismo Brasil-México e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) estão organizando uma missão comercial ao México, entre 13 e 18 de maio. O encontro de empresários também tem o apoio do governo de São Paulo, da São Paulo Chamber of Commerce, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas Equi-

Cámara Oficial Española de Comercio en Brasil e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-SP) realizam hoje, das 8h30 às 12h, o seminário Comércio Bilateral Brasil-Espanha. O objetivo do evento é analisar o potencial do mercado espanhol e as alternativas para que empresas brasileiras ampliem sua participação naquela país europeu. O seminário será composto de dois blocos. O primeiro,

Emiliano Capozoli/Luz

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pamentos (Abimaq). A agenda da missão prevê, no dia 15, o seminário Oportunidades de Negócios/ Joint-Ventures em São Paulo, seguido de recepção na embaixada brasileira na Cidade do México. O dia 16 está reservado para uma rodada de negócios e, no dia 17, haverá visitas técnicas a empresas locais. Informações na Câmara de Indústria, Comércio e Turismo Brasil-México, pelo telefone (11) 3083-3006 ou e-mail: mhrb@bramex.org.br.

Negócios com a Espanha

Secretário norte-americano visita o País A

ara estreitar os laços e estabelecer parcerias com os empreendedores brasileiros, o secretário-adjunto para assuntos econômicos do Departamento de Estado do governo norte-americano, Earl Anthony Wayne, visitou na semana passada a Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Ele ministrou palestra para empresários brasileiros interessados em se aproximar do comércio norte-americano. "O Brasil teve um grande crescimento macroeconômico nos últimos anos, diversificou as fontes de energia, investiu na redução da pobreza e agora decide qual modelo deve escolher na implantação da TV digital", disse Wayne. O secretário norte-americano foi recebido pelo coordenador do Conselho Internacional d e C â m a r a s d e C o m é rc i o (CICC), Hélio Nicoletti, e pelo presidente da São Paulo Chamber Of Commerce, Alfredo Cotait Neto.

pondo de prensas que operem com injeção plástica para a fabricação integral do leitor de cartão magnético e, ainda, possua equipe técnica que domine o idioma inglês. A empresa francesa é líder na fabricação de cartões magnéticos, com 27% do mercado mundial e faturamento de 939 milhões de euros em 2005. Ela já está instalada no Brasil, onde fabrica esses produtos e busca agora desenvolver nova parceria para a produção de máquinas. Contato: Monsieur Stéphane Conty, diretor comercial; e - m a i l : s t e p h a n e . C O NTY@gemplus.com.

Comércio Internacional como Foco de Negócio, é de responsabilidade do Sebrae-SP e o segundo, Oportunidades de Negócios com a Espanha, está a cargo de representante do escritório comercial da Embaixada da Espanha no Brasil. O evento será realizado na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, localizada na Avenida Pedro Álvares Cabral, 201, no Auditório Franco Montoro. Para participar, não é necessário que seja feito cadastro prévio.

Comus discute atuação da SRF

O Earl Wayne ministra palestra para empresários sobre comércio norte-americano na sede da ACSP

"Dividimos muitos ideais e temos que trabalhar juntos para unirmos todos eles", disse Wayne sobre os pensamentos

comuns entre ele e Nicoletti. "Estamos muito otimistas em relação aos tratos comerciais com os Estados Unidos,

j á q u e e l e s s e m p re f o r a m nossos principais parceiros, independentemente do crescimento das negociações com a China ou da importância da Índia", afirmou Nicoletti. "Acredito que nas próximas semanas firmaremos novas parcerias comerciais." Sonaira San Pedro

Comitê de Usuários dos Portos e Aeroportos do Estado de São Paulo (Comus), da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), reúne-se extraordinariamente amanhã, a partir das 17h, para discutir a atuação da Secretaria da Receita Federal (SRF) no Aeroporto Internacional de Guarulhos. A ênfase será nos procedimentos para o

despacho aduaneiro de exportação, incluindo as operações simplificadas de até US$ 20 mil por embarque. A reunião terá a participação do chefe de Exportação da Alfândega do Aeroporto, Renato da Gama e Souza. O evento será na sede da ASCP. Pede-se confirmação de presença pelo telefone (11) 3244-3500 ou e-mail: tneuma@acsp.com.br.

Departamento de Comércio Exterior da Associação Comercial Gerente: Sidnei Docal R. Boa Vista, 51— Telefones: 3244-3500 e 3244-3397


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.LOGO

segunda-feira, 10 de abril de 2006

Logo Logo

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www.dcomercio.com.br/logo/

Estou satisfeito com a decisão, não apenas do ponto de vista pessoal, mas também como novelista. Do escritor Dan Brown, inocentado da acusação de plágio em seu best-seller O Código Da Vinci.

ABRIL Em uma entrevista, em 1970, Paul McCartney anunciou que os Beatles se separaram. Recolhimento de ICMS, ISS, IRRF e IPI

D E VOLTA P REMIADO

I NTERNET

Na Terra é diferente

Paulo Whitaker/Reuters

Cibercrime já causa pânico virtual

O arquiteto Paulo Mendes da Rocha, autor de obras como a cobertura da Praça Patriarca, venceu o Pritzker Architecture

Astronauta brasileiro fica na Rússia até o dia 19 para se readaptar ao planeta

Uma pesquisa feita pela IBM aponta que 100% dos internautas temem mais o cibercrime do que delitos físicos; 64% deles não confiam que autoridades garantam sua segurança. Foram ouvidos 700 usuários de internet nos EUA – em casa ou no trabalho – e todos indicaram que se sentem mais vulneráveis à ciberdelinqüência do que a delitos físicos. A pesquisa revela que 70% dos entrevistados só compram online em lojas que tragam um selo indicando tratarse de um site seguro.

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arcos Pontes, o primeiro astronauta brasileiro, já está em Moscou e passa bem. Deverá ficar na Rússia pelo menos até o dia 19, para se readaptar à gravidade da Terra. Ele chegou ao planeta – mais precisamente ao deserto do Casaquistão – na noite de sábado, após dez dias no espaço. Junto com ele, vieram o americano William McArthur e o russo Valeri Tokarev. Antes de deixar o Casaquistão, os três astronautas foram homenageados pelo governo local. Durante a cerimônia, vestiram trajes típicos dessa ex-república soviética. Eles foram levados à Cidade das Estrelas, a principal base dos cosmonautas russos, a poucos quilômetros de Moscou. Lá, Pontes e seus colegas serão submetidos a um programa de reabilitação. O americano e o russo, que estavam na Estação Espacial Internacional (ISS)

C INEMA

Denis Sinyakov/AFP Photo

Marcos Pontes: chapéu típico

desde outubro, ficarão lá várias semanas. A principal dificuldade é a readaptação à gravidade. Pontes, que passou dez dias no espaço e estava mais bem disposto que seus companheiros, precisará de apenas dez dias na reabilitação. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou ontem uma nota de cumprimento a Marcos Pontes. "Em nome da Força Aé-

rea Brasileira, do Ministério da Ciência e Tecnologia e de todo o nosso povo, quero dar as boasvindas ao astronauta Marcos Pontes em seu retorno à casa." A cidade de Bauru, no interior de São Paulo preparou atividades para acompanhar a volta do seu filho ilustre, após o dia 28. Antes, ele segue para sua casa em Houston, nos EUA. Em São Paulo, está prevista uma carreata para acompanhálo do aeroporto à cidade natal. A viagem recebeu críticas por causa do custo: US$ 10 milhões. "O que importa é que conseguimos divulgar o programa espacial brasileiro e chamar a atenção para o tema", afirmou Pontes. O Brasil foi o 36º país do mundo e o primeiro da América do Sul a enviar um representante para fora da Terra. A missão recebeu o nome de Centenário, em homenagem ao aviador Santos Dumont, que há cem anos voou com seu 14-Bis em Paris. (AE)

Radu Sigheti/Reuters

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R OMÊNIA

C A R T A Z

SAPOTI A cantora Ângela Maria (foto) carinhosamente apelidada de Sapoti por Getúlio Vargas - se apresenta no Bar Brahma. Avenida São João, 677. Telefone: 3333-0855. 22h30. R$ 35.

APOLOGIA ÀS AVES - Dançarina indiana executa performance em homenagem ao Dia Mundial da Migração dos Pássaros, no Quênia. O evento foi promovido por ambientalistas para combater a publicidade negativa que recai sobre as aves em razão da gripe aviária. A RTE

Chuva de bits Reproduções

gua como tinta, ar como tela. Esta é a proposta do projeto Bitfall. Na prática, a proposta se concretiza numa instalação artística que usa a água para criar imagens retiradas da internet. Um computador navega automaticamente por vários websites e, dali, retira imagens que são transformadas em jatos e gotas d´água. O efeito é criado por um equipamento com 128 orifícios controlado por válvulas sincronizadas por magnetos. À medida em que a água cai, as imagens se formam numa espécie de aquário. As imagens só são perceptíveis por alguns segundos, antes de as gotas d´água se unirem e "derreterem" a obra. A idéia é justamente esta: a arte efêmera é, segundo os criadores do projeto, uma metáfora do fluxo de informação a que estamos todos submetidos na sociedade contemporânea.

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A Academia para todos

O site "I Want one of Those" traz essa fantástica pipa de empinar, que pode ser dobrada até virar um chaveiro. Desdobrada, tem 45 centímetros de envergadura e vem com 30 metros de linha. Custa apenas US$ 3,20 no site.

A Academia Brasileira de Letras (ABL) não é apenas para os autores imortais que inscrevem suas obras e pensamentos na história do País. Embora nem todos tenham acesso a seus salões, na internet a ABL é uma casa aberta a todos os interessados nas língua portuguesa. Há agenda de eventos, exposições e conferências, páginas sobre ortografia do português, o conteúdo da Revista Brasileira e uma infinidade de informações sobre os dois mestres dos acadêmicos: Machado de Assis e Euclides da Cunha.

www.iwantoneofthose.com/ KEYKIT.htm#

www.academia.org.br

www.hgb-leipzig.de

A TÉ LOGO

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Costa do Mediterrâneo pode sofrer colapso ambiental em 20 anos, aponta levantamento Segunda edição de Campari Rock reúne 5 mil pessoas em hotel fazenda de Atibaia

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Um chaveiro que vira pipa

Brasil sem gripe aviária

Dois mil euros para deixar o país O governo francês quer incentivar a saída dos imigrantes ilegais com o pagamento de uma quantia de 2.000 euros por adulto e 500 euros por criança. A medida deve ser assinada em breve pelos ministros do Interior, Nicolas Sarkozy, e de Coesão Social, Jean-Louis Borloo. A expectativa é de que, assim, pelo menos 1.500 famílias saiam da França e retornem a seus países de origem, o que equivaleria a cerca de 5.000 pessoas. Atualmente, a França já oferece uma quantia em dinheiro para imigrantes ilegais que concordam em deixar o país, mas este valor é de apenas 150 euros por pessoa.

'Dança do ventre não é islâmica'

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Casais que se beijarem em público por mais de cinco minutos correrão o risco de ser presos em uma cidade da Indonésia caso uma legislação que proíbe comportamentos antiislâmicos seja aprovada nos próximos dias pela Câmara Municipal. Nação muçulmana mais populosa do mundo, a Indonésia não impõe a sharia (código islâmico) em sua Constituição. Entretanto, várias regiões criaram leis locais para regular o comportamento de seus cidadãos em linha com a moralidade do Islã. O projeto de lei em análise deverá banir "beijos na boca por mais de cinco minutos" em público. A mesma legislação proibiria também pessoas de se acariciarem e de tirarem as roupas umas das outras em público.

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Reprodução

Drácula, o fim da saga do castelo

castelo Bran fica ao sul da cidade de Brasov, na Transilvânia, região que pertence à Romênia. No século 15, a construção passou ao controle do príncipe Vlad Tepes da Valáquia, também conhecido como Vlad, o Impalador, que inspirou o personagem do livro Drácula, de Bram Stoker.

Beijos poderão levar à cadeia

A imprensa internacional destacou no fim de semana o programa brasileiro de combate à gripe aviária, que receberá investimentos de cerca de R$ 100 milhões neste ano. Segundo a agência de notícias econômicas Bloomberg, o programa tentará evitar o impacto da doença sobre as exportações brasileiras de frango. O País, hoje, é responsável por mais de 40% das vendas externas mundiais de carne de frango. Sesde 2003, ´pelo menos 192 pessoas já foram infectadas com o vírus H5N1, que causa a doença, e 109 morreram. Mas a agência diz que o programa está ameaçado por dificuldades na aprovação do orçamento.

Casablanca é o melhor roteiro do cinema, segundo uma lista elaborada pelo Sindicato de Roteiristas da América.

O mais recente episódio envolvendo a história de Drácula vai chegar ao fim. O governo romeno decidiu devolver o castelo Bran, popularmente conhecido como o Castelo de Drácula, para Dominic von Habsburg, um arquiteto de Nova York que é sobrinho do último rei da Romênia. Von Habsburg reivindicou o castelo de 900 anos depois que o governo de Bucareste, no ano passado, reforçou os direitos dos que perderam propriedades sob o comunismo. Construído como uma fortaleza pelos cavaleiros da Ordem Teutônica em 1212, o

I NDONÉSIA

Sucesso da alfabetização de jovens e adultos depende da formação dos professores

O novo Ministro da Cultura palestino, Atallah Abu al Sibbah, anunciou na semana passada uma série de medidas de acordo com a sharia, a lei islâmica, entre as quais se inclui a proibição da dança do ventre. "Na dança do ventre, há mulheres nuas e isso não é islâmico", disse Al Sibbah. Outra prioridade do novo ministro para "eliminar a corrupção moral" é a imposição da segregação sexual nos lugares públicos, o fechamento dos cassinos e a proibição da venda de álcool, que em parte já estava em vigor na faixa de Gaza.


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Nacional Tr i b u t o s Empresas Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 10 de abril de 2006

O CAMINHO DAS PEDRAS DAS EMPRESAS FAMILIARES

As empresas do império Matarazzo foram vendidas uma a uma, em meio a várias brigas na família.

CERCA DE 90% DAS EMPRESAS NACIONAIS SÃO FAMILIARES. E NO RESTO DO MUNDO NÃO É MUITO DIFERENTE

DE PAI PARA FILHO. E PARA NETO. Q

uem nunca desejou ser filho do Antonio Ermírio de Moraes? Do Bill Gates, então, nem é preciso perguntar. Em toda parte, inclusive nos Estados Unidos e em todos os países desenvolvidos, a maioria das empresas é controlada e administrada por famílias. E essa categoria de administração não se limita às pequenas e médias. Estima-se que 40% das 500 maiores empresas listadas pela revista Fortune sejam de propriedade de famílias ou por elas controladas. Apesar disso, de acordo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), de cada 100 empresas, 30 chegam à segunda geração e somente cinco, à terceira. Vida de filho de empresário, portanto, pode não ser um mar de rosas. O fenômeno do patrimônio familiar efêmero já virou até provérbio: "Pai rico, filho nobre, neto pobre". Segundo James E. Hughes Jr., autor do livro Riqueza Familiar, o processo se dá em três etapas: o período de criação, o período de estagnação e o período de dilapidação. O Brasil tem entre 6 e 8 milhões de empresas, das quais 90% são familiares. Para a maioria delas, a pior ameaça à sobrevivência não está nas mudanças trazidas pela globalização, no crescimento dos concorrentes ou nas oscilações do mercado. Para as empresas familiares, o grande desafio consiste em superar conflitos e

Lalo de Almeida/Folha Imagem

tornar ou manter a organização competitiva. Afinal, quem não se lembra dos Matarazzo? Receita de sucesso Paixão pelo negócio, competência técnica, experiência externa, vontade de deixar sua marca e habilidade política. Para especialistas no assunto, não há empresa familiar que dê certo sem, pelo menos, alguns desses ingredientes. Mas então, o que diferencia os sucessores que darão certo dos que fracassarão? Como identificar na família o membro mais capacitado a assumir o negócio? Para Édio de Almeida Passos, sócio da Bernhoeft Consultoria, os sucessores que dão certo são aqueles que trabalham e se preparam muito. "E não se trata apenas da questão acadêmica. Claro que é importante ter freqüentado uma boa escola. Mas ter uma formação que começou cedo, a chamada 'educação que vem do berço', é muito importante", diz. É preciso ainda estímulo dentro de casa para que as pessoas cresçam. "Quando o indivíduo é herdeiro, corre um grande risco de viver à sombra da árvore, que seria o fundador. Há pessoas que se acomodam nessa sombra e outras que querem mais. Os que vão buscar espaço para uma realização pessoal – que muitas vezes está ligada ao negócio da família – são os casos de sucesso." Quando o Diário do Comércio foi à Casa da Bóia (ver texto na próxima página), chamou atenção a maneira emo-

cionada e orgulhosa como Mário Roberto Rizkallah falou do avô, o fundador do negócio. "Essa química da emoção é que vai dar solidez ou fragilidade à construção da empresa. Famílias com valores fortes sobrevivem juntas. Cultivar as crenças e valores é muito importante. Para os que acham que podem ganhar dinheiro sem a presença de valores, o negócio não dura", comenta Passos. Era uma vez... "É importante que a criança saiba a história do negócio. Que o avô conte, que seja registrada em fotos, em livro. Por aí se começa a construir a herança com o capital humano da família", acredita ele. O livro de Hughes Jr. diz que o patrimônio é formado pelo capital humano, intelectual e financeiro de uma família. E como escolher o melhor sucessor? "Nem sempre o mais talentoso é o melhor líder da geração dele", diz Passos. Para o professor Domingos Ricca, editor da revista Empresa Familiar e professor de Planejamento Estratégico e Mercado Globalizado da Universidade Mogi das Cruzes, o pior cenário que pode ocorrer na sucessão familiar é quando o fundador escolhe o filho com que tem uma afinidade um pouco maior. "Não vou dizer que é o fim da empresa. Mas, na maioria das vezes, não dá certo", sentencia Ricca. Especialista quando o assunto é pequena e média empresa familiar, o professor dá

Reprodução/Arquivo AE

risada quando lhe perguntam se existe uma receita para o sucesso. Mas dá algumas boas dicas. "Primeiro, a profissionalização. Depois, pensar na sucessão", afirma Ricca. S e g u n d o o p r o f e s s o r, a maioria das empresas familiares brasileiras está na segunda geração, indo para a terceira, e ainda está na mão do fundador. Nesse caso, quando se fala em sucessão, o fundador pensa que está obsoleto, acha que querem tirá-lo por causa da idade. "Ao contrário, ele é o diferencial. Com seu carisma e sucesso, a chance de perpetuação é maior", acredita Ricca. "O ideal é que o próprio fundador decida quem é o melhor parente para assumir. Quando ele morre, às vezes o escolhido é o mais forte politicamente, o que tem o melhor jogo de cintura, não necessariamente o melhor para o cargo", diz.

Acima, trem passa em frente às chaminés preservadas do antigo complexo industrial Matarazzo (lado)

Fracasso Pode não existir uma receita para o sucesso, mas os especialistas apontam a briga pelo poder como a receita certa que leva ao fracasso. "Inveja e ciúmes já acabaram com muita empresa familiar", diz o professor. "É a morte quando o sucessor tem ego grande e pensa primeiro nele e só depois na empresa", completa Ricca. E quando não tem ninguém na família para assumir a em-

presa? Para Ricca, o ideal é montar um conselho administrativo e contratar um executivo que apresente resultados mensalmente. "De novo, se o ciúmes não for um assunto resolvido, vai atrapalhar." "Quando trazem um líder de fora, é preciso que a família esteja muito bem preparada para isso", diz Passos. Sempre deixando o ego de lado. "Humildade é a palavra-chave aqui." Kety Shapazian


DEU

O colunista Alon Feuerwerker, que na última rodada de pesquisas eleitorais divulgou em primeira mão em seu blog o fortalecimento de Lula, desconfia agora que a oposição precisa fazer mais para crescer. HTTP://BLOGDOALON. BLOGSPOT.COM/

DOISPONTOS -11 11

ma expressão que já pegou é to do the homework, fazer a lição de casa. Outra expressão, não tão difundida, é back to basics, voltar aos fundamentos, dita em empresas que de repente descobrem que poderiam ser

U

mais eficientes se se dedicassem ao core business. Não se pode acusar PSDB e PFL de negligenciarem seu core business. Ambos fazem oposição 24 x 7 x 365, como os callcenters. É isso mesmo que eles têm que fazer. Oposição é

oposição e ponto final. Governo que depende da oposição tem que pedir o boné e mudar de ramo. Outra coisa é se tucanos e pefelistas estão sendo eficientes. Na terça tem a pesquisa da CNT-Sensus. Aquela que

explodiu como uma bomba em fevereiro, ao primeiro detectar a recuperação de Lula. Vamos ver se jogar todas as fichas na "ética" está dando o cacife esperado. Independente das pesquisas, arrisco que

ainda falta alguma coisa a quem deseja, legitimamente, tirar Lula do Palácio do Planalto. Um pouco mais de back to basics não faria mal à oposição em sua homework, vocês não acham?

Site na internet dcomercio.com.br /doispontos/

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apartação

Alan Marques/Folha Imagem

Fim da

Brasil tem um problema maior: uma apartação que vem desde a nossa colonização, impedindo que o país se transforme em nação. Essa sociedade dividida tem resistido a todos os gestos políticos de nossa história: independência, república, abolição, ditadura, democracia, atraso, progresso, estagnação, crescimento, inflação, estabilidade, partidos de direita ou de esquerda no poder. Um partido que deseje mudar o rumo do Brasil deve se concentrar no fim da apartação. Do ponto de vista econômico, o problema está nos limites ao uso de nossos recursos, por causa da economia global da qual participamos. Do ponto de vista político, o Brasil tem um desafio para as forças descontentes com a apartação social, e que desejam construir uma sociedade sem abismo entre os que têm e os que não têm acesso aos bens e serviços essenciais: combinar a realização dos objetivos sociais com os limites da realidade econômica. Para isso, o Brasil precisa vencer a cultura política, e usar o combate à pobreza como instrumento para o crescimento econômico com estabilidade monetária. Os que desejam mudar e aqueles que não se preocupam com a mudança olham o futuro com os mesmos olhos: diferenciam-se na ética, mas se igualam na ótica. Ambos consideram o problema social uma conseqüência da realidade econômica. Aqueles que não buscam mudanças sociais acreditam que o modelo econômico atual - com estabilidade monetária e juros altos para atrair capital externo - construirá a igualdade. Os que defendem as mudanças acreditam que só a ruptura trará justiça, abolirá a pobreza e construirá igualdade, mas não apresentam modelo alternativo.

O

G O Brasil não

conseguiu eliminar a desigualdade, e em alguns momentos chegou a agravar o abismo social. G É possível

começar a derrubada da cortina de ouro que separa os ricos dos pobres. A porta para a inclusão está numa revolução das prioridades.

Os primeiros já mostraram que estão errados: mesmo com todo o crescimento, alcançado com inflação ou estabilidade, o Brasil não conseguiu eliminar a desigualdade, e em alguns momentos chegou a agravar a exclusão e o abismo social. Os outros, se chegarem ao poder, provarão o mesmo, e desarticularão o que está funcionando. Dizer que é impossível mudar a sociedade sem romper com a realidade da economia global é fazer promessas de conseqüências imprevisíveis. Ante tantos crimes sociais e ambientais, a humanidade é suficientemente inteligente para construir uma sociedade justa e eficiente, sem bancos e dívidas, concorrência e falências, desemprego ou pobreza. Mas essa utopia não está no horizonte, por impossibilidade política e por falta de concepção. Prometê-la hoje é um estelionato tão grande quanto foram as promessas de 2002, abandonadas em 2003. Na economia de hoje, em vez de mudar o modelo para eliminar a exclusão social, é preciso eliminar a exclusão social para mudar o modelo. possível começar a derrubada da cortina de ouro que separa os incluídos dos excluídos, os ricos dos pobres. A porta para a inclusão está numa revolução das prioridades, com políticas públicas que assegurem a todos o acesso aos bens e serviços essenciais. Mesmo mantendo o atual modelo econômico, com responsabilidade fiscal, sem romper acordos nacionais e internacionais. Não fazê-lo é escolher o lado dos incluídos, e adiar a promessa de mudanças imediatas, com a desculpa de que o modelo econômico não permite mudar o quadro social.

É Mande seu comentário para doispontos@ dcomercio.com.br

CRISTOVAM BUARQUE É SENADOR PELO PDT/DF

A França é ingovernável? ados e informações extraídos de um artigo de Allister Heath para o The Business online, semanário inglês: apenas 36% dos franceses consideram que uma economia de mercado livre é o melhor sistema a economia mundial; 50% discordam. Na China, 74% da população consideram que o mercado livre é a melhor opção. 83% dos franceses acham que a sua economia está piorando. Apenas Zimbábue tem índice maior. Os gastos públicos franceses representaram 53,9%

D

do PIB em 2005. Em 2004 foram de 54%, segundo a OECD. Entre os membros da OECD apenas Suécia e Dinamarca têm índices superiores. A taxa oficial de desemprego na França é de 9,6% da população economicamente ativa. Entre os que têm menos de 25 anos a taxa é de 22,6%. Nas periferias das grandes cidades o desemprego é de 40% ou mais. A economia francesa cresceu 2,1% em 2004, 1,5% em 2005. A expectativa para 2006 é crescimento de 1,7%. Apenas 34% da população acima de 55 anos trabalha.

Nos países membros da OECD a taxa média é de 50%. Da população entre 16 e 25 apenas 26.4% trabalham. O Code du Travail (legislação trabalhista) tem 2 501 páginas, e torna tão difícil despedir um empregado que as empresas relutam em firmar contratos de emprego por tempo indeterminado. No caso de reclamações trabalhistas, dois terços das decisões favorecem aos empregados. Quatro de cada dez empresas francesas com ações em bolsa pertencem a estrangeiros.

crescimento da economia em 2004 e início de 2005 criaram condições para a redução da carga tributária em relação ao PIB. Mas a política monetária liquidou com essa esperança. O Banco Central viu aquilo que ninguém viu: uma pressão inflacionária que nunca existiu. Porque o Copom acredita no mito que a economia brasileira não pode crescer mais que 3,5% sem produzir uma explosão inflacionária, tratou de elevar as taxas de juro de forma absolutamente extravagante, cobrando um preço brutal da sociedade brasileira: por causa de 1% de ganho na inflação, jogamos fora 2% de crescimento do PIB, interrompendo o processo de recuperação da economia. Jogamos fora empregos, adiamos investimentos, prejudicamos exportações, a troco do que? Hoje, dá para ver olhando os números que não havia nenhuma aceleração da inflação. Fizemos uma grande besteira, supervalorizando o Real, que se transformou no objeto do desejo dos especuladores mundiais por conta da diferença dos juros internos e externos.

O

Tucanos e pefelistas estão sendo eficientes?

NO

BLOG

OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 10 de abril de 2006

Benoit Tessier/Reuters

Para sobreviver, companhias francesas abraçam a globalização, adotam o inglês como língua oficial, e transferem suas operações para o estrangeiro. Entre 1991 e 2002 o Revolta: número de o desemprego na França t r a b a l h a d ores é de 22,6% para os franceses trabalhando que têm menos de 25 anos. em outros países da Os trabalhadores estão Europa Ocidental mudando de país. passou de 382 708 para As empresas também 563 977, crescimento estão indo embora. de 47%, de acordo com o serviço francês de estatísticas. No período, 85 823 mudaram-se para a Inglaterra, e 88 287 para os Estados Unidos. S.D., BELO HORIZONTE, MG

ANTONIO DELFIM NETTO

DE ALFAFA E SURF Brasil terminou o ano de 2005 com uma carga tributária que absorve 38,9% de tudo o que aqui se produz, destacando-se como o maior cobrador de impostos dentre os países de renda per capita semelhante à nossa. Não pensem que estamos satisfeitos com esse triste recorde: um levantamento recente do FMI mostra que o nível dos impostos brasileiros já supera em 0,1% o nível da tributação de vinte e uma nações industrializadas com renda per capita superior.

O

O Banco Central viu aquilo que ninguém viu: uma pressão inflacionária que nunca existiu. odos sabemos que esse aumento da carga não aconteceu da noite para o dia, que ele é conseqüência do processo de endividamento que nos levou ao FMI, que por sua vez exigiu superávits para garantir a solvabilidade da nossa crescente dívida. O governo FHC agiu de forma irresponsável: os superávits foram obtidos aumentando a arrecadação dos impostos em lugar de cortar despesas. O atual governo foi capaz de reduzir a vulnerabilidade externa e pagou o FMI, mas não soube estancar a derrama tributária nem se interessou em cortar despesas. O fato é que hoje os brasileiros trabalham praticamente 5 meses do ano de graça para o governo e tem que cobrir despesas de 12 meses com o salário de sete meses. É evidente que todos se sentem enganados: o cidadão enfrenta seca, a chuva, frio e calor para criar 100 porquinhos e tem que entregar 40 para o governo; colhe 100 sacas de milho ou de soja e o governo come quase a metade. Hoje, o caboclo já não planta alfafa porque teme que o governo vá consumir toda a produção.

T

supervalorização do Real está prejudicando fortemente as exportações agrícolas e industriais e agravando a crise do agronegócio, com a queda da renda dos agricultores e pecuaristas. Por enquanto o governo está surfando uma onda muito favorável no exterior, mas isso não dura sempre e na hora da virada podemos pagar caríssimo, como pagamos no final do primeiro mandato de FHC, pela persistência no mesmo erro.

A

DEP.DELFIMNETTO@ CAMARA.GOV.BR

Por causa de 1% de ganho na inflação jogamos fora 2% de crescimento do PIB, adiando a recuperação da economia

FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, 3244-3799, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894


DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 10 de abril de 2006

Não tenho que provar mais nada a ninguém.” Luxemburgo, sobre a relação entre o título e a saída do Real

1

Esporte

Fiz poucos gols pelo Santos, mas este veio na hora certa.” Cléber Santana, autor do primeiro gol de ontem

Paulo Whitaker/Reuters

almanaque

Com um punhado de jogadores que começaram desacreditados e foram ganhando moral ao longo da competição, comandados pelo técnico Vanderlei Luxemburgo, o Santos ganhou ontem o 16º título de campeão paulista de sua história. A conquista aconteceu 21 anos depois do Paulista de 1984, o último vencido pelo clube. Para alcançála, bastou vencer a combalida Portuguesa, que, com os 2 a 0 de ontem na Vila Belmiro, acabou rebaixada para a Segunda Divisão também no campeonato estadual.

Celso Unzelte

21 ANOS DEPOIS, SANTOS CAMPEÃO PAULISTA ARQUIVO CELSO UNZELTE

Com o resultado do jogo de ontem diante da Portuguesa, o Santos assegurou o título de campeão paulista, que não conseguia desde 1984. Na foto, o centroavante Serginho comemora com o zagueiro Toninho Carlos, após marcar o gol da vitória por 1 a 0 sobre o Corinthians, no Morumbi, no dia 2 de dezembro daquele ano. Na última rodada de um campeonato por pontos corridos, o Santos enfrentava o Corinthians com um ponto de vantagem. Venceu e tirou do adversário, bi em 1982/83, a chance de ser tricampeão.

O PRIMEIRO JEJUM SANTISTA Depois que conquistou o primeiro título paulista de sua história, vencendo o Corinthians por 2 a 0, no Parque São Jorge, no dia 17 de novembro de 1935, o Santos levou exatos vinte anos para repetir a façanha. Até que se tornou novamente campeão estadual em 1955, com uma vitória por 2 a 1 sobre o Taubaté, na Vila Belmiro, já em 15 de janeiro de 1956. Naquele mesmo ano, o Santos chegaria ao bicampeonato paulista, dando início à seqüência de conquistas entre 1958 e 1973, sempre com Pelé no time.

FIM DO SEGUNDO GRANDE JEJUM A conquista de ontem coloca fim ao maior período sem títulos estaduais da recente história santista. Foram 21 anos e quatro meses, muito perto do recorde negativo do Corinthians, que entre fevereiro de 1955 e outubro de 1977 chegou a ficar 22 anos e oito meses sem ser campeão paulista. Nesse período, no entanto, e ao contrário do rival, o Santos foi duas vezes campeão brasileiro. Em 2002, com Robinho e Diego no time. Em 2004, ainda com Robinho como seu principal jogador e o técnico Vanderlei Luxemburgo no banco.

SALVE O NOVO CAMPEÃO Eduardo Nicolau/AE

F

oi uma longa espera. Mas no início da noite de ontem, 21 anos depois daquela tarde de 3 de dezembro de 1984, a torcida do Santos pôde novamente comemorar a conquista de um título paulista. A festa, de um time com um grande comandante, o técnico Vanderlei Luxemburgo, mas sem grandes estrelas, foi garantida com a vitória por 2 a 0 sobre a Portuguesa, na Vila Belmiro. Ou seja, em casa, algo que também não acontecia havia muito tempo, desde o Paulista de 1965. Ao fazer a sua parte, o Santos tornou inútil a vitória por 2 a 0 do São Paulo sobre o Ituano, em Mogi-Mirim. No jogo de ontem, a tensão durou apenas 23 minutos, até Cléber Santana fazer o primeiro gol. Aos 28, Leonardo marcou contra e, a partir de então, os santistas começaram a comemorar o 16º título paulista do clube. Em meio à festa pela conquista, a voz do goleiro Fábio Costa, de volta no início do ano após ser campeão brasileiro pelo Corinthians, soava com sensatez: “Não temos o time que jogou mais bonito ou mesmo o melhor em valores individuais no Paulista. Fomos o

mais competente. Ninguém mais tira a taça daqui.” Nem só da frieza dos números, porém, foi feita a campanha do Santos campeão. Com mais de uma dezena de jogadores recém-chegados, medalhões dispensados e futebol de baixo nível, o Santos das primeiras rodadas não animava ninguém a colocá-lo entre os candidatos ao título. Com o passar das rodadas, porém, o técnico Vanderlei Luxemburgo, egresso de uma curta experiência no Real Madrid, conseguiu dar um padrão ao time, que, sem condições de jogar um futebol vistoso, optou por ser competitivo ao extremo. Quando assumiu a liderança o Santos soube conservá-la, apesar de alguns tropeços que levaram a definição para a última rodada. Leo Lima, um dos destaques do Santos nesta reta final de Paulistão e que começou o ano na lista de dispensas do clube, comemorou sua vitória pessoal: “Foi muito importante conquistar este título, que foi a minha volta por cima. Agora vamos trabalhar para conquistar também a Copa do Brasil”. Principal contratação para o ataque do Santos neste ano,

Reinaldo lembrou que o time foi campeão numa temporada em que Corinthians e São Paulo tinham grandes elencos e que o Palmeiras chegou a liderar. “O Campeonato Paulista está de parabéns, porque Corinthians, Palmeiras e São Paulo estavam fortes. Legal ganhar um título aqui, que é um dos maiores times do Brasil.”. “Estes são jogadores que acreditaram no trabalho do grupo”, definiu Vanderlei Luxemburgo, que conquistou ontem seu sexto título paulista (foi campeão também em 1990, com o Bragantino; 1993, 1994 e 1996, com o Palmeiras; e 2001, com o Corinthians). “Eram atletas que começaram o ano desacreditados. Conforme o passar do campeonato fui dando moral a eles e fazendo-os acreditar que o Santos poderia ter sido campeão. O importante foi fortalecer o atleta nos momentos mais difíceis, ajudá-los nos momentos fáceis não tem nenhum segredo.” A festa contrastava com a tristeza dos jogadores da Portuguesa, rebaixada à Segunda Divisão. “A nossa queda não aconteceu hoje. Estamos caindo há muito tempo”, desabafou o goleiro Gléguer.

Missão cumprida

Jonne Roriz/AE

"Mas aconteça o que aconteça, este ano vai dar... Peixe na cabeça! Esta ano vai dar... Peixe na cabeça!" (Coro da torcida santista, parodiando Águia na Cabeça, música de Luiz Ayrão em homenagem à Portela. Cantado nos estádios durante todo o campeonato de 1984, ano da última conquista estadual.) Ontem pela manhã, o Vitória Futebol Clube, da capital do Espírito Santo, onde joga o ex-são-paulino Elivélton, também quebrou um longo jejum, de 29 anos. O Vitória derrotou o Estrela, de Cachoeiro do Itapemirim, por 3 a 1, e reconquistou o título de campeão capixaba, que não era seu desde 1976. Completa 33 anos hoje o lateral-esquerdo Roberto Carlos, nascido em Garça (SP) no dia 10 de abril de 1973. Titular da Seleção Brasileira e do Real Madrid, Roberto Carlos foi campeão do mundo pelo Brasil em 2002. E na próxima quinta-feira, 13 de abril, é a vez de Roberto Dinamite, um dos maiores ídolos da história do Vasco, completar 52 anos de vida. Carlos Roberto de Oliveira é o maior artilheiro da história dos Campeonatos Brasileiros, com 190 gols marcados entre 1971 e 1992.

São Paulo faz o que precisava: 2 a 0 no Ituano, em Mogi. Só faltou a ajuda da Lusa, que acabou não vindo

C

om cinco minutos de jogo, o São Paulo já havia feito a sua parte diante do Ituano, em Mogi. Abriu uma vantagem de 2 a 0 que permaneceria até o final da partida, gols do jovem artilheiro Thiago, de cabeça, aos 2, e do goleiro Rogério Ceni, cobrando falta, aos 5 minutos do primeiro tempo. Aí, para ser campeão, era só esperar por um tropeço do Santos diante da Portuguesa, na Vila Belmiro, que infelizmente para o Tricolor não veio. No entanto, nem a frustração pela perda do título e a tempestade que caiu ao final do jogo tiraram o entusiasmo da torcida são-paulina. O árbi-

tro Élcio Borborema, inclusive, precisou encerrar o jogo aos 44 minutos por causa da invasão do gramado por parte de dezenas de torcedores, que correram atrás dos jogadores em busca de seus uniformes. E o atacante Thiago deixou o campo de cuecas e apenas com uma meia. Era o reconhecimento de uma equipe que, se não conseguiu ser campeã, chegou a mostrar o melhor futebol do campeonato e ganhou todos os clássicos. Além disso, teve no próprio Thiago a principal revelação. Aos 20 anos, Thiago saiu do anonimato em poucos meses e terminou o Paulista como viceartilheiro, com 10 gols, a oito

do corintiano Nilmar, o principal goleador. “Estou feliz pelo que produzi pelo time e pelo espaço que conquistei”, disse Thiago. “Se o título viesse, seria muito bom, mas infelizmente, por pequenos detalhes, não fomos campeões.” Para o São Paulo, a vida continua a partir de hoje, quando o meia Lenílson será apresentado como o mais novo reforço. O jogador disputou o Campeonato Paulista pelo Noroeste e será inscrito na segunda fase da Libertadores. Além dele, a diretoria aguarda o retorno do atacante Ricardo Oliveira da Espanha para oficializar o empréstimo do atleta até 10 de agosto.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 11 de abril de 2006

ECONOMIA/LEGAIS - 5

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (Em Reais Mil) Reservas de Lucros Capital Reserva de Social Reservas de Reserva Retenção de Realizado Reavaliação Legal Lucros

Descrição SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2003 Aumento de Capital: Com Reserva de Retenção de Lucros conforme Ata da 77ª AGE Reserva de Reavaliação Realização da Reserva de Reavaliação (-) Impostos s/ Reserva de Reavaliação Lucro Líquido do Exercício Destinação do Lucro Líquido Reserva Legal Reserva de Retenção de Lucros Dividendos Propostos e Juros sobre o Capital Próprio SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 Aumento de Capital: Com Reserva de Retenção de Lucros conforme Ata da 78ª AGE Reserva de Reavaliação Reserva de Reavaliação conforme ata da 78ª AGE Realização da Reserva de Reavaliação Provisão de Impostos da Reserva de Reavaliação conforme ata da 78ª AGE (-) Impostos s/ Reserva de Reavaliação Lucro Líquido do Exercício Destinação do Lucro Líquido Reserva Legal Reserva de Retenção de Lucros Dividendos Propostos SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005

Lucros Acumulados

To t a l

77.000

15.294

5.965

52.264

-

150.523

14.000

-

-

(14.000)

-

-

-

(1.366) 502 -

-

-

1.366 (502) 24.007

24.007

-

-

1.200 -

17.041 -

(1.200) (17.041) (6.630)

(6.630)

91.000

14.430

7.165

55.305

-

167.900

12.000

-

-

(12.000)

-

-

-

9.860 (579) (3.332) 197 -

-

-

579 (197) 18.564

9.860 (3.332) 18.564

-

-

928 -

13.513 -

(928) (13.513) (4.505)

(4.505)

103.000

20.576

8.093

56.818

-

188.487

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em Reais Mil) 1. CONTEXTO OPERACIONAL A atividade operacional preponderante da Companhia é a produção de café solúvel, comercializado em quase sua totalidade no mercado externo e, através de suas divisões, Alimentos e Embalagens, diversifica suas operações, com a produção de café torrado e moído e a fabricação de material de embalagem. Além dessas atividades, a Companhia comercializa grãos no mercado externo. Em relação a nossa controlada Cacique Agrícola S/A, os objetivos da sociedade são a exploração da atividade agrícola, agro-industrial, florestamento, reflorestamento, pecuária, haras, atividade imobiliária e exportação de bens e produtos inerentes às suas atividades sociais. 2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS As demonstrações contábeis foram elaboradas e estão sendo apresentadas em conformidade com as disposições da Lei das Sociedades por Ações e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), consoante às práticas contábeis descritas na Nota 4. 3. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS CONSOLIDADAS Foram elaboradas em conformidade com princípios de consolidação da Lei nº 6.404/76, de acordo com a Instrução CVM nº 247 e outros normativos da Comissão de Valores Mobiliários. Assim, foram eliminadas as participações de uma empresa em outra, os saldos de contas, as receitas e as despesas entre as empresas, bem como foram destacadas as parcelas do Lucro Líquido e do Patrimônio Líquido referente às participações dos acionistas minoritários. 4. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS a) Aplicações Financeiras Registradas ao custo de aquisição acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço. b) Estoques Estão avaliados ao custo médio de aquisição ou produção, os quais não excedem os valores de mercado. c) Investimentos A participação em sociedades controladas é avaliada pelo método da equivalência patrimonial. Os demais investimentos são demonstrados ao custo corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995 e, quando aplicável, reduzidos ao valor provável de realização. d) Imobilizado O imobilizado é registrado ao custo, corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995, acrescido do valor resultante da reavaliação parcial de bens. A depreciação foi calculada pelo método linear, com base em taxas determinadas em função do prazo de vida útil dos bens. A reserva de reavaliação é realizada em contrapartida à rubrica de Lucros Acumulados no Patrimônio Líquido na medida em que o ativo correspondente reavaliado é realizado. e) Diferido Registra os gastos de ampliação e modernização das instalações e o desenvolvimento de sistemas, corrigidos monetariamente até 31 de dezembro de 1995, diminuídos da amortização acumulada calculada pelo método linear à taxa de 20% ao ano. f) Empréstimos, Financiamentos e Adiantamentos de Contratos de Câmbio Estão atualizados com base nas variações monetárias e cambiais, acrescidos dos respectivos encargos incorridos até a data do encerramento do balanço. g) Provisão Para Férias e Encargos Consignada em rubrica própria nas demonstrações contábeis, é constituída em função dos direitos adquiridos até a data do balanço. h) Apuração do Resultado e Demais Ativos e Passivos Circulantes e a Longo Prazo O resultado do exercício é apurado segundo o regime de competência. Os demais ativos e passivos são registrados por seus valores de realização ou de liquidação, acrescidos, quando aplicável, dos rendimentos ou encargos incidentes calculados até a data do balanço. i) Imposto de Renda e Contribuição Social Constituída com base nos resultados tributáveis, considerando as alíquotas previstas na legislação em vigor. O Imposto de Renda e Contribuição Social diferidos foram calculados com base na alíquota efetiva desses impostos (Nota 15). 5. TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS São compostos por aplicações pós fixadas, de renda variável, pré fixadas e aplicações em cédulas de propriedade rural. 6. ESTOQUES Produtos Acabados Mercadorias para Revenda Produtos em Elaboração Matérias Primas Insumos de Produção Almoxarifado Mercadorias em Poder de Terceiros Imóveis para Revenda TOTAL

Controladora 2005 2004 12.183 13.171 28 26 10.021 6.059 14.642 18.868 9.243 9.716 3.227 3.011

Consolidado 2005 2004 12.183 13.171 28 26 10.190 6.090 14.642 18.868 9.243 9.716 3.227 3.011

8 49.352

8 131 49.652

122 50.973

122 326 51.330

7. CRÉDITOS FISCAIS IRRF a Compensar IR Compensado no Período ICMS a Recuperar IPI a Recuperar CSLL a Recuperar PIS a Recuperar COFINS a Recuperar Crédito Presumido IPI TOTAL

Controladora 2005 2004 4.716 3.939 6.826 25.796 18.276 1.637 1.309 2.267 1.978 3.560 3.145 15.911 13.388 2.265 53.887 51.126

Consolidado 2005 2004 4.725 4.414 6.826 25.796 18.276 1.637 1.309 2.300 2.007 3.560 3.146 15.911 13.397 2.265 53.929 51.640

ICMS a Recuperar A Companhia possui R$ 25.796 de créditos de ICMS (R$ 18.276 em 31/12/2004) e, tendo em vista que a comercialização de seus produtos se concentra no mercado externo, a realização desses créditos dar-se-á, substancialmente, pela transferência a terceiros através do Sistema de Controle da Transferência e Utilização de Créditos Acumulados – SISCRED, mantido pelo governo do Estado do Paraná. Ao final do exercício de 2005, do total antes mencionado, a Companhia possui em processo de transferência para terceiros, ICMS a recuperar no montante de R$ 2.955 (R$ 2.334 em 31/12/2004), referente a créditos já habilitados e/ou em processo de habilitação junto ao SISCRED, para efeito de efetiva transferência. Em função de que a negociação desses créditos com terceiros se dá mediante concessão de deságio, a administração, adotando medida conservadora na avaliação de seus ativos, registrou neste exercício provisão para desvalorização sobre o total do crédito de ICMS, no montante de R$ 4.211 considerado suficiente para cobrir eventuais perdas. 8. INVESTIMENTOS Os investimentos em controladas diretas, bem como eventuais transações entre partes relacionadas, são assim demonstrados: Cacique Cacique Agrícola S/A International Ltd. Cacique S/A PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2005 2004 2005 2004 2005 2004 Capital Social 37.517 37.517 936 1.061 10 10 Ações ou Quotas 1.816.236 1.816.236 400 400 1 1 Ações ou Quotas da Controladora 1.816.236 1.816.236 400 400 1 1 Percentual de Participação 100% 100% 100% 100% 100% 100% Patrimônio Líquido 32.863 35.706 12.773 9.134 10 10 Lucro (Prejuízo) do Exercício (2.015) 7.208 4.893 8.687 TRANSAÇÕES ENTRE PARTES RELACIONADAS Mútuos Passivos 2 830 INVESTIMENTOS No início do Exercício 35.706 28.498 9.134 10 10 Aquisição de Ações ou Quotas 1.766 Dividendos Recebidos (828) Ganhos (Perdas) na variação do Capital (1.254) (1.319) Equivalência Patrimonial (2.015) 7.208 4.893 8.687 No Final do Exercício 32.863 35.706 12.773 9.134 10 10 Não houve operações mercantis com empresas controladas e os saldos patrimoniais foram eliminados na consolidação, conforme mencionado na nota explicativa nº 3. A empresa Cacique S/A. não teve nenhuma movimentação no exercício de 2005.

9. IMOBILIZADO Controladora

Consolidado

Taxa anual de depreciação % 4 10/20 10/20 20 20/13 10/4 20 6

Descrição 2005 2004 2005 2004 Terrenos 10.991 10.932 11.416 11.357 Edifícios 23.484 14.047 23.528 14.092 Máquinas e Equipamentos 23.309 27.049 23.312 27.064 Móveis e Utensílios 738 662 872 662 Computadores e Periféricos 922 987 929 989 Veículos 1.104 893 1.141 940 Instalações e Benfeitorias 5.543 6.855 5.579 6.881 Programas de Informática 1.195 1.748 1.195 1.748 Outras Imobilizações 1.231 1.266 1.260 1.307 Imobilizado em Curso 5.759 1.539 5.759 1.539 Culturas Permanentes 106 183 TOTAL 74.276 65.978 75.097 66.762 10. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS São representados por captações objetivando o financiamento do capital de giro e estão sujeitos a juros fixos que variam de 4,36 a 8,75% a.a. e, quando captados em moeda estrangeira, sujeitos a variação cambial do dólar norte-americano, conforme detalhado a seguir: Empréstimos de Curto Prazo Controladora Consolidado DESCRIÇÃO 2005 2004 2005 2004 MOEDA NACIONAL CÉDULA DE CRÉDITO RURAL Juros de 8,75% ao ano 163 163 CÉDULA DE CRÉDITO EXPORTAÇÃO Juros de 8,75% ao ano 3.014 3.014 Total Moeda Nacional 3.014 163 3.014 163 MOEDA ESTRANGEIRA Adiantamento de Contrato de Câmbio Juros de 4,36 a 4,62% ao ano 74 14 74 14 Total Moeda Estrangeira 74 14 74 14 Total Geral 3.088 177 3.088 177 11. PROVISÕES PARA CONTINGÊNCIAS A empresa constituiu provisões para processos legais a valores considerados pelos seus assessores jurídicos e sua administração como sendo suficientes para cobrir perdas prováveis. Segue abaixo a composição dos saldos das provisões: Controladora Consolidado 2005 2004 2005 2004 Trabalhistas 130 351 130 351 Tributárias e Previdenciárias 1.280 1.044 2.344 2.019 Outras 1.717 1.496 1.717 1.496 To t a l 3.127 2.891 4.191 3.866 12. INSTRUMENTOS FINANCEIROS A instrução CVM nº 235, de 23 de março de 1995, estabeleceu mecanismos para a divulgação do valor de mercado e das condições pactuadas dos instrumentos financeiros, em nota explicativa. A Companhia não realizou, até 31 de dezembro de 2005, operações com características de instrumentos financeiros, na forma definida pela referida instrução. Todos os demais ativos e passivos enquadrados como instrumentos financeiros (empréstimos, aplicações financeiras, etc...) não representam desvios significativos entre o valor de mercado e o contábil. 13. SEGUROS A Companhia mantém seguros sobre seus bens, junto a seguradora de 1ª linha, os quais os administradores entendem ser suficientes para a cobertura de eventuais sinistros. 14. PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Capital Social O Capital Social, integralmente realizado, é representado por 24.948.000 ações (idem em 2004), sendo 8.316.000 ordinárias e 16.632.000 preferenciais, sem valor nominal. As preferenciais sem direito a voto, gozam de preferência na distribuição de dividendos, não cumulativos, de 10% superiores às ordinárias. b) Reserva de Reavaliação Foi realizada de forma voluntária, com base no método do custo de reposição e/ou construção na data da avaliação e constituída em decorrência das reavaliações dos bens imóveis registrados no ativo permanente, e contabilizada com base em laudo de peritos independentes emitido em março de 2005. O efeito no resultado pela depreciação dos bens correspondentes, no exercício de 2005, é de R$ 382. A reavaliação foi realizada pela Setape – Serviços Técnicos de Avaliações do Patrimônio e Engenharia S/C Ltda., nomeada em 29 de abril de 2005 através da 78.ª Assembléia Geral Extraordinária. O laudo fundamentado com critérios de avaliação e elementos de comparação adotados foi aprovado pelos quotistas na mesma AGE que nomeou a empresa avaliadora. O resultado de R$ 9.860, foi incorporado ao ativo reavaliado correspondente, em contrapartida na conta de Reserva de Reavaliação no Patrimônio Líquido. O reconhecimento dos impostos incidentes foi efetuado a débito de conta retificadora da Reserva de Reavaliação e a crédito de Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social, no Passivo Exigível a Longo Prazo. A referida reavaliação não causa efeito na distribuição de dividendos, pois a depreciação gerada pelos bens reavaliados é compensada no Patrimônio Líquido com a realização da reserva correspondente. A realização da reserva de reavaliação, para fins fiscais, ocorrerá na mesma proporção das baixas da depreciação, amortização ou alienação dos bens que a geraram. c) Remuneração aos Acionistas Aos acionistas é assegurado um dividendo mínimo correspondente a 25% do Lucro Líquido, ajustado nos termos do art. 202 da Lei das Sociedades por Ações. No exercício de 2004, a Companhia pagou juros sobre capital próprio conforme faculta o artigo 9º da Lei nº 9.249/95, calculados sobre as contas do Patrimônio Líquido e limitados à variação, “pro rata die”, da TLJP, computados nos resultados dos exercícios como despesas financeiras. Em atendimento a Deliberação CVM 207/96, o valor correspondente, para fins de apresentação, foi revertido do resultado em contrapartida de Lucros Acumulados. No exercício de 2005, a Administração da Companhia está propondo a distribuição de dividendos, a ser submetida à aprovação da Assembléia Geral Extraordinária, conforme segue: 2005 2004 Lucro Líquido 18.564 24.007 Reserva Legal – 5% (928) (1.200) Realização da Reserva de Reavaliação 382 864 Base para Dividendos 18.018 23.671 Alíquota 25% 25% Dividendos Totais 4.505 5.918 Juros sobre o Capital Próprio pago bruto do I.R. 4.750 Dividendos Complementares Propostos 1.880 Total dos Dividendos e Juros sobre o Capital Próprio 6.630 Imposto de Renda Retido na Fonte sobre JCP (712) Total da Distribuição Líquido do I.R. 5.918 d) Reserva de Retenção de Lucros Constituída de acordo com o previsto no artigo 196 da Lei no 6.404/76, os órgãos da administração propõem a retenção de parte dos lucros acumulados, no valor de R$ 13.513, prevista em orçamento de capital a ser submetido à aprovação da Assembléia Geral. 15. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL DIFERIDOS Constituída em consonância com a Deliberação nº 273 de 20 de agosto de 1998 da Comissão de Valores Mobiliários, e em observação às disposições contidas na instrução nº 371 também da CVM, que dispõem sobre o registro contábil do ativo fiscal diferido decorrente de diferenças temporárias e de prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social, conforme demonstrado abaixo. Nas demonstrações contábeis consolidadas, o valor é maior do que na controladora, devido a existência de imposto de renda e contribuição social diferidos, também, na controlada. Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos Descrição Base Patrimônio Líquido Ativo Passivo de Cálculo Resultado do Exercício Longo Prazo Longo Prazo 2005 2004 2005 2004 Imposto de Renda Receitas e Despesas que geram Reflexos tributários futuros 16.544 (313) 4.136 4.449 Reavaliação do Ativo Permanente 17.169 4.273 1.967 Total 33.713 (313) 4.136 4.449 4.273 1.967 Contribuição Social Base Negativa (1.351) 1.351 Receitas e Despesas que geram Reflexos tributários futuros 16.544 (110) 1.489 1.599 Reavaliação do Ativo 17.169 1.545 716 Permanente Total 33.713 (1.461) 1.489 2.950 1.545 7 1 6 Total Geral (1.774) 5.625 7.399 5.818 2.683

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES 1. Examinamos os Balanços Patrimoniais, individual da Companhia Cacique de Café Solúvel, controladora, e da Companhia Cacique 3. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis referidas no primeiro parágrafo representam adequadamente, em todos os de Café Solúvel e suas empresas controladas, consolidado, levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004, e as respectivas aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira individual e consolidada da Companhia Cacique de Café Solúvel em 31 de Demonstrações do Resultado, das Mutações do Patrimônio Líquido da Controladora e das Origens e Aplicações de Recursos dezembro de 2005 e 2004, o resultado de suas operações, as mutações do seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa recursos referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: a) o planejamento Londrina, 03 de março de 2006. dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos da Companhia; b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações BOUCINHAS & CAMPOS + SOTECONTI Paulo Roberto Cardoso contábeis divulgados; e c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração Auditores Independentes S/S Contador da Companhia, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. CRC.SP 5.528 - S/PR CRC PR 035096/O-T-RS Presidente Vice-Presidente Vice-Presidente

Conselho de Administração Maria Yolanda Cerqueira Cesar Coimbra Conselheiro Sergio Coimbra Conselheiro Cesário Coimbra Neto Conselheiro

Presidente Daniela Cerqueira Cesar Coimbra Diretor Superintendente e de Massashi Kimura Relações com Investidores Antonio Carlos Aparecido Ribeiro Contador: Elvis Antonio Bim - CRC/PR 22.736 “S” SP 2.734

Sergio Coimbra Cesário Coimbra Neto

Diretoria Diretor de Controladoria Diretor Industrial Diretor Financeiro

Antonio Paulino Martins João da Graça Cruz Massashi Kimura


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Tr i b u t o s Agronegócio Nacional Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 11 de abril de 2006

Ipem aponta diferença de até 21,24% no peso padrão do pão francês: 10,62 gramas menos.

BRASIL CAI NO RANKING DE COMPETITIVIDADE

SALDO NA PRIMEIRA SEMANA, DE US$ 1,296 BILHÃO DE ABRIL É O MELHOR RESULTADO DO ANO

EXPORTAÇÕES RECUPERAM FÔLEGO Divulgação/Usina Unica

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s exportações ganharam fôlego e fizeram a balança comercial registrar na primeira semana de abril o maior superávit semanal do ano: US$ 1,296 bilhão. Enquanto as importações cresceram 15,3%, as exportações tiveram uma expansão bem maior, de 23,1% em comparação com a média de abril do ano passado. O saldo da primeira semana de abril foi 94,88% maior do que o apurado na semana anterior, quando o superávit foi de US$ 665 milhões. Segundo dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, as exportações na primeira semana somaram US$ 2,833 bilhões, com média diária de US$ 566,6 milhões. Foi o segundo melhor resultado semanal do ano para as vendas externas do País. Já as importações totalizaram no período US$ 1,537 bilhão, o que representou uma média diária de US$ 307,4 milhões. No ano, o superávit acumulado da balança é de US$ 10,642 bilhões. Para o especialista em comércio exterior da Tendências Consultorias, Guilherme Loureiro, o resultado da primeira semana superou as estimativas, mas não deve ser observado como uma indicação para todo o mês. "O ritmo de crescimento das exportações deve estacionar e as importações devem seguir em recuperação", disse Loureiro.

Segundo ele, o que explica o resultado da semana é o aumento dos embarques de petróleo e derivados. Por outro lado, as importações desses mesmos produtos caíram. "Esse é um movimento atípico e pontual", avaliou. Pelos dados do ministério, as exportações de combustíveis e lubrificantes tiveram na primeira semana uma expansão de 136,8% sobre março deste ano. As importações, porém, caíram 29,9% no mesmo período. Tudo em alta – De acordo com os dados do Ministério do Desenvolvimento, houve crescimento das vendas externas nas três categorias de produtos. As exportações de semimanufaturados apresentaram alta de 37,2%, com acréscimo, principalmente, de catodos de

cobre, zinco, alumínio, açúcar, óleo de soja, couros e peles, celulose e ligas de alumínio. Os embarques de produtos básicos tiveram expansão de 27%, refletindo maiores vendas, principalmente de petróleo, algodão, caulim e outras argilas e carne de frango. Já as exportações de produtos manufaturados cresceram 16,7% por conta de gasolina, óleos combustíveis, tratores, máquinas e aparelhos para terraplenagem, motores e geradores. Compras – O crescimento de 15,3% das importações foi puxado pelo aumento dos gastos com adubos e fertilizantes, siderúrgicos, cobre, cereais e produtos de moagem, veículos, equipamentos elétricos e eletrônicos, combustíveis e lubrificantes. (AE)

São Paulo desacelera embarque

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s exportações de bens industrializados produzidos no Estado de São Paulo vêm desacelerando nos últimos meses, em razão dos efeitos do real valorizado frente ao dólar, que diminui a competitividade do produto brasileiro no exterior. Levantamento realizado pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) revela que, em janeiro, as vendas externas cresceram 17,9% na comparação com o primeiro mês de 2005. Em fevereiro, o aumento foi de 15%, contra o mesmo mês do ano passado. Apesar de positivos, os números são bastante inferiores aos verificados nos mesmos meses de 2005 sobre 2004. Em janeiro do ano passado, as exportações haviam crescido 44,5% ante o mesmo mês de

2004. Em fevereiro, a alta foi de 44,3% sobre igual mês de 2004. "Claramente, as exportações estão deixando de ser o motor da indústria", comentou o diretor de Economia do Ciesp, Bóris Tabacof, ressaltando que o câmbio é também o principal fator para a retração do número de pequenas empresas na pauta exportadora do País. Dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior mostram que, no primeiro bimestre deste ano, 596 empresas saíram do mercado externo, o que, na avaliação dos empresários, é resultado do câmbio. O Ciesp está elaborando os números de março e deve apresentá-los na semana que vem, durante a divulgação do nível de emprego regional. Desaceleração – A desacele-

ração das exportações industriais paulistas são sentidas desde meados do ano passado. Em julho de 2005, por exemplo, as vendas externas haviam crescido 13,8% ante o mesmo mês de 2004. Mas em julho de 2004, a alta havia sido de 45,2% sobre julho de 2003. O ritmo de crescimento também recuou em agosto, setembro e outubro. E em novembro, a desaceleração mostrou-se ainda mais acentuada. O aumento das vendas externas caiu de 41,5% (novembro de 2004 sobre novembro de 2003) para 30,2% em novembro de 2005 sobre novembro de 2004. Em dezembro, novo recuo acentuado: alta de 15,8% sobre dezembro de 2004, depois de um aumento de 22,1% em dezembro de 2004 sobre igual período de 2003. (AE)

Pão francês com pesos diferentes

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esquisa da cesta básica realizada pelo Instituto de Pesos e Medidas de São Paulo (Ipem-SP) revelou que o pão francês foi o produto que teve maior irre-

gularidade de peso entre as mercadorias analisadas na segunda quinzena de março. O Ipem, órgão da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do estado, verificou 3.902 produtos e apenas 53 (1,36%) estavam irregulares quanto ao peso. Na capital, a Panificadora e Confeitaria Póvoa foi a responsável pela

maior irregularidade, com cinco gramas a menos (10%) no pão francês de 50 gramas obrigatórios. O pão do estabelecimento Jonny de Oliveira Ltda., em São José dos Campos, foi o campeão do estado, com diferença de 21,24% (10,62 gramas) em relação ao peso padrão . O estabelecimento Odete Joana Hernandes Seribelli, em Presidente Prudente, estava com o pão com peso 13,24% inferior ao padrão, o que corresponde a 6,62 gramas. O Ipem encontrou também irregularidades no gás de cozinha. O botijão da Copagás Distribuidora de Gás Ltda. apresentou 118 gramas menos que o conteúdo declarado de 13 quilos, o que representa 0,91%. Defesa – Segundo o Ipem, os proprietários ou responsáveis pelos produtos com irregularidades têm 15 dias para apresentar defesa à superintendência do instituto. Após análise jurídica e administrativa, o Ipem estipula uma penalidade, que vai de uma advertência ao pagamento de multas de até R$ 50 mil. (AE)

O açúcar está entre os produtos mais embarcados para o exterior na primeira semana de abril

Produtividade industrial do Brasil despenca

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Brasil está ficando para trás na corrida mundial da produtividade do trabalho na indústria de transformação. Estudo divulgado ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que o País, depois de ter ocupado a 4ª posição no ranking mundial na segunda metade dos anos 90, agora despencou para a 22ª colocação, a penúltima na lista divulgada pela entidade. Entre 2001 e 2004, a indústria experimentou aumento de produtividade média anual de apenas 1,3%. O desempenho ruim, segundo a CNI, ocorreu devido aos juros altos e baixo investimento. No levantamento, a Índia foi o país que apresentou maior crescimento de produtividade média por ano: 10,1% (período 2001-2003). Em seguida, aparecem no ranking os também asiáticos Cingapura, Malásia e Tailândia, com taxas de respectivamente, 8,2%, 6,9% e 6,2% entre 2001 e 2004. Os Estados Unidos ocuparam a 5ª posição no período, com produtividade anual crescendo 6,1%. Para a CNI, esse distanciamento do Brasil em relação ao mundo acende um sinal de alerta, sobretudo do ponto de vista das exportações. "Assim como parte do desempenho

Marcos Peron/Virtual Photo

Primeiros cinco anos da década mostram queda na produtividade

exportador dos últimos anos é creditada aos ganhos obtidos ao longo da década de 90, o baixo crescimento da produtividade tende a comprometer o vigor dos setores exportadores no futuro", diz a entidade. Cálculo – A produtividade do trabalho é definida como a produção dividida pelo número de trabalhadores empregados. Em 2005, período que não foi considerado na comparação com os outros países por falta de dados disponíveis dessas nações, a produtividade do trabalho na indústria caiu 1,4%. Com isso, na primeira metade desta década, a média anual de expansão desse indicador ficou em apenas 0,7%. Entre 1996 e 2000, o cresci-

mento por ano foi de 5,9%, considerando-se os dados de pessoal ocupado na indústria pesquisados pela entidade. Segundo a Confederação, o resultado de 2005 "consolida o primeiro quinqüênio (dos anos 2000) como um dos piores dos últimos 35 anos, com um desempenho superior a apenas ao da segunda metade da década de 80". De 1986 a 1990, a produtividade teve uma queda média anual de 0,7%. Para a entidade, o baixo nível de investimentos é a razão para o fraco desempenho da produtividade nos últimos cinco anos. O estudo diz que, para o Brasil se recuperar, é preciso elevar, sobretudo, a inovação tecnológica. (AE)

Empresários retomam otimismo

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esmo com os impactos da crise política que atingiu o Brasil em 2005 e em um ano de eleições presidenciais, o empresariado brasileiro está otimista em relação ao próprio negócio e às perspectivas para a economia do País, segundo pesquisa da Serasa. No levantamento, que ouviu 960 empresas de diferentes setores em todo o Brasil entre os dias 6 e 15 de março, 65% dos entrevistados estão convencidos de que o faturamento das companhias deverá aumentar no final deste ano ante o fechamento de 2005, contra 25% que esperam estabilidade e 10% que projetam queda. Na avaliação por setor, os industriais demonstraram maior otimismo, com 70% respondendo que esperam crescimento no faturamento. No comércio e em serviços, essa avaliação teve participação de 61% e 65%, respectivamente. Para o encerramento do primeiro semestre, as análises foram um pouco mais comedidas: 53% dos industriais projetaram crescimento contra 51%

dos empresários do setor de serviços. No comércio, 43% indicaram essa perspectiva, abaixo da média geral, que foi de 49% para o semestre. Na análise que leva em conta o tamanho das empresas, as respostas mais otimistas para o ano ficaram por conta das companhias de grande porte (74%), seguidas pelas de médio (67%) e pequeno (63%) portes. PIB, câmbio e juros – A pesquisa da Serasa também constatou que os empresários estão otimistas com os indicadores

da economia do Brasil. Para a maior parte dos entrevistados (49%), o Produto Interno Bruto (PIB) deverá crescer no final de 2006 ante o mesmo período de 2005, enquanto 31% projetam estabilidade e 19%, queda. Para 2007, a perspectiva é ainda melhor, com 53% das respostas de crescimento da economia, 32% de estabilidade e 15% de declínio. Quanto ao câmbio, a perspectiva maior (48%) é de estabilidade para o encerramento do primeiro semestre. (AE)

Páscoa ajuda o varejo

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proximidade da Páscoa contribuiu para aumentar a atividade econômica do comércio, segundo análise do Indicador Serasa do Nível de Atividade do setor, divulgado ontem. No período de 3 a 9 de abril, a empresa constatou que houve um aumento de 4,3% nas vendas do

segmento, quando comparadas ao período equivalente de 2005 (14 a 20 de março), em todo o território nacional. De acordo com a Serasa, considerando a atividade econômica do comércio apenas na cidade de São Paulo, no mesmo período, houve alta de 1,2% na comparação com 2005. (AE)


terça-feira, 11 de abril de 2006

Nacional Agronegócio Finanças Empresas

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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DÓLAR PODE FECHAR O ANO ABAIXO DE R$ 2,20

0,75

ponto percentual é a estimativa de redução da taxa básica de juro para a próxima semana.

Mauricio Lima/AFP PHOTO

MERCADO PREVÊ INFLAÇÃO ABAIXO DA META EM 2006 Relatório do Banco Central mostra que a política de juros fará com que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fique em torno de 4,47%. Comportamento do câmbio e dos preços dos alimentos contribui para a redução da estimativa.

Henrique Meirelles, presidente do BC: taxa de juros real está caindo ao longo dos anos

Meirelles defende política monetária

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presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, defendeu ontem a política monetária, reiterando que ela visa ao crescimento sustentável da economia brasileira e citando a convergência da inflação para as metas. "As expectativas de inflação tendem a estar ancoradas ao centro das metas", disse ele em evento em São Paulo no dia em que o relatório Focus apontou que o mercado projeta para este ano inflação de 4,47%, abaixo do centro da meta. Para

2007, as estimativas indicam inflação de 4,5%, equivalente ao centro da meta do ano. "Muitos se preocupam com o fato de a taxa de juros no Brasil ser muito alta... é importante ressaltar que a taxa de juros vem caindo ao longo dos anos, a taxa de juros real. O caminho para os juros caírem é esse: persistir numa política econômica que está dando resultado." Meirelles fez questão de frisar que seus comentários dizem respeito à política de médio e longo prazos, e não a decisões de curto prazo do Comi-

tê de Política Monetária (Copom). O presidente do BC acrescentou que o governo está "pavimentando o caminho para crescer mais (a economia), mas de forma sustentável." Para ele, o Brasil precisa se concentrar em reformas fundamentais, investimentos em infra-estrutura e educação. Questionado se o País pode viver crise similar à de 2002 neste ano eleitoral, Meirelles descartou a possibilidade. Pare ele, os fundamentos econômicos de 2006 são melhores do que os daquele ano. (Reuters)

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política de juros do Banco Central (BC) fará com que a inflação deste ano fique abaixo da meta de 4,5%. É o que mostra a pesquisa semanal Focus, divulgada ontem pelo BC. Na média, os analistas esperam que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fique em 4,47%. "É a primeira vez que as expectativas ficam abaixo da meta desde a posse da atual diretoria do BC, em 2003", disse a economista do Banco ABN Amro, Zeina Latif. O fato, na visão da economista, representou uma importante quebra de resistência psicológica. "Sempre houve uma resistência de que as projeções não poderiam ficar abaixo da meta", comentou. O comportamento do câmbio e dos preços dos alimentos, de acordo com a economista, tem sido o principal fator para as previsões de inflação caírem abaixo dos 4,50%. "Por conta da gripe aviária, os preços do frango e até mesmo do ovo (que costumam subir neste período do ano) estão vindo abai-

PETROLEO A

xo do esperado", comentou. Para o câmbio, o diretor da Modal Asset Management, Alexandre Póvoa, avalia que o dólar poderá até fechar o ano abaixo dos R$ 2,20 projetados na pesquisa do BC. "O que temos aí é um choque de oferta positivo no câmbio e nos preços dos alimentos", afirmou. Apesar do cenário positivo, o mercado financeiro não aposta numa aceleração do ritmo de corte dos juros na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) da próxima semana. "Se não estivéssemos num final de ciclo das reduções de juros, até apostaria numa queda maior. Mas não é o caso", explicou a economista do ABN. Ela lembrou que o Copom já cortou a taxa de juros em 3,25 pontos percentuais desde setembro. "Acredito que é hora de acompanhar os efeitos de transmissão dessas decisões de política monetária sobre a economia", comentou. O cenário mais provável apontado pelos economistas é de que os juros venham a ser reduzidos em 0,75 ponto per-

centual na próxima semana e no fim de maio. "A velocidade das reduções tende a se reduzir", disse a economista. Neste cenário, a taxa Selic chegaria ao fim do ano em 14%. Os dois economistas, entretanto, não descartam a hipótese de os juros recuarem ainda mais e terminarem 2006 em 13,5%. "É possível, neste cenário, que tenhamos uma outra queda de 0,75 ponto percentual além das duas já projetadas", disse o diretor da Modal. A taxa real de juros (descontada a inflação), nas duas hipóteses, terminaria o ano abaixo da marca dos 10%. Com uma perspectiva mais positiva para os juros, o mercado poderá começar a elevar nas próximas semanas suas projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. Apesar de superior aos 3,5% projetados atualmente, o percentual ainda é inferior aos 4% esperados pelo próprio BC. Para 2007, as estimativas de mercado para a expansão do PIB subiram de 3,6% para 3,7%. (AE)

Ascensão de Garotinho causa temor

Cotação é recorde

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petróleo tipo Brent atingiu nível recorde ontem e chegou a US$ 68,93 por barril, com o aumento das tensões em torno do programa nuclear do Irã e contínuas interrupções na oferta da Nigéria. As preocupações com o fornecimento de petróleo do Irã e da Nigéria também aumentaram, fazendo com que os contratos da commodity negociados em Londres e Nova York fechassem em forte alta. Um artigo publicado no último número da revista New Yorker informava que representantes do governo dos EUA estavam estudando a possibilidade de usar bombas contra possíveis usinas nucleares subterrâneas do Irã. Poucos analistas acreditam que uma ação militar contra o Irã seja uma opção viável e a própria Casa Branca tentou abafar a idéia. Em Teerã, a no-

tícia foi classificada como "guerra psicológica". Nervosismo – Apesar disso, o artigo da New Yorker e as pequenas notas que se seguiram em outros veículos da imprensa fizeram crescer o nervosismo com a escalada do confronto EUA versus Irã e com a possibilidade de problemas no fornecimento iraniano. O Irã é o segundo maior produtor de petróleo dentro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Mobilização – A alta do petróleo ganhou ainda mais força depois que militantes nigerianos afirmaram que estão se mobilizando para atacar unidades que pertencem à norteamericana ExxonMobil Corp. Na bolsa de Londres, o contrato de petróleo Brent para maio disparou US$ 1,46, para US$ 68,75 o barril. Na máxima, o contrato chegou a US$ 68,99 o barril, recorde histórico. Na

mínima, foi negociado a US$ 67,40 o barril. Os futuros de Brent, que geralmente operam com desconto em relação aos de petróleo bruto da Nymex, registraram ganhos altos nas últimas semanas por causa de problemas de produção causados por ataques na Nigéria. Isso ocorreu porque as refinarias européias são mais dependentes de petróleos de alta qualidade do que as norte-americanas e têm maior dificuldade para ajustar estoques em caso de perdas no fornecimento, de acordo com o presidente da IAF Advisors, Kyle Cooper. "A produção da Nigéria é de alta qualidade", disse ele. Na Nymex, o contrato de petróleo bruto para maio subiu US$ 1,35 (2%), para US$ 68,74 o barril, maior nível desde o início de fevereiro. A cotação máxima foi de US$ 68,95 e a mínima de US$ 67,22. (Reuters)

Setor de serviços avança na OMC

A

s negociações sobre serviços na Organização Mundial do Comércio (OMC) parecem estar acelerando após uma longa pausa, segundo o diretor da divisão de serviços da entidade, Hamid Mamdouh. Elas visam liberalizar o comércio em áreas como telecomunicações, distribuição e energia, bem como tornar mais fácil que profissionais, em especial vindos de países emergentes, trabalhem no exterior. O êxito é crucial para a Rodada de Doha da OMC, apesar de o progresso ter sido ainda menor com produtos agrícolas e industriais. Os países têm dificuldades para fechar um acor-

do de redução de subsídios agrícolas e corte de tarifas de importação. "Isso foi positivo e superou as nossas expectativas", disse Mamdouh. "Eu acho que há um novo ânimo nas negociações." Serviços – Os países desenvolvidos, como os Estados Unidos, Japão e os da União Européia, pressionam as nações em desenvolvimento como Brasil e Índia, para que abram os mercados de serviços em troca de redução nos subsídios agrícolas. As conversas envolvem 20 setores de serviços e têm a forma de pedidos por parte dos países ricos para a liberalização. Uma área na qual os países mais ricos estão

sob pressão, entretanto, é a de contratos de trabalho. A Índia puxa as exigências por um aumento no número de profissionais com permissões de trabalho em países desenvolvidos. Os serviços são responsáveis por cerca de 70% da atividade econômica global, e menos de 30% do comércio mundial, o inverso dos dados do setor industrial. Já a agricultura contabiliza menos de 10% do comércio internacioanal. A próxima rodada de conversas multilaterais, envolvendo as de pedidos de liberalização, é 15 de maio. O prazo para que os países façam suas ofertas para liberalizar o setor de serviços é julho. (Reuters)

ascensão de Anthony Garotinho como candidato à Presidência na última pesquisa Datafolha e as incertezas sobre o cenário externo trouxeram apreensão aos mercados. A bolsa aproveitou o vencimento do Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) Futuro na quarta-feira e deu seqüência ao movimento de realização de lucros. Com isso, o índice caiu 1,16%. O dólar teve a segunda alta seguida, de 0,33%, para R$ 2,157, na roda da Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) e no balcão, enquanto o paralelo avançou 0,31%, para R$ 2,30. Os juros futuros projetaram alta, o risco-País subiu

Trabalhadores receberão perdas de planos Verão e Collor

U

m acordo fechado entre a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e a Caixa Econômica Federal (CEF) garantirá aos trabalhadores de São Paulo e de Mato Grosso do Sul, cujos sindicatos e categorias são ligados à CUT, a reposição integral e das perdas no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) causadas pelo Plano Verão (1989) e pelo Plano Collor (1990). O acordo beneficiará todos os associados desses sindicatos que não aderiram ao acordo proposto pelo governo de Fernando Henrique Cardoso em 2001, aceitando os valores propostos com deságio, ou que já receberam por outra decisão judicial. Segundo o gerente da filial de FGTS da CEF em São Paulo, Gildásio Freitas Silveira, além daqueles trabalhadores que não aderiram ao acordo em 2001 ou receberam por decisão judicial, têm direito a receber os créditos todos os que tinham uma conta com saldo quando os planos foram instituídos. Mas a CEF não tem o número de trabalhadores que devem ser contemplados pela decisão. (ABr)

1,23%, para 247 pontos, e o ABond ganhou 0,15%, vendido com ágio de 7,4%. "Com o PSDB ou o Lula, todos já sabem o que esperar. Mas o Garotinho é uma incógnita, e o mercado não gosta do desconhecido", comentou um operador, acerca do avanço do ex-governador fluminense. Os "vendidos" no Ibovespa futuro especularam com o resultado da pesquisa. O movimento financeiro recuou em relação à média do mês, fican-

do em R$ 1,879 bilhão. As incertezas quanto à economia americana continuam a preocupar a bolsa paulista, que depende muito do capital externo. Predomina a impressão de que o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) prolongará o aperto monetário. As maiores altas no Ibovespa foram de Embratel Par PN (3,68%), Net PN (2,68%) e Souza Cruz ON (2,27%). A maior queda foi de Eletrobrás ON (7,76%). (AE)


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Microter minais Impressoras Feira Mercado

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 11 de abril de 2006

Serão mostradas soluções dedicadas e confiáveis para a automação do ponto-de-venda Antonio Di Gianni, Afrac

EVENTO TRAZ SOLUÇÕES COMPLETAS DE AUTOMAÇÃO COMERCIAL

Fotos: Divulgação

Autocom 2006 traz novidades em automação para todo tipo de estabelecimento O Fusion, da Metrologic: leitor de código de barras manual e portátil

Fornecedores de equipamentos focam lançamentos nos varejistas e na automação dos pontos-de-venda; terminais touch screen e impressoras térmicas são destaques AUTOCOM 2006 Data: 10 a 12 de abril de 2005 Horário: das 14h às 21h Local: Frei Caneca Convention Center; rua Frei Caneca, 569, 5º andar, São Paulo Preço: Entrada franca Mais Informações: Tel.

Por Rachel Melamet omeçou ontem e vai até amanhã, em São Paulo, a Autocom 2006 - 8ª Exposição e Congresso de Automação Comercial, que acontece no Frei Caneca Convention Center. O segmento, que movimenta cerca de R$ 700 milhões por ano, espera crescer cerca de 25% em 2006 e aproveita o evento para mostrar ao mercado diversas novidades e debater os problemas técnicos e institucionais do setor. Segundo Antonio Di Gianni, presidente da Associação Brasileira de Automação Comercial (Afrac), a mostra apresenta este ano um grande número de soluções completas de automação comercial, com produtos e serviços adequados a todos os tipos e tamanhos de estabelecimentos comerciais. "O ponto alto desta Autocom está na oferta de produtos mais adequados. Os varejistas receberam maior atenção dos fornecedores, que investiram no desenvolvimento de soluções mais específicas. Serão mostradas soluções dedicadas e confiáveis para a automação do ponto-de-venda", destaca o executivo. Congresso – Entre os principais temas em discussão no Congresso de Automação Comercial está a lei, em processo de tramitação no Congresso Nacional, sobre incentivos fiscais, para as micro e pequenas empresas (com faturamento anual de até R$ 3.6 milhões), que representam 90% das empresas do segmento de automação comercial e 75% das empresas do varejo. O setor quer analisar também as múltiplas legislações estaduais que regulamentam o uso dos ECFs, além de projetos, já em fase experimental, de ambientes de varejo que determinarão o novo formato de atendimento em lojas. A Associação Comercial de São Paulo também estará lá. Em seu estande, além de estreitar o relacionamento com seus associados e parceiros em potencial.

À vista do cliente Atrium Soluções e Comércio vai mostrar a linha de displays Flextower, composta de produtos com tecnologia VFD que permite ao lojista integrá-lo ao checkout e mostrar ao seu cliente informações sobre sua compra de forma visível e em um ângulo de 270 graus, a uma distância superior aos tradicionais displays com tecnologia LCD. Com design ergonômico, a linha Flextower pode ser conectada via porta USB ou porta serial RS232. Já o Intelliterm é um aparelho com modem, antena GPRS, leitora de cheques e de cartão magnético incorporados, que oferece mobilidade para o estabelecimento que tem necessidade de realizar transações através de cartões de crédito e débito, onde não exista um ponto fixo para se estabelecer comunicação, como locais isolados e que não possuem telefones fixos –como postos de combustíveis em estrada não atendidos pela telefonia fixa, mas que tem cobertura pela rede GSM de celulares. (RM)

(11) 5531-3899 ou www.ideti.com.br/autocom

Divulgação

Coletores e leitores

Divulgação

Coletor Optimus, da Metrologic Divulgação

A Smak também mostra novidades

Casa Magalhães vai mostrar o módulo Papa-Filas, um aplicativo que utiliza coletores com tecnologia de comunicação de rádio freqüência (RFID) desenvolvido para os segmentos de supermercados, panificadoras e fast-food. Integrado com o aplicativo Syspdv, realiza a captação de pré-vendas ou de comandas eletrônicas. A Elgin traz o Long Range SG100 , que realiza leituras em distâncias de até 20 cm, seu design é ideal para o uso por mulheres, já que o equipamento é pequeno, atende aos mais variados check-outs e combinações de instalação e permite a migração de uma conexão para outra apenas com a troca de um cabo. A Metrologic aposta na linha de coletores de dados Optimus. A versão S é ideal para aplicações no varejo, saúde e manufatura: pode ser levado a qualquer lugar para ler e armazenar dados. O Fusion, também da Metrologic, é um leitor de códigos de barra manual e portátil, com design ergonômico, baixo custo e capacidade para a leitura omnidirecional –com 20 feixes de laser. Por sua vez, a MSN criou a linha X64, com alta capacidade de memória e processamento, leve, resistente e com design moderno e anatômico, pode ser utilizado off line ou online, via rádio. Disponível em diversos modelos e configurações, os coletores X64 podem receber módulo com a tecnologia RFID para leitura e gravação de dados em etiquetas e cartões inteligentes (tagsys). A Syscontrol apresenta os leitores Omnidirecional Magellan 1000i, com tecnologia imager, do tipo fixo para leitura de artigos pequenos e fáceis de manusear, e versão manual para artigos grandes e pesados. (RM)

A Syscontrol mostra a linha TSC

Impressoras térmicas

Terminais e teclados

Touch screen

O Busca-Preço, da Gertec, é um Terminal de Consulta de Preços (TCP) em versão compacta, de fácil instalação e utilização e baixo custo. A empresa mostra também o TEC-M65Dis, teclado programável multifuncional, com display de operador e teclas especiais com maior resistência e durabilidade. A Fourth Technology mostra várias linhas de teclados com teclas programáveis, e um teclado metálico antivandalismo e com criptografia para bancos. A Top Line tem teclados de até 84 teclas, com opção de leitor de cartão magnético, além de teclado antivandalismo inox de até 110 teclas luminosas. O Itronix Baby Multi, da Rm Znet, é um compacto terminal automatizado e interativo de auto-serviço para clientes. A novidade da Smak Tecnologia é o SKA-291, teclado eletrônico padrão ABNT/US/ financeiro com leitor de código de barras. (RM)

Além dos monitores touch screen (com telas sensíveis ao toque) que compõem a série 1000 da ELO, a empresa lança ainda o sofisticado Touchcomputer ESY1529L, que integra no mesmo gabinete um monitor LCD TFT de 15" com um computador de grande eficiência. A Waytec, primeira fabricante nacional de monitores touch screen, leva seus compactos TEW 15T e TEW 15TPC, ideais para checkouts com pouco espaço para instalação, pois já vêm com um PC acoplado. O gabinete fica dentro do monitor, na parte traseira, com memória de 256 MB, HD de 40 GB e kit multimídia com alto-falantes internos e saídas para fone de ouvido ou caixas de som. (RM)

Bematech lança na Autocom a MP-2100 TH FI, impressora térmica fiscal com alta velocidade de impressão, com tecnologia MFD (Memória Fita Detalhe) removível e capacidade de armazenamento de 128MB. Segundo a fabricante, a MP-2100 TH FI possibilita uma economia de 30% a 40% de papel através do modo de venda de item em uma linha. A Daruma Urmet apresenta três modelos de impressoras térmicas fiscais: FS 600 e FS 2100T USB, com MFD e interface de comunicação USB, e a DR 600 WiFi, com interface wireless padrão 802.11g. Já a nova linha TSC, da Syscontrol, tem boa performance associada ao baixo custo de investimento e manutenção. Estas impressoras, segundo a fabricante, são as únicas do mercado que podem trabalhar com ZPL2, EPL2, DPL2, além de TSPL2, garantindo flexibilidade. A linha de mesa inclui máquinas de pequeno porte que, apesar do tamanho reduzido, utilizam fitas de 360 metros, garantindo menor parada de máquina e menor custo de impressão. A Perto S/A apresenta a PertoPay2023, uma impressora fiscal de duas estações, que emite cupom fiscal com impressão térmica e tecnologia MFD e leitora/ impressora de cheques a jato de tinta, além de outras, como o PertoConsult, um terminal autônomo de frente de caixa e leitor automático de cheques (CMC7), ideal para pequenos e médios estabelecimentos. (RM)


terça-feira, 11 de abril de 2006

Feira Impressoras Mercado Microter minais

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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SETOR MOVIMENTA CERCA DE R$ 700 MILHÕES AO ANO

Não é mais vantagem ter PPB, pois é preciso investir 5% do faturamento em Pesquisa e Desenvolvimento Wilson Antunes, Elgin

Milton Mansilha / Luz

Segundo eles, a variação nas leis de cada estado encarece o produto final, que podia ser bem mais barato para o varejo

Por Carlos Ossamu diretoria anterior da Afrac (Associação dos Fabricantes e Revendedores de Equipamentos para Automação Comercial) estimava que o setor movimentava em torno de R$ 1 bilhão por ano. Já a atual gestão, que tomou posse no início do ano e é encabeçada por Antonio Di Gianni, que ocupa a presidência da entidade, acha que esse número é um exagero e que um valor mais real está em torno de R$ 700 milhões. Na realidade, não há conflito nesses números, pois a antiga diretoria considerava nesse R$ 1 bilhão, além dos fabricantes de hardware, os prestadores de serviços, desenvolvedores de softwares e os fornecedores de suprimentos. Tirando esses três segmentos, o valor é muito parecido. "O setor carece de informações, tratase de um mercado muito pulverizado, com muitas empresas de pequeno porte e outras que não gostam de abrir suas informações", comenta o presidente. Segundo ele, o mercado é amplamente dominado por companhias nacionais, uma vez que produtos importados precisam ser adaptados à legislação fiscal brasileira, que é bastante particular e complexa, uma vez que cada estado tem uma legislação própria. Porém, contrariando essa tendência, a Epson, de origem japonesa, que até então fornecia mecanismos para que os fabricantes nacionais produzissem as impressoras fiscais (ECF - Emissor de Cupom Fiscal), decidiu entrar no mercado com o produto acabado, com tecnologia sofisticada e preço competitivo. Claro que não será de uma hora para outra que a multinacional japonesa irá dominar este mercado, mas com certeza irá estabelecer uma nova composição de forças, o que será bom para o mercado consumidor, já que competição quase sempre é sinônimo de produto melhor e preços mais baixos. De acordo com o presidente da Afrac, o mercado vem atravessando um período de transição no segmento de ECFs (Emissor de Cupom Fiscal), da tecnologia matricial para a térmica, com uso da Memória de Fita Detalhe. "A impressão térmica é de origem estrangeira, mas o MFD é uma tecnologia nacional, que no futuro poderá até ser exportada. O Fisco vem fazendo pressão para a sua adoção e diversos estados já determinaram que as

Fornecedores de automação querem uma regra única novas impressoras comercializadas sejam com essa tecnologia, como Bahia, Ceará, Maranhão e Minas Gerais", diz. "Em São Paulo, não há uma data formalmente estipulada, mas nas entrelinhas dá-se a entender que a obrigatoriedade será entre outubro e novembro", observa. Uma outra solução tipicamente brasileira é o microterminal. No exterior, as caixas registradoras são mais usadas. Aqui, a dupla teclado e impressora fiscal se mostrou uma boa solução em automação comercial, são flexíveis, possuem baixo custo de aquisição e ocupam pouco espaço no checkout, separando o gerencial do fiscal. O software aplicativo é gravado internamente no microterminal, em memória ROM, e o sistema permite diversos tipos de controle, emitindo vários relatórios. É uma solução intermediária entre a caixa registradora eletrônica e o microcomputador. Já em relação aos problemas tipicamente nacionais, Gianni faz coro com os demais fabricantes e reclama da legislação, que varia de estado para estado. Para se adequar a cada região, o fabricante precisa rever o projeto e fazer os ajustes, encarecendo o produto. "Uma impressora térmica não-fiscal custa cerca de R$ 700. Com a memória fiscal, o seu preço salta para mais de R$ 2 mil", exemplifica. "Não queremos incentivos, não queremos favores, apenas uma legislação única e o mínimo de interferência para produzirmos um equipamento que, afinal, servirá para aumentar a arrecadação de impostos", desabafa. Isenção de imposto – No fim do ano passado, o governo publicou o Decreto n° 5.618/05, que entrou em vigor em janeiro, isentando de pagamento de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) o Emissor de Cupom Fiscal (ECF) com tecnologia matricial. Ao contrário do que se possa imaginar, a medida não causou aplausos e sim críticas. "Nós fabricamos os ECFs em Manaus, temos o PPB e por isso estamos isentos de IPI. Assim, a medida não teve impacto algum. " Outras empresas que estão na Zona Franca de Manaus e não têm o PPB pagam entre 8% e 10% de IPI, e quem possui PPB, mas produz fora da Zona Franca, paga 3%. Todos eles agora não pagarão mais esse tributo", explica

Tendência: varejo atua como banco a opinião do presidente da Afrac, uma tendência forte, que já teve início, é o varejo tornar-se uma extensão do banco –é o que se chama correspondente bancário. Para o consumidor, a vantagem é que ele não precisará se deslocar até um banco para efetuar pagamentos de contas e títulos de cobrança e nem ficar limitado ao horário da agência. "Para o lojista, tudo o que ele quer é atrair o cliente para dentro da loja, pois dessa forma há mais chances de realizar uma venda", diz Antonio Di Gianni. A Perto (www.perto.com.br) está enxergando boas oportunidades neste segmento e está lançando uma solução de correspondente bancário para o varejo. Segundo Margô Neff, gerente comercial de Automação Comercial da fabricante, trata-se de uma solução completa, envolvendo desde equipamentos até uma rede de comunicação terceirizada (outsourcing). O sistema é viabilizado pelos equipamentos PertoPay ou PertoService. O primeiro é um terminal inteligente, com leitor de código de barras e leitor de CMC-7 e impressora térmica, tudo integrado no mesmo equipamento. Já o PertoPay possui todos o itens do PertoService e também realiza o tratamento completo do cheque (leitura e preenchimento). Com softwares customizados, que interagem com o banco conveniado, o correspondente bancário é instalado dentro de lojas e manuseado pelo próprio atendente, podendo realizar pagamentos de contas, saques, extrato, saldo e qualquer outro serviço bancário desejado, como recarga de créditos de celulares pré-pagos. (CO)

Antonio Di Gianni, presidente da Afrac: "Trata-se de um mercado muito pulverizado, com muitas empresas de pequeno porte e outras que não gostam de abrir suas informações"

Wilson Antunes, diretor de operações da Elgin. "Com a medida, não é mais vantagem ter PPB, pois é preciso investir 5% do faturamento em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento)." Na sua opinião, a medida vai ser um incentivo à importação da parte mecânica dos ECFs –o software, inserido na placa fiscal, é desenvolvido aqui, pois o Brasil possui uma legislação complexa nesta área. "A Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica) pediu para o governo revogar a medida, pois não traz benefícios e prejudica a indústria nacional", diz.

Quando a medida foi publicada, o antigo presidente da Afrac, Wolney Betiol, previu que na ponta do consumidor os preços dos ECFs iriam cair em torno de 5%. Para Gianni, essa queda não ocorreu, nem mesmo com o barateamento do dólar. "Os fabricantes devem ter absorvido a queda nos custos, que não se refletiu na ponta do consumidor", comenta. Já Eros Alexandre Jantsch, gerente de marketing de produtos da Bematech, afirma que houve sim uma queda de preço. "Alguns modelos tiveram redução de 3% no preço final. Foi pouco, mas houve", salienta.


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-1,12

por cento foi a queda do indicador IBX-50, no pregão de ontem da Bolsa Valores de São Paulo (Bovespa).

10/4/2006

Informe Publicitário

FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Situação em 06/04/2006 Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda

Fundo P.L. do Fundo Empresarial LP ....................... 3.116.075,58 Lastro Performance LP ......... 973.582,53 Múltiplo LP .............................. 2.909.263,02 Esher LP .................................. 2.471.652,39 Master Recebíveis LP ........... 431.836,57

Valor da Cota Subordinada 1.027,943840 994,449035 1.029,391023 1.006,574749 950,324806

% rent.-mês 1,0030 0,1717 0,4853 0,2003 - 0,3226

% ano 5,2174 -0,5551 2,9391 0,6575 -4,9675

Valor da Cota Sênior 0 1.016,183534 1.022,593746 0 0

% rent. - mês 0,2445 0,2663 -

% ano 1,6184 2,2594 -

rating AA-(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)

DC

COMÉRCIO


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Feira Mercado Impressoras Microter minais

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 11 de abril de 2006

TÉRMICAS SUBSTITUEM IMPRESSORAS MATRICIAIS

Na Bahia e em Minas Gerais somente é permitida a venda de impressoras fiscais térmicas Wilson Antunes, Elgin

Fotos: Divulgação

Tecnologia térmica é a grande tendência

Mais velozes e silenciosas, as impressoras térmicas trazem vantagens tanto para os varejistas e clientes, quanto para o Fisco

Infraestrutura de Cabeamento de Rede de Informática (Dados e Voz), Rede Elétrica, Ar-Condicionado e Segurança. Fornecemos também todos os equipamentos de Ativos de Redes (Switch, Router, etc.), Nobreak e Geradores. Certificação com os melhores Fabricantes: Furukawa 25 anos e Krone 20 anos. (Cat. 5e, Cat. 6 e Cat. 6a)

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vida anda bem mais corrida do que no passado. Há 10 anos, nenhum consumidor se incomodaria em aguardar 30 ou 40 segundos no caixa enquanto o cupom fiscal era impresso. Mas hoje a história mudou e a maioria dos clientes fica impaciente olhando para a impressora, não sabendo o que é mais irritante, a demora ou o barulho produzido por ela. Pior ainda quando o pagamento é feito com cartão, pois são duas impressões: a da autorização da transação pela administradora e o cupom fiscal. Enquanto isso, a fila no caixa só aumenta. E para o lojista sobra o trabalho de guardar as bobinas de segunda via por cinco anos, como manda a legislação. Por estas e outras razões, a tecnologia de impressão matricial vem sendo substituída pela térmica com Memória Fita Detalhe (MFD), memória eletrônica que dispensa a impressão da segunda via e seu armazenamento. Esse tipo de equipamento chega a ser 10 vezes mais rápido e a resolução da impressão é muito superior, já que não usa fita com tinta que com o tempo

Acima, o Bematech MP2000; acima, à esq., a TM-T88, da Epson; à esq., a FS600, da Daruma

se desgasta mas sim um papel térmico. Isso garante que a qualidade seja sempre a mesma. "Nos estados da Bahia e Minas Gerais, por exemplo, somente é permitida a venda de impressoras fiscais térmicas com MFD. Em São Paulo, essa obrigatoriedade deverá ocorrer a partir de novembro", diz Wilson Antunes, diretor de operações da Elgin Automação. A Elgin (www.elgin.com.br) está apresentando novidades neste segmento, entre elas a nova impressora não fiscal Wind, com design compacto e arrojado, voltada para aplicações co-

mo emissão de bilhetes em cinemas, pedidos em cozinhas de restaurantes, estacionamentos, emissão de senhas etc. Baseado em um mecanismo da Fujitsu, sua velocidade chega a 100 mm/segundo para texto e 30 mm/segundo em impressão gráfica. A troca de bobina é feita de forma rápida e sem complicações, bastando largar a bobina (80 mm) no berço e fechar a tampa, sem a necessidade de encaixar ou puxar o papel. Ele ainda imprime código de barras, logotipos e imagens bitmap. Por cerca de R$ 700. No segmento de ECF (Emis-

sor de Cupom Fiscal), a novidade é a IF MFD FIT 1E, que antes só estava liberada para a Bahia. Trata-se de um equipamento compacto, rápido e silencioso, ideal para o varejo de qualquer porte. Pelo fato de imprimir uma linha por item e utilizar fonte reduzida, o tamanho do cupom fiscal é pequeno, combinando com o seu porte compacto, graças ao mecanismo Citizen. Apresenta velocidade nominal de 50 mm/s e seu preço é R$ 2.600. Novo produto - A Bematech (www.bematech.com.br) está apresentando um novo modelo de impressora térmica fiscal, a MP2100 TH FI, uma evolução da versão anterior. Segundo Eros Alexandre Jantsch, gerente de marketing de produtos da empresa, trata-se de um equipamento mais poderoso que o antecessor, ideal para o varejo com grande volume de vendas. "Aumentamos a velocidade de impressão em 30%, passando para 80 mm/segundos, e a memória fiscal interna passou de 32 MB para 128 MB. Isso é muito importante para o grande varejo, pois a substituição da memória fiscal quase sempre é problemática e muito complicada, pois envolve sistemas de segurança para evitar fraudes", diz Jantsch, acrescentando que a MP2100 terá preço similar ao da MP2000, cerca de R$ 2.800. "Por um tempo, os dois produtos irão conviver, mas a tendência é que a MP2000 saia de linha." A impressora fiscal térmica MP2000 TH FI tem 32 MB de memória fiscal, velocidade de impressão de 62,5 mm/segundos e resolução de 8 mm/polegada. A largura de impressão é de 72 mm/576 pontos, o espaçamento entre linhas é de 1,25 mm (programável), a comunicação é via porta serial (RS232C) e ela pesa 1,4 kg. "Para um pequeno varejo, 32 MB de memória fiscal é suficiente para armazenar até 20 anos de operações", diz. "A velocidade de impressão desses equipamentos é a grande vantagem para o varejista. Enquanto uma impressora matricial atende um cliente, no mesmo tempo um ECF com tecnologia térmica atende três clientes. Isso ajuda a diminuir a fila de espera no caixa", salienta Jantsch. A Perto (www.perto.com.br) é outra fabricante com novidades. A empresa está lançando o PertoPrinter 1EF, um equipamento robusto, com velocidade de impressão de 100 mm/segundo, guilhotina incorporada e sistema Easy Load para troca de bobinas (basta colocar o papel e fechar a tampa). O produto será voltado para o comércio em geral e estará à venda já nesta segunda quinzena. A Perto ainda não definiu o preço, mas garante que será competitivo. Mais memória - A Epson do

Brasil (www.epson.com.br) está com duas novidades em ECF com tecnologia térmica: um modelo de uma estação, a TMT88 FB, e outro de duas estações, com emissor de cupom fiscal e impressora de cheques (veja reportagem na página 6). A TM-T88 FB oferece memória fiscal (MFD) de 128 MB e velocidade de impressão de 150 mm/segundos. Apesar de todas essas características, o produto é voltado para o varejo em geral, desde o pequeno até o grande estabelecimento, afirma Dulce Macedo, gerente de produtos para automação da empresa. "Até então, a Epson atuava aqui no país somente com miniimpressoras. Por uma decisão estratégica, estamos entrando no segmento de impressoras fiscais térmicas, que é a tendência do mercado", comenta a gerente, observando que o novo equipamento é baseado na TM-T88, sucesso de vendas da empresa. O produto chega em maio, por R$ 3.100. Traz guilhotina, imprime logotipos e imagens, oferece biblioteca para sistemas operacionais DOS, Windows e Linux e conta com sistema de troca de bobina Drop-In –basta colocar a bobina no compartimento e fechar a tampa. A Epson é uma grande fornecedora de mecanismos de impressão para os fabricantes de impressoras fiscais. Agora, além de fornecedora, ela se torna concorrente. "Temos um bom relacionamento com nossos parceiros. E o mercado, com o tempo, saberá conviver com a nossa presença", afirma Dulce, que não acredita que o fato de passar a oferecer ECFs irá atrapalhar os negócios da empresa no segmento de mecanismos. Outras opções - A Daruma Urmet (www.daruma.com.br) é outra grande fabricante que, no segmento de impressoras fiscais térmicas de uma estação, oferece o modelo FS600. O equipamento possui velocidade de 100 mm/segundo, faz impressão de venda de item em uma única linha, economizando papel, tem fácil substituição da bobina, opera com bobinas de alta capacidade, imprime logotipo no formato bitmap do Windows, suporta impressão de código de barras em sete padrões, tem saída para acionamento de gaveta e é compatível com Windows e Linux. Seu preço é de R$ 3.090. A Sweda (www.sweda.com. br), uma das mais tradicionais fabricantes de equipamentos para automação comercial do mercado, oferece o ECF ST100, uma impressora fiscal térmica com MFD, que apresenta velocidade de impressão de 100 mm/segundo, com resolução de 8 pontos/mm (horizontal e vertical). A guilhotina é um item opcional. O equipamento é voltado para uso geral no varejo e custa R$ 2.550. Carlos Ossamu


Ano 81 - Nº 22.105

São Paulo, terça-feira 11 de abril de 2006

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Edição concluída às 23h30 Feliz Páscoa!

w w w. d co m e rc i o. co m . b r

GASTOS E IMPOSTOS SEM LIMITES

AUTOMAÇÃO/ESPECIAL Marcelo Min/AFG

Enquanto discutia ontem uma MP propondo gastos de mais de R$ 1 bilhão para obras no período eleitoral, a ser editada talvez hoje, o governo se convenceu de que o Orçamento da União não precisará mais ter um teto para a carga tributária e nem limites para despesas correntes primárias, em 2007. É o fim do ajuste fiscal da era Palocci, taxado de "rudimentar" pela ministra Rousseff. "É mais fácil gastar dinheiro alheio", reagiu o presidente da ACSP, Afif Domingos, recomendando à sociedade que fique De Olho no Imposto. Economia/1

Receita para aumentar a produtividade e o lucro de sua empresa: o nosso caderno de automação, nesta edição.

DC Informática

São uns "petistóides" Alckmin (foto) rebate governo, ataca omissão de Lula diante da quebra de sigilo do caseiro Francenildo e diz que está sendo denunciado no Ministério Público por "pestitóides". Pág. 5

Bis: quebrado o sigilo do caseiro Joedson Alves/AE

O sigilo bancário violentado do caseiro será quebrado de novo, agora com a bênção da Justiça. Pág. 3

Marcos Peron/Virtual Photo

E Bastos não falou Congresso só ouve ministro da Justiça depois da Páscoa. Pág. 3

Jonne Roriz/AE

Alfaces e rúculas sem terra O sucesso das hortaliças hidropônicas, que Stech (foto) cultiva há 10 anos. Eco/12 HOJE Parcialmente nublado Máxima 29º C. Mínima 17º C.

AMANHÃ

Suzane, de volta à prisão Ré confessa do assassinato dos pais perde liberdade provisória. Falou demais. Página 6

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 11 de abril de 2006

Cidades

7 A Eletropaulo perde 1,7 mil gigawatts/hora por ano, o equivalente ao consumo anual de Campinas.

CIDADE CLANDESTINA DEVORA R$ 550 MILHÕES POR ANO Existe uma São Paulo oficial. Mas existe também uma São Paulo clandestina, por baixo do pano, a cidade das gambiarras e dos "gatos". Não bastasse o furto de energia elétrica e de água, a pirataria se sofistica a cada dia: além dos já conhecidos desvios de sinal de TVs pagas, os dedos-leves chegaram agora à banda larga de internet e à internet wireless (as conexões sem fio com a web). O preço dessa prática é alto e, bem por baixo, já representa R$ 550 milhões por ano à cidade. Tiago Queiroz/AE

Davi Franzon

U

m dos principais centros de consumo do País, São Paulo também é destaque importante no quesito ligações clandestinas. Além dos conhecidos "furtos" nas redes de água e de energia elétrica, as empresas de TV por assinatura, e, agora, a banda larga de internet, também são alvos de desvios de seus sinais de transmissão. Os prejuízos para as empresas que operam todos esses serviços, públicos ou privados, já ultrapassam a casa dos R$ 550 milhões por ano. Depois de sua privatização, ocorrida no final da década de 90, a Eletropaulo, responsável pelo fornecimento de energia elétrica na capital paulista, registra um crescimento anual de 5% nas ligações clandestinas, sendo que, no mesmo período, as instalações regulares cresceram entre 1,5% e 2%. A empresa contabiliza suas perdas entre fraudes e ligações clandestinas. No primeiro caso, a Eletropaulo trata a ocorrência como furto de energia –

um caso de polícia, sempre realizado por meio de ligações irregulares, diretamente dos postes de transmissão ou por meio de adulteração do relógio marcador de consumo. No segundo caso, com um total de 5,7 milhões de consumidores em São Paulo, a empresa estima em 477 mil o número de ligações clandestinas em toda cidade. Traduzindo esse número em reais, a Eletropaulo, de acordo com seu coordenador de Redução de Perdas, Arnaldo Silva Neto, perde uma fortuna calculada em R$ 500 milhões todos os anos. Mas ele destaca: "Separamos os consumidores clandestino dos que cometem fraudes. Com o clandestino, nós agimos no sentido de regularizar sua situação, de chegarmos a uma solução. No caso da fraude, a ação é via Justiça", disse. Praticamente 99% das ligações clandestinas, segundo dados da Eletropaulo, estão em áreas invadidas, favelas e comunidades de baixa renda na periferia da capital. "São ligações precárias. Resultado: entre o final do ano passado e março deste ano, foram 11 incêndios em favelas", disse Silva. Como não há cobrança pelo consumo clandestino, os moradores dessas regiões gastam, em média, 126 kW/hora acima do registrado nas residências de classe média da capital; que gas-

Emaranhado: ligações clandestinas de eletricidade, os chamados "gatos" cobrem o céu do Jardim Pantanal, região de São Miguel Paulista, zona leste

tam, em média, 200 kW/hora. No caso dos clandestinos, o consumo elevado de energia tem como causa a falta de uma cultura de uso racional, já que não há controle do consumo nem cobrança por ele. "Além de eletrodomésticos impróprios para o uso, que consomem acima da média, essas regiões acabam realizando sua própria iluminação pública. Ligado o dia todo, esse "serviço" colabora com o desperdício de energia na cidade. O cenário descrito acima resulta na perda de mais de 1.7 mil gigawatts/hora por ano. Esse número representa o consumo anual de energia elétrica de Campinas. Regularização – A Eletropaulo, segundo Silva Neto, busca uma solução junto aos moradores de regiões onde a clandestinidade é grande. Nesse sentido, propõe tarifas sociais, com um valor menor

do que o cobrado das residências regulares, além de programas de educação de redução de gastos e controle sobre o valor pago mensalmente. Silva Neto disse que somente a regularização não resolve o problema. Apesar das facilidades tarifárias oferecidas pela Eletropaulo ao usuário clandestino, seu consumo continua alto. Isso, muitas vezes, impede o pagamento da conta. "Regularizada a situação, o

consumo continuava alto e muitos deixavam de pagar a primeira conta, retornando ao consumo ilegal. Com os programas de educação de uso da energia, essa situação começa a mudar ", disse. Uma solução encontrada pela empresa: manter a conta

do ex-clandestino num patamar de 150 kW/hora durante dois meses e, ao longo desse período, ministrar os cursos de controle no consumo. Em 2005, a Eletropaulo regularizou cerca de 36 mil pontos ilegais. Para este ano a previsão é de 76 mil. Heliópolis, zo-

na sul da cidade, com 13,8 mil ligações, foi o principal beneficiado. O Jardim Pantanal, na zona leste (com 4 mil regularizações), e Paraisópolis, também na zona sul, são, agora, os principais focos da empresa. Na página seguinte, mais informações sobre pirataria

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Feira Mercado Multitarefas Microter minais

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AS IMPRESSORAS FISCAIS TÊM INCORPORADO NOVAS FUNÇÕES

O Pertopay 2023 consulta o UseCheque, da ACSP, enquanto preenche o cheque do cliente

Muito mais do que uma impressora fiscal Equipamentos multifuncionais, também chamados de híbridos, reúnem funções de ECF, impressora de cheques e leitor de código CMC7 Fotos: Divulgação

e dependesse dos bancos, o cheque de papel seria riscado do mapa, pois o custo da compensação é alto em comparação a uma transação eletrônica. Tanto que os bancos têm desestimulado a emissão de cheques com valores abaixo de R$ 40 cobrando uma taxa. Mesmo assim, o cheque é amplamente usado, até mesmo na forma de parcelamento, com o uso de pré-datados, que se não existem formalmente perante a legislação, existem de fato no mercado. No futuro, quando a rede bancária estiver interligada com o comércio, poderá haver a truncagem de cheques –ele será digitalizado e a imagem é que seguirá para a compensação e não o documento em papel, que até poderá ser inutilizado. Isso trará economia para os bancos e segurança para o varejista, diminuindo o risco de assaltos e extravios. A digitalização deverá ser feita por meio de um scanner acoplado na impressora fiscal. Enquanto isso não ocorre, as impressoras fiscais têm incorporado novas funções além da emissão do Cupom Fiscal. O modelo Pertopay 2023, fabricando pela Perto S.A. (www.perto.com.br) é um bom exemplo. Realiza a leitura de cheques e código CMC7, imprime os cheques com tecnologia jato de tinta, faz leitura de cartão magnético (crédito e débito) e faz impressão térmica do cupom fiscal. O seu preço é R$ 5.700. O equipamento conta com modem interno, permitindo a conexão com o sistema UseCheque da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), realizando a consulta do documento no maior banco de dados de informações cadastrais de pessoas físicas e jurídicas da América Latina. O cliente não chega a notar a operação: enquanto o cheque está sendo impresso, o equipamento já fez a leitura do código CMC7 e faz a consulta. O serviço UseCheque informa se o nome do cliente consta do cadastro de emitentes de cheques sem fundo, se há cheques devolvidos, se o cheque consultado consta como roubado, extraviado ou sustado etc. Além da consulta, esse recurso é muito útil no controle financeiro da loja, pois é possível saber quantos cheques foram recebidos e os seus valores. A impressora jato de tinta garante uma impressão de qualidade. Além disso, o equipamento faz o alinhamento automático, imprime mesmo se a folha estiver dobrada ou amassada, permite realizar uma autenticação no cheque, imprimindo um código com o resultado da transação e também possibilita a inserção de dados extras, como RG e telefone do cliente. Multifuncionais – Nesta categoria de equipamentos que realizam várias tarefas, a Elgin (www.elgin.com.br) participa com a IF6000 TH, uma impressora de duas estações, com ECF com impressão térmica com velocidade de 170 mm/segundos (uma das mais rápidas do mercado) e um preenchedor de cheques com tecnologia matricial. O equipamento é

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Equipamentos multifuncionais: Pertopay Fiscal, da Perto (acima); MP6000 TH FI da Bematech (abaixo, à dir.); FS 2100 da Daruma (abaixo, à esq.) e a TM-H6000 FB, da Epson

indicado para o varejo de grande porte, onde velocidade e robustez são importantes. O preço sugerido é R$ 7.200. A Bematech (www.bematech.com.br) possui um modelo similar de duas estações, chamado MP-6000 TH FI, que incorpora impressora fiscal térmica com MFD (velocidade de 47 linhas por segundo) e impressora de cheques matricial, além de um leitor de código CMC7. O equipamento custa R$ 7.900. "A Bematech, juntamente com a CheckOK, oferece um serviço de consulta de cheques", diz Eros Alexandre Jantsch, gerente de marketing de produtos da empresa. Novidades - A Epson (www.epson. com.br) avisa que estará lançando no próximo mês um equipamento que internamente é chamado de híbrido. Na verdade, é um ECF térmico com MFD, com impressora de cheques, impressora matricial e leitor de código CMC7. A Epson é um das grandes fornecedoras de mecanismos para esse tipo de produto e estará concorrendo diretamente com os demais fabricantes. E pelas características do modelo e pelo preço, a concorrência vai ser boa. "O modelo TM-H6000 FB virá com 128 MB de memória fiscal, alcança velocidade de impressão do cupom fiscal de 170 mm/segundos e vem com guilhotina, item que em outros produtos é opcional. O seu preço será de R$ 6.900 para São Paulo", revela Dulce Macedo, gerente de produtos para automação da Epson, comentando que o uso do leitor de código CMC7 dependerá da aplicação desenvolvida, podendo servir para consulta interna de listas negras de consumidores ou para relatórios financeiros da loja. Outra fabricante que chama os equipamentos multitarefas de impressora fiscal híbrida é a Daruma Urmet (www.daruma. com.br). Seu modelo FS 2100, que custa R$ 7.200, oferece velocidade na emissão do cupom fiscal de 100 mm/segundo, impressão de venda de item em uma única linha (economia de papel), bobinas com 100 mm de diâmetro (125 metros lineares), fácil substituição de bobina, imprime logotipo personalizado nos formatos bitmap do Windows, imprime código de barras, exclusivo sistema que permite o preenchimento de cheques e autenticação de documentos sem interferência na fita detalhe e preenchimento de cheques na horizontal ou vertical. O leitor de código CMC7 é opcional. A Sweda (www.sweda.com.br) está presente neste segmento com o modelo ST1000, que oferece velocidade de 170 mm/segundo para o cupom, 5,14 lps (linhas por segundo) para o cheque e 1,9 lps no endosso. O equipamento possui sensores que avisam eventos como tampa aberta, fim de papel, pouco papel, cabeça térmica levantada, temperatura inadequada da cabeça térmica e entrada e saída de cheque. Na ABCG Informática (115082-5070), esse produto custa R$ 6.800. Carlos Ossamu


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Multitarefas Impressoras Registradoras Microter minais

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EQUIPAMENTOS SÃO MAIS BARATOS E DE FÁCIL MANUTENÇÃO

Em novembro, o estado de São Paulo passa a exigir registradoras e impressoras fiscais térmicas

Fotos: Divulgação

Caixas registradoras ganham nova tecnologia

No topo, a Y2000, da Bematech; acima, os modelos MR 800 e MR 10.000S (no alto), da Elgin

Para atender as exigências do Fisco, os novos modelos passam a incorporar impressão térmica e memória fiscal eletrônica ara muitos, as caixas registradoras estão associadas às tecnologias do passado, como peças de museus, como aqueles equipamentos antigos movidos a manivela. Porém, no mundo todo, com exceção do Brasil, elas ainda são as preferidas na frente do caixa. Os motivos estão na robustez, na facilidade de operação, no custo de manutenção e preço mais baixos. As caixas registradoras evoluíram no tempo e desde a década de 80 elas são microprocessadas e possuem memória. Mais recentemente, elas passaram a se conectar em rede, enviar dados pela internet e também operar sistemas

de TEF (Transferência Eletrônica de Fundos). A novidade agora é que elas vão passar a ter impressão térmica e Memória Fita Detalhe (MFD), como as impressoras fiscais. "A partir de novembro, no estado de São Paulo, somente serão permitidas as vendas de caixas registradoras e impressoras fiscais térmicas", comenta Wilson Antunes, diretor de operações da Elgin. A empresa é uma das poucas que ainda acredita na tecnologia. Tanto que ela está mostrando na Autocom 2006 três protótipos de caixas registradoras térmicas, que serão lançadas no segundo semestre. "Os equipamentos convencionais, com tecnologia matricial, imprimem duas vias, onde uma deve ser guardada por até cinco

anos, ocupando espaço físico sem necessidade, como ocorre também com as impressoras fiscais matriciais. As caixas registradoras MFD possuem uma memória fiscal eletrônica e a sua impressão chega a ser dez vezes mais rápida e de melhor qualidade, além de serem silenciosas", afirma Antunes. Na opinião do executivo, a nova tecnologia deve dar um alento a este mercado. "As vendas de caixas registradoras vêm caindo ano a ano no Brasil, mas em São Paulo, por exemplo, nossas vendas são estáveis. Este é o equipamento ideal para o pequeno varejo, onde não há uma grande variedade de mercadorias e o controle é mais simples", observa. Antunes alerta os varejistas de que a Elgin deve f a z e r, e m b r e v e , u m a grande promoção de caixas registradoras com tecnologia matricial, queimando os estoques para a chegada da nova geração. P ro m o ç ã o s e m e l h a n t e ocorreu no segundo semestre do ano passado envolvendo ECFs matriciais em Minas Gerais, já que o estado passou a exigir impressoras ficais térmicas em novas vendas. Modelos – A t ua l me nte, a Elgin comercializa dois modelos de caixas registradoras matriciais, a MR 800, capaz de controlar até 800 itens, e a MR 10.000S/12.000S, que gerenciam até 10 mil ou 12 mil produtos. Eles custam R$ 1.500 e R$ 2.400, respectivamente. "Elas se conectam a leitores de código de barras, registram a saída de mercadorias e fazem diversos tipos de controles. É possível saber quais produtos foram vendidos, de qual departamento e como foi feito o pagamento, se em dinheiro, cheque, cartão ou vale", explica o executivo. Segundo ele conta, os equipamentos trazem diversos aplicativos e conseguem conversar com o sistema de retaguarda da loja, seja na plataforma Windows ou Linux. Isso é possível com o uso de programas emuladores, que traduzem a linguagem e as informações processadas pela máquina registradora para o sistema que está gerenciando a loja.

"A diferença em relação a um PC é basicamente o número de itens que a máquina registradora controla, que é limitado. Há, inclusive, redes do varejo que utilizam as máquinas registradoras nos caixas e elas se comunicam, via internet, com uma central localizada em um outro lugar, informando o volume de vendas e para que seja dada baixa no estoque", observa. O modelo MR800 possui internamente uma impressora matricial de 26 colunas, com velocidade de 2,6 linhas por segundo, permite diversos tipos de controles e relatórios, como pagamento com dinheiro ou cheques, horários, vendedores, vendas por departamento (até oito), vem com gaveta e pesa 15,5 kg. Já a MR 10.000S/12.000S traz uma impressora de 40 colunas, com velocidade de 3,2 linhas por segundo, gerencia até 20 departamentos, faz controles por horários, vendedores, tipo de pagamento (dinheiro, cheque ou cartão), também traz uma gaveta e pesa 15,5 kg. Concorrência em baixa – A única concorrente que sobrou para a Elgin foi a

Bematech, mesmo assim, não chega a ser uma disputa tão acirrada. "Mantemos dois modelos de caixas registradoras para atender alguns revendedores, mas não é um produto que estamos focando atualmente", comenta Eros Alexandre Jantsch, gerente de marketing de produtos da Bematech. Para o varejo de menor porte, a empresa oferece o modelo Y2000, um equipamento que lembra uma impressora fiscal acoplada a um teclado. O produto possui displays alfanuméricos e quatro saídas seriais independentes, que comandam periféricos como leitor de código de barras, balança, impressora de cheques e também se comunica com um microcomputador. Atende ao convênio ICMS 156/94 da legislação fiscal brasileira e seus adendos. Segundo a fabricante, a Y2000 é fácil de operar e de programar, realizando pagamentos por meio de Transferência Eletrônica de Fundos (TEF) com a instalação de uma placa opcional. Tem capacidade para controlar até 4 mil itens e emite relatórios fiscais de gerenciais. A Y2000 tem preço sugerido de R$ 1.300.

Para o varejo que opera com vários caixas, ou mesmo para redes de lojas, a Bematech oferece o modelo Y6000, que pode cadastrar de 3.432 a 26.400 itens, graças à sua capacidade para interligação em rede e expansão de memória. Possui interfaces para microcomputador, balança eletrônica, impressora de cheques, gaveta de dinheiro e leitores de código de barras. O modelo também permite realizar pagamentos por meio de Transferência Eletrônica de Fundos, com cartões de crédito, débito em conta etc. Além disso, dispõe de funções específicas para restaurantes com até 200 mesas e postos de gasolina. Atende ao convênio ICMS 156/94 da legislação fiscal brasileira e seus adendos. O seu preço médio é de R$ 2.000. Carlos Ossamu


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A MP-25 FI, da Bematech

Mercado Multitarefas Impressoras Registradoras

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Alguns estados estão proibindo a venda de novas impressoras matriciais

FABRICANTES TERÃO DE QUEIMAR ESTOQUE DE ECFS MATRICIAIS

Fotos: Divulgação

Modelos matriciais ainda causam impacto Com a chegada da tecnologia térmica com Memória Fita Detalhe, os preços das impressoras fiscais matriciais devem cair

s impressoras fiscais matriciais, ou de impacto, como também são chamadas, deverão ser substituídas paulatinamente pela tecnologia térmica com Memória Fita Detalhe (MFD), que oferecem vantagens como rapidez, qualidade de impressão e o fato de não ser preciso guardar a segunda via, pois as operações ficam armazenadas na memória. Porém, isso não significa que o varejista terá de jogar o antigo equipamento no lixo e comprar outro. Quem já possui um ECF poderá usá-lo até o fim da sua vida útil. O que ocorre é que alguns estados estão proibindo a venda de novos equipamentos matriciais. A previsão dos fabricantes é que o estado de São Paulo tome essa medida a partir de novembro. Quem está abrindo um estabelecimento ou precisa trocar o seu ECF, pode aproveitar as ofertas que vão surgir daqui para frente, já que os fabricantes terão de queimar os estoques de ECFs matriciais. Só não deixe para comprar na última hora, pois a produção já vem diminuindo e há o risco de chegar perto de novembro e não encontrar mais o produto. A Bematech (www.bematech.com.br) oferece o modelo MP-25 FI, que é o equipamento de maior saída da empresa. Trata-se de uma impressora matricial de impacto de 9 agulhas bidirecional, com velocidade de impressão de 3 lps (linhas por segundo) no modo texto. Segundo a fabricante, o equipamento emite relatório gerencial sem leitura X, o que viabiliza diversas operações, podendo substituir o vinculado quando este não puder ser usado. Em operações de TEF (Transferência Eletrônica de Fundos) é possível a impressão de segunda via, parcelamento e reimpressão; ele possibilita o agrupamento de operações não-fiscais (recebimentos); e oferece funcionalidades extras no cupom fiscal, como acréscimos e descontos posterior ao lançamento do item, cancelamento de acréscimos e descontos e possibilidade de colocação de RG e endereço do comprador. Por meio do aplicativo WinMFD, é possível efetuar o download e a verificação do software básico e da memória fiscal da impressora de forma rápida e segura. Seu preço sugerido é R$ 1.750. O modelo MP-50 FI possui velocidade de 5,14 lps e custa cerca de R$ 4.000, oferecendo funções gerenciais similares ao modelo anterior. Trata-se porém de um equipamento mais robusto, veloz e com ótima qualidade de impressão. "A cabeça de impressão de 9 agulhas bidirecional tem vida útil equivalente a 2.500 bobinas, ou 100 km de papel", comenta Eros Alexandre Jantsch, gerente de marketing de produtos da Bematech. Versatilidade – A Elgin (www.elgin.com.br) oferece modelos com diferentes características, de acordo com o perfil do varejo. O modelo mais vendido é o IF 500 1E, que custa em torno de R$ 1.500. Trata-se de uma impressora matricial de 9 agulhas bidirecional com mecanismo Mecaf, com largura de impressão de 48 ou 60 colunas. Sua velocidade é de 3,2 lps, o que

A FS 345, da Daruma

Formulário contínuo exige matriciais

Da Elgin, a IF 500 1E (acima) e a SCF-1E (no alto, à esq.)

equivale a 185 caracteres por segundo. Segundo a fabricante, o equipamento autentica até quatro vias e oferece fácil manutenção. A vida útil da cabeça de impressão é de 100 milhões de caracteres. Quem procura um ECF com um design diferenciado pode optar pela SCF-1E, que tem preço em torno de R$ 1.370 e utiliza mecanismo Samsung. A sua velocidade de impressão também é de 3,2 lps e existe um buffer (memória) de 7 KB para agilizar a impressão. O equipamento emite cupom fiscal e não-fiscal, além de relatórios gerenciais. O modelo básico da Daruma Urmet (www.daruma. com.br) é o FS 345, que custa R$ 1.560. O equipamento oferece velocidade de 3,5 lps, tem cabeça de impressão de 9 agulhas bidirecional, com vida útil de 90 milhões de caracteres. Segundo a fabricante, o produto traz um novo sistema de rebobinamento de fita detalhe mais ágil, fonte interna Full Range, acionador de gaveta para dinheiro, saída serial adicional para impressora de cheques, controle de avanço de linha que proporciona economia de até 25% de bobina e um sistema de impressão de um item por linha, que economiza até 40% de papel. É compatível com sistemas operacionais Windows e Linux A Sweda (www.sweda.com.br) oferece o modelo IF S-9000 I, uma impressora matricial de 9 agulhas, bidirecional e velocidade de 3,2 lps, imprimindo em 40 colunas. Segundo a fabricante, o equipamento foi desenvolvido com tecnologia 100% nacional e tem como principais características a robustez e a facilidade de manutenção. O seu preço no varejo está em torno de R$ 1.600. Quem necessita também de uma impressora de cheques pode optar pelo modelo IF S-9000 IIE, que também é um ECF matricial de 9 agulhas e velocidade de 3,5 lps, mas que também atua como preenchedor de cheques. O seu preço é de R$ 3.270. Carlos Ossamu

Divulgação

Microline 186, da Oki Data

lguns estabelecimentos comerciais precisam utilizar notas fiscais em formulário contínuo, de forma a descrever a mercadoria. Este é o mercado que vem dando uma sobrevida às impressoras matriciais de uso genérico. "O mercado vem caindo ano a ano, mas a nossa participação vem subindo", afirma Richard Kenj, gerente de Produtos da Oki Data (www.okidata.com.br). Segundo ele, dados do IDC indicam que em 2004 o mercado brasileiro consumiu 69 mil unidades, caindo para 56 mil no ano passado e a previsão para 2006 é de 50 mil unidades. A empresa afirma ter 19% do mercado. Em dezembro passado, a Oki Data lançou o modelo Microline 186, uma impressora de pequeno porte (mede 37,2 cm x 27,5 x 8,7 cm, pesando 4,5 kg), ideal para pequenos espaços. "Apesar das dimensões reduzidas, ela é rápida, com velocidade de 375 caracteres por segundo (cps) e traz como padrão, além da tradicional porta paralela, uma porta USB, que apresenta uma taxa de transferência de dados muito maior", afirma Kenj, acrescentando que a memória buffer de 128 KB também ajuda no desempenho. A cabeça de impressão é de 9 agulhas, com durabilidade para 200 milhões de caracteres, imprimindo em até 4 vias. Seu preço é R$ 699. Já a Oki ML-320 Turbo é o best seller da marca. Custa R$ 949 e oferece velocidade de 435 cps, imprime em até 6 vias, a sua conexão é apenas pela porta paralela, possui buffer de 128 KB e a cabeça de impressão de 9 agulhas tem vida útil de 200 milhões de caracteres. A Epson (www.epson.com.br), outra fabricante japonesa que atua nesta área, oferece a impressora LX 300+, também um best seller do mercado. O equipamento custa R$ 999 e apresenta velocidade de 300 cps, imprime em 5 vias, tem buffer de 8 KB e a cabeça de impressão de 9 agulhas tem vida útil de 400 milhões de caracteres. Caso o estabelecimento precise de uma máquina ligada em rede, o modelo FX 890 é o mais indicado. Conectado a um servidor de impressão, o equipamento alcança velocidade de 680 cps (modo rascunho), 128 KB de buffer, portas paralela e USB e a cabeça de impressão de 9 agulhas também possui vida útil de 400 milhões de caracteres. (CO)


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Impressoras Registradoras Microter minais Segurança

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EQUIPAMENTO AJUDA NO GERENCIAMENTO DO ESTOQUE

s máquinas registradoras são mais indicadas para o varejo de menor porte, onde o volume de itens não é tão grande. Na outra ponta, os micros PCs são ideais para estabelecimentos maiores, onde é preciso controlar uma quantidade grande de mercadorias e produzir relatórios gerenciais mais complexos. Solução intermediária são os Fotos: Divulgação microterminais, ou teclados, uma tecnologia tipicamente brasileira e que é sucesso de vendas no mercado. Os microterminais são sistemas formados por um pequeno hardware, que é o teclado, e um software aplicativo gravado em memória Eprom. Apesar de aparentemente simples, eles são capazes de oferecer aos varejistas diversos tipos de controles, como administração e registro de produtos, controle de estoques, relatórios gerenciais de vendas, de comissionamento, entre outros. Normalmente, os equipamentos fazem conexão com vários periféricos tais como balanças (no caso de restaurantes por quilo ou lojas que vendem produtos por peso), impressoras remotas (para comandas de cozinhas), leitores de código de barras, impressoras de cheques, display para consumidor, impressoras fiscais e computadores para recebimento de dados completos das transações e preparação de relatórios de gerenciamento. Segundo explica Wilson Antunes, diretor de Operações da Elgin (www.elgin.com.br), como os microterminais são sistemas totalmente dedicados ao uso em automação comercial, eles possuem vantagens em relação aos tradicionais PCs de uso genérico. O software atende às principais necessidades de controle do estabelecimento, ocupam menor espaço no caixa, são mais duráveis e estão imunes aos ataques via internet. "No caso de um PC, o funcionário pode ficar jogando games ou até acessando a internet, caso haja uma conexão, no horário do expediente, com risco de instalar um vírus eletrônico no sistema", observa.

Eles são simples, pequenos e eficientes Os microterminais são indicados para o varejo de médio porte, realizando o controle de mercadoria, gerenciamento de estoques e ainda emitem diversos relatórios

Da Bematech, o Smart Box 2011 (no alto) e o Smart Box 3010 (acima); o TA 100 (acima, à dir.), da Daruma; da Elgin, o TC 3000 (à dir.) e o Newera E1 (abaixo); o TA 1000 (abaixo, à dir.), da Daruma

Os microterminais, ou teclados, são parte de uma tecnologia tipicamente brasileira

Neste segmento, Antunes destaca o modelo Newera E1, lançado recentemente, ideal para estabelecimentos com vários caixas. Trata-se de um microterminal TCP/IP (protocolo da internet), podendo trabalhar em rede somente de teclados ou interligado ao PC. Possui plataforma aberta para desenvolvimento de aplicativos e já vem com um software da Elgin que fornece logs para retag u a rd a , p e r m i t i n d o que as informações sejam tratadas online. O Newera E1 custa cerca de R$ 1.500 e tem capacidade para controlar mais de 3.700 produtos, de 99 setores ou departamentos. O equipamento também pode ser usado em restaurantes, com capacidade para gerenciar mais de 620 mesas, mais de 4.700 clientes delivery e 9 modos de preparo de pratos. Ele possui 43 teclas, pesa apenas 1 kg, tem 4 saídas seriais para comunicação com periféricos, o sistema de retenção de dados tem funcionamento para até 5 anos e vem com memória RAM de 1 MB e memória flash Eprom de 1 MB. O TC-20 é um modelo menor, com 19 teclas, mas com capacidade de controlar 7.200 itens. O equipamento custa em torno de R$ 650 e vem com 512 KB de memória flash Eprom, 128 KB de memória RAM, traz 2 portas seriais para conexão com periféricos e vem com um aplicativo de uso genérico para lojas e varejo. "Especificamente para restaurantes e padarias, desenvolvemos o microterminal TC 3000, uma solução flexível, robusta, de fácil operação e que ocupa pouco espaço no caixa", diz Antunes. Ele controla até 2.130 produtos com 15 caracteres, 150 produtos com ficha técnica com 8 composições, 1.260 mesas com 10 produtos, 5.220 clientes delivery (endereço, telefone, nome e observações), 90 atendentes, 90 setores, 98 modos de preparo e pode estar conectado a uma rede RS232 com até 15 terminais (100 metros de distância). Seu preço é R$ 1.200. "Ele também vem sendo usado com sucesso em estacionamentos e postos de gasolina", diz Antunes. Carlos Ossamu

A

A Bematech (www. bematech.com.br) oferece vários modelos de microterminais para diversos perfis de varejo. O modelo Smart Box 2010 é um equipamento de fácil instalação e operação, que permite a impressão de cupom fiscal na impressora MP-20 FI II. Segundo a fabricante, ele está totalmente adequado à legislação vigente, exporta informações para a geração dos relatórios fiscais exigidos em lei (Sintegra). Ele traz 43 teclas, 256 KB de memória flash ROM, memória RAM de 512 KB e duas portas seriais. O Smart Box 2011 ainda conta com conexão direta com display externo da linha SmartWay, permite cadastro de usuários com utilização por senhas, possui software PC para cadastramento, manutenção ou inclusão de banco de dados e geração de relatórios, tem teclas rápidas para pagamento e venda de itens, é compatível com balanças e leitores de código de barras e emite comprovantes não-fiscais e não-vinculados. Seu preço é de cerca de R$ 700. O Smart Box 3010 é um modelo mais sofisticado, voltado para estabelecimentos com diversos caixas e que pode se conectado em rede. Possui uma operação amigável, graças a um software aplicativo de frente de caixa, que permite controlar 99

Pequenos, microterminais têm funções para diversos varejos departamentos, até 50 mil itens (PLUs), 20 formas de pagamento, funções de acréscimo e descontos em subtotal, descontos em item, cancelamento de item dentro do cupom, cancelamento de cupom em emissão, 11 tipos de relatórios gerenciais, cadastros de clientes e vendedores, cadastro de operadores com controle de acesso e função log. Sua interface LAN (padrão Ethernet) permite a conexão online para troca de informações com o sistema de retaguarda. São 44 teclas alfanuméricas, sendo 25 teclas programáveis de acordo com a necessidade do usuário, para facilitar a implantação do sistema em qualquer tipo de estabelecimento. Permite também a conexão de até dois POS de redes diferentes (Visa, Amex, Redecard, Hipercard) para a realização de TEF (Transferência Eletrônica de Fundos). São cinco portas seriais, que possibilitam a conexão de diversos periféricos, como impressoras de cheques, balanças, display de clientes, pin-pads, leitores de código de barras e toda a linha de impressoras fiscais Bematech. O seu preço gira em torno de R$ 1.300.

Mais opções – Outra grande fabricante de microterminais é a Daruma Urmet (www.daruma. com.br). O modelo mais simples é o TA 100, de 16 teclas programáveis e com 32 KB de memória Eprom. Faz o controle e armazenamento das atividades do ponto-devenda, gerenciamento de até 1.790 itens, subdivididos em até 256 grupos, traz a função Consulta Cheque, emite relatórios gerenciais, faz controle de estoque dos produtos cadastrados e permite conexão da impressora fiscal FS-345 e outros periféricos, como scanner, display torre e balança eletrônica, através de duas portas seriais. O preço sugerido é R$ 660. Já o TA 1000 traz 44 teclas programáveis, das quais 33 para acesso rápido. O equipamento possui 128 KB de memória Eprom e 512 KB de memória RAM, oferece cinco portas seriais configuráveis para diversos periféricos, como impressoras fiscais, balanças eletrônicas , leitores ópticos, display em torre, pin-pad etc. Ele tem capacidade para gerenciar até 12 mil itens, opera com mais de 200 convênios, faz controle de estoque dos produtos cadastrados, emite relatórios gerenciais e é compatível com sistemas Windows e Linux. O preço sugerido do TA 1000 é de R$ 1.680. (CO)


terça-feira, 11 de abril de 2006

Mercado Microter minais Segurança Wireless

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Por Rachel Bonino

ano de 2006 poderá entrar para a história como aquele em que a certificação digital decolou no Brasil. O uso desta tecnologia de forma massificada ainda levará alguns anos para se tornar realidade, mas hoje os certificados digitais já fazem parte do dia-a-dia de muitos brasileiros, de funcionários e correntistas de bancos a médicos e advogados. Estas pessoas usam seus certificados, basicamente, para garantir que elas são elas mesmas na hora de realizar uma transação, seja a compra de moeda estrangeira, seja a consulta ao prontuário de um paciente. "As empresas estão descobrindo a certificação digital", diz Dorival Dourado, diretor de operações e serviços da Serasa, pioneira neste setor no país. Para o comércio, as aplicações ainda são reduzidas, reconhece Margô Neff, gerente comercial da Perto, que fabrica dispositivos para acessar certificados digitais. A grande aposta está na disseminação dos leitores de smart card, cartão com chip que pode armazenar um certificado digital. Poucas empresas, entre elas a Dell, já têm computadores que saem de fábrica com o equipamento. No momento de realizar uma transação de comércio eletrônico, em vez de simplesmente digitar uma senha, o cliente introduzirá seu cartão inteligente no leitor. O sistema de comércio online reconhecerá o consumidor, e liberará a transação. Este mecanismo vai garantir segurança não só para a empresa, que fica mais protegida contra fraudes, mas também para o cliente, que pode ter maior certeza de que ninguém usará seus dados em compras. Um usuário leigo poderia se perguntar: mas as transações não são seguras hoje? A diferença está no nível de segurança, explica Ricardo Theil, CEO da Zetta Technologies, fabricante de aparelhos para gerar e acessar certificados. "O grande foco da certificação digital é oferecer um ganho de segurança, para tirar qualquer transação da fragilidade de uma senha." Apesar de ainda não estar próximo do consumidor final, o uso das transações com certificados digitais já é uma rotina no relacionamento entre empresas. O maior projeto já realizado no país é o SPB (Sistema de Pagamentos Brasileiros), ambiente de transação entre as instituições financeiras do país, no qual toda operação é feita utilizando certificados digitais. "A certificação garante a rastreabilidade da transação", afirma Theil. Este conceito permite entender também como o uso de certificação pode ser interessante para processos internos de uma empresa. Estima-se que a maior parte das fraudes ocorre dentro das próprias organizações. O uso de mecanismos de certificação digital garante

Tokens USB, como o da Zetta (foto), levam o certificado digital para onde o consumidor quiser

MECANISMO GARANTE MAIS SEGURANÇA ÀS TRANSAÇÕES

A certificação digital entre nós Tecnologia que confere alto grau de confiabilidade às transações começa a ser incorporada pelas empresas

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Glossário

Fotos: Divulgação

Certificado digital Documento eletrônico que contém o nome, um número público exclusivo denominado chave pública e muitos outros dados que mostram quem somos para as pessoas e para os sistemas de informação. Funciona como uma carteira de identidade virtual. Chaves pública e privada Algoritmos utilizados para codificar e decodificar informações. Servem tanto para garantir sigilo como autenticidade. Assinatura digital Utilizando a mesma tecnologia de chaves, é possível assinar documentos eletronicamente com garantia de autenticidade e de que seu conteúdo nunca será alterado após a assinatura. ICP-Brasil A sigla significa: Infra-estrutura de Chaves Públicas do Brasil. É um conjunto de regras definidas pelo Comitê Gestor para a emissão de certificados digitais com validade jurídica idêntica à de documentos em papel. Autoridade Certificadora (AC) Entidade responsável pela emissão dos certificados (Serasa e Caixa Econômica Federal, por exemplo). Precisa se credenciar para fazer parte da ICP-Brasil.

maior proteção a informações confidenciais, por exemplo, e permite identificar com maior PertoSmart (no alto), da Perto; leitor eficiência os autores de eventuais violações. de smartcard com biometria (acima) Base jurídica – O grande impulso à adoção e leitor de smartcard (abaixo), do sistema no Brasil veio do governo. O país ambos da Zetta fez a "lição de casa" e criou a ICP (Infra-estrutura de Chaves Públicas) Brasil. Uma medida provisória forneceu segurança jurídica ao sistema. Hoje, para emitir um certificado com validade reconhecida nacionalmente, as chamadas autoridades certificadoras precisam fazer parte da ICP-Brasil. Isso garante também que uma pessoa que franquear o acesso de outra à sua identificação digital pode ser responsabilizada na Justiça, o que reforça ainda mais a confiabilidade do sistema. Para adquirir seu certificado digital, a pessoa ou empresa deve procurar um autoridade certificadora munida de seus documentos. A entidade vai gerar o certificado, que ficará, em geral, armazenado em uma mídia portátil, como os smart cards ou cartões de memória USB. Lançado no último dia 3, o pro- notas que estão circulando", Na prática – Os bancos são hojeto Nota Fiscal Eletrônica tem explica Newton Oller de Melje os maiores interessados em meta ambiciosa: converter 50% lo, coordenador do projeto na disseminar a tecnologia. É deles das notas fiscais trocadas entre Secretaria da Fazenda. boa parte das iniciativas neste Para o consumidor final, naempresas paulistas, ao mês, do sentido. Alguns bancos já emipapel para o meio eletrônico, da muda agora, já que o projeto tem certificados digitais (e venaté o final do ano de 2007. quer fixar-se nas transações indem os leitores) para clientes que Atualmente, circulam no esta- ternas das empresas. Mas, deprecisam de maior segurança do de São Paulo, 60 milhões de pois, a tecnologia ainda pronas transações virtuais. documentos/mês das 900 mil mete alavancar o e-comerce, O Fisco é outro grande propulpois a nota fiscal eletrônica será empresas ativas existentes. sor. A Receita Federal está lideElaborado em conjunto pela integrada aos atuais sistemas rando a implantação da Nota Secretaria Estadual da Fazen- de certificação digital. O sisteFiscal Eletrônica em diversos esda e a Receita Federal, o projeto ma poderá, no futuro, acabar tados e já aceita certificados digiconta com a participação de 19 com a conta de telefone em patais no envio de declarações peempresas privadas, convida- pel, por exemplo. las empresas envolvidas nesta Quatro das 19 empresas pridas a colaborarem, desde a fase fase piloto, inclusive do Imposto embrionária, na definição das vadas envolvidas –Souza de Renda Pessoa Física. A Receisuas metas. A implantação ofi- Cruz, Volkswagen, Ford e Wita também já emite e-CPF e ecial acontece em conjunto com ckbold– participam agora da CNPJ, versões digitais dos docuoutros cinco estados: Bahia, fase piloto, que termina no dia mentos de identificação fiscal de Rio Grande do Sul, Santa Cata- 30 junho. Até lá outras –tampessoas e empresas. bém emissoras de grande rina, Goiás e Maranhão. Outras aplicações um pouco A economia de papel, a rapi- quantidade de notas ao mês– mais distantes: transações de dédez nas transações e a garantia poderão dar início aos testes. bito na boca do caixa, em substide inviolabilidade de dados Do total de interessadas, 18 estuição às senhas; compras e pasão algumas das vantagens da tão sediadas em São Paulo. gamentos via celular, utilizando Para participar, as empresas Nota Fiscal Eletrônica, que preo chip dos aparelhos GSM; pastende, objetivamente, contro- precisaram fazer investimensaportes digitais. A certificação lar de forma precisa o tráfego tos para adaptação do seu pródigital pode ser comparada hoje de documentos fiscais entre as prio sistema interno ao da Noao que eram cartões magnéticos empresas e seus fornecedores e ta Fiscal Eletrônica, que variahá algumas décadas. A tecnolodistribuidores. "Com o forma- ram de R$ 300 mil a R$ 3 migia está em pleno uso, porém leto eletrônico, o Fisco saberá, em lhões. Para as pequenas e vará ainda alguns anos para se tempo real todo o volume de médias que quiserem se tortornar usual.

Nota Fiscal Eletrônica: economia para empresas e transparência nar emissoras da notas eletrônicas, a Secretaria da Fazenda prevê fornecer softwares do sistema no início de 2007. As interessadas só precisarão acesso à internet com banda larga e certificação digital. Migração – Na Ford, a adoção do sistema mobiliza seus departamentos de TI, faturamento, contabilidade e de assuntos legais para colocar em prática o projeto Nota Fiscal Eletrônica na empresa. Por hora, a transações eletrônicas estão sendo feitas entre as filiais da fabricante de automóveis em São Paulo e Bahia. "Como será um canal direto com o estado, haverá ganho de agilidade nas respostas às solicitações fiscais", afirma Walter Cappelletti, gerente de assuntos tributários e coordenador do projeto. A Ford emite 60 mil notas, ao mês, entre vendas e transferências. Ao ano, só com a venda de automóveis, são cerca de 300 mil notas emitidas em papel. "Os resultados mais efetivos acontecerão em termos de arrecadação e redução na carga tributária para o consumidor final", diz o executivo. (RB)


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 -.OPINIÃO

terça-feira, 11 de abril de 2006

RESENHA

NACIONAL

CIAO, MÁRCIO THOMAZ BASTOS!

D

de seu mandato — espero que assim seja —, a mais grave agressão ao Estado de Direito em períodos democráticos: a invasão do sigilo bancário de Francenildo Costa. O que fica óbvio, no imbróglio todo, é a responsabilidade política do Ministério da Justiça. Se tudo foi feito ao arrepio do ministro, ele tem de cair porque idiota. E eu tenho a certeza de que isso ele não é. Se feito com o seu consentimento, ainda que o mais passivo, bem, tem de cair porque transgrediu a lei que lhe cabe defender. Quando o Brasil inteiro já sabia de tudo, o que foi que Bastos fez? Saiu em defesa de Palocci e ainda alimentou as teorias

Desde quando decidiu estrelar a sua própria versão de Comendo os Ricos, com aquelas operações espetaculares na Polícia Federal, com nomes que remetiam a filmes e romances de segunda categoria: uma brincadeira, em suma, perigosa, típica de certa delinqüência juvenil. Prenderam alguns empresários acusados de sonegar impostos. Não foi parar na cadeia uma só pessoa envolvida com o valerioduto e o mensalão. Driblar o Fisco dá cana; roubá-lo dá poder. Depois veio a sua tese da “acomodação tática” da Constituição em relação ao MST. Aí veio a sua incompetência escancarada, posto que não entregou os presídios federais que prometeu. Lembrem-se do Plano Nacional de Segurança, que virou peça de ficção. E, agora, nos últimos dias

Roberto Castro/AE

Em vez do sapo virar príncipe, um príncipe do Direito entrou no governo e dele vai sair como um sapo: Márcio Thomaz Bastos.

conspiratórias. Poderia ter tido ao menos o bom gosto de ficar calado. Entre a expectativa que gerou e o que efetivamente fez, trata-se do pior ministro de Lula. O príncipe tornado sapo. Há muito, parece-me, Bastos serve menos ao País do que ao presidente Lula e ao PT, aos quais vive apontando veredas e saídas, as mais estreitas e até improváveis, para tentar resolver juridicamente o que não tem saída política. Eis a questão: assim como a politização da Justiça é um desastre para qualquer país, a “judicialização” (se me permitem o neologismo) da política é sempre uma manifestação de desespero e evidência de crise ética e moral. Ciao, Márcio Thomaz Bastos! Vossa Excelência já é carne queimada nessa história.

JOÃO DE SCANTIMBURGO O PANDEMÔNIO Céllus

eu tudo errado, não é? O projeto era transformar o Sapo Barbudo no príncipe da classe operária, que então iria ao Paraíso. Um monte de gente acreditou, a começar do jornalismo, uma profissão na qual a ciência política deveria ser uma obrigação, assim como um cirurgião tem de saber cortar e costurar. Mas quê... Em vez de o sapo virar príncipe, um príncipe do Direito entrou no governo e dele vai sair como um sapo: Márcio Thomaz Bastos. Que ele ainda seja ministro enquanto escrevo só revela a degradação da República. Faz tempo que este senhor está na minha mira.

Ensinamentos do caso DeLay OLAVO DE CARVALHO

M

ais um episódio da novela Tom DeLay ilustra, com mais clareza ainda do que os anteriores, aquilo que venho expondo sobre uma regra informal da luta política americana, tão clara para o observador atento e tão sistematicamente ignorada pela nossa imprensa caipira. Acostumado a campanhas de mídia que se transformam em inquéritos parlamentares e punições, o público brasileiro acredita que a mesma coisa sucede nos EUA. Mas político americano, quando sabe de algo contra o adversário, abre logo o inquérito. Se vai primeiro à mídia, é porque nada tem de efetivo contra o acusado. Isso quer dizer que as campanhas de difamação midiática, quando precedem o ataque no campo legal, são em geral um indício razoável de inocência. Os leitores devem lembrar-se de que, desde os primeiros lances do caso DeLay, anunciei que o ex-líder republicano, acusado de uso indevido de verbas eleitorais, não sofreria nada na Justiça, mas que sua carreira política estava liquidada de qualquer maneira, e que esse tinha sido aliás o único objetivo de seus detratores. Pois bem: esta semana o homem renunciou, primeiro, à candidatura, e horas depois ao mandato. Ele não temia a sentença judicial: ao contrário, tentou desesperadamente ser julgado o mais rápido possível, porque confiava na absolvição. O que ele temia era o adiamento da audiência, porque sabia que ninguém na América vota num réu que está à espera de julgamento. Seus adversários, cientes de que dificilmente ele seria condenado, apostaram tudo na cartada do atraso, e ganharam. Quando DeLay viu que não poderia ser julgado em tempo de restaurar seu prestígio perante os eleitores, admitiu a derrota. A campanha contra ele foi encabeçada pela MoveOn, uma Ong a serviço de George Soros. Qualquer gritaria moralista proveniente de Greoge Soros é uma imoralidade em si. Mas foi uma obra de engenharia, milimetricamente calculada para destruir, sem fundamento jurídico plausível, aquela que, segundo Robert Novak, tarimbado comentarista de muito prestígio nos dois parti-

A

dos, foi a melhor liderança republicana das últimas décadas. Os ensinamentos do caso, porém, vão muito além do esclarecimento que trazem sobre o uso da mídia como instrumento de chantagem. Numa recente entrevista (http://www.washtimes.com/national/20060405-123416-5226r.htm), DeLay criticou severamente o Partido Republicano pelo seu hábito consagrado de afastar do cargo qualquer líder acusado de corrupção, independentemente e antes de comprovação judicial. O Partido Democrata não tem regra equivalente. Graças a essa diferença, disse ele, "os democratas escolhem os líderes republicanos".

M

as de onde vem a diferença?, pergunto eu. Vem do falso capital de prestígio "ético" acumulado pela esquerda, que se torna assim detentora de todos os direitos e isenta de todas as obrigações. No caso do lobista Abramoff, que respingou sobre DeLay, muito mais democratas do que republicanos estavam envolvidos, muito mais comprovadamente do que DeLay, e nenhum dano lhes foi feito pela mídia até agora. A conquista desse agradável privilégio vem em duas etapas. Primeiro, através da prestimosa colaboração de uma rede de pseudo-intelectuais tagarelas, destrói-se a confiança da sociedade na moral, nas leis e nas tradições. Depois, preenchese o espaço sobrante colocando, em lugar dos valores desaparecidos, os slogans esquerdistas: "justiça social", "direitos humanos", "diversidade cultural", o diabo. Estas vacuidades pomposas adquirem então a autoridade dos Dez Mandamentos, e quem não se curva a elas sente-se culpado como o pecador na fila do confessionário. A tentação de ceder a qualquer cobrança da nova "autoridade moral" é então irresistível. Nos EUA, a aplicação dessa estratégia, perversa e maligna entre todas, está tendo como resultado a paralisação de um grande partido, o partido de Lincoln e de Reagan, da campanha abolicionista e da vitória sobre a URSS na Guerra Fria. No Brasil, ela não está destruindo um partido, mas o país inteiro.

esquerda se tornou detentora de todos os direitos e isenta das obrigações

Moral, eleições e internet

REINALDO AZEVEDO WWW.PRIMEIRALEITURA.COM.BR

D riblar o Fisco dá cana; roubá-lo dá poder.

CÂNDIDO PRUNES

Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Alencar Burti, Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br), Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Marcos Menichetti (marcosm@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Adriana Gavaça, André Alves, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046 Tiragem média diária de 25.646 exemplares, conforme auditoria realizada na semana de 13 a 17 de junho de 2005

Auditado pela

A

s pesquisas eleitorais são, neste começo de abril de 2006, unânimes: se o atual presidente da República tentar reeleger-se, sairia vitorioso. A realidade nas ruas – especialmente nos grandes centros urbanos do centro-sul - indica uma realidade completamente oposta. A esmagadora maioria das pessoas, não importa a origem social, declara a intenção de não votar no atual presidente e muito menos no PT. Até mesmo petistas históricos, que sempre sufragaram os nomes do partido, prometem debandar para outras legendas. Como explicar, então, o resultado das pesquisas de intenção de voto? Inicialmente é preciso registrar que a onda contrária ao Partido dos Trabalhadores é incomensuravelmente mais elevada nas regiões desenvolvidas do País. Em cidades onde a população tem fácil acesso à internet ou há uma imprensa forte, ou onde os jornais de São Paulo e Rio de Janeiro conseguem chegar, é difícil encontrar um eleitor do PT. Já em localidades onde há altas taxas de analfabetismo e pobreza, é mais fácil identificar pessoas que declaram voto a favor do atual presidente. Um estranho fenômeno verifica-se nessas regiões onde o governo ainda conta com eleitores. A despeito da baixa escolaridade e da pobreza desse eleitorado, ele está ciente de todos os desvios éticos denuncia-

dos até agora. Sabe perfeitamente da existência do mensalão, dos pagamentos feitos no exterior ao principal publicitário do PT, dos dólares na cueca, da quebra do sigilo bancário do caseiro e assim por diante. Mas sob a alegação de que todos os governos anteriores faziam as mesmas coisas, esse eleitorado desculpa o atual presidente. E, estranhamente, este mesmo tipo de eleitor não perdoa outros governantes, como Collor ou Maluf.

O

principal desafio para a oposição estará em demonstrar que corrupção na política é inaceitável, independentemente do nome ou do passado do candidato. Por sorte, o eleitorado iludido pela atual administração é relativamente pequeno. E o intenso uso da internet nestas eleições certamente lhe abrirá os olhos. Embora seja prematuro fazer previsões e contrariando as pesquisas até agora divulgadas, pode-se dizer que o atual presidente perderá no primeiro turno. E se houver segundo turno, ele não o estará disputando. Com o advento da internet, não há mais como impedir que a verdade venha à tona. Não é por outra razão que Fidel Castro teme que o povo cubano tenha livre acesso à internet. CÂNDIDO PRUNES É VICE-PRESIDENTE DO INSTITUTO LIBERAL

O atual presidente perderá no primeiro turno. Graças à internet.

i o Paraíso Perdido, de Milton, na longínqua década de 30, no Gabinete de Leitura de Rio Claro, em tradução se bem me lembro de Camilo Castelo Branco, num português perfeito e elegante. Fiz anotações de vocábulos e reflexões que tenho até hoje nos meus cadernos de leitura. Um dos vocábulos que me chamaram a atenção foi pandemônio, com a definição de pé de página – confusão. A essa confusão acrescento diabólica, para ficar completa, segundo o espírito do poema. Transporto a palavra para os dias atuais e a aplico ao Brasil, expressamente para o maledeto imbroglio que tem como figura central o exministro da Fazenda e gestor da política econômico-financeira do governo, antigo prefeito de Ribeirão Preto, Antonio Palocci, médico conquistado pela política, essa megera insensível a galanteios e responsável pelo seu defenestramento.

L

O pandemônio não poupou Palocci, como não poupou tantos outros figurantes nessa tela gigantesca, do tamanho do Brasil screvi alguns artigos sobre a conquista de Palocci pela política e não escondi simpatia por sua participação no governo. Mas não posso deixar de reconhecer que seu passado político está pontilhado em alguns pecados que ele não cometeria se tivesse ficado no seu curriculum de Ribeirão Preto. A reportagem da revista Veja de 5 de abril desvenda aspectos do paloccismo que só não surpreende totalmente o jornalista por provir de um charco onde coaxam numerosos sapos, para desdouro das nossas instituições políticas e, principalmente, para o passado republicano de tantos sonhos e tantas aspirações. Não tenho dúvida, embora não conheça Palocci, que esse simpático ex-ministro deve ter pensado consigo mesmo "maldita hora em que deixei-me seduzir pela política partidária". O pandemônio não poupou Palocci, como não poupou tantos outros figurantes nessa tela gigantesca, do tamanho do Brasil, em que a nação é exposta aos comentários, às críticas, aos vexames e as exclamações impiedosas dos críticos, que não estão poupando o sofrimento da pátria.

E

JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 11 de abril de 2006

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Política

Caberá ao povo brasileiro dizer se aceita ou não um presidente corrupto. Senadora Heloísa Helena (PSOL-AL)

MINISTRO DA JUSTIÇA SÓ VAI DEPOR DEPOIS DA PÁSCOA. ANTES, SENADO QUER OUVIR JORGE MATTOSO. Luiz Carlos Murauskas/Folha Imagem/05-12-05

MANOBRA FRACASSA E BASTOS NÃO VAI AO CONGRESSO

A Ailton de Freitas/Agência O Globo

EXPECTATIVA AGORA É OUVIR MATTOSO

O

senador José Agripino Maia (PFLRN) foi um dos principais responsáveis pelo adiamento do depoimento do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, ao Senado para depois da Páscoa. Ele bateu forte no adiamento, alegando que, antes, quer ouvir o ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Mattoso. Mattoso caiu no escândalo da quebra ilegal de sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa. Indiciado pela Polícia Federal, o exchefão da Caixa confessou ter ordenado a impressão do extrato bancário do caseiro e tê-lo entregue a Palocci. A expectativa da oposição é que, insatisfeito com a repercussão do caso, Mattoso revele todos os bastidores do episódio: quem, afinal, foi o mandante? Bastos participou da quebra? Em seguida, essas informações poderiam ser usadas na sabatina do ministro. Mattoso (foto) deverá depor na CPMI dos Bingos na próxima semana. Patrícia Cruz/LUZ "Até por uma questão de respeito ao ministro da Justiça, é preciso esperar que Mattoso venha à CPMI e dê as explicações sob risco de o ministro Márcio Thomaz Bastos ter que vir ao Congresso duas vezes", disse Agripino. "A antecipação (do depoimento de Bastos) é um desejo dele, mas nem sempre o desejo daquele que quer vir é a necessidade dos querem investigar", completou. A escala de depoimentos pode adiar ainda mais a ida de Bastos ao Congresso, esticando mais o desconforto do governo com a crise. A orientação tanto do PFL quanto do PSDB é para que ninguém alivie Bastos durante o depoimento. Amigo pessoal do ministro, de quem já foi cliente, o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) foi o único representante da oposição a defender no plenário do Senado a antecipação do depoimento de Bastos. "Acho que o ministro tem de vir logo. No momento em que ele se oferece para vir, nossa obrigação é estar aqui", defendeu ACM. (Agências)

Renan não conseguiu um acordo entre os líderes dos partidos para ouvir logo o ministro da Justiça

IMPEACHMENT VOLTA À PAUTA

I

mpeachment voltou a ser assunto no Congresso Nacional nos últimos dias, mas o consenso acerca de um impedimento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda parece distante. O curioso é que o ataque ao mandato de Lula vem de ex-aliados, enquanto opositores históricos saíram em sua defesa. A favor do impeachment, o deputado Roberto Freire (PPSPE), pré-candidato à presidência, defendeu ontem que o calor que faltava para abertura de um processo contra Lula chegou com o episódio da violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa. "Antes se falava em roubalheira, corrupção, crime eleitoral, mas (as acusações) não tinham calado tão fundo na sociedade como o crime atentatório aos direitos humanos da quebra do sigilo", disse Freire. "Isso começa a resgatar na sociedade a idéia do impedimento".

Freire lembrou ainda que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) já discute o assunto internamente e destaca que a população passou a falar em crimes de responsabilidade que teriam sido cometidos por Lula. "(O impeachment) pode até não se concretizar, pode o Aldo Rebelo (presidente da Câma ra dos Deputados) mandar arquivar, pode não ter tempo para tramitar neste ano, mas a sociedade precisa dar uma resposta a todo esse festival de bandalheiras", avaliou, numa referência a uma possível mobilização popular pelo impeachment. "É necessário dizer que Lula praticou crime de responsabilidade e deveria sofrer o processo", afirmou Freire. Pouco tempo – Outra précandidata à presidência, a senadora Heloísa Helena (PSOL-AL), também abordou o assunto ontem. Embora tenha acusado Lula de comandar um processo de corrupção

da máquina pública e de entender que há motivo para abertura do processo, ela considera que há pouco tempo para esse debate no Congresso Nacional, especialmente em ano eleitoral. Por isso, ela prefere deixar a resposta para os eleitores: "Caberá ao povo brasileiro dizer se aceita ou não um presidente corrupto", disse Heloísa. O presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), e o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) já haviam descartado a hipótese de pedido de impeachment por parte de seus partidos – a menos que surja fato novo nos próximos dias no caso da quebra de sigilo do caseiro. "O ideal é que o impeachment se faça pelo povo, com o voto em Geraldo Alckmin (pré-candidato tucano à presidência da República)", disse ACM. A posição do tucano Tasso Jereissati é semelhante. (Agências)

CAI O MAIS FAMOSO SIGILO BANCÁRIO DO BRASIL

março pelo delegado Rodrigo Carneiro Gomes, que investiga o vazamento ilegal dos dados bancários do caseiro. Naquela altura, a PF pretendia verificar a origem dos recursos depositados na conta de Francenildo, que totalizam R$ 25 mil – soma incompatível com o salário mensal dele, de cerca de R$ 700. A suspeita era de lavagem de dinheiro. Pai – Francenildo alega que o dinheiro é fruto de depósitos feitos por seu suposto pai biológico, um empresário do Piauí. Os R$ 25 mil entraram na conta do caseiro em várias remessas

desde o início do ano. Francenildo protagonizou a derrocada do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci. Em depoimento ao Congresso, o caseiro desmentiu o então ministro: Palocci negava ter estado em uma casa freqüentada por lobistas em Brasília, onde haveria distribuição de dinheiro ilegal e prostituição. Francenildo afirmou ter visto Palocci ali algumas vezes. Emparedado pelos governistas, o caseiro manteve suas declarações, o que desaguou na queda no então chefe da Fazenda no fim de março. (Agências)

P

ivô da mais recente crise no governo federal, o sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa finalmente será conhecido – e desta vez, legalmente, por determinação da Justiça Federal. Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Federal, o pedido de quebra do sigilo foi feito à Justiça no dia 22 de

Factoring

DC

Ontem, na reunião de coordenação política, Bastos voltou a dizer diante do presidente Luiz Inácio Lula da Silva: "Não tenho nada a esconder".

oposição desmon- Ele elaborou um requerimento tou, ontem, a ope- solicitando que a CPMI dos ração abafa-crise Bingos convoque também o do governo federal advogado Arnaldo Malheiros ao evitar a realização do depoi- Filho para depor. Malheiros mento que o ministro da Justi- também participou da reunião ça, Márcio Thomaz Bastos, do dia 23 de março com Bastos, pretendia dar ao Senado ainda Palocci e Mattoso. Segundo a esta semana. Aos senadores, reportagem de Veja, ele teria siBastos deveria esclarecer seu do chamado por Bastos para envolvimento com a quebra começar a preparar a eventual ilegal de sigilo bancário do ca- defesa de Palocci e Mattoso na seiro Francenildo Costa. Justiça. Os dois ainda não conSegundo o presidente do fessaram o vazamento dos daS e n a d o , R e n a n C a l h e i ro s dos bancários de Francenildo, (PMDB-AL), "não houve con- mas até a Polícia Federal acresenso" entre líderes da oposi- dita que eles sejam os responção e do governo para que Bas- sáveis pelo crime. Defesa – O líder do governo tos falasse antes da Páscoa. O depoimento está previsto para no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), considerou o adiaa próxima semana. Logo pela manhã, Bastos mento da visita de Bastos por protocolou petição colocando- parte dos senadores injustifise à disposição dos senadores cável. "Não há como a oposipara esclarecer os fatos divul- ção dizer agora que não quer gados pela revista Veja no fim esclarecer os fatos. É do interesse do país que o de semana. Segundo a reportagem, Bastos ministro da Justiça teria se encontrado, acabe com qualquer no dia 23 de março, suspeição que páire com o então ministro Parece que a sobre ele. Parece que da Fazenda, Antonio oposição está a oposição está agora Palocci, e com então com medo que o mipresidente da Caixa com medo que nistro esclareça tuEconômica Federal, o ministro do", protestou. "O ministro é uma Jorge Mattoso, para esclareça tudo produzir uma versão pessoa seríssima e Aloizio com uma reputação que encobrisse a resMercadante, ponsabilidade de amextraordinária", dissenador se o presidente naciobos na quebra de sigilo de Francenildo. nal do PT, deputado Bastos confirma o enRicardo Berzoini (SP). "Ele não tem o que esconcontro, mas nega a versão. Coletiva – Cancelado o de- der e, por isso, pediu para ir anpoimento no Congresso, a ex- tecipadamente ao Congresso", pectativa é que o ministro con- afirmou. O líder do PMDB no Senado, cedesse uma entrevista coletiva à imprensa ontem mesmo – Ney Suassuna (PB), também como ele havia prometido no criticou o adiamento do depoidomingo. A entrevista, no en- mento de Bastos. Para ele a tanto, não ocorreu. A estraté- oposição já começou a perder gia era fazer Bastos se explicar espaço junto a opinião pública o mais rápido possível e, as- ao insistir em continuar alisim, esfriar a crise da quebra mentando a crise política: "Todos nós estamos cansados de ilegal de sigilo do caseiro. Mas os oposicionistas já dei- crise. É um exagero. Quanto xaram claro que não preten- mais rápido o ministro vier, dem dar refresco ao governo. melhor. As pesquisas de opiN o S e n a d o , Á l v a r o D i a s nião mostram que essa crise (PSDB-PR) defendeu que o mi- não está produzindo os efeitos nistro deponha na CPMI dos esperados pela oposição", disBingos, já que o assunto em se o senador. (Agências) questão – a quebra de sigilo – seria "crime de Estado", uma vez que as suspeitas recaem sobre Palocci e Mattoso. Já o senador José Jorge (PFLPE) prometeu dar mais munição aos colegas de oposição.

O que é Factoring? É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa. Entre em contato conosco Empresa filiada PABX (11) 6748-5627 (Itaquera) à ANFAC 6749-5533 (Artur Alvim) E-mail: falecom@finanfactor.com - www.finanfactor.com


4

Senado Câmara CPMI dos Correios Planalto

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 11 de abril de 2006

O ex-prefeito de São Paulo e pré-candidato ao governo do Estado, José Serra (PSDB), foi submetido ontem, no Hospital Sírio Libanês a uma cirurgia de hérnia epigástrica. Serra deve deixar o hospital hoje.

RELATÓRIO: RENAN INDEFERE RECURSO DO PT

CONCLUSÕES DA CPMI DOS CORREIOS SÃO ENTREGUES NO CONGRESSO

RELATÓRIO FINAL PEDE INDICIAMENTO DE DANTAS

A

última versão do relatório final da CPMI dos Correios – entregue ontem ao presidente do Congresso, s e n a d o r R e n a n C a l h e i ro s (PMDB-AL) – incluiu o indiciamento do banqueiro Daniel Dantas, do grupo Opportunity, e da ex-presidente da Brasil Telecom Carla Cicco por tráfico de influência, corrupção ativa e sonegação fiscal. A Brasil Telecom, que era controlada pelo grupo Opportunity, foi apontada como uma das financiadoras do esquema de caixa 2 operado pelo empresário Marcos Valério para o PT. Fora do relatório original, os nomes foram incluídos pelo relator Osmar Serraglio (PMDB-PR), acatando parte do relatório paralelo do PT, assinado pelo senador Sibá Machado (PT-AC) e deputado Carlos William (PMDB-MG). Na primeira versão, Serraglio indicava que a Brasil Telecom figurava como uma das empresas que abasteciam o "valerioduto", por meio de depósitos às agências de Publicidade SMP&B e DNA, mas não pedia o indiciamento de seus dirigentes, apenas sugerindo que o Ministério Público aprofundasse a investigação sobre os dois executivos. Sincronização – Ontem, ele explicou que o voto em separado do PT, sugerindo o indiciamento, tinha informações mais completas e, por isso, resolveu aceitar a crítica de que seu relatório estava incompleto ao excluir Dantas e Cicco. "Quando submetemos o relatório ao plenário anunciamos que faríamos a sincronização com o relatório do PT em relação ao grupo Oportunity. Resolvemos então pedir os indi-

Ed Ferreira/AE

Os cardeais

U

m almoço deve reunir hoje, em Brasília, três dos principais dirigentes de partidos: Tasso Jereissati (PSDB), Jorge Bornhausen (PFL) e Michel Temer (PMDB). O encontro tem por objetivo atrair o PMDB para o bloco de apoio à candidatura de Geraldo Alckmin. Mas, por enquanto prevalece no PMDB o espírito de lançamento de candidato próprio. Será difícil Michel Temer bater o martelo em favor do candidato tucano. Temer administra com cautela a pré-candidatura de Anthony Garotinho, mas convive com um problema criado por Orestes Quércia, que foi o lançamento da candidatura de Itamar Franco. O PSDB, contudo, insiste no apoio do PMDB. Para facilitar os entendimentos, o PFL abriria mão de lançar o vice na chapa de Alckmin. Mesmo assim, é difícil o PMDB abandonar Garotinho. Em tempo: a verticalização dificulta a vida do PMDB, que prefere ficar livre para tratar das diferentes coligações nos estados.

APOIO

No encontro de hoje dos três cardeais, o PSDB vai costurar o apoio do PMDB a Geraldo Alckmin, mas só no segundo turno. Mas, os governistas do PMDB vão continuar insistindo na adesão do partido à Lula. O PT quer o PMDB já no primeiro turno. ACM Neto e Bentes (à esq.), Serraglio e Delcidio (à dir.) entregam texto final para Renan Calheiros. Joedson Alves/AE/21-09-2005

Sergio Lima/Folha Imagem/16-11-2005

Daniel Dantas, do Opportunity.

Carla Cicco, da Brasil Telecom.

ciamentos, pois já indicávamos que recursos da Brasil Telecom foram transferidos para o valerioduto. A própria Brasil Telecom admitu que os serviços não foram prestados", confirmou Serraglio à noite. "Que fique bem claro que não apadrinhamos ninguém." A proposta para responsabi-

lizar o banqueiro e a ex-presidente da Brasil Telecom foi uma das 35 alterações incluídas por Serraglio no relatório final, momentos antes da votação do documento pelo plenário da comissão. Em tese – "O voto do PT e do Sibá Machado condenam em tese, sem nada provado. Nin-

guém pode ser indiciado em tese. Não estou entendendo. Posso dizer que saí com Gisele Bundchen, em tese", protestou o senador Heráclito Fortes (PFLPI), que é amigo de Dantas. Serraglio e o presidente da CPMI, senador Delcidio Amaral (PT-MS), entregaram o parecer final a Renan, que anunciou que o recurso do PT foi arquivado. O recurso pedia a anulação da sessão da CPMI em que o relatório final foi aprovado. Hoje, o documento será entregue ao Ministério Público, à Polícia Federal e ao Tribunal de Contas da União. Serraglio disse que o trabalho da CPMI acabou, mas que a PF e o MP continuarão as investigações. "Espero que, brevemente, comecemos a assistir a punição daqueles que, lamentavelmente, se desviaram da reta conduta administrativa." (Agências)

ACORDÃO LIVRA MENSALEIROS Ed Ferreira/AE

O

presidente do Conselho de Ética da Câmara, deputado Ricardo Izar (PTB-SP), criticou duramente mais uma vez o plenário da Casa pela absolvição de parlamentares acusados de envolvimento no escândalo do mensalão, sugerindo a existência de um acordo entre partidos. Izar diz que o afastamento dos parlamentares "frustra as expectativas da sociedade brasileira de poder contar com um canal isento e confiável nas investigações". "O plenário da Câmara contrariou até hoje seis dos 11 pareceres aprovados pelo Conselho de Ética, demonstrando inequivocamente a existência de uma orquestração malévola entre os denunciados, visando a impunidade, com efeitos devastadores sobre a imagem do Poder Legislativo", disse Izar, em nota divulgada ontem. Ele voltou a defender o voto aberto nesse tipo de votação no plenário, o que, segundo ele, ga-

Eymar Mascaro

Izar quer deputados menos radicais e no Conselho de Ética

rantiria resultados diferentes. Renúncia – A última absolvição de um deputado condenado pelo Conselho foi a do expresidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP), na semana passada. A decisão do plenário levou à renúncia de deputados de seus cargos no Conselho. Izar disse compreender os motivos dos conselheiros,

mas disse estar "convicto de que o caminho não é esse". "O Conselho de Ética há de continuar a desenvolver os seus trabalhos com seriedade, imparcialidade e senso de Justiça", afirmou. "O que importa é que o colegiado fez a sua parte. Se isso não acontecesse, o nível de abrangência da impunidade, o desrespeito à ética par-

STF MANTÉM A CASSAÇÃO DE PEDRO CORRÊA

lamentar (...) com certeza seriam ainda maiores." Já formalizaram suas renúncias ao Conselho de Ética os deputados Carlos Sampaio (PSDB-SP) e Orlando Fantazzini (PSOL-SP). Chico Alencar (PSOL-RJ) e Júlio Delgado (PSB-MG) devem fazer o mesmo ainda hoje. Substituições – Izar informou ainda que vai pedir aos líderes dos partidos que façam as substituições, sugerindo que os deputados tenham conhecimento jurídico e não sejam radicais. O Conselho de Ética vai fazer uma reunião administrativa hoje, quando Izar pretende indicar o novo relator do processo contra o deputado José Janene (PP-PR), uma vez que a relatora original, a deputada Ângela Guadagnin (PT-SP), está afastada do Conselho. O sorteio será feito entre os deputados Nelson Trad (PMDB-MS), Jairo Caneiro (PFL-BA) e Ann Pontes (PMDB-PA).(Agências)

mensalão, alegou que houve desrespeito ao segredo dos votos na sessão de julgamento em que seu mandato foi cassado. Em sua decisão, Ellen Gracie presidente em exercício do Supremo Tribunal Federal reportou-se a casos semelhantes, como os dos ex(STF), ministra Allen Gracie, deputados José Dirceu (PT-SP) manteve, ontem, a decisão da Câmara que cassou o mandato e Roberto Jefferson (PTB-RJ), do presidente do PP, deputado que também impetraram mandado de segurança com Pedro Corrêa (PE), ao indeferir pedidos de liminar, mas liminar impetrada pelo extiveram seus processos parlamentar. Corrêa, cassado arquivados pelo STF. (AE) por ter recebido dinheiro do

A

EM VÃO

Até agora, tem sido em vão o trabalho do PT para alcançar o apoio do PMDB. A ala governista do partido, nas vozes de José Sarney e Renan Calheiros, não entrega os pontos e deve propor na convenção de junho a coligação com o PT.

ARTICULAÇÕES

O PSDB chegou a admitir um vice do PMDB na chapa de Alckmin, que seria o exgovernador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos. Não colou. Por enquanto, o PMDB continua rechaçando a paquera de PT e PSDB.

PRIMEIRO TURNO

Se Garotinho não for candidato, Lula pode vencer a eleição já no primeiro turno. O petista teria mais de 50% dos votos. Lula, no entanto, ainda está ameaçado de responder a um processo de impeachment que a oposição pretende encaminhar no Congresso.

PREOCUPAÇÃO

Lula e Alckmin tem algo em comum: ambos estão preocupados em alcançar boa votação nos três principais estados: São Paulo, Rio e Minas. A região Sudeste concentra 42% do total de votos no País. São cerca de 50 milhões de votos de um total de 125 milhões.

FECHADO

Não existe mais dúvida de que o PFL já acertou a coligação com o PSDB, devendo indicar o vice de Alckmin. Parece também não existir dúvida de que o vice represente o Nordeste.

SUSTO

Por exemplo: Lula se assustou com o resultado da recente pesquisa Ibope, feita NA FRENTE apenas no estado de São A pesquisa do Instituto Paulo. Alckmin abriu 18 Sensus para a CNT deve ser pontos de vantagem sobre o divulgada nas próximas petista (46% contra 28%). O horas. É provável que Lula PT espera reforçar a mantenha a vantagem sobre campanha no estado na Alckmin no Nordeste. É por tentativa de recuperar isso que os tucanos terão um alguns pontos perdidos. vice da região. Alckmin espera encostar em Lula até BENEFICIADO setembro. A campanha de José Serra tem ajudado Alckmin nas CHAPA pesquisas em São Paulo. Enquanto Alckmin acena Pela pesquisa Ibope, para um vice do Nordeste, confimada pelo Datafolha, Lula mantém a disposição Serra se elegeria de ter como companheiro de governador já no primeiro chapa um mineiro. Lula não turno. O tucano tem mais de quer facilitar para que Aécio 50% dos votos, seja quem Neves fique livre na for o candidato do PT. campanha para descarregar votos em Alckmin. DESMENTIDO Serra se esquiva de O MESMO responder a pergunta sobre Prevalece no PT a idéia de a possibilidade de vir a Lula manter na chapa, como substituir Alckmin como candidato a vice, José candidato a presidente, caso Alencar. O presidente o ex-governador não se continua entusiasmado com recupere nas pesquisas. Alencar, apesar das críticas Serra lembra que se que o vice faz à política desligou da Prefeitura para econômica e os juros altos. ser candidato a governador Alencar pode frear a e não a presidente. transferência de votos mineiros de Aécio para ANTECIPAÇÃO Alckmin. A coordenação política do presidente Lula se IMPULSO reuniu ontem para discutir Lula inicia a semana de o desejo de Thomaz Bastos bem com a vida depois de de antecipar sua ida ao tomar conhecimento da Congresso para explicar pesquisa Datafolha, que não está envolvido com mantendo 20 pontos na a quebra de sigilo bancário frente de Alckmin. O do caseiro Francenildo negócio de Lula, agora, é Costa. Bastos queria trabalhar para evitar que comparecer ao plenário do Garotinho seja candidato Senado esta semana. Mas a pelo PMDB. manobra não vingou.


terça-feira, 11 de abril de 2006

Congresso CPI Eleições Planalto

DIÁRIO DO COMÉRCIO

5 Eu e o governador Alckmin nos respeitamos. Conversamos, mas sempre tratando de assunto de segundo turno. Anthony Garotinho (PMDB)

TUCANOS E PEFELISTAS CONFIRMAM ALIANÇA NO PIAUÍ

EM AVALANCHE DE CRÍTICAS AO GOVERNO, PRÉ-CANDIDATO TUCANO DIZ QUE GESTÃO LULA É 'SOFRÍVEL'. Benonias Cardoso/Folha Imagem

ALCKMIN REBATE DENÚNCIAS E ATACA LULA

P

ressionado pela queda nas pesquisas, o précandidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, reforçou o ataque ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e cobrou explicações públicas sobre seu suposto envolvimento nas denúncias de corrupção do governo. Além da desconfiança, o tucano considerou estranho o comportamento de Lula diante do epi- cebendo aplausos de militantes sódio da quebra ilegal do sigilo e líderes políticos locais do PFL e bancário do caseiro Francenildo do PSDB. " É um governo fraco Costa, que envolveu integran- com os poderosos, os corruptos, tes do governo e culminou na mas foi violento com o caseiro." demissão do ministro Antonio Pelo raciocínio do ex-goverPalocci. Alckmin também reba- nador, Lula, se soube da operateu todas as denúncias contra ção de quebra de sigilo, "tem ele e disse que está sendo de- toda responsabilidade e não nunciado no Ministério Público tomou providências". por "petistóides" – em referência Aliança – Na cerimônia que aos petistas. Ele afirselou a coligação PSDB mou que não é o Mie PFL, no Piauí, Alcknistério Público que min iniciou sua camestá fazendo uma sépanha no nordeste e farie de denúncias conlou para de 3 mil militra suas atividades no É um governo tantes. "Nós temos um governo de São Pau- fraco com os governo sofrível. O lo, mas a "turma do poderosos, os presidente não goverPT" para criar fatos na, ele viaja e faz discorruptos, políticos na campacurso", disse. mas foi nha eleitoral. Em relação à queda Críticas – Para Al- violento com o na pesquisa Datafockmin – que, segundo caseiro. lha, disse que não está o Datafolha divulgapreocupado. Entende Geraldo Alckmin do no fim de semana, que a campanha coobteve 20 pontos pormeça mesmo com o centuais a menos que Lula –, o início da propaganda eleitoral presidente não assumiu nenhu- gratuita no rádio e TV, embora ma responsabilidade no caso do admita não ser conhecido fora caseiro. "O presidente se escon- do Estado de São Paulo. de, faz-de-conta que não é com Alckmin não poupou críticas ele. Ele não fala, não presta con- ao que chamou de "aparelhatas à sociedade. Tem um fato mento da administração públigravíssimo: o governo que é fra- ca" pelo PT, o desencanto do poco com o ladrão, foi violento vo com a política e a "enorme decontra um nordestino pobre, cepção com a frouxidão de naum moço de 24 anos", disse, re- tureza ética do PT". (Agências)

ANÁLISES DIVERGENTES

O

s resultados da pesquisa Datafolha provocaram análises divergentes entre petistas e tucanos. Ambos os lados, porém, concordam em um ponto: ainda é cedo para considerar os dados como o resultado final das eleições de outubro O presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), considerou positivo o resultado da pesquisa, mas, apesar disso de comemorar a liderença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Berzoini disse que pesquisas, "a esta altura do campeonato, não emocionam tanto." Segundo ele, o PT precisa trabalhar com humildade numa estratégia de campanha para "conquistar o apoio da população e dar continuidade ao processo de estabilização, crescimento de emprego e melhoria das condições de crédito." Na avaliação do presidente do PT, "o Brasil só começou a grande mudança." Impeachment – Questionado sobre o fato de um possível pedido de impeachment do presidente Lula estar sendo colocado pela oposição, Berzoini respondeu: "Isso é medo das urnas. Cada vez que sai pesquisa, a oposição treme, em função das urnas que vai enfrentar em outubro principalmente porque não apresentou seu programa para o País", disse Berzoini. Segundo ele, o PT já tem as diretrizes para um do-

cumento definitivo para um segundo mandato. "A oposição, ou não tem programa, ou tem medo de apresentar sua proposta neoliberal de privatização, desemprego e problemas sociais", disse , acrescentando que o PT pretende, na campanha, mostrar o que pode ser feito de melhor. Tucanos – O deputado Alberto Goldman (PSDB-SP) minimizou a pesquisa Datafolha. Segundo ele, o avanço de Anthony Garotinho é reflexo da exposição obtida por ele nas últimas semanas em publicidade partidária gratuita. "O Garotinho teve uma exposição de televisão. No dia em que outro tiver uma exposição de televisão, ele vai crescer." O deputado, ressaltou que a única surpresa que o levantamento pode ter trazido é o fato de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato à reeleição, não ter registrado uma queda na posição, após as denúncias que resultaram na queda do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci. Mas acredita que este é um cenário que tende a se reverter com o tempo. Já o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso avalia que o resultado indica que a população ainda não fez uma ligação entre Lula e a crise enfrentada pelo governo federal. "É como se ele não fosse presidente do Brasil", disse. (Agências)

FALTA UM EIXO À OPOSIÇÃO, DIZ CIENTISTA.

O

Alckmin com o pefelista Firmino Filho: confirmação do candidato ao governo do Piauí pela coligação PSDB-PFL.

GAROTINHO E PSDB: DIÁLOGO.

A

PT. É a política neoliberal." Garotinho fez as declarações em São Paulo durante evento de apoio à sua candidatura organizado por lideranças peemedebistas paulistas. Quércia – O principal líder paulista, no entanto, não compareceu ao encontro. Orestes Quércia, exgovernador e presidente do PMDB estadual, alegou compromissos préagendados. Ainda assim, Garotinho incentivou Quércia a assumir a candidatura para São Paulo. Já Michel Temer, presidente da legenda, disse que a reunião do partido marcada para o dia 19 vai discutir a candidatura própria junto aos précandidatos nos estados. O temor é que a candidatura

pesar de desferir críticas ao candidato Geraldo Alckmin, o pré-candidato do PMDB à presidência, Anthony Garotinho, admitiu ontem que vem conversando com o tucano para uma aliança no segundo turno das eleições. "Eu e o governador Alckmin somos pessoas que respeitamos um ao outro. Falamos por telefone, conversamos, mas sempre tratando de assunto de segundo turno", disse, acrescentando que espera passar do primeiro turno. Mas não deixou de fazer ataques. "Agora, ele defende uma política da qual eu sou oposicionista. Não concordo com a política do PSDB. A política econômica do PSDB é a do

Rogério Cassimiro/Folha Imagem

Garotinho em reunião do PMDB

impeça alianças locais. Garotinho ganhou novo fôlego com a divulgação da pesquisa Datafolha, em que ele aparece com 15% das intenções de voto. Para ele, seu crescimento se deve à propaganda do partido e à maior identificação do eleitor com suas propostas. (Reuters)

resultado da pesquisa Datafolha, que mostra a redução da diferença entre os pré-candidatos a presidente Geraldo Alckmin (PSDB) e Anthony Garotinho (PMDB), de 11 para 5 pontos porcentuais, e a manutenção da liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, précandidato à reeleição, indica que a oposição, sobretudo o PSDB e o PFL, ainda não encontrou o eixo desta campanha. A análise é do cientista político Fernando Abrucio, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV). "A principal leitura dessa pesquisa é que a candidatura de oposição (Alckmin) ainda não decolou porque tucanos e pefelistas ainda não encontraram o eixo desta campanha", considerou. Mudanças – Para ele, é possível que a estratégia da oposição tenha alterações. "A ética continua sendo um fator importante, mas não a questão dominante, em razão da maneira como o Congresso Nacional conduziu as investigações e da falta de punição aos parlamentares envolvidos nos escândalos." Segundo Abrucio, a oposição contribuiu para esse desfecho pois "se preocupou mais em jogar lama no presidente Lula do que em investigar", disse. Ele destaca ainda o surgimento de acusações contra o pré-candidato do PSDB a presidente. "Se a oposição ficar só no ético, sem abordar esses flancos, a candidatura Lula poderá ser favorecida." (AE)

Promosec Companhia Securitizadora de Créditos Financeiros Empresa da Organização Bradesco CNPJ 04.755.953/0001-10 Sede: Av. Brigadeiro Faria Lima, 2.601, 4o Andar, São Paulo, SP Relatório da Diretoria

Demonstração do Resultado – Em Reais mil Exercícios findos em 31 de dezembro

Senhores Acionistas, Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas. o Balanço Patrimonial, bem como as Demonstrações do Resultado, das Mutações do Patrimônio Líquido e das Origens e Aplicações de Recursos, relativos ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, acompanhados das Notas Explicativas. Colocamo-nos à disposição de V.Sas. para quaisquer esclarecimentos que julgarem necessários. Cidade de Deus, 10 de março de 2006 Diretoria

Balanço Patrimonial em 31 de dezembro – Em Reais mil ATIVO

2005

2004

2005

PASSIVO

CIRCULANTE .............................................

557

538

Disponibilidades ....................................... Bancos ....................................................... Aplicações Financeiras ............................

402 5 397

381 – 381

Outros Créditos ......................................... Tributos a Compensar ou a Recuperar .... Créditos Tributários ....................................

155 2 153

157 4 153

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ..............

169

168

Outros Créditos ......................................... Tributos a Compensar ou a Recuperar .... Créditos Tributários .................................... Créditos Securitizados ............................. Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa ..................................................

169 16 153 2.700

168 15 153 2.700

(2.700)

(2.700)

TOTAL ..........................................................

726

706

2004

CIRCULANTE ............................................. Obrigações Fiscais e Previdenciárias ...

2 2

2 2

PATRIMÔNIO LÍQUIDO .............................. Capital: - De Domiciliados no País ....................... Prejuízos Acumulados ..........................

724

704

3.000 (2.276)

3.000 (2.296)

2005 RECEITAS OPERACIONAIS .................... Receitas Financeiras ................................ DESPESAS OPERACIONAIS ................. Despesas Tributárias ................................ Despesas Gerais e Administrativas ....... Provisão para Perda de Outros Créditos RESULTADO OPERACIONAL .................. RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO .. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ..................................................... LUCRO/(PREJUÍZO) DO EXERCÍCIO ......

2004 69 69 43 5 38 – 26 26

58 58 1.046 4 42 1.000 (988) (988)

(6) 20

303 (685)

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos – Em Reais mil Exercícios findos em 31 de dezembro 2005

TOTAL ..........................................................

726

706

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – Em Reais mil CAPITAL SOCIAL

EVENTOS SALDOS EM 31.12.2003 ............................................................................................................................

3.000

PREJUÍZOS ACUMULADOS

TOTAIS

(1.611)

1.389

PREJUÍZO DO EXERCÍCIO ........................................................................................................................

(685)

(685)

SALDOS EM 31.12.2004 ............................................................................................................................

3.000

(2.296)

704

LUCRO DO EXERCÍCIO ..............................................................................................................................

20

20

SALDOS EM 31.12.2005 ............................................................................................................................

3.000

(2.276)

724

ORIGEM DOS RECURSOS ...................... RECURSOS PROVENIENTES DAS OPERAÇÕES ................................................... LUCRO DO EXERCÍCIO ............................ APLICAÇÃO DOS RECURSOS ............... PREJUÍZO DO EXERCÍCIO ...................... AUMENTO NO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ...................................................... AUMENTO NO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO .................................................... VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO: ATIVO CIRCULANTE ................................. No Início do Exercício .............................. No Fim do Exercício ................................. PASSIVO CIRCULANTE ........................... No Início do Exercício .............................. No Fim do Exercício ................................. AUMENTO NO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO ...................................................

2004 20

20 20 1 –

– – 1.006 685

1

321

19

(1.006)

19 385 404 – 2 2

(1.019) 1.404 385 (13) 15 2

19

(1.006)

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras 1) CONTEXTO OPERACIONAL A Promosec Companhia Securitizadora de Créditos Financeiros, tem por objeto a aquisição de créditos, vencidos ou vincendos, oriundos de operações praticadas por bancos múltiplos, bancos comerciais, bancos de investimento, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades de arrendamento mercantil, companhias hipotecárias, associações de poupança e empréstimo e pela Caixa Econômica Federal de acordo com a Resolução no 2686 de 26 de janeiro de 2000, do Banco Central do Brasil - BACEN. A Promosec Companhia Securitizadora de Créditos Financeiros é parte integrante da Organização Bradesco, utilizandose de seus recursos administrativos e tecnológicos e suas demonstrações financeiras devem ser entendidas neste contexto. 2) APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refere à constituição de provisões. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas.

provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes. Os créditos tributários são calculados sobre as diferenças temporárias às alíquotas demonstradas acima e serão realizados quando da utilização e reversão das respectivas provisões sobre as quais foram constituídas. 4) APLICAÇÕES FINANCEIRAS A carteira de aplicações financeiras está representada em 31 de dezembro de 2005 por cotas de Fundos de Investimento no montante de R$ 39 mil (2004 - R$ 9 mil) e CDB - Certificados de Depósito Bancário no montante de R$ 358 mil (2004 - R$ 371 mil). Em 31 de dezembro de 2005 e 2004, a Promosec Companhia Securitizadora de Créditos Financeiros não possuía operações de instrumentos financeiros derivativos. 5) CRÉDITOS SECURITIZADOS Representam valores securitizados de operações de créditos oriundas de Instituições Financeiras, efetuadas de acordo com a Resolução no 2686 de 26 de Janeiro de 2000, do Banco Central do Brasil - BACEN, assim representados: Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004

3) PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Apuração do resultado As receitas e despesas são apropriadas de acordo com o regime de competência, observando-se o critério “pró-rata” dia para as de natureza financeira. As rendas de créditos securitizados são apropriadas ao resultado de acordo com o fluxo do efetivo recebimento das operações. b) Ativos e Passivos Os ativos foram demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias (em base “pro-rata” dia) auferidos. As aplicações em fundos de investimentos estão valorizadas, utilizando a data do último dia do exercício fornecida pelo administrador dos fundos. Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e variações monetárias (em base “pro-rata” dia) incorridos. c) Imposto de Renda e Contribuição Social A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10%. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas

6) PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) O capital social, totalmente subscrito e integralizado em 31 de dezembro de 2005 e 2004, é representado por 6.000 ações ordinárias nominativas, sem valor nominal. b) As reservas de lucros são constituidas obrigatoriamente, como segue: reserva legal a base de 5% do lucro líquido do exercício, até atingir 20% do capital social realizado ou 30% do capital social, acrescido das reservas de capital. Após esse limite a apropriação não mais se faz obrigatória. A reserva legal somente poderá ser utilizada para aumento de capital ou para compensar prejuízos; reserva estatutária objetiva à manutenção de margem operacional compatível com o desenvolvimento das operações ativas da Sociedade, pode ser constituida em 100% do lucro líquido remanescente após destinações estatutárias, sendo o saldo limitado a 95% do capital social integralizado.

Cidade de Deus, Osasco, SP, 10 de março de 2006.

Diretores

Saldo dos créditos securitizados ..... Provisão para créditos de liquidação duvidosa ............................................

2.700

2.700

(2.700)

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c) Conforme disposição estatutária, aos acionistas estão assegurados juros sobre o capital próprio e/ou dividendos que correspondam, no mínimo, a 25% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da lei societária, que não estão sendo provisionados em virtude dos prejuízos acumulados. 7) TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS As transações com partes relacionadas são efetuadas em condições e taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações e estão assim apresentadas: Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Aplicações Financeiras (1) ................ 358 371 Receitas Financeiras (1) .................... 61 56 1) - Transações com o Banco Bradesco S.A. 8) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social: Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Resultado antes do imposto de renda e contribuição social ....... 26 (988) Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente . (9) 336 Despesas e provisões líquidas de receitas não tributáveis ............... 3 (33) Outros valores ............................... – – Imposto de renda e contribuição social do exercício ..................... (6) 303 b) Os créditos tributários no montante de R$ 306 mil, são representados por diferenças temporárias de provisão para créditos de liquidação duvidosa com perspectiva de realização até 2 anos. c) Previsão de realização dos créditos tributários sobre diferenças temporárias, prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social. 9) OUTRAS INFORMAÇÕES a) Despesas Gerais e Administrativas, referem-se a Despesas de Editais e Publicações no montante de R$ 29 mil (2004 - R$ 29 mil), Contribuição Sindical Patronal no montante de R$ 3 mil (2004 - R$ 3 mil) e Despesas com Serviços Prestados no montante de R$ 6 mil (2004 - R$ 10 mil).

Diretoria

Diretoria Diretor-Presidente Márcio Artur Laurelli Cypriano

Décio Tenerello

Julio de Siqueira Carvalho de Araujo

Laércio Albino Cezar

Milton Almicar Silva Vargas

Arnaldo Alves Vieira

José Luiz Acar Pedro

Luiz Carlos Trabuco Cappi

Norberto Pinto Barbedo

Sérgio Socha

Josimar Rodrigues de Siqueira Contador CRC1SP222731/O-0


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terça-feira, 11 de abril de 2006

Acho que teremos uma lei de imigração. A questão não vai embora. Senador norte-americano Edward Kennedy

Internacional

BERLUSCONI E PRODI DIVIDEM ITÁLIA Giulio Napolitano/AFP

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No Peru, segundo lugar disputado

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Andreas Solaro/AFP

Após a votação, ontem, a Itália se dividia em protestos. A centro-esquerda, confiante proclamava a saída de Berlusconi (esq, acima) confiante na vitória de Prodi (esq. abaixo). Já a direita comemorava uma recuperação de última hora

Jason Reed/Reuters

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Daniel Munoz/Reuters

Tony Gentile/Reuters

Gabriel Boyus/AFP

PARAMILITARES presidente colombiano Alvaro Uribe negou ontem acusações de um ex-funcionário do departamento de inteligência interna dando conta que o órgão protegia chefes paramilitares, entregava a eles listas de dirigentes locais para serem assassinados e até preparou um complô contra o presidente venezuelano, Hugo Chávez. Uribe afirmou que as denúncias têm motivação eleitoral e que a oposição usa acusações sem provas formuladas por delinqüentes. O ex-chefe de informática do Departamento Administrativo de Segurança (DAS) Rafael Garcia, preso por acusação de apagar fichas de narcotraficantes e paramilitares dos arquivos do organismo de inteligência, disse que Uribe nomeou para a direção da instituição Jorge Noguera por seus vínculos com grupos armados de extrema direita. Uribe assumiu a indicação de Noguera para o DAS e pediu ao diplomata para "voltar ao país, dar a cara" e responder às denúncias de Garcia.

tensão que se instalou nas sedes das campanhas de Alan García e Lourdes Flores desde a divulgação das primeiras pesquisas de boca-de-urna, às 16h do domingo, não tinha se dissipado até ontem à noite. A disputa voto a voto por uma vaga no segundo turno deve se arraste por dias, até que a Justiça eleitoral defina o destino dos votos impugnados, cujo número ainda não é conhecido. O candidato nacionalista Ollanta Humala tem passagem para a segunda votação garantida. García e Lourdes estão empatados e o subsecretário-geral do Jurado Nacional de Eleições (JNE), José Luis Echevarría, descartou a possibilidade de realizar o segundo turno em 7 de maio, como previsto. A data mais provável da votação final deve ser 4 de junho. Com 73,85% dos votos computados, o Escritório Nacional de Processos Eleitorais (Onpe, pelas iniciais em espanhol) atribuía a Humala 29,53% dos votos. García tinha 24,98% e Lourdes, 24,89% - uma diferença de apenas 0,09 ponto porcentual. A coligação de Lourdes, a Unidade Nacional (UN), esperava recuperar o segundo lugar com a totalização dos 457.891 votos do exterior, 2,8% do eleitorado total. A candidata foi a mais votada na maior parte dos países onde os peruanos puderam votar. Ela venceu, por exemplo, no Brasil, nos EUA e na Venezuela.

Don Emmert/AFP

s marchas e contramarchas da apuração das eleições gerais italianas de domingo e ontem indicavam que a coalizão de centro-direita, de Silvio Berlusconi, faria maioria no Senado e a coalizão de centro-esquerda, de Romano Prodi, na Câmara dos Deputados, segundo dados colhidos pelo jornal Corriere della Sera. Apuradas quase 98% das seções, a coalizão conservadora obtinha 16.642.053 votos para o Senado, em comparação aos 16.289.655 dos partidos esquerdistas. Na Câmara, a situação era inversa. Apuradas quase 82% das 60.828 seções, a coalizão de Berlusconi detinha 15.160.502 votos, enquanto os partidos liderados por Prodi recebiam 15.552.500. Se mantida a tendência de votação para o Senado, os conservadores de Berlusconi fariam 158 cadeiras, enquanto os esquerdistas de Prodi teriam 151. A vitória se tornou uma incógnita. A única coisa absolutamente certa era o índice de comparecimento às urnas: 83,6%. Encerrada a votação às 15h locais (10h de Brasília), o instituto Nexus anunciou uma maioria favorável a Prodi de 4% a 5 % tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado. Diante da reação da coalizão conservadora do primeiro-ministro Silvio Berlusconi, a esquerda viuse forçada a adiar a festa para a qual já se concentrara. Um clima diverso envolvia a sede da Forza Italia, partido fundado por Berlusconi, localizado na Via dell’Umilitá, a 200 metros de distância. O clima ali era o de quem já aguardava a derrota. Alguns políticos - entre eles, o deputado Mario Pescante, um fiel partidário de Berlusconi - já se preparavam para fazer oposição no Parlamento aos partidos de centro-esquerda. Os candidatos da coalizão de centro-direita ao Senado aproximavam-se dos números obtidos até então pelos esquerdistas. Diante disso, Prodi e outros dirigentes decidiram adiar seus pronunciamentos até que terem garantia da vitória. Mais uma vez, o chamado "pareggio" (maiorias diferentes nas duas casas legislativas), uma alternativa que já havia sido afastada, começa a renascer e a ameaçar a centro-esquerda.

Ó RBITA

IRAQUE íderes sunitas e curdos do Iraque disseram ontem que nunca aceitarão um novo governo iraquiano chefiado pelo atual primeiro-ministro interino, o xiita Ibrahim al-Jaafari, e exigiram que a Aliança Unida Iraquiana apresentasse uma nova indicação ao cargo. Vitoriosa nas eleições gerais no país, a Aliança Unida Iraquiana, facção política e religiosa xiita, tem o direito de indicar o primeiro-ministro, mas precisa formar uma coalizão para governar com maioria. Depois de uma reunião com líderes xiitas, representantes sunitas exigiram a apresentação de outro candidato, disse Naseer al-Ani, do Partido Islâmico Iraquiano (sunita). Líderes curdos transmitiram a mesma mensagem. Sunitas e curdos acusam Jaafari de ser o responsável pela tensão sectária no Iraque, agrevada nos últimos meses. Mas a Aliança Unida Iraquiana não parece disposta a recuar.

L

Em Nova York, um manifestante carregava uma cruz enquanto em Washington os imigrantes gritamvam: 'somos a América'

Imigrantes, sim; criminosos, não

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riundo da Nicarágua, Rodrigo Moreno, de 34 anos, que já foi imigrante ilegal e hoje trabalha na Guarda Nacional, marchou em Washington ontem pela legalização dos 12 milhões de imigrantes ilegais. Com ele, uma multidão fazia protestos na capital norte-americana para afirmar que não querem ser tratados como criminosos. A passeata na capital americana foi uma das mais de 60

manifestações do tipo realizadas ontem em todo o país, num fenômeno que, dizem alguns especialistas, já assumiu os contornos do movimento que encerrou a era da discriminação aberta contra os negros americanos e poderá ter o mesmo impacto transformador. A Liga dos Cidadãos da América Latina Unidos (Lulac) prepara uma ação punitiva aos produtos da cervejaria Miller, para castigá-la pelo apoio que dá

ao deputado republicano James Sensenbrenner, de Wisconsin, o autor do projeto de lei aprovado pela Câmara em dezembro que criminaliza a imigração ilegal. Sensenbrenner comprou uma briga inesperada. Maior minoria étnica dos EUA, com mais de 36 milhões, os latinos já representam perto de 10% do eleitorado e têm peso decisivo na definição dos resultados em vários estados norteamericanos.

POPETOWN ispos e grupos católicos da Alemanha protestaram ontem contra o Popetown, um seriado humorístico sobre a Igreja Católica, o Vaticano e o papa, que a emissora MTV pretende transmitir a partir de 3 de maio. A campanha publicitária antecipa que o programa fará referência a um "papa enlouquecido" e a "um cardeal criminoso" que, entre outras ações, vendem criancinhas órfãs para serem escravizadas. No anúncio, impresso na revista TV Today, a MTV mostra um Jesus com a coroa de espinhos e ferimentos sangrando, sentado em uma poltrona e assistindo TV. A Conferência Episcopal alemã promete, segunda a agência Ansa, recorrer ao Conselho de Vigilância da Publicidade. Os bispos alegam que o programa que é "uma provocação para os cristãos da Alemanha, às vésperas da Páscoa". O Popetown foi produzido pela BBC de Londres, mas sua difusão na Grã-Bretanha foi censurada depois de uma série de protestos. No início do ano, a publicação de caricaturas do profeta Maomé, por um jornal da Dinamarca, provocou protestos de muçulmanos.

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Administração Urbanismo Polícia Transpor te

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OS TRÊS ACUSADOS SERÃO JULGADOS EM 5 DE JUNHO

Sabesp perde R$ 50 mi em água por ano

A lona do circo caiu na cabeça do palhaço, o palhaço pode fugir. Roberto Tardelli, promotor

ANJO TORTO Paulo Pinto/AE

Fraudes mais comuns: inversão dos ponteiros do hidrômetro e ligações paralelas

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os 55,5 metros cúbicos/hora de água distribuídos pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), cerca de 12% são perdidos em razão de ligações clandestinas na Região Metropolitana. Fontes do setor calculam prejuízo de R$ 50 milhões por ano. Já em relação a fraudes, Jairo Tardell, diretor do Departa-

mento de Controle de Perdas da Sabesp, conta que elas representam perdas entre 3% e 5%. Entre os casos mais comuns de fraudes estão as adulterações de hidrômetros – aparelho que mede o consumo – ou ligações diretas na rede de distribuição. "Grande parte das fraudes é invisível. O trabalho do leiturista é fundamental para detectar o roubo. Os mais comuns são: 1) inversão dos ponteiros do leitor, 2) instalação de aparelhos que param a contagem e 3) as ligações paralelas. É por meio de um histórico de consumo que encontramos grande parte das fraudes", disse Tardell. Nesses casos, assim como a Eletropaulo, a Sabesp usa de meios legais para cobrar e im-

pedir novas ações dos fraudadores. Das 38 mil suspeitas de fraude registradas entre o final de 2005 e março deste ano, cerca de 8 mil foram confirmadas e solucionadas pela empresa. No caso de ligações clandestinas, a Sabesp enfrenta maiores dificuldades, uma vez que ações judiciais impedem sua entrada em áreas invadidas e em terrenos disputados judicialmente. Para esses casos, a Sabesp contabiliza a perda como uso social da água. A exemplo do que acontece com a Eletropaulo, o consumo nessas áreas de litígio também é superior ao registrado nas residências de classe média de São Paulo. A diferença é, em média, de 40 a 50 metros cúbicos/mês. A Sabesp, quando consegue regularizar a situação em uma determinada região, também oferece a seus moradores tarifas mais baixas. Além disso, implanta programas de caça-vazamentos e controle sobre o consumo. Para ambas as empresas, os valores desviados com fraudes ou ligações clandestinas acabam na planilha que forma a tarifa a ser paga pelo consumidor regularizado, o que encarece as contas em até 7%. Cabo – As empresas de TV a cabo também registram fraudes e roubos de sinal, tanto do sistema de assinatura de canais como, no caso mais recente, do sinal de banda larga para conexão com a internet. Uma fonte ligada a esse setor informou que "técnicos" cobram R$ 50 para piratear a programação intermediária de

duas das principais empresas da televisão paga (NET e TVA). Dependendo do pacote a ser pirateado, o preço chega a R$ 100. Já para o serviço de banda larga por cabo, o preço é de R$ 100. Há ainda o que pegam carona no sinal wireless (serviço de banda larga sem fio para conexão com a internet) do vizinho. Nesse caso, segundo a fonte, o "técnico" indicaria a melhor posição para colocação do computador. Nesse caso, o "técnico" utiliza um medidor de sinais e instala um receptor de freqüência, o mesmo colocado na casa do usuário legal. O custo para esse serviço passa para R$ 150 ou até R$ 200. Além da instalação, os "técnicos" oferecem uma "manutenção" do gato. Afinal, a empresa operadora pode descobrir a fraude e fechar o ponto de distribuição do sinal pirateado. Assim, por mais R$ 100, o fraudador tem "suporte técnico".

Suzane chega ao 89º DP após ter a prisão decretada. Juiz considerou que ela coloca em risco a vida do irmão.

Suzane Richthofen volta para a cadeia Após dar entrevista à TV, estudante teve a prisão decretada e se entregou ontem

Procuradas pela reportagem do DC , as duas empresas, por meio de suas assessorias de imprensa, informaram que não comentam esse tipo de caso nem informam o prejuízos que essas ações acarretam. (DF)

Ari Vicentini/AE

Funcionários da Eletropaulo fazem reparos em rede de energia na marginal Tietê, altura do Playcenter

S

uzane von Richthofen, de 22 anos, que confessou ter facilitado o assassinato dos pais, Manfred e Marísia von Richthofen, em outubro de 2002, voltou para a cadeia na noite de ontem. Ela se apresentou no 89º DP (Portal do Morumbi), segundo a Secretaria de Segurança Pública. Os irmãos Daniel e Cristian Cravinhos, que também confessaram o crime, continuam presos. À época, Suzane era namorada de Daniel. O novo mandado de prisão preventiva foi expedido, também ontem, pelo juiz substituto da 1ª Vara do Tribunal do Júri de São Paulo, Richard Francisco Chequini. Ele justificou sua decisão afirmando que a liberdade de Suzane "coloca em risco a vida de testemunha do feito, no caso, seu irmão Andreas von Richthofen". O pedido de prisão foi elaborado pelo promotor Roberto Tardelli e entregue no início da tarde. Na TV – Suzane estava em liberdade provisória desde junho de 2005, após ser beneficiada por uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Sua prisão foi decretada um dia após a exibição de reportagem no Fantástico, da TV

Globo, na noite de domingo. A entrevista aconteceu em duas partes: no apartamento de Denivaldo Barni, com quem ela mora, no Morumbi; e na casa de amigos de Suzane, em Itirapina (no interior do estado), onde o microfone da emissora captou as orientações do advogado dela, Mário Sérgio de Oliveira, e de Barni. Os dois disseram a Suzane para chorar, interromper a entrevista e dizer que não agüentava mais falar sobre o assunto. "Chora", diz Barni a Suzane, ao que ela responde: "Não vou conseguir". Segundo a Globo, ela interrompeu a entrevista 11 vezes para chorar, mas não havia sinais de lágrimas. "Daniel me manipulava. Me dava muita droga. Dizia que se eu o amasse era para fazer isso ou aquilo", afirmou Suzane na casa de Barni. A reportagem então exibiu as instruções do advogado Oliveira orientando Suzane a culpar Daniel Cravinhos. "Diz que ele obrigava você a fazer." Ao mostrar fotos de seus pais e de seu irmão, Suzane disse sentir saudades. "Eu queria voltar aos meus 15 anos, quando não conhecia ninguém daquela família", referindo-se aos Cravinhos.

Para o promotor Tardelli,a entrevista à TV foi uma farsa. "Já que a lona do circo caiu na cabeça do palhaço, o palhaço pode fugir", advertiu. OAB – A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) informou que instaurou uma sindicância para avaliar a atuação dos advogados de Suzane, Mário Sérgio de Oliveira e Denivaldo Barni. Oliveira, que faz parte do Tribunal de Ética da OAB, deverá ser afastado. O presidente do Conselho Federal da OAB, Roberto Busato, disse que o comportamento dos advogados de Suzane "contraria os princípios éticos da advocacia". Suzane, Daniel e Cristian, irão a júri em 5 de junho por duplo homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa das vítimas), além de fraude processual, por terem alterado a cena do crime para tentar simular latrocínio (roubo seguido de morte). Em 8 de novembro de 2005 , o STJ concedeu liberdade aos irmãos Cravinhos, que estavam presos em Iperó, no interior, e voltaram para a cadeia após conceder entrevista para uma rádio. (Agências)


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Ladrões usaram uma Kombi para transportar os cofres com a féria recolhida nos ônibus.

BANDIDOS ROUBARAM COFRES EM OSASCO

Epitácio Pessoa/AE

VACINA

MALÁRIA

Secretaria de Estado da Saúde espera vacinar contra a gripe 2,5 milhões de pessoas com mais de 60 anos. A campanha de vacinação começa dia 24. O índice pretendido representa 70% dos 3,6 milhões de idosos que vivem em São Paulo. A campanha prosseguirá até o dia 29 de abril e será retomada de 2 a 5 de maio, já que os postos de saúde não abrem no dia 1º, feriado do Dia do Trabalho. No total, serão aproximadamente 6.300 postos fixos e volantes, que atenderão a população das 8h às 17h. O secretário de Estado da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, diz que a vacina não causa reações graves e "evita complicações causadas pelo vírus". Além da vacina da gripe, serão aplicadas doses contra tétano e difteria, e a vacina contra o pneumococo, bactéria causadora de pneumonias, otites, sinusites, faringites e meningites.

m uma semana foram registrados 17 casos de malária em Tapiraí, a 131 quilômetros de São Paulo. O município, de 7 mil habitantes, fica num prolongamento da Serra do Mar , é coberto pela Mata Atlântica e tem rios e represas que facilitam a proliferação do mosquito Anopheles, transmissor dos protozoários Plasmodium. O foco da doença surgiu no bairro rural do Alecrim, onde há várias trilhas e cachoeiras visitadas por ecoturistas. No final da tarde, a Secretaria Estadual de Saúde reavaliou os casos. De acordo com a assessoria de imprensa, novos exames descartaram sete casos e confirmaram apenas 10. Os 17 casos da doença haviam sido confirmados pela Secretaria Municipal de Saúde. Os sintomas da malária são calafrios fortes e febre alta, dor de cabeça, náusea e suor excessivo. (AE)

E Ó RBITA

SOL E CALOR

ENTERRO

té o domingo de Páscoa o tempo deve permanecer firme no Estado de São Paulo, com muito sol, calor à tarde e temperaturas amenas à noite. Para hoje a previsão é de mínima de 17 graus e máxima de 29 na capital. A grande massa de ar seco garante poucas nuvens até a tarde do domingo, quando uma nova frente fria chega ao Estado e provoca instabilidades. A umidade aumenta um pouco na faixa leste, entre a região metropolitana e as praias a partir da quinta-feira, por causa do vento que sopra do mar. Ontem a mínima foi de 17,7 graus e a máxima chegou a 26,3 graus. (AE)

corpo do bebê Arthur Blauth Schlobach Santos foi enterrado ontem, às 9h, no cemitério do Caju, no Rio de Janeiro. O garoto estava internado na UTI do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas de São Paulo e morreu, na tarde de domingo, de falência múltipla dos órgãos. O bebê esperava por um transplante de coração. O coração de Arthur não tinha o ventrículo esquerdo e sofria de uma malformação denominada hipoplasia. Em 17 de março, os médicos realizaram uma cirurgia de altíssimo risco em Arthur, mas não conseguiram fazer o coração funcionar satisfatoriamente.

A

O

Veículo usado pelos assaltantes: troca de tiros e acidente na marginal

Assalto, perseguição e 4 mortos na marginal

U

m tiroteio na marginal do rio Pinheiros, embaixo da ponte da Cidade Universitária, na zona oeste da cidade, entre policiais da 3ª Companhia do 14º BPMM e ladrões que haviam assaltado o Terminal Rodoviário de Osasco, resultou na morte de quatro dos cinco assaltantes. O bandido que sobreviveu permanecia internado, até a noite de ontem, no Hospital das Clínicas, em Pinheiros. O sargento PM Franklin Pereira foi baleado na mão direita e poderá ter dois dedos amputados. O assalto ao terminal de Osasco, que está localizado na rua Erasmo Braga, 1.500, aconteceu por volta de 2h da madrugada de ontem. Os marginais roubaram uma perua Kombi e nela colocaram pelo menos três cofres com o dinheiro arrecadado nas linhas de ônibus daquele município da Região Metropolitana de São Paulo. Uma policial feminina viu o crime e acionou o Copom. Imediatamente surgiram guarnições militares e iniciou-se a perseguição. Na curva sob a ponte da Cidade Universitária, o veículo desgovernou-se e bateu no muro de proteção das colunas da ponte. Após o acidente, aconteceu a troca de tiros e os cinco

marginais que estavam na Kombi foram baleados. Tanto eles quanto o policial ferido na mão foram socorridos no Hospital Universitário. Morreram William Miguel dos Santos e Ronaldo Carvalho, ambos de 24 anos, Carlos Alexandre Carvalho, de 33 anos, e outro assaltante que não havia sido identificado até a noite de ontem. Também não foi confirmada a identificação do ladrão que acabou transferido para o Hospital das Clínicas, onde se encontrava internado em estado grave. O ex-presidiário Ney Carlos de Oliveira, de 47 anos, que era motorista da perua usada no assalto, alegou ter sido obrigado pelos criminosos a dirigir o veículo durante a ação criminosa. Segundo as informações, os bandidos roubaram também um veículo Gol, no qual parte da quadrilha teria escapado. A polícia não informou se havia cofres com dinheiro também nesse automóvel. Nem o montante do roubo nem do que foi recuperado. O roubo foi registrado na Delegacia Central de Osasco, mas deverá ser instaurado inquérito também no 51º DP (Rio Pequeno) sobre a resistência à prisão seguida de morte. Ao final, porém, ambos os inquéritos deverão ser unificados. (AE)

Epitácio Pessoa/AE

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BEBÊ ABANDONADO – Um bebê foi encontrado no banheiro feminino da estação Franco da Rocha da CPTM, na noite de domingo. O menino, achado por uma auxiliar de limpeza, tem em torno de 15 dias, estava enrolado em um xale e em um cobertor e tem pontos cirúrgicos nos dedos mínimos das mãos.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Geral

terça-feira, 11 de abril de 2006

É como um duelo. Alguém deve morrer. Mas quem? João Steiner, da Universidade de São Paulo

AFP Photo

BRIGA DE ESTRELAS

Astrônomos brasileiros flagraram duas estrelas em um duelo mortal, a 15 mil anos-luz da Terra. Descoberta espacial exigiu 18 anos de investigação científica.

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ssassinato, tortura ou suicídio assistido? Seja qual for o veredito, o fato é que astrônomos brasileiros flagraram duas estrelas em um duelo mortal, a 15 mil anos-luz da Terra. O combate é entre uma anã branca (o núcleo exaurido de uma estrela morta) e uma estrela do tipo solar, a "apenas" 600 mil quilômetros uma da outra. A primeira está roubando gás da segunda, que corre o risco de desaparecer por completo. Isso se a anã branca não acumular gás demais durante o processo e explodir em uma supernova. "É como um duelo. Alguém deve morrer. Mas quem?", indaga João Steiner, do Instituto

de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo. "Isso depende de quem for mais rápido no gatilho; você só vai saber quando alguém cair." Steiner é o principal responsável pelo flagrante espacial, que exigiu 18 anos de investigação científica. O resultado está publicado na revista "Astronomy and Astrophysics Letters", com a colaboração de outros três brasileiros. O sistema binário V 617 Sagitarii, formado pelas duas estrelas, foi descoberto por Steiner em 1986. Logo de início ele percebeu que havia algo de estranho e passou a estudar o objeto em detalhe. Dezoito anos depois, a pesquisa revelou uma versão inédita dos siste-

mas conhecidos como variáveis cataclísmicas, em que uma anã branca captura gás de uma estrela vizinha, formando um disco gasoso brilhante. Normalmente, trata-se de um processo lento e sem maiores conseqüências. Mas, nesse caso, a anã branca está roubando 100 vezes mais gás de sua vizinha do que o normal. Os cientistas estimam que, no prazo máximo de 1 milhão de anos, ou a anã branca vai explodir ou a outra desaparecerá. "Para uma estrela que deveria durar 1 bilhão de anos, isso é morte súbita", afirma Steiner. "Pode acontecer amanhã ou daqui 1 milhão de anos." Segundo ele, é a primeira vez que um sistema desse tipo é registrado diretamente. (AE)

Pontes conta sua aventura no espaço

William McArthur estão em boas condições de saúde após sua permanência na Estação Espacial Internacional. Os três astronautas participam hoje de entrevista coletiva. (AE)

Denis Sinyakov/AFP Photo

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primeiro astronauta brasileiro, Marcos Pontes, o russo Valeri Tokarev e o americano

Sonda Venus Express viajou 400 milhões de quilômetros durante cinco meses

Uma sonda em Vênus

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epois de uma viagem de cinco meses e 400 milhões de quilômetros, a sonda Venus Express, da Agência Espacial Européia (ESA), chega hoje a seu destino. A chamada inserção em órbita – seqüência de manobras necessárias para reduzir a velocidade da nave e deixá-la girando ao redor do planeta Vênus, o segundo mais próximo do Sol – será dirigida pelo Centro de Controle de Operações Espaciais da ESA em Darmstadt, Alemanha. A operação terá início às 16h17 (horário de Brasília), com a ativação do foguete principal da nave. O motor deverá ficar ligado por 50 minutos. A maior parte dos 570 kg de

combustível que a Venus Express carrega será usada nesta manobra. O motor será acionado diversas outras vezes nos próximos dias, com o objetivo final de estabelecer uma órbita de 24 horas ao redor de Vênus, que deverá ser atingida no início de maio. Por um período de dez minutos, a sonda estará do outro lado do planeta Vênus em relação à Terra. Durante essa ocultação da nave pelo planeta, o contato com a Terra será interrompido. Sob muitos aspectos, Vênus é um planeta semelhante à Terra. Ambos são mundos rochosos, diferentes de planetas como Saturno ou Júpiter, que são gigantescas bolas de gás. Vênus e Terra têm tamanhos pa-

recidos (aproximadamente 6.000 km de raio), embora Vênus seja um pouco menor: tem 80% da massa da Terra e 90% da área de superfície. A atmosfera de Vênus é fechada por uma cobertura permanente de nuvens, e até a chegada das primeiras sondas ao planeta, nos anos 60, nada se sabia sobre as condições na superfície. A atmosfera impenetrável deu margem a várias especulações, incluindo a idéia de que Vênus seria um enorme paraíso tropical, coberto por pântanos e oceanos, talvez até mesmo com dinossauros. Além de analisar a dinâmica da atmosfera, a Venus Express tentará determinar se no planeta existem terremotos e vulcões. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.LOGO Um bifinho é um prato duas vezes afetivo, porque me lembro, muito criança, de pedir pra minha mãe um quilo de bife de presente de aniversário. Do chef brasileiro Alex Atala, em entrevista à revista Trip. Seu restaurante, D.O.M., foi eleito o 50º melhor do mundo pela revista inglesa Restaurant Magazine. www.trip.com.br

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Logo Logo www.dcomercio.com.br/logo/

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ABRIL Aniversário da Organização Internacional do Trabalho

F RANÇA E M

C A R T A Z

Vitória nas ruas

MILTON

Sob pressão e violência dos franceses, primeiro-ministro cede e muda lei do emprego

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Milton Nascimento (foto), em show com acento jazzístico. Bourbon Street. Rua dos Chanés, 127. Telefone: 5095-6100. Às 22h. R$ 225. C HINA

T ELEVISÃO

Sites querem 'moralizar' a rede

Terror todos os dias da semana

Os 14 principais portais de chineses - entre eles Sina.com, Sohu.com, Baidu.com e a versão chinesa do Yahoo - pediram ontem a eliminação de "conteúdos indecentes" da rede, especialmente a violência e o sexo. Eles pediram ao resto dos proprietários que eliminem "a cultura insana da internet". A China conta com o segundo maior número de internautas do mundo, 111 milhões de usuários, atrás dos Estados Unidos, com 159 milhões.

Um canal que vai transmitir apenas filmes de terror será lançado em outubro pela Comcast e Sony Pictures Entertainment, que realizam sua primeira parceria no negócio dos canais de TV por assinatura. A emissora, ainda sem nome, foi anunciada ontem e entrará no ar no dia 31 de outubro, dia das Bruxas. O canal vai oferecer, grátis, assinaturas digitais de 40 a 70 horas de programação semanal. Estima-se que sejam apresentados 20 filmes por semana.

p ri m e i ro- m i n i st ro francês, Dominique de Villepin, cedeu às pressões das entidades estudantis e centrais sindicais e revogou ontem o Contrato Primeiro Emprego (CPE) - lei que reduzia direitos trabalhistas para incentivar as empresas a admitirem jovens. Ele substituiu o polêmico CPE por incentivos financeiros às empresas que ajudarem a reduzir o índice de desemprego, que atinge 23% dos menores de 26 anos em toda a França. "Pretendi propor uma solução forte; não fui entendido por todos e lamento", disse Villepin diante das câmeras de uma rede oficial de TV, em tom grave e visivelmente abatido. Ele e seu padrinho político, o presidente Jacques Chirac,

saem como os grandes derrotados da crise que abalou a França durante várias semanas com violentas manifestações de rua e greves nacionais. Villepin viu sua popularidade despencar dos 49% quando ele assumiu o cargo em maio de 2005 para 25%, hoje. Sua pretensão de disputar a candidatura conservadora à presidência da república nas eleições de 2007 também fica consideravelmente prejudicada. Sai fortalecido da crise seu adversário, o ministro do Interior, Nicolas Sarkozy, que também postula a mesma candidatura. "O CPE está morto e sepultado", reagiu em comunicado a Força Operária que promoveu a campanha contrária à lei em conjunto com a Confederação Geral dos Trabalhadores e en-

tidades estudantis. "O objetivo foi alcançado e isso prova que a unidade sindical pode ser eficaz", acrescenta a nota da central sindical. Bruno Julliard, líder do movimento estudantil contrário a CPE, também reagiu com satisfação. "Vencemos", disse ele. As oposições socialista, comunista e verde, com indisfarçável alegria, comemoravam. Muito antes da revolta dos subúrbios pobres de Paris no fim do ano passado, o governo vinha tentando resolver o grave problema do desemprego, concedendo incentivos fiscais e até redução dos encargos trabalhistas para estimular as empresas a aumentarem seus quadros de pessoal. Mas todas as medidas adotadas não surtiram o efeito desejado. (AE)

Carlos Silva/Imapress/AOG

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ÉPOCA DAS CHEIAS - Os rios Itacaiunas e Tocantins transbordaram deixando as cidades de Paraupebas, Marabá e Eldorado dos Carajás sob água. Várias famílias ficaram desabrigadas e, em Marabá, as pessoas foram retiradas das casas com a ajuda de barcos.

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G ASTRONOMIA

Ian Mackenzie ajuda a divulgar a passagem da réplica da embarcação viking Hammer of the Gods por Londres, para arrecadar recursos para a Task Brazil, organização que ajuda meninos de rua no País.

McDonald Gourmet

F AVORITOS

Compare seu salário no exterior

G @DGET DU JOUR

Velas com a grife MoMA

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www.daspu.com.br

B RAZIL COM Z

Orkut é brasileiro A edição de ontem do jornal norte-americano The New York Times trouxe uma matéria sobre o sucesso do Orkut, o site de relacionamento da Google criado há dois anos, no Brasil. Cerca de 11 milhões dos 15 milhões de usuários do Orkut declaram viver no Brasil, diz a matéria. Um número alto já que, segundo as estatísticas, só 12 milhões de brasileiros usam a internet em casa. A imprensa brasileira nem mais explica o que é o site e novos dicionários serão lançados já com o termo como um verbete.

BBC, é originário do Japão e que era usado como animal de carga pelos samurais. A carne chegará diariamente à Inglaterra vinda do Chile para garantir a qualidade do sanduíche e o frescor do produto. Além da carne Wagyu, os ingredientes do sanduíche incluem foie gras, maionese de trufas negras e queijo brie de meaux, além de rúcula, pimentões vermelhos tostados e tomate-cereja. O prato mede 23cm por 13cm e pesa cerca de 600 gramas. O diretor da área de alimentação da Selfridges, Ewan Venters, fez questão de expli-

car à imprensa ontem, no lançamento do produto, que os ingredientes caros não são os únicos responsáveis pelo alto valor do sanduíche. "É muito, muito saudável. Estamos tendo uma reação fantástica de consumidores que mal podem esperar para provar o sanduíche", disse Venters. O que ele não contou é que o próprio endereço onde é vendido o prato também já é um fator para elevar o preço. A Selfridges em Oxford Street é considerada um dos endereços mais sofisticados de Londres. www.selfridges.com

Um olhar sobre o Brasil A Embaixada do Brasil em Londres, a Imprensa Oficial do Estado de São Paulo e o Objeto Brasil lançam hoje o livro A Glimpse of Brazilian Design, de Joice Joppert Leal, na embaixada. Esta é uma edição em inglês de Um Olhar sobre o Design Brasileiro, que mostra a variedade da nossa produção - de peças feitas por tribos da Amazônia até a sofisticação que sai dos ateliês. L OTERIAS Concurso 133 da LOTOFÁCIL

A TÉ LOGO

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http://momastore.org

A Daspu, grife carioca criada e produzida por prostitutas da ONG DaVida, desfilou ontem, pela primeira vez em São Paulo, no Vegas Club, na Augusta. Entre as novidades, está uma camiseta inspirada na Copa do Mundo de 70, com a frase: "Ser brasileiro não é para principiante". "Estamos felizes por nos apresentar na cidade, nosso principal mercado", afirma Rafaela, estilista da grife. Aberta no fim de 2005, a Daspu fez barulho e lançou moda produzindo camisetas bemhumoradas. Elas custam de R$ 25 a R$ 28, e toda a renda das vendas é revertida para a própria ONG.

D ESIGN loja de departamentos Selfridges, de Londres, começou a vender ontem um sanduíche especial com cerca de um quilo de peso e que custa a bagatela de 85 libras (equivalente a R$ 320). O sanduíche, batizado de McDonald em homenagem não ao rei do fast food, mas ao chef Scott McDonald, que criou a nova versão chique do Big Mac, já é considerado um dos mais caros do mundo. O que encarece aiguaria é a carne fatiada de wagyu, um tipo de gado que, segundo a

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Não é um gadget de alta tecnologia, mas tem seu valor prático e artístico. Na loja online do Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA), é possível comprar essa obra de Jeremy Walton: uma vela que já vem com uma caixa de fósforos. A vela dura 40 horas e se apaga antes de atingir os fósforos (sem risco de incêndio). Feita na Dinamarca, custa US$ 18.

http://meusalario.uol.com.br

Chita, a chimpanzé de uma dezena de filmes do Tarzan (foto) nas décadas de 30 e 40, celebrou seu 74º aniversário com um bolo sem açúcar. Apesar de saudável e ativa, a Chita é diabética. Chita foi reconhecida pelo Guinness Livro dos Recordes como o mais velho chimpanzé do mundo. Os chimpanzés raramente ultrapassam os 40 anos na selva, mas pode alcançar os 60 em cativeiro. Uma das provas da saúde de Chita é que ela ainda tem todos os dentes.

Daspu chega à rua Augusta

Paul Hackett/Reuters

dados do endereço e aumentar a exatidão das comparações. Além das comparações, o internauta também poderá acessar notícias sobre variações salariais e direitos trabalhistas. Fundação Wage Indicator - o projeto nasceu em 2000 na Holanda para comparar salários de homens e mulheres e hoje reúne informações sobre 8 mil ocupações nos 17 países que se integraram ao projeto. O serviço conta ainda com o apoio do Instituto de Estudos Avançados sobre o Trabalho

Estrela Chita completa 74 anos

M ODA

C ARIDADE

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos SócioEconômicos (Dieese) criou um site onde o profissional pode comparar seu salário com os pares em outras regiões do Brasil e até mesmo com colegas de sua área em outros países. O site Meu Salário é a ponta brasileira de um projeto maior, o Wage Indicator (indicador salarial, na tradução livre), que cruza dados de salário e condições de trabalho em 17 países diferentes. Os visitantes são convidados a responder um questionário sobre seus salários de forma a enriquecer o banco de

C INEMA

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Médico paulista cria minicirurgia de implante de células-tronco para vítimas de enfarte Disney Company liberará gratuitamente na internet quatro de seus principais seriados Pílulas de estrogênio aumentam risco de coágulo sanguíneos depois da menopausa

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OPINIÃO

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DOISPONTOS -11 11

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Punição exemplar para o crime hediondo José Paulo Lacerda/AE

eitor interessado pelos temas abordados e atento às manifestações da Dra. Luíza Nagib Eluf, sendo da área mas não do ramo, sobressalteime com sua corajosa e precisa ponderação sobre a questão do regime do cumprimento da pena nos casos em que o ato criminoso configura um crime hediondo. Observou que uma orientação jurisprudencial pode

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constitucional de que a lei é igual para todos, a flutuação da interpretação de uma norma constitucional não se coaduna com esse objetivo, sobretudo quando a mudança ocorre no seio da mais alta corte de justiça do país, o STF. Afinal, a sociedade, diante de um crime hediondo, tenha ou não essa qualificativa instituída por lei, sempre espera, da parte do Poder Judiciário a tanto

flutuar ao sabor do pensamento da maioria dos ministros que compõem o Supremo Tribunal Federal no momento do julgamento, de forma que, mudando-se os ministros, pode ser mudada a orientação, a interpretação da norma constitucional. Se um dos objetivos do Poder Judiciário como um todo é garantir a segurança jurídica do princípio

O STF mudou o tratamento que deve ser dado aos criminosos. A pena não precisa ser cumprida em regime fechado.

competente, que ocorra a punição exemplar e o cumprimento exemplar da pena nos termos estabelecidos para essa situação específica, se essa foi, como realmente é, a vontade dita popular que foi transcrita no texto básico que disciplina a vida do cidadão: a Constituição da República Federativa do Brasil. PEDRO VERGUEIRO PEDROVER@MATRIX.COM.BR Site na internet dcomercio.com.br /doispontos/

Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br

Soltem as amarras! A economia precisa navegar

G Não importa quem seja o ministro da Fazenda. Os atuais índices têm conspirado contra o crescimento econômico e a multiplicação de investimentos. G Somente

Jonathan Campos/Gazeta do povo

atingiremos o patamar de distribuição de renda das nações ricas daqui a 304 anos.

cima de nomes, o País precisa de uma política econômica voltada ao progresso. No recente episódio da troca de ministros da Fazenda, na esteira de mais denúncias de corrupção, o Brasil assistiu a concorrido debate sobre os rumos e abalos que poderiam prejudicar a economia nacional. A discussão, porém, estava e continua desfocada, pois, independentemente de quem ocupe o cargo, os setores produtivos anseiam por uma política econômica orientada para o desenvolvimento e a prosperidade. E isto deve ser um compromisso do governo, a despeito dos membros de sua equipe. O recuo da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), de 9 para 8,15% continua

A

longe de atender às necessidades de investimentos da Nação. Perdeu-se excelente oportunidade para o início de uma virada. Seria muito bem-vinda uma queda mais acentuada da TJLP. Os atuais índices têm conspirado contra o crescimento econômico, a geração de empregos e a multiplicação de investimentos. Por isto, não importa quem seja o ministro da Fazenda. O que deve ser considerado, como evidência da necessidade de mudanças nas diretrizes, é o pífio crescimento do PIB de 2,5% em 2005 e as previsões de apenas 3,5% este ano, avanço ainda muito aquém das carências e potencialidades da Nação. Assim, a sociedade deve manter-se mobilizada em torno da meta

DEU

NO

HTTP://GERALDTHOMAS. BLOG.UOL.COM.BR/

um cenário de expansão econômica muito baixa é impossível reverter à gravidade do quadro social, promover a inclusão de milhões de pessoas e promover o desenvolvimento de um país com grandes dimensões . Evidência muito clara disto é um recente estudo, que passou um tanto despercebido: a New Economics Foundation (NEF), instituição independente de pesquisa com base na GrãBretanha, demonstrou que, mantendo o atual ritmo de crescimento, o Brasil somente atingiria o patamar de desenvolvimento e distribuição de renda das nações ricas daqui a 304 anos. É possível esperar?

N

G O recuo da TJLP de 9 para 8,15% continua longe de atender às necessidades de investimentos da Nação. G A sociedade deve manter-se mobilizada em torno da meta da redução dos gastos públicos.

ANTÔNIO LEOPOLDO CURI, PRESIDENTE DA ABRAFORM

stou indignado (a palavra, no nosso fantástico colóquio brasileiro seria outra), indignado com o que vejo repercutindo negativamente na imprensa e nesse governo no que diz respeito a Varig! Repito o que sempre disse nesses anos todos: a Varig é patrimônio nosso, é nossa

identidade nacional. Se Lula&Cia não reconhecem isso, falham e falham feio! Deixar a Varig na mão nesse momento é o mesmo que deixar outros patrimônios nacionais, assim como a arquitetura de Niemeyer, ou o Largo do Boticário ou as letras de Chico Buarque entrarem em decadência. Claro que no caso desses três citados, Lula

jamais faria isso. E por que? Porque o jogo de interesses o favorece! Coisas de partidarismo. vocês me entendem não? Brasileiros e brasileiras: por favor acordem: não deixem que a Varig, patrimônio nosso desapareça por pura negligência de um governo comprovadamente corrupto! A Varig mostra a sua beleza, a sua prontidão, a sua competência e

segurança (ganhou o prêmio da Iata de melhor segurança mundial no ano passado e faz parte da Star Alliance) há mais décadas do que esse Lula existe no planeta Terra. Não deixem que isso aconteça a esse patrimônio cultural. Não deixem que os interesses lucristas das “outras” empresas, por sinal, muito mal preparadas,

PAULO SAAB

QUO

VADIS? u não sei onde isso tudo vai parar. Confesso, todavia, minha preocupação e angústia com a acelerada degradação dos bons costumes na vida pública brasileira. Fosse nossa população politizada, esclarecida, e as ruas já estariam tomadas diante da indignação que os fatos recentes de nossa vida política e pública têm provocado. Também não sei dizer se fico feliz com essa alienação porquanto ruas tomadas sempre significam conflito, confusão, ameaça à estabilidade das instituições. Não sei medir, também, se essas mesmas instituições não estão mais ameaçadas por essa degradação do que supostamente estariam (ou não) pelo povo nas ruas. Compartilho essa preocupação, essa angústia, com os leitores porque, de fato, não tenho respostas. Tenho, isso sim, em mim, um sentimento de desalento ao assistir fatos como a absolvição pelo plenário da Câmara do deputado João Paulo Cunha. Trata-se da legalização da safadeza mal disfarçada. Da institucionalização do leva-vantagem pequena. Por 50 mil reais o então presidente de uma das Casas do Legislativo rendeu-se ao esquema de corrupção vigente. E foi absolvido quando a Comissão de Ética recomendou a condenação. É só mais um exemplo no quadro pesaroso que vive o País.

E

desalentador assistir à patética apoteose da carreira do então festejado ministro Palocci. Transformado em personagem de ópera bufa, atribuem-lhe doença do coração para não depor na Polícia Federal. Armam falsa entrevista coletiva para escondê-lo da imprensa. Uma palhaçada transformada em verdade, com verdadeiro escárnio, desrespeito, aos brasileiros em geral. É triste assistir, ouvir, o diálogo entre o astronauta Marcos César Pontes e o presidente Lula. O que de melhor Lula conseguiu articular foi dizer ao bauruense que o Noroeste vai mal das pernas... O time terminou em 4º lugar o Campeonato Paulista. E eu ainda entro no mérito de analisar essa baboseira!

É

Mande seu comentário para doispontos@ dcomercio.com.br

E viva a Varig!

BLOG E

O diretor de teatro Gerald Thomas, que está encenando no Sesc quatro novas peças, vive na ponte aérea Rio-Nova Iorque. Nasce daí seu amor à Varig. A falta de mobilização em torno de uma solução que salve a empresa fez com que ele editasse em seu blog um manifesto pela salvação da empresa.

da redução dos gastos públicos. Esta medida — prioritária e inadiável — propiciaria o controle da inflação sem juros altos, mais investimentos governamentais e privados e uma revisão do sistema tributário, outro fator que onera a produção e mina a competitividade do País. Não podemos mais nos resignar à letargia e a evoluções ridículas do PIB, numa conjuntura mundial bastante favorável, como se o su bdes env olv imen to fosse um desígnio imutável do destino. Ao contrário, temos de lutar, com eficácia, coragem e determinação, para que o Brasil cumpra o vaticínio de respeitados organismos internacionais de que será uma das potências neste século.

stou citando alguns fatos da semana. A cada dia tudo piora. Reformaram o Palácio da Alvorada, mas a estrela vermelha do PT segue incrustada na grama como se o patrimônio público brasileiro fosse agora do PT. Bem que eles querem e tentam de toda forma . O leitor, eleitor, eu, você, todos, temos uma obrigação inadiável nas urnas este ano. Varrer da cena política os maus representantes. Os maus governantes. Se a população de Osasco, por exemplo, reeleger o "deputado" João Paulo Cunha ficará provado que quem não tem vergonha na cara somos nós, que os elegemos. Generalizar é sempre perigoso, mas a banda podre dos parlamentares e governantes dominou o poder federal. É preciso renovação geral, mesmo com o risco de se cometer injustiças. Ainda assim, mesmo assim, não tenho idéia de para onde vamos. O grau de esgarçamento do tecido político é visível. As instituições estão sob ameaça por parte de seus próprios integrantes.

quebrem a nossa Varig, reconhecida em todos os países do mundo como sendo a bandeira brasileira voando pelo mundo com brilho, com saúde, com orgulho e com a resistência de heróis que são esses milhares de funcionários maravilhosos que cuidam da nossa seguranca no ar: por favor! manifestem-se! E viva a Varig!!!!

A banda podre dos parlamentares e governantes dominou o poder federal. É preciso uma renovação geral, inadiável. Claro que tudo isto não significa um tipo de preocupação capaz de levar a imaginar que existe ameaça de golpes, revoluções, atitudes de força outrora cabíveis no cenário brasileiro e mesmo sul-americano. Os tempos são outros, as condições são outras. A instantaniedade da comunicação, a democratização da informação no mundo inteiro e a globalização da economia tornaram os países definitivamente interdependentes e qualquer aventura de tomada de poder hoje em dia se faz por esse novo caminho; não o da força, mas o da desmoralização da ordem vigente e da conquista da poder nas urnas, pelos grupos melhor organizados e mais demagógicos. Por este aspecto, por exemplo, o MST é uma forte ameaça à liberdade existente no Brasil. Este tipo de movimento organizado é um beneficiário desse clima de não-sei-para-ondevamos que paira no ar. PT chegou ao poder pelas urnas e foi obrigado a curvar-se à ordem econômica mundial vigente. Deteriorou-se a ponto de levar o País à crise que é quase geral, mas que nasceu no Executivo.

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PAULO SAAB É JORNALISTA PSAAB@UOL.COM.BR

FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, 3244-3799, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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ECONOMIA/LEGAIS - 9

São Paulo Turismo S.A. Sociedade de Capital Aberto - CVM nº 00941-5 CNPJ nº 62.002.886/0001-60 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO - 2005 Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V. Sas. o presente Relatório com as Demonstrações Contábeis, da SÃO PAULO TURISMO S.A., acompanhados dos pareceres da Sacho Auditores Independentes S/C, do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal, relativos ao exercício findo em 31 de dezembro de 2005. HISTÓRICO No exercício de 2005 foi alterada a denominação social da empresa de ANHEMBI TURISMO E EVENTOS DA CIDADE DE SÃO PAULO para SÃO PAULO TURISMO S.A., com a finalidade de permitir sua imediata identificação como órgão oficial de turismo do Município de São Paulo para um maior reconhecimento de suas ações por parte da comunidade nacional e internacional. O objetivo é o de facilitar a comunicação para incremento dos negócios dirigidos à empresa ou à própria cidade de São Paulo. No ano de 2005 a empresa elaborou seu Planejamento Estratégico Participativo e ficou definida a Missão da São Paulo Turismo S.A. para o período 2005 a 2009: “Posicionar e promover a cidade de São Paulo como a capital dos negócios, conhecimento e entretenimento da América Latina, destacando seu caráter vanguardista e cultural, buscando sua consolidação como destino turístico, visando ampliar a movimentação dos diversos setores da economia e a qualidade de vida dos cidadãos.” E foram também estabelecidas as diretrizes estratégicas e operacionais a serem seguidas: Diretrizes estratégicas • Consolidar a Cidade de São Paulo como a capital de eventos da América Latina • Tornar a Cidade de São Paulo um destino turístico internacional Diretrizes operacionais • Desenvolver uma marca internacional para São Paulo que prometa algo original, e dê identidade ao destino • Aumentar o tempo de permanência e o gasto médio per capita dia do turista que vem a São Paulo • Modernizar o Complexo Anhembi • Aumentar a rentabilidade, competitividade e produtividade da São Paulo Turismo S.A. • Promover os arranjos produtivos junto aos diversos atores do negócio do entretenimento na cidade Mapa Estratégico Aumentar a utilização dos serviços da cidade

Clientes

Aumentar o tempo de permanência do turista na cidade

Aumentar a quantidade de eventos na cidade Aumentar a visibilidade e o desejo da cidade como destino turístico

Processos Modernizar a infra e super estrutura

Criar imagem para a empresa e para a cidade

Finanças

Tornar a São Paulo Turismo rentável e superavitária

Pessoas

Fomentar a capacitação e a motivação das equipes da SPTur

Fundada em 1970, a atual São Paulo Turismo é uma empresa de capital aberto, tendo como sócia majoritária a Prefeitura do Município de São Paulo - PMSP, com 77% das ações. Localizada no PARQUE ANHEMBI, o maior e mais bem localizado complexo para exposições e eventos da América Latina, situado às margens do Rio Tietê dentro do chamado centro expandido da Cidade de São Paulo, com fácil acesso pelo Metrô, Terminal Rodoviário Tietê e Aeroportos de Congonhas e Internacional de São Paulo, em Guarulhos, a São Paulo Turismo opera as seguintes estruturas: Pavilhão de Exposições Norte/Sul, inaugurado em 1970 e que em 2002 teve o acréscimo do Pavilhão Oeste com mais de 10.000 m2, perfazendo uma área de aproximadamente 70.000 m2. Palácio das Convenções, com área de 20.000 m2, é formado por várias salas e halls em torno de um grande auditório com capacidade para 2.800 pessoas. Há também outros auditórios menores anexos, entre os quais o “Elis Regina” com 800 lugares. Estes auditórios

têm as estruturas de palco e som adequados a atender os mais diversos eventos. Pólo Cultural e Esportivo Grande Otelo, projetado e inaugurado em 1991, tem capacidade para receber 26.246 pessoas acomodadas e toda estrutura para sediar grandes shows ao ar livre, dentre os quais se destaca o Carnaval Paulistano. Área de Estacionamento, com capacidade para 7.500 veículos (média de 13 mil rotativos), utilizado pelos visitantes das várias feiras e congressos que transcorrem nos Pavilhões e pela Feira do Automóvel, nos finais de semana. A SÃO PAULO TURISMO S.A., como órgão oficial de turismo da cidade de São Paulo, promove as atrações histórico-culturais, incentiva a organização de roteiros, participa da captação de eventos, organiza encontros com profissionais do setor e está presente em muitas das feiras nacionais e internacionais relacionadas ao segmento de turismo. O Turismo de Negócios, que muito vem crescendo na cidade, é também um dos focos da empresa. ALGUMAS DAS REALIZAÇÕES, PERSPECTIVAS E OBSERVAÇÕES Durante o exercício de 2005 foram tomadas várias ações para diminuição dos custos e ampliação de receitas. Dentre as quais, elencamos: Compras Eletrônicas - A implantação desse sistema, em caráter pioneiro na PMSP, trouxe maior rapidez e economia no processamento das compras da empresa com reduções de até 30% nos preços anteriormente licitados. Retomada na Operação dos Serviços de Teleinformática - Encerramos os contratos com serviços mal terceirizados pela gestão anterior e assumimos a execução dos mesmos por funcionários próprios da empresa, disponibilizando qualidade e agilidade no atendimento aos expositores das feiras e convenções. Com essa medida, ampliamos de forma significativa a receita da empresa com serviços de teleinformática. Administração de Interlagos - Assumimos a administração do Autódromo José Carlos Pace (Autódromo de Interlagos), dando especial atenção para a organização do Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1. Por meio da revisão nos preços cobrados dos vários promotores dos eventos que lá se sucedem ao longo do ano e pelo re-equacionamento de importantes itens de despesas, temos boas perspectivas para revertermos, já neste ano, o déficit crônico que a operação daquele equipamento apresentava à PMSP. Estacionamento - Com uma gestão mais assídua no acompanhamento e fiscalização da arrecadação, alimentada também pela atualização dos preços praticados, projetamos aumento expressivo de receita para esse serviço neste ano de 2006. Em paralelo, estamos processando a licitação para compra de equipamentos de automação do acesso e saída do estacionamento, com melhoria de sua operação logística e ainda maior controle na arrecadação. Negociação com Fornecedores - Por força das dificuldades financeiras herdadas e enfrentadas pela atual Administração no início de sua gestão da PMSP, fomos obrigados a recorrer à compreensão de nossos diversos fornecedores, para que aceitassem renegociar valores de dívidas vencidas da gestão anterior. Na média, obtivemos descontos de aproximadamente 25%. Concurso Público - Atendendo à determinação do Ministério Público do Trabalho para regularização de diversos cargos preenchidos sem concurso na empresa, em gestões passadas, realizamos com sucesso concurso público por meio de instituição abalizada, que nos abriu participação na receita gerada pela inscrição de cerca de 50.000 candidatos. Ao mesmo tempo tivemos que dispensar cerca de 130 funcionários que somados aos dispensados em cargos de confiança oneraram consideravelmente nossas despesas com pessoal em 2005. Carnaval 2005 - A viabilização financeira deste evento, que sofreu com a falta de recursos anteriormente orçados e contratados pela gestão anterior, demonstrou a agilidade empreendedora da atual diretoria da São Paulo Turismo que, por meio de patrocínios levantados em apenas 20 dias de gestão junto à iniciativa privada, conseguiu garantir a realização desta festa de grande repercussão popular. Eventos - Através de contratos com algumas Secretarias Municipais, a São Paulo Turismo otimizou o investimento da acionista majoritária na área, com a realização de mais de 600 eventos em todas as regiões da cidade, destacando o “São Paulo é uma Escola” e a “Virada Cultural”, que promoveu atividades de entretenimento durante 24h ininterruptas e gerou grande repercussão positiva na mídia nacional. Turismo - De uma forma geral, os indicadores turísticos melhoraram ao longo de 2005, em decorrência dos vários programas que foram desenvolvidos durante o ano. A criação dos Roteiros Temáticos (tais como SP Glamour, SP Arte, SP dos Paulistanos, SP Verde e o projeto APA Capivari-Monos), o Super Weekend (pacotes promocionais de final de semana), a realização do workshop “São Paulo, Meu Destino” para mais de 220 agentes de viagens de 55 cidades de todo o país, o Turismetrô, os Roteiros Natalinos, os projetos que envolveram a cadeia produtiva em grandes eventos como a Fórmula 1 e o SP Fashion Week. Deve-se anotar o aumento no número de participações em feiras e eventos do

BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO (Em milhares de reais) ATIVO CIRCULANTE Disponível Clientes Provisão p/devedores duvidosos Almoxarifado Outros valores a receber Despesas antecipadas REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Clientes Provisão p/devedores duvidosos Depósitos judiciais PERMANENTE Imobilizado Diferido

Total

2005

2004

5.502 10.110 (702) 294 2.552 925 18.681

2.936 9.745 (599) 296 4.820 1.873 19.071

5.389 (654) 3.020 7.755

3.000 – 2.257 5.257

163.456 499 163.955

160.017 499 160.516

PASSIVO CIRCULANTE Acordo PMSP/INSS Fornecedores Obrigações sociais Obrigações fiscais Adiantamentos de clientes Outras exigibilidades EXIGÍVEL A LONGO PRAZO Acordo PMSP/INSS Fornecedores Obrigações sociais Obrigações fiscais Adiantamentos de clientes RESULT. DE EXERC. FUTUROS Cessão de áreas/merchandising PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital social Adto. p/futuro aumento capital Reservas de capital Reserva de reavaliação Reservas de lucros Prejuízos acumulados Ações em tesouraria

190.391 184.844 Total As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis

2005

2004

475 11.865 5.901 2.161 8.692 7.555 36.649

475 10.410 6.165 4.827 11.609 4.734 38.220

38.106 3.842 1.188 92.351 3.456 138.943

35.704 – 1.083 74.700 940 112.427

4.062

5.313

27.874 62.192 3.300 82.520 154 (165.149) (154) 10.737 190.391

27.874 59.192 3.300 83.088 154 (144.570) (154) 28.884 184.844

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO (Em milhares de reais) Reservas de lucros Capital Reservas de Reserva de Recompra Ações em social capital reavaliação de ações tesouraria SALDOS EM 31/12/2003 27.874 59.192 84.656 154 (154) Ajustes de exercícios anteriores – – – – – Subvenções para investimentos – 3.300 – – – Realização da reserva de reavaliação – – (568) – – Prejuízo do exercício – – – – – SALDOS EM 31/12/2004 27.874 62.492 83.088 154 (154) Ajustes de exercícios anteriores – – – – – Adiantamentos para futuro aumento de capital – 3.000 – – – Realização da reserva de reavaliação – – (568) – – Prejuízo do exercício – – – – – SALDOS EM 31/12/2005 27.874 65.492 82.520 154 (154) As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis

Prejuízos acumulados (129.385) (7.066) – 568 (8.687) (144.570) (2.282) – 568 (18.865) (165.149)

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO (Em milhares de reais) RECEITA BRUTA DE SERVIÇOS Deduções da receita bruta RECEITA LÍQUIDA RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS Despesas administrativas Despesas financeiras, líquidas Outras receitas (desp.) operacionais, líquidas

Total 41.337 (7.066) 3.300 – (8.687) 28.884 (2.282) 3.000 – (18.865) 10.737

da PMSP e suas empresas, incluindo a São Paulo Turismo S.A., estará sendo paga através da retenção do Fundo de Participação dos Municípios - FPM. Nessa negociação foi ajustado o parcelamento em 240 meses, onde a São Paulo Turismo participa com um percentual da média ponderada do total da dívida das empresas da PMSP. Os montantes pagos, num total de 35 parcelas, foram: em 2005 R$ 669 (mil), em 2004 R$ 534 (mil) e em 2003 R$ 396 (mil). O saldo devedor, de R$ 38.581 (mil) incorpora juros baseados na TJLP, calculados até 31/12/2005. NOTA 7 - FORNECEDORES No dia 16 de dezembro de 2004 foi firmado com a Alcântara Machado Feiras de Negócios Ltda., o Termo de Permuta e Outras Avenças GJU nº 150/04 para incorporação dos equipamentos, materiais e estruturas desmontáveis que constituem o Pavilhão Oeste, montado pela Alcântara Machado, conforme contrato GJU-C 030/2002, com área de 10.620 m2. A incorporação é feita pelo valor estimado de R$ 6.078 (mil), em caráter definitivo e irretratável a partir de 01/01/2005. Pelo referido Termo de Permuta, a São Paulo Turismo não dispenderá recursos financeiros para efetuar a aquisição do Pavilhão Oeste, sendo que obrigar-se-á a disponibilizar à Alcântara Machado 700 diárias de utilização. O período estimado, com base na atual média de ocupação (120 dias/ano), é de 5 anos e 10 meses. Encontra-se segregada no passivo circulante (R$ 1.042 mil) e no exigível a longo prazo (R$ 3.842 mil). NOTA 8 - OBRIGAÇÕES SOCIAIS 2005 2004 Curto prazo Provisão para férias 2.367 2.839 Provisão para causas trabalhistas 2.508 1.972 INSS 637 585 FGTS/PASEP/outros 324 487 Obrigações com pessoal 65 282 5.901 6.165 Longo prazo INSS 1.188 1.083 Curto e longo prazo 7.089 7.248 NOTA 9 - OBRIGAÇÕES FISCAIS 2005 2004 Curto prazo Prefeitura de São Paulo (IPTU/ISS) 366 3.022 Receita Federal: • PAES (REFIS II) 1.300 1.198 • COFINS a pagar 267 546 • IRRF sobre honorários e salários - dezembro 228 61 2.161 4.827 Longo prazo Prefeitura de São Paulo (IPTU/ISS) 77.335 59.831 Receita Federal - PAES (REFIS II) 15.016 14.869 92.351 74.700 Curto e longo prazo 94.512 79.527 As obrigações correspondentes ao IPTU e ao ISS estão registradas ao valor do principal acrescido dos encargos financeiros legais desde 1991 para o IPTU e desde 1997 para o ISS. As obrigações com a Receita Federal relativas ao COFINS em atraso foram inclusas no Programa de Parcelamento Especial - PAES, instituído pela Lei Federal 10.684/03, com pagamento em 180 parcelas. Os montantes pagos, num total de 30 parcelas, foram: em 2005 R$ 1.357 (mil), em 2004 R$ 1.353 (mil) e em 2003 R$ 607 (mil). O saldo devedor incorpora juros baseados na TJLP, calculados até 31/12/2005. NOTA 10 - OUTRAS EXIGIBILIDADES 2005 2004 Receita de carnaval futuro – 1.132 Adiantamento receita Recreio nas Férias – 733 Obrigações com devolução recursos para PMSP 1.974 – Provisão para processos judiciais pendentes 4.500 2.559 Outras contas diversas 1.081 310 7.555 4.734

2005 70.765 (6.313) 64.452

2004 118.579 (5.594) 112.985

(64.383) (107.356) (16.892) (13.412) (2.042) (904) (83.317) (121.672) PREJUÍZO OPERACIONAL (18.865) (8.687) PREJUÍZO DO EXERCÍCIO (18.865) (8.687) PREJUÍZO POR AÇÃO (Em reais) (19,50) (8,98) As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO (Em milhares de reais) ORIGENS DOS RECURSOS Das Operações Prejuízo do exercício Depreciação e amortização Variações monetárias do E.L.P Resultado de exercícios futuros realizados Dos acionistas Subvenções para investimento Adiantamentos para futuro aumento de capital De terceiros: Aumento do exigível a longo prazo Redução do realizável a longo prazo

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004 (Em milhares de reais) NOTA 1 - CONTEXTO OPERACIONAL A sociedade tem por objetivo a realização e/ou exploração direta ou indireta de exposições, feiras, eventos, carnaval, congressos, estacionamento, e prestação de serviços para turismo e lazer. A empresa é uma sociedade de capital aberto, e seu acionista majoritário é a Prefeitura do Município de São Paulo. NOTA 2 - PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS a) Apuração do resultado - O resultado é apurado pelo regime de competência de exercícios. b) Provisão para devedores duvidosos - A provisão é constituída tendo por base a experiência da empresa na realização das suas contas a receber, por valor que se estima suficiente para cobrir eventuais perdas. c) Almoxarifado - Os itens mantidos no almoxarifado estão registrados ao custo médio de aquisição, inferior aos preços de mercado. d) Permanente - Demonstrado ao custo corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995. A depreciação dos bens do imobilizado é calculada pelo método linear às taxas anuais mencionadas na Nota 5. Foram nomeados à penhora os seguintes itens em execuções de dívida para com a Prefeitura do Município de São Paulo relativas ao IPTU e ISS: Pólo Cultural, Sede Administrativa, sistema de ar-condicionado. O valor da dívida em execução monta R$ 70.800 (mil) e está registrada no grupo de Obrigações Fiscais. e) Adiantamentos de clientes - A Empresa recebe antecipadamente parte do valor contratado pela locação de suas instalações. O saldo desta conta refere-se ao montante já recebido de locações para eventos que serão realizados em períodos futuros. Os contratos incluem cláusulas de rescisão, hipótese que prevê a não devolução desses adiantamentos. f) Passivo circulante e exigível a longo prazo - São demonstrados por valores conhecidos e calculáveis. NOTA 3 - OUTROS VALORES A RECEBER 2005 2004 Impostos a recuperar 661 2.778 Adiantamentos a funcionários 186 173 Adiantamentos a terceiros 1.705 1.869 2.552 4.820 NOTA 4 - DESPESAS ANTECIPADAS 2005 2004 Prêmios de seguros a vencer 128 162 Assinaturas de jornais e revistas 27 17 Despesas com eventos a realizar Recreio nas férias – 557 Carnaval paulistano 770 1.137 925 1.873 NOTA 5 - IMOBILIZADO Taxas anuais Custo Depreciação Líquido de depreciação atualizado acumulada 2005 2004 Terrenos – 88.230 – 88.230 88.230 Edifícios e benfeitorias 1,92 a 2,86% 74.184 9.259 64.925 61.047 Túnel de serviços 5% 1.243 189 1.054 1.089 Estacionamento 2% 2.581 348 2.233 2.303 Ruas, praças e jardins 1,92 a 2,86% 1.811 231 1.580 1.624 Instalações 10% 8.760 7.781 979 1.086 Máquinas e equipamentos 20% e 10% 2.004 1.191 813 940 Veículos 20% 224 162 62 75 Móveis e utensílios 10% 4.721 2.162 2.559 2.497 Outros ativos fixos 20% 1.430 1.114 316 437 Bibliotecas 10% 8 8 – – Marcas e patentes 10% 47 25 22 4 Programas e sistemas 20% 349 269 80 95 Construções em andamento – 603 – 603 590 186.195 22.739 163.456 160.017 NOTA 6 - ACORDO PMSP/INSS No dia 31 de janeiro de 2003 o INSS consolidou a dívida da administração direta e indireta da Prefeitura Municipal de São Paulo, na qual está incluída a São Paulo Turismo. O equacionamento da dívida com o INSS foi feito por negociação direta da Prefeitura do Município de São Paulo, acionista majoritária da São Paulo Turismo, onde o total da dívida

segmento (São Paulo esteve em 38 feiras e eventos em 2005, representando um crescimento de 46% em relação ao ano de 2004). Tivemos considerável aumento do número de visitantes na cidade. Isso pode ser visto pelo incremento da taxa média de ocupação hoteleira que girou em torno de 63% em 2005, enquanto em 2004 essa média era de 55%. Além disso, as centrais de atendimento ao turista (após a implantação do programa de qualidade que incluiu reforma das estruturas e capacitação de pessoal) registraram o atendimento de 82.837 turistas nacionais e estrangeiros. A manutenção dessa onda de crescimento do turismo na cidade dar-se-á, dentre outros meios, pelo aumento do número de eventos na cidade. Em 2005 foram captados 23 Eventos para os próximos anos, sendo 10 Nacionais e 13 Internacionais, um número 53% superior ao ano de 2004. Vendas - Em 2005 as vendas tiveram uma performance crescente contando com a criatividade na geração de novas fontes de receita para a empresa bem como a viabilização de novos espaços para merchandising, adequação e revisão de contratos e na tabela de preços dos equipamentos para locação e nas áreas de estacionamento do Parque Anhembi. Infra-Estrutura - A empresa dedicou-se a preparar os complexos editais para a automação do estacionamento do Parque Anhembi, eliminando nas áreas do sambódromo a dependência em 70% da empresa em contratar banheiros químicos, com a construção do equivalente a 102 sanitários femininos e masculinos em alvenaria localizados embaixo das arquibancadas. Foi também a responsável pela fiscalização e acompanhamento das obras relevantes efetuadas no Autódromo de Interlagos que mereceram elogios da FIA e da imprensa especializada. E iniciou um trabalho de fôlego de avaliação patrimonial da empresa e de levantamento dos investimentos necessários para tornar o complexo Anhembi seguro, moderno, atual e competitivo. Trabalho esse que passa inclusive por estudos que viabilizem a reclamada climatização dos pavilhões de feiras. Terminal Turístico de Compras 25 de Março - Administrado pela São Paulo Turismo, em 2005 foi parcialmente reformado e modernizado; atendeu cerca de 300.000 pessoas em 2005 que vieram em mais de 7.500 ônibus e gastaram na cidade mais de R$ 500 milhões, significando um crescimento de 26% no movimento em relação a 2004. Fundação Catavento - A São Paulo Turismo foi a responsável pela gestão inicial e o processo de transição até a aprovação pela Câmara Municipal de São Paulo do projeto de lei do Executivo que criou a Fundação. Trata-se de instalar no Palácio das Indústrias,um equipamento educacional, tecnológico e de entretenimento de padrão internacional focado na educação das futuras gerações e no aprendizado da cidadania. Algumas das perspectivas: - automação do estacionamento do Parque Anhembi com previsão de receita acima de R$ 13 milhões em 2006; - investimentos e modernização na melhoria do Complexo Anhembi; - implantação e participação em receitas no Mercado das Flores a ser criado com o estabelecimento de parcerias com o setor privado; - consolidação da São Paulo Turismo como principal agente responsável pelos arranjos produtivos do negócio de entretenimento da cidade de São Paulo, gerando maior lucratividade, postos de trabalho e participação dos atores; - aumento nas taxas de ocupação hoteleira na cidade, em investimentos, na captação de eventos nacionais e internacionais e nos gastos médios per capita dia do turista que nos visita; - operacionalização e gestão, uma vez concluído e entregue, do Museu do Futebol, que será uma atração internacional para a cidade. Observações: 1. O salto de cerca de 50% de 2004 para 2005 referentes a valores de dívidas fiscais acumuladas a longo dos últimos anos e apontado no balanço deve-se ao fato que somente em 2005 foi incluído na dívida ativa da empresa o passivo contraído e deixado por gestões anteriores à atual. 2. Importante frisar que o ano de 2004 foi um ano atípico no que diz respeito ao ingresso de receitas na São Paulo Turismo no que se refere a aporte de recursos da Prefeitura (comemorações dos 450 anos e a organização da UNCTAD) fatos que não ocorreram em 2005. AUDITORIA INDEPENDENTE Em conformidade com a Instrução CVM nº 381, de 14 de janeiro de 2003, e com o previsto no ofício circular CVM/SEP/SNC nº 02/2003, de 20 de março de 2003, a São Paulo Turismo S.A. esclarece que a Sacho Auditores Independentes, no exercício de 2005, prestou a esta empresa exclusivamente serviços de auditoria independente, conforme contrato GJU 122/03 e Aditamento GJU048/05. AGRADECIMENTO Agradecemos a todos que conosco colaboraram para a realização desse trabalho que envolveu esforços e empenho desde o primeiro até o último dia do exercício de 2005. Referimo-nos a nossos Fornecedores, Clientes, Diretores, Funcionários e ao apoio da Prefeitura. A todos, indistintamente, o nosso muito obrigado. AAdministração

Total das origens APLICAÇÕES DOS RECURSOS Inversões permanentes: Aquisição de imobilizado Adições ao custo no ativo diferido Variações no R.L.P. e E.L.P.: Transferência do E.L.P. para C.P. Aumento no realizável a longo prazo Ajustes de exercícios anteriores Total das aplicações AUMENTO (REDUÇÃO) DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO VARIAÇÕES DO CAPITAL CIRCULANTE Ativo circulante No início do exercício No fim do exercício

2005

2004

(18.865) 3.054 16.694 (1.251) (368)

(8.687) 2.431 12.711 5.313 11.768

– 3.000 3.000

3.300 – 3.300

17.142 1.687 18.829 21.461

3.910 105 4.015 19.083

6.493 – 6.493

7.835 232 8.067

7.320 4.185 11.505 2.282 20.280 1.181

10.007 3.474 13.481 – 21.548 (2.465)

19.071 18.681 (390)

17.429 19.071 1.642

Passivo circulante No início do exercício No fim do exercício

38.220 34.113 36.649 38.220 1.571 (4.107) AUMENTO (REDUÇÃO) DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO 1.181 (2.465) As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações contábeis NOTA 11 - RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS Em abril de 2004, foi assinado contrato para cessão de áreas e merchandising pelo prazo de 5 anos, no valor de R$ 6.250 (mil). A receita é reconhecida proporcionalmente ao prazo decorrido, sendo que o valor realizado em 2005 foi de R$ 1.250 (mil). NOTA 12 - CAPITAL SOCIAL Quantidades Valores Ações Ações Ações ordinárias preferen- preferenciais - A ciais - B Total 2005 2004 Autorizado 6.154.605 317.899 468.519 6.941.023 199.971 199.971 A subscrever (5.301.330) (272.840) (390.516) (5.964.686) (171.839) (171.839) 853.275 45.059 78.003 976.337 28.132 28.132 A integralizar (3.368) (3.770) (1.839) (8.977) (258) (258) Integralizado 849.907 41.289 76.164 967.360 27.874 27.874 NOTA 13 - AJUSTES DE EXERCÍCIOS ANTERIORES Tributos 987 Obrigações com devolução de recursos para PMSP 1.295 2.282 NOTA 14 - SEGUROS Os valores segurados são determinados e contratados em bases técnicas que se estimam suficientes para cobertura de eventuais perdas decorrentes de sinistros, e as principais coberturas são: Objeto do seguro Modalidade 2005 2004 Imobilizado: Prédios, máquinas, computadores, móveis e utensílios (dano máximo provável) Riscos diversos 55.000 56.000 Veículos Casco, Terceiros, Valores Valores Responsabilidade de de Civil mercado mercado NOTA 15 - PREJUÍZOS FISCAIS A empresa possui Prejuízos Fiscais a serem compensados, como segue: Prejuízo Fiscal (exercício 1995 - base 1994) 6.926 Prejuízo Fiscal (exercício 1996 - base 1995) 6.726 Prejuízo Fiscal (exercício 1997 - base 1996) 6.742 Prejuízo Fiscal (exercício 1998 - base 1997) 12.207 Prejuízo Fiscal (exercício 1999 - base 1998) 13.193 Prejuízo Fiscal (exercício 2000 - base 1999) 17.953 Prejuízo Fiscal (exercício 2001 - base 2000) 25.655 Prejuízo Fiscal (exercício 2002 - base 2001) 3.785 Prejuízo Fiscal (exercício 2003 - base 2002) 5.702 Prejuízo Fiscal (exercício 2004 - base 2003) 16.023 Prejuízo Fiscal (exercício 2005 - base 2004) 7.183 Prejuízo Fiscal (exercício 2006 - base 2005) 12.625 134.720 continua


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Impressoras Segurança Wireless Convergência

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 11 de abril de 2006

EQUIPAMENTO PODE PROVER A REDE INTERNA E A REDE EXTERNA

As empresas que oferecem soluções sem fio também treinam os funcionários da cliente

Comércio na palma da mão

Fotos: Divulgação

Troca de dados por sistema wireless organiza a loja, agiliza o atendimento e agrega novos serviços ao cliente

Acima, computador de mão da HP; abaixo, roteadores sem fio da Linksys

Instalação pede análise detalhada e sob medida estruturação de um sistema sem cabos exige estudo minucioso feito pela empresa contratada para desenvolver a solução. Recomenda-se a busca por aquelas certificadas junto à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). É a garantia de que os sistemas oferecidos já foram testados e não oferecem Divulgação

Garçom de unidade do Habib's usa computador de mão para receber o pedido do consumidor e enviá-lo para a cozinha

riscos de emitir interferências e prejudicar aparelhos eletrônicos próximos. O primeiro passo, antes da instalação, é a pesquisa de campo, com o cálculo dos espaços em que a rede irá se propagar e a identificação de barreiras físicas, como paredes grossas de concreto ou de ferro, que podem prejudicar o desempenho do roteador e determinar a instalação de outros para as áreas isoladas poderem compartilhar informações da rede. Definida a área de cobertura, estuda-se qual deverá ser a potência do sinal de acordo com o volume do tráfego da rede. Em grandes empresas, com espaço físico proporcional, é comum encontrar mais de uma estação de acesso à rede wireless. Uma estação ou acess point (ponto de acesso, em inglês) é formada por um roteador, placa de acesso e demais adaptadores a um PC fixo (cabeado com banda larga), como impressoras, cartões para laptops e PDAs, além dos pró-

prios computadores de mão. Em lojas abertas, recomenda-se a compra também de caixas herméticas para proteger os roteadores de chuvas, por exemplo. O sistema padrão de conexão wireless 802.11b recebe o nome de Wi-Fi e utiliza: freqüência de 2.4 Ghz, velocidade de 11 Mbps, e cobertura com raio de 100 metros de alcance. Mas já existem no mercado padrões com uma cobertura maior, como o roteador turbinado oferecido pela Linksys, com 150 metros de atuação. O software que já é usado na rede da empresa pode ser adaptado à wireless desde que seja multiusuário e consiga rodar também em PDAs. Manutenção e segurança – Fechado o projeto de instalação da rede wireless, outro ponto de reflexão: manutenção. O comerciante precisa definir suas necessidades de backup da rede, suporte técnico, visita preventiva ou presença de técnico 24 horas na empresa. "A definição da manutenção é fundamental para empresas cuja automação não pode parar", explica Cássio Spina, da Trellis. Ele se refere, por exemplo, de supermercados que trabalham dia e noite e não podem ficar nem uma hora fora do ar. Assegurada essa parte, as atenções tem que se voltar para o sistema de segurança da rede que impede a invasão e furto das informações. "Além de achar que a rede sem fio é cara e que é alta tecnologia demais para o seu negócio, o comerciante também tem receio de que ela possa ser invadida", diz Emerson Yoshimura, da Linksys. Segundo o gerente, todos os roteadores wireless disponíveis no mercado vem com tecnologia de criptografia embutida, que transforma as informações originais em amontoado de letras repetidas, impedindo o vazamento de dados sigilosos. As redes sem fio são feitas sob medida, por isso, o comerciante pode encontrar no mercado variação nas ofertas das fabricantes de soluções. Antes de fechar o negócio, é recomendável entender a logística da empresa e ficar atento às propostas feitas pelas fabricantes. (RB)

implantação de uma rede sem fio entre os computadores de uma loja abriu para muitos comerciantes a possibilidade de melhorar a organização da empresa, dar mobilidade e rapidez ao atendimento e até oferecer acesso à internet ao consumidor. Hoje já é uma realidade, por exemplo, ter todas as informações do negócio na palma da mão. Por meio de computadores de mão (PDAs) conectados à rede sem fio instalada na loja, o comerciante consegue acessar rapidamente a lista completa de produtos de um estoque de uma loja de materiais de construção ou então visualizar com a mesma velocidade todos os itens de um cardápio e anotar sem erro os pedidos num restaurante. Com a mobilidade –conceito tantas vezes repetido por fornecedores de soluções neste setor– consegue-se aumentar o número de atendimentos e, conseqüentemente, o faturamento. "O sistema sem fio ajuda a organizar a infra-estrutura da loja e dar independência aos vendedores para fechar pedidos", diz Cassio Spina, diretor executivo da fabricante Trellis, que oferece soluções em rede. A rede wireless (sem fio, em inglês) pode ser importante também em lojas onde: o cabeamento é inviável pela estrutura da sede, que precisem priorizar um ambiente mais limpo e estético (com fios espalhados pelas mesas, isso é impossível), ou que tenham funcionários deslocando-se freqüentemente entre os vários escritórios da empresa com laptops. Outra possibilidade aberta pela instalação da rede sem fio ganha espaço nos estabelecimentos comerciais, especialmente restaurantes, hotéis e aeroportos: os "hotspots", que permitem aos clientes utilizarem seus próprios computadores portáteis para acessar a internet no ambiente da loja. "O mesmo equipamento pode prover a rede interna e a rede externa", explica Emerson Yoshimura, gerente regional para o Cone Sul da Linksys, empresa do grupo americano Cisco Systems, que fornece hardware e serviços para a implantação de redes sem fio. Só a Vex, uma das primeiras a instalar "hotspots" no Brasil, tem estruturadas em todo o país mais de mil "wi-fi zones", como são chamados os espaços em que é possível captar o sinal de internet por meio de notebooks ou computadores de mão equipados com dispostivos wireless. Em redes de restaurantes como Bon Grillé e Casa do Pão de Queijo, que atuam em parceria com a Vex, os clientes podem acessar a internet enquanto fazem sua refeição. O sistema é especialmente útil para almoços de negócios. Para navegar, o cliente precisa ser assinante do serviço. Treinamento de funcionários – Ao levar tanta novidade tecnológica para sua loja, o comerciante poderá se deparar com um problema alheio aos aparelhos eletrônicos: a desconfiança dos empregados diante do novo sistema ou mesmo insegurança do colaborador. "O funcionário precisa ser conscientizado de que aquela ferramenta irá melhorar o seu trabalho", diz Luiz Alberto Ferreira, gerente de negócios de mobilidade da MGI, empresa brasileira que tem a HP como parceria. No caso de vendedores de lojas como as de material de construção, a adoção da solução móvel pode gerar mais comissões por conta do atendimento mais rápido, que pode aumentar o volume de contatos com clientes. "Com o computador de mão, ele terá mais independência e liberdade para definir descontos e prazos de pagamento devido ao acesso facilitado a todas as informações de compra da loja", completa Ferreira. As companhias que oferecem as soluções sem fio também fazem o treinamento dos funcionários da empresa-cliente. A MGI, por exemplo, fez o treinamento dos colaboradores de 80 restaurantes da rede de fast food Habib´s (no total são 250 lojas) para colocarem prática o projeto de automação Garçom Eletrônico. Por meio de computadores de mão, os garçons fazem aberturas de mesas quando consumidor chega; e lançam, checam e finalizam os pedidos. Para estender o conhecimento da tecnologia a todos os envolvidos no processo de fabricação e instalação, a Trellis também montou um centro de treinamento para parceiros distribuidores, revendas, integradores de soluções e profissionais de tecnologia da informação interessados. Rachel Bonino


DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 -.ECONOMIA/LEGAIS

terça-feira, 11 de abril de 2006

continuação

São Paulo Turismo S.A.

Sociedade de Capital Aberto - CVM nº 00941-5 CNPJ nº 62.002.886/0001-60 NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004 (Em milhares de reais) NOTA 16 - TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS A Prefeitura do Município de São Paulo - PMSP participa na sociedade com 729.706 ações ordinárias e 16.666 ações preferenciais “B”, totalizando 746.732 ações. Os principais saldos e resultados com a PMSP são: Contas a receber, R$ 9.769 (mil) por serviços prestados relacionados ao objeto social. Deste valor, R$ 3.376 estão no realizável a longo prazo em razão de a PMSP, em caráter geral, e em relação a todos os seus fornecedores, parcelar seus débitos de competências anteriores a 31/12/2004, em sete anos; Eventos a

realizar no Plano Turistico Municipal - PLATUM R$ 555 (mil); Saldo a devolver à PMSP Convênio para realização do evento Fórmula 1 2005 R$ 679 (mil); Impostos municipais IPTU e ISS, R$ 77.700 (mil); Acordo PMSP/INSS, conforme nota explicativa nº 6, R$ 38.582 (mil); Adiantamentos para futuro aumento de capital R$ 62.192 (mil) decorrentes de aportes desde 1993; Receitas em 2005, por serviços prestados relacionados ao objeto social: R$ 19.509 (mil); Despesas financeiras com as dívidas para com a PMSP R$ 15.113 (mil).

NOTA 17 - EVENTOS SUBSEQÜENTES Em 12/01/2006 foi publicada a Lei Municipal nº 14129 instituindo o Programa de Parcelamento Incentivado, PPI, pelo qual débitos de IPTU e ISS das competências até 12/2004 podem ser parcelados em 120 meses, com redução de 50% da multa e 100% dos juros de mora. No caso de adesão, os efeitos da redução da multa e redução de juros, seriam de R$ 36.662 (mil).

PARECER DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO O Conselho de Administração da SÃO PAULO TURISMO S.A., por seus membros abaixo assinados, em reunião, examinando o Relatório da Diretoria, o Balanço Patrimonial, a Demonstração de Resultado, a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos e as Notas Explicativas referentes ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, é de parecer que os referidos documentos refletem a situação econômica e financeira da empresa, razão pela qual recomendam sua aprovação pela Assembléia Geral dos Senhores Acionistas. São Paulo, 23 de março de 2006

PARECER DO CONSELHO FISCAL Os abaixo assinados, membros do Conselho Fiscal da SÃO PAULO TURISMO S.A., em reunião, examinaram o Relatório da Diretoria, o Balanço Patrimonial, a Demonstração de Resultado, a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos, a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido e as Notas Explicativas, que as acompanham, do exercício encerrado aos 31 de dezembro de 2005, com base nos acompanhamentos realizados durante o exercício financeiro, e à vista do parecer dos auditores da Sacho Auditores Independentes, são de parecer que os referidos documentos refletem a situação econômica e financeira da Empresa, em 31 de dezembro de 2005, razão pela qual recomendam sua aprovação pela Assembléia Geral dos Senhores Acionistas.

DIRETORIA CAIO LUIZ CIBELLA DE CARVALHO Diretor Presidente TASSO ANASTASE PANDELIS GADZANIS Diretor Vice-Presidente DOMÉRIO NASSAR DE OLIVEIRA Diretor Administrativo, Financeiro e de Relação com Investidores EDSON JOSÉ DIAFÉRIA Diretor de Infra-Estrutura LUCIANE FARIAS LEITE Diretora de Turismo RAQUEL IGLESIAS VERDENACCI Diretora de Eventos MILTON LONGOBARDI JÚNIOR Diretor de Marketing e Vendas MANOEL DO BONFIM DA SILVEIRA ORTEGAL Diretor Representante dos Empregados KOITI KODAMA Contador - CRC nº 1SP150004/O-4

BENEDITO NICOTERO FILHO Presidente do Conselho

São Paulo, 23 de março de 2006

JOSÉ GREGORI GILMAR VIANA CONCEIÇÃO CELSO TADEU DE AZEVEDO SILVEIRA CAIO LUIZ CIBELLA DE CARVALHO MARIA HELENA DE ANDRADE ORTH ADENIR MARTINS

AILTON DE LIMA RIBEIRO MÁRCIA REGINA UNGARETTE CARLOS HENRIQUE FLORY MÔNICA MAIA BONEL MALUF SÉRGIO RICARDO BUENO MESQUITA

Aos Diretores e Acionistas da SÃO PAULO TURISMO S.A. São Paulo - SP 1. Examinamos os balanços patrimoniais da SÃO PAULO TURISMO S.A., em 31 de dezembro de 2005 e 2004 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaboradas sob a responsabilidade da sua administração. Nossa responsabilidade é expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. 2. Exceto quanto ao mencionado no parágrafo 3, nossos exames foram conduzidos em conformidade com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, e compreenderam: a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume das transações e os sistemas contábeis e de controles internos da Companhia; b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES valores e as informações contábeis divulgadas; e c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da sociedade, e da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. 3. Os valores a receber registrados durante o exercício de 2004, que compõem o saldo da rubrica contábil “Adiantamentos a Terceiros”, apresentado na nota explicativa nº 3, não estão suportados por documentos hábeis, razão pela qual não podemos avaliar a sua realização. 4. Em nossa opinião, exceto ao assunto mencionado no parágrafo 3, as demonstrações contábeis referidas no parágrafo 1, representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da SÃO PAULO TURISMO S.A. em 31 de dezembro de 2005 e 2004, os resultados de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido, as origens e aplicações de seus recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

5. O saldo da rubrica contábil fornecedores “São Paulo Transporte S.A.”, registrado desde o exercício de 1998, está sendo questionado judicialmente, pela empresa credora, em razão de discordância de valores. 6. A SÃO PAULO TURISMO S.A., nos últimos exercícios apresenta prejuízos operacionais, demonstrando a necessidade de ingresso de recursos por parte de seu acionista majoritário. As demonstrações contábeis de 31 de dezembro de 2005, foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis aplicáveis às sociedades em curso normal de suas atividades. São Paulo, 17 de março de 2006 Sacho - Auditores Independentes CRC - 2SP 017.676/O-8

Hugo Francisco Sacho CRC - 1SP 124.067/O-1

CONVOCAÇÕES

TEKNO S.A. - CONSTRUÇÕES, INDÚSTRIA E COMÉRCIO Companhia Aberta - C.N.P.J. 33.467.572/0001-34 Assembléias Gerais Ordinária e Extraordinária Convocação São convocados os Srs. acionistas a se reunirem em Assembléias Gerais Ordinária e Extraordinária, a se realizarem no dia 26 de abril de 2006, às 14:00 horas, na sede social, na Rua Alfredo Mário Pizzotti, 51, nesta capital, a fim de deliberar sobre a seguinte ordem do dia: 1º - Assembléia Geral Ordinária: a) Relatório de Administração, Demonstrações Financeiras e Parecer dos Auditores, relativos ao exercício encerrado em 31/12/2005; b) Destinação do lucro do exercício findo e distribuição dos dividendos; c) Fixação da verba anual da remuneração dos administradores; d) Instalação do Conselho Fiscal. 2º - Assembléia Geral Extraordinária: a) Exame e deliberação a respeito da proposta da administração, de aumento do Capital Social de R$ 80.000.000,00 (oitenta milhões de reais) para R$ 90.000.000,00 (noventa milhões de reais), mediante a capitalização de R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais) da conta de reserva de lucros retidos, sem emissão de novas ações e conseqüente alteração do artigo 5° do Estatuto Social; b) Consolidação do Estatuto Social - Os senhores acionistas deverão comparecer a assembléia com seus documentos de identidade e os representantes legais e procuradores dos acionistas, deverão também, comprovar a legitimidade da representação até 3 dias antes da assembléia, na sede social da Companhia. São Paulo, 07 de abril de 2006. José Lyra David de Madeira - Presidente do Conselho de Administração. (07, 10 e 11/04/2006)

COMUNICADOS BALANÇOS ENÁLIA - AGROPASTORIL S/A CNPJ-M.F. nº 52.424.892/0001-51 Relatório da Diretoria Senhores Acionistas: Apresentamos as demonstrações financeiras encerradas em 31 de dezembro de 2005 e 2004. Balanço Patrimonial - Em Reais Ativo 31.12.2005 31.12.2004 P a s s i v o 31.12.2005 31.12.2004 Circulante 550.842 542.686 Circulante 111.155 111.384 Disponibilidades 14.369 6.998 Obrigações fiscais 374 351 Outras obrigações a pagar 110.781 111.033 Outros valores a receber 536.473 535.688 Exigível a longo prazo 384.000 124.000 Empréstimos 384.000 124.000 Permanente 1.883.132 1.644.313 Imobilizado 1.883.132 1.644.313 Patrimônio líquido 1.938.819 1.951.615 Capital social 2.846.790 2.846.790 Adiantamento para aumento de capital 162.369 162.369 Prejuízos acumulados (1.070.340) (1.057.544) Total do ativo 2.433.974 2.186.999 Total do passivo 2.433.974 2.186.999 Demonstração do Resultado para os Exercícios encerrados Demonstração dos Prejuízos Acumulados para os Exercícios em 31 de dezembro de 2005 E 2004 (Em Reais) encerrados em 31 de dezembro de 2005 e 2004 - Em Reais 31.12.2005 31.12.2004 Saldo em 31 de dezembro de 2003 (1.043.007) Despesas operacionais (68.978) (61.737) Prejuízo líquido do exercício (14.537) Administrativas e gerais (38.337) (38.484) Saldo em 31 de dezembro de 2004 (1.057.544) Depreciações (30.641) (23.253) Prejuízo líquido do exercício (12.796) Outras receitas operacionais 48.516 49.116 Saldo em 31 de dezembro de 2005 (1.070.340) Despesas financeiras (334) (1.916) 31.12.2005 31.12.2004 Resultados não operacionais 8.000 – 02. Imobilizado 1.299.454 1.299.454 Prejuízo líquido do exercício (12.796) (14.537) Terrenos e Melhoramentos 740.748 371.288 Prejuízo por lote de 1.000 ações (0,19) (0,22) Construções Civís Veículos 101.315 106.362 Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras Direitos 2.177 102.177 encerradas em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em Reais) Depreciações acumuladas (260.562) (234.968) 01. Principais práticas contábeis - A) Imobilizado:éregistrado pelo custo 1.883.132 1.644.313 de aquisição,maisreavaliação espontânea procedida em 1.986. As depreciações foram efetuadas pelo método linear e computadas nas despesas 03. Capital social - O capital social nas datas dos balanços, é representado por 67.414.022 ações ordinárias nominativas. operacionais.

Diadema, 01 de março de 2006. A Diretoria Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos para os Exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2005 e 2004 31.12.2005 31.12.2004 Origens dos recursos 277.845 81.716 Das operações(conforme demonstrativo abaixo) 9.845 8.716 Empréstimo 260.000 73.000 Vendas de bens do ativo permanente 8.000 – Aplicações de recursos 269.460 100.000 Adição Imobilizado 269.460 100.000 Aumento (diminuição) do capital circul. líquido 8.385 (18.284) Variação do capital circulante líquido Ativo circulante No início do exercício No final do exercício Passivo circulante No início do exercício No final do exercício Demonstrativo das origens dos recursos das operações Prejuízo líquido do exercício Despesas e (receitas) que não afetam o capital circulante líquido: Depreciações Resultado da venda do permanente

8.385 8.156 542.686 550.842 (229) 111.384 111.155

(18.284) (18.070) 560.756 542.686 214 111.170 111.384

9.845 (12.796)

8.716 (14.537)

30.641 (8.000)

23.253 –

Diálogos Produções Artísticas Ltda, CNPJ 02.724.513/0001-70, CCM nº 2.724.657-4 ,comunica ter extraviado seu talão de Nota Fiscal de Serviços de nº 051 ao nº 100. (11, 12, 13/04/2006)

ATAS

Eliana Aparecida Rachetti - Diretora Presidente Elisete Bissiato - Diretora Eugênio Donizete Zandonadi - Contador - CRC nº 1SP098796/O-2

CANAMOR AGRO - INDUSTRIAL E MERCANTIL S/A CNPJ-M.F. nº 57.017.436/0001-00 Relatório da Diretoria Senhores Acionistas: Apresentamos as demonstrações financeiras encerradas em 31 de dezembro de 2005 e 2004. Balanço Patrimonial - Em Reais 31.12.2005 31.12.2004 Ativo 31.12.2005 31.12.2004 P a s s i v o 4.946.549 4.914.965 Circulante 3.147.735 3.391.559 Circulante Fornecedores 29.280 62.531 Disponibilidades 59.520 43.166 Salários, ordenados e encargos sociais 230.624 166.115 Aplicações Financeiras 4.038 27.716 Obrigações fiscais 41.775 43.184 Clientes 83.772 107.047 Outras contas a pagar 4.644.870 4.643.135 Títulos a receber e outros créditos 2.941.976 3.152.483 Estoques 50.688 46.432 21.925.244 23.012.409 Despesas antecipadas a incorrer 7.741 14.715 Exigível a longo prazo Empréstimos e financiamentos 19.184.478 20.611.808 Realizável a longo prazo 683.820 704.846 Credores - Empréstimos 2.740.766 2.400.601 Outros valores a receber 683.820 704.846 Permanente 22.045.145 21.832.598 (995.093) (1.998.371) Investimentos 5.583.234 5.266.166 Patrimônio líquido Capital social 21.981.160 21.981.160 Participações em controladas 5.582.251 5.266.083 Prejuízos acumulados (22.976.253) (23.979.531) Participações societárias - diversas 983 83 Imobilizado 16.461.911 16.566.432 25.876.700 25.929.003 Total do ativo 25.876.700 25.929.003 Total do passivo Notas Explicativas ás Demonstrações Financeiras encerradas Demonstração do Resultado para os Exercícios encerrados em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 (Em Reais) em 31 de dezembro de 2005 E 2004 (Em Reais) 01. Principais práticas contábeis - A) Aplicações financeiras: são avalia31.12.2005 31.12.2004 das pelos valores originais de aplicação, acrescidos dos rendimentos Receita operacional bruta 1.222.447 1.095.804 auferidos até a data do balanço; B) Investimentos: As participações em Impostos incidentes sobre as vendas (254.313) (222.007) sociedades controladas são ajustadas pelo método da equivalência Receita operacional líquida 968.134 873.797 patrimonial; C) Imobilizado: é registrado pelo custo de aquisição. As depre- Custo das vendas de produtos e serviços (677.385) (588.750) ciações são calculadas pelo método linear. Lucro bruto 290.749 285.047 02. Investimentos Despesas operacionais (2.788.778) (2.589.214) Capital Patrimônio ParticiInvestiAdministrativas e gerais (2.674.827) (2.474.080) Sociedade Social Líquido pação mento Depreciações (113.951) (115.134) Sevendiné Agro Pastoril Ltda. 28.295 4.635.972 99,99% 4.635.508 Outras receitas operacionais 2.090.238 1.799.627 Sevenel Agro Pastoril Ltda. 449.434 946.932 99,98% 946.743 Prejuízo operacional antes das despesas e 03. Imobilizado 31.12.2005 31.12.2004 receitas financeiras e efeitos inflacionários (407.791) (504.540) Terrenos e Melhoramentos 15.467.394 15.467.394 Receitas e despesas financeiras (1.089.767) (859.521) Construções Civís 1.525.509 1.525.509 Receitas financeiras 3.778 3.048 Instalações Operativas 4.551.440 4.551.440 Despesas financeiras (1.093.545) (862.569) Veículos 461.992 453.592 Efeitos inflacionários 2.500.836 1.491.960 Máquinas e Equipamentos de Escritório 96.966 96.966 Variações monetárias ativas 2.542.456 1.875.437 Móveis e Utensílios 35.441 34.411 Variações monetárias passivas (41.620) (383.477) Direitos 145.262 145.262 Resultados não operacionais – 197.287 Menos: Depreciações (5.822.093) (5.708.142) 1.003.278 325.186 16.461.911 16.566.432 Lucro líquido do exercício Lucro por lote de 1.000 ações (Ações em 04. Capital social - O capital social nas datas dos balanços, é representacirculação no final dos exercícios) 0,03 0,01 do por 31.459.668.658 ações ordinárias nominativas.

Diadema, 01 de março de 2006. A Diretoria Demonstração dos Prejuízos Acumulados para os Exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2005 e 2004 - Em Reais Saldo em 31 de dezembro de 2003 (24.304.717) Lucro líquido do exercício 325.186 Saldo em 31 de dezembro de 2004 (23.979.531) Lucro líquido do exercício 1.003.278 Saldo em 31 de dezembro de 2005 (22.976.253) Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos para os Exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2005 e 2004 31.12.2005 31.12.2004 Origens dos recursos 361.191 472.539 Outras origens 361.191 472.539 Vendas de bens do ativo permanente – 357.500 Ingresso de Empréstimos 340.165 115.039 Diminuição do realizável a longo prazo 21.026 – Aplicações de recursos 636.599 1.086.725 Nas operações (conforme demonstrativo abaixo) 626.269 1.064.984 Adição - Investimentos 900 – Adição ao imobilizado 9.430 4.200 Acréscimo ao realizável a longo prazo – 17.541 Diminuição do capital circulante líquido (275.408) (614.186) Demonstrativo da variação do capital circul. (275.408) (614.186) Ativo circulante (243.824) (83.546) No início do exercício 3.391.559 3.475.105 No final do exercício 3.147.735 3.391.559 Passivo circulante 31.584 530.640 No início do exercício 4.914.965 4.384.325 No final do exercício 4.946.549 4.914.965 Aplicações de recursos nas operações (626.269) (1.064.984) Lucro líquido do exercício 1.003.278 325.186 Despesas e (receitas) que não afetam o capital circulante líquido Depreciações 113.951 115.134 Resultado da venda do permanente – (197.287) Variações monetárias e juros a longo prazo (1.427.330) (1.016.097) Ajuste do investimento pela equivalência patrimonial (316.168) (291.920) Antonio Fernando Alves Feitosa - Diretor Gilda Merces Bueno - Diretora José Renato Miqueleti - Contab. - TC.CRC 1SP130.311/O-8

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terça-feira, 11 de abril de 2006

Impressoras Mercado Gestão Convergência

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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AUTOMAÇÃO TRAZ MELHORIA IMEDIATA NO ATENDIMENTO AO CLIENTE

O uso da comanda eletrônica gera maior satisfação do cliente Marcio Blak, Blak Informática

Fotos: Patrícia Cruz / Luz

Tecnologia garante atendimento sofisticado em bares e restaurantes Sistemas informatizados de gestão aprimoram serviços oferecidos aos clientes e permitem reduzir os custos, ao integrar comandas eletrônicas ao caixa e ao estoque, entre outras vantagens s recursos tecnológicos desenvolvidos para a área de alimentação são hoje acessíveis a bares e restaurantes de qualquer porte. O processo de automação, que teve início com as grandes redes de fast food, é quase uma obrigação para quem pretende sobreviver neste mercado competitivo, onde os preços dos insumos crescem a cada dia, em proporção desigual ao aumento da clientela, devido à forte concorrência. O benefício mais visível proporcionado por um sistema informatizado é a automação da frente de loja, com melhoria imediata no atendimento ao cliente. Com os modernos monitores touch screen aliados aos meios de pagamento eletrônicos, é possível reduzir em até 50% o tempo gasto em cada venda, agilizando filas em horários de pico. Mas a principal inovação é a tecnologia mobile, que permite ao garçom ou atendente usar a comanda eletrônica através de computadores de mão para transmitir os pedidos imediatamente para a cozinha e o caixa. "O uso da comanda eletrônica agiliza o atendimento, diminui o número de funcionários focados em determinadas tarefas, reduz os gastos operacionais e gera maior satisfação do cliente", avalia Marcio Blak, diretor da Blak Informática, empresa fabricante de um dos mais utilizados softwares do setor, o Snack Control, já em sua versão 7.

O Spoleto usa a solução SnackControl até para gerenciar estoques e promoções O sistema informa sobre os 13 tipos de massa, cinco molhos básicos e 34 ingredientes

Gestão integrada – Ainda maiores são as vantagens operacionais dos sistemas de gestão, que permitem tomar decisões com base em números, gráficos e relatórios. O dono do negócio tem acesso a dados como controle de estoque, fluxo de caixa e controle de despesas e pode até administrar dois ou mais estabelecimentos. Informação é a palavra-chave: "De nada adianta ter pontos automatizados se não existe conexão entre os setores e se eles não estão centralizados." Segundo Blak, a gestão integrada é um avanço considerável se comparado à simples automação dos pontos de venda, obrigatório para quem pretende se manter no mercado.

A gestão integrada para o varejo de alimentação traz benefícios agregados para o consumidor e para o empresário e evita o desperdício de alimentos. Acessível – Se, em parte, isso reflete o custo mais acessível para instalação dos softwares, é bom considerar outros fatores. "Como a automação virou commoditie, o segredo para o bom gerenciamento de um bar ou restaurante está no funcionamento integrado de todos os setores, do atendimento ao cliente até o fluxo de caixa, passando pela gestão de estoque." O SnackControl da empresa de Blak é o software escolhido por grandes redes como Bob´s, Spoleto, Vivenda do Camarão e Pizza Hut SP, mas com forte presença também entre bares, restaurantes e casas noturnas de menor porte. Tudo em pizza – A paulistana InfoSystem, no mercado de software há 18 anos, tornou-

se a queridinha das pizzarias de todos os portes ao especializar-se, sem querer, na automação dessas casas. Começou criando o Info Pizza para um único cliente, mas o boca-aboca e uma reportagem numa revista trouxe muitos clientes, e a empresa, ouvindo dicas e solicitações desses compradores, acabou aperfeiçoando o produto e expandindo as vendas para todo o Brasil. Uma coisa puxa a outra, e logo o Info Pizza virou Info Cook e passou a atender também restaurantes a la carte, por quilo, cafés, lanchonetes e similares. Hoje o Info Cook já tem 4.500 cópias vendidas e está na versão 8.0. Pode ser conectado a microterminais , ligado ao identificador de chamadas que mostra o número do telefone do cliente, mesmo antes de se atender a chamada e vários outros periféricos, como balanças digitais, rádio comandas e leitor de código de barras. Personalizados –A Connectron Engenharia e Informática, especializada em programas de automação comercial para vários tipos de negócio, possui softwares administradores de restaurante, lanchonete e cozinha industrial e faz a adaptação do programa conforme a necessidade do cliente, além de desenvolver soluções específicas. Rachel Melamet

Spoleto gerencia estoque de ingredientes e promoções regionais com o SnackControl om o avanço dos softs de gestão, redes de alimentação têm apostado cada vez mais em informações gerenciais. Por meio de relatórios e de números centralizados, franquias decidem ações localizadas e promoções ou a próxima campanha da marca. É assim que funciona o Spoleto, restaurante de culinária italiana, que se diferencia por oferecer aos clientes a possibilidade de criar seu próprio prato, a partir de 13 tipos de massa, cinco molhos básicos e 34 ingredientes. O sistema informatizado escolhido para integrar as 110 lojas de todo o Brasil e centralizar os dados recebidos foi o SnackControl, devido ao seu módulo Multiloja. "Temos agora um controle mais efetivo sobre os restaurantes, com os dados consolidados via web. Isso permite saber quais são os produtos com melhor receptividade, prioridades e a melhor estratégia para alcançar os resultados desejados", diz Luiz Calçada, gerente de informática do Spoleto. Embora o objetivo seja manter um padrão entre seus franqueados não adianta, por exemplo, colocar em promoção um prato cujos ingredientes não são os preferidos dos consumidores. Há muitas diferenças regionais, e o que faz sucesso em um Spoleto de Porto Alegre pode vir a ser rejeitado em Fortaleza. Com relatórios em mãos, a rede programa lançamentos de acordo com a demanda de cada região e tem melhores condições de traçar uma estratégia de divulgação. "Se o software indica que uma promoção não trouxe o retorno esperado em determinada região, a informação é passada para a área de marketing, que desenvolve uma ação específica para reverter o problema." (RM) ENDEREÇOS ÚTEIS www.snackcontrol.com.br www.infosystem.com.br www.connectron.com.br


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 11 de abril de 2006

ECONOMIA/LEGAIS - 11

BALANÇO

Shopping Center Ibirapuera S.A. CNPJ/MF nº 58.579.467/0001-18 Relatório da Administração - Demonstrações em 31/12/2005 Senhores Acionistas: O Conselho de Administração da Shopping Center Ibirapuera S.A., em cumprimento às dis- 2005 e a de confissão de dívidas, 95%. c) Entre os novos negócios realizados, destaquem-se as inaugurações das posições legais e estatutárias, apresenta-lhes o Relatório da Administração, as Demonstrações Contábeis e o Pa- lojas Track & Field, Luigi Bertolli e ampliação da Zara. d) No que concerne às distribuições aos acionistas, a AGO de recer dos Auditores Independentes, relativos ao exercício social encerrado em 31/12/2005. I. Contexto Operacio- 20/04/2005 deliberou o pagamento de dividendos de R$ 2.366 mil, além de juros sobre o capital próprio de R$ nal: O objeto social da Empresa consiste na realização de negócios imobiliários em geral, plano em que se destaca 3.031 mil; a AGE realizada em 29/04/2005 aprovou a diminuição do capital social destinada à restituição aos acioa propriedade de cerca de uma centena de lojas destinadas à locação, todas situadas no Shopping Center Ibiranistas de R$ 2.200 mil. Adicionalmente, no encerramento de 2005 estão sendo propostos dividendos de R$ 3.043 puera, abrangendo área privativa de aproximadamente 12.000 m2, conferindo-lhe a condição de principal condômimil, além de destinado o montante de R$ 4.000 mil para pagamento de juros sobre o capital próprio. III. Agradecina desse Empreendimento, com participação de 25%. II. Destaques do Exercício: a) A Sociedade apresentou dementos: Formulamos os nossos agradecimentos aos acionistas, funcionários, fornecedores e demais colaboradosempenho positivo em seus negócios, em decorrência da expressiva taxa de ocupação dos imóveis disponíveis para locação - superior a 95% - e da manutenção de apropriado controle de despesas, traduzindo-se em situação res que contribuíram para o bom desempenho da Sociedade, refletido pelos resultados alcançados. São Paulo, 03 de abril de 2006 financeira favorável e assim permitindo a continuidade da política de maximizar as distribuições aos acionistas, sob Conselho de Administração e Diretoria a forma de dividendos, restituições de capital e juros sobre capital próprio. b) A receita de aluguéis cresceu 13% em Demonstração dos Resultados Balanço Patrimonial em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 (Em Reais) para os Exercícios Findos em 31/12/2005 e 2004 (Em Reais) Passivo/Circulante 2005 2004 Ativo/Circulante 2005 2004 Receita Operacional Bruta 2005 2004 Contas a Pagar 86.343 26.117 Caixa e Bancos 94.762 23.758 Receitas de Aluguéis 14.513.082 12.838.808 Obrigações Sociais e Tributárias 639.850 452.270 Aplicações Financeiras 2.664.150 1.829.179 Receitas de Confissão de Dívida 391.033 200.333 Provisão para Imposto de Renda 16.615 76.234 Contas a Receber 2.471.544 2.384.201 Multas com Rescisões Contratuais 198.618 6.470 Provisão para Contribuição Social 15.303 27.616 Aluguel de Equipamentos do Estacionamento 434.911 434.911 Impostos a Recuperar – 7.579 Dividendos Propostos 2.242.662 1.696.062 Receitas Eventuais 34.873 65.141 Juros sobre Capital Próprio 2.125.004 1.428.876 Outros Créditos 4.000 2.395 15.572.517 13.545.663 Provisão de Férias e Encargos 27.166 24.592 Total 5.234.456 4.247.112 Deduções Total 5.152.943 3.731.767 Realizável a Longo Prazo PIS e COFINS sobre Faturamento (1.451.607) (1.200.200) Exigível a Longo Prazo Receita Operacional Líquida 14.120.910 12.345.463 Incentivos Fiscais 394.813 394.813 Obrigações com Acionistas 8.983.332 10.016.370 Receitas ( Despesas ) Operacionais Total 394.813 394.813 Total 8.983.332 10.016.370 Taxa de Administração sobre Aluguéis (707.473) (617.942) Patrimônio Líquido Permanente Administrativas e Patrimoniais (4.389.406) (4.251.296) Capital Social 45.455.523 47.655.524 Receitas Financeiras 398.958 392.279 Investimentos 56.060 56.060 Reserva de Capital 394.813 394.813 Despesas Financeiras (4.349.416) (3.378.124) Imobilizado 55.811.840 58.240.381 Reserva de Lucros 1.510.558 1.139.892 Tributárias (419.223) (371.562) Total 55.867.900 58.296.441 Total 47.360.894 49.190.229 Resultado Operacional 4.654.350 4.118.818 Total 61.497.169 62.938.366 Total 61.497.169 62.938.366 Resultado não Operacional 498.885 (8.616) Resultado antes do Imposto de Renda Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido para os Exercícios Findos em 31/12/2005 e 2004 (Em Reais) e Contribuição Social 5.153.235 4.110.202 Reserva de Lucros Imposto de Renda (1.272.893) (1.067.146) Capital Social Reserva de Capital Reserva Legal Lucros Acumulados Total Contribuição Social (467.016) (392.954) Lucro Líquido do Exercício antes da Saldos em 31 de Dezembro de 2003 49.855.524 394.813 855.838 – 51.106.175 2.650.102 Reversão dos Juros sobre Capital Próprio 3.413.326 Restituição de Capital (2.200.000) – – – (2.200.000) Reversão dos Juros sobre Capital Próprio 4.000.000 3.031.000 Lucro Líquido do Exercício – – – 5.681.102 5.681.102 Lucro Líquido do Exercício 7.413.326 5.681.102 Destinações: Lucro Líquido por Ação R$0,08 R$0,06 Reserva Legal – – 284.054 (284.054) – Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos Juros sobre Capital Próprio – – – (3.031.000) (3.031.000) para os Exercícios Findos em 31/12/2005 e 2004 (Em Reais) Dividendos (R$ 0,025 por ação) – – – (2.366.048) (2.366.048) Origens dos Recursos 2005 2004 Saldos em 31 de Dezembro de 2004 47.655.524 394.813 1.139.892 – 49.190.229 Das Operações Restituição de Capital (2.200.000) – – – (2.200.000) Lucro Líquido do Exercício 7.413.326 5.681.102 Lucro Líquido do Exercício – – – 7.413.326 7.413.326 Itens que não Afetam o Destinações: Capital Circulante Líquido Reserva Legal – – 370.666 (370.666) – Depreciação 1.416.927 1.419.975 Juros sobre Capital Próprio – – – (4.000.000) (4.000.000) Baixa de Bens do Ativo Permanente – 10.320 Dividendos (R$ 0,033 por ação) – – – (3.042.660) (3.042.660) Total das Operações 8.830.253 7.111.397 Saldos em 31 de Dezembro de 2005 45.455.524 394.813 1.510.558 – 47.360.895 Total das Origens 8.830.253 7.111.397 Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis para os Exercícios Findos em 31/12/2005 e 2004 (Em Reais) Aplicações dos Recursos 1. Contexto Operacional: A Sociedade foi constituída no dia primeiro de considerando as férias vencidas e proporcionais e os encargos sociais apliAcréscimo no Imobilizado 21.425 2.950 dezembro de 1987, tendo como objetivo intermediar a compra do cáveis. 4. Imobilizado: Composição: Dividendos Propostos 3.042.660 2.366.048 Taxa Anual de Depreciação 2005 2004 SHOPPING CENTER IBIRAPUERA entre os lojistas e a COMIND ParticiJuros sobre Capital Próprio 4.000.000 3.031.000 Terrenos – 30.469.157 30.469.157 pações S.A. Possuía, inicialmente, prazo de duração determinado, até 31 Restituição de Capital 2.200.000 2.200.000 4% e 7,69% 64.042.873 64.042.873 de dezembro de 1993; em AGE de 22/11/93, este prazo foi alterado para in- Construções Total das Aplicações 9.264.085 7.599.998 10% 2.529.474 2.529.474 determinado. A partir de 1998, com o início do processo de outorga de escri- Máquinas e Equipamentos Redução do Capital Circulante Líquido (433.832) (488.601) 10% 77.006 77.006 turas definitivas de imóveis da Sociedade, compromissados com seus acio- Móveis e Utensílios Demonstrado como Segue: 10% 1.187.263 1.166.263 nistas e com a segregação das Lojas a Baixar, no ativo imobilizado, Instalações Ativo Circulante: No Início do Exercício 4.247.112 4.684.773 os efeitos da depreciação correspondentes a essas lojas, não mais oneram Equipamentos de No Final do Exercício 5.234.456 4.247.112 Processamento de Dados 20% 22.731 22.307 os resultados dos exercícios. 2. Apresentação das Demonstrações 987.344 (437.661) – 8.983.332 10.016.370 Contábeis: As demonstrações contábeis foram elaboradas e estão sendo Lojas a Baixar Passivo Circulante: No Início do Exercício 3.731.767 3.680.827 apresentadas de acordo com a legislação societária e aspectos fiscais apli- Benfeitorias em No Final do Exercício 5.152.943 3.731.767 Propriedade de Terceiros 33% 170.000 170.000 cáveis. 3. Sumário das Principais Práticas Contábeis: a. Aplicações 1.421.176 50.940 Redução do Capital Circulante Líquido (433.832) (488.601) 107.481.836 108.493.450 Financeiras: Registradas pelo valor da aplicação, acrescido dos rendi(51.669.996) (50.253.069) mentos auferidos até a data do balanço. b. Provisão para Devedores Du- Depreciações Acumuladas Capital Próprio: Nos termos do artigo 9º, parágrafo 7º, da Lei nº 9.249/95, 55.811.840 58.240.381 vidosos: Constituída em montante considerado suficiente para fazer face a Total a Sociedade colocou à disposição dos acionistas o valor de R$ possíveis perdas. Estão registradas como redutoras das Contas a Receber. Em 1998, as Lojas compromissadas com os acionistas foram segregadas 3.400.000,00 (R$ 2.576.350,00 em 2004) referente a Juros sobre o Capital c. Impostos a Recuperar: São registradas nesta conta, basicamente, an- em conta própria do Imobilizado da Sociedade, procedendo-se as baixas Próprio, líquido do Imposto de Renda na Fonte de 15%, recolhidos no períotecipações de Contribuição Social e Imposto de Renda, calculados por esti- por ocasião das outorgas de escrituras definitivas. 5. Imposto de Renda e do subseqüente. Atendendo à legislação tributária vigente, estes juros esmativa, atualizados monetariamente e compensados com as parcelas devi- Contribuição Social: As provisões para o Imposto de Renda e Contribuitão contabilizados como despesas financeiras, ajustados na apresentação das no exercício. d. Investimentos: Representados pela participação de ção Social são constituídas, caso aplicável, sobre os resultados ajustados destas demonstrações como destinação do resultado. c) Dividendos: So98,82% no Capital Social da SCI ADMINISTRADORA LTDA. São registra- em conformidade à legislação fiscal vigente. 6. Patrimônio Líquido: bre o lucro líquido do exercício, após deduzidos eventuais Prejuízos Acudos pelo custo de aquisição, corrigidos monetariamente até 31/12/95, por a) Capital Social: O Capital Social é representado por 92.893.519 ações mulados, os Estatutos Sociais prevêem a destinação de 5% para Reserva não serem relevantes para a avaliação pelo método da equivalência patri- ordinárias nominativas, sem valor nominal. Em Assembléia Geral ExtraordiLegal e 25% para os acionistas, a título de dividendos. Ad Referendum da monial. e. Imobilizado: É registrado pelo custo de aquisição, corrigido mo- nária realizadas em 29 de abril de 2005 e 30 de abril de 2004, os acionistas Assembléia Geral Ordinária, a Sociedade colocou à disposição de seus netariamente até 31/12/95. As depreciações são calculadas pelo método li- aprovaram redução de Capital Social da Sociedade, no montante de acionistas, o saldo remanescente dos lucros acumulados no exercício, near e reconhecidas no resultado dos exercícios, sendo igualmente R$ 2.200.000,00 em cada exercício, a título de restituição de Capital Social, após a distribuição dos Juros sobre Capital Próprio. corrigidas até 31/12/95. f. Provisão de Férias e Encargos: Constituída, valores estes correspondentes a R$ 0,02368 por ação. b) Juros sobre Diretoria: Salim Haddad Netto - Presidente Roberto de Mingo Zimmermann; Daniel Kolanian; Vidal Ritvo Veicer; Marisa Mogadouro Chammas - Diretores Contador: Ronaldo Pinto Borges - CRC 1SP168416/O-7 Parecer dos Auditores Independentes Aos Acionistas e Diretores da no Brasil e compreenderam: a) o planejamento dos trabalhos, aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Shopping Shopping Center Ibirapuera S.A. 1. Examinamos os balanços considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema Center Ibirapuera S.A. em 31 de dezembro de 2005 e 2004, os resultados patrimoniais da Shopping Center Ibirapuera S.A. levantados em 31 de contábil e de controles internos da entidade; b) a constatação, com base em de suas operações, as mutações do seu patrimônio líquido e as origens e dezembro de 2005 e 2004 e as respectivas demonstrações dos resultados, testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as aplicações de seus recursos referentes aos exercícios findos naquelas das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos informações contábeis divulgados; e c) a avaliação das práticas e das datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 13 de fevereiro de 2006 correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de da entidade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis Antonio Carlos Bonini Santos Pinto expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. 2. Nossos tomadas em conjunto. 3. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis CT CRC Nº 1SP114365/O-0 exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis referidas no parágrafo 1 acima representam adequadamente, em todos os CRC Nº 2SP013002/O-3

EDITAL

1ª Vara de Falência e Recuperação Judicial. 1º Ofício de Falência e Recuperação Judicial Edital expedido nos autos da Recuperação Judicial de Construtora Varca Scatena Ltda., com prazo de 15 dias, Proc. nº 06.109892-6 (Artigo 52 § 1º da Lei 11.101/ 2005). O Dr. Alexandre Alves Lazzarini, Juiz de Direito da 1ª Vara de Falência e Recuperação Judicial da Capital, na forma da Lei, etc... Faz saber que por parte de Construtora Varca Scatena Ltda., foi requerida Recuperação Judicial, tendo por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeiro da devedora, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica (Art. 47 da Lei 11.101/2005). Nos termos do art. 52 da Lei 11.101/2005, foi proferido o despacho que segue em síntese: “ Vistos...presentes os requisitos legais (arts. 47, 48 e 51 da Lei 11.101/2005), deve o pedido ser deferido. 5) Pelo exposto, nos termos do art. 52 da Lei 11.101/2005, Defiro o processamento da recuperação judicial da Construtora Varca Scatena Ltda. 5.1) Como administrador judicial (Lei n.º 11.101/05, art. 52, I, e art. 64) nomeio o Dr. Tadeu Luiz Laskowski, (OAB/SP 22.043), com endereço na Rua Vergueiro, n.º 3185, cj. 81/88, Vila Mariana, nesta Capital, devendo ser intimado pessoalmente, para que em 48 (quarenta e oito) horas assine o termo de compromisso, pena de substituição (Lei n.º 11.101/05, arts. 33 e 34). 5.2) Nos termos do art. 52, II, da Lei 11.101/ 2005, determino a “dispensa da apresentação de certidões negativas para que o devedor exerça suas atividades, exceto para contratação com o Poder Publico ou para recebimento de benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios”, observando-se o art. 69 da Lei n.º 11.101/05, ou seja, que o nome empresarial seja seguido da expressão “em Recuperação Judicial”, oficiando-se, inclusive, à JUCESP. 5.3) Determino, nos termos do art. 52, III, da Lei 11.101/2005, “a suspensão de todas as ações ou execuções contra o devedor”, na forma do art. 6º da Lei n.º 11.101/05, devendo permanecer “os respectivos autos no juízo onde se processam, ressalvadas as ações previstas nos §§ 1º, 2º e 7º do art. 6º dessa Lei e as relativas a créditos excetuados na forma dos §§ 3º e 4º do art. 49 dessa mesma Lei”, providenciando o devedor as comunicações competentes (art.52, § 3º). 5.4) Determino, nos termos do art. 52, IV, da Lei 11.101/2005, ao devedor a “apresentação de contas demonstrativas mensais enquanto perdurar a recuperação judicial, sob pena de destituição de seus administradores”. 5.5) Expeça-se comunicação, por carta, às Fazendas Publicas Federal e de todos os Estados e Municípios em que o devedor tiver estabelecimentos (Lei n.º 11.101/05, art. 52, V). 5.6) o prazo de 30 (trinta) dias para objeções ao plano de recuperação se iniciará a partir da publicação da lista de credores (a do administrador judicial) que será publicada na forma do § 2º do artigo 7º da Lei n.º 11.101/05, se publicado o aviso antes dessa lista. Com relação ao prazo para habilitações ou divergências aos créditos relacionados (pela Varca Scatena), o prazo é de 15 (quinze) dias a contar da publicação do respectivo edital (Lei n.º 11.101/05, art. 7º, § 1º). Dessa maneira, expeça-se o edital a que se refere o art. 52, § 1º, da Lei n.º 11.101/05, com advertência dos prazos dos art. 7º, § 1º, e art. 55, da LRF, providenciando a o necessário, observando-se o art. 191 da LRP. 5.7) Eventuais habilitações ou divergências quanto aos créditos relacionados deverão ser protocoladas no 1º Oficio de Falências e Recuperações Judiciais, no Fórum João Mendes Júnior, Praça João Mendes Júnior, s/n, 16º andar, sala 1610, Centro, São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário de atendimento ao público, que cuidará de entregar ao administrador judicial. Intime-se o Ministério Publico. Int. ...” Relação de Credores: Quirografários:Fornecedores, CNPJ/CPF, nº de Títulos, Saldo à Pagar: 2 Poderes Ltda, 47890512000134, (01), R$ 468,67; A Aba Caçamba e Entulhos Ltda, 02076929000120, (02), R$ 1.350,00; ABN AMRO Arrendamento Mercantil S/A , 34033779000163, (01), R$ 28.307,12; Abravaliu Serralheria e Serviços Ltda - ME, 66913054000156, (12), R$ 111.554,78; Acarita Artefatos de Cimento Armado Santa Rita Ltda, 33274317000175, (08), R$ 13.074,00; Adriano Aparecido de Oliveira Campinas - ME, 00377930000169, (07), R$ 2.442,00; Agropecuária e Haras Cashimir Ltda. (Cessão), 62948708000126, (06), R$ 596.549,61; Agropecuária e Haras Cashimir Ltda. (Assuntora), 62948708000126, (03), R$ 652.298,08; Aks Buaes Fagundes - Me, 03440166000117, (07), R$ 18.638,80; Almeida e Fleury S/C Ltda, 03342410000172, (01), R$ 10.000,00; Alpha Painéis Com. Mat. Elétricos Ltda. ME, 05692238000149, (02), R$ 7.216,00; Amaral & Schardosim Ltda, 00894823000108, (01), R$ 14.748,67; Andaimes Metax Equipamentos Ltda, 55930630000238, (02), R$ 7.683,45; Angemaq Manutenção de Equipamento Ltda, 03567646000147, (01), R$ 150,00; Ansett Tecnologia e Engenharia Ltda, 69349017000155, (01), R$ 59.207,80; Antonia E. da Silva Motores - ME, 04168024000105, (02), R$ 430,00; Antonio José Maquetes e Artes Plásticas Ltda, 04250070000159, (01), R$ 3.000,00; Antonio Pontello Neto Pedras ME, 00565707000145, (09), R$ 16.800,00; Apras Modas Ltda - ME, 61223285000114, (01), R$ 33.500,00; Ar Sias Instalações de Ar Condicionado Ltda - EPP, 05209627000170, (02), R$ 11.800,56; Arcon Auto Com. e Serviços Automotivo Ltda. EPP, 03064017000109, (04), R$ 2.710,00; Areal Tossati Ltda ME, 03934580000182, (07), R$ 4.914,00; Areva T&D de Energia Ltda, 05356949000142, (01), R$ 146.880,07; Argamassa Guaporé Ltda, 01320644000120, (11), R$ 3.128,00; Arly Hickmann & Irmão, 98589252000100, (01), R$ 173,27; Armaço Paulista Comércio de Mat. p/ Construção Ltda, 52744356000214, (01), R$ 3.340,00; Armando Mendes Arquitetura Ltda, 03554963000125, (02), R$ 10.478,23; Aug Mármores e Granitos Ltda, 05596901000101, (06), R$ 43.531,88; Auto Posto Alternativo de Campinas Ltda, 05394362000128, (02), R$ 1.124,41; Auto Stock Serviços Ltda, 55419527000147, (02), R$ 1.452,17; Autoart Comércio e Serviços Ltda, 53319489000125, (01), R$ 1.410,00; Baccarelli Transportes Ltda, 43579895000173, (01), R$ 2.000,00; Banco do Estado de São Paulo S/A, 61.411.633/0001-87, (01), R$ 1.453.035,76; Banco de Santos S/A, 00.000.000/0001-00, (01), R$ 2.041.564,95; Banco de Santos S/A, (01), R$ 1.999.848,00; Basalto Pedreira e Pavimentação Ltda, 48302640000344, (113), R$ 25.807,26; Bauko Máquinas S/A, 62092754000176, (03), R$ 9.452,89; Brasductil Comercial Ltda, 73163800000105, (01), R$ 2.955,42; Brasfor Comercial Ltda, 47106042000175(01), R$ 2.155,50; Brasil Telecom S.A, 76535764000224, (01), R$ 380,70; Brimel - Material Elétrico Ltda, 73442782000192, (02), R$ 1.151,05; C&C Casa Construção Ltda, 63004030001591, (04), R$ 4.752,39; Cabo Norte Elétrica Ltda EPP, 05459493000146, (06), R$ 11.754,23; Cacegi Material de Escritório e Informática Ltda, 68574979000145, (05), R$ 1.654,95; Camdil Campinas Divisórias Ltda, 04703676000100, (03), R$ 35.116,72; Cardoso & Santos Serv. de Empreit. Geral S/C Ltda, 02832168000199, (04), R$ 39.970,93; Casa D’Água Hidráulicos e Acabamentos Para Construção, 48499214000180, (02), R$ 18.010,80; Casa das Fechaduras de Niterói Ltda, 30855886000116, (01), R$ 1.258,23; Casa Fortaleza Comércio de Tecidos Ltda, 61277489000804, (03), R$ 51.556,12; Casa Marques Carneiro Comercial Ltda, 04813919000155, (02), R$ 1.440,00; Casa Merino Hidráulica e Elétrica Ltda, 46068714000132, (39), R$ 21.335,38; Casa Momo Comércio Materiais p/Construções Ltda, 02836882000155, (20), R$ 22.636,16; CCR Comércio Construção e Representações Ltda, (01), R$ 67.399,60; Célia Maria Corrêa Monteiro ME, (01), R$ 540,00; Cemibra Industria e Comercio Internacional Ltda, 73705444000520, (02), R$ 49.957,58; Cenci Uniformes Profissionais Ltda, 72247737000174, (02), R$ 1.153,66; Center & Copias de Campinas Ltda EPP, 04171357000193, (01), R$ 1.459,00; Cerâmica Barroca Ltda), (04), R$ 5.910,50; Cerâmica Strufaldi Ltda, 00841607000102, (05), R$ 33.849,20; Chapecó Indústria e Comércio de Fibras Ltda, 79915955000129, (01), R$ 18.508,01; Cia. Cimento Portland Itaú, 24030025011483, (06), R$ 97.014,36; Cimemprimo Distribuidora de Cimento Ltda, 56727795000199, (09), R$ 23.086,00; Cimenrio Comércio de Cimento Ltda, 32341976000114, (12), R$ 48.469,50; Cimentudo Comércio Materiais p/ Construção Ltda, 02505142000136, (05), R$ 26.751,00; Clanap Comércio Importação e Exportação Ltda, 02371883000171, (01), R$ 8.848,00; Cleida Noris Cabreira da Silva, 01755807000105), R$ 6.475,00; Cobermont Cobertura e Montagens Industriais Ltda, 01163327000147, (01), R$ 3.274,45; Colorimetria Tintas Ltda, 03729424000180, (12), R$ 6.736,92; Comenoc Representações Nova Líder Ltda. ME, 03796445000118, (08), R$ 14.550,91; Comercial Andorinha de Parafusos Ltda, 46120895000127, (04), R$ 2.743,60; Comercial Cibradis de Materiais p/ Construção Ltda, 62519186000147, (03), R$ 13.680,00; Comercial Interbrasil Ltda - ME, 96444047000113, (02), R$ 4.780,00; Comercial Sposito Ltda, 00117265000174, (02), R$ 1.939,00; Comércio e Representações Tigre Ltda, 29465960000109, (38), R$ 82.297,26; Compacto Comércio de Materiais de Escritório e Limpeza Ltda, 92822469000124, (02), R$ 1.128,91; Compensados Bley Zorning Ltda, 05384527000180, (01), R$ 6.277,50; Concremat Eng.º e Tecnologia S/A, 33146648000391, (01), R$ 5.518,05; Concrepav S/A Engenharia de Concreto, 46244919001012, (17), R$ 52.042,65; Concrevit Concreto Vitória Ltda, 27364421002010, (20), R$ 94.893,76; Confecções Roupseg Indústria Comércio de Equip. Prof. Ltda, 00717667000100, (04), R$ 10.618,00; Consoline Sonorização S/C Ltda Me, 67973982000179, (01), R$ 3.000,00; Construtora Celi Ltda, 13031257000152, (01), R$ 23.462,50; Construtora Giovanella Ltda (Cessão), 89713903000204, (04), R$ 166.482,32; Corr Plastik Industrial Ltda, 67731091000106, (01), R$ 22.714,40; Cortesia Serviços de Concretagem Ltda, 49803158000199, (01), R$ 1.806,40; Costa & Lorentz Com Varej. Produtos de Limpeza e Serviços Ltda - ME, 05879263000136, (01), R$ 5.700,00; Costa Leste Materiais de Construção Ltda, 01243845000170, (02), R$ 1.344,05; Craft Engenharia Ltda, 29513405000105, (02), R$ 155.928,31; Creditum Consultoria Empresarial Ltda (Cessão), 05835775000109, (62), R$ 2.065.360,56; Creusa Belizario Ferigato Me, 02065198000117, (03), R$ 23.143,30; Daicon Comercio de Revestimento e Serviços Ltda Me, 02279892000137, (02), R$ 25.230,00; DCLeste Comércio e Serviços de Máquinas, Veículos Equipamentos Ltda, 28139319000111, (02), R$ 2.735,79; Degraus Máquinas e Equipamentos P/ Construção Civil Ltda, 01287673000137, (19), R$ 29.264,68; Degrecci & Martinez Comércio Representações e Serviços Ltda, 02564785000150, (17), R$ 28.090,80; Delci Rigoleto Carvalho Campinas Me, 02609213000140, (02), R$ 11.200,00; Dimag Serviços S/C Ltda, 67175646000180, (04), R$ 4.425,00; Disconildo Comercio de Eletrodomésticos e Instrumentos Musicais Ltda, 36529253000102, (02), R$ 260.000,00; Di-Som Produtos Eletrônicos Indústria Comércio Ltda, 62210984000192, (02), R$ 7.028,83; Disparcon - Distribuidora de Peças para Ar Condicionado, 46529434000184, (01), R$ 1.254,20; Distribuidora Cummins São Paulo Ltda, 61838884000142, (03), R$ 62.911,62; Ditupal Distribuidora de Tubos Porto Alegre Ltda, 00825292000100, (02), R$ 20.435,80, DMAE - Departamento Municipal de Água e Esgoto, (03), R$ 1.345,44; Dyll Comércio e Serviços Ltda ME, 58375700000140, (01), R$ 160,00; Elétrica Comercial Masterluz Ltda, 03783217000103, (01), R$ 163,80; Elétrica Van 2000 Ltda, 01851517000157, (03), R$ 3.282,22; Elevadores Ergo Ltda, 51743722000177, (01), R$ 27.000,00; Elma Containers Ltda, 02707253000125, (10), R$ 4.240,00; Eluma S.A. Indústria e Comércio, 57488645002852, (02), R$ 18.889,97; Emel Materiais Elétricos S.A, 04523811000128, (02), R$ 1.424,10; Emkobloco Ltda ME, 05799460000145, (01), R$ 1.690,00; Empreiteira Couto e Figueiredo Ltda, 00834701000126, (03), R$ 47.524,94; Empreiteira e Comercio de Material P/ Construção Brasil Ltda, 02498299000181, (03), R$ 6.506,46; Energética Comercial Elétrica Ltda, 52663770/0001-18, (05), R$ 29.247,20; Engeplan Terraplenagem Ltda, 06007908000103, (02), R$ 5.497,60; EPT- Engenharia e Pesquisas Tecnológicas Ltda, 60730645000454, (01), R$ 9.615,90; Equipasul Construções e Montagens Ltda, 02739807000176, (03), R$ 307.781,45; Escad Rental Locadora de Equipamentos p/ Terrapl. Ltda, 53712535000151, (01), R$ 10.844,17; Estec Equipamentos e Serviços Técnicos Ltda, 57956146000122, (01), R$ 1.770,30; ETA - Tecnologia de Materiais Ltda, 90818519000174, (05), R$ 11.509,92; F. Pinheiro Comércio de Material p/ Construção Ltda, 54773338000105, (10), R$ 11.672.93; FAB Carburadores e Comércio de Auto Peças Ltda - ME, 65983975000122, (09), R$ 992,81; Facis Tubos e Postes Ltda, 71463210000164, (06), R$ 8.176,93; Fellipe Faustino ME; 06958612000178, (01), R$ 1.200,00; Ferragens Floresta Ltda, 51580934000180, (01), R$ 2.867,34; Ferramentas Gerais Comércio e Importação S.A, 92664028000141, (03), R$ 470,33; Figueiró Manutenção e Serviços Ltda, 04002844000122, (02), R$ 200.260,33; Formeq Eqs. p/ Construção Civil e Saneamento Ltda, 69296630000151, (02), R$ 2.249,50; Forsan Fornecedora de Materiais Ltda, 42378919000163, (02), R$ 1.641,67; Fortilider Tubos e Conexões Ltda, 73509713000230, (02), R$ 3.461,65; Fosroc Reax Industrial e Comercial Ltda, 03869094000128, (02), R$ 13.380,00; Francisco E. A.Fonte, 94934502000133, (04), R$ 5.448,46;Frefer S.A Indústria e Comércio de Ferro e Aço, 61077996000985, (02), R$ 8.539,03, Frescar Com. e Serv de Ar Condicionado Ltda, 03324933000203, (01), R$ 24.720,00; Frigelar Moto Refrigeração Ltda, 92660406000461, (01), R$ 13.383,50; Frio Leste Refrigeração Ltda, 04516784000166, (02), R$ 1.200,00, Full Color Service S/C Ltda, 04337461000105, (01), R$ 364,39; Fuminas Comércio de Fundidos Ltda, 51739043000124, (07), R$ 146.636,50, Fundação Universitária José Bonifácio - FUJB, 42429480000150, (01), R$ 1.000,00; Fundição Álea Ltda, 65228594000164, (01), R$ 10.839,76; G. Martins Logística e Transportes Ltda, 04998632000147, (02), R$ 2.420,00; G. Tomaz Comércio de Madeiras Ltda, 33081217000122, (01), R$ 1.032,00; Galhão do Recreio Materiais de Construção Ltda, 29470259000188, (01), R$ 679,50; Galvicenter Industria e Comércio Ltda, 03797304000110, (01), R$ 3.351,60; Gelson Lung Padilha, 05885656000152, (03), R$ 6.739,08; General Contractors do Brasil Ltda, 02377628000136, (01), R$ 175.000,00; General Electric do Brasil Ltda, 33482241000173, (02), R$ 37.805,02; Geoplano Engenharia S/C Ltda, 04896723000171, (04), R$ 14.996,22; Geral de Concreto S/A, 60405446000128, (01), R$ 3.740,64; Gerdau Açominas S.A, 17227422004780, (22), R$ 735.235,46; Gesso Abreu Comércio e Prestação de Serviços Ltda ME, 06341037000160, (01), R$ 3.314,50; Getefer Indústria e Serviços Ltda EPP, 57744650000117, (01), R$ 480,00; Gilmar Behrens da Costa, (01), R$ 2.000,00; Gimba Suprimentos de Escritório e Inf. Ltda, 54651716000188, (01), R$ 1.628,80; Giroflex S/A, 56992902000106, (03), R$ 74.087,78; Glynwed Ltda, 20283842000539, (14), R$ 68.736,10; Golden Mix Concreto Ltda, 04781512000193, (19), R$ 17.440,00; Golden Tower Hotéis e Turismo Ltda, 02542529000162, (01), R$ 825,78; Gonçalves & Dias Terraplenagem Ltda, 60506318000170, (01), R$ 8.515,09; Gota de Cristal Transporte Ltda, 64984925000105, (02), R$ 2.965,50; Goulart Fotografias Aéreas Especiais Ltda, 59648634000106, (01), R$ 1.250,00; Gráfica Cipriano Ltda, 53097176000170, (01), R$ 1.123,50; Granidu Empreiteira de Pisos e Lajes S/C Ltda, 04320103000190, (02), R$ 3.807,32; GS - Saneamento Ambiental Comércio e Serviços Ltda, 00029920000132, (02), R$ 15.886,75; Guaçu Cabos Indústria e Comércio Ltda, 03946203000163, (01), R$ 6.984,28; Guanper-Transdifer Maq. Comércio Ind. Ltda, 30668834000211, (01), R$ 1.263,00; Guarugrade Esquadrias Metálicas Ltda ME, 02312749000108, (01), R$ 360,00; Hansel e Guimarães Ltda, 02857730000139, (02), R$ 4.301,79; HB Construções e Comércio Ltda, 46365698000140, (03), R$ 22.872,90; Hidráulica ABS S/C Ltda, 45793619000139, (01), R$ 3.095,19; Hidrodema Materiais Hidráulicos Ltda, 03681287000150, (01), R$ 2.213,69; Hidroimper Bombas Comercial Campinas Ltda - ME, 03878752000148, (01), R$ 1.792,00; Hilti do Brasil Comercial Ltda, 65000655000105, (01), R$ 1.187,83; Hossoi Indústria Eletro-Eletrônica Ltda, 57126930000103, (03), R$ 1.293,00; Ibratin Indústria e Comércio Ltda, 48597074000183, (01), R$ 1.020,52; IBV - Instituto Brasileiro Veicular, 03857392000106, (03), R$ 4.800,00; Imper Rio Comércio de Materiais de Construção Ltda, 32264764000180, (04), R$ 4.434,50; Imperial Ferragens da Mangueira Ltda, 39990791000180, (11), R$ 3.514,94; In Situ Geotecnia S/C Ltda, 65088700000125, (01), R$ 2.430,71; Ind. Com.Tub. Mat. Constr. Camanducaia Ltda - ME, 74245515000198, (01), R$ 1.264,00; Indústria e Comércio Power Matic Ltda, 01464374000120, (01), R$ 11.210,00; Indústria Metalúrgica PaschoalThomeu Ltda, 61159968000150, (03), R$ 19.337,82; Industrial Metal Adams Ltda, 98587439000248, (03), R$ 397,80; Infoenge Engenharia e Teconologia Ltda, 03582942000113, (02), R$ 14.000,00; Inoxbrito Indústria e Comércio Ltda, 58093519000141, (01), R$ 4.000,00; IPCE Indústria Paulista de Condutores Elétricos Ltda, 69232163000104(01), R$ 2.654,93; Irineu de Arruda Leite São Carlos - Me, 00704232000120, (01), R$ 93,90; Ispersul Engenharia Ltda, 88452719000104, (01), R$ 14.842,60; Itabira Agro-Industrial S/A, 27175959009413, (11), R$ 41.163,96; Ital Isolamento Térmico e Acústico Ltda, 03876676000131, (01), R$ 2.306,20; Itograss Agrícola de Ipanema Ltda, 39831771000166, (03), R$ 3.528,00; J.F. Belomé & Cia Ltda, 02447213000272,

(01), R$ 1.185,98; J.L.C. Engenharia de Projetos Ltda, 00559962000185, (01), R$ 29.055,00; Jafer Comércio de Materiais Para Construção Ltda, 48221113000143, (02), R$ 2.080,00; Jahu Indústria e Comércio Ltda, 34177816000530, (15), R$ 39.584,70; Jamal Madeiras Ltda, 60892791000133, (01), R$ 1.980,44; Jamef Transportes Ltda, 20147617001113, (03), R$ 366,68; Jatocret S/A, 33701079000137, (02), R$ 17.680,00; Jet Trans Eventos Ltda Me, 04983812000155, (01), R$ 18.960,00; JHBE Ar Condicionado Comercio Serviços Ltda, 03345255000184, (02), R$ 18.350,00; JN Comércio e Distribuidor Ltda, 03883989000117, (05), R$ 33.984,82; Joana Elaine de Souza da Silva Me, 04272196000124, (01), R$ 3.000,00; Jofege Pavimentação e Construção Ltda, 62162847000120, (18), R$ 98.966,24; José Aparecido Bassi, 56007404000161, (01), R$ 287,50; José Rinaldo de Deus-ME, 03705962000134, (02), R$ 1.150,00; José Roberto Cápua & Cia. Ltda, 02359209000171, (01), R$ 7.713,63; Jumaq Equipamento p/ Escritório Ltda, 49328644000100, (02), R$ 36.000,00; Juraci Francisco de Almeida - Me, 03815876000184, (02), R$ 22.841,19; Kanaflex S.A. Indústria de Plásticos, 43942598000140, (04), R$ 42.736,79; Kety Hiroko Nishihata - Me, 04037861000103, (01), R$ 3.540,00; Kimberly Clark S A, 02290277001950, (01), R$ 6.380,85; KPS Comércio e Serviços de Marcenaria Ltda, 00144086000126, (01), R$ 5.000,00; KWA Material Elétrico Ltda, 90336256000167, (01), R$ 1.726,42; L S Comércio de Ferramentas Ltda, 59069443000181, (04), R$ 6.546,00; L. Delbue Granilites, 05691578000155, (02), R$ 11.673,08; LAG - Divisórias e Obras Ltda, 39537329000121, (01), R$ 1.848,00; Lajes Treliçadas Duraleve Ltda, 52998960000196, (01), R$ 9.960,00; Leandro Nunes dos Santos Dedetização - Me, 06.040.275/0001-35, (01), R$ 60,00; Lenilza Aparecida de Oliveira Campos - ME, 04883074000174, (11), R$ 5.017,45; Lider Borrachas Com. de EPI’S Ltda. ME, 04022815000122, (01), R$ 2.331,00; Lim Maquinas Industriais Ltda, 68033620000160, (05), R$ 39.785,00; Liniafer Comércio Produtos Siderúrgicos Ltda, 02830521000100, (06), R$ 16.901,00; Lix Industrial e Construções Ltda, (01), R$ 1.657,90; Locadora Comercial Porto Seguro Ltda, 59722702000393, (03), R$ 2.600,00; LOCATEC Locação de Máquinas Ltda, 43070945000192, (01), R$ 1.818,00; Lopes Moço Construtora e Comércio Ltda, 61189528000145, (01), R$ 22.442,24; Lourival Carvalho dos Santos, 87927117000101, (01), R$ 450,00; Luciano Amadio Filho, 432.968.318-00, (01), R$ 611.484,92; Luiz Claudio Moretzsohn e Mello, 04842108000182, (01), R$ 540,04; Luz & Ferramentas Comercial de Material Elétrico Ltda, 04319757000101, (07), R$ 3.136,03; M&A Empreendimentos S/C Ltda, 62023213000358, (02), R$ 19.118,56; M. de Oliveira Coelho Ltda, 05563553000176, (01), R$ 3.190,00; M.E. de Souza & Cia Ltda, 04702732000184, (01), R$ 525,00; M.P. Empreiteira Ltda, 73987471000109, (01), R$ 3.350,00; M.S.A Madeiras Ltda, 89635114000111, (06), R$ 8.612,82; Madeireira Maravilha Ltda, 94197415000140, (06), R$ 16.767,38; Madereira Campinas Ind. e Com Ltda, 51304715000179, (06), R$ 42.122,50; Mapotécnica - Comercial de Papéis Ltda, 91629105000160, (03), R$ 453,47; Maqfer Assistência Técnica Com. e Repres. Ltda, 90117060000181, (01), R$ 945,00; Maqs Center Com de Var. de Máq e Ap. de Uso Dom. e Pessoal Ltda, 00739625000170, (01), R$ 2.000,40; Marcenaria Antiga Ltda - ME, 01146860000109, (02), R$ 8.050,00; Marchant Lopes Slva Engenharia e Construtora, (01), R$ 3.125,00; Margarida Pereira de Campos, 01529938000166, (02), R$ 29.064,83; Markafer Distribuidora de Ferro Fundido Ltda, 05917858000139, (03), R$ 12.514,00; Marquetto Wilk Comércio de Combustível Ltda, 89691059000187, (03), R$ 2.087,35; Marten Cia Ltda, 33798838000132, (01), R$ 10.713,80; Max Volt Comercial Elétrica Ltda - ME, 04144534000142, (06), R$ 75.764,13; Maxpel Distribuidora de Informática e Papelaria Ltda, 30069850000107, (02), R$ 2.000,40; Mecânica Diesel Kitahara Ltda, 03561566000180, (02), R$ 1.530,00; Mecânica S. G Ltda, 30319537000180, (04), R$ 4.066,35; Medabil Varco-Pruden S.A., 94638392000162, (39), R$ 325.476,29; Mega Pinturas Ltda, 01578828000194, (05), R$ 95.471,36; Megamix Engenharia Ltda, 02374803000301, (13), R$ 31.831,80; Megareia Comércio Material de Construção Ltda, 03145832000194, (15), R$ 8.906,06; Melting Artefatos de Borrachas Ltda, 61081758000196, (03), R$ 30.090,00; Mendonça & Oliveira Comércio de Mármores e Granitos Ltda ME, 65534493000173, (04), R$ 11.848,20; Metalux Metais e Alumínio Ltda, 74039579000132, (01), R$ 2.175,54; Mills Rental S.A, 01633840000235, (14), R$ 258.449,57; Misaspel Comércio de Papéis Ltda, 52080207000117, (03), R$ 1.227,55; MMF Engenharia Ltda, 01255920000113, (01), R$ 2.462,50; Molas Gaspar Ltda, 46332433000145, (01), R$ 884,00; Monte Sião Comércio Vidros e Alumínio Ltda, 05460181000152, (06), R$ 33.042,76; Morumbi Motor Comércio de Autos S/A, 60969144000182, (12), R$ 15.471,42; Movimento dos Pintores Comércio de Tintas Ltda, 03840959000123, (06), R$ 2.814,50; M Santos Comércio de Ferro e Material de Construção Ltda ME, 03104800000140, (10), R$ 3.500,00; Multibloco Indústria e Comércio de Artefatos de Concreto Ltda, 31269012000140, (15), R$ 23.142,80; N.G.K do Brasil Ltda, 52541760000100, (05), R$ 67.202,90; N 1 Pisos Industriais Ltda, 02125267000130, (02), R$ 35.818,52; Nadia Regina dos Santos Gomes, (01), R$ 2.100,00; Nafta Madeiras Ltda, 06103748000104, (06), R$ 8.579,50; Neotérmica Isolações Térmicas Ltda, 51760270000131, (01), R$ 20.500,00; Neurocor Clínica Neurocardiológica S/C Ltda, 68322908000155, (01), R$ 990,00; Nilton de Souza Vieira Marcenaria - ME, 00655295000134, (03), R$ 3.370,00; Ninailde R. Silva Mendes - ME, 06314190000106, (01), R$ 1.441,20; Nobretec Comercial Ltda, 36554202000122, (07), R$ 5.607,98; Novo Hotel Campinas Ltda - Me, 67380238000160, (04), R$ 1.181,00; N.S.A - Eletro nmecamotor Ltda, 31.318.421/0001-99, (01), R$ 88,62; Nunes Oliveira Máquinas e Ferramentas Ltda, 61112215000199, (01), R$ 1.178,00; O.P.M. Marcenaria Ltda - ME, 02815673000125, (02), R$ 9.641,47; Odair Guonik - ME, 03615759000177, (01), R$ 1.205,00; Office Leader Distribuidora e Logística Ltda, 05169626000140, (02), R$ 4.261,13; Olivial - Indústria e Comércio Ltda, 04135419000101, (05), R$ 4.693,97; Oriene Soldas Abrasivos e Ferramentas Ltda, 42204644000141, (03), R$ 3.195,20; P & K Projetos e Consultoria Ltda, 40426249000188, (06), R$ 25.115,11; Pães e Doces Nova Geração 2001 Ltda, 00003175000105, (01), R$ 980,00;Papelaria Zap Ltda, 28948222000150, (05), R$ 3.505,18; Paralelo 23 Engenharia Ltda, 02869517000147, (01), R$ 25.173,72; Paulo Star Chaveiro Ltda - ME, 54616347000192, (01), R$ 302,00; Pavibloco Pré-Moldados em Concreto Ltda, 02653799000110, (03), R$ 6.555,52; Pedreira Anhanguera S.A. Empresa de Mineração Rio, 50170281000603, (10), R$ 4.248,00; Pel - Papéis e Embalagens Ltda, 87913125000190, (02), R$ 509,31; Penelo Indústria de Minerais Ltda, 68762731000108, (21), R$ 121.991,00; Peveduto Comercial Ltda, 04120642000185, (03), R$ 15.723,02; Piartepavi Indústria e Comércio Ltda ME, 05136735000160, (16), R$ 18.151,19; Pingo de Cristal Comércio de Água Ltda, 66941675000143, (02), R$ 10,00; Pirelli Energia Cabos e Sistemas do Brasil S.A., 61150751000189, (01), R$ 8.387,61; Pisometal Indústria e Comércio Ltda, 43432798000153, (01), R$ 106.497,05; PJL Comercial Ltda, 57394983000105, (02), R$ 12.724,50; Place Hotel Ltda, 45007267000149, (08), R$ 2.492,60; Planenrac Engenharia Térmica S/C Ltda, 68483122000110, (01), R$ 8.446,50; Plotgrau Copiadora S/C Ltda - ME, 04293679000105, (01), R$ 2.026,00; Pneulinhares Comércio de Pneus Ltda, 00647879000168, (09), R$ 6.318,83; Poly Easy do Brasil Ind. e Com. Ltda, 01171004000103, (03), R$ 18.091,35; Portas Incotel Ltda Me, 28592939000101, (01), R$ 3.770,00; Portobello S.A, 83475913000272, (01), R$ 1.917,25; Portokoll S/A, 02836976000124, (01), R$ 304,82; Posto de Gasolina Nhá Chica Ltda, 33623158000177, (02), R$ 962,83; Prefeitura do Município de São Bernardo do Campo, 46523239000147, (06), R$ 461.636,66; Prevex - Comércio de Extintores Ltda, 90757568000144, (02), R$ 173,40; Priori Locação de Veículos e Equipamentos Ltda, 06345643000153, (12), R$ 72.547,99; Priscila Fernandes Menegazzo - Me, 05389217000159, (30), R$ 9.466,41; Protefix Proteção e Fixação Ltda, 02947841000136, (23), R$ 24.846,99; Protensão Comercial Ltda, 02037895000164, (01), R$ 2.067,50; PVC Brasil Indústria de Tubos e Conexões Ltda, 81428187000120, (04), R$ 40.416,14; R&M Engenharia e Montagens Ltda, 05413426000190, (03), R$ 46.621,47; R&R Estruturas Metálicas Ltda, 05862119000197, (01), R$ 20.611,34; R. Roza São Paulo - ME, 04779784000159, (05), R$ 10.494,50; Rafer Indústria e Comércio de Ferros e Aço Ltda, 66280827000104, (01), R$ 4.577,58; Ramada Veículos Ltda, 87137592000176, (03), R$ 813,72; RBS - Zero Hora Editora Jornalística S.A, 92821701000100, (04), R$ 644,00; Real Perfil Indústria Comércio Ltda, 69179448000110, (05), R$ 59.162,86; Reativa Comercio, Representações e Serviços Ltda, 71997357000134, (01), R$ 3.907,03; Recoma Indústria e Com Exp. Ltda, 51212348000183, (07), R$ 15.226,28; Recompac Comércio e Locação de Equipamento p/ Const Civil Ltda, 53113346000162, (03), R$ 285,00; Repsol YPF Distribuidora S.A., 01136598002904, (01), R$ 2.954,87; Reticulex Sistemas Estruturais Ltda, 91178731000187, (02), R$ 40.477,64; Retrocomp - Locações e Manutenção de Equipamentos Ltda, 04858753000193, (01), R$ 17.703,00; Revestelar Serviços S/C Ltda, 50996479000136, (01), R$ 3.144,31; Rima Recreio Produtos p/ Construção Ltda, 04804843000100, (01), R$ 746,10; RM - Locações de Equipamentos Ltda, 92383025000130, (11), R$ 2.116,00; Rota Sul Transportes de Cargas Ltda, 02442313000125, (02), R$ 7.113,00;S.E.S. Sistemas Especiais de Saneamento Ltda, 40170532000191, (03), R$ 39.375,00;S.G.E.Serviços Gerais de Engenharia Ltda, 52138757000140, (01), R$ 122.133,11; S.J. Gehlen, 03303536000174, (03), R$ 7.488,56; S.O.S Entulhos Transportes Ltda, 01964916000124, (01), R$ 6.110,00; Saneductil Comercial e Equipamentos Ltda, 02201679000102, (02), R$ 4.116,00; Sansuy S.A Ind. de Plásticos, 14807945000639, (01), R$ 639,74; Santa Clara Serviços e Transp. de Paraty Ltda - ME, 00553218000173, (02), R$ 2.348,00; Santo Expedito da Serra Artefatos de Cimento Ltda Me, 04244538000100, (15), R$ 26.825,43; Schreiner & Cia Ltda, 88322706000200, (02), R$ 3.195,00; Serfer - Comércio e Indústria de Ferro e Aço Ltda, 42561167000171, (01), R$ 24.424,45; Serra Leste Indústria e Comércio Importação e Exportação, 03017711000167, (09), R$ 4.404,00; Serralheria Maringá Ltda, 76490218000133, (01), R$ 960,00; Serralheria Santa Luiza M.S. Ltda Me, 05818103000187, (01), R$ 320,00; SIA Comércio e Representações Ltda, 00616149000108, (09), R$ 6.313,19; Siemens Building Technologies Ltda, 04531620000108, (02), R$ 731,06; Silvia Maria da Cruz Couto, 93825131000270, (12), R$ 4.626,00; Silvio Luiz Velloso, (01), R$ 480,00; Sinalta Propista Sinalização Seg. Comércio Visual Ltda, 55386445000143, (01), R$ 34.560,00; Sind Trab Ind.Construção Mobil Araraquara, (01), R$ 554,62; Sindicato da Construção Civil - Sintraconst Rio, 34055137000165, (16), R$ 23.585,12; Sindicato dos Contabilistas de São Paulo, (01), R$ 678,93; Sindicato dos Trab. Ind. Construção Civil Venâncio Aires, (01), R$ 27,75; Sindicato dos Trab. Ind. Construção Civil Porto Alegre, (17), R$ 10.568,95; Sindicato dos Trabalhadores da Ind. Construção Civil de Campinas, (01), R$ 43,04; Sinduscon - Sindicato da Indústria Construção Civil, 61687117000180, (04), R$ 5.996,14; Sinovo Construções e Estruturas Metálicas Ltda, 49610587000140, (05), R$ 67.698,57; Sirlei Passos Rodrigues - Me, 03295331000194, (01), R$ 3.973,10; Siro Materiais Elétricos Ltda, 44019149000198, (06), R$ 7.804,65; Soloteste Engenharia Ltda, 33456492000183, (01), R$ 3.118,28; Sonho Gaúcho Materiais p/ Construção Ltda, 66721119000161, (01), R$ 230,00; Speed Color Tintas, Ferragens e Acessórios Ltda, 03261789000122, (02), R$ 366,00; Springer Carrier S.A, 10948651000161, (01), R$ 214,40; Star Center Divisórias-Forros e Pisos Ltda, 02255030000174, (01), R$ 5.546,49; Star Soft São Paulo Ltda, 02868475000120, (01), R$ 2.000,00; Start Impermeabilizantes Ltda, 90290610000160, (02), R$ 2.485,00; Sul Metais Indústria e Comércio e Representação Ltda, 58821968000169, (01), R$ 19.222,76; Supernova Comércio de Materiais Elétricos Ltda, 05199477000161, (05), R$ 3.566,84; Taus 2000 Divisórias e Revestimentos Ltda, 04212441000108, (01), R$ 4.408,00; TD Transportes Ltda, 03528024000311, (02), R$ 4.000,00; Tec-Fax Teleinformática Ltda ME, 03717224000107, (01), R$ 100,00;Técnicas Eletro Mecânicas Telem S/A, 61529285000147, (02), R$ 67.127,06;Tecnocon Tecnologia de Construção e Engenharia Ltda, 66572066000164, (01), R$ 5.202,00;Tecnogran do Brasil Ind. Com. A Cim Ltda, 81662462000176, (01), R$ 2.004,00;Tegel Comércio e Serv. de Ar Comprimido Ltda, 43708171000182, (06), R$ 50.021,00; Telas Arames e Ferragens Santo Amaro Ltda, 50252527000181, (01), R$ 11.848,20; Telemar Norte Leste S/A, 33000118001574, (02), R$ 2.058,51;Tempervix Comercio de Vidros e Acessorios Ltda, 03141415000173, (03), R$ 1.887,85;Terra Networks Brasil S/A, 91088328000167, (01), R$ 27,20; Textil Firenze Ltda EPP, 03229370000193, (01), R$ 6.561,89;TFT - Empresa de Transportes Ltda, 00341210000143, (19), R$ 28.221,00;Thermocenter Comércio e Instalação de Aquecedores Ltda, 94822822000100, (01), R$ 400,00; Therceryza Portaria, Conservação e Serviços Ltda, 03673487000161, (02), R$ 4.332,46;Tintas Color House Ltda, 03988260000105, (01), R$ 722,00; Torão Materiais de Construção Ltda, 04260786000137, (09), R$ 12.053,27;Trafo Equipamentos Elétricos S.A., 90286105000575, (02), R$ 117.300,00;Trans Dani’s Materiais de Construção Ltda - ME, 01487244000103, (24), R$ 9.360,00;Transportadora Beira Rio São Caetano Ltda - ME, 64777295000190, (01), R$ 2.411,54; Transportadora Estado Ltda, 56908569000104, (04), R$ 3.750,00; Transportadora Manancial Ltda, 05792961000108, (07), R$ 9.470,00;Transportes Luso e Materiais Construção Ltda, 33733023000164, (80), R$ 21.571,61;Triepox Ind. E Com. De Produtos Químicos Ltda, 71.811.673/0001-70, (01), R$ 3.211,00; TTR Tijolos Três Rios Ltda, 05869975000174, (02), R$ 4.147,20; Udipel Distribuidora de Papel Ltda, 74482191000101, (01), R$ 737,03; União de Bancos Brasileiros S/A, (01), R$ 176.431,91; Usiminas Mecânica S/A), 17500224001803, (07), R$ 266.788,84; Usina Fortaleza Indústria e Comércio de Massa Fina Ltda, 44893410000184, (03), R$ 3.186,14; V.C.V. Serviços de Engenharia e Comércio de Materiais p/ Constr. Ltda, 03706908000103, (03), R$ 11.943,12;Valdomiro R. Soares & Cia Ltda, 00501258000171, (01), R$ 4.467,69;Valência Turismo, 01453879000190, (15), R$ 26.998,30;Vamaco Venâncio Aires Materiais de Construção Ltda, 91904615000106, (02), R$ 2.775,00;Vanguarda Comércio Hidro Elétrica Ltda, 66563040000150, (09), R$ 47.189,75; Varejão das Tintas São José dos Campos Ltda, 62048590000180, (01), R$ 449,10; Varejão Escolar Comercial Ltda, 03561755000153, 05), R$ 649,37; VB - Comércio de Materiais Elétricos Ltda, 87239497000183, (01), R$ 154,25; Via NorteTransportadora e Locação de Máquinas Ltda, 00630477000150, (01), R$ 3.085,25; Vicente Bonini ME, 02370759000191, (02), R$ 2.420,00; Walka Comercial e Auto Elétrica Ltda, 51291326000156, (02), R$ 934,00;Washington Luís Bispo de Oliveira - EPP, 05068362000138, (01), R$ 4.600,00; West Fer Comercial Ltda, 02970454000110, (01), R$ 7.898,40; World Laser Comércio e Serviço Ltda, 01316442000104, (02), R$ 402,70; WS Reciplac Indústria e Comércio de Artefatos de Fibras, 02789922000155, (01), R$ 3.084,00; Zoti & Colombelli Ltda, 92999929000194, (10), R$ 5.603,89. C/ Garantia Real: Bancos, CNPJ, Saldo à Pagar: Banco Bradesco S/A - Finame, 60.746.948/0001-12, R$ 217.417,59; Banco BMC S/A, 07.207.996/000150, R$ 429.080,00; Banco Industrial e Comercial S/A BICBANCO, 07.450.604/0001-89, R$ 2.111.955,93. C/ Privilégio Especial: Fornecedores, CNPJ/CPF, nº de Títulos, Saldo à Pagar: Braga & Marafon Consultores e Advogados S/C, 64049281000150, (01), R$ 4.600,00; L.O. Baptista Advogados Associados, 43458447000111, (04), R$ 11.436,47; Miguel Neto Advogados Associados, 38886685000198, (04), R$ 9.916,98; Veirano & Advogados S/C, 74155425000106, (01), R$ 4.000,00. Privilegiado - Impostos: Secretária da Receita Federal - CSLL, IRPJ, IRRF, PIS, COFINS, R$ 6.000.792,76; Prefeitura do Município de São Paulo - ISSQN, R$ 1.763.402,19; Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, ISSQN, R$ 97.710,76, Instituto Nacional de Previdência Social - INSS, R$ 3.543.976,35. Crédito Trabalhista: Fernando Braga, Processo 975/92 - 2ª Vara Trabalho - Jundiai - SP, R$ 120.000,00; José Ferreira Filho, Processo 1679/96 - 56ª Vara Trabalho - SP, R$ 51.461,91; Laelson Oliveira Amorim - Processo 02322200446102007 - 1ª Vara Trabalho SBC - SP, R$ 55.000,00; Vilmar Correa de Moraes, Processo 01121200401304005 13ª Vara Trabalho P. Alegre - RS, R$ 17.900,00; Woshington Lourenço de Souza, Processo 00181200504101007 - 41ª Vara Trabalho - RJ, R$ 12.000,00. Fica determinado que o prazo para habilitação ou divergências aos créditos relacionados será de 15 dias a contar da publicação deste edital (LRF, art. 7, § 1º) e o prazo para objeção ao Plano de Recuperação será de 30 dias, a partir da publicação da lista de credores que será apresentada pelo Administrador Judicial (§ 2º do artigo 7º da LRF). E para que produza seus efeitos de direito, será o presente edital, com o prazo de 15 dias, afixado e publicado na forma da Lei. São Paulo, 22 de março de 2006. Alexandre Alves Lazzarini – Juiz de Direito


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Nacional Tr i b u t o s Agronegócio Finanças

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terça-feira, 11 de abril de 2006

DÍVIDA DO SETOR AGRÍCOLA CHEGA A R$ 30 BI

O ciclo de produção de uma alface hidropônica é de cerca de 60 dias

Marcos Peron/Virtual Photo

Em se plantando tudo dá... mesmo fora do solo Cultivo de hortaliças por hidroponia cresce próximo aos centros urbanos do País

O

s pés de alface com raízes à mostra, cultivados por meio de hidroponia, já são familiares aos consumidores de grandes centros, como São Paulo. E isso não ocorre por acaso. A proximidade do consumidor é uma questão de sobrevivência para quem se dedica à produção de alimentos hidropônicos. A técnica – cultivo de plantas em soluções nutritivas – sem o uso do solo – demanda escoamento diário da produção. "Por isso, antes de começar a plantar, você tem que saber para quem irá vender", ensina Wilson Stech, agricultor de Louveira (SP), que se utiliza da hidroponia há dez anos. De sua propriedade saem diariamente 300 pés de alface e dez dúzias de maços de rúcula, entregues para supermercados e restaurantes da região. História – A técnica da hidroponia reproduz, em linhas gerais, uma experiência escolar bastante conhecida e que consiste em cultivar um feijãozinho em um chumaço de algodão molhado. O uso desse processo, em escala comercial, intensificou-se depois da Segunda Guerra Mundial. Especialmente para produzir hortaliças, conta Quirino Augusto de Camargo Carmello, professor associado do Departamento de Solos e Nutrição de Plantas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP). No Brasil, os estudos acadêmicos sobre o assunto começaram há 20 anos, em instituições como a Esalq e o Instituto Agronômico de Campinas (IAC), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Também aqui, a exploração comercial da técnica voltou-se mais para as hortaliças, como ocorre ainda hoje. Em países como Holanda, Bélgica, Israel, Canadá e Estados Unidos, a técnica evoluiu para grandes áreas automatizadas, com produção diversificada de alimentos. A preferência pelas hortaliças no País está associada à viabilidade comercial, justifica Carmello. Como a produção envolve o uso de uma infra-estrutura (como as estufas e ca-

Agricultor mostra mudas de alface começando a crescer

naletas por onde circulam as soluções nutritivas), quanto mais ela é utilizada, mais se barateia o processo. As hortaliças têm ciclos curtos e variações sazonais de preços que permitem otimizar o lucro. Diversidade – O professor lembra, no entanto, que podese cultivar qualquer tipo de planta por meio de hidroponia. As mais comuns no Brasil são alface, rúcula, almeirão e salsinha. Mas há quem produza rabanete, beterraba, couveflôr e tomate. Nesse caso, pesa o ciclo de produção (de 90 a 120 dias), considerado longo. No caso do alface, por exemplo, o ciclo é de cerca de 60 dias. Uma horta hidropônica de alface, para ser lucrativa, deve gerar produção diária em torno de 400 pés. Segundo Carmello, a montagem de estrutura para isso requer 2 mil metros quadrados e investimento de R$ 30 mil, com instalação de 29 a 30 bancadas com cobertura (as estufas, ou unidades de produção – uma para cada dia do mês), depósito para a solução que alimentará as plantas e estrutura para fazer circular a solução (canaletas, registros reguladores e bombas). Vale lembrar que a alface é uma cultura para clima temperado (como o da região Sudeste). O ideal é programar-se para que a produção tenha início no verão e seja favorecida pela sazonalidade do preço, abrindo possibilidade de fazer caixa para o inverno. Expansão – O agricultor Wilson Stech conta que expandiu sua produção hidropônica gradativamente, com módu-

los construídos domesticamente e outros comprados de fornecedores. Hoje, analisa, a lucratividade do negócio é menor. "Os custos aumentaram e o preço da alface está parado." Ainda assim, ele está investindo R$ 28 mil – financiados a longo prazo – para aumentar a produção de hortaliças. Para o cultivo de frutas, prefere os métodos tradicionais. Segundo os especialistas, a hidroponia ainda tem muito para crescer no Brasil. Atualmente, 60% da produção são hortaliças, estima Antonio Bliska, engenheiro agrônomo da Faculdade de Engenharia Agrícola, da Universidade de Campinas (Unicamp). Produtores de flores também têm adotado o cultivo sem uso do solo. "Há áreas enormes no sul de Minas Gerais e no Ceará", conta Bliska. O engenheiro agrônomo calcula que em todo o País haja 6 mil produtores da técnica. Serviço – Para saber mais sobre o assunto: Guia Brasileiro do Plástico, pode ser solicitado por R$ 3, pela Caixa Postal 6011, Cabapla/Feagri, CEP 13.083-975, Campinas, SP. O Instituto Agronômico de Campinas também orienta agricultores interessados em utilizar a técnica. Dúvidas podem ser esclarecidas pela internet: www.iac.sp.gov.br/fale conosco, ou pelo telefone: (19) 3236.9119. Cursos de extensão sobre o assunto: Universidade de Campinas, telefone (019) 3788.1079, ou email: www.agr.unicamp.br. Fátima Lourenço

Wilson Stech utiliza a técnica da hidroponia há dez anos e ensina que é preciso saber para quem vender Divulgação

Bliska: 60% de hortaliças

Estrutura inicial exige investimento de R$ 30 mil em bancadas

Flores cultivadas por hidroponia M aior exportador de rosas do Brasil, o Ceará guarda, dentro de seu premiado programa de cultivo de flores, experiências bem-sucedidas de produção em meio hidropônico, implementadas pelas empresas Cearosas e Reijers. "A hidroponia se dá pelas vantagens", explica Rubens Aguiar, gerente de Floricultu-

ra da Secretaria de Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará. Entre os benefícios, ele cita a questão do controle total sobre os nutrientes fornecidos à planta, com possibilidade de tornar mais ágil o crescimento, obter melhor produtividade e ter controle da qualidade, "fator intrínseco à exportação". A Holanda produz todas

suas flores em meio hidropônico, garante Aguiar. "Nós nos inspiramos na Holanda e na Colômbia, segunda maior exportadora mundial." A hidroponia para flores é um processo caro, que demanda controles computadorizados para a distribuição das soluções – e um investimento em torno de US$ 250 mil por hectare. (FL)

Lula critica agricultor endividado O

presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou ontem as constantes renegociações de dívida que o governo precisa fazer para socorrer o setor agrícola. "Algumas pessoas neste País tomam dinheiro emprestado e não pagam", reclamou, no programa de rádio Café com o Presidente. "Isso tem de acabar", completou. Lula fez esses comentários ao falar sobre o pacote agrícola lançado na semana passada.

Segundo o presidente, as medidas vão aliviar a vida dos agricultores. "Possivelmente, não seja tudo o que é preciso para o setor, mas é um montante razoável", afirmou. Mais tarde, o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, afirmou aos jornalistas que, de fato, esse montante cobre apenas o custeio da produção e a renegociação da dívida. "Esse volume tapa metade do buraco que atinge o setor", dis-

se. Seca, câmbio, aumento dos custos de produção e depreciação dos preços internacionais das c o mm o d it i es fizeram os produtores acumularem perdas de R$ 30 bilhões. O ministro aproveitou para criticar indiretamente os ministérios da Fazenda e dos Transportes. "Não mando no câmbio, nos juros, nos recursos do crédito, em logística ou em estradas, mas a crise senta no meu colo", disse. (AE)


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EM MENOS DE CINCO ANOS A TECNOLOGIA RFID SERÁ REALIDADE

mercado de automação comercial pode ser considerado um dos maiores filões da economia para empresas de tecnologia e o contrário também é verdade: praticamente todas as empresas fornecedoras têm algum produto para automação. A briga é acirrada e a oferta tanto de hardware quanto de software é abundante. Está disponível no mercado qualquer tipo de solução, tanto em equipamentos quanto em software, capaz de fazer com que o processo de vendas seja eficiente e faça aumentar a lucratividade para os negócios. Ela pode ser considerada o elo entre a indústria, comércio e o consumidor final, sendo que o crescimento nos últimos dez anos desse setor é proporcional aos avanços tecnológicos. Tirando comércios muito pequenos, tais como sapatarias, bares, camelôs e afins, todo tipo de atividade econômica hoje utiliza alguma forma de automação, em maior ou menor grau. Porém, a percepção do mercado não é essa e muitas empresas fazem uso dela mesmo sem se darem conta disso. A empresa em que você trabalha utiliza internet, e-mail, editor de textos, planilha de cálculo e programa de banco de dados para controlar as vendas e se relacionar com clientes e fornecedores? Se a resposta foi sim, então a automação comercial está presente em seu estabelecimento. Mesmo quem não utiliza nada disso, mas tem algum tipo de tecnologia implantada, faz uso dela. Tome por base uma padaria que dispõe de máquinas de cartões de débito e crédito para receber pagamento de seus clientes. É uma forma de automação e está cada vez mais presente no dia-a-dia das pessoas. O leitor de código de barras, aqueles aparelhos largamente encontrados em lojas de roupas ou mesmo em lojas de café, também faz parte do time de automação comercial e é cada vez mais comum. Mais sofisticada é a automação via etiquetas eletrônicas, ainda sem grande penetração devido ao custo. Essa tecnologia tenta já há alguns anos introduzir no mercado a tecnologia RFID, que é a identificação por radiofreqüência, e será utilizada principalmente em etiquetas para controle de estoque e várias outras aplicações. E um dos maiores mercados que irão utilizar esse tipo de automação é o de varejo. Veja um exemplo do que estou falando. No ano passado escrevi em uma coluna sobre mercados que estão em extinção e tiro de lá o exemplo. Na época eu disse que uma profissão que

Automação comercial está cada dia mais presente Sem nos darmos conta, a tecnologia vai ganhando espaço nos estabelecimentos comerciais e torna as transações e os negócios mais lucrativos Por Guido Orlando Júnior

Softs e hardwares tornam o processo de vendas eficiente e aumentam a lucratividade dos negócios

tende a diminuir ou mesmo sumir é a de caixa de supermercado. O texto era o seguinte: "Imagine fazer suas compras, lotar o carrinho com os mais variados produtos, passar direto pelo caixa sem parar nem falar com ninguém, ir para o carro, colocar os produtos no porta-malas, ir para casa e receber a fatura no cartão de crédito. Atualmente é ficção, mas daqui alguns anos não será. Não que esse emprego e tudo o mais que é fornecido para que ele exista seja eliminado totalmente, mas a oferta nessa área irá cair bastante. Um efeito colateral desse tipo de automação: o estoquista, aquela figura que conta o estoque nas gôndolas e no depósito. Também será tudo automatizado com etiquetas e leitoras eletrônicas. Aproveitando esse assunto, os cobradores de pedágio que se cuidem. O número de cabines de cobrança 'sem parar' vem aumentando dia-a-dia." Esse trecho retirei da coluna escrita no dia 5 de outubro de 2005, e oito meses depois aqui estou eu de volta a esse assunto, só que relatando não mais como uma possibilidade, mas sim como algo inevitável que irá acontecer em poucos anos. As tais etiquetas, que irão invadir o mercado rapidamente, trarão informações como pesos bruto e líquido, data de fabricação, data de validade, código do produto e todo tipo de dado necessário para que o estabelecimento tenha total controle. Ao passar pela leitora eletrônica, automaticamente será dada baixa no estoque e, se o nível estocado atingir um valor determinado, o sistema irá disparar uma ordem de compra ao fornecedor baseado em parâmetros pré-configurados pelo departamento de compras. Além de relacionar a compra, emitir a fatura e comunicar a operadora de cartão de crédito ou o banco do usuário para que sua conta seja debitada. Parece ficção ou futurologia? Então volte 10 anos no tempo e imagine que estivesse lendo o seguinte: "Dentro de 10 anos não será mais necessário ir à padaria ou mesmo sair para fazer compras com dinheiro, pelo menos nos grandes centros. O mesmo cartão de crédito poderá fazer a transferência em tempo real do dinheiro de sua conta para a conta do estabelecimento, caso você queira pagar à vista e dessa maneira obter um desconto maior." Só que a tecnologia RFID não irá demorar 10 anos para estar presente no dia-a-dia das pessoas e dos estabelecimentos comerciais. Em menos de cinco anos ela já será realidade. gojunior@voit.com.br Divulgação

Aplicativo para handhelds roda em Windows e em Palm Por Barbara Oliveira

uso de handhelds em bares, restaurantes e padarias em substituição às comandas de papel, permitindo mais O Market agilidade nos pedidos e fechamento contas, está ficando mais popular. Atende é a de Uma nova solução é o software Marmais nova ket Atende, criado pela STN - Sinapse Tecnologia & Negócios. solução do O Market Atende tem uma interface amigável que facilita seu uso por mercado garçons e atendentes não familiarizapara dos com sistemas de automação. Nuautomatizar ma pizzaria, por exemplo, o garçom anota o pedido no PDA clicando no tipedidos em po de pizza desejado (o programa dá restaurantes, uma lista de opções), entra com o número da comanda e da mesa e dá o bares e OK. Simples assim, e o pedido é encaminhado para a cozinha. Na hora de padarias fechar a conta, é só enviar para o caixa

o número da mesa. As principais características são a identificação do atendente (como o número da mesa, posição dos clientes no salão) e a opção de busca por grupos de itens ou por códigos. A comunicação é por Wi-Fi que é conectada na rede do estabelecimento por um Acess Point, explica Marcel Duarte, diretor de tecnologia da STN. Segundo ele, por ser desenvolvido em Java o aplicativo é bastante flexível, rodando em várias plataformas. "Agilizamos os pedidos, reduzindo as idas e vindas dos atendentes entre a mesa e a cozinha ou o caixa. Além disso, foram praticamente eliminados os erros nos pedidos, pois as comandas não são mais escritas à mão." O aplicativo foi desenvolvido ao longo do ano passado pela STN que fez um teste-piloto na Tortula, um misto de padaria, lanchonete, bar e restaurante do Brooklin, em São Paulo. O Tortula necessitava de um sistema integrado, que contemplasse o atendimento de seus clientes à auditoria de gôndolas e impressão de etiquetas de preço. "A vantagem é que conseguimos desenvolver uma aplicação que também podia ser integrada ao sistema de retaguarda da empresa a um custo competitivo."

O aplicativo informa o número da mesa

Atualmente, o Tortula dispõe de oito PDAs. "O Market Atende foi criado justamente porque não existia no mercado nenhuma solução que atendesse outros aspectos importantes, como a possibilidade de se ter várias praças de atendimento e diversos pontos de preparo e remessa." A comercialização do Market Atende é feita por meio de assinatura mensal. "O estabelecimento compra os PDAs e nós embutimos o software." Mais informações: www.stn.com.br .


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MICROSOFT QUER MELHORAR RELAÇÃO COM PEQUENOS VAREJISTAS

Atualmente, esse tipo de serviço completo só é oferecido pela empresa de Bill Gates nos EUA

Fotos: Divulgação

Microsoft quer ampliar atendimento ao pequeno

Microsoft anunciou em meados rem grandes usuários de cartões de crédito, de março um conjunto de iniciatios pequenos varejistas preferem usar servivas voltadas para pequenas redes ços de terceiros para financiamentos ou leasing em compras relacionadas com tecnolovarejistas nos Estados Unidos. A empresa de Bill Gates reuniu mais de 12.000 gia, em valores acima de US$ 5.000. Leland disse que o financiamento da Microsoft esdonos de pequenas lojas e gerentes através da web, em um evento chamado "Small Butará disponível também através das parcerias "Gold Partners" e "Microsoft Small Business Summit". O centro da estratégia da Microsoft é tornar mais fácil a compra de siness Specialists". A Microsoft também anunciou que vai seus produtos por pequenas empresas, incluindo programas de financiamento para disponibilizar seu produto "point-of-saa compra de softwares e serviços. le" através de uma relação mais ampla Antes, a Microsoft tinha plac o m a r e d e B e s t B u y. O nos de financiamento para software "Microsoft Point of compras de US$ 10.000 ou Sale" agora está integrado a mais. Com a nova iniciativa, o uma solução única para lojistas. A rede Best Buy vai comevalor mínimo de financiamento caiu para US$ 3.000, com çar a vender um aparelho da Casio que integrará as funprazo de até 36 meses. O serviço "Microsoft Financing" vai ções de varejo do software da Microsoft. oferecer descontos, facilidades de pagamentos e empréstimos Além de disponibilizar a solução Point of Sale em 115 para produtos adquiridos até 30 de junho, segundo inforlojas da rede Best Buy nos mou a empresa. EUA, a Microsoft também feSegundo Doug Leland, direchou uma parceria para criar tor mundial de soluções de peCentros de Negócios nas lojas da rede, algo que Leland chaquenas e médias empresas da A empresa de Bill Gates financiará software e hardware de comerciantes Microsoft, a companhia recoma de "loja-dentro-da-loja". Esses centros de negócios ofenhece que os pequenos varejisPor Sergio Kulpas tas têm dificuldades com fluxo recerão informações e conselhos sobre a tecnologia Microde caixa e geralmente fazem seus negócios com previsão de mês a mês. soft mais adequada para cada tipo de negócio. Leland disse que os parceiros da Microsoft informaram que 20% dos negócios não são Leland disse que dois terços dos donos de fechados devido à falta de financiamento. pequenas empresas são varejistas, de acorO novo programa de financiamento deve do com uma pesquisa da AMI. Por isso, é auxiliar os pequenos varejistas na atualizaimportante oferecer serviços completos ção tecnológica de seus negócios. –hardware, software e serviços– em locais A maioria das empresas de tecnologia já de grande acesso. Atualmente, esse tipo de serviço comoferece programas de financiamento nos EUA, mas o que pode representar um difepleto só é oferecido nos Estados Unidos através da parceria entre a Microsoft e a rencial no programa da Microsoft é que, além dos produtos da própria empresa, o fiBest Buy, mas Leland disse que a empresa espera ampliar sua relação com os pequenanciamento cobre equipamentos de outros vendedores e serviços de tecnologia da nos varejistas e oferecer mais soluções para os lojistas. informação de parceiros da Microsoft. A Microsoft descobriu que apesar de sesergiokulpas@gmail.com

Microsoft anuncia iniciativas voltadas para o pequeno varejo

COMO ADMINISTRAR UM RESTAURANTE, BRINCANDO Divulgação

Pensando em abrir um bar ou restaurante, mas preocupado com o trabalho que isso dá? Quer saber mais sobre gastronomia internacional para supervisionar melhor o seu negócio? Restaurant Empire: R$ 14,90, nas bancas

este suas habilidades neste ramo de empreendimento com o game Restaurant Empire, da editora CD Expert, que ensina de maneira divertida como gerir um restaurante, desde a escolha do ponto e do tipo de comida a ser servida até os intrincados segredos da administração do estoque e receitas internacionais para tornar seu cardápio um sucesso de público. Requisitos mínimos do sistema: Plataforma: PC Windows 98/2000/XP (Windows 95 e NT não compatíveis); Pentium II 500 MHz (ou superior); 128 MB RAM; Drive CD Rom 16x; Direct X 8.1; 700 MB de espaço no HD; Teclado; Mouse; Placa de 3D compatível com NVIDIA Geforce e ATI Radeon; Placa de som compatível com Direct X 8. Restaurant Empire é a edição especial número 68 da CDExpert. (RM) Mais informações: www.cdexpert.com.br


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A cantora Kylie Minogue movimenta a web com um clipe, em que dança de calcinha e sutiã pretos

TUDO O QUE ESTÁ AGITANDO A INTERNET, AGORA

Fotos: Divulgação

O Poderoso Chefão: entre para a família Corleone Jogo lançado pela Electronic Arts é baseado no livro de Mario Puzzo e no clássico filme da Paramount Pictures; mas atenção à faixa etária do jogador já que a violência é constante Por Fábio Pelegrini á não é novidade ver os desenvolvedores de games aproveitarem os títulos de sucesso do cinema para lançarem seus jogos baseados neles. Aliás, muitas vezes, os games estão nas prateleiras antes mesmo da estréia do filme, aproveitando-se da publicidade e do sucesso que o título pode trazer. Agora, a Electronic Arts não trouxe nenhuma novidade das telonas, mas um clássico do cinema, "O Poderoso Chefão". Os jogadores do mundo inteiro terão a oportunidade de entrar no perigoso mundo de negociações e extorsões da mais famosa máfia já conhecida, a da Família Corleone. Este esperado jogo de mundo livre é baseado no criticamente aclamado livro de Mario Puzzo e no clássico filme da Paramount Pictures, através de um relacionamento estratégico de licenciamento com a Viacom Consumer Products. No começo, o jogador já sente o drama que a aventura promete trazer: a história nos mostra como um funcionário de confiança do poderoso Dom Corleone é assassinado, praticamente na frente do seu filho. Esse pequeno rapaz promete vingança e dependerá do gamer para conseguir essa façanha. O tutorial mostra que lutas e violência serão freqüentes no jogo. Depois da pequena introdução à trama, o jogador precisará criar seu próprio personagem –já adulto– para continuar a aventura, alterando algumas características físicas. O jogo conta com a tecnologia "MobFace", que permite fazer essa personalização de aparência, como definir o corte de cabelo, cor da pele, tamanho do nariz e orelhas, formato da boca e muito mais. Após uma vida de pequenos crimes o jogador foi aceito para a mais poderosa organização criminal da América –a família Corleone. Agora é a vez do gamer de lidar com as ordens, ganhar respeito, subir no ranking e fazer de Nova Iorque a sua cidade. A tarefa parece ser fácil, principalmente tendo apoio de Godfather, mas não é tão simples assim. Viver no submundo dessa grande cidade exige muito trabalho, principalmente para que seu nome seja temido entre seus inimigos. O gamer terá de enfrentar muitas situações de brigas com a população, assaltos a bancos e até extorquir os comerciantes locais para garantir "segurança" a eles. Aliás, se você deseja subir na hierarquia da Família será preciso saber conseguir o que quer das pessoas.

Para obter informações importantes, o jogador precisa falar com vários comerciantes e personagens durante a sua missão, principalmente os que têm um símbolo de marionete sobre a cabeça: eles sempre têm algo interessante a dizer. Alguns comerciantes precisam entender o que é ser protegido pela Família e nem sempre eles estão dispostos a isso. Para convencê-los a falar e a aceitar seus serviços é preciso fazer uma pequena pressão. Uns medidores com duas barras que aparecem no canto superior direito da tela demonstram a energia da vítima e nível de pressão feito pelo jogador para convencê-las. Só é preciso tomar cuidado para não forçar demais, afinal, a pessoa precisa estar viva para dar a informação desejada. O jogo vai além dos filmes e do livro para realmente criar o mundo vívido da ficção de "O Poderoso Chefão", passada nos anos 40 e 50. A interação com os personagens inesquecíveis do longa, como Luca Brasi, Sonny, Tom Hagan e, é claro, Don Vito Corleone dá aquela pitada de emoção à história. Os atores do filme, incluindo Marlon Brando, James Caan e Robert Duvall reviveram seus papéis emprestando suas vozes ao jogo. A habilidade é fundamental para quem quer se dar bem nesse game. Será necessária uma combinação de teclado e mouse rápida para executar alguns golpes mais agressivos. Na verdade, a violência está presente desde o início do jogo, ou seja, leve em consideração a faixa etária destinada do game. Nos combates vale de tudo, dar joelhadas, empurrões, socos, chutes e finalizar com um golpe de misericórdia, tudo com muito sangue. A qualidade gráfica 3D do jogo é de primeira. O Poderoso Chefão traz ambientes e personagens ricos em detalhes, com algumas inserções de cenas do filme. Os efeitos visuais, com grandes lugares a serem percorridos e muitos personagens, ajudam o jogador a não ter aquela sensação de que está sozinho no mundo do crime. Outra característica importante é a agilidade para "carregar" (loading) as missões, tarefa muito rápida em relação aos games do gênero. Com toda essa qualidade, basta jogar certo suas cartas e você poderá se tornar o próximo e o mais poderoso Don.

Pop star Kylie Minogue enlouquece a web Captura de tela

Por João Magalhães is a pop star australiana Kylie Minogue a enlouquecer a internet, com mais um de seus ousados lançamentos: um clipe, em que aparece dançando de calcinha e sutiã pretos, peças que levam a sua assinatura. São dois minutos e meio de pura sensualidade. Em pouco tempo, os fãs da cantora fizeram cerca de dois milhões de downloads do vídeo, comprometendo o funcionamento dos servidores dos sites que o estão oferecendo. Resultado: todos, inclusive o site oficial de Kylie, tiveram que tirar o vídeo do ar. Mas como a web adotou o jeitinho típico do brasileiro, ainda é possível achar uma cópia no StarPulse, na seção Trailers & Video. Preferida do público inglês, Kylie foi eleita a musa da vez: recebeu cinco prêmios da Australian Record Industry Association, pela música "I Can't Get You Out of My Head". Mas o que mais chama a atenção nela é seu bumbum. Os tabloides ingleses, cuja receita é o sensacionalismo, chegaram a escrever sobre o traseiro da moça durante uma semana inteira. Site relacionado: http://www.starpulse.com/Music/Minogue,_Kylie/

O videoclipe teve de ser retirado da internet porque estava derrubando os sites que o exibiam

Qualidade gráfica 3D de primeira: ambientes e personagens ricos em detalhes, com algumas inserções de cenas do filme

O Poderoso Chefão - O Jogo Distribuição: Electronic Arts Telefone: (11) 5505-3713 Configuração mínima do sistema: Windows 98, 2000, ME ou XP (Windows 95 e NT não são suportados), processador de 2 GHz ou superior, 5GB de espaço livre em disco, além de espaço adicional para jogos salvos e arquivos de troca do Windows e instalação do DirectX 9.0, 256 MB de memória RAM, leitor de DVD de 8x velocidades, placa de vídeo aceleradora 3D de 128 MB e placa de som, ambas compatíveis com DirectX 9.0c. Idioma: Manual em português e software em inglês Faixa etária: 18 anos Preço: R$ 99,90 Mais informações: www.ea.com.br/ opoderosochefao

Falando com Deus, pelo celular ristãos e muçulmanos dos Estados Unidos podem agora rezar usando seus celulares. A Good News Holdings e o Barna Group estão lançando o FaithMobile (Fé Móvel), serviço que oferece escrituras, ringtones e vídeos cristãos para os assinantes das operadoras Cingular, Alltel e T-Mobile. O slogan da novidade é "Você falou com Deus hoje?". "É maravilhoso agora, nessa vida atribulada que levamos, ouvir a palavra de Deus, ao simples apertar de um botão", diz Jim Sands, diretor da Promise Keepers, organização norte-americana que congrega mais de cinco milhões de cristãos. O celular dos muçulmanos foi fabricado pela Ilkone Mobile Telecommunication, com sede em Dubai, e está sendo vendido pela distribuidora Tradelink Inc. O aparelho tem uma bússola que mostra aos fiéis a direção de Meca e traz uma versão completa do Corão em inglês. Site relacionado: http://www.faithmobile.net/


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Informática

Marcelo Min / AFG

ESPECIAL

AU TO MA ÇÃO

Caderno traz sugestões de equipamentos, softwares e soluções que melhoram a eficiência e a produtividade, e conseqüentemente o lucro, de qualquer tipo de estabelecimento comercial. Confira também os principais lançamentos exibidos na Autocom 2006, que começou ontem em São Paulo. Na próxima edição, publicaremos mais produtos e tecnologias para deixar o seu comércio ainda mais hi-tech.


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bilhões de reais eram os gastos com investimentos previstos no Orçamento em 2005

CARGA TRIBUTARIA Luludi/LUZ (1/5/2005)

GOVERNO QUER MP PARA GARANTIR GASTOS DE R$ 1 BI Medida Provisória virá sem dispositivo que fixa limite para a incidência de impostos

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recursos não chegaria a tempo de garantir a continuidade de algumas obras e investimentos na área social. A proposta de Orçamento que o governo enviou ao Congresso, em 2005, considerava gastos com investimentos da ordem de R$ 14 bilhões. Os parlamentares, no entanto, aprovaram na Comissão Mista de Orçamento uma ampliação dos investimentos para R$ 21 bilhões. Dificilmente, haverá recursos suficientes para atender a todas as emendas de parlamentares. Custo adicional – Os técnicos do governo argumentam que, se não soltar o dinheiro para os investimentos agora, as obras serão paralisadas e haverá um custo adicional para os cofres públicos. Consideram que essas são despesas fundamentais e que, se não realizadas, podem criar situações de calamidade. Assim, a excepcionalidade – condição para o uso de medidas provisórias na área orçamentária – estaria garantida. (AE)

terno Bruto (PIB) para as despesas correntes e de 16% para a carga tributária em 2006. A definição de limites para a despesa e para a carga tributária fazia parte de um plano de ajuste fiscal de longo prazo que estava sendo elaborado pelo ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci. O plano foi bombardeado pela ministrachefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, no final do ano passado. Dilma chegou a dizer que ele era "rudimentar". Antes de sair do governo, Palocci estava elaborando uma sugestão de política econômica para um eventual segundo mandato de Lula, da qual o ajuste fiscal de longo prazo seria o principal pilar de sustentação. Falta de tempo – A área técnica defende a medida com o argumento de que, mesmo que os presidentes da Câmara, Aldo Rebelo, e do Senado, Renan Calheiros, consigam realizar uma sessão do Congresso Nacional para aprovar o Orçamento, a liberação dos

governo pode não esperar a aprovação do Orçamento da União pelo Congresso esta semana e deve editar, ainda hoje, uma Medida Provisória propondo gastos de mais de R$ 1 bilhão para garantir a continuidade das obras no período eleitoral. A possibilidade de edição da MP foi discutida ontem à noite pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva com ministros. Os recursos vão cobrir despesas diversas, mas, principalmente os investimentos em infra-estrutura. Durante a reunião para discutir a Medida Provisória, os ministros também firmaram o convencimento de que o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2007 não terá um limite global para as despesas correntes primárias (que não incluem o pagamento de juros da dívida e os investimentos) e tampouco um teto para a carga tributária. Em 2005, o governo Lula inovou ao definir um teto de 17% do Produto In-

Leonardo Rodrigues/Hype

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presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Guilherme Afif Domingos, disse ontem que a liberação de "travas" para impedir o aumento de carga tributária federal é um indicador da predisposição do governo para continuar gastando. "Ele desistiu dos limites da carga e de despesas, pois é mais fácil gastar o dinheiro alheio. A sociedade precisa estar atenta. É por isso que estamos fazendo a campanha De Olho no Imposto", lembrou. O percentual da carga tributária federal aumentou de 14,93% do Produto Interno Bruto (PIB) em 1988, para 26,05% no ano passado. Para o presidente da Confederação Nacional de Serviços (CNS), Luigi Nese, falta planejamento ao Orçamento da União. Para o dirigente, a sua elaboração deveria ser precedida de um projeto pré-determinado. "Fixar

Pablo de Sousa/LUZ

Dirigentes criticam fim das "travas"

O governo desistiu dos limites da carga, pois é mais fácil gastar o dinheiro alheio. Afif Domingos

Fixar um projeto para alocar os recursos conforme a necessidade seria o ideal. Luigi Nese

um projeto para alocar os recursos conforme a necessidade seria obrigatório", disse. Nese também sugeriu a descentralização dos recursos da

União, que detém cerca de 70% do total de tributos arrecadados no País. "A União não pode ser o Papai Noel", afirmou. Adriana David

No ano passado, a Força Sindical reuniu mais de 1 milhão de pessoas na praça Campo de Bagatelle

Força no De Olho no Imposto

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om o mote "eu tenho o direito de saber", a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e a Força Sindical pretendem comemorar um dia 1º de maio diferente na capital paulista. Além das tradicionais festas, com apresentação de artistas, haverá manifestação de diversas entidades contra a enorme carga tributária que é imposta aos setores produtivos e aos trabalhadores em todo o País, dando ênfase ao movimento De Olho no Imposto. A expectativa é de que o evento reúna cerca de 1,5 milhão de pessoas na praça Campo de Bagatelle, na zona norte de São Paulo. Durante encontro, ontem, para acertar a parceria entre a Força Sindical e a ACSP, o presidente Guilherme Afif Domingos ressaltou a importância do processo de conscientização dos trabalhadores e da população para a necessidade de se reivindicar a redução da carga tributária. "O evento nos mostra a maturidade da sociedade organizada. Todos se uniram em um grande grito de protesto a partir da edição da

MP 232, derrubada no Congresso. Vamos aproveitar o 1º de maio para exigir ainda mais. Vamos exigir respeito", ressaltou Afif Domingos. Consciência – O presidente da ACSP afirmou que o objetivo dessa parceria é reforçar a campanha de conscientização de toda a sociedade quanto à carga tributária, considerada a mais alta em todo o mundo. "Queremos criar a consciência de defesa do contribuinte como já aconteceu com o Código do Consumidor", ressaltou. Ele dá o exemplo do consumidor que, ao comprar uma garrafa de água, paga 45% do seu preço final em impostos. Para atingir esse objetivo, o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, explicou que a entidade divulgará material de esclarecimento especialmente elaborado para a ocasião. "O trabalhador saberá o quanto paga de impostos em tudo o que consome. Nossa expectativa é positiva, porque esperamos conscientizar 1,5 milhão de pessoas que comparecerão ao evento", disse. Outras entidades, como a Ordem

dos Advogados do Brasil (OAB) e Sescon, também participarão do evento. A festa – A comemoração do 1º de maio da Força Sindical terá início às 7h, com shows e manifestações em favor dos direitos dos trabalhadores. Às 10h, haverá uma manifestação específica para protestar contra a alta carga tributária com a participação da ACSP, da Ordem dos Advogados do Brasil e de outras entidades. Os trabalhadores receberão explicações sobre a incidência de impostos em todos os produtos e serviços que adquirem diariamente. Em seguida, continuam os shows de artistas como Zezé Di Camargo, Alexandre Pires, Sandy e Júnior, Edson e Húdson, totalizando 40 apresentações. Haverá, também, o sorteio de dez automóveis e cinco apartamentos. "O 1º de maio surgiu para protestar contra os empresários e as péssimas condições de trabalho. No Brasil, estamos adotando modelo diferente, que une trabalhadores e empresários em reivindicações comuns", concluiu Paulinho. Paula Cunha

Festa da CUT será na Paulista

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Central Única dos Trabalhadores (CUT) pretende enfatizar, nas comemorações do Dia do Trabalho, a valorização do emprego e a ampliação dos direitos dos trabalhadores. Com manifestações organizadas em todo o território nacional, a palavra de ordem da central sindical neste ano será "Democracia, Emprego, Renda e Am-

pliação de Direitos". Na capital paulista, a festa da CUT será realizada mais uma vez na Avenida Paulista, na altura do prédio da Gazeta, a partir das 11h. Entre as principais reivindicações da CUT estão: distribuição de renda, mais investimentos em educação, correção da tabela do Imposto de Renda, política permanente de valorização do sa-

lário mínimo, ampliação dos direitos trabalhistas, reforma agrária e melhores empregos e salários, entre outros. A apresentação de grupos musicais também marcará o evento da central. Entre os grupos que já confirmaram sua presença estão Banda Calypso, Hugo & Tiago, KLB, Daniel, Capital Inicial, Vanessa Camargo e Banda Eva. (PC)


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Tr i b u t o s Agronegócio Nacional Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 11 de abril de 2006

Temos que entrar pesadamente em inovação tecnológica ou não se avança. Antonio Barros de Castro, diretor do BNDES

AMÉRICA DO SUL UNIDA CONTRA AFTOSA

BANCO DE DESENVOLVIMENTO RECOMENDA QUE INDUSTRIAIS INVISTAM EM INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

BNDES PREVÊ EXPANSÃO DO CRESCIMENTO

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economia brasileira pode estar em uma rota diferenciada e sustentável de crescimento, com empresas investindo em novas tecnologias. A análise é do diretor de Planejamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Antonio Barros de Castro. "Os fatos estão se insinuando", afirmou o executivo. Castro lembrou que a economia brasileira tem uma longa história de preparação para o crescimento. "Estamos no 'estado das artes' ou próximo dele. Por isso é que temos que entrar pesadamente em inovação tecnológica ou não se avança. Estamos na fronteira", afirmou, lembrando que o BNDES oferece linha de crédito para financiar a inovação.

Sucesso – Como exemplo de especialização brasileira, Castro citou o caso do desenvolvimento do etanol (álcool). "O etanol é uma economia que vai da cana a bio-refinarias", disse. Um dos elementos que ele vê na partida dessa rota é "o impulso expansivo de 2004", que acredita permanecer. O diretor do BNDES prevê que a economia neste ano vai seguir um ritmo semelhante ao de 2004, porém, por questões estatísticas, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deve ser de 4% em vez dos 4,9% registrados naquele ano. Castro se baseia em dados do setor de máquinas e equipamentos e de bens de capital (BK) que constam da Sinopse de Investimento do BNDES, divulgada ontem. Por ele, no primeiro bimestre deste ano, o

consumo aparente (produção mais importação menos exportação) de bens de capital, exceto meios de transporte e tratores, os chamados "BK sem rodas", foi 34% superior ao mesmo período de 2005. Para o diretor do BNDES, isso significa que "as empresas estão se valendo do dólar depreciado em relação ao real para modernizar-se de forma muito vigorosa em máquinas e equipamentos". Ele interpretou esse indicador de investimento também como uma prova de que "o impulso expansivo de 2004 permanece" e que "quem falou de stop and go disse bobagem: não teve stop". O fraco desempenho da economia no terceiro trimestre de 2005 foi "um tropeço. O ponto fora da curva é aquele, e não 2004", disse Castro. (AE)

Grandes recusam conta do apagão

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disputa entre distribuidoras e grandes c o n s u m i d o re s d e energia em torno de um dos encargos cobrados nas contas de luz dominou, ontem, a audiência pública promovida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). De um lado, as distribuidoras apóiam a proposta da Aneel para que seja estendida aos chamados consumidores livres (grandes empresas que podem escolher de quem compram a energia que utilizam) a cobran-

ça da Recomposição Tarifária Extraordinária (RTE), a chamada "conta do apagão". Do outro, os consumidores livres argumentam que a extensão da cobrança é ilegal e traria perdas econômicas importantes a diversas setores industriais. Os recursos da RTE, criada no fim de 2001, são utilizados para compensar as perdas que as distribuidoras tiveram com o racionamento de energia elétrica iniciado naquele ano. Hoje, só os chamados clientes cativos das distribuidoras (resi-

EDITAL

dências e pequenas indústrias) pagam o encargo. No caso das residências, a RTE representa 2,9% da conta, enquanto para as indústrias o encargo tem peso de 7,9% na tarifa final. A proposta da Aneel é de que a RTE passe a ser cobrada das empresas que migraram para o mercado livre depois da criação do imposto. Grandes empresas que podem ser atingidas pela medida enviaram representantes à Aneel para defender a derrubada da proposta. (AE)

GÁS Abastecimento garantido

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s medidas de redução de abastecimento de gás natural vindo da Bolívia, por conta de rompimento de gasodutos no país vizinho, poderão durar menos do que o governo brasileiro esperava, informou ontem o Ministério de Minas e Energia. "A expectativa era de que o racionamento durasse cerca de 20 dias, porque não se tinha acesso aos gasodutos, mas agora o acesso foi dado e o ministro (Silas Rondeau) acredita que o abastecimento poderá ser normalizado no final desta semana", afirmou um portavoz do Ministério. Na Petrobras, dona dos dutos, a expectativa é de que a obra de reparo termine em até sete dias, segundo a assessoria de imprensa. "Já se iniciou (a obra) e deve levar de cinco a sete dias. Quando voltar, o abastecimento será totalmente normalizado, e não aos poucos", afirmou um assessor da estatal.

As obras demoraram a começar porque na semana passada manifestações da população, que pede a nacionalização do gás natural na Bolívia, impediram o acesso da empresa brasileira aos dutos. Retrospectiva – Fortes chuvas no início do mês danificaram três gasodutos da Petrobras na Bolívia, reduzindo o envio de gás natural para o Brasil. Segundo a estatal, as exportações ao Brasil caíram de 26 milhões para 21 milhões de metros cúbicos diários. Na sexta-feira, o Ministério informou redução de 72% no suprimento que atende às termelétricas do Sistema Interligado; diminuição de 51% no consumo das refinarias da Petrobras; e corte de 12% na oferta de gás para as distribuidoras. Mas garantiu que, apesar da redução das termelétricas, a geração de energia elétrica está assegurada pela produção das hidrelétricas. (Reuters)

Países da América do Sul se unem para combater a aftosa

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combate conjunto à febre aftosa pelos países integrantes do Conselho Agropecuário do Sul (CAS) poderá ter recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O CAS é formado pelo Brasil, Bolívia, Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai. O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, revelou ontem que o grupo deve solicitar US$ 100 milhões para ações nos próximos três anos. "Naturalmente, a gente pede bastante para ver o que consegue de fato obter", brincou. A articulação para eliminar definitivamente a doença é um dos principais temas da reunião do Conselho Agropecuário do Sul, realizada entre ontem e hoje, em Brasília. O encontro ocorre paralelamente à 2ª Conferência Internacional sobre Rastreabilidade de Produtos Agropecuários. Após a abertura da conferência, o ministro brasileiro destacou que a parceria entre os países do conselho também será importante para evitar a entrada de novas doenças na região, como a gripe aviária. Os representantes dos seis governos no CAS devem discutir também a questão das disput a s c o m e rc i a i s p e n d e n t e s n a O rg a n i z a ç ã o M u n d i a l do Comércio (OMC). (ABr)

CONVOCAÇÕES

FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR

EDITAL DA TOMADA DE PREÇOS Nº 001/2006- FAMESP PROCESSO Nº 266/2006 - FAMESP Acha-se aberta na Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli, s/nº, Distrito de Rubião Júnior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680 - ramal 111 - FAX (0xx14)3882-1885 - ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br/licitações/ Hospitaldas Clínicas, a Tomada de Preços nº 001/2006 - FAMESP, Processo nº 266/2006 - FAMESP, que tem como objetivo a Contratação de empresa especializada para prestação de serviços de instalação de ar-condicionado da Hemodiálise do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina. Será realizada visita para esclarecimentos técnicos e administrativos no dia 28 de abril de 2006, às 09:00 horas, na Sala de Reuniões da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP. O envelope nº 01 Documentação e envelope nº 02 - Proposta, serão recebidos até o dia 08 de maio de 2006, às 8:45 horas, quando será procedida a abertura dos referidos envelopes no dia 08 de maio de 2006, às 9:00 horas. A Pasta Técnica poderá ser retirada, na Seção de Compras da FAMESP,das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas até o dia 27 de abril de 2006, no endereço acima citado. Botucatu, 11 de abril de 2006. Prof. Dr. Shoiti Kobayasi - Diretor Vice Presidente - FAMESP.

DECLARAÇÃO DE PROPÓSITO DECLARAÇÃO DE PROPÓSITO

Itautec S.A. - Grupo Itautec CNPJ 54.526.082/0001-31

ALCINDO FERREIRA, portador da C.I. RG. nº 558.523-SSP-DF e CPF nº 043.904.908-34. DECLARA

sua intenção de exercer cargo de administração na ACTION S/A DISTRIBUIDORA DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS e que preenche as condições estabelecidas no art. 2º da Resolução 3.041, de 28 de novembro de 2002. ESCLARECE que, nos termos da regulamentação em vigor, eventuais objeções à presente declaração devem ser comunicadas diretamente ao Banco Central do Brasil, no endereço abaixo, no prazo de quinze dias contados da data da publicação desta, por meio formal em que os autores estejam devidamente identificados, acompanhado da documentação comprobatória, observado que o declarante pode, na forma da legislação em vigor, ter direito a vistas do processo respectivo. BANCO CENTRAL DO BRASIL. Departamento de Organização do Sistema Financeiro. Gerência Técnica em São Paulo. Av. Paulista, nº 1804 - São Paulo-SP. CEP 01310-922.

COMUNICADO Plataforma Administrativa do Candidato Marcello Martines à Presidência da Diretoria

Fato Relevante Edital de Convocação ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA E EXTRAORDINÁRIA Os Senhores Acionistas da ITAUTEC S.A. - GRUPO ITAUTEC são convidados pelo Conselho de Administração a se reunirem em Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária, que se realizará no dia 26 de abril de 2006, às 15:30 horas, no auditório da sede social, na Rua Santa Catarina, 1 - Prédio 2 - Parque São Jorge, em São Paulo (SP), a fim de: I1.

2. 3.

4.

1) Futebol Profissional Equipe principal competitiva e vencedora.

2) Futebol de Base Reformulação e valorização das divisões de base, restabelecendo as tradições tricolores.

3) Administração Transparência nas decisões administrativas

4) Poderes do Clube Valorização e respeito aos Conselhos: Deliberativo, Consultivo e Fiscal, priorizando o resgate da história do clube.

5) Outros Esportes Dar ênfase aos esportes tradicionais da Instituição.

6) Estacionamento Construção das garagens para os associados São Paulo, 10 de abril de 2006 (a.a.) Marcello Martines R.G. nº 1.472.274

NIRE 35300109180

Capital Autorizado: até 900.000.000 de ações Capital Subscrito e Realizado: R$ 194.834.642,98 - 174.296.078 ações

SÃO PAULO FUTEBOL CLUBE Cumprindo disposição contida no Estatuto do São Paulo Futebol Clube, Marcello Martines, Sócio nº 222, subscreve sua plataforma administrativa para o biênio 2006/2008:

Companhia Aberta

DF Vasconcellos S/A – Óptica e Mecânica de Alta Precisão

ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA tomar conhecimento do Relatório da Administração e do Parecer dos Auditores Independentes e examinar, para deliberação, balanço patrimonial, demais demonstrações financeiras e notas explicativas, relativos ao exercício social encerrado em 31.12.2005; homologar a destinação do lucro líquido do exercício; eleger os membros do Conselho de Administração; tendo em vista determinação das Instruções CVM nºs 165/91 e 282/98, fica consignado que, para requerer a adoção de voto múltiplo na eleição de membros do Conselho de Administração, os requerentes deverão representar, no mínimo, 5% do capital social; fixar a verba destinada à remuneração dos integrantes do Conselho de Administração e da Diretoria;

II - ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA Examinar proposta do Conselho de Administração, objetivando: 5. elevar o atual capital social subscrito, de R$ 194.834.642,98 para R$ 195.554.141,40, sem emissão de ações, mediante capitalização de reservas de capital; 6. incorporar a totalidade das ações do capital da controlada Itautec Informática S.A. Grupo Itautec, convertendo-a em subsidiária integral, nos termos do artigo 252 da Lei nº 6.404/76; 6.1. ratificar a nomeação da empresa avaliadora Moore Stephens Lima Lucchesi Auditores Independentes para a elaboração dos pertinentes laudos de avaliação patrimonial; 6.2. conseqüente elevação do capital social, mediante emissão de ações a serem atribuídas aos acionistas da Itautec Informática S.A. - Grupo Itautec; 7. em decorrência dos itens precedentes, alterar a redação do “caput” do artigo 3º do estatuto social, a fim de consignar o novo valor do capital subscrito e sua divisão em ações. São Paulo-SP, 10 de abril de 2006. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Olavo Egydio Setubal Presidente

AVISO AOS ACIONISTAS Consoante dispõe o artigo 4º da Instrução CVM nº 319, de 03.12.1999, comunicamos aos Senhores Acionistas que os laudos definitivos de avaliação, nos quais se baseará a incorporação de ações a ser deliberada pela Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária de 26.04.2006, encontram-se na sede social, na Rua Santa Catarina, 1 - Prédio 2 - São Paulo (SP). São Paulo (SP), 10 de abril de 2006. Ricardo Egydio Setubal Diretor de Relações com Investidores (11/12/13)

FALÊNCIAS & CONCORDATAS Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 10 de abril de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências: - 01ª Vara de Falências Requerente: Nacelle Comércio Ltda. - Requerido: Requerente: Rankar Truck Center Ltda. - RequeriMiss Teen Modas Ltda. - Rua General do: CSC Transportes de Cargas Especiais Bagueira, 185 - 01ª Vara de Falências Ltda. - Rua São Quirino, 800 - 02ª Vara de Requerente:Tempo Factoring Ltda. - Requerido: APR Falências Comércio de Alimentos Ltda. - Rua Ingu, 113

CNPJ 61.482.725/0001-58 – NIRE 3530002298.0 – Capital Aberto. Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária – Convocação. Convidamos os senhores acionistas a reunirem-se em Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária, a realizar-se no dia 28 de abril de 2006, nos horários abaixo, respectivamente, na sede social da Companhia, sita na Avenida Indianópolis, 1706, São Paulo-SP, para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: Em Assembléia Geral Ordinária, às 10,00 horas: 1. Leitura, discussão e aprovação do relatório da administração e das demonstrações contábeis e financeiras relativas ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2005; 2. Eleição de membros do Conselho de Administração; 3. Outros assuntos de interesse da Sociedade relacionados com os itens precedentes. Em Assembléia Geral Extraordinária, às 11,00 horas em 1ª. convocação e, se for o caso, às 12,00 horas em 2ª. convocação: 1. Grupamento de ações na proporção de 1000 para 1, com conseqüente alteração do art. 5 do Estatuto Social; 2. Outros assuntos de interesse da Sociedade relacionados com os itens precedentes. O quorum para a instalação da AGE em 1ª. convocação será dois terços do capital votante e em 2ª. convocação com qualquer quorum. Atendendo Instrução da CVM 165/91 e 282/98, informa-se que é de 9% o percentual mínimo de participação no capital votante necessário à requisição da adoção do voto múltiplo para Eleição dos membros do Conselho de Administração. São Paulo, 07 de abril de 2006. Conselho de Administração (11, 12, 13/04/2006)

Itautec Informática S.A. Grupo Itautec CNPJ 51.764.058/0001-42 Companhia Aberta NIRE 35300005040 Capital Autorizado: até 3.000.000.000 de ações Capital Subscrito e Realizado: R$ 91.750.000,00 - 1.930.956.778 ações

Fato Relevante Edital de Convocação ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA E ORDINÁRIA Os Senhores Acionistas da ITAUTEC INFORMÁTICA S.A. - GRUPO ITAUTEC são convidados pelo Conselho de Administração a se reunirem em Assembléia Geral Extraordinária e Ordinária, que se realizará no dia 26 de abril de 2006, às 14:30 horas, no auditório da sede social, localizado na Rua Santa Catarina, 1 - Prédio 18 - 2º andar, nesta Capital, a fim de: I - ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA examinar Proposta do Conselho de Administração, objetivando: 1. a incorporação da totalidade das ações desta sociedade pela controladora Itautec S.A. - Grupo Itautec e a conseqüente conversão da Itautec Informática S.A. - Grupo Itautec em subsidiária integral, nos termos do artigo 252 da Lei nº 6.404/76, atribuindose ações da incorporadora aos acionistas desta sociedade, em substituição e proporcionalmente às respectivas participações; 2. a reforma do estatuto social, para adequá-lo à condição de subsidiária integral, mediante conversão das ações preferenciais em ordinárias e eliminação dos dispositivos sobre o capital autorizado, a forma escritural das ações, as vantagens das ações preferenciais e o Conselho de Administração; II - ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA 3. tomar conhecimento do Relatório da Administração e do Parecer dos Auditores Independentes e examinar, para deliberação, balanço patrimonial, demais demonstrações financeiras e notas explicativas, relativos ao exercício social encerrado em 31.12.2005; 4. homologar a destinação do lucro líquido do exercício; 5. eleger os membros da Diretoria e fixar a verba destinada à sua remuneração. São Paulo-SP, 10 de abril de 2006. Conselho de Administração Olavo Egydio Setubal Presidente

AVISO AOS ACIONISTAS Consoante dispõe o artigo 4º da Instrução CVM nº 319, de 03.12.1999, comunicamos aos Senhores Acionistas que os laudos definitivos de avaliação, nos quais se baseará a incorporação de ações a ser deliberada pela Assembléia Geral Extraordinária e Ordinária de 26.04.2006, encontram-se na sede social, na Rua Santa Catarina, 1 - Prédio 18, em São Paulo (SP). São Paulo (SP), 10 de abril de 2006. Ricardo Egydio Setubal (11/12/13) Diretor de Relações com Investidores


terça-feira, 11 de abril de 2006

Tr i b u t o s Agronegócio Nacional Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Em todo o País, existem 40 mil pontos-de-venda de ração.

UM EM CADA SEIS HABITANTES TEM CACHORRO

Fotos: Leonardo Rodrigues/Hype

Fotos: Marcelo Soares/Hype

Clarismundo Milani, da The Dog Bakery: padaria para cachorros

INFLAÇÃO O IPC-S subiu 0,3% na primeira semana de abril. Foi a maior alta em dois meses.

Ó RBITA

Páscoa terá até "chocolate"

NOSSA CAIXA Susep recomenda o cancelamento de leilão da Nossa Caixa Capitalização.

Cristiane Martins Dias, da Tutti e Petti: bom atendimento ajuda a driblar a forte concorrência do setor

Tiago Queiroz/AE

MARCHA PELA VARIG EM BRASÍLIA

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empresa de logística VarigLog resolveu retomar a discussão sobre a proposta de compra de US$ 350 milhões de dólares que fez pela Varig, mesmo depois de ter vencido na sexta-feira o prazo dado para negociação. A VarigLog diz que não tem sido prejudicada pela situação delicada da Varig. Assessor da companhia de logística informou que a empresa tem hoje condições de atender 90% dos clientes com os aviões que estão à sua disposição e que apenas 10% das entregas dependem de contratação de aeronaves de terceiros. Mobilização – Hoje, funcionários da Varig de

Banho e tosa são os serviços mais freqüentes nos pet shops

diversas localidades do País viajam a Brasília para realizar, no Congresso Nacional, a "Marcha pela Salvação da Varig". O objetivo da manifestação é obter apoio dos parlamentares na solução da crise da empresa. O diretor da Associação de Pilotos da Varig (Apvar),

PAGAMENTOS

O

s bancos não abrirão na próxima sexta-feira. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou que as contas de consumo e os carnês com vencimento no dia 14 de abril poderão ser pagos na segunda-feira (17), sem multa. Isso não vale para os tributos municipais, estaduais e federais, que deverão ser pagos na próxima quinta-feira (13).

NEGOCIAÇÃO

O

Diário Oficial publica hoje autorização do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o ministro das Comunicações, Hélio Costa, afastar-se do País até o dia 16, para viajar ao Japão com Celso Amorim (Relações Exteriores) e Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior). Ele vai negociar a instalação de uma fábrica de semicondutores no País. (AE)

TRÁFEGO

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movimento de veículos nas rodovias brasileiras cresceu 1,6% em março em relação a fevereiro, encerrando o primeiro trimestre com saldo positivo de 0,1%, aponta a Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR). O tráfego de veículos leves cresceu 0,7%, enquanto o de carretas recuou 1,7%. (AE) A TÉ LOGO

Felipe Paiva, disse que os trabalhadores querem sensibilizar o governo para ajudar a solucionar o caso. "Temos que ser recebidos até para mostrar qual é nosso pleito. Não estamos com o pires na mão pedindo esmolas. A empresa tem condições de sobreviver", afirmou Paiva. (Agências)

CESTA BÁSICA MAIS BARATA

O

valor da cesta básica do paulistano teve queda de 0,92% no mês de março, de acordo com pesquisa realizada pela Fundação Procon-SP em convênio com o Departamento Intersindical de Estudos SócioEconômicos (Dieese). Segundo o levantamento, o preço médio da cesta passou de R$ 209,52, em 24 de fevereiro, para R$ 207,59, no dia 31 de março deste ano.

A maior variação por grupo verificada durante o mês foi a queda de 1,40% em higiene pessoal, seguida pela diminuição de 0,97% em alimentação e uma queda de 0,21% em limpeza. Em 2006, foi registrada diminuição no preço da cesta básica de 4,06% (com base em 28 de dezembro de 2005), e queda de 4,03% no acumulado de 12 meses. (AE)

COMÉRCIO MUNDIAL DEVE CRESCER 7%

O

comércio mundial deve crescer 7% neste ano, beneficiado por um ligeiro avanço da economia global, que deverá aumentar 3,5%. Em 2005, o avanço mundial foi de 3,3% e, no ano anterior, de 9%. Essas são as conclusões do estudo Perspectivas para 2006, da Organização Mundial do Comércio (OMC), divulgado ontem. O crescimento de 7% está

fundamentado em um avanço de 5,5% a 6% no comércio entre os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Segundo a OMC, essa expansão poderá ser ameaçada se a demanda nos Estados Unidos crescer menos do que se acredita, e se a aguardada recuperação da União Européia (UE) não se concretizar. (AE)

LEI KANDIR VOLTA À DISCUSSÃO

G

overnadores dos estados exportadores e os presidentes das principais entidades do setor exportador brasileiro reúnem-se hoje em Brasília, para discutir garantias aos estados exportadores de reposição pelas perdas causadas pela Lei Kandir. Criada em 1996 com a finalidade de incentivar as exportações com a

desoneração do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incidente sobre a venda dos produtos primários e semielaborados, a lei é foco constante de atritos entre os governos federal e dos estados. Em 2005, os estados ameaçaram não autorizar transferências de créditos do ICMS às empresas exportadoras. (AE)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

L

TRT-SP: humilhado por revirar lixo ganha indenização de R$ 40 mil

L

Exclusividade da Globosat impede concorrência, diz procurador

L

Clientes do programa Smiles da Varig tentam transferir milhagens

Lojas também apostam na Copa

Mercado para pets cresce 20% ao ano Começa hoje a Feira Xclusive Pet Fair que reúne lojistas e fabricantes

Q

uanto mais aumenta o espaço dos animais dentro de casa, mais o negócio fica rentável para os donos de pet shops (pontos especializados no comércio de bichos e produtos de uso veterinário, onde são oferecidos também banho e tosa). Existem hoje no Brasil oito mil pet shops, que empregam aproximadamente 30 mil pessoas. Só no Estado de São Paulo, são 5 mil lojas, com quase 19 mil funcionários. "O setor é um dos que mais cresce no País, 20% ao ano. No Brasil, um em cada seis habitantes tem cachorro; e um em cada 16 possui um gato. Um aumento de 17% nos últimos quatro anos", diz o presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio de São Paulo (Sindilojas), Ruy Nazarian. Um setor com perfil tão atraente chama a atenção de empreeendedores em busca de bons negócios. E para essas pessoas (veterinários, lojistas, fabricantes de roupas, alimentos e acessórios) começa hoje em São Paulo, no Expo Center Norte, na capital, a 6ª edição da Xclusive Pet Fair, feira de negócios da linha Pet e Horse. "No evento, além de lançamentos de produtos, os visitantes encontrarão orientações de como abrir um negócio. As informações são fruto de uma parceria entre a organização da feira e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) ", afirma o diretor da Pet Fair, Osvaldo Penha Gessulli, que completa: "Os micros e pequenos empresários recebem apoio e ficam sabendo a melhor forma de expandir o negócio. Os veterinários, por exemplo, não aprendem gestão em uma faculdade." A expectativa deste ano é de que 15 mil pessoas visitem o evento, que terá 100 expositores. "Os participantes da Pet Fair estão apostando no mercado", ressalta Gessulli. O faturamento da feira deve ultrapassar os R$ 2 milhões

registrados no ano passado. Gessulli cita o segmento de ração para animal para chamar a atenção para o crescimento do setor. "Há dois anos e meio, existiam 8 mil pontosde-venda de venda de ração no Brasil. Hoje, esse número saltou para 40 mil. É o produto que sai com mais facilidade nas lojas. É possível adiar a compra de perfumes ou acessórios. Comida, não dá. " A grande novidade da "moda" para os cachorros são as peças criadas com o tema da Copa do Mundo. "Nós teremos desfiles com cachorros treinados para comerciais. Serão apresentadas roupinhas, mas

também camas e bandanas para os bichos entrarem no clima do mundial", diz Gessulli. Dificuldade – Segundo a veterinária Cristiane Martins Dias, proprietária da Tutti e Petti, loja que fica no Shopping West Plaza (zona oeste de São Paulo), a concorrência torna difícil o dia-a-dia do negócio. Ela dirige a empresa há seis anos. "O número de clientes cresceu, mas a proporção de pontos de atendimento aumentou mais ainda", explica. Cristiane afirma que, para se diferenciar das grandes redes, oferece serviços e presta atendimento de qualidade. Neide Martingo

Páscoa boa para cachorro

O

s comensais de quatro patas não ficarão de fora da comilança de Páscoa. A Choco Dog's, empresa que fica em Valinhos, fabrica um petisco em forma de ovo – o Ovodog's – e de coelhinho que cheira a chocolate, mas na verdade não é. "Na receita não está incluída a manteiga de cacau, que poderia fazer mal à saúde dos bichos", explica a sócia-proprietária

da empresa, Cinthia Almeida. Já a The Dog Bakery, padaria especializada em cachorros, está lançando para a Páscoa a Pata Pascal. Trata-se de uma iguaria de "chocolate" em forma de patas de cachorro. Os produtos são feitos sem açúcar, sal, aromatizantes ou colorantes, segundo o proprietário da empresa, Clarismundo Milani. (NM)

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 -.ECONOMIA/LEGAIS

terça-feira, 11 de abril de 2006

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Senhores Acionistas, Apresentamos, em obediência às disposições legais e estatutárias, o Relatório da Administração, Balanço Patrimonial e demais Demonstrações Financeiras, relativas ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2005, comparados com os do anocalendário de 2004, acompanhados do Parecer dos Auditores Independentes. Desempenho A Divisão Solúvel prosseguiu em 2005 sua política de desenvolvimento e conquista de novos mercados com uma contínua diversificação de produtos e qualidades, alcançando 64 países em todos os Continentes, que adquiriram 21.262 toneladas de café solúvel, correspondendo a 921.361 sacas de café verde, industrializadas e exportadas com valor agregado. Na área industrial, adquirimos equipamentos e fizemos adequações no processo produtivo, com investimentos superiores a R$ 3 milhões. O Sistema de Segurança Alimentar é certificado com base no HACCP e o Sistema de Gestão da Qualidade é certificado em conformidade com a ISO 9001:2000. Somando as vendas de exportação e de mercado interno, a Divisão Solúvel auferiu em 2005 receita de R$ 273.959 mil, com acréscimo de 9,89% sobre o ano anterior (R$ 249.307 mil). A Divisão Alimentos registrou em 2005 aumento de 16% em seu volume de vendas de Café Pelé torrado e moído, 18,3 mil toneladas contra 15,7 mil toneladas em 2004, enquanto o faturamento subiu 23,46% com vendas de R$ 130.718 mil em 2005 e R$ 105.882 mil em 2004. Houve seqüência no programa de automatização com a instalação de uma nova linha de embalagem e de outros melhoramentos. Cabe registro especial que por ocasião do 13º Encafé, Encontro Nacional de Produtores de Café, em novembro último, a Divisão Alimentos foi laureada com dois prêmios: 1. O Café Pelé Edição Especial obteve a nota máxima do PQC (Programa de Qualidade do Café); 2. A empresa recebeu o prêmio de “Torrefadora com as melhores instalações industriais do país”, ambos instituídos pela Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC). A Divisão Embalagens conservou a certificação no sistema ISO 9001:2000 e registrou aumento de seu faturamento de 21,33%, incrementando suas vendas para R$ 45.922 mil em 2005, sobre R$ 37.848 mil em 2004, distribuídos em 11,6% de sacaria laminada e os produtos tradicionais de sacaria de polipropileno para farelos, grãos, rações, produtos frigorificados e sal. Recursos Humanos Em 2005, o Programa de Formação Profissional proporcionou 18.952 horas/homens de treinamento a seus colaboradores nos diversos cursos ministrados, representando um aumento de 5,24% em relação ao exercício anterior. Foram concedidas 91 Bolsas de Estudos. Foi mantido até novembro o convênio com o Centro de Educação à Distância, da Secretaria de Estado da Educação do Estado do Paraná, para a realização do curso de 1o. grau dentro da Empresa. Desenvolvemos e implantamos o programa Saúde Cacique, na unidade de Londrina, onde realizamos um total de 8 palestras com a participação de todos os colaboradores. Dentro do programa, instituímos a ginástica laboral que é aplicada diuturnamente em todas as áreas da unidade de Londrina, no início do expediente, inclusive nos turnos de revezamento.

Lucro Líquido ( - ) Reserva Legal 5% ( + ) Realização da Reserva de Reavaliação Base para Dividendos Dividendos Propostos – 2 5 %

18.564 (928) 382 18.018 4.505

Dividendos por Ações Preferenciais por mil ações: Dividendos por Ações Ordinárias por mil ações:

R$ R$

186,21 169,28

Perspectivas Futuras Graças a uma dinâmica e competente política de venda e de marketing, e à permanente melhoria de qualidade de nossos produtos spray-dried, freeze-dried e extratos, deveremos manter e até ampliar a performance exportadora verificada em 2005. O Café Pelé, exportado em embalagens de latas e vidros, é consumido por milhões de pessoas e marca consolidada mundialmente pelo reconhecimento do seu padrão de excelência. Nossas outras marcas próprias, as vendas com marcas de terceiros e as exportações a granel completam o elenco de produtos que oferecemos ao mercado internacional. Confiamos na atuação do Itamaraty para demover a União Européia de continuar a taxação em 9% nas nossas exportações de café solúvel, reimplantada em 1º de janeiro deste ano. O setor prossegue pleiteando do governo federal que sejam desobstruídas as exigências burocráticas para a importação de café verde, sob o regime aduaneiro de draw-back. Perseveramos em nossos pleitos para que sejam desoneradas da cobrança do ICMS as aquisições interestaduais de café verde, embalagens, material secundário e outros insumos, ou então que os Estados não criem dificuldades para a recuperação dos créditos acumulados. Para neutralizar os efeitos desses fatores negativos e da menor receita em decorrência da apreciação do real, estamos adotando severas medidas de contenção de nossos custos fixos e para melhoria de nossos índices de produtividade a fim de nos mantermos competitivos no mercado internacional. Relacionamento com Auditores Independentes Em atendimento à Instrução nº 381/03 da Comissão de Valores Imobiliários, informamos que nossos auditores independentes não foram contratados para prestação de serviços que não aqueles relacionados aos serviços de auditoria externa, atendo-se ao exame das demonstrações contábeis do exercício findo em 31 de dezembro de 2005. Agradecimentos Manifestamos especial agradecimento aos nossos acionistas, colaboradores e prestadores de serviços, e ressaltamos o inestimável apoio dos fornecedores, clientes e instituições financeiras.

Resultado do Exercício O lucro líquido do exercício em 2005 foi de R$ 18.564 mil, enquanto 2004 registrou R$ 24.007 mil. Destinação dos Resultados Lucro Líquido ( - ) Reserva Legal - 5% ( + ) Realização da Reserva de Reavaliação ( - ) Dividendos Propostos ( = ) Reserva de Retenção de Lucros

Proposta de Distribuição de Dividendos

R$ mil 18.564 (928) 382 (4.505) 13.513

Londrina, 27 de março de 2006.

A Administração

BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO - (Em Reais Mil) A T I V O

P A S S I V O Controladora

L Í Q U I D O Controladora

Consolidado

2004

2005

2004

64.765

83.299

61.305

82.744

Fornecedores

8.896

8.599

12.525

8.698

Empréstimos e Financiamentos

3.088

177

3.088

177

Adiantamentos de Clientes

35.390

49.937

28.115

49.952

2004

2005

2004

CIRCULANTE

132.798

134.563

169.049

171.870

CIRCULANTE

Caixa e Bancos

2.298

4.446

3.704

5.379

-

-

23.277

33.990

5.202

5.143

8.167

5.586

Títulos e Valores Mobiliários

P A T R I M Ô N I O

2005

2005

Aplicações Financeiras de Liquidez Imediata

E

Consolidado

Contas a Receber de Clientes

21.213

22.067

28.632

22.430

Salários e Encargos Sociais

1.265

1.177

1.271

1.190

Estoques

49.352

50.973

49.652

51.330

Impostos e Contribuições a Recolher

2.426

2.934

2.485

2.991

Créditos Fiscais

53.887

51.126

53.929

51.640

Dividendos e Juros sobre o Capital

846

808

1.669

1.495

-

-

19

20

8.017

9.837

16.876

19.657

369

529

569

1.329

Demais Contas a Receber Despesas do Exercício Seguinte REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Títulos a Receber Depósitos Judiciais

1.555

1.487

2.490

2.421

Créditos Fiscais

5.625

7.399

7.796

9.841

Outros Créditos

468

422

6.021

6.066

121.382

112.373

76.631

68.381

45.646

44.850

-

-

ATIVO PERMANENTE

Outros Investimentos Permanentes Imobilizado Diferido

TOTAL DO ATIVO

1.222

4.189

1.222

4.189

4.505

1.880

4.505

1.880

Valores a Pagar - Controladas

2

830

-

-

Provisão para Férias e Outras

4.075

3.461

4.088

3.474

Provisão para o Imposto de Renda

1.975

8.272

2.077

8.328

Demais Contas a Pagar

1.921

1.843

1.929

1.865

8.945

5.574

12.759

9.259

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO Provisões para Contingências

3.127

2.891

4.191

3.866

Impostos Diferidos

5.818

2.683

8.568

5.393

-

-

5

5 167.900

PARTICIPAÇÃO DOS MINORITÁRIOS

Investimentos Participações em Coligadas/Controladas

Próprio a Pagar DividendosPropostos

876

876

950

950

PATRIMÔNIO LÍQUIDO

188.487

167.900

188.487

74.276

65.978

75.097

66.762

Capital Social Realizado

103.000

91.000

103.000

91.000

584

669

584

669

Reservas de Reavaliação

20.576

14.430

20.576

14.430

Reservas de Lucros

64.911

62.470

64.911

62.470

262.197

256.773

262.556

259.908

262.197

256.773

262.556

259.908

TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO (Em Reais Mil)

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO (Em Reais Mil)

Controladora

Consolidado

Controladora

2005

2004

2005

2004

2005

2004

2005

2004

RECEITA OPERACIONAL BRUTA

450.600

393.038

457.484

394.969

23.948

20.518

24.954

35.640

DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA

(39.570)

(32.208)

(39.829)

(32.384)

18.564

24.007

18.564

24.007

Impostos

(30.802)

(25.659)

(31.018)

(25.831)

Devoluções e Abatimentos

(8.768)

(6.549)

(8.811)

(6.553)

ORIGENS Das Operações

RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA CUSTO DAS VENDAS LUCRO BRUTO

411 . 0 3 0

360.830

417.655

362.585

(330.422)

(280.286)

(330.691)

(280.588)

80.608

80.544

86.964

81.997

Lucro Líquido do Exercício Despesas (Receitas) que não afetam o Capital Circulante: Imposto de Renda e Contribuição Social Diferidos

(3.332)

-

(3.332)

-

Depreciação, Amortização e Exaustão

9.254

8.586

9.312

8.649

Equivalência Patrimonial

(1.624)

(14.576)

-

-

Baixas do Ativo Permanente

1.086

2.473

303

2.480

-

28

107

504

11 . 7 5 2

11 . 4 5 3

19.797

19.650

5.721

4.803

6.408

7.422

-

-

3.708

3.940

6.031

6.650

9.681

8.288

35.700

31.971

44.751

55.290

Perdas Monetárias de Longo Prazo De Terceiros Ingressos no Exigível a Longo Prazo

DESPESAS OPERACIONAIS

(49.618)

(52.286)

(54.889)

(52.864)

Com Vendas

(32.805)

(29.606)

(34.038)

(29.609)

Gerais e Administrativas

(18.409)

(16.614)

(18.822)

(18.207)

Honorários da Administração

(3.662)

(3.066)

(3.840)

(3.231)

Despesas Financeiras

(7.323)

(17.562)

(11.633)

(17.022)

Receitas Financeiras

13.234

5.984

15.834

14.056

Outras(Despesas) Receitas Operacionais

(2.277)

(5.998)

(2.390)

1.149

Resultado de Equivalência Patrimonial

1.624

14.576

-

-

LUCRO OPERACIONAL RECEITAS NÃO OPERACIONAIS

30.990

28.258

32.075

29.133

164

3.070

131

3.070

Contribuição Social sobre o Lucro

31.154

31.328

32.206

32.203

(3.041)

(2.902)

(3.214)

(2.931)

Imposto de Renda

(7.775)

(6.973)

(8.232)

(7.029)

Imposto de Renda e C.S.L.L. Diferidos

(1.774)

(2.196)

(2.196)

(2.986)

Reversão dos Juros sobre Capital Próprio LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

Baixas no Realizável a Longo Prazo TOTAL DAS ORIGENS APLICAÇÕES Ingressos no Realizável a Longo Prazo

4.210

4.898

6.785

12.054

Adições ao Ativo Imobilizado

7.669

7.321

7.808

7.375

Adições em Investimentos

-

1.828

-

61

Adições ao Ativo Diferido

197

132

197

132

2.350

5.337

2.997

12.964

-

-

3.841

5.465

4.505

6.630

4.505

6.630

TOTAL DAS APLICAÇÕES

18.931

26.146

26.133

44.681

AUMENTO

16.769

5.825

18.618

10.609

19.215

Baixas no Exigível a Longo Prazo Baixas no Resultado de Exercícios Futuros Capital Próprio

DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO

VARIAÇÕES DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO

LUCRO ANTES DA REVERSÃO DOS JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO

Ingressos em Resultado de Exercícios Futuros

Dividendos Propostos e Juros sobre o

LUCRO LÍQUIDO ANTES DO IMP. RENDA E DAS PARTICIPAÇÕES

Consolidado

18.564

19.257

18.564

19.257

-

4.750

-

4.750

18.564

24.007

18.564

24.007

Ativo Circulante

(1.765)

15.823

(2.821)

No Início do Exercício

134.563

118.740

171.870

152.655

No Final do Exercício

132.798

134.563

169.049

171.870

Passivo

Circulante

(18.534)

9.998

(21.439)

8.606

No Início do Exercício

83.299

73.301

82.744

74.138

No Final do Exercício

64.765

83.299

61.305

82.744

16.769

5.825

18.618

10.609

LUCRO LÍQUIDO POR MIL AÇÕES NO FINAL DO EXERCÍCIO (R$)

744,10

962,28

AUMENTO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis


São Paulo, quarta-feira, 12 de abril de 2006

DCARRO

5

MUSEU

Raridades Volkswagen O AutoMuseum Volkswagen fica na sede da montadora, em Wolfsburg, na Alemanha. O lugar é conhecido como "Autostadt", em Português, "A Cidade do Automóvel". Divulgação

Em 1937, Ferdinand Porsche criou este protótipo, o VW30

No museu, um Touareg, carro moderno, com exclusivas esteiras no lugar de rodas. Tudo para enfrentar lama e neve.

Um jóia: o Sedã produzido na Alemanha, entre 1948 e 1953

Este nós conhecemos. É o SP2, só fabricado no Brasil, de 1972 a 1976.

KdF Wagen era o nome deste modelo, com o nome anterior da Volkswagen

Este é o VW Hebmüller, de 1952. O original, era conversível.

Três anos antes, em 1934, ele já fizera o NSU. Reparem que ele parece com antigos "Fuscas" usados em corridas, dos quais se tiravam os párachoques.


6

DCARRO

São Paulo, quarta-feira, 12 de abril de 2006

MERCADO/AUTOINFORME

Preço do usado não pára de cair No ano, a baixa já é de 1,96%. É um bom momento para quem quer comprar.

O

momento é propício para quem quer comprar carro usado. Pesquisa da Agência AutoInforme, que avalia os preços praticados no mercado cotados pela Molicar, apurou neste segmento quedas mensais consecutivas nos três primeiros meses do ano, o que resultou numa redução de 1,96% no acumulado do trimestre. "É a lei da oferta e da procura. Para atrair o comprador no começo de ano o jeito é dar desconto, já que a procura é pequena. O Brasil só começa depois do Carnaval, mas nesse ano março ainda não engrenou. Muita coisa atrapalha nessa época: tem o IPVA e outros compromissos". O desabafo, de um revendedor de veículos de São Paulo, mostra a razão da queda de preço neste período.

Taxas elevadas - Os juros na compra de carro usado também contribuem para afastar o consumidor. Enquanto algumas montadoras conseguem oferecer taxas abaixo da média do mercado, de 1% ou 1,5% ao mês, os juros de veículos usados estão por volta de 2,5%. Isso afugenta o consumidor e reflete no preço do veículo, pois os lojistas têm de fazer promoção para girar o estoque. É muito comum o carro que está sendo cotado por uns R$ 20 mil, por exemplo, acabar sendo negociado por R$ 19,5 mil e até R$ 19 mil. Os números da Assovesp, a associação dos revendedores independentes de veí-

culos de São Paulo, confirmam o crescimento no volume de vendas. Segundo a entidade, em fevereiro as vendas cresceram 40% em relação ao mesmo mês do ano passado. Em janeiro o preço médio do usado caiu 0,45%. Em fevereiro a queda foi mais forte, de 1,36%, e em março o recuo ficou em 0,16%. Inflação do carro - Pesquisa da Agência AutoInforme indica uma alta de 3,04% do IMC - Índice de Manutenção do Carro no acumulado de janeiro a março. Foram os combustíveis que impulsionaram a chamada Inflação do Carro no trimestre e também no mês passado (1,24%). Tanto que a cesta de "produtos", onde estão incluídos álcool e gasolina, foi a que mais subiu nos primeiros três meses do ano (4,93%). Em contrapartida, a cesta de "serviços" teve ligeira queda, de 0,05%. Já os impostos (IPVA e Seguro Obrigatório) ficaram 5,5% mais caros, enquanto os preços de seguro e franquia tiveram alta de 0,83%. Nos três primeiros meses do ano, o valor do álcool nas bombas teve elevação de 34,9%. No caso da gasolina, o acréscimo foi de 4,44%. Os combustíveis representam 45% das despesas totais que o motorista tem com o seu automóvel, por isso a variação de preço desses produtos tem influência direta na média final do Índice de Manutenção do Carro.


São Paulo, quarta-feira, 12 de abril de 2006 RENAULT

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Divulgação

Chegam as novidades para Scénic e Clio

Scénic com aparência esportiva e protetores para enfrentar terrenos mais difíceis. É a Sportway.

Minivan ganha versão "aventureira" e o Clio vem com a GetUp, no modelo hatch, e a Egeus, para os sedã quatro portas. Na rede, ainda este mês.

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E Clio tem versões para atrair jovens e para quem quer carro com espaço

ponibilização de um rack de teto, ideal para o transporte de equipamentos esportivos, principalmente aqueles relacionados à prática de esportes radicais e/ou de aventura, como: caiaques, pranchas de surfe, material para escalar montanhas, bicicletas, entre outros". A série vem equipada com o motor bicombustível 1.6 16V Hi-Flex, que, abastecido com 100% álcool, desenvolve 115 cv de potência a 5.750 rpm e torque de 16,0 mkgf a 3.750 rpm, além de atingir a velocidade máxima de 181 km/h e ir de 0 a 100 km/h em 11,5 segundos. Novos Clios: GetUp e Egeus - Com a série limitada GetUp, a Renault tem como objetivo reforçar o apelo da linha Clio junto ao público jovem. Com base na versão Expression e equipada com o motor bicombustível 1.0 16V Hi-Flex, a série está limitada a 950 unidades e apenas na DC

ntrando na onda dos "aventureiros" a Renault do Brasil apresenta a série limitada Scénic Sportway, que confere ao modelo, segundo a fábrica, "mais esportividade e um espírito aventureiro", como já ocorre com modelos da concorrência, em maior ou menor escala. O Scénic ganhou a assinatura "Sportway", que estará presente em outros modelos da marca, desenvolvidos para o público que busca veículos de passeio com equipamentos e acessórios capazes de remetê-los a um contato mais próximo com a natureza. Além da série limitada, a rede da Renault já vende a linha 2006/2006 do Scénic, com novos itens. O preço da Sportway é R$ 60.990, com base na versão Expression, que inclui alarme antifurto, ar-condicionado, painel de instrumentos com fundo branco, vidros dianteiros/traseiros e retrovisores externos elétricos, freios ABS, computador de bordo, entre outros. A parte inferior do pára-choque traseiro do Scénic Sportway ganhou protetor - para contatos com o solo - na cor cinza, que se assemelha a um extrator de ar. Estribo em aço conjugado a novas rodas de liga leve de 15 polegadas, pneus 195/65 R15 e frisos de proteção laterais na cor preta realçam, segundo a fábrica, o visual 'off-home' do Scénic Sportway. A vocação aventureira da série limitada Scénic Sportway pode, de acordo com a Renault, "ser comprovada com a dis-

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carroceria hatch, por R$ 28.830 (2 portas) e R$ 30.360 (4 portas). Os principais diferenciais externos do Clio GetUp em relação ao modelo do qual deriva é a inclusão dos retrovisores e maçanetas das portas pintados no mesmo tom da carroceria, aerofólio esportivo exclusivo na cor do veículo e faróis de neblina. Internamente, além dos itens de série

disponibilizados na versão de acabamento Expression 1.0 16V a série limitada Clio GetUp oferece acabamento dos bancos em tecido esportivo “Kota Rouge” – que mistura preto com inserções de vermelho, painel de instrumentos com fundo branco e rádio CD Player, entre outros. Na versão quatro portas, o pacote de equipamentos opcionais Pack GetUp (R$ 6.300) tem arcondicionado, direção hidráulica e rodas de liga leve de 15 polegadas. Sedan Egeus - A fábrica apresenta também a série limitada Clio Sedan Egeus, para o consumidor que busca um carro com bons espaços internos e no portamalas além de completa lista de equipamentos. A série, limitada a 3.100 unidades, deriva da versão intermediária de acabamento do modelo (Expression). Está disponível em duas opções de motorização: 1.0 16V Hi-Flex (R$ 37.900) e 1.6 16V Hi-Flex (R$ 40.640).


São Paulo, quarta-feira, 12 de abril de 2006

DCARRO

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MERCADO/AUTOINFORME

A disputa pelo honroso quinto lugar Honda, Toyota e Peugeot se revezam na liderança de venda de carros entre as novas montadoras

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Vendas por modelo - Com o lançamento do Vectra novo, em outubro de

2005, o mercado de sedãs ficou agitado no começo deste ano. O carro da GM desbancou o Corolla, da Toyota, e o Civic, da Honda, assumindo a primeira posição no ranking do segmento e ficando entre os dez modelos mais vendidos do Brasil. Os resultados de vendas de março, porém, mostram que esse mercado tende a ficar mais disputado daqui para frente. No mês anterior, a GM tinha comercializado 3.055 unidades do carro, que ficou em décimo na classificação geral. Agora ele caiu para a 14ª posição, com 3.162 unidades (veja tabela). Com isso, o Corolla encostou no carro da GM, passando de 2.404 unidades em fevereiro para 2.855 no mês passado. O Civic teve uma pequena melhora em seus resultados, pulando da 29ª colocação (1.174 carros) para a 27ª (1.576). O Mégane sedã, que chegou às concessionárias no final de março, teve 162 unidades vendidas. Ainda não há resultados suficientes para serem tomados como parâmetros para uma análise, mas o carro da Renault pode entrar nessa briga nos próximos meses. Com uma enorme queda de vendas em fevereiro, o Celta não se recuperou no mês passado e continua na sexta posição. O carro, que foi o terceiro colocado na tabela

do ano passado, fechou março com 8.241 unidades negociadas. A razão para isso parece clara: a versão reestilizada vai ser lançada pela GM na semana que vem, o que deixa o consumidor apreensivo quanto à compra do modelo "velho".

Ponto Chic

Atrás do primeiro colocado Gol, com 15.778 unidades, a Fiat continua fazendo sua dobradinha, porém com ordem invertida. Diferentemente de fevereiro, quando o Mille foi o segundo, agora é o Palio quem ficou com a vice-liderança (11.652 negócios realizados em março). O Fox se manteve na quarta colocação, com 10.291 carros comercializados. Cada vez mais o modelo consolida-se como um dos mais bem aceitos do mercado brasileiro. Outro que merece destaque é o Honda Fit, que entrou na lista dos dez mais vendidos. Ele passou da 15ª posição, com 2.493 unidades, para a nona, com 3.818. Depois do lançamento de sua versão com motor flex, no começo de dezembro do ano passado, a velha Kombi subiu posições no ranking, passando modelos como Saveiro e S10. Em fevereiro a picape da General Motors havia reagido, ficando à frente da cinqüentona da Volkswagen, mas voltou a perder em março. A Kombi passou de 23º no ranking nacional, com vendas totais de 1.368 veículos, para 20º, com 1.876. A S10 ficou em 24º, com 1.636 unidades.

DC

ristalizadas no alto do ranking, as três maiores montadoras brasileiras disputam carro a carro a liderança de mercado. Volks, Fiat e GM já se revezaram no primeiro posto este ano, e a General Motors está sempre encostada nas duas. Todas têm entre 23% e 25% de participação. Bem atrás das líderes, a Ford, com seus 12% de mercado, está numa situação confortável em relação às demais concorrentes, que disputam a honrosa quinta colocação com uma participação de 3% e 4%. E é aí que está a grande disputa. As três melhores colocadas do "segundo pelotão" se revezam na disputa pelo quinto lugar. A posição foi ocupada pela Toyota em 2005; neste ano a Peugeot ficou na frente em janeiro e fevereiro; em março foi a vez da Honda. A Peugeot vendeu 4.529 unidades no primeiro mês do ano, deixando para trás a Toyota, com 4.212, e a Honda, 3.393. Em fevereiro deu novamente Peugeot (4.859) e, apesar de ter aumentado o volume em março, a marca francesa foi superada pela Honda (5.784). A Toyota em sétimo lugar. Com 14.540 unidades vendidas no primeiro trimestre, a Peugeot mantém a liderança entre as montadoras novas. Nada garante, no entanto, que a disputa pelo quinto lugar vai se limitar a essas três marcas. A Renault, que ocupou a posição em seus primeiros anos de Brasil, pode embolar a disputa no decorrer do ano. Em março, quando o recém-lançado Mégane sedã teve apenas alguns dias de venda, a marca já teve um crescimento expressivo, chegando a 4.391 unidades. A indústria automobilística brasileira bateu recorde de produção em março, com um total de 230.755 unidades, e no acumulado do primeiro trimestre (631.688). No ano, o setor registra crescimento de 7,8%. As exportações também estão crescendo, apesar das críticas sobre o câmbio. Este foi o melhor mês de março em vendas para fora do Brasil e também o melhor primeiro trimestre da história.

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DCARRO

São Paulo, quarta-feira, 12 de abril de 2006

STOCK CAR

A competição que une montadoras De como uma corrida de carros une tradicionais rivais da indústria automobilística. E deixa todos contentes.

CHICOLELIS

D

omingo, no Autódromo José Carlos Pace (Interlagos) aconteceu algo difícil de crer: rivais, adversários, concorrentes - qualquer que seja a forma de adjetivá-los - estavam todos felizes, juntos, competindo. A General Motors brindava a chegada de mais uma concorrente, a rival Volkswagen, a bordo do Bora - que vem do México - para brigar, exatamente, com o seu Astra. E ainda tem a Mitsubishi, que começou em 2005 com o Lancer. O motivo desta "confraria" é a Stock Car Brasil 2006, "propriedade" da GM até o ano passado, quando chegou a marca japonesa. No domingo, venceu Cacá Bueno, que em 2005 teve contra si, também em Interlagos, toda a torcida de 60 mil pessoas que lotavam o autódromo. Explica-se: ele é um dos filhos piloto (o outro é Popó Bueno) do locutor Galvão Bueno, nada popular, apesar de estrela na maior emissora de TV do País. As palavras do diretor de Marketing da

Divulgação

Novidades na Stock Car, Bora e os carrinhos da "Júnior" ajudaram veteranos er Astra e Lanc r a m ni aa público em Interlagos

GM, Samuel Russel, não deixavam qualquer dúvida quanto à sua sinceridade: "A Volkswagen é bem-vinda ao campeonato. Todos ganham com a chegada de concorrentes". E vem mais um aí, em 2007, ainda não definido, mas que será bem recebido. "O público - diz o executivo aumentou nos autódromos e a audiência na TV (Rede Globo e SporTV) mais que dobrou. Temos uma categoria forte e

motivada. Formamos um grupo unido, sem espaços para disputas que não sejam as de dentro da pista". Para a Volkswagen, todos querem o crescimento do automobilismo de competição. "Todos nós vamos lucrar com a exposição de nossas marcas nos autódromos e na TV", diz Paulo Sérgio Kakinoff, diretor de Marketing da VW. Ele acredita na volta dos tempos em que

"JÚNIOR", COM MOTOR DE MOTO Uma das atrações da Stock Car é a categoria "Júnior", um carro em fibra que pesa cerca de 400 quilos, impulsionado pelo motor de moto Yamaha 1.300, de 130 cv, que levam o carrinho de 0 a 100/km/h em menos de 5 segundos. São pequenos "caixotes" com máxima de 200 km/h que trazem ao volante pilotos de 16 a 34 anos no grupo "Júnior" e, de 34 em

diante, no "Master". Cada prova custa R$ 8 mil, ou R$ 15 pelas provas de sábado e domingo. O piloto leva seu macacão, capacete, entra no carro e corre. Se correr num dia só, conta os pontos dessa corrida. Se usar o carro no final de semana, soma a pontuação, divide por dois e o resultado é o que conta para o campeonato.

o público ia aos autódromos para torcer pela sua marca preferida. Também a Mitsubishi está entusiasmada com a competição. Segundo Renata Souza Ramos, diretora de Marketing, o evento trouxe mais visibilidade ao Lancer. "A entrada da Volkswagen só deverá fazer crescer a exposição da Stock Car e isto será muito bom para todos", conclui. O "conciliador das pistas" - Depois de muito trabalho de convencimento junto à GM, Carlos Col, presidente da Vicar, empresa que organiza a Stock Car no Brasil, conseguiu levar novas marcas para a categoria: "Traçamos um programa para que a Stock buscasse maior público e maior visibilidade, dentro de rígidos padrões de qualidade e de custos racionais, que não inviabilizassem a categoria", esclarece Col. O pacote da Stock custa R$ 1 milhão, que inclui o carro e transporte, com equipe, às 12 etapas do campeonato. Segundo Col, o público cresceu de 8 mil (média em 2000), para 33 mil em 2005.


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Tr i b u t o s Estilo Nacional Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 12 de abril de 2006

ABIMAQ QUER MENOS IMPOSTOS DE IMPORTAÇÃO

23ª

é a nova posição ocupada pelo Brasil no ranking da OMC dos maiores exportadores.

FIESP APONTA O TERCEIRO MÊS CONSECUTIVO DE CRESCIMENTO: 19.540 MAIS PESSOAS EMPREGADAS

MAIS VAGAS NA INDÚSTRIA PAULISTA A 6.038

Milton Mansilha/LUZ

Mais pessoas conseguiram recolocação. Na foto, atendentes do Centro de Solidariedade do Trabalhador

Abimaq alerta para crise agrícola e industrial Iano Andrade/Photo Agência - 30/09/04

O

presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Newton de Mello, disse ter alertado o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para o risco de uma crise na indústria e na agricultura em um prazo de seis meses. A Abimaq apresentou ontem ao ministro uma lista de pedidos para o setor, entre eles a redução a zero do Imposto de Importação sobre os aços longos utilizados pela indústria de máquinas. O governo já havia reduzido o imposto para os tipos de aço usados pela indústria automobilística. "Estamos vendo uma tempestade daqui a seis meses", disse o presidente da Abimaq. Segundo ele, que se reuniu por uma hora com o ministro, se não houver medidas compensatórias para o declínio dos investimentos do setor produtivo, certamente esse cenário se concretizará. Mello argumentou com Mantega que o segmento tem como "antever" esses sinais com mais clareza. Na semana passada, Mantega previu um crescimento de 6% da indústria para este ano. "Sem essas medidas, a meta não será alcançada", disse o presidente da Abimaq. A entidade apresentou ao ministro dados que, segundo Mello, mostram que, no pri-

Newton Mello: tempestade à vista

meiro bimestre, o faturamento das empresas de máquinas e equipamentos caiu 8,9% em relação a igual período do ano passado. O consumo de máquinas no País – que representa a produção nacional mais o total de importações, menos as exportações – caiu 3% no primeiro bimestre. "Esses dois números já acendem a luz amarela", alertou. Segundo Mello, a redução da tarifa de importação para aços longos é uma medida necessária para enfrentar o aumento "exorbitante" dos preços das siderúrgicas nacionais. Ele também pediu a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre válvulas e bombas, hoje em 18%. Segundo Mello, os bens de

capital já tiveram alíquota zerada, mas as bombas e válvulas ficaram de fora. "Não se trata de isentar pequenas válvulas e bombas, mas grandes equipamentos que são bens de capital, componentes importantes de unidades produtivas", ponderou o executivo. A terceira medida solicitada foi a interferência do Ministério no Conselho Nacional de Política Fazendária para que haja um equacionamento do problema dos créditos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) originários da Lei Kandir às empresas exportadoras. " É preciso que a Fazenda use sua influência junto aos estados." Volta – O setor também pediu a volta do regime de drawback interno para máquinas e equipamentos de grandes instalações que tenham sido objeto de concorrências internacionais públicas. No sistema de drawback normal, os componentes importados utilizados na fabricação de produtos que serão exportados ficam livres de impostos. O drawback interno foi cancelado há seis meses pela Receita Federal, sob o argumento de que não era para exportação. Mas, para Mello, o sistema é importante para que as empresas possam participar de concorrências públicas internacionais. (AE)

"Dólar no fundo do poço"

O

ministro da Fazenda, Guido Mantega, teria avaliado ontem que a valorização do real frente ao dólar já chegou ao "fundo do poço" e que os sinais indicam um movimento de revalorização da moeda norte-americana, segundo relato feito pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Newton de Mello. Segundo Mello, que se reuniu com Mantega no Ministério da Fazenda, o ministro disse que as negociações na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) apontam para a interrupção da queda do dólar. "Ele (Mantega) disse que tem a sensação de que deveremos ser otimistas em relação ao câmbio. O fundo do poço já foi alcançado e já há sinais que indicam que certamente alguma revalorização do dólar deverá ocor-

O ministro disse que o câmbio é livre e que não há como intervir no mercado e que esse é um dos postulados irredutíveis da política econômica. Newton Mello, presidente da Abimaq rer", disse Mello. O dirigente da Abimaq afirmou que o secretárioexecutivo do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, também fez a mesma avaliação. "Um maior volume de importação já está ocorrendo e já não há tanta gente vendendo dólar futuro." Mantega teria dito ainda, de acordo

com o relato de Mello, que "certamente" a cotação mais justa do dólar deveria ser maior que a atual. "O ministro atribuiu a uma inércia o dólar ter ido ao fundo do poço e (avaliou) que agora começa a retroceder", disse. Sem previsões – Mantega, segundo Mello, não fez previsões sobre o nível que considera justo para a taxa de câmbio, mas reafirmou a política de câmbio flutuante sem intervenções do governo. "O ministro disse que o câmbio é livre e que não há como intervir no mercado e que esse é um dos postulados irredutíveis da política econômica", relatou Mello. Ele reclamou que o real valorizado prejudica as decisões de investimentos pelas dificuldades de previsão de lucratividade. "Os grandes projetos foram estudados na época em que o câmbio estava a R$ 3", disse Mello. (AE)

indústria paulista abriu 6.038 novas vagas em março, o que correspondeu a um aumento de 0,29% do nível de emprego em relação a fevereiro. Foi a terceira alta seguida no ano, que agora acumula uma variação de 0,93%, o que representa mais 19.540 postos de trabalho. Os dados foram divulgados ontem pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). "Março é normalmente um mês de crescimento do emprego. Tivemos uma variação positiva no mês, nada eufórico, mas esperamos uma recuperação maior em abril e maio", afirmou o diretor de Pesquisas e E studos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini. A previsão inicial é de que os próximos meses apresentem variação de até 0,5%, refletindo o aumento do nível de atividade na indústria paulista nos últimos meses. "Há uma defasagem normal entre o mercado de trabalho e o nível de atividade, que reage antes", explicou Francini. Metodologia – Os dados foram apurados com base em uma nova metodologia, que ampliou o universo de empresas pesquisadas e também atualizou a ponderação dos setores industriais no cálculo do emprego. Essa conta também considerou o porte individual das empresas. No setor de vestuário, por exemp l o , a s e m p re s a s com até 99 funcionários respondem por quase 68% do emprego no setor. Já em álcool e coque (que abrange as usinas de cana-de-açúcar), tamanho faz a d i f e re n ç a : 7 1 , 7 % das vagas se concentram em empresas com pelo menos 500 empregados. A Fiesp reviu a série histórica do índice até julho do ano passado, mas ainda não considerou a sazonalidade do período. Pela sondagem de março, de 21 setores industriali-

novas vagas foram abertas em março na indústria paulista, um aumento de 0,29% no índice de emprego em relação a fevereiro

zados pesquisados, 12 apresentaram desempenho positivo. Em sete, as demissões superaram as contratações e houve estabilidade do emprego em outros dois. A exemplo de fevereiro, o destaque no mês de março voltou a ser o álcool e coque, por conta da nova

safra de cana, com aumento de 16,25% no número de vagas. Nova projeção – Fran cini reafirmou que a Fiesp deverá mudar de 3%, em média, para até 4% sua projeção para a variação do Produto Interno Bruto (PIB) em 2006. A alteração decorre, segundo ele, do impacto positivo na economia do reajuste do salário mínimo, do pacote recentemente anunciado pelo governo para estimular o setor de construção civil e também da manutenção do vigor das exportações, a despeito da valorização do real frente ao dólar. "Vamos aproveitar os dados fechados do Indicador de Nível de Atividade (INA) no primeiro trimestre, que deve ser divulgado ainda neste mês, para fazer uma revisão mais científica da nossa previsão do PIB, que deve chegar a 4%." (AG)

Brasil sobe no ranking da OMC

A

s exportações brasileiras devem crescer a um ritmo maior que a média mundial em 2006. Segundo os dados da Organização Mundial do Comércio (OMC), entre janeiro e março, as vendas nacionais tiveram um incremento de 20% em relação ao mesmo período de 2005, taxa que dificilmente seria superada pela média internacional. Para o ano, as expectativas da OMC são de que o comércio mundial, em volume, aumente em 7%. Em seu ranking anual dos maiores exportadores divulgado ontem, a entidade confirma a nova posição do Brasil como o 23º maior exportador mundial, com 1,1% do mercado internacional. Enquanto o comércio mundial teve um aumento em valores de 13% em 2005, o crescimento no Brasil foi de 23%. Um bom desempenho brasileiro em 2006 ainda poderá fazer com que o País desbanque suíços, austríacos e suecos e atinja a 20ª posição no

ranking até o final do ano. Isso se as taxas de crescimento das exportações desses países forem as mesmas de 2005, que não ultrapassaram 6%. Apesar de tudo – Em 2005, o crescimento das exportações brasileiras foi registrado mesmo com Estados Unidos, Europa e Ásia importando menos. A União Européia (UE), por exemplo, incrementou suas compras em apenas 3%. Pela primeira vez em oito anos, os Estados Unidos registraram um aumento de exportações superior ao das importações, que foi de apenas 5,5%. Até a China também registrou aumento menor das importações em comparação com os anos anteriores. A expansão em 2005 foi de 11,5%, ante 21,5% em 2004. No caso do Brasil, o País subiu duas posições no ranking dos importadores, passando a ocupar a 27ª posição. Agro – O Brasil também parece ir contra a lógica do mercado agrícola mundial. Segun-

do a OMC, o comércio agrícola cresceu em 2005 menos que a média mundial e hoje representa apenas 9% de todos os fluxos de bens. No setor de serviços, as exportações brasileiras estiveram entre as que mais cresceram, ao lado das da China e da Índia. O comércio de serviços movimentou US$ 2,4 trilhões e, em 2005, aumentou 11%. O Brasil obteve um aumento de 28%, contra 31% da China e 72% da Índia. Região – As exportações de bens de US$ 118 bilhões do Brasil no ano passado também possibilitaram um incremento geral no comércio do Mercosul. Segundo a OMC, o Mercosul teve um aumento de exportações de 20%, além de um aumento de 18% nas importações. O desempenho nacional, aliado ao ganhos da Venezuela com o preço do petróleo, fez com que a região atingisse sua maior participação no comércio exterior mundial em 20 anos, com 3,5% de todo o fluxo internacional de bens. (AE)


quarta-feira, 12 de abril de 2006

Nacional Estilo Finanças Empresas

DIÁRIO DO COMÉRCIO

REDUÇÃO DOS JUROS MÉDIOS FOI ABAIXO DO ESPERADO

0,09

ponto percentual foi a queda da taxa de juros nos bancos, enquanto a Selic caiu 3,5 pontos percentuais.

TAXAS COBRADAS PELAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS NÃO CAEM NA MESMA VELOCIDADE QUE A SELIC

BANCOS MANTÊM JUROS ELEVADOS Martinussi, a redução da Selic não está sendo repassada proporcionalmente às taxas de operações de crédito. Segundo ela, as taxas médias de empréstimo pessoal e cheque especial variaram, respectivamente, de setembro de 2005 até o início de abril deste ano, 0,09 ponto percentual (de 5,46% ao mês para 5,37% ao mês) e 0,11 ponto percentual (de 8,32% ao mês para 8,21% ao mês). Quando comparada à queda da Selic, a redução dos juros bancários ficaram muito abaixo do esperado pelo mercado, já que a taxa básica de juros caiu de 19,75% para 16,5% ao ano, no mesmo período – uma redução de 3,25 ponto percentual. "O processo de retração dos juros pelos bancos está muito lento. Se fosse o contrário, se houvesse alta da Selic, o reflexo para os consu-

EUA buscam controle de gastos e impostos

A

globalização ajudou os Estados Unidos a reduzir a inflação, mas não auxiliou os governos a controlar gastos, o que pode afetar as políticas do banco central, anunciou o Federal Reserve de Dallas, ontem, ao divulgar um relatório anual. "Os persistentes gastos deficitários podem criar problemas para a política monetária. Quando as autoridades fiscais passam por grandes déficits", diz o comunicado do Fed, "elas deixam os bancos centrais com uma escolha complicada": "Monetizar o déficit e causar inflação, ou marcar posição pela estabilidade dos preços com taxas de juros elevadas que freiam o crescimento", afirmou a instituição. O equilíbrio fiscal dos EUA se transformou em déficit após a recessão de 2001 e os cortes de impostos voltados a dar suporte aos gastos do consumidor. O presidente George W.

Bush quer tornar permanente a diminuição dos impostos, mas também está eliminando programas custosos e prometeu controlar o déficit. "O déficit excessivo pode dividir as autoridades fiscais e monetárias sobre a importância da estabilidade de preços. Enfraquecer o consenso sobre a luta contra a inflação apenas aumenta a tentação da influência política sobre a política monetária", disse o Fed de Dallas, acrescentando que as consequências são particularmente graves em um mundo de capital transnacional. O presidente do Federal Reserve de Dallas, Richard Fisher, disse que a globalização é uma força para melhores políticas públicas e que ajudou a promover, além de menor inflação, crescimento em todo o mundo. "A competição traz benefícios para o setor público da mesma forma que o faz para o setor privado", afirmou. (Reuters)

midores seria muito mais rápido", comenta Cristina. Risco futuro – Para o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, o não repasse da retração da taxa básica de juros na sua integridade ao consumidor é um problema que vem ocorrendo há bastante tempo no Brasil. "Com a queda da Selic, a tendência de reduzir os juros ao consumidor final é menor ainda porque os bancos precisam trabalhar com margem de segurança garantida. Eles já embutem o risco futuro nas operações de crédito", avalia o economista. "Na verdade, os juros podem até subir para o consumidor. Tudo depende do sentimento do mercado financeiro com relação ao futuro, ainda mais em um período de eleições", complementa Agostini. Outra crítica feita é a demora na redução do elevado spread bancário, que é a diferença entre a taxa que os bancos praticam para captar recursos no mercado e a taxa de juros cobrada para emprestar recursos aos clientes, composto por impostos diretos e indiretos, margem de lucro, despesas administrativas e r i s c o d e i n a d i mplência. Segundo os bancos, esses itens são de alto risco. Mas para Agostini, esse discurso não se justifica, visto que a margem bruta de lucro das instituições financeiras fica em torno de 40% do faturamento, e a taxa de inadimplência, em 17%. "Esses fatores não são justificativas suficientes para manter o spre ad elevado, mas uma forma de compensar a queda da taxa básica de juros Selic", ressalta o economista. P e s q u i s a – S egundo dados da pesquisa realizada pelo Procon-SP envolvendo dez instituições financeiras, a taxa média de empréstimo pessoal em abril deste ano foi de 5,37% ao mês, inferior a de março, que foi de 5,38% ao mês. A única modificação na taxa dessa modalidade de crédito foi feita pelo HSBC, que a alterou de 4,87% ao mês para 4,84%, uma variação negativa de 0,62% em relação à taxa apresentada em março. O Bradesco reduziu suas taxas de 8,23% ao mês para 8,17%, enquanto o Banco do Brasil alterou de 7,99% para 7,95% ao mês. Cheque – Na operação cheque especial, a média dos bancos manteve-se em 8,21% ao mês, mesmo percentual registrado em março. No entanto, a única alta na taxa foi praticada pelo HSBC, que alterou de 8,37% a.m. para 8,47% a.m., uma variação positiva de 1,19% em relação à taxa de março. A taxa média do empréstimo pessoal praticamente não sofreu alteração em relação ao mês anterior, já que apresentou um decréscimo inexpressivo. No caso do cheque especial, embora tenham ocorrido alterações, as quedas foram compensadas pela única alta verificada, mantendo-se a taxa média também inalterada. Maristela Orlowski

Com a queda da Selic, a tendência de reduzir os juros é menor ainda, porque os bancos precisam trabalhar com margem de segurança garantida. Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating

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s sucessivas quedas da taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 16,5% ao ano, não está surtindo efeito esperado de queda nos juros cobrados pelas instituições financeiras. De acordo com uma pesquisa divulgada ontem pela Fundação Procon-SP, órgão vinculado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania do Governo do Estado de São Paulo, a taxa média de juros cobrada pelos bancos nas operações de crédito para pessoa física, como empréstimo pessoal e cheque especial, está praticamente estável desde que o Banco Central (BC) iniciou o processo de redução da Selic, em setembro do ano passado. De acordo com a técnica de Defesa do Consumidor do Procon-SP, Cristina Rafael

BC pode tornar obrigatória a criação de ouvidoria

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Banco Central (BC) poderá tornar obrigatória a criação de ouvidoria pelas instituições financeiras. O diretor de Fiscalização do BC, Paulo Sérgio Cavalheiro, disse ontem que a iniciativa está em estudo. Caso seja concretizada, poderá envolver instituições financeiras de todos os portes. Segundo Cavalheiro, a ouvidoria seria um canal para os clientes resolverem eventuais problemas com os bancos. "Atualmente, muitas reclamações vão direto para o BC, pois o correntista nem procura um contato com a instituição. Isso mostra que o cliente não

confia no tratamento que terá lá", disse. De acordo com o executivo, as reclamações mais freqüentes que chegam ao Banco Central relacionam-se ao mau atendimento dos clientes nos bancos. "Essa demanda não deveria ser direcionada ao agente regulatório porque não está ligada à norma ou regra, mas é assim que acontece. Para atender tudo isso, a instituição financeira precisaria ter a estrutura de atendimento multiplicada por 50." Cavalheiro acredita que, com a constituição de ouvidorias, só irá para o Banco Central o que efetivamente o cliente não conseguir resol-

ver na esfera bancária lembrou que a Superin dência de Seguros Priv (Susep) já obrigou a exi cia de ouvidoria nas seg d o r a s . " Va m o s f a z e r pesquisa, analisar e de sobre a implementaçã medida", afirmou. O Banco Itaú criou sua doria em junho. Segundo o co, a missão da área é repr tar e defender o cliente sol nando problemas e evit que situações de insatisfaç repitam. A área é compost dois ouvidores-gerais, qu ordenam uma equipe de ouvidores divididos por ár negócios do banco. (AE)

IFC quer se associar a instituições médias

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International Finance Corporation (IFC), braço do Banco Mundial (Bird) para financiamento do setor privado, estuda se tornar sócio de duas ou três instituições financeiras de porte médio no Brasil. "A idéia é investir nesses bancos adquirindo até 20% do capital, mas sem participar da gestão", disse João Lucas Duchene, chefe do grupo de acompanhamento de bancos do IFC. Segundo o executivo, os objetivos dessa estratégia são ajudar as instituições a crescerem e a melhorar a governança corporativa e a sustentabilidade. Para ele, o maior desafio dos bancos médios hoje é passar de controle e gestão familiares para a profissionalização. "As grandes instituições não têm problema de gover-

nança porque, embora sejam de controle familiar, possuem gestão profissional." Duchene disse que a participação no capital de instituições financeiras é um modelo já usado em outros países. No Brasil, porém, isso nunca foi feito porque, de acordo com ele, até pouco tempo atrás o volume de investimentos no País já era muito alto, um dos maiores do IFC. No Brasil, a entidade costuma atuar por meio da liberação de linhas de crédito a bancos parceiros. Ele afirmou que o IFC se tornará sócio de bancos que estejam de acordo com o foco da entidade, hoje voltado para três principais nichos: suporte a pequenas e médias empresas, microfinanças e sustentabilidade, por meio de responsabilidade social e ambiental.

"Só investiremos se perc mos que teremos tratam justo no banco e que sere ouvidos", afirmou. Sem revelar eventuais a da entidade, Duchene afir que dificilmente o IFC se nará sócio de instituições negócio de "característica porária". "O modelo é de in timento sustentado, en papel que o banco exerce cisa ter esse perfil", expl Ele destacou que o crédito biliário é um dos nichos q IFC deverá privilegiar. De acordo com o execut investimento no capital d tituições financeiras dev de médio ou longo prazo. M ter a sociedade por um per de dez anos seria razoáve gundo ele. "Vamos entrar dar os bancos e depois sair ajudar outros", afirmou. (A

Vida mais cara para a classe média

Média (ICVM), da Ordem dos Economistas do Brasil. Mas, na comparação com janeiro, quando o índice subiu 0,72%, as despesas do consumidor de classe média recuaram 0,50 ponto porcentual. O ICVM é calculado com base nas despesas correntes das famílias residentes na cidade de São Paulo e que

recebem uma renda mensa de 10 a 40 salários mínimo Com a variação de março, ICVM passou a acumular, no ano, alta de 0,79%; e no 12 meses encerrados no m passado, elevação de 3,16% O setor de transportes puxou a alta do índice por conta, principalmente, dos preços dos combustíveis e d licenciamento de autos. (AE

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custo de vida para a classe média paulistana sofreu em março um aumento de 0,22%. A alta mais do que anula a queda de 0,15% apurada em fevereiro, segundo o Índice do Custo de Vida da Classe


DCARRO

São Paulo, quarta-feira, 12 de abril de 2006

São Paulo, quarta-feira, 12 de abril de 2006

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LANÇAMENTO

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DCARRO

O modelo inova na grade dianteira, pára-choques e faróis. A traseira também foi redesenhada, assim como o interior, que ganhou novo design e acabamento. A segunda geração do Celta pode ser encontrada nas versões Life, Spirit e Super, com motor bicombustível, 1.0 ou 1.4. Desde o seu lançamento, em setembro de 2000, a General Motors já comercializou cerca de 600 mil unidades do seu carro gaúcho.

desempenho do 1.0 varia conforme o combustível. Com álcool, ele alcança o torque de 9,0 kgfm, acelera de 0 a 100 km/h em 13 segundos e seu ponteiro sobe aos 157 km/h. Já com gasolina ele consegue a marca de 8,8 kgfm e chega a 100 km/h em 13s5, batendo os 156 km/h. Se o desempenho com uso de gasolina é um pouco menor, a vantagem do combustível (esquecendo do preço, tchê!) aparece nos números de consumo. Utilizando apenas gasolina o Celta VHC Flexpower percorre 13,7 km/l na cidade, 18,0 km/l na estrada com uma média de 15,6 km/l. A autonomia chega a 828 km. Quando abastecido com álcool o Celta percorre 9,8 km/l na cidade, 12,2 km/l na estrada, fazendo uma média de 10,9 km/l. A motorização 1.4 litro a gasolina chega à potência máxima de 85 cavalos a 5.800 rpm, tendo seu torque de 11,8 kgfm a 3.000 rpm. A velocidade máxima é de 161 km/h, com a aceleração de 0 a 100 km/h em 12s3. No consumo, atinge 11,7 km/l na cidade e 15,9 km/l na estrada, com uma média de 13,6 km/l.

Bah! Ninguém segura este guri... Produzido em Gravataí, no Rio Grande do Sul, o Celta ganha novo visual e preço mais baixo na versão 1.0 ANDERSON CAVALCANTE

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isposto a pelear (lutar) para continuar como sendo um dos maiores sucessos de vendas da General Motors, no Brasil, o Celta Nova Geração mostra seu visual totalmente renovado, moderno, arrojado e robusto, ou seja, ele está ainda mais "guapo" (vigoroso, valente). Com a grade dianteira renovada, faróis diferenciados e pára-choques, além da parte traseira redesenhada, o carro ganhou vários afagos da Chevrolet. A nova geração também vem com novos "ares" por dentro, com novo acabamento e design e, ainda, passando a oferecer novos itens de série, como o conta-giros e aviso sonoro de faróis e

lanternas ligadas com motor desligado em todos os carros e direção hidráulica e ar-condicionado em algumas versões. Tu queres mais? Versão 2007 - Pasmem, tchê! Ainda estamos em abril de 2006 e a nova geração do Celta é chamada de "linha 2007". Bah! Se as montadoras continuarem assim, poderemos ter carros 2006, modelo 2008 ou 2009. Mas vamos ao que interessa: o modelo é dividido em três versões de acabamentos e conteúdos: Life, Spirit e Super. O Celta Nova Geração Life, que é o básico, vem com ajuste de altura dos cintos de segurança dianteiros, cintos de segurança laterais traseiros retráteis, apoio de cabeça do banco traseiro

(dois), imobilizador eletrônico de segunda geração, calotas integrais, retrovisores externos com controle manual interno, vidros verdes e barras de proteção contra impactos laterais nas portas. As versões são ainda subdivididas, a Life R6J conta com limpador, lavador e desembaçador elétricos do vidro traseiro e temporizador do limpador do pára-brisa. O Celta Spirit é o modelo intermediário que oferece pára-choques na cor do veículo, limpador, lavador e desembaçador elétricos do vidro traseiro, chapa de proteção do motor, ar quente e temporizador do limpador do pára-brisa, e tu podes, ainda, adquirir a versão Spirit R6I com direção hidráulica de fábrica.

O modelo top de linha, Celta Super oferece acabamento interno diferenciado com tecidos exclusivos, apliques de tecido nos painéis das portas, detalhes do painel e maçanetas internas das portas e manopla da alavanca do câmbio na cor prata, rodas de 14 polegadas com calotas exclusivas e a versão R6H conta com direção hidráulica de fábrica. Apesar de já oferecer um visual esportivo e jovial, o Celta Nova Geração conta com uma lista de mais de 30 itens de personalização que o aproxima ainda mais de seu público-alvo, com opções com acessórios de estilo, conforto, proteção e entretenimento.

Um "baita" coração - A linha 2007 do Celta conta com duas motorizações. O propulsor 1.0 VHC Flexpower, equipada com o sistema eletrônico MultiFuel, desenvolvido pela Delphi em parceria com a GM Powertrain alcança a potência máxima de 70 cavalos a 6.400 rpm utilizando álcool, gasolina ou a mistura dos dois. Já o

Preços mantidos - Mas para manter este "baita" número de vendas (mais de 600 mil carros desde o seu lançamento em setembro de 2000), tem que custar barato, tchê. Por isso a GM baixou o preço, pelo menos no modelo com motor 1.0, que agora começa custando R$ 24.490 ou seja, R$ 650 menos. O 1.4, com o preço de R$ 27.290, ficou R$ 484 mais caro . Agora, "se tu queres" mais novidades é só aguardar o segundo semestre, quando a GM apresentará o novo Celta sedã!

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OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

12 -.OPINIÃO

quarta-feira, 12 de abril de 2006

LENTE DE

AUMENTO

A FORÇA DA TEVÊ NAS PESQUISAS

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Garotinho foi beneficiado pelos programas de tevê do PMDB. Há possibilidade de crescimento nas intenções de voto de Lula e Alckmin depois dos programas de abril.

ANÁLISE DE ROGÉRIO SCHMITT EDITADA NO BOLETIM TENDÊNCIAS WWW.TENDENCIAS. COM.BR

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Alckmin e Anthony Garotinho. No cenário de primeiro turno, as intenções de voto no primeiro e no segundo colocados na pesquisa oscilaram negativamente, ao mesmo tempo em que a diferença de 19 pontos percentuais pró-Lula em março passou para 20 p.p. em abril. No cenário de segundo turno, a vantagem de Lula sobre Alckmin passou de 12 p.p. em

março para 15 p.p. em abril. Em ambos os cenários, as oscilações estão rigorosamente dentro das margens de erro estatístico. O crescimento de 5 p.p. nas intenções de voto em Garotinho não era, assim, algo totalmente imprevisível. O ex-governador fluminense foi claramente beneficiado pelas inserções partidárias do PMDB exibidas na televisão ao longo das últimas semanas. Como a exibição desses programas já se encerrou, a tendência é que Garotinho perca espaço nas próximas pesquisas. Aliás, fenômeno semelhante acaba de acontecer com o próprio Alckmin, cujo crescimento de 6 p.p. na pesquisa de março deve-se à forte exposição na mídia que recebeu quando da opção do PSDB pela sua candidatura, e também à exibição dos comerciais partidários do PFL. O candidato tucano não conseguiu, no entanto, sustentar os mesmos índices na pesquisa seguinte. A propósito, o calendário dos programas partidários no restante de abril sugere uma forte possibilidade de crescimento nas intenções de voto do presidente Lula, num primeiro momento, e do candidato tucano, num segundo momento. Até o próximo dia 22, todas as inserções partidárias televisivas serão do PT ou de seus aliados mais próximos (PSB e PCdoB). Nos últimos dias do mês, entretanto, chegará a vez das inserções partidárias do PSDB.

JOÃO DE SCANTIMBURGO

ENTREVISTA Céllus

os últimos meses, os programas partidários gratuitos têm sido a variável mais importante para explicar as oscilações nas intenções de voto dos principais adversários do presidente Lula nas pesquisas eleitorais. Por outro lado, a evolução da crise política tem produzido efeitos muito marginais. A pesquisa Datafolha divulgada no último fim de semana, que manteve praticamente inalterados os cenários para a eleição presidencial, não foge a esta regra. O presidente Lula continua liderando a corrida sucessória com relativa folga, seguido pelos exgovernadores Geraldo

Equilíbrio precário MICHAL GARTENKRAUT

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e uma forma geral, o quadro econômico brasileiro neste início de segundo trimestre revela algumas características bastante favoráveis: sinais concretos de consolidação do processo de recuperação da atividade econômica, propiciado pelos juros em queda desde último outubro e pelo bom desempenho das exportações; contas externas em ordem, permitindo uma substancial melhora na avaliação do País pelos agentes externos, através do Risco Brasil, e a virtual eliminação da dívida externa líquida do setor público; continuidade do cumprimento da meta fiscal, sob a forma de um superávit primário bastante expressivo; inflação sob controle, com as expectativas de mercado para a inflação de 2006 convergindo para a meta de 4,5% - fenômeno que não ocorria há décadas, desde que nos anos 80 abateu-se sobre nós o flagelo hiperinflacionário. Este quadro, à primeira vista tão favorável, contrasta com o clima de crise política no qual estamos mergulhados desde meados de 2005. Muitos analistas resolveram designar de blindagem esta situação de independência da conjuntura econômica, em relação ao quadro político – algo raro na história do nosso país. Entretanto, essa aparente blindagem da economia não significa que as perspectivas econômicas do Brasil estão finalmente desanuviadas, com o País prestes a iniciar um ciclo virtuoso de crescimento sustentável. Ao contrário, uma análise um pouco mais aprofundada revela a precariedade da atual situação e a sua insustentabilidade em um prazo mais longo.

E

m primeiro lugar, porque dois dos mais importantes parâmetros macroeconômicos encontram-se sem dúvida em desequilíbrio: a taxa de juros - de longe, a mais alta do mundo em termos reais ao longo de um período bastante prolongado - e a carga tributária, igualmente entre as mais altas do planeta. Os impactos deletérios dos juros extraordinariamente altos evidenciam-se de forma dramática em três áreas distintas, principalmente: nas contas externas, no nível de atividade econômica doméstica e no fiscal. Do lado das contas externas, o juro alto deprime violentamente a taxa de câmbio, o que reduz a rentabilidade das exportações e aumenta a atratividade das importações, produzindo,

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dicionalmente, esta situação de equilíbrio não-sustentável é particularmente agravada com o advento do ano eleitoral e os claros sinais de que, neste ano, o governo enveredou pelo caminho da irresponsabilidade fiscal. De fato, é grande a probabilidade da meta de superávit primário não seja cumprida neste 2006, algo que somente será percebido mais tarde, depois de encerrado o calendário eleitoral. Caberia indagar por que os mercados encontram-se otimistas em relação ao Brasil e o quadro corrente ainda não reflete de forma completa, mediante um downgrading de avaliação, esta realidade. A causa para isso reside basicamente na conjuntura extremamente benigna da economia mundial, que em 2003-2006 nos brindou com o melhor quadriênio dos últimos 60 anos. Esta conjunção tem a propriedade de retardar a percepção de insustentabilidade do equilíbrio atual, fenômeno que já se manifestou diversas vezes no passado, sendo o exemplo mais próximo e notável a longa duração do sabidamente insustentável experimento de conversibilidade argentina.

grande a probabilidade do superávit primário não ser mantido neste ano

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portanto, uma situação de enorme risco na balança comercial; assim, já se observa uma perda de dinamismo nas exportações, mormente de manufaturados, e o crescimento das importações. De outro lado, a overdose monetária deprimiu a atividade econômica desde o segundo semestre de 2004, resultando em um crescimento pífio do PIB em 2005, impedindo sequer uma pequena elevação de renda per capita naquele ano. Ainda, o juro alto produz um enorme estrago fiscal, a ponto de um superávit primário relativamente elevado não ser suficiente para pagar a conta de juros. Em conseqüência, apesar do enorme sacrifício requerido para a geração do considerável superávit, a relação dívida pública-PIB permanece praticamente inalterada. Em segundo lugar, porque há uma séria crise na agricultura, situação que normalmente evidencia seus impactos negativos no médio prazo através de redução dos investimentos, da produção e da produtividade. Finalmente, porque a taxa de investimento na economia continua em nível muito baixo, em torno de 20% do PIB, patamar insuficiente para sustentar um crescimento do PIB, mesmo modesto, da ordem de 4% ao ano.

Inversão de papéis DIRCEU GALLÉAS

S em TV, Garotinho deve cair na pesquisa.

S Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Alencar Burti, Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br), Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Marcos Menichetti (marcosm@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Adriana Gavaça, André Alves, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046 Tiragem média diária de 25.646 exemplares, conforme auditoria realizada na semana de 13 a 17 de junho de 2005

Auditado pela

omos um país de paradoxos. Oito ou oitenta. Não há o meio termo conciliador. Os condutores da política econômica limitam nossa capacidade de sonhar e agir. Se quisermos estabilidade, temos que abrir mão do crescimento. Ousar querer as duas coisas é pecado mortal. Estamos presos como naquela anedota, cujo personagem não conseguia mascar chicletes e andar ao mesmo tempo. Ou mascava chicletes ou andava. Nesse ritmo, nosso crescimento nos últimos vinte anos tem sido bem inferior à média mundial. Países emergentes que há dez anos tinham uma economia menor que a nossa, fizeram sua lição de casa e estão na dianteira, fazendo poeira para nós. Conseguem conciliar desenvolvimento, controle da inflação, aumento da renda per capita da população e emprego. E seu povo é mais feliz que o nosso. Por trás do avanço extraordinário desses países há muito bom senso de seus governantes. Redução de impostos, juros baixos e corte de gastos da máquina estatal. O governo servindo a população, não se servindo dela. Ambiente propício para investimentos internos e externos. Abertura da economia e preparação do País para competir num mercado cada vez mais globalizado e exigente. E o Brasil? Aqui não fazemos outra coisa a não ser buscar superávit primário para pagar juros. Confundimos o verdadeiro papel do Estado.

Andamos em círculo. Somos reféns do Estado e de uma política fora da realidade internacional. Somos reféns de conceitos e paradigmas antigos que não fazem mais sentido no chamado Mundo Plano, livro escrito pelo jornalista americano Thomas Friedman, em cujo texto defende a conectividade das nações como único caminho para a competitividade.

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o setor plástico estamos correndo o risco de experimentar o peso desses conceitos ultrapassados. A Petrobrás, que já tem o monopólio do petróleo e por conseqüência é o único fornecedor de matérias-primas para as petroquímicas produzirem a resinas, está preste a entrar no ramo petroquímico também. Se acontecer isso, a empresa fecha praticamente toda a cadeia produtiva e passa a regular preços no mercado, acabando com a livre iniciativa do setor, além de destruir o poder de competição das empresas. Precisamos nos unir para deter esse movimento de verticalização das atividades da Petrobrás, o que ao nosso entender, desvia a empresa das suas atividades fins, que são pesquisa, extração, produção e distribuição do petróleo e seus derivados. A produção petroquímica deve ficar com a iniciativa privada. DIRCEU GALLÉAS É PRESIDENTE DO SINDICATO DA INDÚSTRIA DE MATERIAL PLÁSTICO DO PARANÁ

P recisamos deter a verticalização da Petrobrás na petroquímica

MINEIRA o terminar, por minha secretária, a leitura da entrevista da Dra. Michelle Bachelet, presidente do Chile, nas páginas amarelas da revista Veja, tive a impressão de que tinha ouvido uma entrevista tipicamente mineira. As respostas foram dadas com elegância, com inteligência, com oportunidade e com conhecimento da situação política, econômica e social do Chile. Michelle Bachelet é uma presidente cosmopolita, mas patrioticamente chilena, poliglota e com amplos conhecimentos sociais. Há poucos dias esteve me visando Vamireh Chacon, que acabara de chegar do Chile, e faloume com a sua exuberância habitual e conhecimento do vizinho e encantador país. Disse-me que os chilenos haviam acertado ao escolher para a Presidência a senhora Bachelet, que tem um vasto programa de empreendimentos de que o Chile necessita para superar os desequilíbrios sociais, acentuados na entrevista da presidente.

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Michelle Bachelet é uma presidente cosmopolita, mas patrioticamente chilena, poliglota e com amplos conhecimentos egundo Vamireh Chacon, o Chile é um dos países que se preparam velozmente para integrar a conhecida, e não raro fictícia situação de Primeiro Mundo. Pelos seus dotes de cultura e civilização, o Chile é um país de ampla base democrática e de convivência fraternal com os povos em suas relações exteriores. O Brasil é muito próximo ao Chile em amizade e já teve a prova de sua solidariedade quando participou, sem integrar, o grupo do Mercosul. A entrevista da presidente tem uma parte em que faz referência à cicatrização do período ditatorial, quando seu pai foi preso e morreu na prisão. Fica aqui a minha homenagem à presidente chilena e os meus votos de pleno sucesso no exercício de seu mandato, na direção dos negócios políticos, econômicos, sociais e culturais do grande país que é o Chile.

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JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

DCARR Nº 115

CELTA 1.0

Páginas 8 e 9

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São Paulo, 12 de abril de 2006

Stock Car. A corrida onde o concorrente é sempre bem-vindo. Saiba como isto acontece na página 16.


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DCARRO

São Paulo, quarta-feira, 12 de abril de 2006

Contribuição da engenharia brasileira ano apenas começou, mas já podemos dizer que o tema matriz energética será pauta permanente no Brasil e no resto do mundo. Assim, não foi à toa que escolhemos o tema "Sustentabilidade e a Matriz Energética Mundial Contribuição da Engenharia Brasileira" como foco de debates para o XV Congresso e Exposição Internacionais de Tecnologia da Mobilidade SAE BRASIL, que acontece entre os dias 21 e 23 de novembro em São Paulo. Nós, engenheiros da mobilidade, sabemos que temos muito a mostrar sobre este assunto. A experiência brasileira com os combustíveis alternativos à base de biomassa começa a dar frutos positivos para a Nação. Recentemente, o jornal norte-americano The New York Times elogiou o Brasil em seu editorial, ao dizer que é um exemplo a ser seguido pelos EUA na questão de independência de energia. Por isso, a SAE BRASIL está muito feliz em saber que a tecnologia desenvolvida no País por nossos colegas engenheiros está sendo reconhecida e servindo de referência para o mundo. Há mais de 11 anos apresentamos ao mercado os sistemas flexíveis de motores, durante o Congresso SAE

BRASIL, o principal palco de exposição das tecnologias da mobilidade ainda em desenvolvimento nos centros de pesquisas das empresas do setor. Hoje, a maioria dos veículos vendidos possui o sistema álcool/gasolina e estamos na vanguarda tecnológica quando o assunto é GNV. Queremos ir além. Tanto que em dezembro do ano passado assinamos um protocolo de intenções com o governo de São Paulo para incentivar o uso do GNV no transporte urbano de carga e de passageiro. Outra experiência que tem tudo para dar certo é o biodiesel, que aos poucos começa a chegar aos postos de combustíveis e poderá, muito em breve, substituir o similar derivado de petróleo. Para nós, no Brasil, o álcool, o biodiesel e o GNV são estratégicos, ainda que outros países do mundo apostem no híbrido (elétrico/combustão). Talvez nossas soluções não sirvam para todos, mas atualmente grande parte do mundo sinaliza que estamos no caminho certo.

Diretor-Presidente Guilherme Afif Domingos Diretor de Redação Moisés Rabinovici

Diagramação Hedilberto Monserrat Jr. 3244-3281 hmonserrat@dcomercio.com.br

Editor chicolelis 3244-3184 chicolelis@dcomercio.com.br

Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. 3244-3122 agebara@acsp.com.br Rua Boa Vista, 51

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ÍNDICE SISTEMA DE ESCAPAMENTO - 4 Dicas para manter o carro ecologicamente correto.

MERCADO - 7 Honda, Toyota e Peugeot brigam pela liderança entre as novas marcas.

CAPA - 8 e 9 GM lança nova geração do Celta, com design mais moderno.

REATECH 2006 - 10 e 11 Montadoras participam da maior feira de tecnologias em reabilitação, inclusão e acessibilidade da América Latina

STOCK CAR - 16 A competição que une rivais nas pistas.

Besaliel Botelho, vicepresidente executivo para a América Latina da Bosch e presidente do XV Congresso e Exposição Internacionais de Tecnologia da Mobilidade SAE BRASIL

AGENDA 4 a 7 de maio

Será no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, o Quatro Rodas Experience, evento inédito no País que permitirá, aos apaixonados por carros, um contato mais próximo com as suas marcas preferidas.

9 a 12 de maio

Será realizada em São Paulo, nos Pavilhões Vermelho e Verde do Expo Center Norte, a Recaufair, feira direcionada ao segmento de reforma de pneus.

Repórteres Alzira Rodrigues 3244-3689 alzira@dcomercio.com.br Anderson Cavalcante acavalcante@dcomercio.com.br

Impressão S/A O Estado de S. Paulo

OESP Área Comercial Celso Nascimento 3856-2454/9168-8258 www.dcomercio.com.br/dcarro


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.LOGO

Do presidente Lula, ontem, quando saía do Palácio do Itamaraty, respondendo a uma pergunta sobre a possibilidade de ajuda financeira do governo para a Varig. Leia mais em Economia

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www.dcomercio.com.br/logo/

ABRIL

Você tem que perguntar para a direção da Varig.

quarta-feira, 12 de abril de 2006

Em 1633, Galileu Galilei foi condenado por heresia. Ele desenvolveu a teoria física que provava que a Terra não era o centro do sistema solar.

E UA N OVA ZELÂNDIA

País sem espelhos

Caçada ao vilão da Páscoa Centenas de caçadores da Nova Zelândia perseguirão e matarão milhares de coelhos na Páscoa, como parte de uma série de medidas para reduzir a população dos animais, que não são nativos do país e são vistos como responsáveis pela destruição de plantações e pastagens. "O símbolo da Páscoa é um vilão", disse Chris Macann, porta-voz do Canterbury Ambiental, um grupo apoiado pelo governo e baseado na Ilha Sul da Nova Zelândia. "É

muito difícil passar a mensagem de que, embora esses sejam bichinhos fofos, queremos que morram" disse ele. Para ajudar nessa meta, mais de 400 atiradores irão para a Ilha Sul neste feriado de Páscoa para a 15ª Grande Caçada ao Coelho da Páscoa. Mais de 500 caçadores acabaram com 21.000 coelhos e lebres durante a caçada do ano passado. A equipe campeã de 2005 eliminou 1.800 coelhos.

Agliberto Lima/AE

M ODA

Mais de 60% dos americanos estão acima do peso, mas só 40% se vêem como gordos

Q

uase todos os norteamericanos - 90% sabem que a maioria dos seus compatriotas está acima do peso, mas só 40% se reconhecem na mesma categoria. As estatísticas do governo norte-americano foram divulgadas ontem e mostram que mais de 60% da população dos EUA está acima do peso, e metade é obesa, o que coloca essa parcela sob maior risco de sofrer várias doenças. Mas a nova pesquisa telefônica do Pew Research Center, feita com mais de 2.000 adultos, descobriu que muita gente se acha magra incorretamente. "A maioria dos norte-americanos, inclusive aqueles que dizem estar acima do peso, concordam que o comportamento

pessoal - e não a predisposição genética ou a publicidade das fábricas de alimentos - é a principal razão para que as pessoas estejam acima do peso", diz o relatório do Pew. "O público diz que a falta de exercícios físicos é a razão mais importante, seguida de falta de força de vontade com relação ao que comer. Metade do público também reconhece como causas da obesidade o tipo de alimento vendido em restaurantes e lojas e um terço diz o mesmo sobre os efeitos da genética e da hereditariedade." A pesquisa perguntou sobre o peso e a altura dos entrevistados. Esses dados são usados no cálculo do índice de massa corporal, que determina se alguém está acima do peso ou

não. As mulheres relataram ter um peso mediano de 68 quilos e uma altura mediana de 1,65m, o que as coloca praticamente no limite do peso ideal. Mas as estatísticas nacionais dizem que as mulheres dos EUA na verdade têm um peso mediano de 70,3 quilos e altura mediana de 1,62m, o que as coloca certamente na categoria acima do peso. "Quanto aos homens, eles têm uma altura imaginária ainda superior à das mulheres - duas polegadas a mais [cinco centímetros]", diz o relatório. "A altura mediana relatada entre os homens na pesquisa Pew é de 1,80m, contra 1,75m na pesquisa ". (Reuters) http://pewresearch.org/assets/ social/pdf/Obesity.pdf.

Faleh Kheiber/Reuters

L

As camisetas da carioca Daspu provaram ser objeto do desejo também em São Paulo. No desfile de segundafeira na cidade, as modelos-prostitutas pararam a rua Augusta enquanto os convidados tentavam conseguir uma camiseta da grife por R$ 28.

S AÚDE

E UA

Insônia pode causar Bush, aprovação pressão alta em queda

http://hyper.ahajournals.org

O compositor e multiinstrumentista Arrigo Barnabé (foto) em parceria com o pianista Paulo Braga. No programa, obras para piano de Arrigo. Auditório do Sesc Vila Maria. Rua Pelotas, 141. Telefone: 5080-3000. 20h30. R$ 6.

The Who em dois inéditos O grupo inglês The Who deve lançar em junho uma mini-ópera, The Glass Household, baseada no conto online The Boy Who Heard Music, do guitarrista Pete Townshend. A mini-ópera de 11 minutos precede um álbum da banda. Desde o começo do ano, Townshend já completou 10 canções para o novo CD. A banda não lança um álbum com material novo desde 1982. The Who também anunciou que vai tocar na Europa neste verão. www.petetownshend.co.uk

B RAZIL COM Z

A fama de Telê Santana Índia, China, Estados Unidos, Austrália. Em todos esses países, a imprensa destacou ontem o estado de saúde do ex-técnico de futebol brasileiro Telê Santana. Os jornais relataram que o estado geral de saúde de Telê é grave, e deram detalhes de sua carreira e importância para o futebol brasileiro. Aqui no Brasil, ao meio-dia de ontem, um boletim elaborado pelos médicos que acompanham Telê explicou que as funções dos órgãos do ex-técnico estão estabilizadas mas que seu estado é de instabilidade. Telê, de 74 anos, é vítima de infecção abdominal e pulmonar. C ELEBRIDADE

'Básicos' de Elton John vão a leilão PRESENTE DE NOIVADO - Casal iraquiano escolhe jóias numa loja em Bagdá. Na tradição iraquiana, o noivo oferece jóias de ouro a sua futura noiva poucos dias antes do casamento. O valor do ouro no país subiu para US$ 600 a onça, maior valor desde 1980. A RTE

Estética do terror

C A R T A Z

ARRIGO

E M

O índice de aprovação do presidente norte-americano, George W. Bush, continua em queda. Segundo uma pesquisa encomendada pelo jornal Washington Post e pela rede de TV ABC News, o presidente Bush é aprovado por apenas 38% dos cidadãos norte-americanos. O resultado é 3 pontos percentuais menor que o registrado no mês passado e também é o pior índice de aprovação de Bush desde o início de seu governo dele, em 2001.

L

Dormir menos de cinco horas por dia pode ser um fator de risco para desenvolver pressão alta em pessoas com mais de 30 anos, segundo um estudo publicado no periódico Hypertension, da American Heart Association. Isso acontece, segundo pesquisadores, porque o sono faz com que o coração desacelere e a pressão sangüínea caia durante várias horas. Outra constatação: quem dorme menos faz menos exercícios e tem maior índice de massa corpórea e propensão à depressão.

M ÚSICA

Reprodução

O extravagante guardaroupa do astro pop britânico, Elton John, foi posto à venda em Nova York para ajudar a financiar a luta contra a aids. Ao todo, foram selecionadas dez mil peças e acessórios, que estão expostos e à venda no Rockefeller Center. Entre os artigos doados estão também peças menos convencionais, assinadas pelas casas Dior, Versace, Louis Vuitton, Comme des Garçons, Gucci. A Fundação de Elton John, a EJAF, já distribuiu mais de US$ 60 milhões para programas de prevenção à doença. C IÊNCIA

Lama negra contra a dor

Todas as moedas do mundo

O DeFIBulator é um aparelho capaz de registrar variações de tensão e estresse na voz das pessoas, com uma precisão de até 65% ao detectar mentiras. Depois de estabelecer um padrão de respostas sinceras, o DeDIBulator pode indicar se uma pessoa está mentindo. Na tela do aparelho, o "Demonóquio" fica com nariz maior e chifres! Custa US$ 49,95.

Cotações, mapas e moedas de (quase) todos os países do mundo. Tudo isso pode ser conferido no site do Banco Central em uma página interativa que não requer cálculos complexos nem o conhecimento de matemática avançada: basta navegar com o cursor sobre os mapas para obter as informações. Nem todos os países têm moedas cotadas no país e o valor informado é, em geral, do dia anterior à consulta. Mesmo assim, é útil e informativo.

www.gadgetuniverse.com/

www.bc.gov.br/htms/

product_detail.asp?SKU=TG+286+L

bcjovem/moedasmundo.htm

anksy é o nome de um criador polêmico de Londres que se diz um "guerrilheiro da arte". Seu nome é mantido em segredo e suas manifestações artísticas só podem ser vistas nas ruas da capital inglesa ou em seu site na internet. A cabine telefônica destruída foi en-

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A TÉ LOGO

contrada numa rua do Soho londrino, no último fim de semana. Banksy utilizou muita força e técnica de grafite para representar o sangue derramado nas guerras. A companhia telefônica reagiu com bom humor, dizendo que a obra retrata a decadência da velha tecnologia.

As cabines telefônicas do Reino Unido andam mesmo vazias desde que o país aderiu definitivamente ao celular. Mas a prefeitura de Londres não aprovou a estética do terror e mandou retirar a obra da rua. http://www.banksy.co.uk/

L OTERIAS Concurso 1586 da QUINA 04

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outdoors/index.html

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Presidente do Paraguai classifica funcionários da Receita Federal brasileira de corruptos Cientistas europeus celebraram ingresso da sonda Venus Express na atmosfera venusiana

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Detector de mentiras

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F AVORITOS

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G @DGET DU JOUR

Um experimento realizado na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) mostrou que uma antiga tradição da cidade de Peruíbe, litoral sul de São Paulo, tem embasamento científico. A lama negra dos mangues, usada pelos moradores para fins terapêuticos, mostrou-se efetiva no controle da artrite reumatóide. Usada em ratos com artrite induzida, a lama negra diminuiu as inflamações. A alta concentração de minerais pode ser responsável pelo efeito antiinflamatório.

Médicos utilizam novo procedimento com balão para tentar acabar com a sinusite crônica

Concurso 445 da DUPLA SENA Primeiro Sorteio 15

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Segundo Sorteio 01

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 12 de abril de 2006

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Política

Veja a íntegra da denúncia do procurador-geral contra os mensaleiros em www.dcomercio.com.br

PROCURADOR-GERAL DESCREVE ESQUEMA, FATO POR FATO. NO CONSELHO DE ÉTICA, CINCO BAIXAS.

Ex-"capitão" do ministério de Lula, o deputado cassado José Dirceu era, segundo o procuradorgeral, o "chefe do organograma delituoso", que visava "angariar ilicitamente o apoio de outros partidos políticos para formar a base de sustentação do governo".

Ex-presidente da Câmara Federal, João Paulo Cunha assinou contrato de publicidade com a SMP&B de Marcos Valério. Antonio Fernando de Souza coloca o deputado petista no segundo núcleo, que recebia vantagens indevidas do governo e de contratos públicos.

Dida Sampaio/AE

Dirceu, o chefe da 'quadrilha'.

Valter Campanato/ABr

Gushiken, 'eminente' integrante.

Duda mentiu para CPMI Segundo a denúncia, Duda Mendonça, exmarqueteiro do presidente Lula, também fazia parte do segundo núcleo do esquema, beneficiandose de contratos do governo federal, além de ter recebido dinheiro do PT no exterior.

Para o MPF, o ex-ministro Luiz Gushiken praticou quatro vezes o crime de peculato, ao antecipar verbas públicas de campanhas publicitárias a empresas de Marcos Valério.

É

PETROBRAS IGNORA MP E DÁ CONTRATO PARA DUDA Ele recebeu dinheiro do PT no exterior e ontem foi denunciado pelo procurador-geral. Assim mesmo, deve levar uma bolada da estatal brasileira. Haroldo Abrantes/A Tarde/Agência O Globo

O

presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, enfrentou uma verdadeira sabatina ontem no Senado para tentar justificar os gastos da empresa em publicidade e, principalmente, a contratação do publicitário Duda Mendonça (foto) para uma campanha da empresa. Duda foi denunciado ontem pelo Ministério Público Federal no esquema do mensalão e já confessou também ter recebido recursos ilegalmente do PT no exterior. Gabrielli defendeu a contratação de Duda, alegando que a Petrobras "não é um tribunal" e que, portanto, " não pode julgar" os eventuais crimes cometidos pelo publicitário. Pressionado por parlamentares, entre eles o senador baiano Cesar

Borges (PFL) – que afirmou que "Duda recebeu o contrato (da campanha) para ficar calado" –, Gabrielli informou que a estatal contratou outras duas agências para a campanha da qual Duda fará parte. A empresa de Duda Mendonça, foi eleita "por razões técnicas", disse Gabrielli. "A competência do fornecedor Duda Mendonça não foi questionada. A preocupação da Petrobras é técnica." Gastos – Ele destacou ainda que os custos com publicidade da Petrobras são compatíveis com os de outras empresas do setor no resto do mundo. Segundo dados do executivo federal, em 2005 a Petrobras gastou 0,16% de seu faturamento com publicidade; em 2004, 0,20%; em 2003, 0,17%; e em 2002,

0,13%. Gabrielli lembrou ainda que a marca Petrobras foi a que mais cresceu no Brasil entre os anos de 2000 e 2004. "A marca da Petrobras em 2002 valia US$ 286 milhões e, em 2004, US$ 554 milhões", afirmou. Duda vai entrar na campanha publicitária da Petrobras que irá anunciar a auto-suficiência brasileira na produção de petróleo. Ela deve ir ao ar este mês e é estimada em mais de R$ 37 milhões, segundo fontes do setor. A Petrobras pretende atingir a auto-suficiência em petróleo este ano, quando prevê produção média de 1,9 milhão de barris diários. Será uma folga apertada de 100 mil barris, já que o consumo atual é de cerca de 1,8 milhão de barris por dia. (Agências)

Sérgio Lima/Folha Imagem

BAIXAS NO CONSELHO DE ÉTICA

E

m cumprimento à promessa feita na semana passada, cinco titulares do Conselho de Ética entregaram, ontem, carta de renúncia ao presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP). Orlando Fantazzini (PSOLSP), Chico Alencar (PSOL-RJ), Júlio Delgado (PSB-MG), Carlos Sampaio (PSDB-SP) e Cezar Schirmer (PMDB-RS) aproveitaram a saída para pedir que Rebelo coloque em votação a proposta de emenda constitucional que acaba com o voto secreto no Congresso. Na opinião deles, o voto aberto poderia evitar que o Plenário da Câmara livrasse da cassação parlamentares condenados pelo Conselho. O projeto de emenda prevê ainda ampliação das prerrogativas do Conselho de Ética, possibilitando a quebra de sigilos de deputados investigados e a convocação de depoimentos. "A reforma do regimento do Conselho e o voto aberto no plenário acabam com a pizza, o acórdão e qualquer forma espúria para o julgamento dos deputados", afirmou Fantazzini. Voto aberto – Os deputados que estiveram com Rebelo relataram que o presidente da

Sampaio, Delgado, Fantazzini e Alencar: renúncia é protesto.

Câmara prometeu colocar na pauta, no próximo mês, a proposta que acaba com o voto secreto. Segundo os deputados, Rebelo disse que já entregou essa proposta aos líderes partidários e que agora vai incluí-la na pauta de debates. Os deputados prometeram também entregar ao procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, todos os relatórios elaborados pelo Conselho de Ética e rejeitados pelo plenário da Câmara. Os documentos poderiam servir de subsídio às investigações do Ministério Público, chefiado pelo procuradorgeral. "Não podemos nos omitir diante de evidências de

crime, de corrupção ativa e passiva, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e improbidade administrativa", afirmaram, em ofício, os congressistas que deixaram o Conselho de Ética. (Agências)

MP DENUNCIA 40 POR MENSALÃO E INCLUI 'NATA' DO PT. cada vez mais difícil negar o óbvio: o mensalão existiu. Ontem, mais uma investigação confirmou a existência do esquema, chamado de "criminoso" pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza. Ele anunciou ter apresentado denúncia, no último dia 30, ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra quarenta envolvidos, incluindo a "nata" do PT (veja lista completa ao lado). O procurador, chefe do Ministério Público federal, apontou no texto uma "sofisticada organização criminosa" comandada pelo PT. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não é citado. "São quarenta pessoas envolvidas no esquema do mensalão. O MP constatou que houve um esquema de tráfico político de apoio. Eu descrevo como ocorreu isso na denúncia de 133 páginas. Descrevo fato por fato", disse. Três núcleos – Ele dividiu as ações dos envolvidos em três núcleos. O primeiro, classificado como político-partidário, era comandado pelo ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoino, o ex-tesoureiro Delubio Soares e o ex-secretário geral Silvio Pereira. Nas palavras do procurador-geral, o grupo pretendia "garantir a continuidade do projeto de poder do PT mediante a compra e suporte político de outros partidos políticos e do financiamento futuro e pretérito das suas próprias campanha". O grupo foi denunciado por formação de quadrilha e corrupção ativa, entre outros crimes previsto no Código Penal. No segundo núcleo, chamado de publicitário-financeiro, estão o empresário Marcos Valério e o publicitário Duda Mendonça. Para o procuradorgeral, o objetivo desse núcleo era receber vantagens indevidas de integrantes do governo federal. Para isso, Marcos Valério "ofereceu os préstimos da sua quadrilha ao núcleo político-partidário". Finalmente, o terceiro núcleo de ação dos "mensaleiros", denominado financeiro, era composto por dirigentes do Banco Rural, também em busca de vantagens indevidas junto a órgãos públicos e autoridades parlamentares e do governo federal. Gushiken – Segundo o procurador-geral, o ex-ministro da Secretaria de Comunicação Luiz Gushiken praticou quatro vezes o crime de peculato (desvio de dinheiro público), pelas antecipações de verbas de campanhas publicitárias a Marcos Valério. O ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto será responsabilizado por corrupção ativa. As denúncias do MP foram basea-

Factoring

DC

O expresidente do PT fazia parte do "núcleo principal da quadrilha", ao lado do extesoureiro Delubio Soares e do ex-secretário da legenda Silvio Pereira.

João Paulo: vantagens indevidas. ED Ferreira/AE

Lula Marques/Folha Imagem

PT: um projeto de poder. Segundo a denúncia do MP federal, o esquema do mensalão era operado por uma "organização criminosa", que "queria garantir a continuidade de poder do PT mediante a compra de suporte político de outros partidos".

Dida Sampaio/AE

Genoino era o cabeça

O que é Factoring? É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa. Entre em contato conosco Empresa filiada PABX (11) 6748-5627 (Itaquera) à ANFAC 6749-5533 (Artur Alvim) E-mail: falecom@finanfactor.com - www.finanfactor.com

préstimos tomamos legalmente pelo PT. Vou me defender na Justiça." O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), avaliou com naturalidade a denúncia feita pelo procurador-geral da República, que envolve políticos de peso do cenário nacional. "O processo democrático é isso mesmo. Foi feita uma CPMI e divulgado seu resultado", disse Renan. Ele fez questão de salientar que acompanhou de perto o trabalho da CPMI e que fez "de tudo" para que as investigações chegassem a um resultado satisfatório. Já o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), justificou a decisão do procurador-geral argumentando que a o Ministério Público tem a prerrogativa de conduzir investigações por conta própria. "O MP sempre recebe das CPIs elementos para sua própria iniciativa. Se ele tomou essa iniciativa, a matéria agora está no âmbito do Judiciário", afirmou Rebelo. Vibração – Ontem também, o procurador Antonio Fernando Souza recebeu do senador Delcidio Amaral (PT-MS) e do deputado Osmar Serraglio (PMDB-SC), presidente e relator da CPMI dos Correios, o relatório final da comissão, que chegou à mesma conclusão do procurador: dinheiro foi trocado por voto no Congresso Nacional. Delcidio e Serraglio comemoraram a denúncia do MP: "Hoje estamos de alma lavada", disse o senador. "É o reconhecimento do nosso trabalho. (Agências)

CONVOCAÇÃO das em investigações iniciadas em 2005 sobre o suposto esquema de pagamento de mesadas a parlamentares. Repercussão – Os principais acusados petistas denunciados pelo MP criticaram a ação e negaram envolvimento no mensalão. "Estou absolutamente tranqüilo. Na Justiça vou apresentar as provas da minha conduta idônea e correta", disse Luiz Gushiken. Também por meio de assessores, José Dirceu se disse surpreso com o desfecho das investigações do MP: "Não há nenhuma prova em desfavor de Dirceu", frisou. O ex-presidente do partido José Genoino definiu como uma "injustiça" seu indiciamento. "Minha única participação na crise foram dois em-


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DCARRO

São Paulo, quarta-feira, 12 de abril de 2006

Marcelo Min/AFG

REATECH 2006

À procura de um carro "especial"

Marco Antonio verificou a acessibilidade e espaço para acomodar seu triciclo motorizado no Fiat Idea, Doblò e na Chevrolet Zafira. Para ele, o Idea tem menos condições para atender suas necessidades.

ANDERSON CAVALCANTE

urante a maior feira de tecnologias em reabilitação, inclusão e acessibilidade da América Latina, a Reatech 2006, realizada durante o último final de semana, uma das maiores atrações era o test-drive de automóveis adaptados para pessoas com deficiência. Durante o evento, os visitantes puderam experimentar carros das marcas Fiat, Toyota, Honda, Volkswagen, Renault e General Motors e conhecer um pouco mais sobre serviços, tecnologias e adaptações desenvolvidas para minimizar possíveis dificuldades deste público.

D

Logo na chegada ao local, Marco Antonio Moraes de Oliveira seguiu em direção ao espaço reservado para testes com os veículos. Uma olhada geral nos carros e rapidamente elegeu os modelos que gostaria de conhecer melhor. "Meu interesse é direto em carros que possibilitem carregar facilmente minha cadeira (triciclo motorizado - scooter para deficientes físicos). Sei que todas as marcas aqui presentes possuem vários modelos facilmente adaptáveis, mas vou testar o Doblò, Idea e Zafira". Testando - O primeiro teste foi com a Zafira, mas antes de entrar no carro

procurou um vendedor para informar-se das características dos veículos da marca. Mesmo tendo a informação de que a vendedora estava no estande interno da Chevrolet e que seria chamada ao local, Marco se disse decepcionado pelo fato de não ter as informações no exato momento de seu interesse. Após a chegada de Patricia Vecchia, vendedora especializada no atendimento de portadores de necessidades especiais do Grupo Nova de concessionários, saiu para seu primeiro testdrive. O segundo foi realizado com o Fiat Idea e por último com o Doblò. Uma pena Marco Antonio já estar predisposto a testar apenas os três veículos, já que estavam presentes, ainda, o Fiat Stilo, a linha Toyota Corolla (que recebeu durante dois anos consecutivos 2003 e 2004 - o troféu "Carro do Ano para PPD"), a grande variedade de modelos Volkswagen e também a linha Renault, que apresentou modelos adaptados com elevador elétrico para facilitar o acesso do deficiente físico ao interior do veículo, comando Manual Universal (CMU), que é composto por uma alavanca instalada do lado esquerdo do volante e substitui as funções do pedal do acelerador e do freio

c

S&S

OUTRIM

CERTIFICADO DE GARANTIA

e embreagem computadorizada. Da Honda, o portador de deficiência física (PPD) ainda nos mostrou a facilidade com que sentado no banco do motorista do modelo Fit (como o seu), rebatia os bancos traseiros e preparava o veículo para acomodar seu triciclo. "O único problema é que perco o espaço dos bancos traseiros impossibilitando carregar mais passageiros", explica. Sobre a Zafira, Marco fez questão de ressaltar que para ele seria perfeito, pois mesmo rebatendo a última fileira de bancos para colocar a scooter, ainda sobra espaço para acomodar cinco pessoas. Quanto às adaptações efetuadas no veículo, pela equipe da empresa Cavenaghi, Marco garante que atendem plenamente as necessidades. Já no teste efetuado com o Idea, Marco mostrou-se bastante irritado com a di-

* Sistemas de Freios * Direção Hidráulica * Embreagens

DC

A difícil escolha de um carro que ofereça maiores facilidades para portadores de deficiência e espaço suficiente para a cadeira de rodas

Caixa de Direção - Bomba Hidráulica Compressores, Cuicas, Embreagens e Válvulas

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Nacional Estilo Energia Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 12 de abril de 2006

LEILÃO VAI OFERECER 18 BACIAS DE PETRÓLEO

As notícias sobre o fornecimento de gás da Bolívia são as melhores possíveis. Silas Rondeau, ministro de Minas e Energia

OS NOVOS CAMPOS DE EXPLORAÇÃO OFERECEM OPORTUNIDADES PARA AS PEQUENAS EMPRESAS DO SETOR

BACIAS DE PETRÓLEO VÃO A LEILÃO

A

inda inexplorada, a bacia sedimentar do Rio do Peixe, na Paraíba, será incluída na oitava rodada de licitações da Agência Nacional do Petróleo (ANP), prevista para novembro. A ANP incluiu apenas um bloco na região, localizado no município de Sousa, onde moradores encontraram petróleo em seus quintais. A Bacia de Tucano, no norte da Bahia, também será incluída pela primeira vez em um leilão da agência. Mas nessa região a Petrobras já opera campos produtores de petróleo, descobertos antes do fim do monopólio estatal do setor. No leilão deste ano, serão oferecidas áreas em 18 bacias sedimentares. O número de blocos oferecidos ainda está sendo definido pela ANP e depende de aprovação do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). A ANP vai leiloar áreas com grande potencial de descobertas, como Campos, Santos e Espírito Santo, e bacias que estão em estágio avançado de exploração, como o Recôncavo Baiano e a Bacia Potiguar. Segundo a ANP, 332 mil quilômetros quadrados, divididos em 594 blocos, foram arrematados nas sete rodadas de licitações realizadas até hoje. A agência arrecadou US$ 1,3 bilhão e garantiu investimentos de US$ 16 bilhões na procura por reservas de petróleo e gás. O CNPE também autorizou a ANP a promover, no dia 31 de

Lula Marques/Folha Imagem

maio, a segunda rodada de licitações de campos marginais, que já produziram petróleo mas foram devolvidos à agência pela Petrobras. O primeiro leilão desse tipo ocorreu no ano passado, junto com a sétima rodada de licitações de áreas para exploração e atraiu interessados dos mais diversos setores, desde empresas prestadoras de serviços para o setor de petróleo a distribuidoras de combustíveis. A lista incluiu surpresas como uma empresa mineira de sinalização e uma clínica de recuperação de viciados em drogas. O interesse surpreendeu a ANP, que vendeu 17 dos 18 blocos oferecidos. Os campos marginais são considerados uma oportunidade para que pequenas empresas nacionais iniciem suas atividades no setor de petróleo, já que apresentam pequeno risco exploratório e possibilidade de retorno financeiro em pouco tempo. Justificativas – O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, aproveitou a audiência pública realizada ontem pelas comissões de Educação e Infra-Estrutura do Senado para justificar os gastos publicitários da estatal e rebater as acusações da oposição de que a campanha que a estatal lançará para comemorar a auto-suficiência em petróleo teria caráter eleitoreiro. Segundo ele, a auto-suficiência será alcançada com a entrada em operação da plataforma P50, na Bacia de Campos. (AE)

Aurizônia pretende exportar óleo

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O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, aproveitou audiência pública no Senado para rebater críticas à campanhas publicitárias

Gás boliviano de volta ao País

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ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, disse ontem que está "muito otimista" quanto à possibilidade de ser rapidamente restabelecido o fornecimento de gás natural procedente da Bolívia, afastando o risco de desabastecimento do produto para residências e veículos movidos a gás natural veicular (GNV) no País. O fornecimento foi parcialmente interrompido, na semana passada, em virtude do rompimento de um duto na Província do Gran Chaco, na Bolívia, e, até o momento, ainda não afetou o fornecimento às distribuidoras que atendem diretamente os consumidores brasileiros. Rondeau disse ter recebido

relatórios informais das equipes de trabalho afirmando que os reparos no duto de condensado poderiam ser concluídos até amanhã. "As notícias da Bolívia são as melhores possíveis", afirmou. O condensado é um líquido extraído junto com o gás natural. O rompimento no duto atrapalha o escoamento desse líquido, reduzindo a produção de gás. Equipes da Petrobras e da Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) estão fazendo um desvio de 800 metros do duto que está danificado para um outro paralelo. O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, que participou ontem de audiência pública no Senado, confirmou

que as probabilidades "são muito favoráveis" de que o racionamento de gás natural vindo da Bolívia não tenha "nenhum efeito" sobre o consumidor final. Ele admitiu, no entanto, que, do ponto de vista técnico, ainda não é possível descartar a hipótese de contingenciamento se necessário. A queda no fornecimento causou uma redução de 72% no abastecimento de gás para usinas termelétricas. Gabrielli não disse quando o racionamento para essas usinas será suspenso porque isso depende de soluções técnicas. "Esse é um problema que vamos ver depois, porque não sei qual a capacidade que nós temos", afirmou. (Agências)

petroleira independente Aurizônia pediu autorização à Agência Nacional do Petróleo (ANP) para exportar óleo produzido no Brasil. A empresa opera um campo batizado de João de Barro, no Rio Grande do Norte, e atualmente vende sua produção à Petrobras. Segundo Renato Darros, diretor da companhia, o objetivo é estudar o mercado externo para ter alternativas para escoar a produção. As negociações de venda do petróleo eram uma das principais reclamações das pequenas petroleiras que surgiram no País após o fim do monopólio. Executivos das companhias reclamavam das condições estabelecidas pela Petrobras. Darros, no entanto, nega que tenha tido qualquer desentendimento nesse sentido. "Nossa relação vai muito bem", afirmou o executivo. "Estamos pensando no longo prazo. Com a auto-suficiência, a Petrobras pode não q u e re r m a i s c o m p r a r nosso petróleo." (AE)


São Paulo, quarta-feira, 12 de abril de 2006

DCARRO

AUDI TT

Acelerando em direção ao Brasil Em breve, mais uma atração da Audi por aqui. O modelo TT Coupé, em sua segunda geração.

Audi acaba de apresentar na Alemanha o novo Audi TT Coupé, que deve chegar ao Brasil ainda este ano. Segundo a montadora, o novo TT, em sua segunda geração, parece mais elástico e dá a impressão de querer mover-se rápido, mesmo estando parado. Em comparação à versão antiga, o modelo ficou 137 mm maior, com 4,178 mm de comprimento e 1,842 mm de largura. Sua carroceria é fabricada em alumínio e aço - na proporção de 69% e 31% - pelo método de construção ASF Space Frame desenvolvido pela Audi. Pela primeira vez, estes materiais são usados em combinação, lado a lado. Inicialmente, o novo Audi TT está disponível na versão cupê 2+2. A versão Roadster será lançada mais para frente. O porta-malas do novo modelo tem capacidade de 290 litros e fácil acesso, graças ao tamanho da tampa. Seu motor é um 4 cilindros, 4 válvulas por cilindro, com injeção direta de gasolina, turbo charge com intercooler. O modelo acelera de 0 a 100 km/h em 6,6 segundos (câmbio manual) e 6,4 segundos (câmbio S Tronic).

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Divulgação

Linhas esportivas do novo carro ficam ainda mais evidentes ao se acelerar, de 0 a 100/km, em 6,6 segundos. Por dentro, os comandos à mão e um portamalas com capacidade para 290 litros.

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D C A R R O 11

REATECH 2006

Marcelo Min/AFG

ficuldade para rebater os bancos e colocar a cadeira na parte traseira do veículo. No Doblò, o problema não existiu. Com muito espaço para abrigar o equipamento e, ainda, com a facilidade oferecida pelo sistema de abertura lateral das portas traseiras, o PPD ficou tão satisfeito que ainda fez uma brincadeira com os modelos da marca Fiat: "Para mim e provavelmente para outros cadeirantes, o Doblò sim é uma grande e ótima Idea". Sobre o atendimento nos locais, ele explica que a educação de todas as pessoas foi ótima, mas mesmo assim não estava contente. "Talvez eu espere demais, mas o atendimento não foge à regra. Quando as

À esquerda, o sistema para transporte de cadeiras de rodas no teto do veículo. Abaixo, uma van adaptada para transporte de passageiros PPD. Acima, o triciclo no porta-malas do Doblò e, no canto superior direito, Marco testa o elevador e a adaptação no teto do veículo.

pessoas estão preparadas para nos atender e nos dar a atenção necessária, elas pecam pela falta de conhecimento técnico dos produtos. Durante o teste com a Zafira, a vendedora teve dificuldades para me responder onde estavam os controles de ajuste no banco do motorista, enquanto na Fiat, o vendedor demonstrou não ter conhecimento do produto dos concorrentes, pois tive que explicar como funciona o rebatimento de bancos no meu carro", completa Marco Antonio. Outros estandes - Após o último teste, feito no Doblò adaptado com equipamentos da empresa Guidosimplex, Marco Antonio foi convidado a conhecer um carro exposto dentro da feira com um elevador instalado para facilitar ainda mais a alocação da cadeira de rodas dentro do veículo. Ao chegar ao local, sua primeira impressão não foi otimista. "Este equipamento eu já vi, mas não irá aguentar o peso do triciclo". Com o convite e insistência do funcionário, Marco manobrou a cadeira sobre a plataforma do elevador e se assustou ainda mais com a solicitação de que não saísse do local.

O carro utilizado neste teste, um outro Doblò, teve seu teto adaptado e ganhou alguns centímetros a mais na altura para que o cadeirante possa viajar no local. Ainda com muito bom humor, Marco adorou a novidade, mas garantiu ao vendedor que não necessita da adaptação, já que prefere "dirigir o veículo e não viajar no porta-malas". Outra novidade que chamou a atenção durante a feira foi o sistema, apresentado pela Cavenaghi, para transporte de cadeiras de rodas no teto do veículo em que o cadeirante desloca-se para o banco do automóvel e aciona um botão que dá início à operação que transfere e arruma

automaticamente a cadeira de rodas dentro de uma caixa transporte, instalada sobre o carro. Marco Antonio ainda passeou por toda a feira e observou todos os estandes, "mas o que chama a atenção acaba sendo sempre as mesmas empresas que detêm maior tecnologia". Transporte - As empresas Cavenaghi e Guidosimplex mostraram também em seus estandes a linha de adaptações para veículos de transportes, motivados pela Lei de Cotas que obriga as empresas a manterem, porcentualmente, vagas para portadores de deficiência física.


Senado Câmara Pesquisa Planalto

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 12 de abril de 2006

PARA OS ELEITORES, SAÚDE, POBREZA E VIOLÊNCIA PIORARAM

AVALIAÇÃO NEGATIVA DA GESTÃO LULA REGISTRA AUMENTO DE 2,7%

A economia vai bem, o que ajuda significativamente a manutenção da popularidade de Lula. Ricardo Guedes, diretor do Instituto Sensus

Eymar Mascaro

Fato em foco CAI AVALIAÇÃO DO GOVERNO. A MAS LULA CONTINUA POPULAR. Ricardo Stuckert/PR/ABr

Paulo Pampolin/Hype/22-03-2006

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pesar da popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter se mantido estável, segundo pesquisa do Instituto Sensus – divulgada ontem pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) –, a avaliação do seu governo piorou. Segundo o levantamento, o desempenho pessoal de Lula permaneceu elevado e constante, passando de 53,3% para 53,6% – o maior índice de aprovação registrado desde setembro passado, mas o terceiro pior desde o início do governo. Houve, no entanto, um aumento de 2,7% na avaliação negativa do governo, subindo de 21,4% para 24,1% – a segunda pior marca desde março de 2003, quando o governo começou a ser mensurado –, enquanto a avaliação regular caiu de 40% em fevereiro para 36,7% neste mês. Para 9,6% dos eleitores brasileiros, a gestão Lula é ruim (em fevereiro era 8,3%) e para 14,5% (13,1% em fevereiro) é péssima. Já a avaliação positiva do governo passou longe dos últimos escândalos e manteve-se estável em abril, oscilando para 37,6%, ante 37,5% do levantamento realizado em fevereiro. O índice de desaprovação ao governo foi o menor registrado

Lula: 53,6% de popularidade.

desde setembro, recuando 0,4 pontos percentuais, passando de 38% (fevereiro) para 37,6%. O responsável pela alta popularidade de Lula, segundo o diretor do Instituto Sensus, Ricardo Guedes, é a percepção do eleitorado de que a economia do País vai bem. "A parte

Ricardo Guedes, do Sensus.

econômica, que reflete a avaliação do desempenho do presidente, está estável. A economia vai bem, o que ajuda significativamente a manutenção de sua popularidade." Análise – O cientista político e professor da Universidade federal de Minas Gerais (UFMG),

Fábio Wanderley Reis concorda. "A oposição não teve êxito nos ataques porque a imagem de Lula não foi abalada. Aliado a isso, a economia continua sendo um fator favorável ao governo petista", disse. Para o cientista político e pesquisador da PUC e FGV de São Paulo, Marco Antonio Carvalho Teixeira, "a figura de Lula é muito mais forte do que sua legenda". Para ele, a maioria do eleitorado precisa de elementos mais palpáveis para fazer um julgamento mais crítico sobre a ligação de Lula com escândalos, como o caso do caseiro Francenildo Costa. "Outro dado importante é que os atuais índices de rejeição de Lula são inferiores aos que ele registrou em campanhas anteriores." Dos entrevistados, 39,2% acham que a educação melhorou (29,5% opinam que piorou). Mas, em compensação, 42,5% dos eleitores pensam que a saúde piorou (melhorou para 24,3%); 55,8% dizem que a pobreza piorou (melhorou para 15,9%) e 79,7% consideram que a violência piorou (para 5,5%, melhorou). Foram ouvidas 2 mil pessoas entre os dias 3 e 6 deste mês, em 195 cidades. A margem de erro é de 3%. (Veja mais sobre a pesquisa na página 5).

MAIORIA ESTÁ DESCONTENTE COM CPIs Beto Barata/AE/22/03/2006]

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Ailton Freitas/Agência O Globo

população está bastante insatisfeita com o desempenho d a s C P I s d o C o ngresso Nacional que investigam as denúncias de corrupção no PT e no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo mostrou a pesquisa Sensus/CNT. Ao serem perguntados se estavam contentes com a atuação e o s re s u l t a d o s d a s C P I s , 62,8% dos entrevistados disseram que não, contra apenas 20,1% que deram uma resposta positiva à questão. Outros 17,2% não souberam ou não quiseram responder. Ricardo Guedes, diretor do Instituto Sensus, lembrou que há alguns meses, havia uma expectativa muito positiva do que as CPIs poderiam apurar. Mas ele preferiu não interpretar as razões que levaram ao descontentamento da maioria. Apesar de novas denúncias e escândalos, a pesquisa revela que não aumentou a percepção do eleitor de que cresce a corrupção no Brasil. Neste levantamento, 50,6% dos entrevistados disseram que a corrupção aumentou no governo Lula, contra 51,8% que

60,3% dos eleitores souberam da dança da pizza de Ângela Guadagnin.

afirmavam isso na pesquisa de novembro. Outros 34,3% dos eleitores acham que a corrupção "ficou como sempre esteve" (contra 36,8% de novembro). Para 10%, ela diminuiu, ante 7,4% do levantamento anterior. Dança – A pesquisa revelou

ainda que 60,3% dos eleitores brasileiros souberam da "dança da pizza" da deputada Ângela Guadagnin (PT-SP), que dançou no plenário da Câmara para celebrar a absolvição do deputado João Magno (PTMG). Outros 36,4% dos entrevistados não tiveram conheci-

mento do episódio. Dos que tiveram conhecimento, 61,3% deles acham que a deputada deveria ser punida. Reforma Agrária – O apoio d o s b r a s i l e i ro s à re f o r m a agrária diminuiu gradativamente no governo Lula em função das enxurrada de invasões promovidas pelo Mov i m e n t o d o s S e m - Te r r a (MST). A pesquisa de ontem apurou que os brasileiros reduziram seu apoio à reforma agrária e são maciçamente contra as invasões: 75,4% são contrários ao projeto e apenas 18,3% são favoráveis. Em agosto de 2003, 33,2% apoiavam a reforma agrária em terras desocupadas do Estado (hoje, só 27,3%); 25,7% aceitavam-na em terras improdutivas desapropriadas (agora, apenas 18,7%); 8,1%, em terras produtivas, mediante indenização (hoje, 11,1%); e 7,6% se diziam contra a reforma (agora são 12,8%). Segundo explicações de Ricardo Guedes, do Sensus, os novos índices se devem a que as invasões promovidas pelo MST e congêneres estão esvaziando, ao longo do governo Lula, o apoio à tradicional bandeira de lutas. (Agências)

PIZZA COM CERTEZA – Em repúdio à absolvição de mensaleiros pela Câmara dos Deputados, 256 pizzas foram distribuídas ontem nas proximidades do Congresso Nacional, em Brasília, numa ação do Movimento Limpa Brasil. Os organizadores fizeram questão de revelar o custo da pizzada: R$ 1.684. A propósito: 256 é o número de parlamentares que livraram o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) da cassação. João Paulo foi o sexto deputado acusado de ligação com o mensalão a ser absolvido em plenário.

preocupação de José Serra, nas rodas amigas, é desfazer a versão de que poderia substituir Alckmin como candidato a presidente, caso o exgovernador não se recupere nas pesquisas até maio. Os tucanos lembram que a campanha nem começou e acreditam que Alckmin crescerá quando os candidatos forem consolidados nas convenções de junho. Serra não gosta de ouvir alguém admitindo a hipótese de que pode vir a ser candidato ao Planalto. Ele renunciou para ser candidato a governador, enquanto o escolhido pelo PSDB para concorrer à presidência é o exgovernador de São Paulo. A versão de que o ex-prefeito poderia ser ungido à condição de candidato a presidente ganhou corpo após a divulgação da pesquisa Datafolha, em que Alckmin recuou de 23% de índice de intenção de voto para 20%, enquanto Lula também caía de 42% para 40%. Alckmin continua a campanha como se nada estivesse acontecendo.

MALDADE

Os alkmistas preferem admitir que são maldosas as pessoas que espalham tal boato. Alckmin está absolutamente convencido de que subirá nas pesquisas e que ganhará a eleição de Lula. O exgovernador diz que crescerá quando a campanha chegar à TV.

EM FRENTE

Alckmin prefere não dar guarida a fofocas e continua trabalhando para atrair coligações com o PSDB. O candidato tucano acha que o ponto alto da campanha será mesmo a televisão. Para ele, as pesquisas reproduzem um retrato de momento.

APOIO

Para os alkmistas não são apenas setores do PSDB que alimentam os boatos. Também o PT se aproveita da ocasião para jogar lenha na fogueira. O tucano está mais preocupado, por exemplo, em atrair o PMDB para sua base de apoio, mesmo que seja apenas no segundo turno.

PARTIDOS

O candidato tucano gostaria de dar um arranque na campanha apoiado por pelo menos quatro partidos: PSDB, PFL, PMDB e PPS. A coligação com o PFL está assegurada, enquanto prosseguem as articulações com o PMDB. Já o PPS só deve fazer acordo no segundo turno porque terá candidato próprio, o deputado Roberto Freire.

MAIS FORTE

Como as pesquisas continuam indicando que Lula leva ampla vantagem sobre Alckmin no Norte e Nordeste, os tucanos estão firmes no propósito de lançar um vice nordestino. O PFL lapida dois nomes: dos senadores José Agripino e José Jorge.

PREFERÊNCIA

Mas, um levantamento feito na bancada do PFL concluiu que os deputados prefeririam como vice de Alckmin o presidente do partido, Jorge Bornhausen. Acontece que Bornhausen é de um estado do Sul: Santa Catarina.

SOPA NO MEL

O PT está gostando da confusão no PSDB criada com a versão de substituição de Alckmin por Serra. Mas, Lula tem uma preocupação: a vantagem de Alckmin sobre ele entre os eleitores paulistas, segundo o Ibope. Alckmin está 18 pontos na frente de Lula em São Paulo.

TRIÂNGULO

PT e PSDB pensam em montar esquemas especiais de campanha em São Paulo, Rio e Minas, que reúnem 42% dos eleitores. Ou seja: cerca de 50 milhões de um total de 125 milhões de votos no País.

VANTAGEM

Teoricamente, Alckmin pode levar vantagem sobre Lula em São Paulo, Rio e Minas. Veja-se que em São Paulo o PSDB tem Serra como candidato a governador, que teria hoje mais de 50% dos votos. Em Minas, o candidato à reeleição do PSDB é Aécio Neves, que está concluindo o governo com cerca de 90% de aprovação.

CHAPA

Em função da força eleitoral de Aécio no estado, Lula pensa seriamente em ter um vice mineiro, que pode ser outra vez José Alencar.

IMPEACHMENT

A oposição ainda alimenta a disposição de analisar se cabe um pedido de impeachment de Lula, acusado de crime de responsabilidade. Mas, suas principais lideranças admitem que não existe clima político para encaminhar o processo.

NÃO COLOU

Não pegou no breu o lançamento da candidatura de Itamar Franco à presidência feito por Orestes Quércia. Deputados de Minas procuraram Anthony Garotinho para dizer que eles não concordam com isso. E querem Itamar disputando o Senado.

VOTAÇÃO

Se a tendência nas pesquisas continuar a mesma, o PSDB deve eleger seus candidatos a governador em São Paulo e Minas com votação maciça. Serra e Aécio devem ser os mais votados do partido nas eleições de outubro, ambos com mais de 50% dos votos.

PATINAM

Os pré-candidatos do PT a governador, Marta Suplicy e Aloizio Mercadante estão patinando. Segundo o Datafolha, não atingem 20%. Mas os dois précandidatos acreditam na força da militância.


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Nacional Estilo Av i a ç ã o Finanças

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DÍVIDA COM INFRAERO CHEGA A R$ 500 MILHÕES

Cerca de 20 aeronaves da Varig estão em condições de vôo, mas permanecem paradas.

TRABALHADORES SUGEREM USO DE FUNDO DE PREVIDÊNCIA PARA SALVAR A EMPRESA

VARIG PAGA 7% DA DÍVIDA COM INFRAERO Sérgio Lima/Folha Imagem

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Varig depositou ontem na conta da Infraero R$ 9 milhões referentes às taxas de embarque que são pagas pelos passageiros e devem ser repassadas à estatal. Esse repasse tinha sido suspenso no dia 5 de abril, o que agravou ainda mais a situação da Varig. "Esse depósito mostra uma nova disposição da companhia em cumprir com seus compromissos", disse o presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira. O pagamento, no entanto, representa um valor pequeno perto das dívidas da empresa com a Infraero. Só de setembro para cá, a companhia acumulou débitos de R$ 130 milhões com a estatal. No total, o débito dos últimos anos chega a quase R$ R$ 500 milhões. A Varig não mostrou, porém, nenhuma disposição de voltar a pagar as taxas de pousos e decolagens dos seus aviões à Infraero, em débito há 23 dias. Como são cerca de R$ 900 mil ao dia, a dívida acumulada nesse período representa quase R$ 21 milhões. Já há uma decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) obrigando a Infraero a cobrar as dívidas da Varig. Em correspondência enviada à empresa aérea na semana passada, a Infraero ameaçou até começar a fazer a cobrança antes de cada decolagem dos aviões. Manifestação – Enquanto a Varig pagava parte de seus débitos, seus funcionários reuniam-se em Brasília em manifestação, pedindo apoio do governo para a empresa. Os integrantes dos Trabalhadores do Grupo Varig (TGV) também protocolaram, no Palácio do Planalto, uma proposta de saneamento da companhia aérea endereçada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na proposta, eles aceitam usar entre US$ 100 milhões e US$ 150 milhões do fundo de pensão dos empregados, o Aerus, em dívidas da companhia. O dinheiro, segundo o coordenador do TGV, Márcio Marcillac, daria para pôr 21 aero-

naves que estão paradas novamente em condições de vôo. "Se a empresa quebrar, teremos de sacar esse dinheiro para gastar com alimentação. A nossa proposta é que seja usada nossa poupança previdenciária e investida em um fundo de trabalhadores da Varig." As entidades que representam os trabalhadores da Varig gastaram cerca de US$ 30 mil com o fretamento de um jato para levar 300 funcionários da empresa a Brasília. Sem consenso – O plano, no entanto, não tem consenso entre os representantes dos trabalhadores. A presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Graziela Baggio, criticou a proposta. "Se os funcionários vão aplicar na Varig, vamos voltar à situação de empregados gerindo a empresa. Isso já não deu certo com a Fundação Rubem Berta. É preciso uma gestão profissional." Graziela defendeu a concessão, pelas estatais que são credoras da Varig, de um prazo de três meses para que a empresa volte a pagar as dívidas. "Isso daria um fôlego", afirmou, ao deixar o Ministério do Trabalho, onde ela, outros sindicalistas e representantes da Varig, reuniram-se com o secretário de Relações do Trabalho, Mário Barbosa. Durante todo o dia, funcionários da Varig fizeram um périplo por diversos gabinetes de Brasília. Além da reunião no Ministério do Trabalho, eles estiveram no Congresso Nacional, na Agência Nacional de Aviação Civil, Infraero, e tentaram, sem sucesso, ser recebidos no Palácio do Planalto pela ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Embora não tenha falado com os manifestantes, a ministra avisou que é a favor de qualquer resolução que ajude a empresa, "contanto que não implique gasto de dinheiro público". O ministro da Defesa, Waldir Pires, por sua vez, disse que se a operação for legal, não vê problemas na injeção de dinheiro público para salvar a empresa aérea.(AE)

Ana Carolina Fernandes/Folha Imagem

Funcionários e sindicalistas realizam manifestação em frente ao Congresso Nacional. Eles sugerem uso de recursos do fundo Aerus.

Anac estuda rever venda da Varig Log para fundo norte-americano Denúncias de irregularidades levaram a agência a reexaminar o acordo feito no início do ano passado

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Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou ontem que está reestudando o processo de venda da Varig Log, subsidiária do grupo Varig, para o consórcio empresarial liderado pelo fundo americano Matlin Patterson, ocorrido em janeiro passado. Apesar de a operação ter recebido parecer favorável do antigo Departamento de Aviação Civil (DAC), antecessor da Anac, a agência reexamina o assunto por causa de denúncias que colocam o negócio em xeque. Uma delas foi apresentada pelo Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea) que acusa a Volo do Brasil, sócia do fundo americano, de ter burlado a legislação brasileira que limitaria a participação estrangeira a 20% do capital de em-

Crise ameaça o Campeonato Brasileiro

Funcionários se concentram no aeroporto do Rio antes de ir a Brasília

Clientes pedem resgate de milhas

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Varig aumentou o número de posições de atendimento do programa Smiles devido à forte demanda por resgate de prêmios, informou o diretor de marketing da companhia, Faustino Pereira. "Evidente que, com todo o noticiário, o participante está nervoso. Ontem, por exemplo, recebemos 12.500 ligações", afirmou. A média diária não ultrapassa os 10 mil telefonemas. Para dar conta da procura, as posições de atendimento passaram de 198 para 218 e, segundo o diretor, todos os pedidos de resgate de prêmios estão sendo atendidos. "Sejam nos nossos vôos ou nos das companhias conveniadas, o programa está operando normalmente", disse Pereira. Apreensão – Mas segundo o

gerente jurídico do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Marcos Diegues, quem tem passagem ou milhas da Varig tem motivos de sobra para se preocupar com crise enfrentada pela empresa. Ele diz que, se a Varig parar de voar, será muito difícil conseguir o endosso dos bilhetes em outra empresa aérea. "Por enquanto, só temos atrasos e alguns cancelamentos, mas se a companhia quebrar o consumidor vai ficar na mão", diz As operadoras de turismo também já estão sentindo a apreensão dos clientes. Na Raidho Tour, por exemplo, há passageiros que estão fazendo reserva em mais de uma companhia. "Eles querem cotar vários preços e garantir a viagem", disse Roberto Nedelciu, diretor da empresa. (AE)

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crise na Varig pode afetar o Campeonato Brasileiro de Futebol, com adiamento de jogos e outros transtornos referentes a despesas com hospedagem das delegações e diária de árbitros. A competição começa neste fim de semana com dez partidas – em nove delas, atletas e comissão técnica dos clubes visitantes dependem de bilhetes aéreos para chegar ao local do jogo. O Clube dos Treze, responsável pela comercialização do campeonato, t e m a c o rd o c o m u m a agência de turismo, a Pallas Operadora, que, por sua vez, mantém contrato com a Varig para a emissão de passagens aos 20 clubes da Série A. Com a possibilidade de cancelamento de vôos Varig, a Pallas poderia recorrer a duas empresas, TAM e Gol, mas nada garente os bilhetes. (AE)

presas do setor. A Volo foi criada especificamente para a compra da Varig Log. A Anac disse que deve concluir a análise "nos próximos dias". Sem a anuência da agência, a operação não pode ser completada e ficará prejudicada a oferta de compra da própria Varig, por US$ 350 milhões, feita pela Varig Log. Essa oferta ainda está sendo analisada pelos credores da companhia aérea, mas já foi mal recebida pelos sindicalistas e pelo fundo de pensão Aerus. Contestação – O diretor de Relações Governamentais do Snea, Anchieta Hélcias, reafirmou ontem que, se as autoridades brasileiras aprovarem a negociação com a Varig Log, o sindicato vai acionar a Justiça. "Há embasamento jurídico para isso", afirmou, lembrando que no final do ano uma as-

sembléia dos 18 associados do sindicato aprovou uma moção contra o que chamaram de "desnacionalização" das empresas aéreas domésticas. Ocean Air – Em nota à imprensa, a Anac justificou também sua decisão de vetar a proposta de fretamento de vôos da Varig apresentada pela Ocean Air. No entendimento da agência, a idéia seria uma "terceirização" do serviço público, o que não é permitido pela legislação. "A Varig não pode fazer transferência indireta de uma linha aérea, pois isso caracterizaria terceirização, ferindo o estatuto das concessões de serviços públicos", afirma a nota. A agência ressaltou que tecnicamente a operação também tinha problemas. Um deles é que a Varig está deixando de realizar algumas rotas há pelo

menos sete dias, por falta de aeronaves em condições ou porque são linhas menos rentáveis, e corre o risco até mesmo de perder essas concessões. O fretamento também só pode ser usado nas modalidades de serviço de transporte aéreo não-regular, o que contraria a proposta feita pela Ocean Air, disse a Anac. O serviço não-regular é aquele que as empresas podem cancelar os vôos na última hora caso os considerem não rentáveis. A agência também ponderou que a Ocean Air não pode oferecer o serviço porque não tem infra-estrutura adequada em todos os aeroportos das cidades que finalizam as rotas. A empresa só está devidamente aparelhada no aeroporto de Congonhas (SP) e a agência não aceitou que ela "usasse" a infra-estrutura da Varig. (AE)


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São Paulo, quarta-feira, 12 de abril de 2006

SISTEMA DE ESCAPAMENTO

Beto Barata/AE

Se o carro não estiver bem regulado, maior é a emissão de gases poluentes e pior a qualidade do nosso ar.

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ão vários os males provocados pela emissão de gases poluentes no ar que respiramos. De um simples mal-estar até a irritação dos olhos, a poluição também pode causar dor de cabeça, enjôo, bronquite, asma e até câncer de pulmão. O desenvolvimento de veículos menos poluentes tem sido uma prioridade no setor automobilístico, até por conta da exigência imposta por programas governamentais que visam me-

lhorar a qualidade do nosso ar. Mas de nada adianta a indústria investir em produtos mais modernos se o consumidor não se preocupar com a sua manutenção. É fundamental, por exemplo, manter o sistema de exaustão e do escapamento do carro em ordem, do contrário o usuário só estará contribuindo para piorar a qualidade do nosso ar. Vale lembrar que o problema da poluição atinge principalmente os grandes centros urbanos, como

São Paulo, que abriga uma frota cada vez maior de veículos automotivos, entre carros, motos, ônibus e caminhões. Meio ambiente - Aproveitando o Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado no último dia 7, a Midas Auto Center divulgou material com dicas para que os consumidores conservem adequadamente seus veículos e tenham a "gostosa sensação de estar agindo de maneira ecologicamente correta", como diz Álvaro Pinheiro, consultor técnico da empresa. "Para dirigir sem poluir o ar, é necessário efetuar manutenções preventivas nos sistemas de alimentação, ignição e exaustão do veículo, pelo menos, de três em três meses", alerta o especialista. O sistema de alimentação é composto pela bomba de combustível, bico injetor, filtro de combustível e regulador de pressão. A ignição inclui bobina, velas e cabos, e o sistema de exaustão é o escapamento. Composto por coletor de escape, catalisador, abafador intermediário e silenciador traseiro, na maioria dos carros, o sistema de escapamento é muito susceptível à corrosão e, por isso, faz-se necessário checar, periodicamente, o estado de todos os componentes, além de verificar seus pontos de fixação e subs-

tituir os coxins (pequenas peças de borracha que seguram o escapamento na carroceria ou nos ganchos de fixação) danificados. Os buracos, comuns nas ruas da capital paulista, por exemplo, são grandes inimigos do escapamento. "Sempre que o carro sofrer um impacto em sua parte inferior, é interessante realizar, imediatamente, uma revisão do escapamento, pois isso pode minimizar os custos do serviço", aconselha. Apesar de não interferir nos níveis de emissão de gases, os escapamentos abertos também causam danos ao meio ambiente, já que contribuem para um outro tipo de poluição, a sonora, igualmente prejudicial. Catalisador - Os veículos mais modernos contam com um grande aliado na defesa do meio ambiente. É o catalisador, um equipamento que transforma os gases nocivos à saúde (por meio de catálise) em gases menos tóxicos, como resultado da queima do combustível dentro do motor. O catalisador hoje já é obrigatório segundo as leis que definem os limites máximos de emissão de gases poluentes. "Os carros mais novos também são menos nocivos ao meio ambiente, pois possuem um maior número de componentes eletrônicos e são rigorosamente controlados pelas montadoras no intuito de poluir menos", lembra o consultor técnico. O grande problema é que a frota de veículos antigos e mal conservados que circulam em nossas ruas e cidades ainda é muito grande. Segundo dados do Detran de São Paulo, a porcentagem de carros com zero a cinco anos de uso na capital paulista é de apenas 24,48%, ou seja, menos de um quarto do total que circula diariamente pela cidade. Quanto mais antigo o carro, mais importante se investir em manutenção preventiva. Afinal, um carro bem regulado, além de poluir menos, economiza combustível e é mais seguro. Paulo Pinto/AE

Dicas de manutenção

Combustível - A Midas Auto Center lembra que outro item que pode interferir na emissão de gases poluentes é o combustível. Quando ele é adulterado danifica irremediavelmente os componentes internos do motor e do sistema de escape. De acordo com as especificações do Proconve - Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores, da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), de São Paulo, a porcentagem permitida para a adição de álcool à gasolina é de 22%. Essa mistura provoca uma redução da ordem de 50% na emissão de monóxido de carbono.


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São Paulo, quarta-feira, 12 de abril de 2006

INAUGURAÇÃO

Chucrute baiano, não. Pneus!

Divulgação

Marca alemã, a Continental inaugura fábrica no Brasil. Maior parte da produção será destinada à exportação. ANDERSON CAVALCANTE

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ara aprender a fazer um "delicioso" pneu, fica mais fácil ir até o país de origem. Com este pensamento, a Continental levou cerca de 200 baianos à Europa para treiná-los durante quatro meses. Lá, eles não aprenderam a fazer o tradicional chucrute alemão, mas sim como produzir pneus com a marca da quarta maior indústria do produto no mundo. Com a receita em mãos, eles já podem começar a fabricar pneus com jeito germânico aqui no Brasil. A fábrica inaugurada semana passada em Camaçari, na Bahia, poderá produzir, em plena capacidade, 6 milhões de pneus para carros de passeio e 700 mil para veículos comerciais. A produção para veículos de carga está prevista para iniciar no primeiro semestre de 2006, mas para passeio, a fabricação já foi

iniciada e teve seu pneu inaugural apresentado no final de 2005. O ContiEcoContact 3 175/70R13 82T, foi enviado para homologação na unidade do Grupo em Hannover, na Alemanha, onde passou por diversos testes.

Investimento - A empresa investiu mais de US$ 260 milhões na fábrica, valor que envolveu maquinários, tecnologia e construção civil, além de treinamento e capacitação de operadores, supervisores e técnicos nas filiais de Portugal, Eslováquia, Estados Unidos e Alemanha. Para o diretor superintendente das Operações Comerciais de Pneus da Continental na América Latina, Renato Sarzano, a fábrica de Camaçari colocará o Brasil como pólo exportador natural de pneus para a região do NAFTA (Estados Unidos, México e Canadá), além da América Latina. "Com a nova fábrica estaremos mais competitivos, ganhando agilidade em passos cruciais do processo de exportação, como tempo de entrega e logística", explica Sarzano. Segundo o presidente da Continental, Manfred Wennemer, no início do projeto a empresa estimava exportar 90% da produção brasileira e manter apenas 10% para comercialização interna. "Agora estamos reavaliando a situação. O mercado brasileiro é muito grande e pode ser melhor explorado. Por isso, deveremos ficar com uma margem entre 10% e 30% da produção de Camaçari para vendas no

A nova fábrica de Camaçari, na Bahia, poderá produzir 6 milhões de pneus para carros de passeio e mais 700 mil para veículos comerciais. Em destaque, o primeiro pneu a sair da linha de montagem.

Brasil". Esta mudança na estratégia da Continental deve-se também ao acréscimo do número de revendas, que chega a 426 após acordo firmado com a Rede Zacharias de Pneus, com 48 pontos-devenda localizadas nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, e também com a Rede Pneumar, com mais de 20 lojas na região Sul do País. Capacitação técnica - Para Renato Sarzano, a primeira planta de pneus da empresa no País está gerando uma reação extremamente positiva na rede de revendedores, que não só está sendo ampliada, como recebendo uma melhor capacitação técnica. "As próprias revendas já estão fazendo investimentos na certeza de que 2006 será marcado por um forte incremento nas vendas", comemora o executivo.


quarta-feira, 12 de abril de 2006

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Congresso CPI Pesquisa Planalto

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LULA: 37,5% DAS INTENÇÕES DE VOTOS. ANTES: 42,2%.

Imagine se eu tivesse o espaço na mídia que a candidatura tucana tem, em que situação eu estaria hoje? Anthony Garotinho (PMDB)

ALCKMIN REDUZ EM 8 PONTOS PORCENTUAIS A DIFERENÇA PARA LULA NA CORRIDA PRESIDENCIAL Sergio Lima/Folha Imagem

PESQUISA APONTA QUE LULA PERDE VOTOS COM ESCÂNDALO DO CASEIRO

N

Presidenciável tucano, Geraldo Alckmin: aumento de quase 3,5% nas intenções de votos, segundo Sensus/CNT.

Mastrangelo Reino/AE/07-11-2005

GAROTINHO AINDA É O MAIS REJEITADO

A

rejeição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva ficou estável na pesquisa CNT/Sensus. Indagados em quem não votariam de jeito nenhum, 35,7% dos entrevistados apontaram Lula – no levantamento de fevereiro, o índice de rejeição do presidente era de 35,8%. Já o tucano Geraldo Alckmin teve melhora: passou de 39,9% para 33,5%. O pré-candidato do PMDB, Anthony Garotinho, também apresentou melhora nesse quesito, indo de 59,1% em fevereiro para 50,7%. Heloísa Helena, do PSOL, ficou estável, variando de 47,5% para 47,7%. Lula e Alckmin estão praticamente empatados no índice de rejeição verificado na pesquisa, com ligeira vantagem para o tucano. Mas é preciso considerar a diferença no nível de exposição pública de ambos. Cerca de 13,7% dos eleitores declararam não conhecer Alckmin, contra 0,6% que não reco-

Garotinho desconversa, mas rejeição a seu nome preocupa.

nheceram Lula. No limite – O diretor do Instituto Sensus, Ricardo Guedes, explicou que se considera "dentro do jogo político" o candidato que tem até 35% de rejeição – caso de Alckmin. Lula está no limite. Guedes ressalta ainda que os números mostram um alerta para o governo, já que

a sucessão de problemas políticos dos últimos meses pode afetar a imagem de Lula. "Quem tem 40% (de rejeição) ou mais, não tem como se eleger", argumentou. Seria o caso de Garotinho, que no atual cenário não se configura ainda como uma terceira via. Porém, o diretor lembrou que o índice do ex-governador do Rio atingiu o menor percentual desde o ano passado. A par dos números, Garotinho minimizou a importância do índice. "As rejeições de todos os candidatos são muito altas e eu não entendo os métodos dessas pesquisas que atestam a rejeição", disse. (Agências)

BASE APROVA OS NÚMEROS

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pesar da queda nas pesquisas, os aliados do governo avaliam que Lula ainda mantém uma liderança folgada em relação aos adversários. "Os números mostram uma variação sobre o mesmo tema: Lula continua liderando em todos os cenários e Alckmin aparece com muita dificuldade em nacionalizar o seu nome", observou o líder do governo, senador Aloizio Mercadante (PTSP). Com ele concorda o líder do PMDB no Senado, Ney Suassuna (PB). "O presidente Lula é um fenômeno. Apesar de todo o tiroteio, ele continua com uma aprovação significativa. O pouco que ele perdeu é resultado do noticiário negativo das últimas semanas." Já a oposição avalia que o episódio da quebra ilegal de sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa deve afetar ainda mais a popularidade de Lu-

A violação do sigilo é grave e vai causar um desgaste progressivo. José Agripino Maia

la nas próximas pesquisas. "A pesquisa mostra claramente que Lula começa a ser atingido por essa denúncia. A violação do sigilo é muito grave e vai causar um desgaste progressivo. Essa pesquisa detectou apenas o primeiro reflexo", disse o líder do PFL no Senado, José Agripino Maia (RN). É cedo – O presidente nacional do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), afirmou que ainda é cedo para extrair qualquer tipo de tendência das pesquisas eleitorais sobre a corrida presidencial deste ano, ao comentar o resultado do levantamento da CNT encomendado ao Instituto Sensus. "Ainda é cedo para fa-

larmos em tendências", disse, negando que os dados possam significar algum motivo de preocupação para o partido. Segundo a sondagem, o presidente Lula, pré-candidato à reeleição, passou de 42,2% das intenções de voto na pesquisa anterior, para 37,5% nesta edição do levantamento. Foi com bom humor que o pré-candidato do PDT à presidência da República e senador pelo Distrito Federal, Cristovam Buarque, recebeu a informação de que a pesquisa o indicou com 1,7% das intenções de voto na corrida presidencial. "Isso significa que eu subi 70% da última pesquisa Sensus/CNT até agora", disse Buarque, sorrindo, em entrevista coletiva, após participar de debate dos pré-candidatos do partido à Presidência da República, em evento na Assembléia Legislativa de São Paulo. (Agências)

a pesquisa Sensus/CNT, divulgada ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantém uma liderança folgada na disputa presidencial, mas caiu em quase oito pontos porcentuais sua vantagem sobre o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin. Enquanto ele registrou uma queda de cerca de cinco pontos porcentuais nas intenções de votos, enquanto o candidato tucano registrou um crescimento de quase 3,5%. E, apesar do levantamento mostrar que a avaliação do governo pela população permanece estável, a imagem política de Lula começa a ser afetada. A queda na distância entre Lula e seu principal adversário na disputa se deveu, segundo o diretor do Instituto Sensus, Ricardo Guedes, ao escândalo da quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, que levou à demissão do ministro da Fazenda, Antonio Palocci. "Os números mostram que os episódios negativos começam a afetar a imagem do presidente Lula", disse, referindose ao caso do caseiro. Mas, segundo Guedes, Lula pode se recuperar nos próximos levantamentos porque 85% do impacto da quebra do sigilo do caseiro já ocorreu. Caso do caseiro – O diretor do Sensus se baseou nos dados do levantamento que mostram que, dos 2 mil eleitores entrevistados, a maioria afirmou ter acompanhado o caso do caseiro. Os entrevistados que dizem acompanhar a denúncia da quebra de sigilo de Francenildo Costa somam 34,2%; 25,8% dizem ter apenas ouvido falar do caso e 37,3% dos entrevistados não acompanharam ou não ouviram fa-

lar nada sobre o assunto. Dos que acompanham ou ouviram falar do caso, 62,1% pensam que a quebra de sigilo do caseiro foi um fato negativo para o governo e prejudica a reeleição de Lula ante e 26,8% que acreditam que o episódio "não foi negativo". Corrida presidencial – Na pesquisa – registrada no TSE sob o número 4235/2006 – o presidente Lula aparece com 37,5% das intenções de votos contra 42,2% registrados em fevereiro, enquanto que Alckmin subiu de 17,4% para 20,6% das intenções de votos. Por esse mesmo levantamento, o ex-governador Anthony Garotinho (PMDB-RJ) ficou praticamente estável, variando de 14,4% em fevereiro para 15% agora. As intenções de voto na senadora Heloísa Helena (PSOL-AL) caíram de 5,1% da pesquisa anterior para 4,3% em abril. Indecisos, brancos e nulos somam 22,7% contra 21,1% em fevereiro ( v ej a gráfico ao lado). Segundo turno – Lula também perde pontos na simulação sobre um eventual segundo turno. Numa disputa com o ex-governador de São Paulo, Lula teria 45% dos votos contra 33,2% do tucano. No levantamento anterior, o presidente aparecia com 51,3% das intenções de votos e Alckmin tinha 29,7%. Nesse cenário, indeci-

sos, brancos e nulos passaram de 19,1% para 21,9%. É preciso levar em conta que o melhor desempenho de Geraldo Alckmin frente a Lula refletiu, principalmente, a transferência de intenção de voto do ex-prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), para o colega de partido, pois quando a pesquisa de fevereiro foi realizada o PSDB ainda não havia se definido entre Serra e Alckmin e ambos candidatos apareciam entre as opções, dividindo assim uma parcela dos votos. Garotinho – Na simulação em que Lula enfrenta Garotinho no segundo turno, o presidente aparece com 48,5% das intenções ante 54,1% no levantamento anterior. E Garotinho permanece praticamente estável, oscilando de 24,1% para 24,2%. Indecisos, brancos e nulos sobem de 21,9% dos votos para 27,6% nessa simulação. Já no cenário em que Lula tem como adversário a senadora Heloísa Helena, o presidente aparece com 52,4% dos votos ante 56,6% em fevereiro. Heloísa Helena, por sua vez, cai de 19,3% para 17,9%. Indecisos, brancos e nulos nessa simulação somaram 29,8% ante 24,3%. Garotinho fez uma leitura positiva e disse que a pesquisa Sensus/CNT mostra que há uma tendência de queda das intenções de voto de seus principais adversários e de crescimento de sua candidatura. "Imagine se eu tivesse o espaço na mídia que a candidatura tucana tem, em que situação eu estaria hoje?", indagou. (Agências)


PINGA-

FOGO Ruim com o PT? Pior sem ele?

OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 12 de abril de 2006

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Sinto, há muito, vergonha, muita vergonha em saber que nesta terra abençoada e privilegiada pela natureza nasceram o PT, Lula, Delúbio, Palocci, Dirceu sem Marília, Angela bailarina, João Paulo e companhia ilimitada. O Brasil continuará. E eles? Cadeia, inferno... Ah!, estava esquecendo de mencionar o grande defensor petista, o sr. Nelson Jobim. Que alívio saber que não mais preside nossa mais alta Corte. Vergonha! Chega de parcialidade! ASSYR FÁVERO Fº ASSYR@LORESE.COM.BR

DOISPONTOS -13 13

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Todos os políticos nos vêem como burros e desinteressados em política. Desde que Brasil é Brasil, sempre houve sacanagem, sempre houve roubalheira. Mas hoje está aí no governo um partido que sempre lutou pela moralização, mas que também não conseguiu moralizar. E quem conseguiu? Não consigo lembrar de ninguém. Estamos indo para uma nova eleição e só tenho medo de uma coisa: voltar ao passado com esse PSDB. Meus pais serão chamados de novo de vagabundos, nossas estatais serão vendidas a preço de banana... Essa oposição só quer voltar ao poder. Não votei no Lula, mas acho que desta vez eu voto. EZIO MARCO DA ROCHA FRAMELL_13@HOTMAIL.COM

Site na internet dcomercio.com.br /doispontos/

Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br

Certidão de inocência

Ed Ferreira/AE

A CPMI dos Correios deu à Lula atestado de boa conduta

epois de nove m e s e s d e e xpectativas, intenso falatório, ameaças e baixarias, um tempo preciosíssimo perdido, conhecimento jogado fora e o estresse de muitos, com centenas de pessoas envolvidas, milhões de reais gastos e tantas denúncias, o relator da CPMI dos Correios, o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR, do mesmo partido que sempre deu sustentação às ações do governo Lula) apresenta seu relatório, onde sequer leva em conta a proximidade do presidente com a cúpula do esquema de corrupção chamado "mensalão". Pisando em ovos, o

D

relator deixa de lado, fatos que nos pareceram evidenciar esta proximidade, como ficou claro no depoimento do ex-deputado Valdemar da Costa Neto, do PL, que afirmou ter o presidente presenciado a negociação que fizeram PT e PL, envolvendo R$ 10 milhões para a compra de apoio em 2002. Deixa de considerar que muitos dos envolvidos continuam convivendo particularmente com o presidente, mantendo sobre ele a mesma influência que detinham antes do exdeputado Roberto Jefferson ter denunciado o esquema. Ta m b é m d e i x a d e considerar que Jefferson declarou ter levado

DEU

NO

HTTP://SERGIOLEO. BLOGSPOT.COM

relatório da CPMI dos Correios praticamente inocenta Lula, mostrando que é possível um presidente não ser contaminado pelo mar de lama que se formou, apesar de estar nadando dentro dele. Com este certificado de inocência dado pelo relator, periga assistirmos a uma reeleição e convivermos mais quatro anos com todos os envolvidos, até que apareça outro salvador da pátria para persuadir as massas. Precisamos que todas os organismos influentes da sociedade se manifestem e procurem mostrar a verdade. Só assim, sem entrar no mérito político e sim no

O

de justiça, possamos creditar ao presidente, nosso respeito e, se ele for realmente inocente, até nosso voto. Mesmo não tendo sido conivente com seus companheiros, pesa sobre ele a péssima administração que faz até aqui. Vale destacar que, de todos os departamentos, o que mais se estruturou e modernizou foi o Fisco, que não está dando trégua a nós, contribuintes, que já pagamos por tudo que foi desviado e estamos pagando para manter o c i rc o e m a t i v i d a d e , apesar de sermos nós os palhaços. JOÃO PATRÍCIO JBPATRIC@UNISYS. COM.BR

A sementinha do astronauta

BLOG P

Para o colunista Sérgio Leo, tão memorável quanto ir ao espaço foi participar do jantar oficial em homenagem aos parceiros russos. Ele relata em seu blog a melhor surpresa daquela noite. E separa o astronauta Marcos Pontes do ridículo que gravitou em torno de sua aventura.

o fato ao conhecimento do presidente, que não tomou qualquer atitude para punir os culpados. Deixa de considerar que o presidente não deixaria de saber das negociatas de seus filhos, principalmente se estes ficassem milionários da noite para o dia. Sendo presidente e se dizendo tão esperto, como não viu o que acontecia a alguns metros de sua mesa, dentro do seu gabinete? Como não sabia de onde o partido tirava dinheiro para mantê-lo durante os 22 anos que militou? Com ou sem CPI, o povo precisa de respostas, principalmente por parte dos deputados.

lantou a semente? Já utilizou a clorofila? Assim o presidente Lula, numa ligação interespacial, perguntou ao astronauta brasileiro como andavam as experiências que o sujeito foi fazer no espaço... Juro que admiro o coronel Pontes, sujeito de origem humilde, boa praça,

inteligentíssimo, uma cabeça. O tipo de cara de quem o Brasil deve se orgulhar. Mas pelo que fez da vida, pela dedicação aos estudos, pela simpatia. Tá bom, vá lá, pela divulgação da ciência que a viagem dele vem fazendo entre as crianças. Inesquecível (para mim) foi minha participação marginal nessa promissora aproximação russo-brasileira. Convidado ao

jantar para o primeiroministro russo, sentei ao lado do presidente da Agência Espacial Brasileira, que, pelo sotaque, é pernambucano, e também muito simpático. Tivemos de ouvir um looooongo discurso do vicepresidente José Alencar, que, como não falou em juros, foi de uma mornidão estupefaciente. Na hora do brinde é que veio à surpresa. Na taça à frente, o que era aquela

bebida de cor amarelada, aroma amadeirado e sabor flamejante? O Itamaraty havia providenciado para o brinde legítima cachaça de Salinas!!! Foi surpresa para todo mundo. Especialmente, creio, para a russa à minha frente, na mesa, uma senhora de ar marcial que deu uma golada e quase engasgou. Vi brotarem lágrimas nos surpresos olhos da camarada.

What the hell is this? acho que falaria ela se soubesse inglês. As palavras que pronunciou baixinho, em russo castiço, boa coisa não diziam sobre as mães dos brasileiros presentes. Deve ser o tal biocombustível. Da próxima vez, é capaz de o bauruense espacial chegar à estratosfera para pesquisar a clorofila impulsionado à base de pinga.

bancário confiscados, com efeitos imprevisíveis sobre seu sigilo e reputação. A insegurança contra balas perdidas é menor do que contra as dirigidas, a ponto de expetistas se auto-exilarem como garantia de continuarem a viver.

BENEDICTO FERRI DE BARROS

A REPÚBLICA KAFKIANA om mais de meio século de jornalismo e alguns milhares de artigos, nunca me foi tão penoso como agora escrever uma coluna. Vivemos uma realidade kafkiana, na qual a Verdade soa como mentira e a Ética foi a tal ponto prostituída que se tornou uma palavra pornográfica. Os fatos são mais do que conhecidos, mas para qualificá-los seria preciso usar adjetivos impublicáveis. Jamais a política penetrou tão a fundo em nossas vidas, mas parece que não temos política nenhuma. Nunca o governo se agitou a tal ponto, mas o fato é que o líder da Nação, das pesquisas e das manchetes jamais assumiu o governo, menos tempo permaneceu no Planalto e no exercício de suas funções, menor número de reuniões fez com seu ministério, menos sabe de coisa alguma e diz a verdade quando se declara irresponsável por coisa nenhuma. E kafkianamente, justamente por não ser político, é mais cotado do que qualquer político e mais soberano que qualquer ditador. Travestido de messias, delegou aos capo-regime do PT a direção da política e o comando da máquina administrativa.

C

ob a égide da Constituição (espúria) dos Miseráveis, todos os poderes do Estado – o Executivo, o Legislativo e o Judiciário - foram cooptados e as instituições públicas se transformaram em um perigo para os cidadãos. O responsável pela política econômica que levou a economia do País a se desenvolver quase menos de metade da média mundial foi sempre tido e saudado pela mídia como o mago da Economia, o principal sustentáculo do governo e uma vestal da honestidade. O Judiciário se converteu em fornecedor de tapaouvidos para depoentes da corrupção e um cala-aboca para seus acusadores. O Legislativo continua convertendo o caríssimo trabalho desenvolvido pelas CPIs em uma loto de barganhas. E se você procurar proteção numa delegacia pode ter sua identidade e seu cartão

S

nquanto isso, o irresponsável por coisa nenhuma levita no seu Aerobus, com bar recondicionado após uma quarentena de abstinência, retribuindo com rapapés a pompa e circunstância das cortes mundiais. Contudo, não é esse quadro préanárquico da política o que mais nos impressiona. O que mais nos impressiona é o fato de que o clima de mentira que polui nossa vida parece haver contaminado nossa inteligência e capacidade de julgamento, a ponto de nos tornarmos incapazes de dar o peso devido aos acontecimentos. Dois casos evidenciam isso. O primeiro é o consenso universal de que o mais grave no caso

E

O clima de mentira que polui nossa vida parece haver contaminado nossa inteligência e capacidade de julgamento Nildo foi a violação do seu sigilo bancário, quando muito mais espantosa é a absurda violação do seu imprescritível direito de falar livremente por convocação de comissão legitimamente constituída pelo Legislativo – um dos poderes autônomos e independente de um Estado de Direito. E isso feito por autoridade a qual incumbe defender esses direitos. O segundo é que todos os acusados que reconhecem haver recebido recursos do valerioduto crêem se isentar, alegando que não o fizeram em benefício pessoal, mas para financiar com Caixa 2 a eleição de seu partido. Mas se isso é verdade (e Lula já havia reconhecido em Paris), então a eleição petista foi fraudulenta e todo seu mandato é espúrio, ilegítimo e ilegal. E, espanto dos espantos, a aprovação do relatório da CPI dos Correios se encerra por um petista chamando outro de fdp com todas as letras! esado o que dizemos? Mais leve do que dizem de Lula seus excompanheiros de jornada, sem desmentidos nem reação dos seus caporegime atuais. E muito mais leve do que a compostura jornalística nos permite dizer.

P

BENEDICTO FERRI DE BARROS É ESCRITOR PAJOLUBE@TERRA.COM,BR

FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, 3244-3799, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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quarta-feira, 12 de abril de 2006

2,597

reais foi a cotação de um euro ontem. A moeda européia desvalorizou em comparação ao real, assim como o dólar.

11/4/2006

Informe Publicitário

FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Situação em 07/04/2006 Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda

Fundo P.L. do Fundo Empresarial LP ....................... 4.120.243,87 Lastro Performance LP ......... 974.149,73 Múltiplo LP .............................. 2.911.550,17 Esher LP .................................. 2.472.877,13 Master Recebíveis LP ........... 432.507,45

Valor da Cota Subordinada 1.029,318893 995,011442 1.030,209954 1.007,073521 951,801184

% rent.-mês 1,1381 0,2284 0,5652 0,2499 - 0,1677

% ano 5,3582 -0,4989 3,0210 0,7074 -4,8199

Valor da Cota Sênior 0 1.016,802583 1.023,272225 0 0

% rent. - mês 0,3056 0,3328 -

% ano 1,6803 2,3272 -

rating AA-(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)

DC

COMÉRCIO


São Paulo, quarta-feira, 12 de abril de 2006

D C A R R O 13

CBR 600RR

A versão 2006 da moto importada do Japão já está à venda na rede Honda com preço sugerido de US$ 22.109. O modelo agora está disponível nas cores preta e laranja. á está à venda na rede de concessionárias Honda a versão 2006 da motocicleta CBR 600RR. Inspirado na RC 211V, participante do Campeonato Mundial de Motovelocidade, o modelo é importado do Japão e se destaca pela alta performance e segurança. Disponível nas cores preta e laranja, tem preço público sugerido de US$ 22.109 (cerca de R$ 48 mil) no Estado de São Paulo, valor que não inclui frete e seguro. Na versão 2006, a CBR 6000RR incorporou logotipo mais marcante e mais moderno. A carenagem frontal forma um conjunto compacto, associando leveza, modernidade e robustez. O farol, por exemplo, adota o sistema Line Beam com lâmpadas de 55W e refletores multifocais, que projetam feixe luminoso potente e constante, garantindo maior segurança, principalmente na pilotagem noturna. Por estarem posicionadas junto às entradas de ar, o estilo esportivo é reforçado. A RC 211V serviu de inspiração para outros dois itens da motocicleta. Seu

J

painel é composto por velocímetro, hodômetro total/parcial e marcador do nível de combustível, todos digitais, além do tacômetro eletrônico. As luzes indicadoras são em formato de led e acompanham o design da motocicleta, o que facilita o monitoramento das informações mais importantes para o motociclista. Curvas - Já o escapamento “Centre-up” 4x2x1 - com única saída sob a lanterna traseira - é responsável pela redução da resistência de ar e melhora a capacidade de inclinação nas curvas. Seu motor é um 4 cilindros em linha, supercompacto, do tipo DOHC (Double Over Head Camshaft), com duplo comando de válvulas no cabeçote, de 599 cm³, 4 tempos, 16 válvulas, 4 por cilindro, arrefecido a líquido. O propulsor tem uma curva de potência e torque que permite uma pilotagem tranqüila em baixas rotações, mas, a partir das médias e altas, fica evidente toda sua vocação, permitindo a força máxima surgir sem cessar até o limite de sua rotação. Desenvolve 117 cv a 13.000 rpm e torque máximo de 6,73 kgf.m a 11.000 rpm. Com isso proporciona respostas rápidas em qualquer faixa de rotação. O câmbio de seis velocidades tem engates precisos, per-

Divulgação

Inspirada no mundo das competições A CBR 600RR 2006 tem motor supercompacto, com duplo comando de válvulas no cabeçote

mitindo um melhor aproveitamento de toda sua força. Mais detalhes - O modelo vem com injeção eletrônica PGM-DSFI (Programmed Dual Sequential Fuel Injection System), que dispõe de dois bicos injetores de combustível para cada cilindro, sendo que o segundo estágio opera a partir de 6.000 rpm, proporcionando respostas imediatas em qualquer faixa de rotação.

A CBR 600RR conta com a suspensão traseira Unit Pro-Link, que oferece inúmeras possibilidades de ajuste. Na dianteira a suspensão telescópica é do tipo invertida “upside-down” com sistema HMAS (Honda's Multi Action System), que possui regulagem de tensão da mola, velocidade de compressão e retorno dos amortecedores. A aderência da motocicleta é assegurada pelas rodas aro 17”, além dos pneus radiais esportivos de perfil baixo e sem câmara.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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O

poderoso chefão da Cosa Nostra, a máfia siciliana, Bernardo Provenzano, procurado desde 1963, foi preso ontem sem oferecer re s i s t ê n c i a n u m a c a s a d e campo perto de Corleone, sua cidade natal, na Sicília. "Ele não disse nenhuma palavra" ao ser capturado, informou em Roma o promotor nacional antimáfia da Itália, Piero Grasso. Provenzano foi levado para um prédio da polícia em Palermo, capital da Sicília, onde se mantinha em silêncio, apenas admitindo ser o fugitivo. Perguntado como os investigadores finalmente o encontraram, Grasso afirmou que policiais seguiram um pacote de roupas limpas que saiu de Corleone e foi entregue na casa de campo a cerca de dois quilômetros da cidade. Provenzano, o homem mais procurado na Itália, teria assumido o comando da máfia siciliana em 1993, depois que Salvatore "Totó" Riina, o chamado "capo di tutti capi", foi preso em Palermo depois de anos como fugitivo. Segundo promotores, Provenzano ajudou a Cosa Nostra a estender seus tentáculos para o lucrativo mundo dos contratos públicos na Sicília, transformando a máfia mais numa indústria do colarinho branco de atividades ilegais e menos dependente de operações tradicionais como tráfico de drogas e extorsão. Mafiosos arrependidos também relevaram a investigadores nos últimos anos que Provenzano mantinha-se em liberdade porque dormia em diferentes casas de campo em toda a ilha da Sicília e dava ordens através de bilhetes manuscritos, não usando telefone celular por medo de ser localizado pela polícia. Autoridades também encontravam dificuldade em localizálo, já que a última foto que tinham de Provenzano era de quase 50 anos atrás. Entretanto, funcionários de uma clínica no sul da França onde Provenzano teria sido tratado anos atrás por problemas na próstata usando nome falso ajudaram a polícia a elaborar um retrato falado. Em seu encalço, investigadores "descobriram um mundo em volta dele" de "empresários, técnicos, profissionais e até mesmo políticos" com os quais o chefão podia contar, disse Grasso - um siciliano que como antigo promotor chefe de Palermo liderou a caçada ao fugitivo nos últimos anos.

O

presidente do Irã, Mahmud Ahmadinejad desafiou ontem o Conselho de Segurança (CS) da ONU com o anúncio de que pela primeira vez seu país enriqueceu urânio com sucesso, num nível adequado ao uso em usinas nucleares para produção de energia elétrica. A produção por enquanto é incipiente, mas Ahmadinejad disse na TV que o Irã está determinado a enriquecer urânio em escala industrial. A notícia contribuiu para elevar os preços no mercado de petróleo em Londres, que alcançaram US$ 70 o barril, um recorde nessa praça. "Estou oficialmente anunciando que o Irã se uniu ao grupo daqueles países que possuem tecnologia nuclear. Este é

Não acreditamos que hoje, neste estado de coisas, qualquer um possa cantar vitória. Silvio Berlusconi

Internacional Cai em Corleone o último poderoso chefão

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AFP

Reuters

Autoridades italianas tiveram dificuldade em localizar Provenzano. A foto pela qual podiam identificá-lo era de quase 50 anos atrás. Mas funcionários de uma clínica no sul da França, onde ele fez tratamento com nome falso, ajudaram na identificação. Fabrizio Villa/AFP

Mas no fim, vendo que o cerco estava se fechando, Provenzano decidiu ficar "no local mais seguro, ou seja, o mais perto de Corleone", uma cidade nas proximidades de Palermo. Os atentados contra os juízes antimáfia Giovanni Falcone e Paolo Borsellino, 14 anos atrás, deixaram parte dos sicilianos contra a máfia,

mas a profunda resistência da população local em notificar as autoridades teriam contribuído para que Provenzano mudasse de uma casa para a outra na ilha. Autoridades italianas chegaram a rastrear a viagem do chefão da Cosa Nostra a Marselha, na França, onde ele teria sido submetido a uma cirurgia

de próstata. Mas a polícia italiana encontrou a pista anos depois da viagem de Provenzano a Marselha. No mês passado, um ex-advogado do capo disse a um jornal italiano que acreditava na possibilidade de Provenzano "ter morrido há alguns anos". "Já procuraram por ele em todos os lugares, ao longo de

PRODI VENCE. BERLUSCONI CONTESTA.

O

O homem mais procurado da Itália desde 1963, Bernardo Provenzano, ligado à Cosa Nostra, foi preso sem oferecer resistência.

tantos anos, e nunca o encontraram. Isso deve significar alguma coisa", disse o advogado Salvatore Traina ao jornal La Repubblica. As notícias sobre a detenção de Provenzano foram recebidas com satisfação pelo presidente da Itália, Carlo Azeglio Ciampi, assim como por outros líderes políticos.

modelo alemão da grande coalizão entre democrata-cristãos e social-democratas foi a proposta feita ontem pelo líder conservador Silvio Berlusconi como solução para o que ele definiu como impasse político italiano. Isto é a apertadíssima vitória da coalizão de centro-esquerda de Romano Prodi na Câmara e no Senado nas eleições de domingo e segunda-feira. Prodi rechaçou prontamente a idéia. O resultado das eleições mostrou um país dividido ent r e a s d u a s Max Rossi/Reuters principais correntes políticas - a coalizão conservadora Casa Da Liberdade (CDL) e a cent r o - e s q u e rdista União. Mas Prodi deixou claro que pretende governar unicamente com as forças que o apoiaram. "Nós já forma- Quando meu mos uma coa- governo lizão para discomeçar a putar a eleição e é com ela que trabalhar iremos formar tomaremos o governo", a decisão de destacou. retirar as Ontem, tropas do Berlusconi deixou claro Iraque que só vai re- Romano Prodi conhecer a vit ó r i a d o a dversário Prodi depois de uma recontagem dos votos. Ele perdeu por uma diferença ínfima de 23 mil votos e afirmou que não contesta uma eventual vitória da oposição, mas ressaltou que diante desses números é obrigação verificá-los. Prodi anunciou ontem, já como vencedor da eleição, que seu governo irá retirar com rapidez as tropas italianas do Iraque. "Decidimos juntos... que no dia em que meu governo começar a trabalhar, tomaremos a decisão de retirar as tropas do Iraque", disse. "Naturalmente, não no espaço de um dia, mas com a necessária cautela". Durante seu mandato, o premier Silvio Berlusconi apoiou firmemente o presidente dos EUA, George W. Bush, que montou uma coalizão internacional para invadir o Iraque.

Reuters

IRÃ País comemora enriquecimento de urânio

quarta-feira, 12 de abril de 2006

PAQUISTÃO

SHARON

explosão de uma bomba detonada por um militante suicida causou ontem a morte de 41 pessoas durante uma cerimônia religiosa para marcar o nascimento de Maomé, num parque de Karachi, a maior cidade do Paquistão O atentado também deixou dezenas de feridos. Segundo a polícia local, o militante suicida detonou cerca de 5kg de explosivos depois de posicionar-se atrás de líderes do movimento sunita Tehrik. Dois destacados clérigos sunitas paquistaneses morreram no atentado. Uma multidão enfurecida incendiou

gabinete de governo de Israel declarou ontem que o primeiroministro Ariel Sharon está permanentemente incapacitado de exercer o cargo, encerrando formalmente seu mandato de cinco anos como chefe do governo israelense. Sharon, de 78 anos, está em coma desde 4 de janeiro, quando sofreu um devastador derrame cerebral e foi internado em um hospital de Jerusalém. Logo depois do derrame, o vice de Sharon, Ehud Olmert, assumiu provisoriamente a chefia de governo. No mês passado, porém, Olmert liderou o centrista partido Kadima na vitória obtida nas eleições gerais e tornou-se primeiroministro designado, sendo incumbido de compor uma nova coalizão de governo. Pela lei israelense, um primeiroministro incapacitado por motivos de saúde pode ser substituído interinamente por até cem dias. Encerrado esse prazo, um sucessor deve ser designado. O prazo para que Sharon fosse declarado permanentemente incapacitado se encerraria na sexta-feira.

A

Amostra de urânio enriquecido apresentada ontem em Teerã

o resultado da resistência da nação iraniana", disse o presidente. E logo acrescentou: "O Ocidente tem de respeitar o direito do Irã a desenvolver tecnologia atômica para uso pacífico". Segundo as autoridades do setor nuclear iraniano, por enquanto estão em operação 164 centrifugadoras, que enriquecem urânio a um nível de 3,5%. Os EUA acusam o Irã de ter como meta a fabricação de armas atômicas, o que exigiria um nível de 90% de purificação. Duas semanas atrás diplomatas em Viena disseram, extra-oficialmente, que o Irã já havia iniciado o processo, superando, portanto, a fase de pesquisas que já eram do conhecimento da Agência Inter-

nacional de Energia Atômica (AIEA). O anúncio oficial, apenas alguns dias antes da chegada a Teerã do diretor da AIEA, Mohamed ElBaradei, para conversações com dirigentes, indica que o Irã quer apresentar a ele um fato consumado num momento em que é pressionado pelo Conselho de Segurança da ONU a interromper o enriquecimento. No dia 29 de março, o Conselho aprovou um comunicado que pedia ao Irã a suspensão do processo. Não se trata de uma determinação de cumprimento obrigatório nem há, no texto, a ameaça de sanções porque os membros do Conselho estão divididos sobre a forma de pressionar o Irã.

O Ó RBITA carros e um postos de gasolina. Manifestantes atiraram pedras contra a polícia, que efetuou disparos para o alto para dispersar a multidão. Não estava imediatamente claro qual grupo estaria por trás do atentado, mas episódios similares registrados ao longo dos últimos anos foram atribuídos à tensão sectária entre muçulmanos xiitas e sunitas.

Kahid Hussein/Reuters

Após atentado, religiosos incendiaram um ônibus em Karachi


Ano 81 - Nº 22.106

São Paulo, quarta-feira 12 de abril de 2006

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Edição concluída às 23h50 liz ! Fe coa s Pá

w w w. d co m e rc i o. co m . b r

Econo m

ia/5

O procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza: denúncia ao STF.

Os 40 mensalões formaram uma "organização criminosa" para manter o PT no poder. Seus crimes: formação de quadrilha, peculato, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta, corrupção e evasão de divisas. Os chefes: José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares e Silvio Pereira. Um dos que "mentiram" à CPI: Duda Mendonça (agora de novo contratado pela Petrobras). Quem falou a verdade: Roberto Jefferson. Cúmplice no crime: o Banco Rural. "Flagrantemente" beneficiado: BMG. Parte do valerioduto pagou a posse do presidente Lula, que de nada sabia. Um dos 40 absolvidos, João Paulo, "desviou recursos em proveito próprio". A íntegra da denúncia do procurador: www.dcomercio.com.br Um resumo da denúncia: página 3. Mauricio Lima/AFP

Beto Barata/AE

Se a eleição fosse hoje...

Varig, Varig, Varig Empresa paga 7% da dívida com Infraero e continua no ar. Economia/9 Divulgação/GM

Um guri gaúcho bi-legal O Celta (foto) sai do Sul com novo visual. E bicombustível. Bah!

Nova pesquisa CNT/Sensus mostra que a vantagem de Lula cai 8 pontos em relação a Alckmin na corrida pela Presidência. Em fevereiro, o presidente tinha 42,2% das intenções de voto; agora, 37,5%. O candidato do PSDB cresceu, passando de 17,4%, em fevereiro, para 20,6%, em abril. O pré-candidato do PMDB, Anthony Garotinho, subiu de 14,4% para 15%. Páginas 4 e 5

Homenagem a Michelle Bachelet, presidente do Chile: ao lado de Lula, recebe título de Doutora Honoris Causa da Universidade de Brasília Marcelo Min/AFG

A arte do Cirque du Soleil em SP Já estão à venda ingressos para ver, em agosto, o circo mais caro e fashion do mundo (foto). Página 14 HOJE Parcialmente nublado Máxima 29º C. Mínima 15º C.

AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 30º C. Mínima 16º C.

A tragada dos impostos

Poderoso chefão na cadeia

O setor quer menos. Para cada 20 cigarros, 14 viram tributos. Eco/1

Bernardo Provenzano, da Cosa Nostra, era procurado na Itália desde 1963. Pág. 10


14

DCARRO

São Paulo, quarta-feira, 12 de abril de 2006

PROMOÇÃO

Toyota lança campanha nacional Toyota realiza este mês a “Promoção Jogada Campeã”, uma campanha nacional em comemoração aos dez anos de patrocínio da Copa Toyota Libertadores, principal campeonato de futebol da América Latina. A empresa está oferecendo condições especiais de financiamento para toda a linha Corolla. Na compra do modelo XLi com câmbio manual, por exemplo, o cliente paga uma entrada de R$ 30.250, mais 36 parcelas fixas de R$ 499 e três anuais, também fixas, de R$ 4.900. A promoção também vale para os modelos XEi, com prestações a partir de R$ 599; SE-G, com planos a partir de R$ 699 mensais, além do Corolla Fielder, com prestação de R$ 599. “Desenvolvemos um plano de financiamento, em conjunto com o Banco Toyo-

DCARRO POR AÍ

NOVO SOM PARA O ECOSPORT

A Divulgação

A

O Corolla é o carro-chefe da marca

ta, que cabe no bolso do consumidor. O valor da entrada é compatível com o preço de um carro médio usado, as parcelas, de custo acessível, são diluídas no período de três anos, e as anuais têm vencimento no final de cada ano, na época do 13º salário”, explica Longino Morawski, gerente-geral de Vendas da montadora.

Arlen do Brasil está ampliando sua linha Expert com produtos para o Ford EcoSport. Agora os usuários do utilitário esportivo mais vendido no Brasil poderão ter mais potência na sonorização de seu automóvel. A linha EXPERT possui uma tecnologia que melhora a reprodução de sons graves, médios e agudos nos aparelhos de CD de maior potência. Além do visual moderno, os novos Kits Expert para EcoSport possuem conectores com perfeita adequação às fura-

ções originais de fábrica, mantendo a originalidade e evitando a perda de garantia do veículo. Os Kits Triaxiais EXPERT possuem woofer, médio e um tweeter super-resistente. O cone é de polipropileno com fibra de carbono e titânio injetado. A potência é de 80 WRMS ou 320 W PMPO por par. Os alto-falantes são comercializados aos pares, o que desobriga o usuário de adquirir um kit com quatro peças e permite a escolha de vários tipos de sonorização.

MARCO HISTÓRICO RODAS PARA GNV chega a Brasília em junho DA FORD NA BAHIA VEÍCULOS LEVES E A E xistem hoje 1.192 postos espalhados em 17 Estados brasileiros, que comercializam o GNV (gás natural veicular). A frota do País já passa de 1 milhão de veículos, segundo informações do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP). Desse total, 40% encontram-se no Rio de Janeiro e 25% em São Paulo. Os números no Distrito Federal ainda não são expressivos, mas esse quadro tende a mudar a partir deste ano. A expectativa é de que até junho, dois postos comecem a comercializar o GNV. Um ficará localizado no Núcleo Bandeirante e o outro na EPTG. De início, espera-se atingir 1% da frota de carros do DF (cerca de 7 mil).

De acordo com o diretor do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos Autorizados do Distrito Federal (Sincodiv/DF), Edson Maia, a população será a maior beneficiada. “O GNV é bem mais econômico que o álcool e a gasolina, além de ser menos poluente, contribuindo para melhorar a qualidade do ar que nós respiramos”, diz Maia. Comparado com a gasolina, o GNV traz uma economia ao motorista de cerca de 60%. Em relação ao álcool, ela chega a 58%. Para Paulo Gomes, diretor técnico da CEBGAS, responsável pela implantação do gás natural no DF, os brasilienses devem ter uma economia de 50%.

Ford registrou este mês mais um marco histórico no Complexo Industrial Ford Nordeste, em Camaçari, na Bahia: a unidade, inaugurada há quatro anos e meio, atingiu a produção de 700 mil carros, incluindo os modelos EcoSport, Fiesta Hatch e Fiesta Sedan – todos posicionados entre os líderes de vendas de seus segmentos. O resultado foi comemorado no dia 5 em Camaçari em evento que teve a participação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

specializada em acessórios automotivos, a Keko está ampliando o seu mix de produtos e aposta as fichas em um novo e promissor nicho de mercado: rodas de personalização para veículos leves. Trata-se de uma linha completa com cinco opções de acabamentos – preto, cinza, prata, prata diamantada e ônix diamantada – e a possibilidade de instalação do produto em 45 veículos, atendendo os principais automóveis de passeio disponíveis no mercado brasileiro.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 12 de abril de 2006

1 Com uma tributação justa, a informalidade do setor diminuiria, aumentando a base de contribuintes. Mauro Gallo, da Fipecafi.

SETOR DE FUMO COBRA DO GOVERNO JUSTIÇA TRIBUTÁRIA

DE OLHO NO IMPOSTO Fotos: Patrícia Cruz/LUZ

Para cada 20 cigarros produzidos, 14 engordam os cofres públicos

P

ara cada maço com vinte cigarros, o governo fica com 14 como pagamento em tributos. A conclusão é do levantamento realizado pela Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi) para o Sindicato da Indústria do Fumo no Estado de São Paulo (Sindifumo-SP), divulgado ontem, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O material, já enviado para o governo federal, propõe uma reestruturação na cobrança de impostos em toda a cadeia produtiva do fumo, setor altamente tributado pelo fato de trabalhar com um produto supérfluo e de risco à saúde. Com relação ao Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o estudo recomenda que as usinas possam obter crédito presumido do imposto na compra de fumo para a venda ao mercado interno, já que o produtor rural é isento do IPI quando vende o fumo. Além disso, o setor está propondo a criação de

uma tabela progressiva de alíquotas – calculadas de forma proporcional aos preços médios de cada cigarro –, além da criação de uma nova classe de companhias que, por apresentarem faturamento inferior a R$ 700 milhões por ano, poderiam pagar uma alíquota menor. O levantamento também sugere o fim da cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre as transações de fumo cru entre produtores rurais e usinas processadoras. Também propõe que o ICMS seja cobrado somente na venda do fumo pela usina. Outra proposta do setor é acabar com o modelo de substituição tributária. Essa sistemática de tributação determina que as indústrias recolham o ICMS pelas distribuidoras. Cumulatividade –A lista de reivindicações não pára por aí. Sobre o Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins), o levantamento conclui que o melhor modelo de tributação seria

o sistema não-cumulativo – alíquota de 9,25% com direito a descontar crédito do imposto na operação seguinte – para toda a cadeia produtiva do fumo. Atualmente, só os produtores rurais e as usinas podem usufruir dessa sistemática de cálculo. As indústrias e distribuidores são tributadas com uma alíquota de 3,65% de PIS/Cofins, porém estão impedidas de gerar créditos. Caso as sugestões do setor sejam acatadas pelo governo, a carga tributária da cadeia produtiva do fumo como um todo sofreria uma redução de 3,76%. Segundo cálculos da Fipecafi, o montante seria plenamente recuperado mediante um crescimento de 6,04% no faturamento do setor. "Isso porque com um sistema tributário mais justo, a informalidade do setor diminuiria, aumentando a base de contribuintes. Com isso, as empresas poderiam investir, empregar e crescer mais, o que incrementaria a arrecadação", afirma afirma Mauro Gallo, da Fipecafi.

O

Decreto n° 3.070/99, que instituiu o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) fixo para o setor. O professor Mauro Gallo, da Fipecafi, explicou que o problema é a má distribuição dos tributos. "A alíquota fixa de IPI incidente nos cigarros faz com que sobre um produto de maior valor, adquirido por consumidores de renda mais alta, incida carga tributária menor", disse. O estudo revela, ainda, que as indústrias com faturamento entre R$ 1 milhão e R$ 10 milhões por ano carregam uma carga tributária de 80,61%, en-

quanto aquelas que faturam entre R$ 2,5 bilhões e R$ 15 bilhões anuais suportam 63,44% de tributação. De acordo com estimativas da Fipecafi, a carga tributária que recai sobre o produtor rural corresponde a 18,82%, em média, do seu faturamento bruto; sobre as usinas, 10,45%; sobre os distribuidores, 10,80% e sobre as indústrias, em média, uma fatia de 63,07% do faturamento, composta pelos seguintes tributos: IPI (28,58%), ICMS (25,30%), Cofins (4,24%), PIS (1,15%), IRPJ (2,67%) e CSLL (0,96%). (LI)

Estudantes no teatro Tuca para ouvir palestras sobre as campanhas De Olho no Imposto e Quero Mais Brasil

Afif e Lincoln da Cunha detalham movimento pela transparência tributária

Antônio Abujamra: apoio total

Estudantes de Direito Quanto menor, mais impostos engajados no movimento

principal objetivo das propostas do S i n d i c a t o d a I ndústria do Fumo no Estado de São Paulo (Sindifumo-SP) é beneficiar 14 empresas do setor – de um total de 16 – que conseguem ficar apenas com 10% do mercado nacional. "O atual sistema tributário colabora para o esmagamento destas empresas frente a um oligopólio de duas grandes companhias", disse o presidente do sindicato, José Henrique Nunes Barreto. Para ele, a formação deste "oligopólio" ocorreu graças ao

Laura Ignacio

Lei Kandir: fim do impasse Ailton de Freitas/Ag. O Globo

D

epois de vários meses de impasse, o governo finalmente fechou ontem um acordo com os governadores sobre os repasses para os estados exportadores em 2006, mas a votação do Orçamento foi adiada para a próxima terçafeira. O atendimento de outras reivindicações de menor destaque foram apresentadas pelo PFL como condição para a aprovação final da lei orçamentária e só deverão ser resolvidas na próxima semana. "Faltam resolver alguns pontos, mas coisa pontual ligada aos governos da Bahia e de Sergipe", disse o líder do governo no Congresso, senador Fernando Bezerra (PTB-RN). Na negociação de ontem, o Ministério da Fazenda se comprometeu a começar a liberar de imediato uma quantia de R$ 3,9 bilhões a título de ressarcimento das perdas dos Estados exportadores com a Lei Kandir. O repasse de R$ 1,3 bilhão restante reivindicado pelos governadores ficará condicionado ao desempenho da arrecadação federal. Acordo – No total, o Orçamento deve prever R$ 5,2 bilhões para o fundo das exportações – valor igual ao do ano passado, com uma diferença: em 2005, apenas R$ 900 milhões foram condicionados ao excesso

Governadores reúnem-se com Calheiros para pressionar

de arrecadação e só foram liberados em dezembro, depois de muita pressão dos governadores. Para evitar a repetição desse problema, os governadores acertaram com os técnicos da Fazenda a realização de uma revisão bimestral das receitas para verificar a ocorrência dos ganhos de receita. Na prática, a medida não impede que o governo mantenha projeções conservadoras de receita nas revisões bimestrais. No primeiro relatório de avaliação de receitas do ano, por exemplo, o governo previu uma arrecadação bruta de R$ 529,6 bilhões para 2006, valor R$ 15,8 bilhões inferior ao da proposta orçamentária do Congresso. Com essa diferença, a Lei de Responsabilidade Fiscal

garante à equipe econômica o direito de bloquear parte das despesas do Orçamento. Reunião no Senado – Originalmente, os governadores queriam receber os R$ 5,2 bilhões sem restrições. Ontem, vários deles estiveram em Brasília, no gabinete do presidente do Senado, Renan Cal h e i ro s ( P M D B - A L ) , p a r a pressionar a equipe econômica. Junto de empresários de várias federações de indústria do País, como Paulo Skaff, da Fiesp, eles ameaçaram bloquear as votações caso o governo federal não cedesse. "Espero que o bom senso prevaleça. Do contrário, eu temo pela não aprovação do Orçamento", disse o mineiro Aécio Neves (PSDB). (AE)

O

s estudantes de Di- sidente da Associação Comer- montante de impostos pagos reito da PUC, USP, cial de São Paulo (ACSP). pelo consumidor na compra "Isso implica também um de produtos e serviços. Faap e Mackenzie, reunidos no Teatro choque de ética e gestão no uso Para Afif, a adesão dos jovens Tuca, não assistiram apenas as do dinheiro do contribuinte", ao De Olho no Imposto é fundaprovocações do ator e apresen- acrescentou Lincoln da Cunha mental para evitar que o Brasil tador Antônio Abujamra. Nem Pereira Filho, coordenador do "continue exportando seus tase limitaram a ouvir as histórias movimento Quero Mais Brasil. lentos, por falta de oportunidades aqui dentro". EnAfif lembrou a importância do teatro e antigos fatizou que o "cresci"causos" dos tempos mento medíocre" esem que a televisão tá empurrando transmitia peças ao vivo, durante o lanmuitos jovens também para o 4º setor, o çamento do movimento "Retomada crime organizado. "Por isso mesmo Estudantil", na noite desta segunda-feira. precisamos urgentemente popularizar Os estudantes aceitaram o desafio nossas teses, para que elas não fiquem de Abujamra ao perestritas a nós mesdir "mudanças" aos mos", disse. jovens, ao participar O professor de Dido movimento De Estudantes assinam adesão ao De Olho no Imposto reito da USP, Fábio Olho no Imposto e do Quero Mais Brasil, que pedem a dos estudantes na mobilização Konder Comparato, coordenatransparência tributária e ges- para arrecadar 1,5 milhão de dor da "Campanha em Defesa tão eficiente da coisa pública. assinaturas para enviar um da República e da Democracia", "Nosso papel é conscientizar o Projeto de Lei ao Congresso afirmou que "o interesse naciocidadão de que ele paga muito Nacional pedindo a regula- nal está sendo leiloado" e o reimposto sobre tudo o que con- mentação do artigo 5º do pará- presentante da OAB-SP, Anis some e, por isso, deve exigir grafo 150 da Constituição Fe- Kifouri, pediu união de todos bons serviços públicos", disse deral. O artigo obriga a discri- em torno de maior responsabiGuilherme Afif Domingos, pre- minar na nota e cupom fiscal o lidade política. (SLR)


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quarta-feira, 12 de abril de 2006

"Não é um quadro de renúncia, porque o governo não pode tirar o que ele já não dá" Roberto Quiroga Mosquera

Tributarista defende isenção para filantrópicas Patrícia Cruz / Luz

C

om uma análise bas- com que o Fisco esteja renuntante crítica, o advo- ciando a nada, como este últigado e professor de mo tem argumentado para relegislação tributá- tirar as isenções, porque estas ria, Roberto Quiroga Mosque- instituições têm direito à imura, declarou que o Terceiro Se- nidade e à isenção. tor e as entidades que atuam "As entidades que são isenno campo da filantropia "em- tas realizam tarefas públicas. baraçam o governo federal". Nada mais coerente, portanto, Segundo ele, o setor está sem que a Constituição afirme que apoio há muito tempo: duran- estas entidades têm atribuídas te os oito anos do governo Fer- a si estas imunidades e isennando Henrique Cardoso a ções porque são elas que realipolítica de retirar isenções foi zam estas atividades. Por isso, implantada e continuou na este não é um quadro de regestão de Luiz núncia, porque o governo não poInácio Lula da Silva. O objetivo de tirar o que ele já não dá." é retirar direitos garantidos pela Reações – Segundo Quiroga Constituição e a O Supremo Tribunal ausência de re- Federal acolheu Mosquera, as gras de atuação reações de entirecentemente os pública para a fidades do Terceilantropia refor- pedidos de ro Setor crescepraticamente todas as ram com a orgaça este quadro. Quiroga Mos- entidades e garantiu nização e a mobilização para quera defendeu sua imunidade esta tese na últimanter seus dima quinta-feira Roberto Quiroga Mosquera reitos de isenção durante o seminos últimos nário Rumos da Filantropia, em anos. Diante disso, as instânSão Paulo. Para ele, o Terceiro cias superiores do Judiciário Setor não é visto no Brasil como começaram a modificar sua viuma parcela da sociedade que são a respeito da atuação desta efetivamente atua como formu- parcela da sociedade. Esta transformação está lador e aplicador de projetos que poderiam ser posterior- acontecendo depois de um lonmente adotados como políticas go período em que mais de 60% públicas, já que está tomando dos pedidos de isenção eram inpara si estas tarefas que, ante- deferidos. Atualmente, há aperiormente, cabiam ao Estado. nas 20% das liminares a favor da Renúncia fiscal – Na avalia- cassação da isenção aprovadas ção do tributarista, as isenções no Supremo Tribunal Federal. de cobrança de impostos e ta- "O Supremo nunca acolheu tanxas a que estas entidades têm to a tese de imunidade como nos direito atualmente não fazem últimos 10 anos."

Apesar deste número favorável, o jurista lembra que nos últimos 11 anos mais de 60% dos pedidos de manutenção de isenção tiveram indeferimento em instâncias inferiores. Ele aponta que este é um dos grandes entraves que as entidades enfrentam até alcançar o julgamento de suas solicitações. Os níveis estaduais, por exemplo, têm alto índice de indeferimento nos pedidos de manutenção das isenções de cobranças de taxas e impostos. Pressões – Na avaliação de Quiroga Mosquera, além da voracidade do governo em sua necessidade de aumentar a arrecadação de tributos, outras formas de pressão estão contribuindo para que as entidades filantrópicas estejam perdendo as isenções de impostos. "Há uma campanha por parte de uma parcela da imprensa, que divulga com grande destaque casos de desvio em algumas entidade filantrópicas e generalizam a prática, indicando que ela ocorre em todo o setor. As matérias do jornalista Josias de Souza, da Folha de S. Paulo, têm tido grande repercussão e isso se refletiu de maneira brutal no Judiciário. Cerca de 80% das ações que discutiam as isenções para entidades filantrópicas tiveram resultados prejudiciais para elas no estado de São Paulo. Mas, felizmente, o Supremo Tribunal Federal acolheu recentemente os pedidos de praticamente todas as entidades e garantiu sua imunidade." Roberto Quiroga Mosquera: instituições filantrópicas têm direito à imunidade e à isenção de impostos e taxas

"Entidades devem se organizar" Patrícia Cruz / Luz

A

s entidades assistenciais não estão implorando nada. E l a s e s t ã o d e f e ndendo seus direitos e seu espaço para continuar desenvolvendo seus projetos sociais que são fundamentais para a sociedade brasileira atualmente. Esta é a posição da Rede Brasileira de Entidades Assistenciais e Filantrópicas (Rebraf), que participou na semana passada do seminário Rumos da Filantropia. Segundo Luiz Gonzaga, vice-presidente da entidade, o seminário foi mais uma oportunidade para reforçar a atuação da entidade na defesa dos direitos destas instituições dentro de princípios éticos. Como representante do presidente da Rebraf, Rogério Amato, Gonzaga reforça a necessidade de organização do setor para defender seus direitos em conjunto. "Não basta as entidades estarem unidas, elas têm que se organizar na defesa de seus direitos. É importante reforçar que não estamos pedindo nada e que estamos reagindo à voracidade do governo na sua necessidade de arrecadar. Ele tem que respeitar as instituições que trabalham seriamente", afirma. Segundo ele, a Rebraf foi

uma das organizadoras do seminário Rumos da Filantropia, em parceria com a Confederação das Santas Casas de Misericórdia, hospitais, entidades filantrópicas e a Federação Brasileira das Associações Cristãs de Moços. Continuidade – A Rebraf pretende continuar defendendo a atuação das entidades assistenciais e filantrópicas em outros eventos como o Seminário e, de acordo com Luiz Gonzaga, fortalecer ainda mais o Movimento Degrau, seu outro outro braço de atuação. "Já atingimos a meta fixada há três anos de atender 120 mil jovens e pretendemos continuar integrando jovens de 14 a 18 anos no mundo do

GRAACC "ganha" site para doações

Alunos da Faap criam Empresa forma turma mídia cards para ONG de jovens 'aprendizes'

O

Associação Viva e Deixe Viver lançou 12 Mídia Cards, desenvolvidos voluntariamente por alunos da Faap. Com informações sobre a ONG e ilustrados com desenhos de pequenos pacientes da entidade e criações do artista gráfico Paulo Zilberman, os cartões serão encartados no Guia Off (distribuído gratuitamente em São Paulo). Além de estimular a leitura, os mídia cards têm o objetivo de encontrar novos parceiros para o Viva.

site Plaquetas Virtuais ( w w w. p l a q u e t a s virtuais.com.br) vai angariar doações para a manutenção do hospital do GRAACC. A negociação dos espaços será feita através de pixels ao valor de R$ 0,75, R$ 1,25 ou R$ 2,00 cada dependendo do lugar do pixel na página. A empresa que aderir deverá adquirir no mínimo 100 pixels, para exibir sua marca que poderá ser visualizada pelo período de 1 ano.

Luiz Gonzaga quer fortalecer ainda mais o Movimento Degrau

A

trabalho", explicou. Além disso, outra meta da Rebraf é estimular a participação da sociedade civil nos conselhos municipais. Marc e l o N o v e l l o , m e m b ro d o Conselho Municipal de Assistência Social, reforçou o caráter positivo de estímulo que representou o seminário realizado na semana passada em São Paulo. Para ele, "a idéia do evento é provocar uma discussão sobre as regulamentações que estão saindo para o setor e que interferem diretamente na atuação das entidades. Os gestores públicos e as entidades têm que ser parceiros para que todos façam o seu trabalho", conclui. (PC)

F

oi realizada ontem a formatura da segunda turma do Programa Educação para o Trabalho, patrocinado pela a FEMSA, fabricante de produtos Coca-Cola, em parceria com a Secretaria Estadual de Assistência e Desenvolvimento Social. O Programa tem como objetivo promover a capacitação profissional de jovens de 15 a 24 anos, residentes na região do Parque Estadual Fontes do Ipiranga, zona sul de São Paulo.

Paula Cunha


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.ECONOMIA/LEGAIS

quarta-feira, 12 de abril de 2006

CONVOCAÇÕES

Itautec Informática S.A. Grupo Itautec CNPJ 51.764.058/0001-42 Companhia Aberta NIRE 35300005040 Capital Autorizado: até 3.000.000.000 de ações Capital Subscrito e Realizado: R$ 91.750.000,00 - 1.930.956.778 ações

Fato Relevante Edital de Convocação

DF Vasconcellos S/A – Óptica e Mecânica de Alta Precisão CNPJ 61.482.725/0001-58 – NIRE 3530002298.0 – Capital Aberto. Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária – Convocação. Convidamos os senhores acionistas a reunirem-se em Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária, a realizar-se no dia 28 de abril de 2006, nos horários abaixo, respectivamente, na sede social da Companhia, sita na Avenida Indianópolis, 1706, São Paulo-SP, para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: Em Assembléia Geral Ordinária, às 10,00 horas: 1. Leitura, discussão e aprovação do relatório da administração e das demonstrações contábeis e financeiras relativas ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2005; 2. Eleição de membros do Conselho de Administração; 3. Outros assuntos de interesse da Sociedade relacionados com os itens precedentes. Em Assembléia Geral Extraordinária, às 11,00 horas em 1ª. convocação e, se for o caso, às 12,00 horas em 2ª. convocação: 1. Grupamento de ações na proporção de 1000 para 1, com conseqüente alteração do art. 5 do Estatuto Social; 2. Outros assuntos de interesse da Sociedade relacionados com os itens precedentes. O quorum para a instalação da AGE em 1ª. convocação será dois terços do capital votante e em 2ª. convocação com qualquer quorum. Atendendo Instrução da CVM 165/91 e 282/98, informa-se que é de 9% o percentual mínimo de participação no capital votante necessário à requisição da adoção do voto múltiplo para Eleição dos membros do Conselho de Administração. São Paulo, 07 de abril de 2006. Conselho de Administração (11, 12, 13/04/2006)

ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA E ORDINÁRIA Os Senhores Acionistas da ITAUTEC INFORMÁTICA S.A. - GRUPO ITAUTEC são convidados pelo Conselho de Administração a se reunirem em Assembléia Geral Extraordinária e Ordinária, que se realizará no dia 26 de abril de 2006, às 14:30 horas, no auditório da sede social, localizado na Rua Santa Catarina, 1 - Prédio 18 - 2º andar, nesta Capital, a fim de: I - ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA examinar Proposta do Conselho de Administração, objetivando: 1. a incorporação da totalidade das ações desta sociedade pela controladora Itautec S.A. - Grupo Itautec e a conseqüente conversão da Itautec Informática S.A. - Grupo Itautec em subsidiária integral, nos termos do artigo 252 da Lei nº 6.404/76, atribuindose ações da incorporadora aos acionistas desta sociedade, em substituição e proporcionalmente às respectivas participações; 2. a reforma do estatuto social, para adequá-lo à condição de subsidiária integral, mediante conversão das ações preferenciais em ordinárias e eliminação dos dispositivos sobre o capital autorizado, a forma escritural das ações, as vantagens das ações preferenciais e o Conselho de Administração; II - ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA 3. tomar conhecimento do Relatório da Administração e do Parecer dos Auditores Independentes e examinar, para deliberação, balanço patrimonial, demais demonstrações financeiras e notas explicativas, relativos ao exercício social encerrado em 31.12.2005; 4. homologar a destinação do lucro líquido do exercício; 5. eleger os membros da Diretoria e fixar a verba destinada à sua remuneração. São Paulo-SP, 10 de abril de 2006. Conselho de Administração Olavo Egydio Setubal Presidente

AVISO AOS ACIONISTAS Consoante dispõe o artigo 4º da Instrução CVM nº 319, de 03.12.1999, comunicamos aos Senhores Acionistas que os laudos definitivos de avaliação, nos quais se baseará a incorporação de ações a ser deliberada pela Assembléia Geral Extraordinária e Ordinária de 26.04.2006, encontram-se na sede social, na Rua Santa Catarina, 1 - Prédio 18, em São Paulo (SP). São Paulo (SP), 10 de abril de 2006. Ricardo Egydio Setubal (11/12/13) Diretor de Relações com Investidores

Itautec S.A. - Grupo Itautec

DECLARAÇÃO DE PROPÓSITO

CNPJ 54.526.082/0001-31

AVISOS DE LICITAÇÕES

ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA E EXTRAORDINÁRIA Os Senhores Acionistas da ITAUTEC S.A. - GRUPO ITAUTEC são convidados pelo Conselho de Administração a se reunirem em Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária, que se realizará no dia 26 de abril de 2006, às 15:30 horas, no auditório da sede social, na Rua Santa Catarina, 1 - Prédio 2 - Parque São Jorge, em São Paulo (SP), a fim de: I1.

2. 3.

Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Universidade Federal de Pernambuco - FADE-UFPE AVISO DE LICITAÇÃO TOMADA DE PREÇOS Nº 02/06 Levamos ao conhecimento dos interessados o presente Aviso de Licitação Modalidade Tomada de Preços nº 02/06. Abertura dia 28/04/2006 às 09:30 horas - Destinado à Contratação de Hotel para Hospedagem e Realização de Evento na cidade de Campinas-SP. O Edital estará disponível no site: www.fade.org.br. FADE-UFPE situada na Rua Acadêmico Hélio Ramos, nº 336, Cidade Universitária - Recife - PE. Telefone: (81) 2126-4660. Prof. Suêldo Vita da Silveira, Secretário Executivo da FADE-UFPE. “Publique-se”.

NIRE 35300109180

Fato Relevante Edital de Convocação

DECLARAÇÃO DE PROPÓSITO ALCINDO FERREIRA, portador da C.I. RG. nº 558.523-SSP-DF e CPF nº 043.904.908-34. DECLARA

sua intenção de exercer cargo de administração na ACTION S/A DISTRIBUIDORA DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS e que preenche as condições estabelecidas no art. 2º da Resolução 3.041, de 28 de novembro de 2002. ESCLARECE que, nos termos da regulamentação em vigor, eventuais objeções à presente declaração devem ser comunicadas diretamente ao Banco Central do Brasil, no endereço abaixo, no prazo de quinze dias contados da data da publicação desta, por meio formal em que os autores estejam devidamente identificados, acompanhado da documentação comprobatória, observado que o declarante pode, na forma da legislação em vigor, ter direito a vistas do processo respectivo. BANCO CENTRAL DO BRASIL. Departamento de Organização do Sistema Financeiro. Gerência Técnica em São Paulo. Av. Paulista, nº 1804 - São Paulo-SP. CEP 01310-922.

Companhia Aberta

Capital Autorizado: até 900.000.000 de ações Capital Subscrito e Realizado: R$ 194.834.642,98 - 174.296.078 ações

4.

ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA tomar conhecimento do Relatório da Administração e do Parecer dos Auditores Independentes e examinar, para deliberação, balanço patrimonial, demais demonstrações financeiras e notas explicativas, relativos ao exercício social encerrado em 31.12.2005; homologar a destinação do lucro líquido do exercício; eleger os membros do Conselho de Administração; tendo em vista determinação das Instruções CVM nºs 165/91 e 282/98, fica consignado que, para requerer a adoção de voto múltiplo na eleição de membros do Conselho de Administração, os requerentes deverão representar, no mínimo, 5% do capital social; fixar a verba destinada à remuneração dos integrantes do Conselho de Administração e da Diretoria;

II - ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA Examinar proposta do Conselho de Administração, objetivando: 5. elevar o atual capital social subscrito, de R$ 194.834.642,98 para R$ 195.554.141,40, sem emissão de ações, mediante capitalização de reservas de capital; 6. incorporar a totalidade das ações do capital da controlada Itautec Informática S.A. Grupo Itautec, convertendo-a em subsidiária integral, nos termos do artigo 252 da Lei nº 6.404/76; 6.1. ratificar a nomeação da empresa avaliadora Moore Stephens Lima Lucchesi Auditores Independentes para a elaboração dos pertinentes laudos de avaliação patrimonial; 6.2. conseqüente elevação do capital social, mediante emissão de ações a serem atribuídas aos acionistas da Itautec Informática S.A. - Grupo Itautec; 7. em decorrência dos itens precedentes, alterar a redação do “caput” do artigo 3º do estatuto social, a fim de consignar o novo valor do capital subscrito e sua divisão em ações. São Paulo-SP, 10 de abril de 2006. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Olavo Egydio Setubal Presidente

AVISO AOS ACIONISTAS Consoante dispõe o artigo 4º da Instrução CVM nº 319, de 03.12.1999, comunicamos aos Senhores Acionistas que os laudos definitivos de avaliação, nos quais se baseará a incorporação de ações a ser deliberada pela Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária de 26.04.2006, encontram-se na sede social, na Rua Santa Catarina, 1 - Prédio 2 - São Paulo (SP). São Paulo (SP), 10 de abril de 2006. Ricardo Egydio Setubal Diretor de Relações com Investidores (11/12/13)

BALANÇO Despesas Operacionais

INSTITUIÇÃO BENEFICENTE A LUZ DIVINA - CNPJ: 62.161.534/0001-57 Balanço Patrimonial encerrado em 31/12/2005 Passivo

Ativo Ativo Circulante Caixa Geral Total Caixa Banco Bradesco S/A Banco Unibanco S/A Total Bancos c/Movimentos Total Disponível Caderneta de Poupança CDB Bradesco Aplicação CCDI Total Investimentos Outros Créditos Total Contas Correntes Outras Mercad. em Estoque Almoxarifado Total Estoques Total Realizável a Curto Prazo Total Ativo Circulante Ativo Permanente Imóveis Total Imóveis Móveis e Utensílios Total Móveis e Utensílios Instalações Total Instalações Máquinas e Equipamentos Total Máquinas e Equipamentos Equip./Proces. de Dados Total Equipamen. de Escritórios Obj. Coleção de Livros Total Livros Equipamentos de Cozinha Total Equipamentos de Cozinha Móveis e Utensílios Instalações Máquinas e Equipamentos Depreciações Diversas Equipamentos de Cozinha Equip. Processamento Dados Total (-) Deprecia. Acumuladas Total Imobilizado Total Ativo Permanente Total do Ativo

30.324,52 30.324,52 26.404,80 9.246,95 35.651,75 65.976,27 24.291,37 449.369,18 103.514,78 577.175,33 58.000,00 58.000,00 65.229,59 52.986,09 118.215,68 753.391,01 819.367,28 616.244,04 616.244,04 36.226,69 36.226,69 62.960,64 62.960,64 96.559,06 96.559,06 8.896,75 8.896,75 31.785,97 31.785,97 1.645,00 1.645,00 (7.065,72) (26.804,16) (11.473,36) (15.354,65) (618,16) (1.631,81) (62.929,86) 791.388,29 791.388,29 1.610.755,57

Reconhecemos a exatidão do presente balanço patrimonial, somando seu ativo e passivo R$ 1.610.755,57. São Paulo, 31 de dezembro de 2005. Marli Godlewski Contadora CRC-SP 1SP157541/0-7

Humberto João Rigon CPF: 004.696.618-87 - RG: 1.452.960 Presidente Carlos Antonio Fraga CPF: 662.022.218-87 - RG: 7.989.950 Tesoureiro

Passivo Circulante Cen. Es. Dr. Bezerra Menezes Lake Livr. Allan Kardek Centro Espírita União Azul Music Multimídia Ltda. Total Contas Correntes Total Exigível a Curto Prazo Total Passivo Circulante Patrimônio Líquido Correção Monetária Variação Patrimonial Total Patrimônios Total Reservas Total Patrimônio Líquido Total Passivo Receitas Operacionais Material Escolar Inverno Natal Outros Eventos Enxovais de Bebê Total Campanhas e Eventos Vendas do Bazar Vendas de Livros Vendas de Bens Doados Vendas Lanchonete Publicações Anúncios Outras Vendas Total Vendas Mensalidades Donativos Outras Receitas Total Rendas Diversas Total Campanhas e Eventos Correção Monetária Renda Aplic. Financeiras Outros Rendimentos Total Receitas Financeiras Donativos Total Receitas Eventuais Roupas Mantimentos Medicamentos Calçados Cobertores Material Escolar Outras Doações Enxovais p/ Bebê Total Doações em Espécies Total Outras Rec. Operacionais Total Receitas Operacionais Result. não Operacionais Result. Vend. de Imobiliz. Total Ganho/Perda Vend. Imobiliz. Total Receitas não Operacionais Total Result. não Operacionais Total Receitas

1.141,75 1.319,50 5.749,97 197,50 8.408,72 8.408,72 8.408,72 18.186,45 1.584.160,40 1.602.346,85 1.602.346,85 1.602.346,85 1.610.755,57 5.045,00 15.230,00 44.574,76 5.737,00 68.061,00 138.647,76 40.006,25 47.758,00 209.648,41 25.257,80 2.151,00 33.407,70 358.229,16 129.878,00 55.242,02 16.504,00 201.624,02 698.500,94 1.378,16 106.487,40 700,00 108.565,56 10.210,00 10.210 ,00 131.728,00 138.033,11 107.394,00 539,00 1.532,97 8.383,79 1.970,00 600,00 390.180,87 508.956,43 1.207.457,37 28.353,00 28.353,00 28.353,00 28.353,00 1.235.810,37

Donativos e Doações Mat. Elétrico Eletrônicos Material de Ambulatório Correios Cópias e Filmes Promoções e Eventos Honorários Contábeis-PJ Honorários Profissionais Material p/ Informática Mat. e Impres. p/Escritório Auxílio Pecuniário Despesas c/ Condução Contribuições a Entidades Aluguéis e Imóveis Conserv. e Manut. Instal. Deprec. e Amortização Refeição e Lanches Xerox e Autenticações Taxas Bancárias Fretes e Carretos Locação Equip. Diversos Combustível/Lubrificantes Auxílio Funerário Água Despesas não Especificadas Manut. Cons. Maq. e Equip. Serviços de Terceiros Jornais/Revistas Material Limpeza/Higiene Publicações e Anúncios Prêmios e Brindes Materiais Diversos Energia Elétrica Gás Estacionamento e Pedágio Auxílio em Espécie Desp. Legais e Judiciais Telefone Outros Serv. Conserto Manu. Mat.Hidráulico Constr. Serviços de Terceiros Total Despesas Administrativas Total Despesas Administrativas Imp. Renda s/Aluguel Custos/Despesas Contrib. Sindical Patronal IPTU O. Imp. Taxas(N/Dedutíveis) CPMF Juros Diversos Multas (Dedutíveis) Multas (N/Dedutíveis) Div. Outras Desp. Tributárias Taxa Resíduo Sólido Contribuição Confederativa I.R. S/Lucro Imobiliário Total Despesas Tributárias Total Despesas Tributárias CPMF Despesas Bancárias Juros Passivos I. Renda S/ Apl. Financeira Taxa Operação Cartão Total Despesas Financeiras Total Despesas Financeiras Total Despesas Operacionais Total Custos/Despesas Superávit do Período

47.796,76 5.927,14 1.660,88 688,10 839,59 6.856,90 300,00 9.316,00 1.526,46 18.093,76 118.616,96 270,00 40.166,84 30.800,00 1.360,00 5.679,25 2.099,16 1.101,35 24,00 652,41 9.731,03 14,60 750,00 10.805,80 27.487,48 5.246,00 123.771,92 716,43 3.275,22 2.876,25 64.838,20 9.484,43 14.360,54 1.892,57 44,40 418.545,57 247,65 17.709,57 2.809,40 2.960,38 48.035,84 1.059.378,84 1.059.378,84 3.424,30 713,60 6.297,44 2.483,29 1.455,44 15,19 8,20 3,91 490,41 848,67 100,00 4.253,00 20.093,45 20.093,45 1.389,62 2.019,56 1,75 40,06 5.079,51 8.530,50 8.530,50 1.088.002,79 1.088.002,79 147.807,58


DIÁRIO DO COMÉRCIO

14 -.CIDADES & ENTIDADES

O metro quadrado de lona mais caro e fashion do mundo anunciou oficialmente ontem sua primeira turnê brasileira. O Cirque du Soleil, um dos patrimônios culturais do Canadá, chega a São Paulo no dia 3 de agosto, para uma temporada de dois meses. Está longe, mas os ingressos já começam a ser vendidos.

Cirque du Soleil vem brilhar em Sampa

Fotos de Marcelo Min/AFG

quarta-feira, 12 de abril de 2006

Em São Paulo, o espetáculo "Saltimbanco" será apresentado para 2,5 mil espectadores por sessão, sob uma tenda a ser montada na avenida Chedid Jafet, esquina com a avenida Juscelino Kubitscheck, no bairro do Itaim Bibi. O palco principal terá 220 metros quadrados e um pé-direito de 17 metros de altura. O equipamento do circo pesa cem toneladas.

Sergio Roveri

V

inte e dois anos depois de ter sido criado na cidade canadense de Quebec, o Cirque du Soleil, o metro quadrado de lona mais caro e fashion do mundo, anunciou oficialmente ontem sua primeira turnê brasileira. O circo, que emprega hoje 3,5 mil funcionários – entre eles 900 artistas – chega a São Paulo no dia três de agosto, para uma temporada de dois meses, com oito sessões semanais. Os ingressos, que começam a ser vendidos hoje para clientes vips do Bradesco (e a partir de maio para o público em geral), vão custar entre R$ 100 e R$ 250. O espetáculo escolhido pelo circo para debutar diante do público do País é "Saltimbanco", com 51 artistas no elenco – nenhum brasileiro. A CIE Brasil, responsável pela vinda do grupo, não revelou os custos totais da turnê, que passará também pelo Rio de Janeiro. "Mas é, seguramente, a maior quantia já gasta com qualquer atração internacional que tenha se apresentado no Brasil", diz Fernando Alterio, presidente da empresa. "Somente com a divulgação do espetáculo iremos gastar R$ 12 milhões". "Saltimbanco" será apresentado para 2,5 mil espectadores por sessão, sob uma tenda a ser montada na avenida Chedid Jafet, esquina com a avenida Juscelino Kubitscheck, no bairro do Itaim Bibi. O palco principal terá 220 metros quadrados e um pé-direito de 17 metros de altura. O equipamento do circo, que pesa cem toneladas, viajou de navio da Cidade do México até Santiago do Chile – onde o circo se apresenta no momento – e de lá será trazido para São Entre artistas e Paulo por diversas carretas. técnicos, virão a São "Entre artistas e técnicos, virão a Paulo 120 pessoas. São Paulo 120 pessoas", diz Não somos uma Franco Dragone, diretor de família de circo, somos "Saltimbanco". "Não somos uma família de circo, somos um um pequeno bairro. pequeno bairro". Franco Dragone, diretor Vários fatores contribuíram de "Saltimbanco" para fazer do Soleil a maior companhia circense do mundo. Em pouco mais de duas décadas, eles sacudiram a serragem acumulada durante séculos nos picadeiros tradicionais. Em primeiro lugar, aboliram os animais de seus números. "Não foi uma atitude politicamente correta, apenas", diz Dragone. "Optamos por investir na técnica e na virtuose de acrobatas, malabaristas, dançarinos e clowns. Não havia muito espaço para os bichos dentro desta filosofia". Em seguida, passaram a construir seus espetáculos obedecendo a uma narrativa linear e contagiante, que dispensa a figura do mestre de cerimônia. Finalmente, ao recrutar artistas do mundo inteiro para seu casting – hoje eles vêm de mais de 40 países – o Cirque du Soleil tornou-se receita mais bem acabada do show biz para um mundo globalizado. No momento, o Soleil tem 13 espetáculos em seu repertório – dos quais seis estão se apresentando neste momento em algum canto do globo. Há ainda quatro espetáculos permanentes na cidade de Las Vegas e um outro no Walt Disney World Resort, em Orlando, Flórida. "Saltimbanco", que consumiu um ano e meio de ensaios, foi escolhido para visitar o Brasil porque é, na opinião de Dragone, o espetáculo "mais cosmopolita da companhia". São 2 horas e quarenta minutos de um show dividido em 12 atos, que narram as aventuras de um garoto da cidade grande que se transforma ao tomar contato com palhaços, cavaleiros, acrobatas e equilibristas do mundo inteiro. SERVIÇO Cirque du Soleil em São Paulo. Ingressos à venda a partir de hoje para clientes vips do Bradesco e a partir de 4 de maio para o público em geral, no Credicard Hall e mais nove endereços. Preço: entre R$ 100 e R$ 250.

Diferentemente dos circos tradicionais, o Soleil fez uma aposta no elemento humano. Em primeiro lugar, aboliu os animais de seus números. Não foi uma atitude politicamente correta, apenas. O circo optou pela técnica e virtuose de acrobatas, malabaristas, dançarinos e clowns. Nessa filosofia, não havia muito espaço para os bichos.

Uma brasileira suspensa por fitas

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iante de uma platéia de jornalistas e diretores do Cirque du Soleil, reunida sob uma tenda armada na manhã de ontem no palco do Credicard Hall, a acrobata e bailarina Juliana Neves, 34 anos, suspensa por duas peças de tecido azul, realizou, a vários metros do solo, uma seqüência de números baseada em força física, equilíbrio e destreza. Quando aterrissou, minutos depois, enfrentou a primeira pergunta do dia: você não se preocupa com sua segurança? "Mas o circo é isso", ela respondeu. "Uma mistura de virtuose e risco. Um dos grandes fascínios do circo é justamente a proximidade com a morte. Mas nenhum artista irá se apresentar sem rede de proteção se não estiver muito bem preparado". Nascida no bairro da Mooca, Juliana foi a primeira paulistana (e um dos seis primeiros artistas brasileiros) a ser contratada pelo Soleil, em 1998. Na época, tinha 14 anos de dança clássica no currículo e outros seis de ginástica olímpica. Foi a única, entre os 400 candidatos que se apresentaram para os testes em São Paulo, a ser levada pela companhia. No teste, apresentou um número de corda, mas foi contratada para atuar no espetáculo Dralion, executando o

Juliana Neves, contratada pelo Soleil em 1998: "O circo é isso, uma mistura de virtuose e risco"

número de tecido que exibiu ontem para a imprensa brasileira. "Durante três anos e meio no Soleil, realizei este número mais de mil vezes", revelou. "É muito difícil para um acrobata permanecer mais de dois anos na companhia realizando dez sessões semanais". Houve um ano de intervalo entre o teste e o telefonema de Montreal, atual sede do Soleil, informando que havia sido aprovada. "Eu já tinha me mudado de São Paulo para Goiânia, onde integrava o elenco da Quasar Cia de Dança. Não foi uma decisão

fácil trocar a dança pelo Soleil, mas os diretores da companhia me incentivaram a ir", disse. No elenco do Soleil, Juliana se apresentou em vários países da Europa, Ásia e em 32 estados norteamericanos. Por conta disso, fala fluentemente cinco idiomas – o último a aprender foi o mandarim. "O inglês e o francês são os idiomas oficiais do circo, mas eles oferecem aulas de diversas línguas. Pedi para aprender mandarim antes de me apresentar na China". Ao contrário dos circos tradicionais, que ficam pouco tempo em cada

cidade, o Soleil finca sua lona por no mínimo seis semanas. "Graças a isso, foi possível conhecer todas as cidades nas quais me apresentei". Juliana hoje vive em Bruxelas, na Bélgica, onde integra a companhia de balé CDLaB e dá aulas de tecido e corda numa escola de circo. Não faz mais parte dos quadros fixos do Soleil – apresenta-se apenas, quando requisitada, em eventos especiais da companhia, como no showdemonstração de ontem. "Meu sonho é voltar para o Brasil e montar uma escola de dança". (SR)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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quarta-feira, 12 de abril de 2006

Cidades CRACOLÂNDIA POR

Interessados em ocupar a Nova Luz, empresários já procuraram a Prefeitura. Gilberto Kassab, prefeito

Milton Mansilha/Luz

UM FIO. ATÉ 2008, SURGE A NOVA LUZ. Para revitalizar a região, na área central da cidade, projeto prevê a instalação de órgãos municipais e também de empresas privadas. As desapropriações de imóveis considerados irrecuperáveis, que darão lugar aos prédios públicos, já começaram. Reprodução

Clarice Chiquetto

A

té o fim de 2008, a Nova Luz, região conhecida até o ano passado como Cracolândia, no Centro de São Paulo, terá uma cara diferente. O bairro abrigará as sedes da Subprefeitura da Sé, da Guarda Civil Metropolitana (GCM) e da Companhia de Processamento de Dados do Município (Prodam), além de novas redes de comércio e empresas. Os planos do prefeito Gilberto Kassab (PFL), que pretende terminar a reestruturação da área até o final de seu mandato, foram divulgados ontem em visita à região. A intenção da Prefeitura é conseguir atrair para a Nova Luz cerca de duas mil pessoas com bom poder aquisitivo. A antiga Cracolândia também servirá como ponto de vigilância para Prefeitura. Será instalado no prédio número 444 da rua General Osório um centro de monitoramento da área central da cidade, com câmeras funcionando 24 horas por dia e interligação direta com a Polícia Militar. Desapropriações – Por enquanto, as desapropriações de imóveis considerados irrecuperáveis, que darão lugar aos prédios públicos, já começaram. O espaço definido em setembro de 2005 como perímetro de utilidade pública compreende as ruas Mauá, dos Andradas, dos Timbiras, parte da praça Alfredo Issa e da avenida Cásper Líbero, e abrange cerca de 750 imóveis. Além das desapropriações, a primeira fase do projeto inclui a demolição desses imóveis vazios, que deve começar em 40 dias – a documentação para iniciar a derrubada dos prédios já está pronta. O passo seguinte será a transferência da Subprefeitura da Sé e da Secretaria de Serviços, que funcionam na avenida do Estado, para os dois quarteirões entre as ruas Mauá, dos Protestantes e a Couto de Magalhães. O espaço onde fica a subprefeitura atualmente deverá ser transformado em parque. "Os documentos para começar os processos de demolição já estão prontos. Estamos apenas aguardando os trâmites burocráticos e jurídicos necessários", explicou o Secretário das Subprefeituras e Subprefeito da Sé, Andrea Matarazzo. Visita – Na manhã de ontem, em companhia de Matarazzo, do Secretário de Habitação, Orlando Almeida, do de Planejamento, Francisco Vidal Luna, e do Coordenador de Segurança Urbana, coronel Alberto Silveira Rodrigues, o prefeito visitou a região e foi informado das novid a d e s e d o s p ro c e s s o s d e mudanças. A comitiva passou pelas ruas do Triunfo, Aurora, Couto Magalhães, dos Gusmões, dos Protestantes, General Osório e Mauá, observou prédios que serão destruídos e locais que servirão para a instalação de estabelecimentos, como empresas e bares. Inicialmente, o projeto pre-

Mapa mostra locais para onde serão transferidos os prédios públicos

ão uç

O prefeito Gilberto Kassab e o secretário Andrea Matarazzo observam maquete da Nova Luz

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Re

Projeto do imóvel que abrigará a Subprefeitura da Sé

Milton Mansilha/Luz

Na rua Mauá, o consumo de drogas acontece até durante o dia

vê intervenções em 23 quadras. No total, serão abrangidos cerca de 2,25 milhões de metros quadrados. A longo prazo, no entanto, toda a área entre a avenida do Estado, onde hoje está a Subprefeitura da Sé, e o bairro Bom Retiro deverá ser envolvida. Incentivos – Além da instalação dos prédios públicos, o prefeito citou a importância da lei de incentivos fiscais, regulamentada dia 14 de fevereiro, para atrair empresários para a região. O perímetro definido para incentivos atinge cerca de 1,5 mil imóveis e corresponde à área entre as avenidas Rio Branco e Duque de Caxias, rua Mauá e avenidas Cásper Líbero e Ipiranga, além da praça Alfredo Issa. "Diversos empresários têm procurado a Prefeitura com interesse em se instalar na Nova Luz", contou Kassab. A intenção do Executivo municipal é incentivar a implantação de empresas de tecnologia, especialmente dos setores de eletrônicos e informática, criando um novo pólo econômico nos moldes da rua Santa Ifigênia, vizinha da região.

"A diferença, nesse caso, é que também vamos incentivar a moradia no bairro, para contribuir com o desenvolvimento e crescimento local, para dar vida", declarou Kassab. Início – Os planos da Prefeitura de reestruturar a região começaram efetivamente em março de 2005, com a primeira intervenção das polícias Civil e Militar, quando foram interditados bares, hotéis, empresas e depósitos clandestinos. Quando toda essa fase já desenhada terminar, existe a intenção de também instalar no bairro uma escola municipal que atenda, além das crianças, toda a população nos fins de semana. Na rua Mauá, próximo à recém-instalada Base Móvel da Polícia Militar, foi criado um espaço de informações para a população, ligado à Subprefeitura da Sé, que já está em funcionamento e conta com funcionários e uma maquete detalhada da região. Apesar de já estar em funcionamento, o espaço, ainda em fase de montagem, deverá ser totalmente concluído em menos de dois meses.

Droga ainda é problema Programa da Prefeitura trouxe melhorias, mas ainda há muito o que fazer

E

nquanto o prefeito Gilberto Kassab caminhava pelas ruas da Nova Luz, o carcereiro Pedro Torres passou apressado em direção ao trabalho pelo meio da comitiva de secretários, assessores e jornalistas e comentou que as ruas do bairro não costumam ser tão limpas e que provavelmente haviam sido lavadas. Ele não estava enganado. Durante a madrugada, horas antes da visita do prefeito à região, caminhões-pipa lavaram as ruas e a polícia removeu para outros locais os menores de rua que perambulavam por ali. Apesar dos dados das polícias Civil e Militar mostrarem redução no número de roubos (7%), furtos (11%) e de crianças abandonadas nas ruas – segundo o secretário Andrea Matarazzo, elas passaram de 180 em 2005 para 30 este ano – ainda falta muito para que a região seja revitalizada e atinja os objetivos da Prefeitura. Um dia antes da visita do prefeito, a reportagem do DC flagrou um grupo de menores de rua fumando crack a menos de 50 metros de uma viatura da Polícia Militar, às 18h, na rua Couto Magalhães. Pouco depois, mais meninos consumiam a mesma droga de um lado da rua Mauá, enquanto do outro, também a poucos metros de distância, havia um grupo policiais militares. Por enquanto, a rua que mais reflete as melhorias iniciadas pelas ações do Executivo municipal – que começaram em março de

Milton Mansilha/Luz

Com máscara, menino de rua dança: muitos continuam na região

2005 e resultaram na prisão de 87 pessoas, apreensão de 102 pedras de crack e 15 armas de fogo – é a Barão de Piracicaba, onde nenhum menor foi visto consumindo droga na tarde da última segunda-feira. O local, antes do início da ação da Prefeitura, era um dos principais pontos de consumo e comercialização de drogas na antiga Cracolândia. Segundo o proprietário de um pequeno prédio na Barão de Piracicaba, que se identificou apenas como Torres, a situação da rua

melhorou bastante nos últimos 15 dias, depois que uma blitz da polícia foi realizada. "Antes, a rua era tomada pelos menores drogados do começo da noite até o dia clarear. E não era raro ver vários deles durante o dia. Dava para ver de cima do prédio os usuários e vendedores contando moedinhas e passando a droga ", contou. Ele disse não acreditar que os menores deixarão a área. Segundo Torres, eles já foram removidos outras vezes, mas sempre voltaram. (CC)


quarta-feira, 12 de abril de 2006

Empresas Estilo Nacional Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3 A Organização Mundial da Saúde confirmou a morte da quinta vítima da gripe aviária no Afeganistão.

PET FAIR TEM ARTIGOS PARA AROMATERAPIA

Fotos: Marcelo Soares/Hype

Perfumes e mais mimos para todos os bichos Profissionais do mundo pet podem conhecer as novidades na Pet Fair

C Feira no Expo Center Norte traz novidades do mundo pet para profissionais do setor e proprietários

Roberta Stabile, da Pet Minato: gel põe fim ao xixi pela casa

IPC-S O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal subiu 0,11% na última semana em SP.

Ó RBITA

Mechas coloridas para fashions

PETROBRAS Presidente da estatal diz que empresa vai contratar 9,5 mil pessoas até 2008.

Evelson de Freitas/AE

TV DIGITAL: É A VEZ DO JAPÃO

A

delegação de ministros brasileiros trabalha para consolidar, com o governo local, a proposta do Japão para que o sistema de TV digital adotado no País seja o japonês. Faltam poucos detalhes. O principal é um compromisso concreto de investimentos na área de semicondutores no Brasil. "Construir um ecossistema de microeletrônica no País é um condicionante forte", afirmou Jairo Klepacz, secretário de Tecnologia Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. A comitiva é formada pelos ministros Luiz Fernando Furlan, do Desenvolvimento (foto),

VAREJO

O

Índice de Preços no Varejo (IPV) subiu 0,20% em março, depois de registrar -0,35% em fevereiro. De acordo com a Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP), que calcula o indicador, no acumulado do trimestre a inflação ficou praticamente estável, em 0,08%. (AE)

ARGENTINA

A

economia argentina quebrou um recorde histórico ao crescer 7% em 2005, segundo um levantamento do Ministério de Economia. O Produto Interno Bruto (PIB) real do país cresceu 65% em relação ao ano de 1990. (AE) A TÉ LOGO

Celso Amorim (Relações Exteriores) e Hélio Costa (Comunicações). Para o governo brasileiro, é importante conseguir uma fábrica de semicondutores no processo de decisão da TV digital para reduzir as importações, que somaram US$ 2,9 bilhões em 2005. Concorrência – Europeus envolvidos na escolha da

TV digital ainda não desistiram de levar também para a Europa a delegação de ministros que está em viagem ao Japão. Com os interlocutores do governo fora do País, a discussão está paralisada no Palácio do Planalto e entre os concorrentes do sistema japonês: europeus e americanos. (AE)

ÁLCOOL BRASILEIRO NO JAPÃO

O

ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, quer abrir o mercado japonês ao etanol produzido no Brasil. Em viagem de negócios ao país, ele se reuniu com representantes do governo, da indústria e das universidades locais.

O principal tema do encontro, que também teve representantes do Ministério da Agricultura, foi um plano do governo japonês para misturar 3% de etanol nos combustíveis consumidos no país a partir de 2010. "Seriam 1,8 bilhão de litros por ano", afirmou o ministro. O Japão deve decidir até julho. (AE)

SUPERÁVIT CHINÊS CHEGA A US$ 11 BI

O

superávit na balança comercial da China foi de US$ 11,19 bilhões em março, contra US$ 2,45 bilhões em fevereiro. O valor é praticamente o dobro do desempenho de março do ano passado, quando o país teve um resultado

superavitário de US$ 5,73 bilhões. Os dados são do Ministério do Comércio chinês. As importações no mês somaram US$ 66,86 bilhões, um valor 21,1% superior ao de março de 2005. Os economistas previam expansão de 24%.

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

L

Pesquisador diz que problema fiscal do Brasil é a Previdência

L

Grife carioca Daspu fará desfile na Rua Augusta

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Setor de máquinas agrícolas aposta em cana-de-açúcar e gado na Agrishow

ada vez mais cães, gatos e outros animais de estimação desfrutam de mimos e mordomias muitas vezes não disponíveis nem mesmo aos humanos. Na 6ª Xclusive Pet Fair – Feira de Negócios da Linha Pet & Horse – em São Paulo, podem ser encontradas desde colônias para cães e gatos, até uma linha de cosméticos aromaterápicos. Nos últimos anos, ofurôs para cães estavam entre os lançamentos que surpreenderam o mercado p e t. A partir deste mês, novos itens chegam às lojas especializadas. A empresa paulista Limpinho, do ramo de higiene e cosméticos para cães, apresentou na feira o produto Dog´s Love G, uma colônia com essência inspirada no Chanel Egoist Platinun, uma das preferidas do público homossexual. "Esses consumidores buscam produtos diferenciados também para seus animais de estimação", afirmou Tiago Ilário, coordenador de vendas da Limpinho. Outro produto lançado pela empresa foi o protetor solar Sundog. Zen – A Natural Pet, também especializada em cosmé-

Chiclete para cachorro: limpeza

ticos para animais, apresenta na Pet Fair a primeira linha de produtos aromaterápicos do Brasil para cães e gatos. Ela é composta por três xampus: o Natural Relax, que apesar de estimular os sentidos dos bichos, torna cães e gatos menos agitados; o Natural Energia, que rejuvenesce e protege os animais contra o cansaço; e o Natural Sensual, que aprimora a sensualidade dos bichinhos por meio da mistura dos óleos de Jasmim e Rosas. Além disso, lança colônias inspiradas em perfumes internacionais, como Polo,

Giovanna Baby e Musk. Além da beleza – A Pet Minato, preocupada com as necessidades fisiológicas do bichos domésticos, traz como novidade o Pipi Gel. "O produto funciona como um retentor de líquidos, que absorve urina, vômito e outros dejetos líquidos gerados pelos animais", explicou Roberta Stabile, gerente de marketing da empresa. Na prática, o produto transforma o líquido em um gel seco que pode ser varrido ou aspirado. O Pipi Gel já está disponível ao consumidor a um preço sugerido de R$ 15. Outro destaque na Pet Fair foi o chiclete Flexbone, produzido pela Misterbone. Trata-se de um palito mastigável que previne a formação de tártaro nos dentes de cães e gatos. Feito de couro bovino, tem cinco sabores. "Além da higienização bucal, o chiclete é uma forma de educar o instinto roedor do cão, para que ele mastigue o produto em vez do pé da mesa, por exemplo", explicou Thiago Cazzaro, gerente comercial da Misterbone. Serviço – A Feira vai até o dia 14, no Expo Center Norte. André Alves


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 12 de abril de 2006

ECONOMIA/LEGAIS - 11

CONVOCAÇÕES Cia. Lilla de Máquinas Indústria e Comércio CNPJ/MF nº 61.139.622/0001-90 Edital de Convocação - Assembléia Geral Ordinária Ficamconvocados os Srs.Acionistas a se reunirememAssembléia Geral Ordinária, a ser realizada emprimeira convocação no dia 27 de abril de 2006, às 15 horas, na sua sede social à Rua Piratininga, 1037, na cidade de São Paulo-SP, a fim de deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia: a) Exame, discussão e aprovação do Balanço Patrimonial e demais Demonstrações Financeiras, referentes ao exercício social encerrado em 31/12/2005; b) Destinação do resultado de exercício; c) Fixação da remuneração dos membros da diretoria; d) Outros assuntos de interesse da sociedade. São Paulo, 11 de abril de 2006. Ciro de Campos Lilla - Diretor Presidente.

(12,13,14/04/2006)

ATAS MOINHO PRIMOR S.A

COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO AGRÍCOLA DE SÃO PAULO

CODASP - CNPJ Nº 61.585.220/0001-19 ASSEMBLÉIAS GERAIS ORDINÁRIA E EXTRAORDINÁRIA Ficam convocados, na forma da lei, os Srs. Acionistas da Cia. de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo-CODASP para as Assembléias Gerais Ordinária e Extraordinária no dia 26 de abril de 2006,às 15 horas, Av. Miguel Estéfano, 3.900 - Água Funda, Capital, a fim de deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia: AGO: a) Exame, discussão e votação do Balanço Patrimonial e demais demonstrações Contábeis referentes ao exercício encerrado em 31.12.2005; b) Eleição de membros do Conselho de Administração e fixação dos respectivos honorários; c) Eleição dos membros do Conselho Fiscal e fixação dos respectivos honorários; AGE: a) Ratificação da nova remuneração da Diretoria; b) Outros assuntos de interesse da Sociedade. São Paulo, 11-abril-2006 - JOSÉ BERNARDO ORTIZ - Presidente do Conselho de Administração. (12, 13 e 17/04/06)

ATA SUMARIADA DA ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA DATA, LOCAL E HORA, dia 06 de janeiro de 2006, na sede social de MOINHO PRIMOR S.A, na Avenida Torres de Oliveira n.º 936, Jaguaré – São Paulo, às 15 horas. COMPOSIÇÃO DA MESA: Presidente da mesa: Hermes Pereira Cardetas, Secretário Kango Ohashi. ACIONISTAS PRESENTES: Acionistas representativos da totalidade do capital social, conforme assinaturas apostas no Livro de Presença de Acionistas. ORDEM DO DIA: a) comunicado aos acionistas, o falecimento do Diretor Presidente, Sr. Fernando Dias; b) eleição do novo diretor presidente e diretor de patrimônio; c); outros assuntos de interesse social. DELIBERAÇÕES: 1) ficou aprovado por unanimidade, que o Sr. Luiz Antonio de Araújo, atual diretor administrativo e financeiro, acumulasse interinamente o cargo de diretor presidente, que tomou posse imediatamente, onde fez uso da palavra e congratulou-se junto aos demais acionistas presentes, os grandes feitos da gestão do então ex-diretor presidente falecido:2) foi eleito, o Sr. Valdemir Bispo dos Santos, brasileiro, maior, casado, portador da cédula de identidade RG- 34.473.882-6 SSP/SP e do CPF/MF n.º 848.110.999-15 residente e domiciliado na Rua Pedro Vasconcelos, 215, apto. 5, Jardim Alvinópolis, na cidade de Atibaia, Estado de São Paulo – CEP: 12942-670, para o cargo de Diretor de Patrimônio, que tomou posse do cargo imediatamente. APROVAÇÃO DA ATA: a presente ata, lavrada na forma sumariada autorizada pelo art. 130 da Lei 6.404-76 foi lida e aprovada sem ressalvas, pelos acionistas presentes. ASSINATURAS: Nada mais havendo a tratar e encerrada a assembléia, firmaram esta ata. Hermes Pereira Fernandes Cardetas, Daniel Fernando Dias, Kango Ohashi, Jayme Braz França. São Paulo, 15 de março de 2006. Esta é cópia fiel da ata lavrada no livro próprio – Hermes Pereira Fernandes Cardetas – Presidente da mesa – Kango Ohashi – Secretário. Pres. da mesa: Hermes Pereira F. Cardetas. Secretário: Kango Ohashi. Dir. Adm/Fin: Luiz Antonio de Araújo.

FALÊNCIAS & CONCORDATAS

COMUNICADOS Diálogos Produções Artísticas Ltda, CNPJ 02.724.513/0001-70, CCM nº 2.724.657-4 ,comunica ter extraviado seu talão de Nota Fiscal de Serviços de nº 051 ao nº 100. (11, 12, 13/04/2006)

Dinâmica Promoções de Vendas, Shows e Eventos Ltda. CNPJ nº 51.183.358/0001-38 registrada na Jucesp sob o NIRE nº 35218211871 de 11/06/2003, comunica à praça a perda de 2 (duas) vias originais do Contrato de constituição nesta Junta.

RETIFICAÇÃO

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 11 de abril de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências:

Requerente: 3G Indústria e Com. de Roupas Profissionais Ltda. - Requerido: Aurora Energia S.A. - Av. Marquês de São Vicente, 121 - 01ª Vara de Falências Requerente: Mercantil Farmed Ltda. - Requerido: Drogaria Botica da Vovó Ltda. - Rua Domingos de Morais, 1204 - 02ª Vara de Falências Requerente: Mercantil Farmed Ltda. - Requerido: Drogaria Nipolândia Ltda.- ME - Av. Carlos Oberhuber, 317 - 01ª Vara de Falências Requerente: Retífica de Motores ABC Ltda. Requerido: Turismo Saci Ltda. - Rua Arciprestes Andrade, 233 - 02ª Vara de Falências Requerente: Roque Ferreira da Silva - Requerido: Badra S.A. - Av. Condessa Elizabeth Rubiano, 1822 - 01ª Vara de Falências

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BALANÇO Demonstrações dos Resultados - Exercícios findos em 31 de dezembro

+056+6761 &1 Æ0 '4 40 .&1 8+'+4 &' 48 .*1

CNPJ 60.945.854/0001-72

Relatório da Administração Senhores Membros do Conselho: Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, temos o prazer de submetermos à apreciação de V.SAS. o Balanço Patrimonial encerrado em 31 de dezembro de 2005 e respectivas Demonstrações Contábeis elaboradas nas formas da legislação vigente, bem como o Parecer dos Auditores Independentes. A entidade é uma Sociedade Civil sem fins lucrativos fundada em 1920 e tem como objetivo o combate ao câncer. No exercício de 2005 foram atendidos 15.704 pacientes, sendo que deste total 13.246 (84,34%) foram atendimentos destinados ao S.U.S. – Sistema Único de Saúde. Registramos os nossos agradecimentos a Secretária da Saúde de São Paulo e ao

Fundo Nacional de Saúde, bem como a todos que contribuíram com verbas e doações, e pela confiança em nós depositada, que possibilita aos pacientes teste hospital continuar o tratamento que tanto necessitam. Conforme definido por Lei a entidade não remunera de nenhuma forma os seus dirigentes, toda receita é revertida em obras assistenciais e atividades operacionais da entidade. Colocamo-nos à disposição de V.SAS., para prestarlhes os esclarecimentos eventualmente necessários. São Paulo, 31 de dezembro de 2005. Pascoal Marracini - Contador - CRC (SP) 103.298/0-7

Balanços Patrimoniais - Exercícios findos em 31 de dezembro Ativo Circulante Disponível Caixa Geral Bancos Conta Movimento Aplicações Imediatas Realizável a Curto Prazo Devedores Diversos S.U.S./Min.da Saúde Convênios Prefeituras Convênios Particulares Estoques Permanente Imobilizado Bens Imóveis Bens Moveis Imobilizado em Andamento Compensação Isenção Previdenciária Total do Ativo

2005-R$ 5.448.383,94 944.587,87 22.471,21 302.797,89 619.318,77 4.503.796,07 10.939,24 1.690.109,16 13.273,32 2.276.728,80 512.745,55 9.341.832,24 9.341.832,24 3.921.322,86 1.295.243,43 4.125.265,95 1.415.064,00 1.415.064,00 16.205.280,18

2004-R$ 4.746.797,50 1.783.616,23 5.154,62 107.951,02 1.670.510,59 2.963.181,27 6.850,50 1.377.803,84 27.131,00 1.126.457,70 424.938,23 8.656.022,62 8.656.022,62 4.104.550,38 1.404.564,08 3.146.908,16 783.325,51 783.325,51 14.186.145,63

Passivo Circulante Fornecedores Contas a Pagar Encargos Sociais Provisão p/Repasse S.U.S.

2005-R$ 4.096.037,54 1.495.096,18 1.041.698,82 300.373,70 1.258.868,84

2004-R$ 2.892.374,94 998.306,74 1.060.350,75 202.924,29 630.793,16

Exigivel a Longo Prazo Nossa Caixa Nosso Banco S/A

1.874.980,41 1.874.980,41

2.200.000,00 2.200.000,00

Resultado de Exercícios Futuros Receitas de Exercícios Futuros

3.980.111,28 3.980.111,28

2.531.392,54 2.531.392,54

Patrimônio Líquido Patrimônio Social Reserva de Reavaliação Reservas de Capital Resultados Acumulados

4.839.086,95 4.252.740,51 1.631.974,26 527.655,75 (1.573.283,57)

5.779.052,64 3.822.232,18 1.798.656,38 527.655,75 (369.491,67)

Compensação Isenção Previdenciária Total do Passivo

1.415.064,00 1.415.064,00 16.205.280,18

783.325,51 783.325,51 14.186.145,63

Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido (Em reais) Saldos em 31 de dezembro de 2003 Incorporação Res.Provisão Imobilizado/Edificações Reserva de Reavaliação Realizada Incorporação Sup/Def.Ex.Ao Patrimonio Social Déficit do Exercício Saldos em 31 de dezembro de 2004 Incorporação Res.Provisão Imobilizado/Edificações Reserva de Reavaliação Realizada Incorporação Sup/Def. Ex. ao Patrimônio Social Déficit do Exercício Saldos em 31 de dezembro de 2005

Patrimônio Social 4.952.302,40 650.000,00 – (1.780.070,22) (369.491,67) 3.822.232,18 800.000,00 – (369.491,67) – 4.252.740,51

Reservas de Reavaliação 2.188.560,86 – (389.904,48) – – 1.798.656,38 – (166.682,12) – – 1.631.974,26

Provisão Imob./Edificações 527.655,75 – – – – 527.655,75 – – – – 527.655,75

Superávit ou Déficit Acumulado (1.780.070,22) – – 1.780.070,22 (369.491,67) (369.491,67) – – 369.491,67 (1.573.283,57) (1.573.283,57)

Patrimônio Líquido 5.888.448,79 650.000,00 (389.904,48) 0,00 0,00 5.779.052,64 800.000,00 (166.682,12) 0,00 (1.573.283,57) 4.839.086,95

Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Exercícios findos de dezembro de 2005 e 2004 Contexto Operacional - O Instituto do Câncer “Arnaldo Vieira de Carvalho”, Instituição filantrópica de direito privado e intuitos não lucrativos, fundado em 19 de fevereiro de 1920, de duração ilimitada, reconhecido de Utilidade Pública pelo Decreto Federal N. 1.146, de 13 de outubro de 1936, Decreto Estadual N.10.794, de 09 de maio de 2001, e pelo Decreto Municipal N.7.995 de 25 de fevereiro de 1969, devidamente registrado no Conselho Nacional de Assistência Social como hospital filantrópico N.9073/38, tem os seguintes objetivos: promover o diagnóstico, a prevenção e a detecção do câncer, incentivar investigações cientificas, promover cursos de especialização e aperfeiçoamento dentro de suas finalidades e cooperar nas campanhas de combate ao câncer, com entidades públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras. 1. Resumo das Principais Diretrizes Contábeis - As demonstrações Contábeis estão elaboradas de acordo com as práticas emanadas da Lei das Sociedades por Ações e demais disposições complementares. Não foram reconhecidos os efeitos inflacionários sobre as Demonstrações Contábeis, que estão sendo divulgadas em forma comparativa às do exercício de 2004. a) Estoques: Estão avaliados pelo custo das aquisições; b) S.U.S., Convênios Prefeituras e Convênios Particulares: Refere-se a convênios celebrados com Ministério da Saúde, Prefeituras e Entidades Privadas, para prestação de serviços médicos e hospitalares; c) Aplicações Financeiras: As aplicações financeiras estão demonstradas pelo valor de aplicação, acrescidas dos rendimentos correspondentes, apropriados até a data do balanço com base no regime de competência; d) Imobilizado: • A entidade não procedeu à Correção Monetária de Balanços em exercícios anteriores a 1999. • No exercício de 2005 o Imobilizado está demonstrado pelo custo das aquisições, e pelo valor reavaliado em 31/12/1999 por empresa independente através da metodologia definida pela NBR-8977 da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. A depreciação do imobilizado de uso foi calculada pelo método linear, com base em taxas que contemplam a estimativas de vida útil e econômica dos bens. 2005-R$ 2004-R$ Depreciação dos Bens Reavaliados 166.682,12 389.904,48 Depreciação das Aquisições 535.230,08 408.761,90 Newton Bastos Presidente

e) Despesas e Receitas: As despesas estão registradas com base no regime de competência do exercício, as receitas provenientes dos convênios com Ministério da Saúde, Prefeituras e Entidades Particulares são provisionadas no passivo na conta Resultado de Exercícios Futuros, sendo registradas em conta de receita por ocasião do recebimento com base no regime de caixa; f) Provisões de Férias e Encargos: Foram calculadas com base nos direitos adquiridos pelos empregados até a data do balanço e incluem os encargos sociais correspondentes; g) Receita de Exercícios Futuros: Trata-se de provisão de valores a receber do Ministério da Saúde, Prefeituras e Entidades Privadas pela prestação de serviços hospitalares e ambulatoriais realizados.Por ocasião do recebimento dos serviços prestados os valores são registrados nas receitas operacionais, conforme determinação do Conselho Diretor. h) Receita Operacional 2005-R$ % 2004-R$ % S.U.S. 18.398.203,90 78,96 18.067.593,82 80,76 Demais Receitas 4.901.740,44 21,04 4.304.874,12 19,24 2. Isenção Previdenciária Usufruída - A isenção da quota patronal de previdência social, gozada pela entidade. 2005-R$ 2004-R$ INSS 1.415.064,00 783.325,51 3. Subvenções - No exercício de 2005, a entidade recebeu subvenções do Poder Público, conforme a seguir: 2005-R$ 2004-R$ Secretaria da Saúde de São Paulo 1.009.751,00 1.161.726,00 Fundo Nacional da Saúde 312.000,00 – 4. Doações - Eventualmente a entidade recebe doações de pessoas físicas e jurídicas, os valores foram aplicados em suas finalidades institucionais, de conformidade com seu Estatuto Social, demonstrados pelas suas Despesas e Investimentos Patrimoniais. 2005-R$ 2004-R$ Instituto Avon 135.000,00 – Gol Transportes Aéreos 40.000,00 – Demais doações 324.899,97 607.402,79

Renato Frota Pinheiro Pascoal Marracini Tesoureiro Contador - CRC (SP) 103.298/0-7 acordo com a técnica contábil, e de parecer que o referido Balanço e Demonstração de Parecer do Conselho Fiscal Os membros do atual Conselho Fiscal, no desempenho de suas atribuições estatutárias, Resultado merecem a aprovação dos membros da Assembléia Geral do Instituto do Câncom o que dispõe o artigo 26, item II, examinando o Balanço Geral e Demonstrações do cer Arnaldo Vieira de Carvalho. David Feldman Ismael Dorsa Resultado encerrado em 31 de dezembro de 2005, declaram estar tudo em ordem, de Marcelo do Amaral Arantes

Receitas Operacionais Serviços Hospitalares Serviços Ambulatoriais S.U.S / Ministério da Saúde Prefeitura S.Paulo/Guarulhos Convênios (–) Despesas Operacionais Despesas C/Pessoal Próprio Despesas Serviços Terceiros Repasse Honorários - S.U.S. Repasse Honorários - Convênios Medicamentos e Materiais Despesas Tributárias Manutenção do Imobilizado Outras Despesas Despesas com Depreciação Despesas Financeiras Superávit/Déficit Operacional Receitas não Operacionais Donativos Fundo Nacional Saúde/Min.da Saúde Secretaria da Saúde SP / Subvenção Outras Receitas Receitas Financeiras Superávit/Déficit Exercício

2005-R$ 23.299.944,34 182.132,84 303.762,49 18.398.203,90 85.991,96 4.329.853,15 26.058.196,11 7.685.497,65 2.133.088,42 3.921.008,94 952.850,77 8.367.804,96 5.519,65 758.548,63 1.320.703,44 535.230,08 377.943,57 (2.758.251,77) 1.184.968,20 324.899,97 312.000,00 209.751,00 230.288,67 108.028,56 (1.573.283,57)

2004-R$ 22.349.252,20 132.248,45 232.350,60 18.064.791,80 510.819,54 3.409.041,81 23.809.289,96 7.034.378,24 1.973.906,55 3.434.539,42 855.702,07 8.016.090,49 17.932,83 814.935,23 1.192.932,34 408.761,90 60.110,89 (1.460.037,76) 1.090.546,09 189.270,49 – 511.726,00 249.050,82 140.498,78 (369.491,67)

Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos Exercícios findos em 31 de dezembro Origens de Recursos Déficit do Exercício Depreciações e Amortizações Exigível a Longo Prazo Aumento da Reserva Capital Edificações Ajuste no Resultado Exercícios Futuros Reserva de Reavaliação Realizado Total de Recursos

2005-R$ (1.573.283,57) 701.912,20 (325.019,59) 800.000,00 1.448.718,74 (166.682,12) 885.645,66

2004-R$ (369.491,67) 798.666,38 2.200.000,00 650.000,00 146.919,39 (389.904,48) 3.036.189,62

Aplicações de Recursos Aquisição de Imobilizado - Imóveis Aquisição de Imobilizado - Obras Aquisição de Imobilizado - Permanente Total de Recursos (Redução) Aumento do Capital Circulante Líquido

– 978.357,79 409.364,03 1.387.721,82 (502.076,16)

2.200.000,00 317.353,18 150.122,57 2.667.475,75 368.713,87

Variações do Capital Circulante Líquido 31 de dezembro 2005-R$ 2004-R$ Ativo Circulante 5.448.383,94 4.746.797,50 Passivo Circulante 4.096.037,54 2.892.374,94 Capital Circulante 1.352.346,40 1.854.422,56

Variações 2005-R$ 2004-R$ 701.586,44 76.910,76 1.203.662,60 (291.803,11) (502.076,16) 368.713,87

Parecer dos Auditores Independentes À DD. Diretoria do Instituto do Câncer Arnaldo Vieira de Carvalho - São Paulo-SP 1. Examinamos os balanços patrimoniais do Instituto do Câncer Arnaldo Vieira de Carvalho, levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio liquido e das origens a aplicações de recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração.Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. 2. Exceto quanto ao comentado nos parágrafos 3 a seguir, nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria e compreenderam; (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos: o volume de transações, o sistema contábil e de controles internos da Entidade; (b) a constatação, com base em testes, das evidencias e dos registros que suportam os valores e informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas, adotadas pelo Instituto do Câncer Arnaldo Vieira de Carvalho, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. 3. Conforme Nota Explicativa nº 1.e e 1.g, a Entidade adota o Regime de Competência para a contabilização das despesas e o Regime da Caixa, para a contabilização das receitas, que são contabilizadas como Passivo Diferido – Receitas de Exercícios Futuros, cujo saldo em 31 de dezembro de 2005, é de R$ 3.980.111,28, (R$ 2.531.392,54 em 2004); este procedimento contraria o disposto no item 10.19.2.1, da NBCT 10.19, aprovada pela Resolução nº 877, do Conselho Federal de Contabilidade. 4. Em nossa opinião, exceto quanto ao assunto comentado parágrafo 3, as demonstrações contábeis referidas no parágrafo 1, quando lidas em conjunto com as notas explicativas que as acompanham, representam adequadamente, em seus aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Instituto do Câncer Arnaldo Vieira de Carvalho, em 31 dezembro de 2005 e de 2004, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 5. A Entidade apresentou falhas de controles internos em contas de ativo e passivo, mas a mesma já está providenciando a solução e implantação dos mesmo para o próximo exercício. São Paulo, 17 de março de 2006. Moreira & Associados - Auditores Heraldo S. S. de Barcellos CRC 2 RS 3717-S - SP Sócio - Responsável Técnico Contador CRC 1 RS 11609 - S - SP


quarta-feira, 12 de abril de 2006

Administração Urbanismo Polícia Transpor te

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ADVOGADO ENTRARÁ COM PEDIDO DE HABEAS-CORPUS

SUZANE TEM MEDO DE MORRER NA CADEIA Antes de ser transferida para a Penitenciária de Santana, a estudante disse que temia ser atacada pelas presas

N

a primeira noite após ter sido novamente detida, na segunda-feira, Suzane von Richthofen, de 22 anos, encarnou o papel de menina frágil. Recusou o jantar e passou a noite quase em claro no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no Centro. A ré confessa de participação no assassinato dos pais, Manfred e Marísia von Richthofen, disse a delegados que estava apavorada com a possibilidade de ir para um presídio comum. "Tenho medo de morrer. Quase morri numa rebelião na Penitenciária Feminina da Capital (PFC). Por isso meu advogado está entrando com habeas-corpus", disse, com voz chorosa. Suzane foi transferida ontem à tarde para a Penitenciária Feminina de Santana, na zona norte. O crime foi em 31 de outubro de 2002. Em agosto de 2004, Suzane foi retirada às pressas da PFC durante uma rebelião. As presas diziam que ela tinha uma série de regalias e ameaçavam matá-la. Ela foi levada para o Centro de Ressocialização de Rio Claro, onde ficou até ser libertada, em 29 de junho.

Queríamos mostrar que a Suzane não é esse monstro, essa pessoa fria. Denivaldo Barni, advogado

Eduardo Nicolau/AE

Suzane foi levada de camburão para a Penitenciária Feminina de Santana. Ela ficará separada das outras presas por 30 dias.

Era para lá que Suzane deveria retornar ontem, após negociação entre o DHPP, a Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) e o tutor da jovem, Denivaldo Barni. A vaga estava garantida informalmente. Mas, às 18h, o delegado Armando de Oliveira Costa Filho

informou que ela seguiria para o presídio de Santana por "decisão administrativa" da SAP. Suzane ficará isolada por até 30 dias. Atualmente existem 1.295 detentas no local. Com a franja loira caída nos olhos, Suzane disse aos policiais que jamais pensou que a

entrevista dada ao Fantástico, a levaria de volta à prisão. "Eu dei a entrevista instruída pelos advogados. A idéia era mostrar o meu lado humano." A informação foi confirmada por Barni, que assumiu a tutela de Suzane desde a morte de Marísia e Manfred. A jovem confessou ter aberto a porta da casa da família para o então namorado, Daniel Cravinhos, e o irmão dele, Christian. Os dois executaram o casal. Barni disse no DHPP que foi enganado pela equipe do Fantástico. "Nunca imaginei que isso (a prisão) pudesse acontecer. Evitamos que ela falasse sobre o crime para não acontecer o mesmo que aconteceu com os irmãos Cravinhos (presos novamente após uma entrevista). Queríamos mostrar para a população que a Suzane não é esse monstro, essa pessoa fria, que todos imaginam". Apesar disso, o tutor disse que a preventiva só foi decretada porque o juiz Richard Francisco Chequini, do 1.º Tribunal do Júri, entendeu que o irmão de Suzane, Andreas, corre risco de vida com ela solta. Barni chegou cedo ao DHPP. Levou bolachas doces, água e bebida láctea. Suzane passou a noite num sofá. Deu apenas breves cochilos e choramingava toda vez que um policial se aproximava. O delegado Sérgio Paulo Rios de Abreu a descreveu como um "farrapo humano". Apuração – A sindicância da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) que apura a atuação dos advogados de Suzane – Mário de Oliveira Filho, Mário Sérgio de Oliveira e Denivaldo Barni – deve terminar até o dia 20. O advogado Mário Sérgio deve entrar hoje com um pedido de habeas-corpus a favor de Suzane. (AE)

Ó RBITA

PÁSCOA CRISTÃ E JUDAICA elo menos cem mil fiéis são esperados no Santuário Nacional de Aparecida durante as cerimônias religiosas da Semana Santa, de amanhã a domingo. Amanhã, em missa celebrada às 9h serão abençoados os doentes e os idosos. Às 19h, haverá a celebração do Lava-pés. A sexta-feira começa com uma Via Sacra (procissão) dentro da basílica, às 9h. Às 15h, a cerimônia da Paixão de Cristo. No sábado não haverá missa. A procissão da

P

ressurreição abre as festividades do Domingo de Páscoa, às 5h. Judeus do mundo todo celebram hoje o Pessach, a Páscoa Judaica, festa que marca o fim da escravidão no Egito, em 1430 antes da era Cristã. O Pessach é comemorado em dois jantares familiares. As mesas são decoradas com alimentos simbólicos, dispostos em um prato especial (keará). A Hagadá (história) é lida para os presentes e contada de forma especial para as crianças. (AE)

Alexander Nemenov/AFP

FUTEBOL NO ESPAÇO arcos Pontes, o primeiro astronauta brasileiro, lamentou ontem não ter jogado futebol durante sua permanência na Estação Espacial Internacional (EEI), mas comemorou a conclusão da Missão Centenário. "Levei uma bola ao espaço, mas não pude jogar por causa da ausência de gravidade", disse Pontes na primeira entrevista

M

coletiva após sua volta. Marcos Pontes, de 43 anos, afirmou que a viagem espacial superou suas expectativas. "Tudo foi melhor do que eu esperava. Cumpri integralmente o programa e me impressionei com a convivência a bordo com os colegas russos e americanos", declarou ele na Cidade das Estrelas, a 30 quilômetros de Moscou. (AE)

Marcos Fernandes/Luz

DETECTOR DE METAL NA SÉ uem passou pela estação Sé do metrô, ontem, teve uma surpresa. No fim das escadas rolantes, nas duas entradas da estação, os usuários eram levados a passar por 12 detectores de metais. A área foi isolada e o trabalho acompanhado por guardascivis metropolitanos e seguranças do Metrô. A "blitz", segundo a assessoria de imprensa do Metrô, foi

Q

apenas um apoio a uma ação da Prefeitura na região, que reuniu a Subprefeitura da Sé, a Guarda Civil Metropolitana (GCM) e o Contru. Na operação, dezenas de estabelecimentos comerciais foram autuados e multados e houve apreensões de mercadorias de ambulantes. Os detectores, que devem ser usados novamente hoje na estação Sé, pertencem ao Metrô.


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Nacional Empresas Estilo Finanças

quarta-feira, 12 de abril de 2006

LIPOASPIRAÇÃO É O TRATAMENTO MAIS REALIZADO

616

mil intervenções estéticas foram realizadas no Brasil em 2004. E São Paulo é a capital das técnicas.

Paulo Pampolim/Hype

EM BUSCA DO CORPO PERFEITO Ritual de beleza inclui ginástica, massagem e cirurgia odo dia de manhã, a gastrônoma Karina Lapa vai à academia e só sai dali depois de cumprir rigorosa sessão de ginástica. Depois, ela segue para uma famosa clínica de estética em São Paulo, pelo menos duas vezes por semana, onde se entrega à drenagem linfática, massagem e outros tratamentos que assegurem medidas exatas e um rosto com textura de pêssego. Isso sem contar o sem-número de cremes e loções que a gastrônoma espalha desde os pés até a cabeça, num ritual diário. Mais as idas ao salão de beleza para garantir um cabelo digno de Gisele Bündchen. "Tenho de admitir que vivo em função da vaidade", disse ela, enquanto se preocupava em sair bem na foto para a reportagem. "Toda hora estou pensando nisso, dando uma espiadinha aqui e ali para ver se está tudo no lugar." Clientes assíduas Na maior rede de clínicas de estética do Brasil, a Onodera, quase todos os clientes são mulheres (90%), sempre assíduas, dos 15 aos 70 anos e das classes A e B. "Despertamos o interesse dessas pessoas com um marketing que atenta para a importância da beleza na vida de cada um", disse a gerente e fisioterapeuta da clínica, Thaisi Eloy. "E sempre trazemos novos tratamentos para solucionar probleminhas que incomodam as mulheres". Ali, a terapia mais procurada é a drenagem linfática, massagem que elimina os líquidos do organismo e faz diminuir a sensação de inchaço no corpo. Como a gastrônoma Karina, cada vez mais pessoas se entregam a tratamentos estéticos e a dietas implacáveis em busca do tão sonhado corpo perfeito. "Há quem passe por esses procedimentos porque gosta de se cuidar, já que a vaidade é algo natural do ser humano", disse o psicólogo Carlos Bein. "Mas é

preciso tomar cuidado com os excessos", completa. Corpo de Barbie O caso mais famoso de retoques exagerados é o da modelo Ângela Bismarchi, que teve cada parte do corpo redesenhada pelo marido, o cirurgião plástico Ox Bismarchi, morto durante um assalto em dezembro de 2002. "Construí a mulher dos meus sonhos", Ox costumava dizer. Ele colocou próteses de silicone na esposa, amenizou as rugas faciais e desenhou uma covinha no queixo dela. Fez diversas lipoesculturas e aperfeiçoou a panturrilha. Também aumentou os lábios e arrebitou o nariz da esposa. E até remodelou as partes íntimas de Ângela. Tudo em nome da beleza. "Tem casos em que a estética é tão essencial na vida de uma pessoa que, se o corpo não está do jeito que ela deseja, ela não consegue se relacionar com outros indivíduos", disse o cirurgião plástico do Hospital Samaritano, Dov Charles Goldenberg. Ele garantiu que só realiza intervenções cirúrgicas se isso for realmente necessário. "O aspecto psicológico é fundamental, mas tudo tem um limite", afirmou. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), em 2004, foram realizadas cerca de 616 mil intervenções estéticas no Brasil. A proporção é de uma para cada 295 habitantes no período de um ano. Esse ranking é encabeçado pela lipoaspiração (54%), procedimento que extrai as gorduras superficiais por aspiração. Depois, vem a remodelagem da mama (32%), seguid a d e m u d a n ç a s n o ro s t o (27%). E é a capital paulista o lugar onde se realiza um quinto de todas as cirurgias plásticas do País. Todo esse sacrifício confirma que o verso do poeta Vinícius de Moraes se tornou uma verdade nacional: "As feias que me perdoem, mas beleza é fundamental." Sonaira San Pedro

No alto, a fisioterapeuta Thaisi realiza uma seção de peeling em Karina Lapa. À esquerda, um tratamento corporal com pedras. Acima e ao lado, uma mostra da felicidade causada pelos tratamentos estéticos.

Cirurgia e tratamento estético exigem bolso cheio

É

preciso preparar o bolso antes de planejar uma cirurgia plástica.

Os preços variam muito entre hospitais e clínicas estéticas, mas os valores nunca ficam abaixo da casa de mil reais, segundo o médico cirurgião plástico Dov Charles Goldenberg, do Hospital Samaritano. Colocar uma prótese na mama, o famoso silicone, por exemplo custa em torno de R$ 10 mil. Para fazer uma lipoaspiração, dependendo da

região do corpo e da quantidade de gordura a ser retirada, é preciso desembolsar entre R$ 4 mil e R$ 10 mil. Uma leve arrebitada no nariz não sai por menos de R$ 8 mil com um profissional renomado no mercado. Já a famosa cirurgia de abdômen, para retirar a tão temida flacidez na barriga, tem o custo de R$ 11 mil aproximadamente.

Os tratamentos estéticos são mais baratos. Mas é preciso encarar, no mínimo, cinco sessões para obter resultados satisfatórios, conforme orientam profissionais da área. Uma hora de drenagem linfática custa cerca de R$ 60. Para retirar as tão odiadas celulites numa sessão de carboxterapia, é preciso investir pelo menos R$ 150. (SSP)


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6 -.LEGAIS

quarta-feira, 12 de abril de 2006

www.aluminiocba.com.br RELATÓRIO DA DIRETORIA Senhores Acionistas: Apresentamos à V.Sas. as Demonstrações Financeiras relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2005. Ficamos à inteira disposição para quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários.

Ativo Circulante Disponibilidades Aplicações financeiras (Nota 3) Contas a receber de clientes (Nota 4) Estoques (Nota 5) Impostos a recuperar (Nota 6) Demais contas a receber Realizável a longo prazo Impostos a recuperar (Nota 6) Imposto de renda e contribuição social diferidos (Nota 11) Adiantamentos a fornecedores Demais contas a receber Permanente Investimentos (Nota 8) Imobilizado (Nota 9) Diferido (Nota 10) Total do ativo

BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO Em milhares de reais Passivo e patrimônio líquido 2005 2004 Circulante Financiamentos (Nota 12) 57.450 9.669 Fornecedores 933.793 1.075.702 Salários e encargos sociais 249.864 295.162 Impostos e contribuições a recolher 366.263 333.163 Juros sobre o capital próprio 55.548 26.720 Provisão para férias 124.963 74.276 Demais contas a pagar 1.672.783 1.929.790 53.571 38.682 10.793 8.115 111.161 700.492 2.361.645 85.296 3.147.433 5.188.384

27.581 33.232 – 10.000 70.813 684.762 1.740.656 66.511 2.491.929 4.235.525

Exigível a longo prazo Financiamentos (Nota 12) Provisão para contingências (Nota 14) Demais contas a pagar Patrimônio líquido Capital social Reserva de reavaliação Reserva de lucros Lucros acumulados Total do passivo e patrimônio líquido

2005

2004

309.868 200.355 18.467 104.750 213.444 20.778 162.013 1.029.675

195.485 167.212 15.626 119.018 60.376 17.908 39.286 614.911

607.534 19.060 72.539 699.133

510.868 22.204 54.826 587.898

2.800.000 3.027 175.408 481.141 3.459.576 5.188.384

2.500.000 3.100 139.315 390.301 3.032.716 4.235.525

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Em milhares de reais, exceto quando indicado Reserva de lucros Capital social Reserva de reavaliação Reserva legal Em 31 de dezembro de 2003 2.320.000 3.179 103.498 Capitalização de reservas conforme AGO de 30 de abril de 2004 180.000 – – Realização da reserva de reavaliação – (79) – Lucro líquido do exercício – – – Destinação do lucro Apropriação para reserva legal – – 35.817 Juros sobre o capital próprio (R$ 0,42 por ação) – – – Em 31 de dezembro de 2004 2.500.000 3.100 139.315 Capitalização de reservas conforme AGO de 29 de abril de 2005 300.000 – – Realização da reserva de reavaliação – (73) – Lucro líquido do exercício – – – Destinação do lucro Apropriação para reserva legal – – 36.093 Juros sobre o capital próprio (R$ 0,41 por ação) – – – Em 31 de dezembro de 2005 2.800.000 3.027 175.408 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO Em milhares de reais 2005

2004

721.860

716.338

(5.450) – (150.030) (10.976) – 13.830 1.389 739 274.317 – 20.782 866.461

(6.057) (939) (119.264) – 2.674 – 453 829 225.707 (1.080) 1.262 819.923

– – – 160.176 325.023 1.351.660

18.183 22.918 5.961 83.247 284.808 1.235.040

36.938

41.883

12.860 883.771 31.709 –

45.787 528.209 8.190 45.771

249.139 295.000 1.509.417 (157.757)

79.096 300.000 1.048.936 186.104

1.929.790 1.672.783 257.007

1.672.783 1.712.212 (39.429)

1.029.675 614.911 414.764 Aumento (diminuição) no capital circulante (157.757) As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras

614.911 840.444 (225.533) 186.104

Origens de recursos Das operações sociais Lucro líquido do exercício Despesas (receitas) que não afetam o capital circulante Imposto de renda e contribuição social diferidos Provisão para perdas em incentivos fiscais Equivalência patrimonial Ganho de capital em participações societárias Provisão para perdas no ativo imobilizado Provisão para perdas diversas Valor residual na alienação de ativo imobilizado Provisão para previdência privada especial Depreciações, amortizações e exaustões Realização de deságio de controlada incorporada Juros e variações monetárias de itens de longo prazo Recursos originados das operações De terceiros Aumento de capital circulante líquido de controlada incorporada Redução de partes relacionadas Redução no realizável a longo prazo Dividendos de controladas e coligadas Aumento no exigível a longo prazo Total dos recursos obtidos Aplicações de recursos No realizável a longo prazo No ativo permanente Investimentos Imobilizado Diferido Redução do exigível a longo prazo Transferência de financiamentos a longo prazo para o circulante Juros sobre o capital próprio Total dos recursos aplicados Aumento (diminuição) do capital circulante Variações no capital circulante Ativo circulante No fim do exercício No início do exercício Passivo circulante No fim do exercício No início do exercício

NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004 Em milhares de reais 1. Contexto operacional A Companhia é uma empresa integrante do Grupo Votorantim, tendo como atividades preponderantes a exploração e o aproveitamento de jazidas de bauxita no território nacional, produzindo e comercializando, no país e no exterior, alumínio primário e transformado, possuindo uma ampla linha de produtos, tais como lingotes, tarugos, vergalhões, chapas, bobinas, telhas, folhas, extrudados, fios e cabos. A Companhia iniciou em 2005 uma nova ampliação da produção de alumínio, que elevará sua capacidade produtiva anual das atuais 400 mil toneladas para 470 mil toneladas, com previsão para início da nova capacidade produtiva no primeiro trimestre de 2007. Esta expansão contempla a construção de uma sala de redução, otimização da produção de óxido de alumínio, bem como a instalação de nova planta de beneficiamento de bauxita no município de Miraí - MG, além de outros investimentos complementares. Juntamente com essas expansões, a Companhia está investindo no aumento da capacidade da área de laminação, objetivando alcançar novos mercados, nacional e internacional, com a fabricação de bobinas de até 2 metros de largura, com previsão para entrada em operação durante o ano de 2006. Paralelamente ao crescimento da capacidade produtiva, a Companhia finalizou em 2005 a construção de mais uma usina hidrelétrica própria, no rio Paranapanema (municípios de Ourinhos - SP e Jacarezinho - PR). Além deste novo empreendimento, a Companhia ingressou nos consórcios constituídos para construção das Usinas Barra Grande e Campos Novos, as quais operarão a plena capacidade durante o ano de 2006. O objetivo desses investimentos é aumentar a capacidade de geração de energia própria para atender ao aumento de produção, mantendo o patamar de 60% de energia própria. Na área de mineração, a CBA adquiriu em 2005 direitos minerários na região de Barro Alto-Goiás, agregando mais 20 milhões de toneladas de bauxita às reservas atuais. O montante dos investimentos programados totaliza aproximadamente US$ 1,0 bilhão, equivalente a aproximadamente R$ 2,3 bilhões em 31 de dezembro de 2005, parte com recursos próprios e parte financiado com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES. 2. Principais práticas contábeis As demonstrações financeiras foram elaboradas e estão apresentadas em conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil, com base nas disposições contidas na Lei das Sociedades por Ações. Na elaboração de demonstrações financeiras, é necessário utilizar estimativas para contabilizar certos ativos, passivos e outras transações. As demonstrações financeiras da Companhia incluem, portanto, várias estimativas referentes à seleção das vidas úteis do ativo imobilizado, provisões necessárias para perdas no recebimento de créditos, imobilizado, passivos contingentes e outras similares. Os resultados reais podem apresentar variações em relação às estimativas. (a) Apuração do resultado: O resultado é apurado pelo regime de competência. A provisão para o imposto de renda é constituída com a inclusão da parcela de incentivos fiscais. Os tributos diferidos foram reconhecidos considerando as alíquotas vigentes para o imposto de renda e a contribuição social sobre as diferenças temporárias, na extensão em que sua realização seja provável (Nota 11). (b) Ativos circulante e realizável a longo prazo: As aplicações financeiras são demonstradas considerando os rendimentos financeiros auferidos até 31 de dezembro de cada ano. As quotas de fundo de investimento são registradas pelo seu valor de realização, com base no valor da quota disponível no último dia útil precedente ao encerramento do balanço patrimonial. A provisão para perdas no recebimento de créditos é calculada com base nas perdas avaliadas como prováveis, cujo montante é considerado, pela administração, suficiente para cobrir perdas na realização das contas a receber. Os estoques são demonstrados ao custo médio das compras ou da produção, inferior aos custos de reposição ou aos valores de realização. As importações em andamento são demonstradas ao custo acumulado de cada

Lucros acumulados 189.701 (180.000) 79 716.338

Total 2.616.378 – – 716.338

DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO Em milhares de reais, exceto quando indicado 2005

2004

Mercado interno

1.956.936

1.784.565

Mercado externo

855.528

936.294

2.812.464

2.720.859

Impostos sobre vendas e serviços

(486.828)

(481.447)

Devoluções e abatimentos

(34.985)

(23.483)

Receita líquida de vendas

2.290.651

2.215.929

Custo dos produtos vendidos

(1.527.049)

(1.394.427)

763.602

821.502

Despesas com vendas

(86.227)

(78.024)

Despesas administrativas

(55.435)

(76.827)

Despesas financeiras

(162.574)

(93.733)

Receitas financeiras

206.563

155.522

Equivalência patrimonial

150.030

119.264

52.357

26.202

Lucro operacional

815.959

847.704

Receita bruta de vendas

Deduções de vendas

Lucro bruto Receitas (despesas) operacionais

Resultados não operacionais Ganho de capital em participações societárias

10.976

Outras receitas não operacionais, líquidas

5.793

5.785

16.769

5.785

832.728

853.489

Corrente

(116.318)

(143.208)

Diferido

5.450

6.057

(110.868)

(137.151)

721.860

716.338

1,01

1,00

Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social (35.817) (300.000) 390.301 (300.000) 73 721.860

– (300.000) 3.032.716 – – 721.860

(36.093) (295.000) 481.141

– (295.000) 3.459.576

Imposto de renda e contribuição social

Lucro líquido do exercício Lucro líquido por ação do capital social no fim do exercício - R$

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras

2005 2004 importação. Os demais ativos são apresentados ao valor de custo ou de realização, incluindo, quando 4. Contas a receber de clientes 216.784 240.427 aplicável, os rendimentos, as variações nas taxas de câmbio e as variações monetárias auferidas. Mercado interno 54.441 76.305 (c) Permanente: Demonstrado ao custo corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995, Mercado externo 271.225 316.732 combinado com os seguintes aspectos: • Os investimentos em empresas controladas e coligadas são (21.361) (21.570) avaliados pelo método de equivalência patrimonial, acrescidos de ágio. Os demais investimentos são Provisão para perdas no recebimento de créditos 249.864 295.162 avaliados pelo custo de aquisição corrigido monetariamente. Todos os investimentos são reduzidos por 2005 2004 provisões quando estas se fazem necessárias. • Amortização de ágio pago na aquisição de 5. Estoques Produtos acabados 143.725 135.237 investimentos com base em expectativa de rentabilidade futura, limitado a dez anos. • O ativo Produtos em elaboração 101.696 86.613 imobilizado inclui alguns poucos ativos reavaliados de empresas incorporadas. Os saldos reavaliados Matérias-primas 49.725 49.639 em 31 de dezembro de 2005 não são significativos. • A depreciação do ativo imobilizado é calculada pelo Almoxarifado 51.084 38.469 método linear, às taxas mencionadas na Nota 9, as quais consideram a vida útil estimada dos bens. Importação em andamento 6.801 13.259 • A amortização do ativo diferido é calculada pelo método linear, em período de até cinco anos, a partir da Outros 13.232 9.946 ocasião em que os benefícios comecem a ser gerados. (d) Passivos circulante e exigível a longo 366.263 333.163 prazo: São demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos 6. Impostos a recuperar 2005 2004 correspondentes encargos, das variações nas taxas de câmbio e das variações monetárias incorridas. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS e 3. Aplicações financeiras 2005 2004 Imposto sobre Produtos Indutrializados - IPI (*) 101.384 51.168 Fundos de investimentos financeiros, principalmente Impostos retidos e antecipação de impostos 7.735 3.133 administrados pela Votorantim Asset Management D.T.V.M. Ltda. 1.073.439 933.763 109.119 54.301 Outros 2.263 30 (–) Ativo circulante (55.548) (26.720) 1.075.702 933.793 Realizável a longo prazo 53.571 27.581 A carteira dos fundos de investimentos financeiros é formada por títulos públicos (23%), privados (65%) (*) Inclui os créditos de ICMS decorrentes da compra de bens destinados ao ativo imobilizado, conforme e operações compromissadas (12%). Lei Complementar nº 102/2000. 7. Saldos e transações com partes relacionadas Saldos em 31 de dezembro de 2005 Saldos em 31 de dezembro de 2004 Transações Ativo Passivo Ativo Passivo Exigível Exigível Despesas/ a longo a longo Receitas compras Descrição Circulante Permanente Circulante prazo Circulante Circulante prazo 2005 2004 2005 2004 Aplicações financeiras Votorantim Asset Management D.T.V.M. Ltda. 977.775 – – – 925.944 – – 41.862 128.442 – – Contas a receber Companhia Mineira de Metais 140 – – – 362 – – 3.929 5.383 – – Companhia Nitro Química Brasileira 506 – – – 156 – – 4.065 2.382 – – Companhia Paraibuna de Metais 335 – – – 453 – – 5.007 – – – Siderúrgica Barra Mansa S.A. 283 – – – 273 – – 3.596 2.826 – – Votorantrade N.V. 160 – – – 19.021 – – 264.745 – – – Outras 1 – – – 46 – – 3.420 2.896 – – 1.425 – – – 20.311 – – 284.762 13.487 – – Demais contas a receber Indústria e Comércio Metalúrgica Atlas S.A. 30.958 – – – 11.770 – – – – – – Companhia Luz e Força Santa Cruz 5.000 – – – 27.000 – – – – – – Mineração Rio do Norte S.A. 41.300 – – – 5.553 – – – – – – Outras 4.130 – – – 482 – – – – – – 81.388 – – – 44.805 – – – – – – Adiantamento Indústria e Comércio Metalúrgica Atlas S.A. 10 40.561 – – 1.282 48.719 – – – – – Outras 165 – 47 – – – – – – – – 175 40.561 47 – 1.282 48.719 – – – – – Fornecedores Indústria e Comércio Metalúrgica Atlas S.A. Machadinho Energética S.A. Petrocoque S.A. Indústria e Comércio Companhia Luz e Força Santa Cruz Companhia Nitro Química Brasileira Outras Juros sobre o capital próprio Votorantim Participações S.A. Outras Demais contas a pagar FUNSEJEM Outras Mútuos Votorantim Comercial Exportadora e Importadora Ltda. Outras (*)

– – – – – – –

– – – – – – –

8.379 36.327 3.253 – 1.700 7.981 57.640

– – – – – – –

– – – – – – –

– – – – – – –

16.630 41.828 3.759 – 493 503 63.213

– – – – – – –

– – – – – – –

100.831 50.764 – 92.288 21.076 54.299 319.258

78.004 57.022 81.502 – 18.411 21.596 256.535

– – –

– – –

212.785 659 213.444

– – –

– – –

59.706 670 60.376

– – –

– – –

– – –

– – –

299.211 789 300.000

– – –

– – –

– 618 618

9.653 – 9.653

– – –

– 692 692

8.914 – 8.914

– – –

– – –

– – –

829 – 829

– – –

– – –

– – –

– – –

– – –

– 1.529 1.529

– – –

10.532 6.407 16.939

– – – – – – – – – (*) Os encargos financeiros incidentes sobre os mútuos correspondem à variação do CDI. 8. Investimentos Informações das controladas/coligadas Patrimônio líquido Resultado do ajustado exercício Controladas CBA Overseas Trading CO Ltd. 1.893 (301) Companhia Luz e Força Santa Cruz 89.240 28.626 Santa Cruz Geração de Energia S.A. 53.686 15.179 Indústria e Comércio Metalúrgica Atlas S.A. 34.741 32.887 Mineração Zona da Mata Ltda. – – Coligadas BAESA - Energética Barra Grande S.A. 392.419 (5.962) Campos Novos Energia S.A. 388.787 – Machadinho Energética S.A. 354.183 4.802 Mineração Rio do Norte S.A. 578.970 419.778 Petrocoque S.A. Indústria e Comércio 54.858 12.629 Votorantim Energia Ltda. 343.301 103.999 Outros investimentos, ao custo Total

2005 Ações/cotas possuídas (milhares)

Participação societária -%

Resultado de equivalência patrimonial

Ágio

Saldos de investimentos

150 371.744 42.102 396.301 1.000

100,00 99,99 100,00 99,86 100,00

(595) 28.617 15.186 32.902 –

– – – – 8.756

1.893 89.231 53.686 34.692 –

59.757 88.222 98.911 60.000 5.100 227.434

15,00 22,69 29,11 10,00 15,00 25,87

(894) – 1.398 42.476 1.894 29.046 150.030

9.334 29.824 – – – – 47.914 – 47.914

58.863 88.222 103.103 57.897 8.229 88.812 584.628 67.950 652.578 700.492


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 12 de abril de 2006

7 -.L

NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004 Em milhares de reais 2004 Informações das controladas/coligadas Patrimônio Ações/cotas Participação líquido Resultado do possuídas societária ajustado exercício (milhares) -% Controladas CBA Overseas Trading CO Ltd. Companhia Luz e Força Santa Cruz Indústria e Comércio Metalúrgica Atlas S.A. Mineração Zona da Mata Ltda. Coligadas BAESA - Energética Barra Grande S.A. Campos Novos Energia S.A. Machadinho Energética S.A. Mineração Rio do Norte S.A. Petrocoque S.A. Indústria e Comércio Votorantim Energia Ltda.

Resultado de equivalência patrimonial

Saldos de Ágio investimentos

2.489 125.654 62.591 –

608 30.428 22.452 (7)

150 511.277 396.301 1.000

100,00 99,99 99,86 100,00

442 30.426 22.421 (125)

– – – 2.850

2.489 125.641 62.503 –

398.381 388.787 349.381 870.021 51.230 167.380

– – 6.267 471.099 18.921 49.409

59.757 88.222 98.911 60.000 5.100 225.394

15,00 22,69 29,11 10,00 15,00 27,93

– – 1.824 47.638 2.838 13.800 119.264

9.334 29.824 – – – – 42.008 – 42.008

59.757 88.222 101.705 87.002 7.685 46.749 581.753 61.001 642.754

Outros investimentos, ao custo

Total 684.762 (a) Companhia Luz e Força Santa Cruz e Santa Cruz Geração de Energia S.A.: De acordo com a lei 1084/04, em 1º de agosto de 2005, foi constituída a sociedade por ações denominada “Santa Cruz Geração de Energia S.A.”, com Capital Social de R$ 1, conforme Ata da Assembléia Geral de Constituição da Sociedade por Ações. Em 1º de novembro de 2005, os bens, direitos e obrigações pertinentes à atividade de geração foram transferidos para a Santa Cruz Geração de Energia S.A. com base em avaliação do valor contábil do acervo líquido em 30 de outubro de 2005. A CBA passou a ser detentora da participação de 100% da Santa Cruz Geração de Energia S.A. através de redução de capital e transferência das ações da Companhia Luz e Força Santa Cruz. As demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 da controlada Companhia Luz e Força Santa Cruz contêm parágrafo de ênfase relativo à situação atual da homologação de reajustes tarifários pela Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL. As demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2004 não contemplavam eventuais ajustes que poderão resultar do reposicionamento tarifário definitivo. (b) Mineração Zona da Mata Ltda.: Em outubro de 2003, a Companhia adquiriu a participação de 100% da empresa Mineração Zona da Mata Ltda., detentora de direitos minerários na região de Cataguases. O preço total de aquisição será determinado ao término das medições do teor de minério contido nas reservas da Mineração Zona da Mata Ltda., previsto para 2006. O valor total, se confirmado o teor informado pelos antigos controladores, poderá chegar a aproximadamente R$ 23 milhões (equivalente a US$ 10 milhões). Até 31 de dezembro de 2005, foram pagos R$ 8.756. O ágio apurado, fundamentado na expectativa de rentabilidade futura, será amortizado em dez anos, a partir do início do processo de exploração das áreas adquiridas. (c) Machadinho Energética S.A.: Em 02 de setembro de 2004, a Machadinho Energética S.A. publicou Fato Relevante, em cumprimento às disposições da Instrução CVM nº 358/2002, tendo em vista o Ofício nº 829/2004 - SFF/ANEEL (“Ofício SFF”). Em 28 de dezembro de 2005, a Superintendência de Fiscalização Econômica e Financeira (“SFF”), em conjunto com a Superintendência de Concessões e Autorizações de Geração (“SCG”) da Agência Nacional de Energia Elétrica (“ANEEL”), por meio do Despacho nº 2.263/05, confirmou sua determinação anterior, ou seja, o cumprimento das disposições acima mencionadas. A Machadinho Energética S.A. informa que o Consórcio Machadinho, por meio de sua empresa líder Tractebel Energia S.A., interpôs recurso administrativo com pedido de efeito suspensivo e que atualmente encontra-se em discussão. Como o Despacho nº 2.263/05 comporta discussão e está sujeito à revisão, tanto na esfera administrativa quanto na judicial, a Machadinho Energética S.A. ainda não está obrigada a adotar nenhuma medida efetiva para dar início ao cumprimento das determinações nele contidas. Por fim, a Machadinho Energética S.A. reitera que, mesmo que a decisão tomada pela SFF e SCG seja mantida nas esferas administrativa e judicial, o seu eventual cumprimento não acarretará nenhum prejuízo aos titulares das debêntures de emissão da Machadinho Energética S.A. (d) Mineração Rio do Norte S.A.: A Mineração Rio do Norte S.A. foi autuada pela redução de seu capital social realizada em 22 de julho de 1999. Em 16 de abril de 2003, a coligada recebeu citação da Receita Federal, exigindo o pagamento deste Auto de Infração. Objetivando suspender a exigibilidade do crédito tributário, a coligada depositou judicialmente o montante de R$ 316.011 em maio de 2003, para dar prosseguimento a referida causa na esfera judiciária. De acordo com a administração da coligada e baseado no parecer legal de seus advogados, a empresa provavelmente terá êxito nesta ação e, por isso, não foi contabilizado, na coligada, a respectiva provisão para contingências. (e) Votorantim Energia Ltda.: A Votorantim Energia Ltda. possui participação de 33,33% na VBC Participações S.A., cujas demonstrações financeiras foram examinadas por outros auditores. As demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 da coligada indireta VBC Participações S.A. contêm parágrafo de ênfase relativo à situação atual da homologação de reajustes tarifários pela Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL. As demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 não contemplam eventuais ajustes que poderão resultar do reposicionamento tarifário definitivo. Em dezembro de 2005, os acionistas da Votorantim Energia Ltda. integralizaram capital mediante utilização de parte do saldo da conta “Adiantamento para futuro aumento de capital”, atribuindo-se aos sócios novas quotas sociais. O aumento total do capital foi de R$ 71.921, sendo R$ 2.040 realizado pela CBA. Conseqüentemente, a participação da CBA foi alterada de 27,93% para 25,87%, apurando-se ganho de R$ 10.976 nessa operação. (f) Outras informações: Os investimentos nas seguintes sociedades controladas e coligadas foram examinadas por outros auditores independentes: Mineração Rio do Norte S.A., Petrocoque S.A. Indústria e Comércio, Machadinho Energética S.A. e BAESA - Energética Barra Grande S.A. Os ágios decorrentes das aquisições de participação da BAESA - Energética Barra Grande S.A. e Campos Novos Energia S.A. estão fundamentados na expectativa de rentabilidade futura decorrente de seus contratos de concessão, sendo amortizados no prazo desses contratos, a partir do início das operações comerciais dessas companhias. 9. Imobilizado 2005 2004 Custo Depreciação Taxa anual de corrigido e exaustão acumuladas Saldo Saldo depreciação - % Terrenos 77.161 – 77.161 75.157 Edifícios e obras cíveis (i) 729.049 288.906 440.143 326.371 3a4 Máquinas e equipamentos (i) 2.408.383 1.153.299 1.255.084 864.940 3 a 20 Instalações 126.882 96.766 30.116 22.311 10 Móveis e utensílios 6.663 3.424 3.239 2.197 10 Veículos 52.240 30.124 22.116 9.453 20 e 25 Jazidas com decreto de lavra (ii) 169.735 271 169.464 34.544 Obras em andamento 203.359 – 203.359 183.510 Adiantamentos a fornecedores 149.058 – 149.058 210.016 Outros 15.261 3.356 11.905 12.157 15 e 20 3.937.791 1.576.146 2.361.645 1.740.656 (i) As taxas de depreciação levam em consideração a vida útil estimada dos bens, limitada ao prazo de concessão no caso dos bens vinculados a UHE de Canoas. (ii) Exaustão calculada na proporção da produção em relação à possança das jazidas. O ativo imobilizado inclui investimentos efetuados para construção de usinas hidrelétricas no valor de R$ 63.881 (2004 - R$ 66.286), cujas licenças ambientais encontram-se pendentes de aprovação e liberação. Segundo a administração da Companhia, as operações de aproveitamento de energia elétrica dessas unidades serão iniciadas a médio prazo. Com o início das operações, a administração da Companhia, apoiada na opinião dos seus assessores jurídicos, espera obter desfechos favoráveis nos processos ambientais relacionados a essas unidades. Esses processos em 31 de dezembro de 2005 totalizam R$ 79 (2004 - R$ 71.796). 10. Diferido 2005 2004 Custo Amortização Taxas anuais de corrigido acumulada Saldo Saldo amortização - % Gastos pré-operacionais 126.243 43.241 83.002 64.300 20 Outros 6.706 4.412 2.294 2.211 20 132.949 47.653 85.296 66.511 O ativo diferido em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 inclui investimentos em gastos pré-operacionais efetuados para construção de usinas hidrelétricas no valor de R$ 15.850, cujas licenças ambientais encontram-se pendentes de aprovação e liberação. Segundo a administração da Companhia, as operações de aproveitamento de energia elétrica dessas unidades serão iniciadas a médio prazo. Os gastos pré-operacionais estão representados por gastos administrativos e de conservação na fase de construção de usinas hidrelétricas. 11. Imposto de renda e contribuição social A conciliação entre o imposto de renda e a contribuição social, nominais e efetivos, pode ser demonstrada como segue: 2005 2004 Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social 832.728 853.489 Taxa nominal - % 34 34 Imposto de renda e contribuição social à taxa nominal (283.128) (290.186) Reconciliação Juros sobre o capital próprio 100.300 102.000 Equivalência patrimonial 51.010 40.550 Ganho de capital em participações societárias 3.732 – Rendimentos não tributados 16.905 15.060 Diferenças temporárias 5.450 6.057 Outros (5.137) (10.632) (137.151) Despesa de imposto de renda e contribuição social (110.868) Taxa efetiva de imposto de renda e contribuição social - % 13 16

Impostos diferidos sobre diferenças temporárias O imposto de renda e a contribuição social diferidos, registrados no ativo realizável a longo prazo, foram calculados às alíquotas nominais de realização sob os seguintes itens: 2005 200 Provisão para: Contingências 6.448 7.54 Pagamento de PIS e COFINS 2.515 2.18 Previdência privada - FUNSEJEM 3.282 3.03 1.58 Perdas em incentivos fiscais 1.580 Perdas no recebimento de créditos 1.015 1.86 Perdas nos estoques e no ativo imobilizado 2.328 4.20 Encargos de energia elétrica - ECE (*) 12.306 7.84 Outras 9.207 4.97 38.682 33.23 (*) Encargo de Capacidade Emergencial - ECE A expectativa da administração da Companhia é de que os créditos fiscais diferidos decorrentes das diferenças temporárias serão realizados até 2010, cont não é possível estimar com razoável precisão os exercícios em que essas diferenças temporárias serão realizadas, pois parte delas está sujeita a decis judiciais. 12. Financiamentos 2005 20 Encargos financeiros Longo Lon Modalidade/finalidade anuais incidentes Circulante prazo Circulante pra Pré-pagamento de exportação US$ + LIBOR + "spread" 140.379 97.937 43.712 272.0 Adiantamentos sobre contratos de câmbio US$ + "spread" 102.372 – 91.878 Aquisições de ativo permanente (imobilizado) BNDES UHE Canoas I e II TJLP + "spread" 12.941 43.454 12.541 54.2 32.976 11.170 44.7 BNDES UHE Pirajú TJLP + "spread" 10.865 BNDES Expansão industrial TJLP + "spread" 43.311 433.167 36.184 139.8 309.868 607.534 195.485 510.8 O “spread” médio dos financiamentos em moeda estrangeira é de 1,09% ao ano (2004 - 1,56% ao ano) e os em moeda nacional é de 3,82% ao ano (2004 3,10% ao ano). 2005 200 Vencimento das parcelas a longo prazo 2006 – 219.78 2007 203.195 169.83 2008 126.389 58.77 2009 124.203 56.20 2010 71.839 6.27 2011 60.752 2012 em diante 21.156 607.534 510.86 As obrigações estão garantidas por notas promissórias, fianças da sociedade controladora Votorantim Participações S.A. e pelos bens objeto financiamento. (a) Cláusulas restritivas: Os contratos de financiamento junto ao BNDES vinculados com a aquisição de ativo imobilizado possuem cláusulas restrit relativas: (i) mudança de direcionamento dos investimentos para outros não aprovados; (ii) venda da Companhia, ou qualquer operação de incorporaç cisão, fusão que indique o desvio da verba para outras atividades; (iii) venda do bem financiado; (iv) não-utilização da verba na construção por um perí mínimo após a liberação; e (v) negociação comercial de fechamento de mercado com concorrentes que impeça o crescimento da Companhia. A Compa está obedecendo a essas cláusulas restritivas. (b) Fianças bancárias: A Companhia mantém contratos firmados de fiança bancária concedida a terce decorrente de operações comerciais, conforme demonstrado a seguir: Descrição 2005 200 Empresas investidas e ligadas 17.209 17.3 Operações comerciais com terceiros 52.006 39.39 69.215 56.70 13. Outros compromissos assumidos A Companhia é garantidora de empréstimos contraídos por empresas investidas e ligadas, conforme demonstrado a seguir: 2005 200 Companhia Níquel Tocantins Carta de fiança para o BNDES – 5.23 Aval em contrato de “Export Prepayment Agreement” junto à instituição ING Bank NV Curaçao Branch – 57.78 Siderúrgica Barra Mansa Nota promissória para crédito de ACE – 33.5 Campos Novos Energia S.A. Interveniência em contrato de financiamento junto ao BNDES 1.080.496 460.62 BAESA - Energética Barra Grande S.A. Interveniência em contrato de financiamento junto ao BNDES 300.000 300.00 Companhia Mineira de Metais Carta de fiança para o BNDES 112.000 112.00 Contrato de concessão da ANEEL 4.560 4.56 Indústria e Comércio Metalúrgica Atlas S.A. Carta de fiança para a Alunorte - Alumina do Norte S.A. – 3.47 Machadinho Energética S.A. Interveniência em contrato de financiamento junto ao BNDES 76.200 76.20 Carta de fiança para o BNDES 402.000 232.33 1.975.256 1.285.72 Adicionalmente, a Companhia possui contratos de fornecimento de energia elétrica e óleo combustível, com as seguintes restrições: • Consumo mínimo energia elétrica junto a CESP - Companhia Energética de São Paulo, de 284 MW, sendo 147 MW até 2011 e 137 MW até 2005. Este último prevê redução p 110 MW a partir de janeiro de 2006, com extensão do vencimento até dezembro de 2011. • Consumo mínimo de óleo combustível junto a Petrob Distribuidora S.A. de 600 mil toneladas em 60 meses, até março de 2006. 14. Contingências A Companhia constituiu provisão para fazer face as eventuais perdas nos casos em que seus assessores jurídicos consideram baixas as possibilidade êxito, conforme sumariado a seguir: Natureza dos processos 2005 200 Tributários 148 78 Ambientais 79 7 Trabalhistas 4.896 5.52 Cíveis 13.937 15.17 19.060 22.20 De acordo com a legislação vigente, os livros fiscais da Companhia estão sujeitos à revisão pelas autoridades fiscais, retroativamente, pelo período de até anos, com referência aos tributos federais e estaduais. Contingências que possam advir de eventuais fiscalizações não podem ser determinadas no mome conseqüentemente, a Companhia não tem registrado provisão para contingências. 15. Patrimônio líquido (a) Capital social: O capital social, totalmente subscrito e integralizado em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 é representado por 713.208.967 aç ordinárias, nominativas e sem valor nominal, pertencentes a acionistas domiciliados no país. Aos acionistas é assegurado o direito de receber, como divide obrigatório, a parcela de 10% do lucro líquido apurado na forma da lei. Em Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária, realizada em 29 de abril de 20 os acionistas aprovaram o aumento de capital de R$ 2.500.000 para R$ 2.800.000 mediante capitalização de lucros acumulados. (b) Juros sobre o cap próprio e dividendos: A Companhia está propondo o pagamento de R$ 295.000 (2004 - R$ 300.000) a título de juros sobre o capital próprio, imputáve dividendo obrigatório do exercício, a ser referendado pela Assembléia Geral Ordinária - AGO, cujos montantes somados superam o mínimo obrigató Atendidas as disposições estatutárias, o saldo em lucros acumulados em 31 de dezembro de 2005, no valor de R$ 481.141, permanece à disposição da AG 16. Plano de previdência privada de contribuição definida (a). Plano de aposentadoria normal: Em julho de 2001, a Companhia aderiu à FUNSEJEM - Fundação Senador José Ermírio de Moraes, um fundo fech de previdência privada, sem fins lucrativos, oferecendo a oportunidade de participação a todos os empregados de empresas do Grupo Votorantim. Nos ter do regulamento do fundo, a Companhia iguala as contribuições dos empregados à FUNSEJEM de acordo com o nível de remuneração do emprega Para empregados com remuneração inferior a determinado valor, a Companhia iguala as contribuições que representam até 1,5% da remuneração mensa empregado. Para empregados com remuneração superior a determinado valor, a Companhia iguala as contribuições do empregado que representam até da remuneração mensal do empregado. Podem também ser realizadas contribuições voluntárias à FUNSEJEM. As contribuições realizadas pela Compa em 2005 totalizaram R$ 3.169 (2004 - R$ 2.678). (b) Plano de aposentadoria especial: Adicionalmente, a Companhia assumiu em julho de 2001, a títul contribuição especial, o custo do serviço passado correspondente a 6% sobre o salário base, multiplicado pelo número de anos de serviço contínuo de ce participantes que atenderam a condições estabelecidas pelo regulamento do plano, a saber: • mínimo de dez anos de serviço contínuo; • soma da idade co serviço contínuo igual ou superior a 55 anos; • salário aplicável igual ou superior a 15 vezes o valor da Unidade de Referência Alumínio - URA. Em 31 dezembro de 2005, a provisão constituída totaliza R$ 9.652 (2004 - R$ 8.914). Os valores são pagos mensalmente à FUNSEJEM, em conjunto com contribuições normais do plano de contribuição definida. Em 2005, totalizaram R$ 739 (2004 - R$ 829). Em 2004, a Companhia efetuou o aporte FUNSEJEM no montante de R$ 613 referente aos participantes que se desligaram e tinham completados os 55 anos de idade, tornando-se elegíveis pa resgate. 17. Cobertura de seguros A Companhia, tendo em vista o custo-benefício, não mantém cobertura de seguros para cobrir eventuais sinistros no ativo imobilizado próprio. Esta polític implementada pelos administradores em comum acordo com os acionistas, uma vez que a Companhia não possui histórico de perdas relevantes com ati Por sua vez, a Companhia possui seguros para os materiais estocados nas filiais, bem como para os materiais transportados para os clientes e entre filiais. 18. Instrumentos financeiros (a) Operação de “swap”: A Companhia realizou operações de “swap” com o objetivo de se proteger dos efeitos de variações da exposição em mo estrangeira. Adicionalmente, excessos de caixa temporários são aplicados em linha com as políticas de tesouraria reavaliadas periodicamente. Em 31 dezembro de 2004, os contratos de “swap”, efetuados por meio de aplicações financeiras em fundo exclusivo de investimentos, administrado pelo Ba Votorantim S.A., e registrados a valor de mercado no fundo, totalizavam R$ 79.819. Estes contratos foram liquidados durante o exercício de 20 As operações e a administração desses instrumentos através do fundo exclusivo de aplicação eram realizadas pela área de operações financeiras por mei política de controles e estabelecimento de estratégia de operação previamente aprovada pela administração da Companhia. (b) Demais ativos e passivos financeiros: Disponibilidades, contas a receber, outros ativos circulantes, contas a pagar e provisões diversas: os valo registrados aproximam-se do valor de realização dos respectivos ativos. As aplicações financeiras, representadas substancialmente por quotas de fundo investimentos, são registradas ao valor de realização, obtido pelo valor da última quota disponível. Investimentos: registrados pelo método de equivalê patrimonial ou pelo custo corrigido, consistem principalmente de controladas e coligadas, as quais têm interesse estratégico para as operações da Compan A Companhia não tem interesse de alienar esses investimentos no curto prazo. Os financiamentos são registrados com base nos juros contratuais de c operação.

DIRETORIA

CONTADOR

Antonio Ermírio de Moraes - Diretor Presidente Carlos Ermírio de Moraes Diretor

Carlos Augusto Parisi Diretor

Claudio Pavanello Diretor

Miguel de Carvalho Dias - Diretor Vice-Presidente Luís Carlos Loureiro Filho Diretor

Luís Ermírio de Moraes Diretor

Nelson Teixeira Diretor

Paulo Roberto Pisauro Diretor

Romeu Estelita Cavalcanti Pessoa Filho Diretor

Yocio Maruyama C.R.C. - 1SP138.157/O-2

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Administradores e Acionistas Companhia Brasileira de Alumínio 1. Examinamos os balanços patrimoniais da Companhia Brasileira de Alumínio em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos dos exercícios findos nessas datas, elaborados sob a responsabilidade da administração da Companhia. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras. Os exames das demonstrações financeiras das empresas coligadas BAESA - Energética Barra Grande S.A., Machadinho Energética S.A., Mineração Rio do Norte S.A. e Petrocoque S.A. Indústria e Comércio e da empresa coligada indireta VBC Participações S.A., referidas na Nota 8, cujos investimentos são avaliados pelo método da equivalência patrimonial, foram conduzidos sob a responsabilidade de outros auditores independentes.

Os pareceres da coligada indireta VBC Participações S.A. e da coligada Machadinho Energética S.A. foram emitidos com parágrafo de ênfase, com relação aos assuntos descritos no parágrafo 4 abaixo e na Nota 8(c), respectivamente. O nosso parecer, no que se refere ao valor desses investimentos e ao lucro por eles produzidos, nos montantes de R$ 314.495 mil (2004 - R$ 313.839 mil) e R$ 74.803 mil (2004 - R$ 68.760 mil), respectivamente, está baseado exclusivamente nos relatórios desses outros auditores. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os

sistemas contábil e de controles internos da Companhia, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Companhia, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. Com base em nossos exames e nos pareceres de responsabilidade de outros auditores independentes, somos de parecer que as demonstrações financeiras referidas no primeiro parágrafo apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Companhia Brasileira de Alumínio em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos dos exercícios findos nessas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

4. As demonstrações financeiras da coligada indireta VBC Participações S em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 da controlada Companhia Luz e Fo Santa Cruz em 31 de dezembro de 2004, contêm parágrafo de ênfase rela à situação atual da homologação de reajustes tarifários pela Agência Nacio de Energia Elétrica - ANEEL. As demonstrações financeiras em 31 dezembro de 2005 e de 2004 não contemplam eventuais ajustes que pode resultar do reposicionamento tarifário definitivo. São Paulo, 31 de março de 2006

Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5

Marcelo Orlando Contador CRC 1SP217518/O


quarta-feira, 12 de abril de 2006

Nacional Estilo Empresas Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

CARREFOUR OFERECE 7,5 MILHÕES DE OVOS

5 Personagens infantis estampados nas embalagens atraem crianças como Mateus dos Santos Oliveira (ao lado).

VAREJISTAS ESTÃO ANIMADOS COM O AQUECIMENTO DAS VENDAS DE CHOCOLATE, BACALHAU E VINHO

PÁSCOA AJUDA A ELEVAR AS VENDAS Luludi/LUZ

A

três dias da celebração da Páscoa, o comércio observa aumento na movimentação do consumidor em busca dos produtos de época – de ovos de chocolate, passando pelos acessórios para confeccioná-los, a itens como bacalhau, vinho e azeite. Na Chocolândia, das 16 marcas de ovos de chocolate disponíveis, três estavam com o estoque zerado na tarde de ontem, segundo contabilizava Osvaldo Nunes, proprietário da loja. "Acredito que o estoque e reposições sustentem até o sábado, mas algumas marcas não chegam até lá." Luciana Ferrari aproveitava o período de férias para comprar os chocolates para suas sobrinhas e filhos de sua empregada. "A loja foi indicação da minha cunhada." Para Luciana, pesavam preço e variedade de produtos da loja. Pesquisa da Chocolândia mostra, segundo Nunes, que a indicação é uma grande alavanca dos negócios da casa, com clientes em todo o Brasil. Na tarde de ontem, Patrícia Pinheiro, moradora de São Pedro, cidade do interior paulista, era uma dessas visitantes. Acompanhada da filha Chiara, ela foi convidada por Nunes a experimentar um bombom Chocolândia, marca própria da empresa. Além dos acessórios para confecção de ovos e dos produtos acabados de terceiros, Nunes comercializa marca própria, à base de chocolate de origem belga. A cozinha mantida no espaço oferece cursos para os consumidores. Os preços convidativos são, segundo Nunes, os grandes diferenciais da marca. Como ocorre em grandes redes, a Chocolândia registra, nesta época, crescimento nas vendas de baca-

Osvaldo Nunes, da Chocolândia (à esq.) oferece chocolates a Patrícia Pinheiro, e Graciela dos Anjos (abaixo) escolhe o ovo. John D. Mchugh/AFP PHOTO

lhau, azeite e vinho, respectivamente. A Páscoa é a segunda melhor época do ano para vender vinhos, conforme Nunes. "Tivemos que fazer pedidos às pressas para repor o produto." Grandes redes – Nas grandes redes do varejo, o movimento de Páscoa também esquentou nos últimos dias. No Carrefour, a procura por chocolates ficou aquecida desde a última sexta-feira, com movimento crescente no final de semana. "O Carrefour se preparou e tem estoque de ovos de Páscoa para atender o consumidor até o domingo", informou a empresa por meio de sua assessoria de imprensa. Ao todo, são 7,5 milhões de ovos nas 100 lojas da rede. A novidade é a forma de pagamento: três vezes, sem juros, com o cartão da marca. O Carrefour projeta crescimento de 23% nas vendas de ovos de chocolate em 2006. O impulso nas vendas deve ser estimulado por licenciamentos de personagens infantis, como como o Bob Esponja, Mickey e o Menino Maluquinho,

que estampa os ovos de Páscoa da marca Carrefour. De olho na venda casada que a Páscoa proporciona, a rede importou 500 toneladas de bacalhau, 21% acima do importado em 2005. A rede aposta ainda em promoções de vinhos nacionais e importados. No Grupo Pão de Açúcar, a expectativa é de que os alimentos sazonais, como bacalhau, azeite e vinho, apresentem alta de 20% nas vendas nesta Páscoa. As bandeiras Extra, CompreBem e Pão de Açúcar estão vendendo artigos da época a prestação até o dia 16. O grupo espera vender 3,5 mil toneladas de ovos. Há 30 versões do produto com marca própria e itens exclusivos para cada bandeira. Terceirização – Para a fabricante Top Cau, que opera há 11 anos no mercado, a Páscoa representa 78% de seu faturamento anual. Só para este ano, a empresa produziu 9,5 milhões de ovos exclusivos, sem contar os de marca própria, comercializados em sua loja. Fátima Lourenço

D

ivulgar os produtos e serviços da A s s o c i a ç ã o C omercial de São Paulo (ACSP) e atrair novos associados. Esses são os objetivos da entidade na Exposição e Congresso de Automação Comercial, Serviços e Soluções para o Comércio (Autocom) que termina hoje em São Paulo, no Centro de Convenções Frei Caneca. No estande da ACSP, os visitantes têm acesso a informações sobre os serviços e produtos oferecidos aos comerciantes de São Paulo. Por meio de terminais de computador, é possível verificar os serviços de consulta ao crédito e os de assessoria tanto para pessoas físicas quanto jurídicas. Segundo Diego Arena, do departamento de publicidade da ACSP, a participação na feira de automação também é um instrumento para divulgar com mais destaque o novo serviço da entidade, o ACSP Empresa. Trata-se de um pacote que garante a todos os associados vantagens e descontos oferecidos por parceiros da entidade. Assim, eles poderão fechar parcerias com grandes empresas e negociar produtos e serviços em condições especiais e exclusivas. Carro com impressora – Entre as leitoras de dados, microterminais e os novos modelos de caixas registradoras, a Autocom apresentou algumas novidades que se destacaram. Entre elas estão as impressoras móveis para veículos. Elas foram desenvolvidas para tornar mais ágil o fechamento de negócios durante o processo de entrega de produtos, para

Leonardo Rodrigues/Hype

Pequenos têm destaque na Autocom

ACSP apresenta serviços destinados às empresas durante a Autocom

vendedores que percorrem grandes distâncias para visitar ou conquistar novos clientes. Elas são acopladas a caminhões ou vans e emitem notas fiscais para empresas e cupons fiscais para consumidores finais, além de gerenciar o estoque do veículo. A fabricante do equipamento é a Softmóvel. O diretor comercial da empresa, Carlos Eduardo Schmitz, explica que a idéia surgiu a partir da parceria com a Input Service. Um cliente dessa última procurou a empresa e solicitou uma impressora para emitir notas fiscais em seu próprio caminhão. Assim, surgiu uma impressora que conta com um software que, além de emitir notas fiscais de acordo com o regime fiscal de cada estado, também controla os estoques do veículo e transmite as informações on-line para a empresa. Segundo Schmitz, a impressora já está sendo utilizada por empresas de grande porte como Souza Cruz, Pullman e Seven Boys. Mas ela pode ser adaptada para empresas de

pequeno e médio portes que utilizam veículos menores como as vans. Os custos iniciais são fixos, pois neles estão incluídos as impressoras e os sistemas de comunicação com as empresas. Entretanto, eles tendem a crescer de acordo com o tamanho da frota de cada interessado em implantar o equipamento de impressão. Roteadores – Voltados para empresas com até dez usuários simultâneos, os produtos da Sunix são destinados a empreendimentos de pequeno porte e podem ser utilizados também para acessar a internet. O roteador da Sunix conta com um modem que pode ser adaptado tanto para a transmissão na tecnologia CDMA quanto para o GPRS e para banda larga. O diretor presidente da empresa, Fernandes João Franhani Júnior, explica que o produto comporta expansão da rede e possibilita o contingenciamento de ampliação de canais. Os custos de implantação dependem do número de usuários. Paula Cunha

Na Inglaterra, o ovo de Páscoa vendido na loja La Maison du Chocolat tem mais de 100 diamantes de 0,5 quilates. A guloseima foi avaliada em 50 mil libras.


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 12 de abril de 2006

406,4

FAZENDA E BC MANTÊM CORDIALIDADE

bilhões de dólares foi a emissão de capitais para os emergentes em 2005.

FLUXO RECORDE PARA EMERGENTES Fotos: Rafael Neddermeyer/AE

Segundo o FMI, fluxo de capital privado para países emergentes alcançou US$ 406,4 bilhões no ano passado, superando o resultado recorde anterior, registrado em 1996, antes da crise asiática.

ATA C.N.P.J. nº 61.194.080/0001-58 - CIA. ABERTA ATA DA REUNIÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA DURATEX S.A., REALIZADA EM 11 DE ABRIL DE 2006. Aos onze dias do mês de abril de dois mil e seis, às 19:00 horas, na sede social, na Avenida Paulista nº 1938 - 5º andar, nesta Capital, reuniram-se os membros do Conselho de Administração da Duratex S.A., que esta subscrevem. Assumiu a Presidência dos trabalhos Olavo Egydio Setubal, na forma do disposto no parágrafo 4º do artigo 10 do Estatuto. Havendo número legal o Sr. Presidente convidou para secretário o Vice-Presidente Paulo Setubal - Neto, dando início à reunião. O Sr. Presidente informou aos presentes que a reunião tinha como finalidade deliberar sobre (i) a fixação e justificativa do preço de emissão das ações ordinárias nominativas escriturais, sem valor nominal; (ii) o aumento do capital social da Companhia, dentro do limite do capital autorizado, em conformidade com as deliberações aprovadas na Reunião do Conselho de Administração, realizada em 22 de fevereiro de 2006. Prosseguindo, o Sr. Presidente, submeteu o assunto à apreciação e aprovação dos Srs. Conselheiros, resultando, unanimemente, aprovado (i) o preço de emissão das ações ordinárias em R$ 43,50 (quarenta e três reais e cinqüenta centavos) por ação, fixado com observância dos procedimentos e justificativas aprovados por este Conselho, em reunião realizada em 22 de fevereiro de 2006, após a (a) efetivação dos Pedidos de Reserva no Período de Reserva, e (b) conclusão do Procedimento de Bookbuilding, em consonância com o disposto no artigo 170, § 1º, inciso III da Lei das Sociedades por Ações e com o disposto no artigo 44 da Instrução CVM nº 400, de 29.12.03, de modo que tal preço não promoverá diluição injustificada dos atuais acionistas da Companhia, sendo tal preço justificado, tendo em vista que as ações ordinárias serão distribuídas por meio de distribuição pública primária, em que o valor de mercado das ações a serem emitidas foi aferido com a realização do Procedimento de Bookbuilding, o qual reflete o valor pelo qual os Investidores Institucionais apresentaram suas ordens firmes de compra no contexto da Oferta Pública. Os Investidores Não Institucionais que aderiram à Oferta Brasileira não participaram do procedimento acima mencionado e, portanto, do processo de fixação do preço de distribuição das ações; (ii) o aumento do capital social da Companhia, dentro do limite do capital autorizado, no montante de R$ 195.750.000,00 (cento e noventa e cinco milhões, setecentos e cinqüenta mil reais), o qual passará de R$ 325.000.000,00 (trezentos e vinte e cinco milhões de reais) para R$ 520.750.000,00 (quinhentos e vinte milhões, setecentos e cinqüenta mil reais), mediante a emissão para distribuição pública de 4.500.000 (quatro milhões e quinhentas mil) ações ordinárias nominativas escriturais, sem valor nominal, em conformidade com as deliberações aprovadas na Reunião do Conselho de Administração, realizada em 22 de fevereiro de 2006, e “Aviso ao Mercado” publicado nos dias 29.03.06, 05.04.06, 07.04.06 e 10.04.06, excluído o direito de preferência dos atuais acionistas nos termos do art. 172 da Lei das Sociedades por Ações, e de nosso estatuto social. Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a reunião, da qual foi lavrada esta ata, que é por todos assinada. São Paulo, 11 de abril de 2006. (aa) Olavo Egydio Setubal - Presidente, Paulo Setubal - Neto - Secretário, Laerte Setubal Filho, José Carlos Moraes Abreu, Jairo Cupertino, Olavo Egydio Setubal Junior. Certifico que a presente é cópia fiel do original lavrado em livro próprio. Paulo Setubal Neto - Secretário

A

s emissões de países emergentes atingiram valores recordes em 2005, impulsionadas pelo aumento da base de investidores, melhora na gestão fiscal e da dívida, baixas taxas de juros pelo mundo e elevada liquidez, apontou ontem o Fundo Monetário Internacional (FMI). A emissão bruta foi de US$ 406,4 bilhões no ano passado. O FMI afirmou, em seu último relatório sobre Estabilidade Financeira Global, que os fluxos de capital privado para mercados emergentes superaram o recorde anterior, de 1996, antes da crise asiática. Ao mesmo tempo em que os governos emergentes melhoraram a gestão fiscal e se beneficiaram de superávits em conta corrente, muitos também estão melhorando o perfil do endividamento ao cortar a dívida atrelada ao câmbio e emitir bônus em moeda local com prazo mais longo. Um exemplo é a redução dos bradies, de US$ 150 bilhões em agosto de 1996 para US$ 10 bilhões em abril deste ano, por conta de recompras anunciadas por países como Brasil e Venezuela. O FMI afirmou que essas melhorias, facilitadas por um cenário global benigno, devem ser ampliadas. O organismo disse ainda que há pistas, não evidências conclusivas,

mostrando que o contágio está diminuindo. O contágio é definido como a transmissão de choques financeiros e econômicos locais de um país ou mercado para outros. Emergentes – O Fundo também fez uma avaliação positiva para as perspectivas da economia mundial para os próximos 12 meses e considerou que não vê a ameaça de uma "bolha" dos países emergentes. O diretor do departamento de Mercados de Capital Internacional, Gerd Housler, ressaltou a redução da vulnerabilidade financeira do Brasil e disse que não vê com preocupação o ciclo eleitoral na América Latina. Housler disse que a melhora dos fundamentos dos países emergentes, sugere "que não há um argumento forte para a existência de uma 'bolha' volumosa nos ativos dos mercados emergentes esperando para ser corrigida". Ele observou que ocorrerão correções periódicas no mercado, como as que se verificaram no mês passado, "ou até mais fortes, mas tanto a comunidade de investidores como os próprios países emergentes estão muito mais preparados do que no passado para superar tempestades sem o surgimento de crises", afirmou. Ele ressaltou estar otimista com as perspectivas dos emergentes e do Brasil. (Reuters)

Meirelles: reunião bem sucedida

Mantega: nenhuma saia justa

Tudo como antes entre a Fazenda e o BC

O

presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, afirmou ontem que a relação da autoridade monetária com o Ministério da Fazenda continua sendo de "cooperação e entrosamento", como antes. Após encontrar-se com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que antes de assumir o novo cargo fez reiteradas críticas à austeridade do BC em relação à queda de juros, Meirelles disse ter se tratado de "uma visita em que trocamos idéias com absoluta abertura e tranquilidade e foi uma reunião muito bem-sucedida e muito produtiva de todas as partes, como têm sido e continuarão sendo as relações do

BC com a Fazenda". Meirelles estava acompanhado de Paulo Vieira da Cunha, economista indicado para o cargo de diretor de Assuntos Internacionais do BC e que ainda precisa ser sabatinado pelo Congresso Nacional. "Foi uma grande sintonia", acrescentou Meireles, quando questionado se houve saia justa durante a reunião. O motivo da pergunta é a preocupação de alguns economistas com a manutenção da austeridade fiscal após Mantega ter assumido a Fazenda. O presidente do BC informou, ainda, que serão mantidos os almoços semanais de representantes do BC no Ministério da Fazenda. (Reuters)

BALANÇO CONGREGAÇÃO SÃO VICENTE PALLOTTI - IRMÃS PALOTINAS – CNPJ/MF nº 74.032.871/0001-23 Sede / São Paulo (SP) Declarada Utilidade Pública Federal - Proc. MJ 3.608/97-86 Entidade Filantrópica - Reg. no CNSS(CNAS) Proc. nº 28996.022198/94-35 Certificado de Entidade de Fins Filantrópicos Proc. Nº 28996.022.198/94-35 Relatório Da Diretoria Srs. Associados: Submetemos a apreciação de V.Sas. o Balanço Geral e as Demonstrações Financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2005, 2004 e 2003 com os pareceres do Conselho Fiscal e do Auditor Independente, demonstrando os fatos relevantes do período. A Diretoria permanece à sua disposição para quaisquer informações que julgarem ncessárias. São Paulo, 06 de abril de 2006 A Diretoria ATIVO 2005 2004 2003 PASSIVO 2005 2004 2003 921.774,61 773.242,25 514.615,45 CIRCULANTE 53.298.776,93 44.601.427,70 39.605.316,84 CIRCULANTE DISPONÍVEL 50.310.583,14 41.952.272,62 37.332.688,45 Sal./Ordenados Pagar e Provisões 262.686,11 246.552,05 220.076,35 Caixa 14.023,32 26.906,21 37.782,36 Obrigações Sociais a Recolher 99.848,92 90.618,51 88.808,01 Bancos Conta Movimento 411.589,33 339.188,05 306.935,21 Obrigações Tributárias 29.173,65 25.035,10 23.331,75 Valores Transitórios 15.740,03 22.501,95 11.904,97 Bancos Conta Aplicações 49.884.970,49 41.586.178,36 36.987.970,88 DIREITOS REALIZÁVEIS 2.956.865,55 2.615.080,69 2.239.868,65 Fornec./Ctas.a Pagar/Ctas.Correntes 212.618,58 173.546,21 170.494,37 Mensalidades a Receber 1.989.575,60 1.742.573,37 1.387.898,19 1.ª Parcela/Anuidade/Taxas 301.707,32 214.988,43 – Contas a Receber 211.962,93 158.813,26 169.513,54 RESULTADO EXERC. FUTUROS – – 330.662,87 Valores a Recuperar 576.556,94 577.487,31 534.774,19 Receitas Antecipadas – – 330.662,87 Adiantamentos Diversos 145.524,62 119.795,95 147.682,73 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 72.064.446,91 62.946.062,42 58.118.939,73 Conta Corrente 33.245,46 16.410,80 – Patrimônio Social 62.946.062,42 58.118.939,73 51.380.674,46 Doações Patrimoniais 297.349,07 – – DESPESA EXERCÍCIO SEGUINTE 31.328,24 34.074,39 32.759,74 Despesas Antecipadas 31.328,24 34.074,39 32.759,74 Superávit do Exercicio 8.821.035,42 4.827.122,69 6.738.265,27 REALIZAVEL A LONGO PRAZO 22.028,47 – – TOTAL DO PASSIVO 72.986.221,52 63.719.304,67 58.964.218,05 Depositos Judiciais 22.028,47 – – Sistema de Compensado - Passivo PERMANENTE 19.665.416,12 19.117.876,97 19.358.901,21 Assistência Aplicada a Maior 2.401.375,76 2.371.737,16 2.058.049,46 INVESTIMENTOS 5.077.138,57 5.068.346,63 5.549.942,18 Gratuidades - Concedidas 3.817.494,88 3.675.877,97 3.291.943,99 Investimentos 5.077.138,57 5.068.346,63 5.549.942,18 Custo Isenção - INSS (1.416.119,12) (1.304.140,81) (1.233.894,53) IMOBILIZADO 14.564.944,27 14.002.863,78 13.808.959,03 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO SOCIAL Imóveis 12.892.803,56 12.841.155,64 12.793.540,54 FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO (EM REAIS) Material Esportivo e Didático 134.525,07 134.675,07 125.201,51 Contas Patrimônio Mutações/ Patrimônio Móveis e Utensílios 640.537,76 621.641,39 580.519,10 Especificações Social Superavit Líquido Máquinas e Equipamentos 912.246,22 898.667,04 850.318,31 Saldo em 31 de dezembro de 2002 46.862.205,77 6.738.265,27 51.380.674,46 Computadores e Periféricos 217.950,77 42.124,00 – Transferido p/Patrimonio 4.518.468,69 (4.518.468,69) – Instalações Telefônicas 18.313,37 18.313,37 18.313,37 Resultado do Exercício em 2003 – 6.738.265,27 6.738.265,27 Veículos 235.779,72 229.529,72 213.229,72 Saldo em 31 de dezembro de 2003 51.380.674,46 8.958.061,85 58.118.939,73 Instrumentos Músicais 151.338,40 151.338,40 132.764,16 Transferido p/Patrimonio 6.738.265,27 (6.738.265,27) – Biblioteca 1.747,13 1.747,13 1.747,13 Resultado do Exercício em 2004 – 4.827.122,69 4.827.122,69 Instalações Religiosas e Instalações 55.435,17 54.735,17 54.015,29 Saldo em 31 de dezembro de 2004 58.118.939,73 7.046.919,27 62.946.062,42 Obras em Andamento 740.402,92 267.227,19 68.957,54 Transferido p/Patrimonio 4.827.122,69 (4.827.122,69) – Marcas e Patentes 792,50 – – Doações Patrimoniais 297.349,07 297.349,07 Imobilizações em Andamento 2.364,07 – – Resultado do Exercício em 2005 8.821.035,42 8.821.035,42 Animais Bovinos, Equinos, Etc 4.080,00 4.080,00 4.080,00 Saldo em 31 de dezembro de 2005 62.946.062,42 11.338.181,07 72.064.446,91 Licenca Uso Software 10.404,03 – – DEMONSTRAÇÃO DA VARIAÇÃO DO PATRIMONIO CIRCULANTE LÍQUIDO DOS EXERCÍCIOS (-) Amortização (3.027,76) – – FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO (EM REAIS) (-) Depreciação Acumulada (1.450.748,66) (1.262.370,34) (1.033.727,64) ANO 2004 2005 Variação DIFERIDO 23.333,28 46.666,56 – CONTAS Fundo de Comércio 70.000,00 70.000,00 – ATIVO CIRCULANTE 44.601.427,70 53.298.776,93 8.697.349,23 (-) Amortização Acumulada (46.666,72) (23.333,44) – (773.242,25) (921.774,61) (148.532,36) TOTAL DO ATIVO 72.986.221,52 63.719.304,67 58.964.218,05 PASSIVO CIRCULANTE PATRIMÔNIO CIRCULANTE LÍQUIDO 43.828.185,45 52.377.002,32 8.548.816,87 Sistema de Compensado - Ativo Assistência Aplicada a Maior 2.401.375,76 2.371.737,16 2.058.049,46 DEMONSTRAÇÃO DA VARIAÇÃO DO PATRIMONIO CIRCULANTE LÍQUIDO DOS EXERCÍCIOS Gratuidades - Concedidas 3.817.494,88 3.675.877,97 3.291.943,99 FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO (EM REAIS) Custo Isenção - INSS (1.416.119,12) (1.304.140,81) (1.233.894,53) ANO 2003 2004 Variação NOTAS EXPLICATIVAS AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONTAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005, 2004 e 2003 ATIVO CIRCULANTE 39.605.316,84 44.601.427,70 4.996.110,86 (845.278,32) (773.242,25) 72.036,07 NOTA 01 - CONTEXTO OPERACIONAL – A CONGREGAÇÃO SÃO VICENTE PALLOTTI – IRMÃS PASSIVO CIRCULANTE 38.760.038,52 43.828.185,45 5.068.146,93 PALOTINAS é uma sociedade civil de direito privado, de fins educacionais, assistenciais, culturais, PATRIMÔNIO CIRCULANTE LÍQUIDO filantrópicos e beneficente, que terá duração por prazo indeterminado, sede e foro na cidade de São DEMONSTRAÇÃO DA VARIAÇÃO DO PATRIMONIO CIRCULANTE LÍQUIDO DOS EXERCÍCIOS Paulo, Estado de São Paulo, à Rua Visconde de Itaboraí, nº 119, Utilidade Pública Federal, conforme FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO (EM REAIS) Processo MJ nº 3.608/97-86, registrado no CNAS conforme processo nº 28996.022198/94-35, portador ANO 2002 2003 Variação de Certificado de Entidade de Fins Filantrópicos conforme processo nº 28996.022198/94-35. Tem por CONTAS finalidade prestar a assistência social à infância e à adolescência, aos idosos carentes e aos necessi- ATIVO CIRCULANTE 34.450.278,08 39.605.316,84 5.155.038,76 tados na área de saúde, promover a educação e o ensino em seus vários graus, desenvolver a promo- PASSIVO CIRCULANTE (757.147,45) (845.278,32) (88.130,87) ção social da coletividade e estimular a disseminação da cultura nessa mesma coletividade. PATRIMÔNIO CIRCULANTE LÍQUIDO 33.693.130,63 38.760.038,52 5.066.907,89 NOTA 02 - DA PUBLICAÇÃO – A publicação está sendo efetivada em atendimento a exigências do INSS/CNAS, quanto a conceitos da Filantropia e sua adequação contábil, evidenciando as Despesas NOTA 08 - DOS FINS FILANTRÓPICOS – A Instituição atende as exigências estabelecidas na legislação vigente na época de cada exercício social, estando adequada a legislação atual, conforme demonsrelacionadas com as Gratuidades Educacionais e Assistências. NOTA 03 - DA CONCESSÃO DOS RECURSOS EM GRATUIDADES – A aplicação dos recursos em trativo abaixo: Gratuidades atenderam o que preceitua a Constituição Federal no Art.. 195, III., §7º, que concede a Receita Base para filantropia 2005 2004 2003 isenção da Contribuição Social ( INSS) às entidades beneficentes de assistência social que atendem as Descrição 22.258.255,05 18.112.903,33 19.002.543,91 exigências estabelecidas em lei. A Lei nº. 8212 de 24/07/91 - Lei do Custeio da Previdência Social, em Receita Bruta 3.058.958,47 2.928.975,63 2.526.214,56 seu Art. 55 , o Decreto 2536 de 06/04/98 e o Decreto 3048 de 06.05.99. A Instituição no atendimento aos (-) Gratuidades/Devoluções/Descontos Escolares 0,00 1.380,00 1.000,00 seus objetivos aplicou um percentual de seus recursos, maior do que o exigido em Lei, fixado pelo (-)Gratuidades Pensionistas (-)Gratuidades Tratamento Odontológico 0,00 0,00 5.462,02 Artigo 3º, Inciso VI, do Decreto 2.536, conforme segue: 70.540,40 87.535,54 47.338,54 Ano de 2005: Ano de 2004: Ano de 2003: (-) Subvenção (-) Venda do Imobilizado/Sinistro 35.926,00 0,00 38.091,49 Assistência Social 3.817.494,88 3.675.877,97 3.291.943,99 33.893,27 7.125,84 142.692,61 Total 3.817.494,88 3.675.877,97 3.291.943,99 (-) Reembolso de Despesas e Material 66.151,96 0,00 0,00 NOTA 04 - APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS – Foram elaboradas e estão sen- (-) Ajuste/Descontos (=) Receita base para filantropia 18.992.784,95 15.087.886,32 16.241.744,69 do apresentadas de acordo com as práticas contábeis emanadas na Legislação vigente na data (Lei Assistência Social e Educacional 6404/76 e alterações da Lei 9459/97). 2005 2004 2003 NOTA 05 - PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS ADOTADAS – a) Apuração do Resultado: O resulta- Descrição 2.582.237,18 2.434.121,71 2.180.366,56 do foi apurado segundo o Regime de Competência. Os rendimentos e encargos incidentes sobre os Assistencial Educacional-Colégios Assistêncial Educacional-Unidade Educacional 0,00 18.796,20 5.087,50 Ativos e Passivos e suas realizações estão reconhecidas no resultado. b) Imobilizado: Estão demons0,00 1.380,00 1.000,00 trados aos custo de aquisição, não corrigido monetariamente. c) Aplicações Financeiras: Estão de- Gratuidades Pensionato 0,00 0,00 5.462,02 monstradas pelo valor da aplicação acrescidas dos rendimentos correspondentes, apropriados até a Gratuidades Tratamento Odontológico Despesas com Projetos Assistenciais 167.195,53 150.950,46 49.573,76 data do balanço, com base no regime de competência. d) Provisão de Férias e Encargos: Foram 53.939,64 23.949,93 23.255.27 provisionadas com base nos direitos adquiridos pelos empregados até a data do balanço. e) Deprecia- Custo - Projeto Escolas Pagas 131.353,15 112.835,91 188.701,93 ções: Estão sendo efetivadas em acordo com a legislação vigente. f) As Despesas e as Receitas estão Custo - Projeto Escolas Gratuitas Custo - Outros Projetos 882.769,38 933.843,76 838.496,95 apropriadas obedecendo ao regime de competência. 3.817.494,88 3.675.877,97 3.291.943,99 NOTA 06 - PATRIMÔNIO SOCIAL – O patrimônio social é apresentado em valores atualizados e compre- Total ende o Patrimônio Social inicial, acrescido dos valores dos Superavits e diminuído dos déficits ocorridos. Resumo Gratuidades Concedidas Os Superavits dos exercícios de 2003 e 2004 foram e o de 2005 será destinados à manutenção das Descrição 2005 2004 2003 atividades, para atender dispositivos legais vigentes e o Princípio Contábil de Continuidade da Entidade. Receita Bruta 22.258.255,05 18.112.903,33 19.002.543,91 NOTA 07 - RECEITAS NÃO OPERACIONAIS – Acrescidas ao Patrimônio integra doações de pessoas Receita base para filantropia 18.992.784,95 15.087.886,32 16.241.744,69 físicas e jurídicas. Aplicação em Assist.Social e Educacional 3.817.494,88 3.675.877,97 3.291.943,99 Descrição 2005 2004 2003 Percentual de Assistência 20,10% 24,36% 20,27% Doações Recebidas de pessoas físicas 34.153,88 1.383,50 5.884,78 Isenção Usufruída 1.416.119,12 1.304.140,81 1.233.894,53 Doações Recebidas de pessoas jurídicas 0,00 0,00 0,00 NOTA 09 – COBERTURA DE SEGUROS – Para atender medidas preventivas adotadas permanenteTotal 34.153,88 1.383,50 5.884,78 mente, a Instituição efetua contratação de seguros em valor considerado suficiente para cobertura de

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (EM REAIS) RECEITAS OPERACIONAIS: 2005 2004 2003 Serviços Educacionais 11.769.898,86 11.968.270,60 11.341.296,56 Patrimoniais 290.537,72 274.289,12 316.131,93 (-) Gratuidades Integrais/Parciais Colégios-Alunos (2.582.237,18) (2.434.121,71) (2.180.366,56) (-) Gratuidades Integrais/Parciais Colégios-Funcional (384.210,98) (412.963,00) (340.760,50) (-) Gratuidades Integrais/Parciais Unid Educacional-Alunos – (18.796,20) (5.087,50) Mensalidades Pensionistas 57.949,00 93.295,00 87.480,10 (-) Gratuidades Integrais/Parciais-Pensionato – (1.380,00) (1.000,00) Tratamento Odontológico – – 5.462,02 (-)Gratuidades Tratamento Odontológico – – (5.462,02) RESULTADO BRUTO 9.151.937,42 9.468.593,81 9.217.694,03 (-) Salários e Encargos Sociais (6.082.165,61) (5.950.837,38) (5.467.155,33) (-) Salários e Encargos Sociais-C/Assistência Social (143.185,46) (105.793,68) (90.870,85) (-) Serviços Prestados (654.610,53) (467.166,21) (478.296,40) (-) Serviços Prestados-C/Assistência Social (323.241,17) (334.010,76) (281.474,20) (-) Despesas Operacionais (1.649.453,80) (1.943.723,04) (2.135.468,43) (-) Despesas Operacionais-C/Assistência Social (418.165,23) (435.450,93) (476.138,39) (-) Despesas c/Administração Geral/Formação (590.284,59) (563.567,27) (454.417,55) (-) Desp.c/Administr. Geral/Formação-C/Assist.Social (169.579,23) (176.751,27) (183.187,99) (-) Despesas Tributárias e Financeiras (55.567,46) (76.158,61) (77.796,21) (-) Despesas Tributárias e Financ.-C/Assistência Social (13.891,08) (18.622,96) (18.782,72) (-) Despesas c/Projetos Assistênciais (167.195,53) (150.950,46) (49.573,76) RESULTADO OPERACIONAL (1.115.402,27) (754.438,76) (495.467,80) RECEITAS / DESPESAS NÃO OPERACIONAIS: Doações e Subvenções 125.076,50 379.126,85 411.519,76 Receita Financeira 9.568.726,50 5.057.666,60 6.454.719,00 Outras Receitas 353.556,16 277.160,44 385.934,54 Outras Despesas (110.921,47) (132.392,44) (18.440,23) SUPERÁVIT DO EXERCÍCIO 8.821.035,42 4.827.122,69 6.738.265,27 DEMONSTRAÇÕES DE ORIGENS E APLICAÇÕES DOS RECURSOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO (EM REAIS) 2005 2004 ORIGEM DOS RECURSOS: PATRIMONIO SOCIAL 4.827.122,69 6.738.265,27 RESULTADO EXERCÍCIO FUTURO – DOAÇÕES PATRIMONIAIS 297.349,07 RESULTADO DO EXERCÍCIO - SUPERAVIT 3.993.912,73 (1.911.142,58) TOTAL DAS ORIGENS 9.118.384,49 4.827.122,69 APLICAÇÃO DOS RECURSOS: REALIZAVEL A LONGO PRAZO 22.028,47 IMOBILIZADO 547.539,15 (241.024,24) TOTAL DAS APLICAÇÕES 569.567,62 (241.024,24) VARIAÇÃO NO PATRIMÔNIO CIRCULANTE 8.548.816,87 5.068.146,93

2003 4.518.468,69 2.219.796,58 6.738.265,27

1.671.357,38 1.671.357,38 5.066.907,89

DEMONSTRAÇÃO DAS APLICAÇÕES EM FILANTROPIA EM 2005 FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO (EM REAIS) Débito Crédito Filantropia Isenções 1.416.119,12 Filantropia Compromissos 1.416.119,12 Concedida: Assistência a Aplicar 1.416.119,12 Assistência Social e Educacional 3.817.494,88 Assistência Aplicada A Maior 2.401.375,76 Total 3.817.494,88 Total 3.817.494,88 DEMONSTRAÇÃO DAS APLICAÇÕES EM FILANTROPIA EM 2004 FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO (EM REAIS) Débito Crédito Filantropia Isenções 1.304.140,81 Filantropia Compromissos 1.304.140,81 Concedida: Assistência A Aplicar 1.304.140,81 Assistência Social e Educacional 3.675.877,97 Assistência Aplicada A Maior 2.371.737,16 Total 3.675.877,97 TotalL 3.675.877,97 DEMONSTRAÇÃO DAS APLICAÇÕES EM FILANTROPIA EM 2003 FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO (EM REAIS) Crédito Débito 1.233.894,53 Filantropia Isenções 1.233.894,53 Filantropia Compromissos Assistência a Aplicar 1.233.894,53 Concedida: 2.058.049,46 Assistência Social e Educacional 3.291.943,99 Assistência Aplicada a Maior 3.291.943,99 Total 3.291.943,99 TotalL DEMONSTRAÇÃO DAS APLICAÇÕES EM FILANTROPIA EM 2005, 2004 e 2003 FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO (EM REAIS) Crédito Débito 3.954.154,46 Filantropia Isenções 3.954.154,46 Filantropia Compromissos Assistência a AplicarR3.954.154,46 Concedida: Assistência Social e Educacional 10.785.316,84 Assistência Aplicada a MaiorR6.831.162,38 10.785.316,84 Total 10.785.316,84 TotalL eventuais sinistros. NOTA 10 - ISENÇÕES PREVIDENCIÁRIAS USUFRUÍDAS – Em atendimento ao Parágrafo Único, Artigo 4º, do Decreto nº 2.536, são demonstrados à seguir, os valores relativos às isenções previdenciárias, como se devido fosse, gozadas durante o exercício de 2004 2003e 2002: 2005 2004 2003 Total 1.416.119,12 1.304.140,81 1.233.894,53 NOTA 11 - DAS OBRIGAÇÕES SOCIAIS – As obrigações foram cumpridas nas datas aprazadas. NOTA 12 - RECEITAS ANTECIPADAS – Esta conta esta representada pelo seu valor nominal, original e representa os valores de Parcelas de Encargos Educacionais de 2003 R$ 330.662,87, 2004 R$ 214.988,43 E 2005 R$ 301.707,32. (2004 E 2005 contabilizada em Passivo Circulante) NOTA 13 – CONTINGÊNCIA TRIBUTÁRIA – Em vista das alterações constantes da Lei 9.732/98, em vigor desde abril de 1999, foram introduzidas mudanças que visam limitar a Isenção (Imunidade) das Contribuições à Seguridade Social – INSS. A entidade entende que está imune da quota patronal de previdência social, e ainda, protegida pela liminar concedida na ação direta de inconstitucionalidade n° 2028-5 de 14/7/1999. A Entidade vem calculando suas contribuições sociais usufruídas com base na Lei 8.212/91 em sua redação primitiva. Na análise da Administração e seus consultores jurídicos, o entendimento é que a exigência é inconstitucional e indevida. Portanto, embora os valores sejam calculáveis, decidiu-se pela não constituição de provisão para esse fim. NOTA 14 – SUBVENÇÕES – Subvenções recebidas das esferas governamentais, durante o exercício de 2002/2003/2004, com destinação as casas assistenciais, ou para aplicação em projetos específicos, conforme demonstramos: Exercício Subvenção Concedente Valor Recebido 2003 Centro Social Cristo Redentor-RJ Governo Estadual/Municipal 47.338,54 2004 Centro Social Cristo Redentor-RJ Governo Estadual/Municipal 87.535,54 2005 Centro Social Cristo Redentor-RJ Governo Municipal 70.540,40 Total Geral 205.414,48

Gilda Teresinha Dal Santo – Presidente - RG 1.359.527 - CPF 224.267.019-00 Venícia Meurer – Tesoureira - CRC 1SP 234.331/O-1 - CPF 596.272.98972 Pedro Luiz Zanini de Camargo – CRC.SP 1SP084.908/O-9 - Técnico em Contabilidade - CPF 539.273.388-34 PARECER DO CONSELHO FISCAL O Conselho Fiscal da Congregação São Vicente Pallotti - Irmãs Palotinas, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo Estatuto, tendo procedido a com os documentos contábeis, não havendo nenhuma ressalva a ser feita. 2 - Da Movimentação Financeira Mensal – 2005 – Os balancetes, analisados e avaliação do material contábil do ano de 2005 (mês de janeiro a dezembro), efetuando a análise da prestação de Contas da Diretoria, inerentes às atividades de conferidos, foram apresentados de forma cumulativa, tendo este Conselho Fiscal feito a apuração dos lançamentos, mês a mês, estando todos em perfeita natureza econômica, elaborou o presente Relatório, com a emissão do Parecer, a ser submetido à Assembléia Geral. Relatório – 1 - Da Documentação ordem. 3 - Parecer – O Balanço Geral referente ao exercício de 2005 deve, ser aprovado pela Assembléia Geral por representarem de forma correta a efetiva Contábil – A documentação contábil foi apresentada em tempo hábil, composta dos documentos de despesas, bem como dos respectivos balancetes, diários situação da Congregação São Vicente Pallotti - Irmãs Palotinas, no respectivo período. São Paulo, 06 de abril de 2006 - Nair Maria Basso Naura Salete Alves e extratos bancários. Da análise dos documentos de despesas não encontramos nenhuma irregularidades posto que os documentos estão de conformidade da Silva Zenita Piovesan Bisognin - RG 7.804.979 - RG 14.315.370 RG 100.147.846-8 - CPF 569.357.148-34 - CPF 076.585.668-96 CPF 231.485.780-15 PARECER DO AUDITOR INDEPENDENTE A Diretoria Da Congregação São Vicente Palotti – Irmãs Palotinas. 1 Examinamos os Balanços Entidade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os todos os aspectos relevantes a posição patrimonial e financeira da Congregação São Vicente Palotti – Patrimoniais da Congregação São Vicente Palotti – Irmãs Palotinas, levantado em 31 de dezembro de valores e as informações contábeis divulgados; e (c) avaliação das práticas e das estimativas contábeis Irmãs Palotinas em 31 de dezembro de 2005 e 2004, o resultado de suas operações, as mutações de 2005 e 2004 e as respectivas Demonstrações dos Resultados, das mutações do patrimônio líquido e mais representativas adotadas pela Administração da Entidade, bem como a apresentação das de- seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos referentes aos exercícios findos das origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elabora- monstrações contábeis tomadas em conjunto. 3 Foram examinadas por Nilton Antonio Tiellet Borges, naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis emanadas da legislação vigente. dos sob a responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opi- Contador – Auditor Independente, com Parecer sem ressalvas, as Demonstrações Contábeis do exercíSão Paulo, 05 de abril de 2006. nião sobre essas demonstrações contábeis. 2 Nossos exames, para todos os anos, foram conduzidos cio findo em 31 de dezembro de 2003, cujos saldos são apresentados para fins comparativos, em de acordo com as normas de auditoria e compreenderam: (a) planejamento dos trabalhos considerando atendimento à Lei das Sociedades Anônimas e, conseqüentemente, não emitimos opinião sobre elas. 4 TSA AUDITORES ASSOCIADOS SS - CRC/RS “S” “SP” 4.240 a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábeis e de controles internos da Em nossa opinião, as demonstrações contábeis referidas no item 1, representam adequadamente, em Ivan Roberto dos Santos Pinto Junior - Contador – CRC/RS “S” “SP” 058252/O-1


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mil foi o número de fiscalizações da Receita na declaração do IR entre 2001 e 2005

CUIDADO! VOCÊ PODE CAIR NA MALHA FINA. IBPT lança ferramenta que avalia a possibilidade de o Fisco reter a declaração do IR

À

s vésperas do término do prazo para entrega da Declaração de Imposto de Renda da Pessoa Física (DIRPF), no dia 28 de abril, todo cuidado é pouco para não ser pego de surpresa pela malha fina da Receita Federal. Entre 2004 e 2005, o número de declarações retidas pulou de 495 mil para 900 mil. E, de acordo com estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) divulgado ontem, a atividade mais autuada pela Receita nos últimos dez anos tem sido a de autônomo ou profissional liberal, que corresponde a 22% do total. No entanto, são os empresários que recebem as autuações mais altas: 40,73%. O estudo completo do instituto sobre quem corre perigo de ter a declaração submetida a análise mais rigorosa do Fisco está disponível no site www.ibpt.com.br. Lá também é possível calcular qual o risco de o contribuinte ter a declaração retida: remoto, pequeno, médio, grande ou provável? O levantamento do IBPT foi feito com base na análise do balanço de resultados de fiscalização do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) no perío-

Marcos Fernandes/LUZ

do de 1995 a 2005, quando foram registradas 5,7 mil fiscalizações. Também foram analisados 49,8 mil autos de infração contra pessoas físicas deferidos de 2001 a 2005. Causas – As causas que mais levam o contribuinte a cair na malha fina, segundo o IBPT, são a omissão de rendimentos e abatimentos. Nos casos pesquisados, os rendimentos mais omitidos foram: aqueles que antes apareciam na DIRPF e desapareceram, os de alvarás judiciais, rendimentos lançados na Declaração de Imposto de Renda Retido na Fonte (DIRF) e não declarados, operações com imóveis e movimentações financeiras. Já no caso dos abatimentos,

as despesas com educação, as médicas e pensão judicial lideram o ranking da malha fina. "O sistema do Fisco cruza informações de 100 mil contribuintes a cada segundo. Além disso, todo ano se faz um sorteio de pessoas que serão fiscalizadas ", afirma o presidente do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral. O tributarista lembra que, a partir do segundo semestre deste ano, também entrará em operação o "Hárpia", um sistema de inteligência que vai monitorar os Cadastros de Pessoas Físicas (CPFs) de acordo com o perfil do contribuinte. "Ele vai comparar o padrão de vida das pessoas com as declarações atuais", diz. Laura Ignacio

SENADO APROVA O NOVO SIMPLES O Senado aprovou ontem a M e d i d a P ro v i s ó r i a nº 275, que duplica o teto de faturamento para as empresas ingressarem no Simples. A má notícia é que o texto estabelece novas e dimensionadas alíquotas para os empreendimentos com faturamento acima de R$ 1,2 milhão. Para essas empresas, a alíquota máxima será de 12,6%. Com a MP, o teto de faturamento das microempresas passou de R$ 120 mil para R$ 240 mil. Para os negócios de pequeno porte, o limite subiu de R$ 1,2 milhão para R$ 2,4 milhões. Empresários lamentaram a aprovação das novas alíquotas. "Mais uma vez percebemos que a Receita Federal é quem comanda a economia nacional", disse o presidente da Confederação Nacional de Serviços (CNS), Luigi Nese. Para o presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis (Sescon-SP), Anto-

nio Marangon, e o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Guilherme Afif Domingos, no entanto, ainda há uma esperança de que a medida não seja aprovada na Câmara até o dia 27 de abril, quando vence o prazo para o texto ser analisado. "Como o presidente da Casa, o deputado Aldo Rebelo, costuma prestar serviços de vassalagem à burocracia do poder, pode querer votar o projeto", ressalvou Afif. Lei Geral – Caso o novo texto não seja votado a tempo, a matéria deverá ser discutida no projeto da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, que tramita há mais de seis meses na Câmara dos Deputados e prevê a criação do chamado Supersimples. No início do ano, Afif e Marangon estiveram em Brasília com o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, para tentar abortar o aumento das alíquo-

tas. O deputado Milton Barbosa (PSC-BA) chegou a apresentar um substitutivo que apenas aumentava o teto de faturamento. O texto, entretanto, foi rejeitado pela Câmara. "O governo está dando com uma mão e tirando com a outra", disse Barbosa, na ocasião. Para o consultor da Unidade de Políticas Públicas do Sebrae, André Spínola, não há razão para críticas ao texto. Quem estava faturando acima de R$ 1,2 milhão teve que verificar se valia a pena ingressar no Simples. "O governo foi técnico e coerente", disse. O senador Romeu Tuma (PFL-SP) apresentou emenda, acatada pelo relator, para estender aos corretores de seguro a redução de três para dois anos o prazo de reutilização de isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na compra de veículos por taxistas e deficientes. Adriana David

Para o presidente da ACSP, Guilherme Afif Domingos, texto ainda pode ser modificado na Câmara Federal.

Leonardo Rodrigues/Digna Imagem

Luigi Nese, presidente da CNS, diz que a aprovação do novo Simples mostra o poderio da Receita Federal

Cesar Diniz/Digna Imagem

Para o presidente do Sescon, Antonio Marangon, setor produtivo sofrerá aumento de carga fiscal.


Ano 81 - Nº 22.107

São Paulo, quinta-feira a domingo, 13 a 16 de abril de 2006

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Jornal do empreendedor

Feliz Páscoa!

Edição concluída às 23h50

(Para se divertir, página 12)

w w w. d co m e rc i o. co m . b r Ilustração Céllus

NA TEIA DO LEÃO Um programa do feriadão, declarar o IR, ganhou uma atração extra no DC: o guia para não cair na malha fina. A ira do Leão se abate principalmente contra quem omite rendimentos e abatimentos. Veja as dicas. Elas são o resultado de uma análise do faro do Leão de 1995 a 2005. Eco/1

SIMPLES COMPLICOU Duplicado teto de faturamento para empresas. Economia/1

Evaristo SA/AFP

Senhores passageiros: a Varig está sem destino. O arresto de bens e a intervenção no fundo de pensão dos funcionários, ontem, indicam que o governo pode ter abandonado a Varig em seu vôo solitário para a falência. Não há socorro à vista. Só manifestações de apoio. Economia/9 Ricardo de Souza/AE

Alexandre Campbelll/Folha Imagem

Topete é candidato, sô! De topete aprumado, o ex-presidente e ex-embaixador na Itália Itamar Franco (foto) anuncia que também quer disputar a Presidência pelo PMDB. A convenção da legenda é em junho. Pág. 5

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Ai Barça caliente!

Barcelona, quente, viva, colorida. Capital da Catalunha, iluminada em cada esquina por um toque mágico de simpatia e aconhego. Celebração eterna da arquitetura, que aproxima o gótico do barroco. Nas Ramblas (foto), é só admiração e surpresa. Começa aqui uma nova aventura da série de reportagens dedicada à Espanha. DC Boa Viagem

DC

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HOJE Parcialmente nublado Máxima 29º C. Mínima 16º C.

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2 -.TURISMO

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Divulgação/Luís Bertran/Tourisme de Barcelona

Eterna musa de Gaudí Exuberante e impetuosa, Barcelona esbanja a arte e a genialidade do arquiteto por inúmeros endereços Por João Jacques

Divulgação/Jourdi Trullas/Tourisme de Barcelona

Robson Fernandjes/AE

"C

omo uma jóia ao sol". Um dos versos de Barcelona (canção gravada em 1992 por Fred Mercury e Montserrat Caballé), a frase resume a um único substantivo feminino dos muitos adjetivos da capital catalã. E acerta em cheio. Vaidosa, boêmia, exuberante, impetuosa. Assim é a segunda maior cidade da Espanha, protagonista de paixões intensas, dona do próprio nariz e de sinuosas colinas que têm o Mediterrâneo a seus pés. Formosa geografia de uma metrópole onde a arte sopra, como brisa de mar, em todas as direções. E conduz, nos passos da história e de Gaudí, a um conjunto arquitetônico em que genialidade e cimento são os alicerces de um poema concreto a céu aberto. Com um monumento a cada quadra, Barcelona esbanja predicados. Tudo em inquietante harmonia entre moderno, gótico e barroco. Com origens no século III a.C., a cidade preserva vestígios dos tempos em que se chamava Barcino, uma alusão ao fundador, Amílcar Barca. Mas é à engenhosidade do austero e taciturno Antonio Gaudí que deve ser creditada a plasticidade de suas formas e reinvenção. Roteiro das artes – Embora nascido em Reus, o arquiteto deu a Barcelona mais do que obras. Imprimiu seu estilo feminino, detalhista e curvilíneo, concebendo um acervo único que ainda hoje maravilha visitantes de todos os quadrantes. O roteiro na direção de Gaudí começa na Praça Catalunha, de onde sai o Pas-

seig de Gràcia, a mais elegante avenida da cidade. Com postes de ferro fundido e luminárias no estilo belle-épo-

BOA VIAGEM Diretor-Presidente Guilherme Afif Domingos

Diagramação Evana Clicia Lisbôa Sutilo

Diretor de Redação Moisés Rabinovici

Publicidade Gerente Comercial Arthur Gebara Jr., tel. 3244-3122, agebara@acsp.com.br Rua Boa Vista, 51, 6º andar

Editora Antonella Salem antonellasalem@uol.com.br Sub-editora Lygia Rebello lygiarebello@uol.com.br Projeto gráfico José Coelho

No rastro das obras do mestre catalão, a Casa Milà (no topo) e sua fachada curvilínea não pode ficar de fora – é a obra civil mais importante de Gaudí. No alto do Monte Carmell, o Parque Güell (acima, à esq.) e suas esculturas deixam turistas de boca aberta. E as imponentes torres da Igreja Sagrada da Família (ao lado e acima, à dir.) sempre despontam no céu azul de Barcelona

Divulgação/Tourisme de Barcelona

Impressão Diário de S. Paulo

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que, ali convivem, lado a lado, butiques de grifes sofisticadas, cafés e duas de suas mais reverenciadas obras. Louca de Pedra - Na esquina com a Carrer de Provença está a Casa Milà (1910), mais conhecida por La Pedrera – a obra civil mais importante de Gaudí e que deu a Barcelona a alcunha de "Louca de Pedra". O prédio, tombado pelo Patrimônio Mundial da Unesco, ostenta fachada de granito ondulado, balcões de ferro forjado, vestíbulos e pátios com pintura mural. No último andar funciona o museu dedicado ao arquiteto, e dos terraços do edifício é possível ter uma visão mais abrangente do Eixample, um bairro urbanizado no século passado cuja principal característica são as superquadras internas (as manzanas). Ainda no Passeig de Gràcia, já bem perto do cruzamento com a Carrer D'Aragó, encontra-se outro marco de Gaudí: a Casa Battlò (1906). Mais adiante, o estilo modernista do mestre ganha di-

mensões ainda maiores e mais eloqüentes no Monte Carmell, onde ergueu o Parque Güell. Nesse cenário onírico, tudo chama a atenção. Desde a entrada, onde um gigante lagarto revestido de cacos de azulejo que jorra água pela boca dá as boas-vindas, até a sala das 100 colunas tortas que sustentam a grande praça do parque, esta delimitada por bancos curvilíneos de cacos de azulejo que geram um efeito visual de grande impacto. Sagrada Família –Outra referência da genialidade atemporal do artista é a Igreja Sagrada Família (1882). As torres que parecem castelos de areia, mais do que cartão-postal de Barcelona, sintetizam o legado do mestre catalão, que morreu atropelado por um bonde, no ano de 1926, deixando a obra inacabada. Imponente e em constante mutação como a Sagrada Família, assim é a capital da Catalunha. De frente para o Mediterrâneo e de costas para Madri. Sedutora em suas formas, conquista logo ao primeiro encontro. E não há como ser indiferente. "Como posso esquecer?" indagam, em duo, Mercury e Caballé, em mais um verso da música que se tornou uma espécie de hino da cidade. A pergunta segue sem resposta. Da memória a visão de Barcelona não se apaga jamais.

Catalunha: um estado de espírito

P

ara quem desembarca em Barcelona, vale avisar: apaixonado por sua terra, cultura e tradições, todo morador que lá tenha suas origens se autodenomina, orgulhosamente, catalão. Ser espanhol é conseqüência política, não uma escolha. Uma paixão tamanha que deixa claro que Barcelona é Catalunha, e Catalunha (com status de comunidade autônoma e nacionalidade histórica reconhecida dentro de suas fronteiras) é um estado de

espírito que transcende a anexação do antigo principado à Espanha. É o que está escrito no semblante da população, é o que se ouve em qualquer esquina. A par de discussões nacionalistas, todos seguem de cabeça em pé, com os olhos fixos no horizonte. Assim é a capital catalã: altiva, soberana, sem papas na língua e cheia de charme. Um constante convite a se perder em suas entranhas para poder achar, entre colinas e vielas, uma irrecusável alegria de viver. (J.J.)

Divulgação/Tourisme de Barcelona

Catalãos são extremamente orgulhosos de sua terra, cheia de história e monumentos


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PARA IGREJA, OBRA NÃO RETRATA VIDA DE JESUS

PARA CNBB, O "CÓDIGO" É UMA FICÇÃO Católicos são desaconselhados a assistir ao filme. Segundo a Igreja, obra é uma fantasia, traz informações levianas e distorce a imagem de Jesus.

presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Geraldo Majella Agnelo, aconselhou ontem os católicos a não assistirem ao filme O Código Da Vinci, baseado no livro homônimo do escritor Dan Brown. O argumento é que ele apresenta "uma imagem distorcida de Jesus Cristo, que está em contraste com as pesquisas e afirmações de estudiosos de diversas áreas das ciências humanas, da teologia e dos estudos bíblicos". Conforme dom Geraldo, muitas vezes são produzidas obras apenas com o intuito de

ganhar dinheiro, "contendo afirmações levianas e até com um engodo muito bem feito, levando a dúvida e a perplexidade às pessoas", disse. "Não temos o desejo de proibir ninguém de ver o filme, mas alertamos as pessoas a se informarem bem para não sair de lá dizendo: puxa agora virou tudo", comentou. Entre as provocações da obra está a versão de que Jesus casou-se com Maria Madalena e que a Igreja procurou esconder a verdade. "Vamos acreditar nos Evangelhos ou nesses escritos e interpretações dos últimos tempos?", indagou, admitindo que uma obra cine-

O filme O Código Da Vinci é baseado em livro homônimo do escritor Dan Brown

matográfica tem um impacto maior que uma literária. "Certamente aquilo que está no vídeo causa uma impressão bem maior; o livro, não são todos que têm contato", disse ontem, em Salvador, ao explicar a programação da Semana Santa. Nota - O cardeal-arcebispo de Salvador e primaz do Brasil assinou uma nota da CNBB orientando o rebanho católico a como proceder em relação ao filme. "Não devemos esquecer que a obra em questão é de ficção e não retrata a história de Jesus, nem da Igreja", diz num trecho. E alerta: "O que é fantasia deve ser lido e entendido como fantasia. As únicas fon-

tes dignas de fé sobre a vida de Jesus e o início da Igreja estão no Novo Testamento". Segundo o cardeal, nos períodos de datas consideradas sagradas pela Igreja Católica, como o Natal e Semana Santa, "sempre aparece alguma coisa para desmerecer a instituição". Ele citou também a recente divulgação da tradução completa do Evangelho de Judas. Mas não é sempre que a CNBB critica obras baseadas em passagens da Bíblia. Recomendaram, há dois anos, o filme A Paixão de Cristo, de Mel Gibson, que retrata as últimas horas de Jesus. A fita foi condenada pelos judeus. (AE)


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TURISMO - 3

Deixe-se levar em Las Ramblas Lotada de gente quase 24 horas, as avenidas, por onde só circulam pedestres, são a artéria principal que pulsa o coração de Barcelona e conduz a todas as atrações

S

Divulgação

ede das Olimpíadas de 1992, Barcelona, com 2 milhões de habitantes, é uma das cidades mais fascinantes da Europa. Cosmopolita, clima agradável quase o ano todo, parada obrigatória de cruzeiros pelo Mediterrâneo, fervilha dia e noite. Se os pubs, bares e belezas medievais do bairro Gótico encantam os turistas que se perdem em becos e vielas enviezados, é em Las Ramblas que a capital catalã exibe sua face multifacetada. Ninguém precisa percorrer todos os 100 quilômetros quadrados da cidade para ter uma visão do que ela é. Basta seguir por esta avenida onde só circulam pedestres e há todo tipo de atração. Na verdade, deve ser esclarecido: Las Ramblas não é uma avenida só, são cinco. Uma delas é a Rambla Canalets, uma praça com cadeiras próprias para discutir tudo, de política a futebol e touradas. As outras são a del Estudis (antiga Universidade) ou a dos Animais, a San Josep (das flores), a Catupxins, dos cafés e casas de espetáculos, e a Rambla Santa Monica, apinhada de bares, sex shops e lojas de souvenir. E caminhar por Las Ramblas, mais do que um passeio, é a melhor maneira de conhecer Barcelona. Em catalão, a palavra significa uma via aberta em local antes ocupado por um canal de água. Hoje, o lugar local canaliza a atenção por ser justamente o local que todo mundo ouve falar e tenta captar a atmosfera. Só estando lá e vendo. E são muitos os atrativos. Além da arquitetura dos prédios, dos quiosques de flores e pássaros, a multidão colorida e agitada é um capítulo extra. Referências – Uma de suas referências é o Mercado Sant-Josep, conhecido por La Boqueria, que serve doses generosas de autêntica comida catalã (à base de peixes e frutos do mar acompanhado de arroz negro). Outra parada é no Teatro Del Liceo, uma das salas mais bonitas da Europa, onde José Carreras estreou e Montserrat Caballé canta de prima-donna. Parar em um bar de mesa na calçada para um café ou uma taça de cavas

(espumante espanhol) é outra saborosa tentação. É se deliciar enquanto se vê a vida desfilar diante dos olhos. Outra referência para admirar o vaivém frenético de turistas e moradores é nas imediações do antigo porto. Restaurada para as Olimpíadas, a região, hoje chamada de La Barceloneta, é um grande centro de compras e diversão. Além de lojas, bares na praia e ciclovias, ainda oferece – e de graça – a infinitude de um Mediterrâneo a perder de vista. Picasso e Miró - Para os fãs de arte, Las Rambas também conduzem a dois endereços imperdíveis. Além de Gaudí, que fez de Barcelona um museu a céu aberto, outros nomes são obrigatórios: Joan Miró e Pablo Picasso. Miró, que nasceu no Bairro Gótico, tem hoje esculturas em praça pública e também um museu inteiro dedicado a sua obra e vida, erguido nas colinas de Montjuïc. Picasso, embora natural de Málaga, passou boa parte da juventude em Barcelona. Boêmio, literalmente pintou e bordou. Além de registrar com pincéis a efervescência que testemunhou, deixou lembranças nas antigas "casas de tolerância" da Rua D'Avignó e, também ali perto, no bar El Quatre Cats, para o qual até desenhou o menu, ainda em uso. Mostras especiais – A principal herança de Picasso, porém, encontra-se no espaço cultural que leva seu nome e ocupa um formidável conjunto de cinco palacetes medievais no Bairro Gótico. Inaugurado em 1963, é o museu mais visitado da cidade. No acervo, 3.500 obras dos primeiros anos do artista, especialmente do período azul, bem como cerâmicas, gravuras, litografias e telas do início da década de 1890 que ganham, neste ano, destaque especial. Para celebrar os 125 anos do pai do cubismo, diversas mostras especiais estão programadas em toda a Espanha. Sobretudo em Málaga, sua terra natal, e em Barcelona, com quem Picasso manteve um longo e inesquecível caso de amor. (J.J.)

Fotos: Ricardo de Souza/AE

RAIO X AONDE IR Casa-Museu Gaudí: Parc Güell, tel. (3493) 219-3811. Museu Gaudí: na Casa Milà (La Pedrera), Passeig de Gràcia, 92, tel. (3493) 484-5979. Fundação Joan Miró: Av. Miramar 71, Parc de Montjuïc, tel. (3493) 329-1908. M u s e u P i c a s s o : M o n tc a d a , 15, Bairro Gótico, tel. (3493) 319-6310.

COMO CHEGAR De São Paulo, não há vôos diretos para Barcelona. A melhor opção é ir diretamente para Madri, onde é feita conexão para a cidade catalã. Com a empresa espanhola Iberia (tel. 11/3218-7130), a passagem promocional ida-e-volta custa US$ 915 (sujeito à disponibilidade) para permanência mínima de sete dias e máxima de três meses. Na business plus, em que a poltrona vira uma cama, bilhete a US$ 3.517. Os preços não incluem as taxas de embarque. ONDE DORMIR Eurostars Grand Marina Hotel GL: Moll de Barcelona, s/nº, tel. (3495) 286-8771. Este luxuoso e moderno cinco-estrelas está localizado no velho porto, em meio às privilegiadas instalações do World Trade Center. Diárias custam entre 214 e 1.500 euros, sem café da manhã. Hotel Jazz: Pelai, 3, tel. (3493) 552-9696. Situado a poucas quadras da Universidade e de Las Ramblas, um três-estrelas superior, moderno, aconchegante e muito charmoso. A piscina externa, localizada na cobertura, é um mimo extra, assim como o bar do mezanino. Diárias em apartamento duplo a partir de 120 euros, sem café da manhã.

ONDE COMER Before: Santa Mónica, 2, tel. (34 93) 301-3503. Especializado na cozinha mediterrânea. Ambiente “in” e disputado. Casa Leopoldo: San Rafael, 24. Uma típica tasca del Raval (o bairro antigo), por sinal uma das favoritas do rei da Espanha quando viaja a Barcelona.

La Vinya del Senyor: Av. Sarriá, 15. Excelente restaurante especializado em tapas, os famosos aperitivos espanhóis. Hoffman: Argenteria, 74, tel. (34 93) 319-5889. A dica para quem não abre mão de experimentar uma autêntica “crema catalã”, um dos doces mais típicos da região da Catalunha.

PACOTES New Age: quatro noites de hospedagem, café da manhã, passagem aérea e bolsa. Preços por pessoa e em apartamento duplo entre US$ 1.379 e US$ 1.742, de acordo com a categoria de hotel e a data de embarque. Tels. 31384899 e 0800-170677. Flot: seis noites de hospedagem, café, traslados de chegada e saída, city tour, parte aérea, bolsa e cartão de assistência. Para saídas até 31/5, preços a partir de US$ 2.080. Tel. 3231- 2311. FAÇA AS MALAS Fuso: quatro horas a mais em relação a Brasília. Informações turísticas: em São Paulo, no Centro Oficial de Turismo Espanhol, tel. (11) 3675-2000. Na internet: acesse o www.barcelonaturisme.com.

Não é à toa que todos se encontram em Las Ramblas. Na área que constitui os cinco calçadões há de tudo, desde cafés com mesas ao ar livre e lojas até bancas de flores, praças com esculturas e alguns museus, um deles a Fundação Joan Miró (acima)


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2 -.ECONOMIA/LEGAIS

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CONVOCAÇÕES

COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO AGRÍCOLA DE SÃO PAULO

Cia. Lilla de Máquinas Indústria e Comércio CNPJ/MF nº 61.139.622/0001-90 Edital de Convocação - Assembléia Geral Ordinária Ficamconvocados os Srs.Acionistas a se reunirememAssembléia Geral Ordinária, a ser realizada emprimeira convocação no dia 27 de abril de 2006, às 15 horas, na sua sede social à Rua Piratininga, 1037, na cidade de São Paulo-SP, a fim de deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia: a) Exame, discussão e aprovação do Balanço Patrimonial e

CODASP - CNPJ Nº 61.585.220/0001-19 ASSEMBLÉIAS GERAIS ORDINÁRIA E EXTRAORDINÁRIA Ficam convocados, na forma da lei, os Srs. Acionistas da Cia. de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo-CODASP para as Assembléias Gerais Ordinária e Extraordinária no dia 26 de abril de 2006,às 15 horas, Av. Miguel Estéfano, 3.900 - Água Funda, Capital, a fim de deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia: AGO: a) Exame, discussão e votação do Balanço Patrimonial e demais demonstrações Contábeis referentes ao exercício encerrado em 31.12.2005; b) Eleição de membros do Conselho de Administração e fixação dos respectivos honorários; c) Eleição dos membros do Conselho Fiscal e fixação dos respectivos honorários; AGE: a) Ratificação da nova remuneração da Diretoria; b) Outros assuntos de interesse da Sociedade. São Paulo, 11-abril-2006 - JOSÉ BERNARDO ORTIZ - Presidente do Conselho de Administração. (12, 13 e 17/04/06)

demais Demonstrações Financeiras, referentes ao exercício social encerrado em 31/12/2005; b) Destinação do resultado de exercício; c) Fixação da remuneração dos membros da diretoria; d) Outros assuntos de interesse da sociedade. São Paulo, 11 de abril de 2006. Ciro de Campos Lilla - Diretor Presidente.

(12,13,14/04/2006)

DF Vasconcellos S/A – Óptica e Mecânica de Alta Precisão CNPJ 61.482.725/0001-58 – NIRE 3530002298.0 – Capital Aberto. Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária – Convocação. Convidamos os senhores acionistas a reunirem-se em Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária, a realizar-se no dia 28 de abril de 2006, nos horários abaixo, respectivamente, na sede social da Companhia, sita na Avenida Indianópolis, 1706, São Paulo-SP, para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: Em Assembléia Geral Ordinária, às 10,00 horas: 1. Leitura, discussão e aprovação do relatório da administração e das demonstrações contábeis e financeiras relativas ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2005; 2. Eleição de membros do Conselho de Administração; 3. Outros assuntos de interesse da Sociedade relacionados com os itens precedentes. Em Assembléia Geral Extraordinária, às 11,00 horas em 1ª. convocação e, se for o caso, às 12,00 horas em 2ª. convocação: 1. Grupamento de ações na proporção de 1000 para 1, com conseqüente alteração do art. 5 do Estatuto Social; 2. Outros assuntos de interesse da Sociedade relacionados com os itens precedentes. O quorum para a instalação da AGE em 1ª. convocação será dois terços do capital votante e em 2ª. convocação com qualquer quorum. Atendendo Instrução da CVM 165/91 e 282/98, informa-se que é de 9% o percentual mínimo de participação no capital votante necessário à requisição da adoção do voto múltiplo para Eleição dos membros do Conselho de Administração. São Paulo, 07 de abril de 2006. Conselho de Administração (11, 12, 13/04/2006)

Itautec Informática S.A. Grupo Itautec CNPJ 51.764.058/0001-42 Companhia Aberta NIRE 35300005040 Capital Autorizado: até 3.000.000.000 de ações Capital Subscrito e Realizado: R$ 91.750.000,00 - 1.930.956.778 ações

Fato Relevante Edital de Convocação

COMUNICADO Diálogos Produções Artísticas Ltda, CNPJ 02.724.513/0001-70, CCM nº 2.724.657-4 ,comunica ter extraviado seu talão de Nota Fiscal de Serviços de nº 051 ao nº 100. (11, 12, 13/04/2006)

LICITAÇÃO PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP

ABERTURA DE LICITAÇÃO MODALIDADE: TOMADA DE PREÇOS Nº 005/2006 OBJETO: Contratação e empreitada de mão-de-bra com fornecimento de materiais p/execução de correções pontuais do pavimento asfáltico com C.B.U.Q e execução de serviços de base com brita graduada, em diversas ruas e avenidas da cidade. Limite p/entrega dos envelopes 02/05/2006 às 16:00 h e abertura dia 03/05/2006 às 10:00h.

DECLARAÇÃO DE PROPÓSITO DECLARAÇÃO DE PROPÓSITO ALCINDO FERREIRA, portador da C.I. RG. nº 558.523-SSP-DF e CPF nº 043.904.908-34. DECLARA

sua intenção de exercer cargo de administração na ACTION S/A DISTRIBUIDORA DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS e que preenche as condições estabelecidas no art. 2º da Resolução 3.041, de 28 de novembro de 2002. ESCLARECE que, nos termos da regulamentação em vigor, eventuais objeções à presente declaração devem ser comunicadas diretamente ao Banco Central do Brasil, no endereço abaixo, no prazo de quinze dias contados da data da publicação desta, por meio formal em que os autores estejam devidamente identificados, acompanhado da documentação comprobatória, observado que o declarante pode, na forma da legislação em vigor, ter direito a vistas do processo respectivo. BANCO CENTRAL DO BRASIL. Departamento de Organização do Sistema Financeiro. Gerência Técnica em São Paulo. Av. Paulista, nº 1804 - São Paulo-SP. CEP 01310-922.

ATAS

ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA E ORDINÁRIA Os Senhores Acionistas da ITAUTEC INFORMÁTICA S.A. - GRUPO ITAUTEC são convidados pelo Conselho de Administração a se reunirem em Assembléia Geral Extraordinária e Ordinária, que se realizará no dia 26 de abril de 2006, às 14:30 horas, no auditório da sede social, localizado na Rua Santa Catarina, 1 - Prédio 18 - 2º andar, nesta Capital, a fim de: I - ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA examinar Proposta do Conselho de Administração, objetivando: 1. a incorporação da totalidade das ações desta sociedade pela controladora Itautec S.A. - Grupo Itautec e a conseqüente conversão da Itautec Informática S.A. - Grupo Itautec em subsidiária integral, nos termos do artigo 252 da Lei nº 6.404/76, atribuindose ações da incorporadora aos acionistas desta sociedade, em substituição e proporcionalmente às respectivas participações; 2. a reforma do estatuto social, para adequá-lo à condição de subsidiária integral, mediante conversão das ações preferenciais em ordinárias e eliminação dos dispositivos sobre o capital autorizado, a forma escritural das ações, as vantagens das ações preferenciais e o Conselho de Administração; II - ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA 3. tomar conhecimento do Relatório da Administração e do Parecer dos Auditores Independentes e examinar, para deliberação, balanço patrimonial, demais demonstrações financeiras e notas explicativas, relativos ao exercício social encerrado em 31.12.2005; 4. homologar a destinação do lucro líquido do exercício; 5. eleger os membros da Diretoria e fixar a verba destinada à sua remuneração. São Paulo-SP, 10 de abril de 2006. Conselho de Administração Olavo Egydio Setubal Presidente

AVISO AOS ACIONISTAS Consoante dispõe o artigo 4º da Instrução CVM nº 319, de 03.12.1999, comunicamos aos Senhores Acionistas que os laudos definitivos de avaliação, nos quais se baseará a incorporação de ações a ser deliberada pela Assembléia Geral Extraordinária e Ordinária de 26.04.2006, encontram-se na sede social, na Rua Santa Catarina, 1 - Prédio 18, em São Paulo (SP). São Paulo (SP), 10 de abril de 2006. Ricardo Egydio Setubal (11/12/13) Diretor de Relações com Investidores

Itautec S.A. - Grupo Itautec CNPJ 54.526.082/0001-31

Companhia Aberta

NIRE 35300109180

Capital Autorizado: até 900.000.000 de ações Capital Subscrito e Realizado: R$ 194.834.642,98 - 174.296.078 ações

Fato Relevante Edital de Convocação ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA E EXTRAORDINÁRIA Os Senhores Acionistas da ITAUTEC S.A. - GRUPO ITAUTEC são convidados pelo Conselho de Administração a se reunirem em Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária, que se realizará no dia 26 de abril de 2006, às 15:30 horas, no auditório da sede social, na Rua Santa Catarina, 1 - Prédio 2 - Parque São Jorge, em São Paulo (SP), a fim de: I1.

2. 3.

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MOINHO PRIMOR S.A

ATA SUMARIADA DA ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA/ORDINÁRIA DATA, LOCAL E HORA: Dia 23 de fevereiro de 2006, na sede social de MOINHO PRIMOR S.A na Avenida Torres de Oliveira n.º 936, Jaguaré – São Paulo, às 15 horas. COMPOSIÇÃO DA MESA: Presidente da mesa: Hermes Pereira Fernandes Cardetas, Secretário Kango Ohashi. ACIONISTAS PRESENTES: Acionistas representativos da totalidade do capital social, conforme assinaturas apostas no Livro de Presença de Acionistas. ORDEM DO DIA DA AGE: a) Comunicado aos acionistas do pedido de demissão apresentado à assembléia, pelo diretor administrativo e financeiro Sr. Luiz Antonio de Araújo: ORDEM DIA DA AGO: a) Apreciação de contas da diretoria, exame, discussão e votação das demonstrações financeiras relativas ao exercício social em 31 de dezembro de 2005; b) Destinação do resultado do exercício e distribuição de dividendos; c) eleição da diretoria e fixação de sua respectiva remuneração; d) extinção do cargo de Diretor Superintendente; e) outros assuntos de interesse social. DELIBERAÇÕES AGE: 1) Acatado e aprovado pelos acionistas presentes, o pedido de demissão apresentado pelo diretor administrativo e financeiro, Sr. Luiz Antonio de Araújo, em caráter irrevogável e irretratável. DELIBERAÇÕES DA AGO: 1) Aprovado por unanimidade o Relatório da Diretoria e as Demonstrações Financeiras, relativas ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005. 2) Aprovado por unanimidade, a deliberação da diretoria de não proceder à distribuição de dividendos, em razão dos resultados considerados incompatíveis financeiramente. 3) Foram eleitos, para compor a diretoria da sociedade, para o triênio de 2006 a 2008, o Sr Almir Pereira de Melo, brasileiro, solteiro, maior, comerciante, portador da Cédula de Identidade RG – 18.076.914-5 SSP/SP e do CPF - 279.621.948-80 residente e domiciliado na Rua Francisco Garbo, 431 Vila Bertini, Americana - SP, para Diretor Presidente; o Sr. Valdemir Bispo dos Santos, brasileiro, maior, casado, portador da Cédula de Identidade RG – 34.473.882-6 SSP/SP e do CPF/MF n.º 848.110.999-15 residente e domiciliado na Rua Pedro Vasconcelos, 215 apto. 5, Jardim Alvinópolis, na cidade de Atibaia, Estado de São Paulo - CEP: 12942670, para o cargo de Diretor de Patrimônio; o cargo de Diretor Administrativo e Financeiro, será acumulado pelo Diretor presidente eleito, Sr. Almir Pereira de Melo; 4) Quanto à remuneração dos diretores eleitos, fica mantido o mesmo critério adotado nas gestões anteriores. APROVAÇÃO DA ATA: a presente ata, lavrada na forma sumariada autorizada pelo art. 130 da Lei 6.404-76 foi lida e aprovada sem ressalvas, pelos acionistas presentes. ASSINATURAS: Nada mais havendo a tratar e encerrada a assembléia, firmaram esta ata. Hermes Pereira Fernandes Cardetas, Daniel Fernando Dias, Kango Ohashi. São Paulo, 23 de fevereiro de 2006. Esta é cópia fiel da ata lavrada no livro próprio – Hermes Pereira Fernandes Cardetas - Presidente da mesa - Kango Ohashi - Secretário. Dir. Pres/Adm/Fin. Almir Pereira de Melo. Dir. Patrimônio - Valdemir Bispo dos Santos. Presidente da Mesa- Hermes Pereira F. Cardetas. Secretário - Kango Ohashi.

ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA tomar conhecimento do Relatório da Administração e do Parecer dos Auditores Independentes e examinar, para deliberação, balanço patrimonial, demais demonstrações financeiras e notas explicativas, relativos ao exercício social encerrado em 31.12.2005; homologar a destinação do lucro líquido do exercício; eleger os membros do Conselho de Administração; tendo em vista determinação das Instruções CVM nºs 165/91 e 282/98, fica consignado que, para requerer a adoção de voto múltiplo na eleição de membros do Conselho de Administração, os requerentes deverão representar, no mínimo, 5% do capital social; fixar a verba destinada à remuneração dos integrantes do Conselho de Administração e da Diretoria;

II - ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA Examinar proposta do Conselho de Administração, objetivando: 5. elevar o atual capital social subscrito, de R$ 194.834.642,98 para R$ 195.554.141,40, sem emissão de ações, mediante capitalização de reservas de capital; 6. incorporar a totalidade das ações do capital da controlada Itautec Informática S.A. Grupo Itautec, convertendo-a em subsidiária integral, nos termos do artigo 252 da Lei nº 6.404/76; 6.1. ratificar a nomeação da empresa avaliadora Moore Stephens Lima Lucchesi Auditores Independentes para a elaboração dos pertinentes laudos de avaliação patrimonial; 6.2. conseqüente elevação do capital social, mediante emissão de ações a serem atribuídas aos acionistas da Itautec Informática S.A. - Grupo Itautec; 7. em decorrência dos itens precedentes, alterar a redação do “caput” do artigo 3º do estatuto social, a fim de consignar o novo valor do capital subscrito e sua divisão em ações. São Paulo-SP, 10 de abril de 2006. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Olavo Egydio Setubal Presidente

AVISO AOS ACIONISTAS Consoante dispõe o artigo 4º da Instrução CVM nº 319, de 03.12.1999, comunicamos aos Senhores Acionistas que os laudos definitivos de avaliação, nos quais se baseará a incorporação de ações a ser deliberada pela Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária de 26.04.2006, encontram-se na sede social, na Rua Santa Catarina, 1 - Prédio 2 - São Paulo (SP). São Paulo (SP), 10 de abril de 2006. Ricardo Egydio Setubal Diretor de Relações com Investidores (11/12/13)


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4 -.TURISMO

quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, 13, 14, 15 e 16 de abril de 2006

BRASIL

Pirenópolis celebra cultura e natureza Programe-se: 45 dias após o domingo de Páscoa, a charmosa cidade em Goiás prepara a tradicional Cavalhada para a Festa do Divino Espírito Santo. Aos aventureiros, há inúmeras trilhas e cachoeiras Por Sonaira San Pedro Fotos: Divulgação/Rui Faquini

Fotos: Sonaira San Pedro

que é nascido em Pirenópolis e também vende os móveis criados por ele em Paris – mantém um ateliê na Rua Direita. O inusitado mobiliário é produzido com diferentes tons de madeira do cerrado. Natureza – Nos arredores de Pirenópolis há cerca de 40 quedas d’água. Algumas ainda selvagens. Uma trilha com quatro quilômetros e sete cascatas leva até a Queda da Várzea do Lobo, de 70 metros de altura. Do alto, descortina-se uma vista magnífica para o vale de cerrado. Algumas cachoeiras se concentram no Monumento Natural da Cidade

de Pedra. Entre cânions e trilhas, rochas gigantescas lembram formas de animais e seres humanos. Não longe dali, o Santuário de Vida Silvestre Vagafogo é reserva ecológica e guarda trilhas, cachoeiras, piscinas naturais e recantos encantadores bem escondidos no meio da mata. O lugar é referência quando se fala em ecoturismo responsável. Tanto que já recebeu até a visita do real do príncipe Philip, marido da rainha Elizabeth II. Ele veio conhecer de perto o projeto de Evandro Ayer, quem está à frente dos projetos do s antuário.

Vestidos a caráter para a Cavalhada (à esq.), os moradores encenam tudo ao ar livre, nas ruas de pedras e entre casas simples e alguns exemplares do século 18. Para aproveitar o cerrado, trilhas leves são a melhor pedida

Mauricio Moraes/AE

Locadora Dollar: novo navegador e mais modelos

Q Na região, são cerca de 40 quedas d’água. Na cidade, as inúmeras lojas de artesanato encantam os visitantes

RAIO X COMO CHEGAR A Gol (tel. 0300-789-2121) leva para Goiânia a partir de R$ 318, ida-e-volta. Na Varig (tel. 11/ 4003-7001), sai a partir de R$ 668. Com a TAM (tel. 11/ 40025700), o bilhete custa R$ 1.202. Pirenópolis fica a 120 km de Goiânia. ONDE DORMIR Pousada dos Pireneus: Chácara Mata do Sobrado, 80, tel. (62) 3331-1028. Tem sala de jogos, lago, pomar. Diárias a partir de R$ 220. Pouso do Sô Vigário: Rua Nova, 21, tel. (62) 33311206. Instalado numa construção do século 18, com sauna e piscina. Diárias por R$ 100. ONDE COMER Le Bistrô: R. do Rosário, 23, tel. (62) 3331-2150. Comida Variada. Pensão do Padre Rosa: R. Aurora, 15, tel. (62) 33313577. Variada. AONDE IR Monumento Natural da Cidade da Pedra: acesso pela GO 070 para Colcalzinho de Goiás, 52 km. Santuário de Vida Silvestre Vagafogo: acesso pela R. do Carmo, a 6 km da centro da cidade. Tel. (62) 3335-8490.

A porta de entrada

G

oiânia é a porta de entrada para quem viaja a Goiás. A metrópole abriga um sem-fim de parques e jardins, que colorem a cidade com a típica vegetação pequena e tortuosa do centro-oeste brasileiro. Ali, três de cada dez metros são arborizados. Um giro pela cidade revela os prédios baixinhos com traços de art-déco, da época da construção de Goiânia, na década de 1930. É na Praça Cívica onde se erguem os prédios mais importantes da cidade. Para conhecer a história e a cultura goianense, vale visitar o museu Zoroastro Artiaga, ainda no centro. Nos fins de semana, as feiras livres se multiplicam pelas praças e ruas. A feira hippie, na Praça do Trabalhador, é a maior e a mais tradicional de todas, com 6 mil expositores de artesanato, confecções e comidas típicas. Passeio obrigatório é o Cerrado. O lugar abriga cidade cenográfica projetada como no começo do século, réplica em tamanho natural de um quilombo e modelo de aldeia indígena timbira com ocas à base de palha de babaçu. (S.S.P.)

uem utiliza os serviços da Dollar Rent a Car nos Estados Unidos tem duas novidades: o navegador Street Pilot e o automóvel Chrysler Pacifica. Tanto o equipamento quanto o carro estão disponíveis em todas as lojas da empresa no país. Segundo Willy Herrmann, diretor da Image/Marketing, que representa a Dollar Rent a Car com exclusividade no Brasil, o Street Pilot é atualmente o serviço mais moderno do mercado. “O equipamento é portátil e pode ser utilizado em qualquer veículo da Dollar nos Estados Unidos”, disse Herrmann. “Você seleciona o idioma e pode ler as informações em português no painel, e o Street Pilot permite ainda falar as dicas, que podem ser ouvidas em inglês, espanhol e italiano”, completou ele. “Entre outros dados, o equipamento pode dar o caminho mais curto, o mais rápido e calcula até o horário previsto de chegada ao destino, ou seja, traz uma nova satisfação ao motorista que o utiliza.” Para usar o Street Pilot é cobrado uma taxa adicional por dia. Novos carros – Herrmann revelou ainda que a Dollar oferece um novo modelo de carro. Trata-se do Chrysler Pacifica, que faz parte da categoria Premium da locadora. “É um veículo entre o Cherokee e uma perua como a conhecemos no Brasil”, descreveu.

Willy Herrmann, representante da Dollar: novos modelos, como o Chrysler Pacifica

Oferece muito espaço para passageiros e bagagens e tem três fileiras com dois bancos individuais cada. “É um excelente carro.” Em relação a preços, Herrmann destacou que o turista brasileiro já percebe a economia que faz ao alugar um carro da Dollar no Brasil com a tarifa all inclusive. “Essa modalidade está se mostrando um sucesso no mercado brasileiro”, afirmou. “E para o agente de viagens isso é ótimo, porque a comissão dele é maior”, finalizou. Mais informações no Brasil pelo tel. (11) 5505-7300 ou no site www.dollar.com/lac. Mais informações sobre o Panrotas Corporativo no site www.panrotas.com.br. Assinaturas pelo tel. (11) 5070-4816 ou 5070-4804, e-mail assinaturas@panrotas.com.br.

Divulgação/Panrotas

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os pés da serra dos Pireneus, uma cidadezinha com ruas de pedras e casarões centenários é um dos mais ricos acervos patrimoniais do centro-oeste brasileiro. Fundada pelos bandeirantes no século 18, durante o ciclo do ouro, Pirenópolis revela boas surpresas cada vez que se dobra uma esquina. Na parte alta da cidade, figura a Igreja Nossa Senhora do Rosário, erguida em 1728. Ela se tornou mais conhecida depois do incêndio que destruiu parte do interior, em 2003. Mas já foi quase toda restaurada e segue aberta ao público, tão preciosa como era antes do acidente. A poucos minutos de caminhada dali, está o Museu das Cavalhadas. O lugar abriga todos os apetrechos usados na tradicional Festa do Divino Espírito Santo, que ocorre 45 dias depois do domingo de Páscoa. A Cavalhada, teatro ao ar livre que representa a luta medieval entre cristãos e mouros, é o ponto alto da festa que dura 12 dias e atrai milhares de turistas à cidade. O espetáculo se espalha por Pirenópolis: comandadas pelos reis, o componente mais importante de cada grupo, as duas frentes de batalha se encontram na casa onde é servida a “farofa” – um café da manhã reforçado. Depois, elas seguem para as apresentações das danças folclóricas, que tomam conta das ruas da pequena cidade. Artesanato – Uma infinidade de lojinhas de artesanato guardam sementes estilizadas, artigos de madeira, cerâmica, doces e vinhos de frutas típicas da região. De R$ 0,60 a R$ 10 mil, tem de tudo um pouco. O conhecido designer Maurício Azeredo –


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Nacional Empreendedores Finanças Empresas

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RISCO BRASIL E DÓLAR TIVERAM NOVA QUEDA

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bilhões de dólares foi quanto a América Latina recebeu em investimentos estrangeiros em 2005.

Marco Teixeira/Ag. O Globo

Menos dinheiro estrangeiro para a América Latina Cepal aponta redução de investimento para a região, puxado por queda no Brasil

A

entrada de investimentos estrangeiros diretos (IED) na América Latina e o Caribe ficou praticamente estável em 2005 na comparação com 2004, atingindo US$ 61,6 bilhões, segundo números divulgados ontem em Santiago do Chile pelo economista da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), José Luiz Machinea. De acordo com Machinea, a América do Sul recebeu US$ 38,1 bilhões de investimentos estrangeiros diretos, o que representa uma leve queda de 1,1% em relação ao ano anterior. Essa redução se explica pelos menores recursos recebidos pelo Brasil. A Cepal ponderou, no entanto, que "a diminuição das correntes de IED para o Brasil não representa uma mudança drástica na tendência recente". De acordo com o relatório, os países que mais receberam investimentos externos no ano passado foram o México, com US$ 17,8 bilhões; Brasil, com US$ 15,1 bilhões; Chile, com US$ 7,2 bilhões; Argentina, com US$ 4,6 bilhões; e a Colômbia, com US$ 3,9 bilhões. Segundo o relatório da Ce-

15,1 bilhões de dólares foi quanto o Brasil recebeu em investimentos estrangeiros diretos no ano passado pal, a América Latina e o Caribe ainda não conseguiram alcançar seu potencial como pólo de atração de IED. "A região enfrenta os desafios de aumentar a quantidade e melhorar a qualidade dessas entradas de capital para ampliar seu impacto sobre o desenvolvimento produtivo da região". Empresas nacionais – No capítulo destinado à análise do desempenho das empresas latino-americanas, a Cepal afirma que a participação delas na América Latina e Caribe "parece estar perdendo importância relativa na elite das 500 maiores companhias da região". Em termos de vendas, as empresas nacionais (privadas e

estatais) têm crescido mais que as companhias estrangeiras, segundo a análise do Cepal. "Em termos de exportação, a participação das empresas multinacionais também diminui quando se examinam as 200 maiores exportadoras. Nesses casos, a participação delas cai enquanto aumenta a de empresas nacionais públicas (atividades primárias) e privadas (manufaturas e serviços)", aponta a Cepal. Transnacionais – A maioria das empresas transnacionais da região está instalada na Argentina, Brasil, Chile e México. As maiores, com investimentos mais diversificados geograficamente, estão em atividades baseadas em recursos naturais como minérios (Vale do Rio Doce), aço (Techint e Gerdau), petróleo e g á s ( P e t ro b r a s , P D V S A e ENAP), e cimento (Cemex). "Em geral, as empresas que fazem parte desse grupo contam com forte apoio estatal para seu desenvolvimento", destacou o documento. "Algumas são ou foram empresas estatais. Outras cresceram aproveitando os planos de privatização em seu país ou nas economias vizinhas". (Agências)

Empresas nacionais locais, como a Vale do Rio Doce (foto), no Brasil, crescem mais do que as estrangeiras

Bolsa fecha em alta e dólar cai D epois de três pregões consecutivos em baixa, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) subiu ontem, puxada pela melhora das bolsas em Nova York e pelos indicadores favoráveis ao crescimento da economia brasileira. O Índice Bovespa (Ibovespa) fechou em alta de 1,39%, com 38.427 pontos. Operou entre a máxima de 38.448 pontos (1,44%) e a mínima de 37.816 pontos (-0,22%). Com esse resultado, a bolsa acumula altas de 1,26% em abril e de 14,86% em 2006. O movimento financeiro ficou em R$ 4,803 bilhões, e R$ 956 milhões corresponderam ao vencimento do Ibovespa Futuro. "O vencimento foi equilibrado", disse um operador. A primeira prévia do Índice Geral de Preços de Mercado

(IGP-M) de abril registrou deflação de 0,43%. A primeira quadrissemana do Índice de Preço ao Consumidor (IPC-Fipe) ficou em 0,03%, abaixo da expectativa dos analistas. "Inflação baixa com atividade econômica forte é tudo o que a bolsa quer para subir", disse um operador, lembrando que, além dos baixos índices de inflação, também foi divulgado o indicador de venda de papelão ondulado, que cresceu 13,8% em março ante fevereiro. Usado em embalagens, o produto é referência para verificar a atividade econômica. Risco – Em Nova York, o índice Dow Jones fechou em alta de 0,36%, o Nasdaq avançou 0,19% e o S&P500 subiu 0,12%. O risco-Brasil caiu seis pontos, para 241 pontos-base.

O dólar chegou a ser pressionado à tarde pela alta dos juros dos Treasurie s, títulos do Tesouro dos Estados Unidos, mas cedeu no fechamento. O pronto finalizou em baixa, pelo segundo dia seguido, cotado a R$ 2,133 na roda da BM&F (-0,28%) e no balcão (-0,33%). A queda do risco-Brasil e do preço do petróleo, e a alta das bolsas estimularam a oferta de moeda pelas tesourarias de bancos, após o leilão de compra do Banco Central (BC). Além dos exportadores, as instituições que não quiseram vender para o BC contando que o pronto poderia subir mais acabaram devolvendo parte das posições depois da operação, o que levou o dólar a devolver a alta por causa da oferta maior do que a demanda. (AE)


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Administração Ambiente Urbanismo Transpor te

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PESQUISA: OS 215 MELHORES LOCAIS PARA SE VIVER

Entre as 10 melhores cidades do mundo, três estão na Suíça: Zurique, Genebra e Berna

Paulo Pampolin/Hype

PEDIDO DE LIBERDADE PARA SUZANE AINDA NÃO CHEGOU À JUSTIÇA Defesa da jovem explicou que não foi possível preparar o pedido de habeas-corpus a tempo Eduardo Nicolau/AE

A falta de segurança e as condições sociais de São Paulo (acima) e de outras cidades brasileiras contribuem para o fraco desempenho no ranking Suzane, na noite de terça, quando era levada para a penitenciária

SÃO PAULO CAI NO RANKING A DAS MELHORES CIDADES Falta de segurança foi o principal fator que levou a capital paulista a passar da 107ª para a 108º posição

S

ão Paulo caiu no índice internacional que aponta as cidades com melhor qualidade de vida no mundo. A capital paulista era a 107ª colocada no mundo entre 215 cidades avaliadas em 2005 pela consultoria Mercer. Em 2006, São Paulo caiu para a 108ª posição, em parte por causa da violência. A liderança no ranking é de Zurique, seguida por outra cidade suíça, Genebra. A terceira melhor cidade para se viver no mundo é Vancouver, no Canadá, seguida pela austríaca Viena. A pior avaliação é para a cidade de Bagdá. Entre as cidades brasileiras, Brasília é a que está melhor posicionada no ranking e ocupa a 104ª posição, uma abaixo de Xangai. Na América do Sul, Montevidéu é a que aparece na posição mais alta e é classificada como a 76ª melhor cidade para se viver. Buenos Aires vem na 78ª posição, enquanto Santiago, no Chile, ocupa a 81ª colocação. Já o Rio de Janeiro ocupa apenas a 117ª posição, enquanto Manaus aparece somente em 129º lugar. Segundo os autores do ranking, a falta de segurança e as condições sociais desses locais contribuem para o fraco desempenho. A questão da segurança é tão grave

que, pela classificação, as cidades israelenses de Jerusalém e Tel Aviv, onde freqüentemente ocorrem ataques terroristas, estão em situações mais confortáveis que o Rio de Janeiro. No geral, são as cidades no Canadá, Europa e Austrália que dominam os primeiros postos na classificação. Honolulu, capital do Havaí, é a líder entre as cidades dos Estados Unidos e ocupa a 27ª posição. Suíças – Entre as 10 melhores cidades para se viver, três estão na Suíça. Além de Zurique e Genebra, Berna ocupa a nona colocação. Londres é a 39ª colocada, enquanto cidades no Leste Europeu ganham posições no ranking, entre elas Budapeste, Praga ou Varsóvia. O motivo seria a entrada dos países do Leste Europeu na União Européia (UE), o que teria dado um impulso ao padrão de vida de suas capitais. Na Ásia, a cidade melhor colocada é Cingapura, na 34ª posição. Com a classificação, a consultoria espera ajudar empresas multinacionais e governos que precisam enviar seus funcionários ao exterior. A avaliação leva em conta as condições políticas, sociais, de segurança, de meio ambiente, educação, acesso aos serviços públicos e transporte. (AE)

Vivi Zanatta/AE

CHINA NA SÉ – A praça da Sé, no Centro, foi palco ontem de performances das danças do dragão e do leão e de apresentações de tai chi chuan e kung fu. Foi o primeiro evento do Encontro de Artes Marciais e Cultura Chinesa que acontece dia 30, no Ginásio do Ibirapuera.

defesa de Suzane von Richthofen, acusada pela morte dos pais, Manfred e Marísia von Richthofen, não deu entrada ontem no pedido de habeas-corpus, no Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo, como havia planejado e divulgado. O recurso poderia ser impetrado até as 19h, mas, segundo a defesa, como o assunto era muito técnico, não foi possível elaborar o texto a tempo. Suzane foi presa novamente na segunda-feira depois de ficar nove meses em liberdade. Ela está na Penitenciária Feminina de Santana, na zona norte de São Paulo e seu julgamento está marcado para 5 de junho. O crime aconteceu em 31 de outubro de 2002, na casa da família, no Brooklin. O advogado da jovem, Mário Sérgio de Oliveira, disse, na terça-feira, que usaria dois argumentos para pedir a libertação: ela não representa uma ameaça ao irmão Andreas, como argumentou o Ministério Público Estadual (MPE), e não há indícios de que ela estivesse prestes a fugir. Suzane foi presa após exibição de uma entrevista no Fantástico, da TV Globo, no último domingo. A reportagem dava indícios de que a jovem teria sido orientada pelos advogadas e chorar, mostrar-se arrependida e culpar os irmãos Cravinhos. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SP) investiga a atitude de Mário Sérgio de Oliveira e de Denivaldo Barni, também advogado e tutor de Suzane. Foi no apartamento dele que ela viveu os últimos meses. Fantasma – Suzane, que tem

22 anos, poderia ser comparada a um fantasma no prédio onde morava com a família Barni, na Vila Sônia, zona sul. Os moradores descobriram a sua presença em outubro de 2005, mas nunca a viram na quadra, na piscina ou no elevador. A garota costumava usar a escada, já que o apartamento fica no primeiro andar. Quando as empregadas e porteiros espalharam a notícia, Vera Barni, mulher do advogado, reuniu os funcionários e explicou: "ela está aqui por um ato de caridade, de amor. Eu não poderia desampará-la". Procurada ontem pela reportagem para saber o motivo de ter acolhido Suzane, Vera chorou. Ela disse que está sofrendo muito e que já havia sido traída o suficiente por "duas víboras" que levou para casa, referindo-se aos repórteres do Fantástico. "Eu não estaria sofrendo tanto se tivessem pisoteado nela (Suzane)", disse Vera, com voz embargada, pelo interfone. Desde domingo, Vera só saiu do apartamento para ir ao médico. Amigos foram informados de que a família havia viajado para um sítio. Na Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa), onde Barni atua como procurador jurídico, a informação é de que ele tirou férias. Barni Júnior, um dos defensores de Suzane, estava em seu escritório, mas não quis falar". Para os colegas, Barni é uma pessoa séria, educada e dedicada ao trabalho e à família. Ele já conhecia Suzane antes do crime por ter sido amigo e colega do pai dela, que também trabalhava na Dersa. (AE)


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LAZER - 12

HAPPY HOUR

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manhã também é dia de São Bento. O bar que leva seu nome tem uma deliciosa – e rara – caipirinha de limão siciliano (R$ 10,50). Não há como não provar... Não esqueça de deixar uma para ele! Já a medalha de São Bento (foto), que traz o desenho de uma cruz, é a mais antiga medalha da igreja. Sua origem é atribuída a São Bento abade, que morreu no ano 574, em

TELEVISÃO

HOT JAZZ T

Monte Cassino e foi o fundador da Ordem dos Beneditinos. Os fiéis acreditam que a medalha há de ajudar em dificuldades do corpo e da alma e contra as tentações do diabo. Feliz Páscoa! O Boteco São Bento fica na rua Mourato Coelho, 1060, Vila Madalena, tel.: (11) 3044-2624. A medalha pode ser adquirida em qualquer igreja ou loja de artigos católicos. (ASN).

raditional Jazz Band. Auditório da Livraria Cultura. Shopping Villa Lobos. Telefone: (11) 3024-3599. Ingresso: um quilo de alimento não perecível. Sexta (14). 20h.

DVD

VISUAIS ENCANTO PARA OS OLHOS Mostra com 65 magníficas e inéditas pinturas italianas Pinacoteca do Estado/Divulgação

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assa década entra década e Madonna continua firme no posto de a maior diva pop de todos os tempos, embora muita gente tenha apostado na sua decadência. A Material Girl – que ainda não confirmou se trará sua mais recente turnê, Reinvention, ao Brasil neste ano – é a estrela de um documentário inédito que o canal A&E exibe com exclusividade para toda a América Latina no domingo de Páscoa, dia 16, às 17h30 (com reapresentação às 22h). Madonna: I'm Going to Tell You a Secret é dirigido por Jonas Akerlund (o mesmo diretor dos videoclipes Ray of Light, Music e o polêmico American Life). Durante duas horas, o programa mostra os bastidores da turnê Re-invention e imagens da rotina pessoal da cantora. Madonna tenta mostrar-se inteira: discorre sobre sua vida, emite opiniões sobre o amor, religião e a família, e exibe cenas do seu dia-a-dia com o marido, o cineasta britânico Guy Ritchie, e com os filhos, Lola, de oito anos e Rocco, de quatro. Aos 48 anos e com o corpão ainda em forma, Madonna está mais recatada. Deixou de lado a irreverência e as provocações e investiu na linha "mãe de família" conservadora. (RR)

SHOW M

iúcha (foto) revive clássicos de Tom, Vinícius e Chico. Sesc Santana. Av. Luís Dumont Villares, 579. Telefone: (11) 6971-8700. Sábado (15), 21h; domingo (16), 19h. R$ 20.

LEITURA

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erá lançado na terça, dia 18, a partir das 19h30, na livraria da Imprensa Oficial, na Casa das Rosas (avenida Paulista, 37) o livro Arte Sacra Colonial (288 páginas, R$ 90), com mais de uma centena de textos e fotos de igrejas e capelas, santos e detalhes de obras de arte sacra. Organizada pelo professor Percival Tirapeli como resultado de pesquisa do Movimento Barroco Memória Viva, do Instituto de Artes da Unesp, a obra é dividida nos tópicos Arquitetura e urbanismo - Dos Altares às Praças; Ornamentações A Alma Dourada; Literatura - O Verbo entre Deus e o Homem;eMúsica - A Voz, o instrumento de Deus. Em cada uma delas escrevem estudiosos e está reunido precioso material fotográfico, como Crucifixo (foto), imagem esculpida em madeira policromada, resplendor em prata, do Rio de Janeiro do século 18, hoje no acervo da igreja da Ordem Terceira do Carmo, em Itu, interior de São Paulo. (LHC)

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tabat Mater (A Mãe Está). O momento em que a Virgem Maria se coloca diante de Cristo na cruz inspirou numerosos compositores. Entre eles, o italiano Giovanni Battista Pergolesi (1770-36), cujo Stabat é registrado neste DVD (Brilliant Classics). Obra para duas vozes solistas e pequeno conjunto de câmara.

CD T

Sansão e Dalila, de Liberi: ela o subjugou cortando-lhe os cabelos. No olhar, uma nesga de arrependimento

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scuro e claro. A percepção apurada dos atributos da luz e seus efeitos sobre semblantes e curvas. É a exposição Luz e Sombra na Pintura Italiana - Entre o Renascimento e o Barroco, em cartaz na Pinacoteca do Estado até o final do mês. Reunindo 65 pinturas magníficas nunca antes exibidas no Brasil, a exposição, com curadoria de Vittorio Sgarbi, abrange a produção artística de mestres como Tintoretto, Veronese, Luca Giordano, Ticiano e de outros que viveram e pintaram na Itália, como El Greco e Van Dyck. Nos séculos 15 e 16, época em que Cristóvão Colombo e Fernão de Magalhães saíam em busca de terras por mares desconhecidos, em Veneza, Bolonha e Roma esses pintores exploravam os recantos da alma para revelar rostos esculpidos pelo lusco-fusco de uma vela e o poder do contraste, como em Sansão e Dalila, de Pietro Liberi, em que a luz recai sobre uma mulher quase arrependida, ou – para ver nesta Semana Santa – o tocante retrato de Jesus prestes a ser crucificado, por Paris Bordon. E ainda mais impressionante é o poeta Pietro Arentino – retratado por Ticiano – que parece absorto no ato de inventar seus versos. Envolvente, a mostra é um encanto para os olhos. Pinacoteca do Estado, Praça da Luz, 2, tel.: (11) 3229-9844, de terça a domingo, das 10h às 18h. Ingresso: R$ 4. (LHC)

atabat Mater, segundo dois compositores: o polonês Karol Szynanowski (1882-1937) e o francês Francis Poulanc (1899-1963). Com a Sinfônica e Coro de Atlanta, sob a regência de Robert Shaw. Selo Telarc.

CONCERTO

TEATRO Einstein para cordas e trapézio Divulgação

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livro Sonhos de Einstein, escrito pelo físico americano Alan Lightman, não tem o peso de uma obra teórica. Ao longo de 30 capítulos, o autor revela como um dos gênios da ciência moderna, o alemão Albert Einstein, defendia a existência de mundos fictícios e brincava com os conceitos de tempo e espaço, revelando, com impressionável leveza para alguém com seu arsenal teórico, como as pessoas seriam afetadas caso ocorresse alguma alteração nos principais mandamentos da física. Inspirado no livro, o grupo carioca Intrépida Trupe levou aos extremos o perfil lúdico do criador da teoria da relatividade e deu à luz o espetáculo Sonhos de Einstein, no qual nove atores desafiam as leis da gravidade amparados por trapézios, cordas e malabares, além de executarem números de vôo e dança. Depois de 12 anos sem se apresentar em São Paulo, a companhia chega com uma tonelada e meia de cenários e equipamentos circenses. A parafernália é tão complexa que foram necessárias mudanças na estrutura do Teatro do Colégio Santa Cruz, onde a peça entra em cartaz nesta sexta, dia 14. As cadeiras centrais foram removidas e as laterais do teatro ganharam um conjunto de arquibancadas. Com isso, foi possível avançar um braço do palco na direção da platéia. Para deixar ainda mais próximos público e artistas, a produção instalou 40 balanços na boca de cena,

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Intrépida Trupe: o lúdico na teoria da relatividade

que poderão ser ocupados pela platéia. O grupo usa luz, música e ruídos para tornar palatáveis conceitos de tempo, espaço e gravidade, sendo que essa explicação é um dos pontos altos do espetáculo. "Se eu disser que os corpos caem atraídos pela gravidade, eu não estou explicando nada", diz Baltar. "Mas se eu perguntar como os corpos caem e, neste momento, um ator despencar de uma altura de seis metros para cair dentro de um tonel e, na última hora, for desviado por uma corda, as pessoas vão entender". No Teatro do Colégio Santa Cruz, Rua Orobó, 277, tel.: (11) 3024-5191. Sexta às 21h30, sábado às 21h e domingo às 17h e 20h. Ingressos a R$ 30. (SR)

maestro americano Ira Levin rege os concertos desta quinta (13), 21h; sábado (15), 16h30; e segunda (17), 20h, da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp). Programa - Do alemão Richard Wagner (foto, 1813 - 1883): A Valquíria (Ato I); e do esloveno Hugo Wolf (1860-1903). Participação da soprano Violeta Urmana; do tenor Stephen Gould e do baixo Stephen Bronk. Sala São Paulo. Praça Júlio Prestes, s/n. Telefone: (11) 3337-5414. Ingressos: R$ 25 a R$ 79.

GASTRONOMIA Divulgação

CINEMA Bichos à solta Buena Vista Pictures/Divulgação

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A turma em missão de resgate

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elvagem (The Wild, 2006, Estados Unidos, 94 minutos). Direção de Steve Williams. Com enredo parecido ao de Madagascar, esse novo desenho da Disney Pictures aproveita a técnica desenvolvida na produção anterior, O Galinho Chicken Little. Um jovem leão é enviado para a selva por engano. Um grupo de animais do zoológico onde ele vivia decide se juntar para resgatá-lo. Entre eles estão um leão mais velho, uma girafa, uma cobra, um esquilo apaixonado pela girafa e um coala, que odeia ser chamado de “bonitinho”. Mas o filme é, sim, bonitinho. Com apenas cópias dubladas. A atriz Flávia Alessandra faz a voz da girafa Bridget. Luigi Barricelli é o esquilo Benny. (RA) Outras estréias e a programação de cinema em www.dcomercio.com.br

áscoa é a festa da ressureição. Assim, nada melhor do que festejar com cores e sabores, despertando todos os sentidos. Essa é a proposta do chef Cezar Cassiano, do restaurante Noah, para o almoço de domingo de Páscoa. No cardápio montado para a data, são destaques entre as entradas a salada de abacate com vinagrete de tomate verde e ceviche do mar e a de grão de bico com arroz selvagem, kani, ervilha fresca e coco fresco. Entre os pratos quentes, há o ravioline de queijo de búfala com mini almôndegas e molho de tomate; o pernil de cordeiro assado com molho do porto e batatas no alecrim e o gateau de bacalhau com refogado de couve e crosta de alho (foto). Não poderia faltar entre as sobremesas a colomba pascal, aqui servida com sorvete e calda de chocolate. Adequados à data são também os ovos nevados com caramelo e as taças com mini ovinhos de chocolate. Os mais gulosos podem pedir a taça gigante de merengue com frutas amarelas. O bufê, a R$ 35 por pessoa, inclui pães, queijos, frios, antepastos, saladas, pratos quentes, sobremesas e um drinque. O Noah fica na avenida Brigadeiro Faria Lima, 3989, Vila Olímpia, telefone para reservas: (11) 5187-1266. (LHC)


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Administração Urbanismo Tr â n s i t o Transpor te

9 Dois ônibus e um veículo de passeio se envolveram no acidente. Um homem de 72 anos morreu.

COLISÃO DEIXA 50 FERIDOS NO RIO DE JANEIRO

ENTALADO Um caminhão entalou ontem sob a ponte Engenheiro Roberto Zuccolo (marginal Pinheiros), piorando o trânsito.

PEDÁGIOS Pela primeira vez desde a privatização das estradas paulistas, o preço dos pedágios poderá ficar como está ou até cair.

Ó RBITA

ACIDENTE ma pessoa morreu e 50 ficaram feridas, ontem pela manhã, em um acidente entre dois ônibus e um carro na avenida Brasil, na zona norte do Rio. Bombeiros de 10 quartéis foram mobilizados. Um dos feridos ficou duas horas preso às ferragens e foi levado de helicóptero para o Hospital Municipal Miguel Couto. O acidente ocorreu por volta das 7h. O ônibus da viação Trans1000 saiu da pista lateral em direção à faixa seletiva repentinamente Ele bateu no Gol de Alessandra Leal, que se chocou contra a mureta. Em seguida, um ônibus da empresa Aline Tour, que vinha em alta velocidade, bateu no coletivo. "O ônibus da Trans1000 bateu duas vezes no meu carro. Um helicóptero dos bombeiros socorreu os feridos. Carlos Santos, de 72 anos, que ficou preso nas ferragens, morreu no hospital. (AE)

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TRÂNSITO LENTO PELA MANHÃ rês acidentes com motos, na manhã de ontem, complicaram o trânsito na cidade. O primeiro deles aconteceu por volta das 7h30 na avenida Aricanduva. Uma pessoa ficou ferida após a colisão entre a moto e um ônibus. Outros dois acidentes envolveram motos e veículos de passeio, por volta das 10h, deixando um ferido em cada

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A TÉ LOGO

ocorrência, mas em locais diferentes. Um deles foi na avenida 23 de Maio e o outro na Radial Leste, no acesso à estação Belém do Metrô. Às 11h, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), São Paulo tinha 65 quilômetros de lentidão, acima da média para o horário, que é de 50 quilômetros. (AE)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

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Professores da rede municipal decidem suspender a greve iniciada há 16 dias

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Tombamento de um caminhão carregado de pneus fechou uma faixa da Anchieta

Nova Paiol Participações S.A. Empresa da Organização Bradesco CNPJ 04.278.130/0001-41 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP Demonstração do Resultado – Em Reais mil

Relatório da Diretoria Senhores Acionistas, Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas. o Balanço Patrimonial, bem como as Demonstrações do Resultado, das Mutações do Patrimônio Líquido e das Origens e Aplicações de Recursos, relativos ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, acompanhados das Notas Explicativas e Relatório dos Auditores Independentes sobre a revisão limitada. Colocamo-nos à disposição de V.Sas. para quaisquer esclarecimentos que julgarem necessários. Cidade de Deus, 21 de fevereiro de 2006 Diretoria

Balanço Patrimonial em 31 de dezembro – Em Reais mil 2005

AT I V O

2004

2005

P A S S IV O

CIRCULANTE .................................................................... Disponibilidades .............................................................. Aplicações Financeiras ................................................... Outros Créditos ................................................................ Títulos e Valores Mobiliários .......................................... Tributos a Compensar ou a Recuperar ........................... REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ..................................... Outros Créditos ................................................................ Tributos a Compensar ou a Recuperar ........................... Créditos Tributários ........................................................... PERMANENTE ................................................................. Investimentos ...................................................................

33.317 3.772 3.772 29.545 29.518 27 689 689 615 74 4 4

3.435 3.405 3.405 30 – 30 648 648 556 92 4 4

TOTAL .................................................................................

34.010

4.087

2004

Exercícios findos em 31 de dezembro 2005 2004 RECEITAS OPERACIONAIS ..............................................................

30.234

545

Receitas Financeiras ..........................................................................

716

545

Rendas Apropriadas de Operações a Termo ..................................

29.518

DESPESAS OPERACIONAIS ...........................................................

71

87

Despesas Tributárias ..........................................................................

1

27

Despesas Gerais e Administrativas ................................................

70

60

CIRCULANTE ....................................................................

15.743

106

RESULTADO OPERACIONAL ............................................................

30.163

458

Obrigações Fiscais e Previdenciárias ..........................

10.049

3

RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO ...........

30.163

458

Dividendos Propostos a Pagar .......................................

5.694

103

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL .......................

(10.183)

(97)

PATRIMÔNIO LÍQUIDO .....................................................

18.267

3.981

LUCRO LÍQUIDO ..................................................................................

19.980

361

- De Domiciliados no País ..............................................

2.100

2.000

Reservas de Capital ........................................................

80

80

Reservas de Lucros .........................................................

16.087

1.901

TOTAL .................................................................................

34.010

4.087

Número de ações ................................................................................

Capital:

Lucro por lote de mil ações em R$ ..................................................

CAPITAL SOCIAL

EVENTOS

RESERVAS DE LUCROS

INCENTIVOS FISCAIS DO IMPOSTO DE RENDA

LEGAL

LUCROS ACUMULADOS

ESTATUTÁRIA

TOTAIS

1.110,00

20,06

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos – Em Reais mil Exercícios findos em 31 de dezembro 2005 2004

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – Em Reais mil RESERVA DE CAPITAL

18.000.000 18.000.000

ORIGEM DOS RECURSOS ................................................................

19.980

361

LUCRO LÍQUIDO ..................................................................................

19.980

361

APLICAÇÃO DOS RECURSOS .........................................................

5.735

238

Dividendos propostos .........................................................................

5.694

103

Aumento do Realizável a Longo Prazo ...........................................

41

135

AUMENTO NO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO ..........................

14.245

123

SALDOS EM 31.12.2003 ........................................................................................................................................

2.000

80

339

1.304

3.723

Lucro Líquido ...........................................................................................................................................................

361

361

Destinações: Reservas .................................................................................................................................................................. Dividendos Propostos ............................................................................................................................................

– –

– –

18 –

240 –

(258) (103)

– (103)

ATIVO CIRCULANTE ...........................................................................

29.882

227

SALDOS EM 31.12.2004 ........................................................................................................................................

2.000

80

357

1.544

3.981

No Início do Exercício ........................................................................

3.435

3.208

Aumento de Capital com Reservas ...................................................................................................................... Lucro Líquido ...........................................................................................................................................................

100 –

– –

– –

(100) –

– 19.980

– 19.980

No Fim do Exercício ...........................................................................

33.317

3.435

PASSIVO CIRCULANTE .....................................................................

15.637

104

Destinações: Reservas .................................................................................................................................................................. Dividendos Propostos ............................................................................................................................................

– –

– –

999 –

13.287 –

(14.286) (5.694)

– (5.694)

No Início do Exercício ........................................................................

106

2

No Fim do Exercício ...........................................................................

15.743

106

2.100

80

1.356

14.731

18.267

AUMENTO NO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO ..........................

14.245

123

SALDOS EM 31.12.2005 ........................................................................................................................................

VARIAÇÃO NO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO:

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras 1.

CONTEXTO OPERACIONAL A Nova Paiol Participações S.A. é uma empresa que tem por objetivo, participar como sócia ou acionista de outras sociedades e comprar e vender participações societárias. A Nova Paiol Participações S.A. é parte integrante da Organização Bradesco utilizando-se de recursos administrativos e tecnológicos e suas demonstrações financeiras devem ser entendidas neste contexto.

2.

APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refere à constituição de provisões. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas.

3.

PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Apuração do resultado As receitas e despesas são apropriadas de acordo com o regime de competência, observando-se o critério “pró-rata” dia para as de natureza financeira. b) Ativos e passivos Os ativos foram demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias (em base “pro-rata” dia) auferidos. As aplicações em fundos de investimentos estão valorizadas utilizando o valor da cota do último dia do exercício fornecido pela Administradora do fundo. A operação a termo de moeda está valorizada mediante a apuração da diferença entre a taxa de câmbio a termo pactuada e a taxa de câmbio no mercado a vista, aplicadas sobre o valor base da contratação. Os passivos incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e variações monetárias (em base “pro-rata” dia) incorridos. c) Imposto de renda e contribuição social A provisão para o imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida de adicional de 10%. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com a legislação vigente. Os créditos tributários são calculados sobre as diferenças temporárias às alíquotas demonstradas acima e serão realizados quando da utilização/reversão das respectivas provisões sobre as quais foram constituídas.

4.

APLICAÇÕES FINANCEIRAS A carteira de aplicações financeiras está representada em 31 de dezembro de 2005 por cotas de Fundos de Investimentos no montante de R$ 3.772 mil (2004 - R$ 3.405 mil).

5.

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS Está representado pelo diferencial a receber da operação a termo de moeda sem entrega fisíca com vencimento para 02 de janeiro de 2006, firmado com o Banco Bradesco S.A. Data de Contratação

Data de Vencimento

Valor Base em Moeda de Referência-US$

Prazo-Dias

Taxa de Câmbio-R$

Comprador

Diferencial a Receber-R$ mil

19/01/2005

02/01/2006

40.000.000

348

3,07912

Banco Bradesco S.A.

29.518

c) As reservas de lucros são constituídas obrigatoriamente, como segue: reserva legal a base de 5% do lucro líquido do exercício, até atingir 20% do capital social realizado ou 30% do capital social, acrescido das reservas de capital. Após esse limite a apropriação não mais se faz obrigatória. A reserva legal somente poderá ser utilizada para aumento de capital ou para compensar prejuízos; a reserva estatutária objetiva a manutenção da margem operacional compatível com o desenvolvimento das operações ativas da Sociedade e pode ser constituída em 100% do lucro líquido remanescente após destinações, sendo o saldo limitado a 95% do capital social integralizado. d) Conforme disposição estatutária, aos acionistas estão assegurados juros sobre o capital próprio e/ou dividendos que somados correspondam, no mínimo, a 30% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da lei societária. No exercício, foram propostos dividendos no montante de R$ 5.694 mil, que correspondem a R$ 316,33 por lote de mil ações, registrados na rubrica “Dividendos Propostos a Pagar”. O cálculo dos dividendos relativos ao exercício de 2005, está demonstrado a seguir: R$ mil % (1) Lucro Líquido .............................................................................................................................................. 19.980 Reserva Legal ............................................................................................................................................ (999) Base de Cálculo ......................................................................................................................................... 18.981 Dividendos Propostos em 2005 ............................................................................................................... 5.694 30,0 Dividendos Propostos em 2004 ............................................................................................................... 103 30,0 (1) Percentual dos dividendos aplicados sobre a base de cálculo. 7.

PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) O capital social, totalmente subscrito e integralizado em 2005 e 2004, é dividido em 18.000.000 de ações ordinárias, nominativas escriturais, sem valor nominal. b) Na Assembléia Geral Extraordiária e Ordinária, realizada em 29 de abril de 2005, deliberou-se sobre: Aumentar o capital social em R$ 100 mil, elevando-o de R$ 2.000 mil para R$ 2.100 mil, mediante a capitalização de parte do saldo da conta “Reservas de Lucros - Reserva Estatutária de 2001”, sem emissão de ações.

Diretoria

b)

c) d) e)

2004

Resultado antes dos tributos (imposto de renda e contribuição social) ............................................. 30.163 458 Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente (10.255) (156) Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos: Realização de crédito tributário não ativado .......................................................................................... 48 35 Adicional de imposto de renda ................................................................................................................. 24 24 Imposto de renda e contribuição social do exercício ............................................................................ (10.183) (97) Os impostos e contribuições a compensar referem-se a imposto de renda de períodos anteriores e imposto de renda retido na fonte sobre aplicações financeiras do exercício atual, no montante de R$ 215 mil (2004 - R$ 162 mil) e a contribuição social a compensar de R$ 427 mil (2004 - R$ 424 mil). Não foi constituído crédito tributário sobre prejuízo fiscal no montante de R$ 947 mil (2004 - R$ 995 mil). Os créditos tributários são representados por diferenças temporárias no montante de R$ 26 mil (2004 - R$ 26 mil), base negativa da contribuição social no montante de R$ 48 mil (2004 - R$ 66 mil), com perspectiva de realização até 3 anos. O valor presente dos créditos tributários, calculados considerando a taxa média de captação da Organização Bradesco, líquida dos efeitos tributários, monta a R$ 70 mil (2004 - R$ 79 mil).

OUTRAS INFORMAÇÕES a) Obrigações Fiscais e Previdenciárias referem-se, substancialmente, a Imposto de Renda Diferido no montante de R$ 7.379 mil e Contribuição Social Diferida de R$ 2.657 mil. b) Despesas Tributárias referem-se, a COFINS, PIS e CPMF no montante de R$ 1 mil (2004 - R$ 27 mil). c) As Despesas Gerais e Administrativas referem-se, a R$ 49 mil (R$ 2004 - R$ 38 mil) com Editais e Publicações, R$ 2 mil (2004 - R$ 2 mil) com Contribuição Sindical Patronal, R$ 6 mil (2004 - R$ 9 mil) com Serviços Prestados por Terceiros, R$ 13 mil (2004 - R$11 mil) com Serviços de Auditoria Externa.

Relatório dos auditores independentes sobre a revisão limitada

Cidade de Deus, Osasco, SP, 21 de fevereiro de 2006

Aos Acionistas e Diretores da

Diretoria

Nova Paiol Participações S.A.

Diretor-Presidente

Osasco - SP

Márcio Artur Laurelli Cypriano

Diretores Décio Tenerello Laércio Albino Cezar Armando Alves Vieira Luiz Carlos Trabuco Cappi Sérgio Socha Julio de Siqueira Carvalho de Araujo Milton Almicar Silva Vargas José Luiz Acar Pedro Norberto Pinto Barbedo

Em 31 de dezembro - R$ mil 2005

8. 6.

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social:

Efetuamos revisões limitadas dos balanços patrimoniais da Nova Paiol Participações S.A., levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004, e das respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos para os exercícios findos naquelas datas, elaboradas sob responsabilidade de sua administração.

Sergio de Jesus Contador - CRC 1SP198209/O-2

Nossas revisões foram efetuadas de acordo com as normas específicas estabelecidas pelo IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil e consistiram principalmente, na aplicação de procedimentos de revisão analítica dos saldos financeiros e na averiguação dos critérios adotados na elaboração das demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2005 e 2004 junto aos responsáveis pelas áreas contábil e financeira. Considerando que estas

revisões não representaram exames de acordo com as Normas de Auditoria Independente das demonstrações financeiras, não estamos expressando uma opinião sobre as referidas demonstrações financeiras. Baseados em nossas revisões limitadas, não temos conhecimento de qualquer modificação relevante que deva ser efetuada nas demonstrações financeiras referidas no primeiro parágrafo, para que as mesmas estejam de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

7 de abril de 2006

KPMG Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6

Cláudio Rogélio Sertório Contador CRC 1SP212059/O-0


DIÁRIO DO COMÉRCIO

6

quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, 13, 14, 15 e 16 de abril de 2006

Cidades

Amanhã, o rodízio será suspenso. Hoje, a medida vigora normalmente para veículos com final 7 e 8.

CÂMARA MUNICIPAL Milton Mansilha/Luz

Milton Mansilha/Luz

1,2 milhão de veículos saem da cidade

E Matuite Mayezo/Folha Imagem - 06/10/1999

Newton Santos/Hype

Divulgação

Suplentes: a fila de espera na Câmara Municipal é grande. Acima, à esquerda, Rubens Calvo, que quer criar a República do Idoso. Acima, Jorge Perez, ex-PV e hoje no PFL. Só assumirá se um dos dois vereadores verdes deixarem seus cargos. À esquerda, a secretária Mara Gabrilli, representante do tucanato. Na fotos menores, Faria Lima (no alto) e Carlos Neder. O primeiro é filiado ao Prona, de Enéas. O segundo é deputado estadual pelo PT e busca a reeleição. Se não conseguir, pode assumir uma suplência na Câmara.

CARAS NOVAS. IDÉIAS, NEM TANTO. Pelo menos dez vereadores deverão disputar novos cargos em outubro. Na fila de espera, suplentes com discursos ainda vagos. Milton Mansilha/Luz

Ivan Ventura

A

partir de outubro, o plenário da Câmara Municipal de São Paulo poderá ter caras novas. Dez vereadores já oficializaram suas candidaturas para cargos no Legislativo estadual e federal e no Executivo, abrindo as portas para seus suplentes. Outros dois vereadores ainda não se decidiram: Paulo Frange (PTB), que sonha com o Senado ou a Câmara Federal, e José Ferreira, o Zelão (PT), com a Assembléia Legislativa. Dentre os decididos, o PT terá um candidato a deputado estadual (Francisco Chagas) e dois a federal (Soninha e Paulo Teixeira). Entre os tucanos serão cinco: dois a deputado estadual (Marcos Zerbini e Ricardo Montoro), dois para federal (Carlos Alberto Bezerra Júnior e William Woo) e um pré-candidato ao governo de São Paulo (José Anibal). No Centrão (grupo de parlamentares formado por PMDB, PL, PP PTB) está sacramentada a candidatura de Carlos Apolinário a governador. No PFL, Jorge Tadeu Mudalen disputará a Câmara Federal. Quem são – Alguns suplentes são conhecidos do eleitorado paulistano. É o caso de Tião Farias (PSDB). Ele ocupava a vaga do ex-secretário de Participação e Parceria, Gilberto Natalini, que retornou à Câmara depois de um ano e três meses no Executivo. Na semana passada, pela segunda vez, Farias retornou à Câmara no lugar de José Police Neto, nomeado secretário no lugar de Natalini. Também do tucanato virão Mara Gabrilli (secretária para Pessoas com Deficiência) e o engenheiro Ricardo Teixeira. No PT, os suplentes di-

retos serão o presidente de cooperativa de perueiros, Senival Pereira; o deputado estadual Carlos Neder e o médico Rubens Calvo. Entre os pefelistas, destaque para o possível retorno de Eliseu Gabriel, que deverá ocupar a vaga de Jorge Tadeu. Suplentes – Mas que méritos têm esses suplentes, alguns com passagem pelo Legislativo municipal? Expectativa e apreensão se confundem nas cabeças dessas novas caras. Jorge Perez (PFL) é o que se pode chamar de um suplente esperançoso. Apesar de pertencer ao mesmo partido de Jorge Tadeu, Perez só assumiria as vagas dos vereadores Abou Anni e Aurélio Nomura (ambos do PV) ou ainda da ex-partido verde, Bispa Lenice Lemos. Explica-se: Jorge Perez, ex-PV, trocou de legenda no começo de 2005, logo depois da posse dos vereadores. O Prona, de Enéas, eterno candidato a presidente, também tem um suplente na fila de espera: Faria Lima, ex-vereador, acusado de envolvimento no escândalo conhecido como "Máfia dos Fiscais". Em março deste ano, Perez teve a oportunidade de ser parlamentar por um mês, justamente por conta da licença temporária de Lenice Lemos. Nesse período, o parlamentar mais novo da atual gestão (ele tem 27 anos) apresentou dois projetos voltados a área de tributação. "Não tenho projetos só para uma de-

A partir da próxima legislatura, plenário poderá ter caras novas

terminada área (a tributária). Também tenho projetos ligados a área social". Perez contou que sua mudança de legenda foi motivada pela falta de visibilidade política do Partido Verde, algo que ele espera conseguir a partir das próximas eleições, caso assuma uma cadeira de titular. No PT, alguns possíveis retornos e um nome polêmico. Os petistas poderão promover a volta de Rubens Calvo. Atualmente, ele ocupa interinamente a vaga de José Ferreira, o Zelão. Calvo ganhou notoriedade no ano passado, com a regulamentação do projeto de lei que limita em 15 minutos o tempo de espera de um ciente numa fila de banco. Entusiasmado, Calvo promete mais polêmica. Idosos – "Tenho pronta uma proposta de criação da República do Idoso, projeto similar ao que vem sendo desenvolvido com sucesso na cidade de Santos. Lá, os idosos dormem nas repúblicas e tem liberdade para sair e passear livremente e voltar para a república". E mais: Calvo deverá reapresentar projeto de lei proposto durante a gestão da ex-prefeita

Marta Suplicy. "Trata-se de uma proposta que obriga o Executivo a publicar no Diário Oficial uma página só com fotos de pessoas desaparecidas. Essa página, destacável, deverá ser colocada nas repartições públicas, hospitais, creches ou em qualquer órgão municipal público. Segundo Calvo, isso ajudaria pessoas que têm parentes desaparecidos". Arriscar – O petista Senival é um caso diferente dos demais suplentes do partido. Reconhecido como representante dos perueiros, ele agora arrisca tudo na vida política. Propostas inusitadas ele têm. "Uma delas é separar 10% de todo o montante arrecadado com multas aplicadas no município e investi-los na capacitação de motoristas de ônibus e em cooperativas", disse. Questionado sobre outras propostas, o petista contou que deverá apresentar projetos sociais que vão beneficiar o munícipe que vive nas periferias da cidade. "Sou da periferia e conheço os problemas dessas áreas. Apresentarei projetos voltados para essas regiões", disse, sem dar detalhes. O petista Carlos Neder é um

suplente que promete dar o que falar. Atualmente ele é deputado estadual e, em outubro, tentará se reeleger. Ocorre que em 2004 ele disputou as eleições municipais e não conseguiu votos suficientes para ocupar uma cadeira na Câmara. Ficou na fila dos suplentes. Agora, caso não se reeleja deputado estadual, deverá pleitear a vaga aberta de um dos três vereadores petistas, deixando para trás outros suplentes que hoje não ocupam cargos políticos. Seria uma espécie de prêmio de consolação para o deputado. Continuidade – Se a expectativa é grande entre os suplentes, sentimento ainda maior é compartilhado pelos vereadores candidatos. Carlos Alberto Bezerra Júnior (PSDB), que vai disputar uma cadeira de deputado estadual, espera que seu suplente dê suporte ao plano de governo executado atualmente na cidade. "O suplente deverá manter os compromissos assumidos em defesa da saúde, carro chefe da campanha de José Serra. Realizações como o ‘Mãe Paulistana’ e as AMAs deverão ser ampliados e defendidos pelos novos vereadores", disse. Paulo Frange (PTB) também espera que a bandeira da saúde seja levantada por seu suplente. "É o que farei" – caso se eleja senador ou deputado federal. "Faltam políticos que conheçam a área da saúde. Tivemos pessoas sem relação com a medicina até no Ministério da Saúde". Segundo a Constituição, para concorrer a outros cargos, o presidente da República, governadores e prefeitos devem renunciar até seis meses antes das eleições. A regra, contudo, não se aplica a deputados e vereadores. Eles podem anunciar suas candidaturas, fazer campanhas e, paralelamente, exercer seus mandatos no Legislativo. Caso não se elejam, retornam aos cargos que ocupam hoje.

m torno de 1,2 milhão de veículos devem deixar a cidade de São Paulo no feriado prolongado de Páscoa, de acordo com as previsões da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Espera-se um movimento intenso em direção às estradas das 14h às 22h de hoje e das 8h às 12h de amanhã. A Polícia Rodoviária Federal realizará a operação Semana Santa em todo o País. O esquema especial começou a vigorar à meianoite de ontem e segue até o domingo. Rumo ao litoral – Entre 240 mil e 360 mil veículos devem rumar para o litoral de São Paulo pelo sistema Anchieta-Imigrantes, de acordo com as estimativas da Ecovias. A Operação Descida será implantada a partir das 15h de hoje. Os veículos que seguem em direção ao litoral devem ir pelas duas pistas da via Anchieta e pela pista sul da rodovia dos Imigrantes. A subida será feita pela pista norte da Imigrantes. Durante o feriado de Páscoa, o movimento também deve ser intenso no sistema AnhangüeraBandeirantes. A expectativa é que mais de 500 mil automóveis trafeguem pelas duas rodovias. A ViaOeste estima que perto de 360 mil veículos circulem pelo sistema Castello BrancoRaposo Tavares, entre hoje e domingo. A previsão da NovaDutra é que 181 mil veículos deixem São Paulo pela rodovia. Já a previsão de saída do Rio de Janeiro é de 86 mil veículos. Rodízio – O rodízio de veículos na cidade será suspenso amanhã, SextaFeira Santa. Hoje, a medida vigora normalmente para os veículos com placas finais 7 e 8. A Operação Horário de Pico restringe o tráfego de automóveis e caminhões no chamado centro expandido da cidade das 7h às 10h e das 17h às 20h. O centro expandido é delimitado pelas marginais Tietê e Pinheiros, pela avenida dos Bandeirantes, pelo Complexo Viário Maria Maluf, pelas avenidas Tancredo Neves e Juntas Provisórias, pelo viaduto Grande São Paulo e pelas avenidas Professor Luís Inácio de Anhaia Melo e Salim Farah Maluf. Recorde – O congestionamento registrado pela CET ontem, às 19h, era de 187 quilômetros. Trata-se do maior índice registrado desde o início do ano. A média para o horário, com base em índices de 2005, é de 122 quilômetros. O problema foi atribuído à saída antecipada para o feriado prolongado de Páscoa e a acidentes ocorridos nas marginais Tietê e Pinheiros. (Agências)


quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, 13, 14, 15 e 16 de abril de 2006

Nacional Empreendedores Av i a ç ã o Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

9 Funcionários da Varig fizeram uma manifestação ontem na sede da companhia, no Rio de Janeiro.

DÍVIDA DA EMPRESA É DE R$ 7 BILHÕES

EMPRESA AGUARDA NOVA RODADA DE NEGOCIAÇÕES COM A BR E PRECISA PAGAR R$ 49 MI PARA A INFRAERO

FALÊNCIA DA VARIG PODE SER QUESTÃO DE DIAS de recuperação. Aprovou o plano duas vezes. Essa é a diferença, não é só um fornecedor", disse o presidente da Varig, Marcelo Bottini, depois de explicar que a empresa não está pedindo dinheiro público ou do governo, mas um acordo comercial com a BR com prazo de 60 dias para pagar o combustível, que é hoje quitado de forma antecipada. Bottini fez um balanço da situação da companhia desde a entrada, no ano passado, no processo de recuperação judicial. Disse que dívidas passadas foram repactuadas em pagamentos em prazos de sete a dez anos. " Os credores são os administradores da Varig." Outro problema da companhia são as dívidas com a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), que informou ontem que a Varig precisa pagar à estatal R$ 46 milhões na próxima semana. Esse valor é referente a taxas de embarque pagas pelos passageiros e que devem ser repassadas para a estatal. Já as empresas aéreas estrangeiras que voam para o Brasil estão interessadas na possibilidade de aumentar o número de vôos internacionais para o País, assumindo rotas que ficariam vagas com uma possível paralisação da Varig. Essas companhias poderiam assumir as linhas em 15 ou 20 dias. Dúvida – Técnicos da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) estão colocando em dúvida a validade jurídica do parecer do extinto Departamento de Aviação Civil (DAC) que permitiu a venda da Varig Logística (VarigLog), subsidiária da Varig, para a Volo do Brasil. Apesar disso, ontem, a venda da VarigLog para a Volo foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). (AE)

Governo intervém no Aerus

O

governo arruinou as pretensões de parte dos funcionários da Varig de salvar a companhia ao decretar ontem intervenção no fundo de pensão Aerus. Junto com a intervenção, a Secretaria de Previdência Complementar (SPC) decretou a liquidação extrajudicial dos planos de benefícios patrocinados pela Varig no Aerus. O fundo tem planos patrocinados por outras companhias aéreas, que foram preservados. O titular da SPC, Adacir Reis, nomeou como interventor no fundo e liquidante dos planos Erno Dionízio Brentano, que já participava da gestão do Aerus como administrador especial. Com a liquidação extrajudicial dos planos patrocinados pela Varig, nem os aposentados e pensionistas

têm qualquer garantia de que vão continuar recebendo seus benefícios. O mais provável é que isso não ocorra. Última tentativa – Os funcionários da Varig fizeram, ontem à noite, uma última tentativa de conseguir do governo autorização para a utilização de recursos do fundo de pensão Aerus, agora sob intervenção, na recuperação da empresa aérea. O coordenador do grupo de funcionários, Márcio Marsillac, foi recebido pelo ministro da Defesa, Waldir Pires, a quem apresentou a proposta de criação de um grupo de trabalho para fazer um estudo de viabilidade de saque de dinheiro do Aerus sem comprometer o equilíbrio do pagamento dos benefícios aos aposentados e pensionistas do fundo. (AE)

Hudson Pontes/AG

Fabio Motta/AE

Marcelo Bottini, da Varig: credores são administradores da empresa

Funcionários da empresa cobraram ajuda do governo federal

Justiça do Rio faz arresto de ativos

A

Justiça do Trabalho no Rio de Janeiro decidiu arrestar ativos da Varig para garantir o pagamento de direitos trabalhistas. A decisão foi dada pelo juiz da 14.ª Vara do Trabalho, Evandro Guimarães. A ação foi movida por sindicatos, que indicaram interesse em adquirir a empresa no futuro, caso não haja interessados, com recursos como créditos trabalhistas e do fundo de pensão, o Aerus. O juiz da 8.ª Vara Empresarial, Luiz Roberto Ayoub, disse que a decisão da Justiça do Trabalho não traz trauma ao processo. Ele explicou que se trata de uma medida provisória, que visa deixar guardado um bem em favor dos trabalhadores. Ele não adiantou sua avaliação sobre a medida, que foi encaminhada ontem ao Juízo da Vara Empresarial. A ação foi movida por entidades como o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), associações de pilotos e de comissários da Varig. O advogado Otávio Neves, do escritório Bezerra, Neves e Costa Advogados, que trabalha para as entidades, explicou que, basicamente, além de garantir o arresto de bens – o que foi deferido pela Justiça do Trabalho –, o pedido também inclui um pleito de "alienação antecipada de bem". Ou seja, os traba-

lhadores se oferecem para comprar a Varig, caso não haja nenhum outro interessado. Para isso, disse o advogado, eles informam que podem dispor de recursos depositados no Aerus, renúncias salariais e até abrir mão de alguns direitos trabalhistas. Segundo Neves, os ativos da empresa (receitas, linhas, imóveis, a marca e o programa Smiles) ficariam abrigados sob uma nova empresa, uma espécie de filial operacional, a "Varig op". Na petição, os advogados indicam que a oferta teria um valor econômico de R$ 2,5 bilhões, que reflete quanto valeriam iniciativas como "o resgate voluntário" de poupanças individuais de participantes no Aerus, conversão de redução de salários no capital da empresa e alívio do passivo do fundo de pensão (R$ 1,05 bilhão). Os advogados informaram que pretendem recorrer contra a liquidação do Aerus. Consultores consideram difícil uma decisão favorável ao pleito dos trabalhadores, levando em consideração decisão anterior em pedido similar na Varig Log, empresa de logística da Varig vendida para a Volo Brasil, que tem o fundo americano Mattlin Patherson como um dos acionistas. Na época, o pedido foi considerado inconstitucional. (AE)

TAM encerra oferta de ações

A

TAM anunciou ontem ao mercado o encerramento da oferta pública de ações preferenciais que compreendeu a distribuição primária de 5 milhões de novas ações e secundária de 30,6 milhões de ações de titularidade dos acionistas vendedores no Brasil

(11.748.533 ações) e no exterior (23.869.565 ações sob a forma de ADS – American Depositary Shares). Foram distribuídas ao público o total de 37.121.977 ações, ao preço de R$ 42 cada uma, totalizando R$ 1.559.123.034 – uma das maiores ofertas de ações realizadas no Brasil. (Reuters)

Webjet volta a operar em maio

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companhia aérea Webjet, que suspendeu os vôos regulares no início de janeiro após apenas seis meses de vida, vai voltar a operar. No dia 2 de maio, a companhia, que tem apenas uma aeronave Boeing 737-300, volta ao mercado com freqüências semanais entre as cidades do Rio de Janeiro e Porto Alegre. A estratégia, segundo a companhia, é privilegiar a

região Sul e iniciar operações para Curitiba, no dia 1º de junho, além de expandir vôos até Salvador, a partir de 3 de julho. A empresa, no entanto, ainda não divulgou os preços dos bilhetes nem os canais de venda. A Webjet foi comprada em janeiro deste ano por investidores brasileiros e pelo Grupo Águia, detentor da Stella Barros e outras empresas de turismo. (AG)

Factoring

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possibilidade de falência da Varig já está sendo admitida por fontes do governo. A situação falimentar da companhia aérea está se configurando a cada dia e ganhou um fator determinante com a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de não autorizar a liberação de dinheiro público para sanear a empresa, que tem uma dívida de mais de R$ 7 bilhões. Algumas das medidas que têm sido tomadas nas últimas horas, na avaliação de técnicos do setor, indicam que o governo não vai interferir para conter a crise financeira e isso pode significar o fim da empresa. A decisão de intervir no fundo de pensão dos funcionários, o Aerus, foi tomada para impedir que o patrimônio do fundo fosse dilapidado para socorrer a empresa. No Planalto, há consciência de que "a situação está cada vez mais complicada". Na terça-feira, o presidente Lula e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, analisaram o assunto. Maior entrave – A BR Distribuidora representa hoje o maior entrave ao sucesso do plano emergencial da Varig, que prevê suspensão temporária de gastos correntes, com pagamento posterior. A avaliação foi feita ontem pelos principais executivos da Varig e da consultoria Alvarez & Marsal. Além desse projeto, a empresa tenta planos alternativos, que englobam nova rodada de negociações com a Varig Log, eventual participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) numa solução de mercado para capitalizar a empresa e entendimentos com investidores financeiros. "Estamos falando de um credor que está dentro do plano

O que é Factoring? É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa. Entre em contato conosco Empresa filiada PABX (11) 6748-5627 (Itaquera) à ANFAC 6749-5533 (Artur Alvim) E-mail: falecom@finanfactor.com - www.finanfactor.com


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Nacional Empresas Empreendedores Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, 13, 14, 15 e 16 de abril de 2006

Tive várias propostas para montar a fábrica no interior, mas decidi ficar na região da Santa Efigênia. Young Kwan Lee

800 TIPOS DE FONTE SÃO FABRICADOS PELA NODAJI

Fotos: Paulo Pampolim/Hype

FONTE DE ENERGIA E DE SUCESSO O investimento na fabricação de fontes de alimentação de energia transformaram a pequena lojinha do coreano Young Kwan Lee em uma referência no mercado brasileiro. O sucesso é tamanho que o empreendedor pretende exportar seus produtos e ampliar ainda mais seus negócios no País.

N

Q LETREIRO odaji, a marca que consagrou Young Kwan Lee como um especialista na fabricação e comércio de fontes para energia, é uma palavra que nasceu à semelhança do nosso forró – fruto da expressão for all, que os americanos usavam para comunicar que a festa era para todos. Lee conta que na Coréia do Norte havia muito ouro. Os norteamericanos diziam no touch, para que as pessoas não tocassem nas sacolas com ouro. A expressão Nodaji surge daí e traz consigo uma mensagem de fortuna e sorte. (FL)

uando assumiu a lojinha de número 159 da Rua Aurora, incorporada ao comércio de acessórios e produtos eletrônicos da Santa Efigênia, em São Paulo, Young Kwan Lee, então com 26 anos, nada entendia de eletrônica. Era 1988 e fazia dez anos que sua família havia chegado da Coréia do Norte em busca de novas oportunidades. Nesse período, Lee trabalhou na oficina de costura montada aqui por sua família. Confecção, no entanto, não era a sua área. Daquele ambiente, a única coisa que gostava era desmontar e consertar as máquinas da empresa. A lojinha da Rua Aurora, de um conterrâneo seu que decidiu voltar à Coréia, transformou-se na oportunidade mais próxima do seu desejo de construir um negócio próprio. Instalada em 60 metros quadrados, a Nodaji da época

consertava aparelhos de som, televisores, brinquedos, e fabricava pequenas fontes de alimentação de energia. Desafio O empresário trabalhou durante um mês com o antigo dono, para em seguida assumir o ponto e seus 12 funcionários. "Na época, havia poucos fabricantes de fontes de alimentação no País", conta Lee. A procura pelo produto, no entanto, era grande. Brasileiros compravam equipamentos no exterior e depois não dispunham de assistência técnica para consertar suas fontes de conexão. Em muitos casos, esses acessórios nem acompanhavam os produtos. Sem entender nada de eletrônica, Lee varava noites desmontando essas pequenas caixinhas, para aprender a consertá-las e também para fabricar produtos alternativos, que acompanhassem a evolução dos equipamentos. O

EMPREENDEDORES Lee: de pequenos consertos à fabricação de fontes de energia, o coreano conta uma história de sucesso

empenho lhe custou muitas noites dormidas no chão da Nodaji, consultas a técnicos e busca de livros especializados para aperfeiçoar-se. Nessa época, sem capital para investimento, Lee também chamou para si a tarefa de embelezar a Nodaji. Depois do expediente, mantinha as portas abertas, serrando e lixando madeira, para construir um mezanino e prateleiras. A operação, lembra-se, até chamou a atenção de um advogado que sempre passava pela rua. Curioso, parou um dia para inteirar-se da situação e, solidário ao esforço do jovem empresário, acabou até por lhe emprestar um carro por sete meses. "Hoje, é um amigo e cliente", conta Lee. Obstinação Os resultados da obstinação, com ampliação da linha de fontes fabricada pela Nodaji, apareceram já na primeira metade dos anos 90, quando o lugar passou a ser indicado por outras lojas da região pela especialidade. Lee conta que o número de funcionários e de produtos cresceu ano a ano, com um impulso maior em 1994, quando ele comprou o imóvel ao lado para ampliar a empresa. "Quando eu comprei o prédio, disse para um funcionário: eu não sou brasileiro, mas meu país é o Brasil. Vou colocar aqui o que eu ganhar e deixarei um nome para meu filho e para a minha colônia", lembra. Segundo Lee, entre 1994 e 1995, a Nodaji consolidou-se como especialista em fontes de alimentação. "Eu garantia até o aparelho para o cliente, se acontecesse alguma coisa por falha da fonte", detalha. Sucesso A estratégia deu certo e alimentou a propaganda boca-aboca, grande alavanca para o seu negócio. Tanto que, quando o grupo de rock norte-americano Gun's n' Roses passou pelo Brasil, Lee foi procurado para consertar a fonte queimada de um notebook que o grupo utilizaria para o show. "Jô Soares é outro que passou por lá, para dar solução à conexão de um abajur", conta Juliana Jeong Won Sohn, mulher e sócia de Lee desde 1997. Advogada por formação, Juliana aceitou o desafio, proposto pelo marido, de assumir

Várias expansões para os lados e para cima transformaram a loja

a parte administrativa do negócio – que ele coordenava contando basicamente com sua memória e o trabalho braçal. Com Juliana à frente da administração, Lee liberou-se para planejar novos negócios. Nos últimos cinco anos, o casal imprimiu nova ampliação das instalações, em terreno lateral e para o alto, "sem nunca fechar a loja". Implantou controles informatizados, além de um projeto de qualidade, com certificação concedida em dezembro de 2005. Hoje, já com apoio de engenheiros e outros especialistas –

Amplo acesso aos produtos

que somam 120 funcionários diretos – a Nodaji fabrica 800 modelos de fontes e tem na indústria 70% de seu faturamento. Só na área corporativa, mantém cerca de 8 mil clientes cadastrados. Mas sem deixar de atender às demandas, até mesmo individuais, da clientela espalhada por todo o País. Segundo Lee, essa disposição de atendimento – que é feito no balcão, por meio da internet ou pelo serviço de televendas – é o diferencial da Nodaji em relação à concor-

SEGREDO

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pano de fundo do sucesso da Nodaji traz estampada a obstinação de seu fundador por atender o cliente. Para o empresário Young Kwan Lee, acostumado a se debruçar sobre uma demanda até que a pessoa saia da loja com o problema solucionado, o atendimento não está terminado. O feedback do cliente, dando conta de que o esforço valeu a pena, é, segundo ele, seu melhor remédio para o estresse. "Se não resolvo o problema, não consigo dormir." (FL)

rência. A loja da Rua Aurora recebe diariamente cerca de 700 pessoas em busca de consertos ou produtos novos. Só em no-b reaks, são reparadas cerca de 500 peças por mês. O conserto de fontes oscila entre 3 mil e 4 mil peças. Expansão O próximo passo para a renovação do negócio deve ocorrer ainda neste ano. "A Nodaji vai ser uma casa especializada em energia", conta Lee, que planejou, com Juliana, ampliar a parte comercial com importação de alguns produtos exclusivos. O novo impulso ainda inclui exportação das mercadorias próprias para a América do Sul, começando pela Argentina, incorporação ao mix da loja de uma linha de estabilizadores e fontes para PCs; produção de fontes grandes para a indústria de máquinas; e venda de painéis e baterias para energia solar e equipamentos de segurança. Em meio a tantas novidades, o casal ainda se ocupa de estruturar a construção da nova fábrica da Nodaji, ali mesmo, na região da Santa Efigênia. "Tive várias propostas de ir para o interior de São Paulo, com incentivos fiscais", conta Lee. "Decidi ficar aqui, como uma forma de retribuir por tudo o que eu consegui." Com a saída da fábrica do número 159 da Rua Aurora, o local será redesenhado para a c o m o d a r u m e s t a b e l e c imento mais moderno, com espaço para que o cliente possa ser recebido de forma privativa e com maior conforto. Para a nova loja, está prevista até uma lanchonete. Dessa vez, com direito a fechar as portas ao final do expediente, para ir dormir em casa. Fátima Lourenço

PEDRA

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a coleção de dificuldades que enfrentou até se estruturar no mercado, o empresário Young Kwan Lee recorda-se da inflação como uma das mais cruéis. "Eu tinha capital baixo e a inflação chegou a ser de 80% ao mês." Não era uma situação fácil para quem estava começando e precisava importar componentes e equipamentos, além de dar soluções para o dia-a-dia, a respeito de questões como moradia e pagamento de impostos. (FL)

Lee: embora não seja brasileiro, considera o País a sua terra e quer deixar um legado para os filhos e para a comunidade coreana


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 -.ECONOMIA/LEGAIS

CONVOCAÇÕES

quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, 13, 14, 15 e 16 de abril de 2006

REFIS

BANSTUR - HOTÉIS, LAZER E TURISMO

CNPJ nº 58.630.849/0001-29 CONVOCAÇÃO – ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA Ficam convocados os associados para a Assembléia Geral Ordinária, a realizar-se no dia 28/04/2006, às 14,00 horas, na sede social, no Largo do Arouche nº 24 - 2º andar, para deliberar sobre as contas do exercício de 2005. a) José Oliver Sandrin - Presidente.

Gilberto Nascimento/Agência Câmara

FATO RELEVANTE CORUMBAL PARTICIPAÇÕES E ADMINISTRAÇÃO LTDA. CNPJ Nº 02.809.488/0001-28 FATO RELEVANTE CORUMBAL PARTICIPAÇÕES E ADMINISTRAÇÃO LTDA., com sede na Alameda Santos, 466, São Paulo, SP, inscrita no CNPJ sob o nº. 02.809.488/0001-28, atendendo ao disposto no § 1º do Art. 12, da Instrução CVM nº.358, de 03.01.2002, com a redação dada pela Instrução CVM nº 369, de 11.06.2002, vem informar a essa Comissão que, em virtude de compras de ações preferenciais em bolsa de valores, aumentou sua participação no capital do BANCO ALFA DE INVESTIMENTO S.A. em 5,01%. Ainda de acordo com o que dispõe o citado dispositivo legal, informa mais o seguinte: 1- O objetivo dessas aquisições foi o de ampliar sua participação no capital do BANCO ALFA DE INVESTIMENTO S.A., não havendo intenção de promover o cancelamento do registro de companhia aberta daquela sociedade (Art.12, §1º, inciso II). 2- A composição acionária do BANCO ALFA DE INVESTIMENTO S.A. é agora a seguinte (Art. 12, §1º, inciso III): Qt. Ações Qt. Ações Qt. Ações Acionista Ordinárias % Preferenciais % Total % Administradora Fortaleza Ltda. 8.718 0,016 0 0,000 8.718 0,010 Alfa Holdings S.A. 16.159.400 29,953 672 0,002 16.160.072 17,911 Consórcio Alfa de Administração S.A 16.124.900 29,889 126 0,000 16.125.026 17,872 Conspar Participações e Representações Ltda. 1.684.664 3,123 558.184 1,539 2.242.848 2,486 Corumbal Participações e Administração Ltda. 4.459.746 8,267 9.844.177 27,137 14.303.923 15,854 Metro Tecnologia Informática Ltda. 4.720.195 8,749 457.672 1,262 5.177.867 5,739 Sub-Total 43.157.623 79,997 10.860.831 29,940 54.018.454 59,871 Mercado 10.791.376 20,003 25.414.662 70,060 36.206.038 40,129 Total 53.948.999 100,000 36.275.493 100,000 90.224.492 100,000 3- Não foram emitidas debêntures conversíveis em ações (Art.12, §1, inciso IV). 4- Não há qualquer acordo ou contrato que regule o direito de voto ou a compra e venda de valores mobiliários de emissão do BANCO ALFA DE INVESTIMENTO S.A. (Art.12, §1, inciso V). São Paulo, 12 de abril de 2006. CORUMBAL PARTICIPAÇÕES E ADMINISTRAÇÃO LTDA. Aloysio de Andrade Faria Flávio Márcio Passos Barreto Diretor Presidente Diretor

FALÊNCIA & RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 12 de abril de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências.

Requerente: Kalimo Têxtil Ltda. - Requerida: Miss Teen Modas Ltda. - Rua Coronel Emídio Piedade, 130 - 01ª Vara de Falências Requerente: Digital Work Computer Service Comercial Ltda. - Requerido: Fast Line Serviço de Telemarketing e Atendimento Ltda. - Av. Angélica, 2.578 – 10º andar e nº 2.582 conjs. 101 - 102 - 02ª Vara de Falências Requerente: Avery Dennison do Brasil Ltda. Requerido: TAB Comércio e Representação Ltda. - Rua Dom João V, 555 - 02ª Vara de Falências Requerente: SEC Power Comercial Importadora e Exportadora Ltda. - Requerida: RGT Eletrônica Ltda. - Rua Ferreira de Oliveira, 150 - 02ª Vara de Falências

BALANÇOS

O deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), autor da emenda sobre o Refis

Vem aí um novo programa de parcelamento de tributos

A

Câmara dos Deputados aprovou ontem uma emenda do PSDB à Medida Provisória 280, que tratava do Imposto de Renda de Pessoas Físicas (IRPF), reabrindo o prazo de adesão das empresas ao Refis, o programa de refinanciamento dos débitos tributários. A proposta foi aprovada contra a vontade do governo, por 170 votos a 115, mas ainda precisa ser votada pelos senadores para ter validade. A emenda foi apresentada pelo deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR) e prevê um prazo de 120 dias a partir da promulgação da Medida Provisória para que as empresas devedoras de tributos à Receita Federal ou ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) se inscrevam no programa e obtenham desconto para quitar seus débitos. Nos últimos cinco anos, o governo federal já editou duas versões do Refis, uma em 2000, na gestão de Fernando Henrique Cardoso, e outra em 2003, na administração Lula, chamada de Paes (Parcelamento Especial). No ano passado, os empresários fizeram intenso l o bb y para editar o Refis 3 na Medida Provisória que tratava da criação da Super-Receita. O governo vinha resistindo à idéia de oferecer um novo prazo aos devedores, mas ontem vacilou durante a votação do projeto

EDITAL

JOSÉ KALIL S/A PARTICIPAÇÕES E EMPREENDIMENTOS – CNPJ/MF nº 60.937.653/0001-23 Senhores Acionistas: a Diretoria, no exercício de 2.005, prosseguiu com as reformas no imóvel da Rua Prof. Cesare Lombroso. Foi idealizada a subdivisão das lojas com frente para a rua interna, o que também propiciará o incremento na receita de aluguéres. Foi adquirido mais um imóvel com fren-

Relatório da Diretoria te para a Rua Silva Pinto, vizinho àquele comprado em 2.004. Está sendo regularizada a área do imóvel na Rua Prof. Cesare Lombroso. Permanece a comercialização das unidades no empreendimento da Av. Celso Garcia. Os imóveis da Rua XV de Novembro, na Rua Thabor, na Rua 25 de Março e no

Balanços Patrimoniais em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em R$ 1) Ativo 2005 2004 Passivo 2005 2004 Circulante 12.754.133 14.460.378 Circulante 2.645.441 2.012.960 Disponibilidades 8.083.815 9.597.288 Contas a Pagar 585.922 9.685 Caixa e Bancos 291.590 129.925 Impostos e Contribuições a Recolher 186.763 185.675 Provisão para Férias e Encargos – 571 Aplicações Financeiras 7.792.225 9.467.363 Créditos 4.670.318 4.863.090 Provisão para Imposto de Renda e Aluguéis a Receber 229.998 346.518 Contribuição Social 182.253 369.291 Promitentes Compradores de Imóveis 1.231.464 1.270.601 Dividendos a Pagar 1.690.503 1.447.738 Imóveis a Comercializar 3.207.789 3.240.001 Resultado de Exercícios Futuros 7.679.224 8.245.744 Outros Créditos 1.067 5.970 Receitas de Vendas 7.930.163 8.584.112 Realizável a Longo Prazo 6.822.429 7.435.761 Custos sobre Imóveis Vendidos (250.939) (338.368) Promitentes Compradores de Imóveis 6.683.604 7.296.936 Depósitos Judiciais 103.171 103.171 Patrimonio Líquido 13.258.538 13.826.381 Créditos e Valores 35.654 35.654 Capital Social 7.000.000 7.000.000 Permanente 4.006.641 2.188.946 Reservas de Capital 385.524 385.524 Investimentos 16.454 16.454 Reservas de Lucros 1.499.597 1.269.418 Imobilizado 3.990.187 2.172.492 Lucros Acumulados 4.373.417 5.171.439 Total do Ativo 23.583.203 24.085.085 Total do Passivo 23.583.203 24.085.085 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido nos Exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em R$ 1) Capital Reserva para Reserva Lucros Eventos Social Aumento de Capital Legal Acumulados Total Saldos em 31 de dezembro de 2003 7.000.000 385.524 1.002.496 6.047.677 14.435.697 Dividendos distribuídos sobre lucros acumulados – – – (5.947.737) (5.947.737) Lucro Líquido do Exercício – – – 5.338.421 5.338.421 Destinação do Lucro Constituição da Reserva Legal – – 266.922 (266.922) – Saldos em 31 de dezembro de 2004 7.000.000 385.524 1.269.418 5.171.439 13.826.381 Dividendos Distribuídos sobre Jucros Acumulados – – – (5.171.439) (5.171.439) Lucro Líquido do Exercício – – – 4.603.596 4.603.596 Destinação do lucro Constituição da Reserva Legal – – 230.179 (230.179) – Saldos em 31 de dezembro de 2005 7.000.000 385.524 1.499.597 4.373.417 13.258.538 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis em 31 de dezembro de 2005 1. Contexto Operacional – A Sociedade tem por objeto social a adminis- tribuição social são constituídas com base no lucro presumido. A provisão tração de bens móveis e imóveis próprios; a participação em empreendi- para férias é constituída com base nos direitos adquiridos pelos empregamentos imobiliários; a compra e venda de bens próprios, podendo, ainda, dos até a data do balanço, e inclui os correspondentes encargos sociais. participar de outras Empresas. 2. Principais Práticas Contábeis – a) Apu- 3. Imobilizado Taxa Anual ração do Resultado: As receitas provenientes da comercialização de imóde Depreciação 2005 2004 veis, incluindo a atualização monetária na forma contratual e os custos corTerrenos – 95.037 95.037 respondentes são reconhecidos com base na proporção entre a receita de Edifícios 4% 3.831.087 3.096.087 vendas e os valores efetivamente recebidos. As demais receitas, custos e Móveis e Utensílios 10% 159.671 159.671 despesas são reconhecidas de acordo com o regime de competência. b) Instalações 10% 1.446.813 1.446.813 Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo: Os ativos realizáveis em Imobilizado em Andamento – 1.502.985 335.471 prazos inferiores a 360 dias são classificados como circulantes. As aplicaDepreciações Acumuladas (3.045.406) (2.960.587) ções financeiras são registradas ao valor de aplicação, acrescido dos renTotais 3.990.187 2.172.492 dimentos auferidos até a data do balanço. Os imóveis a comercializar são demonstrados ao custo de aquisição ou de construção, corrigidos moneta- 4. Promitentes Compradores de Imóveis – Correspondem aos valores riamente até 31 de dezembro de 1995. Os demais ativos são avaliados ao das prestações a receber, decorrentes das vendas das unidades financiavalor de custo ou de realização incluindo, quando aplicável, os rendimentos das. auferidos. c) Investimentos: Os investimentos são demonstrados ao custo 5. Resultado de Exercícios Futuros – Referem-se às receitas e custos de aquisição, corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995. d) correspondentes aos imóveis vendidos, e que serão apropriados ao resulImobilizado: O imobilizado é demonstrado ao custo de aquisição ou cons- tado de cada exercício, quando do efetivo recebimento das parcelas, de trução, corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995. As depreci- acordo com o estabelecido na Instrução Normativa da SRF nº 084/79. ações são calculadas com base no método linear, considerando a vida útil 6. Capital Social – O Capital Social, totalmente subscrito e integralizado, é econômica estimada dos bens. e) Passivo Circulante: É demonstrado por representado por 12.000.000 de ações ordinárias nominativas, sem valor valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos cor- nominal. respondentes encargos financeiros e variações monetárias incorridas até 7. Seguros Contratados – A cobertura de seguros do ativo imobilizado é a data do balanço. Os passivos exigíveis em prazo inferiores a 360 dias são mantida em montantes suficientes para assegurar a reposição dos bens e classificados como circulantes. As provisões para imposto de renda e con- a continuidade das operações da Empresa, em caso de sinistros. João Carlos Piccelli – Diretor-Presidente Flávia Correia Falcioni – Diretora Rodolpho Huete Lopes – Contador - CRC 1SP175441/O-0 Parecer dos Auditores Independentes Empresa; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos Aos Administradores e Acionistas da registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; José Kalll S.A. Participações e Empreendimentos – São Paulo - SP e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representa1. Examinamos os balanços patrimoniais da José Kalil S.A. Participações e tivas adotadas pela administração da Empresa, bem como da apresentaEmpreendimentos levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004, e as ção das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. 3. De acordo com respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio lí- a legislação fiscal específica do ramo imobiliário, a Empresa procedeu ao quido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercí- diferimento do lucro de R$ 7.679.224 (R$ 8.245.744 em 2004), decorrente cios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua ad- da venda de imóveis a prazo, que será apropriado ao resultado na medida ministração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre do recebimento das respectivas parcelas. Conseqüentemente, o patrimôessas demonstrações contábeis. 2. Nossos exames- foram conduzidos de nio líquido está demonstrado a menos em R$ 7.151.524 (R$ 7.692.033 em acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: 2004), liquido dos tributos de R$ 527.700 (R$ 553.711 em 2004) e o resul(a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o tado do exercício em R$ 361.283 liquido dos tributos de R$ 17.476 (Em volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da 2004 a mais em R$ 433.296 líquido dos tributos de R$ 31.696). 4. Em nossa

Edifício São Paulo, em Brasília, continuam disponíveis para venda ou locação, não tendo a Diretoria, não obstante esforços, obtido propostas. O imóvel no Guarujá continua locado para a Secretaria de Cultura daquele Município. São Paulo, 13 de fevereiro de 2006. A Diretoria Demonstração do Resultado dos Exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em R$ 1) 2005 2004 Receita Operacional Bruta 6.200.623 8.119.173 Receita de Venda de Imóveis 2.349.433 4.387.890 Receita de Locação de Imóveis 3.851.190 3.731.283 Deduções da Receita Bruta (424.319) (444.427) Impostos Incidentes s/ Receita (308.119) (377.857) Descontos Concedidos (116.200) (66.570) Receita Operacional Líquida 5.776.304 7.674.746 Custo dos Imóveis Vendidos (119.642) (445.108) Custo de Locação de Imóveis (63.850) (182.187) Lucro Bruto 5.592.812 7.047.452 (Despesas) Receitas Operacionais 278.699 (416.881) Despesas com Vendas (60.312) (104.485) Salários e Encargos Sociais (1.108.233) (1.002.539) Despesas Administrativas (844.206) (682.629) Despesas Financeiras (7.502) (7.367) Receitas Financeiras 2.357.550 2.287.428 Despesas Tributárias (59.115) (897.514) Outras (Despesas) Receitas Operacionais 517 (9.775) Lucro Operac. antes da C. Social e I. Renda 5.871.511 6.630.571 Contribuição Social (347.365) (359.656) Imposto de Renda (920.550) (932.494) Lucro Líquido do Exercício 4.603.596 5.338.421 Quantidade de ações 12.000.000 12.000.000 Lucro Líq. por Lote de Mil Ações (Em Reais) 383,63 444,87 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos nos Exercícíos findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em R$ 1) 2005 2004 Origens dos Recursos 4.735.227 3.451.395 Das Operações 4.121.895 3.231.873 Lucro Líquido do Exercício 4.603.596 5.338.421 Depreciações 84.819 68.019 Variação do Resultado de Exercícios Futuros (566.520) (2.174.567) De Terceiros 613.332 219.522 Redução do Realizável a Longo Prazo 613.332 219.522 Aplicações de Recursos 7.073.953 6.655.304 Dividendos Distribuídos 5.171.439 5.947.737 Aquisições de Imobilizado 1.902.514 707.567 (Redução) Aumento Capital Circul. Líquido (2.338.726) (3.203.909) Variação do Capital Circulante Líquido Ativo Circulante (1.706.245) (1.740.887) No Início do Exercício 14.460.378 16.201.265 No Final do Exerclcio 12.754.133 14.460.378 Passivo Circulante 632.481 1.463.022 No Início do Exercício 2.012.960 549.938 No Final do Exercício 2.645.441 2.012.960 (Redução) Aumento Capital Circul. Líquido (2.338.726) (3.203.909) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis Parecer do Conselho Fiscal Senhores Acionistas: Os membros do Conselho Fiscal, no uso de suas atribuições, apreciando as Demonstrações Contábeis e respectivo Parecer de Auditoria emitido em 13 de fevereiro de 2006 pela empresa Boucinhas & Campos + Soteconti, recomendam, por sua maioria, aos Senhores Acionistas, a aprovação das mesmas, uma vez que estão de acordo com as práticas contábeis/ou fiscais vigentes, refletindo adequadamente a situação da empresa em 31 de dezembro de 2005.

Toshio Honda

São Paulo, 29 de março de 2006 Conselheiros Fiscais: Alcides dos Santos Claudio Sternfeld

opinião, exceto quanto ao mencionado no parágrafo 3, as demonstrações contábeis referidas no parágrafo 1 representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da José Kalil S.A. Participações e Empreendimentos em 31 de dezembro de 2005 e 2004, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos nos exercícios findos naquelas datas, de acordo com práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 13 de fevereiro de 2006. Boucinhas & Campos + Soteconti Auditores Independentes S/S CRC -2-SP 5528/O-2 João Paulo Antonio Pompeo Conti Contador CRC-1-SP 057611/O-0

CONVOCAÇÃO

de conversão da MP 280, que corrige em 8% as faixas de desconto da tabela do Imposto de Renda. Desde fevereiro a nova tabela está vigorando. A Medida Provisória segue agora para o Senado Federal. Simples – Ontem, os senadores aprovaram três medidas provisórias. Uma delas (MP 275) estabelece novas alíquotas do Sistema Simplificado de Pagamento de Tributos e Contribuições (Simples). A matéria sofreu pequenas mudanças e, por isso, precisará ser votada novamente pela Câmara dos Deputados. Para as micros e pequenas empresas que faturam até R$ 1,2 milhão por ano, as alíquotas continuam iguais às do ano passado, variando de 3% a 8,6%. Já as empresas que faturam entre R$ 1,2 milhão e R$ 2,4 milhões, e que em 2005 estavam fora do Simples, neste ano estão pagando entre 9% e 12,6% (leia mais na pág. 1). Os maiores impactos fiscais ainda estão por vir em um outro projeto em tramitação na Câmara, a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, que reduz as alíquotas do Simples de todas as faixas de faturamento, além de ampliar o benefício para empresas do setor de serviços. De acordo com Hauly, que é o relator, o texto já foi negociado com o governo e está pronto para ser votado. (AE)


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 -.OPINIÃO

quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, 13, 14, 15 e 16 de abril de 2006

RESENHA

NACIONAL

O CASO BORIS CASOY

Em dezembro de 2005 um áulico do Planalto teria concluído: -Com esse homem no ar, não há hipótese de reeleição da Anistia Internacional. (Como resposta, à época, julgando-se ofendido e não tendo como se explicar, Lula preferiu partir para o ataque, afirmando que o poeta-mártir - torturado durante 22 anos por Fidel Castro, nas masmorras da ilha-cárcere - “não passava de um picareta”). Alçado ao Poder em 2003, o esquema de Lula - o homem da Ancinav e do Conselho Federal de Jornalismo, peças básicas e ainda não sepultadas na conjectura da construção de uma “democracia direta” totalitária - passou a pressionar de forma intermitente os patrões de Casoy, para colocá-lo no olho da rua. A decisão final de nocautear o arrojado âncora veio quando, em dezembro de 2005, ao assistir o resumo dos fatos políticos do ano por Casoy, um áulico do Planalto teria concluído: “Com esse homem no ar não há hipótese de reeleição”.

EUA E SIMPATIA

Marco histórico BENEDICTO FERRI DE BARROS

R

TRECHOS DO COMENTÁRIO DE IPOJUCA PONTES NO WWW.MIDIASEMMASCARA.ORG

ecortei para meu arquivo histórico pessoal a primeira página do Caderno de Economia deste jornal do dia 10 deste mês, que faz cobertura da "Feira de Saúde e Cidadania" promovida no Pátio do Colégio, no coração de São Paulo, pela Associação Comercial de São Paulo, por iniciativa de seu presidente, Guilherme Afif Domingos. É um despertar de consciência que aptamente consorcia saúde e cidadania. Pois nem a saúde do País e dos seus cidadãos eleitores-contribuintes, nem sua cidadania serão estabelecidas enquanto os brasileiros não tiverem condições de exercer controle sobre seus dinheiros, arrecadados e administrados pelo Estado, os políticos e seus agentes burocráticos. Pode parecer uma colocação muito prosaica, posta ao lado dos objetivos bombásticos utilizados pelos políticos para grangear votos. Mas o fato da vida real é que o dinheiro constitui o instrumento universal que intermedia todo o relacionamento dos homens em sociedade, significando que tê-lo, ou não, determina o nível de desenvolvimento e a qualidade de vida não só do país e do povo, como de cada família e pessoa. E assim, se alguém toma seu dinheiro, seja por furto, seja por impostos, o resultado é o mesmo. Na atualidade brasileira, números oficiais informam que o Estado toma 38% de tudo o que os brasileiros produzimos. Deve ser muito mais. E como se vê pela atual conjuntura, gasta a maior parte com sua máquina, investindo pouco, administrando mal, e pior do que tudo – pela corrupção - enfiando o dinheiro no próprio bolso. Isso é o que há de mais grave na

estrutura do País. E essa justificativa é bastante para considerarmos a tomada de consciência desses fatos como um marco histórico para a saúde e a cidadania nacional. Da tomada de consciência à mudança, a caminhada será longa e árdua. Como advertiu Guilherme Afif Domingos, que lidera esse movimento, o cidadão tem o direito de saber exatamente quanto paga de imposto e o que é feito com o produto dessa arrecadação. Ele cita o parágrafo 50 do artigo 150 da Constituição que diz literalmente: "A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços." Mas uma demonstração da dificuldade que se tem de chegar até aí se acha no fato de que decorridos 18 anos desde a promulgação da Constituição dos Miseráveis (a de 1988) nada foi feito a respeito.

E

em reforço dessa inércia, mal surgiu a sugestão de se destacar o que é imposto nas faturas de compra, a corriola dos burocratas de ofício alega a impossibilidade disso ser feito. Provavelmente em virtude da multiplicidade de impostos que pesa sobre qualquer produto e sua venda. Mas a maior dificuldade não está aí. E sim no fato de que a maioria dos políticos não tem nenhum interesse em esclarecer e diminuir os ônus fiscais que lançam sobre a população, que são a fonte dos recursos que financiam suas campanhas, suas mordomias e seus puros e simples roubos. Por longa e árdua que seja, toda caminhada se inicia pelo primeiro passo. E esse está dado pelos acontecimentos que aqui comentamos.

D a tomada de consciência à mudança, a caminhada será longa e árdua.

O antiamericanismo

C asoy era proteção contra mentiras oficiais

ARTHUR CHAGAS DINIZ

Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Alencar Burti, Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br), Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Marcos Menichetti (marcosm@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Adriana Gavaça, André Alves, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046 Tiragem média diária de 25.646 exemplares, conforme auditoria realizada na semana de 13 a 17 de junho de 2005

Auditado pela

tocante a porfia dos EUA em procurarem ser simpáticos ao mundo com o qual têm relações diplomáticas. É bem da psicologia otimista dos EUA esse interesse em fazer os povos olhá-los com simpatia. Lembro aqui do Plano Marshall, voltado para socorrer a Europa devastada pela Segunda Grande Guerra. Os russos não o quiseram, preferindo ficar nos seus limites, com os seus próprios recursos, enquanto a Europa se reerguia e tomava a destinação liberal em economia. É próprio da herança protestante dos EUA essa maneira de conduzir as relações exteriores. Na realidade, os EUA deram ao mundo, com sua assombrosa capacidade de trabalho e sua riqueza tecnológica, todos os benefícios de que a humanidade goza, numa espécie figurada de quase um paraíso perdido, reconquistado com os benefícios da técnica e da cultura.

É

Céllus

É

JOÃO DE SCANTIMBURGO

Sempre muito distinto, Casoy garantiu numa entrevista que saiu, onze meses antes do término do contrato, porque não concordava com o novo formato do noticiário. Por outro lado, reportandose ao fato, o senador Antonio Carlos Magalhães, ativo coronel da política baiana, garantiu que Boris Casoy saiu da emissora pela vontade direta de Lula – informação que, curiosamente, não foi desmentida. O caso Casoy lembra, até certo ponto, o do jornalista Carlos Blanqui, editor do Revolución, jornal de grande importância na Cuba pósrevolucionária, de início comprometido com a busca da verdade. Ameaçado, teve de fugir para a Itália, não sem antes lembrar ao tirano a divisa de Rosa Luxemburgo, segundo a qual “a liberdade apenas para os partidários do governo, ou somente para os membros do partido, não importa quão numerosos, não é liberdade – só é liberdade se o for para aquele que pensa diferentemente”. E esta não é a legenda, ao que tudo indica, de Lula e aliados do tipo Tarso Genro ou Gushiken, que querem a imprensa funcionando em favor do governo, controlada por conselhos e comitês estatais, a punir ou marginalizar os discordantes, como Boris Casoy, por exemplo, uma figura incômoda que levava às massas a crua indignação em face dos escândalos diários que tornaram a vida pública brasileira alguma coisa parecida com a zona.

Reprodução

muito estranho e mesmo deplorável o caso de Boris Casoy, o mais confiável âncora da televisão brasileira, de fato, um apresentador em quem se podia acreditar. Casoy, que não tem diploma de jornalista, protegia o seu numeroso público das mentiras oficiais e extraoficiais que trafegam livremente em algumas emissoras, em especial na que lidera a audiência do noticiário televisivo. Na campanha de 2002, foi o único entrevistador a interrogar o atual presidente sobre as ligações deste com o Foro de São Paulo e as FARC, citando como fonte uma denúncia feita pelo poeta Armando Valladares, o “prisioneiro de consciência”

E

stou cansado desse surrado antiamericanismo que campeia pelo mundo inteiro. Uma boa parte da população, estimulada pela ignorância dos políticos no Brasil, culpava a "exploração americana" pelo subdesenvolvimento do nosso país. É fácil culpar terceiros pela nossa incapacidade. O antiamericanismo é uma doença que grassa principalmente entre os órfãos do marxismo. Esses órfãos têm uma enorme influência na cultura, na mídia, nas universidades e eles procuram, desesperadamente, uma terceira via que lhes permita sobreviver (econômica e socialmente) com uma teoria que se contraponha à economia de mercado. Mercados livres, empresas privadas e Estado de Direito são confrontados por estes deserdados como um risco para os pobres e uma ameaça a suas tentativas de criar um direito alternativo. O grande cavalo de batalha no Brasil é a luta contra a instalação da ALCA, um mercado comum nas Américas. O sucesso que o México vem tendo, apesar de toda a oposição esquerdista, que lá também existe, é inegável. Nas Américas, só o Chile - que adotou reformas liberais - teve sucesso equivalente. Os intelectuais órfãos do marxismo agora lutam ferozmente para evitar que o Brasil, entrando na ALCA, ao invés de liderar um infrutífero Merco-

sul, possa ter uma trajetória de sucesso ligada aos norte-americanos, o que contraria suas pregações. Eles querem preservar sua importância, tanto quanto o Brasil pretende manter-se líder ostensivo na América do Sul. Os intelectuais antiamericanistas defendem, com essa posição, sua importância como formadores de opinião pública, seus salários e cargos.

M

as o Brasil colocar-se em posição antiamericanista é, antes de tudo, estúpido. É curioso observar que em países como Peru, Bolívia e Equador o Brasil é visto como a maioria dos brasileiros pensa os americanos: como imperialistas. Deve ser por isso, para distanciar-se do modelo de mercado, que estão vários países da América do Sul escolhendo presidentes com base em critérios de ancestralidade. É fato que os norte-americanos perderam a batalha pela opinião pública. Na Europa, especialmente, mas também no Brasil, ela é conduzida pelos órfãos do marxismo. É fácil observar, no entanto, onde estão as melhores referências para economias livres. Estão em países como os EUA, onde o mercado funciona, a impunidade é escassa e a lei vale para todos. Isto não convence os antiamericanistas. ARTHUR CHAGAS DINIZ É PRESIDENTE DO INSTITUTO LIBERAL

O antiamericanismo é doença que grassa entre os órfãos do marxismo.

Não fossem os americanos e suas invenções, estaríamos na árvore esperando a oportunidade de descer sem muito trabalho. embro-me, quando criança, que a nossa casa em Rio Claro era lavada todos os sábados com água e sabão. Veio depois o escovão e posteriormente a enceradeira. Esse é um item que tornou a vida menos pesada para as donas de casa e para as empregadas domésticas. Pode se dar como certo: se não fossem os americanos, suas invenções e a sua extraordinária capacidade tecnológica, estaríamos na árvore esperando a oportunidade de descer sem muito trabalho. Exibindo os EUA o que fizeram no mundo para melhorá-lo, embora também haja pecados a purgar, torna-se logo simpático, como o povo que ainda se dá ao luxo de ter o famoso "sonho americano". A isso tudo que falei concluo com a maior de todas as invenções – o computador, que com um chip do tamanho de uma unha pode conter todo o conteúdo dos livros da Biblioteca do Congresso, em Washington, a maior do mundo. Viva a tecnologia!

L

JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, 13, 14, 15 e 16 de abril de 2006

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Política

O PT é uma figura abstrata. Quem é o beneficiário? Indiretamente, o procurador incriminou Lula. O projeto de poder do PT é o Lula. Deputado Rodrigo Maia (RJ), líder do PFL na Câmara

MINISTRO DA JUSTIÇA DIZ QUE TEM APOIO DO PRESIDENTE. DENÚNCIA DO MPF REPERCUTE NO CONGRESSO. Sérgio Lima/Folha Imagem

TRANQÜILO, BASTOS SEGUE COM AVAL DE LULA.

'DEUS ILUMINOU O PROCURADOR' NA SEMANA SANTA

O

senador Mão Santa (PMDB-PI) ocupou ontem a tribuna do Senado para dizer que o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, "foi iluminado por Deus justamente numa Semana Santa", por ter enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) denúncias contra 40 pessoas, os chamados 'mensaleiros', entre autoridades do governo federal, exministros, ex-dirigentes do PT, parlamentares, empresários, banqueiros e outros acusados de envolvimento com o esquema do mensalão. Para Mão Santa, o procurador-geral honrou o nome do Ministério Público, não se curvando a pressões políticas que poderiam i n f l u i r n a i nÉ mais fácil vestigação. Jovens – Ele tapar o sol lembrou que, com uma durante seu gopeneira do verno no estado do Piauí, joque vens procuraencobrir dores também uma souberam conmentira. duzir com imSenador parcialidade e Mão Santa presteza inqué(PMDB-PI) ritos de interesse do tesouro estadual, assim como o ex-prefeito de Nova York, Rodolpho Giuliani, que também foi procurador de Justiça e marcou a história dos Estados Unidos. "É mais fácil tapar o sol com uma peneira do que encobrir uma mentira", assinalou o senador, criticando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por "ser conivente" com os supostos crimes de corrupção apurados na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios. (AS)

ACORDÃO 'MINA A DEMOCRACIA', DIZ DOM MAJELLA.

O

c a rd e a l - a rc e b i s p o dom Geraldo Majella Agnelo, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), condenou duramente ontem a estratégia de deputados – mensaleiros ou não – de evitar a todo custo punições aos envolvidos no esquema do valerioduto. Para o cardeal, "isso não é bom para o Brasil e para a democracia; é algo que vai minar a democracia". "Daqui a pouco, quem sabe, se desejará a volta a regimes fortes. Quem sabe não existam partidos com alguma p ro g r a m a ç ã o para criar, no poder, um regime forte". E l e l a m e nTalvez seja tou que os refácil tirar centes esforços esse rapaz de investiga(Nildo) da ção sejam constantemente jogada e obstruídos aqueles que "para não se resão os velar a verdaimputados, de, com mandados de seguse verem rança, impetralivres ção de habeascorpus e medidas que se multiplicam". Dom Majella criticou também a pressão que está sendo feita sobre o caseiro Francenildo Costa, vítima de quebra de sigilo ilegal. "Ele (Nildo) é alguém que se pode amassar, arrebentar de uma vez, só porque é uma pessoa humilde e falou coisa que viu", disse. "Talvez seja fácil tirar esse rapaz da jogada e aqueles que são os imputados, se verem livres". (AE)

S

Bastos, no Congresso: ele volta na próxima semana, para explicar seu papel na quebra de sigilo do caseiro.

DENÚNCIA ACIRRA DISPUTAS

A

o b f o g o c e r r a d o d a to com a confiança do presioposição, o ministro dente. Eu estou fazendo um da Justiça, Márcio Tho- trabalho respeitável no minismaz Bastos, afirmou tério e na coordenação do goontem que se sente "absoluta- verno; vou continuar isso." mente confortável" no cargo. R$ 1 milhão – O vazamento "Eu tenho a confiança do presi- dos dados bancários do caseiro dente", disse, depois de evento Francenildo ocorreu no dia 16. no Congresso. Na próxima ter- Segundo reportagem que cirça-feira ele deverá voltar à Ca- culou esta semana, durante a sa, desta vez para esclarecer reunião de Palocci, Mattoso, aos parlamentares qual foi, afi- Malheiros e Bastos, teria sido nal, sua participação na que- aventada a possibilidade de se bra ilegal de sigilo bancário do pagar R$ 1 milhão a um funcicaseiro Francenildo Costa. nário da Caixa, responsável Os parlamentares querem pelos dados bancários do caelucidar os aconteseiro, que aceitasse cimentos da noite de assumir a quebra do sigilo. 23 de março: reunido com o então miBastos deverá ser ouvido em sesnistro da Fazenda, Antonio Palocci, o Se ele são conjunta da Câmara e do Senaentão presidente da (o presidente Caixa Econômica Lula) quiser do. A estratégia do governo é trabaFederal, Jorge Mat- que eu não toso, e com o advo- fique, não fico, lhar para que o migado criminalista nistro receba a meArnaldo Malheiros o cargo é dele. nor carga de presFilho, Bastos teria Márcio são possível. Os tramado para encoThomaz governistas articubrir a autoria da Bastos, ministro lam também para quebra de sigilo – da Justiça que o governo, featribuída a Palocci. rido pelas denúncias das últimas sePara Bastos, as acusações contra ele não têm manas, não seja mais exposto à consistência. "De modo que es- opinião públicas. tou trabalhando, normalmen"Eu venho (ao Congresso) com muita honra", afirmou te, e vou tocar pra frente." Car go – O ministro defen- Bastos. Ele espera contar com o deu ainda que sua permanên- amparo de parlamentares da cia no posto não prejudica a ad- base aliada, mas não só. Tamministração federal, ainda que bém alguns opositores do Paseja alvo de ataques diários. lácio do Planalto poderão aju"Isso (sua permanência) quem dá-lo na sabatina, como o senavai dizer é o presidente da Re- dor Antonio Carlos Magapública. Se ele quiser que eu lhães (PFL-BA), um velho não fique, não fico, o cargo é amigo e ex-cliente. Ontem, dele", explicou. ACM foi ao gabinete do minisBastos reiterou que está tro Justiça em sinal de solidaprestigiado por Lula. "Eu con- riedade. (Agências)

denúncia do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, contra os quarenta mensaleiros, incendiou a disputa entre governo e oposição no Congresso. No ataque, o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) disse que há motivos para o impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Mas queremos o impeachment nas urnas", disse. A líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), rebateu: "Esse é um procurador encaminhador, e não engavetador de denúncias", disse, em referência ao ex-procurador-geral Geraldo Brindeiro, que atuou no governo Fernando Henrique Cardoso. A denúncia do procurador, divulgada na terça-feira, lista quarenta pessoas, a maioria do PT e de partidos aliados, como responsáveis por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, evasão de divisas, corrupção ativa e passiva e peculato. Do lado dos denunciados, o tom ontem foi um só: qualificar o trabalho do MPF como injusto, inconsistente e partida-

rizado. Apontado como encarregado pela compra de votos, o ex-ministro José Dirceu disse, através de assessores, que a denúncia "distorceu depoimentos e omitiu informações". Já a assessoria de Duda Mendonça afirmou que a denúncia contra o publicitário já era esperada, uma vez que ele confessou à CPI dos Correios ter recebido dinheiro do empresário Marcos Valério em um paraíso fiscal. "No momento oportuno, vamos demonstrar que não houve lavagem de dinheiro", disse o advogado Tales Castelo Branco. Impedimento – Apesar da recusa de ACM, outro pefelista, o deputado Rodrigo Maia (RJ), voltou a citar o impeachment. "O PT é uma figura abstrata. Quem é o beneficiário? Indiretamente, o procurador incriminou Lula. O projeto de poder do PT é o Lula, ou o PT tem outro candidato para se manter no poder?" Imediatamente, governistas saíram a campo. "O presidente está fora da denúncia e todo o esforço da oposição é para atingi-lo", afirmou o deputado

Luiz Eduardo Greenhalgh (PT-SP). Colocando a disputa no plano das eleições, emendou: "A oposição bate, bate e ele (Lula) não pára de crecer nas pesquisas. Isso deixa a oposição feito vaca louca." STF – Ontem, o ministro Joaquim Barbosa, relator do inquérito do mensalão no Supremo Tribunal Federal, tomou duas medidas importantes: liberou os docu- Lula Marques/Folha Imagem/15-03-2006 mentos do processo à consulta pública (com exceção de dados bancários, fiscal e telefônico) e deu 15 dias de prazo p a r a o s d enunciados se d e fe n d e re m . (Agências)

OAB E REALE DISCUTEM IMPEACHMENT

"Isto deixa o processo de impeachment com cores mais vivas e com interesse público maior ainda", afirmou Roberto Busato, presidente da OAB. Ele elogiou o trabalho do procurador-geral. A denúncia, segundo Busato, "confirma com todas as letras o que a OAB vem denunciando há tempos, ou seja, que havia uma verdadeira quadrilha assaltando o Estado brasileiro". Reale – O jurista Miguel Reale Júnior, autor do pedido de impeachment do expresidente Fernando Collor de Mello, afirmou ontem que a denúncia do procuradorgeral reforça o amparo técni-

co para um pedido de impedimento de Lula. Porém, Reale afirmou que não há clima político para o processo. "Como podemos propor um pedido de impeachment para um Congresso que já absolveu oito 'mensaleiros'? É impossível pensar que haveria um julgamento justo nesse caso", disse. Para Reale Júnior, o relatório também serve para mostrar a falta de sintonia entre o juízo feito pela Câmara dos Deputados e o da autoridade investigativa – no caso, o Ministério Público Federal. "Essa denúncia só mostra que não há juiz em Brasília, na Câmara." (Agências)

A

Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) já tem data para tratar de um eventual pedido de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No próximo dia 8, o Conselho Federal da entidade se reúne para debater o tema, que ganhou tempero extra após a denúncia feita na terça pelo procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, contra 40 envolvidos no mensalão.

Acesse e leia a íntegra da denúncia em www. dcomercio. com.br.

Figurando entre os quarenta denunciados pelo procuradorgeral, Duda disse que vai provar que não "lavou" dinheiro.

CONVOCAÇÃO


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Empresas Tr i b u t o s Nacional Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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GOVERNADORES PERDEM REPASSE DE R$ 1,8 BI

Fizemos um esforço para aprovar o Orçamento. Como não foi, vamos procurar solução alternativa. Guido Mantega

Emiliano Capozoli/LUZ

SERVIÇOS DA ACSP MAIS SEGUROS Entidade recebe certificação GoodPriv@cy, que atesta privacidade de dados.

N

Afif (à dir.) recebe o selo Good Privacy das mãos de José Joaquim Ferreira

Lei Kandir: acordo em risco

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iante da resistência da oposição em votar o Orçamento da União deste ano, o governo reagiu ontem com firmeza e decidiu voltar atrás no acordo fechado com os govern a d o re s p a r a a m p l i a r e m R$ 1,8 bilhão os recursos destinados ao ressarcimento da Lei Kandir. A retaliação foi anunciada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que ainda admitiu a possibilidade de a administração federal editar uma Medida Provisória que permita a execução do Orçamento enquanto o texto não for aprovado pelo Congresso. "Não temos detalhamento da medida que vai ser tomada porque esperava que o Orçamento pudesse ser aprovado. Fizemos todo o esforço nesse sentido. Como não foi, nós

IGP-M Na primeira prévia de abril, índice de preços teve deflação acentuada de 0,43%.

vamos procurar solução alternativa", afirmou. Já está na Casa Civil o texto de uma MP liberando quase R$ 1,8 bilhão para investimentos. Represálias – "Os projetos, os custeios, os programas, todos eles correm algum risco de execução porque estamos em abril e, até agora, não temos Orçamento aprovado." Ele assegurou que o Executivo tomará as medidas necessárias para não prejudicar a população e levará adiante a execução dos projetos, com ou sem a aprovação. Mantega disse que está desfeito o acordo fechado na noite da última terça-feira com governadores e líderes do Congresso. O governo havia concordado em atender à reivindicação dos estados e incluir na proposta mais R$ 1,8 bilhão para ressarci-

Ó RBITA

mento da Lei Kandir, que prevê a isenção de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para exportação de produtos básicos e semimanufaturados. Mas havia imposto duas condições: que o Orçamento fosse votado e que todos os destaques fossem rejeitados. "Falei com o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e parecia que tudo estava de acordo, mas novas exigências foram feitas", comentou. A reação do governo atinge, principalmente, os estados governados pela oposição, que são grandes exportadores e os maiores beneficiados com os recursos. Do R$ 1,8 bilhão, o governo comprometera-se a incluir R$ 500 milhões como verba obrigatória, ficando o restante condicionado ao aumento da arrecadação. (AE)

IPC-FIPE Os preços na cidade de São Paulo subiram apenas 0,03% na primeira semana de abril.

Laurent Dick/Associated Press

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ireto do Aeroporto da Pizza, Ramon Ponce (foto) entrega várias pizzas para a Frontier Flying Service, uma linha aérea interestadual que executa o serviço de envio dos pratos de forma voluntária para os vilarejos vizinhos. As pizzas são preparadas na cidade de Nome, nos Estados Unidos. (AP) Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

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Concorrência é maior entre os ovos de Páscoa com personagens infantis

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Anatel elabora novas normas para certificação de baterias de celulares

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Balanço da Embraer aponta entrega de 27 aeronaves neste ano

Computadores, periféricos e acessórios para informática. A maior variedade com os melhores preços.

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privacidade das informações dos registros do SCPC e do UseCheque", disse Nelson Castilho, superintendente de Tecnologia e Informações da Associação Comercial. "Esse certificado prova que as práticas usadas pela ACSP estão de acordo com as normas internacionais. Nossos clientes sabem que as informações que nos são passadas não vão cair em mãos de pessoas erradas. E é importante salientar que a associação é pioneira nesta certificação. Até agora, somente os grandes conglomerados financeiros tinham o sistema GoodPriv@cy. Tratase de um selo de qualidade que atesta a lisura da nossa conduta", disse Guilherme Afif Domingos, presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp). A placa alusiva à certificação foi entregue à entidade por José Joaquim Amaral Ferreira, diretor-superintendente da Fundação Vanzolini. "É bom saber que no Brasil existe uma entidade com credibilidade como a ACSP. A GoodPriv@cy é a garantia da qualidade nos serviços de manuseio e uso das informações de natureza particular e pessoal ", disse ele. Exigências – Alguns dos requisitos para a concessão da GoodPriv@cy são: boa-fé, legalidade do processamento, propósitos específicos, exatidão e atualização dos dados.

A ACSP recebeu a certificação por ter controle de dados durante a transmissão, garantir que os dados pessoais não sejam lidos, copiados, modificados ou removidos por pessoas não autorizadas durante a transmissão eletrônica ou transporte de dados, entre outros aspectos. A auditoria para a certificação usa critérios similares aos utilizados pelas certificadoras do ISO 9000. "Nós, usuários, temos confiança nos serviços que a ACSP executa. E esta certificação é uma prova de que a entidade sempre fez bom uso do cadastro que tem à sua disposição. E é sempre bom ressaltar que o cadastro pertence aos associados. A ACSP é um fiel depositário das nossas informações", disse Celso Amâncio, diretor-executivo do cartão Carrefour. Valdemir Coleone, superintendente-geral das Lojas Cem, também ressaltou a importância da certificação da Fundação Vanzolini. "A população tem pouco conhecimento sobre o que é feito com as informações que são coletadas no momento de se fazer um crediário. Por isso, é importante que a ACSP divulgue que faz um trabalho que tem credibilidade. O que aconteceu com o caseiro Francenildo Costa serve de exemplo. O objetivo do certificado é mostrar o valor do sigilo. É importante que sejamos responsáveis com isso." Wladimir Miranda

Sobram críticas à política econômica

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PIZZA A JATO NOS ESTADOS UNIDOS

A TÉ LOGO

o momento em que os direitos do cidadão não são re s p e i t a d o s n o País, como mostra a quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa – que culminou com as demissões do ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e do ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso –, a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) dá um exemplo à sociedade. A empresa recebeu ontem, da Fundação Carlos Alberto Vanzolini, a placa de certificação da GoodPriv@cy, que atesta o gerenciamento, proteção e privacidade de dados. No segmento de entidades e serviços, a ACSP é a primeira organização a receber o certificado. O reconhecimento veio após uma auditoria feita pela Fundação Vanzolini e comprova a existência e manutenção de uma política de privacidade da entidade em relação ao Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) e UseCheque. "Há 24 anos temos a guarda de registros dos nossos 30 mil associados. São empresas que sabem que as informações nunca foram usadas para outros fins. Sempre tivemos um esquema de segurança muito eficaz. Mas não basta falar que fazemos, temos de provar que fazemos bem feito. A certificação da Fundação Vanzolini atesta a prática sempre utilizada pela ACSP com relação à

ntem, após receber a certificação Good Priv@cy da Fundação Vanzolini, que atesta o gerenciamento, proteção e privacidade de dados utilizados nos serviços oferecidos pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Guilherme Afif Domingos, presidente da entidade, deu início à reunião do Conselho Consultivo do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), que reúne todos os meses associados que utilizam os serviços SCPC e Usecheque, da ACSP. Afif Domingos criticou a política econômica do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Apesar de todos os indicadores positivos, o que vemos aí é mais um 'vôo de galinha', uma montanha russa. O governo tem injetado recursos na

economia, principalmente no Bolsa Família. Mas, mesmo assim, não consegue estabilizar a economia. E olha que nos últimos 60 anos a economia mundial nunca esteve tão bem. E o Brasil, por causa da política econômica do governo Lula, está na rabeira do crescimento mundial e de outros países emergentes", disse Afif. Crédito – O presidente da ACSP ressaltou também a importância da expansão do crédito para o bom andamento da economia. "O crédito é fundamental para o Brasil andar. O momento é de aprimoramento do sistema de crediário." Já o economista Marcel Domingos Solimeo, diretor do Instituto de Economia Gastão Vidigal, da Associação Comercial, fez uma apresentação sobre a conjuntura da econo-

mia e ressaltou o crescimento das vendas no sistema de crediário do setor de roupas e calçados nos últimos meses. Em seguida, Boanerges Ramos Freire, especialista em consultoria de varejo financeiro, falou sobre as novas tendências do mercado, que são as parcerias entre instituições bancárias e comerciais na busca de consumidores. (WM)


Senado Câmara Ética Planalto

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

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BISCAIA DENUNCIA TENTATIVA DE SALVAR MENSALEIRO

VOTAÇÃO DO PARECER SOBRE O DEPUTADO NA CCJ FICA PARA TERÇA

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Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados adiou para terça-feira a votação do parecer do deputado Antônio Carlos Biscaia (PTRJ), que recomenda a continuidade do processo de cassação do deputado José Janene (PPPR), mesmo que ele seja aposentado por invalidez, e que a Câmara só conceda a aposentadoria após o julgamento do caso. Ontem, durante a votação nominal do documento, foi constatada a falta de quórum provocada pela base governista, o que provocou o encerramento da reunião. O parecer chegou a ser votado, recebendo 23 votos favoráveis ao relatório e dois contrários, mas não foi aprovado porque, para isso, são necessários pelo menos 31 votos a favor. Biscaia denunciou que houve uma manobra pela manhã, já que nem o presidente da CCJ, Sigmaringa Seixas (PT-DF), nem o primeiro vice-presidente, José Eduardo Cardozo (PT-SP), apareceram para abrir a sessão, que foi adiada para a parte da tarde. Ele protestou contra os colegas, alegando que a discussão é jurídica e não política. "Houve uma manobra para evitar a votação, inclusive com gente do PT", protestou. Os deputados do PT não vieram aqui para discutir. Podiam ter vindo para votar contra o meu parecer, mas não vieram." Adiamento – O parecer é uma resposta ao questionamento feito pelo presidente da Casa, Aldo Rebelo (PC do B-SP). Cardozo, que mais tarde presidiu a sessão, afirmou acreditar que, na terça-feira, a maioria dos integrantes da CCJ acompanhará o voto de Biscaia. A Comissão de Constituição rejeitou um requerimento do deputado Irapuan Teixeira (PP-SP) que propunha o adiamento por cinco sessões da

PETISTAS MANOBRAM. CASO JANENE É ADIADO. Base governista esvazia sessão para votar o parecer do deputado Antônio Carlos Biscaia (PT-RJ) e provoca adiamento por falta de quórum J. Batista/Ag. Câmara

Biscaia protesta: ' Houve uma manobra para evitar a votação'.

discussão do documento do deputado do PT do Rio O deputado do PT classificou de intolerável um eventual acordo para "salvar" deputados da cassação. "Nós temos de respeitar princípios e valores éticos porque o Poder Legislativo está se afundando nessa crise", afirmou. Janene, que é acusado de ter se beneficiado pelo esquema do "mensalão", está licenciado desde setembro e pediu a aposentadoria por invalidez em fevereiro. Ele não esta freqüentando a Casa, mas tem direito a todas as mordomias do mandato, como passagem aérea, verba indenizatória entre outros. Já emitiram laudos atestando que ele é portador de uma cardiopatia grave (afecção do coração), que impede o exercício da atividade parlamentar, duas juntas médicas. Por causa da cardiopatia, Janene não pode ser submetido a situações de estresse. Por isso, não pôde ser ouvido pelo Conselho de Ética da Câmara. Relator – Com o Conselho ainda desfalcado com a saída de sete integrantes, o presidente do colegiado, Ricardo Izar (PTB-SP), indicou ontem o deputado Jairo Carneiro (PFLBA) para relatar o processo de cassação contra o deputado José Janene (PP-PR), em substituição à deputada Ângela Guadagnin (PT-SP) – afastada depois que dançou no plenário da Casa em comemoração à absolvição do deputado João Magno (PT-MG). E o plenário da Câmara votará no dia 19 o processo de cassação do mandato do deputado José Mentor (PT-SP), acusado de receber, R$ 120 mil da empresa 2S Participações, pertencente ao empresário Marcos Valério. O Conselho aprovou no dia 30 o parecer do deputado Nelson Trad (PMDB-MS), que recomenda a nulidade do mandato. (Agências)

Eymar Mascaro

Às urnas

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Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) deve decidir no dia 8 se aceita encaminhar ao Congresso o pedido de impeachment do presidente Lula, acusado pela oposição da prática de crime de responsabilidade. A entidade vem analisando até que ponto o governo de Lula está envolvido com a denúncias de irregularidades que começaram com o mensalão e desembocaram na exoneração de ministros. Algumas lideranças políticas, porém, se adiantam e dizem que não há clima para sugerir o impedimento do presidente. FHC e José Serra negam que o PSDB esteja planejando o impeachment. Também o líder do PFL no Senado, José Agripino admite ser inviável no momento o pedido de impeachement. Mas, o líder do partido na Câmara, Rodrigo Maia admite que Lula está enquadrado no crime de responsabilidade. Para que haja o impeachment é necessário que ocorra uma comoção popular. Só assim pode haver pressão da população em cima do Congresso, para que os parlamentares votem favoravelmente ao processo de impedimento. Esse clima não existe e o presidente Lula mantém um bom índice de aceitação nas pesquisas.

VOTO

Portanto, Alckmin (PSDB) e outros possíveis candidatos, como Anthony Garotinho (PMDB) devem enfrentar Lula nas urnas. O presidente continua bem situado nas pesquisas e pode ser um adversário indigesto para as oposições. A crise provocada pela quebra deosigilo bancário de Francenildo Costa não abalou Lula como esperavam as oposições.

CRIMES

Oposicionistas como a senadora Heloísa Helena admitem que Lula cometeu crimes que justificariam um processo de impeachment. Mas, falta ambiente. Veja-se, por exemplo, que o presidente da Câmara, Aldo Rebelo, já determinou o arquivamento de quatro pedidos de impeachment de Lula.

CHAPA

JOÃO PAULO DECLARA APOIO A MERCADANTE

A

NA FRENTE

tido. "Evidentemente, no plano externo, todos os que se envolveram nisso (em denúncias de corrupção), absolvidos ou não, têm arranhões", disse o deputado. "Mas apoio é sempre uma coisa boa." Na avaliação de Cândido, este é um problema que o PT irá solucionar em conjunto, deixando claro à sociedade que não voltará a cometer os mesmos erros do passado. Grupo – Outro aliado de Mercadante, o deputado estadual Renato Simões (PT-SP), ressaltou que o apoio de João Paulo não representa uma manifestação individual, mas sim a de todo um grupo político ligado ao parlamentar. E, por isso, deve ser visto como algo que vai além das denúncias que atingiram o deputado. "Isso ajuda a reunir muito apoio em torno da candidatura de Mercadante." Apesar do otimismo manifestado pelo grupo de Mercadante, aliados de Marta acreditam que apoio não será tão significativo para fortalecer sua pré-candidatura. Segundo o vereador Arselino Tatto (PT-SP), o quadro já está bastante definido para as prévias do PT e não tende a se alterar significativamente daqui para frente. "A ex-prefeita, no meu entender, continua sendo a favorita." (AE)

Também a pesquisa Sensus aponta vantagem de Lula no Nordeste. Diante desse quadro, o PFL consolida a posição de indicar um vice para Alckmin da região nordestina. E o PFL quer fazer isso até o dia 25.

CRESCIMENTO

Mercadante comemora apoio do grupo de João Paulo Cunha

MARTA ACUSA PSDB DE TER GESTÃO 'FAZ-DE-CONTA'

A

ex-prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), disse ontem os tucanos estão desmontando um a um os avanços obtidos durante a gestão petista na capital paulista com uma administração "faz-deconta", que abandona a saúde, a educação, o transporte e a segurança. Usando como metáfora a música "Da Ponte pra cá", do grupo de rap Racionais MCs, ela disse: "O PT conseguiu fazer uma administração muito

prefeito reafirma que o candidato é Alckmin.

FAVORITISMO

Serra só volta a cumprir uma agende de candidato a governador depois que se recuperar inteiramente da cirurgia. Serra mantém o favoritismo e se elegeria hoje, no primeiro turno, com mais de 50% dos votos. Seus adversários mais preocupantes continuam sendo Marta Suplicy e Orestes Quércia.

CANDIDATURA

Virtual candidato a presidente pelo PMDB, Anthony Garotinho insiste no lançamento da candidatura de Quércia ao Bandeirantes. Garotinho acha que o partido precisa ter um bom palanque no estado para sua campanha presidencial. Quércia, por enquanto, prefere o silêncio.

Indiferente à vontade da oposição de impedir sua candidatura à reeleição, Lula continua fazendo campanha. O presidente pensa na escolha do seu vice. É provável que o vice de Lula seja novamente José Alencar, porque o PT quer um companheiro de chapa indicado por Minas.

Paulo Pinto/AE

liados do senador Aloizio Mercadante (PTSP) comemoraram a notícia de que o deputado federal João Paulo Cunha vai apoiar a pré-candidatura do líder petista ao governo do Estado de São Paulo. Apesar do envolvimento de João Paulo nas denúncias do mensalão e do esquema de Caixa 2 de campanha do PT, parlamentares ligados ao senador acreditam que a força política do deputado, em especial na região de Osasco (SP), aparece como um fator mais relevante no atual momento. De acordo com o deputado Vicente Cândido (PT-SP), o apoio do grupo de João Paulo ajuda a consolidar o nome de Mercadante como favorito para as prévias agendadas para o dia 7 de maio, onde o senador disputará a cabeça da chapa petista em São Paulo com a exprefeita da capital, Marta Suplicy (PT-SP). "Isso pode ser decisivo para a vitória dele (nas prévias)", disse o deputado, que figura entre os articuladores da candidatura do senador. Liderança – Cândido acrescentou que, do ponto de vista partidário, Mercadante só tem a ganhar com o apoio. João Paulo , segundo ele, ainda aparece como uma liderança forte no PT, o que ficou comprovado com a presença de cerca de mil pessoas em uma plenária organizada por ele no último domingo. No evento, a maioria do grupo político do deputado teria optado pelo apoio a Mercadante. Cândido reconheceu, no entanto, que as denúncias que atingiram João Paulo poderão ter algum impacto no que se refere ao ambiente externo ao par-

Jairo Carneiro (PFL-BA) vai relatar o processo contra o deputado José Janene (PP-PR) no Conselho de Ética

diferenciada em São Paulo e no País. Do lado de lá estão as elites de 500 anos, que sempre se locupletaram do poder público, do outro estamos nós, em defesa da sociedade e da classe trabalhadora", disse, em visita que fez à sede nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Marta condenou o "desgoverno" do PSDB-PFL. "Como está o ensino das crianças, a merenda, o uniforme? Como está o Bilhete Único, que vem sendo destruído? Temos clareza que o mais importante é a reeleição de Lula e temos de entrar na batalha, que vai ser muito dura, para vencer." (AG)

Alckmin não se abalou com a pesquisa Sensus, embora Lula mantenha a liderança. Mas, Alckmin subiu 4 pontos enquanto Lula caiu 3. O tucano continua admitindo que crescerá mais durante a campanha. Alckmin confia muito na campanha pela TV.

DESGASTE

Embora as pesquisas reproduzam o contrário, a oposição ainda acredita no desgaste de Lula com a crise do caseiro Francenildo. O comparecimento do ministro Thomaz Bastos no Congresso para explicar sua presença na casa de Palocci, pode refletir de forma negativa na campanha de Lula.

ABSURDO

Recuperando-se de um cirurgia na região do abdômen, Serra considera um absurdo ("patético") alguém pensar numa substituição do candidato do PSDB a presidente. O ex-

EMPENHO

Lula volta a comentar com petistas que tem interesse na candidatura de Mercadante a governador. Portanto, o presidente está contra a candidatura de Marta. Diz-se que Lula não atenderia mais pedidos de prefeitos do PT que apoiarem a ex-prefeita.

BATALHA

O governo e PT trabalham para evitar o depoimento de Jorge Mattoso (expresidente da Caixa) na CPI dos Bingos. A justificativa é que Mattoso estaria emocionalmente descontrolado, portanto, podendo abrir o bico além do desejado.

BRIGA

O presidente Aldo Rebelo saiu na frente de Renan Calheiros e marcou para terça-feira o comparecimento de Bastos no plenário da Câmara, para dar suas explicações.

EM CONJUNTO

Mas o líder do PFL no Senado, José Agripino, acha que é mais oportuna uma sessão conjunta da Câmara e do Senado para ouvir Bastos. Enquanto deputados e senadores não se entendem, Aldo e Renan brigam por mais espaço no governo.


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Nacional Empreendedores Empresas Finanças

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ESTUDO FOI FEITO COM 463 ESTABELECIMENTOS

O faturamento do setor de supermercados em 2005 foi de R$ 111 bilhões.

REDES REGIONAIS APOSTAM NA FIDELIDADE DOS CLIENTES. JÁ AS GRANDES PREFEREM ABRIR MAIS LOJAS.

LUCRO DE SUPERMERCADOS CAI 10% E 120 nquanto os donos de supermercados regionais tentam melhorar a infra-estrutura e garantir a fidelidade dos clientes, os gigantes do setor ampliam o número de lojas. Essa é uma das principais tendências verificadas no 35º Relatório Anual do segmento, produzido pela revista Supermercado Moderno. O estudo será divulgado neste mês pela publicação. Conforme o levantamento, realizado com 463 empresas, os super e hipermercados registraram aumento real na receita de 2% em razão do crescimento das vendas. Mas houve queda de 10% no lucro. "O ano passado foi marcado pela deflação dos preços dos produtos e alta nos custos operacionais", explicou o diretor de novos negócios da Informa Publicações (responsável pela revista), Sérgio Molinari. Segundo ele, o varejo não pôde recuperar a perda nos preços. "A inflação do setor foi de 2,4%. Já o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 6,9%. Os supermercadistas não conseguiram reajustar os valores." Ranking – A maior disputa está entre os três maiores grupos do setor. O Grupo Pão de Açúcar encabeça a lista com faturamento de R$ 15,8 bilhões, o que representa um aumento

bilhões de reais é a estimativa de faturamento do setor para este ano, segundo estudo da Supermercado Moderno.

de 5,5% em relação ao resultado de 2004. Logo depois vem o Carrefour, com R$ 12,5 bilhões, alta de 3,5%. O Wal-Mart, que faturou R$ 7 bilhões em 2005, teve expansão de 16% em relação ao ano anterior. Molinari avaliou, porém, que os hipermercados tiveram queda no faturamento por metro quadrado. A rede que teve pior desempenho foi o Carrefour, com retração de 10,8%. "O mix de produtos é muito parecido em todos eles. E como o número de lojas não pára de crescer, há uma diluição de consumidores entre as redes." Na contramão – Enquanto os grandes preocupam-se com a quantidade, os menores focam a qualidade. A rede Cia. Zaffari, do Rio Grande do Sul,

está apostando na infra-estrutura e na eficiência para agradar e conquistar os consumidores. A empresa registrou faturamento de R$ 1,4 bilhão em 2005 (crescimento de 11% em relação a 2004). O faturamento por metro quadrado no período também cresceu 11%. "A rede não abriu lojas, mas registrou resultado positivo em razão dos esforços para a melhoria dos negócios. O enfoque é tornar mais competitivo o que já existe", disse Molinari. Outro exemplo é a rede G. Barbosa, de Sergipe. O número de lojas passou de 32 para 35. O faturamento cresceu 19% e chegou a R$ 1,2 milhão. O faturamento por metro quadrado subiu 7,4%. "Até a distribuição das mercadorias entre as unidades da rede é mais fácil em razão da proximidade entre as lojas, que estão todas concentradas na região Nordeste. Para Molinari, há poucas oportunidades para a aquisição de novas lojas por parte das grandes redes. "O objetivo agora é abrir novas lojas." Em 2004, o faturamento do setor foi de R$ 102 bilhões. Em 2005, o montante foi de R$ 111 bilhões. Segundo Molinari, a estimativa para este ano é de que o segmento atinja a casa dos R$ 120 bilhões.

Divulgação

Neide Martingo

O BigXSalmão, da lanchonete BigXPicanha, fez tanto sucesso que entrará definitivamente no cardápio

Lanchonetes criam cardápio especial para a Semana Santa Para não perder clientes na Sexta-feira Santa, a aposta é incluir peixe no menu

A

s redes de lanchonetes e restaurantes estão acompanhando a tradição dos católicos de abdicar da carne no período da Semana Santa. As opções vão muito além da bacalhoada, a já tradicional substituta da carne vermelha. As redes de fast food entraram no espírito religioso da Páscoa e passam a oferecer no cardápio de hambúrgueres de salmão a empadinhas de filé de peixe. O BigXPicanha vem testando em seu menu, desde a última segunda-feira, o BigXSalmão (hambúrguer de salmão, queijo, tomate, alface ou rúcula, maionese temperada e pão com gergelim). A opção custa R$ 13,90. O novo lanche, segundo o sócio-proprietário da rede, Exuperio Silva Neto, ficaria até o final da semana no cardápio, mas, como teve grande aceitação, entra para a

lista de opções fixas da casa. "Sexta-feira é o dia de maior movimento em nossos pontos. Então lançamos essa opção, sem carne vermelha, para tentar manter a média de público nesta época", diz Silva. Na sexta-feira, sábado e domingo, quem comprar o novo lanche do BigXPicanha ganha uma bola de sorvete de chocolate. Empadinhas de filé – Nas quatro casas da rede Empadaria da Vovó, a novidade para a data é a empadinha de filé de peixe ao curry. Além disso, o estabelecimento oferece a já conhecida empada de bacalhau. Ambas custam R$ 3. Inspirada na data, a casa também lança a empadinha de creme de chocolate branco com nozes, por R$ 2,70, que ficará no cardápio durante todo o mês de abril. Para quem prefere um almoço em família na Sexta-feira

Santa, outra alternativa é o restaurante O Compadre. Para o dia, o chef Marcius Temperani volta a colocar no cardápio a casquinha de bacalhau, e traz ainda pratos como truta com alcaparra e champignon, ao molho de limão, além de moqueca de bacalhau. Renato Carbonari Ibelli

SERVIÇO BigXPicanha – Rua Henrique Schaumann, 656 – Pinheiros. Telefone: 3064-7122 Av. Ibirapuera, 2195 – Moema. Telefone: 5055-2121. Empadinha da Vovó – Telefones para delivery: 33371938 (Centro); 3541-3994 (Jardins); 5506-3196 (Brooklin) e 3257-3274 (Shopping Center Light) Restaurante O Compadre – Rua Otto Baumgart, 500. Telefone: 6222-3131 – Shopping Lar Center

Indústria teme importações

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diretor do Departamento de Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Roberto Giannetti da Fonseca, acredita que os aspectos positivos do aumento das importações sobre o câmbio devem ser avaliados com cuidado. O governo, sobretudo o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, tem afirmado que o incremento das compras externas resulta em uma redução na venda de dólar futuro, o que tende a desvalorizar o real. Mas o que preocupa os empresários é justamente a qualidade dessas importações. "Podemos pagar um preço caro, como o desemprego, se contarmos apenas com as compras para desvalorizar o real", diz o empresário. Segun-

Podemos pagar um preço caro, como o desemprego, se contarmos apenas com as compras para desvalorizar o real. Roberto Giannetti da Fonseca do ele, o aumento das compras de máquinas e equipamentos sem similar nacional, de insumos e matérias-primas deve ser aplaudido. O maquinário importado significa investimento em produção e modernização, enquanto os insumos e as matérias-primas mais baratos diminuem os custos de produção. "O problema é se a

melhora do câmbio para o exportador vier às custas de um aumento das importações de bens de consumo", afirmou, ressaltando que isso pode significar a substituição da produção local pela estrangeira. "É má importação", destacou. De acordo com o empresário, a percepção generalizada é de que o valor ideal do dólar para devolver a competitividade dos produtos brasileiros é algo em torno de R$ 2,70 a R$ 2,80. "O dólar no atual patamar provoca queda nos investimentos porque fragiliza as empresas." Ainda assim, Giannetti disse estar convencido de que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, está de fato preocupado com a situação de câmbio valorizado e juros altos e seus efeitos sobre a economia do País. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.LOGO Uma boa confissão antes da Páscoa continua sendo uma obrigação que deveria ser plenamente valorizada e nos dá uma oportunidade para um novo recomeço. Do papa Bento XVI, que pediu ontem aos católicos para que confessem seus pecados durante a Semana Santa, quando os fiéis rememoram os últimos dias da vida de Cristo e sua ressurreição na Páscoa.

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ABRIL Dia do Hino Nacional Brasileiro Recolhimento de IRRF, Cofins, PIS-Pasep e IPI

C IÊNCIA L ENDAS

T EATRO

O lançamento do Taj Mahal

A evolução de Darwin

Camilla Maia/AOG

Novo fóssil encontrado na África reforça a teoria científica da evolução humana

O Taj Mahal (acima), na Índia, seria um conjunto arquitetônico para esconder foguetes espaciais? A idéia, um tanto quanto maluca, é mais uma das lendas que circulam pela internet. Ainda que pouco provável, várias estruturas de astronáutica têm forma remotamente semelhante à do castelo construído na Índia. Um deles é o Ônibus Espacial (ao lado). Quem defende a idéia diz que há semelhanças até na construção das estruturas.

Evolução: até a figura 4, evidência histórica; depois, uma crítica aos tempos modernos

deia evolucionária, a continuidade no tempo", disse um dos co-autores do estudo, o antropólogo etíope Berhane Asfaw. "Uma forma evoluiu na outra. Isto é evidência de evolução, num local, ao longo do tempo". As descobertas são apresentadas na revista Nature. A espécie a n am e n si s não é nova, mas sua localização ajuda a explicar a transição de uma fase do desenvolvimento da espécie humana para outra, dizem cientistas. Todas as oito espécies encontradas na mesma região da Etiópia estavam a pouca distância uma da outra. Até hoje, os cientistas só tinham retratos da evolução humana, espalhados em diversas partes do mundo. Achar tudo num mesmo lugar transforma

esses retratos num filme. "É como ter 12 quadros de um filme que cobre 6 milhões de anos", disse o principal autor do estudo, Tim White, co-diretor do Centro de Pesquisa em Evolução Humana da Universidade da Califórnia em Berkeley. "Há cerca de um quilômetro e meio de espessura de rocha no Médio Awash e, nela, podemos ver todas as três fases da evolução". O ser humano atual é do gênero Homo, subgrupo dos hominídeos e, provavelmente, uma evolução do gênero Australopithecus, que inclui o famoso fóssil "Lucy", de 3,2 milhões de anos. Um candidato ao gênero que deu origem ao Australopithecus é o Ardipithecus. A nova descoberta ajuda a preencher a lacuna entre Ardipithecus e Australopithecus. (AE)

Dylan Martinez/Reuters

C ENTENÁRIO

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VISUAIS

FORMATURA - Rainha Elizabeth e Príncipe Harry trocaram sorrisos "de avó para neto" durante desfile da Real Academia Militar em Sandhurst, Inglaterra. Harry, o segundo na linha de sucessão ao trono britânico, se graduou como oficial do exército ontem. ULISSES CAPOZZOLI

B ATE-PRONTO

'O futuro está no espaço' outorado em História da Ciência pela USP, o jornalista Ulisses Capozzoli está seguro: ainda no século XXI, vamos ocupar Marte e passar férias na Lua. Capozzoli é editor da revista Astronomy, lançada ontem e que estará nas bancas no dia 20, uma publicação que trará desde informações introdutórias sobre a ciência até dados mais sofisticados.

problemas climáticos e ambientais. Ainda neste século vamos ocupar a Lua, com turismo espacial na face visível e instalações científicas no lado oculto. Marte será uma colônia da Terra. A ficção será realidade.

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A Caixa Econômica Federal (CEF) divulga que o fundo de garantia (FGTS) possui um ativo de mais de R$ 160,5 bilhões. Um dos principais objetivos do fundo é assegurar a poupança de uma espécie de pecúlio do trabalhador. Enquanto o dinheiro não é usado pelo titular da conta, serve para financiar programas de habitação, saneamento e infraestrutura. Para saber seu saldo do FGTS, atualizar endereço para correspondência e tirar dúvidas, consulte o site específico.

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No Brasil, a astronomia não é popular. Isso vai mudar? Na verdade, o envolvimento do Brasil com a astronomia é longo. D. Pedro II já era um entusiasta dessa ciência. Mas a economia irregular e uma classe dominante que não valoriza a educação adiaram o desenvolvimento da astronomia aqui. Mesmo assim, hoje a astronomia é muito imporA TÉ LOGO

EUA e Europa exploram Marte, Vênus, a Lua. Por que o mundo se voltou para o espaço? A Terra ficou pequena para os homens que enxergaram: o futuro está no espaço, onde será possível encontrar quantidades brutais de energia nossa galáxia tem 200 bilhões de estrelas, é muita energia. O espaço pode ainda oferecer abrigos mais seguros para o homem, já que a Terra tem

Nobel de arquitetura O brasileiro Paulo Mendes da Rocha foi destaque do jornal britânico Financial Times por ter sido indicado na segunda-feira como o vencedor do Pritzker Prize, o mais importante - e de maior valor, US$ 100 mil - prêmio de arquitetura. O prestígio do Pritzker no mundo da arquitetura é semelhante ao do Nobel em economia, por exemplo. O Financial Times retrata Rocha como um humanista, que deixou marcas na arquitetura de São Paulo, como o Club Atlético Paulistano e o Museu Brasileiro de Escultura.

A história começou há dez anos, quando uma designer de jóias foi fazer um sanduíche no forno e, ao mordê-lo, percebeu que a peça parecia uma imagem da Virgem Maria. Não se tratava de um milagre, mas de um acaso e o resto do sanduíche foi vendido para um cassino por US$ 28 mil. O formato do sanduíche foi transformado em molde que pode ser comprado no eBay. Mas o site Black Table tem uma sugestão bem mais barata. Nesta Páscoa, a idéia é reproduzir em casa o feito, mas agora com a face de Jesus Cristo. Basta espalhar generosas porções de manteiga no pão formando a face de Cristo e esperar que o forno faça o resto do trabalho. Nem sempre dá certo, mas... www.blacktable.com/ gillin041202.htm

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Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Cientista dos EUA cria robô-serpente para fazer resgates de vítimas presas em escombros Após protestos, França aprova no legislativo nova proposta de lei do primeiro emprego

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Fritura, alho e cebola sem cheiro

A viagem do astronauta brasileiro foi muito criticada. Afinal, ela teve importância científica? Não. O país não tem nem lançadores de foguetes, não teria motivo para mandar um astronauta ao espaço. O problema é que no governo FHC foram gastos US$ 10 milhões para treinar astronautas. Então, agora, era preciso gastar mais US$ 10 milhões para a viagem. Mas isso será positivo porque vai aumentar o interesse dos jovens pela astronomia.

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F AVORITOS

tante para o Brasil, que participa de dois projetos relevantes, o Soar e o Gemini.

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G @DGET DU JOUR

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Receita de Páscoa: a torrada de Jesus

vez nos céus do Brasil. Calassa integra um grupo de Caldas Novas (GO), o CN 14 BIS, que construiu no ano passado a réplica mais perfeita do primeiro avião da história. O projeto, chamado 14 Bis Cem Anos Depois, foi idealizado por Calassa que, a partir de uma pesquisa de fotos e documentos da época conseguiu criar o projeto da primeira réplica. Algum tempo depois, uma segunda réplica foi construída e colocada no ar. O financiamento de algumas instituições e um empréstimo bancário viabilizaram o projeto.

Obras do ilustrador e gravador Marcello Grassmann (foto: desenho de 1991). Instituto Moreira Salles. Rua Piauí, 844, 1º andar. Telefone: 3825-2560. 13h às 19h. Grátis.

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C ULINÁRIA

14 bis nos céus do Brasil No dia 23 de Outubro de 1906, às 8h30, o brasileiro Santos Dumont realizou um feito que o colocou na história. Para uma multidão que aguardava ansiosa, no Campo de Bagatelle, ele realizou o primeiro vôo de um objeto mais pesado que o ar, o 14 Bis. O vôo foi um sucesso: Santos Dumont conseguiu voar 60 metros sem o uso de qualquer recurso externo. Agora, quase cem anos depois daquela importante data, outro brasileiro, o piloto e empresário goiano Alan Calassa, de 43 anos, coloca o 14 Bis novamente no ar, mas desta

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mais recente fóssil descoberto na África permite que cientistas montem a mais completa cadeia da evolução humana. O fóssil de 4,2 milhões de anos, descoberto no nordeste da Etiópia, ajuda os pesquisadores a preencher as lacunas no salto entre espécies que precederam a humanidade. Isso porque o Australopithecus anamensis, foi descoberto na região do Awash Médio - onde sete outras espécies semelhantes à humanidade, cobrindo um período de 6 milhões de anos, e três importantes fases do desenvolvimento humano já foram encontradas. "Acabamos de encontrar a ca-

Cinco jovens do Rio são condenados por vender drogas no site de relacionamento Orkut

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Congresso Planalto Eleições CPI

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5 Ficou claro que temos o mesmo projeto: dar ao Brasil uma chance de não votar nem no PT nem no PSDB. Anthony Garotinho (PMDB)

O PMDB, AGORA, JÁ TEM DOIS PRÉ-CANDIDATOS.

GAROTINHO E ITAMAR TROCARAM GENTILEZAS. TARSO VAI AO CONGRESSO TENTAR DIÁLOGO COM OPOSIÇÃO

ITAMAR CONFIRMA QUE É CANDIDATO

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ex-presidente e exembaixador do Brasil na Itália, Itamar Franco, anunciou ontem que também quer disputar a Presidência da República pelo PMDB. Ao lado do pré-candidato a presidente Anthony Garotinho (PMDB), que pleiteia a vaga, caso o partido decida pela candidatura própria, Itamar disse que resolveu levar o próprio nome para a convenção da legenda, no início de junho. Garotinho foi a Juiz de Fora (MG) para confirmar os rumores de que o ex-embaixador do Brasil na Itália também se candidataria. Itamar não só confirmou como disse que gostaria que ele fosse o primeiro a saber. Antes de Garotinho, o ex-embaixador do Brasil recebeu a visita do ex-deputado José Dirceu (PT-SP). O nome de Itamar Franco como pré-candidato foi anunciado na semana passada pelo exgovernador e presidente do PMDB paulista Orestes Quércia. O anúncio surpreendeu muitos, inclusive Anthony Garotinho, que apostava que Itamar iria disputar o Senado. Candidatura própria – "Eu e Garotinho temos métodos e processos diferenciados na nossa vida política. Hoje, eles encontram uma vertente. Nós dois defendemos que o PMDB nacional tenha candidatura pró-

MAIOR BANCADA O PMDB agora é a maior sigla da Câmara, com 83 deputados, passando o PT (81)

Ó RBITA

CADEIA Cinco vereadores de Santa Rita do Pardo (MS) foram presos em flagrante por extorsão

Gleice Lisboa/Agência O Globo

DIÁLOGO

Sérgio Lima/Folha Imagem

m uma semana de tiroteio E político entre governo e oposição, o novo ministro das

Itamar recebe Garotinho em Juiz de Fora: pontos em comum.

pria. O importante nesse instante é o somatório de forças", disse Itamar citando como algumas diferenças o fato de o ex-secretário de Governo e Coordenação do Estado do Rio ter dialogado com o PDSB. "Eu não tenho diálogo e nem sei se vou ter." O encontro no escritório do ex-embaixador no centro da cidade durou menos de 20 minutos. "Ele perguntou-me se

era candidato e eu disse que sim. Ele também é. Para que a gente vai ficar amassando barro?", disse Itamar, brincando com uma expressão mineira. Alternativa – Garotinho evitou criticar a decisão dele e afirmou que a pré-candidatura fortalece dentro do PMDB a tese da candidatura própria. "Nossa conversa foi breve, mas ficou claro que temos o mesmo projeto: dar ao Brasil uma chance de não votar nem no PT nem no PSDB. Uma chance de ter um outro caminho", disse, acrescentando que agora os governistas não poderão ser contra a candidatura da sigla apenas por ser contra a figura dele. Garotinho também propôs uma espécie de pacto de nãoagressão entre os dois pré-candidatos. (Agências)

Relações Institucionais, Tarso Genro, visitou ontem pela primeira vez dois dos principais líderes da oposição no Senado para tentar restabelecer um diálogo: Arthur Virgílio (AM), do PSDB, e José Agripino (RN), do PFL. E informou que o governo vai editar uma MP para liberar recursos do Orçamento, já que o projeto ainda não foi votado.

Líder tucano Athur Virgílio com ministro Tarso Genro

Ailton e Freitas/Agência O Globo

OVOS

Mesmo batendo recorde em aprovação de matérias em uma só sessão, os senadores ainda tiveram momentos de descontração, como a distribuição de ovos de Páscoa de Ney Suassuna (PMDB) para as petistas Ideli Salvati e Ana Julia Carepa.


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Empreendedores Empresas Nacional Finanças

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INDICADORES SOCIAIS TRAZEM RAIO-X DO BRASIL

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por cento foi o crescimento da massa salarial da indústria em fevereiro, segundo o IBGE.

INDICADORES SOCIAIS DO IBGE APONTAM QUE, EM 2050, BRASIL TERÁ 259,8 MILHÕES DE HABITANTES

BRASILEIRO TEM MENOS FILHOS E VIVE MAIS Paulo Pampolin/Digna Imagem

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entro de 45 anos a população brasileira deverá ser de 259,8 milhões de pessoas, um crescimento de quase 43% em relação a 2004, ou seja, 77,7 milhões de pessoas a mais do que hoje. Atualmente, o País tem uma população estimada de 182,1 milhões de habitantes. Os dados constam da Síntese dos Indicadores Sociais 2004, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar da projeção, o estudo revela que, desde a década de 1970, o crescimento da população brasileira vem desacelerando em função das quedas nas taxas de natalidade e fecundidade. Entre 1991 e 2004, a taxa de natalidade, que mede o número de nascidos vivos a cada mil habitantes passou de 23,4% para 20,6%. No mesmo período, a taxa de fecundidade da mulher brasileira caiu de 2,7 para 2,3 filhos. A pesquisa, que tem como referência os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2004 (Pnad), indica ainda que a população de idosos, hoje estimada em 7,7 milhões de pessoas com 70 anos ou mais, será de 34,3 milhões em 2050, aumento de 13,2%. Em 2004, mais da metade da população do País (65,4%) se concentrava nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Apenas no Sudeste viviam 77 milhões de pessoas. A região metropolitana de São Paulo, com 19,2 milhões de habitantes (10,5% do total do País) superava os demais 26 estados.

90 por cento das mulheres tinham dupla jornada em 2004, enquanto só 46,3% dos homens trabalhavam fora e também dentro de casa Mulheres A pesquisa mostra que as mulheres brasileiras estudam, em média, um ano a mais que os homens. Mesmo assim, continuam ocupando cargos de nível secundário e ganhando salários menores que seus colegas do sexo masculino. As desigualdades em relação aos homens continuam dentro de casa. Mesmo depois de cumprir jornada de trabalho fora, a mulher gasta mais 4,4 horas cuidando da casa, enquanto o homem dedica apenas duas horas para os afazeres domésticos. Enquanto 90% das mulheres tinham dupla jornada em 2004, apenas 46,3% dos homens que trabalhavam fora também cuidavam da casa. As mulheres, em 2004, eram responsáveis por 16,8 milhões de lares brasileiros, quase 30% do total dos 56,1 milhões de famílias pesquisadas. A maior proporção das mulheres chefes de família estava na faixa dos 60 anos ou mais (27,4%), já entre os homens, 35,3% dos responsáveis pela família ti-

nham entre 25 e 39 anos. Desigualdade Em 2004, os brasileiros mais ricos ganhavam 16 vezes mais do que os trabalhadores mais pobres. O estudo aponta que os maiores rendimentos pagos, em média, foram para os empregadores (R$ 2.366,00). Depois vieram os militares e funcionários públicos estatutários (R$ 1.300,10) e os empregados com carteira de trabalho assinada (R$ 784,60). Os trabalhadores domésticos receberam os menores salários (R$ 355,20). Pela pesquisa do IBGE, os menores rendimentos foram pagos no Nordeste (R$ 492,50) e Norte (R$ 667,10). A menor diferença entre as duas regiões foi na categoria dos trabalhadores domésticos (77%). Os trabalhos de melhor remuneração com carteira assinada e a maior proporção de empregadores estavam concentrados no Sudeste (39,4% e 4,5%, respectivamente) e Sul (35,1% e 5,2%). Já a maioria dos trabalhadores informais e por conta própria, que totalizava 40,2% da população ocupada, estava concentrada no Norte (13,6% e 18,4%, respectivamente) e Nordeste (14,4% e 20,3%). Os militares e funcionários públicos eram mais numerosos no Norte (11,1%) e no Centro-Oeste (12,4%). Expectativa de vida Entre 1991 e 2004, a expectativa de vida do brasileiro melhorou: aumentou em quatro anos. Para as mulheres, a esperança de vida saltou de 70,9 para 75,5 anos e, para os homens, de 63,2 para 67,9 anos. (ABr.)

Fabiana Beltramin/Folha Imagem

População cresce em ritmo menor e mulheres estudam mais que os homens, e ganham menos

Emprego na indústria reage Empresários mais otimistas

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mercado de trabalho industrial começou a responder, ainda que timidamente, ao recente aquecimento da atividade do setor. Em fevereiro, houve aumento de 0,5% no número de ocupados na indústria ante janeiro, no primeiro crescimento sobre período anterior após quatro meses de queda. Na mesma base de comparação, a massa salarial (folha de pagamento real) do setor cresceu 2,4%. Isabella Nunes, economista da Coordenação de Indústria do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), observou que emprego e salário na indústria, que mostraram desaceleração no ano passado, respondendo à perda de ritmo na atividade do setor no período, começaram a refletir agora o reaquecimento da economia, que vem ocorrendo desde dezembro. Ela disse que o emprego sempre responde com al-

gum atraso aos sinais da produção, como está ocorrendo neste início de ano. Na comparação com fevereiro do ano passado, a ocupação na indústria recuou 0,8%, mas, de acordo com Isabella, o dado reflete sobretudo uma base de comparação elevada e não invalida o diagnóstico de recuperação. Prova disso, segundo ela, é que o índice de média móvel trimestral, considerado o principal indicador de tendência, interrompeu a trajetória de queda e registrou estabilidade no trimestre encerrado em fevereiro, ante o terminado em janeiro. A economista explicou que o ano de 2005 começou aquecido para o mercado de trabalho, que refletia então os fortes dados da indústria em 2004. Por isso, a base de comparação alta acaba afetando os dados deste início de ano. No primeiro bimestre, houve queda na ocupação de 1,1% ante igual período do ano

passado, mas a economista do IBGE alertou que os dados em relação ao mês anterior são mais importantes para avaliar o cenário no momento. "O movimento do emprego já mostra uma resposta à recuperação da atividade", disse Isabella. Ela acredita que as perspectivas para o mercado de trabalho industrial este ano são positivas, como mostram dados das horas trabalhadas do próprio IBGE e a Sondagem Conjuntural da Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgada ontem (veja ao lado). Salários – Os dados da folha industrial foram "inflados" em fevereiro pelo pagamento de benefícios, como 14º salário nas indústrias extrativas (petróleo e mineração). O setor extrativo elevou a folha em 31% em fevereiro, ante janeiro, puxando para cima os dados da indústria em geral, cuja folha de pagamento real subiu 2,4% ante o mês anterior. (AE)

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Prévia da Sondagem Conjuntural da Indústria de Transformação, elaborada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e divulgada ontem, revelou que, apesar dos turbilhões político e econômico que assolaram o País, os empresários estão mais otimistas em relação à economia.

As expectativas para os próximos seis meses melhoraram em abril, quando se comparam os dados com a pesquisa anterior, que projetava a situação dos negócios para o período janeiro a junho deste ano. Subiu de 50% para 54% o percentual de empresários que acreditam em melhora na situação dos negócios. Já os que acreditam em

piora mantiveram-se estáveis, em 10% dos entrevistados. A pesquisa mostra que o saldo de 44 pontos percentuais entre as respostas da ponta positiva e as da ponta negativa é o melhor resultado desde janeiro de 2005, quando o saldo foi de 51 pontos. De lá para cá, foram realizadas cinco novas sondagens pela FGV. (AE)


OPINIÃO

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DOISPONTOS -11 11

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Votos nulos. Pela ética. omo falar em ética no Poder Legislativo se o próprio Conselho de Ética da Câmara é desrespeitado pelos deputados, que não acatam seus pareceres e, diante de tal decepção, muitos de seus membros renunciam? A triste constatação é que o Poder Legislativo no Brasil não é uma instituição

C

digna da função constitucional que exerce. Que me desculpe a minoria que não se enquandra nessa constatação, mas eles devem ser os primeiros e os maiores interessados em mudar esse quadro. Alguns deputados disseram que não gostariam de julgar os companheiros e preferiam deixar o julgamento para o

povo, na hora do voto, deixando claro que não querem cumprir com o seu verdadeiro papel, que é o de representar seus eleitores na defesa do interesse público. Obviamente porque confiam na memória curta do eleitorado para se perpetuar no bem-bom das delícias do poder. Precisamos de um novo modelo de homem público.

Roberto Stuckert Filho/Agência O Globo

Conselho de Ética da Câmara: abandonado pelos próprios deputados.

roponho, portanto, anular os votos para o Legislativo na próxima eleição, forçando a mudança desse quadro caótico. Ficou provado que não adianta escolher candidatos sérios, competentes e honestos, pois eles estão em extinção, já são de fato a minoria.

P

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Passagem para a liberdade O

ssa realidade vital recebeu uma expressão religiosa, concebida como uma aliança entre Deus e o povo, cujo resultado prático foi a constituição de uma anfictionia de tribos, isto é, uma nação fraterna onde não havia espaço para a exclusão. Tudo era polarizado pela dignidade das pessoas: havia convivência e trabalho para todos, sem nenhum dos gravames que estorvam a vida concreta

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"Senhor" (Kýrios, em grego; Dominus, em latim, as línguas mais difundidas no Mediterrâneo), pois nele residia todo o poder de seu Pai, identificado com o Iahweh vétero-testamentário.

dos povos, tais como G Páscoa provém monarquia, exércitos, das línguas burocracia, impostos hebraica (Pesah) e etc. Essa situação per- aramaica (Pasha), sistiu pelo menos até a de uma raiz que época salomônica. significa "passar, Com o advento do saltar". cristianismo, oriundo do próprio judaísmo, G Os ideais da como se lê nos textos neo-testamentários, a Páscoa judaicoPáscoa recebeu novo cristã não são significado. Convictos mero privilégio de que Jesus de Nazaré confessional, era o Messias longa- eles podem ser mente esperado pelo vistos como povo hebreu, os cris- patrimônio comum tãos começaram a cele- da humanidade.

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brar a Páscoa também como passagem de um estado de morte (assassinato de Jesus) para um estado de vida (ressurreição). Com efeito, Jesus - assassinado em torno do ano 30 da nossa era, no tempo do imperador romano Tibério - depois que o seu túmulo foi encontrado vazio (cf Mt 28,6), a fé na sua ressurreição fez com que seus discípulos o reconhecessem como Filho de Deus, e o proclamassem como

DOMINGOS ZAMAGNA É JORNALISTA E PROFESSOR DE FILOSOFIA

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E a fila está andando...

BLOG T O colunista Jorge Moreno, bebendo na sabedoria dos velhos políticos, arrisca em seu blog um palpite: se Lula garante que não dispensa o ministro da Justiça, é sinal que ele vai sair.

Páscoa tem, enfim, além do seu significado estritamente religioso, um embasamento antropológico, no sentido que a aspiração a um estado de vida livre pertence à mais íntima estrutura de cada ser humano e de cada comunidade humana, podendo ser perfeitamente compreensível e vivenciado até mesmo por quem não se considera religioso. Por isso, os ideais da Páscoa judaico-cristã não são mero privilégio confessional; eles podem ser vistos como patrimônio comum de toda a humanidade, uma vez quer todo ser humano é polarizado pelo bem, pela verdade, pela justiça e pela solidariedade. Cada membro da comunidade humana aspira, de fato, à passagem de um estado de opressão e morte para um estado de fruição de liberdade e vida. Feliz Páscoa!

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Gali Tibbon/AFP

vocábulo Páscoa provém das línguas hebraica (Pesah) e aramaica (Pasha), deverbais de uma raiz que significa "passar, saltar". A celebração pascal era originalmente uma festa agrícola, pastoril, quando os camponeses ofereciam, na primavera do hemisfério n o r t e , o s p r i m e i ro s produtos de suas colheitas e rebanhos. A partir desse substrato, por volta do séc. XII aC, a Páscoa começou a ser festejada também como memorial do acontecimento fundador da história do povo hebreu: o Êxodo, o u m e l h o r, " o s ê x odos", tanto o do Egito que acabou se tornando paradigmático quanto os das cidadesestado da Palestina. Os relatos sobre esses eventos são muito marcantes nos livros bíblicos. Em ambos os casos os hebreus conseguiram passar/saltar de uma situação de opressão para uma vida de liberdade.

ancredo Neves dizia não ser supersticioso, mas confessava que dava uma volta na calçada

para não passar debaixo de uma escada. Todas as vezes

que Lula diz que um ministro não sai, faço logo o necrológio político do coitado. Foi assim com Zé Dirceu, Gushiken e, por último, Palocci, aquele que não sairia nem se pedisse. Lula acaba de dizer o mesmo em relação a Márcio Thomaz Bastos. A oposição da Câmara quer

ouví-lo na próxima terçafeira. O Senado que integre o depoimento em sessão conjunta. Márcio Thomaz Bastos, ao contrário de muita gente, é um caso raro de alguém que deixou de ganhar dinheiro para participar de um governo. A maioria ganha dinheiro participando de

saber, de acordo com a versão "tudo é relativo" da assessoria do sr. Bastos, tratou-se de uma tertúlia de natureza acadêmica envolvendo os dois advogados criminalistas e o exministro da Fazenda. Não se informou se os participantes foram servidos de chá e bolinhos. Lembre-se o eventual leitor de que, no ano passado, dois dos lados desse triângulo formaram outra trinca, daquela vez com o sr. Delúbio Soares, o gestor do valerioduto. Em episódio noticiado pela imprensa, o sr. Bastos intermediou encontro do sr. Delúbio com o procurador-geral da República, sob o pretexto de que o advogado deste último, o mesmo sr. Malheiros, seria seu amigo pessoal. A respeito desse episódio, este que escreve formulou requisição à Comissão de Ética Pública para que examinasse o ocorrido. A Comissão concluiu que não houve nada demais, e que o ministro teria agido "no cumprimento de sua missão institucional" (ver http://www.presidencia. gov.br/etica/ Ata%20Reuni%E3o/ Ata%20reuni%E3o% 205.9.2005.pdf).

governos. É um homem elegante, vaidoso e muito educado. Como serve a um governo que diariamente é denunciado, usou seus conhecimentos mais para dar consultoria do que para exercer o papel de ministro da Justiça.

Esse é o mal dos brasileiros, um povo sem modos que costuma consultar médicos e advogados em reuniões sociais: uma dorzinha aqui, um probleminha ali. Thomaz Bastos, como eu disse, é um homem educado.

CLÁUDIOWEBER ABRAMO

EPPUR SI MUOVE ma lenda persistente a respeito de Galileu Galilei é que, ao desmentir perante a Inquisição que teria defendido que a Terra se move ao redor do Sol, teria pronunciado a frase Eppur si muove (e, no entanto, ela se move). Um disseminador dessa versão foi Bertolt Brecht, autor da peça que leva o nome do grande filósofo natural toscano. Não há qualquer indício, rastro, testemunho, de que Galileu tenha pronunciado a frase. Outra frase muito citada, e que implica não apenas desconhecimento factual mas ignorância insanável a respeito do que se está falando, é "Tudo é relativo", atribuída a Albert Einstein. Pobre Albert. "Tudo é relativo" é a palavra-deordem do vale-tudo intelectual, usada sempre que se pretende fugir à justificação de uma opinião. "Tudo é relativo" significa que qualquer coisa vale, mesmo que completamente descabelada e implausível. "Tudo é relativo", acompanhado da criação de todo um vocabulário embromatório e do uso especioso dos argumentos formais, constitui o núcleo da defesa dos mensaleiros e companhia bela. É o que alimenta, por exemplo, a versão apresentada pelo ministro Márcio Thomaz Bastos para as relações perigosas que manteve na triangulação de que participaram ainda o ex-ministro Pallocci e o advogado Arnaldo Malheiros.

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ara quem não se inteirou do assunto, trata-se do seguinte: em meio à tempestade que se abateu sobre o sr. Palocci e que levou a sua demissão, o sr. Bastos, que vem a ser ministro da Justiça, reuniu-se com o então ministro da Fazenda e com o causídico sr. Malheiros. De que tratou a reunião? Conforme comunicado da assessoria de imprensa do Ministério da Justiça, o triângulo formou-se não para discutir aspectos específicos da violação do sigilo do caseiro Francenildo Costa, mas de "aspectos genéricos" da violação de sigilos bancários. Uma questão abstrata, portanto.

P

Apesar da cortina de cinismo, as versões fantasiosas não formaram raízes. Algo se move, afinal. o triângulo com o sr. Palocci, dificilmente poderia o ministro da Justiça alegar cumprimento de missão institucional. Daí a história da tertúlia acadêmica. A questão, desta vez, é saber se o "tudo é relativo" do ministro Bastos vingará. Embora a probabilidade maior seja de que a versão da tertúlia persista (afinal, este é um país de bacharéis), há sinais de que nem todo mundo é idiota. Esta semana tornou-se pública a denúncia oferecida pelo procurador-geral da República ao STF, solicitando abertura de processos contra quarenta pessoas envolvidas com o mensalão. Mais denúncias são prometidas para o futuro próximo. A saber, apesar da cortina de cinismo que, por orientação de seus advogados criminalistas, os mensaleiros erigiram em sua defesa, ao menos nas cabeças dos procuradores que prepararam a denúncia as versões fantasiosas não formaram raízes. Algo se move, afinal, na República.

N

CLÁUDIO WEBER ABRAMO CRWA@TRANSPARENCIA. ORG.BR

FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, 3244-3799, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894


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8

quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, 13, 14, 15 e 16 de abril de 2006

2,215

reais foi a cotação do dólar turismo ontem para venda. A moeda norteamericana caiu 0,45%.

12/4/2006

Informe Publicitário

FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Situação em 10/04/2006 Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda

Fundo P.L. do Fundo Empresarial LP ....................... 4.125.341,55 Lastro Performance LP ......... 975.043,71 Múltiplo LP .............................. 3.022.246,33 Esher LP .................................. 2.474.010,95 Master Recebíveis LP ........... 433.391,22

Valor da Cota Subordinada 1.030,592395 996,121525 1.017,091058 1.007,535267 953,746060

% rent.-mês 1,2632 0,3402 -0,7154 0,2959 0,0363

% ano 5,4885 -0,3878 1,7091 0,7535 -4,6254

Valor da Cota Sênior 0 1.017,421606 1.023,950754 0 0

% rent. - mês 0,3666 0,3993 -

% ano 1,7422 2,3951 -

rating AA-(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)

DC

COMÉRCIO


ESPANHA

quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, 13, 14, 15 e 16 de abril de 2006

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PRECIOSO PATRIMÔNIO NO CENTRO-OESTE

TURISMO - 1 Divulgação/Rui Faquini

Fundada no século 18, a cidadezinha de Pirenópolis (Goiás) é palco de festas folclóricas e de natureza exuberante. Pág. 4

Robson Fernandjes/AE

Na cidade das artes

Esta é a segunda edição de uma série dedicada à Espanha. Confira toda quinta-feira deste mês

A capital da Catalunha

é uma eterna celebração à arquitetura. Com um monumento a cada esquina, exibe de forma harmônica o moderno, o gótico e o barroco. E ainda reúne museus dedicados ao trabalho de grandes mestres, como Gaudí, Picasso e Miró. Págs. 2 e 3

Mais que um cartão-postal de Barcelona, a Igreja Sagrada Família (1882), e suas torres que parecem castelos de areia, é um dos grandes legados de Antonio Gaudí – catalão que morreu atropelado por um bonde, em 1926, deixando a obra inacabada. O artista deu à cidade um precioso acervo arquitetônico


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segunda-feira, 17 de abril de 2006

1 Mais de 95% do nosso faturamento vem de licenciamentos. Mônica de Sousa, diretora do Estúdio Maurício de Souza

Fotos: Divulgação

O sucesso dos ovos de chocolate com personagens como Hello Kity, Barbie, Homem-Aranha, Bob Esponja ou Turma da Mônica não ocorreu por acaso nesta Páscoa. Mais do que um modismo, os p ro d u t o s q u e l e v a m a marca de personagens dos quadrinhos ou da TV são um nicho de mercado que não pára de crescer. Que o digam os pais de milhares de crianças. Segundo a Associação Brasileira de Licenciamento (Abral), nos últimos cinco anos, a taxa de crescimento do setor oscilou entre 10% e 15%. E esse resultado foi muito pouco perto do potencial do País, dizem os especialistas. Segundo dados da Abral, os brasileiros consomem pouco mais de 1% do que gastam os norte-americanos com licenciamentos. Lá, o segmento faturou, no ano passado, US$ 104 bilhões, o equivalente a R$ 222 bilhões. Aqui, a receita foi de R$ 2,7 bilhões (US$ 1,2 bilhão). Agentes – "Há 20 anos, apenas cinco empresas trabalhavam como agentes de licenciamento no Brasil. Hoje, já são 63 em atividade", afirma o presidente da Abral, Sebastião Bonfá. O agente trabalha no "meio de campo", entre o licenciado e a indústria. São empresas que, normalmente, representam marcas e personagens internacionais, como os da Disney e da Warner. Mas também podem trabalhar com companhias brasileiras que não querem manter um departamento de licenciamento interno. "É um trabalho delicado porque exige atenção na hora de vincular um novo produto à marca e ao público que se identifica com ela", explica Malú Moreira, diretora de Marketing e Negócios internacionais da Creative Licesing Brasil, agente de licenciamento de marcas como Bety Boop, Olívia Palito e Popeye e Gato Félix. O agente ganha entre 3% e 20% do valor comercial do produto licenciado, descontados os impostos. Já a comissão do licenciado (royalty) varia conforme o peso da marca. Empresas como Disney, Warner e Mattel trabalham com 60% a 70% de comissão. Companhias menores recebem menos, até 10%. O restante é do fabricante. Dos personagens brasileiros, os mais licenciados são a Turma da Mônica, do Estúdio Maurício de Sousa, e o Senninha, ligada ao tri-campeão de fórmula 1, Ayrton Senna. Mas, na última década, artistas passaram a ligar seus nomes a produtos, como Xuxa, Angélica e Eliana. Os royalties também costumam variar conforme o segmento da atividade. Na área de alimentos, o percentual sobre as vendas fica entre 1,5% e 3%, garante Malú, da Creative. Em papelaria, o percentual é de 8% a 10%; em confecção, o usual é de 6% a 10% e, em calçados, entre 5% e 8%. "Mas a negociação varia. Depende do poder de barganha das partes", diz ela. Lucros – As mercadorias com imagens conhecidas são, em média, 15% mais caras do que o similar tradicional. "Os produtos com personagens infanto-juvenis vendem mais do que as que não têm ligação com algo conhecido do universo das crianças", afirma Bonfá, da Abral. A Perdigão, embora não divulgue o valor de vendas por linha de produtos, é um exemplo de que ligar personagens infantis a alimentos funciona. Desde 1989, a empresa utiliza a Turma da Mônica para ilustrar as caixas de sua linha de produtos congelados infantis. "Renovamos o contrato várias vezes desde que começamos porque a parceria deu muito certo", diz a gerente de produtos da Perdigão, Luciana Nicastri. Os congelados com os personagens são pasteizinhos e mini-chickens, mais macios e com o tempero suave. A Perdigão usa a marca "Gang's Mônica" para exportar esse alimentos. Do lado do Estúdio Maurício de Souza, a parceria também deu certo. "Tomamos o cuidado de trabalhar com boas indústrias porque as mães confiam que nossa marca é ligada a coisas de qualidade", explica a diretora comercial do Maurício de Sousa, Mônica de Sousa, aquela que deu nome à personagem. "Mais de 95% do

Licença para

vender Patrícia Cruz/LUZ

Os personagens infantis são cercados de magia, alegria e poderes extraordinários, que fascinam qualquer criança. Quem não queria possuir as habilidades do Homem-Aranha ou ter os amigos da Turma da Mônica? A indústria sabe dessa magia e usa os personagens infantis para vender todos os tipos de produtos. E, pelo que parece, os pais não se importam em pagar cerca de 15% mais caro em uma mercadoria para verem seus filhos contentes. Fabiana dos Santos Resende é uma dessa mães. Na compra de material escolar deste ano, pagou mais caro por todos os cadernos, mochila e estojo para ver seu filho Andrew Resende Romero, 8 anos, mais feliz. Ele quis todo o material da Hot Wheels – marca criada pela Mattel para comercializar carrinhos de ferro, mas que virou mania mundial entre os meninos. "Quis o material da Hot Wheels porque gosto dos carrinhos", resume Andrew na simplicidade de uma criança que enxerga apenas miniaturas legais no seu material. Mas a paixão do menino não fica apenas limitada aos carrinhos, ele também curte o personagem de desenho animado Bob Esponja e o Homem Aranha. Tem, inclusive, roupa de cama do Bob Esponja e roupas e tênis de ambas as marcas. "A cada fase ele gosta de um personagem e não me importo de satisfazê-lo. Acho natural", afirma Fabiana. Ela tem razão. De acordo com a psicopedagoga Fabiana Ruiz, as crianças querem apenas se identificar com um universo que já conhecem e, claro, com os amigos que compram as mesmas coisas. Para as meninas, dependendo da idade, a moda são as roupas da Polly e da Barbie, o material escolar da Moranguinho e das Super Poderosas e, também, peças ligadas à mais antiga das gatinhas, a Hello Kity. (FP)

Newton Santos/Digna Imagem

Andrew (no alto) é apaixonado pelos carrinhos da Hot Wheels e tem vários produtos licenciados com a marca. Cadernos do Garfield também estão entre os preferidos

nosso faturamento vem de licenciamentos", diz Mônica. Embora o royalty pago pelo setor de brinquedos seja maior, ela explica que o segmento mais rentável é o de alimentos, seguido por confecção, brinquedos e material escolar. Recomendações – Como recomendação para quem quer licenciar sua marca, Mônica esclarece que é importante vistoriar a confecção dos produtos sempre, exigindo cláusulas de qualidade no contrato, para que o personagem não fique ligado a uma mercadoria ruim. "Também é preciso verificar se o produto tem a ver com o universo de seu público. Já recebemos propostas para licenciar a Turma da Mônica para champignon, mas não achamos que isso tem a ver com crianças e não aceitamos fazer", diz. Em itens para adultos, o uso de personagens e marcas é menos utilizado, mas existem casos. "Celebridades e artistas conhecidos permitem o uso de seus nomes em esmaltes, perfumes e itens ligados à beleza", afirma Bonfá, da Abral. Além disso, diz ele, personagens antigos como o Gato Félix e Bety Boop são licenciados para adultos em m erc a do r ia s d i f e r e n c i adas. Fernanda Pressinott

Alex, o leãozinho do filme Madagascar, é um personagem que ganhou a garotada


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2 -.ECONOMIA/LEGAIS

segunda-feira, 17 de abril de 2006

CONVOCAÇÕES ALMART - ASSOCIAÇÃO DOS LOJISTAS DO SÃO PAULO MART CENTER

CNPJ: 58.920.984/0001-09 Assembléia Geral Ordinária Primeira Convocação: 26 de abril de 2006, às 9h30 Segunda Convocação: 26 de abril de 2006, as 10h00 CONVOCAÇÃO Convidamos os associados da ALMART- Associação dos Lojistas do São Paulo Mart Center, quites com suas obrigações associativas, a reunirem-se em Assembléia Geral Ordinária, na data e horários acima citados, na Rua Chico Pontes, 1500, no auditório CETIM, no Mart 5, Vila Guilherme, a fim de deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: 1) Apresentação e aprovação das contas relativas ao exercício findo em 31/12/2005; 2) Eleição dos membros da Diretoria e Conselho Deliberativo para a gestão 2006/2008; 3) Aprovação de verba do Fundo de Promoção; 4) Assuntos de interesse geral. São Paulo, 12 de abril de 2006. José Tizeira Géa Filho. Eduardo Storch. (17, 18, 19/04/2006)

AÇÃO COMUNITÁRIA DO BRASIL - SÃO PAULO Convocação - Assembléia Geral Ordinária Convidamos os senhores Conselheiros e Associados da Ação Comunitária do Brasil - São Paulo, para reunirem-se em Assembléia Geral Ordinária, no dia 27 de abril de 2006, às 17:30 horas, no Empório Santa Maria, sito na Av. Cidade Jardim, 790 - São Paulo, para aprovação das contas de 2005, do orçamento anual para 2006, alteração do endereço da sede da associação, eleição da nova Diretoria e indicação de novos Conselheiros. Em primeira convocação com presença mínima de um terço, ou às 18:00 horas, com a presença de qualquer número de Associados presentes. São Paulo, 11 de abril de 2006. David Jafet - Presidente do Conselho Diretor.

BALANÇOS Demonstrações do Superávit ou Déficit Exercícios findos em 31 de dezembro - Em reais

LIGA DAS SENHORAS CATÓLICAS DE SÃO PAULO CNPJ. 60.597.044/0001-72 Balanço Patrimonial em 31 de dezembro - Em reais Ativo Circulante Caixa e bancos Aplicações financeiras Contas a receber Outros créditos Realizável a longo prazo Depósitos judiciais Depósito fiança Permanente Imobilizado Depreciação amulada

2005

2004

420.387 387.474 850.496 240.547 1.898.904

430.286 432.970 534.584 209.023 1.606.863

48.053 4.500 52.553

34.318 34.318

106.078.829 (3.404.959) 102.673.870

Total do ativo

104.625.327

Passivo Circulante Empréstimos Fornecedores Impostos e contribuições a recolher Salários e encargos sociais Provisão de férias Provisão FGTS sobre férias e 13º salário Provisão abono (escolas) Adiantamento de mensalidades Outras contas a pagar

105.674.761 (2.517.711) 103.157.050

Exigível a longo prazo Empréstimos Provisão para contingências

104.798.231

Patrimônio social Total do passivo

2005

2004

296.788 237.055 30.965 605.192 571.765 48.600 16.820 271.740 133.688 2.212.613

674.150 213.447 28.894 578.666 578.926 46.314 10.661 225.339 123.442 2.479.839

307.048 307.048 102.105.666 104.625.327

250.000 280.095 530.095 101.788.297 104.798.231

Demonstração das Mutações do Patrimônio Social

Em 1º de janeiro de 2004 Realização da reserva de reavaliação Déficit do exercício Em 31 de dezembro de 2004 Realização da reserva de reavaliação Déficit do exercício Em 31 de dezembro de 2005

Patrimônio social 47.683.727 47.683.727 47.683.727

Reservas de reavaliações 58.069.034 (755.884) 57.313.150 (833.898) 56.479.252

Superávit (Déficit) acumulado (3.218.909) 755.884 (745.555) (3.208.580) 833.898 317.370 (2.057.312)

Total 102.533.851 (745.555) 101.788.296 317.370 102.105.666

Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 - Em reais

1 Contexto operacional - A Liga das Senhoras Católicas de São Paulo, constituída em 10 de março de 1923, é uma associação civil de direito privado e fins filantrópicos, de caráter beneficente, educativo, cultural e de assistência social, com orientação religiosa do Cardeal Arcebispo Metropolitano da Arquidiocese de São Paulo. Em 22 de novembro de 1963, conforme Ato do Poder Excutivo publicado no Diário Oficial de 31 de março de 1964, a Liga das Senhoras Católicas de São Paulo foi declarada instituição de utilidade pública federal. Em conseqüência, está imune do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica - IRPJ (imunidade prevista pelo artigo 150, inciso VI, alínea c, da Constituição Federal). Também está isenta das contribuições sociais, nos termos do artigo 195, parágrafo 7º da Constituição Federal. Em 3 de abril de 1935, conforme Ato do Poder Estadual publicado no Diário Oficial de 4 de abril de 1935, a Liga das Senhoras Católicas de São Paulo foi declarada instituição de utilidade pública estadual. Em 22 de outubro de 1968, conforme Ato do Poder Municipal publicado no Diário Oficial de 23 de outubro de 1968, a Liga das Senhoras Católicas de São Paulo foi declarada instituição de utilidade pública municipal. A Liga das Senhoras Católicas de São Paulo desenvolve programas de promoção humana e social em suas unidades assistidas, atendendo crianças, jovens, famílias e idosos em situação de exclusão social, em diversas regiões da cidade de São Paulo. Os recursos financeiros para desenvolver o seu trabalho social nas unidades assistidas, advêm das suas unidades provedoras, de convênios com o setor público, de parcerias com entidades do setor privado e, ainda, de doações e contribuições recebidas de pessoas jurídicas e físicas. As unidades provedoras têm como objetivo principal a geração de recursos para a manutenção das unidades assistidas. A Liga das Senhoras Católicas de São Paulo é, atualmente, composta pelas seguintes unidades provedoras e assistidas, conforme denominações utilizadas pela entidade: Unidades provedoras Unidades Assistidas Colégio Santa Amália I (Saúde) Casa da Infância do Menino Jesus Colégio Santa Amália II (Tatuapé) Casa de Férias Bertioga Plaza 50 Creche São Cesário Lar de Santana Creche Primeiros Passos Recanto Monte Alegre Creche Primavera Residência Creche Santo Antonio Educandário Dom Duarte Projeto Autonomia e Solidariedade A missão da Liga das Senhoras Católicas de São Paulo é trabalhar pela promoção humana e inclusão social por meio de educação e formação. Nas unidades assistidas são desenvolvidos os programas sócio-educacionais abaixo relacionados: • moradia (abrigo) e assistência integral a bebês, crianças e adolescentes abandonados ou de famílias desestruturadas (educação, alimentação, recreação, assistência médica e orientação psicopedagógica); • educação continuada com suporte escolar, esportes, artes e extensão curricular; • formação profissional; • acompanhamento pós-desabrigamento; • atendimento e orientação à comunidade; • terceira idade. A Liga das Senhoras Católicas de São Paulo, através de sua administração, vem conduzindo uma série de medidas e iniciativas no sentido de equacionar a sua situação financeira de curto prazo e a manutenção e o desenvolvimento de suas atividades em níveis compatíveis com seu plano operacional. As instalações utilizadas pela entidade foram recebidas como doações. 2 Principais práticas contábeis - A entidade adota os princípios contábeis previstos na legislação societária brasileira, no que for aplicável, embora seja constituída como uma entidade sem fins lucrativos. As práticas contábeis mais significativas adotadas na elaboração das demonstrações financeiras são as seguintes: Na elaboração das demonstrações financeiras é necessário utilizar estimativas para contabilizar certos ativos, passivos e outras transações. As demonstraçoes financeiras da instituição incluem, portanto, provisões necessárias para passivos contingentes, determinações de provisões para imposto de renda e outros similares. Os resultados reais podem apresentar variações em relação às estimativas. (a) Ativos e passivos circulantes - Os ativos são demonstrados pelo custo de aquisição, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias auferidos e deduzidos por provisão para ajuste ao valor de realização, quando aplicável. A provisão para créditos de liquidação duvidosa é constituída em montante julgado, pela administração da

Aos Administradores Liga das Senhoras Católicas de São Paulo 1 Examinamos os balanços patrimoniais da Liga das Senhoras Católicas de São Paulo em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 e as correspondentes demonstrações das receitas e despesas, das mutações do patrimônio social e das origens e aplicações de recursos dos exercícios findos nessas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras. 2 Exceto pelo assunto mencionado no parágrafo 3, nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevência dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da entidade, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela

entidade, como suficiente para cobrir prováveis perdas e leva em conta a conjuntura econômica, a experiência passada, bem como os riscos específicos e globais das operações. Os passivos registrados são demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, incluindo, quando aplicável, os correspondentes encargos e variações monetárias incorridas. (b) Permanente - Os imóveis estão demonstrados pelo valor da avaliação realizada por empresa especializada/peritos independentes nos exercícios de 2000/2001/2002, enquanto os veículos, computadores e periféricos e máquinas e equipamentos estão demonstrados ao custo da aquisição e são depreciados pelo método linear com base nas taxas de depreciação apresentadas na nota 6. (c) Apuração do resultado - As receitas com doações são reconhecidas contabilmente quando recebidas. Demais despesas e receitas são apuradas pelo regime de competência. 3 Aplicações financeiras Tipo de aplicação 2005 2004 Certificados de depósitos bancários 387.474 432.970 387.474 432.970 As aplicações financeiras estão registradas pelo custo de aquisição e incluem, quando aplicável, os rendimentos e variações monetárias auferidos até o fim do exercício. 4 Contas a receber 2005 2004 Aluguéis a receber 51.329 20.597 Convênio com a Prefeitura Municipal de São Paulo a receber 166.148 130.990 Mensalidades a receber – Instituto Santo Amália 594.878 464.837 Notas promissórias a receber – Hotel Solar Paulista - 114.125 Outros 281.784 153.860 (-) Provisão para devedores duvidosos (243.643) (349.825) 850.496 534.584 5 Outros Créditos - Referem-se substancialmente a valores referentes a adiantamento de férias a empregados no montante de R$ 193.022 (2004 - R$ 171.003). No exercício foram baixados créditos a receber relativos a notas promissórias a receber as quais estavam integralmente provisionadas. 6 Imobilizado Valor Terrenos Educandário D. Duarte 21.500.000 Hotel Plaza 50 3.422.400 Edifício Sede 2.976.600 Lar de Santana 8.443.000 Casa da Infância 5.782.000 Instituto S. Amália/Saúde 15.520.000 Instituto S. Amália/Tatuapé10.237.500 Demais terrenos 12.561.716 Imóveis Educandário D. Duarte 2.580.245 Hotel Plaza 50 4.346.600 Edifício Sede 1.150.400 Lar de Santana 3.971.991 Casa da Infância 2.131.000 Instituto S. Amália/Saúde 4.109.319 Instituto S. Amália/Tatuapé 947.119 Recanto Monte Alegre 599.568 Creche Santo Antonio 693.111 Creche São Cesário 600.167 Demais imóveis 3.375.207 Veículos 238.819 Comp. e periféricos 261.669 Móveis, máq. e equip. 546.063 Totais

Deprec. acum.

(484.206) (578.968) (155.405) (350.131) (319.554) (410.520) (94.617) (59.957) (69.242) (59.957) (340.977) (105.545) (229.156) (146.784)

2005

Taxas anuais 2004 depr. %

21.500.000 3.422.400 2.976.600 8.443.000 5.782.000 15.520.000 10.237.500 12.561.716

21.500.000 3.422.400 2.976.600 8.443.000 5.782.000 15.520.000 10.237.500 12.561.716

2.096.039 3.767.632 994.995 3.621.860 1.811.446 3.698.799 852.502 539.670 623.869 540.210 3.034.230 133.273 32.512 399.279

2.181.961 3.912.374 1.032.496 3.735.459 1.917.979 3.835.639 884.041 559.657 646.950 560.196 3.148.819 8.127 33.334 257.222

Receitas das atividades

2005

2004

Receita de mensalidades Convênios públicos

14.989.499 2.684.179

13.864.222 2.422.614

Convênios privados Doações e contribuições

823.956 1.143.408

860.229 862.824

Outras receitas operacionais

1.392.079 21.033.121

1.232.628 19.242.517

(7.595.221) (3.083.210)

(7.896.442) (2.766.477)

Despesas das atividades-Unidades Provedoras Despesas de pessoal Despesas operacionais Despesas administrativas Serviços de terceiros

(793.804) (931.389)

(734.731) (752.650)

Depreciação Outras despesas operacionais

(554.769) (671.563)

(542.529) (461.673)

(13.629.956)

(13.154.502)

(4.046.263) (1.678.925) (354.390) (555.423) (380.179) (93.743) (7.108.923) (20.738.879) 23.128 317.370

(4.050.700) (1.464.971) (329.250) (533.748) (362.820) (92.112) (6.833.601) (19.988.103) 31 (745.555)

Despesas com gratuidades-Unidades Assistidas Despesas de pessoal Despesas operacionais Despesas administrativas Serviços de terceiros Depreciação Outras despesas operacionais

Resultado Não Operacional Superávit (déficit) do exercício

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos Exercícios Findos em 31 de dezembro- Em reais Origens dos recursos Superávit (déficit) do exercício Depreciação Aumento do exigível a longo prazo Alienação de bens do imobilizado Total das Origens Aplicações dos Recursos Aquisição de imobilizado Aumento do ativo realizável a longo prazo Redução do exigível a longo prazo Total das Aplicações Aumento (redução) no capital circulante Variações no Capital Circulante Ativo Circulante No fim do exercício No início do exercício Passivo Circulante No fim do exercício No início do exercício Aumento (redução) no capital circulante

2005

2004

317.370 934.949 1.252.319

(745.555) 905.349 530.095 507 690.396

451.770 18.235 223.047 693.052 559.267

151.765 18.436 170.201 520.195

1.898.904 1.606.863 292.041

1.606.863 1.462.105 144.758

2.212.613 2.479.839 267.226 559.267

2.479.839 2.855.276 375.437 520.195

7 Empréstimos - Referem-se a empréstimos para cobertura de capital de giro, com vencimento até maio de 2006, no montante de R$ 296.788 (2004 - R$ 674.150). 8 Adiantamento de mensalidade - Referem-se principalmente a valores pagos antecipadamente, referente a reserva de matrículas no Colégio Santa Amália para o ano letivo seguinte dos exercícios findos em 2005 e 2004. 9. Outras informações - (a) Contribuições sociais usufruídas - A isenção das contribuições previdenciárias (INSS parte do empregador) usufruída no exercício foi de R$ 2.579.540 (2004 - R$ 2.560.248) enquanto as despesas com gratuidades (unidades assistidas) no exercício foi de R$ 7.108.923 (2004 - R$ 6.833.602), atendendo portanto aos requisitos esbabelecidos na legislação vigente, ou seja, as gratuidades superiores à isenção usufruída. (b) O resultado não operacional em 2005 decorre substancialmente do resultado da venda de bens do ativo permanente. Diretoria

3,33 3,33 3,33 2,86 5,00 3,33 3,33 3,33 3,33 3,33 20,00 20,00 10,00

Presidente: Maria Lúcia Whitaker Vidigal Tesoureira: Ana Carolina M. B. Matarazzo Contador: Idio Fernandes – CRC/SP 1SP091434/O-1 Parecer do Conselho Consultivo e Fiscal Os abaixo assinados membros do atual Conselho Consultivo e Fiscal, examinando as demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 e as correspondentes notas explicativas elaboradas sob a responsabilidade da administração da entidade aprovam e propõem que os mesmos sejam aprovados pela Assemblêia Geral da Liga das Senhoras Católicas de São Paulo. Jorge Prada José Eduardo Dias Soares Reynaldo Quartim Barbosa Figueiredo

106.078.829 (3.404.959) 102.673.870 103.157.050

Parecer dos auditores independentes adminstração da entidade, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3 A entidade por não ter fins lucrativos, tem parte de suas receitas provenientes de doações e contribuições de terceiros. Como estas doações e contribuições de terceiros são espontâneas, só podem ser identificadas se registradas, por essa razão, nossas verificações dessas receitas ficaram restritas, exclusivamente, aos valores constantes dos registros contábeis. 4 Somos de parecer que, exceto pelos efeitos de eventuais ajustes decorrentes do assunto mencionado no parágrafo 3, as demonstrações financeiras referidas no primeiro parágrafo apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Liga das Senhoras Católicas de São Paulo em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 as correspondentes demonstrações das receitas e despesas, das mutações do patrimônio social e das origens e aplicações de recursos dos exercícios findos nessas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 5 Conforme mencionado na nota 1, vem sendo conduzida pela administração da entidade uma série de medidas e iniciativas no sentido de equacionar a sua situação financeira de curto prazo e a manutenção e o desenvolvimento de suas atividades em níveis compatíveis com seu plano operacional. As

demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis a entidades em regime normal de operações. Os planos da administração relacionados a esses assuntos estão também descritos na nota 1. As demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis a companhias em regime normal de operações, e, conseqüentemente, essas demonstrações não consideram eventuais ajustes, relativos à realização e classificação dos valores de ativos e passivos, que poderiam vir a ser requeridos caso os planos da administração não obtenham o êxito esperado. São Paulo, 31 de março de 2006

PricewaterhouseCoopers International S/C Ltda. CRC 2SP009963/O-1

Washington Luiz Pereira Cavalcanti Contador CRC 1SP172940/O-6

FEDERAÇÃO DAS ASSOCIAÇÕES COMERCIAIS DO ESTADO DE SÃO PAULO

CNPJ MF/ 62.876.768/0001-80 EDITAL DE CONVOCAÇÃO - ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA Pelo presente edital ficam convocadas as Associações Comerciais do Estado de São Paulo, para reunirem-se em Assembléia Geral Ordinária, no dia 24 de abril de 2006, segunda-feira, das 14h00 às 16h00, na Rua Boa Vista, 51 - 9º andar (sede da FACESP) nesta Capital, a fim de dar cumprimento ao disposto no artigo 60, inciso III e parágrafo 3º do ESTATUTO SOCIAL, para deliberar sobre a seguinte ordem do dia: 1) Exame e Aprovação das Contas e Relatório da Diretoria referentes ao Exercício de 2005. Não havendo número para a realização da Assembléia em primeira convocação, realizar-se-á outra, em segunda convocação, trinta minutos após a hora marcada para a primeira, com qualquer número. São Paulo, 13 de abril de 2006. Guilherme Afif Domingos - Presidente. COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO AGRÍCOLA DE SÃO PAULO

CODASP - CNPJ Nº 61.585.220/0001-19 ASSEMBLÉIAS GERAIS ORDINÁRIA E EXTRAORDINÁRIA Ficam convocados, na forma da lei, os Srs. Acionistas da Cia. de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo-CODASP para as Assembléias Gerais Ordinária e Extraordinária no dia 26 de abril de 2006,às 15 horas, Av. Miguel Estéfano, 3.900 - Água Funda, Capital, a fim de deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia: AGO: a) Exame, discussão e votação do Balanço Patrimonial e demais demonstrações Contábeis referentes ao exercício encerrado em 31.12.2005; b) Eleição de membros do Conselho de Administração e fixação dos respectivos honorários; c) Eleição dos membros do Conselho Fiscal e fixação dos respectivos honorários; AGE: a) Ratificação da nova remuneração da Diretoria; b) Outros assuntos de interesse da Sociedade. São Paulo, 11-abril-2006 - JOSÉ BERNARDO ORTIZ - Presidente do Conselho de Administração. (12, 13 e 17/04/06)


segunda-feira, 17 de abril de 2006

Nacional Comércio Exterior Empresas Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

CINCO MESES E MEIO DE TRABALHO PARA FISCO E BANCOS

167 dias para pagar impostos e juros O 142 A brasileiro trabalha em média cinco meses e meio por ano só para pagar impostos e juros cobrados nas várias modalidades de crédito ao consumo. Levantamento mostra que atualmente, é preciso trabalhar 167 dias por ano para pagar o Fisco e as instituições financeiras, número que supera os 155 dias apontados em estudos anteriores. Foram 142 dias no ano passado, só para pagar impostos e contribuições cobrados pelos governos federal, estaduais e municipais, segundo estimativas dos economistas José Roberto Afonso e Beatriz Barbosa Meirelles. É como se cada contribuinte tivesse pago R$ 4,16 mil de tributos em 2005, tomando como base a arrecadação per cap ita. No total, a sociedade transferiu aos cofres do governo R$ 754,4 bilhões, valor cor-

dias por ano é quanto o brasileiro trabalha para pagar impostos e contribuições aos governos federal, estaduais e municipais.

respondente a a 38,9% do Produto Interno Bruto (PIB). Juros – Já os cálculos referentes aos juros mostram que o consumidor gasta 25 dias do seu salário para pagar os encargos devidos a bancos e financeiras. O levantamento feito pela Consultoria Partner levou em conta os dados de cré-

dito ao consumo até fevereiro deste ano. Nele, constatou um aumento de três dias no comprometimento da renda, comparado a março de 2005. De acordo com o estudo, apesar da alta do salário médio (R$ 932,90) e da queda da taxa básica de juros, a Selic, a quantidade de dias comprometidos para pagamento de juros dos bancos e outras instituições subiu por causa do aumento da demanda por crédito ao consumo, que foi de R$ 124,2 bilhões para R$ 162,6 bilhões. Para especialistas, a combinação de juros altos e carga tributária exorbitante podem ser um veneno para o desenvolvimento do País. Juntos, os dois componentes são inibidores de investimentos produtivos e limitadores do crescimento. O grande problema é que o Brasil está no topo do ranking nesses dois quesitos. (AE)

Remuneração é maior na Região Sudeste Divulgação Case Consulting

RÚSSIA LIBERA CARNE DO RS Rússia liberou o embarque de carne suína produzida no Rio Grande do Sul entre 12 de dezembro e 4 de abril. O Estado é o único autorizado, até o momento, a retomar as exportações para a Rússia, suspensas em dezembro em decorrência dos casos de febre aftosa em Mato Grosso do Sul e Paraná (foto). A indústria gaúcha reivindicava o embarque também dos estoques formados antes da reabertura do mercado e que sobrecarregaram os espaços de armazenagem no Estado. O diretor-executivo do

VARIG DISCUTE PROPOSTA

A

Varig inicia hoje reuniões com os credores para apresentar e negociar a proposta de US$ 400 milhões recebida da VarigLog. A idéia é alcançar um consenso básico antes da assembléia de credores,

prevista para o dia 2 de maio. A empresa vai ainda sondar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) sobre eventual participação do banco em alternativas de capitalização via mercado. (AE)

de inspeção informando a autorização para embarque. Com isso, já é possível enviar o produto, explicou Kerber. O setor estima que conseguirá embarcar cerca de 25 mil toneladas que estavam em estoque. (AE)

ALUMÍNIO

A

produção de alumínio no País alcançou 134,9 mil toneladas em março, uma alta de 7,8% na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo a Associação Brasileira do Alumínio (Abal). (AE)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Ambev vai aumentar participação no capital da cervejaria Quilmes Ford anuncia saída de presidente e mudanças administrativas

L Fátima Lourenço

Sindicato das Indústrias de Produtos Suínos (Sips), Rogério Kerber, confirmou que a liberação foi enviada ao Ministério da Agricultura na última terçafeira. O Mapa emitiu ontem uma instrução às unidades

L meio, do número de pessoas abrindo mão dos melhores salários de São Paulo, em prol da qualidade de vida, sobretudo, quem têm filhos pequenos. "Já as empresas que decidem sair de São Paulo acabam recrutando aqui a mão-de-obra especializada", diz Bevilacqua.

Ó RBITA

SELIC JP Morgan do Brasil espera queda de 0,75 ponto percentual na taxa básica de juros.

Paulo Liebert/AE

A TÉ LOGO

Ricardo Bevilacqua, diretor da Case Consulting: Sudeste ainda atrai executivos por concentrar os melhores salários

Em números aproximados, são salários que variam de R$ 7 mil a R$ 13 mil (nível de média gerência); de R$ 13 mil a R$ 20 mil (alta gerência e diretoria), chegando a até R$ 80 mil (diretores executivos). Qualidade de vida - Na mão inversa, Bevilacqua observa crescimento, há um ano e

CÍTRICOS Governo pretende selar um pacto entre produtores para pôr fim à briga com a indústria.

Executivos de São Paulo ganham de 30% a 40% mais em relação a outras capitais do País.

L

A

partir de hoje, o Diário do Comércio apresenta uma série de reportagens a partir dos dados apresentados na Síntese dos Indicadores Sociais 2004, divulgada na última quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O primeiro destaca a região Sudeste no quesito melhor remuneração do País. A performance se repete na Pesquisa Mensal de Emprego, com ênfase para São Paulo, onde o rendimento da população está acima da média nacional, em todos os grupamentos de atividades pesquisados, destacando-se o comércio (24% acima) e os serviços (17%). "As maiores corporações do País estão concentradas em São Paulo. Cerca de 90% das decisões são tomadas aqui", afirma Ricardo Bevilacqua, diretor geral da Case Consulting, empresa especializada no recrutamento de executivos, para justificar a atração que a Região Sudeste, de um modo geral, e o Estado de São Paulo, especificamente, ainda exercem sobre os trabalhadores. De uma maneira geral, segundo ele, quem vem para São Paulo ganha de 30% a 40% mais, em relação a outras capitais, exceto pelo Rio de Janeiro.

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13,5 milhões de contribuintes tem 15 dias para entregar a declaração do IR


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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segunda-feira, 17 de abril de 2006

Cidades BENTO XVI PEDE PAZ NA TERRA SANTA O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, e o rabino Henry Sobel participaram da missa de Páscoa na Catedral da Sé

Em celebração na praça de São Pedro, o papa incluiu Irã, Iraque, Israel e Palestina em sua mensagem pascal. A todos pediu mais humanidade e fraternidade.

O

papa Bento XVI fez ontem, Domingo de Páscoa, um pedido enérgico a favor da paz no Iraque, pediu uma "saída honrosa para todos" na crise da energia nuclear, exigiu ajuda à África e condenou os seqüestros na América Latina, à qual desejou a consolidação da democracia e melhores condições de vida. O pontífice fez estas declarações durante sua mensagem pascal, pronunciada na praça de São Pedro diante de mais de 150 mil pessoas, e que foi transmitida ao vivo por 104 televisões de 74 países. No dia em que completou 79 anos e na vigília do primeiro aniversário de seu pontificado, Joseph Ratzinger oficiou sua primeira Missa da Ressurreição como papa. Segundo ele, os que ainda vivem sob as correntes do sofrimento e da morte "aguardam a esperança de Cristo ressuscitado". Bento XVI fez um percurso por todos os continentes em sua mensagem, e a palavra que mais pronunciou foi paz. "Que a paz finalmente prevaleça sobre a trágica violência que continua trazendo sofrimento e fazendo vítimas", disse, sob os aplausos da multidão.

Arturo Mari/AFP

Élcio Paraíso/O Tempo/O Globo

O papa Bento XVI (ao lado) dá a benção Urbi et Orbi a Roma e ao mundo, na praça de São Pedro, no Vaticano. Ele falou em 63 línguas, inclusive o português. Acima, os tapetes de Ouro Preto, confeccionados pelos moradores da cidade.

O papa pediu também por uma solução "honorável" para a crise nuclear do Irã, referindo-se aos recentes acontecimentos em que o país informou ao mundo sua intenção de desenvolver um arsenal nuclear. Bento XVI pediu o diálogo e o fim das hostilidades entre israelenses e palestinos. "Que a comunidade internacional, que reafirma o direito de Israel de existir em paz, possa permitir que o povo palestino supere a precária condição em que vive.

Bento XVI conclamou os líderes das nações e organizações internacionais a trabalhar pela paz entre os povos, culturas e religiões "para remover o fantasma do terrorismo". O papa ainda destacou a crise humanitária e conflitos na África e disse que apesar de a América Latina viver em melhores condições é necessário que as instituições democráticas "consolidem o espírito de harmonia e de solidariedade". Concluída a mensagem, o papa deu a bênção Urbi et Orbi (a Roma e ao mundo) em 63 idiomas, entre eles o português: "desejo a todos uma boa e feliz festa de Páscoa, com a paz e a alegria, a esperança e o amor de Jesus Cristo ressuscitado" .

No Brasil – O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PFL), participou ontem da missa de Páscoa celebrada pelo cardeal arcebispo de São Paulo, Dom Cláudio Hummes, na Catedral da Sé, no Centro da cidade. O rabino Henry Sobel também esteve na celebração. Kassab esteve ainda no culto pelos 50 anos da igreja O Brasil para Cristo, fundada pelo missionário Manoel de Mello, que teve seu nome acrescentado ao viaduto Pompéia, na zona oeste de São Paulo. Na cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais, a Páscoa foi lembrada com a tradicional Procissão da Ressurreição. A celebração é famosa pelos tapetes confeccionados pelos moradores e

que adornam as ruas por onde passa o cortejo. No Rio de Janeiro, moradores de rua receberam um almoço na Catedral São Sebastião, no Centro da cidade. O arcebispo dom Eusébio Sheidt participou do evento servindo almoço aos carentes. Em Salvador, na Bahia, centenas de fiéis participaram da Missa da Páscoa celebrada por Dom Geraldo Majella na Catedral Basílica. O governador de São Paulo, Cláudio Lembo, esteve ontem no Santuário Nacional de Aparecida e prometeu ajudar na recepção ao papa Bento XVI, em 2007. Lembo chegou às 11h, visitou a basílica velha, a igreja de São Benedito e o Santuário, onde fez orações. (Agências)

A

U

rão efetivados", disse o gerente da loja, Márcio Marconi. O ovo de 400 gramas, que custa R$ 29,60, foi o mais vendido. A procura de última hora pelos ovos de chocolate se repetiu em toda a cidade. Na Kopenhagen, no Shopping Center Norte, era difícil até entrar. Jána loja da Cacau Show, em Santana, também na zona norte, os consumidores não paravam de chegar. E pediam para entrar, desesperados. "Esta é a nossa melhor Páscoa", disseram Ivani e Sabrina Mirândola, mãe e filha, donas da loja.

ma fonte ligada ao Vaticano revelou ao Diário do Comércio algumas impressões de seu dia-a-dia com o papa Bento XVI. Os registros são de seu próprio diário. – Em 10 de dezembro estive pela primeira vez numa audiência com o papa Bento XVI. Fiquei tocado ao ver a sua fragilidade física e a sua timidez. Ele padece de problemas cardíacos e, por isso, sempre está cercado de cuidados e tem agenda limitada. Não se deve esperar dele muitas e longas viagens, como as de João Paulo II. – Em 25 de janeiro estive novamente com ele na Abazzia di San Paolo Fuori le Mura. Em dia 1º de março, Quarta-Feira de Cinzas, ele veio ao Sant’Anselmo para iniciar a Quaresma, aqui em Roma. Recebi as cinzas de suas mãos. – O papa Bento XVI está se destacando pela sua erudição e pela sua colegialidade: fazer consultas antes de tomar decisões. Merece destaque a sua primeira encíclica, "Deus caritas est", dirigida aos cristãos, sobre o amor. Ele surpreendeu e encantou a Igreja ao falar com tanta delicadeza e poesia. Bento XVI inaugurou as celebrações pascais nesse seu primeiro ano de pontificado na Basílica de São Pedro, com exceção da Via Crucis , que aconteceu na Sexta-Feira Santa na Igreja de São João de Latrão.

Neide Martingo

Armando Serra Negra

TUDO POR UM OVO DE CHOCOLATE Páscoa transformou o tranqüilo Jardim São Paulo, na zona norte da cidade. Na fábrica de chocolates Munik, a fila começava na ponta do quarteirão, seguia pela rua, subia as escadas e continuava no interior da loja. Mas isso não afugentou os consumidores que, no sábado, ainda iam atrás dos ovos. Lá dentro, mais filas: a da escolha do produto, a do pagamento e a do pacote. Mesmo assustado com tanta gente, o engenheiro Roberto Marchetti aguardou cerca de meia hora para comprar um ovo para a mulher. "Não tive tempo durante a semana. Minha mulher não merece ficar sem chocolate na Páscoa". A fila começou dez dias antes da data. Para atender a todos, o número de funcionários passou de 65 para 100 nas sete lojas da empresa. "Fizemos as contratações temporárias em novembro. Pelo menos 10% se-

O dia-a-dia do papa alemão no Vaticano

Paulo Pampolin/Hype

Clientes na loja de chocolate Munik


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

8 -.OPINIÃO

segunda-feira, 17 de abril de 2006

LENTE DE

AUMENTO A RESISTÊNCIA DE LULA

A avaliação positiva dos eleitores (que consideram o governo bom ou ótimo) caiu apenas um ponto, passando de 38% para 37%. dificuldades, neste momento, de Alckmin. Mas é preciso levar em conta que as pesquisas apontam apenas tendências de momento e que um quadro mais sólido destas tendências só se desenhará no decurso da campanha. A pesquisa, contudo, não deixa de apresentar alguns aspectos surpreendentes. O principal é a resistência de Lula a todo tipo de crise. Mesmo atravessando meses de crise política, cujo episódio mais recente foi a queda de seu ministro mais importante (Palocci), Lula não sofre abalo eleitoral. Os principais fatores que explicam a persistência de Lula na liderança estável das pesquisas se devem, substancialmente, a bons resultados de seu governo no terreno econômico, comparativamente com o governo de FHC. Os indicadores do emprego, salário mínimo, acesso ao

CHOSE

Gastando por medidas provisórias ROBERTO FENDT

C

hegamos à primeira quinzena de abril com a paradoxal situação de que o governo está enviando ao Congresso o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2007 – que orienta a elaboração da lei orçamentária do ano que vem – sem ter ainda orçamento para 2006, decorrido um terço do ano. Na falta do orçamento, o governo vem baixando medidas provisórias para liberar recursos para custeio e investimentos. Este ano já foram oito medidas provisórias, envolvendo abertura de créditos extraordinários para os ministérios das Cidades (890 milhões); dos Transportes (770 milhões); do Desenvolvimento Agrário e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (738 milhões); Justiça, Previdência Social e Esportes (250 milhões); Integração Nacional (80 milhões); e Agricultura (75 milhões). Somando tudo dá 2,8 bilhões de reais. Lembrando que o novo salário mínimo também foi baixado por medida provisória, estamos a caminho de transferir do Congresso Nacional para o Executivo a capacidade de legislar em matéria econômica – como ocorria no tempo dos governos militares. Aprovar o orçamento anual com o ano já começado, infelizmente, não é privilégio do atual governo. De fato, a possibilidade dessa ocorrência já estava prevista na reforma constitucional de 1926 à Constituição de 1891. O mesmo dispuseram as Constituições de 1934, 1937, 1946 e 1967-69. Após a Constituição de 1988, somente em sete dos 17 anos decorridos desde então (1989, 1995, 1997 e 2001-2004) o exercício finan-

Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Alencar Burti, Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br), Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Marcos Menichetti (marcosm@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Adriana Gavaça, André Alves, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046 Tiragem média diária de 25.646 exemplares, conforme auditoria realizada na semana de 13 a 17 de junho de 2005

ceiro iniciou-se com um orçamento sancionado. É claro que a ausência de lei orçamentária perturba o funcionamento normal do governo. Para atenuar o problema criou-se, nas leis de diretrizes orçamentárias, a figura da "realização antecipada das despesas orçamentárias". A LDO/2006 expandiu o rol das despesas de custeio que o Executivo pode gastar, com base na Proposta de Lei Orçamentária, permitindo que 92,9% das dotações orçamentárias sejam liberadas, conforme mostrou a Nota Técnica nº 48 da Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara dos Deputados. Somente não estão disponíveis, para efeito de execução antecipada as dotações orçamentárias para investimentos.

N

ão há doutrina firmada com relação à antecipação de despesas orçamentárias. É questionável o emprego de medidas provisórias com o objetivo de conceder créditos extraordinários, já que a Constituição Federal limita a concessão desses créditos ao atendimento de despesas imprevisíveis e urgentes. Não é esse, obviamente, o caso das oito medidas provisórias mencionadas anteriormente. É surpreendente que o Executivo não tenha mobilizado sua maioria, obtida de forma tão heterodoxa, para aprovar a lei orçamentária – o que tem levado alguns a conjecturar se não seria do interesse do Executivo ter assumido poderes legislativos em matéria financeira no início deste ano eleitoral.

T ransferimos para o Executivo a capacidade de legislar matéria econômica

TRECHOS DO COMENTÁRIO DE POLÍTICA DO BOLETIM TREVISAN WWW.BOLETIMTREVISAN.COM.BR

L ula tem a força (é a economia)

Auditado pela

À QUELQUE Céllus

A

JOÃO DE SCANTIMBURGO

crédito, nível de consumo, programas sociais (com destaque para o BolsaFamília) são melhores no atual governo do que no anterior. Quanto a Alckmin, é cedo para sustentar que é inviável eleitoralmente para enfrentar Lula. É surpreendente sua queda nas pesquisas, quando se esperava que ela indicasse um viés de crescimento. Apesar de denúncias recentes em que está envolvido, não deve ser este o seu maior fator de dificuldade atual. A força de Lula e o relativo desconhecimento nacional do tucano talvez expliquem melhor o quadro. No PMDB, o crescimento de Garotinho animou os que querem vê-lo candidato. De fato, sua aproximação aos números de Alckmin de intenção de voto sugere que a candidatura tem um potencial de viabilidade. Mas, no próprio PMDB se acenderam as luzes amarelas: aqueles que querem ver Garotinho fora do páreo começaram a acelerar as articulações para desarmar a sua candidatura antes que ela se consolide. Entre estes setores, uns querem uma aliança com Lula no primeiro turno. Outros querem que o PMDB não participe de nenhuma coligação formal nas eleições presidenciais. Com isto o PMDB ficaria livre, nos Estados, para fazer alianças com qualquer partido. Esta circunstância daria ao PMDB a chance de sair como o grande vencedor das eleições estaduais, elegendo o maior número de governadores.

Entre (i)deologias e (in)verdades

Evelson de Freitas/AE

pesquisa do Datafolha mostra que Lula continua liderando com folga a disputa presidencial, ao aparecer no primeiro turno com 40%, contra 20% de Alckmin e 15% de Garotinho. Lula caiu apenas dois pontos em relação à pesquisa feita em fevereiro. Alckmin caiu três e Garotinho subiu cinco. A avaliação positiva – eleitores que consideram o governo bom ou ótimo – caiu apenas um ponto, passando de 38% para 37%. O desempenho pessoal de Lula, no entanto, subiu de 44% para 46% de avaliação positiva. São fortes, na pesquisa, os sinais de potencial favoritismo de Lula e de

ANTONIO MARANGON

O

povo não tem nada a ver com nossas divergências partidárias e ideológicas. O povo não pode sofrer pela irresponsabilidade ou perseguição de um político. Esta foi uma afirmação de nosso presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que ecoou nos principais jornais na semana passada. O povo, que imagino sejamos todos nós, deve se questionar se os problemas que o País enfrenta no momento são por razões de divergência ideológica ou gerencial. E, que a população vem sofrendo é fato, mas por irresponsabilidade de quem? Certamente que por ideologias políticas não é, mas cremos que por impostos exorbitantes sobre tudo o que consome, juros extremamente altos para os patamares de uma economia em desenvolvimento, concorrência predatória dos informais, criminalidade à solta, assistência à saúde incrivelmente precária, sem falar de educação, transporte e tantos outros infortúnios que roubam a nossa paz e confiança no futuro. Ideologias políticas à parte, na verdade, os brasileiros precisam é de um gestor que administre os recursos públicos com responsabilidade e consciência. Que os impostos arrecadados sejam convertidos em benefícios para a sociedade, pois para isso, justificam sua criação e ampliação constante de alíquotas. Isso sim é foto comprovado por diversas fontes, como o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário e o Sindicato Nacional dos Técnicos da Receita Federal. Segundo estudo da Unicamp, “os brasileiros transferiram no ano passado R$ 754,4 bilhões em tributos para os governos federal, estaduais e municipais, valor equivalente a 38,9% das riquezas produzidas no País. O crescimento da carga tributária - puxado principalmente por tributos federais - chegou a 1,9% do PIB, o maior salto desde 1999, quando se iniciou a escalada tributária para

auxiliar no ajuste fiscal.” Assim, vemos que a arrecadação per capita (somatória das arrecadações dividida pelo número de habitantes) teve crescimento nominal no período 2002/2005 da ordem de 45,58% e um crescimento real de 11,72%. Mas o presidente está preocupado em envolver todos os nossos problemas na nuvem negra das “ideologias”, esquece-se de pensar nos pequenos e microempresários e nos trabalhadores brasileiros, que estão curvados diante da tremenda carga tributária que levam sobre os ombros. Não apenas com “ideologias” o País produzirá Educação, Saúde, Transporte, Empregos e dignidade aos seus cidadãos. Os problemas são reais e não podemos encobrir com inverdades e palavras vãs a realidade administrativa do País, mesmo porque o que está em jogo é o futuro desta e das próximas gerações.

P

recisamos de atitudes corretas que honrem o presente, que não comprometam o futuro, para construirmos um amanhã de justiças sociais e não nos envergonhemos de sermos honestos. Infelizmente, os dias que estamos vivendo, nos fazem recorrer aos idos de 1914, na era Ruy Barbosa, quando ele alardeou ao mundo: “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto". São passados quase 100 anos e pelo visto o Brasil continua o mesmo. Ruy Barbosa não conseguiu, mas quem sabe os cidadãos de hoje consigam mudar esse cenário. A hora das urnas está se aproximando. ANTONIO MARANGON É PRESIDENTE DO SESCON-SP

O presidente quer envolver os problemas na nuvem negra das ideologias

or observar a vida política brasileira em ebulição constante, chego à conclusão de que os provérbios são úteis por conterem a sabedoria acumulada que lhes deu o nascimento. O provérbio que me vem à mente diante da política brasileira e de sua efervescência é o conhecidíssimo "Há males que vem para o bem". Não há dúvida de que todos concordam. James Bryce, em seu estudo sobre a comunidade americana, foi severo ao julgar a formação dos presidentes de seu país. Segundo esse autor, a quase totalidade deles foi medíocre. Salvaram-se poucos com mérito. Direi, de minha parte, que mesmo um Woodrow Wilson, um schoolar de alto mérito, cometeu erros imperdoáveis, até hoje estudados e criticados.

P

Todos os misteres que procuramos exercer devem ser assentados sobre sólida base técnica e intelectual, para não soçobrarmos o Brasil tivemos bons presidentes, bons governadores e bons prefeitos e também maus titulares, em que pese a boa vontade que manifestaram ao assumirem os cargos. Por exemplo, elogiei Lula como obstinado pela conquista do objetivo político pelo qual consagraria sua vida útil e já madura, a Presidência da República, mas o que lhe faltou foi o conhecimento de uma função da qual só tinha notícia por ouvir dizer. Estamos na Era da gerência técnica, ensinada nas entidades de administração de empresas. Grandes organizações têm mudado a administração de herdeiros ou de administradores sem a formação dos saídos de faculdades especializadas. Sendo a Presidência, a administração pública e as instituições da estrutura do Estado altamente complexas, exige-se de quem se lança à política partidária conhecimentos que faltam, geralmente, à maioria dos candidatos. Conclua-se, portanto, que todos os misteres que procuramos exercer devem ser assentados sobre sólida base técnica e intelectual, para não soçobrarmos sob o peso de suas responsabilidades.

N

JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR


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4 -.ECONOMIA/LEGAIS

BALANÇOS

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CONVOCAÇÕES

EDITAL

EDITAL

ATA PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO/SP

Objeto: Contratação de empresa para execução de Exames Laboratoriais. Modalidade: Tomada de Preço nº 013/2006, empreitada global. Processo: nº 670/2006. Encerramento: dia 04 de maio de 2006, às 11:00 horas. Abertura: às 14:00 horas do mesmo dia. O edital completo poderá ser retirado no Departamento de Compras e Licitações, à Rua Valentim Amaral, nº 748, Centro, São Pedro/SP. Outras informações pelo telefone 0xx-19-3481-9208. Obs: Não serão enviados editais por via Postal ou fac-símile. Objeto: Contratação de empresa especializada para execução de Obras e Serviços visando a pavimentação asfáltica da Avenida dos Bandeirantes e Rua Emigídio de Arruda Mendes. Modalidade: Tomada de Preço nº 014/2006. Processo: nº 723/2006. Encerramento: dia 03 de maio de 2006, às 09:00 horas. Abertura: às 09:30 horas do mesmo dia. O edital completo poderá ser retirado no Departamento de Compras e Licitações, à Rua Valentim Amaral, nº 748, Centro, São Pedro/SP, no valor de R$ 50,00 (cinqüenta reais). Outras informações pelo telefone 0xx-19-3481-9208. Obs: Não serão enviados editais por via Postal ou fac-símile. Objeto: Contratação de empresa especializada para execução de Obras e Serviços visando a reforma e adequações técnicas no Estádio Municipal “Mário dos Santos Menezes”, com o fornecimento de materiais, mão-de-obra e equipamentos. Modalidade: Tomada de Preço nº 015/2006. Processo: nº 724/ 2006. Encerramento: dia 03 de maio de 2006, às 09:00 horas. Abertura: às 10:30 horas do mesmo dia. O edital completo poderá ser retirado no Departamento de Compras e Licitações, à Rua Valentim Amaral, nº 748, Centro, São Pedro/SP, no valor de R$ 50,00 (cinqüenta reais). Outras informações pelo telefone 0xx-19-3481-9208. Obs: Não serão enviados editais por via Postal ou fac-símile. Objeto: Contratação de empresa especializada para execução de Obras e Serviços visando a urbanização da Praça Esportiva São Dimas, com o fornecimento de materiais, mão-de-obra e equipamentos. Modalidade: Tomada de Preço nº 016/2006. Processo: nº 725/2006. Encerramento: dia 03 de maio de 2006, às 11:00 horas. Abertura: às 14:00 horas do mesmo dia. O edital completo poderá ser retirado no Departamento de Compras e Licitações, à Rua Valentim Amaral, nº 748, Centro, São Pedro/SP, no valor de R$ 50,00 (cinqüenta reais). Outras informações pelo telefone 0xx-19-3481-9208. Obs: Não serão enviados editais por via Postal ou fac-símile. Objeto: Fornecimento parcelado de 891,45 m (oitocentos e noventa e um metros e quarenta e cinco centímetros) de tubos de concreto, classe PA2, com diâmetro seccional de 1.000 mm. Modalidade: Tomada de Preço nº 017/2006. Processo: nº 726/2006. Encerramento: dia 03 de maio de 2006, às 11:00 horas. Abertura: às 15:00 horas do mesmo dia. O edital completo poderá ser retirado no Departamento de Compras e Licitações, à Rua Valentim Amaral, nº 748, Centro, São Pedro/SP, no valor de R$ 50,00 (cinqüenta reais). Outras informações pelo telefone 0xx-19-3481-9208. Obs: Não serão enviados editais por via Postal ou fac-símile. Objeto: Contratação de empresa especializada para execução de Obras e Serviços visando a revitalização da Praça da Igreja Matriz de São Pedro. Modalidade: Tomada de Preço nº 018/2006. Processo: nº 727/ 2006. Encerramento: dia 03 de maio de 2006, às 11:00 horas. Abertura: às 16:00 horas do mesmo dia. O edital completo poderá ser retirado no Departamento de Compras e Licitações, à Rua Valentim Amaral, nº 748, Centro, São Pedro/SP, no valor de R$ 50,00 (cinqüenta reais). Outras informações pelo telefone 0xx-19-3481-9208. Obs: Não serão enviados editais por via Postal ou fac-símile. Vicente Francisco Gil - Departamento de Licitações e Compras.

COMUNICADO Nossa Caixa S.A. - Administradora de Cartões de Crédito

Ata da Reunião, Extraordinária, do Conselho de Administração realizada em 08 de fevereiro de 2006. Aos 08 (oito) dias do mês de fevereiro de dois mil e seis, às 16h00, na sede da Nossa Caixa S.A. Administradora de Cartões de Crédito, na Rua Quinze de Novembro, 111, nesta Capital, reuniu-se, extraordinariamente, o Conselho de Administração da Empresa, sob a Presidência do Conselheiro Paulo Roberto Penachio‚ e com a presença do Conselheiro Rubens Sardenberg e do Senhor José Wellington Gomes Nicolau - Chefe de Gabinete do Banco Nossa Caixa S.A./Secretário. Iniciados os trabalhos, o Presidente do Conselho informou que a reunião foi convocada para o fim específico de dar conhecimento do pedido de renúncia formulado pelo Conselheiro Luiz Francisco Monteiro de Barros Neto, conforme Correspondência, nos seguintes termos: “São Paulo, 07 de fevereiro de 2006. Senhor Presidente do Conselho, através desta comunico a V.Sa. minha decisão de deixar o Conselho de Administração da Nossa Caixa S.A. - Adm. de Cartões de Crédito, a partir desta data. Manifesto meus agradecimentos pela colaboração e profissionalismo dos membros desse Conselho de Administração, reiterando votos de profícua gestão. Atenciosamente (a) Luiz Francisco Monteiro de Barros Neto. Ilustríssimo Senhor. Paulo Roberto Penachio. Presidente do Conselho de Administração da Nossa Caixa S.A. - Adm. de Cartões de Crédito.” Os membros do Conselho, à vista do profissionalismo demonstrado e lamentando a decisão tomada, consignaram um voto de louvor aos trabalhos desenvolvidos pelo Senhor Luiz Francisco Monteiro de Barros Neto. Continuando, o Presidente do Conselho, indicou o Senhor Jorge Luiz Avila da Silva, brasileiro, casado, engenheiro com pós-graduação em administração pública, portador da cédula de identidade RG nº 2.659.125 - IFP-RJ e CPF-MF nº 264.122.257-49, residente e domiciliado em São Paulo - SP, como membro do Conselho de Administração da Nossa Caixa S.A. - Administradora de Cartões de Crédito. Colocada a matéria em discussão e com base no Estatuto Social, em seu Artigo 9, Parágrafo 3º (No Caso de Vacância de cargo de Membro do Conselho de Administração, por morte, renúncia ou destituição, o Substituto será nomeado pelos Conselheiros Remanescentes “ad referendum” da primeira Assembléia Geral da Companhia que se realizar), deliberaram os Conselheiros pela eleição, “Ad Referendum” de Assembléia Geral, de Jorge Luiz Ávila da Silva, para cumprimento do mandato em curso (Até a AGO de 2006). Esclareceu, o Presidente do Conselho, que o Conselheiro eleito complementará o mandato em curso, nos termos do Estatuto Social da Empresa e que a investidura no cargo deverá obedecer aos requisitos, impedimentos e procedimentos previstos na Lei das Sociedades Anônimas e demais disposições normativas, inclusive no que se refere à entrega da declaração de bens. Destacou, outrossim, que por ocasião da Assembléia Geral, prevista para o dia 19 de abril, o ato será apreciado, visando sua ratificação. Isto posto, o Conselho de Administração da Empresa fica assim constituído: Presidente: Paulo Roberto Penachio, Rubens Sardenberg e Jorge Luiz Avila da Silva. Nada mais havendo a tratar, declarou o Presidente do Conselho, encerrada a reunião, do que Eu (a), José Wellington Gomes Nicolau - Secretário, lavrei a presente ata que, depois de lida e achada conforme, segue assinada pelos Senhores Conselheiros. São Paulo, em 08 de fevereiro de 2006. (a.a) Paulo Roberto Penachio - Presidente; Rubens Sardenberg-Conselheiro. (Cópia fiel do que se contém no Livro de Registro de Atas do Conselho de Administração da Nossa Caixa S.A. - Administradora de Cartões de Crédito). Registrada na JUCESP sob nº 94.037/06-1, em 06.04.2006. São Paulo, 08 de fevereiro de 2006. José Wellington Gomes Nicolau - Secretário

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DOS NEGÓCIOS DO MEIO AMBIENTE INSTITUTO FLORESTAL

PREGÃO PRESENCIAL Nº 004/2006 Encontram-se abertos os procedimentos licitatórios na modalidade PREGÃO (PRESENCIAL) para a aquisição de uma embarcação para navegação em mar aberto / costeira. A sessão de processamento do Pregão será realizada no Anfiteatro do Instituto Florestal sito à Rua do Horto, 931 (entrada pela Avenida Luiz Carlos Gentille de Laet, altura do nº 600) Horto Florestal, São Paulo - SP, no dia 03 de maio de 2006 às 09:00 horas. O Edital, completo está disponível nos sítios www.iflorestsp.br e www.e-negociospublicos.com.br. Mais informações poderão ser obtidas pelo fone 6231-8555 - ramal 2109.

DECLARAÇÕES DE PROPÓSITOS

CAMBIOINVEST

CORRETORA DE CÂMBIO S/A DECLARAÇÃO DE PROPÓSITO As pessoas físicas abaixo identificadas, por intermédio do presente instrumento: - I - DECLARAM: Sua intenção de constituir uma instituição com as características abaixo especificadas: Denominação social: Cambioinvest - Corretora de Câmbio S/A. Local da sede: São Paulo - SP. Capital inicial: R$ 350.000,00. Composição societária: - Controladores: Thomas Santiago Overmeer - CPF nº 291.263.86828. Percentual de participação: 25% ON - 25% do Total. Juliana Marina Overmeer. CPF nº 165.836.078-83. Percentual de participação: 25% ON -25% do Total. Carolina Theresa Anésia Overmeer - CPF nº 183.571.908-20. Percentual de participação: 25% ON -25% do Total. Helena Marcela Overmeer - CPF nº 292.341.098-05 - Percentual de participação: 25% ON -25% do Total. Administração: Thomas Santiago Overmeer - CPF nº 291.263.868-28. Jacques Joseph Thomas Overmeer - CPF nº 006.832.13849. As pessoas acima declaram sua intenção de exercer o cargo de diretor, sem designação especial, na Cambioinvest - Corretora de Câmbio S/A, e que preenchem as condições estabelecidas no art. 2º da Resolução CMN nº 3.41, de 28/11/2002. II - ESCLARECEM que, nos termos da regulamentação em vigor, evetuais objeções à presente declaração devem ser comunicadas diretamente ao Banco Central do Brasil, no endereço abaixo, no prazo de trinta dias contados da data da publicação desta, por meio formal em que os autores estejam devidamente identificados, acompanhado da documentação comprobatória, observado que os declarantes podem, na forma da legislação em vigor, ter direito a vistas do processo respectivo. Banco Central do Brasil - Departamento de Organização do Sistema Financeiro. Gerência Técnica em São Paulo - Av. Paulista, nº 1804 - São Paulo - SP - CEP 01310-922. Processo nº 0601326846. São Paulo, 09 de março de 2006. Subscritores: Thomas Santiago Overmeer, Juliana Marina Overmeer, Carolina Theresa Anésia Overmeer, Helena Marcela Overmeer. (17, 18/04/2006)

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Política

Bastos é o advogado da organização criminosa em que se transformou o governo José Carlos Aleluia (PFL-BA)

GOVERNOS ESTADUAIS E A PRÓPRIA UNIÃO FAZEM MAQUIAGEM CONTÁBIL. SEMANA DECISIVA PARA BASTOS.

GOVERNOS DRIBLAM A LEI FISCAL E GASTAM MAIS

A

s brechas criadas na regulamentação da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que está prestes a completar seis anos, estão permitindo que por meio de manobras contábeis os governos estaduais e a própria União aumentem além dos limites legais seus gastos com funcionalismo público e outros serviços similares. Entre 1999, ano anterior à entrada em vigor da LRF, e 2005, as despesas contabilizadas pelos Estados como custeio (ou ODC, na linguagem orçamentária) pularam de R$ 16 bilhões para R$ 51 bilhões, dos quais R$ 13 bilhões se referem à remuneração de pessoal de dentro e fora da administração pública. Fazem parte desse rol de despesas todos os "auxílios" pagos a servidores a título indenizatório, como vale-refeição, transporte, creche, fune-

ral, diárias de viagem e, em alguns casos extremos, até aposentadorias e pensões incorretamente contabilizadas. Também estão aí os gastos com contratações temporárias, locação de mão-de-obra, estagiários e serviços de consultoria. Por serem classificadas como "Outras Despesas Correntes (ODC)", essas despesas não estão entrando no cálculo do limite de gasto com pessoal previsto na LRF. Pela lei fiscal, a despesa com pessoal dos Estados não pode ultrapassar 60% de suas receitas, mas não há nenhuma trava para os gastos de custeio. Atualmente, todos os governos estaduais declaram gastos abaixo desse teto, mas alguns só conseguiram se enquadrar em virtude de manobras contábeis. O governo do Rio de Janeiro, por exemplo, chegou a transferir da rubrica de "Pessoal e Encargos" para

Alan Marques/Folha Imagem/Arquivo DC

Lula ainda gasta R$ 625 milhões por ano com seus 37.543 cargos de confiança

ODC um montante de R$ 5,1 bilhões de aposentadorias e pensões em 2005. Minas Gerais fez o mesmo com R$ 885 milhões, Paraíba, com R$ 361 milhões, e Alagoas, com R$ 110 milhões. De acordo com técnicos da área econômica, essa maquiagem tem contado com apoio de alguns Tribunais de Contas dos Estados (TCEs), que não seguem as regras impostas pela Secretaria do Tesouro Nacio-

MINISTRO E COMPADRE DE LULA DEPÕEM NO CONGRESSO Dida Sampaio/AE/Arquivo DC

G

overno federal e PT vão torcer esta semana pela experiência do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e pela discrição do advogado Roberto Teixeira, compadre do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, para reduzir a bateria de ataques da oposição e arrefecer a crise que já se estende por semanas seguidas. Bastos e Teixeira dão depoimentos muito aguardados no Congresso Nacional. Amanhã, Teixeira vai depor na CPMI dos Bingos. Ele deverá dar explicações sobre a acusação de que participava de um esquema de caixa 2 para o PT, na década de 90. Mas os ataques visam Lula, que, durante vários anos, morou numa casa emprestada por Teixeira em São Bernardo do Campo, na região da Grande São Paulo. "A CPI vai querer aprofundar a relação de Roberto Teixeira com o presidente Lula. É um depoimento que chega ao presidente", diz o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), integrante da CPMI. "Quando alguém faz um favor, pressupõe uma contrapartida. Existe uma relação de interesse financeiro entre Roberto Teixeira e o presidente", complementa.

O senador Alvaro Dias, da CPMI dos Bingos, que investiga uma possível relação de interesse financeiro entre o presidente Lula e seu compadre, o advogado Roberto Teixeira.

Já o ministro da Justiça deverá esclarecer, na quinta-feira, sua participação no episódio da violação de sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa. Bastos deverá assegurar que é "absolutamente inverossímil" a informação de que ele teria oferecido R$ 1 milhão para quem assumisse a culpa pela violação da conta do caseiro. "Não é verdade nem parece verdade", tem afirmado o ministro da Justiça. "Márcio Thomaz Bastos é o advogado da organização criminosa em que se transformou o governo. Ele advoga para o crime", atacou o líder da minoria na Câmara, José Carlos Aleluia (PFL-BA). Apesar do ataque, Aleluia defende a permanência de Bastos no cargo. "Se ele sair do governo, é pior para o País. Não acredito que o ministro seja sangrado no Congresso. Será pressionado, mas é preparado para isso", afirmou o deputado. Indignação – O ministro já adiantou que reagirá com indignação a qualquer insinuação de que participou da suposta tentativa de suborno para acobertar a quebra de sigilo – cuja autoria é atribuída ao exministro da Fazenda Antonio Palocci e ao ex-presidente da

Caixa Econômica Federal Jorge Mattoso. "O que é isso? Eu sou ministro da Justiça. Alguém acha que na minha frente iriam fazer uma proposta dessas? É uma história surreal, uma invenção", disse Bastos. Ele avalia que resistirá ao bombardeio dos parlamentares da oposição. "Todos os pontos da minha narrativa ao Congresso serão verdadeiros", insistiu. Em seu depoimento, o ministro deverá sustentar que avisou ao presidente sobre a gravidade do caso envolvendo a quebra de sigilo do caseiro. Bastos teria falado com Lula seis dias antes da saída do então titular da Fazenda, Antonio Palocci. Mentor – Ainda esta semana mais um mensaleiro vai a julgamento no Congresso Nacional. Na quarta-feira, o Plenário da Câmara dos Deputados julga o pedido de cassação de mandato do deputado José Mentor (PT-SP) – sugerido pelo Conselho de Ética da Casa. É provável que o petista seja absolvido. Se essa expectativa se confirmar, subirá para nove o número de deputados federais suspeitos de envolvimento no mensalão que já conseguiram se livrar da cassação em plenário. (Agências)

nal (STN) e interpretam a seu modo a LRF. Em outros casos, entretanto, as próprias normas da STN - como a Portaria nº 519, de 2001 - acabaram por flexibilizar o conceito de despesa com pessoal, ao permitir explicitamente que os Estados classificassem como ODC as despesas com "pagamento de diárias, auxílio-alimentação e auxílio-transporte". O governo federal também tem adotado essa metodologia

para mostrar uma despesa com pessoal menor do que efetivamente tem. No ano passado, por exemplo, a União gastou R$ 2,7 bilhões nesses tipos de pagamentos a servidores, sem contar aí outros gastos com assistência médica e préescolar de dependentes de funcionários públicos. Nos Estados, os gastos com diárias de viagem e auxílios a servidores e pensionistas atingiram no ano passado a cifra de R$ 2,4 bilhões. A esse montante se soma outro R$ 1,8 bilhão gasto com contratos temporários e locação de mão-deobra, como empregados de vigilância e limpeza. Com consultorias e outros serviços prestados por pessoas físicas, como pagamento de estagiários, foram gastos mais R$ 2,2 bilhões. Antes da entrada em vigor da LRF, parte dessas despesas era contabilizada como "Pessoal e Encargos". Ao passarem para o grupo de ODC, essas despesas não se sujeitam a qualquer limite. "Isso explica por que os gastos de custeio dos Estados têm crescido muito acima da inflação, enquanto os de pessoal aparentemente estão estabilizados", afirma um técnico da STN. Maquiagem em SP– Em São Paulo, o governo estadual gastou em 2005 R$ 382 milhões só com o auxílio-alimentação e o vale-refeição de seus servidores. Somado a outros auxílios semelhantes - diárias de viagem, despesas com consultorias, locação de mão-de-obra e serviços de terceiros -, o gasto

sobe para quase R$ 1,3 bilhão, maior valor absoluto entre os Estados. Comparando com a arrecadação, entretanto, o maior gasto registrado em 2005 foi de Pernambuco, que consumiu 7,3% de sua receita líquida com esses tipos de despesas, seguido por Santa Catarina (5,8%), Rio Grande do Sul (5,3%) e Roraima (5,1%). Pena de prisão– Os principais pontos da Lei de Responsabilidade Fiscal, aprovada em maio de 2000, são o controle do endividamento público, o teto para gastos com pessoal, o corte de despesas e o estabelecimento de metas fiscais. O administrador público – presidente, governadores, prefeitos, presidentes de tribunais federais e estaduais e do Legislativo das três esferas de governo – que não cumprir a lei pode perder seu cargo ou ficar inabilitado para concorrer em eleições. Em alguns casos, pode ir preso por até quatro anos – caso faça dívidas sem condições de pagar até o fim do mandato ou não tenha dinheiro em caixa para que o sucessor pague os débitos. A LRF também fixou regras para o endividamento público. Definiu tetos, estabeleceu que operações de crédito não podem superar as despesas em investimento e previu que os juros da dívida têm de ser pagos gradativamente com recursos da arrecadação e não por novo endividamento. A lei estabelece que aumento de gasto com pessoal tem de ser compensado com redução de outras despesas na área. (AE)

BNDES esnoba a pequena empresa

U

ma das principais bandeiras do governo Lula, o microcrédito, anunciado como uma importante faceta social da política econômica, caminha para ter um desempenho pífio no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) durante o primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo monitoramento do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), que será divulgado hoje, os desembolsos aos micro e pequenos empresários caíram 80% entre 2002 e 2005, despencando de R$ 12,1 milhões para R$ 2,3 milhões. A demanda no País por este tipo de crédito, segundo o Ibase, está em R$ 2 bilhões. "O BNDES, que tinha uma cultura de microcrédito, não conseguiu transformar isso em resultado", afirma João Claudio Arroyo, ex-vice-presidente da Associação Brasileira de Operadores de Microcrédito e Crédito Popular, responsável pelo levantamento dos dados. Para João Roberto Lo-

pes Pinto, coordenador do Ibase, o padrão de financiamento do BNDES é fortemente voltado para os grandes projetos e o banco move-se com dificuldade na hora de atender aos pequenos negócios, que têm forte impacto social em suas comunidades. Carlos Lessa– O programa de microcrédito do BNDES passou por fortes turbulências durante a presidência de Carlos Lessa (hoje filiado no PMDB), em 2003 e 2004. Todo o programa anterior, do governo de Fernando Henrique Cardoso, foi colocado por ele sob crítica e suspeição, e novas regras, mais duras, foram estabelecidas. Em 2003, os desembolsos caíram para zero, e em 2004 foram de apenas R$ 800 mil. O rigor de Lessa, segundo Ana Cristina Rodrigues da Costa, chefe do Departamento de Economia Solidária na área de Inclusão Social do BNDES, bloqueou a liberação de recursos, mas por outro lado, corrigiu distorções. Somente em 2005 é que a instituição pode lançar uma nova versão

do programa. Hoje já existe uma carteira contratada de R$ 34,4 milhões, e mais consultas em análise de R$ 34,7 milhões. Em termos de liberações efetivas, foram R$ 2 milhões em 2006. A economista diz que a média de microcrédito do BNDES no governo FHC, de pouco mais de R$ 6 milhões ao ano, ainda é maior do que a do governo Lula, que na melhor da hipóteses chegará a algo entre R$ 2 milhões e R$ 3 milhões. Na nova versão do programa, há uma ênfase nos repasses para agências estaduais de fomento e cooperativas, e os recursos são liberados de forma gradual, à medida que estas instituições intermediárias colocam 80% do que receberam como financiamento efetivo ao tomador final. Há operações de R$ 10 milhões contratadas com a Caixa RS, a agência de fomento do Rio Grande do Sul e de R$ 5 milhões com a Cooperativa Central de Crédito Cresol Baser, do Paraná, que abriga um total de 59 cooperativas regulares. (Agências)

CONVOCAÇÃO


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Indicadores Econômicos

5

0,75

13/4/2006

ponto percentual é a aposta para a queda da Selic. Reunião do Copom começa na terça-feira

Informe Publicitário

FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Situação em 11/04/2006 Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda

Fundo P.L. do Fundo Empresarial LP ....................... 4.181.687,97 Lastro Performance LP ......... 1.000.931,70 Múltiplo LP .............................. 3.181.263,03 Esher LP .................................. 2.475.234,63 Master Recebíveis LP ........... 434.279,98

Valor da Cota Subordinada 1.032,177857 997,221284 1.030.776475 1.008,033608 955,701917

% rent.-mês 1,4190 0,4510 0,6205 0,3455 0,2414

% ano 5,6508 -0,2779 3,0776 0,8034 -4,4298

Valor da Cota Sênior 0 1.018,041083 1.024,629727 0 0

% rent. - mês 0,4277 0,4659 -

% ano 1,8041 2,4630 -

rating AA-(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)

DC

COMÉRCIO


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5

Internacional

47

soldados norteamericanos foram mortos no Iraque no mês de abril

Satyar Emami/Reuters

Aiatolá atômico com 40 mil homens-bomba doa US$ 50 milhões para o Hamas Doação do governo iraniano foi feita durante uma conferência de apoio aos palestinos

Digital Globe/AFP em 25/02/06

Presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad (dir.), reúne-se com o líder do Hamas, Khaled Meshaal (esq.) Digital Globe/AFP em 02/01/06

Irã está provocando um ataque. O que quer Ahmadinejad?

O Irã anunciou ontem que doará US$ 50 milhões à Autoridade Nacional Palestina (ANP), movendo-se para preencher o vácuo deixado pela recusa dos governos dos Estados Unidos e da União Européia (UE) em financiar a nova administração palestina, dominada pelo grupo extremista Hamas. O ministro iraniano das Relações Exteriores, Manouchehr Mottaki, anunciou o pacote de ajuda durante uma conferência de apoio aos palestinos, realizada em Teerã. Israel, os EUA e a UE exigem que o Hamas, considerado por eles uma organização terrorista, renuncie ao uso da violência e reconheça a existência do Estado israelense. O governo iraniano, no entanto, não quis comentar notícias de recrutamento maciço de voluntários para atentados suicidas contra os Estados Unidos, a Grã-Bretanha e Israel. Segundo duas versões diferentes, do jornal londrino The Sunday Times e da agência de notícias Reuters, haveria preparativos para uma onda de represálias a um eventual ataque americano.

Se atacado, o Irã terá uma justificativa para invadir o Iraque, assim criando uma grande república islâmica. Washington não duvida de uma chuva de mísseis sobre suas tropas em solo iraquiano. Hordas de militantes extremistas viriam depois, com homens-bomba. O Irã ampliou e reforçou suas bases nucleares, como flagraram as fotos de satélite ao lado, divulgadas ontem. Citando como fonte "funcionários iranianos", o Sunday Times informou que 40 mil voluntários já estariam prontos para a ação. O jornal afirma que haveria uma unidade de voluntários na Guarda Revolucionária, uma das forças armadas iraquianas, e que eles teriam sido vistos pela primeira vez em um desfile militar no mês passado, com fardas verde-oliva, explosivos atados à cintura e segurando detonadores. De acordo com o jornal, o diretor do Centro para Estudos Estratégicos Doutrinários, Hassan Abassi, teria dito, em um discurso, que 29 al-

vos no Ocidente já foram identificados. "Estamos prontos para atacar pontos sensíveis americanos e britânicos se eles atacarem as instalações nucleares do Irã", teria dito o especialista. O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, anunciou, na terça-feira passada, que o país começou a enriquecer urânio, em caráter experimental, para fins pacíficos. A idéia é atingir escala industrial até o fim deste ano. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) não está convencida do caráter exclusivamente pacífico do programa. O Conselho de Segurança da

ONU deu ao Irã prazo de um mês, que expira no dia 28, para suspender o programa. O governo norte-americano não descarta uma ação militar para impedir o Irã de levá-lo adiante. Mohammad Ali Samadi, porta-voz do Comitê para a Comemoração dos Mártires da Campanha Islâmica Global, disse à Reuters que o grupo registrou, nos últimos dias, cerca de 200 voluntários para atentados a bomba. Ele afirmou que, desde a criação do grupo, em 2004, 52 mil pessoas teriam sido recrutadas para participar de atentados. (AE)

Qassem Zein/AFP Photo

Dias de conflito no Egito

Cenário de caos no Iraque Com o pífio avanço no campo político, País convive com a violência e celebra os 1.436 anos de Maomé Esforços para formar um governo de unidade nacional sofreram um novo revés neste domingo quando líderes iraquianos adiaram uma sessão parlamentar após fracassarem na tentativa de chegar a um consenso. No prosseguimento da violência no país, pelo menos 35 pessoas foram mortas ontem, incluindo 13 em uma dupla de explosões em áreas xiitas. Quatro marines foram mortos em combates na zona oeste de Bagdá. Com isso, o total de norte-americanos mortos no

país este mês subiu para 47. Em março, foram 31 mortes. Oficiais norte-americanos acreditam que a melhor forma de conter a violência no Iraque é estabelecer um governo de unidade nacional reunindo xiitas, sunitas e curdos. Somente neste caso os Estados Unidos começariam a retirada de seus 133 mil soldados no país. Mas o progresso das negociações tem esbarrado na oposição sunita e curda à escolha xiita do primeiro-ministro Ibrahim al-Jaafari para comandar o novo gover-

no. Com al-Jaafari recusandose a abdicar do cargo, o chefe do Parlamento, Adnan Pachachi convocou uma sessão para hoje, esperando que os parlamentares possam chegar a um acordo para resolver o impasse. Mas Pachachi anunciou o adiamento de alguns dias da sessão, para dar mais tempo aos partidos para que aceitem o novo primeiro-ministro e o presidente. Ontem, em meio à crise política, iraquianos celebraram o aniversário de Maomé, que completou 1.436 anos. (AE)

Ontem foi o terceiro dia o conflito entre muçulmanos e cristãos coptas na cidade egípcia de Alexandria, no norte do país. A polícia deu tiros para o alto e lançou bombas de gás lacrimogêneo para conter a violência na segunda maior cidade do Egito. Um muçulmano morreu em decorrência de ferimentos ocorridos na véspera, enquanto dezenas de pessoas foram feridas ou detidas. Policiais contiveram cristãos coptas que estavam dentro de um cordão de isolamento em volta da Igreja dos Santos, no centro de Alexandria, depois que a multidão começou a jogar pedras e garrafas. Houve registro de populares que lançaram coquetéis molotov a partir de sacadas de edifí-

cios próximos. Policiais foram vistos espancando um garoto de cerca de 12 anos, que estava junto à multidão, a maioria jovens entre 12 e 25 anos. O conflito na cidade começou na sexta-feira, com uma série de ataques em três igrejas cristãs, que deixaram mais de 16 feridos. Apesar de ter sido

Sexta-feira Santa para cristãos da maior parte do mundo, os coptas e outras igrejas ortodoxas celebram a Páscoa somente no próximo fim de semana. Os coptas são 10% da população de 73 milhões de habitantes do Egito, e geralmente convivem pacificamente com a maioria muçulmana. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.LOGO

Do secretário-geral da ONU, Kofi Annan, sobre a crise nuclear com o Irã.

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ABRIL

Luiz Prado/AG.LUZ

Espero que prime o espírito negociador e que a opção militar seja apenas fruto de especulação.

segunda-feira, 17 de abril de 2006

17

Recolhimento de ICMS e INSS 10 anos do massacre de Trabalhadores Rurais Sem-Terra em Eldorado dos Carajás, no Pará

E CONOMIA R ELIGIÃO R ÚSSIA

Quase igual

500 anos da Basílica de São Pedro

Alexander Natruskin/Reuters

Contratipos de perfumes badalados - e caros - ganham mercado brasileiro

O A Basílica de São Pedro, monumento símbolo da cristandade, completa 500 anos. Segundo a tradição, a basílica surgiu sobre a tumba do apóstolo Pedro, crucificado e executado por volta do ano 60 d.C. O Vaticano celebrará o 500º aniversário da construção com um programa de iniciativas que será apresentado em uma entrevista coletiva, na quinta-feira, pelos cardeais Francesco Marchisano, arcebispo da Basílica de São Pedro, e Albert Vanhoye, reitor emérito do Pontifício Instituto Bíblico. Foi com o império de Constantino e com o reconhecimento da religião cristã como culto oficial do Império Romano que as bases para a construção da basílica foram lançadas. Os trabalhos, iniciados

série de aparelhos que analisam o perfume original e determinam quais são suas matériasprimas. As empresas de contratipos usam batalhões de vendedores porta-a-porta para oferecer suas fragrâncias de "inspiração", todas batizadas com números. O público-alvo são as classes C e D. Mas há também usuários das classes A e B. "Tem gente que guarda o perfume original para festas e usa o Fator 5 no dia-a-dia", conta Márcia. Segundo o advogado especializado em propriedade intelectual Eduardo Tibau, sócio do Felsberg e Associados, vender perfumes inspirados em fragrâncias não é ilegal, desde que a empresa não use como propaganda o nome (a marca) do perfume original. "As empresas não podem dizer que o perfume é tipo Chanel ou usar a marca

em impressos", diz o advogado. Segundo Tibau, o segmento funciona como os fabricantes de similares de remédio, que lêem a bula e fazem um medicamento com os mesmos ingredientes. "Como a fórmula do perfume é secreta eles tentam fazer uma fragrância parecida, mas não podem usar a marca". O negócio da "inspiração" é sucesso garantido. A Fator 5 começou com mil revendedoras e hoje tem 110 mil, fabrica 220 mil perfumes por mês e, em breve, inaugurará uma nova fábrica. A Perfam tem 38 mil revendedoras e seu proprietário confessa. "Não posso reclamar - o que demorei 20 anos para ganhar em engenharia, ganhei em 4 anos com perfumes". A Cazo teve crescimento meteórico - em 11 meses de existência, a marca já tem 10 mil revendedores. (AE)

Vivi Zanatta/AE

N EGÓCIOS

Pesquisadores espanhóis descobriram a mutação de um gene epigenético - o HDAC2 presente no câncer de cólon, estômago e útero. A descoberta poderá ajudar a desenvolver tratamentos clínicos, pois será possível usar remédios mais efetivos na quimioterapia, dependendo do tipo de tumor. A alteração neste tipo de gene está presente em 25% dos tumores de cólon, estômago e útero, tanto em casos esporádicos da doença como em câncer hereditário.

De acordo com a mais recente pesquisa realizada pela Netcraft junto a provedores de internet, o número de websites registrados na rede mais do que dobrou nos últimos três anos. No fim do mês passado, a Netcraft identificou exatos 80.655.992 websites, o que representa um crescimento de 3,1 millhões de sites desde o fim de fevereiro. Em março de 2003, a mesma instituição apontava a existência de 40 millhões de websites.

G @DGET DU JOUR

F AVORITOS

Computador que faz drinques

Português sem dúvidas

Finalmente uma invenção que faz sentido: um computador capaz de preparar drinques. O "Lazy Drinker" tem capacidade para 16 ingredientes diferentes, um reservatório para gelo e um banco de dados com 5.000 drinques diferentes. Custa US$ 750 no site.

O Manual de Redação e Estilo do site Vitória Online pode servir para tirar aquelas dúvidas cruciais na hora de finalizar um texto importante: crase, concordância, hífen e dicas para nunca mais errar a pontuação são as categorias de consulta do manual. Além disso, o site traz também os erros mais comuns, locuções verbais para evitar qualquer deslize e dicas importantes sobre a utilização de alguns termos no link Normas Gerais.

www.netcraft.com

www.vitoria.es.gov.br/ manual/apresenta.htm

Arquivo DC

ma área de 3,3 mil metros quadrados de uma estação de metrô em construção na Potsdamer Platz, em Berlim, exatamente no subsolo do complexo do Sony Center, vai abrigar de 8 de junho a 8 de julho a mostra Pelé Station. É um investimento de 3 milhões de euros, com o qual o empresário Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, pretende inaugurar uma nova fase no licenciamento do seu nome, sua marca e suas imagens. Por trás dessa mostra e à frente dos negócios estará a Prime, empresa criada para vender a marca Pelé em todo o mundo e tudo o que se relaciona ao atleta, preservando-se apenas dois contratos fechados anteriormente: o projeto de academias de ginástica PeléClub, em parceria com a Figer, do uruguaio Juan Figer; e a marca Café Pelé, com a qual a Cacique vende o produto para o Leste Europeu, em especial a Rússia. Para demonstrar esse poder, a marca Pelé estréia a mostra de Berlim com a apre-

U

A TÉ LOGO

Pelé aproveitará o Mundial da Alemanha para ampliar seu desempenho empresarial

sentação da coleção de artigos esportivos Puma que carregam a assinatura do atleta brasileiro, além de óculos produzidos na Itália e um perfume francês. O pré-aquecimento, no entanto, começa no próximo mês, no Brasil. Para voltar a fixar a imagem do atleta e sua relação com a Copa, a Prime fechou acordo com a operadora de celular Claro, que começa a ofertar o download de imagens dos melhores momentos da carreira desse mineiro de Três Corações, que sagrou-se campeão em três Copas (1958, 1962 e 1970). Além disso, Pelé vai tirar da parede um quadro clássico do americano Andy

Warhol, que o pintou. A tela vai se juntar a dez outras, pintadas recentemente pelo brasileiro Romero Britto, e que vão constituir material de apoio para fixar e valorizar a imagem do atleta. A publicidade não chega a ser novidade para Pelé. Ele fez sua estréia internacional em 1958, na Copa disputada na Suécia. Desde então, passou a ser, além de um mito dos campos de futebol um dos homens mais requisitados para vender de tudo. A Prime, garante Ferreira, que já cuidou de personagens Disney, como o Mickey, vai fazer de tudo para que essa marca e essa imagem não perca valor. (AE)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Cerca de 2 mil integrantes do MST relembram massacre de Carajás hoje em Salvador Acervo de Tom Jobim ganha abrigo definitivo em galpões do Jardim Botânico do Rio

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Rede ultrapassa 80 milhões de sites

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Mutação genética e o câncer

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I NTERNET

www.lazydrinker.com/DM_00.htm

A VOLTA - Excesso de veículos, acidentes, chuva e má visibilidade marcaram ontem no fim da tarde o retorno do paulistano a São Paulo. Voltar para casa saindo do litoral ou do interior foi exercício extra de paciência para quem precisou pegar a estrada.

Pelé investe na Copa

S AÚDE

Atletas suínos de sete países participaram neste fim de semana, em Moscou, na Rússia, das Olimpíadas para Porcos. Entre as categorias esportivas de competição, a natação, o "focinhobol" - uma espécie de futebol de porcos, com gol e tudo, em que os chutes e passes são feitos pelos jogadores com seus focinhos e a corrida. Apesar de algumas quebras de regras, como um atleta que decidiu nadar na direção contrária e alguns gols contra - a estranha competição não teve incidentes graves.

Medo moderno: tirar férias

L

Bambu, madeira, filigranas de ouro e prata e papel artesanal nas obras de Cristina Sá. Galeria Eduardo H. Fernandes. Rua Harmonia, 145, Sumarezinho. Telefone: 3812-3894. Segunda a sábado, 11h às 18h. Grátis.

Olimpíadas para porcos

T RABALHO

C A R T A Z

VISUAIS

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em 315 d.C., chegaram ao seu fim cerca de 11 anos mais tarde, quando o papa Silvestre II consagrou a igreja com uma cerimônia solene. Em 1506, o arquiteto e pintor italiano Bramante ficou encarregado de demolir a basílica pré-existente e começar a construir as bases daquela que seria a maior catedral do mundo católico. Nos 100 anos seguintes, os mais famosos artistas da época alternaram-se para que os trabalhos de construção da basílica fossem concluídos. A Basílica de São Pedro ganhou seu aspecto atual graças à intervenção de Carlo Maderno, que, por desejo do papa Paulo V, transformou a planta da basílica definitivamente em uma cruz latina e definiu o aspecto da fachada.

utro dia, a empresária Marcia Carvalho foi à missa e sentouse ao lado de uma senhora. "Estamos as duas usando Angel, hein?", comentou a senhora, orgulhosa, referindose ao famoso perfume de Thierry Mugler, que custa mais de R$ 300 em importadoras. Marcia sorriu, satisfeita. Na verdade, ela estava usando o 01 da Fator 5, fábrica de perfumes que fundou há 11 anos. O vidro de 30 ml do 01 custa R$ 25. "Mas o cheiro é igualzinho", diz Marcia. A Fator 5 é uma das principais empresas brasileiras a fabricar "contratipos", fragrâncias inspiradas em perfumes famosos. A Perfam (de Perfumes Famosos) e a Cazo são outras grandes do setor. Para chegar ao "cheiro igualzinho", perfumistas usam uma

Corpo da escola municipal de frevo do Recife disputa competição de dança em Nova York

Pesquisa da International Stress Management mostra que 38% dos trabalhadores brasileiros têm medo de tirar férias. Os principais motivos de preocupação são a possibilidade de estar ausente durante uma reestruturação da empresa, a tomada de decisões importantes. A demissão é outro temor. A pesquisa foi coordenada pela doutora em psicologia Ana Maria Rossi, da Universidade de Nebraska, que atribui o medo à situação econômica. B RAZIL COM Z

A resposta não é o etanol Num artigo publicado no fim de semana, o jornal norteamericano Houston Chronicle pergunta como os EUA podem aprender com o Brasil a se livrarem da dependência do petróleo. "E a resposta não é o etanol", diz o artigo. Apesar do destaque que o programa brasileiro de álcool combustível recebe da imprensa, diz o jornal, a lição que o País tem a dar é a expansão da produção de petróleo em águas profundas para reduzir as importações e também as pesquisas com biomassa. M EIO AMBIENTE

Mar Morto está agonizando Apreciado por suas virtudes terapêuticas, o mar Morto deve desaparecer até 2050, advertem analistas. Situado a 412 metros abaixo do nível do mar Mediterrâneo, o mar Morto - que passou a ser chamado assim a partir do século 2- tem uma extensão de 50 km e 17 km em sua parte mais larga. É famoso por ter as águas mais salgadas do mundo, com uma salinidade de 33%, que equivale dez vezes a dos oceanos, o que torna impossível qualquer forma de vida, flora ou fauna em suas águas. A evaporação de água, que era compensada pelas águas do Jordão, entretanto, está secando o mar agora que o rio foi desviado para irrigar áreas agrícolas e para fins hidrelétricos ou de consumo humano.


Nacional Empresas Comércio Exterior Finanças

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a rivalidade entre Brasil e Argentina, n o s s o s " h e r m an o s " s a e m g anhando quando a disputa é o mercado automobilístico. Lá, eles podem comprar carros produzidos no Brasil por um preço menor do que o valor pago por aqui. Isso porque a carga tributária brasileira pode fazer com que um automóvel nacional seja até 49,4% mais caro no mercado interno do que na Argentina. Um Volkswagen Fox 1.6 básico, por exemplo, que no Brasil custa R$ 35.670,00, pode ser adquirido pelos habitantes do país vizinho por um preço equivalente a R$ 23.870,64. Mas, de acordo com o diretor da importadora de veículos 3K Sister Partners Business, Alexandre Marques, comprar

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 17 de abril de 2006

O Brasil cresce em um ritmo muito menor que o resto do mundo. Emílio Alfieri, da ACSP

MERCOSUL É ISENTO DE IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO

o carro na Argentina para usálo no Brasil não compensa. O motivo, novamente, são os impostos. "Calculamos que sobre o Fox 1.6 importado do mercado argentino incide um valor adicional de R$ 13.843,50 só em impostos", diz Marques. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), quando o carro é comprado no Brasil, mesmo que venha de outro país, é preciso pagar a alíquota de 12% de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS); além de mais 11,6% do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). Entra nesse cálculo ainda o Imposto sobre Produto Industrializado (IPI), que varia de 7% a 25% de acordo com o ti-

Fox brasileiro a R$ 23.870, na Argentina. No Brasil, R$ 35.670 Divulgação

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po de motor do veículo. A única isenção pode ser justamente a do Imposto de Importação (II), caso o automóvel seja proveniente de algum dos países do Mercosul. Dessa forma, o consumidor brasileiro que resolver importar o Fox 1.6 da Argentina desembolsará, segundo Marques, R$ 42.880,93 pelo veículo. O valor final do carro acabaria R$ 7.210,93 maior do que o montante que seria desembolsado no mercado interno, contabilizando impostos, frete, seguro, despesas no desembaraço e regularização do documento do automóvel pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Carga tributária – De acordo com a Anfavea, do valor de compra de um carro 1.0 a gasolina, 27% correspondem a

ICMS, PIS/Cofins e IPI. Já se a potência do motor for algo entre 1.3 e 2.0, movido a gasolina, a carga tributária corresponde a aproximadamente 30% do preço final do automóvel. Por causa de tamanho peso tributário no Brasil, a Federação Nacional dos Distribuidores de Veículos Automotores (Fenabrave) iniciou um movimento para que seja discriminada em nota fiscal, ou na tabela de preços sugerida pelas montadoras, a incidência de cada imposto no valor final dos veículos. Segundo a assessoria de imprensa da entidade, a federação deve primeiro entrar em acordo com a presidência da associação dos fabricantes para depois definir quais medidas serão efetivamente tomadas. Laura Ignacio

Enfrentando o mundo com o real valorizado

Ganho de produtividade, redução dos lucros, busca de novos mercados são alguns dos malabarismos das empresas brasileiras que continuam no mercado externo Divulgação

Momento é de investir em modernização

Para Barbato (esq), crise traz oportunidades. A empresa Forno de Minas soube aproveitá-las.

Luludi/LUZ

Pela primeira vez desde que começou a brigar para ganhar um espaço respeitável no mercado mundial, o Brasil viu sua corrente de comércio (soma das importações e exportações), ultrapassar a barreira dos US$ 200 bilhões no acumulado dos últimos 12 meses. Com isso, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) acredita que, ainda este ano, o País conseguirá alcançar a meta plurianual prevista apenas para 2007: de US$ 215 bilhões entre vendas e compras internacionais. Tudo isso apesar do dólar ter se desvalorizado cerca de 25% em relação ao real no último ano e continuar em baixa. Na última quinta-feira, por exemplo, fechou a R$ 2,14. A dúvida que fica é como, apesar do câmbio, as empresas nacionais conseguem se manter no mercado externo e, mais, alcançando recordes históricos. "Parece que finalmente os empresários brasileiros entenderam que, em um regime de câmbio flutuante, quem coordena a variação do dólar é o mercado, e não o governo e, assim, buscam maneiras para superar esse obstáculo", resume Mário Pascarelli, coordenador do MBA da Faculdade Armando Álvares Penteado (Faap). Segundo ele, ganho de produtividade, redução nas margens de lucro e busca de novos mercados são caminhos que os exportadores adotaram quase que automaticamente. Pão de queijo – Um bom exemplo de quem buscou novos mercados é o da Forno de Minas, marca tradicional de pão de queijo. Depois de sentir os efeitos da desvalorização do dólar em relação ao real nas exportações que fazia ao mercado norte-americano, a empresa decidiu ampliar os pontos de venda no país, para aumentar o volume comercializado. Em um segundo momento, em meados do ano passado, decidiu investir no mercado europeu, principalmente na França. "A estratégia deu tão certo que em 2005, cujo ano fiscal se encerra neste mês de abril, triplicamos nossas vendas externas", afirma Marcos Henrique Scaldelai, gerente de marketing de Food Service da General Mills, dona da marca. Além disso, Scaldelai explica que, quando a empresa co-

meçou a vender para a Europa, o dólar já estava em patamares próximos dos atuais. Portanto, os preços foram ajustados antes do início das vendas. "Atualmente, não sentimos tanto os efeitos da desvalorização, pois já entramos no mercado europeu com os preços ajustados à nova realidade da moeda brasileira", diz. Hoje, as exportações correspondem a 5% das vendas da Forno de Minas e a expectativa é que cheguem a 10% ainda este ano. Preços – Aparentemente, a adequação de preços dentro dos limites do atual mercado de câmbio foi adotada pela maioria dos empresários que se mantiveram no comércio internacional. Em 2005, foram 17.657, segundo o MDIC. "O Brasil cresce em um ritmo muito menor que o resto do mundo, e a demanda externa

também é maior que a interna. Portanto, o País consegue negociar reajustes de preço de seus produtos, especialmente commodities, em dólares", afirma o economista Emílio Alfieri, do Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Isso, aliado ao fato dos exportadores terem isenção fiscal para vender lá fora, torna o cenário um pouco mais atraente. Ou seja, é preferível exportar, ainda que com margens de lucros menores, a reduzir o faturamento. Outro lado – A Irani Móveis não teve a mesma sorte que as principais empresas exportadoras brasileiras. A companhia, que pertence ao grupo Celulose Irani, com fábrica em Rio Negrinho, no Estado de Santa Catarina, até o ano passado só produzia seus móveis,

feitos de pinus de áreas reflorestadas, para exportação. Com as quedas sucessivas do dólar em relação ao real, a empresa buscou formas de melhorar a produtividade e diminuir custos. Além de, pela primeira vez, se lançar no mercado interno, com venda exclusiva pela internet. O gerente de marketing da empresa, Sérgio Ribas, diz que os reflexos da desvalorização provocaram uma perda bastante significativa nas margens de lucro, que só se recuperaram nos últimos três meses. "Foi quando conseguimos reajustar um pouco o preço em dólar", afirma Ribas. Mas, como lembra Humberto Barbato, diretor do Departamento de Comércio Exterior do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), embora as empresas, ao se sen-

tirem encurraladas, busquem maneiras de ganhar competitividade – e isso é bom para o setor produtivo –, não há como negar os efeitos maléficos da desvalorização do dólar. Prova disso é que, depois de um ciclo de crescimento na participação de empresas exportadoras que durou quatro anos consecutivos, a partir de 2001, em 2005 o saldo foi negativo: 951 deixaram de exportar. "Existe um movimento natural de entrada e saída de empresas que participam do comércio exterior. Desde 2001 até 2004, o saldo sempre foi positivo. No ano passado, essa situação se reverteu e as empresas que saíram, o fizeram porque o dólar desvalorizado em relação ao real inviabilizou que permanecessem concorrendo lá fora", afirma Barbato. Patrícia Büll

O empresário brasileiro vive um momento de ambigüidade: ao mesmo tempo em que o dólar desvalorizado em relação à moeda nacional impede uma atuação mais agressiva nas exportações, é essa situação, também, que permite que as empresas se modernizem, pois torna mais barato investir em bens de capital como máquinas e equipamentos. E, aparentemente, eles estão aproveitando este momento. Tanto é assim que no acumulado de 12 meses, as compras externas alcançaram US$ 77 bilhões, que a exemplo dos outros indicadores, também foram recorde. Só no primeiro trimestre deste ano as importações totalizaram US$ 9,346 bilhões, um crescimento de 20% sobre o mesmo período do ano passado. Desse total, 26,8% referem-se a bens de capital. O número mostra também que as compras estão crescendo em ritmo mais acelerado que as exportações, que subiram 16,4% no mesmo período. "A crise traz vantagens e oportunidades", acredita Humberto Barbato, diretor do Departamento de Comércio Exterior do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp). "Além do dólar em queda, a redução da Selic (taxa básica de juros) já está surtindo efeito sobre os ânimos dos empresários, que se sentem mais seguros em investir", diz. (PB)

Indústria teme alíquotas de importação Não bastasse a valorização do real frente ao dólar, o início deste ano trouxe mais uma preocupação aos empresários brasileiros: a proposta de re-

dução de alíquotas para importação, feita pela equipe do Ministério da Fazenda, quando ainda estava sob o comando de Antonio Palocci.

A justificativa da equipe era que o aumento da importação permitiria uma maior competitividade com os produtos nacionais e poderia inverter a

tendência de queda do dólar. Não é o que os empresários acham. Ainda mais no momento em que o País discute a abertura de mercados com os

países desenvolvidos e briga pela redução de tarifas e de excessos de proteção junto à Organização Mundial do Comércio (OMC). (PB)


Senado Câmara Política Planalto

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 17 de abril de 2006

Para os jovens, a política está ligada à corrupção Patrícia Lanes, pesquisadora do Ibase

INVESTIGAÇÕES SOBRE CORRUPÇÃO

BRASILEIROS ENTRE 15 E 24 ANOS NÃO CONFIAM EM PARTIDOS

Eymar Mascaro

PARA JOVENS, 'POLÍTICA É UM SACO'.

Comendo poeira

A

autora da declaração acima – que ilustra o sentimento de muitos jovens em relação à política – não pode receber o antigo carimbo de "alienada". Bruna Pastuk, 22 anos, estudante da Universidade de Brasília (UnB), acompanhou todo o noticiário político desde que explodiu a crise do mensalão, no ano passado. Mas revela desânimo em relação ao mundo político. Ela não é exceção. Há sinais de que a atitude predominante entre os jovens em relação à política varia entre o ceticismo, a impaciência e a repulsa. Uma busca realizada com a palavra "política" no site de relacionamentos Orkut, muito difundido entre jovens, permite identificar 68 comunidades, com mais de 7.400 membros, que ostentam nomes como "Eu odeio a política do Brasil", "Brasil, a política que te pariu" e "A política é uma merda". Os grupos tratam com desprezo o cenário político nacional. A corrupção está entre os fatores que os distanciam do universo em que petistas, tucanos, peemedebistas e tantos outros atores partidários disputam o poder. "É muita sujeira junta", afirma Bruno Sousa, também da UnB. Desc rédito – Pesquisa do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) feita com jovens entre 15 e 24 anos, confirma isso. O estudo ouviu 8 mil jovens nas sete maiores regiões metropolitanas do país, mais Distrito Federal. Eles revelaram descrédito nos políticos: 64,7% não crêem que partidos e seus integrantes representem os interesses da população. Só 4,3% dos ouvidos se dedicam a atividades político-partidárias. O administrador João Marcos Costa, 25 anos, explica por que: "Existem 300 milhões de partidos. Os integrantes brigam internamente, trocam de legenda como trocam de roupa, depois falam mal dos antigos colegas. O PT, por exemplo. O Lula passou a vida toda criticando o PSDB pelo pagamento da dívida brasileira. E faz o que agora? Paga a dívida! No fundo, os partidos

Rafael Neddermeyer/Agência Estado/11-08-04

O

coordenador da campanha do PSDB à presidência, senador Sérgio Guerra (PE), agendou ao menos uma viagem por semana de Geraldo Alckmin ao Nordeste . É uma região do País em que o candidato tucano é menos conhecido, onde, portanto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva leva vantagem nas pesquisas de intenção de voto. No feriado, o tucano visitou cidades em Pernambuco. Hoje e amanhã, Alckmin muda o eixo de suas viagens e vai ao Mato Grosso. Oscila entre 17% e 20% a vantagem que o separa de Lula – o petista lidera as pesquisas. O problema é que o virtual candidato do PMDB ao Planalto, Anthony Garotinho, está apenas cinco pontos percentuais atrás do tucano, que alcançou 20% nas pesquisas; o peemedebista tem 15%, e Lula 40% das preferências. Com o cumprimento da agenda de viagens ao Nordeste, Sérgio Guerra espera que Alckmin diminua a vantagem em favor de Lula.

CHAPA

É provável que amanhã os pré-candidatos do PFL a vice, José Agripino (RN) e José Jorge (PE), reúnam-se com o presidente do partido, Jorge Bornhausen (SC), para discutir a indicação do companheiro de chapa de Alckmin.

Em ação rara, estudantes vão ao Congresso: pesquisa mostra que jovens querem distância da política.

são a mesma coisa", desabafa. que quer utilizá-la para fins Para a pesquisadora do Iba- pessoais". Bruno Sousa acresse Patrícia Lanes, a juventude centa: "Assistir ao jornal na TV, não se reconhece nos partidos eu até faço. Tenho que estar mipolíticos, mas enxerga a políti- nimamente informado. Mas ca como um caminho de mu- me interessar de verdade por danças. "Os jovens vêem a po- política... é outra história". Corrupção e descrença nos lítica como meio importante para alcançar partidos políticos não a d e m o c r a- Caio Guatelli/Folha Imagem/16-08-05 cia. Mas não são os únicos fatores que se vêem nesse espaço de poexplicam o lítica formal, desint eresse nem se consido jovem pederam aptos la política. E x i s t e t a mpara ocupálo. Para eles, a bém o fator temporal. O política formal, partidácientista político Henriria, está vinculada à corque Salles explica que os rupção", diz Patrícia. O lejovens, por natureza, são v an ta me nt o foi realizado im ed ia ti st as entre 2004 e e os fenômenos políticos 2005. Antes, portanto, do mensalão. "A sen- palpáveis acontecem a médio e sação de corrupção não é de longo prazo. "Podemos vishoje. Vem de longe", diz. lumbrar esse fato especialErrado – O estudante Narci- mente em democracias em so Portela, da UnB, ajuda a processo consolidação, como compreender a questão: "A ju- na América Latina", diz. ventude não se interessa por Salles acredita que a redepolítica, nem gosta de discuti- mocratização no Brasil já avanla. E quem se interessa é visto çou bastante, mas o país ainda como errado, como alguém continua em relativo atraso

comparado à Europa: "Temos avanços importantes na área de processo eleitoral, informatização das eleições, mas ainda assim temos muito a caminhar. A nossa política traz, de fato, poucos benefícios de efeito imediato para sociedade. Na macro-política, só veremos avanços daqui a dez, 15 anos. Tempo demais para o jovem". De mo ra – Tempo demais mesmo, pensa Rafael Guedes, 20 anos. "Nós precisamos ver resultados concretos na política econômica e social. Não adianta só falar que os indicadores melhoraram. A gente precisa sair e ver que tem menos gente passando fome. O problema é que geralmente essas coisas precisam de tempo. E com esse monte de desvio de verba...", argumenta. Apesar do quadro desanimador, a pesquisa do Ibase constatou que os jovens não culpam só os políticos, mas também reconhecem que têm parcela de responsabilidade na solução de problemas. Em grupos de discussão, eles deixaram recados claros aos políticos: querem governantes responsáveis e honestos, exigem o fim da corrupção e mais investimentos em educação. (Aline Paz, Congresso em Foco)

Ó RBITA

VALÉRIO

SIGILO

om o término da CPMI dos Correios, o alvo agora é provar o envolvimento do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza com o PSDB. Computadores de Valério apreendidos em outubro, em Belo Horizonte, e levados para a perícia na Polícia Federal em Brasília, ainda estão sendo investigados. Deles podem surgir novas conexões do 'valerioduto' em seus primórdios, antes da gestão Lula. Esse é um exemplo de assunto que a CPMI dos Correios não trabalhou, segundo o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), a fim de manter o foco das investigações. "Manter o foco significava fazer escolhas, deixar algumas coisas de lado para aprofundar outras", explica o deputado.

Polícia Federal vai solicitar hoje à Justiça Federal a quebra do sigilo telefônico do jornalista Marcelo Netto , que atuou como assessor de imprensa do então ministro da Fazenda Antônio Palocci, entre os dias 16 e 27 de março. Ele é suspeito de ter participado da violação dos dados bancários do caseiro Francenildo dos Santos Costa, que desmentiu o ministro à CPI dos Bingos. Netto é apontado como o responsável pelo encaminhamento do extrato do caseiro para a revista Época, que divulgou as informações em seu site, no dia 17 de março. Dez dias depois, Palocci foi obrigado a deixar o cargo por conta dos incídios constatados pela PF. Também demitiu-se o então presidente da Caixa Jorge Mattoso, que confessou ter levado o extrato a Palocci.

C

A

IMBRÓGLIO

URGÊNCIA

Não é só com Garotinho que PT e PSDB devem se preocupar. A preocupação deve ser estendida também a Itamar Franco, disposto a disputar sua indicação na convenção de junho com Garotinho. Itamar pegou o pião na unha e atendeu a um apelo do ex-governador paulista Orestes Quércia.

VERTENTE

Segundo as pesquisas, se o PMDB não tiver candidato, a eleição à presidência pode ser decidida no primeiro turno – em favor de Lula. Por outro lado, Garotinho ameaça o segundo lugar de Alckmin. O medo é que o peemedebista atropele o tucano.

MAR DE VOTOS

O PDT não atendeu aos acenos de PT e PSDB. O partido vai ter candidato próprio à presidência, que será escolhido por prévias entre os senadores Cristovam Buarque (DF) e Jefferson Peres (AM) e o governador de Alagoas, Ronaldo Lessa. A candidatura pedetista tira votos de Lula e Alckmin.

Agripino acha que o partido não pode esperar mais e admite que o candidato a vice tem de ser escolhido até o dia 25. Os pefelistas estão assustados com a vantagem de Lula sobre Alckmin no Nordeste. É por isso que o vice vai sair da região. É uma decisão em conjunto do PSDB e PFL. Enquanto Alckmin se preocupa com o Nordeste, Lula está voltado para a região Sudeste. O petista quer um vice de Minas, para evitar que o candidato à reeleição Aécio Neves (PSDB) descarregue votos no candidato tucano. Por enquanto, o nome mais falado para vice de Lula é de novo José Alencar.

CONVENIÊNCIA

CANDIDATURA

Lula não quer perder o Sudeste de vista, porque Alckmin está armando bons palanques em São Paulo, Rio e Minas. Em São Paulo, por exemplo, Alckmin vai dispor do palanque de José Serra e, em Minas, do de Aécio Neves (com 90% de aprovação). O Rio ainda é incerto.

SÃO PAULO

O PT está preocupado com a vantagem de Alckmin sobre Lula em São Paulo. O Estado reúne o maior colégio eleitoral do país: 25 milhões de votos. A história registra que JK foi o único candidato que se elegeu presidente perdendo a eleição em São Paulo, para Adhemar de Barros.

ALIANÇA

O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) continua mantendo conversações com o presidente do PMDB, Michel Temer (SP). O tucano quer o apoio peemedebista para Alckmin, mas Garotinho (e agora também Itamar Franco) não abrem mão da candidatura própria do PMDB. Os tucanos prometem insistir.

COM O PT

Enquanto Tasso tenta convencer Temer, a ala governista do PMDB promete continuar trabalhando para obter o apoio do partido à reeleição de Lula. Os senadores governistas José Sarney (AP) e Renan Calheiros (AL) querem impedir que o PMDB tenha candidato próprio.

INVASÃO-1

Mas a candidatura da senadora Heloísa Helena (AL) pelo PSOL invade redutos do PT e deve tirar votos de Lula. O grosso da votação dela deve vir do Nordeste. Heloísa Helena tem arrancado um mínimo de 5% de índice de intenção de votos nas pesquisas.

INVASÃO-2

Outra candidatura que pode invadir áreas do PT é a do deputado Roberto Freire (PPS-PE). Mas, nas pesquisas, Freire tem alcançado apenas 1% de índice de intenção de votos. A candidatura de Freire é uma tentativa do PPS de puxar votos para a legenda e atender a cláusula de barreira.

DEPOIMENTO

Compadre de Lula, o advogado Roberto Teixeira vai depor amanhã na CPI dos Bingos. Teixeira é acusado de integrar uma empresa que intermediava negócios nas prefeituras do PT. Quem confirmou a data do depoimento de Teixeira foi o relator da CPI, senador Garibaldi Alves.


PINGAFOGO

O STF e a denúncia do procurador-geral da República

OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 17 de abril de 2006

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Cumprimento o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza. Se o Supremo Tribunal Federal não aceitar a denúncia de que foi instalada no governo federal uma organização criminosa, estará comprovado que a mais alta corte do País está a serviço da classe política. A mesma que impediu que fossem cassados os mensaleiros.

DOISPONTOS -99

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FRANCISCO ANÉAS, SP FRANCISCO.ANEAS@TERRA.COM.BR

Não votei no PT, não trago este peso na consciência. Esperava do presidente muita incompetência administrativa, mas o que surgiu foi um autêntico festival de corrupção. Não satisfeito, nos últimos meses o presidente resolver promover a farra boi no Judiciário, com interferências diretas nas decisões do STF, culminando com o estupro na conta-corrente do caseiro do Palocci e adotando o discurso "aos amigos, tudo; aos inimigos, os rigores da lei". O País está atravessando um momento delicado do Estado de Direito, no aspecto moral. Tudo por culpa exclusiva do Lula! WALTER TADEU DE LIMA, SANTO ANDRÉ, SP DIRECTUM@DIRECTUM.COM.BR

O

ANTONIO DELFIM NETTO

O DEBATE QUE INTERESSA

Site na internet dcomercio.com.br /doispontos/

Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br

Robson Fernandjes/AE

Um brasileiro igualzinho a você Lula diz que faz o que todos fazem esquisas de opinião, como se sabe, são retratos de um momento. Nem por isso devem ser desconsideradas. Elas são sempre úteis, por reveladoras. É certo que a campanha eleitoral propriamente dita só vai começar com o início do horário eleitoral, em agosto, quando os principais candidatos poderão expor aos eleitores, por meio dos programas de rádio e tevê, suas propostas e biografias. O fato de o presidente da República, segundo o último Datafolha, ter o dobro das intenções de voto de seu principal oponente, Geraldo Alckmin (PSDB), agora, é o que menos preocupa. Até as eleições, tem muito chão a ser percorrido. O bom debate ainda nem começou. O que preocupa, sim, é o fato de que, de acordo com o Datafolha, 79% dos eleitores acham que há corrupção no governo Lula e 83% acreditam que o presidente é muito ou um pouco responsável por isso. Não obstante, 40% dos entrevistados se dizem propensos a votar em Sua Excelência. De certa forma, tais dados nos levam a crer que, para muitos, a corrupção é algo inevitável, inerente à atividade política. É um pouco aquela história de que todos são iguais, ainda que as provas em contrário sejam abundantes. Aliás, neste momento, é isto o que mais interessa ao PT e ao governo do turno: convencer os eleitores de que nunca, em tempo algum, fizeram algo que os outros não tenham feito. Trata-se de uma mentira deslavada, que só prospera em ambiente marcado pelo cinismo de

P

DEU

NO

BLOG O O cronista política Ricardo Setti leu a denúncia do procurador-geral da República e depois leu a repercussão entre os membros da CPI. Registrou em seu blog que o líder do PT na Câmara, Henrique Fontana (foto), se perdeu na tradução do que a peça jurídica quer dizer em bom português. HTTP://BLOG.NOMINIMO. COM.BR/

G Para muitos a

corrupção é algo inevitável, inerente à atividade política. G O que mais

interessa ao PT e ao governo é convencer os eleitores de que nunca, em tempo algum, fizeram algo que os outros não tenham feito G É inquietante saber que tanta gente ainda considere que o País pode avançar sem ética e competência.

uns e lassidão ética de outros. O caso da quebra do sigilo bancário do ex-caseiro da mansão do lobby e das orgias é apenas uma das inúmeras demonstrações que o governo e o PT nos têm dado de seu desprezo pelo Estado de Direito, pelas instituições. Os exemplos estão aí. Não tiveram escrúpulos em se valer do mensalão e do loteamento dos cargos públicos para comprar consciências frouxas e enriquecer antigos e novos companheiros. Mal chegaram ao poder, tentaram desmoralizar o Congresso com a criação do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social. Depois, tentaram amordaçar a imprensa e pôr a canga no pescoço dos produtores culturais. E eles vão continuar tentando sempre solapar as instituições, desde que recebam nas urnas votos para tanto. Certamente, muitos se lembram da época em que Lula da Silva se apresentava ao eleitorado como um brasileiro igualzinho a você – a mim ele não é, nunca foi. Depois, a estratégia era convencer a platéia de que o PT era o detentor único da ética e dos bons costumes, diferente de tudo o que havia, de tudo o que sempre existiu. Agora, por conveniência, a alegação é a de que o que fazem é o que todos fazem. Não é. Mas não deixa de ser inquietante saber que tanta gente ainda considere que o país pode avançar sem ética e competência. MILTON FLÁVIO É SUPLENTE DE DEPUTADO ESTADUAL PELO PSDB DEPMILTONFLAVIO@YAHOO.COM.BR

Perdido na tradução

PT ainda se recusa a usar as palavras certas. Depois da denúncia ao Supremo Tribunal Federal feita pelo procurador-geral da República do escândalo do “mensalão”, de que mais será que precisam certos líderes do PT para usar as palavras certas para qualificar o que houve? Veja-se, por exemplo,

Joedson Alves/AE

o caso do líder do partido na Câmara, deputado Henrique Fontana (RS), ao comentar a peça de 136 páginas produzida pelo procuradorgeral Antonio Fernando de Souza: “O relatório é adequado, pois descreve situação de caixa dois e repasse ilegal [de dinheiro] para a base [parlamentar]

aliada [do governo]”. O relatório é mais do que adequado, e nisso o deputado tem razão. Mas chega a ser ridícula sua tentativa de abrandar o rol de crimes descritos

pelo procurador como “situação de caixa dois” e mero “repasse” de dinheiro. Antonio Fernando de Souza refere-se claramente, com todos os esses e erres, que o objetivo central

da “organização criminosa” dirigida pelo exchefe da Casa Civil, José Dirceu, com a ajuda de outros graúdos petistas, era “garantir a continuidade do projeto de poder do PT, mediante a compra e o suporte político de outros partidos políticos e do financiamento futuro e pretérito de suas próprias campanhas [eleitorais]”.

fracasso das exportações foi o principal, mas não o único fator da estagnação econômica no período mais recente. A ele vieram somar-se a irresponsabilidade fiscal no primeiro mandato de FHC, o inchaço nos gastos públicos, o acúmulo das dívidas interna e externa e, como conseqüência, a rápida elevação da carga tributária. Esta última é hoje o principal entrave à retomada do desenvolvimento.

Brasil está "quase" preparado para uma segura viagem ao desenvolvimento econômico robusto, com estabilidade monetária, equilíbrio externo e redução das desigualdades pessoais e regionais de renda. Acredito que sobre essa afirmação há uma "quase convergência" de opiniões entre economistas e no corpo político, excluídos naturalmente os radicais de carteirinha que resistem a sair de moda... Isso tem sido demonstrado nas manifestações deste período pré-eleitoral, que estão conduzindo o debate para o que realmente interessa: a retomada do crescimento.

O

iscutir o desenvolvimento não deve causar incômodo nem ao governo presente – que pretende a continuidade nem à administração anterior, tucana, que deseja o retorno ao poder. É natural que o debate tenha começado pela tentativa de se entender, com um pouco mais de clareza, as causas da paralisia do desenvolvimento brasileiro. Particularmente tenho chamado a atenção para o "efeito câmbio", ou seja, para a perda de dinamismo do comércio exterior brasileiro em conseqüência dos seguidos equívocos de nossa política cambial. Demonstra-se facilmente a paralisia da economia brasileira pela simples comparação da fraca performance de nosso comércio exterior com a de parceiros como a Coréia, China, Chile, Irlanda, que em 1986 exportavam menos do que nós e no final do século já vendiam três, quatro, cinco vezes mais.

D

om a mudança da política cambial em 1999 as exportações puderam recuperar o dinamismo e a partir de 2002 já crescem à taxas superiores à expansão do comércio global. Embora com enorme atraso, o Brasil recomeça a corrida atrás de seus competidores mundiais. Juntamente com a execução de uma política fiscal responsável, abre-se a possibilidade de acelerar o crescimento de forma sadia. Para isso é preciso terminar a desmontagem das armadilhas herdadas dos governos FHC. As elites tucanas não escondem o grande desconforto que lhes causa a comparação dos resultados entre as duas administrações, mas é inegável a melhora da economia sob o atual governo.

C

As elites tucanas não escondem o grande desconforto, mas é inegável a melhora da economia. á menos inflação, o salário teve uma pequena recuperação, a pobreza (depois de 20 anos !) diminuiu, o desemprego e a desigualdade de renda se reduziram; dobrou o valor das exportações anuais e quadruplicou o saldo do comércio exterior; as reservas líquidas triplicaram; houve progresso substancial nas relações Dívida Externa/Exportações e Amortizações + Juros sobre as Exportações; a relação Dívida Externa Líquida/PIB foi reduzida de 56% para 51% e, finalmente, foi zerada a dívida com o FMI de 20 bilhões de dólares contraída no governo FHC. Isso aconteceu entre 2002 e 2005 e é o que está possibilitando a convergência dos fatores para uma nova etapa de desenvolvimento.

H

DEP.DELFIMNETTO@ CAMARA.GOV.BR

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 -.INTERNACIONAL/OPINIÃO

segunda-feira, 17 de abril de 2006

Os ateus são campeões da fé, na medida em que apostam naquilo que ninguém jamais poderá provar (...)

Para os deístas, Deus é como o relojoeiro que, terminada a obra, dá corda no relógio e vai dormir.

MuNDOreAL

uem quer que saiba o que é lógica tem a obrigação de saber também que, se a demonstração da existência de Deus pode ser difícil, a da Sua inexistência é absolutamente impossível. Tanto é impossível que nenhum ateu jamais tentou sequer formulá-la. Todos limitam-se a argumentos periféricos e ocasionais, voltados antes a detalhes de doutrina religiosa, perfeitamente discutíveis em si mesmos, do que ao centro inexpugnável da questão. Essa impossibilidade não era desconhecida dos maiores pensadores ateus do passado, que a contornavam sem poder enfrentá-la. A quase totalidade dos que polemizam hoje em favor do ateísmo - e eles ultimamente se multiplicam como ratos de esgoto - não têm o menor pressentimento dela, embora esbarrem nas suas fronteiras a cada instante. A maioria apela em última instância ao argumentum ad ignorantiam, declarando com patética inocência que aquilo que desconhecem não pode existir. Esses são invencíveis na discussão, pois nenhum argumento tem o poder de infundir inteligência no ouvinte que uma sólida aliança da genética com a má educação tornou irremediavelmente estúpido. Sob esse ponto de vista, o ateísmo parece ter um futuro brilhante. A tese ateística não sendo logicamente defensável até suas últimas conseqüências, os inimigos de Deus acabaram-se distribuindo em tribos diversamente localizadas, cada qual atacando o problema por um pedacinho da borda, não na esperança de chegar um dia ao centro, mas na de vencer a platéia pelo cansaço, persuadindo-a enganosamente de que a soma infindável de argumentos relativos tem o valor e a autoridade de uma prova absoluta. As principais dentre essas tribos são as seguintes: a) Os ateus propriamente ditos, que mesmo não sabendo disto são campeões da fé, na medida em que apostam naquilo que ninguém jamais poderá provar. Muitos deles, abdicando previamente de enfrentar a dificuldade intransponível inerente à sua tese, dispendem energias colossais em operações diversionistas como a do dr. Richard Dawkins, apegado à esperança de que a simples hipótese de poder o mundo ter surgido sem Deus, se formulada com sofisticação matemática bastante, já venha a resolver o problema inteiro, como se uma possibilidade teórica pudesse, por si, ser prova de realidade efetiva. b) Os deístas, que, cientes da impossibilidade de livrar-se completamente de Deus, tratam de diluí-Lo numa noção tão geral, tão vaga e tão abstrata que, no fim das contas, é como se Ele não existisse. A melhor solução para eles é a teoria do deus ocioso -- muito em voga no tempo do mecanicismo renascentista - o qual teria criado o mundo segundo regras tão fixas e imutáveis que toda interferência do criador se tornou desnecessária uma vez pronto o mecanismo do mundo. É a imagem do relojoeiro que, terminada a construção, dá corda no relógio e vai dormir. Não precisamos discutir essa puerilidade. c) Os agnósticos, que professam voltar as costas ao problema de Deus e, modestamente, lidar apenas com questões acessíveis aos métodos da moderna ciência natural, mas, feito isso, proíbem a investigação de qualquer objeto que esteja fora do alcance desses métodos ou proclamam abertamente a inexistência dele, mostrando ser ateus disfarçados que optaram por dificultar o acesso àquilo cuja inexistência não puderam provar. d) Os gnósticos, que admitem a existência do criador mas proclamam que ele é mau, que fez o mundo contra a vontade do verdadeiro deus, ente espiritual puríssimo que jamais sujaria suas excelsas mãos numa porcaria dessas; donde se segue a obrigação máxima do crente gnóstico, a qual consiste em destruir o mundo ou modificá-lo radicalmente, de preferência destruindo-o primeiro para depois substituí-lo por algo de totalmente diferente. Dessa proposta dupla do movimento gnóstico nasceu uma pluralidade caótica de seitas, das quais algumas se transformaram em movimentos de massa a partir do século XVIII, gerando as ideologias revolucionárias do anarquismo, do comunismo, do nazismo, do fascismo, do positivismo e da tecnocracia, bem como, para além delas, a proliferação de ocultismos da “Nova Era” e o plano da “Nova Ordem Mundial” ao qual esses ocultismos não servem senão de instrumento provisório. O gnosticismo é a ideologia suprema do nosso tempo, destinada a reinar soberana sobre uma humanidade idiotizada tão logo as religiões tradicionais se tornem incompreensíveis para as multidões e possam ser sintetizadas num culto biônico sob a administração das Nações Unidas ou órgão equivalente auto-incumbido das funções de governo do mundo. A proposta é tão virulenta, absurda e infame que, embora já esteja em fase avançada de implementação (v. o livro de Lee Penn já várias vezes citado aqui, False Dawn), jamais é apresentada em público com franqueza, apenas difundida indiretamente através de eufemismos anestésicos. Na verdade, o ateísmo, o deísmo e o agnosticismo já não têm qualquer energia própria. Propugnados por saudosistas do iluminismo voltaireano e do cientificismo positivista, tornaram-se instrumentos auxiliares que concorrem para criar a confusão necessária à implantação da nova religião universal, sendo por isso fomentados e subsidiados pelas mesmas fontes que a originam, entidades perfeitamente respeitáveis em aparência que são também as forças propulsoras de movimentos revolucionários e subversivos em várias partes do mundo. Até há algum tempo, tudo isso era apenas uma suspeita, e a investigação dos fatos por trás dela se misturava inevitavelmente a doses maciças de especulação imaginária, preconceitos monstruosos, desinformação proposital e um bocado de pseudociência. Foi a época das “teorias da conspiração”. Hoje, os mesmos avanços tecnológicos que deram a esse movimento o impulso formidável da organização em “redes” tornaram fácil identificar essas redes e todas as suas conexões internas e externas, apreendendo a unidade por trás de uma multiplicidade que de outro modo seria desnorteante. O simples estudo da circulação de dinheiro entre fundações, governos, ONGs, movimentos terroristas e quadrilhas de narcotraficantes basta para tornar a realidade da subversão gnóstica mundial demasiado visível para que se possa continuar a ocultá-la mediante o apelo a evasivas difamatórias destinadas a intimidar o investigador. Um exame acurado dos sites http://www.activistcash.com e http://www.discoverthenetwork.org dará ao leitor uma idéia precisa do que estou dizendo. Estudos como The Marketing of Evil, de David Kupelian (Nashville, Tennessee, WND books, 2005), Machiavel Pedagogue, de Pascal Bernardin (Cannes, Édition Notre-Dame das Graces, 1995), Good Bye, Good Men, de Michael S. Rose (Washington DC, Regnery, 2002), The Deliberate Dumbing Down of America, de Charlotte Thomson Iserbit (Ravenna, Ohio, The Conscience Press, 1999) e The ACLU vs. America, de Alan Sears e Craig Osten (Nashville, Tennessee, Broadman & Holman, 2005), tirarão o restante da dúvida. Os nomes das mesmas organizações -- a “Ford Foundation”, o “Open Society Institute de George Soros”, a “John D. & Catherine T. MacArthur Foundation”, a “Carnegie Corporation of New York” e o “Council on Foundations”, entre uma centena de outras -- aparecem com tão obsessiva freqüência entre os financiadores de movimentos subversivos e os do governo mundial, que já não é possível deixar de enxergar a ligação entre essas duas forças aparentemente díspares, uma voltada para a disseminação do caos, outra para a cristalização da Nova Ordem, tão articuladas entre si quanto as duas operações alquímicas da dissolução e da coagulação. Contra esse assalto geral às bases da civilização, os pontos de resistência são hoje as

por OLAVO DE CARVALHO, de Washington DC

A chacota geral do mundo Q

religiões tradicionais, o Estado constitucional americano e o Estado de Israel. Das religiões, cada uma está mais corroída que a outra. O cristianismo, ainda forte nos EUA e no Leste Europeu e em plena expansão na Ásia e na África, está praticamente destruído na Europa ocidental e dominado pelo esquerdismo na América Latina. O Islã tradicional, evaporado, tornou-se apenas uma figura de retórica no discurso radical que a mídia do Ocidente, confundindo propositadamente as coisas, rotula de “fundamentalista”. O judaísmo está assolado daqueles tipos que Don Feder chama de “judeus Seinfeld”, para os quais as três solenidades judaicas fundamentais são o Bar-Mitzvah, o RoshHashaná e o aniversário da Barbara Streisand. A América está ameaçada desde dentro pela potente simbiose das fundações milionárias com o esquerdismo revolucionário, solidificada pela mídia chique e hoje mentora inconteste do Partido Democrata. Israel, cercada de três dezenas de países hostis, e talvez recordista mundial de traidores e muristas per capita, sobrevive não se sabe como. Voltado à sua destruição urgente, o anti-semitismo adquire novos contornos, mais sutis e enganadores, que não podem talvez ser compreendidos senão à luz do estudo empreendido pelo rabino Marvin S. Antelman, To Eliminate the Opiate (Jerusalem, Zionist Book Club, 2 vols., 1988 e 2002), que um dia comentarei aqui em detalhe. Minar esses três pontos de resistência é obviamente prioritário para a Nova Ordem Mundial. Daí fenômenos estranhos como a súbita revivescência do cientificismo, já totalmente demolido pelos maiores filósofos da primeira metade do século XX - Husserl, Jaspers, Lavelle, Berdiaev, entre outros - mas facílimo de impingir a novas gerações que não tiveram acesso universitário às obras desses pensadores ou que foram preventivamente imunizadas contra eles por injeções maciças de desconstrucionismo, chomskismo, multiculturalismo e outros estupefacientes. Na esteira desse fenômeno vem o crescente anticristianismo da mídia e do show business, cada vez mais brutal e descarado, atuando sobretudo através do expediente orwelliano da “reforma do vocabulário”, na qual antigos rótulos pejorativos reservados a extremismos insanos são repentinamente ampliados para atingir a massa inteira dos fiéis, bastando, por exemplo, um cidadão de hoje em dia ser contrário ao aborto para receber o epíteto de “fundamentalista” ou “fanático teocrata”. Acompanha esse cerco a escalada judicial, impondo cada vez mais restrições à liberdade de culto, estrangulando organizações religiosas mediante proibição de contribuições e criminalizando a simples expressão da fé em lugares públicos. Na mesma linha vem a súbita proliferação de pretensas obras de arte que se notabilizam exclusivamente pela astúcia da blasfêmia proposital destinada dessensibilizar a população mediante o truque sórdido do escândalo repetido. Não é necessário dizer que esses empreendimentos vêm geralmente subsidiados pelas mesmas fontes acima citadas. A onda antiamericanista e antiisraelense, a mais vasta campanha de ódio que já se viu no mundo, subindo no tom até a perda completa do senso das proporções, abriu as portas da grande mídia a um tipo de jornalismo porco que décadas atrás só se via na imprensa partidária comunista. O desinformante profissional e o agente de influência são hoje aceitos como modelos de jornalismo, dominando não só as redações como também os órgãos sindicais da classe, donde exercem sobre o conjunto da profissão um controle monopolístico que torna a censura desnecessária. Nesse panorama, não é de espantar que ateus de velho estilo, reencarnações de Haeckel e Renan, reapareçam brandindo os mesmos velhos argumentos já mil vezes desmoralizados, mas agora reencorajados em suas pretensões “científicas” pela produção editorial de lixo gnóstico e ocultista em doses avassaladoras, sufocando a oposição pela força da gritaria ricamente subsidiada, facilmente ecoada pelo trabalho voluntário de uma multidão de chimpanzés no Terceiro Mundo. Que o pretenso materialismo científico apareça tão intimamente aliado à onda ocultista e satanista não deveria surpreender a ninguém. Hoje sabe-se que a fonte mesma do cientificismo - a rebelião iluminista - não brotou senão da mesma fonte gnóstica de onde nasceram o teosofismo e a Nova Era. Fenômenos como “O Código da Vinci” e “O Evangelho de Judas”, tão manifestamente subsidiários da pseudo-religião mundial em preparação, não têm nenhum significado intelectual em si mesmos e não podem ser discutidos exceto como dados sociológicos de uma época que dá testemunho contra a inteligência humana. Os velhos ateísmos cientificistas que emergem das tumbas não são senão um detalhe patético a mais na chacota geral. Scott Picunko/Corbis

Mônica Zarattini/AE

Miguel Reale vive

ranqüila e digna foi a morte do filósofo que atravessou digno e tranqüilo todos os percalços de uma vida longa e repleta de desafios. Miguel Reale honrou como poucos a vocação de pensador e erudito, colo-

T

cando também na sua atuação de advogado e homem público a mesma seriedade, o mesmo peso de cada uma das palavras que escreveu em livros essenciais como a “Filosofia do Direito”, “Pluralismo e Liberdade” ou “Experiência e Cultura”. Não encontro em sua imensa obra um só deslize, um chute, um palpite leviano emitido

mesmo por distração. Tudo ali é meditado, pensado com enorme senso de responsabilidade, com criteriosa atenção ao “status quaestionis” e, sobretudo, com uma aguda consciência do caráter experimental da investigação filosófica. Li quase tudo o que ele publicou e, tendo sido honrado com a sua amizade na última década da

sua existência, lamentei sempre a raridade dos nossos encontros, nos quais ele foi passando de octogenário a nonagenário sem nada perder da lucidez, da força intelectual e da calma tolerância que eram as suas marcas mais salientes. Não digo que terei saudades dele, pois nunca senti saudades dos amigos mortos: posso estar

maluco, mas tenho o nítido sentimento de que ainda estão comigo, tão vivos na minha paisagem interior quanto o estão na memória de Deus que a todos nos abrange e sustenta. O que quer que tenha entrado na existência, mesmo que por um só instante, não pode nunca mais retornar ao nada, que é alheio a toda existência. Só pode

transpor-se a uma outra escala de tempo, imóvel e fixo na eternidade, mais autêntico e real do que nunca. “Tel qu’en lui-même enfin l’éternité le change.” Não digo, pois, adeus ao Dr. Miguel. Lançolhe um aceno na eternidade e asseguro-lhe que o amor e a admiração que tantos lhe votaram em vida continuarão inalterados.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 17 de abril de 2006

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Esporte ESFORÇO MÍNIMO

Tive 500 problemas na carreira, mas nunca passei por pressão assim.” Edmundo, sobre a torcida do Palmeiras

almanaque Celso Unzelte

47 ANOS DE DISPUTAS NACIONAIS UH/Arquivo do Estado de São Paulo

Há 35 anos, em 1971, começava a ser disputado o Campeonato Brasileiro. Antes disso, porém, existiram outras competições nacionais. A última delas foi o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o "Robertão", que em seu último ano de disputa (1970) foi chamado também de Taça de Prata. Na foto, jogadores do Fluminense dão a volta olímpica no Maracanã, após o empate por 1 a 1 diante do AtléticoMG que garantiu o título em 20 de dezembro daquele ano.

OUTROS CAMPEONATOS NACIONAIS A primeira disputa nacional foi a Taça Brasil. Jogada no sistema eliminatório, como a atual Copa do Brasil, foi criada em 1959 para indicar um representante na também recém-inventada Libertadores, e durou até 1968. Em 1967, o antigo Torneio Roberto Gomes Pedrosa (Rio-São Paulo) é ampliado com a participação de clubes de Minas, Rio Grande do Sul, Paraná e, depois, Bahia e Pernambuco. Torna-se, então, o "Robertão", embrião do atual Brasileiro.

ESTES TAMBÉM SÃO CAMPEÕES DO BRASIL Embora o Campeonato Brasileiro ainda não tivesse sido inventado, os seguintes clubes também foram campeões nacionais: Santos (Taça Brasil de 1961 a 1965 e Robertão de 1968); Palmeiras (Taças Brasil de 1960 e 1967 e Robertões de 1967 e 1969); Bahia (Taça Brasil de 1959); Cruzeiro (Taça Brasil de 1966); Botafogo-RJ (Taça Brasil de 1968); e Fluminense (Robertão de 1970). O Palmeiras ganhou todas as versões.

"O Campeonato Nacional não deve prejudicar, aniquilar ou diminuir o interesse dos campeonatos estaduais." (Do PlanoBase do primeiro Campeonato Brasileiro, distribuído pela então Confederação Brasileiro de Desportos (CBD), na apresentação da competição, em fevereiro de 1971.) Completa hoje 102 anos de vida o Bangu Atlético Clube, fundado em 17 de abril de 1904. A tradicional equipe carioca vem cumprindo campanha muito ruim na segunda divisão estadual. Na semana passada, chegou a ser derrotado por 6 a 0 por um time fundado há apenas dois anos, chamado Tigres. Há 46 anos, em 17 de abril de 1960, o Fluminense derrotava o Palmeiras por 1 a 0, no Maracanã, e conquistava o Torneio RioSão Paulo pela segunda vez em sua história. A primeira havia sido em 1957. Somente ontem, contra o São Caetano, aos 33 anos, o atacante Élber, do Cruzeiro, estreou em jogos de Brasileiro. Revelado pelo Londrina, ele passou por Milan-ITA, Grasshopers-SUI, Stuttgart-ALE, BayernALE, Lyon-FRA e Borussia M.-ALE.

A

frase do meio-campista Danilo, logo após a vitória do São Paulo sobre o Flamengo por 1 a 0, ontem, no Morumbi, na estréia dos dois times no Campeonato Braileiro, dava uma boa idéia de como o resultado foi encarado por sua equipe: “Um a zero é goleada. Tem hora que é preciso administrar o resultado, como foi hoje”. De fato, se não foi brilhante, o São Paulo pelo menos cumpriu sua obrigação. Fez o seu gol, de pênalti, cobrado pelo goleiro Rogério Ceni, aos 31 minutos do primeiro tempo. Depois, seguindo a lei do mínimo esforço, tratou apenas de segurar o resultado. Até porque atuava com todos os titulares — inclusive Josué e Danilo, que pediram para não serem poupados para o jogo do meio da semana, pela Libertadores, e jogaram até o fim. O adversário também ajudou. Com um time muito fraco, o Flamengo levou perigo apenas em alguns lances esporádicos. No primeiro minuto, por exemplo, o atacante Diego Silva recebeu livre na área e, na saída de Rogério Ceni, bateu muito mal. Alguns minutos depois e Diego, novamente, desperdiçava boa chance. Mostrando certo cansaço, os

1 a 0 também serve.” Mineiro, que sofreu o pênalti cobrado por Rogério Ceni

Robson Fernandjes/AE

Em sua estréia no Brasileiro, jogando em casa contra um combalido Flamengo, o favorito São Paulo de Danilo cumpre sua obrigação: 1 a 0

jogadores do São Paulo erravam muitos passes, o que dificultava a chegada ao ataque. Aloísio levava algum perigo, mas também pecava nas finalizações. O Flamengo, em rara descida ao ataque, quase mar-

cou com Leonardo Moura, em lance em que Rogério Ceni fez importante defesa. O gol que decidiu o jogo saiu graças ao volante Mineiro. Com o fôlego de sempre, ele roubou a bola do zagueiro Fer-

nando, invadiu a área e foi derrubado por Diego. Rogério Ceni bateu e marcou seu 58º gol com a camisa tricolor. O técnico Muricy Ramalho também não reclamou do que viu em campo. “Foi bom de-

mais para uma estréia. Ainda mais para um time que vem cansado de fazer muitas viagens”, enfatizou. ”O mais importante é que o time está aprendendo a administrar o resultado.”

Outro vexame em casa P Jonne Roriz/AE

alestra Itália, 35 minutos do segundo tempo. Parte dos 2 753 torcedores que pagaram ingressos para ver a estréia do Palmeiras no Campeonato Brasileiro começa a deixar o estádio, simulando um cortejo. Ao som da Marcha Fúnebre, tocada por alguns deles, e com uma bandeira posicionada como se fosse um caixão, deixam lentamente as arquibancadas. Este foi apenas um dos protestos feitos ontem, após mais uma derrota em casa, para a Ponte Preta, por 3 a 2. O tropeço foi o terceiro seguido no estádio, somando-se às derrotas para o Rio Branco, por 2 a 0, pelo Campeonato Paulista, e para o Cerro Porteño, do Paraguai, por 3 a 2, pela Libertadores. O Palmeiras perdeu principalmente por seu primeiro tempo, quando falhou em todos os setores. Marcou mal, não teve criatividade, os laterais não apoiaram. Não criou chances de gol. Assim, foi justa a vitória por 2 a 0 da limitadíssima Ponte na

Palmeiras de Edmundo faz um péssimo primeiro tempo e chega a estar perdendo para a Ponte por 3 a 0 no Parque Antarctica. Diminui para 3 a 2 mas não consegue chegar ao empate. Resultado é recebido pela torcida com marcha fúnebre

primeira etapa, pois teve o mérito de saber aproveitar as falhas do rival. Aos 36 minutos, Almir, livre de marcação na pequena área, fez o primeiro. Aos

43, Luís Mário recebeu livre e marcou o segundo. Para o segundo tempo, o time voltou correndo e jogando com garra, vontade e coragem.

A Ponte se retraiu e o goleiro Jean passou a se destacar. O time de Campinas ainda marcou o terceiro, aos 20 minutos (Douglas contra). Mas o Pal-

meiras não se entregou e diminuiu logo a seguir com Cristian e, depois, Edmundo. “Se a torcida não apoiar, vamos ao fundo do poço”, reclamou Edmundo nos vestiários. “Temos de ter consciência de que não estamos bem.” O zagueiro Douglas foi na mesma linha: “Para jogar no Palmeiras o cara tem de ter vontade”. Antes mesmo da derrota na estréia do Brasileiro, Leão já reclamava da falta de tempo para fazer coletivos. Ele pretende corrigir o posicionamento de alguns jogadores. O trabalho com a defesa será intenso, espera-se que já com a presença de Gamarra e Daniel, machucados. Paulo Baier receberá atenção especial do preparador físico Fernando Leão. Leão deu também um aperto na diretoria, que não conseguiu regularizar a situação do lateral Michael e do volante Roger na CBF. O treinador pretende usar Michael sábado, contra o Figueirense.Principalmente após as más atuações de Careca e Amaral.

Tropeço no Sul A

pós a derrota do Corinthians para o Grêmio, ontem em Porto Alegre, o técnico Ademar Braga foi o primeiro a diagnosticar: “Sabíamos que o Grêmio jogava nesse sistema defensivo com sete ou oito jogadores atrás. Tentamos de todas as maneiras 'furar' o esquema, mas não conseguimos, pois a equipe joga bastante tempo assim e em um lance de contra-ataque e outro de bola parada fez os dois gols que causaram nossa derrota”. De fato, a forte marcação imposta pelo adversário foi a maior responsável pelos 2 a 0 do Grêmio diante do Corinthians, gols de Alessandro, aos 44 minutos do primeiro tempo, e Evaldo, aos 18 do segundo. Mas não a única. Em seu discurso, Braga esqueceu-se de dizer que seu time foi apático. Ao contrário do

Neco Varella/AE

adversário, que, apesar de abusar das faltas em alguns momentos, mereceu a vitória. Já o Corinthians foi irreconhecível. Quase não chutou a gol, errou passes demais e afrouxou a marcação. O ataque corintiano, formado por Tevez e Nilmar, quase não deu trabalho ao goleiro Marcelo. Isso acoteceu graças, também, ao fato de a bola não ter chegado a eles, por conta da má atuação de Ricardinho e Roger, cuja função seria fazer a ligação entre o meio-campo e o ataque. Mesmo com quatro homens na defesa, cinco no meio-campo e apenas um na frente, o Grêmio foi sempre mais perigoso. Por isso, não foi surpresa quando terminou o primeiro tempo ganhando, nem quando, já na segunda etapa, ampliou. “Jogamos bem, chegamos com qualidade e saímos, merecidamente, com a vitória

Nos 2 a 0 para o Grêmio, o Corinthians de Roger sofre com a marcação

no primeiro tempo”, disse o técnico gremista, Mano Menezes. O segundo tempo, aliás, foi uma repetição do primeiro, com os gaúchos jogando e os paulistas assistindo. O meia Ricardinho foi outro a dizer que já sabia da dificuldade que o Corinthians iria enfrentar em Porto Alegre, pois

conhecia bem como o técnico do Grêmio arma suas equipes. “O Grêmio sempre tem essa característica de jogar forte e marcando muito. Não soubemos desbloquear o sistema defensivo proposto por eles e por isso não conseguimos criar quase nenhuma chance de marcar gols”, comentou.

Já o volante Marcelo Mattos lamentou a derrota na estréia do Campeonato Brasileiro. Ele disse que todo o time foi alertado sobre o esquema defensivo do Grêmio. “Jogamos contra uma equipe muito bem estruturada na defesa. Sabíamos que seria difícil vencer o Grêmio aqui em Porto Alegre, mas como não criamos quase nada em termos ofensivos ficou difícil de chegar ao gol adversário", disse. Nos vestiários, o técnico corintiano ensaiou reclamar do árbitro mineiro Álvaro Quelhas: “Esse negócio de não marcar pênalti a favor do Corinthians já está virando rotina”. Mas, em seguida, reconheceu: “Não foi isso o determinante da nossa derrota. Acontece que o Grêmio foi melhor no esquema proposto pelo seu técnico Mano Menezes, que foi o justo vencedor”.


Ano 81 - Nº 22.108

São Paulo, segunda-feira 17 de abril de 2006

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Edição concluída às 23h05

w w w. d co m e rc i o. co m . b r

Lula gasta via MPs Opinião/8

Arte de Céllus sobre foto de Chiaki Karen Tada/Folha Imagem

167 dias de juros e imposto Economia/3

Um drible na Lei Fiscal Página/ 3

FOX BRASILEIRO NA ARGENTINA: R$ 23.870,64 O MESMO FOX AQUI NO BRASIL: R$ 35.670,00 A diferença: R$ 11.799,36 O carro made in Brazil custa até 49,4% mais caro no Brasil do que na Argentina. Se o brasileiro importá-lo, porém, pagará ainda mais, R$ 42.880,93. São os impostos. Economia/6 Patrícia Cruz/LUZ

Marcelo Ferrelli/Gazeta Press/Agência O Globo

Hot Wheels dos pés à cabeça Vendas de produtos com marcas e personagens da TV não param de crescer. Eco/1

Fars News/Reuters

HOJE Tempo Máxima 21º C. Mínima 16º C.

AMANHÃ Tempo Máxima 21º C. Mínima 14º C.

Irã nuclear tem 40 mil camicases

Quando 1 a 0 é uma goleada

O líder Ahmadinejad (de pé) vai dar US$ 50 mi ao Hamas. E prepara defesa e ataque de suicidas. Pág. 5

Rogério Ceni fez o seu 58º gol, o 1º do Brasileiro, de pênalti. E o meio-campista Danilo resumiu: "Um a zero é goleada. Tem hora que é preciso administrar o resultado". Toda a rodada, no DCEsportes


2

Passe Livre Copa do Brasil Goiás 0 x 0 Santos Série B

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 17 de abril de 2006

Tem dias que a bola não entra. Então, o placar está legal." Luiz Alberto, do Santos

SANTISTAS GOSTAM DO RESULTADO

EMPATE DE DOER O

paSse livre

Celso Júnior/AE

s campeões de Goiás e São Paulo fizeram uma partida muito fraca no Serra Dourada. Dois dos principais candidatos ao título brasileiro de 2006, Goiás e Santos não saíram do 0 a 0 e ofereceram poucas emoções aos quase 10 mil pagantes. Vanderlei Luxemburgo atribuiu a baixa qualidade do jogo à grama alta e à chuva: "Jogar contra o Goiás em Goiânia é sempre difícil e, nessas condições, pior ainda." O treinador do Santos acha, porém, que o resultado obtido fora de casa foi bom para a sua equipe. Nem todos os jogadores concordam: "Desperdiçamos muitas chances de gols, principalmente no primeiro tempo. No segundo, tivemos duas a três oportunidades e não concluímos", reclamou o lateral Kleber. "São erros que precisamos corrigir." O técnico e os jogadores têm consciência das limitações técnicas da equipe e mantêm o discurso que justificou a conquista do título paulista depois de 21 anos de jejum: por enquanto, ainda em organização,

Roberto Benevides

O Brasil é lá

C

Rogério Corrêa versus Rodrigo Tabata: confronto de poucas emoções e muitos erros acaba em 0 a 0

o Santos precisa mais de competência do que de brilho. É o que, segundo eles, voltou a mostrar em sua estréia no Campeonato Brasileiro: não empolgou, criou pouco, mas alcançou um bom resultado. "Erramos muitos passes e desperdiçamos algumas oportu-

nidades de gol, mas o campeonato está só no começo, vamos melhorar", promete Kleber. Repetindo a fórmula bem sucedida no Paulistão, os santistas concentraram forças na marcação, deram pouco espaço ao Goiás e quase não foram ameaçados.

Se repetir tal atuação na quarta-feira, contra o Brasiliense, o Santos garantirá a classificação para as quartasde-final da Copa do Brasil. Depois da vitória em casa por 2 a 1, basta não levar gol em Brasília para continuar na competição. Outro joguinho à vista?

EM DÍVIDA

É O FIM

A primeira rodada do Brasileirão de nada serviu aos corintianos Ricardinho e Gustavo Nery na luta para ir à Copa do Mundo. O meia teve mais uma atuação burocrática na derrota por 2 a 0 para o Grêmio. E o lateral, de novo, não jogou nada.

Depois de levar alguns safanões de torcedores indignados com a derrota para o Cerro Porteño pela Libertadores da América, o lateral Lúcio desistiu de continuar no Palmeiras. A rescisão de contrato deve ser anunciada nas próximas horas.

APRENDIZADO

SEM PALAVRAS

O 1 a 0 sobre o Flamengo valeu mais do que os três pontos, segundo Muricy Ramalho: "O mais importante é que o time está aprendendo a administrar o resultado. O São Paulo não pode ser um time que só quer agredir e, por isso, acaba permitindo o empate e até a virada."

Emerson Leão não tem mais o que dizer para justificar os maus resultados do Palmeiras.

PONTO GANHO Goiás e Santos fizeram um joguinho medíocre, mas o 0 a 0 foi bem recebido por Vanderlei Luxemburgo: "Em campeonatos de pontos corridos, é importante não perder para os concorrentes ao título e o Goiás vai tirar pontos de muitos times aqui em Goiânia."

SÉRIE B

C

om exceção do São Paulo, que estreou derrotando o Flamengo por 1 a 0, e do Corinthians, derrotado pelo Grêmio por 2 a 0, que outros times do Campeonato Brasileiro de 2006 podem se comparar tecnicamente a um dos seis listados a seguir? 1: Dida; Cafu, Lúcio, Juan e Roberto Carlos; Dudu Cearense, Magrão, Kléberson e Anderson; Vágner Love e Rivaldo. 2: Júlio César; Cicinho, Luisão, Roque Júnior e Gilberto; Flávio Conceição, Fábio Simplício, Deco e Ronaldinho Gaúcho; Deivid e Fred. 3: Gomes; Maicon, Alex, Cris e Sylvinho; Marcos Senna, Thiago Motta, Edu e Jadson; Ronaldo e Denilson. 4: Helton; Belletti, Anderson, Caçapa e Serginho; Edmilson, Júlio Baptista, Kaká e Felipe; França e Luís Fabiano. 5: Moretto; Zé Maria, Alcides, Fábio Luciano e Leo; Gilberto Silva, Renato, Elano e Diego; Robinho e Liédson. 6: Doni; Mancini, Nem, Bordon e César; Emerson, Zé Roberto, Juninho Pernambucano e Alex; Ewerthon e Adriano. São todos profissionais brasileiros que, pelo mundo afora, defendem times de variada qualidade técnica e distinto poder econômico. Aqui no papel, estão aleatoriamente agrupados em times que, postos em campo, disputariam o título brasileiro com boas chances de conquistá-lo. E mais times poderiam ser formados com jogadores brasileiros em atividade no exterior se pudéssemos tomar emprestado alguns goleiros. Já é uma velha realidade de nosso futebol e é pouco provável que as coisas venham a mudar em breve. Muito pelo contrário, devemos esperar que, em seguida à Copa do Mundo, mais uma leva de craques, promessas e pernas-de-pau emigre em busca de mais dinheiro e melhor organização. Os cartolas brasileiros precisam, pois, trabalhar para deter, já que parece impossível reverter, a tendência. Se as coisas continuarem como estão, cada vez mais a torcida acompanhará os campeonatos europeus, disputados pelos melhores times que o futebol brasileiro pode montar.

Início equilibrado omeçou equilibrada a Série B do Campeonato Brasileiro, que neste ano, como a Série A, será disputada em turno e returno com pontos corridos, e classificará as quatro melhores equipes para a primeira divisão de 2007. Houve apenas uma vitória por diferença de dois gols, a do Gama sobre o Vila Nova, e dois empates nos dez jogos. Todas as partidas foram disputadas no sábado. Jogando no Canindé, a Portuguesa não foi além de um empate com o São Raimundo, de Manaus. Diogo, aos 31 minutos do primeiro tempo, fez o gol da Portuguesa, enquanto Delmo empatou para o São Raimundo, já aos 42 minutos do segundo. O outro empate aconteceu em Marília, onde o time da casa ficou no 1 a 1 com o AtléticoMG. Wellington Amorim fez

Djalma Vassão/AE

1ª rodada Gama 2 x 0 Vila Nova Portuguesa 1 x 1 São Raimundo Avaí 1 x 2 Sport Remo 1 x 2 Coritiba _Paulista 2 x 0 Santo André América-RN 1 x 2 Ituano Marília 1 x 1 Atlético-MG Ceará 2 x 1 Paysandu Guarani 3 x 2 CRB Náutico 3 x 2 Brasiliense

Lusa empata em casa e só o Gama vence por diferença de dois gols

Marília 1 a 0, aos 6 do segundo, mas Marinho empatou para o Atlético, aos 28. Entre as seis equipes paulistas que disputam a competição, o melhor resultado foi conseguido pelo Ituano. Jogando em Natal (RN), a equipe paulista derrotou o América

por 2 a 1, com dois gols de Rômulo, o segundo marcado aos 44 minutos do segundo tempo. No duelo entre clubes do Estado, o Paulista, jogando com seu time completo, fez 1 a 0 no Santo André, gol de Neto Baiano, de pênalti, aos 4 minutos do primeiro tempo. Na despedida do técnico Toninho Cerezo, que pediu demissão, o Guarani ganhou do CRB, em Campinas, por 3 a 2, com um gol de Adeílson e dois de Edmílson, um deles de pênalti.

Classificação

P

V

S

1 Gama

3

1

2

2

2 Guarani

3

3

1

3

3 Náutico

3

1

1

3

GP

4 Ceará

3

1

1

2

5 Coritiba

3

1

1

2

6 Ituano

3

1

1

2

7 Sport

3

1

1

2

8 Paulista

3

1

2

2

9 Atlético-MG

1

0

0

1

10 Marília

1

0

0

1

11 Portuguesa

1

0

0

1

12 São Raimundo

1

0

0

1

13 Brasiliense

0

0

-1

2

14 CRB

0

0

-1

2

15 América-RN

0

0

-1

1

16 Avaí

0

0

-1

1

17 Paysandu

0

0

-1

1

18 Remo

0

0

-1

1

19 Santo André

0

0

-1

0

20 Vila Nova

0

0

-2

0

NÚMEROS O Grêmio lidera o Campeonato Brasileiro. O Corinthians é o lanterna.

NINGUÉM GOSTOU Edinho Nazareth não gostou da estréia da Portuguesa na Segundona. O 1 a 1, em casa, com o São Raimundo, frustrou o técnico. Imagineseo que deve estar sentindo a briosa torcida da Lusa.

TRISTEZA Continua muito grave o estado de saúde de mestre Telê Santana, internado desde o dia 15 de março.

*Com Agência Estado e Reuters

COPA DO BRASIL

Santos larga na frente

A

s duas equipes paulistas que participaram da rodada dos jogos de ida das oitavas-de-final da Copa do Brasil, na quarta-feira passada, conseguiram resultados opostos. Na Vila Belmiro, o Santos entrou em campo pela primeira vez após a conquista do título de campeão paulista de 2006. Não jogou bem, porém fez o suficiente para derrotar o Brasiliense, de virada, por 2 a 1. Carlos Alberto abriu o placar para os visitantes, aos 8 minutos. Wendel empatou para o Santos, aos 10, e Cléber Santana marcou o gol da vitória, aos 39 do primeiro tempo. No Maracanã, o Guaranifoi goleado pelo Flamengo por 5 a 1, e agora precisa devolver o resultado na parti-

da de volta, em Campinas, para se classificar. Luizão, Leonardo Moura, Renato, Obina e Juan marcaram para o Flamengo, Bilu fez o gol do Guarani. ÚLTIMOS RESULTADOS: 12/4 Flamengo-RJ 5 x 1 Guarani-SP; Volta Redonda-RJ 1 x 0 15 de NovembroRS; Atlético-MG 0 x 2 Fortaleza-CE; Ipatinga-MG 3 x 1 Náutico-PE; Santos-SP 2 x 1 Brasiliense-DF; Criciúma-SC 1 x 2 Vasco-RJ; Vila Nova-GO 2 x 2 Fluminense-RJ; Vitória-BA 2 x 1 Cruzeiro-MG PRÓXIMOS JOGOS: 19/4 Fluminense-RJ x Vila Nova-GO; Guarani-SP x Flamengo-RJ; Fortaleza-CE x Atlético-MG; NáuticoPE x Ipatinga-MG; Brasiliense-DF x Santos-SP; 15 de Novembro-RS x V. Redonda-RJ; Cruzeiro-MG x VitóriaBA. 20/4 - Vasco-RJ x Criciúma-SC


Administração Urbanismo Distritais Transpor te

DIÁRIO DO COMÉRCIO

O

O conselho das sedes distritais da ACSP se reúne hoje, às 17h, na rua Boa Vista, no Centro

PIRITUBA REALIZOU SEU TRADICIONAL ALMOÇO DE NEGÓCIOS

Lapa representa Em Pirituba, mulheres são Associação em lembradas com palestras e canto certificação de Conselho da Mulher Empreendedora da Distrital Pirituba da ACSP, por meio de sua coordenadora, Michiko Arima Kibe, promoveu, no dia 23 do mês passado, uma comemoração ao Dia Internacional da Mulher, anualmente lembrado em 8 de março. Durante o evento, a médica Marian Ajame Miranda, do Hospital Municipal de Pirituba, deu informações sobre a saúde da mulher, abordando assuntos como cânceres de mama e ginecológico. A delegada Celi Paulino Carlota, da 9ª Delegacia de Polícia de Defesa da Mulher, que também esteve na solenidade, abordou temas como segurança, educação, drogas, sexualidade e os direitos da mulher. Na ocasião, a cantora

7

qualidade

Divulgação

O

Marian, Antonia Marchesin, Michiko, Andréa Brien e Agda Formaglio

lírica Ándrea Brien fez uma apresentação. Almoço - No dia 29 passado, a distrital promoveu o tradicional Almoço de Negócios na Casa de Nassau, na zona oeste. No primeiro almoço deste ano, houve apresentação da Brasil-

prime, empresa de consultoria especializada em PME’s, que tem ajudado as empresas a obter crédito e a viabilizar projetos. Participaram cerca de 120 pessoas, entre empresários da região, autoridades locais e líderes comunitários.

superintendente da Distrital Lapa, Douglas Formaglio, no último dia 24, representou o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Guilherme Afif Domingos, na solenidade de certificação das primeiras empresas que aderiram ao Programa de Qualidade de Empresas Contábeis (PQEC), promovido pelo Sescon-SP e Aescon-SP, presididas por Antonio Marangon. No evento, o superintendente ressaltou que a iniciativa de certificar as empresas contábeis, que se comprometeram com a qualidade e a ética nos serviços prestados, trará ao empresário contratante conforto e confiança para definir uma empresa prestadora de serviços de auditoria, controle fiscal e gerencimento contábil.

GIr

Agendas da Associação e das distritais Às 19h30.

Hoje I Santo Amaro - A Distrital

Santo Amaro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) realiza reunião do núcleo setorial de profissionais de beleza do Projeto Empreender, coordenada pela consultora Maria Cristina Imbimbo Gonçalves. Às 10h. I Distritais - Realização da reunião do conselho das sedes distritais da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). O evento acontece às 17h, na sede da entidade, rua Boa Vista, 51/11º andar, na sala Tadashi Sakurai (1,2 e 3). I Centro - A Distrital Centro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) realiza reunião com palestra sobre o tema Lideranças em vendas, coordenada pelo consultor do Instituto Técnico de Treinamento e Excelência em Capacitação Humana (Ittecaph), Cláudio Velez. Às 18h. I São Miguel - A distrital realiza reunião do núcleo setorial de salões de beleza do Projeto Empreender, coordenada pelo consultor Valdeir Gimenez. Às 18h. I Santo Amaro - A distrital realiza reunião do núcleo setorial de pets shops do Projeto Empreender, coordenada pela consultora Maria Cristina Imbimbo Gonçalves. Às 20h.

Quarta I Jabaquara - A distrital

Jabaquara promove Café com Negócios com palestra sobre o tema Tudo o que você precisa saber sobre marcas e patentes, Conflito entre Razão Social e Marca Registrada, coordenada pelo palestrante Geisler Chbane Bosso. Às 8h30. I Centro - A distrital realiza reunião com palestra sobre o tema Lideranças em vendas, coordenada pelo consultor do Instituto Técnico de Treinamento e Excelência em Capacitação Humana (Ittecaph), Cláudio Velez. Às 18h. I Butantã - A distrital realiza reunião para a apresentação do subprefeito do bairro, Maurício de Oliveira Pinterich. Às 19h30. I Ipiranga - A distrital Ipiranga e o Núcleo de Jovens Empreendedores promovem a palestra " voz da venda. Comunicando-se melhor com o cliente e funcionário, coordenada pela consultora Magda Denise Duarte Alves. Às 19h30. I São Miguel - A distrital realiza reunião do núcleo setorial de Lojas de Móveis e Colchões do Projeto Empreender, coordenada pelo consultor Valdeir Gimenez. Às 20h.

Quinta

Terça I São Miguel - A distrital

I Conjuntura - Reunião do

realiza reunião do núcleo setorial de bufês e eventos do Projeto Empreender , coordenada pelo consultor Valdeir Gimenez. Às 14h30. I Lapa - A distrital realiza reunião ordinária com a presença do superintendente do Poupatempo, Daniel Annemberg. Às 19h30. I Pirituba - A Distrital Pirituba da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) realiza reunião com palestra sobre o tema Saúde e estética com as novas técnicas odontológicas, coordenada pelo doutor César Augusto Bertini Donaldio.

Comitê de Avaliação da Conjuntura da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Às 12h30, na sede da entidade, rua Boa Vista, 51/12º andar, no Espaço Nobre de Recepções e Eventos (Enre). I São Miguel - A distrital realiza reunião do núcleo setorial de escolas particulares do Projeto Empreender, coordenada pelo consultor Valdeir Gimenez. Às 15h. I São Miguel – A distrital realiza reunião do núcleo setorial de automecânicas do Projeto Empreender, coordenada por Valdeir Gimenez. Às 19h30.

Factoring

DC

segunda-feira, 17 de abril de 2006

O que é Factoring? É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa. Entre em contato conosco Empresa filiada PABX (11) 6748-5627 (Itaquera) à ANFAC 6749-5533 (Artur Alvim) E-mail: falecom@finanfactor.com - www.finanfactor.com


segunda-feira, 17 de abril de 2006

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Camp. Francês Liga dos Campeões Liber tadores Copa do Mundo

3 Com Rivaldo, o Olimpiacos chegou a seu 34º título nacional, a nona conquista nos últimos dez anos.

12 TIMES DISPUTAM SEIS VAGAS NAS OITAVAS

TAÇA NA MÃO O

Pascal Pavani/AFP

ilan e Barcelona vão com força total para o primeiro jogo das semifinais da Liga dos Campeões, amanhã, às 15h45, no Estádio San Siro, com transmissão por ESPN e Band. Os dois times venceram na sexta apesar de alguns desfalques - Shevchenko e Ronaldinho, entre outros, ficaram de fora dos jogos contra Inter e Villarreal, respectivamente. O técnico da Seleção Brasi-

leira, Carlos Alberto Parreira, admite a preocupação com Ronaldinho, que ficou duas semanas sem jogar por causa de dores musculares: "O desgaste é inevitável. Vamos ver como ele se apresentará à Seleção". Na quarta, em Londres, no mesmo horário, se enfrentam dois volantes brasileiros que devem ir à Copa: Gilberto Silva, do Arsenal, e o "espanhol" Marcos Senna, do Villarreal.

mais brasileiro dos times franceses comemorou ontem o inédito pentacampeonato francês: o Lyon, de Juninho Pernambucano, Caçapa, Cris e Fred bateu o PSG por 1 a 0, em Paris, gol de Fred, e ratificou a festa feita na véspera, com a derrota do Bordeaux para o Lille por 3 a 2. O Olympique de Marselha chegou a ser penta, entre 1989 e 1993, mas o último título foi cassado após a descoberta de um esquema de manipulação de resultados. O Olimpiacos, de Rivaldo, conquistou ontem o bicampeonato grego apesar da derrota por 2 a 1 para o Larisa - não pode ser alcançado pelo rival Panathinaikos, que também perdeu, 1 a 0 para o Iraklis. Hoje, pode ser a vez do Chelsea, que para ser bi inglês tem de bater o Everton e torcer para que o Manchester United não vença o Tottenham.

ITÁLIA

ESPANHA

INGLATERRA

FRANÇA

ALEMANHA

PORTUGAL

34ª rodada Milan 1 x 0 Internazionale Cagliari 1 x 1 Juventus Chievo 2 x 0 Messina Empoli 2 x 1 Siena Lazio 3 x 1 Livorno Lecce 1 x 2 Udinese Palermo 3 x 3 Roma Reggina 2 x 0 Ascoli Sampdoria 1 x 2 Parma Treviso 1 x 3 Fiorentina

33ª rodada Barcelona 1 x 0 Villarreal Mallorca 0 x 0 Alavés Real Sociedad 1 x 0 R. Santander La Coruña 0 x 0 Sevilla Osasuna 1 x 1 Málaga Betis 0 x 2 Celta Valencia 4 x 0 Espanyol Zaragoza 1 x 2 Cádiz Getafe 1 x 1 Real Madrid Atletico Madrid 1 x 0 Athletic Bilbao

34ª rodada Bolton 0 x 2 Chelsea Arsenal 3 x 1 West Bromwich Everton 0 x 1 Tottenham Fulham 2 x 1 Charlton Newcastle 3 x 1 Wigan Portsmouth 1 x 0 Middlesbrough West Ham 1 x 0 Manchester City Aston Villa 3 x 1 Birmingham Blackburn 0 x 1 Liverpool

34ª rodada Toulouse 2 x 0 Metz Lille 3 x 2 Bordeaux Le Mans 0 x 0 Monaco Olympique 6 x 0 Nancy Nantes 3 x 2 Auxerre Saint-Etienne 2 x 0 Lens Sochaux 1 x 1 Strasbourg Troyes 3 x 0 Ajaccio Nice 2 x 1 Rennes PSG 0 x 1 Lyon

30ª rodada B. Leverkusen 2 x 1 Borussia Monchen. Bayern 2 x 0 Arminia Bielefeld Duisburg 0 x 2 Hamburgo Eintracht Frankfurt 0 x 0 Mainz Hertha 0 x 0 Borussia Dortmund Schalke 1 x 1 Colônia Wolfsburg 1 x 1 Werder Bremen Hannover 3 x 3 Stuttgart Nurnberg 3 x 2 Kaiserslautern

31ª rodada Belenenses 3 x 1 Vitória Setubal Porto 1 x 0 União Leiria Naval 1 x 4 Gil Vicente Rio Ave 1 x 4 Acadêmica Vitória Guimarães 3 x 1 Penafiel Amadora 0 x 0 Sporting Boavista 0 x 2 Benfica Marítimo 2 x 0 Nacional Braga x Paços Ferreira (hoje)

Completos na batalha M

Caçapa, Cris e Juninho Pernambucano festejam o penta do Lyon, ratificado ontem com vitória sobre o PSG

Classificação

P

V

S

GP

Classificação

P

V

S

GP

Classificação

P

V

S

Classificação

P

V

S

GP

Classificação

P

V

S

GP

1 Chelsea

85

27

46

66

Classificação

P

V

S

GP

1 Bayern

69

21

33

58

1 Porto

72

22

35

49

1 Juventus

81

24

41

63

1 Barcelona

73

22

44

73

2 Manchester United

76

23

36

66

1 Lyon

78

23

36

60

2 Hamburgo

65

20

27

49

2 Sporting

65

20

23

46

GP

2 Milan

76

24

48

75

2 Valencia

62

17

21

49

3 Liverpool

73

22

27

49

2 Bordeaux

61

16

14

36

3 Werder Bremen

60

18

33

66

3 Benfica

63

19

23

48

3 Internazionale

71

22

35

61

3 Real Madrid

60

17

28

58

4 Tottenham

61

17

16

49

3 Lille

58

15

23

48

4 Schalke 04

54

14

14

41

4 Braga

54

16

15

32 35

4 Fiorentina

65

19

20

57

4 Osasuna

59

18

5

44

5 Arsenal

57

17

30

57

4 Rennes

56

18

-1

45

5 Bayer Leverkusen

44

12

9

53

5 Boavista

48

12

9

5 Roma

64

18

28

64

5 Celta

54

17

6

36

6 Blackburn

54

16

5

45

5 Olympique

54

15

8

39

6 Hertha

44

11

7

44

6 Nacional

47

13

7

37

6 Lazio

52

13

5

50

6 Sevilla

53

15

7

40

7 West Ham

49

14

-2

48

6 Lens

53

12

10

41

7 Stuttgart

40

8

2

32

7 Vitória de Setúbal

45

14

-3

27 36

7 Chievo

51

13

7

49

7 La Coruña

51

14

5

43

8 Bolton

48

13

5

43

7 Auxerre

53

15

6

42

8 Borussia Dortmund

38

9

1

37

8 União Leiria

40

11

-3

8 Palermo

46

11

-1

46

8 Villarreal

49

12

10

42

9 Newcastle

48

14

-2

39

8 PSG

50

13

9

41

9 Nuremberg

37

10

-5

39

9 Marítimo

39

9

0

34

9 Livorno

44

11

-7

34

9 Atletico Madrid

47

12

9

42

10 Wigan

48

14

-4

39

9 Le Mans

50

13

4

30

10 Borussia Mönchen.

37

9

-7

34

10 Estrela Amadora

38

10

-4

28

10 Parma

44

12

-10

42

10 Getafe

47

13

5

47

11 Everton

45

13

-13

31

10 Nice

49

13

0

29

11 Arminia Bielefeld

37

10

-8

29

11 Belenenses

37

11

-1

39

11 Empoli

39

11

-16

41

11 Zaragoza

42

9

-1

41

12 Charlton

44

12

-6

38

11 Monaco

46

12

5

34

12 Hannover

36

7

-2

38

12 Acadêmica

37

10

-8

35

12 Sampdoria

38

10

-2

45

12 Betis

37

9

-14

30

13 Manchester City

40

12

-1

40

12 Saint-Etienne

46

11

-4

28

13 Eintracht Frankfurt

31

8

-9

37

13 Naval

35

10

-12

34

13 Ascoli

38

8

-8

36

13 Athletic Bilbao

35

8

-7

33

14 Middlesbrough

40

11

-10

45

13 Nantes

44

11

-1

35

14 Mainz

30

7

-5

40

14 Paços Ferreira

34

9

-14

30

14 Udinese

38

10

-15

35

14 Real Sociedad

35

10

-17

41

15 Aston Villa

39

9

-10

37

14 Nancy

44

11

-2

29

15 Wolfsburg

30

6

-19

29

15 Rio Ave

34

8

-13

31

15 Reggina

38

10

-20

34

15 Racing Santander

34

7

-10

28

16 Fulham

39

11

-12

43

15 Toulouse

40

10

-8

31

16 Kaiserslautern

27

7

-25

41

16 Vitória de Guimarães

33

9

-7

34

16 Siena

36

9

-15

40

16 Espanyol

34

8

-20

31

17 Portsmouth

32

8

-24

31

16 Sochaux

37

9

-12

30

17 Colônia

24

5

-19

42

17 Gil Vicente

33

8

-10

26

17 Cagliari

34

7

-13

35

17 Mallorca

34

7

-16

30

18 Birmingham

29

7

-22

26

17 Troyes

35

8

-11

32

18 Duisburg

23

4

-27

28

18 Penafiel

15

2

-37

21

18 Messina

31

6

-17

32

18 Alavés

33

7

-15

32

19 West Bromwich

28

7

-23

29

18 Strasbourg

28

5

-17

30

19 Lecce

24

6

-28

26

19 Cádiz

31

7

-18

27

20 Sunderland

12

2

-36

21

19 Ajaccio

27

6

-27

20

20 Treviso

16

2

-32

19

20 Málaga

24

5

-22

32

20 Metz

26

5

-32

24

Fantasmas argentinos

N

ão são poucos os fantasmas que assombram a seleção argentina a menos de dois meses da Copa. Pablo Aimar está internado com meningite. Messi não joga até o fim da temporada européia por causa de uma lesão muscular. O presidente da AFA (Associação de Futebol Argentina), Julio Grondona, afirmou que será dele a última palavra sobre os 23 jogadores que irão à Alemanha. A maior preocupação é com a condição de Messi, garoto-prodígio do Barcelona que não joga desde 7 de março, quando sofreu uma lesão muscular na coxa direita. Ele voltou a sentir a contusão esta semana e voltou para Buenos Aires para se afastar da pressão que tem de suportar na Espanha. "Cometi um erro ao precipitar minha volta. Agora vou ficar na Argentina até estar completamente recuperado", disse. Segundo o médico da seleção, Donato Villani, Messi fica mais um mês sem jogar. Aimar deu um grande susto na comissão técnica ao ser internado em Valência com meningite. Ele deve ter alta esta semana, mas não há previsão de quando poderá treinar normalmente. "Espe-

Heino Kalis

Ayala agora é fonte de sossego para Pekerman na defesa

ro poder contar com ele na Copa", disse Pekerman. Para piorar a situação, o Villarreal divulgou ontem que o zagueiro Gonzalo Rodríguez está fora da Copa, pois levará dois meses para se recuperar de uma lesão no tornozelo sofrida contra o Barcelona. Ele era uma das opções para o setor, que tem Heinze, do Manchester United, ainda em recuperação de cirurgia no joelho. O consolo é Ayala, do Valencia, que também havia se contundido gravemente, e voltou a jogar bem - até marcou gol contra o Espanyol.

Decisão na bola D

oze jogos, com a presença de cinco times brasileiros, encerram esta semana a fase de grupos da Libertadores. Dez dos classificados das oitavas-de-final já estão definidos - entre eles Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Goiás -, mas os jogos que restam definem também os duelos das oitavas-de-final. Pelo regulamento, os times que ficarem em primeiro lugar de seus grupos serão numerados de 1 a 8, da melhor para a pior campanha; os que ficarem em segundo, de 9 a 16, pelo mesmo critério. Nas oitavas, o time 1 enfrenta o 16, o 2 pega o 15 e assim sucessivamente. Segundo colocado de seu grupo após a derrota para o Cerro Porteño, na seqüência da batalha campal no Palestra Itália, o Palmeiras jogará fora de casa a partida decisiva das oitavas. São Paulo e Corinthians não dependem só de seus resultados para ficar em primeiro. Ao Internacional, basta um empate em casa para garantir a vaga e a liderança. Já o Paulista tem de vencer e torcer para que o River Plate não vença o classificado Libertad. RESULTADOS - Grupo 1: Grupo 1: Caracas 0 x 0 Chivas; Cienciano 0 x 2 São Paulo. Grupo 2: Independiente Santa Fe 2 x 1 Sporting Cristal; Estudiantes 2 x 1 Bolívar. Grupo 3: Unión Española 1 x 1 Newell's Old Boys. Grupo 4: Deportivo Cali 2 x 2

Paulo Whitaker/Reuters

Palmeiras perdeu após briga com o Cerro e ficou em segundo no Grupo 7. A fase de grupos da Libertadores acaba nesta semana, com 12 jogos que definem os seis últimos classificados e os confrontos das oitavas-de-final

Tigres. Grupo 5: Rocha 0 x 5 Vélez Sarsfield. Grupo 7: Palmeiras 2 x 3 Cerro Porteño; Rosario Central 1 x 2 Atlético Nacional. Grupo 8: Libertad 1 x 0 Paulista; El Nacional 2 x 0 River Plate. JOGOS DA SEMANA - Grupo 1: Chivas x Cienciano; São Paulo x Caracas. Grupo 3: Goiás x Unión Española; Newell's Old Boys x The Strongest. Grupo 4: Corinthians x Deportivo Cali; Tigres x Universidad Católica. Grupo 5: Universitario x Rocha; Vélez Sarsfield x LDU. Grupo 6: Pumas x Nacional; Internacional x Maracaibo. Grupo 8: Paulista x El Nacional; River Plate x Libertad. CLASSIFICAÇÃO - Grupo 1: 1. Chivas, 11; 2. São Paulo, 9; 3. Caracas, 5; 4. Cienciano, 3. Grupo 2: 1. Independiente Santa Fe e Estudiantes, 10; 3. Sporting Cristal e Bolívar, 7. Grupo 3: 1. Goiás, 10; 2.

Unión Española, 7; 3. The Strongest, 6; 4. Newell's Old Boys, 5. Grupo 4: 1. Universidad Católica e Corinthians, 10; 3. Tigres, 7; 4. Deportivo Cali, 1. Grupo 5: 1. Vélez, 15; 2. LDU, 9; 3. Rocha, 4; 4. Universitario, 1. Grupo 6: 1. Internacional, 11; 2. Maracaibo e Nacional, 8; 4. Pumas, 0. Grupo 7:1. Atletico Nacional, 10; 2. Palmeiras, 9; 3. Cerro Porteño, 8; 4. Rosario Central, 5. Grupo 8:1. Libertad, 11; 2. River Plate, 6; 3. Paulista, 5; 4. El Nacional, 5.


4

Judô Vôlei Tênis Olimpíada

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 17 de abril de 2006

Título invicto não significa muita coisa. O importante é vencer o campeonato." Bernardinho, técnico do Rexona/Ades

MELLO FOI À PRIMEIRA FINAL EM 15 MESES

PAPA-MEDALHAS Fotos: José Manuel Ribeiro/Reuters

O

judô brasileiro voltou a mostrar sua força ontem, nas finais da etapa de Lisboa da Copa do Mundo: em três disputas de medalha, foi premiado duas vezes. Luciano Correa ficou com o ouro na categoria meio-pesado (até 100 kg), ao derrotar Giorge Kizilashvili, da Geórgia. Foi o quinto título brasileiro na competição, que teve cinco etapas desde fevereiro. Daniel Hernandes ficou com a prata, ao perder na final dos pesados (acima de 100 kg) para o russo Tamerlan Tmenov, vice-campeão mundial e olímpico. Pedro Guedes foi quinto entre os leves (até 73 kg) - perdeu o bronze para o georgeano Zaza Kedelashvili. Ao todo, o Brasil obteve sete medalhas na Copa: cinco de ouro, com João Derly (Paris), Flavio Canto (Hamburgo e Praga), Daniel Hernandes (Praga) e Luciano Correa (Lisboa) e duas de prata, com João Derly (Leonding, na Áustria) e Daniel Hernandes (Lisboa).

Superliga: Minas e Cimed fazem 3º jogo da final

T

elemig Celular/Minas e Cimed desempatam hoje a decisão da Superliga masculina de vôlei, empatada em 1 a 1. O jogo será às 19h15, em Belo Horizonte, com transmissão do Sportv. Até agora, as duas

China Daily/Reuters

O Brasil ganhou duas medalhas em Lisboa, com Luciano Correa (de azul na foto maior e à esq.), ouro entre os meiopesados, e Daniel Hernandes (abaixo, de branco), prata nos pesados. Ao todo, País conquistou sete medalhas na Copa do Mundo

Olimpíada de cinema

A

equipes venceram os jogos em casa - mesmo assim, o Minas abre mão do favoritismo, pois considera neutro o ginásio do Mineirinho, local da partida, que tem dimensões maiores que a Arena Telemig, onde o time mandou os outros jogos. O treinador do Minas, Jon Uriarte, garante que a derrota por 3 a 0 no segundo jogo serviu de alerta para o time. "Entramos em quadra com excesso de confiança e isso foi uma lição muito dura, mas

temos capacidade de reverter esse resultado em quadra." A decisão feminina, entre Rexona/Ades e Finasa/ Osasco, também está 1 a 1. O terceiro jogo será quarta, no Rio, e o técnico Bernardinho comandará o Rexona numa cadeira de rodas, pois foi submetido a cirurgia para recuperação do tendão de Aquiles, que fraturou durante a segunda partida, no Rio - o Rexona perdeu por 3 a 2, sua primeira derrota no torneio.

A vez de Mello Cristiano Andujar/Divulgação

cerimônia de abertura da Olimpíada de Pequim, em 2008, vai ser literalmente de cinema. O desenvolvimento a festa está a cargo de dois especialistas no assunto: Steven Spielberg, um dos cineastas mais famosos do mundo, responsável por obras como E.T. e A Lista de Schindler, e Zhang Yimou, diretor mais conhecido do cinema chinês, autor de filmes de aventura como O Clã das Adagas Voadoras e Herói. O anúncio foi feito ontem pelo Comitê Organizador dos Jogos. "Por meio das artes visuais, da música, da dança e da celebração da vida, tentaremos fazer das cerimônias de abertura e encerramento as mais emocionantes já vistas", afirmou Spielberg.

Decisão pela foto no Japão

N

Depois de 15 meses longe de finais, ele foi campeão em Florianópolis

R

icardo Mello venceu ontem o Aberto de Santa Catarina, torneio da série Challenger da ATP, ao derrotar o argentino Diego Junqueira por 2 a 1 (6/3, 5/7 e 7/6), em 2h42min. Hoje o número 183 do ranking mundial, ele somou 80 pontos e embolsou o prêmio de US$ 14.400. Mello não conquistava um título desde janeiro de 2005, quando sagrou-se campeão do Aberto de São Paulo, também um Challenger. De lá para cá, não havia mais chegado a finais. Para chegar ao título, teve de salvar dois match points do rival no terceiro set. "O Junqueira é um cara que luta muito. Foi um jogo durís-

simo. Uma vitória dessas tem um gostinho especial", afirmou Mello. Em Valência, no início da temporada européia de saibro, o espanhol Nicolas Almagrovenceu o francês Gilles Simon por 2 a 0 (6/2 e 6/3) e comemorou o primeiro título de sua carreira. Em Houston, o campeão foi o norte-americano Mardy Fish, que venceu na final o austríaco Jurgen Melzer por 2 a 1 (3/6, 6/4 e 6/3). A partir de hoje, as atenções do mundo do tênis se voltam para o Masters Series de Monte Carlo. O espanhol Rafael Nadal, segundo do mundo e atual campeão, estréia contra o francês Arnaud Clement.

Na reta de chegada

O

s veleiros ABN Amro 1 e Movistar devem chegar hoje a Baltimore, no litoral norte-americano, ponto final da quinta etapa da Volvo Ocean Race, a regata de volta ao mundo. O barco holandês, líder na classificação geral, está na frente, depois de seguidos ataques dos espanhóis, que estavam ontem a cerca de 70 km, distância curta para os padrões oceânicos. Na parcial divulgada ontem à tarde, o ABN Amro 1 estava a cerca de 330 km da entrada da temível baia de Chesapeake, que leva ao porto de Baltimore. Apesar do clima desfavorável,

com pouco vento, os dois veleiros superaram com facilidade o Triângulo das Bermudas. O Piratas do Caribe acelerou nas últimas horas e segue em terceiro, a mais de 400 km do líder. O Brasil 1, comandado por Torben Grael, estava em quinto, a apenas 10 km de distância do Ericsson, da Suécia, o quarto colocado, e pouco mais de 40 km à frente do ABN Amro 2. A quinta etapa começou há duas semanas, no Rio. A próxima, a partir de 7 de maio, será curta: cerca de 800 km até Nova York. Antes disso, no dia 29 de abril, haverá a regata interna de Baltimore.

ephat Kinyanjui precisou do photochart para confirmar ontem sua vitória na Maratona de Nagano, no Japão. O queniano chegou empatado c o m o r u s s o G e o r g i y A ndreyev, com 2h11min19s, e apenas na fotografia os árbitros confirmaram o vencedor. O bronze ficou com o queniano Saac Macharia, que havia vencido a prova no ano passado. Na prova feminina, a russa Albina Ivanova conquistou o bicampeonato, com 2h28min 52s, seguida da compatriota Silvia Skvortsova e da neozelandesa Nina Rillstone. "Poderia ter feito um tempo melhor, mas o mais importante é vencer", afirmou Ivanova. Divulgação

Começo com o pé embaixo

B

runo Senna acelerou fundo sábado, nos treinos de classificação para abertura da temporada da Fórmula 3 britânica, no circuito de Oulton Park: o sobrinho de Ayrton Senna larga ena pole em uma prova e em segundo na outra ambas serão hoje de manhã, no horário de Brasília. Para Bruno, que venceu três provas na F-3 australiana há duas semanas, as chances de vitória são concretas. "Meu carro rendeu bem nas classificações e só não fiz a pole da segunda etapa porque cometi um erro na volta rápida", afirmou. O outro brasileiro da categoria, Alberto Valério, larga em 12º nas duas corridas.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

12

terça-feira, 18 de abril de 2006

Internacional

'PERIGO' IRANIANO FAZ PETRÓLEO DISPARAR

A operação é resultado direto das políticas de ocupação. Khaled Abu Helal, porta-voz do Ministério de Interior do Hamas

Noam Wind/Reuters

Declarações do ex-presidente iraniano e notícias sobre recrutamento aumentam temores de que o abastecimento mundial de petróleo seja prejudicado

A

a m e a ç a d e u m a aumentar as suspeitas de que ação militar dos Teerã possui um programa nuEUA contra o Irã clear secreto. permanece no Outro ponto que contribui centro das preocupações do para aumentar o temor ocimercado de petróleo. Os con- dental do Irã são as notícias tratos futuros fecharam em divulgadas no fim de semana nível recorde de alta na New de que o governo iraniano York Mercantile Exchange realiza atualmente um recru(Nymex), acima dos US$ 70 tamento maciço de voluntápor barril para maio. O recor- rios para atentados suicidas de anterior para contratos pa- contra os EUA, a Grã-Bretara o mês seguinte era de US$ nha e Israel. Segundo duas 69,81 por barril, alcançado versões diferentes, do jornal e m 3 0 d e a g o s t o d e 2 0 0 5 , londrino The Sunday Times e quando o furacão Katrina de- da agência de notícias Reuvastava as instalações de pro- ters, estaria havendo preparativos para uma onda de redução do Golfo do México. O ex-presidente iraniano presálias a um eventual ataAkbar Hashemi Rafsanjani que americano. afirmou que o Irã continuará O chamado Comitê de Proa desenvolver seu programa moção dos Mártires do Movin u c l e a r d e a c o r d o c o m o mento Global Islâmico foi criado há dois anos e anúncio realizado Yasser Al-Zayyat/AFP na semana passameio, em Teerã. De da de que o país lá para cá, a organic o n s e g u i u e n r ização afirma ter requecer urânio pacrutado 55 mil voluntários a se torra uso em usinas de energia. "A Renarem "shahid", ou mártir, como é chapública Islâmica do Irã não pretenmado, nos países muçulmanos, o aude parar", disse ele durante uma visitor de atentado suicida. Seus alvos ta ao Kuwait. O ex-presidente são: todos os países que ataquem paíiraniano disse ainda que não têm ses muçulmanos; f u n d a m e n t o r uIsrael; o escritor ang l o - i n d i a n o S a lmores dando con- Temos certeza ta que os EUA es- de que os man Rushdie, autor de Os Versos Satariam preparanamericanos não do planos de contânicos, obra que lhe valeu uma contingência para um vão atacar o Irã ataque militar ao porque as denação à morte pelo aiatolá RuholIrã. "Temos certe- conseqüências za de que os ameri- seriam perigosas lah Khomeini. De acordo com Mohcanos não vão atademais car o Irã porque as sen Yazdi, membro Akbar Hashemi do Conselho Cenconseqüências seriam perigosas deRafsanjani tral de Organizamais", afirmou ção, a entidade não Rafsanjani. Ele também disse dá conta do número de pester certeza que "os países do soas que querem aderir, em toGolfo Pérsico não ajudarão os do o mundo. EUA a atacarem o Irã". "Estão sempre ligando e perO Ocidente suspeita que o guntando como fazem para país esteja tentando construir inscrever-se", conta Yazdi. O uma bomba atômica e os ru- grupo tinha antes um site na inmores sobre um possível ata- ternet, pelo qual era possível que dos EUA dominaram a preencher o cadastro. "Os amemídia internacional desde ricanos o tiraram do ar", diz o que a revista The New Yorker funcionário. "Mas estamos a f i r m o u q u e Wa s h i n g t o n preparando um novo site." Seconsidera usar armas táticas gundo Yazdi, há até mesmo jupara atingir áreas nucleares deus e cristãos entre os voluntários. Também querem ir ao do Irã. O medo da interrupção de paraíso? "É isso aí, e é perfeitaabastecimento pelo Irã - um mente racional", responde ele. dos quatro maiores exporta- E Yazdi, gostaria de ser shahid dores de petróleo do mundo - também? "Esse é o meu sonho", fizeram com que o preço da responde o rapaz de 25 anos. commodity subisse mais de "Tenho um desejo enorme. Não 20% desde meados de feverei- é morrer. Alá diz no Alcorão: ro. As afirmações de Ahmadi- 'Dê-me tua vida, e te dou algo nejad também serviram para muito melhor'". (Agências)

Reuters

Abbas Momani/AFP

Jihad Islâmica reivindicou autoria do atentado de ontem em Tel Aviv (alto) e anunciou na TV que tem uma "unidade de mártires" formada por outros 70 suicidas preparados para agir em Israel

HOMENS-BOMBA DE VOLTA m homembomba palestino detonou ontem os explosivos atados a seu corpo dentro de uma lanchonete de Tel-Aviv, suicidando-se e provocando a morte de pelo menos mais nove pessoas. A lanchonete estava lotada no momento da explosão e outras dezenas de pessoas ficaram feridas no mais mortífero atentado contra alvos israelenses em um ano. O ataque extremista ocorreu em meio às celebrações do Pessach, a Páscoa judaica. O atentado foi reivindicado pela organização extremista Jihad Islâmica e foi comemorado por seus militantes com a distribuição de doces pelas ruas de Gaza. Poucas horas depois do

U

atentado, o Exército de Israel recebeu a ordem do ministro da Defesa, Saúl Mofaz, de levar a cabo as operações contra a Jihad Islâmica nas cidades de Jenin e Naplusa, na Cisjordânia. À noite, helicópteros israelenses lançaram pelo menos um míssil contra um alvo na Cidade de Gaza, que não causou vítimas, mas deixou grandes danos materiais. Os helicópteros sobrevoaram atingiram uma metalúrgica no centro. A Jihad Islâmica afirmou que tem uma "unidade de mártires" formada por outros 70 suicidas preparados para agir em diferentes pontos de Israel. O porta-voz da Jihad Islâmica em Gaza, Abu Ahmed, disse que o jovem que cometeu o

atentado à lanchonete de Tel Aviv é o primeiro de uma "unidade de mártires" recentemente formada e integrada por homens e mulheres em resposta a campanha de Israel contra o povo palestino. O homem-bomba carregava 4,5kg de explosivos numa mochila. Ele detonou os explosivos quando um segurança o parou para revistá-lo, informaram policiais e testemunhas. Logo após o atentado à lanchonete, o governo palestino, liderado pelo grupo islâmico Hamas, defendeu a ação como uma resposta à "agressão" israelense. O atentado de ontem foi o primeiro ataque dentro de Israel desde a posse do governo liderado pelo Hamas, duas semanas e meia atrás e acontece em meio

Johannes Eisele/DDP/AFP

Em Berlim, uma manifestação realizada ontem pedia a "abolição das armas nucleares" e "desarmamento em vez de cortes nos programas sociais"

ao recrudescimento da violência entre israelenses e palestinos na fronteira de Gaza. O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Kofi Annan, exigiu que o governo palestino "adote uma postura pública e clara" contra tais atentados. Por sua vez, os Estados Unidos alertaram que o governo liderado pelo Hamas enfrentará graves conseqüências. "A defesa ou o patrocínio a atos terroristas por parte de membros do gabinete palestino trará as mais graves conseqüências para as relações entre a Autoridade Palestina e todos os Estados em busca de paz no Oriente Médio", preconizou nos EUA o secretário de Imprensa da Casa Branca, Scott McClellan. David Furst/AFP

IRAQUE: GUERRA SECTÁRIA parlamento iraquiano decidiu ontem adiar mais uma vez a sessão na qual se discutiria a formação de um governo de unidade nacional. Enquanto isso, tropas dos EUA rechaçaram ataques de insurgentes sunitas com carros-bomba, granadas lançadas por foguetes e armas automáticas contra o principal prédio público de Ramadi e dois postos de observação dos EUA. Três pessoas morreram.

O Ó RBITA A Casa Branca anuncia mudanças no gabinete do presidente Bush, "para refrescar a equipe". Resposta aos baixos 36% de aprovação.

Ontem foram encontrados 17 corpos de prováveis vítimas da onda de violência que toma o país desde o ataque a uma mesquita xiita em fevereiro. Outras seis pessoas morreram em explosões em Bagdá, Baquba e Kirkuk. Já os advogados de Saddam Hussein contestaram análises grafológicas segundo as quais assinaturas contidas em documentos ligados à repressão a xiitas sejam do ex-ditador. (AE)


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milhões de reais foi quanto o município de São Bernardo perdeu, em 2005, com a guerra fiscal.

ABC PAULISTA QUER PÔR UM PONTO FINAL EM GUERRA DO ISS Municípios ingressam com representações contra a Lei Complementar nº 116

O

s sete municípios da região do Grande ABC (Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Riacho Grande) querem acabar com a guerra fiscal em São Paulo. Depois de equilibrarem suas alíquotas do Imposto sobre Serviços (ISS), eles decidiram, assim como a capital, ir à luta contra os municípios que cobram menos de 2%. Vão tomar medidas judiciais para deixar a legislação mais clara e impedir que cidades vizinhas, como Santana de Parnaíba e Poá, ofereçam benefícios a prestadores de serviços. Nos próximos dias, os prefeitos desses municípios, que formam o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, devem enviar três representações contra a Lei Complementar nº 116/03, que ampliou a lista de serviços sujeitos à cobrança do ISS. Uma delas será entregue ao Procurador Geral da República, Antonio Fernando Barros e Silva de Souza. O objetivo é que seja ajuizada uma Ação Direta de Inconstitucionalidade contra a legislação que, segundo alegam, não estabeleceu, de forma expressa, uma alíquota mínima para o imposto. Com isso, cada município interpretou o texto conforme o próprio interesse. "Alguns consideram que a alíquota pode ser inferior a 2% por essa omissão da lei complementar, embora haja um dispositivo na Constituição estabelecen-

do esse mínimo", afirma o advogado do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, Vladimir Alves. Contra os municípios que cobram alíquotas inferiores a 2% por usarem o artifício da redução da base de cálculo também será apresentada representação no Tribunal de Contas da União (TCU) por descumprimento à Lei de Responsabilidade Fiscal. "A renúncia de receita é clara", diz Alves.

É preciso cessar a guerra fiscal em todo o País, não só na Grande São Paulo Eduardo Bottallo, advogado tributarista

Para o advogado tributarista Eduardo Bottallo, responsável pela formulação das representações, "é preciso cessar a guerra fiscal em todo o País, não só na Grande São Paulo". Cofres – Os municípios sentem a perda de arrecadação. É o caso de São Bernardo do Campo que, em 2005, deixou de arrecadar mais de R$ 20 milhões por conta da saída de prestadoras de serviços para municípios onde a alíquota é inferior a 2%. A receita tributária da cidade gira em torno de

R$ 140 milhões anuais. De acordo com o presidente do Consórcio, o prefeito de São Bernardo do Campo, William Dib, o principal efeito desagregador da guerra fiscal é o de mascarar a capacidade real que cada município tem de atrair investimentos privados. "O lastro da política de desenvolvimento econômico deve ser a capacidade de o município oferecer logística e infraestrutura adequadas e não de promover evasão fiscal à revelia da lei", critica. Uma terceira representação será entregue ao Procurador Geral da Justiça do Estado de São Paulo, Rodrigo César Rebello Pinho. São Paulo – Na tentativa de dar um basta à guerra fiscal, no início deste ano, o município de São Paulo, que alega perder anualmente R$ 100 milhões, passou a exigir das prestadoras com sede em outras cidades um cadastro na Prefeitura. Se o prestador do serviço não estiver cadastrado, a tomadora deverá fazer a retenção do ISS na fonte e recolhê-lo para São Paulo. Quase 19 mil prestadores já regularizaram a situação. A exigência está sendo alvo de várias ações na Justiça. Além disso, a Prefeitura de São Paulo também entrou com representação no Ministério Público Estadual contra várias cidades vizinhas, como Poá, que resolveu contra-atacar com uma ação contra o cadastro, que teve liminar negada pelo Tribunal de Justiça. Adriana David

Governo estica prazo para o ICMS O s empresários paulistas que participarem do 22° Congresso de Gestão e Feira Internacional de Negócios em Supermercados – entre os dias 22 e 25 de maio – ganharão benefício fiscal do governo do estado. A Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo (Sefaz) concederá 30 dias adicionais para o recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), decorrente das vendas realizadas durante a feira. O prazo maior para pagar o imposto foi solicitado pela As-

sociação Paulista de Supermercados (Apas), organizadora do evento. Com o benefício, a entidade espera atrair cerca de 60 mil executivos, além dos 400 expositores, e movimentar aproximadamente R$ 3 bilhões. E os cofres estaduais também saem ganhando. De acordo com a Sefaz, o volume de operações tributadas compensa a postergação do prazo para recolhimento do imposto. Mas é preciso ficar atento às observações do Decreto n° 50.725/2006. Para obter o benefício, as empresas precisam,

por exemplo, apresentar ao Fisco duas vias do pedido de fornecimento e lançar a Nota Fiscal da transação no livro de Registro de Saídas, indicando no campo "Observações" o número desse decreto. A Sefaz fará plantão fiscal na feira, e o contribuinte deverá ainda entregar a relação de todos os negócios firmados nas condições do decreto, indicando, no mínimo, o valor unitário de cada operação e o ICMS correspondente, bem como as respectivas totalizações. Laura Ignacio

André Iseki/DGABC

Dida Sampaio/AE

Paulo Liebert/AE

Dib: críticas à evasão fiscal

Barros: representação a caminho

Pinho: destinatário de outra ação

GASTANÇA Contas do governo precisam de "um choque fiscal", diz economista

O

economista-chefe do banco WestLB, Adauto Lima, afirmou ontem que a administração Lula é um "governo gastão" e que as contas federais precisam de "um choque fiscal". Para Lima, se por um lado a economia mostra recuperação, por outro a "parte fiscal dá sinais muito significativos de piora". A gastança do governo, segundo ele, afeta mais os investimentos do que a política monetária, mas Lima admitiu que em algum momento as despesas podem ter impacto também sobre os juros. Para o economista, o Brasil vem se preparando para ter taxas de juros bem mais baixas. "O cenário atual e as perspectivas são positivos, mas não chamo isso de crescimento sustentado", afirmou. "Ainda estamos longe disso. Hoje es-

O cenário atual e as perspectivas são positivos, mas não chamo isso de crescimento sustentado da economia brasileira. Adauto Lima, economista do WestLB tamos mais para o crescimento equilibrado", avaliou. Copom — Lima defendeu a manutenção do gradualismo do Banco Central (BC) no corte de juros, o que, segundo ele, cria segurança no longo prazo. Ele aposta que o Comitê de Política Monetária (Copom) vai cortar a taxa Selic novamente

em 0,75 ponto percentual na reunião de hoje e amanhã (leia mais sobre a expectativa em relação ao Copom na página 4 deste caderno). Para Lima, os argumentos não mudaram muito desde a última reunião. Segundo ele, houve uma mudança definitiva nas expectativas de inflação para horizontes mais longos. O economista disse que a inflação corrente baixa e a retomada da atividade econômica são fatores que justificam novo corte de juros. Para Lima, uma desaceleração nos ritmos dos cortes só virá no segundo semestre. Na reunião de maio, a queda deverá ser mais uma vez de 0,75 ponto. A expectativa do economista é de que os cortes levem a Selic a 14,5% até o final do ano, mas ele não descarta a possibilidade de a taxa ficar em 14% anuais. (AE)


Patricia Cruz/LUZ

ABC QUER PAZ NA GUERRA FISCAL

Xô, feriados! O comércio precisa vender.

Depois de selarem um acordo de paz, os sete municípios do Grande ABC decidiram, assim como a capital, ir à luta contra as cidades que cobram menos de 2% de ISS. Para acabar com a guerra fiscal, estão tomando medidas judiciais. Querem deixar a legislação mais clara e impedir que prefeituras vizinhas – como Santana de Parnaíba e Poá – ofereçam benefícios para atrair prestadores de serviços. Economia/1 Ano 81 - Nº 22.109

Com feriadões e inadimplentes quitando dívidas, o comércio reclama dos negócios e espera o Dia das Mães. O tabaqueiro Aiello (foto) conta: "só temos mais 18 dias úteis". Economia/5

São Paulo, terça-feira 18 de abril de 2006

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Edição concluída às 23h40

w w w. d co m e rc i o. co m . b r

Márcio Fernandes/AE

Dia de Eldorado. Invasões e saques BR-408: sem-terra saqueiam caminhões (esq.) e ocupam terras no Recife. PA-150 (acima): homenagem aos mortos de Carajás. MST, ontem. Pág. 6

Teresa Maia/Diário de Pernambuco/Ag. O Globo Alan Marques/Foto Imagem

CERCO A LULA

CASEIRO PEDE R$ 22 MILHÕES

ACM reforça oposição: pede impeachment de Lula. Senador Arthur Virgílio, líder do PSDB (na foto com Garibaldi Alves), vai questionar MP das estatais. Página 8

A conta de poupança do caseiro Francenildo, violada e exposta ao Brasil, poderá ganhar um depósito de R$ 21, 7 milhões, o total das ações que o advogado Chaveiro está movendo contra a CEF e a revista Época. Página 5

Morteza Nikoubazl/Reuters

Atenção com o PC da sua loja Um micro comum tem a mais o inútil e de menos o necessário para trabalhar bem numa loja ou numa empresa. Saiba o que comprar no

INFORMÁTICA

AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 24º C. Mínima 13º C.

A fila de camicases andou. Em Tel-Aviv. Enquanto no Irã os candidatos a homens-bomba se alistam (foto), entrando na fila já com 55 mil, em Tel-Aviv um se explodiu ontem, matando 9 pessoas que estavam numa lanchonete. O petróleo dispara, Israel começa a retaliar. Pág.12

DC

HOJE Nublado Máxima 20º C. Mínima 14º C.

www.finanfactor.com Pabx (11)

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.ECONOMIA/LEGAIS

terça-feira, 18 de abril de 2006

CONVOCAÇÕES ASSOCIAÇÃO NOVA MORADA

CNPJ nº 96.290.861/0001-20 EDITAL DE CONVOCAÇÃO - ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA Ficam os Srs. Associados convocados a se reunirem em AGE que será realizada em 24/04/2006, às 10 hs, na sede, sita à Rua Plínio Colas, 278 – Apto. 51B SP a fim de deliberarem sobre: Inatividade e Dissolução da Associação.

Arfrio S/A Armazéns Gerais Frigoríficos

CNPJ 61.024.295/0001-20 - NIRE 3530010199-5 Edital de Convocação - Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária Ficam convocados os Senhores Acionistas para a realização da Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária, a realizar-se no dia 28 de abril de 2006, às 10:00 horas na Sede Social da Cia., na Rua Jussara, 1001, em Barueri – SP., para apreciarem e deliberarem sobre a seguinte ordem do dia : - 1) Exame, discussão e votação do Relatório da Administração, das Demonstrações Financeiras acompanhadas das Respectivas Notas Explicativas e do Parecer dos Auditores Independentes, relativas ao exercício social encerrado em 31/12/2005; 2) Deliberação sobre o resultado do exercício; 3) Deliberação acerca da proposta de reavaliação dos ativos; 4) Deliberação acerca da nomeação dos peritos avaliadores e outros assuntos correlatos; 5) Outros assuntos de interesse da companhia. Barueri-SP., 13/04/2006 - A Diretoria. (18, 19, 20/04/2006)

LICITAÇÃO PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP

ABERTURA DE LICITAÇÃO SITE: www.riopreto.sp.gov.br MODALIDADE: TOMADA DE PREÇOS Nº 006/2006 OBJETO: Contratação e empreitada de mão-de-obra com fornecimento de materiais p/construção da Creche Jardim Colorado. Limite p/entrega dos envelopes 03/05/2006 às 16:00 h e abertura dia 04/05/2006 às 08:45h.

ATAS

COMUNICADO

EDITAIS

DECLARAÇÕES DE PROPÓSITOS

FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL PREGÃO Nº 012/2006-FAMESP/HEB PROCESSSO Nº 059/2006-FAMESP/HEB REGISTRO DE PREÇO 008/2006-FAMESP/HEB Acha-se à disposição dos interessados do dia 18 de abril de 2006 a 19 de maio de 2006, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignoli s/n, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680–ramal 111-FAX(0xx14)3882-1885–ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br/licitações/Hospital Estadual Bauru, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL - PREGÃO Nº 012/2006-FAMESP/HEB - PROCESSO Nº 059/2006-FAMESP/HEB, que tem como objetivo a Aquisição de colagenase de 0,6 UL/g A 1,2 UL/g + 0,01 G/G 30 A 50 Gramas – POMADA, para o HOSPITAL ESTADUAL BAURU, conforme especificações constantes do anexo II. O prazo para entrega das Amostras será até o dia 09 de maio de 2006, a fase de análise das amostras será do dia 10 de maio de 2006 até o dia 16 de maio de 2006. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação, será realizada no dia 22 de maio de 2006, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras do Hospital Estadual Bauru, Avenida Engº Luiz Edmundo Carrijo Coube, nº 1-100 – Jardim Santos Dumont, Município de Bauru, Estado de São Paulo. Botucatu, 18 de abril de 2006. - Prof. Dr. Shoiti Kobayasi - Diretor Vice Presidente - FAMESP ALMART - ASSOCIAÇÃO DOS LOJISTAS DO SÃO PAULO MART CENTER

CAMBIOINVEST

CORRETORA DE CÂMBIO S/A DECLARAÇÃO DE PROPÓSITO As pessoas físicas abaixo identificadas, por intermédio do presente instrumento: - I - DECLARAM: Sua intenção de constituir uma instituição com as características abaixo especificadas: Denominação social: Cambioinvest - Corretora de Câmbio S/A. Local da sede: São Paulo - SP. Capital inicial: R$ 350.000,00. Composição societária: - Controladores: Thomas Santiago Overmeer - CPF nº 291.263.86828. Percentual de participação: 25% ON - 25% do Total. Juliana Marina Overmeer. CPF nº 165.836.078-83. Percentual de participação: 25% ON -25% do Total. Carolina Theresa Anésia Overmeer - CPF nº 183.571.908-20. Percentual de participação: 25% ON -25% do Total. Helena Marcela Overmeer - CPF nº 292.341.098-05 - Percentual de participação: 25% ON -25% do Total. Administração: Thomas Santiago Overmeer - CPF nº 291.263.868-28. Jacques Joseph Thomas Overmeer - CPF nº 006.832.13849. As pessoas acima declaram sua intenção de exercer o cargo de diretor, sem designação especial, na Cambioinvest - Corretora de Câmbio S/A, e que preenchem as condições estabelecidas no art. 2º da Resolução CMN nº 3.41, de 28/11/2002. II - ESCLARECEM que, nos termos da regulamentação em vigor, evetuais objeções à presente declaração devem ser comunicadas diretamente ao Banco Central do Brasil, no endereço abaixo, no prazo de trinta dias contados da data da publicação desta, por meio formal em que os autores estejam devidamente identificados, acompanhado da documentação comprobatória, observado que os declarantes podem, na forma da legislação em vigor, ter direito a vistas do processo respectivo. Banco Central do Brasil - Departamento de Organização do Sistema Financeiro. Gerência Técnica em São Paulo - Av. Paulista, nº 1804 - São Paulo - SP - CEP 01310-922. Processo nº 0601326846. São Paulo, 09 de março de 2006. Subscritores: Thomas Santiago Overmeer, Juliana Marina Overmeer, Carolina Theresa Anésia Overmeer, Helena Marcela Overmeer. (17, 18/04/2006)

BALANÇO

CNPJ: 58.920.984/0001-09 Assembléia Geral Ordinária Primeira Convocação: 26 de abril de 2006, às 9h30 Segunda Convocação: 26 de abril de 2006, as 10h00 CONVOCAÇÃO Convidamos os associados da ALMART- Associação dos Lojistas do São Paulo Mart Center, quites com suas obrigações associativas, a reunirem-se em Assembléia Geral Ordinária, na data e horários acima citados, na Rua Chico Pontes, 1500, no auditório CETIM, no Mart 5, Vila Guilherme, a fim de deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: 1) Apresentação e aprovação das contas relativas ao exercício findo em 31/12/2005; 2) Eleição dos membros da Diretoria e Conselho Deliberativo para a gestão 2006/2008; 3) Aprovação de verba do Fundo de Promoção; 4) Assuntos de interesse geral. São Paulo, 12 de abril de 2006. José Tizeira Géa Filho. Eduardo Storch. (17, 18, 19/04/2006)


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Cidades

O antigo hotel Vila Rica foi transformado em residê ncia e a venda de quitinetes foi um sucesso: 60 unidades em 32 dias.

Fotos de Newton Santos/Hype

O movimento ainda é lento. Incipiente. Mas o fato é que a região central da cidade começa a despertar o interesse de empreendedores, dispostos a apostar em sua vocação residencial. Hotéis já estão sendo transformados em apartamentos. A procura é maior entre profissionais liberais e idosos. Carmem Gimenez de Carvalho trocou uma casa no Ipiranga, sempre sujeita a assaltos, por um apartamento de 48 metros quadrados na área central da cidade

CENTRO DE SÃO PAULO COMEÇA A VIVER REVOLUÇÃO RESIDENCIAL Rejane Tamoto

B

ela Vista, largo do Arouche, República e Santa Cecília. Esses bairros de São Paulo vivem uma tímida revolução. De carona na revitalização do Centro, alguns investidores apostam nesses endereços para reformar prédios comerciais, especialmente hotéis, e transformá-los em residências. Embora seja um movimento incipiente, eles acreditam que a oferta de apartamentos residenciais seja uma das principais vocações do Centro, após o êxodo de bancos e de empresas – que resultou na degradação da região ao longo dos últimos 25 anos. "Essa lacuna será preenchida pelas residências e pelas universidades, que atrairão novos comércios e serviços, entre eles academias e supermercados", explicou Thomaz Assumpção, diretor da Urban Systems Brasil, uma empresa de estudos de mercado e de análise da chamada lógica urbana. Interesse – De acordo com Thomaz há uma demanda reprimida de pessoas que querem morar no Centro. No entanto, esse dado contrasta com o número de moradores na região, que diminuiu 9,8% no período de 2000 a 2006. Segundo o diretor da Imóveis no Centro SP e delegado da seccional Centro do Creci (Conselho Regional dos Corretores de Imóveis de São Paulo), Oswaldo Lopes Filho, o interesse em morar no Centro está crescendo e o termômetro para avaliar isso está em sua própria imobiliária. O que falta, na sua visão, é oferta de imóveis residenciais. "Estou há três anos no mercado de venda de imóveis somente no Centro. Sem investir muito em publicidade, recebo diariamente até 30 pessoas interessadas em comprar. Vendo um apartamento a cada dois dias, com preços de até R$ 80 mil", afirmou. Segundo Lopes, a oferta de imóveis na área central é escassa porque ainda há

poucos empresários dispostos a investir. Motivos: baixo retorno financeiro (o preço do metro quadrado no Centro é R$ 1 mil) e a deterioração que persiste na região. "Acho que há um pouco de preconceito. Acredito na revitalização empreendida pelo Poder Público, mesmo que falte ainda resolver o problema do comércio informal, a sujeira, a iluminação e a questão das crianças abandonadas", disse. Outro motivo que deixa os investidores desconfiados é a ameaça de invasões. Investimentos - Para vencer as resistências, Lopes, por exemplo, passou um ano convencendo a família Lindenberg a investir no edifício que abrigou por mais de quatro décadas o hotel Vila Rica, na avenida Dr. Vieira de Carvalho, na República. "O hotel estava fechado desde o fim de 2000 e a família não conseguia vender o prédio, que passava por tentativas de ocupação por sem-tetos. Sugeri que ele fosse transformado em residência, pois sabia que havia público para apartamentos pequenos", disse. Segundo Lopes, o edifício passou por reformas nas instalações elétrica e hidráulica, ao custo de R$ 700 mil. "Não fizemos um único anúncio. Apenas colocamos uma faixa na frente do prédio e vendemos as 60 quitinetes do Vila Rica em 32 dias", destacou. O resultado foi tão bom, que surgiram outros proprietários de imóveis no Centro interessados em fazer o mesmo. Assim, mais um hotel foi transformado em residência, o Plaza Arouche, que fica na rua Rêgo Freitas, a poucos metros do Vila Rica. Nele, foi realizada uma reforma e em dois meses cerca de 90% dos apartamentos já estavam vendidos. Um terceiro prédio, na mesma região, também está sendo reformado para comercialização e um hotel com 130 apartamentos na avenida Duque de Caxias está em fase de regularização de documentação para se transformar em prédio

residencial. "São empreendimentos que me fizeram acreditar no Centro. Com isso, vamos levantar o primeiro prédio no largo do Arouche, o Central Park, região que não recebe construções há 40 anos, com o incorporador Adolpho Lindenberg", afirmou. Perfil – Segundo Thomaz Assumpção, da Urban Systems, o morador do Centro tem um perfil característico: ele é jovem, de até 25 anos, ou idoso, com mais de 60 anos. Eles têm renda média de R$ 2 mil a R$ 5 mil e podem ser estudantes, aposentados, professores universitários, comerciantes ou funcionários públicos. "É uma população que usufrui de vantagens que o Centro já oferece, tais como transporte público, empresas de serviços, praças, lazer, entretenimento, academias de ginástica. E que utilizam apartamentos de um ou dois dormitórios", disse Thomaz. O delegado do Creci, Oswaldo Lopes, destacou quatro perfis de público interessado em viver no Centro. O mais comum é a terceira idade, com 30% de procura, sendo que 80% são funcionários públicos aposentados. O segundo mais

Processo passa pela isenção de impostos

P

Oswaldo Lopes Filho: "Vendo um apartamento a cada dois dias"

representativo, que corresponde a 30%, são os profissionais liberais, com idade entre 40 a 50 anos, que moram a mais de 100 quilômetros de São Paulo e eventualmente utilizam o imóvel no Centro por motivo de negócios. O terceiro grupo é formado pelo público gay, que responde por 20% da procura. "É um público exigente e com alto poder de compra", informou. Os demais 20% são investidores que compram imóveis para locação. Uma das clientes de Lopes, a aposentada Carmem

Gimenez de Carvalho, de 72 anos, mora há sete meses no edifício que abrigava o hotel Vila Rica. Desde que se mudou para lá, Carmem incentiva outras pessoas a morar no Centro. "Foi amor à primeira vista. Saí de uma casa no Ipiranga, onde sofria constantes assaltos, para morar em um apartamento de 48 m², com o meu marido". Carmem se sente mais segura no novo endereço, mas quer que ele melhore. "Sonho ver o Centro limpo, com espaço para os camelôs trabalharem e com assistência aos moradores de rua".

Arquivo DC

Região da praça da República, no Centro de São Paulo: área valorizada e passível de transformações

ara o diretor da Urban Systems Brasil, Thomaz Assumpção, os bairros que aglutinam os setores de negócios têm uma tendência natural a decrescer ao longo do tempo. No Centro de São Paulo, por exemplo, o processo de deterioração começou com a saída das empresas cujos imóveis não foram substituídos por outros setores. "A nova vocação do Centro não são os bancos, mas sim residências, prestação de serviços, educação, lazer e cultura", afirmou. Segundo Assumpção, o valor dos imóveis na avenida Paulista decresceu nos últimos 10 anos. "A avenida Paulista começa a passar por um redesenho. Os imóveis residenciais estão surgindo para evitar o esvaziamento da região e a deterioração. É necessário pensar no processo de substituição dos imóveis na Paulista, antecipadamente. Os imóveis residenciais nos centros das cidades, segundo Thomaz, alavancam toda uma cadeia de comércio e serviços e, por isso, é importante que o governo ofereça facilidades às empresas. Para ele, o aumento do número de pessoas morando no Centro tem de ser induzido por uma ação combinada entre a iniciativa privada, investidores e o governo. "O papel do governo é estimular a iniciativa privada com uma isenção de impostos focada em atividades específicas, como shoppings e residências", disse. Assumpção ressaltou que se esse processo não começar logo em São Paulo, ele se tornará muito oneroso para ambas as partes. "O Centro tem de ter gente circulando e consumindo dia e noite. Isso cria uma dinâmica de segurança. Quando revitalizaram Milão (Itália), Vancouver (Canadá) e Barcelona (Espanha) os investidores atuaram em parceria com o governo", completou. (RT)


terça-feira, 18 de abril de 2006

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Nacional Agronegócio Empresas Finanças

3 Governo da Argentina reage mal ao anúncio de venda da cervejaria Quilmes para a Ambev e teme monopólio.

PARA A JUSTIÇA, A VARIG AINDA É VIÁVEL

EMPRESAS ENVOLVIDAS NA REESTRUTURAÇÃO DA COMPANHIA AÉREA DIZEM QUE RECUPERAÇÃO É VIÁVEL

JUIZ DESCARTA POSSÍVEL FALÊNCIA DA VARIG Ana Carolina Fernandes/Folha Imagem

O

Funcionários da Varig que já perderam emprego fizeram manifestação em frente ao TRT no Rio de Janeiro

INFLAÇÃO A inflação medida pelo IPC-S perdeu o fôlego e subiu 0,23% na segunda semana de abril.

A

balança comercial registrou superávit de US$ 398 milhões na segunda semana de abril. As exportações somaram US$ 2,031 bilhões e as importações, US$ 1 633 bilhão. No mês, o saldo acumulado é de US$ 1,694 bilhão, resultado de vendas externas de US$ 4,864 bilhões e de importações de US$ 3,170 bilhões. Os dados reforçam o movimento verificado desde o início do ano, de crescimento das importações mais acentuado que o das exportações. Em abril, as compras se mostram ainda mais fortes. A média diária das duas primeiras semanas foi de US$ 352,2 milhões, valor 32,1% maior do que a média registrada em abril de 2005. (AE)

Ó RBITA David McNew/Getty Images/AFP

BALANÇA TEM NOVO SUPERÁVIT

CABELEIRA Brasileiro consumiu R$ 3,4 bilhões em produtos para cabelos no ano passado.

PROTESTO – J.D. Montgomery fez um protesto em Van Nuys, na Califórnia (EUA), no último dia para entrega do imposto de renda e encorajou os motoristas a fazer um buzinaço contra os impostos.

AUMENTA CONSUMO DE ENERGIA

O

consumo de energia elétrica subiu 5,5% em fevereiro em relação ao mesmo mês do ano passado. O motivo foram as altas temperaturas registradas, informou a

A TÉ LOGO

Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O calor provocou consumo maior principalmente no comércio, que teve alta de 10,4%, e nas residências, de 5,4%. (Reuters)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

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Nestlé investirá R$ 120 milhões em nova fábrica no Rio Grande do Sul

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UE quer assinar acordo com Brasil para instalar fábrica de semicondutores

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Contratos de financiamentos imobiliários terão reajuste de 5,94%

juiz que conduz o processo de recuperação judicial da Varig, Luiz Roberto Ayoub, descartou ontem a possibilidade de decretação de falência da companhia. Segundo ele, o administrador judicial no processo, a Consultoria Delloite, e a empresa contratada para a reestruturação da empresa, a americana Alvarez&Marsal, indicam que é viável a recuperação. "Eu lamento que estejam antecipando decisões que o juiz nem pensou", afirmou Ayoub durante entrevista coletiva. Ele esclareceu que trabalha com a possibilidade de falência desde o início do processo de recuperação, mas não há motivos no momento para isso. "Marcaram até data (de eventual paralisação), só esqueceram de me avisar. A empresa sofre turbulências muito em função de notícias desencontradas", disse o juiz. As declarações do juiz foram feitas praticamente duas semanas depois de uma sucessão de notícias e versões sobre um possível colapso da companhia aérea. Na manhã de ontem, a mesma mensagem havia sido transmitida ao presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi. O comandante da Anac e o juiz do caso reuniramse por três horas no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. "Não serei irresponsável em pôr fim a uma empresa que ainda se mostra viável", reforçou. O juiz explicou que um dos motivos da ida de Zuanazzi ao Rio era o "noticiário desencontrado". "Temos de conversar. Eles (a Justiça) estão dirigindo o processo de recuperação judicial e nós somos o poder concedente", afirmou o presidente da Anac, ao fim do encontro, do qual participaram também representantes da Deloitte e da Alvarez&Marsal. Na prática, agência e Justiça tentam uma convergência. Ayoub afirmou que a Anac quer se aproximar. "Até porque em qualquer decisão no futuro, seja em um sentido ou no outro, todos temos de convergir", afirmou o juiz. Zuanazzi disse, ainda, acreditar que a Varig tem saída. "Acredito sim, já declarei." E afirmou que "o mais importante disso" é que a companhia aérea vem operando com segurança. "O usuário pode usar a Varig com segurança." (AE)

DC e Confirp esclarecem dúvidas sobre o imposto de renda Como devo declarar rendimentos de ações ordinárias e preferenciais, e juros recebidos dessas ações? (Anita Siqueira) O valor do custo de aquisição das ações deve ser lançado, no documento, na área que corresponde a "Bens e Direitos" da sua declaração, item 31 - Ações. Os "juros" recebidos (sobre capital próprio), líquidos do imposto de renda, devem ser lançados no espaço destinado a informação de "Rendimentos sujeitos à tributação exclusiva", item 07 - Outros. Caso os valores recebidos se refiram a dividendos, deve lançar em outro campo, o de "Rendimentos isentos", item 05, de acordo com o informe de rendimentos recebido da empresa empregadora. O valor do meu plano de saúde é descontado pela empresa em que trabalho diretamente do meu salário. No informe de

rendimento fornecido pelo empregador consta o total desembolsado durante todo o ano passado. Como devo lançar essas despesas médicas na declaração? Devo colocar o CNPJ da empresa que oferece o serviço ou o da companhia em que trabalho? (Maria Alice Domingues) Deve lançar na sua declaração na ficha "pagamentos e doações", campo 11 (plano de saúde), informando o Cadastro Nacional de Pessoal Jurídica (CNPJ) da empresa em que trabalha e que efetuou o desconto do seu salário.

TIRA-DÚVIDAS As perguntas sobre a declaração do IR devem ser enviadas para o e-mail irpf@dcomercio.com.br. As dúvidas serão esclarecidas por técnicos da Confirp Consultoria Contábil.

ADVOGADOS Wadih Helú - Waldir Helú

Advocacia Cível - Comercial - Família - Tributária Escritórios: Rua José Bonifácio, 93 - 9º andar, conj. 91 - CEP 01003-001 Av. Nove de Julho, 4.887 - 10º andar, conj. 101-B - CEP 01407-200 Fones: (11) 3242-8191 e (11) 3704-3407

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Abril/3ª semana DIA 18

Anexo IV da Portaria CAT n

92/

para apresentação indicado na tabe-

93092, 95001 e 99007. - último dia

Previdência Social (INSS) Paes

e valores mobiliários e demais fontes

ICMS/SP - GIA ELETRÔNICA

1998, acrescentado pela Portaria

la recair em dia não útil, a transmis-

para recolhimento do ICMS apura-

- Pagamento da parcela mensal,

pagadoras, do Informe de Rendi-

CAT n

são poderá ser efetuada nesse mes-

do no mês de março/2006.

acrescida de juros pela Taxa de Juros

mentos Financeiros relativo ao 1º tri-

de Longo Prazo (TJLP), pelos con-

mestre/2006, aos seus clientes (pesso-

o

- A GIA Eletrônica relativa ao mês de

o

46/2000).

mo dia (art. 20, parágrafo único, do

referência março/2006 deverá ser

IPI (exceto o devido por ME ou

apresentada por meio da Internet

DIA 19

Anexo IV da Portaria CAT n

92/

EPP) - Pagamento do IPI apurado

tribuintes

pelo

as jurídicas), exceto quando a fonte

(www.pfe.fazenda.sp.gov.br), pelos

ICMS/SP - GIA ELETRÔNICA

1998, acrescentado pela Portaria

no 1 decêndio abril/2006 incidente

Parcelamento Especial de Débitos

pagadora fornecer, mensalmente,

contribuintes com o último dígito

- A GIA Eletrônica relativa ao mês de

CAT n

sobre produtos das posições 84.29,

(Paes) perante a Previdência Social

comprovante com todas as informa-

do n[umero de inscrição estadual 5,

referência março/2006 deverá ser

84.32 e 84.33 (máquinas e apare-

(INSS), de acordo com a Lei n

ções previstas na IN SRF n 268/2002.

6 e 7 (art. 20 do Anexo IV da Portaria

apresentada por meio da Internet

DIA 20

lhos) e das posições 87.01, 87.02,

10.684/2003. Não havendo expedi-

Simples - Pagamento, pelas

CAT n

(www.pfe.fazenda.sp.gov.br), pelos

ICMS/SP – CNAE´S - 15431,

87.04, 87.05 e 87.11 (tratores, veícu-

ente bancário, permite-se prorrogar

microempresas (ME) e pelas empre-

o

92/1998, acrescentado pela

o

o

46/2000).

o

que

optaram

o

o

46/2000, na reda-

contribuintes com o último dígito

41009; 50300 a 50423, 52116 a

los automóveis e motocicletas), to-

o recolhimento para o dia útil ime-

sas de pequeno porte (EPP) optantes

ção da Portaria CAT n 49/2001 e da

do número de inscrição estadual 8 e

52795; 55212 a 55239, 55298, 60100

dos da TIPI.

diatamente posterior. 4103 (utiliza-

pelo Sistema Integrado de Pagamen-

Portaria CAT n 91/2002): Nota: Na

9 (art. 20 do Anexo IV da Portaria

a 60224, 66117 a 66303, 67113 a

IPI (exceto o devido por ME ou

ção de identificador no CNPJ) 2208

to de Impostos e Contribuições

hipótese de o dia do vencimento

CAT n

67202, 70106 a 70408, 71102 a

EPP) - Pagamento do IPI apurado

(identificador no CEI)

(Simples), do valor devido sobre a

para apresentação indicado na tabe-

Portaria CAT n

46/2000, na reda-

71404, 73105, 73202, 75116 a 75302,

no 1

decêndio de abril/2006 inci-

Informe de Rendimentos Fi-

la recair em dia não útil, a transmis-

ção da Portaria CAT n 49/2001 e da

80136 a 80993, 90000, 91111 a

dente sobre produtos das posições

nanceiros - Fornecimento, pelas ins-

são poderá ser efetuada nesse mes-

Portaria CAT n 91/2002): Nota: Na

91995, 92118 a 92134, 92312 a

87.03 e 87.06 da TIPI (automóveis e

tituições financeiras, sociedades

mo dia (art. 20, parágrafo único, do

hipótese de o dia do vencimento

92398, 92517 a 92622, 93017 a

chassis).

corretoras e distribuidoras de títulos

Portaria CAT n

o

o

o

o

92/1998, acrescentado pela o

o

o

o

receita bruta do mês de março/2006.

Fonte


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Administração Urbanismo Tr â n s i t o Saúde

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 18 de abril de 2006

Medidas restritivas aos carros são mais importantes. Nazareno Affonso, superintendente da ANTP

NOVA LEI MUNICIPAL JÁ RECEBE CRÍTICAS

Paulo Liebert/AE

Ó RBITA

MAIS UM FERIADÃO al terminou o feriadão da Semana Santa e o paulistano já se prepara para mais um fim de semana prolongado, desta vez o feriado de Tiradentes. A partir de quinta-feira, entre 240 e 360 mil veículos deverão rumar à Baixada Santista. Para dar vazão a esse grande número de veículos, a concessionária Ecovias prevê a implantação da Operação Descida a partir das 16h de quinta, no esquema 7x3. O paulistano que seguir em direção ao litoral poderá utilizar as

M

duas pistas da via Anchieta e a pista sul da Imigrantes. A subida, segundo o esquema previsto, deverá ser feita pela pista norte da Imigrantes. A operação retorno também já foi esquematizada pela Ecovias. Com movimento crescente a partir das 11h, a volta do paulistano será feita no esquema 2x8, que se estenderá até a 1h de segunda-feira. Para subir a serra, o motorista deverá utilizar as pistas norte e sul da Imigrantes e a pista norte da Anchieta. (Agências)

Epitácio Pessoa/AE

Carroceiro leva carcaça de automóvel: catadores de lixo, que normalmente usam carroças, poderão ter o seu trabalho de coleta prejudicado

LEI VAI TIRAR CARROÇAS E CAVALOS DAS RUAS Para especialista, nova lei poderá tirar o sustento de muita gente, principamente na periferia da cidade Clarice Chiquetto

REMOÇÃO DE CAMELÔS

A

Prefeitura de São Paulo retirou ontem (foto acima) cerca de 120 barracas de camelôs irregulares da praça Agente Cícero, no bairro do Brás, zona leste da capital. A operação foi conduzida pela Subprefeitura da Mooca, com a utilização de 12 caminhões. Ao todo, foram recolhidas 36 toneladas de material entre estruturas metálicas e lonas. Não houve apreensão de mercadorias, uma vez que a ação da Prefeitura começou muito

A

cedo, bem antes de os camelôs iniciarem a exposição de seus produtos. De acordo com informações da Subprefeitura da Mooca, a remoção das barracas deve-se ao projeto de reurbanização do Brás, iniciado com a reforma do largo da Concórdia e o recapeamento da rua Oriente. Ontem mesmo o piso da praça começou a ser escavado. A reforma do largo da Concórdia deverá ser entregue em 60 dias, segundo a Prefeitura. (Agências)

ARMAS DO EXÉRCITO

s sete pessoas (quatro militares da ativa, dois exmilitares e um civil) denunciadas pelo Ministério Público Militar, na semana passada, no caso do roubo de 11 armas do Estabelecimento Central de Transporte (ECT) do Exército, no dia 3 de março, no Rio, devem ir a julgamento em junho. Os acusados podem pegar de 5 anos e meio a 22 anos de prisão. Já a pena máxima

para os militares que estavam de serviço e foram acusados de negligência com a segurança é suspensão temporária. A denúncia foi apresentada pelos promotores Antônio Carlos Facuri e Ailton José da Silva há uma semana, mas a Justiça Militar ainda não a recebeu. Depois que isso acontecer, o juiz-auditor Marco Aurélio Petra de Mello terá 50 dias para apreciar o caso. (AE)

A

partir de junho, cavalos, éguas, burros, bois, jumentos, cabritos e ovelhas, com ou sem carroça, estarão proibidos de circular pelas ruas de São Paulo. A norma nem começou a valer e já é criticada por especialistas, que defendem outros tipos de discussões para melhorar o trânsito na capital. A lei nº 14.146/06, de autoria do vereador Roberto Tripoli, presidente da Câmara Municipal, publicada no Diário Oficial do Município do último dia 12, determina a proibição da circulação de veículos de tração animal e de animais, montados ou não, em vias públicas pavimentadas. Exclui as utilizados pelo Exército Brasileiro e pela Polícia Militar, já que apenas esses instituições poderão usar os animais pelas ruas. Para o superintendente da Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP), Nazareno Stanislau Affonso, existem problemas mais importantes a serem discutidos em relação ao trânsito. Affonso, que também é coordenador nacional do Movimento Nacional pelo Direito ao Transporte Público de Qualidade para Todos (MDT), acredita

que seria muito mais proveitosa uma discussão sobre o pedágio urbano ou sobre a ampliação do rodízio diário dos automóveis. "Medidas restritivas aos carros são muito mais importantes. São Paulo está caminhando para o colapso e não é a retirada dos cavalos e carroças que vai resolver. O debate deveria ser muito maior e mais amplo. Mas o poder público não dá espaço para ele. Infelizmente, as poucas discussões que existiam nesse sentido fo-

ram abandonadas pela administração da cidade. O superintendente da ANTP acredita que é válido restringir a área de circulação das carroças e animais, mas não proibi-los. "Claro que ter uma carroça no meio da avenida 23 de Maio atrapalha. Mas na periferia da cidade, elas não incomodam o trânsito e são fonte de renda para muitas pessoas", defende, ressaltando que a proibição acaba com a forma de sobrevivência de dezenas de trabalhadores.

Orlando Oliveira/AE

ATROPELAMENTO – Um ônibus atropelou oito pessoas ontem pela manhã na avenida Adolfo Pinheiro, em Santo Amaro, zona sul da cidade, matando uma delas. O acidente ocorreu por volta das 8h, próximo à praça Padre José de Anchieta, na pista bairroCentro da avenida, que foi parcialmente interditada pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

"O que vai acontecer agora com os carroceiros, catadores de lixo, com todo esse pessoal que contribui inclusive com a reciclagem?", questiona. O vereador Tripoli ressalta que um dos artigos da nova lei prevê que os carroceiros sejam recolocados no mercado de trabalho por meio de cursos de capacitação profissional. A norma que criou a proibição, na verdade, é de 1995, mas nunca havia sido regulamentada por conter falhas e contradições, segundo informações da assessoria do presidente da Câmara. A promulgação da lei 14.14606, na semana passada, contou com o apoio de organizações protetoras dos animais, como a Projeto Anjos dos Cavalos. Dados da ONG indicam que cerca de 360 cavalos são recolhidos por ano em São Paulo, sendo 90% em estado de desnutrição e com ferimentos. A partir de junho, quem tiver o cavalo recolhido terá de pagar, no mínimo, R$ 780 ao Centro de Controle de Zoonozes para tê-lo de volta – o valor, que inclui a remoção, o registro e a diária do animal, é maior do que os carroceiros conseguem juntar em um mês de trabalho. "Esse valor é absurdo. É para que as pessoas não consigam mesmo ter o animal de volta", opina Nazareno Affonso.


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Automação Te l e f o n i a Segurança Convergência

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 18 de abril de 2006

Chegou a hora de levar a internet a sério. A gora é a hora da última milha, a do valor jurídico Marcos Nader, Comprova.com

EMPRESA REDUZIU 65% DOS GASTOS COM CARTAS REGISTRADAS

Fotos: Divulgação

Comprovação legal de e-mail: mais uma arma do e-business

Tela mostra como os selos de comprovação são inseridos nas mensagens

Comprova.com oferece elementos técnicos e legais para comprovar envio, recebimento, autoria e conteúdo de mensagem ou documento eletrônico, e ainda fortalece juridicamente as transações eletrônicas Por Zé Lúcio Cardim falta de segurança e comprovação legal dos emails para acordos comerciais não é mais empecilho no e-business. As empresas já contam com a rapidez e praticidade do correio eletrônico na troca de informações aliadas à comprovação legal de e-mails, cartório digital e outros certificados jurídicos. E um portal exclusivamente dedicado à prestação desses serviços, o Comprova.com (www.comprova.com). O e-mail Comprova conta com elementos

Marcos Nader, diretor-geral do Comprova.com

técnicos e legais para comprovar envio, recebimento, autoria e conteúdo de mensagem ou documento eletrônico, e fortalece juridicamente as transações eletrônicas. A Socopa, Sociedade Corretora Paulista, utiliza há mais de um ano o serviço. A corretora tem mais de três mil clientes somente na parte de negociações pela internet, chamada Home Broker, da Bovespa. "Além da segurança legal dos e-mails, a praticidade necessária para apressar as informações que trocamos com nossos clientes", explica Marcos Monteiro de Barros, diretor da Socopa. "E, é claro, garantir digitalmente o recebimento e o conteúdo legal de todos os documentos enviados pela internet, o que elimina de vez as falsas alegações." Pelos cálculos de Monteiro de Barros, a Socopa já substituiu 50% das cartas registradas pelos emails da Comprova –mensalmente, a empresa envia mil e-mails com comprovação. "Remeter uma carta exige imprimir, envelopar, levar ao correio, armazenar o comprovante, uma série de ações que podem falhar ao longo do processo", diz o diretor da Socopa. "Mesmo que o e-mail certificado tenha o mesmo custo de uma carta registrada, acaba sendo mais econômico, além de muito mais prático".

A origem dos emoticons

"A construtora Tecnisa adotou o serviço há cerca de dois anos, principalmente para acelerar a comunicação com os clientes. "Conseguimos de forma eficaz e econômica estreitar ainda mais o relacionamento com os nossos clientes. Melhoramos o processo de contratos, envio e notificações de cobranças e atendemos às solicitações sobre o andamento de obras, de forma que possamos, acima de tudo, garantir legalmente todas as informações enviadas", explica Denílson Novelli, diretor de marketing da Tecnisa. Atualmente a empresa envia cerca de 400 e-mails Comprova por mês e já conseguiu reduzir em 65% os gastos com o envio de cartas registradas e motoboys. Como funciona – O funcionamento do e-mail Comprova é simples. Não é necessária a instalação de softwares nem alteração do en-

dereço do e-mail. Basta comprar um selo de autenticação no próprio site da empresa e adicionar o sufixo ".comprova.com" ao final do endereço de e-mail do destinatário. Cada selo custa entre R$ 2,50 e R$ 3,90, dependendo da quantidade de selos adquiridas. A mensagem recebe um selo de comprovação, com um "carimbo do tempo" –certificado pelo Observatório Nacional, órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia, que garante comprovação do horário em que a mensagem foi enviada e recebida e funciona ainda como um protocolizador de transações eletrônicas, impedindo que o conteúdo do documento possa ser adulterado –e fica registrada e arquivada por, no mínimo, um ano. Cartório – Outro serviço prestado pela Comprova é o Cartório Digital, um canal digital com os Car-

tórios de Registro de Títulos e Documentos de São Paulo e de outras cidades. É possível registrar em cartório qualquer documento ou email direto do seu computador e enviar notificações extrajudiciais. Os preços cobrados são os mesmos dos cartórios "reais". O próximo produto a ser lançado pela Comprova é o Fax Comprova, serviço similar ao de certificação de e-mails. O Comprova.com existe desde outubro de 2003, é o primeiro portal do Brasil capacitado a transformar essas transações eletrônicas em documentos juridicamente fortes e nasceu da necessidade de seus fundadores. Marcos Nader, diretor-geral do Comprova.com, também é criador do Mercado Eletrônico, portal dedicado ao comércio eletrônico entre empresas. "Negociávamos, comprávamos e na hora de formalizar o contrato, era necessário imprimir e fechar o negócio pessoalmente", conta Nader. O Comprova tem o objetivo de ser ferramenta fundamental para o crescimento do e-business. Marcos gosta de dizer que "chegou a hora de levar a internet a sério". Para ele, "depois da internet passar pela fase inicial, mais acadêmica, e pela fase da expansão do comércio eletrônico, agora é a hora da última milha, a do valor jurídico".

Reprodução

Busca por voz

Por João Magalhães s emoticons, pequenos sinais gráficos que simbolizam emoções e que fazem parte da cultura social online, foram usados pela primeira vez em 19 de setembro de 1982 pelo expert em informática Scott Fahlman. Em um texto a colegas da CMU CS, antigo boletim de informações, precursor dos atuais grupos de notícias, ele dizia: "Proponho usar a seguinte seqüência de caracteres como um sinal de satisfação :-)". A partir daí, o sorrisinho maroto ficou célebre e gerou centenas de filhotes. Site relacionado: http://www.cs.cmu.edu/~sef/

Google está cada vez mais Google. Segundo o ArsTechnica, o líder dos sistemas de buscas registrou patente de um sistema capaz de transformar fala em palavraschaves para busca, adaptá-las e retornar resultados próximos ao pronunciado pelo internauta. Detalhes da patente podem ser lidos no United States Patent and Trade Mark Office. O Google não se pronunciou oficialmente a respeito. Os emoticons evoluíram bastante desde 1982

Rádio gay é sucesso online o ar via internet desde 2005, a Argentina Gay Radio, a primeira emissora online do mundo destinada aos homossexuais, tem uma média de 1.600 acessos diários, cerca de 700 deles da Argentina, e o resto principalmente do Uruguai, Espanha, Estados Unidos, Canadá, República Dominicana e Costa Rica. "A repercussão do nosso projeto é gratificante", orgulha-se o webmaster Sergio Miranda, que junto com seu parceiro, Hector, montou a rádio.

A programação da Argentina Gay Radio consiste basicamente de músicas e noticiário sobre saúde preventiva, direitos das minorias e comunicados sobre todos os eventos gays realizados em Buenos Aires. Segundo Miranda, o público homossexual é muito cortejado pelo setor empresarial porque "homens e mulheres gays em geral vivem sós, não têm que sustentar ninguém, investem seu dinheiro em si mesmos e gastam muito". Site relacionado: http://www.argentinagayradio.com.ar/

Enterro de códigos de programas m grupo de programadores da Lexis Nexis, em Daytona, Ohio, nos Estados Unidos, está enterrando páginas de códigos de softwares antigos em Blocker Hill, cemitério próximo da companhia. Segundo o Middletown Journal, a equipe técnica da Lexis Nexis acha que os finados bits merecem as mesmas honras fúnebres que os humanos. "Alguns códigos têm morte natural e outros precisam ser mortos. Isso nos causa muita dor", disse ao jornal o engenheiro de sistemas Dough Perseguetti. A tradição do sepultamento, que inclui a colocação de lápides, começou em 1992, quando cinqüenta pesarosos programadores foram ao Blocker Hill enterrar uma base de dados que havia sido mudada. Site relacionado: http://www.lexisnexis.com/

Site relacionado: http://arstechnica.com/news.ars/ post/20060411-6577.html

Seios de silicone podem tocar MP3 á alguns anos, o futurologista britânico Ian Pearson imaginou que seios de silicone pudessem servir também como reprodutores de música digital. "Se uma mulher tem algo implantado permanentemente, é bom que seja algo útil, também", disse Pearson ao jornal inglês "The Sun". Em princípio, a idéia de Pearson soava como algo muito louco, impossível de acontecer. Mas, recentemente, pesquisadores da British Telecom anunciaram que é possível realizar a proeza. Eles explicaram ao "The Sun" que, por meio de chips, um dos seios funcionaria como player enquanto o outro guardaria a coleção de músicas preferidas da dona da prótese. O dispositivo seria controlado por Bluetooth, através de um painel colocado no pulso. Os blogueiros, sempre atentos às novidades da tecnologia, acolheram a notícia com muito bom humor: "A invenção tornará os momentos de amor bem mais interessantes", eles comentam em seus diários pessoais online. Site relacionado: http://www.btinternet.com/~ian.pearson/web/ future/breastimplants.htm


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Nacional Empresas Finanças Agronegócio

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 18 de abril de 2006

TELEMAR QUER AÇÕES NO NOVO MERCADO DA BOLSA

4,92

por cento foi o aumento das vendas de imóveis usados na capital paulista entre janeiro e fevereiro

TESOURO NACIONAL RECOMPRA US$ 6,64 BILHÕES DOS PAPÉIS QUE TÊM A MARCA DA MORATÓRIA BRASILEIRA

GOVERNO ACABA HOJE COM OS BRADIES E 54,5 AFP

m uma operação que vai colocar um ponto final em difícil capítulo da história econômica do País, o governo vai recomprar hoje, antecipadamente, todos os títulos da dívida externa que ainda restam no mercado internacional com a marca da moratória brasileira da década de 1980, papéis conhecidos como bradies. Emitidos no processo de reestruturação da dívida externa acertado com os bancos credores em 1994, os bradies tinham vencimentos até 2024. Com a operação, o governo faz uma espécie de "faxina" na dívida e abre caminho para o Brasil receber das agências de classificação de risco o chamado "grau de investimento" — o que permitirá ao País obter financiamentos a custos menores no mercado externo. A maior parte dos recursos para o resgate dos papéis da dívida — o equivalente a US$ 5,8 bilhões — já saiu ontem das reservas internacionais para que o dinheiro esteja hoje na mão dos credores. O saldo dos bradies é de US$ 6,64 bilhões. Mas como a operação vai liberar um total de US$ 1,5 bilhão em títulos do Tesouro dos Estados Unidos, dados aos bancos em garantia pelo governo brasilei-

bilhões de reais é o montante aproximado das reservas internacionais do Brasil, segundo o Banco Central ro, a necessidade de utilização das reservas será menor. Como reflexo da operação de recompra, o estoque das reservas caiu ontem US$ 5,596 bilhões, de US$ 60,090 bilhões para US$ 54,494 bilhões, segundo o Banco Central (BC). O Tesouro comprou o restante dos dólares no mercado. Renegociação — Os bradies são assim chamados porque foram emitidos em um processo de negociação da dívida inspirado pelo secretário do Tesouro dos Estados Unido na época, Nicholas Brady. Os papéis têm uma cláusula que permite ao Tesouro a recompra antecipada nas datas de pagamento de juros a cada ano, em 15 de abril e em 15 de outubro, por 100% do valor de face.

Como o dia 15 caiu no sábado e ontem o feriado da Páscoa continuou em vários países, a operação será concluída somente nesta terça-feira, quando os números oficiais serão divulgados pelo secretário do Tesouro, Carlos Kawall. Risco menor — O anúncio da recompra foi feito em fevereiro. Na data do anúncio e nos dias seguintes, o risco brasileiro despencou para os níveis mais baixos da história. O resgate antecipado dos bradies vai possibilitar uma economia de US$ 345 milhões em despesas com juros. A operação faz parte de um programa do Tesouro, iniciado em janeiro, de recompra de títulos da dívida com vencimento até 2010, no qual os bradie s foram incluídos. O programa pretende melhorar o perfil da dívida para o Brasil receber mais rápido o "grau de investimento". No ano passado, o Tesouro já havia retirado do mercado os C-Bonds, os mais famosos e negociados bradies da dívida externa. A expectativa é de que a retirada desses papéis do mercado trará um impacto positivo também nas emissões privadas das empresas brasileiras no exterior, além de aumentar o fluxo para outros títulos do governo. (AE)

Telemar anuncia reestruturação O

grupo Telemar, que controla a maior operadora de telefonia fixa do País, propôs ontem uma reorganização societária com o objetivo de formar uma grande empresa com capital pulverizado, cotada no Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e na Bolsa de Valores de Nova York. Com a operação, o grupo pretende obter melhores condições de captação de recursos. Ao final do processo, a nova empresa será rebatizada como Oi Participações. "Teremos uma nova empresa, com 100% das ações transacionadas no mercado. Não haverá bloco de controle, mas sim um Conselho de Administração eleito por investidores e formado por independentes", afirmou o diretor de Relações com Investidores da companhia, Roberto Terziani. O anúncio fez disparar as co-

tações das ações da empresa na Bovespa. No fechamento do pregão de ontem, Telemar PN, um dos papéis mais importantes do mercado nacional, teve alta de 5,65%. Já as ações ordinárias, diretamente envolvidas na reestruturação, fecharam valendo 27,78% mais (leia sobre o desempenho da bolsa na página 6 deste caderno). Troca de ações — Para a criação da h oldi ng Oi Participações, a Telemar pretende fazer uma série de troca de ações das empresas envolvidas, entre elas a Tele Norte Leste, e conversão dos papéis preferenciais (sem direito a voto) para ordinários (com direito a voto). A mudança é necessária para que a nova empresa seja listada no Novo Mercado da Bovespa, em que só são negociadas ações ordinárias. Basicamente, a proposta de reorganização societária da

Telemar pretende simplificar a estrutura do grupo, que hoje tem acionistas distribuídos em três sociedades e em seis classes de ações diferentes. A Contax, empresa de centrais de atendimento do grupo, ficará fora da operação e seus atuais donos manterão o controle da companhia. Vazamento — A mudança na estrutura da Telemar foi anunciada depois de fortes rumores, na semana passada, de compra do controle da companhia. As especulações fizeram as ações do grupo subir muito nos pregões da Bovespa. A diretoria de Relações com Investidores da empresa negou que tenha havido vazamento de informações antes da divulgação da proposta. Mas a Telemar decidiu antecipar a divulgação do plano por conta de questionamentos feitos pela Bovespa. (Agências)

Recompra deve impulsionar negócios com novos papéis do governo e também de empresas brasileiras

COPOM Selic deve cair 0,75 ponto amanhã A aposta predominante no mercado financeiro é a de que a taxa básica da economia brasileira (Selic) voltará a ser reduzida em 0,75 ponto percentual, de 16,5% para 15,75% ao ano, na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que começa hoje e termina amanhã. A previsão consta da mais recente pesquisa feita pelo Banco Central (BC) entre instituições financeiras que atuam no País, o boletim semanal Focus. Confirmada a hipótese, será a terceira queda seguida da taxa na mesma magnitude (0,75 ponto percentual a cada reunião). O espaço para uma queda maior, na visão de analistas de mercado, é mínima. "A janela de oportunidade para um corte mais agressivo, de 1 ponto percentual, já passou", diz uma fonte de mercado. O Copom, em contrapartida, ganhará espaço para promover uma outra queda de 0,75 ponto percentual no final de maio, quando haverá a próxima reunião do comitê. A partir daí, de acordo com a

ATAS

visão predominante entre os analistas, os juros começarão a cair em ritmo mais lento. "Poderemos ter uma redução de 0,50 ponto percentual em julho e mais duas quedas de 0,25 ponto percentual em agosto e outubro", avalia um analista. A taxa, nesse cenário, chegaria ao final do ano em 14%. Economia fraca — Os economistas de algumas instituições financeiras acreditam, no entanto, que os juros poderão terminar o ano abaixo dos 14%. "É possível termos uma taxa de 13,5% anuais em dezembro", afirma um economista. O espaço adicional de queda seria assegurado pela taxa de câmbio e pelo baixo nível de atividade econômica no País. "Estamos longe de atingirmos o limite da capacidade de produção das empresas", diz. A eventual piora das contas públicas, por outro lado, poderá limitar a queda dos juros aos 14% anuais. "O aumento dos gastos pode levar o Copom a ficar mais conservador", avalia outro economista. O Copom, com o movimento, visaria re-

duzir os impactos da alta das despesas sobre o nível da atividade econômica. "O conservadorismo na condução da política econômica diminuiria o risco de termos um crescimento com alta dos preços", afirma uma fonte do mercado. Inflação — As preocupações do mercado com os preços, no entanto, são mínimas atualmente. De acordo com o resultado do Focus divulgado ontem, as projeções para a inflação do ano estão abaixo da meta de 4,5% fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na pesquisa, o cenário mais previsível para os agentes do mercado é que a variação do IPCA feche 2006 em 4,43%. Foi a terceira redução seguida da expectativa de inflação para o ano, que na pesquisa divulgada na semana passada era de 4,47%. O comportamento do custo de vida é um dos principais assuntos das reuniões do Copom. (DC/AE)

EDITAIS

FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR

EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL Nº 010/2006- FAMESP/HEB PROCESSO Nº 044/2006 - FAMESP/HEB Acha-se à disposição dos interessados do dia 18 de abril de 2006 ao dia 08 de maio de 2006, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli, s/nº, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680 - ramal 111- FAX (0xx14)3882-1885 - ramal 110, site www.famesp.fmb. unesp.br/licitações/Hospital Estadual Bauru, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL Nº 010/2006- FAMESP/HEB - PROCESSO Nº 044/2006 - FAMESP/HEB, que tem como objetivo a contratação de empresa para prestação de serviços de controle da qualidade da água de consumo humano em solução de abastecimento alternativo, sob regime de empreitada por preço mensal, em conformidade com o disposto no Projeto Básico - Anexo II. Será realizada visita para esclarecimentos técnicos e administrativos no dia 09 de maio de 2006 às 09:00 horas, na Sala de Reuniões do Hospital Estadual Bauru. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação, será realizada no dia 15 de maio de 2006, com início às 09:00 horas, na Sala de Reuniões do Hospital Estadual Bauru, Avenida Engº Luiz Edmundo Carrijo Coube, nº 1-100 - Jardim Santos Dumont, Município de Bauru, Estado de São Paulo. Botucatu, 17 de abril de 2006. Prof. Dr. Shoiti Kobayasi - Diretor Vice Presidente - FAMESP.

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PREGÃO (presencial), para Registro de Preços DSE nº17/06. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 1074/5900/2006. OBJETO: REFRIGERADOR DUPLEX E FREEZER HORIZONTAL. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 – Perdizes, nesta capital, com início previsto às 09:30 h do dia 04 de maio de 2006. PREGÃO (presencial), para Registro de Preços DSE nº18/06. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 1073/5900/2006. OBJETO: LIQUIDIFICADOR INDUSTRIAL E CORTADOR DE LEGUMES GRANDE, COM TRIPÉ. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 – Perdizes, nesta capital, com início previsto às 09:30 h do dia 05 de maio de 2006. PREGÃO (presencial), para Registro de Preços DSE nº19/06. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 1072/5900/2006. OBJETO: FOGÃO INDUSTRIAL DE QUATRO BOCAS COM FORNO E KIT BÁSICO PARA INSTALAÇÃO DE CILINDRO DE GLP-P45. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 – Perdizes, nesta capital, com início previsto às 09:30 h do dia 08 de maio de 2006. PREGÃO (presencial), para Registro de Preços DSE nº20/06. Tipo: menor preço. PROCESSO DSE 1202/5900/2006. OBJETO: ÁGUA MINERAL COM E SEM GÁS. A Sessão Pública do Pregão será realizada no Departamento de Suprimento Escolar na Rua João Ramalho, 1.546 – Perdizes, nesta capital, com início previsto às 09:30 h do dia 10 de maio de 2006. Edital completo à disposição dos interessados, via Internet, pelo Site www.e-negociospublicos.com.br. INFORMAÇÕES: fones: (11) 3866-1615/1616, de 2ª a 6ª feira, no horário das 8h às 17h. SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE SUPRIMENTO ESCOLAR


terça-feira, 18 de abril de 2006

Administração Urbanismo Polícia Transpor te

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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SUZANE FOI PRESA APÓS DAR ENTREVISTA PARA A TV

No pedido, advogado nega que a liberdade de Suzane seja ameaça a Andreas, seu irmão.

ADVOGADO PEDE LIBERDADE PARA SUZANE Pedido de habeas corpus foi encaminhado ontem para a Justiça paulista. Suzane von Richthofen está em presídio de Rio Claro desde quinta-feira passada. Robson Fernandjes/AE - 20/06/2005

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advogado Mário Sérgio de Oliveira protocolou, na tarde de ontem, um pedido de habeas corpus em favor de Suzane von Richthofen, ré confessa no processo que a acusa de envolvimento no assassinato dos pais – Manfred e Marísia von Richthofen –, em 2002. Depois de ficar nove meses em liberdade, a jovem, que hoje tem 22 anos, voltou a ser presa no último dia 10. Inicialmente, esperava-se que

o pedido fosse feito na semana passada, mas o advogado afirmou que não teve tempo para concluir o documento. No pedido de habeas corpus entregue à Justiça paulista ontem, Mário Sérgio de Oliveira nega que a liberdade de Suzane represente ameaça ao irmão dela, Andreas, de 18 anos. Esse foi o argumento usado pelo Ministério Público para pedir que Suzane voltasse para a cadeia. "Andreas nunca mencionou, nem antes nem durante e

Ó RBITA

FEDERAIS

VENENO

aiu o número de acidentes, de mortos e de feridos nas rodovias federais do País na Páscoa, em comparação com o feriado de 2005, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Foram 77 vítimas fatais, 7,2% a menos do que em 2005, quando foram 83 mortos. A Operação Semana Santa começou a zero hora de quinta-feira e terminou à meia-noite de domingo. O número de acidentes caiu 7,2%, de 1.516 para 1 407 este ano. A redução no número de feridos foi de 10,3%, de 991 para 889. Mas cresceu o volume de multas aplicadas: de 18.973 na Páscoa de 2005 para 19.433 neste ano. Em São Paulo, o número de acidentes caiu 10,48%, para 111 ocorrências, mas a quantidade de mortes no Estado triplicou: passando de dois casos registrados em 2005 para seis casos na Páscoa deste ano. (AE)

uas crianças da mesma família morreram envenenadas anteontem e três precisaram de atendimento médico após consumirem doces e salgadinhos enviados por um desconhecido no fim de semana, em Feira de Santana (BA). A encomenda, entregue por um motoqueiro, estava acompanhada de um bilhete sem assinatura com elogios dirigidos à irmã mais velha da família, Taila da Silva, de 13 anos. Ela chegou a provar alguns dos doces, mas não sentiu nada. Seus irmãos menores Éder Macolen Silva, de 6 anos, e Maria Ana da Silva, de 8, morreram envenenados minutos depois de consumirem as guloseimas. Outros três irmãos das vítimas, Naomir da Silva, de 2 anos, Michael Jordan Silva, de 10, e Igor Silva, de 12 anos, passaram mal, receberam atendimento e tiveram alta ontem. (AE)

C

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A TÉ LOGO Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

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Presos acusados de matar turista em Ubatuba.

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Bebê morre asfixiado em carrinho de passeio.

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Rio eleva sinais de trânsito para evitar roubos.

nem depois de seus depoimentos, que tenha recebido qualquer ameaça de sua irmã, por menor que seja. Não existe nenhuma comunicação de Andreas ao Ministério Público, à polícia ou ao juízo, quer por escrito, quer verbalmente, de qualquer mínima ameaça." Partilha – O advogado também nega que a divergência entre Suzane e Andreas na partilha dos bens seja um indício de problemas, conforme alegações apresentadas pela pro-

motoria. "O que se trava é uma antiga disputa judicial, entre os advogados civilistas das partes envolvidas, exclusivamente, na esfera da vara de Família, sem qualquer influência ou interferência no andamento do processo criminal." Suzane estava em liberdade provisória desde junho de 2005, beneficiada por uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Sua prisão aconteceu um dia depois da exibição de uma entrevista concedida ao Fantástico, da TV Globo. O microfone da emissora captou as orientações de Mário Sérgio e de Denivaldo Barni, também advogado e uma espécie de tutor da jovem. Os dois teriam incentivado Suzane a chorar e a interromper a entrevista, dizendo que não agüentava mais falar no assunto. Imagem – No pedido de habeas corpus, Mário Sérgio alega que o programa exibiu "uma fita editada, montada, com cortes e emendas" para tentar "passar uma imagem negativa dos profissionais, quando um deles conversava com a cliente, de maneira reservada e pessoalmente". O advogado afirmou ainda que a repercussão da entrevista "é particularmente preocupante" já que Suzane será levada ao Tribunal do Júri. O julgamento está marcado para o dia 5 de junho. "A impressão que a mídia transmite do crime e do criminoso produz maior efeito nos jurados do que as provas trazidas pelas partes." Levada inicialmente para a Penitenciária Feminina de Santana, na zona norte de São Paulo, na segunda-feira da semana passada, Suzane foi transferida, na tarde de quinta, para o Centro de Ressocialização de Rio Claro, no interior do Estado. Foi nesse mesmo presídio que ela esteve até junho de 2005. A operação de transferência da jovem contou com um forte esquema de segurança e foi realizada sob sigilo. (Agências)

Suzane voltou para o mesmo presídio de onde saiu no ano passado

MPE: Cravinhos ficam presos

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Ministério Público Estadual (MPE) deu parecer contrário à libertação dos irmãos Christian e Daniel Cravinhos. De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo, o parecer foi encaminhado ao 1º Tribunal do Júri de São Paulo, onde também foi decretada a prisão de Suzane von Richthofen, na segundafeira da semana passada. Segundo a assessoria, o pedido de revogação de prisão dos irmãos foi apresentado na última quarta-feira pela defesa. Os advogados alegam que Suzane induziu Christian e Daniel a cometer o crime. A alegação tem por base a entrevista concedida por Suzane ao programa Fa n t á st i c o , da TV Globo, em que a jovem aparece sendo orientada pelos advogados a chorar e parecer frágil. Suzane e os irmãos Cravinhos são réus confessos do assassinato do casal Manfred e Marísia von Richthofen, pais

dela, que ocorreu em outubro de 2002. À época, Suzane era namorada de Daniel e afirmou que participou do crime por amor, já que o seu pai não aprovava o relacionamento dos dois. Suzane abriu as portas da casa, no Brooklin, para que os irmãos pudessem entrar. Eles mataram o casal, na cama, com golpes de pedaços de pau. Os réus confessos desarrumaram a casa e levaram dinheiro e jóias. O objetivo era simular um assalto seguido de morte. O irmão de Suzane, Andreas, que hoje está com 18 anos, foi deixado em um cyber café enquanto o crime era cometido. Suzane e Daniel choraram durante o enterro. Os irmãos Cravinhos, que passaram alguns meses soltos no ano passado, foram presos novamente em janeiro deste ano. Eles voltaram para a cadeia depois de conceder entrevista a uma rádio de São Paulo. Na reportagem eles revelaram novos fatos sobre o crime.


terça-feira, 18 de abril de 2006

DIÁRIO DO COMÉRCIO

INFORMÁTICA - 5


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Sérgio Lima/Folha Imagem

terça-feira, 18 de abril de 2006

Geral

O MST está desesperado à procura de cadáveres. Luiz Antonio Nabhan Garcia, presidente da UDR

Alexandre Severo/JC Imagem/AE

Márcio Fernandes/AE

Na foto maior, semterra saqueiam caminhões em São Lourenço da Mata (PE). Acima, protesto em Brasília. E ato político no Pará.

INVASÕES E SAQUES LEMBRAM CARAJÁS I

nvasões, saques, bloqueio de estradas, manifestações políticas em nove Estados e marchas, até mesmo em Washington, nos Estados Unidos, marcaram ontem as homenagens aos 19 trabalhadores rurais mortos pela Polícia Militar no dia 17 de abril de 1996 em Eldorado do Carajás, Pará. Na R o d o v i a PA - 1 5 0 , l o c a l d o massacre, cerca de duas mil pessoas protestaram contra a falta de punição dos responsáveis pelo crime. O representante do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ministro Paulo Vanucchi, da Secretaria Especial de Direitos Humanos, disse que o ato era uma forma de chamar a atenção para as questões da reforma agrária e das violências cometidas no Pará. O MST reivindicou um novo julgamento para 142 soldados, cabos e sargentos absolvidos pelo Tribunal do Júri em dezembro de 2004. O coronel Mário Pantoja, condenado a 228 anos, e o major José Maria Oliveira, condenado a 158 anos, re s p o n d e m e m l i b e rd a d e concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ao recurso contra a condenação. I nv a s õe s - Integrantes do MST invadiram ontem 10 fazendas, em seis municípios do Pontal do Paranapanema, extremo oeste do Estado de São Paulo, mobilizando cerca de mil militantes. Foram ocupadas as fazendas São Francisco, Morumbi e Bonanza em Mirante do Paranapanema, Santa Terezinha em Santo Anastácio, São Camilo em Presidente Venceslau, Nossa Senhora das Graças em Caiuá, Santa Lúcia e Ponte Banca em Euclides da Cunha Paulista, e Margarete e 6R, em Teodoro Sampaio. Não houve confrontos. Em Minas Gerais, o MST ocupou durante a madrugada as fazendas Vereda São João, na cidade de Coração de Jesus, e a Bonsucesso, nos municípios de Capitão Enéas e Janaúba. A nova onda de invasões pegou fazendeiros de surpresa. Muitos não sabiam, até a tarde

Márcio Fernandes/AE

João Pedro Stédile, líder do MST, em ato ecumênico no Pará Jim Watson/AFP

Manifestantes marcham em Washington, rumo à Embaixada do Brasil

de ontem, que suas fazendas tinham sido invadidas. O presidente da União Democrática Ruralista, Luiz Antonio Nabhan Garcia, disse que a ofensiva é uma provocação. "O MST está desesperado à procura de cadáveres. Como está mal perante a opinião pública, quer fabricar um mártir." Saques - Em São Lourenço da Mata, Pernambuco, 300 integrantes do acampamento Chico Mendes saquearam ontem seis toneladas de macarrão e biscoitos de dois caminhões na BR-408. Para o líder do MST-PE, Jaime Amorim, a ação "foi uma recuperação de alimentação, um ato normal dos trabalhadores que estão passando fome". Com seus instrumentos de trabalho - foices, enxadas, facões - os semterra fizeram os motoristas José Edson de Oliveira e Monzílio Rodrigues abrirem os compartimentos de carga dos ca-

minhões e, de forma rápida e organizada, levaram os produtos. Além disso, sete trechos de estradas federais foram bloqueados em Pernambuco. No Rio Grande do Sul, cinco rodovias tiveram o trânsito interrompido. Bahia - No sul da Bahia, em mais uma ação contra projeto de plantio de eucalipto, cerca de dois mil sem-terra ocupam desde domingo uma fazenda de 975 hectares da Suzano Papel e Celulose, em Teixeira de Freitas. Para montar o acampamento, eles arrancaram centenas de mudas de eucalipto. Ao comentar a onda de ocupações e saques, o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, não condenou a iniciativa, mas disse que, como todo movimento social, deve ser "tratado dentro da lei". "O MST é um movimento social. Ninguém, nenhum partido, tem controle sobre o MST". (AE)


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Automação Te l e f o n i a Convergência Lançamentos

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 18 de abril de 2006

Para 80% dos brasileiros entrevistados na pesquisa da IBM a perda de clientes é o custo mais alto do crime digital

PESQUISA: CRIME VIRTUAL É MAIS TEMIDO QUE O CRIME FÍSICO

Divulgação

"Shoppertainment": compras em clima de diversão Por Sergio Kulpas

idéia do "shoppertainment" (um neologismo que une "compras" e "entretenimento") se originou nos Estados Unidos e ganhou força na Meca do entretenimento norteamericana, Las Vegas. Na cidade famosa por seus cassinos e espetáculos, em pleno deserto de Nevada, tudo é exagerado, "larger than life". É claro que um mero centro de compras, com corredores, gôndolas e caixas não seria suficiente para essa cidade que nunca dorme sob a luz do neon. Empresas como a Rouse Co. (www.the rousecompany.com) resolveram investir em um novo conceito de shopping center, levando em conta o espírito de lazer e diversão da cidade. A empresa transformou o Fashion Show, um centro de compras no centro de Las Vegas, em um novo formato varejista. Segundo Anthony Deering, CEO da Rouse Co., o Fashion Show se tornou um lugar aonde o consumidor vai para se divertir, além de comprar. Deering diz que o Fashion Show se tornou um ponto de visita obrigatória para os turistas e consumidores da cidade. Inaugurado em 2003, o Fashion Show tem mais de 200 lojas e recebe mais de 25.000 visitantes diários. Há várias praças de alimentação, com muitos restaurantes. As lojas-âncoras incluem grandes nomes do varejo norte-americano, como Neiman Marcus, Saks Fifth Avenue, Macy's, Dillard's, RobinsonsMay, Nordstrom e Bloomingdale's Home. O Fashion Show foi criado para não ser tradicional. Como o centro de compras é "ao ar livre", existe uma gigantesca cobertura para proteger os consumidores do calor do dia. Essa cobertura foi apelidada pelos locais de "The Cloud" (A Nuvem) e se tornou um ícone arquitetônico de Las Vegas. O layout do shopping center inclui uma grande área interna, chamada de Great Hall, que é usada para apresentações promovidas pelas lojas. Durante o dia, a Nuvem protege as praças internas do calor. À noite, o teto da cobertura funciona como uma enorme tela, onde são

projetados anúncios e comerciais. Logos, imagens e luzes coloridas transformam a Nuvem em um espetáculo colorido que pode ser visto de uma grande distância. A Nuvem tem 146 metros de comprimento, 49 metros de largura e 6 metros de espessura. No ponto mais alto, a cobertura tem 39 metros de altura. Duas torres de 56 metros sustentam a cobertura nas laterais. O Fashion Show fica na Strip, a principal avenida de Las Vegas. Para competir com os espetaculares cassinos e casas de espetáculos da vizinhança, o shopping center tem TVs de 13 x 7 metros voltadas para a Strip. As TVs de plasma estão montadas em grandes trilhos e se movem por eles, criando o efeito "Dancing Video". Para exibir seus comerciais, o Fashion Show usa sistemas projetores PIGI de grande formato, com 6.000 watts de potência, capazes de transmitir imagens de 36 metros na tela da Nuvem. As imagens são geradas em programas como o Photoshop e convertidas em filmes transparentes, que são inseridos em rolos no projetor PIGI. O projetor é programado para exibir cada imagem por um período determinado, seguindo a seqüência do rolo. Cada rolo de imagens publicitárias tem cerca de 24 metros. A parte inferior da Nuvem forma uma tela com uma área de aproximadamente 6.000 metros quadrados. O Fashion Show usa ainda telas de sinalização digital da empresa belga Barco Media (www.barcomedia.com). Essas telas também têm um sistema de áudio, permitindo que as pessoas dentro do shopping possam acompanhar apresentações e shows de qualquer ponto da estrutura. Os anunciantes têm uma parceria com a Rouse Co. e com a Clear Channel Spectacolor (www.spectacolor.com) de Nova York, que desenvolve sistemas visuais de grande impacto. O sistema é adequadamente chamado de "Impact Source", integrando a estratégia de marketing do shopping center com apresentações e publicidade. Segundo Jon Sandler, diretor de merca-

Fashion Show: novo conceito de shopping, levando em conta o espírito de lazer e diversão da cidade

dos especiais da Clear Channel Spectacolor, o Fashion Show atrai muito mais visitantes devido a essas características visuais exclusivas. Jon observa que um projeto visual atraente melhora a experiência de compras do consumidor, especialmente em eventos como desfiles de coleções de moda. As projeções, TVs de plasma e outros recursos visuais tornam o ambiente muito mais comunicativo. Além de anunciar produtos e serviços das próprias lojas, as projeções ajudam a gerar receitas adicionais ao exibir comerciais de terceiros, como a General Motors, a Microsoft ou a Nikon.

É bom deixar claro que o Fashion Show é o topo da escala na tendência do shoppertainment. Afinal, ele tem de competir com vizinhos de grande impacto visual, que sempre se renovam em seu apelo. Mas soluções adaptadas desse modelo exagerado podem ser úteis para centros de comércio em outros lugares, inclusive no Brasil. Um bom sistema de sinalização digital, o uso adequado de projeções e TVs de plasma pode ser um diferencial importante. Os resultados no "laboratório de impacto visual" que é Las Vegas não deixam dúvidas quanto a isso. sergiokulpas@gmail.com

Ataques internos são as maiores ameaças à segurança Essa é uma das conclusões de uma pesquisa global patrocinada pela IBM Por Guido Orlando Júnior

Hoje vou publicar uma pesquisa global encomendada pela IBM sobre crimes digitais e seus impactos para as empresas. Os países consultados foram Alemanha, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Espanha, EUA, França, Índia, Itália, Japão, México, Polônia, Reino Unido, República Checa e Rússia, com três mil CIOs (diretores de tecnologia) e vice-presidentes dos setores de saúde, finanças, varejo e produção. Segundo a pesquisa, a maior parte dos 150 executivos entrevistados no Brasil (91%) acredita que grupos criminosos organizados, com sofisticação técnica, estão substituindo hackers individuais quando o assunto é digital. Nos 17 países o resultado também foi alto indicando 84%. A ameaça de sistemas desprotegidos em países em desenvolvimento também é crescente para 72% dos brasileiros e para 63% dos empresários ouvidos na amostra global. Outro dado chamou a atenção: 86% das empresas ouvidas no Brasil e 66% do total global afirmam que as ameaças à segurança corporativa estão surgindo dentro das próprias organizações. O estudo mostrou ainda que 38% dos executivos brasileiros vêem o crime digital como uma ameaça maior ao seu negócio do que o crime físico (23%), enquanto que no resultado da pesquisa global este índice sobe para 40%. Mais de um terço (39%) das empresas brasileiras (em comparação aos 30% da comunidade global) avalia os dois crimes como uma ameaça às suas organizações. Em relação ao impacto financeiro, 71% dos executivos de TI no Brasil acreditam que o crime digital traz mais prejuízos às suas organizações do que o crime físico (29%). No estudo global este resultado também é alto: 58%. Essa análise mostrou também que o crime

substituídos por "grupos criminais organizados que estão adotando sofisticação técnica". Você concorda ou discorda dessa frase? No Brasil, 91% dos entrevistados concordam e 9% discordam; já globalmente os números são 84% e 16%. 4 - Você acredita que sua organização possui proteção adequada contra o crime digital organizado? 72% dos executivos brasileiros responderam "Sim", 24% "Não" e 4% "Não tenho certeza"; globalmente 59% disseram "Sim", 23% "Não" e 18% "Não tenho certeza". 5 - Um analista de mercado da IDC afirma que, "hoje, uma ameaça emergente à segurança corporativa vem de dentro da organização". Você acredita que isso é verdade? No Brasil, 86% disseram que "Sim" e 14% disseram que "Não"; já no geral, 66% responderam "Sim", 21% "Não" e 13% "Não sei".

JAIR SOARES digital pode ter um grande impacto sobre os resultados das empresas. Para 80% dos brasileiros a perda de clientes é o custo mais alto, enquanto que este percentual fica em 67% entre os executivos do estudo global. O dano à imagem aparece em segundo lugar, em relação ao impacto nos negócios, para 77% das empresas ouvidas no Brasil e para 63% no resultado global. Outros impactos também apontados pelos brasileiros incluem perda de receita (66%); custo do serviço de restauração (59%); perda da produtividade dos funcionários (52%); perda de clientes em potencial (50%); custo da investigação da violação (38%); perda da capitalização do mercado (37%); custo da notificação a clientes, fornecedores e público em geral (26%); e taxas legais (17%).

Veja os pontos mais importantes: 1 - O que você acredita que representa maior ameaça para sua organização? 38% dos brasileiros responderam que a maior ameaça é o crime digital, enquanto 23% consideram o crime físico mais importante e, ambos, 39%. Globalmente os números foram 40%, 30% e 30% respectivamente. 2 - O que você acredita que representa maior ameaça para sua organização? No Brasil, 71% apontaram o crime digital e 29% o crime físico, enquanto que globalmente esses percentuais ficaram em 58% e 42%. 3 - De acordo com o Departamento de Justiça, hackers individuais estão cada vez mais sendo

5 - Você acredita que a aplicação da lei está fazendo o suficiente para combater o crime digital? Para os brasileiros, 11% acreditam que "Sim", 83% que "Não" e 6% disseram não saber; já no geral, 21% responderam "Sim", 60% "Não" e 19% disseram que são sabem. 6 - Você acredita que os legisladores do seu país estão fazendo o suficiente para ajudar os negócios e consumidores a combater o crime digital? 10% dos entrevistados no Brasil acreditam que sim, enquanto 90% acreditam que não; globalmente as respostas foram 31% "Sim", 67% "Não" e 2% não souberam responder. 7 - Você acredita que seu país está fazendo o suficiente para cooperar com outros governos na atenção mundial ao crime digital? No Brasil as respostas foram 22% "Sim" e 78% "Não"; já no âmbito global, 38% disseram "Sim", 57% "Não" e 5% não sabem.


terça-feira, 18 de abril de 2006

Tr i b u t o s Empresas Nacional Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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VENDAS A PRAZO CRESCEM APENAS 2,3% NA QUINZENA

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por cento foi a taxa de inadimplência registrada pela Fecomercio em abril, alta de três pontos percentuais sobre março.

APESAR DO CRESCIMENTO REGISTRADO NA PRIMEIRA QUINZENA DE ABRIL, LOJISTAS ESTÃO DESANIMADOS

VENDAS NO VAREJO MELHORAM Patrícia Cruz/LUZ

A

pesar da alta de 2,3% nas consultas ao Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) – que mede as vendas a prazo – na primeira quinzena de abril, na comparação com igual período do ano passado, e da expansão de 5,2% nas consultas ao Usecheque, ambos da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), os lojistas reclamaram dos negócios no período. "Para nós, que trabalhamos na rua, estes feriados atrapalham muito", disse Lindalva Barbosa Soares, gerente da Leporelo, loja de confecções na Rua São Bento, no Centro de São Paulo. "Serão duas sextas-feiras seguidas de loja fechada." Por isso ela não está otimista que o faturamento melhore na segunda quinzena do mês. "Nossa expectativa é com o Dia das Mães", disse. A culpa pelas vendas fracas, segundo o economista Emilio Alfieri, do Instituto de Economia Gastão Vidigal da ACSP, é a alta no índice de registros de inadimplência cancelados: 10,2%. Ou seja, as pessoas pararam de gastar para pagar dívidas. "O consumidor está se ajustando financeiramente, o que é racional. Mas, para isso,

Lindalva: feriados prejudicam

ele deixa de comprar", analisou Alfieri. "Se a inadimplência estivesse baixa, o consumidor gastaria um pouco mais. O varejo continua morno, apesar da Páscoa." Ao mesmo tempo em que mais gente está regularizando as contas em atraso, também aumentou o número de maus pagadores. Os registros recebidos no cadastro de inadimplentes subiram de 10,4% na mesma base de comparação. Mas, segundo Alfieri, os dois números, de registros recebidos e cancelados, devem desacelerar até o final do mês. Para Paulo Aiello, da Taba-

Patrícia Cruz/LUZ

caria Aiello, há 29 anos na Rua do Comércio, as vendas, comparadas à primeira quinzena de março, caíram cerca de 20%. "Serão só 18 dias úteis em abril, mas tenho a expectativa de que melhore agora na segunda quinzena ", disse Aiello. Dias melhores – Na opinião de Guilherme Afif Domingos, presidente da ACSP, o movimento do comércio deve melhorar a partir de maio em função da entrada dos recursos do novo salário mínimo, de uma nova redução da taxa básica de juros, a Selic, e também pelo efeito do crescimento dos gastos públicos. Além da boa expectativa com a aproximação do Dia das Mães. A recepcionista bilíngüe Janaina Pereira, por exemplo, disse que vai comprar, junto com as duas irmãs, um presente "melhorzinho" no Dia das Mães. "Mãe é mãe, tem que gastar um pouco mais." Elas ainda estão pagando um crediário feito no Natal de um aparelho de DVD. Nenhuma parcela, até agora, foi paga com atraso. "Já tive o nome sujo e demorou mais de três anos para limpar. Não quero cometer o mesmo erro", afirmou.

Paulo Aiello, da Tabacaria Aiello: queda de 20% na comparação com a primeira quinzena de março Fotos: Newton Santos/Hype

Kety Shapazian

Endividamento cai, inadimplência não. O Mais jovens no mercado de trabalho no documento divulgado. Eles ressaltaram que, de março para abril, a inadimplência subiu três pontos percentuais, de 42% para 45%. Também aumentou o número de pessoas que não poderão quitar parcelas em atraso. De acordo com a pesquisa, em abril o contingente de entrevistados dispostos a quitar total ou parcialmente dívidas pendentes caiu de 78% para 70%. O grupo de impossibilitados de pagar compromissos aumentou de 21% para 27%. Quanto ao prazo, 68% das prestações devem ser liquidadas em até um ano. Para 31,4% dos consumidores, o prazo até o vencimento total das prestações supera 12 meses. Piora – "Apesar da queda no percentual de endividados, houve deterioração dos de-

mais indicadores, com mais contas em atraso e menor intenção de saldar dívidas, embora o comprometimento da renda tenha permanecido estável", disse o presidente da Fecomercio, Abram Szajman. No contraponto entre abril e igual período de 2005, foi registrada queda no endividamento, que era de 63%, e estabilidade de inadimplentes. A avaliação dos assessores da Fecomercio é a de que a alta mensal da inadimplência reflete o elevado grau de endividamento dos consumidores no início do ano, fruto de contas relacionadas ao pagamento de tributos desse período, além das compras de Natal. "Há, ainda, o efeito da expansão da oferta de crédito, que seduz e leva o consumidor a acumular mais dívidas." (AE)

Terceirização gira R$ 20 bi por ano O setor de serviços terceirizados fatura R$ 20 bilhões por ano e emprega 1,5 milhão de trabalhadores com carteira assinada. A constatação é da Federação Nacional das Empresas Prestadoras de Serviços de Limpeza e Conservação (Febrac), que divulgou estudo inédito sobre o mercado. Entraram na pesquisa diversos segmentos do setor, que emprega faxineiros, porteiros, jardineiros, vigilantes, manobristas e office-boys. De acordo com o levantamento, 11 mil empreendimentos formais, com maior participação de micros e pequenas empresas (68%), compõem o setor, que recolhe até R$ 2,35 bilhões ao ano em impostos federais. A Febrac destacou que 75% das companhias e 74% dos empregados estão nas regiões Sul e Sudeste do País. Outro ponto da pesquisa é a movimentação financeira sig-

nificativa que o setor gera para outros segmentos da economia, como o de uniformes, equipamentos e maquinário e telefonia e veículos. Cenário animador — Os números da Febrac mostraram um cenário animador, pois cerca de 50% do mercado de limpeza institucional no setor privado (que representa 40% do total) já está nas mãos de terceiros, especialmente nas grandes empresas — como indústrias, bancos, condomínios comerciais, escritórios, supermercados, shopping centers, terminais rodoviários e aeroportos. Essa participação dos terceirizados é maior nos grandes centros urbanos e nas regiões Sul e Sudeste. No setor público, que representa cerca de 60% do mercado de limpeza, o nível de terceirização é bem maior, atingindo 90%. De acordo com o levantamento da Febrac, praticamen-

te a única área estatal que ainda está disponível, nos âmbitos federal, estadual e municipal, é a da educação, em escolas e universidades. A entidade avaliou que os segmentos consumidores com maior potencial para crescimento da terceirização no Brasil são pequenos e médios escritórios, empresas de menor porte, hotéis, hospitais, instituições de ensino, indústrias alimentícias e condomínios residenciais. (AE)

Sandro: esperança em encaminhamento para entrevista

Vanessa: ajuda para o cursinho

S

inglês, informática e técnicas de secretariado. E Sandro, embora tenha trabalhado em empreendimento da família desde os 14 anos, também canalizou o dinheiro que recebia para aprimorar-se em inglês e em cursos de informática. Mas a pesquisa aponta que, entre adolescentes de 16 e 17 anos, idade em que a legislação brasileira permite o trabalho, a freqüência escolar diminui à medida que essas pessoas ingressam no mercado profissional, explica a economista Cristiane Soares, do IBGE. Balanço – Números do balanço de março de 2006, do Centro de Solidariedade, mostram que em São Paulo os adolescentes representaram 0,52% do total de pessoas que conseguiram uma colocação profissional, contra 0,47% em fevereiro e 0,29% em março de 2005. Foram 26 vagas.

e pudesse optar, Vanessa de Jesus Eduardo concentraria todo o seu tempo para dar continuidade aos estudos. Determinada, aos 18 anos e com ensino médio concluído em 2005, ela já tem clareza sobre o rumo profissional para sua vida: ser psicóloga. No ano passado, não foi possível passar no vestibular da Fuvest e ter direito ao ensino gratuito da Universidade de São Paulo (USP). Este ano ela quer buscar reforço no cursinho para encarar novos exames. Na tarde de ontem, por conta disso, era uma das candidatas aos postos de trabalho intermediados pelo Centro de Solidariedade ao Trabalhador, da Força Sindical, em São Paulo. É desse possível primeiro emprego que ela pretende tirar a mensalidade do cursinho. Vanessa faz parte do contingente de jovens que a cada ano participa mais do mercado de trabalho. Os Indicadores Sociais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a taxa de atividade (percentual da população ocupada e procurando colocação) dos jovens brasileiros entre 18 e 24 anos cresceu de 73,2% em 2003 para 74,4% em 2004. Entre as nove regiões metropolitanas pesquisadas pelo instituto, a de São Paulo (em-

patada com Porto Alegre) apresenta a segunda maior taxa de atividade nessa faixa etária, com percentual de participação no mercado de trabalho de 80,1%. Só perde para Belo Horizonte (81,2%). Oportunidades – Assim como Vanessa, o estudante Sandro Gomes Pereira, de 19 anos e cursando o primeiro semestre de Ciências da Computação, também saía do Centro de Solidariedade depositando esperanças na entrevista prometida para hoje. Seu primeiro emprego formal ainda não deve ser na área de informática, mas poderá ajudar a quitar a mensalidade da faculdade, além de permitir-lhe um período do dia para estudar. Levando-se em conta os indicadores do IBGE, os jovens Vanessa e Sandro são privilegiados. Ela porque pôde dedicar-se aos estudos e ampliar conhecimentos com curso de

Fátima Lourenço

Factoring

DC

nível de endividamento dos consumidores da Região Metropolitana de São Paulo caiu em abril em relação a março, mas houve avanço da inadimplência, segundo a Pesquisa de Endividamento do Consumidor (PEIC) da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio). Houve recuo de três pontos percentuais no número de endividados na região, que passou de 64% para 61%. A pesquisa confirma os dados sobre inadimplência divulgados, também ontem, pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP). "O fato de o percentual de consumidores endividados da Região Metropolitana de São Paulo ter recuado está longe de ser uma boa notícia", disseram os assessores econômicos da Federação

O que é Factoring? FALÊNCIA & RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 17 de abril de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência e recuperação judicial:

Reqte: Modelação Brasileira Ltda. - Reqdo: Ciwal Acessórios Industriais Ltda. - Rua 3’ Sargento João Soares de Farias, 264 - 02ª V. Falências Reqte: Madeireira Herval Ltda. - Reqdo: Fabiano Cavalcanti Leme da Cunha - EPP - Rua Virgilio Carvalho Pinto, 487 - 02ª V. Falências Reqte: Ultra Créd Fomento Mercantil Ltda. Reqdo: Rol Lex S/A Indústria e Comércio - Av. Engenheiro Euzébio Stevaux, 1159 01ª V. Falências Reqte: ABC Pneus Ltda. - Reqdo: Manoel

Rodrigues de Souza - ME - End.: n/c 02ª V. Falências Reqte: Frigorífico Baby Beef Ltda. EPP - Reqte: Frigorífico Better Beef Ltda. – EPP - Reqdo: Comércio de Carnes Neva Ltda. - Rua Herbart, 47 – Box 106 - 02ª V. Falências Reqte: Comercial Dimel Ltda. - Reqdo: Construtora Lindenbach Ltda. - Rua Martim de Sa, 65 - 02ª V. Falências Reqte: Mônica Fernandes - Reqdo: Gazeta Mercantil S.A. - Av. Dr. Cardoso de Melo, 1666 – 10º andar – conj. 101 - 02ª V. Falências

É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa. Entre em contato conosco Empresa filiada PABX (11) 6748-5627 (Itaquera) à ANFAC 6749-5533 (Artur Alvim) E-mail: falecom@finanfactor.com - www.finanfactor.com


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

INFORMÁTICA - 7


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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15

por cento ao ano é a taxa para Certificação de Depósito Bancário (CDB) para 91 dias, de acordo com a Enfoque Sistemas

17/4/2006

Informe Publicitário

FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Situação em 12/04/2006 Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda

Fundo P.L. do Fundo Empresarial LP ....................... 4.325.992,99 Lastro Performance LP ......... 1.001.745,41 Múltiplo LP .............................. 3.182.503,15 Esher LP .................................. 2.476.459,14 Master Recebíveis LP ........... 435.198,18

Valor da Cota Subordinada 1.033,240478 998,170830 1.031,158664 1.008,532287 957,722562

% rent.-mês 1,5234 0,5466 0,6578 0,3951 0,4534

% ano 5,7596 -0,1829 3,1159 0,8532 -4,2277

Valor da Cota Sênior 0 1.018,660906 1.025,309196 0 0

% rent. - mês 0,4889 0,5325 -

% ano 1,8661 2,5309 -

rating AA-(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)

DC

COMÉRCIO


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.LOGO

Do presidente da Fifa, Joseph Blatter, sobre a Seleção Brasileira. Blatter também nomeou ontem as "três piores pragas do futebol": o racismo, o G-14 e a corrupção.

Logo Logo www.dcomercio.com.br/logo/

ABRIL

[Carlos Alberto] Parreira tem craques, mas não é certo que tenha um conjunto. Um exemplo disso é o meu time do coração, o Real Madrid, que, como o Brasil, tem muitos craques, mas é a prova de que onze Pelés não são garantia para formar uma boa equipe.

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18 Dia de Monteiro Lobato (1882-1948), escritor brasileiro, comemorado na data de seu nascimento

B IODIVERSIDADE M ÚSICA

Cajá, açaí, pinhão...

A melhor letra da história A letra da música One, do álbum Achtung Baby lançado em 1992 pela banda irlandesa U2, foi escolhida a melhor da história, entre cem músicas. Diz a letra: We´re one/But we´re not the same/We get to carry each other/Carry each other/One/Have you come here for forgiveness?/Have you come to raise the dead?Have you come to play Jesus/To the lepers in your head?(ou, em português, algo como "Somos um/Mas não somos o mesmo/Temos de carregar um ao outro//Você veio aqui por perdão?/Você veio levantar os mortos?/Você veio aqui para bancar Jesus ou/Para os leprosos da sua cabeça?) A pesquisa foi

realizada pelo canal de TV paga VH1, realizada com cerca de 15 mil pessoas. One superou criações de músicos como Bob Dylan, Bob Marley, Beatles e David Bowie. Uma das melhores gravações da música foi feita pelo cantor country Johnny Cash, cuja cinebiografia concorreu a vários prêmios no Oscar deste ano. Sua última versão, gravada pela norteamericana Mary J. Blige junto do U2, está ocupando as primeiras posições das paradas britânicas. De acordo com a pesquisa, em segundo lugar ficou How Soon is Now?, da banda britânica The Smiths, seguida por Smells Like Teen Spirit, do grupo norteamericano Nirvana.

A STRONOMIA

"Vazio" é repleto de estrelas

Lista com 5 mil nomes da biodiversidade brasileira vai evitar patentes no exterior

U

mbu, cajá, maracujá, cupuaçu, açaí e pinhão. Esses e outros cerca de 5 mil nomes da fauna, flora e microorganismos da biodiversidade do País fazem parte de uma lista elaborada por um grupo interministerial coordenado pelo Ministério da Agricultura. O objetivo é evitar que nomes tradicionais da biodiversidade brasileira sejam patenteados no exterior, como já aconteceu algumas vezes. O banco de dados será apresentado hoje, às 15h, no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, ao grupo interministerial de propriedade intelectual. O grupo é formado por técnicos dos ministérios da Agricultura, Desenvolvimento, Indústria e Com é r c i o E x t e r i o r, M e i o Ambiente, Relações Exteriores e Ciência e Tecnologia. De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério da Agricultura, o objetivo é en-

viar a relação de nomes em forma de software às maiores oficinas de patente mundiais localizas na Europa, Estados Unidos e Japão. As informações foram recolhidas por meio de um esforço conjunto entre os ministérios, a Embrapa e Ibama. Segundo o assessor do Departamento de Propriedade Intelectual e Tecnologia da Agropecuária da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do ministério, Leontino de Rezende a lista dos nomes vai garantir mais um instrumento para orientar o processo de patente internacional. "É uma base de dados que tem o objetivo de facilitar a busca de anterioridade para que os analistas de registros de marcas e patentes das principais oficinas de propriedade intelectual do mundo tenham acesso aos nomes comuns da biodiversidade brasileira para evitar que sejam concedidos registros de novas marcas e patentes que usem de

forma indevida nomes que são comuns de nossa fauna e flora", disse Rezende. Ele acrescentou que o banco de dados "é uma medida de valorização, proteção e respeito pela biodiversidade brasileira" "É uma ação próativa. Além disso, é uma demanda social, principalmente depois que o Japão patenteou o nome cupuaçu, criando barreiras para o produto brasileiro", afirmou Helinton José Rocha, diretor do Departamento de Propriedade Intelectual e Tecnologia do Ministério da Agricultura. Depois da apresentação da lista ao grupo interministerial, o documento será encam i n h a d o a o I t a m a r a t y, a quem caberá enviar o software às oficinas de patente. "Estamos dando subsídios para que oficinas melhorem seus serviços e, ao mesmo tempo, preservem o valor tradicional da biodiversidade brasileira", disse o diretor.

Jiji Press/AFP

E M

que o limite do olho humano é capaz de observar. A imagem foi produzida depois de mais de 64 horas de observações realizadas com a câmera de campo aberto acoplada ao telescópio. A Deep 3 - que fica entre as constelações do Corvo, Virgem e Hidra - foi escolhida pelos cientistas exatamente por parecer vazia. Em seu website, a ESA oferece um recurso de "zoom", com o qual o visitante pode penetrar no espaço vazio e descobrir as estrelas escondidas na escuridão.

VISUAIS

L ITERATURA

'O destruidor de clichês' Reprodução

poeta Augusto Frederico Schmidt (1906-1965) faria 100 anos neste 18 de abril. Poeta da segunda geração do modernismo, sua obra vem sendo merecidamente valorizada. O centenário levou a Editora Globo a lançar Um século de poesia, antologia de poemas que inclui inéditos das décadas de 1940 e 1960, alguns antes publicados em 1995, na coletânea Poesia Completa. Conhecido como livreiro e diplomata, em 1931 fundou a editora Schmidt, que publicou obras importantes como Caetés, de Graciliano Ramos, e Casa Grande & Senzala, de Gilberto Freyre. De 1956 a 1966 foi delegado da Organização das Nações Unidas (ONU) no Brasil e embaixador na Comunidade Econômica Européia. Entre seus livros mais inspi-

O

www.gadgetuniverse.com/

O site da União Européia está em um português um pouco confuso, mas traz informações relevantes para quem quer fazer negócios com os países do bloco e mesmo para quem pensa em estudar na Europa. Os itens mais importantes do site são as dicas sobre documentação necessária em ambos os casos e as informações detalhadas sobre cada ramo de atividade. No link Serviços, além de ferramentas do site é possível encontrar o linha direta, com telefones e e-mails para esclarecer dúvidas.

product_detail.asp?SKU=TH+366+N

http://europa.eu.int/index_pt.htm

A alemã Deutsche Welle divulgou ontem uma longa entrevista com o jogador brasileiro Ronaldinho Gaúcho, atualmente no Barcelona. O assunto, claro, a Copa do Mundo da Alemanha. Sem falsa modéstia, o craque foi categórico: "Esta Copa do Mundo é do Brasil". Ronaldinho também assumiu que é um dos melhores jogadores do mundo no momento, mas foi humilde ao ser perguntado se o Mundial de 2006 será seu Mundial: "Quero apenas fazer o melhor que posso", disse o jogador.

rados estão Estrela Solitária (1940), Mensagem aos Poetas Novos (1950) e O Caminho do Frio (1964). Chamado por Manuel Bandeira de "destruidor de clichês", tinha entre seus temas preferidos a morte, a ausência, a perda. Lírico, porém realista, até o fim da vida pedia às musas que mantivessem nele seu bem mais precioso: a lucidez. Em Oração da Noite, um de seus mais contundentes poemas, roga: Não me abandones, desamparado/privado de razão, / e de vontade / aos caprichos da minha imaginação". (Lúcia Helena de Camargo) Um século de poesia, organização

O grupo católico Opus Dei pediu à Sony Pictures que coloque no filme O Código Da Vinci um aviso de que se trata apenas de um trabalho de ficção. No livro em que o filme é baseado, a Opus Dei é caracterizada como um grupo secreto que durante séculos trabalhou de forma obscura para esconder verdades sobre Jesus Cristo. Com o filme prestes a estrear, em maio, a Opus Dei e outros grupos cristãos estão patrocinando Web sites para dizer às pessoas que a história do livro não é verdadeira. thetruthaboutdavinci.com davincioutreach.com

C HINA

Intimidades do primeiro milênio Um museu chinês anunciou a descoberta de fragmentos de um sutiã e um par de chinelos bordados de quase mil anos. As peças foram encontradas em um túmulo da Dinastia Liao (916-1225 d.C.). Os fragmentos do sutiã têm um enchimento de algodão e são bordados a ouro. Os chinelos medem 23 centímetros. Foram bordados com centenas de flores e forrados com seda fina. As peças, que poderiam ser parte das roupas íntimas de uma mulher nobre da Dinastia Liao , ajudarão os pesquisadores a estudar os costumes e os bordados daquela época.

de Letícia Mey e Euda Alvim. Editora Globo, 232 páginas, R$ 35.

L OTERIAS Concurso 134 da LOTOFÁCIL

A TÉ LOGO

L

A medicina chinesa aliada à tecnologia do século 21. É assim que o site Gadget Universe anuncia a Acu-pen, um aparelhinho que lembra uma caneta e serve para estimular a circulação do corpo. Basta aplicar a ponta sobre a pele. Um visor também dá informações sobre a saúde do usuário. Funciona com pilha e custa US$ 99,95.

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Europa para estudos e negócios

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Acupuntura sem agulhas

'Esta Copa é do Brasil'

Opus Dei antecipa polêmica de filme

CRIANÇA FELIZ - Comemorado no Japão em 5 de maio, o Dia da Criança inspirou o Festival do Conto de Fada, que acontece na cidade de Kusu, oeste do país. Um túnel em forma de carpa com 20 metros de diâmetro é a principal atração do evento.

C A R T A Z

F AVORITOS

B RAZIL COM Z

C INEMA

www.eso.org/outreach/press-rel/

G @DGET DU JOUR

O prêmio Pulitzer, o mais importante dos EUA para literatura e jornalismo, este ano foi para dois jornais locais dos EUA. The Times-Picayune, de Nova Orleans, e The Sun Herald, de Biloxi, Mississippi, foram reconhecidos pela cobertura que fizeram da passagem do furacão Katrina e dividiram o prêmio na categoria de jornalismo de serviço público, uma das mais importantes. O prêmio, que é concedido pela Universidade de Columbia. Outra reportagem premiada foi a de Jim Sheeler, do Rocky Mountain News, com a matéria sobre o fuzileiro que ajudava as famílias de soldados mortos no Iraque a suportar a perda.

www.dw-world.de/dw/

pr-2006/images/phot-14-06-w0.html

Instalações e imagens retratam a convivência de Marie Ange Bordas com refugiados na África e França. Caixa Cultural. Praça da Sé, 111. Terça a domingo, 9h às 21h. Telefone: 3107-0498. Grátis.

Pulitzer para os 'nanicos'

ar ticle/0,2144,1970733,00.html

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O "vazio" é cheio de estrelas de luz imperceptível ao olho humano. Esta é a conclusão que se tira a partir de uma imagem divulgada pela Agência Espacial Européia (ESA) em seu site na internet. A imagem foi produzida por um telescópio mantido pela agência na localidade de La Silla, no Chile. A área focalizada pelas lentes do equipamento - conhecida como Deep 3 ou Profunda 3 - é uma região do espaço aparentemente vazia. Mas ali foram registrados inúmeros objetos cuja luz é 100 milhões de vezes mais fraca do que aquela

M ÍDIA

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Depois da Copa da Alemanha, Ronaldo pode voltar a Milão: Inter e Milan querem o passe Ministério Público e Ibama pedem demolição de casas na represa do Jaguari, em São Paulo Memória circense brasileira, atualidades e legislação para o setor ganham site na internet

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ECONOMIA/LEGAIS - 7

BALANÇOS

ATA EMBALAGENS FLEXÍVEIS DIADEMA S.A. CNPJ nº 04.716.366/0001-12

Balanços Patrimoniais em 31 de Dezembro - Em milhares de reais Ativo 2005 2004 Passivo e patrimônio líquido Circulante Circulante Empréstimos e financiamentos Caixa e bancos 2.605 3.169 Fornecedores Aplicações financeiras 5.375 – Obrigações tributárias Contas a receber de clientes 21.915 12.956 Salários e encargos sociais Provisão para créditos de realização duvidosa (385) (514) Parcelamento de contribuições e tributos Estoques 7.635 9.862 Juros sobre o capital próprio Dividendos Impostos a recuperar 1.600 1.761 Outras contas a pagar Outras contas a receber 360 545

2005

2004

1.381 12.310 2.104 3.716 127 – 409 1.858 21.905

– 10.836 779 3.097 117 425 – 1.219 16.473

5.136 1.505 825 1.330 8.796

– 1.233 877 – 2.110

63.564 – (9.119) 54.445 85.146

18.495 93 1.014 19.602 38.185

Reserva Lucros Capital social Reserva de ágio de lucros - legal (prejuízos) acumulados Em 31 de dezembro de 2003 18.495 – – (3.416) Lucro líquido do exercício – – – 5.273 Reserva legal – – 93 (93) Juros sobre o capital próprio – – – (750) Em 31 de dezembro de 2004 18.495 – 93 1.014 Distribuição de lucros de exercícios anteriores – – – (1.014) Juros sobre o capital próprio apurados até 31 de março de 2005 – – – (228) Distribuição de lucros gerados até 31 de março de 2005 – – – (1.143) Constituição de reserva legal – – 73 (73) Capitalização da reserva legal 166 – (166) – Restituição de capital (7) – – – Subscrição e integralização de capital e correspondente ágio 6.742 44.903 – – Cisão parcial (18.660) (32.978) – – Capitalização do saldo da reserva de ágio 11.925 (11.925) – – Aumento de capital por incorporação 44.903 – – – Ajuste do valor do ágio – – – (11.918) Lucro líquido do exercício – – – 4.243 Em 31 de dezembro de 2005 63.564 – – (9.119)

Total 15.079 5.273 – (750) 19.602 (1.014) (228) (1.143) – – (7) 51.645 (51.638) – 44.903 (11.918) 4.243 54.445

Realizável a longo prazo Impostos a recuperar Imposto de renda e contribuição social diferidos Outras contas a receber Permanente Imobilizado Diferido Total do ativo

39.105

27.779

1.140 1.380 66 2.586

32 1.133 – 1.165

15.418 28.037 43.455 85.146

9.241 – 9.241 38.185

Exigível a longo prazo Empréstimos e financiamentos Provisão para contingências Parcelamento de contribuições e tributos Dividendos Patrimônio líquido Capital social Reserva de lucros Lucros (prejuízos) acumulados

Total do passivo e patrimônio líquido Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido - Em milhares de reais

Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2005 e de 2004 Em milhares de reais, exceto quando indicado 1. Contexto operacional: Fundada em 1979, a Embalagens Flexíveis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Na elaboração das Diadema Ltda., transferiu em 2001 suas operações para a companhia demonstrações financeiras foi necessário utilizar estimativas para Itaguassú Empreendimentos e Participações S.A., e em 11 de dezembro de contabilizar certos ativos, passivos e outras transações. As demonstrações 2001, sua denominação social passou a ser Embalagens Flexíveis financeiras da companhia incluem, portanto, várias estimativas referentes à Diadema S.A. A companhia iniciou juridicamente suas operações em 1º de seleção das vidas úteis do ativo imobilizado, provisões necessárias para janeiro de 2002 e tem como atividade preponderante a fabricação, passivos contingentes, determinações de provisões para créditos de comercialização, importação e exportação de embalagens, abrangendo a realização duvidosa e outras similares; eventualmente, os resultados reais impressão e beneficiamento de papéis, papelão, celofane, alumínio, resina, podem apresentar variações em relação às estimativas. 3. Principais plásticos e materiais similares, fabricação de chapas de fibra ou partículas práticas contábeis: (a) Apuração do resultado: O resultado é apurado de madeira. 2. Apresentação das demonstrações financeiras: As pelo regime de competência de exercícios. (b) Ativos circulante e demonstrações financeiras foram elaboradas e estão sendo apresentadas realizável a longo prazo: Os estoques são demonstrados ao custo médio

Demonstrações do Resultado - Exercícios Findos em 31 de Dezembro - Em milhares de reais, exceto quando indicado 2005 2004 Receita bruta das vendas 173.370 132.032 Impostos e encargos sobre vendas (40.649) (30.068) Devoluções e cancelamentos (1.800) (788) Receita líquida das vendas 130.921 101.175 Custo dos produtos vendidos (102.104) (78.995) Lucro bruto 28.817 22.180 (Despesas) receitas operacionais Com vendas (2.673) (2.297) Gerais e administrativas (13.286) (10.804) Honorários da administração (98) (291) Despesas financeiras (1.937) (2.058) Receitas financeiras 671 358 Amortização de ágio (4.948) – Outras despesas operacionais (364) (213) (22.635) (15.305) Lucro operacional 6.182 6.875 (Despesas) receitas não operacionais, líquidas (18) (100) Lucro antes do IR e da contribuição social 6.164 6.776 Imposto de renda e contribuição social do exercício (2.396) (1.544) Imposto de renda e contribuição social diferidos 247 (709) Lucro antes da reversão dos juros s/o capital próprio 4.015 4.523 Reversão dos juros sobre o capital próprio 228 750 Lucro líquido do exercício 4.243 5.273 Lucro p/lote de mil ações do cap.soc. no fim do exerc. - R$ 6,68 28,51 de aquisição ou produção, inferior aos custos de reposição ou aos valores de realização. Os demais ativos são apresentados ao valor de custo ou de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias auferidos. A provisão para créditos de realização duvidosa é constituída por montante considerado suficiente para fazer face a eventuais perdas no recebimento das contas a receber. (c) Ativo permanente: O imobilizado é demonstrado ao custo de aquisição, deduzido da depreciação calculada pelo método linear, às taxas anuais mencionadas na Nota 8. O diferido, representado por ágio fundamentado na perspectiva de lucratividade futura, é amortizado com base no prazo de sua recuperação, estimado em cinco anos. (d) Passivos circulante e exigível a longo prazo: São demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e das 2005 2004 variações monetárias incorridos. 4. Estoques: Produtos acabados 1.439 2.991 Produtos em elaboração 1.340 1.325 Matérias-primas e componentes 5.087 5.607 Provisão para estoques obsoletos (231) (61) 7.635 9.862 5. Imobilizado: 2005 2004 DepreTaxas ciação anuais de Custo acum. Líquido Líquido depr. - % Máq. e equip. 15.384 (9.883) 5.501 8.231 7,14 a 25,00 Veículos 127 (46) 81 60 20 Móveis e utensílios 217 (61) 156 141 10 Softwares 725 (408) 317 382 20 Equip. de informática 365 (163) 202 178 20 Benf. em imóv. de terc. 209 (130) 79 127 (*) Imobil. em and. 9.006 – 9.006 – Outros 76 – 76 122 26.109 (10.691) 15.418 9.241

Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos Exercícios Findos em 31 de Dezembro - Em milhares de reais Origens de recursos Das operações sociais Lucro líquido do exercício Desp. (receita) que não afetam o cap. circ.: Deprec. Amortização do ágio Valor residual do ativo permanente baixado Imposto de renda e contribuição social diferidos Encargos financeiros do exigível a longo prazo Provisão para contingências De acionistas/partes relacionadas Transf. do circ. para o exigível a LP - dividendos Redução do realizável a longo prazo Subscrição e integraliz. de cap. e corresp. ágio De terceiros Redução do realizável a longo prazo Ingresso de recursos no exigível a longo prazo

2005

2004

4.243 5.273 3.135 3.024 4.948 – 40 1.641 (247) 709 95 179 272 94 12.486 10.920 1.330 – 51.645 52.975

– 392 – 392

– 14 5.305 – 5.305 14 70.766 11.326

Total dos recursos obtidos Aplicações de recursos No realizável a longo prazo 1.174 – No imobilizado 9.352 879 Juros sobre o capital próprio e dividendos 2.385 750 Redução patrimonial decorrente de cisão 51.638 – Restituição de parcela do capital social 7 – Liquidação do exig. a LP - partes relacionadas – 4.122 Transf. do exig. a longo prazo para o passivo circulante 316 117 Total dos recursos aplicados 64.872 5.868 Aumento no capital circulante 5.894 5.458 Variações do capital circulante Ativo circulante No fim do exercício 39.105 27.779 No início do exercício (27.779) (18.565) 11.326 9.214 Passivo circulante No fim do exercício 21.905 16.473 No início do exercício (16.473) (12.717) 5.432 3.756 Aumento no capital circulante 5.894 5.458

CONVOCAÇÕES

(*) Conforme contrato de aluguel. O imobilizado em andamento está representado, substancialmente, por máquinas e equipamentos importados, que se encontravam em fase de instalação. Do total da depreciação do exercício, R$ 2.934 (2004 - R$ 2.735) foram apropriados ao custo de produção. 6. Patrimônio líquido: (a) Capital social: Está representado por 635.639.581 (2004 - 184.951.404) ações ordinárias nominativas, com valor nominal de R$ 0,10 por ação. Diretoria Helio Robles de Oliveira - Diretor Fernando Juvenal Trentin - Contador - CRC - 1SP229981

COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO AGRÍCOLA DE SÃO PAULO - CODASP CNPJ 61.585.220/0001-19 RELATÓRIO DA DIRETORIA Senhores Acionistas, Em observância às disposições legais e estatutárias, temos a satisfação de submeter à apreciação e deliberação de V.Sas. as contas relativas ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, compreendendo: o Balanço Patrimonial, a Demonstração do Resultado do Exercício, a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos, a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, Balanço Social e as Notas Explicativas que fazem parte integrante das Demonstrações Contábeis ora apresentadas. Colocamos, ainda, à disposição de V.Sas. o Relatório de Atividades do ano de 2005. São Paulo, 20 de março de 2006. A DIRETORIA. Balanços Sociais dos Exercícios Encerrados em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 - não auditados 31/12/2005 31/12/2004 1. Base de cálculo R$ R$ 1.1. - Faturamento 23.759.600,46 24.052.027,37 1.2. - Lucro (Prejuízo) Operacional -3.761.985,76 -11.240.664,99 1.3. - Folha de pagamento 5.167.364,09 5.111.502,56 % s/folha % s/lucro % s/folha % s/lucro 2. Indicadores Laboriais de pagto. operacional de pagto. operacional 2.1. - Alimentação 573.261,10 11,09% -15,24% 561.403,90 10,98% -4,99% 2.2. - Encargos sociais compulsórios 1.987.482,51 38,46% -52,83% 1.836.819,10 35,94% -16,34% 2.3. - Saúde 435.566,09 8,43% -11,58% 366.824,25 7,18% -3,26% 2.4. - Educação 15.455,79 0,30% -0,41% 7.057,68 0,14% -0,06% 2.5. - Outros benefícios 76.367,76 1,48% -2,03% 103.982,39 2,03% -0,93% TOTAL - Indicadores laboriais 3.088.133,25 59,76% -82,09% 2.876.087,32 56,27% -25,59% % s/fatu% s/ lucro % s/fatu% s/ lucro 3. Indicadores Sociais ramento operacional ramento operacional 3.1.- Impostos (excluídos encargos sociais) 2.475.973,92 10,42% -65,82% 1.994.260,68 8,29% -17,74% 3.2. - Contribuições para a sociedade 36.904,16 0,16% -0,98% 36.404,16 0,15% -0,32% TOTAL - Indicadores sociais 2.512.878,08 10,58% -66,80% 2.030.664,84 8,44% -18,07% nº de nº de 4. Indicadores do Corpo Funcional empregados empregados 4.1. - Nº de empregados ao final do período 128 128 Balanços Patrimoniais Encerrados em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 Ativo 2005 2004 Passivo 2005 2004 Circulante 9.851.091,97 13.329.661,52 Circulante 8.973.371,77 16.480.576,56 Caixa e bancos 1.569.693,71 7.997.535,12 Fornecedores 4.824.220,39 5.742.961,11 Clientes (nota 4) 6.902.391,93 2.593.759,96 Salários e contribuições 596.617,58 671.267,10 Titulos e valores mobiliários 31.890,71 63.375,04 Adiantamento de Clientes 1.687.015,80 8.344.572,20 Impostos a recuperar 1.022.010,60 1.685.431,81 Impostos e taxas 684.626,32 101.607,71 Estoques (nota 3 “c” e 5) 170.203,75 207.245,41 Outras contas a pagar 150.489,17 80.443,80 Créditos de funcionários 134.101,92 125.972,81 Provisão para encargos 789.788,31 744.363,65 Outras contas a receber 125,91 601.482,30 Provisão p/ contings. trabals. (nota 7 “b”) 240.614,20 795.360,99 Despesas do exercício seguinte 20.673,44 54.859,07 Exigível a Longo Prazo 500.940,04 879.799,59 Realizável a Longo Prazo 2.485.916,08 2.516.622,73 Imps. e contribs. parcelados (nota 7 “a”) 446.827,50 500.959,05 Clientes (nota 4) 2.291.417,16 2.291.417,16 Provisão p/ contings. trabals. (nota 7 “b”) 54.112,54 378.840,54 Depósitos restituíveis 98.159,38 128.878,53 Patrimônio Líquido 18.478.596,82 22.240.887,76 Devedores por cheques em cobrança 17.400,50 17.388,00 Capital social (nota 8) 84.688.320,02 84.688.320,02 Despesas a apropriar 78.939,04 78.939,04 Reservas de capital 22.295,25 22.295,25 Permanente 15.615.900,58 23.754.979,66 Reserva de reavaliação 712.674,73 740.594,65 Investimentos (nota 3 “d”) 86.931,19 86.931,19 Reserva especial - Decreto 332/91 786.721,40 786.721,40 Imobilizações (nota 3 “e” e 6) 15.528.969,39 23.668.048,47 Lucros ou prejuízos acumulados (67.731.414,58) (63.997.043,56) Total do Ativo 27.952.908,63 39.601.263,91 Total do Passivo 27.952.908,63 39.601.263,91 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido dos Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 Capital Social Reserva Doações Lucros ou Res. Espec. de para (Prejuízos) Total Eventos Integralizado Dec. 332/91 Reaval. Investim. Acumulados Saldos em 31/12/03 84.688.320,02 786.721,40 768.514,57 22.295,25 -52.782.054,66 33.483.796,58 Realização de reserva -27.919,92 27.919,92 0,00 Resultado do exercício -11.242.908,82 -11.242.908,82 Saldos em 31/12/04 84.688.320,02 786.721,40 740.594,65 22.295,25 -63.997.043,56 22.240.887,76 Realização de reserva -27.919,92 27.919,92 0,00 Resultado do exercício -3.762.290,94 -3.762.290,94 Saldos em 31/12/05 84.688.320,02 786.721,40 712.674,73 22.295,25 -67.731.414,58 18.478.596,82 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis dos Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 Nota 1 – Das Operações - A Companhia tem por objeto operar, em acima deste prazo estão classificados no realizável e exigível a longo prazo. consignação, por conta própria ou de terceiros, em atividades de motome- c) Os estoques estão registrados pelo preço médio de aquisição, inferiores canização especialmente dirigidas à irrigação e à conservação de solo e de ao custo de reposição. d) Os valores registrados como Investimentos estão água, bem como atividades ligadas à agricultura, em edificações rurais e demonstrados ao custo de aquisição, atualizados monetariamente até 31/ aquelas voltadas à prestação de serviços de silvicultura e recursos naturais, 12/95 e deduzidos de provisão para perdas, devido a participações em que implementem a política do governo estadual de São Paulo, e ainda projetos de reflorestamento que foram extintos. e) O Imobilizado está celebrar convênios para atingir as metas dos programas instituídos pelo registrado pelo custo de aquisição, acrescido de reavaliação conforme Chefe do Poder Executivo, relacionados com a atividade principal da laudo técnico de 01/03/1989, atualizado monetariamente até 31/12/95 e Empresa. Nota 2 - Elaboração e Apresentação das Demonstrações deduzido das depreciações acumuladas. f) As depreciações são calculaContábeis - As demonstrações contábeis foram elaboradas e estão apre- das pelo método linear, de acordo com a vida útil e econômica dos bens. g) sentadas de acordo com a Lei 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações), e A provisão para encargos de férias dos funcionários está constituída de NBC - Normas Brasileiras de Contabilidade, instituídas pelo CFC - Conse- acordo com os direitos adquiridos até a data de encerramento do exercício, lho Federal de Contabilidade. Notas 3 - Principais Diretrizes Contábeis acrescidos dos encargos previdenciários e sociais. h) As provisões para o - a) As receitas e despesas são registradas pelo regime da competência do imposto de renda e a contribuição social não foram constituídas em virtude exercício, os direitos e as obrigações, quando aplicáveis, estão atualizados das bases de cálculos na data do balanço se apresentarem negativas. Nota por índices oficiais até a data do balanço. b) Os ativos e passivos com prazo 4 – Clientes - Do saldo de R$ 9.193.809,09 apresentado na rubrica de realização de até 360 dias estão demonstrados como circulantes, e “Clientes” no Ativo Circulante e Realizável a Longo Prazo, 25%, ou seja, R$ Parecer do Conselho Fiscal Os membros do Conselho Fiscal da Companhia de Desenvolvimento adotados ao longo de todo o exercício social e nas informações obtidas Agrícola de São Paulo - CODASP, infra-assinados, no exercício de suas junto à Empresa, bem como no Parecer da Auditoria Independente emitido atribuições legais e estatutárias, examinaram o Balanço Patrimonial da em 10/03/2006, são de parecer que o referido Balanço e demais DemonsEmpresa encerrado em 31 de dezembro de 2005, em conjunto com as trações Financeiras reúnem condições de serem submetidos à final apreDemonstrações do Resultado do Exercício, das Origens e Aplicações de ciação e aprovação dos Senhores Acionistas da Companhia. São Paulo, 16 Recursos, das Mutações do Patrimônio Líquido, e das Notas Explicativas de março de 2006. Heloísa Regina Alves Moraes sobre as Demonstrações Financeiras, bem como do Relatório da Diretoria, Energita Alves Moreira que acompanham tal documento. À vista das verificações realizadas Mitiko Ohara Tanabe periodicamente nos balancetes da Empresa, nas análises sobre os critérios Parecer dos Auditores Independentes Ilmos. Srs. Diretores da vância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo - CODASP controle interno da entidade; (b) a constatação, com base em testes, das 1. Examinamos os balanços patrimoniais da Companhia de Desenvolvi- evidências e dos registros que suportam os valores e as informações mento Agrícola de São Paulo - CODASP, Levantados em 31 de dezembro contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas de 2005 e 2004, e as respectivas demonstrações do resultado, das contábeis mais representativas adotadas pela administração da entidade, mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaboradas sob a conjunto. 3. As demonstrações contábeis do exercício de 2004, foram por responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de nós examinadas, e emitimos parecer em 4 de março de 2005 contendo expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. 2. Nossos ressalvas sobre créditos de diversas prefeituras vencidos há longa data. 4. exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria e Em nossa opinião, exceto quanto aos efeitos mencionados na nota explicacompreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a rele- tiva nº. 4 as demonstrações contábeis acima referidas, representam ade-

Demonstração do Resultado dos Exerc. Findos em 31/12/2005 e 2004 Descricão 2005 2004 Receita Operacional Prestação de serviços 23.759.600,46 24.052.027,37 Receita Bruta 23.759.600,46 24.052.027,37 (-)Impostos incidentes -2.369.019,81 -1.861.039,28 Receita Operacional Líquida 21.390.580,65 22.190.988,09 Custos dos serviços prestados -17.664.501,28 -25.781.047,89 Lucro/Prej. Operac. Bruto 3.726.079,37 -3.590.059,80 Despesas administrativas -12.067.544,30 -10.090.484,71 Desps. financs. e variações monetárias -156.408,19 -346.952,07 Receitas financs. e variações monetárias 363.170,02 185.516,57 Depreciação da administração -266.182,45 -282.391,21 Outras despesas operacionais -8.903.667,83 -9.272.262,27 Outras receitas operacionais 13.542.567,62 12.155.968,50 Lucro/Prej. Operac. Líquido -3.761.985,76 -11.240.664,99 Resultado não Operacional Resultado da baixa de bens patrimoniais -305,18 -2.243,83 Lucro/Prejuízo do Exercício -3.762.290,94 -11.242.908,82 Prejuízo por milhões de ações -0,2261 -0,6757 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos Exercícios Findos em 31/12/2005 e 2004 Descrição 2005 2004 Origens/Aplics. dos Recursos Result. nas Opers. Sociais 4.653.067,36 -2.771.546,58 Prejuízo do exercício -3.762.290,94 -11.242.908,82 Ajtes. de vals. que n/afetam o cap. circ. (+) Depreciações 8.257.758,74 8.378.536,37 (+) Juros do exigível a longo prazo 33.116,70 38.982,04 (+) Valor residual de bens baixados 124.482,86 53.843,83 Origens de Recursos 64.054,35 179.596,78 De Terceiros 64.054,35 179.596,78 Redução do realizável a longo prazo 30.706,65 18.290,87 Aumento do exigível a longo prazo 33.347,70 161.305,91 Aplicações de Recursos -3.964.580,89 3.182.379,47 Resultado das Operações -4.653.067,36 2.771.546,58 Aquisições para imobilizado 243.162,52 344.129,81 Transf.do exig. a l. prazo p/passivo circ. 445.323,95 66.703,08 Aumento/Redução do C.C.L. 4.028.635,24 -3.002.782,69 Cap. Circulante Líquido - C.C.L. 1. Ativo Circulante -3.478.569,55 1.703.706,08 No início do período 13.329.661,52 11.625.955,44 No final do período 9.851.091,97 13.329.661,52 2. Passivo Circulante -7.507.204,79 4.706.488,77 No início do período 16.480.576,56 11.774.087,79 No final do período 8.973.371,77 16.480.576,56 3. Aumento/Redução do C.C.L 4.028.635,24 -3.002.782,69 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis 2.291.417,16 pertencem a créditos com prefeituras, vencidos há mais de um ano, dos quais R$ 1.243.108,05, correspondentes a 54%, possuem ação judicial concluída com ganho para a Companhia e o restante encontrase em fase de formalização dos respectivos processos. Nota 5 - Estoques - Os estoques são compostos por peças para manutenção de veículos, máquinas e implementos, combustíveis e lubrificantes. Nota 6 - Imobilizado Técnico Especificação 31/12/2005 31/12/2004 %Taxa a.a. Terrenos 1.864.776,58 1.864.776,58 Edifícios 4.171.102,41 4.145.776,63 4 Tratores e Implementos 54.167.743,76 54.122.823,63 20 Móveis e Utensílios 922.686,74 917.179,32 10 Veículos 5.204.746,61 5.170.434,88 20 Equipamentos Técnicos 1.039.567,38 1.031.891,38 10 Instalações 579.167,24 579.167,24 10 Computadores e Softwares 1.110.625,13 1.091.688,52 20 Benfs. em Imóveis de Terceiros 1.031.526,22 1.003.704,72 4 Imobilizações em Andamento 10.531,50 65.279,45 Outras Imobilizações 62.258,77 57.462,77 20 Total do Imobilizado 70.164.732,34 70.050.185,12 (-) Deprs. Acumuladas 54.635.762,95 46.382.136,65 Imobilizado Líquido 15.528.969,39 23.668.048,47 Nota 7 - Exigível a Longo Prazo - a) Impostos e Contribuições - Referese ao parcelamento de débito junto ao INSS. b) Contingências Trabalhistas - Refere-se a reclamatórias em execução, sujeitas a contestações e com prazos indeterminados de conclusão, de acordo com valores obtidos dos respectivos processos pelos advogados da CIA., atualizados conforme índices do Tribunal Regional do Trabalho. Nota 8 - Capital Social - O Capital Social de R$ 84.688.320,02 em 31/12/05 é composto de 16.639.341.719.956 ações ordinárias nominativas, sem valor nominal. Diretoria JOSÉ BERNARDO ORTIZ - Diretor Presidente ANÍSIO ELIAS DA SILVA - Diretor de Operações NELSON ALVES DOS SANTOS - Contador CRC nº 1SP054771/O-0 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO JOSÉ BERNARDO ORTIZ - Presidente Membros - Luiz Orlando de Barros Segala Neusa Conceição Bongiovanni José Levi Pereira Montebelo quadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo CODASP em 31 de dezembro de 2005, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos referentes ao exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, que a partir de 01/01/1996, não contemplam a atualização monetária prevista nos Princípios Fundamentais de Contabilidade. São Paulo, 10 de março de 2006. MAION & OLIVEIRA José Aparecido Maion AUDITORES INDEPENDENTES Contador CRC – 2PA0262/T-9 CRC 1 – SP – 117681/O-3

INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA ODONTOLÓGICA LTDA

Balanço Patrimonial em 31 de dezembro de 2005 e 2004 - Valores expressos em Reais ATIVO 2005 2004 PASSIVO 2005 2004 CIRCULANTE PROVISÕES TÉCNICAS Provisões Técnicas 119.836,19 87.902,38 Disponível Total das Provisões Técnicas 119.836,19 87.902,38 Caixa 52.793,50 14.384,68 Débitos Diversos 123.455,90 96.837,95 Banco Conta Movimento 56.201,81 22.763,64 Total do Circulante 243.292,09 96.837,95 Aplicações no Mercado Aberto 1.135.534,38 1.206.392,76 PATRIMÔNIO LÍQUIDO CRÉDITOS Capital Social 200.000,00 153.000,00 Créditos de Operações com Lucros Acumulados 898.962,72 949.051,33 Planos de Assist. à Saúde 323.713,97 328.126,18 Lucro de Exercício 839.187,62 693.678,05 Total do Circulante 1.568.243,66 1.571.667,26 Reserva de Reavaliação 8.255.000,00 – PERMANENTE Total do Patrimônio Líquido 10.193.150,34 1.795.729,38 Imobilizado TOTAL DO PASSIVO 10.436.442,43 1.980.469,71 Móveis e Utensílios 601.491,96 333.182,96 Direitos de Uso 4.600,00 4.600,00 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido dos Exercícios Veículos 11.550,00 11.550,00 findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 - Valores expressos em Reais Marcas e Patentes 8.255.000,00 Lucros Lucro do Reserva da Benfeitorias em Imóveis de Capital Acums. Exercício Reavaliação Total Terceiros 150.575,80 145.350,78 Sld em 31/12/04 153.000,00 949.051,33 693.678,05 – 1.795.729,38 Reav. Espontânea 8.255.000,00 8.255.000,00 (-) Depreciação Acumulada (155.018,79) (85.881,29) Transferência – 693.678,05 (693.678,05) – – Total do Ativo Permanente 8.868.198,97 408.802,45 Aum. de Capital 47.000,00 – – – 47.000,00 TOTAL DO ATIVO 10.436.442,63 1.980.469,71 Lucro Líq. do PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Exercício – – 839.187,62 – 839.187,62 Lucros Distribuídos – (743.766,66) – – (743.766,66) Ilmos. Srs. Sld em 31/12/05 200.000,00 898.962,72 839.187,62 8.255.000,0010.193.150,34 Diretores do Instituto de Previdência e Assistência Odontológica Ltda. empresa, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conSão Paulo - SP junto. 3 - Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas representam 1 - Examinamos os balanços patrimoniais do Instituto de Previdência e Assistência adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira Odontológica Ltda., levantados em 31 de dezembro de 2005 e 31 de dezembro de do Instituto de Previdência e Assistência Odontológica Ltda. em 31 de dezembro 2004, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líqui- de 2005 e 31 de dezembro de 2004, o resultado de suas operações, as mutações de do e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos na- seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos referentes aos exerquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa respon- cícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. sabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. 2 - São Paulo, 3 de abril de 2006 Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância Franco Associados Auditores Independentes dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos da CRC - 2SP 013.848/O-6 empresa; b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e c) a avaliação das prátiAdemar Franco Júnior cas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Contador CRC 1SP 114.787/O-9

Demonstração do Resultado para os Exercícios findos em 31/12/2005 e 2004 Valores expressos em Reais 2005 2004 Contraprestações Efetivas de Operações de Assistência à Saúde 4.342.933,53 3.373.374,21 Eventos Indenizáveis Líquidos (1.273.763,39) (615.522,38) RESULTADO OPERACIONAL BÁSICO 3.069.170,14 2.757.851,83 Despesas de Comercialização (370.660,23) (271.575,98) Outras Receitas e Despesas Operacionais (246.506,14) (184.730,37) RESULTADO OPERACIONAL 2.452.003,77 2.301.545,48 Despesas Administrativas (1.163.149,59) (1.273.136,94) RESULTADO ANTES DOS IMPOSTOS E PARTICIPAÇÕES 1.288.854,18 1.028.408,54 Imposto e Participações no Resultado (449.666,56) (334.730,49) RESULTADO LÍQUIDO 839.187,62 693.678,05 Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 - Valores expressos em Reais ORIGENS DOS RECURSOS 2005 2004 Das Operações Aumento de Capital 47.000,00 – Resultado líquido do exercício 839.187,62 693.678,05 Depreciação do Exercício 69.137,70 45.195,87 Provisões Técnicas 31.933,81 54.019,75 Total das Origens 987.259,13 792.893,67 APLICAÇÕES DE RECURSOS Aquisição de Direitos do Imobilizado 273.534,02 10.201,98 Lucro Distribuído 743.766,66 – Total das Aplicações 1.017.300,68 10.201,98 AUMENTO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO (30.041,55) 782.691,69 SALDOS VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO 2005 2004 ATIVO CIRCULANTE No final do exercício 1.568.243,66 1.571.667,26 No início do exercício 1.571.667,26 772.391,55 (3.423,60) 799.275,71 PASSIVO CIRCULANTE No final do exercício 123.455,90 96.837,95 No início do exercício 96.837,95 80.253,93 26.617,95 16.584,02 CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO (30.041,55) 782.691,69


DEU

O governo Lula está trilhando caminhos que levam ao autoritarismo, diz o prefeito do Rio, Cesar Maia, em seu "ex-blog" (enviado só para assinantes). À quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa seguiu-se a liberação de verbas sem votação do Orçamento, por Medida Provisória. Para Maia, já estamos numa crise institucional.

HTTP://CESARMAIA. BLOGSPOT.COM/

DOISPONTOS -11 11

á quase um ano que o mais sistemático esquema de corrupção de nossa história de país independente foi descoberto! De lá para cá em nenhum momento o Lula já não dá mais para chamar de presidente pediu uma cadeia nacional de TV e Rádio para tratar exclusivamente do tema. Em nenhum momento fez um esclarecimento à

H

Nação sobre fatos tão estarrecedores. Ao contrário ! De comício em comício, de discurso em discurso, foi deixando a todos perplexos com suas metáforas grotescas, com suas analogias futebolísticas de final de madrugada. Seus mais próximos colaboradores foram sendo desmascarados e denunciados, metidos em falcatruas de todos os tipos e

até assassinatos. Qualquer delegado de polícia diria que sua reação é própria dos culpados em final de investigação comprobatória e que sabe que não tem mais como escapar. Lula está afundando como o maestro do Titanic: regendo a si mesmo. Setores da oposição, da imprensa e das elites reagem com um inacreditável "falta pouco

tempo...". O que está em jogo nesse ganhar tempo são as instituições. Com estas não há "jeitinho", pois isso significaria um grave precedente. Os caminhos para o autoritarismo foram sendo abertos por este desgoverno desde seu início. Esse projeto cresceu com a violação de sigilo do caseiro (e de quantos mais?)

e se completa agora com a execução orçamentária por MP, que é o mesmo que fechar o Congresso. As instituições estão no limite. melhor para Lula seria seguir o exemplo de alguns de seus quarenta cúmplices e renunciar. De outra forma, julgá-lo pelo Congresso será inevitável. A cada dia mais inevitável!

O

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Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br

az algum tempo exponho a amigos minha tese sobre a remota chance de Lula se reeleger presidente da República. Desde que ele foi eleito, em 2002, sustento que enfrentaria dificuldades na tentativa de reeleição, por causa de sua fragilidade na campanha. É esse o alicerce da tese: Lula não agüenta uma campanha a sério, pra valer. Ao estilo de Lacerda sobre Getúlio, afirmo que Lula dificilmente sairá candidato à reeleição; se sair candidato, não chega ao segundo turno; se chegar ao segundo turno, perde feio. Meses antes da campanha de 1989, participei de uma reunião promovida pelo colega Ricardo Kotscho na sede paulista do PT. Dois expoentes do partido, Francisco Weffort e José Dirceu, estariam à disposição de jornalistas interessados em trocar idéias. Fui um deles, pelo E st ad ão . Lembro que pela Folha estava o Clóvis Rossi. Weffort comandou as falas, mas José Dirceu também se manifestou. Diziam que o grande feito do PT, depois da criação da CUT, fora a vitória de Luiza Erundina na eleição para a Prefeitura de São Paulo, no ano anterior. Quanto à candidatura de Lula a presidente, diziam que tinha o sentido de marcar posição, ajudar na formação de bancadas estaduais e federal, arrebanhar eleitores. Chance de vitória? Nenhuma. Na reta final do segundo turno, deu Collor. Reta final porque na última semana a campanha de Collor disparou a revelação de que Lula tinha uma filha adolescente que escondia. Na época, a voz geral entre jornalistas (eu, inclusive) era de que havia sido um golpe baixo. Hoje, ocorre-me que não li, não ouvi, nem vi ninguém abordar o assunto pelo ângulo da mulher, Mirian.

F

maior oferta de trabalho reduzirá os salários dos americanos de baixa qualificação. Caso contrário, o efeito da migração sobre os salários poderá ser pequeno.

Lula está afundando como o maestro do Titanic

NO

BLOG

OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 18 de abril de 2006

Sem chance Lula não se sustenta numa campanha a sério

transpareceria seu desp re p a ro . S u rg i r i a m inevitavelmente pontos que os adversários explorariam e, sob a pressão da campanha, Lula teria dificuldade de se reeleger. O mais provável era que não se reelegesse, porque se perderia na hora de rebater as críticas. ão passava pela minha cabeça – creio que na de ninguém, fora do núcleo mandante do PT – a hipótese de que pudesse haver flagrantes de corrupção a ser expostos pelos adversários de Lula. Houve, entretanto, flagrantes clamorosos de corrupção, sob esse nome vexaminoso de mensalão e toda a sua delubiança. Houve os casos nebulosos de assassinato de dois prefeitos petistas de metrópoles importantes de São Paulo. Houve a brutalidade da invasão do sigilo bancário de um caseiro que votou em Lula em 2002, com a queda sem honra do ministro da Fazenda e do presidente da Caixa Econômica, mais os feios arranhões (por enquanto) na imagem do ministro da Justiça. Por tudo isso é que duvido, em primeiro lugar, que Lula saia candidato à reeleição, sabendo que seus adversários vão mexer fundo nas denúncias que envolvem seu filho Lulinha, sua filha Lurian, seu irmão Vavá, seu compadre Roberto. Se ainda assim sair candidato, ou perde logo no primeiro turno, ou leva uma surra de todo tamanho no segundo. Entre os nomes até aqui falados para a corrida presidencial – Alckmin, Garotinho, Heloísa, Itamar, Cristóvão, Jefferson, quem mais apareça –, qualquer um tem chance de empolgar o eleitorado e vencer. O que corre mais perigo de perder (se de fato se candidatar) é Lula.

N

Nas duas campanhas G Lula dificilmente presidenciais seguin- sairá candidato tes, de 1994 e 1998, Lula à reeleição; foi bem apenas nas pesse sair candidato, quisas. Nem chegou ao segundo turno. Ficou não chega ao t ã o d e s g a s t a d o q u e segundo turno; pensou seriamente em se chegar, perde não se candidatar, em feio. 2002. Muitos de seus colegas de PT pensa- G Na campanha de vam da mesma forma, 2002 Lula esteve o achavam melhor for- tempo todo como mar um novo candida- líder disparado nas to, quem sabe Eduardo pesquisas. Não Suplicy ou Tarso Gen- precisou disputar, ro. Por fim, como Lula na verdade. permanecia campeão das pesquisas e não havia nenhum concorren- G Mesmo se tudo te forte, decidiu-se que corresse bem, o melhor era ir com ele. Lula sofreria o Na campanha, Lula desgaste natural e esteve o tempo todo co- transpareceria seu mo líder disparado nas despreparo. pesquisas. Não precisou disputar, na verda- G Se ainda assim de. Do pedestal de can- sair candidato, ou didato favorito, assis- perde logo no tiu à luta de Serra, Garoprimeiro turno, tinho e Ciro, para ver ou leva uma surra quem iria ao segundo turno. Qualquer um no segundo.

deles chegaria muitos corpos atrás do Lulinha paz e amor”. Deu Serra, como estamos lembrados, e praticamente não houve campanha. No único debate que Lula topou fazer, pela Globo e num formato diferente dos costumeiros, Serra se saiu bem, talvez tenha conquistado uma boa fornada de votos. Mas logo em seguida veio a eleição e Lula ganhou com folga. Ganhou sem ter feito campanha a sério, pra valer. Nessa ocasião, pela primeira vez sustentei a tese de que, na tentativa de se reeleger, Lula teria que fazer campanha, porque haveria concorrência forte. Eu dizia, ainda, que mesmo se tudo corresse bem na administração de Lula, com certeza ele sofreria o desgaste natural do governo e em algumas ocasiões

CARMO CHAGAS CARMOCH@UOL.COM.BR

rabalho não é gasolina. Talvez os migrantes, em lugar de serem bons substitutos dos nativos, tenham na verdade habilitações complementares às dos trabalhadores locais. Se assim for, a presença possibilita um aumento na demanda por esses trabalhadores. Esse parece ser o caso de agricultores mexicanos sem qualificação que migraram para o Texas para trabalhar na construção civil. Com os migrantes pegando pesado nas tarefas mais rudes, aumentou a demanda por mão-deobra pouco qualificada local para desempenhar tarefas um pouco mais sofisticadas, como operar guindastes, dar manutenção aos equipamentos, etc. Os migrantes valorizaram o trabalho local. Além

T

ROBERTO FENDT IMIGRANTES DO BARULHO m mercados eficientes e competitivos, uma atividade com um alto retorno estimula a migração de recursos de outras partes da economia, em busca desse ganho. É por isso que o capital migra dos países ricos, onde o retorno é mais baixo, para os países emergentes, onde é mais alto. Essa migração torna mais eficiente a aplicação dos recursos, aumentando a rentabilidade dos poupadores nos países ricos, onde o capital é abundante, e o investimento e o emprego, nos países pobres, onde o capital é escasso. O mesmo ocorre com o trabalho. Mas os mercados de trabalho tendem a funcionar mal, com grande rigidez dos salários. Nesse contexto, se pessoas migram, elas podem exacerbar as imperfeições nesses mercados – e deprimir o salário dos trabalhadores de qualificação similar do país de destino. O assunto do dia nos jornais americanos – do New York Times ao Star-Tribune, de Casper, Wyoming – é a grita contra a imigração, que estaria achatando o salário do trabalhador americano de baixa qualificação. Projetos de lei estão em discussão no Congresso americano para fazer face à questão. Mas é fato provado que a imigração é um problema para o trabalhador americano?

E

teoria econômica mostra que, se um mercado é competitivo e transparente, não é possível existir dois preços diferentes para a mesma mercadoria. É fácil verificar isso: se, em dois postos de gasolina, um em frente ao outro, a mesma gasolina for vendida a preços diferenciados, os motoristas formarão fila para abastecer no posto onde o preço é mais baixo. Eventualmente só esse posto continuará no negócio e o preço nessa localidade será o preço desse posto. A gasolina do posto A é um substituto perfeito para a gasolina do posto B. No mercado de trabalho ocorre algo parecido. Se a maioria dos imigrantes que entram nos EUA tem baixa qualificação e se forem substitutos muito próximos dos trabalhadores locais, a

A

Pegando pesado nas tarefas mais rudes, os migrantes valorizaram o trabalho nos EUA. Tentar impedir a migração não é solução. disso, no mundo real migram tanto as pessoas como o capital. Se, junto com os novos migrantes aumentar também a oferta de capital em uma dada região, o resultado é um aumento da produtividade média de nativos e migrantes e, em conseqüência, do salário de todos. Há muitos estudos sobre o assunto nos EUA. Eles mostram que, quando todos os fatores são levados em conta, a evidência empírica é inconclusiva. Aparentemente, os migrantes afetam muito pouco os salários dos trabalhadores locais. resistência à migração nos EUA tem por base a crença dos trabalhadores de que os migrantes deprimem os salários. Já o governo queixa-se de que os migrantes tiram partido da previdência social, para a qual não contribuíram. Tentar impedir a migração, contudo, não é solução. Os problemas decorrem tanto das imperfeições do mercado de trabalho americano como do sistema previdenciário em regime de repartição. Enquanto os reais problemas não forem corrigidos, continuarão a ocorrer "problemas" com a imigração.

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ROBERTO FENDT É ECONOMISTA FENDT@TERRA.COM.BR

FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, 3244-3799, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894


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Te l e f o n i a Segurança Lançamentos Automação

DIÁRIO DO COMÉRCIO

SAMSUNG PRODUZIRÁ 10 MIL CÂMERAS POR MÊS EM MG

O jogo Getting Up - Contents Under Pressure, que acaba de ser lançado pela Atari no Brasil, traz como tema principal o grafite

Por Fábio Pelegrini famoso Marc Ecko, grafiteiro, designer, artista e proprietário da Ecko Unltd, empresa responsável por colocar produtos com grife Ecko, de moda streetwear, nas ruas, inova ao participar da criação do game Getting Up - Contents Under Pressure, que acaba de ser lançado pela Atari no Brasil. O jogo traz como tema o grafite, criticamente bombardeado pela sociedade, que confundia essa criação artística com o ato do vandalismo praticado pelos pichadores que acaba com as fachadas. É verdade que, nesse caso, a linha que separa o vandalismo da arte é tênue, mas hoje o significado dessa atitude nos parece ter outra conotação: é considerada uma arte urbana que tem apoiado diversas ações sociais. O título traz uma mistura de arte, moda, aventura e hip hop, com características de uma game de ação em terceira pessoa. O jogador estará na pele de um famoso grafiteiro conhecido como Trane, morador da cidade fictícia de New Radius. Esse personagem tem coragem e pretensão de ser o melhor da cidade. A sua luta também é política, na tentativa de desmascarar as sujeiras praticadas pelo prefeito da sua metrópole –o caso vai muito além de apenas rabiscos em muros. Como iniciante, o jogador precisará aperfeiçoar suas habilidades para melhorar ainda mais a sua arte e adquirir a visão necessária para conquistar a reputação de um grafiteiro respeitado. Mas protestar contra o prefeito corrupto nas paisagens verticais da cidade não é uma tarefa fácil já que a polícia estará no seu pé o tempo todo. Pior ainda será enfrentar as gangues rivais, a associação civil moralista e desafiar-se a todo o momento, para que sua arte atinja o maior número de pessoas.

Ganha prestígio, e pontos, o grafiteiro que colocar sua marca no local mais alto e inacessível da fictícia cidade de New Radius

Como um anti-herói que vive no submundo de uma grande cidade, seus movimentos não condizem muito com a realidade de um ser humano, o que prejudica um pouco o realismo –a física então nem se fala. São acrobacias impossíveis e escaladas em locais que nem o Homem-Aranha conseguiria. É bom registrar que algumas atitudes podem –e certamente serão– consideradas como vandalismo. Apesar disso, alcançar os pontos mais altos com certeza trará mais reputação, item importante para quem está nesse meio. Isso porque é com o acúmulo da fama que o jogador conseguirá desbloquear novas opções de habilidades e recursos, como novos personagens para serem desafiados no modo arena e novas técnicas de grafite. Nas missões teremos basicamente alguns objetivos primários, que serão colocados logo no começo e precisam ser resolvidos para o prosseguimento do nível, alguns deles quase impossíveis de serem realizados, e outros poucos secundários, para melhorar a sua reputação. A Inteligência Artificial do game quase não existe: as ações nas lutas e as dos policiais são extremamente esperadas e não respondem de boa forma ao que o enredo propõe. A qualidade gráfica é boa, mas nada muito especial. O que realmente irrita é o sistema de câmeras, que teimam em mostrar apenas aquilo que

Muitas vezes o artista urbano do jogo realiza "manobras" impossíveis até para o Homem-Aranha

desejam, impedindo que possamos mudar algumas visões em certas ocasiões. Ponto positivo pela participação de 65 grafiteiros reais, que ajudaram a desenvolver o visual da cidade de New Radius e pelos rappers e atores que dublam os personagens: Talib Kweli, Sean "Diddy" Combs (ex-Puff Daddy), Rosario Dawson (de Alexandre e Sin City), Brittany Murphy (8 Miles, Rua das Ilusões), entre outros. Os personagens também usam algumas roupas da coleção de *Ecko Unltd', e outras que seguem os mesmos padrões das peças verdadeiras, como o número "72" estampado ou o logo do rinoceronte. A trilha sonora é excelente. A Atari e Marc Ecko, com o apoio de Sean "Diddy" Combs, desenvolveram os sons com versões exclusivas, como "Who Shot ya" interpretada por Notorious B.I.G.'s e mixada por Serj, do System of a Dawn, entre outras. Mostrar o que realmente pensa com uma lata de spray pode ser divertido, pelo menos virtualmente. Mas é bom ter consciência de que pichar é crime. E os desenvolvedores do game deixam isso bem claro no manual do jogo.

GX 1L: uma digital com alma de câmera 35 mm Fotos: Ana Maria Guariglia

ara os amantes da fotografia, aquela considerada verdadeira ao usar o sistema SLR ou reflex, das câmeras 35 mm convencionais, a Samsung criou a GX 1L (R$ 4.999). Além do conjunto de espelhos que abre e fecha para tirar as fotos, ela vem com objetiva alemã Scheneider Kreuznach do tipo Xenon, de 18-55 mm, também apreciada pelos conhecedores, e uma série de operações que a torna uma verdadeira reflex. Para fotografar, o usuário tem que olhar no visor óptico, nada de ver as imagens pelo monitor de cristal líquido. Este só é usado para mostrar os registros feitos, revê-los pelo sistema slide show e observar os ajustes da máquina. Internamente, o visor exibe esses mesmos ajustes, exatamente como nas reflex. Também não possui zoom digital, apenas o zoom óptico de 5 vezes que aproxima os objetos com perfeição. A capacidade de resolução é de 6,3 Megapixels e tem flash embutido do tipo saltador, quando acionado. Possui cinco passos para harmonizar saturação da imagem, contraste e nitidez e suporta o formato RAW (arquivo bruto), importantíssimo para os fotógrafos profissionais. É o formato do "negativo digital", correspondendo ao negativo dos filmes 35 mm. A imagem é armazenada exatamente como foi tirada, tornando-se referência para os direitos autorais dos profissionais. Outro ponto da tradicional reflex está presente: a sensibilidade de captura, determinada no filme comum por ISO/ASA. O sensor CCD da 1L tem sensibilidade variável entre ISO 200 e ISO 3.200, melhorando os registros durante o dia ou a noite. Mas há a opção de sensibilidade com combinação automática diante da cena. O fotômetro para medição da luminosidade dos objetos é outra herança da reflex. Na 1L, pode ler 16 pontos de luminosidade e 11 de focalização automática ou no manual com controle eletrônico. A 1L não tem memória interna e só funciona com os cartões SD (SecureDigital Card) ou MMC (MultiMidiaCard), pesa 470 gramas e trabalha com quatro pilhas recarregáveis. Como não usa continuamente o monitor de cristal líquido, notamos que as baterias têm maior durabilidade, porque o monitor é a parte da câmera que mais consome energia.

MARC ECKO'S GETTING UP: CONTENTS UNDER PRESSURE Distribuição: Moving Imagem e Editora Telefone: (11) 3071-1390 Requisitos mínimos do sistema: Windows 2000 ou XP, processador: Pentium 4 1.8 GHz ou AMD Athlon 1.8 GHz, 512MB de memória RAM, 3 GB de espaço livre no disco rígido, leitor DVDROM 6X, placa de vídeo aceleradora 3d com 64 MB (compatível com Hardware T&L) e placa de som, ambas compatíveis com DirectX 9.0c. Idioma: Software em inglês, manual em português Faixa etária: 18 anos Preço sugerido: R$ 89,90 Mais informações: http://www.atari.com

Samsung inaugura fábrica de câmeras digitais em MG

S500: botão "E" permite executar alguns efeitos especiais

Por Ana Maria Guariglia

Consumidores tendem a confiar mais em uma empresa que produz equipamentos aqui Edson Câmara, Samsung

Fotos: Divulgação

Pegue uma lata de spray e deixe a sua marca em New Radius

Máquina da Samsung tem zoom óptico de 5 vezes e resolução de 6,3 Megapixels

terça-feira, 18 de abril de 2006

Digimax i6: reduz efeito de eventuais solavancos

Digimax i6 e S500 – A i6 é a primeira digital a utilizar o PMP (Portable Multimidia Player), decodificador eletrônico de cinema XviD MPEG4. Isso quer dizer que na telinha de 2,5 pol, você pode ver, ouvir e gravar filmes. A capacidade máxima de resolução é de 6 MP (2.816 x 2.112 pixels). Há um chip que elimina automaticamente o fenômeno dos olhos vermelhos. A memória interna é de 48 Megabytes e utiliza cartões SD e MMC. A objetiva também Scheneider com zoom óptico é de três vezes e o digital, de cinco vezes, usando uma bateria de lítio, com recarregador elétrico. A i6 também é conhecida como Wave, devido ao seu design. A Digimax S500 (R$ 999) vem com a capacidade máxima de 5,1 MP (2.592 x 1.944 pixels), monitor de 2,4 pol, sistema para cópia direta em impressoras sem passar pelo computador e memória interna de 20 MB. A atração é o botão "E", para efeitos. É possível realçar as imagens, fazer composições verticais e horizontais, colocando três ou quatro imagens em uma só foto. A exposição automática tem opções para retratos, fotos de crianças, sob luz noturna e filmagem, entre outros. O zoom óptico é de três vezes e o digital, de cinco. É pequena e muito agradável para fotografar. Pesa 136 gramas e utiliza duas pilhas do tipo AA. Para saber mais: www.samsungcamera.com.br

Reflex GX 1L: teste mostra a excelência da SLR

Samsung Camera começa o ano com pé direito, inaugurando já neste primeiro semestre a fábrica em Varginha (MG, 300 km de São Paulo), com abertura oficial no início do mês de maio. Segundo Edson Câmara, diretor comercial da empresa, a fábrica batizada de Wellus do Brasil tem 25 mil metros quadrados e está fazendo a montagem das digitais S500 e S600, projetando produção de cerca de dez mil unidades por mês. "A fábrica é muito importante, pois, os consumidores tendem a confiar mais em uma empresa que produz equipamentos aqui em função da garantia", diz. No mercado mundial há 26 anos, através do grupo Samsung Techwin, a matriz, na Coréia, adquiriu a divisão profissional da Pentax do Japão, como diz o gerente de vendas Cláudio Rosenbaum. É de se prever que muitas novidades estão sendo preparadas, o que deixa a subsidiária brasileira em boas condições para concorrer num mercado tão competitivo. "Hoje não existe nenhuma defasagem entre os lançamentos mundiais e os que chegam aqui. A Samsung Camera é conhecida pelo público e pelas lojas que a representam devido à qualidade tecnológica, confiabilidade e à positividade de sua imagem." De acordo com ele, o grupo Techwin se caracteriza por lançar moda e ser inovadora, como no caso da confecção da digital reflex da linha GX, que a coloca no ranking desses modelos com Canon, Nikon, Panasonic e Pentax. Para chegar aos seus produtos, a Samsung mundial pesquisa continuamente o comportamento do consumidor, buscando atender não só suas perspectivas, mas antecipando aquelas que ele vai ter. Com exclusividade, o Diário do Comércio testou a S500, montada em Varginha, a Digimax i6 e a GX 1L, com sistema reflex, consideradas top de linha da empresa no país e no exterior. (AMG)


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Nacional Empresas Agronegócio Finanças

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VINAGRE É PAUSTEURIZADO NA GARRAFA

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Vinho e vinagre de mel são produzidos no País O apicultor e engenheiro agrônomo Mário Calheiros Lima lançou a novidade em Alagoas no ano passado e, agora, pretende exportar para a Europa e Estados Unidos. Os produtos não passam de R$ 17 a garrafa, o que garante preço acessível para a preparação de saladas e carnes especiais.

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s enólogos mais de vinho e 3 mil garrafas de conservadores po- vinagre por mês. Com o início dem torcer o nariz, d a e x p o r t a ç ã o , e m p o u c o mas um vinho fei- tempo o empresário espera to de mel está chegando ao utilizar toda a sua capacidade mercado. A bebida é feita pela produtora de 10 mil garrafas Apícola Fernão Velho, em Ma- por mês e, nos próximos 12 ceió, Alagoas, e foi lançada no meses, dobrar a produção. Preço – No Brasil, o vinho e o Brasil no ano passado. Em breve, poderá ser apreciada pelos vinagre de mel são comercialiconsumidores norte-america- zados em Alagoas, Pernambunos e europeus. Os produtos co, Espírito Santo e São Paulo. são fruto da pesquisa do em- O vinagre, vendido em garrapresário Mário Calheiros Li- f a s d e 5 0 0 m l , c u s t a e n t re ma, que passou sete anos fa- R$ 15 e R$ 17 para o consumizendo experiências até conse- dor final. O vinho, com um saguir produzir o Divulgação vinho – e também o vinagre – a partir do mel. "Tanto o hidromel (nome técnico do vinho de mel), quanto o vinagre de mel são produtos bem apurados e muito aceitos no exterior. Conheci o vinho à base de mel em 1997, quando estive no Canadá. Desenvolvi a técnica com uma pitada brasileira e foi um sucesso quando lançamos na Fispal (Feira Internacional de Lima: o vinho de mel não tem resíduos químicos Produtos e Serviços para Alimentação) do ano bor forte, apurado e seco, muito utilizado na preparação de passado", lembra. Foi durante a feira que Lima carnes especiais, pode ser eniniciou a negociação com um contrado por R$ 12 a R$ 14 a grande distribuidor de ali- garrafa, também de 500 ml. Hoje sete pessoas trabalham mentos com sede nos Estados Unidos, que já enviou pedido na linha de produção da Ferde cotação de 2 mil garrafas não Velho. O mel, usado como apenas para degustação. "Só matéria-prima, também é proisso já permite termos uma duzido pela própria empresa. idéia do tamanho do mercado "Essa é a garantia de um mel de a ser trabalhado", comemora excelente qualidade, que não Lima. Na Europa, os primeiros apresenta resíduos químicos", países-alvo da empresa são ressalta o empresário. Pesquisa – Lima já trabaAlemanha, França e Holanda. "Acreditamos que o volume de lha com mel há mais de 15 exportações para o mercado anos e foi durante a particieuropeu seja até maior que o pação em um congresso em Québec, no Canadá, que ele dos Estados Unidos", avalia. Atualmente, a empresa en- teve o primeiro contato com o vasa 3 mil garrafas de 500 ml vinho feito da matéria-prima

produzida pelas abelhas. De volta a Maceió, ele contatou a Universidade Federal em Alagoas, por meio do pesquisador Evandir Gonçalves, para buscar apoio para sua pesquisa. Importou leveduras especiais de Munique, na Alemanha, para fabricação do vinho, que era a idéia inicial. O passo além de Québec foi produzir também o vinagre. Único no Brasil, o vinagre contém mel, água pura e leveduras. Segundo Lima, o que torna a novidade surpreendente é o sabor suavemente agridoce. O processo de produção é por meio da pasteurização na própria garrafa, o que elimina a necessidade de conservantes químicos e preserva o sabor. Embalagem – Com o objetivo de agregar ainda mais valor ao produto, Lima teve a ajuda do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) para desenvolver a embalagem. "O projeto levou um ano para ser concluído, mas o resultado foi positivo. Todos os produtos são embalados em vidro virgem, com tampa especial de alumínio, com lacre e dosador interno com conta-gotas para evitar desperdícios. Também criamos um rótulo especial plastificado, mais higiênico", explica o empresário. "Conseguimos chegar a um conceito em que o vinagre é apresentado como uma iguaria utilizada para temperar saladas e marinar carnes especiais. Além de ser bastante saudável, pois é um produto 100% natural", garante Lima. "Mais um diferencial para atrair os importadores", aposta.

À esquerda, o vinagre de mel, criação especial do empresário brasileiro. À direita, o vinho, com um sabor forte, apurado e seco, muito utilizado na preparação de carnes especiais. Ambos são embalados em vidro virgem, com tampa especial de alumínio, lacre e dosador interno com conta-gotas para evitar desperdícios. Também possuem um rótulo especial plastificado, para garantir mais higiene.

Aniele Nascimento/Gazeta do Povo/ 18/10/01

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Claúdia Marques Exportadores não aceitam pagar taxas por usar o berço 206 do Porto de Paranaguá, já que a maior parte deles tem seus próprios terminais de carga.

Impasse nas negociações faz OMC pensar em "plano B"

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Organização Mundial do Comércio (OMC) enfrenta uma semana crucial em sua luta de quatro anos para chegar a um pacto de livre comércio global, mas os sinais são de que outro prazo limite será perdido, segundo diplomatas. Os ministros do Comércio dos 149 países-membros da OMC determinaram para o final de abril o prazo para chegar a um esboço de acordo sobre o setor agrícola e os de bens industriais. Mas enquanto se reúnem em Genebra para uma rodada de negociações que começa hoje, os diplomatas disseram que as diferenças entre países desenvolvidos e em desenvolvimento continuam sendo muito amplas. O diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, havia informado que fará na sexta-feira uma reunião com os principais países do grupo, para decidir se os ministros devem ir a Genebra no fim de abril ou na primeira

semana de maio para tentar chegar a um acordo sobre os temas polêmicos: o setor agrícola e os bens manufaturados. "Por enquanto, ainda temos u m a re u n i ã o m i n i s t e r i a l ; Lamy não sinalizou de outra forma. Mas a questão é se estamos em posição para uma reunião produtiva", disse o embaixador de um país em desenvolvimento. "É cada vez mais óbvio que não estamos preparados para alcançar todos os pontos até o fim de abril", afirmou outro embaixador de um importante país em desenvolvimento. Plano B – Diante dessa possível crise, a entidade internacional já esboça que precisará de um "plano B". Falando a ministros africanos em Nairobi, capital do Quênia, nos últimos dias, Lamy indicou que se a OMC perder o prazo de abril, a solução será convocar os ministros para uma reunião na segunda metade de julho.

mil garrafas de vinho são envasadas por mês em Fernão Velho

Na semana passada, o jornal inglês The Guardian publicou uma reportagem relatando como o primeiro-ministro britânico Tony Blair já teria feito ligações para a chanceler alemã, Angela Merkel, e para outros líderes pedindo que alguma solução seja pensada caso a OMC fracasse em chegar a um acordo. Brasil – Já para o governo brasileiro, a realização de uma cúpula entre chefes de Estado é a única opção que pode salvar a negociação que foi lançada em 2001 e que deveria estar concluída desde o ano passado. Porém, nem os franceses nem o próprio Lamy acreditam que essa seja a solução. Nos Estados Unidos, analistas alertam para uma tendência perigosa no Congresso: a de procurar novos acordos bilaterais para compensar a falta de um entendimento na OMC que promova o livre comércio e gere a abertura de mercados. (Agências)

Embarque de transgênicos é limitado

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s exportadores de soja decidiram insistir na liberação integral das instalações do porto de Paranaguá para os embarques de transgênicos. Na quarta-feira passada, a Administração Portuária de Paranaguá e Antonina (APPA) autorizou os embarques de soja transgênica apenas pelo berço 206 do porto. O berço está vinculado ao terminal da Bunge alimentos, o que exige dos usuários desse terminal que paguem taxas à empresa pelo uso do local. O silão e mesmo outros terminais privados continuam impedidos de embarcar produtos geneticamente modificados. Fonte de um dos terminais

afirmou que não haveria soja no porto suficiente para iniciar embarques segregados. No momento, haveria 30 carretas com a carga geneticamente modificada no local. "As empresas exigem utilizar seus próprios terminais", explica a fonte. "Não faz sentido pagar uma taxa de serviço quando se tem terminal próprio." Aumento de custo – Por ter um calado baixo, o berço 206 não tem condições de carregar navios de mais de 30 mil toneladas. A opção, continua essa fonte, é deixar o barco semicarregado com soja transgênica e levá-lo ao corredor de exportação para fazer o "Top Off" com soja convencional. "Só

que uma operação dessas significa um aumento de custo de US$ 20 mil, por baixo." O secretário executivo da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), Sérgio Mendes, afirma que a APPA não tem justificativa técnica para proibir os embarques de soja transgênica pelo corredor de exportação. "Paranaguá exporta três tipos de farelo de soja diferentes, açúcar de tipos diferentes, e não há qualquer problema de mistura das mercadorias", afirma. Além disso, diz Mendes, a autoridade portuária está descumprindo ordem judicial que liberou todo o porto para o embarque de transgênicos. (AE)


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Informática PC na frente

Uma tendência do varejo no mundo todo é o uso de PCs industriais na frente do caixa

do caixa: o que é que você tem sob o balcão? Todo PC para automação comercial precisa ser muito robusto, ou não agüenta o tranco; nesses casos, robustez significa dinheiro em caixa Por Luiz Carlos de Assis uando se fala de PC, dificilmente se encontra uma situação diferente nos checkouts: tudo muito bonitinho por cima, mas por baixo do balcão os equipamentos estão ligados a um microcomputador muito comum, daqueles que se encontram em qualquer revendedor de produtos caseiros de informática. Não parece muito importante, mas para o cliente pode significar minutos a mais na fila, em relação ao caixa do lado. Pior: pode parecer interminável em comparação

com um concorrente. E se o PC pára, o drama está completo. O que está faltando? Robustez. Robustez em automação comercial, dizem todos que trabalham na área, é a garantia de que o PC vai rodar sem problemas e continuamente ainda que a loja permaneça aberta dia e noite. Robustez é a certeza de que as manutenções serão mínimas. Robustez, poderia responder o comerciante, é dinheiro em caixa. Por isso, alertam as empresas, não é qualquer PC que resolve. Um micro comum pode ter portas de comunicação de menos e componentes inúteis (como placa de som)

demais. Não é cheio de conectividade, como diz Wilson Antunes, diretor de operações da Elgin. Os PCs comuns não são facilmente integráveis ao restante do sistema, como aponta o diretor Paulo Duri, da NCR, ao mostrar a solução completa de sua empresa. E em geral esses PCs inadequados são grandes demais, ocupam muito espaço e esquentam como se fossem explodir a qualquer momento (às vezes, ao menos figuradamente, explodem mesmo). "Já é uma tendência em todo o mundo usar o PC industrial", diz Antunes, da Elgin. O PC industrial é profissional, es-

NCR módulo integrado ara ter um PC da NCR na loja é preciso comprar um módulo integrado. É uma solução completa: junta em um só equipamento um POS (Point-OfSale), um leitor de cartão e monitor touch screen; a CPU pode ficar sobre ou embaixo do balcão. O PC em si é fabricado pela própria NCR, com componentes de grandes produtores, como a Intel. A vantagem, segundo a empresa, é a manutenção: com uma montagem simples, é fácil trocar peças e manter o equipamento sempre funcionando. (LCA)

Elgin New Era E3 Slim: pouco espaço

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O gabinete Slim pode funcionar tanto na horizontal quanto na vertical

microcomputador profissional Elgin New Era E3 Slim foi projetado para utilização na automação comercial. Segundo a empresa, é ideal para uso em check-outs. No centro de tudo, há um processador Intel Celeron, que pode ser trocado por um Pentium 4 de 2,4 GHz, se há necessidade de um servidor. A placa-mãe é uma ECS modelo P4VMM6A ou uma Gigabyte modelo 8VM533M. Alta conectividade garantida por quatro portas seriais. O gabinete Slim pode funcionar tanto na horizontal quanto na vertical. Pesa 8,7 quilos e ocupa pouco espaço (370 x 350 x 136 mm), o equivalente a dois notebooks um em cima do outro. Vem com Windows XP Home Edition. (LCA)

Itautec SIAC: solução completa IAC é a sigla de Sistema Itautec de Automação Comercial, uma solução para automação de tarefas e processos no varejo em geral. Abrange de forma integrada tanto os setores operacionais quanto os gerenciais de uma loja, desde o ponto-de-venda até a consolidação das vendas, fornecendo informações precisas para a gestão da empresa. O SIAC é um sistema modular, ou seja, a partir de uma configuração básica, é possível evoluir de acordo com as necessidades do estabelecimento, com a adição de módulos complementares. (LCA)

Elgin Placas E6 e E6I: profissionais ual é um dos grandes problemas dos PCs na frente de caixa? O aquecimento, sem dúvida. Em um dia de calor, a máquina pode parar e segurar uma fila de clientes. Para evitar esse tipo de problema, a Elgin tem duas placas industriais, profissionais, para os caixas –E6 e E6I. A diferença é só de capacidade de processamento –a E6 é de 1GHz; a E6I, 650 MHz. O importante é que as placas

industriais da Elgin não têm cooler simplesmente porque não precisam –a voltagem e o consumo são extremamente baixos. Como não têm partes móveis, o MTBF (Mean Time Between Failures, tempo entre falhas) é bem maior, pode chegar a 50 mil horas em regime contínuo. O preço é, em geral, 20% maior do que um PC comum, mas acaba valendo a pena. De acordo com a fábrica, pode durar até 10 anos. (LCA)

pecializado. Em uma loja, com todos os checkouts equipados assim, ganha-se uniformidade de velocidade. E melhor desempenho no geral. É que a placa tem um chip diretamente soldado, que trabalha em baixa voltagem e praticamente não aquece. Como tem uma função específica, o sistema operacional em geral é um Windows XP embedded, com componentes dedicados, o que resulta em menos travamentos. Também pela mesma razão, um micro industrial é mais durável: pode ser usado em aplicações quase ininterruptas por anos a fio. "A mesma placa pode durar até dez anos",

assegura Antunes. E com economia: enquanto um processador comum gasta cerca de 50 watts –e precisa de um cooler–, uma placa profissional consome apenas 7 watts. Por isso mesmo, não precisa ser resfriada. É o que se chama de placa faultless. É mais caro? Sim, é cerca de 20% a 30% mais caro para adquirir em relação aos micros comuns. Mas se ela não esquenta, não dá muita manutenção (e, quando dá, é só trocar a unidade completa, que reconhece todo o sistema imediatamente), consome menos energia elétrica, não esquenta e dura até dez anos, a vantagem é evidente.


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Te l e f o n i a Automação Inter net Lançamento

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terça-feira, 18 de abril de 2006

O Google acaba de lançar um serviço online de calendário gratuito, uma espécie de agenda virtual

ADWORDS LEVA ANÚNCIOS A QUASE QUALQUER IDIOMA E LOCAL

A mina de ouro do Google: os links patrocinados Fotos: Captura de telas

O novo modelo de publicidade online, mais conhecido por AdWords, respondeu por 98% dos ganhos do líder dos sistemas de buscas em 2005; veja o que é e como utilizá-lo

Google lança serviço em mandarim presidente da Google, Eric Schmidt, anunciou em Pequim a criação de um centro de pesquisas na capital chinesa e revelou o novo nome de marca de seu mecanismo de buscas na China: "Gu Ge", um termo que, segundo a companhia, representa uma experiência recompensadora e frutífera segundo as tradições locais. Schmidt aproveitou para defender a decisão de sua empresa de cooperar com os censores chineses em meio às críticas de defensores da liberdade de expressão. "Nós acreditamos que nossa decisão de seguir a lei da China é absolutamente correta." Ele explicou que a companhia precisa obedecer às restrições impostas pelo governo para poder oferecer seus serviços na China. Ainda de acordo com Schmidt, o centro de pesquisas em Pequim deverá gerar cerca de 150 empregos até o meio do ano. Agenda – O Google também lançou um serviço online de calendário gratuito (www.google.com/ calendar) que permite aos usuários organizar sua agenda e receber mensagens lembrando compromissos. (Agências)

Google fechou 2005 com receita de US$ 6,139 bilhões, aumento de 92,5% sobre os US$ 3,189 bilhões de 2004. No ritmo atual deve faturar US$ 9,5 bilhões este ano. Seu valor de mercado é de US$ 123,4 bilhões, mais que a Coca-Cola, HP e Dell. Qual é o segredo de números tão fantásticos? A propaganda online. Mais especificamente os links patrocinados, conhecidos também por AdWords,

responsáveis por 98% dos ganhos do líder do sistema de buscas no ano passado. Pesquisa recente da consultoria Forrester Research indica que, no final da década, 10% de todo o bolo publicitário americano, algo em torno de US$ 15 bilhões, serão investidos na rede. No Brasil, ainda não existem dados consistentes, mas os analistas acreditam que, no momento, se trata de um mercado de US$ 40 milhões. "E em dois

O anunciante escolhe um custo por clique máximo

O custo dos cliques o AdWords, o custo das campanhas depende do valor que o anunciante pretende investir e de quanto ele conhece de seu público-alvo. Há uma taxa única de ativação simbólica para uma conta no AdWords. Depois disso, paga-se apenas pelos cliques. É possível controlar essas despesas selecionando quanto se deseja pagar por clique ou por impressão e estabelecendo um orçamento diário de custos.

Por exemplo, um novo anunciante que paga em reais pode ativar a sua conta no AdWords com apenas R$ 20 e escolher um custo por clique (CPC) máximo em um valor entre R$ 0,02 e R$ 250. Os orçamentos diários podem começar em um centavo até o limite que o anunciante desejar gastar. Anúncios segmentados por site exigem um preço de CPM mínimo de R$ 0,10, por 1.000 impressões. (JM)

ou três anos, acho que conseguiremos alcançar o mesmo nível americano", diz Emerson Calegaretti, gerente sênior de Vendas do Google Brasil. O modelo do AdWords é muito simples: pesquisas associadas a anúncios. Quem faz uma busca, por exemplo, por bonecas, recebe, além dos resultados tradicionais, links para páginas de fabricantes do brinquedo ou lojas virtuais que o vendem. Muito bom para o anunciante que, além da exposição de sua propaganda, só paga por ela se o link for clicado. O baixo custo do serviço e a possibilidade de medir o retorno do investimento de imediato conduziram ao mundo da publicidade na internet milhares de pequenas e médias empresas que não tinham condições de entrar nele. Mais vantagens – Outra vantagem do AdWords é sua capacidade de levar os anúncios a quase qualquer idioma e localização em todo o mundo. É possível, por exemplo, direcioná-los para falantes de espanhol na Califórnia ou de português no Brasil. Esse recurso permite ampliar uma campanha de marketing para vários públicos-alvo. Um exemplo prático do uso do AdWords está no livro "A Busca", de John Batelle, editor da "Wired", a bíblia da tecnologia: "Você vende sapatos para homens de pé grande e não tem dinheiro para anunciar na mídia estabelecida. Mas, no Google, compra, por alguns

O modelo do AdWords é simples: pesquisas associadas a anúncios

dólares, expressões como 'pé grande'. Imediatamente, quando alguém procura por 'pé grande' no Google, logo ao lado dos resultados da busca, está o seu site e o seu anúncio". Só há um porém em todo esse mar de benefícios: as palavras-chave são vendidas em sistema de leilão. Quem dá o lance mais alto aparece com mais destaque. Mas paga mais por isso. Mesmo assim, vale a pena, segundo Carlos Alberto Scalercio da Flowerland, site carioca que entrega flores a domicílio. "É a única mídia mais acessível que existe no momento", afirma Scalercio. É interessante assinalar que o Google não está sozinho no negócio e não é seu inventor. O pioneiro foi o empresário americano Bill Gross. Em 1998, ele criou a GoTo.com, com resultados pagos e leilão de palavras. Seis anos depois, rebatizada de Overture, a empresa foi

comprada pelo Yahoo por US$ 1,6 bilhão. O sistema foi copiado pelo Google, que fez acordo de US$ 300 milhões para acabar com uma disputa de patentes com o rival. "Já vendemos 1 milhão de palavras e suas combinações", diz Guilherme Ribenboim, responsável pela operação brasileira da Overture. A Microsoft, que usa o serviço da Overture para exibir os links no portal MSN, também está desenvolvendo algo similar ao AdWords. Até mesmo o eBay deve entrar no jogo. E com a compra da Skype, pioneira das chamadas telefônicas via internet, especula-se que o site de leilões permita ao internauta fazer na hora uma ligação para o anunciante e comprar o produto. Isso ficaria mais caro que um clique, mas a taxa de retorno seria bem mais alta. João Magalhães

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CISCO A companhia abriu uma linha de crédito de US$ 5 milhões para pequenas e médias empresas

BUSCAPÉ O site de comparação de preços detectou uma queda de até 46% nos preços dos MP3 players

Ó RBITA

PARA CANHOTOS nternatutas canhotos ganham opções de mouse e teclado graças aos lançamentos do Leadership Group, distribuidor de acessórios de informática. "Esse é um mercado que precisa ser atendido. Esperamos oferecer produtos diferenciados dentro do nosso segmento que possam facilitar o dia-a-dia desse usuário", explica Rafael Montello, gerente de marketing e produtos da empresa. Segundo pesquisas, o usuário canhoto corresponde à 10% da população, enquanto os outros 90% são destros. Estatística que explica o motivo de tão poucas empresas se empenharem na fabricação de acessórios

específicos para o público. O Teclado Leadership, que chegou no início do ano e já vendeu milhares de peças, conta com teclas numéricas dispostas do lado esquerdo e teclas convencionais dispostas em forma de A, deixando o punho na posição correta e evitando as lesões por esforço repetitivo, como tendinite. Já os mouses para

canhoto, também Leadership, chegam esta semana. Com design ergonômico se ajustam perfeitamente às mãos do usuário, são óticos e ainda contam com três botões, sendo um wheel para rolagem de tela. O valor médio dos produtos é R$ 80. Mais informações: (21) 2104 4242 ou www.leadership.com.br.

CHECK-IN

AOS MILHÕES

TOM JOBIM

Air France e a KLM lançaram em todo o mundo seu novo aplicativo comum de checkin online para democratizar esta modalidade e elevar a taxa de utilização a quase 50%, em comparação aos atuais 3%. Passageiros com bilhetes eletrônicos (e-ticket) podem fazer check-in, escolher o assento e têm opção de imprimir o cartão de embarque em casa ou no trabalho.

Brasil deve alcançar 170 milhões de celulares em 2010, depois de o país ter fechado 2005 com 86 milhões de assinantes de celular. Essa é a precisão de José Luis De Souza, presidente da Fitec. No ano passado, o Brasil produziu pouco mais de 40 milhões de aparelhos, sendo 10 milhões para exportação, 10 milhões para reposição e 20 milhões voltados a novos clientes.

om a inauguração, ontem, do Centro Tom Jobim de Cultura e Meio Ambiente pesquisadores, músicos ou fãs terão acesso ao acervo digitalizado do autor de Garota de Ipanema, com cerca de 30 mil documentos. O material brevemente estará disponível também na web. O site está pronto, mas seu lançamento depende de autorizações de parceiros e intérpretes de suas músicas.

I Para especialistas, AdSense é das apostas mais confiáveis do Google

AdSense: mais uma fórmula mágica AdWords é fruto do Prêmio dos Fundadores, projeto que incentiva os funcionários do Google a, pelo menos uma vez por semana, dedicar seu tempo para a criação de idéias novas. Foi assim que emergiu também mais uma fórmula mágica: o AdSense, programa que fornece automaticamente anúncios gráficos e de texto relacionados com precisão, página por página, ao conteúdo de um site. O Google paga ao webmaster do site pela hospedagem dos anúncios. Em contrapartida, recebe dos anunciantes quando os links são clicados. A Digital Solutions, citada no New York Times, é um bom exemplo. A empresa publica um fórum online com 15 mil usuários. Qualquer um que começar um tópico de discussão recebe metade da renda de anúncios paga ao si-

te pelo Google para colocar anúncios no início do tópico. Na realidade, o Google não anuncia no site da Digital Point. Ele escaneia a informação nas páginas do fórum, e depois coloca anúncios relacionados aos assuntos debatidos. Se a discussão é sobre um hardware surgem anúncios, por exemplo, de DVDs. "O Google nos paga cerca de US$ 10 mil ao mês, dependendo do número de pessoas que vêem ou clicam sobre aqueles anúncios", revelou Shawn D. Hogan, da Digital Point. Charlene Li, analista de mídia online da Forrester, vê o AdSense como uma das apostas de longo prazo mais confiáveis do Google. Com razão: as vendas da rede de anúncios do Google, que vêm em grande parte do AdSense, chegaram a U$ 675 milhões no terceiro trimestre de 2005. Esse número foi 76% maior do que no ano anterior. E crescendo. (JM)

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terça-feira, 18 de abril de 2006

Automação Inter net Te l e f o n i a Segurança

DIÁRIO DO COMÉRCIO

A GVT GARANTE TER AS MELHORES TARIFAS EM DDD E DDI

A GVT está usando "tática de hipermercado": o melhor preço ou a diferença de volta, em dobro

GVT oferece DDD e DDI 25 com tarifa fixa no horário comercial Através do Plano "Economia Garantida", a operadora oferece preço mais em conta que as concorrentes, em chamadas para telefones fixos e celulares, e credita a diferença em dobro na conta do cliente se alguma delas oferecer uma promoção melhor Por Rachel Melamet operadora GVT –que começou a atuar em 2000 atendendo as principais cidades do Centro-Sul do país e chegou à região Norte com rede própria– está em campanha para divulgar sua atuação também em grandes áreas metropolitanas do Sudeste, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, onde opera centrais telefônicas de últi-

Fotos: Divulgação

ma geração. Através do código 25, autorizado pela Anatel, a empresa quer mostrar que pode ser a melhor opção nas ligações no horário comercial, para qualquer lugar do Brasil e em qualquer dia. Para isso, está usando uma "tática de hipermercado": o melhor preço ou a diferença de volta, em dobro. O plano vem sendo divulgado pela TV através do programa Shop Tour (canal 15 UHF), focando tanto o consumidor residencial quanto o comercial de São Paulo, código de área 11. Como funciona – Para passar a utilizar o código 25 para interurbanos nacionais e internacionais (DDD e DDI) o usuário deve se cadastrar na GVT, através de um telefone 0800 (gratuito). Não é apenas uma burocracia: a operadora precisa desses dados para poder enviar o valor das chamadas pra a conta da operadora local do cliente, dispensando o envio e pagamento de uma outra fatura. Se, em alguma ligação com o código 25 realizada pelo usuário, outra operadora da área

estava com alguma tarifa promocional mais baixa do que as tarifas fixas oferecidas pela GVT, a operadora imediatamente credita a diferença em dobro na conta do cliente, para uso em ligações futuras. O sistema da GVT dispensa, por parte do usuário, a tradicional busca na internet para checar qual a tarifa mais em conta em vigor no dia e horário da ligação, pois faz essa seleção automaticamente ao realizar a pesquisa para eventual devolução em dobro da diferença. Abrangência – O Plano Economia Garantida vale para ligações para todo o território nacional (DDD) originadas no Acre, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Tocantins e Distrito Federal. Nos Estados onde a GVT é a operadora da região, como Paraná e Acre, por exemplo, há uma tarifa para ligações inferiores a 2 minutos e uma tarifa fixa para cada 5 minutos de conversação –no caso do Paraná, paga-se R$ 1,442 para falar por cinco minutos de telefone fixo para outro fixo em qualquer cidade brasileira. Em estados como São Paulo, a forma de tarifação é por minuto: R$ 0,35 de fixo para fixo, em qualquer dia e horário, para qualquer parte do país. Exterior – Para as ligações internacionais (DDI), a GVT oferece um bom leque de opções. Os 25 países para onde os brasileiros mais ligam foram contemplados com tarifas reduzidas para telefones fixos e celulares, válidas em qualquer dia, a qualquer hora. São eles: Alemanha, Argentina, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Chile, China, Coréia do Sul, Dinamar-

Assinantes da Nextel se comunicam agora também pela web O serviço Conexão Direta Web permite aos usuários falarem pelo rádio e pela internet de qualquer parte do mundo

O Conexão Direta Web, para os usuários da Nextel, faz ou recebe ligações para rádios da rede

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suários do serviço de rádio Nextel ganharam mais flexibilidade na comunicação. A empresa oferece agora o Conexão Direta Web, um programa que mais parece um Messenger e é instalado no computador para permitir a comunicação com os aparelhos da rede Nextel ou entre PCs. Mas a comunicação também é feita no sentido inverso, do telefone para o programa da web, desde que os usuários já tenham uma conta cadastrada. Essa é uma das maiores vantagens do Conexão Direta Web, a comunicação de qualquer parte do mundo (pois o programa estará no PC do usuário) para os aparelhos push-to-talk Nextel que estiverem no Brasil, Argentina, México, Peru, Estados Unidos e Canadá, onde a empresa tem cobertura. A instalação do CDW é simples, basta uma conexão de banda larga e um PC Pentium de 500 M H z o u s u p erior e 20 MB de espaço livre no disco rígido. Na tela do software, cuja interface lembra muito os programas de mensagens instantâneas, o usuário pode acrescentar seus contatos com contas na Nextel e que já disponham de um número. Para falar, é preciso clicar duas vezes no contato e visualizar o botão PTT que, acionado, completará a chamada para outro PC ou para o rádio do usuário. A comunicação, neste caso, é feita apenas por voz e não por mensagens de texto, por isso o computador precisa dispor de placa de áudio e um microfone, coisa bastante comum hoje em dia. Para quem está com o aparelho na mão, todo esse procedimento é transparente, isto é, não há necessidade de o celular pushto-talk dispor do programa nele. Basta procurar o número desejado no menu do aparelho, discar e falar com o interlocutor

que está no PC. Se o contato não estiver disponível, é possível deixar alertas ou recados, como ocorre com o rádio. Além disso, o CDW permite fazer chamadas em grupo, semelhante ao Conexão Direta, disponível para quem já usa os rádios. Além da mobilidade, outra aplicação para esse tipo de software no PC é a que prega justamente o contrário, ou seja, ele serve também para pessoas que ficam o dia inteiro num mesmo lugar, e não precisam de um aparelho móvel. É o caso dos operadores de mesa de comando, como centrais de táxi, ou de pessoas que estão fora da área de cobertura, já que a novidade transforma qualquer micro em um aparelho de rádio. A assinatura de R$ 99 dá direito ao assinante se comunicar de forma ilimitada dentro e fora do Brasil pelo serviço Discagem Direta Internacional. Neste caso, existe uma limitação de quem está no PC e quer falar com uma pessoa no rádio, já que essas chamadas devem ser feitas apenas em países onde a Nextel tem acordos ou operações pela rede iDEN. Já quem quer fazer a chamada no sentido contrário, do rádio para o PC, não tem limitações. No Brasil a Nextel tem cobertura na Grande São Paulo e várias cidades do interior; Grande Rio; Brasília, Curitiba, Paranaguá, Belo Horizonte, Goiânia, Anápolis, Florianópolis, Blumenau e Joinville. Barbara Oliveira Para obter o programa ligar para *611 do próprio aparelho Nextel (serviço grátis) ou pelo 0800 900 901 (para não clientes). Mais informações em www.nextel.com.br

ca, Espanha, Estados Unidos, Finlândia, Grécia, Holanda, Irlanda, Israel, Itália, Japão, Noruega, Reino Unido, Suécia e Suíça. Há ainda uma lista com mais de 80 países, da Rússia ao México, passando pelo Vaticano, Bolívia, Uruguai, Paraguai e uma série de ilhas do Caribe (destino de férias de muitos brasileiros), para os quais se pode falar 5 minutos pela tarifa fixa de 2 reais. Para os demais países, basta consultar a tabela no site da GVT. Celulares – Quem possui celular pré ou pós-pago também pode utilizar o 25 em DDD e DDI, através de um plano especial de tarifação da companhia. O minuto do interurbano de um celular pré-pago de São Paulo, para um telefone fixo ou outro celular, no horário comercial, sai por R$ 1,612. Mais informações e cadastro: www.gvt.com.br e 0800-602 2500.


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 -.OPINIÃO

terça-feira, 18 de abril de 2006

RESENHA

INTERNACIONAL

ISRAEL RENUNCIOU À GUERRA?

Cedo ou tarde os israelenses devem convencer os palestinos e aliados a enterrarem para sempre o sonho de eliminar Israel. Tais objetivos são simples, imutáveis e binários. Os árabes lutam para eliminar Israel; Israel luta para obter o reconhecimento de seus vizinhos. A intenção dos árabes é ofensiva; a de Israel é defensiva. Em vez de buscar a vitória, os israelenses desenvolveram um conjunto variado de propostas para administrar o conflito. As opções incluem: - Unilateralismo (a construção de uma barreira de segurança, retiradas parciais): a política atual, adotada por Ariel Sharon, Ehud Olmert e o Kadima. - Direito de superfície por 99 anos nas cidades israelenses da Cisjordânia: o Partido Trabalhista, de Amir Peretz. - Desenvolvimento econômico dos árabes palestinos: Shimon Peres. - Acordo territorial: na premissa da diplomacia de Oslo, tal como iniciada por Yitzhak Rabin. - Financiamento externo

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Os perigos do "não sei de nada" PAULO SAAB

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á uma discrepância muito grande entre a sensação de insatisfação, de indignação, que acomete parte considerável da classe média em São Paulo (presumo que em outras localidades também) e os índices das pesquisas de opinião pública que dão posição favorável ao presidente da República. Essa distância é, de fato, enorme, quando se constata o grau de saturação da parcela mais observadora da sociedade em relação ao comportamento do presidente Lula no exercício das benesses do cargo e o seu grau de (des)comprometimento com o "crime organizado na forma de quadrilha" que envolve seu governo, na definição do Procurador Geral da República. O presidente persiste na tese do "eu nada sei" e se isola acima dos fatos, como se governasse outro país, como se fosse outro o governo que dirige, e permite que abaixo de si o País tome conhecimento de fatos e ações de membros de seu partido, de coligados e de seu governo que põem por terra qualquer tipo de comportamento ético e moral que se deveria esperar de um governo para o qual Lula foi eleito, sem nenhuma ação ou reação de sua parte. Ainda assim, as pesquisas mostram números favoráveis ao atual ocupante dos palácios do Planalto, da Alvorada e da Granja do Torto. Sim, o exercício dos prazeres do cargo são levados a efeito com intensidade. Cidadãos comuns, que não dependem das "esmolas" do governo em "programas sociais" que perpetuam a miséria e a dependência (e garantem votos), observam que, além do desgo-

TRECHOS DO ARTIGO DE DANIEL PIPES PUBLICADO PELO NEW YORK SUN TAMBÉM DISPONÍVEL EM

L

WWW.MIDIASEMMASCARA.ORG

srael prefere administrar o conflito sem guerras

Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Alencar Burti, Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br), Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Marcos Menichetti (marcosm@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Adriana Gavaça, André Alves, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046 Tiragem média diária de 25.646 exemplares, conforme auditoria realizada na semana de 13 a 17 de junho de 2005

Auditado pela

MIGUEL REALE Céllus

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JOÃO DE SCANTIMBURGO

para os palestinos : Henry Hyde, membro do Congresso americano. - Retorno às fronteiras de 1967: extrema-esquerda israelense. - Pressionar os palestinos a realizarem um bom governo: Natan Sharansky (e o presidente Bush). - Insistência em que a Jordânia é a Palestina: direita israelense. - Transferir os árabes palestinos da Cisjordânia: extrema-direita de Israel. Para quem observa à distância mas espera que os árabes reconheçam Israel, é de certo modo frustrante ver que os israelenses evitam a única estratégia capaz de lhes garantir a vitória, tão mais frustrante quando se recorda a perspicácia com que em outros tempos eles compreendiam seus objetivos bélicos. Felizmente, pelo menos um político em Israel prega a vitória sobre os árabes palestinos. Uzi Landau nota, muito simplesmente, que “quando se está em uma guerra, o que se quer é vencê-la”. Ele esperava liderar o Likud nas eleições, entretanto nem chegou perto de conseguir maioria no partido. Cedo ou tarde os israelenses deverão estar prontos a retomar o difícil, amargo, longo e dispendioso esforço de convencer os palestinos e aliados a enterrarem para sempre o sonho de eliminar Israel. Se nisso os israelenses falharem, será a destruição do Estado judeu.

verno Lula, já há ojeriza até em ouvir diariamente suas catilinárias, onde desde o tom professoral de almanaque até o timbre de voz causam enjôos. Pior do que tudo isto é a falta de rumo e perspectivas para o País. A ausência de prioridades e metas, trocadas por aumentos de concessão de bolsas estimuladoras da pobreza, levam à fácil constatação de que, em algum momento, num futuro não distante, as contas não vão fechar e a esmagadora capacidade de arrecadar do Estado terá encontrado exaustão na parcela contributiva da sociedade.

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aso Lula consiga a reeleição, o que seria um contra-senso para o País, é previsível que a insistência nessa forma de governo, onde ele nada vê e nada sabe, onde a corrupção anda solta, onde não há planos nem programas de governo, jogarão no chão qualquer melhora obtida no plano econômico, com a manutenção da mesma política ao longo das últimas três gestões federais. Em sendo eleito outro candidato e se a população brasileira estiver acordada para a desconcertante realidade, isso ocorrerá; o novo presidente da República terá a imensa tarefa de recolocar o País (ou mesmo só colocar) num trilho de estabelecimento da moralidade no trato da coisa pública e, além disso, criar programas de desenvolvimento em substituição ao "esmolão" que o Estado brasileiro está se transformando. O presidente atual não tem noção disso, porque ele nada vê, nada sabe.

ula tenta ignorar a denúncia de "crime organizado na forma de quadrilha"

Samuel Aranda/AFP

ia de eleições em Israel, e sequer um dos partidos majoritários oferece aos israelenses a opção de vencer a guerra contra os árabes palestinos. Trata-se de uma lacuna impressionante e perigosa. Ganha-se uma guerra, ensina a história, quando um dos lados sente-se compelido a abandonar seus objetivos. Isso é apenas lógico, pois enquanto as duas partes conservarem a esperança de realizar suas ambições, a luta ou prossegue ou recomeça depois. Durante todos os períodos de combate entre árabes e israelenses (guerras de 1948-49, 1956, 1967, 1973 e 1982), os dois lados mantiveram seus objetivos.

A ilusão do "não saber" CLÁUDIO SLAVIERO

A

melhoria da qualidade de vida da população brasileira tem que ser a preocupação central de todos os líderes políticos, na acepção mais abrangente do termo. Entretanto, entendemos que é importante discutir não só o valor direto do salário mínimo, mas também seus valores indiretos, sob a forma de uma boa educação, de um bom sistema de saúde e de apoio à habitação. Assim como é inevitável reconhecer que o valor atual do salário mínimo é baixo, é impossível fugir à luz dos fatos - não há como tirar coelho de cartola. Não há como tirar um salário mínimo decente de dentro de um PIB que cresce 2,3 % ao ano. Não há como tirar um salário mínimo decente de dentro de um PIB paranaense que demonstra estagnação, ao crescer 0,3% no mesmo período, sendo que as atividades comerciais de varejo registraram variação negativa de 1% do faturamento real. Do alto do gigantismo tributário brasileiro, que, em termos de renda, retirou da economia mais de um terço do PIB, o presidente Lula afirma à nação que "não espera o país crescer para distribuir, mas distribui para crescer". Friso: não cabe mais o desejo de iludir ou se deixar iludir. Em que pese o discurso oficial, o governo Lula tem praticado uma política econômica altamente concentradora de renda; uma economia centrada no lucro especulativo e não no bem-estar da maioria. Demagogia à parte, a questão é romper as causas estruturais que fazem o salário mínimo tão baixo no Brasil. Para tanto, se fazem necessárias mudanças estruturais agudas representadas por investimentos nos setores que dinamizam a economia, que geram emprego e renda. Há um risco muito grande em se elevar o salário mínimo sem que

haja um crescimento maior da economia. E isto só não vê quem não quer. A política de reajuste permanente do salário mínimo deve considerar não só a distribuição de renda, mas também a capacidade econômica financeira das empresas e o impacto fiscal sobre as contas públicas, que não podem mais ser pagas por elevação de carga tributária e sim pela redução dos juros estrelares praticados em nossa economia. A produtividade das empresas tem que ser levada em consideração. Nos setores de serviço e de comércio, o reajuste salarial tem um peso muito forte, especialmente nas microempresas. É pertinente discutir o tema da contribuição previdenciária não mais sobre a folha de pagamentos, mas sim sobre o faturamento das empresas. Convém lembrar que os serviços e o comércio são setores que empregam mais de 4 milhões de trabalhadores com rendimento inferior a um e meio salário mínimo.

E

stá na hora de o presidente Lula deixar de "não saber" que em economia não existe mágica. Não há sentido em discutir valores de salário mínimo, a título de que é preciso aumentar a renda, sem levar em conta os impactos sobre determinados setores. A questão do salário mínimo tem que ser tratada juntamente com a do crescimento econômico do País. Entendemos, pois, que a adoção de uma política permanente para a recuperação do valor real do salário mínimo é possível desde que vinculada ao aumento da produtividade da economia e realizada de forma a não provocar desequilíbrios. Ou seja, o melhor caminho é vincular o aumento do mínimo à variação do PIB per capita. ERMETE ANTÔNIO WEGHER É PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DO PARANÁ

A pesar do discurso oficial, Lula pratica uma política concentradora de renda

meu conhecimento de Miguel Reale é antigo, mas, efetivamente, data mais ou menos de sessenta anos. Lembro-me muito bem de um grande comício em Rio Claro, onde eu residia, promovido pelos integralistas locais. Assisti ao comício e fiquei empolgado com os discursos de Plínio Salgado, e, muito mais, de Miguel Reale, orador com eloqüência que cativou o grande público ali presente. Quando vim para São Paulo, no fim dos anos trinta, procurei aproximarme de Miguel Reale, mas isso só foi possível quando ele me telefonou convidando-me para integrar o grupo de fundadores do Instituto Brasileiro de Filosofia e, pouco depois, da Revista Brasileira de Filosofia. Mas Reale foi, sobretudo, como disse-me em seu velório a filha Ebbe Reale, um grande homem, que teve uma grande vida dedicada em todas as horas de seu tempo disponível aos interesses do Brasil. Sua pregação no período integralista foi apostolar, a substância de seus discursos era o Brasil.

O

Reale foi um pedagogo admiravelmente bem instrumentado, que acreditava no poder decisório da palavra. iguel Reale foi, em sua intensa, longa e complexa vida, um professor nato, um pedagogo admiravelmente bem instrumentado, um ser humano que acreditava no poder decisório da palavra e a usava com raro talento. Fomos companheiros na Filosofia, eu de uma corrente e ele de outra, mas ambos irmanados no amor a "Sophia". Foi o IBF sua criação mais acentuada; já no crepúsculo da vida constituiu uma Fundação Nucci e Miguel Reale para defender o patrimônio filosófico acumulado em seis décadas, comprovando que o Brasil tem vocação filosófica tão alta, tão indagadora, quanto os países mais desenvolvidos nessa área do Ocidente. Miguel Reale foi uma das mais altas expressões da cultura ampla e comunicativa do Brasil. Fomos grandes amigos e é com reverência que eu e Ebbe pronunciamos o seu nome, Miguel Reale. Uma grande vida!

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JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 18 de abril de 2006

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Política

O presidente voltou a culpar o Congresso pelo atraso na aprovação do Orçamento, irritando a oposição, que devolveu as críticas, afirmando que a culpa é do próprio governo, que não

consegue unir sua base e cumprir os acordos. A votação está prevista para hoje, mas pode não sair: PSDB e PFL prometem lutar contra as MPs orçamentárias e o impeachment volta à tona.

Alan Marques/Folha Imagem

CRÍTICAS DE LULA IRRITAM O CONGRESSO

OPOSIÇÃO JÁ COGITA IMPEACHMENT

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oposição subiu ontem o tom das críticas ao governo e voltou a falar em impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No Senado, o senador Antonio Carlos Magalhães (PFLBA) defendeu abertamente que seja protocolado o pedido de impedimento, ciente de que um eventual processo só seria concluído após as eleições. "Mesmo que não seja votado a tempo, temos que entrar com o pedido", disse o senador. E acrescentou: "Até por muito menos, por um Fiat Elba, o presidente Collor foi posto para fora". No entender de ACM, foi "por gentileza" que o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, não citou Lula na denúncia sobre o mensalão. "Mas eu não tenho obrigação de ser gentil", disse. Até agora, ACM dizia que a oposição não queria o impeachment de Lula e que o afastamento do presidente seria feito por meio das urnas, nas eleições deste ano. Em entrevista, o senador reconheceu que um eventual processo de impedimento representaria um gesto político importante que poderia enfraquecer a candidatura à reeleição de Lula. No entanto, ACM não descartou a possibilidade de Lula dizer-se "vítima" do processo e usar o pedido de afastamento a seu favor na campanha pela reeleição. Mas isso, segundo Antônio Cruz/ABr

Senadores Agripino Maia, Arthur Virgilio e Garibaldi Alves: mal-estar com declarações do presidente.

TODOS CONTRA AS MPs

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iante da possibilidade de o governo federal editar mais u m a M e d i d a P ro v i s ó r i a (MP) liberando parcelas do Orçamento, a oposição se colocou de prontidão para questionar a hipotética MP no Supremo Tribunal Federal (STF). Parlamentares do PSDB e do PFL encabeçam a reação. O líder pefelista no Senado, José Agripino, defendeu que o Orçamento é a peça mais importante analisada pelo Congresso e aponta "falta de capacidade política" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para negociar sua aprovação com Parlamento. "O governo que pratique a negociação com o Congresso para aprovar o Orçamento e pare com a perseguição a estados governados pela oposição", declarou.

Agripino questiona a possibilidade de edição de MPs para tratar da liberação de recursos orçamentários e até a relevância de gastos que o governo pretende cobrir utilizando essa ferramenta: estariam inseridos até pagamentos de serviços de publicidade da presidência da República. O pefelista também estranhou a retirada da proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) da indicação dos limites para gastos públicos e carga tributária. Agripino afirmou que vai estar vigilante em relação a essas questões para barrar uma eventual "sanha arrecadatória e gastança" do governo federal em ano eleitoral. MP na gaveta – O governo já tem o texto da eventual MP pronto: por ele, mais R$ 24 bilhões seriam libera-

dos. Na semana passada, foram R$ 1,777, via MP 290. Mas o texto da nova MP foi colocado em banho-maria ontem à noite. Isso porque a expectativa é que o Orçamento seja mesmo votado hoje, como garantiu o presidente do senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Se a votação for concluída, a MP vai para a gaveta e começa a valer o Orçamento 2006. Mal-estar – A polêmica em torno da edição de MPs para liberar recursos do Orçamento acendeu na semana passada, depois da publicação da MP 290. "Nem no tempo da ditadura os militares ousaram tanto. Se isso não for contido, o governo não vai mais precisar do Congresso para gastar à vontade", afirmou o senador Arthur Virgílio, líder do PSDB no Senado. (Agências)

ACM: sem gentilezas. Roosewelt Pinheiro/ABr

Alvaro Dias: CPI para Lula.

ACM, é um risco que a oposição terá de correr. PSDB, PPS – A tese de ACM ganhou apoio de outro senador, Alvaro Dias (PSDB-PR). Ele defendeu a abertura do processo devido às denúncias de corrupção apontadas no relatório da CPMI dos Correios e ao indiciamento de 40 pessoas pedido pelo procurador-geral da República. Ao considerar "corajosa e exemplar" a iniciativa do procurador, o senador sustentou que ainda apóia a instalação de uma CPI para apurar o envolvimento de Lula no esquema de corrupção revelado pela CPI dos Correios. Na Câmara, o PPS aprovou posição favorável ao impeachment. O presidente da legenda, deputado Roberto Freire (PE), disse que o partido não pode tomar a iniciativa de pedir o afastamento de Lula, mas que fará questão de deixar clara sua posição sobre essa questão. Freire argumentou que o impeachment se impõe por serem graves as denúncias contidas no documento do procurador, encaminhado ao Supremo Tribunal Federal. (Agências)

Não aceitaremos mais promessas, queremos gestos concretos. Senador Arthur Virgílio (AM), líder do PSDB

ALCKMIN VÊ ATRASO DO GOVERNO

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m mais um dia de campanha, desta vez em Cuiabá (MT), o pré-candidato tucano ao Planalto, Geraldo Alckmin, dirigiu ontem mais uma bateria de críticas a seu adversário direto nas eleições de outubro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Alckmin culpou o governo federal pela demora na aprovação do Orçamento de 2006. Para ele, o governo não cumpre o compromisso de ressarcir os Estados exportadores pelas perdas com a Lei Kandir. "O governo tem maioria para absolver os mensaleiros e não tem maioria para votar o Orçamento", ironizou. Ele também criticou o atual governo acerca de gestão de recursos: "A qualidade dos gastos é muito ruim", afirmou. Aproveitando uma visita a exportadores do setor agropecuário, o tucano voltou a atacar a política econômica de Lula. Ele lembrou que o Mato Grosso, maior produtor brasileiro de soja e algodão, vive uma crise em razão da sobrevalorização do câmbio, prejudicial às exportações. "O agronegócio vive a mais grave crise das últimas décadas. Fruto de inúmeros fatores e da enorme lentidão do governo em tomar medidas para resolvê-la. Se não bastasse, o próprio governo sustenta o câmbio num patamar fora do ponto de equilíbrio", disse. Depois de ouvir queixas dos

Ed Ferreira/Agência Estado

Alckmin: críticas à lentidão do governo e à política econômica.

produtores, Alckmin prometeu trabalhar em pró da competitividade nacional. "Temos que recuperar a capacidade de investimento do governo. A nossa carga tributária está se aproximando de 39% do PIB (Produto Interno Bruto) e o governo federal investe 0,4% do PIB", afirmou. Itamar – Alckmin comentou ainda o lançamento da précandidatura à presidência de Itamar Franco, pelo PMDB. "Nenhum problema. Esse é um assunto do PMDB. Se o PMDB se decidir por uma candidatura própria, vamos disputar, dentro da civilidade. Se não lançar candidato, o PSDB vai procurar o apoio do PMDB", disse Alckmin. Depois das críticas a Lula,

Alckmin não quis comentar as denúncias contra seu governo. Questionado sobre o uso político de verbas publicitárias da Nossa Caixa, o banco estatal paulista, ele afirmou que não havia fato novo sobre o caso. "Isso já foi explicado. O que houve foi um erro meramente formal. A Nossa Caixa já abriu uma sindicância, demitiu o gerente responsável (Jaime de Castro) e encaminhou o caso ao Tribunal de Contas." Dona Lu – O estilista Rogério Figueiredo, que afirmou ter doado 400 vestidos à mulher de Alckmin, dona Lu, será ouvido hoje pela Justiça. Dona Lu reconheceu ter recebido 40 peças do estilista. Segundo ela, os presentes foram repassados a entidades sociais. (Agências)

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ais de quatro meses atrasada, a aprovação do Orçamento da União deste ano deverá ir à votação hoje, segundo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Mas o acordo construído na semana passada entre governo e oposição para garantir a votação foi abalado ontem por declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No programa semanal de rário "Café com o Presidente", Lula defendeu o uso de medidas provisórias (MP) para a liberação de recursos em parcelas e atribuiu o atraso na votação à oposição. "O governo não pode ficar parado, o governo tem de administrar o País. Portanto, nós fizemos uma medida provisória liberando dinheiro para que os ministérios possam funcionar. Afinal de contas, tem muita coisa em andamento no Brasil e nós precisamos de dinheiro para tocar as obras", disse. As críticas irritaram os congressistas (leia matéria ao lado). Sem o Orçamento aprovado, o governo já liberou, via MP 290, R$ 1,775 bilhão na semana passada. Outra MP, no valor de R$ 24,4 bilhões, estava em estudo, mas deve aguardar as negociações de hoje. Se o Orçamento foi aprovado, a nova MP deve ser esquecida. Atraso – O vice-líder do governo no Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR), também acusou a oposição pelo atraso da votação do Orçamento. Ele disse que o Planalto vem buscando todos os entendimentos possíveis para a aprovação, mas defendeu o uso das MPS. "O governo não vai ficar paralisado por causa do atraso na aprovação do orçamento deste ano", disse. Jucá lembrou ainda que, em função do atraso, o governo está impedido de fazer investimentos há quatro meses. "Neste caso, a MP é apenas uma saída técnica para viabilizar o and a m e n t o e o c re s c i m e n t o brasileiro", acrescentou. Trabalhando pela votação, o

ministro de Relações Institucionais, Tarso Genro, disse que o governo está "negociando" as questões apresentadas pela oposição. "Nada é impedimento. Sabemos que temos a colaboração da oposição. O pior que pode acontecer é a gente ficar sem Orçamento e trabalhar com medida provisória. Se precisar emitir, é claro que o governo vai emitir medida provisória, nós temos que governar. Mas o nosso objetivo e o da oposição é votar o Orçamento", afirmou. "Quando as demandas são colocadas, são em números ideais. Quem sabe não chegamos a um termo médio? O Orçamento não é do PT ou do PSDB, é do País". Acordo – Na semana passada, oposição e governo selaram um acordo para a votação. O pacto incluiu um maior ressarcimento aos Estados exportadores, que vêm perdendo receitas devido à Lei Kandir. Serão R$ 500 milhões a mais. A oposição está exigindo ainda do governo soluções para demandas locais de Estados e prefeituras do PSDB e PFL, além do fim do uso de MPs para garantir investimentos do governo federal. Sem promessas – As novas demandas incluem a aprovação de um empréstimo do BNDES para o governo de Sergipe; o repasse de recursos para um projeto de irrigação na Bahia; investimentos da Petrobras no gasoduto Coari-Manaus; e garantia de verbas para as obras dos Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro. "Não aceitaremos mais promessas, queremos gestos concretos", a f i r m o u A r t h u r Vi r g í l i o (PSDB-AM). Para Lula, é urgente aprovar o Orçamento por causa das eleições em outubro. "Esse ano é um ano muito curto", destacou. Segundo ele, por mais que haja divergência política no Congresso "ali todo mundo tem experiência e sabe que tanto a prefeitura quanto os governos dos estados e o governo federal precisam do orçamento para poder administrar". (Agências)

Conselho Deliberativo Convocação Ficam convocados os senhores membros do Conselho Deliberativo para a reunião a realizar-se no dia 24 de abril de 2006, às 16h30, no edifíciosede da entidade na rua Boa Vista, 51 - 9º andar, a fim de deliberarem sobre a seguinte Ordem do Dia: I - Eleição da Comissão Fiscal, nos termos do artigo 31, inciso VII, do Estatuto Social. II - Outros assuntos. São Paulo, 17 de abril de 2006. Guilherme Afif Domingos Presidente


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Senado Câmara Planalto CPI dos Bingos

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 18 de abril de 2006

A CPI dos Bingos pode aprovar hoje a segunda convocação do ex-presidente da Caixa, Jorge Mattoso, acusado de participar da quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa.

MINISTRO DA JUSTIÇA QUER ENCERRAR EPISÓDIO

CÂMARA E SENADO OUVIRÃO BASTOS. COMPADRE DE LULA FOGE DE CPI.

MINISTRO DA JUSTIÇA VAI DEPOR DUAS VEZES

S

em acordo entre oposição e governo para um depoimento conjunto do ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos a deputados federais e senadores nesta quinta-feira – para explicar sua participação no episódio da quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa – sobrou para ele a tarefa de se explicar duas vezes ao Congresso. O depoimento marcado para hoje no plenário da Câmara foi adiado para quinta-feira, enquanto o líder do governo Arlindo Chinaglia (PT-SP) pretendia negociar a sessão conjunta. A oposição no Senado se mobilizou e disse que não abria mão de ouvir primeiro o ex-presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Jorge Mattoso. Manobras de todos os lados continuam em movimento. Os presidentes das comissões de Constituição e Justiça do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), e da Câmara, Sigmaringa Seixas (PT-SP), tentam evitar o plenário, levando Thomaz Bastos apenas à comissão. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDBAL), que inicialmente se mostrou contra a sessão conjunta, agora admite que se o ministro for à Câmara primeiro, talvez não haja o depoimento no Senado. "A Câmara se antecipou e marcou o depoimento para hoje. Não estou disputando a ribalta, os holofotes com ninguém", disse. "Se querem os esclarecimentos, o ideal é que tudo se esclareça na Câmara". Impasse – Diante do impasse regimental, que não permite sessão conjunta para ouvir um ministro de estado, o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), delegou a China-

Sérgio Dutti/AE/02-06-2005

Eymar Mascaro

Reserva de votos

A

região Sudeste (São Paulo, Rio e Minas) representa 42% do total de votos no País. São cerca de 50 milhões de eleitores, sendo que a metade se concentra em São Paulo. A outra reserva de votos é dividida entre Rio e Minas. A candidatura de Geraldo Alckmin está bem sedimentada no Sudeste, sobretudo em São Paulo e Minas. O candidato tucano vai dispor de excelentes palanques para desenvolver sua campanha nos dois estados. Em São Paulo, Alckmin usará o palanque de José Serra e, em Minas, o de Aécio Neves. Em compensação, Lula está em melhores condições no Nordeste. É por isso que enquanto Lula se preocupa em montar uma equipe de ataque aos eleitores da região Sudeste, Alckmin está mais voltado para o Nordeste. O coordenador da campanha tucana, senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) agendou uma série de viagens de Alckmin para aquela região, sem perda de tempo.

CHAPA

Câmara e Senado não entram em acordo sobre depoimento do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos

glia a tarefa de se entender com Thomaz Bastos. Mas como a mãe de Chinaglia faleceu ontem, ele ficou fora do circuito. Ontem pela manhã, o ministro se antecipou e comunicou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na reunião da coordenação, que iria ao Congresso na quinta-feira. "O ministro informou que estava disponível para ir ", disse o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro. "Entre a hora que ele quer vir e o Congresso saber qual sua hora tem uma distância enorme. Para nós é fundamental que Mattoso seja ouvido antes", rebateu o líder do PFL no Senado, José Agripino Maia (RN). Ao longo do dia, o líder tucano Arthur Virgilio (PSDB-AM) recuou e passou a admitir um acordo para ouvir Bastos hoje, com ou sem o depoimento de

Mattoso. O que ele não concorda é que seja na quinta-feira, véspera de feriado, quando as duas Casas estarão esvaziadas. "Eu não estou protegendo ninguém. Tenho horror ao Márcio. Não podemos dar a impressão de que queremos cozinhar a crise em banho maria. Também não queremos que ele engambele o Congresso", ponderou Virgilio, acrescentando que o ideal seria ouvir primeiro Mattoso, mas que talvez não seja possível se dar a esse luxo. O ministro das Relações Institucionais disse esperar que o depoimento de Bastos encerre as versões sobre sua participação no episódio. Segundo Tarso, o governo quer que ele vá ao Congresso uma única vez. "O presidente não teme nenhum ataque e o ministro Márcio Thomaz Bastos está muito

bem escorado para dar todas as explicações", disse Tarso. Assessores de Bastos – Outra complicação para a situação de Bastos é a possível votação, a partir de hoje, de iniciativa de senadores da oposição na CPI dos Bingos, dos depoimentos do secretário de Direito Econômico do Ministério da Justiça, Daniel Goldberg, e do chefe de gabinete do Ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, Cláudio Alencar. Os requerimentos que convocam para depor os dois assessores do ministro da Justiça são de autoria dos senadores Romeu Tuma (PFL-SP), Alvaro Dias (PSDB-PR) e José Jorge. Tanto Goldberg quanto Alencar são acusados de terem participado da articulação que culminou com a quebra do sigilo bancário de Francenildo Costa. (Agências)

O PT prefere usar os governistas José Sarney e Renan Calheiros para atrair o PMDB. Se não puder contar com o apoio do partido, o PT espera que o PMDB não tenha candidato, seja Garotinho, seja Itamar.

SEM DEMORA

As pesquisas estão indicando que se o PMDB não lançar candidato, a eleição pode ser decidida já no primeiro turno. Por enquanto, as pesquisas apontam que Lula seria o beneficiado. Em tempo: a candidatura peemedebista invadiria redutos petistas e tiraria votos de Lula.

Se depender de José Agripino, a escolha do vice de Alckmin deve ocorrer até o dia 25. O senador não quer que o partido perca mais tempo, pois as pesquisas tem revelado que é nítida a vantagem de Lula sobre o candidato tucano no Nordeste. É preciso trabalhar eleitoralmente a região.

I

Roberto Teixeira

de valores irreais da arrecadação do ICMS por intermédio da CPEM. Sua convocação foi aprovada em novembro. Na ocasião, antes mesmo de marcada a data do depoimento, ele foi internado em uma clínica de saúde. O requerimento convocandoo foi encaminhado à superintendência da Polícia Federal em São Paulo no último dia 11, mas somente ontem é que os agentes conseguiram localizálo. A data de seu comparecimento só foi acertada após a acareação na CPI dos Bingos entre Venceslau e Paulo Okamotto, presidente do Sebrae. Bronca de Okamotto – Segundo Venceslau, Okamotto teria bronqueado quando ele denunciou a CPEM, alegando que a empresa deixaria de contribuir para a realização da segunda Caravana da Cidadania, como eram chamadas as viagens de Lula pelo País, numa pré-campanha eleitoral à presidência da República. A comissão de investigação do PT que em 1993 denunciou o esquema da CPEM concluiu

que "é impossível negar, pois, que Roberto Teixeira não soubesse da suspeita de fraude na atuação da CPEM em São José dos Campos e da possibilidade de que a fórmula de pagamento esboçada no contrato padrão firmado por esta empresa não pudesse qualificar um verdadeiro engodo para os prefeitos que receberam a sua indicação". Na prática, senadores da oposição vão tentar demonstrar a existência de um estreito relacionamento entre Lula e Teixeira, o que, segundo eles, pode levar à conclusão de que Lula tinha conhecimento da existência de caixa 2 nas campanhas eleitorais para as prefeituras petistas. A CPI também vota esta semana o requerimento de convocação do ex-presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Jorge Mattoso, acusado de ser um dos principais responsáveis pela quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa. Outro requerimento pede uma acareação entre Mattoso e Palocci. Conselho de Ética – O Conselho de Ética da Câmara pode votar hoje o relatório do deputado José Carlos Araújo (PLBA) sobre processo contra o deputado Onyx Lorenzoni (PFL-RS). A representação, aberta pelo PT, pede a cassação do deputado por ele ter revelado o teor de documentos sigilosos do ex-deputado José Dirceu (PT-SP) que estavam na CPMI dos Correios. O voto do relator não ainda foi divulgado. (Agências)

CANDIDATURA

CANELADA

O virtual candidato do PPS a presidente, Roberto Freire, quer bater duro em Lula. Diz-se que seu partido poderá patrocinar o pedido de impeachment do presidente. O PPS acha que Lula cometeu crime de responsabilidade e, por isso, merece ser cassado.

Marlene Bergamo/Folha Imagem/02-06-97

que se insira no objeto de investigação da comissão". Já esperado – O relator da CPI, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), disse que a reação do compadre de Lula para não depor já era esperada. "Ele impediu os procedimentos da Polícia Federal desde a semana passada", explicou. "Ficou claro que havia uma armação para favorecê-lo". Garibaldi lembrou que a comissão quer que Roberto Teixeira fale sobre a sua ligação com a Consultoria para Empresas e Municípios (CPEM). Ele é conhecido como o "mecenas de Lula", por ser dono da casa onde o então sindicalista e sua família moraram por mais de 10 anos sem pagar aluguel. Teixeira foi acusado pelo exsecretário de Finanças das prefeituras de Campinas e São José dos Campos, Paulo de Tarso Venceslau, de montar um esquema de contratos sem licitação com as prefeituras do PT, para obter vantagem em cima

DECISÃO

A exemplo do PMDB, também o PDT tem NORDESTINO PSDB e PFL já decidiram rechaçado os assédios de que o vice de Alckmin será PSDB e PT. O presidente do do Nordeste. Alckmin deve PDT, Carlos Lupi, bate o pé visitar as nove capitais da e garante que o partido não região nos próximos dias vai apoiar ninguém no para atender a agenda de primeiro turno. Seu Guerra. Alckmin pretende candidato sairá das prévias encostar em Lula nas entre os senadores pesquisas até setembro. Cristovam Buarque e Quer iniciar a campanha na Jefferson Peres e o TV em igualdade de governador de Alagoas, condições com o petista. Ronaldo Lessa.

CPI: COMPADRE DE LULA DIZ QUE NÃO VAI. ntimado ontem pela Polícia Federal (PF) a depor hoje na CPI dos Bingos, o compadre do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Roberto Teixeira, encaminhou à comissão três justificativas que, segundo ele, sustentariam a sua decisão de não comparecer ao Senado. Enviado por fax, o documento assinado por seu advogado, Cristiano Zanim Martins, afirma que não foi respeitado o prazo mínimo de 24 horas para ele atender à intimação. O documento afirma ainda que, como Roberto Teixeira se submeteu a uma cirurgia cardíaca dia 18 de janeiro, ele teria de passar por uma avaliação médica "a fim de aquilatar se o peticionário reúne condições de saúde para atender a intimação". A outra alegação é a de que ele não foi informado em que condições a CPI pretende ouvi-lo, "já que não realiza ou realizou nenhuma atividade

ATAQUE

Jorge Bornhausen, presidente do PFL, deve se reunir hoje ou amanhã com os dois pré-candidatos do partido a vice na chapa de Alckmin, senadores José Agripino (RN) e José Jorge (PE). Um dos dois deve ser o companheiro de chapa do candidato tucano.

COMPOSIÇÃO

Também Lula quer escolher um vice da região em que está em desvantagem nas pesquisas: Minas. Se não aparecer alguém com maior potencial de votos, o presidente deve convidar para seu vice, outra vez, José Alencar.

CORRIDA

Enquanto montam suas equipes de campanha, PSDB e PT trabalham para formalizar alianças com outros partidos. Tucanos e petistas estão de olho sobretudo no PMDB, a despeito deste partido anunciar sem rodeios que terá candidato próprio. Mas, PT e PSDB não dão descanso aos peemedebistas.

TRIPÉ

O PSDB gostaria de formar com o PFL e PMDB a tríplice aliança para tocar a campanha de Alckmin. Com o PFL o jogo já está fechado. Resta atrair o PMDB. O presidente tucano Tasso Jereissati mantém conversações com o presidente do PMDB, Michel Temer.

AGRADO

A tese do PPS agrada em cheio o PFL, partido que deseja discutir o impeachment de Lula. O líder do PFL na Câmara, deputado Rodrigo Maia (RJ), entende que Lula cometeu crime de responsabilidade e, portanto, é passível de julgamento pelo Congresso.

RETAGUARDA

O PT não quer esperar pelo fato consumado: se prepara para desarmar um eventual processo de impeachment. O partido entende que Lula não pode se desviar da campanha. Em tempo: o PFL ainda não convenceu o PSDB sobre a necessidade de discutir o impeachment de Lula.

CASSAÇÃO

O plenário da Câmara decide amanhã se promove mais uma sessão de distribuição de pizza: os deputados tentam votar o processo de cassação do mandato de José Mentor (PT-SP), acusado de receber R$ 120 mil do valerioduto. Mentor se defende dizendo que a quantia é referente a serviços de advocacia prestados por seu escritório.


terça-feira, 18 de abril de 2006

Congresso CPI Planalto Pesquisas

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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QUEBRA DE SIGILO: INDICIAMENTO E AÇÃO INDENIZATÓRIA

A indenização tem que ter um caráter punitivo para não haver reincidência. Wlício Chaveiro, advogado do caseiro Francenildo Costa

CASEIRO QUE DERRUBOU PALOCCI PROCESSA CAIXA E ÉPOCA. NA PF, MARCELO NETTO ENFIM FALOU.

Ad ria no

Marta continua no páreo

A

ex-prefeita Marta Suplicy, pré-candidata do PT ao governo de São Paulo, desmentiu ontem em entrevista à rádio Jovem Pan notícias veiculadas pela revista Veja, neste fim de semana. Segundo a coluna Radar, "Marta está a um passo de jogar a toalha e deve retirar sua candidatura ao governo de São Paulo, abrindo caminho para Aloizio Mercadante". Na entrevista, a ex-prefeita disse que as informações são mentirosas e indagou até os motivos pelos quais ela deveria abdicar da candidatura. "Em nome do

que eu deveria abdicar disso? Estou bem na frente nas pesquisas, acredito que meu nome tenha força para vencer a eleição. Acho que a eleição vai ser dificílima, mas não é impossível vencê-la. Não importa que o Serra esteja bem na frente", avaliou. "Eu acredito que o fato dele não ter cumprido a promessa que fez e ter deixado a Prefeitura de São Paulo vai ficar na biografia dele, cada vez que ele abrir a boca vão cobrar, vão dizer se dá para acreditar em alguém que não cumpriu sua palavra que foi registrada até em cartório". (AE)

Aldo nega candidatura

O

presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PC do B) descartou ontem, em Santos, sua candidatura ao governo do Estado, atribuindo os comentários nesse sentido "a especulações". "Eu não conversei com ninguém sobre essa possível candidatura ao governo de São Paulo e ao Senad o , m a s d e q u a lquer forma as pessoas especulam. Afinal, vivemos um período de eleição". O deputado não acredita que possa vir a ser chamado pelo presidente Lula para

disputar com o tucano José Serra o governo estadual, desbancando Aloizio Mercadante e Marta Suplicy, que disputam a indicação. "O Estado já está muito bem servido de candidatos. O PT vai apresentar o senador Mercadante ou a prefeita Marta Suplicy, que são nomes excelentes, o PSDB já apresentou José Serra, que é altamente qualificado, e outros nomes que poderão surgir". Ele duvidou que sua indicação viesse do PT. "Não creio que eles abrissem mão para um nome que não é do partido", disse. (AE)

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NILDO ABRE A CONTA: R$ 21,7 MI DE INDENIZAÇÃO.

Marcelo Netto, ex-assessor de imprensa de Palocci, ao chegar na PF.

EX-ASSESSOR DE PALOCCI É INDICIADO

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m depoimento de quatro horas, o jornalista Marcelo Netto, ex-assessor do então ministro da Fazenda Antônio Palocci, negou ter tido qualquer participação na quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa. Mesmo diante da negativa, o delegado Rodrigo Carneiro Gomes indiciou o jornalista baseado no artigo 10 da lei complementar 105 que prevê pena de um a quatro anos de prisão. Marcelo Netto deixou a sede da Polícia Federal pela garagem sem falar com a imprensa. Eduardo Toledo, advogado do jornalista, se surpreendeu com a decisão do delegado. " Causa perplexidade. Quando ele não disse nada, ele não indiciou. Agora que respondeu a todas perguntas ele é indiciado".

O advogado também confirmou que a Polícia Federal pediu a quebra do sigilo telefônico do ex-assessor. Ele disse ainda que não pretende recorrer contra essa decisão da Polícia Federal. "Não vamos antecipar o debate jurídico, vamos esperar a denúncia à Justiça, onde teremos bons argumentos para a defesa do Marcelo Netto", disse Toledo. Marcelo Netto é suspeito de ter vazado a um jornalista da revista Época os extratos bancários violados de Francenildo. O escândalo da quebra ilegal do sigilo do caseiro levou à queda de Palocci da Fazenda. O próprio Palocci e o ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, também foram indiciados pela Polícia Federal pela violação do sigilo do caseiro. (Agências)

DISCUSSÃO É EM TORNO DO SIGILO FUNCIONAL A violação do sigilo funcional é um crime previsto pelo artigo 325 do Código Penal e consiste em "revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em

Reunião Plenária (informações, debates e busca de soluções)

segredo ou facilitar-lhe a revelação". Pela Lei 9.983/2000, a ação ou omissão resulta em pena de reclusão de dois a seis anos e multa. Duas situações são consideradas: a primeira é se utilizar, indevidamente, do acesso restrito. A outra, permitir ou facilitar, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de senha ou de qualquer outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas aos sistemas de dados da Administração Pública.

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Convidado Especial

Gilberto Kassab Prefeito de São Paulo

Dia: 24 de abril de 2006, segunda-feira Horário: às 17 horas Local: Rua Boa Vista, 51 - 9º andar

O

caseiro Francenil- CPI dos Bingos, Nildo afirmou d o d o s S a n t o s que o então ministro freqüenCosta, o Nildo, en- tava uma casa de Brasília cotrou ontem na Jus- nhecida como "mansão da Ret i ç a d e B r a s í l i a c o m d u a s pública de Ribeirão Preto", ações requerendo indeniza- uma referência à cidade do inção por danos morais. O va- terior de São Paulo que já foi lor total das ações chega a administrada por Palocci. Na R$ 21,7 milhões. A maior de- mansão, teriam ocorrido orlas, de R$ 17,5 milhões, é con- gias com prostitutas além da tra a Caixa Econômica Fede- distribuição de dinheiro ilegal ral, onde o sigilo de uma con- e encontro de lobistas comanta poupança do caseiro foi dados por ex-assessores de Pav i o l a d o . A o u t r a a ç ã o , d e locci dos tempos de Ribeirão. R$ 4,2 milhões, é contra a reQueda – Palocci negou que vista Época, que divulgou as tivesse comparecido à maninformações sobre suas mo- são, mas Nildo confirmou vávimentações bancárias no rias vezes que vira o então ministro lá. Começava a desgraça dia 17 de março. As informações sobre as de Palocci – que passou a ficar ações movidas pelo caseiro fo- fechado em sua casa e no Miram divulgadas ontem pelo nistério da Fazenda. No dia 17 advogado dele, Wlício Cha- de março, a revista Época publiveiro. Para justifi- Lula Marques/Folha Imagem cou o extrato de Francenildo. car as duas ações, o advogado acuCom mais de sou o banco de ter R$ 25 mil em moviolado um direivimentações – ele to constitucional ganha cerca de R$ 700 como cade seu cliente de forma "vil" – ao seiro –, o valor chamou a atenção abrir seus dados de movimentado governo. Pensou-se que ele hação financeira. Já sobre Época, o advia sido pago pela oposição para v o g a d o a r g umentou que a reatacar Palocci. Mas a opinião vista publicou matéria "com teor pública cobrou ext e n d e n c i o s o " – Chaveiro: é preciso punir. plicações sobre a para ele, a repordivulgação de datagem fazia o leitor supor que dos privativos do caseiro. As Nildo recebera dinheiro para suspeitas de quebra de sigilo losustentar uma acusação contra go recaíram sobre o então miniso então ministro da Fazenda, tro Palocci e o então presidente Antonio Palocci. "A indeniza- da Caixa Econômica Federal, ção tem que ter um caráter pu- Jorge Mattoso. Uma semana denitivo para não haver reinci- pois, os dois deixaram seus cargos, claramente envolvidos no dência", disse o advogado. P al o cc i – O caseiro Nildo caso do vazamento. Ambos já fosurgiu no noticiário político e ram indiciados pela Polícia Fepolicial ao contradizer uma deral, que trabalha com a hipótedas mais prestigiadas autori- se de Palocci ter sido mesmo o dades do governo federal, o mandante da violação de sigilo ex-ministro Palocci. Em meio à bancário. (Agências)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

DCARR São Paulo, 19 de abril de 2006

Nº 116

Um pouco da história da indústria automobilística, com o nosso primeiro carro, a Vemaguet. Nas páginas 12 e 13.

Divulgação

Mercedes Classe R

NOVAS ESTRELAS Páginas 8 e 9

Mercedes Classe B


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DCARRO

São Paulo, quarta-feira, 19 de abril de 2006

Engenheiros, plantas, culinária e o sucesso e um futuro engenheiro me perguntar quais são os caminhos para alcançar sucesso na profissão, eu direi: aprenda sobre plantas, aprecie uma boa culinária e domine história e geografia. Brincadeira? Não. No mundo globalizado, estes são exemplos para que o engenheiro amplie seu conhecimento geral, necessário para trabalhar na indústria da mobilidade. Isto faz a diferença no mercado cada vez mais acirrado. A indústria precisa de engenheiros que saibam português e se comunicar, requisitos básicos de profissionais versáteis, com poder de argumentação para negociar idéias. As empresas querem que seus funcionários tenham raciocínio visionário, habilidades estratégicas, capacidade de trabalhar em equipe e estejam aptos para mudanças: o perfil do profissional de sucesso. O engenheiro em montadora no Brasil pode estar do outro lado do mundo amanhã, a 600 km ao norte de Pequim, na China, onde a temperatura média é de 12º C negativos. Lá não se usa canetas esferográficas porque a tinta congela com o frio. Ter habilidade para enxergar o futuro e estar atento à constante transformação da indústria são tarefas indispensáveis para

um engenheiro. Quando comecei na indústria automotiva, há 38 anos, a minha primeira experiência foi desenvolver uma tampa de radiador. O fornecedor investiu no projeto e a tampa ficou pronta. Um belo dia, a tampa deixou de existir, porque os sistemas passaram a ser selados. Similarmente, o fenômeno ocorreu com carburadores, distribuidores de ignição, entre outros. E é assim que a indústria caminha lado a lado com a evolução tecnológica – projetos antigos se tornam um péssimo investimento e idéias não tão boas passam a ser viáveis. Duas áreas que se destacam atualmente em pesquisa são a de reciclagem e de segurança. Enfim, as oportunidades de desenvolvimento profissional não faltam. Investir em cursos focados, ampliar a rede de contatos, cuidar da aparência e da postura são dicas que colaboram para melhorar a visão do futuro engenheiro em relação ao mercado de trabalho, mas de nada servem se ele não gostar do que faz. Outra receita é ter curiosidade e perguntar sempre. Parar de estudar? Nem pensar, meus caros. A vida será sempre um eterno aprendizado.

Diretor-Presidente Guilherme Afif Domingos Diretor de Redação Moisés Rabinovici

Diagramação Hedilberto Monserrat Jr. 3244-3281 hmonserrat@dcomercio.com.br

Editor chicolelis 3244-3184 chicolelis@dcomercio.com.br

Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. 3244-3122 agebara@acsp.com.br Rua Boa Vista, 51

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ÍNDICE SERVIÇO - 3 Neste período de feriados, não se esqueça da revisão antes de viajar.

NOVO PRODUTO - 4 E 5 SpaceFox, da VW, concorre num segmento altamente competitivo.

MERCADO - 7 Seguros de picapes entre os mais caros do País.

CAPA - 8 e 9 A Mercedes traz para o Brasil novo estilo de carro: os "Sports Tourer".

CONSÓRCIO - 16 As administradoras precisam investir mais em mulheres e jovens.

Francisco Satkunas, da SAE BRASIL (Sociedade de Engenheiros da Mobilidade) e articulista do Jornauto

AGENDA Hoje

A MWM-International Motores realiza coletiva, no Hyatt Hotel (SP), a partir das 11 horas, para divulgar o balanço de um ano das atividades da nova empresa.

27 de abril

A AEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva) promove o seminário "Impactos dos Acordos Internacionais para Indústria Automotiva”, no Centro de Convenções Milenium, em São Paulo.

Repórteres Alzira Rodrigues 3244-3689 alzira@dcomercio.com.br Anderson Cavalcante acavalcante@dcomercio.com.br

Impressão S/A O Estado de S. Paulo

OESP Área Comercial Celso Nascimento 3856-2454/9168-8258 www.dcomercio.com.br/dcarro


São Paulo, quarta-feira, 19 de abril de 2006

DCARRO

ATENÇÃO

Vai viajar? Revise o carro antes. Antes do próximo feriadão, veja se o carro está em ordem. Isto vai fazer muito bem para a saúde da família. CHICOLELIS

em bem acabou um e lá vem o segundo e mais o terceiro. Falamos dos próximos feriadões, de Tiradentes, no próximo fim de semana e o Dia do Trabalho, na segunda-feira do dia 1º de maio. E lá vamos - quase todos nós - rumo ao descanso, fugindo o quanto podemos do dia-a-dia desta cidade que tanto nos dá prazer e sustento, quanto nos aborrece com seu trânsito, invariavelmente caótico, seus buracos - até mesmo no asfalto novo - e sua violência. Será que os nossos carros estão preparados para enfrentar tantas viagens? Lembre-se que na última o ponteiro do arrefecimento pode ter dado um sinalzinho, o freio mostrou-se meio desobediente, a direção nem muito firme estava e os faróis pareciam buscar aviões nas alturas, enquanto as luzes traseiras não eram luzes traseiras, mas sim escuridão traseira, causando enorme perigo para nós e para quem nos seguia pelas estradas escuras. Ou ainda, se os pneus estavam devidamente calibrados e rodas, mais direção, alinhados como sempre devem estar. Assim, é hora de, antes do próximo feriadão, ver se o nosso carro vai nos levar e trazer de volta sem problemas, para nós e família, e para o próximo.

N

Em casa: Certas coisas podem ser verificadas em casa. Pegue a garotada para ajudar. Eles podem pisar no freio e você vê, lá na traseira, se as luzes se acendem. O mesmo serve para as lanternas. A molecada vai adorar ajudar a checar o funcionamento do carro. Eles podem dar seta, piscar os faróis e até mesmo ver se o esguicho do limpador de pára-brisas está funcionando a contento. Lembre-se de colocar água nele, com o devido shampoo, que ajuda a manter o vidro limpo. Em casa também é possível verificar se não há vazamentos nas mangueiras do carro. Para os pneus, o certo é ir ao posto mais próximo, nada acima de um quilômetro de distância, para evitar que eles es-

quentem e a calibragem seja prejudicada. Quanto de ar? O manual do proprietário do seu carro tem esta resposta. Ali mesmo no posto, verifique também o nível de óleo e complete se for necessário. Mas antes verifique se já não é o momento da troca. E freios, sistema de arrefecimento, motor, suspensão? Bem, isto é melhor ser visto por um profissional do ramo. Ele vai saber se é hora de trocar as pastilhas, de repor o líquido do sistema do radiador, ver se as correias ainda "agüentam o tranco", inspecionar a suspensão com suas molas e amortecedor. Estas são coisas que não se deve usar o sistema do "acho que tá bom". O melhor é escutar o sujeito que estudou para fazer isso. O resto é curtir a viagem, fazendo pausas a cada 200 quilômetros ou duas horas de estrada. Não beber antes de dirigir, é claro, e obrigar todo mundo a usar o cinto. Até aquela criança que você tem em casa mas que insiste em viajar com aquela carinha linda entre os encostos dos bancos da frente. É que um pequeno pesando uns 17 quilos, numa pequena batida, a 48 km/h, chega ao pára-brisas pesando o mesmo que um elefante bebê: uma tonelada. Boa viagem!

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EM

OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 19 de abril de 2006

PAUTA O que diz o governo sobre o relatório da CPMI dos Correios?

Realmente, é incrível como o foco da ótica da governabilidade atual está avariada. O ministro remanescente, embora tendo um passado como advogado militante na área criminal, em face do resultado da CPI, teve o desplante de dizer que o respectivo relatório era importante porque "mostra que as instituições estão funcionando..."

DOISPONTOS -11 11

Não, essa não foi uma demonstração de coragem da governabilidade vigente, como o ministro deve ter pensado que fosse, ao dizer essa frase. Ao contrário, revelou (aliás, é mais um que revela) a que o petismo foi criado e veio, tomando-o por porta-voz. Ademais, é uma avaliação debochada e cínica da sociedade brasileira e desrespeitosa da dignidade da cidadania brasileira. PEDRO LUÍS DE CAMPOS VERGUEIRO PEDROVER@MATRIX.COM.BR

O

ROBERTO FENDT VARIG: UM PESO E DUAS MEDIDAS

Sebastião Moreira/AE

Site na internet dcomercio.com.br /doispontos/

Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br

G Ninguém pode concordar que o dinheiro dos impostos vá direto e sem escalas ajudar a Varig a continuar voando alto G Se toda empresa de grande porte entender que pode ser administrada ao estilo "jurássicokamikase", sempre haverá a tapeação de um Fome Zero ou de um Bolsa-Família.

Alaor Filho/AE

Vôo cego Ajudar a Varig pode abrir um precedente perigoso

egundo Gerald Thomas, a Varig tem a nossa cara. Ainda tem, mas – se quiser continuar voando - vai ter que mudar muito. Não vou aqui defender a idéia do governo, desse ou de qualquer outro, com relação à obrigação de salvar a Varig de seu destino desastroso só porque ela leva a bandeira do Brasil a todos os aeroportos do mundo, etc., etc., etc. Pura conversa de quem pode entender de direção teatral, mas não de direção empresarial. Se o negócio da aviação comercial no Brasil fosse realmente ruim, uma TAM ou uma Gol jamais teriam decolado com tanta competência nesse mercado onde a Vasp, a Transbrasil - e agora a Varig - pensaram que, com suas ad-

S

DEU

NO

BLOG

ministrações paquidérmicas e os ventos soprados sempre à favor pelos cofres do Tesouro Nacional poderiam voar eternamente em céus de brigadeiro, nem sempre com suas próprias asas. Sobrevoando o assunto na terra onde uma má gestão não tem perdão, a PanAm também era tida como um ícone norte-americano - e porque sua administração falhou, a empresa não suportou a turbulência e se estatelou. Nem por isso os EUA ficaram menores ou piores. Aliás, com o impacto da queda da PanAm, certamente todas as empresas de aviação norte-americanas que permaneceram no mercado ficaram mais atentas, mais competentes e mais profissionais.

Mal comparando, a Varig teve por décadas uma administração tão semelhante e tão retrógrada quanto a administração dos Diários Associados, que pilotava a TV Tupi. Aí sim os artistas deveriam ter saído às ruas para protestar pelo seu fechamento, pois o acervo da Tupi guardava uma imp o r t a n t e p o rç ã o d a nossa cultura. E, ao que parece, aquilo tudo se espatifou no chão e até hoje "não encontraram nem mesmo a caixa preta", no sentido mais amplo da expressão. Por tudo isso, ninguém pode concordar que mais da metade do dinheiro que aquele pedreiro que trabalha de sol a sol na cidade de Crato no Ceará, por exemplo, ao comprar o seu cigarrinho que, além de ser uma das

poucas alegrias do seu dia, vai possivelmente lhe encurtar a vida por um câncer no pulmão, esse imposto vá direto e sem escalas ajudar a Varig a continuar voando alto, levando executivos para as suas business trips nas first ou business class, os turistas para suas viagens de férias aqui e no exterior e os políticos para suas viagens interesseiras das bases para Brasília e vice-versa. E quando esse pedreiro precisar fazer um c h e ck - i n para ingressar no hospital que depende das verbas do SUS para tratar da sua saúde, ele – que nunca andou de avião - vai ficar na fila ou na lista de espera, ou por over-booking, ou mesmo porque o piloto sumiu! Se toda empresa de grande porte neste país

entender que pode ser administrada ao estilo "jurássico -kamikase", porque sempre haverá a tapeação de um "Fome Zero" ou de uma "BolsaFamília" para enganar o estômago do contas-apagar nos momentos difíceis, a ajuda que se pretende para a Varig pode significar um precedente perigoso. Por isso, é preferível mostrar a cara agora, arrumar o que tem que ser arrumado de verdade para não ter que chegar ao ponto de ter como última e derradeira alternativa mostrar os glúteos a uma platéia que pagou caro para ver coisa melhor. O espetáculo do crescimento, por exemplo. JOSÉ FRANCISCO "CHICÃO" TEIXEIRA É PUBLICITÁRIO JUNGOBUNGOLUNGO@UOL. COM.BR

Se a oposição quer botar o povo na rua, teremos um país dividido

rosso modo, o O colunista político presidente Jorge Bastos Moreno Lula deveria ficar acha que, isento de nessas alturas, qualquer pedido manifestações pró e de impeachment. contra o impeachment Aliás, a excelente são movimentos Otávio Magalhães/AE entrevista que elegem de Miguel Lula. Ele resgata Reale de memória uma Junior à lição de Ulysses repórter Guimarães e Thais deixa para as Oyama, urnas o para julgamento. mim, encerra o assunto: a falta de HTTP://OGLOBO.GLOBO. condições morais COM/ONLINE/BLOGS/ para a Câmara MORENO/

G

abrir esse processo. Uma aluna, de 17 anos, conta que a primeira palavra que pronunciou na vida foi “Lula”. Atenta aos fatos, ela isenta o presidente Lula de qualquer trapalhada dos petistas. Adverte que se tentarem o impeachment do presidente o pau vai comer: uma legião de jovens como ela vai pras ruas. E já que

estarão lá, aproveitarão para votar de novo no Lula. É a Geração Orkut. Numa das histórias que um dia talvez eu publique em livro, numa madrugada (nem posso dizer que fria, pois estávamos em Cuiabá ), a bela Christiane Torloni dormia atrás e eu não sabia se admirava mais o sono daquele

anjo ou se prestava atenção na conversa de Ulysses com Lula na poltrona da frente. Fiz as duas coisas. E ouvi Ulysses dizer pro Lula sobre as diretas: “ O povo tá na rua. Nós o botamos lá. Quem vai tirálo?”. Se a oposição quer botar o povo na rua, desta vez teremos um país dividido: pró e

contra Lula. É um risco para as duas partes. Tentar o impeachment de um presidente às vésperas do término de seu mandato é reconhecer que ele tem tudo pra ser reeleito. Não há outra explicação. Melhor deixar o povo decidir isso nas urnas. Decidir sobre o destino de Lula e do Congresso absolutório.

nde enquadrar a Varig nessa dicotomia? Apressadamente, alguém poderá dizer que se trata simplesmente de uma empresa privada mal gerida; que, por muitos anos, foi monopolista das rotas internacionais iniciadas no Brasil; e que recebeu do poder público outras benesses. Mas o que dizer das contrapartidas? Para ficar só com duas: as conseqüências dos "planos econômicos" sobre seus balanços e a quantidade de rotas domésticas sem volume de tráfego, "perditivas", que aceitou operar. Alguém continuará argumentando que não é papel dos governos, nem aqui nem nos EUA, "ajudar" empresas. Não há como o governo e as suas estatais perdoarem as dívidas da Varig para mantê-la solvente. Concordo inteiramente. Governo nenhum tem autorização dos cidadãos para perdoar dívidas, da Varig ou de quem quer que seja.

a mesma semana em que o governo Bush disse não à ajuda, com o dinheiro do contribuinte americano, para "salvar" sua indústria automobilística, o ministro da Fazenda daqui também negou ajuda com o dinheiro do contribuinte para "salvar" a Varig. Faz sentido. Em uma economia mista, empresas estatais e privadas tomam riscos e podem ser bem ou mal geridas. Às vezes o risco é excessivo ou a gestão é temerária; se a empresa privada extrapola, pode ficar insolvente. Nesse caso, há várias saídas. Se os seus credores confiam que a insolvência é passageira e as perspectivas de recuperação são boas, poderão conceder crédito adicional à empresa em uma concordata pactuada. Se os credores estão reticentes em apoiar a empresa com mais crédito, seus acionistas podem ser chamados a fazer um aporte de capital, pagando parcial ou integralmente as dívidas com os credores. Se essa alternativa também não se revelar factível, então o caminho é o da falência.

N

falência de uma empresa privada não destrói os seus ativos. A falência é dos gestores e dos acionistas, descuidados com os recursos que confiaram à gestão de terceiros. Os ativos da empresa, gravados ou não por dívidas – como imóveis e máquinas e equipamentos – continuarão disponíveis para criar riquezas sob nova gestão. A assunção exagerada de riscos e a gestão temerária de empresas públicas também redundam em prejuízo para o seu acionista – a sociedade, proprietária das empresas públicas. As diferenças com relação às conseqüências da má gestão, contudo, são gritantes. Os gestores temerários de empresas públicas não são responsabilizados por sua má gestão; o Estado toma mais dinheiro dos "contribuintes" para cobrir os prejuízos, que podem se acumular indefinidamente, já que não existe a falência para uma empresa estatal. Em conseqüência, o mais provável é que os ativos existentes não sejam remanejados para outros gestores, mas simplesmente, por incúria, se deteriorem.

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Por que o "maior governo da história" não aplica a todos os seus devedores o remédio amargo que dá à Varig? Por isso não consigo entender por que o atual governo perdoou 300 milhões de uma dívida de 315 milhões de dólares de Moçambique para com o Brasil. Ou porque perdoou 83 milhões de dólares da dívida da Nigéria. Ou por que perdoou a dívida de Cabo Verde. E por aí, vai. menos que pretenda deixar uma "herança maldita" de novos perdões de dívidas para o futuro, não entendo também como o BNDES empresta dinheiro à Bolívia, para construir uma rodovia, e à Venezuela, para duas hidrelétricas e o metrô de Caracas – dando emprego aos nativos, em lugar de emprestar e gerar empregos no Brasil. No caso da Venezuela, esses empréstimos têm uma taxa de juros inferior à que cobra da estatal brasileira Petrobras! Qual a qualidade das garantias oferecidas ao BNDES? Em bom português, vamos ver de volta a cor desse dinheiro? Por que o "maior governo que esse país já teve em toda a sua história" não aplica a todos os seus devedores o remédio amargo que está agora dando à Varig?

A

ROBERTO FENDT É ECONOMISTA FENDT@TERRA.COM.BR

FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, 3244-3799, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894


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DCARRO

São Paulo, quarta-feira, 19 de abril de 2006

TESTE/COMPARATIVO

SpaceFox entra numa briga boa Divulgação

Chegada da sportvan cria novo nicho que atira para todos os lados e atinge até Parati, da mesma VW Na estrada a SpaceFox mostra-se melhor nas curvas em alta que seu "irmão" mais velho, o Fox

ANTONIO FRAGA

Brasil é engraçado. É o único país do mundo em que se criam categorias para acomodar o que não está certo. Por exemplo: há alguns anos, a General Motors lançou o novo Corsa geração dois, para nós. A terceira, só para o povo europeu. No Velho Mundo,

Ponto Chic

DC

O

quando chegou o novo, encerrou-se a produção do anterior. Como o poder aquisitivo do brasileiro é menor, e o Corsa Sedan Classic é mais barato para produzir, classificou o novo como Premium. Mas é Premium só no Brasil. Na Europa, não. A Fiat faz o mesmo com o Palio, a Volkswagen com o Gol etc. Agora, para destacar as qualidades e evitar as comparações diretas

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com os demais produtos do mercado velocidade, ela está firme e sem sustos. nacional, a VW classifica de sportvan a Ficou muito agradável. Em pistas esburacadas como são as de SpaceFox. Na verdade, é uma perua derivada do acesso a Angra dos Reis (um absurdo, já automóvel Fox, nada mais do que isso. Ou que a estrada Rio-Santos é sem qualquer o Fox não é um automóvel? Cada um dúvida a mais bonita do Brasil), o comclassifica como quer, apesar de não ser portamento foi firme, macio e bem sicorreto, mas não faz sentido, ainda mais lencioso. que a SpaceFox chega cheia de qualidades O motor de 1.6 litro de oito válvulas e se destaca endesenvolve 101 cv de potência tre as suas concorrentes que quando abasteestão no mercido com gasocado nacional. lina e 103 cv com álcool e A station-wagon SpaceFox é tem torque máum dos melhoximo de 14,3 kgfm com gares produtos solina e 14,5 que a Volkswagen do Brasil kgfm com álcolançou nas úlol, ambos com 3.250 rpm. timas décadas, A caixa de e pode marcar Linhas agradáveis no novo VW um novo petransmissão é ríodo de cresmanual de cincimento da montadora, que nos anos 70 e co velocidades e tem engates macios, mas 80 chegou a ter metade do mercado de poderiam ser mais rápidos nas trocas. Seveículos leves deste país. gundo números da montadora, o SpaceFox atinge a velocidade máxima de 173 km/h quando abastecido com gasolina e acelera TESTANDO E... de 0 a 100 km/h em 11,1 segundos. Volto a dizer: é um dos melhores pro- Quando abastecido só com álcool, leva 10,8 dutos que a Volkswagen já fez no Brasil. segundos para ir de 0 a 100 km/h e tem Durante a avaliação num evento muito velocidade final de 175 km/h. O consumo bem organizado em Angra dos Reis, a com gasolina é de 11,6 km/l na cidade e 17 perua (ops.) mostrou que alguns dos pro- km/l na estrada (média de 14 km/l). Já com blemas que existiam no Fox não foram álcool, com 1 litro de combustível o modelo transferidos para a Space. Um deles, e percorre 7,8 km na cidade e 11 km em talvez o mais desagradável, acontecia em estrada, perfazendo a média de 9,2 km/l. curvas mais rápidas, onde o carro "ma- São números muitos interessantes e comreava", ou seja, parecia que ia fugir da mão patíveis com o modelo. Na estrada, é do condutor. Na verdade, ele estava na possível fazer uma viagem como fizemos, "mão" e com as rodas em contato com o de 600 quilômetros, logo após o evento de lançamento, de maneira muito confortável solo, mas a sensação era ruim. No caso da SpaceFox, em qualquer e tranqüila. Tanto em subidas como em


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TESTE/COMPARATIVO Divulgação

No mesmo nicho do mercado, a atual líder, Fiat Weekend, tem boas armas para lutar com a nova "inimiga"

Da própria família VW, a Parati, que já foi líder no segmento, vai enfrentar mais esta forte concorrente

ultrapassagens, a resposta é rápida e transmite confiança ao motorista. ... COMPARANDO

Num rápido comparativo, quando apresentada, a Volkswagen a comparou com as minivans (Zafira, Scénic, Idea e Meriva) e com as peruas (Palio Weekend, Parati e 206 SW). Ora, a comparação correta é com a última opção, já que não tem nada a ver com as minivans. Senão, qualquer dia vamos comparar as vans Fiat Ducato, Mercedes Sprinter etc. com as minivans de passageiros. Cada uma na sua. A Volkswagen SpaceFox é uma perua e como tanto deve ser comparada com a sua legítima concorrência. O destaque para a briga será com a Fiat Palio Weekend, líder de mercado nos últimos anos. A Weekend tem duas opções de motorização, 1.4 e 1.8 litro Flex, mas com ambas a SpaceFox não faz feio, muito pelo contrário. O desempenho é

muito semelhante, assim como é no espaço interno. Já no conforto e ergonomia, o ponto positivo fica para a marca italiana. Os bancos são mais confortáveis e a posição de dirigir mais agradável. Um ponto que na SpaceFox precisaria ser revisto urgentemente e que pode colaborar para melhorar o conforto é a posição do banco do motorista, que tem o assento inclinado para a frente e se agrava para pessoas de estatura média ou pequena. O automóvel Fox apresenta a mesma deficiência. Agora, entre as duas o páreo é duro e fica muito do coração do consumidor. Já no comparativo com a Peugeot 206 SW, o argumento fica somente com o design, pois nos demais itens a Volkswagen SpaceFox é superior em todos. Sobra a irmã de produção, Parati. No item custobenefício, ainda podem aparecer algumas defesas, porque de resto, sem chances. Mas vamos reconhecer: a Parati está no mercado há mais de 20 anos e durante boa parte deles foi líder de vendas, quando ainda havia muito mais modelos na disputa. Então, um produto vencedor como a Parati já deu, e com méritos, a sua cota de participação para a marca alemã. Agora chega, para reinar, a VW SpaceFox.

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MERCADO/AUTOINFORME

Carro zero tem o maior desconto em seis meses Na média, o preço está 5,24% abaixo da tabela, o maior índice desde setembro de 2005 carro zero-quilômetro está sendo vendido com desconto médio de 5,24%, conforme pesquisa da Agência AutoInforme, que compara os preços das tabelas oficiais das montadoras com o chamado Preço de Verdade, isto é, aqueles realmente praticados no mercado, cotados pela Molicar. É o maior desconto desde setembro do ano passado, quando a média foi de 5,42%. A situação é cada vez mais favorável para o consumidor que está pensando em trocar seu carro usado por um novo. Além do bom desconto que o mercado oferece, o preço sugerido pelas montadoras também não está subindo.

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Estabilidade - Uma outra pesquisa da AutoInforme indica que os preços ficaram estáveis ao longo do primeiro trimestre do ano. Com isso o setor vem batendo recorde atrás de recorde nas vendas. Tem carro sendo vendido com des-

conto de mais de 12%. O Classic 1.0 Life, da General Motors, custa oficialmente R$ 28,4 mil (já com pintura metálica incluída), mas pode ser encontrado por R$ 24,8 mil, o que representa um desconto de 12,7% em relação ao preço fixado em tabela. A picape Fiat Strada 1.4 flex-fuel está com desconto, nas concessionárias, de 12,6%. Na tabela custa R$ 33.748 e no varejo pode ser encontrada numa faixa de R$ 29,5 mil. O preço praticado do Corsa sedã Joy 1.8 bicombustível é R$ 32,8 mil e na tabela oficial custa R$ 37.424, o que dá 12,4% de abatimento. O Peugeot 206 1.6 Presence flex também está com o mesmo desconto. Vender o carro abaixo da tabela é uma prática que tem sido comum no mercado brasileiro, por causa da alta competitividade entre as marcas. O estudo apurou que 85% de todos os modelos oferecidos atualmente têm algum abatimento.


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quarta-feira, 19 de abril de 2006

ECONOMIA/LEGAIS - 13

CONVOCAÇÕES

BALANÇO DESTILARIAS MELHORAMENTOS S.A. C.N.P.J./M.F. nº 45.777.166/0001-57 Relatório da Diretoria Senhores Acionistas: Em obediência às disposições estatutárias e às determinações legais que regem o funcionamento das sociedades por ações, submetemos à apreciação dos Senhores Acionistas o Balanço Patrimonial e as Demonstrações Financeiras do exercício encerrado em 31.12.2005, acompanhados das Notas Explicativas. Resultado do Exercício: O lucro líquido do exercício ajustado de R$ 3.602 mil que após a distribuição de juros sobre capital próprio líquido no valor de R$ 850 mil correspondente a 23,60% do lucro, foi absorvido com prejuízos acumulados decorrentes de ajustes de exercícios anteriores, conforme demonstrado no balanço, demais demonstrações financeiras e respectivas notas explicativas, demonstrações estas devidamente auditadas pela PricewaterhouseCoopers International Services Ltda. Dessa forma o prejuízo acumulado remanescente deverá ser, em cumprimento ao disposto no parágrafo único do artigo 189 da Lei 6.404/76, bem como em atendimento ao artigo 20 e seu parágrafo 2º, do estatuto social da companhia, absorvido pela reserva estatutária operacional. Conforme demonstrado na Nota Explicativa 12 (d), não haverá distribuição de dividendo complementar, assunto este que deverá ser discutido na Assembléia Geral dos Acionistas. Agradecimentos: Ao término de mais um ano, agradecemos aos nossos funcionários pela dedicação e aos nossos acionistas, clientes e fornecedores pela confiança depositada na Destilarias Melhoramentos S.A. A DIRETORIA São Paulo, 23 de março de 2006 Demonstrações do resultado dos exercícios findos em 31 de Balanços patrimoniais em 31 de dezembro - Em milhares de reais dezembro Em milhares de reais, exceto quando indicado Ativo 2005 2004 Passivo e patrimônio líquido 2005 2004 Receita bruta de vendas 2005 2004 (pro-forma) (pro-forma) Mercado interno 45.949 46.292 Circulante Circulante Mercado externo 8.219 9.971 Caixa e bancos 481 648 Fornecedores 3.063 2.391 Outras receitas 419 297 Títulos e valores mobiliários 6.583 1.671 Empréstimos e financiamentos (Nota 9) 2.826 2.266 Impostos sobre vendas (3.166) (2.426) Valores a receber - Copersucar (Nota 3) 4.305 11.035 Repasses - Copersucar (Nota 6) 16.583 2.403 Receita líquida das vendas 51.421 54.134 Estoques (Nota 4) 16.875 5.200 Impostos e contribuições a recolher 140 1.591 Custo dos produtos vendidos (40.407) (40.450) Impostos a recuperar 1.305 2.183 Salários e encargos sociais 1.060 875 Lucro bruto 11.014 13.684 Demais contas a receber 563 584 Juros sobre capital a pagar 221 Receitas (despesas) operacionais 30.112 21.321 Demais contas a pagar 31 19 Comerciais (1.279) (2.907) 23.703 9.766 Gerais e administrativas - Copersucar (747) (1.278) Gerais e administrativas (6.359) (5.836) Não circulante Não circulante Despesas financeiras (4.380) (3.201) Realizável a longo prazo Exigível a longo prazo Receitas financeiras 2.231 1.987 Imp. de renda e contrib. social diferidos (Nota 7 a)) 1.629 Empréstimos e financiamentos (Nota 9) 449 1.660 Outras receitas operacionais 1.289 1.867 Depósitos judiciais 172 82 Tributos Sub-Judice (Nota 10) 4.529 3.429 (9.245) (9.368) Demais contas a receber 264 536 Contingências Copersucar (Nota 8) 3.129 3.029 Lucro operacional 1.769 4.316 2.065 618 Repasses - Copersucar (Nota 6) 5.726 4.513 Resultado não operacional 123 58 Imp. de renda e contrib. social diferidos (Nota 7 a)) 505 1.039 Lucro antes do IR e da contribuição social 1.892 4.374 Permanente Demais contas a pagar 42 174 Imposto de renda e contribuição social Investimentos 173 173 14.380 13.844 Do exercício (Nota 7 b)) (1.351) (1.475) Imobilizado (Nota 5) 18.095 17.525 Patrimônio líquido (Nota 12) Diferidos (Nota 7 a)) 1.629 Diferido 45 45 Capital social 9.000 8.480 Lucro líquido do exercício 2.170 2.899 18.313 17.743 Reserva de capital 396 468 Lucro líquido por lote de mil ações Reserva de reavaliação 1.011 2.018 do capital social no fim do exercício - R$ 3,35 4,48 Reservas de lucros 2.000 7.181 As notas explicativas da administração são partes Prejuízos acumulados (2.075) integrantes das demonstrações financeiras 16.072 12.407 Total do passivo e patrimônio líquido 50.490 39.682 Total do ativo 50.490 39.682 Demonstrações das origens e aplicações de recursos As notas explicativas da administração são partes integrantes das demonstrações financeiras exercícios findos em 31 de dezembro - Em milhares de reais Demonstrações das mutações do patrimônio líquido - Em milhares de reais Origens de recursos 2005 2004 Das operações Reservas de lucros Lucros Lucro líquido do exercício 2.170 2.899 Capital Reserva Reserva de Estatutária (prejuízos) Despesas (receitas) que não afetam o cap. circulante: social de capital reavaliação Legal operacional AGO/E acumulados Total Depreciações 3.228 3.498 Em 1º de janeiro de 2004 8.480 552 4.722 1.116 - 1.338 4.647 20.855 Valor residual do ativo permanente baixado 33 67 Apropriação de lucros acumulados para reserva de lucros - 4.577 (4.577) Juros e variações monetárias do realizável a l. prazo (4) (13) Distribuição de dividendos (1.500) (1.500) Juros e variações monetárias do exigível a l. prazo 522 353 Realização de reserva de reavaliação (1.665) 1.665 Imposto de renda e contribuição social diferidos (1.629) Participação nos lucros (70) (70) Baixa de incentivos fiscais (69) Baixa de incentivo fiscal (84) (84) Recursos provenientes das operações 4.251 6.804 Lucro líquido do exercício 2.899 2.899 De terceiros Apropriação do lucro para: Transf. do realizável a longo prazo para o circulante 135 240 Reserva legal 150 (150) Redução do realizável a longo prazo 51 Juros sobre capital próprio (1.560) (1.560) Aumento do exigível a longo prazo 1.785 897 Ajustes de exercícios anteriores (1.039) (3.429) (4.468) 6.222 7.941 Em 31 de dezembro de 2004 8.480 468 2.018 1.266 - 5.915 (2.075) 16.072 Aplicações de recursos Aumento de capital com reservas 520 (3) (517) No realizável a longo prazo 161 Distribuição de dividendos (Nota 12 f)) - (5.300) - (5.300) No imobilizado 3.831 4.262 Realização de reserva de reavaliação (1.007) 1.541 534 No diferido 45 Baixa de incentivo fiscal (69) (69) Transf. do exigível a longo prazo p/ o circulante 1.237 1.535 Apropriação de lucros acumulados para reserva de lucros 1.354 (1.354) Dividendos e juros sobre o capital próprio distribuídos 6.300 3.130 Lucro líquido do exercício 2.170 2.170 11.368 9.133 Apropriação do lucro para: Diminuição no capital circulante (5.146) (1.192) Reserva legal 109 (109) Variações no Capital Circulante Juros sobre capital próprio (1.000) (1.000) Ativo circulante: No fim do exercício 30.112 21.321 Recomposição de reservas de lucros e absorção de prejuízos (827) 827 No início do exercício 21.321 21.940 Em 31 de dezembro de 2005 9.000 396 1.011 1.375 527 98 - 12.407 8.791 (619) As notas explicativas da administração são partes integrantes das demonstrações financeiras Passivo circulante: No fim do exercício 23.703 9.766 Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 (pro-forma) No início do exercício 9.766 9.193 Em milhares de reais, exceto quando indicado 13.937 573 1. Operações: A companhia tem sede na capital do estado de São Paulo e 1.746 (2004 - R$ 1.726) e vencem até 2011. As despesas operacionais Diminuição no capital circulante (5.146) (1.192) unidade operacional em Jussara, no estado do Paraná. Sua atividade preincorridas com arrendamento no exercício foram de R$ 413 (2004 As notas explicativas da administração são partes ponderante é a fabricação de álcool derivado da cana-de-açúcar. A comR$ 95). integrantes das demonstrações financeiras panhia é associada à Copersucar - Cooperativa de Produtores de Cana6. Repasses Copersucar: Referem-se a recursos repassados pela de-açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo, cujo ato cooperado 11. Transações e saldos com partes relacionadas: Copersucar a seus cooperados, estando esses sujeitos a encargos que entre as partes implica na entrega, imediata e definitiva, da produção de 2005 2004 variam entre 100% a 105% do CDI - Certificado de Depósito Interbancário álcool nos estabelecimentos da cooperativa. O resultado da comercializaCompanhia Maringá Companhia e 100% da Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP, garantidos por avais ção desses produtos, nos mercados interno e externo, é rateado para cada Melhoramentos S.A. Agrícola dos diretores, direitos sobre safra e letras de câmbio. Os montantes em cooperado conforme estabelecido no estatuto da Copersucar. Norte do Cimento e Usina aberto no encerramento do exercício, por categoria de repasse, podem 2. Principais práticas contábeis: As demonstrações financeiras foram Paraná Ferro-Liga Jacarezinho Total Total ser assim demonstrados: a) Saldos elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com as práticas 2005 2004 Ativo circulante contábeis adotadas no Brasil. Adicionalmente, objetivando uma melhor comPassivo circulante Demais contas parabilidade das demonstrações financeiras da companhia, foram efetuados a receber 120 1 10 131 30 os seguintes ajustes dos valores anteriormente apresentados em 2004, Capital de giro 16.566 2.387 Fornecedores 2.554 - 2.554 2.209 cujas demonstrações financeiras foram publicadas no Diário Oficial do Outros 17 16 Demais contas Estado de São Paulo e no Jornal da Manhã em 23 de fevereiro de 2005: 16.583 2.403 a pagar 6 6 14 Ajustes não contabilizados em 2004 Não circulante - Exigível a longo prazo b) Transações Lucros (prejuízos) acumulados Letras de câmbio 5.120 3.907 Compras de Tributos “sub-judice” (Nota 10) 3.429 Variação na liquidação de safra 606 606 cana-de-açúcar 31.528 - 31.528 27.582 Reserva de reavaliação 5.726 4.513 Outras compras 252 252 IR e contrib. social sobre reserva de reavaliação (Nota 7 a)) 1.039 7. Imposto de renda e contribuição social: a) Diferidos: O imposto de As transações com partes relacionadas resumem-se a compras de canaEm função dos ajustes acima mencionados, e adicionalmente ao exigido renda e a contribuição social diferidos são registrados para refletir os efeide-açúcar pela companhia, realizadas em condições normais de merpelo Artigo 186 da Lei das Sociedades por Ações, as demonstrações ficado. Os saldos ativos e passivos serão liquidados no decorrer do exertos fiscais futuros, tributáveis sobre as diferenças temporárias entre a base nanceiras do exercício de 2004 estão sendo apresentadas “pro-forma” com cício de 2006. a finalidade de permitir melhor comparabilidade entre aquele exercício sofiscal de ativos e passivos e seu respectivo valor contábil, à alíquota fiscal 12. Patrimônio líquido: a) Capital social: O capital social está represencial e o encerrado em 31 de dezembro de 2005, exceto as demonstrações combinada de 34%, levando-se em consideração a realização provável tado por 472.574.770 ações ordinárias nominativas e 174.545.935 ações do resultado do exercício, das mutações do patrimônio líquido e das oridessas provisões. Também, conforme previsto nas práticas contábeis preferenciais nominativas, sem valor nominal. As ações preferenciais não gens e aplicações de recursos que não foram ajustadas por não terem adotadas no Brasil, a companhia contabilizou imposto de renda e contritêm direito a voto. b) Distribuição de dividendos: De acordo com o estasido identificados os correspondentes ajustes nos saldos iniciais de 2004 buição social diferidos sobre a reserva de reavaliação no montante de R$ tuto social, aos titulares das ações será atribuído, em cada exercício, divie seus reflexos nas referidas demonstrações financeiras. Para fins de 505 (2004 - R$ 1.039) o quais serão realizados na proporção da realização dendo não inferior a 25% do lucro líquido do exercício, ajustado na forma apresentação, os ajustes acima mencionados, no montante de R$ 3.429 da referida reserva. Diferido do artigo 202 da Lei nº 6.404/76. Conforme facultado pela Lei nº 9.249/95 e R$ 1.039, foram efetuados nas respectivas contas do balanço e como previsto no estatuto social, a companhia, durante o exercício, opAtivo Passivo patrimonial em contrapartida de ajustes de exercícios anteriores em lutou pela proposição e pagamento de juros sobre capital próprio no monProvisão para tributos “sub judice” 1.629 cros (prejuízos) acumulados e reserva de reavaliação, respectivamente, tante de R$ 1.000 (2004 - R$ 1.560). Adicionalmente, foi proposto e distriReserva de reavaliação 505 no exercício de 2004. Na elaboração das demonstrações financeiras é buído pela administração o montante de R$ 5.300 a título de dividendos necessário utilizar estimativas para contabilizar certos ativos, passivos e 1.629 505 provenientes de lucros acumulados registrados em Reserva de lucros. Os outras transações. As demonstrações financeiras da empresa incluem, b) Demonstração do imposto de renda e da contribuição social no valores distribuídos em relação aos resultados gerados podem ser assim portanto, estimativas referentes à seleção de vida útil do ativo imobilizaresultado do exercício: demonstrados: 2005 2004 do, provisões necessárias para passivos contingentes, determinação de 2005 2004 Lucro líquido do exercício 2.170 2.899 provisão para imposto de renda e outras similares. Os resultados reais Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social 1.892 4.374 Constituição de reserva legal (109) (150) podem apresentar variações em relação às estimativas. a) Apuração do Adições e (exclusões): Reversão de reserva de reavaliação 1.541 1.665 resultado: O resultado é apurado pelo regime de competência. As receiLucro líquido ajustado 3.602 4.414 Depreciação de reavaliação 1.541 1.665 tas auferidas e as despesas incorridas nas operações por conta de cooDividendos distribuídos antecipadamente 1.500 Provisão para baixa de impostos a recuperar 1.368 perados e nas atividades de apoio e administração efetuadas pela Juros s/ capital próprio distribuídos (líquido de IRRF) 850 1.326 Juros sobre o capital próprio (1.000) (1.560) Copersucar, são apropriadas ao resultado do exercício com base em raTotal 850 2.826 Demais adições (exclusões), líquidas 172 (141) teio, definido de acordo com a produção da empresa em relação às dePorcentagem sobre lucro líquido ajustado 23,60% 64,02% mais cooperadas, em conformidade com o disposto no Parecer Normativo 3.973 4.338 Em função de prejuízos decorrentes de ajustes de exercícios anteriores, CST Nº 66, de 5 de setembro de 1986. b) Ativos circulante e realizável Alíquota combinada do imp. de renda e da contrib. social 34% 34% não haverá distribuição complementar de dividendos referentes ao exera longo prazo: Os produtos acabados entregues à Copersucar e os esImposto de renda e contribuição social no resultado cício de 2005. c) Reserva de reavaliação: A reserva de reavaliação, toques em almoxarifados são demonstrados ao custo médio das comdo exercício 1.351 1.475 efetuada em 1999 com base em laudo emitido por peritos independenpras ou produção, inferiores aos valores de realização, e os adiantamentes, está registrada líquida dos efeitos tributários, e vem sendo realizada 8. Contingências Copersucar: tos a fornecedores são demonstrados pelos valores desembolsados. Os com base nas depreciações, baixas ou alienações dos respectivos bens 2005 2004 custos incorridos com a manutenção das instalações industriais são lereavaliados em contrapartida de lucros (prejuízos) acumulados. d) ReContribuição Provisória sobre Movimentação vados aos estoques e apropriados ao custo de produção do álcool por serva legal: Constituída a razão de 5% sobre o lucro líquido do exercíFinanceira CPMF 1.667 1.630 ocasião da industrialização da cana-de-açúcar. Os demais ativos são cio, conforme artigo 193 da Lei das Sociedades por Ações. e) Reserva Contribuição para o Financiamento da Seguridade apresentados ao valor de custo ou de realização, incluindo, quando apliestatutária operacional: Refere-se à retenção do saldo remanescente cável, os rendimentos e as variações monetárias auferidas. c) PermaSocial - Cofins e Programa de Integração Social - PIS 1.025 960 do lucro líquido do exercício a fim de assegurar investimentos em bens nente: É demonstrado ao valor de custo de aquisição ou construção, Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI 437 439 do ativo permanente, ou acréscimos do capital de giro, inclusive através corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995, combinado com de amortização das dívidas da companhia, independentemente das re3.129 3.029 os seguintes aspectos: • Investimentos, principalmente em incentivos fistenções de lucros vinculadas ao orçamento de capital em observância ao Correspondem a empréstimos da Copersucar oriundos de recursos de tricais, contabilizados ao valor de custo. • Reavaliação de bens do ativo artigo 194 da Lei das Sociedades por Ações. O saldo não poderá ultrabutos contestados judicialmente (“sub-judice”) pela cooperativa quanto à imobilizado efetuada em 1999, com base em avaliação realizada por pepassar a 90% do capital social. Em função de prejuízos decorrentes de sua constitucionalidade e legalidade da exigência, sujeitos a encargos firitos independentes. • Depreciação de bens do ativo imobilizado, calculaajustes de exercícios anteriores, a reserva foi recomposta e, também, nanceiros calculados com base na variação da Taxa Referencial - TR e/ou da pelo método linear, às taxas anuais mencionadas na Nota 5. d) Passiutilizada para absorver os referidos prejuízos no montante de R$ 827 em da taxa do Sistema Especial de Liquidação e Custódia - SELIC, estando vos circulante e exigível a longo prazo: São demonstrados pelos valo31 de dezembro de 2005. f) Reserva AGO/E: Refere-se à retenção do garantidos por letras de câmbio. res conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos corressaldo remanescente de lucros apurados em exercícios anteriores para 9. Empréstimos e financiamentos: futuras destinações. Conforme decisão da administração foi distribuído o pondentes encargos, das variações nas taxas de câmbio e das variações Encargos financeiros incidentes 2005 2004 montante de R$ 5.300 a título de dividendos a ser referendado em Asmonetárias incorridas. sembléia Geral Ordinária. 3. Valores a receber - Copersucar: 2005 2004 FINAME 5,45% a 5,95% ao ano + Taxa de 14. Garantias prestadas: O saldo de avais e fianças prestados pela comDireitos sobre safra 23.264 38.411 Juros de Longo Prazo - TJLP 1.598 3.000 panhia a partes relacionadas, está assim distribuído: Participação rateio do resultado comercial 10.426 10.878 Capital de giro 100% do Certificado de Depósito 2005 2004 Provisão para receitas a auferir (3.557) (8.542) Interbancário - CDI 1.677 926 Companhia Canavieira de Jacarezinho 5.611 Custo sobre receita a auferir 5.110 9.880 Total 3.275 3.926 Companhia Melhoramentos Norte do Paraná 562 2.050 Rateio de despesas administrativas e financeiras (779) (478) Passivo circulante (2.826) (2.266) Maringá S.A. Cimento e Ferro-Liga 51 Provisão para liquidação de safra 1.679 497 Exigível a longo prazo 449 1.660 15. Instrumentos financeiros: Os instrumentos financeiros estão apreRecebimentos por conta de safra (31.838) (39.611) Os empréstimos para capital de giro vencem em 2006 e estão garantidos sentados no balanço pelos valores de custo e respectivas apropriações de 4.305 11.035 receitas e despesas, os quais se aproximam dos valores de mercado. A por notas promissórias e avais dos diretores, em valores equivalentes aos 4. Estoques: 2005 2004 administração dessas operações é efetuada mediante definição de estraempréstimos. O FINAME refere-se a financiamentos de bens do ativo fixo Produtos acabados 15.186 3.911 tégia de operações e estabelecimento de sistemas de controle pela admie vencem entre 2006 e 2007 estando garantidos por avais dos diretores, Manutenções das instalações industriais 692 612 nistração. A companhia não mantém instrumentos financeiros, tampouco Almoxarifado 997 677 nota promissória e alienação fiduciária dos respectivos bens. derivativos, não registrados contabilmente. a) Risco com taxa de juros: 16.875 5.200 10. Tributos “sub-judice”: A administração, baseada na opinião de seus Esse risco é oriundo da possibilidade de a companhia incorrer em perdas Parte dos estoques de produtos acabados foi transferida para a Copersucar consultores jurídicos externos, questiona a legalidade ou o direito de compor conta de flutuações nas taxas de juros que aumentem as despesas para a sua comercialização e registrada na rubrica “Custo sobre receitas a pensação de determinados tributos, efetuando depósitos judiciais quando financeiras relativas a empréstimos captados no mercado. A companhia auferir”, conforme demonstrado na Nota 3. aplicável. O montante a pagar vem sendo atualizado conforme a legislamonitora continuamente as taxas de juros de mercado com o objetivo de 5. Imobilizado: % ção pertinente e pode ser resumido como segue: avaliar a eventual necessidade de operação para sua proteção. Em 31 de 2005 2004 Taxas dezembro de 2005 e de 2004 a companhia não possui nenhum contrato Depósitos Depreanuais com a finalidade de proteção contra o risco de volatilidade dessas taxas. judiciais Tributos “sub-judice” ciação LíLíde 16. Seguros: A companhia possui programa de gerenciamento de riscos 2005 2005 2004 Custo acumul. quido quido deprec. com o objetivo de limitar os riscos, buscando no mercado coberturas comPIS / COFINS 82 2.891 1.916 Terras 32 32 32 patíveis com seu porte e operação. As coberturas foram contratadas por IRPJ / CSLL 1.030 1.030 Construções e instalações 3.658 1.263 2.395 2.540 4 a 10 montantes considerados suficientes pela administração para cobrir evenOutras 27 608 483 Equipamentos de escritório 428 283 145 93 10 a 20 tuais sinistros, considerando a natureza da sua atividade, os riscos envolEquipamentos de transporte 46 35 11 28 20 109 4.529 3.429 vidos em suas operações e com base na orientação de seus consultores Equipamentos de produção 28.226 16.719 11.507 10.514 5 a 20 Programa de integração social - PIS / Contribuição para o Financiamento de seguros. Em 31 de dezembro de 2005, a companhia possuía as seguinAdiantamentos a fornecedores tes principais apólices de seguro contratadas com terceiros: Montante da Seguridade Social - COFINS - questionamento da constitucionalidade e obras em andamento 3.899 - 3.899 4.266 máximo da da Lei nº. 9.718/98, referente à inclusão em sua base de cálculo das Outros 243 137 106 52 10 a 33 Bens segurados Riscos cobertos cobertura variações monetárias ativas e receitas financeiras. Imposto de renda 36.532 18.437 18.095 17.525 Edifícios e instalações Incêndio, raio, explosão de pessoa jurídica - IRPJ / Contribuição social sobre o lucro líquido - CSLL A companhia possui bens imóveis concedidos em garantia de processos qualquer natureza e outros 9.261 - questionamento quanto à permissão da dedução dos prejuízos fiscais judiciais que montam a R$ 6.957. Equipamentos arrendados: Certos Responsabilidade civil 7.000 e bases negativas da contribuição social sobre o lucro, apurados até 31 equipamentos são arrendados por meio de contratos irretratáveis sujeiVeículos - Frota Danos materiais, corporais e morais 2.000 de dezembro de 1995, com lucros obtidos nos exercícios posteriores, tos a encargos que variam de 1,58% a 1,97% ao mês e encargos variáCasco Mercado sem a limitação de 30% estabelecida conforme os artigos 42 e 58 da veis pela Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP mais 8,20% a 9% ao ano. Máquinas e equitos. Lei nº 8.981/95. industriais Riscos diversos 5.486 Os compromissos assumidos em virtude desses contratos montam a R$ Diretoria Marcelo Fernandes de Oliveira Contador Roberto de Oliva Mesquita - Diretor Paulo Nelson Pereira - Diretor Presidente CRC1SP 148.350/O-6 - CPF 085.559.578-77 Paulo de Moraes Barros Neto - Diretor Gastão de Souza Mesquita - Diretor Aos Administradores e Acionistas Destilarias Melhoramentos S.A. São Paulo - SP 1. Examinamos o balanço patrimonial da Destilarias Melhoramentos S.A. em 31 de dezembro de 2005 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos do exercício findo nessa data, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras. 2. Exceto pelo mencionado no parágrafo seguinte, nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nosso exame compreendeu, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da companhia, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da companhia, bem

Parecer dos Auditores Independentes como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. Conforme mencionado na Nota 2 c) às demonstrações financeiras, a companhia contabilizou reavaliação de bens do ativo imobilizado no exercício social findo em 31 de dezembro de 1999, mas não ajustou as vidas útil-econômicas dos respectivos bens de acordo com o laudo de avaliação elaborado por peritos independentes. Além disso, as práticas contábeis adotadas no Brasil determinam que uma nova reavaliação deve ser feita, no máximo, a cada quatro anos ou em período menor para ativos com maior variação de valor de mercado. A companhia pretende iniciar o processo de revisão dos valores desses bens e das correspondentes vidas útil-econômicas durante o exercício de 2006. Conseqüentemente, não foi possível, nas circunstâncias, avaliarmos a adequação dos valores reavaliados e apresentados a valor de mercado no ativo imobilizado e na reserva de reavaliação em 31 de dezembro de 2005, no montante de R$ 1.011 mil. 4. Somos de parecer que, exceto pelos efeitos de eventuais ajustes sobre o ativo imobilizado e a reserva de reavaliação, que poderiam vir a ser requeridos se a companhia houvesse procedido a nova reavaliação de bens do ativo imobilizado, conforme mencionado no parágrafo anterior, as refe-

ridas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Destilarias Melhoramentos S.A. em 31 de dezembro de 2005 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos do exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 5. O exame das demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2004, apresentadas para fins de comparação, foi conduzido sob a responsabilidade de outros auditores independentes, que emitiram parecer com data de 21 de janeiro de 2005, sem ressalvas. Como descrito na Nota 2, apenas para fins de comparação, as demonstrações financeiras do exercício de 2004 estão apresentadas “pro-forma” de modo a incorporarem ajustes daquele exercício. São Paulo, 22 de março de 2006 International Services Ltda. - CRC 2SP009963/O-1 Wander Rodrigues Teles Maurício Cardoso de Moraes Contador Contador CRC 1DF005919/O-3 “S” SP CRC 1PR035795/O-1 “T” SP

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EDITAL DE PREGÃO Nº 015/2006- FAMESP/HEB PROCESSO Nº 087/2006 - FAMESP/HEB Acha-se à disposição dos interessados do dia 20 de abril ao dia 08 de maio de 2006, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli, s/nº, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680- ramal 110 ou 117, no site www.famesp.fmb.unesp.br/licitações/HospitalEstadualBauru , o Edital do Pregão nº 015/2006-FAMESP/ HEB, Processo nº 087/2006-FAMESP/HEB, que tem como objetivo a Contratação de empresa para Prestação de Serviços de Jardinagem, nas dependências do Hospital Estadual Bauru. Será realizada visita para esclarecimentos técnicos e administrativos no dia 09 de maio de 2006 às 9:00 horas, no Hospital Estadual Bauru, na Sala de Reuniões do Hospital Estadual Bauru, Avenida Engº Luiz Edmundo Carrijo Coube, nº 1-100 – Jardim Santos Dumont, Município de Bauru, Estado de São Paulo. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação, será realizada no dia 18 de maio de 2006, com início às 09:00 horas, na Sala de Reuniões do Hospital Estadual Bauru, Avenida Engº Luiz Edmundo Carrijo Coube, nº 1-100 – Jardim Santos Dumont, Município de Bauru, Estado de São Paulo. Botucatu, 18 de abril de 2006. Prof. Dr. Shoiti Kobayasi Diretor Vice Presidente - FAMESP

EDITAL DE CONVOCAÇÃO DE ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA EXTEMPORÂNEA Coopersollo Cooperativa de Trabalho em Limpeza Urbana e Esgotos, CNPJ n.º 05.548.949/000144, pelo presente Edital, convoca todos os Cooperados em pleno gozo de seus direitos estatutários, para reunião de Assembléia Geral Ordinária Extemporânea, a ser realizada no dia 20 de maio de 2006, na sede social da Coopersollo, situada na Rua Francisco Augusto Lopes, nº117, CEP 02557-120, Bairro do Limão, São Paulo/SP, com primeira convocação às 13:00 horas, estando presentes 2/3 dos Cooperados; em segunda convocação às 14:00 horas, com 50% + 1 dos Cooperados ou em terceira e última convocação às 15:00 horas, com mínimo de 10 Cooperados, para tratar dos seguintes assuntos que deverão constar da “ Ordem do Dia”: 1) Prestação de contas do Órgão de administração, compreendendo: Balanço Geral dos exercícios de 2003, 2004 e 2005, Demonstrativo das Sobras apuradas ou das Perdas decorrentes da insuficiência das contribuições para cobertura das despesas da Cooperativa, Parecer do Conselho Fiscal,Plano de Trabalho para o próximo exercício; 2) Destinação das Sobras apuradas ou rateio das Perdas decorrentes da insuficiência das contribuições para a cobertura das despesas da Cooperativa; 3) Eleição e posse dos componentes da Diretoria e do Conselho Fiscal; 4)Fixação do valor dos Honorários, Gratificações e Cédula de Presença da Diretoria; 5) Quaisquer assuntos de interesse social, excluídos os enumerados no artigo 29 do Estatuto. São Paulo, 20 de abril de 2006. Antônio Luiz Figueiredo - Diretor Presidente.

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MARCO AURÉLIO ZANNI*

A

regra é simples: quanto maior a estatística de furto do automóvel, maior o preço cobrado pelas seguradoras. É por isso que as picapes são os veículos com os seguros mais caros do Brasil. Sem contar que muitas empresas simplesmente se recusam a trabalhar com esse tipo de produto exatamente por eles estarem entre os mais visados pelos ladrões. "O veículo é roubado devido ao seu custo fora do País", afirma Daniela Serafim, que trabalha na área comercial da Zoba Corretora. Segundo ela, é muito fácil fraudar uma documentação em lugares como Argentina e Paraguai, viabilizando a venda do carro a um custo bem baixo. Para se proteger desse tipo de ação, o preço das seguradoras que aceitam trabalhar com os utilitários como Ford Ranger e Toyota Hilux tem crescido cerca de 40% a cada ano. A maioria delas ainda exige, por meio de uma cláusula contratual, que o veículo tenha um rastreador GPS.

Sistema de busca - Já a Seguros Ford, por exemplo, oferece gratuitamente um sistema de localização aos compradores dos modelos novos da F-250 e da Ranger. O equipamento, operado por radiofreqüência, é fabricado pela Lo Jack. No caso das picapes médias, consideradas como as mais visadas, o número de roubos também é explicado pelas utilizações alternativas de seu motor a diesel. "Muitas vezes, ele é tirado do carro para ser usado em geradores e até mesmo em barcos. Também é freqüente sua colocação em outros automóveis, já que pode ser intercambiável", exemplifica Vitor Meizikas, gerente de Avaliação da Molicar. Isso acontece também com o motor Sprinter. O fato deste equipamento ser utilizado em muitas caminhonetes acaba aumentando consideravelmente seu perigo de roubo. Desgaste maior - Outros fatores tam-

As corretoras cobram valores relativamente altos para segurar picapes como a Ford Ranger e a Toyota Hilux por causa do tipo do produto e também pelos altos índices de furto e roubo registrados no segmento.

bém influem no preço dos seguros dos utilitários. Eles são muito mais usados pelos seus proprietários do que carros de passeio e, por serem veículos destinados ao transporte de carga, normalmente sofrem maior desgaste pelo tempo. "Modelos como Mitsubishi L200 e Xterra são fora de estrada, constantemente levados para trilhas e corridas. Isso nos obriga a cobrar uma sobretaxa", explica Daniela. Ao estabelecer um preço para determinado veículo, a empresa também leva em conta a quantidade de carros da mesma linha que são segurados por ela. Quanto maior for este número, mais barato será o seguro do automóvel. Desta forma, o preço pode variar muito entre as corretoras. No final das contas, elas utilizam isso como estratégia de comércio, firmando acordos diretamente com as montadoras. Valor menor - Atualmente, as picapes com preço de seguro mais baixo são as leves. Antes consideradas básicas, hoje as pequenas contam com equipamentos opcionais que garantem conforto para o

dono deste tipo de veículo similar ao de um automóvel comum. "Muitos ex-proprietários de médias trocaram seus carros pelos modelos derivados de automóveis, como Chevrolet Montana, Fiat Strada e Courier", diz Vitor. Exceção em sua categoria, a Volkswagen Saveiro é uma das picapes com seguro mais caro, por ser muito roubada para a retirada de peças. Barreira - "Sejam leves, médias ou pesadas, as picapes sempre terão valor de seguro mais alto do que um carro de

passeio", afirma Daniela. E a tendência é que o preço continue a crescer na mesma proporção que vem subindo nos últimos anos, mantendo-se como uma barreira para quem é amante da segurança, da imponência e do conforto proporcionados pelos veículos utilitários. *Da Agência AutoInforme


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por cento foi a queda do dólar comercial na cotação de ontem. A moeda norteamericana fechou a R$ 2,117 para venda.

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Informe Publicitário

FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Situação em 13/04/2006 Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda

Fundo P.L. do Fundo Empresarial LP ....................... 4.492.686,21 Lastro Performance LP ......... 1.026.980,55 Múltiplo LP .............................. 3.186.122,72 Esher LP .................................. 2.477.675,49 Master Recebíveis LP ........... 554.852,79

Valor da Cota Subordinada 1.034,361428 998,150501 1.032,365518 1.009,027643 956,962477

% rent.-mês 1,6336 0,5446 0,7756 0,4444 0,3736

% ano 5,8743 -0,1849 3,2366 0,9028 -4,3038

Valor da Cota Sênior 0 1.019,281079 1.025,989060 0 0

% rent. - mês 0,5500 0,5992 -

% ano 1,9281 2,5989 -

rating AA-(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)

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LANÇAMENTOS

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São Paulo, quarta-feira, 19 de abril de 2006

A versatilidade da "Estrela" A Mercedes-Benz traz para o mercado brasileiro o novo estilo de carro: os "Spor ts Tourer". Compactos? Nem tanto. Esportivos e luxuosos? Com certeza. ANDERSON CAVALCANTE

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marca da estrela lança neste mês seu novo conceito de veículo. A idéia é simples: agradar a todos! Se você gosta de compactos, vai adorar. Se sonha com minivans, vai amar. Se prefere a luxuosidade dos sedãs, vai ficar de boca aberta. Se não abre mão de esportividade, vai se apaixonar. Chegaram as Classe B e Classe R da Mercedes, donas do segmento "Sports Tourer". Claro que com isto fica difícil estabelecer em que segmento de mercado as novidades irão concorrer, a não ser pela faixa de preço em que se encontram, mas vamos deixar esta "conversa" para depois. Como o próprio nome do modelo indica, a Classe B foi concebida a partir da Classe A, mas diferente da anterior, não quer ser designada simplesmente como uma minivan compacta, apropriada para pequenas famílias. O modelo espera ganhar diferentes adeptos também pela potência do seu motor (136 cavalos a 5.750 rpm). Segundo a Mercedes, o propulsor de 2.034 cc (quatro cilindros em linha) a gasolina, atinge a velocidade máxima de 190 km/h e acelera de 0 a 100 km/h em 10,2 segundos. Para isso, segundo a empresa, o veículo consome, em média, um litro em 12,5 km.

Um dos grandes destaques da Classe B é o câmbio continuamente variável Autotronic que possibilita acelerações e retomadas sem os "famosos" e indesejados trancos. O equipamento conta com um número infinito de possibilidade de marchas, adequando-se conforme a aceleração. O sistema permite, ainda, de forma virtual, simular a existência de sete marchas, melhorando e otimizando necessidades específicas da condução. Sanduíche Mercedes - Com o posicionamento do motor e câmbio (inclinados na frente e debaixo do habitáculo do veículo) o modelo economiza espaço e deixa os bancos mais altos (200 mm), fazendo com que os passageiros estejam mais protegidos em casos de impacto lateral

e, ainda, em uma colisão frontal grave, o motor não é deslocado para o interior do veículo e, sim, para baixo pelo painel do assoalho inclinado. E a outra novidade utilizada é o "conceito sanduíche". O porta-malas da Classe B comporta 544 litros. Com os bancos removidos (traseiros e o do passageiro dianteiro) atinge 1.645 litros de volume. O "R" alemão - A seleção brasileira de futebol, coincidentemente, tem apresentado nos últimos anos várias "estrelas" marcadas pela letra "R", como

Ronaldo (o Fenômeno), Ronaldinho (o Gaúcho), Robinho e, há algum tempo, Romário e Rivaldo. A marca germânica também decidiu apostar na letra para formar o seu elenco de "estrelas" com a Classe R. A idéia foi pegar o conceito "Sports Tourer" da Classe B e agregar ainda mais características (se é que isso é possível!) de uma wagon, por exemplo. O resultado para muitos já é conhecido como conceito "crosso-

ver", mas para a Mercedes-Benz é um "Grand Sports Tourer". A Classe R chega ao mercado com duas versões: a Normal (4.930 mm de comprimento) e a Longa (5.165 mm), principalmente direcionada para o mercado norte-americano. Divididos em três fileiras de assentos, o veículo acomoda confortavelmente seis passageiros. Com as duas fileiras traseiras rebatidas, tem capacidade para até 1.931 litros na versão Normal e 2.366 na Longa. A Classe R, além de tração permanente nas quatro rodas e suspensão a ar, possui um motor V8 de 4.966 cc e 306 cavalos de potência (a 5.600 rpm). O veículo alcança a máxima de 240 km/h, tem um consumo médio de 7,7

km/l e vai de 0 a 100 km/h em 6,9 segundos na Normal e 7 segundos na outra. A transmissão automática do modelo é de sete marchas e seu sistema de controle não fica no console central, mas na coluna de direção. Voltando ao assunto - Os novos modelos realmente são diferenciados e apresentam características próprias de vários segmentos de mercado, ou seja, se as novidades da Mercedes-Benz irão concorrer com alguém, devese principalmente pela faixa de público com poder aquisitivo para adquirir os veículos. A Classe B custa a partir de R$ 135 mil e a Classe R ainda não tem preço, porque só será vendida a partir do próximo mês.

Divulgação

Classe "B" vem, como no dicionário, logo depois do "A". É maior e com motor mais possante. Classe "R" é maior, com propulsor ainda mais forte. Em ambos modelos, a característica esportiva, dentro da novidade em estilo que a marca alemã está introduzindo no mercado.

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ECONOMIA/LEGAIS - 15

ATAS COMPANHIA AGRÍCOLA USINA JACAREZINHO C.N.P.J./M.F. nº 61.231.478/0001-17

Relatório da Diretoria Senhores Acionistas: Em obediência às disposições estatutárias e às determinações legais que regem o funcionamento das sociedades por ações, submetemos à apreciação dos Senhores Acionistas o Balanço Patrimonial e as Demonstrações Financeiras do exercício encerrado em 31.12.2005, acompanhados das Notas Explicativas. Resultado do Exercício: Apurou-se no exercício um prejuízo de R$ 23.437 mil e constatou-se o prejuízo por conta de ajustes de exercícios anteriores no valor de R$ 18.341 mil, conforme demonstrado no balanço, demais demonstrações financeiras e respectivas notas explicativas, demonstrações estas devidamente auditadas pela PricewaterhouseCoopers International Services Ltda. Agradecimentos: Ao término de mais um ano, agradecemos aos nossos funcionários pela dedicação e aos nossos acionistas, clientes e fornecedores pela confiança depositada na Cia Agrícola Usina Jacarezinho. A DIRETORIA São Paulo, 23 de março de 2006 Demonstrações do resultado dos exercícios findos em 31 de dezembro Balanços patrimoniais em 31 de dezembro - Em milhares de reais Em milhares de reais, exceto quando indicado Ativo 2005 2004 Passivo e patrimônio líquido 2005 2004 (pro-forma) (passivo a descoberto) (pro-forma) Receita bruta de vendas 2005 2004 Circulante Circulante Mercado interno 51.935 56.256 Disponibilidades 1.595 2.601 Fornecedores 17.985 8.982 Mercado externo 31.844 23.788 Valores a receber - Copersucar (Nota 3) 6.870 15.070 Empréstimos (Nota 9) 13.382 18.684 Impostos sobre vendas (7.034) (6.077) Estoques (Nota 4) 23.465 20.689 Repasses - Copersucar (Nota 10) 24.835 14.283 Receita líquida das vendas 76.745 73.967 Impostos a recuperar (Nota 5) 6.405 7.657 Impostos e contribuições a recolher 402 340 Custo dos produtos vendidos (72.616) (57.387) Demais contas a receber 1.312 987 Salários e encargos sociais 862 732 Lucro bruto 4.129 16.580 39.647 47.004 Demais contas a pagar 379 27 Receitas (despesas) operacionais 57.845 43.048 Comerciais (7.124) (10.770) Não circulante Gerais e administrativas - Copersucar (3.038) (2.847) Exigível a longo prazo Não circulante Gerais e administrativas (12.422) (6.161) IR e contribuição social diferidos (Nota 14) 4.611 5.641 Realizável a longo prazo Despesas financeiras (13.560) (9.961) Contingências Copersucar (Nota 11) 10.020 11.020 IR e contribuição social diferidos (Nota 14) 7.814 3.279 Receitas financeiras 4.782 4.781 Repasses - Copersucar (Nota 10) 10.169 8.827 Impostos a recuperar (Nota 5) 107 2.357 Resultado de participações societárias (493) (819) Tributos “sub-judice” (Nota 12) 8.753 7.980 Depósitos judiciais (Notas 12 e 13) 269 236 Outras receitas operacionais, líquidas 703 2.974 Provisões para contingências (Nota 13) 3.041 98 Demais contas a receber 213 272 (31.152) (22.803) Empréstimos (Nota 9) 309 8.403 6.144 Prejuízo operacional (27.023) (6.223) Demais contas a pagar 1.322 1.406 Resultado não operacional (949) 22 37.916 35.281 Patrimônio líquido Permanente Prejuízo antes do IR e da contribuição social (27.972) (6.201) (passivo a descoberto) (Nota 15) Investimentos Imposto de renda e contribuição social diferidos 4.535 1.041 Capital social 25.200 25.200 Em sociedades controlada e coligada (Nota 7) 13.961 14.620 Prejuízo do exercício (23.437) (5.160) Reserva de reavaliação 9.640 11.641 Demais investimentos 26 26 Prejuízo por lote de mil ações do Reservas de lucros 3.907 Imobilizado (Nota 8) 30.579 29.797 capital social no fim do exercício - R$ (20,03) (4,41) Prejuízos acumulados (37.985) (21.486) 44.566 44.443 As notas explicativas da administração são parte (3.145) 19.262 integrante das demonstrações financeiras Total do passivo e patrimônio líquido Demonstrações das origens e aplicações de recursos (passivo a descoberto) 92.616 97.591 Total do ativo 92.616 97.591 Exercícios findos em 31 de dezembro - Em milhares de reais As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras Composição dos recursos aplicados 2005 2004 Demonstrações das mutações do patrimônio líquido - Em milhares de reais nas operações Reservas de lucros Lucros Prejuízo do exercício (23.437) (5.160) Capital Reserva de Lucros a Especial de (prejuízos) Despesas (receitas) que não afetam social reavaliação Legal AGO/E realizar dividendos acumulados Total o capital circulante Em 1º de janeiro de 2004 25.200 19.312 270 635 2.076 927 48.420 Depreciações e amortizações 3.713 3.715 Apropriação de lucros acumulados para Valor residual do ativo permanente baixado 1.130 19 reserva de lucros 196 730 (926) Resultado da equivalência patrimonial 493 819 Realização de reserva de reavaliação (2.030) 2.030 Juros e variações monetárias do exigível a l. prazo 1.463 1.459 Ajustes de exercícios anteriores (5.641) (18.357) (23.998) Juros e variações monetárias do realizável a l. prazo (1) (6) Prejuízo do exercício (5.160) (5.160) Ajustes de exercícios anteriores (16) Em 31 de dezembro de 2004 25.200 11.641 270 831 2.076 730 (21.486) 19.262 Imposto de renda e contribuição social diferidos (4.535) (1.041) Realização de reserva de reavaliação (2.001) 3.031 1.030 Recursos aplicados nas operações (21.174) (211) Prejuízo do exercício (23.437) (23.437) Origens dos recursos Recomposição de reservas de lucros e De terceiros absorção de prejuízos (270) (831) (2.076) (730) 3.907 Transferência do realizável a l. prazo p/ o circulante 159 Em 31 de dezembro de 2005 25.200 9.640 (37.985) (3.145) Redução do realizável a longo prazo 2.118 26 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras Aumento do exigível a longo prazo 2.810 803 Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 (pro-forma) Redução de investimentos 166 315 Em milhares de reais, exceto quando indicado Total dos recursos obtidos 5.253 1.144 1. Contexto Operacional: A companhia tem sede na capital do estado de demonstrados ao custo médio das compras ou produção, inferior aos Aplicações de recursos São Paulo e unidade operacional no estado do Paraná. Sua atividade valores de realização, e os adiantamentos a fornecedores são Nas operações 21.174 211 preponderante é a fabricação de açúcar e álcool derivado da cana-de-açúcar. demonstrados pelos valores desembolsados. Os custos incorridos com a No imobilizado 5.625 5.327 A companhia é associada à Copersucar - Cooperativa de Produtores de manutenção das instalações industriais são levados aos estoques e Aumento do realizável a longo prazo 287 Cana-de-açúcar, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo, cujo ato cooperado apropriados ao custo de produção do açúcar e álcool por ocasião da Transferência do exigível a l. prazo p/ o circulante 608 188 entre as partes implica na entrega, imediata e definitiva, da produção de industrialização da cana-de-açúcar. Os demais ativos são apresentados Redução do exigível a longo prazo 3.461 açúcar e álcool nos estabelecimentos da cooperativa. O resultado da ao valor de custo ou de realização, incluindo, quando aplicável, os Total dos recursos aplicados 27.407 9.474 comercialização desses produtos, nos mercados interno e externo, é rateado rendimentos e as variações monetárias auferidas. c) Permanente: É Diminuição do capital circulante líquido (22.154) (8.330) para cada cooperado conforme estabelecido no estatuto da Copersucar. demonstrado ao valor de custo de aquisição ou construção, corrigido Variações no capital circulante 2. Principais Práticas Contábeis: As demonstrações financeiras foram monetariamente até 31 de dezembro de 1995, combinado com os seguintes Ativo circulante: No fim do exercício 39.647 47.004 elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com as práticas aspectos: • Participação em sociedades controladas avaliadas pelo método No início do exercício 47.004 40.338 contábeis adotadas no Brasil. Adicionalmente, objetivando uma melhor de equivalência patrimonial, e demais investimentos, principalmente (7.357) 6.666 comparabilidade das demonstrações financeiras da Companhia, foram incentivos fiscais, contabilizados ao valor de custo. • Reavaliação de bens Passivo circulante: No fim do exercício 57.845 43.048 efetuados os seguintes ajustes e reclassificações dos valores anteriormente do imobilizado, efetuada com base em avaliação realizada por peritos No início do exercício 43.048 28.052 apresentados em 2004, cujas demonstrações financeiras foram publicadas independentes. • Depreciação de bens do imobilizado, calculada pelo 14.797 14.996 no Diário Oficial do Estado de São Paulo e no Jornal da Manhã em 23 de método linear, às taxas anuais mencionadas na Nota 8. d) Passivo Diminuição do capital circulante líquido (22.154) (8.330) fevereiro de 2005: circulante e exigível a longo prazo: São demonstrados pelos valores As notas explicativas da administração são parte Ajustes não contabilizados em 2004 conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos integrante das demonstrações financeiras correspondentes encargos, das variações nas taxas de câmbio e das Lucros (prejuízos) acumulados Tributos “sub-judice” (Nota 12) 7.410 Equiv. patrimonial s/ ajustes de exerc. anteriores em coligada 10.116 Resultado não realizado em coligada e não eliminado no cálculo da equivalência patrimonial 815 Total dos ajustes em Lucros (prejuízos) acumulados 18.341 Reserva de reavaliação IR e contrib. social sobre reserva de reavaliação (Nota 14) 5.641 Em função dos ajustes acima mencionados, e adicionalmente ao exigido pelo Artigo 186 da Lei das Sociedades por Ações, as demonstrações financeiras do exercício de 2004 estão sendo apresentadas “pro-forma” com a finalidade de permitir melhor comparabilidade entre aquele exercício social e o encerrado em 31 de dezembro de 2005, exceto as demonstrações do resultado do exercício, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos que não foram ajustadas por não terem sido identificados os correspondentes ajustes nos saldos iniciais de 2004 e seus reflexos nas referidas demonstrações financeiras. Para fins de apresentação, os ajustes acima mencionados no montante de R$ 18.341 e R$ 5.641 foram efetuados nas respectivas contas do balanço patrimonial em contrapartida de ajustes de exercícios anteriores em lucros (prejuízos) acumulados e reserva de reavaliação, respectivamente, no exercício de 2004. Na elaboração das demonstrações financeiras é necessário utilizar estimativas para contabilizar certos ativos, passivos e outras transações. As demonstrações financeiras da empresa incluem, portanto, estimativas referentes à seleção de vida útil do ativo imobilizado, provisões necessárias para passivos contingentes, determinação de provisão para imposto de renda e outras similares. Os resultados reais podem apresentar variações em relação às estimativas. a) Apuração do resultado: O resultado é apurado pelo regime de competência. As receitas auferidas e as despesas incorridas nas operações por conta de cooperados e nas atividades de apoio e administração, efetuadas pela Copersucar, são apropriadas ao resultado do exercício com base em rateio, definido de acordo com a produção da empresa em relação às demais cooperadas, em conformidade com o disposto no Parecer Normativo CST Nº 66, de 5 de setembro de 1986. b) Ativo circulante e realizável a longo prazo: Os produtos acabados entregues à Copersucar e os estoques em almoxarifados são

variações monetárias incorridas. 3. Valores a receber Copersucar: Valores em disponibilidade Direitos sobre safra Participação no rateio do resultado comercial Provisão para receitas a auferir Recebimentos por conta da safra Rateio de despesas administrativas e financeiras Custos sobre receitas a auferir Provisão para liquidação de safra

2005 2004 150 150 32.040 38.619 12.899 8.858 (928) (7.210) (38.344) (32.652) (1.974) (1.160) 1.045 5.398 1.982 3.067 6.870 15.070 4. Estoques: 2005 2004 Açúcar 13.807 12.094 Álcool hidratado 6.493 5.909 Álcool anidro 627 1.572 Almoxarifado 1.108 757 Manutenção industrial 1.430 357 23.465 20.689 Parte dos estoques de produtos acabados foi transferida para a Copersucar para a sua comercialização e registrada na rubrica “Custo sobre receitas a auferir”, conforme demonstrado na Nota 3. 5. Impostos a Recuperar: 2005 2004 Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços - ICMS 3.170 5.779 Contribuição para o financiamento da seguridade social - Cofins 1.162 1.080 Programa de integração social - PIS 711 1.143 Contribuição social sobre o lucro líquido 485 700 Imposto de renda pessoa jurídica - IRPJ 38 398 Contribuição para o instituto nacional do seguro social - INSS 403 372 Outros 543 542 Total 6.512 10.014 Circulante (6.405) (7.657) Realizável a longo prazo 107 2.357

6. Transação e saldos com partes relacionadas: 2005 2004 Maringá S.A. Destilarias Companhia Companhia Melhoramentos Canavieira Melhoramentos Cimento e Ferro-Liga S.A. de Jacarezinho Norte do Paraná Total Total a) Saldos Ativo circulante Demais contas a receber 156 6 162 5 Passivo circulante Fornecedores 11.620 1.073 12.693 3.898 Demais contas a pagar 12 10 26 48 b) Transações Compras de cana-de-açúcar 24.858 2.058 26.916 22.732 As transações com partes relacionadas resumem-se a compra de cana-de-açúcar pela companhia, realizadas em condições normais de mercado. Os saldos ativos e passivos serão liquidados no decorrer do exercício de 2006. 7. Investimentos em sociedades controlada e coligada: 2005 2004 Companhia Canavieira de Jacarezinho Usina Morretes Ltda. Total Total a) Informações sobre as investidas Quantidade de ações/quotas possuídas 240.058.516 34.037.230 Percentual de participação 48,27% 98,09% Patrimônio líquido ajustado em 31 de dezembro de 2005 24.218 3.146 Lucro (prejuízo) do exercício (1.244) 103 b) Movimentação dos investimentos No início do exercício 11.468 3.152 14.620 26.685 Dividendos recebidos (166) (166) (315) Ajustes de exercícios anteriores - (10.931) Equivalência patrimonial (594) 101 (493) (819) No fim do exercício 10.874 3.087 13.961 14.620 As demonstrações financeiras da controlada e coligada do exercício findo em 31 de dezembro de 2005 foram revisadas ou examinadas, considerando a necessidade, pelos mesmos auditores da controladora. 8. Imobilizado: % 2005 2004 Taxas Depreanuais ciação LíLíde Custo acumul. quido quido deprec. Terrenos 711 711 711 Construções e instalações 30.542 13.227 17.315 16.622 4 a 10 Máquinas e equipamentos 39.356 28.896 10.460 11.227 10 a 20 Móveis e utensílios 1.564 1.008 556 567 10 a 20 Veículos 1.827 1.779 48 24 20 Adiantamentos a fornecedores e obras em andamento 1.489 - 1.489 646 75.489 44.910 30.579 29.797 A companhia possui bens imóveis concedidos em garantia de processos judiciais que montam a R$ 12. Equipamentos arrendados: Certos equipamentos são arrendados por meio de contratos irretratáveis sujeitos a encargos que variam de 1,56% a 1,99% ao mês e encargos variáveis pela Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP mais 7% a 9% ao ano. Os compromissos assumidos em virtude desses contratos montam a R$ 2.893 (2004 - R$ 2.189) e vencem até 2009. As despesas operacionais incorridas com arrendamento no exercício foram de R$ 457 (2004 - R$ 115). 9. Empréstimos e financiamentos: Encargos financeiros incidentes 2005 2004 Capital de giro 3,29% a 5,54% ao ano + CDI (*) 10.278 13.534 Capital de giro 100% do CDI (*) 3.104 5.459 Total 13.382 18.993 Passivo circulante (13.382) (18.684) Exigível a longo prazo 309 (*) Certificado de depósito interbancário. Os empréstimos para capital de giro vencem em 2006 e estão garantidos por aval da empresa Maringá S.A. Cimento e Ferro-Liga e notas promissórias. 10. Repasses - Copersucar: Referem-se a recursos repassados pela Copersucar a seus Cooperados, estando esses, sujeitos a encargos que variam entre 103,5% a 105% do CDI - Certificado de Depósito Interbancário e 100% da TJLP, e garantidos por avais dos diretores, direitos sobre safra e letras de câmbio. Os montantes em aberto no encerramento do exercício, por categoria de repasse, podem ser assim demonstrados:

Passivo circulante Letras de câmbio Outros Não circulante - Exigível a longo prazo Letras de câmbio Direito transitório - Cofins Variação na liquidação de safra PIS “sub-judice”

2005

2004

24.679 156 24.835

14.122 161 14.283

7.475 1.587 858 249 10.169

5.980 1.650 932 265 8.827

11. Contingências Copersucar: 2005 2004 Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI 5.885 6.271 Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins e Programa de Integração Social - PIS 2.531 2.985 Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira - CPMF 1.604 1.764 10.020 11.020 Correspondem a empréstimos da Copersucar oriundos de recursos de tributos contestados judicialmente (“sub-judice”) pela cooperativa quanto à sua constitucionalidade e legalidade da exigência, sujeitos a encargos financeiros calculados com base na variação da Taxa Referencial - TR e/ ou da taxa do Sistema Especial de Liquidação e Custódia - SELIC, estando garantidos por letras de câmbio. 12. Tributos “sub-judice”: A administração, baseada na opinião de seus consultores jurídicos externos, questiona a legalidade ou o direito de compensação de determinados tributos, efetuando depósitos judiciais quando aplicável. O montante a pagar vem sendo atualizado conforme a legislação pertinente e pode ser resumido como segue: Depósitos judiciais Tributos “sub-judice” 2005 2004 2005 2004 PIS / COFINS 2.653 2.548 IRPJ / CSLL 4.703 4.263 ICMS 1.352 1.169 Outras 222 184 45 222 184 8.753 7.980 Programa de Integração Social - PIS / Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS - Questionamento da constitucionalidade da Lei no. 9.718/98, referente à inclusão em sua base de cálculo das variações monetárias ativas e receitas financeiras. Imposto de Renda Pessoa Jurídica - IRPJ / Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL - questionamento quanto à permissão da dedução dos prejuízos fiscais e bases negativas da contribuição social sobre o lucro, apurados até 31 de dezembro de 1995, com lucros obtidos nos exercícios posteriores, sem a limitação de 30% estabelecida conforme os artigos 42 e 58 da Lei nº 8.981/

Diretoria Gastão de Souza Mesquita - Diretor Roberto de Oliva Mesquita - Diretor Parecer dos Auditores Independentes companhia contabilizou reavaliação de bens do ativo imobilizado no exerAos Administradores e Acionistas cício social findo em 31 de dezembro de 1999, mas não ajustou as vidas Companhia Agrícola Usina Jacarezinho útil-econômicas dos respectivos bens de acordo com o laudo de avaliação São Paulo - SP elaborado por peritos independentes. Além disso, as práticas contábeis 1. Examinamos o balanço patrimonial da Companhia Agrícola Usina adotadas no Brasil determinam que uma nova reavaliação deve ser feita, Jacarezinho em 31 de dezembro de 2005 e as correspondentes demonsno máximo, a cada quatro anos ou em período menor para ativos com trações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e maior variação de valor de mercado. A companhia pretende iniciar o proaplicações de recursos do exercício findo nessa data, elaborados sob a cesso de revisão dos valores desses bens e das correspondentes vidas responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de útil-econômicas durante o exercício de 2006. Conseqüentemente, não foi emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras. possível, nas circunstâncias, avaliarmos a adequação dos valores 2. Exceto pelo mencionado nos parágrafos 3 e 4, nosso exame foi condureavaliados e apresentados a valor de mercado no ativo imobilizado e na zido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais reserva de reavaliação em 31 de dezembro de 2005, no montante de requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a R$ 9.640 mil. adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus 4. Conforme mencionado na Nota 14 às demonstrações financeiras, a aspectos relevantes. Portanto, nosso exame compreendeu, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relecompanhia registrou créditos de imposto de renda e contribuição social sobre prejuízos fiscais, base negativa da contribuição social e diferenças vância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da companhia, (b) a constatação, com base em testes, temporárias, no montante de R$ 7.814 mil, levando-se em consideração a das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações realização provável desses créditos. No entanto, a partir de projeções de contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis resultados futuros elaboradas pela administração para os exercícios de mais representativas adotadas pela administração da companhia, bem 2006 a 2008, com base em premissas internas e em cenários econômicos futuros, o montante provável de realização foi estimado em R$ 3.046 mil. como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conAssim sendo e por não haver projeções de resultados futuros após 2008, junto. 3. Conforme mencionado na Nota 2 c) às demonstrações financeiras, a não foi possível, nas circunstâncias, avaliarmos a adequação dos créditos Paulo Nelson Pereira - Diretor Presidente

95. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS substancialmente representado pelo questionamento da tomada de crédito sobre aquisições de produtos classificados como intermediários, segundo a posição da administração e de seus consultores jurídicos externos, e utilizados no processo produtivo. 13. Contingências: A companhia é parte envolvida em processos trabalhistas e cíveis em andamento, e está discutindo essas questões tanto na esfera administrativa como na judicial, as quais, quando aplicáveis, são amparadas por depósitos judiciais. As provisões para as eventuais perdas decorrentes desses processos são estimadas e atualizadas pela administração, com base na opinião de seus consultores jurídicos externos, e podem ser assim sumariadas: Depósitos judiciais Provisão para contingências 2005 2004 2005 2004 Trabalhistas 33 32 394 14 Cíveis 14 20 2.647 84 47 52 3.041 98 Contingências trabalhistas - consistem, principalmente, em reclamações de ex-funcionários, requerendo compensações adicionais que, segundo esses, não foram pagas durante seu vínculo empregatício. Cíveis consistem, principalmente, em reclamações requerendo reparações de danos morais, nas quais a companhia é parte envolvida. 14. Imposto de renda e contribuição social diferidos: Em 31 de dezembro de 2005, a empresa possuía prejuízos fiscais e base negativa da contribuição social acumulados, incluindo diferenças temporárias, no montante aproximado de R$ 48.000 e R$ 41.000 (2004 - R$ 18.000 e R$ 10.000), respectivamente. Os créditos fiscais decorrentes desses saldos, compensáveis com os mesmos tributos que vierem a ser apurados sobre lucros tributáveis futuros, limitados, em cada ano, no caso do prejuízo fiscal e base negativa da contribuição social, a 30% do lucro tributável, são estimados em R$ 15.690. A parcela considerada realizável do imposto de renda e contribuição social diferidos monta a R$ 7.814 (2004 - R$ 3.279), sendo reconhecida contabilmente levando-se em consideração a realização provável desses créditos. Também, conforme previsto nas práticas contábeis adotadas no Brasil, a companhia contabilizou imposto de renda e contribuição social diferidos sobre a reserva de reavaliação no montante de R$ 4.611 (2004 - R$ 5.641) o quais serão realizados na proporção da realização da referida reserva. 15. Patrimônio líquido (passivo a descoberto): a) Capital social: O capital social está representado por 1.169.965.897 ações ordinárias, nominativas, inconversíveis, sem valor nominal. De acordo com o estatuto social, aos titulares das ações será atribuído, em cada exercício, dividendo não inferior a 25% do lucro líquido do exercício, ajustado na forma do artigo 202 da Lei 6.404/76. b) Reserva de reavaliação: A reserva de reavaliação, efetuada em 1999 com base em laudo emitido por peritos independentes, está registrada líquida dos efeitos tributários, e vem sendo realizada com base nas depreciações, baixas ou alienações dos respectivos bens reavaliados em contrapartida de lucros (prejuízos) acumulados. c) Reserva legal: Constituída a razão de 5% sobre o lucro líquido do exercício, conforme artigo 193 da Lei das Sociedades por Ações. Em 31 de dezembro de 2005 foi utilizada para absorver saldo de prejuízos acumulados. d) Reserva AGO/E: Refere-se à retenção do saldo remanescente de lucros apurados em exercícios anteriores para futuras destinações. Em função de prejuízos decorrentes de ajustes de exercícios anteriores em controladas e na companhia e de prejuízos no próprio exercício, o montante da reserva em 31 de dezembro de 2005 foi recomposto e, também, utilizado para absorver os referidos prejuízos. e) Reserva de lucros a realizar: Referese à retenção de lucros não realizados em cada exercício. Da mesma forma como acima mencionado, em função de prejuízos decorrentes de ajustes de exercícios anteriores em controladas e na companhia e de prejuízos no próprio exercício, o montante da reserva em 31 de dezembro de 2005 foi recomposto e, também, utilizado para absorver os referidos prejuízos. f) Reserva especial de dividendos: Refere-se à retenção do saldo remanescente de lucros apurados em exercícios anteriores para futuras distribuições de dividendos. Em função de prejuízos decorrentes de ajustes de exercícios anteriores em controladas e na companhia e de prejuízos no próprio exercício, o montante da reserva em 31 de dezembro de 2005 foi recomposto e, também, utilizado para absorver os referidos prejuízos. 16. Garantias Prestadas: A companhia prestou garantias, avais e fianças para empresas ligadas, conforme resumido abaixo: 2005 2004 Companhia Melhoramentos Norte do Paraná 51 334 Maringá S/A Cimento e Ferro-Liga 2.830 5.072 Companhia Canavieira de Jacarezinho 1.487 1.203 Destilarias Melhoramentos S/A 5 1.039 17. Instrumentos financeiros: Os instrumentos financeiros estão apresentados no balanço pelos valores de custo e respectivas apropriações de receitas e despesas, os quais se aproximam dos valores de mercado. A administração dessas operações é efetuada mediante definição de estratégia de operações e estabelecimento de sistemas de controle pela administração. A companhia não mantém instrumentos financeiros, tampouco derivativos, não registrados contabilmente. a) Risco com taxa de juros: Esse risco é oriundo da possibilidade de a companhia incorrer em perdas por conta de flutuações nas taxas de juros que aumentem as despesas financeiras relativas a empréstimos captados no mercado. A companhia monitora continuamente as taxas de juros de mercado com o objetivo de avaliar a eventual necessidade de operação para sua proteção. Em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 a companhia não possui nenhum contrato com a finalidade de proteção contra o risco de volatilidade dessas taxas. 18. Cobertura de seguros: A companhia possui programa de gerenciamento de riscos com o objetivo de limitar os riscos, buscando no mercado coberturas compatíveis com seu porte e operação. As coberturas foram contratadas por montantes considerados suficientes pela administração para cobrir eventuais sinistros, considerando a natureza da sua atividade, os riscos envolvidos em suas operações e com base na orientação de seus consultores de seguros. Em 31 de dezembro de 2005, a companhia possuía as seguintes principais apólices de seguro contratadas com terceiros: Montante máximo da Bens segurados Riscos cobertos cobertura Edifícios e Instalações Incêndio, raio, explosão de qualquer natureza, responsabilidade civil e outros 27.603 Veículos - Frota Danos materiais, corporais e morais 2.000 Casco Mercado Transporte terrestres de mercadorias Acidentes naturais 5.000 Máquinas e equipamentos Riscos diversos 622 Marcelo Fernandes de Oliveira - Contador CRC1SP 148.350/O-6 - CPF 085.559.578-77 fiscais contabilizados em excesso no montante de R$ 4.768 mil. 5. Somos de parecer que, exceto pelos efeitos de eventuais ajustes provenientes dos assuntos mencionados nos parágrafos 3 e 4, as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Companhia Agrícola Usina Jacarezinho em 31 de dezembro de 2005 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos do exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 6. O exame das demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2004, apresentadas para fins de comparação, foi conduzido sob a responsabilidade de outros auditores independentes, que emitiram parecer com data de 21 de janeiro de 2005, sem ressalvas. Como descrito na Nota 2, apenas para fins de comparação, as demonstrações financeiras do exercício de 2004 estão apresentadas “pro-forma” de modo a incorporarem ajustes daquele exercício. São Paulo, 22 de março de 2006 International Services Ltda. - CRC 2SP009963/O-1 Wander Rodrigues Teles Maurício Cardoso de Moraes Contador Contador CRC 1DF005919/O-3 “S” SP CRC 1PR035795/O-1 “T” SP

EDITAL FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR

EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL PREGÃO Nº 014/2006-FAMESP/HEB PROCESSO Nº 068/2006-FAMESP/HEB REGISTRO DE PREÇO 009/2006-FAMESP/HEB Acha-se à disposição dos interessados do dia 19 de abril de 2006 a 24 de maio de 2006, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli s/n, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680–ramal 111-FAX(0xx14)38821885–ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br/licitações/HospitalEstaduaBauru, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL - PREGÃO Nº 014/2006-FAMESP/HEB - PROCESSO Nº 068/2006FAMESP/HEB, que tem como objetivo a Aquisição de cateter de vários tipos, diagnóstica tipo JR 5f, diagnóstico tipo head hunter, diagnóstico tipo JL 5F curva 3,5 em polietileno etc..., para o HOSPITAL ESTADUAL BAURU, conforme especificações constantes do anexo II. O prazo para entrega das Amostras será até o dia 09 de maio de 2006, a fase de análise das amostras será do dia 10 de maio de 2006 até o dia 16 de maio de 2006. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação, será realizada no dia 25 de maio de 2006, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras do Hospital Estadual Bauru, Avenida Engº Luiz Edmundo Carrijo Coube, nº 1-100 – Jardim Santos Dumont, Município de Bauru, Estado de São Paulo. Botucatu, 19 de abril de 2006. Prof. Dr. Shoiti Kobayasi - Diretor Vice Presidente - FAMESP

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Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 18 de abril de 2006, na Comarca da Capital, o seguinte pedido de falência: Requerente: Antonio Benedito Giarreta - Requerido: Extintores Montreal Fire Ltda. - Rua José Teixeira Barreto, 60 - 02ª Vara de Falências


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DCARRO

São Paulo, quarta-feira, 19 de abril de 2006

CURIOSIDADE

O carro de prata de um rei do petróleo Só mesmo a Internet para revelar caprichos, como o deste sheik que mandou fazer, em prata, o seu Audi A8 s fotos chegaram pela Internet, mostrando um reluzente Audi A8, feito em prata. Todo em prata. E quem poderia ter este luxo? Poucos, com certeza. Entre eles, um dos integrantes da família do Sheik Zayed bin Sultan Al Nahyan, governante do Abu-Dhabi, nos Emirados Árabes. Trata-se de um modelo da versão alongada do Audi, com motor de 12 cilindros, o W12, de 6.0 litros. Coisa de quem não precisa se preocupar com consumo de combustível. Ele tem gasolina no quintal. Literalmente.

A

Tudo muito bonito - A web mostra fotos incríveis do interior, exterior e jardins do palacete da família, mas não o carro por dentro. Mas ele deve ser o mais luxuoso dos Audi A8 que circulam no planeta e que, com certeza, deve ser um outro palácio, só que tem motor e anda. De fábrica ele já sai com aparelhos de TV e DVD de última geração. Há também um bar, colocado junto ao encosto do banco do passageiro da frente. E ainda dois aparelhos de telefone. Resta usar a imaginação e criar o ambiente dentro do carro, com telefones de ouro, bar em prata - para combinar com a lataria (lataria?!!!!) do Audi. Diz a lenda que o sheik enviou a prata em placas para a Audi que a usou no lugar do aço. A Audi não confirma a informação. Daí, virou lenda. A preparação do "expresso de prata" foi da Motoren-Techinik-Mayer", como mostra a placa do carro numa das fotos da rede. Não exatamente como este, mas o A8 W12 6.0 é vendido no Brasil por R$ 700 mil. Mas não é de prata.

Não pense que é aço escovado. É prata mesmo! É só ver o tamanho da frota BMW (11), Mercedes-Benz (2) e Rolls-Royce (2) - do sheik para ver que ele não brinca quando o assunto é automóvel.


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

Nacional Empresas Estilo Finanças

quarta-feira, 19 de abril de 2006

Há mais de 35 mil gêneros de orquídeas em todo o mundo. No Brasil, existem cerca de 2,8 mil.

EXPOSIÇÕES RECEBEM 20 MIL PESSOAS

Orquídeas, filhas que exigem amor e dedicação

Patrícia Cruz/Ag. Luz

Orquidófilos gastam horas trocando flores de vasos e de lugar para evitar excesso ou pouco sol nas plantas. Os apaixonados somam cerca de 20 mil pessoas que freqüentam até associações. oram a beleza e a diversidade das formas e cores das orquídeas que fizeram o aposentado João Miller, de 73 anos, dedicar-se ao cultivo dessa planta há mais de 30 anos. Ao todo, seu orquidário tem cerca de 40 espécies diferentes e mais de uma centena de vasos. Cada uma exige um cuidado especial, como se fosse uma filha. Tanto que, mesmo com vários vasos de uma mesma espécie, quando morre uma das plantas ele fica muito triste. "Trato cada orquídea como se fosse a única que tenho porque elas querem bastante atenção e percebem quando estamos distantes. Quanto mais carinho, mais bonitas elas ficam", acredita. Toda semana Miller dedica um dia só para cuidar das flores. As mudanças de localização dos vasos são muito freqüentes, para que elas nunca sejam prejudicadas pelo excesso ou falta de sol. As híbridas – reproduzidas em laboratórios – precisam ser colocadas em troncos para sobreviver. Já as terrestres devem ser cultivadas em vasos ou jardim, mas com pó de xaxim para sua melhor conservação. Segundo o orquidófilo, as mudas devem ser extraídas com freqüência dos vasos para não sufocar a planta. "Elas crescem muito e precisam de espaço para sobreviver. Por isso não me canso de mudá-las para vasos maiores e nem de tirar mudas para plantá-las em outros locais. Outro dia mesmo, de um só vaso consegui tirar 15 novas plantas", comenta. A maioria das flores que o orquidófilo cultiva foram encontradas no meio do mato,

onde ele vai com freqüência atrás de novas espécies e de gravetos para o seu fogão a lenha. Mas Miller também comprou e ganhou várias. "Tenho amigos que também colecionam orquídeas e costumamos trocar algumas espécies. Mesmo que eu já tenha a espécie que vou ganhar, costumo aceitar porque é muito gostoso receber uma nova planta de outra pessoa. É uma troca de energia e de carinho", conta. Encanto Quem vai na casa de Miller no mês de maio fica encantado com a diversidade de cores e plantas, que são cuidadosamente retiradas do orquidário para enfeitar a casa e o quintal. "Tudo fica tão bonito que não canso de admirar", diz. Mas não é somente o orquidófilo que fica feliz no período que as plantas começam a florir. Como regra, e para que todos tenham acesso à beleza proporcionada pelas orquídeas, ele doa plantas para os bingos da igreja, além de oferecer como presente para seus amigos. "Tenho muitas plantas, por isso não é incômodo nenhum dar algumas para outras pessoas. Até porque sempre consigo tirar novas mudas", diz. Como Miller, existem milhares de outros orquidófilos no Estado de São Paulo. Mas, segundo Lúcia Midori, de 40 anos, presidente de uma das cinco associações orquidófilas que existem em São Paulo, não dá para estimar ao certo o número de cultivadores da planta. Mesmo assim, se tomarmos por base que as cinco exposições realizadas no estado todos os anos recebem em média 20 mil pessoas cada uma, dá para se ter uma idéia do volume de admiradores.

Miller dedica um só dia da semana para cuidar de todas as suas orquídeas, que somam mais de 40 espécies Leonardo Rodrigues/Hype

Orquidário de Lúcia Midori, presidente de uma associação de admiradores da espécie

Uma das plantas mais belas do orquidário

Lúcia: exposições atraem muita gente

Flores delicadas lembram pequenas estrelas

Divulgação

Márcia Rodrigues

CULTIVO Como ter lindas flores em casa

O

bservar uma orquídea e procurar entender o que ela realmente precisa é o principal segredo do seu cultivo. "Elas nos avisam quando precisam de água ou preferem ficar mais expostas ao sol. Basta entender os sinais", acredita o aposentado e orquidófilo João Miller. Para saber quando uma planta precisa de água, por exemplo, basta colocar o dedo na terra para verificar se ainda está úmida ou não. Segundo ele, as orquídeas não precisam ser regadas todos os dias. Se o tempo estiver seco, o ideal é colocar água a cada 15 dias. Já o adubo, que pode ser orgânico ou inorgânico, deve ser colocado uma vez por mês. Alguns cultivadores, mais temerosos, fazem a aplicação uma vez por semana. A fórmula

NPK (nitrogênio, fósforo e potássio) deve ser aplicada na proporção de uma colher de café por litro de água, durante a primavera e o verão. A adubação pode ser suspensa durante o outono e inverno. Opção orgânica Uma boa opção de adubação orgânica é a torta de mamona, que deve ser colocada na medida de uma colher de sobremesa por vaso, uma vez ao ano, depois que o sistema radicular da planta estiver bem desenvolvido. As orquídeas precisam de espaço. Por isso, quando começam a crescer mudas, elas devem ser imediatamente retiradas e transferidas para outros vasos. Essa ação evita que as orquídeas antigas sejam sufocadas pelo frescor das mais novas. (MR)

Algumas precisam ser postas em troncos para sobreviver

As espécies terrestres vivem em vasos ou jardins

Várias formas e cores A

Segundo os admiradores, a troca de plantas com outras pessoas, traz também novas energias

tualmente, existem no mundo cerca de 35 mil gêneros de orquídeas, encontradas em várias formas e cores. No Brasil, são mais de 2,8 mil, sendo que duas delas estão em extinção: Laelia jongheana e Laelia fidelen ci. "Elas estão praticamente extintas, não pela exploração exagerada das plantas, mas pela destruição do seu habitat natural, que são as matas", explica Lúcia Midori, presidente de uma das cinco associações orquidófilas de São Paulo. De acordo com o lugar de origem, as orquídeas são classificadas como epífitas, terrestres ou rupículas. As epífitas são a maior parte

das orquídeas. Vivem grudadas em troncos de árvores, mas não são parasitas, pois realizam a fotossíntese. "Ao contrário do que se pensa, essas plantas não sugam a seiva da árvore", diz. As terrestres são as que vivem como plantas comuns na terra, que aceitam bem o plantio em xaxim desfibrado. Mas formam uma porcentagem pequena em relação às epífitas. Alguns exemplares mais cultivados são Cymbidium, Phaius, Paphiopedilum, Arundina, Neobenthamia, Bletia. Já as rupículas são as orquídeas que vivem sobre rochas, não agarradas diretamente, mas fixadas nos líquens. (MR)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.ESPECIAL

quarta-feira, 19 de abril de 2006

WValente/AFG

Material de construção, em nome de sonhos e de empregos O setor vinha crescendo muito pouco, mas o governo decidiu eliminar e reduzir impostos. A aposta é de um 2006 bem melhor. Afinal, a construção civil realiza o sonho da casa própria e cria mais empregos

Vanessa Rosal

O

sonho de milhões de brasileiros de ter uma casa própria impulsiona a indústria de materiais de construção. Os números do setor revelam isso: em 2005 teve uma expansão de 3%, em relação ao mesmo período do ano passado, com um faturamento de R$ 33,2 milhões. Em 2004, o segmento também havia alcançado crescimento de 3% sobre o ano anterior, com faturamento em torno de R$ 33,2 bilhões. Embora os números sejam pequenos, o Brasil tem uma enorme demanda por material de construção. De acordo com uma pesquisa do IBGE, ao todo o País possui 45 milhões de domicílios, dos quais 7,5 milhões não têm banheiros. Segundo a Associação dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), ao contrário do que se pensa, a compra dos produtos de material de construção pelas construtoras representa apenas 23% dos produtos fabricados pelo segmento. "Vale lembrar que, quando a construção civil vai bem, o nosso setor cresce de 6% a 8% ao ano. Portanto, não passamos por um bom momento", analisa o presidente da Anamaco, Cláudio Conz. Os principais fatores para o p e q u e n o c re s c i m e n t o e m 2005 são a baixa renda da população e as altas taxas de juros, que prejudicam o desenvolvimento do mercado:

"Mas já está melhorando. Nos dois primeiros meses de 2006 registramos crescimento de 10% em relação ao mesmo período do ano passado". O aumento tem a ver com o ano eleitoral, que, como de costume, sempre apresenta mais obras e construções civis. Casas autogeridas Estudos efetuados pela empresa americana de consultoria Booz Allen Hamilton para o setor de material de construção demonstram que 77% das unidades habitacionais produzidas no Brasil são autogeridas - gerenciadas pelo proprietário. Isto ocorre porque a maioria dos brasileiros ainda não pode adquirir um imóvel financiado. O jeito é adquirir os produtos aos poucos, com a ajuda dos vizinhos e terceirizando o serviço para construir mais um cômodo, a própria moradia ou reformar a antiga. Segundo a Anamaco, embora o poder de compra do brasileiro tenha diminuído nos últimos anos, ele continua comprando o material porque é uma necessidade. O chamado "construbusiness", que, além das edificações e da construção pesada, envolve atividades necessárias para que as obras se desenvolvam, assim como os serviços diversos gerados após a construção, representa 13,8% do Produto Interno Bruto (PIB), sendo que 4,6% correspondem a material de construção. Deste total, 72% se devem às lojas de pequeno e médio porte, localizadas em zonas de periferia.

Algumas ruas tradicionais em São Paulo oferecem todo tipo de produto, de objetos para decorar a casa a móveis, lustres e itens inusitados como madeira plástica, tinta de terra, piso de cortiça e até mesmo telha de aparas de tubos de pasta de dente. Sem falar nos materiais antigos que ainda são comercializados e, de quebra, empregam milhares de pessoas. E esse mercado dos pequenos sustenta o setor. Pequenas e médias Segundo dados da Anamaco, o Brasil possui 105 mil lojas de materiais de construção - 28 mil estão no Estado de São Paulo. "Não há desenvolvimento sem que haja construção de fábricas", diz Cláudio Conz. O interessante é que cerca de 96% das lojas de material de construção do País são de pequeno e médio porte e 56% delas têm até dez empregados. Conz diz que o que sustenta o mercado não são as grandes redes, como em outros segmentos: "As gigantes representam um valor simbólico no faturamento total da indústria". Em fevereiro o índice de vendas da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) mostrou uma ligeira recuperação no faturamento nominal acumulado no primeiro bimestre em comparação com o mesmo período do ano anterior. Embora fevereiro tenha menos dias úteis, ainda assim os efeitos não foram suficientes para tornar o indicador negativo, pois o faturamento médio

Nos dois primeiros meses de 2006, crescimento de 10% em relação ao mesmo período do ano passado

diário aumentou, mostrando crescimento da atividade. Perspectivas Um recente projeto do governo irá injetar R$ 18,7 bilhões no financiamento habitacional e garantirá a redução e eliminação de impostos para materiais de construção ao longo do ano. Por isso, segundo a Abramat, 2006 pode se

transformar num período de boas notícias para o setor. Anunciado em fevereiro, o corte na alíquota do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) irá desonerar os fabricantes, que poderão repassá-lo para o preço final dos produtos. Aqueles antes taxados em 5% tiveram alíquota zerada, enquanto os que tinham IPI entre 10% e

15%, caíram para 5%. "Sinal de que o governo voltou os olhos para a construção habitacional, com foco no desenvolvimento da sociedade. O mercado de construção gera emprego, proporciona melhores condições de vida e promove a inclusão social", afirma o presidente da Abramat, Melvyn Fox.

Diretor-Presidente Guilherme Afif Domingos

Repórteres Maristela Orlowski Vanessa Rosal

Diretor de Redação Moisés Rabinovici Editor Luciano Ornelas Editor de Fotos Masao Goto

Diagramação Lino Fernandes Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. 3244-3122 Impressão S/A O Estado de S. Paulo


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 19 de abril de 2006

ESPECIAL - 3

Fotos: Marcelo Min/AFG

A

Nas várias lojas da Dicico e da Casa e Construção o movimento é cada vez maior. Mas as grandes redes representam apenas 4% do setor de material de construção

pesar de representar apenas 4% do faturamento total do segmento de materiais de construção, as grandes redes se destacam por oferecer serviços diferenciados e inúmeras opções de produtos. Na contramão do que indicam os números do setor, essas empresas cresceram além do esperado em 2005. A Dicico, por exemplo, abriu duas novas lojas no ano passado e chegou a treze unidades espalhadas pela Capital, Interior e Litoral paulista. A rede de materiais de construção fechou 2005 com faturamento aproximado de R$ 290 milhões. Para se ter uma idéia, em 2000 o faturamento foi de R$ 45 milhões. Para 2006, uma das estratégias será investir em novas campanhas de publicidade. Segun-

As grandes redes crescem e caminham na contramão Representam apenas 4% do mercado, mas ampliam o número de lojas e mostram números exuberantes, como a Dicico, a C&C Casa e Construção ou a Telhanorte. Seu segredo: serviços diferenciados do o diretor de marketing da Dicico, Carlos Roberto Corazzin, R$ 12 milhões serão desembolsados para esta finalidade: "Esperamos crescer 40% no faturamento com as inaugurações de mais duas lojas previstas para o primeiro trimestre deste ano". A C&C Casa e Construção pretende fortalecer sua presença em São Paulo e no Rio de Janeiro para crescer em 2006.

"São os dois estados economicamente mais importantes do País, representando 50% do PIB brasileiro", explica o diretor-geral da rede, Jorge Gonçalves Filho. Segundo ele, o diferencial da empresa é o grande número de produtos ofertados: 45 mil itens no total. "Além disso, oferecemos dentro das lojas uma gama de serviços que dificilmente os

pequenos oferecem, como recreação infantil, apoio à mão de obra e um cartão para fidelizar o cliente", diz Gonçalves Filho. A C&C Casa e Construção conta com 35 home-centers: 28 lojas espalhadas pelo Estado de São Paulo e sete no Estado do Rio de Janeiro. Inovação Para driblar a concorrência e

se diferenciar no mercado, a Telhanorte apostou em uma unidade que funciona 24 horas na Marginal Tietê. "Dentre os serviços oferecidos estão o aluguel de ferramentas, assistência técnica, entrega 24 horas, corte de fios, cursos de aprimoramento profissional e cartão fidelidade", destaca o diretor-geral da empresa, Fernando de Castro.

Para 2006, a proposta da rede, que possui a política de não divulgar números reais ou percentuais, é intensificar seu programa de expansão, superando a média de quatro lojas inauguradas por ano desde 2002. Atualmente a Telhanorte conta com 24 unidades - 21 em São Paulo, duas no Paraná e uma em Minas Gerais. (Vanessa Rosal)


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quarta-feira, 19 de abril de 2006

Fotos: Marcelo Min/AFG

A fileira de luminárias de classe na Consolação Apesar da concorrência das grandes redes de produtos de casa e construção, a Consolação mantém a tradição das luminárias com a concentração de lojas. A rua sofreu com o apagão de 2001, mas resiste

Maristela Orlowski

A

luz é um dos principais elementos de decoração, capaz de produzir brilhos, sombras e contrastes. Quem quer elaborar um projeto de iluminação para sua residência ou seu comércio, ou mesmo quem deseja apenas trocar o antigo lustre por algo mais requintado e moderno, pode encontrar uma ampla variedade de produtos e serviços em uma única rua na capital paulista. Sinônimo de iluminação há mais de 40 anos, a rua da Consolação, travessa da avenida Paulista, é o corredor da luz, não só para São Paulo, mas para todo o Brasil. A oferta de produtos é variada, atende a diferentes estilos e cabe em todos os bolsos. É necessário paciência e disposição para percorrer cerca de 40 lojas que comercializam luminárias, lâmpadas e materiais elétricos para residências, escritórios e jardins. E esse número é ainda maior quando são acrescentadas as lojas das ruas adjacentes. No total, são mais de 80 estabelecimentos comerciais voltados à iluminação. O gerente da Model Lux - loja instalada há dez anos na Consolação -, Wander Santos, afirma que o comércio da rua já foi melhor: “Antes do apagão de 2001 havia mais de 200 lojas na região. As vendas caíram muito, e só quem tinha capital

agüentou a crise”. Santos conta também que a solução foi se adequar ao mercado. A clientela com perfil elitizado, interessada em adquirir luminárias de alto padrão e de custo mais elevado, deu lugar a pessoas simples, ou arquitetos e executivos que procuram preços mais baixos e atraentes: “Hoje há produtos a partir de R$ 10”. Segundo Santos, antes de 2001 a loja faturava anualmente cerca de R$ 160 mil, mas este valor caiu para menos da metade. O que ampara a loja, conforme revela o gerente, são os projetos feitos para clientes, arquitetos e outros estabelecimentos comerciais, como as redes Fran's Café e Bon Grillê: “Hoje a venda de balcão não dá mais dinheiro como antes. Há oito anos era diferente. Tínhamos oito v e n d e d o re s , a g o r a t e m o s apenas quatro, que se revezam no trabalho”. Concorrência Na rua da Consolação a concorrência mora ao lado. Embora os produtos sejam similares em todas as lojas, cada uma delas tenta de alguma maneira sobressair. Seja pela oferta de produtos exclusivos, pelo atendimento especial ao cliente ou pelo baixo preço. O segredo é trabalhar de forma diferenciada para tornar o cliente fiel à loja. “Oferecemos um atendimento especial ao cliente. Mostramos e explicamos as peças, auxilia-

Lustres de quase R$ 70 mil e a enorme variedade de abajures mantêm a tradição da Consolação como rua das luminárias

mos nas instalações e indicamos eletricistas", conta o gerente da Model Lux: “Se necessário, até adaptamos peças para atender as suas necessidades”. Por outro lado, as grandes redes de produtos para casa e construção, as chamadas Home Centers, concorrem no preço de peças mais simples e convencionais, uma vez que podem barganhar com seus fornecedores e oferecer assim produtos mais em conta. Para os lojistas da Consolação, a rua segmentada

apresenta produtos mais estilizados. “Os clientes compram os acessórios nas grandes redes, mas vêm comprar peças mais requintadas na Consolação”, avalia a gerente da loja Clarité, Mara Regina Moreira, que diz vender lustres para Florianópolis, Espírito Santo e até Suriname: "O modelo chamado Sputnik é o que mais vendo para turistas". Variedade Do medieval ao contemporâ-

neo, do clássico ao complexo, do papel à cerâmica, da madeira ao Swarovski. Pense no que for. Quando se trata de abajures, luminárias, lustres, spots, embutidos, colunas, arandelas e alabastros, a riqueza de estilos, formatos e cores surpreendem quem caminha pelos corredores das lojas da Consolação. Ali é possível encontrar produtos inusitados, como uma arandela verde em formato de tartaruga, por exemplo, arandelas em forma de conchas e estrelas-do-

mar, assim como suntuosos lustres de cristais. Na Yamamura Lustres megastore que oferece um portfólio de mais de 18 mil itens, entre luminárias de cerâmica, bambu e metal, tanto para áreas internas quanto para exteriores - se encontra um dos lustres de cristais importados mais caros da Consolação. Formado por 7.500 pedras de cristal, tem altura de 3,50 metros, pesa 150 quilos e custa R$ 68.791.


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Florêncio de Abreu: quem procura acha A rua fica ao lado do mosteiro e tem de tudo: ferramentas, parafusos, resistências elétricas, máquinas industriais, compressores. Suas lojas recebem pedidos de todo o País. E ali tem um problema: excesso de camelôs Fotos: Marcelo Min/AFG

E

la foi conhecida no passado pelo grande número de oficinas de ferradores de muares e de cocheiras que alugavam cavalos. Chamada primeiro de Caminho do Guará, foi aberta em 1786 a pedido do abade do Mosteiro São Bento, para ligar o bairro da Luz ao centro da cidade. Hoje é um dos principais redutos do comércio especializado de São Paulo. Pergunte a qualquer paulistano onde encontrar ferramentas, parafusos, resistências elétricas, máquinas industriais e compressores, e ele indicará um só local: a rua Florêncio de Abreu, à direita do Largo São Bento. Seus antigos sobrados construídos no alinhamento da rua servem de vitrine para aqueles que chegam de diversas regiões do Brasil em busca de peças e acessórios para construção, marcenaria, elétrica e hidráulica. Quem visita o lugar encontra uma variedade de produtos, com preços competitivos, em mais de 50 pontos comerciais. É uma loja colada na outra. Mas é preciso paciência para percorrer toda a sua extensão, em virtude do grande número de vendedores ambulantes aglomerados entre ruas e calçadas. De acordo com o presidente da Associação de Lojistas da Florêncio de Abreu e proprietário da tradicional Casa da Bóia (fundada em 1898), Mário Roberto Rizkallah, o comércio informal, além de complicar o formal, deteriora a imagem do centro. Segundo ele, no final do dia, a quantidade de lixo jogado na rua é absurda: "Pedimos constantemente ajuda à Subprefeitura da Sé para tentar resolver o problema. Ela precisa estar mais atenta para essa questão". O empreiteiro Luis Augusto Rodrigues, freqüentador assíduo da Florêncio de Abreu, também reclama dos camelôs: "É horrível andar por aqui em dia de movimento. As barracas tomam conta das calçadas. Tem de ter muita paciência mesmo".

A Florêncio de Abreu, ao lado do mosteiro, é referência para todo o País, de ferramentas a bombas d’agua

Conhecimento Por outro lado, quem chega ao oásis das ferramentas sabe que vai ser bem atendido. O conhecimento e o bom atendimento são os diferenciais das lojas especializadas, segundo o proprietário da Casa da Bóia - dedicada à venda de metais não-ferrosos, como cobre, latão, bronze, alumínio e chumbo, além de materiais para instalações hidráu-

licas, acessórios elétricos e utensílios de cobre para uso doméstico e decorativo: "A preocupação com a satisfação dos clientes vem desde a época do meu avô, fundador da loja. Nossos balconistas são bastante experientes e explicam o que for necessário aos clientes. Nas grandes redes, não é assim". O vendedor da De Meo - loja especializada em ferramentas

FERRO E AÇO Comércio de Ferros para Construção, Colunas, Estrivos, Vigas Sob Medida DISTRIBUIDOR Fones: FAX:

6280-5237 (11) 6280-5187 6280-8879 6280-5236

Av. Imperador, 1600 - Vila S. Francisco (Esq. R. Santana do Garambeu) - SP

elétricas, como geradores, motosserras, furadeiras e compressores-, Fábio Augusto de Barros, diz que as pessoas vão à Florêncio de Abreu porque sabem que encontrarão o que precisam: "Elas vêm procurar primeiro aqui". Dependendo do produto, o

preço é mais em conta nas grandes redes de material de construção, que compram em maior quantidade e assim conseguem promover melhores ofertas: "Mas aqui também dá para negociar. Quanto maior a compra, maior o desconto".

A Casa da Bóia foi fundada em 1898 pelo avô de Mário Rizkallah

Vendas O comércio da rua continua muito bem e sua fama ultrapassa as fronteiras do Estado. Segundo o gerente da Casa Florêncio, que comercializa mais de 50 tipos de motobombas, de uso residencial até poços artesianos -, Elias Feitosa Neto, cer-

ca de 100 pessoas freqüentam sua loja diariamente: "Também recebemos ligações do Brasil inteiro de pessoas que acessam nossa página na Internet. Atendemos muitas pessoas da Bahia, que compram bombas para irrigação de hortas e lavouras". (Maristela Orlowski)


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Marcelo Min/AFG

Gasômetro, a rua da madeira Procura aquele puxador de gaveta que pensava não existir mais? No Gasômetro tem. Aliás, ali tem de tudo, especialmente para marceneiros e profissionais ligados à indústria de móveis, arquitetura e decoração

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ergunte para qualquer marceneiro onde encontrar matéria-prima para fabricação de móveis, e ele responderá num piscar de olhos: no Brás. Antigo reduto da colônia italiana na capital paulista, com um amplo comércio de moda popular a baixo custo, o bairro - na Zona Leste de São Paulo, quase no centro - também é considerado o pólo madeireiro da cidade. Na região do Gasômetro, marceneiros em geral e profissionais ligados à indústria de móveis, arquitetura e decoração encontram lamin a d o s , c o m p e n s ados, tabuados e vigamentos, fora a infinidade de modelos e estilos de portas e janelas. Aromas de diferentes tipos de madeiras percorrem o ar naquela região. Aproximadamente 80 lojas estão concentradas nos 800 metros de extensão da rua do Gasômetro. Algumas delas estão localizadas em três, quatro e até cinco pontos diferentes. A concorrência entre os estabelecimentos é grande, mas o cliente é o maior beneficiado. Para o gerente-geral da Madel, Madeiras e Ferragens, cujo carro-forte é a venda de portas, janelas e assoalhos de madeira, o que diferencia é o atendimento: “O preço é competitivo, mas é o atendimento personalizado que atrai o cliente”.

Novidades O perfil de atuação das lojas do Gasômetro se transformou

nos últimos anos. Antigamente, vendia-se somente madeira bruta, mas, agora, são comercializados produtos industrializados, pré-fabricados e até mesmo acabados. Segundo comerciantes dali, as lojas estão investindo cada vez mais na variedade do mix de produtos e serviços. Há quase 50 anos no mercado, a Floresta Madeiras é um estabelecimento de revenda tradicional do bairro. De acordo

com o fundador da loja, Samir Jamal, antigamente as vendas eram fortes no segmento de compensados. Hoje a empresa comercializa diversos produtos, como pranchados, forros, portas, batentes e assoalhos para atender a demanda do mercado: “Queremos atender não só as necessidades do marceneiro, mas também dos cons-

trutores, arquitetos e consumidores finais”. Segundo o gerente da Leo Madeiras, Máquinas e Ferragens - suas vendas registraram crescimento de 23% no ano passado -, Jeferson Araújo, o estabelecimento procura seguir a tendência do mercado, como a venda de materiais acabados e revestidos, por exemplo: “A nova onda do setor moveleiro são as placas MDF (Médium Density Fiberboard)”. Conforme explica o vendedor Paulo Bezerra da Silva, o produto -obtido a partir da aglutinação de fibras de madeira com resinas sintéticas e da ação conjunta de temperatura e pressão apresenta muitas vantagens sobre a madeira maciça e o aglomerado, como resistência, homogeneidade e estabilidade dimensional: “É um material praticamente pronto. É só cortar”. As placas, que podem ser utilizadas na fabricação de mesas, armários, além de pisos, divisórias, rodapés e portas, custam entre R$ 80 e R$ 200 a unidade: "Se o cliente vier com uma idéia na cabeça, de um armário por exemplo, fazemos o projeto aqui na loja, e ele sai com as peças já cortadas nas medidas certas". Movimento De acordo com a atendente Vanessa Rubinato, o movimento dos clientes é mais intenso aos sábados, quando os consumidores finais procuram as lojas para comprar

Antes só se vendia madeira bruta na rua do Gasômetro. Mas o comércio hoje ali está muito sofisticado

acessórios, como puxadores de armários e aramados, por exemplo: “O volume de pessoas chega a triplicar nos finais de semana”. Durante a semana, são os profissionais do segmento moveleiro que circulam pela rua do Gasômetro. O marceneiro Mauro Pereira conta que costuma comprar laminados, colas e vernizes, além de outros produtos, de duas a três vezes no mês: “Venho comprar material aqui no Gasômetro há mais de dez anos. Aqui tem de tudo. Até máquinas de marcenaria

já comprei aqui". O casal Juliana e Roberto Esmanioto resolveu procurar portas e janelas de madeira para a casa que estão construindo: "Aqui tem muita variedade, e como as lojas são coladas umas as outras, é fácil pesquisar", diz Juliana. Para Roberto, a facilidade conta bastante: "Isso facilita muito, já que não precisamos percorrer vários lugares para procurar o que queremos". Acabamento O setor de madeiras desti-

nadas ao acabamento, como tacos e assoalhos, parece estar passando por uma crise, segundo um dos sócios da loja Pranchados & Cia, Marcos Buzzo. Depois de trabalhar anos no mercado financeiro e na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), Marcos resolveu mudar um pouco e foi para o segmento de pisos de madeira nobre. Para ele, 2006 não está sendo um ano positivo para esse mercado: "Embora os indicadores do mercado mostrem que a economia do País está aquecendo, não é isso que está ocorrendo na minha área. Minhas vendas caíram 30% neste ano. De cada dez orçamentos que faço, fecho somente sete". Segundo ele, o mesmo não está ocorrendo no setor de construção civil básica, que comercializa vigamentos, portas e janelas, por exemplo: "Achava que a demanda neste ano seria maior, mas me enganei". (Maristela Orlowski)


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Tr i b u t o s Estilo Nacional Finanças

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SÃO PAULO EMPREGOU 11.071 PESSOAS EM MARÇO

4,6

por cento é a previsão de crescimento da economia da América Latina e do Caribe em 2006.

AO APRESENTAR PROJETO ORÇAMENTÁRIO PARA 2007, MINISTRO PROMETEU SUPERÁVIT PRIMÁRIO DE 4,25% DO PIB

GOVERNO GARANTE META FISCAL

E

m um tom mais incisivo que o adotado nas últimas semanas, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou ontem que os analistas que apostam que o governo não vai cumprir a meta de superávit primário (economia para o pagamento de juros da dívida) de 4,25% do Produto Interno Bruto (PIB) vão "quebrar a cara". Em coro com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, ao divulgarem o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2007, Mantega enfatizou que o governo vai atingir o objetivo fiscal proposto para 2006, pois trata-se de um pilar da política econômica. Diante do forte aumento das despesas do governo nos últimos meses e do superávit primário mais fraco no primeiro bimestre, economistas já questionam se a equipe econômica conseguirá alcançar a meta. Há até quem projete que o superávit primário ficará em 4,1% do PIB, interrompendo uma seqüência de seis anos de metas atingidas com folga. Em tom provocador, Mantega recomendou aos clientes dos analistas que duvidam da capacidade do governo de cumprir a meta que "peçam seu dinheiro de volta" quando ficar constatado que os economistas erraram e o objetivo fiscal de 2006 tiver sido atingido. LDO – A proposta da LDO para 2007 divulgada por Mantega e Bernardo indica a manutenção da atual meta de superávit primário até 2009, o que, de acordo com a equipe econômica, seria suficiente para reduzir a relação entre a dívida pública e o PIB de 50,6%, neste ano, para 44,2% em 2009. Além disso, o governo esti-

Lula Marques/Folha Imagem

ma uma taxa crescente de expansão da economia, saindo de um crescimento de 4,5% este ano para 4,75% em 2007, 5% em 2008 e chegando a 5,25% em 2009. "O objetivo do governo com a LDO é indicar um orçamento que permita um crescimento sustentável, com responsabilidade fiscal e controle de gastos do governo", afirmou Mantega. Além de reafirmar a meta fiscal, a LDO 2007 traz um comando para redução equivalente a 0,1 ponto percentual do PIB das despesas correntes do governo, que este ano devem fechar em 17,71% do PIB, o equivalente a R$ 372,3 bilhões. Com o dispositivo, o governo terá de levar a despesa corrente para 17,61% do PIB, valor que no ano deve ser de R$ 403,2 bilhões. Limites – O ministro Paulo Bernardo afirmou que o dispositivo colocado na LDO é mais efetivo do que a regra deste ano, que previa um teto de 17% do PIB para as despesas do governo. Segundo ele, esse limite de 17% previa algumas exceções, que foram ampliadas pelo Congresso Nacional, e, por isso, segundo o ministro, os gastos correntes acabariam ultrapassando esse percentual. Ele também argumentou que, pela nova regra, haverá uma redução de um ponto percentual das despesas correntes, em relação ao PIB, em 10 anos. "É uma coisa mais realista. É forte, porque obriga a reduzir as despesas. Achamos que esse dispositivo vai fazer sucesso no Congresso", afirmou Bernardo. O ministro da Fazenda, por sua vez, defendeu que a regra para 2007 seja mantida nos anos seguintes. Segundo ele, o sistema é mais eficaz do ponto de vista do

Guido Mantega (ao centro), durante anúncio do projeto de LDO para 2007: governo alcançará meta de superávit primário para este ano

acompanhamento e controle das despesas pela sociedade. Reajustes – O governo também incluiu uma norma para controlar o reajuste de benefícios aos servidores. Além disso, estabeleceu que qualquer projeto de lei que acarrete em aumento de despesas com pessoal terá de ser encaminhado ao Congresso até o dia 29 de julho para que possa valer em 2007. O documento mostra que o governo espera gastar com pessoal 4,92% do PIB este ano, e 4,88% do PIB em 2007. No ano passado essas despesas foram 4,85% do PIB. As despesas com benefícios previdenciários devem ficar em 7,93% do PIB em 2006, e em 8,06% em 2007. No ano passado, elas foram de 7,58% do PIB. Bernardo informou que, como reflexo das medidas de controle, o governo reduziu a previsão de déficit deste ano de R$ 50 bilhões para R$ 44 bilhões. Outra definição é que o Projeto Piloto de Investimentos (PPI) terá recursos da ordem de R$ 4,59 bilhões em 2007, o equivalente a 0,20% do PIB. Esses gastos não entram no cálculo do superávit primário e também não podem ser contingenciados pelo governo. Leia na página 3 de Política, informações sobre a votação do Orçamento de 2006. (AE)

Mais empregos na indústria paulista

A

indústria paulista pode voltar a gerar empregos ao longo deste ano, depois da trajetória descendente de 2005. O sinal desta reação, segundo o Centro da Indústria do Estado de São Paulo (Ciesp), foi o crescimento de 0,53% no nível de emprego no mês de março. A variação equivale à criação de 11.071 postos de trabalho, somando 15.341 novos empregos ao longo deste ano, e 13.911, no acumulado de 12 meses, de acordo com as estatísticas do Nível de Emprego Regional, divulgadas ontem pela entidade. Ainda que a comparação ano-a-ano dos números absolutos só possa ser feita quando as estimativas do Ciesp puderem ser atualizadas com a divulgada pela RAIS de 2005 (dados do Ministério do Trabalho), chama a atenção o crescimento expressivo dos novos empregos do mês passado sobre igual período de 2005, quando foram registrados 2.805 novos postos. De acordo com o Ciesp, a principal contribuição para a performance do mês veio da destilação de álcool e refino de petróleo (18,72%), por conta da antecipação da colheita da safra de cana-de-açúcar, seguida por calçados (4,16%) e produtos alimentícios (1,77%). Juntos, esses setores responderam por

94% dos empregos criados. "O crescimento está concentrado em poucos setores", comentou Boris Tabacof, diretor do Ciesp. Segundo sua análise, apesar da variação positiva de março, os números "ainda não apresentam indícios para afirmar que estamos em processo de recuperação econômica." Comércio ajuda – Tabacof apontou o crescimento do crédito pessoal entre os fatores que favoreceram a demanda da indústria por mão-de-obra: "O setor financeiro e os lojistas criaram uma parceria que ajudou a revigorar a indústria", disse Tabacof. Segundo ele, também favoreceram a performance, em alguns casos, o crescimento da demanda do mercado doméstico, como no segmento de calçados. Em relação aos empregos

criados por conta das destilarias, a União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica), considera o resultado do Ciesp "até conservador". O forte do processamento acontecerá em abril, segundo Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico da Unica. Durante o período da safra, pelos dados da entidade, as 130 destilarias de São Paulo aumentam em cerca de 30% a sua mão-deobra. No campo, esse incremento é da ordem de 80%, disse Rodrigues, prevendo reflexos desse crescimento nos índices de abril. Grande São Paulo – Os melhores desempenhos vieram do interior do estado. Na Grande São Paulo, a variação do nível de emprego foi negativa em 0,03%. Fátima Lourenço

Grande São Paulo paga melhor

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indústria da Grande São Paulo paga, em média, salário de R$ 1.212,60, valor 15% acima da média nacional, aponta levantamento de Cimar Azeredo Pereira, gerente da Pesqui-

sa Mensal de Emprego (PME) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na PME de fevereiro, usada como base para o estudo, Salvador figura como a segunda melhor remuneração

(R$ 921,20), seguida do Rio de Janeiro (R$ 900,20) e Belo Horizonte (R$ 876,40). Os Indicadores Sociais de 2004, divulgados pelo IBGE, apontam o Sudeste como região com melhores salários do País. (FL)

Cepal revê crescimento para AL

A

Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) elevou para 4,6% sua estimativa de crescimento para as economias da região em 2006, ante uma projeção anterior em torno de 4,3%. Argentina e Venezuela lideram no crescimento esperado para o ano na América Latina, com taxas superiores a 6%, segundo a Cepal. Em 2005, as economias latinoamericanas e caribenhas tiveram expansão de 4,5%. "A continuidade das boas condições internacionais favorecerá o crescimento da região em 2006", informou um comunicado da instituição. "O dinamismo do intercâmbio comercial mundial, liderado pelas economias asiáticas, está permitindo a manutenção dos elevados preços dos produtos básicos. Isto, somado a uma demanda interna ativa, seguirá sendo o principal impulso da expansão latino-americana", acrescentou o documento.

Brasil – Conforme as estimativas, as economias do Brasil e do México deverão crescer 3,5% neste ano cada uma, enquanto a Argentina teria uma expansão de 7,5% no período. Para 2006, "a Cepal estima que a inflação se manterá em um nível similar ao observado em 2005 na região, com variação entre 5% e 7%. Este nível, historicamente baixo, esperase em um contexto em que os preços da energia continuarão altos", disse o comunicado. O dinamismo da demanda interna favorecerá a expansão

da economia da Argentina neste ano, enquanto no caso do Brasil, uma redução da taxa de juros deverá incidir com uma resposta "significativa" da demanda interna. "Por outro lado, durante 2006 o crescimento do México e da América Central ficaria abaixo da média latino-americana, com uma expansão da economia da região em torno dos 3,6%." A entidade disse também que, para 2007, é esperada uma leve redução no crescimento regional, com uma variação em torno de 4,1%. (Reuters)


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ESPECIAL - 7

Denise Adams/AFG

Marcelo Min/AFG

Ivone Rocha, da Primamatéria, desenvolve projetos de arquitetura ecológica com materiais sustentáveis, que podem substituir os convencionais desde a estrutura até o acabamento, como a fachada desta loja

Uma casa ecologicamente correta, com madeira plástica É possível construir hoje com madeira plástica, tinta de terra ou piso de cortiça. Não sai tão barato, mas é o melhor para o meio ambiente. Velhos conhecidos dos europeus, esses são os materiais sustentáveis

V

ocê está pensando em construir ou reformar a casa? Que tal utilizar madeira plástica, tinta de terra, piso de cortiça e telha de aparas de tubos de pasta de dente? É isso mesmo: materiais e objetos inusitados estão hoje nos canteiros de obras e até na composição do mobiliário e na decoração de ambientes. Amplamente difundidos na Europa, os materiais sustentáveis -elaborados a partir de matérias-primas naturais renováveis e que não agridem o meio ambiente durante seu processo de fabricação e pós-uso - começam a ganhar espaço nos projetos de arquitetura e construção civil aqui no Brasil. De acordo com a arquiteta Ivona Rocha, da Primamatéria - escritório que desenvolve projetos de arquitetura ecológica e dispõe de materiais sustentáveis para clientes e arquitetos-, embora pouco encontrados nas prateleiras das lojas de materiais de construção, esses produtos já podem substituir os convencionais desde a estrutura até o acabamento. Segundo ela, o conceito ecológico engloba todo o processo de construção, desde o projeto, a preparação do terreno, a implantação do canteiro de obras, até o levantamento da estrutura e o acabamento. "Tem muita gente interessada na questão ambiental hoje em dia, mas o conceito em si é pouco difundido. O que pregamos é a racionalização da construção para minorar o uso de materiais e assim teremos menos resíduos. É buscar

Denise Adams/AFG

do engenheiro que havia essa alternativa, nem pensei em utilizar a madeira convencional. Não tem comparação. O próximo passo será fazer a fachada lateral da loja. Até minha mãe gostou do material e está pensando em trocar o deck da casa na praia".

alternativas menos impactantes e utilizá-las da melhor forma possível, com responsabilidade". Ivone também revela que cerca de 50% do entulho gerado na cidade de São Paulo provém de obras da construção civil. O material não recebe um fim adequado das construtoras e quem sofre com isso é o meio ambiente: "Mas já existem materiais, como argamassa e tijolos, fabricados a partir da reciclagem desse entulho". Tudo se transforma O leque de produtos que podem ser reciclados e transformados em materiais de construção é complexo. Resíduos plásticos e de alumínio pós-consumo provenientes de brinquedos velhos, garrafas pet, embalagens tetra pak e de xampu, e até de bisnagas de creme dental, acabam se tornando vigas, tubos e conexões, torneiras, painéis e telhas. Na linha ecológica, ainda é possível encontrar blocos cerâmicos, blocos de concreto reciclados, cal obtida sem emissão de gás carbônico, cimentos fabricados com resíduos industriais, colas e resinas à base de água, tintas atóxicas, prego líquido etc. A madeira plástica, por exemplo, é um produto moderno, resultado de alta tecnologia industrial aplicada para transformar resíduos plásticos em peças que imitam a madeira comum: "Ela é mais resistente e tem a vantagem de não precisar de manutenção, além de ser imune a fungos e cupins", informa a arquiteta da Primamatéria. O produto, 100% reciclado e re-

A CAF Esquadrias Metálicas é uma empresa que oferece todos os tipos de serviços de serralheria como: portas de aço; portões automáticos; portões basculante, deslizante e pivotante; corrimão; vitrôs; mezanino; grades; escadas; venezianas; estruturas metálicas. Fone: 11 6135-4333 Rua Palmeira Real, 253 - São Miguel Paulista - São Paulo-SP www.cafserralheria.com.br

Custo De acordo com o consultor e diretor do Instituto para o Desenvolvimento da Habitação, Márcio Augusto Araújo, o preço de uma casa ecológica é proporcional ao seu grau de sustentabilidade. Quanto maior a quantidade de itens sustentáveis que a residência tiver, como sistemas de tratamento de esgoto e de captação de chuva, aquecedor solar, além de materiais ecológicos, mais caro sairá o imóvel. No entanto, com o tempo, os custos serão amortizados pelos benefícios. Carlos Brazileu, da Supergreen

ciclável, pode ser transformado em móveis, decks e píers, cercas e o que mais se puder imaginar. Quem optou por utilizar a madeira sustentável em vez

da convencional na fachada da sua loja foi a proprietária das franquias TKTS, de moda infanto-juvenil, e Imaginarium, de presentes, Silvia Stevaux: "Quando soube através

Infra-estrutura A construção sustentável não se limita apenas à linha de acabamento. Ela também oferece boas opções na parte de infra-estrutura. De acordo com o arquiteto Carlos Brazileu, da Supergreen Ecomateriais, sistemas de aquecimento solar de

água, o aproveitamento de água de chuva e tratamento biológico de esgoto, que visam a excelência ambiental, inovação e responsabilidade social, estão crescendo no mercado brasileiro: "De dois anos para cá as empresas especializadas estão divulgando mais os produtos, mas ainda é a classe média e média alta que procura implementar os sistemas em suas residências. Estamos caminhando a passos lentos, mas já é alguma coisa". A instalação básica de um sistema de captação e utilização de água de chuva, por exemplo, conforme explica Brazileu, compreende uma superfície de captação (geralmente o telhado), calhas e tubulação, filtro de água de chuva (para separar folhas, galhos, insetos e musgos), reservatório (subterrâneo ou externo) e bomba para alimentação dos pontos de consumo. A água reaproveitada pode ser utilizada em vasos sanitários, irrigação de jardins, limpeza de pisos e veículos e até em piscinas. O custo pode variar entre R$ 800 e R$ 9 mil, e o retorno do investimento ocorre a partir de dois anos e meio. (Maristela Orlowski)


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quarta-feira, 19 de abril de 2006

EMPRESA JÁ EMITIU 20 MIL BILHETES PARA A ALEMANHA

Funcionários da Varig pretendem resgatar R$ 200 milhões do fundo de pensão Aerus.

EM VÔOS INTERNACIONAIS, A STAR ALLIANCE TERIA CONDIÇÃO DE DAR SUPORTE AOS PASSAGEIROS DA VARIG

AGÊNCIAS DE VIAGENS TRAÇAM PLANO B A 300

o menos 20 mil passagens já foram emitidas pela Varig para vôos programados para a Alemanha durante o período da Copa do Mundo. Mas a situação falimentar da companhia aérea tem gerado receio nos compradores dos bilhetes, que já não sabem se os vôos estarão operando de maneira regular até o final do campeonato. Tanto a Fundação Procon como a Associação Brasileira das Agências de Viagem (Abav) dizem que, caso a Varig seja paralisada, a responsabilidade de bancar eventuais hospedagens extras e os embarques em outros vôos para os compradores dos pacotes é das operadoras. A regra é válida para qualquer pacote vendido por agências de turismo, de acordo com a técnica de defesa do consumidor do Procon Cláudia Ogata. "Como o serviço foi comprado das operadoras, elas são obrigadas a dar suporte ao cliente. Depois, essas empresas de turismo podem entrar com ação de regresso contra a Varig", afirma ela. Plano B – Na opinião do diretor de assuntos internacionais da Abav, Leonel Rossi, os gastos extras que as operadoras teriam não colocariam a saúde financeira dessas empresas em risco. Mas, prevendo o pior, algumas operadoras de turismo já traçam estratégias para lidar com o possível anúncio de falência da Varig. A Planeta Brasil já fechou pacote

mil pessoas têm bilhetes da Varig e não decolaram, segundo manifesto divulgado por associações de agências de viagens.

com 7 mil pessoas para a Copa, sendo que 45% desses contratos prevêem que a parte aérea será oferecida pela Varig. Até ontem, o presidente da operadora, Wagner Abraão, estava na Alemanha negociando o "plano B" com companhias aéreas daquele país para realocar passageiros caso a Varig não consiga cumprir o contratado. Em casos de vôos internacionais, segundo Rossi, a Star Alliance teria condição de dar suporte aos passageiros da Varig. A Star Alliance é uma rede de serviços aéreos formada por 15 empresas de diferentes países, entre elas, a Varig. Mesmo com a insegurança gerada pela situação, as operadoras de turismo mantêm ativos pacotes nacionais e internacionais com vôos oferecidos pela Varig. Um dos motivos, no caso de viagens internacionais, é o encarecimento dos vôos, caso companhias estrangeiras necessitem ser contrata-

das para atender a lacuna deixada. "Se a Varig parar, vamos perder os slots – horários reservados nos aeroportos internacionais –, e teremos de usar companhias internacionais, o que torna mais cara a viagem. O valor de trechos dentro do País pode encarecer porque ficaremos nas mãos de apenas duas grandes empresas domésticas", explica Rossi. Manifesto divulgado por associações de agências de viagens mostra que mais de 300 mil pessoas compraram passagens da Varig e ainda não decolaram. Dessas, 200 mil adquiriram bilhetes para vôos com trechos fora do Brasil. Rotas nacionais – No mercado doméstico a situação é parecida. A Freeway, operadora que trabalha com parceria da Varig em vôos para Fernando de Noronha, reluta em usar outra opção. A outra possibilidade da operadora, segundo Ruth Werblowsky, coordenadora do departamento de operações da Freeway, seria usar vôos da Gol até Recife, de onde seus clientes seriam obrigados a fazer conexão até Fernando de Noronha pela companhia Trip Linhas Aéreas. A operadora fecha pacotes semanais para esse destino, com média de dez clientes. "Depois que o problema da Varig ficou mais evidente, temos recebido pedidos de transferência para outra companhia aérea. Mas não acho que seja o caso de abrir mão da Varig ainda", diz Ruth. Renato Carbonari Ibelli

Fotos: João Wainer/Folha Imagem

Vôo da ponte aérea Rio-São Paulo operou ontem com 20% da capacidade. Por problemas climáticos, pouso da aeronave foi transferido do Santos Dumont para o Galeão.

Procon orienta cautela

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inda é cedo para que clientes da Varig troquem suas milhas acumuladas por passagens aéreas. Essa é a orientação da técnica de defesa do consumidor do Procon Cláudia Ogata. A medida já vem sendo praticada por alguns usuários da companhia temerosos de sua paralisação. Eles acreditam que, com

passagens em mãos, seja mais prático conseguir que outras empresas aéreas assumam o embarque. Segundo Cláudia, além de não fazer sentido obrigar um passageiro a comprar um bilhete para um vôo de que não necessita no momento, o fato dessa pessoa estar com uma passagem da Varig em mãos não é garantia de que outra companhia a aceite. Essa

situação se deu quando da falência da Vasp. "As milhas, ou passagens já compradas, terão de ser reembolsadas pela Varig", afirma a técnica. A Varig divulgou ontem comunicado para tranqüilizar o mercado. Na mensagem, enviada por e-mail a mais de 5,6 milhões de participantes, garante que não pretende fazer modificações no programa. (RCI/AE)

Anac veta venda da VarigLog

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Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) vetou ontem a venda da VarigLog para a Volo do Brasil. A decisão foi tomada pela diretoria colegiada da agência após receber um parecer da Procuradoria Jurídica do órgão, que foi contrário à operação porque não havia uma autorização prévia para o negócio. Essa autorização é uma exigência do Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA) e deveria ter sido dada, após análise técnica, pelo extinto Departamento de Aviação Civil (DAC). Antes de o DAC ser extinto, um parecer técnico do órgão foi dado internamente contrário à negociação e uma consulta havia sido feita pela Volo sobre as condições da operação, mas a resposta do DAC não foi considerada pela Anac como uma autorização prévia

Apesar da nota da Anac, o presidente da VarigLog, João Luiz Berne de Souza, contesta a informação do veto. "A Anac não rejeitou. O que está havendo é uma questão processual, pois a Anac não recebeu a documentação que foi apresentada ao antigo Departamento de Aviação Civil (DAC." Apelo – Funcionários da Varig apelaram ontem à Secretaria de Previdência Complementar (SPC) para que suspenda a liquidação de um dos dois planos de aposentadorias e pensões patrocinados pela companhia aérea dentro do fundo de pensão Aerus. Os empregados calculam que poderiam resgatar R$ 200 milhões do fundo, sem comprometer o pagamento de benefícios aos inativos. Eles pretendem injetar o dinheiro na companhia aérea, para ajudála a superar a crise.

O argumento para suspender a liquidação do chamado Plano 2 da Varig é que ele está mais equilibrado financeiramente porque tem 95% dos participantes trabalhando e contribuindo, apesar de a Varig estar inadimplente com o pagamento da sua parte como patrocinadora do fundo. O secretário da SPC, Adacir Reis, limitou-se a informar, por meio da assessoria, que recebeu o pedido e vai examiná-lo. Fontes da SPC consideram remota a possibilidade do recurso ser acatado. Na quarta-feira da semana passada, a SPC decretou intervenção no fundo Aerus e também a liquidação nos planos 1 e 2 que são patrocinados pela Varig. A intervenção substituiu a diretoria da entidade por um administrador de confiança da secretaria e as liquidações impediram o saque dos recursos. (AE)

TAM terá vôos para Londres TAM recebeu autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para iniciar as operações de sete freqüências semanais entre Brasil e Londres. O novo vôo foi confirmado em reunião da Anac e publicado no Diário Oficial da União do último dia 10.

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Esse será o segundo destino na Europa atendido pela TAM, que já tem dois vôos diários para Paris. A data de início e os horários de operação da nova linha internacional serão anunciados nos próximos meses. Ainda no segmento internacional, a partir do dia 30 de maio, a TAM passa a

operar freqüências diárias em seu vôo para Nova York e, em 1º de junho, vôos diários de Manaus para Miami, nos EUA. Com a estréia de mais essa linha, a TAM passa a voar diretamente para Miami três vezes por dia, a partir de Guarulhos e, agora, de Manaus. (AE)


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quarta-feira, 19 de abril de 2006

Porcenalato, preferência em pisos e revestimentos O porcelanato substitui pisos e revestimentos de mármore e granito e é o campeão de vendas nas lojas de materiais de construção. São peças maiores e mais bonitas, fáceis de instalar e ecologicamente corretas Fotos: Newton Santos/Hype

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squeça aqueles pisos e r e v e s t imentos de mármore e granito, que durante muito tempo foram os preferidos dos consumidores na hora de reformar a casa. A nova onda agora é o porcelanato, campeão de vendas nas grandes redes de materiais de construção, capaz d e d e i x a r q u a lquer ambiente com um ar elegante e clean. Formado por argila, feldspato e corantes, o produto é queimado a mais de 1.250ºC, além de ser submetido a pressões de compactação acima das utilizadas pelas cerâmicas convencionais. É maior do que os pisos e azulejos mais comuns, pode chegar a 44 cm de largura por 89 cm de altura cada peça. O gerente da C&C Casa e Construção unidade Morumbi, Benedito Laurindo de Souza, explica que a tendência do mercado é essa: "Aqueles azulejos quadradinhos já quase não existem mais. Os fabricantes estão criando peças cada vez maiores e bonitas". Em 2006, a moda são os produtos imitando a textura de pedras em várias tonalidades que vão do bege clarinho ao marrom. Pisos e revestimentos lisos com tom claro também são uma boa pedida, quando acompanhados por detalhes que valorizam o produto, como itens confeccionados com casca de coco, por exemplo. "O importante é ino-

As novas linhas de porcenalato: sai mais barato do que quebrar tudo e pagar mão-de-obra

var e não ter medo de arriscar", garante Souza. Outra novidade do porcelanato são os produtos retificados, onde não é mais necessário utilizar rejunte entre uma peça e outra: "É um alívio. Os clientes não precisam mais se preocupar com aquela indesejada sujeirinha entre um piso e outro". De acordo com o gerente da C&C Casa e Construção, que sempre participa de feiras no Exterior, a próxima tendência a vir para o Brasil será a tonalidade puxando para o ferrugem. Em 2006, a Portobello Cerâmica aposta nas linhas com sentimentos e personalização para conquistar o consumidor. Cores suaves nas diver-

sas linhas de pisos e revestimentos lançados este ano trazem sensação de tranqüilidade e bem-estar. Segundo o gerente de marketing da empresa, Edson Moritz, a tendência dos produtos é ter cada vez mais cor: "Os múltiplos estilos permitem ao consumidor brincar com a mistura. Isso é sensacional". Simples Quem pensa que reforma é sinônimo de quebra-quebra dentro de casa está enganado. Hoje em dia, alguns tipos de argamassas já permitem que pisos e revestimentos sejam substituídos de forma menos traumática. É possível assentar azulejo sobre azulejo e piso

BÁSICO

ELÉTRICA

sobre piso, com praticidade e redução de tempo na execução das obras. A primeira empresa a desenvolver o produto no Brasil foi a Usina Fortaleza. Batizada de Over Coll, a argamassa seca em apenas quatro horas. "O cliente pode iniciar a troca de pisos e azulejos de uma cozinha ou um banheiro pela manhã e no final da tarde utilizar normalmente o ambiente já com o novo revestimento", garante o diretor da empresa, Sérgio Moutinho. Os principais benefícios da argamassa especial são a redução de custos (quase 30% a menos do que o sistema antigo de quebrar tudo) e a redução substancial de tempo (quase

FERRAMENTAS

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2/3 a menos), sem falar no fim da sujeira, barulho e entulho. O Over Coll tem um consumo aproximado de cinco quilos por metro quadrado. Isso significa que uma cozinha média de 40 metros quadrados consumiria 200 quilos de argamassa, o equivalente a dez sacos do produto, que custa R$ 28, num total de R$ 280. "Com certeza é bem mais barato do que quebrar tudo e pagar a mão-de-obra", afirma Moutinho. A próxima novidade da Usina Fortaleza será lançar um revestimento monocamada colorido, que pode ser aplicado diretamente sobre os blocos ou tijolos, apresentando uma bela textura como acabamento. A empresa se prepara ainda para lançar um tipo de rejuntamento antifungo e ultrafino, indicado para o porcelanato, além de uma argamassa à base de gesso para revestimento interno sobre blocos ou tijolos com acabamento final para pintura. Ecologiocamente correto Quando a arquiteta Ana Cristina de Souza Gomes teve a idéia de patentear no Brasil um tipo de piso fabricado na Espanha, não imaginava o su-

cesso que ele faria por aqui. Há 25 anos ela conheceu o produto europeu feito à base de cimento branco, pó calcário e mármore. Mas só em 1997 comprou a tecnologia para começar a produção. Hoje, colhe os bons frutos do projeto: "Comecei uma fábrica com três funcionários. Agora, já somos 110 profissionais distribuídos em Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília". Os pisos cimentados refratários são considerados ecologicamente corretos porque a fabricação é feita a partir das sobras de mármore, que não serão mais usadas pela pedreira: "O que seria jogado fora, prejudicando a natureza, nós utilizamos". Segundo ela, um levantamento feito pelo Grupo Camargo Corrêa indica um crescimento de 5% na comercialização do porcelanato em 2006, e um crescimento de 30% na comercialização do cimento branco, que é a matéria prima do seu produto. "Por isso, nossas expectativas são maravilhosas. A tendência de toda empresa é ser ecologicamente correta", completa. (Vanessa Rosal)


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MULTA PELO ATRASO DA DECLARAÇÃO É DE R$ 165

Vocês estão ferrados se não ajudarem a acabar com a herança de súdito sem exigir seus direitos. Manoel Amorim, conselheiro do Acorda Brasil

DE OLHO NO IMPOSTO Patrícia Cruz/LUZ

IMPOSTÔMETRO ALCANÇA A CIFRA DE R$ 250 BILHÕES Resultado ocorreu com 16 dias de antecedência na comparação com o ano passado. Durante evento realizado em São Paulo, presidente do IBPT creditou o incremento da arrecadação ao combate à sonegação fiscal e ao uso de normas antigas, como a que proíbe a distribuição de lucros nos casos de inadimplência fiscal.

O

Leão não dá trégua ao contribuinte. A arrecadação de tributos em todo o País atingiu, ontem à tarde, R$ 250 bilhões no Impostômetro instalado na fachada da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). A cifra foi alcançada com 16 dias de antecedência em relação ao ano passado, o que representa um aumento de 9,5% na arrecadação, segundo cálculos do presidente do Instituto Brasileiro de P l a n e j a m e n t o Tr i b u t á r i o (IBPT), Gilberto Luiz do Amaral, que criou a ferramenta. O painel eletrônico, também disponível no site www.impostometro.org.br , registra os impostos recolhidos desde o primeiro dia de janeiro deste ano pela União, estados e municípios. Segundo Amaral, o combate à sonegação foi um dos motivos do aumento no recolhimento de tributos. Também contribuíram para o resultado favorável a expansão do recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e do Imposto sobre Serviços (ISS) em alguns estados e municípios. Na opinião do tributarista, a

9,5

por cento foi quanto aumentou a arrecadação total de tributos desde o primeiro dia útil de janeiro de 2006

legislação também vem sendo usada em favor do Fisco toda vez que é preciso encher os cofres públicos. "Vendo que a criação e aumento de tributos não é mais possível, principalmente depois do movimento de 1,5 mil entidades que derrubou a MP 232, no ano passado, o governo vem aplicando normas adormecidas", disse o presidente do IBPT durante o 2º Encontro Anual de Tributaristas, em São Paulo, numa referência ao número crescente de autos de infração da Receita Federal e Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) contra pessoas jurí-

dicas e físicas, sócias de empresas com débitos fiscais. Essas autuações são feitas com base na Lei nº 4.357, de 1964 – nunca aplicada – que proíbe a distribuição de lucros a acionistas e sócios, caso a empresa em questão e os beneficiários desses lucros estejam com débito fiscal em aberto. "Cada fiscal está aplicando autos de infração como bem entende", criticou Amaral. Em vários estados brasileiros, há registros dessa prática que, segundo advogados, fere princípios da Constituição Federal. O primeiro auto de infração contra pessoa física foi julgado indevido pelo Conselho de Contribuintes em novembro do ano passado. Para afastar a aplicação de multas de 50% sobre os débitos fiscais, prevista na Lei nº 11.051/04, e a vedação da distribuição de lucro, entidades buscaram a Justiça com o ingresso de mandados de segurança. Mas, por enquanto, apenas a seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP) obteve liminar e decisão favorável em primeira instância.

Painel eletrônico que mede em tempo real o apetite do Leão atingiu R$ 250 bilhões na tarde de ontem

Queda do IPI aumenta venda de material de construção em março

A

s vendas do setor de construção em março apresentaram crescimento real de 19% em relação a fevereiro. O aumento, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), é reflexo da redução das alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), anunciada pelo governo federal em fevereiro, para 26 itens básicos da construção. "O mês de março marcou uma mudança no comportamento do setor. O índice evidencia, finalmente, uma recu-

O mês de março marcou uma mudança no comportamento do setor da construção. Melvyn Fox, presidente da Abramat.

peração efetiva de vendas", comemorou Melvyn Fox, presidente da Abramat. Para a associação, a redução

do imposto e o repasse desta desoneração ao preço no varejo estimularam o que classificou como consumo formiga de material de construção no varejo brasileiro. O bom resultado das vendas no mês – o melhor desde a criação do índice Abramat, há um ano – foi puxado principalmente pelas pequenas construções das periferias. A indústria de vergalhões, por exemplo, foi uma das beneficiadas pelo alívio tributário. O setor registrou um crescimento de 3% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado. (AE)

Adriana David

Patrícia Cruz/LUZ

IR: 12 milhões devem declaração F altam apenas dez dias para o fim do prazo de entrega da declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física 2006 (ano-base 2005) e mais da metade dos contribuintes ainda não acertou as contas com o Leão. Até as 18 horas de ontem, a Receita Federal havia recebido 10 milhões de declarações do IR, dos 22

Guilherme Afif Domingos: "Empregador informal é uma espécie em extinção".

Quase a metade de um salário de R$ 3 mil é do governo

O

s estudantes perguntaram e a Calculadora do Imposto respondeu: 48,26% do salário de alguém que receba R$ 3 mil vão para os cofres públicos todos os meses. "Além disso, o empregador paga mais 43,96% para assinar a carteira. Por esta razão, o empregado formal é uma espécie em extinção", disse o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Guilherme Afif Domingos. Os mais de 200 estudantes, reunidos na noite da última segunda-feira na Universidade Mackenzie, ficaram perplexos com o tamanho da mordida do Fisco. "Ou seja, para um salário de R$ 3 mil, praticamente outro (92,22%) é arrecadado em forma de impostos para ali-

mentar a corte que persiste no Brasil, apesar do fim da monarquia", disse Afif. Essa demonstração mobilizou a platéia formada de alunos do Mackenzie, PUC, Faap e USP em torno da coleta das 1,5 milhão de assinaturas para enviar um projeto de lei popular ao Congresso Nacional pedindo a regulamentação do artigo 5º do parágrafo 150 da Constituição Federal, que obriga a discriminar na nota e cupom fiscal o montante de impostos pagos pelo consumidor na compra de produtos e serviços. "Essa será uma forma de transformar o súdito em cidadão", insistiu Afif. Voluntários – O ator e apresentador Antônio Abujamra provocou: "É preciso mudar,

reclamar!", desabafou aos universitários reunidos pelo movimento "Acorda Brasil". Afif também disparou suas provocações aos jovens: "Os brasileiros precisam saber que essa conversa de saúde, segurança e educação gratuitas é o maior 171 da história", afirmou, ao insistir que o cidadão paga por tudo o que consome e que é exatamente isso que o movimento De Olho no Imposto quer mostrar. O c o n s e l h e i ro d o m o v imento Quero mais Brasil, Manoel Amorim, acrescentou: "Vocês (jovens) estão ferrados se não ajudarem a acabar com essa herança de súdito, de aceitar tudo, sem exigir seus direitos", enfatizou. Sergio Leopoldo Rodrigues

milhões de documentos esperados. "O brasileiro mais uma vez deixou para cumprir sua obrigação no último momento. E quem deixa para fazer a declaração no limite do prazo tem maiores chances de cair na malha fina", alertou o supervisor nacional do Imposto de Renda, Joaquim Adir.

A partir deste ano, quem entregar a declaração com atraso receberá uma notificação de multa no momento em que for enviar o documento. O valor mínimo é de R$ 165,74 e o máximo é de 20% do imposto devido. A declaração pode ser feita pela internet na página www.receita.gov.br. (AE)


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ESPECIAL - 9

Marcelo Min/AFG

João Claudino e Valdite: estoque de azulejos antigos, em grandes e pequenas lojas

Difícil achar o azulejo antigo? Procure o cemitério E não apenas o Cemitério dos Azulejos, mas lojas menores também se especializaram na tarefa de estocar peças que saíram de moda e não estão à venda nos pontos tradicionais. É um bom negócio para quem vende

N

em só de novidade e tecnologia vive o mercado de materiais de construção. Produtos antigos e usados também fazem sucesso e contribuem para o crescimento do setor. É o caso da comercialização de pisos e azulejos fora de linha, que ainda são vendidos em aproximadamente 90 lojas pelo Brasil. A descoberta de que o negócio poderia dar certo se deu há 26 anos. Quando o policial aposentado João Claudino dos Santos vendeu o carro para abrir uma loja de azulejos antigos, enlouqueceu toda a família: "Minha mãe quase teve um ataque do coração quando viu aquele monte de entulho na garagem de casa com uma placa que dizia Cemitério dos Azulejos", relembra o empresário João Claudino dos Santos Júnior, que hoje toca o projeto idealizado pelo pai. A idéia de abrir uma loja com produtos antigos e usados surgiu a partir da necessidade de uma moradora do bairro do Tatuapé, na Zona Leste de São Paulo: "Naquela época meu pai vendia livros para complementar a renda. Um dia, uma senhora pediu a ele que encontrasse uma peça de azulejo e o recompensou por isso. A partir daquele dia ele passou a procurar os produtos antigos e percebeu que esse era um mercado que podia dar certo". E deu. Hoje, o Cemitério dos Azulejos possui oito lojas espalhadas pelo Brasil, das quais três ficam na capital paulista, uma em Campinas, uma em São José dos Campos, duas em Curitiba e uma em Florianópolis: "Este ramo é maravilhoso porque todo mundo possui algum tipo de piso ou azulejo em casa. Um dia esse material quebra, e somos a salvação". Segundo Santos Júnior, algumas pessoas entram nas lo-

Fotos: Denise Adams/AFG

jas para comprar apenas uma peça, mas o que impulsiona as vendas são as empresas menores: "Recebemos lojistas do Brasil inteiro atrás dos nossos produtos. Eles são nossos parceiros e ao mesmo tempo nossos concorrentes". É o caso de dona Valdite Paroci. Aos 62 anos, ela administra uma pequena loja de pisos e azulejos antigos em Santo Amaro, na Zona Sul da Capital. Ao contrário da empresa de João Claudino, que possui 60 mil itens num total de 80 mil metros quadrados de estoque geral, a de Valdite não oferece mais do que 1200 tipos. "Mesmo assim atendemos em média vinte clientes por dia", comemora. A empresa existe há dez anos, mas somente há dois anos e meio está sob a responsabilidade da empresária: "Sempre trabalhei na área, mas só tive condições de comprar a loja em 2004". Azulejo antigo dá dinheiro? Dona Valdite garante que sim: "Mas já tivemos tempos bem melhores. Hoje, sustentar uma empresa é muito caro. Os impostos estão impossíveis". De acordo com a pequena empre-

sária, o final do ano é a melhor época para se vender materiais de construção, pois as pessoas aproveitam o décimo terceiro para reformar a casa. Na maioria das vezes, os produtos comercializados nessas lojas vêm das grandes redes de materiais de construção. "Quando o piso e o azulejo não vendem, eles repassam para nós por um preço mais barato. Mas também tem muita gente que, na hora da reforma, retira os azulejos da parede para revender", explica dona Valdite. Preço Ao contrário dos novos azulejos, vendidos por metro quadrado, os antigos são vendidos por unidade e podem custar de R$ 0,50 a R$ 20. "Depende da raridade da peça. As pessoas precisam entender que nem sempre antiguidade tem a ver com ser raro ou não", explica o proprietário do Cemitério dos Azulejos, João Claudino dos Santos Júnior. Por isso, não é comum uma pessoa entrar numa loja dessas para comprar caixas do produto: "É muito mais caro. Mas já atendi uma cliente que preferiu

reformar todo o banheiro com azulejos antigos. Eu expliquei que financeiramente não seria interessante, mas a pessoa insistiu mesmo assim. Ela queria um banheiro diferente e raro. Conseguiu o seu objetivo". Segundo ele, o segredo que sustenta o mercado é o amor:

"Não pode só visar o lucro, tem de ser muito apaixonado pelo negócio. Até quando estou de folga eu sonho com azulejos no lugar de carneirinhos". Colorido, liso, estampado ou em alto relevo, não importa. Se o azulejo quebrar, não se desespere. Graças aos cemitérios

que abrigam o produto antigo, sempre haverá um igual a ele para resolver o problema. "Para atender o cliente, mesmo se o piso ou o azulejo estiver em falta, vamos buscá-lo no fim do mundo", garante Dona Valdite Paroci. (Vanessa Rosal)


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quarta-feira, 19 de abril de 2006

18,28

DINHEIRO DOS BRADIES PODE RETORNAR

por cento é a valorização que o Ibovespa, principal indicador do mercado de ações, acumula no ano

DÓLAR COMERCIAL E RISCO BRASILEIRO CAÍRAM. IBOVESPA BATEU NOVO RECORDE DE PONTUAÇÃO.

EUA DETERMINAM DIA POSITIVO NO MERCADO AFP

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ndicadores de inflação e de atividade econômica nos Estados Unidos, além da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central do país), afastaram, pelo menos por enquanto, as previsões mais pessimistas sobre a política monetária americana. Essa mudança de cenário favoreceu mercados em todo o mundo e os brasileiros não ficaram de fora. A recompra do restante de títulos bradies (papéis da renegociação da dívida externa brasileira) pelo Tesouro Nacional também ajudou os mercados nacionais. Na sessão de ontem, o risco-País recuou 4%, para 230 pontos-base, e o dólar comercial caiu 0,89%, fechando a R$ 2,115 para compra e a R$ 2,117 para venda. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) teve forte alta, com Ibovespa (principal índice do mercado) em nível recorde de 39.241 pontos no fechamento. O volume financeiro quase ultrapassou a marca de R$ 3 bilhões, o que é raro (o giro totalizou R$ 2,934 bilhões). Com o resultado de ontem, o Ibovespa passou a acumular altas de 4,27% em abril e de 18,28% desde o início do ano. Tudo certo — No mercado de ações, a terça-feira foi um

daqueles dias em que tudo dá certo. Além das boas notícias dos Estados Unidos e do fim dos bradies brasileiros, a expectativa de novo corte da taxa básica de juros (Selic) na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que termina hoje favoreceu as compras. Quando os juros caem, as aplicações em renda fixa (atreladas à Selic) ficam menos atraentes do que os investimentos em renda variável (ações). E esse movimento é muito positivo para o mercado acionário. Petrobras — O bom comportamento das ações da Petrobras também ajudou a Bovespa. Os papéis vêm sendo beneficiados, nos últimos dias, pela disparada das cotações do petróleo no mercado internacional. Petrobras PN foi a ação mais negociada na bolsa ontem, com giro de R$ 443 milhões. A segunda colocada em volume foi Telemar ON, com R$ 222 milhões, ainda sob o impacto da notícia da reorganização societária do grupo, anunciada na segunda-feira. No mercado de câmbio, as boas notícias do dia determinaram a desvalorização da moeda americana, apesar de, segundo operadores, o fluxo de recursos ter sido negativo durante a sessão. (DC/AE)

Aperto monetário americano se aproxima do fim, diz ata do Fed

O Indicadores positivos da economia dos Estados Unidos favoreceram os negócios em todo o mundo. Alta do petróleo em Nova York fez subir ações da Petrobras.

Selic perto da taxa de equilíbrio

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espaço para um corte mais ousado da taxa básica de juros (Selic), como esperam muitos empresários e economistas, está cada vez menor. "O juro está próximo da taxa de equilíbrio", disse a economista Maristella Ansanelli, do Banco Fibra. Segundo ela, quando a taxa estava em 19,5% ao ano, era mais fácil uma redução de um ponto percentual

do que hoje, com a Selic na casa de 16,5% ao ano. Além da esperada redução de hoje, o Copom deve fazer mais um corte de 0,75 ponto percentual em maio, de 0,5 em julho, de 0,25 em agosto e de 0,25 em outubro. Com isso, a taxa básica do País terminaria 2006 em 14% ao ano. O economista-chefe da Gap Asset Management, Alexandre Maia, também aposta nu-

BALANÇO

ma taxa entre 13,5% e 14% ao ano em dezembro. Mas, segundo ele, os participantes do Copom devem monitorar de forma cuidadosa a evolução do preço do petróleo no mercado internacional e a parte fiscal do Brasil. "Eles vão começar a avaliar de que forma o aumento dos gastos públicos pode ter impacto sobre a demanda na economia brasileira", avaliou o economista. (AE)

s membros do comitê de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) concluíram, na reunião dos dias 27 e 28 de março passados, que o país deve estar perto do fim do ciclo de aperto monetário. Persistem, no entanto, as preocupações com riscos inflacionários. "A maioria dos membros sentiu que o fim do processo de aperto provavelmente está perto. Alguns expressaram preocupação quanto aos perigos de um aperto muito forte, dada a defasagem dos efeitos da política monetária", disse a ata da primeira reunião sob a chefia do novo chairman do banco, Ben Bernanke. A ata do encontro, em que o Fed elevou o juro básico americano pela 15ª vez consecutiva desde meados de 2004, foi divulgada ontem. O banco central elevou a taxa básica na ocasião em 0,25 ponto percentual, para 4,75% ao ano. O conteúdo da ata foi bemrecebido nos mercados financeiros de todo o mundo na sessão de ontem. (Reuters)

Sindicalistas planejam o "Feirão dos juros"

Companhia Paulista de Parcerias - CPP CNPJ nº 06.995.362/0001-46

Relatório da Administração - 2005 Após sua constituição e formalização no segundo semestre de 2004, a CPP passou, em 2005, a desenvolver as atividades previstas na lei de sua criação, em especial no âmbito do Programa de Parcerias PúblicoPrivadas do Estado de São Paulo. Sempre sob a orientação do Conselho Gestor do Programa de PPP e de forma coordenada com a Unidade de PPP da Secretaria de Estado de Economia e Planejamento, a Companhia examinou diferentes possibilidades de projetos no âmbito da Administração Pública Estadual, em geral propostos pelas Secretarias setoriais. Além do acompanhamento regular das apresentações e iniciativas de projetos em diferentes áreas e de permanente exposição e prestação de contas acerca da estrutura e possíveis formas de atuação da Companhia no âmbito do Programa Paulista de PPP, as principais iniciativas da CPP em 2005 foram: • Por determinação do Conselho Gestor do Programa de Parcerias, a CPP realizou, em colaboração com a Secretaria da Juventude, Esporte e Lazer, licitação para contratação de serviços técnico-especializados de avaliação, estruturação e busca de parceiros privados para o projeto de modernização do Complexo Desportivo Constâncio Vaz Guimarães (CVG). Trata-se de projeto de grande relevância para o setor, o qual permitirá a renovação do CVG e a ampliação da sua capacidade enquanto centro esportivo. Esse trabalho encontra-se em andamento e tem sido acompanhado diretamente pela CPP. • Mediante solicitação e em estreita colaboração técnica com a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos – CPTM, a CPP, mediante autorização Ativo Circulante Disponibilidades Créditos a receber Impostos a compensar Outros créditos Realizávela a longo prazo Créditos a receber

do Conselho Gestor do Programa de Parcerias, contratou assessoria financeira para a estruturação, implementação e posterior colocação de um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios – FIDC, lastreado em receitas de bilheterias geradas pela CPTM. O trabalho até aqui realizado já analisou as diferentes possibilidades e requisitos para a estruturação dessa modalidade inovadora de captação de recursos para investimentos, bem como propôs as suas principais características legais, financeiras e operacionais. • Buscando uma melhor adequação da sua estrutura patrimonial diante das demandas do programa de PPP e das prioridades de investimento do Estado, a CPP realizou, em 29 de agosto de 2005, com a devida autorização do Conselho Gestor do Programa de PPP, uma diversificação na composição dos seus ativos. Por meio de contrato firmado junto ao DER, com a interveniência do Estado de São Paulo, por intermédio da Secretaria de Estado de Transportes e da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo - ARTESP, foram comprados direitos de crédito referentes ao ônus fixo de titularidade do DER contra as concessionárias rodoviárias Autoban, Via Norte e Triângulo do Sol, relativos ao período entre janeiro de 2006 e dezembro de 2014, envolveno montante de R$ 200 milhões. Os recebíveis são ativos de excelente qualidade, preservam a rentabilidade e liquidez do patrimônio da CPP e têm um perfil adequado aos possíveis desembolsos da CPP nas suas atividades como prestadora de garantias. • A CPP participou ativamente do processo de estruturação do projeto de Parceria Público-Privada, na modalidade de concessão patrocinada, da

Balanços Patrimoniais em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em Reais) 2005 2004 P a s s i v o Circulante 550.564.523 658.989.158 Obrigações tributárias 16.932.070 – Outras obrigações 17.165.784 740.823 628.700 – Patrimônio líquido 585.291.077 659.729.981 Capital social Reserva Legal 183.560.377 – Lucros acumulados 183.560.377 – 768.851.454 659.729.981 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis

2005

Linha 4 – Amarela do METRÔ, cujo edital foi lançado em dezembro, numa iniciativa pioneira no país. Além do forte apoio técnico dedicado pela CPP ao projeto, definiu-se, após análise dos riscos envolvidos e com a aprovação do Conselho Gestor, que a CPP prestará garantia solidária ao Poder Concedente na mitigação do risco de atraso da obra, a qual é de responsabilidade do Estado, nas duas fases previstas do projeto. A CPP foi também autorizada a oferecer até R$ 60 milhões como garantia para o risco de inadimplência do Poder Concedente nos pagamentos da contraprestação pecuniária devida ao Concessionário. • A CPP, sempre autorizada pelo Conselho Gestor, também definiu a sua participação na complementação de garantias necessárias à viabilização de captação de recursos pelo METRÔ junto ao BNDES Participações, para financiamento dos investimentos da Linha 2 – Verde, trecho Ana Rosa – Ipiranga. Para tanto, será cedido fiduciariamente e sob condição suspensiva parte do fluxo futuro de recebíveis adquiridos pela CPP junto ao DNER. Além de procurar contribuir para a adequada estruturação dos projetos e consolidação dos procedimentos relativos ao Programa de PPP, a CPP teve sempre a preocupação, na gestão de seus ativos, de manter-se apta a atuar como empresa prestadora de garantias. A totalidade dos recursos aportados pelo Estado em 2004 está dividida em aplicações financeiras junto ao Banco Nossa Caixa e direitos de crédito do DER, que poderão ser utilizados como garantias de obrigações eventualmente assumidas pela Administração Pública junto aos parceiros privados, devido a sua solidez e baixo risco. Demonstração do Resultado dos Exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em Reais) 2005 2004 Receitas (Despesas) operacionais Administrativas (1.368.731) (9.088.845) – Honorários de Administradores (636.748) (140.069) – Tributos (17.240) (725.226) – Publicação Legal (46.837) (360) – Serviços de Terceiros (129.204) (3.398.729) – Despesas gerais e administrativas (538.702) (4.824.461) Financeiras 114.147.357 12.487.484 Outras receitas operacionais 1.215.775 – Lucro antes dos impostos e participações 113.994.401 3.398.639 Imposto de renda (27.980.081) (841.784) Contribuição social sobre o lucro (10.262.909) (306.643) Lucro líquido do exercício 75.751.412 2.250.212 Lucro por lote de mil ações - R$ 116 2.813 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis

2004

38.279.043 1.154.495 391.330 655.525.274 38.670.373 656.679.769 652.179.457 800.000 3.787.571 – 74.214.053 2.250.212 730.181.081 3.050.212 768.851.454 659.729.981

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido dos Exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em Reais) Capital Reserva de Lucros Lucros Social Reserva Legal Acumulados Total Saldo inicial – – – – Subscriçao realizada 800.000 – – 800.000 Lucro líquido do exercício – – 2.250.212 2.250.212 Saldo em 31 de dezembro de 2004 800.000 – 2.250.212 3.050.212 Aumento de capital em 21 de dezembro de 2005 651.379.457 – – 651.379.457 Lucro líquido do exercício – – 75.751.412 75.751.412 Constituição de reserva – 3.787.571 (3.787.571) – Saldo em 31 de dezembro de 2005 652.179.457 3.787.571 74.214.053 730.181.081 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Levantadas em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em Reais)

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos dos Exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em Reais) Origens dos recursos 2005 2004 Das operações Lucro líquido do exercício 75.751.412 2.250.212 Dos acionistas Integralização de capital 651.379.457 800.000 Total das origens 727.130.869 3.050.212 Aplicações dos recursos Aumento do realizável a longo prazo 183.560.377 – Total das aplicações 183.560.377 – Aumento do capital circulante líquido 543.570.492 3.050.212 Demonstração das variações do capital circulante líquido Ativo circulante no início do exercício 659.729.981 – Ativo circulante no fim do exercício 585.291.077 659.729.981 Variação do ativo circulante (74.438.904) 659.729.981 Passivo circulante no início do exercício 656.679.769 – Passivo circulante no fim do exercício 38.670.373 656.679.769 Variação do passivo circulante (618.009.396) 656.679.769 Aumento do capital circulante líquido 543.570.492 3.050.212 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis

1. Contexto operacional - A Companhia Paulista de Parcerias - CPP é uma sociedade por ações, regida pela Lei Federal nº 6.404 de 15 de dezembro de 1976 e Lei Estadual nº 11.688 de 19 de Maio de 2004, constituída em 06 de agosto de 2004 .Foi criada como importante instrumento de suporte à viabilização de projetos de interesse do Estado de São Paulo. Para consecução de seus objetivos, a Lei facultou à CPP, no seu artigo 15, um amplo conjunto de possibilidades operacionais, que incluem a contratação de serviços especializados de avaliação e modelagem, a participação em operações financeiras (contraindo empréstimos, emitindo títulos, eventualmente participando do capital de outras empresas), a facilitação de projetos (especialmente por meio da prestação de garantias), bem como diferentes possibilidades de disponibilização de bens à Administração. 2. Apresentação das demonstrações contábeis - As demonstrações contábeis foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis da Legislação Societária e a Lei das Sociedades por Ações (6.404/76). 3. Disponibilidades - As disponibilidades da Companhia estão integralmente aplicadas junto ao Banco Nossa Caixa com liquidez diária e rentabilidade média próxima a 100% do CDI. As disponibilidades estão assim distribuídas: 2005 2004 Bancos Conta Movimento: Nossa Caixa 424.724 199 Aplicações Financeiras: Nossa Caixa - FIF Estatais Renda Fixa 5.160.517 8.857.656 Nossa Caixa - CDB 544.979.282 650.131.303 550.564.523 658.989.158 4. Créditos a receber - Refere-se a direitos de crédito de titularidade do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo – DER/SP, referente ao ônus fixo relativos aos contratos de concessão rodoviária firmados entre DER/SP e Autoban, Triângulo do Sol e Vianorte, adquiridos pela Companhia em 29 de agosto de 2005, pelo valor de R$ 200.492.446. O pagamento desses créditos ocorreu em três parcelas, todas liquidadas em 2005. A realização desses créditos tem cronograma definido, devendo ocorrer no período de 2006 a 2013. O total a receber nesse período, conforme demonstrado abaixo, será de R$ 312.568.770, reajustado pelo IGP-M.

Autoban Triângulo do Sol Vianorte Total 12.347.154 1.751.443 4.213.565 18.312.162 20.373.793 2.900.434 7.016.549 30.290.776 20.162.852 2.881.237 7.010.308 30.054.397 23.934.700 3.433.756 8.404.655 35.773.111 23.666.155 3.409.317 8.396.710 35.472.182 24.948.858 3.609.754 8.947.761 37.506.373 47.065.952 3.917.920 9.776.780 60.760.652 50.745.703 3.886.763 9.766.651 64.399.117 223.245.167 25.790.624 63.532.979 312.568.770 O valor adquirido pela Companhia equivale, em média, a 28% do total devido pelas três concessionárias ao DER/SP ao longo do período total. A distribuição entre os ativos circulante e realizável a longo prazo foi efetuada levando-se em consideração os prazos de realização previstos no cronograma firmado. A seguir apresentamos a correspondente distribuição efetuada: 2005 Ativo Circulante 16.932.070 Realizável a Longo Prazo 183.560.376 200.492.446 Existe a previsão contratual de aquisição dos créditos vincendos no exercício de 2014, no total de R$ 37.600.685. Ao final de cada trimestre de 2006, mediante o recebimento pela Companhia das parcelas vincendas, será feita a aquisição dos referidos créditos no trimestre correspondente do ano de 2014. Por esses créditos a Companhia pagará, a cada trimestre, a quantia de R$ 4.578.040, totalizando R$ 18.312.161. 5. Outros créditos - Trata-se do pagamento de serviços contratados pela CPP mediante autorização do Conselho Gestor do Programa PPP e relativos a projetos específicos. No exercício de 2005 eles se referem à estruturação e colocação de um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios para a CPTM e à contratação de serviços técnico-especializados de avaliação, estruturação e busca de parceiros privados para o projeto de modernização do Complexo Desportivo Constâncio Vaz Guimarães (CVG). Em obediência às normas legais que regem a atuação da CPP, os instrumentos jurídicos pertinentes prevêem o pagamento à CPP das despesas incorridas na contratação e acompanhamento desses serviços, quando da sua conclusão.

6. Capital - O Capital Social da Companhia, totalmente integralizado, é composto pela participação do Estado de São Paulo em 652.179.447 ações, que totalizam R$ 652.179.447, e da Companhia de Seguros do Estado de São Paulo - COSESP, com a participação de 10 ações, que totalizam R$ 10. De acordo com ata da Assembléia Geral Extraordinária de 21 de dezembro de 2005, os acionistas aprovaram o aumento de capital na Companhia de R$ 800.000 para R$ 652.179.457, através da integralização do adiantamento para futuro aumento de capital, no valor de R$ 651.379.457, decorrente da cessão, pelo Estado de São Paulo, e posterior negociação junto ao mercado nacional e internacional, de ações da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo – SABESP. 7. Despesas gerais e administrativas - Inclui R$ 504.000 referentes a investimentos em projetos culturais de cunho audiovisual, indicados pela Secretaria de Estado da Cultura. Conforme o disposto na Lei do Audiovisual, n.º 8.695/93, o montante investido poderá ser integralmente deduzido do imposto de renda devido. 8. Outras receitas operacionais - O valor se refere à reversão de parte da provisão que havia sido feita em 2004 para o reembolso dos custos incorridos pela SABESP no processo de Oferta Global de Ações, ocorrido em 2004. O valor que estava provisionado na rubrica de Outras Obrigações do Balanço Patrimonial de 31/12/2004 era de R$ 4.113.593. Após efetiva apuração do valor devido, foram desembolsados pela CPP apenas R$ 2.897.818.

O Conselho Fiscal da Companhia Paulista de Parcerias – CPP, dando cumprimento ao que dispõe o artigo 163 da Lei n.º 6.404, de 15 de dezembro de 1976, examinou as Demonstrações Financeiras da Empresa, relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2005, elaboradas segundo os princípios estabelecidos nos capítulos XV e XVI do referido diploma legal, com-

Parecer do Conselho Fiscal preendendo: Balanço Patrimonial, Demonstrações do Resultado, das Origens e Aplicações de Recursos e das Mutações do Patrimônio Líquido para o exercício findo em 31 de dezembro de 2005, complementados por Notas Explicativas, bem como Relatório da Administração sobre os negócios sociais e principais fatos administrativos do exercício. Com fundamento no

exame realizado e no Parecer dos Auditores Independentes, este Conselho é de opinião que o Relatório da Administração e as Demonstrações Financeiras estão em condições de serem submetidas à apreciação e aprovação dos Senhores Acionistas. É o Parecer. São Paulo, 29 de março de 2006. O Conselho Fiscal.

Mario Engler Pinto Junior Diretor Presidente

Diretoria: Tomás Bruginski de Paula Diretor

Ano 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

Daniel Sonder Diretor

Aos Administradores e Acionistas da Companhia Paulista de Parcerias - CPP 1. Examinamos os balanços patrimoniais da Companhia Paulista de Parcerias - CPP, levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de audito-

Conselho de Administração: Luiz Tacca Junior Eduardo Refinetti Guardia Martus Tavares Mario Engler Pinto Junior Fernando Carvalho Braga

Conselho Fiscal Renata Weingrill Lancellotti Gil Bernardo Borges Leal Marcos José Perez Monteiro

Parecer dos Auditores Independentes ria aplicáveis no Brasil e compreenderam: a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos da Companhia; b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Companhia, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. 3. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição

Contador Lyodegar Apparecido Cantor Marques CRC 1SP 044189/O-9

patrimonial e financeira da Companhia Paulista de Parcerias - CPP em 31 de dezembro de 2005 e 2004, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 20 de janeiro de 2006 Boucinhas & Campos + Soteconti Auditores Independentes S/S CRC - 2SP 005.528/O-2

Silvio Cesar Cardoso Contador CRC - 1SP 188.428/O-5

I

nspirados no Feirão do Imposto, criado há três anos pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), dirigentes de oito sindicatos de vários setores do ramo metalúrgico anunciaram ontem em São Paulo que pretendem lançar o "Feirão dos Juros". "As pessoas não sabem quanto pagam de encargos quando atrasam o pagamento do cartão de crédito, usam o limite do cheque especial ou fazem crediário em uma loja", disse o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos (CONTÉM), Eleno Bezerra. Segundo ele, o formato do novo feirão ainda não foi desenvolvido e as entidades devem se reunir no próximo dia 10 para acertar os detalhes do projeto. Criado em 2003, o Feirão do Imposto tem como objetivo conscientizar a população sobre o montante da carga tributária brasileira. Na campanha da ACSP, vários produtos são apresentados com etiquetas que mostram o percentual de impostos embutidos em seus preços. O "Feirão dos Juros" dos sindicalistas deve ser feito nos mesmos moldes.

Cinco meses — De acordo com estudo divulgado recentemente pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio), o brasileiro precisa trabalhar cinco meses por ano só para pagar juros e impostos. "Todas essas taxas travam o desenvolvimento do País", afirmou o gerente jurídico do Sindicato das Indústrias de Aparelhos Elétricos, Eletrônicos e Similares de São Paulo (Sinaees), José Roberto Caseri. "Por conta dessas altas tarifas, o setor financeiro foi o que mais lucrou no ano passado e o que menos gerou empregos", acrescentou o sindicalista. Alguns números divulgados pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo comprovam a afirmação de Caseri. Em 2005, as instituições financeiras aumentaram os lucros em 50,38%, enquanto o nível de emprego cresceu apenas 3,38% em relação a 2004 nesse setor da economia. Em comparação, a indústria nacional lucrou 16,11% mais e elevou em 6,5% o número de vagas disponíveis. "Precisamos reavaliar a atual política econômica brasileira", disse Caseri. Sonaira San Pedro

Concluída recompra de bradies

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governo encerrou ontem uma fase importante para a melhora do perfil da dívida externa brasileira recomprando no mercado internacional US$ 6,6 bilhões dos famosos bradies, os títulos da dívida externa que tinham a marca da moratória brasileira de 1987. A expectativa do Ministério da Fazenda é que esse volume de recursos retorne ao País sob a forma de novos investimentos, principalmente na compra de papéis da dívida interna. Na discreta comemoração da operação histórica envolvendo os bradies, títulos emitidos na reestruturação da dívida em 1994, o secretário do Tesouro Nacional, Carlos Kawall, foi otimista e disse que a meta do governo é melhorar o perfil da dívida interna para obter o "grau de investimento"

por parte das agências de classificação de risco. Risco mínimo — A obtenção do chamado "i nvestm ent grade" é um objetivo ambicioso e extremamente importante para a atração de investimentos. Quando as agências internacionais de risco elevam a classificação de um país para essa condição estão afirmando que se trata de uma economia com riscos mínimos. O m i n i s t ro d a F a z e n d a , Guido Mantega, definiu a operação como a eliminação "de uma mancha no currículo do Brasil". Segundo ele, a operação mostra que o País está em um estágio de solidez de suas contas externas e internas, que pode ser "comprovado na prática" nesse momento de turbulência "leve" no mercado. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 -.ESPECIAL

quarta-feira, 19 de abril de 2006

Casa pré-fabricada, uma solução rápida e barata Paulistano ainda tem lá suas reservas com casas pré-fabricadas. Mas aos poucos descobre que essas casas podem ser construídas também em alvenaria ou material ecológico, embora a de madeira seja mais barata Fotos: Paulo Pampolin/Hype

raticidade, conforto e rapidez - eis a receita para quem quer uma casa pré-fabricada, seja de madeira maciça, tijolo aparente ou alvenaria modular sem esquentar a cabeça e muito menos perder tempo. O gerente administrativo Adston Mantovani Jr. não pensou em outra coisa a não ser em madeira para construir sua residência de 200 metros quadrados e dois pavimentos num condomínio fechado na Serra da Cantareira: "Tinha várias alternativas de construção, mas escolhi a

madeira por gostar muito do material. Ela dá sensação de clima aconchegante e quente, ainda mais aqui na serra, onde o clima é fresco". Para Mantovani Jr., comprar casa não é como comprar carro. Por isso, fez uma ampla pesquisa na Internet e no mercado antes de fechar um contrato: "Visitei todos os show rooms nas avenidas Professor Vicente Rao e dos Bandeirantes” (ruas onde há forte concentração de comércio especializado no segmento de casas

pré-fabricadas). O gerente administrativo também foi olhar algumas casas já prontas e conversou com alguns compradores, que lhe deram dicas e recomendações: "Estava preparado e sabia tudo que poderia dar certo ou errado". Embora as empresas especializadas em vendas de casas pré-fabricadas apresentem um amplo leque de projetos, com metragens e estilos diferentes, é possível personalizar e adaptar a estrutura conforme a vontade do cliente.

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Adston Mantovani e sua mulher Daniela: a casa de madeira tem ótimo isolamento térmico e acústico. É quente no inverno e fresca no verão


OBRA DO IMPOSTO MENOR: CONSTRUÇÃO CRESCE 19% Bastou o governo reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), em fevereiro, para que em março já se registrasse um boom nas pequenas construções das periferias. O resultado, segundo Melvyn Fox, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat): "O mês de março marcou uma mudança no comportamento do setor de construção civil." O crescimento foi de 19% ante fevereiro. O boom está em Economia/7. A edição de hoje inclui um caderno especial (ao lado) de 12 páginas com dicas para reforma ou construção da sua casa. Mãos à obra! Ano 81 - Nº 22.110

São Paulo, quarta-feira 19 de abril de 2006

R$ 0,60

Edição concluída às 23h55

Jornal do empreendedor

Congresso aprova Orçamento Página 3

w w w. d co m e rc i o. co m . b r Newton Santos/Hype

João Wainer/Folha Imagem

Abrrrrrril

Varig, Varig, Varig...

As lojas se agasalham

E a solução não decolou

Abril frio anima varejo, que aposta em expansão de 20% nas vendas de outono- inverno (foto) e Dia das Mães. Eco/1

No ar, além de aviões vazios (foto), só incertezas para a Varig. A venda da VarigLog foi rejeitada. Economia/6. Opinião/11

Milton Mansilha/LUZ

Circo du Sô Léo Sô Leo é alusão ao famoso Du Soleil. Mas a sua graça está na Febem, em missão para recuperar internos como Creitin (foto). Página 8

Divulgação

As novas estrelas da Mercedes Os classes B e R querem agradar a todos. E conseguem. HOJE Parcialmente nublado Máxima 23º C. Mínima 13º C.

AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 25º C. Mínima 13º C.

'Companheiro' da OAB conversa com Lula sobre impeachment Mas entidade não será palanque, diz Roberto Busato. Pág. 5

Compadre de Lula reconvidado a depor. Se preciso, na marra. Roberto Teixeira faltou ontem ao depoimento à CPI. Pág. 4


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 19 de abril de 2006

ESPECIAL - 11

Fotos: Paulo Pampolin/Hype

A demanda por casas pré-fabricadas está concentrada nos arredores de São Paulo. Decisão tomada, o resto é uma questão de gosto no momento da decoração

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oi exatamente o que Mantovani Jr. Fez: escolheu um modelo padrão de projeto, misturou madeira e alvenaria e, com a ajuda de um arquiteto independente, fez algumas adaptações, como a alteração da disposição dos cômodos e das paredes, da localização e formato da escada, além do tamanho das sacadas e do telhado: "Estudamos a incidência do sol no terreno e mudamos a posição da cozinha para que ela ficasse mais iluminada". Onze meses depois a casa estava pronta, da fundação ao acabamento de qualidade, tudo dentro do prazo estabelecido no contrato: "Embora minha insegurança na época, pelo fato de ser novo, tive muita sorte na escolha. A casa de madeira tem ótimo isolamento térmico e acústico. É

quente no inverno e fresca no verão. O custo-benefício é legal, a construção é rápida e limpa, e o desperdício de matéria-prima é pequeno, pois já vem tudo cortado de acordo com o projeto. Esses são os diferenciais". Mercado As casas pré-fabricadas, até meados da década de 1990, eram construções voltadas quase que exclusivamente ao veraneio. No entanto, esse sistema construtivo vem se t r a n s f o r m a n d o , e s p e c i a lmente nas regiões Sudeste e Sul, em alternativa para aqueles que optam pela tranqüilidade de condomínios residenciais afastados do baru lho e da poluição dos centros das grandes cidades. A rapidez da conclusão das obras também chama a atenção. Uma casa de madeira, por exemplo, de três quartos, sala para três ambientes, cozinha e dois banheiros, pode ser en-

tregue em até 90 dias. De acordo com o diretor comercial da Santana Casas PréFabricadas (doze anos no mercado), Luiz Cordeiro, a demanda por casas desse tipo está concentrada nos arredores de São Paulo, como Cotia, São Bernardo do Campo, São Caetano, Atibaia, Mairiporã e Serra da Cantareira, por exemplo: "As vendas de casas para dentro da cidade é quase zero, pois não há terreno grande à disposição". Segundo a arquiteta Magda Serreto, da Condor Ca-

sas de Madeira e Alvenaria, a demanda também é grande no litoral Norte. Alternativas Antigamente, segundo Cordeiro, a madeira era o material mais procurado em razão do menor preço. Atualmente, para atender a demanda do consumidor, principalmente do paulistano - que ainda tem uma certa reserva diante das casas de madeira, o mercado colocou à disposição alternativas de construção em alvena-

ria, como o tijolo aparente ou ecológico e a alvenaria modular ou pré-moldado de concreto: "Hoje, embora as vendas estejam mais equilibradas, a madeira ainda é mais em conta, cerca de 20% a 25% mais barato que a alvenaria". A comerciante Gislene Bozza Maggion e o marido Pedro Maggion desembolsaram cerca de R$ 75 mil para comprar uma casa de 142 metros quadrados de tijolo aparente para colocar em seu terreno num condomínio fechado em

Atibaia: "Nós não conhecíamos o sistema construtivo. No início, pretendíamos comprar uma casa de madeira, mas quando o engenheiro do show room nos mostrou o projeto de tijolo ecológico, logo nos interessamos. Até fomos visitar uma casa na Vila Romana feita com o material. Para quem não tem tempo para correr atrás das coisas, esse sistema é uma maravilha, é rápido e não dá preocupação", afirma Gislene. (Maristela Orlowski)


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quarta-feira, 19 de abril de 2006

Cidades

Fotos Newton Santos/Hype

7 Índio não come gente. Respeita o velho, a criança e vive com justiça social. Waldemar de Andrade Silva

Kunué Kalapalo (acima) montou uma oca que será exposta hoje, Dia do Índio, em um shopping da cidade. Nas fotos menores, a parte externa do museu, em Embu das Artes, e peças do acervo em exposição

OS ÍNDIOS QUE NÃO ESTÃO NOS LIVROS Primeiro Museu do Índio do Estado está a 27 quilômetros da capital, no Embu, e tem em seu acervo mais de 500 peças originais trazidas de tribos de várias regiões

Na primeira foto, escultura de uma deusa grega, cujos grafismos guardam semelhanças com obra indígena. Na foto do meio, colar de dentes de onça feito pelos índios da tribo Kamaiurá. Acima, o artista plástico Waldemar de Andrade Silva, curador do museu, mostra uma rede confeccionada por índios. As mais de 500 peças originais expostas foram presenteadas ou trocadas. Nenhuma delas foi comprada.

Rejane Tamoto

E

m pleno centro de Embu das Artes, a 27 quilômetros de São Paulo, um senhor de 73 anos luta para preservar a memória que construiu ao longo de 35 anos, desde quando começou a pesquisar os índios do Parque Nacional do Xingu, no Mato Grosso. Seu nome é Waldemar de Andrade Silva, artista plástico e escritor que fundou, há um ano, o Museu do Índio, que funciona em um prédio emprestado por um amigo. "A Prefeitura não dá nada e ainda cobra impostos. O valor que cobramos para a visitação ajuda a pagar as contas de luz e de telefone", disse. O museu exibe um acervo de mais de 500 peças originais que abrangem o preparo de alimentos, instrumentos musicais, armas de caça, ornamentos, cerâmica e cestaria. São materiais recolhido por Waldemar desde a primeira visita que fez a nações indígenas do Brasil Central, em 1971, a convite do sertanista e indigenista Orlando Villas-Bôas (1914 - 2002). Defensor do índio puro, que mantém as raízes e não adere facilmente aos valores da sociedade urbana, o artista plástico ressalta, com orgulho, a originalidade de suas peças. "Aqui não há réplicas e nem peças que algum índio fez para vender aos turistas. Só tenho o que os índios fizeram para uso próprio, que ganhei ou troquei em tribos da Ilha do Marajó, do Xingu, do Pará e de outras regiões do País", disse. Embora possua um material rico, o museu carece de informações que contextualizem as peças. Há apenas legendas que informam o nome do ornamento, o tipo de material usado, a tribo e a utilização. A visita guiada pelo curador Waldemar – que deve ser agendada – é a melhor maneira de entrar no universo indígena e extrair dele as lendas e histórias. Um passeio que passa longe dos livros acadêmicos de antropologia, o Museu do Índio traz a marca das vivências de Waldemar e suas histórias, que hoje estão impressas na obra Lendas e Mitos dos Índios Brasileiros, lançada no Brasil em 1998 pela FTD Editora e também na Alemanha e no Japão. Um dos planos de Waldemar é buscar patrocínios por meio da lei Rouanet e, assim, incrementar as peças com material informativo, explicações ilustradas para a localização de cada peça, contexto das tribos, rituais, festas etc. "Isso facilitará o trabalho para as crianças e educadores. Eles poderão usar as informações em atividades escolares", afirmou. Mesmo com uma museologia artesanal, Waldemar recebe 50 visitantes – a maioria turistas – nos fins de semana. O objetivo, disse o curador, é que crianças tenham uma visão do índio diferente do que é divulgado pela história oficial. "O brasileiro vê o índio com preconceito, como um atrasado. Na verdade é outra cultura, com valores que serviriam de exemplo. O índio não come gente, respeita o próximo, o velho, a criança e vive em comunidade, com justiça social", disse. O Museu do Índio faz parte do projeto Centro de Informação da Cultura Indígena (CICI), um espaço dedicado à realização de palestras, eventos, narração de histórias, com acervo de filmes, reportagens e músicas relacionadas à cultura indígena. Percurso - O passeio pela cultura do índio começa com a exposição dos utensílios para alimentação. O curador explica como são usados panelas, raladores, esteiras e tigelas na fabricação de polvilho, beiju (massa de mandioca) e peixes. Ele destaca o aspecto artístico dos grafismos de cada utensílio, a maioria originária da etnia Aruak, do Alto Xingu. "Há arte em cada peça, até nos cristais do ralador. A panela vai queimar, mas não importa, ela foi feita em for-

ma de pássaro, com criatividade, para que a confecção fosse mais agradável", explicou. Nesse módulo e nos demais, há peças das quatro etnias mais importantes do Xingu, segundo Waldemar: os Aruak, Karib, Jê e Tupi. A tribo é identificada pela cor das peças. "As panelas vermelhas e pretas são da tribo Waurá. As pretas e brancas, Mehinaku. Agora, quando há as três cores significa que a índia Waurá se casou um um índio da tribo Mehinaku", explicou. Também estão expostos instrumentos como as flautas sagradas, chocalhos e maracas. A primeira parte da exposição reúne principalmente os cocares, pentes, tiaras, braçadeiras. Há também os instrumentos de caça, como machados, flechas de sabatana, arcos e lanças. Ainda no térreo do museu há um jardim com as espécies essenciais para a manutenção da cultura indígena, como o urucum (usado na fabricação de tinta vermelha), o cará e o inhame. Na segunda parte da exposição há amostras do artesanato, como os colares exóticos feitos com dentes de capivara, onças, macacos e unhas de tatu. E também exemplares que mostram a minúcia do trabalho manual, como cintos e colares feitos de conchas, de coco e de sementes, todos cortados e lixados na pedra. Nesse módulo, há também as roupas usadas em rituais, as cestarias e bancos de madeira. Arte indígena - Entre os utensílios, estão amostras de arte indígena, como máscaras, pinturas e esculturas. Um dos trabalhos é uma representação do masculino e do feminino dos índios tupi-guaranis Tapirapés, da serra do Urubu Branco, no Mato Grosso. Outras esculturas representam mulheres grávidas e crianças dos Karajás. Há também pinturas em cartolinas com representações da vida nas tribos e dos bichos. O que chama mais atenção, porém, são os grafismos feitos em cartolina, à mão livre, que

reproduzem a pintura que as mulheres Kaiapós fazem no corpo. "Isso é arte moderna", disse. Se o visitante tiver sorte, encontrará um índio no museu. Kunué Kalapalo, de 50 anos, é da tribo que leva o seu sobrenome no Alto do Xingu. No museu, ele faz instrumentos, chocalhos, flautas e pulseiras de caramujo que são vendidos nas feiras de artesanato de Embu. Há três anos, Kunué deixou sua aldeia, de 200 habitantes, e veio para São Carlos, em São Paulo. Ele saiu de lá por causa dos feitiços que, disse, afligiam suas filhas pequenas ( podem ser traduzidos por doenças de índio). Enquanto a esposa e as filhas moram em São Carlos, Kunué trabalha com o filho Aguga, em Embu, e tenta manter os hábitos que tinha no Xingu, como pescar para se alimentar. "Quero voltar para lá. Aqui tenho que pagar aluguel e lá eu tinha roça com tudo: mandioca, frutas, abacaxi, amendoim, milho". Com o trabalho artesanal, Kunué ganha de R$ 500 a 600 mensais. Um dos projetos que pai e filho preparam para hoje, Dia do Índio, é uma oca de 2,40m x 3,60m, construída com bambu e sapê, que o shopping Tatuapé, na zona leste de São Paulo, irá expor para lembrar a data. Kunué luta para continuar a ser um índio mas, por ironia do destino, é sobrinho de Diacuí - a primeira índia a casar-se com um homem branco no Brasil - o sertanista Aires Câmara da Cunha, em 29 de novembro de 1952, na igreja da Candelária, no Rio de Janeiro, evento que na época foi registrado pela imprensa de todo o mundo.

SERVIÇO Museu do Índio - rua da Matriz, 54, centro de Embu, tel: 4704-3278. De terça a domingo, das 10h às 18h. Preço: R$ 3,00 (gratuito para menores de 7 anos e maiores de 60).


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quarta-feira, 19 de abril de 2006

JOVENS INFRATORES APRENDEM A SER PALHAÇOS

É preciso coragem para se vestir de palhaço e fazer uma apresentação. Creitin, palhaço

Fotos de Milton Mansilha/Luz

DISTINTO PÚBLICO, A FEBEM APRESENTA O 'CIRCO DU SÔ LÉO' A unidade Adoniran Barbosa, do Complexo Vila Maria da Febem, aposta em aulas de circo como ferramenta de ressocialização de seus internos, quase todos maiores de idade e reincidentes graves. Os resultados são positivos. O espetáculo tem nome sugestivo: 'Circo du Sô Léo', numa alusão ao Cirque du Soleil, um dos mais famosos do mundo. Fernando Vieira

U

m olhar sério, concentrado. Olhos arregalados, fixos e direcionados à imagem refletida no pequeno espelho da caixa. O rosto começa a ser coberto de maquiagem. Gestos lentos e cuidadosos. Às vezes trêmulos, aparentemente receosos, que denotam pouca prática. A pintura vai desfigurando a seriedade, colorindo o rosto com um sorriso. Lábios largos desenhados sobre a pele. Em pouco tempo, veste a máscara e despe-se de vaidades. Aceitar a transformação do corpo em motivo de piadas, de gargalhadas, é um desafio. "É preciso ter um pouco de coragem", diz de forma modesta o aprendiz Cleiton Gomes de Jesus, de 18 anos. Mas a tarefa, que não é fácil, torna-se mais difícil neste picadeiro, onde aprende, ensaia e se apresenta. Senhoras e senhores, o palhaço Creitin. O rapaz é um dos 116 internos da unidade Adoniran Barbosa, do Complexo Vila Maria da Fundação Estadual do Bem Estar do Menor (Febem), destinada a abrigar adolescentes reincidentes graves. A maioria já atingiu a maioridade. Desafio – Nesse ambiente, sete internos desafiam a si próprios e participam de um curso no mínimo inusitado: o de palhaço. "Sem dúvida é preciso muita coragem para se vestir de palhaço e fazer uma apresentação para uma platéia de mais de 100 adolescentes, neste lugar", admite Cleiton. Afinal, o código para ser aceito e respeitado pelo grupo confinado na unidade nada tem de engraçado. É, sim, perverso: ser ladrão e assumir a mácula perante os demais. Um título de nobreza às avessas. Meio que por acaso, a oficina de palhaço obteve permissão para entrar na fundação. Sua missão: ressocializar um grupo de jovens estigmatizados e apostar no sorriso como ferramenta de combate à violência. O trabalho começou em agosto do ano passado nas unidades Uirapuru e Adoniran Barbosa, ambas no Complexo Vila Maria. O curso original era de teatro, mas a proposta não vingou junto aos internos. "Ninguém participava do teatro, não havia nenhum sinal de interesse. Parece que existe um certo preconceito com o teatro. Então, parti para o plano B", conta Marco Guerra, arte-educador do Instituto Mensageiros, entidade não-governamental que atua em parceria com a Febem no desenvolvimento de atividades culturais com os internos. Dúvidas – Veio então a idéia de levar a oficina de palhaço – desenvolvida por Guerra fora da instituição – para o intra muros da Febem. No início, dúvidas. Como garantir o sucesso da iniciativa num ambiente isolado por mais de cinco portões de ferro e povoado por gente de poucos sorrisos? "Não sabia se iam aceitar a idéia. Se iam se interessar por fazer alguém rir ou se iam achar tudo uma palhaçada, no sentido negativo". Para quebrar possíveis preconceitos e

resistências, explicou então dem. Anderson já poderia se sua proposta à rapaziada (for- produzir e colocar no nariz seu ma de tratamento utilizada en- óculos enorme. Mas nem tudo tre os internos – e para falar so- estava resolvido: uma reunião bre eles), baseada num traba- extraordinária é convocada e todos os internos se dirigem para lho sério e respeitoso. Pedagogia – Guerra disse um canto do pátio. Vão delibeque seu curso pretende ir além rar sobre uma apresentação fora do aprendizado de técnicas cir- de hora (e a pedido da reportacenses. Trata-se de uma linha de gem) de Creitin e Sô Léo – e só trabalho batizada por ele de "Pe- deles dois. Os outros cinco dagogia do Palhaço" e pela qual aprendizes ficariam de fora. Embora aparentemente debusca reconhecimento. "O palhaço não é um perso- mocrática, a decisão é tomada nagem. É um arquétipo pre- por um único interno, conhecido como Voz. Os sente em todas as d e m a i s o b e d epessoas. É, portancem, conta um to, a busca de um funcionário. segundo eu, sem Essa tensão é enmalícia e o mais O palhaço é a busca carada com certa próximo do ideal naturalidade pelos de pureza, capaz de um segundo dois palhaços que, de trocar tudo por eu, sem malícia acompanhados do um sorriso, pela e puro, capaz de professor, iniciam a felicidade". trocar tudo por apresentação. EnTudo esclarecicarnado em seu do, Guerra teve de um sorriso. aguardar a aprova- Marco Guerra, arte- personagem, Anção dos internos. A educador derson anuncia o espetáculo. primeira impres"Respeitável são é de que a direção pouco ou nada interfere nas público, começa agora o Circo decisões que definem os rumos du Sô Léo!" O nome, uma sugestiva aluda rotina interna da unidade. "A gente foi com a cara dele (do são ao maior e mais fashion cirprofessor). Entendemos que ele co do mundo, o Cirque du Soqueria ajudar e não ofender", leil, seria, contudo, produto de um feliz acaso. De uma combidiz um dos internos. Para se ter uma idéia do grau nação sonora, disseram. Aos poucos, os adolescentes de influência dos internos sobre a instituição, basta dizer que compõem a platéia vão se que praticamente tudo passa soltando e soltando gargalhapelo crivo deles. A reportagem das diante dos tropicões e do só entrou na unidade porque talento inegável dos dois rapaos internos assim decidiram. E zes. A função durou aproximamais: determinaram o local em damente quinze minutos, uma que as fotos seriam feitas e até o amostra do sarau realizado tomomento em que os aprendi- da última terça-feira do mês na zes de palhaço deveriam se Adoniran Barbosa. Reconhecimento – No final produzir. Em cena, Sô Léo – "Tira isso do espetáculo, os palhaços reda cara", mandou um rapaz, ceberam as palmas e o recoquando o interno Anderson nhecimento do público. O 'CirMartins, de 19 anos, se prepa- co du Sô Léo' é aclamado. Vitorava para encarnar o palhaço rioso, Creitin diz que é fácil Sô Léo, companheiro das pa- despertar um sorriso. "As pessoas estão muito acostumadas lhaçadas de Creitin. Minutos depois, a contra-or- com a rotina. Basta uma coisa

O palhaço Creitin (acima) faz sua maquiagem no pátio da unidade Adoniran Barbosa, no Complexo Vila Maria da Febem. Na foto à esquerda de Creitin, o professor Marco Guerra. À esquerda, já acompanhados do palhaço Sô Léo (de óculos), os três se aprontam para uma apresentação. Os internos da unidade são, na sua maioria, maiores de idade e reincidentes graves. Entre eles e a rua, um rigoroso esquema de segurança e cinco portas de ferro. Para os que aderiram ao 'Circo du Sô Léo', o trabalho de ressocialização é uma esperança.

diferente para fazê-las sorrir". Quando perguntado se é mais fácil fazer sorrir ou causar medo, a resposta vem depois de uma breve pausa. "Se você tem uma arma, é mais fácil causar medo. Mas só há prazer em fazer sorrir. Sorriso é retribuição. E isso o crime não te dá". Já em sua terceira e última internação, num total de três anos e cinco meses, e aguardando liberação judicial para deixar a Febem, Creitin vê na oficina de palhaço uma oportunidade de trabalho do lado de fora, um bi-

co temporário para o ingresso na faculdade de artes cênicas que pretende cursar. Espera que o aprendizado dos tropeços artísticos o ajudem a impedir os tropeços da vida real. Numa linha semelhante de trabalho educativo, adolescentes do Internato Vila Conceição, da Febem, exibiram ontem o curta metragem "Quem Rouba Sempre Perde". O filme foi produzido por eles, ao longo de 16 dias, durante a oficina cultural de audiovisual "Nosso Conto na Tela".

Se você tem uma arma, é mais fácil causar medo. Mas só há prazer em fazer sorrir. Sorriso é retribuição. E isso o crime não te dá. Cleiton de Jesus, o palhaço Creitin


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POUCOS PROJETOS FORAM APROVADOS EM MARÇO E ABRIL

Entre os textos aprovados em março, apenas cinco foram Projetos de Política Pública (PPP)

CÂMARA EM COMPASSO DE ESPERA Vereadores votaram nove projetos em março e sete neste mês, segundo contagem do Instituto Ágora. Decisões sobre eleição praticamente pararam os trabalhos. Marcos Fernandes/Luz - 05/2005

Clarice Chiquetto

A

demora do ex-prefeito José Serra em assumir sua candidatura ao governo do Estado e a saída de vereadores que planejam disputar outros cargos nas eleições de outubro praticamente paralisaram a Câmara Municipal de São Paulo. Foram apenas nove projetos de lei aprovados no mês passado e, por enquanto, só sete neste mês.

Entre os textos aprovados em março, apenas cinco foram Projetos de Política Pública (PPP), de acordo com a ONG Ágora em Defesa do Eleitor e da Democracia – os outros quatro foram Projetos de Baixo Impacto (PBI), como a concessão de título de cidadão paulistano e a mudança de nomes de ruas. Já neste mês, o número de PPPs aprovados é menor ainda: apenas um, segundo André Merli, editor do boletim mensal do Instituto Ágora, o PL nº 615/05, que modifica a

Ó RBITA

RATOS

GIL RUGAI

elo menos 11% dos imóveis de São Paulo, tanto residenciais quanto comerciais, estão infestados por roedores, principalmente pelo rato-detelhado, cuja população proliferou nos últimos dez anos. Para tentar reduzir essa população e o risco de transmissão de leptospirose (doença matou 260 pessoas na capital desde 2000) agentes da Subprefeitura da Sé e da Secretaria de Saúde iniciaram a Operação Rato Fora, na região do Mercado Municipal. O mesmo trabalho será feito na Baixada do Glicério. Outro tipo perigoso de roedor são as ratazanas, ou ratos-de-esgoto. (AE)

s ministros da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram ontem, em julgamento, conceder um habeas corpus de ofício, ou seja, por iniciativa da própria Justiça, a Gil Rugai. O julgamento do recurso começou no dia 11. O estudante estava preso preventivamente desde 6 de abril de 2004, acusado de ter matado o pai e a madrasta a tiros em março daquele ano, na casa do casal, em Perdizes. O ministro Celso de Mello, em seu voto, defendeu o habeas de ofício por entender que havia abusos na prisão de Rugai. O julgamento ainda não está marcado. (Agências)

P

O

GIr

Agendas da Associação e das distritais

Hoje I Policial – O vice-presidente

da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) Roberto Mateus Ordine participa da cerimônia de posse de 159 novos peritos criminais. Às 16h30, no auditório da superintendência da Polícia Técnico-Científica,

rua Mancorvo Filho, 410. I Mooca – Acontece na distrital a palestra Brasil, autosuficiente em petróleo, com Aristides Legat. Às 19h, na rua Madre de Deus, 222, Mooca. Inscrições pelos telefones 66942730 e 6693-7329 ou pelo email dmooca@acsp.com.br

Lei nº 13.278/02 e trata das licitações da cidade. Segundo Merli, além de poucos, os projetos de março passaram por acordo de partidos e não provocaram qualquer debate maior entre os parlamentares.

Os números – O número de textos aprovados é considerado muito baixo em comparação a outros meses de trabalho dos mesmos vereadores, eleitos em 2004. Em junho de 2005, por exemplo, um mês fraco segundo o diretor do Ágora, Gilberto de Palma, foram aprovados 70 projetos de lei, sendo 54 PBIs. Apesar disso, houve um avanço com relação a março de 2005, quando a Câmara não aprovou em plenário um projeto sequer – foram apenas sete textos nas comissões da Casa, todos PBIs. Um dos poucos pontos positivos do mês passado foi a instalação da Comissão de legislação Participativa (CLP), que no último dia 30 começou a funcionar com a eleição da nova presidente, a vereadora Sônia Francine (PT), a Soninha. Em 2005, o mesmo órgão demorou quatro meses para ser instalado. À espera dos vereadores membros da CPL neste ano, estão 23 propostas apresentadas em 2005. Desse total, 21 foram enviadas pelo Ágora por meio da Ouvidoria do Eleitor, que recebe sugestões gerais da população da capital. Outro destaque do mês foi o alto número de propostas que chegaram à Câmara: 143 projetos de lei, sendo 70% PPPs. Outro lado - Em resposta ao boletim divulgado na semana passada pelo Ágora, o vereador Ushitaro Kamia, vice-líder do PFL, declarou que o trabalho dos parlamentares vai além dos gabinetes do Executivo e do Legislativo. Citou como exemplo de ações realizadas em março reuniões de vereadores com secretários dos governos municipal e estadual para exigir obras emergenciais de canalização do Córrego do Tremembé, responsável por alagamentos zona norte. Kamia fez questão de dizer que acompanhou o ex-prefeito José Serra em visita ao mesmo local, quando foi autorizada a liberação de R$ 8 milhões para início imediato de tais obras.

Projetos de março passaram por acordo e não provocaram debates

Procuradores contestam parceria na Saúde O principal projeto da Prefeitura para Saúde - a entrega da administração de hospitais a organizações sociais (OS) - vai virar caso de Justiça. O Ministério Público Federal (MPF) promete ingressar, em dez dias, com uma ação civil pública contra o novo modelo de gestão. A parceria com entidades sem fins lucrativos é o carro-chefe da política de Saúde do ex-prefeito José Serra e agora de Gilberto Kassab (PFL) para melhorar o atendimento à população. Segundo a Prefeitura, a mudança trará maior agilidade na

gestão dos hospitais e unidades de saúde. Isso porque as organizações sociais não precisam seguir os ritos burocráticos do poder público para contratar funcionários ou comprar remédios e equipamentos. A Prefeitura repassará mensalmente os recursos às OS e fiscalizará o seu uso. Para o MPF, a parceria é inconstitucional: transfere a terceiros um dever do poder público. Para os procuradores, que não deram entrevistas, o modelo também fere normas do Sistema Único de Saúde (SUS). (AE)


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quarta-feira, 19 de abril de 2006

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Representantes de várias áreas acompanharam a divulgação do estudo, ontem

Um retrato da desigualdade social nas empresas

O

"Perfil Social, Racial e de Gênero das 500 Maiores Empresas do Brasil e suas Ações Afirmativas - Pesquisa 2005" indica que ainda há grande desigualdade no mercado de trabalho brasileiro. Apesar disso, comparando-se os resultados de 2001 e 2003 com os de 2005, o que mais chama a atenção é o progressivo crescimento da parcela de mulheres no quadro executivo e de gerência das empresas. Outro ponto positivo a destacar é o aumento da participação dos portadores de deficiência entre os funcionários das empresas. Continua muito baixa, no entanto, a presença de negros e de dirigentes na faixa etária acima de 45 anos nos quadros funcionais e gerenciais. Os resultados da pesquisa, de acordo com os organizadores, mostram a composição das maiores companhias que atuam no país por raça, gênero, faixa etária, tempo de casa e escolaridade de seus funcionários e dirigentes. Os números apurados são um retrato

das desigualdades observadas em todo o país. No caso da participação feminina no trabalho, os resultados do estudo apontaram que houve maior inclusão deste grupo, mas o mesmo não se observou na sua ascensão dentro das empresas. Em comparação com os índices da população economicamente ativa, a participação feminina é subrepresentada: o segmento apresenta 32,6% de atuação em cargos executivos contra os 51,3% na população total brasileira. Nos cargos de gerência, houve crescimento da presença feminina, de 18% para 31%, de 2003 para 2005, índice considerado ainda pequeno, pois quanto mais alta a instância de poder menor a presença feminina, mostra a pesquisa. Deficientes e negros – Destaque para o salto na participação das pessoas com deficiência: em 2005 elas ocupavam 13,6% dos postos de trabalho enquanto em 2003 esse porcentual era de 3,5%. A aplicação das leis de quotas e a fiscaliza-

Fotos: Newton Santos / Hype

Grajew: 'país não aprendeu'

Itacarambi: 'mercado jovem demais'

ção por parte dos órgãos oficiais contribuíram para este avanço. Quanto à participação dos negros, a comparação entre os dois relatórios indica resultado positivo tanto na análise dos cargos de chefia quanto nos níveis hierárquicos inferiores. Em 2005, os negros passaram a representar 26,4% dos postos de trabalho, contra 23% em 2003.

Apesar deste avanço, a pesquisa ressalta que o número de negros ainda é menor que o de mulheres nas empresas. Quando se analisa a situação da mulher negra, a situação é pior: ela representa 8,2% das mulheres gerentes e 4,4% das diretoras. No caso da análise da inclusão por faixa etária, os números também são negativos para os

indivíduos com idade acima de 45 anos. Prevalecem os profissionais com idades inferiores a essa em todos os cargos. Nas faixas de 46 a 55 anos e de 56 ou mais os níveis de presença detectados eram bastante inferiores. As porcentagens indicam aumento do contingente de profissionais nos cargos de executivos de 25 a 45 anos, que passaram de 45,5% em 2003 para 51,1% em 2005, o que reforça a opção das empresas por funcionários mais jovens. Segundo Paulo Itacarambi, diretor-executivo do Instituto Ethos, esta opção por profissionais mais jovens é um problema que precisa ser enfrentado e que está se agravando com o aumento da expectativa de vida dos brasileiros e com as novas regras que elevaram a idade mínima para a aposentadoria. Esta camada da população precisa ser melhor aproveitada, de acordo com o estudo. Análise – Realizada pelo Instituto Ethos e pelo Ibope, a pesquisa foi divulgada ontem, em São Paulo. O objetivo principal do estudo é reafirmar a importância da diversidade social para as empresas e reforçar a necessidade de incluir todos as camadas da sociedade na vida produtiva do país. Foram enviados questionários para as 500 maiores empresas do Brasil. Deste total, 119 deles foram preenchidos e devolvidos, o que representa 24% do total enviado, com dados sobre 626.174 pessoas. Apresentando uma avaliação bastante crítica quanto à atuação das empresas brasileiras no campo das ações em favor da diversidade, o presidente do conselho deliberativo do Instituto Ethos, Oded

Grajew, afirmou que, no Brasil, não se aprendeu nada com o pensamento religioso e filosófico que analisa a raiz da busca da igualdade na justiça, que é a base na qual os povos se fundamentam para alcançar este objetivo. "Neste sentido, esta pesquisa assume o papel de ser um check-up e uma radiografia da nossa sociedade", completou Grajew. Otimismo – Apesar das reclamações gerais, a representante do Ipea, Ana Peliano, destacou que esta e outras pesquisas são importantes para não apenas dar visibilidade a estes números, mas colocar claramente que existe discriminação no país. "Nos anos 90, não se admitia que havia discriminação e que a conclusão era de que existiam camadas excluídas apenas em função da pobreza e da má distribuição de renda. O que se observa é que a discriminação continua porque, ao serem incluídos no mercado de trabalho, os negros ainda recebem salários menores", afirmou Peliano. Segundo ela, a pesquisa tem grande mérito porque consegue captar a evolução do impacto das ações afirmativas para diminuir as desigualdades. "Espero que nos próximo anos possamos registrar mais avanços", concluiu. Participaram da pesquisa a Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGVEaesp), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Organização Internacional do Trabalho (OIT) e Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (Unifem). Paula Cunha


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2 -.LOGO

Da apresentadora Hebe Camargo, em seu milésimo programa no SBT, respondendo à seguinte pergunta de Marília Gabriela: 'Você é perua?'

Logo Logo www.dcomercio.com.br/logo/

ABRIL

Você tem dúvidas? Perua é aquela que usa tudo o que tem. Já ganhei até troféu [de perua] lá na Bahia.

quarta-feira, 19 de abril de 2006

19 Dia do Índio

F UTEBOL C IÊNCIA

Quase vitalício

Toru Hanai/Reuters

Candidato ao sexto mandato, Ricardo Teixeira deve ficar na CBF até a Copa de 2014

E

Gelo com um milhão de anos Uma amostra de gelo de um milhão de anos (foto), retirada de uma camada três quilômetros abaixo da superfície da Antártida, revelada em Tóquio ontem, pode fornecer pistas importantes sobre transformações climáticas, afirmaram cientistas japoneses. Os pesquisadores informaram que o estudo do ar preso dentro de "núcleos" de gelo retirados de diferentes profundidades do solo pode ajudar na previsão da maneira pela qual o clima terrestre variará no futuro. O líder do projeto, Hideaki Motoyama, explicou que os blocos de gelo poderão ser usados para "examinar variações climáticas e níveis de dióxido de carbono e metano ao longo do tempo. Essas informações estariam registradas E M

apenas nesses núcleos de gelo. Os pesquisadores passaram mais de dois anos na base japonesa Domo Fuji, na região oriental da Antártida, em uma operação delicada de perfuração da camada de gelo. As amostras foram retiradas e enviadas para o Japão em um navio quebra-gelo. Uma pesquisa publicada pela revista científica Nature no ano passado, que se baseou em um estudo anterior do gelo antártico, havia concluído que as concentrações atuais de dióxido de carbono e de metano são as maiores dos últimos 650 mil anos. A equipe japonesa vasculhará um passado ainda mais longínquo, esperando também estudar a evolução de pequenos organismos presos no gelo.

m Assembléia Geral realizada ontem, dirigentes das 27 federações estaduais de futebol decidiram aumentar de 4 para 7 anos o mandato do próximo presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que será eleito no ano que vem. Embora não tenha antecipado nada a respeito, Ricardo Teixeira continuará como o candidato oficial da entidade. Ele garantiria assim sua presença no cargo até depois da Copa de 2014 - está no quinto mandato consecutivo e comanda a CBF desde 1989. A proposta foi levada à as-

sembléia, realizada num hotel do Rio, pelas federações e aprovada por unanimidade. A direção da CBF comemorou a medida por um motivo: a extensão do próximo mandato evitaria pressões políticas de governos estaduais e municipais sobre as federações e a CBF para que determinado Estado fosse incluído na relação das sedes dos jogos da Copa de 2014, caso ela seja realmente confirmada para o Brasil. A Fifa já antecipou que o Mundial de 2014 vai ser disputado na América do Sul, conforme rodízio estabelecido pe-

la entidade logo após a Copa de 2002. "Não é prorrogação de mandato. O novo estatuto está sendo aprovado para facilitar o projeto do Mundial de 2014. Precisamos dar garantia definitiva à Fifa de que a estrutura iniciada em 2008 para trazer a Copa para o Brasil seja a mesma até o ano da competição", afirmou Ricardo Teixeira. O presidente da Federação Paulista de Futebol, Marco Polo del Nero, e outros 9 presidentes de federações consideram positiva a alteração do mandato e, assim, Teixeira não enfrenta fortes resistências. (AE)

www.ada-design.de/

B RAZIL COM Z

País das mortes violentas

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EXCLUSIVIDADE - A Adidas apresentou ontem as bolas que serão utilizadas na Copa de 2006. Todas as bolas serão personalizadas com os nomes das equipes envolvidas, o nome do estádio, a data do jogo e o horário da partida. Na foto, a bola do jogo Brasil X Croácia.

ÁRIAS A filha de Katie Holmes, 27, e Tom Cruise, 43, nasceu ontem em Los Angeles, informou o porta-voz do ator, Arnold Robinson. A criança vai se chamar Suri, nome que significa princesa, em hebreu, ou rosa vermelha, em persa. Não foi divulgado o local exato do nascimento. Horas antes do parto, a revista britânica GQ havia divulgado uma entrevista em que Tom Cruise afirmou que iria comer a placenta do bebê no momento do nascimento, por ser "muito nutritiva". O porta-voz não divulgou se ele cumpriu a ameaça.

O norte-americano Jason Niccum, do Colorado, que disse ter comprado site eBay, por US$ 100, um aparelho que permitia alterar os semáforos de vermelho para verde, foi multado em US$ 50 por interferir no trânsito. Ele disse que o dispositivo o ajudava chegar mais rápido ao trabalho. Durante dois anos ele usou o aparelho. Niccum foi localizado após engenheiros de tráfico perceberem que sempre que um distúrbio de semáforos ocorria uma caminhonete branca passava logo em seguida.

G @DGET DU JOUR

F AVORITOS

Mouse para amantes de carros

De volta às Páginas Amarelas

É bobo, mas também é um dos gadgets de maior sucesso do site I want one of those: trata-se de um mouse ótico de alta qualidade com uma cor berrante e com formato de um automóvel de última geração. Tem os botões padrões e um para rolagem de tela e se conecta a qualquer tipo de PC ou Mac. Custa US$ 19,25. www.iwantoneofthose.com/search.do?

A opção é tão óbvia que nem sempre vem à memória quando é preciso localizar um telefone ou endereço: o tradicionalíssimo guia Páginas Amarelas. O antigo guia tem uma versão na internet fácil e rápida de consultar. O site traz opções de busca por produto, serviço ou nome da empresa em várias cidades da Grande São Paulo. Além disso, há também uma variedade de guias setoriais para facilitar a busca, como Guia de Restaurantes, Automóvel, Informática, Serviços 24h, Saúde, Turismo e Lazer.

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www.paginasamarelas.com

qu aren tã o p l a y b o y, p e r s o n i f icação do calendário mais famoso do mundo, comemora 40 edições com a mostra 1 96 4- 2 00 6 Pirelli Calendar; o futebol vem na esteira: a exposição acontece na Berlinische Galerie, em Berlim, termina bem em meio à Copa do Mundo. A mostra traz 120 fotografias das mais lindas mulheres, clicadas por fotógrafos consagrados em poses sensuais, e com a marca da Pirelli. Naomi Campbell, Cindy C r a w f o rd , K a t e Moss, Jennifer Lopez, Gisele Bundchen, entre outras. Completam a mostra grandes cubos centrais, com o título Backstage Pirelli Kalender, com imagens inéditas dos fotógrafos trabalhando com as modelos. A exposição vai rodar o mundo, mas quem está fora do roteiro pode conferir as fotos na internet. O The Cal nasceu em 1964, com o fotógrafo Robert Freeman, dos Beatles. No início, a busca era por belezas exóticas; a partir da década de 90, a ordem foi clicar as mulheres mais desejadas do mundo.

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www.pirellical.com

A TÉ LOGO

A agência de notícias Reuters destacou ontem no dados da Pastoral da Terra, da Igreja Católica, apontando que as mortes violentas cresceram no País em 2005. A agência de notícias diz que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é parcialmente responsável pelo aumento das mortes, especialmente as ligada sa conflitos de terra. Neste tipo de conflito em particular o número de mortes violentas resultantes de reintegrações de posse e ocupações cresceu 106% em 2005, em comparação a 2004. Os dados divulgados pela Reuters apontam ainda 1.881 incidentes em 2005, o maior número de conflitos em 21 anos, sendo que este número inclui agressão física, destruição de propriedades, ocupações e expulsões. S AÚDE

Dieta para evitar Alzheimer Uma dieta rica em frutas, vegetais, legumes, cereais, azeite de oliva, um pouco de peixe e de álcool e reduzida quantidade de carne vermelha ou laticínios - a chamada Dieta Mediterrânea - reduz o risco de Alzheimer nos idosos, concluiu um estudo realizado na Universidade de Columbia, nos EUA. O estudo teve como base 2.258 idosos saudáveis de Nova York, dos quais 262 foram diagnosticados com o mal de Alzheimer. Cada um recebia pontos de acordo com a maior ou menor aderência à dieta. Os cientistas detectaram que cada ponto Mediterrânea reduzia entre 9% e 10% o risco de desenvolver a doença. Imagens dos anos 60, 70 e 80 e, no alto, da edição de 2006: mulheres cada vez mais sensuais marcam a trajetória dos calendários Pirelli

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Depois de quase 24 horas desaparecido em montanha, brasileiro é resgatado no Canadá Estado clínico de Telê Santana permanece grave. Ex-treinador ainda respira com aparelhos

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Multa por passar no sinal verde

Reprodução

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Nasce a filha de Tom Cruise

Décadas de beldades

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E UA

Empresas alemãs anunciam pela internet a venda do Foo Too Kit, uma espécie de conjunto de acessórios para realizar um vudu contra o time adversário. O kit é composto por agulhas e um boneco, no qual deve ser grudado o distintivo das seleções da Copa. O manual de instruções garante que basta ao torcedor que acredita em magia espetar uma agulha do kit na perna do boneco quando o time rival for criar situações de gol. Em seguida, o atleta cairá em campo em vez de finalizar contra sua equipe. O kit custa cerca de R$ 20. FussballWMAr tikel1.htm

F OTOGRAFIA

C ELEBRIDADE

Vudu contra o time adversário

Tobias Schwarz/Reuters

C A R T A Z A soprano chilena Cristina Gallardo-Domás (foto) interpreta árias de óperas famosas, entre elas, Adio del Passato, da Tosca de Puccini. Acompanha a Orquestra Tucca Philarmonia. Sala São Paulo. Praça Júlio Prestes, s/nº. Telefone: 33375414. 21h. R$ 30 a R$ 110.

C OPA 2006

Cogumelos poderão ser usados para combater doenças relacionadas à falta de vitamina D

L OTERIAS Problemas no sistema da Caixa Econômica Federal, que não conseguiu fechar as apostas feitas em todo o País, causaram atraso nos sorteios dos concurso de números 1589 da Quina e 446 da Dupla Sena. Até o fechamento desta edição, o sorteio não tinha sido realizado. Para os resultados consulte: www.caixa.gov.br


São Paulo, quarta-feira, 19 de abril de 2006

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MOTOS USADAS

Cuidados na hora da compra É essencial checar itens da parte elétrica e do motor. E não se pode esquecer de verificar a documentação. omprar uma moto usada exige alguns cuidados básicos, como a checagem de itens da parte elétrica e do motor, que pode ser feita pelo próprio motociclista. Também é importante verificar o estado do filtro de ar, das velas, a marcha lenta e o líquido do radiador, assim como observar vibrações, vazamentos, fumaça, nível do estado de óleo e a caixa de marchas. São itens que podem ser avaliados num pequeno test-drive, mas o ideal mesmo é levar o veículo até um mecânico para ter a garantia de realmente se estar fazendo um bom negócio. Afinal, são a segurança e a tranqüilidade do futuro motociclista e eventuais garupas que estarão em jogo. “Escolher bem o modelo e submetê-lo à opinião de um profissional de confiança são precauções básicas para evitar dores de cabeça futuras com qualquer veículo motorizado”, diz Edson Maia, diretor de Vendas do Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos Autorizados do Distrito Federal (Sincodiv/DF). Os cuidados são semelhantes aos que se deve ter na compra de um carro, mas há diferenças quando o negócio envolve um veículo de duas rodas. "O porte físico e a experiência na pilotagem são variáveis importantes na escolha da moto", lembra Maia.

Divulgação

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Outros detalhes - Além da checagem do motor e da parte elétrica, também não se pode esquecer de verificar as condições dos pneus e rodas, da suspensão e dos freios. Suspensão muito macia é sinal de amortecedor ineficiente ou falta de óleo, segundo material divulgado pelo Sincodiv-DF com dicas para se comprar moto usada. É necessário, ainda, atentarse para a folga na balança traseira, alinhamento e garfo arranhado. Na parte elétrica, por exemplo, problemas nas luzes de freio, piscas, lanternas, farol, painel e buzina são mais aparentes, e podem ser facilmente identificados pelo próprio comprador. É importante ressaltar que estes são itens de segurança e, se não estiverem em ordem, podem acarretar multas e até acidentes.

Alguns itens podem ser verificados pelo próprio comprador, como por exemplo o nível do óleo

Como a aquisição vai envolver um produto usado, também torna-se imprescindível fazer contato com os departamentos de trânsito federal, estadual e municipal para ter a certeza de que a moto esteja com a documentação regularizada. “O cliente precisa eliminar todas as possibilidades. É importante verificar multas e certificar-se de que a moto não foi roubada. São procedimentos fundamentais que, muitas vezes, o consumidor não realiza”, afirma o diretor do Sincodiv-DF. Fabricante - Com relação especificamente ao estado do motor, a Honda recomenda alguns procedimentos essenciais antes de se comprar uma moto usada. Após verificar se não está ocorrendo vazamento de óleo no cabeçote e nas tampas laterais, o comprador deve dar a partida e aguardar o aquecimento do motor e a estabilidade da marcha lenta, acelerando, na seqüência, até o primeiro traço vermelho do conta-giros. Caso a

motocicleta não possua o equipamento, acelere continuamente evitando permanecer com o curso total do acelerador por tempo prolongado. Se a aceleração demonstrar dificuldade ou fadiga, pode significar, entre outros motivos, que há peças com vida útil comprometida. Para tirar a conclusão final, acelere e desacelere contínua e bruscamente. Veja se a fumaça eliminada pelo escapamento apresenta cor azulada. Caso a resposta seja positiva, o motor está queimando óleo, e o mais prudente é não adquirir a motocicleta

nesse estado. Também é interessante ouvir atentamente o ruído do motor, constatando a presença excessiva de "sons metálicos" anormais ao modelo da motocicleta. Para verificar quanto a uma possível adulteração, a Honda lembra que os 6 últimos dígitos do número do chassi e do número do motor devem coincidir (exceto para modelos anteriores a 1994). Se os mesmos estiverem diferentes ou se a identificação do motor estiver apagada, desalinhada ou houver qualquer sinal de alteração desista da compra.


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DCARRO

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HISTÓRIA

Vemaguet: primeiro carro brasileiro O modelo é anterior ao Fusca. Sua produção começou no dia 19 de novembro de 1956 no bairro do Ipiranga, em São Paulo, nas instalações da Vemag S/A. Divulgação

SÉRGIO APARECIDO

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ia desses numa roda de amigos todos cincoentões - alguém começou a falar sobre os carros fabricados no Brasil, quando a discussão correu para os lados de quem fora o primeiro a ser fabricado na Terra Brasilis. E a briga esquentou porquê a maioria achava que o primeirão tinha sido o Fusca. E não foi! Na verdade, o primeiro foi a perua Vemaguet. Voltemos no tempo... Era 19 de novembro de 1956, quando a Vemag S/A - Veículos e Máquinas Agrícolas, empresa nacional, instalada em 87.114 m² no bairro do Ipiranga, São Paulo, que montava máquinas agrícolas e caminhões, e distribuir os automóveis americanos Studebaker, apresentava a perua DKW, aqui batizada Vemaguet. A simpática perua era idêntica ao modelo original, produzido na Alemanha pela Auto Union, montadora que havia cedido a licença de fabricação ao Brasil. Tendo apenas 54,2% de peso nacionalizado a perua Vemaguet recebeu o Certificado nº 1 do GEIA - Grupo Executivo da Indústria Automobilística, sendo oficialmente reconhecido como o primeiro veículo automotor de produção nacional (até então, todos os automóveis eram importados ou simplesmente montados no Brasil). Dechavê - Embora ultrapassado para os padrões atuais, a perua DKW - Vemag apresentava linhas nitidamente européias, com características aerodinâmicas (sem

A perua DKW, batizada no Brasil de Vemaguet, tinha motor de 3 cilindros em linha. O seu índice de nacionalização era de 54,2%. Suas portas abriam de frente para trás.

partes que oferecessem resistência ao ar), mas com a traseira quadrada, destoando de sua parte dianteira, com destaque para a grade em aço com aletas horizontais, dois faróis redondos e grande oferta de cromados - comum na década de 50 portas dianteiras que se abriam para trás, ou seja, ao contrário do que ocorre nos carros normalmente, e que logo foi maliciosamente apelidado de "dechavê", já que as mulheres de saias curtas, quando distraídas, ao saírem do carro, davam show à la Sharon Stone em "Instinto

Selvagem", para deleite da garotada. Internamente, dois confortáveis bancos inteiriços para seis pessoas e painel funcional com dois mostradores, com velocímetro e hodômetro à esquerda; marcadores do nível de combustível e temperatura do motor à direita; e comandos bem distribuídos, destacando-se: interruptor de luzes dividido em duas seções (um botão para lanternas e outro para luz do painel), acionador dos limpadores de pára-brisa e partida do motor agrupados à esquerda da instrumentação, alavancas da roda livre e do freio de estacionamento localizadas debaixo do painel, à esquerda e à direita do volante. Três cilindros - Na mecânica, a Vemaguet apresentava motor de três cilindros em linha, dois tempos, (havia necessidade de misturar óleo na gasolina) refrigerado a água colocado na frente e com tração dianteira (características que o diferenciavam dos demais carros de então, pois todos que eram vendidos aqui ti-

nham tração traseira): cilindrada de 896 cm, potência de 38 hp a 4250 rpm. No câmbio, com alavanca junto ao volante, as 1ª e 3ª marchas eram posicionadas para baixo, 2ª, 4ª e ré para cima (outra diferença de outros veículos), chassi de perfis fechados com reforço transversal em X, tanque de combustível de 42 litros, freios hidráulicos nas quatro rodas e consumo de 12,5 km/l, graças ao econômico motor dois tempos. Duas outras peculiaridades eram a ignição e a roda livre: o sistema de ignição era composto por três bobinas, platinados e condensadores montados em seqüência (um para cada cilindro), dispensando o distribuidor, enquanto a roda livre era um dispositivo que, quando acionado, impedia que o motor fosse impulsionado pelas rodas no momento da desaceleração. Um sistema muito vantajoso, pois possibilitava grande economia de combustível nas estradas, mas que, ao mesmo tempo, expunha os freios à uma solicitação violenta nas descidas de serra,


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HISTÓRIA Divulgação

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COMEMORAÇÃO DOS 50 ANOS

O Belcar, o primeiro sedã de passageiros da linha Vemag

onde muitas vezes acontecia 'fading', ou Motor de 50 hp - Em 1959, ganha um seja, perda de eficiência. Na época, todos conjunto motriz mais possante: motor de os freios eram a lona. 980 cm, com 50 hp a 4.500 rpm e a Um ano depois, a fábrica apresenta a denominação DKW 1000. Em 1960, todos Vemaguet modelo 1958, já com 55% de os modelos passaram a usar câmbio com peso nacionalizado, e modificações na as quatro marchas sincronizadas. Mesmo com a pequena potência, tanto carroceria que a deixaram maior e mais a perua como o bonita: grade dianteira tipo sedã podiam colméia cromatransportar até seis pessoas e da, novos páralamas traseiros bagagem com e nova localizacerto conforto. Aprove itando ção do bocal do essas característanque de combustível. Em seticas, parte da guida, o jipe propaganda dos dois carros DKW-Vemag dizia que 3=6, (em fevereiro de 58, denomi- Linha de montagem da Vemaguet ou seja, que nado Candanaquele motor go, em homenagem aos trabalhadores de três cilindros equivalia a um de seis. nordestinos que construíram Brasília) e Uma boa jogada. E graças à lubrificação em abril surge o Belcar, o primeiro sedã feita com mistura óleo/gasolina os pede passageiros da linha, derivado da quenos Vemag, relativamente simples, Vemaguet, com quatro portas, capota e não tinham válvulas ou outras das peças porta-malas de tamanho reduzido, com móveis que esse sistema supõe. Tinham capô de linhas aerodinâmicas em forma esquema complexo no sistema de disde cunha, pára-lamas traseiros pronun- tribuição, com uma bobina e um platinado para cada um dos cilindros. ciados e lanternas traseiras diferentes.

No próximo mês de junho, exatamente no dia 16, a indústria automobilística brasileira comemora 50 anos de atividades no Brasil. Esta data marca a assinatura do Decreto 39.412, que estabeleceu normas para a instalação de fábricas e criou o GEIA - Grupo Executivo da Indústria Automobilística. O grande incentivador do desenvolvimento do setor foi o então presidente Juscelino Kubitschek. É famosa a sua foto na inauguração da fábrica da Volkswagen do Brasil na Via Anchieta, em São Bernardo do Campo. O evento aconteceu dia 18 de novembro de 1959, mesmo dia do lançamento do então chamado Sedã 1.200, carinhosamente batizado

pelos brasileiros de Fusca. A diferença entre este modelo e o Vemaguet é que o seu índice de nacionalização inicial era bem maior, na faixa de 95%. Até por conta disso se pensa no Fusca quando se fala dos primeiros carros produzidos no Brasil. Mas a própria Volkswagen já havia iniciado produção antes de apresentar o tradicional Fusquinha aos brasileiros. A Kombi, por exemplo, data de 1956 e também teve sua produção iniciada no bairro do Ipiranga na capital paulista. Só no final da década de 50 é que o modelo, vendido até hoje, passou a ser fabricado na unidade da Via Anchieta. Alzira Rodrigues


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DCARRO

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DIRIJA SEU PREFERIDO

Nissan participa do Quatro Rodas Experience

DCARRO POR AÍ

NOVO PLANO DE CONSÓRCIO

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Público poderá testar o 350Z

profissionais. A Nissan também vai mostrar no evento três Pathfinder e dois X-TRAIL, modelos que serão liberados para testes onroad. Para o espaço off-road os clientes poderão escolher entre a série especial Frontier Attack, o utilitário esportivo Xterra e a Pathfinder.

Master comemora 20 anos Master Sistemas Automotivos com- International – hoje ArvinMeritor, maior pleta 20 anos de atividades no dia 26 produtor mundial de freios. A De uma capacidade inicial instalada de de abril, com capacidade instalada para a produção de 870 mil freios/ano e uma participação de mercado de 52%. Para comemorar a data, a empresa fez uma programação especial para os funcionários que vai durar o mês inteiro, incluindo ações festivas, culturais e de responsabilidade social, como a campanha de doação de alimentos à comunidade de Caxias do Sul, onde está sediada. A Master foi criada pelas Empresas Randon, maior fabricante de implementos rodoviários da América Latina, através de uma joint-venture com a Rockwell

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50 mil freios e pouco mais de 10% de participação no mercado brasileiro, a empresa contabiliza, atualmente, mais de 3,5 milhões desses equipamentos com a qualidade e tecnologia Master que garantem a segurança de caminhões, ônibus e implementos rodoviários. Entre seus clientes nacionais estão os fabricantes de veículos comerciais Volks, Ford, Scania, Volvo, Agrale, DaimlerChrysler e Iveco, além das montadoras de implementos rodoviários. Fora do País, os freios Master chegam ao mercado através da ArvinMeritor.

Blaupunkt, unidade de som automotivo da Robert Bosch, preparou um programa especial de treinamento para lojistas e profissionais que queiram aprimorar as técnicas de instalação de aparelhos e acessórios de som automotivo. A primeira turma, que contará com 30 vagas, terá aulas na semana de 8 a 12 de maio. O curso, que envolve teoria e prática, é gratuito e será ministrado no Centro de Treinamento da Robert Bosch em Campinas, no interior de São Paulo.

Rodobens Consórcio acaba de lançar uma nova modalidade em consórcio de caminhões para toda a rede credenciada Mercedes-Benz. O Plano Integrado, que é resultado de uma parceria com a DaimlerChrysler, a rede de concessionárias e o banco da marca, tem as seguintes características: faturamento direto da fábrica, preço competitivo e prioridade de entrega de caminhões Mercedes-Benz nas contemplações, como forma de fidelizar os consorciados.

Astra: o usado mais procurado na internet

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sedã médio Astra, da Chevrolet, é o veículo mais procurado de seu segmento no mercado de usados da internet, segundo dados do site WebMotors coletados no último mês de março. Foram mais de 136 mil buscas pelo modelo, num período de 30 dias. O critério de medição de procura se baseia em três fatores: a busca por anúncios, as propostas feitas por cada carro e os pedidos de avaliação de preços do modelo. Em segundo lugar ficou outro sedã da marca, o Vectra modelo antigo (com 111 mil buscas a anúncios) e em terceiro, o Honda Civic (com 86 mil acessos). O mercado de automóveis observa

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Nissan do Brasil estará presente no Quatro Rodas Experience, programado para o período de 4 a 7 de maio no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. O evento, inédito no País, foi elaborado para que os apaixonados por carros pudessem ter um contato mais próximo dos veículos de suas marcas prediletas. Os entusiastas da Nissan poderão dirigir os produtos nacionais e importados da empresa, com destaque para o 350Z. O superesportivo será o único da categoria que poderá ser dirigido pelos próprios clientes na pista do Autódromo de Interlagos. Além disso, quem passar por lá, poderá conferir os detalhes técnicos e o design do 350Z NISMO, que só estará disponível para os instrutores

QUER APRENDER SOBRE SOM AUTOMOTIVO?

um grande crescimento nas vendas de sedãs médios. O líder de vendas do segmento é o novo Chevrolet Vectra, seguido pelo Toyota Corolla. No último mês de março, a francesa Renault trouxe o novo Mégane e, ainda este ano, outra novidade pretende agitar essa fatia de mercado: o novo Honda Civic.


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PESQUISA

Contra perturbações eletromagnéticas Renault inaugura em Aubevoye, na França, um dos mais modernos centros técnicos do mundo Renault acaba de inaugurar um centro técnico, na França, voltado exclusivamente ao estudo da compatibilidade eletromagnética nos veículos. Batizado de Pólo CEM e localizado em Aubevoye, o novo espaço consumiu investimentos de 10 milhões de euros e entrará em operações no próximo mês de maio. Seu objetivo é garantir a imunidade dos equipamentos eletrônicos instalados nos veículos Renault a perturbações eletromagnéticas externas, assim como controlar as ondas emitidas pelos modelos e mensurar o desempenho das radiações emitidas pelas antenas de rádio. O primeiro automóvel a passar por testes será o substituto do Renault Laguna. As pesquisas acontecerão durante toda a fase de desenvolvimento deste novo modelo e a partir de agora vão abranger todos os veículos da marca francesa e também os da japonesa Nissan, que pertence ao mesmo grupo. Ocupando uma área de 1.800 m², o “Pólo CEM” conta com as últimas tecnologias disponíveis na área de compatibilidade eletromagnética. As instalações comportam três gaiolas Faraday, projetadas com o intuito de não sofrer nenhum tipo de perturbação eletrônica externa. Única no mundo, a câmara de freqüência de rádio é voltada à medição do desempenho de radiação das antenas. Já na câmara de testes de imunidade, a resistência eletromagnética dos veículos será testada em condições extremas. Colocados sobre uma plataforma rolante que simula as reais condições de

Divulgação

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As instalações ocupam área de 1.800 m², que abrigam câmaras de freqüência de rádio, de testes de imunidade e de "Silêncio Eletromagnético"

rodagem, os veículos serão submetidos a campos eletromagnéticos de antenas que geram mais de 100 V/m a freqüências de 100 KHz a 3 GHz. Inversamente, a câmara de Silêncio Eletromagnético - permitirá a mensuração das emissões úteis do veículo e de seus equipamentos eletrônicos, isolandose a radiação externa. 20 anos - A inauguração do “Pólo CEM” é mais um passo que o Grupo Renault dá na área de pesquisas relacionadas à compatibilidade eletromagnética nos veículos e de freqüências de rádio, ramo de estudo em que a equipe de engenharia da empresa trabalha há mais de 20 anos.


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DCARRO

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CONSÓRCIO

Público masculino ainda predomina Pesquisa indica que as administradoras de consórcio devem investir mais em mulheres e jovens

ALZIRA RODRIGUES

M

DC

ulheres e jovens devem ser foco das próximas ações do sistema de consórcio a partir de agora. É que estes dois públicos ainda têm representatividade relativamente baixa nos negócios do setor, conforme se constatou em pesquisa encomendada pela Abac Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios à QuorumBrasil Informação & Estratégia. O objetivo do levantamento foi justamente delinear o atual perfil do consorciado e definir parâmetros de atuação do setor. "Acreditamos que a pesquisa será uma ótima ferramenta para aprimorar o relacionamento dentro do sistema de consórcios, fato importante num ano em que a expectativa é a de crescer 10% nas vendas de novas cotas", diz Rodolfo Montosa, presidente nacional da Abac. Embora represente 45% da força de trabalho no País, o público feminino, principalmente no segmento de motos, ainda é pequeno. No consórcio de automóveis, 56% dos compradores são homens e 44% mulheres. No de motocicletas, a proporção é de, respectivamente, 78% e 22%. O inverso acontece quando se pesquisa o perfil por faixa etária. Os jovens entre 20

e 29 anos dominam as compras de consórcio de motos, com 37% de participação, enquanto no segmento de automóveis representam apenas 10%. A grande maioria dos consorciados de grupos de carro está na faixa de 30 a 39 anos (55%) e 40 a 50 anos (32%). A pesquisa, que envolveu 650 entrevistados em três capitais brasileiras (São Paulo, Porto Alegre e Salvador), revelou que 70% dos consorciados vêem nesta

CENTRO AUTOMOTIVO

Suspensão Alinhamento Balanceamento

Amortecedores

Freios Embreagem

Pneus Escapamentos Injeção Eletrônica

Av. Jacú Pêssego, nº 5.326 Itaquera - SP

Elétrica Manutenção preventiva

Sistema “leva e traz”

Fone: 6286-5069

modalidade de compra uma forma de poupar. Os motivos apresentados pelos demais 30% foram investimento, compra programada e falta de condições de fazer a aquisição a vista. Classe social - Também foi analisado o perfil do consorciado por classe social. A presença maior, tanto nos automóveis como nas motos, está nas classes A e B. Mas no caso dos veículos de duas rodas há

maior participação das classes C (28%) e D (2%) do que nos consórcios de carro (respectivamente, 12% e 1%). Na análise do presidente da Abac, tais dados indicam enorme potencialidade junto à classe C, que precisa ser melhor trabalhada tanto no segmento de motos como, principalmente, no de automóveis. Objetivos - Tomando por base as expectativas de um consorciado em relação à administradora, observa-se que a garantia de entrega, clareza na venda, manutenção da informação, imagem da empresa e atendimento são os cinco fatores mais considerados. O sistema de consórcio totalizou R$ 49,5 bilhões em ativos administrados durante o ano passado, volume que inclui, além dos veículos, eletroeletrônicos e imóveis. Em fevereiro deste ano, conforme o último levantamento do Banco Central, o setor atingiu 3,38 milhões de participantes, o que representou aumento de 5% em relação ao mesmo mês de 2005. No mercado de veículos há 2,74 milhões de consorciados. Nesse segmento, a comercialização de novas cotas registrou alta de 6,5% no primeiro bimestre, subindo de 199 mil para 212 mil na comparação ano a ano.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 19 de abril de 2006

ECONOMIA/LEGAIS - 9

Tim Boyle/Getty Images/AFP

BALANÇOS MELHORAMENTOS SUL DO PARÁ S.A.

CNPJ nº 49.333.800/0001-13 Relatório da Diretoria Senhores Acionistas: Em obediência às disposições estatutárias e às determinações legais que regem o funcionamento das sociedades por ações, submetemos à apreciação dos Senhores Acionistas o Balanço Patrimonial e as Demonstrações Financeiras do exercício encerrado em 31.12.2005, acompanhados das Notas Explicativas. São Paulo, 23 de março de 2006. A Diretoria Balanços Patrimoniais em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em milhares de reais) Demonstrações de Resultados dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em milhares de reais) Ativo 2005 2004 Passivo e Patrimônio Líquido (Passivo a descoberto) 2005 2004 Circulante Circulante (Despesas) Receitas Operacionais 2005 2004 Disponibilidades 1 1 Impostos e contribuições a recolher 37 61 Administrativas e gerais (56) (51) Impostos a compensar 14 11 Outras contas a pagar 18 17 Financeiras líquidas (27) (199) 15 12 (83) 55 78 (250) Não Circulante Prejuízo do exercício (83) (250) Prejuízo por lote de Mil Ações do Capital Social - R$ (0,01) (0,01) Exigível a Longo Prazo Não Circulante As notas explicativas integram as demonstrações contábeis Contas a pagar a empresa ligada 2.171 2.003 Realizável a Longo Prazo 2.171 2.003 Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos dos exercícios Depósitos judiciais 9 9 Patrimônio Líquido (Passivo a descoberto) findos em 31 dezembro de 2005 e 2004 (Em milhares de reais) Contas a receber de empresa ligada 419 360 Capital social (Nota 4) 15.300 15.300 Origens de Recursos 2005 2004 428 369 Reservas de capital 1 1 De terceiros: Reservas de lucros 30 30 Aumento do Exigível a longo prazo 122 61 Prejuízos acumulados (17.114) (17.031) 122 61 (1.783) (1.700) Aplicações de Recursos 443 381 443 381 Das operações As notas explicativas integram as demonstrações contábeis Prejuízo do exercício 83 250 Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido (Em milhares de reais) Itens que não representam movimento do capital circulante: Reservas Reservas Prejuízos Juros e atualização do realizável a longo prazo 10 43 Capital Social de Capital de Lucros Acumulados Total Juros e atualização do exigível a longo prazo (46) (237) Saldos em 1º de janeiro de 2004 15.300 1 30 (16.781) (1.450) Recursos aplicados nas operações 47 56 Prejuízo do exercício (250) (250) Aumento do Realizável a longo prazo 49 25 Saldos em 31 de dezembro de 2004 15.300 1 30 (17.031) (1.700) 96 81 Prejuízo do exercício (83) (83) 26 (20) Saldos em 31 de dezembro de 2005 15.300 1 30 (17.114) (1.783) (Redução) Aumento do capital circulante líquido As notas explicativas integram as demonstrações contábeis Demonstração da Variação do Capital Circulante Saldos em 31 de dezembro Variações Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em milhares de reais) 2005 2004 2003 2005 2004 1. Operações: A sociedade tem por objeto social as atividades da Os direitos são demonstrados pelos valores de realização. c. Contas a Ativo circulante 15 12 2 3 10 pecuária e da heveicultura. Em 27 de outubro de 1998, a empresa receber e a pagar de/a empresas ligadas: Referem-se a saldos em Passivo circulante 55 78 48 (23) 30 celebrou um Instrumento Particular de Compromisso de Venda e conta corrente, os quais estão atualizados de acordo com a variação Capital circulante líquido (40) (66) (46) 26 (20) Compra de Imóvel com Benfeitorias, no qual foram vendidos seus ativos mensal do IGP-M. d. Passivo circulante: São demonstrados por As notas explicativas integram as demonstrações contábeis valores conhecidos ou calculáveis. 4. Capital Social: Está permanentes, além dos estoques de gado bovino. 2. Apresentação das Assembléia Geral Ordinária que aprovar as demonstrações contábeis. Demonstrações Contábeis: As demonstrações contábeis foram representado por 135.524.203.935 ações nominativas, subdivididas em 5. Partes Relacionadas: As transações de compras e vendas, 26.270.842.831 ações ordinárias, 68.777.896.096 ações preferenciais elaboradas de acordo com os critérios contábeis estabelecidos pela Lei efetuadas com empresas relacionadas, são realizadas em condições classe A e 40.475.465.008 ações preferenciais classe B, sem valor das Sociedades por Ações e disposições tributárias vigentes. 3. normais de mercado. Sobre os empréstimos em conta corrente há nominal. Os acionistas têm direito a um dividendo mínimo de 25% do Resumo das Principais Práticas Contábeis: a. Apuração do atualização monetária calculada de acordo com a variação mensal do lucro líquido do exercício, ajustado conforme disposto na Lei das resultado: As receitas e despesas são registradas pelo regime de IGP-M. Sociedades por Ações, cuja distribuição será deliberada por ocasião da competência mensal. b. Ativo circulante e realizável a longo prazo: Marcelo Fernandes de Oliveira - Contador - CRC1SP 148.350/O-6 - CPF 085.559.578-77

A Diretoria

CIA LILLA DE MÁQUINAS INDÚSTRIA E COMÉRCIO C.N.P.J. Nº 61.139.622/0001-90

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO

Foi o primeiro grande aumento da história nos Estados Unidos

Barril do petróleo bate US$ 71 nos EUA

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preço do petróleo nos Estados Unidos fechou acima dos US$ 71 por barril, ontem, pela primeira vez na história, em meio às preocupações com o Irã e a Nigéria e tensões devido ao fornecimento da gasolina antes do verão no Hemisfério Norte (veja mais na pág. 12) A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) alertou que a manutenção de preços elevados do produto pode ameaçar o crescimento econômico mundial. Esse risco se aplica principalmente nos países que vivem um ciclo de aperto monetário, como é o caso dos Estados Unidos. "A economia norte-americana deverá se desacelerar mais para o final de 2006 e a economia mundial vai se tornar mais dependente da demanda gerada na Ásia e Europa", considerou a Opep em seu relatório mensal divulgado ontem. Segundo a entidade, a fase de manutenção das refinarias e a queda maior do que a esperada nos estoques de gasolina nos Estados Unidos nas últimas semanas fortaleceram o temor de problemas na oferta do combustível durante a temporada de verão no Hemisfé-

rio Norte, quando aumenta a circulação de veículos nas estradas norte-americanas. Isso mudou o foco do mercado para as tendências da gasolina, elevando os preços dos combustíveis em todo o mundo. A continuidade da manutenção de refinarias nos Estados Unidos em abril e maio, aliada a fatores técnicos na Ásia no segundo trimestre vai oferecer ainda mais apoio para os preços dos derivados leves e as margens das refinarias nos próximos meses. Além disso, acrescentou o cartel, com a aproximação do verão nos Estados Unidos e a queda potencial dos estoques de gasolina em abril, a pressão sobre os preços dos derivados poderá também ter um impacto sobre os custos do petróleo cru. A Opep informou que o consumo mundial de petróleo cresceu 1,2% no ano passado, atingindo uma média diária de 83,1 milhões de barris. Em 2006, o consumo deverá crescer 1,7%, com uma média de 84,5 milhões de barris por dia. Segundo a entidade, os dados sobre a demanda na China no primeiro trimestre de 2006 sinalizam uma forte volatilidade, com um crescimento de 20% em janeiro. (Agências)

Petrobras: nova área no ES

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Petrobras anunciou ontem a descoberta de um novo campo de óleo leve na Bacia do Espírito Santo, por meio do poço 4-ESS-164A, localizado 12 quilômetros a noroeste do campo de Golfinho. O volume estimado da nova descoberta é de 280 milhões de barris de óleo equivalente. Os dados obtidos até o momento, de acordo com a empresa, sugerem que se trata de óleo de excelente qualidade. No anúncio da nova descoberta, a estatal lembrou que recentemente a perfuração do poço de prefixo 4-ESS-160 na mesma bacia do Espírito Santo revelou acumulação de hidrocarbonetos com um volume estimado de capacidade entre 60 milhões e 80 milhões de barris de óleo equivalente. Considerando que as estimativas anteriores para o cam-

po de Golfinho indicavam volumes de 250 milhões de barris de óleo equivalente, as novas descobertas elevam o potencial de exploração para algo entre 310 e 330 milhões de barris de óleo equivalente na região. Considerando-se toda a Bacia do Espírito Santo, a reserva estimada disponível para exploração da empresa sobe para 600 milhões de barris. Dos 17 poços perfurados até agora pela Petrobras na província de óleo leve da Bacia do Espírito Santo, 15 encontraram hidrocarbonetos. "Esse sucesso exploratório, com um índice de acerto de 88%, revela o grande potencial da bacia, onde deverão ser perfurados pelo menos dois novos prospectos até o final do ano", destacou a Petrobras na nota em que divulgou a descoberta da área de exploração. (AE)

Apoio a usina de energia

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presidente Luiz Inácio Lula da Silva visita hoje, em Osório, no Rio Grande do Sul, o canteiro de obras do complexo eólico de Osório, o maior da América Latina. O empreendimento, que prevê investimentos de R$ 662,4 milhões e conta com o apoio do governo federal, quintuplicará a energia eólica produzida atualmente no País. Cerca de 40 empresas participam da execução das obras, que vai criar 600 empregos di-

retos e 2, 4 mil indiretos. O complexo eólico de Osório (composto pelos parques de Osório, Sangradouro e Dos Índios) terá uma potência instalada de 150 MW, energia suficiente para abastecer 117 mil residências com consumo médio de 200 kWh/mês. A obra pertence a um consórcio representado pela Enerfin do Brasil Produtora de Energia Ltda, com participação do grupo espanhol Elecnor e da empresa alemã Enercon. (AE)

Senhores Acionistas: Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, temos a satisfação de apresentar o relatório da administração, demonstrações financeiras e respectivas notas explicativas, referente ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005. Permanecemos, outrossim, ao inteiro dispor de V.Sªs., para quaisquer esclarecimentos que porventura se façam necessários. São Paulo, 30 de Março de 2006. A DIRETORIA Balanço Patrimonial Encerrado em 31 de Dezembro de 2005 Demonst. do Resultado do Exercício R$ 31/12/2005 R$ 31/12/2004 Ativo R$ 31/12/2005 R$ 31/12/2004 Passivo R$ 31/12/2005 R$ 31/12/2004 Receita Bruta Operacional 10.505.343,00 9.324.393,22 Circulante Circulante Devoluções, Descontos e Imp. s/ Fornecedores 465.211,24 481.314,84 Caixa e Bancos 353.961,43 257.679,64 Vendas e Serviços -366.919,06 -311.387,33 Valores Mobiliários 42.723,71 616.748,72 Provisão para Imposto de Renda 38.800,86 58.959,70 Receita Líquida Operacional 10.138.423,94 9.013.005,89 Inventários 1.412.457,82 1.257.703,16 Obrigações Fiscais 49.337,40 23.131,96 Custos dos Produtos -5.802.118,45 -5.057.914,79 Pró Labore a Pagar 39.311,97 36.312,43 Clientes 766.118,08 416.567,78 Lucro Operacional Bruto 4.336.305,49 3.955.091,10 Provisão Para Devedores Duvidosos -11.491,77 -6.248,51 Contribuição Social 23.285,24 32.272,31 Despesas Operacionais Impostos a Compensar 54.444,33 53.916,74 Dividendos Obrigatórios a Pagar 180.000,00 180.000,00 Administrativas -690.467,69 -599.177,55 Total do Circulante 795.946,71 811.991,24 Total do Circulante 2.618.213,60 2.596.367,53 Gerais -1.522.230,19 -1.594.403,99 Realizável a Longo Prazo Comerciais -937.719,03 -960.507,60 Empréstimos Compulsórios 11.646,25 11.646,25 Patrimônio líquido Financeiras -292.341,18 -61.669,56 Capital 2.000.000,00 2.000.000,00 Total do Realizável a Longo Prazo 11.646,25 11.646,25 Tributárias -274.303,33 -94.599,42 Permanente Reservas de Lucro 99.103,00 88.064,94 Provisões e Depreciações -11.491,77 -6.248,51 Investimentos Saldo à Disposição da Assembléia 29.723,14 23.066,41 Total Despesas Operacionais -3.728.553,19 -3.316.606,63 Lucros/Prejuízos Acumulados 993.228,41 970.162,00 Incentivos Fiscais 26.797,91 26.797,91 Outras Receitas 23.521,01 912,13 Imobilizado Total do Patrimônio Líquido 3.122.054,55 3.081.293,35 Receitas Financeiras 5.289,57 10.516,14 Imóveis 1.271.082,28 1.271.082,28 Reversões de Provisões 6.248,51 13.125,02 Máquinas e Equipamentos Industriais 347.410,10 347.410,10 Lucro Operacional Líquido 642.811,39 663.037,76 3.918.001,26 3.893.284,59 Móveis, Utensílios e Instalações 177.866,70 174.996,10 Total do Passivo Correção Monetária do Balanço Veículos 80.920,57 80.920,57 Variação do Capital Circulante Líquido Contribuição Social -141.509,89 -156.963,68 Exercício Exercício Marcas e Patentes 55.019,86 55.019,86 Provisão para Imposto de Renda -280.540,30 -292.319,96 Atual Anterior Depreciações -670.956,01 -670.956,01 Ativo Circulante Inicial Resultado do Exercício 220.761,20 213.754,12 2.596.367,53 2.596.367,53 Total do Imobilizado 1.261.343,50 1.258.472,90 Passivo Circulante Inicial Resultado por Ação R$2,2076 R$2,1375 -811.991,24 -811.991,24 Total do Permanente 1.288.141,41 1.285.270,81 Capital Circulante Líquido Inicial 1.784.376,29 1.784.376,29 Demon. dos Lucros ou Prej. Acum. R$ 31/12/2005 R$ 31/12/2004 Total do Ativo 3.918.001,26 3.893.284,59 Ativo Circulante Final 2.618.213,60 2.596.367,53 Recursos -795.946,71 -811.991,24 Notas Explicativas da Diretoria Sobre as Demonstrações Contábeis Passivo Circulante Final Saldo Anterior de Lucros Acumulados 993.228,41 970.162,00 Capital Circulante Líquido Final 1.822.266,89 1.784.376,29 Lucro Líquido do Exercício 220.761,20 213.754,12 Nota 1 - Práticas Contábeis - As demonstrações financeiras foram Variação do Capital Circulante Líquido 37.890,60 0,00 Total dos Recursos 1.213.989,61 1.183.916,12 elaboradas de conformidade com as disposições contidas na Lei das Demonstração das Orígens e Aplicações de Recursos Aplicações Sociedades Anônimas e na Legislação do Imposto de Renda. a) Ativo Transferência para Reservas -11.038,06 -10.687,71 Exercício Exercício Imobilizado e Depreciações - Os componentes do ativo imobilizado são Lucros Capitalizados 0,00 0,00 Atual Anterior avaliados ao custo de aquisição ou construção, atualizado Dividendos Pagos 0,00 0,00 Orígens de Recursos monetariamente, deduzido das respectivas depreciações, amortizações Dividendos Obrigatórios a Pagar -180.000,00 -180.000,00 e exaustões acumuladas, calculadas com base na estimativa de sua Lucro Líquido do Exercício Ajustado Total das Aplicações -191.038,06 -190.687,71 Lucro Líquido do Exercício 220.761,20 213.754,12 utilidade econômica. b) Estoques - Foram avaliados pelo valor de mercado. Lucros ou Prejuízos Acumulados 1.022.951,55 993.228,41 Depreciação do Exercício 0,00 0,00 c) Provisão Para Devedores Duvidosos - À provisão constituída aplicouProposta de Destin.do Result.do Exercicio Exercício Exercício CM do Realizável a Longo Prazo 0,00 0,00 se o percentual de 1,5% sobre as contas a receber de clientes. Atual Anterior Subtotal 220.761,20 213.754,12 d) Provisão Para Imposto de Renda - O imposto foi calculado sobre o Resultado do Exercício 220.761,20 213.754,12 Total 220.761,20 213.754,12 lucro presumido. e) Longo Prazo - A divisão de longo prazo dos valores Reserva Legal (Art. 18, Alínea A do ativos e passivos compreendem o ciclo de 360 dias. f) Investimentos - Aplicações de Recursos Estatuto Social) -11.038,06 -10.687,71 Aquisição de Direitos do Ativo Imobillizado -2.870,60 -7.251,83 Os investimentos estão contabilizados ao custo, acrescidos da correção Lucro Líquido 209.723,14 203.066,41 Dividendos Obrigatórios -180.000,00 -180.000,00 monetária. g) Princípios Contábeis - Foram adotados os princípios Dividendos (Art. 18, Alíneas B e C do Aumento do Realizável a Longo Prazo 0,00 0,00 contábeis introduzidos pela atual lei das Sociedades Anônimas em Estatuto Social) -180.000,00 -180.000,00 Dividendos Pagos 0,00 0,00 consonância com o preceituado na legislação do Imposto de Renda. Saldo à Disposição da Assembléia 29.723,14 23.066,41 Total -182.870,60 -187.251,83 Nota 2 - Capital - O capital social, nacional, é constituído de 100.000 Antonio Tadeu Rodrigues Martins - CRC/SP.1SPO51948/O-0 TC Aumento/Red. Do Capital Circulante Líquido 37.890,60 26.502,29 ações ordinárias nominativas, integralizadas, sem valor nominal. Diretoria

Ciro de Campos Lilla - Diretor Presidente; Fernando Fernandes - Diretor Industrial; Maria da Glória Ferreira de Campos Lilla - Diretor; Norma Lilla - Diretor.

COMPANHIA DE CIMENTO PORTLAND PONTE ALTA C.N.P.J./M.F. nº 61.403.507/0001-80 Relatório da Diretoria Senhores Acionistas: Em obediência às disposições estatutárias e às determinações legais que regem o funcionamento das sociedades por ações, submetemos à apreciação dos Senhores Acionistas o Balanço Patrimonial e as Demonstrações Financeiras do exercício encerrado em 31.12.2005, acompanhados das Notas Explicativas. Resultado do Exercício: O lucro líquido de R$ 2.967 mil, diminuído do valor de R$ 148 mil referente a constituição da reserva legal, resultou no lucro líquido do exercício de R$ 2.819 mil. A Diretoria propõe que seja distribuído um dividendo de R$ 850 mil, correspondente a 30,15% deste lucro e que os dividendos antecipados por conta do lucro do exercício no valor de R$ 850 mil, sejam imputados ao dividendo acima, considerando-se, portanto, já distribuída a integralidade do dividendo. Conforme descrito na Nota Explicativa 7 (e), a reserva de lucros a realizar no montante de R$ 8.977 mil, foi integralmente revertida como ajuste de exercícios anteriores, assuntos estes que deverão ser discutidos na Assembléia Geral dos Acionistas. Agradecimentos: Ao término de mais um ano, agradecemos aos nossos acionistas, clientes e fornecedores, pela confiança depositada na Companhia de Cimento Portland Ponte Alta. A DIRETORIA São Paulo, 23 de março de 2006 Balanços patrimoniais em 31 de dezembro - Em milhares de reais Demonstrações do resultado dos exercícios findos em 31 de dezembro Em milhares de reais, exceto quando indicado Ativo 2005 2004 Passivo e patrimônio líquido 2005 2004 Circulante Circulante Receita bruta de vendas 2005 2004 Disponibilidades 2.983 1 Fornecedores 76 Vendas de produtos 195 156 Aplicações financeiras 262 Impostos e contribuições a recolher 18 4 Impostos sobre vendas (24) (20) Estoques (Nota 3) 227 208 Dividendos a pagar (Nota 7 b) e f)) 2.851 1 Receita líquida das vendas 171 136 Impostos a recuperar 122 104 Demais contas a pagar 46 76 Custo dos produtos vendidos (166) (154) Dividendos a receber (Nota 5) 2.035 2.991 81 Lucro (prejuízo) bruto 5 (18) Demais contas a receber 57 10 Receitas (despesas) operacionais 3.389 2.620 Não circulante Gerais e administrativas (131) (157) Não circulante Exigível a longo prazo Receita financeira, líquida 39 270 Realizável a longo prazo Tributos “sub judice” 186 172 Dividendos recebidos de coligada (Nota 5) 2.967 6.810 Imposto de renda e contribuição social diferidos 130 131 Outras receitas operacionais, líquidas 91 Mútuo com empresa ligada (Nota 4) 2.172 2.003 Patrimônio líquido (Nota 7) 2.966 6.923 Demais contas a receber 57 57 Capital social 11.550 11.550 Lucro operacional 2.971 6.905 2.359 2.191 Reserva de capital 6 6 Resultado não operacional (1) 6 Permanente Reservas de lucros 6.061 17.102 Lucro antes do IR e da contribuição social 2.970 6.911 Investimentos Lucros acumulados 10.945 1.787 Imposto de renda e contribuição social Em empresa ligada (Nota 5) 24.825 24.825 28.562 30.445 Do exercício (2) (24) Em incentivos fiscais 38 38 Diferidos (1) (6) Imobilizado (Nota 6) 1.128 1.024 25.991 25.887 Lucro líquido do exercício 2.967 6.881 Total do passivo e patrimônio líquido 31.739 30.698 Total do ativo 31.739 30.698 Lucro líquido por lote de mil ações do capital social no fim do exercício - R$ 52,50 121,80 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras As notas explicativas da administração são parte Demonstrações das mutações do patrimônio líquido - Em milhares de reais integrante das demonstrações financeiras Reservas de lucros Demonstrações das origens e aplicações de recursos Capital Reserva Estatutária Lucros a Lucros Exercícios findos em 31 de dezembro - Em milhares de reais social de capital Legal operacional realizar Livre acumulados Total Em 1º de janeiro de 2004 11.550 13 1.274 8.977 6.323 184 28.321 Origens de recursos 2005 2004 Apropriação de lucros acumulados para reserva de lucros 184 (184) Das operações Baixa de incentivo fiscal (7) (7) Lucro líquido do exercício 2.967 6.881 Lucro líquido do exercício 6.881 6.881 Despesas (receitas) que não afetam Apropriação do lucro para: o capital circulante: Reserva legal 344 (344) Depreciações 94 84 Distribuição de dividendos antecipados (4.750) (4.750) Valor residual do ativo permanente baixado 14 33 Em 31 de dezembro de 2004 11.550 6 1.618 8.977 6.507 1.787 30.445 Imposto de renda e contribuição social diferidos 1 6 Ajuste de exercícios anteriores (Nota 7 e)) (8.977) 8.977 Juros e variações monetárias do realiz. a l. prazo (51) (238) Apropriação de lucros acumulados para reserva de lucros 1.788 (1.788) Recursos originados das operações 3.025 6.766 Distribuição de dividendos com reserva (Nota 7 f)) - (4.000) - (4.000) De terceiros Lucro líquido do exercício 2.967 2.967 Redução do realizável a longo prazo 7 Apropriação do lucro para: Ingressos de recursos no exigível a longo prazo 14 137 Reserva legal 148 (148) Total dos recursos obtidos 3.046 6.903 Distribuição de dividendos antecipados (Nota 7 b)) (850) (850) Aplicações de recursos Em 31 de dezembro de 2005 11.550 6 1.766 1.788 - 2.507 10.945 28.562 No realizável a longo prazo 125 61 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras No imobilizado 212 366 Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 Dividendos distribuídos e propostos 4.850 4.750 Em milhares de reais, exceto quando indicado Total de recursos aplicados 5.187 5.177 1. Operações: A companhia tem sede na capital do Estado de São Paulo Os saldos ativos e passivos circulantes serão liquidados no decorrer do Aumento (diminuição) no capital circulante (2.141) 1.726 e unidade operacional em Água Clara, no Estado de Mato Grosso do Sul, exercício de 2006. O mútuo mantido com a parte relacionada Ativo circulante: No fim do exercício 3.389 2.620 com atividades que compreendem, basicamente, a exploração Melhoramentos Sul do Pará S.A. tem prazo indeterminado e é atualizado No início do exercício 2.620 939 agropastoril e participação em sociedade coligada. de acordo com a variação mensal do Índice Geral de Preços de Mercado 769 1.681 2. Principais práticas contábeis: As demonstrações financeiras foram - IGP-M. Passivo circulante: No fim do exercício 2.991 81 elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com as práticas 5. Investimento em empresa ligada: A companhia possui investimento No início do exercício 81 126 contábeis adotadas no Brasil. Na elaboração das demonstrações na Cimento Mauá S.A. o qual é avaliado pelo método do custo por 2.910 (45) representar 6,5% do capital social da investida, sem influência em sua financeiras é necessário utilizar estimativas para contabilizar certos ativos, Aumento (diminuição) no capital circulante (2.141) 1.726 administração. Durante o exercício de 2005 a companhia recebeu passivos e outras transações. As demonstrações financeiras da empresa As notas explicativas da administração são parte incluem, portanto, estimativas referentes à seleção de vida útil do ativo dividendos no montante de R$ 2.967 (2004 - R$ 6.810) da referida integrante das demonstrações financeiras imobilizado, provisões necessárias para passivos contingentes, empresa ligada. giro, inclusive através de amortização das dívidas da companhia, determinação de provisão para imposto de renda e outras similares. Os 6. Imobilizado: % independentemente das retenções de lucros vinculadas ao orçamento de 2005 2004 Taxas resultados reais podem apresentar variações em relação às estimativas. capital em observância ao artigo 194 da Lei das Sociedades por Ações. O a) Apuração do resultado: O resultado é apurado pelo regime de Depreanuais saldo não poderá ultrapassar a 90% do capital social. e) Reserva de competência. b) Ativos circulante e realizável a longo prazo: Os ciação LíLíde lucros a realizar: Constituída anteriormente à Lei nº 10.303/01 com a estoques são demonstrados ao custo médio das compras ou produção, Custo acumul. quido quido deprec. finalidade de reter lucros não realizados em cada exercício. Por inferior aos valores de realização. Os demais ativos são apresentados ao Terras 125 125 125 representar lucros não realizados em investida que foi incorporada por valor de custo ou de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos Edificações 617 (249) 368 380 4 outra investida em anos anteriores, a correspondente reserva foi e as variações monetárias auferidas. c) Permanente: Demonstrado ao Benfeitorias 205 (75) 130 176 10 integralmente revertida como ajuste de exercícios anteriores. f) Reserva custo, corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995, combinado Máquinas, instalações livre: Refere-se à retenção do saldo remanescente de lucros apurados com os seguintes aspectos: • Investimento em empresa ligada conforme e equipamentos 42 (36) 6 8 10 a 25 em exercícios anteriores para futuras destinações. Conforme proposto mencionado na Nota 5. • Depreciação de bens do imobilizado, calculada Móveis e utensílios 59 (57) 2 3 10 a 20 pela administração, em atas de reunião da diretoria realizadas em 11 de pelo método linear, às taxas anuais mencionadas na Nota 6. d) Passivos Veículos 35 (35) 20 fevereiro e 30 de dezembro de 2005, foi destinado a pagamento de circulante e exigível a longo prazo: São demonstrados pelos valores Cultura permanente 647 (647) 10 dividendos o montante de R$ 4.000 “ad referendum” da Assembléia Geral conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos Gado reprodutor 99 (30) 69 116 10 Ordinária que aprovar as demonstrações financeiras de 31 de dezembro correspondentes encargos e das variações monetárias incorridas. Imobilizado em andamento 428 428 216 de 2005, dos quais, R$ 2.000 foram distribuídos durante o exercício. 2.257 (1.129) 1.128 1.024 3. Estoques: 2005 2004 8. Instrumentos financeiros: Os instrumentos financeiros estão 7. Patrimônio líquido: a) Capital social: O capital social está Produtos agropecuários 150 143 apresentados no balanço pelos valores de custo e respectivas Safra fundada 77 65 representado por 56.500.000 ações ordinárias nominativas sem valor apropriações de receitas e despesas, os quais se aproximam dos valores 227 208 nominal. b) Distribuição de dividendos: De acordo com o estatuto social, de mercado. A companhia não mantém instrumentos financeiros, aos titulares das ações será atribuído, em cada exercício, dividendo não 4. Saldos com partes relacionadas: 2005 2004 tampouco derivativos, não registrados contabilmente. MelhoraCompanhia inferior a 25% do lucro líquido do exercício, ajustado na forma do artigo 202 da Lei nº 6.404/76. Os valores dos dividendos propostos em relação mentos Melhoramentos Diretoria aos resultados gerados podem ser assim demonstrados: Sul do Norte do Paulo Nelson Pereira 2005 2004 Pará S.A. Paraná Total Total Diretor Presidente Saldos Lucro líquido do exercício 2.967 6.881 Gastão de Souza Mesquita Ativo circulante Constituição de reserva legal (148) (344) Diretor Demais contas a receber 45 45 Lucro líquido ajustado 2.819 6.537 Roberto de Oliva Mesquita Dividendos propostos 850 4.750 Não circulante Diretor Porcentagem sobre o lucro líquido ajustado 30,15% 72,66% Realizável a longo prazo c) Reserva legal: Constituída a razão de 5% sobre o lucro líquido do Mútuo 2.172 - 2.172 2.003 Marcelo Fernandes de Oliveira exercício, conforme artigo 193 da Lei das Sociedades por Ações. d) Passivo circulante Contador Reserva estatutária operacional: Refere-se à retenção do saldo Dividendos a pagar 1.746 1.746 1 CRC1SP 148.350/O-6 remanescente do lucro líquido do exercício a fim de assegurar Fornecedores 22 22 CPF 085.559.578-77 investimentos em bens do ativo permanente, ou acréscimos do capital de Demais contas a pagar 41 41 14 Aos Administradores e Acionistas Companhia de Cimento Portland Ponte Alta São Paulo - SP 1. Examinamos o balanço patrimonial da Companhia de Cimento Portland Ponte Alta em 31 de dezembro de 2005 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos do exercício findo nessa data, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das

Parecer dos Auditores Independentes demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nosso exame compreendeu, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da companhia, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da companhia, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Companhia de Cimento Portland Ponte Alta em 31 de dezembro de 2005 e o resultado das operações, as mutações

do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos do exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 4. O exame das demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2004, apresentadas para fins de comparação, foi conduzido sob a responsabilidade de outros auditores independentes, que emitiram parecer com data de 17 de janeiro de 2005, sem ressalva. São Paulo, 22 de março de 2006

International Services Ltda. - CRC 2SP009963/O-1 Wander Rodrigues Teles Maurício Cardoso de Moraes Contador Contador CRC 1DF005919/O-3 “S” SP CRC 1PR035795/O-1 “T” SP


DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 -.ECONOMIA/LEGAIS

BALANÇOS COMPANHIA MELHORAMENTOS NORTE DO BRASIL CNPJ 14.920.540/0001-06 Relatório da Diretoria Senhores Acionistas: Em obediência às disposições estatutárias e às determinações legais que regem o funcionamento das sociedades por ações, submetemos à apreciação dos Senhores Acionistas o Balanço Patrimonial e as Demonstrações Financeiras do exercício encerrado em 31.12.2005, acompanhados das Notas Explicativas. São Paulo, 23 de março de 2006. A DIRETORIA Demonstrações de resultados dos exercícios Balanços patrimoniais (em milhares de reais) findos em 31 de dezembro (em milhares de reais) Ativo 2005 2004 Passivo e Patrimônio Líquido (Passivo a Descoberto) Despesas Operacionais 2005 2004 (pro-forma) 2005 2004 Administrativas e gerais (58) (37) Circulante (pro-forma) Financeiras líquidas (28) (140) Disponibilidades 1 3 Circulante Resultado de Participações Societárias (39) Contas a receber 11 11 Impostos e contrib. a recolher 2 (125) (177) 12 14 Contas a pagar 16 16 Resultado Operacional (125) (177) 16 18 Prejuízo Líquido do Exercício (125) (177) Não Circulante Prejuízo Líquido Por Lote de Mil Exigível a Longo Prazo Ações do Capital Social - R$ (0,05) (0,07) Mútuo com empresas ligadas 1.437 1.351 Demonstrações das origens e aplicações dos recursos Provisão para passivo a descoberto 844 805 dos exercícios findos em 31 de dezembro (em milhares de reais) 2.281 2.156 Origens de Recursos 2005 2004 Patrimônio Líquido (Passivo a Descoberto) De Terceiros Capital social 9.130 9.130 Aumento do exigível a longo prazo 88 25 Reservas de capital 7 7 Total de Origens de Recursos 88 25 Reservas de lucros 2 2 Aplicações de Recursos Prejuízos acumulados (11.424) (11.299) Nas Operações (2.285) (2.160) Prejuízo Líquido do exercício 125 177 12 14 12 14 Itens que não representam movimento do capital circulante líquido: Demonstrações das mutações do patrimônio líquido (em milhares de reais) atualização e encargos do exigível a longo prazo (37) (165) Capital Reservas de Reservas de Prejuízos Total de Aplicações de Recursos 88 12 social capital lucros acumulados Total Aumento(diminuição) do Capital Circulante Saldos em 1º de Janeiro de 2004 9.130 7 2 (10.317) (1.178) Líquido 13 Prejuízo líquido do exercício (177) (177) Demonstração das variações do capital circulante Ajustes de exercícios anteriores (805) (805) Saldos em 31 de Dezembro de 2004 9.130 7 2 (11.299) (2.160) 31 de Dezembro Variações Prejuízo líquido do exercício (125) (125) 2005 2004 2003 2005 2004 Saldos em 31 de Dezembro de 2005 9.130 7 2 (11.424) (2.285) Ativo Circulante 12 14 4 (2) 10 Passivo Circulante 16 18 21 (2) (3) Notas explicativas às demonstrações financeiras dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 Capital Circulante Líquido (4) (4) (17) 13 1. Operações: A atividade da empresa compreende, basicamente, a 805 mil referente a “Provisão para passivo a descoberto de controlada”. demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis. d) Mútuos com administração de imóveis, bem como a participação em outras empresas. Em função do ajuste e da reclassificação acima mencionado, e empresas ligadas: Referem-se a saldos em conta corrente, os quais 2. Apresentação das demonstrações contábeis: As demonstrações adicionalmente ao exigido pelo Artigo 186 da Lei das Sociedades por estão atualizados de acordo com a variação mensal do IGP-M. e) Capital financeiras foram elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com Ações, as demonstrações financeiras do exercício de 2004 estão sendo social: O capital social está representado por 2.727.694.642 ações as práticas contábeis adotadas no Brasil. Adicionalmente, objetivando apresentadas “pro-forma” com a finalidade de permitir melhor ordinárias nominativas sem valor nominal. Os acionistas tem direito a um uma melhor comparabilidade das demonstrações financeiras da comparabilidade entre aquele exercício social e o encerrado em 31 de dividendo mínimo de 25% do lucro líquido do exercício, ajustado Companhia, foi efetuado ajuste e reclassificação dos valores dezembro de 2005. 3. Resumo das principais práticas contábeis: a) conforme disposto na Lei das Sociedades por Ações, cuja distribuição anteriormente apresentados em 2004, cujas demonstrações financeiras Apuração do resultado: As receitas e despesas são registradas pelo será efetuada por ocasião da Assembléia Geral Ordinária que aprovar as foram publicadas no Diário Oficial do Estado de São Paulo e no Jornal da regime de competência mensal. b) Ativo circulante: Os direitos são demonstrações financeiras. Manhã em 24 de fevereiro de 2005. O ajuste e a reclassificação foi de R$ demonstrados pelos valores de realização. c) Passivo circulante: São A Diretoria

Marcelo Fernandes de Oliveira - Contador - CRC 1SP 148.350/O-6 - CPF 085.559.578-77

COMPANHIA CANAVIEIRA DE JACAREZINHO C.N.P.J./M.F. nº 49.648.587/0001-39 Relatório da Diretoria Senhores Acionistas: Em obediência às disposições estatutárias e às determinações legais que regem o funcionamento das sociedades por ações, submetemos à apreciação dos Senhores Acionistas o Balanço Patrimonial e as Demonstrações Financeiras do exercício encerrado em 31.12.2005, acompanhados das Notas Explicativas. Resultado do Exercício: Apurou-se no exercício um prejuízo de R$ 1.244 mil e constatou-se o prejuízo por conta de ajustes de exercícios anteriores no valor de R$ 20.716 mil, conforme demonstrado no balanço, demais demonstrações financeiras e respectivas notas explicativas, demonstrações estas devidamente auditadas pela PricewaterhouseCoopers International Services Ltda. Agradecimentos: Ao término de mais um ano, agradecemos aos nossos funcionários pela dedicação e aos nossos acionistas, clientes e fornecedores pela confiança depositada na Cia Canavieira de Jacarezinho A DIRETORIA São Paulo, 23 de março de 2006 Demonstrações do resultado dos exercícios findos em 31 de dezembro Balanços patrimoniais em 31 de dezembro - Em milhares de reais Em milhares de reais, exceto quando indicado Ativo 2005 2004 Passivo e patrimônio líquido 2005 2004 Receita bruta de vendas 2005 2004 (pro-forma) (pro-forma) Venda de produtos 30.441 21.799 Circulante Circulante Impostos e contribuições sobre vendas (3.116) (2.722) Disponibilidades 683 427 Fornecedores 2.328 637 Receita líquidas das vendas 27.325 19.077 Contas a receber de clientes (Nota 3) 6.634 3.235 Empréstimos e financiamentos (Nota 7) 7.835 8.031 Custo dos produtos vendidos (20.231) (18.840) Estoques (Nota 4) 5.946 5.609 Impostos e contribuições a recolher 406 107 Lucro bruto 7.094 237 Impostos a recuperar 2.505 2.650 Salários e encargos sociais 599 578 Receitas (despesas) operacionais Demais contas a receber 882 830 Demais contas a pagar 285 Gerais e administrativas (4.524) (2.357) 11.453 9.353 16.650 12.751 Receitas financeiras 1.041 2.852 Não circulante Não circulante Despesas financeiras (3.434) (5.276) Exigível a longo prazo Realizável a longo prazo Outras receitas operacionais líquidas 214 115 Empréstimos e financiamentos (Nota 7) 26.811 27.272 IR e contribuição social diferidos (Nota 5) 1.692 2.200 (6.703) (4.666) Provisões para contingências (Nota 10) 1.525 253 Certificados do tesouro nacional (Nota 7) 5.960 5.258 Lucro/(prejuízo) operacional 391 (4.429) Imposto de renda e contrib. social diferidos (Nota 5) 242 732 Depósitos judiciais (Notas 9 e 10) 628 458 Resultado não operacional (2005 - principalmente Tributos “sub-judice” (Nota 9) 1.156 1.213 Demais contas a receber 305 2.141 baixa de bens do ativo imobilizado) (1.127) 314 8.585 10.057 Demais contas a pagar 38 Prejuízo antes do IR e da contribuição social (736) (4.115) 29.734 29.508 Permanente IR e contribuição social diferidos (Nota 5) (508) 1.149 Patrimônio líquido (Nota 11) Investimentos 3 3 Prejuízo do exercício (1.244) (2.966) Imobilizado (Nota 6) 40.150 41.005 Capital social 39.500 39.500 Prejuízo por lote de mil ações do capital social 40.153 41.008 Reserva de reavaliação 14.050 14.999 no fim do exercício - R$ (2,50) (5,96) Prejuízos acumulados (29.349) (29.544) As notas explicativas da administração são parte 24.201 24.955 integrante das demonstrações financeiras Total do ativo 65.388 63.816 Total do passivo e do patrimônio líquido 65.388 63.816 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras Demonstrações das origens e aplicações de recursos Exercícios findos em 31 de dezembro - Em milhares de reais Demonstrações das mutações do patrimônio líquido e contribuição social diferidos sobre a reserva de reavaliação no montante Em milhares de reais Origens dos recursos 2005 2004 de R$ 242 (2004 - R$ 732) os quais serão realizados na proporção da Das operações Capital Reserva de Prejuízos realização da referida reserva. Prejuízo do exercício (1.244) (2.966) social reavaliação acumulados Total 6. Imobilizado: % Despesas (receitas) que não afetam cap. circulante: Em 1º de janeiro de 2004 24.681 15.934 (6.065) 34.550 2005 2004 Taxas Depreciações e amortizações 696 598 Aumento de capital 14.819 - 14.819 Depreanuais Amortização de safras fundadas 4.282 3.835 Realização da reserva de ciação LíLíde Valor residual do ativo permanente baixado 1.303 183 reavaliação (203) 203 Custo acumul. quido quido deprec. Juros e variações monetárias do exigível a l. prazo 51 4.752 Prejuízo do exercício (2.966) (2.966) Terrenos 18.195 - 18.195 18.195 Variações monetárias do realizável a longo prazo (708) (2.800) Ajustes de exercícios Edificações e instalações 2.766 392 2.374 2.173 4 a 10 Imposto de renda e contribuição social diferidos 508 (1.149) anteriores (732) (20.716)(21.448) Máquinas e equipamentos 1.092 950 142 15 10 4.888 2.453 Em 31 de dezembro de 2004 39.500 14.999 (29.544) 24.955 Móveis e utensílios 155 64 91 41 10 De acionistas Realização da reserva de Veículos 3.924 2.918 1.006 1.368 20 Integralização de capital - 14.819 reavaliação (949) 1.439 490 Equipamentos de produção 2.186 1.746 440 643 20 De terceiros Prejuízo do exercício (1.244) (1.244) Lavouras de cana-de-açúcar 35.587 18.161 17.426 16.615 17 Transf. do realizável a longo prazo para o circulante 336 373 Em 31 de dezembro de 2005 39.500 14.050 (29.349) 24.201 Reflorestamento 358 63 295 295 10 Redução do realizável a longo prazo 1.336 As notas explicativas da administração são parte Adiantamentos a fornecedores Aumento do exigível a longo prazo 1.214 3.289 integrante das demonstrações financeiras e obras em andamento 181 181 1.660 Total dos recursos obtidos 7.774 20.934 Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras 64.444 24.294 40.150 41.005 Aplicações de recursos: em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 (pro-forma) A companhia possui bens imóveis concedidos em garantia de processos Em impostos e contribuições 945 Em milhares de reais, exceto quando indicado judiciais que montam a R$ 979. Equipamentos arrendados: Certos No imobilizado 5.426 6.527 1. Contexto operacional: A companhia tem sede na Capital do Estado de equipamentos são arrendados por meio de contratos irretratáveis sujeitos Transf. do exigível a longo prazo p/ passivo circulante 549 1.918 São Paulo e unidades operacionais em São Paulo e no Paraná. Suas a encargos que variam de 1,68% a 1,71% ao mês e encargos variáveis Pagamento de mútuo com interligada - 14.522 atividades preponderantes compreendem a exploração agrícola do plantio pela Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP mais 9% ao ano. Os 5.975 23.912 de cana-de-açúcar e comercialização de produtos de plantio e lavoura. compromissos assumidos em virtude desses contratos montam a R$ 592 Aumento (diminuição) no capital circulante líquido 1.799 (2.978) 2. Principais práticas contábeis: As demonstrações financeiras foram (2004 - R$ 139) e vencem até 2010. As despesas operacionais incorridas Variações no capital circulante elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com as práticas com arrendamento no exercício foram de R$ 83 (2004 - R$ 114). Ativo circulante: No fim do exercício 16.650 12.751 contábeis adotadas no Brasil. Adicionalmente, objetivando uma melhor 7. Empréstimos e financiamentos: No início do exercício 12.751 9.791 comparabilidade das demonstrações financeiras da Companhia, foram Modalidade Encargos financeiros incidentes 2005 2004 3.899 2.960 efetuados os seguintes ajustes e reclassificações dos valores anteriormente Capital de Giro 1,76% ao mês e 3,04% a 3,29% ao Passivo circulante: No fim do exercício 11.453 9.353 apresentados em 2004, cujas demonstrações financeiras foram publicadas ano + CDI (*) 6.321 7.096 No início do exercício 9.353 3.415 no Diário Oficial do Estado de São Paulo e no Jornal da Manhã em 23 de FINAME 6% ao ano + TJLP (***) 1.667 2.618 2.100 5.938 fevereiro de 2005: Compror 1,51% a 1,75% ao mês 894 128 Aumento (diminuição) no capital circulante líquido 1.799 (2.978) Ajustes não contabilizados em 2004 Custeio Agrícola As notas explicativas da administração são parte Prejuízos acumulados Securitização 3% ao ano 141 141 integrante das demonstrações financeiras Estorno de valorização dos certificados do tesouro nacional 19.980 PESA (****) IGP-M (**) + 4,87% ao ano 25.623 25.320 Programa de integração social - PIS / Contribuição para o Financiamento Tributos “sub-judice” (Nota 9) 736 34.646 35.303 da Seguridade Social - COFINS - Questionamento da constitucionalidade Total dos ajustes em prejuízos acumulados 20.716 Passivo circulante (7.835) (8.031) da Lei nº 9.718/98, referente à inclusão em sua base de cálculo das Reserva de reavaliação Exigível a longo prazo 26.811 27.272 variações monetárias ativas e receitas financeiras. IR e contribuição social sobre reserva de reavaliação (Nota 5) 732 (*) Certificado de Depósito Interbancário, (**) Índice Geral de Preços de 10. Contingências: A companhia é parte envolvida em processos Reclassificação Mercado, (***) Taxa de Juros de Longo Prazo, (****) Programa Especial de trabalhistas e cíveis em andamento, e está discutindo essas questões tanto Lavoura de cana-de-açúcar do ativo diferido para o imobilizado 16.614 Saneamento de Ativos. Os montantes ao longo prazo têm a seguinte na esfera administrativa como na judicial, as quais, quando aplicáveis, são Em função dos ajustes e reclassificação acima mencionados, e composição, por ano de vencimento: amparadas por depósitos judiciais. As provisões para as eventuais perdas adicionalmente ao exigido pelo Artigo 186 da Lei das Sociedades por Ações, 2005 2004 decorrentes desses processos são estimadas e atualizadas pela as demonstrações financeiras do exercício de 2004 estão sendo 2006 654 administração, com base na opinião de seus consultores jurídicos externos, apresentadas “pro-forma” com a finalidade de permitir melhor 2007 525 525 e podem ser assim sumariadas: comparabilidade entre aquele exercício social e o encerrado em 31 de 2008 525 422 Depósitos judiciais Provisão para contingências dezembro de 2005, exceto as demonstrações do resultado do exercício, 2009 108 339 2005 2004 2005 2004 das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos 2010 a 2025 25.653 25.332 Trabalhistas 85 37 170 60 que não foram ajustadas por não terem sido identificados os 26.811 27.272 Cíveis 324 324 1.355 193 correspondentes ajustes nos saldos iniciais de 2004 e seus reflexos nas Os empréstimos para capital de giro vencem em 2006 e estão garantidos Não circulante 409 361 1.525 253 referidas demonstrações financeiras. por avais dos diretores e da parte relacionada Maringá S.A. - Cimento e Contingências trabalhistas - consistem, principalmente, em reclamações Para fins de apresentação, os ajustes acima mencionados, no montante Ferro-liga e notas promissórias, em valores equivalentes aos empréstimos. de ex-funcionários, requerendo compensações adicionais que, segundo de R$ 20.716 e R$ 732, foram efetuados nas respectivas contas do O FINAME refere-se a financiamentos de bens do ativo fixo e vencem esses, não foram pagas durante seu vínculo empregatício. Cíveis balanço patrimonial em contrapartida de ajustes de exercícios anteriores entre 2006 e 2009, estando garantidos por avais dos diretores, nota consistem, principalmente, em reclamações requerendo reparações de em prejuízos acumulados e reserva de reavaliação, respectivamente, no promissória e alienação fiduciária dos respectivos bens. As operações de danos a qual a companhia é parte envolvida. exercício de 2004. Na elaboração das demonstrações financeiras é “compror” são realizadas para aquisição de insumos, vencem em 2006 e 11. Patrimônio líquido: a) Capital social: O capital social está necessário utilizar estimativas para contabilizar certos ativos, passivos e estão garantidas por notas promissórias e avais dos diretores. Custeio representado por 497.308.005 ações ordinárias nominativas, sem valor outras transações. As demonstrações financeiras da empresa incluem, Agrícola (PESA) - em 1998, mediante aditivo contratual e operação de nominal. Nos termos do estatuto social, aos titulares de ações de qualquer portanto, estimativas referentes à seleção de vida útil do ativo imobilizado, securitização, a empresa alongou, junto ao Banco do Brasil S.A., os espécie será atribuído, em cada exercício, um dividendo mínimo de 25% provisões necessárias para passivos contingentes, determinação de vencimentos de financiamentos para custeio agrícola, sob o amparo da do lucro líquido, calculado nos termos da legislação societária, cuja provisão para imposto de renda e outras similares. Os resultados reais Resolução nº 2.471/98 do Banco Central do Brasil. Consoante contratos distribuição será deliberada por ocasião da Assembléia Geral Ordinária podem apresentar variações em relação às estimativas. a) Apuração firmados, a atualização monetária desses financiamentos (IGP-M) é que aprovar as demonstrações contábeis. b) Reserva de reavaliação: A do resultado: O resultado é apurado pelo regime de competência. b) capitalizada para amortização no vencimento da operação, previsto para reserva de reavaliação, efetuada em 1999 com base em laudo emitido por Ativos circulante e realizável a longo prazo: Os estoques são outubro de 2018, e os juros atualmente incidentes, de 4,87% ao ano, são peritos independentes, está registrada líquida dos efeitos tributários, e vem demonstrados ao custo médio das compras, inferior aos valores de liquidados a cada ano. A partir de 2001 a União passou a ser credora desses sendo realizada com base nas depreciações, baixas ou alienações dos realização. Os custos incorridos com as lavouras de cana-de-açúcar financiamentos, conforme Medida Provisória nº 2.196, sem modificações respectivos bens reavaliados em contrapartida de prejuízos acumulados. (tratos culturais) são levados aos estoques e apropriados ao custo de nas condições pactuadas. Em garantia desses financiamentos, foram 12. Instrumentos financeiros: Os instrumentos financeiros estão produção por ocasião da colheita. Os demais ativos são apresentados oferecidos avais, hipotecas e bens do ativo imobilizado, bem como apresentados no balanço pelos valores de custo e respectivas apropriações ao valor de custo ou de realização, incluindo, quando aplicável, os aplicações financeiras em Certificados do Tesouro Nacional (CTN), com de receitas e despesas, os quais se aproximam dos valores de mercado. A rendimentos e as variações monetárias auferidas. c) Permanente: vencimento igual ao dos financiamentos. A atualização monetária pelo IGPadministração dessas operações é efetuada mediante definição de Demonstrado ao valor de custo de aquisição ou construção, corrigido M e os juros de 12% ao ano dessas aplicações são, contratualmente, estratégia de operações e estabelecimento de sistemas de controle pela monetariamente até 31 de dezembro de 1995, combinado com os capitalizados para que, no seu vencimento, o montante apurado seja igual administração. A companhia não mantém instrumentos financeiros, seguintes aspectos: • Investimentos, principalmente em incentivos fiscais, ao montante dos financiamentos, sendo registrados no ativo não circulante tampouco derivativos, não registrados contabilmente. a) Risco com taxa contabilizados ao valor de custo. • Reavaliação de bens do ativo - realizável a longo prazo. de juros: Esse risco é oriundo da possibilidade de a companhia incorrer imobilizado efetuada em 1999, com base em avaliação realizada por 8. Transações e saldos com partes relacionadas: em perdas por conta de flutuações nas taxas de juros que aumentem as peritos independentes; • Depreciação de bens do ativo imobilizado, 2005 2004 despesas financeiras relativas a empréstimos captados no mercado. A calculada pelo método linear, às taxas anuais mencionadas na Nota 6, Companhia Companhia companhia monitora continuamente as taxas de juros de mercado com o que levam em consideração a vida útil-econômica dos bens; as lavouras Usina Agrícola Melhoramentos objetivo de avaliar a eventual necessidade de operação para sua proteção. de cana-de-açúcar são depreciadas em seis anos. d) Passivos Morretes Usina Norte do Em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 a companhia não possui nenhum circulante e exigível a longo prazo: São demonstrados pelos valores Ltda. Jacarezinho Paraná Total Total contrato com a finalidade de proteção contra o risco de volatilidade dessas conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos a) Saldos taxas. 13. Garantias prestadas: O saldo de avais e fianças prestados correspondentes encargos e das variações monetárias incorridas. Ativo circulante pela Companhia a partes relacionadas, está assim distribuído: 3. Contas a receber de clientes: 2005 2004 Contas a receber 2005 2004 Contas a receber 11.620 3.235 de clientes 11.620 - 11.620 3.235 Companhia Melhoramentos Norte do Paraná 51 334 Duplicatas descontadas - Títulos rurais (4.986) Demais contas Maringá S.A. Cimento e Ferro-Liga 7 47 6.634 3.235 a receber 26 26 Destilarias Melhoramentos S.A. 123 4. Estoques: 2005 2004 Passivo circulante 14. Cobertura de seguros: A companhia possui programa de Tratos culturais - cana-de-açúcar 5.452 5.040 Demais contas gerenciamento de riscos com o objetivo de limitar os riscos, buscando no Almoxarifado 265 230 a pagar 29 156 109 294 6 mercado coberturas compatíveis com seu porte e operação. As coberturas Outros 229 339 b) Transações foram contratadas por montantes considerados suficientes pela 5.946 5.609 Vendas de administração para cobrir eventuais sinistros, considerando a natureza da 5. Imposto de renda e contribuição social diferidos: Em 31 de dezembro cana-de-açúcar 24.858 - 24.858 21.070 sua atividade, os riscos envolvidos em suas operações e com base na de 2005, a empresa possuía prejuízos fiscais e base negativa de As transações com partes relacionadas resumem-se a venda de cana-deorientação de seus consultores de seguros. Em 31 de dezembro de 2005, contribuição social acumulados, incluindo diferenças temporárias, no açúcar pela companhia, realizadas em condições normais de mercado. Os a companhia possuía as seguintes principais apólices de seguro contratadas montante aproximado de R$ 11.700 e R$ 10.000 (2004 - R$ 9.757 e saldos ativos e passivos serão liquidados no decorrer do exercício de 2006. com terceiros: R$ 8.184), respectivamente. Os créditos fiscais decorrentes desses saldos, 9. Tributos “sub-judice”: A administração, baseada na opinião de seus Montante compensáveis com os mesmos tributos que vierem a ser apurados sobre consultores jurídicos externos, questiona a legalidade ou o direito de máximo da lucros tributáveis futuros, são estimados em R$ 3.850. A parcela considerada compensação de determinados tributos, efetuando depósitos judiciais Bens segurados Riscos cobertos cobertura realizável do imposto de renda e contribuição social diferidos monta a R$ quando aplicável. O montante a pagar vem sendo atualizado conforme a Responsabilidade civil 6.000 1.692 (2004 - R$ 2.200), estando reconhecida contabilmente levando-se legislação pertinente e pode ser resumido como segue: Veículos - Frota Danos materiais, em consideração a realização provável desses créditos, a partir de projeções Depósitos judiciais Tributos “sub-judice” corporais e morais 2.000 de resultados futuros dos exercícios de 2006 a 2008 elaborados com base 2005 2004 2005 2004 Casco Mercado em premissas internas e em cenários econômicos futuros, podendo, PIS / COFINS 119 1.153 1.190 Transporte terrestres de mercadorias Acidentes naturais 5.000 portanto, sofrer alterações. Também, conforme previsto nas práticas Outros 100 97 3 23 Máquinas e equipamentos Riscos diversos 2.440 contábeis adotadas no Brasil, a companhia contabilizou imposto de renda 219 97 1.156 1.213 Diretoria Marcelo Fernandes de Oliveira - Contador Paulo Nelson Pereira - Diretor Presidente Gastão de Souza Mesquita - Diretor Roberto de Oliva Mesquita - Diretor CRC1SP 148.350/O-6 - CPF 085.559.578-77 Parecer dos Auditores Independentes Aos Administradores e Acionistas como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conridas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos junto. Companhia Canavieira de Jacarezinho os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Companhia São Paulo - SP 3. Conforme mencionado na Nota 2 c) às demonstrações financeiras, a Canavieira de Jacarezinho em 31 de dezembro de 2005 e o resultado 1. Examinamos o balanço patrimonial da Companhia Canavieira de companhia contabilizou reavaliação de bens do ativo imobilizado no exerdas operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicacício social findo em 31 de dezembro de 1999, mas não ajustou as vidas Jacarezinho em 31 de dezembro de 2005 e as correspondentes demonsções de recursos do exercício findo nessa data, de acordo com as práticas útil-econômicas dos respectivos bens de acordo com o laudo de avaliação trações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e contábeis adotadas no Brasil. elaborado por peritos independentes. Além disso, as práticas contábeis aplicações de recursos do exercício findo nessa data, elaborados sob a 5. O exame das demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de adotadas no Brasil determinam que uma nova reavaliação deve ser feita, responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de dezembro de 2004, apresentadas para fins de comparação, foi conduzido no máximo, a cada quatro anos ou em período menor para ativos com emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras. sob a responsabilidade de outros auditores independentes, que emitiram maior variação de valor de mercado. A companhia pretende iniciar o pro2. Exceto pelo mencionado no parágrafo seguinte, nosso exame foi conparecer com data de 21 de janeiro de 2005, sem ressalvas. Como descrito cesso de revisão dos valores desses bens e das correspondentes vidas duzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais na Nota 2, apenas para fins de comparação, as demonstrações financeiútil-econômicas durante o exercício de 2006. Conseqüentemente, não foi requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a ras do exercício de 2004 estão apresentadas “pro-forma” de modo a incorpossível, nas circunstâncias, avaliarmos a adequação dos valores adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus porarem ajustes e reclassificação daquele exercício. reavaliados e apresentados a valor de mercado no ativo imobilizado e na aspectos relevantes. Portanto, nosso exame compreendeu, entre outros São Paulo, 22 de março de 2006 reserva de reavaliação em 31 de dezembro de 2005, no montante de procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevânR$ 14.050 mil. cia dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de contro4. Somos de parecer que, exceto pelos efeitos de eventuais ajustes sobre les internos da companhia, (b) a constatação, com base em testes, das International Services Ltda. - CRC 2SP009963/O-1 o ativo imobilizado e a reserva de reavaliação, que poderiam vir a ser reevidências e dos registros que suportam os valores e as informações Wander Rodrigues Teles Maurício Cardoso de Moraes queridos se a companhia houvesse procedido a nova reavaliação de bens contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis Contador Contador do ativo imobilizado, conforme mencionado no parágrafo anterior, as refemais representativas adotadas pela administração da companhia, bem CRC 1DF005919/O-3 “S” SP CRC 1PR035795/O-1 “T” SP

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quarta-feira, 19 de abril de 2006

Empresas sofrem com lentidão de despachos no aeroporto de Guarulhos

A

Receita Federal está trabalhando no Aeroporto Internacional de São Paulo – Guarulhos/André Franco Montoro para acelerar os procedimentos de liberação das exportações, mas ainda esbarra em dificuldades estruturais, como a falta de espaço, excesso de normas, e o número reduzido de fiscais, apenas 102 para efetuar 15 mil desembaraços apenas em março passado – crescimento de quase 20% em relação a fevereiro. Por isso mesmo, o chefe do setor de exportações da alfândega do aeroporto, Renato Augusto da Gama e Souza, assegurou que o processo de aceleração vai continuar, mas não na velocidade desejada pelos exportadores. "Porque não há previsões para contratação de novos fiscais (da Receita)", adiantou, durante reunião do Comitê de Usuários dos Portos e Aeroportos do Estado de São Paulo (Comus), da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), na semana passada. Some-se a isso o fato do crescimento das exportações exigir mais espaço para movimentação de cargas no aeroporto. "Hoje há quase um colapso do armazém que está com 80% do espaço ocupado com cargas perdidas (confiscadas, irregulares ou abandonadas)", explicou. Isso ocorre, esclareceu Gama e Souza, num momento em que, apesar da queda do dólar, o aeroporto já registra novo avanço das ex-

portações neste mês de abril, em comparação a igual período de 2005. Crescimento – Renato da Gama informou que as "operações simplificadas", exportações de até US$ 20 mil por embarque, passaram de 30% para quase 50% do total no aeroporto. Para esses casos, ele sugeriu muito cuidado no preenchimento dos formulários para evitar atraso nos embarques, e tirar um Radar provisório (sistema que analisa os antecedentes da empresa), que garante até três embarques por ano. José Cândido Senna, coordenador do Comus, alertou os participantes da reunião – despachantes, comerciais exportadoras e importadoras, especialistas de comércio exterior e empresários – que a presença de Gama e Souza na Associação Comercial representou a possibilidade de troca de informações para todos os lados. "Essa proximidade da Receita conosco, no âmbito do Exporta São Paulo, ajuda a avaliar procedimentos que impedem a geração de riquezas, renda e empregos", afirmou. O Exporta São Paulo é uma ação conjunta do governo estadual, Federação das Associações Comerciais de São Paulo (Facesp) e ACSP, por meio da São Paulo Chamber of Commerce, para promover as exportações paulistas. "Fazendo essas avaliações conjuntas poderemos mudar as coisas", resumiu Cândido Senna. Sergio Leopoldo Rodrigues

Mais chances para os pequenos no projeto Exporta São Paulo

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São Paulo Chamber of Commerce da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) vai promover, no próximo dia 24, encontro com comerciais exportadoras, traders e outros prestadores de serviços de exportação e importação. O objetivo é apresentar e discutir o papel dos empresários no Projeto Exporta São Paulo, desenvolvido em conjunto pelo governo do Estado de São Paulo – por meio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico (SCTDE) – com a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp) e ACSP. O projeto deve ajudar a ampliar a base exportadora do Estado de São Paulo. Será realizado ainda um mapeamento do perfil do produtor paulista de pequeno porte, a partir de uma base já identificada de 18 mil empresas estabelecidas em todo o Estado. Todas essas empresas serão o foco das ações do programa que visa inserilas no comércio internacional,

além da realização de eventos de mobilização. Esses encontros terão a duração de um dia e serão chamados de Exportar para Crescer – Novos Caminhos para o Mercado Externo. O segmento das comerciais exportadoras terá papel fundamental no projeto em razão do conhecimento das características de diversos mercados no exterior e informações de possíveis importadores. Elas podem ajudar a viabilizar as vendas externas de pequenas indústrias, reduzindo custos de prospecção de negócios. O encontro da ACSP será dirigido pelo secretário de Relações Internacionais e Comércio Exterior da SCTDE, Flávio Musa, e pelo coordenador do Projeto Exporta São Paulo, José Cândido Senna. O evento acontece a partir das 10 horas. Outras informações e confirmação de presença podem ser obtidas no Departamento de Comércio Exterior da ACSP pelo telefone: (11) 3244-3500 ou e-mail: tneuma@acsp.com.br.

CALÇADOS Vendas externas caem 4% no trimestre

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volume exportado de pares de calçados no primeiro trimestre de 2006 apresentou uma redução de 4% em comparação ao mesmo período de 2005. Já o faturamento do setor cresceu em torno de 3%, se comparados os dois períodos, de acordo com números divulgados ontem pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados). Segundo dados da entidade, de janeiro a março deste ano, foram enviados ao exterior 57,4 milhões de pares e, no mesmo período de 2005, o embarque somou 60,1 milhões de pares. Segundo o vice-presidente da entidade, Ricardo Wirth, a queda reflete a perda de vendas da temporada primaveraverão, cujas entregas terminaram no mês de março. Em abril, é o periodo que começam

os embarques da estação outono-inverno, que devem se estender até o mês de setembro. "Após a contabilização dos números de abril, poderemos projetar os volumes desta temporada", disse. Nos primeiros três meses do ano, o setor calçadista teve faturamento de US$ 502 m i l h õ e s , a n t e o s c e rc a d e US$ 489,4 milhões movimentados entre os meses de janeiro e março de 2006. Segundo a Abicalçados, o aumento do faturamento para uma queda no volume vendido é reflexo do aumento de aproximadamente 7% no preço médio do par entre os dois períodos. Neste ano, o preço médio é de US$ 8,74 e o reajuste, ocorrido para compensar as perdas cambiais, acarretou, de acordo com a entidade, a perda das vendas. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 19 de abril de 2006

ECONOMIA/LEGAIS - 11

REUNIÃO SERÁ PARA REVISAR A POLÍTICA COMERCIAL DE PEQUIM: GOVERNOS PODEM QUESTIONAR E CRITICAR

PAÍSES DISCUTEM CHINA NA OMC

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partir de hoje, a Org a n i z a ç ã o M u ndial do Comércio (OMC) inicia a revisão da política comercial chinesa, em uma espécie de sabatina em que os governos terão a ocasião de criticar e questionar Pequim. Mas, por uma decisão política de Brasília, o Itamaraty já decidiu que não usará a oportunidade para atacar os chineses para não criar atritos na relação bilateral. Representantes do setor privado não ficaram satisfeitos ao saber da atitude brasileira. A revisão da política chinesa é a primeira desde que Pequim passou a fazer parte da OMC, há cinco anos. Para muitos diplomatas, essa será a chance de atacar Pequim e mostrar que o governo chinês nem sempre tem sido justo em suas práticas comerciais. Coincidentemente, a sabatina ocorre no momento em que o primeiro-ministro chinês, Hu Jintao, faz uma visita ao presidente americano, George W. Bush, para tratar de vários assuntos, inclusive contenciosos comerciais. Um dos temas ainda será a moeda chinesa, que diante da sua relação com o dólar, favorece as exportações de Pequim ao mercado mundial, contri-

buindo para o déficit de vários países. A OMC sugere em seu relatório sobre Pequim que a moeda local seja revista, o que contribuiria para um melhor equilíbrio internacional. Transparência – Am er ic anos e europeus ainda concentrarão suas críticas na falta de transparência dos chineses, além do suposto dumping na venda de produtos como têxteis e calçados. A questão do respeito pela propriedade intelectual também será alvo de críticas dos países ricos. Americanos e europeus apontam também que a pirataria na China está causando graves prejuízos às suas empresas e que Pequim precisa começar a aplicar as leis de patentes. Outro foco do ataque dos países ricos serão as barreiras criadas pelos chineses para a importação de autopeças. Apesar de outros países concentrarem suas críticas sobre a China, o Brasil optou por uma posição diferente. O governo usará a revisão da política apenas para pedir esclarecimentos sobre pontos específicos das leis comerciais do país, como na questão fitossanitária. O País indicará que as práticas de Pequim não estão sendo satisfatórias. Mas temas explosi-

Estados Unidos trocam representante comercial

A

saída de Rob Portman da chefia da representação de Comércio da Casa Branca (USTR) foi considerada pelo governo brasileiro e pelo setor agrícola nacional como um fato negativo para as negociações da Organização Mundial do Comércio (OMC), que entram em fase final. "Ficará mais complicado e dificultará o processo", afirmou o embaixador do Brasil na entidade, Clodoaldo Hugueney. Os demais embaixadores na OMC, surpreendidos pela notícia da mudança, também foram unânimes a respeito das conseqüências negativas da substituição de Portman. A missão dos Estados Unidos na OMC, vendo a reação da saída de seu chefe, se apressou em ligar para vários jornalistas em Genebra. "Nada muda na política comercial americana com a troca no comando da USTR. Nossos objetivos na rodada da OMC continuam os

mesmos, pois se trata de uma agenda do presidente George W. Bush", afirmou Peter Allgeier, embaixador dos Estados Unidos na OMC. Mas muitos acreditam que a rodada, que já entra em crise por falta de um entendimento entre os países, pode ser afetada. Um deles é o embaixador da União Européia (UE), Carlo Trojan. "Está tudo acabado. Parece até algo feito de propósito", desabafou um negociador africano na OMC. "É como trocar os cavalos na fase final da corrida", alertou outro diplomata europeu. A OMC estabeleceu o final de abril para que os países chegassem a um acordo sobre como ocorreria o corte de tarifas de importação de bens industriais e agrícolas. Esses temas teriam de ser fechados na reunião ministerial de Hong Kong em dezembro, mas o desentendimento entre os países adiou o acordo para este mês. (AE)

JUROS Alerta de aumento no Japão

O

governo do Japão manifestou ontem sérias preocupações em relação ao aumento nas taxas de juro de longo prazo do país, que elevou o rendimento de seus títulos soberanos de 10 anos — papéis que servem de referência para o mercado local — para 2% pela primeira vez em quase sete anos. O ministro das Finanças japonês, Sadakazu Tanigaki, alertou que o avanço da barreira psicológica de 2% do rendimento dos papéis foi "um pouco rápido". Ele frisou que o Banco do Japão (BOJ, banco central do país) explicará plenamente sua postura na política de curto prazo. "O Banco do Japão decidiu, em sua reunião do mês de março, que as baixas taxas de juros devem ser mantidas por algum tempo", afirmou Tanigaki. "Os mercados financeiros não estão compreendendo que essa política é conveniente", acrescentou o ministro. A autoridade monetária japonesa abandonou em março sua política monetária menos

apertada — que durou cinco anos —, mas ainda precisa concluir sua operação de enxugamento dos excessos de fundos no sistema bancário antes de elevar as taxas de juros. Deflação — Apesar do reforço do governo do país de que as taxas se manterão perto do zero no momento, predominam nos mercados financeiros especulações de que o banco central pode aumentar os juros pela primeira vez em seis anos no início de julho, com a economia emergindo de um período de deflação. As preocupações do governo são de que o rápido crescimento das taxas de longo prazo possa descarrilar a sólida recuperação do país, no momento em que a economia tem moderada deflação. Existem ainda temores de que o aumento nas taxas de longo prazo poderia comprometer os custos da dívida pública, que representa cerca de 150% do Produto Interno Bruto (PIB) do Japão, o maior patamar entre as nações industrializadas. (Reuters)

vos, como a entrada da soja brasileira na China e as acusações de inundação do mercado nacional por alguns produtos de Pequim, ficarão de fora da

agenda da reunião. Os produtores de soja, por exemplo, querem que o governo levante o tema de um imposto de 13% que são obriga-

dos a pagar para vender o produto no mercado chinês, enquanto os produtores locais são isentos da taxa. Para o Itamaraty, o País conta

com outros canais para tratar desses problemas e seria desnecessário "lavar roupa suja" em público, ou seja, na presença de outros governos. (AE)

BALANÇO MARINGÁ S.A. CIMENTO E FERRO-LIGA C.N.P.J./M.F. nº 61.082.988/0001-70 Relatório da Diretoria Senhores Acionistas: Em obediência às disposições estatutárias e às determinações legais que regem o funcionamento das sociedades por ações, submetemos à apreciação dos Senhores Acionistas o Balanço Patrimonial e as Demonstrações Financeiras do exercício encerrado em 31.12.2005, acompanhados das Notas Explicativas. Resultado do Exercício: Apurou-se lucro do exercício de R$ 24.988 mil que após a distribuição de R$ 10.958 mil de dividendos, correspondente a 43,85% do lucro do exercício, sendo R$ 800 mil de dividendo antecipado e R$ 10.158 mil de juros sobre capital próprio líquido, foi absorvido com prejuízos acumulados decorrentes de ajustes de exercícios anteriores, conforme demonstrado no balanço, demais demonstrações financeiras e respectivas notas explicativas, demonstrações estas devidamente auditadas pela PricewaterhouseCoopers International Services Ltda. Dessa forma o prejuízo acumulado remanescente deverá ser, em cumprimento ao disposto no parágrafo único do artigo 189 da Lei 6.404/76, bem como em atendimento ao artigo 18 e seu parágrafo 2º, do estatuto social da companhia, absorvido pela reserva estatutária operacional, assuntos estes que deverão ser objeto de discussão em Assembléia dos Acionistas. Agradecimentos: Ao término de mais um ano, agradecemos aos nossos funcionários pela dedicação e aos nossos acionistas, clientes e fornecedores pela confiança depositada na Maringá S.A. Cimento e Ferro-Liga. A DIRETORIA São Paulo, 23 de março de 2006 Demonstrações de resultado dos exercícios findos em 31 de dezembro Balanços patrimoniais em 31 de dezembro - Em milhares de reais Em milhares de reais, exceto quando indicado Ativo 2005 2004 Passivo e patrimônio líquido 2005 2004 Circulante (pro-forma) Circulante (pro-forma) Receita bruta de vendas 2005 2004 Caixa e bancos 882 1.514 Fornecedores 3.285 3.729 Mercado interno 143.676 245.803 Títulos e valores mobiliários (Nota 3) 57.422 66.534 Impostos e contribuições a recolher 1.596 31.754 Mercado externo 8.154 11.253 Contas a receber de clientes 9.325 25.885 Salários e encargos sociais 1.584 1.670 Impostos e devoluções sobre vendas (37.542) (62.722) Estoques (Nota 4) 15.620 12.145 Divid. e juros s/ cap. próprio a pagar (Nota 12 b)) 510 Receita líquida das vendas 114.288 194.334 Impostos a recuperar 1.011 351 Demais contas a pagar 1.863 2.519 Custo dos produtos vendidos (84.545) (82.363) 8.328 40.182 Demais contas a receber 3.910 2.917 Lucro bruto 29.743 111.971 88.170 109.346 Receitas (despesas) operacionais Com vendas (992) (1.434) Não circulante Não circulante Gerais e administrativas (14.579) (7.741) Exigível a longo prazo Realizável a longo prazo Despesas financeiras (1.060) (1.410) Tributos “sub-judice” (Nota 9) 35.832 24.328 Impostos a recuperar 1.574 1.350 Receitas financeiras 9.613 6.678 Provisão para contingências (Nota 10) 801 156 IR e contribuição social diferidos (Nota 11 a)) 5.272 Resultado de participação societária 821 2.260 Impostos e contribuições a recolher 13 Depósitos judiciais (Notas 9 e 10) 4.487 514 Outras receitas operacionais, líquidas 4.287 3.992 36.633 24.497 Demais contas a receber 1.099 2.318 (1.910) 2.345 12.432 4.182 Lucro operacional 27.833 114.316 Patrimônio líquido (Nota 12) Permanente Resultado não operacional (11) (18) Capital social 81.000 40.000 Investimentos Lucro antes do IR e da contribuição social 27.822 114.298 Reserva de capital 204 Em sociedades controlada e coligada (Nota 6) 6.168 6.488 Imposto de renda e contribuição social Reservas de lucros 27.905 29.447 Em outras sociedades (Nota 7) 10.354 10.354 Do exercício (Nota 11 b)) (8.106) (35.970) Lucros acumulados 27.220 Outros investimentos 230 230 Diferidos (Nota 11 a)) 5.272 108.905 96.871 Imobilizado (Nota 8) 34.792 29.505 Lucro líquido do exercício 24.988 78.328 Diferido 1.720 1.445 Lucro líquido por lote de mil ações do capital 53.264 48.022 social no fim do exercício - R$ 159,49 499,95 Total do passivo e patrimônio líquido 153.866 161.550 Total do ativo 153.866 161.550 As notas explicativas da administração são parte As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras integrante das demonstrações financeiras Demonstrações das mutações do patrimônio líquido - Em milhares de reais Demonstrações das origens e aplicações de recursos Exercícios findos em 31 de dezembro - Em milhares de reais Reservas de lucros Capital Reserva Estatutária Lucros a Lucros Origens dos recursos 2005 2004 social de capital Legal operacional Livre realizar acumulados Total Das operações Em 1º de janeiro de 2004 25.650 392 3.701 - 24.120 5.853 11.465 71.181 Lucro líquido do exercício 24.988 78.328 Baixa de incentivos fiscais (188) (188) Despesas (receitas) que não afetam o cap. circulante Aumento de capital com reserva 14.350 - (14.350) Juros e variações monetárias do realiz. a l. prazo (86) (1.803) Participação nos lucros (242) (242) Depreciações, amortizações e exaustões 2.698 2.453 Apropriação de lucros acumulados para reserva de lucros - 11.223 (11.223) Valor residual do ativo permanente baixado 94 199 Reversão da reserva de lucros a realizar (140) 140 Resultado da equivalência patrimonial 320 360 Lucro líquido do exercício 78.328 78.328 Imposto de renda e contribuição social diferidos (5.272) Destinação: Baixa de incentivos fiscais (204) Reserva legal - 3.569 (3.569) Juros e variações monetárias do exigível a l. prazo 2 6 Reserva de lucros a realizar 200 (200) 22.540 79.543 Distribuição antecipada de lucros (15.500) (15.500) De terceiros Juros sobre o capital próprio (6.950) (6.950) Recebimento de mútuo com interligada - 14.522 Ajustes de exercícios anteriores (4.729) (25.029) (29.758) Transf. do realizável a longo prazo para o circulante 2.447 349 Em 31 de dezembro de 2004 40.000 204 7.270 - 20.993 1.184 27.220 96.871 Aumento do exigível a longo prazo 12.149 501 Apropriação de lucros acumulados para reserva de lucros 32.243 (32.243) Redução do realizável a longo prazo 472 2 Aumento de capital social com reservas e lucros acumulados 41.000 - (20.993) (20.007) 37.608 94.917 Baixa de incentivos fiscais (204) (204) Aplicações de recursos Reversão da reserva de lucros a realizar (169) 169 No realizável a longo prazo 5.811 2.979 Lucro líquido do exercício 24.988 24.988 Em investimentos - 12.479 Distribuição antecipada de lucros (800) (800) No imobilizado 7.847 13.679 Juros sobre o capital próprio distribuídos (11.950) (11.950) No diferido 507 237 Recomposição de reservas de lucros e absorção de prejuízos (12.623) 12.623 Transferência do exigível a longo prazo p/ o circulante 15 59 Em 31 de dezembro de 2005 81.000 - 7.270 19.620 1.015 - 108.905 Dividendos e juros sobre o capital próprio distribuídos 12.750 22.692 26.930 52.125 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras Aumento no capital circulante 10.678 42.792 Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 (pro-forma) Variações no capital circulante Em milhares de reais, exceto quando indicado Ativo circulante: No fim do exercício 88.170 109.346 1. Operações: A companhia tem sede na Capital do Estado de São Paulo referentes a seleção de vida útil do ativo imobilizado, provisões No início do exercício 109.346 37.824 e unidade operacional em Itapeva - SP. Suas atividades preponderantes necessárias para passivos contingentes, determinação de provisão para (21.176) 71.522 são a produção e comercialização de ferro manganês e sílico manganês, imposto de renda e outras similares. Os resultados reais podem Passivo circulante: No fim do exercício 8.328 40.182 bem como a participação em empresas controladas e coligadas e apresentar variações em relação às estimativas. a) Apuração do No início do exercício 40.182 11.452 investimentos em outras empresas. resultado: O resultado é apurado pelo regime de competência. b) Ativos (31.854) 28.730 2. Principais práticas contábeis: As demonstrações financeiras foram circulante e realizável a longo prazo: Os estoques são demonstrados Aumento no capital circulante 10.678 42.792 elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com as práticas contábeis ao custo médio das compras ou produção, inferior aos valores de As notas explicativas da administração são parte adotadas no Brasil. Adicionalmente, objetivando uma melhor comparabilidade realização, e os adiantamentos a fornecedores são demonstrados pelos integrante das demonstrações financeiras das demonstrações financeiras da companhia, foram efetuados os seguintes valores desembolsados. Os demais ativos são apresentados ao valor b) Demonstração do imposto de renda e da contribuição social no ajustes e reclassificação dos valores anteriormente apresentados em 2004, de custo ou de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos resultado do exercício: 2005 2004 e as variações monetárias auferidas. c) Permanente: Demonstrado ao cujas demonstrações financeiras foram publicadas no Diário Oficial do Estado Lucro antes do I.R. e da contribuição social 27.822 114.298 de São Paulo e no Jornal da Manhã em 23 de fevereiro de 2005: valor de custo de aquisição ou construção, corrigido monetariamente Adições e (exclusões): Ajustes não contabilizados em 2004 até 31 de dezembro de 1995, combinado com os seguintes aspectos: • Equivalência patrimonial e dividendos (821) (2.260) Investimentos em sociedades coligada e controlada avaliadas pelo Lucros acumulados Juros sobre capital próprio (11.950) (6.950) método de equivalência patrimonial e demais investimentos Tributos “sub-judice” (23.843) Contingências e tributos “sub-judice” 6.841 435 contabilizados ao valor de custo. • Depreciação de bens do imobilizado, Equivalência patrimonial sobre ajustes de exercícios anteriores Outras 1.949 271 calculada pelo método linear, às taxas anuais mencionadas na Nota 8, em coligada (5.474) 23.841 105.794 que leva em consideração a vida útil-econômica dos bens; os Reversão da reserva de lucros a realizar 4.729 Alíquota combinada do IR e da contribuição social 34% 34% reflorestamentos são depreciados a partir do sétimo ano até o vigésimo Resultado não realizado em colig. e não eliminado no cálculo IR e contribuição social no resultado do exercício 8.106 35.970 primeiro ano. • Gastos diferidos, substancialmente representados por da equivalência patrimonial (441) 12. Patrimônio líquido: a) Capital social: O capital social está estudos referentes à exploração de jazida de minério, que são Total dos ajustes em lucros acumulados (25.029) representado por 156.671.233 ações ordinárias nominativas, sem valor amortizados pelo prazo de dez anos, a partir da data em que os benefícios Reclassificação nominal. b) Distribuição de dividendos: De acordo com o estatuto social, começam a ser gerados. d) Passivos circulante e exigível a longo Reflorestamento do diferido para o imobilizado 2.457 aos titulares das ações será atribuído, em cada exercício, dividendo não prazo: São demonstrados pelos valores conhecidos ou calculáveis, Em função dos ajustes e da reclassificação acima mencionados, e inferior a 25% do lucro líquido do exercício, ajustado na forma do artigo acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e das adicionalmente ao exigido pelo Artigo 186 da Lei das Sociedades por 202 da Lei nº 6.404/76. Conforme facultado pela Lei nº 9.249/95 e como Ações, as demonstrações financeiras do exercício de 2004 estão sendo variações monetárias incorridas. previsto no estatuto social, a companhia, durante o exercício, optou pela 3. Títulos e valores mobiliários: 2005 2004 apresentadas “pro-forma” com a finalidade de permitir melhor proposição e pagamento de juros sobre capital próprio no montante de Certificados de Depósitos Bancários - CDB 21.737 29.006 comparabilidade entre aquele exercício social e o encerrado em 31 de R$ 11.950 (2004 - R$ 6.950). Adicionalmente, foi proposto e distribuído o dezembro de 2005, exceto as demonstrações do resultado do exercício, Fundo de Investimento em Cotas - FIC 15.280 12.193 montante de R$ 800 a título de antecipação de dividendos, com base em Fundos de Investimentos Financeiros - FIF 13.571 23.331 das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de balanços intermediários preparados pela companhia. Os valores Outros 6.834 2.004 recursos que não foram ajustadas por não terem sido identificados os distribuídos em relação aos resultados gerados podem ser assim 57.422 66.534 correspondentes ajustes nos saldos iniciais de 2004 e seus reflexos nas demonstrados: 4. Estoques: 2005 2004 referidas demonstrações financeiras. Para fins de apresentação, os 2005 2004 Produtos acabados 4.899 4.617 ajustes acima mencionados no montante de R$ 25.029 foram efetuados Lucro líquido do exercício 24.988 78.328 Produtos em elaboração 4.062 2.998 nas respectivas contas do balanço patrimonial em contrapartida de Constituição de reservas Legal (3.569) Matérias-primas 4.633 2.154 ajustes de exercícios anteriores em lucros acumulados no exercício de Lucros a realizar (200) Ferramentas, peças e materiais de manutenção 1.578 1.260 2004. Na elaboração das demonstrações financeiras é necessário utilizar Reversão de reservas Materiais secundários 448 1.116 estimativas para contabilizar certos ativos, passivos e outras transações. Lucros a realizar 140 15.620 12.145 As demonstrações financeiras da empresa incluem, portanto, estimativas Lucro líquido ajustado 24.988 74.699 5. Saldos com partes relacionadas: Dividendos distribuídos antecipadamente 800 15.500 Juros sobre capital próprio distribuídos (líq. de IRRF) 10.158 5.908 2005 2004 Total 10.958 21.408 Companhia Sociedade Porcentagem sobre lucro líquido ajustado 43,85% 28,66% Companhia Destilarias Melhoramentos Agrícola Companhia Bom Sucesso c) Reserva legal: Constituída à razão de 5% sobre o lucro líquido do Melhoramentos Melhoramentos Sul do Pará Usina Canavieira de Agropecuária exercício, conforme artigo 193 da Lei das Sociedades por Ações. Em 31 Norte do Paraná S.A. S.A. Jacarezinho Jacarezinho Ltda. Total Total de dezembro de 2005 o lucro líquido do exercício foi totalmente absorvido Ativo circulante por prejuízos acumulados, não havendo base para a constituição da referida Demais contas a receber 6 6 17 12 1.017 1.058 990 reserva. d) Reserva estatutária operacional: Refere-se à retenção do Ativo não circulante saldo remanescente do lucro líquido do exercício a fim de assegurar Realizável a longo prazo investimentos em bens do ativo permanente, ou acréscimos do capital de Demais contas a receber 419 419 160 giro, inclusive através de amortização das dívidas da companhia, Passivo circulante independentemente das retenções de lucros vinculadas ao orçamento de Demais contas a pagar 39 1 1 41 342 capital em observância ao artigo 194 da Lei das Sociedades por Ações. O saldo não poderá ultrapassar a 90% do capital social. Em função de O saldo a receber de longo prazo com a Sociedade Bom Sucesso Agropecuária Ltda. é atualizado de acordo com a variação mensal do Índice Geral de prejuízos decorrentes de ajustes de exercícios anteriores na companhia e Preços de Mercado - IGP-M. em coligada, o montante da reserva em 31 de dezembro de 2005 foi 6. Investimentos em sociedades controlada e coligada: recomposto e, também, utilizado para absorver os referidos prejuízos. e) 2005 2004 Reserva livre: Refere-se à retenção do saldo remanescente de lucros Companhia Sociedade Bom apurados em exercícios anteriores para futuras destinações. Conforme Canavieira de Jacarezinho Sucesso Agropecuária Ltda. Total Total deliberado na Assembléia Geral realizada em 14 de abril de 2005, o saldo a) Informações sobre as investidas da reserva foi utilizado para aumento de capital. f) Reserva de lucros a Quantidade de ações/quotas possuídas 129.883.609 131.453 realizar: Constituída com a finalidade de reter lucros não realizados em Percentual de participação 26,12% 99,99% cada exercício. Por incluir lucros não realizados em investida que foi Patrimônio líquido ajustado em 31 de dezembro de 2005 24.218 284 incorporada por outra investida, em anos anteriores, o montante dos Prejuízo do exercício (1.244) (4) referidos lucros foi integralmente revertido da reserva como ajuste de b) Movimentação dos investimentos exercícios anteriores. No início do exercício 6.204 284 6.488 284 13. Garantias prestadas: A companhia prestou garantias, avais e fianças Ajuste de exercício anterior (5.915) para empresas ligadas, conforme resumido abaixo: Subscrição de capital 12.479 2005 2004 Equivalência patrimonial (320) (320) (360) Companhia Melhoramentos Norte do Paraná 36.925 14.795 No fim do exercício 5.884 284 6.168 6.488 Companhia Agrícola Usina Jacarezinho 32.604 30.668 As demonstrações financeiras das controladas e coligadas do exercício Companhia Canavieira de Jacarezinho 9.409 11.705 Impostos sobre Produtos Industrializados - IPI - questionamento quanto à findo em 31 de dezembro de 2005 foram examinadas ou revisadas, Destilarias Melhoramentos S.A. 1.731 2.178 tomada de crédito do imposto sobre insumos isentos, imunes, nãoconsiderando a necessidade, pelos mesmos auditores da controladora. Companhia de Cimento Portland Ponte Alta 243 96 tributados e sujeitos à alíquota zero. Os valores foram utilizados para 7. Investimentos em outras sociedades: A companhia possui 14. Instrumentos financeiros: Os instrumentos financeiros estão compensação com o próprio imposto devido. Imposto sobre Circulação de investimentos na Cimento Mauá S.A. e Usina Morretes Ltda., os quais são apresentados no balanço pelos valores de custo e respectivas apropriações Mercadorias e Serviços - ICMS - substancialmente representado pelo avaliados pelo método do custo por representarem 2,5% e 0,45%, de receitas e despesas, os quais se aproximam dos valores de mercado. A questionamento da tomada de crédito sobre aquisições de produtos respectivamente, do capital social da investida, sem influência em sua administração dessas operações é efetuada mediante definição de classificados como intermediários, segundo a posição da administração e administração. Em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, tais investimentos estratégia de operações e estabelecimento de sistemas de controle pela de seus consultores jurídicos externos, e utilizados no processo produtivo. montam em R$ 9.516 e R$ 838, respectivamente. administração. A companhia não mantém instrumentos financeiros, Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS 8. Imobilizado: % tampouco derivativos, não registrados contabilmente. a) Risco de crédito: Questionamento sobre a constitucionalidade da Lei no. 9.718/98, referente 2005 2004 Taxas A política de vendas da companhia se subordina às normas de crédito à inclusão, em sua base de cálculo, das variações monetárias ativas e Depreanuais fixadas por sua administração, que procuram minimizar os eventuais receitas financeiras. Imposto de renda pessoa jurídica - IRPJ / Contribuição ciação LíLíde problemas decorrentes da inadimplência de seus clientes. Esse objetivo é social sobre o lucro líquido - CSLL - questionamento quanto à permissão Custo acumul. quido quido deprec. obtido por meio da seleção de clientes de acordo com sua capacidade de da dedução dos prejuízos fiscais e bases negativas da contribuição social Terras 8.824 - 8.824 8.824 pagamento. b) Risco com taxa de juros: Esse risco é oriundo da sobre o lucro, apurados até 31 de dezembro de 1995, com lucros obtidos Construções e instalações 22.712 10.978 11.734 7.045 4 a 10 possibilidade de a companhia incorrer em perdas por conta de flutuações nos exercícios posteriores, sem a limitação de 30% estabelecida conforme Equipamentos de produção 51.958 47.665 4.293 4.867 10 a 20 nas taxas de juros que aumentem as despesas financeiras relativas a os artigos 42 e 58 da Lei nº 8.981/95. Equipamentos de transporte 2.855 2.652 203 121 20 empréstimos captados no mercado. A companhia monitora continuamente 10. Contingências: A companhia é parte envolvida em processos Equipamentos de escritório 1.293 912 381 423 10 a 20 as taxas de juros de mercado com o objetivo de avaliar a eventual trabalhistas, cíveis e outras em andamento, e está discutindo essas Reflorestamento 11.482 5.368 6.114 4.962 (*) necessidade de operação para sua proteção. Em 31 de dezembro de 2005 questões tanto na esfera administrativa como na judicial, as quais, quando Adiantamento a fornecedores e de 2004 a companhia não possui nenhum contrato com a finalidade de aplicáveis, são amparadas por depósitos judiciais. As provisões para as e obras em andamento 3.243 - 3.243 3.263 proteção contra o risco de volatilidade dessas taxas. eventuais perdas decorrentes desses processos são estimadas e 102.367 67.575 34.792 29.505 15. Cobertura de seguros: A companhia possui programa de atualizadas pela administração, com base na opinião de seus consultores (*) depreciado a partir do sétimo até o vigésimo primeiro ano. A empresa gerenciamento de riscos com o objetivo de limitar os riscos, buscando no jurídicos externos, e podem ser assim sumariadas: possui bens imóveis concedidos em garantia de processos judiciais que mercado coberturas compatíveis com seu porte e operação. As coberturas Depósitos judiciais Provisão para contingências montam a R$ 3.235. Equipamentos arrendados: Certos equipamentos foram contratadas por montantes considerados suficientes pela 2005 2004 2005 2004 são arrendados por meio de contratos irretratáveis, contendo cláusula de administração para cobrir eventuais sinistros, considerando a natureza da opção de compra e sujeitos a encargos fixos de 1,58% a 1,98% ao mês e sua atividade, os riscos envolvidos em suas operações e com base na Trabalhistas 24 26 158 105 encargos variáveis pela Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP mais 8,20% orientação de seus consultores de seguros. Em 31 de dezembro de 2005, Cíveis 398 488 a 9% ao ano. Os compromissos assumidos em virtude desses contratos a companhia possuía as seguintes principais apólices de seguro Outras 643 51 montam a R$ 903 (2004 - R$ 695) e vencem até 2010. As despesas contratadas com terceiros: Não circulante 422 514 801 156 operacionais incorridas com arrendamento no exercício foram de R$ 250 Montante Contingências trabalhistas - consistem, principalmente, em reclamações (2004 - R$ 68). máximo da de ex-funcionários, requerendo compensações adicionais que, segundo 9 Tributos “sub-judice”: A administração, baseada na opinião de seus Bens segurados Riscos cobertos cobertura esses, não foram pagas durante seu vínculo empregatício. Adicionalmente, consultores jurídicos externos, questiona a legalidade ou o direito de Edifícios e instalações Incêndio, raio, explosão de qualquer conforme posição dos consultores jurídicos externos, a companhia possui compensação de determinados tributos, efetuando depósitos judiciais natureza, responsab. civil e outros 7.025 determinadas contingências consideradas de possível êxito e, portanto, quando aplicável. O montante a pagar vem sendo atualizado conforme a Veículos - Frota Danos materiais, corporais e não provisionadas nas presentes demonstrações financeiras, no montante legislação pertinente e pode ser resumido como segue: morais 2.000 aproximado de R$ 3.400 em 31 de dezembro de 2005. Depósitos Casco Mercado 11. Imposto de renda e contribuição social: a) Composição dos tributos judiciais Tributos “sub-judice” Equiptos. de informática diferidos: O imposto de renda e a contribuição social diferidos, no montante 2005 2005 2004 arrendados Riscos diversos 137 de R$ 5.272, foram registrados para refletir os efeitos fiscais futuros, IPI 22.643 16.661 Transporte terrestres tributáveis sobre diferenças temporárias entre a base fiscal de ativos e ICMS 4.833 4.589 de mercadorias Acidentes naturais 5.000 passivos e seu respectivo valor contábil, à alíquota fiscal combinada de COFINS 3.332 5.191 304 Máquinas e equiptos. Riscos diversos 506 34%, levando-se em consideração a realização provável desses tributos. IRPJ / CSLL 2.186 1.518 Aeronave Reta 170 As referidas diferenças temporárias estão substancialmente representadas Outras 733 979 1.256 Casco (US$ mil) 430 por provisões para contingências e tributos “sub-judice”. Não circulante 4.065 35.832 24.328 Responsab. civil 2º risco (US$ mil) 4.000 Diretoria Gastão de Souza Mesquita - Diretor Roberto de Oliva Mesquita - Diretor Parecer dos Auditores Independentes lhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os Aos Administradores e Acionistas sistemas contábil e de controles internos da companhia, (b) a constatação, Maringá S.A. Cimento e Ferro-Liga com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valoSão Paulo - SP res e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e 1. Examinamos o balanço patrimonial da Maringá S.A. Cimento e Ferroestimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração Liga em 31 de dezembro de 2005 e as correspondentes demonstrações da companhia, bem como da apresentação das demonstrações financeido resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicaras tomadas em conjunto. ções de recursos do exercício findo nessa data, elaborados sob a respon3. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir sentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição parecer sobre essas demonstrações financeiras. patrimonial e financeira da Maringá S.A. Cimento e Ferro-Liga em 31 de 2. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplidezembro de 2005 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio cáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com líquido e as origens e aplicações de recursos do exercício findo nessa o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nosso exame 4. O exame das demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de compreendeu, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabaPaulo Nelson Pereira - Diretor Presidente

Marcelo Fernandes de Oliveira - Contador CRC1SP 148.350/O-6 - CPF 085.559.578-77 dezembro de 2004, apresentadas para fins de comparação, foi conduzido sob a responsabilidade de outros auditores independentes, que emitiram parecer com data de 17 de março de 2005, sem ressalvas. Como descrito na Nota 2, apenas para fins de comparação, as demonstrações financeiras do exercício de 2004 estão apresentadas “pro-forma” de modo a incorporarem ajustes e reclassificações daquele exercício. São Paulo, 22 de março de 2006 International Services Ltda. - CRC 2SP009963/O-1 Wander Rodrigues Teles Maurício Cardoso de Moraes Contador Contador CRC 1DF005919/O-3 “S” SP CRC 1PR035795/O-1 “T” SP


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Finanças Nacional Telecomunicações Estilo

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 19 de abril de 2006

Governo brasileiro tem projeto de popularização da internet e quer mudar gestão da rede mundial

PAÍS ACUMULA DERROTAS NO EXTERIOR

GOVERNO TENTA ELEGER SECRETÁRIO-GERAL DA UNIÃO INTERNACIONAL DE TELECOMUNICAÇÕES

D

BRASIL ALMEJA COMANDO DA UIT

epois de quase concluídos os debates sobre a escolha do padrão de TV digital para o Brasil, o ministro de Telecomunicações, Hélio Costa, inicia uma nova campanha internacional. Desta vez, ele enviou cartas a todos os ministros de Telecomunicações do mundo pedindo votos para

que o brasileiro Roberto Blois seja eleito secretário-geral da União Internacional de Telecomunicações (UIT). As eleições ocorrem em outubro, mas a campanha já começou. Blois, engenheiro e exfuncionário do Ministério das Telecomunicações, terá como concorrentes um suíço, um alemão, um tunisiano e um jor-

daniano. Para o governo, o brasileiro tem chances por pelo menos três razões: é o único candidato (por enquanto) das Américas, é o atual vice-secretário-geral da entidade e conhece profundamente o setor de telecomunicações. Em sua carta aos ministros de todo o mundo, Costa pede apoio ao brasileiro e as embai-

xadas brasileiras nas diversas capitais estão sendo instruídas a pedir audiências com ministros locais para insistir na necessidade de voto ao Brasil. O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, também está envolvido no debate e contatou os demais chanceleres das Américas pedindo apoio. Pelas contas do Itama-

BALANÇO ORION S.A. PREZADOS ACIONISTAS CONJUNTURA Em 2005 os índices da economia brasileira tiveram um bom desempenho, com a inflação baixa, alto superávit comercial, queda consistente das taxas de juros interna e queda do risco-país. O crescimento do PIB brasileiro em 2005 foi baixo, inferior ao desempenho do ano anterior. FATURAMENTO E RESULTADO OPERACIONAL O faturamento líquido da empresa em 2005 foi 9,7% inferior ao registrado em 2004, devido à reestruturação nas linhas de produtos. MERCADO A distribuição das vendas por áreas de atuação foi a seguinte em 2005:

CNPJ nº 61.082.863/0001-40 Relatório da Diretoria - Montadoras e outras indústrias - 46,2% - Mercados de reposição - 52,4% - Exportação - 1,4% - (41,7%, 56,1% e 2,2%, respectivamente, em 2004) ASPECTOS ECONÔMICO-FINANCEIROS Em 2005 a Orion registrou prejuízo operacional antes das despesas e receitas financeiras de R$ 1.179 mil, devido principalmente à elevação do custo da matéria-prima e à superposição temporária do custo de mão-de-obra em alguns setores nas fábricas de São José dos Campos e Itumbiara. O EBITDA foi negativo em R$ 236 mil. Em 2004 o EBITDA foi negativo em R$ 3.717 mil. As despesas financeiras líquidas em 2005 foram de R$ 12.277 mil, decorrentes fundamentalmente do serviço das dívidas

Balanços Patrimoniais em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 (Em R$ Mil) ATIVO 2005 2004 PASSIVO 2005 2004 CIRCULANTE 3.838 4.064 CIRCULANTE 49.379 35.235 Disponibilidades 47 64 Fornecedores 3.231 2.754 Aplicações Financeiras 6 10 Financiamentos 2.231 3.683 Clientes 1.435 1.654 Contas a Pagar e Provisões 8.708 5.225 Estoques 2.341 2.311 Salários e Encargos Sociais 3.737 1.425 Outros Créditos 9 25 Tributos e Contribuições a Recolher 28.853 20.192 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 177 339 Empréstimos a Pagar à Orius 2.619 1.956 Investimentos Temporários 177 339 PERMANENTE 23.410 22.899 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 63.217 63.823 Investimentos – 55 Financiamentos 158 596 Imobilizado 23.410 22.844 Empréstimos a Pagar à Orius 3.087 3.461 TOTAL DO ATIVO 27.425 27.302 Tributos e Contribuições Parcelados 54.309 54.222 PASSIVO A DESCOBERTO 85.171 71.756 Provisão para Contingências 4.003 3.809 Capital Social (12.938) (12.938) Provisão para Tributos sobre Reavaliação 1.660 1.735 Reserva de Capital (1) (1) Reserva de Reavaliação (9.103) (9.114) Prejuízos Acumulados 107.213 93.809 TOTAL 112.596 99.058 TOTAL 112.596 99.058 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido nos Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 (Em R$ Mil) Capital Reserva de Capital Reserva de Prejuízos Social Incentivos Fiscais Reavaliação Acumulados Total SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2003 12.938 1 9.199 (78.478) (56.340) Realização da Reserva de Reavaliação – – (85) 85 – Prejuízo do Exercício – – – (15.416) (15.416) SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 12.938 1 9.114 (93.809) (71.756) Realização da Reserva de Reavaliação – – (85) 85 – Provisão para Imposto de Renda e Contrib. Social – – 74 – 74 Prejuízo do Exercício – – – (13.489) (13.489) SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 12.938 1 9.103 (107.213) (85.171) Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis em 31 de Dezembro de 2005 (Em R$ Mil) NOTA 1. CONTEXTO OPERACIONAL - A Orion atua, principalmente no NOTA 7. TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES PARCELADOS - REFIS - LP 2005 2004 mercado nacional, na industrialização de artefatos de borracha, com as 40.043 37.930 seguintes linhas de produtos: vedação (lençol retentores, anéis, tecidos e Trib. e Contrib. Federais Parcelados - REFIS Parcelamento Tributos Estaduais - ICMS 14.190 16.181 vedantes) e Proteção (lençol, luvas, corrimão e vedantes). 76 111 NOTA 2. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS - a) Os ativos realizáveis e Parcelamento de IPTU 2003 54.309 54.222 os passivos exigíveis com prazos de até um ano são considerados como Total circulantes. b) As Aplicações Financeiras são demonstradas ao valor de 7.1. FEDERAL - a) Em 27/03/00, a Companhia aderiu ao Programa de aplicação, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do Balanço. Recuperação Fiscal - REFIS, instituído pela Lei 9.964/00, consolidando a c) Os Estoques são valorizados ao custo médio de aquisição ou produção, dívida de tributos e contribuições federais em mora, parcelamentos e recoos quais não excedem aos valores de mercado ou aos de realização. nhecimento de débitos, inclusive em razão da desistência de processos d) Os investimentos são demonstrados ao custo, corrigido monetariamente judiciais em curso. A composição do saldo em 31/12/2005, é a seguinte: DÍVIDA CONSOLIDADA REFIS - ABRIL/2000 até 31/12/95. e) O imobilizado é demonstrado ao custo de aquisição, consTipo de Principal Enc. trução e reavaliação, corrigido monetariamente até 31/12/95. As depreciaDívida e Legal e Total ções são calculadas pelo método linear, a taxas que levam em consideraPGFN/SRF Correção Multa Juros Honorários Consol. ção a vida útil estimada dos bens e são contabilizadas, parte como custo de IPI PGFN 6.417 1.562 6.447 2.885 17.311 produção e parte como despesas do período. f) A Provisão para Férias é IPI SRF 2.482 496 570 – 3.548 constituída com base nos direitos adquiridos pelos empregados até a data COFINS PGFN 1.065 293 934 458 2.750 do Balanço e inclui os correspondentes encargos sociais. g) Na apuração COFINS SRF 2.459 492 1.723 – 4.674 do resultado é observado o regime de competência para o reconhecimento PIS PGFN 177 50 201 85 513 de receitas e despesas. PIS SRF 1.439 288 1.369 – 3.096 NOTA 3. ESTOQUES IRPJ PGFN 2 1 1 1 5 Contas 31/12/2005 31/12/2004 Contr. Social SRF 35 7 46 – 88 Matéria-prima e Materiais Diversos 439 508 INSS PGFN 2.819 940 1.660 316 5.735 Produtos em Elaboração 417 436 Total 16.895 4.129 12.951 3.745 37.720 Produtos Acabados 1.485 1.367 37.720 Total 2.341 2.311 Compensação com Créditos Tributários em 2000 (10.132) NOTA 4. IMOBILIZADO Juros Incorridos de 01/04/2000 a 31/12/2005 15.250 Taxa Anual Parcelas Pagas de 01/04/2000 a 31/12/2005 (2.136) Contas Depreciação 31/12/2005 31/12/2004 Saldo Atualizado em 31/12/2005 40.702 Terrenos – 7.883 7.883 Composição do Débito Em 2005 Edificações 1,66% 11.283 11.283 Curto Prazo 659 Longo Prazo 40.043 Máquinas, Equipamentos e Instalações 10% 19.830 17.893 Total 40.702 Móveis e Utensílios 10% 1.357 1.321 b) O valor das parcelas mensais é calculado à razão de 1,2% da Receita Veículos 20% 216 364 Bruta auferida no mês imediatamente anterior ao do pagamento. No exercíObras em Andamento – 3.439 3.825 cio de 2005, foi pago R$ 231 mil (em 2004 R$ 475 mil). O saldo devedor é Subtotal 44.008 42.569 Depreciações Acumuladas – (20.598) (19.725) atualizado monetariamente com base na Taxa de Juros de Longo Prazo TJLP. Em cumprimento a exigência do Programa, foram arrolados bens em Total 23.410 22.844 garantia na forma do art. 64 da Lei 9.532/97. 7.2. ESTADUAL - Em 30/10/00, a Companhia requereu junto a Secretaria NOTA 5. CONTAS A PAGAR E PROVISÕES da Fazenda do Estado de São Paulo o parcelamento em regime especial, instituído pelo Decreto 44.971/00, das dívidas de tributos estaduais em 31/12/2005 31/12/2004 Contas mora e reconhecendo débitos decorrentes de desistência de processos Contas a Pagar 281 193 administrativos e judiciais em curso. O parcelamento foi concedido em 120 IPTU e Taxa Licença 348 170 meses sucessivos, com vencimento final em janeiro de 2011 e é atualizado Adiantamentos Diversos 480 141 monetariamente com base na Taxa de Juros de Longo Prazo. Provisão para Férias e Encargos 666 729 NOTA 8. FINANCIAMENTOS Encargos Financeiros sobre Tributos em Atraso 6.262 3.305 8.1 COMPOSIÇÃO Provisão para Ações Trabalhistas 80 133 FINANCIAMENTOS Em 31 de Dezembro de 2005 Outras Provisões 591 554 Curto Longo Total 8.708 5.225 BANCO Vencimento Taxa Prazo Prazo NOTA 6. IMPOSTOS A RECOLHER - CURTO PRAZO Industrial 2005 2004 do Brasil S.A. 20/02/2006 2,4 % a.m. 8 ICMS 7.721 6.953 Brasil S.A. 18/03/2006 2,8 % a.m. 19 IPI 1.248 220 Daycoval S.A. 23/03/2006 CDI + 1 % a.m. 298 PIS 381 58 Sofisa S.A. 12/04/2006 CDI + 0,8 % a.m 154 COFINS 1.730 256 Unibanco S.A. 18/08/2006 TR + 0,5 % a.m. 1.264 158 Trib. e Contrib. Federais Parcelados - REFIS 659 475 Finasa S.A. 31/08/2006 2,44 % a m. 24 Parcelamento Tributos Estaduais - ICMS 16.981 12.157 Indusval S.A. 13/08/2007 CDI + 1 % a.m. 335 Outros 133 73 Brasil S.A. 03/11/2007 TR + 0,5 % a.m. 129 Total 28.853 20.192 Total 2.231 158 Diretoria

ADRIANA ISABEL FERNANDES TEIXEIRA GONÇALVES - Diretora JOSÉ DOMICIANO DE CASTRO FILHO - Diretor

fiscais parceladas em 2000 (Refis Federal e Parcelamento do ICMS) e de correções de contingências de impostos federais e de empréstimos bancários. PERSPECTIVAS A Orion vem constantemente perseguindo aumento de sua produtividade, melhora na qualidade dos seus produtos e se tornar mais competitiva nos mercados em que atua, sendo atualmente certificada pelo ISO 9001:2000 e ISO/TS-16949-2002. A expectativa para 2006 é de um crescimento do PIB superior a 2005, o que deverá se refletir no desempenho da indústria brasileira como um todo, e em particular na Orion. São José dos Campos, 28 de março de 2006 DIRETORIA Demonstração do Resultado dos Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 (Em R$ Mil) 2005 2004 RECEITA OPERACIONAL BRUTA 38.348 42.088 Vendas de Produtos e Serviços 38.348 42.088 DEDUÇÕES DA RECEITA OPERACIONAL BRUTA (10.635) (11.385) Devoluções e Abatimentos (695) (765) Impostos e Contribuições (9.940) (10.620) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 27.713 30.703 Custos dos Produtos e Serviços Vendidos (19.153) (22.670) LUCRO BRUTO 8.560 8.033 (DESPESAS) RECEITAS OPERACIONAIS (9.739) (12.652) Administrativas e Gerais (6.425) (8.108) Vendas (3.279) (4.509) Honorários da Diretoria e Conselheiros (35) (35) RESULTADO OPERACIONAIS ANTES DAS DESPESAS E RECEITAS FINANCEIRAS (1.179) (4.619) Despesas Financeiras (12.342) (10.865) Receitas Financeiras 65 68 PREJUÍZO OPERACIONAL (13.456) (15.416) Resultado não Operacional (33) – PREJUÍZO DO EXERCÍCIO (13.489) (15.416) PREJUÍZO POR AÇÃO (Em R$ 1,00) (1,69) (1,93) EBITDA (236) (3.717)

raty, o Brasil tem pelo menos os 34 votos da região. Amanhã, em Genebra, na Suíça, o governo ainda convida representantes de todas as missões diplomáticas na Organização das Nações Unidas (ONU) para um encontro com Blois. Se eleito, Blois terá a função de chefiar a entidade que cuida de todos os instrumentos de comunicações, de rádio à telefonia. Seu cargo pode ganhar relevância se o projeto do Brasil de democratizar a internet vingar. Hoje, a rede mundial de computadores está nas mãos dos Estados Unidos, mas o governo espera que a ONU passe a organizar o setor, com a participação de todos os governos. Se isso de fato acontecer, a UIT seria o destino quase natural dessa nova administração da internet. Derrotas — Para o governo, a candidatura de Blois é uma chance de Brasília se redimir das várias derrotas que sofreu no plano internacional. Du-

rante o governo Lula, a atuação do País em eleições no exterior foi decepcionante. O País perdeu as principais votações que disputou. Na Organização Mundial do Comércio (OMC), o candidato brasileiro, Luis Felipe de Seixas Correa, ficou em último lugar entre os quatro concorrentes à direção da entidade em 2005. O Brasil também foi derrotado na Organização Internacional do Trabalho (OIT). Em 2003, o então ministro do Trabalho, Ricardo Berzoini, tentou se eleger presidente da Assembléia Mundial da OIT, mas foi derrotado por um candidato da República Dominicana. No Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), as eleições em 2005 permitiram que o colombiano Luis Alberto Moreno batesse o brasileiro João Sayad para o posto de presidente da entidade. Entre os países do Mercosul, apenas a Argentina votou no candidato brasileiro ao cargo. (AE)

Jose Miguel Gomez/Reuters

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos nos Exercícios em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 (Em R$ Mil) 2005 2004 ORIGENS DE RECURSOS 939 2.506 De Terceiros 211 – Redução do Realizável a Longo Prazo 211 – Outras Origens 728 2.506 Aumento do Exigível a Longo Prazo 728 2.506 APLICAÇÕES DE RECURSOS 15.309 15.289 Nas Operações 6.447 14.413 Prejuízo do Exercício 13.489 15.416 Variações Monetárias do Exigível a Longo Prazo (5.690) – Perdas no Realizável a Longo Prazo (57) – Depreciação (944) (946) Baixa do Imobilizado (296) (57) Baixa de Investimentos (55) – Outras Aplicações 8.862 876 Adições ao Imobilizado 1.805 852 Aumento do Realizável a Longo Prazo 107 24 Transferência do Exigível a Longo Prazo p/o Passivo Circulante 6.950 – REDUÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO (14.370) (12.783) DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO ATIVO CIRCULANTE (226) (365) No Início do Exercício 4.064 4.429 No Final do Exercício 3.838 4.064 PASSIVO CIRCULANTE 14.144 12.418 No Início do Exercício 35.235 22.817 No Final do Exercício 49.379 35.235 REDUÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO (14.370) (12.783) 8.2 UNIBANCO - Em 18/09/2000, o Unibanco Leasing S.A. e o Unibanco S.A. firmaram acordo com a Companhia no valor de R$ 3.622 mil. O saldo da dívida em 31 de dezembro de 2005 será pago em 48 parcelas mensais, através de novo contrato de repactuação. No exercício foi pago o montante de R$ 220 mil. NOTA 9. CAPITAL SOCIAL - O Capital Social, totalmente subscrito e integralizado, é representado por 8.000.000 ações, sendo 2.718.467 ordinárias e 5.281.533 preferenciais, sem valor nominal. Aos acionistas são assegurados dividendos obrigatórios de 25% do lucro líquido, ajustado na forma da Lei das Sociedades Anônimas. No exercício não foram provisionados os dividendos face aos prejuízos acumulados. NOTA 10. RESERVA DE REAVALIAÇÃO - A reserva de reavaliação, constituída em 18 de março de 1991, está sendo realizada e transferida para prejuízos acumulados, por depreciação ou baixa dos bens reavaliados. Foram provisionados encargos tributários de R$ 1.660 mil, no passivo exigível em Provisões para Tributos sobre Reavaliação. NOTA 11. OUTRAS INFORMAÇÕES - a) Ativo Segurado - Os valores segurados são determinados e contratados em bases técnicas e considerados adequados para a cobertura de eventuais perdas decorrentes de sinistros em bens de estoque ou do ativo imobilizado. b) Plano de Aposentadoria Complementar - A Orion é mantenedora do plano administrado pela Orius - Associação Orion de Seguridade Social, que teve por finalidade básica a concessão de benefício que complementou a aposentadoria da previdência social de seus participantes. A Orius se encontra sob regime de intervenção pela Secretaria de Previdência Complementar desde maio de 2005. O exigível atuarial, calculado de acordo com o modelo atuarial estabelecido na nota técnica do plano, encontra-se coberto, consideradas todas as reservas técnicas de riscos expirados e não expirados. O Empréstimo mantido com a Associação, cujo saldo em 31/12/2005 é de R$ 5.706 mil (2004 - R$ 5.417 mil), está sendo repactuado e deverá ser pago em 6 anos e 1 mês, com vencimento final em fevereiro de 2012, incluindo principal e encargos calculados de acordo com taxas compatíveis com as praticadas no mercado. No exercício foi pago o montante de R$ 725 mil. c) Prejuízo Fiscal - Em 2005 o saldo de prejuízo fiscal é de R$ 60.967 mil, e a base negativa de contribuição social é de R$ 61.002 mil. NOTA 12. INSTRUMENTOS FINANCEIROS - Em 31 de dezembro de 2005 os valores contábeis relativos aos instrumentos financeiros da Orion, constantes do balanço patrimonial, quando comparados com os valores que se poderia obter na sua negociação em um mercado ativo ou, na ausência deste, com o valor presente líquido dos fluxos de caixa futuros, com base na taxa de juros vigente no mercado, se aproximam do seu correspondente valor de mercado. CONTADOR ANTONIO EMILIO TEIXEIRA - CRC 1SP176483/O-4

Grupo espanhol quer reforçar investimentos em ativos na Colômbia

Telefónica conclui aquisições

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espanhola Telefónica completou seu programa global de aquisições, afirmou ontem o presidente da operadora, Cesar Alierta. No começo deste mês, a companhia concordou em pagar US$ 369 milhões pelo controle da maior operadora de linhas fixas de telefonia da Colômbia, a Telecom. A empresa vai investir

US$ 670 milhões na Colômbia nos próximos três anos, afirmou ontem o chefe da Telefónica International, José Maria Alvarez. Alierta, no entanto, afirmou que a companhia não tem planos de tentar comprar de mais empresas colombianas. A espanhola também controla a segunda maior operadora de telefonia celular do país, a Movistar. (Reuters)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

12 -.ESPECIAL

quarta-feira, 19 de abril de 2006

Fotos: Newton Santos / Hype

Depósito Zona Sul, há 37 anos em Interlagos. O empresário Francisco Barbosa acreditou no seu negócio e venceu as dificuldades

Zona Sul, vitória de quem não desiste nunca O pequeno depósito começou a funcionar em Interlagos com apenas três funcionários. Mas o empreendedor Francisco Barbosa persistiu, hoje tem 250 funcionários e 50 caminhões para entrega

A

persistência do empresário Francisco Barbosa, que há 37 anos fundou uma pequena loja de materiais de construção na Zona Sul de São Paulo, fez do seu trabalho um exemplo para o setor. Afinal, quantas empresas hoje em dia, tirando as grandes e multinacionais, sob re v i v e m t a n t o t e m p o n o mercado? Estudos do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) indicam que 99% das empresas no Brasil são micros e pequenas e que 60% dos empregos estão nesses empreendimentos. Com base na pesquisa, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, afirma que, "terminado o primeiro ano, um bom percentual dessas empresas deixa de existir e no final do quinto ano, mais de 60% já fecharam". Não foi o caso de Barbosa, muito pelo contrário. Sua empresa de materiais de construção, o Depósito Zona Sul, no bairro de Interlagos, vai muito

bem, obrigada. O empresário não divulga números de faturamento, mas a história da loja revela: "Quando fundei a empresa, trabalhávamos com três funcionários e as entregas dos produtos eram feitas em carrinhos de mão". Tempos difíceis que ficaram guardados na memória. Hoje, a loja conta com 250 funcionários e 50 caminhões para entrega: "Tudo fruto de muito trabalho e dedicação", garante Barbosa. O principal é não se desesperar com o mercado concorrido e continuar insistindo no negócio, sempre: "Eu nunca desisti, mesmo com todas as dificuldades financeiras de quando éramos pequenos. Demoramos vários anos para virar uma média empresa. O sucesso vem com o tempo". Dificuldades Falta de mão-de-obra capacitada e de incentivo do governo são algumas das principais reclamações de Barbosa. Mesmo com o recente projeto de corte na alíquota do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), que desone-

Barbosa: "Essa diminuição de imposto não chega ao pequeno consumidor, que é nosso principal foco"

ra os fabricantes, repassandoo para o preço final dos produtos, não há motivos para comemoração: "Essa diminuição de imposto não chega ao pequeno consumidor, que é nosso principal foco". Esses consumidores são as pessoas que compram materiais básicos como blocos de cimento, tijolos furados, areia, pedra e tijolinho maci-

ço, por exemplo: "Esses produtos, na maioria das vezes construídos de forma artesanal, deveriam ter isenção absoluta. Aí sim seria vantajoso para o consumidor final". Serviços Para uma média ou pequena empresa sobreviver no concorrido mercado é necessário apresentar diferenciais

que normalmente não são oferecidos pelas grandes redes de materiais de construção. Barbosa diz que a boa prestação de serviços é uma das qualidades do Depósito Zona Sul e aponta esse quesito como a principal vantagem do seu cliente: "Aqui, o comprador manda. Todas as entregas são programadas por ele".

Para que haja satisfação total, o empresário indica profissionais altamente qualificados para instalar os produtos: "Sem falar nos cursos de capacitação que oferecemos para todos os nossos funcionários". Segundo ele, só assim o atendimento melhora e fica personalizado. Os grandes home centers são os principais concorrentes do Depósito Zona Sul e de qualquer média empresa do segmento. De acordo com Barbosa, essas empresas trabalham com capital estrangeiro a custo zero e trazem do Exterior conhecimento na área comercial que as pequenas e médias não têm acesso. Expectativas O proprietário do Depósito Zona Sul administra a loja com a ajuda dos três filhos, do irmão e de dois sobrinhos. A empresa familiar vai muito bem, numa área de quinze mil metros quadrados e trabal h a n d o c o m a p ro x i m a d amente dez mil produtos. Atende toda a grande São Paulo e Interior. Embora o negócio de Francisco Barbosa vá bem, ele não está tão otimista com o futuro: "Não há razão para otimismo. Nossa empresa deve seguir a evolução normal de mercado, que cresceu apenas 3% em 2005. Fico desanimado porque vivemos um ano de eleição. Se até agora o governo não investiu o necessário, não investirá mais". (Vanessa Rosal)


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 -.OPINIÃO

quarta-feira, 19 de abril de 2006

LENTE DE

AUMENTO RISCO AUMENTA EM ANO ELEITORAL

O governo terá dificuldades em cumprir a meta de superávit primário. A questão fiscal é o calcanhar-de-aquiles da política econômica Clube de Paris, a retirada do mercado dos títulos da dívida reestruturada (Brady bonds), os buybacks da dívida de curto prazo e a isenção tributária de não-residentes, na aquisição de títulos da dívida mobiliária interna. Nas últimas duas semanas, porém, observa-se moderada reversão dessa tendência otimista, cujo estopim foi a troca de ministro e da equipe do Ministério da Fazenda. Certa deterioração seria esperada num primeiro momento, em virtude da natural incerteza quanto à conduta do novo time. Mas não foi apenas isto. Na verdade, fatores de caráter mais duradouro têm contribuído, também, para trazer mais preocupação. O primeiro é a nítida piora do superávit primário do governo federal, resultante de aceleração do ritmo das despesas, nos últimos meses. Ora, como sabemos, a questão fiscal é o

EXCESSIVAMENTE GRAVE

Socialismo versus competência BENEDICTO FERRI DE BARROS

B

TRECHOS DO ARTIGO DE OPINIÃO DA MCM CONSULTORES WWW.MCM-MCM.COM.BR

aianos, pernambucanos, paranaenses e gaúchos, gente do nordeste, do sul e do centro-oeste do Brasil, sob o governo de Alckmin conseguiram promover em 2005 um desenvolvimento do Estado de São Paulo da ordem de 7,3%, quase o dobro da média de 4% do desenvolvimento mundial. Com a mesma "mão-de-obra", isto é, com brasileiros, sob o desgoverno Lula o País não foi além de 2,3% - pouco mais de 1/3 alcançado por São Paulo e pouco mais de metade da média mundial, suplantando na rabeira apenas o Haiti. Aí está toda a diferença entre uma política honesta e capaz e uma administração inepta e corrupta. Isso demonstra que mesmo exclusivamente do "ponto de vista social" , que é a tônica eleitoreira do populismo petista, competência e honestidade são mais eficientes para promover melhoria de vida para a população brasileira como um todo, do que o distributivismo assistencialista de mesquinhas bolsas-famílias. Os 40 milhões e pouco de pessoas das famílias de brasileiros de todos os estados que vivem no estado de São Paulo tiveram, assim, uma melhoria de vida, que suplanta de muito a alcançado pelos 11 milhões de famílias nordestinas que receberam bolsas de fome. É um fato da realidade que supera a retórica de discursos eleitoreiros. Há outro aspecto relevante na diferença entre esses dois tipos de políticas. E é precisamente um aspecto "social". Ao passo que o distributivismo assistencialista resulta na criação de uma "nova classe de excluídos" – os vizinhos igualmente necessitados que não foram incluídos –, o desenvolvimento geral, além de incluir excluídos, distribui melhor a melhoria

segundo os esforços e méritos de cada um. De há muito se sabe, pela experiência russa recentemente sepultada sob os escombros da Queda do Muro de Berlim (1989), que as promessas de eliminação das diferenças de classes terminam pela criação de uma "nova classe", a Nomenklatura, dos privilegiados do partido. O que levou sete décadas para se implantar e desmoronar na URSS, o PT conseguiu realizar para a cúpula e altos escalões de seu partido em menos de um mandato que, pela corrupção desenfreada, passaram de pobretões em milionários.

É

duvidoso que a sistemática corrupção da política brasileira, que atinge seu clímax sob o PT, possa vir a ser debelada, em virtude da cooptação que envolve os três poderes do Estado e o intransponível labirinto de chicana que imobiliza o sistema jurídico nacional. Por isso mesmo, contudo, a legislação criou um atalho, o da "evidência de riqueza aparente" para alcançar criminosos que se blindam alegando "falta de provas". Foi o recurso utilizado pelos Estados Unidos para enjaular um dos seus maiores criminosos, Al Capone, que tinha 70 pares de sapatos, incompatíveis com sua declaração de renda. Aqui, o chefe de quadrilha de criminosos, indiciados pelo Procurador Geral da República, depois de breve passagem pelo governo vai passear em Paris, gasta milhões com advogados e se desloca em jatinhos para promover a reeleição de seu inimputável patrão. Alegou debochadamente: "quem pode, pode". A apurar: como é que pode? Isso é mais do que os 70 pares de sapatos de Al Capone. E viva com essa competência socialista!

C ompetência e honestidade são mais eficientes para a melhoria de vida

Greve na Anvisa: falta diálogo

O timismo menor com a troca de ministros

ERMETE ANTÔNIO WEGHER Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Alencar Burti, Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br), Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Marcos Menichetti (marcosm@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Adriana Gavaça, André Alves, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046 Tiragem média diária de 25.646 exemplares, conforme auditoria realizada na semana de 13 a 17 de junho de 2005

Auditado pela

omo o título do cacoete de um personagem de Os Maias, para a denúncia do Procurador-Geral atingindo um antigo prócer político e deputado federal e quarenta membros do PT, acusados de formação de quadrilha, o que é, evidentemente, muitíssimo grave. Esperemos para ver no que vai dar a denúncia, pois estamos habituados a vê-las negligenciadas e esquecidas, ou como se diz na gíria burlesca, uma verdadeira pizza, que acaba em nada. Não cremos, porém, que desta vez uma denúncia tão grave como esta não vá ter seqüelas, para a satisfação do denunciante do Ministério Público. Estamos habituados com os escândalos, mas como brasileiros queremos a punição dos denunciados, pois neste país é preciso que as leis tenham eficácia para punir quem deva ser punido.

T Céllus

T

JOÃO DE SCANTIMBURGO

calcanhar-de-aquiles da política econômica brasileira e é nela que se concentram as atenções dos agentes econômicos. Não se trata apenas da dificuldade de o governo cumprir a meta de superávit primário do corrente ano, mas, principalmente, do curso futuro da política fiscal, no médio prazo - não parece haver dúvida acerca da incompatibilidade entre os ritmos atuais de expansão da despesa e da receita. A isto se soma a dificuldade de prever o curso da política econômica do novo governo, que emergirá das eleições do final do ano. De outro lado, o cenário internacional parece alterarse, no sentido de modesto overshooting de taxa de juro, nos Estados Unidos, após três anos de taxas reais negativas. Na medida em que o mercado se torna menos líquido e, portanto, mais seletivo e mais volátil, ele se apresenta também como mais punitivo, no tocante a países emergentes reveladores de algum tipo de debilidade. Apesar de o Brasil ser hoje muito menos vulnerável à volatilidade financeira externa do que no passado, obviamente, os preços dos títulos brasileiros, em particular os mais longos, refletirão tal cenário. Em resumo, o Risco Brasil poderá continuar piorando, em relação ao risco dos demais emergentes. E parece baixa a probabilidade de se mostrar sustentável a taxa real de juro das NTN-B longas, a patamares abaixo de 8,0%.

Ailton de Freitas/O GLOBO

em sido notável a melhora da credibilidade financeira do Brasil nos últimos 12 meses, tomando como referência a relação entre o EMBI do Brasil e dos demais países emergentes (exceto a Argentina e o próprio Brasil). As razões principais dessa evolução favorável são a contínua melhora dos indicadores de liquidez e solvência externa do País e a elevada liquidez do mercado internacional. Mas não podemos deixar de valorizar também a competente gestão da dívida pública que o governo vem fazendo, expressa no pagamento antecipado das dívidas com o FMI e o

O

efeito da greve dos funcionários da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na área veterinária é o desabastecimento de insumos farmoquímicos que são, na sua grande maioria, importados. Com isso, toda a cadeia produtiva é atingida, de uma forma ou de outra, com os reflexos do encarecimento de alimentos nobres como a carne de frango, de suínos e de bovinos e, a médio prazo, com a redução do contingente de carnes para exportação. Evidentemente, como empresário, estou muito preocupado, pois a greve perdura por muito tempo, evidenciando um impasse entre o governo e a Vigilância. Os estoques reguladores se foram e agora teremos que cruzar os braços e esperar por um rápido desfecho deste impasse, mas não sem computar os prejuízos, acumulados durante estes últimos 40 dias, que fragilizam qualquer organização. O mecanismo da Justiça, por meio de liminares para conseguir o abastecimento de insumos, é desgastante e humilhante tanto para quem tem que obedecer, quanto para quem dele tem que lançar mão para sua sobrevivência. E, além

disso, é pouco prático, pois em razão do grande número de liminares, há um acúmulo e congestionamento de todo o processo. Entretanto, como ser humano e cidadão responsável, entendo que a greve é um meio lícito para forçar um entendimento entre empregado e empregador. As questões salariais sempre foram tratadas na mesa de negociação e, quando existe impasse, a intervenção de mediadores é determinante para a conclusão das negociações. Por isso, a minha posição é que os órgãos representativos da indústria veterinária e da alimentação animal, por meio de suas lideranças, se ofereçam para mediar as negociações entre os funcionários da Anvisa e o governo.

A

s críticas sem apresentação de alternativas são estéreis e só produzem animosidade e rancor. É preciso que cidadãos responsáveis ofereçam sugestões e alternativas para soluções acordadas entre as partes. Se os dois lados cederem um pouco, é possível obter um desfecho favorável em benefício de todos. ERMETE ANTÔNIO WEGHER É PRESIDENTE DO LABORATÓRIO VETERINÁRIO INTERCHANGE

S e os dois lados cederem um pouco, é possível um desfecho favorável

A denúncia não pode passar da notoriedade ao esquecimento, sob pena de ofender a paciente opinião pública s nomes denunciados pelo procurador já são de conhecimento público. Quando se diz que a denúncia é excessivamente grave, erija-se a figura de um fato que não pode passar da notoriedade ao esquecimento, sob pena de ofender, sem motivo, a paciente opinião pública, que tem sido pisoteada por membros indignos da classe política e, mais ainda, impatrióticos, indivíduos que não respeitam o alto múnus dos mandatos e a obrigação ética dos dirigentes políticos. Não se ignora que essa bendita opinião pública tem tido paciência, uma paciência sem limites, com as ofensas que são perpetradas contra a sua soberania na sociedade. A política liberal, a que desejamos para o Brasil, é ainda muito incompleta, assentada sobre uma opinião pública esclarecida pelos meios de comunicação e informação. O Brasil se encontra numa situação singular, inédita, nos seus quinhentos anos de história; acusações como essas não surpreendem e, por isso mesmo, devem ser objeto de julgamento. Estas acusações são excessivamente graves.

O

JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 19 de abril de 2006

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Política

Todas as questões levantadas, transparentes, passíveis de serem atendidas, nós resolvemos. Tarso Genro, ministro das Relações Institucionais

ACORDO ENTRE GOVERNISTAS E OPOSIÇÃO GARANTIU APROVAÇÃO NO FIM DA NOITE. Beto Barata/AE

QUATRO MESES ATRASADO, ENFIM SAI O ORÇAMENTO.

S DIA DE PROMESSAS E ACORDOS

O

Orçamento de 2006 saiu, mas não foi fácil. Durante todo o dia de ontem, lideranças do governo e da oposição mantiveram contato, fizeram promessas e cederam em algumas posições originais. Após pedido do presidente Lula, o ministro da Secretaria das Relações Institucionais, Tarso Genro, saiu a campo: reuniu-se com o presidente do S e n a d o , R e n a n C a l h e i ro s (PMDB-AL), e com líderes da base governista e da oposição, para acertar os últimos detalhes. A todos os interlocutores, garantia: "Da nossa parte todas as questões que foram levantadas, que foram questões transparentes, passíveis de serem atendidas e de interesse públi-

co nós resolvemos". Confiante na aprovação da matéria, Tarso fazia questão de privilegiar os congressistas: "Essa é uma decisão soberana do Congresso". O ministro dava mostras ainda de que todas as conversações convergiram para a votação ontem mesmo. Assim mesmo, no meio do dia, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que já trabalhava com a hipótese de empurrar a votação até quintafeira, caso a oposição não cedesse em suas exigências. Congresso – No Congresso, o discurso de Tarso era amplificado. O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), também se reuniu com líderes e a todo momento sustentava que o acordo esta-

Devem estar prontas na próxima semana as minutas de contratos para os sete lotes de concessão de rodovias no âmbito das PPPs.

va próximo. Argumentava que as divergências entre governo e oposição estavam superadas. De quebra, deixou escapar que os aliados do governo já estavam prontos para votar, numa clara estocada na oposição – acusada de atrasar o Orçamento de 2006. "É inaceitável, estarmos terminando abril sem o Orçamento aprovado. Estamos discutindo interesses regionais e particulares e não as grandes questões nacionais", desabafou. Oposição – Outro mal-estar surgiu quando o governo ventilou uma alteração na Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2007. Pela mudança, o Orçamento do próximo ano deveria ser aprovado até o dia 31 de dezembro. Caso contrário, o go-

Ó RBITA

verno ficaria livre para gastar como bem entendesse. Renan Calheiros chamou a idéia de "absurda" e "inaceitável" (leia mais sobre o assunto em Economia/5). O papel da oposição foi bater o pé por suas demandas. PFL e PSDB afirmaram que o governo precisava ceder. Queria mais verba para Amazônia, Bahia e Sergipe, especialmente, além do Rio. "Resolvendo isso e mais algumas pendências, estaremos aqui para ajudar a aprovar o Orçamento, inclusive dando votos contra eventuais parlamentares que venham para cá na ultima hora com questões individuais", afirmava o líder do PSDB no S e n a d o , A r t h u r Vi r g í l i o (PSDB). A promessa foi cumprida. (Agências)

Celso Amorim, ministro de Relações Exteriores, defende que o novo modelo de TV Digital use a tecnologia que foi desenvolvida no Brasil

Sérgio Lima/Folha Imagem

GREVE ervidores públicos federais, em greve há um mês e quatro dias, promoveram ontem uma manifestação em frente ao Palácio do Planalto. Eles reivindicam uma resposta do governo à contraproposta de reajuste para a categoria, apresentada no último dia 31 de março e negada integralmente pelo Ministério do Planejamento. Estão parados servidores dos Ministérios da Agricultura, da Fazenda, do Planejamento, Comércio Exterior, bem como da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Servidores públicos federais em greve há mais de um mês fazem manifestação em Brasília

MALUF

DANÇA DA PIZZA PUNIDA COM CENSURA VERBAL

S

assessoria do exprefeito Paulo Maluf informou que a doação de 25 Fuscas pela Prefeitura de São Paulo aos jogadores da Seleção brasileira campeã da Copa de 1970 foi legal. O processo durou 36 anos. A doação dos carros, sustentou a defesa do ex-prefeito, foi feita com base em lei aprovada pela Câmara Municipal e não constituiu crime. O STF já havia proferido sentença favorável a Maluf em 1995.

A

Factoring

DC

Agripino, Tarso, Virgílio e Renan: lideranças de governo e oposição se reuniram no Senado para fechar acordo sobre o Orçamento de 2006.

eria razão para come- que autorizasse a operação de moração, se a data não crédito de R$ 80 milhões. Mas a estivesse quatro meses área técnica alegava que, desatrasada: ontem, final- de 2003, o Legislativo local exmente, foi aprovado no Con- trapolava o limite de gastos gresso o Orçamento da União com pessoal. Para driblar o deste ano. Para isso, o governo obstáculo, a administração fefez várias concessões à oposi- deral aceitou incluir no Orçação para atender reivindica- mento os R$ 80 milhões necesções regionais, como a cons- sários à construção da ponte trução de uma ponte em Sergi- em Aracaju, sem necessidade pe – Estado governado pelo do empréstimo. PFL que, pela Lei de ResponsaPela LRF, se Sergipe desbilidade Fiscal (LRF), está cumpre o limite de gastos com proibido de receber o emprés- pessoal, fica proibido de recetimo de R$ 80 milhões para a ber transferências da União. construção da obra. "O Orça- Assim, a única forma de atenmento está parado por causa der a reivindicação sergipana era o governo de uma ponte", disse o líder do executar diretamente a obra. governo no Senado, Aloizio Bilhões – O Congresso estiMercadante (PTS P ) , a n t e s d o O governo não mou as receitas da União em R$ acordo. admite e só Outras diver456 bilhões. Os concorda com uma gências foram i nv es ti me nt os contornadas. O reestimativa (de chegam a R$ senador Antô- receita) de R$ 5 21,2 bilhões, R$ 6,9 bilhões a nio Carlos Ma- bilhões galhães (PFLmais que a proCarlito Merss, deputado posta original. BA) queria mais (PT-SC) R$ 35 milhões O Orçamento foi inflado em para obras de irrigação na região de Irecê, mas R$ 15,6 bilhões. Os ministérios trocou o pleito pela liberação do Planejamento e da Fazenda, de verbas para o governo baia- no entanto, argumentam que no. O senador Arthur Virgílio não há disponibilidade desses (PSDB-AM), exigia o início da recursos, o que aumenta a posconstrução do gasoduto Uru- sibilidade de contingenciacu-Coari-Manaus pela Petro- mentos. "O governo não adibras. A empresa fez licitação mite, e só concorda, no máxipara a obra, mas o valor ficou mo, com uma reestimativa (de R$ 342 milhões acima do preço receita) de R$ 5 bilhões", disse máximo. Com a decisão do o relator, deputado Carlito presidente Luiz Inácio Lula da Merss (PT-SC). A proposta orçamentária Silva de viabilizar a obra, o governo irá remanejar recursos. prevê crescimento real do ProA ponte – A pendência ser- duto Interno Bruto (PIB) de gipana foi a mais comentada 4,5%. O salário mínimo fica em ontem. Durante os últimos R$ 350 reais, pago a partir de meses, o governador João Al- abril, e o reajuste da tabela do ves (PFL) vinha pedindo à Se- Imposto de Renda das pessoas cretaria do Tesouro Nacional físicas é de 8%. (Agências)

O que é Factoring? É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa. Entre em contato conosco Empresa filiada PABX (11) 6748-5627 (Itaquera) à ANFAC 6749-5533 (Artur Alvim) E-mail: falecom@finanfactor.com - www.finanfactor.com

deputada Ângela Guadagnin (PT-SP), que dançou no plenário da Câmara para comemorar a absolvição do colega João Magno (PTMG), receberá uma punição verbal pelo ato inadequado. Essa foi a recomendação do Corregedor da Câmara, o deputado Ciro Nogueira (PP-PI), à Mesa Diretora da Casa. A punição proposta, segundo o Regimento da Câmara, é aplicada pelo

A

presidente da Casa sem a necessidade de concordância dos demais membros. O processo também não segue para o Conselho de Ética, a quem cabe analisar pedidos de cassação, suspensão de mandato e suspensão das prerrogativas regimentais. A censura à deputada deverá ser feita no próprio gabinete de Aldo Rebelo (PC do B) e, assim que Guadagnin "for punida",

poderá reassumir sua vaga no Conselho de Ética, de onde foi afastada por decisão do presidente do colegiado, Ricardo Izar (PTB-SP). Depois que Guadagnin comemorou no plenário, executando a "dança da pizza", a Corregedoria da Câmara recebeu três pedidos de abertura de investigação contra a deputada e apuração detalhada do episódio. (AE)


Planalto Senado Cassações CPI dos Bingos

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 19 de abril de 2006

PLENÁRIO JULGA PETISTA QUE RECEBEU DO VALERIODUTO

PETISTA RECEBEU R$ 120 MIL E DEU NOTA. "CPI DO FIM DO MUNDO" NO FIM.

Acho melhor abrir mão de alguns dias de investigação e entregar o relatório final antes que a agenda seja tomada pelas convenções e pela campanha. Senador Efraim Morais (PFL-PB), presidente da CPI dos Bingos

Eymar Mascaro

No pelourinho

CÂMARA JULGA MENTOR. A MAIS UM ABSOLVIDO? Ed Ferreira/AE/23-03-06

H

oje, mais um acusado de envolvimento no esquema do mensalão vai à julgamento no plenário da Câmara. O deputado José Mentor (PT-SP), único a justificar com nota fiscal e recolhimento de impostos o recebimento de R$ 120 mil de uma empresa pertencente a um sócio de Marcos Valério, teve sua cassação pedida pelo Conselho de Ética. Se escapar, Mentor será o nono parlamentar a evitar a punição. Um fato recente pesa a favor de Mentor. Na semana passada, o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, não incluiu o nome dele na relação das 40 pessoas de-

Melo e Souza à nunciadas ao empresa de RoSupremo Tribugério Tolentino, nal Federal sob sócio de Valério. acusação de forMentor promação de uma vou que as notas organização crifiscais pelo serminosa que desviço foram emiv i o u re c u r s o s públicos para tidas e os respectivos impostos, negociar apoio político e cusre c o l h i d o s n a é p o c a d a c o ntear gastos de campanha. sultoria. O processo no Início – As pri- Mentor: serviço de consultoria. Conselho de Étimeiras acusações contra Mentor apareceram na ca foi polêmico. O primeiro reCPI dos Bingos. Em sua defesa, lator, deputado Edmar Moreio deputado argumentou que os ra (PFL-MG), pediu o arquivaR$ 120 mil foram recebidos co- mento, entendendo que Menmo pagamento pela consultoria tor não cometera qualquer prestada por seu escritório de ação contra a ética e o decoro advocacia José Mentor, Pereira parlamentar. Mas o relatório

foi derrotado no Conselho. Um segundo parecer, assinado pelo deputado Nelson Trad (PMDB-SP), pediu a cassação e foi aprovado na Comissão por nove votos a quatro. Trad justificou seu parecer pela cassação afirmando que Mentor usou o escritório de advocacia como "uma máscara" para sacar o dinheiro de Valério dando à quantia uma procedência idônea. Trad considerou, também, que Mentor protegeu o Banco Rural quando foi relator da CPMI do Banestado – uma das comissões mais polêmicas do Congresso Nacional nos últimos tempos, que funcionou entre 2003 e 2004 e investigou a remessa ilegal de dinheiro ao exterior. (Agências)

CPI DO FIM DO MUNDO Compadre de Lula deve depor à força

D

Alan Marques/Folha Imagem

epois de tentar investigar casos tão diferentes quanto a relação entre jogos de azar e lavagem de dinheiro, o assassinato do prefeito Celso Daniel e os contratos da empresa de Fábio Lula da Silva, filho do presidente da República, a CPI dos Bingos – que devido à sua ambição ficou famosa como "CPI do Fim do Mundo" – parece estar chegando mesmo ao fim, em maio, se depender da proposta feita pelo seu presidente Efraim Morais (PFL-PB). E pode ser um fim melancólico: dois amigos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva – o presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, e o advogado Roberto Teixeira – vêm

recusa sem conseguindo adiar motivo, pedirá à Polícia depoimentos Federal para para os quais conduzi-lo à foram força. convocados. "Acho Okamotto melhor abrir contestou, no Supremo mão de alguns dias de Tribunal Federal (STF), investigação e entregar o uma determinação relatório final Senador Efraim Morais antes que a da CPI para a quebra do seu agenda seja tomada pelas convenções dos sigilo bancário. Polícia – Teixeira deixou de partidos e pela campanha eleitoral", acrescentou. A CPI comparecer à sessão de tem prazo para funcionar até ontem, na qual estava 10 de junho, e pode ser previsto seu depoimento, prorrogada pelo apoio de 27 alegando motivos de saúde. Efraim disse que tentará senadores. Pressão e STF – A marcar nova data para o depoimento e que, em caso de antecipação do relatório final

pode estar ligada à constante pressão do Palácio do Planalto – que acusa a CPI dos Bingos de atuar com objetivos eleitoreiros – e ao STF, que julga ações para limitar seus poderes. Efraim admite que a proposta pode contribuir para reduzir a tensão política. "Estou apresentando aos representantes do governo e da oposição a oportunidade de um entendimento, para definir os últimos requerimentos e apresentar as conclusões finais até o final de maio". Ele, entretanto, considera essencial ouvir o depoimento do ex-presidente da Caixa, Jorge Mattoso, mas pediu que os líderes se entendam sobre outras convocações polêmicas. (Agências)

PÉ-DE-MEIA DE JANENE NAS MÃOS DE REBELO

Reunião Plenária (informações, debates e busca de soluções)

Convidado Especial

Gilberto Kassab Prefeito de São Paulo

Dia: 24 de abril de 2006, segunda-feira Horário: às 17 horas Local: Rua Boa Vista, 51 - 9º andar

O

futuro do deputado José Janene (PP-PR) está nas mãos do presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP). É Aldo quem decidirá se Janene terá ou não direito à aposentadoria por invalidez. Ontem, a Comissão de Constituição e Justiça entregou ao presidente da Casa relatório do deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ) que recomenda que não seja concedido o benefício enquanto não for concluído o processo que corre contra Janene no Conselho de Ética por envolvimento no mensalão. Ex-líder do PP na Câmara, Janene está licenciado do cargo desde setembro devido a uma doença do coração. Uma junta médica da Câmara já o examinou e atestou a necessidade do afastamento das funções legislativas. Janene recebeu R$ 4,1 milhões do publicitário Marcos Valério, valor sacado pelo assessor, João Genu. O ex-líder afirma que o dinheiro foi usado para pagar despesas do partido. (Agências)

oposição vai insistir na tese de convencimento do eleitor de que Lula seria o chefe da "quadrilha dos 40", com o objetivo de provocar mais desgaste do presidente. A oposição admite que até agora a corrupção que atingiu o PT e muitos petistas não colou em Lula. Por isso, o presidente continua bem situado nas pesquisas. Os oposicionistas vão usar a CPI dos Bingos como instrumento de constrangimento a Lula, sobretudo se seus membros conseguirem convocar para depor o filho do presidente, Fábio Luiz, sócio de um empresas que mantém negócios com o governo. Além dessa convocação, a oposição quer apertar o ministro Márcio Thomaz Bastos amanhã, em depoimento marcado para a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Outro sonho da oposição é conseguir impedir que o STF fique contra a quebra de sigilo bancário do presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, que pagou uma dívida de R$ 29 mil de Lula com o PT. Amigo do presidente, a oposição acha que Okamotto pode ter desviado mais recursos para Lula. Lula, portanto, é a bola da vez.

INCÓLUME

Os oposicionistas admitem que Lula passa ao largo da crise. Isso faz com que o presidente consiga manter o alto índice de intenção de voto nas pesquisas. A oposição quer atingir com sua propaganda a classe mais pobre, onde reside o grosso do eleitorado do petista.

ABANDONO

Analisando as pesquisas, a oposição concluiu que o eleitor de classe média já teria abandonado Lula. A etapa seguinte é comprometer o presidente com os eleitores das classes "D" e "E". Essas classes tem sido beneficiadas pelos programas sociais do governo.

COMPROMETIMENTO

ASSÉDIO

O PMDB não é paquerado apenas pelo PMDB. Recebe também o assédio do PT. A diferença é que os petistas usam os senadores governistas José Sarney e Renan Calheiros. Detalhe: se não puder ter o apoio do partido, o PT lutará para que o PMDB não lance candidato.

DECISÃO

Se o PMDB deixar de lançar candidato, a eleição de presidente pode ser decidida no primeiro turno. Mas, a eventual candidatura de Anthony Garotinho ameaça o 2º lugar de Alckmin nas pesquisas. A diferença entre Garotinho e Alckmin é de apenas 5 pontos porcentuais.

Se conseguir convencer o eleitor de que o presidente é o chefe da "quadrilha dos 40", a oposição toca em frente o processo de impeachment. O jeito é concluir que Lula teria cometido crime de responsabilidade. Só assim caberia o processo de impedimento.

AUTORIA

Corre em Brasília a versão de que o PPS, partido do deputado Roberto Freire, se encarregaria de patrocinar o processo de impeachment de Lula. Em tempo: Roberto Freire é o virtual candidato do PPS a presidente. O partido só faz acordo no segundo turno.

FORTALECIMENTO

Indiferente às ameaças da oposição, Lula deverá fazer um pronunciamento à Nação no sábado, anunciando que o País atingiu a auto-suficiência em petróleo. Isto é: o Brasil já produz o petróleo que usa diariamente. Mas isso não vai significar gasolina mais barata.

COMO SERÁ

O anúncio da autosuficiência deve ser feito na plataforma 50 da Petrobras, no Rio. O presidente deve apertar um botão que fará o petróleo jorrar. A solenidade deverá contar com a participação maciça da mídia. A Petrobras já iniciou um projeto publicitário pela televisão. E que a oposição está criticando severamente.

COMPOSIÇÃO

Enquanto Geraldo Alckmin percorre os estados, uma tropa de choque do PSDB continua articulando alianças com outros partidos. A meta continua sendo a de atrair o PMDB no segundo turno, já que o partido ainda insiste em ter candidato próprio.

PREPARATIVOS

Garotinho e Itamar Franco, pré-candidatos, têm encontro marcado com dirigentes estaduais e com candidatos a governador pelo PMDB. Vão expor seus plano de campanha e projetos de governo, na luta pela legenda do partido.

MEXIDA

A eventual candidatura de Itamar dividiria o eleitorado de Minas com Lula e Alckmin, na opinião do governador Aécio Neves. Seria uma mexida e tanto no eleitorado mineiro. Aécio, no entanto, mantém sua posição de apoio ao candidato tucano.

SEM SAÍDA

Marta Suplicy volta a desmentir que esteja pensando em abandonar a pré-candidatura ao governo paulista pelo PT. A ex-prefeita garante que vai disputar as prévias de 7 de maio com o senador Aloizio Mercadante. Marta lembra que lidera as pesquisas no partido.

MANUTENÇÃO

O vereador José Aníbal reafirmou nos encontros que sustentou com lideranças tucanas, como FHC e Geraldo Alckmin, que mantém sua précandidatura ao governo de São Paulo, apesar da supremacia de José Serra nas pesquisas.


quarta-feira, 19 de abril de 2006

Congresso Planalto Eleições CPI dos Bingos

DIÁRIO DO COMÉRCIO

5 Não doei as peças para o fundo ou para a presidente, mas para alguém em evidência. Rogério Figueiredo, estilista de Lu Alckmin

CESAR MAIA QUER ALCKMIN MAIS AGRESSIVO

OAB DISCUTE IMPEACHMENT. ITAMAR QUER SER PRESIDENTE DE NOVO. BASTOS DEPÕE AMANHÃ NA CCJ. Roosewelt Pinheiro/ABr

OAB: 'NÃO SEREMOS PALANQUE ELEITORAL'. Um eventual pedido de impeachment do presidente Lula será submetido à consulta pública pela OAB. A entidade, no entanto, descarta vínculo político.

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SENADO APROVA MINIRREFORMA QUE BARATEIA CAMPANHAS

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Presidente da OAB, Roberto Busato, durante encontro com o presidente Lula. Pauta: o impeachment.

presidente da Or- lor de Mello foi requerido pela dem dos Advoga- OAB e a Associação Brasileira d o s d o B r a s i l de Imprensa (ABI), com base ( O A B ) , R o b e r t o no relatório da CPI que apurou Busato, garantiu que a entida- irregularidades no governo. de "não servirá de palanque O relatório propondo o impolítico partidário", após se peachment de Lula deve ser encontrar com o presidente apresentado pelo advogado Luiz Inácio Lula da Silva no Sérgio Ferraz, integrante da Palácio do Planalto. Segundo sub-comissão da OAB que Busato, a OAB irá discutir no analisou as denúncias envoldia 8 de maio, em audiência vendo o presidente e assessopública, a possibilidade de pe- res próximos a ele. Busato evidir o impeachment do presi- tou manifestar sua opinião em dente, mas a entidade descarta relação ao impeachment, mas ser instrumento de manobra destacou que, na OAB, a análida oposição. se será jurídica. "Como presi"Eu disse ao presidente da dente da Ordem, absolutaRepública que a mente estou empenhado seja para a Ordem agirá dentro da sua tradição instituição votar a favor do impeachhistórica de fazer política, mas não ment ou contra o impeachment. se atrelará à política partidária, seja Neste momento me cabe presidir o Conde que lado for. Não seremos paselho", disse. lanque eleitoral", O ministro das Relações Instituciodisse Busato. Em outra ofennais, Tarso Genro, afirmou que a prosiva, o PPS, que chegou a participosta de impeachment é fruto do clipar do governo Lula no primeiro m a e l e i t o r a l . S eano de mandato, Lula está em todo gundo ele, é estradisse em nota que o processo, como nho e degradante para a política brao pedido de imcomandante peachment se jussileira a apresentamaior de um tificaria diante da ção de um processo governo de impedimento de denúncia do procurador - geral da um presidente que corrupto. tem 60% de populaRepública, AntôRoberto Freire, nio Fernando de ridade, conforme presidente do PPS pesquisas de opiSouza, contra 40 pessoas envolvinião. Para Tarso, o das no esquema do mensalão. impedimento de Lula seria Segundo o partido, "o fato de o uma aventura e um atentado nome do presidente não estar ao processo democrático. na lista de pessoas denunciaCom a volta do tema, a opodas, não o exime de culpa". Diz sição subiu o tom. O senador a nota ainda que "Lula está pre- Antonio Carlos Magalhães sente em todo o processo, co- (PFL-BA) defendeu abertamo comandante maior de um mente que seja protocolado o pedido de impeachment, mesgoverno corrupto". Como agremiação, o PPS mo diante da constatação de não pode pedir o impeach- que um eventual processo só ment do presidente. Isso é ve- seria concluído após as eleidado pela Constituição por- ções. "Mesmo que não seja voque poderia levar quem esti- tado a tempo, temos que entrar vesse na oposição a sempre re- com pedido de impeachment", querer a saída do adversário. afirmou na tribuna do Senado. Mas cidadãos comuns ou enti- E acrescentou: "Até por muito dades legalmente constituídas menos, por um Fiat Elba (que podem solicitar o impeach- ganhou de presente), o presiment do presidente. O do en- dente Collor foi posto para fotão presidente Fernando Col- ra". (Agências)

Lula Marques/Folha Imagem

CASEIRO: PF PEDE PRAZO.

BALANÇO

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Polícia Federal vai encaminhar hoje à Justiça Federal relatório parcial sobre o inquérito que investiga a quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, pedindo mais prazo para concluir a investigação. O documento, elaborado pelo delegado Rodrigo Carneiro Gomes, trará o indiciamento do ex-ministro da Fazenda Antônio Palocci e do ex-presidente da Caixa Jorge Mattoso por quebra de sigilo funcional e quebra de sigilo bancário. Palocci responderá, ainda, por prevaricação e denunciação caluniosa. O relatório vai indiciar ain-

da por suposta prática de quebra de sigilo bancário o ex-assessor de imprensa do ministro, Marcelo Netto. Ele é suspeito de ter passado os extratos da conta do caseiro para a revista Época. Bastos – A Comissão de Constituição e Justiça foi o órgão escolhido para que o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, preste esclarecimento à Câmara sobre a violação de sigilo bancário de Francenildo. Bastos irá falar amanhã às 10 horas, segundo anúncio feito ontem pelo presidente da CCJ, Sigmaringa Seixas (PT-DF). (Agências)

ITAMAR FRANCO QUER SER O NOME DO PMDB À PRESIDÊNCIA

Ex-presidente Itamar franco reunido com peemedebistas

COSTURA COM DONA LU

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estilista Rogério Figueiredo (foto) confirmou ontem, em depoimento ao Ministério Público (MP) paulista, que doou entre 2001 e 2003 peças de alta costura para Dona Lu Alckmin, mulher do précandidato tucano à presidência, Geraldo Alckmin. Figueiredo disse que fazia as doações a pedido da própria Dona Lu ou de assessoras dela, que determinavam o modelo e a cor das peças de acordo com o evento da então primeiradama de São Paulo. Figueiredo não soube dizer quantas peças foram doadas, mas afirmou que o número é superior ao

admitido por Dona Lu – 49. O MP paulista investiga se as doações configuram ato de improbidade administrativa. À época, Dona Lu Alckmin presidia o Fundo de Solidariedade do governo de São Paulo e não registrou o recebimento das peças – o que deveria ter sido feito. Figueiredo enfatizou que não doou as peças para o fundo ou para a presidente, mas para alguém em evidência na sociedade. Ele sustentou que é comum estilistas fornecerem peças para celebridades porque isso traz "prestígio" ao profissional. (Agências)

MAIS AGRESSIVIDADE

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prefeito do Rio de Janeiro e vice-presidente do PFL, Cesar Maia, cobrou uma postura mais agressiva do exgovernador de São Paulo, Geraldo Alckmin, na sua campanha à presidência da República. Ele declarou que o ritmo estará diretamente ligado ao comportamento do ex-governador. "Alckmin deveria assumir o comando político nas bancadas em Brasília. Coisas como essas do Orçamento ele deveriam estar liderando o

processo". Maia acrescentou que o ex-governador de São Paulo deveria ter um contato mais direto com os representantes dos dois partidos. "Na hora que ele assumir na plenitude a liderança que ele tem sobre nós, na hora que ele passar a mão no telefone e falar 'Cesar, abre o verbo, fala isso, fala aquilo', eu vou e mando brasa. Na hora que ele for o técnico do time e nós os jogadores acho que ele vai ganhar o campeonato", disse o prefeito do Rio. (AG)

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ex-presidente Itamar Franco confirmou que é pré-candidato pelo PMDB à presidência da República e que está disposto a levar seu nome à convenção nacional em junho, para uma eventual disputa com o ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho. Os dois pré-candidatos reúnem-se hoje às 11 horas, em Brasília, com presidentes de diretórios estaduais e candidatos do PMDB a governador para discutir a conveniência da candidatura própria, diante da regra da verticalização, que proíbe alianças nos Estados entre partidos adversários na disputa presidencial. A despeito das críticas de que seu ingresso na corrida sucessória teria por objetivo enfraquecer a candidatura Garotinho, Itamar disse que responderá diretamente ao adversário se ele tocar nesse assunto. "Minha pré-candidatura está de pé, e temos uma reunião muito importante em que eu espero que o partido tome essa definição em favor da candidatura própria". Para Itamar, a questão a ser discutida no PMDB não é só política, mas aritmética. "Só quem não sabe fazer contas não entende. É claro que a minha candidatura, somada à dele, reforça a possibilidade de ter candidato próprio". (AE)

Senado aprovou ontem projeto de lei que pretende reduzir os gastos das campanhas eleitorais, uma clara reação às denúncias de uso de caixa 2 que vieram à tona com a crise do mensalão. A matéria agora segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Porém, caberá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ao Supremo Tribunal Federal (STF) decidir se a lei já valerá nas eleições deste ano, ou se deverá ser respeitado o critério constitucional da anualidade. Pelo projeto de lei, só será permitida a veiculação, no horário gratuito de TV, da propaganda gravada em estúdio, ficando proibida a utilização de imagens externas. "Vai ser chato mas verdadeiro, autêntico e barato", disse o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP). "O candidato vai ser o que ele é e é melhor votar no que ele é do que votar numa mentira." Outra determinação da lei relativa à TV é acerca da participação no horário eleitoral gratuito: o tempo de cada partido será decidido com base no número de deputados eleitos, e não o tamanho da bancada no dia da posse. Fica proibida a divulgação de pesquisas eleitorais 15 dias antes da eleição. A prestação de contas de campanha na internet, por sua vez, deverá ocorrer apenas duas vezes antes das eleições – sem identificação dos doadores. Brindes, "santinhos" e outdoors estão proibidos, assim como showmícios com artistas. Responsabilidade – Um dos pontos mais aguardados também foi contemplado pelo projeto: a responsabilização penal por eventuais irregularidades da campanha. O ponto ganhou forte apelo também depois das denúncias de uso de caixa 2 por deputados. Pelo projeto de lei aprovado ontem, a responsabilidade recairá apenas sobre o candidato. A exceção é nos casos em que o tesoureiro também assina a prestação de contas. A proposta anterior do projeto previa a responsabilização de todos os envolvidos na campanha. Um acordo entre lideranças permitiu a alteração. "Com todas essas medidas vamos ter voto secreto e candidato secreto", ironizou o líder da minoria, José Jorge (PFLPE), relator do projeto. Assim mesmo, Jorge afirmou que a medida aperfeiçoa as instituições e as próprias eleições, afastando o abuso de poder econômico do centro das atenções dos pleitos eleitorais. Isso, ainda segundo o senador, fomentaria o debate democrático de idéias em detrimento da "compra" de consciências e favorecendo a lisura nas eleições. (Agências)

CNPJ 60.701.521/0001-06 Inclui atendimento a 107.944 alunos Declarada de Utilidade Pública Federal Decreto nº 86.238, de 30.07.81

Balanço Patrimonial em 31 de dezembro de 2005 - Em Milhares de Reais AT I V O

Demonstração do Superávit do Exercício findo em 31 de dezembro de 2005 - Em Milhares de Reais

P A S S IV O

CIRCULANTE .................................................................. Disponibilidades ............................................................... Títulos e Valores Mobiliários ............................................ Créditos a Receber .......................................................... Outros Créditos ................................................................

817.100 116 442.692 368.396 5.896

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO .................................... Créditos a Receber ..........................................................

77 77

PERMANENTE ................................................................ INVESTIMENTOS ............................................................ IMOBILIZADO ..................................................................

5.895.667 5.830.316 65.351

TOTAL .............................................................................

6.712.844

CIRCULANTE .................................................................. Fornecedores ................................................................... Encargos a Cumprir .........................................................

12.612 1.232 11.380

PATRIMÔNIO SOCIAL ....................................................

6.700.232

TOTAL .............................................................................

6.712.844

DOAÇÕES RECEBIDAS .................................................

2.539

RECEITAS ....................................................................... Financeiras ...................................................................... Resultado de Equivalência Patrimonial ............................ Outras ..............................................................................

1.598.409 77.068 1.509.602 11.739

DESPESAS ..................................................................... De Educação ................................................................... Outras ..............................................................................

172.169 159.447 12.722

SUPERÁVIT LÍQUIDO DO EXERCÍCIO INCORPORADO AO PATRIMÔNIO SOCIAL ...............................................

1.428.779

Diretoria Diretor Presidente

Diretores Gerentes

Lázaro de Mello Brandão

Mário da Silveira Teixeira Júnior Márcio Artur Laurelli Cypriano Décio Tenerello Laércio Albino Cezar Arnaldo Alves Vieira Luiz Carlos Trabuco Cappi

Diretor Vice-Presidente Antônio Bornia

Diretores Adjuntos Sérgio Socha Julio de Siqueira Carvalho de Araujo Milton Almicar Silva Vargas José Luiz Acar Pedro Norberto Pinto Barbedo

Cidade de Deus, Osasco, SP, 10 de abril de 2006

João Aguiar Alvarez Denise Aguiar Alvarez Valente Mario Helio de Souza Ramos Moacir Nachbar Junior Contador - CRC 1SP198208/O-5


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Fotos: Atta Kenare/AFP

quarta-feira, 19 de abril de 2006

Pretendo discutir com os EUA a ambição do Irã de ter armas nucleares. Presidente da China, Hu Jintao

Internacional

O Dia do Exército foi comemorado ontem com uma parada militar no mausoléu do fundador da república iraniana, o aiatolá Ruhollah Khomeini. No evento, foi apresentado o mais novo equipamento militar do país

EUA: VALE TUDO CONTRA O IRÃ

Fahd Shadeed/AFP

Aumenta a hostilidade ao Hamas

Apesar de 'preferir' solução diplomática, Bush não descarta uso de força e sanções contra país islâmico. Presidente do Irã diz que vai revidar agressões

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presidente George W. Bush reiterou ontem que "todas as opções estão sobre a mesa" para demover o Irã de seu programa nuclear, incluindo a militar. A declaração coincidiu com uma reunião de consultas em Moscou entre cinco países membros do Conselho de Segurança (CS) das Nações Unidas - EUA, China, França, Grã-Bretanha e Rússia, além da Alemanha. Esse encontro terminou sem consenso sobre a estratégia a ser adotada pelo CS para forçar o Irã a desistir da idéia de entrar para o clube atômico. Os EUA pedem sanções, mas China e Rússia hesitam. São importantes parceiros comerciais do Irã. A advertência de Bush coincidiu também com uma nova e indignada reação do presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad. "Vamos cortar as mãos de quem pensar em agredir a República Islâmica do Irã", disse durante as comemorações do Dia do Exército a propósito das ameaças norte-americanas. No pronunciamento, feito perto do mausoléu do fundador da República Islâmica, o aiatolá Ruhollah Khomeini, Ahmadinejad disse que o Exército de seu país "está hoje entre os mais poderosos do mundo porque conta com Deus". "Os inimigos do Irã conhecem sua coragem, fé e comprometimento com o Islã. A terra

Ahmadinejad: "vamos cortar as mãos" de quem agredir o Irã

do Irã criou um poderoso Exército que pode defender poderosamente as fronteiras políticas e a integridade da nação iraniana e que cortará as mãos de qualquer agressor e marcará sua testa com o sinal da desgraça", disse. Os comentários de Ahmadinejad, antecederam uma parada militar em que foi mostrado o moderno equipamento militar iraniano. Como resultado da tensão com o Irã, os preços do petróleo, que quebraram novos recordes de alta e estão sendo negociados acima dos US$ 70 por barril, poderão subir ainda mais nas próximas semanas. (Leia mais em Economia) "Temos uma situação muito instável e imprevisível no mercado de petróleo centrada no Irã e que não deverá ser resolvida de uma hora para outra", disse o presidente do departamento de energia do Royal Institute of International Affairs, John Mitchell. "Por isso, novas altas nos preços poderão ocorrer dependendo do transcor-

rer dessa crise geopolítica." Mesmo acenando com o recurso à força, o presidente Bush ressaltou que os EUA desejam uma solução diplomática para a questão iraniana. Mas intensificou a campanha para punir o regime iraniano com sanções econômicas e diplomáticas. Um porta-voz da chancelaria iraniana, Hamid Reza Asefi, deixou claro que os resultados do encontro de ontem na capital russa não tinham importância para seu governo. "São mais importantes para os seis países do Conselho do que para o Irã. Se não atuarem de forma equilibrada, eles próprios sairão prejudicados", destacou. Segundo um diplomata russo citado pela agência Interfax, não houve nenhum avanço na reunião a portas fechadas que durou três horas. "O objetivo era consolidar uma posição comum que seria adotada na reunião do Conselho de Segurança, marcada para o dia 28", acrescentou o diplomata russo que pediu anonimato. No fim do encontro, o secretário de Estado Adjunto dos EUA, Nicholas Burns, cancelou uma entrevista coletiva que daria aos correspondentes internacionais. Os seis países concordam num ponto: o Irã não deve desenvolver um programa nuclear militar. Mas discordam das formas de dissuasão. (Agências)

Zahar: ignorado também no Egito

A

Jordânia anunciou ontem o cancelamento da visita do ministro das Relações Exteriores da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Zahar, ao país porque ativistas de seu partido, o Hamas, estariam traficando mísseis e outras armas para dentro do reino. Nasser Judeh, porta-voz do governo jordaniano, disse que a visita de Zahar estava prevista para hoje e está "suspensa até segunda ordem". Zahar é o principal líder do Hamas na Faixa de Gaza e também um dos mais importantes dirigentes do grupo. Judeh disse que "mísseis, explosivos e armas automáticas" que eram traficados para o interior da Jordânia foram "apreendidos nos últimos dois dias". Ele recusou-se a dizer se algum suspeito detido. O anúncio da Jordânia, país que mantém relações diplomáticas com Israel e é também importante aliado da Autoridade Nacional Palestina (ANP), representa um novo golpe para o governo do Hamas. Essa foi a segunda vez nos últimos cinco dias que um governo árabe esnoba o Hamas. Na

Jordânia acusa Hamas de tráfico de armas e cancela visita de chanceler; mídia palestina já ataca governo sexta-feira, Zahar foi ao Cairo mas o chanceler egípcio, Ahmed Aboul Gheit, declarou que estava muito ocupado para recebê-lo. O grupo islâmico, empossado no governo palestino há três semanas enfrenta um boicote financeiro dos EUA, da União Européia (UE) e de outros países ocidentais por

A visita de Mahmud Zahar está suspensa até segunda ordem. Mísseis, explosivos e armas foram traficados para o interior da Jordânia e apreendidos causa de sua recusa em reconhecer a existência de Israel e abandonar a luta armada. Ainda ontem, o jornal russo Izvestya informou que Moscou enviará US$ 10 milhões ao Hamas a título de ajuda financeira. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia não se pronunciou sobre o tema. As críticas mais duras ao

governo do Hamas têm surgido também internamente, em charges, comentários na tevê e em programas de rádios palestinas. Isso porque a maior parte da mídia palestina é leal ao Partido Fatah, derrotado nas eleições parlamentares de janeiro. Uma charge no diário Al Ayyam satiriza o primeiroministro Ismail Haniye, que afirmou numa manifestação que os palestinos prefeririam viver de pão e azeitonas e sopa de ervas a curvar-se às exigências ocidentais. A charge mostra um palestino com uma cesta de supermercado vazia diante de um caixa eletrônico com os rótulos azeitonas, sal e ervas. Ele se dirige à mulher e, agitando um cartão de banco, pergunta o que ela quer para jantar. A cobertura interna pouco lisonjeira tem irritado o Hamas. O governo islâmico do Hamas tem provado ser um alvo fácil. Ele está sem dinheiro e isolado internacionalmente devido à sua recusa de moderar suas posições, e não tem sido capaz de pagar os salários de dezenas de milhares de funcionários públicos.

Dimitar Dilkoff/AFP

recordes em algumas regiões da Romênia e da Bulgária (foto) ontem, forçou a retirada de milhares de pessoas das margens. Segundo maior rio da Europa, o Danúbio teve seu volume de água duplicado pela cheia deste ano e alcançou uma vazão de 15.800 metros cúbicos por segundo.

Ó RBITA

FORA DA COPA HOLOCAUSTO Centro Simon Wiesenthal pediu que a Alemanha declare o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, "persona non grata" caso ele decida assistir a jogos da seleção de seu país na Copa. Ahmadinejad tem sido criticado por rotular o Holocausto nazista de "mito".

O

Alemanha anunciou ontem que permitirá a abertura dos arquivos do governo de Adolf Hitler com informações sobre cerca de 17 milhões de judeus e trabalhadores escravizados e assassinados pelos nazistas e seus colaboradores durante o Holocausto.

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HARIRI Bush promete ação internacional punir assassinos do exchefe de governo do Líbano Rafic Hariri.

RUMSFELD NÃO RENUNCIA Brendan Smialowski/AFP

DANÚBIO – A elevação das águas do rio Danúbio, que alcançou níveis

AFEGANISTÃO Soldados afegãos e americanos mataram 5 supostos rebeldes do Taleban da Al-Qaeda.

secretário de Defesa dos Estados Unidos, Donald H. Rumsfeld, afirmou ontem que não considera a opção de pedir demissão apesar das exigências de seis generais aposentados, que pediram sua cabeça nas últimas semanas. Rumsfeld disse que sua permanência no cargo depende somente do presidente George W. Bush, que rejeitou, categoricamente, a renúncia de seu secretário de Defesa, afirmando que sua decisão era definitiva.

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Suplemento Especial - São Paulo, 19 de abril de 2006

Sonho em construção. Ou em reforma

Marcelo Min/AFG

É o momento de reformar ou construir a casa própria, seu sonho? Este caderno especial do Diário do Comércio sobre materiais de construção vai ajudá-lo, a começar por alguns endereços especiais da cidade, como a Florêncio de Abreu, conhecida por suas máquinas e ferramentas. Ali fica, por exemplo, a Casa da Bóia, a da foto ao lado. Visite também as ruas da madeira (Gasômetro) e das luminárias (Consolação). É um mercado em que predominam os pequenos comerciantes e as grandes redes detêm apenas 4% das vendas - embora mostrem um crescimento exuberante. Você verá também a nova tendência em pisos e revestimentos, com destaque para materiais ecologicamente corretos, embora encontre aqueles velhos azulejos ou pisos pela cidade. Mas há quem prefira encomendar uma casa pré-fabricada, e não só de madeira. E veja ainda a história de um empreendedor, um homem que acreditou no seu negócio e faz dele um sucesso há 37 anos. Marcelo Min/AFG

Madeiras na Gasômetro Newton Santos/Hype

Novos pisos, com muito charme Marcelo Min/AFG

Luminárias na Consolação Paulo Pampolin/Hype

Pré-fabricada, uma opção


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 19 de abril de 2006

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por cento foi o crescimento das vendas de aparelhos celulares em março sobre fevereiro.

Fotos: Newton Santos/Hype

DIAS FRIOS ANIMAM OS LOJISTAS, QUE JÁ COMEÇAM A VENDER PARA A NOVA ESTAÇÃO Otimistas com a queda da temperatura, varejistas apostam em expansão de 20% no faturamento da moda outono-inverno em relação ao mesmo período do ano passado, repetindo o resultado de 2004, quando o inverno deixou saudades

U

m dia depois dos lojistas reclamarem do desempenho das vendas na primeira quinzena de abril, o frio repentino parece ter revertido a situação. Ontem, eles já comemoravam os bons resultados nas vendas da coleção outono-inverno nesta terceira semana de abril. De acordo com a pesquisa feita pela reportagem do Diário do Comércio no Centro de São Paulo, a expectativa para a estação é de crescimento de 20% no faturamento em relação ao mesmo período do ano passado. O gerente da loja 775 Brasil, Amauri Gomes Lourenço, afirma que o resultado apenas não será maior devido aos gastos dos consumidores com aparelhos ou contas de celulares. "Houve uma dispersão no consumo. Antes, qualquer dinheiro que sobrava no orçamento era sinônimo de roupa nova. Agora, mudou por conta do avanço da tecnologia." Modernidade à parte, o gerente está animado com as possibilidades das vendas. "Prever se o outono e o inverno serão mais frios que no ano passado embute sempre um risco. No entanto, resolvemos investir na coleção e torcemos por um resultado tão bom quanto o ano de 2004, quando o frio veio para valer", acrescentou.

Saudades – O ano retrasado parece mesmo ter deixado saudades aos lojistas. De quatro comerciantes ouvidos, somente um não citou 2004 como exemplo de lucro e recorde nas vendas da estação. Para Regiane Nunes, superintendente da D-20, loja especializada em moda jovem, o momento sugere cautela. "No ano passado, muitos aposta-

Antes, qualquer dinheiro que sobrava no orçamento era sinônimo de roupa nova, agora vai para celulares. Amauri Gomes Lourenço, da 775 Brasil ram nas vendas do inverno e tiveram que promover grandes liquidações em plena estação para dar vazão ao estoque. No nosso caso, não tivemos prejuízo, mas obtivemos uma margem de lucro bem menor que a planejada", disse. Por isso, este ano a D-20 investe no mínimo de estoque para trabalhar com a nova coleção. "Se houver demanda, completamentaremos", afirmou Regiane. Já na opinião de Francileide

Pereira Menezes, gerente da Dorinho's, especializada em artigos masculinos, a nova coleção traz tantas opções que os clientes nem aguardam o pior do inverno para fazerem suas compras. "Os ternos de microfibra e malhas são os que têm tido maior demanda", disse. Mas os casacos de couro, de tactel e até mesmo de tricô é que têm lotado as araras da maioria dos estabelecimentos. "Como trabalhamos com peças únicas, trocamos as vitrines de duas a três vezes por dia. Vendeu, mudamos o visual da loja", explicou a gerente da Rouparia Montag, Sandra Lopes. Até o meio da tarde de ontem, a vitrine passava por sua segunda mudança. Casacos de sarja e de veludo disputavam espaço com calças sociais e longos vestidos. Segundo Sandra, a venda da coleção não dependerá tanto da baixa temperatura. "Afinal, peças clássicas nunca saem de moda", afirmou. Por isso as propostas para o outono-inverno tanto na moda masculina como na feminina sugerem criatividade, sensualidade e algumas pitadas de ingenuidade e romantismo. "Nesse caso, vale até um pouco de rebeldia desde que o corte da roupa seja chique e sofisticado", concluiu Sandra.

Finalmente os lojistas se animaram em trocar as vitrines para confecções da coleção outono-inverno

Ana Laura Diniz

PESSIMISMO

Cai a confiança do consumidor Mercado de

S

e depender do ânimo do consumidor, as vendas não vão melhorar no ritmo que os lojistas esperam. Pesquisa divulgada ontem pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP) apontou que o consumidor da região metropolitana está mais pessimista com a situação econômica. Segundo a entidade, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) apresentou queda de 3,7% em abril, em relação a março, registrando 133 pontos em uma escala de 0 a 200. Na comparação com igual período de 2005, quando atingiu 142 pontos, houve retração ainda mais expressiva, de 6,3%.

De acordo com a Fecomercio-SP, o resultado foi influenciado pela variação negativa do Índice de Expectativas do Consumidor (IEC), que ficou em 135,2 pontos (o que representou queda de 5,4% ante o mês anterior), e pela retração do Índice de Condições Econômicas Atuais (ICEA), que apresentou redução de 0,8%, em relação a março e ficou em 129,8 pontos. O IEC indica a percepção do consumidor em relação ao futuro, enquanto o ICEA mede o grau de otimismo em relação ao presente. A entidade destacou ainda que os consumidores com renda inferior a 10 salários mínimos se mostraram menos con-

fiantes em relação à situação do Brasil no médio e longo prazos, com baixas de 9% e de 13%, respectivamente. De acordo com o presidente da Fecomercio-SP, Abram Szajman, a pesquisa demonstra um cenário de limitada capacidade de compra do consumidor. "A retração do ICC deixa claro que a tímida expansão da renda tem reduzido o poder de compra do brasileiro, que já se encontra altamente endividado", disse em nota à imprensa. Para Szajman, se a percepção do consumidor não se alterar nos próximos meses, é provável que o ICC apresente uma trajetória de queda ainda mais acentuada. (AE)

Para a Fecomercio, consumidor não vai gastar mais porque já está com boa parte da renda comprometida

celulares não pára de crescer A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) in-

formou ontem que até o fim de março o País tinha 89.408.719 de celulares. Do total, 71.973.979 (80,5%) eram pré-pagos e 17.434.740 (19,5%), pós-pagos. No mês passado foram feitas 1.343.401 de novas habilitações, número 126% supe-

rior ao de fevereiro, que elas chegaram a 594.407. A Vivo continua liderando o mercado brasileiro de telefonia móvel, com 33,71% dos assinantes. A TIM vem em segundo lugar, com 23,53%, a Claro tem 21,75% e a Oi, 12,55%. (AG)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.ECONOMIA/LEGAIS

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CONVOCAÇÕES

ALMART - ASSOCIAÇÃO DOS LOJISTAS DO SÃO PAULO MART CENTER

CNPJ: 58.920.984/0001-09 Assembléia Geral Ordinária Primeira Convocação: 26 de abril de 2006, às 9h30 Segunda Convocação: 26 de abril de 2006, as 10h00 CONVOCAÇÃO Convidamos os associados da ALMART- Associação dos Lojistas do São Paulo Mart Center, quites com suas obrigações associativas, a reunirem-se em Assembléia Geral Ordinária, na data e horários acima citados, na Rua Chico Pontes, 1500, no auditório CETIM, no Mart 5, Vila Guilherme, a fim de deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: 1) Apresentação e aprovação das contas relativas ao exercício findo em 31/12/2005; 2) Eleição dos membros da Diretoria e Conselho Deliberativo para a gestão 2006/2008; 3) Aprovação de verba do Fundo de Promoção; 4) Assuntos de interesse geral. São Paulo, 12 de abril de 2006. José Tizeira Géa Filho. Eduardo Storch. (17, 18, 19/04/2006)

COMUNICADO

EDITAIS

Arfrio S/A Armazéns Gerais Frigoríficos

CNPJ 61.024.295/0001-20 - NIRE 3530010199-5 Edital de Convocação - Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária Ficam convocados os Senhores Acionistas para a realização da Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária, a realizar-se no dia 28 de abril de 2006, às 10:00 horas na Sede Social da Cia., na Rua Jussara, 1001, em Barueri – SP., para apreciarem e deliberarem sobre a seguinte ordem do dia : - 1) Exame, discussão e votação do Relatório da Administração, das Demonstrações Financeiras acompanhadas das Respectivas Notas Explicativas e do Parecer dos Auditores Independentes, relativas ao exercício social encerrado em 31/12/2005; 2) Deliberação sobre o resultado do exercício; 3) Deliberação acerca da proposta de reavaliação dos ativos; 4) Deliberação acerca da nomeação dos peritos avaliadores e outros assuntos correlatos; 5) Outros assuntos de interesse da companhia. Barueri-SP., 13/04/2006 - A Diretoria. (18, 19, 20/04/2006)

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quarta-feira, 19 de abril de 2006

Tr i b u t o s Finanças Nacional Empresas

DIÁRIO DO COMÉRCIO

COPA DO MUNDO ESTRÉIA TV DIGITAL

3 A Organização Mundial de Saúde confirmou a infecção pela gripe aviária em um homem de 21 anos no centro da China ontem. O estado do paciente é crítico.

Roberto Stuckert Filho/Ag. O Globo

TV digital: escolha agora depende de Lula, diz ministro

O

Hélio Costa vai apresentar relatório sobre viagem ao Japão a Lula: só depois presidente decidirá a escolha

ALUMÍNIO Vendas do setor de chapas, utilizadas para embalagens, devem aumentar 4,6% este ano.

Ó RBITA

VOLKSWAGEN Montadora obtém crédito de R$ 497 milhões do BNDES para projetos de expansão.

Hélvio Romero/AE

COMBUSTÍVEIS: PREÇOS EM BAIXA

A

probabilidade de o governo autorizar um aumento de combustíveis até outubro torna-se cada vez mais remota, na avaliação do diretor da RC Consultores, Fábio Silveira. Mas o nãoreajuste, segundo ele, está apenas por um fio: o ano eleitoral. Pelos números de hoje existe uma defasagem de 10% a 12% entre os preços domésticos e os cobrados no exterior pela gasolina e de 4% a 5% para os valores do diesel. "Hoje, a defasagem é maior por causa da alta do petróleo nos últimos 10 dias", disse Silveira. Contudo, explicou, como é o diesel que responde pela maior parte do faturamento da

INFLAÇÃO NOS EUA

O

Departamento do Trabalho dos Estados Unidos informou que o índice de preços ao produtor (PPI) de março subiu 0,5%. A mediana das previsões de 18 economistas ouvidos em pesquisa Dow Jones/CNBC era de alta de 0,4% em março. O núcleo do índice, no entanto, ficou abaixo do esperado, ao avançar 0,1%. A alta refletiu o aumento nos preços de alimentos no atacado e de energia. (AE)

VAREJO

A

s vendas no varejo subiram 4,1% nos Estados Unidos nas duas primeiras semanas de abril em relação a igual período de março, segundo a pesquisa Redbook. As vendas na semana até 15 de abril subiram 5,3% em relação ao mesmo período de 2005. (AE)

MICROCRÉDITO

O

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai fazer desembolsos de microcrédito em 2006 de, no mínimo, R$ 20 milhões, disse ontem o diretor da Área Social e de Operações Indiretas, Maurício Borges Lemos. (AE) A TÉ LOGO

Petrobras (35%), a estatal tem condições de manter os preços inalterados pelo menos até outubro. "No caso do diesel, a diferença já está no teto, mas a manutenção dos preços não compromete a capacidade de caixa da empresa. Se a Petrobras promover algum aumento no preço deste combustível,

a medida não trará riscos inflacionários", afirmou Fábio Silveira. No caso da gasolina, em que há a maior defasagem entre os preços internos e os externos, como o peso do combustível no faturamento da Petrobras é menor, de 20%, a empresa encontra alguma folga para manter os preços atuais. (AE)

IMPORTAÇÕES DE GÁS REDUZIDAS

A

s importações brasileiras de gás natural da Bolívia vão permanecer em 21 milhões de metros cúbicos diários, 20% abaixo do normal, pelo menos até 4 de maio, quando um gasoduto danificado por chuvas estará totalmente reparado. Um porta-voz do Ministério de Minas e Energia disse ontem que, apesar disso, o Brasil está conseguindo abastecer normalmente as

distribuidoras de gás graças a um plano de emergência. "Sem a conexão de emergência, as importações teriam caído para 15 milhões de metros cúbicos por dia", disse o porta-voz. A estatal boliviana YPFB disse na semana passada que as exportações de gás para o Brasil e Argentina retornariam ao nível normal no último sábado. As chuvas prejudicaram gasodutos operados pela Petrobras. (Reuters)

BANCOS: R$ 18 BI EM TECNOLOGIA

O

s bancos brasileiros investiram no ano passado R$ 18 bilhões na área de Tecnologia da Informação, informou ontem a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), com base em estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Segundo o levantamento, essa despesa equivale a 11% do patrimônio líquido das instituições financeiras, pouco mais que os 10,5% aplicados na área em 2004, quando foram investidos R$ 15,42 bilhões. A expectativa da Febraban é de continuidade dos investimentos. (Reuters)

INDÚSTRIA QUÍMICA EXPORTA US$ 1,8 BI

A

Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) divulgou ontem que o setor exportou US$ 1,8 bilhão no primeiro trimestre, o que representa um aumento de 4,7% na comparação com as vendas para o exterior de igual período de 2005.

As importações cresceram 7,8% e totalizaram US$ 3,7 bilhões. De acordo com a entidade, o déficit da balança comercial, também de US$ 1,8 bilhão, subiu 11,2% no período. A Abiquim informou que foram exportados 2,032 milhões de toneladas de produtos químicos. (AE)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

L

Frota de motocicletas chega a 5,4 milhões de unidades no País

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Aneel autoriza reajustes na conta de luz em seis estados brasileiros

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Analistas temem desvalorização de ações da Telemar com reorganização

ministro das Comunicações, Hélio Costa, disse ontem que durante esta semana ele e os ministros do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, e das Relações Exteriores, Celso Amorim, que foram ao Japão na semana passada, deverão se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para apresentar um relatório sobre o que foi acordado com os japoneses em torno do padrão de TV digital. "Esta reunião será marcada pelo presidente. Evidentemente, estamos preparados para a apresentação do relatório e a partir daí será uma decisão do presidente da República", disse Costa. O ministro contou que a viagem ao Japão teve o objetivo de "colocar no papel" os entendimentos que já estavam sendo feitos nas reuniões conduzidas pela própria Casa Civil. "Precisávamos ter um documento mais específico, um comprometimento do governo japonês em torno da proposta, que tem de trazer imediatamente

tecnologia de ponta na área de eletrônica para o Brasil. Temos um compromisso do governo japonês de apoiar todas iniciativas das empresas japonesas no Brasil ou que venham para o País para fazer tecnologia de ponta", afirmou Costa. Sucesso – Na avaliação dele, os ministros foram bem-sucedidos porque conseguiram um compromisso do governo asiático de apoiar as iniciativas das empresas japonesas no Brasil para fazer tecnologia de ponta. E isso, segundo Costa, é muito importante dentro do contexto da TV digital. O ministro destacou que não basta definir o padrão de TV digital que será implantado no Brasil, mas também como o País irá sobreviver a partir do ano que vem em termos de avanços tecnológicos. "A televisão que nós estamos fazendo aqui, de tubo, é uma televisão que eu acho que nem o Brasil quer comprar mais", afirmou. Quanto à possibilidade de os ministros também fazerem uma viagem à União Européia semelhante à que realizaram

ao Japão para conhecer melhor o padrão de TV digital DVB, usado naqueles países, Costa disse que a decisão é do presidente Lula. O ministro explicou ainda que eles só foram ao Japão porque tinham "um procedimento em andamento nos últimos quatro meses, conversações que foram sendo encaminhadas para uma posição muito consolidada", afirmou. "Chegamos ao Japão com muitas reuniões e eu não sei em que ponto estão essas conversações ou esses entendimentos com os europeus." Para Costa, se o governo decidir nas próximas semanas o padrão de TV digital, ainda haverá condição para ser feita a experiência de transmissões na região da Grande São Paulo durante a Copa do Mundo. "Nós estamos em uma experiência de TV digital em São Paulo e ela continuará durante a Copa do Mundo. Mas é evidente que precisaremos de tempo para colocar em andamento o processo da TV digital a partir do instante em que se decidir o padrão", disse. (AG)


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CONVOCAÇÕES

BALANÇOS

ATA DROGASIL S.A. CNPJ/MF n° 61.585.865/0001-51 - NIRE 35.300.035.844 Extrato da Ata da A.G.O.E. realizada em 03 de Abril de 2006 Data, Hora e Local: 03/abril/2006, às 15:00 hrs, na sede social, a Av. Corifeu de Azevedo Marques, 3.097, São Paulo-SP. Convocação: Editais publicados no DOE.SP. e Diário do Comércio, em 10, 11 e 14/março/2006. Presenças: Acionistas representando 91,0% do capital social, conforme Livro de Presenças. Mesa: Carlos Pires Oliveira Dias-Presidente; José Sampaio Correa Sobrinho-Secretário. Ordem do Dia: 1. Em A.G.O.: a) Exame, discussão e votação das contas dos administradores, demonstrações financeiras relativas ao exercício encerrado em 31/12/2005, publicados no DOE.SP. e Diário do Comércio em 24/02/2006; b) deliberar sobre a destinação do lucro líquido do exercício, referendar a apropriação dos juros sobre capital próprio estabelecida nas R.E.C.A. de 23/06/2005 de R$1.200.372,21, de 20/10/2005 de R$1.035.615,24 e 15/12/2005 de R$1.129.762,08, indicando a data de pagamento aos acionistas e imputar parte dos referidos juros ao dividendo mínimo obrigatório; c) eleição dos Membros do Conselho de Administração e respectivos suplentes. 2. Em A.G.E.: a) fixar a remuneração dos membros do Conselho de Administração e a remuneração global anual dos membros da Diretoria. Deliberações: 1. Em A.G.O.: a) foi aprovado, por unanimidade dos presentes, as contas dos administradores e demonstrações financeiras relativas ao exercício encerrado em 31.12.2005; b) foi aprovado que o lucro líquido do exercício de 2005, no montante de R$9.725.083,48 mais a realização da Reserva de Reavaliação no montante de R$206.876,95, mais dividendos prescritos em 2004 no montante de R$17.975,93, no valor total de R$9.949.936,36, considerando as previsões legais e estatutárias, tenha a seguinte destinação: a) R$486.254,17 para a Conta da Reserva Legal; b) R$6.097.932,66, representando 62,7% do resultado do exercício para a Conta da Reserva Estatutária; c) R$3.365.749,53, para o pagamento de juros sobre o capital próprio aos Acionistas, à razão de R$1,43 por ação, referendando o estabelecido na apropriação dos juros sobre capital próprio estabelecida nas R.E.C.A. de 23/06/2005 de R$1.200.372,21, de 20/10/2005 de R$1.035.615,24 e 15/ 12/2005 de R$1.129.762,08, indicando a data de pagamento aos acionistas e imputar parte dos referidos juros ao dividendo mínimo obrigatório, a ser pago aos Acionistas sem acréscimo de correção monetária ou juros, em uma única parcela a partir de 31/05/2006. c) Ficou deliberado pela unanimidade que o Conselho de Administração será composto por 05 membros titulares e igual número de membros suplentes. Tendo sido solicitada a adoção de voto múltiplo, a mesa informou que o número de votos necessários para eleição de cada membro do Conselho de Administração seria de (1.786.823) votos, foram eleitos os seguintes membros para compor o Conselho de Administração: (i) José Pires Oliveira Dias Neto, como membro titular e José Pires Oliveira Dias, como membro suplente; (ii) Carlos Pires Oliveira Dias, como membro titular e Cláudio Roberto Ely, como membro suplente; (iii) José Sampaio Correa Sobrinho, como membro titular e Cláudio Pires Oliveira Dias Didier Fecarotta, como membro suplente ; (iv) Wilton Paes de Almeida Filho, como membro titular e Renato Pires Oliveira Dias, como membro suplente e (v) Paulo Sérgio Coutinho Galvão Filho, como membro titular e, Fernando Pereira Lopes de Medeiros, como membro suplente. Os Conselheiros ora eleitos deverão permanecer em seus cargos até a assembléia geral ordinária que examinar as demonstrações financeiras relativas ao exercício social a encerrar-se em 31/12/2007. Os membros titulares e suplentes, ora eleitos tomarão posse em 30 dias a contar desta data. Por fim, foi deliberado, a instalação do Conselho Fiscal para 2006, em conformidade com a Instrução n°324 da CVM o qual será composto por três membros titulares e seus respectivos suplentes, nos termos do Art. 18 do Estatuto Social. Foram eleitos, por unanimidade, os Srs. Gilberto Lerio, Fernando Carvalho Braga, e Jorge Michel Lepeltier, Membros Titulares, e Carla Lério Zancaner de Ulhôa Cintra, Nilda Bernadete Mancato Bertolino, e Murici dos Santos. Os membros titulares e suplentes, ora eleitos tomarão posse em 30 dias a contar desta data, depois de apresentarem prova, ao Conselho de Administração, de satisfação dos requisitos previstos nos arts. 162 e 146 da Lei 6.404, de 15/12/76. 2. Em A.G.E.: a) foi fixada a remuneração mensal de R$4.290,00, para cada titular do Conselho de Administração, R$8.360,00 para o Presidente do Conselho e R$19.800,00 para o Vice-Presidente do Conselho. Foi fixada a remuneração global anual de até R$4.500.000,00, para os membros da Diretoria. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, foram encerrados os trabalhos, que lida e achada conforme, foi por todos assinada. A Ata em inteiro teor foi registrada na JUCESP sob n°94.927/06-6 em sessão de 07/04/06. Extrato da Ata de R.E.C.A. realizada em 03 de Abril de 2006 Data, Hora e Local: 03/abril/2006, às 17:00 hrs, na sede social, a Av. Corifeu de Azevedo Marques, 3.097, São Paulo-SP. Convocação: Por carta protocolada. Presença: Todos os Membros do Conselho. Mesa: Sr. Carlos Pires Oliveira Dias - Presidente, e José Sampaio Correa Sobrinho Secretário; Ordem do dia: a) Escolha do Presidente e Vice-Presidente do Conselho, na forma do § 2° do art. 6° do Estatuto Social; b) eleição dos membros da Diretoria. Deliberação: “a”: Foram eleitos para os cargos de Presidente e Vice-Presidente do Conselho, os Srs. Carlos Pires Oliveira Dias e José Pires Oliveira Dias Neto, respectivamente; “b”: Foram reeleitos, os diretores Srs. Cláudio Roberto Ely, para Diretor Geral; Sr. Ricardo Castro de Azevedo, para Diretor Financeiro e de Relações com Investidores, e Sr. Antonio Carlos de Freitas, para Diretor sem designação especial, todos com mandato até a A.G.O. que examinar as demonstrações financeiras do exercício a encerrar-se em 31/ 12/2006. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, foram encerrados os trabalhos, lavrando-se a presente ata, que, lida e achada conforme, foi por todos assinada. A Ata em inteiro teor foi registrada na JUCESP sob n° 94.928/06-0 em sessão de 07/04/06.

ADMINISTRAÇÃO E REPRESENTAÇÕES TELLES S/A CNPJ nº 61.363.842/0001-00 RELATÓRIO DA DIRETORIA: Senhores Acionistas: Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, temos a grata satisfação de submeter à apreciação de V.Sas., o Balanço Patrimonial, a Demonstração de Resultados, as Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido e das Origens e Aplicações de Recursos, referentes ao Exercício Social findo em 31 de dezembro de 2005. Colocamo-nos à disposição dos Srs. Acionistas para quaisquer esclarecimentos que se fizerem necessários.São Paulo, 13 de abril de 2006. A DIRETORIA BALANÇO PATRIMONIAL REALIZADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 PASSIVO 31/12/2005 31/12/2004 ATIVO 31/12/2005 31/12/2004 CIRCULANTE 31.863,26 24.754,45 CIRCULANTE 372.369,64 318.074,11 Fornecedores 4.364,18 3.740,67 Caixa e Bcos. C/Movimentos 26.846,38 28.587,17 Obrigações Fiscais 14.072,22 9.968,65 Aplicações Financeiras 104.332,28 61.371,63 Obrig. Trabalhistas e Sociais 13.426,86 11.045,13 Aluguéis a Receber 178.545,45 165.932,08 Tributos a Recuperar 56.305,23 54.601,98 Adto. a Fornecedores 1.649,01 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 8.472.314,41 8.577.271,32 Seguros a Ratear 2.889,96 Capital Social 9.784.627,00 9.784.627,00 Depósitos Judiciais 4.691,29 4.691,29 Reservas de Lucros 101.152,95 101.152,95 PERMANENTE 8.131.808,03 8.283.951,66 (-)Prejuízos Acumulados 1.413.465,54 1.308.508,63 Móveis e Utensílios 34.142,63 34.142,63 Imóveis 9.755.268,00 9.755.268,00 Veículos 132.800,00 Instalações 32.652,92 32.652,92 (-)Depreciações Acumuladas 1.690.255,52 1.670.911,89 TOTAL DO ATIVO 8.504.177,67 8.602.025,77 TOTAL DO PASSIVO 8.504.177,67 8.602.025,77

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO 31/12/2005 31/12/2004 Receita Bruta Operacional 902.064,01 716.117,77 Aluguéis Ativos 953.080,86 753.355,45 Recup. Encargos e Impostos 41.362,93 35.570,95 (-)Impostos Incidentes 92.379,78 72.808,63 (-)Despesas Operacionais 1.110.159,18 986.361,07 (-)Despesas Administrativas 199.017,60 201.682,45 (-)Despesas de Pessoal 671.194,52 548.230,26 (-)Despesas Tributárias 87.803,43 79.716,93 (-)Depreciações 152.143,63 156.731,43 RESULT. LÍQ. OPERACIONAL (208.095,17) (270.243,30) Rec. Financ./ Não Operac. 103.138,26 16.951,08 RESULTADO LÍQUIDO (104.956,91) (253.292,22) DEMONSTRATIVO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS 1) - ORIGENS Resultado líquido do Exercício (104.956,91) (253.292,22) Depreciações 152.143,63 156.731,43 Créd.s/Deprec.no cálculo do PIS e Cofins não cumulativo 6.478,65 TOTAL DA ORIGENS 47.186,72 (90.082,14) 2) - APLICAÇÕES 3) - VARIAÇÕES (1-2) 47.186,72 (90.082,14) VARIAÇÃO DO CIR. LÍQUIDO 31/12/2005 31/12/2004 31/12/2003 AC 372.369,64 318.074,11 403.239,52 PC 31.863,26 24.754,45 19.837,72 VCL 340.506,38 293.319,66 383.401,80 Dr. Antonio de Queirós Telles Jr. - Diretor Presidente Dr. Eduardo Rodrigues de Siqueira - Diretor Gerente Sebastião Contato - Contador – CRC 1 SP – 037222/0-5

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Reservas de Lucros Contas de Resultados Patrimônio Líquido Capital Social 9.784.627,00 101.152,95 (1.055.216,41) 8.830.563,54 (253.292,22) (253.292,22) 9.784.627,00 101.152,95 (1.308.508,63) 8.577.271,32) (104.956,91) (104.956,91) 9.784.627,00 101.152,95 (1.413.465,54) (8.472.314,41) NOTAS EXPLICATIVAS DA DIRETORIA a) - As presentes Demonstrações estão apresentadas em reais - R$. b) - As Depreciações foram computadas pelo método linear, às foram estimadas em até 3% dos valores a receber. e) - As presentes Demonstrações foram elaboradas com observância das taxas legais; c) - As operações foram contabilizadas pelo regime de competência. d) - As provisões para perdas ou riscos de créditos disposições da Lei 6.404/76 e Dec. 1.598/77.

TOTAIS EM 31/12/2003 Prejuízos Acumulados TOTAIS EM 31/12/2004 Prejuízos Acumulados TOTAIS EM 31/12/2005

ABEL - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EDUCADORES LASSALISTAS CNPJ 60.916.731/0001-03 RELATÓRIO DA DIRETORIA Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, apresentamos a V.Sas. as demonstrações contábeis relativas ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2005, acompanhadas do parecer dos auditores independentes. BALANÇOS PATRIMONIAIS 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 - (Em Reais) 2005 2004 ATIVO 2005 2004 PASSIVO CIRCULANTE CIRCULANTE Fornecedores 1.199.682 5.109.664 551.468 685.143 Disponibilidades Obrigações Trabalhistas e Tributárias 4.596.973 3.526.237 Aplicações Financeiras 45.685.062 60.911.258 Obrigações Convênios 286.414 Estoques 326.110 163.820 Outros Débitos 696.017 525.229 Outros Direitos 9.316.115 8.015.261 Total do Passivo Circulante 6.779.086 9.161.130 Despesas do exercício seguinte 415.776 448.338 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO Total do Ativo Circulante 56.294.531 70.223.820 4.280.240 2.780.309 Débitos Diversos Total do Exigível a Longo Prazo 4.280.240 2.780.309 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Aplicações Financeiras 9.033.151 RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS Receitas Diferidas 1.168.553 1.463.516 Outros Direitos 1.009.334 448.741 Total do Resultado de Exercícios Futuros 1.168.553 1.463.516 Total do Realizável a Longo Prazo 1.009.334 9.481.892 PATRIMÔNIO LÍQUIDO PERMANENTE Patrimônio Social 188.680.812 181.025.998 Ativo Imobilizado 158.542.221 122.380.055 Reserva de Reavaliação 26.027.057 Total do Ativo Imobilizado 158.542.221 122.380.055 Superávit (Déficit) do Exercício (11.089.662) 7.654.814 Total do Patrimônio Social 203.618.207 188.680.812 215.846.086 202.085.767 TOTAL DO ATIVO 215.846.086 202.085.767 TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em Reais) Patrimônio Social Reserva de Reavaliação Superávit (Déficit) do Exercício SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2003 168.822.146 12.203.852 Incorporação do superávit de 2004 ao Patrimônio Social 12.203.852 (12.203.852) Superávit do Exercício 7.654.814 SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 181.025.998 7.654.814 Incorporação do superávit de 2005 ao Patrimônio Social 7.654.814 (7.654.814) Superávit do Exercício Déficit do Exercício (11.089.662) Reserva de Reavaliação 26.027.057 SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 188.680.812 26.027.057 (11.089.662)

Patrimônio Líquido 181.025.998 7.654.814 188.680.812 (11.089.662) 26.027.057 203.618.207

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em Reais) 1. Contexto operacional - ABEL – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EDUCADORES LASSALISTAS, 4. Imobilizado - O ativo imobilizado está assim composto personalidade jurídica da Província Lassalista de São Paulo, também conhecida pela denominação 31/12/05 31/12/04 INSTITUTO DOS IRMÃOS DAS ESCOLAS CRISTÃS, identificada, também, pela sigla “ABEL”, é uma Custo: associação civil, religiosa, filantrópica, educacional e de assistência social, sem fins econômicos que, sob Imóveis (terrenos e edificações) 173.121.531 136.141.733 os requisitos da lei mantém-se enquadrada no Artigo150, “c” e no Artigo 195 ambos da Constituição da Outros 31.674.079 28.038.526 República Federativa do Brasil, de 1988, com sede e foro jurídico na Cidade de São Paulo, Estado de São Total do custo 204.795.610 164.180.259 Paulo, fundada em 18 de outubro de 1949. A entidade tem a finalidade de criar, congregar, dirigir e manter Depreciação acumulada 46.253.390 (41.800.204) estabelecimentos, obras e atividades que visem à evangelização, à educação, à cultura, ao ensino, à TOTAL 158.542.221 122.380.055 assistência social, à beneficência, à promoção humana e à defesa dos direitos da criança e do adolescente, Durante o exercício de 2005, foi procedida uma reavaliação ao valor de mercado de parte dos bens que acatando e respeitando, em todos os setores de sua atividade, os dispositivos do Direito da Igreja Católica compõem o ativo imobilizado, baseando-se em laudos emitidos por peritos especializados e autorizados, e das Regras do Instituto dos Irmãos das Escolas Cristãs (Lassalistas). 2. Apresentação das Demons- nos termos da legislação brasileira. O valor de R$ 26.027.057, referente à diferença resultante da reavaliação trações Contábeis - As demonstrações contábeis foram elaboradas de acordo com a Lei das Sociedades foi registrado a crédito da conta Patrimônio Social naquele exercício. 5. Despesas com Assistência por Ações, Lei 6.404/76 e demais disposições legais. 3. Principais práticas contábeis - a) Apuração de Social - As gratuidades concedidas estão assim distribuídas: resultado conforme regime de competência. b) Aplicações financeiras estão registradas ao custo de 31/12/05 31/12/04 aquisição, acrescido dos rendimentos auferidos até a data de encerramento do exercício social. c) Contas Proteção à família carente 940.507 1.024.663 a receber, foram reconhecidas em função da realização da receita. Não foi constituída provisão para crédito Amparo à criança e ao adolescente carente 3.526.897 3.769.539 de liquidação duvidosa. d) Os estoques estão avaliados ao custo médio de aquisição ou fabricação, que não Assistência educacional ao carente 17.317.476 15.690.314 excedem o valor de mercado. e) O ativo imobilizado está avaliado pelo custo de aquisição corrigido Inserção no mercado de trabalho ao carente 1.917.754 1.498.500 monetariamente até 31 de dezembro de 1995 ou reavaliação e deduzido das respectivas depreciações Assistência ao portador de deficiência 313.075 289.808 acumuladas. As depreciações foram calculadas às taxas que levam em consideração a vida útil remanesTotal 24.015.709 22.272.824 cente dos bens de 4% ao ano em relação aos bens imóveis (excluídos terrenos) e à taxa de 10% e 20% 6. Isenções usufruídas em relação aos demais bens tangíveis, utilizados na atividade operacional. f) Passivos: Estão registrados As Isenções usufruídas estão assim demonstradas: pelos valores conhecidos ou calculáveis, incluindo a provisão de férias e encargos devidos na data de 31/12/05 31/12/04 encerramento do balanço. e) Provisões: A entidade é isenta de imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica INSS - Cota patronal 6.333.292 5.575.382 e da Contribuição social para Financiamento da Seguridade Social. f) Resultado de exercícios futuros: INSS - Cota de terceiros 1.420.875 1.297.656 refere-se aos valores de matrículas e de mensalidades escolares do próximo ano letivo recebidos INSS - SAT Seguro de Acidente de Trabalho 326.247 286.632 antecipadamente durante o exercício. g) As gratuidades concedidas mediante baixa de bens patrimoniais INSS - Cota Empresarial 107.377 134.739 são contabilizadas diretamente em contas de resultado. As gratuidades com valores econômicos agregaTotal - Isenções do INSS 8.187.791 7.294.409 dos também são contabilizadas em contas de resultado do exercício, porém, estes valores são revertidos COFINS - Contribuição Financiamento da Seguridade Social 1.906.892 1.857.623 dentro do próprio exercício no grupo de contas credoras do resultado do exercício com o título de: Reversão CSLL - Contribuição Social s/ Lucro Líquido 430.350 688.888 com Gratuidades de Valores Econômicos, seu efeito no resultado do exercício é nulo. Total Geral 10.525.033 9.840.920 Ir. Paulo Petry - Diretor-Presidente CPF nº 295.477.689-72 Aos administradores da ABEL - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EDUCADORES LASSALISTAS (1) Examinamos os balanços patrimoniais da ABEL - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EDUCADORES LASSALISTAS, levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004, e as respectivas demonstrações dos resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. (2) Exceto pelo mencionado no parágrafo 3, nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume das transações e o sistema contábil e de controles internos da Entidade; (b) a constatação, com base em testes,

DIRETORIA Ir. Waldemiro José Schneider - Diretor 1º Tesoureiro CPF nº 274.059.669-34 PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgadas; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da entidade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. (3) Em virtude da ausência de controles com detalhamento da composição dos itens do ativo imobilizado, à exceção das contas de imóveis (Terrenos e Construções), nossos exames foram restritos e não pudemos constatar se os saldos contábeis referentes ao Ativo Imobilizado refletem de forma adequada o ativo imobilizado da Entidade, bem como deixamos de opinar sobre os critérios de apuração da depreciação contabilizada, face à insuficiência de dados decorrente da ausência de controle. (4) Em nossa opinião, exceto pelos efeitos de possíveis ajustes que poderiam resultar da aplicação dos procedimentos de auditoria omitidos, mencionados no parágrafo 3, as demonstrações contábeis referidas no primeiro parágrafo representam adequadamente, em todos os

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em Reais) RECEITAS OPERACIONAIS 2005 2004 Receitas das Atividades Básicas 49.256.355 48.291.479 Receitas Financeiras e Patrimoniais 12.945.893 12.675.397 Contribuições de Associados 30.820 32.259 Outras Receitas Operacionais 1.243.099 985.750 Total das Receitas Operacionais 63.476.167 61.984.885 CUSTOS E DESPESAS OPERACIONAIS Custos Diretos e Indiretos (32.003.235) (30.009.910) Despesas Administrativas e Gerais (41.714.759) (23.698.886) Despesas com Assistência Social (24.015.709) (22.272.824) Reversão de Valores Econômicos 23.131.842 21.633.468 Total dos Custos e Despesas Operacionais (74.601.861) (54.348.152) Resultado Operacional (11.125.694) 7.636.733 RESULTADO NÃO OPERACIONAL 36.032 18.081 SUPERÁVIT (DÉFICIT) DO EXERCÍCIO (11.089.662) 7.654.814 DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em Reais) ORIGENS DOS RECURSOS 2005 2004 Das Operações Superávit do Exercício 7.654.814 Depreciação acumulada 4.453.186 2.566.431 Baixa líquida do ativo permanente 285.064 345.611 Outras Origens Aumento do Exigível a Longo Prazo 1.499.931 301.901 Redução do Ativo Realizável a Longo Prazo 8.472.558 Variação do Resultado de Exercícios Futuros (294.963) 322.063 Total das Origens 14.415.776 11.190.820 APLICAÇÕES DOS RECURSOS Déficit do Exercício 11.089.662 Aumento do Realizável a Longo Prazo 5.305.325 Aquisições do Ativo Imobilizado 14.873.359 8.794.175 Total das Aplicações 25.963.021 14.099.500 REDUÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO (11.547.245) (2.908.680) ATIVO CIRCULANTE: No início do exercício 70.223.820 75.103.586 No final do exercício 56.294.531 70.223.820 (13.929.289) (4.879.766) PASSIVO CIRCULANTE: No início do exercício 9.161.130 11.132.216 No final do exercício 6.779.086 9.161.130 (2.382.044) (1.971.086) REDUÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO (11.547.245) (2.908.680) As isenções usufruídas do INSS referentes à cota patronal sobre as verbas de pagamentos da folha de salários, à contribuição empresarial sobre os pagamentos de autônomos, Cofins e a CSLL sobre a receita bruta e superávit do exercício respectivamente, são contabilizadas em contas de compensação de acordo com a O.S. 210/99. 7. Receita Bruta para fins de base de cálculo CNAS - A Receita Bruta para fins de base de cálculo ao CNAS (Conselho Nacional de Assistência Social) está assim demonstrada: Descrição: Ref. Ano 2005: 63.395.557,23 Receita Bruta p/ fins de base de cálculo CNAS A composição da Receita Base para aplicação do índice de 20% de Gratuidade estipulado pela Lei 2.536/ 98 – Artigo 3º & VI, compreende e compõe por si as contas provenientes da venda de serviços acrescida da receita decorrente de aplicações financeiras, de locação de bens, de venda de bens não integrantes do ativo imobilizado e de doações particulares. 8. Patrimônio Social: - O Patrimônio Social é formado pelos resultados apurados em exercícios anteriores, desde sua fundação, bem como do resultado da reavaliação procedida conforme mencionado na nota 4. 9. Provisão Para Perdas – Investimentos Temporários - Foi constituída durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2005, uma provisão para perdas no montante de R$ 14.685.596,75, valor este estimado em relatórios de auditoria interna como possível perda para a Entidade. Os assessores jurídicos da Entidade estão efetuando os devidos encaminhamentos judiciais para a Entidade reaver o montante acima descrito. 10. Reformas e Benfeitorias - Estão demonstradas pelos valores de custo de mão-de-obra da construção, projeto, engenharia e aquisição de materiais e manutenção predial, que objetivaram aumentar a vida útil dos Bens, os quais serão alocados ao custo de suas respectivas contas tão logo as mesmas sejam concluídas. 11. Construções em Andamento - Constituem-se de custos do projeto e honorários de engenharia, mão-de-obra da construção, de aquisição de materiais consumidos nas obras, os quais serão transferidos para “Imóveis” tão logo seja fornecido o alvará Municipal ou Habite-se. 12. Cobertura de Seguros - Para atender medidas preventivas adotadas permanentemente, a Instituição efetua a contratação de seguros em valor considerado suficiente para cobertura de eventuais sinistros. Resp. Téc.: Adriano Wolfman Santos Silva - Téc. Cont. CRC 1 SP 215.853/O-3 - CPF nº 286.388.258-97 aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da ABEL - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EDUCADORES LASSALISTAS, em 31 de dezembro de 2005 e 2004, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis emanadas da legislação societária brasileira. São Paulo, 31 de março de 2006 JC Souza, RADURÊS Auditores Independentes CRC PR no. 005.495/O-1 – S - SP JOÃO CARLOS DE SOUZA - Contador CRC 1SP no. 159.112/O-2


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, 20, 21, 22 e 23 de abril de 2006

ECONOMIA/LEGAIS - 13

CONVOCAÇÕES

BALANÇOS CONGREGAÇÃO DAS IRMÃS FRANCISCANAS ALCANTARINAS - CNPJ: 47.104.443/0001-96

BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 Ativo 2005 2004 Móveis e utensílios 251.211,77 250.244,38 Circulante 1.829.066,44 1.368.641,88 Máquinas e equipamentos 133.595,61 124.465,61 Disponível 203.498,90 163.942,53 Veículos 87.696,30 70.402,08 Biblioteca 3.135,36 3.135,36 Caixa e bancos 57.851,10 54.946,02 Direitos de uso do telefone 4.093,91 4.093,91 Bancos contas de aplicações financeiras 145.647,80 108.996,51 Computadores e equipamentos 25.319,64 20.349,64 Direitos Realizáveis 1.625.567,54 1.204.699,35 4.498.692,32 4.002.297,72 Adiantamentos 61.081,11 26.540,43 Total do Ativo 2005 2004 Créditos previdenciários 7.526,18 4.170,40 Passivo 1.155.755,39 955.111,21 Imposto de renda na fonte a recuperar 951,60 951,60 Circulante Fornecedores 63.292,45 97.548,75 Estoques 74.023,45 63.230,41 Obrigações trabalhistas 359.581,94 267.665,11 Créditos a receber de convênios 852.755,59 717.381,30 Obrigações sociais a recolher 112.295,36 87.386,08 Auxílios e subvenções a receber 629.229,61 392.425,21 Obrigações tributárias 65.990,85 45.045,35 Realizável a Longo Prazo 155.106,13 151.497,70 Empréstimos e Adiantamentos 296.984,10 256.984,10 Direitos Realizáveis 155.106,13 151.497,70 Serviços médicos e laboratoriais Valores restituíveis 155.106,13 151.497,70 a pagar 257.610,69 200.481,82 3.342.936,93 3.047.186,51 Permanente 2.514.519,75 2.482.158,14 Patrimônio Líquido Patrimônio social 3.047.186,51 3.013.803,37 Imobilizado 2.514.519,75 2.482.158,14 Ajustes de exercícios anteriores 0,00 1.383,95 Terrenos 266.489,08 266.489,08 Superávit do exercício 295.750,42 31.999,19 Prédios 1.287.182,14 1.287.182,14 4.498.692,32 4.002.297,72 Móveis e equipamentos hospitalares 455.795,94 455.795,94 Total do Passivo (As notas explicativas integram o conjunto das demonstrações contábeis) I – Contexto Operacional - Nota 1) A Congregação das Irmãs Franciscanas Alcantarinas, montante de R$ 630.921,60. Nota 12) A Entidade recebeu os seguintes auxílios e é uma sociedade civil, de direito privado, sem fins lucrativos, filantrópica, beneficente e de subvenções do Poder Público: assistência social, fundada em 05 de junho de 1975, que tem por finalidade, criar, congregar, Auxílios Federais - Integrasus R$ 50.028,36 dirigir e manter instituições que visem a beneficência, a promoção humana, a educação, a Auxílios Estaduais - Secr. de Saúde S. Paulo R$ 121.154,70 cultura, a evangelização, o ensino e a assistência. É reconhecida de Utilidade Pública Nota 13) As Gratuidades Concedidas pela Congregação das Irmãs Franciscanas Federal (Decreto nº 87.595, de 21/09/1982), Utilidade Pública Estadual (Decreto nº 37.821 Alcantarinas se desenvolvem através de ações filantrópicas nas áreas da saúde e de de 12/11/1993 ). Está registrada no Conselho Nacional de Assistência Social (Processo nº assistência social, que são voltadas às pessoas carentes, em especial a crianças, adoles49.079/66 de 26/09/1966). II - Apresentação das Demonstrações Contábeis - Nota 2) centes, idosos; na proteção à família, à maternidade e a pessoas portadoras de deficiênAs demonstrações contábeis foram elaboradas e estão sendo apresentadas na forma da cia física. Sempre que passível de mensuração financeira os recursos investidos nestas legislação societária, associada às normas e instruções aplicáveis às entidades de fins ações são demonstrados contabilmente: Área da Saúde - O hospital da Entidade vem filantrópicos. Nota 3) Em observância à legislação societária e às Normas Brasileiras de apresentando um elevado percentual de efetivos atendimentos decorrentes de convênio Contabilidade, os resultados e as mutações patrimoniais foram apurados e registrados com o Sistema Único de Saúde, a saber: Total de Atendimentos Percentual segundo o regime de competência. III – Resumo das Principais Práticas Contábeis - Hospital Nota 4) Os direitos e obrigações da Entidade estão em conformidade com seus efetivos Atendimentos ao SUS SUS 226.983 205.742 90,64% valores reais. Nota 5) Os estoques estão avaliados pelo custo médio de aquisição, que Hospital São Francisco - Marília - SP não excede o valor de mercado. Nota 6) O Imobilizado apresenta-se pelo valor original de Área da Assistência Social - A Entidade atendeu o público-alvo carente, e os em situaaquisição ou de construção, acrescido de correções monetárias até 31/dez/95. Nota 7) As ção de vulnerabilidade sócio-econômica. As GRATUIDADES CONCEDIDAS pela Entidareceitas da Entidade são apuradas através dos comprovantes de recebimentos, entre eles, de, no exercício, através dos seus Projetos Filantrópicos de Assistência Social, totalizaram avisos bancários, recibos, notas fiscais de prestação de serviços e outros. Nota 8) As R$ 187.453,00, perfazendo um total de 28,59% da receita de assistência social, sendo: despesas da Entidade são apuradas através de notas fiscais e recibos, em conformidade Assistência Social Praticada pela Congregação com as exigências legais e fiscais. Nota 9) A Entidade tem contratados seguros predial e Receitas de Gratuidades Percentual de Receitas sem Assistência Social Concedidas Gratuidades Gratuidades de veículos. Nota 10) Os recursos da Entidade foram aplicados em suas finalidades institucionais, de conformidade com o Estatuto Social, demonstrados pelas suas despesas 655.605,27 187.453,00 28,59% 468.152,27 e investimentos patrimoniais. A Entidade não remunera os membros da Diretoria e também Nota 14) O custo da isenção da quota patronal de previdência social usufruída pela Entidanão distribui qualquer parcela de seu eventual resultado positivo e rendas, a qualquer de no ano de 2005 foi de R$ 1.578.462,33 na área da saúde e R$ 3.533,18 na assistência título ou pretexto. Nota 11) A Congregação recebe doações de pessoas físicas e jurídicas, social. São Paulo, SP, 31 de dezembro de 2005. Iara Maria Iorio - Presidente - CPF para atendimento de suas finalidades filantrópicas. Neste exercício recebeu doações no 496.133.677-72. Antonio Luiz Annunziato - Téc. Contábil CRC-SP 1SP071107/0-0

DEMONSTRAÇÃO DO SUPERÁVIT OU DÉFICIT DO EXERCÍCIO EM 31 DE DEZEMBRO 2005 2004 2005 2004 9.803.446,47 7.646.208,40 Despesas administrativas e gerais (346.820,61) (314.908,93) 111.590,00 106.270,00 Despesas financeiras (13.609,11) (17.901,87) 111.590,00 106.270,00 Receitas financeiras 22.560,36 3.626,36 9.691.856,47 7.539.938,40 Receitas de auxílios e subvenções 171.183,06 227.355,53 9.691.856,47 7.539.938,40 Receitas de doações 103.007,80 60.400,00 (9.454.438,76) (7.560.515,47) Receitas diversas 18.972,73 37.680,27 72.545,14 44.021,83 Gratuidades (187.453,00) (151.767,00) 72.545,14 44.021,83 Gratuidade na área da assistência social 187.453,00 151.767,00 9.381.893,62 7.516.493,64 Isenção da quota patronal 0,00 0,00 9.381.893,62 7.516.493,64 Contribuições previdenciárias - Quota patronal 1.578.462,33 1.273.729,31 349.007,71 85.692,93 Isenção de contribuições previdenciárias (1.578.462,33) (1.273.729,31) (53.257,29) (53.693,74) Superávit Operacional 295.750,42 31.999,19 178.901,48 101.821,90 Superávit do Exercício 295.750,42 31.999,19 (364.612,57) (342.244,11) (As notas explicativas integram o conjunto das demonstrações contábeis) (501,22) (126,48) DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS 16.101,47 19.347,11 2005 2004 527.913,80 424.845,38 295.750,42 33.383,14 (44.705,77) (3.748,64) Origens dos Recursos Superávit do exercício 295.750,42 31.999,19 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Ajustes de exercícios anteriores 0,00 1.383,95 Patrimônio Líquido Aplicação dos Recursos 35.970,04 152.037,54 Aquisições de imobilizado 32.361,61 16.037,54 2005 2004 Aumento do realizável a longo prazo 3.608,43 136.000,00 Saldo no início do exercício 3.047.186,51 3.013.803,37 Variação do Capital Circulante Líquido 259.780,38 (118.654,40) Superávit do exercício 295.750,42 31.999,19 Capital Circulante Líquido Ajustes de exercícios anteriores 0,00 1.383,95 No início do exercício 413.530,67 532.185,07 Saldo final do exercício 3.342.936,93 3.047.186,51 No fim do exercício 673.311,05 413.530,67 (As notas explicativas integram o conjunto das demonstrações contábeis) (As notas explicativas integram o conjunto das demonstrações contábeis) Receita Bruta Receitas - área de assistência social Receitas do pensionato Receitas - área da saúde Receitas hospitalares Custos de Produção e Serviços Custo - área da assistência social Custo do pensionato Custo - área da saúde Custo da atividade hospitalar Superávit Bruto Despesas e Receitas Operacionais Na área da assistência social Despesas administrativas e gerais Despesas financeiras Receitas financeiras Receitas de doações Na área da saúde

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES À Congregação das Irmãs Franciscanas Alcantarinas - São Paulo - SP - 1. Examina- to. 3. As demonstrações contábeis do exercício anterior, apresentadas para fins de commos o balanço patrimonial da Congregação das Irmãs Franciscanas Alcantarinas, levan- paração, também foram por nós examinadas. 4. Em nossa opinião, as demonstrações tado em 31 de dezembro de 2005, e as respectivas demonstrações do superávit ou défi- contábeis referidas no parágrafo “1” representam adequadamente, em todos os aspectos cit, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos corres- relevantes, a posição patrimonial e financeira da CONGREGAÇÃO DAS IRMÃS pondentes ao exercício findo naquela data, elaborados sob a responsabilidade de sua FRANCISCANAS ALCANTARINAS em 31 de dezembro de 2005, o resultado de suas administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas de- operações, as mutações do seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus monstrações contábeis. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas recursos referentes ao exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis de auditoria e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a rele- adotadas no Brasil. vância dos saldos, o volume das transações e o sistema contábil e de controles internos Porto Alegre, 06 de abril de 2006. da Entidade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que ASB Auditores suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práti2 RS 002927/S-5 cas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Aderbal da Silva Bubadra - Contador 1RS 013771/S-3. Entidade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunDIRETORIA Antonieta Xavier da Silva - Presidente - CPF 250.738.936-20 Antonio Luiz Annunziato - Téc. Contábil CRC-SP 1SP071107/0-0

CENTRO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL SÃO VICENTE DE PAULO C.N.P.J. nº. 56.265.580/0001-01 - Praça Frederico Ozanan, 158, Moinho Velho, São Paulo SP ATIVO ATIVO CIRCULANTE DISPONÍVEL Caixa Bancos conta movimento Bancos conta Investimento Títulos e valores mobiliários CRÉDITOS Anuidades escolares a receber - Provisão p/ devedores duvidosos Outros créditos ATIVO PERMANENTE Bens imóveis Bens móveis - Depreciação acumulada ATIVO TOTAL CONTAS EXTRA PATRIMONIAIS COMPENSAÇÃO ATIVA GRATUIDADES Gratuidades educacionais concedidas Serviços Assistenciais concedidos ISENÇÃO/IMUNIDADE USUFRUÍDA Isenção usufruída – quota patronal INSS

BALANÇO PATRIMONIAL ENCERRADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 2005 – R$ 2004 – R$ PASSIVO 19.358.803,76 19.317.074,89 PASSIVO CIRCULANTE 17.875.265,14 18.100.762,59 Contas a pagar 1.535,77 2.406,47 Obrigações tributárias e previdenciárias trabalhistas 380.494,73 260.078,65 Provisões 243.153,43 0,00 17.250.081,21 17.838.277,47 Outras Obrigações 1.483.538,62 1.216.312,30 1.504.136,24 1.274.958,08 PATRIMÔNIO LÍQUIDO (90.248,17) (76.497,48) Patrimônio social 69.650,55 17.851,70 Superávit do exercício 5.599.905,69 4.740.783,62 PASSIVO TOTAL 4.542.721,32 3.547.260,38 2.679.469,88 2.422.104,27 CONTAS EXTRA PATRIMONIAIS (1.622.285,51) (1.228.581,03) 24.958.709,45 24.057.858,51 COMPENSAÇÃO PASSIVA 5.403.210,08 4.668.649,22 4.517.479,40 151.169,82 734.560,86 734.560,86

5.353.334,19 4.672.733,13 4.478.346,57 194.386,56 680.601,06 680.601,06

GRATUIDADES Gratuidades educacionais concedidas Serviços Assistenciais concedidos ISENÇÃO/IMUNIDADE USUFRUÍDA Isenção usufruída – quota patronal INSS

2005 – R$ 395.558,38 74.506,96 68.144,98 196.505,87 56.400,57

2004 – R$ 424.141,88 36.924,53 189.091,56 142.307,09 55.818,70

24.563.151,07 23.777.412,00 785.739,07 24.958.709,45

23.633.716,63 22.950.905,93 682.810,70 24.057.858,51

5.403.210,08

5.353.334,19

4.668.649,22 4.517.479,40 151.169,82 734.560,86 734.560,86

4.672.733,13 4.478.346,57 194.386,56 680.601,06 680.601,06

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 NOTA 1 – CONTEXTO OPERACIONAL - O CENTRO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL SÃO VICENTE DE programação do EGJ Vila São João, EGJ Cidade Nova e EGJ Vila Curuçá, sob sua responsabilidade, PAULO, foi constituído sob a forma de sociedade civil sem fins lucrativos, tendo como objetivo principal sendo integralmente aplicadas nas mesmas. a prestação de serviços educacionais na educação infantil, ensino fundamental e médio , e reconhecido NOTA 4 – PASSIVO CIRCULANTE – ANUIDADES ANTECIPADAS - Para 2006 as anuidades como de utilidade pública: Federal nº. 6.518 de 12.10.1967; Estadual Lei nº. 4.919 de 11.11.1958 e escolares serão cobradas em 12 parcelas mensais vencendo-se a primeira em janeiro de 2006, portanto não houve antecipações no exercício de 2005. Municipal Decreto nº. 8.666 de 16.02.1970. NOTA 2 – APRESENTAÇÃO E ELABORAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS - As NOTA 5 – CONTINGÊNCIAS - As contingências existentes na data de 31/12/2005 correspondem ao demonstrações contábeis foram elaboradas em conformidade com a Legislação Societária e aplicável montante de R$ 27.542,99 (vinte e sete mil, quinhentos e quarenta e dois reais e noventa e nove a esse tipo de entidade, especialmente a Resolução nº. 877 de 18/04/2000 do Conselho Federal de centavos), oriundo do aviso de cobrança do INSS n º. 31.841.254-3, e foram provisionadas para fazer Contabilidade (CFC), aplicada a entidades beneficentes de assistência social (Lei Orgânica de face ao pagamento de eventual perda do processo 98.0530413-2, protocolado em 30/04/1998, perante a Justiça Federal, conforme Parecer Jurídico emitido pelos Advogados. Seguridade Social – LOAS) e ao Decreto Federal 2.536 de 06/04/1998. NOTA 3 – RESUMO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS - A) – REGIME: a prática contábil adotada NOTA 6 – CONTRIBUIÇÃO À SEGURIDADE SOCIAL – INSS/MPAS - Em vista das alterações é pelo regime de competência. B) – DIREITOS E OBRIGAÇÕES: os direitos e obrigações da Entidade constantes da Lei 9.732/98, em vigor desde abril de 1999 foram introduzidas mudanças que visam estão de conformidade com seus efetivos valores, conhecidos e calculáveis em real. C) – TÍTULOS E limitar a Isenção (Imunidade) das contribuições à Seguridade Social – INSS. A Entidade possui Medida VALORES MOBILIÁRIOS: referem-se às aplicações financeiras e poupanças demonstradas pelo valor de Liminar que lhe assegura a situação aplicável à Lei anterior. Entretanto, em se tratando de entidade de aplicação, acrescidas dos rendimentos apropriados até a data do balanço, com base no regime de fins filantrópicos está Isenta (Imune) da quota patronal de Previdência Social e, ainda, protegida pela competência, sendo que estes recursos destinam-se à aplicação em suas finalidades institucionais. D) – liminar concedida na ação direta de inconstitucionalidade (ADIN) nº. 2028-5 de 14/07/1999 do STF. A ANUIDADES A RECEBER: representam as parcelas de anuidades escolares já emitidas, porém não entidade vem calculando suas contribuições sociais usufruídas com base na Lei 8.212/91 em sua recebidas, e acordos firmados com estudantes de parcelas vencidas e cobranças judiciais. E) – PROVISÃO redação primitiva. Após análise detida pela Administração e seus consultores jurídicos, o entendimento PARA DEVEDORES DUVIDOSOS: foram constituídas para fazer face a possíveis valores incobráveis de é que a exigência é inconstitucional, indevida e remota a possibilidade de perda. Portanto, embora anuidades a receber, à razão de 6% do saldo existente em 31 de dezembro de 2005 e 2004. F) – esses valores sejam calculáveis, decidiu-se não constituir provisão para esse fim. Esses valores, anuais, IMOBILIZADO: o imobilizado de uso está demonstrado ao custo de aquisição, corrigido monetariamente equivalem à Isenção (Imunidade) Usufruída - INSS, elencadas nas contas de compensação. até 31.12.1995, deduzido da depreciação acumulada calculada pelo método linear, de acordo com a NOTA 7 – ATIV. FILANTRÓPICAS – EDUCAÇÃO, SAÚDE E ASSISTÊNCIA SOCIAL. A) – Os recursos legislação fiscal, com base em taxas que contemplam a vida útil e econômica dos bens. Os itens identificados da Entidade foram aplicados em suas finalidades institucionais em conformidade com seu Estatuto Social, demonstrados pelas suas despesas e investimentos patrimoniais. B) A Entidade registra as como bens imóveis e móveis no Balanço Patrimonial são compostos pelas contas relacionadas abaixo: RUBRICA R$ - 2005 R$ - 2004 gratuidades concedidas em suas contas de resultado (receitas e despesas) e também utiliza-se do PRÉDIOS E BENFEITORIAS 4.542.721,32 3.547.260,38 grupo Compensado constante do Balanço Patrimonial para o registro e controle das Gratuidades, do MAQUINISMOS 102.102,77 96.082,84 Custo da Isenção (Imunidade) da quota patronal de Previdência Social Usufruídas e para outros controles MÓVEIS E UTENSÍLIOS 856.587,85 780.549,98 de interesse da Entidade, sendo que os valores alocados neste grupo não compõem os Ativos e VEÍCULOS 269.046,00 232.856,00 Passivos da Entidade. C) No atendimento ao disposto do Inciso VI do Art. 3º do Decreto nº. 2.536/98, MÁQUINAS EQUIPS. ESCRITÓRIO 268.119,67 218.119,67 a Entidade no ano de 2005 concedeu através de seus Projetos Filantrópicos, as seguintes gratuidades, MICROCOMPUTADOR. E ACESS. 420.144,68 400.458,09 valorizadas em R$4.668.649,22. R$ SOFTWARES 223.518,14 217.768,14 Projetos Desenvolvidos 625.458,00 OUTRAS IMOBILIZAÇÕES 261.060,56 205.011,14 900 bolsas integrais CVP para o ensino infantil, fundamental I e II e médio. 640.787,80 EQUIPS, IMAGENS E SONS 278.890,21 271.258,41 3.585 bolsas parciais CVP para o ensino infantil, fundamental I e II e médio. - DEPRECIAÇÃO ACUMULADA (1.622.285,51) (1.228.581,03) 900 bolsas integrais para creche maternal, ensino infantil I, 360.000,00 TOTAL 5.599.905,69 4.740.783,62 ensino infantil II e ensino infantil III. 177.612,00 G) – RECEBIMENTOS: os recebimentos da Entidade são apurados através de comprovantes de 492 bolsas integrais para curso noturno de alfabetização 2.691.977,00 recebimento, entre eles, avisos bancários e recibos. H)– RECEITAS: as receitas estão apuradas pelo 7.457 bolsas integrais para EGJ 21.644,60 regime de competência, incluindo-se as inadimplências, os valores considerados incobráveis e o valor 53 Outras bolsas 151.169,82 dos serviços educacionais gratuitos prestados a alunos. I)– DOAÇÕES RECEBIDAS: eventualmente 9.409 pessoas atendidas nos Programas Assistenciais de 2004 4.668.649,22 a Entidade recebe doações de pessoas físicas, jurídicas e cooperadores. No ano de 2005 a entidade TOTAL recebeu R$ 236.201,31, de donativos e contribuições de pessoas físicas, mais R$ 8.831,76 de pessoas D) O custo da Isenção (Imunidade) da quota patronal de previdência social usufruída pela entidade jurídicas nacionais e R$ 225.007,22 de pessoas jurídicas internacionais, os quais foram contabilizados no ano de 2005 foi de R$ 680.601,06. em conta própria. J) – AUXÍLIO E SUBVENÇÕES: a Entidade recebeu no ano de 2005 auxílios e NOTA 8 – CONCESSÃO DE GRATUIDADES - Foram concedidas com observância do limite mínimo subvenções do Poder Público Municipal de São Paulo, demonstradas a seguir e que totalizam um fixado pelo Artigo 3º, Inciso VI do Decreto n º. 2.536, de 06/04/98, conforme demonstrativo comparativo montante de R$ 499.407,35 contabilizadas em receitas assistenciais, para fazer face à manutenção e extracontábil, indicado a seguir: PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES_________________________________________ 1) Examinamos o Balanço Patrimonial do CENTRO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL SÃO VICENTE DE PAULO, levantado em 31 de dezembro de 2005, e as respectivas Demonstrações do Superávit do Exercício, das Mutações do Patrimônio Social, das Origens e Aplicações de Recursos, correspondentes a este exercício, elaborado sob a responsabilidade da administração dessa Entidade. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. a) O Centro de Assistência Social São Vicente de Paulo tem registro no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) do atual Ministério da Assistência e Promoção Social concedido em 01 de abril de 1970, conforme processo n.º 258.263/69. A Entidade possui Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social – CEAS (antigo Certificado de Entidade de Fins Filantrópicos), emitido pelo CNAS, e com pedido de renovação protocolado em 28 de agosto de 2003. É declarada de Utilidade Pública Federal de acordo com o Decreto n.º 61.518 de 12 de outubro de 1967 publicado no Diário Oficial da União de 13 de outubro de 1967. 2) Nossos exames foram conduzidos de acordo com as Normas de Auditoria, aplicáveis no Brasil, e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume das transações, e o sistema contábil MARIA CRISTINA D`ABRUZZO - Presidente CPF nº 792.771.017-68

e de controles internos da Entidade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgadas; (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração da Entidade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. 3) Conforme Nota Explicativa n°6, a Entidade após análise detida pela administração e seus consultores jurídicos entendeu que a exigência é inconstitucional e remota a possibilidade de perda, desta forma decidiu, não constituir a Provisão para “Contribuição à Seguridade Social - INSS/MPAS”. Os possíveis reflexos do resultado final dessas ações, nas Demonstrações Contábeis, dependerá de futuras decisões judiciais, cujos efeitos não são conhecidos em virtude da falta de quantificação da mesma. 4) Em nossa opinião, exceto quanto aos efeitos que poderiam decorrer de possíveis ajustes pelo descrito no parágrafo 3, as demonstrações contábeis referidas no parágrafo 1, representam adequadamente e em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Centro de Assistência Social São Vicente de Paulo, em 31 de dezembro de 2005, o resultado de suas operações, as mutações do patrimônio social, das origens e aplicações de recursos, referentes ao exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 5) As

MARIA DE NAZARE B.M. DA SILVA - Tesoureira CPF nº 327.881.777-04

DEMONSTRAÇÃO DO SUPERÁVIT DO EXERCÍCIO ENCERRADO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 RUBRICAS 2005 – R$ 2004 – R$ RECEITAS DE PRESTAÇÃO SERVIÇOS 8.344.433,96 8.498.674,15 - MATRÍCULAS CANCELADAS (385,60) 0,00 - GRATUIDADES CONCEDIDAS (4.517.479,40) (4.478.346,57) = SUB-TOTAL 3.826.568,96 4.020.327,58 - CUSTO DOS SERVIÇOS PRESTADOS (5.084.752,81) (4.654.168,36) = RESULTADO BRUTO (1.258.183,85) (633.840,78) - DESPESAS ADMINISTRATIVAS (1.845.796,25) (1.672.196,26) - DESPESAS TRIBUTÁRIAS (44.284,32) (20.693,30) - DESPESAS FINANCEIRAS (38.648,27) (41.306,55) + RECEITAS FINANCEIRAS 2.935.222,65 2.455.013,15 = RESULTADO OPERACIONAL (251.690,04) 86.976,26 + OUTRAS RECEITAS OPERACIONAIS 372,70 1.176,84 + RECEITAS NÃO OPERACIONAIS 887.331,69 963.404,86 - DESPESAS NÃO OPERACIONAIS 0,00 (17.500,00) + RECEITAS ASSISTENCIAIS 969.447,64 566.895,28 - DESPESAS ASSISTENCIAIS (668.553,10) (723.755,98) - PROJETOS ASSISTENCIAIS DESENVOLVIDOS (151.169,82) (194.386,56) = SUPERÁVIT DO EXERCÍCIO 785.739,07 682.810,70 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO SOCIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 RUBRICAS 2005 – R$ 2004 – R$ SALDO NO INÍCIO DO EXERCÍCIO 23.633.716,63 22.950.905,93 SUPERÁVIT DO EXERCÍCIO 785.739,07 682.810,70 AJUSTE DE EXERCÍCIOS ANTERIORES 143.695,37 0,00 SALDO FINAL DO EXERCÍCIO 24.563.151,07 23.633.716,63 DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS EM 2005 E 2004 RUBRICAS 2005 – R$ 2004 – R$ ORIGENS DOS RECURSOS 1.333.138,92 1.031.856,17 Das Operações Superávit do exercício 785.739,07 682.810,70 Depreciações 393.704,48 326.045,47 Alienação Ativo Imobilizado 10.000,00 23.000,00 Ajustes de Exercícios Anteriores 143.695,37 0,00 APLICAÇÕES DOS RECURSOS 1.262.826,55 919.815,20 Das Aplicações Aquisição de bens do imobilizado 1.262.826,55 919.815,20 Ajustes de exercícios anteriores 0,00 0,00 VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO 70.312,37 112.040,97 2005 – R$ 2004 – R$ C.C.L Ativo Circulante 19.358.803,76 19.317.074,89 41.728,87 Passivo Circulante (395.558,38) (424.141,88) 28.583,50 Capital Circulante Líquido 18.963.245,38 18.892.933,01 70.312,37 DEMONSTRAÇÃO DAS GRATUIDADES E BENEFICÊNCIAS RUBRICA VALOR R$ -2005 TOTAIS % + Receitas da Atividade educacional 8.344.433,96 - Matrículas Canceladas (385,60) - Gratuidades Educacionais Concedidas (4.517.479,40) 3.826.568,96 + Receitas Financeiras 2.935.222,65 + Receitas não Operacionais 887.331,69 - Reversão de provisões (114.764,10) - Reversão de Contingências INSS (734.560,86) 2.973.229,38 + Receitas Assistenciais 969.447,64 - Subvenções Municipais (499.407,35) 470.040,29 RECEITA BASE * 7.269.838,63 100,00 Gratuidades educacionais concedidas 4.517.479,40 62,14 Outras gratuidades concedidas 151.169,82 2,08 TOTAL 64,22 * De acordo com a nota explicativa “3H”. NOTA 9 – SUPERÁVIT DO EXERCÍCIO - O superávit do exercício é destinado à manutenção das atividades, para atender dispositivos legais vigentes e o princípio contábil da continuidade da entidade, e será incorporado à conta Patrimônio Social após aprovação da Assembléia Geral. Reconhecemos a exatidão do presente balanço patrimonial, da demonstração das contas extra patrimoniais, da demonstração das mutações do patrimônio líquido, da demonstração de origens e aplicações de recursos e das notas explicativas, bem como da demonstração das contas de receitas e despesas, levantados em 31 de dezembro de 2005, que somam a seu Ativo e Passivo total, a importância de R$ 24.958.709,45 (vinte e quatro milhões, novecentos e cinqüenta e oito mil, setecentos e nove reais e quarenta e cinco centavos), os quais damos por verdadeiro. São Paulo, 31 de dezembro de 2005 Demonstrações Contábeis do exercício findo em 31 de dezembro de 2004 apresentadas para fins de comparação, também foram por nós auditadas e o Parecer, emitimos com ressalva em 29/04/2005 referente aos possíveis reflexos da não Constituição da Provisão para “Contingência Tributária”. 6) Conforme demonstrado nos itens “7 e 8” das Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis e em conjunto com seu Balanço Patrimonial, nos grupos “Ativo e Passivo Compensados” (Grupo Extra-Patrimonial), e na Demonstração do Superávit do Exercício, a Entidade demonstra ter aplicado em Gratuidades durante o ano de 2005, valor superior a 20% (vinte por cento) de sua receita base em atendimento ao Decreto Federal nº 2.536, de 06 de abril de 1998, que dispõe sobre a concessão e manutenção do Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social – CEAS (antigo Certificado de Entidade de Fins Filantrópicos – CEFF). As Gratuidades Concedidas e constantes desses documentos contábeis expressam valor superior à Isenção Usufruída da Quota Patronal de Contribuição para a Seguridade Social. São Paulo, 07 de abril de 2006.

ESCRIT. CONT. ANCHIETA LTDA CRC n º 2 SP 001.085/0-3

AUDITUS CONSULTORES E AUDITORES INDEPENDENTES S/C LTDA. CRC.: 2 SP 0021171/ 0-0 CARLOS JOSÉ DE LIMA CASTRO Contador CRC n º 1 SP 095.656/O-8


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18,28

por cento é a alta acumulada pelo Ibovespa – principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo – neste ano

19/4/2006

Informe Publicitário

FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Situação em 17/04/2006 Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda

Fundo P.L. do Fundo Empresarial LP ....................... 4.496.347,79 Lastro Performance LP ......... 1.027.886,93 Múltiplo LP .............................. 3.264.665,93 Esher LP .................................. 2.478.892,31 Master Recebíveis LP ........... 555.812,04

Valor da Cota Subordinada 1.035,204442 999,229345 1.031,812926 1.009,523190 958,616909

% rent.-mês 1,7164 0,6532 0,7217 0,4938 0,5472

% ano 5,9606 -0,0771 3,1813 0,9523 -4,1383

Valor da Cota Sênior 0 1.019,901652 1.026,669368 0 0

% rent. - mês 0,6113 0,6659 -

% ano 1,9902 2,6669 -

rating AA-(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)

DC

COMÉRCIO


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Nacional Empreendedores Finanças Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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45% DOS TÍTULOS DA DÍVIDA INTERNA ESTÃO EM LFTs

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por cento é quanto as LFTs devem responder pelo total da dívida em 2008.

META DO GOVERNO É TRABALHAR COM AS LETRAS DO TESOURO NACIONAL, QUE SÃO CORRIGIDAS PELO IPCA

CAI DÍVIDA ATRELADA À TAXA SELIC A 39 Valter Campanato/Abr

dívida pública atrelada à Selic, considerada a mais cara e imprevisível para o governo, está em seu menor patamar desde dezembro de 1999, início da atual série histórica. Segundo o secretário-adjunto do Tesouro Nacional, José Antonio Gragnani, as LFTs, títulos atrelados à taxa básica de juros, chegou em março a 45% do total da dívida interna do Brasil. Essa participação é 2,2 pontos percentuais inferior à registrada em fevereiro. Depois de ter conduzido com sucesso um programa de redução do estoque de títulos com correção pela taxa de câmbio, o Tesouro Nacional quer agora eliminar completamente da dívida pública federal os papéis corrigidos pela taxa Selic, os juros básicos da economia definidos pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. Em dezembro, as LFTs representavam 51,8% do total da dívida interna e em dezembro de 2003 esses títulos equivaliam 61,4% da dívida interna. O passivo atrelado à Selic é considerada ruim por ser imprevisível – ninguém sabe ao certo qual será a taxa de juros no futuro – e por, atualmente, ser a mais cara do mercado. Atualmente, as LFTs são os títulos mais negociados no Brasil e principal referencial da dívida brasileira. A estratégia do Tesouro é trabalhar basicamente com as Letras do Tesouro Nacional

por cento é a parcela de LFTs esperada para o final deste ano no montante da dívida interna do País, segundo o Tesouro Nacional.

(LTNs), que são papéis com rendimento prefixado, ou com as Notas do Tesouro Nacional série B (NTNs-B), que têm seu valor corrigido pelo índice oficial de inflação, o IPCA. Esses títulos, segundo os técnicos, permitem maior previsibilidade dos custos da dívida, garantindo, portanto, um gerenciamento melhor do endividamento público, que fica ainda mais protegido contra oscilações bruscas da economia. A expectativa do Tesouro é de que a parcela de LFTs caia para 20% do total da dívida em 2008. "A nossa meta é reduzir a zero as LFTs", enfatizou ontem o secretário-adjunto do Tesouro Nacional. Na avaliação de Gragnani, quando a participação das LFTs cair a para 20%, será acelerado o processo de busca de novos produtos pelo mercado financeiro. Hoje, grande parte dos investimentos oferecidos pelas instituições financeiras ainda está atrelada à taxa Selic.

D es i n te r es s e – "Vai haver um desinteresse por esses papéis) e teremos uma nova cultura no País", disse. Segundo ele, o governo já tem conseguido reduzir significativamente o estoque de LFTs que, em meados de 2004, representavam 67% do total da dívida. O governo também está reduzindo a dívida atrelada ao câmbio. A situação oficial da dívida administrada pelo Tesouro Nacional em março somente será divulgada na próxima semana. Durante a divulgação do Relatório Anual da Dívida Pública de 2005, Gragnani ressaltou que ainda este ano dois ou três títulos brasileiros da dívida externa, em euros, deverão ser listados na Euro MTS, a plataforma eletrônica de títulos de dívida pública. P e s o – O secretário do Tesouro Nacional, Carlos Kawall, confirmou que o objetivo do governo é zerar a dívida atrelada à Selic, mas não quis se comprometer com o prazo para que isso ocorra. Gragnani, por sua vez, lembrou apenas que a meta do Tesouro para este ano é que as LFTs terminem 2006 representando entre 39% e 48% da dívida interna. Kawall afirmou que, a partir do momento em que a participação das LFTs chegarem a algo entre 20% e 25%, ficará mais fácil liqüidar todo o estoque dos papéis. Isso porque seu peso já terá diminuído e as LFTs deixarão de ser os títulos mais negociados. (Agências)

Crédito imobiliário cresce 74,1%

O

mercado imobiliário continua aquecido. Prova disso é que o crédito imobiliário que utiliza recursos das cadernetas de poupança aumentou 74,1% no primeiro trimestre de 2006, tomando como base o mesmo período do ano passado. De acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), de janeiro a março foram liberados R$ 1,574 bilhão, com financiamento de 20.289 unidades em todo o País. Em um período maior, de 12 meses, foram financiadas 69.054 unidades, ante 54.527 dos 12 meses anteriores. O volume de recursos aplicados evoluiu, nos mesmos intervalos de tempo, de R$ 3,35 bilhões para R$ 5,46 bilhões, com altas de 63% no volume de recursos e 26,6% no número de unidades comercializadas. Como explicações para esse crescimento, o superintendente-geral da Abecip, Carlos Eduardo Duarte Fleury, citou a melhora da economia brasileira e a maneira como o crédito

20,2

mil unidades foram financiadas com recursos da caderneta de poupança no primeiro trimestre, segundo a Abecip imobiliário é encarado. Ele também destacou a "guerra" travada entre as instituições financeiras para conquistar clientes. "Há recursos em abundância e os bancos acabam cobrando menos." Segundo ele, no ano passado foram destinados R$ 4,8 bilhões em recursos para financiamento imobiliário. Para este ano, são estimados R$ 7 bilhões, sem levar em conta o crédito da Caixa Econômica Federal (CEF). Inserida essa instituição, o montante salta

ADVOGADOS Wadih Helú - Waldir Helú

Advocacia Cível - Comercial - Família - Tributária Escritórios: Rua José Bonifácio, 93 - 9º andar, conj. 91 - CEP 01003-001 Av. Nove de Julho, 4.887 - 10º andar, conj. 101-B - CEP 01407-200 Fones: (11) 3242-8191 e (11) 3704-3407

para R$ 9 bilhões. "O crescimento será contínuo", afirmou Fleury. "As pessoas precisam morar, sair do aluguel, ter uma casa própria", acrescentou. Modalidades — E x i st e m três modalidades de crédito imobiliário: o Sistema Financeiro da Habitação (SFH), o Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI) e a Carteira Hipotecária. Cada um leva em consideração o valor do imóvel, a renda do proponente e outras particularidades. Nos três, o limite de rolagem da dívida é de 30 anos e o de comprometimento mensal é de até 30% da renda familiar. Além dessas três formas, como alternativa, algumas empresas oferecem o consórcio imobiliário, que é uma opção para quem não tem pressa para conseguir o dinheiro. O Sistema Financeiro de Habitação é a mais comum entre as modalidades disponíveis. Financia até R$ 245 mil sobre imóveis com valor venal de até R$ 350 mil. Dentro desse limite, pode ser financiado até 100% do preço do imóvel. (AE)

Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Carlos Kawall, o objetivo é zerar dívidas atreladas à Selic

Lucro do JP Morgan tem salto de 35%

O

JP Morgan Chase & Co. anunciou salto de 35% no lucro líquido no primeiro trimestre deste ano, para US$ 3,1 bilhões (US$ 0,86 por ação). Nos primeiros três meses de 2005, o banco lucrou US$ 2,3 bilhões (US$ 0,63 por ação). O desempenho é atribuído ao fortalecimento observado na maior parte dos segmentos de negócios em que o grupo opera, embora o lucro do banco de varejo tenha recuado. A receita total da instituição

atingiu US$ 15,2 bilhões, com alta de 11% na comparação com os primeiros três meses do ano passado (US$ 13,7 bilhões). Pesquisa da Thomson First Call com analistas estimava lucro de US$ 0,84 por ação e receita de US$ 14,9 bilhões para a companhia. Em comunicado, o executivo-chefe Jamie Dimon citou o "momento positivo em termos gerais", com a unidade de cartões de crédito favorecida pelo menor número de falências e o aumento de 11% na receita da

divisão de banco de investimentos, para US$ 4,7 bilhões. O lucro líquido da divisão de banco de varejo caiu 11% no período, de US$ 988 milhões para US$ 881 milhões, com a retração do banco de crédito hipotecário e queda do spread nos depósitos e empréstimos em bancos regionais, além de investimentos na rede de distribuição do varejo. O lucro líquido do Broken Out, banco de crédito hipotecário da companhia, caiu de US$ 139 milhões para US$ 39 milhões. (AE)


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

Nacional Tr i b u t o s Finanças Empresas

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11,1

COPOM CONTRARIA SETOR PRODUTIVO

por cento é a taxa real de juros brasileira depois da queda da Selic ontem. É o juro mais alto do mundo.

CORTE DETERMINADO PELO COPOM ONTEM FOI DE 0,75 PONTO, O QUE LEVOU A TAXA BÁSICA A 15,75% AO ANO

JURO BÁSICO É O MENOR DESDE 2001

O

Comitê de Política M o n e t á r i a ( C opom) reduziu ontem em 0,75 ponto percentual a taxa básica da economia (Selic), para 15,75% ao ano — o menor nível desde março de 2001. A decisão do comitê, unânime, mais uma vez confirmou a aposta do mercado financeiro, mas contrariou o setor produtivo. Na avaliação dos empresários, o corte ainda não é suficiente para a retomada do crescimento da produção de forma sustentada. Com o resultado, o juro real (taxa de referência descontada a inflação) no Brasil caiu para 11,1%, mas ainda é o maior do mundo. No comunicado divulgado após a reunião, o Banco Central (BC) explicou a decisão com a frase dos encontros anteriores. Mas, desta vez, incluiu também uma certa preocupação com o cenário macroeconômico: "Dando prosseguimento ao processo de flexibilização da política monetária, iniciada na reunião de setembro de 2005, o Copom decidiu por unanimidade reduzir a taxa Selic para 15,75%, sem viés, e acompanhar a evolução do cenário macroeconômico até a sua próxima reunião para, então, decidir os próximos passos na sua estratégia de política monetária."

Na avaliação do economista Alexandre Póvoa, sócio da Modal Asset Management, a frase incluída na nota do Copom pode ter um viés negativo e significar preocupação com o cenário externo. Ele destacou que, embora a inflação esteja comportada no curto prazo, as commodities metálicas subiram 25% entre a reunião de março e a de ontem. Isso pode ter impacto nos índices de preços. Empresários — A decisão não surpreendeu empresários da indústria e do comércio, que consideram o corte de 0,75 ponto percentual na Selic insuficiente para estimular a produção e o consumo. "Doses homeopáticas não curam a letargia econômica", afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf. Para ele, não se justifica a atitude ex-

tremamente cautelosa do Copom, levando-se em conta que a inflação está sob controle. O comércio já prevê um aumento na procura por crediário com a nova redução da taxa Selic. "A oferta de crédito já está ampla e deve subir com queda nas taxas, beneficiando as vendas. Mas ainda assim o cenário é preocupante porque a inflação está em queda e a política de juros continua restritiva. A conclusão é gastança à vista e ausência de austeridade fiscal em ano de eleição", afirmou o presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Guilherme Afif Domingos. Para ele, a decisão do Copom era esperada pelo mercado, embora os indicadores de inflação e do nível de atividades permitissem uma queda mais acentuada. O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, lamentou a decisão do Copom de não acelerar o ritmo da redução da Selic. "A queda no risco-País, a inflação convergindo para a meta e a atividade econômica em trajetória de expansão justificariam uma queda mais expressiva dos juros nesta reunião", afirmou. Monteiro Neto frisou que, mesmo com a redução de ontem, os juros reais brasileiros ainda estão muito altos. (AE)

Bancos prevêem taxa de 14,14%

P

esquisa de projeções econômicas realizada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) na segunda semana deste mês com 50 instituições bancárias sinalizou queda nos juros. De acordo com o economista-chefe da Febraban, Roberto Luiz Troster, desde julho de 2005 a taxa média projetada para dezembro deste ano é revisada para baixo todos os meses. Na pesquisa divulgada ontem, a projeção da taxa básica (Selic) para dezembro é de 14,14% ao ano. "A melhora no cenário está associada a três fa-

tores: a crise política, a composição da dívida e a valorização do real", afirmou Troster. Em sua avaliação, a crise política teve o efeito de adiar decisões de consumo e de investimento; e a política ativa dos últimos meses, de diminuir a participação de títulos pós-fixados (atrelados à Selic), apresentou resultado positivo. Já a valorização do real está tendo um papel importante na redução da inflação, reforçando a política de juros do governo. Apesar disso, o economistachefe da Febraban destacou que o nível de juros brasileiro

continua alto para padrões internacionais. "E a razão principal é a fraca evolução das contas públicas", disse. Na pesquisa da Febraban, a projeção média para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2006 é de 3,55%; para o IGP-M deste ano, de 3,48%; e para o IPCA, de 4,47%. O dólar em dezembro deve ficar em R$ 2,22. As projeções de exportação e importação do País são de US$ 127,55 bilhões e US$ 87,72 bilhões, respectivamente. E o resultado primár i o e m 2 0 0 6 t e m p ro j e ç ã o de 4,29% do PIB. (AE)

Bovespa tem novo recorde

O

cenário internacional voltou a chamar a atenção ontem no mercado financeiro brasileiro. A inflação ao consumidor nos Estados Unidos, cujo núcleo ficou acima das estimativas, esfriou o entusiasmo verificado na sessão de anteontem com a inflação ao produtor no país. Os juros dos Treasuries (títulos do governo norte-americano) subiram e as bolsas tiveram um dia morno em Nova York. No mercado brasileiro, as expectativas se mantiveram em relação a um corte de 0,75 ponto na taxa básica (Selic) — aposta confirmada depois do fechamento com o anúncio da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom). Bolsa — A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) conseguiu se descolar do cenário externo, fechando com pontuação recorde pelo segundo dia seguido e pela 18ª vez neste ano. O dólar recuou, refletindo a forte queda do risco-Brasil.

O

governo brasileiro terá de resistir às pressões para relaxar a política fiscal — isto é, para gastar mais — e precisará manter elevados superávits primários nas contas públicas, segundo o Panora-

CNPJ/MF nº 61.550.497/0001-06

RELATÓRIO DA DIRETORIA Prezados Senhores: Em atendimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V. Sas., o Balanço Patrimonial e demais demonstrações contábeis referentes ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005. Colocamo-nos à inteira disposição dos senhores acionistas para quaisquer esclarecimentos julgados necessários. A Diretoria BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em Reais) 2005 2004 PASSIVO Reclassificado CIRCULANTE 11.822 2.601 Empréstimos e Financiamentos 53.955.113 53.738.060 Fornecedores/Contas a Pagar 2.485.027 2.106.813 Impostos, Taxas e Contribuições Salários e Encargos a Pagar 56.451.962 55.847.474 Prov. p/ Contingências Trabalhistas REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Cauções para Garantia de Obras 7.658 7.658 Imposto de Renda Antecipado 190.782 190.782 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO Depósitos para Recursos e Outros 486.324 441.327 Empréstimos de Associadas 684.764 639.767 Impostos a Pagar – REFIS PERMANENTE Outras Obrigações INVESTIMENTOS Parcelamentos Participação em Empresa Coligada 2.444.610 2.657.939 Outros Investimentos IMOBILIZADO Propriedades Imobiliárias Máquinas, Equipamentos e Veículos Móveis e Utensílios Depreciação TOTAL DO ATIVO

558.293 3.002.903

558.293 3.216.232

PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital Realizado 68.650 139.951 Reserva de Capital 11.244.869 11.308.360 Prejuízos Acumulados 626.841 564.129 (11.694.268) (11.870.317) 246.092 142.123 3.248.995 3.358.355 60.385.721 59.845.596 TOTAL DO PASSIVO As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações

2005 70.801 3.631.298 285.987 1.881.390 2.072.802 7.942.278

2004 Reclassificado 721.742 3.145.706 217.262 3.398.670 2.072.802 9.556.182

567.525 10.875.879 1.147.160 414.667 13.005.231

567.525 11.739.833 458.903 501.503 13.267.764

69.374.529 92.554 (30.028.871) 39.438.212

69.374.529 92.554 (32.445.433) 37.021.650

60.385.721

59.845.596

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO PARA OS ANOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO 2005 E 2004 (Em Reais) Capital Reserva de Capital Realizado Incentivos Fiscais Prejuízos Acumulados Total SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2003 69.374.529 92.554 (55.527.110) 13.939.973 Resultado do Exercício – – 23.081.677 23.081.677 SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 69.374.529 92.554 (32.445.433) 37.021.650 Resultado do Exercício – – 2.416.562 2.416.562 SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 69.374.529 92.554 (30.028.871) 39.438.212 As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS PARA OS ANOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em Reais) 1. CONTEXTO OPERACIONAL – A sociedade tem por objeto a prestação, tes e a Longo Prazo: - O resultado, apurado pelo regime de competência no país ou no exterior, de serviços de engenharia de construção civil, de de exercícios, inclui: - os rendimentos, encargos e variações monetárias, obras para produção, utilização e distribuição de energia elétrica, bem incidentes sobre ativos e passivos circulantes e a longo prazo; b) Contas a como de obras hidráulicas, eletromecânicas e viárias, por empreitada ou Receber: São relacionados a contratos de longo prazo com entidades estaadministração, construção, incorporação, administração, compra e venda tais. Os resultados são reconhecidos à medida que os serviços vão sendo de imóveis e a participação em outras sociedades. 2. APRESENTAÇÃO executados. c) Permanente:- Participação em empresa coligada, pelo DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS – As demonstrações contábeis método de equivalência patrimonial; - depreciação, calculada pelo método foram elaboradas de acordo com as disposições da Lei das Sociedades por linear, com base nas seguintes taxas anuais: edifícios - 4%, equipamentos Ações e Legislação Fiscal. 3. PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS – a) leves - 10%, equipamentos pesados - 25%, veículos - 20%, ferramentas Apuração do Resultado das operações e Ativos e Passivos Circulan- - 20%, aparelhos de engenharia, móveis e utensílios - 10%. 4. INVESTIMENTOS % de Participação Coligada 2005 2004 UNICON – União de Construtoras Ltda (10 quotas de R$ 3,635 cada) 20 20

Patrimônio Líquido 2005 2004 (6.110.528)

(4.043.881)

Investimentos 2005 2004 (2.444.610)

2.657.939

Resultado da Participação 2005 2004 (213.329)

(250.677)

5. TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS – Os saldos com empresas associadas referem-se às operações normais de fornecimento de bens e serviços e contratos de mútuo, sujeitos às condições, taxas e prazos usuais no mercado. EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 2005 2004 Empréstimos de Associadas Centenor Empreendimentos S/A (3.770) (3.770) Unicon – União de Construtoras Ltda. (383.649) (383.649) Planoar Empreendimentos Ltda. (180.106) (180.106) Total Geral (567.525) (567.525)

6. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS – Estão atualizados até a data do balanço, acrescidos dos encargos contratuais. 7. CAPITAL SOCIAL – O Capital Social totalmente nacional e integralizado.8.CONTINGÊNCIAS – A sociedade possui as seguintes contingências conhecidas: a) Processos Trabalhistas: Diversos processos movidos contra a companhia por exempregados, cuja constituíção da provisão de valores e os eventuais riscos, face ao estágio atual dos processos, foram estimados em R$ 2.072.802. b)Tributos e Contribuições Sociais: Em 30/06/2000, a sociedade aderiu ao REFIS, e para amortizar os juros e multas, utilizou Prejuízos Fiscais e Base Negativa da Contrib. Social, adquiridos de terceiros.

Aos Srs. Acionistas e Administradores da Cetenco Engenharia S.A. 1. Examinamos os balanços patrimoniais da Cetenco Engenharia S.A. levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido, das origens e aplicações de recursos e notas explicativas correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaboradas sob a responsabilidade de sua administração.Nossa responsabilidade é a de expressar uma opnião sobre essas demonstrações contábeis. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos da

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Companhia; b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados;e c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Companhia, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. 3. As demonstrações contábeis com base no exame da coligada Unicon – União de Construtoras Ltda. relativa ao exercício findo em 31 de dezembro de 2005, foram examinadas por outros auditores independentes, e a nossa opinião, no que diz respeito aos valores dos investimentos e dos resultados decorrentes dessa coligada, está baseada no parecer sem ressalva datado de 10 de fevereiro de 2006; desses auditores. 4. Em nossa opinião, com base no exame e no

pouco. O barril do óleo para entrega em maio em Nova York fechou em alta de 1,15%, cotado a US$ 72,17, novo nível recorde. "Com Treasuries e petróleo em alta, a bolsa poderia ter realizado. Mas o Ibovespa rompeu um ponto psicológico importante, dos 39.400 pontos. E se sustentou acima disso", comentou um operador. Dólar — Apesar do recorde do petróleo (US$ 74,00), o dólar no mercado doméstico fechou em queda pelo terceiro dia seguido. A moeda americana fechou cotada a R$ 2,114, em queda de 0,14% no balcão. Com o resultado, a queda acumulada em relação ao real neste mês é de 2,31% e, no ano, de 9,08%. Segundo os operadores, o dólar ainda não "precificou" o risco-petróleo, o que poderá ocorrer hoje se as cotações da commodity no exterior continuarem pressionadas. O corte de 0,75 ponto da Selic não deve mexer com os negócios, pois já era esperado. (AE)

FMI: alerta para a política fiscal

CETENCO ENGENHARIA S.A.

ATIVO CIRCULANTE Caixa e Bancos Contas a Receber Outros Ativos Circulantes

O Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, chegou a ser negociado acima dos 40 mil pontos à tarde. Mas não se sustentou e fechou um pouco abaixo dessa pontuação — em 39.937 pontos, com valorização de 0,92%. Com esse resultado, o índice passou a acumular altas de 5,23% em abril e de 19,37% em 2006. O giro financeiro somou R$ 2,395 bilhões, superior à média. "A bolsa mostrou força", comentou um operador, ao observar que o Ibovespa reunia vários fatores para realizar lucros. Um desses motivos foi o recorde de pontuação registrado na véspera. Outro foi a inflação medida pelo CPI (índice de preços ao consumidor) em março nos Estados Unidos. O índice veio em linha com as expectativas (0,4%), mas o núcleo subiu 0,3%, acima das estimativas de 0,2%. Nos mercados internacionais, as cotações do petróleo também subiram mais um

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO PARA OS ANOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em Reais) 2005 2004 RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 133.341 2.007.718 CUSTO OPERACIONAL (82.097) (98.218) LUCRO BRUTO 51.244 1.909.500 GASTOS GERAIS Despesas com Pessoal (1.124.671) (824.748) Despesas Administrativas (851.976) (567.609) Impostos e Taxas (83.812) (84.755) Serviços de Terceiros (8.705.299) (2.744.865) Outras Despesas (202.883) (91.035) Depreciação Total (27.048) (28.041) (10.995.689) (4.341.053) RECEITA (DESPESA) FINANC. LÍQUIDA 12.036.400 25.203.245 PARTICIPAÇÃO EM COLIGADA (213.329) (250.677) LUCRO/PREJUÍZO OPERACIONAL 878.626 22.521.015 RECEITAS (DESP.) NÃO OPERAC. LÍQ. 1.537.936 560.662 LUCRO/(PREJUÍZO) DO ANO 2.416.562 23.081.677 LUCRO/(PREJUÍZO) P/AÇÃO DO ANO 0,01 0,13 As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS PARA OS ANOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em Reais) 2005 2004 ORIGENS DOS RECURSOS Reclassificado Das Operações: - Lucro do Ano 2.416.562 23.081.677 Itens que não movimentam C.C.L. - Depreciações 27.048 28.041 - Resultado da Equivalência Patrimonial 213.329 250.677 - Variação no Exigível a Longo Prazo (807.091) - Prejuízo na Alienação de Invest./imobiliz. 9.977 (178.603) De Terceiros - Venda Ativo Imobilizado/Investimentos 30.942 225.712 - Aumento no Exigível a Longo Prazo 688.258 1.132.284 TOTAL DAS ORIGENS 2.579.025 24.539.788 APLICAÇÃO DOS RECURSOS - Transf.do Exig. L. Prazo p/ o Passivo Circ. 143.699 – - Aquis. para o Ativo Imobilizado 171.936 563 - Aumento no Realizável a Longo Prazo 44.997 2.860 TOTAL DAS APLICAÇÕES 360.632 3.423 VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRC. LÍQUIDO 2.218.393 24.536.365 REPRESENTADO POR Capital Circulante Final 48.509.684 46.291.291 Capital Circulante Inicial 46.291.291 21.754.926 VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRC. LÍQUIDO 2.218.393 24.536.365 As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DOMINGOS MALZONI – PRESIDENTE SELMA REGINA GARCIA – CONSELHEIRA GILDO ALBERTO OLSON – CONSELHEIRO DIRETORIA DOMINGOS MALZONI MARCO ANTONIO MALZONI CONTADOR LUIZ CARLOS MAGALHÃES Técnico Contábil – CRC 1SP 063.429/O-0 parecer de outros auditores independentes, as demonstrações contábeis acima referidas, lidas em conjunto com as notas explicativas e o relatório da administração, representam adequadamente, em todos os apectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Cetenco Engenharia S.A. em 31 de dezembro de 2005 e 2004, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 12 de abril de 2006. PADRÃO AUDITORIA s/s YUKIO FUNADA CRC 2SP016.650/O-7

ma Econômico Mundial divulgado ontem pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que previu um crescimento de 3,5% para o Brasil. O País também precisará melhorar a qualidade da política fiscal e aperfeiçoar o ambiente de negócios para aumentar o crescimento econômico no médio prazo. Uma reforma do setor financeiro, "para reduzir o enorme sp rea d dos juros", será igualmente necessária para tornar o País mais competitivo, disse o economista principal e chefe de pesquisas do FMI, Raghuram Rajan. O Fundo apresentou recomendação semelhante há cerca de um ano, afirmando que é baixa a concorrência entre os bancos brasileiros. O relatório menciona a "intensa agenda eleitoral" latinoamericana e acentua a importância de "manutenção de políticas saudáveis" e de conservação, "durante as transições políticas", da credibilidade "duramente conquistada

diante dos investidores". América Latina — Na visão do FMI, Brasil e América Latina continuam vulneráveis a uma piora do cenário mundial, embora as finanças públicas e as contas externas tenham melhorado nos últimos anos. A dívida pública tem caído, mas continua acima da faixa de segurança — de 25% a 50% do Produto Interno Bruto (PIB). O custo, a composição e os prazos tornam a dívida pública latino-americana perigosa, de acordo com o Panorama, e seria muito conveniente continuar a reduzi-la. No Brasil, a dívida líquida do setor público permanece acima de 50% do PIB. O estudo não menciona esse detalhe ao cuidar da América Latina. Mas acentua a importância da disciplina fiscal e de maior crescimento econômico para a redução da pública. Isso vale para o Brasil, segundo o relatório. A política fiscal brasileira foi classificada como "muito razoável" por Rajan. (AE)

"Protecionismo é perigo"

C

om a conclusão da Rodada de Doha posta em risco pela resistência da União Européia (UE) em fazer cortes reais nos subsídios agrícolas e diante de manifestações de nacionalismo econômico na França e nos Estados Unidos, o economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Raghuram Rajan, advertiu ontem que "o protecionismo é um perigo real" para a economia mundial, ao apresentar um panorama geralmente favorável da economia global para este ano. Segundo o alto funcionário do FMI, o forte ritmo da globalização do setor privado provocou uma reação do setor pú-

blico. "Alguns governos vêem seu papel cada vez mais como o de servir aos interesses de grupos vociferantes e obstruir a mudança em lugar de aceitála", afirmou Rajan. Numa clara referência à França, que resistiu recentemente à aquisição de uma empresa de eletricidade por companhias européias, o economista lembrou que "o patriotismo econômico é o velho vinho do protecionismo numa nova garrafa mal rotulada, mas é mais perigoso num mundo mais interconectado". Ele disse que acompanha com apreensão a possibilidade de não conclusão das negociações de Doha. (AE)


Ano 81 - Nº 22.111

São Paulo, quinta-feira a domingo, 20 a 23 de abril de 2006

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Bom feriadão!

Edição concluída às 23h50

Página 24 w w w. d co m e rc i o. co m . b r Celso Junior/AE

Uma CPI no caminho de Lula

A caminho da campanha eleitoral, Lula deverá carregar o peso de uma CPI, garantida ontem com 34 assinaturas da oposição. Temas para a "CPI do Lula": a violação do sigilo do caseiro Francenildo; as contas pessoais pagas pelo amigo Okamotto; os negócios do filho Lulinha com a Telemar; e a explicação para os US$ 100 mil flagrados numa cueca. Pág. 3

PALOCCI, O MANDANTE PF indicia ex-ministro como mandante da violação de sigilo do caseiro Nildo. Pág. 3

No Sul, vento contra Ao sair da usina eólica, Lula enfrentou manifestantes da Varig

COMPADRE VAI FALAR Ailton de Freitas/Agência O Globo

CPI dos Bingos convoca Roberto Teixeira a depor hoje. Ele é acusado de favorecer PT em contratos ilícitos. Pág. 4

A BÊNÇÃO, SANTO EXPEDITO!

E o Mentor escapou Absolvido deputado do PT acusado de receber R$ 120 mil do mensalão. Pág. 4

JURO CAI A 15,75% É o menor valor registrado em cinco anos. Economia/12

Renato Luiz Ferreira/AE

Maristela do Valle

A estátua do santo das causas urgentes foi venerada ontem por meio milhão de fiéis. Página 10

AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 28º C. Mínima 15º C.

Arte à mesa e nos museus Comunidades do País Basco e da Cantábria convidam para uma viagem gourmet e cultural: mercados, restaurantes, museus (na foto, o Guggenheim, de Bilbao). Veja na terceira edição dedicada à Espanha. DC Boa Viagem

DC

HOJE Parcialmente nublado Máxima 27º C. Mínima 13º C.

www.finanfactor.com Pabx (11)

6748-5627 (Itaquera) 6749-5533 (Artur Alvim)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

8 -.ECONOMIA/LEGAIS

CONVOCAÇÕES

quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, 20, 21, 22 e 23 de abril de 2006

DECLARAÇÃO Nome: OCCAA Orientação e Capacitação de Crianças, Adolescentes e Adultos. Sede: Rua Nilo Peçanha, 137 - Mooca - CEP 03103-040. Representante legal: Moacyr Vieira da Costa - presidente. Objetivo: melhorar a qualidade de vida das crianças. adolescentes e adultos de modo geral. Registro: 7º Registro Títulos e Documentos -nº 33935 de 10/11/2005. CNPJ: 07.856.645/0001-70

CONVOCAÇÕES COMPANHIA TRANSAMÉRICA DE HOTÉIS - SÃO PAULO

ATAS

C.N.P.J. nº 43.212.943/0001-90 - NIRE 35 3 0000648 8 ASSEMBLÉIA GERAL ESPECIAL São convidados a reunirem-se em Assembléia Geral Especial os acionistas titulares de ações preferenciais Classe B, no dia 28 de abril corrente, às 9:30 horas, na sede social, na Avenida das Nações Unidas nº 18.591, nesta Capital, a fim de deliberarem sobre Proposta da Diretoria, objetivando a transformação das ações preferenciais Classe C em ações preferenciais Classe B e correspondente reforma estatutária. São Paulo, 18 de abril de 2006 COMPANHIA TRANSAMÉRICA DE HOTÉIS - SP (20-24-25)

BALANÇOS

DUOSKAM EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES S.A. CNPJ: nº 64.915.291/0001-20 Balanço Patrimonial Encerrado em 31 de Dezembro de 2005 2005 2004 Passivo 2005 2004 Ativo Circulante 8.099.564,68 8.013.811,74 Circulante 68.606,88 21.222,90 Disponível 145.163,68 168.532,12 Fornecedores 20.550,40 11.581,91 Aplicações 7.464.215,69 7.292.018,96 Obrigações Tributárias 47.114,56 8.840,61 Clientes e Alugueis 35.770,33 47.734,26 Obrigações e Provisõe Trabalhista 927,09 785,55 Estoques / Imoveis Dest. a Venda 145.234,04 377.741,81 Outras Contas a Pagar 14,83 14,83 Impostos a Recuperar 308.980,94 127.584,59 Exigivel a Longo Prazo 8.403.106,65 8.593.106,65 Outras Contas a Receber 200,00 200,00 Emprests. e Financiamentos 8.403.106,65 8.593.106,65 Realizavel a Longo Prazo 260.979,56 246.808,42 Resultado de Exercicio Futuros 79.884,98 89.492,06 Outras Contas a Receber 169.992,93 155.821,79 Custo de Desp. Correspondentes (90.107,95) – Depositos Judiciais 14.900,28 14.900,28 Receitas de Anos Futuros 169.992,93 89.492,06 Outras Contas 76.086,35 76.086,35 Patrimônio Líquido 316.309,50 64.231,52 Permanente 507.363,77 507.432,97 Capital Social 1.448.954,00 1.448.954,00 507.363,77 507.432,97 Prejuízos Acumulados (1.132.644,50) (1.384.722,48) Imobilizado Total do Ativo 8.867.908,01 8.768.053,13 Total do Passivo 8.867.908,01 8.768.053,13 Demonstração das Origens e Aplicações dos Recursos Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido 2005 2004 Reservas Reserva Resultado Líquido Exercício 260.760,18 404.250,90 Capital Lucros Depreciações e Amortizações – 76,35 Capital Acumulados Total Ajuste de Exercícios Anteriores (8.682,20) (196.592,74) Saldo em 31/12/2003 1.448.954,00 (1.592.380,64) (143.426,64) De Terceiros / Aquisição de Bens – 5.003,47 Ajuste no Exercício – (196.592,74) – Variação do Resultado de Exer. Futuros (9.607,08) (52.745,77) Lucro do Exercício – 404.250,90 – Variação do Exigível a Longo Prazo (190.000,00) 3.477.263,60 Saldo em 31/12/2004 1.448.954,00 (1.384.722,48) 64.231,52 Total das Origens 52.470,90 3.637.255,81 Ajuste no Exercício – (14.476,26) – Aplicações dos Recursos / Imobilizado (69,20) 5.003,47 Lucro do Exercício – 266.554,19 – Variação no Realizável a Longo Prazo 14.171,14 (200.877,55) Saldo em 31/12/2005 1.448.954,00 (1.132.644,55) 316.309,45 Total das Aplicações 14.101,94 (195.874,08) Variação do Capital Circulante 38.368,96 3.833.129,89 Notas Explicativas Capital Circulante O balanço patrimonial e demonstrações financeiras elaboradas Variação no Ativo Circulante 85.752,94 3.835.114,18 de acordo com os princípios contábeis aceitos, praticados e exi- Variação no Passivo Circulante 47.383,98 1.984,69 gidos pela lei 6.404 de dezembro de 1976 e decreto lei 1.598/77. Variação Líquida (38.368,96) (3.833.129,49)

Demonstração Consolidada do Resultado do Exercícios em 31 de Dezembro de 2005 - Em Reais (R$) 2005 2004 Receitas Operacional Bruta 460.712,21 485.487,65 Impostos (40.773,85) (80.557,08) Receita Operacional Líquida 419.938,36 404.930,57 Custos (208.729,55) (204.430,26) Lucro Bruto 211.208,81 200.500,31 Despesas Financeiras (7.523,76) (172.238,26) Despesas Administrativas (355.530,97) (120.997,44) Despesas Operacionais (495.387,99) (137.946,47) Receitas Financeiras 1.026.837,34 849.030,50 Depreciação (5.794,01) (5.079,82) Despesas não Operacionais (68.558,20) (87.059,94) Lucro Operacional 305.251,22 526.208,88 Contribuição Social (8.955,69) (38.635,94) (35.535,35) (83.322,04) Imposto de Renda Resultado do Exercício 260.760,18 404.250,90 Demonstração dos Lucros Acumulados Saldo do Exercício Anterior (+) Ajustes Credores de Períodos-Base Anteriores Saldo Corrigido (+) Lucro Líquido do Exercício Saldo do Exercício

2005 2004 (1.384.722,48) (1.592.380,64) (8.682,20) (196.592,74) (1.393.404,68) (1.788.973,38) 260.760,18 404.250,90 (1.132.644,50) (1.384.722,48)

Omar Maksoud - CPF.: 007.800.578-72 Diretor Presidente Mario Adamo Esposito Filho CRC - 1SP157955/O-4


quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, 20, 21, 22 e 23 de abril de 2006

Transpor te Compor tamento Ciência Saúde

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Site da Agência Espacial Brasileira registrou quase três milhões de hits em sua página.

ASTRONAUTA BRASILEIRO VOLTA AO PAÍS

Deputados entram na O novela da TV digital

AFP/Denis Sinyakov

MARATONA DE HOMENAGENS AO ASTRONAUTA

primeiro astronauta brasileiro, Marcos Pontes, chega ao Brasil hoje, depois de passar por uma readaptação de dez dias no Centro Yuri Gagarin de Treinamento de Cosmonautas, em Moscou. O avião que o trará ao País será interceptado por caças da FAB. O astronauta desembarca em Brasília às 8h30 e segue para o Palácio do Planalto, onde será recebido e condecorado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ministro da Defesa, Waldir Pires, o ministro de Ciência e Tecnologia, Sérgio Rez e n d e e o p re s i d e n t e d a Agência Espacial Brasileira, Sergio Gaudenzi, também estarão no local, assim como familiares de Pontes. Na manhã de amanhã, ele vai para Bauru, sua cidade natal. Os moradores farão uma carreata do aeroporto até o Teatro Municipal, onde estudantes vão homenageá-

Parlamentares da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara querem reunião com Lula para conversar sobre a adoção da TV digital no País. Presidente vai receber relatório sobre viagem ao Japão.

A

Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados vai pedir uma audiência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para discutir a adoção da TV digital no País. A idéia é envolver os parlamentares do colegiado no processo de decisão, que parece estar próximo de uma definição, depois que uma comitiva de ministros brasileiros assinou, na semana passada, um memorando de entendimento com o governo japonês. Relatório – Há a expectativa de que o presidente Lula receba hoje dos ministros das Comunicações, Hélio Costa, das Relações Exteriores, Celso Amorim, e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, um relatório com informações sobre a viagem ao Japão. Essa reunião ocorreria na terça-feira à noite, mas acabou sendo adiada. Além do padrão japonês, o governo estuda também os padrões europeu e americano. A proposta de audiência da Comissão com o presidente foi apresentada pelos deputados Walter Pinheiro (PT-BA) e Luiza Erundina (PSB-SP) na sessão de ontem do órgão. O Con-

gresso terá um papel decisivo na definição de regras para a adoção da TV digital, que deverão ser encaminhadas pelo governo para apreciação dos parlamentares após a definição do padrão tecnológico. Papel de bobo – Os deputados da Comissão de Ciência e Tecnologia querem ser ouvidos antes de a decisão ser tomada pelo presidente Lula. "Queremos discutir o assunto com o governo para que a gente não fique fazendo papel de bobo de imaginarmos que estamos discutindo a matéria e que vamos interferir no debate sobre um tema dessa importância", disse Erundina. A deputada lembrou que a Câmara promoveu uma audiência pública em fevereiro sobre a TV digital e está preparando para 10 de maio um seminário sobre o assunto. Mas, segundo Erundina, está faltando "apreço" do governo, que não tem considerado as contribuições dos deputados. "Senão, vamos acabar com essa farsa de estarmos promovendo eventos e iniciativas quando a matéria, segundo a fala do ministro das Comunicações já está praticamente resolvida, inclusive com a assinatura desse memorando", disse Erundina. (AE)

Cientistas da USP na luta contra a diabetes tipo 2

B

oa notícia para os diabéticos: cientistas do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade São Paulo, a USP, identificaram fatores que podem ser importantes nas pesquisas de novas drogas contra o diabetes mellitus (tipo 2). Os estudos feitos até o momento indicam que os hormônios, o teor de sódio no sangue e a quantidade e o tipo de gordura ingerida são importantes na regulação de transportadores de glicose - proteínas que permitem a reserva de energia nas células. O diabetes tipo 2 surge de problemas nos mecanismos intra-celulares de reserva de glicose. "Quando há ingestão de muita comida, o organismo precisa lidar com uma grande quantidade de glicose, estocando parte dela em células dos tecidos adiposo e muscular", explica o professor Ubiratan Fabres Machado, que coordena o projeto de pesquisa. O diabetes aparece quando a célula já não consegue realizar essa estocagem e a taxa de glicose no sangue aumenta. O principal objetivo dessas pesquisas é apontar caminhos para estudos sobre novos medicamentos contra o diabetes. Mas antes de se recomendar um tratamento para uma determinada doença, é necessário investigar como ele age em outras áreas do organismo. "Recentemente tem se mostrado que há uma associação entre doenças, sobretudo entre as que compõem o que se conhece por Síndrome Metabólica:

diabetes, obesidade e hipertensão", explica Machado. Nesse processo, um transportador de glicose conhecido como GLUT4 tem grande importância. "Ele atua nas células musculares e de gordura, principais locais de reserva, e é o responsável pelo metabolismo de glicose na célula", diz ele. "Por isso, exerce um papel fundamental na regulagem da concentração de glicose no sangue." O diabetes tipo 2 é desencadeado por deficiências na cadeia de processos celulares que envolvem o GLUT4, cuja ação é estimulada pela insulina. Com o passar do tempo e com o agravamento da doença, surgem complicações em outras partes do organismo, como rins, olhos e neurônios. Nessa etapa são afetados outros transportadores de glicose, específicos dessas regiões do organismo. Sal – Estudos desenvolvidos com ratos pelo professor apontam uma série de fatores que podem influenciar o funcionamento do transportador GLUT4. Entre eles está a redução do consumo de sal. "Alguns resultados indicam que a redução na ingestão de sal, recomendada a hipertensos, pode ocasionar resistência à insulina e aumentar as chances de que haja uma disfunção na atuação do GLUT4", esclarece Machado. A ausência de melatonina, hormônio apontado como regulador do sono e que diminui com o envelhecimento, também parece ser prejudicial. (Agência USP)

Moradores de Bauru farão carreata do aeroporto até o Teatro Municipal para receber filho ilustre

lo. A maratona continua no sábado, aniversário da Aviação de Caça brasileira, quando Pontes visita a Base Aérea de Santa Cruz, no Rio. Na segunda, Pontes participa de uma palestra na Força Aérea

Brasileira, em Pirassununga (SP) e, na terça, ele vai ao Centro Técnico Aeroespacial, em São José dos Campos. Internet – O site da Agência Espacial Brasileira também conquistou popularidade iné-

dita: de uma média de 40 mil acessos mensais ao longo de 2005, chegou a acumular mais de 2,8 milhões de hits em sua página na noite do lançamento da Soyuz, na virada de 29 para 30 de março. (Agências)

Neon Holdings S.A. Empresa da Organização Bradesco CNPJ 07.228.194/0001-26 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP Relatório da Diretoria Senhores Acionistas, Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas. o Balanço Patrimonial, bem como as Demonstrações do Resultado, das Mutações do Patrimônio Líquido e das Origens e Aplicações de Recursos, relativos ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, acompanhados das Notas Explicativas e Relatório dos Auditores Independentes sobre a revisão limitada. Colocamo-nos à disposição de V.Sas. para quaisquer esclarecimentos que julgarem necessários. Cidade de Deus, 21 de fevereiro de 2006 Diretoria

Demonstração do Resultado - Em Reais mil

Balanço Patrimonial em 31 de Dezembro - Em Reais mil AT IV O

2005

PASSIVO

CIRCULANTE .................................................................. Disponibilidades .......................................................... B a n c o s ........................................................................

1.473 1 1

Outros Créditos .............................................................. Dividendos a Receber .................................................

1.472 1.472

ATIVO PERMANENTE ...................................................

15.982

INVESTIMENTOS ......................................................... Investimentos em Controladas ................................

TOTAL ...............................................................................

2005

CIRCULANTE .................................................................. Dividendos Propostos a Pagar ................................... Outras Obrigações a Pagar .........................................

1.475 1.471 4 15.980

15.982 15.982

PATRIMÔNIO LÍQUIDO ................................................... Capital: - De Domiciliados no País ............................................ Reserva de Capital ...................................................... Reservas de Lucros .....................................................

17.455

TOTAL ...............................................................................

17.455

Exercício findo em 31 de Dezembro 2005

864 10.393 4.723

RECEITAS OPERACIONAIS ......................................... Resultado de Equivalência Patrimonial ...................... Outras Receitas Operacionais ...................................... DESPESAS OPERACIONAIS ...................................... Despesas Tributárias ..................................................... Outras Despesas Gerais e Administrativas ................ Serviços Prestados ....................................................... RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO ....................... IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL .... LUCRO DO EXERCÍCIO .................................................

6.203 6.197 6 (9) (1) (3) (5) 6.194 – 6.194

Quantidade de Ações .................................................... Lucro por lote de mil ações em R$ ..............................

863.904 7,17

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos - Em Reais mil

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - Em Reais mil

EVENTOS

CAPITAL SOCIAL

RESERVA DE CAPITAL ÀGIO NA EMISSÃO DE AÇÕES

RESERVAS DE LUCROS LEGAL

ESTATUTÁRIA

LUCROS ACUMULADOS

Exercício findo em 31 de Dezembro

TOTAIS

2005

SALDOS EM 31.12.2004 ..................................................

1

1

AUMENTO DE CAPITAL ...................................................

863

863

ÁGIO NA EMISSÃO DE AÇÕES ......................................

10.393

10.393

LUCRO EXERCÍCIO ..........................................................

6.194

6.194

Reservas ..........................................................................

310

4.413

(4.723)

Dividendos Propostos ....................................................

(1.471)

(1.471)

SALDOS EM 31.12.2005 ..................................................

864

10.393

310

4.413

15.980

DESTINAÇÕES:

ORIGEM DOS RECURSOS ........................................... LUCRO LÍQUIDO ............................................................. AJUSTES AO LUCRO LÍQUIDO .................................... Resultado de Equivalência Patrimonial ...................... RECURSOS DE ACIONISTAS ...................................... Aumento de Capital ....................................................... Reserva de Ágio na Emissão de Ações ..................... Dividendos a Receber ................................................... APLICAÇÃO DOS RECURSOS .................................... Dividendos Propostos ................................................... Investimentos ................................................................. REDUÇÃO NO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO .......

12.725 6.194 (6.197) (6.197) 12.728 863 10.393 1.472 12.728 1.471 11.257 (3)

VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO: ATIVO CIRCULANTE ...................................................... No Início do Exercício ................................................... No Fim do Exercício ...................................................... PASSIVO CIRCULANTE ................................................ No Início do Exercício ................................................... No Fim do Exercício ...................................................... REDUÇÃO NO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO .......

1.472 1 1.473 1.475 – 1.475 (3)

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras 1)

2)

3)

CONTEXTO OPERACIONAL A Neon Holdings S.A.(nova denominação social da Neon Holdings Ltda.) é uma empresa que tem por objetivo a participação como sócia ou acionista em outras sociedades, bem como a aquisição e transferência de participações acionárias. A Neon Holdings S.A. é parte integrante da Organização Bradesco, utilizando-se de seus recursos administrativos e tecnológicos e suas demonstrações financeiras devem ser entendidas neste contexto. Através de Instrumento Particular de Alteração do Contrato Social de 01 de Março de 2005, deliberou-se a transformação do tipo societário de sociedade comercial por cotas de responsabilidade limitada em sociedade anônima, modificando-se sua denominação social de Neon Holdings Ltda., para Neon Holdings S.A. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refere à constituição de provisões. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas. As demonstrações financeiras não estão sendo apresentadas de forma comparativa, pois a empresa encontrava-se em fase pré operacional no exercício de 2004, e a sua posição patrimonial em 31 de dezembro de 2004 era representada pelas contas de capital social no montante de R$ 1 mil e bancos de R$ 1 mil. PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Apuração do resultado As receitas e despesas são apropriadas de acordo com o regime de competência, observando-se o critério “pró-rata” dia para as de natureza financeira. b) Ativos e Passivos Os ativos foram demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias (em base “pro-rata” dia) auferidos. Os passivos incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e variações monetárias (em base “pro-rata” dia) incorridos. c) Investimentos Os investimentos em controladas foram avaliados pelo método de equivalência patrimonial. d) Imposto de Renda e Contribuição Social A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida de adicional de 10%, quando aplicável. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes.

4)

INVESTIMENTOS Os ajustes decorrentes da avaliação pelo método de equivalência patrimonial dos investimentos foram registrados em contas de resultado, sob a rubrica de “Resultado de Equivalência Patrimonial” e corresponderam no exercício findo em 31 de dezembro de 2005 a R$ 6.197 mil.

Empresas controladas

Márcio Artur Laurelli Cypriano

Diretores Décio Tenerello Laércio Albino Cezar Arnaldo Alves Vieira Luiz Carlos Trabuco Cappi Sérgio Socha Julio de Siqueira Carvalho de Araujo Milton Almicar Silva Vargas José Luiz Acar Pedro Norberto Pinto Barbedo

Josimar Rodrigues de Siqueira Contador CRC 1SP222731/O-0

Quantidade de ações/ cotas possuídas (em milhares) O.N. P.N. Cotas

Participação Lucro no capital líquido social - % ajustado

Valor do investimento

Ajustes decorrentes de avaliação

Selenium Holdings S.A. (1).(2) ....................

11.257

15.982

11.257

100,00

6.197

15.982

6.197

TOTAL GERAL ...............................................

15.982

6.197

(1) Dados relativo a 31 de dezembro de 2005. (2) Investimentos recebidos através de conferência de bens, para aumento de capital em 01 de março de 2005. 5)

O cálculo dos dividendos relativos ao exercício de 2005, está demonstrado a seguir:

PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) O capital social, totalmente subscrito e integralizado, é dividido em 863.904 ações, Ordinárias nominativas-escriturais, sem valor nominal, ao preço de R$ 1,00 por ação. b) Movimentação do capital social em ações: Valor Eventos Quantidades R$ mil Capital Inicial em 31/12/2004 Conversão em Ações ............. Aumento de Capital ................ Capital Final em 31/12/2005 .

1.000 cotas 1 1.000 ações (1) 862.904 ações (1) 863.904 ações

1 863 864

1) O Instrumento Particular de Alteração do Contrato Social de 01 de março de 2005, além da transformação do tipo societário de sociedade comercial em sociedade anônima, deliberou que as 1.000 (mil) cotas do valor nominal de R$ 1,00 (um real) cada uma, fossem transformadas em 1.000 (mil) ações ordinárias, Classe A, nominativas escriturais, sem valor nominal. Neste mesmo instrumento foi deliberado a comissão de 862.904, novas ações ordinárias, Classe A, nominativas - escriturais, sem valor nominal, com aporte de R$ 11.256 mil, dos quais R$ 863 foram incorporados ao capital social, e R$ 10.393 mil levados à conta de “Reserva de Ágio na Emissão de Ações”, mediante a conferência de ações ordinárias, nominativas - escriturais de emissão de Companhias Abertas. c) As reservas de lucros são constituídas obrigatoriamente, como segue: reserva legal a base de 5% do lucro líquido do exercício, até atingir 20% do capital social realizado ou 30% do capital social, acrescido das reservas de capital. Após esse limite a apropriação não mais se faz obrigatória. A reserva legal somente poderá ser utilizada para aumento de capital ou para compensar prejuízos; a reserva estatutária objetiva a manutenção da margem operacional compatível com o desenvolvimento das operações ativas da Sociedade e pode ser constituída em 100% do lucro líquido remanescente após destinações, sendo o saldo limitado a 95% do capital social integralizado. O enquadramento aos limites citados acima, será deliberado na próxima Assembléia Geral Ordinária. d) Conforme disposição estatutária, aos acionistas estão assegurados juros sobre o capital próprio e/ou dividendos que somados correspondam, no mínimo, a 25% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da lei societária. No exercício, foram propostos dividendos no montante de R$ 1.471 mil, que correspondem a R$ 1,703 por lote de mil ações, registrados na rubrica “Dividendos Propostos a Pagar”.

Diretoria Diretor-Presidente

Patrimônio líquido ajustado

Capital social

R$ Mil Lucro Líquido do Exercício ......... Reserva Legal .............................. Base de Cálculo ........................... Dividendos Propostos em 2005 .

6.194 (310) 5.884 1.471

% (1)

25,0

(1) Percentual dos dividendos aplicados sobre a base de cálculo. 6)

TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS As transações com partes relacionadas são efetuadas em condições e taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações e estão assim representadas: Em 31 de Dezembro - R$ mil 2005 Bancos (a) ............................................. Dividendos a Receber (b) .................... Dividendos Propostos a Pagar (c) ..... Serviços Prestados (a) ........................

1 1.472 1.471 2

a) Transações com o Banco Bradesco S.A. b) Dividendos a Receber da empresa Selenium Holdings S.A. c) Dividendos propostos a Pagar ao Banco Bradesco S.A. no montante de R$ 502 mil, ao Banco Alvorada S.A. no montante de R$ 77 mil e a Bradesco Segprev Investimentos Ltda. no montante de R$ 892 mil. 7)

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social:

Resultado antes da tributação sobre o lucro (imposto de renda e contribuição social) .......................... Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente ........ Resultado de equivalência patrimonial .................................................. Imposto de renda e contribuição social do exercício ............................ 8)

Em 31 de Dezembro - R$ mil 2005 6.194

(2.105) 2.105 –

OUTRAS INFORMAÇÕES A empresa não possuía em 31 de dezembro de 2005, instrumentos financeiros derivativos.

Relatório dos Auditores Independentes sobre a revisão limitada Aos Acionistas e Diretores da Neon Holdings S.A. Osasco - SP Efetuamos uma revisão limitada do balanço patrimonial da Neon Holdings S.A., levantado em 31 de dezembro de 2005, e das respectivas demonstrações de resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos para o exercício findo naquela data, elaboradas sob responsabilidade de sua administração. Nossa revisão foi efetuada de acordo com as normas específicas estabelecidas pelo IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil e consistiram principalmente, na aplicação de procedimentos de revisão analítica dos saldos financeiros e na averiguação dos critérios adotados na elaboração das demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2005 junto aos responsáveis pelas áreas contábil e financeira. Considerando que esta revisão não representou exame de acordo com as Normas de Auditoria Independente das demonstrações financeiras, não estamos expressando uma opinião sobre as referidas demonstrações financeiras.

Baseado em nossa revisão limitada, não temos conhecimento de qualquer modificação relevante que deva ser efetuada nas demonstrações financeiras referidas no primeiro parágrafo, para que as mesmas estejam de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 17 de abril de 2006

KPMG Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6

Cláudio Rogélio Sertório Contador CRC 1SP212059/O-0


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quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, 20, 21, 22 e 23 de abril de 2006

9

Cidades VEREADOR PEDE FIM DO RECESSO. E RECEBE APOIO. Na Câmara Municipal, em dois meses de trabalho os vereadores votaram apenas 16 propostas em segunda discussão.

Copa do Mundo, eleição e recesso de 60 dias: vereadores terão pouco tempo para votar projetos neste ano. Mas, pelo menos, já pensam em diminuir suas férias. Marcos Fernandes/Luz

Ivan Ventura

O

ano de 2006 na Câmara Municipal parece não estar propício à aprovação de muitos projetos de lei. Afinal, em dois meses, apenas 16 propostas foram votadas em segunda discussão. Em tese, o fato se explica da seguinte forma: trata-de se um ano "curto" para os vereadores, justamente por conta dos 60 dias de recesso parlamentar (janeiro e julho), além, claro, dos meses de Copa do Mundo e eleições. Na contramão desses dias calmos no Plenário, pelo menos um alento: retorna à discussão na Câmara o projeto de resolução que pede o fim do recesso parlamentar em julho, de autoria do vereador Celso Jatene (PTB). E todos os parlamentares consultados pelo DC defenderam a idéia. J u s t i fi c a t i v a – Segundo a proposta, o ano de um parlamentar será contado de 1º de fevereiro a 15 de dezembro. O único recesso ocorreria em janeiro. Julho se transformaria em mês de trabalho para os vereadores. Na justificativa do projeto, o vereador comentou que "não há necessidade de uma Casa Legislativa entrar em recesso duas vezes por ano, já que todos os trabalhadores dos diversos segmentos só têm um mês de descanso, como determina a legislação". Segundo o vereador, corre no Congresso Nacional o argumento de que deputados federais e senadores têm a necessidade do recesso no meio do ano para poder regressar a seus estados de origem e visitar seu reduto eleitoral. A mesma justificativa é utilizada por deputados estaduais de todas as unidades da Federação. A mesma desculpa, no entanto, não poderia ser utilizada por um vereador, pois já está próximo de seu eleitorado. Por isso mesmo, diferentemente de deputados estaduais, federais e senadores, os vereadores não recebem o jeton – gratificação por convocações de sessões extraordinárias. Jatene lembrou ainda o arti-

go 57 da Constituição Federal. Ele expressa que tais privilégios só mencionam os integrantes do Congresso Nacional. O artigo não cita nem estende esse direito às Assembléias Legislativas ou às Câmaras Municipais. Votação – Neste ano, a proposta deverá ser colocada em votação pela quarta vez. Na primeira apreciação, em 26 de junho de 2003, o vereador pediu para que a proposta fosse incluída na pauta de votação, a chamada inversão da pauta), e não foi aprovada. Com isso, a proposta continuou entre as diversas pendências que necessitam de aprovação. No dia 9 de junho de 2004, Jatene tentou novamente inverter a pauta, mas, outra vez, sem sucesso. Na última tentativa, em 28 de abril, a inversão da pauta foi novamente à votação. Faltando apenas dois votos (o número mínimo é 28), ela não chegou a ser discutida em plenário. Desta vez, a empreitada do vereador em favor do projeto tem grandes chances de aprova-

ção. Uma das possibilidades, que agradaria a todos os parlamentares, é a de o projeto retornar à Casa com a autoria de todos os vereadores. Favoráveis – Na tentativa de adiantar como os parlamentares votariam em relação à proposta de Jatene, o DC ouviu a opinião de alguns líderes de partidários na Câmara. O do PT, vereador Arselino Tatto, é favorável a uma redução do recesso parlamentar de 60 para 30 dias. "Não conversei com toda a bancada petista, mas pessoalmente sou favorável à proposta. Aliás, eu votei a favor do projeto em outras duas oportunidades". Já Aurélio Nomura, líder do PV, defende alguma redução do recesso de julho. "Sou a favor da diminui-

FUGA NO RIO Seis presos fugiram da cadeia de Magé, no Rio. Há suspeita de negligência de funcionários.

Ó RBITA

NA MARGINAL A pista expressa da marginal Tietê tinha ontem, às 19h30, 12 km de congestionamento.

NOVO BISPO

CPTM

MARISA

papa Bento XVI nomeou como novo bispo de Guaxupé (MG) o monsenhor José Mauro Pereira Bastos, que até agora era bispo da também mineira Janaúba, informou ontem a assessoria de imprensa da Santa Sé. Bastos substitui o monsenhor José Geraldo Oliveira do Valle, cuja renúncia havia sido aceita pelo pontífice. O novo bispo de Guaxupé nasceu em 1955 na diocese de Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo. Estudou no Instituto de Filosofia e Teologia da Arquidiocese de Vitória. Formou-se também em teologia na Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Belo Horizonte. Em Roma, obteve o título de doutorado em teologia bíblica na Pontifícia Universidade Gregoriana. (AE)

Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) registrou, entre janeiro e março, 25 ocorrências ligadas a furto e vandalismo de fios e cabos em suas seis linhas. Ao todo, foram levados 2.574 metros cabos utilizados em sistemas de sinalização, de telecomunicação e energia, com prejuízo estimado em R$ 102,9 mil. Os números deste primeiro trimestre representam uma redução de 63,77% em relação ao mesmo período de 2005, quando se contabilizou 69 casos, totalizando 9.028 metros de cabos e fios, com gastos de R$ 315,9 mil para reposição. Desde 2003, a companhia vem observando a diminuição nas infrações contra os cabos das linhas de transmissão.

uas funcionárias das lojas Marisa foram abordadas por assaltantes dentro de um ônibus no Flamengo, no Rio, e obrigadas a voltar ao trabalho, em Ipanema. Lá os assaltantes roubaram um cofre, além de roupas e acessórios. As funcionárias ficaram aproximadamente três horas em poder dos criminosos, que se identificaram como sendo os mesmos que roubaram a loja no ano passado. A polícia investiga a participação de funcionários no assalto As funcionárias tiveram de pegar um táxi. A subgerente Polindina Moreira da Silva, de 26 anos, foi obrigada a abrir a loja e voltou para o táxi, que rodou por alguns quarteirões com as duas. Elas permaneceram com a cabeça abaixada por todo trajeto.

O

A TÉ LOGO

A

Eduardo Nicolau/AE

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Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

L

Campinas preservará conjunto arquitetônico e cafeeiro em dois distritos

L

Ex-soldado anunciou que invadiria unidade do Exército para roubar armas

ção do recesso, justamente porque existem locais distantes na nossa cidade e isso demanda um tempo maior para que o vereador possa visitá-los". O ex-judoca e líder do PL na Casa, o vereador Aurélio Miguel, também defende a proposta de Jatene e argumentou que nem chegou a utilizar o recesso parlamentar em julho do ano passado. Aurélio Miguel afirmou que naquele mês esteve empenhado nos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito dos Clubes Desportivos Municipais – que analisou os problemas nessas unidades. O líder do PSDB, Gilson Barreto foi procurado pela reportagem, mas não foi encontrado para dar sua opinião.

Celso Jatene (primeira foto acima e à esquerda) tentará, mais uma vez, colocar o seu projeto em votação. Ele quer acabar com as férias de julho dos vereadores. A idéia é aprovada pelo líder do PT na Câmara, Arselino Tatto (primeira foto acima). Para ele, 30 dias de recesso no ano são suficientes. O vereador Aurélio Nomura (acima, à esquerda), líder do PV, defende pelo menos uma redução no recesso do mês de julho. Enquanto os parlamentares não decidem pela redução das férias, as votações de projetos na Câmara se arrastam.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, 20, 21, 22 e 23 de abril de 2006

OMC China recebe críticas em sabatina

A

Organização Mundial do Comércio (OMC) iniciou ontem a primeira sabatina sobre a política chinesa e alertou que, apesar dos avanços nas reformas econômicas no país, muito ainda precisa ser feito. A política comercial da China foi duramente atacada, e as principais potências mundiais pedem que Pequim pague pelos ganhos que vem obtendo no mercado internacional nos últimos anos, derrubando suas barreiras de importação de produtos. Já o Brasil preferiu adotar um tom positivo em relação a Pequim, ainda que tenha indicado a necessidade de o país assumir suas "responsabilidades" e promover maior integração nos mercados. A sabatina é uma oportunidade não apenas para que as leis de um país sejam avaliadas, mas também para que outros governos questionem eventuais barreiras comerciais. No total, os chineses, que ingressaram na OMC em 2001, receberam 1,1 mil questões e críticas de diversos países. Maior exportador — Pelos cálculos da entidade, se o ritmo de crescimento das exportações chinesas for mantido como nos últimos quatro anos, Pequim será o maior exportador do mundo em 2010, superando os Estados Unidos e a Alemanha. Mas o ranking do país não mede sua estrutura comercial. Segundo a OMC, as reformas econômicas realizadas por Pequim têm trazido resultados "impressionantes", mas desafios importantes ainda permanecem. A OMC alerta que o governo continua a intervir no comércio com leis que protegem fornecedores locais e que barreiras ao setor de serviços precisam ser retiradas, em especial no mercado de capitais.

Entre os países, os Estados Unidos, que importam seis vezes mais que exportam a Pequim e já somam um déficit de US$ 200 bilhões por ano, foram os mais agressivos. A mensagem foi clara: a China já ganhou muito com a abertura de outras economias e agora precisa compensar com a liberalização de seu mercado. "A China tem a responsabilidade de abrir seu mercado, já que está se beneficiando enormemente do livre comércio no mundo. Agora é a vez deles abrirem", afirmou Peter Allgeier, embaixador dos Estados Unidos na OMC. "Temos sérias preocupações em relação a algumas políticas industriais chinesas que protegem setores nacionais e exigem fabricação local para que um produto não seja sobretaxado", explicou. Segundo ele, essas medidas são cada vez mais numerosas e são contrárias às obrigações da China na OMC. As queixas americanas são dirigidas às barreiras para a entrada de autopeças, aço, serviços, a defesa de propriedade intelectual e medidas de caráter fitossanitário. Já a União Européia (UE) alertou que existe um "entusiasmo decrescente" na China em relação à abertura e que há "sinais preocupantes" de que políticas discriminatórias estejam surgindo no país. Resposta — Os chineses responderam às críticas apresentadas na sabatina argumentando que são seus produtos, baratos na maioria dos casos, que permitem que algumas economias possam manter taxas de inflação baixas. Além disso, estão dispostos a debater sua relação comercial com outros países. O objetivo, porém, não seria o de limitar suas exportações, mas "equilibrar" o fluxo de comércio no mercado internacional. (AE)

Na contramão, Brasil elogia país asiático

E

m um tom bem diferente de europeus e americanos e até contrário a certas conclusões da Organização Mundial do Comércio (OMC), o embaixador brasileiro em Genebra, Clodoaldo Hugueney, fez seu discurso ontem durante a sabatina da China elogiando a forma pela qual Pequim estava implementando as regras da entidade, como vem adotando políticas de distribuição de renda, lutando contra a pobreza, promovendo queda de barreiras e iniciando medidas para simplificar a burocracia nas aduanas. Segundo ele, as tarifas de importação do país caíram de 15,6% em 2001 para 9,7% em 2005. Lembrando que o comércio entre o Brasil e a China aumentou 44,3% no ano passado, Hugueney apenas citou que alguns setores produtivos do País estavam preocupados com o aumento das importações. Mas nenhum produto específico foi mencionado. Regras — O Itamaraty, que deu ordens a seus diplomatas para não usar a sabatina na OMC para gerar atritos com a China, apenas destacou dois aspectos preocupantes. Um deles é a questão das regras fitossanitárias que continuam "pouco claras". Apenas 32% das medidas chinesas nesse

campo estão dentro dos padrões internacionais. Outra crítica é quanto ao uso de licenças de importação para interferir nos preços. Em 2005, o Brasil foi um dos poucos países que ainda conseguiram manter um superávit comercial com a China. Importou US$ 5,3 bilhões e exportou US$ 6,8 bilhões. Mas em seus produtos agrícolas, o aumento das vendas ao mercado chinês foi de apenas 4,8%, somando US$ 3 bilhões. A média do crescimento das exportações em 2005 foi de 23%. Hoje os americanos conseguem vender quase duas vezes o que o Brasil exporta para a China em produtos agrícolas. Mesmo assim, Brasília aponta que, diante dos esforços da China de se integrar melhor no sistema comercial, Pequim deve se "beneficiar do status que merece". O Itamaraty ainda avalia que a China terá cada vez mais responsabilidades diante do aumento de seu peso na economia mundial. Depois de tantos elogios, o Brasil afirmou também ter expectativas de que as relações com a China "passem a níveis ainda mais altos". Hugueney destacou a convergência dos dois países nas negociações internacionais relativas às questões comerciais. (AE)

ECONOMIA/LEGAIS - 9

BALANÇO Springer S.A.

NOSSAS AÇÕES SÃO NEGOCIADAS NAS BOLSAS DE VALORES

CNPJ nº 92.929.520/0001-00 - SOCIEDADE DE CAPITAL ABERTO RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Senhores Acionistas: Submetemos a apreciação de V.Sas., o Relatório da (80,65% do capital total) Indústria de injeção de plásticos de Engenharia Devido ao aumento de volume, aumentamos nosso quadro de pessoal afim de Administração e as Demonstrações Financeiras relativas ao exercício social com clientes no segmento eletroeletrônico (televisores), monitores de vídeo ajustarmos nossa estrutura para atender esta demanda. PLASTWAL Indústria encerrado em 31 de dezembro de 2005, cujo prejuízo nela apresentado, e peças de motocicletas. Em 2005 as receitas mantiveram-se quase que de Plásticos S.A. Empresa coligada (47,4643% do capital total) Indústria de reflete os efeitos dos resultados de nossas coligadas/controladas que no mesmo nível anterior, apresentando crescimento de apenas 2,7% Houve filmes de PVC, tem como atividade principal o fornecimento de bobinas e chapas determinaram um prejuízo de Equivalência Patrimonial da ordem de R$ no mesmo período um aumento dos custos que frente as concorrências a de PVC para blister em geral, inclusive indústria farmacêutica, chapas para setor 4,131 milhões. Este resultado reflete os efeitos da elevada carga tributária, empresa não conseguiu repassá-los, devido ao excesso de oferta no gráfico e material de embalagem em geral. Em 2005 continuou a implantação do desvalorização da moeda americana e total desaceleração da economia. mercado. No mesmo período a empresa registrou encargos financeiros projeto de expansão de sua área fabril.Tendo concluído parcialmente a montagem Nesse cenário, faz-se necessário comentário individualizado do por necessidade de financiamento de equipamentos, encargos inexistentes e teste de parte dos novos equipamentos, o que não proporcionou um aumento desempenho de cada empresa, conforme a seguir: SPRINGER CARRIER anteriormente. A administração esta atenta aos aspectos dos ajustes significativo na produtividade do período, ficando esta expectativa para o próximo LTDA.: Empresa coligada (19,14% do capital total ) O ano de 2005 mostrou internos necessários, frente a rigidez do mercado e concorrentes, Dentro exercício. As vendas no mercado interno tiveram uma pequena baixa, ocasionada um crescimento de 12% em relação às vendas de 2004. O mercado desta linha de necessidades de ajustes, para 2006 a administração estará pelas paralisações parciais de grande parte de nossos clientes em férias coletivas. doméstico cresceu 2%, enquanto o externo elevou-se 19%. Apesar do empenhada em esforço adicional para atenuar o quadro apresentado em Com relação às vendas para o exterior foi mantido o nível baixo anterior, tendo crescimento, este mercado ainda sentiu o reflexo da supervalorização do 2005 e envidará o necessário para reverter esta tendência. ZIEMANN- em vista supervalorização do real frente ao dólar. Como conseqüência dos fatores real frente ao dólar resultando um impacto negativo de margem superior a LIESS Máquinas e Equipamentos Ltda. Empresa controlada (50,09% anteriores, agravados com a pressão do mercado no que tange aos preços R$ 17 milhões. O resultado registrado em 2005 encerrou R$ 56,3 milhões do capital total ) Indústria mecânica, que tem como atividade principal praticados, auferimos um pequeno prejuízo no encerramento do exercício. abaixo do resultado de 2004, compondo um prejuízo de R$ 30,9 milhões. desenvolver e prover soluções para a indústria de bebidas, alimentos, SPRINGER INVESTMENTS CORPORATION. Subsidiária constituída para As causas principais foram o aumento dos custos de materiais processamento de fluídos e transporte de líquidos. Em 2005 obteve um viabilizar investimentos, que vem apresentando ganhos no mercado financeiro representativos ao nosso produto não repassado integralmente ao mercado aumento relevante no faturamento, devido a uma reação no mercado de externo. AUDITORES INDEPENDENTES. Em atendimento à Instrução CVM 381/ via preços, a supervalorização do real frente ao dólar e o incremento de cervejas e sucos, onde ganhamos os projetos mais significativos. Atingimos 2003, informamos que o contrato em vigor com os auditores independentes, despesas financeiras devido ao uso de endividamento junto a terceiros. um faturamento líquido de R$ 89,441 milhões e um lucro líquido de R$ somente se relacionam aos trabalhos de auditoria externa. SPRINGER PLÁSTICOS DA AMAZÔNIA S.A. Empresa controlada 8,506 milhões, que representa um acréscimo sobre 2004 superior a 32%. São Paulo, 24 de março de 2006. - A Administração Demonstrações dos Resultados - Exercícios findos Balanços Patrimoniais - Exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 - ( em milhares de reais) em 31 de dezembro de 2005 e 2004 - ( em milhares de reais) Controladora Consolidado Controladora Consolidado 2005 2004 2005 2004 Controladora Consolidado ATIVO 2005 2004 2005 2004 PASSIVO e PATR. LÍQUIDO CIRCULANTE: 2005 2004 2005 2004 CIRCULANTE Obrigações a pagar RECEITA OPERACIONAL BRUTA .. - 159.052 128.072 Disponibilidades 4.211 4.246 DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA Caixa e Bancos .......................... 311 98 1.272 2.231 Empréstimos e Financiamentos ...... 3.615 5.043 ( - ) Impos.s/Vendas, Devol. e Abatim. - (19.678) (13.267) Aplicações de Liquidez Imediata 1.855 3.677 11.578 16.338 Fornecedores .................................. 22 47 792 978 RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA - 139.374 114.805 2.166 3.775 12.850 18.569 Obrigações Sociais e Fiscais .......... Dividendos a Pagar ......................... 146 154 146 154 ( - ) CUSTO DOS PRODS. VENDIDOS - (123.756) (96.363) Créditos Realizáveis 2.965 9.897 LUCRO BRUTO ................................ - 15.618 18.442 Duplicatas a Receber Liquido .... - 13.529 14.335 Adiantamentos de Clientes ............. 2 45 544 DESPESAS OPERACIONAIS Impostos Diferidos ...................... 246 246 246 246 Outras Obrigações .......................... 712 780 4.213 6.766 Despesas com Vendas ..................... - (2.803) (2.281) Impostos a Recuperar ................ 3.517 3.119 9.210 10.114 Prov. p/ Obrig. Trabalhistas e Outras 130 637 Despesas Gerais e Administrativas .. (3.285) (2.697) (11.461) (9.756) Outros Créditos ........................... 258 617 667 731 Provisão p/ I.Renda e Contr. Social 880 983 16.117 28.265 Desps. Fin., Deduzidas as Receitas . 197 1.482 (73) 2.080 Estoques ..................................... - 12.860 19.415 Total Circulante ............................... Honorários da Administração ........... (401) (619) (401) (709) 4.021 3.982 36.512 44.841 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 1.117 1.648 ( 3.489) ( 1.834) (14.738) (10.666) Despesas Antecipadas ............... 5 6 58 39 Empréstimos e Financiamentos ...... 802 802 OUTRAS RECEITAS / DESP. OPER. 4.026 3.988 36.570 44.880 Impostos Diferidos .......................... 5 5 2.320 1.153 Resultado da Equiv. Patrimonial ....... (4.132) 12.490 (3.485) 6.712 Total Circulante .......................... 6.192 7.763 49.420 63.449 Outras Obrigações .......................... Total Exígivel a Longo Prazo ......... 5 5 4.239 3.603 Incentivos Fiscais – ICMS ................ 817 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO - 18.033 14.999 Outras .............................................. 491 466 2.155 2.400 Créd.c/Soc.Coligadas e Contr. ..... 211 1.955 - PARTICIPAÇÕES MINORITÁRIAS ... PATRIMÔNIO LÍQUIDO: 3.641 12.956 (1.330) 9.929 Outros Créditos e Valores ............ 144 822 2.757 3.812 ( 7.130) 11.122 ( 450) 17.705 Total Realizável a Longo Prazo 355 2.777 2.757 3.812 Capital Social .................................. 78.246 78.246 78.246 78.246 RESULTADO OPERACIONAL ......... Reservas de Capital ........................ 132 132 132 132 Resultado não Operacional PERMANENTE: 1.984 2.161 1.984 2.161 Receitas ........................................... 160 31 304 482 Investimentos ............................... 92.465 95.392 63.872 64.172 Reservas de Reavaliação ............... ( 183) (37) ( 183) (439) Imobilizado ................................... 2.268 2.604 22.471 22.375 Reservas de Lucros ........................ 20.033 27.009 20.033 27.009 Despesas ......................................... (23) (6) 121 43 Diferido ......................................... 264 607 Prejuizos Acumulados .................... 11.116 ( 329) 17.748 Total do Permanente ................... 94.733 97.996 86.607 87.154 Total do P. Líquido .......................... 100.395 107.548 100.395 107.548 RESULT. DO EXER.ANTES .TRIBUT. ( 7.153) - (2.154) (2.877) Total do A T I V O .......................... 101.280 108.536 138.784 154.415 Total do PASSIVO e PATR.LÍQUIDO 101.280 108.536 138.784 154.415 ( - ) Provisão p/IR e Contr.Social ...... Lucro Líquido do Exercício ............. ( 7.153) 11.116 (2.483) 14.871 As notas explicativas são partes integrantes das demonstrações contábeis ( - ) Participações Minoritárias ....... (3.351) (3.755) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido Exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 - (em milhares de reais) = Particip. dos Acion.Controladores (5.834) 11.116 Capital Reserva de Lucros Quant. de ações do Capital Social . 12.647.103 12.647.103 Social Reservas Reservas de Reserva Reservas de Lucros Resultado Líquido por Ação em R$ ( 0,57) 0,88 Realizado de Capital Reavaliação Legal Lucros a Real. Acumulados Totais As notas explicativas são partes integrantes das demonstrações contábeis Saldos em 31 de Dezembro de 2003 ................................ 73.245 132 2.338 4.074 11.642 - 91.431 Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos - Exercícios Aumento de Capital ............................................................. 5.001 5.001 Realização de Reservas de Reavaliação (177) 177 Findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 - (em milhares de reais) Resultado Líquido do Exercício findo em 31/12/2004 ........ 11.116 11.116 Controladora Consolidado Destinação do Lucro, Propostas pela Administração 2005 2004 2005 2004 - Constituição de Reserva Legal ........................................ 556 (556) - ORIGENS DE RECURSOS - Constituição de Reserva de Lucros a Realizar (nota 12) 10.737 (10.737) - Das operações: Saldos em 31 de Dezembro de 2004 ................................ 78.246 132 2.161 4.630 22.379 - 107.548 (Prejuízo) / Lucro do exercício ................... ( 7.153) 11.116 ( 5.834) 11.116 Realização de Reservas de Reavaliação ........................... (177) 177 - Desp.(receitas) que não afetam o CCL: Reversão de Reservas pelo Recebimento de Dividendos Depreciação e amortização ...................... 240 230 4.155 2.664 de Sociedade Controlada – Springer Investments Corp. .. ( 871) 871 Custo Residual de Invests. Baixados ........ 1.109 1.616 Resultado Líquido do Exercício findo em 31/12/2005 ........ ( 7.153) (7.153) Custo Residual de Imobilizado Baixado ... 183 37 1.513 510 Rever. de Res.Legal p/Compens. de Prejs. do Exercício .... - (4.630) 4.630 Partic. nos Res. de Soc.Colig. Contr. MEP 4.132 (12.490) 3.485 (6.712) Revers. de Res.de Luc.a Real. p/Compens. de Prej. do Exer. (1.475) 1.475 Dividendos Receb. de Soc. Colig. Cont. ... 871 2.775 - 2.775 Saldos em 31 de Dezembro de 2005 ................................ 78.246 132 1.984 20.033 - 100.395 Participações Minoritárias no Resultado .. 3.351 3.755 As notas explicativas são partes integrantes das demonstrações contábeis Ajuste de exercícios anteriores ................. - ( 1.636) Recursos originados das operações ...... ( 618) 3.284 5.034 14.108 Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis - Exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 - ( em milhares de reais) 1 - Contexto Operacional - A atividade preponderante da Companhia (Método Pleno)-As demonstrações contábeis integralmente consolidadas Dos Acionistas: Integralização por Aumento de Capital ..... 5.000 - 5.000 consiste basicamente na participação societária de outras Companhias, foram preparadas de acordo com os princípios de consolidação presentes 5.000 - 5.000 no contexto de coligação e/ou controle. na legislação societária e na instrução 247/96 da CVM e abrangem as Recursos oriundos dos acionistas ......... De terceiros: 2 - Apresentação das Demonstrações Contábeis - As demonstrações demonstrações contábeis da SPRINGER S/A e de suas controladas: • Aumento do exigível a longo prazo ........... 1.167 2.450 da controladora e consolidado foram elaboradas em consonância com as Springer Plásticos da Amazonia S/A. • ZIEMANN LIESS – Máquinas e Redução do realizável a longo prazo ........ 2.422 1.138 1.055 disposições da Lei das Sociedades por Ações e Instruções da CVM - Equipamentos Ltda e; • Springer Investments Corporation , onde foram 1.138 2.222 2.450 Comissão de Valores Mobiliários, sendo que, face ao advento da Lei n.º adotados os seguintes procedimentos: Eliminação da equivalência da Recursos originados de terceiros .......... 2.422 Total das origens: ................................... 1.804 9.422 7.256 21.558 9249/95, as mesmas não contemplam o reconhecimento dos efeitos controladora contra a correspondente participação no resultado das inflacionários a partir de 1º de janeiro de 1996. Em decorrência, os balanços investidas; Destaque da participação dos acionistas minoritários no patrimônio APLICAÇÕES DE RECURSOS 1.900 3.185 1.900 patrimoniais e as demonstrações de resultados resultam de simples líquido e no resultado do exercício das empresas consolidadas; Eliminação No ativo permanente: Investimentos ....... 3.185 Imobilizado ........... 87 168 5.344 7.524 acumulação dos valores nominais das transações. Na elaboração das dos saldos correspondentes às operações entre as empresas consolidadas. No Diferido ........... 78 9 demonstrações contábeis da companhia e demonstrações contábeis 4 – Impostos a Recuperar Controladora Consolidado 2.068 8.607 9.433 consolidadas, é necessário utilizar estimativas para contabilizar certos 2005 2004 2005 2004 Recursos aplicados no ativo permanente 3.272 ativos, passivos e outras transações. As demonstrações contábeis da Antecipação de IRPJ e CSLL .................... 374 374 417 477 Com terceiros e acionistas: Distribuição de lucros ............................... companhia e as demonstrações contábeis consolidadas incluem, portanto, IRRF - a Recuperar - DIJP 1997 a 2003 .... 2.880 2.333 2.880 2.462 Aumento do Realizável a Longo Prazo ..... 486 - 1.234 várias estimativas referentes à seleção das vidas úteis do ativo imobilizado, IRRF - sobre aplic. financeiras a recuperar 72 243 100 255 Redução do exigível a longo prazo ........... 530 provisão necessária para passivos contingentes, determinações de IPI e ICMS a Recuperar ............................ - 5.149 4.636 486 530 1.234 provisões para o IR e outros similares. Os resultados reais podem apresentar IRPJ + CSLL a Compensar ........................ 191 169 364 1.294 Recursos aplic. em terceiros e acionistas Total das aplicações: .............................. 3.272 2.554 9.137 10.667 variações em relação às estimativas. PIS e COFINS a Compensar e Recuperar . 300 960 6.868 (1.881) 10.891 3 - Resumo das Principais Práticas Contábeis - a.Correção Monetária Outros impostos a Recuperar ................... 30 Aumento (redução)do cap.circ.líquido: .. ( 1.468) A partir de 1º de janeiro de 1996 foi extinta a correção monetária de balanço. 3.517 3.119 9.210 10.114 DEMONS. DA VARIAÇÃO DO CAP.CIRC. LÍQ. Ativo circulante: No início do exercício .. 7.763 11.570 63.449 46.777 Portanto, as contas do ativo permanente, patrimônio líquido e demais contas 5 – Estoques Controladora Consolidado No final do exercício .... 6.192 7.763 49.420 63.449 sujeitas à correção monetária mediante a aplicação de índices oficiais, 2005 2004 2005 2004 (1.571) (3.807) (14.029) 16.672 estão com os valores atualizados até 31 de dezembro de 1995. b. Produtos Acabados .................................... 516 893 Passivo circulante:No início do exercício 983 11.658 28.265 22.484 Aplicações financeiras-Registradas ao custo acrescido dos rendimentos Produtos em Elaboração ............................ - 2.455 4.663 No final do exercício 880 983 16.117 28.265 incorridos até a data do balanço, que não supera o valor de mercado. c. Matérias Primas e Componentes ................ - 8.994 11.309 ( 103) (10.675) (12.148) 5.781 Investimentos-Contabilizados ao custo corrigido, sendo que os Materiais Auxiliares, Embalagens e Outros 782 1.135 Variação do capital circulante líquido: .. (1.468) 6.868 ( 1.881) 10.891 investimentos em Sociedades Controladas e Coligadas foram avaliados Adiantamentos para Compra de Estoques. 113 1.415 pelo método de equivalência patrimonial. As Sociedades Controladas estão - 12.860 19.415 1.636 e refletido do mesmo na controladora em 80,6528% decorrentes de sua compondo as Demonstrações Contábeis Consolidadas. d. Imobilizado-O Os estoques (consolidados) estão avaliados ao preço de custo de aquisição participação. imobilizado está demonstrado pelo custo de aquisição, construção ou, ou produção, sendo que os mesmos não excedem ao valor de mercado ou Demonstração da conciliação da diferença: quando aplicável, ao valor reavaliado, corrigido monetariamente. A depreciação de reposição. a)- CONTROLADORA: Prejuízo Líquido do Exercício (7.153) foi calculada pelo método linear, pro-rata-temporis com base no tempo de 6 – Investimentos Controladora Consolidado b)- (-) Ajuste de Exerc. Anterior em Sociedade Controlada: vida útil estimado dos bens, a taxas conforme demonstrado na Nota 7. e. 2005 2004 2005 2004 Springer Plásticos da Amazônia S/A: Reserva de reavaliação- Decorrente de reavaliação promovida em ativos Empresas colig. e contr.(avaliadas ao MEP)92.346 95.272 63.736 64.036 - Baixa de Projetos em andamento paralizados, proprios, notadamente terrenos e edificações, imóveis estes que Participações em outras empresas anteriores a 1998 735 posteriormente foram conferidos em integralização de aumento de capital (ao método de Custos) ............................ 288 119 120 136 136 - Baixa de Ativo Diferido – Projeto Blister 2003 – cancelado subscritos na coligada Springer Carrier Ltda. A realização dessa reserva se Total da Controladora ............................ 92.465 95.392 63.872 64.172 - Prov.de 70% p/Perdas de Empr. Compulsórios Eletrobrás 300 dá com base na depreciação dos bens correspondentes, a taxa de 4% ao Os montantes demonstrados sobre esta rúbrica, preponderam dos - Baixa de impostos a recuperar, valor prescrito em 1999. 139 ano sobre edificações, resultando neste período o montante de R$ 177 mil Investimentos de Participação da Controladora nas Controladas abaixo - Baixa de Direitos de Uso de Linhas Telefônicas. 70 (2004 = R$ 177 mil), sendo que não houve outras formas de realização desta demonstradas, cujos valores eliminados na Consolidação foram de R$ - Baixa de Obras em Andamento 2002 -2001 - canceladas 73 reserva neste exercício de 2005. f. Demonstrações Contábeis Consolidadas 28.610 em 2005 e R$ 31.236 em 2004 - Const.de Provisão-Contas a Receber-pendência antiga 31 1.636 Investimentos em Empresas Coligadas e Controladas (avaliadas ao MEP) Patrimônio Resultado do Soma dos ajustes: 80,6528% 1.319 % Particip. Ações / quotas ( em Mil) Capital Líquido Período Findo Participação da controladora (5.834) da Springer Ações Quotas Social 31/12/05 em 31/12/05 c) – CONSOLIDADO: Prejuízo Líquido do Exercícios Springer Plásticos da Amazônia S/A ........................ 80,6528% 1.832 16.262 9.452 ( 4.624) 13 - Seguros Contratados - Em 31/12/2005, a Companhia e suas Coligadas e Springer Carrier Ltda ................................................ 19,1400% 88.736 88.736 252.565 (14.658) Controladas mantém apólices de seguros visando a cobertura de riscos operacionais Ziemann-Liess Máquinas e Equipamentos Ltda ........ 50,0940% 21.560 21.560 32.470 8.507 compreendendo seus estoques, equipamentos, imóveis e responsabilidade civil, Springer Investments Corporation ............................ 100,0000% 2.020 2.341 4.721 140 junto a Instituições Seguradoras Nacionais em valores considerados pela sua Plastwal Indústria de Plásticos S/A ......................... 47,4643% 43.500 43.500 32.310 ( 583) administração, suficientes a eventual cobertura de sinistros. PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Movimentação dos Investimentos no Período ........ Saldos ( + )Entradas ( - )Saídas ( - ) Dividendos Equiv. Saldos (Valores citados no parecer, expresso em R$ mil) 31/12/2004 no Período no Período Recebidos Patrimonial 31/12/2005 Empresas Coligadas e Controladas À Administração e Acionistas da SPRINGER S/A - São Paulo - SP Springer Plásticos da Amazônia S/A ........................ 12.672 ( 5.048) 7.624 1. Examinamos o balanço patrimonial da SPRINGER S/A controladora e Springer Carrier Ltda ................................................ 51.147 ( 2.806) 48.341 consolidado, levantado em 31 de dezembro de 2005 e as respectivas Ziemann-Liess Máquinas e Equipamentos Ltda ....... 12.004 4.261 16.265 demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e Springer Investments Corporation ............................ 6.561 ( 1.109) ( 871) 140 4.721 aplicações de recursos, correspondentes ao exercício findo naquela data, Plastwal Indústria de Plásticos S/A .......................... 12.829 3.185 ( 679) 15.335 elaboradas de acordo com a legislação societária, sob responsabilidade de sua 95.213 3.185 (1.109) ( 871) (4.132) 92.286 administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas + Agio = Springer Plásticos da Amazônia S/A ......... 3.833 3.833 demonstrações contábeis. As demonstrações contábeis do exercício findo em 31 (-) Deságio = Ziemann – Liess ................................. (3.774) (3.774) de dezembro de 2004, apresentadas para fins de comparação, também foram por 95.272 3.185 (1.109) ( 871) (4.132) 92.345 nós auditadas, cujo parecer foi emitido em 24 de março de 2005 conteve ressalvas. Outros Investimentos (Incentivos Fiscais) ........... 120 120 2. As demonstrações contábeis das empresas controladas Springer Plásticos da Total ......................................................................... 95.392 3.185 (1.109) ( 871) (4.132) 92.465 Amazônia S/A e Ziemann Liess Máquinas e Equipamentos Ltda., utilizadas para consolidação cujos investimentos diretos totais montam em R$ 23.889 e o resultado Comentários: Entradas: Plastwal, refere-se a integralização de capital ações conforme segue: subscrito na mesma, promovido por AGE em 22 de março de 2005. Tipo e Classes Quantidade de Ações líquido na participação desses investimentos foi de R$ 787 negativo, (Nota. 6) 2005 2004 foram auditadas por outros auditores independentes, e os pareceres respectivos Saídas: Springer Investments Corporation, refere-se a redução do capital 9.445.023 9.445.023 daqueles auditores, foram emitidos sem ressalvas em 14 de março e 31 de Janeiro que deu-se na mesma, em jan./2005. Os recursos desta redução Ordinárias ............................................. 2.561.664 2.561.664 de 2006. Nossa opinião, no que se refere aos valores desses investimentos e os complementados por recursos de disponibilidades próprias, foram Preferenciais – Classe “A” .................... Preferênciais – Classe “B” .................... 640.416 640.416 resultados decorrentes, baseia-se nos pareceres daqueles auditores. 3. Nosso canalizados para a integralização na Plastwal. 12.647,103 12.647,103 exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria e compreendeu: a) o 7 – Imobilizado 7,94 8,50 planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de C o n t r o l a d o r a Valor Patrimonial por Ação (em R$) ....... transações e o sistema contábil e de controles internos da Companhia; b) a 2005 2004 As Ações Preferenciais Classe “A”, tem prioridade na distribuição de constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam dividendos na ordem de 12% sobre o Capital Próprio, e as Ações Taxa a. de Custo (-)Deprec. Total os valores e as informações contábeis divulgadas; e c) a avaliação das práticas e Deprec. % Corrigido Acum. Líquido Total Preferenciais Classe “B”, tem prioridade na distribuição de dividendos na das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Terrenos ..................... 489 489 489 ordem de 30% sobre o Lucro Líquido do Exercício, proporcional a Empresa, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas Edifícios ..................... 4% 3.044 1.556 1.488 1.610 participação no Capital da Companhia. Reservas de Lucros a Realizar: em conjunto. 4. As demonstrações contábeis da coligada Springer Carrier Ltda, Móveis e Utensílios .... 10% 196 96 100 117 Decorrentes de Resultados obtidos com Participações Societárias oriundos não utilizada para consolidação cujo investimento direto monta em R$ 48.341 e o Veículos ...................... 20% 182 152 30 201 da aplicação do MEP - Método da Equivalência Patrimonial, normalmente resultado líquido na participação desse investimento foi de R$ 2.806 negativo, Instalações ................. 10% 228 107 121 142 tem a sua realização em função do recebimento de dividendos ou pela (Nota. 6) foi auditada por outros auditores independentes, e os exames tiveram o Equip.de Informática ... 20% 75 56 19 23 alienação de Investimentos das Coligadas Controladas. Neste exercício, contexto de revisão limitada nos moldes da NPA-04 do IBRACON – Revisão a reversão desta Reserva de Lucros a Realizar no valor de R$ 1.475 Bens Intangíveis ......... 20% 36 15 21 22 houve objetivando compensar o prejuízo do exercício em vista de que o mesmo Limitada de Demonstrações Contábeis, onde no parecer daqueles auditores, os Total ........................... 4.250 1.982 2.268 2.604 tem como maior origem também os resultados negativos de Participações mesmos informam que baseados na revisão limitada, não ob tiveram conhecimento C o n s o l i d a d o Societárias avaliadas pelo MEP. No exercício anterior, findo em 2004 o de qualquer modificação relevante que fosse necessária ser efetuada nas 2005 2004 valor da Reserva constituída foi de R$ 10.737.Reserva Legal: O saldo Demonstrações Contábeis da Springer Carrier Ltda. Nossa opinião, no que se Taxa a. de Custo (-)Deprec. Total anterior no valor de R$ 4.630 em conformidade com o parágrafo único do refere aos valores desses investimentos e os resultados decorrentes, baseia-se Deprec. % Corrigido Acum. Líquido Total artigo 189 da Lei 6.404/76, foi totalmente revertido objetivando a no parecer de contexto de Revisão Limitada daqueles auditores. As demonstrações contábeis da coligada Plastwal Indústria de Plasticos S/A em 31 de dezembro de Terrenos ..................... 551 551 551 compensação dos prejuízos do exercício. Edifícios .................... 4% 12.583 8.150 4.433 4.759 10 - Instrumentos Financeiros - A Companhia participa de operações 2005 utilizada para fins de ajuste de equivalência patrimonial que resultou em Máquinas e Equip. ..... 10% 37.434 24.501 12.933 10.748 envolvendo instrumentos financeiros que, sem exceção se apresentam perda de R$ 679 e cujo investimento direto monta em R$ 15.336 não foi por nós em nem por outros auditores independente, inclusive nos períodos dos Móveis e Utensílios ... 10% 8.409 6.385 2.024 742 registrados em contas patrimoniais, que se destinam a atender suas auditada exercícios anteriores.Também as demonstrações contábeis da controlada Springer Veículos ..................... 20% 978 554 424 458 atividades operacionais. A administração desses riscos é efetuada Investments Corporation em 31 de dezembro de 2005, expressas em Dólares estrategicamente através do estabelecimento de sistemas de controles e Instalações ................ 10% 4.949 3.848 1.101 1.034 Americanos, apresentadas para fins de conversão em Reais e utilizada para o Benfeitorias ............... 4% 551 381 170 191 determinação de limites de posições. O valor contábil dos instrumentos ajuste de equivalência patrimonial e consolidação, resultou em ganho de R$ 140 Equip. de Informática . 20% 2.233 1.885 348 350 financeiros da Companhia, representados principalmente por títulos e e cujo investimento direto monta em R$ 4.721 não foi por nós auditada e nem por valores mobiliários em aplicações financeiras, créditos realizáveis, Projetos Industriais ... 10% 790 790 734 Investimentos em Sociedades Coligadas e Controladas, e por Transações outros auditores independentes, inclusive nos períodos dos exercícios anteriores. Bens Intangíveis ....... 20% 700 321 379 194 com Partes Relacionadas, equivalem, aproximadamente, ao seu valor de Os valores dos investimentos da SPRINGER S/A acima mencionados são Imob. em Andamento . 108 108 2.614 mercado na data do encerramento de balanço. A Companhia não se utiliza relevantes, e pelas razões dos mesmos não estarem submetidos a exames de Total .......................... 69.286 46.815 22.471 22.375 instrumentos financeiros em operações de troca de índices (SWAP) ou outros auditores independentes, ficamos impedidos de opinar sobre aqueles valores 8 - Transações com Partes Relacionadas – Créditos com coligadas e que envolvam operações na modalidade de Derivativos. 11 – Benefícios a e suas influências nos Resultados e no Patrimônio da SPRINGER S/A, controladora controladas: Destacam-se operações de empréstimos por contratos de Empregados - A Companhia, não oferece a seus empregados benefícios e consolidado. 5. Em nossa opinião, com base em nossos exames, bem como nos mútuos no montante de R$ 211 (R$ 1.955 em 2004) para a controlada na modalidade de Plano de Previdência Privada. Os benefícios oferecidos pareceres de outros auditores independentes, revisões completas e limitada, com Springer Plásticos da Amazônia S/A. O Instrumento Mútuo é remunerado englobam basicamente: • Seguro de Vida, • Assistência Médica, • Vale exceção dos nossos comentários feitos no parágrafo 4 acima, as demonstrações contábeis referidas no primeiro parágrafo representam, adequadamente, em todos a taxa de 0,5% acima do CDI. Do saldo anterior, houve a amortização no Transporte, • Cestas Básicas e • Vale Refeições. 12 – Conciliação da diferença entre o resultado da controladora e o os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da SPRINGER S/A montante total de R$ 1.744. resultado consolidado: A diferença no valor de R$ 1.319 abaixo composta (Companhia e Consolidado) em 31 de dezembro de 2.005, e o respectivo resultado 9 - Capital Social - O capital social, no valor de R$ 78.246 mil, e detalhada decorre do efeito de ajustes de exercícios anteriores feitos na de suas operações, as mutações do seu patrimônio líquido e as origens e aplicações totalmente subscrito e integralizado, está representado por 12.647.103 Sociedade Controlada Springer Plásticos da Amazônia S/A no valor de R$ de seus recursos, correspondentes ao exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DIRETORIA São Paulo, 29 de março de 2006. Rogério Pinto Coelho Amato Walter Sacca - Diretor Presidente Paulo Cesar R. Peppe Presidente do Conselho de Administração Contador CRC-SP nº 1SP095009/O-5 Manuel Fernandes dos Ramos Varanda-Dir. de Relações com Investidores Mário Amato - 1º Vice-Presidente Manuel Fernandes dos Ramos Varanda - Tec.Cont. CRC-1SP121161/O-0 João Luiz Baitelo Walter Sacca - 2º Vice-Presidente CRC-SP nº 2SP021055/O-1 Contador CRC-SP nº 1SP144392/O-8

Construtora CENTENÁRIO S.A. Empreendimentos e Participações CNPJ/MF nº 43.382.027/0001-07

RELATÓRIO DA DIRETORIA Prezados Senhores: Em atendimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas., o Balanço Patrimonial e demais demonstrações contábeis referentes ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005. Colocamo-nos à inteira disposição dos senhores acionistas para quaisquer esclarecimentos julgados necessários. A Diretoria BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em Reais) 2005 2004 PASSIVO CIRCULANTE 1.445.161 1.391.161 Fornecedores – 100.692 Salários e Encargos a Pagar 1.445.161 1.491.853 Processos Trabalhistas Impostos, Taxas e Contribuições REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Empréstimos à Associadas 7.157.833 9.263.999 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO Depósitos Judiciais 89.716 72.698 Impostos a Recolher – REFIS 7.247.549 9.336.697 Contas a Pagar Provisão para perdas em investimentos PERMANENTE Investimentos em Controladas 31.876.376 23.772.495 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Imobilizado 727.293 727.660 Capital Realizado 32.603.669 24.500.155 Reserva Legal Prejuízos Acumulados

ATIVO CIRCULANTE Clientes Outros Ativos Circulantes

TOTAL DO ATIVO

41.296.379 35.328.705 TOTAL DO PASSIVO As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações

2005

2004

1.444.909 856.093 2.398.019 1.258 4.700.279

2.526.508 1.494.277 2.398.019 522 6.419.326

2.744.033 11.740.423 17.524.841 32.009.297

2.491.308 9.192.482 17.223.837 28.907.627

106.640.101 528.703 (102.582.001) 4.586.803 41.296.379

106.240.101 528.703 (106.767.052) 1.752 35.328.705

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO PARA OS ANOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em Reais) Capital Realizado Reserva Prejuízos Acumulados Total SALDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2003 106.240.101 528.703 (106.736.653) 32.151 Resultado do Período – – (30.399) (30.399) SALDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2004 106.240.101 528.703 (106.767.052) 1.752 Aumento de Capital 400.000 – – 400.000 Resultado do Período – – 4.185.051 4.185.051 SALDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 106.640.101 528.703 (102.582.001) 4.586.803 As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS PARA OS ANOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em Reais) 1. CONTEXTO OPERACIONAL – A sociedade tem por objeto a constru- outros - 20%. c) Propriedades Imobiliárias: As propriedades imobiliárias ção, incorporação, comércio e administração de imóveis; administração de tiveram seus valores avaliados a valor de mercado, de acordo com laudo empresas, de bens próprios ou de terceiros; importação ou exportação de fundamentado de empresa especializada. equipamentos para seu uso, pertinentes ao serviço que vier a executar; 4.TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS - Os saldos com empreparticipação em outras sociedades. 2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONS- sas associadas são representados por contratos de mútuo, como segue : TRAÇÕES CONTÁBEIS – As demonstrações contábeis foram elaboradas Saldos a Receber/a Pagar 2005 2004 de acordo com a Lei nº 6.404/76 – Lei das Sociedades por Ações e Legis- Cetenco Engenharia S.A. 7.652.240 7.650.844 lação Fiscal. 3. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS – a) Investimen- Fazenda Campo Alegre S.A. (3.241.205) (1.134.543) tos: As participações em controladas e coligadas foram avaliadas pelo Planoar Empreendimentos Ltda. 1.239.861 1.239.861 método de equivalência patrimonial; b) Imobilizado: Está registrado ao Centenor Empreendimentos S.A. (900) custo monetariamente corrigido até 1995, sendo depreciado pelo método Minérios Centurião S.A. 2.937.440 2.937.440 linear às seguintes taxas anuais: máquinas e equipamentos, móveis e uten- Monções Participações Ltda. (1.429.603) (1.429.603) sílios - 10%; veículos, instalações, benfeitorias em imóveis de terceiros e 7.157.833 9.263.999 5. INVESTIMENTOS Participação em Controladas/Coligadas Resultado da Participação Controladas e Coligadas 2005 2004 2005 2004 Cetenco Engenharia S.A. 25.166.849 17.562.274 7.604.575 220.573 Centenor Empreendimentos S.A. 1.906.556 1.111.758 794.792 (1.132.776) Fazenda Campo Alegre S.A. 4.882.604 4.882.604 (301.004) (84.459) Planoar Empreendimentos Ltda. – – – – Minérios Centurião S.A. – – – – Monções Participações Ltda. 181.722 215.852 (34.129) (54.502) Constituída provisão para perdas no investimento na controlada Planoar Empreendimentos Ltda. (R$ 4.462.313 em 2.005 e R$ 4.160.863 em 2.004), Marina Porto de Angra S/A ( R$ 3.728 em 2.005 e R$ 3.728 em 2.004), Minérios Centurião S/A (R$ 13.059.245 em 2.005 e R$ 13.059.245 em 2.004),

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO PARA OS ANOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em Reais) 2005 2004 PARTICIP. RESULTADO DE CONTROL./COLIG. 7.802.877 (1.051.157) DESPESAS OPERACIONAIS Despesas Administrativas (638.601) (497.733) Depreciações (366) (366) Outras Despesas Operacionais (19.786) – Impostos e Taxas (60.035) – Despesas Financeiras Líquidas (411.535) 2.108.334 (1.130.323) 1.610.235 LUCRO/(PREJUÍZO) OPERACIONAL 6.672.554 559.078 Receitas (Despesas) Não Operacionais (2.487.503) (589.477) LUCRO/(PREJUÍZO) DO ANO 4.185.051 (30.399) LUCRO/(PREJUÍZO) P/ MIL AÇÕES DO ANO 0,13 (0,21) As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS P/ OS ANOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em Reais) 2005 2004 Reclassificado ORIGENS DOS RECURSOS 6.674.199 (30.399) Diminuiçao do ARLP 2.089.148 Resultado do Exercício 4.185.051 (30.399) (+) Aumento de Capital 400.000 APLICAÇÕES DE RECURSOS 5.001.843 599.434 Aumento de Direitos do ARLP – 2.073.685 Transf. do PELP p/ Passivo Circulante 1.296 Itens que não requerem Movimentação CCL: (-) Depreciação (366) (366) (-) Variações Monetárias PELP (2.801.964) (422.728) (-) Perda por Equivalência Patrimonial (596.490) (1.051.157) (+) Ganho por Equivalência Patrimonial 8.399.367 – AUMENTO (DIMINUIÇÃO) DO CCL 1.672.356 (629.833) REPRESENTADO POR: Capital Circulante Final (3.255.118) (4.927.474) Capital Circulante Inicial (4.927.474) (4.297.641) VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRC. LÍQUIDO 1.672.356 (629.833) As notas explicativas são parte integrante destas demonstrações. devido ao Patrimônio Líquido Negativo. 6. IMOBILIZADO 2005 2004 724.912 724.912 168.976 208.788 1.866.338 1.956.874 (2.032.932) (2.162.914) 727.293 727.660 7. CAPITAL SOCIAL – É representado por 33.479.330.910 ações ordinárias sem valor nominal. O Estatuto Social prevê a distribuição de dividendo mínimo obrigatório de 5% (cinco por cento) do lucro líquido ajustado conforme disposto na Lei das Sociedades por Ações. Propriedades Imobiliárias Máquinas, Equipamentos e Veículos Móveis, Utensílios e Instalações Menos Depreciação Acumulada

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO E DIRETORIA Luiz Carlos Magalhães – Téc. em Contabilidade CRC 1SP 063.429/O-0


DIÁRIO DO COMÉRCIO

16

quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, 20, 21, 22 e 23 de abril de 2006

Eles (os Estados Unidos) não vão pegar nosso petróleo. Hugo Chávez, presidente da Venezuela.

Internacional CHÁVEZ-BOMBA:

Reuters/Miraflores Palace

"Se nos fizerem mal... vamos explodir nossos campos de petróleo" Apesar de a maioria dos observadores internacionais e dos próprios Estados Unidos dizerem que a idéia não passa de fantasia, Chávez diz que Bush pretende atacar a Venezuela.

A

Cygnus Holdings S.A. Empresa da Organização Bradesco CNPJ 07.134.556/0001-10 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP Relatório da Diretoria Senhores Acionistas, Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas. o Balanço Patrimonial, bem como as Demonstrações do Resultado, das Mutações do Patrimônio Líquido e das Origens e Aplicações de Recursos, relativos ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, acompanhados das Notas Explicativas e Relatório dos Auditores Independentes sobre a revisão limitada. Colocamo-nos à disposição de V.Sas. para quaisquer esclarecimentos que julgarem necessários. Cidade de Deus, 21 de fevereiro de 2006 Diretoria

Balanço Patrimonial em 31 de dezembro - Em Reais mil AT IV O

2005

Demonstração do Resultado - Em Reais mil

PASSIVO

2005

CIRCULANTE ................................................................ Disponibilidades .......................................................... Bancos ..........................................................................

7.694 2 2

CIRCULANTE ................................................................

6.327

Dividendos Propostos a Pagar ...................................

6.327

Aplicações Financeiras .............................................. Aplicações Financeiras ...............................................

1.365 1.365

PATRIMÔNIO LÍQUIDO .................................................

490.942

Outros Créditos ............................................................ Dividendos a Receber .................................................

6.327 6.327

ATIVO PERMANENTE ................................................. Investimentos em Controladas ...................................

489.575 489.575

TOTAL .............................................................................

497.269

Capital: - De Domiciliados no País ..........................................

6.831

Reserva de Capital .......................................................

463.799

Reservas de Lucros .....................................................

20.312

TOTAL .............................................................................

Exercício findo em 31 de dezembro 2005 RECEITAS OPERACIONAIS ....................................... Resultado de Equivalência Patrimonial .................... Outras Receitas Operacionais .................................... DESPESAS OPERACIONAIS .................................... Despesas Tributárias ................................................... Despesas Gerais e Administrativas .......................... Serviços Prestados ..................................................... RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO ..................... IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL .. LUCRO DO EXERCÍCIO ...............................................

26.644 26.639 5 (5) (1) (2) (2) 26.639 – 26.639

Quantidade de Ações .................................................. Lucro por lote de mil ações - em R$ .........................

6.836.147 3,90

497.269

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos - Em Reais mil

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - Em Reais mil RESERVA DE CAPITAL CAPITAL SOCIAL

EVENTOS

SALDOS EM 31.12.2004 ..................................................

1

Exercício findo em 31 de dezembro 2005

RESERVAS DE LUCROS

ÁGIO NA EMISSÃO DE AÇÕES

LEGAL

ESTATUTÁRIA

LUCROS ACUMULADOS

TOTAIS

1

Aumento de Capital ..........................................................

6.830

6.830

Àgio na Emissão de Ações .............................................

463.799

463.799

LUCRO DO EXERCÍCIO ....................................................

26.639

26.639

Reservas ............................................................................

1.332

18.980

(20.312)

Dividendos Propostos ......................................................

(6.327)

(6.327)

SALDOS EM 31.12.2005 ..................................................

6.831

463.799

1.332

18.980

490.942

DESTINAÇÕES:

ORIGEM DOS RECURSOS ......................................... LUCRO LÍQUIDO ........................................................... AJUSTES AO LUCRO LÍQUIDO .................................. Resultado de Equivalência Patrimonial .................... RECURSOS DE ACIONISTAS .................................... Aumento de Capital ..................................................... Ágio na Emissão de Ações ........................................ Dividendos a Receber ................................................. APLICAÇÃO DOS RECURSOS .................................. Dividendos Propostos ................................................. Investimentos ............................................................... AUMENTO NO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO .....

476.956 26.639 (26.639) (26.639) 476.956 6.830 463.799 6.327 475.590 6.327 469.263 1.366

VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO: ATIVO CIRCULANTE .................................................... No Início do Exercício ................................................. No Fim do Exercício .................................................... PASSIVO CIRCULANTE .............................................. No Início do Exercício ................................................. No Fim do Exercício .................................................... AUMENTO NO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO .....

7.693 1 7.694 6.327 – 6.327 1.366

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras 1)

2)

3)

4)

5)

CONTEXTO OPERACIONAL A Cygnus Holdings S.A. (nova denominação social da Cygnus Holdings Ltda.) é uma empresa que tem por objetivo a participação como sócia ou acionista em outras sociedades, bem como a aquisição e transferência de participações societárias. A Cygnus Holdings S.A. é parte integrante da Organização Bradesco, utilizando-se de seus recursos administrativos e tecnológicos e suas demonstrações financeiras devem ser entendidas neste contexto. Através de Instrumento Particular de Alteração do Contrato Social de 18 de janeiro de 2005, deliberou-se a transformação do tipo societário de sociedade comercial por cotas de responsabilidade limitada em sociedade anônima , modificando-se sua denominação social de Cygnus Holdings Ltda. para Cygnus Holdings S.A.

Empresas controladas Alvorada Serviços e Negócios Ltda (1) (2) Ezibrás Imóveis e Representações Ltda (1) (2)

6)

PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Apuração do resultado As receitas e despesas são apropriadas de acordo com o regime de competência, observando-se o critério “pró-rata” dia para as de natureza financeira. b) Ativos e Passivos Os ativos foram demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias (em base”pro-rata” dia) auferidos. Os passivos incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e variações monetárias (em base”pro-rata ” dia) incorridos. c) Investimentos Os investimentos em controladas, foram avaliados pelo método de equivalência patrimonial. d) Imposto de Renda e Contribuição Social A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida de adicional de 10%, quando aplicável. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes. APLICAÇÕES FINANCEIRAS A carteira de Aplicações Financeiras está representada em 31 de dezembro de 2005, por ações de renda variável de Companhias Abertas. Em 31 de dezembro de 2005 a empresa não possuía operação com instrumentos financeiros derivativos. INVESTIMENTOS Os ajustes decorrentes da avaliação pelo método de equivalência patrimonial dos investimentos foram registrados em contas de resultado, sob a rubrica de “Resultado de Equivalência Patrimonial” e corresponderam no exercício findo em 31 de dezembro de 2005 a R$ 26.639 mil.

Diretores Samuel Monteiro dos Santos Júnior Marcos Suryan Neto Ivan Luiz Gontijo Júnior Haydewaldo Roberto Chamberlain da Costa

Josimar Rodrigues de Siqueira Contador CRC 1SP222731/O-0

282.255 231.025

– –

– 268.968 – 200.295

100,00 89,74

19.206 14.343

PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) O capital social, totalmente subscrito e integralizado é representado por 6.836.147 ações ordinárias, Classe A, nominativas - escriturais, sem valor nominal. b) Movimentação do capital social em ações: Valor Eventos Quantidades R$ mil Capital Inicial em 31/12/2004 1.000 cotas Conversão em Ações ............. 1.000 ações (1) Aumento de Capital ................ 1.364.691 ações (1) Aumento de Capital ................ 5.470.456 ações (2) Capital Final em 31/12/2005 ... 6.836.147 ações

1 1 1.365 5.465 6.831

(1) O Instrumento Particular de Alteração do Contrato Social de 18 de janeiro de 2005, além da transformação do tipo societário de sociedade comercial em sociedade anônima, deliberou que as 1.000 (mil) cotas, do valor nominal de R$ 1,00 (um real) cada uma, fossem transformadas em 1.000 (mil) ações ordinárias, Classe A, nominativas - escriturais, sem valor nominal e aumentar o capital social no valor de R$ 1.365 mil, com a emissão de 1.364.691 novas ações ordinárias, Classe A, nominativas - escriturais, sem valor nominal, mediante a conferência de 18.191.148, ações ordinárias, nominativas escriturais de emissão de Cias. Abertas. (2) A Assembléia Geral Extraordinária de 28 de dezembro de 2005 deliberou aumento de capital com a emissão de 5.470.456 novas ações ordinárias, Classe A, nominativas escriturais, sem valor nominal, subscritas em sua totalidade pela empresa Nova Marília Administração de Bens Móveis e Imóveis Ltda., mediante a conferência de bens de sua propriedade, conforme segue: a) 268.968.581 cotas de emissão da empresa Alvorada Serviços e Negócios Ltda., avaliadas pelo critério de valor contábil em R$ 268.969 mil, b) 200.295.235 cotas, de emissão da empresa Ezibrás Imóveis e Representações Ltda., avaliadas pelo critério de valor contábil em R$ 200.295 mil, dos quais R$ 5.465 mil, foram levados à conta “Capital” e R$ 463.799 mil à conta “Reserva de Ágio na Emissão de Ações”, c) As reservas de lucros são constituídas obrigatoriamente, como segue: reserva legal a base de 5% do lucro líquido do exercício, até atingir 20% do capital social realizado ou 30% do capital social, acrescido das reservas de capital. Após esse limite a apropriação não mais se faz obrigatória. A reserva legal somente poderá ser utilizada para aumento de capital ou para compensar prejuízos; a reserva estatutária objetiva à manutenção da margem operacional compatível com o desenvolvimento das operações ativas da Sociedade e pode ser constituída em 100% do lucro líquido remanescente após destinações, sendo o saldo limitado a 95% do capital social integralizado. O enquadramento dos limites acima será deliberado na próxima Assembléia Geral Ordinária. d) Conforme disposição estatutária, aos acionistas estão assegurados dividendos que correspondam, no mínimo, a 25% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da lei societária. No exercício, foram propostos dividendos no montante de R$ 6.327 mil, que correspondem a R$ 0,9254 por lote de mil ações, registrados na rubrica “Dividendos Propostos a Pagar”.

Ajustes Valor do decorrentes investide mento avaliação 282.255 207.320

17.426 9.213

489.575

26.639

O cálculo dos dividendos relativos ao exercício de 2005, está demonstrado a seguir: R$ Mil %(1) Lucro Líquido do Exercício ......... Reserva Legal .............................. Base de Cálculo ........................... Dividendos Propostos em 2005 .

26.639 (1.332) 25.307 6.327

25,0

(1) Percentual dos dividendos aplicados sobre a base cálculo. 7)

TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS As transações com partes relacionadas são efetuadas em condições e taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações e estão assim representadas: Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 Bancos (a) ............................................. Dividendos a Receber (b) .................... Dividendos Propostos a Pagar (c) ..... Serviços Prestados (a) ........................

2 6.327 6.327 2

a) Transações com o Banco Bradesco S.A. b) Dividendos a Receber das empresas Alvorada Serviços e Negócios Ltda. no montante de R$ 4.139 mil e Ezibrás Imóveis e Representações Ltda. no montante de R$ 2.188 mil. c) Dividendos Propostos a Pagar para as empresas Bradesco Segprev Investimentos Ltda. no montante de R$ 1.264 mil e Nova Marília Adm. de Bens Móveis e Imóveis S.A. no montante de R$ 5.063 mil. 8)

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social: Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 Resultado antes da tributação sobre o lucro (imposto de renda e contribuição social) .................................................. Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente ............. Resultado de Equivalência Patrimon i a l ....................................................... Imposto de renda e contribuição social do exercício .........................................

9)

26.639 (9.057)

Para Chávez, trata-se de um elemento fundamental de sua chamada revolução bolivariana. O governo do presidente George W. Bush, asseguram os chavistas, esteve por trás do golpe de Estado de abril de 2002 e desde então estaria preparando um novo ataque ao governo venezuelano. Os “reservistas” são venezuelanos entre 18 e 50 anos, que se oferecem voluntariamente para participar da milícia civil, que depende diretamente do presidente Chávez. De donas de casa a operários, em sua grande maioria, integrantes dos setores mais humildes da população. Todos aprendem a usar armas e a enfrentar uma eventual guerra em território venezuelano. Curitiba – Chávez está sendo esperado hoje cedo em Curitiba para participar de reuniões com o governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), nas quais serão assinados projetos, convênios e negócios entre os dois governos e entre empresários brasileiros e venezuelanos. A chegada de Chávez, antes prevista para a noite de ontem, foi adiada. Sua agenda foi divulgada pelo governo do Paraná, mas o secretário especial de Relações Internacionais e Cerimonial, Jacir Bergmann II, um dos organizadores da vinda de Chávez, já alertou que pode haver mudanças. "Questão de segurança", justificou. Oficialmente o primeiro evento é um caféda-manhã com Requião às 9h15. Depois encontram-se com os empresários e, por volta do meio-dia, haverá uma entrevista coletiva. MST – O retorno à Venezuela está previsto para as 15h30. O Movimento dos Sem-Terra (MST) informou que Chávez deve ter um encontro com integrantes da Via Campesina e membros da sociedade civil no Teatro Guaíra, às 8h30. O evento não tinha sido confirmado pelos coordenadores da vinda do presidente venezuelano. (Agências)

Reuters

9.057 –

EVENTOS SUBSEQUENTES Com o objetivo de alcançar melhores níveis de competitividade e produtividade e a conseqüente racionalização e redução dos custos operacionais, administrativos e legais, promoveu-se a reorganização societária deliberada em Assembléia Geral Extraordinária e Instrumento de Protocolo e Justificação de Incorporação, realizados e firmados em 2 de fevereiro de 2006, aprovando-se a incorporação pela empresa Nova Marília Administração de Bens Móveis e Imóveis S.A. do patrimônio líquido contábil da empresa Cygnus Holdings S.A., com base em balanços patrimoniais levantados em 31 de janeiro de 2006.

Relatório dos Auditores Independentes sobre a revisão limitada

Diretoria Luiz Carlos Trabuco Cappi

268.968 223.197

TOTAL GERAL ............................................... – – – – – (1) Dados relativo a 31 de dezembro de 2005. (2) Investimentos recebidos através de conferência de bens, para aumento de capital em 28 de dezembro de 2005.

APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refere à constituição de provisões. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas. As demonstrações financeiras não estão sendo apresentadas de forma comparativa, pois a empresa encontrava-se em fase préoperacional no exercício de 2004, e a sua posição patrimonial em 31 de dezembro de 2004 era representada pelas contas de capital social no montante de R$ 1 mil e bancos de R$ 1 mil.

Diretor-Presidente

Capital social

Quantidade de ações/ cotas possuídas Patrimônio Participação Lucro (em milhares) líquido no capital líquido ajustado O.N. P.N. Cotas social -% ajustado

mpliando o tom da sua retórica contra Washington, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse ontem que a Venezuela vai explodir seus campos petrolíferos em caso de um ataque norteamericano, cuja ocorrência ele prevê repetidamente. Embora muitos seguidores de Chávez nos bairros pobres considerem a invasão uma ameaça real, os Estados Unidos e a maioria dos observadores internacionais dizem que a idéia é uma fantasia que serve aos interesses políticos do presidente. "Não teríamos alternativa. Vamos explodir nossos próprios campos de petróleo, eles (os Estados Unidos) não vão pegar esse petróleo", disse Chávez em comentários, transmitidos pela TV, durante uma reunião de presidente sulamericanos no Paraguai. "Se nos fizerem mal, não haverá petróleo nenhum para ninguém", acrescentou o presidente. Chávez disse que o recente deslocamento de navios militares dos EUA um exercício no Caribe ameaça o seu país e a aliada Cuba. A Ve n e z u e l a é o q u i n t o maior exportador mundial de petróleo e importante fornecedor dos Estados Unidos. Chávez vive permanentemente às turras com o governo Bush, que o acusa de desestabilizar a América Latina. Milícias – O constante e cada vez mais intenso conflito entre os dois governos está levando Chávez a reforçar o treinamento de milícias civis em seu país, ação prevista na nova lei orgânica das Forças Armadas venezuelanas, aprovada pela Assembléia Nacional em 2005. O crescimento da Unidade de Reservistas, um comando civil que existiu entre 1810 e 1958 e foi relançado por Chávez em 2005, desperta preocupação entre opositores do presidente, que temem sua utilização para reprimir protestos contra o governo.

Aos Acionistas e Diretores da Cygnus Holdings S.A. Osasco - SP Efetuamos uma revisão limitada do balanço patrimonial da Cygnus Holdings S.A., levantado em 31 de dezembro de 2005, e das respectivas demonstrações de resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos para o exercício findo naquela data, elaboradas sob responsabilidade de sua administração. Nossa revisão foi efetuada de acordo com as normas específicas estabelecidas pelo IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil e consistiram principalmente, na aplicação de procedimentos de revisão analítica dos saldos financeiros e na averiguação dos critérios adotados na elaboração das demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2005 junto aos responsáveis pelas áreas contábil

e financeira. Considerando que esta revisão não representou exame de acordo com as Normas de Auditoria Independente das demonstrações financeiras, não estamos expressando uma opinião sobre as referidas demonstrações financeiras. Baseado em nossa revisão limitada, não temos conhecimento de qualquer modificação relevante que deva ser efetuada nas demonstrações financeiras referidas no primeiro parágrafo, para que as mesmas estejam de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 17 de abril de 2006

KPMG Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6

Cláudio Rogélio Sertório Contador CRC 1SP212059/O-0

Os presidentes Evo Morales, da Bolívia, Chávez, Nicanor Frutos, do Paraguai, e Tabare Vazquez, do Uruguai.


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Administração Urbanismo Religião Transpor te

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, 20, 21, 22 e 23 de abril de 2006

SANTO EXPEDITO É TAMBÉM PADROEIRO DA POLÍCIA MILITAR

Vim agradecer por estar viva. A gente sai e não sabe se volta. Ema Sangelli, devota de Santo Expedito

Fotos de Valéria Gonçalvez/AE

TUDO PRONTO PARA O FERIADO DE TIRADENTES A

Operação Tiradentes, da Polícia Rodoviária Federal, começa à meia-noite de hoje e termina à meia-noite do domingo nas estradas federais de todo o País. Em torno de 1 milhão de pessoas devem deixar a cidade. Como em outros feriados, será restrito o tráfego de caminhões bitrens e do tipo cegonha, com ou sem carga e independentemente de possuírem ou não Autorização Especial de Trânsito (AET), em rodovias de pistas simples entre as 16h e 22h . Quem descumprir a determinação estará sujeito a multa de R$ 85,13 (infração média), três pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e retenção do veículo até o término do horário de restrição. No Estado de São Paulo são 1.112 quilômetros de rodovias federais. Tempo – O tempo fica ensolarado, com tardes cada vez mais quentes, durante o feriado prolongado no Estado . As madrugadas continuam frias por causa da massa de ar frio e seco que mantém o céu aberto. Ontem, o Instituto Nacional de Meteorologia registrou mínima de 14,7 graus e máxima de 22,1 graus, no Mirante de Santana, na zona norte. No fim de semana, as temperaturas ficam entre 16 e 29 graus na Grande São Paulo e, nas praias, entre 19 e 30 graus. Na Serra da Mantiqueira, na região de Campos do Jordão, mínimas em torno de 7 graus, com máximas de até 25 graus. O domingo começa com sol em todo o Estado, mas a passagem de uma nova frente fria pelo mar provoca aumento das nuvens, com chuva à tarde na região metropolitana, nas praias , no Vale do Paraíba e no sul paulista. Em Campos – Temperaturas frias, festivais gastronômicos e

inúmeras opções de passeios e compras devem atrair cerca de 50 mil turistas para as cidades de Campos do Jordão, Santo Antônio do Pinhal , na Serra da Mantiqueira, e Cunha, na Serra da Bocaina. O frio acelerou a procura dos turistas pelas cidades serranas. O segundo fim de semana prolongado do mês manteve a procura pelos hotéis e pousadas. "Estamos tendo até fila de espera. A procura superou a nossa expectativa", contou a presidente da Associação de Hotéis e Restaurantes de Campos do Jordão, Elisabete Simabuco. "Hoje estamos com 98% da capacidade ocupada e remanejando mais procuras para o feriado de 1º de maio". De acordo com a associação, em Campos do Jordão, para o feriado do Dia do Trabalho, os hotéis estão com 50% de ocupação. Em Santo Antônio do Pinhal e Cunha, as hospedagens são pousadas pequenas e charmosas. E nos dois municípios onde as temperaturas também são bem baixas, a ocupação está em torno de 80%. "Para esta temporada tivemos que construir mais dois apartamentos para dar conta da procura", conta a hoteleira Ana Rosa Calfat, da pousada Barra do Bié, em Cunha. "Quanto mais frio, mais movimento", conclui. Com a abundância do pinhão - fruto da araucária - na região, as três cidades realizam festivais gastronômicos, usando a criatividade para surpreender os turistas. "Estrogonofe e pudim de pinhão são os mais pedidos", conta a hoteleira, que também se especializou no preparo. "E as opções passam pelo fondue de pinhão com queijo ou chocolate", conta o chef Robson Ferreira, do Matterhorn, de Campos . (AE)

Vivi Zanatta/AE

No segundo feriado do mês, movimento também deve ser intenso

Fiéis levaram imagens, flores e fotos. As missas foram realizadas em um galpão. A maioria enfrentou fila para chegar perto da estátua.

SANTO EXPEDITO RECEBE VISITA DE MEIO MILHÃO Devotos do santo das causas urgentes lotaram ontem a Capela Militar, localizada no bairro da Luz

M

ilhares de fiéis e s t i v e r a m o ntem na Capela Militar de Santo Expedito, na Luz, considerado o santo das causas urgentes. Como em todos os anos, as missas foram celebradas durante todo o dia. Os devotos levaram carteiras de trabalho, fotos, imagens e outros itens para serem abençoados. Os organizadores da celebração estavam preparados para receber um milhão de pessoas, mas estimam que a igreja deve ter sido visitada por 500 mil fiéis. As missas começaram logo nos primeiros minutos de ontem. De 1h às 6h foram realizadas vigílias e adoração ao Santíssimo. As missas continuaram e foram celebradas de hora em hora no galpão para 4 mil pessoas localizado atrás da igreja. Ao meio-dia aconteceu a bênção do Santíssimo Espírito e, às 17h, uma procissão. As orações também foram voltadas aos efetivos da Polícia Militar, de quem Santo Expedito é o padroeiro. Fila – Depois de atravessar um longo corredor repleto de fiéis, a aposentada Ema Sangelli, flor de papel e imagem de Santo Expedito nas mãos, entrou na fila que levava à capela onde fica a estátua de sua devoção. De madeira maciça, a

imagem pesa 600 quilos. "Vim agradecer por estar viva. Nesta cidade a gente sai de casa e não sabe se volta. O brasileiro é mal-acostumado, gosta de pedir. Quando recebe, nem se lembra de agradecer", diz a devota de 75 anos, que há pelo menos 50 festeja o dia do santo. "Tudo o que eu peço, Santo Expedito dá. Dois anos atrás, minha nora arrumou emprego graças a ele", disse. "É a segunda vez que faço essa fila. Por mim passava uma hora na igreja, mas não deixam", lamentava o protético João Dias Pereira, de 27 anos, que, segundo disse, teve a vida salva por Santo Expedito. "Andei com más companhias e cheguei a ser preso. Mas minha mãe orou tanto, que estou aqui, fazendo fila para rezar. Quem me conheceu não acredita" Apesar do grande número de fiéis, a PM não registrou ocorrências graves. Quem reclamou foram os pedintes. Eles acharam o dia fraco. (AE)

O galpão, no fundo da igreja, abriga cerca de 4 mil pessoas em cada celebração


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Bolívia Iraque Irã Ve n e z u e l a

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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O Irã não é o Iraque. Ninguém está falando em invasão militar. Tony Blair

ONU DISCUTE SOBRE IRÃ EM 28 DE ABRIL

Nova arma do Irã atômico: o petróleo

Behrouz Mehri/AFP

Presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad faz ameaça, declarando que o óleo cru está sendo vendido abaixo do valor real e que há muito espaço para que os preços subam ainda mais. Petrobras diz que eventual crise não afeta o Brasil

N

o centro das discussões sobre política internacional das últimas semanas em razão de seu programa de enriquecimento de urânio – possivelmente para fabricar armas atômicas – o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, faz uma ameça ao lembrar que seu país possui uma fonte ainda maior de poder: o petróleo. Uma rádio estatal divulgou o pronunciamento no qual ele afirma que o preço do óleo cru, que vem atingindo recordes internacionais, ainda está abaixo do valor real e que há muito espaço para que os preços subam mais. "Os produtos derivados de petróleo são vendidos a preços dezenas de vezes superiores aos cobrados pelos países produtores", declarou. Brasil - Uma possível crise no setor preocupa os Estados Unidos, grande consumidor de petróleo, mas não deve afetar o Brasil, segundo o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli. Ele afirmou que a conquista da auto-suficiência torna o País mais protegido a uma eventual suspensão na produção de petróleo do Irã, segundo maior exportador mundial do produto. Gabrielli descartou reajustes nos preços dos combustíveis em razão da disparada das cotações do petróleo causada pela crise iraniana. "Não teremos problemas em abastecer o País com os derivados necessários", disse. A auto-suficiência na produção nacional de petróleo será comemorada nesta sextafeira, com a entrada em operação da plataforma P-50, instalada no campo de Albacora Leste, na Bacia de Campos. A Petrobras espera o início das atividades da plataforma para decretar a sustentabilidade da conquista a longo prazo. Na última vez em que gasolina e diesel foram reajustados, em setembro do ano passado, o petróleo oscilava perto dos US$ 65 por barril. Ontem, a cotação do Brent fechou o pregão acima dos US$ 73 por barril. A preocupação internacional em relação às intenções atômicas do Irã continuam, porém. Ao final da reunião do

Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU), em Moscou, os cinco países membros (EUA, Rússia, França, Reino Unido e China) e mais a Alemanha fizeram um apelo unânime: que o governo do Irã dê passos "urgentes e construtivos" em resposta à resolução do Conselho de Governadores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). O objetivo prioritário da reunião, segundo uma fonte do governo russo, era "consolidar as posturas dos seis países em relação ao Irã, principalmente tendo em vista o próximo debate da questão iraniana, previsto para ser conduzido pelo Conselho de Segurança da ONU" no dia 28 de abril. Já a Rússia, grande parceira de negócios do Irã, anunciou através de seu chefe das Forças Armadas russas, general Yury Baluyevsky, que não vai cancelar a venda de mísseis Tor-M1 para o Irã, apesar das pressões americanas. "Eu tenho certeza absoluta que eles serão entregues seguindo as normas internacionais de não-proliferação." Especula-se que o contrato da venda de armamentos supere os US$ 700 milhões. Sem citar países, o subsecretário de Estado dos EUA, Nicholas Burns, afirmou que era "importante" a suspensão da cooperação com o Irã em assuntos nucleares, "até mesmo questões nucleares civis como a usina de Busheher". O americano disse que se referia a vários países, mas a Rússia é o principal parceiro nuclear de Teerã e está construindo a usina atômica de Bushehr. Não é o Iraque - Em Londres, o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, faz coro com o discurso americano. Ele disse ontem no Parlamento que a comunidade internacional "precisa enviar uma mensagem forte e única" ao Irã para que o país renuncie a seu programa de enriquecimento de urânio. Mas quando parlamentares lhe perguntaram sobre a possibilidade de uma intervenção militar, Blair foi categórico: "Tenho dito freqüentemente que o Irã não é o Iraque. Ninguém está falando em invasão militar." (Agências)

Khaled Desoki/AFP

Motorista iraniano coloca gasolina em carro de mulher na capital do país, Teerã

Selenium Holdings S.A. Empresa da Organização Bradesco CNPJ 07.228.254/0001-00 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP Relatório da Diretoria Senhores Acionistas, Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas. o Balanço Patrimonial, bem como as Demonstrações do Resultado, das Mutações do Patrimônio Líquido e das Origens e Aplicações de Recursos, relativos ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, acompanhados das Notas Explicativas e Relatório dos Auditores Independentes sobre a revisão limitada. Colocamo-nos à disposição de V.Sas. para quaisquer esclarecimentos que julgarem necessários. Cidade de Deus, 21 de fevereiro de 2006 Diretoria

Balanço Patrimonial em 31 de Dezembro - Em Reais mil AT IV O

2005

CIRCULANTE ..................................................................

18.711

Disponibilidades ............................................................ B a n c o s .......................................................................... Aplicações Financeiras ..............................................

6.848 1 6.847

Aplicações Financeiras ................................................ Aplicações Financeiras ..............................................

11.256 11.256

Outros Créditos .............................................................. Impostos a Compensar ou a Recuperar ....................

607 607

TOTAL ...............................................................................

18.711

2005

CIRCULANTE .................................................................. Impostos e Contribuições a Recolher ......................... Dividendos Propostos a Pagar ..................................... Outras Obrigações a Pagar ...........................................

2.729 1.235 1.472 22

PATRIMÔNIO LÍQUIDO ................................................... Capital: - De Domiciliados no País ............................................ Reservas de Lucros .....................................................

11.257 4.725

TOTAL ...............................................................................

18.711

15.982

Exercício findo em 31 de Dezembro 2005 RECEITAS OPERACIONAIS ......................................... Receitas Financeiras ................................................... Outras Receitas Operacionais .................................... DESPESAS OPERACIONAIS ...................................... Despesas Tributárias ................................................... Serviços Prestados ..................................................... RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO ....................... IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL .... LUCRO DO EXERCÍCIO .................................................

7.838 7.835 3 (386) (384) (2) 7.452 (1.255) 6.197

Quantidade de ações ..................................................... Lucro Líquido por Lote de Mil Ações - R$ ...................

11.257.207 0,55

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos - Em Reais mil

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - Em Reais mil RESERVAS DE LUCROS

CAPITAL SOCIAL

EVENTOS

SALDOS EM 31.12.2004 ............................................................................

LUCROS ESTATUTÁRIA ACUMULADOS

LEGAL

1

Exercício findo em 31 de Dezembro 2005

TOTAIS

1

ORIGEM DOS RECURSOS ...........................................

17.453

LUCRO LÍQUIDO .............................................................

6.197 11.256 11.256

AUMENTO DE CAPITAL .............................................................................

11.256

11.256

RECURSOS DE ACIONISTAS ...................................... Aumento de Capital .....................................................

LUCRO EXERCÍCIO ....................................................................................

6.197

6.197

APLICAÇÃO DOS RECURSOS .................................... Dividendos Propostos .................................................

1.472 1.472

AUMENTO NO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO .......

15.981

DESTINAÇÕES:

VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO:

Reservas ....................................................................................................

310

4.415

(4.725)

Dividendos Propostos ..............................................................................

(1.472)

(1.472)

SALDOS EM 31.12.2005 ............................................................................

11.257

310

4.415

15.982

ATIVO CIRCULANTE ...................................................... No Início do Exercício ................................................... No Fim do Exercício ......................................................

18.710 1 18.711

PASSIVO CIRCULANTE ................................................ No Início do Exercício ................................................... No Fim do Exercício ......................................................

2.729 – 2.729

AUMENTO NO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO .......

15.981

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras 1)

2)

3)

CONTEXTO OPERACIONAL A Selenium Holdings S.A.(nova denominação social da Selenium Holdings Ltda.) é uma empresa que tem por objetivo a participação como sócia ou acionista em outras sociedades, bem como a aquisição e transferência de participações acionárias. A Selenium Holdings S.A. é parte integrante da Organização Bradesco, utilizandose de seus recursos administrativos e tecnológicos e suas demonstrações financeiras devem ser entendidas neste contexto. Através de Instrumento Particular de Alteração do Contrato Social de 01 de Março de 2005, deliberou-se a transformação do tipo societário de sociedade comercial por cotas de responsabilidade limitada em sociedade anônima, modificando-se sua denominação social de Selenium Holdings Ltda., para Selenium Holdings S.A. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refere à constituição de provisões. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas. As demonstrações financeiras não estão sendo apresentadas de forma comparativa, pois a empresa encontrava-se em fase pré operacional no exercício de 2004, sua posição patrimonial em 31 de dezembro de 2004 era representada pelas contas de capital social no montante de R$ 1 mil e bancos de R$ 1 mil. PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Apuração do resultado As receitas e despesas são apropriadas de acordo com o regime de competência, observando-se o critério “pró-rata” dia para as de natureza financeira. b) Ativos e Passivos Os ativos foram demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias (em base “pro-rata” dia) auferidos, sendo que as quotas de fundos de investimento são valorizadas pelo valor da quota informada pelo administrador do fundo investido. Os passivos incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e variações monetárias (em base “prorata” dia) incorridos. c) Imposto de Renda e Contribuição Social A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida de adicional de 10%, quando aplicável. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes.

4)

5)

APLICAÇÕES FINANCEIRAS A carteira de Aplicações Financeiras, está representada em 31 de dezembro de 2005, por quotas de fundos de investimentos no montante de R$ 6.847 mil e ações de empresas de capital aberto no montante de R$ 11.256 mil. Em 31 de dezembro de 2005 a empresa não possuía operações com Instrumentos Financeiros Derivativos. PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) O capital social, totalmente subscrito e integralizado, é dividido em 11.257.207 ações, Ordinárias nominativas-escriturais, sem valor nominal.

Diretor-Presidente Márcio Artur Laurelli Cypriano

Diretores Décio Tenerello Laércio Albino Cezar Arnaldo Alves Vieira Luiz Carlos Trabuco Cappi Sérgio Socha Julio de Siqueira Carvalho de Araujo Milton Almicar Silva Vargas José Luiz Acar Pedro Norberto Pinto Barbedo

Josimar Rodrigues de Siqueira Contador CRC 1SP222731/O-0

O cálculo dos dividendos relativos ao exercício de 2005, está demonstrado a seguir: R$ Mil % (1) Lucro Líquido do Exercício ........... Reserva Legal ................................ Base de Cálculo ............................. Dividendos Propostos em 2005 ...

Eventos

Quantidades

Capital Inicial em 31/12/2004 1.000 cotas Conversão em Ações ............. 1.000 ações (1) Aumento de Capital ................ 11.256.207 ações (1) Capital Final em 31/12/2005 .. 11.257.207 ações

6)

1 1 11.256 11.257

c) As reservas de lucros são constituídas obrigatoriamente, como segue: reserva legal a base de 5% do lucro líquido do exercício, até atingir 20% do capital social realizado ou 30% do capital social, acrescido das reservas de capital. Após esse limite a apropriação não mais se faz obrigatória. A reserva legal somente poderá ser utilizada para aumento de capital ou para compensar prejuízos; a reserva estatutária objetiva a manutenção da margem operacional compatível com o desenvolvimento das operações ativas da Sociedade e pode ser constituída em 100% do lucro líquido remanescente após destinações, sendo o saldo limitado a 95% do capital social integralizado. O enquadramento dos limites acima será deliberado na próxima Assembléia Geral Ordinária. d) Conforme disposição estatutária, aos acionistas estão assegurados dividendos que correspondam, no mínimo, a 25% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da lei societária. No exercício, foram propostos dividendos no montante de R$ 1.472 mil, que correspondem a R$ 0,1308 por lote de mil ações, registrados na rubrica “Dividendos Propostos a Pagar”.

25,0

TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS As transações com partes relacionadas são efetuadas em condições e taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações e estão assim representadas: Em 31 de Dezembro - R$ mil 2005 Bancos (a) ............................................. 1 Dividendos Propostos (b) .................... 1.472 Serviços Prestados (a) ........................ 2

Valor R$ mil

(1) O Instrumento Particular de Alteração do Contrato Social de 1 de março de 2005, além da transformação do tipo societário, deliberou aumento no capital social no valor de R$ 11.256 mil mediante a emissão de 11.256.207 nova ações ordinárias, Classe A, nominativas - escriturais, sem valor nominal, ao preço de emissão de R$ 1,00, por ação, integralizadas pela acionista Neon Holdings S.A., mediante a conferência de ações ordinárias, nominativas - escriturais de emissão de companhias abertas.

6.197 (310) 5.887 1.472

(1) Percentual dos dividendos aplicados sobre a base de cálculo.

b) Movimentação do Capital Social em ações:

Diretoria

Presidente egípcio Hosni Mubark (à esquerda) e o presidente francês Jacques Chirac, que acena para a multidão, no Cairo, em sua primeira visita ao Egito. As discussões devem abranger os conflitos no Oriente Médio e a crise gerada pelas ambições nucleares do Irã.

Demonstração do Resultado - Em Reais mil

PASSIVO

a) Transações com o Banco Bradesco S.A. b) D i v i d e n d o s P r o p o s t o s a P a g a r p a r a a e m p r e s a N e o n Holdings S.A. 7)

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social Em 31 de Dezembro - R$ mil 2005 Resultado antes do imposto de renda e contribuição social ......................... Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente ............. Dividendos recebidos .......................... Outros (Adicional do Imposto de Renda) Imposto de renda e contribuição social do exercício ................................

8)

7.452

(2.534) 1.255 24 (1.255)

OUTRAS INFORMAÇÕES a) Impostos a Compensar ou a Recuperar, refere-se a Imposto de Renda Retido na Fonte sobre aplicações financeiras no montante de R$ 32 mil e Imposto de Renda Retido na Fonte sobre Juros Sobre o Capital Próprio no montante de R$ 575 mil. b) Impostos e Contribuições a Recolher, referem-se basicamente, ao Imposto de Renda a Recolher no montante de R$ 915 mil e Contribuição Social no montante de R$ 320 mil. c) Despesas tributárias referem-se basicamente, a despesas de PIS no montante R$ 63 mil, COFINS no montante de R$ 292 mil e IOF no montante R$ 1 mil e CPMF R$ 28 mil.

Relatório dos Auditores Independentes sobre a revisão limitada Aos Acionistas e Diretores da Selenium Holdings S.A. Osasco - SP Efetuamos uma revisão limitada do balanço patrimonial da Selenium Holdings S.A., levantado em 31 de dezembro de 2005, e das respectivas demonstrações de resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos para o exercício findo naquela data, elaboradas sob responsabilidade de sua administração. Nossa revisão foi efetuada de acordo com as normas específicas estabelecidas pelo IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil e consistiram principalmente, na aplicação de procedimentos de revisão analítica dos saldos financeiros e na averiguação dos critérios adotados na elaboração das demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2005 junto aos responsáveis pelas áreas contábil e financeira. Considerando que esta revisão não representou exame de acordo com as Normas de Auditoria Independente das demonstrações financeiras, não estamos expressando uma opinião sobre as referidas demonstrações financeiras.

Baseado em nossa revisão limitada, não temos conhecimento de qualquer modificação relevante que deva ser efetuada nas demonstrações financeiras referidas no primeiro parágrafo, para que as mesmas estejam de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 17 de abril de 2006

KPMG Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6

Cláudio Rogélio Sertório Contador CRC 1SP212059/O-0


20

Administração Urbanismo Polícia Transpor te

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, 20, 21, 22 e 23 de abril de 2006

O Supremo Tribunal Federal está longe da nossa realidade Mildred Assis, promotora

GIL RUGAI VAI AGUARDAR JULGAMENTO EM LIBERDADE

GIL RUGAI JÁ ESTÁ EM LIBERDADE Acusado de matar o pai e a madrasta, em março de 2004, o ex-seminarista deixou ontem a cadeia. Promotora vê "com muito pesar" a concessão do habeas corpus.

O

estudante Gil Rugai, de 22 anos, acusado de matar o pai e a madrasta em março de 2004, deixou, no final da tarde de ontem, o Centro de Detenção Provisória de Pinheiros (CDP), na zona oeste da cidade. A libertação do exseminarista foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que concluiu que dois anos era um período muito grande para a prisão preventiva. A data do julgamento ainda não foi marcada. O assassinato de Luiz Carlos Rugai e de Alessandra Troitiño foi em 28 de março de 2004, na casa do casal, em Perdizes. Gil, filho de Luiz, se apresentou à polícia no dia 6 de abril do mesmo ano. Ele nega o crime. A 2ª Turma do STF decidiu libertar Gil Rugai por maioria de votos. O habeas corpus concedido é de ofício porque os dois argumentos da defesa fo-

ram descartados: de que a promotora de Justiça Mildred de Assis Gonzales não poderia ter atuado também na fase acusatória do inquérito; e de que a descrição da suposta atuação de Rugai no crime possuía falhas. Os ministros rejeitaram por unanimidade o pedido da defesa para anular o processo contra Rugai que corre no 5º Tribunal do Júri . Promotoria – A promotora Mildred de Assis Gonzales disse ontem que recebeu "com muito pesar" a notícia de que o STF havia mandado libertar Gil Rugai. Segundo ela, o Supremo está longe da realidade. "Este espaço físico tão longe que existe entre São Paulo e Brasília é o mesmo espaço que eu vejo do STF em relação às questões em que vivemos hoje." Segundo a promotora, não há como prever a data em que Rugai irá a júri popular, porque há um recurso dele pen-

dente de julgamento no Tribunal de Justiça (TJ). Nesse recurso, a defesa diz que a denúncia oferecida contra o jovem não descreve o crime adequadamente e, por isso, o processo deve ser extinto. A decisão de libertar o ex-seminarista foi tomada na terça-feira.

Mildred rebateu afirmação do advogado de Gil, Fernando José da Costa, de que o cliente não ameaçou testemunhas. "Ainda há um inquérito no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para apurar uma ameaça." Segundo ela, o vigia Domingos,

principal testemunha do caso, deixou a casa e a família na época do crime e ainda hoje está protegido pela Justiça. "O que eu reputo importante é a manutenção da prisão desse réu em razão de uma testemunha que teve privada sua liberdade. Ele (Gil) reivindica

sua liberdade. A testemunha não pode reivindicar isso e continua presa (escondida pelo programa de proteção a testemunhas)." A libertação de Gil, disse a promotora, ainda coloca o vigia em risco porque ele terá de comparecer para depor no julgamento. (AE)

Jorge Araújo/Folha Imagem

Gil Rugai deixa o CDP2, em Pinheiros, acompanhado de advogados

Suzane ainda aguarda decisão da Justiça

O

desembargador Damião Kogan, do Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo, pediu ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) mais informações sobre o caso Suzane von Richthofen – ré confessa no processo que a acusa de envolvimento no assassinato dos pais –, antes de decidir sobre o pedido de liberdade para ela. Segundo o TJ, a Polícia tem 24 horas para responder à Justiça, a partir da data do recebimento do pedido.

Após ficar nove meses em liberdade, Suzane voltou para a cadeia no último dia 10, por decisão do juiz Richard Francisco Chequini, do 1º Tribunal do Júri. No pedido, os advogados negam que a liberdade de Suzane represente ameaça ao irmão dela, Andreas, conforme o Ministério Público. Suzane foi presa após exibição de uma reportagem, no Fantástico, onde ela era supostamente orientada pelos advogados a chorar e mostrarse frágil. (Agências)

VACINAÇÃO

PNEUS

mês de vacinação dos povos indígenas começa na próxima segunda-feira e seguirá até o dia 26 de maio, com o objetivo de vacinar 37,6 mil indígenas, de 103 etnias que vivem em 992 aldeias de 12 Estados. A prioridade é vacinar crianças, mulheres em idade fértil, gestantes e adultos maiores de 60 anos. A campanha é promovida pela Fundação Nacional de Saúde, com apoio da Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunização e da Organização Pan-Americana da Saúde. A imunização abrangerá 21 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dseis) localizados no Amazonas, Acre, Roraima, Tocantins, Pará, Mato Grosso,

Polícia Federal e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) apreenderam ontem à tarde, no Belenzinho, zona leste de São Paulo, cerca de duas mil carcaças de pneus importadas ilegalmente. Foi preso Valdemir Dantas de Farias, de 27 anos, responsável pela compra dos pneus. A importação de carcaças de pneus para reutilização, remodelagem ou recauchutagem é proibida. O manejo do pneu é controlado, em razão do grande impacto ambiental que ele causa. O acusado deve responder por crimes de contrabando, contra a ordem tributária e contra o meio ambiente. (AE)

O

A Ó RBITA Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Os índios serão vacinados contra a poliomelite, hepatite B, tríplice viral, dupla adulto, BCG, pneumococo 23, varicela, febre amarela e influenza. A campanha vai incluir duas novas vacinas: rotavírus e pentavalente (que previne contra o tétano, difteria, coqueluche Haemophilus influenzae tipo B e hepatite B). (AE)

Associação Comercial de São Paulo Distrital Butantã Rua Alvarenga, 415 – CEP 05509-070 Fone/fax: 3032-6101 José Sérgio Pereira Toledo Cruz Diretor Superintendente

Distrital Jabaquara Av. Santa Catarina, 641 – CEP 04635-001 Fone: 5031-9835 – Fax: 5031-3613 Fernando Calderon Alemany Diretor Superintendente

Distrital Penha Av. Gabriela Mistral, 199 – CEP 03701-010 Fone: 6641-3681 – Fax: 6641-4111 Marco Antonio Jorge Diretor Superintendente

Distrital Santana Rua Jovita, 309 – CEP 02036-001 Fone: 6973-3708 – Fax: 6979-4504 João de Favari Diretor Superintendente

Distrital Sudeste Rua Afonso Celso, 76 – CEP 04119-000 Fone/fax: 5572-0280 Giacinto Cosimo Cataldo Diretor Superintendente

Distrital Centro Rua Galvão Bueno, 83 – CEP 01506-000 Fone/fax: 3207-9366 - Fone: 3208-5753 Marcelo Flora Stockler Diretor Superintendente

Distrital Lapa Rua Martim Tenório, 76/1º andar CEP 05074-060 – Fone: 3837-0544 – Fax: 3873-0174 Douglas Formaglio Diretor Superintendente

Distrital Pinheiros Rua Simão Álvares, 517 – CEP 05417-030 Fone: 3031-1890 – Fax: 3032-9572 Ricardo Aparecido Granja dos Santos Diretor Superintendente

Distrital Santo Amaro Av. Mário Lopes Leão, 406 – CEP 04754-010 Fone/fax: 5521-6700 Aloysio Luz Cataldo Diretor Superintendente

Distrital Tatuapé Praça Silvio Romero, 29 – CEP 03303-000 Fone/Fax: 6941-6397/6192-2979/6942-8997 Antonio Sampaio Teixeira Diretor Superintendente interino

Distrital Ipiranga Rua Benjamin Jafet, 95 – CEP 04203-040 Fone: 6163-3746 – Fax: 274-4625 Antonio Jorge Manssur Diretor Superintendente

Distrital Mooca Rua Madre de Deus, 222 – CEP 03119-000 Fone/fax: 6694-2730 Antonio Viotto Netto Diretor Superintendente

Distrital Pirituba Av. Raimundo Pereira de Magalhães, 3.678 CEP 05145-200 – Fone/fax: 3831-8454 José Roberto Maio Pompeu Diretor Superintendente

Distrital São Miguel Av. Marechal Tito, 1042 – CEP 08010-090 CEP 08010-080 – Fone: 6297-0063 – Fax: 6297-6795 José Parziale Rodrigues Diretor Superintendente

Distrital Vila Maria Rua do Imperador, 1.660 – CEP 02074-002 Fone: 6954-6303 – Fax: 6955-7646 José Correia Diretor Superintendente


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

22 -.OPINIÃO

quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, 20, 21, 22 e 23 de abril de 2006

RESENHA

NACIONAL

LULA, AINDA NO CENTRO DA RODA

A

impeachment. O objetivo principal da oposição consistiria em promover um desgaste maior ao presidente Lula, que se mantém na faixa dos 40% de intenções de voto. Enquanto isto, no PMDB, aumenta o grau de indefinição do partido com o lançamento da précandidatura de Itamar Franco para a Presidência. Não está clara, ainda, qual a intenção de Itamar e de seus apoiadores. A maior parte dos apoiadores são exseguidores do governador gaúcho, Germano Rigotto, que teve a maioria dos votos na prévia do PMDB, mas foi derrotado por Garotinho por conta do critério do peso ponderado por Estado.

Mas a avaliação generalizada é de que não existem condições políticas nem jurídicas para levar adiante a tese do impeachment. Pelo tipo de apoiadores que Itamar agrega, as lideranças regionais tradicionais do partido, o mais provável é que a tese correta é a do esvaziamento da candidatura de Garotinho com vistas a impedir que o PMDB tenha candidato próprio ou que participe de qualquer coligação nacional. Com isto, o PMDB ficaria livre para fazer alianças com qualquer partido nos Estados. TRECHOS DO COMENTÁRIO DE POLÍTICA DO BOLETIM TREVISANWWW. BOLETIMTREVISAN. COM.BR

JOÃO DE SCANTIMBURGO Céllus

semana, politicamente, está sendo marcada pelas conseqüências do forte impacto causado pelo relatório do procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, encaminhado à Justiça na semana passada. A tese central do relatório é a de que ex-dirigentes petistas e alguns ex-ministros organizaram uma “quadrilha criminosa” para perpetuar o PT no poder. Do ponto de vista político, o relatório está sendo utilizado pela oposição para apertar o cerco ao presidente Lula. A partir do relatório, a oposição reavivou a tese do impeachment. O cerco continua também em torno do presidente do Sebrae, Paulo Okamotto. A oposição acredita ainda ser possível derrubar o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, que tem depoimento marcado nesta quinta-feira na Câmara dos Deputados. O PSDB e o PFL estão estimulando também outras iniciativas para discutir a abertura de processo de impeachment. Uma das iniciativas é pela via da OAB. Para não arcar com eventuais responsabilidades políticas advindas de possíveis conseqüências da proposição de abertura do processo de impeachment, o PSDB e o PFL não querem aparecer como patrocinadores iniciais da idéia. Se a idéia prosperar, embarcarão na tese. Se não prosperar, ficarão eqüidistantes da proposição. Há uma avaliação generalizada, nos meios políticos e jurídicos, de que não existem condições nem políticas nem jurídicas para levar adiante a tese do

Loucuras americanas OLAVO DE CARVALHO

A

ONG "Parents and Friends of Exgays and Gays" foi expulsa da convenção anual da Associação de Conselheiros Educacionais da Virgínia por distribuir dois folhetos considerados inaceitáveis naquele ambiente familiar: num deles, pessoas que tinham abandonado as práticas homossexuais informavam que outros homossexuais podiam fazer o mesmo; no outro, uma transexual arrependida advertia contra os riscos das cirurgias de mudanças de sexo. Enquanto isso, entidades dedicadas a ensinar as práticas homossexuais às crianças de escola participavam livremente da convenção, convidadas pela própria Associação organizadora do evento. Mas isso não é nada. David Parker, pai de um garoto de seis anos, foi preso por protestar contra as aulas de homossexualismo que seu filho era obrigado a freqüentar numa escola pública de Lexington, Massachusetts. Passou a noite na cadeia e, levado ao Fórum no dia seguinte, recebeu uma reprimenda do juiz, por desacato à autoridade, ao reclamar que a polícia não lhe havia permitido consultar seu advogado. O governador do Estado, Mitt Romney, fez um pronunciamento em favor de Parker, mas nos EUA o Executivo não tem o mínimo poder sobre os tribunais. O processo continua rolando. No mesmo Estado, Brian Camenker e Scott Whiteman, diretores da "Parents Rights Coalition", gravaram e denunciaram as sessões de uma conferência, promovida pelo Departamento Estadual de Educação e a Tutts University, na qual estudantes de doze anos, trazidos em ônibus de várias escolas públicas, estavam recebendo instrução quanto à delicada prática do fist fucking-penetração anal com a mão fechada, até o antebraço. Denunciado nos programas de tevê de Alan Keyes, Bill Bennett e Sean Hannity, o caso provocou revolta entre as famílias americanas, mas adivinhem quem está sendo processado? A srta. Margot Abels, militante da "Gay, Lesbian, Straight Education Network", responsável pelas eruditas explicações dadas às crianças? Que nada! Os acusados são Camenker e Whiteman, por "atentado contra a liberdade de expressão" da srta. Abels. Ao longo dos últimos trinta anos, os movimentos esquerdistas vieram "ocupando espa-

ços" na Justiça americana. Juízes que se arvoram em legisladores, usando interpretações forçadas do texto legal para criar situações revolucionárias, são hoje uma praga nos EUA. Ninguém sabe o que fazer com eles. Há movimentos organizados tentando reverter o estado de coisas, mas substituir os magistrados levaria décadas, e até lá o mal que eles podem fazer é incalculável. Transformar uma geração inteira de meninos americanos em joguetes nas mãos de adultos pervertidos é o mínimo que se pode prever. O beautiful people de Hollywood tem contribuído ativamente para esse resultado, glamurizando tipos como Alfred Kinsey, o charlatão (e pedófilo nas horas vagas) que enganou metade do país entrevistando criminosos sexuais sobre suas práticas eróticas e depois alardeando as respostas como se viessem da população média.

O

Brasil imita, de longe, esses trejeitos simiescos de uma sociedade que por tolerância excessiva para com seus inimigos acabou por se tornar inimiga de si própria. Imita de longe, mas, por isso mesmo, com devoção mais crédula e integral. O que mais impressiona, na comparação entre os EUA e o nosso país, é a pujança da reação conservadora à decadência planificada, lá, e aqui a subserviência geral, o silêncio cúmplice, mesmo das autoridades religiosas, empenhadas em salvar antes o PT do que as almas. Intelectualmente, os conservadores americanos já podem se considerar vitoriosos, tal o estado de atrofia do pensamento esquerdista reduzido à macaqueação de seus próprios slogans dos anos 60. Socialmente, o seu poder de organização e de ataque, sobretudo entre os religiosos, cresce dia a dia. É politicamente que eles não estão muito bem, pois o Partido Republicano e o governo Bush não refletem adequadamente suas expectativas. A ascensão do senador George Allen, do governador Mitt Romney e sobretudo o crescimento de uma nova geração de republicanos negros e chicanos – um fenômeno que a mídia chique oculta por todos os meios possíveis – parecem anunciar grandes mudanças num partido que, se quiser continuar em cima do muro, vai cair.

O s movimentos esquerdistas ocupam espaços na Justiça dos EUA

Rafael N

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A magia da imagem ARNALDO NISKIER

O kamotto e Thomaz Bastos: presos no cerco

Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Alencar Burti, Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br), Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Marcos Menichetti (marcosm@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Adriana Gavaça, André Alves, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046 Tiragem média diária de 25.646 exemplares, conforme auditoria realizada na semana de 13 a 17 de junho de 2005

Auditado pela

C

ada indivíduo tem a sua opinião, o que é próprio da democracia. No caso dos meios de comunicação de massa, há os que se impressionam com o rádio, dada a extensão do seu alcance. Outros citam a televisão como o mais poderoso veículo de comunicação já engendrado pelo espírito humano. De fato, a sua imagem representa um instrumento de informação, de cultura e de entretenimento, envolvendo milhões de telespectadores e um número incrível de horas vividas diante do que se convencionou chamar de telinha. Fui instado por amigos a conhecer a visão crítica do livro Elogio do grande público, escrito por Dominique Wolton (Editora Ática, SP). A sua leitura foi um prazer aliado ao desafio de procurar interpretar muitos dos seus pensamentos. Como as idéias de que, na televisão brasileira, de características "geralistas", muitos programas são fundamentais para a integração nacional e outros contribuem para valorizar a nossa identidade. É claro que nem todos podem ser enquadrados nessa visão simplista. Há que se cuidar para que seja evitada a estandarização da nossa cultura. As telenovelas muitas vezes são verdadeiras aulas de Brasil. Por outro lado, minisséries valorizam a nossa proclamada diversidade cultural. O melhor exemplo disso ocorreu com o recente trabalho sobre JK, como também foi o caso de O tempo e o vento, de Erico Veríssimo, e o Memorial de Maria Moura, de Rachel de Queiroz.

O livro de Worton tem 10 anos de vida e analisou os efeitos do predomínio da Rede Globo de Televisão, a partir de 1965, na cena brasileira. Há também nesse êxito o triunfo tecnológico, que será sensivelmente ampliado com a entrada em cena da tevê digital. Imagina-se uma imensa variedade de programas e ofertas, com a pletora de novos canais, abandonando-se aos poucos, como é evidente que ocorrerá, a experiência anterior e volumosa da tevê analógica.

D

ominique Wolton afirmou, em 1996, que "a televisão educativa se desenvolve", mas sinceramente não se pode concordar com essa visão. Ela ficou estagnada, embora tenha uma imensa destinação pedagógica, infelizmente esmaecida pela notória falta de vontade política dos nossos governos. O rolo compressor da modernidade passou ao largo desse processo. No quadro hoje existente – é nossa opinião – o destaque da Globo, como tevê aberta/gratuita, é imenso, fruto da competência que lá se pratica como se fosse uma religião e também da compreensão de que existe uma clara diferença entre hegemonia e monopólio. Este seria sempre condenável, mas o que registra o mercado é a competência da quarta maior rede de televisão privada do mundo, onde o nacional e o local convivem harmoniosamente, dentro da pluralidade democrática. ARNALDO NISKIER É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS

O destaque da Globo vem da competência, praticada como uma religião

O EVANGELHO DE JUDAS nvoco o meu curso de Filosofia e Teologia com os jesuítas de São Paulo e deixo aqui registrado que não acredito na autenticidade do Evangelho de Judas, anunciado com certa pretensão pela famosa e conceituada National Geografic Society. Quem acompanha o noticiário de descobertas arqueológicas não se surpreende que tenha vindo a conhecimento de milhões de pessoas essa notícia da descoberta de uma revelação pretensiosamente dirigida sobre o papel de Judas na tragédia da Paixão de Cristo. O que deve valer para as pessoas de fé são os Evangelhos sinópticos, caucionados pela Igreja e pelas confissões de várias denominações que assentam seu ministério nos Evangelhos conhecidos, nos quais o papel de Judas foi definido de maneira concordante.

I

O Evangelho de Judas não esconde a perfeita armação para desfazer a nódoa e infamante traição de Judas e seu suicídio. muito comum vir a público notícias sobre a autenticidade dos Evangelhos, em que se nota a mais absurda heresia. Não tenho dúvida em afirmar que a Santa Madre e as confissões preservadoras dos Evangelhos não aceitarão esse Evangelho de Judas, que não esconde a perfeita armação preparada em locais desconhecidos para desfazer a nódoa e infamante traição de Judas e seu suicídio. A Igreja principalmente, tem sido invectivada por inimigos, charlatões e supostos eruditos, que desejam ver modificada a doutrina milenar que fez a civilização e a cultura. Quem quiser conhecer bem o papel da Igreja na civilização leia a obra sempre oportuna do Padre Leonel Franca sobre A Igreja e a Civilização e O Senhor, de Romano Guardini, para ter noções seguras sobre a gigantesca obra de Roma. A própria National Geographic ainda terá que vir a público para contestar a primeira versão deste absurdo evangelho e considerá-lo inautêntico. Fiquemos solidários com os Evangelhos sinópticos, que dizem tudo o que se deve saber sobre a revelação cristã.

É

JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

Irã Ve n e z u e l a Bolívia Iraque

quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, 20, 21, 22 e 23 de abril de 2006

PROTESTO CONTRA EMBARGO DE SIDERÚRGICA

O presidente Evo Morales jamais poderia usar o Exército contra o povo. Edil Gericke, do Comitê Cívico de Puerto Suarez

Reféns na Bolívia por emprego brasileiro Rosana Nunes/AE

Ministros bolivianos foram libertados na manhã de ontem depois de terem sido feito reféns na noite de terça-feira, em Puerto Suarez, divisa com Corumbá. Ação fez parte de protesto pelo embargo das obras da Siderúrgica EBX, do empresário brasileiro Eike Batista.

T

rês ministros bolivianos foram libertados na manhã de ontem – numa ação descrita como violenta, envolvendo 100 policiais – depois de terem sido feito reféns na noite de terça-feira na cidade de Puerto Suarez, divisa com Corumbá no Pantanal de Mato Grosso do Sul. A ação fez parte de protesto pelo embargo das obras da Siderúrgica EBX, do empresário brasileiro Eike Batista. Carlos Villegas, Walter Vilarroel e Celinda Sossa, ministros do Desenvolvimento Sustentável, Minas e Desenvolvimento Econômico, respectivamente, ficaram presos na sede do Comitê Cívico. Pelo menos três mil bolivianos estão mobilizados para evitar novas ações criminosas. Depois que os policiais invadiram o local e libertaram os ministros, uma multidão bloqueou a fronteira entre Arroyo Concépcion e Corumbá impedindo o trânsito até de pedestres. O presidente do comitê, Edil Gericke, afirmou que não há previsão de liberação da fronteira e tampouco da rodovia que liga Puerto Suarez a Santa Cruz de La Sierra. A estação ferroviária de Puerto Quijarro, vizinho de Puerto Suarez, amanheceu fechada

com aviso fixado na entrada principal informando aos passageiros que por causa do clima de insegurança o expediente foi encerrado sem data para o retorno ao normal. Como principal líder do protesto, Gericke afirmou que a atitude foi autoritária e viola a Constituição política do país. "O presidente Evo Morales jamais poderia usar o Exército contra o povo. Durante sua campanha eleitoral, usou o artifício dos bloqueios que acontecem aqui para conquistas políticas." Demonstrando nervosismo com gestos rápidos dos braços e semblante de decepção, disse em tom alto que o governo quer "uma briga feia e vai ter". Em resposta, o presidente boliviano disse que não tem medo dos manifestantes e não vai aceitar provocações, reiterando sua determinação de "expulsar as máfias que integram empresas ilegais de países vizinhos". Tudo começou na semana passada, quando começaram correr boatos de que as obras da EBX seriam interditadas. A confirmação chegou pelos três ministros que foram pessoalmente a Puerto Suarez anunciar a decisão governamental. "Foi a gota d’água", comentou Edil Gericke. (AE)

Ministros detidos na sede do Comitê Cívico de Puerto Suarez eram os de Desenvolvimento Sustentável, Carlos Villegas, Minas, Walter Vilarroel, e Desenvolvimento Econômico, Celinda Sossa Safin Haimd/AFP

Titan Holdings S.A. Empresa da Organização Bradesco CNPJ 07.134.529/0001-47 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP Relatório da Diretoria Senhores Acionistas, Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas. o Balanço Patrimonial, bem como as Demonstrações do Resultado, das Mutações do Patrimônio Líquido e das Origens e Aplicações de Recursos, relativos ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, acompanhados das Notas Explicativas e Relatório dos Auditores Independentes sobre a revisão limitada. Colocamo-nos à disposição de V.Sas. para quaisquer esclarecimentos que julgarem necessários. Cidade de Deus, 21 de fevereiro de 2006 Diretoria

Balanço Patrimonial em 31 de dezembro - Em Reais mil 2005 34.485

AT IV O CIRCULANTE ................................................................ Outros Créditos ............................................................

34.485

Dividendos a Receber .................................................

34.485

ATIVO PERMANENTE .................................................

755.244

Investimentos em Controladas ...................................

748.024

Outros Investimentos ...................................................

7.220

TOTAL .............................................................................

Demonstração do Resultado - Em Reais mil

PASSIVO CIRCULANTE ................................................................

2005 2.489

Dividendos Propostos a Pagar ...................................

2.489

PATRIMÔNIO LÍQUIDO .................................................

787.240

Capital:

789.729

Exercício findo em 31 de dezembro 2005 RECEITAS OPERACIONAIS ....................................... Resultado de Equivalência Patrimonial .................... Outras Receitas Operacionais ....................................

10.485 10.483 2

- De Domiciliados no País ..........................................

37.798

Reserva de Capital .......................................................

741.449

DESPESAS OPERACIONAIS .................................... Despesas Tributárias ................................................... Despesas Gerais e Administrativas ..........................

(3) (1) (2)

Reservas de Lucros .....................................................

7.993

RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO .....................

10.482

TOTAL .............................................................................

789.729

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ..

_

LUCRO DO EXERCÍCIO ...............................................

10.482

Quantidade de ações ................................................... Lucro por lote de mil ações em R$ ............................

37.801.327 0,27

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos - Em Reais mil

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - Em Reais mil RESERVA DE CAPITAL CAPITAL SOCIAL

EVENTOS

ÁGIO NA EMISSÃO DE AÇÕES

RESERVAS DE LUCROS

LEGAL

LUCROS ESTATUTÁRIA ACUMULADOS

Exercício findo em 31 de dezembro 2005

TOTAIS

SALDOS EM 31.12.2004 ..................................................

1

1

Aumento de Capital ..........................................................

37.797

37.797

Ágio na Emissão de Ações .............................................

_

741.449

_

_

_

741.449

LUCRO DO EXERCÍCIO ....................................................

10.482

10.482

524

7.469

(7.993)

DESTINAÇÕES: Reservas ..........................................................................

Dividendos Propostos .................................................... SALDOS EM 31.12.2005 ..................................................

(2.489)

(2.489)

741.449

524

7.469

787.240

– 37.798

ORIGEM DOS RECURSOS ......................................... RECURSOS PROVENIENTES DAS OPERAÇÕES . LUCRO LÍQUIDO ........................................................... AJUSTES AO LUCRO LÍQUIDO .................................. Resultado de Equivalência Patrimonial .................... RECURSOS DE ACIONISTAS .................................... Aumento de Capital ..................................................... Ágio na Emissão de Ações ........................................ Dividendos a Receber ................................................. APLICAÇÃO DOS RECURSOS .................................. Dividendos Propostos ................................................. Investimentos ............................................................... AUMENTO NO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO .....

813.730 (1) 10.482 (10.483) (10.483) 813.731 37.797 741.449 34.485 781.735 2.489 779.246 31.995

VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO: ATIVO CIRCULANTE .................................................... No Início do Exercício ................................................. No Fim do Exercício .................................................... PASSIVO CIRCULANTE .............................................. No Início do Exercício ................................................. No Fim do Exercício .................................................... AUMENTO NO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO .....

34.484 1 34.485 2.489 – 2.489 31.995

ANO NOVO NO CURDISTÃO Yazidis, membros de uma minoria religiosa da região central do Iraque, comemoraram ontem o Ano Novo, acendendo velas às portas do templo de Lalish, em Dohuk, 430 quilômetros de Bagdá. A cerimônia recorda a chegada da luz no mundo. Christian Charisius/Reuters

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras 1.

CONTEXTO OPERACIONAL A Titan Holdings S.A. (nova denominação social da Titan Holdings Ltda.) é uma empresa que tem por objetivo a participação como sócia ou acionista em outras sociedades, bem como a aquisição e transferência de participações societárias. A Titan Holdings S.A. é parte integrante da Organização Bradesco, utilizando-se de seus recursos administrativos e tecnológicos e suas demonstrações financeiras devem ser entendidas neste contexto. Através de Instrumento Particular de Alteração do Contrato Social de 17 de janeiro de 2005, deliberou-se a transformação do tipo societário de sociedade comercial por cotas de responsabilidade limitada em sociedade anônima, modificando-se sua denominação social de Titan Holdings Ltda. para Titan Holdings S.A.

2.

APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refere à constituição de provisões. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas. As demonstrações financeiras não estão sendo apresentadas de forma comparativa, pois a empresa encontrava-se em fase pré-operacional no exercício de 2004, e a sua posição patrimonial em 31 de dezembro de 2004 era representada pelas contas de capital social no montante de R$ 1 mil e bancos no montante de R$ 1 mil.

4.

PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Apuração do resultado As receitas e despesas são apropriadas de acordo com o regime de competência, observando-se o critério “pró-rata” dia para as de natureza financeira. b) Ativos e Passivos Os ativos foram demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias (em base “pro-rata” dia) auferidos. Os passivos incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e variações monetárias (em base “pro-rata” dia) incorridos. c) Investimentos Os investimentos em controladas foram avaliados pelo método de equivalência patrimonial e outros investimentos pelo metodo de custo de aquisição. d) Imposto de Renda e Contribuição Social A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida de adicional de 10%, quando aplicável. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes.

operacional compatível com o desenvolvimento das operações ativas da Sociedade e pode ser constituída em 100% do lucro líquido remanescente após destinações, sendo o saldo limitado a 95% do capital social integralizado. O enquadramento aos limites citados acima será deliberado na próxima Assembléia Geral Ordinária. d) Conforme disposição estatutária, aos acionistas estão assegurados dividendos que correspondam, no mínimo, a 25% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da lei societária. No exercício, foram propostos dividendos no montante de R$ 2.489 mil, que correspondem a R$ 0,0658 por lote de mil ações, registrados na rubrica “Dividendos Propostos a Pagar”. O cálculo dos dividendos relativos ao exercício de 2005, está demonstrado a seguir: R$ mil % (1) Lucro Líquido do Exercício ........ 10.482 Reserva Legal ............................. (524) Base de Cálculo .......................... 9.958 Dividendos Propostos em 2005 2.489 25,0 (1) Percentual dos dividendos aplicados sobre a base cálculo. 6)

INVESTIMENTOS Os ajustes decorrentes da avaliação pelo método de equivalência patrimonial dos investimentos foram registrados em contas de resultado, sob a rubrica de “Resultado de Equivalência Patrimonial” e corresponderam no exercício findo em 31 de dezembro de 2005 a R$ 10.483 mil.

Empresas controladas Companhia Securitizadora de Créditos Financeiros Rubi (1)(2) ...................................................................... Alvorada Companhia Securitizadora de Créditos Financeiros (1)(2) ..........................................................

5.

3.

Capital social

Quantidade de ações/ cotas possuídas Patrimônio Participação Lucro (em milhares) líquido no capital líquido ajustado O.N. P.N. Cotas social % ajustado

Ajustes decorValor do rente de investimento avaliação

589.831

796.784

– 248.377

89,27

162.646

711.322

9.904

37.706

36.702

100,00

5.426

36.702

579

37.083

TOTAL GERAL ................................................................ 748.024 10.483 (1) Dados relativos a 31 de dezembro de 2005. (2) Investimentos recebidos através de conferência de bens, para aumento de capital em 26 de dezembro de 2005. A, nominativas - escriturais, sem valor nominal, mediante a PATRIMÔNIO LÍQUIDO conferência de 134.180.096, ações ordinárias, nominativas a) O capital social, totalmente subscrito e integralizado é - escriturais de emissão de Cias. Abertas. representado por 37.801.327 ações ordinárias, Classe A, nominativas - escriturais, sem valor nominal. (2) A Assembléia Geral Extraordinária de 28 de dezembro de 2005 b) Movimentação do capital social em ações. deliberou aumento de capital com a emissão de 30.580.538 novas ações ordinárias, Classe A, nominativas-escriturais, sem Eventos Quantidades Valor R$ mil valor nominal, subscritas em sua totalidade pela empresa Embaúba Holdings Ltda., mediante a conferência de bens de Capital Inicial em sua propriedade, conforme segue: a) 248.377.247 cotas de 31/12/2004 .......... 1.000 cotas 1 emissão da empresa Companhia Securitizadora de Créditos Conversão em Financeiros Rubi, avaliadas pelo critério de valor contábil em A ç õ e s .................. 1.000 ações (1) 1 R$ 735.902 mil, b) 37.083.738 cotas, de emissão da empresa Aumento de Capital 7.219.789 ações (1) 7.220 Aumento de Capital 30.580.538 ações (2) 30.577 Alvorada Companhia Securitizadora de Créditos Financeiros, Capital Final em avaliadas pelo critério de valor contábil em R$ 36.124 mil, dos 31/12/2005 .......... 37.801.327 ações 37.798 quais R$ 30.577 mil, foram levados à conta “Capital” e R$ 741.449 mil à conta “Reserva de Ágio na Emissão de Ações”, (1) O Instrumento Particular de Alteração do Contrato Social de c) As reservas de lucros são constituídas obrigatoriamente, como 17 de janeiro de 2005, além da transformação do tipo societário segue: reserva legal a base de 5% do lucro líquido do exercício, de sociedade comercial em sociedade anônima, deliberou até atingir 20% do capital social realizado ou 30% do capital que as 1.000 (mil) cotas, do valor nominal de R$ 1,00 (um real) social, acrescido das reservas de capital. Após esse limite a cada uma, fossem transformadas em 1.000 (mil) ações apropriação não mais se faz obrigatória. A reserva legal somente ordinárias, Classe A, nominativas - escriturais, sem valor poderá ser utilizada para aumento de capital ou para compensar nominal e aumentar o capital social no valor de R$ 7.220 mil, prejuízos; a reserva estatutária objetiva à manutenção da margem com a emissão de 7.219.789 novas ações ordinárias, Classe

Luiz Carlos Trabuco Cappi

Aos Acionistas e Diretores da Titan Holdings S.A. Osasco - SP

Diretores

Efetuamos uma revisão limitada do balanço patrimonial da Titan Holdings S.A., levantado em 31 de dezembro de 2005, e das respectivas demonstrações de resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos para o exercício findo naquela data, elaboradas sob responsabilidade de sua administração.

Samuel Monteiro dos Santos Júnior Marcos Suryan Neto Ivan Luiz Gontijo Júnior Haydewaldo Roberto Chamberlain da Costa

Josimar Rodrigues de Siqueira Contador CRC 1SP222731/O-0

Dividendos a Receber (a) ................. 34.485 Dividendos Propostos a Pagar (b) .. 2.489 a) Dividendos a Receber da empresa Companhia Securitizadora de Créditos Financeiros Rubi. b) Dividendos Propostos a Pagar a empresa Bradesco Segprev Investimentos Ltda. no montante de R$ 475 mil e Embaúba Holdings Ltda. no montante de R$ 2.014 mil. 7)

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social: Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 Resultado antes da tributação sobre o lucro (imposto de renda e contribuição social) .................. Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente .. Resultado de equivalência patrimonial ......................................... Imposto de renda e contribuição social do exercício ...................

10.482

BOA VIAGEM A Royal Caribbean International apresentou ontem o maior transatlântico do mundo, construído na Finlândia, com capacidade para transportar um total de 4.370 passageiros. Patrick Hertzog/AFP

(3.564) 3.564 –

8)

OUTRAS INFORMAÇÕES A empresa em 31 de Dezembro de 2005, não possuía operações com Instrumentos Financeiros Derivativos.

9)

EVENTOS SUBSEQUENTES Com o objetivo de alcançar melhores níveis de competitividade e produtividade e a conseqüente racionalização e redução dos custos operacionais, administrativos e legais, promoveu-se a reorganização societária deliberada em Assembléia Geral Extraordinária e Instrumento de Protocolo e Justificação de Incorporação, realizados e firmados em 2 de fevereiro de 2006, aprovando-se a incorporação pela empresa Embaúba Holdings S.A. do patrimônio líquido contábil da empresa Titan Holdings S.A., com base em balanços patrimoniais levantados em 31 de janeiro de 2006.

Relatório dos Auditores Independentes sobre a revisão limitada

Diretoria Diretor-Presidente

TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS As transações com partes relacionadas são efetuadas em condições e taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações e estão assim representadas: Em 31 de dezembro - R$ mil 2005

Nossa revisão foi efetuada de acordo com as normas específicas estabelecidas pelo IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil e consistiram principalmente, na aplicação de procedimentos de revisão analítica dos saldos financeiros e na averiguação dos critérios adotados na elaboração das demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2005 junto aos responsáveis pelas áreas contábil e financeira. Considerando que esta revisão não representou exame de acordo com as Normas de Auditoria Independente das demonstrações financeiras, não estamos expressando uma opinião sobre as referidas demonstrações financeiras.

Baseado em nossa revisão limitada, não temos conhecimento de qualquer modificação relevante que deva ser efetuada nas demonstrações financeiras referidas no primeiro parágrafo, para que as mesmas estejam de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

PRODI CONFIRMADO 17 de abril de 2006

KPMG Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6

Cláudio Rogélio Sertório Contador CRC 1SP212059/O-0

A Suprema Corte italiana confirmou ontem a vitória da coalizão de centro-esquerda de Romano Prodi nas eleições legislativas do país. Para a Câmara, foram 19.002.598 de votos contra 18.977.843 da coalizão do primeiro-ministro Silvio Berlusconi.


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Planalto CPI Eleições Congresso

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COLIGAÇÃO PSDB-PFL: FORMALIZAÇÃO EM MAIO.

Nós temos que resolver esta questão sem dividir o partido. Senador José Jorge (PFL-PE), candidato a vice de Alckmin

QUESTÃO DO VICE DE ALCKMIN AMEAÇA RACHAR PFL. DIRCEU É CHAMADO PARA DEPOR PELO MP. Sérgio Lima/Folha Imagem

VICE: PFL AINDA SEM CONSENSO.

D

ividido entre dois pré-candidatos, o PFL poderá decidir no voto quem será o nome indicado para compor como vice-presidente a chapa encabeçada por Geraldo Alckmin (PSDB) na disputa presidencial. "Nós temos que resolver esta questão sem dividir o partido'', disse o líder da minoria no Senado, José Jorge (PFL-PE), sem descartar a possibilidade de uma eleição interna. Jorge e o líder do partido no Senado, José Agripino (RN), disputam a indicação. Na consulta interna do partido a preferência ficou com José Jorge, que obteve mais de 50 votos, dez a mais do que Agripino. O presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), obteve mais de 70 votos, mas ele está fora da disputa. Ontem, Bornhausen teve a primeira conversa com os dois senadores. Justificativas – Jorge justificou sua pretensão, lembrando que seu mandato termina este ano e que já abriu mão da disputa pela reeleição para o Senado em favor do ex-governador de Pernambuco Jarbas Vasconcelos, para selar a coligação PMDB, PFL e PSDB no Estado. E argumentou que seu Estado tem qua-

se seis milhões de eleitores. Apesar das desvantagens de ser de um estado com menos de dois milhões de eleitores – o Rio Grande do Norte – e ter mais quatro anos de mandato, Agripino ressaltou que tem apoio interno e está disposto a lutar. Ele propõe que seja convocado o mesmo colégio eleitoral que Bornhausen consultou – deputados, senadores, governadores e presidentes de diretórios regionais – e que o nome seja escolhido em votação secreta. Aliança – Pelo menos o partido já decidiu formalizar com o PSDB, na primeira semana de maio, um documento de propostas de governo, incluindo mudanças na política econômica. Bornhausen vai se reunir com o ex-ministro Pratini de Moraes, escalado pelo partido para se integrar ao grupo tucano encarregado de elaborar o programa de governo da coligação. Ele vai informar também à Executiva que a quase totalidade dos 91 pefelistas consultados quer a coligação com o PSDB nos estados. As maiores dificuldades estão localizadas no Maranhão, Bahia, Distrito Federal e Sergipe.(Agências)

José Jorge, Agripino Maia e Bornhausen: conversas e consulta não resolveram impasse para indicar candidato a vice na chapa de Alckmin.

DIRCEU NO MP

ASSESSORES

TRANCADA

Ministério Público paulista convocou o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu para depor no dia 4 sobre o suposto esquema de corrupção da administração de Celso Daniel (PT), prefeito de Santo André, seqüestrado e morto em janeiro de 2002. Os promotores acreditam que parte dos R$ 100 milhões movimentados pelo esquema passou pelas mãos de Dirceu e financiou campanhas do PT. "Quero saber sobre esses recursos que foram destinados ao escritório de Dirceu, segundo a versão do Gilberto Carvalho (secretário do presidente Lula)", disse o promotor Roberto Wider Filho.

presidente da Assembléia Legislativa, Rodrigo Garcia (PFL), anulou ontem a convocação de dois assessores do governo do Estado para responderem a perguntas sobre as supostas irregularidades nos contratos de publicidade da gestão do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), précandidato a presidente. O secretário de Recursos Hídricos do Estado, Mauro Arce, e a assessora especial de Comunicação Patrícia Guedes não precisam mais comparecer à Assembléia Legislativa. O pedido de comparecimento sido feito pela Comissão de Finanças e Orçamento.

pauta de votações do plenário do Senado voltou a ficar trancada por medidas provisórias (MPs) com prazo esgotado. Foram lidos três ofícios do presidente da Câmara informando que os deputados aprovaram as MPs 278/06, 279/06 e 280/06. Estas duas últimas foram modificadas pela Câmara, recebendo projetos de lei de conversão (PLV 8/06 e PLV 9/06). Com isso, os quatro itens da ordem do dia não puderam ser votados. A MP 280/06 reajustou a tabela de desconto de Imposto de Renda das pessoas físicas em 8% a partir de 1º de fevereiro. As outras duas MPs abrem créditos extraordinários.

O Ó RBITA

NAS BANCAS Editora Escala publicou o relatório final da CPMI dos Correios (768 páginas), e começou a distribuí-lo nas bancas de todo o País, a partir de São Paulo. A primeira tiragem é de cinco mil exemplares e o interessado terá de desembolsar R$ 29,90 para ter o texto lido pelo deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) em 29 de março.

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ECONOMIA/LEGAIS - 15

Fotos: Leonardo Rodrigues/Hype

BENEFICÊNCIA MÉDICA BRASILEIRA S.A. – HOSPITAL E MATERNIDADE SÃO LUIZ CNPJ (MF) nº 60.811.759/0001-86 RELATÓRIO DA DIRETORIA

Executivos da ACSP, da Losango e da Darco durante lançamento

Senhores Acionistas: Na forma da Lei e do Estatuto Social submetemos à apreciação de V.Sas. o Balanço Patrimonial encerrado em 31/12/2005 acompaA DIRETORIA nhado das Demonstrações Contábeis e Pareceres do Conselho de Administração e da Auditoria. São Paulo, 29 de março de 2006. Balanços Patrimoniais em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 (Em milhares de Reais) ATIVO 2005 2004 PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 2005 2004 Circulante: Circulante: Disponibilidades 550 835 Fornecedores 9.155 8.388 Títulos e valores mobiliários 38.231 38.984 Empréstimos e financiamentos 4.445 3.654 Contas a receber 29.310 22.312 Salários, férias e encargos sociais 10.967 10.125 Estoques 3.269 2.618 Contribuições e impostos a recolher 2.145 1.593 Impostos a recuperar 443 18 Provisão para I.Renda e Contr. Social 2.042 64 Outros créditos 873 647 Outras contas a pagar 2.089 1.875 Despesas antecipadas 50 54 30.843 25.699 72.726 65.468 Exigível a longo prazo: Empréstimos e financiamentos 18.956 22.080 Realizável a longo prazo: Partes relacionadas 16.558 38.380 Outros créditos 382 370 Outras contas a pagar 58 57 Depósitos judiciais 2.115 2.188 Provisão para perdas com investimentos – 2.933 Adiant. para Futuro Investimento 4.219 2.532 Impostos diferidos s/ reserva de reavaliação 637 696 Partes relacionadas 2.316 1.694 Provisão para contingências 4.160 4.160 9.032 6.784 40.369 68.306 Patrimônio líquido: Permanente: Capital social 18.900 18.900 Investimentos 85.299 92.539 Reserva de capital 6.540 6.540 Imobilizado 90.598 68.510 Reserva de reavaliação 15.400 17.404 Diferido – – Reserva de lucros 53.223 3.433 175.897 161.049 Lucros acumulados 95.248 95.887 Ações em tesouraria (2.868) (2.868) 186.443 139.296 257.655 233.301 233.301 257.655 Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido em 31 de de Dezembro de 2005 e 2004 (Em milhares de Reais) Reserva Reserva de Reserva de lucros de capital reavaliação Reserva Capital Subvenção Ativos Ativos de Reserva de Lucros Lucros Ações em social para investim. próprios controlada legal a Realizar acumulados tesouraria Total Saldos em 31 de dezembro de 2003 18.900 6.540 9.626 10.172 2.395 – 74.568 (2.868) 119.333 Ajustes de exercícios anteriores – – – – – – (651) – (651) Constituição de reservas – – – – – – – – – Realização da reserva de reavaliação – – (326) (2.068) – – 2.394 – – Distribuição de juros sobre capital próprio – – – – – – (3.480) – (3.480) Lucro líquido do exercício – – – – – – 24.094 – 24.094 Destinação do lucro líquido (vide Nota 19.3): Reserva legal – – – – 1.038 – (1.038) – – Saldos em 31 de dezembro de 2004 18.900 6.540 9.300 8.104 3.433 – 95.887 (2.868) 139.296 Realização da reserva de reavaliação – – (2) (2.002) – – 2.004 – – Distribuição de juros sobre capital próprio – – – – – – (4.200) – (4.200) Lucro líquido do exercício – – – – – – 51.347 – 51.347 Destinação do lucro líquido (vide Nota 19.3): – – – – 350 – (350) – – Reserva legal Proposta da Administração: Constituição de Reservas de Lucros a – – – – – 49.440 (49.440) Realizar = Resultado do MEP 2004-05 18.900 6.540 9.298 6.102 3.783 49.440 95.248 (2.868) 186.443

A Darco é uma rede de 10 lojas em São Paulo e 30 anos no mercado

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CARTÃO Darco lança private label com chancela da ACSP

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ançado há menos de um mês, o cartão private label da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), específico para pequenos e médios varejistas, comemora o sucesso no segmento. A Darco Artefatos de Couro, com 10 lojas em São Paulo e há 30 anos no mercado, é mais uma das empresas que aderiram ao projeto. "Finalmente, posso anunciar que temos o nosso cartão próprio. E o importante é que ele nasce com a chancela da ACSP, uma marca que tem credibilidade", comemorou Ary Giron, proprietário da Darco. Os private labels , que também são conhecidos no mercado como cartões de marca própria de um estabelecimento comercial, oferecem uma linha de crédito que estimula o cliente a fazer compras com maior freqüência em sua rede de lojas. Com uma taxa de serviços muito menor do que as praticadas no mercado, o cartão reduz o custo do lojista e fortalece a marca da empresa. Segundo Nuham Szprinc, consultor da unidade de novos negócios da ACSP, as vantagens são muitas para o cliente que tem o cartão de marca própria. "Com esse meio de pagamento, o cliente tem 40 dias para pagar sem juros, parcelamento nas compras, financiamento de até 80% do valor das

compras faturadas, isenção de anuidades, acesso para saques na rede 24 horas e a possibilidade de poder comprar em postos de gasolina e rede de supermercados", disse Nuham. Simone Simões, gerente de cartões da Losango, parceira da ACSP no private label, reforça as vantagens que o cliente tem com o produto. "A Losango opera há muito tempo no segmento de cartões. Mas com o apoio da ACSP o sucesso é garantido", destacou. "Já temos 10 mil clientes cadastrados para adquirir o cartão da Darco. Trata-se de um cartão de fidelidade, que dará mais prazo para pagamento e inúmeras outras vantagens. Além disso, vamos servir de referência para outros comerciantes. O plano é atingir o total de 80 mil cartões até o final do ano", afirmou Ary Giron, dono da Darco. "O private label oferece as menores taxas de manutenção do mercado e também dá acesso a um programa de fidelidade. Conhecer os hábitos de consumo de seus clientes é um grande diferencial. Com o cartão, o comerciante pode manter os dados dos consumidores, tais como freqüência de compras e gastos mensais. Assim, pode realizar promoções direcionadas para um grupo de clientes", concluiu Nuham. Wladimir Miranda

Cartão de marca própria oferece vantagens aos cliente e aos lojistas

A Darco já tem cerca de 10 mil clientes cadastrados para o cartão

Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis – Exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em Milhares de Reais) 1 - Contexto Operacional – A Empresa tem como objeto social a presta- f. Empréstimos e financiamentos: Os valores foram atualizados pelo índição de assistência hospitalar com utilização de serviços médicos exclusiva- ce de correção monetária e taxa de juros, nos termos dos contratos vigenmente por conta de terceiros, podendo ainda participar de outras socieda- tes, de modo a refletir os encargos incorridos até a data do balanço. g. Redes, assim como locar bens móveis ou imóveis e manter programas de serva de reavaliação: As reavaliações foram feitas com base em laudo de assistência médico-hospitalar. 2 - Apresentação das Demonstrações avaliação emitido por empresas especializadas, nomeadas pela administraContábeis – As demonstrações Contábeis da empresa foram elaboradas ção das Empresas, como peritos independentes, consoante os procedimende acordo com os princípios de contabilidade emanados da legislação so- tos estabelecidos na Deliberação CVM nº 206 de 29 de novembro de 1996. cietária brasileira, que não prevêem a partir de 1996 o reconhecimento dos A realização destas reservas se dá com base na depreciação dos bens efeitos inflacionários, requeridos pelos Princípios Fundamentais de Conta- correspondentes, ou ainda por meio de baixas e/ou alienações dos respecbilidade, que implicaria na apresentação das demonstrações contábeis ex- tivos bens reavaliados. i - De Ativos Próprios: Constituída em 1993, abranpressas em moeda de capacidade aquisitiva constante. Em decorrência, os ge edificações, instrumentos e equipamentos hospitalares e terrenos, efetubalanços patrimoniais e as demonstrações de resultados resultam de sim- ada pela empresa SETAPE – Serviços Técnicos de Avaliações do Patrimôples acumulação dos valores nominais das transações. Na elaboração das nio e Engenharia S/C Ltda, e o saldo da Reserva em 31 de dezembro 2005 demonstrações contábeis da entidade, é necessário utilizar estimativas para de R$ 9.298 (R$ 9.300 em 2004). ii - Ativos de Controladas: Na controlada contabilizar certos ativos, passivos e outras transações. As demonstrações indireta Hospital Cidade Jardim Ltda., foram reavaliados os instrumentos e contábeis da entidade incluem, portanto, várias estimativas referentes à equipamentos hospitalares pela empresa SETAPE – Serviços Técnicos de seleção das vidas úteis do ativo imobilizado, provisão necessária para pas- Avaliações do Patrimônio e Engenharia S/C Ltda , em 31 de março de 2003, sivos contingentes, determinações de provisões para o IR e outros simila- cujo reflexo no patrimônio líquido da empresa em 31 de dezembro de 2005 res. Os resultados reais podem apresentar variações em relação às estima- é de R$ 6.102 (R$ 8.104 em 2004). O efeito do imposto de renda e da contivas. 3 - Resumo das Principais Práticas Contábeis – a. Aplicações tribuição social diferidos sobre a parcela de reavaliação de ativos próprios financeiras: Registradas ao custo, acrescido dos rendimentos incorridos ainda não realizada é de R$ 637 (R$ 696 em 2004), sendo estes diferimentos, até a data do balanço, que não supera o valor de mercado. b. Provisão para realizados na mesma proporção da reserva de reavaliação. Créditos de Liquidação Duvidosa: A administração da entidade efetua 4 - Contas a Receber 2005 2004 uma análise individual de sua carteira de recebiveis para determinação dos Notas fiscais 3.817 3.518 valores de liquidação duvidosa. O saldo em 31/12/2005 é considerado sufi- Duplicatas de Convênio 30.465 21.725 ciente para a cobertura de eventuais prejuízos na realização de valores a Outros 1.396 3.146 receber de clientes e outros créditos, levando-se em consideração a análise 35.678 28.389 das operações em aberto, das garantias existentes e dos riscos específicos (-) Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (6.368) (6.077) apresentados. c. Estoques: Os estoques estão avaliados ao preço de cus29.310 22.312 to médio ponderado móvel de aquisição, sendo que os mesmos não exce5 - Estoques 2005 2004 dem ao valor de mercado. Em geral compreende a materiais de utilização 107 93 na operacionalização da entidade, sendo que os mesmos apresentam-se Medicamentos controlados 688 614 livres de ônus ou gravames. d. Investimentos: Contabilizados ao custo de Drogas e Medicamentos Materiais cirúrgicos e outros 2.474 1.911 aquisição. Os investimentos em controladas e coligadas foram avaliados 3.269 2.618 pelo método de equivalência patrimonial. e. Imobilizado: Demonstrado ao 2005 2004 custo de aquisição, construção ou, quando aplicável, ao valor reavaliado, 6 - Investimentos corrigido monetariamente. A depreciação foi calculada pelo método linear, Empresas controladas e coligadas 85.215 92.455 com base no tempo de vida útil estimado dos bens, em função de sua utili- Incentivos fiscais e outros 84 84 zação e quando aplicável à aceleração em função da operação ininterrupta. 85.299 92.539

Detalhamento dos Investimentos Quantidade total de ações/quotas do capital social Quantidade de ações/quotas possuídas Participação no capital social (%) Patrimônio líquido em 31 de dezembro Valor da participação da controladora Investimento em 31 de dezembro Resultado da equivalência patrimonial Lucro (prejuízo) no exercício das controladas e coligadas Participação da controladora no lucro (prejuízo) Movimentação dos investimentos na controladora: Saldos em 31 de dezembro de 2004 Baixa de Investimento Redução de Capital

São Luiz Administr. Centro de Repres. e Hospitalar Reprod. Planos de São Luiz Humana Saúde Ltda. Ltda. S. Luiz Ltda.

São Luiz Planos de Saúde Ltda.

Hospital SAH - Socied. Cidade de Adm. Jardim Hospitalar Ltda. S/C Ltda.

16.264.480 5.769.250 35,47 8.214 2.895 – 2.895

3.095.357 3.093.357 99,94 80.243 80.185 53.011 27.174

– – – – – – –

5.357.612 32.402.513 723.990 633.333 13,44 1,95 5.753 68.451 772 1.335 – 3.050 772 (1.715)

16.396

27.224

4.555

14.264

5.815

27.208

612

278

HMSC S.A.

Total em 2005

Total em 2004

10.000 500.000 2.500 250.000 25,00 50,00 10 50 2 25 85.214 92.455 2 25 56.088 72.141 – – 29.126 20.314

– 84.011 366 – 8.050 2 25 92.454 72.141 – – (366) – – – – (366) – – (31.000) – – (5.000) – – (36.000) – – 53.011 – – 3.050 2 25 56.088 72.141 Resultado da equivalência patrimonial 2.895 27.175 – 772 (1.715) – – 29.127 20.314 Saldos em 31 de dezembro de 2005 2.895 80.186 – 772 1.335 2 25 85.215 92.455 Conforme evidenciado nas demonstrações financeiras, a Empresa continua adotando uma política agressiva de investimentos, baseada na decisão estratégica dos Acionistas que visa permitir ao Hospital fazer frente aos novos desafios do mercado.Também em parceria com terceiros, a Empresa está desenvolvendo um novo empreendimento hospitalar (Hospital Anália Franco), na zona leste da cidade de São Paulo, situado no Bairro do Tatuapé. A entrega desta obra está prevista para 2007. O custo total do projeto que compete à Empresa está estimado em R$ 20 milhões, dos quais R$ 4.219 (R$ 2.532 em 2004) já foram investidos. Foi concluído e teve o início de suas atividades em Junho de 2005 o Edifício de Serviços representando a expansão do Complexo Hospitalar São Luiz – Unidade Itaim (Vide Nota nº 7 – Imobilizado). 7 - Imobilizado

Edificações Instrumentos e equiptos. hospitalares Veículos Equipamentos de processamento de dados Instalações Móveis e utensílios Elevadores Outras Imobilizações

Tempo de vida útil anos 25

(-) Depreciação acumulada Terrenos Imobilizações em andamento Total

2005 2004 Custo Cor- Reavarigido liação Total Total 47.466 2.597 50.063 25.980

6,6 5

22.462 404

1.338 23.800 12.847 – 404 255

5 5 10 10 10

4.442 – 4.442 2.486 12.580 – 12.580 1.581 5.222 162 5.384 3.719 1.319 – 1.319 736 5.797 728 6.525 6.358 99.692 4.825 104.517 53.962 (22.367) (2.950) (25.317) (20.343) 77.325 1.875 79.200 33.619 951 8.060 9.011 9.011 2.387 – 2.387 25.880 80.663 9.935 90.598 68.510

Em linha com a política de investimentos da Empresa, o Hospital ampliou as instalações da Unidade Itaim com a construção de um edifício de serviços. A entrega desta obra ocorreu em junho de 2005, sendo seu custo total R$ 39.124. O projeto foi financiado com recursos próprios, no montante de R$ 16.295, e repasses do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social – BNDES, de R$ 8.897. A parcela atinente à aquisição de equipamentos foi financiada pelo Unibanco através de repasse de recursos obtidos junto ao IFC – International Finance Corporation , no montante de R$ 13.932. No início de 2003, a Empresa realizou o levantamento físico dos instrumentos e equipamentos hospitalares adquiridos por leasing e que vinham sendo utilizados pela controlada indireta Hospital Cidade Jardim Ltda. (Unidade Morumbi). Estes bens foram vistoriados pela empresa SETAPE – Serviços Técnicos de Avaliações do Patrimônio e Engenharia S/C Ltda., na data-base de 31 de março de 2003, objetivando integralizar capital naquela Unidade, mediante conferência destes bens já reavaliados. 8 - Fornecedores 2005 2004 Fornecedores de Mercadorias 7.703 7.559 Fornecedores de Serviços 1.452 829 Total 9.155 8.388 09 - Empréstimos e Financiamentos: Venci2005 2004 mentos Curto Longo Curto Longo Modalidades e Instituição Finais Prazo Prazo Prazo Prazo Contratos de Leasing – (1) Bradesco 2006 5 – 28 – Finames: (2) Bradesco 10/2011 1.380 6.490 1.336 7.562 (3) Banco Santander: - Total dos contratos 09/2010 1.275 3.720 260 2.617 Financiamentos – ME (4) Banco Unibanco: - IFC – International Finance Corporation US$ 5.230.769,00 12/2011 1.785 8.746 2.030 11.901 Total 4.445 18.956 3.654 22.080

As captações em moeda estrangeira são atualizadas com base na variação da taxa de câmbio na data do balanço. Em garantia foram oferecidos os bens objeto dos financiamentos, avais dos sócios e alienação fiduciária. As captações em moeda nacional estão descritas a seguir: (1) Refere-se à aquisição de instrumentos e equipamentos hospitalares utilizados pela Unidade Morumbi cujo saldo, amortizado mensalmente, é acrescido de juros mensais de 1,88% mais atualizações através de índices pactuados; (2) Corresponde as parcelas liberadas pelo BNDES-FINAME para a construção do edifício de serviços da Unidade Itaim, no montante de R$ 8.897. Os encargos financeiros são calculados com base na TJLP, mais 5% a.a. a título de spread e com vencimento final em 15.11.2011. (3) Recursos captados para ampliação e atualização da área de Tecnologia da Informação da Unidade Itaim e ampliação, atualização do quadro de equipamentos hospitalares, cujos encargos são calculados com base na TJLP, mais 5% a.a. a título de spread, representados por 30 contratos com vencimento final para Setembro de 2010 (Contratos nºs 4-4049 e 4-3773). (4) Contrato de financiamento mediante repasse de recursos contratados junto ao IFC – International Finance Corporation para a expansão e modernização da Unidade Itaim com juros fixos de 5 % a.a. e taxa interbancária oferecida para depósitos a 6 ( seis ) meses ( London Interbank Offered Rate – LIBOR ) com amortização em 90 meses com inicio em 15.06.2005 e termino em 15.12.2011, sendo 14 parcelas semestrais no valor de US$ 373.626,36 cada. 10 - Salários e Encargos Sociais 2005 2004 Salários a Pagar 2 2 Provisão de Férias 5.186 4.822 INSS 1.103 1.037 INSS – Discussão Judicial 4.078 3.069 FGTS 598 1.195 Total 10.967 10.125 11 - Contribuições e Impostos a Recolher e Provisão para I.Renda e Contribuição Social 2005 2004 IRPJ 2.147 46 CSLL 246 18 IRRF 352 269 COFINS 521 519 PIS 113 96 ISS 363 325 Outros 445 384 Total 4.187 1.657 12 - Partes Relacionadas Contas a Receber: Agropecuária e Reflorestadora São Luiz Ltda São Luiz Representações e Planos de Saúde Ltda São Luiz – Planos de Saúde Ltda. ALVI – Serviços Médicos Radiológicos Ltda Total

2005

2004

2.041 118 31 127 2.317

1.538 35 – 121 1.694

Contas a Pagar: Hospital Cidade Jardim Ltda. São Luiz – Planos de Saúde Ltda. ZAR Participações S.A. BMB Participações S.A. Administradora Hospitalar São Luiz Ltda Centro de Reprodução Humana Total

1.162 23.133 – 1.354 2.053 2.321 724 724 12.619 10.637 – 211 16.558 38.380

Demonstrações de Resultados – Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 (Em milhares de Reais) 2005 2004 RECEITA OPERACIONAL BRUTA Atividade Hospitalar 191.626 169.879 DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA (-) Impostos e Outras Deduções (13.264) (12.608) RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 178.362 157.271 (-) CUSTO DOS SERVIÇOS PRESTADOS (85.165) (75.899) LUCRO BRUTO 93.197 81.372 DESPESAS OPERACIONAIS Despesas com vendas (9.241) (11.223) Administrativas e gerais (66.830) (66.991) (76.071) (78.214) OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS Outras receitas (-) despesas operacionais 5.571 3.559 Reversão de Provisões para Perdas de Investimentos 2.933 8.504 3.559 (67.567) (74.655) Resultado operacional bruto 25.630 6.717 Resultado financeiro Despesas financeiras (1.711) (182) Receitas financeiras 6.768 3.045 5.057 2.863 Resultado da equivalência patrimonial 29.126 20.314 LUCRO OPERACIONAL 59.813 29.894 Ganhos (Reversão de Provisão) / Perdas com investimentos – (1.801) Resultados não operacionais (85) (1.589) RESULTADO DO EXERCÍCIO ANTES DAS TRIBUT. 59.728 26.504 Imposto de renda e contribuição social (8.381) (2.410) LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 51.347 24.094 Lucro líquido por ação do capital final – R$ 0,8150 0,3824 Quantidade de ações em circulação – mil 63.000 63.000 Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos – Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 (Em milhares de Reais) 2005 2004 ORIGENS DE RECURSOS Das operações: Lucro líquido do exercício 51.347 24.094 Despesas (receitas) que não afetam o cap. circ.: 6.256 4.209 Depreciação e amortização Variação monetária e juros do exigível a longo prazo (1.059) (871) Equivalência patrimonial (29.126) (20.314) Realização do imposto de renda diferido (58) (111) Baixa em Investimentos 249 Baixa em Investimentos – Mutuos 36.000 – Custo residual do ativo permanente baixado 205 1.589 Recursos originados das operações 63.814 8.596 De terceiros: Redução do realizável a longo prazo 62 50 Aumento do exigível a longo prazo 2.031 24.504 Partes relacionadas 45.444 37.469 Valor de venda do permanente 165 4.660 Recursos originados de terceiros 47.702 66.683 Total das origens 111.516 75.279 APLICAÇÕES DE RECURSOS No realizável a longo prazo – 376 Partes relacionadas 31.888 17.264 Partes relacionadas – Redução de Capital Coligadas 36.000 – Em investimentos 1.688 1.137 No ativo imobilizado 28.550 25.714 No ativo diferido – 24 Transferência de empréstimos a longo prazo para o circulante 4.143 – Reducão no exigivel a Longo Prazo 2.933 1.623 Distribuição de juros sobre capital próprio 4.200 3.480 Ajustes de exercícios anteriores – 652 Total das aplicações 109.402 50.270 Aumento do capital circulante líquido 2.114 25.009 DEMONSTRAÇÃO DA VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRC. LÍQUIDO Ativo circulante: No fim do exercício 72.726 65.468 No início do exercício 65.468 32.481 7.258 32.987 Passivo circulante: No fim do exercício 30.843 25.699 No início do exercício 25.699 17.721 5.144 7.978 Variação do capital circulante líquido 2.114 25.009 As principais operações estão representadas por contratos de mútuo, pactuados em condições usuais de mercado. As empresas relacionadas desenvolvem as seguintes atividades: • Agropecuária e Reflorestadora São Luiz Ltda. – dedica-se às atividades de plantação de diversas culturas e criação de gado. • Empresas de Planos de Saúde – a atividade principal compreende a comercialização e administração de planos de saúde próprios. • Administradora Hospitalar São Luiz – prestação de serviços de consultoria, gestão e administração de clínicas e complexos médico-hospitalares. • Hospital Cidade Jardim Ltda. – prestação de assistência hospitalar com utilização de serviços médicos exclusivamente por conta de terceiros, locar bens móveis, manter programas de assistência médico-hospitalares e administrar bens próprios ou empreendimentos comerciais ou civis. • Centro de Reprodução Humana São Luiz Ltda. – oferecer orientação na implantação de trabalhos de reprodução e fertilização “in vitro”. • BMB Participações S.A. – participação em outras sociedades, civis ou comerciais, como sócia, acionista ou quotista. • ALVI – Serviços Médicos Radiológicos Ltda. – prestação de serviços radiológicos em geral, notadamente à hospitais e clientes encaminhados por médicos. 13 - Imposto de Renda e Contribuição Social – O imposto de renda foi calculado à alíquota de 15%, mais adicional de 10% e a contribuição social à alíquota de 9%, sendo considerado para efeito de cálculo a legislação em vigor. 14 - Patrimônio Líquido – 14.1 - Capital social: O capital social, totalmente subscrito e integralizado, é de R$ 18.900, divididos em 63.000.000 de ações ordinárias no valor nominal de R$ 0,30 cada, permanecendo inalterado em relação ao exercício de 2004. 14.2 - Ações em Tesouraria: Durante o exercício de 1990, a Empresa adquiriu, com recursos próprios, 6.519.294 ações do seu capital social, as quais permanecem em tesouraria aguardando deliberação da Assembléia. 14.3 – Reservas de Lucros a Realizar: Decorrentes de Resultados obtidos com Participações Societárias (NE 06 e NE 16) oriundos da aplicação do Método da Equivalência Patrimonial, normalmente tem a sua realização em função do recebimento de dividendos ou pela alienação de Investimentos das Coligadas Controladas. Neste exercício o valor da Reserva constituída foi de R$ 49.440, provenientes dos resultados com participações societárias pelo MEP de 2005 e 2004. A Reserva de Lucros a Realizar, foi constituída em conformidade com Item “b” do Parágrafo único do Art. 197 e Art. 248, III da Lei 6.404/76. 14.4 - Dividendos e Juros sobre o Capital Próprio: Os juros sobre o capital próprio pagos no montante de R$ 4.200 (R$ 3.480 em 2004) foram calculados com base na variação da Taxa de Juros a Longo Prazo (TJLP) nos termos da Lei nº 9.249/95. O estatuto da Empresa prevê a distribuição de dividendos obrigatórios de 25% sobre o lucro líquido ajustado. A administração efetivou a distribuição de juros sobre o capital próprio, equiparado aos dividendos obrigatórios. 15 - Provisão para Contingências – Para todas as questões fiscais, trabalhistas e cíveis que estão sendo contestadas judicialmente, a Empresa e suas investidas adotam o procedimento de constituir provisão para contingências em montante suficiente para cobrir eventuais perdas, conforme demonstrado a seguir 2005 2004 Contingências fiscais 3.040 3.040 Processos cíveis 695 695 Reclamações trabalhistas 425 425 Total 4.160 4.160 Atualmente encontra-se em trâmite várias causas cíveis de indenização, sendo que a Administração resolveu constituir a provisão que entende ser suficiente para cobrir possíveis perdas, com base, exclusivamente, na opinião de seus consultores jurídicos. Os encargos tributários e as contribuições apurados e recolhidos pela Empresa e suas investidas, bem como as respectivas declarações de rendimentos e os registros fiscais e contábeis, estão sujeitos a revisão por parte das autoridades fiscais em prazos prescricionais variáveis. 16 - Destinação dos Resultados: Retenção de Lucros = Reserva de Lucros a Realizar – A administração da Companhia tendo como base as disposições contidas na Legislação Societária (Item “b” do Parágrafo único do Art. 197 e Art. 248, III da Lei 6.404/76) após a constituição da Reserva Legal, propõe a seus acionistas que promovam a retenção dos lucros do exercício, tendo em vista que a realização do mesmo, depende do recebimento de dividendos. RESULTADOS NÃO REALIZADOS: a) - Lucro Líquido do Exercício findo em 31/12/2004 24.094 b) - Lucro Líquido do Exercício findo em 31/12/2005 51.347 75.441 c) - (-) Reserva Legal 5% do lucro líquido: 2004 e 2005 (1.388) 74.053 d) - (-) Parcelas de Lucro não realizado: 1. Resultado Positivo de Equivalência Patrimonial dos exercícios 2004 e 2005– (NE. 6) (49.440) = Resultado ajustado dos exercícios de 2004 e 2005 24.612 e) - Dividendos estatutários 2004 e 2005 6.153 f) - Juros sobre o Capital Próprio, distribuídos em 2004 e 2005 7.680 17 - Instrumentos Financeiros – A Empresa e suas controladas participam de operações envolvendo instrumentos financeiros, todos registrados em contas patrimoniais, que se destinam a atender suas atividades operacionais. A administração desses riscos é efetuada estrategicamente através do estabelecimento de sistemas de controles e determinação de limites de posições. O valor contábil dos instrumentos financeiros da Empresa e suas controladas, representados principalmente por contratos de mútuo, financiamentos e títulos e valores mobiliários, equivalem, aproximadamente, ao seu valor de mercado na data do encerramento de balanço. 18 - Seguros Contratados – Em 31 de dezembro de 2004, a cobertura de seguros considerada suficiente pela Administração para cobrir os estoques e o ativo imobilizado contra eventuais sinistros como incêndio e riscos diversos nas Unidades Itaim e Morumbi, é de R$ 110.000. Adicionalmente, a Empresa e suas controladas mantêm apólices específicas para responsabilidade civil.

PARECER DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO O Conselho de Administração da Beneficência Médica Brasileira S/A – Hospital e Maternidade São Luiz, tendo examinado o Relatório, Balanço Patrimonial, Demonstrações Contábeis e Notas Explicativas da Sociedade referentes ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2005, resolveu encaminhar a matéria à apreciação da Assembléia Geral Ordinária, com parecer favorável a sua aprovação. São Paulo 29 de março de 2006. Hélio de Athayde Vasone Ruy Marco Antonio Marilena Rodrigues Vasone Wanda Mastena Gomes Carneiro Luiz Eduardo Marcondes Barbosa Zilda Aranha Rodrigues (In Memorian) DIRETORIA Hélio de Athayde Vasone Ruy Marco Antonio Wanda Gomes Carneiro Maristela R. Marco Antonio André Staffa Filho Alceu Rodrigues Vasone José Carlos Bianchini Diretor Presidente Diretor Superintendente Diretora Clinica Diretora Administrativa Diretor Financeiro Diretor Comercial Cont.CRC/1SP161244/O-9 PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES – (Valores citados no parecer, expresso em R$ mil) 3. As demonstrações contábeis da empresa controlada São Luiz Planos de da Equivalência Patrimonial foi de R$ 30.070, (R$ 19.675 em 2004) e; (d) À Administração e Acionistas de Beneficência Médica Brasileira S.A. Hospital e Maternidade São Luiz Saúde Ltda, cujos investimentos diretos totais montam em R$ 772 (PL a Agropecuária e Reflorestadora São Luiz Ltda, esta última controlada direta descoberto em 2004) tendo como resultado na participação dos investi- em 99,98 % da São Luiz Representações e Planos de Saúde Ltda, tiveram São Paulo-SP 1. Examinamos o balanço patrimonial da Beneficência Médica Brasileira mentos pelo ajuste da Equivalência Patrimonial o valor de R$ 772 (NE-6) e seus balanços findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004, preparados de S.A. Hospital e Maternidade São Luiz levantado em 31 de dezembro de que resultou em 2005 uma reversão de Provisão para Perdas no valor de acordo com os princípios fundamentais de contabilidade e por nós revisada 2005 pela legislação societária e as respectivas demonstrações do resulta- R$ 31 (NE-14), foram auditadas por outros auditores independentes, e o através da aplicação de procedimentos específicos de contexto limitado, do, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recur- parecer respectivo foi emitido sem ressalvas. Nossa opinião, no que se refe- sem a expressão da opinião. Contudo mesmo considerando os resultados sos, correspondentes ao exercício findo naquela data, elaboradas de acor- re aos valores desses investimentos e os resultados decorrentes, baseia- dos procedimentos aplicado na forma de revisão limitada, não observamos do com a legislação societária, sob responsabilidade de sua administração. se nos pareceres daqueles auditores. Em 2005 a sociedade controlada indi- desvios substanciais dos Princípios Fundamentais de Contabilidade, na apreNossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demons- retamente recebeu aporte de capital no valor de R$ 1.370 mil , o que gerou sentação das Demonstrações Contábeis daquelas empresas que pudestrações contábeis. As demonstrações contábeis do exercício findo em 31 de a reversão de sua situação de passivo a descoberto que existia até 2004. sem eventualmente provocar distorções nas Demonstrações Contábeis da dezembro de 2004, apresentadas para fins de comparação, também foram 4. As demonstrações contábeis da empresa controlada indireta Hospital Beneficência Médica Brasileira S.A. – Hospital e Maternidade São Luiz. por nós auditadas, cujo parecer foi apresentado sem ressalvas, porém com Cidade Jardim Ltda., cujos investimentos diretos totais montam em R$ 6. Em nossa opinião, com base em nossos exames, as demonstrações con1.335 (R$ 8.050 em 2004), e o resultado na participação dos investimentos tábeis referidas no primeiro parágrafo representam, adequadamente, em parágrafos de ênfases. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria pelo ajuste da Equivalência Patrimonial foi de – R$ 1.715 negativo (NE-6), todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Benefie compreenderam: a) o planejamento dos trabalhos, considerando a rele- (R$ 859 em 2004) também foram por nos auditadas, e o parecer respectivo cência Médica Brasileira S.A. – Hospital e Maternidade São Luiz em 31 de dezembro de 2005, e o respectivo resultado de suas operações, as muvância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de contro- foi emitido sem ressalvas. les internos da Companhia; b) a constatação, com base em testes, das 5. As demonstrações contábeis das sociedades controladas direta e indiretas tações do seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recurevidências e dos registros que suportam os valores e as informações con- (NE 6) quais sejam: (a)- São Luiz Representações e Planos de Saúde Ltda; sos, correspondentes ao exercício findo naquela data, de acordo com as tábeis divulgadas; e c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis (b)- Administradora Hospitalar São Luiz Ltda; (c)- Centro de Reprodução Hu- práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 13 de abril de 2006. Paulo Cesar R. Peppe – Contador CRC-SP nº 1SP095009/O-5 mais representativas adotadas pela administração da Empresa, bem como mana São Luiz Ltda; cujos investimentos totais montam em R$ 83.081 (R$ 84.377 em 2004) e, o resultado na participação dos investimentos pelo ajuste Hélio Márcio Rodrigues Gomes – Contador CRC-SP nº 1SP195873/O-2 da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.LOGO Imaginem que provocação é sequestrar três ministros... Não tenho medo de vocês.

quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, 20, 21, 22 e 23 de abril de 2006

Logo Logo

Do presidente boliviano, Evo Morales, ontem, aos manifestantes que seqüestraram três de seus ministros para pressionar seu governo a conceder uma licença ambiental para a siderúrgica brasileira EBX. Os ministros foram libertados ontem.

ABRIL

www.dcomercio.com.br/logo/

20 Recolhimento de ICMS, IPI INSS e Simples Nascimento do pintor Joan Miró (1893-1983), ao lado

N EGÓCIOS C IÊNCIA

Apenas um clipe

O sexo mais vulnerável Um grupo de pesquisadores comprovou cientificamente que os homens perdem a cabeça pelas mulheres. Em artigo publicado na revista britânica Proceedings of the Royal Society. O artigo é baseado num estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Leuven (Bélgica) relata que os numerosos encantos femininos dificultam a capacidade dos homens para tomar decisões. Diante das mulheres atraentes, os níveis de testosterona disparam e os homens já não raciocinam com o mesmo brilhantismo de quando estão apenas entre meninos. A conclusão é resultado da análise de

reações de 44 voluntários - homens de entre 18 e 28 anos - agrupados em duplas e que, de tempos em tempos, eram expostos a imagens de mulheres atrativas e questionados sobre seus gostos a respeito de tecidos. Resultado: diante das imagens de mulheres, os homens caíam facilmente na tentação de fazer referências ao que tinham visto e seus níveis de testosterona subiam. Já a questão objetiva ficava sem resposta ou em segundo plano na conversa. Mas os cientistas garantem que os homens podem "aprender" controlar o impulso. www.pubs.royalsoc.ac.uk

T IBETE Ajay Verma/Reuters

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m blog e um clipe v e r m e l h o d e p apel. Foi com esse investimento que o canadense Kyle Macdonald descobriu um jeito de obter lucros efetivamente incalculáveis na internet. Uma idéia que já é conhecida como o negócio do século. Tudo começou em 12 de julho de 2005, quando ele criou um blog gratuito no blogger dizendo que, com seu clipe vermelho, queria conseguir uma casa. A proposta feita aos internautas do mundo todo: o clipe poderia ser trocado por qualquer outra coisa, desde que melhor e maior. Não demorou muito e um internauta ofereceu uma isca artificial. A transação foi aceita e inaugurou uma seqüência de vários outros es-

Kyle Macdonald: clipe vermelho e blog já renderam um caminhão e várias aparições na TV nos EUA e no Canadá

cambos: a isca foi trocada por uma maçaneta que virou uma bateria, que virou um gerador. Mais umas trocas bem sucedidas e Kyle conseguiu um caminhão ano 1995 que se transformou recentemente num contrato com uma gravadora para a realização de um CD... A história se espalhou porMontreal, onde Kyle, e em pouco tempo ganhou publicidade extra: links em outros blogs e aparições na TV e nos jornais do Canadá e dos EUA. O atual item disponível para troca no blog de Kyle é um ano de aluguel grátis em Phoenix, Arizona, nos Estados Unidos. Os interessados podem entrar em contato com o proprietário dessa oportunidade no blog One Red Clip. http://oneredpaperclip.blogspot.com

Denis Sinyakov/AFP

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C HINA

A Rainha e seus Recorde em danos súditos octogenários ambientais

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A China sofre um acidente ambiental "a cada dois dias". A informação é do próprio governo chinês. Entre os acidentes ambientais mais graves de 2006 na China estão um vazamento de cádmio ocorrido em janeiro na bacia do rio Pérola, no sul do país, e um vazamento de gás em Chongqing (centro) que obrigou a evacuação de 15 mil pessoas. Os acidentes são atribuídos ao rápido desenvolvimento econômico da China nos anos 80 e 90 e causaram em 2005 prejuízos de US$ 13,12 bilhões.

LABIRINTO DE REFLEXOS - Pedestres caminham pelo centro de Moscou, capital russa, onde uma poça d´água formada pela chuva reflete um mural que retrata o Kremlin. A STROLOGIA

A mais antiga constelação

C A R T A Z

VANUSA N A cantora Vanusa faz show com músicas do novo CD - O Agora e o Depois - em gravação. Hoje e dia 27, às 21h. No repertório, canções como Paralelas, de Belchior. Avenida Club. Av. Pedroso de Morais, 1036, Pinheiros. Telefone 3814-7383. R$ 20 a R$ 25.

Temperaturas sob controle

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Equipamentos e ambientes, em algumas situações, precisam ter monitoramento de temperatura constante. É para esses casos que a Tateossian London criou estes termômetros. Eles são fáceis de consultar: num a temperatura aparece no sistema Celsius e, no outro, em Fahrenheit. US$ 165 o par.

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www.cufflinks.com/ cathcu.html

Arte: O. Sequetin

dia, repousando numa nuvem, observou lá de cima três lindas ninfas catando flores nos campos da Sicília, então parte do mundo helênico. Uma chamou-lhe es-

pecialmente a atenção: Europa. Transformando-se, portanto, em touro, começou a pastar ali por perto, mugindo uma doce melodia. "Olha que touro bonito e mansinho!", exclamou uma delas, aproximandose. Tentou subir em seu dorso, mas ele não deixou. O mesmo aconteceu com a outra. Mas quando foi a vez de Europa... saiu com ela a galope através do m a r M e d iterrâneo! Nas ondas pro voca das pela veloz travessia, tritões alçavamse a tocar suas trombetas. Chegando à ilha de Creta, na praia desfrutaram a grande paixão. Desde então, a constelação de Touro brilha no céu, lembrando a feliz união. Aspectos astrológicos do signo: sensualidade, possessividade, conservadorismo, realização material. ( A rmando Serra Negra)

B RAZIL COM Z

Inveja internacional

Rabiscos de Lennon por US$ 227 mil Um caderno de John Lennon, onde o então futuro Beatle fez alguns desenhos e escreveu pensamentos e poemas, foi arrematado ontem em Londres por US$ 227 mil. O caderno vermelho, de 10 páginas e chamado de Minha antologia, tem um desenho de uma morsa que Lennon fez quando tinha 12 anos, inspirado no poema A morsa e o carpinteiro de Lewis Carroll. Lennon admitiu anos depois que o poema de Lewis Carroll foi a fonte de inspiração para a música dos Beatles I am the Walrus (1967). I NTERNET

Decisões passam pela rede Cerca de 45% dos usuários de internet dos EUA (cerca de 60 milhões de norte-americanos) recorrem à internet para tomar decisões importantes em suas vidas, tais como encontrar uma escola para os filhos ou procurar um novo lugar para morar, indicou uma pesquisa realizada pelo Pew Internet and American Life Project. A banda larga, o aprimoramento dos conteúdos dos sites e uma propaganda eficiente são apontados como as causas da influência da internet nas decisões. www.pewinternet.org

L OTERIAS Concurso 612 da LOTOMANIA 09

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Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Excesso de velocidade foi principal infração dos motoristas paulistanos em 2005 Hugo Chávez diz que irá explodir poços de petróleo em caso de invasão norte-americana

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www.farmaceuticovir tual.com.br

A TÉ LOGO

ro remete a uma história de amor. Zeus, o soberano do Olimpo, tinha a zoomorfia entre suas qualidades mágicas, transformando-se em animais para descer à Terra e seduzir as mulheres. Certo

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F AVORITOS

este feriado começa a regência do signo de Touro (Taurus), que vai até 21 de maio. É considerada a mais antiga das constelações, talvez a primeira a ser delimitada pelos babilônios. O que leva a tal ponderação é o fato de que há 4.000 anos este dia marcava o equinócio de primavera (no hemisfério norte), quando dia e noite têm duração i g u a l . P o rtanto, é época do desabrochar das flores, do v e rd e j a r d o capim. Na atualidade, este momento é verificado em 21 de março, com regência em Áries. Mitologicamente, no mais antigo de todos os zodíacos – o de Denderah – Touro atingia o topo do céu na época das chuvas, associando-se a Osíris, o deus do rio Nilo, de que o Egito é "uma dádiva". Para os gregos, porém, Tou-

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G @DGET DU JOUR

Pela primeira vez na história das Copas, manifestações racistas podem eliminar seleções do torneio. Esta é uma das regras do novo código contra o racismo da Fifa, aprovado em março e válido em torneios interclubes a partir de agosto. Mas a Fifa anunciou ontem que o código será aplicado nesta Copa. Segundo as regras, se algum jogador for alvo de racismo - de adversários no campo ou de torcedores -, o clube rival perde três pontos. Na reincidência, serão deduzidos seis pontos. Na terceira vez, a pena é o rebaixamento da equipe.

M ÚSICA

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A rainha Elizabeth II convidou 99 pessoas para sua festa de aniversário no Palácio de Buckingham, realizada ontem, e não precisará perguntar a idade de ninguém. Todos os convidados nasceram no mesmo dia que a monarca: 21 de abril de 1926. A festa foi um banquete para 70 mulheres e 29 homens que completam 80 anos amanhã. Todos os convidados foram indicados por parentes ou se inscreveram. Noventa e nove pessoas foram escolhidas para representar todas as partes do país.

Mundial sem racismo

O site francês L´Expansion, do mesmo grupo da renomada publicação francesa L´Express, publicou ontem com destaque a notícia de que o Brasil se tornou auto-suficiente em petróleo. "Eis a notícia que fará empalidecer de inveja muito mais de um país", diz o L´Expansion. A notícia enfatiza que a auto-suficiência anundiada pelo governo brasileiro está ligada à produção da nova plataforma da Petrobras e às reservas de petróleo do campo de Albadora Leste, descoberto há 20 anos e que chegam a 500 milhões de barris.

Com velas e preces, tibetanos protestaram ontem, na Índia, contra a dominação chinesa. As forças de Mao TseTung invadiram o Tibete em 1950 e, na década seguinte, destruíram centenas de monastérios e templos budistas.

I NGLATERRA

C OPA 2006

Igualdade entre os gêneros colabora com a satisfação sexual de homens e mulheres

Concurso 756 da MEGA-SENA 05

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Nacional Empresas Empreendedores Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, 20, 21, 22 e 23 de abril de 2006

A decoração natalina varia bastante. Mais de 250 temas estão disponíveis para os clientes.

ATÉ 120 SHOPPINGS DECORADOS POR ANO

OFICINA DE PAPAI NOEL Leonardo Rodrigues/Hype

Janeiro, fevereiro, março... Não importa a época, é tempo de Natal. Família Cipolatti conta como é se envolver com decoração natalina o ano todo

LETREIRO

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escolha do nome da empresa "foi um consenso", segundo Conceição Cipolatti, que é dona junto com seu exmarido. No começo, eles pensaram em vários nomes, nenhum usando o sobrenome da família. A Fábrica do Papai Noel, Noite Feliz e até Fábrica Inesquecível foram algumas das sugestões. Os Cipolatti & Cipolatti do nome eram dela e do exmarido, que continua na empresa. Mas Conceição gosta de frisar que, atualmente, refere-se a ela e aos filhos que cuidam da empresa. "É um nome bom, forte, que pegou no mercado e nos agrada", diz. (KS)

SEGREDO

C

omo boa mineira que é, Conceição Cipolatti, proprietária da Cipolatti & Cipolatti, faz questão de servir um delicioso pão de queijo quentinho aos clientes. "É esse o nosso segredo", diz, rindo. "Tem cliente que chega e fala 'tá tudo muito bonito, mas vamos direto ao pão de queijo e depois resolvemos a decoração do meu shopping'", diverte-se. No começo, ela fazia diariamente a iguaria e chegou a levar uma cesta com os pãezinhos ao shopping Morumbi. O cliente, é lógico, adorou. Na saída, mais um mimo: são oferecidos delicados bemcasados embrulhados com fita vermelha. (KS)

A

PEDRA família Cipolatti lembra de várias dificuldades pelas quais a empresa passou nos últimos anos. Um dos momentos mais críticos foi quando roubaram um caminhão com os enfeites de Natal de um shopping, oito dias antes da inauguração da decoração. Tudo teve de ser refeito em uma semana. "Teve outra vez, quando 14 carretas a caminho da Argentina ficaram presas na fronteira entre os dois países. Montamos um plano B em 24 horas, mas elas foram liberadas a tempo", conta um dos proprietários da empresa, Luiz Paulo Cipolatti. "Mas foram poucos os momentos críticos que exigiram atitudes drásticas", diz. (KS)

abe aquela decoração de Natal que de tão maravilhosa chegou a emocioná-lo? Pode ter certeza de que foi a família Cipolatti que fez. Afinal, os Cipolatti decoram de 100 a 120 shopping centers todos os anos e é muito provável que você tenha entrado em pelo menos um deles para as compras dessa época. Conceição e os quatro filhos – Luiz Paulo, Ana Cecília, Rita Gabriela e José Fernando – tocam a empresa, que tem cerca de 250 funcionários fixos e, nos quatro últimos meses do ano, emprega 2 mil pessoas. O showroom da Cipolatti & Cipolatti – nome oficial da empresa – é um show à parte que encanta até mesmo os adultos que vão até lá para fechar negócio. Dos mais de 250 temas, cerca de 150 estão expostos no na sede de Taboão da Serra. Um dos mais pedidos é o do urso polar. Sim, decorações de Natal se repetem, tudo depende do contrato que o shopping center fizer. "Tem gente que pede exclusividade e só libera o tema no ano seguinte, contanto que seja em outra cidade", explica Conceição. O primeiro showroom da Cipolatti foi na sala da casa da família. Depois, mudou para a garagem. Quando ela ficou pequena, uma casa do outro lado da rua foi alugada. Hoje, 25 anos depois, o show room da empresa especializada em decoração natalina para shoppings e grandes empresas ocupa três andares de um prédio. O calendário da Cipolatti é assim: em janeiro, desmontagem de decorações, o material volta para Taboão, onde é processado e começa a montagem do showroom. Em fevereiro, a nova vitrine fica pronta, os enviados dos shoppings fazem visitas e escolhem pelo menos dois temas, que serão adaptados para a planta do estabelecimento comercial. Do fim de março a maio, eles vão aos shoppings apresentar as propostas. Em maio e junho, começa a produção. Em setembro, é realizada a parte operacional. Na segunda quinzena de outubro já é a montagem. É trabalho para o ano inteiro. Apesar disso, Conceição, que abandonou uma carreira de pianista, não se queixa. "O trabalho é pesado, mas muito gratificante", diz. "Você não imagina a emoção de ligar a decoração em um shopping pela primeira vez. As pessoas choram!", conta o filho Luiz Paulo, diretor de produção. Mão-de-obra Conceição diz que, apesar de não faltar trabalho, falta gente especializada. "Aqui é um Senai (Serviço Nacional d e A p re n d i z a g e m I n d u strial). A gente vive ensinando, do arquiteto que não sabe montar uma árvore, ao eletricista que se perde com as luzinhas", fala Conceição. Para ela, o projeto mais difícil até hoje foi a Floresta das Quatro Estações, montada pela primeira vez no shopping

Eldorado, em 2004, e já repetida em vários lugares pelo País e no exterior. "Foi uma decoração diferente, mostrando as quatro estações do ano, com subidas e descidas, em que todos os sentidos eram usados." Mas é de outro projeto, também com floresta, de que Conceição mais se orgulha de ter feito – o Natal da Floresta Brasileira. "Mostra a Mata Atlântica, o Pantanal, o Cerrado." Mais um apreciado pela proprietária é a Padaria do Papai Noel, em homenagem ao projeto de padaria social da ex-primeira-dama do estado Lu Alckmin. "Como os clientes do shopping (Center Norte) p odiam contribuir, ela conseguiu angariar fundos para 86 kits de padarias", diz Conceição. Para este ano, a Cipolatti aposta na Copa do Mundo e lança o Natal dos Esportes, com guirlandas de bolas de futebol e Papai Noel a caráter. Os Jogos Panamericanos também não foram esquecidos e viraram outro tema. O projeto mais caro, além da Floresta das Quatro Estações, é a árvore de Natal de cristais Swarovski, montada pela primeira vez no Park Shopping, em Brasília. Memória A primeira encomenda da Cipolatti & Cipolatti foi para um coquetel de aniversário do BH Shopping, em Belo Horizonte. A combinação de singeleza e ousadia agradou tanto que Conceição foi convidada, em setembro de 1981, a fazer a decoração de Natal do shopping mineiro. Com a ajuda da família, em três meses botou em pé uma árvore de oito metros de altura enfeitada com flores. Apenas dois Natais mais tarde, respondia pela decoração do Morumbi (SP), Barra (RJ) e Park (DF). Hoje, atende shoppings no Uruguai, Argentina, Chile e México. Neste último, a filha Ana Cecília foi "literalmente" bater à porta do shopping com o book da empresa debaixo do braço. Fez trabalhos também no Panamá e em El Salvador. No Uruguai, a Cipolatti decora o principal shopping center da capital Montevidéu – o Punta Carretas. "O Roberto Sbarro, que era superintendente do shopping Interlagos e do Punta Carretas, gostou do trabalho que nós fizemos em São Paulo e nos indicou no Uruguai", lembra Conceição. "O mexicano é diferente do argentino, que é diferente do brasileiro. O cliente do Uruguai é mais exigente. Chilenos e argentinos são mais difíceis de negociar", comenta. A empreendedora acha tempo ainda para escrever um livro de memórias, que vai ser lançado ainda neste ano. Nas casas dos membros da família Cipolatti, há também muita competição, é lógico, de decoração de Natal. As melhores viram temas no showroom, como foi o caso do Natal de Delícias, que nasceu na casa de Ana Cecília, e a Diamond X-mas, uma decoração toda em branco e preto que veio da casa de Conceição. Kety Shapazian

EMPREENDEDORES

Acima, José Fernando, Conceição e Ana Cecília Cipolatti. Nas demais fotos, um pouco do trabalho da família e uma mostra da diversidade de temas ligados ao Natal.

CABECEIRA

GUERRA NOS NEGÓCIOS

E

strategista nato, Alexandre, o Grande, foi um dos maiores líderes da Antigüidade. Por volta de 336 a.C., aos 20 anos, assumiu o trono da Macedônia, no lugar de seu pai, com quem aprendeu a arte da guerra. Morreu aos 32 anos, com a conquista de um império que abrangia toda a costa do Mediterrâneo até a Índia. Neste século, empresários buscam nas lições do líder exemplos a serem

implantados na administração de suas empresas. Partha Bose, autor de Alexandre O Grande – A Arte da Estratégia (Editora Best Seller) faz uma comparação da biografia do imperador macedônio com estudos de casos de empresas como a Dell, o Wal-Mart e General Electric. O resultado é um apanhado de História Antiga com os desafios de um mundo globalizado. Dora Carvalho


DEU

A publicitária Angela Marsiaj relata no blog Blue Bus seu tormento na fatídica volta de feriadão para São Paulo. É do peru! Será que o exemplo do faxineiro no posto de gasolina vai se repetir também?

HTTP://WWW.BLUEBUS. COM.BR/

DOISPONTOS -23 23

rês feriados no meio do caminho, só para atrapalhar. Dessa vez o feriado era o da Páscoa, dia do coelho e não o Thanksgiving, dia do peru. Você já esteve numa granja de perus? Se sim, a experiência é inesquecível. Tente dar um assobio alto.

T

A reação dos bichos vem em cadeia. O sol sumir no meio da praia de domingo foi o sinal - um assobio para os banhistas do litoral norte de Sao Paulo. Na quinta hora de estrada e uns seis CDs depois, a gasolina acabou. Por sorte deu para chegar ao posto. E ali

pudemos integrar a alegre fauna humana em fim de feriado. A filha mais velha saiu com a incumbência de levar a pequena ao banheiro. A fila era gigantesca - o dos homens vazio, o das mulheres com fila de dobrar quarteirão.

As mulheres se contorciam. De repente, um estouro da boiada; o faxineiro expulsava os homens do banheiro masculino e chamava as mulheres. Pulei do carro e quando me vi estava no alegre bando feminino que acabara de

invadir o espaço masculino. Banheiro limpo, chão seco, papel e sabonete... Corri ao carro e, agradecida, trouxe uns cobres de volta para o faxineiro. Homem de visão... Nada como saber equilibrar oferta e demanda. O que vale ouro.

Site na internet dcomercio.com.br /doispontos/

Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br

Na tevê, a Copa digital este ano, em plena Copa do Mundo, o Brasil se insere na era da televisão digital. As emissoras de tevê já utilizam o sistema digital para a produção e armazenamento de informações, no entanto, a transmissão e a recepção desses sinais pelos televisores brasileiros ainda permanecem analógicas. Com mudança de padrão, as imagens e sons serão digitalizados, possibilitando transmissão sem interferências, melhor qualidade de imagem e som, maior variedade de canais (até 150 podem ser recebidos), possibilidade de usar recursos interativos, como fazer c o m p r a s e m s u p e rmercados, acessar contas bancárias, escolher o ângulo de visão em partidas de futebol, acessar cenas de capítulos anteriores etc. No período de transição, as emissoras serão obrigadas por lei a transmitir em digital e a n a l ógico. Há duas p o s s i b ilidades de assistir tevê digital: comprar um novo aparelho de alta definição (HD-TV), que diferentemente do SD (Standard Definition), além de disponibilizar a tela no formato 16x9, já está preparado para alta resolução de imagens e qualida-

N

EM

PAUTA A lei que proíbe a circulação de cavalos e carroças na cidade

de de som. Ou apenas G O mês da Copa aproveitar os demais será o períodorecursos, sem preocu- chave para par-se tanto com a re- conquistar novos solução de imagens, consumidores de preservando seu apatevê digital. relho de tevê atual. Ambos os tipos - analógico tradicional com G Para desfrutar tubo ou as inovadoras de todas telas finas formato 16x9 novidades é - exigirão um decodifi- preciso prestar cador para ser acopla- atenção nas do ao aparelho. Este especificações, acessório (set-top box) para não se terá a função de compa- confundir na tibilizar o padrão de compra da nova transmissão (qualquer televisão. que seja escolhido) aos padrões do circuito reG Os aparelhos de ceptor instalado nos plasma e LCD aparelhos. disponíveis no Após meses de dismercado não cussão sobre novo sistema - japonês (ISDB), são dotados e u r o p e u ( D V B ) o u do set-top box. americano (ATSC) – tudo indica que o presidente Lula anunciará o padrão oriental. O ISDB, cujo tempo de implantação total é de 10 anos, privilegia a alta definição e o maior equilíbrio entre as transmissões fixas e móveis. Mas, para desfrutar de todas no vid ade s, o brasileiro deverá pres-

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Lamentável a reportagem de Clarice Chiquetto sobre a Lei 14146/06, que reitera o já proibido tráfego de animais de tração na cidade. Vale ressaltar que, na mão de carroceiros, um animal vigoroso como o cavalo, que tem vida média de 25 anos, dura 4 míseros meses, trabalhando 24 horas por dia. Os carroceiros mudam mas os cavalos não, e comem lixo. E, infelizmente, não estou exagerando. Por absolutamente nada nessa vida se justifica a tortura de um ser vivo em detrimento de outro. A foto de um pobre cavalo carregando uma carcaça de carro, imoral e prova de maus tratos, certamente seria aceita em qualquer tribunal.

tar atenção nas especificações técnicas de cada produto para não se confundir na hora da compra da nova televisão: os aparelhos de plasma e LCD disponíveis no mercado hoje não são dotados do settop box. E embora pareçam iguais, o LCD não é plasma. A principal diferença entre as duas tecnologias está no quesito formação da imagem. Na tela de LCD (Liquid Cristal Display), para a formação da imagem há uma luz branca (backlight) e a luminosidade é filtrada pelos cristais líqüidos presentes na tela. A tela de LCD é mais usada atualmente em dispositivos pequenos.. As telas de plasma atingem dimensões maiores.

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Cada pixel da imagem do aparelho de plasma gera sua própria luz em virtude de estar preenchido por uma mistura de gases no estado de plasma. Seu custo teve uma redução acentuada nos últimos anos. Estima-se que os aparelhos de LCD ou plasma tenham vida útil de 60 mil horas, cerca de 20 anos de uso (oito horas por dia). grande jogada de marketing dos fabricantes de televisores com estas novas tecnologias está relacionada à Copa do Mundo. Como é de praxe, nesta época o brasileiro tende a adquirir novos equipamentos eletroeletrônicos, elevando consideravelmente as vendas do setor. O mês de junho será o período-chave para conquistar novos consumidores de tevê digital. Espera-se justamente nesta época, quando o Brasil pára para acompanhar a seleção brasileira, a veiculação das primeiras transmissões em h ig h definition. Para euforia dos amantes do futebol, resta-nos torcer que o sucesso da equipe canarinho; que a qualidade de seus jogos seja compatível com o alto padrão das imagens transmitidas.

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EDUARDO FAVARETTO LINKFAVARETTO@ LINKPORTAL.COM.BR

Venho através deste e-mail manifestar meu total apoio ao fim das carroças em São Paulo. Espero que a Lei 14146/06 seja cumprida, pois a Lei 11887/95 nunca foi respeitada. Numa metrópole como São Paulo não cabe mais esse tipo de coisa: ruas engarrafadas em todos os lugares e cavalos no meio da rua... Cavalos em sua maioria magros, maltratados, feridos, sem água na maior parte do dia, trabalhando ininterruptamente... A lei deve ser cumprida com o apoio de todos, principalmente dos jornalistas... Chega de retroceder! Foi de uma total falta de bom senso a reportagem do DC contra a nova lei.

CLAUDIA PENTIOCINAS É

ANNE RAVIANI MELLO

ADVOGADA AMBIENTALISTA

ANNE.RAVIANI@POLOEDITOR.COM.BR

WWW.MUNDOMAIS.ORG.BR

om Tomás Balduino, com humildade própria dos dignatários da Igreja, obedece ao comando de Rainha e retoma sua passeata verbal afirmando que "os movimentos sociais apóiam a reeleição do Lulla diante do risco de se eleger Alckmin, o candidato da direita". Dom Tomás vai fundo, dizendo que "nós nos agarramos" no Lulla e classificou de "golpe de última hora" a proposta de impeachment que voltou a ganhar fôlego. Então, temos que para Dom Tomás, para o MST, para Rainha, Stédile e para o PT, Alckmin é "o candidato da direita", o mal. Mas quem será a esquerda, o bem ?

D

O faxineiro do feriado era um homem de visão

NO

BLOG

OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, 20, 21, 22 e 23 de abril de 2006

NEIL FERREIRA PADRE DE PASSEATA om Tomás Balduino, da Comissão Pastoral da Terra, disse que "o MST é a grande força patriótica desse país". O MST fechou estradas, invadiu e saqueou em nove estados. Em uma dessas ações contou com a presença do obscuro ministro Paulo Vanucchi, dos Direitos Humanos, como representante do presidente Lulla. Dom Tomás e Lulla estão vestindo o mesmo boné do MST que o Stédile e o Rainha usam.

D

Para dom Tomás, para o MST, para Rainha, Stédile e para o PT, Alckmin é "o candidato da direita", o mal. O ministro Roberto Rodrigues, da Agricultura, uma das raras unanimidades do governo Lulla, disse que o MST praticou "atos de vandalismo" e, com isso, deixou claro que é um MSB, Ministro Sem Boné. Não se sabe se continua "prestigiado" depois disso. ainha, um dos líderes do MST, tem uma folha corrida impressionante. Respondeu e responde a mais de quarenta processos, foi preso quatro vezes e está condenado a dez anos de prisão, com liberdade para comandar dez invasões no Pontal do Paranapanema nesta semana graças a uma liminar do STF, sempre o STF, concedida pelo exministro Jobim, sempre o Jobim. A palavra de ordem de Rainha é o MST entrar na luta pela reeleição de Lulla e a luta são as ocupações, marchas e protestos. "Acho que o MST deve apoiar o governo democrático de Lulla e fazer oposição à direita, que é o Geraldo Alckmin". É bom lembrar que o MST é quase uma organização de funcionários públicos, que recebe verbas e cestas básicas do governo. Nas últimas invasões foi fotografado um carro patrocinado pela Petrobrás.

R

"Quadrilha dos 40", denunciada pelo procuradorgeral da República? José Dirceu, que cassado bebe Romanée Conti e viaja por aí de jatinho particular como se fosse um milionário? "O nosso" Delúbio, José Genoíno, Silvinho Land Rover, Marcelo Sereno, o cara dos dólares na cueca ? Os mensaleiros? Gushiken, Okamoto, Palocchio, a dançarina do É o Tchan da pizza ? A gang da Caixa Econômica Federal que quebra sigilos de contas de poupança, o gravatinha borboleta do Branco do Brasil que mamou trezentos mil no valerioduto e em seguida comprou um apartamento? Thomaz Bastos, que carrega o Arnaldo Malheiros a tiracolo, apresentando-o para suspeitos de mutretas nos altos escalões? Lulla que não sabe nada, não viu nada e foi traído ?

A

É de esquerda o governo que nos esmaga com 40% de carga tributária e a mais alta taxa de juros? Chame a direita. nfim, é de esquerda o governo que nos esmaga com 40% de carga tributária, talvez a mais alta do mundo, que paga juros estratosféricos, que permite lucros recordes ao sistema bancário a cada trimestre e em três anos de Lulla ganhou mais do que em oito de FHC ? Chame a direita.

E

NEIL FERREIRA É PUBLICITÁRIO NEIL_FERREIRA@UOL.COM.BR

FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, 3244-3799, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894


DIÁRIO DO COMÉRCIO

24 -.LAZER

quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, 20, 21, 22 e 23 de abril de 2006 Arquivo DC

Fotos: Divulgação

TEATRO

Ú

nico romance do dramaturgo irlandês Oscar Wilde, O Retrato de Dorian Gray chega em montagem para o público jovem, mas conserva a contundência, a ironia e a polêmica da obra que chocou a sociedade britânica em 1891. A história de Dorian Gray, o aristocrático rapaz que após ter seu retrato pintado faz um pacto sinistro com a tela, segundo o qual quem envelhece a partir daquele dia é a pintura e não mais ele, foi adaptada para o teatro pelo ator Marcos Damigo, 32 anos, também protagonista no espetáculo dirigido por Débora Dubois, que coloca em cena figurinos exuberantes, projeções em telão e até um DJ. "Ela realizou um trabalho sem pudor, com o mérito de preservar a potência das imagens de Wilde", diz Damigo. Estréia amanhã no Teatro Popular do Sesi, Av. Paulista, 1313, tel.: (11) 3146-7405. Sábado e domingo às 16h. Grátis. (SR)

DANÇA

GASTRONOMIA

T

SHOW O violonista Yamandu Costa (foto) e o acordeonista Dominguinhos relembram clássicos de Pixinguinha, Gnatalli e Nazareth. Tom Jazz. Avenida Angélica, 2331. Tel.: (11) 3255-3635. Sexta (21), sábado (22), 21h. R$ 50.

MAGIA DE CUBA NO PALCO

B

eleza e criatividade tomarão conta do palco do Via Funchal nos próximos dias. Liderado pela coreógrafa Alicia Alonso, o Ballet Nacional de Cuba chega pela sexta vez ao País para apresentar o espetáculo A Magia da Dança que reúne trechos de grandes balés como O Quebra Nozes, O Lago dos Cisnes, A Bela Adormecida (os três com músicas de Tchaikovsky) e Coppélia, musicado por Delibes. Esta antologia, com importantes momentos da arte coreográfica do século 19, constitui uma mostra do respeito que a Escola Cubana de Ballet tem pela tradição. Inglaterra, Espanha e Estados Unidos já assistiram ao espetáculo considerado entre os críticos co-

mo a melhor introdução ao mundo da dança para o público que se inicia no gosto do balé e, ao mesmo tempo, uma boa oportunidade para o apreciador habitual matar a saudade. À frente do grupo desde a sua criação, em 1948, Alicia Alonso diz que a idéia é reunir alguns momentos que marcaram para sempre a história do balé mundial, recriando coreografias e mostrando um resumo de sua própria trajetória. A turnê terá início em São Paulo e passará por Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, Aracaju, Porto Alegre e Curitiba. No Via Funchal, à rua Funchal, 65, Vila Olímpia, tel. (11) 3846-2300, de 26 a 29 de abril, às 21h30. Ingressos de R$ 60 a R$ 200. (RA)

FESTA

HAPPY HOUR

P

ara comemorar seu quinto aniversário, o Centro Cultural Banco do Brasil programou para esta sexta, dia 21, das 10h às 21h, uma série de atrações gratuitas que vão ocupar não só a sede da instituição como também as ruas próximas ao local. O grupo de teatro Cia. Linhas Aéreas (foto), um dos destaques, criou cinco esquetes para a ocasião e fará suas performances (às 11h, 15h e 17h) em cinco estações montadas da Praça do Patriarca até a sede do CCBB. Outra atração será a pré-estréia do filme Dia de Festa, de Toni Ventura e Pablo Georgieff, exibido em um telão ao ar livre no Vale do Anhangabaú, a partir das 19h20. O aniversário marca também a inauguração da nova estrutura do prédio. O CCBB fica na rua Álvares Penteado, 112, região central. Telefones: (11) 3113-3651/3113-3652. (RA)

CINEMA

radição, a Cantina di Salerno tem bastante: são 26 anos de pratos bem-servidos e atendimento de primeira. A atual renovação do cardápio mantém a qualidade e inclui novidades como o Filé Como Eu Gosto (foto), que consiste em filé alto, com alho, azeite, acompanhado de salada de rúcula e agrião (R$ 38), que se soma às outras 14 modalidades de filés. Entre os mais pedidos está o Filé à Fresconi, preparado na manteiga, com molho branco, aspargos e cogumelos, gratinado com parmesão (R$ 38). Para os amantes de frutos do mar, a sugestão é o camarão à grega com batata palha e arroz (R$ 75). Todos esses pratos servem duas pessoas. Há massas artesanais, em seis variedades com três molhos; e os pratos de frango, ambos em porções individuais com preços ainda mais convidativos. O filé de frango grelhado é acompanhado de arroz a grega e fritas (R$ 10) e o filé de merluza grelhado é puxado na manteiga e alcaparras, acompanhado de arroz branco e batatas soutè (R$ 11). Como entrada, escolha entre o carpaccio (R$ 14), berinjela recheada (R$ 24) ou bruschetta (R$ 6). A cantina conta com boa oferta de vinhos italianos. Na rua Francisco Leitão, 336, Pinheiros, tel.: (11) 3064-6757. (LHC)

FOTOGRAFIA

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ara entrar no ritmo de Copa do Mundo, vale a visita à exposição itinerante O Futebol do Brasil – Retrospectiva Fotográfica 1954/2000, aberta esta semana na Estação Barra Funda, com 100 imagens em preto e branco e coloridas, que retratam grandes ídolos e lances inesquecíveis da seleção brasileira de futebol, como o momento em que Cafu ergueu a taça a duras penas conquistada na Copa de 2002 (foto). Originalmente publicadas no jornal Última Hora, as fotos foram cedidas para exibição pelo Arquivo do Estado. A mostra fica em cartaz na Barra Funda até 12 de maio, com organização da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). No dia seguinte, será transferida para a Estação da Luz, onde permanece até 6 de junho. Em seguida, a montagem segue para a Estação Brás, terminando em 9 de julho. Aberta das 4h à meia-noite. A visita obviamente é grátis para passageiros da CPTM e do metrô. Quem quiser apenas ver a mostra, pode comprar o bilhete por R$ 2,10. (LHC)

P

alco dos maiores astros do Jazz, B.B. King, Ray Charles e muitos outros, o exclusivo e insuperável Bourbon Street tem uma nova atração: uma vez por mês, o programa Sala dos Professores, que vai ao ar todas as segundas, quartas e sextas-feiras entre 19h e 19h40 – pela Rádio Eldorado FM (92.9) – encontra vaga às terças, transmissão ao vivo à partir das 21h, sob patrocínio do uísque Buchanan’s. A próxima aula (dia 25) será sobre Billie Holliday, Ella Fitzgerald e Sarah Vaughan. Não perca! O Bourbon Street fica na rua dos Chanés, 127, em Moema, tel: (11) 5095-6100. (ASN)

PASSATEMPO Para passar o tempo no feriado: Sudoku em Oito Níveis de Dificuldade (Editora Globo, R$ 19), de Mitchell Symons e David Thomas, com 192 páginas do quebra-cabeças numérico que virou mania no mundo todo. Há desafios para os não iniciados e complexos para os feras no jogo.

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uem esperava pelo eclipse do alemão Win Wenders, depois de seu maravilhoso Paris, Texas, o chamado "faroeste da alma", no longínquo 1984, se enganou. Pois não era possível ter ido tão alto sem decair, e Wenders, um alemão agora com 61 anos, despencou mesmo, numa variada carreira em boa parte americana. Ainda assim, nunca deixou de ser um diretor interessante. Isso pode ser comprovado em Estrela Solitária, outra radiografia de Wenders sobre tragédias familiares com um cenário de faroeste no fundo. O roteiro é de Sam Shepard (foto), de Paris, Texas, o escritor e bonitão que aqui é também o principal ator. Ele é Howard, astro decadente de cinema, que foge das filmagens e vai estrada afora em busca de suas origens. Primeiro a mãe, e é um choque para a platéia (imagine-se para ele) ver que ela é Eva Marie Saint, a linda loura de tantos filmes e que pelas magias do cinema se vê como mãe de Shepard, que deve ter a mesma idade que ela. Depois, o boêmio Woward se encontra com a ex-mulher Doreen (outra louraça fora de série, Jéssica Lange) com quem teve um filho roqueiro-caipira que tenta conquistar e é repelido. Outra filha pedida o persegue com um jarro com as cinzas da mãe morta dela, além do detetive Sutter (Tim Roth), que quer levá-lo de volta ao trabalho no estúdio. É isto, muito bem feito. E a família, mesmo num estilo alemão, acaba unida. Geraldo Mayrink

DVD

Osesp/Divulgação

MARATONA William Shakespeare, que nasceu e morreu em um 23 de abril, será o homenageado deste domingo, das 10h às 22h, na Maratona Cultural no Globe-SP, com 12 horas consecutivas de atrações ligadas às artes cênicas. Haverá leitura dramática de peças, exposição sobre a vida e obra do dramaturgo britânico, espetáculos de mímica e projeção de filmes como O Mercador de Veneza e Shakespeare Apaixonado, entre outros. Rua Capitão Prudente, 173, Pinheiros, tel.: (11) 3097-9966. Grátis. Inscrições: http://www.globe-sp.com/.

TELEVISÃO

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a segunda, dia 24, estréia no History Channel, às 21h, a História Secreta, primeira série original produzida pelo canal na América Latina. O programa trará histórias de pontos turísticos de grandes cidades. No primeiro, o ator argentino Daniel Malnatti, em Buenos Aires, explica as origens do Bairro da Boca (foto) e fala da misteriosa morte de Gardel. Os episódios seguintes mostram São Paulo, Caracas, Rio de Janeiro e Santiago.

finlandês Leif Segerstam (foto) rege CONCERTO Opeças de compatriotas e dele mesmo, em um dos espetáculos da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) mais esperados em 2006. Segerstam, além de diretor artístico da Filarmônica de Helsinque, é um dos compositores mais prolíficos da história da música: escreveu 150 sinfonias. Na cidade, ele faz a primeira audição da sua Sinfonia 149. De Jean Sibelius, apresenta a Sétima Sinfonia e o poema sinfônico Tapiola, Op. 112. Finalmente, mostra o Cantus Arcticus, Op. 61 - Concerto para Pássaros e Orquestra, de Einojuhani Rautavaara, autor contemporâneo, que concilia igual habilidade o romantismo e o experimental. Sala São Paulo. Praça Júlio Prestes, s/nº. Telefone: (11) 3337-5414. Nesta quinta (20) e sexta (21), às 21h. Sábado (22), às 16h30. Ingressos: R$ 25 a R$ 79.

E MAIS: Estréias de cinema e a programação em www.dcomercio.com.br

Marcas da Violência (A History of Violence, Estados Unidos, 2005). Sentimentos opostos povoam a cabeça de quem assiste ao longa dirigido por David Cronenberg. Viggo Mortensen vive o comerciante Tom Stall, um pacato morador da cidade de Millbrook, em Indiana. Tom possui todas as características para ser admirado pela comunidade, esposa e filhos. Até que certo dia, o comerciante age de maneira instintiva e violenta: mata dois assaltantes que invadem seu restaurante. A atitude do, até então, bom moço causa uma série de reflexões. A partir daí, Tom começa a ser seguido pela mídia e a sofrer junto com a família as conseqüências de seu ato. Fazer com que tudo volte a ser como era antes passa a ser o desejo de todos.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 -.ECONOMIA/LEGAIS

quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, 20, 21, 22 e 23 de abril de 2006

BALANÇOS

ATAS ATENTO BRASIL S.A. CNPJ nº 02.879.250/0001-79

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Senhores Acionistas: Em cumprimento às disposições legais e estatutárias submetemos à apreciação de V.Sas., as Demonstrações Financeiras, referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004, permanecendo à disposição para quaisquer outras informações. São Paulo, 20 de abril de 2006 A Diretoria BALANÇOS PATRIMONIAIS Exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em milhares de reais) PASSIVO Circulante Empréstimos e financiamentos (Nota 5) 7.943 6.258 Fornecedores 107.619 85.404 Contas a pagar - Partes relacionadas 1.824 10.189 Obrigações e encargos trabalhistas 8.722 8.228 Impostos e contribuições a recolher 9.049 6.459 Provisões para férias e 13º salário e encargos 2.685 3.344 Contas a pagar e despesas provisionadas 137.842 119.882 Total do passivo circulante Exigível a longo prazo Realizável a longo prazo Empréstimos e financiamentos (Nota 5) Depósitos judiciais 18.101 2.342 Provisão para contingências Imposto de renda e contribuição social diferidos 141.732 144.455 Contas a pagar - Partes relacionadas Outros créditos 8.501 2.942 Outros Total do realizável a longo prazo 168.334 149.739 Total do exigível a longo prazo Patrimônio líquido Permanente Capital social (Nota 6) Investimentos – 12 Reserva de capital Imobilizado (Nota 3) 116.689 97.386 Reserva legal Diferido (Nota 4) 63.100 104.381 Resultados acumulados Total do permanente 179.789 201.779 Total do patrimônio líquido Total do ativo 485.965 471.400 Total do passivo As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras ATIVO Circulante Disponibilidades Contas a receber Aplicações financeiras Impostos e contribuições a compensar Adiantamento à funcionários Outros créditos Total do ativo circulante

2005

2005

2004

102.038 13.439 9.048 16.839 15.163 54.048 24.039 234.614

119.906 7.533 15.314 9.949 7.163 42.380 15.086 217.331

38.518 41.952 5.079 3.157 88.706

52.236 39.107 6.649 3.082 101.074

152.863 132 934 8.716 162.645 485.965

463.035 132 – (310.172) 152.995 471.400

2004

DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO Exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em milhares de reais) Receita operacional bruta (–) Impostos s/receita Receita operacional líquida Custo dos serviços prestados Depreciação e amortização Lucro bruto Despesas operacionais Gerais e administrativas Depreciação e amortização Despesas financeiras líquidas Amortização de ágio Juros sobre capital próprio Resultado operacional Resultado não operacional Imposto de renda e contribuição social Reversão dos juros sobre capital próprio Lucro líquido (prejuízo) do exercício

2005 988.406 (74.211) 914.195 (726.130) (37.512) 150.553

2004 788.390 (64.497) 723.893 (546.585) (55.511) 121.797

(42.811) (3.973) (40.135) (38.639) (9.038) 15.957 (11) (6.296) 9.038 18.688

(61.758) (1.997) (51.751) (38.639) – (32.348) (26) 6.747 – (25.627)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em milhares de reais) Capital Reserva de Reserva Resultados capital legal acumulados Total social Saldos em 31 de dezembro de 2003 463.035 132 – (284.545) 178.622 Resultado do exercício – – – (25.627) (25.627) Saldos em 31 de dezembro de 2004 463.035 132 – (310.172) 152.995 Redução de capital: (310.172) – – 310.172 – Com prejuízos Resultado do exercício – – – 18.688 18.688 Transferências para reservas: – – 934 (934) – Reserva legal Juros sobre capital próprio – – – (9.038) (9.038) Saldos em 31 de dezembro de 2005 152.863 132 934 8.716 162.645 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em milhares de reais) 1) Contexto Operacional: A Atento Brasil S.A. é uma Sociedade novos projetos, que são amortizados pelos períodos de expectativa de controlada pela Atento N.V. sediada em Amsterdã - Holanda, operando nos benefícios futuros. O ágio foi gerado na aquisição das Sociedades Trilha segmentos de CRM (Inteligência Competitiva Personalização e Sistemas de Comunicação Ltda., Quatro A Telemarketing & Centrais de Fidelização) e Call Center (tele-atendimento, tele-marketing ativo e Atendimento S.A. e Quatro A Nordeste Telemarketing & Centrais de receptivo). Atualmente opera em 11 cidades Brasileiras: São Paulo, São Atendimento Ltda. O prazo de amortização é de sete anos com base na Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São José dos Campos, expectativa de resultados futuros. Campinas, Ribeirão Preto, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, 5) Empréstimos e Financiamentos: Salvador, Brasília e Goiânia podendo também prestar serviços de 2005 2004 Passivo Exigível a Passivo Exigível a consultoria e assessoramento técnico especializado a terceiros elaborando Circulante L. Prazo Circulante L. Prazo projetos de tele-atendimento e treinamento especializado para operadores. 2) Apresentação das Demonstrações Contábeis: As Demonstrações Empréstimo em moeda Contábeis foram elaboradas de acordo com os princípios de contabilidade estrangeira 102.038 38.518 119.906 52.236 emanados da legislação societária brasileira. Total 102.038 38.518 119.906 52.236 Os Empréstimos e Financiamentos estão detalhados conforme segue: 3) Imobilizado: 2005 2004 Taxas Saldos em 2005 Anuais de Deprec. Valor Valor Curto Longo Natureza Moeda Tx. Média Juros Vencimento Prazo Prazo Deprec. Custo Acum. Residual Residual Resolução 2770 IENE 3,04% a.a. + V.C. 2006 8.164 – Instalações 10% 39.224 (18.529) 20.695 20.139 Móveis e utensílios 10% 34.653 (15.720) 18.933 14.437 Resolução 2770 US$ 2,68% a.a. + V.C. 2006 93.874 – Sistemas de informática 20% 61.813 (38.759) 23.054 17.147 Resolução 2770 US$ 4,10% a.a. + V.C. 2007 – 38.518 Computadores Total 102.038 38.518 e equipamentos Durante o exercício de 2005 a Sociedade reduziu o seu endividamento de informática 20% 216.314 (184.117) 32.197 30.853 líquido em R$ 24.907, através de amortização com recursos próprios Benfeitorias em gerados nas operações. A Sociedade executa operações de SWAP com imóveis de terceiros Até 20% 31.707 (20.079) 11.628 10.230 objetivo de reduzir os riscos com relação a flutuações da taxa de câmbio. Outros Até 20% 2.199 (573) 1.626 1.861 Em 31 de dezembro de 2005 tais operações representavam cobertura de Imobilização em curso – 8.556 – 8.556 2.719 100% dos empréstimos em moeda estrangeira. 6) Patrimônio Líquido: Foi Total 394.466 (277.777) 116.689 97.386 deliberada pelos acionistas, sob Ata da Assembléia Geral Extraordinária 4) Diferido: 2005 2004 realizada em 30 de dezembro de 2005, a aprovação da redução do capital Despesas pré-operacionais e novos projetos 80.074 80.074 social da Sociedade de R$ 463.035 para R$ 152.863, como compensação Ágio na aquisição de empresas 249.989 249.989 de saldo de Prejuízos Acumulados conforme balanço patrimonial de Outros 815 815 31 de dezembro de 2004. O capital social é dividido em 152.862.724 ações 330.878 330.878 ordinárias nominativas, sem valor nominal. 7) Juros Sobre Capital Amortização acumulada (267.778) (226.497) Próprio: O Conselheiro de Administração, em 30 de dezembro de 2005, Total 63.100 104.381 deliberou aprovar o crédito de Juros Sobre Capital Próprio relativos ao As despesas pré-operacionais são registradas ao custo de aquisição, cuja exercício social de 2005, no montante de R$ 9.038, com retenção de amortização está sendo reconhecida pelo período de 5 (cinco) anos, bem imposto de renda na fonte, à alíquota de 15%, resultando em juros líquidos como por despesas de implantação de sistemas de processamento de de R$ 7.682.

DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS Exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em milhares de reais) 2005 2004 ORIGENS DE RECURSOS Das operações sociais: Resultado ajustado do exercício 106.147 80.241 De terceiros: Aumento do exigível a longo prazo 9.383 69.506 Redução do realizável a longo prazo 3.160 – Total dos recursos obtidos 118.690 149.747 APLICAÇÕES DE RECURSOS No permanente - Imobilizado 58.627 27.677 - Diferido – 91 Aumento do realizável a longo prazo 16.762 260 Redução do exigível a longo prazo 10.359 – Dividendos propostos 9.038 – Transferência para o curto prazo 17.215 61.988 Total das aplicações 112.001 90.016 Aumento (redução) do capital circulante líquido 6.689 59.731 Variação do capital circulante líquido Ativo circulante: No final do exercício 143.854 119.882 No início do exercício 119.882 114.090 23.972 5.792 Passivo circulante: No final do exercício 234.614 217.331 No início do exercício 217.331 271.270 17.283 (53.939) Aumento (redução) do capital circulante líquido 6.689 59.731 Reconciliação do resultado do exercício Lucro ou prejuízo do exercício 18.688 (25.627) Despesas (receitas) que não afetam o capital circulante 87.459 105.868 Depreciação e amortização 41.485 57.508 Amortização de ágio 38.639 38.639 Variações cambiais ativas e passivas do longo prazo 4.117 16.459 Imposto de renda e contribuição social diferidos 2.724 (6.747) Resultado na baixa/venda de imobilizado 494 9 Resultados oriundos das operações 106.147 80.241 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras DIRETORIA Agnaldo Calbucci Presidente CONTADORA Giane Francisca de Abreu CRC 1SP 199900/O-0

ARFRIO S/A – ARMAZÉNS GERAIS FRIGORÍFICOS

CNPJ nº 61.024.295/0001-20 Srs. Acionistas, Atendendo as disposições legais, submetemos à apreciação de V.sas., o relatório anual da administração em conjunto com as demonstrações contábeis do exercício social, encerrado em 31 de dezembro de 2005. Conjuntura do Setor: O significativo impulso no comércio exterior do Brasil observado nos dois últimos anos tem acarretado uma grande demanda na prestação de serviços de Armazenagem Frigorificada, tal demanda foi suprida inicialmente com a ampliação da unidade operacional de Itajaí-SC, sendo projetada para o próximo exercício uma nova adequação à necessidade do mercado. Desempenho Operacional: Relativamente ao ano de 2005, dentro de uma nova política de gestão, a administração da empresa decidiu elaborar e publicar o EBITDA ATIVO Circulante Disponibilidades Duplicatas a receber Outros créditos Impostos a Recuperar Despesas antecipadas Realizável a longo prazo Empréstimos compulsórios Partes relacionadas Depósitos judiciais Impostos diferidos Permanente Investimentos Imobilizado líquido Diferido

RELATÓRIO DA DIRETORIA (demonstração do lucro operacional antes do resultado financeiro, depreciação, amortização e imposto de renda), que mede a geração de caixa do referido ano. O EBITDA apurado em 2005 demonstra que a empresa gerou recursos no montante equivalente a R$ 5.000.695, conforme segue: DEMONSTRAÇÃO DO EBITDA 2005 Lucro Bruto 11.106.574 Despesas Com Vendas (60.924) Despesas Gerais e Administrativas (8.807.675) Depreciações e Amortizações e Exaustão 2.762.720 EBITDA 5.000.695

Balanços patrimoniais em 31 de dezembro de 2005 e 2004 - (Valores expressos em R$) 2005 2004 PASSIVO 2005 Circulante 65.926 51.121 Fornecedores 2.789.926 1.482.381 1.445.330 Empréstimos e financiamentos 6.529.019 128.290 67.720 Obrigações tributárias 2.274.642 257.069 - Obrigações trabalhistas 1.576.782 329.678 313.025 Impostos parcelados 2.753.487 2.263.344 1.877.196 Outras obrigações 277.808 Créditos de acionistas 563.168 32.050 29.359 16.764.832 5.803.856 4.085.031 Exigível a longo prazo 1.897.293 1.744.182 Empréstimos e financiamentos 8.755.955 1.000.138 300.185 Partes relacionadas 593.144 8.733.337 6.158.757 Impostos parcelados 6.964.228 Provisão para contigências 2.941.582 19.254.909 58.973 58.973 Patrimônio líquido 61.613.318 49.681.862 Capital social 39.045.586 93.761 29.090 Prejuízos acumulados (2.302.594) 61.766.052 49.769.925 36.742.992

2004 10.307.269 (77.669) (5.281.398) 2.809.066 7.757.268 2004 729.989 3.791.928 1.339.607 1.070.708 1.846.453 494.940 696.051 9.969.676 783.965 7.889.354 2.461.334 11.134.653 39.045.586 (2.344.037) 36.701.549

Total do ativo

72.762.733 57.805.878 Total do passivo 72.762.733 57.805.878 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. Demonstrações das mutações do patrimônio líquido para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 - (Valores expressos em R$) Capital Social Lucros (prejuízos) acumulados Total Saldos em 31 de dezembro de 2004 39.045.586 (2.344.037) 36.701.549 Ajustes dos exercícios anteriores 117.344 117.344 Resultado do período (75.901) (75.901) Saldos em 31 de dezembro de 2005 39.045.586 (2.302.594) 36.742.992 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. Notas explicativas às demonstrações contábeis para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 (valores expressos em Reais)

1. Contexto operacional - A Sociedade atua na área de armazenagem e distribuição de produtos perecíveis, sendo seu objetivo básico a estocagem frigorífica. 2. Sumário das práticas contábeis As demonstrações contábeis foram preparadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, sendo as principais: 2.1. Princípios gerais - Ativos, passivos, receitas e despesas refletem o princípio de competência dos exercícios. Os ativos realizáveis e passivos exigíveis até o prazo de um ano foram classificados como circulantes e os com prazos superiores a um ano foram classificados no longo prazo. 2.2. Ativos e passivos sujeitos à indexação - Os ativos e passivos contratualmente sujeitos à indexação são atualizados aplicando-se os índices correspondentes. As variações monetárias são reconhecidas no resultado dos exercícios. 2.3. Provisão para devedores duvidosos - É registrada em montante considerado suficiente pela administração para cobrir eventuais perdas na realização das duplicatas a receber. 2.4. Investimentos - Os investimentos são registrados pelo custo de aquisição. 2.5. Imobilizado Registrado pelo custo de aquisição, formação ou construção. A depreciação é calculada pelo método linear, com base na estimativa de vida útil dos bens. 2.6. Diferido - Registrado o custo de aquisição e formação, deduzido da amortização, a qual é calculada pelo método linear. 2.7. Imposto de renda e contribuição social - Os impostos correntes são calculados sobre o lucro tributável no ano, usando as respectivas alíquotas em vigor na data do balanço. Os impostos diferidos são calculados somente sobre as provisões temporárias e indedutíveis, também às alíquotas vigentes na data dos balanços. 3. Operações com partes relacionadas - Os saldos e as transações com partes relacionadas em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 estão resumidos a seguir: 2005 2004 Ativo A receber A receber APA - Agrícola e Pecuária Arfrio Ltda. 120.738 115.541 Taxiar Táxi Aéreo Ltda. 209.757 209.757 HTA Hotéis e Turismo Arfrio Ltda. 39.679 39.679 Faromac - Com. Administr. Empreend. e Pecuária Ltda. 5.433.682 3.720.054 Total 5.803.856 4.085.031 2005 2004 Passivo A pagar A pagar Rodar Rodoviário Arfrio Ltda. 593.144 783.965 Total 593.144 783.965 As transações com as empresas do Grupo correspondem, basicamente, a operações de mútuo, e estão registradas pelos valores nominais. 4. Investimentos Empresas controladas % - Participação 2005 2004 HTA Hotéis e Turismo Arfrio Ltda. 90 58.973 58.973 Total 58.973 58.973 5. Imobilizado Descrição % - Taxa anual de depreciação 2005 2004 Terrenos e edificações 4 46.258.771 46.252.435 Pallets 10 943.933 943.933 Máquinas e equipamentos 10 3.689.615 3.452.886 Cavaletes 10 31.796 31.796 Móveis e utensílios 10 466.999 418.298 Empilhadeiras e carrinhos 20 1.073.421 979.014 Automóveis e caminhões 20 981.136 650.781 Direito de uso 50.824 50.824 Computadores 20 565.157 380.339 Software 20 226.541 202.711 Edificações frias 4 15.684.370 15.668.923 Veículos (Leasing) 327.332 168.552 Empilhadeiras (Leasing) 569.719 585.704 Compressores (Leasing) 207.021 Móveis e utensílios(Leasing) 12.585 Marcas e patentes 4.774 4.774 Ampliação Itajaí - 13.578.047 281.142 Ampliação Santos 43.140 38.740 Custo corrigido 84.508.160 70.317.873 Depreciação (22.894.842) (20.636.011) Imobilizado líquido 61.613.318 49.681.862 6. Empréstimos e financiamentos - Os empréstimos e financiamentos decorrem basicamente da utilização de limites de créditos de contas garan-

tidas e empréstimos de capital de giro com características de liquidação em curto prazo. A ampliação da Unidade Operacional de Itajaí–SC, ocorreu com recursos próprios e obtidos junto ao BRDE – Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, a taxa de juros de longo prazo - TJLP, acrescida do “SPREAD” de 5% ao ano, com carência de 12 meses, durante esse período somente serão amortizados juros. A amortização é mensal a partir de 15/05/2006, e com término previsto para 15/04/2012. Em garantia aos financiamentos foi dada em hipoteca a Unidade operacional de Itajaí - SC, bem como avais dos diretores, conforme demonstrado abaixo; Modalidade 2005 2004 Capital de giro 3.470.609 3.008.982 Contas garantidas 1.963.916 683.325 Cauções e descontos 99.621 BRDE – Ampliação Itajaí 9.850.449 Total 15.284.974 3.791.828 (-) Parcela de curto prazo 6.529.019 3.791.828 = Parcela de longo prazo 8.755.955 7.Impostos parcelados Tributo 2005 2004 INSS 4.535.350 4.730.451 Parcelamento Especial (PAES) 4.334.896 3.820.327 ISS parcelado 847.469 1.185.029 Total 9.717.715 9.735.807 (-) Parcela de curto prazo 2.753.487 1.846.453 = Parcela de longo prazo 6.964.228 7.889.354 7.1. Parcelamento Especial de Débitos Federais (PAES) O PAES foi instituído pela Lei nº 10.684/03, destinado às empresas que possuíam débitos com a União Federal e com o INSS. Os débitos da Sociedade, inclusive aqueles decorrentes de ação judicial com perda considerada provável por seus assessores jurídicos, foram inclusos no programa. O saldo devedor foi atualizado mensalmente por meio da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) e esta atualização encontra-se registrada no passivo, segregada entre curto e longo prazo. A empresa aderiu ao programa de Recuperação Fiscal (REFIS), com opção de liquidação com base na receita bruta e atualizações mensais por meio da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). Entretanto, em janeiro de 2002 foi excluída do programa e discutiu judicialmente sobre sua re-inclusão até junho de 2003, quando aderiu ao Parcelamento Especial (PAES), com prazo de pagamento em 180 parcelas, e pagamentos vinculados à receita bruta. Composição do valor consolidado - PAES Descrição R$ Valor original 2.565.899 Multa 264.709 Juros 1.588.533 Valor consolidado 4.419.141 Pagamentos efetuados (904.781) TJLP Acumulada 820.536 Saldo em 31 de dezembro de 2005 4.334.896 (-) Parcela de curto prazo 499.689 = Parcela de longo prazo 3.835.207 7.2. Parcelamento INSS - A Sociedade aderiu ao programa de Recuperação Fiscal (REFIS), com opção de liquidação com base na receita bruta e atualizações mensais por meio da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). Entretanto, em janeiro de 2002 foi excluída do programa e discutiu judicialmente sobre sua re-inclusão até junho de 2003. Em junho de 2004 aderiu ao parcelamento junto ao INSS, com prazo de pagamento em 56 parcelas, e pagamentos acrescidos da taxa SELIC. Composição do valor consolidado - parcelamento INSS Descrição R$ Valor original 3.046.511 Multa 1.218.604 Juros 1.464.606 Valor consolidado 5.729.721 Amortizações efetuadas 2.114.848 Atualização Monetária 920.477 Saldo em 31 de dezembro de 2005 4.535.350 (-) Parcela de curto prazo 1.512.812 = Parcela de longo prazo 3.022.538 8. Contingências e demandas judiciais - 8.1. Provisão para contingências - A Sociedade constituiu provisão no montante de R$ 2.941.582 para eventuais perdas com processos fiscais (incluindo a contrapartida dos depósitos judiciais na importância de R$ 1.897.293), cíveis e trabalhistas em

Parecer dos auditores independentes siderando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Sociedade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Sociedade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. 3. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis referidas no parágrafo (1) representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Arfrio S/A - Armazéns Gerais Frigoríficos

CNPJ/MF nº 61.082.962/0001-21 - NIRE 35.300.026.438 ATA DA ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA REALIZADA EM 04 DE ABRIL DE 2006 Data, Hora e Local: Aos quatro dias do mês de abril de dois mil e seis, às 11:00 horas, no prédio da sede social, na Rua São Bento, 329, no 10º andar, nesta Capital. Convocações publicadas nos dias 25, 28 e 29 de março de 2006 no Diário Oficial do Estado de São Paulo e nos dias 27, 28 e 29 de março de 2006 no Diário do Comércio. Presença: Acionistas representando mais que o mínimo legal, correspondente a 82,24% do capital social, conforme assinaturas lançadas no Livro de Presença de Acionistas, atendendo a convocação efetuada de conformidade com o art. 124 da Lei nº 6.404/76. Mesa: Sérgio Ricardo Nutti Marangoni, como Presidente, eleito entre os acionistas presentes; e Roberta B. Martins Hung Prado, como Secretária. Ordem do Dia da AGE: Reformulação do artigo 10 e respectivo parágrafo único do estatuto social da Companhia para alteração do número de Conselheiros de Administração, conforme projeto aprovado pelo Conselho de Administração. Deliberações: Os acionistas minoritários representados pelos advogados Dr. Eduardo Secchi Munhoz e Dr. Raphael Nehin Correa apresentaram manifestação para pedido de cópias recebida pela Mesa como DOC. 01 e manifestação sobre lavratura da ata na forma de sumário, também, recebida pela Mesa, como DOC. 02. Os acionistas presentes deliberaram: a) por maioria, com abstenção dos legalmente impedidos, e com voto contrário apresentado por escrito pelos acionistas minoritários representados pelos advogados acima referenciados e recebido pela Mesa como DOC. 03 e com voto contrário dos acionistas Sr. Waldemar Zwicker Filho e da Awal Comercial e Participações Ltda. também representada pelo Sr. Waldemar Zwicker Filho, aprovar a reforma do Estatuto Social da Companhia, para alterar seu artigo 10 e respectivo parágrafo único que passam a vigorar com a seguinte redação: “Artigo 10 - O Conselho de Adminsitração será composto de 05 (cinco) membros, acionistas, eleitos pela Assembléia Geral. Parágrafo Único - O Presidente do Conselho será eleito, dentre os Conselheiros escolhidos, pelos próprios Conselheiros eleitos, na primeira reunião do Conselho de Administração seguinte à Assembléia Geral”. Registrada a presença de Diretores e membros do Conselho de Administração. Nada mais havendo a tratar e ninguém pedindo a palavra, o Sr. Presidente suspendeu os trabalhos da Assembléia até a lavratura desta ata, que, conforme aprovação unânime dos presentes, foi lavrada na forma sumária. Reaberta a sessão pelo Sr. Presidente, foi a ata lida e unanimemente aprovada por todos os presentes. Assinam a ata: o Presidente, Sérgio Ricardo Nutti Marangoni, a Secretária, Roberta B. Martins Hung Prado e os Acionistas: Companhia Agrícola Caiuá, Paulo Nelson Pereira, Gastão de Souza Mesquita, Roberto de Oliva Mesquita, Suzana de Oliva Mesquita, Antonio Carlos Srougé, Sérgio Ricardo Nutti Marangoni, Thiago Ferreira de Camargo Mesquita, Enrico Misasi, Adele Apollinari Misasi, Alessandra Misasi Baptista da Costa, Luiz Misasi, Linda Misasi Micales, Vera Misasi, Marina Médici Misasi, Silvio Maria Crespi, Joana Crespi, Silvia Crespi, Carla Crespi, Crespi Administração e Participação Ltda., Javry Participações Ltda., Espólio de Marco Fábio Crespi, Crespi Empreendimentos Ltda., Marita Travaglia Crespi, Fernando Crespi, Paulo Crespi, Heloísa Cardoso Pereira de Almeida, Yolanda Cardoso de Almeida Crissiuma, Dora Carmen Antonietta Senise, Hélio Falchi, Mira Marcella Marisa Falchi, José Cláudio Falchi, Maria Falchi Gallo, José Thomaz Senise, Paschoal Ernesto Américo Senise, Antonio Moraes Pinto Júnior, Ana Heloisa Ferreira Rosa, Ana Maria M. Pinto A. Prado, Antonio Morais Pinto Neto, Alice Martha Pinto Alves de Lima, Luis Eduardo Alves de Lima, Maria Helena Moraes Barros Pamio, Cezar Pamio, Waldemar Zwicker Filho, Awal Comercial e Participações Ltda.. Esta ata é cópia autêntica da que se encontra lavrada em livro próprio da Companhia Melhoramentos Norte do Paraná. São Paulo, 04 de abril de 2006. Roberta B. Martins Hung Prado - Secretária. JUCESP nº 95.305/06-3, em 10.04.06. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral

CONVOCAÇÕES

São Paulo, 19 de abril de 2006. A Diretoria Demonstrações dos Resultados para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 - (Valores expressos em R$) 2005 2004 Receita de serviços 35.642.802 30.504.775 Impostos incidentes (4.209.700) (3.624.385) Receita líquida 31.433.102 26.880.390 Custo dos serviços prestados (20.326.528) (16.573.121) Lucro bruto 11.106.574 10.307.269 Receitas (despesas) operacionais Gerais e administrativas (8.807.674) (5.281.398) Vendas (60.924) (77.669) Financeiras líquidas (3.164.757) (2.492.308) Equivalência patrimonial (820.530) Outras receitas (despesas) operacionais 2.646 55.285 (12.030.709) (8.616.620) Resultado operacional (924.135) 1.690.649 Receitas não operacionais 155.272 157.993 Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social (768.863) 1.848.642 Despesa de imposto de renda e da contribuição social (6.991) (872.273) Despesa de imposto de renda e da contribuição social Diferida 699.953 Lucro líquido do exercício (75.901) 976.369 Lucro por lote de mil ações R$ (2.775) 35.696 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. Demonstrações das origens e aplicações de recursos para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 (Valores expressos em R$ ) Origens de recursos 2005 2004 Das operações Lucro líquido do exercício (75.901) 976.369 Itens que não afetam o capital circulante líquido Depreciações 2.762.720 2.943.643 Resultado de equivalência patrimonial 820.530 2.686.820 4.740.542 Dos acionistas Redução dos prejuízos acumulados 3.000.000 De terceiros: Alienação de investimentos 4.063.534 Resultado da venda de ativo imobilizado (155.272) 2.666.992 Cessão de ativo imobilizado 146.000 5.717.707 Novos empréstimos 9.500.000 Aumento do exigível a longo prazo 988.866 3.951.992 Redução do realizável a longo prazo 147.057 Juros e variações do exigível a longo prazo 2.508.595 1.465.782 Ajuste de exercícios anteriores 117.340 Total das origens 15.939.406 25.606.549 Aplicações de recursos Aquisição do ativo imobilizado 14.749.575 3.237.198 Redução do passivo exigível a longo prazo 1.644.306 2.890.298 Transferência do exigível a longo prazo para o circulante 3.232.896 2.507.658 Aumento do realizável a longo prazo 2.721.636 1.765.426 Juros sobre o capital próprio 749.000 Redução do capital social - 16.754.414 Ajuste de exercícios anteriores 2.273.293 Total das aplicações 22.348.414 30.177.287 Aumento do capital circulante líquido (6.409.008) (4.570.738) Composição do aumento do capital circulante líquido Ativo circulante No início do exercício 1.877.196 4.609.346 No fim do exercício 2.263.344 1.877.196 386.148 (2.732.150) Passivo circulante No início do exercício 9.969.676 8.131.088 No fim do exercício 16.764.832 9.969.676 6.795.156 1.838.588 Aumento do capital circulante líquido (6.409.008) (4.570.738) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. andamento, classificada no exigível a longo prazo. Amparada na análise dos seus consultores legais, a administração considera a referida provisão suficiente para cobrir eventuais perdas no desfecho destes processos. 8.2. Demandas judiciais ativas - A) PIS - Repique - A Sociedade impetrou ação contra a União Federal em julho de 2000 questionando a incidência do PIS-Repique e seus reflexos, sendo que o valor dado à causa na época foi de aproximadamente R$ 1.740.000. Tal processo foi julgado procedente em 1a instância, sendo que houve recurso por parte da União, e o processo aguarda julgamento no Tribunal Regional Federal (TRF). O valor atualizado da causa em 31 de dezembro de 2005 representa aproximadamente R$ 3.910.000 (não auditado) e não encontra-se registrado nas demonstrações contábeis. B) Equiparação da atividade - A Sociedade impetrou ação contra a União Federal em março de 2004 pleiteando a equiparação à atividade exportadora, por considerar sua atividade absolutamente necessária no processo de exportação. Tal pleito implica em benefícios fiscais na ordem de R$ 4.093.006 em valores principais para os exercícios de 2004 e 2005, dos quais R$ 1.760.493 foram depositados judicialmente e R$ 2.332.513 pagos efetivamente. Os valores atualizados destes recolhimentos, incluindo o reflexo nas bases de cálculo do imposto de renda e da contribuição social montam aproximadamente R$ 4.900.000 (não auditado). 9. Capital social - 9.1. Capital social - O capital social em 31 de dezembro de 2005 está totalmente integralizado e é representado por 19.545 ações ordinárias e 7.807 ações preferenciais. As ações preferenciais terão prioridade na distribuição de dividendos mínimos de 25%, não cumulativos, sobre o lucro líquido do exercício. As ações preferenciais não terão direito a voto. 10. Cobertura de seguros (não auditado) - A Companhia adota uma política de seguros que considera, principalmente, a concentração de riscos e relevância por montantes considerados suficientes pela administração, para cobrir eventuais sinistros com imobilizado e os estoques de terceiros. Jamil Elias Contador - CRC - 1SP152965/O-8

A Diretoria

Aos cotistas e administradores da Arfrio S/A - Armazéns Gerais Frigoríficos 1. Examinamos os balanços patrimoniais da Arfrio S/A - Armazéns Gerais Frigoríficos em 31 de dezembro de 2005 e 2004, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre estas demonstrações contábeis. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas brasileiras de auditoria e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, con-

(*) EBITDA: Lucro Operacional antes da Depreciação/Amortização e Financeiras Líquidas Os resultados apresentados contemplam um aumento real no faturamento anual de 2005 em 16,84%, refletindo um aumento no lucro bruto de 7,75%. Agradecimentos: Agradecemos a todos nossos Funcionários, Clientes, Fornecedores e Instituições Financeiras o apoio e confiança que vêm nos depositando.

Companhia Melhoramentos Norte do Paraná

em 31 de dezembro de 2005 e 2004, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 10 de março de 2006. Auditores Independentes Sociedade Simples - CRC 2 SP 018.196/O-8 Rogério Villa - Contador - CRC 1 SP 219.695/O-0

Arfrio S/A Armazéns Gerais Frigoríficos

CNPJ 61.024.295/0001-20 - NIRE 3530010199-5 Edital de Convocação - Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária Ficam convocados os Senhores Acionistas para a realização da Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária, a realizar-se no dia 28 de abril de 2006, às 10:00 horas na Sede Social da Cia., na Rua Jussara, 1001, em Barueri – SP., para apreciarem e deliberarem sobre a seguinte ordem do dia : - 1) Exame, discussão e votação do Relatório da Administração, das Demonstrações Financeiras acompanhadas das Respectivas Notas Explicativas e do Parecer dos Auditores Independentes, relativas ao exercício social encerrado em 31/12/2005; 2) Deliberação sobre o resultado do exercício; 3) Deliberação acerca da proposta de reavaliação dos ativos; 4) Deliberação acerca da nomeação dos peritos avaliadores e outros assuntos correlatos; 5) Outros assuntos de interesse da companhia. Barueri-SP., 13/04/2006 - A Diretoria. (18, 19, 20/04/2006)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, 20, 21, 22 e 23 de abril de 2006

BALANÇOS

ECONOMIA/LEGAIS - 11

AVISO AOS ACIONISTAS

CONVOCAÇÕES

CDP PARTICIPAÇÃO, EMPREENDIMENTOS E ASSESSORIA S/A CNPJ (MF) nº 60.890.456/0001-04 Relatório da Diretoria Senhores Acionistas: Em cumprimento às disposições legais e estatuárias, temos a satisfação de apresentar a V.Sas. o Balanço Patrimonial e as demais Demonstrações Financeiras referente aos exercícios findos em 31.12.2005 e 31.12.2004, acompanhados das Notas Explicativas. Permanecemos à disposição de V.Sas., para maiores ou melhores esclarecimentos que se façam necessários. A Diretoria Balanços Patrimoniais (Em R$ 1) Demonstração do Resultado (Em R$ 1) Discriminação 2005 2004 Ativo 2005 2004 Passivo 2005 2004 Despesas operacionais (413.109) (329.246) Circulante Circulante Gerais e administrativas (299.913) (497.096) Caixa e bancos 27.424 21.480 Impostos a recolher 1.580 11.160 Financeiras líquidas (43.162) 217.389 Contribuições a recolher 1.870 2.919 Aplicações financeiras de liquidez imediata 3.120.930 2.884.334 Patrimoniais (1.102) (990) Salários a pagar 1.125 3.202 Contas a receber 701.957 701.957 Tributárias (68.932) (48.549) Provisões de férias 4.769 5.704 Provisão p/creditos de liquidação duvidosa (632.452) (632.452) Resultado operacional (413.109) (329.246) Total do circulante 9.344 22.986 Adiantamentos 4.800 – Resultado não operacional 857.470 435.603 BankBoston CDB-DI 105.574 87.756 Impostos a recuperar 1.927.335 1.767.336 Lucro antes da provisão p/ IRPJ/CSL 444.360 106.357 Sudameris S/A CDB Mais 23.409 – Total do circulante 5.149.994 4.742.655 IRPJ (89.246) (15.954) Realizável a longo prazo Resultado de exercício futuro 128.983 87.756 CSLL (40.769) (9.572) Compulsórios 105.518 105.518 Lucro (prejuizo) líquido do exercício 314.345 80.832 Patrimônio líquido Depósitos judiciais 39.559 115.700 Lucro (prejuízo) por ação R$ 1,86 R$ 0,48 Capital social 4.544.385 4.544.385 Total do realizável a longo prazo 145.077 221.218 Reservas de capital 27.599 65.096 Permanente Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (Em R$ 1) Lucros (prejuízos) acumulados 589.475 249.468 Imobilizado líquido 4.715 5.817 Origens dos recursos 2005 2004 Total do patrimônio líquido 5.161.459 4.858.949 Total do permanente 4.715 5.817 Resultado líquido do exercício 314.346 80.832 Total do passivo 5.299.786 4.969.691 Total do ativo 5.299.786 4.969.691 Depreciações 1.102 1.036 Ajuste resultado exercício anterior 48.175 – Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (Em R$ 1) Diminuição do permanente – 1.520.238 1. Apresentação das Demonstrações Contábeis: Estão sendo apresenLucros Diminuição do realizável a longo prazo 76.141 9.490 tadas em conformidade com as determinações previstas na Lei 6.404/76, Capital Reservas (prejuízos) Total das origens de recursos 439.764 1.611.596 reformulada pela Lei 9.457/97. 2. Principais Critérios Contábeis: a) As Discriminação social de lucros acumuls. Total Aplicações dos recursos aplicações financeiras encontram-se com os rendimentos auferidos até a Saldos em 31/12/2003 4.544.385 65.096 169.267 4.778.748 Ajuste resultado exercício anterior 60.012 630 data do balanço; b) Depreciação do Imobilizado é calculada pelo método Ajuste exercício anterior – – (630) (630) Total das aplicações de recursos 60.012 630 linear, levando-se em consideração a vida útil e econômica dos bens; c) Lucro líquido do periodo – – 80.832 80.832 Aumento do capital circulante líquido 379.753 1.610.966 Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa constituída em montante Demonstração variação do capital circul. líquido 4.544.385 65.096 249.469 4.858.950 suficiente para cobrir eventuais perdas na realização dos créditos. 3. Capi- Saldos em 31/12/2004 Ativo: No início do exercício 4.742.655 3.035.020 tal Social: O Capital Social é de R$ 4.544.385,00 representado por 168.748 Ajuste exercício anterior – (37.497) 25.661 (11.836) No final do exercício 5.149.994 4.742.655 (cento e sessenta e oito mil, setecentos e quarenta e oito) ações ordinárias Lucro líquido do periodo – – 314.346 314.346 Variação do ativo 407.339 1.707.635 sem valor nominal, totalmente integralizado. 4. Razão Social: Foi aprovado Passivo: No início do exercício 110.741 14.072 4.544.385 27.599 589.476 5.161.459 a nova razão social em 30/04/2001 alterando-se de Café do Ponto S/A Saldos em 31/1220/05 No final do exercício 138.327 110.741 Ind. Com. e Exportação para CDP Participação, Empreendimentos e Variação do passivo 27.586 96.669 Henrique Nagib de Vasconcellos Miguel Assessoria S/A conforme Ata/AGO registrada na JUCESP em 12/06/2001 A Diretoria Variação do capital circulante líquido 379.753 1.610.966 Contador - CRC 1SP 160.626/O-8 sob nº 109.858/01-3.

COMPANHIA AGRÍCOLA CAIUÁ CNPJ 61.083.002/0001-86 Relatório da Diretoria Senhores Acionistas: Em obediência às disposições estatutárias e às determinações legais que regem o funcionamento das sociedades por ações, submetemos à apreciação dos Senhores Acionistas o Balanço Patrimonial e as Demonstrações Financeiras do exercício encerrado em 31.12.2005, acompanhados das Notas Explicativas. Resultado do Exercício: O prejuízo do exercício de R$ 8.307 mil, após os ajustes de exercícios anteriores e reversão de reservas de lucros e de reavaliação, resultou em um prejuízo acumulado de R$ 38.966 mil. O referido prejuízo acumulado deverá ser, em cumprimento ao disposto no parágrafo único do artigo 189 da Lei 6.404/76, integralmente absorvido pelas reservas de lucros, assuntos estes que deverão ser objeto de discussão em Assembléia dos Acionistas. A DIRETORIA São Paulo, 27 de março de 2006 Balanços Patrimoniais (em milhares de reais) Demonstrações dos Resultados Passivo e Patrimônio Liquido 2005 2004 Ativo 2005 2004 dos Exercícios Findos em 31 de Dezembro (em milhares de reais) pro-forma pro-forma (Despesas) Receitas Operacionais 2005 2004 Circulante Circulante Resultado de participações societárias (6.662) 52.835 Impostos e contribuições a recolher 30 120 Disponibilidades 28 Financeiras liquidas (1.005) (76) Aplicações financeiras 2 500 Dividendos e Juros sobre capital a pagar 622 7.793 Administrativas e gerais (641) (350) Outras obrigações 3.092 2.686 Dividendos e juros sobre capital a receber 622 6.364 Outras 3.744 10.599 Impostos a Recuperar 446 363 (Prejuízo) Lucro Operacional (8.307) 52.409 Não Circulante 1.098 7.227 Resultados Não Operacionais Exigível a Longo Prazo (Prejuízo) Lucro Antes do I. Renda e C. Social (8.307) 52.409 Outras obrigações 10.360 12.343 Contribuição social sobre o lucro (80) Tributos “sub-judice” 427 377 Imposto de renda (156) 10.787 12.720 Permanente (Prejuízo) Lucro Liquido do Exercício (8.307) 52.173 Investimentos 114.008 132.142 Patrimônio Liquido (Prejuízo) Lucro do Exercício Por Lote de Outros investimentos 245 245 Capital social 64.870 41.100 Mil Ações do Capital Social - R$ (40,83) 260,87 114.253 132.387 Reservas de capital 8 Reservas de reaval. emp. controlada 6.203 8.266 Demonstrações das Origens e Aplicações dos Recursos dos Reservas de lucros 29.747 59.347 Exercícios Findos em 31 de Dezembro (em milhares de reais) (Prejuízos) lucros acumulados 7.574 Origens dos Recursos 2005 2004 100.820 116.295 Das Operações: 115.351 139.614 115.351 139.614 (Prejuízo) Lucro líquido do exercício (8.307) 52.173 Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras dos Exercícios Demonstrações dos (Prejuízos) Lucros Acumulados Ítens que não representam movimento do Findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 dos Exercícios Findos em 31 de Dezembro (em milhares de reais) capital circulante liquido: 1. Operações: A atividade da empresa compreende, basicamente, a 2005 2004 Resultado da equivalência patrimonial 6.670 (52.835) participação em empresas controladas e coligadas. 2. Apresentação das Saldos em 01 de Janeiro 7.574 425 Transf. do exigível longo prazo para curto prazo (3.027) (2.684) Demonstrações Financeiras: As demonstrações financeiras foram Reversão de reservas de reavaliação 2.063 2.260 Atualização e encargos do exigível longo prazo 1.044 1.098 elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com as práticas Reversão de reservas de lucros 6.971 2.365 Recursos provenientes das operações (3.620) (2.248) contábeis adotadas no Brasil. Adicionalmente, objetivando uma melhor (Prejuízo) lucro do exercício (8.307) 52.173 De Acionistas comparabilidade das demonstrações financeiras da Companhia, foram Ajustes de exercícios anteriores - (43.074) Aumento de capital 2.870 efetuados os seguintes ajustes e reclassificações dos valores Recomp. de res. de lucros e absorção de prejuízos 52.384 anteriormente apresentados em 2004, cujas demonstrações financeiras De Terceiros: Ajuste da Reserva de L. Realizar exercs. 2002 e 2003 - 35.030 foram publicadas no Diário Oficial do Estado de São Paulo no dia 21 de Dividendos e juros sobre capital 11.476 11.517 Ajuste da Reserva Legal dos exercs. 2002 e 2003 197 abril de 2005 e no Jornal da Manhã na edição dos dias 22, 23 e 24 de abril Complemento de dividendos dos exercs. 2002 e 2003 (4.063) Aumento do exigível a longo prazo 50 377 de 2005: Const. da Res. de L. Realizar dos exercs. 2002 e 2003 - (19.854) Total das Origens de Recursos 10.776 9.646 Ajustes não contabilizados em 2004 Aplicações dos Recursos (Prejuízos) lucros acumulados 60.685 25.459 Dividendos pagos 8.865 11.164 Equivalência patrimonial sobre ajustes de exercícios anteriores Destinação do lucro líquido do exercício para: Juros sobre capital próprio 1.173 770 (38.798) • Reserva de lucros a realizar (7.019) Investimentos 12 189 Reversão de reserva de reavaliação efetuada a maior em • Reserva legal (2.570) 10.050 12.123 exercícios anteriores, devido a ajustes de participações (2.201) • Reserva AGOE (425) Aumento (Redução) do Cap. Circulante Liquido 726 (2.477) Baixa de ágio sobre investimentos em controladas (250) • Reserva estatutária operacional (34.638) 31 de Dezembro Variações Resultado não realizado entre controladas e não eliminado • Dividendos (8.865) (7.101) no cálculo da equivalência patrimonial (1.825) 2005 2004 2003 2004 2003 • Juros sobre o capital próprio (1.173) (770) Total dos ajustes em (prejuízos) lucros acumulados (43.074) Ativo Circulante 1.098 7.227 4.845 (6.129) 2.382 • Aumento de capital (16.009) Reserva de Reavaliação Passivo Circulante 3.744 10.599 5.740 (6.855) 4.859 (60.685) (17.885) Ajustes realizados na reserva de reav. reflexa da controlada (8.939) Capital Circulante Liquido (2.646) (3.372) (895) 726 (2.477) Saldos em 31 de Dezembro 7.574 Em função dos ajustes e das reclassificações acima mencionados, e circulante e exigível a longo prazo: São demonstrados por valores utilizado para absorver os referidos prejuízos no montante de R$ 38.966 adicionalmente ao exigido pelo Artigo 186 da Lei das Sociedades por conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos mil, ficando a composição de saldos das reservas da seguinte forma: Ações, as demonstrações financeiras do exercício de 2004 estão sendo correspondentes encargos e das variações monetárias incorridas. e) apresentadas “pro-forma” com a finalidade de permitir melhor 2005 2004 Capital social: Está representado por 203.455.615 (200.000.000 em 2004) Reserva legal 6.423 6.423 comparabilidade entre aquele exercício social e o encerrado em 31 de de ações ordinárias nominativas sem valor nominal. Os acionistas tem Reserva de lucros retidos 4.882 dezembro de 2005, exceto as demonstrações de resultado do exercício, direito a um dividendo mínimo de 25% do lucro do exercício, ajustado Reserva de lucros a realizar 20.857 48.042 das mutações do patrimônio liquido e das origens e aplicações de recursos conforme disposto na Lei das Sociedades por Ações, cuja distribuição será Reserva Estatutária de Equiv. Patrimonial 2.467 que não foram ajustadas por não terem sidos identificados os deliberada por ocasião da Assembléia Geral Ordinária que aprovar as 29.747 59.347 correspondentes ajustes nos saldos iniciais de 2004 e seus reflexos nas demonstrações financeiras. f) Reserva de reavaliação em empresa referidas demonstrações financeiras. 3. Resumo das Principais Práticas Diretoria controlada: Em 1999 foi constituída Reserva de Reavaliação, resultante Contábeis: a) Apuração do resultado: As receitas e despesas são Paulo Nelson Pereira - Diretor Presidente de reavaliação de bens do ativo permanente em empresas ligadas da registradas pelo regime de competência mensal. b) Ativo circulante: Os Marina Mesquita Pereira - Diretora controlada, efetuada com base em laudo emitido por peritos independentes. direitos são demonstrados pelos valores de realização. c) Investimentos: Paulo Roberto Nunes - Diretor g) Reservas de lucros: Em função de prejuízos decorrentes de exercícios Os investimentos em empresas controladas e coligadas estão Suzana de Oliva Mesquita - Diretora anteriores em controlada, coligada e na companhia e de prejuízos do contabilizados pelo método de equivalência patrimonial. Os demais próprio exercício, o montante das reservas foi recomposto e, também, Antonio Paulo Vaz - CRC1SP 137.103/O-7 - CPF 013.451.348-78 investimentos estão contabilizados ao valor de custo. d) Passivo

ATAS

ATA

SIFRA S/A

CNPJ n° 04.455.612/0001-20 - NIRE n° 35.300.184.904 Extrato da Ata das AGOE Realizadas em 08/06/2005 Data, hora e local: 08/06/2005, às 10hs., na sede social. Presença: totalidade do capital social. Mesa: Presidente - Luis Geraldo Schonenberg; Secretária - Eleonor Regina Feliciana Schonenberg. Convocação: Dispensada, conforme Lei nº 6.404/76 - Art. 124, § 4º. Documentos da Administração: Mantidos à disposição dos acionistas e publicados nas edições do dia 07/06/2005 do DOE e do Jornal Diário do Comércio, considerada sanada a falta de publicação dos respectivos anúncios, conforme Lei nº 6.404/76 - Art. 133, § 4º. AGO: Ordem do dia e deliberações tomadas por unanimidade: a) aprovação, após leitura e sem reservas, do Balanço Geral e demais demonstrações financeiras relativos ao exercício social findo em 31/12/2004; b) aprovação da destinação do lucro líquido do exercício e da distribuição dos dividendos fixos estatutários; c) fixação em dois o nº de cargos da Diretoria para o mandado até a Assembléia Geral que deliberar sobre as contas do exercício de 2006 e eleição do Sr. Luis Geraldo Schonenberg como Diretor, permanecendo o outro cargo vago e fixando-se a respectiva remuneração para este exercício; e d) não funcionamento do Conselho Fiscal neste exercício. AGE: Ordem do dia e deliberações tomadas por unanimidade: a) alteração da denominação social para SIFRA S/A; b) alteração do número de ações ordinárias nominativas de 6.000.000 para 12.000.000, mediante o desdobramento de cada ação individual em duas; c) aumento do capital social para R$15.000.000,00, com um aumento de R$3.000.000,00, mediante a emissão de 3.000.000 de novas ações preferenciais de classe A, totalmente subscritas, para integralização em 36 meses; e d) alteração e consolidação do Estatuto Social. Extrato para publicação, como sumário dos fatos ocorridos (Lei nº 6.404/76 - Art.130, § 1º). A Ata em seu inteiro teor foi arquivada na JUCESP sob nº 175.371/05-2 em 17/06/2005.

FALÊNCIA & RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 19 de abril de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência: Requerente: Ocrim S.A. Produtos Alimentícios - Requerido: Ciriaco Comércio de Conveniência Ltda. - Rua Valentim Lorenzetti, 31 - 01ª V. Falências Requerente: Rextur Viagens e Turismo Ltda. - Requerido: Turaser Brasil Turismo Ltda. - Rua

Guaraiúva, 766 - 02ª Vara de Falências Requerente: Regente Comércio de Ferragens Ltda. - Requerida: Construtora Triunfo S.A. - Rua Olimpíadas, 205 – 14º andar – conjunto 143 - 02ª Vara de Falências


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quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, 20, 21, 22 e 23 de abril de 2006

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Política

É direito do eleitor saber como vota seu deputado. Deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ)

A IDÉIA É INVESTIGAR CÍRCULO ÍNTIMO DE LULA, QUE ENFRENTOU PROTESTOS EM PORTO ALEGRE. Alan Marques/Folha Imagem

"CPI DO LULA" JÁ TEM 34 ASSINATURAS NO SENADO Q

O

ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci terá que comparecer a uma das instalações da Polícia Civil, em Brasília, para prestar esclarecimentos sobre os contratos suspeitos que firmou com empresas de limpeza pública em Ribeirão Preto (SP), na época em que foi prefeito da cidade. Em outra frente, a PF está apontando Palocci como mandante da quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, segundo relatório parcial do inquérito ao qual a Reuters teve acesso. No documento, que será enviado à Justiça, são apontados como co-autores do crime o ex-presidente da Caixa Jorge Mattoso e Marcelo Netto, ex-assessor de Palocci. A data definitiva da audiência de Palocci na polícia ainda deve ser divulgada pelo delegado seccional de Ribeirão Preto e responsável pela apuração, Benedito Antônio Valencise, mas estima-se que ele seja ouvido na semana que vem. Batochio contesta – O advogado de Palocci, José Roberto Batochio, disse que teve acesso aos autos do inquérito de cerca de 15 mil páginas e não viu indícios contra o ex-ministro. "Não há um dado no inquérito que mostre que ele era o responsável pelas irregularidades ocorridas". Valencise, entretanto, já afirmou que deverá pedir o indiciamento de Palocci no inquérito, ao lado de outras dez pessoas. Os crimes cometidos seriam de corrupção ativa ou passiva, formação de bando ou quadrilha, peculato, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. (AE)

Lula, durante visita à reserva indígena de Guarita: críticas ao Congresso e, em seguida, protestos.

BLINDADO PELA PF, THOMAZ BASTOS VAI EXPLICITAR O CASO 'FRANCENILDO'.

VOTO ABERTO

O

ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, vai hoje ao Congresso com um trunfo nas mãos – ainda que com a rubrica da Polícia Federal, que lhe é subordinada –para tentar repelir a ofensiva da oposição que atribui a ele o papel de suposto mentor do plano frustrado para acobertar Antonio Palocci no escândalo da quebra do sigilo do caseiro Francenildo dos Santos Costa. O documento da PF não faz uma única citação ao ministro, embora ele tenha participado de um encontro na casa de Palocci no dia 23, uma semana depois da violação dos dados do caseiro. Nem mesmo o fato de dois assessores de Bastos terem se reunido com Palocci, que lhes pediu orientação e ajuda, foi motivo para a PF ouvir Bastos. Os dois assessores, Claudio Alencar e Daniel Goldberg, figuram como "testemunhas" no inquérito. O ministro diz estar "tranqüilo e preparado" para a audiência de hoje na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara. Bastos vai ao Congresso sem advogado, porque ele próprio o é. Ontem, ele manteve sua rotina. Pelo telefone conversou com parlamentares, de quem tem recebido apoio. Ele vai dizer que não agiu como advogado de defesa e nem tramou um plano de proteção do ex-ministro da Fazenda e refutará a história de que na reunião teria surgido a idéia de oferecer R$ 1 milhão a quem assumisse a quebra do sigilo. (Agências)

Parlamentares pressionam Aldo José Cruz/ABr

I

ntegrantes da Frente Parlamentar pelo Fim do Voto Secreto se reuniram com o presidente da Câmara, Aldo Rebelo, para pedir a inclusão imediata, na pauta de votações do Plenário, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 349/01. A proposta, de autoria do deputado Luiz Antonio Fleury (PTB-SP), acaba com o voto secreto na Câmara e no Senado. A frente "Quero saber como vota meu representante", coordenada pelo Psol, é formada por mais de 200 parlamentares de partidos diversos como PFL, PT, PSDB, PTB, PPS e o PCdoB, e foi instalada no hall de entrada do plenário. O grupo é uma reação às sucessivas absolvições de parlamentares acusados de envolvimento no esquema do mensalão, beneficiados pelo voto secreto. O relator da PEC, deputado José Eduardo Cardozo (PTSP), contestou em público o argumento de que os parlamentares, quando exercitam o voto aberto, podem vir a ser pressionados. "Quem se propõe a ser representante do povo assume a responsabilidade de não se curvar a quem quer que seja ou a qualquer pressão. Se fizer isso, não serve para ser parlamentar", disse. "É direito do eleitor saber como vota seu deputado", completou o deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), para quem o voto secreto não se justifica em nenhuma das três hipóteses em que é previsto pela

uando parecia que o Lula da Silva, filho do presipresidente Luiz Iná- dente, com a Telemar; eventual cio Lula da Silva cur- ação de tráfico de influência de tiria um breve perío- familiares do presidente Lula do de calmaria, recomeçam as e, finalmente, a origem e o destempestades. Ontem, o sena- tino dos US$ 100 mil encontrador Almeida Lima (PMDB-SE) dos na cueca do assessor parlaprotocolou requerimento com mentar do PT José Adalberto 34 assinaturas (de 27 necessá- Vieira da Silva, em 2005. "É uma lista de supermercarias) para instalação da "CPI do Lula", para investigar even- do e não uma CPI", resumiu a tuais crimes no círculo íntimo líder do PT no Senado, Ideli do presidente. Em Porto Ale- Salvati (SC). O comentário foi gre, Lula enfrentou protestos. rebatido em seguida por AlA "CPI do Lula" tem poucas meida Lima: "Há uma conexão chances de vingar, segundo al- entre os fatos a serem apuraguns oposicionistas. "É preciso dos. Mas se o governo quiser, ter muita cautela para não cor- podemos criar cinco comisrer o risco de perder o foco so- sões de inquérito", disse. "Se o bre os fatos. Muitos dos fatos governo desejar colaborar listados já estão sendo investi- com essa CPI, e fazer de forma gados pela CPI dos Bingos e contrária ao que fez nas outras, pelo Ministério Público", ob- 45 dias serão suficientes para servou o líder do PFL, senador concluir os fatos que serão objeto de investigação." José Agripino Maia (RN). Mais tempo – A Copa do P ro te st os – Em Porto AleMundo e o calendário eleitoral gre, durante visita de Lula, o também seriam entraves à clima esquentou. ManifestanCPI. O presidente do Senado, tes contra e a favor do presiRenan Calheiros (PMDB-AL) dente trocaram empurrões na não procedeu ontem à leitura porta de hospital que Lula visitou. Funcionáf o r m a l d o r equerimento, o rios da Varig defendiam a reesque impediu a verificação das truturação da a s s i n a t u r a s . Há uma conexão entre compania, enCom isso, o go- os fatos a serem quanto servidores do hospital verno ganhou apurados. Mas se o mais tempo pacriticavam a ra tentar barrar a governo quiser, transf ormação instalação da co- podemos criar cinco da unidade em missão. fundação públicomissões. ca de direito priCaso as invesSenador Almeida Lima, vado. tigações sigam (PMDB-SE) Antes, na readiante, o Palácio do Planalto serva indígena enfrentará dificuldades para de Guarita (RS), Lula criticou o barrá-la. Afinal, dos 34 signa- Congresso: "Esses dias eu fui tários do pedido no Senado (12 obrigado a vetar um projeto do PSDB, 13 do PFL, cinco do (aprovado pelo Congresso) que tiPMDB e três do PDT e um do nha sido aprovado dando R$ 7 PSOL), nenhum é aliado ao go- bilhões a 590 fazendeiros neste verno. país. Ora, fui obrigado a vetar e Os fatos – O requerimento fizemos uma medida provisóde Almeida Lima lista cinco fa- ria para ajudar os menores". E tos a serem apurados, no prazo completou: "Em época de eleide seis meses: o caso da viola- ção, a coisa mais fácil é apareção do sigilo bancário do casei- cer um plano salvador no Conro Francenildo Costa; a relação gresso Nacional." Lula justifientre Lula e Paulo Okamotto, cou o veto como uma precaupresidente do Sebrae; a apura- ção do governo contra os maus ção da relação de Fábio Luiz pagadores. (Agências)

Factoring

DC

PF INDICA PALOCCI COMO MANDANTE DA QUEBRA DE SIGILO DO CASEIRO

O que é Factoring?

Integrantes da Frente Parlamentar pelo Voto Secreto fazem reunião com o presidente da Câmara, Aldo Rebelo

Constituição – eleição da Mesa Diretora da Câmara, vetos presidenciais e cassação de mandatos parlamentares. O líder do Psol, deputado Ivan Valente (SP), e a deputada Juíza Denise Frossard (PPS-RJ) lembraram que, no meio da crise política causada pelo envolvimento de deputados no chamado 'valerioduto', a PEC foi lembrada; mas está pronta para a votação há um ano. Senado– Outra proposta rumo à transparência do voto, a PEC 38/04, que tramita no Senado, teve sua reunião adiada na Comissão de Constituição e

Justiça (CCJ) . O presidente da CCJ, senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), concedeu vista da matéria, que deverá ser votada na próxima reunião , marcada para quartafeira . Essa PEC estabelece o voto aberto, no Plenário, para casos de decretação de perda de mandato parlamentar, apreciação de veto presidencial a projetos de lei e aprovação ou exoneração de autoridades. O senador Sérgio Cabral (PMDB-RJ) é o primeiro signatário da proposta e o relator é o senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE). (AC)

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Planalto Senado CPI dos Bingos Cassações

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As futuras gerações vão sentir falta de pessoas como Roberto Brant (PFL-MG) José Mentor (PT-SP)

COMPADRE DE LULA É RECONVOCADO PELA CPI

FALTARAM 16 VOTOS PARA PERDA DE MANDATO. TEIXEIRA FALA HOJE.

Eymar Mascaro

Tucanos em paz

DEPUTADOS FALTAM E MENTOR É G O NONO A ESCAPAR DA CASSAÇÃO

eraldo Alckmin vai aparecer ao lado de José Serra nas inserções do PSDB na TV, que vão ao ar a partir da próxima semana. O candidato tucano quer pegar uma rebarba na reserva eleitoral do exprefeito. As inserções terão caráter nacional. Está decidido que Alckmin subirá no mesmo palanque de Serra no Estado. O objetivo é explorar ao máximo o colégio de São Paulo, composto de mais de 25 milhões de eleitores. Serra também vai tirar proveito ao aparecer ao lado de Alckmin, que deixou o governo com 66% de aprovação, segundo o Datafolha. Alckmin já está ocupando bons espaços nas inserções do partido. Como candidato a presidente, o tucano espera penetrar em regiões que perde para Lula nas pesquisas, caso específico do nordeste. A meta de Alckmin é encostar em Lula até o início da campanha dos candidatos na TV. A situação do candidato nas pesquisas preocupa a cúpula do partido.

Ed Ferreira/Agência Estado

M

ais uma vez os deputados não c om pa re ce ra m em peso a uma sessão de cassação e mais uma vez um acusado de envolvimento com o esquema do mensalão escapou da perda de mandato. José Mentor (PT-SP) era acusado de receber R$ 120 mil de um sócio do empresário Marcos Valério, operador do mensalão, e ainda dar nota fiscal. O Conselho de Ética pediu sua cassação, mas 175 deputados preferiram absolvê-lo, e só 241 o condenaram. Eram necessários 16 votos a mais: 257 (metade mais um dos 513 deputados), para mandar Mentor de volta para casa. Compareceram à sessão 432 dos 513 deputados, segunda menor presença em todos os 12 atos de julgamento ocorridos até agora – o menor quórum foi o da sessão que absolveu o deputado João Magno (PT-MG), quando compareceram apenas 426 deputados. Naquela sessão, a deputada Ângela Guadagnin (PT-SP) ensaiou os passos da dança da pizza, ao saber que Magno havia escapado da cassação. A acusação – O deputado Nelson Trad (PMDB-MS), relator do processo de Mentor no Conselho de Ética, foi duro em seu parecer, recomendando a perda de mandato. Utilizou trechos do relatório do procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, que indiciou 40 pessoas acusadas de envolvimento com o mensalão – embora Mentor não tenha sido citado. Trad explicou a omissão afirmando que Souza viu, na ação do deputado, "uma ilicitude ética parlamentar beirando a fronteira de um ilícito penal". O relator afirmou ainda que Mentor se entregou ao esquema montado por Marcos Valério

OBJETIVO

Alckmin tem interesse em aparecer ao lado de Serra em todos os estados, porque o ex-prefeito dispõe de reservas de voto no País, conquistados como exministro da Saúde e, sobretudo, como candidato a presidente em 2002. Os dois estarão lado a lado em 30 inserções.

DESVANTAGEM

Mentor discursa em sua defesa na Câmara: R$ 120 mil recebidos, nota fiscal e elogios ao pefelista Brant.

quando aceitou serviço encomendado por Rogério Tolentino, sócio de Valério. Afinal, no mesmo período, enquanto Mentor relatava a CPI do Banestado, Marcos Valério fazia lobby para que o Banco Rural fosse retirado do relatório final da comissão. "Entregou-se, enfraqueceu-se, demonstrou na realidade o quanto é perigoso e venenoso esse núcleo criminoso que aqui se encontra, chefiado por Marcos Valério e por essa gangue toda que arrastou todos nós para o pelourinho da desgraça, da infâmia e da vergonha", disse. A defesa – José Mentor usou o relatório do procurador da República, mas a seu favor. "Acabamos de assistir opinião e considerações sobre uma denúncia do procurador da República, elogiada várias vezes. A única coisa que ele não faz é

me denunciar. Isso, para mim, é a prova definitiva de que não há prova contra o deputado José Mentor. Caso contrário, o relator estaria aqui a elencá-las", argumentou. "Vou me despir" – Em seguida, Mentor fez uma referência pessoal ao deputado Roberto Brant (PFL-MG) que, ao ser julgado em plenário, condenou os meios de comunicação e a opinião pública e se livrou da cassação. "Vou me despir, se me permitem, da condição de petista, por um instante. Sua excelência (deputado Brant) disse que o momento que viveu permitiu que pessoas transpusessem as dificuldades ideológicas para abraçá-lo. Fiz isso, no dia do seu discurso e vou fazê-lo, hoje, novamente. Quem faz discurso como aquele que fez – apesar das divergências que mantenho com ele – não

pode abandonar a política. As futuras gerações vão sentir falta de pessoas como Roberto Brant". Placar – Mentor foi o nono dos 19 parlamentares acusados de envolvimento com o mensalão a ser absolvido. Antes dele, livraram-se da degola João Magno, João Paulo Cunha (PT-SP), Pedro Henry (PPMT), Professor Luizinho (PTSP), Roberto Brant, Romeu Queiroz (PTB-MG), Sandro Mabel (PL-GO) e Wanderval Santos (PL-SP). Até agora, apenas três foram cassados: José Dirceu (PT-SP), Pedro Correa (PP-PE) e Roberto Jefferson (PTB-RJ). Renunciaram para fugir da cassação os ex-deputados Valdemar Costa Neto (PL-SP), Carlos Rodrigues (sem partido-RJ), José Borba (PMDB-PR) e Paulo Rocha (PT-PA). (Agências)

PADRINHO DE LULA DEPÕE HOJE NA CPI, OU A PF PODE LEVÁ-LO À FORÇA.

D Reunião Plenária (informações, debates e busca de soluções)

Convidado Especial

Gilberto Kassab Prefeito de São Paulo

Dia: 24 de abril de 2006, segunda-feira Horário: às 17 horas Local: Rua Boa Vista, 51 - 9º andar

epois de rejeitar uma vez, o advogado Roberto Teixeira, compadre do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deverá finalmente prestar depoimento hoje à CPI dos Bingos. Para evitar nova falta, o presidente da CPI, senador Efraim Moraes (PFLPB), avisou que, se Teixeira se recusar novamente a comparecer, vai recorrer à Polícia Federal para trazê-lo à força. Teixeira adiantou a integrantes da CPI que quem tentar explorar sua ligação com Lula "vai quebrar a cara". A comissão investiga denúncias feitas pelo economista Paulo de Tarso Venceslau, ex-integrante do PT, de que Teixeira comandaria esquema de arrecadação de caixa em prefeituras comandadas pela legenda. O advogado é padrinho do filho caçula do presidente, Luiz Cláudio. É conhecido como "mecenas de Lula", por ser dono da casa onde o então sindicalista e hoje presidente morou em São Bernardo do Campo por mais de dez anos sem pagar aluguel. CPI – O senador Efraim Morais informou ontem que autoridades norte-americanas têm dados que podem contribuir com as investigações da CPI. Eles comprovariam o suposto envolvimento da empresa americana GTech com Waldomiro Diniz, ex-assessor de José Dirceu enquanto este chefiava a Casa Civil. (Agências)

para que o PMDB não lance candidato. Sem o PMDB na parada, a eleição poderá ser decidida no primeiro turno.

CANDIDATOS

Embora o partido tenha dois pré-candidatos, Anthony Garotinho e Itamar Franco, os mais experientes admitem que o PMDB dificilmente disputará o Palácio do Planalto. Os analistas acham que o PMDB quer ficar livre e solto para formalizar diferentes alianças nos estados.

No momento, Alckmin está atrás de Lula nas pesquisas. O presidente alcançou nas pesquisas a média de 40% de intenção de voto, contra 20% do NOVA CPI A oposição conseguiu tucano. Alckmin aposta que crescerá com a campanha na ultrapassar o o número mínimo de assinaturas (27) TV. Ele tem obras a exibir para criar no Senado uma como governador. nova CPI, que se encarregaria de fustigar a CONTRAPONTO vida de Lula. Essa comissão Enquanto isso, Lula quer investigar e ouvir os espera colher dividendos depoimentos do filho do eleitorais com a autosuficiência em petróleo, que presidente, Fábio Luiz e os será anunciada amanhã pela amigos de Lula, como seu Petrobras. O presidente vai compadre Roberto Teixeira e Paulo Okamoto. participar de uma solenidade na plataforma IMPEACHMENT da empresa, no Rio, onde o petróleo vai jorrar após o O objetivo da nova CPI é aperto de um botão pelo o de envolver Lula com o presidente. crime de responsabilidade, que poderia desembocar CUSTO num pedido de A Petrobras vai jogar na impeachment. A idéia mídia um projeto satisfaz a oposição. Um dos publicitário de R$ 37 mais entusiasmados com a milhões, para comemorar a idéia de votar o auto-suficiência de petróleo. impedimento do presidente No sábado, Lula deve usar é o senador Antonio Carlos uma cadeia de rádio e TV Magalhães (PFL-BA). para transmitir uma mensagem de otimismo à TEMOR população. O medo de Paulo Okamoto (presidente do Sebrae) é que a quebra de sigilo de suas contas bancárias sirva para jogar combustível que vai incrementar o impeachment de Lula. Há versões de que o prefeito do Rio, Cesar Maia, já teria tido acesso aos dados bancários do amigo do presidente.

ESCOLHA

O PFL pode anunciar no dia 25 quem será o vice de Alckmin. A escolha, por enquanto, está entre os senadores José Agripino (RN) e José Jorge (PE), ambos do Nordeste, onde Lula leva vantagem.

ALIANÇAS

Escolhido o vice, PSDB e PFL partem decididamente para a formalização de coligações com os partidos. Tucanos e pefelistas querem amarrar, já, o apoio do PMDB a Alckmin no segundo turno. Os dois partidos estão convencidos que o PMDB terá candidato próprio.

BRIGA

O PMDB deve rachar, porque a ala governista quer apoiar Lula e a oposicionista fica com Alckmin. O PT ainda insiste

VAI FALAR

A oposição admite que o ministro Márcio Thomaz Bastos será beneficiado com seu depoimento de hoje na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Entende a oposição que por ser véspera de feriado, a sessão pode ser esvaziada. Bastos vai explicar seu encontro com Palocci no dia em que foi divulgado a quebra de sigilo bancário de Francenildo Costa.

A VOLTA

Ainda se refazendo da cirurgia, José Serra deve iniciar a campanha de governador em maio. O exprefeito dará a largada bafejado pelo favoritismo nas pesquisas. Serra seria eleito hoje com mais de 50% dos votos no primeiro turno. Seu vice deve ser o líder empresarial Guilherme Afif Domingos, do PFL.


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Senado Planalto Eleições CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

5

CAMPANHA NA TV: PSDB CONTRA-ATACA O PT

Respeito Garotinho, mas achar que ele seria um bom candidato ao invés do Itamar é um absurdo. Orestes Quécia (PMDB-SP)

LÍDERES SE REUNIRAM, MAS NÃO DECIDIRAM CANDIDATURA. ALCKMIN ACUSA PT DE CRIME ELEITORAL. Roberto Stuckert Filho/Agência O Globo

PMDB DIVIDIDO, COMO SEMPRE.

O Itamar, na saída da reunião do PMDB: entrando na corrida para botar fogo na decisão do partido.

PSDB E PT: BRIGA SOBRE RÁDIO E TV.

C

omeçou a guerra televisiva na corrida eleitoral. O pré-candidato do PSDB à presidência, Geraldo Alckmin, acusou o PT de contrariar a lei eleitoral em propaganda no horário gratuito de rádio e TV que foi ao ar na terça. Nas peças, há comparações entre os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e do expresidente Fernando Henrique Cardoso. "A campanha nem começou, e já estamos vendo um mau início do PT e do Lula", afirmou. O PSDB reagiu imediatamente e decidiu entrar com representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra o PT. A representação, que está sendo elaborada pela área jurídica

do partido, questiona a veracidade dos dados apresentados nas inserções, que tem o slogan "Quem fez mais pelo Brasil? O PT de Lula ou o PSDB de FHC e Alckmin?" Na avaliação do coordenador da campanha de Alckmin, senador Sérgio Guerra (PE), o PT está distorcendo os dados nas inserções no rádio e na TV, já que não é possível vincular governos distintos e cenários diferentes. "Não há sentido em comparar a gestão Lula com a administração Alckmin porque são governos diferentes", ponderou Guerra. Além das críticas à estratégia utilizada pelo PT nessas inserções, os tucanos sustentam que os programas do governo

federal exibem programas iniciados pela gestão de Fernando Henrique Cardoso. Outro lado – O secretário de Comunicação do PT, Francisco Campos, negou que a legenda esteja contrariando a legislação eleitoral. "Não existe, de nossa parte, nenhum caráter de antecipação eleitoral com essas inserções. Estamos apenas divulgando as realizações sociais do governo Lula, que são maiores do que tudo que já foi realizado nas administrações de FHC na presidência e de Geraldo Alckmin no governo de São Paulo." Para ele, "os tucanos estão com medo de que a população tenha conhecimento de que Lula governa para os pobres". (Agências)

s dois pré-candidatos presidenciais do PMDB, Anthony Garotinho e Itamar Franco, se encontraram ontem com os presidentes de diretórios da legenda, e o melhor resumo do encontro foi dado pelo ex-governador de Pernambuco Jarbas Vasconcellos: "Para não fugir da rotina, o PMDB está dividido." Ou seja, não há consenso sobre quem será o candidato do partido à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Não foi sequer definido se o PMDB terá ou não candidato. Afinal, boa parte da legenda não quer um postulante ao Planalto devido à regra da verticalização. Pelo mecanismo, as alianças para a eleição à presidência têm que ser repetidas nos Estados. Isso atrapalha os planos de muitos candidatos regionais, que contam com coligações locais. Votação – De qualquer forma, os peemedebistas votaram sobre a candidatura própria: 13 diretórios se mostraram contrários e 11 favoráveis ao tema. O Piauí se absteve. Porém, a derrota não desanimou os defensores da candidatura própria, que cantaram vitória. A matemática deles é simples: os Estados que têm maior número de convencionais – como São Paulo, Minas Gerais, Rio

de Janeiro, Rio Grande do Sul e Goiás – são a favor do candidato próprio. Isso significa que, na convenção nacional do partido que será realizada em junho, os defensores da candidatura própria podem obter maioria. "Os estados que votaram contra (a candidatura própria), como Alagoas, têm dez votos. A vitória da candidatura própria é avassaladora, com 457

dos 726 votos, na convenção", estimou Garotinho. Já Itamar Franco, ao final da reunião, se limitou a dizer que "cada vez mais se fortalece no PMDB o desejo de uma candidatura própria". Segundo o presidente nacional do partido, deputado Michel Temer (SP), a reunião cumpriu o objetivo: ouvir os presidentes dos diretórios do partido em todo o Brasil. Temer admitiu que a reunião de ontem demonstrou a divisão

da legenda. Mas destacou que, mesmo aqueles que optaram pela não candidatura em favor da liberdade de alianças nos Estados entendem que, se a convenção nacional de junho decidir pela candidatura própria, todos devem abraçá-la. Na visão dele, o sentimento que prevaleceu foi o de que "o partido não pode faltar ao País e deve participar da corrida sucessória". Maior partido do País, o PMDB calcula ter chances de ganhar entre dez e 14 governos nas eleições de outubro. Para isso, conta em muitos casos com a derrubada da tese da candidatura própria. Quércia – O ex-governador paulista Orestes Quércia voltou a defender Itamar Franco como melhor nome para a presidência. E alfinetou Garotinho: "Respeito o Garotinho, mas achar que ele seria um bom candidato ao invés do Itamar é um absurdo", disse. Quércia foi o responsável pelo lançamento da pré-candidatura de Itamar, há cerca de um mês. Ele acredita que a popularidade do ex-presidente pode levar o PMDB ao Planalto, mas também está de olho em sua própria carreira: Quércia é pré-candidato ao governo de São Paulo e poderia ver sua candidatura turbinada por Itamar. (Agências)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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GERAL - 7

NCF Participações S.A. Empresa da Organização Bradesco CNPJ 04.233.319/0001-18 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP

Demonstração do Resultado - Em Reais mil

Relatório da Diretoria Senhores Acionistas, Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas. o Balanço Patrimonial, bem como as Demonstrações do Resultado, das Mutações do Patrimônio Líquido e das Origens e Aplicações de Recursos, relativos ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, acompanhados das Notas Explicativas e Parecer dos Auditores Independentes.

Exercícios findos em 31 de dezembro 2004 2005

Colocamo-nos à disposição de V.Sas. para quaisquer esclarecimentos que julgarem necessários. Cidade de Deus, 28 de março de 2006 Diretoria

Balanço Patrimonial em 31 de dezembro - Em Reais mil 2005

ATIVO

2004

PASSIVO

CIRCULANTE ................................................................................................... Disponiblidades .............................................................................................. Títulos e Valores Mobiliários ........................................................................ Outros Créditos ............................................................................................... Tributos a Compensar ou a Recuperar .......................................................... Outros Valores a Receber ..............................................................................

5.447 4 4.698 745 742 3

3.645 – 3.624 21 21 –

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO .................................................................... Tributos a Compensar ou a Recuperar ..........................................................

– –

51 51

PERMANENTE ................................................................................................ Investimentos ..................................................................................................

133.397 133.397

128.606 128.606

TOTAL ................................................................................................................

138.844

132.302

2005

2004

RECEITAS OPERACIONAIS .......................................................................... Juros sobre o Capital Próprio Recebidos ..................................................... Receitas Financeiras ......................................................................................

8.746 8.365 381

519 – 519

DESPESAS OPERACIONAIS ....................................................................... Despesas Tributárias ...................................................................................... Despesas Administrativas .............................................................................

914 822 92

96 26 70 423

CIRCULANTE ...................................................................................................

2.931

94

RESULTADO OPERACIONAL ........................................................................

7.832

Obrigações Fiscais e Previdenciárias .........................................................

1.454

5

RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO ........................

7.832

423

Dividendos Propostos ....................................................................................

1.477

89

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL .....................................

(2.650)

(109)

PATRIMÔNIO LÍQUIDO ....................................................................................

135.913

132.208

- De Domiciliados no País .............................................................................

129.500

129.500

Reservas de Lucros ........................................................................................

6.413

2.708

TOTAL ................................................................................................................

138.844

132.302

Capital:

LUCRO LÍQUIDO ..............................................................................................

5.182

314

Número de ações ............................................................................................ Lucro Líquido por lote de mil ações em R$ .................................................

107.916.666 48,02

107.916.666 2,92

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos - Em Reais mil Exercícios findos em 31 de dezembro 2004 2005

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - Em Reais mil RESERVAS DE LUCROS EVENTOS

CAPITAL SOCIAL

LUCROS ACUMULADOS

ESTATUTÁRIA PARA ESTATUTÁRIA PARA AUMENTO DE PAGAMENTO DE CAPITAL DIVIDENDOS

LEGAL

TOTAIS

SALDOS EM 31.12.2003 .....................................................................................................

129.500

124

2.336

23

131.983

LUCRO LÍQUIDO ................................................................................................................. DESTINAÇÕES: - Reservas ............................................................................................... - Dividendos Propostos .........................................................................

– – –

– 16 –

– 209 –

– – –

314 (225) (89)

314 – (89)

SALDOS EM 31.12.2004 .....................................................................................................

129.500

140

2.545

23

132.208

TRANSFERÊNCIA DE RESERVAS ................................................................................... LUCRO LÍQUIDO ................................................................................................................. DESTINAÇÕES: - Reservas ............................................................................................... - Dividendos Propostos .........................................................................

– – – –

– – 259 –

23 – 3.446 –

(23) – – –

– 5.182 (3.705) (1.477)

– 5.182 – (1.477)

SALDOS EM 31.12.2005 .....................................................................................................

129.500

399

6.014

135.913

ORIGEM DOS RECURSOS ............................................................................ RECURSOS PROVENIENTES DAS OPERAÇÕES .................................... LUCRO LÍQUIDO .............................................................................................. RECURSOS DE TERCEIROS ORIGINÁRIOS DE: ....................................... Redução do Realizável a Longo Prazo ........................................................ APLICAÇÃO DOS RECURSOS ..................................................................... Dividendos Propostos .................................................................................... Aquisição de Investimento ............................................................................ (REDUÇÃO) AUMENTO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO ..................

5.233 5.182 5.182 51 51 6.268 1.477 4.791 (1.035)

333 314 314 19 19 89 89 – 244

VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO: ATIVO CIRCULANTE ....................................................................................... No Início do Exercício .................................................................................... No Fim do Exercício ....................................................................................... PASSIVO CIRCULANTE ................................................................................. No Início do Exercício .................................................................................... No Fim do Exercício ....................................................................................... (REDUÇÃO) AUMENTO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO ..................

1.802 3.645 5.447 2.837 94 2.931 (1.035)

156 3.489 3.645 (88) 182 94 244

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 - Em milhares de Reais 1)

2)

3)

Em 31 de dezembro 2005 2004 Resultado antes dos Tributos (Imposto de Renda e Contribuição Social) ................................................................................................ Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente ...................................... Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos: Outros valores ..................................................................................... Imposto de Renda e Contribuição Social do Exercício ................

APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refere a constituição de provisões.Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas. 5)

PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Apuração do resultado As receitas e despesas são apropriadas de acordo com o regime de competência. b) Ativos e Passivos Os ativos foram demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias (em base “ pro-rata” dia) auferidos e provisão para perda, quando julgada necessária. As aplicações em fundos de investimentos estão valorizadas, utilizando a cota da data do último dia do exercício fornecida pelo administrador dos fundos. Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e variações monetárias (em base “pro-rata” dia) incorridos. c) Permanente Os investimentos estão registrados ao custo de aquisição e deduzidos, quando aplicável, de provisão para perdas.

6)

d) Imposto de Renda e Contribuição Social A provisão para o imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida de adicional de 10%, quando aplicável. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes. 4)

O cálculo dos dividendos propostos, relativos ao exercício de 2005, está demonstrado a seguir:

b) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social:

CONTEXTO OPERACIONAL A NCF Participações S.A., é uma empresa que tem por objetivo, a participação como sócia ou acionista em outras sociedades e a realização de aplicações em títulos e valores mobiliários.

R$

7.832

423

(2.663)

(144)

13 (2.650)

35 (109)

57.087.916 50.828.750 107.916.666

b) Dividendos e/ou Juros sobre o capital próprio Conforme disposições estatutárias, as ações preferenciais não possuem direito a voto e a sua vantagem consistirá em prioridade no reembolso do capital, no caso de dissolução da sociedade, bem como em dividendos de 10% (dez por cento) maiores que os atribuídos às ações ordinárias. Aos acionistas estão assegurados dividendos e/ou juros sobre o capital próprio que somados correspondam a 30% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da lei societária.

TRIBUTOS A COMPENSAR E OU A RECUPERAR a) Os tributos a compensar e a recuperar em 2005, no Ativo Cirulante, referem-se, a imposto de renda retido na fonte sobre aplicações financeiras e juros sobre o capital próprio, no montante de R$ 742 (2004 - R$ 21).

Diretoria

Base de cálculo ..................................................................................

4.923

Dividendos propostos ........................................................................

1.477

30,00

2005 2004 Reservas de Lucros ........................................................................... 6.413 2.708 - Reserva Legal (1) .............................................................................. 399 140 - Reserva Estatutária para Aumento de Capital (2) ......................... 6.014 2.545 - Reserva Estatutária para Pagamento de Dividendos .................. – 23 (1) Constituída obrigatoriamente à base de 5% do lucro líquido do exercício, até atingir 20% do capital social realizado, ou 30% do capital social, acrescido das reservas de capital. Após esse limite a apropriação não mais se faz obrigatória. A reserva legal somente poderá ser utilizada para aumento de capital ou para compensar prejuízos; (2) Pode ser constituída em 100% do lucro líquido remanescente após destinações estatutárias, mediante proposta da Diretoria, aprovada pelo Conselho e deliberada pela Assembléia Geral, sendo o saldo limitado a 100% do Capital Social Integralizado. Na Assembléia Geral Ordinária realizada em 26 de abril de 2005, deliberou-se (i) a transferência do saldo da conta “Reservas de Lucros - Reserva Estatutária para Pagamento de Dividendos de 2002” para conta “Reservas de Lucros - Reserva Estatutária para Futuro Aumento de Capital de 2002” no valor de R$ 23 e (ii) pela destinação do lucro líquido de 2004 da seguinte forma: R$ 16 para “Reserva Legal”; R$ 209 para “Reserva Estatutária para Aumento de Capital” e R$ 89 para pagamento de Dividendos.

PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Composição do capital social em ações O capital social, totalmente subscrito e integralizado, é dividido em ações nominativas-escriturais, sem valor nominal. Em 31 de dezembro 2005 2004 57.087.916 50.828.750 107.916.666

5.182 (259)

(1) Percentual dos dividendos aplicado sobre a base de cálculo. Os dividendos propostos para o exercício de 2005, correspondem a 30% do lucro ajustado de acordo com o estatuto social. c) Reservas de Lucros

INVESTIMENTOS O investimento estava representado em 2004 por 2.143.439 ações ordinárias da Bradespar S.A., sendo que em 2005, houve desdobramento de ações representativas do Capital Social daquela Sociedade, de maneira que a posição acionária foi acrescida em 100%, recebendo, gratuitamente, 1 (uma) ação nova para cada ação da mesma espécie possuída, ficando o investimento em 2005, representado por 4.286.878 ações ordinárias, correspondendo a uma participação de 4,90%. A Bradespar S.A. é uma empresa holding cujos investimentos diretos e indiretos abrangem, principalmente, a Bradesplan Participações S.A., CVRD - Companhia Vale do Rio Doce e VBC Participações S.A. Em 31 de dezembro de 2005 a cotação média das ações da Bradespar S.A. correspondia a R$ 59,04 por ação para as ações ordinárias e R$ 58,90 por ação para as ações preferenciais. Em 18 de fevereiro de 2005, houve aquisição de 70.439 ações ON de emissão do Banco Bradesco S.A. ao preço unitário de R$ 68,01, que montava em 31 de dezembro de 2005 R$ 4.791.

Ordinárias ............................................................................................. Preferenciais ........................................................................................ Total .......................................................................................................

% (1)

Lucro líquido do exercício .................................................................. Reserva legal ......................................................................................

7)

OUTRAS INFORMAÇÕES a) Títulos e Valores Mobiliários referem-se a aplicações em Fundos de Investimento de Renda Fixa no montante de R$ 4.698 (2004 - R$ 3.624). b) As obrigações fiscais e previdenciárias correspondendem a imposto de renda pessoa jurídica do exercício no montante de R$ 1.072 e contribuição social sobre lucro líquido do exercício no montante de R$ 382 (2004 - R$ 5). c) As despesas tributárias refere-se, basicamente, a despesas com PIS no valor de R$ 138 (2004 - R$ 5), despesas com COFINS no valor de R$ 636 (2004 - R$ 20) e CPMF no valor de R$ 44.

Parecer dos Auditores Independentes Aos Administradores e Acionistas

Diretoria Diretor Presidente

Lázaro de Mello Brandão

Diretor Vice-Presidente Antônio Bornia

NCF Participações S.A.

Diretores

Mário da Silveira Teixeira Júnior Márcio Artur Laurelli Cypriano Décio Tenerello Laércio Albino Cezar Arnaldo Alves Vieira Luiz Carlos Trabuco Cappi Sérgio Socha Julio de Siqueira Carvalho de Araujo Milton Almicar Silva Vargas José Luiz Acar Pedro Norberto Pinto Barbedo

1. Examinamos os balanços patrimoniais da NCF Participações S.A. em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos dos exercícios findos nessas datas, elaborados sob a responsabilidade da sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras.

Moacir Nachbar Junior Contador - CRC 1SP198208/O-5

Cobra com pernas vai mudar história dos répteis Dois cientistas, um brasileiro e um argentino, descrevem fóssil revolucionário de 90 milhões de anos

C

obras com patas não são novidade no registro fóssil das serpentes. Adicione um par de pernas e quadril bem desenvolvidos, entretanto, e o resultado será a espécie mais primitiva de cobra já descrita pela ciência. A descoberta, de aproximadamente 90 milhões de anos, será apresentada hoje na revista científica britânica Nature por uma dupla de cientistas da Argentina e do Brasil. Eles prom e t e m reescrever a evolução das serpentes. O novo fóssil, segundo eles, refuta definitivamente a tese de que as cobras surgiram nos oceanos e depois rastejaram para a terra. Pelo contrário: elas teriam se desenvolvido primeiro no solo, a partir de lagartos terrestres, e só depois foram se aventurar no ambiente aquático – algumas delas, pelo menos. Outros fósseis de cobras com patas descritos anteriormente (a partir de sedimentos marinhos da região de Ein Yabrud, perto de Jerusalém) indicavam que as serpentes teriam evoluído de um grupo extinto de lagartos oceânicos, conhecidos como mosassauros. Já a nova espécie, desenterrada na

Província Río Negro, na Patagônia, tem a origem e características de animal terrestre. "Ainda não temos evidências conclusivas sobre o parentesco com um grupo específico de lagartos, mas rejeitamos a hipótese de uma origem marinha relacionada aos mosassauros", afirma o paleontólogo Hussam Zaher, do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo, que assina o estudo com Sebastián Apesteguía, do Museo Argentino de Ciencias Nat u r a l e s B e rnardino Rivadavia, que descobriu o fóssil. "A origem, sem dúvida, vem de lagartos terrestres", completa Zaher. A nova espécie foi batizada de Najash rionegrina. Seu fóssil está com alguns pedaços faltando, mas Zaher acredita que ela tinha entre 70 e 90 centímetros e vivia entocada no solo ou em meio à vegetação. As patas eram pequenas, mas funcionais. As estruturas do fêmur e do quadril indicam que o animal tinha musculatura bem desenvolvida, e poderia usar as pernas para suporte e controle de movimentos. "Ela já rastejava como uma cobra, mas certamente usava as patas como apoio", diz Zaher. (AE)

2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da empresa; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

3. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da NCF Participações S.A. em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos dos exercícios findos nessas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 28 de março de 2006

Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5

Edison Arisa Pereira Contador CRC 1SP127241/O-0

JMT Propriedade Imobiliária S.A. Empresa da Organização Bradesco CNPJ 07.735.781/0001-01 Sede: Av. Brasil,78, São Paulo, SP Relatório da Diretoria Senhores Acionistas, Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas. o Balanço Patrimonial, bem como as Mutações do Patrimônio Líquido e das Origens e Aplicações de Recursos, relativos ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, acompanhados das Notas Explicativas e Relatório dos Auditores Independentes sobre a revisão limitada. Colocamo-nos à disposição de V.Sas. para quaisquer esclarecimentos que julgarem necessários. São Paulo, 21 de fevereiro de 2006. Diretoria

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos - Em Reais mil

Balanço Patrimonial em 31 de Dezembro - Em Reais mil AT IV O

2005

PASSIVO

CIRCULANTE .................................................................. Disponibilidades ............................................................ B a n c o s ..........................................................................

1 1 1

ATIVO PERMANENTE ................................................... IMOBILIZADO .................................................................. Terrenos .........................................................................

19.767 19.767 19.767

TOTAL ...............................................................................

2005

PATRIMÔNIO LÍQUIDO ...................................................

Período de Nov./05 a 31 de Dezembro 2005

19.768

Capital: - De Domiciliados no País ............................................

7.335

Reserva de Capital .........................................................

12.433

TOTAL ...............................................................................

19.768

19.768

ORIGEM DOS RECURSOS ......................................... RECURSOS DE ACIONISTAS .................................... Integralização de Capital ............................................ Aumento de Capital ..................................................... APLICAÇÃO DOS RECURSOS .................................. Aumento do Imobilizado ............................................. AUMENTO NO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO .....

19.768 19.768 1 19.767 19.767 19.767 1

VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO: ATIVO CIRCULANTE .................................................... No Início do Exercício ................................................. No Fim do Exercício .................................................... AUMENTO NO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO .....

1 – 1 1

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - Em Reais mil EVENTOS

RESERVA DE CAPITAL

CAPITAL SOCIAL

ÁGIO NA EMISSÃO DE AÇÕES

TOTAIS

INTEGRALIZAÇÃO DE CAPITAL (01/11/2005) ..........................................................................................................................................................................................

1

1

AUMENTO DE CAPITAL .............................................................................................................................................................................................................................. Ágio na Emissão de Ações ........................................................................................................................................................................................................................

7.334 –

– 12.433

7.334 12.433

SALDOS EM 31.12.2005 .............................................................................................................................................................................................................................

7.335

12.433

19.768

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras 1.

2.

3.

CONTEXTO OPERACIONAL A JMT Propriedade Imobiliária S.A. é uma empresa que tem por objetivo, compra e venda de imóveis, locação, desmembramento ou loteamento de terrenos, incorporação imobiliária ou construção de imóves destinados à venda. A empresa é parte integrante da Organização Bradesco utilizando-se de recursos administrativos e tecnológicos e suas demonstrações financeiras devem ser entendidas neste contexto. A JMT Propriedade Imobiliária S.A. foi constituída em novembro de 2005, não tendo apresentado receitas ou despesas durante o período findo de 31 de dezembro de 2005. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refere à constituição de provisões. Os resultados efetivos poderão ser diferentes daquelas estimativas e premissas. As demonstrações financeiras não estão sendo apresentadas de forma comparativa, pois a empresa foi constituida no exercício de 2005. PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Apuração do resultado As receitas e despesas serão apropriadas, quando auferidas, de acordo com o regime de competência, observando-se o critério “pró-rata” dia para as de natureza financeira.

b) Ativos e passivos Os ativos foram demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias (em base “pro-rata” dia) auferidos. Os passivos incluem os valores conhecidos e calculáveis. c) Imposto de renda e contribuição social A provisão para o imposto de renda será constituída à alíquotabase de 15% do lucro tributável, acrescida de adicional de 10%. A provisão para contribuição social será calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Não foram constituídas provisões no período por não haver base de cálculo dos tributos. 4.

5.

IMOBILIZADO Demonstrado ao custo de aquisição e representado, na sua totalidade, por um terreno com custo total de R$ 19.767 mil. PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) O capital social, totalmente subscrito e integralizado em 2005, é dividido em 7.334.951 de ações ordinárias, nominativas escriturais, sem valor nominal.

Diretoria Diretor-Presidente Márcio Artur Laurelli Cypriano

b) Movimentação do capital social em ações: Eventos

Quantidades

Consituição em 01/11/2005 ... 1.000 ações Aumento de Capital em 22/12/2005 ............................. 4.766.718 ações (1) Aumento de Capital em 23/12/2005 ............................. 2.567.233 ações (2) Capital Total em 31/12/2005 ... 7.334.951 ações

Valor R$ mil 1 4.767 2.567 7.335

1) Nas Assembléias Gerais Extraordinárias de 22 de dezembro de 2005, deliberou-se o aumento de capital de R$ 1 mil para R$ 4.768 mil, e consequënte emissão de 4.766.718 novas ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, integralizadas com bens bens imóveis e direitos à acessão. 2) Na Assembléia Geral Extraordinária de 23 de dezembro de 2005, deliberou-se o aumento de capital e consequënte emissão de 2.567.233 novas ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, ao preço de emissão total de R$ 15.000 mil, integralizados com bens imóveis e direitos à acessão, sendo destinado R$ 2.567 à conta de capital social, e R$ 12.433 mil, destinado à conta reserva de capital, correspondente ao ágio na emissão das ações, passando o capital social da sociedade, totalmente subscrito e integralizado de R$ 4.768 mil para R$ 7.335 mil.

Relatório dos Auditores Independentes sobre a revisão limitada Aos Acionistas e Diretores da JMT Propriedade Imobiliária S.A. São Paulo - SP

Diretores Laércio Albino Cezar Arnaldo Alves Vieira Luiz Carlos Trabuco Cappi Sérgio Socha Julio de Siqueira Carvalho de Araujo Milton Almicar Silva Vargas José Luiz Acar Pedro Norberto Pinto Barbedo

Adelmo Agnelli Neto Contador TC1SP090360/O-1

Efetuamos uma revisão limitada do balanço patrimonial da JMT Propriedade Imobiliária S.A., levantado em 31 de dezembro de 2005, e das respectivas mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos para o exercício findo naquela data, elaboradas sob responsabilidade de sua administração. Nossa revisão foi efetuada de acordo com as normas específicas estabelecidas pelo IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil e consistiram principalmente, na aplicação de procedimentos de revisão analítica dos saldos financeiros e na averiguação dos critérios adotados na elaboração das demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2005 junto aos responsáveis pelas áreas contábil e financeira. Considerando que esta revisão não representou exame de acordo com as Normas de Auditoria Independente das demonstrações financeiras, não estamos expressando uma opinião sobre as referidas demonstrações financeiras.

Quer falar com 26.000 empresários de uma só vez?

Baseado em nossa revisão limitada, não temos conhecimento de qualquer modificação relevante que deva ser efetuada nas demonstrações financeiras referidas no primeiro parágrafo, para que as mesmas estejam de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

17 de abril de 2006

KPMG Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6

Cláudio Rogélio Sertório Contador CRC 1SP212059/O-0

Publicidade Comercial - 3244-3344 Publicidade Legal - 3244-3799


ESPANHA

quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, 20, 21, 22 e 23 de abril de 2006

Esta é a terceira edição de uma série dedicada à Espanha. Confira toda quinta-feira deste mês

N o norte do país,

as comunidades autônomas do País Basco e da Cantábria convidam para uma deliciosa viagem gourmet. No roteiro, mercados e restaurantes com estrelas no conceituado guia 'Michelin'. Págs. 2 e 3

DIÁRIO DO COMÉRCIO

SABORES INVADEM CAMPOS DO JORDÃO

TURISMO - 1 Divulgação

Ícone da charmosa cidade, a tradicional cervejaria Baden-Baden inova neste outono-inverno com um festival gastronômico. Pág. 4

A rota gastronômica Fotos: Maristela do Valle

DELÍCIAS: apelidados de alta culinária em miniatura, os 'pintxos' (no topo, primeira foto) são um sucesso; também surpreendem pratos com frutos do mar e invenções como o torrone líquido, servido no restaurante Akelare, do renomado chef Pedro Subijana. Vale conhecer, ainda, o mercado da cidade de San Sebastián e seus ingredientes (acima, à esq.); no itinerário, inclua Bilbao – endereço do Guggenheim (acima) –, a charmosa Santillana del Mar (à esq.), Villaverde de Pontones, endereço do restaurante Cenador de Amós (abaixo, à dir.), e Santander (abaixo, à esq.), capital da Cantábria


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, 20, 21, 22 e 23 de abril de 2006

1 Se conseguirmos manter a arrecadação igual ou superior a 2005, será um resultado positivo. Ricardo Pinheiro, da Receita Federal

BRASILEIROS PAGARAM 0,04% A MENOS QUE EM IGUAL MÊS DE 2005. ISSO APESAR DAS "BONDADES" DO GOVERNO

FISCO ARRECADA R$ 29,23 BI EM MARÇO Recuo sem comemoração

O

recuo da arrecadação em março não animou dirigentes de entidades de classe. "Nada de concreto indica que a arrecadação não voltará a crescer. Temos que aguardar os próximos meses", disse o diretor do Instituto de Economia Gastão Vidigal, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Marcel Solimeo. Para o presidente da Confederação Nacional de Serviços (CNS), Luigi Nese,

a redução deixa claro que a pesada tributação federal é como um bumerangue. "Não adianta impor uma alta carga tributária porque isso acaba levando as empresas a fechar as portas e, portanto, elas não contribuem", afirmou. Já o presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis no Estado de São Paulo (Sescon-SP), Antônio Marangon, rebate a tese da Receita Federal de que as bondades instituídas pela

MP do Bem contribuíram para a queda na arrecadação. "O que mais pesa é a tributação que recai sobre as micros, pequenas e médias empresas levandoas à informalidade", disse. O acumulado do ano, 1,7% maior do que em igual período de 2005, confirma o recorde registrado pelo Impostômetro nesta semana: R$ 250 bilhões arrecadados em tributos federais, estaduais e municipais. Laura Ignacio

Milton Mansilha/LUZ

O presidente da Associação Comercial de São Paulo, Guilherme Afif Domingos, pediu a adesão dos estudantes ao movimento de transparência tributária

900 mil De Olho no Imposto

O

movimento De Olho no Imposto, que pede transparência tributária no País, agitou ontem a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco (USP), durante manifestação da retomada est u d a n t i l " A c o rd a B r a s i l " . "Queremos que o poder respeite e trabalhe para a sociedade e não o contrário", disse Guilherme Afif Domingos, presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), para alunos de USP, Mackenzie, Faap e PUC, entre outras. O ator Cássio Gabus Mend e s l e m b ro u a m i n i s s é r i e "Anos Rebeldes", da Rede Globo, para destacar o papel dos estudantes na busca de um Brasil melhor. "Vamos acabar com o conformismo", afirmou. "É preciso mudar", acrescentou o ator e diretor Antônio Abujamra, para estudantes

reunidos na noite de anteontem na Sala do Estudante, ponto de referência das grandes mudanças políticas nacionais. Afif recordou a tradição de luta da Faculdade de Direito na História do Brasil. "Estamos diante de uma nova mudança, que é mostrar ao cidadão que ele paga impostos sobre tudo o que consome e por isso tem o direito de exigir melhores serviços públicos", enfatizou. Força Sindical – Afif pediu o engajamento dos estudantes no processo de arrecadação das 1,5 milhão de assinaturas, para enviar um projeto de lei ao Congresso Nacional pedindo a regulamentação do artigo 5º do parágrafo 150 da Constituição Federal, que obriga a discriminar na nota e cupom fiscal o montante de impostos pagos pelo consumidor na compra de produtos e serviços. "Já conseguimos mais de

900 mil assinaturas", informou. Afif lembrou que na comemoração do 1º de maio, na Praça da Sé, a Força Sindical vai intensificar a coleta. "Por isso precisamos agora da mobilização de vocês (estudantes)", resumiu. Manoel Amorim, conselheiro do movimento Quero Mais Brasil também falou aos acadêmicos: "O Brasil vai ficar pior sem algumas mudanças importantes." Para Amorim, "é preciso vencer a apatia" para promover as reformas de que o Brasil precisa, dar transparência tributária e tornar o País mais competitivo. Maurício Jorge Piragino, da coordenação do movimento Em Defesa da República e da Democracia, disse que está na hora de o cidadão exercer a democracia direta, "por meio do plebiscito, do referendo e iniciativa popular". Sergio Leopoldo Rodrigues

A

Receita Federal arrecadou R$ 29,23 bilhões em março. É um valor 0,04% menor, em termos reais, do que o registrado no mesmo mês do ano passado. As medidas de corte nos impostos incidentes sobre máquinas e equipamentos e material de construção, o alongamento do prazo para as empresas pagarem seus impostos e outras "bondades" adotadas a partir do ano passado começam a mostrar seus efeitos na forma de redução nas receitas da União. O total de impostos acumulados neste ano, porém, ainda está 1,7% maior, em termos reais, do que o valor recolhido entre janeiro e março de 2005. "Se conseguirmos manter a arrecadação igual ou superior ao ano passado, será um resultado positivo", disse o secretário-adjunto da Receita Federal, Ricardo Pinheiro. "Significa que podemos enfrentar medidas de desoneração tributária sem perdas de arrecadação." Novas bondades – Na avaliação de Pinheiro, a desaceleração no crescimento da arrec a d a ç ã o d e v e r á re d u z i r a pressão por uma nova rodada de cortes tributários. Antes de avaliar novas "bondades" será necessário verificar se a arrecadação é suficiente para cobrir os gastos previstos no Orçamento de 2006. Pinheiro não adiantou números, mas indicou que dificilmente a Receita conseguirá aumentar a arrecadação em R$ 15,6 bilhões, como previu o Con-

gresso Nacional. "Só fazemos 110% do que é humanamente possível; milagres, só no andar de cima", brincou. Ritmo menor – Outro fator que interrompeu a era de recordes na Receita foi que setores como mineração, siderurgia, elétrico e telefonia deixaram de crescer no ritmo aceler a d o re g i s t r a d o e m 2 0 0 5 . Segundo Pinheiro, esses setores vinham de um período de retração e se recuperaram no ano passado. Com isso, "puxaram" a arrecadação do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição sobre o Lucro Líquido (CSLL) em 2005 e levaram os recolhimentos tributários a bater recordes. Agora, a tendência é de acomodação, disse Pinheiro. "O crescimento da arrecadação vai ficar mais apertado e mais dependente do crescimento econômico", comentou. Queda – Comparando os resultados de março passado

com março de 2005, o destaque é a queda real de 7,65% nos recolhimentos do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na categoria "outros", que exclui automóveis, bebidas e cigarros. Ela é explicada pela redução a zero do IPI sobre máquinas e material de construção. Também houve queda (8,34%) nos recolhimentos do Imposto de Renda Retido na Fonte, Imposto sobre Operações Financeiras (14,35%) e Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira (4, 34%), explicada sobretudo porque o pagamento desses tributos passou de semanal a mensal, a partir da chamada "MP do Bem". Com isso, uma parte do que teria sido recolhido em março só entrará no caixa em abril. Por outro lado, os recolhimentos do IPI sobre automóveis cresceram 6,02% devido ao incremento de 5,1% nas vendas no mercado interno. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

8 -.GERAL

quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, 20, 21, 22 e 23 de abril de 2006

NOVOS CRITÉRIOS PARA AVALIAR ÔNIBUS De acordo com a Prefeitura de São Paulo, os passageiros terão como saber se os ônibus e vans nos quais viajam foram ou não aprovados pela inspeção municipal Leonardo Rodrigues/Hype - 28/07/2005

A

Prefeitura vai adotar novos critérios de avaliação da qualidade do transporte coletivo em São Paulo. Além de verificar a data de fabricação dos veículos, o objetivo é garantir que eles rodem em condições mínimas de segurança e conservação. O passageiro terá como saber se os ônibus e vans onde viaja foram ou não aprovados pela inspeção dos técnicos municipais e, em caso de irregularidades, cobrar a fiscalização. A partir de maio, os veículos em condições adequadas vão receber um selo de aprovação. Dois cartazes (um atrás do cobrador e outro em local a ser escolhido) vão mostrar aos passageiros o prazo de validade daquela inspeção. Caberá às empresas e cooperativas a responsabilidade de refazer a

Nesses casos, é dado um prazo para os problemas serem corrigidos, sem impedir a circulação do carro. Nos planos do secretário também está uma fiscalização mais eficiente da operação, isto é, verificar se ônibus e microônibus percorrem os itinerários corretamente e se cumprem os horários previstos. As duas reclamações mais recebidas pela Prefeitura no primeiro trimestre foram justamente sobre motoristas que ignoram pontos e tempo de espera excessivo. Essa etapa depende da adoção do monitoramento dos veículos por GPS – sistema que começa a ser testado ainda neste semestre, na área 1 (noroeste) da cidade – para funcionar plenamente. "O objetivo não é punir mais, e sim garantir que o sistema opere melhor", disse. (AE)

verificação antes do vencimento do prazo, sob risco de punição. A validade da inspeção varia conforme a idade do veículo. Até quatro anos após a fabricação, a verificação obrigatória é anual. A partir daí, a freqüência varia de duas a quatro inspeções por ano. "A população terá mais condições de controlar a qualidade do serviço. É semelhante ao que é visto em elevadores e aviões", disse o secretário municipal de Transportes, Frederico Bussinger. A inspeção ocorre em duas etapas. Na primeira avaliação verificam-se as condições mecânicas, como sistemas de freio e suspensão, por exemplo. "Se for detectado algum problema, o carro é lacrado", explicou Bussinger. Na segunda lista, são analisados itens como estado dos bancos e janelas, limpeza e demais equipamentos.

Objetivo é garantir que os coletivos da cidade tenham condições mínimas de segurança e conservação

Nova Cidade de Deus Participações S.A. Empresa da Organização Bradesco CNPJ 04.866.462/0001-47 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP Demonstração do Resultado – Em Reais mil

Relatório da Administração Senhores Acionistas, Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas. o Balanço Patrimonial, bem como as Demonstrações do Resultado, das Mutações do Patrimônio Líquido e das Origens e Aplicações de Recursos, relativos ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, acompanhados das Notas Explicativas e Parecer dos Auditores Independentes. Colocamo-nos à disposição de V.Sas. para quaisquer esclarecimentos que julgarem necessários. Cidade de Deus, 28 de março de 2006 Diretoria

Balanço Patrimonial em 31 de dezembro – Em Reais mil AT IV O CIRCULANTE ................................................................... Títulos e Valores Mobiliários ........................................ Outros Créditos ............................................................... Juros sobre o Capital Próprio/Dividendos a Receber . Valores a Receber ........................................................... Impostos a Compensar ou a Recuperar .......................

2005 246.255 42.799 203.456 129.836 52.250 21.370

2004 193.488 20.382 173.106 109.654 45.317 18.135

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO .................................... Outros Créditos ............................................................... Impostos a Compensar ou a Recuperar ....................... Depósitos Judiciais ........................................................ Créditos Tributários .......................................................... Valores a Receber ...........................................................

143.401 143.401 54.236 4.037 10.733 74.395

146.929 146.929 32.279 2.651 5.087 106.912

PERMANENTE ................................................................ Investimentos ..................................................................

2.557.477 2.557.477

TOTAL ................................................................................

2.947.133

2005

PASSIVO

2004

CIRCULANTE ................................................................... Obrigações Fiscais e Previdenciárias ......................... Juros sobre o Capital Próprio a Pagar .......................... Outras Obrigações a Pagar ............................................

174.379 1.256 173.123 –

162.605 12.086 150.425 94

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ......................................... Imposto de Renda Diferido ............................................. Provisão para Ações e Processos Judiciais ..............

64.823 6.851 57.972

35.106 9.827 25.279

2.707.931

2.079.525

1.165.825 18 1.487.244

940.000 18 1.090.490

1.936.819 1.936.819

PATRIMÔNIO LÍQUIDO .................................................... Capital: – De Domiciliados no País ............................................ Reservas de Capital ....................................................... Reservas de Lucros ........................................................ Ajuste ao Valor de Mercado de TVM e Derivativos de Controladas ....................................................................

54.844

49.017

2.277.236

TOTAL ................................................................................

2.947.133

2.277.236

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – Em Reais mil RESERVAS DE CAPITAL CAPITAL SOCIAL

EVENTOS

INCENTIVOS FISCAIS DO IMPOSTO DE RENDA 18

AJUSTE AO VALOR DE ESTATU- ESTATUTÁRIA MERCADO DE LUCROS TÁRIA PARA PARA PAGA- TVM E DERI- ACUMULADOS AUMENTO MENTO DE VATIVOS DE DE CAPITAL DIVIVENDOS CONTROLADAS

RESERVAS DE LUCROS

LEGAL

TOTAIS

SALDOS EM 31.12.2003 .....................................................................................

798.669

71.172

781.404

10.500

49.678

1.711.441

AUMENTO DE CAPITAL POR SUBSCRIÇÃO ................................................... AUMENTO DE CAPITAL COM RESERVAS ...................................................... AJUSTE AO VALOR DE MERCADO DE TVM E DERIVATIVOS DE CONTROLADAS NO EXERCÍCIO ............................................................................. LUCRO LÍQUIDO ................................................................................................... DESTINAÇÕES: - Reservas ................................................................................ - Juros sobre o Capital Próprio (R$ 405,82 por lote de mil ações)

128.780 12.551

– –

– –

– (12.551)

– –

– –

– –

128.780 –

– – – –

– – – –

– – 19.818 –

– – 220.147 –

– – – –

(661) – – –

– 396.365 (239.965) (156.400)

(661) 396.365 – (156.400)

SALDOS EM 31.12.2004 .....................................................................................

940.000

18

90.990

989.000

10.500

49.017

2.079.525

AUMENTO DE CAPITAL SUBSCRIÇÃO ............................................................ AUMENTO DE CAPITAL COM RESERVAS ...................................................... AJUSTE AO VALOR DE MERCADO DE TVM E DERIVATIVOS DE CONTROLADAS NO EXERCÍCIO ............................................................................. LUCRO LÍQUIDO ................................................................................................... DESTINAÇÕES: - Reservas ................................................................................ - Juros sobre o Capital Próprio (R$ 439,22 por lote de mil ações)

125.825 100.000

– –

– –

– (100.000)

– –

– –

– –

125.825 –

– – – –

– – – –

– – 33.837 –

– – 462.917 –

– – – –

5.827 – – –

– 676.754 (496.754) (180.000)

5.827 676.754 – (180.000)

SALDOS EM 31.12.2005 .....................................................................................

1.165.825

18

124.827

1.351.917

10.500

54.844

2.707.931

Exercícios findos em 31 de dezembro 2005 2004 RECEITAS OPERACIONAIS .......................................... Resultado de Equivalência Patrimonial ....................... Receitas Financeiras ...................................................... Outras Receitas ...............................................................

697.893 679.782 18.111 –

381.284 362.036 18.782 466

DESPESAS OPERACIONAIS ....................................... Despesas Tributárias ...................................................... Despesas Financeiras .................................................... Outras Despesas .............................................................

29.202 17.083 11.778 341

18.242 15.349 2.091 802

RESULTADO OPERACIONAL ........................................

668.691

363.042

RESULTADO NÃO OPERACIONAL ...............................

3.292

43.931

RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO ............................................................................

671.983

406.973

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ..... LUCRO LÍQUIDO ..............................................................

4.771 676.754

(10.608) 396.365

Número de ações ............................................................ Lucro líquido por lote de mil ações em R$ ..................

409.820.621 1.651,34

385.388.582 1.028,48

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos – Em Reais mil Exercícios findos em 31 de dezembro 2005 2004 ORIGEM DOS RECURSOS ............................................ LUCRO LÍQUIDO .............................................................. AJUSTE AO LUCRO LÍQUIDO ....................................... Resultado de Equivalência Patrimonial ....................... RECURSOS DE ACIONISTAS ....................................... Aumento do Capital Social ............................................ RECURSOS DE TERCEIROS ORIGINÁRIOS DE: ....... Dividendos ....................................................................... Juros sobre o Capital Próprio Pagos e/ou Provisionados Redução do Realizável a Longo Prazo ........................ Aumento do Exigível a Longo Prazo ............................ APLICAÇÃO DOS RECURSOS ..................................... Juros Sobre o Capital Próprio ......................................... Aquisição de Investimentos .......................................... Aumento do Realizável a Longo Prazo ........................ AUMENTO (REDUÇÃO) DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO .......................................................................... VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO: ATIVO CIRCULANTE ....................................................... No Início do Exercício .................................................... No Fim do Exercício ....................................................... PASSIVO CIRCULANTE ................................................. No Início do Exercício .................................................... No Fim do Exercício ....................................................... AUMENTO (REDUÇÃO) DO CAPITAL CIRCULANTE

332.104 676.754 (679.782) (679.782) 125.825 125.825 209.307 2.021 174.041 3.528 29.717 291.111 180.000 111.111 –

318.268 396.365 (362.036) (362.036) 128.780 128.780 155.159 – 143.115 – 12.044 390.915 156.400 136.036 98.479

40.993

(72.647)

52.767 193.488 246.255 11.774 162.605 174.379

(71.656) 265.144 193.488 991 161.614 162.605

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras - Em milhares de Reais 1)

2)

3)

CONTEXTO OPERACIONAL A Nova Cidade de Deus Participações S.A. é uma empresa que tem como objeto a participação no capital de outras empresas, especialmente das que detenham, direta ou indiretamente, parcelas do capital votante do Banco Bradesco S.A.

Quantidade de ações possuídas (em milhares): ON ........................................................................................................... Capital social da investida (em milhares de ações) ........................ Percentual de participação - % ............................................................ Lucro líquido do exercício .................................................................... Patrimônio líquido ajustado em 31 de dezembro .............................. Valor contábil do investimento ............................................................ Resultado de equivalência patrimonial ..............................................

APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refere à constituição de provisões. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas. PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Apuração do resultado As receitas e despesas são apropriadas de acordo com o regime de competência. b) Ativos e Passivos Os ativos foram demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias (em base “pro-rata” dia) auferidos. As aplicações em fundos de investimentos estão valorizadas utilizando o valor da cota do último dia do exercício fornecida pelo administrador dos fundos. Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e variações monetárias (em base “pro-rata” dia) incorridos. c) Imposto de Renda e Contribuição Social Os créditos tributários sobre adições temporárias serão realizados quando da utilização e reversão das respectivas provisões sobre as quais foram constituídos. Os créditos tributários sobre base negativa de contribuição social serão realizados de acordo com a geração de lucros tributáveis. O imposto de renda e contribuição social diferidos, calculados sobre diferenças temporárias e base negativa de contribuição social, são registrados na rubrica “CréditosTributários”. A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10%. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes. d) Permanente Os investimentos em controladas foram avaliados pelo método de equivalência patrimonial, e os incentivos fiscais e outros investimentos foram avaliados pelo custo de aquisição, atualizados monetariamente até 1995, deduzido de provisão para perdas, quando aplicável.

4)

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS Referem-se a aplicações em fundos mútuos de investimento no montante de R$ 31.548 (2004 - R$ 9.131) e em investimentos temporários em ações da Bradespar S.A. no montante de R$ 11.251 (2004 - R$ 11.251).

5)

INVESTIMENTOS a) Os ajustes decorrentes da avaliação pelo método de equivalência patrimonial dos investimentos foram registrados em contas de resultado, sob a rubrica de “Resultado de Equivalência Patrimonial”, e corresponderam, no exercício, ao valor de R$ 679.782 (2004 - R$ 362.036). b) Representado, basicamente, pelos investimentos na Cidade de Deus - Companhia Comercial de Participações e Titanium Holdings S.A., cujas principais informações são as seguintes: Cidade de Deus Cia. Comercial de Participações Quantidade de ações possuídas (em milhares): ON ........................................................................... Capital social da investida (em milhares de ações) Percentual de participação - % ............................ Lucro líquido do exercício .................................... Patrimônio líquido ajustado em 31 de dezembro Valor contábil do investimento ............................ Resultado de equivalência patrimonial ..............

2005 2.333.057 5.250.624 44,4339 1.382.833 5.523.948 2.454.506 614.430

2004 2.204.062 5.250.624 44,2179 820.106 4.296.755 1.899.935 362.036

Os principais ativos da Cidade de Deus - Companhia Comercial de Participações referem-se à sua participação acionária no Banco Bradesco S.A. de 24,31% (2004 24,20%) e na Bradespar S.A. de 12,92% (2004 - 12,92%). De acordo com o estatuto social do Banco Bradesco S.A. e da Bradespar S.A., as ações preferenciais não possuem direito a voto, mas conferem todos os demais direitos e vantagens das ações ordinárias, além da prioridade assegurada pelo estatuto social no reembolso do capital e adicional de 10% (dez por cento) de juros sobre o capital próprio e/ou dividendos, conforme disposto no inciso I do artigo 17 da Lei nº 6.404/76, com a nova redação dada pela Lei nº 9457/97. As demonstrações financeiras estatutárias do Banco Bradesco S.A. foram examinadas por outros auditores independentes, que emitiram parecer sem ressalvas datado de 21 de fevereiro de 2006 Os auditores independentes da Nova Cidade de Deus Participações S.A., no curso de seu exame, consideraram o parecer emitido por aqueles auditores, tendo efetuado outros procedimentos julgados necessários no contexto de nossas demonstrações financeiras.

6)

Reservas de Lucros ............................................. - Reserva Legal (1) ................................................ - Reserva Estatutária para Aumento de Capital (2) - Reserva de Lucros para Pagamento de Dividendos ..............................................................

7)

PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Composição do capital social em ações: O capital social totalmente subscrito e integralizado é dividido em ações nominativasescriturais, sem valor nominal conforme segue: 2005 183.505.115 13.767.387 212.548.119

172.565.197 12.946.625 199.876.760

Total .........................................................................

409.820.621

385.388.582

A Assembléia Geral Extraordinária de 10 de março de 2004 deliberou aumento de capital social, no montante de R$ 128.780, mediante a emissão de 27.400.000 novas ações nominativas-escriturais, sem valor nominal, sendo 13.189.347 ordinárias, das quais 12.268.880 da classe “A” e 920.467 da classe “B”, e 14.210.653 preferenciais, ao preço de R$ 4,70 por ação, a serem subscritas pelos acionistas na proporção de suas participações no Capital Social na data da Assembléia, com integralização à vista, no ato da subscrição. A Assembléia Geral Extraordinária de 30 de abril de 2004 deliberou aumento de capital social, no montante de R$ 12.551, mediante a capitalização de parte do saldo da conta “Reservas de Lucros - Reserva Estatutária para Aumento de Capital até 1993”, sem emissão de ações. A Assembléia Geral Extraordinária de 29 de abril de 2005 deliberou aumento de capital social, no montante de R$ 100.000, mediante a capitalização de parte do saldo da conta “Reservas de Lucros – Reserva Estatutária para Aumento de Capital até 1993”, sem emissão de ações. A Assembléia Geral Extraordinária de 15 de fevereiro de 2005 deliberou aumento de capital social, no montante de R$ 125.825, mediante a emissão de 24.432.039 novas ações nominativas-escriturais, sem valor nominal, sendo 11.760.680 ordinárias, das quais 10.939.918 da classe “A” e 820.762 da classe “B”, e 12.671.359 preferenciais, ao preço de R$ 5,15 por ação, a serem subscritas pelos acionistas na proporção de suas participações no Capital Social na data da Assembléia, com integralização à vista, no ato da subscrição. b) Juros sobre o capital próprio: Conforme disposições estatutárias, as ações preferenciais não possuem direito a voto e a sua vantagem consistirá em prioridade no reembolso do capital, no caso de dissolução da sociedade, bem como em dividendos e/ou juros sobre o capital próprio de 10% (dez por cento) maiores que os atribuídos às ações ordinárias. Aos acionistas estão assegurados dividendos e/ou juros sobre capital próprio que somados correspondam a 1% do lucro líquido, ajustado nos termos da lei societária. O cálculo dos Juros sobre o Capital Próprio, relativos ao exercício de 2005, está demonstrado a seguir: R$

% (1)

2004

1.487.244 124.827 1.351.917

1.090.490 90.990 989.000

10.500

10.500

(1)

Constituída obrigatoriamente à base de 5% do lucro líquido do exercício, até atingir 20% do capital social realizado, ou 30% do capital social, acrescido das reservas de capital. Após esse limite a apropriação não mais se faz obrigatória. A reserva legal somente poderá ser utilizada para aumento de capital ou para compensar prejuízos;

(2)

Pode ser constituída em 100% do lucro líquido remanescente após destinações estatutárias, mediante proposta da Diretoria, aprovada pelo Conselho e deliberada pela Assembléia Geral, sendo o saldo limitado a 100% do Capital Social Integralizado.

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social:

2005 Resultado antes dos tributos (imposto de renda e contribuição social) ......................................... Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente ............................................................. Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos: Participações em controladas, tributadas nas empresas correspondentes ............................... Juros sobre o capital próprio (pagos e a pagar) Juros sobre o capital próprio (recebidos) ........... Outros Valores ....................................................... Imposto de renda e contribuição social do exercício ..............................................................

2004

Ordinárias - classe “A” .......................................... Ordinárias - classe “B” .......................................... Preferenciais ..........................................................

Lucro líquido do exercício .................................... Reserva legal ........................................................ Base de cálculo .................................................... Juros sobre o Capital Próprio (Bruto) .................. Imposto de renda na fonte sobre juros do capital próprio ................................................................... Juros sobre o capital próprio (líquido) em 2005

Reservas de Lucros 2005

2004

671.983

406.973

(228.474)

(138.371)

232.238 61.200 (60.286) 93

123.092 53.176 (48.659) 154

4.771

(10.608)

b) Impostos a Compensar ou a Recuperar no Circulante e Realizável a Longo Prazo de R$ 21.370 (2004 – R$ 18.135) e R$ 54.236 (2004 – R$ 32.279) respectivamente, referem-se substancialmente a Imposto de Renda a compensar. c) Créditos tributários no montante de R$10.733 (2004 - R$ 5.087 ), sendo R$ 9.252 (2004 - R$ 5.081) de imposto de renda sobre adições temporárias e R$ 1.481 (2004 R$ 6) de contribuição social sobre adições temporárias. Esses créditos serão registrados quando da sua efetivação. 8)

OUTRAS INFORMAÇÕES a) Valores a receber no Ativo Circulante R$ 52.250 (2004 – R$ 45.317) e Ativo Realizável a Longo Prazo R$ 74.395 (2004 - R$ 106.912) referem-se, substancialmente, a alienação de investimentos. Os recebimentos estipulados para o Ativo Circulante, ocorreram em 03 de janeiro de 2006 e no Ativo Realizável a Longo Prazo, está previsto para até 31 de janeiro de 2007. b) Passivo exigível a longo prazo refere-se a provisão para ações e processos judiciais e provisão para imposto de renda diferido. As provisões foram constituídas levando em conta a opinião dos assessores jurídicos, a natureza das ações, similaridade com processos anteriores, complexidade e no posicionamento de nossos Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável. A administração entende que a provisão constituída é suficiente para atender perdas decorrentes dos respectivos processos judiciais.

676.754 (33.837) 642.917 180.000

28,00

c) Despesas tributárias referem-se, substancialmente, a COFINS, PIS e CPMF.

27.000 153.000

23,79

d) Outras receitas R$ 466, em 2004, refere-se a reversão de provisão para perdas em investimentos. Outras despesas R$ 341 (2004 – R$ 802) refere-se, substancialmente, a Despesa de Serviços Prestados R$ 220 (2004 – R$ 205) e Despesa com Provisão para Perda em Investimentos (2004 - R$ 466).

(1) Percentual dos juros sobre o capital próprio aplicado sobre a base de cálculo.

Parecer dos Auditores Independentes Aos Administradores e Acionistas Nova Cidade de Deus Participações S.A.

Diretoria Diretor-Presidente

Diretores

Lázaro de Mello Brandão

Mário da Silveira Teixeira Júnior Márcio Artur Laurelli Cypriano Décio Tenerello Laércio Albino Cezar Arnaldo Alves Vieira Luiz Carlos Trabuco Cappi Sérgio Socha Julio de Siqueira Carvalho de Araujo Milton Almicar Silva Vargas José Luiz Acar Pedro Norberto Pinto Barbedo

Antônio Bornia

c)

33.935 67.870 50,0000 17.023 194.531 97.266 65.352

O principal ativo da Titanium Holdings S.A. refere-se à sua participação acionária no Banco Bradesco S.A. de 0,40%, cujas informações estão divulgadas acima. Em 4 de março de 2005, foi deliberado o aumento do capital social da investida no valor de R$ 33.934 elevando-o de R$ 1 para R$ 33.935, mediante a emissão de 33.933.978 novas ações ordinárias, Classe “A”, nominativas-escriturais, sem valor nominal, ao preço de R$ 1,00 por ação, as quais foram por nós subscritas e integralizadas em bens representados por 1.936.202 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, de emissão do Banco Bradesco S.A. Em 8 de março de 2005, foi deliberado o aumento do Capital Social da investida no valor de R$ 33.935, elevando-o de R$ 33.935 para R$ 67.870, com a emissão de 33.934.979 novas ações ordinárias, Classe “B”, nominativas-escriturais, sem valor nominal, conversíveis em ações preferenciais-resgatáveis, pelo preço de emissão de R$ 4,349967050 por ação, com integralização à vista.

Diretoria

Diretor Vice-Presidente

2005

Titanium Holdings S.A.

Moacir Nachbar Junior Contador - CRC 1SP198208/O-5

1. Examinamos os balanços patrimoniais da Nova Cidade de Deus Participações S.A. em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos dos exercícios findos nessas datas, elaborados sob a responsabilidade da sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o

planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da empresa; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da empresa, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Nova Cidade Participações S.A. em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos dos exercícios findos nessas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

São Paulo, 28 de março de 2006

Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5

Luís Carlos Matias Ramos Contador CRC 1SP171564/O-1


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.TURISMO

quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, 20, 21, 22 e 23 de abril de 2006

Capital da nova cozinha espanhola: San Sebastián Esta cidade do País Basco conquista seus visitantes, principalmente, pelo paladar exótico das receitas inovadoras dos chefs locais. E se revela em longos passeios a pé Por Maristela do Valle Fotos: Maristela do Valle

A

natureza é o ingrediente-chave da g a s t ro n o m i a d o norte da Espanha. Para elaborar sua requintada cozinha, as comunidades autônomas do País Basco e da Cantábria pescam bacalhaus, lulas e merluzas no Mar Cantábrico, caçam cervos e pombas nos seus bosques e produzem queijos de dar água na boca com o leite das vacas e ovelhas que pontilham os montes forrados de pasto. Adeptos da chamada cozinha de mercado, os chefs da região respeitam a sazonalidade de cada produto para reeditar seus cardápios de acordo com a época da colheita. E ainda recriam texturas fazendo alquimias assessoradas por químicos, físicos e outros profissionais. A hoje tão falada nova cozinha espanhola, que mistura todas essas características, tem importantes expoentes no norte da Espanha. Só San Sebastián (ou Donostia na língua basca) tem dois exemplos de nomes significativos: Juan Mari Arzak e Pedro Subijana, ambos com restaurantes da chiquérrima rede Relais & Chateaux estrelados pelo guia Michelin e pioneiros na reinvenção das tradições espa-

nholas a partir de investigações iniciadas no início dos anos 80. Realeza – O primeiro assinou, em parceria com o catalão Ferran Adrià (o mito da nova geração espanhola), o cardápio do jant a r d o c a s amento do príncipe de Astúrias em 2004. Seu restaurante fica n u m a m a nsão de 1897 construída por seus avós para funcionar como taverna. Ao lado da filha Elena, o badalado chef mescla elementos bascos com sabores do mundo todo, incluindo hibisco, tamarindo e côco. Também genial, Subijana tem a ousadia de servir o torrone no copo para incrementar o sabor do cafezinho. E nunca deixa de fora dos menus degustacións (100 euros por pessoa) pratos bascos como meros, moluscos e

Caminhadas ajudam a queimar as calorias obtidas com as delícias servidas nos restaurantes, como o Akelare do renomado chef Pedro Subijana. A dica é andar pelo Paseo de la Concha (acima, à esq.), à beira-mar, ou explorar o centro, onde fica a prefeitura (à esq.). E para saber mais e saborear os ingredientes usados pelos mestres da culinária vale ir ao mercado Le Bretxa (acima)

pombas, temperados com condimentos colhidos na bem cuidada horta do restaurante. A casa ainda por cima tem localização privilegiada. Fica no alto de uma montanha verdejante e é rodeada de vidros que dão vista para o Mar Cantábrico. Mercado – Para conhecer os ingredientes que saem de suas águas, visite o mercado do centro comercial Le Bretxa. Ali, os comerciantes capricham nos ar-

ranjos de peixes, lulas e polvos, além dos buquês de um valioso líquen chamado “pertence”, extraído – às vezes de forma arriscada – das rochas à beira-mar. A variedade dos queijos regionais do mercado e seus arredores também atiça o paladar. Uma boa caminhada pela cidade ajuda a queimar tantas calorias conquistadas ao longo da estada. No centro antigo, repare na imagem de São Sebastião da fachada da Igreja de Santa Maria del Coro, com sua flecha encravada no peito. O templo barroco de elementos góticos, concluído em 1764, fica no fundo da estreita Calle Mayor, o que parece aumentar

ainda mais o sofrimento do santo. Dizem que um dos arquitetos da igreja se matou ao perceber que ela ficaria escondida entre os labirintos de San Sebastián, sem poder ser admirada de longe. No bairro que lembra uma cidade medieval, as lojinhas fazem a alegria dos consumistas. À beira-mar – Já a caminhada à beira-mar pelo Paseo de la Concha remete à Belle Époque, quando a cidade era destino de veraneio da Coroa Espanhola. É ali que fica o prédio da prefeitura, erguido entre 1882 e 1887 para abrigar o Gran Casino. Outro cassino emblemático da época era o Kursaal, de 1919.

Fotos: Maristela do Valle

Bilbao: muito mais que o Guggenheim

Museu Guggenheim: ícone de modernidade e da reurbanização da cidade

BOA VIAGEM Diretor-Presidente Guilherme Afif Domingos Diretor de Redação Moisés Rabinovici Editora Antonella Salem antonellasalem@uol.com.br Sub-editora Lygia Rebello lygiarebello@uol.com.br Projeto gráfico José Coelho Diagramação Evana Clicia Lisbôa Sutilo Publicidade Gerente Comercial Arthur Gebara Jr., tel. 3244-3122, agebara@acsp.com.br Rua Boa Vista, 51, 6º andar Impressão S/A O Estado de S. Paulo

www.dcomercio.com.br

A

evidente modernidade arquitetônica da Bilbao de hoje, simbolizada pelo Museu Guggenheim, também chegou à sua cozinha. Assim como San Sebastián, Bilbao é outra cidade presente na rota da nova culinária espanhola, com seus chefs metidos a cientistas malucos. Um exemplo é o restaurante Zortziko, comandado por Daniel Garcia. Na linha dos novos mestres-cucas espanhóis, ele respeita a época da colheita dos produtos e investe na matéria-prima e nos pratos regionais bascos. Caso do tradicional bacalhau ao pilpil, mergulhado numa emulsão à base de azeite de oliva, alho e o próprio caldo do peixe. Garcia ainda transforma em sorvete leite de ovelha e tinta de lula (que chega a ser congelada a -30°C). E não guarda seus segre-

dos a sete chaves. Pelo contrário: revela-os em aulas de culinária ministradas numa moderna sala dotada de equipamentos de última geração. Localizado num edifício tombado como monumento histórico e decorado com vitrais coloridos, o restaurante fica a apenas 400 metros do Museu Guggenheim, o carrochefe da modernização arquitetônica e urbanística de Bilbao e razão da visita da maioria dos turistas à cidade. Inaugurado em 1997, o instigante edifício todo coberto de 42 mil placas de titânio engatilhadas entre si reflete a luz do ambiente na sua fachada, tornando-se melancólico em dias de chuva e vibrante sob os raios solares. No interior da obra de arte do arquiteto Frank O. Gehry, as exposições destacam os grandes artistas modernos e contemporâneos. Arte – Entre as obras permanentes do museu e de seus jardins, há gigantescos animais em forma de escultura, como a Maman (1999), aranha gigante de bronze, aço e mármore concebida pela francesa Louise Bourgeois; a Serpente (199497), de Richard Serra, cujos corredores entre as três paredes curvilíneas de aço lamina-

do fazem o visitante se sentir num labirinto; e o cão terrier Puppy (1992), de Jeff Koons, todo recoberto de arbustos verdinhos muito bem cuidados, faça chuva ou faça sol. Reurbanização – O Guggenheim é a mais marcante estrela do processo de reurbanização de Bilbao, que tem como outros exemplos os modernos calçadões à margem do Rio Nervión, as entradas de metrô em forma de concha concebidas pelo arquiteto Norman Foster e os novos prédios de escritórios que surgem aqui e acolá. Porém toda essa reconstrução não ignora o Casco Histórico (a área antiga dessa cidade industrial), que também teve partes reconstruídas após tragédias como a inundação de 1983 ou o incêndio que consumiu em 1910 o Teatro Arriaga –porém em 1919 foi construída uma réplica exata do prédio de 1889 no mesmo lugar. Mas nada disso perturba a animação do bairro, que concentra vários bares apreciados pelos notívagos. Como dá para perceber, é injusto que Bilbao seja ignorado pelos brasileiros ou muitas vezes só lembrado por causa do Guggenheim. Aqui tem arte, mas também diversão e gastronomia. (M.D.V.)

O Teatro Arriaga (acima) marca a parte antiga. Entre os restaurantes, destaque para o Zortziko (ao lado)

Mas este teve um destino diferente com a proibição do jogo no país, em 1924. Foi derrubado e deu lugar ao modernoso Centro Cultural e Auditório de Kursaal (www.kursaal.org). Projetados pelo arquiteto espanhol Rafael Moneo, os dois imensos cubos de vidro inaugurados em 1999 têm faces meio inclinadas para acompanhar o movimento do mar no qual está refletido. Belos para muitos, de gosto duvidoso para outros, os prédios provocam polêmica. Como na gastronomia, a arquitetura de San Sebastián se moderniza utilizando como base seus ícones mais tradicionais.


2 -.ECONOMIA/LEGAIS

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, 20, 21, 22 e 23 de abril de 2006


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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GERAL - 11

HABILITAÇÃO: REGRAS PODEM MUDAR DE NOVO Projeto aprovado em comissão do Senado dispensa a exigência dos cursos de direção defensiva e de primeiros socorros na hora da renovação. Mas há excessões.

A

s regras para a renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) podem mudar mais uma vez. A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado aprovou ontem um projeto do senador Rodolpho Tourinho (PFL-BA) que dispensa a exigência dos cursos de direção defensiva e de primeiros socorros no momento da renovação da carteira de motorista para os motoristas que foram habilitados antes de 1998. O

projeto segue agora para a apreciação na Câmara dos Deputados. Pelo novo texto, a dispensa vale somente para motoristas que nunca tenham sofrido suspensão do direito de dirigir ou a cassação da carteira de habilitação. Motoristas que estão com exame de aptidão física e mental vencido há mais de cinco anos também não serão dispensados de frequentar os cursos. "Não tinha dúvida de que o projeto seria aprovado. A exigência dos cursos é

totalmente descabida", afirmou ontem o senador. "Se o motorista nunca teve sua licença cassada ou suspensa, já é uma demonstração de que ele dirige de forma adequada e não precisa de um curso." Benefícios – Na opinião de Tourinho, os cursos de direção defensiva e primeiros socorros beneficiam apenas os donos das escolas que oferecem as tais aulas. Pelos seus cálculos, a exigência da realização de cursos a motoristas habilitados antes de 1998 custaria

aproximadamente R$ 2 bilhões, entre o recolhimento de taxas e o pagamento dos cursos. "Era só uma forma de fazer dinheiro", avaliou. O senador comparou a exigência de tais cursos ao kit de primeiros socorros que motoristas eram obrigados a transportar em seus veículos, também por uma lei que depois foi revogada. "Foi um dinheiro jogado fora", lembrou. A exigência de cursos de direção defensiva e primeiros socorros no momento da renovação da

carteira de habilitação concedida antes de 1998 passou a vigorar em junho de 2005. Desde então, motoristas que se encaixam neste perfil têm três opções na hora de renovar a carteira de habilitação. Uma delas é fazer um curso de 15 horas de duração numa autoescola autorizada pelo Detran. Nas 15 horas, o motorista recebe noções sobre direção defensiva e de primeiros socorros. Alunos com 100% de presença nestas aulas não precisam se submeter a um teste no

momento da renovação. É possível ainda fazer cursos a distância, oferecidos tanto pelos Detrans dos estados quanto por entidades credenciadas. O preço é definido localmente pelos Detrans. Nos cursos a distância, é realizada uma prova com 30 questões: 20 de direção defensiva e 10 de primeiros socorros. Para ser aprovado será preciso acertar pelo menos 70% das questões. O motorista pode, ainda, estudar sozinho, com uma apostila preparada pelo Denatran. (Agências)

Elo Participações S.A. Empresa da Organização Bradesco

CNPJ 02.863.655/0001-19 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP Relatório da Administração Senhores Acionistas,

Colocamo-nos à disposição de V.Sas. para quaisquer esclarecimentos que julgarem necessários.

Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas. o Balanço Patrimonial, bem como as Demonstrações do Resultado, das Mutações do Patrimônio Líquido e das Origens e Aplicações de Recursos, relativos ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, acompanhados das Notas Explicativas e Parecer dos Auditores Independentes.

Cidade de Deus, 28 de março de 2006 Conselho de Administração e Diretoria

Balanço Patrimonial em 31 de dezembro – Em Reais mil ATIVO

2005

2004

CIRCULANTE ................................................................................................................................................ Disponibilidades .......................................................................................................................................... Títulos e Valores Mobiliários ..................................................................................................................... Outros Créditos ............................................................................................................................................ Juros sobre o Capital Próprio e Dividendos a Receber ........................................................................... Tributos a Compensar ou a Recuperar ....................................................................................................... Contas a Receber ......................................................................................................................................... REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ................................................................................................................. Outros Créditos ............................................................................................................................................ Tributos a Compensar ou a Recuperar ....................................................................................................... Créditos Tributários ....................................................................................................................................... Depósitos Judiciais ..................................................................................................................................... PERMANENTE ............................................................................................................................................. Investimentos ...............................................................................................................................................

48.640 226 236 48.178 37.598 6.754 3.826 38.680 38.680 – 37.534 1.146 746.086 746.086

41.632 – 60 41.572 32.669 5.905 2.998 45.992 45.992 7.716 37.534 742 595.954 595.954

TOTAL .............................................................................................................................................................

833.406

683.578

PASSIVO

2005

2004

CIRCULANTE ................................................................................................................................................ Obrigações por Aquisição de Investimento .............................................................................................. Obrigações Fiscais e Previdenciárias ...................................................................................................... Outras Obrigações a Pagar .........................................................................................................................

55.208 55.204 4 –

80.007 76.431 3.554 22

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ...................................................................................................................... Obrigações por Aquisição de Investimento .............................................................................................. Provisão para Ações e Processos Judiciais ........................................................................................... Obrigações a Pagar .....................................................................................................................................

429.670 276.022 14.663 138.985

399.196 391.210 5.683 2.303

PATRIMÔNIO LÍQUIDO ................................................................................................................................. Capital Social: - De Domiciliados no País .......................................................................................................................... Ajuste ao Valor de Mercado de TVM e Derivativos de Controladas ...................................................... Prejuízos Acumulados ................................................................................................................................

348.528

204.375

341.991 14.177 (7.640)

276.917 12.671 (85.213)

TOTAL .............................................................................................................................................................

833.406

683.578

Demonstração do Resultado – Em Reais mil

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos – Em Reais mil Exercícios findos em 31 de dezembro 2005 2004

RECEITAS OPERACIONAIS ....................................................................................................................... Resultado de Equivalência Patrimonial .................................................................................................... Receitas Financeiras ................................................................................................................................... Outras Receitas Operacionais ....................................................................................................................

174.156 172.636 227 1.293

102.507 100.461 2.046 –

DESPESAS OPERACIONAIS .................................................................................................................... Despesas Financeiras ................................................................................................................................. Despesas Tributárias ................................................................................................................................... Outras Despesas ..........................................................................................................................................

96.583 76.651 7.494 12.438

98.652 85.717 3.858 9.077

RESULTADO OPERACIONAL .....................................................................................................................

77.573

3.855

RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO .....................................................................

77.573

3.855

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO ..............................................................................................................

77.573

3.855

Número de ações .........................................................................................................................................

198.751.228

164.182.511

Lucro Líquido por lote de mil ações em R$ ..............................................................................................

390,30

23,48

Exercícios findos em 31 de dezembro 2005 2004 ORIGEM DOS RECURSOS ......................................................................................................................... LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO .............................................................................................................. AJUSTES AO RESULTADO DO EXERCÍCIO ............................................................................................ Resultado de Equivalência Patrimonial .................................................................................................... Amortização de Ágio ................................................................................................................................... RECURSOS DE ACIONISTAS .................................................................................................................... Integralização de Capital Social ................................................................................................................ RECURSOS DE TERCEIROS ORIGINÁRIOS DE: .................................................................................... Juros sobre o Capital Próprio ..................................................................................................................... Redução do Realizável a Longo Prazo ..................................................................................................... Aumento do Exigível a Longo Prazo ......................................................................................................... APLICAÇÃO DOS RECURSOS .................................................................................................................. Integralização de Investimentos ................................................................................................................ Aumento do Realizável a Longo Prazo ..................................................................................................... AUMENTO (REDUÇÃO) DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO ...............................................................

64.331 77.573 (160.336) (172.636) 12.300 65.074 65.074 82.020 44.233 7.313 30.474 32.524 32.524 – 31.807

(44.039) 3.855 (91.485) (100.461) 8.976 – – 43.591 38.434 – 5.157 39.582 33.288 6.294 (83.621)

VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO: ATIVO CIRCULANTE .................................................................................................................................... No Início do Exercício ................................................................................................................................. No Fim do Exercício .................................................................................................................................... PASSIVO CIRCULANTE .............................................................................................................................. No Início do Exercício ................................................................................................................................. No Fim do Exercício .................................................................................................................................... AUMENTO (REDUÇÃO) DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO ...............................................................

(7.008) 41.632 48.640 (24.799) 80.007 55.208 31.807

(44.361) 85.993 41.632 39.260 40.747 80.007 (83.621)

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – Em Reais mil CAPITAL SOCIAL A REALIZAR

CAPITAL SOCIAL

EVENTOS

AJUSTE AO VALOR DE MERCADO DE TVM E DERIVATIVOS DE CONTROLADAS

LUCROS/PREJUÍZOS ACUMULADOS

TOTAIS

SALDOS EM 31.12.2003 ..................................................................................................................................................................................

276.917

12.841

(89.068)

200.690

AUMENTO DE CAPITAL ................................................................................................................................................................................... AJUSTE AO VALOR DE MERCADO DE TVM E DERIVATIVOS DE CONTROLADAS NO EXERCÍCIO .................................................. LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO ...................................................................................................................................................................

65.074 – –

(65.074) – –

– (170) –

– – 3.855

– (170) 3.855

SALDOS EM 31.12.2004 ..................................................................................................................................................................................

341.991

(65.074)

12.671

(85.213)

204.375

AUMENTO DE CAPITAL ................................................................................................................................................................................... AUMENTO DE CAPITAL POR SUBSCRIÇÃO ................................................................................................................................................ AJUSTE AO VALOR DE MERCADO DE TVM E DERIVATIVOS DE CONTROLADAS NO EXERCÍCIO .................................................. LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO ...................................................................................................................................................................

54.939 – – –

(54.939) 65.074 – –

– – 1.506 –

– – – 77.573

– 65.074 1.506 77.573

SALDOS EM 31.12.2005 ..................................................................................................................................................................................

396.930

(54.939)

14.177

(7.640)

348.528

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 – Em Milhares de Reais 1.

2.

3.

CONTEXTO OPERACIONAL A Elo Participações S.A., é uma empresa que tem como objeto a participação no capital social do Banco Bradesco S.A. e/ou de outras sociedades que detenham, direta ou indiretamente, parcelas do capital social daquela Instituição. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refere à constituição de provisões. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas.

a) Apuração do resultado As receitas e despesas são apropriadas de acordo com o regime de competência.

6.

d) Permanente O investimento é avaliado pelo método de equivalência patrimonial. Ágio na aquisição de investimento, líquido de amortizações, fundamentado em rentabilidade futura, é amortizado em até dez anos.

5.

92.164.709 13.767.387

86.670.179 12.946.625

Total de ações possuídas .......................................... 105.932.096

99.616.804

De acordo com o estatuto social da Nova Cidade de Deus Participações S.A., as ações preferenciais não possuem direito a voto, mas conferem todos os demais direitos e vantagens das ações ordinárias, além da prioridade assegurada pelo estatuto social no reembolso do capital e adicional de 10% de dividendos e/ou juros sobre o capital próprio, conforme disposto no inciso I do artigo 17 da Lei no 6404/76, com a nova redação dada pela Lei no 9457/97. O cálculo da equivalência patrimonial considera a diferenciação de percentual de dividendos/juros sobre o capital próprio distribuídos entre as ações preferenciais e ordinárias, relacionado ao valor pago e/ou proposto relativo a resultados produzidos a partir da vigência da Lei no 9457/97. O principal ativo da Nova Cidade de Deus Participações S.A. refere-se a sua participação na Cidade de Deus - Companhia Comercial de Participações (44,43%), que detém participação no Banco Bradesco S.A. (24,30%), na Bradespar S.A. (12,92%) e NCF Participações S.A (38,90%). As demonstrações financeiras estatutárias do Banco Bradesco S.A. foram examinadas por outros auditores independentes, que emitiram parecer sem ressalvas datado de 21 de fevereiro de 2006. Os auditores independentes da Elo Participações S.A., no curso de seu exame consideraram o parecer emitido por aqueles auditores, tendo efetuado outros procedimentos julgados necessários no contexto de nossas demonstrações financeiras.

b) Ativos e passivos Os ativos foram demonstrados pelos valores de realização, incluindo quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias (em base “pro-rata” dia) auferidos. Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e variações monetárias (em base “pro-rata” dia) incorridos.

4.

2004

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS Referem-se a aplicações em Fundo de Investimentos Financeiros no montante de R$ 236 (2004 - R$ 60). INVESTIMENTOS a) Os ajustes decorrentes da avaliação pelo método de equivalência patrimonial do investimento foi registrado em conta de resultado, sob a rubrica de “Resultado de Equivalência Patrimonial”, e corresponderam ao valor de R$ 172.636 (2004 R$ 100.461). b) Representado pelo investimento na Nova Cidade de Deus Participações S.A., cujas principais informações são as seguintes:

PATRIMÔNIO LÍQUIDO O capital social é dividido em 198.751.228 (2004 - 164.182.511) ações nominativasescriturais, sem valor nominal, sendo 135.055.067 (2004 - 103.033.675) ordinárias e 63.696.161 (2004 - 61.148.836) preferenciais. Conforme disposições estatutárias, as ações preferenciais não possuem direito a voto e a sua vantagem consistirá em prioridade no reembolso do capital, sem prêmio, no caso de dissolução da Sociedade, bem como em dividendos e/ou juros sobre o capital próprio de 10%, maiores que os atribuídos às ações ordinárias. Aos acionistas estão assegurados dividendos e/ou juros sobre o capital próprio que somados correspondam a 1% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da lei societária. Em Assembléia Geral Extraordinária de 23 de dezembro de 2004, deliberou aumento de capital social, no montante de R$ 65.074, mediante a emissão de 19.839.747 novas ações nominativas-escriturais, sem valor nominal, sendo 17.292.506 ordinárias e 2.547.241 preferenciais, para subscrição particular ao preço de R$ 3,28 por ação, que será integralmente incorporado ao capital social. A subscrição pelos acionistas deverá ser feita até 03 de janeiro de 2005. A Assembléia Geral Extraordinária de 26 de dezembro de 2005 deliberou aumento de capital social, no montante de R$ 54.939, mediante a emissão de 14.728.970 novas

Conselho de Administração e Diretoria Conselho de Administração

ações, nominativas-escriturais, sem valor nominal, sendo 14.728.886 ordinárias e 84 preferenciais, ao preço de R$ 3,73 por ação. A subscrição pelos acionistas deverá ser feita até 02 de janeiro de 2006. 7.

Capital social da investida (em ações) .................... 409.820.621 385.388.582 Percentual de participação ........................................ 25,8484% 25,8484% Lucro líquido do exercício .......................................... 676.754 396.365 Patrimônio líquido ajustado em 31 de dezembro .... 2.707.931 2.079.525 Valor contábil do investimento .................................. 699.957 537.524 Ágio na aquisição de investimentos (Nota 3(d)) ..... 46.129 58.430 Total do investimento .................................................. 746.086 595.954 Equivalência patrimonial ........................................... 172.636 100.461

PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS

c) Imposto de renda e contribuição social A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10%, quando aplicável. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%, quando aplicável. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes. O imposto de renda e contribuição social diferidos, calculados sobre prejuízos fiscais, base negativa de contribuição social e adições temporárias, são registrados na rubrica “Créditos Tributários”. Os créditos tributários sobre adições temporárias serão realizados quando da utilização e reversão das respectivas provisões sobre as quais foram constituídos. Os créditos tributários sobre prejuízo fiscal e base negativa de contribuição social serão realizados de acordo com a geração de lucros tributáveis.

2005 Quantidade de ações possuídas: ON - Classe “A” ............................................................ ON - Classe “B” ............................................................

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social

2005 Resultado antes dos tributos (imposto de renda e contribuição social) .................................................. Encargo total do imposto de renda e contribuição social às Alíquotas de 25% e 9%, respectivamente Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos: Participações em controladas, tributadas nas Empresas correspondentes ..................................... Juros sobre o Capital Próprio recebidos .................. Créditos Tributários não ativados .............................. Imposto de renda e contribuição social do exercício

2004

77.573

3.855

(26.375)

(1.311)

58.696 (15.039) (17.282) –

34.157 (13.068) (19.778) –

b) Os créditos tributários no montante de R$ 37.534, referem-se a prejuízo fiscal R$ 26.922 (2004 - R$ 26.922) e base negativa de contribuição social R$ 10.612 (2004 - R$ 10.612). Créditos tributários não ativados de R$ 82.850 (2004 - R$ 65.799), sobre prejuízo fiscal de R$ 47.530 (2004 - R$ 38.820) base negativa de contribuição social de R$ 20.983 (2004 - R$ 16.740) e R$ 14.337 (2004 - R$ 10.239) de diferenças temporárias serão registrados quando da sua efetiva realização. 8.

OUTRAS INFORMAÇÕES a) Contas a receber referem-se a contratos de mútuo no montante de R$ 3.826 (2004 R$ 2.998), com atualização pela T.R. - Taxa Referencial “pro-rata” mais juros de 1% ao mês. b) Obrigações por aquisição de investimento de curto e longo prazo, referem-se ao saldo devedor relativo ao preço de aquisição de ações da Nova Cidade de Deus Participações S.A. a ser pago em 13 parcelas semestrais, atualizadas pelo índice pactuado contratualmente, ou pela rentabilidade do lucro sobre o patrimônio líquido do Banco Bradesco S.A., dos dois o maior. c) Outras despesas referem-se, substancialmente, a amortização de ágio no montante de R$ 12.300 (2004 - R$ 8.976). d) No Passivo Exigível a Longo Prazo, a rubrica “Provisão para contingências fiscais” refere-se a provisão para ações e processos judiciais. As provisões foram constituídas levando em conta a opinião dos assessores jurídicos, a natureza das ações, similaridade com processos anteriores, complexidade e no posicionamento de nossos Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável. A administração entende que a provisão constituída é suficiente para atender as perdas decorrentes dos respectivos processos judiciais. e) No passivo exigível longo prazo, a rubrica “Outras Obrigações a Pagar” refere-se, basicamente, a contrato de mútuo firmado em 08 de março de 2005 no valor de R$ 114.721 com a Titanium Holdings S.A., a ser liquidado até o dia 31 de janeiro de 2011, acrescida da variação do Certificado de Depósito Interbancário-CDI, sendo que o saldo em 31 de dezembro de 2005 correspondia a R$ 132.500 e a variação monetária do período totalizou R$ 17.779 registrada em despesas financeiras. f) Tributos a Compensar ou a Recuperar no Circulante e Realizável a Longo Prazo de R$ 6.754 (2004 - R$ 5.905), referem-se a Imposto de Renda a compensar.

Parecer dos Auditores Independentes Aos Administradores e Acionistas Elo Participações S.A.

Presidente Lázaro de Mello Brandão

Vice-Presidente

1

Examinamos os balanços patrimoniais da Elo Participações S.A. em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos dos exercícios findos nessas datas, elaborados sob a responsabilidade da sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras.

2

Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da empresa, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados, e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da empresa, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

3

Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Elo Participações S.A. em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos dos exercícios findos nessas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

Diretoria

Antônio Bornia

Membros Mário da Silveira Teixeira Júnior Márcio Artur Laurelli Cypriano João Aguiar Alvarez Denise Aguiar Alvarez Valente Décio Tenerello Laércio Albino Cezar Arnaldo Alves Vieira Luiz Carlos Trabuco Cappi Sérgio Socha Julio de Siqueira Carvalho de Araujo Milton Almicar Silva Vargas José Luiz Acar Pedro Norberto Pinto Barbedo

Diretor-Presidente Lázaro de Mello Brandão

Diretor Vice-Presidente Antônio Bornia

Diretor Mário da Silveira Teixeira Júnior Márcio Artur Laurelli Cypriano

São Paulo, 28 de março de 2006

Moacir Nachbar Junior Contador-CRC 1SP198208/O-5

Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5

Washington Luiz Pereira Cavalcanti Contador CRC 1SP172940/O-6


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, 20, 21, 22 e 23 de abril de 2006

TURISMO - 3

Na região da Cantábria, restaurantes e edificações estrelados Casas relativamente simples nos povoados da região são famosas por servir maravilhas à mesa. Entre um almoço e outro, não perca, por exemplo o Museu Marítimo do Cantábrico Fotos: Maristela do Valle

É

difícil resistir à tentação de molhar o pão no azeite, mas na Cantábria a prática não pega bem. A não ser no café da manhã. Isso porque os cantábricos consideram a combinação muito pesada, já que o pão de lá, chamado bogaza, é mais massudo que o normal. Uma delícia! E por isso mesmo dá vontade de devorálo no couvert. Mas não vale a pena. Porque outras delícias surgirão durante a refeição. Mesmo os pratos aparentemente triviais ganham sabor e textura especiais na comunidade autônoma. Por exemplo, não desdenhe o ovo frito do cardápio do restaurante El Cenador de Amós. Jesus Sánchez consegue fritar apenas a gema e bater a clara em neve, transformando o ovo numa espécie de suflê. E ainda o combina com sopa de pimentão, queijos e anchovas. E estas duas últimas iguarias tipicamente cantábricas ficam especialmente harmônicas juntas - mesmo quando o queijo chega à mesa na forma de sorvete. El Cenador de Amós fica no povoado de Villaverde de Pontones, praticamente na área rural do município de Ribamontán al Monte. Os desavisados que passam na sua frente dificilmente percebem que se trata de um restaurante estrelado pelo guia Michelin. Mesmo o charme arquitetônico da casa erguida em 1760 só é notado no seu interior, quando o cliente se senta ao lado de portas com arcos de pedra. E esses tesouros disfarçados não são raros na região. Também pode passar despercebido o restaurante El Nuevo Molino, em Puente Arce, município de Piélagos. Ele fica numa casa rústica toda de pedra, rodeada de um verde jardim, e serve maravilhas como salada de frango com guacamole e lagostim. Vale lembrar que os cardápios mudam de acordo com a estação e as novas invenções dos chefs. Piélagos é muito procurado pelos fãs do turismo arqueológico por causa das cavernas pré-históricas de Cobalejos y El Mato. Porém a mais conhecida delas na Cantábria fica em Santillana del Mar: a Altamira, apelidada pelos especialistas de a “Capela Sistina do Paleolítico” por conta das pinturas de cerca de 14 mil anos. A caverna em si está fechada

A cidade medieval de Santillana del Mar (acima) preserva ruas de pedras e construções de época. Apesar do nome, não fica à beira-mar

O restaurante El Nuevo Molino (acima e ao lado), em Piélagos, fica numa casa rústica toda de pedra, rodeada de verde. E serve maravilhas, como salada de frango com guacamole e lagostim. O município é famoso pelas cavernas préhistóricas, mas fica em Santillana a mais célebre delas, Altamira, e seu museu (ao lado)

para o público porque o grande fluxo de visitantes que ali entraram nos anos 60 e 70 alterou suas características ambientais internas (como umidade e temperatura) e trouxe riscos de danificar os desenhos de bisões, antílopes e cavalos do seu teto. Por isso fizeram um museu sobre Altamira, com réplicas fiéis dessas figuras. E não decepciona. Pelo contrário. Seu didatismo jamais seria o mesmo na cova original. Nas galerias que imitam as reais, hologramas animados mostram como era o dia-a-dia dos homens em suas

moradias. Fora da “ambientação cavernícola”, painéis e computadores dão explicações sobre arqueologia. Pequenas cidades - O Museu de Altamira fica em uma das muitas montanhas que rodeiam a cidade medieval de Santillana del Mar. O pequeno povoado preserva suas ruas de pedras e edifícios de época, incluindo um monastério do século 12 dedicado a Santa Juliana e motivo da parada de muitos peregrinos que rumam para Santiago de Compostela. As fachadas ostentam ainda brasões das armas e não são agre-

didas pelas placas dos bancos, restaurantes e lojas. Muitos dos estabelecimentos comerciais ficam nas antigas estrebarias dos animais. Não deixe de entrar em pelo menos um mercadinho para experimentar os queijos regionais e os salames de cervo, sublimes para quem gosta de pimenta. Ainda pontuam as ruas labirínticas museus como o da Tortura e o Diocesano Regina Coeli, com obras medievais e barrocas. Apesar do nome, Santillana del Mar não é banhada pelo oceano. Mas não fica tão longe dele. Na Cantábria, litoral e montanha às vezes se confundem. E as paisagens muitas vezes incluem pastos salpicados de vacas com o mar ao fundo. Comillas tem praia, ares bucólicos e uma bela arquitetura dos séculos 18, 19 e 20. Até o arquiteto catalão Antonio Gaudí por ali deixou sua marca em um edifício curvilíneo decorado com azulejos de girassóis e folhas verdes sobre tijolinhos à vista. Hoje no local funciona o restaurante El Capricho de Gaudí. E os neogóticos Palácio de Sobrellano e a Universidade Pontificia impõem sua presença no alto das colinas. Já San Vicente de la Barquera tem a paisagem típica de uma cidade marítima, com o mar repleto de barquinhos coloridos e restaurantes especializados em frutos do mar. Um deles é o Maruja, com ostras de dar água na boca, merluzas e enormes bandejas com lagostas, camarões e caranguejos.

RAIO X COMO CHEGAR Os vôos da Iberia (11/3218-7130, www.iberia.com) e da Va ri g ( 1 1 / 4 0 0 3 - 7 0 0 0 , w w w . v arig.com.br) para Bilbao, a partir de São Paulo, têm escala em Madri, e os bilhetes ida-e-volta custam respectivamente US$ 1.063 e US$ 1.090 para estada mínima de sete dias e máxima de três meses. ONDE DORMIR Gran Hotel Domine Bilbao: Alameda de Mazarredo, 61, Bilbao, tel. (34944) 253-300, www.granhoteldominebilbao.com. Na frente do Guggenheim, tem arquitetura inspirada num barco. Diárias a partir de 130 euros, sem café. Reservas na The Leading Hotels of the World, tels. (11) 32860755 e 08000-141819. Hotel Real: Perez Galdos, 28, Santander, tel. (34942) 27-2550, www.hotelreal.es. O clássico da cidade recebia os veranistas da Corte no início do século 20 e mantém decoração da época. Também conta com centro de talassoterapia. Diárias a partir de 180 euros, sem café da manhã. Reservas também The Leading Hotels of the World. Club de Calidad Cantábria Gran Reserva: tel. (34942) 208-280; www.calidadcantabria.com. Espécie de “roteiros de charme regional”, é uma associação de mansões, palácios, pousadas e hotéis, todos localizado na zona rural. A diária, por exemplo, na Posada Casa del Organista, perto de Santillana, é de 55 euros ( outubro a maio, exceto feriados), sem café.

s/nº, tel. (34942) 71-0077, San Vicente de la Barquera, www.restaurantemaruja.com.

Paradores de Espanha: te l . (3491) 516-6666, www.parador.es. Meios de hospedagem em monumentos históricos e locais charmosos. Alguns dos bascos e cantábricos são o de Santillana (diárias a 135 euros de março a outubro, sem café), num casarão típico da região; e o de Hondarribia (190 euros o ano todo, com café), num castelo do século 10. ONDE COMER Arzak: Av. Alcalde Jose Elosegui, 273, San Sebastián, tel. (34943) 278-465, www.arzak.es. Akelare: P. Padre Ircikaga, 56, San

Sebastián, tel. (34943) 112-09, www.akelarre.net Zor tziko: Alameda Mazarredo, 17, Bilbao, tel. (3494) 423-9743, www.zortziko.es. El Cenador de Amós: Pl. del Sol, s/nº, Villaverde de Pontones, tel. (34942) 50-8243, www.cenadordeamos.com. El Nuevo Molino: Ctra. Santander-Torrelavega, km 13, Puente Arce, tel. (32942) 57-5055, www.elnuevomolino.com. El Capricho de Gaudí: Parque del Sobrellano, s/nº , Comillas, tel. (34942) 72-0365. M aruja: Av. del Generalíssimo,

PACOTES L’Espace Tours: a parte terrestre desta viagem de duas semanas custa 5.958 euros por pessoa, incluindo três noites em Madri (Hotel Ritz); duas em Santander (Hotel Real); duas em Bilbao (Hotel Domine); seis em San Sebastián (Hotel Maria Cristina), além de café da manhã, traslados, passeios a Avila, Segóvia, Toledo, Santillana, Comillas, Guernica, Hernani, Pamplona, Hondarribia, Irun e Biarritz, city tour em Madri, Bilbao e San Sebastián e ingressos para os museus de Altamira, Guggenheim e Chillida Leku. Tel. (11) 3254-5050, www.lespacetours.com.br. Visual: 12 dias para o norte da Espanha, incluindo no roteiro as cidades de Zaragoza, San Sebastián, Bilbao e Santander, custam 1.195 euros por pessoa, com café, sete jantares e passeios. Sem parte aérea. Tel. (11) 3235-2000, www.visualturismo.com.br. FAÇA AS MALAS Informações turísticas: em São Paulo no Centro Oficial de Turismo Espanhol, tel. (11) 3675-2000. Na internet, www.paisvascoturismo.net (País Basco); www.turismodecantabria.com (Cantábria); www.spain.info (Espanha). Melhor época: o verão não é muito quente (temperatura média de 18ºC). O inverno fica em 8ºC. Outono e primavera são estações muito chuvosas.

Também localizada à beiramar, Santander, a capital da Cantábria, tem jeito de balneário chique. No início do século 20 era destino de veraneio da Corte e ainda preserva marcos do período. Como o Hotel Real, com mobiliário da época da construção, em 1917. Ou o Palacio de la Madaglena, de es-

tilo vitoriano e hoje palco de congressos. Ele fica num belo parque público que conta com zoológico e uma linda vista do Mar Cantábrico. Esse pedaço de oceano é o tema do Museu Marítimo do Cantábrico. Ali dá para fazer um passeio bem interessante pela evolução da tecnologia naval dos séculos 16 ao 19, observar aquários, se surpreender com uma sardinha de duas cabeças conservada em formol, deparar-se com o esqueleto de uma baleia capturada em 1898 e conhecer as histórias dos antigos pescadores da região. (M.D.V.)

Pintxos e outras delícias de boteco Maristela do Valle

No norte, as famosas tapas têm uma variação mais sofisticada

O

norte da Espanha consome culinária de primeira até na hora da balada. Quando saem para bater papo, os habitantes de San Sebastián, Bilbao ou Santander não comem simples tapas, como no resto da Espanha, mas pintxos, uma variação mais sofisticada do famoso tira-gosto. Tão requintada que ganhou o apelido de alta cozinha em miniatura. Os bares concorrem no quesito criatividade, beleza e, claro, sabor. Dá pena desmanchar alguns deles, de tão belos e harmônicos. Mas basta experimentá-los para devorar um atrás do outro. Os pintxos têm tamanhos variados e vão de um palito recheado com azeitona, queijo e cereja a uma rodela de baguete com maionese, salmão defumado, uma ponta de queijo cremoso e caviar. Aliás, o pão

crocante é a base de vários deles e sustenta também outras delícias como aliche, graúdos champignons, tenros presuntos ibéricos etc. As iguarias ficam nos balcões dos bares para que o freguês se sirva à vontade. Antes de ir embora, informa ao atendente o que consumiu, paga a conta e ruma para outro bar onde repete o ritual. Trata-se de uma refeição barata, gostosa, variada, original e sem horário para começar nem terminar. Pode servir de aperitivo antes do almoço, durar a tarde toda ou adentrar a madrugada. Para acompanhar os petiscos, as preferências nacionais são o txikito (copo baixo e largo de vinho) ou o zurito (copo pequeno de cerveja). Mas é melhor optar por um ou outro – para o bem do seu fígado. (M.D.V.)


quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, 20, 21, 22 e 23 de abril de 2006

Nacional Empresas Tr i b u t o s Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3

20 MIL DECLARAÇÕES DO IR NA MIRA DA RECEITA

O fato de não reajustar a tabela é como se tivesse criado um novo imposto de maneira disfarçada. Silvana Mendes Campos, diretora do Unafisco

Monalisa Lins/AE

MORDIDA INGRATA Site calcula prejuízos das pessoas físicas com a falta de correção da tabela do IR

P

ara mostrar às pessoas físicas o tamanho da mordida indevida do Leão por conta da falta de reajuste, pela inflação, da tabela do Imposto de Renda nos últimos dez anos, o Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Unafisco) lançou o site www.correcaodatabela.com.br. Em uma simulação, é possível constatar que uma p e s s o a c o m Divulgação renda anual de R$ 50 mil, d o i s d e p e ndentes e R$ 500 de despesas médicas, pagará na declaração de 2006, ano-calendário de 2005, R$ 3,12 mil a mais do que pagaria se a tabela estivesse atualizada – ou seja, um acréscimo de 75,66%. Com o site, os auditores fiscais esperam mobilizar a população para pressionar o governo em busca de uma atualização completa da tabela de acordo com a inflação. Pelos cálculos da entidade, a defasagem é de 46,84%, mesmo com os últimos reajustes feitos pelo governo federal. "O reajuste deste ano, válido para 2006, de 8% foi o mesmo dado ao salário mínimo, ou seja, ele não ocorreu", diz a diretora de comunicação do Unafisco, Silvana Mendes Campos.

Silvana afirma que o congelamento da tabela de isenções e deduções do IR é outra ilegalidade. "O governo precisa de uma lei para criar um imposto. O fato de não reajustar a tabela é como se tivesse criado um novo tributo de maneira disfarçada. Na verdade, ele conta no orçamento anual com um valor que não deveria existir, já pressupondo

No site, além da simulação, é possível acessar estudo do Unafisco

que não dará o reajuste pleno de inflação", sentencia. A solução, segundo ela, seria editar uma Medida Provisória para corrigir a defasagem de quase 47%, já que, para beneficiar os consumidores e reduzir impostos, não é necessária a promulgação de uma lei. Outro dado ressaltado no "estudo técnico sobre a correção da tabela", também dispo-

nível no site, é a necessidade de reajuste das deduções do Imposto de Renda relacionadas às despesas com educação e aos dependentes. De acordo com a Constituição Federal, a tributação deve ocorrer de forma proporcional à capacidade contributiva de cada cidadão, consideradas as necessidades básicas, como saúde e educação. "O que acontece com as pessoas físicas é que s u a s d e s p esas não são reais. Ao contrário do que ocorre com as jurídicas, que têm o imposto aplicado sobre o lucro, nas físicas ele não é aplicado sobre a renda líquida. Cada cidadão só poderia ser trib u t a d o d epois que todas essas necessidades básicas fossem satisfeitas. E hoje os valores dedutíveis para elas são irrisórios", opina a auditora. De acordo com estudos do sindicato, em janeiro de 1995, quem recebia até 10,48 salários mínimos estava livre do pagamento do Imposto de Renda. Atualmente, mesmo com os reajustes, são isentas as pessoas que ganham até 3,59 salários. Clarice Chiquetto

Fiscais apreendem computadores e documentos em escritório localizado no Ipiranga

BLITZ Receita descobre uma "fábrica de fraudes"

U

ma quadrilha especializada em fraudar declarações do Imposto de Renda da Pessoa Física em São Paulo e Santo André foi desmantelada ontem de manhã por cerca de 50 servidores da Receita Federal e Polícia Federal. A operação, chamada de Sansão, também contou com o apoio do Ministério Público Federal. Acreditase que 20 mil declarações têm indícios de fraude, com autuações que podem chegar a R$ 100 milhões. É uma das maiores operações do tipo já realizadas pelo Fisco. Pelo menos 30 computadores, além de disquetes e documentos, foram apreendidos somente em um escritório, em São Paulo, localizado no bairro do Ipiranga. Na hora em que a polícia chegou, 42 digitadores trabalhavam no local. A firma, que era comandada por Sérgio Ricardo de Carvalho, de 43 anos, não possui Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). Os outros dois escritórios em Santo André, da mesma família, também eram chefiados por autônomos. De acordo com a Receita, o grupo oferecia seus serviços em lugares com aglomerados de

pessoas. Também fazia uso de mala-direta. Entre os documentos apreendidos, foram encontrados diversos recibos médicos assinados e em branco. De acordo com o Fisco, o escritório comandado por Carvalho também criava dependentes e pensões alimentícias para aumentar a restituição do declarante, além de recibos de instituições de ensino. "Era uma fábrica de fraudes", disse Paulo Jackson, superintendente-adjunto da Receita Federal em São Paulo. Segundo ele, eram feitas diariamente cerca de 30 declarações. As contribuições com indícios de fraudes vêm desde 2003. A investigação foi iniciada há dois meses pelo setor de inteligência da Receita, que cruzou dados para identificar as fraudes. O escritório foi um primeiro alvo por apresentar uma grande quantia de declarações identificadas pelos endereços dos computadores – cada máquina tem um registro, chamado IP, o que possibilita a identificação. Os contribuintes serão autuados e poderão recorrer. Eles também poderão ser indiciados por crime contra a ordem tributária, sonegação fiscal e formação de quadrilha. (AE)


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

Habitação Te c n o l o g i a Campo Ciências

quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, 20, 21, 22 e 23 de abril de 2006

NA FAZENDA COQUEIROS, NO RS, QUEIMA DE CASEBRES

Flávio Neves/AE

Protesto e fogo nos dez anos do massacre de Carajás

Cerca de 150 índios e 300 sem-terra pararam o tráfego ontem na BR-101 em Santa Catarina, pedindo a demarcação de terras indígenas

C Aquarius Holdings S.A. Empresa da Organização Bradesco CNPJ 04.866.440/0001-87 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP Relatório da Diretoria

Demonstração do Resultado – Em Reais mil Exercícios findos em 31 de dezembro 2005 2004

Senhores Acionistas, Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas. o Balanço Patrimonial, bem como as Demonstrações do Resultado, das Mutações do Patrimônio Líquido e das Origens e Aplicações de Recursos, relativos ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, acompanhados das Notas Explicativas e Relatório dos Auditores Independentes sobre a revisão limitada. Colocamo-nos à disposição de V.Sas. para quaisquer esclarecimentos que julgarem necessários. Cidade de Deus, 21 de fevereiro de 2006 Diretoria

Balanço Patrimonial em 31 de dezembro – Em Reais mil ATIVO

2004

PASSIVO

CIRCULANTE ..................................... Disponibilidades ............................... Bancos ............................................... Aplicações Financeiras ....................

2005 10.625 5.814 2 5.812

340.413 340.413 1.300 339.113

CIRCULANTE ..................................... Obrigações Fiscais e Previdenciárias

17.858 4.200

1.288 1.288

Dividendos Propostos a Pagar ........

13.658

Outros Créditos ................................. Títulos e Valores Mobiliários ........... Dividendos a Receber ...................... Tributos a Compensar ou a Recuperar

4.811 378 479 3.954

– – – –

REALIZAVEL A LONGO PRAZO ...... Outros Créditos ................................. Créditos Tributários ............................

– – –

365 365 365

ATIVO PERMANENTE ...................... Investimentos em Coligadas ...........

391.281 391.281

12.978 12.978

TOTAL ..................................................

401.906

353.756

2005

2004

PATRIMÔNIO LÍQUIDO ...................... Capital:

384.048

352.468

- De Domiciliados no País ............... - De Domiciliados no Exterior ..........

24.605 –

12.302 12.303

Reservas de Capital ......................... Reservas de Lucros ..........................

315.595 43.848

328.573 –

Prejuízos Acumulados .....................

(710)

TOTAL ..................................................

401.906

353.756

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – Em Reais mil RESERVA DE CAPITAL

CAPITAL SOCIAL

EVENTOS

ÁGIO NA EMISSÃO DE AÇÕES

RESERVAS DE LUCROS

LUCROS/ (PREJUÍZOS) ACUMULADOS ESTATUTÁRIA

LEGAL

TOTAIS

SALDOS EM 31.12.2003 ........................................

1

(1)

AUMENTO DE CAPITAL .........................................

24.604

24.604

ÁGIO NA EMISSÃO DE AÇÕES ............................

328.573

328.573

PREJUÍZO DO EXERCÍCIO ....................................

(709)

(709)

SALDOS EM 31.12.2004 ........................................

24.605

328.573

(710)

352.468

BAIXA DE RESERVAS ...........................................

(12.978)

(12.978)

LUCRO DO EXERCÍCIO ..........................................

58.216

58.216

2.875

40.973

(43.848)

(13.658)

(13.658)

40.973

384.048

DESTINAÇÕES: RESERVAS ..............................................................

DIVIDENDOS PROPOSTOS ...................................

SALDOS EM 31.12.2005 ........................................

24.605

315.595

2.875

RECEITAS OPERACIONAIS ............ Receitas Financeiras.. ...................... Juros Ativos ....................................... Resultado de Equivalência Patrimonial ...............................................

65.941 16.300 378

214 214 –

49.263

DESPESAS OPERACIONAIS ......... Despesas Tributárias ........................ Despesas Gerais e Administrativas.

1.696 1.596 100

1.288 1.288 –

RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO ..............................

64.245

(1.074)

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL .............................

(6.029)

365

LUCRO/(PREJUÍZO) DO EXERCÍCIO

58.216

(709)

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos – Em Reais mil Exercícios findos em 31 de dezembro 2005 2004 ORIGEM DOS RECURSOS .............. RECURSOS PROVENIENTES DAS OPERAÇÕES ................................... LUCRO DO EXERCÍCIO .................... AJUSTES AO LUCRO LÍQUIDO ....... Resultado de Equivalência Patrimonial ............................................... RECURSOS DE ACIONISTAS ......... Aumento de Capital Social .............. Reserva de Ágio na Emissão de A ç õ e s ............................................... RECURSOS DE TERCEIROS .......... Diminuição do Realizável a Longo Prazo ................................................ Dividendos a Receber ...................... Juros sobre o Capital Próprio Recebidos de Coligadas ......................... Investimentos .................................... APLICAÇÃO DOS RECURSOS ....... Prejuízo do Exercício ....................... Dividendos Propostos ........................ Investimentos .................................... Baixa de Reservas ............................ Aumento no Realizável a Longo Prazo REDUÇÃO/ (AUMENTO) NO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO ....................

25.597

353.177

8.953 58.216 (49.263)

– – –

(49.263) – –

– 353.177 24.604

– 16.644

328.573 –

365 479

– –

2.822 12.978 371.955 – 13.658 345.319 12.978 –

– – 14.052 709 – 12.978 – 365

(346.358)

339.125

VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO: ATIVO CIRCULANTE ......................... (329.788) No Início do Exercício ...................... 340.413 No Fim do Exercício ......................... 10.625 PASSIVO CIRCULANTE ................... 16.570 No Início do Exercício ...................... 1.288 No Fim do Exercício ......................... 17.858 REDUÇÃO/(AUMENTO) NO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO .................. (346.358)

340.413 – 340.413 1.288 – 1.288 339.125

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras 1) CONTEXTO OPERACIONAL A Aquarius Holdings S.A. é uma sociedade que tem por objetivo a participação como sócia ou acionista em outras sociedades, bem como a aquisição e transferência de participações acionárias. A Aquarius Holdings S.A. é parte integrante da Organização Bradesco, utilizando-se de seus recursos administrativos e tecnológicos e suas demonstrações financeiras devem ser entendidas neste contexto. 2) APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refere à constituição de provisões. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas. 3) PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Apuração do resultado As receitas e despesas são apropriadas de acordo com o regime de competência, observando-se o critério “pró-rata” dia para as de natureza financeira. b) Ativos e Passivos Os ativos foram demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias (em base “pro-rata” dia) auferidos, sendo que as quotas de fundos de investimento são valorizadas pelo valor da quota informada pelo administrador do fundo investido. A operação a

termo de moeda está valorizada mediante a apuração da diferença entre a taxa de câmbio a termo pactuada e a taxa de câmbio no mercado a vista, aplicadas sobre o valor base da contratação (“ pro-rata ” dia). Os passivos incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e variações monetárias (em base “pro-rata” dia) incorridos. c) Investimentos Os investimentos são avaliados pelo método de equivalência patrimonial. d) Imposto de Renda e Contribuição Social A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida de adicional de 10%, quando aplicável. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes. Os créditos tributários sobre prejuízo fiscal e base negativa são registrados pelo seu valor provável de realização com base nas alíquotas acima. 4) APLICAÇÕES FINANCEIRAS A carteira de aplicações financeiras está representada em 31 de dezembro de 2005 por cotas de Fundos de Investimentos no montante de R$ 5.812 mil (R$ 339.113 mil em 2004).

5) TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS Está representado pelo diferencial a receber da operação a termo de moeda sem entrega fisíca com vencimento para 03 de julho de 2006, firmado com o Banco Bradesco S.A. Data de Contratação

Data de Vencimento

Valor Base em Moeda de Referência - US$

Prazo - Dias

Taxa de Câmbio - R$

29/12/2005

03/07/2006

40.000.000

186

2,4648

Diferencial a Receber - R$ mil

Comprador Banco Bradesco S.A.

378

6) INVESTIMENTOS Os ajustes decorrentes da avaliação pelo método de equivalência patrimonial dos investimentos foram registrados em contas de resultado, sob a rubrica de “Resultado de Equivalência Patrimonial” e corresponderam no exercício findo em 31 de dezembro de 2005 a R$ 49.263 mil. R$ mil Empresas coligadas

Patrimônio líquido ajustado

Capital social

Quantidade de ações/cotas possuídas (em milhares) O.N. P.N. Cotas

Participação no capital social - %

Lucro líquido ajustado

Valor do investimento

Ajuste decorrente de avaliação

Nova Marília Adm. de Bens Móveis e Imóveis Ltda. (1) ........ IRB - Brasil Resseguros S.A. (1)(2)

469.264 750.000

485.520 1.625.836

– –

– 212

44.381 –

9,45 21,24

21.320 288.081

45.921 345.360

6.400 42.863

TOTAL GERAL ...............................

391.281

49.263

(1) Dados relativos a 31 de dezembro de 2005. (2) Com o objetivo de manter a consistência nas informações anteriormente divulgadas nas Demonstrações Financeiras Consolidadas do Banco Bradesco S.A., disponibilizadas ao mercado em 21 de fevereiro de 2006, e conforme previsto no artigo no 248 da Lei 6.404/76, o investimento da coligada IRB - Brasil Resseguros S.A. foi avaliado com base nas informações financeiras de 30 de novembro de 2005. Caso fosse considerada a informação de 31 de dezembro de 2005, publicadas em 24 de fevereiro de 2006, o Lucro Líquido e o Patrimônio Líquido da Aquarius Holdings S.A. seriam aumentados em R$ 26.275 mil e R$ 20.035 mil, respectivamente. 7) PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) O capital social, totalmente subscrito e integralizado, é dividido em 12.302.555 ações, ordinárias-escriturais, sem valor nominal. b) Através de Instrumento Particular de Alteração do Contrato Social de 13.12.2004, deliberou-se pela transformação do tipo societário, de sociedade comercial por cotas de responsabilidade limitada em sociedade anônima, modificando a sua denominação social de Aquarius Holdings Ltda. para Aquarius Holdings S.A., transformandose as 1.000 (mil) cotas, representativas do Capital Social de R$ 1 mil, em 1.000 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal. Deliberou-se neste Instrumento, aumentar o Capital Social no valor de R$ 12.301 mil, elevando-o de R$ 1 mil para R$ 12.302 mil, mediante a emissão de 12.301.555 novas ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, das quais 10.512.110, foram subscritas e integralizadas pela acionista Bradesco Vida e Previdência S.A. , mediante a conferência de 269.178.552 ações ordinárias, nominativas-escriturais, de emissão da Companhia

Siderúrgica Belgo Mineira, representativas da totalidade da participação da Bradesco Vida e Previdência S.A., no capital daquela Sociedade, avaliadas pelo critério do valor contábil em R$ 10.512 mil levado à conta Capital e 1.789.445, foram subscritas pela acionista admitida, Bradesco Capitalização S.A., com expressa renúncia da acionista Bradesco Vida e Previdência S.A. aos direitos de subscrição das referidas 1.789.445 novas ações, mediante a conferência de 45.821.448 ações ordinárias, nominativas-escriturais, de emissão da Companhia Siderúrgica Belgo Mineira, avaliadas pelo critério do valor contábil em R$ 2.465 mil, dos quais R$ 1.789 mil foi levado à conta Capital e R$ 676 mil, foram levados à conta de “Reserva de Ágio na emissão de ações”. c) A Assembléia Geral Extraordinária de 30 de dezembro de 2004 deliberou alterar o Estatuto Social, no artigo 5o, transformando as 12.302.555 ações ordinárias em ações ordinárias classe A, incluindo a possibilidade de emissão de ações ordinárias classe B, conversíveis em ações preferenciais-resgatáveis, nominativasescriturais, sem valor nominal e aumentar o Capital Social no valor de R$ 12.303 mil, elevando-o de R$ 12.302 mil para R$ 24.605 mil, com a emissão de 12.302.556‘novas ações ordinárias classe B, conversíveis em ações preferenciais-resgatáveis, nominativasescriturais, sem valor nominal, totalizando R$ 340.200 mil, dos quais R$ 12.303 mil, foi levado à conta Capital e R$ 327.897 mil, foram levados à conta de “Reserva de Ágio na emissão de ações”. d) A Assembléia Geral Extraordinária de 3 de fevereiro de 2005 deliberou a conversão de 12.302.556 ações ordinárias, nominativasescriturais, classe B, sem valor nominal, detidas pela acionista Arcelor Spain Holding S.L., em ações preferenciais-resgatáveis, nominativas-escriturais, sem valor nominal e o resgate das

Diretoria Cidade de Deus, Osasco, SP, 21 de fevereiro de 2006.

Diretoria Diretor-Presidente Luiz Carlos Trabuco Cappi

Diretores Samuel Monteiro dos Santos Júnior Marcos Suryan Neto Ivan Luiz Gontijo Júnior Haydewaldo Roberto Chamberlain da Costa

Silvio José Alves Contador CRC 1SP202567/O-5

60 propriedades rurais foram ocupadas este ano no estado de Pernambuco e 88 em 2005

12.302.556 ações preferenciais-resgatáveis, nominativasescriturais, sem valor nominal, em nome da acionista Arcelor Spain Holding S.L., mediante a transferência à referida acionista detentora da totalidade das preferenciais - resgatáveis, nominativasescriturais, sem valor nominal, de 315.000.000 ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, de emissão da Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira, de propriedade da Sociedade, pelo valor contábil de R$ 12.978 mil, com a utilização de Reservas de Capital, sem redução do capital social. e) As reservas de lucros são constituídas obrigatoriamente, como segue: reserva legal a base de 5% do lucro líquido do exercício, até atingir 20% do capital social realizado ou 30% do capital social, acrescido das reservas de capital. Após esse limite a apropriação não mais se faz obrigatória. A reserva legal somente poderá ser utilizada para aumento de capital ou para compensar prejuízos; a reserva estatutária objetiva a manutenção da margem operacional compatível com o desenvolvimento das operações ativas da Sociedade e pode ser constituída em 100% do lucro líquido remanescente após destinações, sendo o saldo limitado a 95% do capital social integralizado. f) Conforme disposição estatutária, aos acionistas estão assegurados dividendos que correspondam, no mínimo, a 25% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da lei societária.. No exercício, foram propostos dividendos no montante de R$ 13.658 mil, que correspondem a R$ 1.110,00 por lote de mil ações, registrados na rubrica “Dividendos Propostos a Pagar”. O cálculo dos dividendos relativos ao exercício de 2005, está demonstrado a seguir: R$ mil

% (1)

Lucro do Exercício ............... 58.216 Prejuízos Acumulados ........ (710) Reserva Legal ...................... (2.875) Base de Cálculo ................... 54.631 Dividendos Propostos em 2005 ..................................... 13.658 25,0 (1) Percentual dos dividendos aplicados sobre a base de cálculo. 8) TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS As transações com partes relacionadas são efetuadas em condições e taxas compatíveis com as médias praticadas com terceiros, vigentes nas datas das operações e estão assim representadas: Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Bancos (a) ................................... Títulos e Valores Mobiliários (Operação a Termo) (a) .............

2

1.300

378

(a) Transações com o Banco Bradesco S.A. 9) IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social: Em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Resultado antes da tributação sobre o lucro (imposto de renda e contribuição social) ... Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente ....................... Resultado de equivalência patrimonial ................................ Imposto de renda e contribuição social do exercício ..........

64.245

(1.074)

(21.843)

365

15.814

(6.029)

365

10) OUTRAS INFORMAÇÕES a) Obrigações Fiscais e Previdenciárias, referem-se, a Imposto de Renda no montante de R$ 4.158 mil e Contribuição Social de R$ 42 mil. b) Despesas Tributárias, referem-se, basicamente, a CPMF no montante de R$ 1.329 mil (R$ 1.288 em 2004), COFINS no montante de R$ 215 mil e PIS no montante de R$ 47 mil.

Relatório dos auditores independentes sobre a revisão limitada Aos Acionistas e Diretores da Aquarius Holdings S.A. Osasco - SP Efetuamos revisões limitadas dos balanços patrimoniais da Aquarius Holdings S.A., levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004, e das respectivas demonstrações de resultados, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos para os exercícios findos naquelas datas, elaboradas sob responsabilidade de sua administração. As demonstrações financeiras da empresa coligada IRB - Brasil Resseguros S.A., relativa ao exercício findo em 31 de dezembro de 2005, cujos valores estão detalhados na Nota Explicativa nº 6, foi examinada por outros auditores independentes, e nossa revisão limitada, no que diz respeito aos valores do investimento e dos resultados decorrentes dessa coligada, está baseada no parecer desses auditores. Nossas revisões foram efetuadas de acordo com as normas específicas estabelecidas pelo IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil e consistiram principalmente, na aplicação de procedimentos de revisão analítica dos saldos

financeiros e na averiguação dos critérios adotados na elaboração das demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2005 e 2004 junto aos responsáveis pelas áreas contábil e financeira. Considerando que estas revisões não representaram exames de acordo com as Normas de Auditoria Independente das demonstrações financeiras, não estamos expressando uma opinião sobre as referidas demonstrações financeiras. Baseados em nossas revisões limitadas e no parecer de outros auditores independentes, não temos conhecimento de qualquer modificação relevante que deva ser efetuada nas demonstrações financeiras referidas no primeiro parágrafo, para que as mesmas estejam de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 10 de abril de 2006

Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6

Cláudio Rogélio Sertório Contador CRC 1SP212059/O-0

erca de 300 trabalhad o re s l i g a d o s a o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) queimaram hoje 19 casebres de madeira e atearam fogo em lotes de madeira armazenados na serraria da Fazenda Coqueiros, em Coqueiros do Sul, noroeste do Rio Grande do Sul. Foi uma reação à ordem judicial de desocupação da propriedade, cumprida à tarde pela Brigada Militar. Os barracos haviam sido erguidas pelos sem-terra para marcar os dez anos do massacre de Eldorado de Carajás (PA), em 17 de abril de 1996, quando policiais militares mataram 19 trabalhadores rurais. Segundo a polícia militar, os sem-terra utilizaram coquetéis molotov para provocar o incêndio. O fogo foi controlado com o auxílio de máquinas agrícolas e por uma equipe do Corpo de Bombeiros de Coqueiros do Sul. Não houve confronto. O grupo que havia invadido a fazenda para fazer o protesto foi deslocado para uma área arrendada pelo MST ao lado da propriedade. No início de março, cerca de 1.800 pessoas ligadas ao MST invadiram a fazenda Coqueiros, na mesma semana em que se realizava, em Porto Alegre, a II Conferência Internacional sobre Reforma Agrária e Desenvolvimen-

to Rural. A ocupação na época durou dez dias. Santa Catarina - Em Biguaçu, Santa Catarina cerca de 150 índios e 300 integrantes do Movimento dos Trabalhadores sem Terra (MST) interditaram a BR-101 ontem. Os índios atearam fogo a pneus e árvores em uma das pistas. A outra foi ocupada pelos sem-terra, impedindo a passagem dos veículos, provocando congestionamento nos dois sentidos. Índios e sem-terra reivindicavam demarcação de terras indígenas. Conflitos no campo - Uma publicação elaborada pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) indica que cerca de 60 propriedades rurais foram ocupadas este ano no estado de Pernambuco por agricultores ligados a 16 movimentos sociais. O estudo revela também que, no ano passado, ocorreram 88 ocupações em propriedades rurais do estado, que resultaram em 106 conflitos e despejos de 2.185 de famílias. O livro, intitulado "Conflitos no Campo Brasil 2005", traça um perfil da violência, envolvendo questões agrárias no País. O estudo será lançado em Recife amanhã , às 10hs, na sede da Escola Superior do Ministério Público. Participam da solenidade representantes dos indígenas, quilombolas e trabalhadores rurais. (AE-ABr)

MST libera fazenda no Paraná

O

s integrantes do MST desbloquearam ontem entrada da fazenda-modelo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em Ponta Grossa, no Paraná. A chegada de cerca de 60 integrantes ocorreu por volta das 7h de terça-feira e impediu o trabalho dos técnicos e a colheita no campo experimental, que pesquisa produtos geneticamente modificados. O gerente local da Embrapa no Paraná, Osmar Beckert, disse que a ocupação não gerou prejuízos físicos, mas causou danos aos experimentos feitos pela fazenda-modelo. "Deixamos de colher sementes geneticamente modificadas de soja, alguns ensaios de feijão e outras culturas", lamentou Beckert. A negociação para a retirada dos sem-terra só foi concluída na noite de terça-

feira, após a confirmação de uma reunião que vai ocorrer hoje, às 11 horas, com representantes do Incra e da Embrapa em Curitiba. O superintendente do Incra no Paraná, Celso de Lacerda, deve negociar com a Embrapa a compra de uma área de 618 hectares, onde estão localizados dois assentamentos dos sem-terra com 200 famílias. A área foi ocupada desde o final de 2003 e já foi alvo de outras manifestações. Com mais essa ocorrência, o Paraná lidera o ranking no Sul do País em casos de conflitos agrários . Segundo dados da Comissão Pastoral da Terra, houve 49 ocorrências envolvendo o MST em 2005. O Paraná também registrou 36 ocupações em 2005, envolvendo cinco mil famílias, posicionando-se em quinto Estado nesse ranking. (AG)

Fórum Social começa em PE

O

s 10 anos do massacre de Eldorado dos Carajás (PA), no qual 19 sem-terra foram mortos por policiais, um dos motivos dos saques, ocupações e protestos feitos pelo MST em vários Estados, será tema de uma atividade da programação do II Fórum Social Brasileiro (FSB), que começa hoje e vai até domingo, no Recife. A programação do Fórum começa na rua, com uma grande marcha, à tarde, pelo centro do Recife. A expectativa é de grande congestionamento. Os filhos dos sem-terra formam a comissão de frente da marcha, que deve reunir duas mil pessoas. Os sem-terra entrarão na cidade pelo

Terminal Integrado de Passageiros, no bairro do Curado, num trajeto de cerca de cinco quilômetros até à Cidade Universitária, onde ocorrerá o FSB. Na Praça do Derby, os trabalhadores se juntam às cerca de 550 entidades que participam do evento. "Caminhos para um outro mundo possível - a experiência brasileira" é o tema do II FSB, que abordará a experiência brasileira nos últimos dez anos sob a avaliação e visão dos movimentos e redes sociais. Ocupações - Integrantes do MST fizeram mais duas ocupações no início da semana, totalizando 33 invasões em Pernambuco desde 5 de março. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 -.TURISMO

quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, 20, 21, 22 e 23 de abril de 2006

BRASIL

Viagem gourmet também em Campos Nesta cidade da Serra da Mantiqueira, a tradicional cervejaria Baden-Baden lançou um festival gastronômico inédito. A cada mês, um renomado chef – como Laurent Suaudeau e Paulo Martins – prepara um menu especial usando a cerveja como ingrediente e acompanhamento Por Sonaira San Pedro Divulgação

A

choperia mais tradicional de Campos do Jordão não esperou o inverno chegar para lançar a novidade: é o Baden-Baden Gourmet Fest. Todo mês, o evento vai trazer um grande nome da alta gastronomia para desenvolver menu especial, com as mais diversas culinárias e ingredientes, e ainda harmonizá-lo com os sabores da cerveja artesanal Baden-Baden. “Não se fazem somente degustações com vinhos”, diz Vasco Vasconcelos, que fundou a cervejaria há 21 anos. “Uma cerveja refinada pode ocupar o lugar de um bom vinho num banquete, e não deixar nada a desejar”. E ele tem razão. São nove sabores diferentes de cervejas produzidas dentro dos conceitos de fabricação de bebidas especiais, as chamadas gourmet. Quem abre o festival e personaliza o menu da choperia neste mês é o chef francês Laurent Suaudeau, à frente da Escola de Arte Culinária que leva seu nome. No jantar, chegam à mesa salsichão de camarão ao molho de cerveja e arroz preto, servidos com Baden-Baden Bock. O grão escuro é novidade e tem chamado a atenção “É claro que eu volto mês divulgado, mas é bem possível dos degustadores mais ante- que vem para provar do novo que ele traga influências gasnados. A receita de perdiz cardápio”, disse a empresária tronômicas da sua terra natal, a laqueada com cerveja preta paulistana Fabiana D’Avila. região Norte do Brasil. e chucrute caseiro é o ponto Ela se referia às combinações Quando o inverno chegar – alto do banquete de Laurent. gastronômicas que o chef flu- No mês de julho, quando cada A carne, bem cozida e tem- minense Danio Braga deve pedaço de Campos do Jordão é perada, desmancha na boca. preparar para os jantares de mais badalado que nunca, Sofisticação – E a quem comandará os sobremesa, exclusijantares será o chef alevíssima, equilibra mão Hermann Fritz. sorvete de pão de mel Ele vem especialmene geléia de cerveja. te nessa época por ter “Criei esse cardápio sido diplomado em baseado no paladar Baden-Baden, cidade sofisticado da cerveja que produz das meBaden-Baden”, diz o lhores bebidas da Alechef. “Quis combinar manha e inspirou o o menu com a atmosnome da cerveja carrofera requintada de chefe do festival gasCriações de Laurent: perdiz laqueada (no topo) e Campos do Jordão”. tronômico. salsichão de camarão (acima) E quem prova dos A primeira edição do pratos elaborados peBaden-Baden Gourlos chefs não vai precisar sentir maio. Braga comanda o restau- met Fest fecha com menu de ousaudades dos sabores do festi- rante Locanda Della Mimosa, ro e estrelas no guia Michelin. val quando voltar para casa. em Petrópolis (RJ), citado no São as receitas do chef suíço GilNo dia seguinte ao lançamento Guia Quatro Rodas como um les Dupont, do restaurante Lion do menu do mês, cada chef vai dos melhores do País. D’Or de Genebra, que se destaministrar uma aula-show no O terceiro mestre-cuca a lan- cam no cardápio da choperia. Senac de Campos do Jordão e çar receitas na Baden-Baden é Com tantos aromas e sabores, passar a receita que mais agra- o paraense Paulo Martins, à sempre regados a cervejas sofisdou os paladares do público frente do restaurante Lá em ticadas, difícil é apreciar os jandurante o jantar. Casa. O cardápio ainda não foi tares com moderação. Dois dos chefs que participam do festival gastronômico e das aulas-show com suas invenções na cozinha: o francês Laurent (ao lado), que abriu o evento e fica o mês inteiro, e o fluminense Danio Braga (abaixo), o segundo a mostrar suas habilidades na arte dos sabores

RAIO X COMO CHEGAR A partir de São Paulo, siga pela Rodovia Ayrton Senna, e depois pela Rodovia Presidente Dutra até o km 117. Dali, pegue a Rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro, que leva até Campos do Jordão. ONDE DORMIR Canadá Lodge: Rua Dep. Plínio

de Godói, 403, Vila Capivari tel. (12) 3663-1677. Rodeado por jardins, tem banheiro com piso aquecido, videoteca e DVD nos quartos. Diárias para casal a R$ 463. Pousada Villa Capivary: Avenida Dr. Victor Gordinho, 131, Vila Capivari, tel. (12) 3663-1736. Sala com lareira e

jardim com fontes, onde é servido o farto café da manhã. Pacotes de fim de semana a R$ 660 para o casal, com café da manhã incluído. ONDE COMER Baden-Baden: Rua Djalma Forjaz. 93, Vila Capivari. Reservas pelo tel. (12) 3663-3610.

A cervejaria Baden-Baden é um dos lugares mais famosos da badalada Campos. Além do charmoso ponto de encontro, a marca possui em Capivari as instalações para a elaboração dos nove tipos da bebida

Divulgação/Panrotas

Rede gaúcha põe o pé em São Paulo

C

om seis anos de mercado, a rede hoteleira gaúcha Intercity achava que era hora de chegar a São Paulo – seja pelo amadurecimento de seus produtos e consolidação de sua marca no sul do País, seja pelos pedidos dos clientes, já que a capital paulista é o maior pólo de negócios do País. A oportunidade de administrar o atual Blue Tree Ibirapuera, em Moema, bairro nobre de São Paulo, foi agarrada com unhas e dentes pelo diretor da Intercity, Alexandre Gehlen, que já havia chegado à final na concorrência pelo antigo Mercure Downtown, hoje Comfort, da rede Atlantica. Valeu esperar, pois a localização do hotel de Ibirapuera, com 206 apartamentos, é mais nobre. Hoje, a Intercity tem dez hotéis (três em Porto Alegre, sede da empresa, dois em Gramado, incluindo o tradicional Bavária, e um em Florianópolis, Caxias do Sul, Cuiabá, Gravataí e Jundiaí) e o Intercity Premium Ibirapuera (com este nome a partir de 1° de maio) será o 11°. A rede usa as marcas Express, Intercity e Premium, tem cinco hotéis próprios, mas no caso da administração para terceiros pode não usar as marcas, como acontece com o Bavária, de Gramado, e o Piazza Navona Flat, de Porto Alegre. Na capital gaúcha, aliás, a rede tem as bandeiras Express, Premium e o flat. Segundo Gehlen, a gestão de tecnologia é um dos diferenciais da rede, pois traz economia de custos, maior eficiência no front office e no back office e melhores serviços. A parte de custos pode ser avaliada com a unificação dos sistemas, maior eficiência na geração e controle de relatórios e em equipamentos de última geração. Os melhores serviços incluem banda larga gratuita para todos os hóspedes nos apartamentos, o e-Café com wireless, chat e área restrita para os agentes de viagens no site (onde eles podem ver disponibilidade, tarifas negociadas e ter todo o atendimento), entre outras inovações. As agências de viagens respondem por 60% das vendas da rede, segundo estimativas de Alexandre Gehlen, e a intenção é aumentar a parceria com os agentes. Em São Paulo fica o escritório de vendas

Alexandre Gehlen, diretor da Intercity: poucas mudanças no novo hotel na Avenida Ibirapuera e projetos para parcerias com os agentes de viagens

da Intercity, que mantém sua sede em Porto Alegre. Fanny Cutrale é a gerente e comanda as vendas de todo o País. Projetos Segundo Gehlen, o Intercity Premium Ibirapuera não será o último da rede em São Paulo, mas “estamos buscando um crescimento sólido, com responsabilidade”. Ou seja, a rede vai estar onde houver demanda. Por isso, estuda chegar ao Rio de Janeiro – atualmente o filé mignon da hotelaria nacional –, Manaus e Brasília. A rede pode tanto entrar nesses mercados administrando hotéis (novos ou conversões) ou com investimento próprio. Não deverá haver mudanças físicas no hotel da Avenida Ibirapuera, apenas na gestão e obviamente na padronagem de material e sinalização. Perfil da Rede Diretor geral: Alexandre Gehlen Hotéis: Intercity Express Porto Alegre, Intercity Premium Porto Alegre, Intercity Premium Gravataí, Intercity Alpenhaus Gramado, Intercity Premium Caxias do Sul, Intercity Premium Florianópolis, Intercity Premium Cuiabá, Intercity Express Jundiaí, Piazza Navona Flat (Porto Alegre) e Hotel Bavária (Gramado) Ocupação média em março: 70% Intercity Premium Ibirapuera: 206 apartamentos, a partir de 1o de maio Central de reservas: 0800-600-7700 Escritório de vendas: (11) 3017-5162 Site: www.intercityhoteis.com.br. Mais informações sobre o Panrotas Corporativo no site www.panrotas.com.br. Assinaturas pelo tel. (11) 5070-4816 ou 5070-4804, e-mail assinaturas@panrotas.com.br.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 -.ECONOMIA/LEGAIS

quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, 20, 21, 22 e 23 de abril de 2006

ASSOCIAÇÃO PELA FAMÍLIA CNPJ/MF Nº 61.330.817/0001-12 Senhores associados, Tomar fôlego e aparar as arestas. Assim foi o ano de 2005. Prosseguimos com a implementação de ações requeridas pelo crescimento de 50% das atividades ocorrido em 2004. Ótimo! Contamos com uma equipe forte que aprecia desafios, demonstra competência em situações diferentes e sabe que tem muito a realizar. Excelente! O aumento e a quantidade de unidades em diferentes locais vêm requerendo o estabelecimento de políticas e diretrizes válidas para a Associação Pela Família e suas unidades. Em 2005 contamos com apoio de consultoria externa para avaliar e revisar o sistema de gestão atual a fim de ajustá-lo ao novo estágio de desenvolvimento da entidade. Representantes de todas as unidades participaram da primeira fase desse trabalho, colaborando para que o diagnóstico fosse o mais completo possível. Na assistência sócio-educacional gratuita aplicamos o valor de R$ 4.436.707 para atendimento de 2.443 crianças, jovens e suas famílias, adultos em alfabetização e pessoas especiais. Atendimento gratuito: Educação infantil 370 Centros Educacionais Girassol e Colibri Educação complementar 1.017 Centros Educacionais Gracinha, Cepec, Colibri e Uirapuru educação de jovens e adultos 592 Projetos Aquarela, EJA e Caminho Novo educação de jovens e preparação para o mundo do trabalho 419 Centro Educacional Asas Fortes educação de pessoas especiais 45 Centro Educacional Arco-Íris Caracterização das comunidades beneficiadas: As nove unidades de atendimento sócio-educacional, mantidas pela Associação Pela Família, localizam-se: 5 na região sudoeste do município de S.Paulo; 1 na zona leste do município de S.Paulo; 1 na zona norte do município de S.Paulo; 1

no município do Embu; 1 no município do Taboão da Serra. São regiões de grande densidade demográfica, com inúmeras favelas e cortiços, apresentando baixos índices de alfabetização e escolaridade, condições de domicílio, rendimento familiar, taxa de desemprego que evidenciam a precária situação de vida dessa população. Com a conclusão da reforma e construção dos novos espaços a Escola Nossa Senhora das Graças iniciou o ano letivo nas novas instalações. Houve necessidade de adaptações em algumas salas ambiente, tais como laboratórios de informática e sala de artes, que felizmente não interferiram no desenvolvimento do trabalho pedagógico proposto. A escola continuou oferecendo cursos no Ensino Fundamental e Ensino Médio, atendendo 887 alunos matriculados em março de 2005, sendo 612 alunos no Ensino Fundamental e 275 no Ensino Médio. A comunidade da Nova Escola iniciou o seu segundo ano de trabalho, consciente dos desafios que deve enfrentar para firmar sua posição como escola de qualidade. As aulas iniciaram-se em fevereiro, com inúmeras reuniões com os docentes, funcionários e com pais, para apresentação dos professores e da proposta para 2005. O quadro final de alunos foi de 437 alunos, sendo 63 na Educação Infantil, 272 no Ensino Fundamental e 102 no Ensino Médio. Dos relatórios financeiros, destacamos o total de origens e aplicações de recursos em 2005 = R$ 2.768.697 sendo: Origem Aplicação Capital próprio 91,0% Imobilizações 37,9% Capital de terceiros 9,0% Circulante 62,1% A equipe agradece a todos que colaboraram e prestigiaram o trabalho desenvolvido e se coloca a disposição para outros esclarecimentos. Cordialmente. Paschoal Milani Netto – Superintendente

BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 – Em R$ (Reais) - Sem Centavos ATIVO CIRCULANTE Disponível Caixa e Bancos C/Movimento Aplicações Financeiras Créditos Mensalidades a Receber Contas a Receber Adiantamentos

2005 5.864.247 4.371.065 136.478 4.234.587 1.493.182 1.294.627 6.961 191.594

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Depósitos Judiciais

17.055 17.055

PERMANENTE Imobilizado Diferido

25.805.909 25.751.909 54.000

TOTAL DO ATIVO

31.687.211

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO – Em R$ (Reais) - Sem Centavos

2004 PASSIVO 5.625.936 CIRCULANTE 4.340.674 Fornecedores 128.756 Aquisição Nova Escola 4.211.918 Contas a Pagar 1.285.262 Obrigações Sociais 1.056.103 Obrigações Fiscais 13.777 Provisões de Férias 215.382 Receitas Antecipadas EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 11.111 Provisões de Obrigações Trabalhistas e Fiscais 11.111 Aquisição Nova Escola PATRIMÔNIO LÍQUIDO 25.772.583 Fundo Social 25.691.583 Fundo Patrimonial 81.000 Reserva de Reavaliação Superavit do Exercício 31.409.630 TOTAL DO PASSIVO

2005 3.406.358 351.328 1.427.515 74.824 260.970 14.381 873.627 403.713 1.367.881 75.668 1.292.213 26.912.972 25.779.789 125.083 0 1.008.100 31.687.211

2004 3.590.241 204.683 1.698.274 244.293 254.671 20.007 754.566 413.747 2.409.716 75.668 2.334.048 25.409.673 19.609.486 49.884 4.501.574 1.248.729 31.409.630

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 Em Reais (R$) – Sem Centavos 1. CONTEXTO OPERACIONAL – A Associação Pela Família é uma associação civil, de fins filantrópicos, sem fins econômicos, cujo principal objetivo é promover o pleno desenvolvimento do ser humano, comunitário e pessoal, por intermédio de serviços de educação, sob todas as formas. Para realizá-lo mantém centros educacionais onde presta serviços inteiramente gratuitos, a crianças, jovens e adultos, em turmas de alfabetização; na Escola Nossa Senhora das Graças e na Nova Escola, presta serviço remunerado, nos cursos de educação infantil, fundamental e médio. Serviços remunerados: • Escola Nossa Senhora das Graças; • Nova Escola; Serviços gratuitos: • Centro Educacional Gracinha; • CEPEC Clarisse Ferraz Wey; • Centro Educacional Uirapuru; • Centro Educacional Colibri; • Centro Educacional Girassol; • Centro Educacional Asas Fortes; • Alfabetização de adultos; • Educação de jovens e adultos; • Caminho Novo; • Arco-Íris; 2. PRINCIPAIS CRITÉRIOS CONTÁBEIS – As Demonstrações Contábeis foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, sendo as principais: a) Apuração do Superávit do Exercício: As receitas e despesas são registradas considerando o regime de competência de exercícios. b) Aplicações Financeiras: As aplicações financeiras são registradas ao custo acrescido das receitas auferidas até a data do balanço. c) Mensalidades a Receber: São demonstradas, considerando o regime de competência de exercícios. Para eventuais perdas são constituídas as respectivas provisões. d) Imobilizado: É demonstrado pelo custo de aquisição, corrigido monetariamente até 31/12/1995 e acrescidos de reavaliações parciais e espontâneas; as depreciações foram calculadas pelo método linear, considerando a vida útil-econômica dos bens. e) Diferido: Demonstrado pelo custo de aquisição. As amortizações são contabilizadas com base na previsão de retorno de tais gastos. f) Assistência Social: Está demonstrada na Nota 8, atendendo o disposto no Art. 4º, parágrafo único, do Decreto nº 2.536 de 06 de abril de 1998. 3. MENSALIDADES A RECEBER Descrição 2005 2004 Mensalidades vencidas até 30 dias 161.090 133.009 Mensalidades vencidas até 60 dias 115.134 104.402 Mensalidades vencidas com mais de 60 dias 1.453.421 1.219.948 Provisão para Perdas (435.018) (401.256) Total 1.294.627 1.056.103 4. ADIANTAMENTOS Descrição 2005 2004 Adiantamentos a fornecedores 35.114 76.966 Adiantamentos a funcionários 4.418 1.584 Antecipações de férias 144.464 133.636 Depósitos judiciais 7.598 3.196 Total 191.594 215.382 5. IMOBILIZADO 2005 2004 Descrição Deprec. Taxa Custo Acumulada Líquido Terrenos 0% 3.173.767 0 3.173.767 3.093.155 Imóveis e edificações 4% 12.928.882 (1.328.401) 11.600.481 7.079.341 Móveis e utensílios 10% 537.894 (246.079) 291.815 195.224 Computadores e periféricos 20% 827.433 (409.837) 417.596 159.627 Direito uso de linhas telefone 0% 6.180 0 6.180 6.180 Direito uso de Software (5 anos) 20% 271.656 (120.505) 151.151 147.898 Direito uso de Software (2 anos) 50% 2.577 (1.288) 1.289 0 Veículos 20% 16.600 (16.600) 0 0 Máquinas e equipamentos 10% 348.051 (161.656) 186.395 192.855 Benfeitorias imóveis de terceiros 0% 236.909 (54.622) 182.287 221.771 Terrenos – Reavaliação 0% 6.422.846 0 6.422.846 6.265.136 Imóveis – Reavaliação 4% 3.773.390 (464.599) 3.308.791 3.224.580 Obras e Implantações 0% 9.311 0 9.311 5.105.816 Total 28.555.496 (2.803.587) 25.751.909 25.691.583 6. AQUISIÇÃO NOVA ESCOLA – No exercício de 2003 a Associação Pela Família adquiriu ativos do Colégio Augusto Laranja Ltda, no valor base de R$ 7.450.000 e despesas assessórias de R$ 169.044, totalizando o valor de R$ 7.619.044, cujo valor está classificado na conta de Imóveis e Edificações (Imobilizado). O saldo restante corresponde a R$ 2.719.728, para serem pagos conforme demonstrativo a seguir: Descrição Passivo Exigível Circulante Longo Prazo Saldo referente 4ª parcela 135.302 0 4 parcelas a vencer em 2006 1.292.213 0 4 parcelas a vencer após 2006 0 1.292.213 Totais 1.427.515 1.292.213

7. OBRIGAÇÕES SOCIAIS Descrição 2005 2004 Salários e honorários 3.861 24 INSS a recolher 53.849 48.103 FGTS a recolher 118.570 134.897 IRF s/ salários 81.932 69.479 Outros 2.758 2.168 Total 260.970 254.671 8. ATIVIDADE ASSISTENCIAL GRATUITA – As despesas com a atividade sócio-educacional gratuita são efetuadas no desenvolvimento de cinco programas: • educação infantil; • educação complementar; • educação de jovens e preparação para a sua inserção no mundo do trabalho; • educação de jovens e adultos e de homens em situação de rua; • educação de pessoas com dificuldades especiais, - cognitivas. Esses programas são realizados no município de São Paulo, do Embu e do Taboão da Serra, proporcionando aos educandos, moradores de bairros da periferia, um serviço educacional de qualidade, atividades de lazer e refeição, esta, somente para crianças e jovens da educação infantil, complementar e especial. A Associação Pela Família integra a rede de associações assistenciais da: • Rede Butantã – SAS; • Federação de Obras Sociais – FOS; • Rede Cooperapic – Cooperativa da Associação de Promoção e Incentivo à Criança; • Rede Brasileira de Entidades Assistenciais e Filantrópicas – Rebraf; • Centro de Voluntariado Paulista. Durante o ano de 2005, a matrícula geral dessas unidades beneficentes, foi de 2.443 jovens e adultos; 1.410 famílias receberam atendimento indireto. 8.1) Demonstrativo da Atividade Assistencial Gratuita Origem e Aplicação de Recursos na Atividade Assistencial Gratuita 2005 - 2004 Valor Valor Origem R$/2005 R$/2004 Receita com Ensino 17.020.781 16.465.252 Receitas Financeiras 943.182 1.135.015 Receitas Diversas 56.110 34.609 Total das Receitas 18.020.073 17.634.876 20% Conforme Decreto 2536 – 06/04/98, Artigo 3º, Inciso VI 3.604.015 3.526.975 100% da Receita de Doações, Convênios e Parcerias 595.575 530.633 Recursos próprios correspondentes a valor que ultrapassa ao exigido pela legislação 237.117 403.719 Origem dos Recursos Destinados a Atividade Assist. Gratuita 4.436.707 4.461.327 Aplicação Unidade de Gestão Aquarela 591.999 605.156 Centro Educacional Gracinha 462.972 493.403 CEPEC Clarisse Ferraz Wey 375.701 368.811 Centro Educacional Uirapuru 325.768 306.853 Centro Educacional Colibri 1.114.552 1.293.327 Centro Educacional Girassol 286.406 333.353 Centro Educacional Asas Fortes 712.236 662.972 Alfabetização de Adultos 84.151 123.862 Educação de Jovens e Adultos 131.784 101.121 Caminho Novo 92.894 74.015 Arco Íris 258.244 98.454 Aplicação dos Recursos na Atividade Assistencial Gratuita 4.436.707 4.461.327 8.2) Origem dos Recursos Destinados a Atividade Assistencial Gratuita; Os recursos destinados a Atividade Assistencial Gratuita são oriundos de verba correspondente a: a) Decreto nº 2.536 – 06/04/98 Artigo 3º, inciso VI: 20% da receita com ensino gerada na prestação de serviço remunerado desenvolvido na Escola Nossa Senhora das Graças e Nova Escola; 20% da Receita Financeira; 20% de Receitas Diversas; b) 100% da verba recebida de: Convênios firmados com Secretarias Municipais; Parcerias realizadas com instituições diversas; Doações recebidas de Pessoas Físicas e Jurídicas; c) Recursos próprios correspondentes a valor que ultrapassa ao exigido pela legislação. Origem dos Recursos Destinados a Atividade Assistencial Gratuita Descrição Valor R$ - 2005 % Receita com Ensino 17.020.781 Receita Financeira 943.182 Receitas Diversas 56.110 Total das Receitas - base de cálculo para determinação dos 20% conforme Decreto 18.020.073 1) 20% Conforme Decreto 2536 – 06/04/98, Artigo 3º, Inciso VI 3.604.015 82% 2) 100% da Receita de Doações, Convênios e Parcerias 595.575 13% - convênios firmados com Secretarias Municipais 465.046 - parcerias realizadas com instituições diversas 50.821 - doações recebidas de Pessoas Físicas e Jurídicas 79.708 O contrato prevê que as parcelas serão corrigidas anualmente pela TJLP – Taxa de Juros 3) Recur. próprios correspon. a valor que ultrapassa ao exigido pela legisl. 237.117 5% Total da Origem dos Recursos (1) + (2) + (3) 4.436.707 100% de Longo Prazo divulgada pelo Banco Central do Brasil.

8.3) Aplicação dos Recursos Destinados a Atividade Assistencial Gratuita: - R$ 4.436.707 - destinados a custeio da atividade conforme Demonstração do Resultado - R$ 75.199 - verba recebida a título de parcerias ou doações, destinada à aquisição de bens imobilizados, conforme Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido Unidades da Atividade Assistencial Gratuita (a) Unidade de Gestão Aquarela Centro Educacional Gracinha CEPEC Clarisse Ferraz Wey Centro Educacional Uirapuru Centro Educacional Colibri Centro Educacional Girassol Centro Educacional Asas Fortes Alfabetização de Adultos Educação de Jovens e Adultos Caminho Novo Arco Íris TOTAIS

Matrícula Geral

Famílias

208 331 169 485 194 419 192 139 261 45 2443

139 267 118 290 176 376 0 0 0 44 1410

Decreto 2536 341.692 288.905 244.456 153.519 1.070.748 278.594 711.698 43.069 131.784 91.438 248.112 3.604.014

Recursos Próprios 237.117

237.117

Custeio da Atividade Assistencial Gratuita Convênios Parcerias Doações (b) (c) (d) Total 13.190 591.999 139.811 26.434 7.822 462.972 128.731 2.514 375.701 157.023 15.226 325.768 24.387 19.417 1.114.552 7.812 286.406 538 712.236 39.480 1.601 84.151 131.784 1.456 92.894 10.133 258.245 465.046 50.821 79.708 4.436.707

Parcerias (c)

11.669 23.345

35.014

Fundo Patrimonial Doações (d) Total 3.124 3.124 3.093 3.093 1.764 1.764 1.764 1.764 9.278 20.947 1.764 1.764 14.109 37.454 1.764 1.764 3.527 3.527 40.185 75.199

8.4) Descrição Sumária dos Serviços Prestados na Atividade Assistencial Gratuita: Unidade de gestão Aquarela – desenvolve atividades administrativas, pedagógico – educacionais, serviços de apoio, necessários à ação social educativa. - Centro Educacional Gracinha – desenvolve atividades de educação complementar, atendendo crianças de 6 a 14 anos; sua proposta de trabalho fundamenta – se na educação pela arte, para o desenvolvimento humano. - Centro Educacional Cepec – desenvolve atividades de educação complementar, atendendo crianças de 6 a 14 anos; o eixo do seu trabalho é a língua portuguesa. Mantém oficina de informática para pessoas da comunidade, no programa Clic Cepec.- Centro Educacional Uirapuru – desenvolve atividades de educação complementar, atendendo crianças de 6 a 14 anos; o eixo do seu trabalho é cultura brasileira, como meio privilegiado da construção de sua identidade. Atua na comunidade, junto das famílias, que também se comprometem com os objetivos da unidade.- Centro Educacional Colibri – desenvolve atividades de educação infantil e de educação complementar, atendendo crianças de 4 a 12 anos; o eixo de seu trabalho são as quatro habilidades fundamentais: aprender a ser, a conhecer, a conviver e a fazer. Às famílias são oferecidas diferentes oficinas.- Centro Educacional Girassol – desenvolve atividades de educação infantil, atendendo crianças de 4 a 6 anos; seu trabalho; fundamenta seu trabalho na ludicidade, estimulando a convivência, a aquisição de hábitos de higiene e saúde e a criatividade. - Centro Educacional Asas Fortes – desenvolve atividades educacionais, preparando os jovens, de 14 a 20 anos, para sua inserção no mercado de trabalho; prioriza a capacitação em língua portuguesa, matemática e informática, formando sua consciência

de cidadão. - Alfabetização de Adultos – desenvolve atividades de alfabetização de adultos estimulando a convivência e o compromisso com a transformação pessoal e comunitária. - Educação de Jovens e Adultos – desenvolve atividades com adultos, no nível das quatro primeiras séries do ensino fundamental, proporcionando – lhes, além das aulas, oficinas de ciências, informática, aulas de educação física e inúmeras oportunidades de ampliação do seu universo cultural, em visitas a museus, idas a teatro e cinema. - Caminho Novo – desenvolve atividades com homens em situação de rua, em curso de alfabetização, oferecendo – lhes oficina de música, teatro, clube de leitura e oficina de reciclagem de papel. Renova sua esperança, na convivência respeitosa e solidária. - Arco-Íris – desenvolve atividades com pessoas com dificuldades especiais, educáveis, proporcionando – lhes oficinas pedagógicas, de artes, teatro e dança. Assegura – lhes convivência respeitosa, estimulando sua auto – estima e a descoberta de suas habilidades. 8.5) Convênios: A Associação Pela Família manteve convênios com: - Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social da Prefeitura de São Paulo – SMADS com vigência de 01/11/2003 a 31/10/2006, processos números: • 2003-0.242.720-8 – Núcleo Sócio-educativo Gracinha; • 2003-0.242.717-8 – Núcleo Sócio-educativo Clarisse Ferraz Wey; • 2003-0.242.710-0 – Núcleo Sócio-educativo Uirapuru. - Secretaria Municipal de Educação NAE-12, MOVA, convênio n° 2001-0221.042-6, para alfabetização de jovens e adultos. 8.6) Parcerias: A Associação Pela Família, no Centro Educacional Gracinha, manteve parceria com o Instituto Ayrton Senna e em 2005 recebeu o montante de R$ 30.794, dos quais

Josué Rodrigues Silva Machado Presidente - CPF 036.919.188-91

Jayme Altomar Tesoureiro - CPF 444.514.828-87

RECEITA OPERACIONAL Receitas com atividades educacionais Convênios, Parcerias e Doações Receitas Financeiras DESPESAS OPERACIONAIS Despesas com Atividade Assistencial Gratuita Despesas com Pessoal Serviços Operacionais Materiais Tributárias Despesas Gerais Depreciação/Amortização (Serviço remunerado) Despesas Administrativas - Gestão Corporativa Despesas Financeiras RESULTADO OPERACIONAL RESULTADO NÃO OPERACIONAL Baixas de Imobilizado (Serviço remunerado) Receitas com Alugueis SUPERÁVIT DO EXERCÍCIO

2005 18.559.538 17.020.781 595.575 943.182 (17.510.721) (4.436.707) (8.638.847) (1.122.313) (347.337) (18.064) (773.520) (775.023) (1.351.617) (47.293) 1.048.817 (40.717) (96.827) 56.110 1.008.100

2004 18.130.899 16.465.252 530.632 1.135.015 (16.916.779) (4.461.327) (8.016.242) (1.540.742) (358.219) (15.492) (743.562) (482.263) (1.248.196) (50.736) 1.214.120 34.609 0 34.609 1.248.729

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS Em R$ (Reais) - Sem Centavos ORIGEM DOS RECURSOS Das Operações Superavit do Exercício Baixa do Imobilizado (Serviço remunerado) Baixa do Imobilizado (Atividade Assistencial Gratuita) Baixa do Imobilizado Acréscimo no Patrimônio Social Depreciações e Amortizações (Serviço remunerado) Depreciações e Amortizações (Gestão Corporativa) Depreciações e Amortizações (Atividade Assistencia Gratuita) Complemento de Reserva de Reavaliação Diminuição do Realizável a Longo Prazo Acréscimo no Exigível a Longo Prazo TOTAL DAS ORIGENS APLICAÇÃO DE RECURSOS Novas Imobilizações Acréscimo no Realizável a Longo Prazo Diminuição do Exigível a Longo Prazo TOTAL DAS APLICAÇÕES VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO

2005 2.768.697 1.008.100 96.827 0 0 75.199 775.023 9.047 134.123 420.000 0 250.378 2.768.697

2004 2.176.482 1.248.729 0 777 150 6.300 482.263 13.920 107.519 0 3.252 313.571 2.176.482

1.048.346 5.960.296 5.944 0 1.292.213 1.167.023 2.346.503 7.127.319 422.194 (4.950.837)

DEMONSTRAÇÃO DA VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO Acréscimo/Decréscimo no Ativo Circulante Acréscimo/Decréscimo no Passivo Circulante TOTAL

2005 2004 238.311 (3.859.638) (183.883) 1.091.199 422.194 (4.950.837)

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Em R$ (Reais) - Sem Centavos Patrimônio Social Fundo Fundo Reserva de Superáv. Eventos Social Patrim. Reavalição Acumul. Totais SALDO EM 31/12/2003 17.342.893 43.584 2.266.593 19.653.070 Fundo Patrimonial 6.300 6.300 Transferência p/Fundo Social 2.266.593 (2.266.593) 0 Reserva de Reavaliação 4.501.574 Superávit do Exercício 1.248.729 1.248.729 SALDO EM 31/12/2004 19.609.486 49.884 4.501.574 1.248.729 25.409.673 Fundo Patrimonial 75.199 75.199 Transferência p/Fundo Social 5.750.303 (4.501.574) (1.248.729) 0 Complemento de Reserva de Reavaliação 420.000 420.000 Transferência p/Fundo Social 420.000 (420.000) 0 Superávit do Exercício 1.008.100 1.008.100 SALDO EM 31/12/2005 25.779.789 125.083 0 1.008.100 26.912.972 R$ 26.434 foram aplicados para pagamentos de serviços e materiais e R$ 4.360, serão aplicados em 2006. Manteve também parceria no Centro Educacional Colibri com o Instituto Hedging-Griffo, tendo recebido em 2004 e 2005 o montante de R$ 100.000, sendo apropriados em 2004 o valor de R$ 36.200 e em 2005 o valor correspondente a R$ 24.387 para pagamento de serviços e materiais e R$ 11.669 para aquisição de bens imobilizados (alocados ao Fundo Patrimonial). O Saldo correspondente a R$ 27.744 será aplicado em 2006. Para desenvolver o programa Comunidade Conectada – Inclusão Digital, no Centro Educacional Asas Fortes, firmou, em 2005, parceria com o Instituto Ayrton Senna com o apoio da Microsoft, tendo recebido R$ 38.199, sendo que R$ 23.345 foram usados na aquisição de imobilizado (alocados ao Fundo Patrimonial) e R$ 14.854 serão aplicados em 2006. 8.7) Doações: Em 2005 a Entidade recebeu em doações de Pessoas Físicas e Jurídicas o total de R$ 119.893, dos quais R$ 40.185 foram alocados ao Fundo Patrimonial, referentes a doações de 27 licenças do sistema operacional Windows XP Professional e 19 licenças do Office Professional 2003 fornecidas pela Microsoft Corporation, e R$ 79.708 para custeio da Atividade Assistencial Gratuita. 9. ISENÇÃO PREVIDENCIÁRIA – Em atendimento ao Artigo 4º do Decreto nº 2.536 de 06 de abril de 1998, os valores relativos às isenções previdenciárias gozadas estão demonstradas da seguinte forma: 2005 2004 Contribuição Patronal 2.042.207 1.842.737 SAT 98.915 89.051 Terceiros 445.118 400.730 Total 2.586.240 2.332.518 10. COBERTURA DE SEGUROS – Com a finalidade de atender medidas preventivas adotadas permanentemente, a Instituição efetua contratação de seguros contra incêndio em valor considerado suficiente para cobertura de eventuais sinistros nas Unidades. 11. PROCESSOS PREVIDENCIÁRIOS – INSS – A Entidade foi autuada pelo Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS em 28 de fevereiro de 1996, pelo não recolhimento da cota patronal de maio de 1988 a janeiro de 1996, sob alegação que a entidade não possuía o Certificado de Utilidade Pública Federal, expedido pelo Ministério da Justiça referente àquele período. Através de pedido de anulação da lavratura dos Autos junto a Gerência Regional de Arrecadação e Fiscalização do INSS – Pinheiros, foram analisados e julgados integralmente improcedentes as Notificações Fiscais de Lançamentos de Débito – NFLD nºs. 31.838.667-4 e 31.838.668-2. Estão, ainda, em trâmite junto ao INSS, os processos referentes às NFLDs nºs. 31.838.669-90 e 31.838.670-4, compreendendo apenas o período entre maio de 1988 e outubro de 1993, visto que os períodos posteriores (novembro de 1993 a janeiro de 1996) foram considerados improcedentes. O valor nominal considerado nas causas é de R$ 3.310.720 para qual foi oferecida como garantia 2 terrenos com benfeitorias, localizado em Embu – São Paulo. Não é possível no momento prever o desfecho da ação. 12. PROCESSOS FISCAIS – a) A entidade possui liminares impetradas junto à Justiça Federal contra a retenção de Imposto de Renda Retido na Fonte e Imposto Sobre Operações Financeiras por ocasião do resgate dos rendimentos de suas aplicações financeiras, conforme determina o artigo 12º da Lei N.º 9.532 de 11 de dezembro de 1998, incluindo as entidades com imunidade tributária. b) A partir de agosto de 2001 a entidade está questionando a constitucionalidade da cobrança do PIS sobre a folha de pagamento e pleiteando a restituição dos valores pagos até aquela data, tendo obtido liminar da Justiça Federal. Dessa forma deixou de recolher e provisionar o referido tributo, correspondente a R$ 318.724 (valor original). De acordo com o parecer da assessoria jurídica há boas possibilidades do entendimento jurisprudencial ser favorável a Entidade. 13. PATRIMÔNIO LÍQUIDO – O Patrimônio Líquido é apresentado em valores atualizados e compreende o Patrimônio Social inicial, acrescido dos valores dos Superávits, da Reavaliação efetuada em exercícios anteriores e diminuído dos Déficits ocorridos. O superávit do exercício será destinado à manutenção das atividades, para atender dispositivos legais vigentes e o Princípio Contábil da Continuidade da Entidade. São Paulo, 31 de Dezembro de 2.005.

DIRETORIA José Salim Arbid Mitauy Contador- CRC1SP091727/O-3

PARECER DO CONSELHO FISCAL DA ASPF Em reunião ocorrida em 8 de março de dois mil e seis, na presença dos membros do Conselho Fiscal Cláudio Damasceno Jr, Renato Serra Filho e Guilhermina Paula Santos, do superintendente da ASPF Paschoal Milani Netto e da supervisora da controladoria Ivana dos Santos, o representante do escritório de auditoria Rodyos Auditores Independentes S/C - CRC 2SP002000/0-0, apresentou o relatório contendo as demonstrações contábeis da Associação Pela Família, relativas aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2004 e 2005 compreendendo: balanço patrimonial, com sua demonstração de resultado, mutações do patrimônio líquido, origens e aplicações de recursos e notas

explicativas. Comentando seu parecer, datado de 24 de fevereiro de 2006, o representan- a posição patrimonial e financeira da Associação Pela Família, em 31de dezembro de te da auditoria, Sr. Milton Miranda Rodrigues–CRC 1SP112905/0-5, fez uma explanação 2005, aprova esses documentos, encaminhando-os à Assembléia Geral Ordinária da sobre a consistência e a integridade dos demonstrativos contábeis e sobre as fases de Associação Pela Família. execução e acompanhamento dos trabalhos que deram origem a esse parecer. Foi por São Paulo, 8 de março de 2006 ele enfatizado que os procedimentos e controles internos da Associação Pela Família são merecedores de elogios, não havendo recomendações ou mesmo correções a seCláudio Damasceno Junior Renato Serra Filho rem efetuadas. O Conselho Fiscal, considerando que as demonstrações contábeis e o Conselheiro diretor Conselheiro secretário relatório da análise representam adequadamente em todos os seus aspectos relevantes Guilhermina Paula Santos - Conselheira suplente

Ilmos. Srs. Associados e Diretores da ASSOCIAÇÃO PELA FAMILIA 1. Examinamos os Balanços Patrimoniais da ASSOCIAÇÃO PELA FAMILIA, levantados em 31 de Dezembro de 2005 e 2.004 e as respectivas Demonstrações do Resultado, das Mutações do Patrimônio Líquido e das Origens e Aplicações de Recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas Demonstrações Contábeis. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de Auditoria e compreenderam: a) O planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controle interno da Entidade; b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e c) a avaliação das práticas e das estimati-

vas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Entidade, bem como da apresentação das Demonstrações Contábeis tomadas em conjunto. 3. Em nossa opinião, as Demonstrações Contábeis referidas no primeiro parágrafo representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da ASSOCIAÇÃO PELA FAMILIA, em 31 de Dezembro de 2005 e 2.004, o resultado de suas operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes ao exercício findo naquela data, de acordo com as Práticas Contábeis adotadas no Brasil. 4. Conforme Nota Explicativa nº 11, a ASSOCIAÇÃO PELA FAMÍLIA foi autuada pelo Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS, por entender que a Entidade estava em desacordo no cumprimento de exigências legais requeridas para entidades de fins filantrópicos, no período de maio de 1988 a janeiro de 1996, exigindo, assim, o recolhimento da cota patronal da previdência social. Parte das notificações fiscais foram consideradas

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES improcedentes e remanesce ainda em discussão o montante de R$ 3.310.720. Este questionamento encontra-se em fase de defesa judicial e, não é possível prever no momento o desfecho da ação. 5. Conforme Nota Explicativa nº 12b, a Entidade não está recolhendo e nem provisionando o PIS sobre folha de pagamento, cujo montante é de R$ 318.724 (valor original), amparada por liminar impetrada junto à Justiça Federal e está requerendo a restituição dos valores recolhidos nos 10 anos anteriores a 2001. De acordo com o parecer da assessoria jurídica há boas possibilidades do entendimento jurisprudencial ser favorável a Entidade. São Paulo, 24 de fevereiro de 2006 Member of GAF MILTON MIRANDA RODRIGUES The Internacional of Accouting Firms Diretor CRC 2SP 002000/0-O CONTADOR CRC 1SP112905/O-5


quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, 20, 21, 22 e 23 de abril de 2006

Nacional Tr i b u t o s Empresas Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

5

MICROS E PEQUENAS EMPRESAS REMUNERAM MELHOR

Produção de álcool deve ser insuficiente para abastecer o mercado durante a safra 2006/07

ESTUDO DO SEBRAE APONTA RECUPERAÇÃO DOS RENDIMENTOS DOS TRABALHADORES EM FEVEREIRO

MELHORES SALÁRIOS NAS PEQUENAS Marcos Fernandes/LUZ

O

Cristina está entre os microempresários que deram aumento acima do piso da categoria em fevereiro

IPC-FIPE Índice apresentou deflação de 0,06%, na segunda quadrissemana de abril .

CAFÉ

O

intenso calor afetou mais do que o previsto o consumo de café no Brasil nos primeiros dois meses do ano, mas houve recuperação em março e a indústria mantém a meta de crescimento de 6% para 2006, informou ontem a Associação da Brasileira da Indústria de Café (Abic). Pesquisa mensal realizada pela entidade com torrefadoras associadas mostrou que fevereiro registrou o pior nível de consumo de café desde junho de 2003. Além do calor, os altos estoques prejudicaram. A consulta da Abic não indica o volume vendido, mas o consumo. (Reuters) A TÉ LOGO

Ó RBITA

IGP-10 A deflação se intensificou no índice, que registrou queda de 0,65% em abril.

PISOS SALARIAIS DE ATÉ DOIS MÍNIMOS

C

erca de 81% dos pisos salariais determinados em 2005 corresponderam a até dois salários mínimos, segundo uma pesquisa do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que apontou um aumento nominal em relação às negociações do ano anterior. O estudo relatou que metade dos pisos salariais definidos no período foi equivalente a entre um e um salário mínimo e meio e apenas 5,3% ficaram acima de três salários. Em 2004, o piso do salário médio de 324 negociações analisadas era de R$ 439,34, passando para R$ 495,52 na média de 376 negociações

pesquisadas no levantamento mais recente. Os valores convertidos em salário mínimo, no entanto, ficaram praticamente estáveis: média de 1,74 salário mínimo em 2004 e de 1,73 no ano passado. O setor de serviços registrou a maior parte dos valores acima de dois salários mínimos (40%). O segmento teve também a maior média dos pisos salariais fixados no ano passado, de 2,19 salários. Na indústria, a média dos pisos foi de 1,52 salário mínimo e no comércio, de 1,62 salário. No setor rural foi apurada a menor média, de 1,18 salário em 2005. (Reuters)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

L

Governo quer acelerar votação de pontos da reforma tributária

L

Após 50 dias, acaba interrogatório de testemunhas no caso do Banco Santos

L

Estrangeiros poderão comprar mais ações do Banco do Brasil

ano de 2006 tende a ser bom para as micros e pequenas empresas do Estado de São Paulo, com reflexo na melhoria tanto da remuneração de seus empregados, como dos níveis de ocupação. Em fevereiro deste ano o rendimento médio no setor chegou a R$ 677. "É o melhor fevereiro desde o ano 2000", comentou Marco Aurélio Bedê, gerente de pesquisa econômica do Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa (Sebrae/SP), que divulgou ontem a pesquisa sobre rendimentos e ocupações. De acordo com Bedê, a remuneração dos empregados diretos dessas empresas cresce desde agosto de 2005, quando alcançou o patamar de R$ 650. Segundo sua análise, a remuneração média tende a subir ao longo do ano, embora não deva superar o melhor fevereiro da série, com R$ 733, alcançado no ano 2000. No detalhamento dos rendimentos por setor, a pesquisa do Sebrae aponta a indústria como fonte das melhores remunerações, com média de R$ 736 em fevereiro. Cristina Grenier está entre os empresários que contribuíram para alavancar a remuneração do setor. À frente de um negócio

voltado à fabricação de bolsas, criado há 15 anos por sua mãe, a empresária emprega cinco funcionários diretos, para os quais concedeu reajustes reais acima do piso do setor. "Os aumentos variaram de 5% a 10%, a partir do segundo semestre do ano passado", explicou. A G re n i e r c o m e rc i a l i z a seus produtos no atacado, por meio da internet e também com exportações para o Canadá e Espanha. Além da venda de produtos próprios, a empresa fabrica para terceiros, atendendo marcas como Tok & Stok e Track & Field. O aumento real concedido aos funcionários deu-se por conta do crescimento da empresa. "A Grenier melhorou, conquistamos novas contas e eu decidi repassar isso para os funcionários", disse Cristina. A empresária produz de 1,5 mil a 2 mil bolsas por mês e contabilizou, em 2005, crescimento de 25% no faturamento. Neste ano, o projeto é crescer pelo menos outros 15%. Regiões – De acordo com a pesquisa do Sebrae, os maiores rendimentos são pagos por micros e pequenas empresas da capital paulista, mas a recuperação, de acordo com a série histórica do estudo, dá-se de forma mais intensa nas cidades

do interior do estado. "Em fevereiro de 1999, o pagamento no interior era 26% inferior ao registrado na capital. Hoje, caiu para 20%", disse Bedê. Em fevereiro de 2006, a média da remuneração na capital foi de R$ 770, contra R$ 744 na Região Metropolitana, ou R$ 697, se considerado somente o Grande ABC. Para o conjunto das micros e pequenas empresas do Estado de São Paulo, a perspectiva, segundo análise de Bedê, do Sebrae, é finalizar 2006 com crescimento médio de 3%. Ele relaciona, entre os fatores favoráveis, a inflação sob controle, juros em queda e a expectativa de crescimento do consumo interno. "Deverá ser um crescimento um pouco abaixo do PIB (Produto Interno Bruto), mas fará com que elas vendam mais e gerem mais emprego." Ocupação – Segundo a pesquisa do Sebrae/SP, cada micro e pequena empresa empregava, em fevereiro, 4,33 pessoas. "É o melhor desempenho dos últimos cinco anos, mas 10% abaixo de fevereiro de 2001, antes de acontecer o apagão", comparou Bedê. No período entre fevereiro do ano passado e deste, houve crescimento de 10 mil vagas. Fátima Lourenço


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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GERAL - 13

Cidade de Deus - Companhia Comercial de Participações Empresa da Organização Bradesco CNPJ 61.529.343/0001-32 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP Relatório da Administração Senhores Acionistas, Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas. o Balanço Patrimonial, bem como as Demonstrações do Resultado, das Mutações do Patrimônio Líquido e das Origens e Aplicações de Recursos, relativos ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, acompanhados das Notas Explicativas e Parecer dos Auditores Independentes.

Demonstração do Resultado – Em Reais mil

Colocamo-nos à disposição de V.Sas. para quaisquer esclarecimentos que julgarem necessários. Cidade de Deus, 28 de Março de 2006 Conselho de Administração e Diretoria

Balanço Patrimonial em 31 de dezembro – Em Reais mil 2005

AT IV O CIRCULANTE ................................................................... Disponiblidades .............................................................. Títulos e Valores Mobiliários ........................................ Outros Créditos ............................................................... Juros sobre o Capital Próprio/Dividendos a Receber . Tributos a Compensar ou a Recuperar ..........................

2004

430.749 3.364 114.693 312.692 281.263 31.429

350.955 25.578 114.254 211.123 191.370 19.753

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO .................................... Títulos e Valores Mobiliários ........................................ Outros Créditos ............................................................... Tributos a Compensar ou a Recuperar .......................... Depósitos Judiciais ........................................................ Créditos Tributários .......................................................... Valores a Receber ...........................................................

289.373 39.171 250.202 175.379 7.459 41.851 25.513

290.705 108.590 182.115 148.196 4.952 28.967 –

PERMANENTE ................................................................ Investimentos ..................................................................

5.269.990 5.269.990

TOTAL ................................................................................

5.990.112

P A S S IV O CIRCULANTE ................................................................... Obrigações Fiscais e Previdenciárias ......................... Juros sobre o Capital Próprio a Pagar .......................... Outras Obrigações a Pagar ............................................

2005

2004

305.034 706 304.328 –

275.011 19.776 255.229 6

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO ......................................... Imposto de Renda e Contribuição Social Diferido ...... Provisão para Ações e Processos Judiciais ..............

161.130 852 160.278

94.195 – 94.195

5.523.948

4.296.755

2.540.100 (266.600) 51 3.126.969

2.273.500 (223.500) 51 2.135.849

4.024.301 4.024.301

PATRIMÔNIO LÍQUIDO .................................................... Capital: - De Domiciliados no País ............................................. Capital Social a Realizar ............................................... Reservas de Capital ....................................................... Reservas de Lucros ........................................................ Ajuste ao Valor de Mercado de TVM e Derivativos de Controladas ....................................................................

123.428

110.855

4.665.961

TOTAL ................................................................................

5.990.112

4.665.961

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido – Em Reais mil

CAPITAL SOCIAL

EVENTOS

RESERVAS DE CAPITAL CAPITAL INCENTIVOS SOCIAL A FISCAIS DO REALIZAR IMPOSTO DE RENDA

AJUSTE AO VALOR DE ESTATUTÁRIA ESTATUTÁRIA MERCADO DE LUCROS PARA PARA PAGA- TVM E DERI- ACUMULADOS AUMENTO DE MENTO DE VATIVOS DE CAPITAL DIVIVENDOS CONTROLADAS

RESERVAS DE LUCROS

LEGAL

SALDOS EM 31.12.2003 .............................................................

1.720.000

51

154.715

AUMENTO DE CAPITAL ..............................................................

444.525

(223.500)

AUMENTO DE CAPITAL COM RESERVAS ..............................

108.975

TOTAIS

1.529.003

64.853

115.090

3.583.712

221.025

(108.975)

Exercícios findos em 31 de dezembro 2005 2004 RECEITAS OPERACIONAIS .......................................... Resultado de Equivalência Patrimonial ....................... Receitas Financeiras ......................................................

1.445.886 1.387.066 58.820

859.827 815.187 44.640

DESPESAS OPERACIONAIS ....................................... Despesas Tributárias ...................................................... Despesas Financeiras .................................................... Outras Despesas .............................................................

71.900 36.218 29.434 6.248

46.127 31.431 12.994 1.702 813.700

RESULTADO OPERACIONAL ........................................

1.373.986

RESULTADO NÃO OPERACIONAL ...............................

1.113

RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO

1.373.986

814.813

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL .....

8.847

5.293

LUCRO LÍQUIDO ..............................................................

1.382.833

820.106

Número de ações ............................................................ Lucro Líquido por lote de mil ações em R$ .................

5.250.623.929 263,37

5.250.623.929 156,19

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos – Em Reais mil Exercícios findos em 31 de dezembro 2005 2004 ORIGEM DOS RECURSOS ............................................

768.213

LUCRO LÍQUIDO ..............................................................

1.382.833

820.106

AJUSTE AO LUCRO LÍQUIDO ....................................... Resultado de Equivalência Patrimonial ....................... Amortização de Ágio ......................................................

(1.381.913) (1.387.066) 5.153

(814.543) (815.187) 644

RECURSOS DE ACIONISTAS ....................................... Integralização/Aumento do Capital Social ..................

223.500 223.500

221.025 221.025

543.793 82.255 392.806 1.332 465 66.935

364.016 35 305.577 – 38.984 19.420

590.604

DE CONTROLADAS NO EXERCÍCIO ......................................

(4.235)

(4.235)

LUCRO LÍQUIDO ...........................................................................

820.106

820.106

RECURSOS DE TERCEIROS ORIGINÁRIOS DE: ....... Dividendos Provisionados ............................................. Juros sobre o Capital Próprio Recebidos ..................... Redução do Realizável a Longo Prazo ........................ Alienação de Investimentos .......................................... Aumento do Exigível a Longo Prazo ............................

DESTINAÇÕES: - Reservas ........................................................

41.005

455.248

(496.253)

APLICAÇÃO DOS RECURSOS .....................................

718.442

446.164

Juros Sobre o Capital Próprio Pagos ou Provisonados

391.713

323.853

AJUSTE AO VALOR DE MERCADO DE TVM E DERIVATIVOS

- Juros sobre o Capital Próprio (R$ 61,68 por lote de mil ações) .......................................

(323.853)

(323.853)

Aquisição e Integralização de Investimentos .............

326.729

51.521

SALDOS EM 31.12.2004 .............................................................

2.273.500

(223.500)

51

195.720

1.875.276

64.853

110.855

4.296.755

Aumento do Realizável a Longo Prazo ........................

70.790

AUMENTO DE CAPITAL A SER INTEGRALIZADO ..................

266.600

(266.600)

AUMENTO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO ........

49.771

144.440

AUMENTO DE CAPITAL POR SUBSCRIÇÃO ...........................

223.500

223.500

VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO: ATIVO CIRCULANTE ....................................................... No Início do Exercício .................................................... No Fim do Exercício .......................................................

79.794 350.955 430.749

128.855 222.100 350.955

AJUSTE AO VALOR DE MERCADO DE TVM E DERIVATIVOS DE CONTROLADAS NO EXERCÍCIO ......................................

12.573

12.573

LUCRO LÍQUIDO ...........................................................................

1.382.833

1.382.833

DESTINAÇÕES: - Reservas ........................................................

69.142

901.305

20.673

(991.120)

lote de mil ações) .......................................

(391.713)

(391.713)

PASSIVO CIRCULANTE ................................................. No Início do Exercício .................................................... No Fim do Exercício .......................................................

30.023 275.011 305.034

(15.585) 290.596 275.011

SALDOS EM 31.12.2005 .............................................................

2.540.100

(266.600)

51

264.862

2.776.581

85.526

123.428

5.523.948

AUMENTO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO ........

49.771

144.440

- Juros sobre o Capital Próprio (R$ 74,60 por

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras em 31 de dezembro de 2005 e 2004 – Em milhares de Reais 1.

2.

3.

4.

5.

2005

CONTEXTO OPERACIONAL A Cidade de Deus, é uma empresa que tem como objeto a participação no capital de outras sociedades, bem como a administração, a compra e a venda de ações, títulos e valores mobiliários, por conta própria. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refere à constituição de provisões. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas.

5.648

87.422 12,92% 636.991 2.650.091

43.711 12,92% 174.223 2.240.546

59,04 58,90 342.424 80.534

86,94 88,07 289.505 92.792

Quantidade de ações possuídas (em milhares): ON .....................................................................................................

33.935

Total de ações possuídas ..............................................................

33.935

Capital social da investida (em milhares de ações) .................. Percentual de participação ............................................................ Lucro líquido do exercício .............................................................. Patrimônio líquido em 31 de dezembro ........................................ Valor contábil do investimento ...................................................... Resultado de equivalência patrimonial ........................................

67.870 50,00% 17.023 194.531 149.843 8.512

2005

6.

41.980

41.980

Total de ações possuídas ................................

41.980

41.980

Capital social da investida (em milhares de ações) ............................................................... Percentual de participação .............................. Lucro líquido do exercício ................................ Patrimônio líquido em 31 de dezembro .......... Valor contábil do investimento ........................ Resultado de equivalência patrimonial ..........

107.917 38,90% 5.182 135.913 52.870 1.990

107.917 38,90% 314 132.208 51.429 122

2005 Ordinárias e totais .............................................

5.250.623.929

Membros Mário da Silveira Teixeira Júnior Márcio Artur Laurelli Cypriano João Aguiar Alvarez Denise Aguiar Alvarez Valente Décio Tenerello Laércio Albino Cezar Arnaldo Alves Vieira Luiz Carlos Trabuco Cappi Sérgio Socha Julio de Siqueira Carvalho de Araujo Milton Almicar Silva Vargas José Luiz Acar Pedro Norberto Pinto Barbedo Lia Maria Aguiar Lina Maria Aguiar

Vice-Presidente Antônio Bornia

820.106 (41.005) 779.101 323.853

58.757 332.956

48.578 275.275

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL

2005 Resultado antes dos tributos (imposto de renda e contribuição social) .......................... Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente .............................................. Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos: Participações em controladas, tributadas nas empresas correspondentes ........................... Despesas indedutíveis líquidas de receitas não tributáveis ................................................. Juros sobre o capital próprio (pagos e a pagar) Juros sobre o capital próprio (recebidos) ....... Outros valores ................................................... Imposto de renda e contribuição social do exercício ..........................................................

2004

1.373.986

814.813

(467.155)

(277.036)

471.603

277.164

(6) 133.182 (128.293) (484)

(1.072) 110.110 (103.896) 23

8.847

5.293

b) Crédito Tributário no longo prazo, no montante de R$ 41.851 (2004 - R$ 28.967) referemse a Imposto de Renda de R$ 27.407 (2004 - R$ 19.711) sendo, R$ 4.477 (2004 - R$ 5.480) sobre prejuízos fiscais e R$ 22.930(2004 - R$ 14.231) sobre adições temporárias, R$ 14.444(2004 - R$ 9.256) sendo, de Contribuição Social sobre base negativa R$ 8.958 (2004 - R$ 8.839) e R$ 5.486 (2004 - R$ 417) sobre adições temporárias. Não foram constituídos créditos tributários no montante de R$ 28.821 (2004 - R$ 28.313), dos quais R$ 26.763 (2004 - R$ 25.474) decorrem de àgios amortizados de investimento permanente. Esses créditos serão registrados quando da sua efetiva realização. 8.

INSTRUMENTOS FINANCEIROS Em 2004 a empresa participou de operações envolvendo instrumentos financeiros derivativos, registrados em contas patrimoniais e de compensação, que se destinam a atender às necessidades próprias. Os derivativos geralmente representam compromissos futuros para trocar moedas ou indexadores, ou comprar ou vender outros instrumentos financeiros nos termos e datas especificadas nos contratos. Os contratos de opções proporcionam ao comprador o direito, mas não a obrigação, de comprar ou vender um intrumento financeiro com preço específico de exercício em data futura. Em 31 de dezembro de 2004 Contratos de opções Compromissos de compra: ................................................................. 4.034 - Moeda estrangeira ............................................................................. 4.034 Compromissos de venda: .................................................................... 7.929 - Moeda estrangeira ............................................................................. 7.929

2004

Em 31 de dezembro de 2005 a companhia não possuía instrumentos financeiros derivativos registrados em conta de compensação.

5.250.623.929

A Assembléia Geral Extraordinária de 5 de janeiro de 2004 deliberou aumento de capital social no montante de R$ 221.025, mediante a emissão de 294.700.000 novas ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, para subscrição particular ao preço de R$ 750,00 por lote de mil ações, que foram subscritas no período de 19 de janeiro de 2004 a 19 de fevereiro de 2004, mediante o pagamento à vista, em 10 de março de 2004, de 100% das ações subscritas. A Assembléia Geral Extraordinária de 30 de abril de 2004 deliberou aumento de capital social no montante de R$ 108.975, mediante a capitalização de parte do saldo da conta “Reserva de Lucros - Reserva Estatutária para Aumento de Capital de 1989 à 1993”, sem emissão de ações, de acordo com o Parágrafo Primeiro do Artigo 169 da Lei no 6.404/76. A Assembléia Geral Extraordinária de 27 de dezembro de 2004 deliberou aumento de capital social no montante de R$ 223.500, mediante a emissão de 266.071.429 novas ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, para subscrição particular

2004

1.382.833 (69.142) 1.313.691 391.713

a) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social

PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Composição do capital social em ações O capital social totalmente subscrito e integralizado é dividido em ações nominativasescriturais, sem valor nominal conforme segue:

9.

OUTRAS INFORMAÇÕES a) Passivo exigível a longo prazo refere-se a provisão para ações e processos judiciais. As provisões foram constituídas levando em conta a opinião dos assessores jurídicos, a natureza das ações, similaridade com processos anteriores, complexidade e no posicionamento de nossos Tribunais, sempre que a perda for avaliada como provável. A administração entende que a provisão constituída é suficiente para atender perdas decorrentes dos respectivos processos judiciais. b) Despesas tributárias referem-se, substancialmente, a COFINS no valor de R$ 28.677 (2004 - R$ 24.561), PIS no valor de R$ 6.226 (2004 - R$ 5.409) e CPMF no valor de R$ 1.312 (2004 - R$ 1.336). c) Outras despesas referem-se, substancialmente, a amortização de ágio no montante de R$ 5.153 (2004 - R$ 644).

Parecer dos Auditores Independentes Aos Administradores e Acionistas Cidade de Deus - Companhia Comercial de Participações

Conselho de Administração

Lázaro de Mello Brandão

7.

2004

NCF Participações S.A. Quantidade de ações possuídas (em milhares): ON .......................................................................

Conselho de Administração e Diretoria

Presidente

2005 Lucro líquido do exercício ................................ Reserva legal .................................................... Base de cálculo ................................................ Juros sobre o capital próprio (bruto) ................ Imposto de renda retido na fonte sobre juros do capital próprio - 15% .................................. Juros sobre o capital próprio (líquido) ............

Empresa adquirida em 8 de março de 2005. A Titanium Holdings S.A. tem por objeto social participação como sócia ou acionista em outras sociedades e aquisição e transferência de participações acionárias. O investimento na Titanium é composto por R$ 97.266 e ágio de R$ 52.577, sendo que no ano foi amortizado R$ 4.263.

114.301 511

Total de ações possuídas ................................ 238.094 114.812 Capital social da investida (em milhares de ações) ............................................................... 979.853 474.433 Percentual de participação .............................. 24,30% 24,20% Lucro líquido do exercício ................................ 3.060.151 5.514.074 Patrimônio líquido ajustado em 31 de dezembro 19.412.997 15.183.196 Cotação média por lote de mil ações em bolsa de valores - R$: ON ....................................................................... 64,02 55,63 P N ....................................................................... 68,19 64,88 Valor contábil do investimento ........................ 4.724.457 3.682.505 Resultado de equivalência patrimonial .......... 1.296.030 722.273 O Patrimônio Líquido do Bradesco foi ajustado, pelos lucros não realizados no montante de R$ 26.208 (2004 - R$ 31.450), e ações em tesouraria no montante de R$ 29.931. O investimento é composto por R$ 4.717.145 e ágio de R$ 7.312 (2004 - R$ 8.202), sendo amortizado em 2005 o montante de R$ 890 (2004 - R$ 644). Conforme estabelecido pela Circular no 3.068/2001 do BACEN, a partir de 30 de junho de 2002, os títulos e valores mobiliários do Banco Bradesco S.A. são avaliados e classificados da seguinte forma: • Títulos para negociação - títulos e valores mobiliários, adquiridos com o propósito de serem ativa e freqüentemente negociados, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida ao resultado do período; • Títulos disponíveis para venda - títulos e valores mobiliários, que não se enquadrem como para negociação nem como mantidos até o vencimento, são ajustados pelo valor de mercado em contrapartida à conta destacada do patrimônio líquido, deduzido dos efeitos tributários; e • Títulos mantidos até o vencimento - títulos e valores mobiliários, com a intenção e capacidade financeira para sua manutenção em carteira até o vencimento, são avaliados pelos custos de aquisição, acrescidos dos rendimentos auferidos em contrapartida ao resultado do período. Os efeitos dessa regra, foram refletidos pela Cidade de Deus, quando da avaliação de seu investimento no Banco Bradesco S.A.

b) Juros sobre o capital próprio Conforme disposição estatutária, aos acionistas estão assegurados juros sobre o capital próprio e/ou dividendos que somados correspondam, no mínimo, a 1% do lucro líquido do exercício, ajustado nos termos da lei societária. Os cálculos dos juros sobre o capital próprio relativos aos exercícios de 2005 e 2004, estão demonstrados abaixo:

Titanium Holdings S.A.

2004

237.035 1.059

ao preço de R$ 840,00 por lote de mil ações, que foram subcritas no período de 29 de dezembro de 2004 a 27 de janeiro de 2005. A Assembléia Geral Extraordinária de 12 de dezembro de 2005 deliberou aumento de capital social no montante de R$ 266.600, mediante a emissão de 263.960.396 novas ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, para subscrição particular ao preço de R$ 1.010,00 por lote de mil ações, que foram subcritas no período de 02 de janeiro a 02 de fevereiro de 2006, os quais deverão ser integralizados até 28 de abril de 2006.

2005

INVESTIMENTOS a) Os ajustes decorrentes da avaliação pelo método de equivalência patrimonial dos investimentos foram registrados em contas de resultado, sob a rubrica de “Resultado de Equivalência Patrimonial”, e corresponderam, no exercício, ao valor de R$ 1.387.066 (2004 - R$ 815.187). b) Representado, basicamente, pelos investimentos no Banco Bradesco S.A., Bradespar S.A., Titanium Holdings S.A. (constituída em 2004) e NCF Participações S.A., cujas principais informações são as seguintes: 2005

5.610 38

11.296

A Bradespar S.A. é uma empresa holding cujos investimentos diretos e indiretos abrangem, principalmente, a Bradesplan Participações S.A., Millennium Security Holdings Corp., CVRD - Companhia Vale do Rio Doce e VBC Participações S.A. De acordo com o estatuto social do Banco Bradesco S.A. e da Bradespar S.A., as ações preferenciais não possuem direito a voto, mas conferem todos os demais direitos e vantagens das ações ordinárias, além da prioridade assegurada pelo estatuto social no reembolso do capital e adicional de 10% de juros sobre o capital próprio e/ou dividendos, conforme disposto no inciso I do Artigo 17 da Lei no 6.404/76, com a nova redação dada pela Lei no 10.303/2001. As demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2005 do Banco Bradesco S.A. e da Bradespar S.A. foram examinadas por outros auditores independentes, os quais emitiram parecer sem ressalvas datado de 21 de fevereiro de 2006 e 10 de abril de 2006, respectivamente. Os auditores independentes da Cidade de Deus, no curso de seu exame consideraram o parecer emitido por aqueles auditores, tendo efetuado outros procedimentos julgados necessários no contexto de nossas demonstrações financeiras.

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS Referem-se, no curto prazo, a aplicações em Fundo de Investimento Financeiro no montante de R$ 90.688 (2004 - R$ 97.751), CDB - Certificado de Depósito Bancário no montante de R$ 892 (2004 - R$1.977), Eurobonds no montante de R$ 23.113 (2004 - R$ 2.563), em 2004 opções de compra no montante de R$ 4.034 e opções de venda no montante de R$ 7.929. No longo prazo, representado por Debêntures Subordinadas de emissão da Bradesco Leasing S.A. Arrendamento Mercantil (empresa controlada pelo Banco Bradesco S.A.) no montante de R$17.183 (2004 - R$ 17.153) e CDB - Certificado de Depósito Bancário no montante de R$ 21.988 (2004 - R$ 91.437).

Banco Bradesco S.A. Quantidade de ações possuídas (em milhares): ON ....................................................................... P N .......................................................................

11.221 75

Total de ações possuídas ................................ Capital social da investida (em milhares de ações) ............................................................... Percentual de participação .............................. Lucro líquido do exercício ................................ Patrimônio líquido em 31 de dezembro .......... Cotação média por lote de mil ações em bolsa de valores - R$: ON ....................................................................... P N ....................................................................... Valor contábil do investimento ........................ Resultado de equivalência patrimonial ..........

PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Apuração do resultado As receitas e despesas são apropriadas de acordo com o regime de competência. b) Ativos e passivos Os ativos foram demonstrados pelos valores de realização, incluindo quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias (em base “pro-rata” dia) auferidos. Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e variações monetárias (em base “pro-rata” dia) incorridos. c) Imposto de renda e contribuição social Os créditos tributários sobre adições temporárias serão realizados quando da utilização e reversão das respectivas provisões sobre as quais foram constituídos. Os créditos tributários sobre base negativa de contribuição social serão realizados de acordo com a geração de lucros tributáveis. O imposto de renda e contribuição social diferidos, calculados sobre diferenças temporárias e base negativa de contribuição social, são registrados na rubrica “CréditosTributários”. A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10%. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes. d) Permanente Os investimentos em controladas foram avaliados pelo método de equivalência patrimonial, e os incentivos fiscais e outros investimentos foram avaliados pelo custo de aquisição atualizados monetariamente até 1995, deduzido de provisão para perdas, quando aplicável. Ágio na aquisição de investimento, com base em expectativa de rentabilidade futura, está sendo amortizado até 10 (dez) anos.

2004

Bradespar S.A. Quantidade de ações possuídas (em milhares): ON ....................................................................... P N .......................................................................

Diretoria Diretor-Presidente Lázaro de Mello Brandão

Diretor Vice-Presidente Antônio Bornia

Diretores João Aguiar Alvarez Denise Aguiar Alvarez Valente

1. Examinamos os balanços patrimoniais da Cidade de Deus - Companhia Comercial de Participações em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos dos exercícios findos nessas datas, elaborados sob a responsabilidade da sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras.

procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da empresa; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da empresa, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros

3. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Cidade de Deus Companhia Comercial de Participações em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos dos exercícios findos nessas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

São Paulo, 28 de março de 2006

Maria Angela Aguiar

Moacir Nachbar Junior Contador - CRC 1SP198208/O-5

Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5

Carlos Augusto da Silva Contador CRC 1SP197007/O-2


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Tr i b u t o s Nacional Empresas Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, 20, 21, 22 e 23 de abril de 2006

VENDAS NOS SHOPPINGS MAIORES QUE NAS RUAS

Apesar das manifestações por ajuda à Varig, governo continua irredutível e diz que já fez a sua parte.

CENTROS DE COMPRA COMEMORAM EXPANSÃO DE ATÉ 20% NO PRIMEIRO TRIMESTRE DO ANO

VENDAS ACELERADAS NOS SHOPPINGS

E

nquanto as consultas ao Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) e ao UseCheque, ambos da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), aumentaram em média 5,1% no primeiro trimestre do ano em relação a igual período de 2005, com maior enfoque para o comércio de rua, alguns shopping centers de São Paulo chegaram a obter crescimento de até 20%. Para o economista Emilio Alfieri, do Instituto de Economia Gastão Vidigal da ACSP, parte desse resultado obtido pelos centros de compras é proveniente do acúmulo de feriados nacionais no período. "Quem não viajou, acabou indo passear nos shoppings e aqueceu o setor." Os números comprovam essa teoria: o Shopping D registrou incremento de 20% nas vendas do primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano passado. O ABC Plaza Shopping, de Santo André, no ABC Paulista somou 14%; e o Center Norte atingiu alta de 8%, ambos na mesma comparação. Mas os índices divulgados surpreendem quando comparados com os dados da Associação Brasileira dos Lojistas de Shopping (Alshop). Segundo o presidente da entida-

de, Nabil Sahyoun, o faturamento na média nacional do setor foi apenas 3% maior que o do primeiro trimestre de 2005. Lazer e conforto – Na opinião dos lojistas dos centros de compras, o sucesso das vendas decorre do lazer, do conforto, da segurança e principalmente do mix de produtos e serviços oferecidos aos clientes em um único ambiente. "Além das promoções, que aquecem as vendas", afirmou a gerente da Barred's do Shopping Center

O Dia das Mães deverá favorecer o aumento de 12% nas vendas em comparação a 2005. Antonio Mascarenhas, superintendente do Shopping D

Norte, Mércia de Castro. Segundo ela, desde o Carnaval o ritmo de expansão é contínuo. "Tivemos alta de 8% a 10% em relação ao mesmo período do ano passado." A expectativa da lojista para o se-

gundo trimestre é de crescer no mínimo mais 10%. "A mulher é consumista por natureza, pode vir a crise que for, ela sempre compra algo para se vestir", acrescentou a gerente da loja, que vende exclusivamente ao público feminino. "Unimos qualidade e preço acessível. Se não bastasse isso, a localização privilegiada do shopping, perto da marginal e dos acessos de saída da capital, e o fato de o cliente não pagar estacionamento ajudam no crescimento total", diz. Outro ponto forte são as promoções que a loja sempre incorpora ao planejamento das vendas. "A partir do dia 23 de abril começaremos com a liquidação para o Dia das Mães", diz Mércia. Estratégia parecida será usada pelo gerente da loja de calçados Mundial, Sérgio Eduardo da Silva, do mesmo centro de compras, que investe na coleção outono-inverno para atrair a atenção da clientela. "Apesar do crescimento, a economia do País ainda não favoreceu o consumo", disse. Ele afirmou que o estabelecimento somou alta de 10% no trimestre em relação a 2005, mas ainda assim ficou abaixo do esperado, que era 20%. "Nossa previsão é atingirmos essa meta nos próximos dois meses: em maio, decorrente do Dia das Mães, e em junho, por conta do Dia dos Namorados." Segundo o superintendente do Shopping D, Antonio Mascarenhas, o Dia das Mães deverá favorecer o aumento de 12%

Fotos: Patrícia Cruz/LUZ

Sérgio Eduardo da Silva, da Mundial: aposta na coleção outono-inverno para atrair atenção da clientela

Mércia, da Barred´s: alta de 8%

nas vendas em comparação a 2005. "O ano promete ser bom. Os juros estão em queda, e ainda teremos eleições e a Copa do Mundo, grandes catalisadores de vendas. Todas essas variáveis agitam o mercado", afirmou o superintendente. Feriados – Ao contrário do que ocorre com os lojistas de rua, os do shopping comemoram os feriados. De acordo com o presidente da Alshop, apenas em abril houve um aumento setorial de 8% nas ven-

das em relação ao mesmo período do ano passado, por causa da Páscoa. "Os resultados são tão bons que colocam a Páscoa como uma data cada vez mais importante dentro do calendário promocional do varejo", disse Sahyoun. Para o presidente da Alshop, se houver uma maior queda de juros, o comércio obterá melhores resultados nas vendas, associado à entrada dos recursos do novo salário mínimo. Ana Laura Diniz

No País, varejo patina

N

a contramão dos dados de vendas do terceiro trimestre anunciados pelos shopping centers e pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou queda de 4,13% nas vendas no País em fevereiro, ante janeiro. O recuo, que interrompe uma trajetória de quatro resultados positivos, foi considerado como "pontual" pelo técnico Reinaldo Pereira, analista da pesquisa, mas preocupou o Instituto de Desenvolvimento do Varejo (IDV), que reúne as maiores redes de varejo do País. Na comparação com fevereiro do ano passado, houve crescimento de 5,35%. Pereira avaliou que o resultado negativo ante mês

anterior "não significa uma tendência". Para ele, "janeiro é que foi um resultado atípico, muito forte. A queda de fevereiro é pontual, não houve uma reversão na tendência de crescimento nas vendas do comércio." Em janeiro, as vendas do varejo cresceram 4,12% ante dezembro de 2005, resultado tão forte que provocou o "efeito base" estatístico no mês seguinte, levando ao desempenho negativo. O técnico do IBGE ressaltou que permanecem como influências positivas para o comércio nos próximos meses fatores como aumento da ocupação e da renda, ampla oferta de crédito e queda dos juros. Concorda com ele o chefe do Departamento de Economia da Confederação Nacional do Comércio

(CNC), Carlos Thadeu de Freitas. Para ele, a queda registrada em fevereiro é um "ponto fora da curva", a tendência para o setor é favorável e as vendas vão crescer ante mês anterior já a partir de março. Ele avaliou que a inflação em queda, em conjunto com a disponibilidade do crédito e o aumento do salário mínimo, vão garantir um bom desempenho do varejo. A estimativa do economista é de que as vendas do comércio varejista cresçam entre 6% e 7% em 2006, puxadas pelos bens de consumo duráveis, aumento da renda, crédito e o próprio crescimento da atividade econômica. No primeiro bimestre, segundo o IBGE, o varejo acumula alta nas vendas de 5,96% e em 12 meses, de 5,08%. (AE)

Neco Varella/AE

VARIG Ministra diz que governo já deu sua contribuição

O

ministro da Defesa, Waldir Pires, disse ontem que só haverá solução para a crise financeira da Varig quando aparecer uma proposta empresarial "consistente e séria". O ministro criticou, pela primeira vez, a oferta de compra da companhia aérea pela VarigLog, controlada pela empresa Volo. "Há questões dessa proposta que estão sem clareza de serem viabilizadas, na medida em que não assumem as responsabilidades totais sobre os passivos", afirmou o ministro, após participar da cerimônia de comemoração do Dia do Exército, no Quartel General em Brasília. Ele se referiu ao fato de que, pela proposta, seria comprada a parte operacional da Varig, por US$ 400 milhões,

Manifestações continuam

deixando o passivo, calculado entre R$ 7 bilhões e R$ 10 bilhões, fora da negociação. O ministro, que assumiu há menos de um mês a pasta da Defesa, à qual se subordina a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), ressaltou que não houve até agora um posicionamento concreto da empresa interessada sobre o que acontecerá com esse passivo. "E isso não está na alçada legal do governo resolver", afirmou. Sem dinheiro – Já a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou que não há como o governo liberar dinheiro para socorrer a empresa. "O governo já socorreu a Varig", disse, ao

fazer um histórico de uma série de ações que o governo fez e lembrar que as dívidas antigas não estão sendo cobradas. A ministra lembrou que o déficit da Varig está crescendo em R$ 1 bilhão ao ano. Segundo ela, este déficit já está acumulado em R$ 8,5 bilhões. "Não vamos botar dinheiro lá", frisou. Questionada sobre o fato de a Varig não vir pagando dívidas, como a da Infraero, Dilma destacou que o governo não pode fazer generosidades com o dinheiro público. Ao comentar o pedido da Varig para que a BR Distribuidora forneça combustível gratuitamente, ela rebateu indagando por que a empresa não fazia a mesma reivindicação à Shell, que fornece 20% do combustível consumido pela companhia. Dilma voltou a advertir que o programa de recuperação da companhia prevê que ela faça pagamentos. "O governo já deu a sua contribuição e a prova disso é que somos os maiores credores da empresa. Do total da dívida, cerca de 60% são devidos ao governo e os outros 40% aos demais credores", afirmou a ministra. (AE)


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

Nacional Estilo Habitação Finanças

quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, 20, 21, 22 e 23 de abril de 2006

NAVEGAÇÃO NA INTERNET AFUNDOU NA PROMESSA

"Se tem alguma coisa de errado não é com a gente" Paulo Molina, síndico no conjunto da CDHU

MORADORES DE PRÉDIOS DA CDHU DIZEM QUE TECNOLOGIA PROMETIDA AINDA NÃO FOI ENTREGUE Marcelo Min/AFG

Edifício dito inteligente continua burro O conjunto habitacional formado por cinco prédios erguidos pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano no bairro da Mooca inauguraria na cidade uma tecnologia inédita na América Latina, que permite aos moradores se conectar à internet usando qualquer uma das tomadas elétricas do apartamento. Quase um ano após o empreendimento ter sido entregue, em julho passado, a decepção de não ver a promessa cumprida predomina entre os que compraram um apartamento. Na casa dos Barbosa, o computador se transformou em um equipamento inútil. Sobre a mesa da sala, se mistura à decoração.

N

Titanium Holdings S.A. Empresa da Organização Bradesco CNPJ 07.131.759/0001-52 Sede: Cidade de Deus, Osasco, SP Relatório da Administração Senhores Acionistas, Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas. o Balanço Patrimonial, bem como as Demonstrações do Resultado, das Mutações do Patrimônio Líquido e das Origens e Aplicações de Recursos, relativos ao exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, acompanhados das Notas Explicativas e Parecer dos Auditores Independentes. Colocamo-nos à disposição de V.Sas. para quaisquer esclarecimentos que julgarem necessários. Cidade de Deus, 28 de março de 2006 Diretoria

Demonstração do Resultado do Exercício Findo em 31 de dezembro - Em Reais mil

Balanço Patrimonial em 31 de dezembro de 2005 - Em Reais mil AT IV O

2005

PASSIVO

2005

CIRCULANTE .................................................................. Disponibilidades ............................................................ Títulos e Valores Mobiliários ....................................... Outros Créditos .............................................................. Juros sobre o Capital Próprio a Receber ................... Impostos a Compensar ou a Recuperar .................... REALIZÁVEL A LONGO PRAZO ................................... Títulos e Valores Mobiliários ....................................... Outros Créditos .............................................................. Valores a Receber ....................................................... PERMANENTE ............................................................... Investimentos ...............................................................

10.923 2 6.756 4.165 2.984 1.181 156.698 24.198 132.500 132.500 33.934 33.934

CIRCULANTE .................................................................. Obrigações Fiscais e Previdenciárias ...................... Dividendos Propostos .................................................

7.024 2.981 4.043

PATRIMÔNIO LÍQUIDO ................................................... Capital: - De Domiciliados no País .......................................... Reservas de Capital .................................................... Reservas de Lucros .....................................................

194.531

TOTAL ...............................................................................

201.555

TOTAL ...............................................................................

201.555

67.870 113.681 12.980

2005 RECEITAS OPERACIONAIS ......................................... Juros sobre Capital Próprio ........................................ Receitas Financeiras ................................................... DESPESAS OPERACIONAIS ...................................... Despesas Tributárias ................................................... Gerais e Administrativas ............................................. RESULTADO OPERACIONAL ....................................... RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL .... LUCRO LÍQUIDO .............................................................

26.278 3.731 22.547 522 498 24 25.756 25.756 (8.733) 17.023

Número de ações ........................................................... Lucro Líquido por lote de mil ações em R$ ................

67.869.957 250,82

Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos do Exercício findo em 31 de dezembro - Em Reais mil

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - Em Reais mil RESERVAS DE CAPITAL RESERVA DE CAPITAL CAPITAL ÁGIO NA A INTEGRALIZADO EMISSÃO DE INTEGRALIZAR AÇÕES CAPITAL SOCIAL

EVENTOS

SALDOS EM 31.12.2004 ....................

RESERVAS DE LUCROS

LEGAL

LUCROS ESTATUTÁRIA ACUMULADOS PARA AUMENTO DE CAPITAL

1

(1)

TOTAIS

AUMENTO DE CAPITAL POR SUBSCRIÇÃO DOS ACIONISTAS ......................................

67.869

1

113.681

181.551

LUCRO LÍQUIDO ..................................

17.023

17.023

DESTINAÇÕES: - Reservas ...............

851

12.129

(12.980)

- Dividendos Propostos (R$ 0,059 por Ações) ...........

(4.043)

(4.043)

SALDOS EM 31.12.2005 ...................

67.870

113.681

851

12.129

194.531

2005 ORIGEM DOS RECURSOS ............................................. RECURSOS PROVENIENTES DAS OPERAÇÕES ... LUCRO LÍQUIDO ............................................................. RECURSOS DE ACIONISTAS ...................................... Aumento de Capital Social ........................................... Àgio na Subscrição ....................................................... APLICAÇÃO DOS RECURSOS .................................... Dividendos Propostos ................................................... Aquisição de Investimentos ......................................... Aumento do Realizável a Longo Prazo ....................... AUMENTO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO .......

198.574 17.023 17.023 181.551 67.870 113.681 194.675 4.043 33.934 156.698 3.899

VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO: ATIVO CIRCULANTE ...................................................... No Início do Exercício ................................................... No Fim do Exercício ...................................................... PASSIVO CIRCULANTE ................................................ No Início do Exercício ................................................... No Fim do Exercício ...................................................... AUMENTO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO .......

10.923 – 10.923 7.024 – 7.024 3.899

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 - em milhares de reais 1)

2)

3)

4)

CONTEXTO OPERACIONAL A Titanium Holdings S.A., constituída em outubro de 2004, é uma empresa que tem como objeto a participação como sócia ou acionista em outras sociedades e aquisição e transferência de participações acionárias, tendo iniciado suas atividades operacionais em março de 2005. Em 4 de março de 2005, através de Instrumento Particular de Alteração de Contrato Social, houve a transformação do tipo societário da Empresa Titanium Holdings Ltda., de sociedade comercial por cotas de responsabilidade em sociedade anônima, observadas as disposições em vigor, modificando a sua denominação social para Titanium Holdings S.A., observando-se o seguinte: as 1.000 cotas, do valor nominal de R$ 1,00 cada uma, representativas do capital social de R$ 1, foram transformadas em ações ordinárias, Classe A, nominativas-escriturais, sem valor nominal, incluindo a possibilidade de emissão de ações ordinárias, Classe B, nominativas-escriturais, sem valor nominal, conversíveis em ações preferenciais-resgatáveis, nominativa-escriturais, sem valor nominal e atribuídas à acionista Nova Cidade de Deus Participações S.A. Aprovou-se neste instrumento o aumento do capital social no valor de R$ 33.934 mediante a emissão de 33.933.978 novas ações ordinárias, Classe A, nominativas-escriturais, sem valor nominal, a subscritas pelo acionista Nova Cidade de Deus Participações S.A., integralizado em bens representados por 1.936.202 ações ordinárias, nominativasescriturais, sem valor nominal, de emissão do Banco Bradesco S.A., representadas pela participação da Nova Cidade de Deus Participações S.A. no capital social daquela sociedade. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas a partir das diretrizes contábeis emanadas da Lei das Sociedades por Ações para a contabilização das operações, que incluem práticas e estimativas contábeis no que se refere à constituição de provisões. Os resultados efetivos podem ser diferentes daquelas estimativas e premissas. As demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2005 não estão sendo apresentadas de forma comparativa com as do exercício do ano anterior, tendo em vista as alterações descritas na nota 1.

5)

VALORES A RECEBER No longo prazo refere-se a contrato de mútuo firmado em 08 de março de 2005 no valor de R$ 114.721 com a Elo Participações S.A., a ser liquidado até o dia 31 de janeiro de 2011, acrescida da variação do Certificado de Depósito Interbancário-CDI, sendo que o saldo em 31 de dezembro de 2005 correspondia a R$ 132.500 e a variação monetária do período totalizou R$ 17.779 registrada em receitas financeiras.

6)

INVESTIMENTOS Representado por 3.872.404 ações ordinárias, nominativasescriturais, sem valor nominal do Banco Bradesco S.A., correspondendo a uma participação de 0,40% do capital total. O Banco Bradesco S.A. é uma companhia aberta de direito privado que, operando na forma de Banco Múltiplo, desenvolve atividades bancárias em todas as modalidades autorizadas, por meio de suas carteiras comerciais, de operações de câmbio, de investimentos, de crédito ao consumidor, de crédito imobiliário e de cartões de crédito. Por intermédio de suas controladas, direta e indiretamente, atua também em diversas outras atividades, com destaque para as atividades de Arrendamento Mercantil, Administração de Consórcios, Seguros, Previdência e Capitalização. As operações são conduzidas no contexto do conjunto das empresas integrantes da Organização Bradesco, atuando no mercado de modo integrado. Em 31 de dezembro de 2005 a cotação média das ações do Banco Bradesco S.A. correspondia a R$ 64,02 por lote de mil para as ações ordinárias e R$ 68,19 por lote de mil para as ações preferenciais.

7)

TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS No curto prazo são representados por aplicações em fundos de investimento financeiros no montante de R$ 6.756. No longo prazo são representados por aplicações em Certificado de Depósito Bancário - CDB, pós-fixados, no montante de R$ 24.198 a vencer em 2012.

Diretoria

Diretor-Presidente Márcio Artur Laurelli Cypriano

Diretores Décio Tenerello Laércio Albino Cezar Arnaldo Alves Vieira Luiz Carlos Trabuco Cappi Sérgio Socha Julio de Siqueira Carvalho de Araujo Milton Almicar Silva Vargas José Luiz Acar Pedro Norberto Pinto Barbedo Moacir Nachbar Junior Contador-CRC 1SP198208/O-5

Lucro líquido do exercício ........ Reserva legal ............................ Base de cálculo ........................ Dividendos propostos ..............

2005 33.934.978 Ordinárias - classe “A” .................................... 33.934.979 Ordinárias - classe “B” .................................... Total ................................................................... 67.869.957 Pelo Instrumento Particular de alteração do contrato Social da sociedade de 4 de março de 2005, foi deliberado o aumento do capital social no valor de R$ 33.934 elevando-o de R$ 1 para R$ 33.935, mediante a emissão de 33.933.978 (trinta e três milhões, novecentas e trinta e três mil, novecentas e setenta e oito) novas ações ordinárias, Classe A, nominativas-escriturais, sem valor nominal, ao preço de R$ 1,00 por ação, subscritas pela acionista Nova Cidade de Deus Participações S.A., e integralizadas em bens representados por 1.936.202 (um milhão, novecentas e trinta e seis mil, duzentas e duas) ações ordinárias, nominativas-escriturais, sem valor nominal, de emissão do Banco Bradesco S.A., representativas da participação da Nova Cidade de Deus Participações S.A. no capital social daquela Sociedade, avaliadas pelo critério do valor contábil em R$ 33.934. Em Assembléia Geral Extraordinária realizada em 8 de março de 2005, foi deliberado o aumento do Capital Social no valor de R$ 33.935, elevando-o de R$ 33.935 para R$ 67.870, com a emissão de 33.934.979 (trinta e três milhões, novecentas e trinta e quatro mil, novecentas e setenta e nove) novas ações ordinárias, Classe “B”, nominativas-escriturais, sem valor nominal, conversíveis em ações preferenciais-resgatáveis, pelo preço de emissão de R$ 4,349967050 por ação, com integralização à vista, em moeda corrente nacional, dos quais R$ 33.935 foram levados à conta “Capital”, e R$ 113.681 foram levados à conta “Reserva de Ágio na Emissão de Ações”. As ações ordinárias Classe “B”, conversíveis em ações preferenciais-resgatáveis, nominativasescriturais, sem valor nominal, subscritas no aumento de capital terão direito a dividendos e/ou juros sobre o capital próprio que vierem a ser declarados, fazendo jus também, de forma integral.

17.023 (851) 16.172 4.043

25,00

(1) Percentual dos dividendos aplicado sobre a base de cálculo. Aos dividendos propostos para o exercício de 2005, correspondem a 25% do lucro ajustado de acordo com o estatuto social. c) Reservas de Lucros 2005 Reservas de Lucros ....................................... 12.980 - Reserva Legal (1) .......................................... 851 - Reserva Estatutária para Aumento de 12.129 Capital (2) ..................................................... (1) Constituída obrigatoriamente à base de 5% do lucro líquido do exercício, até atingir 20% do capital social realizado, ou 30% do capital social, acrescido das reservas de capital. Após esse limite a apropriação não mais se faz obrigatória. A reserva legal somente poderá ser utilizada para aumento de capital ou para compensar prejuízos; (2) Pode ser constituída em 100% do lucro líquido remanescente após destinações estatutárias, mediante proposta da Diretoria, aprovada pelo Conselho e deliberada pela Assembléia Geral, sendo o saldo limitado a 100% do Capital Social Integralizado.

PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Composição do capital social em ações: O capital social totalmente subscrito e integralizado é dividido em ações nominativas-escriturais, sem valor nominal conforme segue:

PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS a) Resultado do Exercício É apurado pelo regime de competência. b) Ativos e Passivos Os ativos foram demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias (em base “pro-rata” dia) auferidos. As aplicações em fundos de investimentos estão valorizadas, utilizando a data do último dia do exercício fornecida pelo administrador dos fundos. Os passivos demonstrados incluem os valores conhecidos e calculáveis, acrescidos dos encargos e variações monetárias (em base “pro-rata” dia) incorridos. c) Imposto de Renda e Contribuição Social A provisão para imposto de renda é constituída à alíquota-base de 15% do lucro tributável, acrescida do adicional de 10%, quando aplicável. A provisão para contribuição social é calculada sobre o lucro antes do imposto de renda, considerando a alíquota de 9%. Foram constituídas provisões para os demais impostos e contribuições sociais, de acordo com as respectivas legislações vigentes. d) Permanente Os investimentos estão registrados ao custo de aquisição e deduzidos, quando aplicável, de provisão para perdas.

Diretoria

As ações preferenciais resultantes da conversão das ações ordinárias Classe “B”: a) são resgatáveis a qualquer tempo a partir de 31 de março de 2005, inclusive, até 31 de dezembro de 2010, mediante deliberação da Assembléia Geral da Sociedade; b) seu resgate será feito necessariamente em bens e pelo seu valor contábil; c) conferem prioridade no reembolso do capital; d) não conferem direito de voto. b) Dividendos Os acionistas terão direito a um dividendo anual de no mínimo 25% do lucro líquido. O cálculo dos dividendos propostos, relativo ao exercício de 2005, está demonstrado a seguir: R$ % (1)

8)

IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL a) Os impostos a compensar ou a recuperar referem-se a imposto retido na fonte sobre aplicações financeiras e juros sobre o capital próprio, no montante de R$ 1.181. b) Demonstração do cálculo dos encargos com imposto de renda e contribuição social:

International Services Ltda. CRC 2SP009963/O-1

Luciana Benatti

Marcelo Min/AFG

2005 Resultado antes dos tributos (imposto de renda e contribuição social) ........................ Encargo total do imposto de renda e contribuição social às alíquotas de 25% e 9%, respectivamente ............................................ Efeito das adições e exclusões no cálculo dos tributos: Outros Valores ................................................. Imposto de renda e contribuição social do exercício ........................................................ 9)

25.756 (8.757) 24 (8.733)

OUTRAS INFORMAÇÕES a) Despesas tributárias referem-se a despesas com COFINS no valor de R$ 284, PIS no valor de R$ 61 e CPMF no valor de R$ 153.

Relatório dos Auditores Independentes sobre a revisão limitada

2. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nosso exame compreendeu, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da empresa; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as

lo informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que o PLC foi implantado nos cinco prédios do conjunto, mas ainda não está ativo em dois. Culpa – A CDHU atribuiu aos próprios moradores, que não teriam se organizado para contratar um provedor de acesso, o ônus da falta de acesso à internet nas tomadas dos apartamentos. Outra iniciativa anunciada como parte do pacote de inclusão digital dos moradores do conjunto, cujos moradores são famílias com renda mensal de um a três salários mínimos, também não vingou. Uma sala, na parte térrea do conjunto, foi equipada com 16 computadores para livre acesso à internet. Os moradores alegam que só chegaram perto das máquinas, doadas pela Siemens, durante a festa de inauguração. Depois a porta da sala foi trancada com cadeado e assim continua até hoje. "A sala vai permanecer fechada enquanto eles não se organizarem para receber aquilo em doação. Eles não têm nem CNPJ", diz Raphael Pileggi, secretário executivo do Programa Qualihab da CDHU. De acordo com Pileggi, é preciso que os moradores primeiro constituam legalmente um condomínio para só depois receber os computadores em doação. Para desapontamento, principalmente das crianças do prédio, usuárias em potencial dos computadores doados. Uma suposta tentativa de furto dos equipamentos, negada pelos moradores, também é alegada por Pileggi como outro motivo para que a sala permaneça trancada. "Se tem alguma coisa de errado não é com a gente, é com eles, que prometem e não estão cumprindo", diz o síndico Paulo Molina.

Em 31 de dezembro

Aos Administradores e Acionistas Titanium Holdings S.A. 1. Examinamos o balanço patrimonial da Titanium Holdings S.A. em 31 de dezembro de 2005 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos do exercício findos nessa data, elaborados sob a responsabilidade da sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras.

avegar na internet é um sonho que os moradores de um conjunto habitacional construído pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) no bairro da Mooca ainda não conseguiram realizar. Nada demais, se não fosse esse um empreendimento anunciado pela CDHU como o primeiro conjunto habitacional inteligente da cidade. Inaugurado em julho de 2005 com a presença do ex-governador Geraldo Alckmin, o conjunto, formado por cinco prédios e erguido na rua Dr. Fomm, foi considerado inteligente por contar com uma tecnologia inédita na América Latina, que permitiria aos moradores usar qualquer uma das tomadas elétricas do apartamento para se conectar à internet. Conhecida pela sigla PLC (do inglês Power Line Communication, ou comunicação por linha de força), essa forma de transmissão de dados por rede elétrica já está disponível em países como Espanha, Alemanha e Estados Unidos. No conjunto habitacional da Mooca, foi disponibilizada pela Eletropaulo como parte de um projeto-piloto. No entanto, o uso do PLC para acesso à internet em banda larga continua apenas na promessa. Desde agosto, quando mudou com a família para um apartamento no conjunto habitacional da Mooca, Andréa Barbosa mantém a expectativa de poder navegar na internet "até pela tomada do banheiro", como foi prometido na inauguração da obra. O computador comprado depois da mudança se encontra hoje desligado, sobre a mesa da sala. "Chegamos a usar a internet umas três ou quatro vezes com linha discada, mas não é viável", diz Andréa. A Eletropau-

informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da empresa, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Titanium Holdings S.A. em 31 de dezembro de 2005 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos do exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 28 de março de 2006

Evandro Carreras Contador CRC 1SP176139/O-0

Sistema que libera o acesso à internet não funciona e sala na parte térrea com computadores que permitiriam a inclusão digital de moradores que não têm o equipamento é mantida há meses trancada. Com cadeado.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, 20, 21, 22 e 23 de abril de 2006

LEGAIS - 19

Siderúrgica Barra Mansa S.A. CNPJ nº 60.892.403/0001-14 RELATÓRIO DA DIRETORIA Senhores Acionistas: Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas. as Demonstrações Financeiras relativas aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004, compostas pelo Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado, Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos, Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido e das Notas Explicativas. Queremos agradecer aos nossos clientes, fornecedores e prestadores de serviços, pelo apoio e cooperação e a confiança em nós depositada, e em especial aos nossos colaboradores, pelo empenho apresentado. São Paulo, 12 de abril de 2006 A Diretoria

Ativo Circulante Caixa e bancos Aplicações financeiras Contas a receber de clientes Estoques Impostos a recuperar Dividendos e juros sobre capital próprio a receber Demais contas a receber Realizável a longo prazo Partes relacionadas Imposto de renda e contribuição social diferidos Impostos a recuperar Depósitos judiciais Demais contas a receber Permanente Investimentos Imobilizado Diferido Total do ativo

BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO Em milhares de reais 2005 2004 Passivo e patrimônio líquido Circulante Financiamentos 6.409 9.994 Fornecedores 43.137 34.650 Impostos e taxas a recolher 97.880 41.114 Obrigações trabalhistas 112.977 122.708 Adiantamentos de clientes 5.081 1.088 Dividendos a pagar Demais contas a pagar 33.777 71.992 14.309 6.796 Exigível a longo prazo 313.570 288.342 Financiamentos Partes relacionadas 72.006 8.561 Provisão para contingências 49.793 44.272 Demais contas a pagar 3.550 6.329 21.099 19.734 Patrimônio líquido 405 470 Capital social 146.853 79.366 Reserva de lucros - legal Lucros acumulados 652.408 641.417 385.007 377.671 1.125 1.037 1.038.540 1.020.125 Total do passivo e patrimônio líquido 1.498.963 1.387.833 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras

DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO - EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO - Em milhares de reais, exceto quando indicado 2005

2004

33.104 38.769 40.263 18.032 8.089 82.784 7.456 228.497

30.400 39.609 17.602 14.688 3.722 43.359 16.985 166.365

84.266 1.194 133.217 70 218.747

17.551 438 109.700 – 127.689

591.094 47.545 413.080 1.051.719

591.094 35.648 467.037 1.093.779

1.498.963

1.387.833

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Em milhares de reais, exceto quando indicado Capital Reserva de social lucros - legal Em 31 de dezembro de 2003 355.000 17.743 Capitalização de AFAC realizado pela Votorantim Metais Ltda. conforme AGE de 30 de julho de 2004 236.094 – Lucro líquido do exercício – – Apropriação e destinação do lucro Reserva legal – 17.905 Dividendos propostos (R$ 33,13 por lote de mil ações) – – Em 31 de dezembro de 2004 591.094 35.648 Lucro líquido do exercício – – Apropriação e destinação do lucro Reserva legal – 11.897 Dividendos propostos (R$ 272,65 por lote de mil ações) – – Em 31 de dezembro de 2005 591.094 47.545 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras

Lucros acumulados 160.854

Total 533.597

– 358.108

236.094 358.108

(17.905) (34.020) 467.037 237.940

– (34.020) 1.093.779 237.940

(11.897) (280.000) 413.080

– (280.000) 1.051.719

NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004 Em milhares de reais, exceto quando indicado 1. Contexto operacional A Siderúrgica Barra Mansa S.A. é uma Companhia integrante do Grupo Votorantim, pertencente à Unidade de Negócio Aço da Votorantim Metais, e tem como atividades principais a produção e a comercialização de aços longos, bem como a participação societária em outras empresas. A Companhia está presente no mercado de aços longos desde 1937, quando inaugurou a sua planta industrial no município de Barra Mansa - RJ. Encontra-se atualmente entre os três maiores produtores de aços longos do país. Produz, hoje, mais de 450 mil toneladas anuais para uso nos setores industrial e da construção civil. Utiliza aço reciclado como a principal matéria-prima, o que contribui significativamente para a preservação dos recursos naturais. Investindo constantemente em equipamentos de última geração, é uma das mais modernas indústrias do seu setor. A distribuição dos produtos da Siderúrgica Barra Mansa S.A., além de terceiros, é feita em rede própria de filiais de vendas estrategicamente posicionadas nas regiões Sudeste e Sul do País. 2. Principais práticas contábeis (a) Demonstrações financeiras As demonstrações financeiras foram elaboradas e estão apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, com base nas disposições contidas na Lei das Sociedades por Ações, aplicadas de maneira uniforme em relação ao exercício findo em 31 de dezembro de 2004. Na elaboração de demonstrações financeiras é necessário utilizar estimativas para contabilizar certos ativos, passivos e outras transações. As demonstrações financeiras da Companhia incluem, portanto, estimativas referentes à seleção das vidas úteis do ativo imobilizado, provisões necessárias para passivos contingentes, determinações de provisões para imposto de renda e outras similares, que refletem a melhor estimativa possível, podendo apresentar variações em relação aos dados e aos valores reais. (b) Apuração do resultado O resultado é apurado pelo regime de competência. Os tributos diferidos foram reconhecidos considerando-se as alíquotas vigentes para o imposto de renda e a contribuição social sobre as diferenças temporárias, na extensão em que sua realização seja provável (Nota 13). (c) Ativos circulante e realizável a longo prazo Os ativos são apresentados pelo valor de realização, incluindo, quando aplicável, as variações monetárias ou cambiais e os correspondentes rendimentos auferidos. • As aplicações financeiras são demonstradas considerando os rendimentos financeiros auferidos até 31 de dezembro. As quotas de fundos de investimentos são registrados pelo seu valor de realização, com base no valor da quota disponível no último dia útil precedente ao encerramento do balanço patrimonial. • A provisão para perdas no recebimento de créditos foi constituída em bases consideradas suficientes pela administração para a cobertura de eventuais prejuízos na realização dos valores a receber de clientes, cujo saldo é apresentado deduzido dessa provisão, no circulante. • Os estoques são demonstrados pelo custo médio das compras ou pelo custo de produção, inferior aos custos de reposição ou aos valores de realização. As importações em andamento são demonstradas ao custo acumulado de cada importação. • O imposto de renda e a contribuição social diferidos são demonstrados pelos valores prováveis de recuperação, prevista para ocorrer em até dez anos. (d) Permanente Demonstrado ao custo corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995, combinado com os seguintes aspectos: • O investimento em controlada é avaliado pelo método da equivalência patrimonial; os demais investimentos estão demonstrados pelo custo histórico. • A depreciação de bens do imobilizado, pelo método linear, às taxas anuais (Nota 9), que levam em consideração a vida útil-econômica dos bens. • A amortização do diferido, pelo método linear, no período de cinco anos, a partir da ocasião em que os benefícios começam a ser gerados. (e) Passivos circulante e exigível a longo prazo Os passivos são demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e das variações monetárias ou cambiais incorridos. • A provisão para imposto de renda e contribuição social é constituída com base na legislação vigente. • A provisão para contingências refere-se a questões trabalhistas, tributárias e cíveis e está registrada de acordo com avaliação de risco efetuada pela administração, apoiada por seus consultores jurídicos. 3. Aplicações financeiras Taxa de remuneração média das aplicações 2005 2004 Curto prazo Fundo Federal Plus 14,17% a.a. 179 – Fundo Odessa 17,97% a.a. 11.625 – Fac Alliance (i) (3,31)% a.a. 14.986 – Fundos de investimentos - FIDC (ii) 14,67% a.a. 16.347 34.650 43.137 34.650 (i) Em 31 de dezembro de 2005, a Companhia mantinha R$ 14.986 com o Banco Votorantim o fundo Alliance é lastreado por uma carteira de ações Norte-Americana, em 2005, a sua taxa de remuneração sofreu impacto da desvalorização do dólar. (ii) . Em 21 de julho de 2004, o Grupo Votorantim iniciou operações de cessão irrevogáveis de recebíveis ao Fundo de Investimentos de Direitos CreditóriosFIDC. O fundo, administrado pelo Banco Bradesco S.A. tem prazo indeterminado de funcionamento e, em 31 de dezembro de 2005, apresenta patrimônio líquido de R$ 250.328 (2004 - R$ 168.466), sendo R$ 106.369 (2004 - R$ 87.877) em quotas sênior e R$ 143.959 (2004 - R$ 80.588) em quotas subordinadas, das quais R$ 16.347 (2004 - R$ 34.650) em quotas subordinadas são de titularidade da Siderúrgica Barra Mansa S.A. O rendimento esperado da carteira é de 14,67% a.a.

4. Contas a receber de clientes Clientes No exterior No País Empresas ligadas Provisão para perdas no recebimento de créditos

2005

2004

3.442 3.842 68.904 32.464 28.734 8.284 (3.200) (3.476) 97.880 41.114 Em 31 de dezembro de 2005, o saldo em aberto do contas a receber cedido ao Fundo de Investimentos de Direitos Creditórios - FIDC foi de R$ 24.284 (2004 - R$ 49.412). O resultado apurado nas cessões durante o ano de 2005 foi de R$ 3.560 (2004 - R$ 1.618), registrada na rubrica de despesa financeira da demonstração do resultado. O efeito de eventuais inadimplências na carteira de recebíveis do fundo já está reconhecido diretamente no valor das quotas subordinadas reconhecidas nos títulos e valores mobiliários. 5. Estoques 2005 2004 Produtos acabados 28.597 39.489 Produtos em processo 15.481 24.877 Almoxarifado 32.867 18.848 Importações em andamento 5.308 1.548 Matérias-primas 25.809 33.101 Adiantamentos a fornecedores 4.915 4.845 112.977 122.708 6. Impostos a recuperar 2005 2004 Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS 7.379 6.667 Imposto de renda e contribuição social a restituir e antecipações 929 659 Outros 323 91 8.631 7.417 Longo prazo (3.550) (6.329) Circulante 5.081 1.088 7. Transações e saldos com partes relacionadas 2005 2004 Receitas Receitas Saldos (despesas) Saldos (despesas) Aplicações financeiras Banco Votorantim S.A. 14.986 3.954 – – Contas a receber de clientes Companhia Brasileira de Alumínio 2.753 14.696 362 6.746 Votorantim Metais Zinco S.A. 323 3.687 – – Companhia Níquel Tocantins 88 198 149 374 Votorantrade NV 25.491 111.122 3.945 82.243 Cimento Sergipe S.A. - Cimesa – – 3.688 987 Companhia Mineira de Metais – – 136 684 Outros 79 79 4 5.109 28.734 129.782 8.284 96.143 Dividendos e juros sobre capital a receber Votorantim Metais Zinco S.A. 33.777 – – – Companhia Mineira de Metais – – 71.949 – Cia.Paraibuna de Metais – – 43 – 33.777 – 71.992 – Mútuo/Contas-correntes (ativas) Companhia Níquel Tocantins (i) 67.199 – 2.760 16.132 Votorantim Metais Zinco S.A. (ii) 4.518 – – – Companhia Mineira de Metais – – 3.380 18.240 Cia. Paraibuna de Metais – – 2.122 12.423 Outros (ii) 289 – 299 – 72.006 – 8.561 46.795 Fornecedores Companhia Brasileira de Alumínio 283 (3.596) 206 (2.826) Cimento Rio Branco S.A. 137 (288) – – Votorantim Celulose e Papel S.A. 80 (508) – – Interávia Táxi Aéreo Ltda. – (2.249) – – Votorantim Energia Ltda. 10 (1.139) – – Outros 161 (19) 224 (154) 671 (7.799) 430 (2.980) Dividendos e juros s/capital a pagar Votorantim Metais Ltda. 82.784 – 43.359 – Mútuo/Contas-correntes (passivas) Votorantim Metais Zinco S.A. – – 163 – Votorantim Metais Ltda. (ii) 1.135 – 156 (13.454) Votorantim Energia Ltda. (ii) 42 – 119 – Outros 17 – – – 1.194 – 438 (13.454) (i) Saldo refere-se a R$ 64.694 de operação Pró Soluto efetuada em dezembro de 2005 que será remunerada a juros lineares de 12% a.a. e R$ 2.505 a receber proveniente de rateio de despesas comuns. (ii) As contas-correntes mantidos com partes relacionadas não são atualizadas.

Receita bruta de vendas Vendas Mercado interno Mercado externo Deduções de vendas Impostos sobre vendas Devoluções e abatimentos Receita líquida de vendas Custo dos produtos vendidos Lucro bruto (Despesas) receitas operacionais Com vendas Gerais e administrativas Honorários da diretoria Receitas financeiras Despesas financeiras Equivalência patrimonial Outras despesas operacionais, líquidas

2005

2004

1.082.044 122.490 1.204.534

881.228 96.894 978.122

(267.252) (6.536) 930.746 (600.207) 330.539

(216.327) (5.930) 755.865 (517.317) 238.548

(70.560) (69.911) (124) 24.590 (47.378) 129.317 – (34.066) 296.473 (239)

(56.689) (46.675) (124) 13.936 (44.189) 293.548 (7.302) 152.505 391.053 (529)

Lucro operacional Despesas não operacionais, líquidas Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social 296.234 390.524 Imposto de renda e contribuição social Corrente (63.815) (30.787) Diferido 5.521 (1.629) Lucro líquido do exercício 237.940 358.108 Lucro líquido por lote de mil ações do capital social total no fim do exercício - R$ 231,70 348,71 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO Em milhares de reais 2005 2004 Composição dos recursos originados das operações Lucro líquido do exercício 237.940 358.108 Despesas (receitas) que não afetam o capital circulante Despesas financeiras do exigível a longo prazo 3.014 24.730 Equivalência patrimonial (129.317) (293.548) Depreciações, exaustões e amortizações 41.027 37.138 Perda na baixa de ativo permanente 94 255 Provisão para contingências 23.517 11.607 Imposto de renda e contribuição social diferidos (5.521) 1.629 Recursos originados das operações 170.754 139.919 Origem dos recursos Das operações sociais 170.754 139.919 Dos acionistas Aumento de capital – 236.094 De terceiros Captação de recursos a longo prazo e outros 82.557 12.696 Dividendos recebidos 118.326 69.762 Total dos recursos obtidos 371.637 458.471 Aplicações dos recursos No realizável a longo prazo 61.966 15.698 No ativo permanente Investimentos – 1.725 Imobilizado 48.008 68.120 Diferido 537 2 Transferência do exigível a longo prazo para o circulante 15.842 49.406 Redução do exigível a longo prazo 2.188 222.000 Dividendos propostos 280.000 34.020 Total dos recursos aplicados 408.541 390.971 (Redução) aumento do capital circulante (36.904) 67.500 Variação do capital circulante Ativo circulante 25.228 114.693 Passivo circulante 62.132 47.193 (Redução) aumento do capital circulante (36.904) 67.500 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras

12. Patrimônio líquido (a) Capital social O capital social em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, totalmente subscrito e integralizado, é representado por 1.026.946.725 ações ordinárias, sem valor nominal. (b) Dividendos Nos termos do Estatuto social, aos titulares de ações de qualquer espécie será atribuído, em cada exercício, um dividendo mínimo de 10% do lucro líquido, calculado nos termos da lei societária. A proposta de dividendos consignada nas demonstrações financeiras da Companhia, sujeita à aprovação dos acionistas na Assembléia Geral, calculada nos termos da referida lei, em especial no que tange ao disposto nos artigos 196 e 197, é assim demonstrada: 2005 2004 Lucro líquido do exercício 237.940 358.108 Apropriação da reserva legal (5%) (11.897) (17.905) Base de cálculo dos dividendos 226.043 340.203 Percentual mínimo % 10 10 Dividendo anual mínimo 22.604 34.020 Dividendos adicionais 257.396 – Dividendos propostos 280.000 34.020 (c) Lucros acumulados O saldo remanescente na rubrica “lucros acumulados”, terá sua destinação definido na Assembléia Geral Ordinária. 13. Imposto de renda e contribuição social (a) Reconciliação da despesa de imposto de renda e contribuiçãosocial 2005 2004 Lucro antes dos impostos 296.234 390.524 Imposto de renda e contribuição social pela alíquota fiscal nominal combinada de 34% (100.719) (132.778) Demonstrativo da origem da despesa de IRPJ e CSLL Equivalência patrimonial 43.968 99.806 Exclusões permanentes – 1.833 Adições permanentes, principalmente doações e brindes (2.477) (739) Outras 934 (538) Despesa de imposto de renda e contribuição social no resultado do exercício (58.294) (32.416) Composição da despesa com imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido Corrente (63.815) (30.787) Diferido 5.521 (1.629) (58.294) (32.416) (b) Imposto de renda e contribuição social diferidos ativos A Companhia contabiliza os créditos fiscais diferidos decorrentes de diferenças temporárias. Esses créditos estão mantidos no realizável a longo prazo, considerando sua expectativa de realização. (c) Composição do saldo do imposto de renda e da contribuição social diferidos 2005 2004 Ativo Diferenças temporárias Provisão para contingências 43.461 35.465 8. Investimentos Informações sobre o investimento 2005 2004 Provisão para outras despesas 5.244 7.625 Informações da investida Informações da investida Provisão para perdas no recebimento de créditos 1.088 1.182 Patrimônio Resultado No patrimônio No resultado Patrimônio Resultado No patrimônio No resultado Total do imposto de renda e contribuição social diferidos 49.793 44.272 líquido do exercício Percentual líquido do exercício líquido do exercício Percentual líquido do exercício (d) Período de estimativa de realização Controlada direta Companhia Mineira de Metais (i) – 142.262 61,48 – 87.463 1.040.547 477.467 61,48 639.728 293.548 Quanto à realização das diferenças temporárias, foi estimada com base em projeções históricas que Votorantim Metais Zinco S.A. (i) 1.351.749 86.726 48,264 652.408 41.854 – – – – – dimensionam os trâmites burocráticos dos passivos contingentes em aberto, os quais se encontram Outros – – – – 129.317 – – – 1.689 293.548 em discussão em diversas instâncias legais, bem como de acordo com as estimativas dos 652.408 641.417 consultores jurídicos da Companhia sobre os respectivos prazos de desfecho desses processos. (i) Em 2005, a Companhia Mineira de Metais foi incorporada pela Companhia Paraibuna de Metais, a qual teve a sua razão social alterada para Votorantim Metais Zinco S.A. Assim a Siderúrgica Barra Mansa A administração acredita que os referidos créditos fiscais oriundos de diferenças temporárias serão recebeu em substituição às suas ações, ações emitidas pela Votorantim Metais Zinco S.A. O saldo do investimento está deduzido dos dividendos propostos pela Votorantim Metais Zinco no total de realizados em até dez anos. R$ 118.326 em 2005 e R$ 69.718 em 2004. 14. Instrumentos financeiros (a) Considerações gerais (a) Os montantes a longo prazo têm a seguinte composição, por ano de vencimento: 9. Imobilizado 2005 2004 2005 2004 Os excessos de caixa temporários são aplicados em conformidade com as políticas de tesouraria Depreciação Taxa anual de 2006 – 7.198 reavaliadas periodicamente. Custo acumulada Saldo Saldo depreciação -% 2007 14.949 5.303 As operações e a administração desses instrumentos são realizadas pela área de operações Terrenos 1.091 1.091 1.385 2008 17.916 3.547 financeiras por meio de política de controles e estabelecimento de estratégia de operação Edificações 73.590 (11.282) 62.308 65.113 4 2009 16.375 1.503 previamente aprovadas pela diretoria. Máquinas, equipamentos 2010 15.011 – e instalações 359.121 (141.540) 217.581 235.139 10 a 20 (b) “Hedge” de moedas 2011 15.011 – Veículos 1.785 (759) 1.026 1.133 20 Em 2005 e 2004, a Companhia não contratou operações com instrumentos derivativos para proteção 2012 5.004 – Softwares e hardwares 10.972 (6.895) 4.077 4.201 20 à exposição cambial. 84.266 17.551 Móveis e utensílios 2.836 (1.593) 1.243 1.112 10 15. Plano de previdência privada de contribuição definida (b) Garantias Benfeitorias em bens de terceiros 1.197 (468) 729 358 (ii) Obras em andamento (i) 93.217 – 93.217 63.097 Os financiamentos em moeda nacional são garantidos por máquinas e equipamentos da Usina de Em fevereiro de 2001, a Companhia aderiu à Fundação Senador José Ermírio de Moraes FUNSEJEM, fundo fechado de previdência privada, sem fins lucrativos, que atende aos funcionários Adiantamento a fornecedores 2.089 – 2.089 5.291 Barra Mansa; para os empréstimos em moeda estrangeira, não foram oferecidas garantias reais. Importações em andamento 1.646 – 1.646 842 de empresas do Grupo Votorantim e oferece a oportunidade de participação a todos. Nos termos do (c) Cláusulas contratuais 547.544 (162.537) 385.007 377.671 Em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, a Companhia não apresentava financiamentos que regulamento do fundo, as contribuições dos empregados à FUNSEJEM são igualadas de acordo (i) As obras em andamento referem-se substancialmente a projetos de expansão, modernização e incluíssem cláusulas para determinar níveis máximos de endividamento e alavancagem “covenants”, com o nível de remuneração de cada um. Para os que apresentam remuneração inferior aos limites melhorias operacionais na Aciaria Elétrica e nos Laminadores. (ii) Prazo de vigência dos contratos de bem como cobertura de parcelas a vencer e manutenção de saldos mínimos de recebíveis em um estabelecidos no regulamento do fundo, igualam-se às contribuições que representam até 1,5% de aluguel. “collateral account”. sua remuneração mensal. Para aqueles com remuneração superior aos limites estabelecidos no 10. Financiamentos 11. Contingências Indexador Taxa média anual de regulamento do fundo, igualam-se às contribuições que representarem até 6% de sua remuneração A Companhia é parte envolvida em processos tributários, trabalhistas e cíveis que se encontram em mensal. Podem também ser realizadas contribuições voluntárias à FUNSEJEM. As contribuições ou moeda juros e comissão - % 2005 2004 instâncias diversas. A provisão para contingências é estabelecida por valores atualizados para realizadas pela Companhia em 2005 e em 2004 totalizaram R$ 1.809 e R$ 1.271, respectivamente. Em moeda estrangeira Adiantamentos de Contratos questões em discussão nas instâncias administrativas e judiciais, com base nas estimativas de 16. Participação nos lucros e nos resultados de Câmbio - ACCs US$ 5,04 a 5,35 24.586 – perdas estabelecidas pelos consultores jurídicos da Companhia, nos casos em que a perda é A Companhia mantém a política de conceder participação nos lucros e nos resultados a seus Financiamento de importações US$ 10,02 1.713 14.390 considerada provável, inclusive quanto à classificação no exigível a longo prazo. funcionários, vinculada ao seu plano de ação e ao alcance de objetivos específicos, os quais são Resolução nº 4.131 US$ 4,18 – 17.753 Provisão para Financiamento de importações Franco suíço 4,45 10.041 3.374 Depósitos judiciais contingências estabelecidos no começo de cada ano. Em 31 de dezembro de 2005, a Companhia registrou provisão Financiamento Industrial - BNDES UMBNDES 4,0 407 678 2005 2004 2005 2004 para participação nos lucros no montante de R$ 8.604 (2004 - R$ 6.629). Em moeda nacional Contingências tributárias 18.913 17.800 100.243 87.496 17. Seguros Financiamento Industrial - FINAME TJLP 3,0 a 4,5 80.623 11.756 Contingências trabalhistas 2.179 1.927 16.665 13.935 A Companhia, mediante avaliação de risco realizada por firma especializada e tendo em vista o custo 117.370 47.951 Reclamações cíveis 7 7 16.309 8.269 x benefício, mantém a política de auto-seguro para cobrir eventuais sinistros nos ativos próprios. Circulante (33.104) (30.400) 21.099 19.734 133.217 109.700 Essa política foi implementada pelos administradores em comum acordo com os acionistas. Exigível a longo prazo 84.266 17.551 DIRETORIA Antonio Ermírio de Moraes Diretor Presidente

João Bosco Silva Diretor Superintendente

Luiz Alberto Chaves Diretor

Paulo Oliveira Motta Júnior Diretor

Flávio Marassi Donatelli Diretor

Rene Pierre Vogelaar Diretor

Valdecir Aparecido Botassini Diretor

José Domingos Carile - Contador - CRC nº 1SP 129575/O-3 PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Administradores e Acionistas Siderúrgica Barra Mansa S.A. 1. Examinamos os balanços patrimoniais da Siderúrgica Barra Mansa S.A. em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos dos exercícios findos nessas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos,

considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábeis e de controles internos da Companhia, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Companhia, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Siderúrgica Barra Mansa S.A. em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos dos exercícios findos nessas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

4. Conforme descrito na Nota 7 às demonstrações financeiras, a Companhia mantém relações e transações em montantes significativos com empresas associadas ao Grupo Votorantim. Conseqüentemente, o resultado de sua operação está impactado por essas transações em 31 de dezembro de 2005. São Paulo, 12 de abril de 2006

Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5

Marcelo Orlando Contador CRC 1SP217518/O-7


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, sexta-feira, sábado e domingo, 20, 21, 22 e 23 de abril de 2006

LEGAIS - 21

Companhia Níquel Tocantins CNPJ nº 61.594.065/0001-05 RELATÓRIO DA DIRETORIA Senhores Acionistas: Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas. as Demonstrações Financeiras relativas aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004, compostas pelo Balanço Patrimonial, Demonstração do Resultado, Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos, Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido e das Notas Explicativas. Queremos agradecer aos nossos clientes, fornecedores e prestadores de serviços, pelo apoio e cooperação e a confiança em nós depositada, e em especial aos nossos colaboradores, pelo empenho apresentado. São Paulo, 12 de abril de 2006 A Diretoria DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO - EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO - Em milhares de reais, exceto quando indicado

BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO - Em milhares de reais Ativo Circulante Caixa e bancos Aplicações financeiras Contas a receber de clientes Estoques Impostos a recuperar Despesas antecipadas Demais contas a receber Realizável a longo prazo Partes relacionadas Aplicações financeiras Imposto de renda e contribuição social diferidos Impostos a recuperar Depósitos judiciais Demais contas a receber Permanente Investimentos Imobilizado Diferido Total do ativo

2005

2004

5.393 3.460 268.861 81.018 28.213 13.879 5.051 405.875

18.972 263.850 51.729 61.743 12.648 – – 408.942

93.116 – 2.370 11.569 3.679 519 111.253

70.725 31.186 2.861 9.378 1.156 519 115.825

106.335 621.607 4.311 732.253 1.249.381

106.200 421.084 4.895 532.179 1.056.946

Passivo e patrimônio líquido Circulante Financiamentos Fornecedores Impostos e taxas a recolher Imposto de renda e contribuição social Obrigações trabalhistas Dividendos a pagar Provisões operacionais Demais contas a pagar Exigível a longo prazo Financiamentos Partes relacionadas Provisão para contingências Demais contas a pagar Patrimônio líquido Capital social Reserva de lucros - legal Lucros acumulados Total do passivo e patrimônio líquido

2005

2004

104.730 37.732 2.177 6.119 7.602 350.139 26.799 1.948 537.246

2.492 24.549 4.197 13.191 6.080 60.920 26.170 1.879 139.478

123.062 108.878 47.194 629 279.763

6.645 116.391 36.130 – 159.166

204.000 49.200 179.172 432.372 1.249.381

204.000 35.030 519.272 758.302 1.056.946

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - Em milhares de reais, exceto quando indicado

Em 31 de dezembro de 2003 Lucro líquido do exercício Apropriação e destinação do lucro Reserva legal Dividendos propostos (R$ 5,96 por lote de mil ações) Em 31 de dezembro de 2004 Lucro líquido do exercício Apropriação e destinação do lucro Reserva legal Dividendos propostos (R$ 59,85 por lote de mil ações) Em 31 de dezembro de 2005

Capital social 204.000 –

Reserva de lucros - legal 13.744 –

Lucros acumulados 175.494 425.731

Total 393.238 425.731

– – 204.000 –

21.286 – 35.030 –

(21.286) (60.667) 519.272 283.399

– (60.667) 758.302 283.399

– 14.170 – – 204.000 49.200 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras

(14.170) (609.329) 179.172

– (609.329) 432.372

Indústria e Comércio Metalúrgica Atlas S.A. Cimento Rio Branco S.A. Ind. Bras. Art. Refrat. S.A. - IBAR Mineração Serra da Fortaleza S.A. Companhia Brasileira de Alumínio Outros Dividendos e juros sobre capital próprio a pagar Votorantim Metais Ltda. Companhia Nitro Química Brasileira Votorantim Metais Zinco Outros Mútuos/contas-correntes (passivas) Siderúrgica Barra Mansa S.A. (iii) Mineração Serra da Fortaleza S.A. (iii) Votorantrade N.V. (iv) Outros (v)

2004

462.401 509.164 971.565

466.930 637.903 1.104.833

Deduções de vendas Impostos sobre vendas Devoluções e abatimentos Receita líquida de vendas Custo dos produtos vendidos Lucro bruto (Despesas) receitas operacionais Com vendas Gerais e administrativas Honorários da diretoria Receitas financeiras Despesas financeiras Outras despesas operacionais, líquidas

(81.772) (62) 889.731 (464.300) 425.431

(81.465) (628) 1.022.740 (384.121) 638.619

(3.396) (66.886) (357) 54.226 (83.488) 7.365 (92.536) 332.895 1.383

(3.653) (46.053) (423) 48.047 (44.464) (105.090) (151.636) 486.983 (2.421)

Lucro operacional Receitas (despesas) não operacionais, líquidas Lucro antes do imposto 334.278 de renda e da contribuição social Imposto de renda e contribuição social Corrente (50.388) Diferido (491) Lucro líquido do exercício 283.399 Lucro líquido por lote de mil ações do capital social no fim do exercício - R$ 27,83 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras

484.562 (52.019) (6.812) 425.731 41,81

DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO - Em milhares de reais 2005

2004

283.399

425.731

Composição dos recursos originados das operações Lucro líquido do exercício Despesas (receitas) que não afetam o capital circulante Juros e variações cambiais e monetárias de

NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004 - Em milhares de reais, exceto quando indicado 1. Contexto operacional A Companhia, que integra o Grupo Votorantim, pertence à unidade de negócio Níquel da Votorantim Metais, e tem como atividade a extração, a produção e a comercialização, nos mercados interno e externo, de níquel e cobalto eletrolíticos utilizados como insumo, principalmente nos setores de siderurgia e metalurgia. A unidade Níquel é pioneira na produção de níquel eletrolítico. Investimentos contínuos no aumento da capacidade instalada e no aprimoramento tecnológico asseguram à Companhia Níquel Tocantins sua consolidação como a maior produtora de níquel eletrolítico da América Latina. Os preços dos produtos negociados pela Companhia são determinados pela cotação do níquel na Bolsa de Metais de Londres (London Metal Exchange - LME) e pela cotação do cobalto no Metal Bulletin. As eventuais flutuações dos preços dependem de vários fatores externos, como: demanda mundial, capacidade de produção mundial e estratégias mercadológicas adotadas pelos principais produtores. 2. Principais práticas contábeis (a) Demonstrações financeiras As demonstrações financeiras foram elaboradas e estão apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, com base nas disposições contidas na Lei das Sociedades por Ações, aplicadas de maneira uniforme em relação ao exercício findo em 31 de dezembro de 2004. Na elaboração de demonstrações financeiras, é necessário utilizar estimativas para contabilizar certos ativos, passivos e outras transações. As demonstrações financeiras da Companhia incluem, portanto, estimativas referentes à seleção das vidas úteis do ativo imobilizado, provisões necessárias para passivos contingentes, determinações de provisões para imposto de renda e outras similares, que refletem a melhor estimativa possível, podendo apresentar variações em relação aos dados e aos valores reais. (b) Apuração do resultado O resultado das operações é apurado em conformidade com o regime contábil de competência dos exercícios. Os tributos diferidos foram reconhecidos, no período que a Companhia era tributada pelo Lucro Real, considerando-se as alíquotas vigentes para o imposto de renda e a contribuição social sobre as diferenças temporárias, na extensão em que sua realização seja provável (Nota 13). (c) Ativos circulante e realizável longo prazo Os ativos são apresentados pelo valor de realização, incluindo, quando aplicável, as variações monetárias ou cambiais e os correspondentes rendimentos auferidos ou, no caso de despesas antecipadas, ao custo. • As aplicações financeiras são demonstradas considerando os rendimentos financeiros auferidos até 31 de dezembro. As quotas de fundos de investimentos são registrados pelo seu valor de realização, com base no valor da quota disponível no último dia útil precedente ao encerramento do balanço patrimonial. • A provisão para perdas no recebimento de créditos foi constituída em bases consideradas suficientes pela administração para cobertura de eventuais prejuízos na realização dos valores a receber de clientes, cujo saldo é apresentado deduzido dessa provisão, no circulante. • Os estoques são demonstrados pelo custo médio das compras ou pelo custo de produção, inferior aos custos de reposição ou aos valores de realização. As importações em andamento são demonstradas ao custo acumulado de cada importação. • Os impostos diferidos são demonstrados pelos valores prováveis de recuperação, prevista para ocorrer em até dez anos. (d) Permanente Demonstrado ao custo corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995, combinado com os seguintes aspectos: • O investimento na coligada está avaliado pelo método da equivalência patrimonial. O ágio atribuído à expectativa de rentabilidade futura será amortizado a partir do início das operações da coligada em até dez anos (Nota 8). • A depreciação de bens do imobilizado, pelo método linear, às taxas anuais (Nota 9), que levam em consideração a vida útil-econômica dos bens. (e) Passivos circulante e exigível longo prazo Os passivos são demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e das variações monetárias ou cambiais incorridos. • A provisão para imposto de renda e contribuição social é constituída com base na legislação vigente. • A provisão para contingências refere-se a questões trabalhistas, tributárias e cíveis e está registrada de acordo com a avaliação de risco efetuada pela administração, apoiada por seus consultores jurídicos. (f) Instrumentos financeiros derivativos Operações de “forward” e “opções” de níquel A Companhia mantém instrumentos derivativos com o objetivo de fazer “hedge” de sua exposição à volatilidade do preço do níquel. Os resultados líquidos desses instrumentos derivativos, designados contabilmente como objeto de “hedge”, são reconhecidos no momento de sua realização, que está geralmente atrelada ao faturamento futuro desse “commodity”. 3. Aplicações financeiras Taxa média de remuneração das aplicações 2005 2004 Curto prazo Em moeda nacional Fundo Exclusivo (i) 83% do CDI – 258.982 Fundo de Investimentos - FIDC (ii) 14,67% 3.275 4.759 Fomentar 80% da TR 185 109 3.460 263.850 Longo prazo Em moeda nacional CDB - Banco Espírito Santo 104% do CDI – 31.186 3.460 295.036 (i) Em 31 de dezembro de 2004, a Companhia mantinha R$ 146.365 com o Banco Votorantim (Nota 7). (ii) Em 21 de Julho de 2004, o Grupo Votorantim iniciou operações de cessão irrevogáveis de recebíveis ao Fundo de Investimentos de Direitos Creditórios - FIDC. O fundo, administrado pelo Banco Bradesco S.A. tem prazo indeterminado de funcionamento e, em 31 de dezembro de 2005, apresenta patrimônio líquido de R$ 250.328 (2004 - R$ 168.466), sendo R$ 106.369 (2004 - R$ 87.877) em quotas sênior e R$ 143.959 (2004 - R$ 80.588) em quotas subordinadas, das quais R$ 3.275 (2004 R$ 4.759) em quotas subordinadas são de titularidade da Companhia Níquel Tocantins. O rendimento esperado da carteira é de 14,67 % a.a. 4 .Contas a receber de clientes 2005 2004 Clientes No país 22.663 30.395 Empresas ligadas 246.735 22.069 Provisão para perdas no recebimento de créditos (537) (735) 268.861 51.729 Em 31 de dezembro de 2005, o saldo em aberto do contas a receber cedido ao Fundo de Investimentos de Direitos Creditórios - FIDC foi de R$ 12.568 (2004 - R$ 5.547). O resultado apurado nas cessões durante o ano de 2005 foi de R$ 4.169 (2004 - R$ 387), registrada na rubrica de despesas financeiras da demonstração do resultado. O efeito de eventuais inadimplências na carteira de recebíveis do fundo já está reconhecido diretamente no valor das quotas subordinadas reconhecidas nos títulos e valores mobiliários. 5. Estoques 2005 2004 Produtos acabados 7.077 10.450 Produtos em processo 48.673 27.197 Matérias-primas 178 3.730 Almoxarifado 23.123 16.153 Adiantamentos a fornecedores 1.967 4.213 81.018 61.743 6. Impostos a recuperar 2005 2004 Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - ICMS e Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI 37.605 19.595 Impostos retidos e antecipações de impostos 2.131 2.153 Outros 46 278 39.782 22.026 Longo prazo (11.569) (9.378) Circulante 28.213 12.648 7. Transações e saldos com partes relacionadas 2005 2004 Receitas Receitas Saldos (despesas) Saldos (despesas) Aplicações financeiras Banco Votorantim S.A. – – 146.365 4.532 Contas a receber de clientes Votorantim Metais Ltda. 38.054 101.286 2.301 79.158 Votorantim Comercial Exportação Importação Ltda. 170.999 167.577 3.423 114.378 Citrovita Agro Industrial Ltda. – – 14.408 102.313 Companhia Nitro Química Brasileira 216 – 216 30.288 Votorantrade N.V. 35.889 231.505 1.468 319.590 Outros 1.577 1.173 253 253 246.735 501.541 22.069 645.980 Mútuos/contas-correntes (ativas) Votorantim Metais Ltda. (i) 70.340 – 70.535 – Votorantim Metais Zinco (ii) 22.590 1.121 – 1.080 Outros 186 1.532 190 572 93.116 2.653 70.725 1.652 Fornecedores Siderúrgica Barra Mansa S.A. 88 (198) 149 (374) Companhia Nitro Química Brasileira 125 (6.228) 108 (2.555)

2005 Receita bruta de vendas Vendas Mercado interno Mercado externo

Saldos

2005 Receitas (despesas)

Saldos

2004 Receitas (despesas)

210 877 – 464

(3.153) (916) – (127)

– 735 1.210 –

– (4.940) (2.307) –

363 172 2.299

(369) (267) (11.258)

– – 2.202

– – (10.176)

453

1.978

1.525 348.121 40 350.139

– – – –

430 58.471 41 60.920

– – – –

longo prazo líquidos

(2.435)

(5.375)

Depreciações, exaustões e amortizações

20.230

19.561

Valor residual do ativo permanente baixado Provisão para contingências Imposto de renda e contribuição social diferidos Recursos originados das operações Das operações sociais

2.760

41.058 – – – – – 113.360 8.658 621 – 271 (891) 108.878 – 116.391 7.767 (i) Venda da participação societária da Termerid Mineração S.A. para a Votorantim Metais Ltda. Não está sendo atualizada. (ii) Refere-se a contrato de “pro soluto” com a Votorantim Metais Zinco S.A. Recursos utilizados para reestruturação do endividamento. (iii) O saldo refere-se à operação de “pró-soluto” efetuada em dezembro de 2005 junto às empresas Siderúrgica Barra Mansa S.A. e Mineração Serra da Fortaleza S.A., que será remunerada a juros lineares de 12% a.a. (iv) Refere-se a contrato de mútuo com a Votorantrade N.V. liquidado em 2005. Os recursos para financiamento de capital de giro foi acrescido de encargos equivalentes à taxa LIBOR (London Interbank Offered Rate), calculada trimestralmente. (v) As contas-correntes mantidas com partes relacionadas não são atualizadas.

491

6.812

312.808

463.937

312.808

463.937

6.516

31.019

De terceiros Redução do realizável a longo prazo Ingresso de empréstimos e financiamentos de longo prazo Total dos recursos obtidos

116.417

435.741

494.956

Aplicações dos recursos No ativo permanente Imobilizado

2.785 14.423

Origem de recursos

Investimentos 67.199

59 11.064

Diferido Redução do exigível a longo prazo Dividendos propostos

135

55.691

219.966

189.145

262

3.531

6.884

30.821

609.329

60.667

Total dos recursos aplicados

836.576

339.855

(Redução) aumento do capital circulante

(400.835)

155.101

Ativo circulante

(3.067)

193.854

Passivo circulante

397.768

38.753

(400.835)

155.101

Variação do capital circulante

(Redução) aumento do capital circulante As notas explicativas da administração

são parte integrante das demonstrações financeiras

8. Investimentos (a) Informações sobre o investimento 2005 Informações da investida

Coligada Enercan - Campos Novos Energia (i) Ágio a amortizar - Enercan

2004 Informações da investida

Patrimônio líquido

Percentual de participação

388.787

20,04

No patrimônio líquido

Patrimônio líquido

Percentual de participação

No patrimônio líquido

77.903 388.787 20,04 77.903 28.297 28.297 106.200 106.200 Outros investimentos 135 – Total do investimento 106.335 106.200 (i) Durante 2004, a Companhia aumentou para 20,04% a participação na empresa ENERCAM - Campos Novos Energia S.A., pelo total de R$ 106.200, o que gerou um ágio, na operação de R$ 28.297, atribuído à expectativa de rentabilidade futura. A Enercan está localizada nos municípios de Campos Novos - SC e Celso Ramos - SC, possui uma capacidade instalada total de 880 MW/h. Em junho de 2006 entrará em fase de operação comercial.

9. Imobilizado 2005

Terrenos Edificações Máquinas, equipamentos e instalações Veículos Móveis e utensílios Softwares e hardwares Plantações e florestas Obras em andamento (i) Outros

Custo 5.392 88.311

Depreciação e exaustão acumuladas (22.790)

Saldo 5.392 65.521

Saldo 8.014 44.899

2004 Taxa anual de depreciação - % 4

547.593 (249.033) 298.560 77.277 10 a 20 14.410 (4.586) 9.824 12.661 10 a 25 1.255 (529) 726 771 10 6.397 (4.728) 1.669 2.001 20 18.312 (3.620) 14.692 16.939 (ii) 213.736 – 213.736 256.473 86.556 (75.069) 11.487 2.049 981.962 (360.355) 621.607 421.084 (i) As obras em andamento referem-se a projetos de expansão e otimização, a fim de reduzir os custos, aumento da capacidade produtiva da planta e proporcionar outras melhorias tecnológicas. (ii) A exaustão é calculada com base na extração da madeira. 10. Financiamentos Taxa anual de juros e Indexador comissões ou moeda -% 2005 2004 Em moeda estrangeira Adiantamentos de contrato de câmbio US$ 4,34 a 5,35 88.311 – Resolução nº 2.770 (compror) US$ 3,15 a 8,30 11.833 – Financiamento industrial FINAME/BNDES UMBNDES 3 a 4,5 31.306 – Em moeda nacional Financiamento industrial FINAME/BNDES TJLP 3 a 4,5 95.744 8.539 Financiamento Projeto Fomentar TJLP – 598 598 227.792 9.137 Circulante (104.730) (2.492) Exigível a longo prazo 123.062 6.645 (a) Os montantes a longo prazo têm a seguinte composição, por ano de vencimento: 2005 2004 2006 – 2.501 2007 16.389 2.502 2008 27.103 1.404 2009 26.286 238 2010 26.114 – 2011 27.170 – 123.062 6.645 (b) Garantias Os financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES e do Fundo de Financiamento para Aquisição de Máquinas e Equipamentos Industriais - FINAME estão relacionados ao projeto de ampliação da capacidade produtiva, garantidos pelos bens objetos desses financiamentos; para os empréstimos em moeda estrangeira, não foram oferecidas garantias reais. (c) Cláusulas contratuais Em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, a Companhia não apresentava financiamentos que incluíssem cláusulas para determinar níveis máximos de endividamento e alavancagem “covenants”, tampouco cobertura de parcelas a vencer e manutenção de saldos mínimos de recebíveis em um “collateral account”. 11. Contingências A Companhia é parte envolvida em processos trabalhistas, cíveis e tributários que se encontram em instâncias diversas. A provisão para contingências é estabelecida por valores atualizados para questões em discussão nas instâncias administrativas e judiciais, com base nas estimativas de perdas estabelecidas pelos consultores jurídicos da Companhia e suas coligadas, nos casos em que a perda é considerada provável. Depósitos Provisão para judiciais contingências 2005 2004 2005 2004 Contingências tributárias 2.942 836 39.771 29.329 Contingências trabalhistas 265 265 2.699 2.553 Reclamações cíveis 472 55 4.724 4.248 3.679 1.156 47.194 36.130 12. Patrimônio líquido (a) Capital social O capital social em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, totalmente subscrito e integralizado, é representado por 10.181.572.189 ações nominativas, sem valor nominal. (b) Dividendos Nos termos do Estatuto social, aos titulares de ações de qualquer espécie será atribuído, em cada exercício, um dividendo mínimo de 10% do lucro líquido, calculado nos termos da lei societária. A proposta de dividendos consignada nas demonstrações financeiras da Companhia, sujeita à aprovação dos acionistas na Assembléia Geral, calculada nos termos da referida lei, em especial no que tange ao disposto nos artigos 196 e 197, é assim demonstrada:

2005 2004 Lucro líquido do exercício 283.399 425.731 Apropriação da reserva legal (14.170) (21.286) Base de cálculo dos dividendos 269.229 404.445 Percentual mínimo % 10 10 Dividendo anual mínimo 26.923 40.444 Dividendos adicionais 582.406 20.223 Dividendos propostos 609.329 60.667 (c) Lucros acumulados O saldo remanescente na rubrica “lucros acumulados”, terá sua destinação definida na Assembléia Geral Ordinária. 13. Imposto de renda e contribuição social (a) Imposto de renda e contribuição social Em 2003, a Companhia mudou o critério de cálculo do imposto de renda sobre o lucro e da contribuição social, anteriormente apurados pelo lucro real, passando para a sistemática do lucro presumido. De acordo com as regras estabelecidas pelo Programa de Recuperação Fiscal - REFIS, a Companhia poderá optar pela sistemática do lucro presumido até o ano-base de 2005. Em 2005 e em 2004, o imposto de renda e a contribuição social da Companhia foram calculados, com base no lucro presumido, às taxa de 3,08% sobre o faturamento e de 34% sobre as receitas financeiras e outras receitas. (b) Composição do saldo do imposto de renda e da contribuição social diferidos 2005 2004 Ativo Diferenças temporárias Provisão para contingências 2.370 2.861 Total do imposto de renda e da contribuição social diferidos 2.370 2.861 (c) Período de estimativa de realização A realização das diferenças temporárias está estimada em projeções históricas que dimensionam os trâmites burocráticos dos passivos contingentes em aberto, os quais se encontram em discussão em diversas instâncias legais, bem como em estimativas dos consultores jurídicos da Companhia sobre os respectivos prazos de desfecho desses processos. A administração considera que os referidos créditos fiscais oriundos de diferenças temporárias serão realizados em até dez anos. 14. Instrumentos financeiros Os excessos de caixa temporários são aplicados em conformidade com as políticas de tesouraria reavaliadas periodicamente. As operações e a administração desses instrumentos são realizadas pela área de operações financeiras por meio de política de controles e estabelecimento de estratégia de operação previamente aprovadas pela diretoria. “Hedge” de “commodity” - níquel Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2005, foram registradas despesas líquidas de R$ 6.597 (2004 - R$ 100.892) referentes às operações de “hedge” de níquel na conta “Operações de “hedge” vendidos. Em 31 de dezembro de 2005, as perdas com instrumentos derivativos não registrados, calculados a valor de mercado, totalizaram R$ 603 (2004 - R$ 3.168), que serão reconhecidas no resultado de 2006 de acordo com a realização dos instrumentos. 15. Plano de previdência privada de contribuição definida Em fevereiro de 2001, a Companhia aderiu à Fundação Senador José Ermírio de Moraes - FUNSEJEM, fundo fechado de previdência privada, sem fins lucrativos, que atende empregados de empresas do Grupo Votorantim e oferece a oportunidade de participação a todos. Nos termos do regulamento do fundo, as contribuições dos empregados à FUNSEJEM são igualadas de acordo com o nível de remuneração do empregado. Para os que apresentam remuneração inferior aos limites estabelecidos no regulamento do plano determinado valor, igualam-se às contribuições que representam até 1,5% de sua remuneração mensal. Para aqueles com remuneração superior aos limites estabelecidos no regulamento do plano, igualam-se às contribuições que representarem até 6% da sua remuneração mensal. Podem também ser realizadas contribuições voluntárias à FUNSEJEM. As contribuições realizadas pela Companhia em 2005 e em 2004 totalizaram R$ 513 e R$ 475, respectivamente. 16. Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas 2005 2004 Perdas líquidas em operações de “hedge” (6.597) (100.892) Recuperação de tributos (i) 13.940 12.064 Outros 22 (16.262) 7.365 (105.090) (i) Refere-se basicamente à recuperação de crédito presumido de IPI. 17. Participação nos lucros e resultados A Companhia mantém a política de conceder participação nos lucros e nos resultados a seus funcionários, vinculada ao seu plano de ação e ao alcance de objetivos específicos, os quais são estabelecidos e acertados no começo de cada ano. Em 31 de dezembro de 2005, a Companhia registrou provisão para participação nos lucros no montante de R$ 2.971 (2004 - R$ 1.752). 18. Cobertura de seguros A Companhia, mediante avaliação de risco realizada por firma especializada e com base no custo x benefício, mantém a política de auto-seguro para cobrir eventuais sinistros nos ativos próprios. Essa política foi adotada pelos administradores em comum acordo com os acionistas. 19. Eventos subseqüentes - reestruturação do negócio Níquel Em 31 de março de 2006, foi realizada a reestruturação societária no segmento níquel da Votorantim Metais envolvendo a incorporação da Companhia Níquel Tocantins pela Mineração Serra da Fortaleza, com o objetivo de simplificar a estrutura societária do segmento, racionalizar a estrutura operacional e administrativa, bem como gerar ganhos de sinergia e redução de custos.

DIRETORIA Antonio Ermírio de Moraes Diretor Presidente

João Bosco Silva Diretor Superintendente

Luiz Alberto Chaves Diretor

Paulo Oliveira Motta Júnior Diretor

Flávio Morassi Donatelli Diretor

Rene Pierre Vogelaar Diretor

Valdecir Aparecido Botassini Diretor

Maria Estela da Silva Contadora - CRC 1SP248906/P-8

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Administradores e Acionistas Companhia Níquel Tocantins 1. Examinamos os balanços patrimoniais da Companhia Níquel Tocantins em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos dos exercícios findos nessas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto,

nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábeis e de controles internos da Companhia, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Companhia, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Companhia Níquel Tocantins em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos dos exercícios findos nessas datas, de acordo com as práticas

contábeis adotadas no Brasil. 4. Conforme descrito na Nota 7 às demonstrações financeiras, a Companhia mantém relações e transações em montantes significativos com empresas associadas ao Grupo Votorantim. Conseqüentemente, o resultado de sua operação está impactado por essas transações em 31 de dezembro de 2005. São Paulo, 12 de abril de 2006 Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5

Marcelo Orlando Contador CRC 1SP217518/O-7


DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 24 de abril de 2006

IR: ÚLTIMA SEMANA PARA A ENTREGA Termina nesta sexta-feira o prazo para entrega da declaração. Universidades ajudam o preenchimento Milton Mansilha/LUZ

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ados preliminares da Receita Federal constataram que mais de 10,8 milhões de contribuintes ainda não haviam entregue a declaração do Imposto de Renda até a quinta-feira passada. O número corresponde a um pouco menos da metade da entrega esperada pelo órgão neste ano, que é de 22 milhões. Até às 17 horas do último dia 20, a Receita recebeu cerca de 11,211 milhões documentos. O número significa um aumento de 12% em comparação com igual período no ano passado. Mesmo com o prazo se esgotando – a declaração deve ser enviada até, no máximo, o dia 28 de abril –, o supervisor nacional do IR, Joaquim Adir, acredita que a meta de recebimento será cumprida. "Como acontece todos os anos, o brasileiro deixará para entregar a declaração no fim do prazo. No ano passado, na última semana de entrega, recebemos mais de 8 milhões de declarações. Para este ano esperamos 9 milhões", afirmou. Ele alertou para evitar a entrega no último dia, o site poderá apresentar congestionamento. Quem ainda não entregou a declaração pode buscar apoio em algumas universidades que estão disponibilizando serviço gratuito de preenchimento do documento. Uma delas é o Centro Universitário Nove de Julho (Uninove) que reuniu professores e alunos dos seus três campi, Vila Maria, Memorial e Vergueiro, para esta finalidade. Mas somente pessoas com rendimento anual de até R$ 30 mil, com bens de até R$ 200 mil, e que não sejam sócios de empresas, podem utilizar esse serviço. Os interessados na ajuda devem agendar horário pelos telefones: (11) 3665-9784/66339175/3385-9218. O coordenador do projeto, Otacílio de Morais Souza, só ressalta que é

A Uninove oferece o serviço gratuitamente, basta levar um quilo de alimento não perecível Otacílio de Morais Souza, coordenador do projeto da Uninove preciso levar um quilo de alimento não-perecível. Na Faculdade Radial, contribuintes com rendimentos de até R$ 30 mil podem procurar as unidades dos bairros de Santo Amaro, Hípica e Jabaquara, na capital paulista, que oferecem o serviço gratuito para a comunidade. Os interessados podem entrar em contato pelo (11) 5523-5533. A Universidade Ibirapuera também oferece o serviço gratuitamente. ABC – Na Universidade Metodista, os interessados devem procurar Andreia Renata no telefone (11) 4366-5637 e agendar uma entrevista até o dia 26 de abril. A direção da entidade de ensino esclarece que, para efetuar os cálculos, são necessários todos os comprovantes de despesas, a declaração do ano passado e documentos como RG, CPF e título de eleitor. Márcia Rodrigues e Paula Cunha

Diário do Comércio e Confip esclarecem dúvidas sobre o Imposto de Renda Minha cliente tem 50 anos. Ela paga despesas médicas de sua filha, de 35 anos. Além disso, contribuiu com R$ 500 por mês. Posso declarar como pagamento dela? Quanto aos R$ 6 mil anuais, posso lançar o valor como doação? (Eduardo) A legislação do imposto de renda só permite lançar como dependente os filhos ou enteados de até 21 anos de idade, ou de qualquer idade quando "incapacitados física ou mentalmente para o trabalho", ou ainda até 24 anos de idade se estiverem cursando estabelecimento de ensino superior ou escola técnica de segundo grau (IN nº 15/2001, art. 38, III e § 1º). Assim, de acordo com tal norma, as despesas médicas não podem ser dedutíveis. Quanto aos R$ 6 mil doados à filha (como ajuda de custo), poderá ser lançado na declaração da sua cliente como "doação", no campo "24" (Outros) da ficha Pagamentos e Doações, mas esse lançamento não terá nenhum efeito para fins de dedução do IR. Recebi, no ano passado, diversos rendimentos, mas não

possuo comprovantes de todas as fontes pagadoras. Como devo proceder? Declaro somente aqueles comprovados por documento? (Cristina de Oliveira) Todos os valores recebidos de pessoa física ou jurídica devem ser informados na sua declaração, com ou sem comprovante. Os valores recebidos no ano acima de R$ 6 mil ou com retenção de Imposto de Renda (mesmo que abaixo desse valor), obrigam a pessoa jurídica a informar à Receita Federal e a fornecer, obrigatoriamente, o informe de rendimentos. Caso não tenha fornecido, deverá informar mesmo assim. Caso tenha recebido de pessoa física, deverá informar no campo "Rendimentos recebidos de PF / Exterior" da declaração.

TIRA-DÚVIDAS Perguntas sobre a forma correta de preencher a declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física devem ser enviadas para o email: irpf@dcomercio.com.br

ECONOMIA/LEGAIS - 11

BALANÇOS SOL LEVANTE PARTICIPAÇÕES S/A CNPJ 05608178/0001-33 Srs. Acionistas, Submetemos à vossa apreciação as Demonstrações Financeiras referentes ao exercício social encerrado em 31/12/2005. DEMONSTRAÇÃO DE RESUL. EM 31/12/2005 E 2004 (Em reais) DEMONST. DAS ORIG. E APLIC. DE REC. EM 31/12/2005 E 2004 BALANÇO PATRIMONIAL EM 31/12/2005 E 2004 (Em reais) ATIVO 2005 2004 Receitas Operacionais 2005 2004 2005 2004 ORIGENS DOS RECURSOS Circulante 364.232,12 352.188,37 Receitas de Aluguéis 72.009,15 80.743,15 Resultado do Exercício 2.474.126,12 828.243,62 Caixa e Bancos 3.837,71 29.593,12 Outras Receitas 19.989,75 4.602,79 Baixa de Bem Imobiliário – 280.000,00 Aplicações Financeiras 268.294,41 140.495,25 (-) Impostos s/Receitas (3.343,48) (3.045,33) (-) Menos Contas a receber 92.100,00 182.100,00 Resultado Venda Imob. – 30.000,00 Participação lucro controlada (2.461.973,18) (795.503,96) PERMANENTE 7.276.629,36 4.814.656,18 Resultado Equiv. Patrimonial 2.461.973,18 795.503,96 Lucro venda imobilizado – (30.000,00) Investimentos 5.758.325,17 3.296.351,99 (-) Despesas Operacionais Total de Origens 12.152,94 282.739,66 Imóveis 1.510.003,09 1.510.003,09 Honorários Diretoria/Terceiros (23.260,00) (26.860,00) Aplicações dos Recursos Móveis e Equipamentos 8.301,10 8.301,10 Desp. Pessoal/Previdência (7.812,00) (9.523,20) Aumento do Circulante 12.152,94 282.739,66 TOTAL DO ATIVO 7.640.861,48 5.166.844,55 Impostos e Taxas (1.179,74) (2.229,22) TOTAL DAS APLICAÇÕES 12.152,94 282.739,66 Despesas Financeiras (4.120,73) (2.043,55) PASSIVO 2005 2004 Demonstração das Var. Cap.Circ. Líq. 2005 2004 Outras Desp. Operacionais (34.599,71) (32.703,93) Circulante 1.767,52 1.876,71 12.043,75 278.010,17 (5.530,30) (6.201,05) Ativo Circulante Imp. Renda/Contr. Social 1.767.52 1.876,71 Provisões Tributárias No fim do Exercício 364.232,12 352.188,37 LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO 2.474.126,12 828.243,62 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 7.639.093,96 5.164.967,84 No início do exercício 352.188,37 74.178,20 DIRETORIA Capital Social 2.857.896,00 2.857.896,00 Passivo Circulante (109,19) (4.729,49) Reservas de Lucros 2.307.071,84 1.478.828,22 Albino Jose Coelho da Rocha Filho Ricardo Barthi Salles No fim do exercício 1.767,52 1.876,71 Resultado do Exercício 2.474.126,12 828.243,62 Presidente Vice-Presidente No início do exercício 1.876,71 6.606,20 TOTAL DO PASSIVO 7.640.861,48 5.166.844,55 Ana Maria Gomes Carreira - TC.CRC.SP nº 097895/0-6

Assistência Médica São Paulo S.A.

ANS nº 30.466-2

CNPJ/MF Nº 52.639.572/0001-19 Senhores Acionistas: Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas., as Demonstrações Financeiras da Assistência Médica São Paulo S.A., compreendendo o Relatório da Administração, o Balanço Patrimonial, as Demonstrações de Resultados, das Origens e Aplicações de Recursos e das Mutações do Patrimônio Líquido, acompanhadas das respectivas Notas Explicativas e o correspondente Parecer dos Auditores Independentes, referentes aos exercícios em 31.12.04 e 31.12.05. As Demonstrações Contábeis/Financeiras foram elaboradas de acordo com as disposições previstas na Resolução da Diretoria Colegiada nº 38/00 e suas revisões posteriores, ambas publicadas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS. I. Exercício de 2005 - Os baixos níveis de crescimento da economia brasileira, aliados à priorização da política interna da empresa de realinhamento dos preços dos planos de saúde e de saneamento de carteiras deficitárias, marcaram o ano de 2005 como início do processo efetivo de reestruturação focado na redução de custos. Conseguimos fortalecer nossas parcerias com Instituições Financeiras e demais prestadores de serviços, possibilitando que fossem atingidas as metas inicialmente projetadas para a Companhia. A atuação médica assistencial de abrangência nacional, com a parceria de mais de 8.000 prestadores de serviços médico hospitalares, é um dos diferenciais, proporcionando tranqüilidade e qualidade na atenção à saúde dos 190 mil beneficiários. Os novos recursos de informação estão proporcionando condições para o desenvolvimento de Programas de Promoção de Saúde e Medicina Preventiva, com a finalidade de melhorar a qualidade de vida dos beneficiários, com acompanhamento daqueles clientes portadores de doenças crônicas e de evoluções insidiosas, minimizando os efeitos devastadores destas doenças sobre o organismo humano. O Programa Blue Life – Saúde Materna, disponibilizará todos os recursos assistenciais para que as gestantes e clientes Blue Life tenham atenção integral durante toda a gestação, incentivando as consultas de pré-natal e acompanhamento multidisciplinar oferecido nos serviços médicos de referência e suporte informativo, visando aumentar a conscientização do beneficiário, promoven-

Relatório da Administração do otimização dos procedimentos médicos e internações materno/infantil e em UTI neonatal. Os portadores de doenças crônicas têm recebido atenção gerenciada através do Programa Blue Life - Crônicos, desde o final do ano de 2004, integrando ações de aconselhamento médico, enfermagem, nutricionistas, visitadores domiciliares e fisioterapeutas. Os resultados obtidos com os grupos destes clientes, têm mostrado a satisfação dos familiares com a humanização da atenção alcançada com esta forma de cuidado. Estas iniciativas trouxeram redução no número total de internações clínicas e nas despesas com este item. Dentro das ações de medicina preventiva, foram realizados 3.200 exames para detecção precoce de câncer do trato intestinal, 21.000 mamografias como parte dos protocolos para prevenção de câncer de mama feminina, 32.000 exames preventivos para câncer de colo do útero, 2.500 exames e consultas para detecção de câncer de próstata, 118 mil exames laboratoriais para detecção e controle de diabetes melitus, 78 mil exames para conhecimentos dos níveis de gorduras no sangue para prevenção de agravos de doenças cardíacas. A Blue Life além de proporcionar melhor qualidade de vida aos seus beneficiários com as detecções precoces dos vários tipos de câncer, obteve redução nos gastos com tratamentos quimioterápicos. O conjunto das várias ações assistenciais desenvolvidas no ano de 2005, resultou 1.138.000 consultas nas diversas especialidades, 9.300 internações clínicas, 12 mil procedimentos cirúrgicos nos mais variados níveis de complexidade. II. Perspectivas para o Exercício de 2006 - Para o exercício de 2006, o objetivo da administração é a consolidação do novo modelo de gestão proposto pela Entidade, impulsionado pelos elevados investimentos, como a renovação do parque tecnológico e infra-estrutura, implantação de novas ferramentas de gestão e principalmente com o início das atividades do novo Hospital da Entidade. Hospital Santa Bárbara: Como parte do novo modelo de atenção em saúde a Entidade colocará em funcionamento no início do segundo semestre de 2006 o Hospital Santa Bárbara. O investimento que se viabilizou por meio de um “joint-venture” entre a Blue Life e um grupo de investidores imobiliários, exigindo investimentos da ordem de R$ 45 milhões

Balanços Patrimoniais findos em 31/12/2005 e 2004 (Em Reais) Ativo 31/12/2005 31/12/2004 P a s s i v o Circulante 20.524.269,65 32.876.722,90 Provisões técnicas Disponível 902.250,56 331.303,97 Provisão de risco Aplicações 210.367,74 834.668,80 Títulos de renda fixa-privados 210.367,74 588.403,99 Circulante Títulos de renda fixa-públicos – 246.264,81 Eventos a liquidar com operações de Créditos de operações ccom plano de assistência à saúde assistência a saúde 16.830.302,48 26.943.317,98 Débitos de operações de assistência Contraprestação pecuniária a receber a saúde assistência médica 16.731.918,11 26.725.800,08 Débitos diversos Faturas a Receber 10.178.908,57 6.896.650,81 Obrigações a pagar Mensalidades a Receber 16.282.157,24 20.103.618,91 Obrigações com pessoal Outros 396.477,51 186.617,28 Tributos, contrib.e encargos sociais a (-) Faturamento Antecipado (506.658,27) – recolher (-) Provisão para Devedores Duvidosos (1.117.727,12) (304.738,60) Provisões diversas (-) Títulos Descontados (8.501.239,82) (156.348,32) Obrigações diversas a pagar Participação benef. em eventos Depósitos de terceiros indenizados assist. 97.100,65 217.517,90 Empréstimos e financiamentos a pagar Outros créditos operações com plano de assistência a saúde 1.283,72 – Exigível a longo prazo Títulos e créditos a receber 2.051.505,62 4.503.712,30 Obrigações a pagar Créditos tributários e previdenciários 1.069.503,24 2.564.193,00 Provisões diversas Adiantamentos diversos 67.860,96 583.036,19 Outros títulos e créditos a receber 914.141,42 1.356.483,11 Resultado de exercícios futuros Outros valores e bens 320.086,38 133.019,74 Despesas antecipadas 209.756,87 130.700,11 Patrimônio liquido Realizável a longo prazo 7.618.628,03 3.792.465,15 Capital social Aplicações 723.709,78 86.163,21 Aumento de capital Títulos de renda fixa-privados 440.733,60 86.163,21 Reservas de reavaliação Títulos de renda fixa-públicos 282.976,18 – Prejuízos acumulados Titulos e créditos a receber 3.624.232,69 – Prejuízo/lucro do exercício Outros créditos a receber a longo prazo 3.270.685,56 3.706.301,94 Depósitos judiciais e fiscais 3.270.685,56 3.706.301,94 Permanente 37.299.630,10 28.464.190,22 Investimentos 3.302.330,62 2.934.699,74 Participações societárias 3.254.330,62 2.886.699,74 Outros investimentos 48.000,00 48.000,00 Imobilizado 28.245.247,47 22.124.482,65 Imóveis de uso próprio - hospitalares 8.283.989,75 8.283.989,75 Imóveis de uso próprio - não hospitalares19.542.709,85 12.362.453,35 Bens móveis - hospitalares 1.515.429,01 1.527.969,12 Bens móveis - nãohospitalares 4.748.097,12 4.819.628,78 Imobilizações em curso-não hospitalares 61.672,07 22.432,76 Outras imobilizações 2.896.906,60 2.856.241,18 (-) Depreciações e amortiz. acumuladas (8.803.556,93) (7.748.232,29) Diferido 5.752.052,01 3.405.007,83 Desps. de organiz., implant. e instalação 6.233.055,81 3.461.722,42 Hospitalares 691.199,10 329.080,27 Não hospitalares 5.541.856,71 3.132.642,15 (-) Depreciações e amortiz. acumuladas (481.003,80) (56.714,59) Total do ativo 65.442.527,78 65.133.378,27 Total do passivo

31/12/2005 31/12/2004 7.896.000,00 4.750.000,00 7.896.000,00 4.750.000,00 35.028.180,64 34.227.558,59 21.342.384,65 25.049.284,63 22.972,89 – 13.662.823,10 9.178.273,96 5.991.558,70 6.537.514,54 711.324,07 741.722,09 1.799.808,71 857.841,17 2.622.584,75 1.474.647,67 6.196.616,73

2.405.350,69 1.272.246,70 2.118.195,06 21.660,91 2.619.098,51

8.722.316,60 11.450.842,97 7.422.316,60 11.450.842,97 1.300.000,00 – –

8.580,54

13.796.030,54 14.696.396,17 14.286.500,00 9.286.500,00 – 5.340.816,19 10.987.673,69 7.196.166,35 (6.961.337,21) (9.154.740,73) (4.516.805,94) 2.027.654,36

65.442.527,78 65.133.378,27

Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido dos Exercícios findos em 31/12/2005 e 2004 (Em Reais) Capital Aumento de Reserva de Prejuízos Patrimônio Descrição Social Capital Reavaliação Acumulados Liquido Saldos em 31.12.2003 9.046.500,00 – 4.129.915,51 (9.320.489,89) 3.855.925,62 Aumento de Capital 240.000,00 5.340.816,19 – – 5.580.816,19 Reavaliação de Imóvel – – 3.232.000,00 – 3.232.000,00 Baixade Ajuste de Reserva – – (165.749,16) 165.749,16 – Lucro do Exercicio – – – 2.027.654,36 2.027.654,36 Saldos em 31.12.2004 9.286.500,00 5.340.816,19 7.196.166,35 (7.127.086,37) 14.696.396,17 Aumento de Capital 5.000.000,00 (5.340.816,19) – – (340.816,19) Reavaliação de Imóvel – – 3.957.256,50 – 3.957.256,50 Reversão de Reservas – – (165.749,16) 165.749,16 – Prejuízo do Exercicio – – – (4.516.805,94) (4.516.805,94) Saldos em 31.12.2005 14.286.500,00 – 10.987.673,69 (11.478.143,15) 13.796.030,54

e deverá impactar fortemente o mercado hospitalar de São Paulo devido aos seus aspectos operacionais e estruturais inovadores. Os seus 9.000 m2 de área construída, localizado na Alameda Santos, 764 tem características de grande modernidade, empregando tecnologia de ponta nos aspectos construtivos, instalações e automação. Sua operação demandará uso intensivo de Tecnologia da Informação, garantindo 100% de transmissão de dados e imagens através de tecnologia digital, dispensando uso de filmes radiográficos tradicionais. Nossa empresa que já é reconhecida pela excelência de seu corpo clínico, estará disponibilizando também no hospital os serviços de profissionais de saúde com treinamento adequado para garantir o alto nível da Hospitalidade Blue Life. Sabedores que a qualidade de assistência e satisfação de nossos clientes não dependem somente da excelência do atendimento hospitalar, a Blue Life estará disponibilizando aos seus clientes, ainda em 2006, dois novos empreendimentos: O Centro Clínico Santa Bárbara, terá foco nas ações de medicina preventiva e promoção de saúde, devendo abrigar consultórios médicos, centros de exames especializados, centro de orientação e controle para pacientes crônicos, sob a orientação de médicos e equipes multidisciplinares de profissionais da saúde. O Centro de Diagnóstico Santa Bárbara disponibilizará todos os exames de diagnósticos por imagem bem como exames de laboratório clínico. A atenção à saúde nestes ambientes extra hospitalares tem como objetivo assegurar a continuidade do tratamento de pacientes com alta hospitalar, bem como incentivar as ações de saúde na área preventiva e trabalhará em conjunto ao Programa Blue Life – Crônicos. III. Agradecimentos - A Assistência Médica São Paulo S.A., agradece aos seus associados, representantes, corretores, fornecedores e demais parceiros de Negócios, e também à Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS, pela confiança e apoio que dedicaram à Empresa. Aos profissionais da Companhia, os agradecimentos pela dedicação e qualidade de seu trabalho. Cajamar, 17 de abril de 2006. A Administração Demonstrações do Resultado dos Exercícios findos em 31/12/2005 e 2004 (Em Reais) Contraprestações efetivas de 31/12/2005 31/12/2004 operações de assistência à saúde 283.865.698,02 241.151.251,76 Contraprestações emitidas líquidas 286.796.049,34 243.091.269,51 Receitas c/administração de planos de assistência à saude 215.648,68 35.784,57 Variação das provisões técnicas (3.146.000,00) (1.975.802,32) Eventos indenizáveis líquidos (216.600.816,14) (165.186.011,39) Eventos indenizáveis (225.107.630,93) (169.206.451,92) Recuperação de eventos indenizáveis 6.291.785,56 3.697.888,85 Recuperação de despesas com eventos indenizáveis 2.215.029,23 322.551,68 Resultado operacional básico 67.264.881,88 75.965.240,37 Despesas de comercialização (7.418.130,11) (8.440.723,75) Outras receitas e desps. operacionais (7.784.638,87) (8.861.454,32) Resultado operacional 52.062.112,90 58.663.062,30 Resultado financeiro (10.709.493,77) (9.086.974,20) Receitas financeiras 412.687,48 325.931,57 Despesas financeiras (11.122.181,25) (9.412.905,77) Despesas administrativas (48.610.503,27) (50.258.206,22) Resultado patrimonial 582.265,17 (283.524,18) Resultado não operacional 1.051.580,34 511.364,58 Resultado antes dos impostos (5.624.038,63) (454.277,72) Imposto de renda 807.788,75 1.829.419,74 Contribuição social 299.443,94 652.512,34 Prejuízo/lucro do exercício (4.516.805,94) 2.027.654,36 Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos dos Exercícios findos em 31/12/2005 e 2004 (Em reais) Descrição 31/12/2005 31/12/2004 A. Origens dos Recursos Das operações Lucro/prejuízo líquido do exercício (4.516.805,94) 2.027.654,36 Mais Depreciações / amortizações 1.721.478,17 1.406.362,92 Resultado negativo de equival. patrim. 287.861,40 174.901,35 Menos Resultado positivo de equival. patrim. (109.685,00) (17.178,86) Lucro na venda de invest. ou imobilizado (29.028,35) (425.356,32) Redução do resultado de exercs. futuros (8.580,54) (100.645,09) Redução do exigível a longo prazo (2.728.526,37) – Redução do aumento de capital (5.340.816,19) – Lucro ou prejuízo líquido ajustado (10.724.102,82) 3.065.738,36 Origem Lucro líquido ajustado (10.724.102,82) 3.065.738,36 Aumento de capital aprovado 5.000.000,00 240.000,00 Aumento de capital em aprovação – 5.340.816,19 Aumento das provisões técnicas 3.146.000,00 1.975.802,32 Aumento do exigível a longo prazo – 2.837.605,73 Alienação de imobilizado (valor de venda) 34.110,25 437.225,43 Redução do realizavel a longo prazo – 46.687,88 Total das origens (2.543.992,57) 13.943.875,91 B. Aplicação dos recursos Aquisição de investimentos Aquisição de imobilizado Aumento no realizável a longo prazo Aquis. de diferido (compra de carteira) Total das aplicações de recursos

630.000,00 3.438.796,46 3.826.162,88 2.714.123,39 10.609.082,73

449.200,00 914.447,63 – 3.073.298,16 4.436.945,79

Aumento/diminuição do CCL (capital circulante líquido) (13.153.075,30)

9.506.930,12

Demonstração do CCL (capital circulante líquido) Capital circul. líq. no início do exercício (1.350.835,69) (10.857.765,81) Capital circul. líq. no final do exercício (14.503.910,99) (1.350.835,69) Aumento/diminuição CCL (13.153.075,30) 9.506.930,12

Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 1. Contexto operacional - A Entidade tem por objeto social a operação de nas taxas que contemplam a vida útil-econômica dos bens; f) Investimen- 15. Exigível a Longo Prazo planos privados de assistência à saúde; assistência médica a pessoas físi- tos: Investimento em empresas controladas/coligadas estão avaliadas pelo Descrição 2005 2004 cas e jurídicas ou a grupos pertencentes a quadro de empresas ou a pes- método de equivalência patrimonial; g) Empréstimos: Atualizados pelos Parcelamento de Tributos – INSS 5.739.997,20 6.158.015,41 soas jurídicas legalmente constituídas de natureza pública ou privada, po- juros incorridos até a data do balanço, conforme previsto contratualmente; Impostos e Contribuições – REFIS 1.682.319,40 1.806.632,53 dendo manter convênios com entidades hospitalares, clínicas médicas e h) Obrigações c/Pessoal: Corresponde a salários a pagar e provisão de Eventos a liquidar/Renegociação – 3.455.565,03 dentárias; a prestação de serviços em gerenciamento, planejamento, férias calculados com base nos direitos adquiridos dos funcionários, inclu- Provisão de Ações Judiciais 1.300.000,00 – comercialização, organização e administração de planos privados de saú- indo os encargos sociais correspondentes; i) Passivos circulante e exigível Outras contas – 30.630,00 de; a prestação de serviços médicos profissionais, inclusive serviços médi- a longo prazo: O passivo circulante e exigível a longo prazo são demons- Total 8.722.316,60 11.450.842,97 co hospitalares próprios ou de terceiros, tudo conforme as exigências le- trados pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos quando aplicá- O valor de R$ 5.739.997,20 e de R$ 1.682.319,40 ambos registrados no gais e regulamentares. A Assistência Médica São Paulo S/A, empresa 100% vel, dos correspondentes encargos financeiros incorridos. longo prazo, referem-se ao saldo do parcelamento da dívida junto ao INSS, nacional, está registrada na Agência Nacional de Saúde Suplementar sob o 4. Créditos de Operações de Planos de Assistência á Saúde: e ao saldo do dívida referente a impostos federais, parcelados através do nº 30.466-2. Descrição 31/12/2005 31/12/2004 REFIS, respectivamente. Planos Coletivos 10.178.908,57 6.896.650,81 16. Reserva de Reavaliação - Foi constituído neste exercício, a reserva de 2. Apresentação das demonstrações contábeis - As demonstrações Planos Individuais /Familiares 16.282.157,24 20.103.618,91 reavaliação sobre a conta de imóveis no valor de R$ 3.957.256,50, conforcontábeis são elaboradas de acordo com as disposições previstas na Lei Outros Créditos 396.477,51 186.617,28 me laudo técnico elaborado pela Bolsa de Negócios Imobiliários do Rio de das Sociedades por Ações e consoante às práticas contábeis e demais Participação dos Benefic.Eventos Indeniz. 97.100,65 217.517,90 Janeiro- BNI. disposições previstas na Resolução da Diretoria Colegiada – RDC nº 38/00 Outros Créditos Operac.c/Planos Assist. 1.283,72 – 17. Capital Social - O Capital Social no valor de R$ 14.286.500,00 está da Agência Nacional de Saúde Suplementar e suas atualizações posterioSubtotal 26.955.927,69 27.404.404,90 representado por 14.286.500 ações sem valor nominal. Em dezembro de res. Dentre outras alterações publicadas pela Lei 9249/95, esta proibiu o Descrição 31/12/2005 31/12/2004 2005 a entidade aumentou o Capital Social no valor de R$ 5.000.000,00 reconhecimento de correção monetária para efeitos fiscais e societários a Faturamento Antecipado (506.658,27) – totalmente integralizado em moeda corrente. partir de 1º. de janeiro de 1996. Títulos Descontados (8.501.239,82) (156.348,32) 18.) Contingências fiscais, civis e trabalhistas: R$ 1.300.000,00 - a) A 3. Práticas contábeis - a) Apuração do resultado: Apurado em conformi- Provisão para Devedores Duvidosos (1.117.727,12) (304.738,60) Entidade possui contingências fiscais de aproximadamente R$ 2.560.000,00 dade ao regime contábil de competência; b) Aplicações financeiras: Com- Total 16.830.302,48 26.943.317,98 (dois milhões quinhentos e sessenta mil reais), tendo sido provisionado põem-se de investimentos registrados ao custo de aquisição, acrescidos 4.1. Provisão para Devedores Duvidosos: R$ 1.117.727,12. Constituído contabilmente como risco provável de perda, o valor de R$ 790.000,00 (sedos rendimentos incorridos até a data de encerramento do exercício; c) pelo valor considerado suficiente para fazer face as possíveis perdas na tecentos e noventa mil reais). Tratam-se de passivos de exercícios anterioAtivos circulante e realizável a longo prazo: Os ativos circulante e reali- realização dos créditos a receber. res, sub-judice, portanto, de exigência discutível e segundo os assessores zável a longo prazo são apresentados ao valor de realização, incluindo quan- 5. Realizável a Longo Prazo- Títulos e Créditos a Receber - Refere-se a jurídicos, com grandes chances de solução favorável à Empresa e parcialdo aplicável, os rendimentos auferidos e as variações monetárias incorri- Créditos Tributários e Previdenciários calculados sobre prejuízo fiscal dos mente garantidos por bens. Discute-se ainda em juízo diversos processos das; d) Contraprestações pecuniárias a receber: As receitas auferidas exercícios ano base 2002, 2003 e 2005 sendo R$ 965.443,94 referente ao na área trabalhista, no valor estimado de R$ 2.052.000,00 (dois milhões e estão sendo apropriadas contabilmente de forma consistente, quando da CSLL e R$ 2.658.788,75 referente ao IRPJ. cinqüenta e dois mil reais), tendo sido provisionado contabilmente como emissão da cobrança; e) Ativo Permanente: i) O ativo permanente é de- 6. Realizável a Longo Prazo- Depósitos Judiciais - A Entidade possui risco provável de perda, conforme informações dos assessores jurídicos, o monstrado ao custo corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995. contabilizado o valor de R$ 3.145.241,10 referente a depósitos para cobrir valor de R$ 510.000,00 (quinhentos e dez mil reais). Portanto, o montante ii) A depreciação do imobilizado é reconhecida pelo método linear com base possíveis custas de ações judiciais. da provisão registrada para contingência, perfaz o valor de R$ 1.300.000,00 (um milhão e trezentos mil reais); b) Há processo em andamento de ressar7. Investimentos em controladas: cimentos de despesas médicas solicitado pelo Sistema Único de SaúdeOrion Orion Fernandópolis SUS decorrente de atendimentos médicos efetuados pelos clientes da EntiAmerican Life Participações e Adm. Participações e Adm. Assistência Médica Total em dade. Conforme informações dos assessores jurídicos, já houve sentença Investimentos Cia. de Seguros SC Ltda. SC Ltda. - Ágio SC Ltda. 31/12/2005 favorável pela justiça federal do Rio de Janeiro na 1.ª Instância, motivo do PL da Investida 31/12/2005 em R$ 7.551.833,69 426.971,46 – 127.911,20 não provisionamento. % de Participação 34,42% 90% – 80% 19. Garantias Financeiras (Provisões Técnicas) - a) A Entidade vem atenInvest. Atualizado p/ Equivalência 2.599.341,15 384.274,31 168.385,64 102.329,52 3.254.330,62 dendo as exigências de adequação e diversificação para cobertura da pro8. Imobilizado: Taxa 10. Provisões Técnicas - Referem-se à constituição da Provisão de Risco visão de risco, calculada conforme art. 7º da RDC nº 77, de 17 de julho de Itens 31/12/2005 31/12/2004 Deprec. calculada conforme metodologia estabelecida na Resolução da Diretoria 2001, conforme os critérios definidos pela Resolução RN n° 67, 4 de feveColegiada - RDC nº 77/2001 da Agência Nacional de Saúde Suplementar Imóveis de Uso Próprio reiro de 2004 da Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS. A EntidaANS. O montante constituído em 31/12/2005 é de R$ 7.896.000,00 (sete Hospitalares 8.283.989,75 8.283.989,75 4% de encontra-se apta ao diferimento da cobertura com ativos garantidores da milhões, oitocentos e noventa e seis mil reais), correspondente a 60% do Imóveis de Uso Próprio Não provisão de risco, em conformidade aos prazos e critérios estabelecidos na Hospitalares 19.542.709,85 12.362.453,35 4% valor total da Provisão de Risco a ser constituída até o exercício de 2007, Resolução Normativa - RN n° 94 de 23 de março de 2005. Quadro consoliSubtotal 27.826.699,60 20.646.443,10 em conformidade ao artigo 11º, da referida Resolução. A provisão para Evendado da composição dos ativos garantidores em 12/2005 (em R$): tos Ocorridos e Não Avisados (IBNR) não é obrigatória, e se constituída, Bens Móveis- Hospitalares 1.515.429,01 1.527.969,12 10% a) Imóvel da rede hospitalar própria até o limite de 90% 6.937.403,46 Bens Móveis- Não Hospitalares 4.748.097,12 4.819.628,78 10% deve ser calculada com base em Nota Técnica Atuarial, em metodologia b) Letra Financeira do Tesouro – LFT 282.976,18 Subtotal 6.263.526,13 6.347.597,90 aprovada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS. c) Certificado de Depósito Bancário – CDB 440.733,60 Imobilizações em Curso – Não d) Fundos de Renda Fixa 186.315,47 11. Eventos a Liquidar c/Operações de Assistência à Saúde No valor Hospitalares (Leasing) 61.672,07 22.432,76 164.178,96 de R$ 21.342.384,65 constituído pela obrigação junto à rede credenciada, e) Demais Aplicações Subtotal 61.672,07 22.432,76 Total Geral da Garantia 8.011.607,67 referente a procedimentos de consultas, honorários médicos, exames Veículos 953.192,31 932.192,31 20% terapêuticos e demais despesas, apropriados quando do reconhecimento Software 984.808,19 972.645,35 20% b) O índice de Giro de Operação – IGO, que mede a liquidez financeira da das despesas. Outras Imobilizações 958.906,10 951.403,52 10% Entidade, foi de 0,85 em 31 de dezembro de 2005. Subtotal 2.896.906,60 2.856.241,18 20. Cobertura de Seguros - A Entidade possui seguros para cobrir possí12.Tributos e Encargos Sociais a Recolher - No valor de R$ 1.799.808,71 Total do Imobilizado 37.048.804,40 29.872.714,94 veis perdas com incêndios e danos elétricos e demais sinistros, em valor refere-se a tributos, contribuições e encargos sociais de funcionários e ter(-) Deprec. e Amortiz. Acumuls. (8.803.556,93) (7.748.232,29) considerado suficiente pela administração. ceiros com os respectivos encargos e juros provisionados até essa data. Valor Líquido do Imobilizado 28.245.247,47 22.124.482,65 21. Eventos Subseqüentes - a) Autorização de Funcionamento – RN nº 9. Diferido Taxa 13. Provisões Diversas - Estão registrados nesta conta os cheques emiti- 100/2005: A Entidade encaminhou à Agência Nacional de Saúde SupleItens 31/12/2005 31/12/2004 Deprec. dos e não compensados (em trânsito) no valor de R$ 857.841,17 . mentar – ANS, em conformidade à Resolução Normativa RN nº 100 de 3 de Hospitalares 691.199,10 329.080,27 junho de 2005, o requerimento para autorização de funcionamento e obten14. Empréstimos e Financiamentos - Empréstimos destinados a suprir o Não Hospitalares ção do registro definitivo. Após o envio de documentação complementar capital de giro, garantidos por avais e cartas de crédito. Cabo de Fibra Ótica 59.343,99 59.343,99 10% solicitada pela própria Agência, a Operadora aguarda a obtenção do regisAquisição de Carteira- Quality 696.472,96 696.472,96 20% Bancos Vencim. Taxa 2005 tro definitivo; b) Constituição de Provisões Técnicas e Garantias FinanAquis. de Carteira- Intermédici 4.786.039,76 2.376.825,20 20% ceiras: Até julho de 2006, deverão ser constituídos novos valores para ProBradesco S.A 10.03.06 2,40 % a/m 1.885.993,10 Total do Diferido 6.233.055,81 3.461.722,42 visão de Risco da Entidade, atendendo aos prazos estabelecidos na ResoUnibanco S.A- Conta Garantida 13.03.06 2,14 % a/m 499.781,51 (-) Deprec. e Amortiz. Acumuls. (481.003,80) (56.714,59) lução da Diretoria Colegiada RDC nº 77, de 17 de julho de 2001. Atualmente Unibanco S.A- Empréstimo 17.04.06 2,22 % a/m 2.118.948,96 Valor Líquido do Diferido 5.752.052,01 3.405.007,83 a Operadora já possui ativos garantidores para a cobertura dessa provisão, Real 07.03.06 CDI+0,72% a/m 1.691.893,16 em conformidade aos prazos previstos pela Resolução Normativa – RN nº Ayres da Cunha Marques - Diretor Presidente Total 6.196.616,73 94 da Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS. Oswaldo Stoppa - Téc. Cont. CRC1SP040413/O-9 Parecer dos Auditores Independentes Nº 18, encontra-se em andamento diversos processos fiscais, civis e traba- datado em 23 de fevereiro de 2005, com ressalva, por não prever valores À Assistência Médica São Paulo S.A. lhistas, cujos pareceres emitidos pelos assessores jurídicos, atestam a pro- destinados a provisão de contingências para probabilidade de perdas de 1. Examinamos o balanço patrimonial da Assistência Médica São Paulo S.A., babilidade de perda no montante de R$ 1.300.000,00 (um milhão e trezen- natureza fiscal, civil e trabalhista. 7. A provisão de reserva técnica, nota levantado em 31 de dezembro de 2005, e as respectivas demonstrações do tos mil reais) cujo valor foi constituído a provisão de contingências. 4. Em explicativa Nº10, em atendimento a RDC 77/2001 da Agência Nacional de resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações nossa opinião, exceto quanto aos possíveis efeitos mencionados no pará- Saúde Suplementar, foi constituída e registrada no valor de R$ 7.896.000,00, de recursos correspondentes ao exercício findo naquela data, elaborados grafo 3, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo primeiro, lidas sendo suficiente ao valor necessário para o ano de 2005, da reserva calcusob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a em conjunto com as notas explicativas que as acompanham, representam lada de R$ 7.895.099,75, correspondendo este a 60% do valor total a ser de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nos- adequadamente em todos os aspectos relevantes a posição patrimonial e constituído. Para o ano de 2006 deverá ser constituído uma nova parcela de sos exames foram conduzidos de acordo com as normas brasileiras de financeira da Assistência Médica São Paulo S.A., em 31 de dezembro de 20% do valor total da provisão de risco, em conformidade com o artigo 11, auditoria e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, consideran- 2005, o resultado de suas operações, as mutações do seu patrimônio líqui- da referida Resolução. A Provisão total deverá ser constituída até julho de do a relevância dos saldos, o volume das transações e o sistema contábil e do e as origens e aplicações de seus recursos, referentes ao exercício findo 2007. 8. Os instrumentos adotados para atendimento às metas econômicode controles internos da Entidade; (b) a constatação, com base em testes, naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 5. financeiras previstas pela Diretoria Colegiada - RDC- N.º 22/00 da Agência das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações Os investimentos em controladas, calculados pelo método de equivalência Nacional de Saúde Suplementar – ANS na qual a entidade está inserida , contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas patrimonial, foram auditadas por outros auditores. Nossa opinião se baseia vem sendo cumpridos regularmente. contábeis mais representativas adotadas pela administração da Entidade e exclusivamente na opinião desses auditores independentes. 6. As demonsSão Paulo, 12 de abril de 2006. de suas controladas, bem como da apresentação das demonstrações fi- trações financeiras relativas ao exercício findo em 31/12/2004, apresenta- Paes de Menezes Auditores Independentes S/C - CRC 2SP 013.916/O-8 nanceiras tomadas em conjunto. 3. Conforme descrito na nota explicativa das para fins comparativos, foram por nós examinadas e emitimos parecer José Benedito Paes de Menezes - CRC- 1SP 058.194/O-0

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segunda-feira, 24 de abril de 2006

Estudando casos concretos da história, os alunos serão capazes de lutar por uma reforma tributária. Eurico Marcos Diniz de Santi

OS ENFORCADOS DOS DIAS ATUAIS

CARGA TRIBUTÁRIA EXCESSIVA REVOLTA PAULISTANOS, QUE SE VÊEM CASTIGADOS COMO TIRADENTES Fotos: Milton Mansilha/LUZ

CONTRIBUINTE COM A CORDA NO PESCOÇO Mais de dois séculos depois da execução do mártir Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, brasileiros ainda se sentem sufocados com a alta carga de tributos que vigora no País. Sensação que fica ainda mais forte na última semana para a entrega da declaração do Imposto de Renda. Luta pela justiça tributária, que vem da época do Brasil Colônia até os dias atuais, com movimentos como o contra a MP 232, no ano passado, agora já são tema de estudo em curso de Direito Tributário.

Q

uando o assunto é imposto, os paulistanos de todos os cantos da cidade sentem-se com a corda no pescoço. Ainda mais quando o prazo para a entrega da Declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física (DIRPF) acaba uma semana depois do dia do mártir da Inconfidência Mineira, Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, que lutou para derrubar o chamado "quinto do ouro" como pagamento de imposto. O prazo deste ano encerra-se às 20 horas da próxima sexta-feira. "Além de pagar o Imposto de Renda na fonte e pela declaração de ajuste anual, ainda ter de arcar com tributos nos produtos me faz sentir como Tiradentes na Derrama (dia de cobrança de impostos na época)", reclamou o gerente de Recursos Humanos, Valdir Lopes da Silva. Segundo o movimento De Olho no Imposto (leia mais na página 1 deste caderno), no preço do açúcar, 40,5% são tributos embutidos, no DVD, 51,5% e no café, 36,5%. A estudante de engenharia Viviana Osuna lembrou da história da mãe para criticar os impostos do País. "Ela é empresária e queria registrar todos os funcionários, mas, para isso, teria que pagar por cada registro um extra equivalente ao custo de um funcionário e meio. A culpa é dos tributos." No bairro da Liberdade, os descendentes de japoneses comparam o Brasil com o país dos avós para expressar indignação. "No Japão, se você compra um produto, sabe o que é o preço e o que é o imposto. Isso deveria ser assim aqui", afirmou a agente de viagens Tatiana Yuriko Ono. No Centro de São Paulo, próximo ao Pátio do Colégio, o Impostômetro – que revela quanto os governos federal, estadual e municipal arrecadam por segundo – também provoca na população o espírito de inconfidente. "Todo dia quando vejo o Impostômetro me sinto lesada na educação, na segurança, no transporte...", criticou a funcionária pública Lúcia Aparecida Maia. O vigilante Edmilson da Silva concorda. "Os impostos só favorecem a poucos", disse. A comerciante de confecções Sandra Vogel revolta-se todo mês quando vê que quase 40% do que fatura vai para os cofres públicos. "Por isso, a roupa fica cara", explicou. "É uma falta de respeito com o cidadão!", indignou-se o auxiliar de comércio exterior Ricardo Martins Pereira. Laura Ignacio

AV. PAULISTA - Carga tributária faz Silva se sentir no dia da Derrama

NO ZÔO - Mordida do leão atinge quase 40% do que Sandra Vogel fatura todos os meses em sua loja

LIBERDADE -Tatiana Ono lembra que, no Japão, a população sabe o quanto paga de impostos nos produtos

PÁTIO DO COLÉGIO -Para o vigilante Silva, só poucos são beneficiados

Da Inconfidência à MP 232 E

PÁTIO DO COLÉGIO - Lúcia Maia se sente lesada na educação, segurança e transporte

TEATRO MUNICIPAL - Ricardo Martins Pereira cobra respeito do governo com o cidadão

studar os motivos que levaram à queda da Medida Provisória nº 232, em 2005, comparando-a com o movimento da Inconfidência Mineira, no século 18, pode ser muito mais interessante do que simplesmente aprender a teoria. Essa é a idéia que orientará as aulas de Direito Tributário e Financeiro da Escola de Direito da Fundação Getúlio Vargas (FGV) a partir do próximo ano. Segundo o coordenador do grupo de pesquisa em direito Tributário e Finanças Públicas da Escola de Direito da GV, Eurico Marcos Diniz de Santi, o objetivo do curso, pioneiro no Brasil, é acabar com o tradicional formalismo no ensino do Direito. "Especialmente o Direito Tributário, que está em constante mudança. Depois de alguns

Leonardo Rodrigues/Hype

Eurico de Santi e Marcos Cintra: sistema tributário é asfixiante

poucos anos, nada do que é estudado tem validade", diz. A Faculdade de Direito da GV está apostando na vinculação entre prática e teoria para os assuntos serem melhor absorvidos pelos futuros advogados. Para tanto, convidou mais de 40 pessoas, entre economistas, historiadores, advogados e jornalistas, para

falar sobre vários assuntos tributários. "A essência dos problemas, na época do Brasil Colônia, não mudou nos dias atuais. O sistema tributário asfixiava a sociedade local assim como ocorre atualmente. Mas os métodos para solucioná-los podem ser diferentes", afirma o vice-presidente da FGV, o professor e econo-

mista Marcos Cintra, que assina um dos artigos do livro que será usado como material didático no novo curso. Consciência – Se gundo Eurico de Santi, a intenção é criar uma consciência crítica da evolução do sistema tributário brasileiro no aluno por meio do cruzamento de diferentes visões sobre o mesmo assunto. "Somente a partir da educação e de estudos de casos concretos da história, os alunos serão capazes de lutar por uma verdadeira reforma tributária", afirma. Além do economista Marcos Cintra, o livro que será usado especialmente para o curso terá a visão de mais 40 profissionais sobre diversos assuntos. A obra será publicada pela Editora Saraiva até o fim do primeiro semestre deste ano. Adriana David


4 -.ECONOMIA/LEGAIS

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segunda-feira, 24 de abril de 2006

CONVOCAÇÕES

BALANÇOS

COMUNICADO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO FDE AVISA: PREGÃO PRESENCIAL Nº 15/0217/06/05

OBJETO: PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS TÉCNICOS PARA CAPACITAÇÃO DE EDUCADORES EM ALFABETIZAÇÃO A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para prestação de serviços técnicos para capacitação de educadores em alfabetização, dentro do programa Letra e Vida, da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 24/04/2006, na sede da FDE, na Supervisão de Licitações na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – CEP 01121-900 – São Paulo/SP, de segunda a sextafeira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital na íntegra, através da Internet no endereço: http:// www.fde.sp.gov.br. O credenciamento do representante das proponentes e o recebimento dos Envelopes “Proposta” e “Documentos de Habilitação” ocorrerão na sede da FDE, no endereço acima mencionado, às 09:30 horas do dia 08/05/2006. Todas as propostas deverão obedecer rigorosamente o estabelecido no edital. Willian Sampaio de Oliveira Diretor Executivo

EDITAIS EDITAL Pelo presente, e em cumprimento à legislação que rege a matéria, vimos solicitar o urgente comparecimento dos senhores comitentes cuja relação de nomes se acha afixada em nosso escritório, sito à Rua Eduardo Levy 265, para que retirem os lotes deixados em consignação com o leiloeiro que esta subscreve, há mais de 6 meses, em virtude do fechamento de seu escritório e depósito, conforme comunicação feita à MD Junta Comercial, face a grave problema de saúde. Os lotes não retirados no prazo de 15 (quinze) dias, a contar da data do presente, serão doados ou vendidos pela melhor oferta para cumprir despesas de armazenamento, luz, segurança, funcionários e outras que se fizerem necessárias. Subscrito pelo Leiloeiro oficial Agnaldo Gabriel Arcanjo Camorim, Jucesp 264, São Paulo, em 19 de abril de 2006. FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR

EDITAL DE PREGÃO Nº 007/2006- FAMESP/HEB PROCESSO Nº 011/2006 - FAMESP/HEB Acha-se à disposição dos interessados do dia 25 de abril ao dia 18 de maio de 2006, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli, s/nº, Distrito de Rubião Júnior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680- ramal 110 ou 117, no site www.famesp.fmb.unesp.br/licitações/HospitalEstadual Bauru , o Edital do Pregão nº 007/2006 - FAMESP/ HEB, Processo nº 011/2006-FAMESP/HEB, que tem como objetivo a Contratação de empresa para prestação de serviços para a realização de exames laboratoriais em amostras coletadas de pacientes do HOSPITAL ESTADUAL BAURU. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação, será realizada no dia 19 de maio de 2006, com início às 09:00 horas, na Sala de Reuniões do Hospital Estadual Bauru, Avenida Engº Luiz Edmundo Carrijo Coube, nº 1-100 - Jardim Santos Dumont, Município de Bauru, Estado de São Paulo. Botucatu, 20 de abril de 2006. Prof. Dr. Shoiti Kobayasi - Diretor Vice Presidente - FAMESP.

AVISO DE LICITAÇÃO PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARATINGUETÁ/SP

Aviso de Abertura de Licitação Processo: Pregão Eletrônico nº 035/06 A Prefeitura Municipal de Guaratinguetá, informa que este Pregão será realizado por meio de sistema eletrônico, pela internet. Objeto: Aquisição de um veículo novo, zero-quilômetro. Endereço Eletrônico do Pregão: www.caixa.gov.br, no menu principal portal de compras CAIXA, na opção outros compradores - pregão eletrônico. Data de Credenciamento para o Pregão: até às 23:59 horas do dia 03/05/2006. Data e Horário do Recebimento das Propostas: até às 13:00 horas do dia 08/05/2006. Data e Horário do Recebimento dos Lances: das 14:00 horas às 15:00 horas do dia 08/05/2006. Disponibilização do edital e informações no endereço web www.caixa.gov.br, no menu principal portal de compras CAIXA, na opção outros compradores - pregão eletrônico, no item Editais.

FALÊNCIA & RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 20 de abril de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falências: Requerente: Ketter Ind. e Comércio de Bijouterias Ltda. - Autofalência - Requerido: Ketter Ind. e Comércio de Bijouterias Ltda. - Autofalência Rua Marcelo Muller, 950 - 02ª Vara de Falências Requerente: Oranio Domingues Comércio de Conexões Ltda. - Requerido: Confortherm Ar Condicionado Ltda. - Av. General Waldomiro de Lima, 889 - 01ª Vara de Falências


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 -.OPINIÃO

segunda-feira, 24 de abril de 2006

LENTE DE

AUMENTO

CONSUMIDOR OTIMISTA (AINDA)

Há sinais de recuperação no trabalho (e na renda, principalmente). Os vestígios da crise política parecem afastados do consumidor. Já a confiança em relação ao presente, medida pelo ICEA (Índice das Condições Econômicas Atuais), sofreu menor variação negativa (0,8%) e atingiu 129,8 pontos em abril (figura). A abertura do ICC por faixa de renda mostra que a queda da confiança foi impulsionada, principalmente, pela forte retração do otimismo entre os consumidores com menor faixa de renda. Enquanto para os que recebem mais de 10 salários mínimos o ICC chegou a apresentar leve alta de 0,45%, para os que recebem até esta faixa salarial a queda da confiança chegou a 6,1% em relação ao mês anterior. A retração nos últimos dois meses parece refletir o período de fraca expansão do mercado de trabalho. Em fevereiro, a taxa de desemprego apresentou elevação acima da sazonalidade do período

Corremos grande risco PAULO SAAB

E

stamos em grande perigo. Corremos um enorme risco. Não me refiro ao risco de assalto. Não me refiro ao risco de seqüestro. Não me refiro ao risco de extorsão. Não me refiro ao risco de comer alimento vencido. Não me refiro ao risco de ser abalroado no trânsito por motoristas irresponsáveis. Não me refiro ao risco de estelionato, seja pela via normal, seja por e-mails criminosos na internet. Não me refiro ao risco do atendimento incapaz dos hospitais. Não me refiro ao risco de morrer em fila do SUS. Não me refiro ao risco de ser assaltado, invadido ou saqueado a qualquer momento, sob cobertura legal, pelo MST. Não me refiro ao risco de atravessar uma rua da cidade. Não me refiro ao risco de escorregar na sujeira nas vias públicas. Não me refiro ao risco de cair num buraco, seja na calçada ou no asfalto porco. Não me refiro ao risco que cada um corre no cotidiano, em função da selvageria que acometeu a vida moderna. Refiro-me ao risco de desacreditarmos de vez do regime democrático. Ao risco de passarmos a desprezar a liberdade e a representação popular como melhores meios de vida política para o País. Refiro-me ao descrédito total que possamos dar ao comportamento dos poderes da República. Refiro-me ao desprezo que possamos ter, brevemente, pelos parlamentares eleitos para defender os interesses de seus estados e da população. Refiro-me ao

Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Alencar Burti, Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br), Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Marcos Menichetti (marcosm@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Adriana Gavaça, André Alves, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046 Tiragem média diária de 25.646 exemplares, conforme auditoria realizada na semana de 13 a 17 de junho de 2005

desânimo que pode alcançar cada cidadão de bem no Brasil e levar cada um a entregar definitivamente seu destino ao comando institucionalizado dos criminosos e das quadrilhas que assaltam o poder público.

E

stamos cansados da imundície da vida pública. Estamos nos entregando ao conformismo de ser representados e governados por seres humanos da pior espécie moral e ética. Estamos envergonhados e constrangidos com o comportamento de nossos políticos, dirigentes públicos, juízes e tribunais. Corremos grande risco de perdermos a crença nas instituições e, pior, em nós mesmos. A Câmara dos Deputados transfigurou-se num valhacouto sem fim. A Presidência da República e o restante do governo transmutaramse num balcão de negócios sem referência ética nenhuma. O Judiciário põe na rua criminosos confessos e perigosos. O escárnio prevalece. O deboche consagra-se. No dia 1 de outubro, em nome da mínima dignidade restante, é preciso que o eleitor brasileiro use sua principal arma, o voto, para fazer uma profilaxia política e social, ética e moral, varrendo da vida pública para o lixo da história quem tanto nos ameaça e nos faz correr riscos que contradizem a essência do ser humano, sua aspiração por liberdade e a possibilidade de lutar para ser feliz.

E stamos nos conformando em ser governados por seres da pior espécie

TRECHOS DA ANÁLISE DE CLÁUDIA OSHIRO NO BOLETIM TENDÊNCIAS WW2.TENDENCIAS.INF.BR

M enor oferta de emprego, menos confiança

Auditado pela

NENHUM Céllus

O

JOÃO DE SCANTIMBURGO

e, embora a renda real tenha apresentado aumento em relação a janeiro (1,1%), o ritmo esperado para a expansão da ocupação ainda é lento, o que não contribui positivamente para o aumento do otimismo. De modo geral, o desempenho do mercado de trabalho parece ter mais impacto entre os números referentes aos trabalhadores de baixa renda. Em fevereiro, o rendimento no setor informal (sem carteira assinada), que corresponde à categoria com rendimento mais baixo, registrou queda de 2,4% em relação a janeiro, enquanto o rendimento médio dos ocupados apresentava expansão. A despeito dos resultados mais fracos nos últimos dois meses, o atual patamar do ICC, que chegou a atingir 108,4 pontos em outubro de 2005, ainda é elevado (133 pontos) e não representa, por ora, grande preocupação. Os vestígios da crise política, que afetaram fortemente o ICC no terceiro trimestre do ano passado, parecem bem afastados e, embora em ritmo lento, o sinal para o mercado de trabalho é de melhora para o ano, principalmente para o rendimento médio. A massa real de salários deve crescer 5,3% em 2006, impulsionada pelo crescimento de 2,9% do rendimento médio e 2,3% da ocupação.

Caminho rápido para a informalidade

Milton Mansilha/LUZ

Índice de Confiança do Consumidor (ICC), da Fecomercio, referente a abril, apresentou queda em relação ao mês anterior, mas ainda continua em patamar elevado, após a recuperação iniciada no final do ano passado. Em abril, o ICC atingiu 133 pontos ante 138,1 pontos em março. O ICC varia de 0 a 200 e, de modo geral, consideramos o consumidor otimista quando o indicador está acima dos 100 pontos. A queda do indicador geral ocorreu, principalmente, pela forte queda da confiança em relação ao futuro. O IEC (Índice de Expectativas do Consumidor) atingiu 135,2 pontos, sendo que em março este indicador chegou a 142,9 pontos.

ANTONIO MARANGON

N

o último dia 7 foi publicada portaria que autoriza o protesto em cartório de dívidas tributárias federais com valores abaixo de R$ 10 mil. A justificação apresentada é a de que foi a maneira encontrada pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) para cobrar esses contribuintes, já que ela não promove processos cujo valor é menor que o gasto para o ajuizamento. De pronto a OAB-SP, através de sua Comissão de Assuntos Tributários, classificou a iniciativa como forma de coação ao contribuinte inadimplente, indicando que a medida fere a Constituição, a Lei de Execução Fiscal e o Código Tributário. Sobre isso não há qualquer dúvida, mas é necessário relembrar a cruel situação atual, sem protesto, do contribuinte com dívida ativa. Se for pessoa física, não pode participar de concursos públicos. Se estiver no CADIN, nem sequer conta bancária conseguirá manter. Não conseguirá encerrar sua empresa, ingressar em outra sociedade ou abrir outra empresa, nem mesmo obterá crédito. Se for PJ, além das mesmas restrições genéricas, não poderá participar de licitações, importar, exportar e alienar bens imóveis, sujeitando-se, ainda, a uma série de outros agravantes como, por exemplo, ser obrigado a regime especial de tributação ou a enfrentar recusa para impressão de notas fiscais. Se for microempresa ou empresa de pequeno porte, enfrentará ainda o máximo da falta de racionalidade do nosso sistema tributário, pois não poderá optar pelo Simples ou manter-se nele, restando-lhe pagar tributos como qualquer média ou grande empresa, o que normalmente não consegue, agravando ainda mais a sua situação. Ou seja, o inadimplente tributário já é considerado um verdadeiro pária e não está em berço esplêndido, como faz crer a justificação para a nova e inusitada medida. Se o País tivesse uma condição de normalidade e de efetivo cumprimento de uma política tributária, que não existe, pois o que importa é apenas arreca-

A

dar, haveria espaço para criticar e massacrar ainda mais o inadimplente tributário. A realidade, no entanto, exige reflexão.

E

ntre 1995 e 2005, o número de inscrições na dívida ativa (débitos tributários com a Fazenda Nacional) cresceu 1.087%, enquanto as dívidas de pequeno valor cresceram 1.456%. Os valores em cobrança na PGFN, no mesmo período, saltaram de R$ 19,7 bilhões para R$ 334,1 bilhões, ou mais de 16 (dezesseis) vezes. A carga tributária, por sua vez, considerando apenas o que foi arrecadado, sem computar, portanto, a dívida ativa, avançou de 28,92% para 37,82% do PIB, ou um aumento de 30,7% entre 1995 e 2005. O número de empresas inativas vem crescendo assustadoramente. Em 2002, eram 2,19 milhões. Em 2004, 3,26 milhões, ou um aumento de 48,8%. São empresas que, em sua maioria, somente não conseguem baixar seus registros em função da inadimplência fiscal e cujos sócios estão impedidos de iniciar um novo negócio em função das restrições atualmente existentes. A inadimplência fiscal está claramente vinculada ao aumento brutal da carga tributária verdadeira, muito maior do que aquela medida pela arrecadação, permitindo concluir que a sociedade brasileira está esgotada em sua capacidade contributiva. Sabe-se, também, que há grande número de pedidos de revisão de débitos inscritos na dívida ativa pendentes de solução por parte da PGFN, o que gera imensa preocupação com a possibilidade de protestos indevidos, prejuízo ao contribuinte e responsabilização do Estado. Ao invés de criar ainda mais empecilhos e coação ao contribuinte inadimplente, deveriam ser estudadas medidas para resgatar a sua cidadania, permitindo que volte a empreender, até porque é bem mais inteligente lhe dar condições para pagar o que deve. ANTONIO MARANGON É PRESIDENTE DO SESCON-SP.

inadimplência fiscal está associada ao brutal aumento da carga tributária

PAÍS a leitura diária, tomando toda a manhã, dos jornais de São Paulo e Rio, destaco o editorial do O Globo, de rara severidade e rigorosamente objetivo sobre a conjuntura anômala, crítica e fuliginosa em que nos encontramos na história de mais de cem anos da República: "Já se sacramentaram absolvições sem qualquer justificativa, a não ser por esses desvios da vida pública". Sobre o desprestígio da Câmara dos Deputados nas velhas gerações não se fala, mas sim nas novas. Os moços que vão ocupar lugar na política, na imprensa, nas instituições culturais de um Brasil que cresce sempre, o que pensam eles, assistindo às instituições políticas e administrativas do País?

N

O que pensam os moços, assistindo à conjuntura anômala, crítica e fuliginosa em que nos encontramos? Os historiadores vão dizer o que pensam do País. Não é confortador, pois os problemas gravíssimos que nos atormentam não estão sendo resolvidos, o Estado plutocrático se converteu, abusivamente, em publicano, embora não se preocupe, abrangentemente com o bem comum, que deveria ter prioridade para os governos que se tem sucedido, pelo benefício que lhe coube na legislação do País. as crianças, o que vão pensar desta fase, quando lerem com mais idade a conjuntura sombria desses dias de crise, como igual não se registraram ainda na história republicana? Respondo pelas crianças, com a evocação de um velho livro de patriótico civismo, Através do Brasil, de Olavo Bilac e Coelho Netto. Depois de fazer uma viagem patriótica pelo Brasil, de norte à sul, os dois escritores terminam com essa chave de ouro: "Criança, não verás país nenhum como este". Se não houver um paradeiro para as crises que estouram em sucessão há vários meses, sem perspectiva de acabar, elas verão um país prometido a um belo destino entrar em estertores, que clama por soluções enérgicas, a serem praticadas no interesse do povo.

E

JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR


segunda-feira, 24 de abril de 2006

Nacional Empresas Comércio Exterior Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

LOTES DE ATÉ 30 KG PODEM IR PELO CORREIO

5 A mercadoria deve ter um diferencial competitivo no exterior, tanto em preço como em qualidade. Jaime Akila Koche, do Sebrae-SP

Duras pedras no caminho N gócios oportunidades de quem quer exportar

&

Empresas reclamam da burocracia para começar a vender seus produtos no mercado internacional

SP Chamber promove missão ao Líbano

L

íbano será o destino de uma missão comercial que está sendo organizada pela São Paulo Chamber of Commerce, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), em parceria com a Câmara de Comércio Brasil Líbano. O país que finaliza o seu processo de reconstrução, após 15 anos de conflitos, é uma vitrine de produtos para toda a comunidade árabe, de 300 milhões de pessoas. Outra característica marcante da economia libanesa é o seu elevado coeficiente de importação: para um PIB de US$ 20 bilhões, as importações atingem US$ 9 bilhões.

Em 2005, as exportações brasileiras para lá chegaram a US$ 124 bilhões. No sentido contrário, a importação brasileira do Líbano resumiu-se a modestos US$ 5,5 milhões. É, portanto, desafio desta missão diversificar a pauta entre as nações. A missão está prevista para sair de São Paulo no dia 20 de maio e retornar no dia 25, ou 28, para aqueles que participarem de visitas culturais. Informações no Departamento de Relações Internac i o n a i s d a S P C h a m b e r, com Glória, no telefone (11) 3244-3182 ou Carla, telefone (11) 3244-3127).

Evento esportivo

A

Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), em parceria a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), Câmara de Comércio e Indústria Brasil - Alemanha (AHK) e Associação Brasileira da Indústria do Esporte (Abriesp), lançou oficialmente, na semana passada, a participação do Brasil no evento ISPO Summer 2006, na sede da Abit.

O evento acontece entre os dias 16 e 18 de julho, em Munique, Alemanha, e abrange ramos do setor esportivo como actiwear (confecção e calçados), acessórios, maquinários e suplementos alimentares. Na última edição, o ISPO contabilizou 1,8 mil expositores e 60 mil visitantes. Mais informações sobre o evento com Ana Carolina, pelo telefone (11) 3823-6143 o u e - m a i l : a n a . c a r o l ina@abit.org.br.

PAÍSES QUE DESEJAM IMPORTAR DO BRASIL ÁFRICA DO SUL 76 - Carne bovina fresca CHILE 77 - Açúcar de cana, posição 1701.99 (de outros) 78 - Obras de alumínio CHINA 79 - Cetonas e quinonas, mesmo contendo outras funções oxigenadas e seus derivados halogenados, sulfonados, nitrados ou nitrosados

80 - Máquinas e materiais elétricos e suas partes; aparelhos de gravação ou de rep ro d u ç ã o d e s o m e i m agens JAPÃO 81 - Matérias corantes de origem vegetal ou animal 82 - Café, torrado ou descafeinado PARAGUAI 83 - Sabão

PAÍSES QUE DESEJAM EXPORTAR PARA O BRASIL

JAPÃO 84 - Kit para remendo de pneus e tubos BANGLADESH 85 - Couro de vaca; búfalo, cabra e carneiro com crosta

ou acabado ÍNDIA 86 - Matéria-prima destinada a indústria de produtos farmacêuticos e herbais; corantes alimentícios

Departamento de Comércio Exterior da Associação Comercial Gerente: Sidnei Docal R. Boa Vista, 51— Telefones: 3244-3500 e 3244-3397

O

s obstáculos buroc r á t i c o s d e s a n imam os empresários que pensam em começar a exportar, tanto que muitos deles deixam de tomar essa iniciativa em função das dificuldades encontradas pelo caminho. O governo exige uma boa quantidade de documentos e comprovantes, que assustam os mais afoitos. "Para quem nunca lidou com essa área, tudo parece muito complexo e cheio de restrições", diz o responsável por Relações de Negócios da Vasterval, Fábio Nunes. A empresa começou a vender plástico prolipropileno para a Europa há dois meses. "Apesar das dificuldades em conseguir os documentos para viabilizar a exportação, no final deu tudo certo", garante Nunes. No começo, os documentos emperraram na Polícia Federal. "Foi difícil porque sempre faltava algum comprovante ou as informações não ‘batiam’", conta Nunes. A empresa teve de esperar dois meses até ter tudo em ordem e conseguir autorização para exportar. "É preciso ser muito persistente", diz o executivo. Esse caminho das pedras é o que costuma afugentar os empresários. "O empreendedor se preocupa demais com os problemas burocráticos, que são maçantes mesmo", diz o consultor de comércio exterior d o S e r v i ç o s B r a s i l e i ro d e Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-SP), Jaime Akila Koche. "Mas ele tem que mirar no mercado, já que para tudo há uma saída." Procedimentos – Segundo Koche, algumas orientações devem ser seguidas. Primeiramente, o futuro exportador deve pesquisar quais países oferecem espaço para o produto que ele quer negociar. "A mercadoria deve ter um diferencial competitivo no exterior, tanto em preço como em qualidade", afirma ele. O segundo passo é conhecer as exigências técnicas internacionais, custos, diferenças cambiais, restrições e aspectos econômicos, políticos e culturais do destino. "Tudo para adequar a empresa ao comércio com o outro país e encontrar o possível comprador", diz Koche. "Procure a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e as câmaras de comércio bilaterais

Milton Mansilha/Ag. Luz

Nunes: é preciso ser persistente para conseguir exportar

Patrícia Cruz/Ag. Luz

Koche: burocracia é maçante mesmo, mas para tudo tem solução

para saber quem se deve contatar lá fora", recomenda. Cadastro – Além disso, ainda é preciso dar satisfação ao governo brasileiro de tudo o que chega ou sai do País. Por isso, o futuro exportador tem de se cadastrar no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex) e também no Reg i s t ro e R a s t re a m e n t o d a Atuação dos Intervenientes Aduaneiros (Radar), na Inspetoria da Receita Federal. "Com o negócio fechado, é o vendedor quem define o canal de distribuição", diz o presidente da Associação de Empresas Brasileiras para Integração de Mercados (Adebim), Michel Alaby. "Por questões de segurança, fique atento para as condições de pagamento e de embarque", avisa ele aos que desejam ingressar nesse mercado. Além das maneiras tradicionais de se enviar a mercadoria para o exterior, o Exporta Fácil, um serviço dos Correios, tem facilitado a vida das pequenas empresas. "Se o produto tiver alto valor agregado, e precisar chegar rápido ao destino, essa é a melhor opção", diz o gerente de Comércio Exterior da São Paulo Chamber of Commerce, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Sidnei Docal. Pode-se despachar até 30 quilos por remessa, no valor máximo de US$ 20 mil em mercadorias por vez. "Apesar de ser mais caro, a empresa não precisa enfrentar burocracias", afirma Docal. Pagamento – Em todos os casos, planejar como o pagamento chegará às mãos do exportador é uma das etapas mais importantes de toda a negociação. "Ele deve preparar os documentos para receber os recursos junto ao banco escolhido", ensina Docal. "O câmbio será negociado por meio de um contrato, e o vendedor recebe em reais", completa. A Associação Comercial de São Paulo trabalha para aproximar os futuros exportadores de empresas comerciais exportadoras (trading companies) e profissionais do setor por meio do projeto "Exporta, Brasil". "Esses empreendedores que pretendem vender para outros países entendem de produção, e não de negócios internacionais", diz Docal. "Mas eles podem contar com a Associação Comercial para se informar e fazer os contatos necessários." Sonaira San Pedro


DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira 24 de abril de 2006

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Política

Projetos assim não deram certo na Europa, em lugar nenhum. Por que dariam no Brasil? Marcio Pochmann, economista

GOVERNO ABANDONA PROJETO PARA EMPREGAR JOVENS. PSDB ENTRA COM AÇÃO CONTRA PROPAGANDA. Joedson Alves/AE/30-06-2003

PROGRAMA PRIMEIRO EMPREGO FRACASSA

O Tiago Queiroz/AE

PETROBRAS: PSDB PEDE SUSPENSÃO DE PROPAGANDA.

O

CANAL LIVRE – O ex-governador e pré-candidato a presidente da República Geraldo Alckmin se prepara para participar do programa Canal Livre, da TV Bandeirantes, na noite de ontem. Para ele, a eleição ainda só preocupa jornalistas e políticos.

ALCKMIN MANTÉM O OTIMISMO E PEDE PACIÊNCIA A TUCANOS

O

PSDB anda aflito com as intenções de voto do ex-governador Geraldo Alckmin, mas o próprio pré-candidato tucano não vê nada de errado na campanha. E pede paciência: "Eleição é televisão e neste momento o único candidato que aparece no vídeo é o presidente Lula". Ele diz que teve conversas demoradas sobre o assunto durante o fim de semana. "Vamos subir de verdade a partir de junho." Hoje dono de metade das intenções de voto de Lula, Alckmin possui uma estratégia que pede paciência aos aliados e aposta no desgaste do adversário. Em maio, no horário partidário dos deputados estaduais do PSDB, ele fará aparições em anúncios de 30 segundos. Em junho, no programa nacional do partido aparecerá como personagem principal. Em agosto, começa o horário político. Anedotas – "Hoje, a eleição só preocupa políticos e jornalistas", afirma. Para ilustrar o que diz, o ex-governador tem, como sempre, uma coleção de anedotas. A mais divertida envolve um episódio de Fernando Henrique Cardoso. Em viagem pela Espanha, o ex-presidente foi abordado por uma brasileira, que pediu seu autógrafo. "De re-

pente, ela perguntou: 'O senhor trabalha na Globo?'" Em posição de relativo equilíbrio em muitas regiões do País, Alckmin enfrenta um inferno eleitoral no Nordeste. Ali, Lula lidera por 60% a 10%, o que tem obrigado o ex-governador a fazer visitas semanais à região. "Basta examinar a situação em cada Estado do Nordeste para ver que essa diferença não é real", considera. "Temos apoio de vários candidatos que lideram o pleito em seus Estados. Nos próximos meses isso vai se refletir a nosso favor." Convivcções – Alckmin cultiva três convicções sobre a disputa. A primeira é que será uma campanha polarizada entre dois concorrentes. A segunda, que ele e o presidente serão esses adversários. A terceira é que pode chegar atrás de Lula no primeiro turno, mas pretende virar o jogo no segundo. Ele tem pesquisas que lhe dão a maioria de eleitores mesmo entre aqueles que pretendem votar em Garotinho como primeira opção. O ex-governador define Lula como um adversário "forte". Atribui isso a uma economia favorável. Ele sabe que o Bolsa Família pode ajudar o presidente mas vê limites no chamado voto-benefício. (AE)

PSDB entrou no sába- ça Eleitoral, de que isso só pode do com duas ações na ocorrer três meses antes do Corregedoria da Jus- pleito. "Isso lamentavelmente tiça Eleitoral, pedindo que se- ocorreu de forma despudoraja suspensa a veiculação nas da...pois é evidente o engrantevês da propaganda da Pe- decimento o excessivo destatrobras, por entender que as que à ação feita pelo governo e cenas exibidas favorecem a às metas alcançadas". Serra não muda – Os númecampanha à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da ros de Alckmin nas pesquisas Silva, além de resultar na prá- têm estimulado uma pergunta tica de abuso do poder políti- nos bastidores da campanha: co e econômico. Na represen- se ele não deslanchar, o ex-pretação os tucanos alegam que a feito José Serra poderia ser repropaganda eleitoral pró-Lu- crutado na última hora para la fica evidente no anúncio, de ocupar a vaga de candidato que o volume recorde de in- presidencial? Essa hipótese vestimento na empresa ocor- tem sido murmurada por aliados do PT, num esforço para reu "nos três últimos anos". "O que é uma referência ób- enfraquecer o adversário. Logo depois que a cúpula do via a que foi feito no atual mandato presidencial", destaca o PSDB anunciou a opção pelo partido. O PSDB ainda afirma ex-governador paulista, essa especulação foi que a música, "com evidente lançada por raposas petistas conotação de louvação da nas mesas do Piantella, resação governamental", quer, É evidente o taurante que abriga a maioria o b v i a m e n t e , engrandecimento, o significar a aledos jantares poexcessivo destaque à líticos de Brasígria do povo lia. brasileiro com o ação feita pelo Delírio – Dengoverno federal governo e às metas tro do PSDB, a e o presidente da alcançadas. mesma converRepública. Trecho da ação judicial sa é tratada coOs tucanos contra a empresa mo delírio. Nutambém aponma das poucas tam semelhança entre os populares e funcioná- vezes em que autorizou uma rios da Petrobras, que apare- pergunta sobre o tema, Serra, cem na propaganda batendo teoricamente o principal intecom a mão esquerda no lado ressado na mudança, encarou direito do peito, com a que foi o interlocutor como se ele tiexibida nas inserções da pro- vesse antenas na testa e acapaganda gratuita do PT. O par- basse de descer as escadinhas tido pede que o presidente Lu- de um disco voador. "Essa hila e a Petrobras sejam notifica- pótese não existe" explicou. dos sobre a representação e "Quem fala sobre isso quer que o Ministério Público deter- atrapalhar a campanha. Sou mine o valor das multas que candidato ao governo do Estaambos devem pagar, caso a do, estou junto com o Geraldo e vamos ganhar juntos." ação seja aceita. Abandonado quando queJá na investigação judicial contra a Petrobras, o PSDB acu- ria disputar a presidência, Sersa o presidente da empresa, ra encara uma eleição que paSérgio Gabrielli, de patrocinar rece relativamente tranqüila propaganda política eleitoral, para governador e não tem inde forma subliminar, sem res- teresse em nova mudança. peitar a prazo fixado pela Justi- (Agências) Ricardo Stuckert/PR/ABr/21-04-2006

Factoring

DC

Junho de 2003: presidente Lula anuncia em cerimônia o lançamento do programa. Três anos depois, apenas 0,5% da meta inicial foi cumprida.

governo federal curam o primeiro emprego. Já desistiu do progra- trabalharam antes, mas foram ma Primeiro Em- demitidos. "Há uma alta rotap re g o . L a n ç a d o tividade e isso pode ocorrer com toda pompa há quase três por várias razões: desistência, anos, o programa naufragou. falta de qualificação, volta aos Desde julho de 2003, conse- estudos. Mas não necessariaguiu empregar 3.936 jovens, mente por falta de experiência, quando o plano inicial era 260 porque o primeiro emprego mil vagas por ano – o que daria aparentemente eles conse780 mil jovens empregados em guem", explica Priscila. "O programa partiu de uma pretrês anos. O rendimento pífio, de ape- missa errada. Logicamente nas 0,5% do pretendido, levou não poderia funcionar". o governo a deixar de lado a Acesso – O Ministério do idéia – inicialmente considera- Trabalho teve acesso ao estudo da brilhante – de pagar a em- de Priscila – tese de mestrado – presas R$ 1,5 mil por ano para antes de o programa ser lançaempresas contratarem jovens do. Mas ele foi ignorado. "Fizede 16 a 24 anos. O que era uma ram algumas modificações, das maiores promessas do go- mas não mudaram a idéia cenverno Lula terminou como um tral. Acho que preferiram apostar na programa "marginal", criando idéia, que já estava para ser poeira no Ministério do Trabalançada." O economista lho. Pior do que is- O programa (Primeiro M a r c i o P o c hso, o programa Emprego) partiu mann levanta outra questão, hoje repassa dinheiro para em- de uma premissa que parece não ter interessado presas que tradi- errada. Logicamente cionalmente já não poderia ao governo: a de q u e é p re c i s o c o n t r a t a m j o- funcionar. vens e continuaque existam esPriscila Flori, sas novas vagas. riam a fazê-lo economista " A s c o n t r a t amesmo que o ções dependem Primeiro Emprego não existisse. Os maiores do nível de atividade econômicontratadores são empresas de ca e do crescimento, não de telemarketing, redes de super- subvenções", diz ele. "Projetos mercados, lanchonetes. O assim não deram certo na Eumaior contratador individual, ropa, em lugar nenhum. Por a rede de supermercados Zaf- que dariam no Brasil?" Decepção – A conseqüênfari, do Rio Grande do Sul, é responsável por 1.104 vagas – cia mais imediata do desastre mas a empresa sempre contra- do programa é uma lista de tou jovens, assim como a rede mais de 200 mil jovens decepde lanchonetes Mc Donalds, cionados. São aqueles que em São Paulo, que empregou acreditaram na idéia e estão 532 jovens, dos 763 que o pro- até hoje esperando. Apenas grama atendeu no Estado. 2% de felizardos conseguiRazões – A razão do fracasso ram lugares. não é difícil de encontrar: a As irmãs Bruna e Beatriz idéia do Primeiro Emprego es- Baccilieri Rauter – a primeira tava errada de início. Partia do tem 20 anos e a segunda, 17 – pressuposto de que jovens não estão entre as que desistiram conseguem emprego porque de esperar. Moradoras da Vinão têm experiência e como as la Aricanduva, em São Paulo, contratações são caras, as em- as duas se inscreveram em presas preferiam investir di- 2005. Beatriz está terminando nheiro em alguém experiente. o ensino médio e quer fazer As duas idéias estão erradas, faculdade. Bruna já cursa Farcomo já mostravam análises mácia em uma faculdade parfeitas na época e concluiu uma ticular. Os salários da mãe, análise feita pelo próprio go- funcionária pública, e do pai, verno, quase dois anos depois bancário, não bastam para pagar duas faculdades. do lançamento da idéia. Demitidos – Estudo feito "Queria trabalhar para popela economista Priscila Flori, der pagar o cursinho e depois a da Confederação Nacional das faculdade", diz Beatriz. "Foi Indústrias, antes do lançamen- meio decepcionante. Até agoto do programa, mostra que jo- ra não consegui nada". Bruna vens conseguem emprego sim, diz que está difícil para a famíapesar da inexperiência. Só lia arcar com a mensalidade de que não ficam empregados. R$ 550 da sua faculdade. Ela já Priscila decompôs a taxa de de- trabalhou, em uma empresa de semprego dos jovens e desco- telemarketing, mas foi demitibriu que 80% dos desemprega- da e hoje está procurando emdos nessa faixa etária não pro- prego de novo. (AE)

O que é Factoring? É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa. Entre em contato conosco Empresa filiada PABX (11) 6748-5627 (Itaquera) à ANFAC 6749-5533 (Artur Alvim)

Plataforma P-50, inaugurada por Lula: polêmica da auto-suficiência.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.LOGO

segunda-feira, 24 de abril de 2006

Logo Logo

É como se você fosse convidado para um almoço e você come o aperitivo e na hora do almoço você sai. Nós queremos participar do almoço também

ABRIL

www.dcomercio.com.br/logo/

Guido Mantega, ministro da Fazenda, falando sobre o interesse do Brasil em ter uma participação mais ativa na definição da pauta e nas discussões principais na reunião do G-8.

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Recolhimento de ICMS Dia do Agente de Viagens

M ATEMÁTICA C IÊNCIA

Brincando de tabuada

Método prevê reação a remédios Cientistas britânicos estão desenvolvendo um método que eles esperam permitir prever como os pacientes vão responder a determinados remédios, diz um estudo publicado na revista Nature e divulgado pela agência de notícias britânica BBC. Os pesquisadores, da Imperial College de Londres e da empresa farmacêutica Pfizer, acreditam que o trabalho pode levar ao desenvolvimento de medicamentos "personalizados". A abordagem desenvolvida pelos cientistas consiste na combinação de análises químicas do metabolismo de

cada pessoa com modelos matemáticos para prever como os diferentes organismos responderão às drogas. Os pesquisadores acreditam que, examinando esses padrões, eles poderão ajudar em diagnósticos, antecipar futuras doenças e as respostas dos pacientes ao tratamento. "Esta técnica tem potencialmente uma enorme importância ao futuro do sistema de saúde e da indústria farmacêutica", afirmou o líder da equipe de cientistas, Jeremy Nicholson.

C INEMA

I NTERNET

http://www.bbc.co.uk/por tuguese

Cresce número de usuários domiciliares

L

O ator Leonardo DiCaprio interrompeu as filmagens de The Blood Diamond, em Moçambique, após sofrer ferimentos em uma perna.

O número de internautas residenciais no País superou em março, pela primeira vez, a marca dos 14 milhões. O número de acessos no mês foi 6,5% maior do que em fevereiro. Segundo dados do Ibope NetRatings, os 14,1 milhões de brasileiros que se conectaram em março pelo menos uma vez em seus domicílios, também registraram recorde de navegação, de 19h24m, colocando o Brasil na segunda posição mundial, atrás apenas da França. V ATICANO

Carpinteiro é preso por trabalhar nu

Preservativo em documento papal

O carpinteiro Percy Honniball, de 50 anos, que trabalhava nu para não sujar suas roupas, foi preso depois de um cliente encontrá-lo fazendo uma estante de livros sem roupas. Ele disse à polícia que despiu-se antes de se arrastar por baixo da casa para consertar um problema elétrico. Honniball foi pego trabalhando nu em Berkeley três vezes nos últimos seis dias e processado por violar as leis da cidade. A polícia disse que ele se desculpou com o cliente, que pagou pelo final do trabalho, mas foi despedido.

O Vaticano vai publicar um documento sobre o uso de camisinha por pessoas infectadas pelo vírus da aids, anunciou ontem, o ministro da Saúde da Santa Sé, cardeal Javier Lozano Barragán. O religioso disse que o papa Bento XVI pediu um estudo específico sobre o assunto. Na semana passada, o cardeal emérito de Milão, Carlo Maria Martini, defendeu o uso da camisinha, por pessoas casadas, "em certas ocasiões". E causou constrangimento ao ir contra a posição da Igreja. (AE)

E M

Nada de decoreba. O negócio é entender o conteúdo e sua aplicação no cotidiano.

A

tabuada continua a mesma e as crianças continuam precisando saber quanto é 2x3, 7x8, 9x4. Mas não se usa mais o verbo decorar nas escolas. A educação atual fala em memorizar a tabuada, mas com a condição de que ela seja compreendida antes. Professores inventam todo tipo de jogos brincadeiras e materiais para fazer os alunos entenderem a multiplicação e seu uso no cotidiano. O conceito difundido pelo psicólogo Jean Piaget nos anos 20 diz que o conhecimento é um processo de criação e não de repetição. Na década de 90, os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), do Ministério da Educação, transformaram boa parte das idéias de Piaget – e de outros educadores – em recomendações oficiais.

"Eu não decoro, eu somo", diz Isabela Mendonça Moreira, de 8 anos, ao falar da tabuada. Ela conversou com a reportagem no fim de uma aula de matemática em que os alunos trabalharam com o chamado material dourado. A caixa de madeira – nada dourada – tem pequenos cubos também de madeira que representam unidades; barras que representam dezenas e quadrados, centenas. A professora da Escola Carlitos, em Higienópolis, vai pedindo aos alunos que dobrem várias vezes a quantidade de unidades até completar a tabuada do dois. "Virou uma escadinha, com dois quadradinhos a mais a cada degrau", percebe Rafaela Iskin, de 8 anos. No Colégio Santa Maria, na zona sul, que já teve um ensino mais tradicional, hoje as crian-

ças aprendem a tabuada com álbuns de figurinhas. Já na Prima Escola Montessori, na Chácara Flora, as crianças mais velhas podem até usar a calculadora, mas também se busca entender da tabuada por meio de materiais concretos. Pesadelo - A palavra tabuada vem da idade média, quando surgiram as tábuas com resultados de somas de parcelas iguais. Virou pesadelo de crianças durante muito tempo, obrigadas a decorar as multiplicações para não sofrerem punições nas escolas A decoreba era freqüente no modelo de educação tradicional, em que primeiro se aprendia o conteúdo, depois para que ele servia. Especialistas dizem hoje que a memorização dos resultados aumenta a rapidez em cálculos futuros e em estimativas. (AE)

Vyacheslav Oseledko/AFP Photo

O quarteto alemão Mozart Quartett Salzburg apresenta, no Mosteiro São Bento, espetáculo com repertório de músicas de Wolfgang Amadeus Mozart. Largo de São Bento, s/n, Centro. Telefone: 3105-9121. Ao meio-dia. Grátis. G @DGET DU JOUR

F AVORITOS

Celular e personal trainer

PÁSCOA - Ortodoxos, com velas nas mãos, participaram de missa em uma igreja de Bishkek, no Quirguistão, em comemoração à Semana Santa. Assim como os católicos, eles comemoraram a crucificação e ressurreição de Jesus Cristo. A RTE

Realidade virtual Reproduções

ão são poucos os pedestres ingleses, franceses, belgas, alemães, australianos e norte-americanos que já tropeçaram ou caíram nas obras de arte do artista inglês Julian Beever. Mas são tropeços e quedas inofensivos: sua arte é o que pode se chamar de moderno "trope l´oeil". São pinturas que têm como objetivo enganar os olhares distraídos das ruas e, ainda que por frações de segundo, criar uma realidade falsa, virtual no melhor sentido do termo. Quase uma celebridade, ele é um dos poucos artistas contemporâneos a ter um verbete próprio na Wikipedia em inglês, 289 mil registros no Google e mais de uma dezena de sites que expõem suas principais obras. Além de pintar calçadas, Beever também tem uma vasta produção de telas e murais.

N

www.bibvir t.futuro.usp.br/index.php

A TÉ LOGO

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Microsoft e Intel lançam hoje programa piloto que incentiva carreira em tecnologia CineSesc apresenta retrospectiva do pensador brasileiro Joaquim Pedro de Andrade

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www.xoxide.com/noname16.html

Obras de Julian Beever pelas calçadas das maiores cidades do mundo: ilusões de ótica conseguidas graças a um efeito distorcido que cria a impressão de uma imagem em três dimensões.

L

A Xoxide acaba de lançar o Caffeinated Soap, um sabonete a base de cafeína e óleo de hortelã. A empresa informa que cada banho com o sabonete libera 250 miligramas de cafeína, que é absorvida pela pele, com os mesmos efeitos de um cafezinho. Uma economia de tempo, banho e café em um única operação. Custa US$ 7,99 no site.

Clássicos da literatura brasileira como Marília de Dirceu, de Tomaz Antonio Gonzaga, A Retirada da Laguna, de Visconde de Taunay, ou Livro de uma Sogra, de Aluísio de Azevedo são alguns dos livros falados disponíveis na Biblioteca Virtual da USP, um dos maiores acervos virtuais de textos, imagens e sons da internet. Além de arquivos de som para baixar e ouvir, há também livros virtuais – didáticos, teses, obras literárias –, documentários, ilustrações e fotografias. Tudo gratuito.

www.powerbar.com.br

B OLÍVIA

Dias decisivos para a EBX A crise política da Bolívia vai ter esta semana uma reunião decisiva. Esta marcado para hoje o encontro entre o gabinete do presidente Evo Morales e os representantes das 15 províncias que formam o Departamento de Santa Cruz, que garantiu a suspensão do "paro cívico" (greve) iniciado no dia 19 na Província de Germán Busch. Na ocasião, inclusive, Morales determinou que a siderúrgica brasileira EBX abandone o país voluntariamente para não ser expulsa por ter desrespeitado a Constituição boliviana.

Uma semana sem televisão

L

Livros para ler ou ouvir

A Powerbar/Nestlé e a agência de comunicação e projetos on-line kwead.com lançaram em conjunto um serviço gratuito que ajuda o sedentário usuário de celulares a organizar e seguir um programa de atividades físicas. Basta instalar um aplicativo e inserir alguns dados como email para contato, peso, altura, o esporte a ser praticado e o seu aparelho, você poderá medir distâncias, velocidades e estimativas de calorias eliminadas ao longo dos exercícios. O download do aplicativo está disponível para celulares GSM no site e é gratuito.

M ÍDIA

http://users.skynet.be/J.Beever/

Cafezinho nos poros

O cantor João Bosco e a Banda Mantiqueira vão abrir a segunda edição da Virada Cultural. O evento, que reúne uma extensa programação de 24 horas consecutivas, em vários pontos de São Paulo, este ano chega mais cedo. Realizado em novembro do ano passado, a próxima edição acontecerá nos dias 20 e 21 de maio. Segundo o presidente da São Paulo Turismo, Caio Luiz de Carvalho, a antecipação se deve porque maio é um mês de poucas chuvas e de clima agradável. João Bosco e a Banda Mantiqueira apresentam-se no dia 20, a partir das 18h, no Boulevard São Paulo. (Rita Alves) T ECNOLOGIA

C A R T A Z

AO MEIO-DIA

24 horas de programação

www.viradacultural.com.br

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E UA

C ULTURA

Brasil pode demorar 400 anos para ter produtividade igual aos EUA, diz estudo da Fiesp

De hoje até sexta-feira, nada de televisão. Esta é a proposta da seção brasileira do movimento internacional TVTurnoff Network - aqui, Desligue a TV. Desde 1994, o movimento propõe a conscientização da opinião pública sobre o impacto negativo do excesso de influência da televisão na vida moderna. A proposta não é banir a televisão, mas discutir sua utilização excessiva. No site do movimento, a programação completa de atividades sociais e culturais que acontecem no país durante esta semana para manter os olhos longe da telinha. www.desligueatv.org.br www.tvturnoff.org.


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Nacional Tr i b u t o s Empresas Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 24 de abril de 2006

Os pacotes do Pipoca Online tem preços a partir de R$ 39,90 por mês.

DUAS MIL PESSOAS PROCURAM O SCPC POR DIA

QUITAR DÍVIDAS FICARÁ MAIS FÁCIL Consumidores receberão em casa boleto bancário para o pagamento de débitos

D

iariamente, cerca de 2 mil pessoas procuram o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), em busca de informações sobre suas dívidas em atraso. A partir de meados de maio, grande parte desses consumidores receberá, junto com a carta contendo informações sobre os débitos, um boleto bancário que permite acelerar o pagamento. A expectativa é que 30% dos associados que fazem uso do SCPC devem aderir ao serviço, segundo a gerente da Unidade de Negócios Pessoa Física da ACSP, Roseli Garcia. Pela adesão, pagarão os custos de impressão e postagem do boleto. Para o consumidor, o envio é grátis. "Hoje, 50% dos consumidores liqüidam seus débitos 30 dias após o recebimento da carta", diz Roseli. Com o envio do boleto, esse percentual tende a aumentar, pela possibilidade que ele oferece de pagamento da dívida em qualquer banco. Atualmente, segundo Roseli, ainda é comum as pessoas terem dúvidas sobre como proceder para reverter a si-

Paulo Pampolin/Hype

Para Edilma S.C., boletos evitam desperdício de tempo

tuação de inadimplência. "Considero muito bom o envio do boleto. Se você está com o dinheiro, recebe a carta e pode ir direto ao banco, sem idas e vindas", comenta Edilma S.C. Ela buscava, junto ao SCPC, informações sobre dívidas que acumulou por conta de um longo período em que esteve desempregada. "Agora vou aos estabelecimentos para negociar o pagamento." Roseli, da ACSP, reforça que o consumidor sempre quer pagar. "Quando não paga, é por algo circunstancial." Foi isso que aconteceu com a

condutora Célia, que também buscava inteirar-se, junto ao SCPC, sobre a situação de suas dívidas atrasadas. Os débitos começaram a se acumular com o roubo do carro que comprou no final de 2003 para transportar escolares. Célia já negociou parte deles e conta que ainda tem muito para resolver. "Compras, hoje, só à vista. Aprendi que financiamento só em último caso." Para ela, o envio do boleto não seria uma solução porque as dívidas demandam negociações. O pagamento via boleto é uma operação direta consumidor- credor. A ACSP recomenda atenção das pessoas com os dados do credor, no boleto, para precaver-se de eventuais cobranças fraudulentas. Fátima Lourenço

PIPOCA ONLINE Locadoras invadem a web Q Eduardo Zappia/Digna Imagem/7/4/2004

uem não consegue mais seguir o ritual de escolher um filme, sair de casa, comprar seu ingresso e adquirir seu saquinho de pipocas ou a barra de chocolate antes de entrar na sala de cinema tem agora mais uma opção para locar filmes. O serviço Pipoca Online oferece a locação por meio da internet e leva o DVD escolhido para a casa do consumidor sem custo adicional pela entrega e recolhimento do filme. N o w w w . p i p o c a o n l ine.com.br, o internauta escolhe o filme e tem a vantagem de não ter prazo de entrega. O assinante tem a possibilidade de escolher um número ilimitado de filmes ou não, em pacotes que custam a partir de R$ 39,90. Para garantir a entrega e a retirada dos filmes nas residências de seus clientes, o Pipoca Online fechou uma parceria com a Direct Express, empresa prestadora de serviços de c our ri er e xpress o, para efetuar todo o processo. O diretor da Direct Express, Luís Henrique Cardoso, explica que o Pipoca Online solicitou a criação de um modelo de serviço de entrega baseado no que já existe no mercado norte-americano. Segundo Cardoso, esse sistema permite que o cliente escolha planos que possibilitam a locação desde três títulos até pacotes com um número ilimitado de unidades por mês com a vantagem de não ter que se preocupar em devolvê-los. "Temos duas pessoas que lideram uma equipe de 10 funcionários, que separam os DVDs de acordo com a solicitação dos clientes e 150 courries que os entregam e recolhem os que já foram vistos. É importante lembrar que não há custo adicional por esse serviço: o cliente paga apenas o preço do pacote que escolher com o número total de locações." Tudo online – Dentro do sistema criado pela Direct Express, não existe riscos de o cliente escolher um filme denso como "Cidade das Mulheres", do diretor italiano Federico Fellini, e receber a aventura "Duro de Matar", com Bruce Willis. Existe um sistema de buscas que permite a navegação dentro do acervo da Pipoca Online e que contém um mecanismo de recomendações personalizadas. Isso significa que o usuário que solicita com freqüência um gênero já conta com um aviso de lançamento de um novo título da categoria preferida.

Eduardo Casarini: seleção de títulos é personalizada Divulgação

Acervo do Pipoca Online é de 2,5 mil títulos de todos os gêneros

O serviço está restrito às entregas na Grande São Paulo, mas o diretor da Direct Express garante que a expectativa é de ampliar a parceria com o Pipoca Online em suas filiais localizadas em capitais como Belo Horizonte, Porto Alegre, Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Brasília e na cidade de Campinas. O sócio-diretor do Pipoca Online, Eduardo Casarini, explica que o sistema garante o abastecimento contínuo dos clientes. Segundo ele, os cinéfilos que conseguem assistir a dois filmes por dia têm a entrega e a troca de títulos assegurada. O acervo da empresa conta com 2,5 mil títulos de todos os gêneros. "Não nos concentramos nos lançamentos comerciais e nosso sistema permite que o usuário tenha acesso a filmes menos conhecidos de seus astros favoritos", acrescenta. C o nt r a mã o – Na contramão do avanço da internet, a 2001 Vídeo utiliza seu endereço virtual para divulgar suas cinco unidades, seu acervo de filmes e as atividades que promove, como debates com cineastas e críticos, e cursos de cinema. Segundo o diretor da 2001 Video, Eduardo Botelho, a empresa não oferece o serviço de entrega de DVDs em domicílio e não pretende im-

plantá-lo. Quanto ao sistema de locação via internet, ele está sendo avaliado. "O modelo existente hoje em São Paulo de aluguel pela internet é muito ruim. Estamos estudando uma forma diferenciada de oferecer a locação via internet", explica. Outra aposta das empresa são as promoções para os feriados prolongados. "Temos sete feriados prolongados neste ano e os sócios pagam apenas uma diária em todos eles ", destaca Botelho. A Blockbuster ainda não possui sistema de locação via web. Ela utiliza o seu endereço na internet apenas para divulgar promoções de suas 136 lojas localizadas em 13 estados e no Distrito Federal. A empresa tem como atrativos a devolução prolongada, na qual o cliente tem três noites para ver seus filmes e os devolve somente às 10 horas do quarto dia, e a devolução antecipada, quando o lançamento é devolvido até às 20 horas do dia seguinte e dá direito a um desconto de R$ 1,50 na próxima visita. Além disso, há os pacotes para estudantes e maiores de 65 anos, que ganham uma locação de um título do catálogo todas as vezes que retirarem na locadora dois filmes de qualquer categoria. Paula Cunha


Planalto Senado Cassações Câmara

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 24 de abril de 2006

Não aceito que se tente pôr panos quentes entre o Senado e o ministro(Bastos). Senador Arthur Virgílio (PSDB-AM)

MENSALÃO: CONSELHO VOTA ÚLTIMOS PARECERES.

SEMANA ANTECEDE MAIS UM FERIADO. MESMO ASSIM, PROMETE.

Eymar Mascaro

Ed Ferreira/AE/20-04-2006

CPI DO LULA E BASTOS DOMINAM A CENA POLÍTICA

A

seqüência de feriados não tem diminuído a temperatura da crise em Brasília. Ao contrário, parece que só colocou mais oxigênio na combustão, ao prolongar a permanência de suspeitas e acusações no ar. Três assuntos dominam a cena: a criação da chamada CPI do Lula, um possível novo depoimento do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e a convocação do ex-ministro da Fazenda, Antonio Palocci, para ser ouvido na Polícia Federal. A CPI do Lula já reuniu 34 assinaturas. O governo conseguiu ganhar tempo na semana passado para tentar barrar a investigação, já que o presidente do Senado, Renan Ca-

lheiros (PMDB-AL), não realizou a leitura do requerimento necessário à instalação da comissão. A secretaria da mesa do Senado espera concluir a conferência de assinaturas até amanhã. Depois, Renan terá que fazer a leitura do requerimento e abrir prazo para os senadores manterem ou retirarem seu apoio. Caso sejam mantidas ao menos 27 assinaturas, os partidos precisam indicar seus membros. Ou então Renan poderá fazê-lo. Bastos – Colaborador fundamental da equipe de Lula, Bastos foi ouvido na Comissão de Constituição e Justiça sobre o caso da quebra de sigilo do caseiro Francenildo Costa. O Planalto ficou feliz com as de-

1º round

D Oposição mantém o fogo cerrado em cima do ministro das Justiça Ed Ferreira/AE/21-03-2006

Beto Barata/AE/30-03-2006

SOCIAL

Palocci pode ser indiciado. E Vadão será julgado no Conselho de Ética.

clarações do ministro, mas a oposição não. O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) considerou as explicações de Bastos à Câmara evasivas e decidiu manter seu requerimento que pede que o ministro fale ao Senado. "Não aceito que se tente pôr panos quentes entre o Senado e o ministro." Palocci deverá ser ouvido na PF de Brasília sobre as irregularidades de sua gestão na pre-

feitura de Riberão Preto. A expectativa é de que o ex-ministro seja indiciado por formação de quadrilha e improbidade administrativa. O deputado Moroni Torgan (PFL-CE) apresenta amanhã no Conselho de Ética o parecer do processo contra o deputado Vadão Gomes (PP-SP), que nega a acusação de ter recebido R$ 3,7 milhões do mensalão de Marcos Valério. (Agências)

EX-SECRETÁRIO LANÇA PROPOSTAS Paulo Pampolin/Hype

L

utar pela igualdade de oportunidade, combater qualquer forma de discriminação ou intolerância racial e religiosa, e defender a cidadania em duas frentes de combate: promover a inclusão social pela valorização da advocacia e lutar pela transparência tributária, sendo um dos porta-vozes da campanha De Olho no Imposto. Essa será, basicamente, a plataforma política do ex-secretário da Justiça e da Cidadania do Estado de São Paulo, Hédio Silva Júnior, 44 anos, que decidiu partir para uma nova experiência, depois de atuar na advoca-

Hédio Silva Júnior: liderança.

cia, no magistério e como conselheiro da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP): ser deputado federal. Desafio – "O mentor desse

ito e feito: o PSDB conseguiu na Justiça tirar do ar inserções que o PT alimentava na televisão, comparando o governo de Lula com as gestões de Fernando Henrique. As inserções informavam que, em 3 anos e meio, o governo Lula realizou mais do que FHC em 8 anos. O PSDB acha que o PT estava mentindo. A justificativa para tirar as inserções do ar foi a de que o PT estava fazendo campanha fora do prazo estabelecido pela legislação. Em tempo: este foi apenas um aperitivo do que virá por aí, sobretudo quando a campanha pegar no breu. Os partidos estão se armando para barrar na Justiça a campanha do adversário na TV. FHC não gosta das comparações feitas por Lula. O tucano entende que o presidente falta com a verdade. FHC chega a dizer que a gestão de Lula é uma cópia do seu governo, principalmente na área econômica. O expresidente promete não dar trégua a Lula e recorrerá toda vez que se julgar injustiçado.

desafio foi o governador Cláudio Lembo (PFL)", conta. Hédio Silva Júnior teve uma trajetória de impacto nos quase 12 meses à frente da secretaria. "Foi uma experiência enriquecedora ter feito parte do governo exitoso do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB)", afirma. O doutor em Direito Constitucional pela PUC-SP lembra que o cargo de secretário rompeu o olhar unilateral de advogado. "A experiência como gestor público foi essencial para enfrentar a escassez de recursos e as enormes demandas sociais", avalia. Isso o ajudou também a conhecer sua própria liderança

Reunião Plenária (informações, debates e busca de soluções)

Convidado Especial

Gilberto Kassab Prefeito de São Paulo

Dia: 24 de abril de 2006, segunda-feira Horário: às 17 horas Local: Rua Boa Vista, 51 - 9º andar

política. "Me achava apenas um advogado esforçado e um intelectual disciplinado." Estimulado pelo governador Lembo, decidiu então assumir o desafio de entrar na vida política pelo PFL, com a missão primeira de fortalecer o pensamento liberal como caminho para uma sociedade mais cidadã e mais justa no País. "Essa plataforma está em sintonia com o discurso do meu partido", disse o ex-secretário de Justiça, que conversou com o Diário do Comércio. O que o sr. espera do trabalho parlamentar ? Além de combater qualquer forma de discriminação e intolerância racial e religiosa, acho que é possível avançar na cidadania trabalhando em dois patamares simultâneos: esclarecendo o cidadão de que ele paga impostos, encampando esse movimento de grande repercussão nacional que é o De Olho no Imposto e valorizando a advocacia no País. E como o sr. pretende fazer isso? Por delegação do presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Guilherme Afif Domingos, serei um dos porta-vozes do movimento De Olho no Imposto, porque acredito que é muito importante que o cidadão saiba que paga, por meio de impostos, por todos os serviços públicos que recebe. Por isso, também defendo que o total dos impostos pagos pelo consumidor seja discriminado em nota fiscal. E quanto à valorização da advocacia ? É preciso entender que sem uma advocacia forte e prestigiada não existe cidadania. Esse trabalho se confunde com minha trajetória de vida, com a minha luta pessoal porque entendo que sem igualdade de oportunidades não existe inclusão social. E como promover essa inclusão ? Por meio das demandas expressas pelas lideranças dos movimentos sociais, vistos como sujeitos de direitos. É preciso agregar essas demandas à vida do nosso partido, o PFL, com toda sua energia. Sergio Leopoldo Rodrigues

Lula insiste em dizer que seu governo realizou mais, por exemplo, no campo social. O Bolsa Família, na opinião do governo, estaria atendendo a cerca de 30 milhões de pessoas (12 milhões de famílias), que vivem na mais absoluta miséria. Lula acha que os governos tucanos não investiram o suficiente na área social.

REAÇÃO

O PSDB reage aos comentários do presidente lembrando que Lula deu seqüência à política econômica de FHC. É por isso que os tucanos não aceitam a política de comparações do PT. Mas, o PT vai insistir em comparar os dois governos, de Lula e FHC.

PRÉVIAS

É provável que o PFL recorra ao sistema de prévias para a escolha do candidato a vice de Geraldo Alckmin. Os dois pré-candidatos, José Agripino (RN) e José Jorge (PE) não chegam a um acordo amistoso.

apoio do PMDB, nem que seja no segundo turno.

PEGADA

O PT vai na mesma toada do PSDB: também quer costurar o apoio do PMDB. A política do PT é a seguinte: se não der para ter o apoio do PMDB no primeiro turno, o jeito é evitar que os peemedebistas lancem candidato, para que a eleição corra o risco de ser decidida no primeiro turno.

RESISTÊNCIA Corre a versão de que Itamar Franco desistiria da candidatura a presidente para apoiar a reeleição de Lula. Anthony Garotinho ficaria sozinho na condição de candidato do partido. O apoio de Itamar Franco a Lula pode mexer no comportamento do eleitorado mineiro.

ESQUEMA

O eventual apoio de Itamar a Lula quebra o esquema montado por Aécio Neves. O governador mineiro é candidato à reeleição e quer que Itamar DECISÃO Franco seja candidato ao Uma coisa é certa: o vice de Senado. Os dois fariam a campanha juntos, um Alckmin será um dos dois senadores, e mais: a indicação apoiando o outro. Resumindo: Aécio quer o virá do Nordeste, que é a região onde Lula leva ampla apoio de Itamar a Geraldo vantagem sobre Alckmin nas Alckmin. pesquisas. José Agripino queria que a escolha PAULISTAS O PT continua ocorresse hoje. Não deu. preocupado com a vantagem de Alckmin entre os eleitores paulistas, segundo as pesquisas. Os petistas sonham com o trabalho de rua da militância, mas o PT, depois dos escândalos, não tem mais a mesma confiabilidade do eleitor. Detalhe: São Paulo tem 25 RECUPERAÇÃO milhões de eleitores. Alckmin pretende visitar todos os estados nordestinos PROMOTORIA até o dia 15 para ver se tira O presidente do parte da diferença que Conselho de Ética da favorece Lula na região. O Câmara, deputado Ricardo tucano acha que pode Izar (PTB-SP) envia emplacar setembro amanhã ao Ministério encostado em Lula nas Público os processos dos pesquisas, podendo deputados que foram ultrapassar o petista com a julgados no organismo e campanha na televisão. tiveram aprovada a cassação de seus mandatos. VANTAGEM Acontece que 9 deputados O candidato do PSDB admite que levará vantagem que tiveram recomendada suas cassações no Conselho sobre Lula não região de Ética acabaram Sudeste. Em São Paulo, absolvidos no plenário da Alckmin vai contar com o Câmara. palanque de José Serra (candidato a governador) e, PARECER em Minas, o de Aécio Neves Já está na assessoria (candidato à reeleição) que tem alto índice de aceitação jurídica do Senado o requerimento de Geraldo popular. Almeida (PDT-SE) propondo a criação da CPI PRESSA do Lula. Renan Calheiros, O PSDB tem pressa na presidente do Senado, escolha do candidato a vice, admite que a proposta é porque precisa se preocupar inconstitucional porque mais com a política de alianças. O partido insiste nas não aponta um fato determinante para justificar conversações com Michel a criação da CPI. Temer para ver se amarra o


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 24 de abril de 2006

DOISPONTOS -11 11

A

Receita de astronauta asta! O sonho se realizou; mas o passatempo já acabou. Aliás, uma brincadeira muito dispendiosa. Já passaram os dias de glória pela ida ao espaço, literalmente. Nosso astronauta já desceu à Terra, com suas plantinhas de raízes enlouquecidas pela falta de gravidade. Se esse

B

experimento, de resultados óbvios, não justificava a despesa, justifica muito menos ainda o livre pensar de jogar futebol na astronave. Se a experiência foi o pretexto da ida ao espaço, o melhor que nosso astronauta tem a fazer é ficar calado e deixar o País curtir o orgulho ufanista da ilusão de um

feito heróico. Agora, se quiser se aprofundar sobre as razões científicas da sua ida ao espaço, que o faça. Assim, que diga, de público, quais foram as instruções que recebeu sobre o que fazer e como fazer em sua breve estada no espaço. Mantenho meu ponto de vista, que

Evaristo Sá/AFP

Marcos Pontes: não era melhor aplicar o dinheiro na formação de cientistas?

vai ao encontro do de muitas outras pessoas: o dinheiro gasto com a carona podia ter sido aplicado na formação dos cientistas brasileiros. Coronel Marcos Pontes, pense seriamente nisso antes de falar. PEDRO LUÍS DE CAMPOS VERGUEIRO PEDROVER@MATRIX.COM.BR

Site na internet dcomercio.com.br /doispontos/

Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br

país acompanha, estarrecido, o mar de lama produzido pela conduta, nada ortodoxa, de políticos e líderes nacionais em Brasília. A cada dia um novo desdobramento obscuro ganha as capas dos jornais e revistas. No meio de tanta bandalheira surge uma ação suprapartidária que devemos saudar. Após meses de investigações, debates acalorados e a tentativa de obstrução por parte dos aliados governistas, foi aprovado o relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Correios. Além dos indiciamentos, da comprovação do mensalão e da apropriação ilícita de recursos públicos, vale destacar a proposição que pede a redução do número de cargos em comissão e de confiança no âmbito do Poder Executivo das três esferas. “A redução do número de cargos em comissão e funções de confiança no âmbito do Poder Executivo Federal, Estadual e Municipal mostra-se necessária, em parte, por seu impacto moralizador, tendo em vista que o número excessivo de cargos e funções desta natureza hoje existentes na administração pública brasileira é fator de verdadeira apropriação da administração como se patrimônio do governo fosse.” (Relatório Final da CPMI “dos Correios”; Volume II – pág. 1654) Além de desinchar a máquina pública e diminuir as margens do nepotismo, a ação valoriza o funcionalismo público, uma das mais importantes classes de trabalhadores do Brasil e que nos últimos anos

O

Coisa nossa Para os companheiros, cargos de confiança na administração pública

teve sua imagem degradada, em especial devido à preterição da contratação de concursados, em favor de nomeações livres para cargos de confiança. R a z õ e s d e c o n v eniência e oportunidade são parâmetros subjetivos freqüentemente alegados no setor público para a não contratação de profissionais aprovados em concursos de ingresso em carreiras públicas, assim como para limitar os gastos com o funcionalismo. No entanto, aspectos de interesse público devem, de forma objetiva e concreta, orientar o desenvolvimento e a profissionalização da estrutura funcional da Administração. Inaceitável, portanto, são as manobras políticas que criaram ou, pior, transformaram cargos públicos de caráter permanente, em cargos de confiança, a exemplo da gestão petista na cidade

DEU

O ex-blog do prefeito do Rio (enviado a assinantes) fixou a cena de Lula recebendo em audiência o presidente da OAB (foto à direita). Na pauta indigesta, o pedido de impeachment que a entidade poderá aprovar nesta semana. HTTP://CESARMAIA. BLOGSPOT.COM/

G A CPI pediu a

redução do número de cargos em comissão e de confiança no âmbito do Executivo G É preciso expurgar essa anomalia, sob pena de perpetuar o loteamento de cargos públicos.

Mande seu comentário para doispontos@ dcomercio.com.br

de São Paulo. Estes possibilitam a presença de pessoas alheias aos ditames e técnicas da administração pública. Permanece a necessidade de expurgo dessa anomalia das esferas públicas, sob pena de perpetuar a prática do loteamento de cargos públicos, muitas vezes associada a acordos nem sempre transparentes. Vale destacar estudo realizado pelo jornal O Estado de S. Paulo q ue constatou ser pelo menos 524 mil o número de cargos de confiança no Brasil. No serviço público federal há cerca de 1,3 milhão de funcionários. Destes, 70 mil em funções de confiança, ou 5,3% do total. Nas prefeituras, o Perfil dos Municípios Brasileiros aponta mais de 350 mil cargos comissionados, ou 7,7% do total de servidores, nas 5.562 cidades brasileiras. Nos Estados, esse número de cargos ultrapassaria 100 mil pessoas.

funcionalismo público de qualidade é essencial para uma administração séria. Muito há o que se fazer para resgatar a estrutura formada pelos agentes públicos do quadro permanente. Quando um funcionário público está no exercício de sua função, ele é a própria administração e, sob esse conceito, reflete as qualidades e deficiências da gestão comandada pelos agentes políticos eleitos. É preciso trabalhar para a consolidação do capital humano que forma as importantes carreiras do funcionalismo. Refiro-me àquelas carreiras que compõem o núcleo gerencial da administração: procuradores, inspetores, fiscais, engenheiros, arquitetos, agrônomos etc. São carreiras como estas que dão sustentação às atividades próprias e essencias da administração, seja no exercício do poder de polícia, na fiscalização do cumprimento das leis, na aprovação de projetos, na proteção ao meio ambiente, no gerenciamento de contratos, na vigilância sanitária, entre outras. Como toda boa organização, a administraç ã o p ú b l i c a p re c i s a aprimorar-se constantemente, prestigiando e renovando seus quadros com profissionais altamente capacitados, para assegurar-se, de forma crescente, do melhor funcionamento de suas estruturas e do fortalecimento das instituições, sempre visando o pleno desenvolvimento do País, dos Estados e dos municípios.

O

RICARDO MONTORO, VEREADOR DO PSDB

O Brasil não tem mais presidente!

NO

BLOG

G Manobras políticas transformaram cargos públicos em cargos de confiança. Há 524 mil desses cargos no Brasil.

Roosewelt Pinheiro/ABr

oi a mais completa cena de desmoralização de Lula assistida em Brasília! Na semana passada, Lula convidou o presidente da OAB para ir ao Palácio do Planalto e conversar com ele sobre o impeachment que a OAB

F

estaria debatendo. O presidente da OAB confirmou e saiu informando a imprensa, arrematando que não era a favor de nenhum partido. Em seguida, o ministro Tarso Genro disse que o impeachment seria antidemocrático,

eleitoreiro, etc. Esta é uma cena de república de banana dos anos

pesar dos duros golpes, a agricultura conseguiu ir se ajustando durante todos esses anos, procurando se adaptar às novas condições de competição, criando tecnologias como o plantio direto, que começou no sul do País, e aproveitando os avanços genéticos e os processos de cultivo desenvolvidos pela Embrapa. Mais recentemente, recebeu o reforço do programa Moderfrota , que impulsionou os sistemas de financiamento de equipamentos. Mesmo com as perdas produzidas pela estiagem (milho e soja em Mato Grosso, na Bahia e em Minas Gerais) a safra 2005/2006 deverá ser ainda uns 10% maior do que a anterior. Infelizmente, o aumento da quantidade não será suficiente para compensar a queda de renda do setor, produzida pelas duas pragas que resistem à todo e qualquer tratamento desde o primeiro mandato de FHC: as insensatas políticas de juros e de câmbio. A valorização cambial, sozinha, é responsável pela queda dos preços da soja e do milho: de março de 2005 a abril de 2006 os preços pagos aos produtores de soja caíram 26% e do milho 28%! O setor pecuário também vem sofrendo fortemente (pelo câmbio, pela febre aftosa e pela gripe aviária), com uma queda de 30% nos preços da carne bovina e 40% na carne suína. E a carne de frango sofreu recentemente uma redução da ordem de 55%.

30. O presidente chama para discutir um assunto destes o presidente da

entidade que representa os advogados do País, deixa a imprensa entrar e fazer imagens, e ainda tem que ouvir o que ouviu! É o limite da falta de autoridade e de respeito a seu cargo e mandato. O Brasil não tem mais presidente!

ANTONIO DELFIM NETTO

COMPENSAR A AGRICULTURA ais uma vez a agricultura brasileira está enfrentando sérias dificuldades, sem que os produtores rurais tenham dado qualquer contribuição para os duros golpes que atingem os seus negócios. Não é de hoje que isso acontece, mas no último ano a dose foi cavalar, com os problemas climáticos no sul e sudeste e o aprofundamento da crise de preços por conta da supervalorização do Real. A questão do câmbio parece longe de se ajustar, prolongando os efeitos de mais uma crise que, a rigor, se repete a intervalos regulares nos últimos 20 anos.

M

Mesmo os mais eficientes produtores rurais não conseguem equacionar direito o endividamento A agricultura depende de crédito, mais do que qualquer outro setor da economia e é especialmente sensível às flutuações dos preços que se formam nos mercados externos. s cortes nos financiamentos das safras, a suspensão das garantias de preços mínimos, a eliminação de subsídios e, principalmente, as políticas de câmbio e os juros escorchantes nos anos recentes, obrigaram os produtores rurais a sucessivas renegociações de dívidas com os bancos. Mesmo os mais eficientes e capitalizados dificilmente conseguem equacionar direito o endividamento, pela falta de correspondência entre o ativo e o passivo, devido aos problemas criados desde o plano Collor. No plano Real, o ajuste de preços foi feito com a redução dos patrimônios, com a queda rápida do valor das terras e demais bens rurais, enquanto o ajuste das dívidas foi feito pelo valor nominal, sem abatimento, com a cobrança de juros e correção monetária.

O

ssim se explica porque um salário mínimo compra hoje o dobro do que comprava em alimentos há três anos... Mas isso excede em muito os ganhos de produtividade que deveriam ser transferidos dos produtores aos consumidores. Os governos devem se preparar para políticas que compensem os sacrifícios dos agricultores.

A

DEP.DELFIMNETTO@ CAMARA.GOV.BR

Duas pragas resistem a todo e qualquer tratamento: as insensatas políticas de juros e de câmbio.

FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, 3244-3799, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894


segunda-feira, 24 de abril de 2006

Empresas Nacional Finanças Tr i b u t o s

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IDÉIA DOS BANCOS É ATRAIR CLIENTES

15%

é atualmente a participação da internet nas transações bancárias, estima a Febraban

Emiliano Capozoli/LUZ

BANCOS INOVAM EM ATENDIMENTO AOS CLIENTES Com a redução do número de pessoas que freqüentam as agências tradicionais, instituições financeiras brasileiras apostam no desenvolvimento de novos canais

E

star junto do cliente, independentemente de onde ele esteja. Com esse propósito, os bancos têm corrido contra o tempo para criar alternativas às tradicionais agências. O objetivo é atrair e manter o cliente que já não freqüenta a agência, oferecendo o maior número de produtos e serviços que garantam conforto e conveniência. Atento a essa tendência, o Banco do Brasil lançou recentemente o sistema de mobile banking, em que o cliente acessa a sua conta corrente pelo celular. Uma inovação que promete concorrer de perto com o internet banking e que, por isso mesmo, não deve deixar o Banco do Brasil sozinho nessa empreitada por muito tempo. "O Banco do Brasil foi o primeiro a anunciar o produto. Outros bancos já vêm testando a tecnologia e, muito provavelmente, devem fazer o mesmo em breve", afirma o consultor da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Luís Marques de Azevedo. Para ele, cada vez mais o cliente do sistema bancário vai se deparar com novidades desse tipo, uma vez que os canais de atendimento eletrônico são a grande tendência para o mercado. "Até há quatro anos ninguém imaginava que a internet fosse ocupar lugar de des-

taque no atendimento bancário. Hoje, dificilmente uma pessoa que tem computador em casa ou no trabalho deixa de acessar a conta-corrente por meio do internet banking." Em 2000, conforme dados da Febraban, a internet era responsável apenas por 4% das transações realizadas pelos correntistas pessoa física dos bancos. Esse volume subiu para 13% em 2004 e deve ter ultrapassado a casa dos 15% no final do ano passado. Em contrapartida, as transações feitas na boca do caixa nas agências caíram consideravelmente em igual período: eram de 20% em 2000, terminaram 2004 com participação de 12% e hoje não passam de 10%. Os números exatos serão divulgados pela Febraban no próximo mês. Dois fatores, segundo o consultor, contribuem diretamente para a expansão da internet: o aumento natural do número de internautas e de computadores instalados nas residências e a chegada à idade adulta de adolescentes que cresceram usando a rede mundial. Novas gerações — O consultor da Austin Asis Alexsandro Agostini concorda. "A renovação de gerações irá prom o v e r, c o m c e r t e z a , u m a maior disseminação de canais de atendimento eletrônico como a internet." Ele lembra que

o uso desses canais ainda é recente no Brasil porque a estabilidade da moeda só aconteceu há pouco mais de dez anos. "Antes era complicado atualizar as contas por causa do descontrole da inflação", diz. Participação — Nos grandes bancos do varejo nacional, caso de Bradesco, Itaú, Unibanco, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, o uso da internet já ultrapassa a média de participação no atendimento registrada pela Febraban. No Banco do Brasil, esse canal já processa 30% do volume de transações feitas pelos clientes. E a expectativa é de que essa participação aumente ainda mais, já que apenas 6 milhões dos 22 milhões de clientes do banco possuem senha de acesso ao sistema de internet banking da instituição. Já a Caixa conta com 3,8 milhões de contas cadastradas no internet banking, sendo que 76,5% delas são acessadas pelo menos uma vez por mês. Segundo o diretor técnico da Caixa Seguros, Jean-Christophe Mérer, o banco deve investir cada vez mais na oferta de produtos por meio desse canal. "É um mercado em franca expansão e, sem dúvida, ajudará a incrementar o resultado comercial das nossas empresas", afirma Mérer.

Cliente troca agência pela internet

te e à agência bancária, pelo conforto de acessar sua conta corrente de casa. Desde 1997, quando o Banco do Brasil lançou a primeira versão de seu internet banking, que só podia ser acessada com o auxílio de um disquete, Araújo deixou para trás o transtorno de ir à instituição financeira quando precisasse fazer operações financeiras. "Não vou ao caixa do banco para nada", conta. Araújo, que também é cliente do Unibanco, acessa, em média, nove vezes por se-

mana cada uma de suas contas. Entre os serviços mais utilizados pelo administrador está o de consulta a saldos e extratos. Apesar de ser adepto da disseminação de canais de atendimento eletrônico, Rogério ainda não baixou o software que dá acesso à sua conta corrente no Banco do Brasil por meio do aparelho de telefone celular. "Só não utilizei ainda esse canal de atendimento porque é cobrada uma tarifa na operação", conta o administrador. (AG)

O

administrador de empresas Rogério Rodrigues Horta de Araújo, de 30 anos, está entre os 18 milhões de brasileiros que há muitos anos trocaram o corre-corre da hora do almoço, pouco tempo que dividia entre idas ao restauran-

Adriana Gavaça

O administrador de empresas Rogério: com a internet, fim da correria no apertado horário de almoço

SOLUÇÕES CRIATIVAS

N

ão é só em canais eletrônicos que os bancos concentram suas apostas. Como uma grande parte da população não é bancarizada, as instituições financeiras investem em soluções criativas para chegar até essas pessoas. O banco Real já recorreu até ao uso de uma unidade móvel para levar a alguns lugares todos os serviços que uma agência convencional oferece. Já o HSBC decidiu estender o horário de atendimento de 200 de suas 1,7 mil agências, que passaram a atender a clientela das 9 às 18 horas. Mas as parcerias firmadas com o comércio, que transformaram estabelecimentos em miniagências bancárias (os chamados correspondentes bancários), têm sido, dentre

todas, a alternativa de maior sucesso recentemente. Desde que a primeira parceria foi firmada, em 2000, entre a Caixa Econômica Federal e as lotéricas, até agora já foram abertos cerca de 50 mil pontos de atendimento. De acordo com dados do Banco Central, enquanto o número de novas agências bancárias cresceu 3% de 2002 até o final do ano passado, atingindo 17.515 postos de atendimento, o número de correspondentes bancários aumentou 230%, de 13.950 em em 2002, para 46.035, em 2005. "A primeira proposta dos correspondentes era a de levar atendimento até municípios que não contavam com nenhum posto bancário", diz o consultor da Febraban, Luís Marques de Azevedo. Só que o sucesso alcançado pelos

correspondentes acabou fazendo com que as instituições financeiras passassem a enxergar esse modelo de parceria como uma forma de atrair clientela. "Muitas pessoas se sentem inibidas de ir a uma agência bancária convencional, o que não acontece com um estabelecimento de sua confiança", diz Azevedo. Por enquanto, o volume transacionado ainda é baixo em comparação com os demais canais: cerca de 1% do volume de operações feitas pelos clientes em todo sistema bancário. Mas já é de grande importância para os bancos que usam esse canal em larga escala, como é o caso do Banco do Brasil, em que a participação dos correspondentes bancários no volume de transações é de 10%. (AG)


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

GERAL - 5


DIÁRIO DO COMÉRCIO

12 -.INTERNACIONAL/OPINIÃO

segunda-feira, 24 de abril de 2006

MuNDOreAL por OLAVO DE CARVALHO, de Washington DC

eorge F. Kennan e Hans J. Morgenthau nasceram ambos em 1904, o primeiro em Milwaukee, Wisconsin, o segundo em Coburg, Francônia, Alemanha, emigrando para a América em 1937. Kennan ultrapassou o centenário, vivendo até 2005; Morgenthau morreu em 1980. Alcançando sua maturidade intelectual nos anos 40, eles estavam destinados a criar então as duas teorias que, em essência, determinariam a política exterior americana ao longo da segunda metade do século XX: a doutrina da "contenção" e a do "realismo político" respectivamente. A primeira orientou continuamente as relações dos EUA com os países comunistas, só sendo abandonada, informal e temporariamente, durante o governo Reagan. A segunda, mais abrangente, forneceu os conceitos gerais com que o Departamento de Estado pensa o mundo. O governo Bush afastou-se dela em aspectos parciais, mas continua raciocinando dentro da moldura intelectual que ela criou. SÍMBOLO PATRIÓTICO - Q ue aconteceria se essas duas doutrinas estivessem substancialmente erradas? Travada por uma política internacional imprópria, a América, a potência mais rica e poderosa do universo, com recursos naturais inesgotáveis e o povo mais patriota, devotado e criativo que o mundo já viu, desempenharia no espaço global um papel bem inferior àquele a que parecia destinada pelas circunstâncias da sua fundação e pelo sucesso absoluto do seu sistema econômico e político. Seus méritos mais óbvios, em vez de impor-se ao mundo com a autoridade do exemplo, seriam negados em favor do anti-exemplo de regimes tirânicos desumanos e economicamente fracassados. Seus inimigos, incapazes de vencê-la por engenho próprio, viveriam da exploração de suas fraquezas, conquistando no campo do maquiavelismo e do embuste as vantagens que lhes fossem negadas na concorrência econômica, militar, científica. Mesmo derrotados no campo político e militar, alcançariam vitórias ideológicas e publicitárias. Um fluxo contínuo de ajuda prestada a outros países – até mesmo hostis –, a mais formidável efusão de generosidade nacional que a humanidade já conheceu, exercida não raro contra os interesses materiais do próprio povo americano, não despertaria nenhuma simpatia pela América. Ao contrário: fomentaria entre os beneficiados um sentimento de inferioridade que eles buscariam compensar mediante uma noção grotescamente hipertrofiada dos seus próprios "direitos". Por toda parte a ingratidão se transformaria em símbolo patriótico, a inveja em virtude e o ódio anti-americano em obrigação moral. Nações inteiras que tivessem devido sua sobrevivência à ajuda americana prefeririam antes aproximar-se de vizinhos agressores e exploradores – aos quais se sentiriam iguais e irmanados pela comunidade do mal – do que do benfeitor em cuja presença se sentiriam humilhadas, não só pela diferença de bens materiais mas pela própria inferioridade moral. Pois bem, não são precisamente essas coisas que estão acontecendo? Não são elas a descrição exata da posição que os EUA ocupam no mundo? Não está portanto na hora de submeter as idéias de Kennan e Morgenthau a uma crítica radical? PUREZA - A principal fraqueza delas vem da sua origem disciplinar. Não parece haver nada de anormal em que os teóricos de Relações Internacionais sejam, é claro, estudiosos de Relações Internacionais. Mas a abordagem que Kennan e Morgenthau fazem dos problemas da área reflete a tendência dominante do mundo acadêmico europeu e americano na época da sua formação universitária, as primeiras décadas do século XX. A moda então era cada disciplina científica buscar a independência, recortando seu território de acordo com a natureza autônoma, puríssima e incontaminada do seu objeto de estudos. Foi a época da "lógica pura" de Edmund Husserl, da "teoria pura do direito" de Hans Kelsen, da "economia política pura" de Léon Walras, da "política pura" de Carl Schmitt. Essa obsessão de pureza nasceu de um im-

G

Os mestres do fracasso

pulso saudável de respeitar os limites dos vários domínios da realidade (as "ontologias regionais" como as chamava Husserl), reagindo contra a mania oitocentista de fazer da ciência de maior sucesso no momento o modelo e padrão de todas as outras, mania que foi rotulada de "imperialismo cientifico" por José Ortega y Gasset (ele próprio um batalhador pela "sociologia pura", embora sem esse nome explícito). A reação diferenciadora era bastante sensata, mas gerou uma espécie de patriotada científica, um orgulho autonomista: cada ciência, uma vez constituída, permitia-se ignorar solenemente aquilo que as vizinhas tivessem a dizer sobre o seu campo ciumentamente recortado e guardado. Kelsen, por exemplo, era particularmente feroz na sua recusa de permitir que considerações sociológicas, psicológicas ou morais interviessem no "direito puro" (mais tarde ele teve de ceder). O resultado foi que muitas áreas de intersecção vieram a ser ignoradas por não se enquadrarem em nenhuma disciplina em particular. Somadas, elas formam continentes inteiros da realidade. O que quer que se passasse nessa zona era tido por irrelevante ou inexistente. KANT - Na produção desse fenômeno houve também a interferência de um outro fator. Se os leitores se lembram do que escrevi sobre Kant aqui e em outras publicações ( v. h t t p : / / w w w. o l a vo d e ca r valho.org/semana/060330jb.htm e h t t p : / / w w w . o l a v o d e c a r v alho. org/sem ana/0604 03dc.ht ml), não terão dificuldade de perceber o quanto o primado kantiano do método pode ter contribuído para que voltar as costas aos fatos se tornasse então uma questão de honra para muitos cientistas. Kennan e Morgenthau (este último, não por coincidência, discípulo de Kelsen e Schmitt) foram afetados profundamente por esse vício. Formalmente e por definição – portanto na perspectiva da pureza disciplinar –, as relações internacionais são relações entre Estados. Mas quem disse que na trama real da história do mundo os Estados são os agentes principais do processo? Estados formam-se e desfazem-se como nuvens. Guerras e acordos fazem-nos aparecer e desaparecer do mapa. Às vezes eles são meras ficções diplomáticas criadas por arranjos entre outros Estados. Ademais, Estados não agem: quem age, em nome deles, são os governos; e governos mudam de objetivos ao sabor de forças que não são de ordem estatal, freqüentemente nem nacional. Para agir, diziam os escolásticos, é preciso ser. E ser significa, entre outras coisas, ter unidade e conservá-la ao longo do tempo. Por trás dos Estados, há agentes muito mais coesos, duradouros e contínuos, como por exemplo a Igreja Católica, o Islam, a Maçonaria, o Partido Comunista ou certas famílias nobres e ricas. Essas entidades têm objetivos permanentes que ultrapassam a duração dos Estados e não raro o horizonte de visão dos agentes estatais. Sua ação se sobrepõe às divisões entre Estados e com freqüência as determina. Ao descrever o jogo de poder no mundo essencialmente como uma trama de relações entre Estados, tanto Kennan quanto Morgenthau acabam confundindo, kantianamente, a definição de uma disciplina científica com a ordem objetiva da realidade. Mal orientada por eles, a Amé-

r ic a com eteu erro em cima de erro, primeiro no confronto com o comunismo, e agora com o terrorismo internacional. No célebre "longo telegrama" que enviou da Embaixada Americana em Moscou ao Departamento de Estado em 22 de fevereiro de 1946, George F. Kennan, reconhecendo a natureza imutavelmente agressiva do regime soviético, propunha uma "duradoura, paciente, firme e vigilante contenção das tendências expansivas da Rússia". A "contenção" (containment) tornou-se a base permanente da estratégia americana na Guerra Fria. Ora, no fim da II Guerra, a economia da URSS estava em frangalhos. Dependia inteiramente da ajuda americana, que lhe foi dada mais generosamente do que a qualquer outros país aliado. Os EUA, ao contrário, tinham saído do combate enriquecidos e estavam numa expansão industrial formidável. Tinham do seu lado o prestígio universal da democracia e ainda a vantagem da bomba atômica, um pesadelo que aterrorizava Stalin. Estavam em condições de quebrar a espinha do regime soviético, de reduzi-lo à completa impotência e docilidade, até mesmo sem pressão militar, mediante a simples recusa -- ou ameaça de recusa -- de ajuda econômica. Se há algo que está bem provado em História, é que a economia soviética sempre foi capenga, sempre dependeu do socorro americano e, depois da guerra, passou a depender mais ainda. A URSS só se tornou uma ameaça para os americanos porque eles mesmos a reergueram e a armaram contra si próprios (v. National Suicide. Military Aid to the Soviet Union, de Anthony Sutton, New Rochelle, N. Y., Arlington House, 1973 – um clássico). Além de arranjar assim "o melhor inimigo que o dinheiro podia comprar", como o chamou Anthony Sutton, eles ainda fomentaram suas ambições mais paranóicas mediante as concessões excessivas feitas a Stalin por Franklin Roosevelt, nos acordos de Yalta, sob a direta influência de um assessor, Harry Dexter White, que mais tarde se descobriu ser um agente soviético. CONTENÇÃO - A proposta de "contenção", a essa altura, era de uma modéstia e de uma benevolência anormais. Serviu apenas para encorajar os soviéticos, que desencadearam contra ela uma de suas campanhas de propaganda mais virulentas e mentirosas. Em setembro, um telegrama de Nikolai Novikov, embaixador soviético em Washington, encomendado e ditado pelo próprio Stalin para ser usado nessa campanha, "informava" que "a política externa dos EUA reflete as tendências imperialistas do capitalismo monopolista e caracteriza-se por um esforço para obter a supremacia mundial". Ora, a "contenção" americana não era um slogan publicitário, era a expressão literal do princípio adotado na prática, que reconhecia a legitimidade das fronteiras alcançadas até então pela brutal expansão soviética e se propunha apenas impedir que fossem mais além. A idéia refletia não só a sugestão de Kennan, mas também a influente doutrina do "equilíbrio de poderes" que Hans J. Morgenthau estava ensinando na Universidade

de Chicago e que viria a compor o seu livro de 1948, Politics among Nations: The Struggle for Power and Peace. Habilitados a conquistar a hegemonia, os americanos queriam apenas "contenção" e "equilíbrio de poderes". A maior prova disso foi que retiraram suas tropas da Europa no prazo prometido, enquanto a União Soviética tratava de manter as suas por lá indefinidamente. A modéstia das pretensões americanas e a ambição ilimitada dos soviéticos apareciam rigososamente invertidas no telegrama de Novikov e em toda a campanha de propaganda anti-americana que se seguiu. Concentrados no esforço de deter a expansão territorial do Estado soviético, os serviços de segurança americanos descuidaram do movimento comunista enquanto tal, que enquanto isso infiltrou algumas centenas de agentes no governo dos

Kennan e Morgenthau criaram as duas teorias que, em essência, determinariam a política exterior americana ao longo da segunda metade do século XX.

Estados não agem: quem age, em seu nome, são os governos; e estes mudam de objetivos ao sabor de forças que não são de ordem estatal, freqüentemente nem nacional. EUA, dominou quase que por completo o establishment cultural e artístico, espalhou agentes de influência em toda a grande mídia ocidental e preparou a rebelião interna que, nos anos 60, levaria os EUA à derrota no Vietnã. Bem observou o general Giap, comandante das forças do Vietnã do Norte, que enquanto os americanos tratavam a guerra como assunto estritamente militar, eles, os comunistas, combatiam simultaneamente em todas as frentes: moral, cultural, jornalística etc. E foi justamente nessas frentes que venceram a última batalha, por meio da própria New Left americana, num momento em que o exército vietcongue já estava praticamente destruído após a famosa ofensiva do Tet. ESPIONAGEM - Limitado pela obsessão estatal, o governo americano, durante muito tempo, seguiu a norma de só se preocupar com algum indivíduo ou grupo comunista quando ele tivesse ligação direta com a espionagem soviética. Fora disso, a militância comunista era considerada uma simples expressão de opiniões individuais, sem periculosidade maior. Na New Left dos anos 60 e 70, as ligações da militância com governos comunistas eram tênues demais para chamar a atenção. A explicação disso não era uma autêntica independência do es-

querdismo em relação à estratégia soviética e chinesa. Era que o movimento comunista já começava então a evoluir da rígida estrutura hierárquica para a organização informal e flexível em "redes" multinacionais, que nas décadas seguintes viriam a acossar os EUA desde muitos lados simultaneamente com uma campanha de hostilidade global que o governo americano não estava e não está até agora preparado para enfrentar. Só a partir do governo Bush veio o reconhecimento tardio de que os EUA estavam agora lidando com um novo tipo de guerra, impossível de enquadrar nas doutrinas usuais. Tudo isso poderia ter sido evitado se os EUA não tivessem concentrado sua política exterior no esforço de conter a expansão das fronteiras territoriais soviéticas, em vez de combater o movimento comunista internacional em todas as frentes. Para fazer uma idéia de quanto os EUA foram passados para trás, basta comparar a amplitude do esforço que os soviéticos fizeram para dominar o ambiente intelectual e artístico da Europa e dos EUA desde a década de 20 (v. Frederick C. Barghoorn, The Soviet Cultural Offensive, Princeton Univ. Press,. 1960, e sobretudo Stephen Koch, Double Lives. Spies and Writers in the Secret Soviet War of Ideas Against the West, New York, Free Press, 1994), com a modéstia reação americana, vinda só nos anos 50 e praticamente limitada ao Congresso pela Liberdade da Cultura realizado em Berlim Ocidental em 1956. Não deixa de ser interessante observar que, graças à hegemonia cultural comunista dentro do próprio ambiente acadêmico americano, até mesmo essa singela e módica resposta não deixou de ser condenada, dentro dos EUA, como uma ação imperialista moralmente repugnante (v. por exemplo Frances Stonor Saunders, The Cultural Cold War. The CIA and the World of Arts and Letters, New York, The New Press, 1999). Quanto à doutrina Morgenthau, sua autodenominação de "realismo político" parece quase um lance de humorismo involuntário. Definindo as relações internacionais como um campo constituído essencialmente da concorrência entre interesses nacionais e enfatizando o nacionalismo como força ideológica predominante, o morgenthauísmo serviu para obscurecer os três principais fatores em ação no panorama histórico do último meio século: a unidade estratégica do esquerdismo internacional, sua reorganização em redes informais para o esforço de guerra cultural e sua atuação simultânea numa multiplicidade inabarcável de fronts – precisamente os três fatores que foram acumulando força desde os anos 50 para hoje colocar os EUA sob assédio multilateral permanente. Morgenthau subestimava a unidade da estratégia comunista ao ponto de propor que os EUA tentassem fazer alianças com países comunistas contra a URSS e a China, um plano do qual, obviamente, os soviéticos e chineses tiraram proveito quase ilimitado Estes dois parágrafos que ele publicou no New York Times Magazine em 18 de abril de 1965 dão uma idéia de até onde iam o irrealismo e a imprevidência de Morgenthau: "Estamos sob uma compulsão psicológica de dar continuidade à nossa presença militar no Vietnam do Sul como parte da contenção militar periférica da China. Fomos esti-

mulados nesse curso de ação pela identificação do inimigo como ‘comunista’, vendo em cada partido comunista uma extensão do poder hostil soviético ou chinês. Essa identificação era justificada quinze ou vinte anos atrás, quando o comunismo ainda tinha um caráter monolítico, Aqui, como em outros campos, nossos modos de pensamento e ação foram tornados obsoletos pelos novos desenvolvimentos. É irônico que a simples justaposição de ‘comunismo’ e ‘mundo livre’ tenha sido erigida pela cruzada moralista de John Foster Dulles em princípio guiador da política externa americana numa época em que o comunismo nacional da Iugoslávia, o neutralismo do Terceiro Mundo e incipiente ruptura entre a URSS e a China estavam tornando essa justaposição inválida." MOVIMENTO NEUTRALISTA - Ora, hoje sabemos que: Primeiro, o movimento "neutralista" do Terceiro Mundo foi todo ele articulado pela KGB, com o intuito bastante razoável de criar frentes anti-americanas que não pudessem ser facilmente identificadas como comunistas (v. Christopher Andrew and Vasili Mitrokhin, The World Was Going Our Way. The KGB and the Battle for the Thirs World, New York, Basic Books, 2005). Segundo, que a pretensa independência do comunismo iugoslavo fez dele um instrumento maravilhosamente eficaz que os soviéticos usaram para criar esse engodo "neutralista". Terceiro, que o chamado conflito sino-soviético nunca foi para valer, foi apenas uma encenação montada para camuflar a unidade global da estratégia comunista e levar os americanos a pensar exatamente o que Morgenthau pensou. (Sobre esses dois últimos pontos, v. Anatoliy Golitsyn, New Lies for Old. The Communist Strategy of Deception and Disinformation, Atlanta, GA, Clarion House, 1990.) ESTADO-NAÇÃO - A ineficiência do morgenthauismo tem, no entanto, raízes mais profundas e obscuras do que o mero irrealismo. Ela nasce de uma contradição interna insanável. De um lado, toda a descrição que Morgenthau oferece do mundo político é baseada nas idéias de Estado-Nação, interesse nacional e nacionalismo. Por outro lado, ele acreditava na viabilidade de um governo mundial e trabalhava por essa idéia. Foi justamente isso que o tornou tão querido nos círculos globalistas do CFR, Council on Foreign Relations. Esses círculos eram e são dominados por grupos de bilionários metacapitalistas, cujos planos, globais e de escala mais civilizacional do que político-militar, vão muito além do horizonte de qualquer Nação-Estado, para não dizer de qualquer governo. Vivendo e pensando dentro dessa atmosfera, Morgenthau tinha ali mesmo a prova inequívoca de que as Nações-Estados não são o sujeito agente principal da História, mas com freqüência o objeto inerme nas mãos de agentes mais unitários e coerentes. Escamoteando a atuação desses agentes, dos quais ele próprio era um colaborador intelectual de grande valia, o morgenthauismo é um caso extremo de "paralaxe cognitiva", no qual as próprias condições existenciais nas quais a teoria brotou e se desenvolveu trazem o desmentido completo do conteúdo da teoria. CRUZADA - O velho John Foster Dulles não estava errado ao desejar que a luta dos americanos não fosse contra Estados em particular, mas contra o movimento comunista enquanto tal. Apenas, limitado pela perspectiva de Kennan, ele ainda enxergava essa luta em termos de contenção e não de guerra cultural global, numa época em que os comunistas já estavam empenhados nessa guerra fazia muito tempo. Se errou, foi por modéstia e não por pretensão excessiva da sua "cruzada moralista" – hoje mais necessária do que nunca. O efeito conjugado das teorias de Kenan e Morgenthau sobre a política exterior americana pode ser medido pela formidável ampliação do anti-americanismo depois da queda da URSS e pelo presente estado de cerco moral em que os EUA se encontram, incapazes de defender até mesmo os direitos mais elementares da sua soberania sem suscitar imediatamente uma onda mundial de revolta contra isso.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

8 -.ECONOMIA/LEGAIS

segunda-feira, 24 de abril de 2006

Economia na AL vai bem, diz FMI. Por enquanto.

BALANÇOS

Segundo o diretor do FMI, Rodrigo de Rato, países da América Latina são vulneráveis a choques externos Celso Junior/AE

International Medical Center S/A Empreendimentos e Participações CNPJ nº 04.210.524/0001-68 RELATÓRIO DE DIRETORIA Senhores Acionistas: Em cumprimento às determinações legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas., o Balanço, a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido e a Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos, correspondentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2005. Nossos agradecimentos a todos que colaboraram neste empreendimento, particularmente nossos funcionários, instituições financeiras, fornecedores e clientes , ao tempo em que colocamo-nos à inteira disposição para os esclarecimentos que se julgarem necessários. São Paulo, 6 de março de 2006. A Diretoria Demonstração do Resultado do Exercício Comparativo Encerrado em Balanço Patrimonial encerrado em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (em reais) 31 de dezembro de 2005 e 2004 (em reais) ATIVO 31/12/2005 31/12/2004 PASSIVO 31/12/2005 31/12/2004 Receita faturada 31/12/2005 31/12/2004 Circulante Circulante Receita com venda de Imóveis 25.908.643 19.472.276 Disponível 1.407.017 1.157.763 Empréstimos e financiamentos 660.424 3.577.761 (–) Devoluções de vendas (1.659.839) (458.242) Promitentes compradores de imóveis 19.302.380 18.648.410 Fornecedores 395.708 1.087.950 24.248.804 19.014.034 Outros créditos 1.299 466.348 Obrigações trabalhistas e tributárias 176.997 280.754 (=) Receita bruta de vendas e serviços (–) Impostos incidentes (2.243.014) (1.696.192) Impostos a recuperar 49.564 8.123 Contas a pagar 815.882 951.399 17.317.841 Imóveis destinados à venda 11.265.624 12.419.059 Conta Corrente Pessoas Ligadas 372.633 1.238.840 (=) Receita lÍquida de vendas e serviços 22.005.790 Despesas do exercício seguinte 148.577 Outras Obrigações 1.651.200 112.521 (–) Custo dos prod. vendidos/serv. prestados Custo dos Imóveis vendidos (17.783.012) (13.073.738) 32.025.884 32.848.280 Custo de Obras a Realizar 10.271.961 10.654.004 (17.783.012) (13.073.738) 14.344.805 17.903.229 4.222.778 4.244.103 (=) Resultado bruto Realizável a longo prazo Exigível a longo prazo (+/-) Despesas e receitas operacionais: Depósitos judiciais 8.000 8.000 Empréstimos e financimentos 10.483.727 6.533.422 (1.625.058) (2.188.586) Despesas administrativas Promitentes compradores de imóveis 8.036.566 14.025.341 Credores por Imóveis compromissados 6.000.000 6.000.000 Despesas comerciais (1.753.834) (2.125.413) Outras contas 34.256 43.212 Custo de Obras a Realizar 5.803.541 Despesas tributárias (130.211) (163.965) 8.078.822 14.076.553 16.483.727 18.336.963 Despesas financeiras (1.143.879) (303.761) Resultado de exercícios futuros 8.884.177 10.037.069 Receitas financeiras 79.731 213.876 Permanente (4.573.251) (4.567.849) Imobilizado líquido 345.924 424.050 Patrimônio líquido (350.473) (323.745) 345.924 424.050 Capital social 2.000.000 2.000.000 (=) Resultado operacional (+/-) Outras receitas e despesas não oper. 16.775 (7.083) (–) Ações em Tesouraria (290.431) (290.431) (=) Result. antes das provisões tributárias (333.698) (330.829) Lucros ou prejuízos acumulados (971.647) (637.947) (333.698) (330.829) 737.922 1.071.622 (=) Resultado líquido do exercício Total do Ativo 40.450.630 47.348.883 Total do Passivo As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. 40.450.630 47.348.883 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos para os Exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (em reais) Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido para os 4.Títulos a receber: Em 31 de dezembro de 2005 e 2004, o grupo títulos a Origens de recursos 31/12/2005 31/12/2004 Exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (em reais) receber estava assim distribuído: Resultado líquido do exercício (333.698) (330.829) R$ Capital Ações em Lucr./prej. Depreciações e amortizações 78.126 70.771 Saldos em Saldos em Descrição social Tesouraria acum. Total 2.882.303 31/12/2005 31/12/2004 Aum./red. do resultado de exercícios futuros (1.152.893) Saldos em 31/12/2003 2.000.000 (307.120) 1.692.881 Descrição Resultado do exercício ajustado (1.408.466) 2.622.245 Integralização de Capital - Curto prazo 750.677 1.260.993 Das operações Res. líquido do exercício (330.829) (330.829) Empreendimento Baia Sul Medical Center 10.874.240 7.695.689 9.509.422 Aumento do exigível a longo prazo Ações em Tesouraria - (290.431) Empreendimento Higienópolis Medical Center 249.831 Empreendimento Campo Belo Medical Center 8.030.810 7.343.849 Baixa do ativo imobilizado Saldos em 31/12/2004 2.000.000 (290.431) (637.947) 1.071.622 Redução do realizável a longo prazo por Clientes diversos 2.825.204 534.146 Integralização de Capital transferência de promitentes 5.997.731 19.302.380 18.648.410 Res. líquido do exercício (333.698) (333.698) Longo prazo Dos sócios 5.997.731 11.124.071 Ações em Tesouraria - Empreendimento Baia Sul Medical Center Total das origens 4.589.265 13.746.316 174.662 346.251 Saldos em 31/12/2005 2.000.000 (290.431) (971.646) 737.922 Empreendimento Higienópolis Medical Center 381.452 2.015.172 Aplicações de recursos 114.740 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. Empreendimento Campo Belo Medical Center 7.480.452 11.663.918 Adições do imobilizado 1.853.236 8.036.566 14.025.341 Redução do exigível a longo prazo Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Encerradas em Demais aum. no realizável a longo prazo 5.379.105 Total 27.338.946 22.839.687 31 de dezembro de 2005 e 2004 Ações em Tesouraria 290.431 1. Contexto operacional: A IMC - International Medical Center, constituída 5. Imóveis em construção: Em 31 de dezembro de 2005 e 2004, o grupo Total das aplicações 1.853.236 5.784.276 em 26/12/00, tem por objetivo a realização de obras de construção civil, imóveis em construção estava assim distribuído: Variação do capital circulante líquido 2.736.029 7.962.040 R$ compra e venda de bens imóveis, assim como, a exploração dos negócios 31/12/2005 31/12/2004 Saldos em Saldos em Variação do capital circulante líquido de incorporação imobiliária. 2.Apresentação das demonstrações financei31/12/2005 31/12/2004 Ativo circulante ras e principais diretrizes contábeis: As demonstrações financeiras fo- Descrição No início do exercício 32.848.280 29.266.315 Empreendimento Baia Sul Medical Center 177.162 376.444 ram elaboradas com base nas práticas contábeis emanadas da legislação 32.025.884 32.848.280 2.661.587 7.971.468 No final do exercício societária brasileira e nas normas expedidas pela Comissão de Valores Empreendimento Higienópolis Medical Center Variação (822.396) 3.581.965 5.985.693 3.611.692 Mobiliários - CVM. 3. Resumo das principais práticas contábeis: a. Recei- Empreendimento Campo Belo Medical Center 132.964 103.428 Passivo circulante tas e despesas: Com exceção da letra “e” a seguir, as receitas e despesas Empreendimento Centro Médico Rio de Janeiro 17.903.229 22.283.304 400.050 - No início do exercício são reconhecidas pelo regime de competência de exercícios. b. Ativo Cobertura 81 14.344.804 17.903.229 140.000 No final do exercício circulante: As aplicações financeiras são registradas ao custo, acrescidas Imóvel Praia Brava Variação (3.558.425) (4.380.075) 463.505 dos respectivos rendimentos auferidos até a data do balanço, os quais não Imóveis diversos 2.736.029 7.962.040 276.928 - Variação do capital circulante líquido excedem o valor de mercado. Os estoques estão avaliados ao custo médio Imóvel Parati As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis. 223.935 216.027 de compra, inferior aos valores de realização e adicionados os custos de Empreendimento Cambuí Medical Center 943.800 condomínios para as unidades concluídas e não vendidas. Os demais ativos Terreno Joaquim Floriano 9. Resultados de exercícios futuros: Em 31 de dezembro de 2005 e 2004, 11.265.624 12.419.059 são representados ao valor de realização. Quando necessária, é constituída Total o resultado de exercícios futuros estava assim composto: 6. Imobilizado: Em 31 de dezembro de 2005 e 2004, o imobilizado estava provisão para redução aos valores de realização. Os direitos a receber até R$ 360 (trezentos e sessenta) dias do encerramento das demonstrações assim composto: Saldos em Saldos em R$-2005 R$-2004 contábeis, estão classificados como ativos circulantes, e os demais estão Descrição 31/12/2005 31/12/2004 Taxa de Custo em Deprec. Líq em Líq. em classificados como realizáveis a longo prazo. c. Imobilizado: É demonstrado Receitas de exercícios futuros Deprec. 31/12/05 Acum. 31/12/05 31/12/04 ao custo de aquisição ou construção, menos depreciação acumulada. A Descrição Empreendimento Baia Sul Medical Center 925.339 1.607.244 Máq. e equipam. 10% 180.987 (36.459) 144.528 160.519 depreciação é calculada pelo método linear, às taxas que estão dentro dos Empreendimento Higienópolis Medical Center 8.077.142 11.524.594 20% 106.157 (72.013) 34.144 54.476 limites aceitos pela legislação vigente. O custo corrigido e a respectiva depre- Equip. proc. de dados Empreendimento Campo Belo Medical Center 15.511.263 19.007.768 10% 125.776 (43.011) 82.765 93.573 ciação acumulada, são eliminados do imobilizado quando da baixa ou ven- Móveis e utensílios Clientes Diversos 980.175 534.145 20% 18.641 (9.484) 9.157 9.960 da dos bens, e o lucro ou prejuízo resultante é registrado no resultado do Software 25.493.919 32.673.751 Veículos 20% 21.500 exercício. Os gastos com manutenção e reparos são lançados em despesas Custos de exercícios futuros quando incorridos. d. Passivo circulante e exigível a longo prazo: São Benf. em imóveis de Empreendimento Baia Sul Medical Center (568.128) (1.188.261) 10% 86.920 (11.589) 75.331 84.022 demonstrados por valores conhecidos e calculáveis, acrescidos, quando terceiros Empreendimento Higienópolis Medical Center (5.223.273) (7.735.530) 518.481 (172.556) 345.924 424.050 aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetárias e cambi- Total Empreendimento Campo Belo Medical Center (9.934.036) (13.191.717) ais incorridos. e. Resultado do exercício futuro: Representa o lucro das 7. Empréstimos e financiamentos Clientes Diversos (884.305) (521.174) R$ receitas diferidas de vendas de unidades imobiliárias, deduzidas dos custos (16.609.742) (22.636.682) Saldos em Saldos em correspondentes. Esse lucro será apropriado ao resultado na época em que TOTAL 8.884.177 7.154.766 31/12/2005 31/12/2004 ocorrer o efetivo recebimento das parcelas relativas ao preço de venda. f. Descrição 10. Capital social: O capital social subscrito está representado, em 31 de Resultado do exercício futuro - NCBT 10.5: Em 16 de maio de 2003, o Curto Prazo dezembro de 2005, por 2.000.000 ações ordinárias, no valor nominal de R$ Banco Itaú 399.837 CFC aprovou a Resolução nº 963, estabelecendo procedimentos iniciados a 1,00 cada. 11. Ações em tesouraria: As ações em tesouraria no valor de Banco Rural - 1.451.927 partir de 1º de janeiro de 2004, a serem observados, quanto aos empreendiR$ 290.431, foram adquiridas com recursos gerados a partir do capital sociBanco Real 260.587 2.125.834 mentos imobiliários, no que se refere à avaliação, registro contábil e estrutual da Empresa, no qual representam 240.000 (duzentos e quarenta mil) ações 660.424 3.577.761 ra das demonstrações contábeis para as entidades imobiliárias que têm por decorrentes do pedido de retirada do investidor. 12. Imposto de renda e Longo prazo objeto compra, venda, loteamento, administração e locação de imóveis. As contribuição social: As declarações de renda dos últimos cinco exercícios 425.167 principais determinações dessa Resolução estão destacadas a seguir: (i) O Banco Real estão sujeitas à revisão e apuração pelas autoridades fiscais. Outros imposEmpréstimo para investimento de risco – HMC 10.483.727 6.108.255 custo incorrido das unidades vendidas deve ser apropriado integralmente tos e contribuições permanecem sujeitos à revisão e à aprovação pelos ór- 6.533.422 gãos competentes por períodos variáveis de tempo. 13. Processos fiscais: ao resultado; (ii) Deve ser apurado o percentual do custo incorrido das unidaTotal 11.144.151 10.111.183 des vendidas, em relação ao seu custo total orçado, sendo esse percentual Os empréstimos de 2005, referem-se a capital de giro e estão atualizados A empresa possui processos em andamento, que segundo os seus assessores jurídicos, não envolvem responsabilidade contingente relevante, ou aplicado sobre a receita das unidades vendidas, ajustada segundo as condi- com taxas previstas contratualmente. ções dos contratos de venda, e as despesas comerciais a serem reconheci- 8. Custos de obras a realizar: Em 31 de dezembro de 2005 e 2004, o custo há perspectivas de perda remota. Com base neste pressuposto, optou-se por não constituir provisão para passivos contingentes. das. Todos os custos de construção devem ser baseados no custo orçado de obras a realizar estava assim composto: PARECER DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO contratado. As alterações na execução e nas condições do projeto, bem R$ como, na lucratividade estimada, incluindo as mudanças resultantes de cláuSaldos em Saldos em Os membros do Conselho de Administração da International Medical Center sulas contratuais de multa e de quitações contratuais, e que poderão resul- Descrição 31/12/2005 31/12/2004 S.A – Empreendimentos e Participações , atendendo ao disposto na Lei, tar em revisões de custos e de receitas, devem ser reconhecidas no período Curto prazo reunidos na sede da referida Empresa , examinaram os livros contábeis, em que estas revisões forem efetuadas. (iii) Os ativos devem ser registrados Empreendimento Higienópolis Medical Center 63.797 3.689.755 documentos, contas, Balanço Patrimonial e demais demonstrações finanaté o montante da receita reconhecida no período e os recebimentos superioEmpreendimento Campo Belo Medical Center 10.208.164 6.964.249 ceiras , referente ao exercício encerrado em 31/12/2005 , constando a perres ao saldo dos créditos a receber devem ser registrados como adianta10.271.961 10.654.004 feita ordem em tudo. Assim, estão de acordo que todos os atos e operações mento de clientes. g. Imposto de renda e contribuição social: O imposto Longo prazo realizadas ao curso daquele exercício devem ser aprovadas pelos Senhores de renda e a contribuição social sobre o lucro líquido são calculados às Empreendimento Campo Belo Medical Center - 5.803.541 Acionistas. São Paulo, 6 de março de 2006. Roberto Ganem Pitangueira alíquotas estabelecidas na legislação fiscal vigente. Total 10.271.961 16.457.545 Presidente - Georg Alfonso Ehrensperger - Vice-Presidente. Diretoria: Diretor Presidente: Georg Alfonso Ehrensperger; Diretor Técnico e Planejamento: Mauricio Ganem Pitangueira; Diretor Comercial: Fabio Navajas; Diretor Administrativo e Financeiro: Cláudio Biekarck Contador: Sandra Blanco de Souza Lucas – CRC/BA 021175/O-7 - Ascont Assessoria Contábil S/C Aos Acionistas da International Medical Center S/A: 1. Examinamos os balanços patrimoniais da IMC - International Medical Center S/A, levantado em 31 de dezembro de 2005 e 2004, as respectivas demonstrações de resultado, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas brasileiras de auditoria e compreenderam: a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações, o sistema contábil e de controles internos da companhia; b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as

Parecer dos Auditores Independentes informações contábeis divulgadas; c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração da companhia, bem como, da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. 3. A sociedade tem adotado, desde o início de suas operações, o critério contábil de registrar integralmente os direitos e os compromissos de compra e venda por incorporações imobiliárias a partir da assinatura dos respectivos contratos, e reconhecer para o resultado do exercício as receitas, custos e despesas de acordo com a Instrução Normativa SRF nº 84/79, que faculta o reconhecimento do lucro imobiliário em função dos recebimentos, vide Nota Explicativa “3.e”, “3.f” e “9”. Em 2003, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) determinou novos critérios contábeis para operações imobiliárias a partir de 1º de janeiro de 2004. Desta forma, o

resultado do exercício e o patrimônio líquido em 31 de dezembro 2005 estavam subavaliados em decorrência dos fatos mencionados. 4. Em nossa opinião, exceto quanto ao mencionado no parágrafo nº 3, as demonstrações contábeis mencionadas no parágrafo nº 1, apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da IMC International Medical Center S/A, em 31 de dezembro de 2005 e 2004, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 12 de abril de 2006. Macro Técnica Auditoria e Consultoria Ltda. - CRC 2 SP 021.965/O-7 Julian Clemente - Contador CRC 1 SP 197.232/O-6

Rodrigo de Rato pede cautela

A

América Latina terá dificuldade para reagir a um novo choque externo, segundo a avaliação do Fundo Monetário Internacional (FMI), reiterada na semana passada por seu diretor-gerente, o espanhol Rodrigo de Rato. Se os juros internacionais subirem e o crescimento mundial diminuir, muitos governos latino-americanos não terão espaço para gastar mais e sustentar a atividade econômica sem criar outros problemas, de acordo com ele. Vulnerável – "A economia global continua vulnerável a um ajuste desordenado e abrupto dos desequilíbrios globais", disse o diretorgerente do Fundo, "e todos devemos ter consciência disso mesmo que as coisas estejam bem neste exato momento". Muitos governos da América Latina, segundo ele, não têm condições de "usar a política fiscal de forma contracíclica". Não dispõem de "um instrumento muito importante para qualquer condutor de política". Tradução: não podem gastar nos tempos de vacas magras porque não fazem reservas quando as vacas estão gordas. Os juros internacionais já estão em alta, os Estados Unidos continuam com enorme buraco nas contas externas – cerca de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) – e os preços do petróleo permanecerão elevados. Algum acerto ocorrerá e o

risco de um ajuste acidentado não é desprezível, segundo os economistas do Fundo. Condições favoráveis – A América Latina, segundo De Rato, deveria aproveitar as atuais condições favoráveis juros ainda acessíveis, muito dinheiro no mercado internacional e bons preços de produtos básicos – para reforçar sua posição e suas defesas. "Este é um momento muito bom para a América Latina tirar vantagem das circunstâncias econômicas", afirmou o dirigente. Mas, para isso, os latinoamericanos devem "ser ambiciosos ao responder a suas necessidades". A região, disse, é conhecida pelas "duas décadas perdidas", porque o crescimento não tem sido sustentável. A América Latina precisa crescer mais e agora tem uma chance para isso: a inflação é baixa, o déficit público está em queda e a administração da dívida "está ficando muito mais eficiente". A região também precisa combater a pobreza e a desigualdade. Mas tudo isso ainda é insuficiente, segundo De Rato, para permitir uma política de expansão de gastos em momentos difíceis e um esforço maior será necessário. As eleições deste ano, afirmou, podem abrir oportunidades em muitos países. Em documentos oficiais do Fundo, porém, o tom é diferente: em tempo de eleições é necessário um cuidado com pressões por maiores gastos. (AE)

CONGREGAÇÃO DAS IRMÃS FRANCISCANAS ALCANTARINAS - CNPJ: 47.104.443/0001-96 BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 2005 2004 Móveis e utensílios 251.211,77 250.244,38 1.829.066,44 1.368.641,88 Máquinas e equipamentos 133.595,61 124.465,61 203.498,90 163.942,53 Veículos 87.696,30 70.402,08 Biblioteca 3.135,36 3.135,36 57.851,10 54.946,02 Direitos de uso do telefone 4.093,91 4.093,91 145.647,80 108.996,51 Computadores e equipamentos 25.319,64 20.349,64 1.625.567,54 1.204.699,35 4.498.692,32 4.002.297,72 61.081,11 26.540,43 Total do Ativo 2005 2004 7.526,18 4.170,40 Passivo 1.155.755,39 955.111,21 951,60 951,60 Circulante Fornecedores 63.292,45 97.548,75 74.023,45 63.230,41 Obrigações trabalhistas 359.581,94 267.665,11 852.755,59 717.381,30 Obrigações sociais a recolher 112.295,36 87.386,08 629.229,61 392.425,21 Obrigações tributárias 65.990,85 45.045,35 Realizável a Longo Prazo 155.106,13 151.497,70 Empréstimos e Adiantamentos 296.984,10 256.984,10 Direitos Realizáveis 155.106,13 151.497,70 Serviços médicos e laboratoriais Valores restituíveis 155.106,13 151.497,70 a pagar 257.610,69 200.481,82 3.342.936,93 3.047.186,51 Permanente 2.514.519,75 2.482.158,14 Patrimônio Líquido Patrimônio social 3.047.186,51 3.013.803,37 Imobilizado 2.514.519,75 2.482.158,14 Ajustes de exercícios anteriores 0,00 1.383,95 Terrenos 266.489,08 266.489,08 Superávit do exercício 295.750,42 31.999,19 Prédios 1.287.182,14 1.287.182,14 4.498.692,32 4.002.297,72 Móveis e equipamentos hospitalares 455.795,94 455.795,94 Total do Passivo (As notas explicativas integram o conjunto das demonstrações contábeis) Notas Explicativas às Demonstrações Contabéis – Contexto Operacional - Nota 1) A finalidades filantrópicas. Neste exercício recebeu doações no montante de R$ 630.921,60. Congregação das Irmãs Franciscanas Alcantarinas, é uma sociedade civil, de direito Nota 12) A Entidade recebeu os seguintes auxílios e subvenções do Poder Público: privado, sem fins lucrativos, filantrópica, beneficente e de assistência social, fundada em Auxílios Federais - Integrasus R$ 50.028,36 05 de junho de 1975, que tem por finalidade, criar, congregar, dirigir e manter instituições Auxílios Estaduais - Secr. de Saúde S. Paulo R$ 121.154,70 que visem a beneficência, a promoção humana, a educação, a cultura, a evangelização, o Nota 13) As Gratuidades Concedidas pela Congregação das Irmãs Franciscanas ensino e a assistência. É reconhecida de Utilidade Pública Federal (Decreto nº 87.595, de Alcantarinas se desenvolvem através de ações filantrópicas nas áreas da saúde e de 21/09/1982), Utilidade Pública Estadual (Decreto nº 37.821 de 12/11/1993 ). Está registrada assistência social, que são voltadas às pessoas carentes, em especial a crianças, adolesno Conselho Nacional de Assistência Social (Processo nº 49.079/66 de 26/09/1966). II - centes, idosos; na proteção à família, à maternidade e a pessoas portadoras de deficiênApresentação das Demonstrações Contábeis - Nota 2) As demonstrações contábeis cia física. Sempre que passível de mensuração financeira os recursos investidos nestas foram elaboradas e estão sendo apresentadas na forma da legislação societária, associada ações são demonstrados contabilmente: Área da Saúde - O hospital da Entidade vem às normas e instruções aplicáveis às entidades de fins filantrópicos. Nota 3) Em observância apresentando um elevado percentual de efetivos atendimentos decorrentes de convênio à legislação societária e às Normas Brasileiras de Contabilidade, os resultados e as com o Sistema Único de Saúde, a saber: mutações patrimoniais foram apurados e registrados segundo o regime de competência. Hospital Total de Atendimentos Percentual III – Resumo das Principais Práticas Contábeis - Nota 4) Os direitos e obrigações da Atendimentos ao SUS SUS Entidade estão em conformidade com seus efetivos valores reais. Nota 5) Os estoques Hospital São Francisco - Marília - SP 226.983 205.742 90,64% estão avaliados pelo custo médio de aquisição, que não excede o valor de mercado. Nota Área da Assistência Social - A Entidade atendeu o público-alvo carente, e os em situ6) O Imobilizado apresenta-se pelo valor original de aquisição ou de construção, acrescido ação de vulnerabilidade sócio-econômica. As GRATUIDADES CONCEDIDAS pela Entide correções monetárias até 31/dez/95. Nota 7) As receitas da Entidade são apuradas dade, no exercício, através dos seus Projetos Filantrópicos de Assistência Social, através dos comprovantes de recebimentos, entre eles, avisos bancários, recibos, notas totalizaram R$ 187.453,00, perfazendo um total de 28,59% da receita de assistência fiscais de prestação de serviços e outros. Nota 8) As despesas da Entidade são apuradas social, sendo: através de notas fiscais e recibos, em conformidade com as exigências legais e fiscais. Assistência Social Praticada pela Congregação Nota 9) A Entidade tem contratados seguros predial e de veículos. Nota 10) Os recursos Receitas de Gratuidades Percentual de Receitas sem da Entidade foram aplicados em suas finalidades institucionais, de conformidade com o Assistência Social Concedidas Gratuidades Gratuidades Estatuto Social, demonstrados pelas suas despesas e investimentos patrimoniais. A 655.605,27 187.453,00 28,59% 468.152,27 Entidade não remunera os membros da Diretoria e também não distribui qualquer parcela Nota 14) O custo da isenção da quota patronal de previdência social usufruída pela Entide seu eventual resultado positivo e rendas, a qualquer título ou pretexto. Nota 11) A dade no ano de 2005 foi de R$ 1.578.462,33 na área da saúde e R$ 3.533,18 na assistênCongregação recebe doações de pessoas físicas e jurídicas, para atendimento de suas cia social. São Paulo, SP, 31 de dezembro de 2005. Ativo Circulante Disponível Caixa e bancos Bancos contas de aplicações financeiras Direitos Realizáveis Adiantamentos Créditos previdenciários Imposto de renda na fonte a recuperar Estoques Créditos a receber de convênios Auxílios e subvenções a receber

DEMONSTRAÇÃO DO SUPERÁVIT OU DÉFICIT DO EXERCÍCIO EM 31 DE DEZEMBRO 2005 2004 2005 2004 9.803.446,47 7.646.208,40 Despesas administrativas e gerais (346.820,61) (314.908,93) 111.590,00 106.270,00 Despesas financeiras (13.609,11) (17.901,87) 111.590,00 106.270,00 Receitas financeiras 22.560,36 3.626,36 9.691.856,47 7.539.938,40 Receitas de auxílios e subvenções 171.183,06 227.355,53 9.691.856,47 7.539.938,40 Receitas de doações 103.007,80 60.400,00 (9.454.438,76) (7.560.515,47) Receitas diversas 18.972,73 37.680,27 72.545,14 44.021,83 Gratuidades (187.453,00) (151.767,00) 72.545,14 44.021,83 Gratuidade na área da assistência social 187.453,00 151.767,00 9.381.893,62 7.516.493,64 Isenção da quota patronal 0,00 0,00 9.381.893,62 7.516.493,64 Contribuições previdenciárias - Quota patronal 1.578.462,33 1.273.729,31 349.007,71 85.692,93 Isenção de contribuições previdenciárias (1.578.462,33) (1.273.729,31) (53.257,29) (53.693,74) Superávit Operacional 295.750,42 31.999,19 178.901,48 101.821,90 Superávit do Exercício 295.750,42 31.999,19 (364.612,57) (342.244,11) (As notas explicativas integram o conjunto das demonstrações contábeis) (501,22) (126,48) DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS 16.101,47 19.347,11 2005 2004 527.913,80 424.845,38 295.750,42 33.383,14 (44.705,77) (3.748,64) Origens dos Recursos Superávit do exercício 295.750,42 31.999,19 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Ajustes de exercícios anteriores 0,00 1.383,95 Patrimônio Líquido Aplicação dos Recursos 35.970,04 152.037,54 Aquisições de imobilizado 32.361,61 16.037,54 2005 2004 Aumento do realizável a longo prazo 3.608,43 136.000,00 Saldo no início do exercício 3.047.186,51 3.013.803,37 Variação do Capital Circulante Líquido 259.780,38 (118.654,40) Superávit do exercício 295.750,42 31.999,19 Capital Circulante Líquido Ajustes de exercícios anteriores 0,00 1.383,95 No início do exercício 413.530,67 532.185,07 Saldo final do exercício 3.342.936,93 3.047.186,51 No fim do exercício 673.311,05 413.530,67 (As notas explicativas integram o conjunto das demonstrações contábeis) (As notas explicativas integram o conjunto das demonstrações contábeis) Receita Bruta Receitas - área de assistência social Receitas do pensionato Receitas - área da saúde Receitas hospitalares Custos de Produção e Serviços Custo - área da assistência social Custo do pensionato Custo - área da saúde Custo da atividade hospitalar Superávit Bruto Despesas e Receitas Operacionais Na área da assistência social Despesas administrativas e gerais Despesas financeiras Receitas financeiras Receitas de doações Na área da saúde

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES À Congregação das Irmãs Franciscanas Alcantarinas - São Paulo - SP - 1. Examinamos o balanço patrimonial da Congregação das Irmãs Franciscanas Alcantarinas, levantado em 31 de dezembro de 2005, e as respectivas demonstrações do superávit ou déficit, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes ao exercício findo naquela data, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume das transações e o sistema contábil e de controles internos da Entidade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Entidade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjun-

to. 3. As demonstrações contábeis do exercício anterior, apresentadas para fins de comparação, também foram por nós examinadas. 4. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis referidas no parágrafo “1” representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da CONGREGAÇÃO DAS IRMÃS FRANCISCANAS ALCANTARINAS em 31 de dezembro de 2005, o resultado de suas operações, as mutações do seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos referentes ao exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Porto Alegre, 06 de abril de 2006.

Iara Maria Iorio - Presidente - CPF 496.133.677-72 Antonio Luiz Annunziato - Téc. Contábil CRC-SP 1SP071107/0-0

ASB AUDITORES 2 RS 002927/S-5 Aderbal da Silva Bubadra - Contador 1RS 013771/S-3.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 24 de abril de 2006

1 Com a desenfreada fúria fiscal (...), o Estado corre o risco de liquidar com a iniciativa privada. Roque Joaquim Volkweiss, desembargador

Fotos: Paulo Pampolin/Hype

LUTA PELA TRANSPARÊNCIA NA RETA FINAL O

Dia do Trabalho, 1º de maio, promete ganhar mais um motivo para ser uma data histórica: é dia de completar a coleta de 1,5 milhão de assinaturas do movimento De Olho no Imposto. Com isso, será enviado ao Congresso um projeto de lei popular para que as notas fiscais discriminem junto ao preço das mercadorias e serviços, os respectivos impostos. Até a semana passada, foram colhidas quase 900 mil assinaturas. O foco principal de captação de assinaturas na data será a comemoração do Dia do Trabalho organizada pela Força Sindical. Segundo Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, cerca de 1,5 milhão de pessoas são esperadas no evento e todas serão convidadas a participar do De Olho no Imposto. No ano passado, o lema da comemoração foi: "Menos impostos, mais empregos". A festa será na Praça Campo de Bagatelle, na zona norte da capital, a partir das 7 horas. O diferencial é que, além de shows musicais, entidades de classe irão reivindicar a redução da carga tributária brasileira.

Desde janeiro, o De Olho no Imposto percorreu todo o interior de São Paulo, além da capital e chegou às principais cidades do País. Do interior, a região que mais conseguiu assinaturas foi a de Araçatuba, que ultrapassou a meta em mais de 100% e obteve 774.978 adesões. Internet – A internet também tem sido uma ferramenta de destaque para o movimento pela transparência tributária. O site da campanha (www.deolhonoimposto.org.br) já registrou 9 mil adesões online. Isso além das 4.535 listas de assinaturas impressas. Geralmente, o internauta imprime apenas uma lista do site e tira cópias para captar outras adesões. A palestra explicativa do presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Guilherme Afif Domingos, sobre o movimento também foi bastante acessada. Mais de 75 mil pessoas assistiram à apresentação online e foram registrados quase 3 mil downloads do material para reexibição. A difusão da palestra é impor-

tante porque o principal objetivo do movimento é conscientizar a população sobre a alta carga tributária embutida nos produtos e serviços para que ela cobre do governo a contrapartida por meio de serviços públicos de qualidade. Outra ferramenta relevante é o Orkut, site de relacionamento pela internet em que o estudante de Direito Fábio Kestenbaum criou a comunidade "De Olho no Imposto", que já conquistou pelo menos 730 adesões, a maioria de universitários. A partir daí, presidentes de diretórios acadêmicos da Universidade de São Paulo (USP), Mackenzie, Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP) e Fundação Armando Álvares Penteado (Faap) reuniram-se e organizaram no último dia 19, na PUC-SP, a manifestação estudantil Acorda Brasil, que debateu e divulgou ainda mais o movimento. Apenas nesse dia foram coletadas cerca de 400 assinaturas, segundo Kestenbaum. "E no próximo dia 27, às 20 horas, repetiremos a dose de debates na Faap, com a presença, entre outros, de Afif Domingos", disse. Laura Ignacio

João Nunes de Almeida percorreu a Vila dos Remédios para arrecadar assinaturas ao De Olho no Imposto

Aposentado mobiliza bairro

A

ndando de lá pra cá pela Vila dos Remédios, bairro da zona oeste da capital paulista, o aposentado João Nunes de Almeida deu um exemplo de cidadania ao conseguir coletar mais de 700 assinaturas para o movimento De Olho no Imposto. Por morar no bairro desde 1959, a popularidade ajudou. "Conheço todo mundo, mesmo quem não me conhece", garantiu. Com 70 anos de idade, Nunes caminha rápido e em apenas duas horas conseguiu visitar o Parque dos Remédios, um condomínio residencial, o mercado Portal do Parque, o Educandário São Domingos e – ufa!– o supermercado Castanha. Era dia de cobrar as listas

da campanha com as assinaturas. "Expliquei a finalidade do movimento para algumas pessoas-chave e pedi para que elas colhessem assinaturas também. Como você acha que consegui captar 700 adesões?", ensinou o aposentado. Mobilização – Sorocabano de nascença, mas paulistano de coração, desde que se mudou para a cidade na década de 1950, Nunes tem o hábito de se mobilizar pela comunidade, tanto que faz parte do conselho da igreja do bairro, do Conselho de Segurança (Conseg) da região e foi um dos fundadores da Associação de Amigos do Bairro dos Remédios (AABR), em fevereiro de 1960. "Foi por meio da associação que conse-

guimos eletricidade, água encanada, ruas asfaltadas e transporte coletivo para o bairro." Um dos vizinhos, amigo há mais de 40 anos de Nunes e que não quis se identificar, é o proprietário do supermercado Castanho. O aposentado falou com o amigo sobre a possibilidade de montar na frente do supermercado um estande do De Olho no Imposto e ele aceitou. "Em apenas dois dias, foram colhidas quase 500 assinaturas no local", contou com orgulho o aposentado. No mercado Portal do Parque, a abordagem foi franca e direta. "Cadê a lista com as assinaturas que você ficou de colher?" E assim segue Nunes em sua luta cívica. (LI)

No mercado Portal do Parque, Nunes cobra lista de assinaturas do dono do estabelecimento

O SOBREVIVENTE X O EXTERMINADOR Juiz encontrou nas telas definição de como o Fisco trata o contribuinte Divulgação

E

m uma batalha inédita, "O Sobrevivente" venceu o "Exterminador do Futuro". Os dois filmes, estrelados pelo ator Arnold Schwarzenegger, foram citados pelo desembargador Roque Joaquim Volkweiss, do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), para comparar, em decisão favorável ao contribuinte, a fúria arrecadatória da Fazenda Pública sobre o empresário brasileiro. No primeiro filme, o atual governador da Califórnia era um prisioneiro que foi obrigado a participar de jogo de TV violento em que enfrenta gladiadores high -tec h em terreno cercado. No segundo, ele interpreta um andróide que tem a função de destruir a raça humana. A analogia se deu quando o magistrado foi julgar uma ação na qual o estado gaúcho pedia ao tribunal o direito de

impedir a Cooperativa merciais a exigências Agrícola Ernestina Ltabsurdas e descabidas da. de adquirir docue responsabilizar, inmentos fiscais por dediscriminadamente, o ver o Imposto sobre Ciradministrador empreculação de Mercadorias sarial, o Estado corre o e Serviços (ICMS). A reirreversível risco de licusa do Fisco em fornequidar com a iniciativa cer as notas fiscais, na privada e, com ela, o visão de Volkweiss, ess e u p ró p r i o c o n t r itava acabando com as buinte, como sugerem chances de sobrevivênos títulos das conhecicia da empresa. das produções cinemaNa ação, o magistratográficas estreladas do questionou o fato do por Arnold SchwarzeFisco condicionar a negger: O Exterminaconcessão e manutendor do Futuro e O Sobrevivente". ção de inscrição estadual e de Autorização Volkweiss deixou para a Impressão de claro, porém, que não Documentos Fiscais Schwarzenegger: ora na pele do contribuinte (esq.), ora interpretando o "Fisco" quis, com a decisão, (AIDF) ou Conheciapoiar a inadimplênmento de Transporte Rodo- que empresas inadimplentes garantir o pagamento anteci- cia, mas sim, "evidenciar que viário de Cargas (CTRC) ao recorressem à emissão de nota pado do imposto. o caminho mais adequado a pagamento de dívidas tributá- fiscal avulsa – que implica na Para o desembargador, "ao ser trilhado pelo Estado é não rias pendentes. Também con- retirada do documento direta- prosseguir a desenfreada fú- impedir o exercício da ativisiderou incabível a possibili- mente na Secretaria da Fazen- ria fiscal de condicionar o dade empresarial, mas se emdade da Fazenda poder exigir da – para conseguir trabalhar e exercício de atividades co- penhar para que a cobrança

do seu crédito tributário seja imediata", ou seja, que não se permita o acúmulo de muitos débitos tributários para que a empresa tenha condições de quitar sua dívida sem abalar a estrutura do seu patrimônio. Na decisão, o magistrado afirmou que o condicionamento imposto pela Fazenda Pública é uma afronta ao direito constitucional do livre exercício da atividade (art. 5º, XIII e 170, parágrafo único, da Constituição Federal). "Além de não ter suporte constitucional e de configurar abuso de autoridade e realização de Justiça pelas próprias mãos, implica na restrição à livre iniciativa do contribuinte, impondo drástica suspensão à continuidade das suas atividades, arremessando-o à clandestinidade e à informalidade, com prejuízo não só ao Poder Público, mas a toda a coletividade". Márcia Rodrigues


Locadoras de vídeo pipocam na internet Economia/6 Ano 81 - Nº 22.112

São Paulo, segunda-feira 24 de abril de 2006

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Edição concluída às 23h45

Hoje o prefeito na ACSP Página 7

w w w. d co m e rc i o. co m . b r Milton Mansilha/Luz

Marcha de enforcados na semana decisiva A Campanha De Olho no Imposto entra na reta final. E espera fechar o abaixo-assinado pela transparência tributária, com 1,5 milhão de adesões, na festa do Dia do Trabalho. "Além de pagar Imposto de Renda, ter de arcar com tributos nos produtos me faz sentir como Tiradentes", reclamou o gerente de RH Valdir Lopes da Silva, um dos contribuintes paulistas que puseram literalmente a corda no pescoço para protestar. Economia/1 e 12 Paulo Pampolin/Hype

70 anos, 700 adesões O aposentado João Nunes de Almeida vestiu boné, camiseta e saiu às ruas do Bairro dos Remédios para colher assinaturas. Eco/1

Contribuinte vence o Exterminador Desembargador usa o cinema para ilustrar decisão contra perseguição do Fisco e mostrar realidade do Sobrevivente que paga impostos. Economia/1

A história dos 'enforcados', de Tiradentes à MP 232. Na FGV. Eco/ 12 Rubens Cavallari/Folha Imagem

Milton Mansilha/LUZ

Governo desiste do Primeiro Emprego Plano de 2003 fica em 0,5% das 260 mil vagas anuais prometidas. Pág. 3

Jorro de anúncios da Petrobras na mira tucana PSDB entra com ações na Justiça Eleitoral: cenas favoreceriam Lula. Pág. 3

Fora a burocracia! Exportador Nunes ataca. E está vencendo. Eco/5

HOJE Parcialmente nublado Máxima 29º C. Mínima 16º C.

AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 28º C. Mínima 17º C.

Cumprindo a lição de casa O Santos enfrentou o Atlético Paranaense em Mogi (sem torcida), como se jogasse na Vila. Fez direitinho o dever: venceu de 2 a 0 (primeiro gol, De Nigris, na foto). É o paulista melhor colocado no Brasileirão. DC Esporte


DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 24 de abril de 2006

7

Cidades PRESOS FAZEM 846 REFÉNS EM SP O Sistema AnchietaImigrantes operou no esquema 2X8, com subida pelas duas pistas da Imigrantes e uma da Anchieta.

Luiz Prado/LUZ

Nos presídios de Potim e de São Bernardo do Campo, duas tentativas de fuga acabaram em rebeliões. Como era dia de visitas, mais de 800 parentes de presos, além de 16 agentes penitenciários, foram feitos reféns. As negociações foram lentas. Os reféns foram liberados à noite. José Patrício/AE

D

KASSAB NA ACSP prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (foto acima), estará hoje na sede da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), onde participará de Reunião Plenária. O encontro acontecerá às 17h, na rua Boa Vista, 51, 9º andar, Centro. O prefeito Kassab (PFL) assumiu a Prefeitura paulistana depois da renúncia de José Serra (PSDB), que disputará o governo do Estado de São Paulo nas eleições de outubro. Kassab assumiu a Prefeitura com grandes responsabilidades. Uma das principais promessas de Serra deverá, agora, ser cumprida pelo sucessor. Trata-se da recuperação das marginais (Pinheiros e Tietê), hoje saturadas, em péssimo estado de conservação, com problemas em suas pontes e asfalto remendado. Uma fonte de recurso idealizada pela ex-gestão tucana é a construção de pedágios nessas vias. Trata-se de uma empreitada polêmica.

O

ezesseis agentes penitenciários e cerca de 800 parentes e amigos de presos foram feitos reféns ontem em duas rebeliões no Estado. Presos da Penitenciária 1 de Potim, no Vale do Paraíba, se rebelaram por volta de 12h30, após uma tentativa frustrada de fuga. O motim acabou no início da noite. Foram feitos reféns 12 agentes penitenciários e 230 visitantes. O outro motim ocorreu em São Bernardo do Campo, no ABC. Em Potim, o clima era tenso à tarde, enquanto presos e a direção da prisão tentavam um acordo. O diretorsubstituto, Fábio Brandão, e o diretor da Penitenciária de Tremembé, Angelo Bernardino Cabral, conduziram as negociações. A penitenciária de Potim, que tem capacidade para 768

presos, mas abriga cerca de 1.200, permaneceu cercada pela PM até as 19h. São Bernardo – Uma tentativa de fuga também foi o motivo da rebelião no Centro de Detenção Provisória (CDP) de São Bernardo. Quatro agentes foram feitos reféns. Como era dia de visitas, cerca de 600 pessoas foram obrigadas a permanecer na prisão até as 18h, quando os presos negociaram com a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) o fim do motim. A rebelião começou quando seis detentos dominaram agentes e tentaram escapar com as roupas deles. Os seguranças que ficam nas muralhas perceberam e atiraram. Dois presos ficaram feridos. Assessoria da SAP não foi localizada ontem durante toda a tarde para confirmar se houve fugas. (AE)

Dia de visita e rebelião: parentes de presos no CDP de São Bernardo tentam invadir estabelecimento

FERIADÃO: UM LENTO RETORNO

Antônio Gaudério/Folha Imagem

O

paulistano que retornou do interior e da Baixada Santista à capital, após o feriado prolongado de Tiradentes, enfrentou trânsito intenso, mas sem muitos pontos de lentidão. Dos 232 mil veículos que desceram às praias paulistas pelo sistema Anchieta-Imigrantes, 205 mil já haviam retornado até as 20h30. Quem voltou à capital pela Castelo Branco enfrentou lentidão entre os quilômetros 25 e 30. Na Raposo Tavares, morosidade do quilômetro 44 ao 45. (Agências)

ASTRONAUTA astronauta brasileiro Marcos Pontes, tenente-coronel da Força Aérea Brasileira -FAB, que passou oito dias a bordo da Estação Espacial Internacional (EEI), estará hoje em São Paulo, onde terá compromissos no Senai e na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). No Senai, Pontes visitará um laboratório que produz peças para a EEI. Na Fiesp o astronauta fará uma palestra.

O

De volta a São Paulo: painel luminoso da Ecovias orienta motoristas sobre ponto de lentidão no quilômetro 25 da rodovia dos Imigrantes

ARMA E DROGAS Apreendidos no Rio uma metralhadora, uma granada e 480 envelopes de cocaína.

Ó RBITA

CHACINA Quatro homens foram mortos a tiros ontem em Osasco, na Grande São Paulo.

NA FEBEM, JOVEM QUE MATOU A MÃE Valéria Gonçalves/AE

ma discussão entre mãe e filho terminou em morte no Morumbi (zona sul da cidade). Na manhã de sábado, o adolescente R.B.S., de 17 anos, confessou ter estrangulado a mãe, Zeli Boeira de Abreu, de 33 anos. O corpo de Zeli foi liberado ontem pelo IML (Instituto Médico Legal), e será enterrado no Rio Grande do Sul. O jovem está em uma unidade da Febem, no Brás, onde aguarda decisão do juiz da Vara da Infância. Em depoimento ao 89º Distrito Policial , R. disse que agiu em legítima defesa e que a mãe o ameaçou com uma faca. Ao desarmá-la, o adolescente a estrangulou e foi para a casa do ex-padrasto, Marcelo Oliveira de Abreu. O ex-padrasto foi ao apartamento e encontrou Zeli desfalecida, tentou reanimá-la e acionou a polícia. A briga ocorreu porque R., que estava de castigo devido às baixas notas na escola, desobedeceu a mãe (Agências).

U

A TÉ LOGO

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

L

Queima de cana-de-açúcar aumenta problemas respiratórios no Estado

L

Greve da Anvisa ameaça hemocentros com escassez de reagentes para testes


2

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Finanças Empresas Nacional Tr i b u t o s

"Esse resultado mostra que o empresário industrial se mantém pouco confiante. O índice se mantém acima dos 50 pontos, mas próximo a essa linha divisória desde abril de 2005", afirmou a CNI em comunicado. "A manutenção do baixo nível de confiança indica que a produção deverá continuar crescendo no ritmo atual, ou seja, de maneira moderada", acrescentou a entidade. A avaliação sobre as condições atuais caiu para 45,1 pontos. Em janeiro deste ano

mil empresas de todo o País foram ouvidas para a pesquisa de confiança feita pela CNI em abril

ECONOMIA DO PAÍS EM RITMO MORNO

Pesquisa mostra que cresceu pessimismo em relação à economia

A

1,5

PIORAM PERSPECTIVAS PARA ECONOMIA

CNI apura queda da confiança do empresário brasileiro

confiança do empresário brasileiro diminuiu em abril, mostrando que a produção do setor deve continuar moderada, informou na última quinta-feira a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O índice de confiança do empresário caiu para 55 pontos. Em janeiro, o indicador estava em 57,2 pontos e, em abril de 2005, em 55,8 pontos. Tanto a avaliação das condições atuais como as perspectivas para os próximos meses pioraram na enquete.

segunda-feira, 24 de abril de 2006

A

nossa economia anda "morna", segundo avaliação feita por líderes empresariais e economistas, na última quinta-feira, na reunião de conjuntura da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). E com uma peculiaridade: há mais otimismo por parte dos estrangeiros do que dos brasileiros, indicam a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e o mercado imobiliário fora da capital paulista. O quadro externo apresenta um risco e uma oportunidade para o Brasil. Se o preço do barril de petróleo continuar a subir, o mundo e, por tabela, o Brasil, poderá assistir a uma alta nos juros americanos, além

e em abril de 2005, o indicador estava em 46,1 pontos. O fato de o item estar abaixo de 50 pontos indica piora dos negócios em relação aos seis meses anteriores. O componente de expectativas ficou em 59,9 pontos, com queda de 2,9 pontos em relação a janeiro e quase estável na comparação com o mês de abril do ano passado. A sondagem envolveu 215 empresas de grande porte e 1.264 companhias de médio e pequeno portes entre 28 de março e 19 de abril. (AG)

do 0,25 ponto percentual previsto até agora. Por outro lado, representa uma boa oportunidade para os produtores brasileiros de álcool. Fora isso, apenas a imprevisibilidade de um ano eleitoral soa como negativa aos ouvidos do mercado financeiro que, contudo, mantém o clima de confiança para os anos de 2006 e 2007. Segundo um representante do setor, a Bovespa está batendo recordes de pontuação porque os estrangeiros estão apostando que a queda dos juros no País vai elevar o preço das ações e aquecer o mercado imobiliário, a exemplo do que já aconteceu na Turquia. Além disso, europeus aposentados estão adquirindo imóveis na

região Nordeste, onde o custo de vida é mais baixo. Automóveis — O setor automobilístico comemora as vendas internas e externas, mas já recebe sinais de que o real valorizado está prejudicando as exportações e adiando investimentos. "Essa situação poderá se agravar antes de 2007", diz um líder do setor. O câmbio também já paralisa os setores de calçados, têxteis e móveis. Contra os têxteis uma agravante: a ameaça das importações chinesas. O agronegócio avista, para fora das fronteiras de São Paulo, uma situação de crise que mistura elevada inadimplência e redução da área plantada. Sergio Leopoldo Rodrigues

AGENDA TRIBUTÁRIA

Abril /4ª semana IPI (exceto o devido por ME ou

ganhos líquidos auferidos no mês de

EPP) - Pagamento do IPI apurado no

março/2006 por pessoas jurídicas, in-

mento da 1

DIA 24 ICMS/SP – devido pelas micro-

CSL - Apuração trimestral - Paga-

a) pelas pessoas jurídicas optantes

Declaração Especial de Informações

quota ou quota única da

pelo Programa de Recuperação Fiscal

Fiscais relativas à tributação de be-

(Refis):

bidas (DIF-Bebidas), com informa-

a

empresas e empresas de pequeno porte

2

decêndio de abril/2006 incidente

clusive as isentas, em operações realiza-

Contribuição Social sobre o Lucro de-

enquadradas no Simples Paulista na

sobre os produtos classificados no Ca-

das em bolsas de valores, de mercado-

vida, no 1

trimestre de 2006, pelas

I - da parcela mensal devida com

10.086/1998, regula-

pítulo 22 da TIPI (bebidas, líquidos

rias, de futuros e assemelhadas, bem

pessoas jurídicas submetidas à apura-

base na receita bruta do mês de março/

estabelecimento

alcoólicos e vinagres).

como em alienações de ouro, ativo fi-

ção trimestral do IRPJ (com base no

2006;

dentemente de ter havido ou não

nanceiro, e de participações societá-

lucro real, presumido ou arbitrado).

forma da Lei n

o

mentada pelo anexo XX do RICMS/

o

IPI (exceto o devido por ME ou

SP, relativo ao mês de março/2006. ICMS/SP – CNAE´S

- 28223,

EPP) - Pagamento do IPI apurado no

o

Finor – Finam – Funres - Reco-

rias, fora de bolsa.

29114 e 29122, 29149, 29211, 29220,

2

decêndio abril/2006 incidente so-

IRPJ/Simples - Lucro na aliena-

lhimento do valor da opção com base

29238, 29297 a 29408, 29610 a 29696. -

bre os produtos classificados no có-

ção de Ativos - Pagamento do Imposto

no IRPJ devido, no mês de março/

último dia para recolhimento do ICMS

digo 2402.20.00 da TIPI (cigarros

de

2006,

apurado no mês de março/2006.

que contêm fumo).

o

ções do mês de março/2006, pelo matriz,

indepen-

II - da prestação do parcelamento

apuração do IPI, movimentação de

alternativo em até 60 prestações (acres-

insumos, selos de controle ou produ-

cida de juros pela TJLP);

tos acabados, no mês de referência,

b) pelas pessoas físicas e jurídicas

conforme IN n

o

325/2003.

que

optantes pelo Parcelamento Especial

IPI – DNF - Apresentação do De-

optantes pelo Simples incidente sobre

optaram pelo pagamento mensal do

(Paes) da parcela mensal, acrescida de

monstrativo de Notas Fiscais (DNF) -

ganhos de capital (lucros) obtidos na

IRPJ por estimativa - art. 9

juros pela TJLP;

Programa versão 2.0, pelos fabricantes,

DIA 28

alienação de ativos no mês de março/

8.167/1991 (aplicação em projetos

a

ISS - ENTREGA DA DECLA-

2006.

próprios). Finor: 9017, Finam: 9032,

dradas

15890, 17116, 17191, 19100 a 19291,

RAÇÃO ELETRÔNICA DE SERVI-

IRPF - Carnê-leão - Pagamento

Funres: 9058

parcelamento em até 60 prestações (Lei

20109

a

ÇOS (DES) - Entrega, pela Internet,

do Imposto de Renda devido por pes-

23400,

25119

da Declaração Eletrônica de Servi-

soas físicas sobre rendimentos recebi-

lhimento da 1

parcela ou parcela

IPI (exceto o devido por ME ou

26190, 26301, 26492, 26999, 27421,

ços

ao

dos de outras pessoas físicas ou de fon-

única do valor da opção com base no

EPP) - Pagamento do IPI apurado no

31429, 31526, 31607, 34312 a 34495,

mês de fevereiro/2006. A Secretaria

tes do exterior no mês de março/2006.

IRPJ

35220, 35920, 35998, 36110 a 36919,

de

Desenvolvimento

IRPF - Lucro na alienação de bens

37109, 37206 e 60232 a 60259. - úl-

Econômico coloca à disposição dos

ou direitos - Pagamento, por pessoa

timo

interessados

seguir

ICMS apurado no mês de março/ 2006.

DIA 25 ICMS/SP – CNAE´S 15229,

15318

a

20290, a

15423,

- 15113 a 15512

22144

a

22349,

25194,

26115

a

(DES),

versão

1.2,

relativa

Renda

devido

pelas

empresas

pelas

pessoas

jurídicas

da Lei n

o

o

Finor – Finam – Funres - Recoa

c) pelas pessoas jurídicas enqua-

n

o

no

Simples,

optantes

pelo

importadores e distribuidores atacadistas dos produtos relacionados nos Anexos I e II da IN n

o

445/2004, com

informações relativas ao mês de refe-

10.925/2004).

rência março/2006. IPI (DIF - Papel Imune) - Entre-

decêndio de abril/2006 incidente

ga, pela Internet, pelo estabelecimen-

2006, pelas pessoas jurídicas subme-

sobre produtos classificados nas po-

to da matriz, da Declaração Especial

tidas à apuração trimestral do lucro

sições 84.29, 84.32 e 84.33 (máquinas

de Informações Fiscais relativas ao

física residente ou domiciliada no Bra-

real - art. 9

8.167/1991

e aparelhos) e nas posições 87.01,

Controle do Papel Imune (DIF - Papel

para transmissão do arquivo grava-

sil, do Imposto de Renda devido sobre

(aplicação

próprios).

87.02, 87.04, 87.05 e 87.11 (tratores,

Imune), pelos fabricantes, distribui-

do em disquete com a declaração

ganhos de capital (lucros) percebidos

Finor: 9004, Finam: 9020, Funres:

veículos automóveis e motocicletas),

dores,

DCide – Combustíveis - Entrega

gerada pelo programa da Declaração

no mês de março/2006 provenientes

9045

todos da TIPI.

jornalísticas ou editoras gráficas que

da Declaração de Dedução de Parcela

Eletrônica de Serviços (DES): Rua

de:

da Contribuição de Intervenção no

Brigadeiro Tobias, 691, térreo - RM

Domínio Econômico Incidente sobre a

22 (guichê 46) (Portaria SF n

Importação e/ou Comercialização de

2004).

dia

para

recolhimento

do

Finanças

e o

endereço

a

o

12/

a) alienação de bens ou direitos adquiridos em moeda nacional; b) alienação de bens ou direitos ou

devido,

o

no

1

o

trimestre

da Lei n

em

o

projetos

de

2

o

importadores,

empresas

Ganho de capital na alienação

IPI (exceto o devido por ME ou

realizarem operações com papel desti-

de moeda estrangeira mantida em

EPP) - Pagamento do IPI apurado no

nado à impressão de livros, jornais e

espécie -

2

decêndio de abril/2006 incidente

periódicos, relativa ao trimestre janei-

Pagamento

do

imposto

o

apurado pelas pessoas físicas, sobre

sobre produtos das posições 87.03 e

ro/fevereiro/março/2006.

Combustíveis das Contribuições para

Cofins/CSL/PIS-Pasep- Retenção

liquidação ou resgate de aplicações fi-

ganho

de

87.06 da TIPI (automóveis e chassis).

Relatório Anual - Apresentação,

o PIS-Pasep e a Cofins (DCide-Com-

na Fonte- Recolhimento da Cofins, da

nanceiras, adquiridos em moeda es-

moeda estrangeira mantida em es-

IPI devido por ME ou EPP não

pela pessoa jurídica de direito priva-

bustíveis) referente à dedução efetuada

CSL e do PIS-Pasep retidos na fonte

trangeira.

pécie, relativo ao ano-calendário de

optantes pelo Simples - Pagamento

do beneficente de assistência social,

no mês de abril/2006.

sobre remunerações pagas por pessoas

IRPF - Renda variável - Pagamen-

2005.

do IPI apurado no mês de março/

do relatório circunstanciado de suas

jurídicas a outras pessoas jurídicas (Lei

to do Imposto de Renda devido por

Declaração de Ajuste Anual - En-

2006 pelo contribuinte enquadrado

atividades no exercício anterior ao

10.833/2003, arts. 30, 33 e 34), no

pessoas físicas sobre ganhos líquidos

trega, pelas pessoas físicas, da Declara-

como microempresa (ME) ou em-

Órgão do Instituto Nacional do Se-

a 15.04.2006.

auferidos em operações realizadas em

ção de Ajuste Anual referente ao ano-

presa de pequeno porte (EPP), con-

guro Social (INSS) jurisdicionante

de Renda Retido na Fonte correspon-

IRPJ - Apuração mensal - Paga-

bolsas de valores, de mercadorias, de

calendário de 2005, inclusive pelas au-

forme definidas no art. 2

da Lei n

de sua sede, nos termos do art. 209

dente a fatos geradores ocorridos no

mento do Imposto de Renda devido,

futuros e assemelhados, bem como em

sentes no exterior a serviço do Brasil.

9.841/1999 e não optantes pelo Sim-

período de 11 a 20.04.2006, incidente

no mês de março/2006, pelas pessoas

alienação de ouro, ativo financeiro,

Declaração de Operações Imo-

sobre rendimentos de:

jurídicas

fora de bolsa, no mês de março/2006.

biliárias (DOI) - Entrega à Receita

2002). 0668, 1020 e 1097 (todos os

DIA 26

n

IRRF - Recolhimento do Imposto

período de 1

a) juros sobre capital próprio e aplicações financeiras, inclusive os atribuídos a residentes ou domiciliados no exterior, e títulos de capitalização; b) prêmios, inclusive os distribuí-

o

o

que

optaram

pelo

paga-

mento mensal do imposto por estimativa.

de

capital

na

alienação

ples

(art.

202,

inciso

o

V,

do

o

RIPI/

o

IRPF – Quota - Pagamento da 1

Federal, pelos Cartórios de Ofício de

produtos, com exceção de bebidas do

Contribuição Sindical (empre-

Notas, de Registro de Imóveis e de

Capítulo 22 e cigarros dos códigos

gados) - Recolhimento das contribui-

2402.20.00 e 2402.90.00)

ções descontadas dos empregados em

a

IRPJ - Apuração trimestral - Pa-

rado pelas pessoas físicas na Declaração

Registro de Títulos e Documentos,

gamento da 1 quota ou quota única do

de Ajuste relativa ao ano-calendário de

da Declaração de Operações Imobi-

IPI (DIF-Cigarros) - Entrega da

Imposto de Renda devido, no 1

2005.

liárias relativa às operações de aqui-

Declaração Especial de Informações

entidade sindical, a qual pode fixar

sição ou alienação de imóveis reali-

Fiscais (DIF-Cigarros), com informa-

prazo diverso.

a

o

tri-

mestre de 2006, pelas pessoas jurídicas

CSL - Apuração mensal - Paga-

obtidos em concursos e sorteios de

submetidas à apuração trimestral, com

mento da Contribuição Social sobre o

zadas,

março/

ções do mês de março/2006, relativas às

qualquer espécie e lucros decorrentes

base no lucro real, presumido ou arbi-

Lucro devida, no mês de março/2006,

2006, por pessoas físicas ou jurídi-

obrigações tributárias do IPI, do PIS-

desses prêmios; e

trado.

pelas pessoas jurídicas que optaram

cas.

Pasep e da Cofins, pelas empresas fabri-

por rescisão de contratos.

cial (RPS), aprovado pelo Decreto n 3.048/1999.

quota ou quota única do imposto apu-

dos sob a forma de bens e serviços,

c) multa ou qualquer vantagem

do Regulamento da Previdência So-

IRPJ - Renda variável - Pagamento do Imposto de Renda devido sobre

pelo pagamento mensal do IRPJ por estimativa.

durante

o

mês

de

Refis/Paes/Simples

(Lei

n

o

10.925/2004) - Pagamento:

cantes de cigarros. IPI (DIF-Bebidas) - Entrega da

CONVOCAÇÕES

COMPANHIA TRANSAMÉRICA DE HOTÉIS - SÃO PAULO C.N.P.J. nº 43.212.943/0001-90 - NIRE 35 3 0000648 8 ASSEMBLÉIA GERAL ESPECIAL São convidados a reunirem-se em Assembléia Geral Especial os acionistas titulares de ações preferenciais Classe B, no dia 28 de abril corrente, às 9:30 horas, na sede social, na Avenida das Nações Unidas nº 18.591, nesta Capital, a fim de deliberarem sobre Proposta da Diretoria, objetivando a transformação das ações preferenciais Classe C em ações preferenciais Classe B e correspondente reforma estatutária. São Paulo, 18 de abril de 2006 COMPANHIA TRANSAMÉRICA DE HOTÉIS - SP (20-24-25)

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março/2006. Consultar a respectiva

Fonte


8

Transpor te Polícia Saúde Urbanismo

DIÁRIO DO COMÉRCIO

2,5 MILHÕES SERÃO IMUNIZADOS CONTRA A GRIPE

ÔNIBUS

BEBÊ

om o objetivo de reduzir o número de acidentes nos corredores de ônibus da cidade, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e a SPTrans (empresa que gerencia o transporte coletivo) iniciam hoje a campanha Fique Ligado. De acordo com técnicos da CET, uma das principais medidas da campanha será a fiscalização da velocidade dos ônibus por meio de radares. O limite de velocidade nos corredores é de 50km/h. Além disso, a SPtrans vai ministrar treinamento aos motoristas de ônibus. A campanha educativa terá início pelas avenidas Inajar de Souza-Marquês de São Vicente-Rio Branco. Em 2005 ocorreram 18 atropelamentos nas faixas exclusivas desse corredor. (Agências)

or volta das 2h de ontem, quando fazia sua ronda pelas ruas do bairro de Cidade Náutica, região central de São Vicente, litoral sul paulista, um vigilante ouviu o choro de uma criança. O bebê, do sexo masculino e que teria apenas 2 horas de vida, foi encontrado enrolado em um cobertor, no meio de um matagal, na Rua Frei Gaspar, na altura do nº 3.200, próximo a uma mercearia. O vigilante ligou para a central de emergências 190 da Polícia Militar, que enviou uma viatura para o local. A criança foi encaminhada para o Centro de Referência em Emergência e Internação (CREI) da cidade, localizado na Rua Ypiranga, onde passa bem. O caso foi registrado no 1º Distrito Policial de São Vicente. (AE)

C

P

Ó RBITA

APREENSÃO etenta e quatro quilos de maconha foram apreendidos sábado num ônibus que ia de São Paulo para Ilhéus, na Bahia, e trafegava pela BR-393, na altura da cidade de Volta Redonda (Sul Fluminense). A droga estava em caixas de papelão, despachadas como se fossem bagagens comuns. Joan Silva dos Anjos, dono da carga, confessou que é revendedor de maconha e foi preso. O ônibus foi parado numa inspeção de rotina da Polícia Rodoviária Federal. (AE)

S

Vidal Cavalcante/AE

REFÉNS urante cerca de três horas, a jornalista Maria Aparecida Santos e o iluminador Jorge Mancini, ambos da TV Record, foram mantidos como reféns por um suposto assaltante, na área externa da Igreja Universal do Reino de Deus, localizada na avenida Celso Garcia, zona leste da cidade. Identificado apenas como William, o suposto assaltante estava armado com um revólver calibre 38 e, segundo informações da polícia, teria – na companhia de outras pessoas – participado de um assalto a uma loja de artigos religiosos na rua Euclides da Cunha, também no bairro do

segunda-feira, 24 de abril de 2006

D

Brás, nas proximidades da igreja. Depois de longa negociação com soldados da Polícia Militar, durante a qual fez duas exigências (a presença da mãe e de um advogado), William entregou sua arma e libertou

os reféns. A própria TV Record teria providenciado a presença de um advogado. A equipe de jornalismo da Record estava no local para fazer uma reportagem com fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus. (Agências)

Mais um bebê foi abandonado. Desta vez, em São Vicente, no litoral sul de São Paulo.

VACINAÇÃO CONTRA GRIPE partir de hoje começa a campanha de vacinação contra a gripe para o idoso. O objetivo da Secretaria de Saúde é imunizar 2,5 milhões de pessoas com 60 anos ou mais

A

em todo o Estado. A vacina será aplicada até o dia 29 em 6,3 mil postos fixos e volantes, das 8 às 17 horas. A campanha mobilizará 30 mil profissionais, 2,3 mil carros e quatro barcos. Além

da gripe, serão oferecidas as vacinas contra tétano, difteria e pneumococo (causador de pneumonias, otites, sinusites, faringites e meningites). A segunda fase da campanha ocorrerá do dia 2 a 5 de maio.


segunda-feira, 24 de abril de 2006

Tr i b u t o s Empresas Nacional Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3

DESEMPREGO NO PRIMEIRO TRIMESTRE FICA EM 9,9%

Vai haver perdedores e ganhadores e precisamos ficar alertas. Guido Mantega, ministro da Fazenda

José Meireles Passos/Ag. O Globo

FMI: BRASIL TENTA MANTER POSIÇÃO

E Mantega: mudança na estrutura do FMI visa acomodar países que chegaram na instituição há pouco tempo

INFLAÇÃO A segunda prévia do IGP-M de abril teve deflação de 0,50%, puxada por preços no atacado.

Ó RBITA

OMC Embaixador brasileiro diz que Europa quer cancelar reunião de ministros.

Newton Santos/Hype

DESEMPREGO FICA ESTÁVEL

O

comportamento da taxa de desemprego em março, que subiu para 10,4% depois de ter ficado em 10,1% em fevereiro, foi considerado sazonal por Cimar Azeredo, coordenador da Pesquisa Mensal de Emprego, divulgada na última quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Azeredo afirmou que, nesse período do ano, o desemprego sobe com o aumento da procura por trabalho e pela "economia ainda não ter ligado as turbinas" para atender à

Mais pessoas buscando ocupação pressionaram a taxa em março

demanda do segundo semestre. "Esperava-se até um aumento maior da taxa, com a dispensa dos trabalhadores temporários, o que houve com mais intensidade de janeiro para fevereiro", afirmou.

O técnico chamou atenção para a queda da taxa média de desemprego no trimestre, que ficou em 9,9%, pela primeira vez em um dígito desde 2002, quando o índice começou a ser calculado. (AG)

Patrícia Cruz/LUZ

CELULARES

BOVESPA

A

Motorola foi a primeira colocada no mercado global de telefonia celular no primeiro trimestre deste ano. Impulsionadas pelos modelos RAZR e SLVR, as vendas do grupo norteamericano cresceram 61%, para 46,1 milhões de unidades no período entre janeiro e março. Já as vendas das rivais Nokia, Sony Ericsson e LG subiram cerca de 40%. A Samsung, que ficou perto de superar a Motorola e está na segunda posição há dois anos, ampliou as vendas em 18% e, com 29 milhões de unidades negociadas no trimestre, está agora 17,1

O

milhões de unidades atrás da líder do setor. O mercado global de telefonia celular no primeiro trimestre foi estimado em mais de 220 milhões de unidades pelo grupo de pesquisas Gartner. (Reuters)

setor de construção e engenharia registrou o melhor desempenho da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) no primeiro trimestre do ano, com valorização de 50,6%, segundo levantamento feito pela Bovespa. Em segundo lugar ficou o setor de energia elétrica, com ganho de 46,9%. Já os piores desempenhos foram dos segmentos petroquímico, com queda de 4,5%, e o de petróleo e gás, que avançou 4,8%. No mesmo período, o principal indicador da bolsa paulista, o Ibovespa, teve valorização de 13,44%. (Reuters)

VAREJO MUDA ESTRATÉGIA DE COMUNICAÇÃO

O

varejo, setor que lidera o investimento publicitário no País, passa por momento de redefinição de sua estratégia de comunicação. Deixou de lado alguns clichês e aposentou garotospropaganda que apregoavam ofertas aos berros. A tendência agora são apresentadores que estabelecem uma relação de cumplicidade com os consumidores. Eles falam baixo e descrevem mais detalhadamente as ofertas. A rede Ponto Frio, por exemplo, encontrou em Glória Pires e sua filha Cléo a dupla para fazer esse papel de cúmplices dos A TÉ LOGO

Reprodução

consumidores e, com isso, exibir suas ofertas. A campanha já está no ar. O novo formato de comunicação que as grandes redes têm adotado também deixa de lado a excessiva quantidade de ofertas, colocando o foco sobre poucos produtos. "O

consumidor hoje exige respeito e capta melhor uma oferta quando esta é mais detalhada. O modelo feirão, confunde", diz Fabio Avari, do marketing do Magazine Luiza. A rede mudou o slogan "Empresa que fala e faz" para "Vem ser feliz". Mas a mudança mais visível partiu da líder brasileira do segmento, as Casas Bahia. A rede – que faturou R$ 11,5 bilhões no ano passado – deixou de lado o garoto-propaganda Fabiano Augusto, com o qual sustentou suas ações por três anos, com muita gritaria, e o substituiu por novos apresentadores com cara de gente comum, em ambientes limpos. (AE)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

L

Meirelles minimiza impactos da alta do petróleo na inflação

L

MS quer substituir a pecuária pela agricultura. Abates continuam.

L

Bird investirá no governo Lula apesar de investigações

nquanto ninguém duvida de que a China ganhará com a nova distribuição de votos no Fundo Monetário Internacional (FMI), os brasileiros nem mesmo estão seguros de que não sairão perdendo. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, tem falado mais em evitar perdas do que em conquistar maior peso nas decisões. "Vai haver perdedores e ganhadores e precisamos ficar alertas", disse ontem a jornalistas em Washington, EUA, ao sair de uma reunião do FMI e do Banco Mundial (Bird). Mantega evitou falar sobre as pretensões brasileiras em relação a cotas e votos, alegando que não quer dar a impressão de ter uma posição fechada. Até o ano passado, o governo brasileiro tentou abertamente garantir lugar no clube dos ganhadores. O assunto esteve em destaque na agenda do então ministro Antonio Palocci, em sua última participação em um encontro do Fundo, em setembro. China, Coréia do Sul, às vezes Índia e também México, têm aparecido nas listas dos países com chance de ganhar maior poder de voto. O Brasil nunca foi citado nessas listas. Em contrapartida, alguns países como Bélgica, Holanda e Suíça são citados como exemplos de economias com representação mais que proporcional ao seu peso relativo.

O Brasil detém hoje 30.611 cotas e 1,41% dos votos, participação igual à da Espanha. A Coréia controla apenas 0,76% dos votos, o México 1,20%, a Índia, 1,92, e a China, 2,94%. Os Estados Unidos têm a maior fatia das cotas e 17,08% dos votos. O governo americano é capaz de vetar, se quiser, a maior parte das propostas que dependam de votação. Organização – As maiores economias são representadas individualmente na Diretoria Executiva do FMI. Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido e França mantêm, cada um, um diretor-executivo. Também são representadas com um diretor, individualmente, a Arábia Saudita (3,22% dos votos), a China (2,94%) e a Rússia (2,74%). No total, são 24 diretores. Os demais países juntam-se em grupos, acumulam seus votos e indicam um diretor para representar vários associados. O grupo do Brasil, com peso total de 2,46%, inclui também a C o l ô m b i a , o E q u a d o r, a Guiana, o Haiti, o Panamá, a República Dominicana, o Suriname e Trinidad e Tobago. Os nove países são sempre representados por um brasileiro, atualmente Eduardo Loyo,

ex-diretor do Banco Central. Nova divisão – Uma nova divisão de cotas e de poder de voto é uma questão de legitimidade para a instituição, segundo o diretor-gerente do FMI, Rodrigo de Rato. O mundo mudou nos últimos 20 anos, novas potências surgiram e é p re c i s o l e v a r e m c o n t a a s transformações, tem argumentado Rato. Casualidade ou não, esse período corresponde às duas décadas perdidas da economia brasileira. A p ro p o s t a d e re f o r m a , aprovada pelo Comitê Monetário e Financeiro Internacional (IMFC), inclui outros itens, como linhas de financiamento para economias consideradas saudáveis. A fórmula para revisão das cotas e de voto deverá ser apresentada para discussão em setembro, na assembléia anual, em Cingapura. O ministro Mantega disse várias vezes nos últimos dias – e repetiu ontem – que o objetivo da redistribuição de cotas e votos é acomodar a situação de países que chegaram há pouco tempo no FMI. Índia e China são membros do Fundo há décadas, mas o último acerto da posição financeira da China no capital do FMI ocorreu no final de 1986. (AE)


segunda-feira, 24 de abril de 2006

Administração Urbanismo Distritais Transpor te

DIÁRIO DO COMÉRCIO

9

PALESTRA APONTOU A NECESSIDADE DO REGISTRO

Estimo que 60% das empresas nacionais não registram suas marcas Geisler Bosso, da Vilage

Divulgação

JABAQUARA DEBATE REGISTRO DE MARCAS E PATENTES Empresários puderam conhecer a importância de possuir um registro e o perigo de trabalhar sem ele André Alves

Patrícia Cruz/Luz

A

Distrital Jabaquara da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) promoveu, na última quarta-feira, durante o Café com Negócios, um evento que debateu a importância do registro de marcas e patentes. A palestra, denominada Tudo o que você precisa saber sobre marcas e patentes, foi dirigida a empresários de diversos setores. Na ocasião, estavam presentes diretores da Vilage, empresa que atua há 20 anos no ramo. A Vilage, em parceria com a Distrital Jabaquara, efetua pesquisas gratuitas de marcas por meio de sua página na internet (www.vilage.com.br). Além disso, a empresa oferece descontos especiais em serviços para os associados da ACSP. Para o diretor da Vilage, Geisler Chbane Bosso, não existe uma cultura por parte do empresariado brasileiro de registrar suas marcas e patentes. "Estimo que 60% das empresas nacionais não registram suas marcas. Isso pode acarretar até mesmo a falência de muitas deles, principalmente aquelas de pequeno porte", afirmou. Riscos - Os riscos de não se registrar marcas podem ser irreparáveis. De acordo com o executivo, a marca é o maior patrimônio de uma empresa possui. "O sucesso de uma empresa depende do fortalecimento e reconhecimento de sua marca junto aos consumidores. É por meio da marca que os produtos são comercializados", explicou Geisler. Para ele, quando uma marca não é registrada junto ao INPI, a empresa em questão corre o risco de trocar de nome caso uma outra já tenha feito o registro

GIr

Agendas da Associação e das distritais

Hoje I Facesp – Reunião dos

conselhos diretor e gestor da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp). Às 10h, rua Boa Vista, 51/9º andar, plenária. I Exporta São Paulo - Reunião do Projeto Exporta São Paulo com Comerciais Exportadoras coordenada pelo conselheiro da ACSP José Cândido Senna. Às 10h, rua Boa Vista, 51/11º, auditório. I Facesp – Assembléia Geral da Facesp. Às 14h, rua Boa Vista, 51/11º, auditório. I Executiva – Reunião da Diretoria Executiva da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Às 15h, rua Boa Vista, 51/11º , sala Abílio Borin. I Plenária - Reunião plenária da ACSP com a presença do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Às 17h, rua Boa Vista, nº 51/9º andar, plenária. I São Miguel - A distrital realiza reunião do núcleo setorial de salões de beleza do Projeto Empreender, coordenada pelo consultor Valdeir Gimenez. Às 18h.

Amanhã I São Miguel – A distrital

realiza reunião de profissionais de bufês e eventos do Projeto Empreender, coordenada por Valdeir Gimenez. Às 14h30. I Comus – Reunião do Comitê de Usuários dos Portos e

Cerimônia de entrega dos troféus aconteceu no Museu do Ipiranga

Marco da Paz entregue na Sudeste e no Ipiranga

A Bosso (acima), falou para empreendedores de vários segmentos. Fernando Calderon (direita) ressaltou a importância do tema.

anteriormente. Ao trocar de nome, consequentemente, a companhia perde sua identidade, o que acarreta prejuízos financeiros. "É necessário muito cuidado na hora de comercializar determinado produto. Se um comerciante o compra de um fornecedor que, por sua vez, se utiliza de uma marca de terceiro não registrada, pode ter suas

mercadorias apreendidas. A empresa fornecedora, por sua vez, pode sofrer até um processo criminal", advertiu o diretor da Vilage. Im po rt ân ci a – O superintendente da Distrital Jabaquara da ACSP, Fernando Calderon, acredita que o tema é de extrema importância. "O evento, além de trazer aos empresá-

rios informações sobre registros e sua importância, ajuda também a promover negócios entre eles". O diretor da Vilage ainda revelou no encontro que, a partir de maio, o INPI implantará um sistema para que os novos registros fiquem prontos em um ano. Anteriormente, este prazo era de quatro anos.

Divulgação

Premiação no Butantã e em Pinheiros

O evento aconteceu no Clube Alto dos Pinheiros

Aeroportos do Estado de São Paulo (Comus), coordenada pelo conselheiro da ACSP José Cândido Senna. Às 17h, rua Boa Vista, 51/11º, auditório. I Exterior – Reunião da Comissão de Comércio Exterior da ACSP coordenada pelo vicepresidente Renato Abucham. Às 17h, rua Boa Vista, 51/11º andar, salas 1 a 4 Tadashi Sakurai. I São Miguel – A distrital promove a palestra Vencer o medo, coordenada por Sérgio Mercado. Às 19h. I Jabaquara – A distrital realiza reunião ordinária da diretoria executiva e do conselho diretor. Às 19h30. I Penha – A distrital realiza reunião extraordinária da diretoria executiva e do conselho diretor. Haverá debate com a comunidade e o subprefeito do bairro, José Araújo Costa. Às 19h30. I Pinheiros – A distrital realiza reunião ordinária da diretoria executiva e do conselho diretor. Às 19h30.

Quarta I Pirituba – A distrital

promove almoço empresarial. Às 12h, na Casa de Nassau, avenida Raimundo Pereira de Magalhães, 4.123. I FJE - Reunião do Fórum de Jovens Empreendedores da ACSP, coordenada pelo vicepresidente Júlio Cesar Bueno. Às 15h, rua Boa Vista, 51/9º andar, plenária. I Santana – A distrital realiza reunião de profissionais de artesanato do Projeto Empreender, coordenada pela consultora Maria Cristina Imbimbo Gonçalves. Às 18h.

beram o prêmio: – Associação Normandia Street Shopping – Abec - Colégio Marista Arquidiocesano de São Paulo – Shopping Plaza Sul – Santos e Galetti Ltda (Imobiliária Galeão) - Condomínio Dom Eudes de Orleans e Bragança. Pela Distrital Ipiranga receberam o prêmio: –Família Espírito Santo – Edifício Escorial – Govoni Duarte Advogados Associados – E d i f í c i o P a l a i s P i e r re Labatut. Divulgação

Decoração de Natal na Mooca

A

A

s distritais Butantã e Pinheiros promoveram, em março, a entrega da premiação para os vencedores do concurso Natal Iluminado. O evento aconteceu no Clube Alto dos Pinheiros e premiou lojas, residências, prédios e ruas que mais se destacaram em suas decorações natalinas. Os ganhadores da Distrital Butantã foram os seguintes: Shopping – Continental Shopping

s distritais Sudeste e Ipiranga realizaram, no final de março, a entrega dos prêmios do concurso Natal Iluminado de 2005. O evento foi realizado no Museu do Ipiranga e os vencedores receberam o troféu Marco da Paz. Estiveram presentes conselheiros, autor i d a d e s e re p re s e n t a n t e s de entidades. Os prêmios foram entregues pelos superintendentes das distritais, Giacinto Cosimo Cataldo (Sudeste) e Antonio Jorge Manssur (Ipiranga. Pela Distrital Sudeste rece-

Comércio – Consórcio Nacional Embracon Residência – O casal Agostinho Fellipelli e Beth. Na Distrital Pinheiros foram os seguintes: Residência – Condomínio Natingui. Comércio – Kitchens e Daslu. Banco – Real, agência Nova Faria Lima, e Bank

Boston, agência Trianon. Os premiados receberam o Troféu Marco da Paz e a festa contou com a presença dos superintendentes José Sérgio Toledo Cruz e Ricardo Granja, do vice-presidente da ACSP Roberto Mateus Ordine, de representantes de entidades e autoridades da região.

Distrital Mooca, no último dia 29, homenageou com o troféu Marco da Paz as melhores decorações natalinas de 2005. Os contemplados foram a escola de inglês Wizard Vila Prudente, representada por Maria Eugênia Xavier (Imóvel Comercial); a família Monte Agudo, representada por Carlos Henrique Monte Agudo, na categoria Imóvel Residencial; o Condomínio Plazzi Dello Sport, representado pelo síndico José Carlos Vieira Júnior, na categoria Prédio Residencial; o Shopping Central Plaza,

Várias categorias foram premiadas com a réplica do Marco da Paz: escola, shopping e também instituição pública

representado pelo superintendente João Carlos Alves Feitosa, na categoria Shopping da região; e a avenida São Lucas, representada por Êneas Braga responsável pela decoração, na categoria Instituição Pública.


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Internacional

no palestino, desde que o Hamas venceu as eleições de janeiro, fazem parte dessa campanha. "A rejeição (do Ocidente) ao Hamas afirma que se trata de uma guerra cruzadista-sionista contra os muçulmanos", disse Bin Laden. Nos trechos da fita transmitidos pela Al Jazeera, Bin Laden não repetiu a afirmação que fez em fita de áudio divulgada em janeiro, de que a Al Qaeda estaria preparando ataques aos Estados Unidos mas estaria aberta a uma trégua condicional com os americanos. Mas suas declarações sobre a cumplicidade dos ocidentais com as diretrizes políticas seguidas por seus governos pareceu defender a idéia de que eles são alvos justos de ataques de vingança lançados por militantes. "A guerra é uma responsabilidade compartilhada pelos povos e os governos. A guerra

Grupo quer se diferenciar dos terroristas da Al Qaeda

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Fita com a suposta voz de Osama bin Laden foi veiculada pela TV Al Jazeera

continua e as pessoas estão reafirmando sua lealdade a seus governantes e senhores", afirmou Bin Laden. "Elas enviam seus filhos a exércitos para nos combater e continuam a prestar seu apoio financeiro e moral, enquanto nossos países são incendiados, nossas casas são bombardeadas e nosso povo é morto." O líder da Al Qaeda, foragido desde o início da campanha dos EUA para derrubar o governo do Taliban no Afeganistão, em 2001, após os ataques de 11 de setembro daquele ano, disse que os líderes ocidentais ignoraram suas ofertas de trégua. "Eles não querem uma trégua a não ser que venha unicamente de nosso lado. Insistem em levar adiante sua campanha cruzadista contra nossa nação e em pilhar nossa riqueza." Ele exortou os militantes a se prepararem para uma luta prolongada em Darfur. Os

EUA vêm pressionando por sanções da ONU contra o governo sudanês, por sua participação nesse conflito. "Conclamo os mujahedines e aqueles que os apóiam no Sudão... e na Península (árabe) a preparar tudo o que for necessário para travar uma guerra de longo prazo contra os cruzados no oeste do Sudão". afirmou Bin Laden, acusando o Ocidente de buscar dividir o Sudão. O governo islâmico de Cartum deu abrigo a Bin Laden durante vários anos na década de 1990. O conflito de Darfur surgiu em 2003, quando tribos em sua maioria não árabes entraram em revolta contra o governo de liderança árabe, acusando-o de ignorar suas necessidades. Cartum retaliou armando milícias em sua maioria árabes, conhecidas com Janjaweed. Essas milícias iniciaram

uma campanha de assassinatos, violações e pilhagens que expulsou mais de 2 milhões de moradores de pequenos povoados rurais para campos miseráveis em Darfur e no vizinho Chade. Cartum nega responsabilidade pela campanha. Bin Laden também pediu o boicote aos EUA e países europeus em função das charges polêmicas que satirizavam o profeta Maomé, publicadas primeiramente por um jornal dinamarquês. A Al Jazeera disse: "Bin Laden exortou na fita que a solidariedade ao profeta continue, ampliando o boicote de modo a incluir os Estados Unidos e os países da Europa que apoiaram a Dinamarca". "Ele também exigiu que aqueles que ofendem o profeta... sejam entregues à Al Qaeda para serem submetidos a julgamento." (Reuters)

m porta-voz do grupo Hamas, que controla a Autoridade Nacional Palestina (ANP), afirmou que a ideologia de sua organização é muito diferente da do grupo terrorista Al Qaeda, mas que sanções internacionais contra a ANP certamente provocarão reações iradas entre os muçulmanos. A declaração foi feita horas depois de a emissora de televisão árabe Al Jazeera levar ao ar uma gravação de áudio em que o líder da Al Qaeda, Osama bin Laden, diz que "a oposição [do Ocidente] ao governo do Hamas é uma prova da cruzada contra os muçulmanos". "A ideologia do Hamas é totalmente diferente da do xeque bin Laden", disse o porta-voz do grupo palestino, Sami Abu Zuhri. Ele ressalvou que "um cerco internacional ao povo palestino criará tensão no mundo islâmico". Nos EUA, dois deputados, um do partido do presidente George W. Bush e outro da oposição, comentaram a gravação. O presidente do Comitê de inteligência da Câmara, Peter Hoekstra, disse que as técnicas de propaganda da Al Qaeda "deixariam qualquer político orgulhoso. A qualidade dos materiais, a qualidade do marketing e a mensagem são muito, muito boas", disse o deputado, do Partido Republicano. Já a deputada Jane Harman, do Partido Democrata (de oposição a Bush), afirmou que a gravação de Osama bin Laden é um lembrete de que o líder terrorista continua solto, quase cinco anos depois dos ataques de 11 de setembro de 2001. (AE)

Adnan Abidi/Reuters

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A rejeição (do Ocidente) ao Hamas afirma que se trata de uma guerra cruzadista-sionista contra os muçulmanos. Osama bin Laden

AFP Photo

BIN LADEN REAPARECE E SAI EM DEFESA DO HAMAS m fita de áudio atribuída a Osama bin Laden e transmitida pela televisão neste domingo, o líder da Al Qaeda disse que a rejeição do Ocidente ao governo palestino liderado pelo Hamas mostra que o Ocidente está travando uma guerra "de cruzados e sionistas" contra os muçulmanos. As pessoas no Ocidente compartilham a responsabilidade pela "guerra ao Islã" travada por seus países, disse a pessoa que fala na fita, cuja voz soava como a de Bin Laden. A fita foi veiculada pela TV Al Jazeera. Num comunicado, a Casa Branca informou que o setor de inteligência americano acredita que a voz na gravação é mesmo a de Bin Laden. O militante saudita afirmou que a crise de Darfur, no oeste do Sudão, e os esforços ocidentais para isolar o gover-

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TOQUE DE RECOLHER – A polícia nepalesa entrou em choque com milhares de manifestantes contrários à monarquia que saíram ontem às ruas de Katmandu e violaram um toque de recolher. Pelo menos três pessoas ficaram feridas em meio ao agravamento da crise.

Irã reafirma que não abandonará programa nuclear. Mas diz que poderá formar uma joint venture com russos.

IRAQUE ebeldes iraquianos mataram três soldados norte-americanos ontem na área de Bagdá e dispararam morteiros perto da sede do Ministério da Defesa, no centro da capital. No total, 27 iraquianos foram mortos em incidentes violentos neste domingo, dia marcado pelos primeiros esforços do primeiro-ministro nomeado, Jawad al-Maliki, para formar um gabinete de governo que satisfaça xiitas, sunitas e curdos. Os três soldados norteamericanos foram mortos com a explosão de uma bomba na zona noroeste de Bagdá. As baixas elevaram o número de soldados dos EUA mortos no Iraque neste mês a

Ó RBITA

80 mil protestaram ontem, em Bruxelas, contra o assassinato de adolescente que se recusou a entregar seu MP3 a ladrões.

Namir Noor-Eldeen/Reuters

R

61; desde o início da invasão, em março de 2003, 2.389 militares norte-americanos morreram no Iraque. Sobre o esforço de AlMaliki para formar um gabinete, o embaixador dos EUA no Iraque, Zalmay

Khalilzad, disse que o próximo governo iraquiano terá que desmobilizar as milícias sectárias e integrá-las às Forças Armadas do país. Para ele, essas milícias são "a infra-estrutura para uma guerra civil". (AE)


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ECONOMIA/LEGAIS - 9

AVISO AOS ACIONISTAS

LICITAÇÃO PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP

ABERTURA DE LICITAÇÃO SITE: www.riopreto.sp.gov.br MODALIDADE: PREGÃO PRESENCIAL Nº 38/2006 OBJETO: Aquisição de equipamentos de informática conforme especificações anexas para atender às secretarias municipais, subprefeituras e outros. Em razão da constatação de ausência de publicação em jornal de grande circulação no Estado, por falha técnica, a fim de que no futuro não se alegue ilegalidade, fica prorrogada a data de processamento do pregão para ocorrer no dia 10 de maio de 2006, às 08:30 horas.

CONVOCAÇÕES

COMPANHIA AGRÍCOLA CAIUÁ CNPJ 61.083.002/0001-86 Relatório da Diretoria Senhores Acionistas: Em obediência às disposições estatutárias e às determinações legais que regem o funcionamento das sociedades por ações, submetemos à apreciação dos Senhores Acionistas o Balanço Patrimonial e as Demonstrações Financeiras do exercício encerrado em 31.12.2005, acompanhados das Notas Explicativas. Resultado do Exercício: O prejuízo do exercício de R$ 8.307 mil, após os ajustes de exercícios anteriores e reversão de reservas de lucros e de reavaliação, resultou em um prejuízo acumulado de R$ 38.966 mil. O referido prejuízo acumulado deverá ser, em cumprimento ao disposto no parágrafo único do artigo 189 da Lei 6.404/76, integralmente absorvido pelas reservas de lucros, assuntos estes que deverão ser objeto de discussão em Assembléia dos Acionistas. A DIRETORIA São Paulo, 27 de março de 2006 Balanços Patrimoniais (em milhares de reais) Demonstrações dos Resultados Passivo e Patrimônio Líquido 2005 2004 Ativo 2005 2004 dos Exercícios Findos em 31 de Dezembro (em milhares de reais) pro-forma pro-forma (Despesas) Receitas Operacionais 2005 2004 Circulante Circulante Resultado de participações societárias (6.662) 52.835 Disponibilidades 28 Impostos e contribuições a recolher 30 120 Financeiras líquidas (1.005) (76) Aplicações financeiras 2 500 Dividendos e Juros sobre capital a pagar 622 7.793 Administrativas e gerais (640) (350) Outras obrigações 3.092 2.686 Dividendos e juros sobre capital a receber 622 6.364 (Prejuízo) Lucro Antes do I. Renda e C. Social (8.307) 52.409 3.744 10.599 Impostos a Recuperar 446 363 Contribuição social sobre o lucro (80) 1.098 7.227 Não Circulante Exigível a Longo Prazo Imposto de renda (156) Outras obrigações 10.360 12.343 (Prejuízo) Lucro Líquido do Exercício (8.307) 52.173 Tributos “sub-judice” 427 377 (Prejuízo) Lucro do Exercício Por Lote de 10.787 12.720 Permanente Mil Ações do Capital Social - R$ (40,83) 260,87 Investimentos 114.008 132.142 Patrimônio Líquido Demonstrações das Origens e Aplicações dos Recursos dos Outros investimentos 245 245 Capital social 64.870 41.100 Exercícios Findos em 31 de Dezembro (em milhares de reais) 114.253 132.387 Reservas de capital 8 Reservas de reaval. emp. controlada 6.203 8.266 Origens dos Recursos 2005 2004 Reservas de lucros 29.747 59.347 Das Operações: Lucros acumulados 7.574 (Prejuízo) Lucro líquido do exercício (8.307) 52.173 100.820 116.295 Ítens que não representam movimento do Total do Passivo e Patrimônio Líquido 115.351 139.614 Total do Ativo 115.351 139.614 capital circulante líquido: Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras dos Exercícios Demonstrações dos Lucros Acumulados dos Exercícios Findos Resultado da equivalência patrimonial 6.670 (52.835) Findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 (em milhares de reais) Transf. do exigível longo prazo para curto prazo (3.027) (2.684) 1. Operações: A atividade da empresa compreende, basicamente, a 2005 2004 Atualização e encargos do exigível longo prazo 1.094 1.098 participação em empresas controladas e coligadas. 2. Apresentação Saldos em 01 de janeiro 7.574 425 Recursos provenientes das operações (3.570) (2.248) das Demonstrações Financeiras: As demonstrações financeiras foram Reversão de reservas de reavaliação 2.063 2.260 De Acionistas elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com as práticas Reversão de reservas de lucros 20.389 2.365 contábeis adotadas no Brasil. Adicionalmente, objetivando uma melhor Aumento de capital 2.870 (Prejuízo) lucro do exercício (8.307) 52.173 comparabilidade das demonstrações financeiras da Companhia, foram Ajustes de exercícios anteriores - (43.074) De Terceiros: efetuados os seguintes ajustes e reclassificações dos valores Recomp. de res. de lucros e absorção de prejuízos 38.966 Dividendos e juros sobre capital 11.476 11.517 anteriormente apresentados em 2004, cujas demonstrações financeiras Ajuste da Reserva de L. Realizar exercs. 2002 e 2003 - 35.030 Aumento do exigível a longo prazo 377 foram publicadas no Diário Oficial do Estado de São Paulo no dia 21 de Ajuste da Reserva Legal dos execícios 2002 e 2003 197 Total das Origens de Recursos 10.776 9.646 abril de 2005 e no Diário do Comércio na edição dos dias 22, 23 e 24 de Complemento de dividendos dos exercs. 2002 e 2003 (4.063) Aplicações dos Recursos abril de 2005: Const. da Res. de L. Realizar dos exercs. 2002 e 2003 - (19.854) Dividendos pagos 8.865 11.164 Ajustes não contabilizados em 2004 60.685 25.459 Juros sobre capital próprio 1.173 770 (Prejuízos) lucros acumulados Destinação do lucro líquido do exercício para: Equiv. patrimonial sobre ajustes de exercícios anteriores (38.798) Investimentos 12 189 • Reserva de lucros a realizar (7.019) Reversão de reserva de reavaliação efetuada a maior em 10.050 12.123 • Reserva legal (2.570) exercícios anteriores, devido a ajustes de participações (2.201) • Reserva AGOE (425) Aumento (Redução) do Cap. Circulante Líquido 726 (2.477) Baixa de ágio sobre investimentos em controlada (250) • Reserva estatutária operacional (34.638) 31 de Dezembro Variações Resultado não realizado entre controladas e não eliminado • Dividendos (8.865) (7.101) 2005 2004 2003 2005 2004 no cálculo da equivalência patrimonial (1.825) • Juros sobre o capital próprio (1.173) (770) Ativo Circulante 1.098 7.227 4.845 (6.129) 2.382 Total dos ajustes em (prejuízos) lucros acumulados (43.074) • Aumento de capital (16.009) Passivo Circulante 3.744 10.599 5.740 (6.855) 4.859 Reserva de Reavaliação (60.685) (17.885) Ajustes realizados na reserva de reav. reflexa da controlada (8.939) Capital Circulante Líquido (2.646) (3.372) (895) 726 (2.477) Saldos em 31 de dezembro 7.574 Em função dos ajustes e das reclassificações acima mencionados, e valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos reservas da seguinte forma: adicionalmente ao exigido pelo Artigo 186 da Lei das Sociedades por correspondentes encargos e das variações monetárias incorridas. e) 2005 2004 Ações, as demonstrações financeiras do exercício de 2004 estão sendo Capital social: Está representado por 203.455.615 (200.000.000 em Reserva legal 6.423 6.423 apresentadas “pro-forma” com a finalidade de permitir melhor 2004) de ações ordinárias nominativas sem valor nominal. Os acionistas Reserva de lucros retidos 4.882 comparabilidade entre aquele exercício social e o encerrado em 31 de tem direito a um dividendo mínimo de 25% do lucro do exercício, ajustado Reserva de lucros a realizar 20.857 48.042 dezembro de 2005, exceto as demonstrações de resultado do exercício, conforme disposto na Lei das Sociedades por Ações, cuja distribuição Reserva Estatutária de Equiv. Patrimonial 2.467 das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de será deliberada por ocasião da Assembléia Geral Ordinária que aprovar 29.747 59.347 recursos que não foram ajustadas por não terem sidos identificados os as demonstrações financeiras. f) Reserva de reavaliação em empresa correspondentes ajustes nos saldos iniciais de 2004 e seus reflexos nas Diretoria controlada: Em 1999 foi constituída Reserva de Reavaliação, resultante referidas demonstrações financeiras. 3. Resumo das Principais Práticas Contábeis: a) Apuração do resultado: As receitas e despesas são registradas pelo regime de competência mensal. b) Ativo circulante: Os direitos são demonstrados pelos valores de realização. c) Investimentos: Os investimentos em empresas controladas e coligadas estão contabilizados pelo método de equivalência patrimonial. Os demais investimentos estão contabilizados ao valor de custo. d) Passivo circulante e exigível a longo prazo: São demonstrados por

de reavaliação de bens do ativo permanente em empresas ligadas da controlada, efetuada com base em laudo emitido por peritos independentes. g) Reservas de lucros: Em função de prejuízos decorrentes de exercícios anteriores em controlada, coligada e na companhia e de prejuízos do próprio exercício, o montante das reservas foi recomposto e, também, utilizado para absorver os referidos prejuízos no montante de R$ 38.966 mil, ficando a composição de saldos das

Paulo Nelson Pereira - Diretor Presidente Marina Mesquita Pereira - Diretora Paulo Roberto Nunes - Diretor Suzana de Oliva Mesquita - Diretora Antonio Paulo Vaz Contador - CRC1SP 137.103/O-7 - CPF 013.451.348-78

Este balanço substitui a publicação dada erroneamente em 20/04/2006 à página 11, por motivo de problema operacional do veículo

ATAS


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segunda-feira, 24 de abril de 2006

2,121

reais foi a cotação do dólar comercial na sexta-feira. A moeda norte-americana subiu 0,28% após três dias de queda.

20/4/2006

Informe Publicitário

FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Situação em 18/04/2006 Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda

Fundo P.L. do Fundo Empresarial LP ....................... 4.581.616,30 Lastro Performance LP ......... 1.057.904,17 Múltiplo LP .............................. 3.268.108,43 Esher LP .................................. 2.480.110,32 Master Recebíveis LP ........... 556.874,84

Valor da Cota Subordinada 1.036,417423 998,817771 1.032,928373 1.010,019221 960,449935

% rent.-mês 1,8356 0,6118 0,8306 0,5431 0,7394

% ano 6,0848 -0,1182 3,2928 1,0019 -3,9550

Valor da Cota Sênior 0 1.020,522626 1.027,350122 0 0

% rent. - mês 0,6725 0,7327 -

% ano 2,0523 2,7350 -

rating AA-(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)

DC

COMÉRCIO


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segunda-feira, 24 de abril de 2006

Foi horrível, horroroso.” Gamarra, do Palmeiras, sobre a derrota por 6 a 1 para o Figueirense

almanaque Celso Unzelte

O ADEUS A TELÊ SANTANA UH/Arquivo do Estado de São Paulo

Telê Santana da Silva, um dos maiores técnicos da história do futebol brasileiro, morreu aos 74 anos, na sexta-feira, 21 de abril, após 28 dias de internação em Belo Horizonte (MG). Acima, Telê aparece com a faixa de campeão carioca de 1969 pelo Fluminense, seu time do coração. Aquele foi o primeiro título de Telê como treinador profissional, carreira que ele havia iniciado naquele mesmo ano, quatro temporadas depois de encerrar a de jogador. Como técnico, Telê ficaria marcado como amante do futebol bem jogado.

TELÊ JOGADOR, O "FIO DE ESPERANÇA" Foi também no Fluminense que o ponta-direita Telê jogou a maior parte de sua carreira, de 1951 a 1960. Por ser magro e decidir as partidas mais difíceis brigando até o último minuto de jogo, passou a ser chamado pela torcida de “Fio de Esperança”. Depois de ser campeão carioca em 1951 e 1959 e ganhar o RioSão Paulo de 1957 pelo Flu, Telê passou também por Guarani, Madureira e Vasco, onde encerrou a carreira, já em 1965, aos 34 anos. Atendia a um pedido de seu mestre, o técnico Zezé Moreira, que estava no Vasco.

TELÊ TÉCNICO, DE “PÉ-FRIO” A “MESTRE” Como técnico, Telê viveu duas fases distintas. Apesar de ter sido o único campeão nos quatro principais centros do futebol brasileiro (Carioca, pelo Fluminense, em 1969; mineiro, pelo Atlético, em 1970 e 1988; gaúcho, pelo Grêmio, em 1977; e paulista, pelo São Paulo, em 1991/92), passou boa parte da carreira acusado de "pé-frio", por conta das derrotas com a Seleção nas Copas de 1982 e 1986. No São Paulo, conseguiu trocar essa incômoda fama pela de “Mestre”, com o bi da Libertadores e do Mundial em 1992/93. “Não podemos esquecer que futebol é um espetáculo, um show. Algo para ser visto com os olhos e sentido com o coração.” (Telê Santana, em junho de 2001, quando já estava afastado da profissão de técnico havia mais de cinco anos, devido a uma isquemia cerebral ocorrida no final de 1995.) A goleada do Figueirense sobre o Palmeiras no sábado, por 6 a 1, em Florianópolis, é a segunda maior sofrida pelo clube paulista em toda a história do Campeonato Brasileiro. Pior que este resultado, somente o do dia 16 de março de 1981, quando jogando em Porto Alegre o Inter fez 6 a 0 no Alviverde. Em jogos válidos pelo Campeonato Brasileiro, o Palmeiras havia sofrido 6 gols em apenas mais duas partidas: Flamengo 6 a 2, pelo Brasileiro de 1981, e Fluminense 6 a 2, pela Copa João Havelange, em 2000. Ao derrotar o São Caetano por 3 a 0, também no sábado, o Corinthians amenizou a desvantagem nos confrontos com a equipe do ABC. Agora, em 17 partidas, o Alvinegro venceu quatro, empatou três e perdeu dez, marcou 16 gols e sofreu 26.

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Esporte

Um fora de série, como pessoa e esportista.” Muricy Ramalho, técnico do São Paulo, sobre Telê

COMO SE FOSSE NA VILA U Bruno Miani/Futura Press

m empate fora, na estréia, contra o Goiás, e uma vitória em casa. Está certo que o jogo de ontem, contra o Atlético Paranaense, não foi na Vila Belmiro: como o Santos teve que cumprir penalidade referente ao mau comportamento de sua torcida em uma partida contra o Botafogo, ainda pelo Brasileiro do ano passado, atuou em MogiMirim, com portões fechados. Ainda assim, fez valer o seu “mando”, fazendo 2 a 0 no Atlético-PR. E já é o paulista mais bem classificado, ocupando o terceiro lugar após duas rodadas disputadas. De Nigris, aos 10 minutos do primeiro tempo, e Reinaldo, aos 26 do segundo, fizeram os gols da vitória santista. O técnico Vanderlei Luxemburgo não poupou nenhum atleta para o jogo de quarta-feira, contra o Ipatinga, na Vila Belmiro, pelas quartas-de-final da Copa do Brasil. “Apesar de estarmos em duas competições, não podemos deixar os líderes (do Brasileiro) dispararem”, afirmou o meia Rodrigo Tabata. “Depois fica difícil de se recuperar na competição.” O Atlético — que chegou a seis jogos sem vitória — teve poucas chances de assustar o goleiro Fábio Costa. Um minuto antes de fazer o segundo gol na primeira vitória do Santos no Campeonato Brasileiro, Reinaldo tentou

Mesmo jogando em Mogi e sem público, Santos faz 2 a 0 no Atlético-PR. Com um empate e uma vitória, já é o melhor entre os times paulistas

passar a bola para Tabata e errou, em vez de finalizar. Na hora, ouviu um grito que vinha da tribuna de honra: “Chuta, Reinaldo”. Logo em seguida, recebeu passe preciso de Tabata e, dessa vez, não teve dúvida em bater para o gol. Na comemoração, apontou para a tribuna, para indicar que havia seguido o conselho, mas não

sabia que o grito tinha sido do presidente do clube, Marcelo Teixeira. “Se foi dele o grito, estou bem, porque ordem de presidente é para ser cumprida”, brincou o atacante. A vitória deste domingo teve significado especial, também, para o atacante mexicano De Nigris. Ele já estava sendo visto com desconfiança pela

torcida depois de não fazer gols nos dois jogos em que começou como titular. “Estou contente por ter feito o primeiro gol pelo Santos e foi uma vitória importante porque o time vinha jogando bem. Já merecíamos ganhar contra o Goiás e só não conseguimos os três pontos por circunstâncias da partida”, disse De Nigris.

O técnico Vanderlei Luxemburgo elogiou a atuação do lateral-direito Neto e deu sinais de que ele tem chances até de ser efetivado na posição. “O Neto se destacou no Brasileiro do ano passado e no Santos teve dificuldade para jogar na linha de quatro zagueiros. Foi preciso aprender a jogar dessa maneira”, disse o técnico.

Derrota mais que calculada L.C. Moreira/AE

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oi um risco mais do que calculado. Ao entrar em campo ontem, em Fortaleza, sem sete de seus titulares (Souza, André Dias, Júnior, Mineiro, Josué, Danilo e Thiago) — todos poupados tanto do jogo quanto de uma viagem desgastante para estarem em campo na partida de quartafeira, contra o Palmeiras, pela Libertadores —, o São Paulo sabia que poderia perder três pontos no Brasileiro. Como de fato perdeu: deu Fortaleza, 1 a 0, gol de cabeça de Finazzi, aos 20 do primeiro tempo. No lance do gol, Rinaldo recebeu de Dude, ganhou a corrida de Fabão e cruzou para Finazzi. O centroavante se antecipou a Rogério Ceni e Lugano e de cabeça desviou para o gol. “Tentamos o empate no fim, mas não conseguimos. O mais

Para poder enfrentar o Palmeiras “inteiro” na Libertadores, São Paulo joga sem sete titulares, assume o risco de perder três pontos e acaba derrotado pelo Fortaleza por 1 a 0

importante é pensar no Palmeiras”, disse o atacante Aloísio, que entrou na etapa final,

deixando transparecer as reais intenções de Muricy e seus comandados. A formação que

entrou em campo treinou apenas uma vez junta, e dos titulares apenas Rogério Ceni, Lu-

gano e Fabão começaram jogando. Os cearenses, que est re a r a m o t é c n i c o M a rc i o Bittencourt aproveitaram o desentrosamento da defesa e usaram os contra-ataques. O goleiro Rogério Ceni, no entanto, procurou minimizar a ausência dos titulares: “No final, isso não pesou. Os outros que entraram jogaram bem. O time foi competitivo, mas no segundo tempo o Fortaleza foi melhor e mereceu a vitória”. Ceni ainda reclamou de um gol de Alex Dias para o São Paulo, que seria o do empate, anulando por impedimento pelo árbitro William de Souza Neri, do Rio de Janeiro. “Achei que o gol que ele anulou estava em posição regular”, reclamou o goleiro. A delegação do São Paulo volta de Fortaleza no final da tarde de hoje.

Felipe Christ/AE

Palmeiras dança, Leão balança F

oi uma vergonha. As palavras do próprio lateraldireito Paulo Baier, do Palmeiras, resumem bem a vexatória exibição de sábado, em Florianópolis, em que o time perdeu para o Figueirense por 6 a 1. “É difícil explicar o que aconteceu. Levamos muitos contra-ataques, toda hora que o Figueirense descia marcava um gol”, comentou o jogador, desolado. “Precisamos esquecer essa derrota.” De fato, os jogadores do Palmeiras não tinham muito o que explicar depois do humilhante resultado. Por isso, alguns preferiram pôr a culpa na arbitragem. “Só ele (o árbitro) viu a falta no lance do primeiro gol”, arriscou Correa, referindo-se ao lance em que Schwenk fez Figueirense 1 a 0, logo no primeiro minuto de jogo. Cinco minutos depois, Fininho ampliou para 2 a 0, e Carlos Alberto, aos 12, marcou o terceiro. Ainda no primeiro tempo, Washington para 3 a 1, mas logo no começo do segundo o Figueirense chegaria aos 5 a 1, com dois gols de Soares, aos 2 e

aos 4 minutos. Schwenk, aos 34, completou a goleada. Em meio ao clima tenso após o final da partida, o que mais se comentava era a possibilidade de queda do técnico Leão. Reunida ontem pela manhã na Academia de Futebol em caráter de urgência, a diretoria decidiu manter Emerson Leão como treinador, uma vez que o clube enfrenta o rival São Paulo na quarta-feira pelas oitavas-de-final da Copa Libertadores da América. O encontro teve a presença do presidente Affonso Della Monica; Salvador Hugo Palaia, diretor de futebol; Ilton José da Costa, gerente de futebol; e José Cyrillo Júnior, um dos vice-presidentes do clube. No entanto, sabe-se que uma nova reunião, marcada para hoje, deverá selar de vez o destino do técnico. A decisão de demitir Leão só não teria sido tomada antes porque ainda existem duas correntes no clube. O diretor de futebol do clube, Salvador Hugo Palaia, acredita que o treinador não tem culpa e aponta os jogado-

res como responsáveis pelo momento ruim da equipe. Já o vice-presidente José Cyrillo Júnior afirmou que o time não vem apresentando um bom futebol há algum jogos e o técnico não tem conseguido mudar este panorama. “Vamos ter uma conversa com ele na segunda-feira para saber o que está acontecendo. Ele disse ao nosso diretor de futebol (Salvador Hugo Palaia) que sentiu o grupo motivado nesta semana e aí leva uma goleada destas”, afirmou Cyrillo em entrevista à Rádio Jovem Pan. “Na nossa decisão não vai pesar apenas o resultado do jogo contra o Figueirense, que foi bastante embaraçoso para o Palmeiras. O problema é que o time já não foi bem contra o Cerro e na estréia do Brasileiro, contra a Ponte Preta. Além disso, você não vê reação da equipe”, acrescentou o dirigente. Diferentemente do vice-presidente, Salvador Hugo Palaia adota outra discurso: “O Leão tem contrato até 31 de dezembro e hoje é o técnico do Palmeiras”.

Técnico corre risco após derrota vexatória: 6 a 1 para o Figueirense


2

Passe Livre Copa do Brasil Camp. Brasileiro Série B

DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 24 de abril de 2006

É só colocar um juiz que apite o que acontece que o Corinthians ganha.” Ademar Braga, técnico

SÓ O FLUMINENSE GANHOU DUAS VEZES

FIM DE UM TRAUMA paSse livre M Dívida com Telê Robson Fernandjes/AE

ais que a primeira vitória do atual campeão neste Brasileiro, os 3 a 0 do Corinthians sobre o São Caetano no jogo disputado sábado, no Pacaembu, serviram para afastar um fantasma. Nos últimos anos, o time do ABC vinha sendo o adversário mais fatalista para as pretensões corintianas. Basta dizer que foi o único time que conseguiu vencer o campeão brasileiro de 2005 no turno e no returno do ano passado. No começo da partida, que marcou a estréia do goleiro Sílvio Luiz, ex-São Caetano, no Corinthians, parecia que a história mais uma vez iria se repetir, pois foi o São Caetano quem começou melhor. Aos 18 minutos, porém, Maxsuel fez pênalti em Tevez e foi expulso, pois já havia recebido cartão amarelo por fazer uma falta violenta no mesmo jogador. O próprio argentino cobrou, fazendo Corinthians 1 a 0. Em seguida, o São Caetano reclamou um pênalti de Betão em Wellington Amorim, que não foi marcado pelo árbitro Elvécio Zequetto, do Mato Grosso do Sul. Melhor em

Roberto Benevides

M

Ricardinho fez o segundo nos 3 a 0 do Corinthians sobre o São Caetano, um adversário sempre difícil

campo, o Corinthians fez o segundo com Ricardinho, aos 10 minutos da segunda etapa, em cobrança de falta. Roger, que substituiu Ricardinho, fez o terceiro, aos 43 minutos. Nessa partida, o técnico Ademar Braga não poupou nenhum titular para o jogo de quarta-feira, pela Libertadores, contra o River Plate. Ape-

nas Rubens Júnior entrou na lateral-esquerda no lugar de Gustavo Nery, contundido. Jogou tão bem que teve seu nome gritado pela torcida. A decisão do técnico foi bastante elogiada pelos atletas, pois o Corinthians precisava se redimir da derrota por 2 a 0 para o Grêmio, em Porto Alegre, na estréia do Brasileiro. “Não tem nada que

priorizar, precisamos ganhar tudo”, afirmou Tevez. “O jogo foi de suma importância para a gente subir e fazer uma boa partida na Argentina.” “Estamos jogando cada vez melhor”, avaliou, por sua vez, o técnico Ademar Braga, já no vestiário. “Fizemos 3 a 0 e perdemos muitos outros gols. É assim que eu quero o time.”

orreu Telê Santana sem ter conseguido acompanhar nos últimos tempos, com o interesse que sempre marcou sua relação com o mundo da bola, os times e os jogadores que têm aproximado cada vez mais o futebol brasileiro dos sonhos que ele alimentou ao longo da carreira. A herança de Telê está nos campos. Por mais que o Brasil tenha perdido craques e promessas ultimamente para outros países, principalmente os grandes da Europa, continuam surgindo por aqui os talentos capazes de fazer rolar a bola com a técnica e a consciência que Telê sempre procurava impor às equipes que dirigia. O futebol brasileiro deste milênio já não irritaria tanto o crítico Telê. Aquele jogo de muita marcação e correria, de uma certa violência e desprezo à técnica - de que os times de Telê e a sua Seleção de 1982 foram exceção entre o final dos anos setenta e o meio dos anos noventa - já não é a marca principal do futebol que hoje se pratica no país. Mesmo times aguerridos, como o São Paulo e o Corinthians atuais, dispensam a violência e jogam com a fluência que encantava Telê. O Santos de Diego e Robinho, o Corinthians de Rincón, Vampeta, Ricardinho, Edílson e Marcelinho, o Vasco de Juninho Pernambucano e Edmundo, o Palmeiras de Djalminha, Müller, Luizão e Rivaldo são outros exemplos, mais ou menos recentes, de que o futebol sonhado por Telê aos poucos foi se fazendo real nos campos do Brasil. Se não tivesse sido obrigado a deixar o trabalho em 1995, derrubado por problemas de saúde, certamente Telê teria contribuído ainda mais para o desenvolvimento recente do futebol brasileiro. Mas o futebol de hoje deve muito a ele.

PERDÃO

É MELHOR CALAR

Grande jogador, técnico extraordinário, Telê Santana dava especial atenção à vida econômica de seus jogadores, ensinando-lhes a poupar e investir. Era, ele mesmo, um grande pãoduro. Contam os amigos que, certa vez, foi procurado pelo caseiro do seu sítio: - Seu Telê, o senhor me perdoe, mas nós estamos ganhando muito mal. - Que é isso, meu filho? Está perdoado - respondeu o técnico e nada mais disse.

O palmeirense Correa furou a greve de silêncio para reclamar da arbitragem na derrota por 6 a 1 para o Figueirense. Caladinho, teria se saído bem melhor.

VOZ DA EXPERIÊNCIA

DESAPARECIDO

O jovem time do Corinthians, que não tem contado com a liderança do experiente Ricardinho, festeja a chegada do goleiro Silvio Luiz, de 29 anos: "Ele passou toda a partida contra o São Caetano orientando a defesa e deu tranqüilidade a mim e ao Betão, que somos jovens", elogiou o zagueiro Marcus Vinícius após os 3 a 0. Em nove jogos pelo Brasileirão, foi a segunda vez que o Corinthians bateu o São Caetano.

A polícia suíça está investigando o desaparecimento do brasileiro Rafael de Araujo, atacante do Zurique, que está não aparece no clube há nove dias, desde o jogo contra o St. Gallen. "Ele foi seqüestrado", afirma o técnico Lucien Favre. Rafael, de 21 anos, ex-jogador do Vitória, vinha sendo chantageado por dois de seus agentes, segundo denúncia de dirigentes do clube suíço.

A PERIGO Não será nada fácil a semana de Emerson Leão no Palmeiras, que pega o São Paulo em mata-mata da Libertadores na quarta, se é que haverá semana para o treinador no Parque Antártica.

*Com Agência Estado e Reuters

SÉRIE B

M

COPA DO BRASIL

O melhor paulista elhor time entre os seis paulistas que disputam a Série B do Campeonato Brasileiro, o Guarani foi ao Paraná no sábado e voltou com um bom empate de 1 a 1 diante do Coritiba. Ânderson, cobrando pênalti, abriu a contagem para o Coritiba, já aos 36 minutos do segundo tempo. O Guarani, porém, ainda encontrou forças para empatar, com um gol de Deivid, também de pênalti, apenas dois minutos depois. O líder da Série B é o Sport, único

time que venceu as duas partidas disputadas até aqui. Entre os outros paulistas, o pior resultado foi o da Portuguesa. Jogando em Maceió no feriado de sexta-feira, a Lusa acabou derrotada pelo CRB por 1 a 0, gol de Juninho Cearense aos 40 minutos do primeiro tempo. As demais partidas colocaram os paulistas jogando entre si e terminaram empatadas. Na terça-feira, Santo André e Marília ficaram no 1 a 1, mesmo resultado de Ituano x Paulista, ontem.

Orlando Kissner/AE

Com o 1 a 1 de sábado, contra o Coritiba, no Paraná, Guarani chega a 4 pontos e aparece em terceiro na classificação

Quatro do Rio, três de Minas e o Santos

2ª rodada Santo André 1 x 1 Marília Sport 3 x 0 Gama CRB 1 x 0 Portuguesa Paysandu 1 x 0 América-RN Atlético-MG 3 x 1 Náutico Brasiliense 1 x 1 Ceará Coritiba 1 x 1 Guarani Vila Nova 1 x 2 Remo São Raimundo 0 x 0 Avaí Ituano 1 x 1 Paulista

F

Classificação

P

V

S

1 Sport

6

2

4

5

2 Atlético-MG

4

1

2

4

3 Guarani

4

1

1

4

4 Ceará

4

1

1

3

Coritiba

4

1

1

3

Ituano

4

1

1

3

Paulista

4

1

1

3

8 CRB

3

1

0

3

Remo

3

1

0

3

10 Paysandu

3

1

0

2 4

GP

11Náutico

3

1

-1

12 Gama

3

1

-1

2

13 Marília

2

0

0

2

14 São Raimundo

2

0

0

1

15 Brasiliense

1

0

0

1

16 Avaí

1

0

-1

1

Portuguesa

1

0

-1

1

Santo André

1

0

-1

1

19 América-RN

0

0

-2

1

20 Vila Nova

0

0

-3

1

oram definidos na semana passada os oito times classificados para as quartasde-final da Copa do Brasil, que continuam na briga pelo título e por uma das vagas brasileiras na Libertadores de 2007. Destes, quatro são do Estado do Rio de Janeiro (Flamengo, Fluminense, Vasco e Volta Redonda), três de Minas Gerais (Atlético, Cruzeiro e Ipatinga) e apenas um de São Paulo (o Santos). A classificação santista foi dramática. Após a vitória sobre o Brasiliense na Vila Belmiro, na semana anterior, o Santos jogou na Boca do Jacaré, em Taguatinga (DF), na quarta-feira passada, precisando apenas do empate para se classificar. No entanto, foi o Brasiliense que fez 1 a 0, gol de Joãozinho, aos 23 minutos do primeiro tempo. O resultado, que ia classificando o time de Brasília por ter marcado um gol fora de casa, ia permanecendo até faltarem onze minutos para o final do jogo, quando Reinal-

do marcou o gol salvador da classificação do Santos. A outra equipe paulista viva na disputa até as oitavasde-final era o Guarani, que derrotou o Flamengo por 1 a 0 em Campinas, também na quarta-feira, com um gol de Juliano, aos 15 minutos do primeiro tempo. Mas como na partida de ida, no Maracanã, o Flamengo havia goleado o Guarani por 5 a 1, aca-

bou ficando com a vaga. ÚLTIMOS RESULTADOS (no destaque, os classificados para as quartas-de-final): 19/4 Fluminense-RJ 4 x 0 Vila Nova-GO; Guarani-SP 1 x 0 Flamengo-RJ; Fortaleza-CE 1 x 3 Atlético-MG; Náutico-PE 1 x 3 Ipatinga-MG; Brasiliense-DF 1 x 1 Santos-SP; 15 de Novembro-RS 2 x 1 V. Redonda-RJ; Cruzeiro-MG 4 x 0 Vitória-BA. 20/4 Vasco-RJ 1 x 0 Criciúma-SC


segunda-feira, 24 de abril de 2006

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Liber tadores Liga dos Campeões Camp. Português Camps. Europeus

3 Como São Paulo, Palmeiras e Goiás enfrentam-se antes na Libertadores, somente um dos três chegará às semifinais.

GOL DE BRASILEIRO GARANTE TAÇA AO PORTO

MATA-MATA Djalma Vassão/AE

Hélvio Romero/AE

C

omeçam neste meio de semana as oitavas-de-final da Libertadores. Daqui até a decisão do título a classificação se dará pelo sistema de mata-mata, com as equipes se enfrentando em dois jogos. O duelo que chama mais a atenção dos brasileiros será realizado entre Palmeiras e São Paulo, que se enfrentam nesta quarta-feira, no Parque Antarctica, a partir das 19h15. O Palmeiras teve a classificação definida como segundo colocado de seu grupo na semana retrasada, enquanto o São Paulo terminou em primeiro graças à vitória por 2 a 0 sobre os venezuelanos do Caracas, no Morumbi, na última quinta-feira. Além disso, contou com o empate por 0 a 0 entre Chivas e Cienciano, do Peru, que acabou deixando os mexicanos em segundo. São Paulo e Palmeiras repetirão o duelo pelas oitavas da competição no ano passado, em que o São Paulo acabou eliminando o rival e posteriormente chegou ao título. Enquanto o Tricolor entrará em campo com força máxima (o técnico Muricy Ramalho poupou sete titulares do jogo de ontem, contra o Fortaleza, pelo Camnpeonato Brasileiro), o Palmeiras vive uma crise.

São Paulo de Rogério e Palmeiras de Edmundo duelam pelas oitavas

Após a goleada por 6 a 1 para o Figueirense, em Santa Catarina, o técnico Emerson Leão passou a ser ameaçado de perder o cargo, o que pode acontecer até mesmo antes do jogo. Também na quarta, o Corinthians vai a Buenos Aires enfrentar o River Plate. Com os 3 a 0 da última quarta sobre o Deportivo Cáli, no Pacaembu, e a vitória do Tigres, do México, no último minuto da partida contra o Universidad Católica, do Chile, o Alvinegro términou como primeiro colocado de seu grupo, o que lhe dá a vantagem de decidir em casa. O River, que foi segundo em seu grupo, é treinado pelo excorintiano Daniel Passarella.

As outras duas equipes brasileiras classificadas para as oitavas da Libertadores também estarão em campo. Amanhã, o Goiás vai a La Plata, na Argentina, enfrentar o Estudiantes. Depois, decidirá a vaga no Estádio Serra Dourada, em Goiânia, vantagem que conseguiu ao terminar em primeiro lugar no seu grupo, com o empate por 0 a 0 com o Unión Española, do Chile,em Goiânia, na quarta-feira passada. Na quinta, o Internacional vai a Montevidéu, no Uruguai, fazer o jogo de ida contra o Nacional. Na primeira fase, as duas equipes estavam no mesmo grupo, o 6. O Inter terminou em primeiro, e por isso

terá a vantagem de decidir em casa. Nos confrontos pela primeira fase, houve uma vitória do Inter (3 a 0, no Beira-Rio) e um empate (0 a 0, no Estádios Centenário, em Montevidéu). Ambos alcançaram a classificação na terça passada, o Inter

jogando em casa, com um goleada sobre o Maracaibo, da Venezuela, por 4 a 0, O Nacional empatando no México com o Pumas, em 1 a 1. Nos demais confrontos que não envolverão brasileiros, LDU, do Equador, e Atlético Nacional, da Co-

lômbia, enfrentam-se amanhã. Independiente Santa Fé, da Colômbia, e Chivas, do México, jogam na quarta. E na quinta entram em campo Velez Sarsfield e Newel's, da Argentina, e Libertad, do Paraguai, contra Tigres, do México.

Milan é só dúvidas Porto é campeão O

S

te com o Alavés. É uma questão de tempo para que se faça t na Espanha, depois de França e Portugal, uma festa brasileira - com os astros Ronaldinho Gaúcho, Belletti, Edmilson, Silvinho, Thiago Motta e Deco.

influência brasileira pode chegar ao título. O Barcelona, que não pôde fazer o jogo de ontem contra o Sevilla porque a cidade sofreu um temporal, conquistará o bicampeonato espanhol se vencer o Cádiz e o Valencia não passar de um empa-

ção do outro candidato espanhol ao título europeu: o Barcelona precisa apenas de um empate em casa e conta com Ronaldinho Gaúcho, o grande craque do futebol mundial na atualidade e principal fator de desequilíbrio da vitória em Milão, a ponto de ganhar um desmedido elogio do adversário Cafu : "Ele ainda não fez o que Pelé fez, mas pode fazer."

Porto dos brasileiros Helton, Paulo Assunção, Alan, Ibson, Jorginho e Adriano Louzada, treinado pelo holandês Co Adriaanse, que brigou com o meia Diego e se dá ao luxo de nem sequer colocá-lo no banco, é o campeão português da temporada 2005/2006 graças à vitória, fora de casa, por 1 a 0 sobre o Penafiel. O gol, claro, foi brasileiro - marcado pelo atacante Adriano Louzada, de pênalti, no primeiro minuto do segundo tempo. O Porto chegou a 78 pontos e, com três rodadas para o término do campeonato, o vice-líder Sporting (65 pontos e um jogo a menos) não tem mais como alcançar a equipe do norte de Portugal. A festa do Porto quase foi estragada por sua própria torcida, que invadiu o campo antes do fim do jogo para comemorar o título com os jogadores. A partida foi interrompida por 20 minutos. No próximo fim de semana, outra equipe européia de forte

ESPANHA

INGLATERRA

FRANÇA

ALEMANHA

PORTUGAL

34ª rodada Villarreal 0 x 2 Real Sociedad Alavés 0 x 1 Atletico Madrid Celta 4 x 0 Zaragoza Athletic Bilbao 0 x 3 Valencia Cádiz 1 x 1 La Coruña Espanyol 2 x 0 Betis Mallorca 0 x 1 Osasuna Racing Santander 1 x 3 Getafe Real Madrid 2 x 1 Málaga Sevilla x Barcelona (adiado)

35ª rodada Wigan 3 x 2 Aston Villa Birmingham 2 x 1 Blackburn Arsenal 1 x 1 Tottenham Bolton 4 x 1 Charlton Everton 0 x 0 Birmingham Newcastle 3 x 0 West Bromwich Portsmouth 2 x 1 Sunderland Fulham x Wigan (amanhã)

35ª rodada Sochaux 0 x 3 Bordeaux Monaco 2 x 1 Lyon, adiados de outras rodadas, foram os únicos jogos do Campeonato Francês disputados no fim de semana em que o Nancy conquistou a Copa da França ao bater o Nice por 2 a 0.

30ª rodada Colônia 3 x 1 Duisburgo Arminia Bielefeld 0 x 1 Wolfsburg Borussia Dortmund 2 x 1 Nurnberg Hamburgo 0 x 2 Bayer Leverkusen Kaiserslautern 1 x 0 Hannover Borussia Monchen. 2 x 2 Hertha Stuttgart 0 x 2 Eintracht Frankfurt Mainz 2 x 2 Bayern Werder Bremen 0 x 0 Schalke

32ª rodada Vitória Guimarães 1 x 1 Boavista Penafiel 0 x 1 Porto Gil Vicente 1 x 0 Rio Ave Paços Ferreira 1 x 1 Belenenses União Leiria 1 x 1 Amadora Vitória Setubal 0 x 1 Marítimo Nacional 1 x 1 Benfica Sporting 0 x 0 Naval Acadêmica x Braga (hoje)

ó amanhã o técnico Carlo Ancelotti saberá se poderá contar com Kaká no jogo de quarta contra o Barcelona, na Espanha, pela rodada de volta das semifinais da Liga dos Campeões da Europa. O meiaatacante brasileiro do Milan levou uma pancada no joelho direito nos 3 a 1 de sábado sobre o Messina, pelo Campeonato Italiano, foi substituído ainda no primeiro tempo e é uma das três dúvidas para o jogo em Barcelona: Nesta e Ambrosini estão também contundidos. Assim, o que ficou difícil após a vitória do Barcelona por 1 a 0 em Milão se torna praticamente impossível. O Milan precisa vencer na Espanha para passar à final da Liga dos Campeões, que será disputada dia 17 de maio em Paris contra o vencedor do confronto Villarreal e Arsenal, que começou com a vitória do time inglês, em casa, por 1 a 0. Os dois times decidem a sorte amanhã, em Castellón. Embora sem jogar bem, o Arsenal, que tem a me-

lhor defesa da Liga e já desclassificou Juventus e Real Madrid, não permitiu que os espanhóis marcassem fora de casa, o que tinha garantido aos espanhóis ganhar os confrontos com o Rangers e a Internazionale. Em casa, o Villarreal tem de vencer por mais de um gol de diferença para se classificar nos 90 minutos. Bem mais cômoda é a posi-

ITÁLIA 35ª rodada Roma 0 x 0 Sampdoria Ascoli 2 x 2 Cagliari Fiorentina 2 x 1 Empoli Internazionale 4 x 0 Reggina Juventus 1 x 1 Lazio Lecce 1 x 1 Treviso Livorno 3 x 1 Palermo Messina 1 x 3 Milan Parma 1 x 1 Siena Udinese 1 x 1 Chievo

Classificação

P

V

S

1 Chelsea

88

28

49

Nuno Guimarães/AE

Brasileiros Adriano, Ibson e Helton comemoram o título português

GP 69

Classificação

P

V

S

GP

Classificação

P

V

S

GP

Classificação

P

V

S

Classificação

P

V

S

GP

Classificação

P

V

S

GP

2 Manchester United

79

24

37

68

1 Lyon

78

23

35

61

1 Bayern

70

21

33

60

1 Porto

75

23

36

50

1 Juventus

82

24

41

64

1 Barcelona

73

22

44

73

3 Liverpool

73

22

27

49

2 Bordeaux

64

17

17

39

2 Hamburgo

65

20

25

49

2 Sporting

66

20

23

46

GP

2 Milan

79

25

50

78

2 Valencia

65

18

24

52

4 Tottenham

62

17

15

51

3 Lille

58

15

23

48

3 Werder Bremen

61

18

33

66

3 Benfica

64

19

23

49

3 Internazionale

74

23

39

65

3 Real Madrid

63

18

29

60

5 Arsenal

58

17

30

58

4 Rennes

56

18

-1

45

4 Schalke 04

55

14

14

41

4 Braga

54

16

14

34 36

4 Fiorentina

68

20

21

59

4 Osasuna

62

19

6

45

6 Blackburn

54

16

4

46

5 Olympique

55

15

8

39

5 Bayer Leverkusen

47

13

11

55

5 Boavista

49

12

9

5 Roma

65

18

28

64

5 Celta

57

18

10

40

7 Newcastle

54

16

4

46

6 Lens

53

12

10

41

6 Hertha

45

11

7

46

6 Nacional

48

13

7

38

6 Lazio

53

13

5

51

6 Sevilla

53

15

7

40

8 Bolton

52

14

8

47

7 Auxerre

53

15

6

42

7 Borussia Dortmund

41

10

2

39

7 Vitória de Setúbal

45

14

-4

27

7 Chievo

52

13

7

50

7 La Coruña

52

14

5

44

9 Wigan

51

15

-3

42

8 PSG

51

13

9

41

8 Stuttgart

40

8

0

32

8 Marítimo

42

10

1

35

8 Livorno

47

12

-5

37

8 Atletico Madrid

50

13

10

43

10 West Ham

49

14

-4

48

9 Le Mans

50

13

4

30

9 Borussia Mönchen.

38

9

-7

36

9 União Leiria

41

11

-3

37

9 Palermo

46

11

-3

47

9 Getafe

50

14

7

50

11 Charlton

47

13

-8

41

10 Monaco

49

13

6

36

10 Nuremberg

37

10

-6

40

10 Estrela Amadora

39

10

-4

29

10 Parma

45

12

-10

43

10 Villarreal

49

12

8

42

12 Everton

46

13

-16

31

11 Nice

49

13

0

29

11 Arminia Bielefeld

37

10

-9

29

11 Belenenses

38

11

-1

40

11 Sampdoria

39

10

-2

45

11 Zaragoza

42

9

-5

41

13 Middlesbrough

43

12

-8

47

12 Saint-Etienne

46

11

-4

28

12 Hannover

36

7

-3

38

12 Paços Ferreira

38

10

-13

34

12 Ascoli

39

8

-8

38

12 Real Sociedad

38

11

-15

43

14 Manchester City

40

12

-1

40

13 Nantes

44

11

-1

35

13 Eintracht Frankfurt

34

9

-7

39

13 Acadêmica

37

10

-8

35 35

13 Udinese

39

10

-15

36

13 Espanyol

37

9

-18

33

15 Aston Villa

39

9

-11

39

14 Nancy

44

11

-2

29

14 Wolfsburg

33

7

-18

30

14 Gil Vicente

36

10

-6

14 Empoli

39

11

-16

42

14 Betis

37

9

-16

30

16 Fulham

39

11

-12

43

15 Toulouse

40

10

-8

31

15 Mainz

31

7

-5

42

15 Naval

36

10

-12

34

15 Reggina

38

10

-14

34

15 Athletic Bilbao

35

8

-10

33

17 Portsmouth

35

9

-24

34

16 Sochaux

37

9

-15

30

16 Kaiserslautern

30

8

-24

42

16 Rio Ave

34

8

-14

31

16 Siena

37

9

-15

41

16 Racing Santander

34

7

-12

29

18 Birmingham

33

8

-21

28

17 Troyes

35

8

-11

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17 Colônia

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6

-17

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17 Vitória de Guimarães

34

8

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17 Cagliari

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17 Mallorca

34

7

-17

30

19 West Bromwich

29

7

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29

18 Strasbourg

28

5

-17

30

18 Duisburg

23

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18 Penafiel

15

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18 Messina

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6

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18 Alavés

33

7

-16

32

20 Sunderland

12

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-40

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19 Ajaccio

27

6

-27

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19 Lecce

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19 Cádiz

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20 Metz

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20 Treviso

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20 Málaga

24

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

segunda-feira, 24 de abril de 2006

Foi um final desapontador para um fim de semana em que fomos fortes." Rubens Barrichello

O DUELO ALONSO X SCHUMACHER

Max Rossi/Reuters

Vôlei Tênis Fórmula 1 Rumo à Copa

ELE VOLTOU Schumacher vence o GP de San Marino depois de bater o recorde de poles - que era de Senna

H

á algum tempo o heptacampeão Michael Schumacher não vivia um fim-de-semana tão feliz nas pistas. Após conseguir a 66ª pole-position na carreira, quebrando o recorde histórico de Ayrton Senna, o piloto alemão ganhou o GP de San Marino e parece ter entrado na briga pelo título de 2006. Foi o primeiro GP do ano não vencido pela Renault . O piloto da Ferrari resistiu duramente à perseguição persistente do espanhol Fernando Alonso - que chegou em segundo lugar e continua liderando o campeonato - para alcançar sua primeira vitória na temporada, sétima em Ímola e

85ª na carreira. O colombiano Juan Pablo Montoya, da McLaren, completou o pódio. Schumacher, agora com 21 pontos, subiu da quarta para a segunda colocação, mas continua longe de Alonso, atual campeão, que venceu os GPs do Bahrain e da Austrália e tem 36 pontos. Em Ímola, de certa forma, inverteu-se a situação do ano passado, quando Alonso venceu, seguido de Schumacher. Desta vez, o alemão conseguiu garantir a vitória por dois segundos de vantagem. "É ótimo, o que mais posso dizer?" - festejou, abraçando o chefe de equipe Jean Todt no pódio. "Tivemos um fim de semana fantástico", acrescentou Schu-

macher. "A corrida foi um pouco complicada, mas sabemos que ultrapassar aqui é muito difícil", completou. De fato, Alonso largou na quinta posição, conseguiu ganhar alguns postos já na largada e, na 35ª volta, já estava na cola do piloto da Ferrari. Depois da parada de ambos, começou o verdadeiro duelo. O alemão estava muito mais lento com seu segundo jogo de pneus e Alonso vinha logo atrás, tirando, em 10 voltas, a vantagem de 11 segundos. Alonso tentou por três vezes a ultrapassagem, sem sucesso. "Aguardei uma oportunidade e ela não veio", lamentou o atual número um do mundo. "Por sorte, este é um circuito

Decisão no Mineirinho

O

Cimed tinha a vantagem de brigar pelo seu primeiro título da Superliga Masculina de Vôlei em casa, mas o Telemig Celular/Minas não deu chance à equipe de Renan Dal Zotto e igualou a série melhor-de-cinco por 2 a 2. A decisão do título será no próximo sábado, agora no Mineirinho. O time de Florianópolis tem apenas dez meses de vida. O Minas é dono de uma grande tradição no vôlei masculino. No jogo de sábado, em São José (SC), o Minas derrotou o Cimed por 3 sets a 0 (26/24, 25/19 e 25/20). "Cada bola vale a vida", apelou o técnico Renan, no seu último pedido de tempo, no terceiro set, quando o jogo estava 23 a 20 para o rival. Seu time não conseguiu retomar o controle da partida quando perdeu a grande vantagem que tinha no placar (21/17) na primeira parcial. O time de Belo Horizonte já havia vencido (3 a 1) o primeiro jogo, mas perdeu os dois seguintes (por 3 a 0 e 3 a 2). O técnico argentino Jon Uriarte destacou a capacidade de recuperação do seu time: "Nesse playoff, sabíamos que o time também teria força para virar uma desvantagem." Agora, ele espera ser campeão no Mineirinho lotado.

em que aprendermos no ano passado que é quase impossível ultrapassar, a menos que alguém cometa um erro", disse Schumacher. Alonso também estava feliz ao final da corrida: "Oito pontos aqui são perfeitos para mim, principalmente porque tirei outros quatro ou cinco de Giancarlo e Kimi." Kimi Raikkonen, da McLaren, Mark Webber, da Williams, Jenson Button, da Honda, e Giancarlo Fisichella, da Renault, fecharam a zona de pontuação. Os brasileiros Rubens Barrichello, que largou em terceiro, e Felipe Massa, que largou em quarto, não conseguiram chegar ao pódio. Enquanto Barrichello, da

Honda, teve problemas no abastecimento de seu carro e chegou em décimo, Massa conseguiu pontuar pela segunda vez com a Ferrari, ficando na quarta colocação. Foi a segunda vez que pontuou no ano, mas ainda não chegou ao pódio. "Foi uma corrida muito difícil, mas correu tudo bem para a Ferrari no final. A vitória do Michael e o meu quarto lugar são um resultado muito bom", conformou-se Massa. O piloto brasileiro, com nove pontos no campeonato, disse que teve alguns problemas em parte da prova, mas chegou bem ao final e garantiu: "Eu gostaria de estar no pódio, mas foi importante pelo menos marcar mais pontos em casa."

Nelsinho lidera GP-2

Eric Gaillard/Reuters

MUNDIAL DE PILOTOS: 1. Alonso (ESP/Renault), 36; 2. Schumacher (ALE/Ferrari), 21; 3. Raikkonen (FIN/McLaren), 18; 4. Montoya (COL/ McLaren) e Fisichella (ITA/Renault), 15; 6. Button (ING/Honda), 13; 7. Massa (BRA/Ferrari), 9; 8. R. Schumacher (ALE/Toyota), 7; 9. Webber (AUS/Williams), 6; 10. Villeneuve (CAN/BMW ) e Heidfeld (ALE/BMW ), 5; 12. Barrichello (BRA/Honda) e Rosberg (ALE/Williams), 2; 14.Coulthard (ESC/Red Bull) e Klien (AUT/Red Bull), 1. MUNDIAL DE CONSTRUTORES: 1. Renault, 51; 2. McLaren, 33; 3. Ferrari, 30; 4. Honda, 15; 5. BMW, 10; 6. Williams, 8; 7. Toyota, 7; 8. Red Bull, 2.

Rei do saibro

Gilvan de Souza/Lancepress

elsinho Piquet continua na liderança da GP-2. Neste domingo, em Ímola, no GP de San Marino - a segunda corrida da categoria no fim de semana -, o brasileiro chegou atrás do venezuelano Ernesto Viso, na quarta prova da temporada. Soma agora 25 pontos, sete a mais que o italiano Gianmaria Bruni. No sábado, Nelsinho fez o quinto lugar. A GP2 faz as preliminares das corridas de Fórmula 1. Em Valência, na Espanha, Nelsinho ganhou a prova de sábado e terminou em quarto lugar no domingo.

N

Bernardinho e Fernanda: a uma vitória de mais um título

Por uma vitória ob o olhar atento e aflito do técnico Bernardinho, com a perna engessada, a Rexona/Ades tem novamente a vantagem nas finais da Superliga Feminina de Vôlei. Jogando em casa, no sábado, o time do Rio venceu a Finasa/Osasco por 3 sets a 1 (25/23, 24/26, 25/20 e 25/19) e lidera a melhor-decinco por 2 a 1. O próximo jogo será em

S

Barueri, na quarta. Uma vitória dará o título à jovem equipe carioca, liderada pela levantadora Fernanda Venturini, que, prestes a encerrar a carreira, não esconde: "Quero ajudar essa garotada a ganhar o título." Em Osasco, a ordem do técnico Paulo Coco é corrigir o passe. "No Rio, o passe não trabalhou bem, e o bloqueio do Rexona foi mais eficiente", avaliou.

Superbike é australiana brasileiro Alexandre Barros fez um 14º e um 11º lugares na pista de Cheste, em Valência, Espanha, na Superbike, versão alternativa da categoria MotoGP, o Mundial de motos. O vencedor das duas provas foi o australiano Troy Bayliss - líder da categoria -, seguido de seu compatriota Troy Corser. Na classificação geral, Alex Barros é quarto. A dupla australiana venceu a prova espanhola e está nas duas primeiras colocações , com 100 e 83 pontos, respectivamente.

O

Rafael Nadal volta a vencer Federer e é bicampeão em Montecarlo

A

tual "rei do saibro", Rafael Nadal conquistou o bicampeonato do Masters Series de Montecarlo ao derrotar o suíço Roger Federer, por 6/2, 6/7 (6/8), 6/3 e 7/6 (7/5), e deixou claro que é candidato ao título de Roland Garros. O espanhol de 19 anos é o único tenista que venceu Federer na atual temporada e já foram duas vezes: nas finais de Dubai e Montecarlo. "Não foi nada fácil superar o número 1 do mundo", confessou Nadal, que venceu quatro dos últimos cinco jogos disputados com Federer. A conquista em Montecarlo coloca Na-

dal com a incrível marca de 42 vitórias consecutivas no saibro. E, depois de ter superado os recordes de Ilie Nastase (38 jogos) e de Tomas Muster (40), ele poderá superar Bjorn Borg, com 46 vitórias, esta semana no ATP Tour de Barcelona. Para Federer, restou uma lição depois de ver sua seqüência de 29 vitórias em torneios do Masters Series ser quebrada. "Gosto destas batalhas com o Nadal e tive algumas respostas de como se deve jogar no saibro. Apesar de não ter vencido a final, sinto que estou mais bem preparado para Roland Garros."

Sérgio Moraes/Reuters

Parreira após Parreira N

ormalmente avesso a entrevistas, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, garantiu aos repórteres Silvio Barsetti e Michel Castellar, da Agência Estado, que já tem na cabeça o sucessor ideal de Carlos Alberto Parreira, qualquer que seja o resultado da Seleção Brasileira na Copa da Alemanha: o próprio Parreira. O presidente disse que Parreira e Zagallo só saem da

Seleção se quiserem, como aconteceu com Parreira depois de 1994. A questão do técnico pósCopa da Alemanha... Ricardo Teixeira - (Interr o m pe n d o ) Esse assunto não existe. Não passou e nem passa na minha cabeça! Então, esquecemos o pósCopa. Qual o perfil ideal para ser o treinador da Seleção?

Parreira . Sem citar nomes. Mas o perfil de comportamento? É o do Parreira. Vamos ser objetivos: eu tive a opção de escolher o técnico e, se o escolhido foi o Parreira, é porque ele tem o perfil que eu quero. Não adianta ficar um cara querendo plantar técnico na Seleção com notícia de jornal porque não vai conseguir. Quais as características do

Parreira de que o senhor mais gosta? Todas. Então, já é possível afirmar que Parreira não deixará a Seleção após a Copa da Alemanha? Para mim, o Parreira não sai! E ele só saiu depois da conquista de 1994 porque quis. Da mesma maneira que o Zagallo. Vai lá na contabilidade e tem um item chamado "móveis e utensílios" (risos) e o Zagallo está lá. Ele é nosso sempre.

Parreira é o homem que a CBF quer na Seleção depois da Copa


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terça-feira, 25 de abril de 2006

ESPECIAL - 3

Divulgação

Educação, o desafio de Maria Clara no Conselho Federal Maria Clara Cavalcante Bugarim, primeira mulher presidente do Conselho Federal, quer levar a contabilidade ao topo das outras profissões regulamentadas e à maior valorização dos profissionais

H

á cerca de vinte anos, quando Maria Clara Cavalcante Bugarim cursava a sua primeira faculdade, no Estado do Alagoas, ela compunha um restrito grupo de 10% de mulheres na classe de estudantes que haviam escolhido Ciências Contábeis como profissão. Hoje, aos 48 anos de idade, casada com o também contador Martônio Coelho, mãe de três filhos, ela assumiu uma posição histórica diante da categoria profissional que passou a integrar. Maria Clara foi empossada em março presidente do Conselho Federal de Contabilidade - CFC, entidade máxima do setor, responsável pelas normas e fiscalização do exercício da profissão no Brasil. O Conselho existe há 60 anos e pela primeira vez elegeu uma mulher para o cargo. Mesmo considerando um processo natural de ocupação da mulher nos espaços profissionais e políticos na sociedade, o fato a deixou muito contente e, ao Diário do Comércio, revelou que por trás de sua

eleição está uma carreira de mais de dez anos junto a entidades contábeis. Entre os cargos que já ocupou está o de presidente do Conselho Regional de Contabilidade de Alagoas, conselheira suplente do CFC, presidente da Fundação Brasileira de Contabilidade e conselheira efetiva do CFC.

Coordenou também o Projeto Nacional da Mulher Contabilista, destinado à valorização feminina na categoria. Além de contadora, Maria Clara é administradora, bacharel em Direito, pós-graduada em Auditoria, mestre em Contabilidade e doutoranda em Engenharia e Gestão do Conhecimento. Sua carreira tem passagem pela área pública. Aos 27 anos

assumiu a diretoria de Contabilidade e Finanças do Instituto Alagoano de Previdência e Assistência Social (IPASEAL) e em 1991 foi empossada, por indicação do governador de Alagoas, no cargo de Auditora Geral do Estado. Hoje atua essencialmente na área acadêmica, como professora de graduação e pós-graduação. "É um grande desafio assumir a Presidência do CFC, não apenas pelo fato de ser mulher, mas também pela responsabilidade em dar continuidade a gestões de alto nível como as que me antecederam". O foco de sua gestão será a educação da contabilidade em todos os níveis, "desde a graduação à titulação de mestres e doutores. O Conselho Federal de Contabilidade investirá para que levemos a contabilidade ao topo das profissões regulamentadas e à maior valorização dos contabilistas brasileiros". Hoje as mulheres representam 36% dos profissionais da Contabilidade. Ao todo, são 139.970 mulheres contabilistas em plena atividade segundo o CFC. (DB)

Universidade Corporativa, a ferramenta do novo contador

Maria Clara Bugarim: foco será a educação da contabilidade em todos os níveis, da graduação à titulação de mestres e doutores

Assessoria Contábil e Fiscal Constituição, Alteração e Encerramento de Empresas. Escrituração Contábil, Fiscal e Previdenciária

A Universidade Corporativa, em parceria com a USP, oferece mais de 120 cursos reconhecidos pelo MEC. O novo contador pode auxiliar na gestão das empresas e desenvolver habilidades de consultoria

Fone: (11) 5662-3100 www.resilconcontabilidade.com.br resilcon@terra.com.br Av. Manuel Alves Soares, 416 São Paulo-SP - CEP 04821-270

Fernando Olivan

A

exigência por profissionais em constante atualização e aperfeiçoamento trouxe novas formas de ensino, voltadas exclusivamente às necessidades e especificidades do mercado de trabalho. É o caso das universidades corporativas, surgidas das experiências de programas de treinamento e desenvolvimento interno nas grandes empresas. Carente deste método de ensino empresarial, o setor de contabilidade ganhou recentemente sua própria universidade, iniciativa do Sescon-SP (Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado de São Paulo), em parceria com a Universidade Cidade de São Paulo. Em atividade desde o início deste ano, a Universidade Corporativa oferece aos profissionais de ciências contábeis, administração de empresas, economia, entre outras áreas, cursos presencias e a distância, por meio da Internet, de qualifica-

ção, pós-graduação, lato sensu e MBA. São mais de 120 cursos disponíveis, de diferentes níveis, reconhecidos pelo MEC. “O novo contador, além dos conteúdos específicos de sua área, deve dominar a utilização das ferramentas da tecnologia de informação, ter conhecimentos de administração e planejamento tributário, para auxiliar na gestão das empresas e desenvolver habilidades de consultoria”, explica o professor e consultor educacional da Universidade Corporativa, Oscar Hipólito. Segundo ele, a criação de um centro de ensino voltado ao profissional da contabilidade tem como função atender esta nova demanda e cita um exemplo: “Há pouco vimos a necessidade da presença de profissionais experientes nas áreas de auditoria e perícias nas CPIs no Congresso Nacional”. A Universidade criada pelo Sescon-SP é aberta ao público em geral e o requisito mínimo para os cursos profissionalizantes, por exemplo, é o ensino secundário completo. Mais informações no site www.universidadesescon.com.br.

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4 -.ESPECIAL

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Boris Lyubner/Getty Images

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A busca da qualidade, agora com certificação O Sescon/SP, sindicato da classe patronal, além de oferecer cursos, treinamentos, seminários, palestras e workshops, criou um programa de certificação de qualidade das empresas contábeis paulistas

alcula-se que o Brasil tenha 80 mil empresas de serviços contábeis assessorando mais de cinco milhões de micro, pequenas e médias empresas em todo o País. Reunidas numa federação, a Fenacon, formada por sindicatos regionais, a classe empresarial contábil possui apenas no Estado de São Paulo 17 mil organizações. O setor é considerado o de maior geração de empregos para a profissão. O Sescon-SP, sindicato que responde pela classe patronal no Estado, tem se preocupado principalmente com a contínuo treinamento dos recursos humanos e com a aferição da qualidade dos serviços prestados pelas organizações con-

Paulo Pampolin/Digna Imagem

tábeis ao púb l ic o - cl i e nt e , formado em grande parte p o r p e q u enos empreendedores. "Muitos desses clientes não sabem sequer utilizar um computador, que dirá compreender e cumprir a complexa legislação tributária vigente e suas obrigações acessórias", comenta Antônio Marangon, presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis do Estado de São Paulo ao analisar o grau de importância do contabilista para o empreendedorismo brasileiro: "Além de sermos vitais para o trabalho do fisco, pois for-

necemos todas as inform a ç õ e s desse público ao governo em todas as suas esfer a s , d e s e mpenhamos um papel social muito importante quando passamos a ser os porta-vozes desses pequenos empresários junto aos órgãos governamentais". Por esta razão, ele destaca q u e a p r i o r i d a d e d o S e scon/SP, assim como outras entidades do setor, tem sido oferecer condições para que as organizações contábeis possam atender seus clientes dentro dos parâmetros ideais de qualidade. Além de oferecer

uma contínua programação de cursos, treinamentos, seminários, palestras e workshops, o sindicato criou um programa de certificação de qualidade das empresas paulistas. Para participar, a empresa deve se inscrever e atender a alguns requisitos mínimos indicados pelo PQEC (Programa de Qualidade de Empresas Contábeis). Entre eles estão as condições da estrutura que abriga a empresa, o preparo profissional dos sócios e de seus recursos humanos, e a qualidade do a t e n d i m e n t o p re s t a d o a o cliente. Após avaliação de informações relatadas nas fichas de insMarangon: o objetivo é o parâmetro ideal de qualidade crição e auditoria no local feita por uma equipe do Sescon-SP, tuação. Esse índice reflete o ní- ço, em São Paulo, e resultou na a organização contábil passa a vel da qualidade dos serviços qualificação de 134 empresas. ter um diagnóstico, acompa- daquela empresa. Caso não O programa vem sendo recebinhado de uma escala de pon- atinja a pontuação necessária do com bastante euforia e polêpara a certificação, ela deve mica pela classe, já que muito buscar se adequar, com infra- dos inscritos nesta primeira faestrutura suficiente e/ou sub- se julgavam-se dentro dos pameter seus recursos humanos a râmetros ideais e o resultado treinamento. Estes podem ser inicial não foi o esperado. Para o presidente do Sesconadquiridos tanto na rede de ensino suplementar como nas ati- SP, “é importante salientar que o vidades educacionais desen- programa é dinâmico e estará volvidas pelo Sescon-SP, com sempre recebendo inscrições e sede no bairro da Luz. A pri- avaliando semanalmente os nomeira etapa de certificação de vos pretendentes". Saiba mais empresas contábeis de São em www.sescon.org.br (DB) Paulo ocorreu em final de mar-


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ESPECIAL - 5

Marcelo Correa

Então vieram novos clientes, multinacionais, e tudo mudou

A

Muitas empresas contábeis brasileiras perceberam a chegada de novos e grandes clientes com a globalização da economia. E quem se preparou ganhou mais corpo, estrutura, qualidade e, claro, faturamento s empresas de contabilidade brasileiras tiveram um grande impulso nos negócios a partir da década de 90. A abertura do mercado, com a quebra de barreiras às importações, e a globalização, que difundiu o conceito de terceirização, trouxeram uma enxurrada de empresas estrangeiras. Acostumadas a atender pequenos clientes e a seguir as normas legais restritas ao segmento, as empresas de contabilidade começaram a ser sondadas pelas multinacionais que aportavam no País interessadas em tornar viáveis seus escritórios comerciais. A partir daí as organizações contábeis do eixo Rio-São Paulo que perceberam a demanda e se dedicaram à causa ganharam mais corpo, estrutura, qualidade e faturamento com a nova clientela. Por exigência legal, não existe estabelecimento estrangeiro no País sem que haja um profissional contábil brasileiro por trás dessa operação. Os desafios para atender a esses grandes clientes foram muitos, a começar pelo conhecimento das leis que regem o setor e as exigências técnicas oriundas das matrizes. A qualidade e a agilidade das operações tiveram de ser redobradas. Muitas delas se valeram do domínio da língua inglesa, do alto nível técnico dos serviços oferecidos, da apreensão de conhecimentos de novas filosofias de administração e de um sofisticado sistema de informática para amarrar essa nova clientela. "Os estrangeiros dão maior valor à contabilidade. O empresário brasileiro geralmente guarda o balanço na gaveta. Os dirigentes de multinacionais, não. Estes usam a contabilidade como instrumento gerencial", conta a mestre em contabilidade pela USP, Carmem de Faria Granja, da J.F. Granja Contábil. A empresa paulista tem uma sede de 800 m² no bairro Ibirapuera, com 80 funcionários dedicados a uma car-

teira 140 clientes, 70% deles internacionais - nomes como a rede americana Cinemark, a austríaca Swarovski, a consultoria canadense Hatch e a grife italiana Miss Sixty. Carmem afirma que os relatórios contábeis desse tipo de cliente em geral são rigorosamente entregues no terceiro dia útil do mês subseqüente. Muitos fazem questão de registrar no contrato de prestação de serviços com a J.F.Granja os prazos de entrega desses relatórios, muitos deles elaborados em inglês. Neles a empresa exibe resumos gráficos de folha de pagamento, de distribuição de receitas com índices comparativos aos dos meses anteriores e outros estudos, conforme o perfil e demanda do cliente. Hoje a J.F.Granja consegue

imprimir esse ritmo de Primeiro Mundo não só para os clientes estrangeiros que assim o determinaram, mas também para os clientes brasileiros que correspondam com suas obrigações na mesma medida, ou seja, entregam os documentos em tempo hábil para serem contabilizados. Um dos aspectos delicados no atendimento ao investidor estrangeiro é explicar o emaranhado de normas tributárias brasileiras e fazê-lo consciente da quantidade de obrigações acessórias implícitas no trabalho junto ao fisco: "Trabalhamos 70% do nosso tempo para o governo e 30% para o nosso empresário-cliente", revela Carmem, salientando que esta é uma triste realidade quando se fala da profissão. Na sua visão, o papel principal deveria ser mo-

nitorar e subsidiar o empresário na gerência de seu negócio por meio de informações a respeito do mercado em que atua: "Para se ter uma idéia, tivemos este ano de criar aqui na J.F.Granja um Departamento de Obrigações Acessórias apenas para atender à crescente demanda do fisco por informações".

Domingues: usuários se preocupam com o desenvolvimento nos mínimos atos corporativos Denise Adams/AFG

Normas internacionais Escândalos recentes envolvendo as empresas Enron, WorldCom e Parmalat caíram como uma bomba no segmento contábil internacional. As aparências enganaram. A linguagem contábil usada nos balanços, assinados por seus contadores, não foi clara o suficiente para revelar a verdadeira situação patrimonial e financeira dessas corporações, com enormes prejuízos aos seus acionistas. Discursos éticos a parte, o fato é que o segmento, representado até 2001 pela International Accounting Standards Committee Foundation - IASC, decidiu criar uma linguagem única para h a r m o n i z a r a s d emonstrações contábeis dessas empresas internacionais, sejam elas de origem americana ou européia. A empreitada, com prazo determinado, deixou claro à sociedade e em especial aos investidores que é necessário adotar práticas modernas e transparentes nas demonstrações financeiras. Um discurso bem conhecido da Domingues e Pinho Contadores, classificada entre as três maiores empresas de contabilidade do Brasil, com vocação especial para atender clientes multinacionais: "A adoção de práticas modernas, adequadas e transparentes de gestão corporativa, apoiadas em demonstrações financeiras capazes de atender às necessidades de informação de investidores, analistas e demais participantes do mercado, é condição indispensável para a competi-

Carmem Granja (a direita) e seus sócios na empresa: Marjori, José de Faria e Marilena. Todos Granja

tividade e a continuidade das companhias brasileiras. No mercado atual, os usuários de produtos e serviços se preocupam com o desenvolvimento nos mínimos atos corporativos e querem cada vez mais ter informações sobre as empresas, principalmente quanto ao relacionamento destas com seus diversos públicos: colaboradores, clientes, fornecedores, parceiros e comunidade", avalia Manuel Domingues e Pinho, diretor da empresa. A Domingues e Pinho Contadores, do Rio de Janeiro, foi criada há 21 anos, possui 40 sócios e 324 colaboradores. A especialização dos seus profissionais em

normas e padrões internacionais de contabilidade tem permitido a prestação de serviços para um grande número de empresas de diversos países e segmentos empresariais, entre elas a Algar, Claro, Intelig e Equant. A empresa tem uma carteira de 400 clientes, 80% multinacionais preocupadas em manter postura clara e transparente de seus números para a sociedade. Além de primar pela estrutura tecnológica, operando com plataforma ERP, a empresa contábil mantém uma política de treinamento e formação de seus recursos humanos, adotando um plano de carreira comprometido com o desempenho indivi-

dual de seus colaboradores. A organização é ainda sóciafundadora do GBrasil (veja matéria na página 7) , um grupo de 28 empresas de contabilidade situadas em 22 Estados e que atua em âmbito nacional, concentrando conhecimento profissional de forma diversificada para atender seus clientes. É ainda filiada ao Intercontinental Grouping of Accountants and Lawyers (IGAL), grupo em escala global que tem como objetivo promover o intercâmbio entre profissionais da área jurídica e contábil de vários países, e também à International Fiscal Association (IFA). (DB)


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6 -.ESPECIAL

terça-feira, 25 de abril de 2006

Luludi/LUZ

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Duas empresas de contabilidade - Meira Fernandes, na área da educação, e a Somed, na medicina mostram que a especialização é um bom caminho para o desenvolvimento de seus negócios

uitas empresas de contabilidad e e n c o n t r aram no atendimento especializado em determinadas atividades econômicas o seu nicho de mercado. São várias as frentes de negócio: padarias, hotéis, restaurantes e bares, organizações do terceiro setor (ongs), transportadoras, sociedades de profissionais liberais, empresas importadoras e exportadoras, instituições de ensino, microempresas, postos de gasolina e até contador que decidiu se especializar em Imposto de Renda

Pessoa Física de contribuintes dotados de grande patrimônio. São segmentos que, de alguma forma, operam sob normas muito específicas (comerciais, tributárias, ambientais, sanitárias) e por isso sujeitas a fiscalização de diversos níveis e complexidade. A porta de entrada dessa clientela nas empresas contábeis tem sido o que há anos caracteriza o mercado: a famosa indicação boca a boca. O contador inicia seu negócio terceirizando a contabilidade de uma empresa referência do setor e assim atrai seus congêneres como clientes. Uma das características desse perfil de escri-

Luiz Prado/LUZ

Especialistas abrem frentes de mercado Edeno Tostes faz a contabilidade na área médica, Celso Fernandes concentrou sua experiência na educação. A Somed e a Meira Fernandes são dois casos clássicos de sucesso empresarial contábil especializado. Mas são inúmeras as frentes de negócios

tório contábil é a capacidade de prestar consultoria de forma ágil, assertiva e dentro de uma postura pró ativa, evitando possíveis prejuízos decorrentes de erros em diversos procedimentos. A Meira Fernandes e a Somed, ambas na capital paulista, são dois casos clássicos e de sucesso empresarial contábil especializado. Instituições de ensino Criada na década de 80, a Meira Fernandes é hoje a referência do mercado por sua especialização nos serviços de auditoria, contabilidade e consultoria para estabelecimentos particulares de ensino. São

mais de 700 instituições, desde escolas infantis, ensino fundamental, ensino médio - entre elas, grandes redes de cursos pré-vestibulares-, até universidades, escolas de línguas e outros cursos livres. Celso Carlos Fernandes, proprietário da empresa ao lado do irmão Donizete Fernandes, relata que os clientes indiretos, com consultas ou trabalhos pontuais, somam quase três mil em todo o País. Um atendimento concentrado na sede da empresa, na Zona Norte da Capital, no bairro de Santana e para o qual conta com cerca de 120 colaboradores e uma sofisticada rede de computadores supridas por sistemas contábeis desenvolvidos tailor made. Do escopo do negócio, além de muito treinamento a técnicos e profissionais dos clientes, integrará ainda este ano a venda de softwares administrativos e contábeis para escolas, o que garantirá uma linguagem prática para o usuário final e a integração de dados com a base administrativa da Meira Fernandes. A experiência dos irmãos Meira Fernandes na área de educação teve início com uma escola de ensino fundamental da qual eram donos. Ambos desistiram do negócio, mas com um saldo muito positivo: perceberam a demanda das instituições do setor por orientações contábeis, legais e de gestão. Celso, contabilista e advogado, e o irmão Donizete, contador e auditor, aliaram toda a experiência na área educacional para criar uma empresa de contabilidade para o setor. A grande âncora do negócio foi o sindicato, que reunia estabelecimentos de ensino particulares no Estado de São Paulo, do qual Celso era assessor jurídico. "Atender ao setor de ensino demanda acima de tudo qualidade no que fazemos. A clientela é preparada, exigente, legalista (no sentido de respeitar rigorosamente as leis) e valori-

za muito o trabalho contábil", relata Celso, consciente também de algumas vantagens de atender ao segmento: "Temos um número de tributos e obrigações acessórias menor que as demais categorias empresariais". Mas o segredo do sucesso mesmo da Meira Fernandes é a excelência e automação dos processos: "Isso nos garantiu inclusive a primeira certificação ISO 9000, concedida pela Fundação Vanzolini, ao setor contábil no País". Na área médica A Somed é uma empresa contábil dedicada à área médica e reúne hoje várias ramificações do setor de saúde, segun-

do seu proprietário Edeno Teodoro Tostes. São cerca 300 clientes, entre hospitais, clínicas, sociedades de especialidades médicas, institutos de pesquisa e até mesmo os eventos da classe, que sempre se mobiliza em congressos e convenções como forma de atualização profissional. De quebra, sobra muito trabalho para a Somed no mês de abril, período em que os profissionais de medicina têm, como todo contribuinte brasileiro, de fazer sua declaração de rendimentos como pessoas físicas. Exigentes e ocupados, esses clientes médicos aportam à sede da Somed, na Vila Clementino, Zona Sul de São Paulo, para se informar com Edeno sobre os detalhes do IRPF. O surgimento da Somed, há 27 anos, está relacionado aos

antecedentes profissionais de Tostes, um técnico contábil que se graduou em Administração de Empresas e se especializou na área de Administração Hospitalar pela Fundação Getúlio Vargas. À época, ocupava o cargo de administrador da Associação Médica Brasileira - AMB, e percebia a carência da categoria por informações gerenciais e contábeis. A demanda era maior entre os professores doutores, aqueles médicos que se dividem entre consultório, hospital, universidade e entidades de classe, ocupando cargos estratégicos, coordenando eventos ou atividades de pesquisa. Para atender a esse perfil, a Somed tem hoje cerca de 40 colaboradores que auxiliam tanto no procedimento contábil das empresas de saúde, como as entidades de pesquisa médica, carentes de orientação sobre como canalizar e gerenciar recursos advindos do setor privado ou governamental. O fomento a pesquisas científicas foi, na verdade, a espinha dorsal da Somed. O desafio de viabilizar a captação, gestão e contabilização dos recursos oriundos de diferentes fontes é que trouxe o diferencial e a grande parte de clientes da empresa contábil. Com vínculo estreito junto a Unifesp/EMP e consciente das necessidades financeiras da mais de 50 disciplinas da instituição de ensino pública, Edeno relata que a saída foi criar entidades para cada especialidade, como forma de canalizar esses recursos: "A primeira disciplina foi a de Nefrologia, que hoje conta com a Fundação Osvaldo Ramos, mantenedora do Hospital do Rim e Hipertensão, detentora do maior volume de transplantes de rim no mundo". O empresário está feliz por ajudar a tornar viável a evolução da pesquisa médica na condição de contabilista e administrador. (DB)


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Transpor te Ambiente Administração Compor tamento

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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A obra mais cara é a obra inacabada Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo

KASSAB PARTICIPOU DE PLENÁRIA DA ACSP

Marcos Fernandes/Luz

KASSAB: "PRECISAMOS TRIPLICAR O ANHEMBI" Em reunião plenária na Associação Comercial de São Paulo, o prefeito Gilberto Kassab alertou para o risco de a cidade perder a liderança no turismo de negócios caso não amplie o Anhembi Sergio Leopoldo Rodrigues

Claudete Alves, que não se pronunciou ontem, pode apelar da decisão

Vereadora é afastada sob acusação de embolsar salários de funcionários Claudete Alves deixou o cargo após concessão de liminar. Justiça decretou também o bloqueio de seus bens e a quebra dos sigilos bancário e fiscal. Ivan Ventura

A

vereadora petista na Câmara Municipal, Claudete Alves, foi afastada ontem do seu cargo por força de uma liminar expedida pelo juiz da 2ª Vara da Fazenda Pública, Domingo Siqueira Francino. A decisão baseou-se em uma denúncia do Ministério Público que acusa a parlamentar de embolsar parte dos salários que pagava aos funcionários que contratava. A vereadora negou a prática. Ontem, procurada pela reportagem, ela informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que só irá se pronunciar depois de ter acesso ao processo de seu afastamento. Ainda com base na decisão, a Justiça decretou também o bloqueio dos bens da vereadora e a quebra de seus sigilos bancário e fiscal. A decisão foi estendida para o ex-marido de Claudete, Jorge Inácio de Souza, e para o filho do casal, Jeferson Luiz Souza. O caso corre em

segredo de justiça. Os acusados ainda podem recorrer ao Tribunal de Justiça (TJ) pedindo a cassação da liminar. Ex- jogador – Outro parlamentar também foi alvo de investigação, no ano passado, por ter, supostamente, praticado atitudes semelhantes. O exjogador do Palmeiras e atualmente vereador Ademir da Guia (PL) foi acusado de desviar dinheiro de funcionário de seu gabinete em benefício próprio. O caso começou a ser investigado pela Corregedoria da Câmara, mas em 2006 os trabalhos foram interrompidos para que fossem analisadas novas provas e ouvidas outras testemunhas.

A

pesar das dificuldades financeiras herdadas da administração petista, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PFL), garantiu que as prioridades para este ano são as obras paradas. "A obra mais cara é a obra inacabada", enfatizou para cerca de 300 líderes de entidades associativas, reunidos ontem na plenária da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Kassab assegurou que está empenhado na revisão do Plano Diretor, que "tem engessado a cidade", na recuperação do Centro Velho e no projeto que visa triplicar a capacidade do Centro de Feiras e Convenções do Anhembi, fundamental para garantir a liderança da cidade no turismo de negócios. "Temos que enfrentar agora essa questão ou teremos perdas irreversíveis", disse. O prefeito acrescentou que o projeto Anhembi não se resume a um bulevar. "Trata-se de uma obra fundamental que vai triplicar a capacidade da área de exposições, convenções, estacionamentos e atendimento para eventos", explicou. Informou que o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, está empenhado em ajudar no andamento do projeto, por reconhecer que ele é importante para o País. Sobrevivência – O secretário de Planejamento da Prefeitura de São Paulo, Francisco Vidal Luna, que também participou da plenária, esclareceu que ampliar o Anhembi é uma questão de sobrevivência. "Ou São Paulo responde rapidamente à essa questão ou poderá perder (suas feiras) para out ro s l u g a re s " , re s u m i u . A

TJ-SP nega STJ revoga liminar Mãe estrangulada liberdade para e Pimenta Neves pelo filho é Suzane Richthofen deve ir a júri no dia 3 enterrada no RS

O

desembargador Damião Cogan, do Tribunal de Justiça de São Paulo, negou ontem liminar em pedido de habeas corpus em favor da Suzane Von Richthofen. Manteve assim, decisão do juiz da 1ª Vara do Júri Richard Francisco Chequini, que no último dia 10 decretou a prisão preventiva de Suzane, acusada de ter facilitado o assassinato de seus pais, Manfred e Marísia, em outubro de 2002. Eles foram mortos a pancadas e asfixia por Daniel Cravinhos, namorado de Suzane, e pelo irmão dele, Cristian. Ambos estão presos preventivamente. O julgamento de Suzane está marcado para 5 de junho. Em sua decisão, o desembargador destacou que Suzane é ré confessa, esteve presa durante toda a instrução do processo e o julgamento de mérito do habeas-corpus ocorrerá em breve, por uma das Câmaras Criminais, não se justificando sua liberdade provisória. No pedido de liminar em habeas corpus, movido no último dia 17, os advogados Mário de Oliveira Filho e Mário Sérgio de Oliveira alegaram que Suzane sofreu "constrangimento ilegal", pois sua prisão foi decretada após entrevista concedida ao Fantástico, da Rede Globo, no último dia 9. (Agências)

O

jornalista Antônio Marcos Pimenta Neves deve ser julgado em maio pelo assassinato de sua namorada, a também jornalista Sandra Gomide, em 20 de agosto de 2000, num haras no município paulista de Ibiúna. O ministro Hélio Quaglia Barbosa, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), suspendeu uma liminar que ele mesmo havia concedido em março e que impedia o julgamento. O júri está marcado para o dia 3 de maio no Tribunal do Júri da 1ª. Vara de Ibiúna. Pimenta Neves, ex-diretor de redação do jornal O Estado de S. Paulo, é réu confesso. Ele é acusado de matar a ex-namorada Sandra Gomide com dois tiros. Depois do crime, o jornalista chegou a ficar preso por alguns meses, mas conseguiu se livrar graças a uma liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Em março, o ministro Hélio Quaglia Barbosa concedeu liminar suspendendo o julgamento até que fosse decidido um recurso no qual o jornalista questionava o fato de ser acusado de ter praticado o crime por motivo torpe – uma condição de agravamento da pena. Agora, ele reconsiderou sua decisão porque o recurso foi rejeitado por razões técnico-jurídicas. Como ainda há um Recurso Extraordinário no Supremo Tribunal Federal, a defesa provavelmente vai pedir efeito suspensivo da decisão do STJ. (AE)

Newton Santos/Hype

C

erca de 30 pessoas acompanharam, no início da tarde de ontem, o enterro de Zeli Boeira de Abreu, 34 anos, assassinada pelo filho, um estudante de 17 anos, em São Paulo, na madrugada de domingo. O sepultamento ocorreu no Cemitério Municipal de Caxias do Sul, onde o corpo chegou pela madrugada. A escolha por Caxias se deveu ao fato de a vítima ter duas irmãs residindo na cidade. Ela nasceu em São José do Ouro, onde atualmente mora a mãe, mas há cerca de 10 anos morava em São Paulo. Já o filho, foi registrado em Taquara. Uma das duas irmãs de Zeli, Marizete Boeira, disse que mantinha pouco contato com ela. E em nenhum momento teve qualquer informação de problemas que tivesse com o filho. Entre os presentes à rápida cerimônia havia o sentimento de surpresa com o assassinato. Mas poucos se arriscavam a fazer comentários, devido à falta de informações sobre o caso. O estudante deveria ser ouvido ontem por um juiz da Vara da Infância e da Juventude. O adolescente está recolhido à Unidade de Atendimento Inicial (UAI) da Fundação do Bem Estar do Menor (Febem), no Brás, Centro da Capital. (AE)

Guilherme Afif Domingos e o prefeito Gilberto Kassab durante reunião plenária na ACSP: tocar as obras

maior dificuldade para implantação desse projeto reside no fato de que ele precisa de uma parte da área do Campo de Marte, sob responsabilidade da Aeronáutica. Guilherme Afif Domingos, presidente da ACSP, lembrou que a utilização da área agora não iria inviabilizar o Campo de Marte. "São Paulo vive hoje muito do turismo empresarial e precisa de um espaço maior e com as novas exigências da cidade", afirmou. O prefeito Kassab falou sobre outras prioridades. Explicou que a reforma das marginais, parceria da Prefeitura com o governo do Estado, está garantida. Mas deixou claro que a construção de novas pistas pedagiadas na Marginal do Tietê ainda está em estudo e, por se tratar de um projeto caro, seria feito na base de concessão. Kassab e seu secretário asseguraram que a Prefeitura pretende concluir a ponte da ave-

nida Jornalista Roberto Marinho em 18 meses; o alargamento da avenida Jacu-Pêssego em, no máximo, dois anos; o Expresso Tiradentes (o antigo Fura-Fila), em dois anos; o Hospital Tiradentes, ainda este ano, e a construção de duas pistas exclusivas para caminhões na avenida Bandeirantes, ainda sem data definida. Continuidade – Em resposta aos líderes comunitários, Gilberto Kassab disse que a cidade enfrenta dificuldades financeiras e que não pode contrair novos empréstimos, por causa da Lei de Responsabilidade Fiscal. Creditou essa situação à administração anterior petista. "Aliás, sem o apoio do governo do Estado seria difícil levar a acabo projetos sociais importantes", relatou. A questão financeira, segundo Kassab, também dificulta a realização de novos investimentos, "alguns hoje assumidos pelo governo do Estado".

Guilherme Afif propôs ao prefeito intensificar a recuperação do Centro Velho da cidade. "Essa continua sendo uma prioridade desta gestão", respondeu Kassab. O secretário Luna recordou que "o crédito do Projeto Nova Luz pertence a Afif" e garantiu que "ele vai continuar". Afif ofereceu a ajuda capilar das 15 sedes distritais da Associação Comercial espalhadas pela cidade "como uma espécie de ouvidoria" para ajudar no andamento dos projetos que beneficiem a população. O vice-presidente da ACSP e coordenador da Comissão de Política Urbana (CPU) da entidade, Alfredo Cotait Neto, disse que a CPU está pronta para ajudar como ponto de encontro para várias entidades debaterem as questões que mais afligem a cidade. Os ex-presidentes da ACSP, Alencar Burti, Lincoln da Cunha Pereira e Paulo Maluf, participaram da plenária.


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terça-feira, 25 de abril de 2006

ESPECIAL - 7

Redes de empresas contábeis, suporte de grandes corporações Gildo Lima

Divulgação

Companhias de grande porte hoje se servem das redes de empresas contábeis, uma iniciativa de sucesso: padronizam os procedimentos, ganham em eficiência e ampliam o mercado

A

s empresas contábeis estão operando em rede como alternativa de atendimento a grandes organizações comerciais e industriais que possuem braços espalhados pelo País. Essas redes vieram substituir o trabalho individual de contabilidade dessas filiais, padronizar os procedimentos e integrar informações vitais que subsidiam o administrador na tomada de decisões e, o principal, com redução de custos para o cliente. O novo modelo de atendimento está ganhando corpo, mostrando eficiência e ampliando o mercado para as empresas contábeis. Um exemplo é o GBrasil Grupo Brasil de Contabilidade. Criado há dez anos, ele tem hoje 28 empresas associadas, estrategicamente localizadas em todas as capitais e principais cidades do País e atende clientes como Shell, Intelig, Oi e NTN/Petrobras. Reinaldo Cardoso da Silveira, empresário contábil de Salvador e atual presidente do GBrasil, exibe números surpreendentes para o setor, que sempre foi visto como pequeno emp re e n d i m e n t o . A rede faturou em 2005 cerca de R$ 61 milhões, traduzidos em 4.373 clientes e um grupo de 1.659 colaboradores. O perfil da carteira mostra que grande parte da clientela é das áreas de comércio (1.822) e serviços (1.804). Integrante do GBrasil, o empresário Manuel Domingues e Pinho, do Rio de Janeiro, destaca a evolução de todas as organizações contábeis que passaram a compor a rede: "Indistintamente, todas as empresas cresceram. Em faturamento, em número de clientes, em número de colaboradores e principalmente em infra-estrutura. Algumas empresas contábeis chegaram a dobrar de tamanho". Pinho recorda que o novo modelo de operação teve como mentor intelectual o contador Ivan Carlos Gatti, empresário

Reinaldo Silveira, da GBrasil, e Eliel de Paula, da RNC: investimentos em tecnologia de ponta com resultados surpreendentes

do Rio Grande do Sul, uma referência nacional na profissão que faleceu em 2002: "A visão de Gatti estava certa e hoje se mostra mais próspera que nunca". O grande saldo positivo do GBrasil não está traduzido em números, segundo Pinho, mas em desenvolvimento dos recursos humanos, na apreensão de novas metodologias de trabalho e no aparato tecnológico de última geração: "O que hou-

ve de mais significativo para o sucesso foi a troca de conhecimento entre as empresas contábeis, as quais tivemos muito critério ao escolhê-las como associadas". Aposta em franquias Criada há sete anos, a RNC Rede Nacional de Contabilidade conta com 39 empresas contábeis associadas, uma sede própria na capital paulista e

uma empolgação tão grande quanto a do GBrasil. O presidente Eliel Soares de Paula, com empresa baseada em Brasília, fala também com entusiasmo dos números da RNC e de como a adoção de novas tecnologias tem favorecido o trabalho em rede: "O nosso site permite uma interação absoluta de dados, informações e serviços ao cliente, que inclusive pode ser atendido on-line", conta Eliel, destacando da carteira de cerca de cinco mil clientes nomes como Brasil-Telecom, Sky-Net e Vivara. Para atendê-los, a RNC está também presente nas capitais e principais cidades brasileiras. Preocupados com a questão tecnológica e a segurança dos dados, a RNC mantém 900 terminais de computadores interligados em plataforma de alta performance e segurança e um Data Center capaz de gerenciar, monitorar e mapear todo tipo de informação inerente ao trabalho contábil, fiscal e de recursos humanos. Por trás do alto nível de informatização da RNC está também um grande investimento na qualificação dos colaboradores. Por meio de seminários freqüentes tem sido possível o intercâmbio de informações, adoção das melhores práticas

de trabalho e a redução de custos na rede de empresas. Outra preocupação da RNC tem sido com o padrão da imagem junto ao cliente: "Estamos trabalhando para que nos enxerguem como um for-

necedor único, adotando uma unidade visual para os sites dos associados, papelaria, boletins eletrônicos e outros recursos de interface com cliente final". A grande meta da RNC este ano é criar um

modelo de atendimento específico para redes franquias, que hoje possuem grande dificuldade em gerenciar suas unidades espalhadas pelo território nacional. (DB)


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terça-feira, 25 de abril de 2006

PRAGA DO GERUNDISMO COM OS DIAS CONTADOS

Fotos de Milton Mansilha/Luz

VAMOS ESTAR ACABANDO COM O GERUNDISMO Empresas de call center que, com manuais americanos mal traduzidos, trouxeram para o País o vício do gerundismo, agora criam campanhas educativas junto aos funcionários e lutam para acabar com esse exagero. Especialistas acreditam que, como aconteceu com outros modismos do idioma, o uso indiscriminado do gerúndio deve acabar em três ou quatro anos. Rejane Tamoto

Operadora da Televisão Cidade: treinamento para evitar erros

Q

uem já não ouviu frases do tipo "Vou estar enviando... / encaminhando... / retornando..." na hora de resolver alguma pendência com um banco ou uma operadora de cartão de crédito? E quem também não ficou irritado ou, no mínimo, achou estranho esse jeito de falar? O gerundismo – que é o uso excessivo e, por isso mesmo, inadequado do gerúndio – tornou-se uma praga entre os atendentes de telemarketing. Agora, essas mesmas empresas tentam eliminar esse vício do vocabulário de seus funcionários. Hoje é cada vez mais comum ouvir frases com o verbo "estar + ndo" em universidades, empresas e no ambiente acadêmico. Basta ficar de ouvidos atentos para perceber, assim como fez o jornalista e autor do Manual de Redação e Estilo do Estadão , Eduardo Martins. "Essa mania se espalhou e já existem os desdobramentos do gerúndio telemarquetês. No rádio ouvi um engenheiro de trânsito dizer o seguinte: Quem for para o litoral poderá estar usando a rodovia dos Imigrantes. Esse modo de falar não identifica claramente a data e passa a impressão de que é para usar a estrada amanhã. Seria mais fácil se ele a dissesse no presente", disse o jornalista. Segundo Martins, o problema é que o gerúndio aparece em muitas frases, até naquelas em que não deveria aparecer. "O gerúndio não é erro. É um vício de linguagem que se afasta das formas tradicionais da língua portuguesa. Ele deve ser usado especialmente na locução verbal, com o verbo 'estar', quando indica uma ação que ocorre ao mesmo tempo que outra. Um exemplo: 'Quando você estiver chegando a São Paulo vou estar viajando para o Rio de Janeiro", explicou (veja quadro). Antigerundismo – A desconstrução do gerundismo é o mais novo alvo das empresas do setor de telemarketing, que agora investem em treinamentos para eliminar o vício de seus atendentes. Nada mais correto, já que foi nesse mesmo ambiente que o gerundismo começou, isto é, com a tradu-

Simone Giudice, gerente de call center, diz que quem usa gerúndio acha que está sendo educado e polido Tiago Queiroz/AE

O jornalista Eduardo Martins

ção equivocada – do inglês para o português – dos manuais e scripts de atendimento. "Em 1998, com a privatização das telecomunicações, houve um aumento da oferta de linhas e do setor de telemarketing. As multinacionais chegaram ao Brasil e trouxeram seus manuais, traduzidos para o português sem quaisquer adaptações. Junte-se a isso a ausência de mão-de-obra qualificada para preencher a enorme oferta de vagas nesse setor, que no decorrer dos últimos oito anos somou 600 mil", analisou Simone Giudice, gerente nacional de call center da Televisão Cidade. Há 17 anos no mercado, a gerente "persegue" 350 operadores para que não usem o gerúndio indiscriminadamente na central da multinacional francesa Teleperformance, que atende em São Paulo os assi-

nantes da Televisão Cidade. E concorda que o vício não está presente só em seu ambiente de trabalho. "O gerundismo está em todos os lugares. No supermercado, no consultório. E o pior é que quem fala dessa maneira acha que está sendo educado e polido", disse. Na Teleperformance, segundo Simone, há analistas que monitoram e gravam as ligações dos operadores em busca

de erros diversos, entre eles o uso abusivo do gerúndio. Aos funcionários também são distribuídas cartilhas de comunicação oral e escrita, com dicas sobre concordância e vícios de linguagem. Os treinamentos, chamados de reciclagem, pretendem tratar pontualmente cada problema. "Reunimos grupos que têm vícios em comum", afirmou. Nos scripts desses operado-

res, o gerúndio foi extinto. "O disse. Após as ações, é realizameio e a mensagem têm de ser da uma monitoria, incluindo transparentes. Por isso é im- gravações telefônicas que portante falar no presente, po- identificam os índices de gesitivo e com firmeza", afirmou rúndio utilizados, comparanSimone. Os resultados dessas do-os com os anteriores. ações, que começaram em "O que pude perceber é que o agosto do ano passado, já re- gerúndio é identificado como presentam uma melhora de até uma maneira cordial de falar. 70% na qualidade do atendi- Mas é uma forma robotizada e mento ao cliente. dá a impressão de que o assunReeducar as falas sem gerún- to não será resolvido com agidio deve ser uma tarefa contí- lidade", disse Michele Soares nua. "Explicamos várias vezes, Vieira, analista de qualidade repetimos diariamente, até isso da Televisão Cidade. se fixar". Ainda para motivar os Modismo – Para o jornalista funcionários, a empresa pon- e escritor Eduardo Martins, o tua aqueles que absorvem os gerúndio é um vício de linguamais de 40 itens de avaliação de gem que se propagou porque qualidade, que abrangem não virou um modismo. "O gerúnsomente a ausência de gerun- dio está sendo utilizado por ser dismo, como também a cordia- novo. As pessoas ouvem e colidade, precisão e explicação do meçam a repetir. Contamina produto, entre outros. até aqueles que utilizam uma F a n t a s m a – N o c a s o d a boa estrutura de linguagem", Atento, empresa de telemar- afirmou. keting do grupo espanhol TeO jornalista avalia que, do lefônica, quem ponto de vista da ajuda a eliminar o língua portuguesa, o emprego gerúndio é um fantasma. Na exagerado e distorcido do gerúncampanha Caça ao As multinacionais Gerundismo (uma chegaram ao Brasil e dio foi a pior her a n ç a q u e o s ealusão ao filme C aç a- fa n ta sm as ) trouxeram os manuais g u n d o m i l ê n i o atores vestidos que foram traduzidos deixou para o tercom lençóis – e para o português sem c e i ro . " D e u m a portando placas adaptações. hora para outra, com frases escrirelegou até a setas no gerúndio – Simone Giudice, gerente gundo plano oude call center tros vícios tão irrifogem de caçadore s e m m e i o à s tantes e condenácentrais da empresa. Depois veis como 'a nível de profisda encenação, há treinamentos são', 'a escritora enquanto com pequenos grupos de pes- mulher', 'eu gostaria de fazer soas, com duração de cinco a 10 uma colocação', 'o presidente, minutos, durante os quais é ex- ele pretende', 'correr atrás do plicada a parte teórica do uso prejuízo', 'de repente' e 'com do gerúndio. certeza!' ", disse. O programa, aplicado em toAssim como outros vícios de das as filiais da Atento, já alcan- linguagem surgiram e desapaçou 600 operadores só no Rio de receram – e se depender dos Janeiro. A empresa possui ao alertas da mídia e dos treinatodo 53 mil funcionários. Se- mentos nas empresas de telegundo Andrea Lopes Prina, marketing – o gerundismo tamgestora de recursos humanos bém pode estar com seus dias da Atento Rio de Janeiro, a cam- contados. "Houve um período panha já conseguiu reduzir em em que as pessoas usavam o 'a até 80% o vício de linguagem. nível de'. Depois de tantas camIniciado no segundo semestre panhas, quem falava assim se de 2005, o programa foi elabo- retraiu, começou a evitar. Hoje rado a pedido de clientes da isso é raro. O gerundismo vai operadora e por necessidade desaparecer em três ou quatro da própria empresa. anos porque é alheio à língua "Além das intervenções tea- portuguesa. O meu medo é que trais e treinamentos, inserimos esse vício seja substituído por cartazes nos murais e coloca- outro ainda pior", concluiu mos mensagens nos micros", Eduardo Martins.


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8 -.ESPECIAL

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Um tormento: 300 normas legais alteradas por dia no País Para enfrentar a caótica legislação brasileira, empresas especializadas ajudam na atualização dos contabilistas. Informações que levavam uma semana para chegar, hoje estão à disposição no mesmo dia, on line

O

acelerado cotidiano do contabilista, preocupado com os vencimentos de prazos de tributos, entrega de obrigações acessórias, declarações de Imposto de Renda, entre outras tarefas, é um desafio aos profissionais - afinal, seu tempo poderia ser bem administrado para oferecer novos serviços aos clientes. A caótica legislação brasileira, especialmente a tributária, é um tormento para a classe. Segundo a IOB Thomson, empresa especializada em informações fiscais e tributárias

(www.iob.com.br), são cerca de 300 normas legais alteradas por dia no País. Diante dessa enxurrada de leis, medidas provisórias, decretos e emendas, empresas de consultoria auxiliam os contabilistas, orientando diariamente sobre todas as alterações. “O que antes demorava cerca de uma semana -- o recebimento de atualizações por meio de boletins impressos, por exemplo --, hoje está à disposição no mesmo dia na internet”, informa o diretor da Fiscosoft - Informações Fiscais e Legais (www.fiscosoft.com.br), Paschoal Naddeo. Segundo ele, a relação custo/benefício deste tipo de

serviço é vantajosa: “Na prática, o contador ganha agilidade e n ã o h á n ecessidade de reservar um espaço físico em seu escritório para armazenar toda a legislação, já que tudo pode ser consultado on-line”. Exército legal Para acompanhar as constantes alterações, a IOB dispõe de cerca de 300 profissionais, entre advogados, contadores,

Outra empresa voltada à cialistas em softwares para a economistas e jornalistas. atualização do contabilista é a área contábil é acabar, ou redu“A principal Informare (www.informa- zir, a circulação de papéis dendi fi cul da de net.com.br), que atende em tro e fora das empresas. A Contmatic Phoenix do contabilis- torno de 160 mil consultas por ta é acompa- mês. Os boletins e atualizações (www.contmatic.com.br), emnhar e compi- também são comentados por p r e s a e s p e c i a l i z a d a e m l a r r a p i d a- especialistas, para o fácil en- softwares contábeis e adminism e n t e e s s e tendimento das normas, mui- trativos, lançou recentemente e m ar a n ha d o tas vezes excessivamente téc- o Phoenix Remoto, programa d e n o r m a s . nicas. “Nós a interpretamos que permite a transferência Ele precisa de para uma linguagem próxima eletrônica de arquivos admimuita objetividade para saber do nosso cotidiano”, diz o dire- nistrativos por meio de um siso que está vigente naquele mi- tor comercial da empresa, José tema de integração, cujos donuto em que está sendo presta- Augusto Dresch. cumentos ficam disponíveis tanto para a empresa como pada determinada informação ao fisco, pois rapidamente ela Apoio da tecnologia ra o contabilista. “Ambos trocam informações pode ser alterada”, lembram a Outra aliada do contabilista coordenadora de marketing na simplificação de sua rotina é e acrescentam dados a arquivos finais com forc o r p o ra t i v o , Divulgação matação defiAlik Votisch, e nida”, afirma o consultor da o diretor-preá r e a d e I msidente da posto de RenContmatic, da, contabilidade e legislaS é r g i o C o ntente. Segunção societária da IOB, Rogédo ele, hoje é impossível rio Ramos. D e a c o rd o trabalhar com contabilidade com os profiss i o n a i s , sem informática: “Acredito atualmente o contabilista que o desafio para qualquer não consegue empresa é deacomp anhar senvolver sozinho as rásoftwares com p i d a s m uDresch, da Informare: linguagem do cotidiano v á r i a s f u ndanças na legislação: “Isto seria caro e im- o avanço da tecnologia na ges- ções, mas de fácil manuseio”. produtivo. É preciso contra- tão das empresas. Softwares Integração e mobilidade t a r p e s s o a s f o c a d a s e m cada vez mais modernos cauacompanhamento, seleção e sam uma verdadeira revoluO Office2, desenvolvido entendimento das mudanças ção nos escritórios de contabi- p e l a P r o s o f t Te c n o l o g i a legislativas”. lidade. A promessa dos espe- (www.prosoft.com.br), também permite o acesso on-line do cliente a qualquer tipo de documento que esteja armazenado no escritório de contabilidade. Segundo o diretor-presidente da empresa, Carlos Meni, este é um tipo de serviço diferenciado que o contabilista pode oferecer ao mercado: “Cada vez mais as pessoas vão querer esta comodidade, seja por causa da diminuição de custos com trâmite de papéis, rapidez no recebimento das informações e pela segurança. Poder trabalhar em qualquer lugar e momento é uma tendência do mercado”. Além de acessos remotos, as empresas também desenvolvem sistemas informatizados para administrar com rapidez a rotina das empresas nas áreas fiscal, tributária, financeira e de recursos humanos. (FO)


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 -.OPINIÃO

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LENTE DE

AUMENTO

A QUALIDADE DAS EXPORTAÇÕES

O crescimento do comércio externo se deu de forma inercial. Daqui pra frente serão necessárias melhorias qualitativas em detrimento dos produtos industrializados. Não que o aumento das exportações de produtos primários seja ruim. O País, no entanto, deveria ter políticas internas (industriais e de ciência e tecnologia) e externas para, no quadro de crescimento da economia mundial, ampliar as exportações de produtos de maior valor agregado (semi-manufaturados e manufaturados). Exportação de produtos industrializados tem efeito irradiador, gera empregos de melhor qualidade, contribui para a expansão da cadeia produtiva e atrai investimento em tecnologia. Nos últimos meses, o crescimento das exportações de produtos básicos foi muito superior ao dos produtos industrializados. Enquanto o valor acumulado em doze meses das exportações de produtos básicos cresceu 20%, de julho de 2005 a março de 2006, o valor

REVOLUCIONÁRIO

ROBERTO FENDT

A

inda está para nascer alguém que tenha aberto tanto a economia deste país, teria dito o senhor presidente, caso alguém tivesse lembrado de lhe dizer que nos 12 meses encerrados em março de 2006 a corrente de comércio brasileira – soma do total das exportações e importações – chegou à marca histórica de 200 bilhões de dólares. Esse valor constitui um novo recorde, digno de todas as comemorações. Como S. Exa. gosta de atribuir a si próprio todas as coisas boas que acontecem no País, talvez valesse a pena lembrar alguns fatos por trás do novo recorde. Primeiro, chegamos a 100 bilhões de dólares de corrente de comércio em 1996. Portanto, entre 1996 e março deste ano, a corrente de comércio brasileira cresceu a uma taxa acumulada de 7,2% ao ano – nada mal, levando-se em consideração o crescimento da economia brasileira e o crescimento do comércio mundial. Com esse resultado ganhamos uma posição na lista dos maiores exportadores (agora somos o 25º do mundo) e duas entre os maiores importadores (para 27º). Segundo, por mais importante que tenha sido esse desempenho, ficou muito aquém do observado entre 1991 e 1996. De fato, entre esses cinco anos o valor da corrente de comércio brasileira também dobrou, de 50 para 100 bilhões de dólares. A diferença é que nesse período, a taxa acumulada anual de crescimento (14,9%) foi mais do dobro da taxa de crescimento observada entre 1996 e 2006. Terceiro, a velocidade de abertura da economia brasileira tem a ver tanto com as origens

Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Alencar Burti, Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefe de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: , Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Marcos Menichetti (marcosm@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046 Tiragem média diária de 25.646 exemplares, conforme auditoria realizada na semana de 13 a 17 de junho de 2005

desse processo como por seus posteriores desdobramentos. Embora a abertura tenha começado de maneira ainda tímida em 1984, ela ganhou corpo com as medidas de remoção das barreiras às importações tomadas em 1990 – portanto, um ano antes da corrente de comércio chegar pela primeira vez a 50 bilhões de dólares. A sabedoria dessa nova política de abertura foi de tal maneira consagrada pelos cidadãos que mesmo um nacionalista como o presidente Itamar Franco foi politicamente incapaz de modificá-la. E, é claro, partindo de uma economia fechada, os primeiros anos da abertura mostram taxas de crescimento maiores, que vão se reduzindo à medida que o processo se desenrola e tem continuidade.

O

corre, contudo, que de Itamar em diante, perdeu-se o interesse em aprofundar esse processo. Se o interesse tivesse se mantido e novas remoções de barreiras tivessem ocorrido, teríamos hoje uma economia mais aberta e mais competitiva. Os grandes beneficiários teriam sido os consumidores e os trabalhadores brasileiros – os cidadãos, em suma. E não as empresas, como alguns apressadamente concluem. Mas há motivos de sobra para comemorar. Basta olhar em volta para ver que a América Latina caminha celeremente para o pior tipo de governos de esquerda – populistas, retrógrados e xenófobos, e portanto favoráveis à "fechadura". Chávez, Morales, Kirchner e companhia mostram um outro caminho, que até agora, pelo menos, não cogitamos de trilhar.

H á motivos de sobra para comemorar. Basta olhar em volta na América Latina

Zélia, Dirceu & Cia.

A

A

O MST invade fazendas de grande produtividade. Quem vai pôr um paradeiro a essa fúria revolucionária? elo que observamos, o presidente Lula não terá como enfrentar essa autêntica sublevação de efeitos calamitosos para a economia agrícola. Rompimento da trégua é o sinal que temos de que os líderes do MST nada querem com o governo de Lula. Quem vai pôr um paradeiro a essa fúria revolucionária, levando desassossego ao campo num momento em que o ímpeto exportador está promovendo a efetiva integração rural na economia fundiária? Fica aí um comentário sobre o grave problema da terra, que o governo tem que levar a peito para tranqüilizar a economia rural, da qual tanto carece o nosso PIB. Esse é um desafio que o governo não pode negligenciar, sobre pena de provocar uma crise econômica com conseqüências nefastas para os segmentos sociais mais pobres do País, segmentos esses que continuam sofrendo o ostracismo na penúria, tais as desigualdades sociais que não foram eliminadas até agora.

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CÂNDIDO PRUNES cada dia que passa torna-se mais evidente que a impunidade é a causa da escalada da criminalidade no Brasil. Não importa se nos gabinetes acarpetados de Brasília ou nas vielas esburacadas das favelas cariocas. Tanto o político quanto o narcotraficante contam com a ineficiência do sistema policial e judiciário para sair ilesos de suas malfeitorias. O que aconteceu com Zélia Cardoso de Melo permite antecipar o destino dos 40 denunciados – a seguir denominados simplesmente Turma do Ali-Babá- pelo procurador-geral da República. Pois bem, a ex-ministra, czarina da economia brasileira no governo de Fernando Collor entre 1990-92, foi acusada de receber em suas contas bancárias e de assessores quantias de origem duvidosa (qualquer coincidência com os fatos atuais não é mera coincidência). Ela foi denunciada, começou a responder processo perante o Supremo Tribunal Federal e, após alguns anos, o caso foi enviado para a primeira instância. Ela terminou condenada, mas recorreu e atualmente o processo aguarda um novo julgamento. Num caso relativamente simples, o Judiciário já leva quase 15 anos sem chegar a uma sentença definitiva. A Turma do Ali-Babá deve estar contando com o "efeito Zélia", ou seja, a prescrição. Considerando a complexidade deste novo caso, que lembra a TV Globo com os seus "núcleos", um político-partidário, outro publicitário e um último financeiro, não se deve esperar uma decisão final para antes de 2020. Até lá, o ex-ministro José Dirceu e boa parte dos demais co-réus estarão na faixa dos 80 anos. Com isso, serão ainda beneficiados pelo art. 115 do Código Penal: "São reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o

ontaminado pelo comunismo soviético e mais circunscritamente pelo trotskismo, da Revolução Permanente, o Movimento dos Sem-Terra (MST) está invadindo fazendas, inclusive de uma grande empresa, a Suzano Papel e Celulose. Seu nume titular no Brasil é Che Guevara, o revolucionário argentino romântico, eliminado nas montanhas da Bolívia mas vivo como bandeira de luta do MST. A situação agora é explosiva, pois seus dirigentes romperam a trégua proposta pelo presidente Lula e estão levando a revolução a propriedades de grande produtividade, que não estão sendo respeitadas. Por muito menos foi debelada a campanha agrária dos anos anteriores à Revolução de Março de 64, então liderada por um revolucionário improvisado chamado Julião. Mas não há exército para colocar o MST nos devidos eixos, pois as esquerdas neutralizaram as Forças Armadas com a campanha empreendida contra elas.

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Mais um recorde a comemorar

TRECHOS DO COMENTÁRIO DE ECONOMIA DO BOLETIM TREVISAN WWW.BOLETIMTREVISAN.COM.BR

O Brasil pode começar a exportar petróleo

Auditado pela

MOVIMENTO Céllus

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JOÃO DE SCANTIMBURGO

exportado de produtos industrializados cresceu 11%. Há que se considerar que, com a anunciada autosuficiência em relação ao petróleo, o Brasil pode começar a exportar maiores quantidades de petróleo bruto e de seus derivados. Com preço em alta, a exportação petrolífera pode se tornar uma importante fonte de divisas para o país. O álcool combustível também tem um enorme mercado potencial no exterior. O alto custo do petróleo e a necessidade de combate à poluição nas grandes cidades tornarão o álcool um importante combustível mundial. O aumento das importações também pode ajudar no crescimento das exportações. Menor saldo na balança comercial contribui para a redução da valorização do real, tornando mais competitivos os preços de nossos produtos no mercado internacional. O maior volume de corrente de comércio torna o país mais ligado comercialmente com o resto do mundo, ajudando a internalizar novas tecnologias e melhorando a eficiência dos mecanismos cambiais para a correção de déficits externos. Até agora, o crescimento do comércio externo se deu de forma inercial. Daqui para a frente será necessário implantar melhorias qualitativas para o setor.

Bruno Domingos/Reuters

o se analisar o desempenho das exportações brasileiras e o comportamento do câmbio desde o início do governo Lula até o final de março passado fica evidente que, apesar da valorização do Real, as exportações brasileiras continuam vigorosas. O aumento dos preços das commodities agrícolas e minerais e o crescimento da demanda mundial por produtos básicos têm compensado as desvantagens cambiais. Fator que preocupa os principais analistas de comércio exterior é a tendência de concentração das exportações brasileiras em produtos primários,

criminoso era na data da sentença maior de 70 (setenta) anos". Afora o inconveniente de ter que comparecer a audiências e ver os seus nomes esporadicamente na imprensa, a Turma do Ali-Babá não tem muito com o que se preocupar. O mesmo acontece com a maioria dos bandidos comuns que andam à solta pelo Brasil. Nos grandes centros urbanos brasileiros, a maioria dos homicídios não tem os autores identificados. E os que chegam até a condenação ainda terminam fugindo. Contam-se aos milhares os mandados de prisão expedidos e não cumpridos. Isso para não falar na inimputabilidade dos menores de idade. Ou, então, do cumprimento "progressivo" das penas: basta passar 1/6 (um sexto) do tempo de condenação para que um estuprador, um latrocida, um traficante ou seqüestrador consiga a liberdade.

A

fora o impacto político de curto prazo, a denúncia oferecida à Justiça no último 11 de abril terá pouco alcance prático. Não foi por acaso que criminalistas como o atual ministro da Justiça se debateram durante anos a favor do abrandamento das leis penais, atribuindo a supostas causas sociais a existência da criminalidade. Salvo engano, nenhum membro da Turma do Ali-Babá pode ser considerado um desvalido cujo infortúnio o levou ao banditismo. Na remota hipótese de não serem beneficiados pela prescrição, eles receberão penas leves, a serem rapidamente cumpridas, se não forem substituídas por duas ou três cestas básicas. Zélia, Dirceu & Cia. podem dormir em paz, como qualquer delinqüente brasileiro. CÂNDIDO PRUNES É VICE-PRESIDENTE DO INSTITUTO LIBERAL

Turma do Ali-Babá deve estar contando com o "efeito Zélia": a prescrição

JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 25 de abril de 2006

LEGAIS - 9

Relatório da Administração Senhores Acionistas: Submetemos à apreciação de V.Sas. as demonstrações financeiras, notas explicativas e parecer dos auditores independentes, relativos ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2005, da Vicunha Siderurgia S.A. A Sociedade foi preparada para, no início do ano de 2001, promover e concluir o processo de descruzamento societário que envolvia os acionistas da Companhia Siderúrgica Nacional - CSN e da Companhia Vale do Rio Doce - CVRD e, para tanto foi necessário, antes do evento, adequar seu patrimônio com um aporte de capital num montante de R$ 33,2 milhões, com recursos dos acionistas, cujos atos foram realizados em 06 de fevereiro e 14 de março de 2001.

O descruzamento foi concluído em 15 de março daquele ano, passando a Vicunha Siderurgia S.A. a deter 46,476 % das ações da CSN naquela data. A Empresa não manteve, no exercício encerrado em 31.12.2005, contrato firmado com seus auditores independentes para prestação de outros serviços que não o de auditoria externa e, portanto, 100% (cem por cento) das despesas de auditoria de 2005 referem-se a serviços de auditoria das Demonstrações Financeiras. A Administração da Vicunha Siderurgia S.A. agradece o apoio e a confiança depositada por parte de seus acionistas, instituições financeiras e demais colaboradores. Rio de Janeiro, 28 de março de 2006. A ADMINISTRAÇÃO

Balanços Patrimoniais (Condensados) em 31 de dezembro de 2005 e 2004

Demonstrações dos Resultados (Condensadas) relativas aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004

(Em milhares de reais)

(Em milhares de reais, exceto o lucro por lote de mil ações)

ATIVO CIRCULANTE REALIZÁVEL A LONGO PRAZO PERMANENTE Investimentos Imobilizado Diferido

2005 613.289 9.430

TOTAL DO ATIVO PASSIVO CIRCULANTE EXIGÍVEL A LONGO PRAZO RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS PARTICIPAÇÃO DOS DEMAIS ACIONISTAS PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital social integralizado Reservas de reavaliação Reservas de capital Reservas de lucros TOTAL DO PASSIVO

Controladora 2004 1.157.475

2005 8.180.994 2.072.473

Consolidado 2004 8.673.727 1.783.244

270.745 13.638.200 311.641 14.220.586 24.474.053

292.645 13.666.804 353.437 14.312.886 24.769.857

2.687.273

2.983.237

2.687.273 3.309.992

2.983.237 4.140.712

141.926 1.231.546

484.633 1.737.245

4.365.206 14.381.077 199.547 3.591.703

5.556.033 13.545.167 299.647 3.450.176

222.488 1.190.266 18.664 505.102 1.936.520 3.309.992

222.088 1.298.975

222.488 1.190.266 18.664 505.102 1.936.520 24.474.053

222.088 1.298.975

397.771 1.918.834 4.140.712

397.771 1.918.834 24.769.857

RECEITA LÍQUIDA DE VENDAS CUSTO DOS PRODUTOS VENDIDOS LUCRO BRUTO Despesas operacionais LUCRO (PREJUÍZO) OPERACIONAL ANTES DOS EFEITOS FINANCEIROS E DAS PARTICIPAÇÕES Receitas (despesas) financeiras Variações monetárias e cambiais Resultado de participações societárias LUCRO OPERACIONAL Receitas (despesas) não operacionais líquidas LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL Imposto de renda e contribuição social LUCRO ANTES DA PARTICIPAÇÃO DOS DEMAIS ACIONISTAS Participação dos demais acionistas LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO Lucro líquido do exercício por lote de 1.000 ações em circulação no final do exercício (R$)

2005

Controladora 2004

(2.596)

2005 10.037.587 (5.468.263) 4.569.324 (881.189)

Consolidado 2004 9.799.569 (4.997.244) 4.802.325 (1.030.983)

(10.178) (10.178) (251.705) (25.535) 902.533 615.115 (413.387)

(2.596) (323.218) (95.046) 921.781 500.921 (67.254)

3.688.135 (1.145.359) 106.945 (26.784) 2.622.937 (420.759)

3.771.342 (1.474.082) 133.904 (46.005) 2.385.159 (68.482)

201.728

433.667

201.728

433.667

201.728

433.667

2.202.178 (869.315) 1.332.863 (1.131.135) 201.728

2.316.677 (823.003) 1.493.674 (1.048.165) 445.509

287,12

617,37

Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em milhares de reais, exceto quando mencionado)

1 CONCILIAÇÃO ENTRE O PATRIMÔNIO LÍQUIDO E LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

4 DEBÊNTURES

A conciliação entre o patrimônio líquido e o lucro líquido do período da controladora e do consolidado é apresentada a seguir: Patrimônio líquido Lucro líquido 2005 2004 2005 2004 Controladora 1.936.520 1.918.834 201.728 433.667 Eliminação de lucros nos estoques 11.842 1.918.834 201.728 445.509 Consolidado 1.936.520

Controladora a) Primeira emissão Em Assembléia Geral Extraordinária de Acionistas de 31 de janeiro de 2001, foi deliberada a emissão de 19.574 debêntures, não conversíveis em ações, com valor unitário de R$ 100, totalizando R$ 1.957.400. Em 18 de março de 2005, as debêntures de 6ª série, foram permutadas com o BNDES Participações S.A. – BNDESPAR, por ações da CSN, de acordo com os termos e condições previstos em escrituras públicas de emissão, sendo que em 15 de junho de 2005, a Companhia resgatou antecipadamente a totalidade dessas debêntures. b) Segunda emissão Conforme aprovado e autorizado em Assembléia Geral Extraordinária realizada em 20 de maio de 2005, a Companhia emitiu em 01 de junho de 2005, 12.000 debêntures nominativas e não conversíveis, em série única, com garantias reais e fidejussórias, ao valor nominal unitário de R$ 100. As referidas debêntures foram emitidas ao valor total de R$ 1.200.000, sendo que os créditos gerados nas negociações com as instituições financeiras foram recebidos em 30 de junho de 2005 no montante de R$ 1.218.664. A diferença de R$ 18.664, decorrente da variação do preço unitário entre a data de emissão e da efetiva negociação, foi registrada no Patrimônio Líquido como Reserva de Capital. Sobre o saldo do valor nominal incidem juros remuneratórios correspondentes a 108% CDI Cetip. A respectiva remuneração é devida anualmente a partir da data de emissão, ocorrendo o primeiro pagamento em 01 de junho de 2006 e último em 01 de junho de 2012. O valor nominal das debêntures será pago em 06 parcelas anuais e sucessivas, sendo a primeira em 01 de junho de 2007 e a última em 01 de junho de 2012. As escrituras das debêntures contêm certas cláusulas restritivas relativas a índices financeiros, as quais estão sendo cumpridas. Controlada a) Primeira emissão Conforme aprovado na Assembléia Geral Extraordinária e ratificado na Reunião do Conselho de Administração, a Companhia emitiu em 01 de fevereiro de 2002, 69.000 debêntures nominativas e não conversíveis, sem garantia nem preferência, em duas séries, com valor nominal unitário de R$ 10. Foram emitidas 54.000 debêntures da 1ª série e 15.000 da 2ª série com um valor nominal total de R$ 690.000. O vencimento da 1ª série estava previsto para 1/2/2005 e da 2ª série para 1/2/2006, porém, o Conselho de Administração da Companhia aprovou o resgate antecipado da totalidade dessas debêntures nas reuniões realizadas em 7 de janeiro e 31 de agosto de 2004 e a Diretoria Executiva realizou os resgates em 9 de fevereiro e 4 de outubro de 2005, respectivamente. A remuneração dessas debêntures era calculada “pro rata temporis”, sendo a primeira série corrigida pelo CDI – Certificado de Depósito Interbancário acrescido de 2,75% a.a. e a segunda pelo IGPM – Índice Geral de Preços de Mercado mais juros de 13,25% a.a. b) Segunda emissão Conforme aprovado na reunião do Conselho de Administração realizada em 21 de outubro e ratificada em 5 de dezembro de 2003, a Companhia emitiu 40.000 debêntures nominativas e não conversíveis, sem garantia nem preferência em série única ao valor nominal unitário de R$ 10, em 01 de dezembro de 2003. As referidas debêntures foram emitidas ao valor total de R$ 400.000, sendo que os créditos gerados nas negociações com as instituições financeiras foram recebidos em 9 e 10 de dezembro de 2003 no montante de R$ 401.805. A diferença de R$ 1.805, decorrente da variação do preço unitário entre a data de emissão e da efetiva negociação, foi registrada no Patrimônio Líquido como Reserva de Capital e posteriormente utilizada no programa de recompra de ações da Companhia. Sobre o saldo do valor nominal da 1ª série incidem juros remuneratórios correspondentes a 107% do CDI Cetip e o vencimento do valor nominal está previsto para 01 de dezembro de 2006. c) Terceira emissão Conforme aprovado na reunião do Conselho de Administração realizada em 11 de dezembro e ratificado em 18 de dezembro de 2003, a Companhia emitiu 50.000 debêntures nominativas e não conversíveis, sem garantia nem preferência, em duas séries, ao valor nominal unitário de R$ 10 em 01 de dezembro de 2003. As referidas debêntures foram emitidas ao valor total de emissão de R$ 500.000, sendo que os créditos gerados nas negociações com as instituições financeiras foram recebidos em 22 e 23 de dezembro de 2003 no montante de R$ 505.029. A diferença de R$ 5.029, decorrente da variação do preço unitário entre a data de emissão e da efetiva negociação, foi registrada no Patrimônio Líquido como Reserva de Capital e posteriormente utilizada no programa de recompra de ações da Companhia. Sobre o saldo do valor nominal da 1ª série incidem juros remuneratórios correspondentes a 106,5% do CDI Cetip. O valor nominal da 2ª série é corrigido pelo IGP-M e acrescido de juros remuneratórios de 10% a.a. O vencimento da 1ª série está previsto para 01 de dezembro de 2006 e da 2ª série para 01 de dezembro de 2008. As escrituras dessas emissões possuem certas cláusulas restritivas, as quais estão adequadamente atendidas.

2 INVESTIMENTOS – CONTROLADORA Movimentação da conta investimento:

Participação acionária Ações % ordinárias (mil) 46,476 33.337.091

Investimento Deságio Líquido Saldo em 31 de dezembro de 2003 3.459.200 (221.852) 3.237.348 Dividendos deliberados antecipadamente (16.376) (16.376) Dividendos propostos (1.092.262) (1.092.262) Perda na variação percentual de participação (67.254) (67.254) Equivalência patrimonial 921.781 921.781 Saldo em 31 de dezembro de 2004 48,159 133.348.363 3.205.089 (221.852) 2.983.237 Dividendos e juros sobre capital próprio propostos (596.376) (596.376) Baixa de investimentos (17.061.698) (456.795) (456.795) Perda na variação percentual de participação (227.587) (227.587) Amortização de deságio na baixa de investimento 28.386 28.386 Constituição de reserva de realização reflexa referente à variação percentual de participação 82.261 82.261 Equivalência patrimonial 874.147 874.147 116.286.665 2.880.739 (193.466) 2.687.273 Saldo em 31 de dezembro de 2005 45,041 A base para cálculo do percentual de participação é a quantidade de ações em circulação da controlada. O deságio foi gerado pela reestruturação do Grupo Vicunha e transferências das ações da CSN para a Sociedade, quando da transação de descruzamento de participações entre a CSN e a Companhia Vale do Rio Doce – CVRD e, por não existir fundamento econômico que o sustente, não é amortizado. Nas demonstrações consolidadas este valor está classificado na conta resultado de exercícios futuros. O Conselho de Administração da controlada autorizou a recompra de ações da CSN para permanência em tesouraria e posterior alienação e/ou cancelamento. A manutenção dessas ações em tesouraria, representou um aumento no percentual de participação sobre as ações em circulação na controlada de 3,04% em 2005 (1,68% em 2004), uma vez que as mesmas não têm direitos políticos ou de recebimento de dividendos. Em 18 de março de 2005, o BNDESPAR exerceu o direito previsto na escritura de debêntures de 1ª emissão, emitidas pela Sociedade, de permutar a totalidade das debêntures da 6ª série por 17.061.698 ações da CSN. O número de ações foi calculado nos termos do item 9.7 da escritura de debêntures. Adicionalmente, como parte desta transação, a Sociedade estornou o direito de recebimento de dividendos e juros sobre o capital próprio correspondente a essas ações da CSN, de acordo com a legislação societária em vigor. O resultado dessa transação foi uma perda de R$ 185.797, registrada no resultado não operacional e representou uma redução na participação na controlada de 6,16% deste exercício.

3 EMPRÉSTIMOS, FINANCIAMENTOS E DEBÊNTURES

Curto prazo MOEDA ESTRANGEIRA Pré-pagamento ACC Bônus Perpétuos Fixed Rate Notes BNDES/Finame Importações financiadas Bilaterais Outros

2005 Longo prazo

Controlada 2004 Curto Longo prazo prazo

104.371 1.429.601

Consolidado 2004 Curto Longo prazo prazo 267.848 1.177.824 672

35.208 1.755.525 72.893 3.053.052 7.646

7.646 MOEDA NACIONAL BNDES/Finame Debêntures Outros

Curto prazo

2005 Longo prazo

53.870

53.870

141.908 1.200.000 365.757 1.660.787

56.705 46.019 30.915 346.111

633.603 2.931.342 148.203 572.829 261.634 62.158 236.316 53.644 59.911 116.874 348.623 228.676 6.616.686 1.514.751 5.206.898

36.595 277.561 847.425 1.625.517 21.173 14.248 905.193 1.917.326

75.742 338.540 453.641 2.736.380 65.082 130.076 594.465 3.204.996

141.908 1.200.000 365.757 1.660.787 Total de Empréstimos e Financiamentos 141.908 1.200.000 373.403 1.714.657 1.251.304 8.534.012 2.109.216 8.411.894 Derivativos 355.097 36.642 Total de Empréstimos e Financiamentos +Derivativos 141.908 1.200.000 373.403 1.714.657 1.606.401 8.534.012 2.145.858 8.411.894 Em 31 de dezembro de 2005, a amortização do principal de longo prazo apresenta a seguinte composição por ano de vencimento: Controladora Consolidado 2007 495.541 2008 1.280.146 2009 369.898 2010 303.973 2011 273.424 2012 a 2024 1.200.000 5.811.030 8.534.012 1.200.000 Sobre os empréstimos e financiamentos contratados e debêntures, incidem juros cujas taxas anuais em 31 de dezembro de 2005 estão apresentadas como segue: Controladora Consolidado até 7% 1.656.408 De 7,1 a 9% 782.994 De 9,1 a 11% 5.350.264 Acima de 11% 1.341.908 2.350.747 10.140.413 1.341.908 Composição percentual da dívida total por moeda/indexador de origem: Controladora Consolidado 2005 2004 2005 2004 MOEDA NACIONAL CDI 100,00 21,04 6,83 IGPM 17,22 4,35 7,71 TJLP 79,83 3,31 20,43 IGP-DI 0,15 0,12 97,05 28,85 35,09 100,00 MOEDA ESTRANGEIRA Dólar norte-americano 70,27 60,92 Iene 0,41 0,96 Cesta de moedas 2,95 2,17 Euro 0,47 0,78 Outras moedas 0,08 2,95 71,15 64,91 100,00 100,00 100,00 100,00 Os empréstimos da controlada e subsidiárias com determinados agentes, possuem certas cláusulas restritivas que estão adequadamente atendidas na avaliação da Administração. A controlada contrata operações de derivativos com o objetivo de minimizar os riscos de oscilações relevantes na paridade entre o real e outras moedas estrangeiras. As garantias concedidas pela controlada em razão dos empréstimos e financiamentos totalizaram R$ 3.446.558 em 31 de dezembro de 2005 (R$ 5.473.332 em 2004), constituindo-se de bens do imobilizado, avais, fianças e operações de pré-pagamento. Este total não considera as garantias concedidas para empresas controladas. As tabelas a seguir demonstram as amortizações e captações realizadas pela controlada, através de suas subsidiárias, durante o exercício corrente. Amortizações Principal Taxa de Descrição (US$ milhões) Liquidação Juros (a.a.) Subsidiária CSN Islands III Notes 75 Abr/05 9,75% CSN Export Securitização 109 Fev, Mai e Jun/05 4,77% CSN Islands V Notes 150 Jul/2005 7,875% CSN Export Securitização 7 Nov/2005 7,28% 341 Captações Principal Prazo Taxa de Descrição (US$ milhões) Emissão (anos) Vencimento Juros (a.a.) Subsidiária CSN Islands IX Notes 200 Janeiro/2005 10 Janeiro/2015 10% CSN Export Securitização 250 Junho/2005 10 Maio/2015 6,148% SN Islands X Bônus Perpétuos 750 Agosto/2005 Indeterminado 9,5% 1.200 Os recursos levantados nas operações foram utilizados para capital de giro, aumentando a liquidez da controlada.

5 PATRIMÔNIO LÍQUIDO a) Capital Social Conforme aprovado em Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária, realizada em 29 de abril de 2005, a Companhia aumentou o capital social em R$ 400. A integralização foi realizada pela Vicunha Aços mediante aproveitamento de créditos que dispunha com a Companhia. O capital social passou de R$ 222.088 para R$ 222.488 com a conseqüente emissão de 146.432 ações ordinárias sem valor nominal. Sendo assim, em 31 de dezembro de 2005 o capital social subscrito e integralizado é composto por 702.594.341 ações (702.447.909 em 2004), sendo 234.295.736 ações ordinárias (234.149.304 em 2004) e 468.298.605 ações preferenciais (468.298.605 em 2004), todas sem valor nominal. Em 30 de junho de 2005, as famílias Steinbruch e Rabinovich celebraram contrato de compra e venda de ações pelo qual a família Steinbruch adquiriu a participação acionária adicional na Vicunha Steel S.A., correspondente a 50% do capital votante e total. Em virtude da operação, a família Steinbruch passou a ser a única acionista da Vicunha Steel S.A. que, por meio da Vicunha Aços S.A., é titular de 99,9% do capital votante da Vicunha Siderurgia S.A. b) Reserva de Reavaliação Refere-se às reavaliações reflexas de bens do ativo imobilizado da controlada aprovadas nas Assembléias Gerais Extraordinárias (AGEs) de 19 de dezembro de 2002 e 29 de abril de 2003, que objetivaram, em conformidade com a Deliberação nº 288 de 3 de dezembro de 1998, adequar os montantes do ativo imobilizado da controlada aos valores de mercado para que as Demonstrações Financeiras reflitam os ativos a valores mais próximos aos de reposição. c) Dividendos Conforme AGE realizada em 28 de junho de 2005 que ratificou a decisão do Conselho de Administração, a Sociedade distribuiu dividendos aos acionistas no montante de R$ 285.369 sendo, R$ 191.768 referente às ações preferenciais e R$ 93.601 referente às ações ordinárias. Os acionistas têm direito a receber, como dividendo obrigatório, 25% do lucro líquido, ajustado conforme previsto na Lei das Sociedades por Ações. d) Reserva de Lucros Especial A Administração da Companhia está propondo a destinação do lucro para reserva especial como preconiza o art. 202 § 4º da Lei nº 6.404/76, conforme demonstrado a seguir: 2005 Lucro líquido do exercício 201.728 190.972 Realização da reserva de reavaliação reflexa Apropriação para reserva legal (10.086) Destinação para reserva especial 382.614

6 EVENTOS SUBSEQÜENTES Controladora

Resgate antecipado de debêntures da segunda emissão Em 26 de janeiro de 2006, o Conselho de Administração da Companhia aprovou o resgate antecipado das debêntures não conversíveis e com garantia real e fidejussória da segunda emissão da Companhia e em 9 de fevereiro de 2006 a Diretoria Executiva realizou o resgate. Aumento capital social Em 9 de fevereiro de 2006, o Conselho de Administração da Companhia aprovou em Assembléia Geral Extraordinária, o aumento do capital social mediante aporte de capital em R$ 959.011 com a emissão de 346.338.542 novas ações ordinárias. O capital social da Companhia, totalmente subscrito e integralizado passou de R$ 222.488 para R$ 1.181.497 dividido em 1.048.933 ações, sendo 580.634 ações ordinárias e 468.299 ações preferenciais, todas nominativas e sem valor nominal. Controlada Acidente alto-forno III Em 22 de janeiro de 2006, ocorreu um acidente no sistema coletor de pó do equipamento Alto-Forno número 3, paralisando temporariamente sua operação. A partir da laminação, a produção está sendo feita normalmente com o uso do estoque de 240 mil toneladas de placas e da produção do alto-forno número 2. A Companhia tem uma apólice de seguro para lucros cessantes e equipamentos no valor máximo de US$ 750 milhões. A administração acredita que esses montantes são suficientes para recuperar quaisquer prejuízos decorrentes do acidente. A Companhia está empregando todos os esforços para a volta da operação do equipamento o mais rápido possível. Pagamento antecipado de dividendos Em 31 de janeiro de 2006, o Conselho de Administração da Companhia aprovou, em reunião extraordinária, o pagamento antecipado de dividendo referente ao exercício findo em 31 de dezembro de 2005, no montante de R$ 936.815 correspondendo a R$ 3,6393 por ação do capital social. A antecipação foi incluída na proposta da destinação do resultado do exercício de 2005 e será submetida para aprovação na Assembléia Geral Ordinária.

Conselho de Adminstração ELISABETH STEINBRUCH SCHWARZ Presidente

ELIEZER STEINBRUCH Vice-Presidente

ELIEZER STEINBRUCH Diretor-Presidente BENJAMIN STEINBRUCH Diretor-Superintendente

Conselheiros BENJAMIN STEINBRUCH CLARICE STEINBRUCH

Diretoria

DOROTHÉA STEINBRUCH RICARDO STEINBRUCH

JOSÉ RÔMULO DA SILVA Contador – CRC/RJ 083238/O

RUBENS DOS SANTOS Diretor de Relações com Investidores


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terça-feira, 25 de abril de 2006

Cidades "VI A CÂMERA E ACENEI PARA O BRASIL" Com a bandeira brasileira me senti embarcando com uma nação. Marcos Pontes, astronauta

O astronauta Marcos Pontes esteve ontem no Senai e na Fiesp. Ele conheceu o protótipo de placas que irão para a Estação Espacial. Milton Mansilha/Luz

Ó RBITA

BENTO XVI papa Bento XVI celebrará missa em Aparecida, durante a V Conferência dos Bispos da América Latina e do Caribe, no dia 13 de maio de 2007. O anúncio foi feito domingo pelo arcebispo de Aparecida dom Raymundo Damasceno Assis. Bento XVI fará a abertura da Conferência no dia de Nossa Senhora de Fátima. O encerramento do evento, que reunirá 300 bispos, será no dia 31 de maio. A missa deverá acontecer do lado de fora do Santuário, onde será construído um novo altar. Cerca de 600 mil pessoas são esperadas. As missas celebradas durante a conferência serão em português, espanhol e inglês. A visita do papa já está movimentando a rede hoteleira de Aparecida. Um projeto chamado Aquarela convida os hotéis e restaurantes a reformarem suas fachadas e revitalizar a cidade. (AE)

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A TÉ LOGO Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

L

Brasileira presa na Turquia terá advogado

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Contra o crime, participação popular

B

andeiras do Brasil, flashes e aplausos. Nesse clima, Marcos Pontes, tenente-coronel da Força Aérea Brasileira e primeiro astronauta brasileiro a viajar ao espaço, foi recebido ontem por estudantes, empresários e fãs durante visita à Escola Senai Suíço-Brasileira (especializada em mecânica de precisão) e à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). À tarde, Pontes esteve na escola para conferir de perto o protótipo das placas adaptadoras FSA, produzidas pela unidade do Senai para a Estação Espacial Internacional (EEI). Ele foi homenageado por cerca de 500 alunos e recebeu de um deles um uniforme da escola. Ao vesti-lo, falou de como se sentia bem em voltar para a sua terra e para a instituição na qual estudou. "Me sinto muito à vontade aqui. Quando o Brasil precisava fabricar peças para cumprir sua parte na missão à Estação Espacial Internacional, o Senai esteve presente nesse momento importante da minha vida. Hoje, me vejo refletido em todos vocês", disse. Protótipo - Durante a visita à escola Senai, Pontes explicou que o protótipo da placa adaptadora, feito em resina, serve como um elemento de adaptação de componentes internos e externos da Estação Espacial. A função da placa é ser uma caixa de transporte de ferramentas utilizada pelos astronautas. "A peça tem garras que

Pontes provocou risos ao dizer que, no vôo, se distraiu ao ver a câmera, acenou e esqueceu suas funções

podem segurar peças, conexões elétricas e mecânicas. Ela é adaptada à Estação e, de tempos em tempos, substituída. Pode ser usada também no ônibus espacial para levar os equipamentos para cima e para baixo", disse. Segundo o astronauta, o Brasil produzirá 32 dessas placas, enquanto a Estação Espacial precisa de 657. "Isso significa que o protótipo é só a abertura de um caminho para a indústria. Com os brasileiros qualificados por um grupo de 15 países para fabricar peças com o carimbo da Nasa (a agência espacial norte-americana), será possível participar de concorrências e exportar", avaliou. Para a fabricação da placa foram utilizadas duas máquinas

de precisão milimétrica e um conjunto de 138 peças. As originais são feitas em alumínio. A produção de cada placa custa de R$ 6 milhões a R$ 8 milhões. A iniciativa é resultado de um convênio assinado há um ano entre a Agência Espacial Brasileira e o Senai. Futuro - O astronauta afirmou que, depois da missão, terá muito trabalho pela frente. Ele disse que a parte mais chata é passar pela recuperação e exames médicos. Agora que a condição física voltou ao normal, pretende colocar em prática todo o conhecimento adquirido ao longo de oito anos de trabalho em programas espaciais do mundo todo. "Quero que isso ajude no desenvolvimento das indústrias,

GIr

Agendas da Associação e das distritais

Amanhã I Contabilista - O vice-

presidente da ACSP Valmir Madázio participa de comeração pelo Dia do Contabilista. Às 19h, praça Ramos de Azevedo, 202. I Vila Maria – Reunião ordinária da diretoria executiva e do conselho diretor. Às 19h30.

das empresas, da ciência e da educação no Brasil. Se tivesse chance, ficaria por seis meses no espaço. Mas quero que outros astronautas brasileiros tenham a mesma oportunidade", afirmou. Pontes disse que na EEI realizou os oito experimentos facilmente. Agora, está ansioso para saber quais serão os resultados. "Estou na expectativa e creio que eles serão importantes para a sociedade", disse. Solenidade - Após a visita à escola, o astronauta seguiu para a Fiesp, onde participou de uma palestra exclusiva para a diretoria da entidade. Depois foi homenageado por 700 crianças e adultos em uma solenidade no Teatro Popular do Sesi. Durante a palestra, Pontes

presenteou o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, com um 'patch' (emblema bordado com o símbolo da Fiesp) que levou ao espaço. "Pontes tem uma relação estreita conosco, é ex-aluno do Sesi e do Senai. O astronauta quebrou paradigmas, mostrou que nós, brasileiros, somos criativos e talentosos. Estamos desenvolvendo as peças e esse vôo à Estação Espacial não é ficção. É uma grande oportunidade para a indústria brasileira", afirmou. No final do evento, Pontes relatou a viagem à Estação Espacial Internacional. "Na hora que entrei no foguete pensei que me sentiria sozinho. Mas não. Com a bandeira brasileira me senti embarcando com uma nação", disse. O astronauta contou que antes de entrar no foguete teve de passar por cerimoniais tradicionais russos. Ele se emocionou quando, momentos antes de subir à nave Soyuz, caminhou segurando a mão da primeira mulher astronauta russa a ir ao espaço, Valentina V. Teréshkova. Pontes provocou risos da platéia ao dizer que, durante o vôo, se distraiu de sua função, que era acionar um controle de descida de emergência caso algum acidente acontecesse. "Teria quatro segundos para reagir se precisasse apertar o botão. Mas quando vi que a câmera virou para meu lado, por alguns instantes, confesso que esqueci a parte operacional e acenei para o Brasil", disse. Rejane Tamoto

I Santo Amaro – Reunião

I São Miguel – Reunião de

plenária da Frente Parlamentar de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Às 19h. I São Miguel – Reunião do núcleo de lojas de móveis e colchões do Projeto Empreender, coordenada por Valdeir Gimenez. Às 20h.

profissionais de automecânicas do Empreender, coordenada por Valdeir Gimenez. Às 19h30. I Penha – Entrega do troféu Marco da Paz aos ganhadores do Natal Iluminado. Às 19h30. I Butantã e Pinheiros – As distritais entregam o Marco da Paz a policiais civis e militares. Às 19h30, no salão social do São Paulo Futebol Clube, praça Gomes Pedrosa, 01, portão 5. I Santana – A distrital realiza a palestra Vestir-se bem, segredo para o sucesso, ministrada pela diretora e segunda secretária da distrital, Bia Wong. Às 20h.

Quinta I Lapa – A distrital promove

formatura da 2ª turma do curso de artesanato do CME. Às 13h. I São Miguel – Reunião de profissionais de escolas particulares do Projeto Empreender, coordenada por Valdeir Gimenez. Às 15h.


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terça-feira 25 de abril de 2006

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Política

Continuamos trabalhando para que o vice seja do PFL. Qualquer outra coisa é boato. Tasso Jereissati, presidente nacional do PSDB

GOVERNO ENVIA PACOTE DE PROJETOS AO CONGRESSO E ACENA REPASSE DE R$ 2 BILHÕES AOS PREFEITOS

C

om o caminho livre após a aprovação do Orçamento da União para este ano na semana passada, o Palácio do Planalto decidiu enviar ao Congresso projetos de lei considerados estratégicos ao governo e tentar convencer a oposição a desenterrar propostas antigas paradas na Câmara e no Senado devido à crise política. Ao mesmo tempo, o governo acenou ontem com benefícios bilionários aos prefeitos. Serão mais cerca de R$ 2 bilhões que deverão ser repassados aos municípios, atendendo a pleitos que vinham sendo seguidamente negados pelo ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci, sob a alegação de que o governo precisava manter o ajuste fiscal. Repasses – Agora, com o afrouxamento das contas pela área econômica, o governo vem fazendo inúmeras liberações de recursos e ontem afirmou que serão R$ 250 milhões de aumento do valor do repasse para a merenda escolar, R$ 300 milhões para linha de financiamento aberta pelo BNDES para aquisição de máquinas pelos municípios e R$ 1,4 bilhão que os prefeitos deverão ter a mais com o aumento que foi acordado com o Congresso e o Planalto num ponto porcentual do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), incluído no projeto de reforma tributária. Embora a administração federal não admita, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem cobrado de todos os ministérios ações de gestão que possam ser anunciadas para ajudar a alavancar a campanha eleitoral. Projetos – Os três projetos que serão encaminhados ao Congresso ainda nesta semana são a reforma universitária, a lei de incentivo ao esporte amador e a proposta de fracionamento de remédios. Lula pediu ainda que o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, articule a aprovação de propostas como o Fundeb, MP do Simples, Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas. Apesar de o Planalto estar empenhado na aprovação de idéias e anunciar o envio de outras propostas, dificilmente elas ocorrerão ainda este ano, de acordo a oposição. A Câmara está com sete MPs trancando a pauta e o Senado com três. E tem mais: o governo tem apenas maio para conseguir as votações. É que, em junho, o País estará mobilizado com a Copa e, depois haverá o recesso de julho e todos estarão trabalhando pelas eleições. A expectativa é de que o Congresso só volte a funcionar após o segundo turno. Lula ignorou as críticas do PSDB e voltou a exaltar o fato de o País produzir petróleo suficiente para atender a demanda interna, durante o programa de rádio Café com o Presidente (leia mais sobre o assunto na matéria ao lado). "A auto-suficiência significa que nós agora somos donos do nosso nariz." (Agências)

Celso Júnior/AE

GOVERNO LULA ANUNCIA PACOTE DE BONDADES Embora a administração federal não admita, o presidente vem pressionando os ministérios para anunciar projetos e ações que possam ser usados em benefício da campanha eleitoral de Lula

Presidente Lula em reunião com os prefeitos: aumento de R$ 250 mi no repasse para merenda escolar e R$ 300 mi para a linha de financiamento para aquisição de máquinas. Fabio Rossi/Agência O Globo

PFL AMEAÇA NÃO DAR VICE A ALCKMIN

O Presidenciável tucano, Geraldo Alckmin, em reunião com o presidente do PFL, Jorge Bornhausen: negociações.

TSE NEGA LIMINAR PARA BARRAR A CAMPANHA DA PETROBRAS

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PSDB ajuizou ontem no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) duas representações contra a veiculação da propaganda de auto-suficiência brasileira na produção de petróleo, veiculada pela Petrobras. Nas representações, uma com pedido de liminar para a suspensão – que foi arquivada – e outra para a instauração de investigação judicial eleitoral, os tucanos alegam que a campanha vincula a Petrobras com a promoção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao pedir a investigação judicial eleitoral do presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli de Azevedo, e do pre-

Lucíola Vilella/Agência O Globo

JEFFERSON – O ex-deputado Roberto Jefferson foi homenageado pelo seu partido, o PTB, na Câmara Municipal do Rio. Jefferson, José Dirceu (PTSP) e Pedro Correa (PP-PE) foram os únicos parlamentares cassados até agora por envolvimento com o mensalão: outros nove mantiveram seus mandatos.

sidente Lula, os advogados do PSDB sustentam que a pretexto de comunicar a auto-suficiência de petróleo obtida pelo Brasil, a Petrobras veiculou em diversas emissoras de televisão, e em horário nobre, "propaganda que abusivamente visa a engrandecer o atual Governo Federal, com evidentes reflexos na disputa eleitoral que irá ocorrer no segundo semestre do corrente ano". O corregedor-geral da Justiça Eleitoral, César Rocha, rejeitou o pedido de liminar e determinou na tarde de ontem o arquivamento da representação em que o PSDB pedia a suspensão da campanha. Outra representação do PSDB contestando a mesma campanha deverá ser decidida por outro ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ari Pargendler.

O TSE terá de se manifestar em breve também sobre uma representação do PFL contra o PT por causa da propaganda partidária veiculada pela legenda no dia 18. "É melhor termos um governo que inaugura plataformas do que um que afunda plataformas", rebateu o presidente do PT, Ricardo Berzoini, em referência à explosão que resultou no afundamento da plataforma P-36 da Petrobras, em 2001, durante o mandato de Fernando Henrique Cardoso. A afirmação também se refere à presença Lula na inauguração da plataforma P-50, da Petrobras. No evento, realizado na última sexta-feira, Lula sujou as mãos com petróleo, repetindo o gesto feito pelo ex-presidente Getúlio Vargas no início dos anos 50. (Agências)

PSDB foi surpreendido ontem com uma ameaça do PFL de não indicar o candidato a vice na chapa do tucano Geraldo Alckmin na disputa pela Presidência da República. Programada para o final deste fim de semana, a executiva nacional do partido decidiu adiar a escolha do candidato, diante da má performance eleitoral de Alckmin na arrancada da campanha, da dificuldade de compor os dois partidos em Estados onde o PFL é favorito para governador, e da briga interna pelo posto de vice, que divide a cúpula. "É muito mais importante resolver esta questão nos Estados do que definir a vice-presidência. Vamos priorizar os Estados e deixar a vice para uma segunda etapa", resumiu o senador José Jorge (PFL-PE), que disputa a participação na chapa de Alckmin com o líder pefelista no Senado, José Agripino (RN). Flexibilidade – "Se para nós elegermos mais deputados, e se o melhor para o PFL for não ter candidato a vice e com isso ter mais flexibilidade para montar alianças, para poder oferecer à vossa excelência um bancada de dez ou doze deputados, não tenho dúvida. E já disse isso ao presidente (do PFL), Jorge Bornhausen: se na discussão com a direção do PSDB chegarmos a esta con-

clusão, devemos priorizar a maximização de nossa bancada de deputados federais porque é o melhor serviço que podemos fazer para seu governo", afirmou o prefeito do Rio, Cesar Maia (PFL). Alckmin e líderes tucanos, por sua vez, procuraram minimizar o impasse do PFL e, principalmente, as afirmações do prefeito do Rio. "A aliança natural é com o PFL. Já há uma base implantada e importante. Estamos construindo um programa importante para o Brasil", comentou Alckmin, ao chegar para evento de lançamento da candidatura do deputado tucano Eduardo Paes ao governo do Rio de Janeiro. Boato – "Continuamos trabalhando para que o vice seja do PFL", disse Tasso Jereissati (CE), presidente nacional do partido . "Ninguém me comunicou nada diferente disso. Qualquer outra coisa é boato." Mas, apesar de minimizar os problemas com a alianças e com o baixo desempenho de Alckmin nas pesquisas, o PSDB decidiu pôr a mão na massa. O partido estréia hoje suas inserções partidárias no rádio e na TV, com mensagens de 30 segundos no horário nobre, com o objetivo de tornar o presidenciável mais conhecido nacionalmente, principalmente o Nordeste. (Agências)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.LOGO

Logo Logo

Os responsáveis por essa ação criminosa e terrorista serão perseguidos até que sejam punidos.

www.dcomercio.com.br/logo/

Do presidente do Egito, Hosni Mubarak, ontem, sobre o atentado em Dahab, que deixou pelo menos dez mortos e centenas de feridos.

Maxim Marmur/AFP

terça-feira, 25 de abril de 2006

Leia mais em Internacional

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ABRIL Recolhimento de ICMS Dia do Contabilista Leia mais no caderno especial

C OPA 2006 E UA

O agente número dois

Um líder em declínio se Bush é "competente", 47% responderam que sim, 47% disseram que não e 6% preferiram não responder. Sobre se a recente alta dos preços da gasolina lhes causou dificuldades, 69% disseram que sim e 28% responderam que não. A pesquisa foi feita entre a última sexta-feira e condiz com uma pesquisa do Pew Center feita entre os dias 7 e 16 de abril, segundo a qual Bush tem uma taxa de aprovação de 35% e com levantamento da da Fox News/Opinion Dynamics, que atribui a Bush aprovação de 33%.

F RANÇA Benoit Tessier/Reuters

Zagallo define o nome do segundo "espião" brasileiro no Mundial da Alemanha

A

ntônio Lopes será o observador da seleção brasileira para a Copa do Mundo de 2006. O nome foi confirmado ontem pelo coordenador técnico Mario Jorge Lobo Zagallo. A seleção brasileira terá dois espiões para o Mundial da Alemanha -- Jairo Santos já faz esse trabalho para a CBF. Os jogos da Copa do Mundo que cada um vai observar ainda não foram definidos. E x - t re i n a d o r d o C o r i nthians, Lopes foi o coordenador técnico do Brasil na Copa de 2002, quando a equipe era dirigida por Luiz Felipe Scolari. Ontem, na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no Rio de Janeiro, Lopes finalizou os detalhes de seu contrato. Ele deve confirmar que aceita o cargo ainda hoje.

Arquivo DC

Pesquisa de opinião divulgada ontem pela rede de televisão CNN indica que a taxa de aprovação ao presidente dos EUA, George W. Bush, caiu ao nível mais baixo desde que ele chegou ao cargo, em 2001. Dos 1.012 entrevistados, 32% disseram aprovar a atuação de Bush. 60% desaprovam e 8% responderam que não sabem. Indagados sobre se consideram Bush "um líder forte e decidido", 46% responderam que sim; sobre se consideram o presidente "honesto e digno de confiança", 40% responderam que sim. Sobre

"Ele (Lopes) vai assistir aos jogos dos adversários junto com o Jairo, cada um vai para um lado, para estarmos respaldados de informações sobre todos os adversários que vamos enfrentar. Isso é muito importante dentro de uma Copa do Mundo", disse Zagallo à imprensa. "É um velho amigo que chega, um companheiro que chega para colaborar com o projeto do hexa. A experiência dele será muito importante". O Brasil está no Grupo F da Copa, e enfrentará na estréia, no dia 13 de junho, a Croácia. No dia 18 a seleção brasileira pega a Austrália e encerra a primeira fase contra o Japão no dia 22. "Estamos preparados para enfrentá-los, sabemos tudo deles, como eu acho que eles também sabem tudo de nós", disse Zagallo.

Toshifumi Kitamura/AFP

L

A prestigiosa Sorbonne, de Paris, ocupada por estudantes em 11 de março em protesto contra a lei trabalhista para jovens, reabriu as portas ontem. Minutos depois, 200 estudantes ocuparam o salão de honra da universidade e foram retirados com ajuda policial.

P ORTUGAL

Jagger diz 'não' a George W. Bush

Falsas médiuns brasileiras na prisão

O vocalista dos Rolling Stones, Mick Jagger, se recusou a ceder ao presidente norte-americano, George W. Bush, uma suíte no luxuoso Imperial Hotel, em Viena. A comitiva de Bush queria reservar o primeiro andar do hotel para um encontro internacional que acontecerá em junho. A data da reunião coincide com um show dos Stones. A banda reservou a suíte ao preço de 5.500 euros (US$ 6.800) um dia antes dos assessores de Bush terem entrado em contato com o hotel.Bush ficará em outro hotel.

Duas brasileiras que se apresentavam em Portugal como médiuns estão em prisão preventiva na cidade de Viseu por suspeita de estelionato. A identidade das mulheres, de 19 e 49 anos, não foi divulgada. Elas foram denunciadas após uma sessão em que prometeram que enterrariam bens e dinheiro no quintal de um casal para que fossem "duplicados". O casal reuniu cerca de 20 mil euros, mas, na hora de enterrar os sacos, percebeu que o conteúdo havia sido trocado por pedaços de papel.

ENCONTRO MARCADO - A brasileira Claudia Andujar diante de uma imagem registrada por ela de um dos índios de uma tribo ianomami da Amazônia. A foto integra a exposição da coleção da Fundação Cartier no Museu de Arte Contemporânea de Tóquio.

C A R T A Z

Cidade submersa

DEBATE Evento propõe encontro entre o pensamento do dinamarquês Kierkegaard (foto) e o cinema brasileiro. Participação do professor Franklin Leopoldo e Silva e do roteirista Di Moretti. Centro Cultural Banco do Brasil. Rua Álvares Penteado, 112. Telefone: 3113-3651. Às 19h30. Retirar ingressos 30 minutos antes.

Procure no dicionário

O Portable Radiation Detector é um aparelhinho que alerta o usuário para a presença de raios-X e radiações gama, beta e nêutrons. Um microprocessador testa o ar 32.768 vezes por segundo e dispara um alarme se o nível de radiação estiver acima de 75 miliRoentgens por hora (mR/hr). O máximo em nerd-chic. US$ 100 no Think Geek. www.thinkgeek.com/

Já virou clichê dizer que não é preciso saber das coisas, mas sim onde encontrar as informações. Quem não sabe pode ir direto ao portal que traz uma série de links organizados por categoria para os mais variados tipos de dicionários gerais, enciclopédias e glossários da internet. Os temas contemplados vão desde agricultura, pecuária, alimentação, arte e arquitetura até história, filosofia, política, economia, comércio, medicina e idiomas mais populares, como português, espanhol, francês, inglês e italiano.

gadgets/security/81ee/

www.dicionarios-online.com

C IÊNCIA Lee Jae-Won/Reuters

Um ano do mascote clonado O primeiro e único cão clonado do mundo - Snuppy (foto) - comemorou ontem um ano. A revista Time apontou a clonagem do cão como uma das invenções científicas mais incríveis de 2005. Snuppy, abreviação de "Seoul National University Puppy" (bicho de estimação da Universidade Nacional de Seul), está bem de saúde e pesa 29 quilos. Pelo aniversário, o cachorro recebeu suas comidas favoritas: sorvete e salsichas. Responsável pela clonagem, o pesquisador Hwang Woo-suk é acusado de fraudes em pesquisas genéticas.

www.funmansion.com/html/fm-Soviet-

L OTERIAS

Underground-Submarine-Base.html

Concurso 135 da LOTOFÁCIL

A TÉ LOGO

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Chaveiro detector de radiação

O jornal holandês especializado Telecom Paper divulgou ontem que o Brasil vai fechar 2006 com 106 milhões de telefones celulares em uso e deve chegar em 2010 com mais de 170 milhões de aparelhos ativos. O número representará um crescimento de 100% em relação a dezembro de 2005, quando o País tinha 86 milhões de proprietários de celulares. Os holandeses estão interessados na notícia porque, atualmente, o Brasil produz apenas 40 milhões de aparelhos por ano.

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F AVORITOS

té o desmembramento da União Soviética, em 1991, Balaklava era uma cidade secreta. Localizada na costa do Mar Negro, a pequena cidade era a sede de uma base submarina nuclear russa. A base começou a ser desativada em 1993, quando torpedos e armamentos começaram a ser retirados do local. Três a n o s d epois, em 1996, o último submarino deixou a cidade que agora é apenas um ponto turístico com imagens espetaculares, como mostra o site Fun Mansion. Enquanto a base funcionava, quase toda a população local trabalhava ali, mas familiares dos funcionários eram proibidos de visitá-la. Hoje, a cidade submarina abriga um pequeno museu com visitas guiadas e armamentos em exposição.

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G @DGET DU JOUR

A conquista do espaço levantou um problema religioso de difícil solução para os três astronautas muçulmanos que a Malásia pretende enviar ao espaço. Toda sorte de técnicas matemáticas foi usada para determinar como eles poderiam se voltar para Meca para as orações diárias. Além de estarem "sem direção" na nave, eles também visitarão a Estação Espacial Internacional, que circula a Terra 16 vezes a cada 24 horas. A solução veio da robótica - cadeiras de oração que possuem relógios sincronizados com o horário terrestre e que viram constantemente alinhando os astronautas a Meca

Celulares: expansão de 100%

R ÚSSIA E M

E o astronauta muçulmano?

B RAZIL COM Z

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R OCK

R ELIGIÃO

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Universidade de Harvard abre escritório em SP para incentivar intercâmbio acadêmico Pesquisa da USP revela queda na desnutrição infantil no semi-árido nordestino e em MG Vinte anos depois, Ucrânia pede ajuda para deter efeitos da tragédia nuclear de Chernobyl

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Planalto Câmara Senado Cassações

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 25 de abril de 2006

Essa CPI (do Lula)vai morrer na origem porque não tem um fato determinado. O requerimento é muito frágil. Senador Tião Vianna (PT-AC)

CPI DO LULA PODE NÃO VINGAR

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO SUSPEITA DE FRAUDE EM NOTAS FISCAIS Ailton de Freitas/O Globo

Impasse no PFL

CÂMARA INVESTIGA GASTOS COM GASOLINA

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presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), determinou ontem a abertura de investigação para apurar os gastos extras de mais de uma centena de parlamentares. Os deputados dispõem de R$ 15 mil mensais para cobrir despesas com combustível, hotéis, refeições e serviços de informática, além do salário de R$ 12.847,20, da cobertura postal/telefônica mensal de R$ 4.268,55 e de duas ajudas de custo de R$ 12.847,20 para traslados no começo e no fim da legislatura. Tudo isso sem contar os R$ 50.815,63 para despesas de gabinete e o auxílio-moradia de R$ 3 mil para os que preferem não morar nos apartamentos funcionais. O procurador do Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado, suspeita que estejam sendo usadas notas fiscais frias para comprovar todas essas despesas. Os nomes dos deputados que mais gastam com combustível foram divul-

gados pelo jornal O Globo. Recordista – O maior gastador seria o deputado Francisco Rodrigues (PFL-RR), que apresentou notas fiscais de R$ 60 mil referentes à despesa com gasolina só neste ano. Comesse valor é possível comprar 25 mil litros de gasolina (R$ 2,40/litro). Um carro que faz cerca de 15 quilômetros por litro andaria 375 mil quilômetros com esse combustível – ou seja, poderia fazer 41 viagens de ida e volta de Manaus (AM) a Porto Alegre (RS). "O meu Estado é enorme e minha atividade é intensa, então concentramos os gastos nesse item, o que é permitido pelo ato da Mesa", justificou o deputado. Outro recordista de uso de combustível seria o deputado Marcelino Fraga (PMDB-ES), com R$ 54,2 mil, seguido de Jos é Ta t i c o ( P T B - D F ) , c o m R$ 52,4 mil. "Encaminhei as denúncias para a Corregedoria, órgão encarregado da investigação", disse Aldo. Ele no entanto reconheceu que a Câma-

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eraldo Alckmin está sendo aconselhado a meter o bedelho nas coisas do PFL para ajudar na escolha do seu vice, que será feita entre os senadores José Agripino (RN) e José Jorge (PE). O PSDB acha que o PFL está demorando demais para indicar o vice. Os tucanos querem resolver logo essa questão para tocar em frente a política de alianças. Como José Agripino e José Jorge não chegam a um acordo, o partido pensa em realizar uma prévia. O medo é que ocorra um racha entre os dois grupos que disputam a vice que acabe prejudicando a campanha de Alckmin. Há indícios de uma desavença entre o presidente do partido, Jorge Bornhausen e ACM: o primeiro estaria optando por José Jorge e o segundo apóia José Agripino. Bornhausen tenta mais uma vez um acordo. Para os pefelistas a indicação teria sido feita ontem. Se depender de Alckmin, o vice será o senador pelo Rio Grande do Norte, que teria mais embocadura para bater em Lula. Mas, o partido está dividido. Veja-se, por exemplo, que o governador em exercício em São Paulo, Cláudio Lembo apóia a indicação de José Jorge, que é ligado ao conterrâneo Marco Maciel.

FICA FORA

Francisco Rodrigues (PFL-RR): R$ 60 mil só com combustível.

ra não tem como fiscalizar todos esses gastos. Severino – A verba indenizatória para os gastos com gasolina, hotéis e refeições foi um dos principais trunfos da eleição do ex-deputado Severino Cavalcanti (PP-PE) à presidência da Câmara. A origem dessa verba é atribuída a ele, que a negociou com o ex-presidente Aécio Neves (PSDB-MG). Para o procurador do TCU Lucas Furtado, o sistema de

ressarcimento de verba de combustível "não apenas permite, mas favorece a ocorrência de fraudes". Ele ressalta que a resolução que assegura ao parlamentar o direito de ser ressarcido em até R$ 15 mil por mês com essas despesas é legal, mas, não há controle de pagamentos. "Na prática o parlamentar dá a entrada com a sua nota fiscal no valor que declara e a Câmara paga o valor apresentado." (Agências)

Beto Barata/AE

RENAN PODE SEPULTAR HOJE A CPI DO LULA

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presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), deverá pedir o arquivamento da comissão parlamentar de inquérito (CPI) do Lula. Na semana passada, o senador Almeida Lima (PMDB-SE) conseguiu 34 assinaturas para a criação de uma comissão encarregada de investigar as relações entre o presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, e a família do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O requerimento deverá ser considerado sem validade por Renan, sob o argumento de que não trata de um fato específico. O destino da CPI do Lula será decidido, provavelmente, hoje. O presidente do Congresso pediu à assessoria jurídica do Senado a análise detalhada da solicitação, que foi assinada somente por senadores de oposição. Renan quer ter argumentos jurídicos para enterrar o requerimento. A aliados, ele confidenciou que não pretende arcar sozinho com o ônus de arquivar a comissão. Renan também não está disposto a transferir a decisão sobre o destino da CPI para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, hoje comandada pelo senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA). "Essa CPI vai morrer na ori-

gem porque não tem um fato determinado. O requerimento é muito frágil", afirmou hoje o senador Tião Vianna (PT-AC). Apesar de terem assinado o pedido, os oposicionistas admitem que a comissão tem por objetivo desgastar o governo. Sigilo – A CPI do Lula quer apurar a violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, o "Nildo", pela Caixa Econômica Federal (CEF). Propõe que seja investigada a relação entre o presidente do Sebrae e Lula. Okamotto teria pago uma dívida de R$ 29.400 dele com o PT. O requerimento prevê ainda a apuração da relação de Fábio Luiz Lula da Silva, filho do presidente, com a Telemar, que comprou ações da Gamecorp, propriedade de Fábio Luiz Lula da Silva, por R$ 5 milhões. A nova comissão quer ainda apurar o tráfico de influência de familiares do presidente. O requerimento cita o caso de um irmão do presidente, Genival Inácio da Silva, que teria tentado intermediar demandas de empresários em estatais. Por último, o requerimento pede investigação sobre a origem e o destino dos US$ 100 mil encontrados na cueca de José Adalberto Vieira da Silva, ex-assessor do deputado José Nobre Guimarães (PTCE), irmão do ex-presidente nacional do partido José Genoino.(Agências)

Eymar Mascaro

Alckmin, no entanto, não quer se intrometer numa disputa que é do PFL. O candidato diz que aceita o nome indicado pelos pefelistas, apesar de sua preferência por Agripino. A escolha pode sair da prévia que o partido pretende realizar, para que a chapa completa consiga investir nos votos do Nordeste.

INSISTÊNCIA

Alckmin precisa crescer no Nordeste. É uma região que Lula leva ampla vantagem sobre o tucano. Por isso, a escolha de um vice nordestino. Alckmin deve percorrer os 9 estados nordestinos até o dia 15.

ALIANÇAS

Depois que a chapa estiver completa, o PSDB parte para formalizar as coligações. A meta principal continua sendo atrair o PMDB no segundo turno. Os tucanos admitem que o PMDB terá candidato próprio, por isso, não acreditam em acordo entre os dois partidos no primeiro turno. Deputado ocupa tribuna um mês depois de escapar da cassação

MAGNO DISCURSA PARA CÂMARA VAZIA

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m mês e um dia depois de ser absolvido pelo plenário da Câmara e ter merecido da colega Ângela Guadagnin (PT-SP) a célebre dança da pizza, o deputado João Magno (PT-MG) voltou à tribuna e viveu a solidão do plenário. Durante seis minutos falou sobre investimentos no Vale do Aço, em Minas, onde se concentram seus eleitores. Ninguém o ouviu. João Magno discursou para o vazio. Foi uma cena teatral. Não havia ninguém ali. Nem senhora, nem senhor deputado. Claro, a TV Câmara estava no ar e a imagem mostrada pelos sinais emitidos por ela era apenas a do deputado João Magno. Mais tarde, a "Voz do Brasil" transmitiria parte do discurso do parlamentar. "Senhoras e senhores parlamentares, venho destacar nesta tribuna o crescimento da economia do meu Estado de Minas Gerais, dando como exemplo o que ocorre atualmente no município de São Gonçalo do Rio Abaixo, na região do Médio Piracicaba, no Vale do Aço de Minas Gerais". Sem nenhum constrangimento por falar para cadeiras vazias,

João Magno continuou: "De olho na demanda chinesa por aço, a Companhia Vale do Rio Doce está investindo mais de U$ 1 bilhão na mina de Brucutu e, com isso, gerando empregos, renda e impostos para o município". Em seguida, elogiou o prefeito da cidade – Nozinho, sem dizer o partido ou o nome todo. Vadão Gomes – Deve ser julgado hoje pelo Conselho de Ética o processo contra o deputado Vadão Gomes (PP-SP). Ele é acusado de ter recebido R$ 3,7 milhões do empresário Marcos Valério. A entrega do dinheiro teria sido feita no saguão de um hotel em São Paulo, em duas datas. O parlamentar nega. O parecer será apresentado pelo deputado Moroni Torgan (PFL-CE) e, se ninguém pedir vista, poderá ser votado ainda no mesmo dia. O processo contra Vadão Gomes é o penúltimo a ser apreciado no caso do suposto 'mensalão'. Além dele, faltará julgar o parecer contra José Janene (PP-PR). A maioria dos pareceres do conselho é pela cassação, mas das 10 recomendações , apenas três foram acatadas até hoje: José Dirceu (PT-SP), Roberto Jefferson (PTB-RJ) e Pedro Correa (PP-PE). (Agências)

ESQUEMA

A estratégia do PSDB é que Alckmin receba o grosso das votações no Sudeste. Alckmin vai dispor de dois excelentes palanques na região, os de Serra e Aécio. No Rio, deve dispor do palanque de Eduardo Paes (PSDB), candidato a governador.

CHAPA

Apesar da direção do PDT confirmar que realizará prévia, o PSOL ainda alimenta a expectativa de que o senador Jefferson Peres (AM) possa figurar como candidato a vice de Heloísa Helena.

PRESSÃO

O esquema do PSDB é desgastar Lula. O partido vai pressionar o presidente Renan Calheiros para que o Senado vote logo o requerimento de convocação do ministro Márcio Thomaz Bastos para depor, sobre seu suposto envolvimento com a quebra do sigilo bancário de Francenildo Costa.

FICOU DEVENDO

O líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), afirma que Bastos não convenceu com seu depoimento na Câmara. Por isso, insiste com sua convocação para depor no Senado. Bastos adianta que, se for convocado, vai.

MAIS FUNDO

CONTRÁRIO

O PT acredita que o PMDB não terá candidato próprio. Os petistas jogam para conseguir o apoio do PMDB ainda no primeiro turno. Mas, Anthony Garotinho não entrega os pontos e continua fazendo campanha junto aos convencionais.

DIVISÃO

Cresce a onda de boatos de que Itamar Franco desistiria de postular sua candidatura a presidente para apoiar a reeleição de Lula. Se o ex-presidente apoiar Lula, o petista deve crescer em Minas, o segundo maior colégio eleitoral do País.

MEXIDA

O apoio de Itamar a Lula mudaria o quadro em Minas. O sonho de Aécio é de fazer campanha à reeleição acoplado a Itamar Franco, que sairia para o Senado. Aécio não quer que Itamar divida os votos que seriam de Alckmin com Lula.

Há, na oposição, quem ainda alimenta a esperança de ver Thomaz Bastos depondo na CPI dos Bingos. Mas, isto só ocorreria se o ministro fosse incriminado pelo exministro Antonio Palocci ou pelo ex-presidente da CEF, Jorge Mattoso, que pode ser convocado novamente ainda esta semana.

CASSAÇÃO

O Conselho de Ética da Câmara deve apreciar hoje o processo que envolve o deputado Vadão Gomes (PP-SP) com o esquema do mensalão. O deputado continua negando sua participação com o sistema de distribuição de dinheiro para favorecer o governo nas votações na Câmara.

DEPOIMENTO

O presidenta da Nossa Caixa, Carlos Eduardo Monteiro vai depor hoje na Comissão de Finanças e Orçamento da Assembléia Legislativa de São Paulo, sobre a acusação de que seu banco teria liberado irregularmente verbas publicitárias para deputados que apóiam o governo estadual.


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 25 de abril de 2006

DOISPONTOS -11 11

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Evangelho de Judas? uando ouvi falar de um documento antigo, escrito em copta, atribuído a Judas, bem que desejei, do fundo do coração, que fosse de fato um evangelho, isto é, que nos trouxesse uma notícia feliz. Por exemplo: que Judas tivesse se arrependido, feito penitência, e que seu suicídio fosse tão somente uma metáfora, metonímia, metalepse, dessas figuras de linguagem sobre as quais nos falam os exegetas... Um evangelho que contribuísse com mais luzes sobre fatos tão desconcertantes da vida de um discípulo de Jesus. Afinal, sendo chamado para fazer parte do colégio dos Doze, Jesus deve ter visto nele alguma nesga de verdade, algum vislumbre de decência, nem que fosse uma remota apetência para a prática do bem. É sabido que os discípulos não se distinguiam por qualidades excepcionais. Mas o Senhor saberia fazer daquelas réstias,

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vigorosas tochas para iluminar a humanidade com o fogo da caridade. Não obstante, Judas "teve um Deus ao alcance da mão" como ensina Murilo Mendes no seu longo poema Judas Iscariote e o renegou. "E com ele nós todos traímos o Senhor", completa o grande poeta mineiro. Mas a mídia, ao apresentar o documento recém traduzido, enganouse. Misturou a história de um impressionante trabalho científico de restauração de papiros e recuperação de um texto do século III, de nítidas características gnósticas, com a hipótese de uma correção da história e doutrina cristãs. Chegou-se a falar numa reabilitação de Judas. E quem desejava a sua perdição? Quem se compraz com sua tristíssima história? Quem não haveria de alimentar, até o último átimo da existência, a esperança da salvação? Não gostaria de estragar o bom humor

de ninguém dizendo que existe um Judas dentro de cada um de nós. Às vezes nós lhe somos de incrível solidariedade. Talvez, por isso, o que queiramos de fato seja a nossa própria reabilitação. Pode ser que, em resumidas contas, desejemos desafogar um clamor sopitado no fundo de nossas consciências, a pedir clemência pelas nossas traições. Não deixa de impressionar que se fale de reabilitação de Judas no momento exato em que o Brasil se certifica das piores traições pelas quais passa o nosso povo em toda a história republicana. Que infeliz coincidência! Na linguagem evangélica, Judas não é apenas um personagem sinistro da história do cristianismo nascente. É uma dimensão, um horizonte sempre possível na história e nos relacionamentos humanos, pelo menos em todos os momentos em que descuidamos dos valores, e não os alicerçamos em Deus. O que se pode esperar,

Reprodução

"E com ele nós todos traímos o Senhor"

senão traição por trinta vis moedas, quando destruímos a família, quando as elites dão os piores exemplos, quando se instala o consumismo, quando se debocha da transcendência, quando se desprezam os pobres, quando não se valoriza a vida dos trabalhadores, das crianças e dos estudantes, quando as moças são transformadas em meros objetos de exploração, quando os idosos e enfermos são relegados à exclusão, quando se

ridicularizam as religiões? Este tipo de sociedade se precipita como Judas, entregue à própria sorte, presa às suas carências, sem o menor desejo de superá-las. Há 50 anos um profeta chamado Pe. Louis Joseph Lebret, que inclusive trabalhou muito pela nossa cidade e pelo Brasil, escreveu uma obra chamada Suicídio ou sobrevivência do ocidente?. Seria preciso que alguém escrevesse agora "Suicídio ou sobrevivência de uma sociedade reabilitadora de Judas". Essa discussão, contudo, embora bastante presente na mídia, não deveria jamais nos desviar ou distrair do adequado foco que é, para os cristãos, o verdadeiro sentido da pessoa e da missão de Jesus Cristo. Para isso temos, com a máxima segurança, os evangelhos canônicos de Mateus, Marcos, Lucas e João. DOMINGOS ZAMAGNA É JORNALISTA E PROFESSOR DE

FILSOSOFIA

Site na internet dcomercio.com.br /doispontos/

Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br

Filhotes da ditadura presidente da República já deu provas cabais de que não suporta comparações – a não ser que elas lhe sejam, por assim dizer, favoráveis. Lula da Silva não suporta dois minutos de debate inteligente. Sem o insigne ministro da Justiça, ele é um corredor sem pernas. É sintomático que Márcio Thomaz Bastos (MTB) seja o que é e ocupe o que cargo que ocupa. MTB é criminalista. E dos bons, como se sabe. Ganhou muito dinheiro defendendo gente indefensável. Hoje, o faz por ideologia. Cada qual faz de sua biografia o que bem entende. Mas este não é tema deste artigo. O que nos interessa é mostrar que, sob o comando de Lula e companhia nada bela, o país segue altaneiro. Rumo ao atraso. A pergunta que não se cala é: por que, em tendo um cenário internacional tão favorável, a economia brasileira avança a passos lerdos? Não se trata de questão menor. Até as pedras sabem que crescimento econômico não implica, obrigatoriamente, mais empregos e menos ainda melhor distribuição de renda. Mas elas também – as pedras – não ignoram que, sem ele, não há progresso à vista. No ano passado, o PIB brasileiro cresceu 2,3%. Só ficamos à frente, entre os países latino-americanos, no quesito crescimento econômico, do Haiti, um país reconhecidamente miserável. São muitas as razões a explicar crescimento tão pífio. Elas vão do juro alto, passam pela carga tributária elevada e encontram a guarida definitiva naquilo que se poderia chamar de incompetência atávica dos Partido dos Trabalhadores. Que sempre se gabou dos quadros que nunca teve! Não são antiéticos apenas os que se propõe a assaltar os cofres públicos. Fazem parte da mesma categoria os que pleiteiam, apoiados na propaganda enganosa de sempre, ocupar funções para as quais não têm nenhum preparo. O que dizer de certa gente arrogante que exibe o revólver, aluga mansões de prazeres proibidos e gasta o que não lhe pertence em orgias? Voltemos ao início. Lula da Silva não gosta de

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G A economia,

quando comparada ao desempenho da de outros países, só consegue crescer um pouco mais do que na era Collor. G Lula não gosta de

comparações, exceto, evidentemente, das que lhe convém.

comparações, exceto, evidentemente, das que lhe convém. É por isso que ele foge do bom debate, daquela conversa "olho no olho" em que o interlocutor sabe do quê fala. Insisto: Lula da Silva não resiste a dois minutos de conversa séria. Sem MTB, talvez não suporte um minuto. Neste governo, Thomaz Bastos terá vida longa. O problema é que o distinto criminalista nada entende de economia. Não poderá, portanto, ajudar Sua Excelência na formulação de uma resposta convincente à seguinte questão: por que, apesar do céu de brigadeiro, a economia do Brasil, quando comparada ao desempenho da de outros países, só consegue crescer um pouco mais do que na era Collor. Há quem tenha uma resposta na ponta da língua: Lula e Collor, Collor e Lula, cada um a seu modo, têm em comum o fato de serem, para usar uma expressão tão empregada pelo petismo em tempos idos, "filhos da ditadura". A ambos, um abraço fraterno do Golbery. MILTON FLÁVIO É SUPLENTE DE DEPUTADO ESTADUAL PELO PSDB EPMILTOINFLAVIO@YAHOO.COM.BR

Céllus

a turbulência política do atual mandato, segundo informa notícia do Estadão de 3/4, o STF fez 47 intervenções nos trabalhos do Congresso, 18 das quais concedendo imunidades a investigados por suas comissões de inquérito. Fornecendo blindagem para crimes e pondo mordaça em acusadores. O Legislativo se rendeu ao Judiciário. Entretanto, no caso Nildo, a abolição do seu direito de falar pela suspensão do seu depoimento, concedida por juiz da Suprema Corte, à qual a Câmara se rendeu, veio a ser suplantada pelos fatos apurados pelo quarto poder, o da imprensa, que Thomaz Jefferson considerava mais importante do que o poder do governo como garantia das liberdades dos cidadãos. A política não passa de um dos processos sociais pelos quais se realizam os negócios humanos. Mas ela própria se acha subordinada e deve ser regida por algo que a coloque acima da mera

Lula e Collor, Collor e Lula, cada um a seu modo, têm em comum o fato de serem "filhos da ditadura".

BENEDICTO FERRI DE BARROS

MONTESQUIEU E O BRASIL m breve alusão que fez à Constituição inglesa em seu famoso O espírito das leis, Montesquieu cometeu dois erros. Um, de fato, ao afirmar que os poderes eram três, quando eram dois: o do rei e o do parlamento. (Esta é, pelo menos, a interpretação mais autorizada de historiadores e politólogos ingleses.) Outro, de conceito, pois poderes independentes jamais serão harmônicos, mas concorrentes e até antagônicos, pois a essência mesma do poder é a supremacia. Ou ele pode, ou não pode, porque há um poder maior do que o seu. Diga-se a favor de Montesquieu que na tradição e na prática política inglesa havia sim, além do Executivo e do Legislativo, um terceiro poder, o Judiciário, tido como fora da política, que sempre gozou de forte independência e quem, em última análise, em 1649 decapitou Carlos I. E quando pelos meios políticos se chega a um impasse que inviabiliza a convivência entre os poderes sob um Estado de Direito, em face do risco supremo da anarquia, o que acaba se impondo é o quinto e último poder: o das armas. E com elas, as ditaduras, nas quais todos os poderes são resumidos à supremacia de um só poder.

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concorrência pelo poder entre os poderes do Estado se acha amplamente ilustrada pela história mundial, mas fica escancarada na história da república brasileira e de forma abundante e paradigmática nos dias correntes. O PT minoritário no Legislativo resolveu a questão pela cooptação do mensalão, solução que colide com algo superior à Política, que é a Ética. Quanto ao Judiciário, desde há muito fora institucionalmente, foi cooptado pelas disposições que anularam sua autonomia e independência, ao outorgar a nomeação dos membros de sua corte suprema ao Executivo. Inobstante, isso não eliminou a concorrência e confronto entre esse poder e o Legislativo.

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A concorrência pelo poder entre os poderes do Estado fica escancarada na história brasileira e nos dias atuais ordem zoológica darwiniana, e que dá sentido e confere dignidade à vida dos homens: os valores da Verdade, da Moralidade e da Bondade. E é à luz dessa não-escrita lei universal da humanidade que o despacho judicial que suprimiu o direito de falar a verdade, que Nildo julgava possuir até morrer, parece erro e ilegalidade incomensuravelmente maior do que a violação do seu sigilo bancário. Visto que não pode haver lei alguma, em código nenhum, muito menos na Constituição, que conceda a quem quer que seja o direito de privar um cidadão de falar. Neste mínimo direito, pelo menos, ele se iguala a qualquer outro cidadão, por mais alta que seja sua autoridade. Câmara se curvou ao despautério. Se não levada por considerações políticas mais altas, como a de evitar um confronto de conseqüências imprevisíveis entre poderes do Estado, nem pela consideração superior dos direitos elementares da liberdade e da cidadania, nem pelo temor dos congressistas do que poderia ocorrer com seu direito de falar, ao menos pelo risco rasteiro, porém mais perigoso, representado pela quebra do sigilo bancário de seus membros.

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BENEDICTO FERRI DE BARROS É ESCRITOR PAJOLUBE@TERRA.COM,BR

FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, 3244-3799, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894


terça-feira, 25 de abril de 2006

Congresso Planalto Denúncia CPI

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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MAIS UMA ADMINISTRAÇÃO PETISTA SOB SUSPEITA

O prefeito de Porto Feliz Cláudio Maffei (PT) nega irregularidades e diz que a denúncia tem cunho político e pessoal.

SEGUNDO A DENÚNCIA, PREFEITURA BENEFICIAVA EMPRESAS LIGADAS AO PARTIDO NA ÁREA DE SAÚDE.

NOVO ESQUEMA PT. EM PORTO FELIZ. Vereadora do município Simone Habice Prado Mattar, do PSDB, encaminhou representação contra o partido ao Ministério Público.

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prefeitura de Porto Feliz, na região de Sorocaba, administrada pelo PT, montou um "esquema" para beneficiar pessoas e empresas ligadas ao partido com contratos de prestação de serviços na área de Saúde. A denúncia consta de uma representação encaminhada pela vereadora Simone Habice Prado Mattar (PSDB), ao Ministério Público da Comarca. No documento, protocolado no Fórum no último dia 19, a vereadora acusa a prefeitura de ter contratado a Pró-Sistemas para assessorar o sistema municipal de saúde através de uma licitação dirigida. As três empresas participantes são ligadas entre si e têm vínculos com petistas que já prestaram serviços para outras prefeituras do PT, como Santos e Santo André. O caso lembra a denúncia do ex-petista Paulo de Tarso Venceslau sobre suposto esquema de arrecadação de dinheiro nas prefeituras petistas de Campinas e São José dos Campos, para financiar o caixa 2 do PT, feita pela Consultoria para Empresas e Municípios (Cpem) (leia mais na matéria ao lado). Contratação – Em outubro do ano passado, a diretora mu-

nicipal de Saúde, Cláudia da Costa Meirelles, anunciou a contratação de uma consultoria para o setor. A licitação ocorreu na forma de carta-convite, por meio da qual a prefeitura chama no mínimo três empresas para disputar o contrato. Apresentaram propostas as empresas Pró-Sistemas, KZ e FBernal. De acordo com a representação de Simone, as três mantêm ligações entre si. A Pró-Sistemas venceu ao propor a consultoria por R$ 6,4 mil mensais, contra R$ 6,5 mil oferecidos pela KZ. Já a FBernal foi desclassificada por apresentar certidão vencida. Segundo a vereadora, a Pró-Sistemas e FBernal teriam pedido suas certidões ao INSS quase ao mesmo tempo, em 24 de outubro. Ligações – "Uma certidão foi emitida via internet com minutos de diferença da outra, o que indica que foram solicitadas pela mesma pessoa." Simone descobriu ligações entre a vencedora Pró-Sistemas e a desclassificada KZ. O diretor desta é o médico Sérgio Rodrigues Fernando Zanetta que, em reunião do Conselho Municipal de Saúde, realizada em janeiro, aparece como representante da Pró-Sistemas. Depois de contratar a empre-

sa, a diretora de Saúde propôs parceria com o Instituto de Saúde e Meio Ambiente (Isama), uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) com sede em Santos, no valor de R$ 2,3 milhões no atual exercício. Em três anos, os repasses atingirão R$ 8,5 milhões. Santo André – "Zanetta, dono da KZ e consultor da Pró-Sistemas, reuniu-se com a diretora de Saúde para discutir o valor e a reunião foi documentada pela própria prefeitura", diz Simone. O presidente do Isama é Francisco Carlos Bernal, dono da FBernal. Segundo ela, Zanetta e Bernal são ou foram filiados ao PT. Bernal foi secretário de Saúde de Santo André em gestão petista. Zanetta aparece em documentos como consultor do Ministério de Saúde. O prefeito Cláudio Maffei (PT) disse que não houve qualquer irregularidade. Segundo ele, a licitação foi divulgada na internet e na imprensa e apenas as três empresas se apresentaram. "Elas atuam no setor e não cabe à prefeitura questionar o partido das pessoas." Para ele, a denúncia tem cunho político e pessoal, pois a vereadora é da oposição e seu marido, que dirigia a saúde na cidade, foi exonerado. (AE)

Antonio Cruz/ABr/4-2006

Antonio Cruz/ABr/4-2006

Ed Ferreira/AE/14-03-2006

Paulo de Tarso Venceslau

Paulo Okamotto

Ângela Guadagnin

OUTRAS DENÚNCIAS EM GESTÕES PETISTAS

expulso do PT após denunciar esquema de caixa 2 em prefeituras petistas no Estado, como Campinas e São José dos Campos. Segundo ele, o esquema era operado por Roberto Teixeira, amigo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que oferecia serviços a prefeituras – em nome da a empresa Consultoria Para Empresas e Municípios (Cpem) – para melhorar a arrecadação do ICMS, mas o lucro não era contabilizado, sendo

repassado ao caixa 2 do PT. Em depoimento à CPI dos Bingos, em janeiro, Venceslau afirmou que o ex-presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, era o principal arrecadador do esquema. Mas, assim como Teixeira, Okamoto negou as acusações. Em 1997, porém, a então prefeita de São José dos Campos, Ângela Guadagnin, disse que Okamotto a procurou para obter a lista de fornecedores com o objetivo de levantar recursos para o partido.

A

lém da mais recente acusação de corrupção em Porto Feliz, outros casos semelhantes já foram denunciados em gestões petistas no interior de São Paulo e suas investigações ainda assombram o partido. Em 1998, o economista Paulo de Tarso Venceslau foi

PALOCCI DEPÕE NA QUINTA

O

ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci será ouvido na quinta-feira, às 13 horas, em Brasília (DF), no inquérito criminal da polícia de Ribeirão Preto (SP) que investiga o contrato de limpeza urbana da cidade na época em que ele era prefeito. O depoimento, a ser tomado por meio de carta precatória – ou seja, fora dos limites territoriais da comarca– ocorrerá exatamente um mês depois de Palocci deixar a pasta por

causa do escândalo da quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa. O depoimento por carta precatória contraria o desejo do delegado seccional que chefia o inquérito, Benedito Antonio Valencise. Palocci será ouvido por um delegado local, possivelmente na Polinter, em Brasília. O advogado de Palocci no caso, José Roberto Batochio, afirmou que considera "muito estranho" a mudança na forma como Palocci será ouvido, já que havia acertado

os detalhes na última semana com Valencise. "Até aceitamos e concordamos que Valencise fosse a Brasília ouvi-lo. Parece que não houve autorização da cúpula para que isso ocorresse", explicou Batochio. Além de prestar depoimento, o ex-ministro será indiciado por falsidade ideológica, corrupção de agentes públicos, formação de bando ou quadrilha, peculato e superfaturamento no contrato de limpeza urbana de Ribeirão Preto entre 2001 e 2002. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 25 de abril de 2006

ISENTOS DE IR, ESTRANGEIROS INVESTEM MAIS

A

nimados pela isenção de Imposto de Renda (IR) para aplicação em títulos públicos, os investidores estrangeiros estão comprando mais papéis da dívida interna brasileira. Em fevereiro e março, eles ficaram com 57% dos títulos de longo prazo, com vencimento acima de dez anos, oferecidos pelo Tesouro Nacional. Considerando também os papéis de curto prazo, as aquisições dos aplicadores estrangeiros somaram R$ 8,5 bilhões, ou 20% do total. O balanço foi divulgado ontem, junto com o resultado da dívida em títulos do governo federal (leia mais sobre a dívida na página 7 deste caderno). De acordo com o novo coordenador da Dívida Pública do Tesouro Nacional, Ronnie Tavares, o forte apetite dos estrangeiros pelos títulos com vencimento maior e atrelados a índices de preços tem ajuda-

do a reduzir os juros que o governo paga para vender seus papéis no mercado. Tavares afirmou que o ingresso de investimentos estrangeiros nesses 45 dias de isenção de cobrança de Imposto de Renda superou as expectativas. O governo tinha feito uma previsão inicial de entrada de US$ 5 bilhões desses investimentos até o final do ano – valor já praticamente alcançado. Em 31 de dezembro de 2005, antes da edição da Medida Provisória do governo que isentou os estrangeiros, o estoque desses investimentos era de apenas R$ 4 bilhões, o equivalente a US$ 1,9 bilhão. Para Tavares, "a isenção facilitou o alongamento do prazo da dívida". Para provar a tese, informou que, enquanto os investidores brasileiros adquiriram 93% dos títulos de curto prazo (com vencimento em até três anos), os estrangeiros compraram apenas 7%. (AE)

Mantega diz que vai manter meta de inflação

O

ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou ontem que deseja manter a inflação nos níveis atuais sem reduzir a meta no futuro. "Estamos interessados em estabilizar a inflação no nível atual de 4%. Não precisamos continuar reduzindo a meta de inflação em 2 ou 3 pontos percentuais", disse Mantega a investidores em uma reunião em Nova York. A meta de inflação perseguida pelo Banco Central (BC) este ano é de 4,5%, com margem de tolerância de 2 pontos percentuais para mais ou menos. O indicador que serve de referência para a meta é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Também ontem na capital financeira dos Estados Unidos, o presidente do BC, Henrique Meirelles, afirmou que a economia brasileira vai crescer 4% neste ano. O prognóstico de

Meirelles foi feito durante palestra a empresários. Ele destacou os fundamentos da economia nacional, ressaltando que o País vive atualmente uma situação muito confortável no que se refere ao balanço de pagamentos. Falando especificamente sobre as altas dos preços do petróleo no mercado internacional, Meirelles disse que, graças à auto-suficiência brasileira na produção da commodity, ao final de 2006 o Brasil deve ter um superávit de US$ 3 bilhões na conta do petróleo. O presidente do BC acrescentou que o País está na rota do crescimento sustentável. Falando antes de Meirelles, o secretário do Tesouro Nacional, Carlos Kawall, disse que as reservas internacionais brasileiras devem atingir a marca dos US$ 65 bilhões no final de 2006, quase empatando com a dívida externa. (Agências)

CONGREGAÇÃO DAS FILHAS DE NOSSA SENHORA DA MISERICÓRDIA CNPJ/MF nº 33.512.591/0001-35 BALANÇO PATRIMONIAL (Em Reais) ATIVO 2005 2004 Circulante 38.455.011,77 32.691.594,56 Disponível 475.280,36 146.231,89 Créditos 37.979.731,41 32.545.362,67 Realizável a Longo Prazo 314.172,24 187.733,67 Títulos 0,00 7.400,00 Outros Direitos a Receber 147.805,53 178.253,67 Depósitos Judiciais 166.366,71 2.080,00 Permanente 9.675.737,89 9.780.596,98 Investimentos 660.000,00 660.000,00 Imobilizações Técnicas 10.604.415,75 10.447.541,87 Imobilizações Científicas e Religiosas 172.390,70 158.494,70 Depreciação (1.761.068,56) (1.485.439,59) Contas Extra-Patrimoniais 3.058.322,40 3.058.276,55 Gratuidades 2.088.964,34 2.092.404,30 Assistência Social 969.358,06 965.872,25 Total do Ativo 51.503.244,30 45.718.201,76 PASSIVO 2005 2004 Circulante 6.497.963,77 5.317.654,79 Títulos à Pagar 148.197,83 113.386,00 Obrigações Sociais 5.556.236,40 4.479.906,25 Obrigações Fiscais 19.024,27 11.757,51 Provisões 130.070,26 158.952,25 Valores Transitórios 601.958,64 553.652,78 Subvenções 42.476,37 Exigível a Longo Prazo 50.868,96 0,00 Obrigações Fiscais 50.868,96 0,00 Patrimônio Líquido 41.896.089,17 37.342.270,42 Patrimônio Social Líquido 37.342.270,42 33.413.293,15 Superávit 4.553.818,75 3.928.977,27 Contas Extra-Patrimoniais 3.058.322,40 3.058.276,55 Gratuidades 2.088.964,34 2.092.404,30 Assistência Social 969.358,06 965.872,25 Total do Passivo 51.503.244,30 45.718.201,76 DEMONSTRATIVO DE RESULTADO (Em Reais) DESPESAS 2005 2004 Despesas Administrativas 412.940,52 353.490,22 (-) Custo Filantropia – Administrativas (17.463,73) 0,00 Despesas com Móveis e Imóveis 450.375,28 258.600,49 (-) Custo Filantropia – Móveis e Imóveis (97.186,83) 0,00 Despesas com o Ensino 405.236,33 375.869,61 (-) Custo Filantropia – Ensino (10.941,34) 0,00 Despesas com o Pessoal 5.946.867,52 5.890.499,49 (-) Custo Filantropia – Pessoal (462.527,87) 0,00 Despesas c/ Jardim, Pomar e Aquario 16.498,16 22.037,65 (-) Custo Filantropia – Jardim-Pomar e Aquario (7.489,28) 0,00 Despesas Gerais 1.051.356,04 991.227,82 (-) Custo Filantropia – Despesas Gerais (147.966,95) 0,00 Despesas Tributárias 480.882,47 310.824,65 (-) Custo Filantropia – Tributárias (12.869,25) 0,00 Despesas Financeiras 34.300,72 48.560,40 (-) Custo Filantropia – Financeiras (4.971,85) 0,00 Despesas c/a Comunidade 799.345,22 902.928,01 (-) Custo Filantropia – Comunidade (153.375,50) 0,00 Atividades Sociais 0,00 536.310,00 Serviços Sociais 923.238,60 0,00 (-) Custo Filantropia = Serviços Sociais (923.238,60) 0,00 Beneficências 1.889.512,55 0,00 Despesas Não Operacionais 5.894,40 18.702,51 Soma das Despesas 10.578.416,61 9.709.050,85 Superávit do Exercício 4.553.818,75 3.928.977,27 Total 15.132.235,36 13.638.028,12 RECEITAS 2005 2004 Rendas Financeiras 5.877.272,24 4.856.689,36 Rendas do Magistério 7.504.960,11 7.212.529,86 Rendas Diversas 257.993,41 422.878,44 Rendas da Comunidade 1.492.009,60 1.144.416,00 Superávit na Venda de Bens 0,00 1.514,46 Soma das Receitas 15.132.235,36 13.638.028,12 Total 15.132.235,36 13.638.028,12 Irmã Angela Maria Vieira Santos – Presidente Irmã Terezinha Clélia Negrello – Tesoureira Pedro Luiz Zanini de Camargo – Téc.Contabilidade – CRC 1SP 084.908/O-9 – CPF nº 539.273.388-34 Parecer do Auditor Independente Em minha opinião as demonstrações contábeis representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Congregação das Filhas de Nossa Senhora da Misericórdia, em 31 de Dezembro de 2005, os resultados de suas operações, as mutações do seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos correspondentes ao exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 30 de Março de 2006. Massao Hashimoto – CT.-CRC- 1SP 081013/O-6

ECONOMIA/LEGAIS - 9

ASSOCIAÇÃO MADRE CABRINI DAS MISSIONÁRIAS DO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS C.N.P.J. 61.988.531/0001-29 Demonstração do Superávit ou Déficit dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em R$) 2005 2004 Receitas Escolares 15.753.515,59 14.789.399,84 Receitas escolares 15.753.515,59 14.789.399,84 Receitas escolares – Gratuidades 3.726.317,35 3.255.258,92 (-) Gratuidades concedidas (3.726.317,35) (3.255.258,92) Outras Receitas Operacionais 9.321.419,09 6.613.714,82 Receitas com subvenções 739.391,09 792.159,32 Receitas c/ doações e promoções 988.143,62 886.199,17 Receitas financeiras 6.975.001,88 4.402.999,89 Outras receitas operacionais 618.882,50 532.356,44 (-) Despesas Operacionais (17.949.566,86) (16.353.283,66) Desps. administrativas e gerais (1.533.179,80) (1.250.736,10) Desps. c/ reformas e manutenções (388.515,39) (341.931,40) Despesas com ensino (283.040,61) (284.228,28) Despesas com pessoal (13.280.019,95) (12.525.944,48) Despesas tributárias (282.716,47) (100.562,57) Despesas financeiras (65.558,40) (34.304,53) Despesas com a comunidade (836.118,96) (759.808,77) Desps. c/ a assistência social (1.147.234,83) (917.003,76) Outras despesas operacionais (133.182,45) (138.763,77) Resultado Operacional 7.125.367,82 5.049.831,00 Despesas não operacionais – – Receitas não operacionais 30.381,41 58.000,00 Superávit do Exercício 7.155.749,23 5.107.831,00 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em R$) 2005 2004 Origens de Recursos Das Operações 7.125.367,82 4.411.883,00 (-) Ajustes ao Result. de Vals. que não afetam o Cap. Circul. Líquido Superávit do exercício 7.155.749,23 5.107.831,00 Depreciação/Amortização – – Resultado na venda de imobilizado (30.381,41) (58.000,00) Variações no R.E.F. – (637.948,00) DeTerceiros 2.507.664,63 2.379.045,58 Venda de imobilizado 30.381,41 58.000,00 Aumento do exigível a longo prazo 2.477.283,22 2.321.045,58 Total das Origens 9.633.032,45 6.790.928,58 Aplicações dos Recursos 2.622.202,55 2.134.326,16 Redução no Ex.L.P – – Aquisição de imobilizado 2.622.202,55 2.134.326,16 Total das Aplicações 2.622.202,55 2.134.326,16 Ajustes de Exercícios anteriores – 42.441,77 (Redução)/Aumento do CCL 7.010.829,90 4.699.044,19

Balanços Patrimoniais encerrados em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em R$) ATIVO 2005 2004 PASSIVO 2005 2004 Ativo Circulante 47.861.917,17 40.904.157,74 Passivo Circulante 1.662.205,91 1.715.276,38 Disponibilidades 949.639,76 330.733,50 Contas a pagar 85.497,17 166.133,96 Caixa e bancos 949.639,76 330.733,50 Obrigações sociais 707.748,12 688.345,28 Realizáveis 46.912.277,41 40.573.424,24 Parcelas antecipadas 843.901,87 855.832,09 Mensalidades a receber 5.233.450,82 4.439.772,66 Subvenções a aplicar 2.623,71 – Contas a receber 51.639,41 70.516,26 Outras obrigações 22.435,04 4.965,05 Cheques devolvidos a receber 148.397,58 44.887,16 Exigível a Longo Prazo 11.678.648,93 9.201.365,71 Aplicações financeiras 40.965.162,03 34.584.296,54 Isenção usufruída sob análise 11.678.648,93 9.201.365,71 Adiantamentos trabalhistas/ Patrimônio Líquido 76.864.920,32 69.709.171,09 fornecedores 506.005,46 1.408.520,25 Total do Passivo 90.205.775,16 80.625.813,18 Outros créditos 7.622,11 25.431,37 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras Ativo Permanente 42.343.857,99 39.721.655,44 4. Ativo permanente Imobilizado 42.343.857,99 39.721.655,44 Conta 2005 2004 Total do Ativo 90.205.775,16 80.625.813,18 Imobilizado 42.343.857,99 39.721.655,44 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras Imóveis 31.147.460,56 31.124.460,56 Demonstração das Mutações do Patrimônio Social dos Veículos 496.330,33 455.330,33 exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em R$) Móveis e utensílios 745.829,69 694.529,11 Instalações 800.397,84 718.320,84 Patrimônio Benfeitorias 4.643.763,34 4.608.933,81 Descrição Social Total Aparelhos escolares 130.482,03 130.482,03 Saldo em 31/12/2003 64.558.898,32 64.558.898,32 Biblioteca 15.808,20 15.808,20 Ajustes de exercícios anteriores 42.441,77 42.441,77 Laboratório 245.555,06 19.685,06 Superávit do exercício 5.107.831,00 5.107.831,00 Máquinas e equipamentos 1.279.092,48 1.027.325,77 Saldo em 31/12/2004 69.709.171,09 69.709.171,09 Obras em andamento 2.809.036,35 899.796,37 Superávit do exercício 7.155.749,23 7.155.749,23 Outros itens 30.102,11 26.983,36 Saldo em 31/12/2005 76.864.920,32 76.864.920,32 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras 5. Isenção usufruída sob análise – Refere-se a provisão da quota patronal sobre a folha de pagamento e a contribuição empresarial Notas Explicativas as Demonstrações Contábeis de para o INSS sobre serviços prestados por autônomos nos exercíci31 de Dezembro de 2005 (Valores expressos em R$) os de 2000 à 2005, tendo que o Conselho Nacional de Assistência 1. Contexto Operacional – A Associação Madre Cabrini das Social – CNAS ainda não emitiu a renovação do Certificado de EnMissionárias do Sagrado Coração de Jesus é uma pessoa jurídica tidade Beneficente de Assistência Social – CEBAS. 6. Patrimônio de direito privado, sem fins lucrativos, de caráter educacional, cultu- Social – Formado por resultados apurados em exercícios anterioral e de assistência social. De Utilidade Pública Federal conforme res, desde sua fundação em 07.07.1966. 7. Subvenções – A entiDecreto n.º 70.458 de 26/04/1972, e Municipal conforme Lei n.º 2.433 dade recebeu em 2005 o valor de R$ 739.391,09 (2004 – R$ de 14/06/1996, registrado no CNAS conforme processo n.º 42.643/ 792.159,32) referente a subvenção do Poder Público Municipal. 67 em 03/07/1967, portadora do Certificado de Entidade de Fins 8. Doações 2005 2004 Filantrópicos conforme processo n.º 203.465/71 com protocolo de Doações recebidas de pessoa física 558.170,59 491.722,40 renovação em 14/10/2003, tem por finalidade oferecer e desenvol- Doações recebidas de pessoa jurídica 64.567,81 105.227,76 ver o ensino em todos os níveis, bem como a educação religiosa, Total 622.738,40 596.950,16 dedicar-se às obras de promoção humana, beneficente, filantrópica, educacional, cultural e assistencial. 2. Apresentação das De- 9. Base de cálculo da filantropia: Assistência educacional e somonstrações Contábeis – As demonstrações contábeis foram ela- cial – Em atendimento aos seus objetivos estatutários e em aderênboradas de acordo com a Lei das Sociedades por Ações n° 6.404/ cia aos preceitos estabelecidos no inciso VI do artigo 3º do Decreto 76, Resolução nº 877/00 do CFC, e demais disposições comple- nº 2536/98, a entidade aplicou uma parcela substancial dos seus mentares, sendo os principais critérios apresentados a seguir. 3. recursos em projetos de assistência social e outras ações de caráPrincipais práticas contábeis – a) apuração do resultado: confor- ter filantrópico, conforme resumido no quadro a seguir: 2005 2004 me regime de competência; b) aplicações financeiras: foram reco- Descrição nhecidas pelo regime de competência; c) contas a receber: foram Base de cálculo: Receitas escolares 15.753.515,59 14.789.399,84 reconhecidas em função da realização da receita; d) provisão para 988.143,62 886.199,17 créditos de liquidação duvidosa: não foi constituída; e) Imobiliza- Receitas c/ doações e promoções 6.975.001,88 4.402.999,89 do: avaliado pelo custo de aquisição, não sendo efetuada a depreci- Receitas financeiras Outras receitas operacionais 618.882,50 532.356,44 ação; f) Provisões: a provisão de férias não foi constituída; a Insti24.335.543,59 20.610.955,34 tuição é imune do imposto sobre a renda da pessoa jurídica, da Total Aplicação mínima exigida – 20% 4.867.108,72 4.122.191,07 COFINS e da contribuição social sobre o lucro; a provisão referente Gratuidades realizadas: a isenção usufruída sob análise foi constituída com base nos valores que seriam devidos da quota patronal sobre folhas de pagamen- Assistência educacional (bolsas de estudos) 3.726.317,35 3.255.258,92 to e autônomos; g) Gratuidades e isenções: as gratuidades relati1.147.234,83 917.003,76 vas a assistência educacional e a assistência social são registradas Assistência social 4.873.552,18 4.172.262,68 em contas específicas de despesas e controladas de forma global Total Percentual realizado 20,03% 20,24% em contas de compensação. As isenções usufruídas sobre a cota 2.477.283,22 2.321.045,58 patronal referente a folha de pagamento e a contribuição empresari- Isenção do INSS usufruída al para o INSS sobre serviços prestados por autônomos são Assistência aplicada a maior em relação a isenção usufruída 2.396.268,96 1.851.217,10 contabilizadas em contas de despesas.

Demonstrativo do CCL 2005 2004 Variação no ativo circulante 6.957.759,43 5.442.493,49 Variação no passivo circulante (53.070,47) 743.449,30 Variação Total 7.010.829,90 4.699.044,19 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras 10. Receitas não operacionais – Refere-se a resultado obtido na venda de bens do ativo imobilizado. 11. Seguros – Como medida preventiva a entidade, em função de análises administrativas de risco, adota a política de contratar cobertura de seguros contra riscos diversos. Diretoria Albertina Ghisleri Goulart – Presidente Lúcia Martins de Amorim – Tesoureira Pedro Luiz Zanini de Camargo Téc. de Contabilidade – CRC 1SP 084.908/O-9

Parecer dos Auditores Independentes constatação com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração da Entidade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. 3. A Entidade iniciou o levantamento físico e contábil do ativo imobilizado, objetivando estabelecer um controle individualizado, inclusive para fins de realização de depreciação. Para determinar os saldos e montantes adequados a serem contabilizados, o levantamento iniciado deverá ser concluído. Portanto, não foi possível mensurar os efeitos resultantes sobre as demonstrações contábeis. 4. A Entidade não constituiu a provisão para créditos de liquidação duvidosa e a provisão de férias, cujos montantes em 31 de dezembro de 2005 e 2004 não foram estimados. 5. Em nossa opinião, exceto pelos efeitos de possíveis ajustes que

poderão decorrer do descrito nos parágrafos 3 e 4, as demonstrações contábeis referidas no parágrafo 1, representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Associação Madre Cabrini das Missionárias do Sagrado Coração de Jesus, em 31 de dezembro de 2005 e 2004, os superávit ou déficit de suas operações, as mutações de seu patrimônio social e as origens e aplicações de seus recursos referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, exceto pela não depreciação e não constituição das provisões descritas nos parágrafos 3 e 4. São Paulo, 20 de abril de 2006. Fabbri & Cia S/C Auditores Independentes CRC 2SP 17245/O-0 Marco Antonio de Carvalho Fabbri Contador CRC 1SP148961/O-2

Ilmas Sras. Diretoras da Associação Madre Cabrini das Missionárias do Sagrado Coração de Jesus – São Paulo-SP 1. Examinamos os balanços patrimoniais da Associação Madre Cabrini das Missionárias do Sagrado Coração de Jesus, levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004, e as respectivas demonstrações do superávit ou déficit, das mutações do patrimônio social e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos exercício findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas brasileiras de auditoria e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos da Entidade; (b) a

União Química Farmacêutica Nacional S.A. CNPJ/MF nº 60.665.981/0001-18 RELATÓRIO DA DIRETORIA Srs. Acionistas: Em atendimento às disposições legais e estatutárias, submetemos a apreciação de V.Sas., o Balanço Patrimonial, as demonstrações de Resultados, das Origens e Aplicação de Recursos, das Mutações do Patrimônio Líquido bem como as Notas Explicativas referentes ao exercício de 2005. Permanecendo ao inteiro dispor para quaisquer esclarecimentos que se julgarem necessários. Embu Guaçu, 31 de Dezembro de 2005. Balanços Patrimoniais em 31 de dezembro – Em milhares de reais Demonstrações do Resultado – Exercícios findos em 31 de dezembro Em Milhares de Reais, exceto quando indicado Ativo 2005 2004 Passivo e patrimônio líquido 2005 2004 2005 2004 Circulante Circulante Disponibilidades 4.666 5.554 Fornecedores no país 17.247 12.677 Receita bruta das vendas e serviços 284.456 253.706 Contas a receber de clientes 75.401 57.232 Fornecedores no exterior 6.740 5.103 Vendas de produtos 28.175 14.377 Estoques 39.581 37.655 Empréstimos e financiamentos 12.664 29.382 Vendas de serviços 312.631 268.083 Impostos a recuperar 2.646 2.682 Contas a pagar por aquisições de marcas e patentes – 1.000 Outras contas a receber 1.226 1.260 Obrigações sociais e fiscais 10.567 10.254 Dedução de vendas (33.365) (36.119) Despesas do exercício seguinte 326 272 Imposto de renda e contribuição social 3.100 2.994 Impostos sobre vendas e serviços (5.604) (4.504) 123.846 104.655 Partes relacionadas 8.433 – Devoluções de vendas (38.969) (40.623) Realizável a longo prazo Outras contas a pagar 2.077 1.376 273.662 227.460 Impostos a recuperar 768 60.828 62.786 Receita líquida das vendas e serviços Custo dos produtos e serviços vendidos (151.448) (127.807) Aplicações financeiras 605 460 Lucro bruto 122.214 99.653 Depósitos judiciais 2.043 261 Exigível a longo prazo Partes relacionadas 762 309 Empréstimos e financiamentos 22.548 9.875 (Despesas) receitas operacionais (64.135) (48.575) Outros créditos 199 199 Partes relacionadas – 7.432 Com vendas (14.311) (15.585) 4.377 1.229 Provisão para contingências 3.940 2.838 Gerais e administrativas (5.779) (7.265) Permanente 26.488 20.145 Despesas financeiras Receitas financeiras 1.881 2.006 Investimentos Equivalência patrimonial 3.214 2.079 Em sociedade controlada 2.529 6.681 Patrimônio líquido 853 1.237 Outros 125 125 Capital social 113.000 89.000 Outras receitas operacionais (78.277) (66.103) 2.654 6.806 Reserva de lucros 1.676 1.229 43.937 33.550 Imobilizado 100.776 82.880 Lucros acumulados 31.863 23.795 Lucro operacional 293 60 Diferido 2.202 1.385 146.539 114.024 Receitas não operacionais Lucro antes do I.R. e da contribuição social 44.230 33.610 105.632 91.071 (10.715) (9.034) Total do ativo 233.855 196.955 Total do passivo e patrimônio líquido 233.855 196.955 Imposto de renda e contribuição social Lucro líquido do exercício 33.515 24.576 Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido zadas em Pouso Alegre, Minas Gerais, no montante de R$ 4.285, em Embu 0,30 0,28 Em milhares de reais Guaçu, no montante de R$ 2.198 e no escritório central, no montante de Lucro líq. p/ação do cap. social no fim do exercício - R$ R$ 144). Os custos estimados para conclusão das obras da nova unidade Reserva Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos fabril, em Brasília, totalizam R$ 12.180 em 31/12/2005.Para a execução desde lucros Exercícios findos em 31 de dezembro – Em milhares de reais sas obras, além de utilizar recursos próprios, a empresa obteve dois financiCapital Lucros 2005 2004 social Legal acumul. Total amentos, sendo o primeiro deles com o BNDES em janeiro de 2003, no valor Origens dos recursos 56.997 33.826 Em 31 de dezembro de 2003 60.021 1.350 28.077 89.448 total de R$ 10 milhões, cujo saldo devedor em 31/12/2005 totaliza R$ 5.721 Das operações sociais (2004 - R$ 8.446) (Nota 8); o segundo, firmado com o Banco do Brasil em Aumento de capital com Lucro líquido do exercício 33.515 24.576 reserva e lucros 28.979 (1.350) (27.629) – dezembro de 2004, cujo saldo devedor em 31/12/2005 totaliza R$ 14.697, à Despesas (receita) que não afetam o capital circulante Lucro líquido do exercício – – 24.576 24.576 taxa de 14% ao ano e prazo total de 12 anos, com carência nos três primeiros Depreciação e amortização 2.656 1.887 anos. 7. Diferido – Está representado por gastos pré-operacionais referenApropriação do lucro líquido Equivalência patrimonial (3.214) (2.079) Reserva legal – 1.229 (1.229) – tes à construção de novas unidades fabris localizadas em Pouso Alegre - MG Valor residual do ativo imobilizado baixado 232 1.920 Em 31 de dezembro de 2004 89.000 1.229 23.795 114.024 e Brasília - DF e à expansão da fábrica de Embu Guaçú. Provisão para contingências 1.102 90 2005 2004 Aumento de capital com 34.291 26.394 1.804 1.460 reserva e lucros 24.000 (1.229) (22.771) – Unidade fabril de Pouso Alegre De partes relacionadas 366 Lucro líquido do exercício – – 33.515 33.515 Unidade fabril de Brasília Contrato de mútuo - exigível a longo prazo – 7.432 Unidade fabril de Embu Guaçú 529 247 Apropriação do lucro líquido Distribuição de lucros 7.366 – 2.699 1.707 Reserva legal – 1.676 (1.676) – 7.366 7.432 (497) (322) De terceiros Distribuição de lucros – – (1.000) (1.000) Amortizações acumuladas 2.202 1.385 Em 31 de dezembro de 2005 113.000 1.676 31.863 146.539 Empréstimos e financiamentos 15.340 – 35.848 33.114 Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras 8. Arrendamento mercantil – A empresa possui contratos de arrendamen- Aplicações de recursos to mercantil de diversos bens com opção de compra. As despesas decorNo realizável a longo prazo 3.148 340 em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 rentes do pagamento das contraprestações durante o exercício de 2005 No permanente Em milhares de reais, exceto quando indicado foram de R$ 6.232 (2004 - R$ 4.257). As obrigações assumidas por ano de Imobilizado 20.975 31.200 1. Contexto operacional – A empresa tem como atividade principal a fabrivencimento, em 31 de dezembro de 2005, decorrentes desses contratos, Diferido 626 642 cação, comercialização e distribuição de produtos farmacêuticos para uso podem ser resumidas como segue: Distribuição de lucros 1.000 – humano e veterinário. 2. Principais práticas contábeis – As demonstraAno de vencimento Transferência do exigível a l. prazo para o circulante 10.099 932 ções financeiras foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis 2006 4.027 Aumento no capital circulante 21.149 712 adotadas no Brasil. Na elaboração das demonstrações financeiras é neces2007 2.351 Variações no capital circulante sário utilizar estimativas para contabilizar certos ativos, passivos e outras 2008 385 Ativo circulante: No fim do exercício 123.846 104.655 operações. As demonstrações financeiras incluem, portanto, várias estima6.763 No início do exercício (104.655) (86.982) tivas referentes à seleção das vidas úteis dos bens do imobilizado, prazo de 9. Empréstimos e financiamentos 19.191 17.673 amortização do diferido, determinação de provisões para contingências, triTaxa média de Passivo circulante: No fim do exercício 60.828 62.786 butos e outras similares; os resultados reais podem apresentar variações Modalidade encargos financeiros 2005 2004 No início do exercício (62.786) (45.825) em relação às estimativas. (a) Apuração do resultado: O resultado é apuMoeda estrangeira (1.958) 16.961 rado pelo regime de competência de exercícios. (b) Ativos circulante e Capital de giro realizável a longo prazo – Os estoques são demonstrados ao custo médio Aumento no capital circulante 21.149 712 (US$ 1,750 mil) 2,50% ao ano – 5.714 de aquisição ou produção, inferior aos custos de reposição ou aos valores venda de medicamentos. Baseada na posição dos seus consultores jurídide realização. Os demais ativos são demonstrados ao valor de custo ou de Moeda nacional 0,84% a 1,35% ao ano, cos a empresa optou por registrar provisão no montante total do referido realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações mo- Capital de giro acrescido da variação do CDI 3.185 19.900 imposto, além de outros processos de natureza tributária, trabalhista e cível, netárias auferidos. (c) Ativo permanente – Demonstrado ao custo corrigido até decisão final da justiça, a qual totaliza R$ 3.940 (2004 - R$ 2.838), apremonetariamente até 31/12/1995, combinado com os seguintes aspectos: • BNDES-Desenvolvimento 5% ao ano, acrescido da Participação em sociedade controlada, em proporção ao valor do patrimônio do Distrito Federal TJLP/Cesta de moedas 5.721 8.446 sentada no exigível a longo prazo. Adicionalmente, a empresa responde a outros processos administrativos e judiciais de natureza trabalhista, tributálíquido contábil da sociedade investida pelo método da equivalência patri- BANK BOSTON 1,80% ao ano acrescido da ria e cível. Embasada no entendimento de seus consultores jurídicos, a admonial. • Depreciação de bens do imobilizado, calculada pelo método linear, variação do CDI 6.839 ministração não tem expectativa de perdas significativas no desfecho das às taxas anuais mencionadas na Nota 6, que levam em consideração o pra- Pro-indústria - BDMG 50% da variação do IGP-M – 1.101 demais causas, classificadas como possíveis, as quais totalizam R$ 4.205 zo de vida útil-econômica dos bens. • Amortizações do diferido pelo prazo Programa de Desenvolv. 0,2% ao mês acrescido de em 31/12/2005 (2004 - R$ 3.348) e, sendo assim, não constituiu provisão de dez anos a partir do momento em que os benefícios começam a ser do Distrito Federal 25% da variação do INPC 4.770 4.096 para fazer face a eventual pagamento futuro decorrente de desfecho desfagerados. (d) Passivos circulante e exigível a longo prazo: São demons- Bco do Brasil - FCO 14% ao ano 14.697 vorável nessas questões. 14. Instrumentos financeiros – O valor contábil trados por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, 35.212 39.257 dos instrumentos financeiros em 31/12/2005 e de 2004 equivale, aproximados correspondentes encargos e variações monetárias incorridos. Passivo circulante (12.664) (29.382) damente, ao seu valor de mercado, calculado com base no valor da opera3. Contas a receber de clientes 2005 2004 Exigível a longo prazo 22.548 9.875 ção acrescido de juros e atualizações monetárias incorridos até a data do Clientes nacionais 76.809 58.745 O montante a longo prazo em 31 de dezembro de 2005 tem a seguinte com- balanço, exceto pelos contratos de mútuos a receber e a pagar com partes Provisão para créditos de realização duvidosa (1.408) (1.513) posição, por ano de vencimento: relacionadas, descritos na Nota 12, e pelo investimento na controlada Art75.401 57.232 Ano 2005 Pack Embalagens Ltda., sociedade por quotas de responsabilidade limita4. Estoques 2005 2004 2007 4.109 da, para a qual não há estimativa do valor de mercado de suas quotas. 15. Produtos acabados 15.463 18.295 2008 1.910 Seguros – A apólice de seguro “Riscos operacionais” mantida pela empreProdutos em processo 9.274 7.616 2009 1.469 sa para seu complexo industrial proporciona cobertura considerada suficiMatérias-primas 7.951 6.873 Acima de 2010 15.060 ente pela administração, com valor de risco declarado de R$ 169.004 e limiMateriais de embalagem 7.336 5.548 22.548 te máximo de indenização de R$ 50.000. O valor de indenização da referida Importações em andamento 290 531 Os financiamentos estão garantidos por notas promissórias, com aval dos apólice proporciona cobertura às empresas União Química Farmacêutica Provisão para perdas (733) (1.208) acionistas da empresa. 10. Imposto de Renda e Contribuição Social – Os Nacional S.A. e empresa ligada Biolab Sanus Farmacêutica Ltda. 39.581 37.655 tributos devidos sobre o lucro tributável foram, conforme facultado pela Lei A Diretoria 5. Investimentos Art-Pack no. 9.718/98, apurados observando o regime de lucro presumido, que tem Embalagens por base de cálculo as receitas auferidas pela empresa. O imposto de renda Antonio Eustáquio Vieira Salgado – Téc. Contab. CRC 1SP 139.854/O-3 Ltda. foi calculado à alíquota de 15% sobre o lucro tributável, acrescido do adicioParecer dos Auditores Independentes Informações sobre a empresa controlada nal de 10%, e a contribuição social foi calculada à alíquota de 9%, de acordo Aos Administradores e Acionistas Patrimônio líquido União Química Farmacêutica Nacional S.A. com a legislação fiscal vigente. Os valores devidos de imposto de renda e Em 31 de dezembro de 2005 3.675 contribuição social apurados nos três primeiros trimestres de 2005, no mon- 1. Examinamos os balanços patrimoniais da União Química Farmacêutica Em 31 de dezembro de 2004 8.541 tante de R$ 7.615 (2004 - R$ 6.040), foram recolhidos, remanescendo um Nacional S.A. em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 e as correspondentes Lucro líquido do exercício saldo a pagar de R$ 3.100 (2004 - R$ 2.994), correspondente ao quarto demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das oriEm 31 de dezembro de 2005 4.118 trimestre de 2005, apresentado no passivo circulante. 11. Patrimônio líqui- gens e aplicações de recursos dos exercícios findos nessas datas, elaboraEm 31 de dezembro de 2004 2.566 do – (a) Capital social: Está representado por 113.000.000 (2004 - dos sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade Lucro não realizado, nos estoques da controladora 89.000.000) ações ordinárias com valor nominal de R$ 1,00 cada. (b) Divi- é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nossos Em 31 de dezembro de 2005 (484) dendos: De acordo com o estatuto social, 6% do lucro líquido ajustado como exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis Em 31 de dezembro de 2004 (322) previsto na legislação societária brasileira são destinados para pagamento no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetiQuantidade de quotas possuídas de dividendos mínimos obrigatórios de que trata o artigo 202 da Lei das vo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras Em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 2.296 Sociedades por Ações. Os acionistas, “ad referendum” da assembléia geral, em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames comprePercentual de participação - % optaram por não distribuir integralmente os dividendos referentes ao lucro enderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, Em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 82 líquido dos exercícios de 2005 e de 2004, tendo aprovado a distribuição de considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sisteMovimentação do investimento mas contábil e de controles internos da empresa, (b) a constatação, com R$ 1.000 através da assembléia ordinária realizada em abril de 2005. Em 31 de dezembro de 2003 4.602 12. Partes relacionadas base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e Agener SinteEquivalência patrimonial 2.079 as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estiBiolab Castro União fina Em 31 de dezembro de 2004 6.681 mativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Art-Pack Sanus Marques Distrib. de Ind. e Equivalência patrimonial 3.214 Embal. Farmac. Anfarma Medicam. Com. Total empresa, bem como da apresentação das demonstrações financeiras toLucros distribuídos (7.366) Ltda. Ltda. Ltda. Ltda. Ltda. 2005 2004 madas em conjunto. 3. A empresa mantém registrado no ativo imobilizado o Em 31 de dezembro de 2005 2.529 Saldo das montante de R$ 31.959 mil, representado pelo custo de aquisição de marcas e patentes de determinados produtos atualmente produzidos e 6. Imobilizado 2005 2004 Taxas operações comercializados pela empresa, o qual não vem sendo amortizado. A admiDepreanuais de Ativo nistração da empresa não elaborou estudos específicos que permitam deficiação deprec. Contas a receber Custo acumul. Líquido Líquido - % de clientes – 2.302 – 6.322 – 8.624 96 nir o período em que esse ativo contribuirá para a geração de receitas e, conseqüentemente, estabelecer o prazo de amortização do referido ativo. Terrenos 3.559 – 3.559 3.030 Realiz. a l. p. Em decorrência, não foi praticável, nas circunstâncias, estimarmos os efeiEdificações 16.766 1.409 15.357 7.107 4 (contrato Marcas e patentes 31.959 – 31.959 31.959 de mútuo) – 762 – – – 762 309 tos sobre as demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, pela adoção do procedimento antes mencionado. 4. Somos de pareMáquinas, equipamentos, Passivo cer que, exceto pelos efeitos, não quantificados, decorrentes do assunto instal. e ferramentas 18.560 5.542 13.018 10.257 10 Fornecedores Móveis e utensílios 1.744 808 936 845 10 no país 2.016 7.896 14 – 325 10.251 6.105 mencionado no parágrafo anterior, as demonstrações financeiras referidas no primeiro parágrafo apresentam adequadamente, em todos os aspectos Veículos 628 93 535 77 20 Contrato Equiptos. de informática 3.200 1.780 1.420 1.410 20 de mútuo – 8.433 – – – 8.433 7.432 relevantes, a posição patrimonial e financeira da União Química Farmacêutica Nacional S.A. em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 e o resultado das Construções em Contas de resul. andamento 31.957 – 31.957 27.168 Vendas – 30.262 1 14.699 16 44.978 16.702 operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de Import. em andamento 1.958 – 1.958 993 Compras 12.201 32.923 767 – 3.025 48.916 24.284 recursos dos exercícios findos nessas datas, de acordo com as práticas Outras imobilizações 105 28 77 34 10 Sobre os contratos de mútuos não há incidência de encargos financeiros, contábeis adotadas no Brasil. 110.436 9.660 100.776 82.880 São Paulo, 24 de fevereiro de 2006 bem como não possuem prazo de vencimento pré-estabelecido, com exceAs construções em andamento estão representadas pelos investimentos na ção daquele obtido da Biolab Sanus Farmacêutica Ltda., que tem seu venciCelso Luiz Malimpensa nova unidade fabril, localizada em Brasília, Distrito Federal, no montante de mento previsto para 15/06/2006. 13. Contingências – A empresa vem ques- International Services Ltda. Contador R$ 31.957 (2004 - em Brasília R$ 22.309, na ampliação das fábricas locali- tionando judicialmente a cobrança do ICMS - substituto incidente sobre a CRC 2SP009963/O-1 CRC 1SP159531/O-0


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terça-feira, 25 de abril de 2006

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Informática

A MARCHA DO PINGUIM O Linux, sistema operacional de código aberto, ganha espaço no comércio brasileiro graças à economia –é gratuito– e estabilidade da plataforma, requisito indispensável para a agilidade dos pontos-de-venda Por Rachel Melamet arece o sonho d e t odo emp re end ed or : ter nos c o mputadores da empresa um sistema operacional de código livre e aberto, que pode ser modificado e adaptado ao gosto do freguês, compatível com uma série de aplicativos com as mesmas funções dos pro-

gramas pagos, só que tudo é de graça. Muita coisa pode inclusive ser baixada da internet e não trará nenhum problema de ser taxada como pirataria, se a fiscalização aparecer. Assim é o Linux, o sistema operacional criado pelo programador finlandês Linus Torvalds e simbolizado pelo simpático pinguim Tux, que iniciou uma briga de David contra Golias contra o Microsoft Windows de Bill Gates e seu império multibilionário. No Brasil, grandes redes de varejo como Carrefour, Pão de Açúcar, Casas Bahia, Lojas Marisa, Renner e Drogarias Onofre já marcham com o pinguim há alguns anos e só têm motivos para comemorar com a economia nos gastos da área de Tecnologia da Informação e com a agilização no atendimento aos clientes graças à estabilidade do sistema. Entretanto, algumas regras básicas precisam ser observadas para que o sonho não vire um pesadelo. Embora seja muito adequado para automação de pontos-de-venda, em estabelecimentos de qualquer porte, o Linux e seu código aberto não são para qualquer um. A receita do bolo não vem pronta, e se a empresa não possui um departamento de informática capaz de estruturar-se para dar conta da manutenção, de nada vai adiantar contratar uma consultoria

para a migração do software proprietário para o livre, porque depois do serviço pronto a consultoria vai embora e os problemas do dia-a-dia, comuns a qualquer sistema, vão exigir profissionais especializados para solucioná-los. Além disso, é preciso avaliar também a compatibilidade dos equipamentos de hardwa-

único, estar sempre disponível e armazenar dados em tempo real de maneira que pudessem ser facilmente recuperados por usuários e por outros sistemas; todos os elementos do sistema tinham de ser facilmente atualizados

re, já que a maioria não "conversa" com o Linux. Pioneira - A Daruma (www.daruma.com.br) foi a primeira fabricante de equipamentos de automação comercial a apostar na expansão do Linux no comércio. Foi em 2004, conta o gerente de Integração e Desenvolvimento da empresa, Claudenir Andrade. Embora o boom de adesão ao Linux tenha ocorrido no final dos anos 90 e início do século XXI, inicialmente ele ficou restrito às grandes corporações e à sua face interna. O comércio começou a aderir um pouco mais tarde, levado por duas razões principais, segundo Claudenir: o estímulo do governo Lula à adoção do software livre, inclusive com o barateamento, no mercado, de máquinas equipadas com Linux e programas abertos, e com a busca, por parte dos desenvolvedores de softwares de automação comercial, de plataformas gratuitas para reduzir custos. A Daruma decidiu, então, desenvolver uma fórmula que tornasse suas impressoras fiscais de fácil adaptação à plataforma Linux, porque quando o equipamento não se encaixava no padrão livre, a companhia perdia vendas. Foram quatro meses de trabalho para a criação do Daruma.32.SO, um driver com interface amigável, muito semelhante à do conhecido Win-

dows (DLL), e agora as ECFs (Emissor de Cupom Fiscal) conversam com qualquer sistema operacional. Hoje a Daruma colhe os frutos do pioneirismo: o número de software houses que fizeram negócios ou indicação dos equipamentos da empresa para clientes subiu de 400 para 1.200 em dois anos e meio. Poucas opções – "Q ua nd o falamos de Linux em automação comercial, percebemos que ainda existem poucos softwares de ponto-de-venda operando nesta plataforma ou realizando TEF (Transferência Eletrônica de Fundos), bem como outras rotinas. A plataforma Linux viabilizase pelo custo inicial zero, mas em alguns casos inviabilizase pela necessidade de desenvolvimento de drivers específicos para determinados hardwares, como é o caso do carro-chefe quando se fala em automação comercial, a impressora fiscal (ECF)", observa Andrade. Antes de adquirir um ECF e utilizá-lo com Linux, afirma o executivo da Daruma, não se pode deixar de verificar a existência de drivers para impressora fiscal e outros periféricos. Aproveitando a brecha – Criada em março de 2002, a fábrica de software Conecto Sistemas tinha o objetivo de comercializar o melhor sistema de informática para pontos-de-venda, dentro e fora do Brasil, para empresas de qualquer tamanho. A idéia das características que o sistema devia ter era muito clara: os terminais de ponto-de-venda precisariam ser totalmente estáveis e autônomos, precisariam funcionar indefinidamente mesmo que estivessem sem comunicação e tinham que rodar no hardware disponível nas lojas; o servidor tinha que ser

sem interromper a operação. "A melhor implementação para o servidor comercial seria um sistema muito rápido de processamento online de transações atualizando um banco de dados relacional, que seria acessado por usuários, técnicos ou não, através de uma home page. Desta maneira, trabalharíamos num ambiente

Ainda existem poucos softwares de ponto-de-venda operando nesta plataforma Claudenir Andrade, Daruma

escalável e estável por natureza. Poderíamos suportar com o mesmo sistema operações de uma transação por minuto ou de centenas por segundo sem parar nunca", explica Alejandro Codina, diretor de Desenvolvimento da Conecto (www. conecto.com.br), cujo software de automação Emporium está em dezenas de estabelecimentos comerciais em todo o país. O melhor para PDVs – Os terminais de ponto de venda que utilizam o Linux saem ganhando, afirma Codina. "São máquinas totalmente especializadas que executam um grande número de transações muito semelhantes o tempo todo e que não podem parar nunca. A discussão sobre a superioridade ou não das planilhas eletrônicas e editores de texto comerciais sobre as de software livre não se aplica a terminais de ponto-de-venda. Nunca ninguém vai editar uma carta no checkout de um supermercado", observa. Segundo o diretor da Conecto, a única dificuldade que os usuários de Linux encontram é que a maioria dos fabricantes de hardware não desenvolve drivers para Linux ou o faz depois de tê-los desenvolvido para os sistemas operacionais comerciais. Leia mais sobre o Linux no comércio nas próximas páginas


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Tr i b u t o Empresas Agronegócio Nacional

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Testes garantem ao comprador produtos de preço justo com alta qualidade.

APENAS 3% DAS NEGOCIAÇÕES NA BM&F SÃO AGRÍCOLAS

Divulgação

PRODUTORES RURAIS DESCOBREM AS VANTAGENS DO HEDGE Contratos futuros negociados na BM&F bateram recorde no ano passado

O

produtor rural brasileiro, aos poucos, começa a descobrir as vantagens de investir em ferramentas de proteção financeira (hedge) de seu trabalho. Prova disso está no crescimento do volume de contratos ligados à área agrícola negociados na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) no ano passado. O giro desse tipo de negociação bateu a marca de 1 milhão de contratos em um único ano pela primeira vez na história. O volume financeiro também subiu. Foram US$ 10,137 bilhões em negócios, um aumento de 29,2% em relação a 2004. E a tendência é de que esses números aumentem ainda mais neste ano. Só no último mês foram firmados 118 mil contratos, o que significou um crescimento de 39,7% em comparação com igual período do ano passado. Por enquanto, são negociados na BM&F contratos futuros de álcool, açúcar, algodão, bezerro, boi, café, milho e soja. Tanto interesse do produtor rural pela bolsa tem explicação. No contrato futuro, o preço do ativo é fixado de acordo com seu valor no mercado internacional. Se na data de vencimento o valor de venda da mercadoria estiver abaixo do que o fixado, o produtor terá evitado um prejuízo. Em contrapartida, se o preço da commodity estiver acima do negociado, o comprador é quem ficará com o lucro. Proteção do dinheiro – Esse é o caso, por exemplo, de um produtor de café que negocia a venda de 500 mil sacas para um prazo de três meses. Passado esse período, provavelmente depois da colheita, o produtor venderá o café e terá de liquidar o contrato pelo valor acertado, que pode ser maior se na venda o preço da saca de café tiver subido, ou menor, se o preço tiver caído. É por esse motivo que os contratos futuros devem ser vistos pelo produtor rural como uma espécie de blindagem contra crises, sejam elas econômicas ou específicas do negócio, como períodos entre as safras, chuva ou mudanças nos preços das commodities no resto do mundo, e não como uma maneira de ganhar dinheiro. "O mercado futuro é hoje a

melhor forma de o agricultor se proteger, já que os contratos são uma garantia de estabilidade de preço", acredita o corretor da Souza Barros, Eduardo Tang. Pouco volume – Os contratos agrícolas na BM&F, porém, ainda representam cerca de 3% do volume de total de negócios. Hoje, o carro-chefe da bolsa é o mercado de ativos financeiros (dólar, juros, índices de ações, entre outros). "Mas é preciso lembrar que muitos contratos futuros de câmbio e do Ibovespa (principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo) carregam negócios da área agrícola, já que é comum exportadores ligados a essa área fazerem hedge cambial", diz o diretor de Comunicação da BM&F, Noenio Spínola, destacando a influência indireta dos agrícolas. "Além disso, no Ibovespa estão presentes ações de empresas importantes do agronegócio, como a Sadia,

por exemplo", acrescenta. Estudos realizados pela BM&F mostram que, enquanto nos Estados Unidos e na Europa 90% das empresas fazem hedge, no Brasil esse percentual é inferior a 10%. "O agronegócio brasileiro é um dos mais desenvolvidos do mundo. Mas falta ainda ao produtor nacional a cultura de saber vender o produto sem ter preocupação com as oscilações nos preços", avalia Tang. O presidente da BM&F, Manoel Félix Cintra Neto, diz que está em estudo o desenvolvimento de novos contratos, que devem interessar parceiros chineses do mercado agrícola brasileiro. Soja e algodão – Na bolsa de futuros existem também os contratos de opção, disponíveis apenas para negócios com soja e algodão. Eles funcionam nos mesmos moldes dos contratos futuros, com a diferença de permitir ao produtor não liquidá-lo caso o preço da mercadoria tenha subido no vencimento do contrato. Grande parte dos contratos agrícolas fechados na BM&F, cerca de 60%, corresponde a negócios com café arábica. Em seguida, estão os contratos de boi e milho. A liquidação desses contratos, em mais de 90% dos casos, já é financeira, ou seja, não há a entrega de mercadoria. Cabe ao produtor fazer a venda do produto para só então, com o dinheiro em mãos, liquidar o contrato. Mas quando a opção é pela liquidação física, em que o produtor se compromete a entregar a mercadoria no vencimento do contrato, a bolsa funciona ainda como uma intermediadora da operação. É ela quem determina o que os contratos devem conter. Além disso, a entrega só pode ser feita em armazéns credenciados pela BM&F, para evitar fraudes.

Fotos: Paulo Pampolim/Hype

Mesa de degustação de café em um dos armazéns credenciados pela bolsa

Adriana Gavaça Ritual de análise é completo

AÇÃO PARA PEQUENOS

A

ntes restrita a grandes investidores e empresas, a negociação de contratos futuros agrícolas na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) já está disponível para pequenos investidores. A título de experiência, há um

ano a BM&F criou o minicontrato futuro de boi, que permite a negociação de 33 arrobas, o equivalente a R$ 1.671, em vez das 330 arrobas que fazem parte de um contrato convencional. Informações no site da BM&F (www.bmf.com.br).

Café e algodão sob análise da BM&F

A

lém de funcionar como ambiente para negociações, a Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) atua como uma espécie de fiscalizadora de operaç õ e s . To d o s o s c o n t r a t o s agrícolas passam por uma rigorosa análise na instituição, que atesta se o produto oferecido é de qualidade. O café, por exemplo, passa por um complexo teste de análise, que inclui desde a pesagem do grão até a degustação, feita por profissionais, em armazéns credenciados pela bolsa. Esse teste serve de garantia para o comprador de que, uma vez liquidado o contrato, receberá o preço justo por um produto de alta qualidade. Algodão – Processo semelhante é feito com o algodão. A BM&F já é hoje responsável pela classificação de 50% de

Fardos de algodão são levados a um pregão na BM&F para ilustrar a qualidade dos produtos

Máquina de torrefação

toda a produção brasileira de algodão, percentual que deve subir com a parceria acertada com a Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea) no início deste mês. O objetivo do acordo é me-

lhorar a qualidade do algodão b r a s i l e i ro o f e r t a d o , a f i m de ampliar a participação desse produto no mercado externo e concorrer com grandes nações exportadoras. Análise – Amostras das mercadorias disponíveis para exportação serão classificadas pelo Departamento de Classificação da BM&F com base nos parâmetros estabelecidos no convênio com a Anea. Esses dados estarão acessíveis no site da bolsa (ww w. bm f. c om .b r), o que poderá servir de atrativo para possíveis investidores internacionais. Serão enviadas para classificação na BM&F amostras relativas a, no mínimo, 100 mil fardos de algodão no primeiro ano do convênio, 200 mil fardos no segundo ano e 300 mil fardos a partir do terceiro ano de vigência do acordo. (AG)

Testes incluem análise de aroma e sabor

DF DE OLHO NA EXPORTAÇÃO

F

ruticultores orgânicos do Distrito Federal vão se unir para ganhar o mercado externo com embarques de néctares e polpas de frutas para a Europa. A porta de entrada para os produtos industrializados à base de mangas, abacaxis, limões e tangerinas será Portugal, país que tem interesse nesse tipo de compra, afirmou o presidente do Sindicato dos Produtos Orgânicos do Distrito Federal, Joe Valle. "Além de vender no mercado interno, que é o nosso foco, queremos também a segurança da exportação", afirmou. Para colocar o projeto em prática, produtores da capital federal investirão de forma conjunta R$ 1 milhão na construção de uma unidade para proc e s s a m e n t o d a s f ru t a s . A região do Lago Paranoá, que reúne boa parte da produção orgânica de Brasília, deve abrigar a unidade. A meta, disse o presidente do sindicato, é iniciar os embarques no período de três a cinco anos. Em Brasília, cerca de 60 produtores rurais dedicam-se às lavouras orgânicas, dos quais a metade produzem frutas. Quando esse grupo faz planos para exportar, eles estão de

olho em um mercado que tem crescido nos últimos anos. Dados do Centro Internacional de Comércio (ITC), ligado à Conferência das Nações Unidas sobre o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad) e à Organização Mundial do Comércio (OMC), mostram que a venda de produtos orgânicos movimentou US$ 24 bilhões em 2003 em todo o mundo. Não há dados mais recentes. O consumo mundial deve crescer entre 30% e 50% por ano. Mercado – As exportações brasileiras, segundo a Agência de Promoção de Exportações (Apex), totalizam cerca de US$ 100 milhões anuais. Desse total, 80% dos produtos orgânicos se originam de propriedades de médios porte. Cerca de 75% da produção nacional é destinada à exportação, principalmente para a Europa, EUA e Japão. Também internamente a demanda por orgânicos está crescendo. De acordo com números do Ministério da Agricultura, o consumo interno cresce mais de 40% ao ano. O Distrito Federal até ganhou recentemente um supermercado orgânico, o primeiro do País. Produtores orgânicos participaram anteontem, em Brasí-

lia, de encontro para discutir o potencial do segmento. Durante o evento, foram oferecidos produtos orgânicos cultivados no Distrito Federal. O DF não tem tradição em produtos processados com certificação orgânica, como geléias. Fábrica – A instalação de uma fábrica é o pontapé para o início dessa atividade, prevê Valle. Além dos brasilienses, empresários de oito estados participaram do evento, que foi realizado paralelamente a uma exposição de flores do Centro-Oeste e a uma feira de decoração e produtos para o lar. A estimativa dos organizadores era movimentar R$ 300 mil durante os eventos, mas essa cifra chegou a R$ 1 milhão. "Os valores não se limitam às vendas feitas durante a feira, mas também aos valores dos contratos fechados para entrega posterior", disse Valle. A produção brasileira de orgânicos é muito diversificada: óleo de palma, cachaça (produto muito apreciado no exterior), açúcar, soja, café, sucos cítricos, mel, arroz, frutas, castanhas, erva mate e óleo de babaçu, entre outros produtos. No caso do açúcar orgânico, o Brasil é responsável por 60 % da produção mundial. (AE)


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terça-feira, 25 de abril de 2006

COM O LINUX, A ECONOMIA COM LICENÇAS CHEGOU A 35%

Acho que em TI não se deve ter preconceitos nem vestir a camisa de um só time Jair Lorenzetti, da Onofre

Fotos: Newton Santos / Hype

Onofre adota a estratégia "o melhor dos dois mundos" Rede de drogarias manteve a plataforma Windows na área administrativa para evitar a rejeição dos funcionários a mudanças, mas adotou Linux nos servidores e nos PDVs e reduziu em 70% o volume de paralisações do sistema operacional undada em 1957 pelo farmacêutico Armínio Arede, a Drogaria Onofre sempre esteve na vanguarda do setor. Foi a primeira farmácia no país a oferecer descontos em medicamentos e, por isso, enfrentou e ganhou processos judiciais contra o Ministério Público, que acusava a rede de incentivar a auto-medicação. Em 1970, a Drogaria Onofre também inovou no setor ao utilizar o sistema de check out, que até então só era utilizado nos supermercados. Em 1999, a Onofre foi a primeira farmácia a vender medicamentos pela internet, através do Farmácia em Casa, usando como chamariz preços entre 25% e 50% mais baixos que nas lojas. A empresa aumentou significativamente seu faturamento com mais este canal de vendas, que hoje responde por cerca de 50% de todas as entregas em domicílio feitas por farmácias da cidade de São Paulo. A rede Onofre tem hoje 32 unidades entre São Paulo e Rio de Janeiro, oferece mais de 12 mil itens e emprega 1.200 funcionários. Em 2005 a rede Onofre faturou R$ 400 milhões, registrando a maior expansão de sua história, 47%, resultado de R$ 10 milhões investidos em três anos para implantar mais uma inovação no mercado: as megastores, que unem a venda de medicamentos e perfumaria à prestação de serviços gratuitos de saúde e beleza –maquiagem, massagem, limpeza de pele, tintura de cabelo, testes de colesterol, triglicérides, diabetes, pressão arterial e osteoporose, entre outros. Combinação – Os investimentos incluíram a contratação do CIO Jair Lorenzetti para implantar um plano de reestruturação geral da Tecnologia de Informação da Onofre, desde servidores até PDVs, passando pela área administrativa. Lorenzetti decidiu adotar a estratégia "o melhor dos dois mundos" e utilizou uma combinação de Windows e Linux para obter o máximo de resultados. "Nas áreas administrativas o sistema roda em Windows, porque os funcionários são mais resistentes a mudanças nos aplicativos. Já nos PDVs, os operadores de caixa têm ojeriza ao mouse e detestam quando o sistema pára e por trás do software de automação aparece a tela do Windows com o cursor travado e nada mais funciona", explica Jair Lorenzetti. Economia – Segundo o CIO da Onofre, o Linux tem uma estabilidade bem maior que o Windows, o sistema "cai" menos e o processamento das transações é mais rápido. "O nível de problemas com queda do sistema diminuiu 70%, e esperamos chegar a algo entre 90% e 95% até 2007". A economia geral com manutenção e compra de licenças chegou a 35%. Para garantir a eficiência do suporte, Lorenzetti treinou toda a sua equipe para a lidar com a plataforma de código aberto, e 50% do time de TI da Onofre fez cursos e obteve certificações Linux. O software de automação usado pela rede Onofre é o Emporium, da Conecto Sistemas. Sem filas – Os clientes da rede Onofre sentem na prática os benefícios do pinguim. Como quase não há queda de sistema, a agilidade nos caixas evita filas e demora qualquer que seja o meio de pagamento escolhido. "Fomos a primeira empresa brasileira a usar a rede IP para transações financeiras, através de um projeto piloto aprovado pelas administradoras de cartões, que antes da nossa experiência bem-sucedida se preocupava muito com a falta de segurança e o possível acesso de hackers a dados de transações pela internet aberta", conta o CIO da Onofre. "Hoje toda a nossa rede está online e, em telas instaladas na diretoria, atualizadas a cada 60 segundos, é possível aos donos da empresa, Marcos e Ricardo Arede, acompanhar cada venda em cada loja, controlar o estoque e ordenar ofertas. Acho que em TI não se deve ter preconceitos nem vestir a camisa de um só time. Se nosso cliente tiver de perder tempo na loja, que seja usando nossos serviços gratuitos, e não numa fila de caixa", conclui Jair Lorenzetti. Rachel Melamet

Com a adoção do Linux nos PDVs o atendimento ficou mais ágil, evitando filas; "Se nosso cliente tiver de perder tempo na loja, que seja usando nossos serviços gratuitos, e não numa fila de caixa", conclui Jair Lorenzetti

São Paulo sedia conferência sobre o software Reed Exhibitions Brasil, responsável pela criação e organização de feiras e eventos de negócios para executivos e profissionais de alto nível, foi convidada pela IDG World Expo, detentora da marca LinuxWorld Conference & Expo, para organizar no país o encontro LinuxWorld Brasil, conferência que promete reunir especialistas do software de código aberto e CIOs das mais importantes empresas de TI. O evento conta com o apoio de empresas de peso, como a 4Linux, Computer Associates, IBM, Intel, HP e Novell. Reconhecida mundialmente, sendo realizada já em cerca de 19 países, o LinuxWorld Brasil terá uma área de 600 m² para exposição de produtos e serviços das principais empresas do segmento, prestadores de serviços e desenvolvedores de softwares do mercado corporativo. O foco principal do encontro será a grade de conferências –serão seis keynote speakers e 60 palestras– e as certificações de profissionais, que irão ocorrer por meio de parcerias com a IDG World Expo e a LPI - Linux Professional Institute. Entre as palestras, os visitantes encontrarão discussões de temas amplos, como Linux e Padrões Abertos no Mercado Corporativo, Integração, Ambientes Mistos e Infra-estrutura, Segurança em Padrões Abertos, Tecnologias Emergentes, Linux em Desktops e Aplicativos, Programação e Banco de Dados. (FP) LinuxWorld Conference & Expo Local: Gran Meliá WTC, av. das Nações Unidas, 12.559, Brooklin Novo Data: 23, 24 e 25 de maio de 2006 Horário: das 9h às 18h Mais informações: tel. (11) 5502-7278 ou pelo site www.linuxworldbrasil.com.br

presidente da Novell Américas, Susan Heystee, demonstrou os bons resultados e reafirmou da posição da empresa como fornecedora de software de código aberto, Linux, focalizando o mercado corporativo em coletiva de imprensa realizada em um encontro de segurança em São Paulo, o IDC Brasil IT Security & Business Continuity Conference 2006. A multinacional tem uma expectativa de crescimento de mais de 40% no Brasil, para este ano fiscal de 2006, que se encerra em 31 de outubro. Essa estimativa tem como base o bom resultado que a companhia vem obtendo. Segundo informações da própria Novell, em 2005, a unidade de negócios de Linux cresceu 300% na América Latina, sendo os principais mercados o Brasil e o México. No setor de gerenciamento de identidade, o crescimento foi de 40%. Só o Brasil corresponde por 50% desses resultados. Segundo o presidente da Novell no Brasil, Ricardo Fernandes, no primeiro trimestre de 2006 a empresa dobrou seu faturamento nas áreas de segurança e Linux. "Temos nos colocado à frente

Unidade de Linux da Novell cresceu 300% em 2005 México e Brasil "puxaram" resultado da AL Divulgação

Susan Heystee apresentou os bons resultados da Novell

dos nossos concorrentes, justamente porque estamos trabalhando naquilo que o mercado demanda no momento, com toda a qualidade e responsabilidade já conhecida pelo setor, que é a marca da Novell", explicou. A empresa aproveitou a oportunidade para anunciar também a terceira versão do Identity Manager, sua solução de provisionamento e gerenciamento de identidade para a segurança e conformidade das empresas. Durante o evento, também foi apresentado o novo vicepresidente e diretor geral para a América Latina, Juan Carlos Cerrutti. O executivo, que já está há 13 anos na Novell, ocupando posições de liderança em diferentes regiões, terá como prioridade centrar seus esforços e recursos para reafirmar a liderança da Novell no mundo Linux. De uma forma global, a Novell concentra seus esforços e interesse em cinco segmentos de mercado: segurança e gerenciamento de identidade, gerenciamento de recursos, workgroup, datacenter e desktop (é um mercado novo para a empresa). A companhia espera um crescimento de 50% nesses dois últimos setores. Fábio Pelegrini


Sistema aberto avança no mercado de usuários finais e agora os fabricantes de hardware começam paulatinamente a atender esse público

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OPEN SOURCE NÃO É FILOSOFIA DE VIDA, É OPÇÃO DE TRABALHO

Liste seus periféricos antes de migrar para

Linux Por Vanderlei Campos opção pelo Linux e aplicativos open source já não está mais restrita a instalações corporativas e usuários avançados. Uma interface gráfica fácil de usar, aplicações muito semelhantes aos best-sellers comerciais e mais automatização de instalação e configuração de software são avanços que têm permitido incluir software livre em produtos destinados a consumidores que estão tendo seu primeiro contato com um PC. De fato, os desenvolvedores de software livre já superaram efetivamente duas etapas: compatibilidade com os padrões de circulação de informações (como arquivos HTML, DOC, XLS, PPT, JPG, PDF e mensagens de e-mail); e compatibilidade com a cultura dos usuários finais. Todavia, resta uma pendência: os fabricantes de hardware para o segmento de consumo (MP3 players, câmeras, impressoras

Comunidade dinâmica

terça-feira, 25 de abril de 2006

etc.) só agora começam a se preocupar em tornar seus dispositivos compatíveis. Para quem já dispõe do PC, adotar o Linux e aplicativos de código aberto pode ser uma boa alternativa para contar com software legal, a um custo muito mais baixo. Os usuários mais avançados podem baixar e instalar os programas gratuitamente. Contudo, a própria diversidade pode tornar essa etapa complexa. Nesse sentido, a Mandriva –a distribuição Linux mais popular no Brasil– lançou o Mandriva One, um combinado de CD Live e de instalação baseado no Mandriva Linux 2006, que já vem com diversos softwares livres para uso no escritório, acesso à internet e aplicativos multimídia, como o OpenOffice, o Mozilla Firefox e o Gimp. Por R$ 79,90, o usuário do Mandrive Linux para desktop conta com recursos que teriam custos a partir de R$ 800.

ndependentemente do ritmo de reação dos fabricantes, o grupo de desenvolvedores de open source já surpreendeu o próprio Linus Torvalds, criador do Linux. Em uma palestra, em 1999, ele dizia que o sistema não rodaria em determinado hardware, quando um grupo de jovens se levantou para contradizê-lo, mostrando que tinha feito a implementação. Mesmo para os dispositivos cujos fabricantes não oferecem suporte nativo ao Linux, é possível achar soluções eficientes na internet. Na prática recomenda-se que, antes de migrar de sistema operacional, o usuário liste os componentes internos (placa de som, modem, rede etc.) e os periféricos, e verifique a disponibilidade de drivers. Normalmente, há uma área do site de cada distribuição com essas informações. "Hoje, o usuário de Linux consegue usar 90% dos periféricos USB mais populares", estima Rodney Miyakawa, da Mandriva. Resolvido o problema da conexão do periférico, o usuário de Linux deixará de contar com os pacotes de software que vêm com o equipamento. A perda, todavia, é mínima, uma vez que passará a dispor de programas muito mais ricos, sem custo adicional. "Ao invés de usar o aplicativo que vem com a câmera, passa a tratar as imagens no Gimp", exemplifica Miyakawa. Ele lembra que quem tiver a licença de Windows pode ainda manter a opção de dual boot (a máquina pode iniciar em Linux ou Windows). "Open source não é filosofia de vida; é opção de trabalho. O objetivo é que todos tenham liberdade de escolha para compor a solução de melhor custo/benefício", resume. (VC)

Ao instalar o Linux, o usuário tem que ter o cuidado de verificar se todos os componentes da máquina são suportados. Já houve vários casos de se perder a conexão discada, por ter um Win Modem instalado (que, como o nome diz, depende do sistema operacional da Microsoft). Esse risco deixa de existir quando se compra um PC com Linux em OEM (instalado pelo fabricante) ou de integradores que garantam a compatibilidade. "Com o programa do PC Conectado, o Linux está ficando mais popular. Neste mês, também começamos uma ação de treinamento para pequenas revendas e integradores", conta Rodney Miyakawa, diretor de produtos e canais de treinamento da Mandriva. De cima para baixo – Assim como o Linux iniciou sua trajetória pelos servidores empresariais e, posteriormente, foi baixando até o desktop, os fabricantes de periféricos seguem caminho semelhante. Segundo informações da área de suporte da Lexmark, as impressoras de maior capacidade foram as primeiras a contar com drivers (software que faz a comunicação entre o sistema operacional e o dispositivo) para Linux. As linhas de menor porte ficam restritas a Windows e MacOS. Dante Avanzi, gerente de produtos de consumo da HP, diz que suas impressoras e multifuncionais já incluem drivers para Linux. Ele acrescenta que atualmente não é comum encontrar periféricos USB (como câmeras e pen drives) que suportem a comunicação com o Linux. "A instalação de periféricos conectados a estações Linux pode ser efetuada através de drivers desenvolvidos por empresas especializadas." Gino Cammarota, gerente de

Por R$ 79,90, o usuário do Mandrive Linux conta com recursos que teriam custos a partir de R$ 800

Fotos: Divulgação

Janela de e-mail e lista de hardware compatíveis com o Linux

marketing da Elgin, que representa os produtos de consumo da Canon, explica que hoje as câmeras e impressoras vêm com suporte a MacOs e Windows. "O fabricante age conforme a demanda internacional." A Creative Labs não fornece seus produtos com drivers para Linux. "A comunidade Linux desenvolve e existem drivers para produtos, disponíveis na internet. Mas a empresa garante o funcionamento correto de seus produtos unicamente em ambiente Windows", afirma no-

ta da empresa. No que se refere a equipamentos de conectividade (roteadores, access points, modems de banda larga etc.), a substituição do sistema operacional e dos aplicativos não causa problemas. Assim como ocorre na internet, o próprio protocolo TCP/IP cria uma língua franca entre diferentes tecnologias. Além disso, normalmente a interface de configuração e gerenciamento roda em um browser, o que abstrai as especificidades de cada sistema.


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Te l e f o n i a Automação Convergência Varejo Hi-tech

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 25 de abril de 2006

Quase todos os países que estão na Copa interrompem suas atividades na hora do jogo de seu time

OS JOGOS DO BRASIL JÁ VÊM COM O ALARME HABILITADO

Agende os 48 jogos da primeira fase da Copa de uma vez só no Outlook 2003 Antes de marcar um compromisso durante o Mundial de Futebol, é bom consultar a tabela dos jogos para não perder tempo e ganhar mais produtividade Por Guido Orlando Júnior ão existe nada pior para bagunçar a agenda de compromissos como o mês da Copa do Mundo de futebol. Se eu perguntar a você agora quais os dias que o Brasil irá jogar na Alemanha você saberia responder? E, com a aproximação da Copa, você se sente seguro de marcar um compromisso sem antes consultar a tabela dos jogos, principalmente na primeira fase, ocasião que acontecerão 48 partidas em um curto espaço de tempo? Foi pensando nisso que Marcelo Thalenberg, diretor da empresa MT Criativa, desenvolveu um calendário que é incorporado pelo Outlook 2003 e versões anteriores, com todos os 48 jogos da primeira fase da Copa 2006. Isso ajuda na programação de compromissos, pois em dias de jogos do Brasil o país pára e marcar alguma reunião nesse horário é perda de tempo. O calendário vai mais além, pois incorpora uma tecnologia denominada iCalendar, que ajusta o compromisso ao horário local em qualquer lugar do planeta. Em um mundo globalizado, onde não é raro uma empresa se relacionar com outros países, essa função é bastante útil, pois não é necessário fazer contas para ajustar o fuso-horário. Basta consultar a agenda para saber se o país com o qual você quer falar vai jogar naquele horário. E se você pensa que é só o Brasil que pára na hora do jogo, está enganado. Hoje em dia todos os países que estão na Copa praticamente interrompem suas atividades

O maior dicionário online do mundo

na hora do jogo de seu time. A idéia de montar esse calendário sur-

giu na Copa de 1998, época em que Thalenberg recebeu no Brasil alguns executivos americanos. "Os executivos ficaram espantados porque o país parou na hora do jogo e perguntaram o que estava acontecendo. Quando eu disse que era por conta do jogo, ficaram alarmados e que, se soubessem disso, teriam adiado a viagem", conta o executivo. Diz ainda que, como o Brasil virou um celeiro de dirigentes para a

América Latina, é importante que eles saibam quando os times de cada país vão jogar para não perderem tempo com ligações ou mesmo no agendamento de reuniões em horários impróprios. Como o arquivo funciona – O arquivo desenvolvido por Thalenberg é bem simples de ser uti-

Captura de tela

'Eurogoogle' traz nova tecnologia de buscas

Por João Magalhães

chileno Rodrigo Vergara, 52 anos, edita, segundo ele, o maior dicionário online do planeta. O Logos, como ele o batizou, oferece gratuitamente o significado e tradução de milhões de palavras em 200 idiomas, incluindo várias línguas indígenas da América Latina, e mostra seu uso em textos literários, sua pronúncia, forma de conjugação (se for um verbo) e etimologia. Ex-dirigente estudantil do Movimento de Esquerda Revolucionário chileno (MIR), ex-chofer de caminhão, empresário e membro da Confederação das Indústrias Italianas, Vergara está exilado em Modena, na Itália, desde 1974. Em 1979, ele fundou o Logos Group, a partir do qual começou a desenvolver um pequeno banco de dados com dez idiomas. Em 1995, aproveitou a tecnologia da recém-chegada internet para realizar seu antigo sonho: um dicionário virtual, feito por uma comunidade internacional. O site do Logos, além do mega dicionário, guarda um outro, destinado às crianças, com 320 termos básicos em 135 idiomas, entre os quais o zulu e o guarani. http://www.logos.net

lizado. Ele é bem pequeno e muito fácil de instalar, além de ser gratuito. Basta fazer o download –local indicado no final desta coluna–, descompactálo, já que está zipado e importar para o calendário do Outlook 2 0 0 3 o u v e rsões anteriores, até a versão 2000. Essa última deve estar com todas as atualizações em dia para que o calendário funcione. No Outlook Express ele obviamente não roda, pois esse programa de e-mail não tem calendário. Junto com o calendário vem um arquivo de texto que explica passo a passo como fazer para importá-lo, mas essa também é uma operação muito simples. Depois da operação completa, todos os 48 jogos da primeira fase da Copa do Mundo serão carregados nos dias e horários correspondentes. Os jogos do Brasil já vêm com o alarme habilitado para facilitar o lembrete. Os outros também podem ter o alarme ligado ou o compromisso apagado e isso fica por conta de cada usuário.

Quaero, rival europeu do Google, vem aí com a corda toda. Popularmente chamado de Eurogoogle, o sistema de buscas criado por um consórcio franco-alemão aposta suas fichas em um novo mecanismo multimídia que permitirá adicionar, além de palavraschaves, imagens e sons como objetos de pesquisas. Explicando melhor: o Quaero, por meio de um software desenvolvido pela LTU Technologies, é capaz de reconhecer formas, cores e sons, tornando possível assim recuperar fotos, áudios e videoclipes que contenham imagens semelhantes às introduzidas no terminal de buscas. O Quaero, que significa "busca" em latim, deve estrear até o final do mês, com mais de quatro bilhões de páginas web indexadas. (JM)

Programas chocantes para celular eu celular toca, mas você não está muito disposto a atender a chamada. Sem problemas. Basta usar o aplicativo "excuses" do site Prankplace (à dir.). O software transmite sons que podem servir de desculpas para encerrar a ligação. Alguns exemplos: campainha da porta tocando, bebê chorando e barulho de acidente de carro. Outro programa do gênero muito interessante é oferecido pela Sktelecom, da Coréia do Sul. Trata-se de um repelente, que emite um som numa freqüência baixa, não percebida por humanos, mas que é capaz de espantar moscas e mosquitos no raio de um metro. Como diversão, você pode experimentar a coleção de ringtones do site Orgasmatones. São toques que imitam uma mulher tendo orgasmo. Um dos destaques é Andy –gemidos mil em MP3 sobre um fundo musical. (JM) www.orgasmatones.com www.prankplace.com/p_excuses.htm www.sktelecom.com

Captura de tela

Quanto ao padrão iCalendar, Thalenberg diz que ele foi desenvolvido por várias empresas, dentre elas a Microsoft e a Apple, pois o mercado, devido à globalização, sentiu a necessidade de adaptar os horários aos diversos países com os quais os profissionais mantêm relacionamento. Exemplificando: vamos supor que você tenha que marcar uma reunião via conferência telefônica com um executivo na Europa, que está quatro horas à frente no fuso horário. Quando o convite é mandado, o horário exibido na agenda do destinatário será o local e não o do Brasil. Sem a função iCalendar, o horário na agenda do outro executivo seria o mesmo do Brasil e praticamente não serviria de nada, a menos que fosse feita a conversão. Esse tipo de arquivo já é utilizado em várias situações na internet: em webcastings, transmissões de shows e palestras ao vivo pela web e muitas outras situações. Basta baixar o arquivo indicado para cada evento e importá-lo para o Outlook. Ele se ajustará ao horário local em qualquer país. Na verdade ele se baseia no horário do computador. O arquivo para a Copa do Mundo pode ser encontrado e baixado g r a t u i t a m e n t e n o e n d e re ç o : http://voit.uol.com.br/adCms Doc umento Show. aspx?d ocumento=959&Area=950. Não se preocupe, pois ele não tem nenhum vírus ou qualquer código malicioso. gojunior@voit.com.br

Guarda-chuva faz previsão do tempo Ambient Umbrella, guardachuva produzido empresa Ambient Devices, avisa ao dono quando vai chover na região geográfica onde ele se encontra. As informações meteorológicas são transmitidas via rádio pelo site AccuWeather.com para um receptor embutido no cabo da engenhoca, que emite pulsos de luz se houver sinal de chuva. O Ambient Umbrella será lançado em meados deste ano. Preço: US$ 99. (JM) http://www.ambientdevices.com/ cat/products.html

Metade dos PCs do mundo não poderão rodar o Windows Vista Seu PC está preparado para aproveitar toda a potencialidade do Windows Vista? Provavelmente, não. Segundo a consultoria Gartner, metade dos computadores existentes no mundo não possuem o hardware necessário para rodar o próximo sistema operacional da Microsoft. O Vista requer pelo menos 1 Gigabyte de memória RAM e uma placa de vídeo poderosa que suporte a nova interface Aero. Será preciso também ter pelo menos um chipset Intel 945G e um processador Pentium 4. Quanto aos notebooks, apenas aqueles com processador Core Duo, chipset 945G e 1 Gigabyte de RAM terão capacidade para receber o substituto do XP. (JM)


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terça-feira, 25 de abril de 2006

Internacional

O sucesso no Afeganistão e o êxito no Iraque são chaves para conter o Irã. Donald Rumsfeld, secretário de Defesa dos EUA

Fotos: Aleksander Rabij/Reuters

Il senatore brasiliano a caminho de Roma Recontagem de votos dos italianos que residem no Exterior deu a Edoardo Pollastri, há 30 anos morando em São Paulo, uma vaga no Senado da Itália. WValente/AFG

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Turista estrangeiro é socorrido após as explosões em Dahab. Governo e autoridades médicas divergiam sobre número de mortos e feridos.

EGITO: TRÊS BOMBAS E MAIS DE 20 MORTOS Alvo do atentado foi o oásis de Dahab, na Península do Sinai. Fontes policiais e médicas chegaram a falar em 30 mortos e mais de cem feridos graves. Apesar de levarem a marca da rede extremista Al-Qaeda, os atentados não foram assumidos por nenhuma organização.

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rês atentados contra a estância egípcia de Dahab, na Península do Sinai, causaram ontem as mortes de pelo menos 21 pessoas e ferimentos em 62 disse o general Mohammed Hani, governador da província de Sinai do Sul. Os mortos são 18 egípcios e três estrangeiros inclusive um bebê alemão. Antes da declaração oficial, fontes policiais e médicas falavam 22 mortos e mais de 150 feridos. Não se sabe o motivo da discrepância nos dados. Houve ainda outro desencontro das informações: Hani disse que as bombas foram detonadas por suicidas, mas agentes de segurança indicaram que teriam sido plantadas nos locais. As bombas explodi-

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ram quase simultaneamente em um restaurante, um café e um supermercado de Dahab (veja mapa), por volta das 19h15 locais, quando as ruas estavam apinhadas de gente por causa de dois feriados no Egito. Este é o terceiro atentado de grandes proporções desfechado nos últimos dois anos na Península do Sinai e com a marca da rede extremista Al-Qaeda. Coincidentemente, um dia antes a TV pan-árabe Al-Jazira divulgou nova gravação de áudio do líder da rede extremista Al-Qaeda, Osama Bin Laden, afirmando que cidadãos do Ocidente são "alvos legítimos" por causa do apoio de seus países ao que ele definiu como "guerra dos cruzados e sionistas" contra o mundo islâ-

Mulher egípcia é retirada por médicos do local da explosão

mico. Bin Laden advertiu que o Ocidente deveria preparar-se para uma guerra. Dahab é muito freqüentada por mochileiros ocidentais, por causa dos baixos preços de hotéis, e também por mergulhadores. É também popular entre os turistas de Israel, mas as autoridades do país vinham advertindo nas últimas semanas para o risco de atentados no Egito. Estimase que cerca de 1.800 israelenses estivessem no Sinai momento dos ataques (três ficaram feridos). Autoridades de Washington disseram, sob condição de

anonimato, que ainda não está claro quem está por trás dos atentados. Em Israel, os serviços de segurança elevaram o nível de alerta e a passagem de fronteira de Taba ficou fechada por três horas por causa dos atentados.(AE)

Irã quer o fim de Israel presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, recuou ontem de sua versão de que o Holocausto não aconteceu. Numa longa preleção antes de uma entrevista coletiva de duas horas à imprensa internacional, Ahmadinejad disse que "supõe" que a matança ocorreu, mas que os palestinos não deveriam ter de pagar por ela. Apesar de amenizar sua posição sobre o Holocausto, ele voltou a pedir a dissolução do Estado de Israel. "Na 2ª Guerra Mundial, morreram no mínimo 60 milhões de pessoas e muitos mais ficaram feridos e sem casa", lembrou Ahmadinejad. "Por que, sob esse pretexto, o povo do Oriente Médio tem que pagar por 60 anos? Montou-se um Estado no Oriente Médio que até hoje, a cada dia, mata a gente inocente e pobre. Por que vocês converteram toda a Euro-

Morteza Nikoubazi/Reuters

Ahmadinejad: Israel é 'prisão'

pa num lugar inseguro para os judeus e eles tiveram de se refugiar na Palestina, num território que não é deles?", indagou. "Uma vez eu disse e repito: 'Abram as portas dessa prisão.

Deixem que essa gente decida livremente e verão que alguns voltarão à sua pátria. Acreditamos que os judeus, como todos os outros humanos, têm direito de viver uma vida segura e tranqüila. Deixem que voltem à sua pátria'". Perguntado se aceitaria enriquecer urânio na Rússia, como parte de um acordo para desistir do enriquecimento no Irã ele disse: "os russos têm enriquecimento e nós também temos", respondeu. "Podemos cooperar uns com os outros. Não há problema", disse ele. "É risível o que está acontecendo no mundo", criticou o presidente. "As potências vivem testando bombas nucleares e dizem que nós estamos desenvolvendo armas atômicas. Não acreditam no Tratado de Não-Proliferação Nuclear nem em suas salvaguardas". (AE)

Brasil ficou mais próximo da Itália. Edoardo Pollastri, de 73 anos e radicado no País há três décadas, foi eleito senador para uma vaga no Parlamento italiano. A confirmação da vitória de Pollastri, o único candidato ao Senado com residência no País que conseguiu se eleger, entre os cinco que concorreram, aqui, por variadas chapas, veio ontem pela manhã. Uma carta do Consulado Geral da Itália no Brasil informava que a Corte de Apelações de Roma, uma espécie de Tribunal de Justiça Eleitoral brasileiro, dera vantagem a Pollastri sobre a argentina Mirella Giai, que disputou pela mesma chapa e que havia sido considerada vitoriosa. "Até dois dias atrás eu havia perdido a eleição. Estava fora de São Paulo, no final de semana, descansando, quando, no sábado, me chegou a informação de que uma agência de notícias italiana dava meu nome como um dos vitoriosos. Mas as surpresas destas eleições foram tantas que preferi não me manifestar. Ontem, no entanto, tive a confirmação", disse Pollastri, que concorreu pela chapa Unione, formada por vários partidos de centro-esquerda, e que apoiou a candidatura de Romano Prodi ao cargo de primeiro-ministro. O reconhecimento da vitória de Pollastri como senador foi possível, por ironia, graças aos problemas das eleições italianas, realizadas nos últimos dias 9 e 10. O atual primeiroministro, Silvio Berlusconi, que perdeu o cargo para Romano Prodi, pediu a recontagem de votos para o Senado dos italianos residentes fora da Itália, numa tentativa de virar o jogo. A nova contagem mostrou vantagem de Pollastri sobre a candidata argentina. Roma – O senador Pollastri, como já passou a ser chamado entre alguns representantes da comunidade italiana que ontem festejaram, no Circolo Italiano, a conquista, está de malas prontas. Viaja hoje para Roma, onde deverá se apresentar, na próxima sexta-feira, dia 28, para sua primeira reunião como parlamentar. Na bagagem, Pollastri, que passa a representar a América do Sul, leva a esperança de fazer a Itália conheça melhor os italianos residentes no Exterior, seus problemas

Edoardo Pollastri: vitória após recontagem dos votos no Exterior

e suas necessidades. "Espero que ele não se restrinja aos interesses ítalo-brasileiros, porque ele foi eleito pela América do Sul. Ele não é só nosso representante. Falará também pela Argentina, pelo Paraguai e Chile e por todos os países da região", diz Edoardo Coen, escritor italiano, residente no Brasil desde 1946. Presidente da Câmara ÍtaloBrasileira de Comércio e Indústria de São Paulo e membro do Comitê Consultivo da Associação Brasileira da Indústria Alimentícia (Abia), Edoardo Pollastri é um economista com experiência não apenas nos assuntos de produção e consumo dos países. Em seus 30 anos de residência no Brasil, o novo senador italiano se envolveu com os problemas sociais dos imigrantes e culturais de seus descendentes. "É preciso dar oportunidades aos jovens na Itália", diz Pollastri. Na opinião do empresário italiano Luigi Giavina, da Strula Planejamento, no entanto, a experiência de Pollastri na área econômica será fundamental. "Com o mundo cada vez mais globalizado e com as novas tecnologias exigindo mercados maiores, ter alguém como Pollastri trabalhando nessa aproximação da América Latina, em especial do Brasil, com a Itália, será uma grande vantagem para as empresas brasileiras entrarem na comunidade européia e produtos europeus, através da Itália, entrarem não só em São Paulo, mas em toda a região", avalia. "Pollastri conhece muito bem o mundo político e econômico brasileiro e conhece bem o mundo econômico e político italiano", completa Giavina. Roseli Lopes

'Não se deve ignorar ameaça' Gil Cohen Magen/Reuters

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mundo não deve ignorar os pedidos pela destruição de Israel, alertou ontem o presidente israelense, Moshe Katsav. A advertência do chefe de Estado israelense foi feita na abertura das cerimônias do Dia do Holocausto, em homenagens aos cerca de 6 milhões de judeus mortos pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial. Sem nomear o Irã, Katsav declarou: "Eu peço ao Ocidente que não fique em silêncio em face das nações que tentam obter armas nucleares e pregam a destruição de Israel". O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, já chegou a pedir que Israel fosse "riscado do mapa". A comunidade judaica de Israel iniciou ontem no Museu do Holocausto (Shoá) a série de atos oficiais em memória das vítimas do nazismo durante a Segunda Guerra Mundial

Israelenses no Museu do Holocausto: memória das vítimas do nazismo

(1939-1945) na Europa e no norte da África. O principal ato acontecerá na Praça do Levante do Gueto de Varsóvia, na esplanada que leva ao Museu Yad Vashem, dedicado a seis milhões de civis judeus assassinatos - sendo um milhão e meio de crianças - e aos comba-

tentes clandestinos da resistência. Ao contrário de outros genocídios na história, ressaltaram as autoridades, o massacre de um terço do povo judeu há pouco mais de 60 anos foi planejado e executado de forma sistemática pelo governo do líder alemão Adolf Hitler.


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terça-feira, 25 de abril de 2006

1 O que era uma questão fiscal para o contribuinte passou a ser um problema para o dia-a-dia. Antônio Carlos Rodrigues do Amaral

Marcos Fernandes/LUZ

PROTESTO AMEAÇA PEQUENO EMPREENDEDOR Portaria que prevê levar a protesto dívida tributária enfrenta resistências Paulo Pampolin/Digna Imagem

U

ma portaria baixada recentemente pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), que deu autonomia ao órgão para protestar em cartório contribuintes inscritos na dívida ativa da União com débito até R$ 10 mil, pode decretar a morte de pequenos empreendimentos. "Uma empresa que entra nessa situação, não terá mais como sair", diz o diretor do Instituto de Economia Gastão Vidigal, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Marcel Solimeo. Na opinião do economista, a entidade é contra a portaria porque o fisco já dispõe de instrumentos para cobrar sem ter de paralisar a empresa. Com a novidade, a União espera recuperar metade dos R$ 5,5 bilhões em dívidas de pequeno valor – entre R$ 1 mil e R$ 10 mil – principalmente tributárias. Já os cartórios acreditam na recuperação de 80% dos créditos tributários. Antes de editar a portaria, a PGFN priorizava a cobrança judicial dos grandes débitos, já que os custos para cobrar na Justiça as pequenas dívidas não compensavam o retorno. A alegação do fisco é de que a simples

Amaral: nova taxa a caminho

inscrição do contribuinte na dívida ativa como uma medida isolada só provoca transtornos se ele tem algum relacionamento com o Estado, como fazer um concurso público ou participar de uma licitação. Já a ameaça de levar a protesto o débito implica a inclusão do nome do devedor nos cadastros de proteção ao crédito, como SCPC e Serasa, trazendo uma séria de conseqüências, como a dificuldade de acesso a empréstimo bancário e o fato de o devedor ficar impedido de parcelar sua dívida.

Críticas – Para advogados tributaristas, a medida é inconstitucional. "O contribuinte em dívida ativa já é considerado inadimplente, assim não cabe o protesto", diz o presidente da Comissão de Assuntos Tributários da Ordem dos advogados do Brasil (OAB), Luiz Antonio Carlos Miretti. A portaria, segundo o advogado, fere o artigo 38 da Lei de Execuções Fiscais. Pelo artigo, a discussão judicial sobre dívida ativa da Fazenda Pública só pode ser conduzida dentro dos parâmetros traçados pela própria legislação a respeito. Para o advogado Antônio Carlos Rodrigues do Amaral, a medida fere o princípio da moralidade ao intimidar o contribuinte com a possibilidade de ter seu nome nos serviços de proteção ao crédito. "O que era uma questão fiscal passou a ser um problema para o dia-a-dia. A dívida no Cadin causa constrangimento, mas não é comum as empresas consultarem esse cadastro. Já os sistemas de proteção ao crédito estão no inconsciente das pessoas. Além disso, a iniciativa ainda vai criar uma nova taxa nos cartórios", prevê Amaral.

Miretti, da OAB-SP: "Contribuinte que está em dívida ativa já é considerado um devedor"

LEÃO DE RABO PRESO Secretário Rachid sob investigação

Propostas para o Código do Contribuinte A

E

m sessão solene, ontem à noite, na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, o Instituto de Estudos dos Direitos do Contribuinte (IEDC) entregou a senadores propostas de alteração do Projeto de Lei Complementar (PLC) n° 646, que pretende criar o Código de Defesa do Contribuinte. A proposta está parada na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, sob a relatoria do senador Ramez Tebet (PMDB-MS). Em tramitação no Senado desde 1999, após apresentação pelo senador Jorge Bornhausen (PFL-SC), o projeto propõe, por exemplo, que constem das notas fiscais os tributos embutidos nos preços das mercadorias e serviços. Na solenidade de ontem, o IEDC chamou a sociedade para participar, por meio do site www.direitosdocontribuinte.com.br, da proposição de alterações no código. De acordo com o presidente do instituto e autor do PLC n°

Divulgação

Siqueira entregará sugestões

646, Edison Freitas de Siqueira, o IEDC sugere, por exemplo, que o Estado se responsabilize por responder às dúvidas e reclamações dos contribuintes sobre procedimentos fiscais. "Hoje, se o contribuinte quiser entregar uma carta com reclamações em um posto da Receita Federal, muitas vezes sequer é recebido", afirmou. Representantes do Sindicato Nacional dos Técnicos

Renato Carbonari Ibelli

da Receita Federal (Sindireceita) também elaboraram propostas para alterar o texto atual do projeto de lei. De acordo com o diretor jurídico adjunto do Sindireceita, Roberto Carlos dos Santos, os técnicos propõem que o órgão disponibilize pela internet o registro de quitação de débito fiscal pelo contribuinte. "Assim, os técnicos poderão liberar a Certidão Negativa de Débitos (CND) com maior rapidez. Hoje, isso demora de três a cinco dias", afirmou Santos. Protesto — O IEDC também contesta o protesto de contribuintes em débito fiscal instituído pelo governo pela Portaria nº 321/2006, da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). "Esse tipo de procedimento é inconstitucional. O caminho lícito para cobrar impostos é a execução fiscal", disse Siqueira. O contribuinte que for protestado pode procurar o IEDC para receber orientação legal. Laura Ignacio

Justiça acolheu denúncia do Ministério Público Federal (MPF) e vai investigar o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, por improbidade administrativa. O processo se refere a uma antiga denúncia: em fiscalização realizada em 1994, Rachid multou a construtora OAS em R$ 1,1 bilhão, mas depois o valor foi reduzido para R$ 25 milhões. O corte na multa, segundo suspeita o MPF, teria beneficiado dois auditores da Receita, Paulo Baltazar Carneiro e Sandro Martins Silva, que na época estavam licenciados de seus cargos e trabalhavam como consultores da OAS. A suposta irregularidade já vinha sendo investigada há alguns anos pela Corregedoria da própria Receita e pelo MPF. Neste mês o processo chegou à 16ª Vara da Justiça Federal e foi aceito, o que coloca Rachid na condição de réu. Ao mesmo tempo em que acolheu a inves-

tigação, porém, a Justiça negou o pedido dos procuradores Lauro Pinto Cardoso Neto e Valquíria Quixadá para que Rachid fosse afastado do cargo para evitar o cerceamento dos trabalhos de investigação que vêm sendo realizados pela Corregedoria da Receita. Irregularidades — De acordo com a denúncia do MPF, Rachid e outros auditores são acusados de descumprir as normas internas da Receita na autuação. Teriam feito lançamentos em duplicidade, deixado de realizar diligências necessárias, como visitas à empresa para análise de documentos, e errado nos cálculos para fixação da multa. Os procuradores dizem que os erros de Rachid e dos demais auditores favoreceram diretamente Sandro Martins Silva e Paulo Baltazar Carneiro. Pelo serviço que resultou na redução do auto de infração eles teriam recebido R$ 18,6 milhões. Os dois eram os res-

ponsáveis pela defesa da empresa e teriam tido seu trabalho facilitado por conta dos problemas na autuação. A Advocacia Geral da União (AGU), que está defendendo Rachid, apresentou defesa prévia à Justiça Federal, mas pediu sigilo. A solicitação de segredo de Justiça foi aceita, mas a defesa não foi considerada suficiente para o arquivamento do processo. O MPF prepara outra ação contra Rachid por "desvio de funcionalidade". O secretário estaria usando o cargo para atrapalhar a investigação da Corregedoria da Receita no caso OAS. O secretário determinou o afastamento dos auditores responsáveis pelas investigações e abriu um processo disciplinar contra os servidores, que pode levar à perda dos cargos. Foram eles que repassaram ao MPF as informações que geraram as provas contra Rachid e os outros auditores no processo da OAS. (AE)


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2 -.ECONOMIA/LEGAIS

BALANÇOS

terça-feira, 25 de abril de 2006

CONVOCAÇÕES MUXIRÃ AGRO COMERCIAL S/A

CNPJ Nº 52.839.248/0001-44 RELATÓRIO DA DIRETORIA Senhores acionistas: Cumprindo as disposições legais e estatutárias submetemos à análise de V.Sas.o Balanço Patrimonial e demais Demonstrações Financeiras relativos ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2005. São Paulo, 30 de março de 2006. BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 - EM REAIS ATIVO 31/12/2005 31/12/2004 PASSIVO 31/12/2005 31/12/2004 CIRCULANTE CIRCULANTE Caixa e Bancos 8.832,72 1.313,88 Contas a Pagar 1.044.485,76 16.839.102,46 Aplicação Financeira 2.660.141,48 Impostos a Recolher 3.651,00 Imposto de Renda a Recuperar 280.787,26 280.787,26 1.044.485,76 16.842.753,46 Contas a Receber 30.494,83 25.000,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Dividendos a Receber 3.176.856,09 2.628.505,88 Capital Social 13.161.264,34 1.116,34 3.496.970,90 5.595.748,50 Res.Cor.Monet.IPC Lei 8200/91 803.840,92 803.840,92 PERMANENTE 79.060,78 Terrenos 9.172.675,63 9.172.675,63 Reservas de Lucros 4.234.612,83 2.732.458,02 Investimentos 5.610.996,74 4.569.123,25 Lucros (Prejuízos) Acumulados (431.487,10) (431.487,10) Investimentos - Lei 8200/91 611.134,26 611.134,26 Lucros (Prej.)Acum.Lei 8200/91 17.847.291,77 3.105.928,18 15.394.806,63 14.352.933,14 18.891.777,53 19.948.681,64 TOTAL DO ATIVO 18.891.777,53 19.948.681,64 TOTAL DO PASSIVO DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - EM REAIS Capital Social

Res. Correção Monetária-IPC Lei 8200/91 Em 01/01/2004 1.116,34 803.840,92 Lucro do Exercício Em 31/12/2004 1.116,34 803.840,92 Lucro do Exercício Aumento Cap. AGE 15/4/2005 13.160.148,00 Prop. p/Dest. L.C. Liq. Res. Legal Em 31/12/2005 13.161.264,34 803.840,92 NOTAS EXPLICATIVAS - 1) Os investimentos estão registrados pelo custo de aquisição corrigidos monetariamente. 2) Capital Social: O Capital Social subscrito e integralizado é composto de 6.793 ações ordinárias nominativas sem valor nominal.

Prej. Acumulados IPC Lei 8200/91 (431.487,10) (431.487,10) (431.487,10) DIRETORIA

Reserva de Lucros 79.060,78 79.060,78

Lucros (Prejuízos) Acumulados (515.256,28) 3.247.714,30 2.732.458,02 1.581.215,59 (79.060,78) 4.234.612,83

Total (141.786,12) 3.247.714,30 3.105.928,18 1.581.215,59 13.160.148,00 17.847.291,77

EDMILSON BARBOSA DE MELO - Diretor Presidente MARCOS TADEU BARSOTTI - Diretor RUI CERRI MAIO - Contador- CRC.SP.1SP151466/O-3

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO FINDO 31/12/2005 RECEITAS (DESPESAS) 31/12/2005 31/12/2004 OPERACIONAIS Administrativas (62.671,83) (36.222,82) Impostos e Taxas (3.815,78) (42.831,54) (Despesas) / Receitas Finan. Líquida 57.479,50 (35.304,55) (9.008,11) (114.358,91) REC/ (DESP)N/ OPERACIONAIS Resultado Participação Societária 1.590.223,70 3.362.073,21 RESULTADO LÍQ. EXERCÍCIO 1.581.215,59 3.247.714,30 Lucro por Ação 232,77 2.505,95 DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31/12 - EM REAIS ORIGENS DOS RECURSOS 31/12/2005 31/12/2004 Das Operações Lucro Líquido do Exercício 1.581.215,59 3.247.714,30 Ajustes que não afetam o Cap. Circ. Líq. Custo Contábil de Investimento Baixado 1.000,00 Dos Acionistas Integralização Capital 13.160.148,00 TOTAL DOS RECURSOS 14.741.363,59 3.248.714,30 APLICAÇÕES DE RECURSOS No Ativo Permanente Investimentos (1.041.873,49) TOTAL DAS APLICAÇÕES (1.041.873,49) Variação do Capital Circulante líquido 13.699.490,10 3.248.714,30 VARIAÇÕES DO CAPITAL CIRCULANTE Ativo Circulante no Início do Exercício 5.595.748,50 298.404,54 Ativo Circulante no Final do Exercício 3.496.970,90 5.595.748,50 (2.098.777,60) 5.297.343,96 Passivo Circ. no Início do Exercício 16.842.753,46 14.794.123,80 Passivo Circ. no Final do exercício 1.044.485,76 16.842.753,46 15.798.267,70 (2.048.629,66) AUMENTO DO CAPITAL CIRC. LÍQUIDO 13.699.490,10 3.248.714,30

COMPANHIA TRANSAMÉRICA DE HOTÉIS - SÃO PAULO C.N.P.J. nº 43.212.943/0001-90 - NIRE 35 3 0000648 8 ASSEMBLÉIA GERAL ESPECIAL São convidados a reunirem-se em Assembléia Geral Especial os acionistas titulares de ações preferenciais Classe B, no dia 28 de abril corrente, às 9:30 horas, na sede social, na Avenida das Nações Unidas nº 18.591, nesta Capital, a fim de deliberarem sobre Proposta da Diretoria, objetivando a transformação das ações preferenciais Classe C em ações preferenciais Classe B e correspondente reforma estatutária. São Paulo, 18 de abril de 2006 COMPANHIA TRANSAMÉRICA DE HOTÉIS - SP (20-24-25)

AGRO PECUÁRIA ARAPONGA S.A. CNPJ nº 96.447.438/0001-91 RELATÓRIO DA DIRETORIA Senhores acionistas: Cumprindo as disposições legais e estatutárias submetemos à análise de V.Sas. o Balanço Patrimonial e demais Demonstrações Financeiras, relativos ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2005. Pontes Gestal, 28 de março de 2006. BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 - EM REAIS DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO FINDO 31/12/2005 Ativo 31/12/2005 31/12/2004 Passivo 31/12/2005 31/12/2004 Receitas (Despesas) Operacionais 31/12/2005 31/12/2004 Circulante Circulante Administrativas (61.430,70) (62.669,68) Caixa Bancos 539,32 713,20 Contas a Pagar 1.000,00 1.000,00 Impostos e Taxas (5.605,65) Contas a Receber 1.916.541,02 2.003.138,36 Impostos a Recolher 18.659,17 23.487,16 Contribuição Social s/Lucro (5.518,91) (5.343,13) 19.659,17 24.487,16 Aplicações Financeiras 3.558,62 3.248,09 Despesas/Receitas Financ. Líquida 148.587,27 148.481,43 Imposto de Renda a Recuperar 278,94 278,94 Exigível a Longo Prazo 81.637,66 74.862,97 1.920.917,90 2.007.378,59 Créditos de Partes Beneficiárias 10.937,25 Receita (Desp.) não Operacional 10.937,25 Realizável a Longo Prazo Remuneração PB’s - Onerosas (12.867,35) Contas a Receber 2.470.000,00 2.470.000,00 Patrimônio Líquido Res. Antes Provisão Imposto de Renda 68.770,31 74.862,97 Efeitos a Receber 1.202.066,66 1.053.866,66 Capital Social 2.170,22 2.170,22 Provisão para Imposto de Renda (13.140,26) (12.721,74) 3.672.066,66 3.523.866,66 Reservas de PBS-Onerosas 548.812,42 548.812,42 Resultado Liq. Exercício 55.630,05 62.141,23 Permanente Lucro por Ação 1,97 2,20 Reservas de Ágio Subsc. de Ações 5.347.543,84 5.347.543,84 Imobilizado 520.441,92 520.441,92 Lucros (Prejuízos) Acumulados 184.303,58 128.673,53 DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE 6.082.830,06 6.027.200,01 520.441,92 520.441,92 RECURSOS EXERCÍCIOS FINDOS 31/12/2005 Total do Ativo 6.113.426,48 6.051.687,17 Total do Passivo 6.113.426,48 6.051.687,17 Origens dos Recursos 31/12/2005 31/12/2004 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - EM REAIS Das Operações Lucro Líquido do Exercício 55.630,05 62.141,23 Capital Reserva Reserva de PBs Lucros (Prejuízos) Total Ajustes que não afetam o Capital Social de Ágio Onerosas Acumulados Circulante Líquido Em 01/01/2004 2.170,22 5.347.543,84 548.812,42 66.532,30 5.965.058,78 Aumento do Exigível a Longo Prazo 10.937,25 Lucro do Exercício 62.141,23 62.141,23 Total dos Recursos 66.567,30 62.141,23 Em 31/12/2004 2.170,22 5.347.543,84 548.812,42 128.673,53 6.027.200,01 Aplicações dos Recursos Lucro do Exercício 55.630,05 55.630,05 Aumento do Realizável a L. Prazo (148.200,00) (148.200,00) Em 31/12/2005 2.170,22 5.347.543,84 548.812,42 184.303,58 6.082.830,06 Variação do Capital Circulante Líquido (81.632,70) (86.058,77) NOTAS EXPLICATIVAS 1) O Imobilizado está registrado pelo custo de aquisição corrigido monetariamente. 2) Capital Social: O Capital Social subscrito e integralizado é composto Variações do Capital Circulante Ativo Circulante no Início do Exercício 2.007.378,59 2.101.963,24 de 28.267 ações ordinárias nominativas sem valor nominal. Ativo Circulante no Final do Exercício 1.920.917,90 2.007.378,59 DIRETORIA (86.460,69) (94.584,65) ANSELMO DIMAS FERRARI RODRIGO LUIS D. DOS SANTOS Passivo Circulante no Início do Exercício 24.487,16 33.013,04 Diretor Diretor Presidente Passivo Circulante no Final do Exercício 19.659,17 24.487,16 MARCOS TADEU BARSOTTI 4.827,99 8.525,88 Contador - CRC.SP 1SP087320/O-4 Redução do Capital Circ. Líquido (81.632,70) (86.058,77)

ATAS

COMUNICADO

ATA

AVISO AOS ACIONISTAS

Publicidade Legal - 3244-3799


terça-feira, 25 de abril de 2006

Empresas Finanças Nacional Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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COMPRAS EXTERNAS SÃO MAIORES QUE AS VENDAS

O rifle sanitário disparou 205 vezes ontem e colocou um ponto final no abate de bovinos no MS.

COMPRAS EXTERNAS DE US$ 1,601 BILHÃO: O SEGUNDO MAIOR RESULTADO SEMANAL DO ANO

IMPORTAÇÕES PESAM MAIS NA BALANÇA Fotos: Robson Fernandjes/AE

O

Na terceira semana de abril, maior movimentação no Porto de Santos foi de chegada de mercadorias

IPC-S Aumentos nos preços de alimentos fizeram o IPC-S subir para 0,24% na última semana.

TV DIGITAL: LULA RECEBE INDÚSTRIA

Ó RBITA

DESEMPREGO A América Latina tem hoje cerca de 19 milhões de pessoas sem trabalho.

Celso Junior/AE

O

presidenteLuiz Inácio Lula da Silva receberá nesta semana empresários da indústria brasileira de televisores e eletroeletrônicos para discutir a instalação da TV digital no Brasil. A informação foi dada ontem pelo ministro das Comunicações, Hélio Costa (foto). O governo quer saber qual é a disposição dessas empresas em participar do desenvolvimento do parque de semicondutores e da produção de televisores digitais no Brasil. Entre elas, segundo Costa, estão a

ITAÚ

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banco Itaú divulgou ontem fato relevante informando que "está efetivamente explorando opções para expandir suas operações" no Brasil e na América Latina. No mercado os boatos são de que o alvo seria o BankBoston Brasil. Na nota, o Itaú diz que "neste momento não há acordo ou contrato firmado". (AE) A TÉ LOGO

Gradiente, a Semp e a Linear, que fabrica transmissores digitais. Uma nova rodada de reuniões com representantes das emissoras de TV deve ocorrer na próxima semana.

Está prevista também a visita de representantes da Toshiba, uma das empresas japonesas interessadas em instalar uma fábrica de semicondutores no País. (AE)

JUROS NO MENOR NÍVEL DESDE 1975

A

taxa de juros brasileira poderá alcançar em junho seu menor nível desde março de 1975. Para que isso ocorra, basta o Comitê de Política Monetária (Copom) confirmar as previsões de mercado e cortar a taxa em 0,75 ponto percentual no último dia de maio. Os juros básicos da economia, com isso, passariam dos atuais 15,75% para 15% ao ano.

O economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, calcula que em março de 1975, em plena época do milagre econômico, a taxa básica estava em 13,6% anuais. "Esta era a taxa paga nos BBCs (títulos de emissão do Banco Central). Nos anos 1970, os juros desses papéis eram os equivalentes à atual Selic", afirmou o economista. (AE)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

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Opep admite que não pode fazer nada para impedir alta de petróleo

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Evo Morales: ou as empresas se enquadram ou deixam a Bolívia

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BNDES aprova financiamento de R$ 450 milhões para a Bahia Pulp

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r i t m o d e c re s c imento ganhou fôlego e as importações prometem bater recorde neste mês. Segundo os dados divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), as compras externas somaram US$ 1,601 bilhão na terceira semana de abril, com uma média diária de US$ 400,3 milhões, segundo maior valor semanal do ano, perdendo apenas para a segunda semana de abril (com US$ 408,3 milhões). No acumulado do mês, as compras somam US$ 4,771 bilhões. A média diária, até a semana passada, estava em US$ 367 milhões. Mantido esse ritmo até o fim do mês, abril fechará com recorde de importações nessa média. A maior marca alcançada até agora é a de novembro de 2005: US$ 335,1 milhões. Em comparação com a média de abril de 2005, o crescimento já é de 37,7%. As exportações também permanecem crescendo, mas com menos intensidade do que as importações. Na terceira semana de abril, as vendas externas somaram US$ 2,213 bilhões, com média diária de US$ 553,3 milhões. No acumulado do mês, as exportações totalizam US$ 7,077 bilhões, com média diária de US$ 544,4 milhões, um aumento de 18,3% em relação ao ano anterior. O saldo comercial na semana alcançou US$ 612 milhões, acumulando US$ 2,306 bilhões no mês.

Exportações diminuem ritmo

Produtos – As informações divulgadas pelo MDIC mostram que, em relação a abril de 2005, subiram as importações de combustíveis e lubrificantes, automóveis, equipamentos elétricos e eletrônicos, siderúrgicos, equipamentos mecânicos, adubos e fertilizantes.

Já o crescimento das exportações em abril está sendo puxado pelos embarques nas três categorias de produtos. As vendas de manufaturados aumentaram 19,9%, por conta de gasolina, óleos combustíveis, motores e geradores elétricos, tratores, autopeças e veículos de carga. Os embarques de básicos aumentaram 14%, principalmente algodão em bruto, fumo em folhas, petróleo, soja, minério de ferro e carne bovina. Os semimanufaturados subiram 13,5%, puxados pelas vendas de alumínio, couros e peles, açúcar e celulose. Ano – No acumulado do ano, as importações somam US$ 24,813 bilhões, 30,6% a mais que no mesmo período de 2005. As vendas externas totalizam US$ 36,465 bilhões, crescimento de 23,2%. O superávit é de US$ 11,652 bilhões, ante os US$ 10,594 bilhões de igual período de 2005. (AE)


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Nacional Tr i b u t o s Empresas Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 25 de abril de 2006

Produtos que incentivem a interatividade, como os tradicionais quebra-cabeças, voltam com força total.

COPA E TECNOLOGIA NOS BRINQUEDOS

INTERATIVIDADE É APOSTA PARA OS BRINQUEDOS

Fotos: Paulo Pampolin/Hype

Abrin, a maior feira de brinquedos do País, que vai até o próximo dia 27, lança mais de 1,8 mil produtos ligados à tecnologia e à Copa do Mundo de Futebol: a intenção é alavancar a produção nacional e as vendas do setor

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ecnologia e Copa do Mundo. Essa é a estratégia encontrada pelos fabricantes do setor de brinquedos para expandir as vendas e a produção no mercado nacional. A Gulliver, apesar de manter seu tradicional Forte Apache, investe maciçamente nos eletrônicos, a exemplo do I-Dog, um cão que se "alimenta" de música na versão MP3. "Quem não investir em tecnologia morrerá no meio do caminho", disse o presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (Abrinq), Synésio Batista da Costa. Outra estratégia que deverá impulsionar um crescimento em torno de 5% é o lançamento de produtos que promovam interatividade com as crianças. "Os brinquedos que estimularem a participação do consumidor terão maiores chances de vendas", disse Costa, ontem, durante a abertura da 23ª edição da Abrin – Feira Brasileira de Brinquedos, que ocorre até o dia 27 no Expo Center Norte. A feira deve lançar cerca de 1,8 mil produtos. As novida-

des estão concentradas nos brinquedos destinados às relações sociais, ou seja, aqueles que dependem da participação de duas ou mais pessoas para brincar. "Esse segmento deve ter alta de 105,9% em relação a 2005", disse Costa. Para manter o faturamento de 2006 igual ao do ano passado, R$ 950 milhões, a expectativa do segmento é produzir 130 milhões de brinquedos. "Nossa situação é delicada. Além da pirataria, há o subfaturamento nas importações", afirmou. Importados – Em 2004, as importações de 18,8 mil toneladas somaram US$ 63,5 milhões. Em 2005, saltaram para 20,4 mil toneladas e um valor de US$ 90,3 milhões, um crescimento de 8,5% em volume e 42,3% em valor. Já no primeiro trimestre deste ano, as importações atingiram US$ 23,3 milhões contra US$ 15,1 milhões em igual período do ano passado. "Mas a tendência é de queda. O brasileiro está cansado do barato que sai caro e já percebe que a qualidade de um brinquedo nacional é muitas vezes superior à de um fabrica-

do na China", disse Costa. As exportações, por seu lado, deverão crescer 9,8% neste ano em relação a 2005. Lançamentos – A Gulliver, que faturou R$ 40 milhões em 2005 (o dobro em relação a 2001), espera crescer pelo menos 15% neste ano. "Nossa maior aposta são os brinquedos tecnológicos e os licenciamentos de personagens do cinema. Crescemos ao firmar fortes parcerias", diz o gerente de vendas, Paulo Benzatti. Entre os destaques estão o jogo de futebol de botão da seleção brasileira, além dos tecnológicos I-Dog, que já é sucesso no mercado americano; o FurReal Friends, filhotes de gatos ou cães cibernéticos que interagem aos carinhos das crianças; e o Furby, o relançamento da criaturinha dos anos 90 que canta, dança, ri e fala uma língua própria. Personagens de filmes como Star Wars, Marvel Legens, Homem-Aranha e Piratas do Caribe também fazem parte da "linha de frente" da marca. A Estrela também aposta em tecnologia, que responde por

Synésio Batista da Costa, presidente da Abrinq: quem não apostar em tecnologia, desaparece

Gulliver apresenta o tradicional Forte Apache...

35% do faturamento da empresa. De acordo com o diretor de marketing, Aires José Leal Fernandes, 40% dos brinquedos são eletrônicos ou possuem componentes tecnológicos. "Também intensificamos nossa linha de licenciados." A maior aposta está no melhor jogador do mundo pela Fifa, Ronaldinho Gaúcho, que tem produtos como jogos de tabuleiro, eletrônicos e boneco.

... mas também o I-Dog, que se "alimenta" de música

A Grow espera expandir 10% seus negócios neste ano, também apostando na Copa do Mundo de Futebol. O destaque vai para o Mega Trunfo Seleção da Copa 2006, jogo de tabuleiro que utiliza cartas do clássico Super Trunfo. E nessa onda, nem os jogos educativos escapam. A De & Dé lança o "avental brasileirinho", kit de lápis de cor e massinha com as cores da bandeira

nacional, além do "boné da torcida", no qual as crianças pintam e aplicam acessórios como fitas e estrelinhas. "Tudo feito para estimular a mente, a lógica e a criatividade", disse a diretora da fábrica, Denise Levi. Na opinião de Denise, se o setor reagir aos investimentos dos fabricantes, este ano poderá ser um marco na história do segmento de brinquedos. Ana Laura Diniz


terça-feira, 25 de abril de 2006

Automação Convergência Lançamento Varejo Hi-tech

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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EQUIPAMENTOS DE VÁRIOS TAMANHOS E PARA TODOS OS BOLSOS

As TVs de plasma começaram a ficar mais "populares" a partir do ano passado

Fotos: Divulgação

As apostas da Samsung até a Copa Televisores de plasma, LCD e tubo: a empresa coreana lançou, na semana passada, seis modelos com novos tamanhos, além de DVDs e filmadoras para o mercado brasileiro Por Barbara Oliveira

Acima, TV de tubo Slim Fit de 29 polegadas; à dir., TV de cristal líquido de 40 polegadas preparada para alta definição

alta pouco mais de um mês para a Copa do Mundo e, até lá, os fabricantes correm para oferecer equipamentos que permitam ao consumidor ter melhores imagens em telas amplas e de boa definição. A Samsung aposta nos televisores neste período antes do Mundial, cujas vendas devem crescer 60% no semestre, e também na definição do padrão de TV Digital no Brasil. Entre os 11 equipamentos de áudio e vídeo lançados pela fabricante coreana na semana passada, seis são televisores de tubo, plasma e LCD e todos fabricados em Manaus. São equipamentos de vários tamanhos e para todos os bolsos. Além das tevês, a Samsung mostrou também seus novos DVDs e filmadoras digitais. Para quem não pode comprar uma TV muito cara (plasma ou LCD), uma boa opção é a linha SlimFit, um aparelho de tubo ( C RT ) m a s com design d if e re n ci ado, mais fino (sua parte traseira é 33% menor do que uma c o n v en c i onal) e tela plana. Em agosto do ano passado, a SlimFit foi lançada com 32 polegadas (preço de R$ 3.299) e agora, a Samsung amplia a família com

dois novos modelos de 29 e um de 21 polegadas. Mas um dos aparelhos de 29 polegadas, o CL-29Z30HSBM/ XAZ, tem um diferencial em relação aos demais, ele está preparado para receber sinais de TV Digital de alta definição (HDTV) quando as emissoras tiverem esse recurso na transmissão, e também exibe imagens de DVDs com tecnologia Progressive Scan (480p). O preço sugerido pela fabricante para esse aparelho com recursos digitais é de R$ 1.899. A outra, analógica de 29, está mais barata, sai por R$ 1.499. O aparelho de 21 sai por R$ 749. O u t r a s c ar a c te r í s t ic a s dessa família SlimFit são as caixas embutidas de 10 watts de potência e cinco modos préprogramados de áudio e imagem. Os fanáticos, que não querem perder nenhum ângulo dos melhores lances das partidas e nem abrem mão de um telão em casa, podem escolher um aparelho de plasma de vários tamanhos da Samsung. Mas, a TV de 50 polegadas é a grande novidade da Samsung. Além de estar preparada para HDTV, ela traz a nova interface HDMI (High Definition Multimedia Interface), cada vez mais comum nos aparelhos eletrônicos de captação e transmissão de imagens (câmeras, filmadoras, notebooks e

TVs). Essa interface é capaz de proporcionar imagens em alta definição de 1.080 linhas. Outra característica do modelo de 50 polegadas é a tecnologia DNIe (Digital Natural Image Engine) para melhorar os níveis de contraste e brilho, e segundo a fabricante, um recurso exclusivo dela. Isso também permite que a imagem fique nítida mesmo em ambientes claros. Preço sugerido: R$ 15 mil. Plasma – As tevês de plasma começaram a ficar mais "popu-

A filmadora SC-DC163 grava vídeos em DVD no formato dual layer

lares" a partir do ano passado, graças à queda de preços, passando a ser oferecidos abaixo de R$ 9 mil nas várias marcas do mercado. Os modelos da Samsung custam a partir de R$ 8.999 (para 42 polegadas), e sobem para R$ 49.999 para a maior tela, de 63 polegadas. Entre os aparelhos de cristal líquido, as novidades são os de 26 e 40 polegadas, o que com-

O DVD-HD860, que reproduz uma mídia de DVD convencional

prova que também a tecnologia LCD está ampliando suas telas e superando as antigas limitações em relação aos tamanhos, uma desvantagem que tinha se comparada às tevês de plasma. As telas de LCD têm preços que começam em R$ 3.999 (26 polegadas) e sobem para R$ 8.999 (40 polegadas). Ambas estão preparadas para tevê de alta definição, transformando uma imagem convencional de 480 linhas em 720 progressivas ou 1.080 entrelaçadas. As telas de LCD contam ainda com redutor de ruído digital. A fábrica da Samsung, em Manaus, tem capacidade para produzir 100 mil televisores de plasma e LCD ao ano e 700 mil unidades de tubo (CRT). A empresa lançou ainda novos DVDs. O HD860 é ideal para conectar os televisores HDTV porque traz a conexão digital de áudio e vídeo HDMI e também transforma uma imagem capturada em DVD convencional em alta resolução. Outro modelo é o ultra slim R130, com gravação em DVD-RW e DVD-R e capaz de reproduzir vários formatos. Das três novidades em filmadoras digitais da Samsung que chegam ao varejo, duas gravam DVD no formato dual layer –com maior capacidade de armazenamento de dados. São os modelos DC163 e DC565, cujos preços ainda não foram definidos.


Suplemento Especial - São Paulo, 25 de abril de 2006 John Gillmoure/CORBIS

Os contabilistas A evolução de uma classe

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perfil dos contabilistas passa por uma revolução em virtude das exigências do mercado; os jovens, por exemplo, procuram cada vez mais os cursos superiores de ciências contábeis. A profissão atrai também graduados de outras áreas, como advogados, administradores e economistas, o que só comprova a grande expansão da contabilidade no País. Empresas se especializam em nichos de mercado, outras formam redes nacionais para atender às grandes corporações

- e assim os contabilistas provam que são cada vez mais importantes para a sociedade. Hoje, 25 de abril, Dia do Contabilista, o Diário do Comércio oferece este suplemento especial. Para também lamentar: como é complicado exercer a profissão num País que altera 300 normas legais por dia! Haja jogo de cintura para enfrentar o cenário caótico. Mas eles enfrentam e vencem, com muita tecnologia e especialização.


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

Automação Convergência Varejo Hi-tech Lançamentos

terça-feira, 25 de abril de 2006

O Wal-Mart convocou os 300 maiores fornecedores que ainda não adotaram o RFID para reunião esta semana

AINDA É CEDO PARA AVALIAR OS GANHOS DE EFICIÊNCIA COM OS RFIDS

Fotos: Divulgação

O Wal-Mart iniciou o projeto-piloto de uso de RFIDs em Dallas, que se tornou um centro de referência mundial na pesquisa e desenvolvimento de etiquetas inteligentes

Maiores fornecedores do Wal-Mart devem adotar RFIDs até 2007

Rede está ampliando o uso de etiquetas inteligentes; as lojas equipadas com a tecnologia reduziram problemas de desabastecimento em 16% Por Sergio Kulpas

gigante norte-americana do varejo Wal-Mart está convocando uma nova leva de seus fornecedores para adotar etiquetas com microtransmissores de rádio (RFIDs) até o começo do próximo ano. Executivos do Wal-Mart devem promover esta semana um encontro em Dallas (Texas) com os 300 maiores fornecedores que ainda não adotaram essa tecnologia. Segundo o porta-voz do Wal-Mart, Marty Heires, o encontro servirá para explicar o projeto do Wal-Mart para a adoção em larga escala dos RFIDs, enfatizando os benefícios em toda a cadeia de distribuição. O Wal-Mart iniciou o projeto-piloto em 2004, em Dallas. A cidade texana está se tornando um centro de referência mundial na pesquisa e desenvolvimento de etiquetas inteligentes. A empresa de tecnologia Texas Instruments Inc., com sede na cidade, é uma das pioneiras nessa tecnologia, e várias novas empresas surgiram atraídas pela perspectiva de bons negócios.

Atualmente, cerca de 500 lojas entre as 3.700 existentes na rede Wal-Mart participam do programa. A empresa prevê que 1.000 lojas serão integradas, quando o último grupo de fornecedores começar a colocar RFIDs em embalagens e caixas de produtos. Quando o Wal-Mart lançou o programa, sua ação foi vista como arriscada pelo mercado. Mas no final do ano passado, um estudo da Universidade de Arkansas indicou que as lojas do Wal-Mart equipadas com a tecnologia conseguiram reduzir problemas de desabastecimento em 16%. É claro que ainda vai levar algum tempo para que essa economia seja sentida em toda a rede, mas os dados são animadores. Heires diz que o WalMart tem cerca de 60 mil fornecedores, mas o trabalho atual está focalizado nos maiores –que incluem gigantes como a Kimberly-Clark Corp. Mas alguns fornecedores vêem na adoção de RFIDs uma política de redução de estoques do Wal-Mart, o que reduziria as vendas desses fornece-

dores. Mas o porta-voz da empresa disse que a política de racionalização de estoques não tem relação com a adoção dos RFIDs. Segundo Heires, a adoção das etiquetas inteligentes ainda atinge uma pequena parte da rede, e ainda é cedo para avaliar os ganhos de eficiência relacionados com a adoção dos RFIDs. Mas isso pode mudar em breve. Segundo Heires, o processo de redução de estoques ainda não depende dos RFIDs, mas quando a tecnologia atingir uma massa crítica nas lojas da rede, ela certamente terá um importante papel nessa política da empresa. De olho nas oportunidades de negócios que podem surgir com esses 300 grandes fornecedores do Wal-Mart, a Zebra Technologies Corporation ( ht t p: / /w w w. z eb r a. c om / rfid_top_ten), publicou um "decálogo" para as empresas interessadas em adotar RFIDs. Decálogo 1. Começar cedo – É um processo demorado que envolve pesquisa, seleção de parceiros

e adaptação da organização. 2. Escolher bem as etiquetas – Se elas não funcionarem, voc ê p o d e p e rd e r p r a z o s d e adaptação. 3. Determinar onde e como usar os RFIDs – É melhor incorporar RFIDs em suas etiquetas atuais ou criar novos formatos? Qual é o melhor local para aplicar os RFIDs nas caixas e embalagens? 4. Escolher os parceiros certos – Escolher os melhores parceiros é essencial para o sucesso do RFID. Observe empresas que já têm experiência na área e que melhor se encaixem com seu perfil atual e métodos de negócios. 5. Começar pequeno e simples, para depois expandir – Um início modesto torna o projeto muito menos complicado e reduz os custos, evitando erros que poderiam prejudicar a operação em larga escala. 6. Testar, testar, testar – As etiquetas funcionam de modo diferente com materiais diferentes, em locais diferentes e em diferentes canais no espectro de UHF. Portanto, é essencial testar cada elemento do

processo para evitar problemas quando for ampliar a escala da implementação. 7. Planejar o sistema do zero, se possível – Se sua empresa estiver atualizando a infraestrutura de TI, incluir os RFIDs em seus planos pode ser uma boa idéia. 8. Usar bem os dados – É importante que os dados obtidos através dos RFIDs alimentem bancos de dados e aplicativos de negócios, que venham a materializar retornos de investimentos. 9. Ir além do mero retorno do investimento – Expandir a tecnologia internamente em uma organização requer processos de negócios e re-engenharia de softwares. Quando os dados dos RFIDs podem ser usados para melhorar os processos de negócios, as empresas pode ter ganhos significativos. 10. Reconhecer que a tecnologia ainda é muito nova, e permanecer atento a mudanças – É prudente supor que a arquitetura dos RFIDs pode passar por mudanças muito significativas nos próximos 18 meses. sergiokulpas@gmail.com

Divulgação

Siemens inaugura centro de software para televisão digital em Manaus discussão sobre o padrão de modulação da TV digital a ser adotada no Brasil parece infindável e cada vez mais acirrada entre poder público, fabricantes, operadoras de telefonia, empresas de radiofusão e comunidades acadêmica e científica. Enquanto aguarda uma decisão, a Siemens anunciou a instalação de um centro de desenvolvimento em Manaus para produção de softwares de conversores (set-top boxes) para TV digital, IPTV (a TV pela rede IP) e para aparelhos híbridos. É claro que o software atende aos padrões do sistema europeu DVB (Digital Vídeo Broadcasting), um dos três em estudo pelo governo brasileiro. O investimento previsto na unidade de Manaus é de R$ 11 milhões. A Siemens é fabricante de tecnologia para o sistema digital em vários países da Europa e Ásia, e portanto, torce para que o governo brasileiro se decida pelo DVB. O centro de P&D da Siemens Home Communication –subsidiária do grupo alemão dedicada à produção de modems, telefones fixos e equipamentos de comunicação para o consumidor final– será o quarto no mundo com essa especialização, depois da Alemanha, Bélgica e Polônia. O diretor de Marketing da Siemens Home, Elcio de Moura, diz que a empresa está mostrando ao governo brasileiro que está realmente disposta a investir na TV digital no país, caso a escolha recaia no padrão europeu DVB. "Mas se isso não acontecer, o centro de desenvolvimento servirá de plataforma para exportação a países onde essa tecnologia já existe, como toda a Europa, Taiwan e Austrália." A escolha do Brasil para sediar o pólo, com a previsão de empregar 70 profissionais até setembro deste ano (12 deles já começaram a trabalhar), faz parte da estratégia da Siemens em agregar a alta tecnologia desenvolvida

Este é o quarto pólo de desenvolvimento da empresa para conversores de TV no padrão DVB; os demais estão na Alemanha, Bélgica e Polônia

O alô no Skype agora é pelo telefone sem fio A Edge-Core está lançando no Brasil um aparelho que funciona em rede WiFi e com o software de VoIP embarcado

Divulgação

Elcio de Moura é diretor de Marketing da Siemens Home

na Alemanha, onde é feito o hardware (o conversor) com os outros pólos de desenvolvimento do software onde existe mão-deobra especializada e a custos mais reduzidos, como é o caso da Polônia e Brasil." "Achamos que Manaus concentra recursos humanos de alta especialização vindos de universidades e de centros de pesquisas locais." Os profissionais a serem empregados no pólo da Siemens Home serão recrutados da Fundação Desembargador Paulo Feitoza, Instituto Genius e Quality Software, centros de pesquisas ligados às universidades locais e incubados pelo setor privado com incentivos da Lei de Informática. O que será produzido lá serão softwares ou middleware capazes de converter os sinais analógicos em digitais para o padrão europeu DVB, para IPTV, ou ainda para os dois juntos numa mesma caixinha. Os sinais DVB são transmitidos por cabo ou satélite para TV aberta, e a IPTV é enviada por banda larga para as TVs por assinatura. Moura não considera que a montagem, no Brasil, de um centro tecnológico visando ao padrão europeu de TV digital signifique algum tipo de pressão ao governo brasileiro e sim "uma ação positiva e uma prova de confiança no país". Barbara Oliveira

mobilidade é uma grande aliada da comunicação. Por isso, também os aparelhos VoIP ficaram mais sofisticados e ganharam novas versões para libertar o usuário de ficar na frente do computador, microfone e caixas de som, e até dos fios, para falar com seus interlocutores. Mais, os novíssimos telefones funcionam em redes Wi-Fi, ou seja, podem ser usados em qualquer ambiente coberto pela tecnologia –aeroportos, cafés, hotéis– e embutem o programa mais popular de VoIP, o Skype. O primeiro aparelho wireless desse tipo está chegando ao Brasil pelas mãos da Edge-Core, empresa do grupo Accton, de Taiwan, um dos maiores fornecedores de equipamentos de redes do mundo (seus clientes OEM são a 3COM, Nortel, Avaya, Cisco, etc.). O Skype Wi-Fi Phone tem o design de um celular e permite ao usuário a mobilidade para fazer ligações para seus contatos do Skype sem complicação. "Basta a pessoa entrar num ambiente wireless com acesso permitido, sem a necessidade de um computador com o software instalado", explica o diretorgeral da Edge-Core para a América Latina, Luís Quintino. O equipamento pode ter uma boa demanda no Brasil, acredita Quintino, não só por causa do grande crescimento da telefonia IP, mas também em função da popularidade do Skype entre os brasileiros. O país só perde para Estados Unidos, Alemanha, França e Polônia no uso do software. O telefone da Edge-Core possui pra-

O aparelho traz Skype embutido e funciona em redes wireless e vai custar cerca de R$ 1.300

ticamente todas as funções do Skype instalado no desktop, como caixa postal, agenda telefônica e conferência por voz, e pode ser usado por longo período: no modo conversação ele funciona por até quatro horas, ou 80 horas em stand-by. Quando não está em uso em casa ou no escritório deve ser colocado numa base para carregar, como um telefone sem fio convencional. Quintino observa que além da vantagem da mobilidade e economia nas ligações, o fato de ele funcionar em redes Wi-Fi (802.11 b/g WLAN) melhora a qualidade de voz em relação àquela que estamos acostumados quando usamos o microfone no computador. A Edge-Core, que tem escritório no Brasil desde outubro do ano passado e acaba de abrir um outro no México, pretende trazer o primeiro lote de aparelhos até maio pela distribuidora Network1. O preço final para o usuário doméstico ou corporativo está estimado em US$ 600 (R$ 1.300). A Skype já tinha anunciado durante a Consumer Electronic Show (CES), de Las Vegas, parceria com outras duas empresas para embarcar seu programa em aparelhos telefônicos sem fio usando Wi-Fi. Uma delas foi com a Philips e a outra com a NetGear, especializada em redes. (BO)


terça-feira, 25 de abril de 2006

Nacional Finanças Empresas Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

5 As três maiores redes supermercadistas do País detêm 30% das vendas do setor.

PEQUENOS DETÊM 85% DAS VENDAS DO SETOR EM SP

MUDANÇA DE HÁBITOS DE CONSUMO LEVA DONOS DE SUPERMERCADOS A INVESTIR EM LOJAS DE MENOR PORTE

A VEZ DOS PEQUENOS SUPERMERCADOS

O

Para os consumidores, atendimento diferenciado e rapidez são as vantagens das lojas de menor porte

Lojas do CompreBem aderiram ao conceito de loja de vizinhança

Preço baixo atrai o consumidor

Compras são semanais

A

pesar de todo esforço para conquistar consumidores e ser o "número um" do setor, os supermercados estão perdendo terreno para outros pontos-devenda. Essa foi a tendência revelada em estudo realizado pelo LatinPanel – considerado o maior instituto de pesquisa de consumo domiciliar da América Latina – em todo o Brasil. De acordo com a pesquisa, 61% dos consumidores em 2001 concentravam as compras em três locais ou mais. No ano passado, o índice subiu para 77%. Os supermercados foram os que mais perderam participação – os clientes começaram a comprar em drogarias, perfumarias e açougues.

O LatinPanel mostra que, em 1999, os supermercados concentravam 73% das compras. Em 2005, o setor detinha 65% do total. Os outros pontos de vendas cresceram de 27% para 35% no período. "Os consumidores tinham o hábito de fazer a compra do mês. Hoje, preferem ir várias vezes aos pontos-de-venda, pulverizando os gastos", diz a gerente de atendimento do LatinPanel, Maria Andréa Murat. Segundo ela, as classes D e E, de menor poder aquisitivo, preferem comprar nas lojas vizinhas porque não possuem carro para ir a um hipermercado ou não possuem um montante de dinheiro que possibilite uma compra grande mensal.

Credores da Varig se reúnem no Senado

O

s credores da Varig e representantes do governo e dos empregados se reúnem hoje, em sessão conjunta de quatro comissões no Senado, para discutir a situação financeira da companhia e avaliar as reais condições da empresa para se manter no mercado. Será a primeira vez que estarão frente a frente, em um debate público, representantes dos principais credores estatais da empresa – Infraero e BR Distribuidora –, a quem a direção da companhia pede uma moratória de três a sete meses no pagamento de suas dívidas, e os responsáveis pela gestão do plano de recuperação da Varig. Os funcionários, reunidos na entidade Trabalhadores do Grupo Varig (TGV), também participam dos debates. A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, embora convidada, não deve ir à reunião. O senador Heráclito Fortes (PFL-PI) informou que a ministra deverá comparecer ao Senado em outra oportunidade para falar sobre as negociações com o governo para se identificar uma saída para a

companhia. Dilma está acompanhando todas as reuniões para discussão de medidas que devem ser adotadas para garantir o atendimento aos consumidores em caso de paralisação da empresa. O encontro, no entanto, deverá ter a presença do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Demian Fiocca, dirigentes da Infraero, da BR Distribuidora e do sindicato dos aeroviários e representantes do TGV. "Acho que será uma boa oportunidade para chamar a atenção do mundo político para o problema", comentou o presidente da Associação dos Pilotos da Varig, Rodrigo Marocco, antes da confirmação da ausência de Dilma no debate. O presidente da BR Distribuidora, Rodolfo Landim, pediu ontem demissão do cargo. Landim era considerado um dos principais quadros técnicos da empresa. A decisão pode ser benéfica para a Varig, que negocia com a BR Distribuidora um período de carência para o pagamento dos combustíveis. (AE)

Mas Maria Andréa conta que os consumidores das classes A e B também estão "aderindo" a essa tendência. "Os motivos são outros: as pessoas que têm mais recursos financeiros querem praticidade. Quando pensam que terão de enfrentar fila no hipermercado ou sofrer no trânsito, vão até o comércio vizinho. Lá, encontram serviço diferenciado, já que todos se conhecem, além de rapidez." (NM)

s pequenos e médios supermercados travam uma guerra silenciosa e ganham importância em razão da mudança de hábito dos consumidores. Eles "descobriram" esse tipo de comércio porque passaram a buscar preço razoável e qualidade perto de casa. Prova disso é o "ajuste de estratégia" promovido pelo Carrefour. Depois de ter feito várias pesquisas, a empresa criou o Carrefour Bairro em todo o País, que vai substituir a marca popular Champion do grupo, destinada à população de menor poder aquisitivo. Segundo a rede, já foram realizadas mudanças em 12 unidades. A comunicação visual foi modernizada, as lojas ganharam novos serviços, o mix foi ampliado – os perecíveis mereceram atenção especial, para garantir a qualidade e a procedência dos produtos. O processo vai durar alguns meses – 34 unidades da rede Champion vão ser transformadas em Carrefour Bairro e 26 serão fechadas porque não se enquadram na nova proposta ou não atendem às premissas do modelo econômico estabelecido para o conceito. As modificações vão ocorrer em São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais e Distrito Federal. Estratégia – Cada uma das três maiores redes de supermercados – Pão de Açúcar, Carrefour, Wal-Mart – possui um representante com outro nome, que chega aos lugares mais distantes, oferecendo preço razoável para o público das classes C, D e E. Os "gigantes" sabem que as unidades que estão nos bairros servem consumidores que não têm carro para ir a um hipermercado, ou precisam fazer uma comprinha de última hora. Além disso, é muito caro abrir uma grande loja e difícil achar um terreno com as características necessárias para abrigar um hipermercado.

Área de perecíveis tem destaque

O presidente da Associação Paulista dos Supermercados (Apas), Sussumu Honda, afirma que os três maiores hipermercados possuem 30% do consumo brasileiro do setor. Mas, no mercado paulista, os pequenos e médios estão na dianteira e detêm 85% das vendas. "De 1994 para cá, os hábitos dos consumidores foram mudando. Como a inflação foi estabilizada, as pessoas não precisam mais levar tudo de uma vez. Hoje, existe uma compra mensal maior e outras visitas semanais para abastecer a dispensa com frutas e legumes", diz Honda. Segundo ele, o consumidor quer evitar o trânsito caótico e, atualmente, tem menos tempo para as compras. "O cliente quer preço bom, qualidade e praticidade. As lojas da vizinhança podem oferecer tudo isso. E estão investindo em melhoria de serviços e layout." O Wal-Mart investirá R$ 600 milhões na abertura de 15 novas lojas neste ano, sem especificar o tamanho dos pontos. Mas está implícita a atenção dispensada às pequenas e médias: a rede vai abrir duas unidades do Sam's Club, de formato atacadista, no Nordeste, além retomar o crescimento das lojas da bandeira Bompreço. O vice-presidente de Assuntos Corporativos do WalMart, Wilson Mello Neto, diz

que " em Maceió serão abertos um hipermercado e um supermercado Bompreço". Os números do Grupo Pão de Açúcar comprovam a rentabilidade dos menores. Em 1998, o Barateiro apresentava faturamento de R$ 611,5 milhões. Com o nome CompreBem, o número subiu para R$ 2,1 bilhões em 2004. O coordenador de cursos e pesquisas do Programa de Varejo da Universidade de São Paulo (Provar-USP), Luiz Paulo Lopes Fávero, explica que o crescimento das lojas da vizinhança é tão significativo que é possível que, no médio prazo, aconteça um novo movimento de fusões e aquisições no setor. "O mercado sabe do potencial dos pequenos e médios. As empresas querem e precisam se diversificar." Novos formatos – Segundo Fávero, há uma tendência que está se iniciando no Brasil: o formato hard discount (lojas de descontos). O coordenador do Provar usa como exemplo dessa tendência a rede alemã Aldi – forte na Europa –, que oferece produtos de qualidade e de preço baixo. "A Aldi conquistou o público de terceira idade. Do total de produtos, 90% são marca própria e 70% são oferecidos com desconto. A empresa achou um nicho de mercado para explorar. São pessoas que não são sensíveis à marca, e sim à qualidade." Neide Martingo

Factoring

DC

Fotos: Patrícia Cruz/LUZ

O que é Factoring? É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa. Entre em contato conosco Empresa filiada PABX (11) 6748-5627 (Itaquera) à ANFAC 6749-5533 (Artur Alvim) E-mail: falecom@finanfactor.com - www.finanfactor.com


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.ESPECIAL

terça-feira, 25 de abril de 2006

Uma revolução prepara o contabilista no mercado em alta Luludi/LUZ

Marcelo Min/AFG

Uma das maiores legiões de profissionais liberais na América Latina, eles tiveram sua formação e atuação aprimoradas nos últimos tempos. O fato é que nunca foram tão importantes para a sociedade Diva Borges

N

as duas últimas décadas muitas profissões tradicionais sofreram impactos decorrentes da chegada de novas tecnologias, das oscilações do cenário econômico ou das mudanças políticas e sociais. Algumas foram extintas ou quase extintas, como a de alfaiate, teletipista; outras passaram por transformações profundas, como a medicina e seu alto número de especializações; e algumas submetidas a uma verdadeira revolução. O caso mais emblemático de mudança tem sido o contabilista. Considerados uma das maiores legiões de profissionais liberais na América Latina, eles tiveram sua formação e atuação substancialmente alteradas por todos os fatores: tecnológicos, econômicos, políticos e sociais. A tecnologia, com a informatização de processos, eliminou o trabalho braçal, como o registro manuscrito de livros contábeis ou a apuração de impostos com uso de calculadora. Até aqueles trabalhos lentos e altamente burocráticos, que demandavam filas intermináveis em repartições públicas, agora estão acelerados, via web. A economia globalizada, por sua vez, trouxe aos contadores a exigência de uma linguagem contábil unificada, que permite a um empresário asiático, por exemplo, "ler" os resultados numéricos das empresas da América ou da Europa e fazer transações comerciais mais seguro de seus negócios. Na política, a transformação ocorreu e vem ocorrendo principalmente junto aos órgãos governamentais de arrecadação de tributos e fiscalização. Cada

Sebastião Santos e Artur Bueno: o mercado está exigente, daí a busca pelo curso superior

vez mais ávidos por tributar e exigir informações de empresas e cidadãos, os governantes ampliaram sobremaneira o trabalho do contador, interface primordial nessa relação. Um meio de campo árduo e de grande responsabilidade. Restou ao contabilista cumprir o papel social de ouvir os lamentos de um contribuinte exaurido e sem esperanças, que repassa quase 40% do que ganha para as mãos de quem governa e ainda trabalha para o governo, entregando um número cada vez maior e freqüente de relatórios em favor do conforto e agilidade da demanda fiscal. Mas o saldo principal dessa revolução - opinião unânime dos representantes da categoria - é o de que não perderam seu espaço no mercado e, ao contrário, nunca foram tão necessários e importantes para a sociedade. São milhões de empresas, a maior parte micro e de pequeno porte, com alto índice de mortalida-

de, por falta de orientações contábeis e de gestão, analisa o presidente do Conselho Regional de Contabilidade de S.Paulo - CRC/SP, Luiz Antonio Balaminut. A importância do contador estende-se à própria estabilidade econômica do Brasil, onde a sangria financeira e a má gestão pública estão diretamente atreladas à falta do exercício pleno da contabilidade, atividade nem sempre pautada pela transparência e vontade política de seus governantes. "Nós, profissionais, temos todas as ferramentas necessárias para o controle das contas públicas. Mas falta vontade política daqueles que governam", avalia Maria Clara Bugarim, presidente do Conselho Federal de Contabilidade - CFC. "Felizes os cidadãos de lugares cujos prefeitos e governadores já compreenderam a importância de um plano gestor", completa Balaminut ao lembrar as exceções que começam a surgir no País e tendem a elevar o profis-

sional da contabilidade pública a um patamar mais digno e de excelência no desempenho de suas funções. Entre elas, a de planejar e orientar os gastos, investimentos e gestão dos bens públicos. Campo fértil A despeito dos percalços públicos, os contadores estão com a auto-estima elevada. "É uma profissão que, a exemplo do que ocorre nos Estados Unidos, está em franca expansão", analisa Maria Clara Bugarim, presidente do CFC, órgão que regulamenta, fiscaliza e fomenta a educação continuada da atividade e tem em seus registros cerca de 390 mil profissionais. Um dos indicadores desse crescimento é o número de faculdades de ciências contábeis no Brasil. São 902 instituições de ensino superior que preparam contadores aptos a exercer várias atividades, entre elas a de auditor, perito, controller, professor e contador público. Do universo de contabilistas registrados pelo CFC, cerca de 50% ainda são técnicos, aqueles que tiveram conhecimentos contábeis no ensino médio profissionalizante e ganharam prerrogativas que hoje estão

sendo restringidas aos graduados em ciências contábeis, tais como fazer auditoria, perícia e assinar balanços. Esses cursos técnicos, na opinião do presidente do CRC/SP, Luiz Antonio Balaminut, tendem a mudar de nomenclatura, pois não compreendem mais o perfil contábil exigido pelo mercado: "O ensino técnico está mais para um auxiliar administrativo”.

Sebastião Luiz Gonçalves dos Santos, presidente do Sindicont-SP, Sindicato dos Contabilistas de São Paulo, que congrega profissionais da Capital e Grande São Paulo e corresponde a 65% da categoria no Estado, há cerca de dez anos a proporção de técnicos era bem maior: "Eles eram em torno de 70%". Hoje, com as exigências do mercado por um profissional com background mais consistente e eclético e, ainda, por perdas de algumas funções na condição de técnico, a busca pelo curso superior em Ciências Contábeis tem sido maior. Perfil mais jovem Artur Bueno, mestre em Ciências Contábeis pela FEA/USP e professor de graduação e pós-graduação em várias universidades em São Paulo, diz que a outra tendência no campo da formação do setor é o perfil mais jovem nos bancos da faculdade. Há mais ou menos vinte anos os estudantes tinham idade média bem superior a de hoje: "Mas, ainda que a contabilidade tenha alunos mais jovens, continua a atrair pessoas que já têm uma profissão, como advogados, administradores, economistas e até mesmo profissionais de marketing - todos buscam, tanto na graduação quanto na especialização de contabilidade, uma

forma de complementar sua visão de negócio". Ampara este fenômeno um cargo muito disputado pelos profissionais nas grandes corporações multinacionais. O de c o n t ro l l e r, u m perfil com formação essencialmente contábil, mas com conhecimentos em economia, adminis tração, marketing e gestão comercial. Este profissional, segundo o professor Artur Bueno, tem atuado de modo estratégico no planejamento e no controle do cumprimento de metas: "Ele aponta o dedo para os erros da organização e propõe mudanças, soluções". O c o n t ro l l e r, segundo ele, ainda está sempre alerta às questões da carga tributária ao buscar, de modo permanente, a economia lícita, permissível por lei e que às vezes faz a diferença frente aos players do mercado. Além disso, o controller detém conhecimentos das normas internacionais de contabilidade e pode sustentar e amparar as negociações da empresa em vários países: "Não é por acaso que muitos controllers acabam se tornando CEO's (Chief and Executive Office, sigla usada internacionalmente para designar o cargo de presidência de g r a n d e s c o r p o r ações)", comenta bem-humorado Artur para mostrar a importância do conhecimento do contador numa organização quando este exerce sua atividade de modo pleno e bem preparado. Contador público em alta O contador público, meio esquecido pela sociedade, voltou à cena com vigor nos últimos sete anos, depois da edição das leis federais Camata e de Responsabilidade Fiscal. A nova legislação impôs condutas mais rigorosas no trato do dinheiro público, com exigências de demonstrações contábeis mais claras. Elas estabeleceram limites e criaram mecanismos de controle dos gastos, impondo penalidades aos eleitos para o cargo executivo. Para o professor Artur Bueno, elas vieram valorizar o trabalho do contador público e pressionar os governantes a serem coresponsáveis pelos gastos públicos indevidos durante a gestão: "Houve pressão da própria sociedade para se chegar a isso e também os próprios partidos políticos passaram, por força de lei, a exibir seus balanços, a prestar contas à população", explica o professor, lembrando que muitas das CPIs (Comissões Parlamentares de Inquérito) hoje instauradas para apurar as denúncias de desvios de dinheiro público envolvendo o PT e outros partidos estão sendo pautadas pelos balanços contábeis que passaram a ser exigidos desde então. O presidente do CRC/SP, Balaminut, também destaca a função social do contador público: "É o dever de equiparar o Brasil a uma empresa, que precisa ser bem administrada, com gastos bem controlados".


terça-feira, 25 de abril de 2006

DIÁRIO DO COMÉRCIO

INFORMÁTICA - 7


DIÁRIO DO COMÉRCIO

6 -.ECONOMIA/LEGAIS

terça-feira, 25 de abril de 2006

EDITAL

BALANÇOS MICRONAL S/A CNPJ nº 56.995.707/0001-30 RELATÓRIO DA DIRETORIA Senhores Acionistas: Em obediência às disposições estatutárias submetemos à apreciação de V.Sas. as Demonstrações Financeiras relativas ao exercício encerrado em 31 de Dezembro de 2005 e 2004. Colocamo-nos à disposição para quaisquer esclarecimentos e informações que se façam necessárias.São Paulo, 17 de abril de 2006.

BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 – Em milhares de Reais Ativo Circulante Caixa e Bancos Contas a Receber Clientes Estoques Impostos a Recuperar Adiantamentos Diversos Depósitos e Cauções Realizável a Longo Prazo Val. Mob. e Dep.Compulsório Permanente Investimentos em Coligadas Imobilizado Terrenos e Edifícios Equip.Máquinas e Inst.Indl. Móveis, Utens. e Instalações (-) Depreciações Acumuladas Soma Imobilizado Total do Ativo

Saldo em 31/12/2003 Ajuste Exercício Anterior Lucro do Exercício Reserva Legal Dividendos Saldo em 31/12/2004 Ajuste Exercício Anterior Lucro do Exercício Reserva Legal Dividendos Saldo em 31/12/2005

31/12/2005 9.631 16 2.093 5.650 536 815 521

31/12/2004 10.635 36 2.473 5.811 1.294 505 516

12 3.152 62

12 3.349 62

2.206 1.692 4.239 (5.047) 3.090 12.795

2.206 1.692 4.161 (4.772) 3.287 13.996

31/12/2005 3.345 531 310 433 142 1.880 49

31/12/2004 2.234 508 232 542 3 677 272

Exigível a Longo Prazo Impostos e Contribuições/REFIS

3.832 5.618

5.960 5.802

Patrimônio Líquido Capital Reservas de Lucro Reservas de Reavaliação Lucros Acumulados

4.000 426 1.188 (1.782)

4.000 426 1.188 346

Total do Passivo

12.795

13.996

Passivo Circulante Fornecedores Obrigações Trabalhistas Impostos e Contribuições Antecipações de Clientes Empréstimos Bancários Outras Contas

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO – Em milhares de Reais Capital Reserva Reserva Lucro Social de Lucro de Reavalizção Acumulado 4.000 416 1.188 1.723 – – – (307) – – – 106 – 5 – (5) – – – (1.171) 4.000 421 1.188 346 – – – – – – – (1.782) – – – – – – – (346) 4.000 421 1.188 (1.782)

Total 7.332 (307) 106 – (1.171) 5.960 – (1.782) – (346) 3.832

APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS As demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo com as praticas contábeis adotadas no Brasil, sendo as seguintes as principais: a) os estoques estão avaliados pelo custo médio, que não superam o valor de mercado; b) o Ativo Permanente e o Patrimônio Líquido estão registrados pelo custo, monetariamente corrigidos até 31 de dezembro de 1995; c) a Depreciação do Ativo Imobilizado é calculada pelo método linear, às

A Diretoria

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO– Em milhares de Reais

taxas permitidas pela legislação em vigor; d) as Receitas e Despesas do Exercício são registradas segundo o regime de competência; e) a empresa optou pela inclusão de débitos fiscais no Programa de Recuperação Fiscal – REFIS, nos termos do Decreto nº 3342/2000 e teve sua consolidação em 01 de março de 2001, cujos valores estão registrados no Passivo Exigível a Longo Prazo.

31/12/2005 15.457 2.715 12.742 5.800 6.942 8.285 452 (1.795) 13 – (1.782) – (1.782)

Receita Bruta Operacional (-) Impostos s/Vendas Receita Líquida Operacional (-) Custos Vendas e Serviços Lucro Bruto (-) Desp. Admin.e de Vendas (-) Desp. Financeiras Líquidas Lucro Operacional (+) Receitas não Operacionais (-) Desp. não Operacionais Lucro Antes do I. Renda I.Renda e CSL Lucro do Período

31/12/2004 15.682 2.619 13.063 6.128 6.935 6.787 82 66 111 – 177 71 106

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS Em milhares de Reais Origens dos Recursos 31/12/2005 31/12/2004 Lucro do Exercício (1.782) 106 Depreciações 317 349 Baixas do Ativo Permanente 51 234 Lucro do Exercício ajustado (1.414) 689 Aplicações de Recursos Imobilizado Diminuição do Exigível a Longo Prazo Ajuste Exercício anterior Dividendos Variação do Capital Circ.Líquido

171 184 – 346 701 (2.115)

490 168 307 1.171 2.136 (1.447)

Demonstração da Variação do Capital Circulante Ativo Circulante Passivo Circulante Variação do Capital Circ. Líquido

(1.004) 1.111 (2.115)

(2.048) (601) (1.447)

WALTER RUPRECHT Diretor Presidente CPF 011.588.138-72

CONVOCAÇÕES

EDISON MIKULSKAS TC-CRC 1SP198330/O-1 CPF 048.795.178-60

Pantanal Linhas Aéreas S.A. CNPJ nº 33.727.132/0001-79 Relatório da Administração Srs. Acionistas: Em cumprimento às disposições gerais e Estatutárias, apresentamos à V.Sas., o Balanço Patrimonial e demais demonstrações financeiras relativas ao exercício findo em 31/12/2005. Ativo Circulante Caixa e Bancos Clientes Estoques Agentes e Outros Adiantamentos Diversos Despesas Antecipadas Realizável a Longo Prazo Créditos, Cauções e Depósito p/ Garantia Títulos e Valores Mobiliários Permanente Investimentos Imobilizado Diferido Patrimônio Líquido Capital Social Reserva de Reavaliação Resultados Acumulados Total do Ativo

Balanços Patrimoniais em 31 de dezembro (Em R$ Mil) Passivo 2005 2004 Circulante 8.375 7.803 Fornecedores 180 183 Empréstimos e Financiamentos 2.806 2.434 Contas a Pagar 3.269 3.029 Salários a Pagar 1.437 1.346 Impostos e Contribuições a Recolher 24 52 Provisões para Férias e Manutenção 659 759 Parcelamento - PAES 27.983 27.680 Arrendamento de Aeronaves - Leasing 8.559 8.256 Provisão para Contingências 19.424 19.424 Exigível a Longo Prazo Empréstimos e Financiamentos 53.797 55.887 Parcelamento - PAES 11 11 Prov.p/Imposto de Renda e Contribuição Social 39.332 42.239 Receitas de Exercícios Futuros 14.454 13.637 Transportes a Executar (1.697) – Patrimônio Líquido 22.649 – Capital Social 10.648 – Reserva de Reavaliação (34.994) – Resultados Acumulados Total do Passivo 91.852 91.370

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (Em R$ Mil) Capital Reserva de Social Reavaliação Saldos em 31 de dezembro de 2003 22.649 14.831 Realização de Reserva de Reavaliação – (3.169) Realização de Imposto de Renda Diferido – – Realização Provisão p/ Imposto de Renda s/ Reavaliação – 1.077 Resultado do Exercício – – Saldos em 31 de dezembro de 2004 22.649 12.739 Realização de Reserva de Reavaliação – (3.169) Realização de Imposto Renda Diferido – – Realização Provisão p/ Imposto de Renda s/ Reavaliação – 1.078 Resultado do Exercício – – Saldos em 31 de dezembro de 2005 22.649 10.648

2005 38.827 7.635 4.219 2.249 753 17.084 1.849 3.120 1.396 522 52.494 3.531 43.133 5.830 531 531 – – – – 91.852

Resultados Acumulados (32.767) 3.169 (1.077) – 291 (30.384) 3.169 (1.078) – (6.701) (34.994)

2004 37.695 8.449 3.760 3.198 598 11.883 4.038 3.120 2.109 540 46.706 4.625 35.174 6.907 1.965 1.965 5.004 22.649 12.739 (30.384) 91.370

Total 4.713 – (1.077) 1.077 291 5.004 – (1.078) 1.078 (6.701) (1.697)

Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em R$ Mil) 01. Contexto Operacional - A atividade principal da Empresa compreende a exploração de serviços de transporte aéreo regular de passageiros e/ ou cargas, no território nacional, em âmbito regional, conforme concessão outorgada em 19/03/93, através da Portaria n° 209/GM 5 do Ministério da Aeronáutica. 02. Apresentação das Demonstrações Contábeis - As demonstrações contábeis foram preparadas de acordo com os princípios de contabilidade previstos na legislação societária e disposições complementares do Departamento de Aviação Civil – D.A.C. 03. Principais Práticas Contábeis - a) Os direitos realizáveis e as obrigações exigíveis após 12 (doze) meses da data do balanço estão classificados no longo prazo; b) As despesas são contabilizadas pelo regime de competência e as receitas de vendas são reconhecidas por ocasião da efetiva prestação dos serviços, e os valores referentes aqueles cujos serviços ainda não foram prestados permanecem na conta “ Transportes a Executar ” Receita de Exercícios Futuros; c) Os estoques estão avaliados pelo valor da última aquisição, sendo inferiores ao valor de reposição; d) O imobilizado é demonstrado ao custo de aquisição, acrescido de correção monetária até 31/12/1995. As depreciações são calculadas pelo método linear, a taxas que levam em consideração a vida útil econômica dos bens, e em consonância com as normas do Departamento de Aviação Civil D.A.C sobre a matéria; e) O ativo diferido está demonstrado pela variação cambial, de parcelas dos financiamentos de leasing de aeronaves e despesas de reforma de motores, conforme nota 9; f) Os empréstimos e financiamentos são atualizados até a data do balanço com base nos encargos contratados; g) Os impostos e contribuições a recolher são atualizados até a data do balanço e incluem encargos moratórios, de acordo com a legislação aplicável; h) A provisão para férias é constituída com base nos direitos adquiridos pelos empregados até a data do balanço, e inclui os correspondentes encargos sociais; i) A provisão para manutenção de aeronaves é calculada de acordo com o nível de utilização dos Equipamentos de Vôo (horas voadas), em conformidade com especificações do fabricante, para atender a grandes revisões; j) A Companhia mantém a prática de diferir, pelo tempo de duração remanescente dos contratos de leasing, os gastos efetuados com recuperação dos motores das aeronaves; l) A provisão para devedores duvidosos, no valor de R$ 794 Mil, está constituída em montante considerado suficiente para cobrir eventuais perdas. 04. Clientes - Composição: Contas 2005 2004 Cartões de Crédito 1.696 1.590 Correntistas – Cargas e Passagens 1.487 1.594 Outras 417 547 (-) Provisão para Devedores Duvidosos (794) (1.297) Total 2.806 2.434 05. Estoques - Composição: Contas 2005 2004 Material Técnico de Aeronaves 1.282 1.469 Importações em Andamento 689 572 Adiantamento a Fornecedores 1.298 988 Total 3.269 3.029 06. Créditos Fiscais, Cauções e Depósitos p/ Garantia - Composição: Contas 2005 2004 Crédito Tributário 5.449 6.527 Depósitos para Garantia 351 509 Outros Créditos 2.759 1.220 Total 8.559 8.256 O crédito tributário foi constituído sobre prejuízos fiscais de imposto de renda e bases negativas de contribuição social, nos termos do pronunciamento emitido pelo IBRACON e aprovado pela deliberação CVM nº 273 de 20/08/98. Para fins de reconhecimento desse ativo diferido, foi levado em consideração o imposto de renda e contribuição social, a pagar demonstrado no Exigível a Longo Prazo, oriundos de reavaliação de ativo imobilizado .Nesse exercício, face a realização da reserva de reavaliação, também foi realizado crédito tributário no valor de R$ 1.078 Mil conforme demonstrado no anexo III. 07. Títulos e Valores Mobiliários - Valor referente a 60 (sessenta) “Apólices da Dívida Pública” emitidas em 1902, cujas atualizações monetárias, segundo cálculos da Fundação Getulio Vargas em 1998, montam em R$ Mil 19.424. 08. Imobilizado - Composição: Taxa de Contas Depreciação 2005 2004 Equipamentos de Vôo 10% 51.603 50.879 Edificações 4% 1.680 1.680 Máquinas e Equipamentos 10% 1.052 1.048 Móveis e Utensílios 10% 616 530 Veículos 20% 51 51 Benfeitorias em Imóveis de Terceiros 10% 1.683 1.798 Bens Intangíveis – 122 122 Equipamentos e Sist. de Informática 20% 591 560 (–) Depreciações Acumuladas – (18.066) (14.429) Total 39.332 42.239

9. Diferido - Nessa conta estão contabilizadas as variações cambiais de parcelas referentes a Leasing de aeronaves e demais valores referente à reforma de motores e implantação de equipamentos, conforme abaixo: Contas 2005 2004 Diferimentos Variação Cambial s/ Leasing a Amortizar 11.060 11.060 Outros Contas a Diferir Implantação Equipamentos Vôo 971 971 Revisão de Motores 4.841 4.841 Outros Serviços em Andamento 5.046 – Outras amortizações 971 971 (–) Amortizações Acumuladas (8.435) (4.206) Saldo Total 14.454 13.637 A variação cambial sobre operações de leasing de aeronaves foi diferida pelo período de 4 (quatro) anos, com saldo remanescente do exercício de 2002 a ser amortizado em 2006.Os gastos com revisão de motores foram diferidos de acordo com o tempo de vida útil adquirida conforme laudos técnicos. No exercício de 2005 foi alocado no diferido o valor de R$ 5.046 Mil, referente a Ordens de Serviço em Andamento aplicadas diretamente em equipamentos de vôo . O prazo de diferimento se dará de acordo com a vida útil remanescente do equipamento, iniciando a amortização no momento em que o equipamento voltar a ser liberado para o vôo. 10. Impostos e Contribuições a Recolher - Composição: Contas 2005 2004 I.R.R.F. 1.908 1.879 PIS 1.656 1.296 COFINS 6.717 4.964 I.N.S.S. 6.677 3.627 F.G.T.S. 126 117 Total 17.084 11.883 11. Empréstimos e Financiamentos - Contraídos com a finalidade de capital de giro e outros, com vencimento até Dez/2006, variação monetária e taxas de juros que variam entre 0,5% e 1%. 2005 2004 CircuLongo Circu- Longo Composição lante Prazo lante Prazo Banco do Brasil 668 363 614 1.038 EMBRAER Peças e Serviços 999 – 999 – Bancos - Capital de Giro 1.615 – 372 – Parcelamento FGTS 364 3.168 203 3.454 SITA 188 – 524 – INFRAERO 385 – 1.048 133 Total 4.219 3.531 3.760 4.625

A Administração

Demonstração do Resultado dos Exercicios findos em 31 de dezembro (Em R$ Mil) 2005 2004 Receita Operacional Bruta 67.421 66.695 Impostos Incidentes S/ Vendas (2.470) (2.448) Receita Operacional Líquida 64.951 64.247 Custo dos Serviços Prestados (47.626) (48.901) Resultado Bruto 17.325 15.346 (Despesas) Receitas Operacionais (12.104) (10.990) Despesas Com Vendas (14.394) (13.193) Despesas Administrativas (5.750) (5.598) Outras Receitas/(Despesas) Operacionais 8.040 7.801 Resultado antes dos Encargos Financeiros 5.221 4.356 Encargos Financeiros Líquidos (2.234) (2.097) Encargos Financeiros s/ Atual. Paes (7.500) – Despesas com Variação Cambial (2.429) (1.923) Resultado Operacional (6.942) 336 Receitas/(Despesas) não Operacionais 241 (45) Lucro do Exercício (6.701) 291 Resultado por Lote de 1000 Ações - R$ 1,00 (56,89) 2,47 Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos dos Exercícios findos em 31 de dezembro (Em R$ Mil ) 2005 2004 Origens de Recursos (Prejuizo) Lucro do Exercício (6.701) 291 Itens que não afetam o Capital Circulante: Depreciações e Amortização 3.637 3.597 Baixa do Diferido 4.229 3.536 Aumento do Exigível a Longo Prazo 5.788 589 (Redução) Aumento do Realizável a Longo Prazo (303) 2.899 Total das Origens 6.650 10.912 Aplicações de Recursos Aumento do Imobilizado 731 4.228 Aumento do Diferido 5.046 4.425 Redução do Resultado de Exercicios Futuros 1.434 563 Total das Aplicações 7.211 9.216 (Redução) Aumento do Capital Circulante (561) 1.696 Demonstração do Capital Circulante Líquido Variação do Ativo Circulante 572 (3.802) Variação do Passivo Circulante 1.133 (5.498) (Redução) Aumento do Capital Circulante (561) 1.696

12. Provisão para Contingências - A provisão para contingência trabalhista, no valor de R$ 522 Mil, foi calculado em montante considerado suficiente para cobrir eventuais perdas, segundo parecer jurídico. Quanto às demais contingências, não foi constituída qualquer provisão, uma vez que, a Companhia, e os seus assessores jurídicos não acreditam em perdas relevantes.

13. REFIS II - PAES - Parcelamento Especial - Sobre os valores espontaneamente declarados no PAES – Parcelamento Especial, no momento da inclusão dos passivos originários do programa Refis no PAES, os montantes relativos a juros e multas foram calculados de acordo com o CTN em seu artigo 138 e 161 que determina a exclusão da multa de mora e taxa de juros de 1% ao mês, a Companhia procedeu a atualização de seu passivo PAES em 31/12/2005, já compensando estes valores relativos a multa e juros no montante aproximado de R$ 4.500 Mil. É a seguinte a composição desses impostos: 2005 2004 CircuLongo Circu- Longo PAES lante Prazo lante Prazo Antigo REFIS 2.005 25.501 2.005 22.591 Previdência Social 348 13.193 348 3.934 Receita Federal 767 4.439 767 8.649 Total 3.120 43.133 3.120 35.174 14. Reserva de Reavaliação - A Empresa procedeu à reavaliação parcial de seus bens, com base em Laudo de Avaliação emitido pela empresa SERCO-Cooperativa de Serviços e Engenharia, em 20 de dezembro de 2003. No exercício de 2005 foi realizado o valor total de R$ 3.169 Mil. 15. Capital Social - O Capital Social, totalmente subscrito e integralizado, está representado por 117.778.942 de Ações Ordinárias, sem Valor Nominal. Através da AGE de 20 de fevereiro de 2003, a companhia alterou a sua razão social passando a denominar-se Pantanal Linhas Aéreas S.A, cuja matriz está localizada em São Paulo , Capital. 16. Arrendamento Mercantil - A Empresa mantém contratos de arrendamento operacional de 04 (quatro) aeronaves ATR - 42, com capacidade máxima para 48 (quarenta e oito) assentos. Os detalhes dos compromissos oriundos desses arrendamentos estão assim compostos: Aeronaves Modelos Vencimento MSN ATR 42 320 Final U$S 306 PTMFT LO/OPV Dez/2007 37,420 Leasing Operacional 343 PTMFJ LO Fev/2006 43,000 Leasing Operacional 225 PTMFK LO Set/2006 43,000 Leasing Operacional 376 PTMFM LO Set/2006 43,000 Leasing Operacional 17. Seguros Aeronáuticos, Danos Materiais e Saúde - A Empresa mantém apólices de seguros para todas as suas aeronaves, instalações e partes e peças, e seguro saúde para seus funcionários em montantes considerados suficientes para cobrir eventuais riscos. Os seguros contratados estão assim demonstrados: Garantia Valor US$ Cobertura Hull – IS 37,750,000 Avião – Casco Hull – WAR – IS 37,750,000 Guerra e Seqüestro TLO – IS 3,775,000 Perda Total Spares – IS 6,000,000 Peças e Assessórios Liability – IS 150,000,000 Responsabilidade Civil

Marcos Sampaio Ferreira – Diretor Presidente

José Carlos Nascimento – Contador – CRC 1SP218.037/O-0

Parecer dos Auditores Independentes Aos Administradores e Acionistas Pantanal Linhas Aéreas S/A. - São Paulo SP 01. Examinamos os balanços patrimoniais da Pantanal Linhas Aéreas S/ A. em 31 de dezembro de 2005 e 2004 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos referentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião sobre essas demonstrações. 02. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações contábeis em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Companhia; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Companhia, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. 03. A Companhia figura como ré em processos judiciais significativos nas áreas cível, trabalhista e fiscal. Com base na opinião dos seus assessores jurídicos externos e da administração da companhia não são esperadas perdas relevantes em face aos processos de contestação ajuizados contra a Fazenda Nacional. Sendo assim, as demonstrações contábeis da companhia não incluem quaisquer provisões para fazer face a eventuais efeitos decorrentes das referidas ações. 04. A Companhia, demonstra no “Realizável a Longo Prazo”, Apólices do Tesouro Nacional emitidas em 1902, cujo valor contábil atuali-

zado monta em R$ Mil 19.424. Em 31 de dezembro de 2005 e 2004, não há parâmetros conhecidos de mercado para avaliação desses títulos. 05. Conforme demonstrado na nota explicativa nº 9, a Companhia diferiu variação cambial ocorrida nos exercícios de 2001 e 2002, referentes às parcelas de financiamentos em operações de leasing de aeronaves. Em função desse procedimento, o reflexo no resultado do exercício e no patrimônio liquido em 31 de dezembro de 2005 é de R$ Mil 6.211. 06. Seguindo orientação de seus assessores jurídicos, a Empresa vem compensando 100% (cem por cento) dos prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social acumulados. 07. Em nossa opinião, exceto quanto às circunstâncias mencionadas nos parágrafos nºs 3, 4, 5, 6 acima, as demonstrações contábeis referidas no parágrafo 1º, representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Pantanal Linhas Aéreas S/A. em 31 de dezembro de 2005 e 2004, o resultado de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, referentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 08. As demonstrações contábeis foram preparadas no pressuposto de continuidade normal dos negócios da Pantanal Linhas Aéreas S/A , contudo, face aos prejuízos acumulados, nesse exercício, apresenta um passivo a descoberto e uma deficiência de capital de giro significativa, o que requer medidas de saneamento financeiro tais como: obtenção de recursos financeiros adicionais de longo prazo, aporte de capital por parte dos acionistas e geração futura de operações lucrativas. São Paulo, 11 de abril de 2006. Loudon Blomquist Auditores Independentes CRC-2RJ000429-S-6

Sérgio dos Santos Gonçalves Contador CRC-1RJ 056082/0-3 “S” - SP

FALÊNCIA & RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 24 de abril de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência e recuperação judicial: Requerente: Pedro Luiz de Lima Antenas ME - Autofalência - Requerido: Pedro Luiz de Lima Antenas ME Autofalência - Rua Emilio Kemp, 363 - 02ª Vara de Falências Requerente: Argetax Administração e Participações em Empreendimentos Comerciais - Requerido: CCWM Transportes Ltda. - Rua Costa Aguiar, 1851 - 01ª Vara de Falências

Requerente: Andrade Máquinas Ltda. Requerido: Delsa Cúria Balestra Máquinas-ME - Rua Frei Benvindo Destefani, 164 - 02ª Vara de Falências Requerente: Transpev Processamento e Serviços Ltda - Requerido: Proservvi Empreendimentos e Serviços Ltda. - Est. Estudante, 600 - 01ª Vara de Falências

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Finncoop - Cooperativa de Trabalho Multiprofissionais CNPJ nº 03.342.489/0001-78 - NIRE nº 35400058773 Edital de Convocação - Assembléia Geral Ordinária/AGO Convocamos os Senhores Cooperados da Finncoop - Cooperativa de Trabalho Multiprofissionais, a se reunirem em Assembléia Geral Ordinária a realizar-se no dia 08 de maio de 2006, na sede administrativa localizada à rua dos Buritis, 128, conj. 203B, CEP 04321-000, nesta Capital às 14:00 hs., em primeira convocação, caso não haja quorum às 15:00 hs., em segunda convocação e, caso não haja quorum, será instalada a terceira e última convocação às 16:00 hs. com o mínimo de 10 (dez) cooperados, a fim de deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: 01) Balanço Anual e Demonstrativo de Perdas e Sobras do exercício de 2005; 2) Eleição do Conselho Administrativo e Conselho Fiscal; 3) Demais assuntos de interesse social, excluídos os enunciados no Artigo 30 (trinta) do Estatuto. Para efeito de cálculo de instalação e apreciação do critério de representação cumprem informar que existem, na data de expedição do presente edital, 1.400 (um mil e quatrocentos) cooperados com direito a voto. Assembléia convocada pelo Sr. José Alberto Costa - Presidente do Conselho de Administração no exercício de suas atribuições. São Paulo, 24 de abril de 2006.

COMUNICADO POLICIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO Centro de Suprimento e Manutenção de Material de Telecomunicações A Polícia Militar do Estado de São Paulo, órgão da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, pelo Centro de Suprimento e Manutenção de Material de Telecomunicações, torna público que se acha aberta em sua Seção de Finanças, na Avenida Água Fria, 1.923 fundos - Água Fria - São Paulo Capital, a Concorrência Internacional nº CSMMTel-001/ UGE.163/06, Processo nº CSMMTel-012/UGE.163/06 do tipo Técnica e Preço, destinado a aquisição de Sistema Digital de Rádiocomunicação Encriptofonado, em pleno funcionamento, com fornecimento de equipamentos, materiais, instalação, implantação, desenvolvimento e integração da infra-estrutura e terminais, incluindo obras e serviços de engenharia, para emprego nas redes de policiamento da Capital de São Paulo, Região de Sorocaba e expansão da Região Metropolitana de São Paulo (RMSP), conforme Projeto Básico anexo ao Edital. Os interessados poderão retirar o Edital e seus anexos na íntegra no endereço acima citado, nos horários das 09h00 às 12h00 e das 14h00 às 17h00, de 2ª a 6ª feira, devendo trazer o carimbo padronizado do CNPJ da empresa e um CD-R virgem com capacidade de 700 Mb. Os envelopes serão recebidos até às 10:00 hs do dia 14 de junho de 2006, com abertura prevista para o mesmo dia às 10h10 min., na Sede da Secretaria de Estado da Segurança Pública, na Rua Líbero Badaró, 39, Centro, no Salão Nobre, térreo. Informações pelo fone/fax: (0xx11) 6997-7097. Seção de Finanças, e-mail: csmmteluge@polmil.sp.gov.br. O acompanhamento dos atos referentes a esta licitação poderá ser feito pelo Diário Oficial do Estado, Caderno Executivo I, seção Polícia Militar e seção Negócios Públicos e também por meio da Internet pelo site: http\\www.imesp.com.br. A Comissão Especial de Julgamento de Licitação designada pelo Dirigente da UO, para a qual devem ser dirigidos eventuais pedidos de esclarecimentos, é composta da seguinte forma: Presidente: Maj. PM 822380-7 Maximiano Cassio Soares - DL; Membro: Cap. PM 822373-4 Marcos Mungo - CPD; Membro: Cap.PM 822268-1 Wilson Bibbo - CPC; Membro: Cap. PM 840916-1 Paulo de Tarso Augusto - DF; Suplente: Cap. PM 8103780 Ronaldo de Oliveira e Silva - CPD; Suplente: Cap. PM 852070-4 Laércio Fernandes Júnior CSMMTel; Suplente: 1º Ten. PM 710034-9 Jefersson Ibrahim -CSMMTel; Membro: Sr. Valdir Fogaça de Almeida, RG 5.754.370, CPF 541.207.058-20 - Sindmest.

BALANÇO INSTITUTO MADRE MAZZARELLO CNPJ nº 63.015.481/0001-29 Balanço Patrimonial (Em Reais) Ativo 2005 2004 Circulante 28.218.280,28 26.567.284,57 Disponível 40.831,61 298.810,98 Créditos 28.022.452,33 26.221.794,42 Despesas Antecipadas 12.628,17 39.862,38 Estoques 142.368,17 6.816,79 Permanente 12.696.969,96 12.917.412,69 Imobilizado 8.228.027,77 7.937.127,90 (-) Depreciação (960.616,02) (574.439,30) Imobilizações Técnicas - Reavaliação 5.700.750,95 5.700.750,95 (-) Depreciação - Reavaliação (271.192,74) (146.026,86) Diferido 0,00 26.073,75 Mercadorias em Consignção 0,00 26.073,75 Contas Extra-Patrimoniais 4.349.026,57 3.860.767,56 Projetos 1.014.679,28 921.539,76 Gratuidades 1.722.567,90 1.453.762,56 Custo da Isenção Usufruida - INSS 1.611.779,39 1.485.465,24 Total do Ativo 45.264.276,81 43.371.538,57 Passivo 2005 2004 Circulante 2.149.261,80 901.377,29 Contas a Pagar 236.335,30 155.540,97 Credores Diversos 387.703,67 347.798,35 Cheques a Compensar 14.822,90 4.718,20 Obrigações Trabalhistas 324.798,49 290.953,54 Impostos e Contribuições a Recolher 104.258,30 92.986,35 Provisões 33.573,81 9.379,88 Receitas Antecipadas-Anuid.Esc.Vencidas 1.047.769,33 0,00 Resultado de Exercício Futuro 15.192,00 1.160.953,26 Receitas Antecipadas 15.192,00 1.160.953,26 Patrimônio Líquido 38.750.796,44 37.448.440,46 Patrimônio Social 32.018.882,25 30.993.155,66 Superávit 1.302.355,98 900.560,71 Reserva de Reavaliação 5.429.558,21 5.554.724,09 Contas Extra-Patrimoniais 4.349.026,57 3.860.767,56 Projetos 1.014.679,28 921.539,76 Gratuidades 1.722.567,90 1.453.762,56 Custo da Isenção Usufruida - INSS 1.611.779,39 1.485.465,24 Total do Passivo 45.264.276,81 43.371.538,57 Demonstrativo de Resultado (Em Reais) Despesas 2005 2004 Despesas - Projeto Main 880.757,20 845.362,91 Despesas Filantropicas e Religiosas 0,00 7,94 Despesas c/ Pessoal 648.447,02 631.313,86 Despesas Administrativas e Gerais 218.463,15 201.515,63 Despesas Fiscais / Tributarias e Previdenciárias 13.847,03 12.525,48 Despesas - Educação 10.640.772,65 9.591.644,69 Despesas Filantropicas e Religiosas 133.922,08 76.176,85 Despesas c/ Pessoal 6.824.275,51 6.478.898,81 Despesas Administrativas e Gerais 3.636.725,04 3.016.201,26 Despesas Fiscais / Tributarias e Previdenciárias 45.850,02 20.367,77 Despesas não Operacionais 128.665,88 133.365,88 Despesas Transitórias e Eventuais 3.500,00 8.200,00 Despesas não Dedutiveis 125.165,88 125.165,88 Soma das Despesas 11.650.195,73 10.570.373,48 Superávit do Exercício 1.302.355,98 900.560,71 Total 12.952.551,71 11.470.934,19 Receitas 2005 2004 Receitas Operacionais c/Assist.Social 8.542.603,94 8.056.024,47 Anuidades Escolares 11.241.069,97 10.406.553,82 Receitas Prestação de Serviços 70.506,50 72.705,50 Gratuidades/Devoluçôes com Educação (2.768.972,53) (2.423.234,85) Receitas não Operacionais 4.409.947,77 3.414.909,72 Receitas Financeiras e Patrimoniais 4.365.965,56 3.341.901,45 Receitas Mercantis 2.295,52 5.328,26 Receitas Gerais 37.831,69 63.735,01 Receitas de Prestação de Serviços 3.855,00 3.945,00 Soma das Receitas 12.952.551,71 11.470.934,19 Total 12.952.551,71 11.470.934,19 Irmã Lucia Maistro – Presidente; Irmã Ilza Malvestiti Beinotti – Tesoureira Pedro Luiz Zanini de Camargo – Téc.Contab. – CRC 1SP 084.908/O-9 – CPF nº 539.273.388-34 Parecer do Auditor Independente Em minha opinião as demonstrações contábeis representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do Instituto Madre Mazzarello, em 31 de Dezembro de 2005, os resultados de suas operações, as mutações do seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos correspondentes ao exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 30 de Março de 2006. Massao Hashimoto – CT.-CRC – 1SP 081013/O-6 – Auditor


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Convergência Varejo Hi-tech Lançamentos Automação

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 25 de abril de 2006

O monitor da EX-Z600 tem luminosidade compensada em locais escuros ou muito claros

A CASIO SEGUE A TENDÊNCIA E REDUZ CADA VEZ MAIS OS EQUIPAMENTOS

Fotos: Divulgação

Monte sua própria estratégia para combater na Terra-Média Lord of The Rings - The Battle For Middle-Earth 2, distribuído pela Electronic Arts, garante muita emoção Por Fábio Pelegrini

A qualidade 3D do Lord of The Rings - The Battle For Middle-Earth 2 é excelente e conta com um grande número de detalhes, como os reflexos das embarcações na água

Lord of The Rings - The Battle For Middle-Earth 2 Distribuição: Electronic Arts Telefone: (11) 5505-3713 Configuração mínima do sistema: Windows XP, processador de 1.6 Ghz ou superior, 256 MB memória RAM (512 MB de memória RAM para partidas online com 3 ou mais jogadores) disco rígido com 5.5 GB disponíveis, leitor de DVDROM, placa de vídeo de 64 MB linha GeForce3 e placa de som, ambas compatíveis com DirectX 9.0c ou superior Configurações ótimas: Se você pretende jogar com as configurações máximas e realmente desfrutar de uma experiência completa, a equipe de desenvolvimento recomenda processador de 3.0GHz Intel CPU, 1GB de RAM e uma placa NVIDIA 6600, 6800 Ultra, 7800 GT ou GTX Faixa etária: 14 anos Idioma: Software em inglês, manual em português Preço sugerido: R$ 99,90 Mais informações: http://www.eagames.com.br/ products.view.asp?id=7770

A câmera parece "recuperar" até as cores esmaecidas dos objetos fotografados

s fãs da trilogia de sucesso "O Senhor dos Anéis" já podem comemorar a seqüência do maior conflito em busca da liberdade da Terra-Média, graças ao lançamento do jogo de e s t r a t é g i a e m t e m p o re a l (RTS), Lord of The Rings - The Battle For Middle-Earth 2, distribuído pela Electronic Arts. Na verdade, essa será uma nova forma de reproduzir ambientes, heróis, acontecimentos e batalhas épicas do clássico de J.R.R. Tolkien que ficaram de fora da ficção durante as filmagens do longa-metragem. Em The Battle For MiddleEarth 2 o jogador tem de forma simultânea dois enredos: a conhecida campanha da irmandade e combates contra as forças de Sauron na região Norte, que têm uma sistemática estratégia de atacar todas as regiões simultaneamente. O jogo conta com dois modos singleplayers. Campanha oferece um total de 16 missões intensas. A Campanha nos mostra quando Aragon revelou sua identidade a Sauron, o Senhor do Escuro, como sendo

o herdeiro por direito ao trono de Gondor. Como dá para imaginar, Sauron não gostou nada da idéia e a sua ordem gerou uma batalha direta contra as cidades natais dos anões e dos elfos, aliados dos humanos, em resposta a esse evento. Com esse último objetivo traçado, seus exércitos de criaturas horrendas, como orcs, nazgul, trolls e goblins se espalharam pelas mais remotas regiões atrás de seus inimigos. São nos locais, como Mountains, Mirkwood, Ettenmoors e Dol Guldur, que irão acontecer as batalhas mais sangrentas. No modo Skirmish, o jogador lutará contra um ou mais oponentes controlados pelo computador. Um modo que segue os mesmo moldes da série "Total War". Diferentemente do primeiro jogo da série, que foi duramente criticada pelos fãs da ficção, principalmente pela deficiência nas construções e dificultar as batalhas estratégicas, o jogador terá mais liberdade para fazer suas estruturas, obtendo novas vantagens estratégicas. É possível construir, por exemplo, seu castelo em qualquer

lugar da Terra-Média, criar seu próprio herói e muito mais. Heróis – A criação do herói serve para que seu exército seja conduzido por um líder personalizado pelo usuário. O gamer poderá optar por classe (mago, anão, servo de Sauron, entre outros) e subclasse correspondente (sábio, andarilho etc.). É possível também escolher um nome e características de aparência, como armadura, roupas e armas. O próximo passo é definir atributos e habilidades especiais que ele poderá receber quando ganhar pontos de experiência. Nas estruturas é possível fazer upgrades, que trarão melhorias significativas, como novas opções de defesa aos edifícios ou fortalecimento das bases, ao adicionar armas nas torres e grandes muros ao redor. Assim como em diversos jogos de RTS, cada raça tem seus tipos de construções, possibilitando o recrutamento de diversas unidades ou melhorias, desde arqueiros, espadachins, cavaleiros a Ogres gigantes. Contudo, o gamer não poderá sair criando soldados como

bem quiser –estará sujeito a um limite populacional que controla de forma eficiente o número e o tipo de soldados que poderão entrar em combate. Além daqueles personagens que já conhecemos dos filmes, o jogador conhecerá outros que estão apenas nos livros de Tolkien e que poderão ser invocados por um determinado período de tempo, como o mítico Tom Bombadil. Aliás, eles são figuras importantes na estratégia, com poderes que ajudarão o jogador a derrotar fortes inimigos em momentos difíceis na batalha. É preciso dizer que uma grande novidade do jogo são os combates marítimos. Apesar de não ter toda qualidade do Age of Empires III, da Microsoft, o game conta com uma boa frota de navios de batalhas e de transporte. Um ponto positivo para o jogo está relacionado à Inteligência Artificial. Os inimigos buscam fazer emboscadas, oferecer resistência e trabalhar de forma a procurar nossos pontos fracos, o que torna a disputa mais real. No quesito gráfico, The Bat-

tle For Middle-Earth 2 não decepciona. A qualidade 3D do game é excelente e conta um grande número de detalhes. Para se ter uma pequena idéia, os reflexos das embarcações na água são perfeitos. Os efeitos de destruição e a visualização de combates também são bastante interessantes. Quanto à qualidade sonora, não dá para descrever a emoção que é ouvir as famosas orquestrações de Howard Shore e as mesmas melodias do filme enquanto você enfrenta seus inimigos. Os efeitos sonoros de vozes, gritos e das armas, como as catapultas, também fazem seu bom papel, colocando o gamer no clima da aventura. Os jogadores brasileiros ainda serão premiados com o mesmo conteúdo da famosa Edição de Colecionador americana, contendo: exclusivo DVD Bônus com conteúdo disponível em alta definição (HD), todo o repertório musical, vídeos e trailers do jogo em alta definição e som surround, a história da equipe por trás da série The Battle for Middleearth e a arte do game.

Nova Casio "reanima" cores e faz fusão de imagens A Exilim EX-Z600 chega ao país neste semestre; nos EUA seu preço é US$ 300 Por Ana Maria Guariglia elo menos dois recursos anunciando que a sobreposi- grande variedade de recursos. chamam atenção para a ção leva o usuário a criar regisA Z600 pesa 115 gramas, tem digital da Casio, a Exilim tros artísticos e curiosos. É fun- resolução de 6.1 Megapixels EX-Z600: a função que cional e muito fácil de usar. (2.816 X 2.112 pixels), utiliza Segundo os engenheiros da sensor CCD e não o CMOS que, reaviva as cores esmaecidas das imagens e a fu- Casio, a série de câmeras Exi- normalmente, faz parte das misão. De certa forma, o re- lim faz parte de um grande nú- ni câmeras. O sistema BestShot curso ReviveShot "res- mero de tecnologias, que per- oferece seleção de 32 cenas ditaura" os registros desbo- mite miniaturizar os compo- ferentes para sua escolha ou a tados ou amarelecidos e com nentes. Esse posicionamento melhor foto que você tirou. da empresa japonesa é resulta- Também possui o sistema Antonalidades inconsistentes. Para o teste, fotografamos do da tendência em reduzir ca- tiShake ou anti-vibração, usaimagens desbotadas de um da vez mais os equipamentos, do em instantâneos com objemanual que ensina a obter a o m e s m o t e m p o , m a n t e r tos em movimento e na função macro, para capturar boas fotos. Em segui- Fotos: Ana Maria Guariglia da, acionamos o recurpequenos objetos, quando as mãos poso. De fato, as cores melhoraram. É óbvio que dem ficar trêmulas. a câmera não pretende Nos testes, outro substituir a restauradestaque: o monitor de ção nem remover fun2,7 polegadas tem lugos e manchas. minosidade compenA fusão de imagens é sada em locais escuros um processo que já foi ou muito claros. A meusado pela Casio nos mória interna é de 8,3 anos 90. Ela junta duas Megabytes e utiliza imagens no mesmo focartões MMC (Multitograma ou foto, sem MediaCard) ou SD (Senecessidade do comcureDigital Card). putador ou programas A Casio insiste em específicos. não colocar cartão com os acessórios que Nos testes, unimos imagens peculiares de acompanham as câmeras. O remédio é adquiSão Paulo como uma escultura encontrada ri-lo à parte. A Z600 deverá chegar ao país ainno teatro Municipal e um conjunto de lâmda neste semestre e nos padas antigas na reEUA o preço está em gião central da cidade. torno de US$ 300. A junção resultou em Para saber mais: u m a b e l a i m a g e m , A Casio Exilim EX-Z600 pesa apenas 115 gramas www.casio.com

A fusão de imagens é um recurso divertido, que pode resultar em fotos artísticas ou apenas curiosas


terça-feira, 25 de abril de 2006

Agronegócio Tr i b u t o s Finanças Nacional

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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TÍTULOS PREFIXADOS GANHARAM ESPAÇO

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bilhões de reais foi quanto cresceu a dívida pública mobiliária interna entre fevereiro e o mês passado

JURO BÁSICO CORRIGIU 45,65% DO PASSIVO PÚBLICO INTERNO EM MARÇO, CONTRA 47,2% EM FEVEREIRO

DIMINUI DÍVIDA ATRELADA À TAXA SELIC A 200 pesar do aumento da participação dos i n v e s t i d o re s e strangeiros, a dívida pública federal interna em março cresceu R$ 11 bilhões em relação a fevereiro, por conta das despesas com juros da dívida. O valor total da dívida chegou a R$ 1,021 trilhão no mês passado, segundo balanço divulgado pelo Tesouro Nacional. A dívida pública, entretanto, está mais saudável, na avaliação do Tesouro. A parcela que é atrelada à taxa básica de juros da economia (Selic) caiu

de 47,2% para 45,65% do total. Ter parcela grande da dívida corrigida pela Selic é ruim para o governo em momentos como o atual, em que a taxa básica está em nível muito elevado. O passivo cambial (ligado à variação das cotações do dólar), considerado ruim por ser mais suscetível às mudanças de humor do mercado externo, também perdeu espaço: caiu de 2,39% do total em fevereiro para 2,33% no mês passado. Ambos os casos estão nos menores níveis desde 1999, quando se iniciou a atual série histó-

bilhões de reais é o montante disponível para pagamento de dívidas de curto prazo rica da dívida do Tesouro. Dívida boa — Já a participação da "dívida boa", mais previsível e de juros mais baixos,

cresceu. Os títulos prefixados re p re s e n t a r a m e m m a rç o 28,75% do total, contra 27,86% em fevereiro. Os papéis atrelados a índices de preços também ganharam peso, com participação passando de 20,46% do total em fevereiro para 21,23% em março. A dívida atrelada à Taxa Referencial (TR) ficou quase inalterada, caindo de 2,07% para 2,06%. "As participações de todos os papéis no passivo estão dentro de nossa programação", afirmou o novo coordenador da Dívida Pública do Tesouro

IRMÃS DOMINICANAS DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO DE MONTEILS PROVÍNCIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO ASSOCIAÇÃO EDUCADORA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE MATRIZ/MANTENEDORA E FILIAIS/MANTIDAS – CNPJ: 60.518.180/0001 - 20 RELATÓRIO DA DIRETORIA. A ASSEIJ – Associação Educadora da Infância e Juventude foi fundada em 08/12/1942 pelas Irmãs Dominicanas de Nossa Senhora do Rosário de Monteils, provindas da França, que fundaram seu primeiro Colégio na Cidade de Uberaba-Mg, em 16/10/1885, estendendo-se ao longo dos anos por todo o Brasil; A ASSEIJ é uma associação civil, de caráter educacional e de saúde, cultural, beneficente, filantrópica, assistencial e sem fins lucrativos. Seu objetivo é promover a educação, a assistência social, e outras obras de promoção humana, beneficentes e filantrópicas, sociais e assistenciais, sem discriminação de sexo, raça, idade, cor, religião, política e condição social; A Atividade Principal da ASSEIJ é a Educação – Tem como Outras atividades – A Saúde e a Assistência Social; A ASSEIJ aplica integralmente suas rendas, recursos e eventual resultado operacional na manutenção e desenvolvimento dos objetivos institucionais no território nacional, conforme artigos 80 e 81 do seu Estatuto Social; A ASSEIJ Aplica as subvenções e doações recebidas nas finalidades a que estejam vinculadas, conforme artigos 80 e 81 do seu Estatuto Social; A ASSEIJ não remunera, nem concede vantagens ou benefícios por qualquer forma ou titulo, a seus diretores, conselheiros, sócios, instituidores, benfeitores ou equivalentes, conforme artigo 100 e 101; A ASSEIJ é sem fins lucrativos/econômicos e não distribui resultados, dividendos, bonificações, participações ou parcela do seu patrimônio, sob nenhuma forma ou pretexto, conforme artigo 101; Em caso de dissolução ou extinção da ASSEIJ, o eventual patrimônio remanescente será destinado a uma entidade congênere devidamente registrada no Conselho Nacional de Assistência Social – CNAS ou a uma entidade pública, a critério da Instituição, conforme artigo 108 a 110; A ASSEIJ presta serviços gratuitos, permanentes sem qualquer discriminação de clientela, conforme artigo 1º ao 6º; As atividades realizadas pela ASSEIJ durante o ano base de 2005, nas comunidades carentes, por grupos de apoio formados pelas Irmãs Dominicanas e voluntários leigos, na localidade de sua Matriz/Mantenedora e localidades de suas Filiais/Mantidas, Departamentos e Setores de Atividades, inclusive de Inserções Populares, resultaram nos atendimentos quantificados a custos abaixo evidenciados, que também resultaram na transmissão do conhecimento e conscientização das poucas pessoas que puderam ser atendidas, das necessidades da comunidade e dos seres humanos para que tenhamos todos uma vida melhor; RELATÓRIO DAS ATIVIDADES SOCIAIS 185 Alunos gratuitos integrais; R$1.367.535; 1.196 Alunos gratuitos parciais; R$3.258.214. = R$ 4.625.749 105 Pessoas atendidas – auxílio alimentar; R$ 42.326; 02 Pessoas atendidas – assistência medica/ hospitalar; R$ 482; 39 Pessoas atendidas – auxílio em dinheiro; R$ 26.419; 261 Pessoas atendidas – Bolsas Estudos; R$ 71.232; 282 Pessoas atendidas – Abrigados idosos; R$ 509.347; 16.788 Pessoas atendidas – Projetos de Inclusão Social; R$ 869.700. = R$ 1.519.506; 2.093 Pessoas atendidas – Saúde; R$ 1.076.236; 20.951 Gratuitos R$ 7.221.491; 3.626 Alunos; = R$ 16.144.457; 54.471 Pacientes; = R$ 4.707.686; 79.048 Receita = R$ 20.852.143; Receitas de Variações Monetárias = R$ 5.502.572; Receitas de Aluguéis e taxas = R$ 319.290; Receitas: Doações incondicionais = R$ 1.315.957; = R$ 7.137.819; Receita = R$ 27.989.962; (-) Receitas de Saúde – Caixa; = R$ 1.961.761 (-) – Receitas não recebidas – Competência = R$ 3.872.099; Receitas Recebidas – Caixa = R$ 22.156.102; 3.000 País de alunos; 500 Fornecedores e prestadores de serviços; 708 Professores e funcionários; 100 Associadas Religiosas. Total de 83.356 pessoas. São Paulo – SP, 02/04/2006 Irmã Regina Azevedo Soares – RG: 5.764.690 - SSP - SP. CPF: 703.880.408-15. Presidente - Mandato para o Período: 01/05/02 a 30/04/2006. Residência, Rua Domingos de Morais 2.926 1.º Andar, Vila Mariana, S Paulo -Sp, CEP: 04.036-100, Fone 0xx 11. 577.6680 BALANÇO PATRIMONIAL SOCIAL 2003 2004 2005 PASSIVO ATIVO 2003 2004 2005 Disponível 4.438.188 3.594.780 360.533 Débitos 17.382.113 21.943.637 25.076.454 Despesas Antecipadas 307.008 159.308 194.054 Receitas Antecipadas 372.232 995.723 537.012 Créditos 33.946.356 42.002.783 50.692.131 Circulante 17.754.345 22.939.361 25.613.466 Circulante 38.691.552 45.756.871 51.246.718 Patrimônio Social 19.829.267 22.758.865 25.244.141 Permanente 36.985.775 37.592.317 39.392.597 Reservas 35.164.117 35.165.686 36.642.475 Contas Correntes Matriz / Filiais 0 0 0 Superávit / Déficit 2.929.598 2.485.276 3.139.232 Patrimônio Social Líquido 57.922.982 60.409.827 65.025.849 TOTAL ATIVO 75.677.327 83.349.188 90.639.315 TOTAL PASSIVO 75.677.327 83.349.188 90.639.315 P. S. C A Circulante P Circulante P. S. C PERMANENTE P Líquido Depreciação TOTAL RUBRICAS SALDO 2002 Reservas Superávit Reavaliação (-) Déficit (-) C.C. Matriz SALDO 2003 Reservas Superávit Reavaliação (-) Déficit (-) C.C. Matriz SALDO 2004 60.409.827 Reservas Superávit Reavaliação (-) Déficit Incorporação SALDO 2005

DEMONSTRAÇÃO DO PATRIMÔNIO SOCIAL CIRCULANTE 2003 Variações 2004 38.691.552 (8.192.197) 45.756.871 (17.754.345) 4.260.969 (22.939.361) 20.937.207 (3.931.228) 22.817.510 DEMONSTRAÇÃO DA EVOLUÇÃO DO ATIVO PERMANENTE 2002 2003 Variações 2004 37.987.405 36.985.775 1.001.630 37.592.317 6.017.233 7.555.980 1.538.748 8.937.769 44.004.638 44.541.755 (537.117) 46.530.086 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO SOCIAL LÍQUIDO Pat. Social Sup/Déficit 19.882.595 (53.328) (53.328) 53.328 0 2.929.598 0 0 0 0 0 0 19.829.267 2.929.598 2.929.598 (2.929.598) 0 2.485.276 0 0 0 0 0 0 22.758.865 2.485.276

2002 30.499.355 (13.493.377) 17.005.978

2.485.276 0 0 0 0 25.244.141

Variações (7.065.319) 5.185.016 (1.880.303)

2005 51.246.718 (25.613.466) 25.633.252

Variações (5.489.848) 2.674.105 (2.815.742)

Variações (606.542) 1.381.789 1.988.331

2004 39.392.597 10.293.860 49.686.457

Variações (1.800.280) 1.356.091 3.156.371

Rese/Reav 35.164.117 0 0 0 0 0 35.164.117 1.569 0 0 0 0 35.165.686

C.C.Matriz 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Totais 54.993.384 0 2.929.598 0 0 0 57.922.982 1.569 2.485.276 0 0 0 60.409.827

Nacional, Ronnie Tavares. A má notícia ficou com o prazo de vencimento da dívida. Em março, houve uma pequena elevação no prazo médio das emissões, que passou de 55 meses em fevereiro para 55,2 meses. Mas isso não foi suficiente para evitar a queda no prazo médio do vencimento, que caiu de 29,5 meses para 29,3 meses. A parcela da dívida que vence em curto prazo (até 12 meses) caiu em março em relação a fevereiro, de 38,4% para 40,1%. O Tesouro, entretanto, dá pouca importância a esse efeito, que

considera sazonal, e garante que os prazos aumentarão neste ano, cumprindo a promessa de alongamento da dívida. Colchão — O Tesouro fez um caixa extra de R$ 200 bilhões para enfrentar eventuais turbulências na economia neste ano eleitoral. Chamados de "colchão de liquidez", esses recursos são uma reserva que permite ao governo pagar os títulos que estão vencendo, sem que seja preciso fazer leilões de venda de novos papéis – operações difíceis em momentos de crise. (Agências)

DEMONSTRAÇÃO DO SUPERÁVIT OU DÉFICIT DO EXERCÍCIO EXERCÍCIOS 2003 2004 2005 Receitas Hospitalares 9.302.763 10.756.179 12.420.822 Receitas Hospitalares - S.U.S 138.252 109.814 114.862 RECEITAS OPERAC./HOSPIT.(+) GRATUIDADES 9.441.014 10.865.993 12.535.684 (-) CUSTOS MERCADORIAS VENDIDAS (4.688.194) (5.133.585) (6.751.762) REC. OPERAC./HOSP.(+)GRATUIDADES(-)CMV 4.752.820 5.732.408 5.783.922 Receitas Educacionais 16.887.172 20.136.339 22.289.712 REC. OPERAC./EDUCACIONAIS(+)GRATUIDADES 16.887.172 20.136.339 22.289.712 Financeiras 5.192.625 4.162.685 6.277.031 (-) Financeiras (64.873) (79.063) (49.311) (-) Encargos Tributários S/Receitas Financeiras (158.553) (62.066) (60.408) (-) Descontos e Abatimentos Condicionais (64.946) (325.516) (664.740) (-) Juros sobre Patrimônio Liquido 0 0 0 VARIAÇÕES MONETÁRIAS 4.904.254 3.696.040 5.502.572 Aluguéis/Receitas Chácaras/Cantinas 620.126 616.033 644.963 (-) Aluguéis (52.584) (62.877) 0 (-) Seguros de Bens (135.865) (159.654) (247.655) (-) Encargos Fiscais S/Bens (47.316) (64.633) (78.019) OUTRAS RECEITAS/DESP. OPERACIONAIS 384.361 328.869 319.290 Campanhas e Promoções/Trabalho Gratuito 804.788 751.632 877.978 Doações de Pessoas Físicas 301.836 306.398 369.053 Doações de Pessoas Jurídicas 52.366 40.728 68.926 DOAÇÕES P/FÍSICAS/JURÍDICAS 1.158.990 1.098.758 1.315.957 RECEITA OPERACIONAL (+) GRATUIDADES 28.087.596 30.992.414 35.211.452 Gratuidades Educacionais (2.119.355) (2.427.638) (2.763.363) Gratuidades Assistenciais à saúde (829.270) (1.001.740) (1.076.236) Gratuidades Assistenciais (535.404) (612.678) (649.806) Gratuidade de Custo não Faturada (1.810.063) (2.075.379) (1.862.385) Gratuidades Assistenciais Custo M.O. Associadas (326.898) (283.756) (419.700) Gratuidades Assistenciais Custo M.O. Voluntariado 0 0 0 Gratuidades Custo M.O. Diretoria (432.000) (432.000) (450.000) (-)CUSTO TOTAL DAS GRATUIDADES PRATICADAS (6.052.990) (6.833.191) (7.221.491) RECEITA BRUTA OPERACIONAL 22.034.606 24.159.222 27.989.962 (-) CUSTOS DOS SERVIÇOS VENDIDOS (12.459.678) (14.080.686) (15.567.824) RECEITAS (-) CUSTO OPERACIONAL 9.574.928 10.078.536 12.422.138 Despesas com Salários/Serviços Pessoas Físicas/jurídicas (3.094.619) (3.902.829) (4.801.205) Despesas com Encargos Sociais (1.448.443) (1.607.057) (1.916.441) Despesas com Material de Expediente (128.952) (125.609) (157.993) Despesas com Lindeza e Conservação (108.680) (144.783) (223.458) Despesas com Utilidades e Serviços (827.072) (831.614) (1.095.657) Despesas com Assistidas (812.442) (763.372) (781.938) (-)DESPESAS OPERACIONAIS (6.420.208) (7.375.265) (8.976.692) SUPERÁVIT/DÉFICIT OPERACIONAL 3.154.720 2.703.271 3.445.446 RECEITAS/DESPESAS NÃO OPERACIONAL 100.389 27.801 4.260 SUPERÁVIT/DÉFICIT 3.255.109 2.731.073 3.449.706 (-)CSSL (325.511) (245.797) (310.474) SUPERÁVIT/DÉFICIT 2.929.598 2.485.276 3.139.232 SUPERÁVIT/DÉFICIT DESTINADOS A INVESTIMENTOS (2.929.598) (2.485.276) (3.139.232) DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DOS RECURSOS EXERCÍCIOS 2003 2004 2005 Incorporação Patrimonial 0 0 0 Reservas Reavaliações/Imunidades 0 1.569 1.476.789 Patrimônio Social Circulante 0 0 0 Superávit Exercício 2.929.598 2.485.276 3.139.232 transferências da Matriz 0 0 0 Depreciação 1.538.748 1.381.789 1.356.091 Diminuição do Permanente 0 0 0 ORIGENS DOS RECURSOS 4.468.346 3.868.634 5.972.113 Déficit do Exercício 0 0 0 Ativo Permanente (537.117) (1.988.331) (3.156.371) Patrimônio Social 0 0 0 Patrimônio Social Circulante (3.931.228) (1.880.303) (2.815.742) Transferência c.c.Caixa / Bancos Matriz 0 0 0 Transferência Imobilizado Matriz 0 0 0 Remessa sob Faturamento para Matriz 0 0 0 (-)APLICAÇÃO DOS RECURSOS (4.468.346) (3.868.634) (5.972.113)

(2.485.276) 1.476.789 0 1.476.789 3.139.232 0 0 3.139.232 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3.139.232 36.642.475 0 65.025.849 NOTAS EXPLICATIVAS ÁS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS NOTA 01. CONTEXTO OPERACIONAL – A ASSEIJ – Associação Educadora da Infância e Juventude G - Variações Monetárias: As Receitas Financeiras representam os juros e a Correção Monetária sobre B - A Lei 9.732/98 alterou a Lei 8.212/91 que é regulamentada pelo Decreto 3.048/99. A Ordem de é uma pessoa jurídica de direito privado, constituída como associação civil, de caráter educacional, as aplicações financeiras. As despesas financeiras representam os juros de financiamentos e despesas Serviço nº 210/99, revogada e substituída pela IN – Instrução Normativa 66/02, alterada pela 100/03 e cultural, de assistência social e à Saúde, sem finalidade econômica / lucrativa. Fundada em 16 de bancárias sobre cobranças e manutenção de contas correntes e corresponderam a R$ 5.502.572; 03/05 do INSS – Instituto do Seguro Social, motivou a ADI - Ação Direta de Inconstitucionalidade nº outubro de 1885, pelas Irmãs Dominicanas de Nossa Senhora do Rosário de Monteils, Irmãs, Heloísa H - OBS: Observa-se no presente Balanço que os resultados das aplicações financeiras demonstram 2.028-5/99 complementada pela 2.228-8/00, direcionada ao artigo 1º, na parte em que alterou a redaAubelau, Rosária Gavalda, Germana Larman, Rosária Tranier, Marie Mailes, Rose Gayral, provindas um valor significativo; entretanto, se aplicarmos a inflação do período, o resultado diminui, apesar de ção do artigo 55 inciso III, da lei nº 8.212/91 e acrescentou-lhe os parágrafos 3º, 4º e 5º, bem como os da França, fundaram seu primeiro Colégio na Cidade de Uberaba - MG, estendendo-se ao longo dos ser superavitário, pois o INPC foi de 5.0474% ao ano, contra um rendimento de pouco mais de 1% ao artigos 4º, 5º e 7º. Deferida em 14/07/1999 e confirmada em Novembro/99 pelo STF – Supremo Tribuanos por todo o Brasil. A ASSEIJ tem por objetivo promover a educação, a saúde e a assistência social, ano. Também, a Lei 9.430/96, se aplicada, corrigiria o Patrimônio Social transformando o Resultado nal Federal, gerando a contingência e o não recolhimento da CP - Cota Patronal do INSS, da CSSL – promovendo obras de promoção humana, beneficentes, filantrópicas, sociais e assistenciais. No exer- Financeiro de receitas para despesas. Esta Lei não foi aplicada no presente Balanço pelo receio de o Contribuição Social Sobre o Lucro e da COFINS – Contribuição Para Financiamento da Seguridade cício de suas finalidades institucionais, a ASSEIJ não faz nenhuma discriminação de raça, sexo, idade, resultado contábil alcançado ser interpretado de alcance, apenas, às instituições com finalidade econô- Social, contabilizadas como contingências a partir de 01/04/99. cor, credo religioso, político e condição social. A Entidade goza de imunidade tributária cuja manuten- mica / lucrativa. Entretanto, fica evidenciado que a presente receita financeira não pode ser considera- C - A Lei 10.260/01 de 12/07/01, seu artigo 19, determinou que: “verbis” A partir do primeiro semestre ção depende de renovação do CEAS – Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social, da para fins de cálculos tributários e ou de gratuidades, pois, não são receitas, sendo apenas e unica- de 2001, sem prejuízo do cumprimento das demais condições estabelecidas nesta Lei, as instituições emitido pelo CNAS – Conselho Nacional de Assistência Social. O prazo de validade do último CEAS é mente correções monetárias parciais das reservas financeiras existentes. de ensino enquadradas no artigo 55 da Lei 8.212 de 24 de julho de 1991, ficam obrigadas a aplicar o de 31/12/2003 aprovado pela Resolução nº 005, de 24/02/2005, publicada no DOU – Diário Oficial da I - Receitas de Aluguéis: As receitas de aluguéis representam os valores de aluguéis de imóveis, equivalente à Contribuição calculada nos termos do artigo 22 da referida Lei na concessão de bolsas União de 01/03/2005. A Entidade requereu, tempestivamente, em 16/12/2003, a renovação do mesmo sejam comerciais e ou residenciais, mais taxas cobradas de uso de quadras, piscinas e ginásios de de estudo, no percentual igual ou superior a 50% dos encargos educacionais cobrados pelas instituipelo Processo 710010.002433/2003-80, o qual foi analisado, tendo o CNAS solicitado complementação esportes, mais taxas de uso de anfiteatro e de espaços colocados à disposição de alunos e país. As ções de ensino, a alunos comprovadamente carentes e regularmente matriculados. O artigo 2º do de informações, sendo atendido em 27/07/2005, estando no momento em fase de análise conclusiva, despesas representam as taxas cobradas pelas imobiliárias, seguros e tributos sobre imóveis e Decreto 4.035, de 28 de novembro de 2001 que regulamentou a Lei 10.260/01, determinou que: O conforme certidão de trâmite emitido pelo CNAS em 01/11/2005, com validade para 6 meses em corresponderam a R$ 319.290.. montante de recursos a ser concedido sob a forma de bolsas de estudo em cada período letivo será atendimento à IN – Instrução Normativa 531 da Secretária da Receita Federal. J - Receitas de Doação: As receitas com doações representam as doações recebidas de pessoas sempre equivalente ao valor da contribuição, calculada na forma dos artigos 22 da Lei 8.212/91, e da NOTA 02. PRINCIPAIS DIRETRIZES CONTÁBEIS. físicas e jurídicas, sem condicionamento de aplicação e representaram R$ 1.315.957, sendo R$ 877.978, Lei 10.260/01, para o período letivo imediatamente anterior. Motivando a ADI – Ação Direta de A - Demonstrações na Versão “Legislação Societária”: Elaboradas de acordo com os Princípios referentes ao custo do trabalho gratuito da diretoria e das associadas, R$ 369.053 recebidos de pesso- Inconstitucionalidade 2.545-7/01 em 17/10/01, deferida em 01/02/02 pelo plenário do STF – Supremo Fundamentais de Contabilidade, Normas Brasileiras de Contabilidade NBC – T 10.19, de conformida- as físicas e R$ 68.926 recebidos de pessoas jurídicas. Tribunal Federal. de com a legislação societária, estas demonstrações resultam da simples acumulação de valores K - Seguros: A Entidade possui cobertura de seguros para seus bens e de responsabilidade civil. D - A Lei 11.096/05 de 13/01/2005, Medida Provisória 213/04, Decreto 5.245/2004, que criaram o nominais, em obediência às práticas contábeis e à Legislação específica; L - Gratuidades: Para atender aos seus objetivos sociais, a Entidade realiza serviços gratuitos de PROUNI – Programa Universidade para Todos está sendo contestado no STF – Supremo Tribunal B - Apresentação das Notas Explicativas: As notas explicativas às demonstrações contábeis estão educação, de saúde e de assistência social a pessoas carentes, suportando estes, substancialmente, Federal através da ADI – Ação Direta de Inconstitucionalidade 3.330/04, de 21 de outubro de 2004 apresentadas em R$ 0. com base nas receitas de vendas de serviços educacionais e de saúde, receitas de aluguéis de seus patrocinadas pela Confederação Nacional de Estabelecimentos de Ensino – CONFENEN, por solicitaNOTA 03.RESUMO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS. bens, de doações de pessoas físicas e jurídicas em espécie e em serviços. E prática da Entidade ção da ANAMEC, por intermédio do Prof Dr. Yves Gandra Martins. Entretanto, a mesma vem esclareA - Disponível: Está representado pelos saldos de Caixa e Bancos, devidamente reconciliados com os aplicar todos os seus recursos na concessão de gratuidades educacionais, assistenciais e de saúde. A cer por analogia que as entidades sem finalidade de lucro ou econômica, portadoras do CEBAS – extratos originais bancários; quantidade dos serviços educacionais de saúde e sociais gratuitos fornecidos pela Entidade pode ser Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social devem calcular os 20% de gratuidades a B - Despesas Antecipadas: Representam despesas com seguros, assinaturas de jornais, revistas, resumida como se segue. 185 Alunos gratuitos integrais R$1.367.535. 1.196 Alunos gratuitos parciais; serem praticadas sobre a receita efetivamente recebida e não pelo faturamento por regime de compeinformativos técnicos e adiantamentos salariais, apropriadas mensalmente em despesas, de acordo R$3.258.214. = R$ 4.625.749. 105 Pessoas atendidas – auxílio alimentar; R$ 42.326. 02 Pessoas aten- tência. § 4º do Artigo 5º da Lei 11.096/05, IN VERBIS: A instituição privada de ensino superior com fins com o princípio da competência; didas – assistência medica/hospitalar; R$ 482. 39 Pessoas atendidas – auxílio em dinheiro; R$ 26.419. lucrativos ou sem fins lucrativos, não beneficente poderá, alternativamente, em substituição ao requisiC - Créditos: Referem-se a parcelas escolares a serem recebidas, vendas do ativo imobilizado a 261 Pessoas atendidas – Bolsas, Estudos; R$ 71.232. 282 Pessoas atendidas – Abrigados idosos; R$ to previsto no caput deste artigo, oferecer 1 (uma) bolsa integral para cada 22 (vinte e dois) estudantes prazo, aplicações financeiras registradas ao custo, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do 509.347. 16.788 Pessoas atendidas – Projetos de Inclusão Social; R$ 869.700. = R$ 1.519.506. 2.093 regularmente pagantes e devidamente matriculados em cursos nela efetivamente instalados, conforme Balanço devidamente reconciliado com os extratos originais bancários e de outras contas a receber; Pessoas atendidas – Saúde; R$ 1.076.236. 20.951 Gratuitos R$ 7.221.491. 3.626 Alunos = R$ 16.144.457. regulamento a ser estabelecido pelo Ministério da Educação, desde que ofereça, adicionalmente, quanD) Permanente: O imobilizado está abaixo demonstrado e contabilizado pelo custo de aquisição e/ou 54.471 Pacientes = R$ 4.707.686. 79.048 Receita = R$ 20.852.143. Receitas de Variações Monetárias tidade de bolsas parciais de 50% (cinqüenta por cento) ou de 25% (vinte e cinco por cento) na proporconstrução, desde 1999, quando foi feita a sua Reavaliação por tombamento geral, por uma empresa = R$ 5.502.572. Receitas de Aluguéis e taxas = R$ 319.290. Receitas: Doações incondicionais = R$ ção necessária para que a soma dos benefícios concedidos na forma desta Lei atinja o equivalente a especializada e registrada na CVM, menos a depreciação acumulada. É a mesma calculada pelo mé- 1.315.957. = R$ 7.137.819. Receita = R$ 27.989.962. (-)Receita de Saúde - Caixa = R$ 1.961.761. (- 8,5% (oito inteiros e cinco décimos por cento) da receita anual dos períodos letivos que já têm bolsistas todo linear: As taxas de depreciação utilizadas estão de acordo com a expectativa de vida útil do bem: )Receitas não recebidas – Competência = R$ 3.872.099. Receitas Recebidas – Caixa = R$ 22.156.102. do PROUNI, efetivamente recebida nos termos da Lei no 9.870, de 23 de novembro de 1999, em cursos Imobilizado Historico Reavaliação Total 3.000 País de alunos; 500 Fornecedores e prestadores de serviços; 708 Professores e funcionários; de graduação ou seqüencial de formação específica. NOTA 05 – O Decreto 2.536/98, regulamentou a LOAS – Lei Orgânica da Assistência Social Lei 8.742/ Marcas e Patentes 614 0 614 100 Associadas Religiosas. Total de 83.356 pessoas. Ações de Empresas 0 0 0 DO DIFERIMENTO DAS RECEITAS NÃO RECEBIDAS E DOS ANEXOS PREVISTOS DA IN – Ins- 93: A Resolução 177/00, alterada pela 01/01 e a 02/01 e a 107/2002 do CNAS – Conselho Nacional de Terrenos 411.491 14.030.435 14.441.927 trução Normativa 03/05: As gratuidades valem pelo seu valor de origem e devem ser consideradas Assistência Social. O parecer CJ/MPAS 2.332/00, o 2.414/01 e o 2.416/01, questionados através das Edificações 5.854.968 19.056.016 24.910.984 contabilmente pelo seu custo total e comparadas sobre as receitas efetivamente recebidas, (conforme ADI’s – Ações Diretas de Inconstitucionalidades 1.802-3/98 e a 2.028-5/99 e sua complementar 2.228Móveis e Utensílios 1.314.101 708.556 2.022.657 § 4º do Artigo 5º da Lei 11.096/05 que criou o PROUNI) motivando o diferimento extra-contábil do 8/00 e a 2.545-7/01 deferidas pelo STF – Supremo Tribunal. A IN – Instrução Normativa 66/02 alterada Máquinas e Equipamentos 831.468 88.312 919.780 valor de R$ 3.872.099 (Três milhões oitocentos e setenta e dois mil e noventa e nove reais) pela 100/03 e 03/05 que revogou e substituiu a OS – Ordem de Serviço 210/99 do INSS – Instituto Veículos 547.562 36.331 583.893 referentes a receitas contabilizadas pela competência e não recebidas até a data do fechamen- Nacional do Seguro Social e finalmente reconheceu o direito adquirido das instituições sem finalidade Equipamentos Processamento Dados 422.408 58.390 480.797 to do Balanço, Conforme instruem os formulários implantados pela referida IN – Instrução Normativa econômica, estabelecendo que: Seção VI Direito Adquirido - Art. 313. O direito à isenção foi asseguDireito de Uso de Linha Telefônica 36.040 11.120 47.159 03/05, que foram inteiramente cumpridos e reconhecidos, conforme o quadro explicativo acima, com rado até 31 de outubro de 1991 à entidade que, em 1º de setembro de 1977, data da publicação do Direito de uso de SOFTWARE 58.365 578 58.943 opção de aplicação de 20% sobre a receita conforme o Decreto 4.327/02 que altera o Decreto 2.536/98 Decreto-lei nº 1.572, de 1977, atendia aos requisitos abaixo: I - detinha Certificado de Entidade de Fins Aparelhos Médicos Cirúrgicos 714.310 268.816 983.126 no que diz respeito aos 60% de atendimento ao SUS – Sistema Único de Saúde e com a Resolução Filantrópicos - CEFF com validade por prazo indeterminado; II - era reconhecida como de utilidade Móveis Hospitalares 126.650 124.448 251.098 107/02 do CNAS. DO DIFERIMENTO DAS RECEITAS DE SAÚDE: O Decreto 4.327/02 de 08/08/ pública pelo Governo Federal; III - os diretores não percebiam remuneração; IV - encontrava-se em Instalações Hospitalares 31.534 17.992 49.526 2002 alterou o Decreto 2.536/98, retroativo aos anos de 1998 a 2001 em vários artigos e entre eles: O gozo de isenção das contribuições previdenciárias. § 1º A entidade cuja validade do CEFF provisório Obras em Andamento 3.330.573 0 3.330.573 seu parágrafo 11 verbis: Tratando-se de Instituição que atúe, simultaneamente, nas áreas de saúde e encontrava-se expirada teve garantido o direito previsto no caput, desde que a renovação tenha sido Biblioteca 151.853 145.578 297.431 de assistência social ou educacional, deverá ela atender ao disposto no Inciso VI, ou ao percentual requerida até 30 de novembro de 1977 e não tenha sido indeferida. § 2º O disposto no caput também se Imobilizações a Classificar 99.917 0 99.917 mínimo de serviços prestados ao SUS pela área de saúde e ao percentual daquele em relação às aplica à entidade que não era detentora do título de Utilidade Pública Federal, mas que o tenha requeObras em Andamento – CTI 288.548 0 288.548 demais. Parágrafo 12 verbis: Na hipótese do parágrafo 11: Não serão consideradas, para efeito de rido até 30 de novembro de 1977 e esse requerimento não tenha sido indeferido. § 3º A entidade cujo Obras em Andamento – BETÂNIA 919.482 0 919.482 apuração do percentual da receita bruta aplicada em gratuidade, as receitas provenientes dos serviços reconhecimento de utilidade pública federal fora indeferido ficou sujeita ao recolhimento das contribuiTOTAL 15.139.885 34.546.572 49.686.457 de saúde. Incluído pelo Decreto 4.327/02. A ASSEIJ é uma Entidade mista, pois atende à área de ções sociais, a partir do mês seguinte ao da publicação do ato que indeferiu aquele reconhecimento. § (-) Depreciação -3.267.134 -7.026.726 -10.293.860 saúde, educação e assistência social. Assim, deve-se deduzir do total de suas receitas a receita da 4º O direito à isenção adquirido pela entidade não a exime, para a manutenção dessa isenção, do 11.872.751 27.519.846 39.392.597 área de saúde, para então se obterem as receitas base de cálculo para os 20% a serem aplicados em cumprimento, a partir de 1º de novembro de 1991, das disposições do art. 55 da Lei nº 8.212, de 1991, E) Débitos: Gratuidades, ou seja, R$ 4.707.686 (-) R$ 2.899.010 = R$ 1.961.761. M – IMUNIDADE DAS CONTRI- com exceção do disposto no seu § 1º. São Paulo – SP, 31 de dezembro 2005 1º Fornecedores e Contas a Pagar: Representam despesas com compras, folha de pagamento, BUIÇÕES SOCIAIS: O custo da Imunidade da Cota Patronal da Previdência Social usufruída pela encargos sociais, tributos e contingências.Todos os valores são apropriados de acordo com o princípio Entidade no ano de 2005 mais a COFINS e a CSSL foi de: PARECER DO CONSELHO FISCAL da competência; CNPJ COTA PATRONAL SAT TERCEIROS COFINS CSLL TOTAL Os membros do Conselho Fiscal da ASSEIJ - Associação Educadora da infância e Juventude, no uso 2º Provisão para Férias: Os valores relativos a férias devidas aos empregados e os respectivos encar- 60.518.180.0001-20 2.398.958 148.742 576.456 1.033.609 310.474 4.468.239 de suas atribuições legais e estatutárias, reuniram-se nesta data para examinarem o relatório da Diregos sociais estão provisionados proporcionalmente ao período aquisitivo; TOTAL 2.398.958 148.742 576.456 1.033.609 310.474 4.468.239 toria, o Balanço Patrimonial Social e as demais Demonstrações Contábeis encerrados em 31/12/2005, 3º Provisão para Contingências: Está atualizada até a data do balanço pelo montante provável do NOTA 04 - EVENTOS SUBSEQÜENTES – Mudanças na Legislação Tributária. compreendendo a Matriz/Mantenedora e as Filiais/Mantidas; Aprovando e registrando em ATA, vem a risco de perda, observada a natureza de cada contingência, baseada nos processos pendentes na data A - A Lei 9.532/97 motivou a ADI – Ação Direta de Inconstitucionalidade 1.802-3/98 direcionada a seu público os apresentar, opinando assim, pela sua aprovação na assembléia Geral. São Paulo - SP, 31 de do balanço; parágrafo 001 e à alínea F, do parágrafo 002, ambos do artigo 012 e do artigo 013, caput e do artigo 014, janeiro de 2006 4º-Receitas Antecipadas: Representam os valores recebidos no final dos anos 2003/2004/2005 refe- deferida em 27/08/98 pelo STF – Supremo Tribunal Federal, gerando contingência devido à dificuldade de Ir. Iavaldes Rodrigues Andrade Ir. Eurides Rocha rentes às parcelas de matrículas de janeiro de cada ano; reconhecimento da mesma pelos Bancos e órgãos fiscalizadores do Governo e é registrada contabilmente RG: 133.644 - CPF: 123.283.326-68 RG: 932.939 - CPF: 170.751.819-04 F - Reconhecimento das Receitas e Despesas: As receitas e as despesas são reconhecidas no com os IRRF – Imposto de Renda Retido na Fonte, IOF – Imposto Sobre Operações Financeiras, CPMFmomento do faturamento ou da data da emissão do documento, de acordo com o Princípio Fundamen- Contribuição Provisória Sobre aplicações e transações financeiras da Instituição em contas a receber e Ir. Isolina Auxiliadora Alves tal da Competência; após a cobrança e o não recebimento é contabilizado em despesas tributárias/fiscais; RG: 6.785.999 - CPF: 700.790.568-49 PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Às Reverendíssimas Irmãs; Presidente, Diretoras, Conselheiras e Associadas da, 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e DORA DA INFANCIA E JUVENTUDE em 31 de dezembro de 2005, os resultados de suas operações, ASSEIJ – ASSOCIAÇAO EDUCADORA DA INFÂNCIA E JUVENTUDE compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, e de controles internos da Entidade; (b) a constatação, as mutações de seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos referentes ao exerSão Paulo – SP. com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contá- cício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 1. Examinamos o balanço patrimonial da ASSEIJ – ASSOCIAÇÃO EDUCADORA DA INFÂNCIA E beis divulgadas; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas 4. Não opinamos sobre os anos de 2004 e 2003 que foram auditados por outros auditores independenJUVENTUDE, levantado em 31 de dezembro de 2005, e as respectivas demonstrações do Superávit, pela administração da Entidade, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas tes, cujo parecer foi emitido em 08 de abril de 2005, sem ressalvas. das mutações do patrimônio social e das origens e aplicações de recursos, correspondentes ao exer- em conjunto. São Paulo - SP, 04 de abril de 2006. cício findo naquela data, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabi- 3. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas representam adequadamente, em HORWATH TUFANI, REIS & SOARES Auditores Independentes - CRC 2SP015165/O-8 lidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da ASSEIJ – ASSOCIAÇAO EDUCAJairo da Rocha Soares – Contador - 1SP120458/O-6 Ir. Regina Azevedo Soares - Presidente – RG: 5.764.690 – SSP - SP – CPF: 703.880.408-15 Gilberto José de Andrade Filho - Contabilista – CRC-GO-006.940/0-0-S-SP-RJ – CPF: 007.324.606-97


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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terça-feira, 25 de abril de 2006

5,93

por cento foi a oscilação das ações da Net PN, no pregão de ontem na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).

24/4/2006

Informe Publicitário

FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Situação em 19/04/2006 Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda

Fundo P.L. do Fundo Empresarial LP ....................... 4.586.739,46 Lastro Performance LP ......... 1.058.682,00 Múltiplo LP .............................. 3.256.113,41 Esher LP .................................. 2.481.329,19 Master Recebíveis LP ........... 557.940,92

Valor da Cota Subordinada 1.037,576345 999,639287 1.028,833311 1.010,515603 962,288619

% rent.-mês 1,9495 0,6945 0,4308 0,5925 0,9323

% ano 6,2034 -0,3661 2,8833 1,0516 -3,7711

Valor da Cota Sênior 0 1.021,143954 1.028,031371 0 0

% rent. - mês 0,7338 0,7995 -

% ano 2,1144 2,8031 -

rating AA-(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)

DC

COMÉRCIO


Marche com o Pinguim até o Informática

Ano 81 - Nº 22.113

São Paulo, terça-feira 25 de abril de 2006

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Edição concluída às 23h40

w w w. d co m e rc i o. co m . b r

O ataque do Leão aos pequenos devedores Empresas que devem até R$ 10 mil ao Fisco já podem ser protestadas. A ACSP e a OAB são contra: é a sentença de morte aos inadimplentes. Economia/1 Newton Santos/Hype

Rachid investigado pelo MP

Código do Contribuinte é para valer

Secretário da Receita Federal na mira por impropridade administrativa. Economia/1

IEDC pressiona Senado com novas propostas e espera sua rápida aprovação. Economia/1

TERROR

Kassab não quer obras paradas

Na Associação Comercial de São Paulo, o prefeito Gilberto Kassab (na foto, com Alencar Burti, presidente da CACB, e Afif Domingos, presidente da ACSP) disse que vai retomar obras herdadas , e inacabadas, da gestão petista. Pág. 7

NO OÁSIS O pacato oásis de Dahab, no Mar Vermelho, foi o alvo de três bombas que mataram 18 egípcios e três estrangeiros. É o terceiro atentado terrorista no deserto do Sinai em dois anos. Israel fechou a fronteira em Taba, ofereceu ajuda ao Egito e entrou em máximo alerta. Pág. 12

Este cão tem fome de MP3

Morteza Nikoubazl/Reuters

I-Dog é uma das 1.800 atrações de feira de brinquedos. Economia/ 4

IRÃ PREGA O FIM DE ISRAEL HOJE Parcialmente nublado Máxima 29º C. Mínima 16º C.

AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 28º C. Mínima17º C.

No dia em que Israel lembrou o holocausto nazista, o presidente iraniano Ahmadinejad (foto) pediu à Europa para receber de volta seus sobreviventes e refugiados judeus. Este seria o fim de Israel no Oriente Médio. Pág. 12

O nosso presente ao contabilista No Dia do Contabilista, um caderno especial mostra como as exigências do mercado transformaram o perfil da profissão. DC

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

DCARR São Paulo, 26 de abril de 2006

Nº 117

Santana chega ao fim de sua história de 22 anos. Em maio a VW pára de fabricar o carro e já aponta seu substituto. Saiba qual é na página 3. Pablo de Souza

Fusion

Páginas 8 e 9


São Paulo, quarta-feira, 26 de abril de 2006

D C A R R O 11

HONDA

Duas malas laterais e uma traseira abrigam a bagagem para dois. O painel mostra tudo o que é preciso saber para pilotar a confortável máquina.

Pela sua aparência, só há um único adjetivo para definir esta moto: imponente

Posicionado no banco, que conforto! Dá-se a partida para um trajeto misto de estrada e cidade de cerca de 80 quilômetros para sentir a sensação de pilotar essa limusine sobre duas rodas. Partida acionada, primeira, segunda, terceira, quarta e quinta marchas. E lá vamos para a estrada. Um prazer indescritível tamanha a maneabilidade dessa moto. A posição das pernas do piloto é boa. O amplo pára-brisa dianteiro impede que o ar chegue diretamente a ele. Para possibilitar uma distribuição final da potência mais eficiente, o sistema de transmissão é por eixo cardã, de cinco velocidades, assegurando conforto e mínima manutenção. Seu ronco nos leva a uma sensação de maior liberdade. Dianteira e traseira - A Honda GL Gold Wing 1800 traz desenho futurista de linhas acentuadas, transmitido pela gran-

de carenagem dianteira e amplo conjunto óptico dianteiro. Esse item confere à ela visual robusto, acentuado principalmente pelo farol com refletores multifocais e lanternas de lentes transparentes. Faz parte ainda do sistema luzes indicadoras de direção integradas aos espelhos retrovisores. Três grandes maleiros dão ao desenho traseiro proporções ainda mais avantajadas. O conjunto de luzes indicativas está localizado nas laterais e, na grande mala central, a luz de freio. Suas rodas, em ligaleve, têm as seguintes medidas: 18 polegadas na dianteira e 16 polegadas na traseira são equipadas com pneus sem câmara de medidas, respectivamente de 130/70R18M/C 63H e 180/60R16M/C 74H que contribuem para a estabilidade da motocicleta. Finaliza o conjunto o bonito escapamento de grande diâmetro tipo 6x2 x 1x2.


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DCARRO

São Paulo, quarta-feira, 26 de abril de 2006

R$ 200 fazem toda a diferença debate era sobre um dos temas mais em moda da indústria automobilística brasileira. O carro flex. Como envolvia engenheiros, a questão em pauta eram os novos caminhos para se obter maior rendimento desses motores. Afinal, por que ainda existe um "tanquinho" com gasolina para a partida a frio? Por que usando só gasolina o bicombustível deixa a desejar em relação aos veículos com motores movidos exclusivamente pelo combustível convencional? O turbo não resolveria o problema da taxa de compressão e garantiria maior rendimento ao flex? João Alvarez Filho, gerenteexecutivo de Desenvolvimento de Motores e Transmissões da Volkswagen e um dos participantes do debate promovido pela SAE Brasil (Sociedade dos Engenheiros da Mobilidade), não vacilou em responder à última pergunta: "O turbo, sem dúvida, resolveria o problema da taxa de compressão. Só que pesquisas feitas junto ao pessoal de marketing indicam que R$ 200 de diferença no preço de determinados carros fazem o comprador mudar até de marca". Mais do que explicado. Não só a questão

do turbo como várias outras inovações tecnológicas que não fazem parte dos carros que ainda dominam a produção brasileira, que como todos sabem são aqueles com motor 1.0. "Não podemos esquecer que 55% das vendas locais ainda são de modelos populares", complementou Alvarez. Com relação ao "tanquinho", a resposta veio de Silvério Bonfiglioli, presidente da Magneti Marelli Mercosul. "Queremos colocar no mercado, em 2007, a partida a frio com álcool sem uso de gasolina". Enfim, é uma tecnologia ainda em desenvolvimento. E uma hora chegará a vez do "tanquinho" desaparecer. Ficou claro no debate, realizado na última segundafeira, em São Paulo, que ainda há muito a evoluir. Mas foi consensual, entre os participantes, que desta vez o Brasil saiu na frente e que não há nada no mundo igual ao flex-fuel desenvolvido no País. "Nos EUA, há uma iniciativa com tecnologia que até hoje usa sensor. Não há um software como o nosso. É único", garantiu Bonfiglioli. E Alvarez reforçou: "Pelo menos uma vez por mês recebemos um telefonema de algum governo interessado na nossa tecnologia".

Diretor-Presidente Guilherme Afif Domingos Diretor de Redação Moisés Rabinovici

Diagramação Hedilberto Monserrat Jr. 3244-3281 hmonserrat@dcomercio.com.br

Editor chicolelis 3244-3184 chicolelis@dcomercio.com.br

Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. 3244-3122 agebara@acsp.com.br Rua Boa Vista, 51

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ÍNDICE FIM DE LINHA - 3 Volkswagen confirma o fim do Santana.

APRESENTAÇÃO - 4 E 5 Veja detalhes da terceira geração do Pathfinder.

MERCADO - 7 Opções de carros usados com preço na faixa do 1.0 novo.

CAPA/LANÇAMENTO - 8 E 9 Ford apresenta o Fusion, seu novo sedã de luxo.

HISTÓRIA - 16 O Puma ainda atrai apaixonados por esportivos.

Alzira Rodrigues

AGENDA Hoje

“O transporte de cargas e logística e o custo Brasil” é tema de seminário a ser realizado no Auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, em Brasília, com patrocínio da Controlsat.

27 de abril

A Honda apresenta o novo Civic em evento que reunirá a imprensa especializada no Caesar Park Hotel Internacional, no município de Guarulhos.

Repórteres Alzira Rodrigues 3244-3689 alzira@dcomercio.com.br Anderson Cavalcante acavalcante@dcomercio.com.br

Impressão S/A O Estado de S. Paulo

OESP Área Comercial Celso Nascimento 3856-2454/9168-8258 www.dcomercio.com.br/dcarro


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DCARRO

São Paulo, quarta-feira, 26 de abril de 2006

MARKETING

Ação inédita com o CrossFox em pedreira ais uma vez a Volkswagen investiu em ação inédita para promover o seu utilitário esportivo CrossFox. Depois de ficar suspenso na linha de sustentação do bondinho do Pão de Açúcar (RJ), no ano passado, desta vez ele desceu de tirolesa uma pedreira com 100 metros de altura preso a um cabo de aço ligado a dois superguindastes. Segundo a montadora, esta é a primeira vez que um veículo automotor "pratica" este esporte radical. A ação foi desenvolvida em conjunto com AlmapBBDO para destacar a agilidade do utilitário compacto da montadora. A tirolesa foi realizada na Pedreira do Dib, no município de Mairiporã (SP). Assentado em quatro bases, um guindaste ficou no alto da pedreira e dele desceu um cabo de aço preso a uma máquina semelhante, 100 metros abaixo, sobre um vão livre de 310 metros. Entre um e outro só havia um paredão de pedra e um lago, raso, no fundo da pedreira.

DCARRO POR AÍ

C

M

Tudo em detalhes - Preso a uma roldana e ao cabo de aço, o CrossFox foi suspenso e desceu alguns poucos metros controlado por uma corda para que não batesse nas pedras. Em seguida, desceu em queda livre, pendurado ao cabo, indo praticamente até a outra ponta e retornando, pairando sobre o vazio. A descida durou pouco mais de 20 segundos. A ação pode ser vista no programa Avesso que estreou na segunda-feira, nos canais Sony e AXN. Uma equipe especial preparou o

ESTUDANTES EXPÕEM SEUS CARROS

Divulgação

Vão livre de 310 metros

evento em Mairiporã. A Maxtreme, especializada em ações deste gênero, fez todo o levantamento da área e escolheu os equipamentos necessários para evitar qualquer risco de acidentes. A montagem dos guindastes durou um dia. Os testes, mais um. Tudo foi detalhadamente estudado e definido. Cerca de 30 pessoas trabalharam nas montagens. Para o CrossFox ficar suspenso, foi feita uma perfuração no centro do teto da carroceria, por onde foi passado o gancho fixo de sustentação ao cabo de aço. O gancho ficou preso a uma estrutura interna reforçada.

inco veículos construídos por estudantes do Centro Universitário da FEI (Fundação Educacional Inaciana) estão em exposição no Shopping Metrópole, em São Bernardo do Campo (praça Samuel Sabatini, 200, Centro), até o próximo dia 2. A mostra tem como foco o curso de Engenharia Mecânica Automobilística, pioneiro no Brasil e que já formou, em 43 anos de existência, quase 6 mil engenheiros. Entre os modelos da mostra tem o Lavínia, arrojado protótipo com perfil aerodinâmico associado a uma grande potência, que foi desenvolvido no final dos anos 60 e atraiu a atenção do público no Salão do

Automóvel de 1970. Na última mostra do gênero, realizada em 2004, ele voltou totalmente restaurado. Outro modelo em exposição é o FEI X-12, um veículo supereconômico desenvolvido no ano de 2002, em apenas quatro meses. A carroceria é totalmente estrutural e dispensa o uso do chassi. As principais inovações são as rodas orbitais e a posição do motor próximo à roda de tração. Tem ainda o FEI X-13, também um supereconômico mas com design totalmente reformulado; o FEI X-15, batizado de Colibri devido à carroceria inspirada em um beija-flor, e o minibaja Armadillo, um off-road.

BANCO MERCEDESBENZ PATROCINA PEÇA

SUPER TROCA SHOW DE BOLA

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omo parte de sua política de apoio à cultura, o Banco Mercedes-Benz apresenta a peça “O Jeca Voador e a Corte Celeste – um causo modernista”. O espetáculo estreou temporada no último sábado, às 16h, no teatro Sérgio Cardoso, e ficará em cartaz até 28 de maio. Nossa meta é a associação do banco a projetos que difundam a cultura. A peça Jeca Voador comprova este objetivo, retratando a história do Brasil, principalmente do desenvolvimento do interior", explica José Licciardi, gerente de Marketing do Banco Mercedes-Benz.

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ensando na paixão número 1 do brasileiro, a Mobil lançará em 1º de maio a campanha “Super Troca Show de Bola” em sua rede de distribuidores. Desta data até o final da Copa do Mundo o cliente que realizar a troca de óleo escolhendo alguns dos produtos Mobil levará brindes para casa. O consumidor que na hora da troca optar pelo Mobil 1 0W-40, Mobil Super S 15W-50, Mobil Super HP 20W-50 ou pelo Esso Uniflo 20W-50 poderá ganhar bola de futebol de couro e/ou camiseta verde-e-amarela para torcer pelo Brasil.


São Paulo, quarta-feira, 26 de abril de 2006

DCARRO

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FALTA A KOMBI Divulgação

Ponto final para o Santana A Volkswagen anunciou oficialmente o fim da produção do Santana que, ao lado da Kombi, formava a dupla mais antiga do País CHICOLELIS

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ai desaparecer, aos 22 anos de idade, o Santana, natural da Alemanha e radicado no Brasil desde 1984. Como já aconteceu com muitos carros tirados de linha no Brasil vai deixar muitos motoristas infelizes. Entre eles, uma grande maioria de taxistas que foram seus compradores nestes seus últimos anos de vida. O anúncio, feito oficialmente pela Volkswagen do Brasil no final da semana passada, não surpreendeu ninguém. A fábrica já havia alertado para esta decisão, não mencionando apenas a data em que isto aconteceria. Agora, a VW oferece toda a sua linha com motor flex e, dos velhos modelos da marca, só resta a Kombi que, a se julgar pelo andar da carruagem, ainda vai longe, como seu novo motor 1.4 bicombustível. Mas o Santana, que luta bravamente contra as modernidades do mercado há pelo menos dez anos, quando começaram a surgir concorrentes mais modernos e atraentes, teve seus momentos de glória desde que surgiu, em 1984, enfrentando os poderosos Opala e Monza, ambos da GM. Um deles em 1991: Foi o primeiro carro brasileiro a oferecer freio com ABS (sistema de antitravamento das rodas). Ele foi envelhecendo cada vez mais. E, agora, chega ao fim, depois de levar e trazer milhões de brasileiros pelas ruas, estradas, avenidas - esburacadas ou não, de terra ou asfaltadas. Foram, até agora, 548.494 unidades produzidas e a fábrica promete que "com os estoques que serão formados nas próximas semanas, a Volkswagen espera suprir a demanda pelo

modelo até o final de 2006". Dica da VW - Para o taxista, hoje o único público consumidor do Santana, a Volkswagen "vai oferecer o Polo Sedan 1.6 Triflex, que roda com álcool, gasolina e GNV em um código especial que, esperamos, substitua com sobras a lacuna deixada pelo Santana", indica Paulo Kakinoff, diretor de Vendas e Marketing da Volkswagen do Brasil. Como atração maior para o taxista, a fábrica aponta para o preço do Polo Sedan, com os abatimentos em tributos como ICMS e IPI na venda para essa categoria: R$ 36,3 mil. "É praticamente o valor que o motorista pagava em um Santana, só que movido apenas a álcool", diz Kakinoff. "Que pena!" - Marco Antonio de Oliveira não é um taxista típico de Santana, como muitos que já estão no seu terceiro ou quarto modelo. Pelo contrário, ele tem apenas oito meses de Santana e de profissão. Antes Marco Antonio tocava trompete (instrumento de sopro) numa orquestra, mas a música não dava para sustentar a família - que mora na Praia Grande - e agora só toca esporadicamente com amigos. Ele tem um táxi Santana com o qual já

Depois de duas décadas, Santana deixa o mercado e dúvidas para taxistas como Marco Antonio, que ainda não sabe qual carro comprar

rodou 60 mil quilômetros, de um total de 385 mil que consta no odômetro do mesmo. Ele lamenta que o carro não vai mais ser fabricado. "Sei que não tenho experiência como muitos outros, mas posso dizer que o automóvel é muito bom e pena que vai acabar. Tenho que trocar de

Luludi/Luz

modelo no ano que vem - a lei municipal obriga a troca de táxi a cada dez anos quando vence o prazo da Prefeitura - e vou ver o que fazer até lá". Se vai atender à sugestão do diretor de Marketing da Volkswagen, para trocar pelo Polo Sedan, movido a álcool, gasolina e gás, ele não sabe. "Ainda é cedo. No ano que vem vamos ver como as coisas ficarão", concluiu o músico/taxista.


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MWM-INTERNATIONAL

Liderança no Mercosul Divulgação

Empresa comemora um ano da fusão da companhia brasileira e a norte-americana com faturamento e exportações em alta Divulgação

ALZIRA RODRIGUES

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O motor NGD 3.0 (acima) está sendo cotado para venda na China. O presidente Waldey Sanchez comemora os bons resultados da empresa.

naquele país concretizamos o primeiro caso efetivo de integração das duas marcas após a fusão", explica José Eduardo Luzzi, diretor de Vendas, Marketing e Planejamento Estratégico da empresa. Futuros negócios - Entre os mercados que a companhia está de olho, destacamse a Índia - onde há possibilidade de se produzir motores Acteon - e a China. O motor cotado para o mercado chinês é o NGD 3.0, que aqui no Brasil equipa a

picape Ford Ranger e o jipe Troller T4, entre vários veículos. "Entre outros mercados promissores, estamos analisando Rússia e Turquia, para onde poderemos exportar motores high speed e Acteon. As negociações estão adiantadas e, em breve, deveremos ter novidades", complementa Luzzi. Ampla linha - Com a união da empresa brasileira com a norte-americana, a nova companhia passou a atuar em todos os

segmentos do mercado - de 2,5 a 9,3 litros e de 50 a 375 cv de potência. Na área veicular, os motores eletrônicos passaram a dominar a produção, já respondendo por 58% do total fabricado no Brasil (Rio Grande do Sul e São Paulo). Este tipo de motor atende às novas regras de emissão de poluentes que entraram em vigência no Brasil este ano e vão vigorar na Argentina a partir do próximo ano. Atualmente, a MWM-International detém 22% de participação no mercado de caminhões, 60% no de picapes e 33% no de ônibus. A empresa também atua no segmento industrial e áreas de máquinas agrícolas e de motores marítimos.

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quipando 33,2% do total de veículos diesel produzidos no Mercosul, a MWM-International Indústria de Motores da América do Sul completa um ano de atividades como líder absoluto do setor na região. Fusão da fabricante brasileira MWM com a subsidiária local da norte-americana International, a nova companhia fechou o primeiro trimestre deste ano com faturamento de US$ 192 milhões, um incremento de 26,5% em relação ao mesmo período do ano passado. As exportações atingiram US$ 56 milhões. Waldey Sanchez, presidente da empresa, diz que não faltam motivos para comemorar o aniversário de 1 ano, completado no dia 14 de abril. Segundo o executivo, a sinergia entre as equipes e a soma das linhas de produto possibilitaram novos negócios tanto interna quanto externamente. "Pretendemos atingir um faturamento de US$ 750 milhões este ano e mantemos nossa meta de ultrapassar US$ 1 bilhão em 2010, o que representaria crescimento de 100% em um curto período de cinco anos". A MWM-International começou a exportar para o México este ano. "Com a venda de motores Acteon para equipar os ônibus International que são produzidos

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APRESENTAÇÃO Pablo de Sousa

O explorador de rotas da Nissan Nas ruas ou na estrada, no campo ou na praia. "Você decide" e o utilitário Pathfinder o leva sem dificuldades. ANDERSON CAVALCANTE

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Ponto Chic

A terceira geração do Pathfinder tem como concorrentes no Brasil os utilitários esportivos Grand Cherokee (Jeep), Land Cruiser Prado (Toyota), Pajero Full (Mitsubishi) e Discovery III (Land Rover). A única opção de acabamento por aqui é a top de linha, LE, que na sua versão Diesel custa R$ 210 mil.

Por isso, não é à toa a tradução do seu nome: "explorador de rotas", ou "desbravador de caminhos". Diesel - A versão turbodiesel vem equipada com motor 2.5 litros e 4 cilindros em

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magine-se em um carro com acabamento luxuoso, design moderno e robusto, teto solar elétrico, faróis de xenônio, ar-condicionado automático com comandos traseiros independentes, bancos em couro, CD Player para 6 discos, bússola digital no retrovisor, motor a gasolina ou diesel, uma bela grade frontal destacando o conhecido logotipo da marca Nissan e lugares para sete pessoas. Agora, idealize à sua frente um amplo terreno com terra, pedras, rampas íngremes e trechos com lama. Já sabe o que fazer? Você tem duas opções: acionar o 4x4 com reduzida, e enfrentar o fora de estrada, ou seguir pelo asfalto e voltar tranqüilamente para casa. A Pathfinder é capaz de encarar qualquer das escolhas.

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linha. Esse propulsor alcança potência máxima de 174 cv a 4.000 rpm e torque de 41,1 kgfm a 2.000 rpm. Segundo a Nissan, a aceleração de 0 a 100 km/h é feita em 12,5 segundos e a velocidade máxima é de 174 km/h. O consumo informado é de 9,9 km/l em uso misto, ou seja, cidade e estrada. Excluindo o ruído comum a veículos a diesel, o Pathfinder mostra uma força incrível para as mais diversas situações, seja no asfalto ou na terra. O utilitário possui tração integral (4x4) com diferencial central podendo ser utilizado de quatro formas, selecionadas eletronicamente por meio de tecla no painel. Para o asfalto, o 4x2 traciona o veículo apenas pelas rodas traseiras e no automático, a tração varia entre os eixos dianteiros e traseiros conforme a necessidade solicitada pelo terreno. Na opção 4x4 a tração é dividida igualmente entre os eixos e na 4x4 low, seu acionamento depende da necessidade do uso de marchas reduzidas. Internamente, a Pathfinder possui três fileiras de bancos, com capacidade para sete passageiros, sendo que na última fileira o espaço é mais apropriado para pernas curtas, ou seja, os "pimpolhos". Para falar sobre espaço para bagagens é

preciso lembrar de três possíveis situações: utilizando-se todas as fileiras de bancos o porta-malas tem apenas 190 litros de capacidade. Com a última fileira rebatida a capacidade sobe para 515 litros. Mas se necessário, a segunda fileira também pode ser embutida ao assoalho, deixando um ótimo lugar para bagagens: 2.091 litros. Impressões - Em qualquer tipo de terreno, apesar de suas dimensões generosas, o utilitário apresenta uma dirigibilidade segura, precisa e prazerosa. O assento do motorista possui todos os comandos elétricos necessários para uma boa postura durante a condução e o volante, apesar de não oferecer regulagem de profundidade, possui ajuste de altura.


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LANÇAMENTO

Uma obra sobre os andarilhos do Brasil A A Divulgação

Nissan está patrocinando o livro "Pelo Acostamento da Vida e os Andarilhos do Brasil”, escrito pela jornalista e navegadora de rali Tânia Mara Matias de Carvalho. A obra, lançada na semana passada, reúne em 86 páginas textos e fotos que retratam histórias de andarilhos, vendedores de frutas regionais, viajantes e muitas pessoas que a escritora encontrou durante as viagens realizadas ao longo das etapas de seu projeto “Idéia Fixa por um Sertão 100 Fome”, que nasceu em julho de 2002. Na época, Tânia escreveu o livro “Cêis é rali, é?”, que abordava a real história de um Brasil pouco conhecido e totalmente esquecido. Após a divulgação e a troca de exemplares do livro por cestas básicas, o O liv ro foi lançad o na semana projeto cresceu e as viagens pelo passada sertão brasileiro tiveram início. “A concretização desta terceira obra sigA Nissan - No Brasil desde 1998, nifica ter alcançado minha meta de ajudar o quando assumiu a importação e comersertanejo e de mostrar ao público as lições cialização de seus produtos no País, a de vida que essas pessoas têm a ensinar. Eu Nissan no ano seguinte firmou aliança realmente acreditei na idéia de que seria com a Renault, que passou a dar suporte possível fazer alguma coisa por essa parte da local para que a montadora japonesa população e fui em busca disso, superando consolidasse sua estratégia de expansão. qualquer obstáculo que aparecesse pelo Em dezembro de 2001 a Nissan inaucaminho”, relata a jornalista. gurou, em conjunto com a Renault, a Na bagagem das 15 viagens feitas até primeira fábrica da Aliança no mundo, março de 2006, o Idéia Fixa acumulou situada no Complexo Ayrton Senna em mais de 168.000 km de estradas, mais de São José dos Pinhais – PR. Nesta planta 10.000 pessoas beneficiadas em 8 Es- iniciou a produção das versões cabine tados e cerca de 98 toneladas de doações dupla e simples da picape Frontier e do entregues. utilitário esportivo Xterra.

DCARRO POR AÍ

GESTÃO DE PNEUS DE FROTAS

DPaschoal está completando seu primeiro ano de atividades em gestão de pneus de frotas. Sua carteira atingiu 2 milhões de caminhões atendidos no início deste ano, quando conquistou quatro novos contratos com as transportadoras Americana, Mann e Gafor, a pavimentadora de concreto Jofege e as empresas de ônibus Autodiesel e Breda. Segundo Alexsandro Silva, coordenador de Serviços e Frotas da DPaschoal, a expectativa da empresa é chegar ao final de 2006, com o dobro de veículos na frota gerenciada. A economia feita pelas empresas que aderem ao programa aparece no médio e longo prazos, mas algumas vantagens são ime-

diatas, como a redução de custos na compra de pneus. "O pneu é um dos principais responsáveis pelo alto custo de manutenção de uma frota. Algumas empresas chegam a ter entre R$ 3 milhões e R$ 5 milhões alocados somente neste item, que pode ser usado de forma mais racional, aumentando a sua durabilidade e, conseqüentemente, a competitividade do negócio. Com a atuação preventiva e o adequado gerenciamento é possível melhorar a vida útil dos pneus e de componentes da suspensão dos veículos. Um dos nossos clientes conseguiu diminuir 50% de pneus sucateados em um ano de trabalho”, afirma Silva.

ITAPEMIRIM CARGAS COMEMORA 48 ANOS

RENOVAÇÃO DA HABILITAÇÃO

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Itapemirim Cargas, que opera um dos maiores terminais de cargas da América Latina em São Paulo, comemorou na semana passada 48 anos de atividades no Brasil. No ano passado, a empresa faturou R$ 220 milhões, 9,2% a mais do que em 2004. Os 974 veículos próprios que compõem a sua frota percorreram mais de 80 milhões de quilômetros no ano, movimentando 111 milhões de volumes por mês, num total de 150 mil toneladas a cada 30 dias.

A

Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania aprovou há uma semana projeto que suprime a exigência dos cursos de direção defensiva e de primeiros socorros no momento da renovação da carteira de motorista. A proposta, assinada pelo senador Rodolpho Toutinho (PFLBA), mantém a obrigação dos cursos no caso de suspensão da carteira ou de registro de infrações graves. A matéria vai direto ao exame da Câmara caso não haja recurso para exame em plenário do Senado.


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APRESENTAÇÃO

Acabamento luxuoso, design moderno e robusto, faróis de xenônio e muita potência (174 cv na versão diesel e 269 cv na gasolina). A versatilidade para carregar bagagens também impressiona, podendo passar de 190 litros de capacidade para 2.091 litros, com o rebatimento de duas fileiras de bancos.

ELOGIOS. COM RESTRIÇÕES.

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CERTIFICADO DE GARANTIA

* Sistemas de Freios * Direção Hidráulica * Embreagens

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marchas (sem opção de caixa maimpressão sobre a Pathfinder nual), que é utilizado nas versões versão gasolina vem do presigasolina e diesel. dente da ACSP, Guilherme Afif DoQuanto ao conforto algumas resmingos, que considerou como ponsalvas: "por ser derivado de uma tos altos do veículo a estabilidade e, picape, o assoalho na região dos principalmente, o desempenho do bancos traseiros é muito alto, o que motor V6, 4 litros de 269 cv de potraz algum incômodo. E o ar-contência a 5.600 rpm e 39,3 kgfm de dicionado faz muito barulho na partorque a 4.000 rpm. te traseira do veículo. Além disso, a "Um motor potente é importante paPathfinder não foi concebida para ra realizar ultrapassagens seguras e receber sete passageiros, os bancos não para dirigir em alta velocidade. extras não comportam adultos". No Brasil, chega a ser desnecessário No quesito economia o utilitário não um veículo grande e alto como este agradou Afif. "O alto consumo é algo atingir 190 km/h (dado informado claro (7,6 km/l cipela fábrica). As dade/estrada, seestradas ruins não gundo a Nissan). oferecem condiAlém disso, R$ 200 ções e nas boas mil (preço da verestradas há muitos são gasolina) é um radares", explica valor que coloca o Afif Domingos. Pathfinder fora do Elogios não faltaposicionamento ram também para de mercado ideal o câmbio autopara o veículo". mático com cinco Pathfinder a gasolina: R$ 200 mil

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São Paulo, quarta-feira, 26 de abril de 2006 COMPETIÇÃO

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Divulgação

Um pacote para o Rally dos Sertões Empresa 100% nacional, a Troller lança pacote com incentivos para pilotos brasileiros participarem da competição

U

ma empresa genuinamente brasileira e com produtos voltados à prática de atividades fora de estrada, a Troller decidiu incentivar mais pilotos brasileiros a participar do Rally dos Sertões, uma das mais tradicionais provas do gênero no País. A empresa acaba de lançar um pacote oferecendo uma série de atrativos para eventuais interessados na prova deste ano. Com sede no Ceará, a Troller informa que tomou tal iniciativa com base no sucesso obtido em 2005, quando levou 21 duplas ao Rally dos Sertões para competir em condições excepcionais. Em sua maioria, os competidores não possuíam experiência anterior em ralis de velocidade. Boa parte deles competia apenas na Copa Troller e, apesar da pouca experiência, conseguiu-se excelentes resultados em várias categorias. A empresa destaca, entre outros, a dupla

Paulo Lima e Sérgio Kiguti, que conquistou a terceira colocação na categoria Super Production. Tudo pronto - Para 2006 a Troller vai repetir a dose e está oferecendo dez jipes já prontos para a largada do tradicional rali em Goiânia, no dia 24 de julho. Dentre os itens ofertados no pacote estão: 1) Inscrição para o 14º Rally dos Sertões; 2) Cota de combustível para o rali; 3) Dois pneus Goodyear adicionais; 4) Equipe Técnica no rali; 5) Infraestrutura com entretenimento, lazer e alimentação. Raízes - Como detentora do único título brasileiro no Mundial de Rally Cross Country, a Troller sempre apostou no esporte fora de estrada e suas raízes estão fincadas em desafios, dunas, obstáculos e trilhas, de preferência de difícil

ACESSÓRIO/RENAULT

CD Player com computador de bordo

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omo parte de sua estratégia de incrementar as vendas no mercado de reposição, a Siemens VDO está fornecendo o modelo de MP3 Player 5305, com computador de bordo e conexão com comando de volante, para a rede de revendas Renault de todo o País. “O nosso objetivo é atender com qualidade e eficiência os nossos parceiros do canal de distribuição, que são as montadoras e concessionárias”, declara Alexandre Faustino, gerente de Negócios da Linha de Áudio e Entretenimento da empresa. Com preço sugerido de R$ 600, o CD Player 5305MP3 permite ao usuário controlar componentes fundamentais do veículo, como troca e rodízio de pneus, verificação do sistema de freios, troca de óleo, reposição da água do radiador ou substituição das palhetas do limpador do pára-brisa. O proprietário do carro precisa somente programar a função que deseja

controlar e a periodicidade que serão feitos os respectivos serviços. Outras características desse auto-rádio são 4 saídas pré-amplificadas, conexão com controle remoto de volante original, proteções contra descarga de bateria, potência de 4x50 watts, informações de texto enviadas pelas emissoras de rádio (RDS), armazenamento de todas as memorizações, equalizações e ajustes, mesmo se desconectado do carro, e aviso de excesso de velocidade. O grande diferencial para os consumidores Renault é a interatividade do MP3 Player com o comando de volante original. "Muitos consumidores possuem o CD Player original da Renault e já se acostumaram a controlá-lo via comando satélite. Para atendermos as necessidades desse público, também estamos disponibilizando um MP3 Player que tem conectividade com o comando de volante", explica Faustino.

presa já tem tradição

a em Com o jipe Troller T4,

acesso. A empresa também possui várias conquistas em provas nacionais, que vão do rali de regularidade às categorias de velocidade. Em 2002, foi campeã brasileira de Rally Cross Country na categoria "Geral", com Reinaldo Varela e Edgar Fabre, e na "Production Diesel", com Renê Melo e Marcus Melo. E foi justamente por conta destes bons resultados que a marca decidiu criar, em 2003, o seu próprio evento: a Copa Troller. História - Criada em 1995, na cidade de Horizonte, no Ceará, a empresa tem no jipe Troller T4 o seu principal produto,

trada em provas fora de es

que atualmente tem uma produção de 100 unidades/mês e é equipado com o motor eletrônico 3.0 Turbodiesel intercooler. Sua rede de distribuição é formada por 25 representantes, em todas as regiões brasileiras, e a rede de postos de assistência técnica conta com 48 estabelecimentos credenciados em todo o País. No Centro Troller de Desenvolvimento, em Vinhedo, no interior paulista, operam os departamentos de assistência técnica, design e compras. Em São Paulo, encontra-se o departamento comercial e de marketing. No total, mantém 400 empregos diretos.


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MERCADO/AUTOINFORME

Vendas crescem 12,1% na quinzena Fiat lidera no segmento de carros e comerciais leves, seguida da Volkswagen e General Motors. A japonesa Toyota está na quinta posição. s vendas de carros e comerciais leves tiveram um aumento de 12,1% na primeira quinzena de abril em relação ao mesmo período de março. O total comercializado internamente foi de 71.279 unidades. A média diária chegou a 6.480, bem acima da registrada na primeira quinzena de março, que foi de 5.779. Os resultados do mês devem seguir essa tendência de alta, mas no balanço final é provável que abril tenha um desempenho pior que março, pois tem cinco dias úteis a menos.

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Marcas - Na disputa entre as montadoras, a Fiat continua na liderança no segmento de carros e comerciais leves. Desde o começo de 2006 a empresa já vendeu 112.946 unidades, ficando com 24,2% de participação de mercado. Na primeira quinzena de abril, comercializou 17.824 veículos, o que lhe garantiu uma fatia de 25% do bolo total. A Volkswagen foi a segunda colocada, com 17.023 unidades vendidas e 23,9% do segmento de carros e comerciais leves, mas continua na liderança do mercado total (incluindo ônibus e caminhões). A General Motors ocupa o terceiro lugar no ranking nacional, com 14.630 vendas e 20,5% de participação. A Ford mantém sua tradicional posição de quarta colocada, com 7.753 unidades (10,9%).

A competição entre as novas montadoras continua acirrada. A Toyota está em quinto lugar considerando as vendas da primeira quinzena e a Honda caiu para o sexto. A Toyota vendeu no período 3.014 carros, ficando com 4,2% de penetração, apenas 0,2 ponto porcentual a mais do que a Honda (2.822 unidades). No ano - Mas no acumulado do ano (janeiro, fevereiro, março e primeira quinzena de abril) a liderança entre as marcas que se instalaram no Brasil nos anos 90 é da Peugeot, que vendeu 16.723 carros e comerciais leves no período, o equivalente a uma fatia de 3,6%. Toyota e Honda, no entanto, estão com índices extremamente próximos de participação - 3,5% e 3,4% -, com vendas no acumulado de 2006 de, respectivamente, 16.144 e 15.689 veículos. Já a Renault, que até o ano passado era a quinta colocada no País, ocupa, agora, a oitava posição, considerando o total vendido em 2006 até a primeira quinzena deste mês. A montadora de origem francesa acumulou 13.223 unidades comercializadas no mercado brasileiro, o equivalente a uma penetração de 2,8%. Vale destacar, porém, que a marca começa a apresentar sinais de recuperação a partir do lançamento do Megané em março. Computando-se exclusivamente as vendas da primeira quinzena de abril, sua participação ficou em 3,1%, idêntica à da Peugeot.


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São Paulo, quarta-feira, 26 de abril de 2006

PUMA

O sonho acabou. O mito sobrevive. Durante muitos anos, o esportivo brasileiro foi objeto de desejo dos apaixonados por carro ANTONIO FRAGA

epois de sonhar por alguns anos por um esportivo totalmente nacional, Rino Malzoni decide em 1964 dar asas à imaginação. Utilizando o chassi e componentes mecânicos do DKW-Vemag, que era fabricado no Brasil, nasce o primeiro protótipo do esportivo brasileiro que, passados alguns anos, se tornaria um sucesso no Brasil e em vários países do mundo, inclusive Japão, África do Sul, Suíça e EUA. Para levar avante o projeto, Rino Malzoni chama os amigos Milton Masteguin, Mário César Camargo Filho e Jorge Lettry e assim, na fazenda de Malzoni, em Matão, no interior de São Paulo, inicia-se a produção dos protótipos. A "coisa" foi ganhando seriedade e em outubro do mesmo ano a empresa instala-se em São Paulo, num galpão na avenida Presidente Wilson, com a denominação de Automóveis Lumimari Ltda. A palavra Lumimari vem das primeiras duas letras do nome da nova formação de sócios/projetistas: Luiz Roberto Alves da Costa, Milton Masteguin, Mário César Camargo Filho e Rino Malzoni.

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Nascimento - Surge, com 3,99 metros de comprimento, 1,6 metro de altura e 1,2 de largura, o DKW-Malzoni. O motor de três cilindros de dois tempos, 981 cm³, desenvolvia 60 cv a 4.500 rpm. Com sua carroceria de fibra de vidro (o carro pronto pesava 810 kg) e a boa aerodinâmica, não era sentida a falta de uma motorização mais forte. O DKW-Malzoni atingia 145 km/h, muito bom para a época. O câmbio era de quatro marchas, embreagem monodisco e freios a disco na dianteira (opcional). Antes mesmo de começar a sua comercialização, o DKW-Malzoni logo foi para as pistas de corrida e o sucesso foi imediato. De cara venceu o GP Taça das Américas, em São Paulo, e os 500 Qui-

Divulgação

lômetros da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. No ano seguinte, a fábrica continuou a vender apenas protótipos para competição e o sucesso permanecia. Em 1966, a Lumimari apresenta no V Salão do Automóvel, em São Paulo, a versão Espartano, com todos os itens de luxo que um carro da categoria merecia. Aprovado em todos os sentidos, a Lumimari muda o nome e vira Puma Veículos e Motores Ltda., e o carro recebe a denominação de Puma GT. Vendas - No primeiro ano de atividade comercial da Puma, apenas 35 veículos de rua foram comercializados. Já no ano seguinte, 1967, a produção cresce 200% e são vendidos 125 carros. Nas competições o sucesso é ampliado. Porém, durante 1967, o mercado brasileiro sofria grandes mudanças. A Chrysler absorve a Simca; a Volkswagen assume o controle da Vemag e a Ford compra a Willys. Logo a Volks interrompe a produção do DKW e um novo projeto para a Puma era inevitável. Solução: surge em 1968 um novo Puma, com design mais agressivo e bonito, motor VW 1.500 e chassi de Karmann Ghia. Apesar da menor distância entreeixos, as dimensões permaneceram com poucas alterações. Apesar de o motor ter maior cilindrada, quatro cilindros tipo boxer, opostos dois a dois, a potência era praticamente a mesma: 40 cv a 4.400 rpm.

A abertura econômica, nos anos 90, acabou decretando a morte da Puma. Mas o modelo ainda pode ser encontrado nas nossas ruas.

Mas a velocidade máxima aumentou em 5 km/h, passando a atingir 150 km/h. Em 1970, o Puma ganha as alterações introduzidas pela Volks no Karmann Ghia, passando a contar com o motor de 1.6 litro, que desenvolvia 70 cv a 4.700 rpm. Apesar das melhorias, o Puma estava longe de ser um verdadeiro GT, mesmo atingindo a boa marca de 170 km/h e acelerando de 0 a 100km/h em 15,1 segundos. Sabendo desta deficiência, os fabricantes começaram a oferecer como opcional motores "envenenados" com cilindrada ampliada (1.700 cc a 2000cc). Sucesso no Brasil, com vendas aumentando a cada ano, a Puma começa a receber os primeiros pedidos do exterior. Em 1971, chega a versão spider (conversível), denominada de Puma 1.600 GTS, enquanto a versão fechada passa a ser a 1.600 GTE. A Puma cresce e a família também. Assim, em 1972, é apresentado o Puma GTB. Equipado com o motorzão do Opala, o 4.1 de 140cv a 4.000 rpm, o novo Puma

atingia velocidades superiores a 180 km/h e tinha linhas esportivas. Logo tornou-se o carro dos sonhos dos mais abastados. A Puma continuava sua trajetória de sucesso e entrava também na produção de caminhões. No início dos anos 90, com a abertura das importações, modelos verdadeiramente esportivos, com concepção moderna e com preços mais acessíveis chegaram ao mercado brasileiro, declarando aos poucos a morte da Puma. O sonho acabou, mas o mito sobrevive. E a maior prova disso é que a cada dia "antigos" Pumas ressurgem recuperados nas ruas nas mãos de jovens que nem têm idade para saber da fascinação que esses carros exerciam no passado.


São Paulo, quarta-feira, 26 de abril de 2006

DCARRO

MERCADO/AUTOINFORME

Usados com preço do 1.0 novo O mercado brasileiro oferece pelo menos 650 opções de modelos que custam entre R$ 24 mil e R$ 30 mil

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elo preço que se paga por um automóvel 1.0 zero-quilômetro, o consumidor pode ter muitas outras opções no mercado de usados: carros maiores, com motor mais potente, hatchs, sedãs, peruas, minivans, picapes, monovolumes, jipes, utilitários esportivos. Pesquisa da AutoInforme/Molicar registrou 650 opções de veículos na faixa de preço entre R$ 24 mil e R$ 30 mil fabricados de 1997 a 2006, o que pode ser uma boa alternativa para o consumidor que não quer investir muito num automóvel mas gosta de um carro mais potente. Na referida faixa de preço o consumidor tem algumas opções até mesmo no mercado de zero-quilômetro com motor acima de 1.000 cc, caso do Celta 1.4, Classic 1.6, Palio ELX 1.6 e Gol City 1.6.

Carrões - Com relação ao mercado de usados, uma das alternativas é um modelo hatch da BMW, o 318Ti Compact ano 1999, que custa cerca de 29,5 mil. Outra boa opção para quem quer potência e não quer gastar muito é um Passat 1.8, ano 99.

Nada mal ter um carrão desses, com câmbio tiptronic, pelo preço de um popular. Ou então um possante utilitário esportivo da Mitsubishi, uma Pajero 3.0 V6, ano 1997, ou ainda uma Cherokee Laredo 4.0 do mesmo ano. Mas com R$ 30 mil pode-se comprar modelos bem mais novos e com pouco uso. É o caso do Citroën C3 1.4 modelo 2004, um Corsa Maxx 1.8 ano 2005, um Polo 1.6 ano 2005, um Palio ELX 1.4 2006 ou um Gol City 1.6 Geração 4 ano 2006. E se a sua opção for por um sedã médio, é possível comprar um Corolla SEG 1.8 ano 2001, um Astra 2.0 modelo 2002, um Honda Civic 1.6 EX 2000 e até um Vectra 2.2 ano 2001. Se você é do tipo aventureiro pode optar por modelos fora de estrada: um jipão Troller T4 Sport 4x4 2.0 ano 2000, ou Grand Vitara 4x4 ano 98 ou um Hyundai Galopper 1998. Esses são apenas alguns exemplos. O DCarro publica tabela (ao lado) com 37 usados que custam entre R$ 24 mil e R$ 30. A lista completa pode ser consultada no site www.autoinforme.com.br.

Internet: as picapes mais procuradas

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Ford Ranger é o modelo mais procurado no mercado de picapes usadas da internet, segundo dados coletados do site WebMotors. Num período de apenas 30 dias, foram mais de 63 mil buscas pelo veículo. Quase empatada, ficou a também veterana S10, da Chevrolet, com pouco mais de 62 mil acessos. O critério de medição de procura se baseia em três fatores principais: a busca por anúncios, as propostas feitas por cada carro e os pedidos de avaliação de preços do modelo. O mesmo levantamento mostra que a terceira picape mais procurada na internet é a Toyota Hilux e, em quarto, aparece a

Mitsubishi L200. A dupla vencedora no mercado de usados pela internet tem em comum o preço acessível e a facilidade de manutenção se comparada aos demais modelos importados, como a Dodge Dakota, uma rival também de origem americana, e as picapes japonesas em geral. A Ford e a General Motors iniciaram a produção para o mercado nacional a partir de 1995, visando atender a demanda crescente por utilitários desse porte. No mercado de zero-quilômetro, a S10 completou 11 anos seguidos de liderança em 2005. O modelo teve uma participação de 26,8% no segmento.

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LANÇAMENTO

DCARRO

São Paulo, quarta-feira, 26 de abril de 2006

São Paulo, quarta-feira, 26 de abril de 2006

Fusion: para

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brigar com os grandes sedãs

Ford lança carro de luxo para recuperar terreno no segmento onde concorre o Vectra Elite. E seu preço é muito atraente R$ 79.990. ANDERSON CAVALCANTE

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m meio a uma nova campanha publicitária onde utilizará a assinatura "Viva o novo", a montadora americana traz para o Brasil o Ford Fusion, com preço altamente competitivo. A expectativa da empresa é desbancar as vendas do Vectra Elite e liderar o mercado de sedãs grandes, onde o carro da GM está colocado não pelo tamanho, mas pelo conteúdo. Construído na fábrica de Hermosillo, no México, o carro foi projetado em conjunto pelas engenharias da Ford nos Estados Unidos, Japão, Jogo de Brasil e do próprio México. faróis Com esta "cidadania" de quatro países, a dianteiros empresa garante que o carro foi desenvolvido para causa boa atender as condições locais tanto da América do impressão, Norte como da América do Sul. "Ele não sofreu assim como uma tropicalização para ser trazido para cá. O as lanternas carro já foi concebido para atender as traseiras necessidades de todos estes países", explica o

gerente de Marketing da Ford, Antonio Baltar Jr. Falta de opções - O sedã possui um design elegante e discreto e oferece muito luxo e conforto para seus ocupantes. Nos primeiros meses, os brasileiros terão pouquíssimas opções para diferenciar seu carro. Os primeiros lotes, trazidos do México, chegarão apenas nas cores prata e preto, além disso, como opcional terão apenas o teto solar e quatro acessórios: farol de xenon, kit viva-voz Bluetoth, ponteira de escapamento cromada e sensor de estacionamento. Bons preços - Apesar das concessionárias já terem iniciado a pré-venda do Fusion, o carro só estará disponível nas lojas a partir de junho. O preço sugerido para o sedã é de R$ 79.990 e para a versão com teto solar o valor sobe para R$ 84.890. Segundo a Ford, o baixo valor de entrada pode ser oferecido devido ao acordo entre governos, brasileiro e mexicano, que prevê o livre comércio entre os países fazendo com que a importação conte com isenção de impostos. Com a chegada do novo veículo, o modelo Ford Mondeo, até aqui importado regularmente passa a ser vendido, no Brasil, apenas por encomenda.

DCARRO

ANDANDO NO FORD FUSION: PONTOS POSITIVOS E NEGATIVOS

A marca trouxe o Fusion que vai causar problemas à concorrência. Seu desenho é atraente e chama atenção por onde passa ou pára para ser fotografado.

Ford Fusion chega num lançamento quase simultâneo com os Estados Unidos. O interior é muito confortável e espaçoso, na dianteira e traseira. A falha é a falta de difusores do ar-condicionado nesta última. A posição de dirigir é muito boa e todos os comandos estão à mão. O banco do motorista possui ajuste elétrico de posição, manual para apoio lombar e milimétrico para encosto do assento. Seu motor é o mesmo do Mondeo, Focus e EcoSport, com capacidade aumentada em 300 cm³ e a potência em 14 cv. O motor, um Duratec 2.3 L 16 válvulas com bloco de alumínio, duplo comando de válvulas variável i-VCT e coletor de admissão de dutos variáveis oferece, ao mesmo tempo, potência e economia. É o quatro cilindros mais potente da categoria, com 162 cv a 6.500 rpm e torque máximo de 20,7 kgfm a 4.500 rpm. Em todas as situações as respostas são rápidas com bom desempenho, em subidas ou ultrapassagens. Em princípio o tamanho e o peso (1.923 kg) passam a impressão que o motor não vai dar conta do recado. Ledo engano. Não há margem para dúvidas. Destaque para a associação do motor com a boa transmissão automática de cinco velocidades com redução controlada eletronicamente. Sua grande vantagem é a função "Low", não encontrada em nenhum veículo da categoria. Funciona como freio-motor e ajuda a desacelerar quando necessário, sem necessidade do uso constante dos freios, como na transmissão automática convencional. O sistema busca sempre a redução adequada ao nível de rotação, respondendo prontamente aos comandos do motorista. O Fusion, segundo a Ford, acelera de 0 a 100 km/h em 10,3 segundos e atinge a velocidade máxima de 180 km/h, limitada eletronicamente. Apesar do tamanho, 4.832 mm de comprimento, 1.835 mm de largura e 2.727 mm de entreeixos, o Fusion é muito fácil de dirigir. Tem boa estabilidade e o comportamento dinâmico é previsível, transmitindo segurança. A direção assistida, com sistema de pinhão e cremalheira, é montada no subchassi frontal para reduzir ruídos e vibrações. Ponto negativo é a suspensão, que peca num único aspecto: em pisos muito irregulares é barulhenta, causando sensação desagradável. Antonio Fraga

Divulgação

O interior é confortável, o motor o mais potente do segmento e o porta-malas cresce com bancos traseiros rebatidos. É um grande trunfo da Ford para ganhar espaço no nicho de sedãs maiores.

O que são estas coisas? Acima, o espelho retrovisor, visto de baixo, que ganhou luz de cortesia. À noite ela ilumina o chão aonde vai se pisar. À direita, trava de emergência para casos de alguém estar preso dentro do porta-malas. É só puxá-la e a tampa se abrirá.

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DCARRO

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HONDA

GoldWing 1800, a moto limusine Referência do segmento das touring, a Honda GL Gold Wing 1800 soma beleza, estilo, conforto e um prazer indescritível de pilotar. E não é difícil. TEXTO E FOTOS SÍLVIO PORTO

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ocê é capaz de imaginar uma motocicleta dotada de rádio CD, sistema de ar aquecido, marcha à ré, parecendo uma limusine sobre duas rodas? Quem disse Honda GL Gold Wing 1800 acertou. Pena que já acabou. As 40 trazidas já foram vendidas. Virão mais. A Gold Wing, que teve a sua estréia brasileira em 1975, é considerada uma referência mundial entre as motocicletas de seu segmento. Naquela época era uma custom e deixava muitos jovens babando ao vê-la, exposta, nas lojas. Passados 31 anos, ela é outra motocicleta. Avantajada 2,64 metros de comprimento, 0,95 mm de largura, 1,46 m de altura e 1,69 m de entreeixos - a Gold Wing tem motor de seis cilindros opostos, OHC, 1.832 cc, injeção eletrônica, 12 válvulas, arrefecimento líquido com potência de 118 cavalos a 5.500 rpm e torque de 17 mkgf a 4.000 rpm, e taxa de compressão 9,8:1. Marcha à ré - Com design característico de uma touring, com banco de couro - que lembra uma poltrona da sala de TV - e assento semelhante para o garupa , sem contar nos muitos porta-objetos, além de

O motor potente leva a GoldWing a enfrentar com tranqüilidade as subidas encontradas pelas estradas

três malas localizadas na parte traseira, o modelo agrada o consumidor. Rádio com CD Player, com 12 memórias e grande painel em cristal líquido são outros "features" do luxuoso pacote dessa limusine sobre duas rodas. Um sistema de marcha à ré faz parte do seu pacote tecnológico. A Honda GL 1800 pertence a um mercado muito restrito. A Gold Wing custa US$ 41.399 (cerca de R$ 91.210), levando vantagem no quesito custo-benefício sobre a sua rival, a BMW K 1200 LT que custa R$ 123.900. O primeiro contato com a Honda GL Gold Wing 1800 é de arrepiar. A sensação

que você sente, devido às proporções avantajadas do modelo, dão a nítida impressão de ser impossível domar a fera. É como se você estivesse em uma arena e encontrasse aquele touro 'Bandido' pela

frente e já sabe que ele vai te derrubar em apenas alguns segundos. Felizmente nada disso acontece e na Gold Wing. Pelo contrário, é tão suave que fica difícil você querer sair de cima dela.

O conforto da Honda confere a ela o título de "limusine" em duas rodas


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 -.OPINIÃO

quarta-feira, 26 de abril de 2006

RESENHA

NACIONAL

O ZEN NADISMO

Por que votar em Alckmin? Para combater a candidatura Lula. Mas Alckmin zen vai atrair um terço dos votos flutuantes? arranjos mais harmônicos. Sem um norte, até agora, para disputar a Presidência, os grupos que apóiam Alckmin devem ficar um tanto aturdidos quando ouvem o candidato dizer que está zen. O poder até pode combinar com estados de iluminação pessoal caso se cultive alguma forma de orientalismo que não é exatamente deste mundo. Quem atinge tal estágio quase nunca consegue compartilhá-lo com outros. E política supõe compartilhamento. Esse discurso que incomoda aliados, convenhamos, cai um pouco no vazio. O presidente Lula, quando candidato em 2002, usou e abusou do mote do Lulinha Paz e Amor e logrou sucesso, é verdade. Mas, no seu caso, a criação marqueteira foi um truque e tanto. O ex-metalúrgico era tido por mais da metade do eleitorado como um líder agressivo de massas, que não seriam menos hostis.

A Céllus

M

JOÃO DE SCANTIMBURGO

Mas um Alckmin zen tem qual propósito? Parece improvável que um estado de iluminação à moda oriental seja uma exigência do grande eleitorado, que o tucano, até agora, não conseguiu empolgar. Boa parte desse eleitorado é hoje dependente de programas assistencialistas, que o governo Lula insiste em chamar de “redistributivos”. É bom lembrar que parte da mídia chegou a se encantar com Alckmin quando, na disputa partidária com Serra, demonstrou uma agressividade da qual parecia desprovido. Alckmin já passa por excessivamente isento e cordato. Ele não precisa ser mais “zen” do que tem sido até aqui. Uma imperfeição bem trabalhada, sem dúvida, cai melhor para um político do que nada. O tucano, às vezes, parece insondável mesmo a formadores de opinião. Estes ainda tentam juntar peças de seu temperamento e caráter, sem grande sucesso. Acabam todos, cara a cara, com o impenetrável “zen”. Por que votar em Alckmin? Para combater a candidatura Lula, diz uma parte da opinião pública, o que faz o maior sentido, embora seja apenas uma versão do voto útil aplicado no primeiro turno. Ocorre que um terço do eleitorado sempre votará contra Lula, e outro terço, sempre a favor. Um Alckmin “zen” vai atrair o terceiro terço flutuante? Ganhar uma eleição exige um pouco mais do que isso.

Os dois Brasis BENEDICTO FERRI DE BARROS

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TRECHOS DO COMENTÁRIO DE LILIANA PINHEIRO NO SITE DA REVISTA PRIMEIRA LEITURA WWW.PRIMEIRALEITURA.COM.BR Nilton Fukuda/AE

uitas pessoas têm sinceras dúvidas a respeito da eficácia das idéias do tucano Geraldo Alckmin sobre sua própria campanha ao Planalto. Ele defende algo predominantemente propositivo, sem exploração dos escândalos do governo Lula e com forte acento na questão fiscal, para sanear a macroeconomia, abatida hoje por juros altos e câmbio sobrevalorizado. O problema é que essas mesmas dúvidas que acometem pessoas comuns andam assombrando outros tucanos e seus aliados pefelistas, razão pela qual a campanha federal do PSDB, nas últimas semanas, se desorganizou mais, quando deveria estar evoluindo para

ados divulgados por estudos recentes informam que o brasileiro trabalha 142 dias por ano para pagar impostos ao governo, ou seja, cerca de 40% do esforço e produção de toda uma população de 186 milhões de pessoas são transferidos para o comando e administração de uma minoria de 4,3 milhões (PNAD de 2004), número de pessoas que integra o Estado nacional nos seus três poderes e nos três níveis de administração, federal, estadual e municipal. Pouco mais de 0,02% da população. Deve ser mais de 40%, como economistas virão a comprovar se for possível avaliar o efeito econômico da arrecadação de recursos das instituições financeiras exercido pelo Banco Central. Esse fato transcende a ordem meramente econômica. Representa uma estrutura sociológica que envolve por inteiro a Nação e seu povo: sua atividade econômica, sua produção, seu desenvolvimento. Baste pensar-se no que isso implica em burocracia, em mau gerenciamento, em redução e confisco da poupança privada. Para nada se falar nos desvios da corrupção. E cúmulo dos cúmulos, de tudo o que arrecada o Estado estipulou pela Lei de Responsabilidade Fiscal (!) que até 60% podem ser gastos com seu pessoal. É essa estrutura político-econômica que explica porque o povo e a Nação se desenvolvem abaixo de suas necessidades e potencialidades. A despeito da enormidade dessa situação – ou exatamente por sua grandeza –, ela não tem sido enfocada pela inteligência nacional com a importância que tem, seja sob seus aspectos políticos, seja sob seu lado eminentemente econômico. De Os donos do poder, de Raymundo Faoro, para cá, não se falou mais nisso... Essa situação cliva a Nação e seu povo em dois Brasis, não só do ponto de vista político e econômico, como sob numerosos aspectos legais, contrariando o princípio do Estado de Direito democrático, que estipula a igualdade de todos perante as leis. Faz assim da minoria que integra o Est a d o b r a s i l e i ro u m a c l a s s e d e c i d a d ã o s privilegiados, que se auto-outorgaram condições de irresponsabilidade, imunidade, inimpu-

tabilidade e são impuníveis, como se vê pelos escândalos correntes. Nisso o Estado brasileiro constitui em seus três poderes uma entidade corporativa fechada que ignora o povo e a nação. Pela via convencional das instituições políticas é evidente que não se conseguirá reformular essa situação, pois todos os integrantes do Estado brasileiro, seus poderes, suas instituições e seus membros, se acham, consciente e deliberadamente, ou não, corporativa e existencialmente jurados para a manutenção dessa situação que, criam, administram e julgam em causa e benefício próprios. Eram 3,9 milhões em 2002, aumentaram em 400 mil em 2 anos. E não param de aumentar. Só uma tomada de consciência e uma movimentação por parte de instituições e pessoas da sociedade civil, que integram o segundo Brasil, poderá iniciar e levar avante um movimento que altere esse status quo crescente. Abundam exemplos de iniciativas assim na história mundial.

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sensibilidade e inteligência de todo um povo, ainda que desprovida dos recursos de toda a ordem de que dispõem suas elites, muitas vezes supera a consciência dos problemas que seus líderes intelectuais atinge. Quando não se acham eles próprios cooptados e comprometidos com a situação. Desde há muito o povo brasileiro tem manifestado sua inconformidade e repúdio a isso que aí está, ou seja, a ordem política e seus representantes, como se evidencia pelo apoio que tem dado a todos que prometem mudá-la e, uma vez levados ao poder, não têm interesse nem força para mudar a estrutura que passam a integrar. Historicamente, todas as grandes mudanças de estrutura sociológica vitoriosas, eficazes e duradouras foram feitas pacífica e paulatinamente por movimentos espontâneos originados fora das estruturas políticas vigentes. Pelo descalabro a que chegamos, quando em muitos locais o povo malha Judas na forma de políticos, o país está maduro para mudar, se integrando, afinal, num único Brasil, onde sejam todos iguais perante uma lei igual para todos.

O Estado brasileiro constitui uma entidade que ignora o povo e a Nação

Os juros e o cartel bancário

Q ue propósito tem um Alckmin zen?

MARCOS CINTRA

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Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefe de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: , Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Marcos Menichetti (marcosm@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046 Tiragem média diária de 25.646 exemplares, conforme auditoria realizada na semana de 13 a 17 de junho de 2005

Auditado pela

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Selic (taxa sobre a qual se forma o custo do dinheiro) vem caindo desde setembro do ano passado, mas os juros cobrados pelos bancos não cedem. O setor bancário segue impondo aos tomadores de crédito elevados spreads. Além disso, a dificuldade em reduzir o custo do crédito tem no oligopólio bancário uma de suas principais causas. Os bancos no Brasil atuam de modo cartelizado. As taxas de juros pouco diferem de uma instituição para outra. O juro primário no Brasil é o mais alto do mundo, mas os spreads também são os mais elevados do planeta. Os bancos alegam que o problema é o compulsório e a cunha fiscal, que há concorrência no setor e que o spread não é tão alto como se afirma. O argumento carrega uma meia verdade. De fato, o compulsório é alto e os impostos pesam sobre as operações. Porém, no que tange à concorrência, ela se dá em termos de marketing e não por meio de disputas envolvendo preço (juros e tarifas). Quanto ao s p re a d, os bancos se defendem mostrando um modelo de apuração diferente do tradicional. São três categorias de spread calculadas sobre o capital emprestado. O spread bruto (diferença entre receita de operações de crédito e a de captação) foi calculado em 8%, o

spread direto (obtido pela dedução no spread bruto dos tributos e devedores duvidosos) 5,3% e o spread líquido (que subtrai o imposto de renda e a CSLL do spread direto) 1%. Contudo, ainda perdura a questão: se o mesmo conceito fosse calculado para outros países, não revelaria que ele ainda é alto no Brasil?

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esde 2000 o Banco Central vem implementando medidas visando reduzir os juros e o spread bancário, mas o resultado tem sido frustrante. Em várias modalidades de crédito os juros cresceram e onde houve redução ela foi imperceptível. Já o spread aumentou nos seis anos de implementação do projeto. Em suma, o custo do dinheiro no Brasil continua elevado por conta do cartel bancário. Há outros fatores que pressionam os juros, mas pouco se faz no tocante ao poder dos bancos em definir suas margens. O Banco Central, presidido por um banqueiro, e o governo federal, dependente dos bancos para rolar a dívida pública, se omitem e a classe média segue penando para pagar mais essa conta escorchante. MARCOS CINTRA É SECRETÁRIO DAS FINANÇAS DE SÃO BERNARDO DO CAMPO MCINTRA@MARCOSCINTRA.ORG

O custo do dinheiro continua elevado por causa do cartel bancário

CESARIANA ma distinta senhora, médica pediatra, elegante e bem apessoada, foi à minha residência por ter um assunto a tratar com minha governanta. Como chegava a casa no mesmo momento, fui apresentado a ela e conversamos sobre a sua profissão, que ela me disse adorar. Na conversa, perguntei-lhe sobre os partos, se muitas preferem a cesariana ao parto natural. Respondeu-me com perfeito conhecimento de causa que de cada dez partos só um é natural. Acentuou que o número de optantes pelo parto natural, no entanto, ainda é muito grande; mesmo que advertidas por parentes e amigas da grande dor, insistem e vão para o parto natural.

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Aestatística improvisada da elegante pediatra me convenceu do predomínio da cesariana. É a nova opção para povoar com berços o nosso mundo. O último neto de minha mulher foi pela cesariana e saiu das mãos do médico um lindo bebê, que recebeu, por estar em dia com a moda, o nome de Leonardo. Lembro-me que no meu tempo de adolescente, e já curioso de tudo que me cercava, os partos eram praticados no quarto mesmo da parturiente por mulheres bondosas e bem aplicadas; tudo se resolvia muito bem, com dor mesmo e uma proteção na boca para evitar os gritos. ompreendo muito bem o que é a influência da ciência em todos os setores. Uma notícia que me intrigava, nos jornais de Rio Claro, na minha adolescência, era a dos natimortos em partos naturais. Perguntei a um amigo médico a origem destas mortes e ele me respondeu que deveria ser atribuída a falta de cuidados pré-natais, principalmente os mais longos, pois as perdas destes filhos ocorria nas mães pobres, sem recursos para se tratarem antes do grande dia. Faço este artigo para aproveitar a estatística improvisada da elegante pediatra, que me convenceu do predomínio da cesariana. Não é pecado, é a nova opção para povoar com berços o nosso mundo.

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JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira 26 de abril de 2006

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Política

Espero que a oposição tenha sensibilidade para votar, pois sabe que é do interesse público e não diz respeito a interesses partidários. Ministro Tarso Genro

PRESIDENTE DA CÂMARA SE COMPROMETE A VOTAR E APROVAR AUMENTO DE REPASSES PARA MUNICÍPIOS Lula Marques/Folha Imagem

Abertura da 9ª Marcha em Defesa dos Municípios: mais de três mil prefeitos reunidos para debater projetos de interesse dos municípios que tramitam no Congresso e soluções para aumentar diálogo com o Planalto.

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m dia depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciar um pacote de medidas para agradar prefeitos de todo País, aliados do governo aproveitaram a abertura da 9ª Marcha em Defesa dos Municípios para pedir ao Congresso que ponha de lado o clima de disputa eleitoral e vote medidas importantes para as prefeituras. O presidente Lula não foi ao encontro, como fez nos últimos três anos, mas sua reeleição e os feitos do governo para os municípios foram exaltados por aliados e auxiliares. O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), assumiu o compromisso de pôr em votação o aumento da mudança no Fundo de Participação dos Municípios (FPM) tão logo sejam apreciadas sete medidas provisórias que estão trancando as votações. E o presidente do S e n a d o , R e n a n C a l h e i ro s (PMDB-AL), anunciou que o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que também favorece os municípios, também está na pauta.

Pressão – A votação do projeto que aumenta em um ponto porcentual o FPM é uma resposta à pressão dos prefeitos. "Mesmo tendo, só hoje, sete medidas provisórias obstruindo a nossa pauta, já comuniquei aos líderes e aos líderes municipalistas, conversamos ontem com o ministro Tarso Genro e conversei também com o presidente Renan Calheiros que nós vamos votar e vamos aprovar, pelo menos, a ampliação do fundo", afirmou Aldo. Mas o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Bernardo Appy já avisou: a "bondade" do governo só será feita se a mudança tributária for aprovada no conjunto. De acordo com a proposta, as prefeituras passariam a receber 23,5% em vez dos 22,5% do total arrecadado com Imposto de Renda e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, também disse que confia na aprovação da proposta. "A nossa vontade é votar em conjunto e, sobretudo, fazer dessa votação uma grande vitória no municipalismo no País com o aumen-

to de FPM", disse. "Espero que a oposição tenha sensibilidade para votar, pois sabe que é do interesse público e não diz respeito a interesses partidários." Com a medida, a receita das prefeituras seria aumentada em R$ 1,2 bilhão por ano. Senado – Renan, que discursou na abertura 9ª Marcha a Brasília, endossou a afirmação de Aldo. Ele disse esperar que o projeto, já aprovado pelo Senado, seja aprovado sem alterações na Câmara. "É importante que isso seja mantido no espírito e no texto que nós haveremos de concluir na Câmara dos Deputados, onde, tenho absoluta certeza, deverá ser aprovada em breve, tão logo o presidente Aldo Rebelo tenha condição de desobstruir a pauta. Eu defendo isso com dupla ênfase: primeiro porque me considero um municipalista convicto e porque tenho um filho que é prefeito e sofre os mesmo problemas que vocês (os prefeitos) sofrem todos os dias." Durante três dias, três mil prefeitos vão debater projetos de interesse dos municípios e que tramitam no Congresso Nacional. (Agências)

CARRO DA PETROBRAS EM INVASÃO DO MST? Depois de aparecer exaustivamente na mídia devido ao anúncio do governo federal de que agora o País é auto-suficiente em petróleo, a Petrobras virou destaque na internet nos últimos dias por causa de uma denúncia-protesto. Circulando entre e-mails, a denúncia revela uma série de fotos (acima) na qual aparece um líder do Movimento dos Sem-Terra (MST) usando um carro da estatal – um Gol branco, placa de Curitiba AMN 5771, com o logo da empresa

ANDINOS: URIBE PEDE AJUDA A LULA. Celso Junior/AE

Os presidentes brasileiro e colombiano: busca de saídas para crise.

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presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, pediu ao p re s i d e n t e L u i z Inácio Lula da Silva que interceda na crise enfrentada pela Comunidade Andina de Nações, formada pela Venezuela, Bolívia, Peru, Colômbia e Equador. A crise foi motivada pela ameaça do presidente venezuelano, Hugo Chávez, que ameaça sair do bloco em protesto aos acordos de livre comércio firmados pela Colômbia e pelo Peru com os EUA. Uribe fez o pedido a Lula durante a reunião de trabalho ontem no Itamaraty para tratar da Comunidade Sul-Americana de Nações, da segurança na Amazônia e de projetos de infra-estrutura e cooperação energética. Justificativa – O presidente colombiano justificou o acordo com os EUA dizendo que essas negociações não estão atrapalhando o acordo de comércio entre a Comunidade Andina e o Mercosul. "Se a Venezuela vende petróleo para lá (EUA), porque a gente não pode vender produtos agrícolas?", questiona Uribe. Ele disse que resolveu conversar com o presidente brasi-

leiro sobre as reformas que a Colômbia quer para a Comunidade Andina por causa do encontro que Lula terá com os presidentes da Argentina, Néstor Kirchner e da Venezuela. Kirchner chegou ontem a São Paulo para um jantar de trabalho com Lula. Segundo ele, é necessário uma integração maior do bloco andino com a comunidade sulamericana. (Agências)

e outro de um projeto da Petrobras ("Projeto Iguatu") estampado nas portas. O sorridente motorista usava o veículo durante invasão dos sem-terra na prefeitura de General Carneiro, no sul do Paraná, ocorrida no último dia 10, quando as fotos foram feitas. Participaram da invasão cerca de 150 integrantes do MST. Eles reivindicavam a revogação pelo prefeito local de um decreto de 2004 que desapropria uma área de cerca de 30 hectares da Fazenda Zattar, invadida por 170 famílias em 2003. Pediam também a recuperação de estradas que dão acesso ao acampamento, transporte de

cestas básicas, médico da família no acampamento, atendimento nos postos de saúde e material de construção para duas escolas. Não houve conflito. Alguns funcionários permaneceram inicialmente no local, mas saíram após a decisão do prefeito prefeito Joarez Martins Ferreira (PPS) de suspender as atividades. Segundo Ferreira, os semterra não tinham nenhum motivo para invadir. "Já os recebi três ou quatro vezes. Era só ter feito uma comissão e vir conversar", disse. "Além disso, 80% da pauta nós já vínhamos atendendo normalmente, apesar de lá ser um acampamento."

Factoring

DC

FUNDO: PREFEITOS ARRANCAM COMPROMISSO.

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Planalto Câmara CPMI Banestado Senado

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 26 de abril de 2006

O processo contra Vadão é o penúltimo a ser apreciado pelo Conselho de Ética, no caso do mensalão. Além dele, falta o parecer contra José Janene (PP-PR).

DOLEIRO PAGOU R$ 300 MIL PARA NÃO SER CITADO

REPRESENTAÇÃO CONTRA O PETISTA JÁ ESTÁ NAS MÃOS DO CORREGEDOR

Eymar Mascaro

Descontentes

DEMORA DO MP SALVOU G MANDATO DE MENTOR Joedson Alves/AE/15-12-2005

A

denúncia de que o deputado José Mentor (PT-SP) teria recebido o valor de R$ 300 mil como propina do doleiro Richard Otterloo mudaria o resultado do julgamento do processo de cassação do parlamentar, se o Ministério Público tivesse encaminhado a representação à Câmara antes da votação. Essa avaliação foi feita por deputados que integram o Conselho de Ética que tomaram conhecimento da nova acusação contra o petista. Ontem o corregedor-geral da Câmara, deputado Ciro Nogueira (PP-PI), recebeu a representação do presidente da casa, Aldo Rebelo (PP-PI). Conselheiros usaram a representação dos procuradores de São Paulo para reafirmar que o colegiado estava certo quando aprovou o pedido de cassação de Mentor, derrubado no plenário em uma votação que livrou o petista por falta de 16 votos. Votação – O placar da votação na sessão de quarta-feira passada registrou 241 pela perda de mandato, 165 pela absolvição, 8 abstenções, 6 brancos e 2 nulos, não atingindo o núme-

Conselheiros usaram a representação dos procuradores de São Paulo para reafirmar que o colegiado estava certo quando aprovou a cassação de José Mentor, que foi derrubada pelo plenário.

IMPROVISO

Na liderança da fila de descontentes, a bancada federal do PSDB: os deputados dizem que o candidato faz uma campanha improvisada e provinciana. Alckmin se defende lembrando que o prazo legal para iniciar a campanha ainda não foi estabelecido.

BOM COMEÇO

ro mínimo de 257 pela cassação. A representação do MP foi protocolada na Câmara às 20h quando o plenário julgava Mentor. O procurador-geral de Justiça, Rodrigo César Rebello Pinho, assinou a representação e enviou ao presidente da Câmara no dia 18, um dia antes do julgamento. Resultado – "Sem dúvida, se chegasse antes do julgamento, teria mudado a votação no plenário", afirmou o presidente do conselho, deputado Ricardo Izar (PTB-SP). O relator do pedido de cassação, deputado Nelson Trad (PMDB-MS), disse que os deputados, que se escondem no voto secreto deveriam começar a perceber que o conselho tem feito um trabalho correto. O deputado Edmar Moreira (PFL-MG), que pediu o arquivamento do processo de cassação de Mentor, considerou que a opinião do plenário seria outra se a nova acusação tivesse sido conhecida antes do julgamento. Moreira disse, no entanto, que não mudaria o parecer que elaborou porque a acusação que investigou era referente à suposta participação de Men-

tor no esquema do mensalão. "Com certeza, se a notícia tivesse vazado antes, poderia interferir no juízo que o deputado faria a cerca do comportamento do deputado. Poderia funcionar como um agravante", afirmou Edmar Moreira. A acusação contra Mentor só chegará ao conselho, se a Mesa da Câmara achar que houve quebra de decoro parlamentar, depois de parecer do corregedor. Além dessa possibilidade, o conselho poderá ser acionado por um partido político. O líder do PT na Câmara, deputado Henrique Fontana (RS), disse que o doleiro é de "baixíssima" credibilidade. "A denúncia vem de uma fonte que está condenada por evasão de divisas no País", disse Fontana. "É necessário ter muita prudência para não alimentar o denuncismo interminável no País", continuou o líder petista. Depoimento – Otterloo contou aos procuradores que pagou R$ 300 mil de propina a Mentor, que foi relator da CPMI do Banestado (2003/2004), para não incluir o seu nome no relatório final. No depoimento, prestado no último dia 4 ao

promotor de Justiça Sílvio Antonio Marques e ao procurador da República Rodrigo de Grandis, o doleiro afirmou que procurou o intermediário de Mentor por orientação de Flávio Maluf, filho do ex-prefeito Paulo Maluf, que temia que a CPMI descobrisse suas ligações com o doleiro. Ele também relatou que mantinha um acordo operacional com Vivaldo Alves, doleiro conhecido por Birigui, que, segundo Otterloo, operava contas dos Maluf. Dinheiro – Otterloo afirmou, ainda, que fez o pagamento em dinheiro em um flat em São Paulo e disse que recebeu antes o disquete com o relatório final da CPMI, provando que não havia o seu nome. Mentor sustenta que nunca recebeu dinheiro. O p a r l a m e n t a r re c e b e u R$ 120 mil das contas de empresa de Marcos Valério. Ele argumenta, no entanto, que o dinheiro refere-se ao pagamento de consultoria prestada pelo seu escritório de advocacia, José Mentor, Pereira Mello e Souza a empresa de Rogério Tolentino, sócio de Marcos Valério. (AE)

VADÃO: RELATÓRIO FICA PARA HOJE. Laycer Tomaz/Agência Câmara

A

leitura do relatório do processo contra o deputado Vadão Gomes (PP-SP) no Conselho de Ética foi transferida para hoje. O relator, deputado Moroni Togan (PFL-CE), recebeu novos documentos e deve incorporálos ao documento final. Se ninguém pedir vista, o parecer poderá ser votado no mesmo dia. Vadão Gomes é acusado de ter recebido R$ 3,7 milhões do empresário Marcos Valério. A entrega do dinheiro teria sido feita no saguão de um hotel em São Paulo, em duas datas. O parlamentar nega a acusação. Dono de um grupo de empresas que faturam anualmente R$ 1 bilhão, Vadão é um parlamentar de atuação discreta no Congresso. De fevereiro de 2003 pra cá, não subiu sequer uma vez à tribuna para discursar. Dos 16 projetos de lei que apresentou em 15 anos de atuação na Câmara, apenas um ainda tramita na Casa. Os demais foram arquivados. Discrição – Apesar dos valores, o processo contra Vadão correu sem grandes alardes, tanto da parte da defesa, quan-

eraldo Alckmin discorda daqueles que querem que ele modifique o estilo de campanha para tirar a diferença que o separa de Lula nas pesquisas. O candidato tucano adverte que a campanha ainda nem começou. Os tucanos estão descontentes com a campanha do seu candidato porque Alckmin tem arrancado nas pesquisas cerca de 20% de índice de intenção de voto, contra 40% de Lula e 15% de Garotinho. Os tucanos descontentes pedem para Alckmin deslanchar, com medo de que seu candidato perca a segunda colocação para Garotinho. Alckmin confia na sua recuperação quando a campanha for para valer, principalmente quando os candidatos forem para a televisão. Pela previsão que faz, Alckmin admite encostar em Lula até setembro. O candidato tucano confia também na continuidade do desgaste de Lula, por conta das denúncias de envolvimento do governo com atos de corrupção. Mas, por enquanto, segundo as pesquisas, as denúncias não colaram em Lula.

Vadão é acusado de ter recebido R$ 3,7 milhões de Marcos Valério

to da acusação. Além da discrição, ele tem a seu favor mais um trunfo: seu nome não aparece na lista de 40 nomes encaminhada pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, ao Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito do mensalão. Em sua defesa, Vadão alegou que é inocente e que não estava em São Paulo nos dias em que Valério afirma ter feito o pagamento do dinheiro. O deputado apresentou planos de vôos e testemunhas. Afirmou que, em 5 de julho, esteve

em Itarumã (GO), viajou para Brasília e retornou no dia 8 a Votuporanga (SP). Disse que visitou, já no dia 16 de agosto, as cidades de Mineiros (GO) e Fernandópolis (SP). Ligações – Dados obtidos pela CPI dos Correios indicam, no entanto, que o deputado recebeu ligações de Marcos Valério e do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares em junho de 2004. Ele garante que não conversou com os dois, mas admite que seus assessores recebiam telefonemas das agências do empresário mineiro.

O processo contra Vadão Gomes é o penúltimo a ser apreciado pelo Conselho de Ética, no caso do "mensalão". Além dele, falta o parecer contra José Janene (PP-PR). A maioria dos pareceres emitidos até agora pelo conselho é pela cassação dos parlamentares envolvidos. Balanço – Das dez recomendações de cassação, três foram acatadas pelo plenário até agora: José Dirceu (PT-SP), Roberto Jefferson (PTB-RJ) e Pedro Correa (PP-PE). Renunciaram antes da abertura dos processos: Bispo Rodrigues (PL-RJ), Valdemar Costa Neto (PL-SP), Paulo Rocha (PT-PA) e José Borba (PMDB-PR). Foram absolvidos em plenário: Romeu Queiroz (PTBMG), Roberto Brant (PFLMG), Professor Luizinho (PTSP), João Paulo Cunha (PT-SP), João Magno (PT-MG), Wanderval Santos (PL-SP) e José Mentor (PT-SP). Tiveram pedido de arquivamento do processo: Pedro Henry (PP-MT) e Sandro Mabel (PL-GO). O deputado Josias Gomes (PT-BA) aguarda julgamento no plenário da Câmara. (Agências)

Para Alckmin é muito bom começar a campanha com 20% de intenção de voto nas pesquisas. O tucano lembra também que o presidente Lula está na frente porque está constantemente na mídia fazendo campanha de candidato não-declarado. Tucanos admitem falta de recursos financeiros para a campanha.

BALA NA AGULHA

A preocupação tucana tem lógica, porque os governistas do PMDB continuam trabalhando para que o partido apóie o petista. Se não der para apoiar Lula, o melhor que o PMDB pode fazer é não lançar candidato próprio.

DECISÃO

As pesquisas indicam que se o PMDB não lançar candidato, a eleição pode ser decidida no primeiro turno. Em princípio, o não lançamento de um candidato peemedebista beneficiaria Lula, que está na frente nas pesquisas. Mas, há quem no PSDB entenda que Alckmin pode ser o beneficiado.

CHAPA

Os tucanos estão à espera da indicação do vice pelo PFL. Enquanto a indicação não é feita, Alckmin vai mantendo a agenda de viagens pelos estados. O candidato espera visitar os 9 estados nordestinos até o dia 15. É nessa região que Lula leva vantagem nas pesquisas.

ESCOLHA

O PFL está decidindo qual dos dois senadores – José Agripino (RN) e José Jorge (PE) – será o companheiro de chapa de Alckmin. O vice virá do Nordeste. Alckmin está viajando acompanhado do coordenador de sua campanha, o senador Sérgio Guerra, do PSDB de Pernambuco.

IMPASSE

Mas, o PSDB passou a conviver, nas últimas horas, com a ameaça do PFL de não indicar o vice de Alckmin. A ameaça mais perigosa vem do prefeito do Rio, Cesar Maia. Os pefelistas estão admitindo que a coligação com o PSDB seria um entrave para negociações com o PMDB em 8 estados.

CONTRARIADO

Cesar Maia está contrariado com o lançamento do candidato tucano, deputado Eduardo Paes, ao governo do Rio. Por isso, ameaça o PSDB. Mas, o presidente do PSDB, Tasso Jereissati, não acredita que o PFL deixe de lançar o vice na chapa de Geraldo Alckmin.

ALIANÇAS

Paralelamente às viagens de Alckmin, o PSDB trata de apressar as coligações com outros partidos. A maior preocupação dos tucanos continua sendo com o PMDB. O partido tem medo de que os peemedebistas apóiem a reeleição de Lula.

VOTO MINEIRO

Outro temor dos tucanos é com o comportamento de Itamar Franco. Os tucanos desconfiam que o expresidente pode desistir de sua pré-candidatura pelo PMDB para apoiar Lula. Se isso acontecer, admitem os tucanos, o eleitorado de Minas pode rachar.

ESPERANÇA

O sonho de Aécio Neves é disputar a reeleição ao governo de Minas fazendo campanha com Itamar Franco, que seria candidato ao Senado. Um apoiaria o outro e os dois estariam com Alckmin. Mas, por enquanto, Itamar continua sendo uma incógnita.

PALANQUES

Alckmin terá, no Rio, o palanque do deputado Eduardo Paes, candidato do PSDB ao governo do Estado. Em São Paulo, Alckmin subirá no palanque de José Serra e, em Minas, no de Aécio. Como se vê, o candidato tucano quer fechar o cerco no chamado "Triângulo das Bermudas".

ENFIM, JUNTOS

Os dois pré-candidatos ao governo de São Paulo pelo PT, Marta Suplicy e Aloizio Mercadante, devem se encontrar com Lula, sextafeira, em São Bernardo, durante solenidade. A intenção do presidente é transmitir à ex-prefeita a impressão de que não tem preferência por nenhum dos candidatos.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Gil Cohen Magen/Reuters

quarta-feira, 26 de abril de 2006

Internacional

Ó RBITA

ÊXODO polícia egípcia deteve dez suspeitos de envolvimento nos atentados a bomba de segunda-feira no balneário egípcio de Dahab, na península do Sinai, que deixaram pelo menos 24 mortos e mais de 80 feridos - grande parte deles estrangeiros. Os ataques aconteceram durante a alta temporada turística e ontem, ao amanhecer, centenas de estrangeiros que estavam no balneário para passar férias apressaram-se em abandonar a região, que ainda apresentava as marcas do triplo atentado. "Houve explosões ao longo da costa. É preciso ser muito estúpido para imaginar que nada vai acontecer aqui", considera Jason Lovett, um neozelandês de 36 anos. "Amo esse lugar, mas acho que não voltarei mais", resigna-se o francês JeanMarie Simon, 60 anos.

A

Nas proximidades de Tel Aviv, motoristas interditaram a estrada enquanto soava a sirene que marcou os dois minutos de silêncio em memória das vítimas da Segunda Guerra

AFP

Raheb Homavandi/Reuters

Satélite israelense espionará Irã atômico A Rússia lançou ontem um satélite por meio do qual Israel pretende espionar o programa nuclear iraniano. Uma autoridade russa informou que o satélite entrou em órbita, mas especialistas disseram que ainda levaria algum tempo para determinar se o satélite continua operacional. Enquanto isso, o ministro da Defesa de Israel, Shaul Mofaz, acusou o Irã de ter enviado o equivalente a US$ 10 milhões a grupos militantes palestinos desde o início do ano, informou um jornal local. Teerã financia militantes como parte de sua campanha contra Israel, e aparentemente ampliou a ajuda financeira desde que o Hamas saiu vencedor das eleições palestinas, em janeiro. De acordo com um alto funcionário do governo israelense, seu país terá um satélite para espionar o programa nuclear iraniano. Há anos Israel considera o Irã como principal ameaça à sua sobrevivência, apesar dos repetidos discursos de Teerã de que seu programa nuclear é pacífico. O presidente iraniano, contudo, torna as ameaças mais iminentes sempre que discursa em prol da aniquilação israelense - a última vez foi na segunda-feira, quando disse que Israel era um "regime falso que não pode continuar a viver". O satélite Eros B é capaz de captar imagens de objetos a partir de 70 centímetros. Este nível de resolução permitiria a Israel obter informações sobre o programa nuclear iraniano e seus mísseis de longa distância. "O mais importante em um satélite é sua habilidade de fotografar e sua resolução", disse o oficial israelense, na condição de permanecer no anonimato. "Este satélite tem alta re-

O Irã está disposto a transferir sua experiência e tecnologia a outros países Aiatolá Ali Khamenei

solução", continuou. Se o lançamento for bem-sucedido, levará de sete a dez dias para c o m p ro v a r s e a s i m a g e n s transmitidas são nítidas ou não, segundo ele. Clandestino - O Irã já anunciou que deixará a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) se lhe forem impostas sanções, e prosseguirá com seu programa nuclear de forma clandestina se o país for alvo de um ataque militar. A declaração foi feita ontem pelo secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional, Ali Larijani, que conduz as negociações sobre o tema. "Se eles [Ocidente] pensam que, com sanções, podem parar nossas atividades nucleares, eles que experimentem", desafiou Larijani, numa rápida entrevista coletiva, durante a abertura de uma conferência internacional sobre o programa nuclear iraniano, realizada ontem em Teerã. "Nós cessaremos nossas relações com a AIEA. Esse será o único resultado. Vamos ver se isso lhes interessa." O diretor-geral da AIEA, Mohamad ElBaradei, deve apresentar na sexta-feira em Viena um relatório sobre sua última visita ao Irã No mesmo dia, expira o prazo dado pelo Conselho de Segurança da ONU para o país suspender suas atividades nucleares. Larijani mostrou dois documentos que, segundo ele, eram os acordos nucleares firmados em meados dos anos 70 entre o Irã do xá Reza Pahlevi e os EUA e a França. O acordo com os EUA, firmado na gestão do então secretário de Estado Henry Kissinger, previa a construção de instalações nucleares com capacidade para gerar 20 mil megawatts. O outro, com a França, continha outros 6 mil megawatts. (AE)

Caminhada e silêncio pelo Holocausto

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Ali Larijani: Irã é transparente e não aceitará sanções do ocidente

Urânio enriquecido da Argentina !?

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o enumerar os descumprimentos de contratos por parte dos Estados Unidos, depois da Revolução Islâmica, o ex-presidente Ali Akbar Hashemi Rafsanjani fez uma referência comprometedora à Argentina. Falando de um reator de 5 mil megawatts incluído no contrato com os Estados Unidos, Rafsanjani declarou: "Os norteamericanos não cumpriram a promessa e obtivemos combustível da Argentina". De acordo com uma fonte do setor, aparentemente o expresidente fez confusão. A Argentina não enriquece urânio. O mais provável é que a empresa argentina Invap tenha consertado algum reator para o Irã. Durante a conferência de ontem, realizada no Centro de Pesquisas Estratégicas (CPE) de Teerã, o secretário

da Agência BrasileiroArgentina de Contabilidade e Controle de Materiais Nucleares (Abacc), José Mauro Esteves dos Santos, mostrou a experiência dos dois países com a superação das desconfianças mútuas e criação de um sistema de inspeções conjuntas. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) só faz inspeções nas 36 instalações brasileiras e 42 argentinas acompanhada de técnicos da Abacc, que conta com 83 inspetores. A apresentação do brasileiro contrastou com a situação de impasse no Oriente Médio. "A experiência do Brasil e da Argentina mostra que obter tecnologia nuclear não significa necessariamente fazer a bomba", disse Rahman Ghahremanpour, pesquisador do CPE. "Por que não aceitam essa realidade?"

ilhares de jovens judeus e poloneses uniram-se ontem a sobreviventes do Holocausto para fazer uma passeata saindo do campo de concentração de Auschwitz, na Polônia, a fim de lembrar as vítimas do plano de Adolf Hitler para exterminar os judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Lideradas pelo ex-premiê israelense Shimon Peres, cerca de 8.000 pessoas participaram da Passeata dos Vivos, realizada anualmente e que percorre o trecho de três quilômetros entre os campos de Auschwitz e de Birkenau. Em Israel, as vítimas foram lembradas com dois minutos de silêncio. "Enquanto estiver vivo, virei aqui todos os anos. Esse é um dever para mim", afirmou Stefan Buchler, de 74 anos, um sobrevivente de Auschwitz que hoje mora em Israel. Cerca de 1,5 milhão de pessoas, ou 25 por cento dos judeus mortos no Holocausto, foram assassinadas nas câmaras de gás de Auschwitz e de Birkenau, o maior complexo de campos de concentração da Segunda Guerra, montado pelos alemães na Polônia ocupada. Os participantes deram início à passeata debaixo dos famosos dizeres dos portões de Auschwitz: "Arbeit Macht Frei" (o trabalho liberta). "Estou emocionado. Isso deveria servir de conselho para todos rejeitarem a intolerância, que pode levar facilmente ao fascismo", disse Marion Pitzer, um adolescente israelense. A passeata deste ano, realizada sob o lema "Nunca Mais", acontece um mês antes de o papa alemão Bento 16 visitar Auschwitz como parte de sua primeira viagem à Polônia após ter assumido o comando da Igreja Católica. Bento 16, que, quando criança na Alemanha nazista, viu-se obrigado a participar de uma organização paramilitar da Juventude Hitlerista, prometeu continuar trabalhando em defesa da reconciliação entre judeus e católicos. "Aqui, dentro desses muros, minha família foi assassinada", disse Krzysztof Kisielewski, um polonês cujo pai e a tia perderam a vida em Auschwitz. "Quando eu penso que o papa alemão rezará aqui, dentro de algumas semanas, acho que a história mudou completamente". (Reuters)

ZARQAWI líder da Al-Qaeda no Iraque, o jordaniano Abu Musab alZarqawi, apareceu ontem pela primeira vez em imagens de vídeo, colocadas num site usado por grupos radicais islâmicos. Até então ele só havia emitido comunicados em áudio, também via internet, nos quais assumiu alguns dos maiores atentados suicidas no Iraque, geralmente contra forças de segurança iraquianas ou áreas xiitas. As imagens mostram Zarqawi caminhando por um terreno desértico aberto, e depois sozinho, empunhando uma metralhadora. Todas as pessoas que aparecem nas imagens estão vestidos de preto, com capuzes cobrindo o rosto, exceto Zarqawi, só conhecido até então, por uma foto antiga exibida na TV jordaniana. No vídeo, Zarqawi acusa o Ocidente de realizar uma cruzada contra o mundo islâmico e diz que o novo governo iraquiano é uma tentativa dos EUA de se livrarem de seu atoleiro no Iraque. A mensagem é datada de 21 de abril. (AE)

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HARIRI m investigador da ONU entrevistou ontem em Damasco o presidente da Síria, Bashar Assad, sobre o assassinato do ex-primeiro-ministro libanês Rafic Hariri. Em entrevistas anteriores, o líder sírio negou que tenha feito ameaças a Hariri. Mas de acordo com depoimentos dados à comissão investigadora da ONU, Assad teria ameaçado qualquer parlamentar que votasse contra a extensão do mandato do então presidente libanês Emile Lahoud. Acreditava-se que Hariri votaria contra a extensão, mas ele votou a favor. Recentemente, Assad sugeriu que o Hariri pode ter mentido sobre as ameaças para evitar críticas e justificar a mudança de seu voto.

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quarta-feira, 26 de abril de 2006

Congresso Planalto CPI Eleições

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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OPOSIÇÃO NÃO SE MANIFESTOU SOBRE DECISÃO DE RENAN

Nunca se investigou tanto. Os pedidos continham fato determinado, prazo de funcionamento e o terço constitucional necessário. Renan Calheiros, presidente do Senado

PRESIDENTE DO SENADO ALEGA QUE REQUERIMENTO NÃO APONTA UM FATO ESPECÍFICO A SER INVESTIGADO

RENAN SEPULTA PEDIDO DE CPI DO LULA

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presidente do Senado, Renan Cal h e i ro s ( P M D B AL), decidiu ontem arquivar o pedido de criação da chamada "CPI do Lula", dando uma contribuição para o esvaziamento da crise política que encurralou o governo. O requerimento da CPI foi apresentado na semana passada pelo senador Almeida Lima (PMDB-SE) com a assinatura de 35 parlamentares e, entre outras coisas, pretendia investigar as relações entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do Sebrae, Paulo Okamotto. Ex-caixa de campanha de Lula, Okamotto alega ter pago com seu próprio dinheiro uma dívida de R$ 29,4 mil do presidente com o PT. Para impedir o funcionamento da nova comissão, apelidada no Congresso de "CPI do Armagedon" (local onde, segundo os cristãos, começará o fim do mundo), Renan alegou que o requerimento não aponta um fato específico para ser investigado, como determina o regimento do Senado. Disse ainda que episódios listados no requerimento estão sendo ou já foram investigados por outras CPIs. Fatos – "Para a constituição de CPI, o fato determinado é essencial. Listar fatos difusos, desconexos ou pulverizados, outros apenas genéricos e imprecisos, na tentativa de viabilizar sua instalação, não encontra respaldo na Constituição da Repúbli-

Ed Ferreira/AE

Renan: denúncias já estão sendo investigadas em outras CPIs.

ca nem nos regimentos das casas legislativas e menos ainda no Supremo Tribunal Federal", alegou o presidente do Senado, em seu despacho. "A superposição ou redundância nas investigações maculam uma das maiores conquistas da Constituição de 1998, cujo instrumento nos deu poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, que não pode ser confundido com o procedimento persecutório ou manejado para objetivos outros, inclusive inquisitoriais." Almeida Lima está em via-

Robson Fernandes/AE

gem oficial à Áustria e não foi encontrado para comentar a decisão do presidente do Senado. Apenas a senadora Heloísa Helena (PSOL-AL) contestou a atitude tomada por Renan. "Não concordo com a justificativa de que não há fato determinado. Os outros senadores podem se sentir incapazes de analisar um requerimento de CPI. Mas quando coloquei a minha assinatura no requerimento é porque tenho a interpretação de que há fato determinado", disse ela. Os demais líderes de partidos de oposição

PFL E PSDB: LIDERANÇAS GARANTEM ALIANÇA.

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Monteiro, ontem, durante depoimento na Assembléia Legislativa.

MONTEIRO CULPA EXGERENTE POR CONTRATOS

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presidente da Nossa Caixa, Carlos Eduardo Monteiro prestou depoimento ontem à Assembléia e manteve as declarações anteriores de culpar o ex-gerente de marketing, Jaime de Castro Júnior, pelos contratos irregulares com as empresas Collucci Associados e Full Jazz Propaganda, que estão há 22 meses sem contrato, e movimentam mais de R$ 45 milhões. Mas o parlamentar, se contradisse em alguns momentos do depoimento. Perguntado se recebeu um requerimento em março de 2005 pedindo que o banco enviasse à Assembléia detalhes sobre os contratos, ele disse que só o recebeu em maio. Mas um documento foi apresentado e provou que

uma secretária recebeu o aviso. Ele, então, alegou que confundiu as datas. O Tribunal de Contas do Estado (TCE) julgou irregularidades nos contratos entre a Nossa Caixa firmados com a Collucci e a Full Jazz em 2002. No contrato, reservou-se R$ 12 milhões à Collucci e R$ 16 milhões à Full Jazz. A Collucci recebeu R$ 15,7 milhões. De acordo com as normas que envolvem contratos dessa espécie, é possível que haja um acréscimo de 25%, porém, o acréscimo foi de 30,8%. De acordo com o documento do TCE, fica "evidenciado ofensa à limitação de 25%". (AE)

s cúpulas do PSDB e do PFL passaram o dia de ontem tentando contornar a crise em torno da aliança nacional entre os dois partidos, agravada com declarações do prefeito do Rio, Cesar Maia, sobre a possibilidade de os pefelistas não indicarem um vice para a chapa tucana à Presidência da República. Após uma reunião no início da noite, Geraldo Alckmin, o candidato do PSDB, e os presidentes do PFL, Jorge Bornhausen (SC), e do PSDB, Tasso Jereissati (CE), garantiram a aliança apesar das divergências estaduais. "Nossa chance de fazer aliança nacional é de 99,9%", resumiu Tasso. "A prioridade é derrotar Lula. A possibilidade de indicar o vice é concreta", emendou Bornhausen. " Se depender de mim, a chapa será PSDB e PFL. É uma questão de coerência", proclamou Alckmin. O candidato entrou em campo ontem para levar o PSDB a dar prioridade aos acordos em três estados importantes para o PFL: Sergipe, Maranhão e Bahia. No Rio, Amazonas, Goiás, Distrito Federal e Santa Catarina o entendimento é quase impossível. O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), candidato ao governo, descartou na segunda-feira um acordo com o PFL: "Minha candidatura é irreversível." No caso da Bahia, o comando nacional do PSDB está disposto a tudo, até mesmo fazer uma "intervenção branca", abrindo uma dissidência, para

MPF INVESTIGA GAROTINHO

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Ministério Público Federal (MPF) requisitou ontem à Polícia Federal (PF) a abertura de inquérito policial para investigar a suspeita de que doações recebidas do pré-candidato à Presidência da República pelo PMDB, Anthony Garotinho, nas prévias do partido, foram feitas por empresas de

não se manifestaram. CPIs – No despacho, o presidente do Senado se referiu a uma decisão ainda da época do governo Fernando Henrique. Em 1996, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado determinou o arquivamento da CPI dos Bancos com o argumento de que não havia "objetivo preciso", que permitisse "levar a bom termo o trabalho de investigação que se pretende instaurar". Renan lembrou que o Senado instalara, só em 2005, três CPMIs, além da CPI dos Bingos. "Nunca se investigou tanto. Os pedidos continham fato determinado, prazo de funcionamento e o terço constitucional necessário", argumentou. O requerimento apresentado por Almeida Lima listava cinco casos para serem apurados pela CPI no prazo de seis meses. Investigação – Além da relação entre Lula e Okamotto, o requerimento recomendava a investigação da relação da empresa de jogos eletrônicos de Fábio Lula da Silva, filho do presidente, com a Telemar, e apurar denúncias de suposto tráfico de influência por parentes de Lula, além do episódio da violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa. Almeida Lima também queria apurar a origem e o destino dos dólares encontrados na cueca de um assessor do deputado estadual do Ceará José Nobre Guimarães, irmão do ex-presidente do PT José Genoino. (AE)

fachada. A Procuradoria da República no Rio de Janeiro enviou ofício à PF requerendo a investigação dos doadores, que será inicialmente focada nas empresas. Notícias divulgadas desde o fim de semana revelam que a campanha de Garotinho recebeu dinheiro de empresas cujas sedes não foram localiza-

das. Um procurador da República ouvido pela Agência Estado, sob condição de anonimato, informou que há indícios dos crimes de lavagem de dinheiro; de sonegação fiscal e de falsidade ideológica. Um grupo de quatro procuradores foi designado pelo Ministério Público para acompanhar as investigações. (AE)

isolar o líder do partido na Câmara, Jutahy Magalhães Júnior (BA), que não aceita uma aliança com o PFL. "Temos condições de nos entender na Bahia", previu o presidente nacional do PSDB, depois de reunião com o senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA). Campanha – Para melhorar sua imagem e alavancar sua popularidade, Alckmin começou ontem a parecer como apresentador da propaganda partidária do PSDB. Repetindo o slogan usado nas campanhas eleitorais de Fernando Henrique Cardoso à presidência em 1994 e 1998 – "Gente em primeiro lugar" – o candidato criticou o governo federal e citou as ações nas gestões tucanas. (Agências)

J. Freitas/Agência Senado

Efraim Morais quer quebra de sigilo fiscal, bancário e telefônico.

OKAMOTTO: CPI COBRA DECISÃO DA JUSTIÇA.

O

presidente da CPI dos Bingos, senador Efraim Morais (PFL-PB), pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) decida logo se vai autorizar ou não a quebra dos sigilos bancário, telefônico e fiscal do presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Paulo Okamotto. Ele afirmou que 90% dos trabalhos da comissão já estão concluídos e que continua decidido a colocar o relatório em votação até o final do mês de maio (a data final para o encerramento é 24 de junho). Mas adiantou que o relatório ficará prejudicado caso não sejam quebrados

os sigilos de Okamotto. Okamotto confessou, em seu primeiro depoimento à CPI ter paga do próprio bolso um empréstimo, no valor de R$ 29 mil, contraído pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos cofres do PT, mas negou a informação no depoimento seguinte. Ele também saldou uma conta de R$ 26 mil em nome de Lurian Cordeiro, filha de Lula. O depoimento do subprocurador-geral da República Moacir Guimarães Morais Filho, foi adiado para amanhã. Ele vai falar sobre as seguidas tentativas do Ministério Público no sentido de tentar sustar os contratos entre a Caixa e a Gtech. (AS)

STF: SEGUE PROCESSO CONTRA JANENE.

O

ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, indeferiu ontem o pedido de suspensão do processo de cassação, na Câmara, do deputado José Janene (PP-PR), que está em licença médica. Janene entrou com mandado de segurança no STF com o argumento de que sofre de doença cardíaca e não pode se defender da acusação de quebra do decoro parlamentar. Ele é apontado como um dos vínculos do PP com o

empresário Marcos Valério, operador do mensalão. O partido recebeu R$ 4,1 milhões do caixa 2 de Valério. Também ontem, o relator do processo contra Janene no Conselho de Ética da Câmara, Jairo Carneiro (PFLBA), informou que vai apresentar seu parecer no dia 15 de maio. Ele disse que vai ouvir as duas testemunhas de Janene, os deputados Padre José Linhares (PP-CE) e Arlindo Chinaglia (PT-SP), que já foram convidados, mas não compareceram.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 26 de abril de 2006

1 Na conciliação, as partes podem conversar, expor suas idéias e chegar a uma solução juntas. Juíza Maria Lúcia Pizzotti

Na próxima sexta-feira, o Movimento De Olho no Imposto contabiliza a milionésima assinatura para o projeto de lei popular que pede a discriminação dos tributos nas notas fiscais

ram as listas de assinaturas para São Paulo. Meta – Já na segunda-feira, 1º de maio, Dia do Trabalho, será atingida a meta de 1,5 milhão de assinaturas. O foco principal de captação será o evento realizado pela Força Sindical. Segundo estimativas do presidente da entidade, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, 1,5 milhão de pessoas são esperadas na Praça Campos de Bagatele, na zona norte de São Paulo, onde será realizada a festa. A comemoração da data, que no ano passado teve como lema "Menos impostos, mais empregos", está prevista para começar às 7h.

Marcos Fernandes/LUZ

N

a próxima sextafeira, dia 28 de abril, por volta do meio-dia e meia, será coletada no Pátio do Colégio, na região central, a milionésima assinatura para o movimento De Olho no Imposto. A conquista da marca ocorrerá em meio a mais uma edição do Feirão do Imposto, onde estarão expostos diversos produtos com os respectivos percentuais de tributos, e terá a presença do presidente d a A s s o c i a ç ã o C o m e rc i a l de São Paulo (ACSP), Guilherme Afif Domingos. O movimento pela transparência tributária, que já arrecadou pouco mais de 900 mil assinaturas e será lançado hoje em Salvador, na Bahia, teve início em janeiro deste ano e já percorreu mais de 400 cidades do Estado de São Paulo, além de Curitiba, no Paraná. Outros municípios, como os mineiros Uberaba e Uberlândia, também realizaram seus próprios Feirões por iniciativa de entidades locais, sem a participação efetiva da ACSP, e envia-

UM MILHÃO DE OLHO NO IMPOSTO Além de vários shows musicais, a festa da Força Sindical, neste ano, terá a presença de diversas entidades de classe que vão reivindicar a redução da carga tributária brasileira. Todos os presentes serão convidados a participar do De Olho no Imposto e aderir ao abaixo-assinado. Assim que o movimento De Olho no Imposto atingir a meta de 1,5 milhão de assinaturas, será enviado ao Congresso Nacional um projeto de lei popular para que as notas fiscais discriminem junto ao preço das mercadorias e serviços seus respectivos impostos, como prevê o artigo 150 da Cons-

tituição Federal. O principal objetivo do movimento é conscientizar a população sobre a alta carga tributária embutida nos produtos, para que ela cobre do governo a contrapartida por meio de serviços públicos de qualidade. Para isso, a internet também tem sido uma ferramenta de destaque. O site da campanha (www.deolhonoimposto.org.br) já registrou 10 mil adesões online. Além disso, permitiu a impressão de 4.815 listas de assinaturas – geralmente, o internauta imprime apenas uma lista e tira cópias para captar outras adesões. A palestra explicativa de Afif Domingos sobre o movimento também foi bastante acessada. Até ontem, quase 81 mil pessoas assistiram à apresentação online e outras 3 mil fizeram download do material. Diversas associações comerciais do interior de São Paulo informaram aos coordenadores do movimento que reproduziram a palestra para grandes platéias. Clarice Chiquetto

Conciliação desafoga o Judiciário A

conciliação vem ganhando terreno como método alternativo de solução de conflitos. No Setor de Conciliação do Fórum João Mendes, por exemplo, das 11,6 mil ações que entraram desde que ele foi criado, há dois anos, 8,5 mil resultaram em acordo, ou seja 73%. "No início das atividades, o índice variava de 5% a 10%", recorda a juíza de Direito e coordenadora do setor, Maria Lúcia Pizzotti, da 32ª Vara Cível Central. O setor resolve conflitos judiciais nas áreas cível e de família em até 30 dias. No Judiciário, uma ação pode demorar até 15 anos para ser concluída. Maria Lúcia comemora os resultados, mas acha que a conciliação como método extrajudicial ainda tem muito o que crescer. "Precisamos mostrar aos juízes e advogados que esse recurso existe e funciona", afirma. Atualmente, 110 audiências são realizadas por dia, e cada uma dura, no mínimo, 40 minutos. "Nelas, as partes podem conversar, expor suas idéias e chegar a uma solução juntas", diz a juíza. Segundo a diretora do Setor de Conciliação, Helena Batista Segalla, a partir de maio, o número de audiências diárias aumentará para 180. Processo – A conciliação pode ser tentada a qualquer tempo, antes de se iniciar um processo judicial ou mesmo depois de a sentença transitar em julgado. As ações cíveis e de família abrangem causas de danos morais, questões bancárias e com cartões de crédito, Marcos Fernandes/LUZ

A juíza Maria Lúcia Pizzotti: "É preciso mostrar a juízes e advogados que o recurso funciona"

planos de saúde, cobranças, despejos, separações, guarda e pensão alimentícia de filhos, partilhas de bens, etc. "Cerca de 50% de nossas audiências envolvem bancos e empresas que oferecem cartões de crédito", comenta Maria Lúcia. A juíza aponta como uma das causas da morosidade da Justiça o formalismo da legislação, que permite um número demasiado de recursos. "Sem falar que a quantidade de juízes é insuficiente para atender a demanda", ressalta, ao lembrar que, nos últimos anos, todo problema sócio-econômico tem sido direcionado para o Judiciário. "A inadimplência aumentou, e os consumidores aprenderam a reclamar seus direitos, o que elevou o número de ações", completa. A conciliação e a mediação estão previstas na Constituição há muitos anos, mas, para Maria Lúcia, os juízes estão assoberbados de processos e sem tempo para se dedicar à medida. A morosidade, porém, não é o único vilão da história. Custear um processo não é barato. O Estado gasta, segundo a juíza, com salários de juízes, promotores e funcionários, compra de materiais, além de aluguel do espaço físico, visto que muitos fóruns não são propriedades do governo. "Um processo demanda tempo e custo. A iniciativa do Setor de Conciliação traz uma economia muito significativa", diz. Eletropaulo – Os benefícios não páram por aí. Instituições financeiras, concessionárias de serviços públicos, condo-

mínios, seguradoras e prestadores de serviços podem resolver seus problemas judiciais, além de melhorar sua imagem perante a sociedade. A distribuidora de energia elétrica AES Eletropaulo, por exemplo, firmou acordo com o Setor de Conciliação para resolver cerca de 4 mil processos por meio desse método alternativo. Do total de ações, 87% envolvem a suspensão do fornecimento de energia. Segundo o gerente Jurídico, Cível e Regulatório da companhia, Marcelo Valenzuela, cerca de 500 processos já passaram por audiência de conciliação de junho de 2005 até março deste ano, e a taxa de sucesso de acordos é 47%. "Nossa meta é celebrar o maior número de acordos possível. Queremos chegar de 60% a 70%." Fora os ajustes efetuados a partir do Setor de Conciliação (que não cobra nada pelo serviço), outros 2 mil foram realizados pela AES Eletropaulo. "Economizamos em torno de R$ 350 mil somente com despesas processuais em geral", conta Valenzuela. "Nosso projeto é mais ambicioso. Pretendemos finalizar um convênio com o Poder Judiciário em dois meses para organizar um setor pré-litígio de conciliação. Com isso, cerca de 1 mil casos por mês deixarão de ser levados aos tribunais", diz. Atualmente, o Setor de Conciliação do Fórum João Mendes tem mais de 200 conciliadores, que vão de juízes a dentistas e psicólogos. Maristela Orlowski

Prefeitura desiste de protestar inadimplente Patrícia Cruz/LUZ

N

a contramão da Procuradoria Geral do Estado de São Paulo e da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (FGFN), a Prefeitura paulistana abandonou a idéia de levar a protesto contribuintes inadimplentes. Prefere reaver seus créditos tributários por meio do parcelamento de tributos, como o Programa de Parcelamento Incentivado (PPI), regulamentado recentemente pelo poder municipal. O protesto foi abandonado, segundo a assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Negócios Jurídicos, porque o retorno para os cofres públicos ficou aquém do esperado. A polêmica decisão de protestar títulos de contribuintes foi autorizada recentemente para devedores da União pela portaria nº 321, baixada pela

Prado: R$ 2 milhões recuperados

PGFN, que alegou ter como base para aprovar a medida "os bons resultados obtidos no Estado de São Paulo". Clayton Eduardo Prado, procuradorchefe da Procuradoria Geral do Estado de São Paulo, diz que seu foco são os grandes deve-

dores de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), com dívidas de até R$ 500 mil. A portaria da PGFN deixa claro que o foco da União são as dívidas até de R$ 10 mil. De acordo com Prado, cerca de 120 títulos já foram protestados no estado, o que equivale a 36% do valor total no primeiro lote de títulos protocolados. Com a ameaça do protesto, Prado informa que já voltaram para os cofres públicos R$ 2 milhões. "Se o Estado pode ajuizar uma execução, ele pode protestar. O que não é justo é permitir que uma empresa que não paga imposto opere impunemente", justifica o procurador, que acredita que os resultados da União serão ainda melhores que os do estado, já que as dívidas em questão são de menor valor. Renato Carbonari Ibelli


Jornal do empreendedor

w w w. d co m e rc i o. co m . b r

R$ 0,60 São Paulo, quarta-feira 26 de abril de 2006 Ano 81 - Nº 22.114 Edição concluída às 23h20

1,5 milhão Até ontem com 900 mil assinaturas, que vão calçar um projeto de lei pela transparência nos impostos, a campanha De Olho no Imposto chegará ao fim em 1º de maio, com o total de 1,5 milhão. A milionésima assinatura está prevista para mais um Feirão do Imposto no Pátio do Colégio, nesta sexta-feira. O movimento percorreu 400 cidades de SP, hoje está em Salvador e foi multiplicado pela internet. Economia/1

Marcos Fernandes / LUZ

até 1° de maio

Denise Adams/AFG

Mar, céu, terra, Fusion

Mentor dos dólares escapou por pouco

O Estado ignora a Nação. São dois Brasis.

MP atrasou representação e salvou petista. Pág. 4

Leia o artigo de Benedicto Ferri de Barros na página 10

Arquivado pedido de CPI do Lula

Um espião de Israel no céu do Irã atômico

Ação de Renan esfria crise política do governo. Pág. 5

O satélite foi lançado exclusivamente para vigiar o Irã. Pág. 12

Pablo de Sousa

HOJE Sol com pancadas de chuva Máxima 30º C. Mínima 18º C.

AMANHÃ Sol com pancadas de chuva Máxima 28º C. Mínima 17º C.

Comidinhas. E muito $ A moda dos buffets que oferecem petiscos para desgustar sem talheres é sucesso nas festas. E um negócio que vai de vento em popa. Economia/10


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.ECONOMIA/LEGAIS

COMUNICADO

GUIRAPONGA AGRO PECUÁRIA S/A CNPJ Nº 06.108.550/0001-05 RELATÓRIO DA DIRETORIA Senhores acionistas: Cumprindo as disposições legais e estatutárias submetemos à análise de V.Sas.o Balanço Patrimonial e demais Demonstrações Financeiras, relativos ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2005. São Paulo, 30 de março de 2006. BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 - EM REAIS ATIVO 31/12/2005 31/12/2004 PASSIVO 31/12/2005 31/12/2004 CIRCULANTE CIRCULANTE Caixa e Bancos 69.872,01 624.296,82 Obrigações a Pagar 22.771.156,20 18.829.607,42 Valores Mobiliários 1.982.406,80 1.000.000,00 22.771.156,20 18.829.607,42 Direitos p/Aquis. Investimentos - 15.760.129,00 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Contas a Receber 3.413,05 2.549,68 Capital Social 384.521,00 384.521,00 Imóveis Destinados a Venda 5.895.354,28 472.683,85 Reservas de Lucros 76.904,20 76.904,20 7.951.046,14 17.859.659,35 Lucros Acumulados 2.708.652,96 1.816.751,35 PERMANENTE 3.170.078,16 2.278.176,55 Investimentos 17.990.188,22 3.248.124,62 TOTAL DO ATIVO

17.990.188,22 3.248.124,62 25.941.234,36 21.107.783,97 TOTAL DO PASSIVO DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - EM REAIS

Capital Social Em 01/01/2004 384.521,00 Lucro do Exercício Prop. p/Dest. Lucro Liq. Res. Legal Em 31/12/2004 384.521,00 Lucro do Exercício Em 31/12/2005 384.521,00 NOTAS EXPLICATIVAS - 1) Os Investimentos em outras sociedades são avaliados pelo método de equivalência patrimonial. 2) Capital Social: O Capital Social subscrito e integralizado é composto de 384.521 ações ordinárias nominativas sem valor nominal.

25.941.234,36 21.107.783,97

Reserva de Lucros (Prejuízos) Total Lucros Acumulados 384.521,00 1.893.655,55 1.893.655,55 76.904,20 (76.904,20) 76.904,20 1.816.751,35 2.278.176,55 891.901,61 891.901,61 76.904,20 2.708.652,96 3.170.078,16 ROBERTO G. BIRCH - Diretor Presidente LUIZ ROBERTO PINTO - Diretor DIRETORIA MARCOS TADEU BARSOTTI - Diretor RUI CERRI MAIO - Contador- CRC.SP.1SP151466/O-3

quarta-feira, 26 de abril de 2006

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO FINDO 31/12/2005 RECEITAS (DESPESAS) 31/12/2005 31/12/2004 OPERACIONAIS Despesas Administrativas (64.213,59) (142.300,75) Despesas Tributárias (288.771,35) (1.304.506,27) Rec.(Desp.) Financeiras Líquidas (337.029,05) 93.559,20 Res. Positivo Participação Societária 1.581.915,60 3.246.903,37 RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO 891.901,61 1.893.655,55 Lucro por Ação 2,32 4,92 DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31/12 - EM REAIS 31/12/2005 31/12/2004 ORIGENS DOS RECURSOS Das Operações Lucro Líquido do Exercício 891.901,61 1.893.655,55 Ajustes que não afetam o Cap. Circ. Líq. Resultado de Equivalência Patrimonial (1.581.915,60) (3.246.903,37) TOTAL DOS RECURSOS (690.013,99) (1.353.247,82) APLICAÇÃO DE RECURSOS No Ativo Permanente Investimentos (13.160.148,00) (1.221,25) TOTAL DAS APLICAÇÕES (13.160.148,00) (1.221,25) Variação do Capital Circ. líquido (13.850.161,99) (1.354.469,07) VARIAÇÕES DO CAP. CIRCULANTE Ativo Circulante no Início do Exercício 17.859.659,35 473.683,85 Ativo Circulante no Final do Exercício 7.951.046,14 17.859.659,35 (9.908.613,21) 17.385.975,50 Passivo Circ. no Início do Exercício 18.829.607,42 89.162,85 Passivo Circ. no Final do exercício 22.771.156,20 18.829.607,42 (3.941.548,78) (18.740.444,57) AUM.(REDUÇÃO) DO CAP. CIRC. LÍQ. (13.850.161,99) (1.354.469,07)

AGRO PECUÁRIA TINAMU S.A. CNPJ nº 96.433.347/0001-05 RELATÓRIO DA DIRETORIA Senhores acionistas: Cumprindo as disposições legais e estatutárias submetemos à análise de V.Sas. o Balanço Patrimonial e demais Demonstrações Financeiras, relativos ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2005. Pitangueiras, 30 de março de 2006. BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 - EM REAIS DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO FINDO 31/12/2005 Receitas (Despesas) Operacionais 31/12/2005 31/12/2004 Ativo 31/12/2005 31/12/2004 Passivo 31/12/2005 31/12/2004 Administrativas (159.172,13) (78.191,79) Circulante Circulante Impostos e Taxas - (13.117,35) Caixa Bancos 22.599,65 859,33 Contas a Pagar 1.971.933,02 1.824.353,14 Contribuição Social s/Lucros (12.623,59) (17.044,34) Valores Mobiliários 3.558,62 3.248,09 Impostos a Recolher 33.662,90 58.385,64 354.327,96 354.281,43 (Despesas)/Receitas Financ. Líquidas Imposto Renda a Recuperar 278,94 278,94 182.532,24 245.927,95 2.005.595,92 1.882.738,78 Contas a Receber 2.952.278,15 3.446.705,20 Exigível a Longo Prazo Receita (Desp.) não Operacional Equivalência Patrimonial 5.548.487,22 3.530.562,63 2.978.715,36 3.451.091,56 Créditos de Partes Beneficiárias 1.037.786,03 Alienação At. Imobilizado 21.876,53 Realizável a Longo Prazo 1.037.786,03 Remuneração PBs - Onerosas (1.220.924,73) Contas a Receber 5.900.000,00 5.900.000,00 4.349.439,02 3.530.562,63 Patrimônio Líquido Efeitos a Receber 2.871.333,33 2.517.333,33 Res. Antes Provisão Imposto de Renda 4.531.971,26 3.776.490,58 2.102,56 2.102,56 8.771.333,33 8.417.333,33 Capital Social Provisão para Imposto de Renda (21.039,31) (28.407,23) Reservas de PBS-Onerosas 1.737.730,47 1.737.730,47 Resultado Líquido Exercício 4.510.931,95 3.748.083,35 Permanente Lucro por Ação 164,19 136,42 18.558.854,84 18.558.854,84 Investimentos 26.192.596,17 21.819.293,58 Reserva de Ágio Subsc. de Ações DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS 15.303.492,92 12.209.247,37 Imobilizado 702.917,88 702.955,55 Lucros (Prejuízos) Acumulados EXERCÍCIOS FINDO 31/12/2005 35.602.180,79 32.507.935,24 26.895.514,05 22.522.249,13 Origens dos Recursos 31/12/2005 31/12/2004 38.645.562,74 34.390.674,02 Total do Ativo 38.645.562,74 34.390.674,02 Total do Passivo Das Operações DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - EM REAIS Lucro Líquido do Exercício 4.510.931,95 3.748.083,35 Capital Reserva Reserva de PBs Lucros (Prejuízos) Total Ajustes que não afetam o Capital Circulante Líquido Social de Ágio Onerosas Acumulados Resultado Equivalência Patrimonial (5.548.487,22) (3.530.562,63) Em 01/01/2004 2.102,56 18.558.854,84 1.737.730,47 17.147.225,02 37.445.912,89 Aumento do Exigível a Longo Prazo 1.037.786,03 Dividendos Distribuídos (8.686.061,00) (8.686.061,00) Valor Residual Baixa At. Imobilizado 37,67 Lucro do Exercício 3.748.083,35 3.748.083,35 Total dos Recursos 268,43 217.520,72 Em 31/12/2004 2.102,56 18.558.854,84 1.737.730,47 12.209.247,37 32.507.935,24 Aplicações dos Recursos No Realizável a Longo Prazo (354.000,00) (354.000,00) Dividendos Distribuídos (1.416.686,40) (1.416.686,40) No Ativo Permanente (114.000,00) Lucro do Exercício 4.510.931,95 4.510.931,95 Dividendos Disponibilizados (127.501,77) (781.745,49) Em 31/12/2005 2.102,56 18.558.854,84 1.737.730,47 15.303.492,92 35.602.180,79 Total das Aplicações (595.501,77) (1.135.745,49) Variação do Capital Circulante Líquido (595.233,34) (918.224,77) NOTAS EXPLICATIVAS Variações do Capital Circulante 1) Os Investimentos em outras sociedades são avaliados pelo método de equivalência patrimonial. 2) Capital Social: O Capital Social subscrito e Ativo Circulante no Início do Exercício 3.451.091,56 3.572.300,81 integralizado é composto de 27.473 ações ordinárias nominativas sem valor nominal. Ativo Circulante no Final do Exercício 2.978.715,36 3.451.091,56 DIRETORIA (472.376,20) (121.209,25) Passivo Circulante no Início do Exercício 1.882.738,78 1.085.723,26 RUI CERRI MAIO JAMES ALMOND EAGERS Passivo Circulante no Final do Exercício 2.005.595,92 1.882.738,78 Diretor Presidente Diretor MARCOS TADEU BARSOTTI (122.857,14) (797.015,52) Contador - CRC.SP 1SP087320/O-4 Redução do Capital Circ. Líquido (595.233,34) (918.224,77)

ATAS

SIG PACK LTDA. torna público que recebeu da CETESB - OSASCO, a Licença Operação nº 32002867 para fabricação de máquinas de embalagem, sita na Av. Juruá, 606 - Bairro: Alphaville - Município: Barueri - SP. Com validade até 20/04/2010.

CONVOCAÇÃO

ATAS CPM S.A. CNPJ/MF: 65.599.953/0001-63 - NIRE: 35.300.178.815 ATA DA ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA REALIZADA EM 30.12.2003 HORA, DIA E LOCAL: Às 10:00 horas do dia 30 de dezembro de 2003, na sede social, na Cidade de Barueri, Estado de São Paulo, na Alameda Araguaia nº 1930. CONVOCAÇÃO E PRESENÇA: Convocação dispensada, nos termos do artigo 124, § 4º, da Lei nº 6.404/76, face à presença de acionistas representando a totalidade do capital social da Sociedade. MESA: Antonio Carlos Rego Gil, Presidente, e Milton Almicar Silva Vargas, Secretário. DELIBERAÇÕES: Os acionistas tomaram as seguintes deliberações, por unanimidade e sem reservas, conforme determina o § 3º do artigo 182 da Lei 6.404 de 15 de dezembro de 1976, com abstenção dos legalmente impedidos: (i) aprovar e ratificar a contratação, anteriormente feita pela administração da sociedade, da empresa especializada Bretas, Gabaldi & Alonso Engenharia e Consultoria Ltda., sociedade estabelecida na cidade de São Paulo, na Alameda dos Jurupis, 452, conjunto 101, devidamente registrada no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas do Ministério da Fazenda sob nº 58.373.937/0001-92, com seu contrato social registrado no 3º Cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas de São Paulo sob o nº 104.281 e última alteração microfilmado sob o nº 443586 em 31/10/2002, para reavaliar os ativos consistentes (a) nos imóveis localizados à Alameda Araguaia nº 1930, Bairro de Alphaville, Município de Barueri, Estado de São Paulo e à Rua General Fernando Vasconcellos Cavalcanti de Albuquerque nº 775, Bairro Granja Viana, Município de Cotia, Estado de São Paulo, e (b) no acervo composto dos móveis, utensílios, instalações e sistemas de ar condicionado da companhia; (ii) aprovar os Laudos de Avaliação dos ativos descritos nas alíneas (a) e (b) do item (i) acima, laudos estes previamente preparados pela empresa especializada acima mencionada e que constituem os Anexos I e II da presente Ata, autenticados pela Mesa e que ficará arquivado na sociedade, os quais indicam como valor de avaliação dos imóveis relacionados na alínea (a) do item acima o valor total bruto de R$ 8.956.342,09 (oito milhões, novecentos e cinqüenta e seis mil, trezentos e quarenta e dois reais e nove centavos) e como valor de avaliação de todo o acervo composto dos móveis, utensílios, instalações e sistemas de ar condicionado da companhia, identificados como alínea (b) do mesmo item, o valor total bruto de R$ 2.746.919,37 (dois milhões, setecentos e quarenta e seis mil, novecentos e dezenove reais e trinta e sete centavos); (iii) manter o capital social da companhia inalterado. ENCERRAMENTO: Nada mais havendo a tratar o Senhor Presidente encerrou os trabalhos, lavrando-se a presente Ata no livro próprio, que vai assinada pelo senhor Presidente e por mim Secretário, pelo Administrador e por todos os acionistas presentes. aa) Presidente: Antonio Carlos Rego Gil; Secretário: Milton Almicar Silva Vargas; Administrador: Antonio Carlos Rego Gil; Acionistas: Ana Paula Bannwart Vieira, Antonio Carlos Rego Gil, Domingos Figueiredo de Abreu, Milton Matsumoto, Ettore Victor Biagioni, Francisco Javier Bañon Treviño, Juan Lucena Maguire, Ricardo Salmon, José Luiz Acar Pedro, Milton Almicar Silva Vargas, CPM Holdings Limited, representada por seus Diretores os Srs. Antonio Carlos Rego Gil e Milton Almicar Silva Vargas e Bradesco Vida e Previdência S.A., representada por seus Diretores os Srs. Francisco Pereira de Souza e José Agostinho Pereira de Alvelos. DECLARAÇÃO: Declaramos que a presente é cópia fiel da ata lavrada no livro próprio e que são autênticas, no mesmo livro, as assinaturas nele apostas. Barueri, 30 de dezembro de 2.003. Antonio Carlos Rego Gil - Presidente, Milton Almicar Silva Vargas - Secretário; Ettore Victor Biagioni, Francisco Javier Bañon Treviño, Antonio Carlos Rego Gil, José Luiz Acar Pedro, Milton Almicar Silva Vargas, Juan Lucena Maguire, Ricardo Salmon, Ana Paula Bannwart Vieira, Domingos Figueiredo de Abreu, Milton Matsumoto, CPM Holdings Ltd. - Antonio Carlos Rego Gil e Milton Almicar Silva Vargas, Bradesco Vida e Previdência S.A. - Francisco Pereira de Souza e José Agostinho Pereira de Alvelos. Certidão – Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania – Junta Comercial do Estado de São Paulo - Certifico o registro sob número 63.761/04-0 em 4/2/2004. a) Roberto Muneratti Filho - Secretário Geral.

CPM S.A. CNPJ/MF Nº 65.599.953/0001-63 – NIRE: 35.300.178.815 ATA DA ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA REALIZADA EM 07.10.2002

DECLARAÇÃO À PRAÇA DECLARAÇÃO À PRAÇA Carla Sanctis Pécora, bras., médica, declara que foi furtada dos documentos: RG. Nº.20.289.556-7 SSP. SP. CIC.164769788-37-Cartões de crédito Gold Mastercard-Banespa e Visa Santander- Talão de Cheques Nº.236/40-Bco.Santander -Ag.008-Líbero Badaró.-Conf.B.O. Nº-003464/2006-16º-D.P.de 4.4.2006. Carla Sanctis Pécora

RETIFICAÇÃO

EDITAL FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL PREGÃO Nº 016/2006-FAMESP/HEB PROCESSO Nº 088/2006 - FAMESP/HEB Acha-se à disposição dos interessados do dia 26 de abril de 2006 a 15 de maio de 2006, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - FAMESP, localizada na Rua João Butignolli s/n, Distrito de Rubião Júnior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680 - ramal 111 - FAX (0xx14) 3882-1885–ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br/licitações/HospitalEstadual Bauru, o EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL - PREGÃO Nº 016/2006-FAMESP/HEB - PROCESSO Nº 088/2006-FAMESP/HEB, que tem como objetivo a Aquisição de 12.600(doze mil e seiscentos) fardos ou caixas de Papel Toalha Interfolhas e 7.776 (sete mil setecentos e setenta e seis) rolos de Papel Higiênico branco, neutro, folha simples, para o HOSPITAL ESTADUAL BAURU, conforme especificações constantes do anexo II. O prazo para entrega das Amostras será até o dia 16 de maio de 2006, a fase de análise das amostras será do dia 17 de maio de 2006 até o dia 23 de maio de 2006. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação, será realizada no dia 29 de maio de 2006, com início às 09:00 horas, na Sala da Seção de Compras do Hospital Estadual Bauru, Avenida Engº Luiz Edmundo Carrijo Coube, nº 1-100 - Jardim Santos Dumont, Município de Bauru, Estado de São Paulo. Botucatu, 25 de abril de 2006. Prof. Dr. Shoiti Kobayasi - Diretor Vice Presidente - FAMESP.

HORA, DIA E LOCAL: Às 10:00 horas do dia sete de outubro de 2002, na sede social, na Cidade de Cotia, Estado de São Paulo, na Rua General Fernando Vasconcellos Cavalcanti de Albuquerque, nº 775, Granja Viana. PRESENÇAS: Compareceram, identificaram-se e assinaram o Livro de Presenças os acionistas da Companhia, representando a totalidade do capital social. CONVOCAÇÃO: Dispensada a publicação do Edital de Convocação, de conformidade com o disposto no Parágrafo Quarto do Artigo 124 da Lei nº 6.404/76. MESA: Presidente: Antonio Carlos Rego Gil; Secretário: Milton Almicar Silva Vargas. DELIBERAÇÕES: Por unanimidade de votos e sem reservas, foi deliberado: a)Alterar as datas de resgate das 21.200.000 ações preferenciais resgatáveis, no valor original de referência, de R$ 21.200.000,00 (vinte um milhões e duzentos mil reais), prorrogando as datas de vencimento das parcelas discriminadas no item “Deliberações – b” da Ata da Assembléia Geral Extraordinária realizada em 07.01.2002, correspondentes à segunda parcela de que trata a letra “c” do “caput” do Artigo Sexto do Estatuto Social, conforme segue: (i) R$ 3.500.000,00 (três milhões e quinhentos mil reais), de 07 de outubro de 2002 para 07 de outubro de 2005; (ii) R$ 2.100.000,00 (dois milhões e cem mil reais), de 11 de outubro de 2002 para 11 de outubro de 2005; (iii) R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais), de 21 de outubro de 2002 para 21 de outubro de 2005; (iv) R$ 4.200.000,00 (quatro milhões e duzentos mil reais), de 28 de outubro de 2002 para 28 de outubro de 2005; (v) R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais), de 31 de janeiro de 2003 para 31 de janeiro de 2006; (vi) R$ 600.000,00 (seiscentos mil reais), de 10 de fevereiro de 2003 para 10 de fevereiro de 2006; (vii) R$ 1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais), de 24 de março de 2003 para 24 de março de 2006 e (viii) R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais), de 25 de agosto de 2003 para 25 de agosto de 2006; b) As ações preferenciais resgatáveis referentes a cada uma das parcelas originalmente vencíveis em: (i) 07/10/2002, (ii) 11/10/2002, (iii) 21/10/2002, (iv) 28/10/2002, (v) 31/ 01/2003, (vi) 10/02/2003, (vii) 24/03/2003, e (viii) 25/08/2003, farão jus a dividendos fixos, cumulativos e prioritários sobre os dividendos atribuíveis às demais ações de emissão da Companhia, referidos na alínea “a” do caput do Artigo Sexto do Estatuto Social, correspondentes a 103% (cento e três por cento) do índice de variação anual do Certificado de Depósito Interbancário (“CDI”) até a data dos vencimentos originalmente previstos de cada uma das parcelas; c) A partir da data dos vencimentos originalmente previstos de cada uma das parcelas referidas nos Itens “a” e “b” acima, até a data do efetivo pagamento de cada uma delas, cujos prazos de vencimento foram prorrogados, respectivamente, para: (i) 07/10/2005, (ii) 11/10/2005, (iii) 21/10/2005; (iv) 28/10/2005, (v) 31/01/2006, (vi) 10/02/2006, (vii) 24/03/2006, e (viii) 25/08/2006, as ações preferenciais resgatáveis correspondentes farão jus a dividendos fixos, cumulativos e prioritários sobre os dividendos atribuíveis às demais ações de emissão da Companhia, correspondentes ao índice de variação anual do Certificado de Depósito Interbancário (“CDI”) acrescido de 2,8% (dois vírgula oito porcento); d) Em face das deliberações dos itens “a”, “b” e “c” acima, aprovar a alteração da redação das alíneas “a”, “c” e “d” do Artigo Sexto do Estatuto Social, que passa a ser a seguinte: “(a) direito a dividendos fixos, cumulativos e prioritários sobre os dividendos atribuíveis às demais ações, calculados sobre o valor da parcela integralizada de cada uma das ações preferenciais desde a data do pagamento do preço de integralização de cada uma dessas parcelas até a data do pagamento dos dividendos, conforme segue: (a1) As ações preferenciais resgatáveis referentes a cada uma das parcelas discriminadas no Item “Deliberações - a” da Ata da Assembléia Geral Extraordinária realizada em 07.10.2002, farão jus aos dividendos previstos no item (a) acima, correspondentes a 103% (cento e três por cento) do índice de variação anual do Certificado de Depósito Interbancário (“CDI”) até a data dos vencimentos originalmente previstos de cada uma das referidas parcelas, constantes do mencionado Item “Deliberações – a” da Ata de AGE de 07.10.2002; (a2) A partir da data dos vencimentos originalmente previstos de cada uma das parcelas referidas no item (a.1) acima e até a data do seu efetivo pagamento, prorrogado, conforme o disposto no item “Deliberações – a” da Ata da Assembléia Geral Extraordinária de 07.10.2002, as ações preferenciais resgatáveis referentes a cada uma das referidas parcelas terão direito aos dividendos previstos no item “a” acima, correspondentes ao índice de variação anual do Certificado de Depósito Interbancário (“CDI”) acrescidos de 2,8% ao ano. c) o resgate das ações se fará pelo valor de integralização e será realizado em 02 (duas) parcelas, vencendo-se a primeira, correspondente a 40% (quarenta por cento) do valor integralizado em 24 (vinte e quatro) meses contados da efetiva integralização e a segunda, relativa aos 60% (sessenta por cento) restantes, em até 53 (cinqüenta e três) meses contados da data do primeiro resgate. d) na hipótese das ações preferenciais não serem resgatadas, total ou parcialmente, na forma prevista acima, no prazo máximo de 77 (setenta e sete meses) meses contados da efetiva integralização, essas ações adquirirão automaticamente o direito a voto, observado o disposto em acordos de acionistas depositados na companhia;” Em face do disposto acima, todas as demais disposições do referido artigo permanecem em vigor. ENCERRAMENTO: Nada mais havendo a tratar o senhor Presidente encerrou os trabalhos, lavrando-se a presente Ata no livro próprio, que vai assinada pelo senhor Presidente e por mim Secretário, pelo Administrador e por todos os acionistas presentes. aa) Presidente: Antonio Carlos Rego Gil; Secretário: Milton Almicar Silva Vargas; Administrador: Antonio Carlos Rego Gil; Acionistas: Ettore Victor Biagioni; Francisco Javier Bañon Treviño, Antonio Carlos Rego Gil, Luiz Carlos Trabuco Cappi, Milton Almicar Silva Vargas, Juan Lucena Maguire, Ricardo Salmon, Ana Paula Bannwart Vieira, Domingos Figueiredo de Abreu e Denise Pauli Pavarina de Moura, CPM Holdings Limited, representada por seus Diretores os senhores Antonio Carlos Rego Gil e Milton Almicar Silva Vargas e Bradesco Vida e Previdência S.A, representada por seus Diretores, os senhores Francisco Pereira de Souza e Marco Antonio Rossi. Cotia, 07 de outubro de 2002. Antonio Carlos Rego Gil - Presidente, Milton Almicar Silva Vargas - Secretário. ACIONISTAS: Ettore Victor Biagioni, Juan Lucena Maguire, Francisco Javier Bañon Treviño, Ricardo Salmon, Antonio Carlos Rego Gil, Ana Paula Bannwart Vieira, Luiz Carlos Trabuco Cappi, Domingos Figueiredo de Abreu, Milton Almicar Silva Vargas, Denise Pauli Pavarina de Moura, CPM Holdings Ltd. - Antonio Carlos Rego Gil e Francisco Pereira de Souza e Milton Almicar Silva Vargas; Bradesco Vida e Previdência S/A - Marco Antonio Rossi. Certidão – Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania – Junta Comercial do Estado de São Paulo - Certifico o registro sob número 431.762/041 em 8/10/2004. a) Pedro Ivo Biancardi Barboza - Secretário Geral.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 26 de abril de 2006

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Cidades CAMINHÃO VELHO PÕE RODÍZIO EM XEQUE Empresas de carga pedem mudanças no rodízio municipal e intensificação na inspeção veicular.

Transportadoras de carga também compram um segundo veículo, sempre mais velho, para usar no dia do rodízio do veículo principal Ó RBITA

APARECIDA Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo concedeu liminar favorável ao Santuário Nacional de Aparecida, no interior, suspendendo a cobrança do selo turismo. Regulamentada em 2005, a lei entraria em vigor em 1º de maio, quando os ônibus e as vans de turismo que entrassem na cidade teriam que comprar um selo. Os ônibus pagariam R$ 48,33, os micro-ônibus pagariam R$ 26,85 e as vans, R$ 10,74. O selo seria comprado via internet, com antecedência, e a lei não valeria para carros. Caberia ao Santuário fiscalizar a entrada dos ônibus com o selo. A cobrança foi suspensa porque os juízes entenderam que a lei criou um dever inconstitucional para o Santuário de fiscalizar os ônibus, sob pena de multa por inobservância do recolhimento da taxa.

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DALAI LAMA Brasil recebe hoje, pela terceira vez, a visita do líder máximo do budismo tibetano, Tenzin Gyatso, o 14º Dalai Lama (oceano de sabedoria, em sua língua natal), considerado pelos budistas a reencarnação do Buda da Compaixão. Prêmio Nobel da Paz de 1989, ele já esteve no País para falar de questões ambientais em 1992, e, em 1999, de educação. Desta vez, o foco de três dias de palestras em São Paulo será a saúde. Amanhã, o Dalai Lama falará sobre treinamento da mente no budismo tibetano. Na sexta, sobre a interação entre religião e ciência e os benefícios da meditação para o cérebro. Aos 70 anos, o religioso passa seis meses do ano em viagens, pregando a paz e os preceitos do budismo para multidões em clima de show de rock. Há mais 50 livros de auto-ajuda de sua autoria. Só no Brasil, vendeu 900 mil exemplares. (AE)

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Alex Ribeiro/DC - 18/10/2005

Davi Franzon

A

prática de comprar um segundo carro, normalmente com muitos anos de uso, para burlar o rodízio municipal, já saiu do âmbito doméstico e chegou às empresas de transporte de carga. Pelo menos é o que afirma Fernando Abrahão Zerati, assessor técnico em abastecimento e mobilidade do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas do Estado de São Paulo (Setcesp). Segundo ele, parte das empresas que atua na capital adquiriu um segundo veículo, mais antigo, para uso nos dias de restrição ao veículo principal. Com isso, disse, a idade média da frota de caminhões que circula na cidade é de 22 anos, quando no restante do País é de 18 anos. "O rodízio é um dos fatores dessa diferença, principalmente no caso das empresas de pequeno e médio portes, que não podem perder clientes por causa de um veículo parado", explicou. Para o assessor do Setcesp, uma das soluções seria a liberação do rodízio para os veículos utilizados em serviços de abastecimento, desde que a extensão do caminhão não ultrapassasse a medida de 6,30 m. Outra medida seria a inspeção veicular, que funcionaria como um filtro automático da frota. Segundo Zerati, a obrigação da vistoria levaria à retirada de uma quantidade significativa de caminhões e de veículos de passeio que estão em péssimo estado de conservação. O assessor do sindicato disse também que algumas empresas emplacam seus veículos em outros estados, gerando recursos para outro município. "Se houvesse um acordo, haveria maior arrecadação de IPVA e outros impostos, o que poderia ser aplicado no sistema de trânsito", afirmou. Rodízio –Implantado na cidade no fim de 1996, o rodízio de veículos, que restringe a circulação no chamado Centro expandido, provoca debates até hoje sobre a sua eficácia na redução de congestionamentos nos horários de pico. Para

A prática de usar veículos antigos elevou a idade da frota de caminhões na cidade para 22 anos. No resto do País a idade média é de 18 anos.

empresários do setor de carga devem ser feitas alterações, mas para a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), o rodízio é uma saída viável no sistema de trânsito. Dados da entidade apontam que, antes de sua implantação, a média anual de congestionamento no pico da tarde era de 140 quilômetros. Após a implantação, o índice caiu para menos de 120 quilômetros. Adauto Martins Filho, diretor de operações da CET, explicou que o objetivo é aumentar a fluidez de veículos antes e depois dos horários restritivos. "O rodízio tenta diluir o tráfego, colocando outros horários como alternativa aos motoristas". Segundo ele, um dos grandes problemas do rodízio é o não cumprimento da lei. Ele disse que, com a intensificação das medidas punitivas – fiscalização eletrônica e autuação –, o número de veículos rodando no dia de proibição caiu 5%, ou 50 mil carros a menos Temporária – Para especialistas no trânsito, o rodízio é uma medida viável, mas temporária, já que os congestionamentos da cidade têm ligação

direta com a qualidade do transporte coletivo. Para o urbanista Cândido Malta, a restrição é uma saída, mas é necessário oferecer uma alternativa de qualidade. Malta defende o pedágio urbano no Centro expandido, desde que

o dinheiro seja direcionado a ampliação do Metrô. Carlos Sampaio, especialista em mobilidade urbana, também coloca o rodízio como solução temporária, cuja eficácia deve ser utilizada para a implantação de medidas efetivas

de ampliação do transporte coletivo. "São Paulo precisa rever a idade média da sua frota, reestruturar suas linhas de ônibus e ampliar o serviço de microônibus no Centro e nas regiões de grande concentração de empresas e escritórios".


quarta-feira, 26 de abril de 2006

Finanças Nacional Tr i b u t o s Empresas

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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0,73

GARRAFA PET TEM, EM MÉDIA, 45,89% DE TRIBUTOS

centavos do valor de uma garrafa de refrigerante vão para o pagamento de IPI.

REFRIGERANTES: É DOSE PARA LEÃO.

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os próximos meses, o governo federal receberá da Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil (Afrebras) um estudo que demonstra que a tributação do setor é maior para as empresas de pequeno porte. E essa carga tributária acaba pesando mais no bolso dos mais pobres, que são os que mais consomem refrigerantes de marcas menos famosas. Segundo o levantamento, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), um refrigerante PET de dois litros produzido por fabricantes de médio ou pequeno portes carrega, em média, 45,89% de tributos. O mesmo produto, fabricado por grandes corporações, tem 35,37% de impostos embutidos. "O que causa estranheza é o fato de o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e o Programa de Integração Social e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins) terem peso de 27% para o produto mais barato e de 8% para o produto mais caro", diz Gilberto Luiz do Amaral, presidente do IBPT. "Do nosso refrigerante PET

Ó RBITA A TÉ LOGO

de dois litros, que custa de R$ 1,35 a R$ 1,50, R$ 0,73 vão para o pagamento do IPI", diz Rafael Antônio Saullo, proprietário da fábrica de refrigerantes Cibal, associada à Afrebras. Propostas – Fernando Rodrigues de Barros, presidente da Afrebras, que congrega 105 empresas de pequeno e médio portes, diz que a entidade vai propor a tributação de PIS/Cofins pelo regime cumulativo e uma alíquota diferenciada de IPI para as empresas menores. O levantamento do IBPT estima que as pequenas respondem por R$ 137 milhões de evasão ou renúncia fiscal por ano, enquanto as grandes corporações registram R$ 983 milhões. Mas a Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e Bebidas não Alcóolicas (Abir), que representa as grandes corporações, discorda. Segundo Mario La Hoz, diretor da Abir, uma auditoria independente apontou que a arrecadação potencial de PIS/Cofins, IPI e ICMS pelo setor em 2005 era de R$ 5,2 bilhões e as associadas à Abir teriam arrecadado R$ 4,2 bilhões. "Sendo assim, R$ 1 bilhão deveria ser pago pelas pequenas empresas, mas, pela nossa esti-

CELULARES Brasil deve fechar o ano com 104 milhões de aparelhos, segundo a Anatel.

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

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Déficit da Previdência Social mantém alta e atinge R$ 9,928 bilhões

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Mercado aposta na elevação da taxa de juros norte-americana

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Fraudes e desvios de taxas portuárias podem ter lesado os cofres públicos em R$ 7 milhões ASSOCIAÇÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA CNPJ nº 62.410.238/0001-42 BALANÇO PATRIMONIAL (Em Reais)

ATIVO 2005 2004 Circulante 73.898.273,77 62.042.459,59 Disponível 380.468,42 366.785,31 Outros Créditos 73.517.805,35 61.675.674,28 Realizável a Longo Prazo 1.720.934,17 0,00 Créditos a Longo Prazo 1.720.934,17 0,00 Permanente 6.403.047,68 6.373.768,09 Imobilizações Técnicas 6.139.822,25 6.021.817,16 Imobilizações Científicas e Religiosas 292.318,97 285.943,05 Bens Arrendados 149.814,00 149.814,00 (-) Depreciação (197.339,54) (83.806,12) Diferido 18.432,00 0,00 Contas Extra-Patrimoniais 2.122.666,76 2.055.737,44 Assistência Social 701.871,19 638.384,99 Gratuidades 1.420.795,57 1.417.352,45 Total do Ativo 84.144.922,38 70.471.965,12 PASSIVO 2005 2004 Circulante 1.266.774,40 1.429.669,68 Títulos à Pagar 14.772,41 17.906,82 Contas Correntes 35.613,94 227.420,17 Obrigações Sociais/Tributárias 283.820,28 269.846,94 Provisões 155.675,88 156.271,04 Valores Transitórios 995,61 3.567,15 Financiamento 35.667,72 35.667,52 1ª parcela/Anuidades/Taxas 740.228,56 718.990,04 Exigível a Longo Prazo 53.501,58 89.169,30 Financiamento 53.501,58 89.169,30 Patrimônio Líquido 80.701.979,64 66.897.388,70 Patrimônio Social Líquido 66.897.388,70 58.276.009,18 Superávit 13.804.590,94 8.621.379,52 Contas Extra-Patrimoniais 2.122.666,76 2.055.737,44 Assistência Social 701.871,19 638.384,99 Gratuidades 1.420.795,57 1.417.352,45 Total do Passivo 84.144.922,38 70.471.965,12 DEMONSTRATIVO DE RESULTADO (Em Reais) DESPESAS 2005 2004 Despesas Administrativas 784.888,37 803.854,90 (-) Custo Cursos Promocionais - Administração (179.796,00) (151.844,00) Despesas c/ Móveis e Imóveis 101.576,24 112.211,89 (8.235,61) (35.200,00) (-) Custo Cursos Promocionais - Desp.c/ Móveis e Imóveis (-) Custo Despesas Assistencias - Desp.c/ Móveis e Imóveis (36.216,00) (32.923,68) Despesas com Ensino 268.163,54 223.017,19 (-) Custo Cursos Promocionais - Despesas com Ensino (142.739,00) (114.159,00) Despesas com o Pessoal 7.263.423,29 8.878.816,20 (-) Custo Cursos Promocionais - Despesas com Pessoal (25.406,40) (19.510,87) Despesas Gerais 284.783,84 232.566,57 (-) Custo Cursos Promocionais - Despesas Gerais (169.964,00) (156.920,06) Despesas Tributárias 27.717,98 25.007,90 Despesas Financeiras 56.022,51 47.163,91 Despesas com a Comunidade 49.939,94 54.203,96 (-) Custo Atendimento a Familias (34.503,24) (31.366,56) Despesas c/ Curso Noturno 875.364,29 770.975,48 (-) Custo Cursos Promocionais - Salários (73.747,99) (56.996,07) Despesas Não Dedutiveis 0,00 1,74 Despesas Assistenciais 98.424,86 102.675,39 Despesas com Depreciação 113.533,42 83.806,12 Soma das Despesas 9.253.230,04 10.735.381,01 Superávit do Exercício 13.804.590,94 8.621.379,52 Total 23.057.820,98 19.356.760,53 RECEITAS 2005 2004 Rendas do Ensino 11.082.881,84 10.839.202,05 Outras Receitas Escolares 49.426,88 32.364,51 Rendas Diversas 334.215,33 296.903,69 Rendas Financeiras 11.591.296,93 8.182.325,52 Rendas da Comunidade 0,00 1.280,80 Receitas não Operacionais 0,00 4.683,96 Soma das Receitas 23.057.820,98 19.356.760,53 Total 23.057.820,98 19.356.760,53 Irmã Ephigenia Palmieri - Presidente Pedro Luiz Zanini de Camargo - Téc.Contabilidade Irmã Joana Pereira da Rocha - Tesoureira CRC 1SP 084.908/O-9 - CPF nº 539.273.388-34 PARECER DO AUDITOR INDEPENDENTE Em minha opinião as demonstrações contábeis representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Associação de Educação e Cultura – Colégio Rainha da Paz, em 31 de Dezembro de 2005, os resultados de suas operações, as mutações do seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos correspondentes ao exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 30 de Março de 2006. Massao Hashimoto – CT.-CRC- 1SP 081013/O-6 - Auditor

mativa, foram recolhidos apenas R$ 450 milhões." Ele também discorda sobre a sonegação. "Quem sonega são aquelas que não são fiscalizadas, principalmente as que não têm o medidor de vazão, ferramenta de controle da produção de bebidas utilizada pelo fisco." Laura Ignacio

TOTALCOM COMUNICAÇÃO E PARTICIPAÇÕES S.A. CNPJ/MF nº 01.921.140/0001-65 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Colocamos à disposição dos senhores acionistas, as demonstrações financeiras de Totalcom Comunicação e Participações S/A, levantadas em 31 de dezembro de 2005 e 2004. BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em milhares de reais) ATIVO 2005 2004 PASSIVO Circulante 6.231 9.844 Circulante Disponibilidades 1.003 1.674 Fornecedores Aplicações financeiras 40 1.702 Impostos e contribuições a recolher Contas a receber de clientes 3.046 4.253 Salários e férias a pagar Tributos a compensar 2.059 1.792 Partes relacionadas Outras contas a receber 83 134 Contas a pagar a ex-acionistas Dividendos a receber – 286 Outras contas a pagar Despesas antecipadas – 3 Provisão para passivo a descoberto em Realizável a Longo Prazo 9.960 10.630 empresas controladas Adiantamentos a fornecedores 758 1.062 Partes relacionadas 5.054 5.122 Patrimônio Líquido Tributos a compensar 4.055 4.353 Capital social Outras contas a receber 93 93 Reservas de capital Permanente 30.162 36.608 Reserva de lucros Investimentos 29.831 36.175 Lucros acumulados Imobilizado 317 419 Diferido 14 14 Total do Ativo 46.353 57.082 Total do Passivo As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS REFERENTES AOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em milhares de reais) 1. CONTEXTO OPERACIONAL – A Companhia é uma sociedade anônima de capital fechado, que tem por objetivo social a participação acionária, direta ou indiretamente, em sociedades dedicadas exclusivamente à prestação de serviços de comunicação, propaganda e publicidade e correlatos; criação, planejamento, organização e produção de campanhas publicitárias e a sua veiculação através de quaisquer meios de comunicação e agenciamento de serviços correlatos; e a prestação de serviços de expediente e gerenciamento de suas controladas. A Companhia, ainda possui participação societária em sua controlada indireta D+ Comunicação Total Ltda. a qual paralisou suas atividades operacionais em julho de 2000, por conta de uma reorganização societária do grupo. No momento não há previsão para o retorno de suas operações. 2.APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS – As demonstrações contábeis foram elaboradas com base nas práticas contábeis adotadas no Brasil e em observância das disposições contidas na Lei das Sociedades por Ações. RESUMO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS – a. Aplicações financeiras: As aplicações financeiras estão avaliadas ao custo, acrescidas dos rendimentos auferidos até a data do balanço. b. Investimentos: Todos os investimentos mantidos em empresas controladas estão avaliados pelo método de equivalência patrimonial, quando aplicável, acrescidos de ágio ou deduzidos de deságio. c. Imobilizado: Registrado ao custo de aquisição. A depreciação é calculada pelo método linear às taxas mencionadas na nota explicativa nº 9 e leva em consideração o tempo de vida útil dos bens. d. Demais ativos circulantes e realizável a longo prazo: São apresentados ao valor líquido de realização, acrescidos, quando aplicável, dos rendimentos e das variações auferidas. e. Passivo circulante: São demonstrados pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos, variações monetárias e cambiais incorridas até a data dos balanços. f. Provisões: As provisões são registradas tendo como base as melhores estimativas do risco envolvido. g. Apuração do resultado: O resultado das operações é apurado em conformidade com o regime contábil de competência de exercício. 3. DISPONIBILIDADES 2005 2004 Caixa 4 6 Banco Safra S.A. 631 1.802 Bank Boston S.A. 346 (126) Banco do Brasil S.A. 12 (8) Unibanco 10 – 1.003 1.674 4. CONTAS A RECEBER DE CLIENTES 2005 2004 Fischer América Comunicação Total Ltda. 2.129 2.939 One Stop Promoção e Comunicação Total Ltda. 306 372 TMN – Telecomunicações Móveis Nacionais S.A. 605 – Embratel S.A. 6 – D+ Brasil Comunicação Total S.A. – 817 Sindicato Nacional Indústria de Extração de Ferro e Metais Básicos – 63 Fischer América Rio Comunicação Total Ltda. – 62 3.046 4.253 No exercício de 2003 foi celebrado um contrato de prospecção de novos clientes entre a Totalcom Comunicação e Participações S.A. e a Fischer América Comunicação Total Ltda. Tal contrato prevê a comissão sobre o montante faturado dos clientes prospectados pela Totalcom Comunicação e Participações S.A. Em 31 de dezembro de 2005, este saldo é de R$2.129. Os percentuais de comissão estão de acordo com o divulgado no CENP – Conselho Executivo das Normas-Padrão. 5. TRIBUTOS A COMPENSAR 2005 2004 Imp. de renda retido na fonte – instituições financeiras 1.154 1.041 Imp. de renda retido na fonte – prestação de serviço 293 499 Outros tributos a compensar 612 252 2.059 1.792 Constituem-se principalmente de créditos sobre antecipações e retenções de Imposto de Renda e Contribuição Social no exercício e em exercícios anteriores e demais créditos a recuperar ou compensar. A Administração contratou empresaespecializadaparaefetuar olevantamentodos créditos tributários e apurar os valores realizáveis de acordo com a legislação fiscal. 6. PARTES RELACIONADAS 2005 2004 Ativo Ativo Passivo E-Agency Marketing Relacionamento e Fidelização Ltda. 1.374 1.334 – One Stop Promoção e Comunicação Total Ltda. 2.910 3.710 – Fischer América Sette Graal Ltda. – 60 – Tob Comunicações Ltda. 19 18 – Calia Assumpção Publicidade S.A. 362 – – Fischer América Comunicação Total Ltda. – – 4.696 Fischer América Curitiba Comunicação Total Ltda. 305 – – Fischer América Argentina S.A. 81 – – D+ Comunicação Total Ltda. 3 – – 5.054 5.122 4.696 Os saldos com partes relacionadas estão registrados por valores históricos, não há incidência de juros ou atualização monetária.

2005 6.639 126 1.008 158 – – –

2004 14.253 1.076 1.130 186 4.696 1.810 228

5.347

5.127

39.714 20.073 14.055 281 5.305

42.829 20.073 14.055 281 8.420

46.353

57.082

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis 7. TRIBUTOS A COMPENSAR – REALIZÁVEL A LONGO PRAZO – Os valores do imposto de renda e da contribuição social diferidos foram computados sobre os prejuízos fiscais. O prazo previsto de recuperação dos créditos tributários, decorrentes de prejuízos fiscais e base negativa da contribuição social, respaldados em projeções de lucros da Companhia, é de dez anos. As projeções de lucros foram preparadas pela Administração da Companhia com base em previsões e expectativas do potencial de crescimento das operações, como segue: Previsão de realização dos impostos diferidos: em 2006 317 em 2007 900 em 2008 1.107 em 2009 1.200 em 2010 1.200 em 2011 1.200 em 2012 1.500 em 2013 1.500 em 2014 1.500 em 2015 1.500 11.924 Os tributos a compensar correspondem a 25% de imposto de renda e 9% de contribuição social sobre o saldo de prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social sobre o lucro, totalizando, em 31 de dezembro de 2005, o montante de R$4.055 (R$4.353 em 2004). A compensação dos prejuízos fiscais de imposto de renda e da base negativa da contribuição social está limitada à base de 30% dos lucros tributáveis anuais, gerados a partir do exercício de 1995, sem prazo de prescrição. 8. INVESTIMENTOS Participação societária 63,00% 55,00% 99,99% 37,30% – 100,00% 99,99% – 60,00%

2005

2004

157 179 958 458 22.345 22.191 532 1.408 1.744 2.180 2.248 8.511 63 80 931 1.164 849 – 4 4 29.831 36.175

9. IMOBILIZADO

Instalações Móveis e utensílios Software Veículos Computadores e periféricos Marcas e patentes Outros

Taxa anual de depreciação (%) 10 10 20 20 20

Depreciação acumulada Imobilizado líquido

2005 222 85 345 23 31 78 4 788 (471) 317

2004 222 85 343 23 31 78 4 786 (367) 419

2005 493 184 235 51 45 1.008

2004 395 151 409 89 86 1.130

10. IMPOSTOS E CONTRIBUIÇÕES A RECOLHER Imposto de renda Contribução social sobre o lucro Cofins Pis Outras impostos e contribuições

(Prejuízo)/Lucro líquido do exercício por ação – R$

(0,19)

0,81

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em milhares de reais) Reservas Reserva de capital de lucros Capital Reserva Reserva Lucros social de ágio legal acumul. Total Saldos em 31/12/2003 20.073 14.055 115 6.425 40.668 Distrib. de dividendos – – – (1.158) (1.158) Constituição da reserva legal – – 166 (166) – Lucro líq. do exercício – – – 3.319 3.319 Saldos em 31/12/2004 20.073 14.055 281 8.420 42.829 Distrib. de dividendos – – – (2.354) (2.354) Prejuízo do exercício – – – (761) (761) Saldos em 31/12/2005 20.073 14.055 281 5.305 39.714

Tob Comunicações Ltda (Up-Grade Comunicação Total Ltda.) Spirit Incentivo de Fidelização Ltda. Fischer América Comunicação Total Ltda. D + Brasil Comunicação Total S.A. D + Brasil Comunicação Total S.A. – ágio FCC-BVI Dfcom Comunicação Total Ltda. Dfcom Comunicação Total Ltda. – ágio Fischer América Argentina S.A. Outros

A Administração

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em milhares de reais, exceto lucro líquido por ações) 2005 2004 6.668 Receita operacional bruta sobre serviços prestados 6.391 Impostos sobre os serviços prestados (609) (818) Receita operacional líquida 5.782 5.850 (Despesas) Outras receitas operacionais Despesas administrativas e gerais (4.740) (5.825) Despesas financeiras (280) (419) Receitas financeiras 2.417 2.320 Recebimento de dividendos 3.775 770 Resultado da equivalência patrimonial (6.524) 3.949 Lucro operacional 430 6.645 Provisão para passivo a descoberto (220) (2.437) Resultado antes do imp. de renda e da contrib. social 210 4.208 Imposto de renda e contribuição social (971) (889) (Prejuízo)/Lucro líquido do exercício (761) 3.319

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em milhares de reais) 2005 2004 Origens dos Recursos (Prejuízo) Lucro do exercício (761) 3.319 Itens que não afetam o capital circulante: Depreciação e amortização 104 119 Resultado da equivalência patrimonial 6.524 (3.949) Total proveniente das operações 5.867 (511) De terceiros: Amortização de deságio em empresa controlada 669 – Redução de investimentos – 4.175 Redução do realizável a longo prazo 670 2.079 1.339 6.254 Total das origens dos recursos 7.206 5.743 Aplicações dos Recursos Outras aplicações de recursos Aquisições de bens do imobilizado 2 37 Distribuição de dividendos 2.354 1.158 Realizável a longo prazo – 2.304 Aumento dos investimentos (em 2004 inclui ágio de R$ 1.164) 849 6.111 3.205 9.610 Aumento/(Redução) do Capital Circulante Líquido 4.001 (3.867) Demonstração das Variações no Capital Circulante Líquido Ativo circulante: (3.613) 3.290 No fim do exercício 6.231 9.844 No início do exercício 9.844 6.554 Passivo circulante: (7.614) 7.157 No fim do exercício 6.639 14.253 No início do exercício 14.253 7.096 Aumento/(Redução) do Capital Circulante Líquido 4.001 (3.867)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis 12. CONTINGÊNCIAS – A Totalcom Comunicação e Participações S.A. possui processos classificados pelos assessores jurídicos com probabilidade de perda possível, no montante de R$10.093, deste total, R$10.008 corresponde ao processo administrativo junto ao Banco Central do Brasil – BACEN, sobre suposta operação de câmbio ilegítima. A administração, baseada nessa opinião, entende que o risco de perda é baixo para a referida contingência e, por esse motivo, nenhuma provisão para contingências foi registrada nas demonstrações contábeis da Companhia em 31 de dezembro de 2005. Contingências de empresas controladas: A Empresa controlada indireta Fischer América Rio Comunicação Total Ltda.(“Fischer Rio”) é ré em uma ação ordinária na qual requere-se indenização por dano moral no valor de R$ 2.924, e de acordo com o posicionamento de seu assessor jurídico Sérgio Bermudes, a possibilidade de perda dessa contingência é provável. Segundo a administração, o processo é de responsabilidade da empresa que contratou os serviços da Fischer Rio. Desta forma, a controlada, bem como a Companhia não constituíram provisão para contingências em 31 de dezembro de 2005. A Fischer Rio possui ainda autos de infração no montante de R$4.282 (R$2.107 em 31 de dezembro de 2004) referentes a diferenças na apuração do imposto de renda e contribuição social relativas aos anos-calendário de 1994, 1996 e 1998, os quais encontram-se na esfera administrativa. Segundo resposta obtida dos advogados, o risco de perda é possível para a referida contingência e, por esse motivo, nenhuma provisão para contingências foi registrada nas demonstrações contábeis da controlada, bem como da Companhia para 31 de dezembro de 2005. A Fischer América Comunicação Total Ltda, possui diversos processos discutidos na esfera administrativa referentes a diferenças de apuração do imposto de renda e contribuição social no montante de R$3.682 e PIS de 1995, 1996 e 1997 no montante de R$403. Há ainda outros processos cíveis e fiscais no montante de R$61, classificados pelos assessores jurídicos com probabilidade de perda provável e R$4.737 classificados por esses assessores como probabilidade de perda possível. A administração, baseada nessa opinião, entende que devido à imaterialidade das perdas classificadas como provável, nenhuma provisão para contingências foi registrada nas demonstrações contábeis da controlada, bem como da Companhia em 31 de dezembro de 2005. 13. PATRIMÔNIO LÍQUIDO – Capital Social: Em 31 de dezembro de 2005, o capital social da Companhia está representado por 4.085.661 ações ordinárias, todas sem valor nominal. O estatuto social da Companhia determina a distribuição de um dividendo mínimo de 25% do lucro líquido do exercício, ajustado na forma do art. 202 da Lei nº 6.404/76. 14. COBERTURA DE SEGUROS – Em 31 de dezembro de 2005, a Companhia e suas controladas possuíam cobertura de seguros contra incêndio e riscos diversos para os bens do ativo imobilizado por valores considerados pela administração suficientes para cobrir eventuais perdas.

11. PROVISÃO PARA PASSIVO A DESCOBERTO EM EMPRESAS CONTROLADAS – Corresponde à provisão para os passivos a descoberto das controladas E-Agency Marketing relacionamento e Fidelização Ltda. e One Stop Promoção e Comunicação Total Ltda (All-E Esportes e Entretenimento Ltda.), nos montantes de R$1.877 e R$3.470, respectivamente (R$1.938 e R$3.189 em 31 de dezembro de 2004).

15.INSTRUMENTOS FINANCEIROS – Os valores contábeis referentes aos instrumentos financeiros, constantes no balanço patrimonial, não diferem significativamente dos valores que poderiam ser obtidos na sua negociação em um mercado ativo ou, na ausência destes, com o valor presente líquido ajustado com base na taxa vigente de juros no mercado. Durante o exercício de 2005 a Companhia não realizou operações com derivativos e não possui operações relevantes com agentes no exterior.

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Eduardo Fisher – Presidente

Francisco de Mesquita Neto – Diretor Geral

CONTADOR Nelson Naito – CRC 1 SP 174.605/O-0

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES (Em milhares de reais) Aos Administradores e Acionistas Totalcom Comunicação e Participações S.A. – São Paulo - SP 1. Examinamos o balanço patrimonial da Totalcom Comunicação e Participações S.A. em 31 de dezembro de 2005, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes ao exercício findo naquela data, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. 2. Exceto quanto aos assuntos mencionados nos parágrafos 3 a 5, nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, que requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações contábeis em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos da Companhia, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Companhia, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. 3. Não auditamos, e nem foram auditadas por outros auditores independentes, as demonstrações contábeis, correspondentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2005, de sua controlada FCC Ltd. cujo investimento contabilizado é de R$2.248. Não foi possível, nas circunstâncias, efetuar procedimentos alternativos de auditoria que nos possibilitem concluir quanto à adequação dos valores representativos desse investimento registrado nas demonstrações contábeis, em 31 de dezembro de 2005. 4. A controlada indireta D+ Brasil ComunicaçãoTotal S.A., mantém registrado em seu ativo circulante nas rubricas “adiantamentos de terceiros”, “adiantamentos de viagens” e no passivo circulante “adiantamentos de clientes”, os montantes de R$376, R$132 e R$119, respectivamente, pendentes há longa data e que ainda não foram conciliados por falta de documentação. Não foi possível, nas circunstâncias, efetuar procedimentos alternativos de auditoria que nos possibilitassem concluir quanto à adequação dos referidos saldos registrados nas demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2005. 5. Não recebemos respostas às cartas de circularização para confirmação de saldos e operações de qualquer natureza para a empresa controlada indireta D+ Brasil Comunicação Total S.A. com as instituições financeiras Banco Safra e Unibanco e para a controlada direta Spirit Marketing Promocional Ltda. com as instituições financeiras Bradesco e Banco Cooperativo do Brasil S.A., referentes às contas com movimentação restrita à utilização para crédito de cartões de fidelidade e promocionais, não podendo ser utilizadas para outras finalidades. Apesar de analisarmos, como teste alternativo de auditoria, os respectivos extratos bancários para a totalidade desses bancos, não podemos afirmar sobre a inexistência de possíveis passivos, entre eles empréstimos e garantias, avais ou operações materiais que eventualmente não tenham sido registradas e/ou divulgadas nas demonstrações contábeis. 6. Conforme nota explicativa nº 12, a Empresa controlada indireta Fischer América Rio Comunicação Total Ltda., com base em seu melhor entendimento, optou por não contabilizar em 31 de dezembro de 2005, provisão para perda de contingência cívil no montante de R$2.924. De acordo com o posicionamento do assessor jurídico Sérgio Bermudes, a possibilidade de perda é provável. Como conseqüência, em 31 de dezembro de 2005, o investimento e o patrimônio líquido estão demonstrados a maior e o prejuízo está demonstrado a menor nesse montante. 7. Em 31 de dezembro de 2005, a Empresa controlada indireta Fischer Amé-

rica Rio Comunicação Total Ltda., mantém o valor de R$488, registrado em suas demonstrações contábeis, referente ao ágio pago quando da aquisição da D+ Comunicação Total Ltda., a qual encontra-se sem atividade operacional desde julho de 2000. No momento, a Administração está amortizando o saldo pelo prazo de 5 anos e não tem previsão se a D+ Comunicação Total Ltda. retornará suas atividades, além de não haver fundamento econômico para corroborar a manutenção desse ágio no ativo da Fischer América Rio Comunicação Total Ltda. Como conseqüência, em 31 de dezembro de 2005, o investimento e o patrimônio líquido estão demonstrados a maior e o prejuízo está demonstrado a menor nesse montante. 8. Em 31 de dezembro de 2005, a Empresa controlada direta Fischer América Comunicação Total Ltda. mantém o valor de R$1.463, registrado em seu balanço patrimonial, referente ao pagamento antecipado na aquisição do direito de permanecer com uma conta de propaganda específica de um cliente da Fischer América Sul Comunicação Total Ltda. A referida conta de propaganda desvinculou-se da Fischer América Comunicação Total, não existindo dessa forma fundamento econômico para a manutenção deste valor no ativo daquela controlada. Como conseqüência, em 31 de dezembro de 2005, o investimento e o patrimônio líquido estão demonstrados a maior e o prejuízo está demonstrado a menor nesse montante. 9. Em 31 de dezembro de 2005, o investimento referente à controlada direta DFCOM ComunicaçãoTotal Ltda., registra o montante de R$931, decorrente do ágio pago quando da sua aquisição pela Totalcom Comunicação e Participações S.A, não existindo dessa forma, fundamento econômico para a manutenção deste valor no ativo. Como conseqüência, em 31 de dezembro de 2005, o investimento e o patrimônio líquido estão demonstrados a maior e o prejuízo está demonstrado a menor nesse montante. 10. A Empresa controlada direta Spirit Marketing Promocional Ltda., com base no seu melhor entendimento, optou por não constituir, em 31 de dezembro de 2005, provisão para perda no montante de R$338, referente ao reembolso de saldo de cartões emitidos e não honrados pelo Banco Santos. A Empresa requeriu a habilitação desses créditos judicialmente, mas de acordo com o posicionamento de seu assessor jurídico João Câncio Leite de Melo e Associados Advogados S/C, a possibilidade de perda é provável. Como conseqüência, em 31 de dezembro de 2005, o investimento e o patrimônio líquido estão demonstrados a maior e o prejuízo está demonstrado a menor no montante de no montante de R$186. 11. Em nossa opinião, exceto pelos possíveis efeitos decorrentes das limitações mencionadas nos parágrafos 3 a 5 e pelos ajustes mencionados nos parágrafos 6 a 10, as demonstrações contábeis referidas no parágrafo 1º apresentam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Totalcom Comunicação e Participações S.A. em 31 de dezembro de 2005, o resultado de suas operações, as mutações do seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, correspondentes ao exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 12. A Empresa controlada direta Fischer América Comunicação Total Ltda. mantém no seu ativo realizável a longo prazo, em 31 de dezembro de 2005, valores a receber no montante de R$ 2.936 das empresas E-Agency Marketing Relacionamento e Fidelização Ltda. e One Stop Promoção e Comunicação Total Ltda. Essas empresas têm sofrido contínuos prejuízos operacionais e apresentam deficiências de capital de giro, fatores estes que geram dúvidas quanto à possibilidade de continuarem sua operação. Ainda, a empresa D+ Comunicação Total Ltda. encontra-se sem atividade operacional desde julho de 2000.As demonstrações contábeis da Companhia, em 31 de dezembro de 2005, não incluem quaisquer ajustes contábeis relativos à realização e classificação dos valores de ativos e passivos que seriam requeridos na impossibilidade das referidas empresas controladas continuarem operando.

13. A Empresa controlada indireta D+ Rio Comunicação Total Ltda. mantém no seu ativo circulante, em 31 de dezembro de 2005, valores a receber no montante de R$ 302 da empresa E-Agency Marketing Relacionamento e Fidelização Ltda. Essa Empresa têm sofrido contínuos prejuízos operacionais e apresenta deficiência de capital de giro, fatores esses que geram dúvidas quanto à possibilidade de continuar em operação e arcar com o pagamento do referido valor. 14. A Empresa controlada indireta D+ Rio Comunicação Total Ltda. mantém no seu ativo circulante, em 31 de dezembro de 2005, valores de créditos tributários no montante de R$ 142 e as controladas diretas Tob Comunicações Ltda., E-Agency Marketing Relacionamento e Fidelização Ltda. e One Stop Promoção e Comunicação Total Ltda., também possuem registrado créditos tributários nos montantes de R$ 289, R$ 143 e R$ 844, respectivamente, em 31 de dezembro de 2005. A controlada indireta encontra-se sem atividade operacional desde julho de 2000 e as controladas diretas têm sofrido contínuos prejuízos operacionais e apresentam deficiência de capital de giro, sendo que a realização destes créditos tributários está condicionada a geração de lucros tributários e/ou pedido de restituição. As demonstrações contábeis destas empresas, em 31 de dezembro de 2005, não incluem quaisquer ajustes contábeis relativos à realização e classificação dos valores de ativos e passivos que seriam requeridos na impossibilidade das referidas empresas continuarem operando. 15. A Companhia mantém, em 31 de dezembro de 2005, no seu ativo circulante o montante de R$ 408, referente à empresa controlada direta One Stop Promoção e Comunicação Total Ltda. e no realizável a longo prazo, o montante de R$4.589 registrado como investimento junto às empresas controladas diretas E-Agency Marketing Relacionamento e Fidelização Ltda., One Stop Promoção e Comunicação Total Ltda. e Fischer América Curitiba Comunicação Total Ltda. Essas empresas têm sofrido contínuos prejuízos operacionais e apresentam deficiências de capital de giro, fatores estes que geram dúvidas quanto à possibilidade de continuarem sua operação. Ainda, a controlada indireta D+ Comunicação Total Ltda. encontra-se sem atividade operacional desde julho de 2000. As demonstrações contábeis da Companhia, em 31 de dezembro de 2005, não incluem quaisquer ajustes contábeis relativos à realização e classificação dos valores de ativos e passivos que seriam requeridos na impossibilidade das referidas empresas controladas continuarem operando. 16. Conforme nota explicativa nº 7, a Companhia possui registrado o montante de R$4.055 de imposto de renda e contribuição social diferidos, decorrentes de prejuízos fiscais e base negativa da contribuição social de exercícios anteriores. De acordo com as expectativas da administração, o prazo previsto de recuperação dos créditos tributários é de dez anos, porém não há formalização do estudo técnico aprovado pelos órgãos da administração da Companhia. Não foi possível, nas circunstâncias, efetuar procedimentos alternativos de auditoria que nos possibilitem concluir quanto ao prazo da realização da totalidade do imposto de renda e da contribuição social diferidos, registrados nas demonstrações contábeis, em 31 de dezembro de 2005. 17. As demonstrações contábeis da Totalcom Comunicação e Participações S.A., relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2004, foram por nós examinadas, e o nosso parecer continha limitação semelhante à descrita no parágrafo 3, limitação pelo não recebimento de resposta à nossa carta de circularização do Advogado Sérgio Bermudes e ressalvas semelhantes às descritas nos parágrafos 7, 8 e 9, além de parágrafo de ênfase sobre o assunto semelhante ao descrito no parágrafo 15. São Paulo, 21 de março de 2006. BDO Trevisan Mauro de Almeida Ambrósio Auditores Independentes Sócio-contador CRC 2SP013439/O-5 CRC 1SP199692/O-5


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Transpor te Ambiente Compor tamento Administração

DIÁRIO DO COMÉRCIO

GRUPO FAZ PASSEIO NOTURNO PELA ÁREA CENTRAL

quarta-feira, 26 de abril de 2006

A caminhada também serve para identificar os problemas e sugerir mudanças ao Poder Público.

Fotos de Luiz Prado/Luz

Na praça Antônio Prado (à esquerda) o grupo observa o edifício Altino Arantes, o prédio do Banespa. Acima, no Centro Cultural Banco do Brasil, que comemorou cinco anos, os participantes conferiram módulos da exposição Arte de Cuba. Uma das integrantes, Laura Rabello, de 76 anos, moradora da Bela Vista, usou um binóculo para observar os quadros: "Quero ver as pinceladas e detalhes", disse.

UM OLHAR NOTURNO SOBRE O CENTRO Todas as quintas-feiras, às 20h, grupos percorrem as ruas da região central para observar e aprender. É mais uma maneira de lutar pela revitalização da área. Rejane Tamoto

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Mais de 20 pessoas participam da caminhada noturna pelo Centro todas as semanas. Os passeios começam no Teatro Municipal e visam, além de ensinar um pouco sobre arquitetura, arte e história, incentivar os moradores da região a participarem da recuperação do Centro. No grupo há integrantes da Associação Viva o Centro que atuam como fiscais da revitalização. A idéia agora é conseguir um guarda-civil para acompanhar os participantes e dar-lhes mais segurança.

eatro Municipal, oito horas da noite. Esse é o ponto de encontro de um grupo de 20 pessoas que, ali, inicia uma caminhada noturna pelo Centro, com duração de duas horas. O objetivo é conhecer a história da cidade e também militar pela revitalização da área central. A caminhada, que acontece todas as quintas-feiras, é gratuita. Para participar basta ter a disposição de se unir à causa, ser curioso, querer aprender e encontrar o grupo em frente ao Teatro Municipal. A iniciativa começou em outubro e é patrocinada por empresas da região. Dois guias turísticos foram contratados e, a cada caminhada, escolhem um tema e percurso diferentes. A guia de turismo Vera Lucia Dias disse que a caminhada não é cansativa. Há paradas pelo caminho para observação da arquitetura dos prédios. "É um passeio aberto a todos. Mas a base são os moradores que querem recuperar o Centro", disse. O passeio também serve para identificar os problemas da região e, posteriormente, sugerir mudanças ao Poder Público. No grupo há integrantes da Associação Viva o Centro que atuam como fiscais da revitalização.

Caminhada - Antes de ini- que são imperceptíveis ao dia". No CCBB, o grupo conferiu ciar o passeio, a fisioterapeuta Adriana Gimenez prepara vo- um dos módulos da exposição luntariamente o grupo com Arte de Cuba. Uma das inteexercícios de aquecimento. Em grantes, Laura Rabello, de 76 seguida, o guia de turismo Laer- anos, moradora da Bela Vista, cio Cardoso de Carvalho expli- usou um binóculo para obserca o tema e o percurso que será var os quadros. "Quero ver as adotado. Em homenagem ao pinceladas e detalhes". Depois, o grupo caminhou aniversário de cinco anos do Centro Cultural Banco do Brasil pelo largo do Café e pela rua (CCBB), o tema da semana pas- XV de Novembro. Na praça sada foi a história da cultura no Antônio Prado, mais uma par a d a p a r a c o nCentro da cidade. templação. O grupo seguiu pelo viaduto do "Aqui está o edifício Altino Chá e continuou pela rua da Qui- À noite, com Arantes, o famoso prédio do Batanda, um calçailuminação, é possível nespa. Ele tem pé dão deserto à noite. Um dos proje- perceber a arquitetura direito de 16 metos para tornar a da década de 20, as tros e um lustre de 13 metros. Em caminhada mais esculturas e breve, será um segura é conse- carrancas, centro cultural". guir a companhia Alguns passos de um guarda-ci- imperceptíveis ao dia vil metropolitaLaercio Carvalho, guia adiante e o grupo está no começo da no. Outra alternativa que está em estudo é fazer avenida São João, em frente ao um seguro por pessoa, com o Edifício Martinelli. Laercio conobjetivo de atrair turistas. Mes- ta a história do comendador que mo sem tais mecanismos a vendeu uma frota de navios pamaioria disse se sentir segura. ra construir o primeiro arranhaAo chegar na rua Álvares céu da cidade: 24 andares feitos Penteado, Laercio pede que to- em concreto armado, com cidos apreciem as obras de arte. mento importado da Suécia. Ele mostra os detalhes do pré- "Para provar que era seguro, dio do CCBB, como os pisos em Martinelli fez um palacete itamosaico e a clarabóia. "À noite, liano de três andares sobre o com iluminação, é possível per- prédio e lá foi morar. As pessoas diziam que o ediceber a arquitetura da década de 20, as esculturas e carrancas, fício iria cair porque, na época,

o rio Anhangabaú passava ali perto. Depois da Segunda Guerra, o prédio pertenceu ao governo, teve diversos donos e entrou em decadência". Mais à frente, no vale do Anhangabaú, o grupo observou mais uma relíquia do Centro: o prédio dos Correios, projetado por Ramos de Azevedo, em 1922. O guia disse que desde 1999 o edifício aguarda uma restauração. Indignação - Em frente ao Conservatório Dramático Musical de São Paulo, que existe há mais 100 anos, as pessoas ficaram indignadas com o que viram: pichação e falta de iluminação. "Vamos cuidar do que é nosso", disse uma das integrantes. Laercio completou: "O passeio também serve para fiscalizarmos os problemas". No fim do percurso, o guia falou sobre a igreja Nossa Senhora do Rosário, no largo do Paissandu, que completou 100 anos. Subindo a Conselheiro Crispiniano, o grupo observou o Cine Marrocos e o Hotel Esplanada. Carmem Gimenez de Carvalho, de 72 anos, lembrou de quando se arrumava e vestia luvas para ir ao cinema. Participando pela primeira vez, Fátima Maria Bartolomeu, ficou impressionada com o passeio, que terminou em frente ao Teatro Municipal. "Adorei ouvir a história dos prédios. Foi muito bom conhecer o Centro".


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Nacional Finanças Empresas Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quarta-feira, 26 de abril de 2006

R$ 100 MILHÕES PODEM DAR FÔLEGO PARA VARIG

A Gol encerrou o primeiro trimestre do ano com lucro de R$ 161 milhões e detém 30% do mercado nacional.

PRESIDENTE DA AGÊNCIA DIZ QUE CONSUMIDOR NÃO SERÁ PREJUDICADO SE A COMPANHIA AÉREA QUEBRAR

ANAC PLANEJA SUBSTITUIÇÃO DA VARIG

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diretor-geral d a Milton Zuanazzi, afirmou Agência Nacional ainda que qualquer solução de Aviação Civil para a Varig terá que partir do ( A n a c ) , M i l t o n processo de recuperação judiZuanazzi, disse ontem que a cial, a não ser que haja um inagência tem sim um plano de vestidor interessado em capicontingência para atender talizar a empresa, do que ele consumidores do setor de não tem notícia até agora. aviação comercial em caso de Zuanazzi descartou qualparalisação das atividades de quer ajuda do governo à comuma companhia aérea, como panhia. Segundo ele, o govera Va r i g . N o no federal, Sergio Lima/Folha Imagem entanto, seria não só o do u m a " i r r e spresidente p on sa bi li daLuiz Inácio de" da agênLula da Silva, cia detalhar vem ajudanesse plano ando a empresa tes de uma há anos. Para empresa paisso, de acorralisar suas do com ele, atividades, basta ver o afirmou ele balanço de ao chegar ao e n d i v i d aSenado para mento da participar da companhia. audiência "Se tem com quatro uma lei que comissões joga a favor para discutir Zuanazzi "sonha com a Varig" da recuperaa situação ç ã o d a e mfinanceira da Varig. presa, é no espírito dessa lei Zuanazzi garantiu que o que devemos nos apegar. Se consumidor não será prejudi- for possível uma solução, saicado. Destacou, porém, que "a remos vitoriosos, se não, o fim Anac não vai cometer nenhu- será aquele que não desejamos ma irresponsabilidade neste (a falência)", afirmou Zuanazcaso". Ao abrir a audiência pú- zi. Ele disse ainda que a Anac blica, o senador Heráclito For- está acompanhando a crise da tes (PFL-PI) esclareceu aos se- companhia dia e noite, que innadores que a ministra da Ca- clusive "sonha com a Varig". sa Civil, Dilma Rousseff, con- Mas afirmou que o papel da v i d a d a p a r a a r e u n i ã o , agência será decidir se o plano comprometeu-se a participar de recuperação judicial da de uma nova audiência. companhia fere ou não a Lei de O diretor-geral da Anac, Concessões. (Agências)

Moacyr Lopes Junior/AE

GOL Companhia quer permissão para substituir vôos da concorrente

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O balcão da Varig no Aeroporto de Congonhas teve baixo movimento ontem na hora do almoço

Acordo pode cortar 2,9 mil empregos

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nvolver os trabalhadores na recuperação da Varig com o uso de seus créditos de poupança previdenciária e parte dos salários foi a proposta apresentada pelo coordenador do Trabalhadores do Grupo Varig (TGV), Márcio Marsillac, durante audiência pública conjunta realizada ontem que envolveu quatro comissões no Senado para discutir a crise da companhia aérea. Ele propôs redução de 30% no salário dos funcionários que permanecerem na Varig

até dezembro e cerca de 2,9 mil demissões. Sobre o emprego dos recursos da previdência privada – Fundo Aeros –, Marsillac acredita que seria possível resgatar metade das aeronaves paradas. "Com US$ 100 milhões poderíamos resgatar dez das 20 aeronaves que estão paradas", afirmou. A Varig tem uma dívida de R$ 7 bilhões. Segundo Marsillac, a empresa tem a receber R$ 4,5 bilhões da União e R$ 1,2 bilhão dos estados. Infraero – A dívida da Varig com a Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) aumenta R$ 900 mil a cada dia, segundo o presidente da Infraero, tenente-brigadeiro José Carlos Pereira. O débito da empresa com a Infraero é de R$ 515 milhões. Desses, R$ 133 milhões representam a dívida corrente e o restante está resguardado pelo processo de recuperação judicial da empresa. O presidente da Infraero, que também participou da audiência pública no Senado, afirmou que uma determinação de que a lei seja cumprida e que sejam cobradas da Varig as taxas diárias pode ser publicada nos próximos dias no Diário Oficial da União. Frieza – O senador Pedro Simon (PMDB-RS), presente na audiência pública, disse que enxerga uma atitude de frieza do governo em relação à crise enfrentada pela Varig. Segundo ele, o empenho para uma solução visando à recuperação

da empresa acabou quando foi rejeitada a proposta de fusão da companhia com a concorrente TAM, por ele avaliada como uma incorporação e que assegurava à Varig apenas 5% do capital da nova empresa que seria constituída. Para o senador, a proposta não tinha lógica e era impossível de ser aceita. Partiu de Simon a mais emocionada defesa de uma solução para recuperar a Varig. Novo fôlego – O gerente-geral da empresa Alvarez & Marsal (responsável pelo processo de recuperação da Varig), Marcelo Gomes, negou que esteja sendo pedida injeção de dinheiro público na empresa. Ele alegou a existência de problemas de fluxo de caixa no primeiro semestre, o que levou à solicitação de prazos aos fornecedores e credores. Gomes disse que o querosene de aviação subiu mais do que os outros combustíveis e que esse foi um dos motivos para a Varig pedir dois meses de prazo de fornecimento à BR Distribuidora. A companhia também enfrenta problemas com o pagamento de leasing de aeronaves paradas. O gerente-executivo de produtos de aviação da BR Distribuidora, Pedro Caldas, alegou que é muito arriscado para a BR atender à solicitação de prazo pedida pela Varig. A distribuidora teve lucro líquido de R$ 650 milhões em 2005 e o prazo de dois meses pedid o p e l a Va r i g re p re s e n t a R$ 160 milhões. (Agências)

EBX pode desistir de investimentos na Bolívia

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empresário Eike Batista afirmou ontem que sua empresa, a EBX, pode deixar a Bolívia. Uma decisão deve ser tomada nos próximos dias. Batista negou que a EBX esteja ilegal na Bolívia, como acusa o presidente boliviano, Evo Morales. "É impossível um investimento desse porte entrar em um país pela porta dos fundos", afirmou o empresário em entrevista ontem à rádio Jovem Pan. Ele afirmou que o investimento da EBX chega a US$ 150 milhões e que só na área ambiental os investimentos seriam de US$ 30 milhões. Esses investimentos, segundo ele, foram feitos respeitando as leis sociais e ambientais do país. O empresário brasileiro observou que, diante das declarações que vêm sendo dadas recentemente pelo presidente Evo Morales, é possível que nos próximos dias seja tomada pela EBX uma decisão de re-

verter o investimento. Batista afirmou que, pelo fato de a siderúrgica ter sido montada pelo sistema "modular", seria possível transferir o investimento para o Brasil ou outros países da região. Entrevista polêmica – Em entrevista veiculada ontem pelo programa Roda Viva, da TV Cultura, o presidente boliviano, Evo Morales, manteve o discurso agressivo contra a siderúrgica. "As empresas de petróleo, ou de serviços, que se submetem às leis bolivianas terão segurança jurídica. Mas empresas como a EBX têm dois caminhos: abandonar voluntariamente ou serem expulsas", afirmou. Ele argumentou que a empresa não respeitou as leis bolivianas e se instalou ilegalmente na faixa de fronteira, o que não seria permitido pela constituição local. "Antes, com um tipo de suborno, puderam se instalar. Mas isso terminou", acusou Morales. (AE)

presidente d a G o l , Constantino de Oliveira Júnior, disse ontem que solicitou à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) licença para ampliar o número de vôos nas ocasiões em que ocorre desistência da Varig. Segundo ele, a Gol não está incorporando slots ( l icença para horários de vôos nos aeroportos) adicionais às projeções por causa dos problemas da Varig. A empresa fechou o primeiro trimestre do ano com lucro recorde de R$ 161 milhões, alta de 42,9% em relação ao exercício anterior, e participação de mercado de quase 30%. A líder TAM tem cerca de 44%. Criada em janeiro de 2001, a Gol prevê chegar em 2011 com 90 aviões, o dobro da frota atual. Em 2006, recebe mais 13 aviões, terminando o ano com 58 aeronaves. O presidente da Gol comentou o lucro recorde do primeiro trimestre do ano e afirmou que os planos de expansão da empresa não levam em conta a saída da Varig do mercado. A empresa começa a voar para Santarém, no Pará, na próxima sexta-feira, e tem expectativa de em breve iniciar vôos para Imperatriz, no Maranhão; Chapecó, em Santa Catarina; e Ilhéus, na Bahia. No mercado externo, as rotas internacionais que já cobre – Argentina, Paraguai e Uruguai –, serão estendidas ao Chile e ao Peru. "Estamos em tratativas com as autoridades do Chile e acho que começaremos a voar para lá nos próximos seis meses. Em Lima, vamos submeter o pedido às autoridades o mais rápido possível", informou o executivo, ressaltando que, além dos novos destinos, a companhia pretende ampliar a oferta dos atuais vôos internacionais. Já a empresa no México, que seria criada em parceria com um empresário daquele país até junho, ficará para o segundo semestre. Nos primeiros três meses de 2006, a companhia recebeu três novas aeronaves Boeing 737, inaugurou 55 novas freqüências diárias e lançou quatro destinos internacionais. Congonhas – Constantino afirmou que o fechamento da pista principal do Aeroporto de Congonhas (SP) em julho, por aproximadamente dois meses, não afetará a rentabilidade nem elevará os custos da companhia. Na sua visão, a demanda não será prejudicada porque os passageiros devem simplesmente se deslocar de Congonhas para Guarulhos ou Campinas. O vice-presidente financeiro da Gol, Richard Lark, disse que a renovação da frota (devolução de aviões mais antigos e compra de outros) nos próximos quatro anos permitirá uma queda de custos por assento por quilômetro por aeronave em torno de 4% em relação ao atual. Segundo Lark, há recursos de US$ 188 milhões depositados por empresas de leasing para a manutenção dos aviões. O hangar próprio da Gol ficará pronto em julho, em Belo Horizonte, e deverá contribuir para diminuir os gastos de manutenção. (Agências)


quarta-feira, 26 de abril de 2006

Administração Saúde Polícia Urbanismo

DIÁRIO DO COMÉRCIO

9 Julgamento do jornalista Pimenta Neves será em Ibiúna, começará às 8h e deverá durar três dias.

JÚRI DE PIMENTA NEVES É CONFIRMADO PARA 3 DE MAIO

ROUBO DE REMÉDIOS m imóvel da Secretaria Municipal de Saúde usado como depósito de remédios foi assaltado na noite de segunda-feira, no Ipiranga, zona sul da capital. De acordo com informações da secretaria, entre 20h30 e 22h um vigilante que estava sozinho no local foi rendido pelos assaltantes. Durante inauguração de unidade de Saúde na Vila Prudente, na manhã de ontem, o prefeito Gilberto

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Ó RBITA Caio Guatelli/Folha Imagem - 13/09/2000

CADÊ O MELANCIA?

Kassab estimou o prejuízo em R$ 50 mil. Entre os remédios roubados havia psicotrópicos. A secretária municipal de Saúde, Maria Cristina Ciury, informou que deve haver remanejamento de medicamentos do almoxarifado central para evitar problemas de falta de remédios. De acordo com a secretaria, o estoque roubado deveria durar por três meses. O roubo foi registrado no 17º DP, que investiga o caso. (AE)

adê o Melancia? Quem quer saber são comerciantes e moradores dos Jardins. Eles estão preocupados com o desaparecimento do morador de rua Ronivon da Silva, de 37 anos, sumido desde sábado, depois de ter sido agredido e medicado no Hospital São Paulo. Há pelo menos dez anos Melancia "morava" na esquina da alameda Lorena com Pamplona. Na noite de sexta-feira, foi agredido por pessoas não

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identificadas. Chegou ao Hospital São Paulo com um corte no supercílio. Os médicos suturaram o corte e Melancia ficou em observação até o meio-dia de sábado. Melancia é alcoólatra e epilético. Loiro, manca de uma das pernas e tem cicatrizes no rosto. Foi abandonado pela família. Agredido constantemente, já foi baleado. Em agosto, alguém jogou álcool em seu corpo e ateou fogo. Melancia ficou três meses no HC. (AE)

BALANÇOS RICHARD SAIGH INDÚSTRIA E COMÉRCIO S.A.

PIMENTA NEVES: DATA E HORA julgamento do jornalista Antonio Marcos Pimenta Neves (na foto acima, algemado e ao lado de uma policial), réu confesso do assassinato de sua ex-namorada – a também jornalista Sandra Gomide – já tem data e hora marcadas. O júri será realizado no próximo dia 3, a partir das 8h. De acordo com previsão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), o julgamento deverá durar três dias. Pimenta Neves será levado a júri popular na comarca de Ibiúna, cidade localizada a cerca de 70 quilômetros da capital), onde ocorreu o crime. Em agosto de 2000, Sandra Gomide, então com 33 anos (30 anos mais jovem que o ex-namorado), foi assassinada com dois tiros à

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queima-roupa, dados pelas costas. Dois dias depois, o jornalista confessou o crime à polícia. Antes, foi internado em um hospital da capital, onde se recuperaria de uma suposta tentativa de suicídio. Pimenta Neves ficou sete meses preso. Em março de 2001, o Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu liminar pela qual o jornalista poderia aguardar o julgamento em liberdade. Decisão recente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspendeu o julgamento do dia 3 de maio. Porém, há dois dias, o ministro Hélio Quaglia Barbosa, da 6ª Turma, determinou que o júri ocorra nessa data. Segundo o TJ, além do réu, serão ouvidas quatro testemunhas de acusação e cinco de defesa. (Agências)

Luludi/Luz

CNPJ Nº 61.206.397/0001-67 Relatório da Diretoria Senhores Acionistas: Em obediência às determinações legais e estatutárias, temos a satisfação de submeter à apreciação de V.Sas. o Balanço Patrimonial e demais Demonstrações Financeiras referentes ao ano de 2005. Colocamo-nos à disposição dos Senhores Acionistas para quaisquer esclarecimentos complementares. São Paulo, 2 de março de 2006. A Diretoria Demonstrações de Resultados — Exercícios Findos em BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 - (Em reais, sem centavos) 31 de dezembro de 2005 e 2004 - (Em reais, sem centavos) Ativo 2005 2004 Passivo 2005 2004 Circulante: Circulante: Receita operacional bruta: 2005 2004 2.199.882 939.063 7.997.854 5.066.751 Disponibilidades Fornecedores Venda de produtos 68.399.358 75.901.425 Aplicações financeiras 8.350.810 4.396.429 Financiamentos 3.214.416 2.171.331 Deduções: Contas a receber de clientes 5.016.580 5.544.567 Salários e encargos sociais a pagar 270.406 267.543 Impostos incidentes sobre vendas 7.543.128 10.246.137 Estoques 4.507.419 4.525.891 Impostos e contribuições a recolher 249.685 625.461 Devoluções e abatimentos 798.012 564.090 Impostos a compensar 45.900 62.138 Impostos parcelados 592.002 457.965 (8.341.140) (10.810.227) Outras contas a receber 39.509 3.945 Dividendos a pagar 875.648 Receita operacional líquida 60.058.218 65.091.198 Despesas do exercício seguinte 121.537 150.484 Contas a pagar 109.323 228.404 Custo dos produtos vendidos (49.790.305) (57.162.868) 12.433.686 9.693.103 Lucro bruto 20.281.637 15.622.517 10.267.913 7.928.330 Exigível a longo prazo: Receitas (despesas) operacionais: Financiamentos 138.557 289.710 Com vendas (5.305.824) (4.441.033) Impostos parcelados 1.512.973 1.479.465 Administrativas e gerais (2.514.511) (2.267.779) Realizável a longo prazo: Contratos de mútuo 2.213.128 1.337.480 Depreciações (142.313) (78.267) Depósitos judiciais 302.750 306.316 Impostos sub-judice 75.275 52.469 Financeiras líquidas 613.065 519.763 IRPJ e CSLL diferida sobre IRPJ e CSLL diferida sobre Outras receitas operacionais 4.600 215.490 reavaliação de ativos 3.416.294 3.741.361 prejuízos fiscais 315.522 (7.344.983) (6.051.826) 618.272 306.316 7.356.227 6.900.485 Resultado operacional 2.922.930 1.876.504 Patrimônio líquido: Resultados não operacionais (657) 216.771 Capital social 10.418.000 10.418.000 Lucro antes do I.R. e contribuição social 2.922.273 2.093.275 Reserva de reavaliação 400.007 936.472 Contribuição social Permanente: (83.080) (127.574) Reservas de lucros 1.926.681 1.797.507 Imposto de renda Investimentos 974.664 974.664 (255.725) (330.373) Imobilizado 15.641.000 16.038.833 Lucros acumulados 4.980.972 3.196.763 Lucro líquido do exercício 2.583.468 1.635.328 16.615.664 17.013.497 17.725.660 16.348.742 Lucro por lote de mil ações do capital final 247,98 156,97 37.515.573 32.942.330 37.515.573 32.942.330 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos - Exercícios Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido em 31 de dezembro de 2005 e 2004 - (Em reais, sem centavos) Findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em reais, sem centavos) Capital Reservas de Reservas Lucros Origens de recursos: 2005 2004 social reavaliação de Lucros acumulados Total Das operações: Saldos em 1º de janeiro de 2004 10.418.000 1.472.938 1.715.741 3.881.174 17.487.853 Lucro líquido do exercício 2.583.468 1.635.328 Ajustes de exercícios anteriores (1.310.771) (1.310.771) Des. (rec.) q/não represen. mov. do cap. circ.: Distribuição de dividendos conforme AGO Depreciações 1.470.708 1.130.266 de 6 de outubro de 2004 (927.202) (927.202) Valor residual do ativo perm. baixado 17.170 595.140 Realização da reserva de reavaliação (536.466) (536.466) Juros do exigível a longo prazo 150.078 636.150 Lucro líquido do exercício 1.635.328 1.635.328 Const. do I.R. diferido sobre prej. fiscal (315.522) — Proposta para destinação do lucro líquido: Realização da reserva de reavaliação (536.465) (536.466) Reserva legal 81.766 (81.766) Realiz. do I.R. diferido sobre reavaliação (325.067) (325.067) Saldos em 31 de dezembro de 2004 10.418.000 936.472 1.797.507 3.196.763 16.348.742 Recursos originados das operações 3.044.370 3.135.351 Ajustes de exercícios anteriores (670.085) (670.085) De Terceiros: Realização da reserva de reavaliação (536.465) (536.465) Transf. do realizável a longo prazo p/ o circ. 3.566 — Lucro líquido do exercício 2.583.468 2.583.468 Aumento do exigível a longo prazo 1.389.926 513.493 Proposta para destinação do lucro líquido: 4.437.862 3.648.844 129.174 (129.174) Reserva legal Aplicações de recursos: Saldos em 31 de dezembro de 2005 10.418.000 400.007 1.926.681 4.980.972 17.725.660 Imobilizado 1.090.045 4.097.773 Realizável a longo prazo — 69.885 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. Ajustes de exercícios anteriores 670.085 1.310.771 Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras - Exercícios Findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 - (Em reais, sem centavos) Distribuição de dividendos — 927.202 1 - Contexto Operacional: As atividades da Empresa compreendem, modo a refletir os valores incorridos até a data do balanço. Transf. do exigível a longo prazo p/ o circ 759.195 — basicamente, a moagem de trigo e a comercialização de seus derivados. 3- Contas a Receber de Clientes 2005 2004 2.519.325 6.405.631 2 - Elaboração das Demonstrações Financeiras: Apresentação: Ela- Duplicatas a receber 6.141.007 6.604.221 Aumento (redução) do capital circulante 1.918.537 (2.756.787) boradas de acordo com os princípios de contabilidade emanados de (-) Provisão para devedores duvidosos (1.124.427) (1.059.654) Demonstrações das variações do capital circulante legislação societária brasileira que não requerem a apresentação das 5.016.580 5.544.567 Variações demonstrações financeiras expressas em moeda de capacidade aquisi- 4 - Estoques 2005 2004 2004 2003 2005 2004 2005 tiva constante. As demonstrações financeiras não foram objeto de correção Produtos acabados 317.849 250.821 Ativo circ. 20.281.637 15.622.517 18.046.250 4.659.120 (2.423.733) monetária, tendo em vista sua revogação, conforme disposto no artigo 4 Matérias-primas 1.901.502 1.552.431 Passivo circ. 12.433.686 9.693.103 9.360.049 2.740.583 333.054 da Lei nº 9.249 de 27/12/1995. Descrição das principais práticas Materiais de embalagens 329.677 272.521 Cap.circ.líq. 7.847.951 5.929.414 8.686.201 1.918.537 (2.756.787) contábeis: a. Aplicações financeiras: Registradas ao custo acrescido Almoxarifado 415.521 391.065 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. dos rendimentos incorridos até a data do balanço, que não supera o valor Adiantamento a fornecedores — 1.991.588 de mercado. b. Estoques: Valorizados ao custo médio de aquisição ou parte das autoridades fiscais em prazos prescricionais variáveis. 10 Importações em andamento 1.542.870 67.465 produção, que não excede o valor de mercado. c. Investimentos: Capital Social: O capital social, totalmente integralizado, é de R$ 4.507.419 4.525.891 Avaliados pelo custo de aquisição, corrigido monetariamente até 31 de 10.418.000, estando representado por 10.418.000 ações ordinárias nomi2005 2004 dezembro de 1995. d. Imobilizado: Demonstrado ao custo corrigido até 5 - Investimentos nativas, sem valor nominal. 11 - Ajustes de Exercícios Anteriores: 20.659 20.659 31 de dezembro de 1995 ou, quando aplicável, ao valor reavaliado; as Participações em outras empresas Representado pelo reconhecimento do principal e encargos incorridos Incentivos fiscais 939.165 939.165 depreciações são calculadas pelo método linear, com base no prazo de sobre o imposto de renda e contribuição social, os quais foram objetos de 14.840 14.840 vida útil dos bens. e. Direitos e obrigações: Atualizados à taxa de juros Emprést. compulsórios à Eletrobrás e outros parcelamento no exercício de 2005 (Cofins e CPMF em 2004), conforme 974.664 974.664 ou índice de correção monetária, nos termos dos contratos vigentes, de comentado na nota explicativa nº 13. 12 - Resultados não Operacionais: Amparada por medida judicial, a Empresa compensou no exercício de 6 - Imobilizado Taxa anual de 2005 2004 2004, R$ 751.073 de créditos de IPI oriundos da aquisição de insumos depreciação Custo Depreciação utilizados na fabricação de produtos isentos ou tributados à alíquota zero, % corrigido Reavaliação acumulada Líquido Líquido com outros tributos federais.13 - Prejuízos Fiscais a Compensar: No Edifícios e construções 4 2.147.417 10.490.331 (2.946.126) 9.691.622 8.409.928 exercício de 2005 a Empresa reconheceu créditos fiscais de R$ 876.180 Instalações e benfeitorias 10 358.711 — (118.359) 240.352 225.709 e R$ 1.071.969 referentes a, respectivamente, prejuízo fiscal e base de Máquinas e equipamentos 10 6.079.554 5.364.653 (6.652.866) 4.791.341 3.375.384 cálculo negativa da contribuição social. Referidos créditos originaramMóveis e utensílios 10 223.195 — (66.709) 156.486 119.251 se do parcelamento do Auto de Infração lavrado em setembro de 2002, Veículos 20 62.028 — (39.868) 22.160 36.842 referente à compensação integral dos prejuízos fiscais apurados nos Equipamentos de informática 20 528.073 — (314.882) 213.191 348.647 exercícios de 1994 a 1996, ocorrida no exercício de 1998, sem a 9.398.978 15.854.984 (10.138.810) 15.115.152 12.515.761 observância das limitações decorrentes da Lei nº 8.981/95 (limite de Terrenos 84.623 — — 84.623 84.623 compensação de 30% do lucro real). O efeito tributário dos créditos Imobilizações em andamento — — — — 3.363.349 fiscais, calculado pelas alíquotas vigentes na data do balanço, está Direitos e concessões 435.079 — — 435.079 68.954 representado na rubrica de “Imposto de renda e contribuição social Registros e marcas 6.146 — — 6.146 6.146 diferidos”. 14 - Instrumentos Financeiros: A Empresa participa de 9.924.826 15.854.984 (10.138.810) 15.641.000 16.038.833 operações envolvendo instrumentos financeiros, todos registrados em Em janeiro de 1998 e agosto de 1999, a Empresa procedeu, com base no artigo 8º da Lei nº 6.404 de 15 de dezembro de 1976 e amparada por Laudo contas patrimoniais, que se destinam a atender suas atividades operacide Avaliação elaborado por peritos, à reavaliação de seu parque industrial e outros imóveis. Em 31 de dezembro de 2005, o saldo de reavaliação, deduzido onais. A administração desses riscos é efetuada estrategicamente através da depreciação é de R$ 10.118.512 (R$ 11.074.592 em 2004). do estabelecimento de sistemas de controles e determinação de limites de 8 - Contratos de Mútuo: Os mútuos com partes relacionadas estão posições. O valor contábil dos instrumentos financeiros da Empresa, 7 - Impostos Parcelados Curto prazo Longo prazo indexados a taxas abaixo do custo de captação de recursos no mercado. representados principalmente por contratos de mútuo, financiamentos e 2005 2004 2005 2004 9 - Imposto de Renda e Contribuição Social: O imposto de renda foi títulos e valores mobiliários, equivalem, aproximadamente, ao seu valor I.R. pessoa jurídica 96.323 353.184 - calculado à alíquota de 15% mais adicional de 10% sobre o lucro tributável de mercado na data do encerramento de balanço. 15 - Seguros ContraContribuição social s/ o lucro 37.715 138.288 - e a contribuição social foi calculada à alíquota de 9%, sendo considerada tados: A empresa possui cobertura de seguros, contratados em Cia. CPMF 218.684 218.685 446.877 665.561 para efeito das respectivas bases de cálculo a legislação vigente, perti- de primeira linha, para os bens do ativo imobilizado (edifícios e nente a cada encargo. Os encargos tributários e as contribuições apuradas instalações) e estoques sujeitos a risco, no importe de R$ 43.360.000 Cofins 239.280 239.280 574.624 813.904 e recolhidas pela Empresa, bem como as respectivas declarações de (R$ 35.906.159 em 2004), suficiente para cobrir sinistros, consideran592.002 457.965 1.512.973 1.479.465 rendimentos e os registros fiscais e contábeis, estão sujeitos à revisão por do a natureza de sua atividade. LAILA RACY SAIGH Diretora Presidente

NAZIK NASSIF SAIGH Diretora Vice-Presidente

RAUL RAPHAEL SAIGH Diretor Gerente

EDGARD NASSIF SAIGH Diretor Gerente

Luiz Carlos Prado Contador CRC - 1SP179.312/O-0

FAZENDA PALMEIRAS DO RICARDO S.A.

AMEAÇA DE BOMBA

s funcionários da Secretaria de Justiça do Estado foram obrigados a deixar os dois prédios em que trabalham, no Pátio do Colégio, depois de um falso aviso de bomba. Por volta de meio-dia, um telefonema anônimo

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informou sobre a existência de uma bomba em um dos dois edifícios, que foram imediatamente esvaziados. O Grupo de Ações Táticas Especiais (foto acima) realizou uma varredura nos edifícios, nada encontrou e o trabalho foi retomado normalmente.

CRIMINOSOS SEM HERANÇA

Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou ontem projeto de lei que impede parentes que cometeram crimes contra familiares de herdarem os bens deixados por suas vítimas. A inspiração para a lei foi o crime cometido por

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Suzane von Richthofen. A legislação atual permite o repasse automático para o criminoso. Suzane só não terá acesso à herança porque o irmão, Andreas, entrou com uma ação na Justiça. Pelo projeto, o acusado perde direito a herança quando não existirem mais recursos.

A TÉ LOGO Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

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Suspeito de pôr fotos na internet será ouvido

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Vagão feminino cria polêmica no metrô do Rio

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Astronauta fala para 800 pessoas no ITA

CNPJ/MF Nº 61.206.314/0001-30 Relatório da Diretoria Senhores Acionistas: Em obediência às determinações legais e estatutárias, temos a satisfação de submeter à apreciação de V.Sas. o Balanço Patrimonial e demais Demonstrações Financeiras referentes ao ano de 2005. Colocamo-nos à disposição dos Senhores Acionistas para quaisquer esclarecimentos complementares. São Paulo, 2 de março de 2006. A Diretoria Demonstrações de Resultados - Exercícios Findos Balanços Patrimoniais em 31 de dezembro de 2005 e 2004 - (Em reais, sem centavos) em 31 de dezembro de 2005 e 2004 - (Em reais, sem centavos) Ativo 2005 2004 Passivo 2005 2004 Receita operacional bruta: 2005 2004 Circulante: Circulante: Venda de produtos 4.458.964 5.541.282 Disponibilidades 471.226 488.554 Fornecedores 107.096 46.611 Aplicações financeiras 1.974.515 2.061.797 Provisões e encargos sociais a pagar 87.058 75.209 Deduções: Contas a receber de clientes 76.241 112.692 Impostos a recolher 75.792 45.622 Devoluções e impostos sobre vendas (369.537) (483.016) Estoques 251.247 251.416 Contas a pagar 15.401 2.859 Receita operacional líquida 4.089.427 5.058.266 Impostos a compensar 151.392 63.385 Adiantamentos de clientes 75.996 77.769 Custo dos produtos vendidos (2.610.077) (2.950.811) Antecipações do imposto de renda Conta corrente acionista 462.692 – Lucro Bruto 1.479.350 2.107.455 e contribuição social 91.356 118.422 Provisão para imposto de renda e Receitas (despesas) operacionais: Outras contas a receber – 300 contribuição social 346.980 409.295 Administrativas e gerais (804.586) (1.108.523) Despesas do exercício seguinte 43.201 95.020 1.171.015 657.365 Receitas financeiras 432.663 317.455 3.059.178 3.191.586 Patrimônio líquido: Despesas financeiras (29.857) (30.598) Realizável a longo prazo: Capital social 2.382.102 2.382.102 (401.780) (821.666) Contrato de mútuo 668.740 668.740 Reservas de capital 13.759 13.759 Resultado operacional 1.077.570 1.285.789 Permanente: Reservas de lucros 172.593 135.064 20.000 8.000 Investimentos 39.064 39.064 Lucros acumulados 2.068.317 1.857.181 Resultados não operacionais Imobilizado 2.040.804 1.146.081 4.636.771 4.388.106 Lucro antes do imposto de renda e contribuição social 1.097.570 1.293.789 2.079.868 1.185.145 5.807.786 5.045.471 5.807.786 5.045.471 Imposto de renda (248.199) (292.854) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. Contribuição social (98.781) (116.441) Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido em 31 de dezembro de 2005 e 2004 - (Em reais, sem centavos) Lucro líquido do exercício 750.590 884.494 Capital Reservas de Reservas Lucros Lucro Líq. por lote de mil ações do capital final 35,32 41,62 social capital de Lucros acumulados Total As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. Saldos em 1º de janeiro de 2004 2.382.102 13.759 90.839 1.110.412 3.597.112 Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos - Exercícios Dividendos intermediários conforme AGOE de Findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 - (Em reais, sem centavos) 16 de julho de 2004 – – – (93.500) (93.500) 2005 2004 Lucro líquido do exercício – – – 884.494 884.494 Origens de recursos: Das operacões: Proposta para destinação do lucro líquido: Reserva legal – – 44.225 (44.225) – Lucro líquido do exercício 750.590 884.494 Saldos em 31 de dezembro de 2004 2.382.102 13.759 135.064 1.857.181 4.388.106 Despesas que não representam Distribuição de dividendos conforme AGE de movimentação do capital circulante: 15 de dezembro de 2004 – – – (201.875) (201.875) Juros do realizável a longo prazo – (90.493) Distribuição de dividendos conforme AGO de Depreciações e exaustões 96.142 217.490 14 de abril de 2005 – – – (300.050) (300.050) Baixas do ativo permanente 28.056 1.027.674 Lucro líquido do exercício – – – 750.590 750.590 Recursos originados das operações 874.788 2.039.165 Proposta para destinação do lucro líquido: Aplicações de recursos: Reserva legal – – 37.529 (37.529) – No imobilizado 1.018.921 535.686 Saldos em 31 dezembro de 2005 2.382.102 13.759 172.593 2.068.317 4.636.771 Distribuição de dividendos intermediários 501.925 93.500 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. 1.520.846 629.186 Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras - Exercícios Findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 - (Em reais, sem centavos) (Diminuição) Aumento do capital circulante (646.058) 1.409.979 2005 2004 1 - Contexto Operacional: As atividades da Empresa compreendem, 3 - Estoques Demonstração das variações do cap. circulante: Variações 162.283 172.513 basicamente, a agropecuária e o reflorestamento. 2 - Elaboração das Rebanho bovino Produtos florestais 77.989 74.048 2005 2004 2003 2005 2004 Demonstrações Financeiras: Apresentação - Elaboradas de acordo com Almoxarifado 10.975 4.855 Ativo circ. 3.059.178 3.191.586 1.456.952 (132.408) 1.734.634 os princípios de contabilidade emanados da legislação societária que não 251.247 251.416 Passivo circ. 1.171.015 657.365 332.710 513.650 324.655 requerem a apresentação das demonstrações financeiras expressas em 4 - Imobilizado Taxa anual de Capital circ. líq. 1.888.163 2.534.221 1.124.242 (646.058) 1.409.979 depreciação moeda de capacidade aquisitiva constante. As demonstrações financeiras As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. % 2005 2004 não foram objeto de correção monetária, tendo em vista a revogação desse A exaustão das contas de culturas permanentes e rebanho de reprodu4 1.338.516 488.516 procedimento, conforme disposto no artigo 4 da Lei nº 9.249 de 27 de Edifícios e construções ção está sendo efetuada em conformidade com a Instrução Normativa Instalações e benfeitorias 10 271.432 269.132 dezembro de 1995. Descrição das principais práticas contábeis: a. nº 162/98, da Secretaria da Receita Federal. 5 - Imposto de Renda e Máquinas e implementos agrícolas 10 584.791 436.889 Aplicações financeiras - Registradas ao custo, acrescido dos rendimen- Móveis e utensílios Contribuição Social: O imposto de renda foi calculado à alíquota de 10 62.570 52.851 tos incorridos até a data do balanço, que não excede o valor de mercado. Veículos 15% mais adicional de 10% sobre o lucro tributável e a contribuição 20 329.973 320.973 10 109.302 109.302 social foi calculada à alíquota de 9%, sendo considerada para efeito das b. Estoques - Valorizados ao custo médio de aquisição ou formação, que Culturas permanentes 20 462.857 490.913 respectivas bases de cálculo a legislação vigente, pertinente a cada não excede o valor de mercado. c. Contrato de mútuo - Firmado com Rebanho de reprodução e outros 3.159.441 2.168.576 encargo.Os encargos tributários e as contribuições apuradas e recolhiempresa relacionada e pactuado em condições normais de mercado. d. Depreciação/exaustão acumuladas (1.401.560) (1.364.769) das pela Empresa, bem como as respectivas declarações de rendimentos Investimentos - Os investimentos foram avaliados pelo custo corrigido 1.757.881 803.807 e os registros fiscais e contábeis, estão sujeitos à revisão por parte das monetariamente até 31 de dezembro de 1995. e. Imobilizado - Demonstra- Propriedades rurais 166.390 166.390 autoridades fiscais em prazos prescricionais variáveis. 6 - Capital do ao custo corrigido até 31 de dezembro de 1995; as depreciações são Reservas florestais 116.533 175.884 Social: O capital social, totalmente integralizado, está representado por 2.040.804 1.146.081 calculadas pelo método linear, com base no prazo de vida útil dos bens. 21.250.000 de ações ordinárias, sem valor nominal. LAILA RACY SAIGH – Diretora Presidente

RAUL RAPHAEL SAIGH – Diretor Superintendente

Francisco Antonio La Rocca – Contador TC CRC-1SP059095/0-7


quarta-feira, 26 de abril de 2006

DIÁRIO DO COMÉRCIO

Estilo Tr i b u t o s Nacional Empresas

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POUCA EXPERIÊNCIA AFASTA JOVENS DE BOAS COLOCAÇÕES

A taxa de desemprego total em março atingiu 16,9% da População Economicamente Ativa (PEA)

MAIS 49 MIL PESSOAS AUMENTARAM o CONTINGENTE DOS DESEMPREGADOS NA REGIÃO METROPOLITANA

DESEMPREGO É MAIOR NO COMÉRCIO

O Experiência faz a diferença

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e o desemprego atingiu especialmente os adolescentes de 15 a 17 anos nos três primeiros meses deste ano, isso porém não ocorreu com os executivos. Prova disso é que o número de postos de trabalho nos níveis de gerência e diretoria aumentou em 90% no primeiro trimestre de 2006 em relação ao mesmo período do ano passado. Dados de pesquisa realizada pela Job Bank, da RightSaadFellipelli, mostram que o número dessas vagas cresceu de 1.010 para 1.918 nesse período. "Muitas empresas passaram a contratar mais dirigentes com experiência, o que justifica o crescimento de oportunidades nas respectivas áreas", diz a gerente de Transição de Carreira da Consultoria, Ma-

tilde Berna. "O aquecimento da economia e a estabilidade do mercado demandaram mais contratações de cargos estratégicos", afirma. E a maioria das contratações vem acompanhada de planos de carreira e vantagens trabalhistas. O estudo é realizado todos os meses, mundialmente, baseado em contatos freqüentes com cerca de 100 empresas de busca de executivos de grande e médio portes e 200 consultorias. "Usamos os números na distribuição de currículos dos associados da empresa e os dados ficam disponíveis para caçadores de talentos, companhias e empresários", explica Matilde. "O que o mercado quer é resultado rápido e gente qualificada, com experiência." Sonaira San Pedro

PETRÓLEO Bush endurece. Preço cai.

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presidente norteamericano, George W. Bush, anunciou ontem algumas medidas para equacionar os preços do petróleo que têm renovado seus recordes e, para isso, vai dar mais tempo às petrolíferas para devolver empréstimos emergenciais e flexibilizar as regras sobre a gasolina para aumentar o fornecimento. Em discurso na Associação de Combustíveis Renováveis, ele pediu às empresas de petróleo que planejem "fortes reinvestimentos" após seus lucros recordes. Além disso, determinou que as entregas das Reservas Estratégicas de Petróleo (SPR, na sigla em inglês) sejam suspensas. "Nossa reserva estratégica é suficientemente grande para nos proteger de qualquer desequilíbrio de fornecimento significativo nos próximos meses", afirmou. "Ao postergarmos os depósitos até o outono (no Hemisfério Norte), deixaremos um pouco mais de petróleo no mercado." Depois do anúncio, os contratos futuros de petróleo caíram mais de US$ 1 o barril. Bush pediu ainda à agência de proteção ambiental que use completamente a sua autoridade para deixar de lado regulamentações de gasolina nos próximos meses e convocou uma força-tarefa para buscar meios de reduzir as dezenas de misturas de combustíveis. Essa ação dificulta que as refinadoras levem fornecimento de gasolina a regiões afetadas pela falta do produto. "Quando se tem uma série de regras de combustíveis descoordenadas e excessivamente complexas, a tendência é causar a alta dos preços", disse Bush. Ele também pediu ao Con-

gresso que revogue cerca de US$ 2 bilhões em isenções de impostos para pesquisas industriais de escavações em águas profundas. "Os contribuintes não precisam pagar certas despesas em nome das empresas de energia." Ônibus – Com o preço da gasolina atingindo níveis quase recordes, mais pessoas estão deixando os carros na garagem e adotando os meios de transporte coletivo. Nos EUA os motoristas estão assustados com o preço do combustível, que subiu US$ 0,42 no último mês, ultrapassando US$ 3 o galão em grande parte do país. "As pessoas estão tentando evitar os altos preços da gasolina usando o transporte público," afirmou William Millar, presidente da Associação Americana de Transportes Públicos. O aumento no número de usuários dos transportes de massa persistiu depois de a gasolina ter chegado a US$ 3 o galão no outono passado. "Aparentemente, os norteamericanos estão percebendo que a forma mais rápida de derrotar os altos preços é entrando em um ônibus ou em um trem", disse Millar. Recorde – O preço médio da gasolina norte-americana comum chegou a um recorde de US$ 3,07 em setembro do ano passado, depois de o furacão Katrina ter prejudicado a produção e distribuição do combustível em todo o país. Os motoristas, no entanto, ainda resistem em deixar seus carros de lado. Segundo dados oficiais, a demanda por gasolina aumentou 0,8% em comparação com a demanda da mesma época do ano em 2005, e isso apesar de o combustível estar US$ 0,60 mais caro. (Reuters)

mês de março acrescentou 49 mil pessoas ao contingente de desempregados da Região Metropolitana de São Paulo, segundo a Pesquisa de Emprego e Desemprego realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos SócioEconômicos (Dieese), em parceria com a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), divulgada ontem. A taxa de desemprego total, de 16,9% da População Economicamente Ativa (PEA), ficou um pouco acima dos 16,3% registrados em fevereiro, mas dentro da normalidade do período, segundo Patrícia Lino Costa, economista do Dieese. Entre os setores pesquisados, o comércio se destacou como o que mais contribuiu com o desemprego, com a redução de 61 mil vagas, de um total de 118 mil postos eliminados naquele mês. Desse total, 69 mil pessoas se aposentaram ou deixaram de procurar traba-

Ricardo Lima/Virtual Photo

lho, resultando em saldo de 49 mil desempregados. Sazonalidade – "Todo início do ano a economia se retrai e o mercado reflete isso eliminando postos de trabalho", disse a economista do Dieese, lembrando que os números refletem o movimento inverso do final do ano, quando a economia, aquecida, estimula as contratações temporárias. Patrícia chamou a atenção para o fato de que, em março, a maior redução do número de ocupados se deu entre trabalhadores sem carteira assinada (5,5%) e autônomos (3,9%). "Mas há um aumento daqueles com carteira assinada", comparou. O resultado explica a diminuição acentuada das vagas no comércio, setor que mais contrata temporários para o final do ano. Tanto é assim que a economista do Dieese pondera que a pesquisa reflete a média móvel do trimestre. "Os números de fevereiro ainda carregavam um pouco das contratações de dezembro."

Varejo cria mais vagas no fim de ano e demite no trimestre seguinte

Compasso de espera – R icardo Patah, presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, confirma que o primeiro trimestre não foi bom. O período acumulou 14.914 homologações (6.562 em março), contra 13.276 em 2005 (5.816), ou 13.799 no ano anterior (6.316). Ele estima, no entanto, que a contabilidade anual deve apresentar um crescimento de 5% nos postos de trabalho.

Na opinião de Patah, os números do período ainda não refletiram os fatores favoráveis que o fazem prever a expansão no número de novas vagas no setor para este ano. Entre eles, o sindicalista cita a diminuição das taxas de juros, "ainda em patamares elevados"; a antecipação do reajuste de 11% do salário mínimo; e o controle da inflação no País. Fátima Lourenço

Jovem é quem mais perde espaço

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uando se analisa o número de desocupados por segmentos da população, a taxa de desemprego total na Região Metropolitana de São Paulo no mês de março foi mais cruel para os adolescentes entre 15 e 17 anos de idade. A Pesquisa de Emprego e Desemprego do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos SócioEconômicos (Dieese) mostra que a taxa de desemprego entre eles foi de 10,4%. "O ano de 2004 foi o primeiro de crescimento do emprego entre os jovens. Em 2005 aconteceu o contrário", disse Patrícia Lino Costa, economista do Dieese. Sua hipótese é que, se o

crescimento se mantém, quem contrata passa a buscar pessoas com mais experiência, e a situação se complica para os mais jovens. Um estudo de Priscila Flori,

economista da Confederação Nacional do Indústria (CNI), confirma essa análise. O estudo analisou as taxas de desemprego de 1983 a 2002, sempre apontando

percentuais mais altos entre os jovens. Mas, ao contrário do que se acredita, ela descobriu que a alta taxa de desemprego entre jovens não ocorre por inexperiência, já que 80% dos desempregados já haviam trabalhado anteriormente e apenas 20% buscavam o primeiro emprego. "Isso indica que o jovem entra e sai das empresas com freqüência." Causas – Com a ressalva de que não estudou especificamente os motivos para a mudança, Priscila elencou, entre as possibilidades, o retorno do jovem à escola, a busca por novas oportunidades e melhores salários, e até o fato de uma empresa buscar pessoas mais experientes. (FL)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.LOGO Há muito trabalho a ser feito. Ainda estamos muito distantes do que eu acho que o carro é capaz e temos que trabalhar isso antes de culparmos qualquer outra coisa. Do piloto brasileiro Rubens Barrichello sobre sua má performance no Grande Prêmio de San Marino, no domingo, e sobre sua equipe, a Honda.

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26

ABRIL Dia do Goleiro Dia da Primeira Missa do Brasil Recolhimento de IRRF e IPI

I NTERNET E M

C A R T A Z

Orkut dedo-duro Recurso novo no sistema permite a identificação de usuários até então anônimos

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cabou a farra, mas outra já começou. Com a visualização de perfil, recurso que o site de relacionamentos Orkut oferece aos usuários desde sexta-feira, cinco pessoas que entraram na página de quem habilitou o recurso são identificadas por dia. A festa da bisbilhotice anônima acabou. Mas há quem tenha adorado a nova onda. Mal chegou, e o visualizador de perfil já é amado e odiado no próprio Orkut. Comunidades como "Orkut dedoduro! (Oficial)", com 1.343 membros, e "Visualizador de Perfil? Nãão!" com 1.580 membros, criticam a ferramenta. Mas há quem a defenda. "Sou apaixonado por um cara, mas ele é heterossexual, tem na-

morada e tudo. Com o visualizador pude ver que ele está entrando direto na minha página. Foi uma surpresa, fiquei feliz, mas muito confuso", disse Marcelo, nome fictício desse usuário de São Paulo, que já se aproveitou da preciosa informação. Só que muita gente odiou o novo brinquedo. "Desde que começou isso, estou bisbilhotando bem menos", disse Renata Castro, de 23 anos, analista de sistemas. Renata, antes disso tudo, já havia criado uma falsa conta de Orkut para investigar a vida do rapaz que namora há sete anos. "Pra que serve Orkut se não for pra fuçar nas dos outros?" A revolta é de Vanessa Borges Ribeiro, de 20 anos, estudante, que desabilitou a função de visualizar pessoas. "Cancelei na hora.

Agora eu não vejo ninguém, mas também ninguém me vê." Mas há o contraponto. A estudante Cecília Antunes de Siqueira, de 20 anos, é mãe da comunidade "Amamos o visualizador de perfil". E por que esse amor todo? "Porque assim você pára um pouco de ficar o dia inteiro fuçando no Orkut. Além de poder saber quem está interessado em você", analisou. O Orkut é um site norteamericano, de propriedade da multinacional Google, existe desde 2004 e virou febre no Brasil. Atualmente, tem mais de 12 milhões de usuários e nada menos que 70,3% se declaram brasileiros. Desde julho, a empresa tem uma subsidiária no País, localizada em São Paulo. (AE)

AFP

I NTERNET

Candidate-se a presidente Que tal candidatar-se a presidente da internet brasileira? O convite é do site do Movimento Brasileiro Sobre Brasília (MBSB 18), criado para divulgar o filme Brasília 18%, de Nelson Pereira dos Santos, em cartaz nos cinemas. Segundo Rogério Bonfim, da VirtualNet, que desenvolveu a campanha, são esperados mais de 100 mil participantes entre candidatos e eleitores. Para ganhar a eleição, é preciso promover sua própria campanha virtual pedindo votos via e-mail, comunidades virtuais como Orkut, comunicadores instantâneos, blogs e fotologs. O vencedor ganhará um ano de cinema gratuito para ver filmes da Columbia Pictures. As inscrições estão abertas a todos os internautas até o fim de maio e os resultados serão divulgados a partir do dia 15 de junho. (João Magalhães) www.mbsb18.com.br/ eleicao/index.php

CINEMA

B RAZIL COM Z

Amor, glória e televisão

Documentário Ginga (2004), dirigido por Hank Levine, Marcelo Machado e Tocha Alvez e produzido por Fernando Meirelles, sobre a habilidade natural do brasileiro para o futebol. Reserva Cultural. Sala 4. 17h, 18h40 e 20h20. R$ 12 e R$ 16.

F UTEBOL

O carro do 'Dream Team'

David Beckham (foto) - que fizeram um test drive do veículo nas ruas da capital espanhola. O Audi Q7 chega ao Brasil em setembro.

G @DGET DU JOUR

F AVORITOS

Faça clones dos seus CDs

Justiça do trabalho na internet

O Numark's CD Duplicator é um aparelho de tecnologia pouco avançada mas que permite duplicar CDs num único toque. O aparelho tem memória para backup temporário e suporta a maioria dos formatos de arquivos de áudio e de informação, incluindo CD, data CD, VCD, CD-I, CD+G e Photo-CD. Custa cerca de US$ 198. www.reactual.com/100-gifts/

Sistemas de cálculos trabalhistas, petições eletrônicas e resoluções, além de uma biblioteca com a legislação completa são alguns serviços disponíveis no site do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Além de tudo isso, é possível consultar diretamente na página o andamento de processos e recursos, bastando digitar o número de identificação no campo específico da página principal. O site tem ainda uma seção de notícias e uma ouvidoria para reclamações e dúvidas

cd-duplicator.html

www.tst.gov.br

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Um time publicitário com influência mundial, especialmente em ano de Copa. Esta parece ser a estratégia por trás da oferta da Audi aos 24 jogadores do Dream Team espanhol - o Real Madrid - as chaves do novo modelo da montadora, o utilitário esportivo de luxo Audi Q7. A Audi, que é parceira do Real, entregou as chaves dos novos carros a Ronaldo e seus 23 companheiros - entre eles

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Yuriko Nakaoo/Reuters

T ECNOLOGIA Novo laptop Panasonic, apresentado ontem em Tóquio, no Japão, é equipado com um teclado resistentes à água e uma bateria com duração de nove horas. O laptop chega ao mercado em maio e custará US$ 2.315.

RESTOS LETAIS - Chineses retiram bomba japonesa da Segunda Guerra, não-detonada, em Xian, norte da China justamente num momento em que a tensão entre os dois países aumenta. O Japão recentemente relatou que a China violou seu espaço aéreo 107 vezes. S ÃO PAULO

Acidente do motel móvel

O desembarque de novelas estrangeiras na França, ontem, motivou o L´Express a se debruçar sobre o tema. A proposta: compreender por que a França está de fora de um movimento que é aparentemente global e que se intensificou nos anos 60 e que, no Brasil, segundo o L´Express, chega a conquistar 70% dos telespectadores em horário nobre. "Sim, o mundo inteiro vibra com as heroínas vulcânicas e 'siliconadas' da América Latina. Exceto a França", diz o jornal. Os franceses começarão a assistir nos próximos dias títulos bastante conhecidos e clássicos da teledramaturgia latino-americana como O Direito de Amar, Os Ricos Também Choram e Betty, a Feia. A "reformulação" da programação televisiva na França começa com Rubi, uma novela mexicana que estreou na segunda-feira. A VIAÇÃO

m acidente impediu, ontem, a apresentação de uma das grandes atrações da 10ª Erótika Fair, que começa sábado, o motel móvel. Instalado numa Kombi 73, tunada, o motel móvel bateu no carro do organizador da feira, Evaldo Shiroma, que freou depois de ser atingido por outro veículo. O acidente aconteceu a poucos metros do Expo Mart, onde acontecerá o evento. O motel móvel tem frigobar, colchão d'água e iluminação interna. A transformação da quase sucata (abaixo) em motel custou R$ 30 mil. "Preferia que tivessem quebrado meu carro inteiro a ver a Kombi amassada", disse. O motel está no conserto e deve ficar pronto até a abertura da feira.

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O fim do jet lag na classe econômica Problemas de circulação e mal estar físico decorrentes das muitas horas de vôo estão com os dias contados. É que os fabricantes de avião pretendem oferecer às empresas aéreas aparelhos em que as poltronas serão substituídas parcial ou totalmente por apoios verticais com cinto de segurança, um pequeno apoio para as costas e outro para a cabeça. Assim, o passageiro viajará de pé. Estes sustentadores verticais ocuparão 62 cm, contra os 77,5 cm dos assentos da classe econômica. Com os passageiros viajando de pé, as companhias poderão vender pelo menos 150 passagens a mais por vôo.

www.erotikafair.com.br Claudio Teixeira/AE

L OTERIAS Concurso 1592 da QUINA 04

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C ONTABILISTAS Concurso 447 da DUPLA SENA

A TÉ LOGO

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

Orkut não cumpre ordem judicial de quebra de sigilo telemático de usuário e comunidade

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Brasil precisará de mais 396 mil professores até 2015 para manter o ensino básico A Febem é hoje o maior problema do Estado, admite o governador Cláudio Lembo

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A Universidade Corporativa do Sescon-SP não é uma parceria com a Universidade de São Paulo (USP), conforme publicado no caderno "Os Contabilistas" (25/4), sob o título "Universidade Corporativa, a ferramenta do novo contador". Trata-se de uma parceria com a Universidade Cidade de São Paulo – Unicid, nos cursos presenciais de pós-graduação lato sensu. Os 120 cursos disponíveis reconhecidos pelo MEC são somente aqueles ministrados à distância, ou seja, via Internet.

Primeiro Sorteio 08

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

6 -.ECONOMIA/LEGAIS

BALANÇO

DECLARAÇÃO À PRAÇA TUPAN ENERGIA ELÉTRICA S.A.

COMPANHIA FECHADA - CNPJ: 02.800.821/0001-38 BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004 - EM R$ 1,00 ATIVO 2005 2004 PASSIVO 2005 2004 Fornecedores de Serviços 1.615.638 10.110 Disponibilidade 67.528 58.255 Fornecedores 1.615.638 10.110 Caixa 800 15 Tributos e Contrib. Sociais 22.288 2.775 Numerário disponível 66.728 58.239 Impostos e contribuições 22.288 2.775 Créditos 7.607 359.916 Aplicações Financeiras 347.916 Circulante 1.637.926 12.885 Aplicações no mercado aberto 347.916 Soc. Controladas e Coligadas 10.617 196.000 Adiant.º a Fornecedores 7.607 12.000 Conta corrente de controlada 10.617 196.000 Adiantamento a fornecedores 7.607 12.000 Exigível a Longo Prazo 10.617 196.000 Circulante 75.135 418.171 Imobilizado 9.792.404 Terrenos 60.567 Capital Social Realizado 9.937.207 1.175.000 Equiptºs e Obras em Andamento 9.731.836 Capital autorizado 11.750.000 11.750.000 (-) Capital a integralizar (3.112.793) (10.575.000) Diferido 1.718.211 965.714 Adiantamento Futuro A. Capital 1.300.000 Despesas pré-operacionais 1.718.211 965.714 Patrimônio Líquido 9.937.207 1.175.000 (-) Amortizações acumuladas Permanente 11.510.615 965.714 Total do Passivo 11.585.750 1.383.885 Total do Ativo 11.585.750 1.383.885 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Contábeis - As demonstrações contábeis estão sendo apresentadas de A única mutação ocorrida, no valor de R$ 8.762.207,00, que se refere ao acordo com as disposições da Lei das Sociedades por Ações. 2 - Princimontante integralizado e adiantamento para futuro aumento de Capital pais Práticas Contábeis - As demonstrações contábeis foram elaboradas conforme as disposições legais e critérios mencionados abaixo: a) totalizando o Patrimônio Líquido em R$ 9.937.207,00. Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis para os exercícios Diferido - Refere-se a despesas pré-operacionais relacionadas à implantafindos em 31/12/2005 e de 2004 1 - Apresentação das Demonstrações ção dos projetos da usina geradora PCH Rondonópolis, contemplando

ATA

quarta-feira, 26 de abril de 2006

DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS PARA O EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DEZEMBRO DE: Origens/Das Opers. - Recs. de Acionistas 2005 2004 Integralização de Capital 7.462.207 1.256.201 Adiant. Futuro A. Capital 1.300.000 Aumento do exigível a Longo prazo Empréstimos e financiamentos 196.000 Total das Origens 8.762.207 1.452.201 Aplicações No Investimento No Imobilizado 9.792.404 No Diferido 752.497 288.619 Redução do patrim. líquido 775.181 Dimin.exigível a longo prazo 185.383 Total das Aplicações 10.730.284 1.063.800 Aumento (Dim.) do Capital Circ. Líq. Representado por: Ativo circulante 75.135 418.171 Passivo circulante 1.637.926 12.886 (1.562.791) 405.285 Menos - Capital Circ. Líq. Inicial 405.286 16.884 Aum. (Dim.) do Cap. Circ. Líq. (1.968.077) 388.401 estudos e projetos de viabilidade ambiental e custos financeiros associados aos projetos. Osório Henrique Furlan Júnior - Diretor Presidente HMVS Contábil Ltda. - CRC: 2SP020043/0-6 Osvaldo Vaz - Contador CRC: 1PR028295/T-2

DECLARAÇÃO À PRAÇA Eduardo Dantas de Oliveira, RG 5.970.270, CPF/MF 689.172.108-30, declara à praça em geral, que um estelionatário está usando indevidamente cópia de seus documentos para aplicar golpes na praça, conforme B.O. 1352/2006 lavrado em 24/02/06 perante a 78ª Delegacia de Polícia da Capital. (26, 27 e 28/04/2006)

EDITAL SEECESP/ELEIÇÕES SINDICAIS 2006/2009

EDITAL-AVISO RESUMIDO SEECESP - Sindicato das Empresas Exibidoras Cinematográficas no Estado de São Paulo, com sede na Rua do Triunfo, 134, 10º andar, salas 105/109, São Paulo/SP, telefones (11) 33332299 e 3333-6362. Nos termos do Estatuto deste SEECESP, serão realizadas nos dias 01, 02 e 05 de junho de 2006, das 9:00 às 17:00 horas, na sede desta Entidade, eleições para composição da Diretoria, Conselho Fiscal e Representantes na Federação Nacional das Empresas Exibidoras Cinematográficas e Suplentes, com mandatos de três anos, a partir de 07/julho/2006 e término em 06/julho/2009, devendo o registro das chapas ser efetivado na Secretaria deste SEECESP, no horário das 9:00 às 17:00 horas, dentro dos 15 (quinze) dias subseqüentes à publicação do presente Edital-Aviso resumido. O Edital de Convocação completo encontra-se afixado na sede do Sindicato, inclusive explicitando datas para eventual segundo e terceiro escrutínios em 12/junho/2006 e 19/ junho/2006, se legalmente forem necessários, tudo na forma estatutária. São Paulo, 25 de abril de 2006. ADALBERTO M. MACEDO - Presidente.


PINGAFOGO

Com a cabeça no mundo da Lua

OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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DOISPONTOS -11 11

Juros e carga tributária na estratosfe ra

ASPERGILDO FONSECA, SÃO PAULO A.NEWS@IBEST.COM.BR

Site na internet dcomercio.com.br /doispontos/

Escreva para doispontos@ dcomercio.com.br

Tenho uma doença contagiosa: sou um desempregado desemprego não escolhe gênero, não es- G Ter um emprego colhe nível ou escala social e pode atingir faz com que o a todos que vivem e dependem do empre- sujeito sinta-se go e do trabalho para sobreviver. Apesar de ser parte de um uma realidade, ou melhor, uma dura realidade, o projeto coletivo, que vemos é uma sociedade cada vez mais hostil e que quando preconceituosa diante do desempregado. perdido põe em “Eu tenho uma doença contagiosa: sou um cheque sua desempregado” é uma frase que expressa em contribuição social poucas palavras o sofrimento, a marginalização, o sentimento de impotência e por que não e seu lugar na dizer a culpa que muitos desempregados sen- sociedade. tem por se encontrarem nessa situação. A analogia entre desemprego e doença contagiosa é G Apesar de ser muito comum nos relatos de profissionais de- uma dura sempregados. É um sentimento constantemen- realidade, o que te expresso, mas que deve ser analisado com vemos é uma muito cuidado. sociedade cada Não devemos olhar tal afirmação de maneira vez mais hostil simplista, pois estaríamos dizendo: o desem- e preconceituosa pregado é um doente. E isso não é verdade. A re- diante do flexão que devemos fazer é: por que o desemdesempregado. pregado sente-se um doente? E por que a sensação de ser algo contagioso? Sem dúvida, o desemprego provoca uma mudança na forma como os contatos sociais são estabelecidos. Antes empregado, o profissional tinha um papel reconhecido e valorizado, agora, com o desemprego, vê sua contribuição social sendo questionada. É no mundo do trabalho que somos nomeados, ganhamos um lugar de representação de sucesso, de reconhecimento social. Não é incomum vermos os tipos ideais estampados em anúncios de revista, principalmente aquelas que são direcionadas para o público que trabalha na organização. Crescemos ouvindo que ‘o trabalho enobrece o homem’, que ‘só não trabalha quem não quer’, evidenciando uma valorização e uma cobrança social, que só reconhecerá quem trabalha e um tipo específico de trabalhador, já que não é qualquer trabalho que é valorizado e reconhecido so-

O

DEU

NO

BLOG C

O blogue "A coisa aqui tá preta" põe as mãos na massa (ops!) e procura montar as variáveis que ajudariam a explicar como o macacão comemorativo da autosuficiência foi carimbado pelo presidente Lula. Reprodução Sugestões de outras variáveis? HTTP://CRWA.ZIP.NET

onforme se pode observar na foto logo aí abaixo, o presidente Lula teria limpado as mãos em dois diferentes

macacões quando do anúncio da propalada autosuficiência

cialmente. Nitidamente o emprego institui e define um papel social. Ter um emprego faz com que o sujeito sinta-se parte de um projeto coletivo, que quando perdido põe em cheque sua contribuição social e seu lugar na sociedade. Por isso o desempregado é colocado numa categoria de margem à sociedade. Ele é visto como um marginal, como pária. Julgado por sua situação, terá que lidar com a hostilidade e a rejeição. O desempregado vive diariamente o preconceito por sua condição e tem que lidar com situações constrangedoras, principalmente àquelas que estão relacionadas com a busca de um novo trabalho. A maioria dos profissionais que está desempregado reclama do tratamento que recebe nas entrevistas de emprego, muitas vezes relatando histórias de humilhações, desrespeito e preconceito. omo lidar com situações em que a empresa determina que não contrata desempregados? Como lidar com as situações em que entrevistadores utilizam-se de sua condição de ‘poder’ para colocar o desempregado numa situação de pedinte? E principalmente como lidar com as rejeições dos colegas e amigos que não atendem mais suas ligações? O desemprego é um fantasma que ronda as relações. Ninguém quer chegar perto de um desempregado, como se fosse uma doença contagiosa, em que qualquer contato pode ser perigoso. O desempregado representa ao outro a concretização de um medo. Assim, é sentido como uma doença, porque esse é o sentimento do que está à margem; é contagioso, porque ninguém quer estar por perto. Doente pela imagem que têm de si, contagioso porque dele todos fogem. Esse tipo de sentimento revela a imagem negativa que possui o desempregado em nossa sociedade. O que você vai fazer para mudar isso?

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LAURA MARQUES CASTELHANO, DA ONG AMIGOS DO EMPREGO

O mistério das mãos negras brasileira em petróleo, na semana passada. Chama a atenção a posição das marcas das mãos e o fato de haver dois macacões. As possibilidades para ambos fenômenos são múltiplas. Quanto à posição das impressões das mãos presidenciais: 1-O presidente encostou as costas das mãos nos macacões enquanto os envergava.

ilegalidade, o crime, dar cobertura a ações ditas "sociais", fica claro imaginar o que significa o maior movimento de massa nas ruas do Brasil, conforme a evidente declaração de guerra do integrante do MST.

Milton Man silha

Fiquei pensando nas perguntas dos empresários da Fiesp ao astronauta Marcos Pontes, que lá esteve: 1- Em órbita, o astronauta teria encontrado nossos impostos? 2-Ainda em órbita o astronauta teria encontrado nossos juros? 3-Por fim, teria o astronauta encontrado os senhores José Dirceu, Delúbio, Silvio Pereira, Valério, Palocci e o restante da "turma" no espaço? O senhor editor e a Fiesp será que não têm assunto mais importante para tratar?

Informações colhidas no Palácio do Planalto pela reportagem deste blogue dão conta de que o ortopedista oficial do presidente teve muito trabalho aquele dia. 2- O presidente cruzou as mãos e as levou ao peito cruzadas. Como isso levaria à impressão dos polegares ficar junto ao pescoço, também nesta hipótese teve

papel o ortopedista presidencial. 3- Depois que o presidente despiu os macacões, foilhe solicitado que impressionasse um macacão com suas mãos. Fê-lo primeiro com a mão esquerda cruzada para a direita e depois com a direita cruzada para a esquerda. Era importante fazer isso desse jeito, e não de

uma só vez, porque se assim fosse as posições das impressões não seriam aquelas verificadas na foto. Nesta hipótese, resta o problema do segundo macacão. O presidente teria de repetir a operação uma segunda vez. A reportagem deste blogue não conseguiu esclarecer se foi esse o caso.

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PAULO SAAB O CRIME ANUNCIADO texto é do Estadão do último dia 23. Sob a manchete Inspirado em protestos da França,movimento planeja ações na cidade, diz a matéria: "O MST preparase para atuar nas cidades, ensinar os desempregados e trabalhadores não organizados e ir para a rua fazer a luta, em grandes ações conjuntas com entidades como a CUT, a UNE, e movimentos de sem teto e desempregados." Eleição não basta ", disse João Paulo Rodrigues coordenador nacional do MST, ao anunciar a nova estratégia no Recife. "Só se conseguem mudanças estruturais e na política econômica com o povo nas ruas ", justificou. Segundo ele, "nos próximos anos o Brasil terá possivelmente o maior movimento de massa da história dos últimos 20 anos, caso o governo não avance nas políticas públicas ".

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objetivo do MST é fazer uma revolução inspirada no recente exemplo da juventude francesa que, depois de dois meses de intensas manifestações de rua, conseguiu o recuo do governo na questão do contrato do primeiro emprego...". O grande desafio é aumentar as bases do MST para as mais de 4 milhões de famílias sem-terra no País e ao mesmo tempo termos nossas teses defendidas por nossas forças (sic)", reforçou o coordenador nacional do MST. "Da mesma forma que conseguimos construir a Via Campesina rural, queremos construir a Via Campesina urbana... Queremos um grande enfrentamento contra o capital internacional, queremos que a turma da cidade lute (sic) contra os agronegócios,os transgênicos e as ações imperialistas na América Latina". Para quem conhece os "métodos" do MST e se lembra da recente invasão e destruição feita pela Via Campesina em Porto Alegre e as invasões e destruições que o movimento promove país afora, fica evidente que está sendo organizada a explosão urbana do País. Para quem vê saques em instalações, ocupação dos prédios públicos e destruição do patrimônio idem, para quem assiste a transgressão, a

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anto esse "líder" , quanto o outro, o Sr. Stédile, e os que formam a direção do MST, são useiros provocadores, ameaçadores e executores de ações cominadas como criminosas na legislação brasileira, sob a tolerância, o beneplácito , a leniência e até mesmo o apoio de autoridades públicas, a começar do presidente da República. Sob o silêncio do Legislativo e a omissão do Judiciário. Em nome do social patrulham, anestesiam, infringem, cometem crimes comuns e são tratados com normalidade. Caso os "métodos" de "luta" do MST fossem empregados pelos demais segmentos da sociedade que desejam melhores condições sociais, estouraria nas ruas do país uma brutal guerra civil onde todos se matariam.

Há muito o MST deixou de ser movimento social para se tornar um partido político que prega a ditadura do proletariado. Há muito o MST deixou de ser movimento social para se tornar um partido político que prega a ditadura do proletariado. Não havendo espaço para revoluções ao gosto vermelho, "não bastam as eleições" que legitimam a chegada ao poder. É preciso o crime, a arruação, a instabilidade institucional, para prevalecer a "verdade" social dos zumbis de Lênin. sociedade brasileira está anestesiada pelo discurso "social" de quem vem se utilizando das liberdades democráticas, que permitem coexistir diferentes posições políticas, econômicas, para conspirar e derrubar essa liberdade. A imposição de qualquer regime de força impede que haja divergência, oposição e, principalmente, luta armada, como a já praticada pelo MST contra a sociedade pacífica e desarmada, em nome da justiça social. Fosse em Cuba, um movimento como esse teria sido dizimado por Fidel no paredão. Em países cujo regime é defendido pelo MST não existem movimentos de luta social. O que querem para o Brasil?

A

PAULO SAAB É JORNALISTA PSAAB@UOL.COM.BR

FALE CONOSCO E-MAIL PARA CARTAS doispontos@dcomercio.com.br E-MAIL PARA PAUTAS editor@dcomercio.com.br E-MAIL PARA IMAGENS dcomercio@acsp.com.br CENTRAL DE RELACIONAMENTO E ASSINATURAS 3244-3544, 3244-3046 , Fax 3244-3355 E-MAIL PARA ASSINANTES circulacao@acsp.com.br PUBLICIDADE LEGAL 3244-3626, 3244-3643, 3244-3799, Fax 3244-3123 PUBLICIDADE COMERCIAL 3244-3344, 3244-3983, Fax 3244-3894


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Empresas Nacional Finanças Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

CAIXA TEM R$ 1 BI EM CRÉDITO PARA FEIRÃO

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por cento ao ano era a taxa média cobrada pelos bancos no crédito para pessoas físicas em março

RESULTADO NO PRIMEIRO TRIMESTRE EM RELAÇÃO AO PIB FICOU ABAIXO DO REGISTRADO ATÉ MARÇO DE 2005

GOVERNO TEM SUPERÁVIT MENOR Marcos Fernandes/LUZ

P Executivos da Caixa Econômica apresentam o Feirão: eventos em 14 cidades para cumprir orçamento.

Caixa faz novo Feirão

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erca de 43 mil imóveis com preços a partir de R$ 17 mil estarão disponíveis para compra a partir de amanhã, no 2º Feirão da Casa Própria da Caixa Econômica Federal, que será realizado em São Paulo. Esse é o primeiro de uma série de eventos similares que o banco vai realizar em 14 cidades brasileiras neste ano (veja o cronograma no quadro). A expectativa é de que aproximadamente 500 mil pessoas passem pelas feiras e de que os R$ 10,2 bilhões do orçamento da Caixa para o financiamento imobiliário em 2006 sejam integralmente repassados com a ajuda desses eventos. Só na capital paulista, o banco espera receber 150 mil pessoas até o fim do Feirão, no domingo. A Caixa tem R$ 1 bilhão para financiar os imóveis que forem comercializados no período. Nas edições de 2005 dos Feirões, 350 mil pessoas visitaram os estandes das empresas parceiras (construtoras e imobiliárias, principalmente) à procura de um imóvel para comprar. No total, os eventos movimentaram R$ 1,6 bilhão em negócios. "Estamos animados, com a expectativa de que a meta neste ano será superada", afirmou o vice-presidente de Desenvolvimento Urbano e Governo da Caixa, Jorge Hereda. Serviços — Para o superintendente de Negócios do banco, Augusto Bandeira Vargas, a grande atração do Feirão é o fato de ter vários serviços e informações em um único lugar. "Isso diminui a burocracia que

iorou o resultado das contas públicas. O governo chegou ao final do primeiro trimestre com um saldo de caixa 14,3% menor do que o do ano passado. De acordo com dados divulgados ontem pelo Tesouro Nacional, o saldo positivo acumulado de janeiro a março deste ano foi de R$ 14,606 bilhões, contra R$ 17,038 bilhões em igual período de 2005. Medido como proporção do Produto Interno Bruto (PIB), o resultado caiu de 3,89% no primeiro trimestre de 2005 para 3,06% de janeiro a março passado. Esses dados são o chamado superávit primário, que é a diferença entre receitas e despesas, exceto gastos com juros. Eles se referem ao chamado governo central, o conjunto formado por Tesouro, Previdência e Banco Central (BC). Apesar do saldo menor, o secretário-adjunto do Tesouro, Tarcísio Godoy, afirmou que o resultado está de acordo com a

meta fixada para este ano, que é de 4,25% do PIB. Essa meta, porém, refere-se a um conjunto maior chamado setor público consolidado, formado pelo governo central mais estados, municípios e empresas estatais. O BC divulga hoje o resultado das contas do setor público no primeiro trimestre. Contradição — Além da palavra do secretário, porém, não é possível verificar se os dados divulgados ontem estão mesmo dentro da meta. Godoy explicou que não se informa qual a participação devida pelo governo central no trimestre para "não criar rigidez" de mais um número a ser "cobrado". O secretário afirmou não acreditar que, em março e abril deste ano, o resultado primário acumulado em 12 meses ficará abaixo dos 4,25% do PIB. Seu chefe, o secretário do Tesouro, Carlos Kawall, disse ontem em Londres que isso poderia ocorrer. Godoy negou contradição. "Ele disse que essa hi-

pótese não é a mais provável" observou. "Não acredito, mas se isso acontecer não será nenhum pecado", acrescentou. Gastança — A deterioração do resultado das contas do governo central ocorreu porque as despesas aumentaram em 14,5% num período em que as receitas cresceram em ritmo mais lento (9,2%). Dessa forma, o resultado primário ficou menor. "Este ano temos um pouco menos flexibilidade", admitiu Godoy. "A orientação é clara para perseguir a meta, mas sem que isso signifique a paralisia do governo, notadamente na questão dos investimentos", afirmou. As despesas no primeiro trimestre ficaram R$ 11,3 bilhões acima das registradas em igual período de 2005. A alta dos investimentos, porém, explica apenas R$ 1 bilhão de variação. Os principais responsáveis pelo aumento foram o reajuste do salário mínimo e os programas sociais do governo. (AE)

Juros no menor nível em 12 anos O

as famílias enfrentam quando decidem comprar um imóvel financiado", disse. O 2º Feirão da Casa Própria tem a participação de 180 construtoras e 60 imobiliárias. Serão 320 pontos de atendimento à disposição do público, com a relação completa dos imóveis em oferta. Também terão lugar uma agência da Caixa e quatro cartórios. De acordo com informações da Caixa, a maior parte das contratações de financiamento ocorre depois do Feirão. "Em geral, o evento funciona mais como um primeiro contato. Isso não impede, porém, que uma pessoa saia de lá com uma carta de crédito em mãos para depois procurar o imóvel", observou Hereda. Na internet — Do total de imóveis disponíveis, 13,5 mil são novos ou estão em constru-

ção, 29 mil são usados e outros 900 fazem parte do Programa de Arrendamento Residencial (PAR), mais voltado para os consumidores de baixa renda. A lista dos imóveis que serão ofertados em São Paulo estará no site da Caixa na internet (www.caixa.gov.br) a partir de amanhã, junto com informações sobre o evento, as linhas de crédito disponíveis e os documentos necessários para a operação. Haverá, ainda, um simulador de financiamentos. Márcia Rodrigues

FEIRÃO DA CAIXA De 27 a 30 de abril Pavilhão Vermelho do Expo Center Norte Avenida Otto Baumgart, 1.000 27 a 29/04: das 10h às 21h 30/04: das 10h às 18h Entrada gratuita

s juros cobrados pelos bancos nos financiamentos para pessoas físicas, em março, recuaram 0,2 ponto percentual e atingiram a média de 59% ao ano. De acordo com o chefe do Departamento Econômico (Depec) do Banco Central (BC), Altamir Lopes, foi o nível mais baixo da série estatística iniciada em julho de 1994. A tendência de queda se

manteve em abril e, no dia 11, os juros para pessoas físicas já tinham chegado a 58%. Lopes disse que a redução dos juros poderia ser maior se os bancos estivessem repassando integralmente aos clientes a diminuição no custo de captação de recursos que vem ocorrendo desde maio do ano passado. No entanto, o spread bancário (a diferença entre as

taxas de captação e de aplicação dos recursos) aumentou de 43,6 pontos percentuais, em maio de 2005, para 44 pontos final do mês passado. No caso dos empréstimos para pessoas jurídicas, a redução da taxa média entre fevereiro e março foi de 0,90 ponto percentual, o que levou os custos médios das operações para 30,7% ao ano. (AE)


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bilhão de reais foi o volume financeiro registrado no pregão da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) ontem.

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Informe Publicitário

FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Situação em 20/04/2006 Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda

Fundo P.L. do Fundo Empresarial LP ....................... 4.591.435,43 Lastro Performance LP ......... 1.059.605,85 Múltiplo LP .............................. 3.269.674,78 Esher LP .................................. 2.482.548,89 Master Recebíveis LP ........... 559.010,25

Valor da Cota Subordinada 1.038,638630 1.000,693537 1.033,364017 1.011,012323 964,132907

% rent.-mês 2,0538 0,8007 0,8731 0,6420 1,1257

% ano 6,3121 0,0694 3,3364 1,1012 -3,5867

Valor da Cota Sênior 0 1.021,765660 1.028,713064 0 0

% rent. - mês 0,7951 0,8663 -

% ano 2,1766 2,8713 -

rating AA-(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)

DC

COMÉRCIO


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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ão bastam apenas boa vontade e força de trabalho para obter resultados eficazes no desempenho das atividades de uma Organização Não-Governamental (ONG). Em um país como o Brasil, onde o Terceiro Setor vem amadurecendo nos últimos anos, profissionalizar e capacitar funcionários e voluntários atuantes nessas organizações é medida imprescindível para garantir uma gestão eficiente e transparente, além de elevar sua credibilidade perante a sociedade. Aqui, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Associação Brasileira de ONGs (Abong), o Terceiro Setor abriga mais de 276 mil instituições privadas sem fins lucrativos. De acordo com o especialista em planejamento e avaliação de programas do Terceiro Setor e autor do livro "Terceiro Setor – História e Gestão de Organizações", Antônio Carlos Carneiro de Albuquerque, cerca de 75% das ONGs existentes no país são de pequeno porte, e a maioria sofre dificuldades em sua gestão, o que acaba influenciando negativamente as demais atividades. "A gestão de organizações do Terceiro Setor é ponto estratégico para seu bom funcionamento e para o cumprimento de sua missão e de seus objetivos", avalia Albuquerque. Para ele, muitas ONGs têm história e capacidade para envolver a comunidade, mas não têm estratégia de gestão e ferramentas de planejamento, de captação de recursos e de marketing. "É preciso democratizar essas informações", ressalta.

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A captação de recursos é uma atividade complexa, onde é preciso ser bom em várias coisas Fernanda Dearo

Paulo Pampolin / Hype

Antônio Carlos Carneiro de Albuquerque escreveu livro

POR ONGS MAIS PROFISSIONAIS Capacitar funcionários e voluntários é imprescindível para garantir uma gestão eficiente e transparente Mercado de consultoria – Como ainda existe uma carência de profissionais especializados na gestão de Terceiro Setor dentro das organizações, muitas delas terceirizam a execução de projetos e a resolução de demandas específicas. O mercado de consultoria, assim como o de assessoria, com especialistas em captação de recursos, marketing, gestão empresarial, auditoria e legislação está crescendo para atender a essa grande demanda. Atualmente, para assegurar a própria existência, o serviço mais procurado pelas instituições sem fins lucrati-

vos é mesmo o da captação de recursos ou "fund raising", já que a falta de recursos financeiros pode ser considerada um dos maiores entraves para a criação e desenvolvimento das entidades. Segundo Albuquerque, que já coordenou projetos e consultorias para organizações de diferentes setores e países, "mobilizar recursos não é apenas assegurar recursos novos ou adicionais, mas também otimizar os recursos já existentes, aumentando a eficácia e eficiência dos planos, além de conquistar novas parcerias e obter fontes alternativas de recursos financeiros".

Para a diretora da Dearo Marketing Social e Cultural, Fernanda Dearo, que traz na bagagem uma experiência pessoal de 12 anos na busca de dinheiro para manter entidades sociais, a falta de profissionais especializados faz aumentar a demanda pelo serviço de assessoria. "Geralmente, tentamos convencer as ONGs a optarem pela consultoria, pois não fazemos as coisas para elas, como ocorre na assessoria, mas ensinamos a fazer", comenta. "Utilizamos uma metodologia própria, a nossa 'Fórmula do Sucesso', que organiza todo o trabalho, passo-a-passo." Mobilização – C on fo rm e explica Fernanda, há diferentes ferramentas para mobilizar verbas, como eventos, marketing direto, campanhas de marketing social, projetos, e elas devem ser cuidadosamente exploradas. "A captação de recursos é uma atividade complexa, onde é preciso ser bom em várias coisas. Saber vender, contatar, elaborar propostas, ser criativo, rápido no raciocínio, enxergar os objetivos do cliente e adequar suas necessidades aos desejos", explica. "Comunicação é tudo nesse processo, assim como paciência, já que é uma atividade de médio e longo prazo", ressalta a especialista. Segundo o diretor da Criando Consultoria, Michel Freller, é preciso ter uma plano estratégico para captação

que estabeleça metas, objetivos e formas de captação, de acordo com o público que se pretende atingir. "Existem diferentes tipos de abordagem para mobilizar recursos. Tem que saber onde ir, a quem pedir", diz o executivo. "Temos que estudar as empresas, saber em que áreas elas apóiam e se sensibilizam. Só assim vamos saber onde captar. Não dá para sair cap-

tando. É preciso se preparar antes de sair para o mercado", complementa Freller. O trabalho não é nada fácil. O diretor da Criando conta que está captando recursos para a Casa Hope, organização sem fins lucrativos que atende crianças com câncer. A entidade quer construir uma sede própria, na zona Sul da capital paulista, no valor de R$ 6 milhões, para dobrar sua capacidade de atendimento e cobrir cerca de 60% das demanda atual por leitos de apoio da cidade de São Paulo. "Apresentamos nosso projeto de captação a 150 empresas que têm interesse na área e já fechamos com dez." Assessoria jurídica – O diretor da Criando Consultoria conta ainda que a segunda maior demanda nas organizações está na área jurídica, na elaboração de estatutos, registros, obtenção de títulos e certificados, especificidades trabalhistas e adaptações ao novo Código Civil. A legislação relativa ao Terceiro Setor sofreu modificações nos últimos anos, criando a necessidade de adaptação dos projetos sociais das entidades não-governamentais aos moldes jurídicos. "Praticamente, todos os nossos clientes tiveram que adequar sua documentação ou começar do zero", diz Freller. "Isso mostra seriedade e transparência da instituição", ressalta o especialista. Maristela Orlowski

Patrícia Cruz / Luz

Fernanda Dearo busca de dinheiro para manter entidades sociais Emiliano Capozoli / Luz

Michel Freller também faz captação de recursos para as ONGs

Curso prepara gestores

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utra frente que está crescendo no mercado é a capacitação de profissionais ligados às organizações da sociedade civil. Cursos, treinamentos, especializações Lato Sensu e até MBA são oferecidos por empresas de consultoria, institutos de ensino e universidades. Simples ou complexos, rápidos ou demorados, cada um tem suas características peculiares, mas um único objetivo: oferecer ferramentas teóricas e práticas para proporcionar desenvolvimento e sustentabilidade às instituições do Terceiro Setor. O curso de Gestão para Organizações da Sociedade Civil oferecido pelo Instituto Gesc –que surgiu da união de executivos voluntários pertencentes à Associação dos MBAs da Fundação Instituto de Administração (FIA)– é um exemplo. Segundo o superintendente do Instituto Gesc, João Paulo Altenfelder, os diferenciais estão na elaboração de um plano de ação, desenvolvido pelos executivos, e no

acompanhamento realizado após o curso. "Esse monitoramento é importante para que sejam verificados na prática os conceitos transmitidos, já que sua aplicação é imediata", diz. Prática – Para Altenfelder, trabalhar somente a parte teórica da gestão não é suficiente e não traz resultados. "É preciso praticar. A gestão não muda enquanto não houver hábito dentro da instituição", ressalta o executivo. "Por isso, acompanhamos o plano de ação realizado durante o curso por um ano", acrescenta. As necessidades mais comuns das ONGs, segundo Altenfelder, são captação de recursos, planejamento, gestão de projetos e organização do marketing. "É preciso atentar para esses aspectos, pois eles estão todos interligados." Em 11 anos de existência, o curso do Gesc já atendeu a 350 entidades não-governamentais, capacitou cerca de 700 gestores e envolveu mais de 550 executivos voluntários. "É uma transferência de knowhow pa-

ra fortalecer a sociedade civil", completa Altenfelder. Segundo o executivo, uma avaliação realizada com 53 ONGs que participaram do curso mostrou que 70% delas creditam ao curso a melhora da qualidade de sua gestão. No ano passado, o instituto lançou o curso à distância, o Gesc Net, para difundir a facilitar o aprendizado independente da distância geográfica. Horizontes – Apesar de seus 20 anos de experiência na área de projetos, obtida em sua passagem por empresas privadas, a presidente da ONG Espaço Jovem –dedicada à formação profissional e inserção no mercado de trabalho de jovens de Santana de Parnaíba e região–, Neide Barros, é um exemplo de que a capacitação é importante para o desenvolvimento de uma organização. "Senti necessidade de obter conhecimento em áreas técnicas para potencializar minha gestão. Assim, participei do curso do Gesc no primeiro semestre de 2005 e abri meus horizontes", diz. (MO)


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ECONOMIA/LEGAIS - 9

BALANÇOS

COMUNICADO SERRA DO ACARAI EMPREENDIMENTOS E P AR TICIP AÇÕES S.A. PAR ARTICIP TICIPAÇÕES

CNPJ nº 05.964.738/0001-92 Relatório da Diretoria Srs. Acionistas: Em cumprimento às disposições legais e estatutárias submetemos à apreciação de V.Sas. o Balanço Patrimonial referente ao exercício social findo em 31 de dezemrbo de 2005. Colocamo-nos à disposição de V.Sas. para os esclarecimentos que se fizerem necessários. São Paulo, 28 de fevereiro de 2006. A Diretoria. Demonstrações do Resultado para os Exercícios Findos em Balanços Patrimoniais Levantados em 31 de Dezembro de 2005 e de 2004 (Em milhares de reais) 31/12/2005 e de 2004 (Em milhares de reais, exceto o lucro líquido por ação) Ativo / Circulante 2005 2004 Passivo e Patrimônio Líquido / Circulante 2005 2004 Disponibilidades 2 1 Empréstimos e financiamentos 3.803 2.231 Receitas (Despesas) Operacionais 2005 2004 (1.162) (713) Impostos a recuperar 275 76 Dividendos propostos 5.972 1.485 Despesas administrativas e gerais 11.267 1.635 Partes relacionadas 359 12 Resultado da equivalência patrimonial 55 33 Imposto de renda e contribuição social 436 – Provisão para passivo a descoberto de controlada Total do circulante 332 110 Partes relacionadas (1.246) – 8.859 922 Outras contas a pagar Realizável a Longo Prazo 18 11 Lucro Operacional Antes do Resultado Financeiro 569 675 Partes relacionadas 961 979 Total do circulante 10.588 3.739 Receita Financeira Líquida Total do realizável a longo prazo 961 979 Exigível a Longo Prazo Lucro Operacional 9.428 1.597 (359) (34) Empréstimos e financiamentos 11.320 12.696 Imposto de Renda e Contribuição Social Permanente Lucro Líquido do Exercício 9.069 1.563 1.246 – Investimento 33.581 16.337 Provisão para passivo a descoberto de controlada 36 41 Total do exigível a longo prazo 12.566 12.696 Lucro Líquido Por Ação - R$ 55,00 9,48 Diferido As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. Total do permanente 33.617 16.378 Patrimônio Líquido 954 954 Total 34.910 17.467 Capital social Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos para os 191 78 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. Reserva legal Exercícios Findos em 31/12/2005 e de 2004 (Em milhares de reais) 7.627 – Origens de Recursos Notas Explicativas as Demonstrações Financeiras para os Exercícios Reserva de reavaliação 2005 2004 2.984 – De acionistas Findos em 31.12.2005 e de 2004 (Valores expressos em milhares de reais) Lucros acumulados 11.756 1.032 1. Contexto Operacional: A Companhia foi constituída em 17.09.2003, ten- Total do patrimônio líquido Aumento do capital social – 954 34.910 17.467 De terceiros do por objetivo a participação, como sócia, acionista ou cotista, em outras Total sociedades simples ou empresariais em empreendimentos comerciais de As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. Ingresso de empréstimos no longo prazo – 12.696 qualquer natureza, no Brasil e/ou no exterior, e a administração de bens Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido para os Exercícios Juros sobre capital próprio 1.650 – próprios e/ou de terceiros. 2. Apresentação das Demonstrações Financei1.650 13.650 Total das origens Findos em 31/12/2005 e de 2004 (Em milhares de reais) ras e Principais Práticas Contábeis: As demonstrações financeiras foram Aplicações de Recursos Capital Res. Res. de Lucros elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, consoNas operações (vide abaixo) 947 68 social legal reaval. acum. Total ante as principais práticas: a) Apuração do Resultado: O resultado das Aquisição de investimentos – 14.702 Saldos em 31/12/2003 – – – – – Aumento (redução) do realizável a longo prazo operações é apurado em conformidade com o regime contábil de competên(18) 979 954 – – – 954 Redução dos empréstimos de longo prazo cia dos exercícios. b) Investimento: Representado por investimento em Aumento do capital social 1.376 – – – – 1.563 1.563 Dividendos propostos empresa controlada, avaliado pelo método da equivalência patrimonial, de- Lucro líquido o do exercício 5.972 1.485 duzido do deságio decorrente da aquisição de investimento, fundamentado Destinação do lucro líquido Total das aplicações 8.277 17.234 como outras razões econômicas e, portanto não está sendo amortizado. c) Diminuição do Capital Circulante Líquido (6.627) (3.584) do exercício: Diferido: Refere-se a gastos incorridos na aquisição de investimentos, Reserva legal – 78 – (78) – Demonstração daVariação do Capital Circulante Líquido amortizados de forma linear pelo prazo de dez anos. d) Empréstimos e Dividendos propostos Ativo circulante: No fim do exercício 332 110 Financiamentos: Atualizados pela variação cambial ou monetária e por No início do exercício 110 – de R$ 9,00 por ação – – – (1.485) (1.485) encargos financeiros, nos termos dos contratos vigentes, de modo que 222 110 Saldos em 31/12/2004 954 78 – – 1.032 reflitam os valores incorridos até as datas dos balanços. e) Imposto de Passivo circulante: No fim do exercício 10.588 3.739 Renda e Contribuição Social: A provisão para imposto de renda e contribui- Reserva de reavaliação No início do exercício 3.739 45 de controlada – – 7.627 – 7.627 ção social é calculada com base no lucro tributável e na base de cálculo da 6.849 3.694 – – – 9.069 9.069 Diminuição do Capital Circulante Líquido contribuição social, de acordo com as alíquotas vigentes nas datas dos Lucro líquido do exercício (6.627) (3.584) balanços. 3. Investimentos e Provisão para Passivo a Descoberto de Destinação do lucro líquido Demonstração dos Recursos 2005 2004 Investida. Investimentos: do exercício: aplicados nas Operações Metalfrio Solutions Ltda. 40.650 23.406 Reserva legal Lucro líquido do exercício 9.069 1.563 – 113 – (113) – Deságio na aquisição (7.069) (7.069) Dividendos propostos Itens que não afetam o capital circulante: 33.581 16.337 Equivalência patrimonial (11.267) (1.635) de R$ 55,00 por ação – – – (5.972) (5.972) Provisão para passivo a descoberto de investida: 1.246 – Saldos em 31/12/2005 954 191 7.627 2.984 11.756 Provisão para passivo a descoberto de controlada Life Cycle Assistência Técnica Ltda. (1.246) – Amortização do diferido 5 4 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. (1.246) – Recursos aplicados nas operações (947) (68) Informações sobre os investimentos: Provisão para As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. Capital Patrimônio Resultado Participação Saldo do Equivalência passivo a social líquido do exercício -% Investimento patrimonial descoberto 7. Capital Social: Em 31.12.2005 o capital social está representado por Em 31/12/2004 - Metalfrio Solutions Ltda. 24.781 24.755 2.338 94,55 23.406 1.635 – 164.877 ações no valor nominal de R$5,7838 cada uma. a) Reserva legal: É Em 31/12/2005 - Metalfrio Solutions Ltda. 24.781 42.993 11.210 94,55 40.650 11.268 – constituída mediante a apropriação de 5% do lucro líquido do exercício Life Cycle Assistência Técnica Ltda. 1 (1.246) (1.247) 99,99 – (1) (1.246) social limitado a 20% do capital social, em conformidade com o artigo 193 da 11.267 (1.246) Lei nº 6.404/76. b) Dividendos propostos: De acordo com o estatuto social, os dividendos mínimos propostos a serem distribuídos devem corresponder Encargos Em 09.01.2004, a BSH Continental Eletrodomésticos Ltda. (“BSH Conti- 5. Partes Relacionadas Moeda Vencim. financ. 2005 2004 a 25% do lucro líquido do exercício social. Em 31.12.2005, foram propostos nental) alienou a totalidade das ações que possuía da Metalfrio Solutions dividendos no montante de R$5.972, correspondentes a 66% do lucro, no Ltda. para a Cranendonck Investments C.V. (“Cranendonck”) e a Serra do Ativo circulante Real * – 55 33 pressuposto de aprovação unânime pela Assembléia de Acionistas. A Acarai Empreendimentos e Participações S.A. (“Serra do Acarai”). Como Cranendonck Investments C.V. Metalfrio Solutions Ltda. pagou para a Companhia, a título de juros sobre resultado, a composição acionária ficou como segue: 60% da Serra do Realizável a longo prazo Metalfrio Solutions Ltda. Real – 10% a.a. – 78 o capital próprio, o montante de R$1.650. c) Reserva de reavaliação: Em Acarai e 40% da Cranendonck. Essa operação gerou um deságio de Bendada Ltda. Real 27/3/06 10% a.a. 191 148 31.12.2005 o montante de R$7.627 refere-se a reavaliação reflexa proR$4.368. Parte das ações adquiridas pela Cranendonck foi paga pela Artesia Gestão de Recursos Ltda. Real 27/3/06 10% a.a. 614 343 porcional à participação da Companhia na Metalfrio Solutions Ltda. A realiSerra do Acarai, gerando um mútuo a receber da Cranendonck no montante Acionistas Real 27/3/06 156 410 zação da referida reserva será apropriada diretamente na rubrica “Lucros de R$601 e através da assunção proporcional da dívida com a BSH Conti961 979 acumulados” na mesma proporção das depreciações ou alienações dos bens nental. Em 20.12.2004, a Cranendonck transferiu 33% das suas ações para Passivo circulante que a geraram. 8. Contingências: As declarações de imposto de renda a Serra do Acarai, com pagamento através de liquidação do mútuo citado Metalfrio Solutions Ltda. Real 10% a.a. 10% a.a. 436 – entregues durante os últimos cinco anos estão sujeitas a exame pelas anteriormente. Essa operação gerou um deságio de R$2.701. Nessa mesma Resultado: Despesa de juros: autoridades fiscais. Os outros impostos e contribuições federais, estaduais 395 34 data, os acionistas deliberaram aumentar o capital social da Metalfrio Solutions Metalfrio Solutions Ltda. – 60 e municipais estão sujeitos a exame durante diferentes períodos de Ltda. no valor de R$5.500, integralizado através de mútuo pela sócia Serra Acionistas 395 94 prescrição. No entanto, não eram conhecidas contingências em 31.12.2005. do Acarai. Em 22.02.2005, foi constituída a empresa Life Cycle Assistência – 674 9. Receita financeira líquida 2005 2004 Técnica Ltda., cujo objetivo social é a prestação de serviços de assistên- Receita de juros: Metalfrio Solutions Ltda. Artesia Gestão de Recursos Ltda. – 35 Variação cambial 1.472 833 cia técnica, para manutenção e reparo dos produtos relacionados com 1 9 Juros sobre empréstimos Cranendonck Investments C.V. (882) (504) refrigeração e similares. 4. Empréstimos e Financiamentos: As obriga1 718 Outras receitas (despesas) financeiras (21) 346 ções por empréstimos e financiamentos são representadas como segue: Despesas de prestação de serviços: 569 675 Moeda Encargos financeiros 2005 2004 Metalfrio Solutions Ltda. Curto prazo: 241 272 10. Instrumentos financeiros: A Companhia não efetuou nenhuma tranCapital de giro Real 2,4% a.a. + CDI 3.803 – Bendada Ltda. 455 100 Nogales Capital C.V. Dólar 2% a.a. – 1.699 696 372 sação, durante os exercícios findos em 31.12.2005 e de 2004, envol– 532 ( * ) Trata-se de operação de mútuo sem vencimento estabelecido. 6. Impos- vendo instrumentos financeiros derivativos. As transações financeiras Pessoas físicas Real 100% do CDI 3.803 2.231 to de Renda e Contribuição Social: A reconciliação da provisão para impos- ocorridas entre os ativos e passivos são pertinentes às suas atividades to de renda e contribuição social, tendo como base suas taxas estatutárias econômicas, envolvendo particularmente empréstimos de cunho Longo prazo: BSH Continental E.Ltda. Dólar 5% a.a. 6.724 7.611 e o débito efetivo reconhecido no resultado, é como segue: 2005 2004 operacional ou para gerenciamento de caixa. Esses instrumentos, devi9.428 1.597 do a sua natureza, condições e prazos, têm seus valores contábeis Nogales Capital C.V. Dólar 2% a.a. 4.596 5.085 Resultado antes do I.R. e da contribuição social Equivalência patrimonial (11.267) (1.635) registrados nos balanços patrimoniais próximos aos valores de merca11.320 12.696 Provisão para passivo a descoberto de controlada 1.246 – do. Não existem outros instrumentos financeiros, de valores significaO empréstimo com a BSH Continental Eletrodomésticos Ltda. esta garantido Diferença permanente resultante da base tivos, nas referidas datas-base que requeiram divulgação especifica. por carta fiança bancária. Os montantes a longo prazo têm a seguinte estimada de recolhimento – 138 Diretoria 2005 Juros sobre capital próprio recebidos composição por ano de vencimento: 1.650 – 2007 4.596 Marcelo Faria de Lima - Diretor Presidente 1.057 100 2009 6.724 Alíquota do imposto de renda e da contribuição social Fernando Pedroso dos Santos - Diretor Administrativo Financeiro 34% 34% 11.320 Imposto de renda e contribuição social 359 34 Marcelo JoséVictor dos Anjos - Contador - CRC nº 1SP 163.978/O-4 Parecer dos Auditores Independentes Aos Administradores e Acionistas da Serra do Acarai Empreendimentos e ria e compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a pectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Serra do Acarai Participações S.A. São Paulo-SP. 1. Examinamos os balanços patrimoniais relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de Empreendimentos e Participações S.A. em 31.12.2005 e 2004, o resultada Serra do Acarai Empreendimentos e Participações S.A., levantados controles internos da Companhia; (b) a constatação, com base em testes, do de suas operações, as mutações de seu patrimônio líquido e as em 31.12.2005 e de 2004, e as respectivas demonstrações do resultado, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações origens e aplicações de seus recursos referentes aos exercícios findos das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a contábeis mais representativas adotadas pela Administração da CompaSão Paulo, 8 de março de 2006. responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é a de nhia, bem como da apresentação das demonstrações financeiras toma- DeloitteToucheTohmatsu Eduardo Jorge Costa Martins expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nossos das em conjunto. 3. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras Auditores Independentes Contador exames foram conduzidos de acordo com as normas brasileiras de audito- referidas no parágrafo 1 representam adequadamente, em todos os as- CRC nº 2 SP 011609/O-8. CRC nº 1SP180333/O-3

D+ BRASIL COMUNICAÇÃO TOTAL S.A. – CNPJ nº 03.334.089/0001-10 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Colocamos à disposição dos senhores acionistas, as demonstrações financeiras de D+ Brasil Comunicação Total S/A, levantadas em 31 de dezembro de 2005 e 2004. BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em milhares de reais) ATIVO 2005 2004 PASSIVO Circulante 45.010 27.224 Circulante Disponibilidades 4.520 2.640 Empréstimos Aplicações financeiras 275 10 Fornecedores Contas a receber de clientes 38.290 22.326 Impostos e contribuições a recolher Impostos a recuperar 635 296 Salários e férias a pagar Outras contas a receber 1.290 1.952 Outras contas a pagar Exigível a Longo Prazo Realizável a Longo Prazo 1.020 1.410 Empréstimos Partes relacionadas 1.020 1.410 Partes relacionadas Permanente 354 411 Patrimônio Líquido Capital social Imobilizado 336 390 Reservas Diferido 18 21 (Prejuízos) Lucros acumulados Total do Ativo 46.384 29.045 Total do Passivo As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS REFERENTES AOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em milhares de reais) 1. CONTEXTO OPERACIONAL – A Companhia é uma sociedade anônima de capital fechado, que tem por objetivo social a prestação de serviços de comunicação social e marketing, por conta própria ou de terceiros, tais como publicidade, propaganda, promoção de vendas, pesquisas, relações públicas, publicidade institucional, compreendendo-se nessas atividades os serviços de planejamento, criação, produção e distribuição de matérias publicitárias, filmes e VT’s. Para órgãos de divulgação, tais como televisão, rádios, cinemas e outros meios de comunicação; prestação de serviços de representação de veículos de divulgação, no Brasil ou no exterior, e importação e exportação de materiais publicitários próprios ou de terceiros.Em 2004, a razão social da Companhia foi alterada de Calia Assumpção Publicidade S.A para D + Brasil Comunicação Total S.A. 2.APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS – As demonstrações contábeis foram elaboradas com base nas práticas contábeis adotadas no Brasil e são elaboradas com observância das disposições contidas na Lei das Sociedades por Ações. RESUMO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS – a. Aplicações financeiras: As aplicações financeiras estão avaliadas ao custo, acrescidas dos rendimentos auferidos até a data do balanço. b. Demais ativos circulantes e realizável a longo prazo: São apresentados ao valor líquido de realização, acrescidos, quando aplicável, dos rendimentos e das variações auferidas. c. Imobilizado: Registrado ao custo de aquisição. A depreciação é calculada pelo método linear às taxas mencionadas na nota explicativa nº 9 e leva em consideração o tempo de vida útil dos bens. d. Passivo circulante: São demonstrados pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos, variações monetárias incorridas até a data dos balanços. e. Provisões: As provisões são registradas tendo como base as melhores estimativas do risco envolvido. f. Imposto de renda e contribuição social sobre o lucro: O imposto de renda e contribuição social sobre o lucro são calculados com base nas alíquotas efetivas do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido e consideram a compensação de prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social, limitada a 30% do lucro real. g. Apuração do resultado: O resultado das operações é apurado em conformidade com o regime contábil de competência de exercício. 3. DISPONIBILIDADES 2005 2004 Caixa 17 17 Banco do Brasil S.A 3.731 254 Banco Sudameris do Brasil S.A – 1 Banco Unibanco S.A – 21 Banco Safra S.A 772 2.347 4.520 2.640 4. APLICAÇÕES FINANCEIRAS Modalidade 2005 2004 Banco Safra S.A. Renda Fixa 265 – Banco Unibanco S.A. Título Mega Plin 10 10 275 10 5 – CONTAS A RECEBER DE CLIENTES 2005 2004 Banco do Brasil 15.433 19.540 Cia. Brasileira de Meios de Pagamentos (Visanet) 22.543 – TV Globo Ltda. – 1.212 Associl Assessoria e Saúde – 425 TV SBT Canal 4 SP – 380 Pancron Indústria Gráfica – 295 Rádio e TV Record – 259 Outros 314 215 38.290 22.326 O saldo de contas a receber é formado em sua maioria pelos valores faturados pela preparação e divulgação de anúncios dos clientes. 6 - IMPOSTOS A RECUPERAR 2005 2004 IRPJ retido 9,45% 462 114 CSLL retida 9,45% 108 36 IRRF sobre duplicatas 57 1 PIS e COFINS a compensar 1 141 Outros 7 4 635 296 Constituem-se principalmente de créditos sobre antecipações e retenções de Imposto de Renda e Contribuição Social no exercício e em exercícios anteriores e demais créditos a recuperar ou compensar. 7 - OUTRAS CONTAS A RECEBER 2005 2004 Adiantamentos a terceiros 448 969 Adiantamentos de viagens 132 132 Adiantamentos sobre importação serviços 471 471 Adiantamentos diversos 53 – Contas a receber – Totalcom – 228 Outros 186 152 1.290 1.952 8. PARTES RELACIONADAS 2005 2004 Ativo Passivo Ativo Passivo Calia Assumpção & Associados 1.020 – 1.020 – Fischer América Comunic. Total Ltda – 4.525 390 – Totalcom Comunicações e Particip. S.A. – 752 – 390 1.020 5.277 1.410 390

2005 39.680 2.881 35.839 489 167 304 5.277 – 5.277 1.427 1.300 185 (58) 46.384

2004 24.859 3.823 19.097 988 129 822 410 20 390 3.776 1.300 185 2.291 29.045

Os saldos com partes relacionadas estão registrados por valores históricos, não há incidência de juros ou atualização monetária. O valor devido pela Calia Assumpção & Associados refere-se a saldo da cisão da D+ Brasil Comunicação Total S.A. no exercício de 2003, o qual estará sendo quitado a partir de 2006, por meio de prestação de serviços. 9. IMOBILIZADO Taxa anual de 2005 2004 depreciação (%) Instalações 10 198 198 Móveis e utensílios 10 15 15 Software 20 24 24 Computadores e periféricos 20 236 212 473 449 Depreciação acumulada (137) (59) Imobilizado líquido 336 390 10. EMPRÉSTIMOS Modalidade CDB Conta garantida Conta garantida Leasing Leasing Leasing

2005 – 92 2.761 – 8 20 – 2.881

2004 3.183 83 417 11 97 27 5 3.823

2005 7.588 28.251 35.839

2004 7.082 12.015 19.097

11 - FORNECEDORES Fornecedores – veículos Fornecedores – agência

(Prejuízo)/Lucro líquido por ação

(0,99)

0,82

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em milhares de reais) Reserva de Lucros (Prej.) Capital Reserva Lucros social Legal acumul. Total Saldos em 31/12/2003 1.300 90 554 1.944 Lucro líquido do exercício – – 1.887 1.887 Ajuste de exercicios anteriores – – (55) (55) Destinação do lucro líquido: – 95 (95) – Reserva legal Saldos em 31/12/2004 1.300 185 2.291 3.776 Prejuízo do exercício – – (2.280) (2.280) Ajuste de exercicios anteriores – – (69) (69) Saldos em 31/12/2005 1.300 185 (58) 1.427 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis

Banco do Brasil S.A Banco Itaú S.A Banco Unibanco S.A Banco BCN Banco Itaú S.A Banco Safra S.A Outros

A Administração

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 Em milhares de reais) 2005 2004 Receita Operacional Bruta Receita de serviços prestados 12.099 21.635 Deduções e abatimentos sobre vendas (2.188) (3.220) Receita operacional líquida 9.911 18.415 Receitas (Despesas) Operacionais Administrativas e gerais (10.672) (14.669) Resultado financeiro (1.543) (982) Outras receitras operacionais 24 50 (Prej.) Lucro antes da contrib. social e do imp. de renda (2.280) 2.814 Imposto de renda e contribuição social sobre o lucro – (927) (Prejuízo)/Lucro Líquido do Exercício (2.280) 1.887

12 - PATRIMÔNIO LÍQUIDO – Capital Social: Em 31 de dezembro de 2005, o capital social, totalmente integralizado é de R$1.300, dividido em 2.309.043 quotas, no valor nominal de R$0,56.

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS P/ OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E 2004 (Em milhares de reais) 2005 2004 Origens dos Recursos 5.286 2.564 Das operações: Lucro líquido do exercício – 1.887 Itens que não afetam o capital circulante: Depreciação e amortização 78 174 Ajuste de exercicios anteriores (69) (55) Valor residual do ativo permanente baixado – 228 Recursos originados das operações 9 2.234 De terceiros: Redução do realizável a longo prazo 390 – Empréstimo de coligadas 4.887 – Aumento do exigível a longo prazo – 330 Aplicações dos Recursos 2.321 725 Das operações: Prejuízo do exercício 2.280 – Outras Aplicações: Aquisições de bens do imobilizado 21 335 Redução do exigível a longo prazo 20 – Empréstimo para coligada – mútuo – 390 Aumento do Capital Circulante Líquido 2.965 1.839 Demonstração das Variações no Capital Circulante Líquido Ativo circulante: 17.786 20.331 No fim do exercício 45.010 27.224 No início do exercício 27.224 6.893 Passivo circulante: 14.821 18.492 No fim do exercício 39.680 24.859 No início do exercício 24.859 6.367 Aumento do Capital Circulante Líquido 2.965 1.839 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis Quantidade Participação Ações % 861.273 37,30% 1.447.770 62,70% 2.309.043 100,00% 13. INSTRUMENTOS FINANCEIROS – Os valores contábeis referentes aos instrumentos financeiros, constantes no balanço patrimonial, não diferem significativamente dos valores que poderiam ser obtidos na sua negociação em um mercado ativo ou, na ausência destes, com o valor presente líquido ajustado com base na taxa vigente de juros no mercado. Durante o exercício de 2005 a Companhia não realizou operações com derivativos e não possui operações relevantes com agentes no exterior. 14. COBERTURA DE SEGUROS – Em 31 de dezembro de 2005, a Companhia possuía cobertura de seguros contra incêndio e riscos diversos para os bens do ativo imobilizado por valores considerados pela administração suficientes para cobrir eventuais perdas. Acionista Totalcom Comunicação e Participações S.A. Fischer América Comunicação Total Ltda

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO CONTADOR Franscisco de Mesquita Neto – Presidente Antonio Carlos Lopes – CRC 1 SP 104.823/O-3 Duilio Malfatti Junior – Diretor Presidente por Asscont Assessoria Contábil e Auditoria S/C PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES (Em milhares de reais) materiais que eventualmente não tenham sido registradas e/ou divulgadas Aos Administradores e Acionistas nas demonstrações contábeis. D+ Brasil Comunicação Total S.A. 4. A Companhia mantém registrado em seu ativo circulante nas rubricas São Paulo-SP 1. Examinamos o balanço patrimonial da D+ Brasil Comunicação Total “adiantamentos de terceiros”, “adiantamentos de viagens” e no passivo S.A. em 31 de dezembro de 2005 e as respectivas demonstrações do circulante “adiantamentos de clientes”, os montantes de R$376, R$132 e resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações R$119, respectivamente, pendentes há longa data e que ainda não foram de recursos, correspondentes ao exercício findo naquela data, elabora- conciliados por falta de documentação. Não foi possível, nas circunstândos sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilida- cias, efetuar procedimentos alternativos de auditoria que nos possibilitasde é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. sem concluir quanto à adequação dos referidos saldos registrados nas 2. Exceto quanto aos assuntos mencionados nos parágrafos 3 e 4, nos- demonstrações contábeis em 31 de dezembro de 2005. sos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria 5. Em nossa opinião, exceto quanto aos possíveis ajustes que poderiam aplicáveis no Brasil, que requerem que os exames sejam realizados com resultar da aplicação dos procedimentos de auditoria omitidos, mencioo objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações nados no parágrafo 3 e 4, as demonstrações contábeis referidas no parácontábeis em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exa- grafo 1 apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a mes compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos posição patrimonial e financeira da D+ Brasil Comunicação Total S.A. em trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações 31 de dezembro de 2005, o resultado das operações, as mutações do e o sistema contábil e de controles internos da companhia, (b) a seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos, do constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avali- no Brasil. ação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas 6. As demonstrações contábeis da D+ Brasil Comunicação Total S.A., repela administração da companhia, bem como da apresentação das de- lativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2004, foram por nós examinadas, e o nosso parecer datado em 15 de abril de 2005, continha monstrações contábeis tomadas em conjunto. 3. Não recebemos resposta às nossas cartas de circularização para con- ressalva referente ao não recebimento de resposta à nossa carta de firmação de saldos e operações de qualquer natureza com as instituições circularização do assessor jurídico Sérgio Bermudes. São Paulo, 21 de março de 2006. financeiras Banco Safra e Unibanco. Apesar de analisarmos, como teste BDO Trevisan Mauro de Almeida Ambrósio alternativo de auditoria, os respectivos extratos bancários para a totalidaAuditores Independentes Sócio-contador de desses bancos, não podemos afirmar sobre a inexistência de possíCRC 2SP013439/O-5 CRC 1SP199692/O-5 veis passivos, entre eles empréstimos e garantias, avais ou operações

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FALÊNCIA & RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 25 de abril de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência e recuperação judicial: Requerente: Salf Produtos Eletrometalúrgicos Ltda. - Requerido: Perm Engenharia Ltda. - Rua Paul Valery, 255 - 02ª Vara de Falências

São Bernardo do Campo, 05 de abril de 2006. À Ford Brasil Ltda. (em liquidação) Av. Taboão, 899, Prédio 01, sala 01 Rudge Ramos - São Bernardo do Campo, SP CEP 09655-000 Prezados Senhores, Sirvo-me da presente para manifestar minha renúncia, a partir desta data, ao cargo de Liquidante, para o qual fui eleito por meio do Instrumento Particular de Alteração e Consolidação do Contrato Social da Ford Brasil Ltda. (em liquidação), datado de 24/08/2004, devidamente registrado na Junta Comercial do Estado de São Paulo sob o nº 403.329/04-8, em sessão de 08 de setembro de 2004. Atenciosamente, Wander José Gonzalez Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania. Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico o registro sob o número 106.644/06-3, em 20.04.06. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

EDITAL EDITAL DE 1ª E 2ª PRAÇA DE IMÓVEL E PARA INTIMAÇÃO DOS EXECUTADOS LUIZ AFONSO PEREIRA E IRACI SANCHES PEREIRA, EXPEDIDO NOS AUTOS DA CARTA PRECATÓRIA 34604/04, ORIUNDA DA 1ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE BRAGANÇA PAULISTA-SP, EXTRAÍDA DOS AUTOS DA AÇÃO DE EXECUÇÃO, MOVIDA POR FRANCISCO ANTONIO DE TOLEDO LEME, PROCESSO 1400/01. A DOUTORA ANA PAULA SAMPAIO DE QUEIROZ BANDEIRA LINS, JUÍZA DE DIREITO DO SETOR DE CARTAS PRECATÓRIAS CÍVEIS, FAMÍLIA E SUCESSÕES E ACIDENTES DO TRABALHO DA COMARCA DA CAPITAL/SP, NA FORMA DA LEI, ETC. FAZ SABER que no dia 04 de maio de 2006, às 14:00h no Fórum João Mendes Júnior, no local destinado às Hastas Públicas, com acesso pelo Largo 7 de Setembro, nesta Capital, o Porteiro dos Auditórios levará a público pregão de venda em 1ª Praça, o bem imóvel abaixo, entregando-o a quem mais der acima da avaliação que será atualizada até a data de venda, de acordo com os índices oficiais, ficando desde logo designado o dia 18 de maio de 2006, às 14:00h, para a realização da 2ª Praça, quando o bem será vendido a quem mais der, caso não hajam licitantes à Primeira, não sendo aceito lance vil, ficando pelo presente edital intimados os executados dessas designações, se não forem eles intimados pessoalmente. BEM: A QUARTA PARTE DEAL (1/4) DO APARTAMENTO 13, “Edifício São Paulo”, à Rua 25 de Março, 197 - no 1º Subdistrito-Sé, com área total de 52,1318 m², sendo a área útil de 43,4100 m² e a área comum de 8,7218 m² e quota parte equivalente a 0,67% no terreno do condomínio. Imóvel sob matrícula 71108 do 4º CRI da Capital-SP. AVALIAÇÃO: R$ 32.500,00 (AGO/05), valor esse que será atualizado de acordo com os índices oficiais para a data da praça. ÔNUS: Consta penhora no R06 (certidão de 13/11/03 - 1ª VC de Bragança PaulistaSP, processo 1400/01 - antigo 321/00). Não consta nos autos haver recurso ou causa pendente de julgamento sobre o bem a ser arrematado. Eventuais taxas e/ou impostos sobre o bem correrão por conta do arrematante. Será o presente edital, por extrato, afixado na forma da Lei. São Paulo, 22 de março de 2006. Eu, (Ademar Pereira Ramos), escrevente técnico judiciário, digitei. Eu, (Marinalva Aparecida de Araújo Novaes), escrivãdiretora, subscrevi. ANA PAULA SAMPAIO DE QUEIROZ BANDEIRA LINS - Juíza de Direito.

ATAS CPM S.A. CNPJ/MF: 65.599.953/0001-63 - NIRE: 35.300.178.815 ATA DE REUNIÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO REALIZADA EM 31.03.2006 1. DATA, HORA E LOCAL: Aos 31 dias de março de 2006, às 8:30 horas, na sede social localizada na Alameda Araguaia, nº 1.930, Alphaville, no Município de Barueri, no Estado de São Paulo. 2. PRESENÇAS: Presente a totalidade dos Conselheiros da Companhia. 3. MESA: Presidente: Antônio Carlos Rego Gil; Secretária: Rômulo de Mello Dias 4. CONVOCAÇÃO E PRESENÇA: Convocação dispensada face à presença da totalidade dos Conselheiros da Companhia, conforme o artigo 11, caput, do Estatuto Social da Companhia. 5. DELIBERAÇÕES: Deliberações tomadas, sem quaisquer ressalvas, por unanimidade dos membros do Conselho de Administração da Companhia, respeitados os impedimentos legais: 5.1. Aprovação, depois de examinadas e discutidas, das demonstrações financeiras referentes ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2005; 5.2. Aprovação da apropriação do valor de R$ 4.634.374,44 a título de juros sobre o capital próprio, relativo ao exercício 2005, dos quais R$ 2.070.400,96 foram pagos no próprio exercício a título de TJLP, aprovando neste ato esta forma de pagamento para o próximo exercício. 5.3. Eleição, para compor a Diretoria, com prazo de mandato de 1 ano, dos Srs. (i) ANTONIO CARLOS REGO GIL, brasileiro, casado, engenheiro, portador da cédula de identidade RG nº 2.116.902-0 – SSP/SP e inscrito no CPF/MF sob nº 006.130.027-68, para ocupar o cargo de Diretor Presidente da Companhia; (ii) MAURÍCIO MACHADO DE MINAS, brasileiro, casado, engenheiro, portador da cédula de identidade RG nº 7.975.904 – SSP/SP e inscrito no CPF/MF sob nº 044.470.098-62, para ocupar o cargo de Diretor sem designação específica; (iii) CAIO DE BARROS BRISOLLA JÚNIOR, brasileiro, casado, administrador de empresas, portador do RG n.º 13.607.162 e do CPF/MF n.º 023.305.588-64, para ocupar o cargo de Diretor sem designação específica; e (iv) MÁRCIO ALVARENGA DE ABREU, brasileiro, casado, engenheiro, portador da cédula de identidade RG nº 14.134.670-X/ SSP/SP e inscrito no CPF sob o nº 886.768.628-34, para o cargo de Diretor sem designação específica, todos com endereço comercial na Rua Domingos Sérgio dos Anjos, nº 277 – Jardim Santo Elias, no Município de São Paulo – SP; 5.4. Consignação de que os membros ora eleitos declaram não estar incursos em nenhum dos crimes previstos em lei que os impeçam de exercer qualquer atividade mercantil ou comercial, e que, ato contínuo, tomam posse mediante termos lavrados e arquivados na sede da Companhia; 5.5. Designação do Sr. CAIO DE BARROS BRISOLLA JÚNIOR, já qualificado, para desempenhar cumulativamente a função de Diretor de Relações com Investidores, em conformidade com o disposto no art. 5º da Instrução CVM nº 202, de 06.12.1993, além das funções atualmente por ele exercidas; 5.6. Consignação de que o membro ora nomeado declara estar ciente das suas novas atribuições, quais sejam, divulgar e comunicar à CVM, e, se for o caso, à Bolsa de Valores em que os valores mobiliários de emissão da Companhia sejam admitidos à negociação, qualquer ato ou fato relevante ocorrido ou relacionado aos seus negócios, bem como zelar por sua ampla e imediata disseminação, simultaneamente em todos os mercados em que tais valores mobiliários sejam admitidos à negociação, além de outras atribuições definidas pelo Conselho de Administração, a prestação de informações aos investidores, e manter atualizado o registro da Companhia em conformidade com a regulamentação aplicável da Comissão de Valores Mobiliários; 5.7. Aprovação, em atendimento ao disposto na Instrução nº 358/2002 da CVM, da Política de Divulgação e Uso de Informações e Negociação de Valores Mobiliários de Emissão da Companhia, na forma do documento que constitui o Anexo I a esta ata, que fica arquivado na sede da Companhia; 6. ENCERRAMENTO: Nada mais tratado, lavrou-se a ata a que se refere esta Reunião, que foi aprovada pela unanimidade dos Conselheiros da Companhia. Assinaturas: Presidente: Antonio Carlos Rego Gil; Secretário: Rômulo de Mello Dias; (ass) Antonio Carlos Rego Gil; Ettore Victor Biagioni; Philipp Richard Freiherr Von Girsewald; Rômulo de Mello Dias; José Luiz Acar Pedro. Confere com o original lavrado em livro próprio. Barueri, 30 de março de 2006. Mesa: Antonio Carlos Rego Gil Presidente , Rômulo de Mello Dias - Secretário. Certidão – Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania – Junta Comercial do Estado de São Paulo - Certifico o registro sob número 94.821/06-9, em 7/04/2006. a) Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

Tr i b u t o s Empresas Estilo Nacional

quarta-feira, 26 de abril de 2006

Várias opções são servidas nos minicups e custam de R$ 1,30 a R$ 2,70 cada uma.

O BUFFET COM FINGER FOOD COBRA R$ 58 POR PESSOA

Denise Adams/AFG

Denise Adams/AFG

mini

comida Gostosuras ou travessuras? Bufês oferecem petiscos e minipratos que são um sucesso nas festas

Salada rizzo no potinho

Denise Adams/AFG

Vários tipos de sobremesa em miniatura

Marcelo Min/AFG

J

á pensou em dar uma festa e servir tudo numa versão mini? Saladinha de rizzo (macarrão que imita o arroz), tabule no copinho, sopinha de tomate com laranja, pavezinho, tudo assim, no diminutivo. Virou chique servir comidas finger food e bite size. A tendência bite size (comida d o t a m a n h o d a m o rd i d a ) transforma diversos tipos de pratos em miniatura. A finger food, traduzida ao pé da letra, seria qualquer comida que dispense o uso de talheres. Apesar de expressões diferentes, a linha que divide os dois conceitos é bem tênue. Para o sócio do bufê Arroz de Festa, Horácio Cymes, finger food é "tudo que é comido de uma só mordida". Então, pode-se chamar bolinha de queijo e minicoxinha de f i n g e r f o o d ? P o d e r, p o d e . Mas adulto (chique) quer mais é stick de parma e melão cantaloupe, em que um palitinho – não Gina, por favor – prende o presunto a uma bolinha do melão, e uma folhinha de manjericão enfeita o que antes era chamado de canapé. "É, canapé não deixa de ser finger food", assume a chef e sócia do Arroz de Festa, Adriana Cymers. Festa do potinho Um dos hits do bufê é a Festa do Potinho, na qual tudo é servido em delicadas louças brancas, bem pequenas, lógico. Tem saladinha de b ifu n ( um macarrão chinês feito de arroz), polentinha e creminho de

tapioca com baba de moça. "É o tipo de festa que funciona. A moçada de 15 anos e os baladeiros de 40 e poucos adoram. Supercontemporânea, o sucesso é total", conta Cymers enquanto, com um maçarico, gratina o creminho brulée. Na Festa do Potinho, são servidos 12 pratos, oito salgados e quatro doces. Na verdade, uma mesa é montada e os convidados se servem das comidinhas frias. Os pratos quentes – sopinhas, minirrisotos e outros – são servidos por garçons. Para acompanhar, a melhor bebida é o espumante prosecco. Ou então sucos – amora com limão, tangerina com acerola, manga com gengibre... Preço alto Se a comida é diminuta, o preço é o inverso. Uma festa para 200 pessoas custa R$ 58 por cabeça. O serviço – garçom, louças, infraestrutura de cozinha – está incluso. Também estão no valor os sucos, água, refrigerante e café com petit fours. Pensando no alto custo deste tipo de festa, Fábio Ferro Guerra abriu, em novembro do ano passado, a Finger Food. A empresa "é filhote" do buffet Artichaut, que já servia finger food como entrada nos jantares há mais de três anos. "O cliente compra a comida que tem cara de bufê, a gente entrega (só para pedidos acima de R$ 150) e ele monta em casa, usando suas louças e diminuindo o custo. Tem gente

que quer dar festa, mas desiste por causa dos preços altos. Se a pessoa quiser gastar menos, usa finger food domiciliar. Agora, se quiser gastar mais, contrata o bufê", diz Guerra. Mas engana-se quem pensa que sai barato receber tudo em casa. Os sticks custam de R$ 0,85 a R$ 1,90 cada. Os minissanduíches, de R$ 1,25 a R$ 2,20 a unidade. E os minicups vão de R$ 1,30 (creme de cupuaçu e lascas de chocolate) a R$ 2,70 (salmão marinado). "Se não for servido mais nada, eu calculo de 10 a 14 unidades, por pessoa, entre doces e salgados, para um coquetel de quatro horas", recomenda. Adriana, do Arroz de Festa, concorda. Ela aconselha servir 12 unidades de finger food por pessoa. "Mas acho pouco servir só finger food na festa. O ideal é ter um prato quente, como um risoto na moranga, por exemplo", diz a chef, que há cinco anos trabalha com esse tipo de comida. No Arroz de Festa, eventos empresariais e casamentos são o forte do faturamento. "As festas com finger food, apesar de corresponderem a 20% da receita, são altamente lucrativas", admite Cymes. SERVIÇO Arroz de Festa (11) 4612-5481 www.arrozdefesta.com.br Finger Food (11) 3501-0693 www.fingerfood.com.br

Merengue em pequenas porções Marcelo Min/AFG

Canapés no Finger Food Marcelo Min/AFG

Kety Shapazian

Denise Adams/AFG

Coquetéis e sobremesas especiais

Stick de abobrinha com presunto

Marcelo Min/AFG

Marcelo Min/AFG

Guerra: tem gente que desiste de dar festas devido aos altos preços cobrados pelos bufês Marcelo Min/AFG

Minilanches de diversos sabores

Marcelo Min/AFG

Sobremesa que cabe na palma da mão Marcelo Min/AFG

Enroladinho servido no palito

Sanduíches, potinhos e sticks entregues na casa do cliente pelo serviço Finger Food

Salada de frutas e comida japonesa em miniatura


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira 27 de abril de 2006

Política

Vamos recorrer ao plenário e na Câmara e em todas as instâncias que for possível porque não há acordo sobre essa proposta. Aloizio Mercadante, líder do governo no Senado

SEGUNDO PROJETO APROVADO NA CCJ, LIMINAR DO STF SÓ PODERÁ SER CONCEDIDA PELA MAIORIA. Sérgio Lima/Folha Imagem

Célio Azevedo/Agência Senado

UMA RESPOSTA À ONDA DE LIMINARES

A

Para Mercadante, mudança vai sobrecarregar o pleno do Supremo

CONGRESSO REAGE CONTRA LIMINAR DE UM SÓ MINISTRO do tribunal, como ocorre atualmente. A proposição segue agora para o plenário do Senado e depois vai à Câmara. Recurso – Mercadante afirmou que vai entrar com recurso contra o projeto. "Vamos recorrer ao plenário e na Câmara e em todas as instâncias que for possível porque não há acordo sobre essa proposta", disse. Ele afirmou que vários ministros do STF já se posicionaram contra o projeto, que vai retardar o julgamento dos processos pela Justiça. "Se nós colocarmos mais sobrecarga no pleno (reunião plenária com todo os ministros), vamos prejudicar ainda mais a aceleração da tramitação das matérias." Mercadante destacou ainda que as liminares são concedidas por causa das urgências dos casos. "Ao retirar essa prerrogativa você pode prejudicar de forma decisiva interesses legítimos da sociedade e

do cidadão perante o Estado", disse o líder do governo. O autor da proposta, senador José Jorge , defendeu seu projeto e disse que o objetivo é melhorar a relação entre os poderes. "Hoje em dia qualquer ministro do Supremo Tribunal pode dar uma liminar contra o presidente do Congresso, contra o presidente da República. Queremos que as liminares não sejam individuais, a não ser em um caso de urgência, urgentíssima." Sobrecarga –Ele não concorda com o argumento de que o projeto vai sobrecarregar o pleno do Supremo. "Da mesma maneira podia dizer que ia sobrecarregar cada ministro. O problema não é sobrecarregar ou não sobrecarregar. O problema é você colocar essa relação de forma consistente. Uma decisão do presidente do Senado ser colocada abaixo por um único ministro pode

VADÃO: ADIADA A VOTAÇÃO.

deputado Nelson Trad (PMDB-MS) pediu vista do processo que pede a cassação do deputado Vadão Gomes (PP-SP) para evitar que o parecer do d e p u t a d o M o ro n i To rg a n (PFL-CE) fosse rejeitado ontem pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara. O pefelista recomendou a perda do mandato do parlamentar. Trad considerou como certa a derrubada do relatório. "Não posso admitir a mesma estratégia do plenário. Este quórum esquálido não deve beneficiar os espertos", afirmou. A votação do relatório deve ficar para a próxima semana, pois é preciso transcorrer o período de duas sessões ordinárias da Câmara para que seja apreciado de novo. Sem comprovação – Em sua defesa, Vadão, acusado de envolvimento no esquema do 'mensalão', disse que nada foi comprovado contra ele. "Existe um crime, não há cadáver, não há arma e o local é duvidoso", afirmou. Ele é acusado de ter recebido R$ 3,7 milhões em dinheiro do empresário Marcos Valério. A quantia teria sido repassada ao parlamentar nos dias 5 de julho e 16 de agosto de 2004, em um hotel em São Paulo. O deputado voltou a negar as denúncias e garante que nem esteve na capital paulista nessas datas. Em 5 de julho, reafirmou, ele estava em Itarumã (GO) e, em 16 de agosto, em Mineiros (GO), onde tem um frigorífico. Avião – Moroni Torgan, no entanto, não aceitou as explicações de Vadão de que nos dias citados por Marcos Valério e pelo ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, seu avião (de Vadão) não estava em São Paulo. "Nem sempre onde es-

Votação na CCJ do projeto de lei de autoria do senador José Jorge

Fotos: Laycer Thomaz/Agência Câmara

tá o avião o deputado está", disse o relator. Moroni lembrou ainda que Vadão Gomes esteve em São Paulo em datas aproximadas àquelas citadas por Marcos Valério e Delúbio Soares. Ele confirmou com um hotel da capital paulista que Vadão esteve hospedado por lá nos dias 20 e 21 de julho; 22, 23, 30 e 31 de agosto. Testemunhas – Ainda segundo o relator, as duas testemunhas (Delúbio Soares e Marcos Valério) relataram o mesmo fato, enquanto o acusado relata outro. "Todas as denúncias que envolveram

Marcos Valério e Delúbio foram comprovadas", disse Moroni. Na sessão de ontem, estavam presentes apenas dez titulares do Conselho de Ética, além do presidente deputado Ricardo Izar (PTBSP). O órgão é formado por 15 titulares e 15 suplentes. Trabalho conjunto – Izar ( P T B - S P ) , N e l s o n Tr a d (PMDB-MS), Jairo Carneiro (PFL-BA) e Ann Pontes (PMDB-PA) entregaram ao procurador-geral da República, Antonio Fernando Barros de Souza, todos os relatórios (concluídos e em fase de conclusão) relativos a processos de cassação de deputados em tramitação no Conselho de Ética Parlamentar. De acordo com Izar, o objetivo do encontro foi possibilitar um trabalho conjunto do conselho com a Procuradoria-Geral. "É importante haver um intercâmbio permanente de informações e documentos", afirmou Izar. Conforme ressaltou o presidente do conselho, foi uma "visita de cortesia". O Código de Ética da Câmara não prevê a existência de um relacionamento formal entre o conselho e nenhum órgão externo à Câmara. (Agências)

diam para não falar, para não quebrar sigilo. Aquela não. Foi um senador aqui que não tinha nada a ver com aquilo, que não era parte da questão, foi pedir para um terceiro não falar, no caso o caseiro". Defesa – O senador Jefferson Perez (PDT-AM) também falou em defesa do projeto, afirmando que não concorda com o sistema atual, no qual a concessão de liminar está monocraticamente nas mãos de um ministro do STF. "Isso põe em suspeição a isenção de um membro do Supremo. O projeto de José Jorge desloca para o Plenário do STF a decisão sobre a concessão de liminar e prevê que, em se tratando de extrema urgência ou risco de lesão grave, o relator ou o presidente do Supremo poderá conceder a liminar. O projeto é salutar para a harmonia entre os três Poderes do País", afirmou Jefferson. (Agências)

DANÇA DA PIZZA: SÓ ADVERTÊNCIA

O

Deputado Vadão Gomes (à dir.) negou ter recebido R$ 3,7 milhões

Moroni: relatório pede cassação

gerar alguns traumas que é melhor evitar", afirmou. De acordo com ele, tal decisão vai preservar os ministros do STF, que se estão expondo em uma polêmica nos últimos tempos. "Quem tem que estar na luta política somos nós, e não os ministros do Supremo", observou José Jorge. O autor do projeto afirmou ainda que o projeto dele foi apresentado antes mesmo das liminares concedidas pelo STF às Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs). Mas ele criticou a liminar concedida pelo Supremo, solicitada pelo senador Tião Viana (PT-AC), para suspender o depoimento do caseiro Francenildo dos Santos Costa na CPI dos Bingos. "Eu achei que, entre todas as liminares que foram concedidas pelo Supremo em relação à CPI, aquela foi a mais esdrúxula que teve. Porque as outras eram as pessoas que pe-

decisão da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania é uma resposta dos parlamentares à onda de liminares e concessões de habeas-corpus concedidos pelos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) a inúmeros depoentes nas CPIs, atrapalhando, ou no mínimo atrasando, as investigações. O caso que ganhou mais destaque foi o do exministro e ex-deputado José Dirceu, cassado no fim do ano passado. Antes da votação do processo de cassação pelo plenário do Supremo, o ex-deputado recorreu e foi atendido cinco vezes pelo STF. No caso de Paulo Okamotto, presidente do Sebrae, a Corte concedeu várias liminares a favor do amigo de Lula, impedindo seu depoimento na CPI dos Bingos e a quebra dos sigilos bancário. Duas decisões irritaram profundamente o Congresso: uma liminar que suspendeu o depoimento do caseiro Francenildo dos Santos Costa na CPI dos Bingos, no mês passado, e, mais recentemente, o salvoconduto concedido ao compadre de Lula, Roberto Teixeira, garantindo-lhe o direito de não ser preso no depoimento também na CPI dos Bingos.

s deputados integrantes da Mesa Diretora da Câmara e o presidente da Casa, deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), puniram apenas com censura verbal a deputada Ângela Guadagnin (PT-SP), acusada de faltar com o decoro parlamentar ao dançar, no plenário, para comemorar a absolvição do deputado João Magno (PTMG). Ao final da sessão em que o plenário mandou arquivar o processo contra Magno, acusado de receber recursos do chamado 'mensalão', Ângela dançou ostensivamente. O deputado foi condenado pelo Conselho de Ética, mas absolvido pelo conjunto dos deputados. Aldo anunciou

ontem à noite, em plenário, a censura verbal à deputada, "por ter comemorado em ritmo de dança a absolvição no processo de cassação" de João Magno. A "dança da pizza", como ficou conhecida a comemoração da parlamentar, tornou conhecida nacionalmente a ex-prefeita de São José dos Campos e acabou tendo um efeito inesperado para a parlamentar. Ângela

Guadagnin foi alvo de vários protestos, mesmo após ela ter justificado sua atitude, dizendo que foi uma "explosão de alegria" e não falta de decoro. Além disso, a comemoração de Ângela lhe custou a vaga de titular no Conselho de Ética, onde se notabilizou como uma defensora ferrenha de seus colegas petistas, usando e abusando do regimento para atrasar os processos. (AE)

Factoring

DC

P

or 13 votos a 8, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou ontem um projeto de lei do líder da minoria na Casa, José Jorge (PFL-PE), que impede a concessão de liminares pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por apenas um ministro, ou seja, em decisão monocrática. Pela proposta, que recebeu decisão terminativa, a decisão provisória tem de ser concedida pela maioria dos membros do STF, em mandados de segurança contra atos do órgão, do presidente da República, das Mesas Diretoras e das comissões do Congresso ou das duas Casas. O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PTSP), apresentou voto em separado contra a idéia, mas foi vencido. Para o relator, Demóstenes Torres (PFL-GO), as liminares, da forma como são concedidas hoje por um único ministro, levam à suspeita de que a decisão teria sido política, relacionada a outro tipo de interesse, como o fato de a nomeação do membro do Supremo Tribunal estar de alguma forma ligada ao voto dele. Torres acredita que a proposta reforça a harmonia dos poderes. "Hoje a harmonia está muito abalada com decisões sucessivas que impedem deputados, senadores, Congresso Nacional ou a Câmara e o Senado, isoladamente, de desempenhar bem suas funções de fazer fiscalização, de fazer investigação", afirmou. Urgência – O texto prevê ainda que, somente em caso de extrema urgência ou risco de lesão grave ou ainda em período de recesso, conforme prevê o PLS 50/06, poderá o ministro-relator conceder a liminar, que deverá ser, posteriormente, referendada pelo plenário

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Planalto Senado Reformas Câmara

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 27 de abril de 2006

PREFEITOS PODEM SAIR DE BRASÍLIA SEM MAIS VERBAS

DE OLHO NOS DIVIDENDOS POLÍTICOS, RELATOR AMPLIA BONDADES.

FALTA DE ACORDO EMPERRA REFORMA

O

s líderes partidários jogaram um balde de água fria sobre a expectativa dos 1.500 prefeitos que estão em Brasília fazendo uma mobilização pela aprovação do aumento de 1% no Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Apesar de decidirem retomar a votação das medidas provisórias (MPs) que trancam a pauta da Câmara, oposicionistas e governistas ainda não chegaram a um acordo de mérito – nem obtiveram o aval dos governadores – que permita uma rápida aprovação da minirreforma tributária, incluindo o R$ 1,5 bilhão pedido pelas prefeituras. A votação do projeto seria uma forma de o governo agradar aos prefeitos e, por conseqüência, ter dividendos políticos no ano eleitoral, que estão em Brasília defendendo a aprovação do item da proposta que aumenta em um ponto percentual o Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Mais demora – Por se tratar de uma emenda constitucional, o texto deve ser aprovado em dois turnos por 308 deputados – três quintos da Casa. Como foi alterado pelo relator, Virgílio Guimarães (PT-MG) ainda precisa voltar ao Senado para nova votação. "Nós não compramos nem vendemos ilusões", disse o vice-presidente da Câmara, Inocêncio de Oliveira (PLPE), depois de uma reunião no gabinete da presidência da Casa com os líderes partidá-

Elton Bomfim/Agência Câmara

rios e os representantes dos prefeitos. "Nessa semana é impossível", afirmou. Apesar de ser uma "minirreforma" no conteúdo, que não vai além da unificação das alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) , o texto preparado por Virgílio é constituído de 96 artigos. Muitos são dedicados às regras de transição para o fim dos incentivos fiscais, um ponto polêmico entre os governadores. O relator diz que tentou chegar a um meio termo, fixando um prazo diferenciado para a extinção dos benefícios fiscais concedidos: 11 anos para os do setor industrial e cinco aos comerciais.

"Na outra vez que quisemos decretar a morte súbita dos incentivos o que morreu foi o projeto", justificou Virgílio. Seguro – O relator também incluiu no relatório a previsão de que os estados receberão mais R$ 1,5 bilhão (1% da receita dos Impostos de Renda e sobre Produtos Industrializados em valores de hoje) por meio do Fundo de Desenvolvimento Estadual (FDE) no momento que entrarem em vigor as novas alíquotas de ICMS. A emenda constitucional também prevê um seguro para cobrir as eventuais perdas de receita com a mudança. De acordo com o líder da minoria na Câmara, José Carlos

Aleluia (PFL-BA), o texto preparado por Virgílio é melhor do que a proposta do governo, "mas ainda é preciso ouvir os governadores". Na prática, cada estado tem um interesse diferenciado nas discussões, e em pleno ano eleitoral essas diferenças são amplificadas pelas disputas partidárias. Por isso, na avaliação do líder do PFL, Rodrigo Maia (RJ), a decisão do governo de atrelar a ampliação do FPM ao relatório completo foi premeditada, sabendo que o acordo para a votação da reforma tributária seria muito difícil. "Apresentaram uma proposta ampla para não dizer não aos prefeitos", opinou o pefelista. (Agências)

CÂMARA : FARRA DA GASOLINA ACABA

A

direção da Câmara decidiu fixar um limite de R$ 4,5 mil para os gastos de cada deputado com combustível. Esse dinheiro continuará embutido na verba de R$ 15 mil por mês que os 513 deputados têm à disposição para custear despesas em seus Estados. Como não foi alterado o mecanismo de fiscalização, o estabelecimento de um limite de gasto com combustível não impede fraudes na prestação de contas com a apresentação de notas frias. No Congresso, já há quem chame o limite de "cota de fraude". No ano passado, os deputados apresentaram notas de postos de gasolina para justificar gastos totais de R$ 41 milhões. Será criada uma comissão da Câmara, composta por integrantes da Diretoria-Geral, do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Secretaria de Controle Interno da Casa para estudar uma proposta de unificação das verbas indenizatórias (Correios, passagens, telefones etc.) e aumentar a fiscalização. "Precisamos resolver de vez este problema", disse o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP).

Eymar Mascaro

Braço de ferro

J

orge Bornhausen articula para evitar que se propague pelo PFL a idéia de que o partido não deve se coligar com o PSDB na eleição presidencial. O dirigente pefelista é favorável à aliança dos dois partidos, considerando natural a repetição da chapa PSDB/PFL, como ocorreu nos dois governos de FHC. A idéia de que o PFL não deve se coligar com o PSDB é fortalecida pelo prefeito do Rio, Cesar Maia, que ficou contrariado com o lançamento da candidatura do deputado tucano Eduardo Paes ao governo fluminense. Maia lembra que a coligação impediria que o PFL fechasse acordos com o PMDB nos estados. Outro cardeal da política, o presidente do PSDB, Tasso Jereissati, navega nas mesmas águas de Bornhausen, defendendo a dobradinha. De mãos dadas, Tasso e Bornhausen falam em apressar a escolha do vice de Geraldo Alckmin. Se depender dos dois caciques, o vice de Alckmin sairá mesmo do PFL. E logo.

QUEM SERIA

caminho de fechar o acordo com o PT em apoio a Lula. Se a coligação do PSB for fechada no plano federal com o PT, o partido fica impedido de apoiar oficialmente a candidatura de José Serra a governador em São Paulo, como admitiu o diretório estadual.

REGIONAL

Lideranças do PT desfazem o boato de que poderia haver fraude na prévia que o partido vai promover dia 7, para a escolha do candidato ao governo paulista. A prévia será disputada pela exprefeita Marta Suplicy e o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante.

Enquanto Maia trabalha pela não-coligação, os pefelistas continuam assistindo à disputa dos senadores José Agripino (RN) e José Jorge (PE) pela indicação a vice. São os dois nomes em evidência no PFL para companheiro de chapa de Alckmin. Rodrigo Maia, líder do PFL: governo Lula agiu premeditadamente ao atrelar as votações.

Dida Sampaio/AE

Decisão da Mesa não afeta o total da verba, mantida em R$ 15 mil

Ele informou que desde outubro, quando assumiu a presidência da Casa, já havia encomendado estudos sobre o assunto comparando o uso de verbas indenizatórias pelo Congresso brasileiro e pelo dos Estados Unidos. A proposta que a direção da Câmara aprovou ontem foi sugerida pelo corregedor, deputado Ciro Nogueira (PP-PI). O curioso é que o próprio Nogueira declara gastar mais do que o dobro disso, num valor que varia mensalmente de R$ 9 mil a R$ 12 mil. Chamada de "indenizatória", a verba para

garantir as despesas dos deputados nos Estados foi criada em 2001 pelo então presidente da Câmara, Aécio Neves (PSDB-MG), como forma de compensar os parlamentares que queriam aumento. Aécio Neves – Para não assumir o ônus político de aumentar salários, Aécio criou um mecanismo para financiar despesas dos deputados com pagamento de aluguel, manutenção de escritório, locomoção e outros gastos definidos como "relacionados ao exercício do mandato parlamentar". Aproveitando da decisão da Câmara, o Senado estendeu o benefício a seus 81 integrantes - mas, ao contrário do que ocorre na outra casa legislativa, não divulga como os senadores usam essa verba. Foi rejeitada na reunião da cúpula da Câmara a proposta de acabar com a verba indenizatória e reajustar o salário dos parlamentares ao teto salarial do funcionalismo público, hoje em R$ 24,5 mil, que é quanto recebem os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que acumulam cargos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A rejeição foi motivada pelo te-

mor de repercussão negativa na imprensa e na opinião pública. Além disso, a mudança representaria uma redução do total recebido pelos deputados, o que poderia provocar uma rebelião contra o presidente da Câmara. "Reduzir em 30% os gastos com combustível não garante a eficácia da fiscalização", afirmou o vice-presidente da Câmara, José Thomaz Nonô (PFL-AL). Foi criado um grupo para analisar a fusão de todas as verbas que os deputados recebem além do salário. Além da verba indenizatória de R$ 15 mil por mês, o deputado tem direito a R$ 50.815 para contratar funcionários para seus gabinetes, cotas de passagens aéreas, postal, telefônica e auxílio-moradia. Esses recursos são separados do salário mensal de R$ 12.847. Caso Janene – A Mesa Diretora da Câmara decidiu ontem negar o pedido de aposentadoria por invalidez do deputado José Janene (PP-PR) até o julgamento final do processo de cassação dele, acusado de envolvimento no 'mensalão'. Em reunião na casa do presidente da Câmara, Aldo Rebelo, os integrantes da Mesa acataram a sugestão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) contrária à aposentadoria. Janene pediu aposentadoria em outubro, depois que o nome dele foi incluído na lista dos cassáveis. O processo está pronto desde novembro. Uma junta médica da Câmara atestou que o parlamentar é portador de grave doença no coração. O deputado, ex-líder do PP, tem utilizado-se da doença para tentar suspender o processo de cassação que está em análise no Conselho de Ética da Câmara. (Agências)

Reduzir em 30% os gastos com combustível não garante a eficácia da fiscalização. Deputado José Thomaz Nonô (PFL-AL), vice-presidente da Câmara.

Prevalece no PFL a tese de que o vice de Alckmin deve representar o Nordeste, região em que Lula continua levando vantagem sobre o tucano nas pesquisas. Alckmin faz vista grossa para o movimento anticoligação porque confia cegamente que seu vice será do PFL.

LISURA

RAPIDEZ

José Agripino entende que o impasse se instalou no seu partido devido à demora na fixação do acordo. Por isso, Jereissati e Bornhausen decidiram tratar do problema diretamente com Alckmin. Agripino, no entanto, considera natural o impasse em função da demora na escolha do vice.

CAMPANHA

Lideranças do PFL negam que tivessem responsabilizado o desempenho de Alckmin nas pesquisas pela ameaça da não-coligação. Lembram que a campanha ainda não começou e que Alckmin crescerá quando enfrentar Lula nos programas de televisão.

CAMPANHA

José Serra deve voltar a fazer campanha de governador em maio, depois de se recuperar da cirurgia. O tucano vai percorrer o Estado como líder absoluto nas pesquisas. Apesar de sua liderança, Serra promete não descuidar da campanha. Seu companheiro de chapa deve ser o líder empresarial Guilherme Afif Domingos, do PFL.

CPI

COLIGAÇÕES

O governo recebeu com regozijo a informação de que o presidente Efraim Morais (PFL-PB) pretende antecipar o encerramento da CPI dos Bingos. A princípio, a comissão seria encerrada em 24 de junho, mas Efraim pode antecipar seu término para fim de maio.

APOIO

Os membros da CPI dos Bingos parecem ter abandonado a idéia de insistir no pedido de quebra do sigilo bancário do presidente do Sebrae, Paulo Okamotto, acusado de pagar dívida de Lula e de Lurian, filha do presidente. O relator da comissão, Garbaldi Alves, não perde tempo e já começou a rascunhar seu parecer.

Enquanto não é decidida a questão do vice, o PSDB fica imobilizado e não pode continuar as conversações com outros partidos, visando as coligações. Os tucanos estão preocupados com o PMDB. Não querem que o partido se incline para apoiar a reeleição de Lula. Lula deu sinal verde para o PT fechar as alianças também com os partidos que se envolveram com o mensalão, como o PP, PL e PTB. Mas, o sonho do PT é mesmo o PMDB. É por isso que os petistas continuam sustentando entendimentos com os governistas do PMDB, como José Sarney e Renan Calheiros.

ENCONTRO

Questões ligadas à campanha de reeleição de Lula e o seu programa de governo serão debatidos no Encontro Nacional que o PT promove em São Paulo, de amanhã a domingo. Também o problema das coligações será debatido pelos petistas.

ACORDO

O PSB e o PCdoB estão a

SIGILO

INVESTIGAÇÃO

A Corregedoria da Câmara deve instalar nos próximos dias uma comissão de sindicância para apurar a nova denúncia que envolve o deputado José Mentor (PT-SP), acusado de ter recebido uma propina de R$ 300 mil para deixar de incluir um doleiro no relatório da CPMI do Banestado.


quinta-feira, 27 de abril de 2006

Congresso Planalto Eleições Caixa 2

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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CRISE POLÍTICA NÃO SERÁ DISCUTIDA NO ENCONTRO DO PT

Pela primeira vez, vi acender uma faísca de empolgação. Deputado Sebastião Madeira (PSDB), após encontro com Alckmin

SEM ASSUMIR CANDIDATURA, PRESIDENTE VAI A ENCONTRO DO PARTIDO PARA TRATAR DE CAMPANHA.

REELEIÇÃO: LULA DÁ A LARGADA.

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13º Encontro Nacional que o Partido dos Trabalhadores (PT) realiza a partir de amanhã será o palco para o lançamento das principais diretrizes da campanha de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que participará da abertura. A presença de Lula vai marcar o reencontro dele com a militância, considerada importante pelo partido para enfrentar uma campanha com poucos recursos. Como deseja a direção do partido, a participação do presidente deve deixar para trás os temas da crise política e do mensalão para se dedicar à questão da reeleição. Sem assumir publicamente sua candidatura, Lula estará diante de uma série de discussões sobre a reeleição. O encontro, que vai até domingo, será centrado em temas como a estratégia do PT para a eleição, as linhas para o programa de governo para o segundo mandato e política de alianças. Unidade – O presidente nacional do PT, deputado federal Ricardo Berzoini afirmou que o encontro permitirá mostrar um clima de unidade partidária e um esforço conjunto em torno do tema da reeleição de

Lula, depois do período de turbulência atravessado pelo PT. "O clima é de unidade, de confiança mútua." Berzoini, que vem defendendo que o debate sobre a crise já não é mais prioridade dentro do partido, acrescentou que os que esperam encontrar discussões polêmicas sobre este tema deixarão o evento decepcionados. Qualidade – "No segundo mandato de Lula, a prioridade será o salto de qualidade, com base nas conquistas já alcançadas, e com ênfase para o crescimento econômico superior ao já registrado", destacou o assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia. Ele disse que a participação de Lula no evento – a primeira vez que ele vai a um evento do PT após a crise política – servirá para "animar a militância". Segundo o assessor especial, "Lula não tomou a decisão de se candidatar à reeleição, mas o partido já tomou a decisão por dele", disse. "Lula é a nossa grande liderança." Segundo Marco Aurélio, após o encontro, as sugestões para o programa de governo serão discutidas com os partidos aliados. (Agências)

PROPAGANDA PT pede ao TSE para suspender publicidade do PSDB veiculada no rádio e na TV.

Ó RBITA

ENTRAVE A vaga de Sergipe no Senado é mais um entrave para que PSDB e PFL finalizem a aliança.

Joel Silva/Folha Imagem

Ailton de Freitas/Agência O Globo

ABACAXI EM MINAS

O Pré-candidato tucano cumprimenta senador Azeredo

ALCKMIN: PEREGRINAÇÃO POR APOIO.

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ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) iniciou, nos últimos três dias, uma ofensiva para consolidar a sua précandidatura, ampliar o seu quadro de alianças e estruturar melhor a sua campanha. Com os presidentes do PSDB, Tasso Jereissati, e do PFL, Jorge Bornhausen, ele decidiu ontem que a aliança dos dois partidos espera pelo PMDB até a convenção de 13 de maio. Pressionado, Alckmin tem tentado ousar. Na terça-feira, entrou, sem ser convidado, num jantar que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), oferecia, em sua

casa, a prefeitos alagoanos. Para acalmar as turbulências que alvejam sua candidatura, ele foi a um jantar com as bancadas federais do PSDB no Senado e na Câmara também na terça. Muitos elogiaram seu discurso, até mesmo os defensores da candidatura de José Serra. "Pela primeira vez, vi acender uma faísca de empolgação", disse o deputado Sebastião Madeira (PSDB-MA). Ontem, recebeu aplausos ao propôr aos prefeitos da 9ª Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios aumentar em um ponto porcentual o Fundo de Participação dos Municípios. (Agências)

pré-candidato do PMDB à Presidência da República, Itamar Franco, reuniu-se ontem, no Palácio das Mangabeiras, com o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB). No primeiro encontro deles depois que o peemedebista se lançou pré-candidato, Itamar teria comunicado oficialmente a decisão de disputar as prévias do PMDB. Antes da decisão, Itamar trabalhava para atrair o partido a uma aliança em torno da reeleição do tucano. Aécio e Itamar não deram entrevistas após a reunião. O ex-embaixador do Brasil voltou a exercitar o já conhecido lado enigmático. Ao sair, anunciou que pronunciaria uma única frase. "Quando eu mal cheguei, ao invés do café, o governador serviu-me suco de abacaxi", disse. "Isso significa que o sr. está descascando algum abacaxi?", questionou uma repórter. "O abacaxi já estava descascado", respondeu ele, sempre sorrindo. "Eu tomei o abacaxi e fui embora. Então, até amanhã", disse Itamar, que marcou uma entrevista coletiva para a tarde de hoje. (AE)

MARTA X ALOIZIO

N

a reta final para a escolha do candidato petista ao governo do Estado, a exprefeita e pré-candidata Marta Suplicy criticou seu adversário, o senador Aloizio Mercadante, por ele ter declarado possuir o apoio de prefeitos petistas do interior. "Foi um erro que ele (Mercadante) cometeu, porque no PT de cima para baixo nunca funcionou. Ele tem realmente o apoio de muitos prefeitos, mas nós temos apoio da militância e de prefeitos e vereadores importantes." A ex-prefeita diz que terá 18 mil votos na Capital, na prévia do dia 7 (contra 6 mil de Mercadante) e que a disputa no interior será voto a voto. "Conquistamos desta forma essa maioria expressiva que vai nos levar à vitória", afirmou.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

12 -.CIDADES & ENTIDADES

quinta-feira, 27 de abril de 2006

DALAI LAMA

"BUDISMO NÃO É LIQUIDIFICADOR" Considerado uma das reencarnações de Buda, o Dalai Lama está em São Paulo. O monge tibetano fez ontem uma exortação à paz e disse que o budismo convive com todas as religiões. Condenou, porém, o chamado "novo budismo", uma "mistura de várias tradições em um liquidificador". Paulo Pampolin/Hype

Rejane Tamoto

lado, paradoxalmente, o monge criticou a onda 'new age', que, segundo ele, consiste em "misturar todas as tradições em um liquidificador sob o rótulo de um novo budismo". "Isso é um erro. É melhor seguir uma tradição autêntica".

C

om tratamento de Sua Santidade (o mesmo atribuído ao papa), o Dalai Lama chegou ontem a São Paulo, em sua terceira visita ao País. A comparação é procedente. Afinal, desde a década de 70 o monge tibetano tem sido o principal responsável pela difusão do budismo em mais de 60 países. "Em todos os lugares por onde passo, digo que somos iguais e que o futuro depende de cada um de nós. Por isso, é fundamental ser feliz. A felicidade está no afeto humano, no calor que cada um tem no coração, que nos nutre desde o nascimento. É um valor importante para que tenhamos um mundo mais pacífico", disse. Além disso, o Dalai Lama prega, em todo lugar por onde passa, o sincretismo religioso. "Meu compromisso como monge budista é promover a harmonia religiosa. No passado existiram e até hoje ainda existem religiões que causam divisões e conflitos. O que busco ressaltar é que todas as tradições religiosas carregam as mesmas mensagens da compaixão e do perdão, apesar de suas diferenças filosóficas". Como representante do budismo tibetano, Tenzin Gyatso, aos 70 anos, é o 14º Dalai Lama da história. O título significa "Oceano de Sabedoria" e é dado somente a pessoas consideradas a reencarnação do Buda. Em entrevista coletiva ontem, o monge respondeu algumas perguntas (apenas cinco) sobre a relação entre ciência e budismo e a situação cultural do Tibete (após a invasão da China, em 1950). Programação

A partir de hoje e até sábado, o monge do Tibete fará palestras sobre temas relacionados ao budismo e sua relação com a felicidade e a paz. Hoje, no Templo Zu Lai, ele fala sobre Natureza e treinamento da mente no budismo tibetano (inscrições esgotadas). Amanhã, ele discorrerá das 9h30 às 16h30, no Palácio das Convenções do Anhembi, sobre o tema Compaixão e sabedoria para a construção da saúde pessoal e coletiva, ciência e espiritualidade. No sábado, falará durante duas horas sobre O poder da compaixão no ginásio do Ibirapuera. Para conferir uma dessas palestras, o interessado deverá pagar de R$ 70 a R$ 120 (mais detalhes no www.dalailama.org.br). Em seguida, Dalai Lama fará uma rápida participação na inauguração do Espaço Gandhi, na praça Túlio Fontoura (em frente ao Parque do Ibirapuera), ao meio-dia. Depois discursará sobre a celebração interreligiosa pelo entendimento entre os povos na Catedral da Sé, às 14h30. Os dois últimos eventos serão gratuitos. Religião e ciência Embora seja um monge budista, o Dalai Lama tem uma flexibilidade que atrai o homem moderno. Ele defende que as pessoas busquem suas tradições de origem, mas que acrescentem o budismo a suas práticas. "Sempre acho que a base da harmonia religiosa é o respeito recíproco. Todos temos o que aprender com as outras tradições. O budismo, assim como outras religiões, tem o potencial de trazer a paz interior", disse. Por outro

Ciência

O Dalai Lama durante entrevista ontem, em São Paulo: "Meu compromisso como monge budista é promover a harmonia religiosa" Patrícia Cruz/Luz

Outra característica do budismo, segundo o monge, é a ênfase dada a uma postura analítica, assim como ocorre no campo científico. "A ciência utiliza uma postura investigativa, com instrumentos externos para a verificação. No budismo, recorre-se ao raciocínio, à lógica e à experimentação", compara. O monge, em seguida, citou um exemplo e disse que se até mesmo as palavras de Buda forem contraditadas por alguma investigação científica, elas poderão ser descartadas ou reinterpretadas. "Na lógica budista, o praticante pode provar a não-existência de uma coisa, provando a existência de outra. Pode encontrar o oposto de determinada colocação. E tem a liberdade de mudar de postura", afirmou. Nessa mesma linha de pensamento, Dalai Lama deixou à disposição dos cientistas a comprovação de que a reencarnação existe. "Se houver constatação científica de que a mente não continua após a morte, se ficar provado que essa afirmação não é verdadeira, os budistas terão que reformar seus conceitos". Tibete

Mercado zen exige fé. E capital de giro. Marcos Fernandes/Luz

Ana Laura Diniz

M

ais do que ter fé, é preciso diversificar os negócios para que o mercado místico e esotérico esteja sempre em alta. A afirmação é da proprietária da Mix Magia, Verônica Anaid Sevzatian Franco da Silveira. "Quem não segue essa regra, corre o risco de fechar suas portas". Citou como exemplo a 'Além da Lenda', loja que ficou conhecida por espalhar adesivos que diziam Eu acredito em duende . "Tudo o que é regido pela moda tem seu fim. Nós sobrevivemos porque oferecemos aos nossos clientes um leque de opções. Essas opções vão de produtos a consultas de tarô, mandala e cabala", disse Verônica. Por isso, afirmou, a Mix Magia caminha na contramão de qualquer crise econômica. "Quanto maiores as dificuldades das pessoas, mais vendemos produtos para protegêlas de influências negativas, produtos que harmonizam a alma e o ambiente", disse. Amuletos – Olho grego, incensos, pote com sal grosso e pimenta, spray aromático e o nome de Jesus Cristo em hebraico. Esses são os itens de proteção mais procurados pelos consumidores preocupados em manter o equilíbrio pessoal e profissional. A loja também promove cursos de I Ching, Feng Shui e

Dalai Lama também foi questionado sobre a situação de seu país, o Tibete, que foi invadido pela China comunista em 1950, quando ele tinha 15 anos de idade. Como o país não tinha reconhecimento internacional, nem mesmo da Organização das Nações Unidas (ONU), o domínio chinês se tornou permanente. A partir desse período, houve muita repressão à religião tibetana, com a destruição de mosteiros e assassinatos. Dalai Lama atravessou o Himalaia a pé e fugiu para a Índia, com monges, funcionários do governo e milhares de seguidores. Em Dharamsala, criou um governo no exílio. A mesma repressão que tirou o budismo dos tibetanos, o levou ao mundo. O monge não acredita que a essência de seu povo tenha mudado – nem mesmo após anos de conflitos. Valores

Verônica, da Mix Magia (acima), aposta na diversificação. Na foto maior, produto indiano da Fases da Lua.

Auto Defesa Energética. "A competição no meio do trabalho é desleal. Infelizmente, há sempre pessoas mais preocupadas em puxar o tapete de um colega a desenvolver bem a sua tarefa", disse Verônica. Para ela, isso explica o fato de o público masculino ter se equiparado ao feminino na procura por esses produtos nos últimos anos. "Atores, políticos e jogadores de futebol fazem parte da minha clientela", afirmou. O mesmo público freqüenta a filial da loja Fases da Lua, nos Jardins. "Atores e moradores da região, em sua maioria", disse a gerente da loja, Cristina Silva. Famosa por

oferecer produtos importados da Índia, desde dezembro, a filial vende também roupas de malha. "Alguns clientes se queixaram das mudanças. Mas não há outra forma de expandir os negócios", explicou Cristina. Novela – Segundo ela (ao contrário do que sustenta Verônica Silveira), por se tratar de roupas e calçados, o ritmo das vendas é ditado pela moda. "Na época da novela O C l o ne , da Rede Globo, vendíamos 60 batas por dia. Hoje, são três por mês", conta. Mas na loja ainda é possível encontrar acessórios e colares de prata antiga, peças de decoração, almofadas, tapeça-

ria, deuses como Ganesh e elefantes virados de costas para as portas. Além disso, há o "bem-vindo", uma espécie de cortina que, na Índia, é colocada na porta de entrada da casa para trazer sorte. "Cada uma dessas peças tem um significado", disse Cristina. A La Vivi, no Shopping Ibirapuera, também vende de tudo: livros do Dalai Lama, CDs de música new age, sachês, jardins zen, imagens de anjos, de Buda, de deuses, porta-retratos e porcelanas com as cores do Brasil. "Na hora da venda não adianta somente a fé. É preciso capital de giro para sobreviver", finalizou Cristina.

"No passado, muitos danos foram causados à cultura tibetana de forma deliberada. No entanto, a herança cultural do povo está preservada porque está relacionada a qualidades mentais. Quando o povo tem clareza dos modos culturais, o desenvolvimento econômico não é tão relevante. Porque nós continuamos sendo as mesmas pessoas. Em um determinado país economicamente avançado, vejo que o nível emocional das pessoas é muito pior. Há inveja, ciúme, competitividade, frustração, medo e até mesmo ódio. O que preserva a herança cultural de um povo é a percepção clara de valores mais profundos, como a forma de vida, a relação com a natureza e atitudes compassivas". O Dalai Lama veio ao Brasil a convite da organização Palas Athena Estudos Filosóficos.


AMANHÃ É O SIMPLES, DIA DO MILHÃO MAS PESADO Por volta de 14h, amanhã, no Pátio do Colégio, a assinatura 1 milhão ao De Olho no Imposto. Eco/1 Ano 81 - Nº 22.115

MP 275 aprova alíquota máxima de 12,6% para empresas com faturamento superior a R$ 1,2 milhão por ano. Mas segmento empresarial defende só a atualização dos limites desse regime tributário. Antes, a alíquota máxima, que não incluia empresas com ganho superior a R$ 1,2 milhão, era de 8,6%. Eco/1

São Paulo, quinta-feira 27 de abril de 2006

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Edição concluída às 23h45

w w w. d co m e rc i o. co m . b r Fábio Motta/AE

DEPOIS DE CASSADO, 'CAÇADO'. Apontado como "chefe da quadrilha" dos 40 mensalões pelo procurador-geral da República, José Dirceu (foto) desabafou ontem: "Me cassaram com dois ss e agora querem me caçar com ç?" Ele reagia à convocação para depor sobre corrupção em Santo André e o assassinato de Celso Daniel. Pág. 6

Acabou a farra das liminares e da gasolina Páginas 3 e 4 Paulo Pampolin / Hype

Divulgação

Dalai Lama: importante "é ser feliz".

Olé! Dança flamenca encerra série dedicada à Espanha.

Harmonia, felicidade, perdão... Dalai Lama está entre nós. Pág. 12

BOA VIAGEM

Leonargo Rodrigues/Hype

Mães! E alegria nos shoppings. Economia/ 6 HOJE AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 27º C. Mínima 15º C.

Um cearense das Arábias Empresário que já passou fome em São Paulo, agora produz doces para os principais restaurantes típicos da cidade. Economia/10 DC

Sol com pancadas de chuva Máxima 27º C. Mínima 17º C.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 27 de abril de 2006

1 O cidadão precisa saber que paga impostos em todos os serviços e produtos que consome. Guilherme Afif Domingos

DE OLHO NO IMPOSTO

A CAMINHO DE 1 MILHÃO Eduardo Matos/Agência A Tarde

A

manhã é o dia do milhão. No Pátio do Colégio, na região central da cidade, às 14 horas, será colhida a milionésima assinatura para o movimento De Olho no Imposto. O próximo passo da campanha será a entrega de uma minuta com a reivindicação do movimento e as milhares de assinaturas coletadas aos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PCdoB-SP). A meta do De Olho no Imposto é regulamentar o parágrafo 5° do artigo 150 da Constituição Federal, para que as notas fiscais discriminem, junto ao preço das mercadorias e serviços, os respectivos tributos embutidos. A campanha pela transparência tributária havia registrado, até ontem, mais de 900 mil adesões. Em Brasília, também será pedido o comprometimento dos deputados e senadores para que a reivindicação seja convertida em projeto de lei e que este seja aprovado pelo Congresso Nacional ainda neste ano. "Assim, ele poderá ser colocado em prática no ano de 2007", explicou Antônio Marangon, presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis no Estado

de São Paulo (Sescon-SP). Depois de passar por mais de 400 cidades paulistas e por Curitiba, no Paraná, o movimento chegou ontem a Salvador, na Bahia, quando os empresários prometeram captar assinaturas nas lojas e shoppings do estado. "Assumimos o compromisso de promover a coleta de assinaturas junto aos consumidores e conscientizar a população sobre a importância da campanha", disse Lise Wecker-

Hoje, o cidadão financia os gastos públicos sem ver o retorno disso no seu dia-a-dia. Luiz Antonio Miretti, da OAB-SP lei, presidente da Associação Comercial da Bahia (ACB). No próximo dia 1°, na comemoração do Dia do Trabalho organizada pela Força Sindical, o De Olho no Imposto espera colher pelo menos 500 mil assinaturas. "Os trabalhadores têm o direito de saber o quanto pagam de impostos embutidos nos produtos para poder cobrar a aplicação desse dinheiro

pelas prefeituras, estados e União", afirmou o Juruna, secretário-geral da Força. A festa será na Praça Campo de Bagatele, na zona norte de São Paulo, a partir das 7 horas. Com a discriminação dos impostos nas notas fiscais, o movimento quer conscientizar os cidadãos a cobrar a contrapartida do governo em serviços públicos de qualidade. "Por isso, a OAB aderiu ao De Olho no Imposto. Hoje, o cidadão não paga mais tributos, mas financia os gastos públicos sem ver o retorno disso no seu diaa-dia", criticou o presidente da Comissão Especial de Assuntos Tributários da seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), Luiz Antônio Caldeira Miretti. Para o presidente da Associação Paulista de Medicina (APM), Jorge Curi, participar do movimento é uma questão de cidadania. "Temos que denunciar a desproporção entre a arrecadação e a aplicação desses recursos. A saúde, por exemplo, está cada vez mais precária", reclamou. "O sucesso da campanha prova que o cidadão quer mais transparência na gestão da arrecadação de tributos", disse o ex-presidente da Associação Médica do Brasil Eleuzes Paiva.

Aprovada alíquota máxima de 12,6%

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milhão para R$ 2,4 milhões. Anulação – "O problema é que muitas empresas com faturamento acima de R$ 1,2 milhão verão anulados os benefícios de se enquadrar no regime simplificado, uma vez que a alíquota máxima para esta faixa é de 12,6%", disse o assessor da presidência do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis no Estado de São Paulo (Sescon-SP), José Constantino de Bastos Júnior. Antes, a alíquota máxima, que não incluía empresas com faturamento superior a R$ 1,2 milhão, era de 8,6%. Segundo o assessor do Sescon, apenas as faixas do Simples deveriam ser corrigidas, uma vez que estavam defasadas em relação à inflação. "O que estamos sentindo é que,

Acima, Afif Domingos leva o De Olho no Imposto a Salvador. Ao lado, faz palestra na Abras.

Laura Ignacio

SIMPLES oi aprovado na íntegra ontem o texto da Medida Provisória nº 275, que trata do Simples. Com isso, ficou mantida a alíquota máxima de 12,6%, estabelecida para empresas com faturamento superior a R$ 1,2 milhão por ano. O aumento da alíquota máxima, durante todo o processo de aprovação da MP, foi duramente criticado por entidades que representam o segmento empresarial. Elas defendiam apenas a atualização dos limites de faturamento desse regime tributário simplificado. Com a correção da tabela do Simples, o limite de faturamento anual das microempresas salta dos atuais de R$ 120 mil por ano para R$ 240 mil, e para as pequenas empresas de pequeno porte passa de R$ 1,2

Newton Santos/Hype

na prática, as empresas não estão mais se interessando tanto pelo Simples ", afirmou. O número dos empreendimentos que optaram pelo sistema neste ano ainda não foi divulgado pela Receita Federal. A aprovação da MP também será sentida na Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, que tramita no Congresso, segundo Constantino. As mesmas alíquotas constarão do texto da Lei Geral e, para o assessor, não será fácil promover alterações em um prazo tão curto. A lei está prevista para ser votada ainda durante este ano. Ontem, na votação dos destaques (entre eles o que previa alteração das alíquotas), foram 182 votos contra a alteração do texto e 111 favoráveis. Renato Carbonari Ibelli

Supermercados entram na campanha

O

presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Guilherme Afif Domingos, pediu ontem o apoio dos supermercadistas para o movimento De Olho no Imposto, que pede transparência tributária no Brasil, e foi prontamente atendido. "Podem contar com a gente", disse João Carlos de Oliveira, presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Afif Domingos salientou que interessa ao governo manter a população alienada da realidade de que não há serviços públicos de graça. "O cidadão precisa saber que paga impostos em todos os serviços e produtos que consome, pois assim poderá exigir melhores serviços públicos como contrapartida", explicou durante uma palestra para empresários do setor de supermercados. Para ele, um passo importante nessa conscientização é se engajar na luta para arrecadar 1,5 milhão de assinaturas

para enviar um projeto de lei popular ao Congresso Nacional, pedindo a discriminação, nas notas e cupons fiscais, dos impostos pagos na compra de mercadorias . "Na hora que o cidadão souber que o mensalão saiu do seu bolso, aí vai virar bicho", afirmou. Afif disse que essa iniciativa ajudará a acabar "com essa história de que os supermercados e o varejo só repassam preço". Na verdade, segundo ele, a carga tributária de mais de 40% que pesa sobre o setor impede o crescimento dos negócios e aperta cada vez mais as margens de lucro. "Sem lucro, um supermercado não pode cumprir seu verdadeiro papel social, que é o de investir para gerar emprego e renda", afirmou. A baixa geração de empregos, segundo ele, deixa a juventude brasileira sem perspectivas, "levando bons empreendedores a buscar oportunidades nos Estados Unidos, Ásia e Europa e, aqui, empurrando jovens para o crime or-

ganizado", resumiu. Agenda política – Além disso, o presidente da ACSP acha que está na hora de colocar no debate político-eleitoral deste ano uma agenda de desenvolvimento para o Brasil, que inclua reformas, ou as campanhas vão ficar apenas em torno do "quem roubou mais ou menos". Para Afif, apesar de alguns números positivos na economia, o Brasil tem tido um crescimento medíocre que, na América Latina, só ganha do Haiti. "Há uma sensação de melhora que, na prática, não houve", assinalou, pois o baixo crescimento vem sendo puxado "pela expansão do crédito, que tem um limite". Para Afif Domingos, os programas assistenciais reforç a m u m c o ro n e l i s m o q u e "atende mais ao assistente que ao assistido" e revelam que a elite "ainda não soube propor um programa de desenvolvimento para a nação". Sergio Leopoldo Rodrigues


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Cidades VEREADOR NEGA TRÁFICO DE INFLUÊNCIA Expectativa agora é que a Corregedoria da Câmara abra investigação parlamentar contra o vereador.

Reportagem denunciou que lanchonete sem alvará de funcionamento não foi lacrada a pedido do vereador Goulart. Três fiscais municipais já foram afastados. Robson Fernandjes/AE

Ivan Ventura

Pimenta Neves: STJ mantém júri

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vereador Antonio Goulart (PMDB) negou ontem a acusação de que teria intercedido para evitar o fechamento de uma lanchonete sem alvará de funcionamento em Moema, na zona sul. A denúncia foi veiculada terça-feira pela Rádio Bandeirantes. Na reportagem, três agentes de fiscalização de obras da Subprefeitura de Santo Amaro usam o nome do parlamentar como forma de garantir que o local não seria fechado ou lacrado pela Prefeitura, apesar de apresentar irregularidades. No mesmo dia da veiculação, os funcionários envolvidos – os chefes da fiscalização Walter Tadashi e Francisco Roberto e o fiscal Wanderlei Francisco de Godói – foram afastados temporariamente dos cargos. A lanchonete foi lacrada ontem pela Prefeitura. O motivo do fechamento é que existem irregularidades na construção da Hamburgueria Baby Burger, na esquina da avenida Vereador José Diniz com a rua São Benedito, inaugurada há dez dias. O prédio invadiu a calçada, obrigando pedestres a caminharem pelo meio-fio. Um repórter da Bandeirantes se passou por representante da lanchonete, procurou os três agentes, todos da Subprefeitura de Santo Amaro, para, supostamente, sanar o problema da Baby Burger. De acordo com a gravação, o chefe de fiscalização Tadashi afirma que, a pedido do vereador Goulart, o local não seria fechado. Não foi pedido dinheiro ou qualquer outro tipo de propina. Nota – Ainda ontem, o parlamentar esteve em seu gabinete na Câmara Municipal, mas não participou das discussões no plenário. Ele não conversou sobre o assunto com a imprensa mas, por meio de sua assessoria, divulgou uma nota com a sua versão do caso. O vereador inicia a nota alegando que é "prerrogativa do Poder Legislativo fiscalizar as ações do Poder Executivo, o que inclui observar o trabalho realizado pelas subprefeituras da cidade de São Paulo...". Ao longo do documento, Goulart negou que tenha cometido tráfico de influência, mas não negou que tenha entrado em contato com pessoas da subprefeitura sobre a questão da irregularidade da lanchonete. "No caso da Hamburgueria Baby Burger, se alguma consulta foi feita à Subprefeitura

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Lanchonete Baby Burger foi inaugurada há dez dias. O prédio invadiu a calçada, obrigando pedestres a caminharem pelo meio-fio. Dudu Cavalcanti/N Imagens- 19/08/2002

de Santo Amaro, foi no sentido de solicitar uma orientação técnica, alguma diretriz que pudesse nortear no procedimento a ser adotado pelos interessados em regulamentar o empreendimento. De forma alguma poderíamos solicitar a qualquer pessoa, seja agente vistor, fiscal, subprefeito, que executasse algo ilegal como fazer ‘vistas grossas’ para autorizar a abertura de um comércio. Eu nunca poderia admitir que uma obra irregular pudesse ser levada adiante...". Em sua nota, Goulart explicou os motivos que levaram o agente da subprefeitura a citar o seu nome na reportagem. "Se algum funcionário da Subprefeitura de Santo Amaro sugeriu que eu fosse procurado pelo empresário, a fim de obter algum benefício, deve ter sido uma impressão errônea e particular desse servidor, possivelmente gerada pelo desco-

nhecimento da minha atuação e postura como vereador". Investigação – A expectativa agora é que a Corregedoria da Câmara abra uma investigação parlamentar contra o vereador. Caso a prática ilegal do vereador seja comprovada, ele poderá receber uma advertência ou até ser cassado. Ontem, o corregedor da Casa, vereador Wadih Mutran, foi procurado pela reportagem, mas não foi localizado até o fechamento desta edição. Em menos de uma semana este é o segundo caso de um vereador acusado de envolvimento com algum tipo de prática ilícita. Na última segundafeira, a vereadora Claudete Alves (PT) foi impedida de exercer o seu cargo no Legislativo Municipal por ordem da Justiça. Ela é acusada pelo Ministério Público de reter parte do salário de funcionários de seu gabinete em benefício próprio. A

Orkut promete ajudar na investigação de crimes

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empresa Google Inc., detentora do site de relacionamentos Orkut, prometeu colaborar com autoridades brasileiras na investigação de crimes cometidos por seus usuários. O site é hoje uma das principais referências de comunicação para público que utiliza internet no País. São mais de 8 milhões de brasileiros usuários do Orkut. Mas é também um dos campeões de denúncias de promoção à pedofilia, racismo e venda ilegal de remédios. As investigações esbarram num problema: a empresa, com sede nos Estados Unidos, até agora resistiu em fornecer dados de investigação, sob a justificativa de que deve seguir legislação americana. Numa audiência pública realizada ontem na Câmara dos Deputados, o vice-presi-

dente de desenvolvimento corporativo e conselheiro jurídico geral da Google Inc., David Drummond, disse que a empresa enviará, dentro de duas semanas, um grupo de advogados para discutir a forma de colaboração. "Vamos ver como isso será feito. Mas será um processo que terá de respeitar a privacidade dos clientes e a lei", disse Drummond. Em linhas gerais, a empresa está disposta a enviar informações sobre seus clientes para ajudar na identificação de criminosos, desde que um pedido oficial seja feito. Em casos de emergência e se houver um "pedido razoável", a empresa se compromete a preservar parte do conteúdo do site por um período de 90 dias, prorrogável por mais 90. Para o procurador regional dos direitos do cidadão, Sérgio

Gardenghi Suiama, as perspectivas são menos sombrias do que se imaginava: "Há uma disposição de diálogo". O procurador afirmou que, desde outubro, o Google deixou de responder a 30 solicitações judiciais de quebra de sigilo, indispensáveis para chegar a autores de crimes. O pedido foi feito à filial do Google no País, mas, segundo a empresa, tal pedido não poderia ser aceito, porque a filial representa apenas interesses comerciais. O advogado da empresa, Durval de Noronha Goiyo Júnior, acusou a promotoria de "exibicionismo estéril". Apesar do clima tenso após a acusação, o procurador Suiama ressaltou os avanços: "Eles estão dispostos a dispensar a exigência do tratado internacional, que demoraria dois anos. Isso já será um avanço." (AE)

ministro Hélio Quaglia Barbosa, da 6ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), indeferiu um novo pedido da defesa do jornalista Antonio Marcos Pimenta Neves, que visava a impedir a realização do julgamento pelo Tribunal de Júri marcado para o dia 3 de maio. A decisão foi tomada na última terça-feira. A defesa pretendia restabelecer liminar deferida pelo ministro e, depois, cassada por ele mesmo, na semana passada. A liminar havia sido concedida em março, na mesma ação que pedia a suspensão do julgamento até nova decisão. Nesse pedido, a defesa alegava que, tendo em vista faltar a análise de agravo de instrumento relativo à pronúncia do réu, deveria ser suspenso o julgamento. O ministro deferiu o pedido. Posteriormente, após apreciar o agravo de instrumento e o recurso interno, o relator entendeu não haver mais justificativas jurídicas para manter a liminar anteriormente concedida. Por isso, reconsiderou sua decisão, revogando a liminar que mantinha suspenso o julgamento do jornalista pelo Tribunal do Júri, em Ibiúna. Foi essa decisão que a defesa tentou reverter. Barbosa, contudo, manteve seu posicionamento, entendendo que decisão em sentido contrário permitiria agravos regimentais e embargos com o propósito de retardar a realização do júri. (AE)

Vereador Antonio Goulart divulgou nota dando sua versão dos fatos

denúncia surgiu em 2005, mas a decisão da 2ª Vara da Fazenda saiu apenas há uma semana. Em nota, a vereadora comentou que, até o momento, não foi comunicada oficialmente da decisão judicial. Ela alega que soube de tudo por meio da imprensa. Outro caso é o do vereador Ademir da Guia (PL). Um dos maiores ex-jogadores do Palmeiras, Ademir é acusado de ter praticado delito semelhante ao da vereadora Claudete Alves. Sobre o caso do ex-jogador, a Corregedoria promete retomar os trabalhos no próximo dia 4, quando todos os envolvidos serão ouvidos mais uma vez.

ADVOGADOS Wadih Helú - Waldir Helú

Advocacia Cível - Comercial - Família - Tributária Escritórios: Rua José Bonifácio, 93 - 9º andar, conj. 91 - CEP 01003-001 Av. Nove de Julho, 4.887 - 10º andar, conj. 101-B - CEP 01407-200 Fones: (11) 3242-8191 e (11) 3704-3407


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2 -.ECONOMIA/LEGAIS

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BALANÇOS

DECLARAÇÃO À PRAÇA DECLARAÇÃO À PRAÇA Eduardo Dantas de Oliveira, RG 5.970.270, CPF/MF 689.172.108-30, declara à praça em geral, que um estelionatário está usando indevidamente cópia de seus documentos para aplicar golpes na praça, conforme B.O. 1352/2006 lavrado em 24/02/06 perante a 78ª Delegacia de Polícia da Capital. (26, 27 e 28/04/2006)

ABERTURA DE LICITAÇÃO PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO/SP

ABERTURA DE LICITAÇÃO SITE: www.riopreto.sp.gov.br MODALIDADE: TOMADA DE PREÇOS Nº 007/2006 OBJETO: Contratação de empreitada de mão-de-obra com fornecimento de materiais para reforma geral do CIC. Limite p/entrega dos envelopes 12/05/2006 às 16:00 h e abertura dia 15/05/2006 às 08:30h. MODALIDADE: CONCORRÊNCIA Nº 15/2006 OBJETO: Registro de preços para aquisição de materiais de limpeza e higiene, destinados a todas as secretarias, departamentos e outros. Limite p/entrega dos envelopes 29/05/2006 às 16:00 h e abertura dia 30/05/2006 às 08:30h.

EDITAIS

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO FDE AVISA:

Sonda do Brasil S.A.

CNPJ nº 64.641.327/0001-25 Balanço Patrimonial em 31 de dezembro - R$ mil Ativo 2005 2004 P a s s i v o 2005 2004 Circulante ..................................................................... 28.855 36.217 Circulante ..................................................................... 14.697 32.675 Caixa e bancos ............................................................ 411 4.096 Empréstimos e financiamentos .................................... 2.606 11.769 Contas a receber de clientes ....................................... 13.255 17.424 Fornecedores .............................................................. 4.730 8.054 Valores a faturar .......................................................... 5.794 5.341 Obrigações tributárias e fiscais ................................... 1.021 1.456 Estoques ...................................................................... 4.820 5.064 Obrigações sociais e trabalhistas ................................ 2.926 2.714 Impostos a recuperar ................................................... 2.825 2.139 Partes relacionadas ..................................................... 840 8.372 Partes relacionadas ..................................................... – 774 Adiantamentos de clientes ........................................... 2.039 – Adiantamento a fornecedores ...................................... 283 191 Outros .......................................................................... 535 310 3.376 7.080 Outros ativos ............................................................... 1.467 1.188 Exigível a longo prazo ................................................ Realizável a longo prazo ............................................ 6.723 7.178 Partes relacionadas ..................................................... – 4.027 Impostos diferidos ........................................................ 6.624 6.628 Provisão para contingências ........................................ 2.435 2.435 Partes relacionadas ..................................................... – 150 Empréstimos e financiamentos .................................... 588 618 Valores a receber ........................................................ 66 377 Parcelamento de impostos .......................................... 353 – ICMS a recuperar ........................................................ 21 21 Patrimônio líquido ....................................................... 31.964 19.914 Depósitos em caução .................................................. 12 2 Capital social subscrito e integralizado ........................ 45.985 31.285 Permanente .................................................................. 14.459 16.274 Reservas de capital ..................................................... 570 570 Prejuízos acumulados ................................................. (14.591) (11.941) Investimentos ............................................................... 2.077 2.284 Imobilizado ................................................................... 7.407 7.601 Total .............................................................................. 50.037 59.669 Diferido ........................................................................ 4.975 6.389 ção de lucros fiscais futuros é prática da administração reconhecer contaTotal .............................................................................. 50.037 59.669 bilmente os créditos tributários relativos ao Imp. Renda - IRPJ e a Contrib. Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - R$ mil Social sobre o Lucro Líquido-CSLL calculados sobre os prejuízos fiscais. Reservas de Em 2004 a entidade passou a reconhecer, também, o IRPJ e a CSLL diferidos calculados sobre as diferenças temporárias, decorrentes das adições e Capital Incent. Prej. Descrição social Ágio fiscais Total acumul. Total exclusões efetuadas no resultado contábil para fins da determinação do Em 31/12/2003 ............... 31.284 143 427 570 (12.222) 19.632 resultado tributário. Essa mudança de critério em 2004 aumentou o crédito Ajustes exerc. anteriores – – – – 2.954 2.954 tributário em R$ 4.018 mil, dos quais R$ 2.954 mil foram reconhecidos como Aumento de capital ....... 1 – – – – 1 ajuste de exercícios anteriores e R$ 1.064 mil no resultado do exercício. A Prejuízo do exercício .... – – – – (2.673) (2.673) movimentação do IRPJ e CSLL diferidos podem ser assim demonstradas: IRPJ diferido CSLL diferido Total Em 31/12/2004 ............... 31.285 143 427 570 (11.941) 19.914 Descrição 1.908 702 2.610 Aumento de capital ....... 14.700 – – – 14.700 Saldo em 31.12.2003 .................. Adições em 2004 ......................... 782 282 1.064 Prejuízo do exercício .... – – – – (2.650) (2.650) 2.172 782 2.954 Em 31/12/2005 ............... 45.985 143 427 570 (14.591) 31.964 Ajustes de exercícios anteriores . Saldo em 31.12.2004 .................. 4.862 1.766 6.628 Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis Reversão ..................................... (441) (159) (600) em 31 de dezembro de 2005 e 2004 - R$ mil 438 158 596 1. Contexto operacional - A Sonda do Brasil S.A. se dedica à gestão pro- Constituição ................................ 4.859 1.765 6.624 fissional de ambientes complexos de tecnologia da informação de terceiros. Saldo em 31.12.2005 .................. As atividades incluem diversas categorias de serviços profissionais com A composição para o exercício de 2005 pode ser assim demonstrada: 2005 foco principal em redes de tecnologia e cobrem desde a manutenção de Descrição 3.226 equipamentos de TI até os serviços de consultoria para melhorar a perfor- Prejuízo fiscal .............................................................................. Depreciação do ativo imobilizado ................................................ 1.463 mance da infra-estrutura. Possui elevada especialização no desenvolvimento 1.302 de metodologias e ferramentas informatizadas para apoiar a gestão pública Provisão para perdas nos estoques ............................................ 647 nas áreas de arrecadação e previdência e, na área privada, no setor de Provisões para contingências ..................................................... Provisão de fornecedores ........................................................... 411 telecomunicações. 2. Apresentação e elaboração das demonstrações 385 contábeis - As presentes demonstrações contábeis foram elaboradas de Provisão para perdas de créditos de liquidação duvidosa .......... 87 acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, em consonância com Outros ......................................................................................... (897) os princípios contábeis previstos na legislação societária brasileira e com Diferimento de receitas de contratos junto a órgãos públicos ..... 6.624 as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários-CVM. A partir Total ............................................................................................. de 1996, com a estabilização da moeda nacional e o advento da Lei 9.249/ A expectativa de realização dos impostos diferidos está baseada nos estu95, as práticas contábeis não mais requerem o reconhecimento dos efeitos dos elaborados pela administração, segundo os quais a entidade estima inflacionários nas demonstrações contábeis das sociedades. 3. Principais realizar esses créditos nos próximos 3 anos, sendo: Valor práticas contábeis - (a) Ativos circulantes e realizável a longo prazo: São Exercício 2.600 apresentados ao valor de custo, acrescido dos rendimentos e das varia- 2006 ............................................................................................ 2.400 ções monetárias auferidos, quando aplicáveis, e deduzidos de provisão para 2007 ............................................................................................ 1.624 refletir o valor de realização, quando necessário; (b) Valores a faturar: Cor- 2008 ............................................................................................ Total ........................................................................................... 6.624 respondem a serviços executados pendentes de faturamento, para os quais 2005 2004 os custos já foram incorridos e estão reconhecidos no resultado do exercí- 9. Investimentos - Descrição 2.483 2.483 cio; (c) Provisão para créditos de liquidação duvidosa: É constituída em Ágio da incorporação da Imarés TI ............................... (765) (517) montante considerado suficiente para cobrir eventuais perdas na realiza- Amortização do ágio na Imarés TI ................................. 359 318 ção do contas a receber, levando-se em conta os riscos envolvidos; (d) Es- Outros ........................................................................... Total ............................................................................. 2.077 2.284 toques: Estão avaliados pelo custo médio de aquisição, o qual não excede o valor de custo de reposição ou realização. Os estoques de equipamentos Em 31/05/2004 a entidade incorporou a Via Online Consultoria e Comércio destinados à prestação de serviços são amortizados à taxa de 20% a.a. pa- Ltda., empresa brasileira, cuja principal atividade era a prestação de servira cobertura de sua obsolescência, bem como, consideram provisões para ços na área de tecnologia da informação, estabelecida no município de cobrir perdas sobre estoques sem movimentação há mais de um ano. Os Barueri, com conseqüente aumento do patrimônio líquido em R$ 170,00 bens destinados à prestação de serviços, adquiridos por meio de opera- (nota explicativa nº 19). Em 24/08/2004 foi constituída a sociedade Sonda ções de arrendamento mercantil, são avaliados pelo custo médio de aquisi- Serviços de Tecnologia da Informação Ltda., com investimento inicial de R$ ção em contrapartida de seus financiamentos. Os encargos financeiros são 50 mil, sendo 99,00% das cotas de propriedade da Sonda do Brasil S.A. 2005 2004 Tx. anual mensalmente debitados ao resultado do período; (e) Imobilizado: Demons- 10. Imobilizado Deprec. de depretrado ao custo de aquisição que, até 31/12/1995, foi corrigido monetariaCusto acumulada Líquido Líquido ciação mente. A depreciação é contabilizada pelo método linear, que leva em conta Descrição Máquinas e equiptºs ... 8.750 (6.677) 2.073 3.198 33,33% o tempo de vida útil econômica dos bens; (f) Diferido: Representado por (5.801) 3.285 2.862 33,33% gastos pré operacionais, líquidos das amortizações, incorridas no desen- Softwares ................... 9.086 (567) 961 983 10% volvimento de projetos e são amortizáveis em prazos não superiores a 10 Móveis e utensílios ..... 1.528 97 (40) 57 76 10% anos, de acordo com o período de vigência dos projetos; (g) Empréstimos e Instalações ................. (963) 1.031 482 Diversas financiamentos: Contabilizados pelo valor principal, acrescido dos encar- Outros ........................ 1.994 Total ............................ 21.455 (14.048) 7.407 7.601 gos financeiros e variações cambiais, quando aplicáveis, incorridos até o 2005 2004 Tx. anual encerramento do exercício; (h) Fornecedores: Registrados pelo valor nomi- 11. Diferido Amortiz. de amornal dos títulos representativos dessas obrigações, acrescidos dos encarCusto acumulada Líquido Líquido tização gos financeiros e variações cambiais, quando aplicáveis, incorridos até a Descrição Gestão de Previdência 5.546 (1.602) 3.944 4.509 10% data do balanço; (i) Obrigações trabalhistas: Representam os valores de 804 (77) 727 – 20% tributos e contribuições devidos pela entidade, valores a pagar a funcionári- McDonald´s ................ 698 (428) 270 473 23% os decorrentes de salários e benefícios e a provisão de férias; (j) Imp.Renda Telecom ...................... 409 (375) 34 304 Diversas e Contrib. Social sobre o Lucro: De acordo com a legislação brasileira vigen- Gestão de ISSQN ...... – – – 1.103 te, a alíquota nominal de imp. renda é de 15% sobre o lucro contábil ajusta- Pão de Açúcar ............ Total .......................... 7.457 (2.482) 4.975 6.389 do, acrescido de adicional de 10% (para valores superiores a R$ 240 mil). A Contrib. Social é calculada à alíquota de 9% sobre o resultado do exercício Gestão de previdência - Acumula os gastos incorridos no desenvolvimento de uma solução (software) para gestão de fundos de previdência pública. ajustado pelas adições e exclusões legais. De acordo com a Deliberação da CVM nº 273/98, os impostos diferidos, apresentados na nota explicativa nº McDonald´s - Referem-se aos gastos incorridos no projeto de melhoria dos 8, estão fundamentados na expectativa certa de realização de lucros serviços de T.I. na rede McDonald´s. Telecom - Acumulam os gastos incortributáveis futuros; (k) Apuração do resultado: Os resultados são apurados ridos no desenvolvimento de uma metodologia apoiada em softwares, voltapelo regime de competência. 4. Contas a receber de clientes - Os saldos da para a otimização de processos e outsourcing de gestão de sistemas na de contas a receber, em 31 de dezembro, podem ser assim demonstrados: área de telecomunicações. Gestão de ISSQN - Referem-se aos gastos inCliente 2005 2004 corridos no desenvolvimento do produto ISS Digital, que passou a ser Valores a receber de serviços faturados ....................... 8.825 13.255 comercializado em 2003. A solução consiste em um modelo de gestão para Duplicatas vinculadas ................................................... 6.291 6.258 apoiar o gerenciamento e a arrecadação do Imposto sobre Serviços de Qual(–) Provisão para créditos de liquidação duvidosa ........ (1.861) (2.089) quer Natureza - ISSQN, através de ferramentas informatizadas que possiTotal ............................................................................. 13.255 17.424 bilitam às prefeituras municipais o planejamento das atividades fiscais, o 5. Estoques - Constituídos por equipamentos e componentes de informática aumento da arrecadação e a recuperação de créditos fiscais. Pão de Acúcar destinados à revenda e utilizados na prestação dos serviços e estão assim - Referem-se aos custos incorridos com a infra-estrutura para possibilitar a compostos: Descrição 2005 2004 prestação de serviços junto ao cliente na área de outsoucing. O contrato foi rescindido no exercício de 2005 e o valor líquido remanescente foi reconheEquipamentos, softwares e componentes para revenda e utilizados na prestação de serviço ........................... 6.419 4.864 cido no resultado do exercício. 12. Empréstimos e financiamentos: Descrição 2005 2004 Equipamentos e componentes p/ revenda e prestação 1.759 8.977 de serviços em poder de terceiros .............................. 2.650 3.578 Créditos rotativos .......................................................... – 1.387 (–) Provisões para obsolescência e perdas .................. (4.249) (3.378) Empréstimo bancário .................................................... 1.435 2.023 Total ............................................................................. 4.820 5.064 Contratos de leasing ..................................................... Total ............................................................................. 3.194 12.387 6. Impostos e contribuições a recuperar - Descrição 2005 2004 Parcelas a curto prazo .................................................. 2.606 11.769 CSLL retida sobre faturamento ..................................... 907 317 588 618 Imposto de Renda Pessoa Jurídica - estimativa ............ 431 100 Exigível a longo prazo ................................................... INSS sobre serviços prestados ..................................... 426 406 • Sobre os créditos rotativos incidem encargos financeiros pós fixados com base na variação do CDI e são acrescidos de 0,48% a.m. de juros. Essas ICMS a recuperar e créditos vinculados ....................... 372 400 Imposto de Renda Retido na Fonte ............................... 238 776 operações estão garantidas por duplicatas e notas promissórias. • Sobre o Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - estimativa . 161 36 empréstimo bancário incidiu encargos financeiros de 1,90% a.m. • Os conDemais impostos federais a compensar ....................... 128 – tratos de leasing referem-se a compra de equipamentos para o ativo imobiISS a compensar ........................................................... 112 50 lizado e estoques e as taxas de juros são equivalentes às de mercado. 2005 2004 Outros ........................................................................... 50 54 13. Obrigações tributárias e fiscais - Descrição 409 111 Total ............................................................................. 2.825 2.139 ISS a recolher ............................................................... COFINS a recolher ........................................................ 238 450 7. Outros ativos - Descrição 2005 2004 142 – Despesas antecipadas .................................................. 469 31 CSLL, PIS e COFINS retidos ........................................ 121 507 Adiantamentos de comissões ....................................... 277 433 INSS parcelado ............................................................. 52 101 Títulos protestados a receber ....................................... 265 265 PIS a recolher ............................................................... 59 287 Depósitos judiciais ......................................................... 202 67 Outros ........................................................................... Total ............................................................................. 1.021 1.456 Adiantamentos a empregados ....................................... 142 209 2005 2004 Cheques em cobrança .................................................. 109 183 14. Obrigações sociais e trabalhistas - Descrição 2.493 2.056 Outros ........................................................................... 3 – Provisão para férias ...................................................... 433 658 Total ............................................................................. 1.467 1.188 Encargos sociais a recolher .......................................... 2.926 2.714 8. Imp. renda e contrib. social diferidos - Baseada na expectativa de gera- Total ............................................................................... Marcos Rafael Aviño Simon - Diretor Presidente Parecer dos Auditores Independentes (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que Ilmos. Srs. Administradores e Acionistas da Sonda do Brasil S.A. suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avalia1. Examinamos os balanços patrimoniais da Sonda do Brasil S.A., levanta- ção das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas dos em 31 de dezembro de 2005 e 2004, e as respectivas demonstrações pela administração da entidade, bem como da apresentação das demonsdo resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplica- trações contábeis tomadas em conjunto. 3. Com base em nossos exames, ções de recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, somos de parecer que as referidas demonstrações contábeis representam, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsa- adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e bilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. financeira da Sonda do Brasil S.A., em 31 de dezembro de 2005 e 2004, o 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicáveis no Brasil, e compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o aplicações de recursos dos exercícios findos naquelas datas, de acordo planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volu- com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 4. Conforme mencionado na me de transações e o sistema contábil e de controles internos da entidade; nota explicativa nº 8, em 2004 houve mudança do critério de reconhecimen-

Demonstração do Resultado em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Receita operacional bruta .......................................... 126.759 126.524 Tributos sobre vendas e cancelamentos ...................... (12.888) (11.949) Receita operacional líquida ........................................ 113.871 114.575 Custos das vendas ...................................................... (97.279) (91.953) Lucro bruto .................................................................. 16.592 22.622 Despesas operacionais .............................................. (18.963) (26.311) Administrativas e com vendas ..................................... (17.256) (23.766) Financeiras, líquidas de receitas ................................. (4.382) (3.540) Outras receitas (despesas) operacionais .................... 2.629 757 Equivalência patrimonial .............................................. 46 238 Resultado operacional ................................................ (2.371) (3.689) Resultado não operacional .......................................... (275) (48) Resultado antes do imposto de renda e contribuição social sobre o lucro ............................ (2.646) (3.737) Imp. renda e contrib. social s/ o lucro diferidos ............. (4) 1.064 Prejuízo do exercício ................................................... (2.650) (2.673) Quantidade de ações: 45.984.741 (2004: 31.284.571) Prejuízo por ação em R$ ............................................. (0,06) (0,09) Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos em 31 de dezembro - R$ mil 2005 2004 Origens de recursos ................................................... 25.086 8.892 Das operações sociais .............................................. 9.935 8.891 Resultado do exercício ............................................... (2.650) (2.673) Ajustes que não afetam o capital circulante líquido Depreciações ............................................................. 4.957 4.608 Amortizações ............................................................. 2.602 1.996 Despesas financeiras de longo prazo ........................ 415 269 Provisão para contingências ...................................... 2.250 3.288 Variações monet. e cambiais de obrig. de longo prazo (251) (513) Imposto de renda e contribuição social diferidos ........ 4 (1.064) Valor residual de ativos imobilizados baixados ........... 4 69 Resultado de Equivalência Patrimonial ...................... (46) 238 Dos acionistas: Integralização de capital .................. 14.700 1 De terceiros: No realizável a longo prazo .............. 451 – Aplicações de recursos .............................................. 11.820 No realizável a longo prazo ......................................... 1.947 No ativo permanente: Investimentos ........................... 75 Imobilizado ............................... 4.767 Diferido ..................................... 935 No exigível a longo prazo ............................................. 6.118 Variação no capital circulante líquido ....................... 10.616 Variação no capital circulante líquido Ativo circulante .......................................................... (7.362) No início do exercício ................................................. 36.217 No fim do exercício ..................................................... 28.855 Passivo circulante ..................................................... (17.978) No início do exercício ................................................. 32.675 No fim do exercício ..................................................... 14.697 Aumento no capital circulante líquido ...................... 10.616

PREGÃO PRESENCIAL Nº 14/0322/06/05 OBJETO: FORNECIMENTO DE EQUIPAMENTOS E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE VIDEOCONFERÊNCIA MULTIPONTO, MULTIPLATAFORMA E MULTIPROTOCOLO A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO – FDE comunica às empresas interessadas que acha-se aberta licitação para fornecimento de equipamentos e prestação de serviços de videoconferência multiponto, multiplataforma e multiprotocolo para atender às necessidades da Secretaria da Educação do Governo do Estado de São Paulo. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 27/04/2006, na sede da FDE, na Supervisão de Licitações na Rua Rodolfo Miranda, 636 – Bom Retiro – CEP 01121-900 – São Paulo/SP, de segunda a sextafeira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital na íntegra, através da Internet no endereço: http:// www.fde.sp.gov.br. O credenciamento do representante das proponentes e o recebimento dos Envelopes “Proposta” e “Documentos de Habilitação” ocorrerão na sede da FDE, no endereço acima mencionado, às 09:30 horas do dia 12/05/2006. Todas as propostas deverão obedecer rigorosamente o estabelecido no edital. Willian Sampaio de Oliveira Diretor Executivo FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO MÉDICO E HOSPITALAR

EDITAL DE PREGÃO PRESENCIAL PARA REGISTRO DE PREÇOS PREGÃO Nº 009/2006- FAMESP PROCESSO Nº 037/2006 - FAMESP REGISTRO DE PREÇOS Nº 006/2006-FAMESP Acha-se à disposição dos interessados do dia 28 de abril de 2006 até o dia 10 de maio de 2006, das 8:00 às 11:30 horas e das 13:30 às 18:00 horas, na Seção de Compras da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - Famesp, localizada na Rua João Butignolli, s/nº, Distrito de Rubião Junior, Município de Botucatu, Estado de São Paulo, Fone (0xx14) 3815-2680 - ramal 111 - Fax (0xx14) 3882-1885 - ramal 110, site www.famesp.fmb.unesp.br/licitações/Hospital das Clínicas, o Edital de Pregão Presencial para Registro de Preços - Pregão nº 009/2006- Famesp - Processo nº 037/ 2006-Famesp - Registro de Preços nº 006/2006-Famesp, que tem como objetivo a aquisição de Órteses, Próteses para Cirurgias Ortopédicas, em Sistema de Consignação, para o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu e para o Hospital Estadual Bauru, sob regime de empreitada por menor preço global por Lote, em conformidade com o disposto no Anexo II. Serão recebidas as amostras até o dia 16 de maio de 2006, até às 17:00 horas na Famesp, no endereço supra citado. A abertura dos Envelopes Proposta de Preços e Envelope Documentos de Habilitação, será realizada no dia 23 de maio de 2006, com início às 09:00 horas, na Sala de Reuniões da Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar, no endereço supra citado. Botucatu, 25 de abril de 2006. Prof. Dr. Shoiti Kobayasi - Diretor Vice-Presidente - Famesp

ATAS

5.526 3.248 179 77 693 11.707 24.510 36.217 11.014 21.661 32.675 693

15.Transações com partes relacionadas Socidad MS Sonda Serv. Nacional Ind. e de Tecnol. da de Proces. Com. Informação de Datos Ltda. Ltda. Outros Total Ativo circulante Saldo em 31.12.03 ....... – – – – – Adições ........................ – – 774 – 774 Saldo em 31.12.04 ....... – – 774 – 774 Baixas .......................... – – 774 – 774 Saldo em 31.12.05 ....... – – – – – Realiz. a longo prazo .. Saldo em 31.12.03 ....... 124 17 – 574 715 Transf. p/o ativo diferido – – – (574) (574) Desp. fin. e var. cambial 26 – – – 26 Baixas .......................... – (17) – – (17) Saldo em 31.12.04 ....... 150 – – – 150 Baixas .......................... (150) – – – (150) Saldo em 31.12.05 ....... – – – – – Passivo circulante Saldo em 31.12.03 ....... 6.720 – – – 6.720 Adições - empréstimos . – – 1.432 300 1.732 Desp. fin. e var. cambial (87) – – 7 (80) Saldo em 31.12.04 ....... 6.633 – 1.432 307 8.372 Serv. tomados da control – – 2.390 – – Pagtºs realiz. no período – – (2.982) – – Baixa ............................ (6.633) – – (307)(7.525) Saldo em 31.12.05 ....... – – 840 – 840 Exigível a longo prazo Saldo em 31.12.03 ....... 634 – – 3.435 4.069 Transferências .............. 3.435 – – (3.435) – Desp. fin. e var. cambial (42) – – – (42) Saldo em 31.12.04 ....... 4.027 – – – 4.027 Baixa ............................ (4.027) – – – (4.027) Saldo em 31.12.05 ....... – – – – – As operações efetivadas junto a sociedade controladora Sociedad Nacional de Procesamiento de Datos S.A., em 31/12/2004, podem ser assim demonstradas: • Passivo circulante: Empréstimos atualizados pela variação do dólar norte-americano até a data do balanço mais juros de 7,65% ao ano • Exigível a longo prazo: Empréstimos atualizados pela variação do dólar norte-americano até a data do balanço mais juros de 7,65% ao ano, exceto parcela de juros sobre capital próprio de R$ 1.582 mil, que em 31/12/2004 foi atualizada pela taxa Selic. • As demais operações referem-se a empréstimos junto a pessoas vinculadas sob as quais incidem juros com base na taxa Setip. • As transações com as pessoas ligadas são realizadas em condições eqüitativas e compatíveis às de mercado. 16. Adiantamentos de clientes - Descrição 2005 McDonald´s .................................................................................. 2.017 Outros .......................................................................................... 22 Total ............................................................................................ 2.039 O adiantamento do cliente McDonald´s refere-se a antecipação por conta da venda de equipamentos a serem entregues no exercício de 2006. 17. Provisão para contingências - Descrição 2005 2004 COFINS ........................................................................ 1.705 1.518 Trabalhistas ................................................................... 1.227 917 Total ............................................................................. 2.932 2.435 Parcela do curto prazo - trabalhistas ............................. 497 – Parcela do longo prazo .................................................. 2.435 2.435 A entidade obteve liminar que lhe permitiu recolher a COFINS com base na alíquota de 2%, sem o aumento da base de tributação (inclusão das receitas financeiras). Os valores que deixaram de ser recolhidos foram provisionados e estão atualizados monetariamente até a data do balanço. As contingências trabalhistas estão fundamentadas em pareceres dos advogados e estimadas de acordo com o histórico de perdas sofrido pela entidade. 18. Patrimônio Líquido - O capital social totalmente subscrito e integralizado é de R$ 45.985 mil, R$ 31.285 mil em 2004, e está dividido em 45.984.741 ações ordinárias nominativas sem valor nominal, 31.284.741 em 2004. O capital social foi aumentado em 2004 em R$ 170,00, decorrente da incorporação da Via On Line Consultoria e Comércio Ltda e em 2005 em R$ 14.700 mil sendo R$ 11.040 mil por meio da capitalização de créditos mantidos pelas sócias e R$ 3.660 mil por meio de aporte de recursos. 19. Cobertura de seguros - A política da Companhia é manter cobertura de seguros para resguardar seus ativos de eventuais sinistros, por montantes considerados tecnicamente adequados pela sua administração, de acordo com a natureza da sua atividade e a orientação dos seus consultores de seguros. Gilson Gonçalves Santos - CRC-SP 1SP180460/O-6 to dos créditos tributários do Imposto de Renda-IRPJ e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido-CSLL diferidos, que passaram a ser reconhecidos, também, sobre as diferenças temporárias, decorrentes das adições e exclusões efetuadas no resultado contábil para fins de determinação do resultado tributário. Em função dessa mudança, naquele exercício, o ativo realizável a longo prazo foi aumentado em R$ 4.018 mil, o resultado do exercício em R$ 1.064 mil e a diferença de R$ 2.954 mil foi ajustada no patrimônio líquido. A realização desses créditos tributários está condicionada à expectativa de geração futura de lucros tributáveis e fundamentada, pela administração, em orçamentos e fluxos de caixa. 12 de janeiro de 2006. PP&C - Auditores Independentes Paulo José de Carvalho CRC2SP16.839/O-0 Contador - CRC-SP1SP145.095/O-8

FALÊNCIA & RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 26 de abril de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência e recuperação judicial: Requerente: Filemon Galvão Lopes - Requerido: Alumilesso Ind. e Comércio Ltda. – ME Rua Guaracica, 42 A - 2ª Vara de Falências Requerente: Risa Comercial Ltda. Requerida: Constel Consultoria e En-

genharia e Arquitetura S/C Ltda. - Av. Nove de Julho, 5.617 - conj. 96 - 2ª Vara de Falências Requerente: Worth Fomento Mercantil Ltda. - Requerido: Cardsmania Com. de Jo-

gos e Vídeo Ltda. - ME - Av. Roque Petroni Jr., 1.089 - loja 118 - 1ª Vara de Falências Requerente: Worth Fomento Mercantil Ltda. Requerido: Gamesmania Com. de Jo-

gos e Vídeo Ltda. - Av. Brigadeiro Faria Lima, 2.232 - 2º andar, conj. 10 - 1ª Vara de Falências Requerente: Worth Fomento Mercantil Ltda. Requerido: Pro Card Comércio e Livra-

ria Ltda. - Rua Itapicuru, 369 - sala 1.107 - 1ª Vara de Falências Requerente: Wor th Fomento Mercantil Ltda. - Requerida: La Revisteria do Brasil Ltda. - Rua Itapicuru, 369 - 2ª

Vara de Falências Requerente: CL Paulista Alimentos Ltda. - Requerido: Gusman Comercial de Carnes Ltda. - EPP - Av. Melchert, 676 - 1ª Vara de Falências


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 -.TURISMO

quinta-feira, 27 de abril de 2006

Descobrindo o patrimônio do Itu A menos de 100 km de SP, a cidade oferece rica arquitetura – com o mais importante acervo de arte barroca sacra do Estado – aliada a cavalgadas, ecoturismo e fazendas centenárias, com mesa farta e receitas do tempo dos bandeirantes Por Antônio Paulo Pavone Fotos: Antônio Paulo Pavone

A

palavra "Itu" em tupi-guarani significa "salto grande". O nome deriva do movimento que o Rio Tietê fazia perto dessa ancestral missão religiosa erguida em 1610 pelo padre João Leite Ferraz. Hoje o município, que surgiu do velho povoado, é um pedaço vivo da história colonial brasileira. Seu patrimônio arquitetônico, muitas vezes esquecido, merece ser conhecido e admirado. As belas e ricas igrejas formam o mais importante acervo de arte barroca sacra do Estado de São Paulo, destino obrigatório para os adeptos do turismo religioso. Nas fazendas centenárias, os antigos casarões de senhores de engenho e barões do café foram

adaptados para hospedar os visitantes. Hospedagem, aliás, de alta qualidade, onde a rusticidade faz par com a sofisticação e proporciona conforto em meio ao verde. As opções de roteiro são inúmeras. Vale destacar a paixão regional pelas cavalgadas, herança dos tropeiros, assim como a moda de viola, a prosa descontraída e a comida farta, típica do interior, com pratos caseiros e receitas dos tempos dos bandeirantes. A cidade consegue amalgamar o barroco do centro histórico e das fazendas coloniais com os circuitos de turismo eqüestre, além de ecoturismo e

O município se esforça para resgatar a cultura caipira. Fazendas locais não abrem mão de servir um almoço tropeiro feito no tradicional fogão à lenha e de longos passeios a cavalo, como na Fazenda Pirahy (fotos à dir.). E vale caminhar pelo centro para apreciar suas fachadas conservadas e por trilhas para curtir a natureza

esportes de aventura. Tudo isso a menos de 100 quilômetros da grande metrópole. Trilhas e culinária – Cavalgadas em noites de lua cheia, trilhas por caminhos na mata onde existem centenas de borboletas coloridas e muitas cachoeiras e regatos, relax num ofurô feito num antigo tacho de melado. Melodia de aves e de água correndo em pequenos rios e riachos. Atrativos e atividades mesclando velhos hábitos com novas tendências. É o que se pode esperar desse trecho do interior paulista, onde o fogão a lenha é muito comum nas fazendas e restaurantes, assim

como os pratos caipiras, com direito a torresmo, feijão tropeiro e paçoca de pilão. Os apreciadores da culinária internacional também serão contemplados com bons pratos de origem alemã e italiana no Steiner (Bar do Alemão), incluindo, para os mais gulosos, uma excentricidade: filé mignon a parmegiana pesando 750 gramas. Tem ainda o lugar certo para a sobremesa: a Fazenda do Chocolate, que produz deliciosos biscoitos, sorvetes, receitas de milho e, claro, muito chocolate. Produtos da roça, como pimentas em conserva e cachaça

purinha envelhecida em tonéis de carvalho também são oferecidos por todo canto. Cultura e história – A cidade prosperou durante os ciclos da cana-de-açúcar e do café e é considerada o Berço da República. Quem quiser conhecer melhor a história do movimento que derrubou a monarquia no Brasil não pode deixar de visitar o Museu Republicano. Outro importante monumento histórico e arquitetônico é a Fábrica São Luís, construída em 1869 e desativada em 1982. Foi a primeira tecelagem com caldeira movida a vapor do Estado de São Paulo e a última a fechar. No Museu da Energia, figuram aparelhos eletrodomésticos antológicos. Fabricadas entre 1850 e 1950, as peças em exibição trazem lembranças de como era a vida antes da era tecnológica atual. Existe ainda uma rua com muitos antiquários, que vendem de tudo a preços convidativos. Itu chama atenção não só por sua tradição histórica, mas por oferecer também uma ótima estrutura para o ecoturismo e o turismo de aventura. No Parque do Varvito, a Gruta Lágrima do Tempo é um dos pontos mais curiosos, com formações rochosas que datam da era glacial. Adrenalina – Arvori smo, rapel, caiaque, esqui aquático, tirolesa, trekking: para aqueles que preferem relaxar a mente com muita adrenalina, o município oferece todas essas possibilidades concentradas em um único lugar. É o Refúgio Ecológico Alphavillage, com uma área de 70 mil hectares, onde é desenvolvido um projeto voltado para a educação ambiental e para o convívio responsável com o verde. Há ainda, no mesmo espaço, um criatório conservacionista que, em parceria com o Ibama, trata da readaptação ao meio ambiente de

RAIO X COMO CHEGAR A partir de São Paulo, siga pela Rodovia dos Bandeirantes e pegue a saída 59 para Itu; outra opção é pegar a Rodovia Castelo Branco e entrar na saída 78, no sentido Itu-Campinas. ONDE DORMIR Fazenda Pirahy: Rodovia D. Gabriel Paulino Couto, km 97 (após 700 metros, entrada à direita). Tel. (11) 4013-4388. www.fazendapirahy.com. Oferece hospedagem na casa colonial (sede) e em chalés e suítes separadas. Diárias a partir de R$ 50 por pessoa, incluindo o café da manhã. Na fazenda há a opção de diversos roteiros para passeios a cavalo. Entre eles, destaca-se a Cavalgada das Borboletas, margeando o Rio Pirahy, e a Cavalgada da Lua Cheia, com direito a jantar e violeiros noite adentro. Passeios a partir de R$ 20 por pessoa. Alphavillage Refúgio Ecológico: Estrada Alphavillage, 701 ( k m 7 5 d a R o d ov i a Ca s te l l o Branco), Varejão. Tels. (11) 42462511 e 9917-1075. www.alphavillage.com.br. Oferece amplo circuito de esportes de aventura, serviço de massagem e clube

náutico. Diárias a partir de R$ 215 por pessoa, incluindo café da manhã e almoço ou jantar. Hóspedes têm 30% de desconto em serviços opcionais. Fazenda Capoava: Bairro Pedreg u l h o. Te l . ( 1 1 ) 2 1 1 8 - 4 1 0 0 , www.fazendac ap oava.com.br. Um charme. Possui piscina e oferece cavalgadas e pesca esportiva. Diárias a partir de R$ 495 para o casal, incluindo café da manhã, almoço e jantar. ONDE COMER O Caipira: Rua Sorocaba, 414. Tel. (11) 4023-0247. www.ocaipira.itu.com.br. Pratos mineiros e de outras regiões do país. Queima do Alho: Estrada ItuPorto Feliz, km 114 à direita – seguir as placas. Tel. (11) 4022-5526. Pratos servidos no fogão a lenha. Steiner (Bar do Alemão): Ru a Paula Souza, 575. Tel. (11) 40224284. Aberto há mais de cem anos, oferece pratos alemães e um filé mignon a parmegiana com 750 gramas. Fazenda do Chocolate: Rodovia dos Romeiros, km 89, Estrada Parque. Tels. (11) 4022-5492 e 40220335. Oferece doces à base de chocolate, sorvetes artesanais,

crepes e receitas de milho. PASSEIOS Museu Republicano da Convenção de Itu: Rua Barão do Itaim, 67. Tel. (11) 4023-0240. De terça a sábado, das 10h às 16h45 e aos domingos das 9h às 15h45. Museu da Energia: Rua Paulo Souza, 669. Tel. (11) 4022-6832. De terça a domingo, das 10h às 17h. Atendimento noturno com agendamento. Fábrica São Luiz: Esquina da Rua Paula Souza com a Praça Dom Pedro I. Tel. (11) 4013-4554. Parque do Varvito: Acesso pela Avenida Caetano Rugieri. Tel: (11) 4023-1502. De terça a domingo, das 8h às 18h. Antiquários: Rua Paula Souza. Venda de aparelhos antigos como vitrolas e telefones, móveis, réplicas e instrumentos musicais. FAÇA AS MALAS Freeway Brasil: a agência organiza o Roteiro Caipira, passeio de um dia por pontos e fazendas históricas de Itu. O valor é de R$ 152 por pessoa, incluindo guia, transporte, almoço e aperitivos. Informações e reservas pelo tel. (11) 5088-0999, www.freeway.tur.br.

aves e outros animais apreendidos no tráfico. Araras-vermelhas, ararajubas e tucanos são algumas das espécies que podem ser vistas de perto. Lá são feitas caminhadas em diferentes níveis, com observação de vários animais, como quatis, veados e emas. Já na Fazenda Capoava, a Trilha da Capivara é uma das mais fáceis, com 350 metros de extensão, e a Trilha do Bosque só é recomendada para quem tem bom preparo físico para agüentar os 8 km de trajeto. Igrejas centenárias – Dentre as paradas obrigatórias, a Igreja Santa Rita de Cássia é um dos monumentos mais antigos de Itu: foi construída em 1726 e adquiriu imagens no fim do século 19. A Igreja da Matriz Nossa Senhora da Candelária

foi construída em 1780 e seu interior é repleto de obras de talha com pintura do Padre Jesuíno do Monte Carmelo e Almeida Júnior, além de 14 quadros do fim do século 19 da pintora italiana Lavínia Cereda. Mesmo para os que não são religiosos, é indescritível a sensação de estar em ambientes assim, carregados de história e da fé dos devotos que ajudaram a construí-los. Depois de ter angariado fama como "a terra dos exageros", com seu hilariante orelhão gigante, hoje a região busca justamente valorizar seus atrativos naturais e seu patrimônio arquitetônico, esmerando-se na oferta de infra-estrutura correta aos que buscam conhecer suas belezas. É o que pretendem os empreendedo-

res ligados à Associação Pródesenvolvimento do Turismo da Estância Turística de Itu (Pró Tur Itu). Entre suas ações está o Roteiro Caipira, que promete ser "uma vorta às origens", com tudo o que a vida no campo tem de melhor a oferecer, sem exageros, é claro! (Colaborou Bruna Veloso)

Mapfre lança cartão próprio de assistência ao viajante

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olidez, confiabilidade e transparência são as armas que a Brasil Assistência – empresa do sistema internacional e assistência Mapfre – usa para consolidar definitivamente mais um produto no mercado: o próprio cartão de assistência ao viajante. Há um ano no Brasil sendo vendido em modo experimental, o produto vem se consolidando cada vez mais. Segundo o vice-presidente da Brasil Assistência, Ruy Vasconcelos, a vantagem de lançar um produto desse tipo é que a empresa é uma referência mundial, além de ser uma das maiores do ramo. "O cliente conta com a garantia da cobertura de serviços que a prestadora atinge", conta Vasconcelos. "Temos centrais de atendimento próprias em 38 países, estrutura e capilaridade", resume ele, se referindo aos diferenciais. O cartão de assistência ao viajante também será implantado na Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Paraguai, Uruguai e Venezuela. "Queremos ser uma alternativa com novo produto e atendimento diferenciado", diz Vasconcelos. Há até uma equipe de vendas para atender pessoalmente às agências em tours operados, que começou em São Paulo e até o fim do ano será implantada em Belo Horizonte (BH), Rio de Janeiro (RJ) e Porto Alegre (RS). Há 20 anos a empresa oferece seguro de assistência ao viajante, mas só agora decidiu entrar no nicho com um serviço próprio, aproveitando a infra-estrutura existente. "Prestamos serviços para grandes corporações", explica orgulhoso, ressaltando que no ano passado o faturamento global da Mapfre foi de cerca de US$ 15 bilhões. Só no Brasil, a empresa atendeu a 20 milhões de usuários em diversos setores e a mais de dois milhões de ligações telefônicas. Reservas online – Os agentes poderão fazer suas solicitações via internet por meio de uma ferramenta que, garantem, ser simples e ágil. "Damos total transparência e segurança para o agente", afirma Vasconcelos. Os agentes acessam o site www.segurviaje.com.br, onde podem vender o seguro e imprimir na hora. O site também disponibiliza o número de vendas, o valor da comissão e ainda pode contar com suporte por telefone, caso haja necessidade. Segundo Vasconcelos, a Brasil Assistência é primeira empresa do mercado de seguro-viagem que disponibiliza um SAC. "Não somos apenas uma rede que comercializa, temos mais rapidez e capacidade de criar e desenvolver produtos emer-

Divulgação/Panrotas

Vasconcelos, vicepresidente da empresa, e Diorio, gerente.

genciais", diz o gerente Marcello Diorio. Lucro histórico – A Mapfre é a sexta maior seguradora do Brasil e fechou o ano de 2005 com o maior lucro da sua história: R$ 64,6 milhões, o que representa um aumento de 43,9% em relação ao mesmo período de 2004. O faturamento em prêmios obtidos com seguros foi de R$ 1,8 bilhão, um aumento de 41,2%. Com os ganhos, a companhia consolida-se entre as maiores empresas do ranking de seguros do País. A empresa confere o sucesso de 2005 a um conjunto de estratégias e ações implementadas ao longo dos últimos anos. Entre elas, a estrutura baseada em gestão de soluções e unidades de negócio, a atuação segmentada e baseada em multiprodutos, os investimentos feitos para fortalecer o relacionamento com o cliente. Também disponibilizaram novos serviços e produtos e novas tecnologias. Liderança – Com 50 anos de atuação no Brasil, a empresa é uma das mais importantes seguradoras do País. A companhia atua em todo o território nacional, oferecendo aos clientes mais de 80 soluções personalizadas em seguros, assistência, atividades financeiras e serviços. Para atender a seus mais de 11 milhões de segurados, a companhia conta com 95 sucursais próprias e 18 Diretorias Territoriais. O Grupo, que possui 244 companhias e está presente em 38 países, obteve no ano passado um faturamento de 12,2 bilhões de euros (US$ 14,4 bilhões) registrando um aumento de 13% na comparação com o mesmo período do ano anterior. Seu lucro, antes de impostos e participações, alcançou 872 milhões de euros (US$ 1 bilhão), cifra que representa um incremento de 69,6% mediante o ano de 2004. Mais informações sobre o Panrotas Corporativo no site www.panrotas.com.br. Assinaturas pelo tel. (11) 5070-4816 ou 5070-4804, e-mail assinaturas@panrotas.com.br.


quinta-feira, 27 de abril de 2006

Empresas Finanças Nacional Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

3 Ações da General Motors subiram mais de 6% após a Merrill Lynch confirmar sinais de recuperação.

ESTUDO SOBRE GASODUTO SAI EM AGOSTO

PRESIDENTES DO BRASIL, VENEZUELA E ARGENTINA DISCUTEM A CONSTRUÇÃO DE OBRA CONJUNTA

AVANÇA PROJETO DE NOVO GASODUTO Paulo Whitaker/Reuters

H

Da esquerda para a direita, os presidentes Kirchner, Lula e Chávez: continuidade no estudo de implantação

IPCA-15 A inflação medida pelo índice subiu apenas 0,17% em abril, ante 0,37% em março.

Ó RBITA

DEFLAÇÃO Fipe apurou queda média de 0,06% nos preços em São Paulo na terceira prévia de abril.

Fernando Anthony/Digna Imagem - 24/03/04

CONSTRUÇÃO CUSTA MAIS

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custo médio do metro quadrado de construção (CUB) no Brasil subiu 0,24% em março, acumulando alta de 0,76% no ano e de 4,65% nos 12 meses anteriores. O CUB médio no mês passado foi de R$ 839,55 por metro quadrado. Os dados são da Câmara Brasileira da Indústria da Construção. Em março, os aumentos mais significativos foram registrados no Rio de Janeiro (4,30%) e no Ceará (2,89%). Houve quedas no Mato Grosso (-4,23%) e em Sergipe (-0,58%).

EXPANSÃO

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atividade econômica norteamericana continuou em expansão em março e no início de abril, mas a alta nos preços de energia pressionou custos, informou um relatório do banco central dos EUA, o Federal Reserve. (Reuters)

INTERNET

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Brasil caiu da 38ª para a 41ª posição em ranking da consultoria Economist Intelligence Unit que classifica o ambiente para negócios na internet em 68 países. O Brasil ficou atrás de vários emergentes, entre eles o México. (AE)

A TÉ LOGO

No índice total, o CUB relativo à mão-de-obra correspondeu a R$ 428,39 por metro quadrado, com alta de 0,59%. O CUB dos materiais de construção

recuou 0,11% em março, para R$ 411,14 por metro quadrado. A combinação de custos de mão-de-obra e de materiais de construção forma o CUB. (AE)

PREÇOS DE TELEFONIA SOBEM 0,28%

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variação do Índice de Serviços de Telecomunicações (IST) em março foi de 0,28%, enquanto o acumulado no ano (janeiro a março) chegou a 0,86%. Os dados foram divulgados ontem pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

A partir do próximo mês de julho o IST vai reajustar as tarifas de telefonia fixa e de remuneração de redes (interconexão). Antes os custos acompanhavam a variação do IGP-DI, índice de inflação calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). (AG)

SONAE TEM INTERESSE NA VIVO

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presidente do grupo português Sonae, Belmiro de Azevedo, reafirmou ontem que sua empresa está disposta a negociar com a Telefônica a compra da participação na operadora brasileira de telefonia celular Vivo. A alternativa

seria a venda, à Telefonica, da parcela da Vivo pertencente à Portugal Telecom — cujo controle o Sonae tenta adquirir. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, ele negou que não tivesse qualquer interesse na operadora brasileira. (Reuters)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

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Lucro da Embratel cresceu 195% no primeiro trimestre, em R$ 127,9 milhões

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Cade aprova compra da Vant Comunicações pela Brasil Telecom

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Crédito consignado na forma de cartão de crédito poderá voltar em junho

ouve avanços nas discussões dos presidentes do Brasil, Argentina e Venezuela sobre a construção de um novo gasoduto de 10 mil quilômetros que transportará gás da Venezuela, cruzando o Brasil e passando pelo Uruguai, até chegar à Argentina. Essa foi a conclusão de uma reunião de três horas, realizada ontem, no hotel Sofitel, em São Paulo, entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Néstor Kirchner e Hugo Chávez. Os três presidentes concluíram pela continuidade do projeto dos estudos para a implantação do novo gasoduto. Segundo o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, foram ouvidas ontem explicações dos ministros

de Energia dos três países. "Ficou claro que há suficiência de gás na Venezuela para cobrir as necessidades do combustível na América do Sul de forma progressiva e de maneira que o projeto possa, inclusive, ser auto-financiado", disse Amorim, que relatou aos jornalistas, ao final da reunião, o contexto das discussões de Lula, Kirchner e Chávez. Prazo – Ficou acertado um novo prazo para que o estudo técnico do projeto seja viabilizado. Ao invés de julho, a nova data é agosto. Amorim anunciou que, com a conclusão dessa etapa dos estudos, Brasil, Venezuela e Argentina poderão convocar outros países da América do Sul a se incorporarem às discussões, como a Bolívia, que é grande produtora de

gás, e que já tem um gasoduto que liga o país ao Brasil. Por conta disso, em setembro, o Brasil deverá ser palco de uma reunião com autoridades de todos os países da América do Sul sobre um possível supergasoduto na região, projeto que demandará investimentos de mais de US$ 20 bilhões. Produção – Sobre o volume do gás disponível e os valores do investimento para a concretização do projeto, o ministro disse que esses detalhes estão sendo analisados. O novo gasoduto poderia distribuir cerca de 150 milhões de metros cúbicos de gás por dia. Para se ter uma idéia do volume, hoje o gasoduto da Bolívia abastece o Brasil com aproximadamente 27 milhões de metros cúbicos por dia. (Agências)

Governo prepara plano de logística

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ndependente do vencedor das eleições para a presidência da República, o próximo governo do Brasil deverá contar com informações mais consistentes para encaminhar soluções para os problemas de infra-estrutura e logística do País. Segundo o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Oliveira Passos, será concluído em dezembro o Plano Nacional de Transporte e Logística, fruto de um trabalho iniciado em fevereiro, com custos estimados em R$ 5 milhões. O anúncio foi feito durante a abertura do 3º Seminário Fiesp de Logística. O evento acontece paralelamente à Intermodal South América 2006, feira que reúne até amanhã, no Transamérica Expo Center, expositores locais e internacionais focados na oferta de serviços que viabilizem o fluxo do comércio exterior. Mas não basta contar com os serviços. O setor produtivo quer soluções para os gargalos que encarecem esse fluxo comercial. Parceria –Hoje, segundo dados da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo

(Fiesp), os custos logísticos do Brasil ultrapassam 15% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto em países da Europa e nos Estados Unidos equivalem a menos de 10%. Pesam na conta local questões como fila nos portos e precariedade das estradas. "Não é culpa deste ou daquele governo", disse Paulo Skaf, presidente da Fiesp. No País, completou, as questões de infra-estrutura estão abandonadas há 20 anos. Apoio – No ano passado, a Federação encaminhou 62 propostas ao governo federal, com o objetivo de eliminar os problemas apontados pelo setor produtivo. Segundo Saturnino Sérgio da Silva, diretor de infra-estrutura da entidade, 17 delas foram implementadas. "Parece um número pequeno, mas as ações de infra-estrutura não são de resultado rápido", ponderou. Apesar das "mazelas", ele declarou estar mais otimista com o futuro do que há um ano. E é com esse espírito que avaliou a iniciativa de criação do Plano Nacional para o setor, faltando oito meses para o término do governo.

O titular do Ministério dos Transportes, por seu lado, argumentou não ser tarde para a elaboração do trabalho. "O Brasil não tem um plano desse tipo há mais de dez anos." Perspectivas – As altas cifras embutidas nas discussões não passam despercebidas aos prestadores de serviço. Segundo Martin Von Simson, diretor do grupo Intermodal, responsável pela realização da feira, este é o maior evento. "Crescemos 30%. Acredito que por conta do aumento das exportações brasileiras." Sua perspectiva é de que o evento gere cerca de US$ 1 bilhão em negócios. Para Dario Rais Lopes, secretário de Estado dos Transportes, presente ao seminário, a definição de políticas para o setor passa pelo entendimento dessa abrangência. "Falta, em particular no poder público, a cultura da logística", comentou o secretário. Segundo ele, é preciso entender a logística como gestão de fluxos e serviços, e não como "a gestão de obra para ficar pronta antes do período eleitoral", afirmou. Fátima Lourenço


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Transpor te Administração Terceiro Setor Compor tamento

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 27 de abril de 2006

O Degrau é um trabalho que mostra que não somos súditos, somos cidadãos. Rogério Amato

NOVA COORDENADORA DO DEGRAU TOMA POSSE

MOVIMENTO DEGRAU AVANÇA EM CAMPINAS Trabalho de contratação de aprendizes, somente na cidade, quase atingiu o número total de vagas preenchidas pelo programa Primeiro Emprego, da União credito

Mário Tonocchi

O

Movimento Degrau tem hoje 3.580 jovens aprendizes no mercado de trabalho somente em Campinas, no interior de São Paulo. "O Degrau em Campinas já trabalha com quase o mesmo número do total de vagas criadas pelo programa Primeiro Emprego, do Governo Federal", disse o coordenador-geral do Movimento Degrau, presidente da Rede Brasileira de Entidades Filantrópicas (Rebraf) e secretário da Assistência e Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo, Rogério Amato. O Programa Nacional de Estímulo ao Primeiro Emprego para Jovens (PNPE), chegou a 3.936 aprendizes desde que foi implementado pela lei 10.748, de 2003. Isso representa 0,5% das 780 mil vagas que pretendia criar em três anos. Sem resultados, o Estado não pagará mais os R$ 1,5 mil anuais prometidos às empresas que contratassem aprendizes de 16 a 24 anos dentro do programa. Sem compensações financeiras aos empregadores, o Degrau, por seu lado, se aproxima da comunidade buscando o envolvimento para estabelecer o cumprimento da lei 10.097, de 2000, que obriga as empresas a contratarem como aprendizes entre 5% e 15% do volume de colaboradores. "O Movimento, que hoje conta com 120 mil jovens que conquistaram o direito de ter a primeira chance na vida, somente em São Paulo, cresce a cada dia porque não é um decreto real, uma imposição da realeza brasileira. É um trabalho onde a sociedade tem envolvimento, que mostra que não somos súditos, somos cidadãos", disse o secretário.

Rogério Amato, coordenador-geral do Degrau, presidente da Rebraf e secretário da Assistência e Desenvolvimento Social, com os jovens do Movimento em Campinas

Posse – A performance do Degrau em Campinas foi o ponto central da cerimônia da posse da nova coordenação do Movimento na cidade, na última terça-feira. Nesse trabalho, o envolvimento da comunidade na questão da aprendizagem deve ser cada vez maior, segundo a nova coordenadora regional do Degrau, Vera Lia Cardoso Teixeira. Ela ficará no cargo pelos próximos três anos. De acordo com a coordenadora, o mercado de trabalho da cidade tem a capacidade de absorver pelo menos 10 mil jovens aprendizes, já somadas as

3.580 vagas preenchidas, que recebem orientações de 22 programas de aprendizagem coordenadas por 10 entidades certificadoras. Até o final deste ano, a nova coordenadora espera a colocação de pelo menos mais 500 aprendizes no mercado de trabalho da cidade. "Nosso esforço será divulgar cada vez mais a lei 10.097", disse Vera. O Degrau em Campinas aguarda a confirmação de outras oito entidades como certificadoras, pelo Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), para a ampliação do trabalho no município.

Formatura - A posse da nova coordenação marcou também a formatura de um grupo de 30 adolescentes que fizeram cursos profissionalizantes na Aprendizado Doméstico Santana, uma Ong de Campinas. Os aprendizes, que já estão trabalhando em hotéis e restaurantes da cidade, participaram de um curso de alta gastronomia, que durou 18 dias, na Scuola Regionale Alberghiera e di Ristorazione em Serramazzoni, na Itália. As aulas aconteceram na segunda quinzena de outubro de 2005. Uma parte dos integrantes

desse grupo deve voltar para a escola italiana no próximo mês de junho. A aprendiz Taíse de Oliveira Guassú, que hoje trabalha como camareira do hotel New Port Residence, em Campinas, representou os aprendizes na cerimônia de terça-feira. "Muita coisa mudou na minha vida. Aprendi a trabalhar e a dar valor ao dinheiro. Conheci outros países e hoje tenho um trabalho que gosto muito. Depois de tudo isso, o que mais quero é terminar os estudos e seguir minha profissão. Espero que outros jovens tenham a mesma

oportunidade que eu e meus colegas tivemos", disse a adolescente. Além dos jovens aprendizes, também receberam homenagens a Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic) e o Sindicato dos Empregados do Comércio Hoteleiro de Campinas e Região, os dois pelo apoio que oferecem ao Movimento Degrau, a Federação das Entidades Assistenciais de Campinas (Feac), as entidades certificadoras, voluntários, empresas, poder público e também a imprensa.

Associação Comercial de São Paulo Distrital Butantã Rua Alvarenga, 415 – CEP 05509-070 Fone/fax: 3032-6101 José Sérgio Pereira Toledo Cruz Diretor Superintendente

Distrital Jabaquara Av. Santa Catarina, 641 – CEP 04635-001 Fone: 5031-9835 – Fax: 5031-3613 Fernando Calderon Alemany Diretor Superintendente

Distrital Penha Av. Gabriela Mistral, 199 – CEP 03701-010 Fone: 6641-3681 – Fax: 6641-4111 Marco Antonio Jorge Diretor Superintendente

Distrital Santana Rua Jovita, 309 – CEP 02036-001 Fone: 6973-3708 – Fax: 6979-4504 João de Favari Diretor Superintendente

Distrital Sudeste Rua Afonso Celso, 76 – CEP 04119-000 Fone/fax: 5572-0280 Giacinto Cosimo Cataldo Diretor Superintendente

Distrital Centro Rua Galvão Bueno, 83 – CEP 01506-000 Fone/fax: 3207-9366 - Fone: 3208-5753 Marcelo Flora Stockler Diretor Superintendente

Distrital Lapa Rua Martim Tenório, 76/1º andar CEP 05074-060 – Fone: 3837-0544 – Fax: 3873-0174 Douglas Formaglio Diretor Superintendente

Distrital Pinheiros Rua Simão Álvares, 517 – CEP 05417-030 Fone: 3031-1890 – Fax: 3032-9572 Ricardo Aparecido Granja dos Santos Diretor Superintendente

Distrital Santo Amaro Av. Mário Lopes Leão, 406 – CEP 04754-010 Fone/fax: 5521-6700 Aloysio Luz Cataldo Diretor Superintendente

Distrital Tatuapé Praça Silvio Romero, 29 – CEP 03303-000 Fone/Fax: 6941-6397/6192-2979/6942-8997 Antonio Sampaio Teixeira Diretor Superintendente interino

Distrital Ipiranga Rua Benjamin Jafet, 95 – CEP 04203-040 Fone: 6163-3746 – Fax: 274-4625 Antonio Jorge Manssur Diretor Superintendente

Distrital Mooca Rua Madre de Deus, 222 – CEP 03119-000 Fone/fax: 6694-2730 Antonio Viotto Netto Diretor Superintendente

Distrital Pirituba Av. Raimundo Pereira de Magalhães, 3.678 CEP 05145-200 – Fone/fax: 3831-8454 José Roberto Maio Pompeu Diretor Superintendente

Distrital São Miguel Av. Marechal Tito, 1042 – CEP 08010-090 CEP 08010-080 – Fone: 6297-0063 – Fax: 6297-6795 José Parziale Rodrigues Diretor Superintendente

Distrital Vila Maria Rua do Imperador, 1.660 – CEP 02074-002 Fone: 6954-6303 – Fax: 6955-7646 José Correia Diretor Superintendente


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

Nacional Finanças Empresas Tr i b u t o s

quinta-feira, 27 de abril de 2006

VALE VAI INVESTIR US$ 2 BILHÕES EM MOÇAMBIQUE

Teremos que olhar com mais responsabilidade os investimentos no Peru. Renato Amorim, da Vale do Rio Doce

EMPRESA TENTA FORMA DE PROTEGER SEUS INVESTIMENTOS EM REGIÕES COMO A AMÉRICA DO SUL E ÁFRICA

VALE DO RIO DOCE QUER SEGURO A CONTRA TURBULÊNCIA POLÍTICA BALANÇOS

AVANÇO S.A. INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE MÁQUINAS CNPJ Nº 43.297.852/0001-03 Relatório da Diretoria Srs. Acionistas: Apresentamos o Balanço Patrimonial e as Demonstrações Financeiras encerradas em 31 de dezembro de 2005. Balanço Patrimonial em 31 de dezembro de 2005 - Em R$ 1,00 Ativo 2005 2004 Passivo 2005 Circulante 25.230.416 28.036.712 Circulante 7.494.800 Disponibilidades 2.098.857 877.824 Fornecedores 353.047 Direitos Realizáveis 23.131.559 27.158.888 Salários a Pagar e Prov. Férias 138.674 Clientes 8.608.440 13.139.228 Tributos e Encargos a Recolher 508.876 Impostos a Recuperar 2.788.368 1.724.072 Empréstimos e Financiamentos 4.388.751 Outros Direitos Realizáveis 1.029.380 485.866 Dividendos a Pagar 896.178 Estoques 10.705.371 11.809.722 Outros Débitos 1.209.274 Realizável a Longo Prazo 3.849.585 5.019.863 Exigível a Longo Prazo 3.620.960 Clientes 2.994.426 4.166.175 Património liquido 19.738.443 Outros 855.159 853.688 Capital 14.000.000 Permanente 1.774.202 2.165.082 Reserva Legal 328.313 Imobilizado 1.774.202 2.165.082 Lucros Acumulados 5.410.130 Total do Ativo 30.854.203 35.221.657 Total do Passivo 30.854.203 Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos - Em R$ 1,00 2005 2004 2005 Origens de Recursos 1.876.926 3.462.839 De Terceiros 42.507 De Operações 1.876.926 3.462.839 Aumento do Realizável a Longo Prazo (1.170.279) Lucro Líquido do Exercício 1.396.399 2.889.683 Diminuição do Exigível a Longo Prazo 1.212.786 Depreciações e Amortizações 263.762 325.305 Aumento/Redução Capital Circulante Líquido 1.104.502 Baixa de Bens do Permanente 216.765 247.851 Variação do Capital Circulante Líquido Aplicações de Recursos 772.425 1.171.071 Ativo Circulante (2.806.294) De Operações 729.918 1.231.807 No Início do Exercício 28.036.711 Aplicações no Imobilizado 86.370 239.106 No Fim do Exercício 25.230.417 Transferência do Estoque p/ Imobilizado 3.276 66.742 Passivo Circulante 3.910.796 Dividendos propostos 331.645 686.300 No Início do Exercício 11.405.596 Dividendos pagos/Distribuição de Lucros 308.627 239.659 No Fim do Exercício 7.494.800 Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras em 31/12/2005 1. Contexto Operacional: A empresa tem como objetivo social a indústria e comércio, a importação e exportação de teares circulares para o ramo têxtil, bem como, as partes e peças das mesmas e a assistência técnica pertinente aos seus produtos. 2. Procedimentos Contábeis: As demonstrações contábeis foram elaboradas de acordo com Lei das S.As., que a partir da edição da Lei 9249 de 26/12/95, não requerem o reconhecimento dos efeitos inflacionários; a) Aplicações de Liquidez Imediata e Não Imediata: estão demonstradas ao custo de aplicações acrescidos dos rendimentos apropriados até a data do balanço; b) Estoques: os estoques de produtos acabados e em elaboração estão avaliados segundo critérios previstos no Regulamento de Imp.Renda, enquanto que os demais estoques foram avaliados pelo custo de aquisição, cujos valores não superam os preços de mercado; c) Imobilizado: estão demonstrados ao custo de aquisição, acrescido de correção monetária até 31/12/95; as depreciações foram calculadas pelo método linear, aplicando-se as taxas estabelecidas em função de tempo de vida útil, fixado por tipo de bem do Ativo nos termos da legislação. 3. Realizável a Curto e Longo Prazo - a) Clientes: A Curto Prazo (até 365 dias) e a Longo Prazo (acima de 365 dias), estão contabilizados pelos valores originais constantes nos documentos fiscais emitidos; b) Créditos de Terceiros: valores originais de adiantamentos a fornecedores de bens e serviços nacionais e estrangeiros, para viagens, salários e férias; c) Impostos a Recuperar: refere-se a créditos de diversos impostos e contribuições, sendo de relevância valores de ICMS e IPI; d) Empréstimo ComLuciano Natalini - Diretor Presidente

A Diretoria. 2004 11.405.596 5.951.544 209.780 427.231 3.136.701 693.364 986.976 4.833.746 18.982.315 14.000.000 258.493 4.723.822 35.221.657 2004 (60.736) 1.975.657 (2.036.393) 2.291.768 1.500.000 26.536.711 28.036.711 791.768 12.197.364 11.405.596

pulsório: trata-se de valores cobrados compulsoriamente sobre combustíveis de veículos em anos anteriores, corrigidos mensalmente conforme índice caderneta de poupança; e) Depósitos Judiciais: trata-se de valores originais (R$ 789.640,00) de parte de COFINS sobre receita operacional e outras receitas, questionados na justiça, conforme processo nº 1999.61.00.039677-9. 4. Exigível a Curto e Longo Prazo - a) Fornecedores Nacionais e Estrangeiros - estão registrados pelos valores originais de acordo com as Notas Fiscais de entradas; b) Empréstimos e Financiamentos: a curto (até 365 dias) e a longo prazo (acima de 365 dias) - referese a Finame Fabricante (BNDES) sobre vendas de produtos de nossa empresa, corrigido até a data do Balanço pela moeda URTJLP (BNDES) e Financiamento para Ativo Imobilizado; c) Provisão p/Imposto em Litígio: trata-se de parte de COFINS sobre vendas e serviços e s/outras Receitas, valores originais, questionado na Justiça, objeto de Depósito Judicial, conforme processo nº 1999.61.00.039677-9; d) Impostos,Taxas e Contribuições Diversos - refere-se principalmente a parcelamentos solicitados em 60 meses à Receita Federal no início de 2005 de IRPJ, CSLL, PIS e COFINS com acréscimos legais, sobre o saldo da conta Clientes a curto e longo prazo constantes no Balanço de 31/12/2004, em face da mudança de tributação do IRPJ - Lucro Presumido - regime de caixa, para Lucro Real neste exercício. 5. Capital Social - O Capital Social, totalmente subscrito e integralizado, é representado por 14.000.000 (quatorze milhões) de ações ordinárias nominativas no valor de R$ 1,00 (um real) cada uma. 6. Opção pelo Lucro Real - Estimativa Mensal - Suspensão ou Redução - pela

Dante Battaglio - Diretor Geral/Diretor Industrial

Demonstração dos Resultados - Em R$ 1,00 2005 2004 Receita Líquida 24.996.963 24.656.665 Custos das Vendas (19.496.664) (18.685.247) Custos das Vendas (18.842.024) (17.997.569) Custos dos Serviços (654.640) (687.678) Lucro Bruto 5.500.299 5.971.418 Despesas/Receitas Operacionais (3.733.860) (2.148.836) Despesas Financeiras (304.663) (391.074) Receitas Financeiras 340.940 473.173 Despesas Comerciais (2.348.176) (1.499.670) Despesas Administrativas (1.495.794) (1.138.889) Outras Receitas Operacionais 73.833 407.624 Resultado Oper. antes Efeitos Inflacionários 1.766.439 3.822.582 Efeitos Inflacionários 453.645 269.518 Resultado Oper. após Efeitos Inflacionários 2.220.084 4.092.100 Resultado não Operacional (59.530) (108.211) Lucro Líquido Exerc. antes Imposto 2.160.554 3.983.889 Imposto de Renda e Contr.Social (764.154) (1.094.206) Lucro Líquido do Exercício 1.396.400 2.889.683 Lucro por Ação 0,0997 0,2064 Demonstração dos Lucros/Prejuizos Acumulados - Em R$ 1,00 Saldo em 31 de Dezembro de 2003 6.897.227 Aumento de Capital (3.992.644) Lucro Líquido do Exercício 2.889.682 Distribuição de Lucros (239.659) Reserva Legal (144.484) Dividendos Propostos (686.300) Saldo em 31 de Dezembro de 2004 4.723.822 Lucro Líquido do Exercício 1.396.399 Distribuição de Lucros (308.627) Reserva Legal (69.820) Dividendos Propostos (331.645) Saldo em 31 de Dezembro de 2005 5.410.129 decisão da Diretoria da empresa no final do exercício de 2004, adotou-se em 2005, o regime de tributação do IRPJ pelo Lucro Real, em face da expectativa da queda nas vendas no mercado externo, inclusive a nova sistemática de cálculo do PIS e COFINS, não cumulativo, mais benéfica para a empresa. 7. Provisão de Imp. Renda e Contribuição Social - Foi calculada no Balanço, com base na tributação pelo regime de Lucro Real, à alíquota de 15% sobre Lucro Fiscal adicionado de mais 10% sobre lucro excedente final a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) para IRPJ e à alíquota de 9% (nove) sobre o Lucro Fiscal para CSLL. 8. Demonstração do Resultado - Tributações sobre Receita Bruta - houve neste exercício findo, um aumento relevante de deduções, devido a adoção de tributação pelo Lucro Real, por conseqüência é calculado o PIS (1,65%) e o COFINS (7,6%) não cumulativo com alíquotas maiores que o PIS (0,65%) e COFINS (3%) cumulativo adotado no regime de Lucro Presumido. 9. Dividendos - O estatuto da empresa prevê a distribuição de dividendos obrigatórios de 25% (vinte e cinco) sobre o lucro líquido ajustado, calculado como segue: Lucro Líquido do Exercício 1.396.399,21 (-) Constituição da Reserva Legal - 5% (69.819,96) Base de Cálculo dos Dividendos 1.326.579,25 Dividendos Propostos - 25% 331.644,81

Criseli Alves Fernandes - Diretora Administrativa

Seiji Oiwa - T.C.: 1SP 087.204/O-5

EQUATORIAL SISTEMAS S.A. Balanço Patrimonial Levantado em 31 de dezembro de 2005 e 10 de novembro de 2004 Ativo 2005/R$ 2004/R$ Passivo 2005/R$ 2004/R$ Circulante 1.284.672,20 1.411.540,51 Circulante 321.653,64 454.649,32 Caixa e bancos conta movimento 36.910,18 483.678,65 Fornecedores 40.469,91 61.584,92 Clientes 651.737,10 247.327,41 Parcelamento de Tributos 122.238,30 120.825,05 Adiantamentos 264.020,07 462.616,52 Obrigações Trabalhistas 97.208,34 89.279,00 Estoques 137.778,99 33.215,01 Obrigações Tributárias 59.207,59 176.209,34 Tributos e Contribuições a Compensar 194.225,86 175.329,48 Outras Obrigações 2.529,50 6.751,01 Outros Créditos 9.373,44 Exigível a Longo Prazo 1.692.231,43 886.681,34 Realizável a Longo Prazo 740.101,02 400,00 Contratos de Mútuo 715.351,75 Créditos Tributários 618.135,66 400,00 Instituições Financeiras 341.159,06 120.825,05 Contingências Judiciais 121.965,36 Financiamentos FINEP 176.567,62 165.458,82 Permanente 1.711.011,53 1.160.627,89 Parcelamento de Tributos 439.202,42 580.576,81 Investimentos: 28.822,14 Outras Obrigações 19.950,58 19.820,66 Participação em controladas 22.000,00 22.000,00 561.440,72 Imobilizado - líquido 18.129,77 50.706,23 Patrimônio Líquido 1.721.899,68 1.231.237,74 Diferido 1.670.881,76 1.087.921,66 Capital 1.353.000,00 1.353.000,00 Lucros Acumulados 368.899,68 (121.762,26) Total 3.735.784,75 2.572.568,40 Total 3.735.784,75 2.572.568,40 As notas explicativas fazem parte integrante das demonstrações contábeis Demonstração das Mutações Patrim. p/ o período findo em 31/12/05 ção. As depreciações são calculadas pelo método linear, com base em taxas que consideram o tempo estimado de vida econômica dos bens. f) O Cap. Soc. Res. Luc Prej. Acum. Total Saldo em 31/12/03 106.500,00 43.500,00 (148.055,45) 1.944,55 Ativo Diferido corresponde, basicamente, a gastos efetuados com desenAumento de Capital volvimento de novos produtos e estão sendo amortizados em 144 meses. Conf. Instrum. de g) Os Empréstimos e Financiamentos são atualizados pelas variações Alter. Societ. datado monetárias e juros incorridos até a data do balanço. 3. Clientes - Os crédide 05/11/2004 1.203.000,00 1.203.000,00 tos a receber de clientes estão assim distribuídos: Com reservas 43.500,00 (43.500,00) 2005 2004 Result. do Período 26.293,19 26.293,19 Ministério da Ciência e Tecnologia Ltda. 651.737,10 Saldo em 11/11/04 1.353.000,00 (121.762,26) 1.231.237,74 Fibra Forte Com. e Eng. Ltda. 59.771,70 Mectron Engenharia Ind. e Com. 37.127,20 Aj. de Exerc. Anter. 606.685,22 606.685,22 Trans Sat do Brasil 18.945,00 Result. do Período (116.023,28) (116.023,28) Centro Aeroespacial 121.152,00 Saldo em 31/12/05 1.353.000,00 368.899,68 1.721.899,68 Outros 10.331,51 As notas explicativas fazem parte integrante das demonstrações contábeis Total 651.737,10 247.327,41 Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis para os períodos 4. Adiantamentos de 13 meses findos em 31/12/05 e de 11 meses findos em 10/11/04 2005 2004 1. Contexto Operacional - A partir de 05 de novembro conforme Instru- Os adiantamentos estão assim distribuídos: Sócios e Administradores 264.020,07 mento Particular de Alteração do Contrato Social e Transformação a EquaRatech Industries 308.502,92 torial Sistemas Ltda. transformou-se em Sociedade Anônima de Capital Squitter Ind. e Com. 22.275,07 Fechado sob a denominação de Equatorial Sistemas S.A. A Equatorial Figmal Ind. e Com. 21.520,00 Sistemas S.A. é uma empresa que atua no ramo de engenharia voltada Outros 51.642,98 para concepção e desenvolvimento de sistemas de alto conteúdo Total 264.020,07 403.940,97 tecnológico, incluindo a elaboração e estudos de projetos e consultorias em geral e, especialmente, na área espacial. Em razão da transformação 5. Tributos e Contribuições a Compensar - Os Tributos e Contribuições em Sociedade Anônima 2. Principais Práticas Contábeis - a) Os ativos a Compensar são oriundos de pagamentos de tributos a maior e de reten2005 2004 realizáveis e os passivos exigíveis, em prazos inferiores há 360 dias estão ções efetuadas por terceiros, como segue: CLS a Compensar 19.688,39 27.171,20 classificados como circulantes. b) A conta de Adiantamentos é composta, PIS a Compensar 14.647,50 basicamente, de valores concedidos a fornecedores e administradores. c) Cofins a Compensar 67.641,80 71.099,04 Os Estoques correspondem, basicamente, a componentes que serão utiliIRRF a Compensar 86.770,86 62.113,27 zados na produção de equipamentos e peças de manutenção de equipaIPI a Recuperar 5.477,31 14.945,97 mentos técnicos, demonstrados ao custo médio de aquisição que é inferior Total 194.225,86 175.329,48 ao de mercado. e) O Ativo Imobilizado é demonstrado ao custo de aquisi6. Imobilizado - O imobilizado está assim composto: 2005 2004 Conta Custo Deprec. Acum. Saldo Custo Deprec. Acum. Saldo Máquinas e Equipamentos 38.115,75 (27.927,69) 10.188,06 37.231,15 (16.839,06) 20.392,09 Móveis e Utensílios 24.713,34 (19.072,58) 5.640,76 27.700,34 (17.844,47) 9.855,87 Instalações 3.407,33 (2.803,44) 603,89 7.989,33 (3.436,27) 4.553,06 Direito de Uso Linha Telefônica 8.678,00 (8.587,15) 90,85 5.703,60 (363,16) 5.340,44 Computadores e Periféricos 74.899,44 (73.293,23) 1.606,21 74.899,44 (64.350,83) 10.548,61 Total 149.813,86 (131.684,09) 18.129,77 153.523,86 (102.833,79) 50.690,07 7. Empréstimos Bancários - Os empréstimos estão assim distribuídos: Trabalhistas. O Saldo em obrigações trabalhistas é representado por pro2005 2004 cessos movidos contra a empresa, no período de 2002 a 2004, cujos valoBanco Mercantil do Brasil S.A. 32.000,00 24.429,75 res estão atualizados até a data dos balanços. 9. Financiamentos a LonBanco do Brasil S.A 224.967,08 19.286,94 go Prazo - Financiamentos a longo prazo são decorrentes de Sulamerica 13.882,41 17.476,89 parcelamentos requeridos junto a órgãos públicos como segue: Banco Banespa 20.772,00 19.597,55 2005 2004 Pref. Munic. de São José dos Campos 160.189,40 193.777,50 Banco Nossa Caixa 41.537,57 12.489,52 Instituto Nacional de Previd. Social INSS 163.579,88 250.521,18 Unibanco 8.000,00 10.999,94 Receita Federal 237.671,44 256.516,43 Outros 16.544,460 Total 561.440,72 700.815,11 Total 341.159,06 120.825,05 (-) Parcelas vencíveis a Curto Prazo (122.238,30) (120.825,05) Sobre os empréstimos incidem juros, variando de 1,5% a 4,75% ao mês e Total Longo Prazo 439.202,42 580.576,81 estão devidamente reconhecidos até a data dos balanços. 8. Obrigações

Demonstração do Resultado p/ os períodos de 13 meses findos em 31/12/2005 e de 11 meses findos em 10/11/2004 2005/R$ 2004/R$ Vendas Brutas 1.212.797,91 370.335,31 Vendas de Serviços 1.212.797,91 319.244,80 Vendas de Produtos 51.090,51 Deduções de Vendas (164.880,70) (38.593,87) Vendas Canceladas (105.110,88) Impostos Incidentes sobre Vendas (59.769,82) (38.593,87) Vendas Líquidas 1.047.917,21 331.741,44 Custo das Vendas (115.275,77) (83.130,92) Custo dos Serviços (115.275,77) (80.897,88) (2.233,04) Lucro Bruto 932.641,44 248.610,52 Despesas Operacionais 923.115,93 168.421,58 Despesas com pessoal 361.077,35 74.782,32 Despesas com Serviços Prestados 17.737,68 2.988,83 Despesas com Impostos e Contribuições 523.511,64 75.716,24 Despesas Administrativas 20.789,26 14.934,19 Receitas Financeiras (Desp. Financeiras) (138.818,16) (45.592,64) Receitas financeiras 47.823,46 30,00 Despesas financeiras (186.641,62) (45.622,64) Outras Receitas Operacionais 1.468,30 Recuperação de Despesas 1.468,30 Resultado Operacional (127.824,35) 34.596,30 Resultado não Operacional 7.032,58 Outras Receitas não Operacionais 26.758,76 Outras Despesas não Operacionais (19.726,18) Resultado antes do IR e CSSL (120.791,77) 34.596,30 (Reversão) Constit. de Créditos Tributários: Contribuição Social 525,27 (3.113,67) Imposto de Renda 4.243,22 (5.189,44) Resultado dos Períodos (116.023,28) 26.293,19 As notas explicativas fazem parte integrante das demonstrações contábeis Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos p/ os períodos de 13 meses findos em 31/12/05 e de 11 meses findos em 10/11/04 Origens dos Recursos: 2005/R$ 2004/R$ Lucro Líquido Ajustado do Período Resultado Líquido do Período (116.023,28) 26.293,19 Depreciações e Amortizações 142.894,23 De Acionistas: Aumento de Capital 1.203.000,00 Ajuste de Exercícios Anteriores 606.685,22 De Terceiros: Acréscimo do Exigível a Longo Prazo 805.550,09 Total das Origens 1.439.106,26 1.229.293,19 Aplicações dos Recursos Acréscimo do Realizável a Longo Prazo 739.701,02 36.969,89 Acréscimo do Ativo Diferido 693.277,87 294.620,25 Total das Aplicações 1.432.978,89 331.590,14 Aumento do Capital Circulante 6.127,37 897.703,05 Demonstração da Variação do Cap. Circ. Ativo Circulante No Início do Período 1.411.540,51 731.783,88 No Final do Período 1.284.672,20 1.411.540,51 (126.868,31) 679.756,63 Passivo Circulante No Início do Período 454.649,32 672.595,74 No Final do Período 321.653,64 454.649,32 (132.995,68) (217.946,42) Aumento do Capital Circulante 6.127,37 897.703,05 As notas explicativas fazem parte integrante das demonstrações contábeis 10. Valores sub Judice - Referem-se a ações que estão sendo discutidas na Justiça contra o fornecedor Estrutural referente a fornecimentos de materiais. 11. Capital Social - O capital social está dividido em 1.353.000 (um milhão, cento e cinqüenta e três mil) ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal. Corpo Diretivo Cesar Celeste Ghizoni Diretor Presidente Moises Khafif Diretor Financeiro Gilberto Zanini - Contador CRC 1SP 094985/O-1

i nt er na cio na li zação da Companhia Vale do Rio Doce está levando a empresa a olhar com mais cautela investimentos em que o risco político é alto, como na América do Sul e na África. Por isso, a empresa vem conversando com grandes seguradoras sobre a possibilidade de fazer apólices contra as turbulências enfrentadas nessas regiões, segundo informou um diretor da mineradora brasileira. Com planos para Venezuela e Peru, além de países africanos como Gabão e Moçambique, a Vale quer garantir que não ocorra com seus elevados investimentos o mesmo que vem se verificando com grandes multinacionais na Bolívia ou na Nigéria. "Em Moçambique, por exemplo, os investimentos podem chegar a US$ 2 bilhões", destacou o diretor de Relações Internacionais, Renato Amorim, respondendo a perguntas em uma palestra na Câmara de Comércio França-Brasil, destacando, no entanto, que Moçambique e Gabão são no momento países estáveis. Já a Venezuela, onde a Vale estuda um projeto de carvão, e o Peru, às vésperas de eleições, merecem cautela na visão de Amorim. "Temos escritório na Venezuela, que está investigando carvão. Do ponto de vista teórico pode ser interessante investir lá, mas nós temos que primeiro entender qual o padrão institucional do país." Sobre o Peru, que pode eleger um governo popular, se as regras forem mudadas com a entrada do novo presidente o

projeto pode ser reavaliado. "Teremos que olhar com mais responsabilidade esse investimento", afirmou. Além desses dois países, a Vale está na Argentina, onde explora potássio na província de Neuquém. Seguro – A contratação de um seguro para reduzir o risco político, porém, pode ser um negócio de alto custo, segundo Amorim. No ano passado, a Petrobras, que hoje enfrenta problemas de cunho político na Bolívia, descartou a contratação desse tipo de seguro, explicando que "o risco já está embutido no custo do projeto". "Seguro para risco político é um instrumento financeiro que existe no LLoyd e em grandes seguradoras. Nós estamos conversando com algumas delas, mas é um instrumento exótico e caro", explicou. Segundo Amorim, ainda existem dúvidas do que seria considerado risco político nas apólices. "É evidente quando um ditador expropria investimentos estrangeiros, mas há maneiras mais sutis de fazer isso. Se um r oy a l t y muda, será que é um risco politico? Se o Congresso muda regras? Estamos estudando esses mecanismos", informou. Ele explicou que uma das maneiras de reduzir o custo desse tipo de apólice é praticar uma política corporativa junto à comunidade do país, prática cada vez mais utilizada pela Vale. "Para entender melhor os países em que estamos entrando, a Vale tem contratado antropólogos, cientistas políticos, isso faz parte da estratégia, assim como contratar força de trabalho local", informou. (Reuters)

Decisão da Bolívia de retirar EBX é uma violência, diz Alencar

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vice-presidente José Alencar classificou de "uma violência" a intenção do governo boliviano de expropriar os equipamentos da usina siderúrgica que a empresa brasileira EBX estava instalando naquele país. A informação de que os investimentos de US$ 50 milhões já realizados seriam expropriados foi dada na última terçafeira pelo vice-presidente boliviano, Álvaro García Linera, depois de o empresário Eike Batista, da EBX, ter anunciado que abandonará o país vizinho em conseqüência da oposição que o novo governo da Bolívia faz ao projeto. A princípio, Alencar evitou comentar o assunto, dizendo que não tinha informações a respeito. "Eu não posso dar opinião, pois não conheço as razões que levaram o país (Bolívia) a rejeitar a instalação de uma fábrica que, pelo que eu vi na TV, o povo deseja", disse o

BALANÇO

vice-presidente. O governo brasileiro está preocupado com o desfecho do caso e vem procurando manter abertos os canais de diálogo com o governo boliviano, com o qual já enfrenta uma dura negociação a respeito da nacionalização das jazidas de petróleo e gás, o que afeta em cheio os interesses da Petrobras, que tem US$ 1,5 bilhão investidos no país vizinho. Segundo assessor internacional da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, o presidente Lula mandou, há duas semanas, uma carta para Evo Morales na qual comenta "as relações bilaterais" e trata dos assuntos que "precisariam ser discutidos" entre os dois países. Questionado sobre o assunto, ontem, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, não quis fazer declarações. (AE)


quinta-feira, 27 de abril de 2006

Saúde Compor tamento Polícia Ciência

DIÁRIO DO COMÉRCIO

RAPAZ ALVEJADO EM CLASSE FOI TRANSFERIDO DE HELICÓPTERO

PROCURADOR procurador do Estado, Sérgio Ricardo Salvador, de 43 anos, foi encontrado morto, a tiros, por volta das 20h30 de anteontem, ao lado

O Ó RBITA Michel Filho/Agência O Globo

BALA PERDIDA oi sepultado ontem à tarde, no Cemitério São Batista, em Botafogo, no Rio, o corpo da jovem Elenilda Justino da Silva, de 16 anos. Grávida de oito meses, Elenilda foi atingida por balas perdidas no peito e outra no ombro durante tiroteio entre PMs e traficantes do Morro Santo Amaro, no Catete. Médicos do Hospital Souza Aguiar fizeram uma cesariana e

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salvaram o bebê. Leiliane, nome escolhido pela mãe, está em coma e respira com auxílio de aparelhos. O pai, Odair Batista, visitou a filha ontem (foto). Elenilda ainda foi socorrida com vida, mas sofreu hemorragia interna e morreu. Ontem, no enterro, três homens que a socorreram disseram que a PM não providenciou atendimento para a jovem. (AE)

Ubaldo/Agência O Dia/AE

TIRO NA ESCOLA

manhã de ontem foi de tristeza na Escola Municipal Belmiro Medeiros, na Ilha do Governador, no Rio. No intervalo de duas aulas, um aluno de 14 anos fez um disparo de revólver que atingiu um colega da mesma idade. Vitor Sampaio Crisóstimo da Silva foi internado em estado extremamente grave e, à

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A TÉ LOGO

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noite, foi anunciada sua morte cerebral. O disparo parece ter sido acidental. Vitor, da 6ª série, estava na sala com sete colegas, por volta das 9h. Outro aluno, que havia levado um revólver na mochila, colocou a arma em cima da mesa e a mostrou para Vitor e outros garotos. Não se sabe como, mas a arma foi disparada e uma bala atingiu a testa de Vitor. (AE)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

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Bebê abortado e jogado em matagal sobrevive

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Brasileira presa na Turquia será ouvida em junho

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PF prende policiais por clonagem de cartões em MG

de seu carro, um Fiat verde Doblò, placas DQJ 6327, de São Bernardo do Campo, na altura do quilômetro 95 da Rodovia Fernão Dias, próximo à Ponte da Vila Nilo, região do Jaçanã, zona norte da capital paulista.

Segundo policiais rodoviários federais que atenderam a ocorrência, o interior do carro estava totalmente revirado e nele havia muitos livros jurídicos. A carteira de Sérgio e o

Polícia prende suposta quadrilha de assaltantes no Balneário São Francisco, zona sul de São Paulo.

aparelho de som do Fiat foram levados pelos bandidos. A polícia acredita em crime de latrocínio – roubo seguido de assassinato. O caso foi registrado no 73º Distrito Policial, do Jaçanã. (AE)


quinta-feira, 27 de abril de 2006

Nacional Finanças Tr i b u t o s Empresas

DIÁRIO DO COMÉRCIO

MULTA POR ATRASO É DE R$ 165,74

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horas de sexta-feira é o prazo final para o envio da declaração de Imposto de Renda pela internet.

RECEITA JÁ RECEBEU 16,2 MILHÕES DE DECLARAÇÕES MAS AINDA FALTAM 5,8 MILHÕES DE CONTRIBUINTES

TERMINA AMANHÃ ACERTO COM O LEÃO

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ão dá mais para adiar o momento do acerto de contas com a Receita Federal. O prazo para a entrega da declaração de ajuste anual do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) 2006, anobase 2005, termina amanhã e cerca de 5,8 milhões de contribuintes ainda não cumpriram a obrigação. Dos cerca de 22 milhões de declarações que a Receita Federal espera receber, apenas 16,2 milhões haviam sido enviadas até ontem. Como a internet é o meio mais prático de enviar a declaração e o acesso ao site da Receita (w ww.re ce ita .f aze nd a. gov.br) promete ser concorrido nestes dois últimos dias do prazo, o contribuinte deve evitar os horários de maior congestionamento quando for enviar o documento. Segundo o auditor da Receita Federal Luiz Monteiro, o site costuma ficar mais congestionado das 9 horas às 18 horas, com maior lentidão entre 11 horas e 16 horas. Para quem pretende ficar acordado fazendo a declaração na noite de hoje para amanhã e enviá-la de madrugada, vale lembrar que a página da Receita permanece fechada de 1 hora às 5 horas para manutenção. Os documentos enviados pela internet até as 20 horas (horário de Brasília) de sextafeira estarão dentro do prazo. Os transmitidos após esse horário serão considerados entregues com atraso, e o contribuinte receberá no ato a notificação da multa pela impontua-

lidade. O programa emitirá o Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) da multa, com o valor mínimo de R$ 165,74 ou máximo de 20% do sobre o imposto devido. O contribuinte tem ainda a opção de entregar a declaração em disquete no Banco do Brasil e na Caixa Econômica Federal, ou em formulário impresso, nas agências dos Correios, mas nesse caso será preciso observar o horário de funcionamento dessas instituições. Estão obrigados a declarar, entre outras condições, as pessoas físicas que receberam rendimentos tributáveis (provenientes de trabalho assalariado, autônomo, benefício de aposentadoria, pensão, resgate de planos de previdência privada, pró-labore, participação nos lucros, aluguel) superiores a R$ 13.968; receberam rendimentos isentos, não-tributáveis ou tributados só na fonte acima de R$ 40 mil (incluem-se nesses rendimentos o aviso prévio indenizado, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Além desses, quem recebeu indenização por acidente de trabalho, lucro na alienação de bens ou de direitos, rendimento de poupança, doação e herança; participou de quadro societário de empresa como titular, sócio ou acionista, ou de cooperativa; apurou ganho de capital na venda de bens ou de direitos; teve a posse ou propriedade de bens e direitos, em 31 de dezembro de 2005, de valor superior a R$ 80 mil, ou passou a residir no País. (AE)

Acusações são "assunto requentado", diz Rachid

Sergio Lima/Folha Imagem 07/03/2006

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secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, rompeu ontem o silêncio e decidiu se defender das acusações de improbidade administrativa apresentadas pelo Ministério Público Federal (MPF) à Justiça Federal. A ação é baseada no episódio em que Rachid, quando ainda era auditor fiscal na Bahia, e outros auditores, multaram a construtora OAS em R$ 1,1 bilhão em 1994, por não recolhimento de Imposto de Renda. A empresa recorreu e conseguiu reduzir o valor da multa para R$ 25 milhões. Para o MPF houve erros no processo, mas Rachid atribui as denúncias a uma perseguição política. "É um assunto requentado. Eu acho muita coincidência que esse assunto volte à tona no momento em que a Receita é reconhecida pela sua eficiência e na sua capacidade de

Secretário disse que vai responsabilizar as pessoas que o acusam. "Houve um equívoco."

ação", disse. Segundo ele, a publicação das denúncias tem coincidido com fatos importantes: a votação da criação da Super-Receita pelo Congresso e a queda do ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci. Para o MPF, o secretário e os outros auditores descumpriram as normas internas da Receita na autuação. Teriam feito lançamentos em duplicidade, deixado de realizar as diligências e errado nos cálculos da multa. Os erros teriam favorecido diretamente os auditores fiscais contratados pela OAS,

Sandro Martins Silva e Paulo Baltazar Carneiro. Os dois eram os responsáveis pela defesa da empresa, pela qual receberam R$ 18,6 milhões, e teriam tido seu trabalho facilitado pelos problemas na autuação. Defesa – Rachid argumentou que não conhecia os dois auditores na época da autuação. Ele os teria conhecido em agosto de 1996. O secretário também disse que o auto de infração teve seu valor reduzido pelo Conselho de Contribuintes, instância responsável por julgar eventuais recursos con-

tra autuações da Receita. Dos problemas apontados pelo MPF, Rachid confirmou que em apenas um deles houve falha da fiscalização. Segundo ele, houve duplicidade de lançamentos que representam um valor equivalente a 0,0024% do R$ 1,1 bilhão. "Houve um equívoco, mas isso é motivo para improbidade administrativa?", questionou. O secretário da Receita afirmou que vai adotar as medidas judiciais cabíveis para responsabilizar as pessoas que o estão acusando. (AE)

BALANÇOS

´ SAUDE É uma luta tratar câncer com planos e seguradoras

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âncer e doenças cardiovasculares são os problemas que mais recebem negativa de cobertura e tratamento pelos planos e seguradoras de saúde. O resultado está em pesquisa realizada pelo sanitarista Mário Scheffer, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Scheffer analisou 735 decisões judiciais relacionadas à exclusão de cobertura pelos planos e seguradoras de saúde, julgadas em segunda instância pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), entre janeiro de 1999 e dezembro de 2004. Ranking – De acordo com a pesquisa, tratamentos para câncer (principalmente leucemia e câncer de mama), assim como procedimentos relacionados à doença (casos de quimioterapia e radioterapia), foram os que tiveram o maior número de coberturas negadas pelos planos. Em seguida aparecem as doenças cardiovasculares – casos de derrame, insuficiência cardíaca e hipertensão. Esses dois grupos (câncer e doenças cardiovasculares) referem-se às duas principais causas de morte no Estado de São Paulo. Depois, estão os tratamentos para aids. "É um absurdo porque eles (os planos de saúde) estão excluindo as doenças que mais matam a população", avalia Scheffer. A alegação dos planos para negar a cobertura é quase sempre a mesma. Muitos afirmam que se trata de doença preexistente, que o contrato não cobre o tratamento ou que não é pos-

sível a cobertura para doenças crônicas. Em alguns casos, os planos estão apoiados na Lei nº 9656/98, que, embora tenha significado alguns avanços, deixou também muitas brechas que favorecem as seguradoras e não os usuários. "É uma combinação totalmente injusta. A exclusão das doenças que mais matam e, ao mesmo tempo, que também têm os tratamentos mais onerosos para o paciente", critica Scheffer. No estudo "Os planos de saúde nos tribunais: uma análise das ações judiciais movidas por clientes de planos de saúde, relacionadas à negação de coberturas assistenciais no Estado de São Paulo", divulgado neste mês, Scheffer também levantou quais são os problemas mais citados nos processos judiciais. Os dez principais são: câncer, doenças cardiovasculares, aids, acidentes e causas externas, cirrose hepática, insuficiência renal, hérnia, diabetes e doenças congênitas. Sem resposta – Para o advogado Renato Napolitano Neto, do escritório Gordilho, Napolitano e Checchinato Advogados, casos envolvendo câncer costumam ter negativas dos planos de saúde. "Na maioria das vezes, os planos e seguradoras não costumam sequer dar respostas detalhadas para seus clientes sobre os motivos que levam à negativa de cobertura", afirma Napolitano Neto. Entre os procedimentos mais negados estão transplante de fígado e medula, quimioterapia e radioterapia. (AG)

Demonstração do Resultado do exercício em 31 de dezembro 2005 2004 CNPJ nº.57.036.030/0001 - 75 Receitas de Ensino 16.357.988,62 15.964.929,90 Receitas Escolares 16.357.988,62 15.964.929,90 Balanço Patrimonial - Sede e Dependências Receitas Escolares - Gratuidades 2.370.635,18 2.372.290,07 Ativo 2005 2004 Passivo 2005 2004 (-) Dedução da Receita Circulante 16.743.582,15 30.855.017,36 Circulante 2.352.654,45 2.071.741,97 Receitas Escolares - Gratuidades (2.370.635,18) (2.372.290,07) Disponível 192.949,43 820.534,92 Encargos sociais e fiscais 291.217,08 366.132,55 Atividades Assistencias 242.194,36 332.554,94 Bens numerário 37.593,18 68.083,62 Contas a pagar 30.493,58 33.481,83 Contribuições e Doações 242.194,36 332.554,94 Bancos conta movimento 89.345,05 689.897,45 Obrigações trabalhistas 211.210,50 226.683,01 16.600.182,98 16.297.484,84 Bancos conta caderneta Outras obrigações 36.746,10 5.369,06 Receita Líquida de poupança 66.011,20 62.553,85 Provisão para férias e encargos 994.652,03 596.315,52 Custo Aplicado em Gratuidades (17.869.334,43) (21.295.119,80) Custo dos Serv. Prest. - Educ. (16.109.359,48) (20.607.951,11) Direitos realiz. a curto prazo 16.550.632,72 30.034.482,44 Receitas antecipadas 788.335,16 843.760,00 Custo dos Projetos Sociais e Fundos de investimentos 5.515.129,15 19.977.615,54 Exigível a longo prazo 46.930,24 40.693,16 Assistenciais (1.759.974,95) (687.168,69) Aplicações em rdb/cdb 9.471.688,19 9.507.366,37 Heranças das associadas 46.930,24 40.693,16 (1.269.151,45) (4.997.634,96) Adiantamentos 328.742,14 27.266,89 Patrimônio social 19.126.161,84 33.964.041,91 DEFICIT Operacional Receitas (Desp.) Operacionais 2.023.377,61 5.079.058,08 Mensalid. de alunos à receber 4.128.929,25 3.458.321,42 Patrimônio social 18.391.717,32 34.255.514,62 Receitas Patrimoniais 861.900,92 810.727,06 (-) Prov.p/devedores duvidosos (2.936.087,78) (2.936.087,78) Superávit do Exercício 734.444,52 (291.472,71) Receitas Financeiras 4.261.456,69 5.794.118,55 Títulos e contas a receber 25.122,28 – Total do Passivo 21.525.746,53 36.076.477,04 Desp. Gerais e Administrativas (3.099.980,00) (1.525.787,53) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis Impostos a recuperar 10.824,89 – Resultado Operacional 754.226,16 81.423,12 Despesas antecipadas 6.284,60 – Mutações do Patrimônio Social Receitas/desp. não Operacionais (19.781,64) (372.895,83) Realizável a longo prazo 108.614,23 108.614,25 Patrimônio Ressarcimento de Despesas 11.409,36 32.136,64 Ações 14,79 14,79 Social Exercício Total Venda do Ativo Imobilizado (33.601,86) 5.188,81 Contas a receber 108.599,44 108.599,46 Saldo em Receitas Diversas 2.410,86 1.470,00 Imobilizado 4.673.550,15 5.112.845,43 31/Dez./2003 33.602.540,12 939.219,27 34.541.759,39 Perdas do Ativo Imobilizado – (411.691,28) Imobilizado 4.673.550,15 5.112.845,43 Incorporações ao Superávit do Exercício 734.444,52 (291.472,71) Total do ativo 21.525.746,53 36.076.477,04 Patrimônio Social 939.219,27 (939.219,27) – As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis Ajuste de Exerc. Demonstrações das Origens e Aplicações dos Recursos Notas Explicativas as Demonstrações Contábeis de 2003 – 43.301,58 43.301,58 ORIGENS DOS RECURSOS 2005 2004 de 31 de Dezembro de 2005 (Valores expressos em R$) Transferência p/ Das operações 1.524.406,12 (252.283,15) Desmembramento (329.546,35) – (329.546,35) 1. Contexto Operacional – Sociedade de Ensino e Beneficência, a Déficit/ superávit do exercício 734.444,52 (291.472,71) – (291.472,71) (291.472,71) sociedade é de fins filantrópicos, assistenciais e beneficentes, sendo Déficit do Exercício Depreciações e amortizações 366.998,92 417.397,76 seus fins específicos:- instrução e educação da juventude, realização Saldo em Variações nos result. de exerc.futuros – (784.710,67) 31/Dez./2004 34.212.213,04 (248.171,13) 33.964.041,91 de obras sociais, empreendimentos caritativos e hospitalares, podenBaixa do ativo imobilizado 422.962,68 406.502,47 do para tanto e na medida dos seus recursos fundar, manter e dirigir Incorpor. ao DE TERCEIROS 27.349,10 351.320,78 Patrimônio Social (248.171,13) 248.171,13 – escolas, ginásio, academias, juvenatos e noviciados, hospitais, amValor de venda imobilizado 21.112,00 9.750,00 bulatórios, asilos, orfanatos, creches, etc., onde for possível e neces- Ajuste de Aumento do passivo a longo prazo 6.237,08 12.024,43 Exerc. Anterior – 18.056,31 18.056,31 sário, dentro do âmbito territorial das suas atividades. No atendimenRedução do ativo a longo prazo 0,02 – to dos seus fins, a sociedade não levará em conta a cor, raça, e esta- Transf. em R$ Transferências para o Instituto Trínitas – 329.546,35 Trinitas (14.901.020,08) – (14.901.020,08) do, credo religioso e filosófico dos seus assistidos e atenderá em Total das origens dos recursos 1.551.755,22 99.037,63 particular e especialmente os mais pobres e necessitados, tendo em Doação em R$ para a Redes (300.000,00) – (300.000,00) APLICAÇÕES DOS RECURSOS vista a recuperação espiritual, moral e material das camadas mais Aquisição do ativo imobilizado 371.778,32 88.541,68 humildes da sociedade humana. A Sociedade esta devidamente re- Transf.p/Desmenbramento - Imóveis (251.509,08) – (251.509,08) Transf.p/o Instituto Trínitas e Redes 15.590.380,90 329.546,35 gistrada no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS). Em Total das aplicações dos recursos 15.962.159,22 418.088,03 15/06/2001, foi criado por desmembramento da Sociedade de Ensino Transf.p/Desmembr. 18.056,31 43.301,58 - Móv.e Utens. (137.851,74) – (137.851,74) Ajuste de exercicio anterior e Beneficência; o Instituto Trínitas, Entidade Religiosa e, Rede de (14.392.347,69) (275.748,82) – 734.444,52 734.444,52 Aum. ou (red.) capital circul. líq. Solidariedade, que tem por finalidade promover a assistência social e Superávit do Exercício Demonstração da Variação do beneficente. A Sociedade de Ensino e Beneficência após o Saldo em Capital Circulante Líquido 31/Dez/2005 18.373.661,01 752.500,83 19.126.161,84 desmembramento tem a finalidade de prestadora de serviços na área (14.111.435,21) 1.034.279,32 de educação. A Reforma geral do Estatuto foi registrado no 4º Regis- As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis ATIVO CIRCULANTE No Inicio do Exercício (30.855.017,36) (29.820.738,04) tro de Pessoa Jurídica sob nº 0433046 em 18/09/2001. 2. Apresenta- … continuação da Nota 5. Ativo permanente No Final do Exercício 16.743.582,15 30.855.017,36 ção das Demonstrações Contábeis – As demonstrações contábeis Conta 2005 2004 (280.912,48) (1.310.028,14) foram elaboradas de acordo com a Lei das Sociedades por Ações Instalações e Benfeitorias 606.517,77 607.001,55 PASSIVO CIRCULANTE No Inicio do Exercício 2.071.741,97 761.713,83 nº 6.404/76, Resolução nº 877/00 do CFC, e demais disposições com- Outros itens 1.247,50 1.247,50 No Final do Exercício (2.352.654,45) (2.071.741,97) plementares, sendo os principais critérios apresentados a seguir. (-) Depreciação Acumulada (1.370.054,24) (1.116.587,61) Variações (14.392.347,69) (275.748,82) 3. Principais práticas contábeis – a) apuração do resultado: conforme regime de competência; b) aplicações financeiras: foram re- 6. Receitas Antecipadas – Representa anuidades recebidas por As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis conhecidas pelo regime de competência; c) contas a receber: foram ocasião da matrícula, relativas ao ano seguinte. 7. Heranças das ter filantrópico, conforme resumido no quadro a seguir: reconhecidas em função da realização da receita; d) provisão para associadas – Representa valores recebidos pela Entidade, de- RECEITA 2005 2004 créditos de liquidação duvidosa: constituída em montante conside- correntes de herança recebida pelas associadas. 8. Patrimônio Receitas Escolares 16.357.988,62 15.964.929,90 rado suficiente para absorver possíveis perdas; e) Imobilizado: avali- social – Composto pelos superávits/déficits acumulados ao longo Receitas Patrimoniais 861.900,92 810.727,06 ado pelo custo de aquisição, deduzido da depreciação acumulada, dos exercícios anteriores, cujos valores foram reinvestidos na am- Receitas Financeiras 4.261.456,69 5.794.118,55 calculada pelo método linear; f) Provisões: a provisão de férias foi pliação e manutenção dos objetivos sociais da entidade, seja na Contribuições e Donativos 242.194,36 332.554,94 constituída sobre os direitos adquiridos, acrescidos dos encargos ampliação e manutenção de suas instalações ou na prestação de Recuperação de Despesas 11.409,36 32.136,64 sociais, até dezembro de 2004; g) Gratuidades: as gratuidades rela- seus serviços. O superávit do exercício esta sendo mantido em Base de Cálculo 21.734.949,95 22.934.467,09 tivas a assistência educacional, assistência social e a projetos conta especifica enquanto não aprovado pela assembléia das as- 20% de Gratuidades 4.346.989,99 4.586.893,42 assistenciais, educacionais e culturais são registradas em contas sociadas, após a sua aprovação será transferido definitivamente Custo Aplicado em Gratuidades 3.186.249,51 3.059.458,76 específicas de despesas. 4. Contas a receber – Credito decorrente para a conta Patrimônio Social. 9. Ajustes de exercícios anterio- Aplicação – Gratuidades Escolares 1.426.274,56 2.372.290,07 res – Refere-se basicamente a apropriação a maior de despesa de aplicação financeira no Banco Progresso. Aplicação – Assistência Social– com encargos em 2004. 10.Transferências por desmembramento 5. Ativo permanente Desps.com Projetos 1.759.974,95 687.168,69 – Transferências realizadas no período para conclusão do procesConta 2005 2004 Percentual de Gratuidades 14,66 13.34 Imobilizado 4.673.550,15 5.112.845,43 so de desmembramento iniciado em 2001. 13. Despesas com programas assistenciais – Compreendem a Imóveis 2.606.717,82 2.795.871,73 11. Doações 2005 2004 totalidade dos custos incorridos, na promoção de projeto de assisVeículos 163.624,26 158.846,42 tência social desenvolvidos em diversos estabelecimentos da Enti242.194,36 332.554,94 dade. São mantidos critérios de avaliação social para concessão e Móveis e utensílios Diversos 1.495.944,43 1.562.078,24 Doações recebidas 242.194,36 332.554,94 manutenção das gratuidades. Os benefícios são concedidos na forMáquinas e equipamentos 195.115,50 165.274,04 Total Computadores e periféricos 373.228,35 340.793,36 12. Demonstrativo de cálculo das aplicações em gratuidades e ma de prestação gratuita de serviços de assistência social, desenBiblioteca 342.432,68 341.931,85 programas de assistência social – Em atendimento aos seus ob- volvidas em núcleos beneficentes, através de projetos específicos. Instrumentos musicais 122.488,87 111.984,97 jetos estatutários e em aderência aos preceitos estabelecidos no 14. Seguros – Como medida preventiva a Instituição, em função de Direito de uso telefone 4.253,90 11.822,07 inciso VI do artigo 3º do Decreto nº 2536/98, a entidade aplicou análises administrativas de risco, adota a política de contratar coDireito de uso de software 132.033,31 132.581,31 recursos em projetos de assistência social e outras ações de cará- bertura de seguros contra incêndios e riscos diversos. Maria José Vieira – CRC.1SP114.385/O-2 Maria Percila Vieira – Presidente – CPF 670.292.057-15 Parecer dos Auditores Independentes 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas bra- rágrafo 1, representam adequadamente, em todos os apectos relesileiras de auditoria e compreenderam: (a) o planejamento dos tra- vantes, a posição patrimonial e financeira da Sociedade de Ensino Ilmas. Sras. Diretoras da Sociedade de Ensino e Beneficência balhos, considerando a relevância dos saldos, o volume das transa- e Beneficência, em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, o superáSão Paulo – SP 1. Examinamos os balanços patrimoniais da Sociedade de Ensino ções e o sistema contábil e de controles internos da Entidade; (b) a vit/déficit de suas operações, as mutações de seu patrimônio social e Beneficência, levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004, e constatação com base em testes, das evidências e dos registros e as origens e aplicações de seus recursos referentes aos exercícias respectivas demonstrações do superávit/déficit, das mutações do que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e os findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, corres- (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais repre- adotadas no Brasil. São Paulo, 26 de abril de 2006. Fabbri & Cia S/C Auditores Independentes pondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a sentativas adotadas pela Administração da Entidade, bem como da Marco Antonio de Carvalho Fabbri responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. CRC 2 SP 17245/O-0 Contador CRC 1 SP 148961/O-2 de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. 3. Em nossa opinião, as demonstrações contábeis referidas no pa-

SOCIEDADE DE ENSINO E BENEFICÊNCIA


quinta-feira, 27 de abril de 2006

Tr i b u t o s Nacional Empresas Finanças

DIÁRIO DO COMÉRCIO

PÃO DE AÇÚCAR LIDERA RANKING DA ABRAS

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10,1

por cento foi a queda, em março, nas vendas dos supermercados sobre igual mês de 2005.

EM 2005, OS CINCO PRIMEIROS COLOCADOS CONCENTRARAM 40,5% DO FATURAMENTO TOTAL DO SETOR

ABRAS DIVULGA OS MAIORES SUPERMERCADOS Newton Santos/Hype

O João Carlos de Oliveira, presidente da Abras: destaque para investimentos em novas lojas, ampliações e contratações

Pior trimestre em cinco anos

A

s vendas do setor de supermercados caíram 10,1% em março ante o mesmo período do ano passado, já descontada a inflação, segundo o Índice Nacional de Vendas da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Na comparação com o mês de fevereiro, houve aumento de 6,25%. Apesar disso, o desempenho acumulado passou de queda de 1,5% até fevereiro para queda de 4,83% no primeiro trimestre de 2006 sobre igual período do ano passado. O trimestre foi apontado como o pior dos últimos cinco anos pelo presidente da entidade, João Carlos de Oliveira. Segundo ele, o encolhimento

das vendas no setor se deu por um efeito sazonal, já que a Páscoa, neste ano, ocorreu no mês de abril, ao contrário do ano passado, quando foi em março. "Pelo menos três pontos percentuais foram resultado dessa transferência de datas. Os demais fatores foram econômicos, já que os juros continuam altos e o consumidor está com menos poder de compra por conta de dívidas adquiridas no fim do ano." Ele acredita que esse quadro poderá ser facilmente revertido no mês de abril, justamente por causa da Páscoa. "Neste ano está ocorrendo exatamente o inverso de 2005, quando começamos bem e o resultado positivo foi se dissolvendo ao

longo do ano e fechamos com um crescimento pequeno. Por isso estamos confiantes de que esse quadro será revertido em breve", comentou Oliveira. A antecipação do reajuste do salário mínimo para o mês de abril também é outro aspecto que promete favorecer o melhor desempenho do período, de acordo com Oliveira. Preços – Os preços vigentes em março registraram aumento real, descontada a inflação, de 0,84% ante o mês anterior. A cesta subiu de R$ 191,34 em fevereiro para R$ 192,14. Quando comparada a março de 2005, houve queda real de 7,54%. No primeiro trimestre, a cesta caiu 2,79% enquanto o IPCA cresceu 1,44%. (MR)

grupo Pão de Açúcar é o líder absoluto das redes de supermercados brasileiras, de acordo com o ranking anual que a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) divulgou ontem, em São Paulo. O levantamento, feito em parceria com a ACNielsen, toma como base o desempenho de 500 empresas que tiveram faturamento mínimo de R$ 100 mil em 2005. Com vendas de R$ 16,16 bilhões, o grupo Pão de Açúcar abocanhou 15,2% do mercado, contra 11,8% do segundo colocado, o Carrefour, que faturou R$ 12,54 bilhões no ano passado. Bem próximo, o Wal-Mart ficou em terceiro lugar, com vendas de R$ 11,73 bilhões e participação de mercado de 11%. As demais redes – incluindo a quarta colocada, a Cia Zaffari Comércio e Indústria, e a quinta, a GBarbosa Comercial Ltda. – tiveram faturamento abaixo de R$ 1,4 bilhão e participação em torno de 1%. Concentração – As vendas dos supermercados no ano passado atingiram R$ 106,4 bilhões, com crescimento de 7,8% em termos nominais e de 0,9% em termos reais (descontada a inflação), sobre 2004. Sozinhas, as cinco maiores empresas do setor representaram 40,5% do mercado e um faturamento de R$ 43,08 bilhões. O presidente da Abras, João Carlos de Oliveira, destacou o aumento no volume de investimentos, principalmente na

abertura de lojas e na ampliação e reforma das já existentes, além do maior volume de contratações em relação a 2004. Segundo a pesquisa, os investimentos das redes de supermercados cresceram 85,1% entre 2004 e 2005, evolução que deve ficar em 63% neste ano. De acordo com a Abras, o número total de lojas aumentou 1,3% no período, para 72.884 unidades. O quadro de funcionários cresceu 1,6%, totalizando 800.922 trabalhadores. Também se confirmou a tendência de expansão das lojas de 250 metros quadrados, que representam 45,6% do total em operação no País. Isso já tinha ocorrido em 2004, quando a participação de lojas com esse perfil atingiu 42%. Fidelização – Quanto aos meios de pagamento, os car-

tões de crédito próprios das redes, os private labels, atingiram o maior índice de participação já registrado: 17,3%, contra 13,2%, em 2004. O pagamento em dinheiro permanece em primeiro lugar, mas a participação caiu de 32% em 2004, para 29% em 2005. Os cartões de crédito de terceiros mantiveram-se em segundo lugar, com 19,4% dos pagamentos. Outro destaque foi o aumento de contratações de pessoas com necessidades especiais e de terceira idade, que cresceram 72% em relação a 2004. O levantamento apurou ainda que 52% das redes de supermercados realizaram ações de responsabilidade social. O maior investimento nesse segmento foi em alimentação, seguido por cultura e educação. Márcia Rodrigues


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Senado Planalto Caixa 2 Eleições

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira 27 de abril de 2006

Primeiro me cassaram com 'ss' e agora querem me caçar com 'ç'? José Dirceu

CONVOCAÇÃO PELO MP IRRITA EX-MINISTRO

Carlos Moraes/AE

DIRCEU DISSE QUE É 'CAÇADO' PELA MÍDIA conhecimento – já é a terceira entrevista do promotor público e eu não fui notificado – de que eu estou sendo investigado pela morte de Celso Daniel", afirmou, para estudantes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Imposição – Segundo ele, o caso foi reaberto por imposição da família do prefeito assassinado, "e principalmente da mídia", com "parcela do Ministério Público de São Paulo". "Eu fui acusado por um dos irmãos do Celso de ter recebido R$ 1,2 milhão do Gilberto Carvalho, que teria dito a ele (Carvalho nega o episódio). O STF não impediu, pelo foro privilegiado que eu tinha, a ação investigatória do MP, que me denunciava. O Supremo decidiu no mérito e o MP não recorreu." Dirceu também ironizou a atuação do promotor Roberto Wider Filho que, segundo ele, "dá uma grande notícia". "Porque tem que fazer a ligação entre o José Dirceu que recebeu R$ 1,2 milhão, o assassinato de Celso Daniel, o valerioduto", disse. "Então, como o Aristides Junqueira, um advogado que

O ex-ministro e deputado cassado, José Dirceu, participa de seminário "Mídia da Crise ou Crise da Mídia?", na UFRJ.

foi procurador - geral da República, recebeu, sem saber, evidentemente, um recurso de origem ilegal que supostamente teria vindo das contas do Marcos Valério, ele é meu advogado, portanto tenho que ser investigado. Só que ele nunca foi meu advogado, porque nunca fui processado, o Supremo trancou a ação." O ex-ministro também se queixou da suposta "perseguição" que estaria sofrendo, movida por parte da mídia. Perseguição – "Não querem me deixar trabalhar. Qualquer atividade minha é suspeita. Não posso dar consultoria, não posso advogar, a minha

empresa (José Dirceu e Associados) é de fachada, quando todos nós que prestamos serviços, quando desativamos empresa, colocamos endereços residenciais, evidentemente, não vou pagar um local comercial fechado. Mas transformaram uma empresa que fechei, porque não poderia continuar atuando porque era deputado, em empresa de fachada." Em tom exaltado, afirmou que "só no período da Oban, do Doi-Codi (órgãos de repressão da ditadura militar) a imprensa brasileira desceu tanto. "Porque a imprensa brasileira apoiou a repressão, a tortura, o assassinato, encobriu as ações

dos órgãos de repressão, e não fez autocrítica até hoje disso". Governo Lula - Na palestra "Mídia da Crise ou Crise da Mídia?", no Centro de Filosofia e Ciência Humanas do campus da UFRJ na Praia Vermelha, Dirceu voltou a se declarar inocente das acusações do' mensalão'. Disse ainda que a imprensa brasileira toma partido: "Serra não fez campanha para prefeito, a imprensa o elegeu", afirmou Dirceu. Ele ainda acusou a mídia de tentar ajudar a derrubar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva " a pretexto de combater a corrupção –e existe muita corrupção na administração

pública brasileira – e a pretexto de combater o caixa 2". Caixa 2 – O ex-ministro também afirmou que "o caixa 2 está desmoralizado", quando "o líder do PSDB na Câmara (Jutahy Júnior, da Bahia) vota a favor da absolvição do Roberto Brant e diz "caixa 2 é crime eleitoral punível com multa, caixa 2 não é crime que leve a quebra do decoro parlamentar..." Para ele, por isso a Câmara não cassou ninguém. Apesar de algumas vaias, Dirceu foi muito aplaudido e cumprimentado. Ao sair, não deu entrevistas, mas posou para fotos com estudantes, principalmente mulheres. (AE)

Capataz condenado a 18 anos de prisão pela morte de missionária

O

capataz de fazenda Amair Feijoli da Cunha, o Tato, foi condenado ontem por um júri, formado por cinco homens e duas mulheres, a 27 anos pela morte da missionária Dorothy Stang, em 12 de fevereiro de 2005, em Anapu (PA). Mas, por colaborar com a Justiça, com o benefício da delação premiada, a pena de Cunha foi reduzida para 18 anos de prisão. O resultado, anunciado pelo juiz Cláudio Montalvão das Neves, foi comemorado por familiares da vítima, ativistas de direitos humanos e agricultores, que estavam na praça em frente ao Tribunal de Justiça, em Belém. Em seu depoimento, Cunha voltou a confirmar o que dissera na fase de instrução do processo, apontando os fazendeiros Regivaldo Pereira Galvão, o Taradão, e Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, como

Mario Quadros/AE

Condenação de Cunha foi comemorada por familiares de Dorothy.

mandantes do crime. Choro – Durante a exibição, em DVD, de seu depoimento prestado à Polícia Federal, Civil e a representantes do Ministério Público do Estado, Cunha começou a chorar e cobriu o rosto com as mãos. Do lado de fora do prédio do TJ, mais de 200 agricultores vindos de Anapu gritavam "assassino,

assassino". Cunha disse que Galvão e Moura pagariam R$ 50 mil aos pistoleiros Rayfran das Neves e Clodoaldo Batista, já condenados. O acusado também confirmou a frase dita por Galvão a Moura: "Enquanto não se der o fim nesta mulher ( Dorothy), nós não vamos ter paz nestas terras de Anapu". (AE)

Renata Carvalho/A Tarde/Folha Imagem

C

om ataques ao Ministério Público Estadual (MPE) de São Paulo e à Imprensa, o ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu respondeu ontem à notícia, divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo, de que está convocado a prestar depoimento no dia 4 de maio no inquérito que investiga a morte do prefeito Celso Daniel e denúncias de corrupção na prefeitura de Santo André, em 2002. "Todo dia que levanto, eu me pergunto: primeiro me cassaram com 'ss' e agora querem me caçar com 'ç'?", disse. José Dirceu, que teve seu mandato de deputado federal cassado no ano passado sob acusação de ter chefiado o 'mensalão', afirmou não ter recebido nenhuma notificação de que está sendo investigado "pelo assassinato de Celso Daniel" e acusou o MP de se exceder, ao fazer uma investigação para a qual não tem poderes. O Ministério Público Estadual suspeita que parte dos R$ 100 milhões movimentados foi para o PT e passou por Dirceu. "Hoje, abri o jornal e tomei

PROTESTO – Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) fazem ato de protesto contra a reintegração de posse concedida à Suzano Papel e Celulose na fazenda Céu Azul, na cidade de Teixeira de Freitas (Bahia). A propriedade foi invadida no último dia 16.


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Nacional Tr i b u t o s Empreendedores Empresas

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 27 de abril de 2006

Dez funcionários fazem mais de 5 mil doces árabes todos os dias

CHICO ACUMULOU PATRIMÔNIO DE R$ 400 MIL

Luiz Prado/Ag. Luz

EMPREENDEDORES Chico chegou a perder US$ 250 mil devido à concorrência na fabricação de pães árabes

Empenho levou o empresário a ser um grande comerciante do ramo

UM NORDESTINO DAS ARÁBIAS

Q LETREIRO

A

lém de fazer parte do apelido de seu proprietário, Francisco das Chagas Neto, o Chico, as iniciais CH apareceram em dois momentos na vida do empreendedor. Um aviso? Quando comprou o seu primeiro carro, uma Variant, a placa trazia as duas letras. Anos depois, adquiriu outro automóvel, cujo modelo não se recorda. Da memória sobrou somente um grande adesivo colado no vidro de trás. Era um peão de rodeio e, de novo, a inscrição CH. O "& Cia." decorre da parceria feita com o seu irmão. (SP)

uando se alcança um lugar ao sol no mundo dos negócios depois de ter passado fome, o gosto da vitória tem sabor de mel. E essa é uma das matérias-primas que Francisco das Chagas Neto, ou simplesmente Chico, proprietário da CH & Cia., prova antes de produzir 5 mil unidades de doces árabes diariamente. O destino de sua produção inclui quase todos os restaurantes e empórios especializados na culinária árabe da região da Rua 25 de Março, em São Paulo, passando pelas tradicionais casas Folha de Uva, Jacob, Raful, Empório Sírio, Ponto Árabe e Confeitaria Pagé. São cerca de 40 tipos de doces, como os famoso haleu, feitos quase que artesanalmente em uma cozinha instalada na Vila Cisper, na zona leste. De lá também saem os principais pratos da cozinha árabe, já que a CH & Cia. também aceita encomendas para festas e grandes eventos. Dono de um bom-humor que encanta, Chico credita parte do sucesso de sua empreitada à qualidade dos produtos que comercializa e ao atendimento rápido. "O segredo para meus doces ficarem gostosos é fazer com prazer e amor", acrescenta. Entretanto, antes de se tornar conhecido no mundo da culinária árabe, o empreendedor teve de enfrentar vários obstáculos. Ganhou e perdeu muito dinheiro no ramo, apostou e foi vencido pela concorrência, mas sem nunca perder o medo de correr riscos. Migração Nascido no Rio Grande do

Norte e criado na cidade de Iguatu, no sul do Ceará, Chico abandonou a roça para tentar a sorte na cidade grande em março de 1977. "Trabalhei seis dias como servente de pedreiro e 28 dias em uma padaria, até contrair uma pneumonia", recorda. Dez dias depois de vencer a doença, saiu à rua para procurar trabalho. Não comia havia três dias. A primeira oportunidade que surgiu, aceitou sem pestanejar. Era na Oriente House, uma casa árabe no Brás, que hoje leva o nome de Papai Halim. Lá, perguntaram-lhe quanto pretendia ganhar. A resposta veio seca. "Por enquanto, o senhor me dá comida, mais tarde a gente conversa", lembra Chico. Depois de 2 anos e meio, a conversa acabou na proposta feita pelo dono do restaurante, um libanês, para que Chico iniciasse seu próprio negócio. O então dono da Oriente House lhe vendeu o maquinário de que necessitava para fabricar os doces. Antes disso, entretanto, o cearense de coração foi um aprendiz exímio. Como não tinha amigos, parentes e vícios, além do fato de morar próximo ao local de trabalho, passava boa parte do tempo no restaurante ajudando na faxina e lavando bandejas. E sempre que alguém faltava, ele era chamado para substituir. "A partir das 15 horas, ajudava o doceiro em tudo. E das 20 horas até meia-noite, participava da fabricação de pães", recorda. Conheceu os segredos da culinária e de aprendiz virou um mestre. Oportunidades Como todo bom empreendedor que se preze, o dono da CH & Cia. parece enxergar as oportunidades de longe, mesmo que as mesmas representem riscos. Em 1990, por exemplo, deixou de lado a produção de doces para se dedicar à fabricação de pão árabe. Na época, o produto, que era feito de forma artesanal, estava em falta no

mercado. Mas o sonho transformou-se em pesadelo quando o seu pão começou a perder mercado para a tecnologia. Explica-se: um concorrente de peso entrou no seu caminho com um maquinário de alta potência, derrubando mão-de-obra e vendendo o produto praticamente com preço 40% menor. Outro obstáculo foi o fato de o concorrente ter desenvolvido um produto com prazo de validade de oito dias, cinco a mais do que o pão fabricado por Chico. "Eu quebrei. Perdi na época US$ 250 mil. Tive de acertar as contas com meus 20 funcionários", lembra. Recomeço Sem fábrica de pão, doce e empregados, foi trabalhar no Clube Homs, de 1992 a 1994, na lida com a culinária árabe. Sem muita opção, o patrão virou empregado. Mas o tino para o comércio veio à tona novamente em abril de 1995, quando decidiu recomeçar com um capital inicial de R$ 1 mil. A fabricação dos doces era feita na parte da noite e o dia era reservado para as entregas. Nessa época, a produção era de 500 doces por dia. Em pouco tempo, recuperou a freguesia que havia perdido, comprou um terreno na Vila Cisper, na zona leste, construiu sua casa e um pequeno salão embaixo, onde atualmente funciona sua cozinha. Hoje, o pequeno empreendedor tem uma equipe com 10 funcionários e informa, orgulhoso, a conquista de patrimônio de R$ 400 mil. Outro detalhe curioso que faz questão de ressaltar é que entre os seus colaboradores está o senhor José, um mineiro de 56 anos, ex-doceiro da antiga Oriente House, com quem Chico aprendeu a fabricar suas guloseimas. "Foi meu professor e está comigo há oito anos, depois de passar por várias casas, entre elas a rede de lanchonetes Habib's", informa, com orgulho. Silvia Pimentel

SEGREDO

PEDRA

ara o proprietário da CH & Cia., Francisco das Chagas Neto, em todo comércio, o maior segredo é saber gastar. É por esta razão que ele procura adquirir a matéria-prima para seus doces diretamente do distribuidor, em grandes quantidades. "Às vezes, podemos achar que estamos ganhando quando, na realidade, estamos gastando muito." Além disso, "todo empreendedor deve saber administrar e organizar seu negócio", ensina. (SP)

m 1991, a CH & Cia. enfrentou uma das piores crises desde que foi criada, com a entrada de um concorrente de peso no mercado de pães árabes. O produto concorrente tinha um preço 40% inferior ao da CH, em função de ser industrializado. Além disso, foi lançado com aditivos que permitiam uma durabilidade de oito dias, cinco a mais que o pão artesanal feito pelo empresário Francisco das Chagas Neto. (SP)

P

E

Chico: antigo patrão ensinou todos os detalhes da produção artesanal

Produtos da CH & Cia vão para restaurantes da região da 25 de Março

Doces diversos produzidos pela fábrica do empreendedor

CABECEIRA

Cálculos sob controle

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m dos principais entraves para os pequenos empreendedores do País é a administração das contas da empresa. Calcular custos de matéria-prima, o pagamento dos encargos, de tributos, de funcionários e, ainda, estimar a margem de lucro para cobrir as contas e ter uma certa folga para reinvestir no negócio pode ser motivo de noites de sono perdidas ou, até mesmo, um pesadelo para empresários de pequeno porte. De forma didática e simplificada, Dejaime C. de Oliveira, autor de Administre as Finanças de sua Empresa (Editora Futura), ajuda o empreendedor a trilhar o

caminho dos números, fórmulas e balancetes do mundo empresarial. Um pouco de matemática financeira para quem sabe que gerenciar um negócio e determinar preços não é só uma questão de tentativa e erro. Dora Carvalho Divulgação

Empresário que passou fome ao chegar a São Paulo descobriu os detalhes e prazeres da culinária árabe e hoje faz sucesso como fornecedor de doces para os principais restaurantes típicos da capital


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Nacional Finanças Empresas Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 27 de abril de 2006

DIA DAS MÃES DESTE ANO SERÁ EM 14 DE MAIO

O consultor Jayme Toscano pretende fazer aportes de R$ 1,8 bilhão na Varig em quatro fases.

LOJISTAS DE SHOPPING CENTERS E VAREJISTAS DE RUA ESTÃO ANIMADOS COM O DIA DAS MÃES 2006

FILHOS SALVAM VENDAS DO COMÉRCIO

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felicidade de mães e comerciantes está nas mãos dos filhos. Basta que eles decidam comprar. E a expectativa dos lojistas aponta para um resultado positivo. A Associação Brasileira dos Lojistas dos Shoppings (Alshop) estima que haja aumento de até 7% nas vendas neste Dia das Mães em relação à data do ano passado. Segundo o presidente da Alshop, Nabil Sahyoun, os números podem ficar ainda mais atraentes se o frio aparecer. "Muita gente prefere presentear as mães com itens de vestuário. O tempo mais frio é um convite às compras", diz. Sahyoun analisa que o crescimento previsto poderia ser maior. Mas ele explica que a elevada taxa de juros, o baixo poder aquisitivo da população e o alto índice de desemprego atrapalham. "O ideal seria que a elevação no faturamento chegasse a 12% em relação ao Dia das Mães de 2005." Entre os presentes preferidos, na avaliação do presidente da Alshop, estão o aparelho de TV (em razão da Copa do Mundo), os telefones celulares e os itens de vestuário. "A camada da população que ganha um salário mínimo prefere comprar lembrancinhas." Entre os shoppings, a previsão é de crescimento nas vendas. O ABC Plaza espera que o faturamento aumente 14%; o Shopping D, 12%; e o Shopping Ibirapuera deve apresen-

Leonardo Rodrigues/Hype

tar alta que pode chegar a 12%, além de um aumento no fluxo de clientes próximo a 8%. O investimento dos shoppings em todo Brasil, para atrair a população no Dia das Mães, será 5% superior ao montante registrado em 2005. Lembrancinhas – A expectativa da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), porém, não é tão otimista. Segundo pesquisa da entidade, 37% das pessoas consultadas disseram que não vão comprar no

O principal setor a se beneficiar com a data é o de confecções. O aumento de vendas no comércio de rua deverá ser de 6%. Ruy Nazarian Dia das Mães. Mas 32% pretendem presentear com lembrancinhas e 22% vão optar pelos bens duráveis , como TVs, DVDs e eletrodomésticos. "O Dia das Mães será comemorado com pequenos presentes, não será muito diferente do Natal de 2005", diz o economista da ACSP, Emílio Alfieri. Para ele, os comerciantes terão mais tempo para convencer o cliente a gastar, já que em 2005 a data caiu no começo de maio e neste ano será no dia 14. "A expectativa é de alta de 5%

em relação ao Dia das Mães de 2005", afirma Alfieri. Para ele, a data vai "levantar" o ano do comércio. As consultas ao Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) tiveram aumento real inferior a 3% a cada mês, entre janeiro e abril, em relação aos mesmos meses de 2005. Em maio, Alfieri destaca que o crescimento deve ser de até 5%. "Mas os lojistas precisam ter cautela com a inadimplência. Os dados mostram pequena alta nos índices de contas em atraso." Comércio de rua – Os comerciantes que têm pontosde-vendas nas ruas estão otimistas. "O aumento no faturamento deve chegar a 6%. O principal setor a se beneficiar com a data é o de confecções. É um bom índice, levando em consideração as altas taxas de juros", afirma o presidente do Sindicato dos Lojistas do Comércio de São Paulo (Sindilojas), Ruy Nazarian. Segundo ele, a população aprendeu a separar a crise política do dia-adia. Por isso, o faturamento não será prejudicado. Dicas – Os comerciantes devem dar atenção especial à decoração da loja. De acordo com a proprietária da Opus Design (empresa especializada em comunicação estratégica de varejo), Kátia Bello, é preciso caprichar na ambientação, e escolher alguns locais estratégicos do ponto para demonstrar os produtos. Neide Martingo

Decoração caprichada e mais dias úteis para convencer o consumidor a gastar devem acelerar as vendas

O segundo Natal do ano

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s especialistas em varejo são unânimes em afirmar que o Dia das Mães é a segunda melhor data do ano para o comércio. Por trás dessa tendência, há uma explicação: "Nós ainda vivemos numa sociedade machista, em que a mãe cria, dá carinho; enquanto o pai é o provedor", explica a psicóloga e psicoterapeuta Olga Tessari. Segundo ela, a relação dos filhos com a mãe é mais profun-

da e intensa, comparada à dos pais. "A mãe sempre dá um jeito nas situações e consegue satisfazer o desejo da prole. O pai entra, na maioria dos casos, para dar limite." Mas Olga afirma que as coisas estão mudando, já que muitos pais estão dividindo as tarefas caseiras com as mães, que também trabalham fora. "Daqui a dez ou 15 anos o Dia dos Pais fará tanto sucesso no comércio quanto o das Mães. A participação dos

homens na vida das crianças não pára de crescer." A psicóloga Suzy Camacho analisa que o presente dos filhos para as mães é a materialização do amor e a entrega que elas dispensaram durante toda a vida. "É a maneira encontrada de compensar a figura que sempre esteve perto, dando carinho e abdicando, às vezes, das próprias vontades", explica Suzy. "Mãe é uma unanimidade." (NM)

CONSUMIDOR MENOS OTIMISTA

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piora no mercado de trabalho e o ambiente turbulento na política derrubaram a confiança do consumidor em abril. É o que mostra o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), divulgado ontem pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O índice registrou queda de 3,4% ante março, que já havia apresentado recuo de 1%. Foi o pior resultado desde a criação do indicador, em setembro do ano passado. Na avaliação do economista Aloisio Campelo, da FGV, o resultado comprova a insatisfação do consumidor com a situação atual e o pessimismo em relação aos próximos meses.

Para exemplificar essa avaliação, o economista lembrou que o ICC é dividido em dois indicadores: o Índice de Situação Atual, que teve taxa negativa de 3,4% em abril, ante aumento de 0,9% em março; e o Índice de Expectativas, com queda de 3,3% em abril, ante retração de 2,1% em março. Ao detalhar o cenário de abril, Campelo observou que a evolução do mercado de trabalho é uma das grandes influências no humor do consumidor. Os últimos resultados anunciados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deixaram o brasileiro cauteloso quanto ao futuro, de acordo com o técnico. "A taxa

de desemprego, que estava caindo, voltou a subir." No caso do ambiente político, o economista afirmou que o cenário turbulento foi citado várias vezes, de forma espontânea pelos entrevistados, como motivo para a piora. Esperado – Segundo Campelo, o humor do consumidor nos primeiros meses do ano sempre é mais otimista. A comparação com resultados mais positivos, nos primeiros meses, pode ter conduzido a uma queda mais intensa na confiança em abril. Apesar desses efeitos sazonais, Campelo disse que as notícias negativas contribuíram para a queda do indicador no mês. (AE)

Varig tem nova proposta de compra

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oi protocolado ontem, na 8ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, o projeto de investimento na Varig apresentado pelo consultor Jayme Toscano, por intermédio do advogado Nelson Machado. O plano prevê a compra da Varig, Rio Sul e Nordeste com aporte de recursos e acerto de contas com credores, impostos e funcionários. No total, é previsto US$ 1,889 bilhão em aportes a serem feitos em quatro fases. A engenharia financeira prevê emissão de debêntures conversíveis em ações das três empresas, que serviriam como garantia para o financiamento, que pode ser pago em 15 anos. A primeira parcela prevê US$ 500 milhões de empréstimo para capital de giro em até 30 dias após a assinatura do memorando de entendimentos (prevista para maio, segundo o documento que detalha o plano). Em 60 dias após a assinatura serão creditados US$ 600 milhões para pagamento de uma parte dos credores e funcionários. Também para esse fim, outros US$ 400 milhões seriam enviados até 90 dias após o acerto. Em outubro de 2006, os investidores injetariam mais US$ 389,6 milhões para pagar credores e funcionários. Simultaneamente ao pro-

cesso, os investidores representados por Toscano, e cujos nomes ele não revelou, fariam uma investigação nas contas das empresas da Varig com previsão de perdurar por 180 dias. Os investidores teriam duas opções: assumir o controle da companhia aérea ou organizar o sistema de co-gestão com os atuais proprietários. "Caso os patamares do passivo estejam dentro do planejado, faremos a opção de assumir o controle; caso optemos por não assumir o controle, os recursos até então aportados continuarão como financiamento", informa o relatório. Perfil – Segundo o documento, o consultor Jayme Toscano é físico e administrador de empresas. Tem 60 anos, é casado, pai de quatro filhos e atuou por 40 anos na área de telecomunicações. Desde 93, atua como consultor na área financeira de projetos de riscos, adquirindo e vendendo o controle de empresas e participando como co-gestor. Infraero – Apesar de respaldada pela Justiça, a Infraero decidiu não impedir a Varig de voar pela falta de pagamento das taxas aeroportuárias. Ontem, o presidente da Infraero, tenente-brigadeiro José Carlos Pereira, disse que recebeu "li-

berdade do governo para tentar fazer o possível". Com a corda no pescoço, a Varig – que havia conseguido na Justiça liminar para não pagar a taxa, posteriormente cassada – vai voltar a negociar com a estatal. "Não temos condições de pagar, vamos tentar um acordo. O caminho natural é conversar com a Infraero e depois analisarmos a questão jurídica", afirmou o presidente da Varig, Marcelo Bottini, após reunião com parlamentares. A Varig deve R$ 113 milhões à Infraero e deveria fazer pagamentos diários de R$ 900 mil a partir de hoje, referentes a taxas portuárias. A Infraero, que poderia impedir que os aviões da empresa decolassem sem o pagamento da tarifa, decidiu tentar um acordo. "Todas as negociações são possíveis. Quanto a Varig pode pagar? Podemos conversar, mas é preciso ter respaldo jurídico para ajudar a empresa no limite da lei", afirmou o tenente-brigadeiro. O ministro da Defesa, Waldir Pires, também compareceu à discussão dos parlamentares sobre a Varig, mas disse que não estava lá "para manifestar a posição do governo". Contudo, ele não explicou o motivo de sua presença. (Agências)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.LOGO Estados Unidos e Europa têm fábricas de energia nuclear. O Brasil também tem, por que o Irã ou qualquer outro país não pode ter? Do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, em entrevista coletiva ontem, no Brasil. Leia mais em Economia

quinta-feira, 27 de abril de 2006

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ABRIL Dia do Sacerdote Dia da Empregada Doméstica

A UTOMÓVEIS I NGLATERRA

Urbanamente correto

Londres com medo da arte Uma artista performática inglesa provocou um grande alerta de segurança em Londres, ontem, ao deixar cinco pacotes, um deles com pregos despontando para fora, em uma região movimentada da cidade durante o horário do rush da manhã. A mulher, que não foi identificada pelas autoridades, relatou aos policiais que havia posicionado estrategicamente os "dispositivos" ao longo de Shepherd's Bush e Hammersmith Grove - centros importantes de trânsito e transporte, abarrotados de pessoas indo trabalhar. A polícia, temendo uma nova

versão dos ataques suicidas de julho do ano passado, enviou rapidamente uma unidade antibomba ao local e isolou a área. Depois que a mulher foi à polícia e se responsabilizou pelo incidente - cerca de uma hora depois do alerta -, a operação foi reduzida, já tendo causado confusão para milhares de passageiros. "A mulher, que é da região de Shepherd's Bush e se descreveu como uma artista, foi presa por perturbação da ordem pública e colocada sob custódia", disse uma porta-voz da polícia. Não foi divulgado o objetivo artístico dos pacotes.

I TÁLIA Fanceschi Gisone/Reuters

Código Da Vinci, na igreja de Pantaleão O governo italiano removeu ontem um outdoor do filme O Código da Vinci da igreja de São Pantaleão, em Roma (foto). O outdoor, do tamanho de uma tela de cinema, cobria todo o andaime de uma obra de reforma da igreja, patrocinada pelo Estado. Este tipo de publicidade é muito comum na Itália. Os clérigos expressaram oposição ao outdoor em função da trama do filme, que especula sobre um suposto casamento de Cristo com Maria Madalena.

BMW desenvolve carro anti-poluição e antiengarrafamento

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m carro ecológico, que reduz a poluição e é projetado para evitar congestinamentos é o sonho dos urbanistas. Mas o sonho está quase virando realidade. Foi apresentado esta semana, no Reino Unido, depois de três anos de pesquisas financiadas pela União Européia, o protótipo desse veículo que terá apenas um metro de comprimento. O minicarro foi desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Bath. O projeto reuniu nove sócios europeus, vinculados à indústria e a centros de pesquisa, entre os quais a empresa alemão BMW e o Instituto Francês de Petróleo de Vernaison. Com três rodas e o nome de Clever (inteligente, em inglês e também acrônimo de Compact Low Emission Vehicle for Urban Transport - Veículo

BMW/AFP

Compacto de Baixa Emissão para o Transporte Urbano), o minicarro consome 2,5 litros de gás para cada 100 quilômetros, cerca de um quinto do consumo de um carro convencional. As emissões de gás do Clever equivalem a um terço de um automóvel clássico. Se

fosse produzido em escala industrial, ele custaria entre 7.200 euros e 14.400 euros. Fácil de dirigir e estacionar, o veículo tem capacidade para o motorista e um único passageiro, sentado logo atrás do primeiro. A sua velocidade máxima é de 100 km/h.

B RAZIL COM Z

Cinema do Brasil na França O site francês especializado em cinema Comme au Cinéma destacou ontem a abertura do 8e Festival du Cinéma Brésilien de Paris, que termina no dia 2 e levará à histórica sala Arlequin, no centro de Paris, 21 filmes brasileiros inéditos na França. Em 2005, ano do Brasil na França, mais de 6 mil espectadores participaram do evento. Aspirantes a cineastas, alunos de duas escolas francesas de cinema julgarão os oito curta-metragens em exibição. Profissionais e público julgarão os longas Veneno da madrugada, de Ruy Guerra; Carreiras, de Domingos Oliveira; A Máquina, de João Falcão; Bendito fruto, de Sérgio Goldenberg, Árido movie, de Lírio Ferreira e Coisa mais linda, de Paulo Thiago. www.commeaucinema.com

A MBIENTE AFP

Eduardo Knapp/Folha Imagem

C IÊNCIA

Resistência à doença da vaca louca

Um feijão mais nutritivo do que o normal e que não provoca gases foi desenvolvido por pesquisadores venezuelanos. A idéia é evitar que as pessoas deixem de consumir esta rica fonte de nutrientes por temer seus efeitos colaterais antisociais. Para evitar a fermentação do feijão, os cientistas agregaram a ele a bactéria Lactobacillus casei, que diminui a quantidade de componentes que causa os gases e aumentar o valor nutritivo do alimento. A pesquisa foi publicada no Journal of the Science of Food and Agriculture.

Cientistas chineses clonaram uma vaca com células resistentes à doença da vaca louca. O nascimento do bezerro de 55 quilos na província de Shandong, é resultado do transplante de genes de vacas com uma estrutura de proteína resistente à doença. A pesquisa foi liderada pelos professores Dong Yajuan e Bo Xuejin. A televisão estatal chinesa relatou que o bezerro precisará passar por outros testes durante seu crescimento para verificar a eficiência dos genes transplantados.

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Crescei e multiplicai-vos

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Feijão sem efeitos 'anti-sociais'

NINGUÉM LEVA - Apesar do jogo tenso e dramático, Palmeiras e São Paulo terminaram o clássico de ontem no Palestra Itália, pela Copa Libertadores, sem muita comemoração. O empate por 1 a 1 adiou o ponto alto da batalha para a próxima quarta-feira, no Morumbi.

C A R T A Z L INGÜÍSTICA

Gramática aviária

ÓPERA

Arquivo DC

s mais simples normas de gramática, que há tempos acreditava-se serem uma das coisas que separam seres humanos de animais, podem ser ensinadas a passarinhos com u n s , s u g e re u m a n o v a pesquisa. O psicólogo Tim Gentner, da Universidade da Califórnia, em San Diego, precisou de um mês e cerca de 15.000 tentativas, usando comida como recompensa, para levar estorninhos a reconhecer o mais básico dos princípios da gramática. Mas o trabalho chocará os lingüistas. Embora muitos animais saibam rugir, rosnar e fazer barulho, há anos acredita-se que a chave para distinguir a capacidade para a linguagem está na gramática básica. Sentenças que contêm uma frase explicativa são algo que só seres humanos conseguem apreender, imaginavam os cientistas. Mas Genter conseguiu ensinar nove de um grupo de onze pássaros a reconhecer a canção com frases in-

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Caixeiro da Taverna, ópera inspirada em peça de Martins Pena (foto). Teatro São Pedro. Rua Barra Funda, 171. Telefone: 3667-0499. 20h30. R$ 10 a R$ 40.

Adeus a todas as dores

A companhia holandesa GRO Design criou uma scooter elétrica que pode ser uma solução eficiente, limpa e silenciosa ao transporte diário. Com uma poderosa bateria e tecnologia avançada, a Electroscoot é para quem faz o estilo hippie, mas ainda não tem preço definido. www.dexigner.com/product/

Seja ela aguda, crônica ou recorrente, o site da Sociedade Brasileira para Estudo da Dor pode indicar o caminho para se livrar da sua. Além de uma introdução sobre o tema, explicações sobre as causas mais comuns da dor e seus mecanismos, as técnicas de diagnóstico e os tratamentos mais indicados, o site também traz informações sobre prevenção e profissionais da área. Para estes, há um espaço específico com detalhes sobre eventos, cursos, regulamentos.

news-g7667.html

www.dor.org.br

A TÉ LOGO

o experimento com macacos, disse que o estudo de Gentner é importante, pois mostra que "alguns recursos cognitivos de que dispomos podem ser compartilhados com outros animais". Ainda assim, Hauser acredita que os pássaros estão muito longe dos humanos. Os estorninhos adquiriram uma gramática básica, mas não a semântica necessária para adquirir a capacidade de linguagem de que falava o trabalho dos dois.

Pela primeira vez nos 177 anos de história, o Supremo Tribunal Federal (STF) será comandado por uma mulher, que toma posse hoje. A ministra Ellen Gracie Northfleet, de 58 anos, exerce, interinamente, a presidência do STF há um mês, em substituição ao ministro Nelson Jobim, que se aposentou para tentar uma volta à carreira política. A mudança de administração já é notada na rotina do STF. A expectativa é de que Gracie nomeie nos próximos dias outras mulheres para cargos de chefia no Supremo e, em breve, deixe de ser a única ministra do sexo feminino no STF. L OTERIAS Concurso 614 da LOTOMANIA 10

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Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

River Plate vence o Corinthians por 3 a 2, no Monumental de Nuñez, Buenos Aires Morre o compositor Guilherme de Brito, o principal parceiro de Nelson Cavaquinho

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Scooter elétrica para descolados

seridas em 90% dos casos. Dois outros continuaram sem entender gramática. O pesquisador treinou os pássaros usando três botões. Quando um pássaro bicava um botão, o aparelho tocava diferentes versões de canção, algumas com frases inseridas, outras sem. Se reconhecessem o padrão correto, os pássaros ganhavam comida. Marc Hauser, diretor do laboratório de Evolução Cognitiva de Harvard, que realizou

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F AVORITOS

J USTIÇA

Gracie, a primeira a presidir o STF

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G @DGET DU JOUR

Ambientalistas soltaram ontem nos Pirineus, na França, a ursa Palouma ("pomba", no dialeto local). Capturada na Eslovênia, ela é a primeira de cinco animais que serão soltos para reconstituir a população de ursos marrons da região, extinta nos anos 80. A liberdade de Palouma levou cerca de 50 pastores, dezenas de políticos locais e moradores da região a protestarem. Eles temem que a ursa ataque os rebanhos. Com seis meses de vida e 83 kg, a ursa também tem seus partidários. As crianças da região fizeram poemas e músicas para homenageá-la.

CIA: mais de mil vôos secretos sobre a Europa desde 2001, alguns para transferir terroristas

Concurso 758 da MEGA-SENA 01

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quinta-feira, 27 de abril de 2006

Empreendedores Tr i b u t o s Nacional Empresas

DIÁRIO DO COMÉRCIO

7 De acordo com o IBGE, só 35% dos empregados domésticos trabalham com carteira assinada.

COMÉRCIO FECHOU VAGAS EM MARÇO

GRAÇAS A RECEITAS DA PETROBRAS E GASTOS MENORES DE ESTADOS, SALDO FOI RECORDE PARA MESES DE MARÇO

AUMENTA O SUPERÁVIT DO SETOR PÚBLICO Fábio Motta/AE

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alta dos preços do petróleo aumentou fortemente as receitas da Petrobras em março. Além disso, os estados arrecadaram mais e gastaram pouco. Com isso, o conjunto do setor público (União, estados, municípios e empresas estatais) fechou o mês passado com um saldo positivo de R$ 13,186 bilhões nas contas, recorde para os meses de março. Foi um saldo suficiente para pagar toda a conta de juros (o que é raro) e ainda "sobraram" R$ 286 milhões. O desempenho positivo das estatais e dos estados no mês passado mascara o processo de deterioração das contas públicas que vem sendo puxado pelo governo federal neste ano de eleições. A piora do resultado é visível, porém, quando se considera o primeiro trimestre de 2006. Nesse período, o superávit acumulado pelo setor público é de R$ 20,981 bilhões ou 4,39% do Produto Interno Bruto (PIB). No primeiro trimestre de 2005, o resultado havia sido bem maior: 6,32% do PIB. "É um resultado bastante inferior, que parte da decisão do governo de estar mais próximo à meta este ano", disse o

chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Altamir Lopes. "No ano passado, fizemos um resultado muito maior do que a meta, apesar de as liberações de verbas terem aumentado nos últimos meses. O que se busca agora é estar mais próximo da meta. O objetivo é chegar ao fim do ano com um superávit primário de 4,25% do PIB sem as gorduras que tivemos no passado." Meta intermediária — Há, porém, uma meta intermediária cujo cumprimento parece difícil. De acordo com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), União e estatais federais precisam terminar os primeiros quatro meses do ano com superávit primário acumulado de R$ 28,7 bilhões. Até março, o resultado era de R$ 13,902 bilhões. Ou seja, faltam R$ 14,798 bilhões para se chegar ao desejado. Entre os técnicos, existe a expectativa de que a meta quadrimestral será cumprida porque a Petrobras deverá continuar contribuindo para um bom resultado. Além disso, a arrecadação federal é forte em abril porque o mês concentra o pagamento de tributos como o Imposto de Renda (IR).

Cofre aberto — A divulgação do resultado das contas públicas foi recebida com alívio por analistas do mercado financeiro, que temiam a possibilidade de o superávit primário referente à série de 12 meses terminada em março ficar abaixo de 4,25% do PIB. De acordo com o BC, porém, esse resultado foi de 4,39% do PIB — acima da meta. Os números revelam que neste ano governadores, prefeitos e administradores de empresas estatais foram os principais responsáveis por manter o resultado das contas do setor público dentro da meta. Em contrapartida, o governo federal abriu o cofre. No primeiro trimestre, as contas federais tiveram saldo positivo de 2,55% do PIB, bem inferior aos 4,07% obtidos em igual período do ano passado. Estados e municípios também registraram saldo positivo menor, mas a queda foi bem menos acentuada: 1,24% do PIB neste ano, ante 1,7% do PIB em 2005. As companhias estatais, por sua vez, aumentaram seu saldo primário: 0,6% do PIB neste ano, ante 0,55% do PIB no primeiro trimestre do ano passado. (AE)

Emprego formal cresce menos

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mbora positiva, a criação de postos de trabalho com carteira assinada em março representou menos da metade do número de vagas abertas em fevereiro. De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados ontem pelo Ministério do Trabalho, no mês passado foram criados 76.455 postos de trabalho no País. Em fevereiro, haviam sido abertas 176.632 vagas formais.

O saldo líquido do trimestre, de 339.703 postos, superou o verificado em igual período do ano passado, quando o mercado de trabalho absorveu 292.222 trabalhadores. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, atribuiu o fraco desempenho de março a fatores sazonais. Segundo ele, o excesso de chuvas prejudicou as contratações na construção civil e o fim da colheita de frutas no Sul do País levou à dispensa de trabalhadores rurais.

A maior contribuição para a criação de empregos em março veio do setor de serviços (40.725 vagas), seguido da indústria de transformação (25.062). O comércio demitiu trabalhadores e apresentou, no mês, um saldo líquido negativo de 8.573 postos de trabalho. Já o setor de construção civil teve um desempenho positivo no mês (5.203 vagas), embora menor do que o verificado em março de 2005 (6.252 novos empregos). (AE)

Maior parte dos domésticos é informal

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ulher, com baixa escolaridade, salário reduzido e sem proteção das leis do trabalho. O perfil dos trabalhadores domésticos construído pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com base em levantamento feito nas seis principais regiões metropolitanas do País mostra que eles representavam em março 8,1% do pessoal ocupado nesses locais, ou 1,6 milhão de pessoas.

Desse total, 65% estavam na informalidade. Na média, os empregados domésticos ganham 35% do salário pago à média dos trabalhadores. Mulheres — O IBGE mostrou também que, de 8,7 milhões de mulheres ocupadas nas seis regiões em março, 17,5%, ou 1,5 milhão, eram empregadas domésticas. A analista da pesquisa, Katia Namir, disse que o número de trabalhadores nessa categoria cres-

ceu acima do número de ocupados em geral a partir de agosto de 2004, quando a recuperação da renda permitiu que as famílias contratassem. Em 2002, os domésticos eram 7,7% dos ocupados, subindo para 8,1% em 2006. O universo desses trabalhadores captado pelo IBGE inclui atividades tão diversas quanto acompanhante de cachorro, capinador de quintal e dama de companhia. (AE)

UE: população mais velha pode gerar oportunidades

O Giambiagi ressaltou peso das atividades da Petrobras sobre as contas

Ipea: contas estão à mercê das empresas estatais

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economista Fábio Giambiagi, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), se disse surpreso com os números das contas públicas apresentados ontem pelo Banco Central (leia sobre os resultados à esquerda nesta página), em especial com os das estatais, que ficaram bem acima das expectativas. "O problema é que as contas estão à mercê das estatais", avaliou. Giambiagi afirmou que os resultados até agora são consistentes com o cumprimento da meta do governo, de 4,25% do Produto Interno Bruto (PIB) no final do ano, mas frisou que "tudo

vai depender das estatais, especialmente da Petrobras". "Se as empresas colaborarem, o governo pode cumprir a meta. Se não, pode ter alguma dificuldade." O economista destacou que o pagamento de dividendos feito pela Petrobras, por exemplo, afeta o resultado das contas públicas. "No mês em que a companhia faz esse pagamento acaba afetando o resultado das estatais. E pode influenciar, de maneira positiva, o resultado do governo central, na medida em que o Tesouro, como acionista majoritário, recebe parte do recurso", disse. (AE)

acentuado aumento no número de pessoas idosas na União Européia (UE) incentivará a expansão da economia ao criar dezenas de milhões de vagas no setor de serviços sociais para cuidar dessa população, afirmou ontem a Comissão Européia, o poder Executivo do bloco. Mas o órgão não estabeleceu diretrizes claras sobre até que ponto o setor deveria ser aberto para a competição estrangeira e o papel do setor privado em uma área dominada por entidades públicas que empregam um grande número de pessoas. "Estou convencido de que os serviços sociais de interesse geral são o maior trunfo nas mãos dos países da Europa", afirmou Vladimir Spidla, comissário da UE para o Emprego e os Assuntos Sociais. "Esses serviços serão uma fonte de crescimento econômico." Não existe, por enquanto, consenso entre os paísesmembros do bloco europeu a respeito do futuro envolvimento entre os setores público e privado na área, afirmou Spidla. Os serviços sociais vão desde o fornecimento de acomodações para a população até o provimento de creches e de apoio a pessoas e famílias necessitadas. (Reuters)


DEU

NO

BLOG

OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 27 de abril de 2006

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incriminação de Lula. O único personagem do primeiro escalão cujo indiciamento será sugerido já deixou o governo: Antonio Palocci. O relator da CPI, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN) evita dar declarações públicas sobre o teor do relatório. Mas, em privado, comunicou aos líderes da oposição que

não terá como incriminar Lula. As duas apurações que poderiam resvalar no presidente não avançaram. E é improvável que evoluam. A primeira delas esbarrou na decisão do STF que impediu a CPI de ter acesso aos dados bancários do petista Paulo Okamotto. O presidente do Sebrae disse ter liqüidado com

dinheiro do seu bolso uma dívida de R$ 29,4 mil de Lula com o PT. A oposição suspeita que o dinheiro tenha saído do valerioduto. Mas não tem como provar. A outra picada aberta com o objetivo de chegar a Lula envolve Roberto Teixeira, compadre do presidente. Acusado de participar de um esquema de

coleta de recursos para o PT na década de 90, Teixeira foi à CPI. E a oposição não conseguiu arrancar dele nada que pudesse comprometer Lula. A CPI está dividida quanto a Okamotto. Parte acha que a comissão deveria aprovar de novo a quebra do sigilo bancário do amigo de Lula.

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G O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. G O desinteresse

do povo pode ser explicado pela desmoralização dos legislativos municipais, estaduais e do Congresso Nacional.

Dida Sampaio/AE

G Devemos tornar

Voto analfabeto Brasil vive um momento de grandes reflexões e também de decepções no plano político. Em pesquisa realizada no ano 2000 pelo Ibope/CNI e publicado pela Fo lh a de São Paulo, portanto há cinco anos, revelava que 56% das pessoas entrevistas na época diziam que não estavam interessadas nas eleições que elegeriam prefeitos e vereadores naquele ano. Esse desinteresse revelado deve ter aumentado muito nos dias atuais, em virtude das denúncias de corrupção, mensalão, mensalinho e desmoralização da classe política como um todo, guardadas as devidas proporções. Bertold Brecht, escritor e teatrólogo, escreveu um alerta sob o tema: O Analfabeto Político. Diz ele: “O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço co feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo

O

U

Relatório final da CPI dos Bingos vai poupar Lula

relatório final da CPI A oposição não tem dos Bingos já votos para quebrar o começou a ser sigilo bancário de elaborado. Deve Paulo Okamotto, o ficar pronto doador até 20 de universal. maio, bem Lula, de antes da camarote, data-limite sorri. da CPI, cujo E, assim, a encerramento CPI dos está previsto Bingos vai para 27 de chegando junho. ao fim, As pessoas segundo Celso Júnior/AE apurou o envolvidas colunista na redação político Josias do documento de Souza. concluíram que não há, por ora, nenhum fato que HTTP://JOSIASDESOUZA. justifique a FOLHA.BLOG.UOL.COM.BR/

que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo”. O desinteresse do povo pode ser explicado pela desmoralização dos legislativos m u n i c i p a i s , e s t aduais e do Congresso Nacional. Obviamente, devem ser respeitadas as proporções, uma vez que há gente correta e honesta. O abuso de poder, mordomias, politiquice e incapacidade moral e intelectual por parte da maioria absoluta daqueles que representam o Poder Legislativo. A desmoralização dos legislativos está a pedir mudanças profundas. Os governos têm preservado as imoralidades políticas. Mas, é possível mudar? Sim, desde que haja reformas político eleitorais, além de mudanças nos estatutos partidários e outras como a seguir: implantação do voto distrital, do regime parlamentarista, tornar o voto não-obrigatório, modificar completa-

mente as campanhas eleitorais, permitir que os candidatos gastem nas campanhas quanto quiserem, mas somente poderão utilizar o rádio, a televisão e vistas eleitorais, proibindo tudo o mais. É necessário criar uma cultura e aprender a votar na legenda e não nos candidatos. A fidelidade partidária é uma necessidade, mas o contrário, ou seja, a infidelidade partidária, é uma aberração, pois quem quiser sair do partido pelo qual foi eleito saia com o que é seu e não com o que é dos outros. Devemos ensinar o p o v o , o s e l e i t o re s , mostrando aspectos da legislação partidária, da Constituição Federal, e tornar obrigatória nas escolas de primeiro e segundo graus uma disciplina: Política Eleitoral, Partidária e Ciência Política. Há esperança? Sim! Devemos preparar a juventude para que procure conhecer política, políticos, ciência política com “P” maiúsculo e aos poucos eliminar os maus políticos. Faça um exame de consciência e perceba se você também errou ao votar.

h o r a d e m udanças. Ligue a cobrar para o Congresso Nacional, envie fax, telegramas, e-mails, cartas e abaixo assinados. Devemos insistir para que se criem mecanismos para que o povo possa a t r a v é s d e a s s e mbléias populares “tirar” os mandatos dos bandidos, ladrões e corruptos que são verdadeiros lobos travestidos de cordeiros. Quem dá o voto tem o direito de revogá-lo se não for correspondido. Cuidado! Lembre-se da música cantada por Zeca Pagodinho, Comunidade Carente: Nós somos uma comunidade carente, lá ninguém liga pra gente. Nós vivemos muito mal. Mas este ano nós estamos reunidos, se algum candidato atrevido for fazer promessas, vai levar um pau”. Chega de blá-bláblá em cada eleição. A comunidade já não agüenta malandros. Mude a política, para que esta mude as nossas vidas.

É

obrigatória nas escolas de primeiro e segundo graus uma disciplina: Política Eleitoral, Partidária e Ciência Política. G É possível mudar? Sim, desde que haja reformas político-eleitorais, mudanças nos estatutos partidários e outras, como a implantação do voto distrital, do regime parlamentarista, acabar com o voto obrigatório, modificar completamente as campanhas...

CLÁUDIO WEBER ABRAMO

PROPOSTA INDECOROSA m dos males permanentes do Brasil é a atenção excessiva que se dedica aos pequenos acidentes do cotidiano. Por exemplo, anuncia-se uma nova pesquisa eleitoral. Durante algumas horas, há um frenesi de especulações e balões de ensaio a respeito dos números. O relatório da pesquisa é anunciado. Mais algumas horas, talvez dois dias, de análises, interpretações, projetções, mais especulações. No terceiro dia, ninguém sequer se lembra do que se tratava. Assim aconteceu como relatório final da CPMI dos Correios. Prestou-se uma atenção desmedida aos nomes dos sujeitos mencionados. Discutiu-se a presença de A e a ausência de B. Acontece que, enfurnado no meio do relatório, há toda uma seção dedicada a propostas de alterações constitucionais, legislativas e normativas voltadas para o combate à corfrupção. Tais propostas não foram submetidas ao debate amplo que seria exigível. Oriundas da sub-relatoria do deputado Lorenzoni e redigidas pelo grupo que a assessorou (principalmente egresso do Tribunal de Contas da União), é de se duvidar que sua aprovação, no plenário da CPMI, tenho sido acompanhada de alguma espécie de discussão. O pessoal estava mais preocupado em saber quem entraria e quem não entraria na lista dos mensaleiros.

U

enos ainda as propostas foram discutidas amplamente na sociedade. Apesar disso, os responsáveis pela CPMI e por essa parte do relatório deram início, nesta semana, a um processo de promoção das medidas no âmbito da Câmara dos Deputados e do Senado. Ou seja, se nada mudar nesse mecanismo, correremos o risco de ver aprovadas medidas que não foram sujeitas a crítica. Mudar é prerrogativa dos presidentes da Câmara e do Senado, os quais melhor fariam se convocassem audiências públicas para submeter as proposições a um debate amplo. Caso isso venha a ser feito, se tornaria possível evitar algumas armadilhas presentes no meio das propostas.

M

As empreiteiras querem o critério da “proposta mais vantajosa”. Vantajosa para quem, cara pálida? medida, apresentada como saneadora, é na verdade indutora de corrupção. Antes ainda disso (e nisso reside sua motivação), é estimuladora de mecanismos de fechamento de mercados no âmbito de cartéis, em especial de megaempreiteiras. Estas últimas, vira e mexe, aparecem com uma história de que licitações deveriam ser decididas não pelo menor preço, como é hoje, mas por algo que costumavam denominar “melhor preço”. O emprego da palavra “melhor” era um subterfúgio para introduzir exatamente os critérios subjetivos agora apresentados sob o rótulo de “proposta mais vantajosa”. Vantajosa para quem, cara pálida? O resultado de direcionamentos e favorecimento de cartéis é sempre a formação artifical de preços – pagos por nós. Eis aí uma alteração que não pode ser aprovada, sob risco de tornar os mercados de fornecimento de bens e serviços ao poder público ainda mais problemáticos do que já são.

A

CLÁUDIO WEBER ABRAMO É DIRETOR-EXECUTIVO DA TRANSPARÊNCIA BRASIL

FALE CONOSCO

OLAVO D´CÂMARA É PROFESSOR DO

INSTITUTO BRASILEIRO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM CIÊNCIAS POLÍTICAS E JURÍDICAS

ma delas é especialmente indecorosa. É aquela que propõe a inclusão, na Lei de Licitações e Contratos, de dispositivo que criaria uma modalidade de certame denominada “proposta mais vantajosa”. Trata-se, nem mais nem menos, de introduzir uma forma de licitação em que o julgamento do vencedor levaria em conta aspectos subjetivos. Afirma-se lá: “O tipo de licitação ‘proposta mais vantajosa’ será utilizado quando se desejar somar ao critério de preço uma avaliação do desempenho do licitante em contratos anteriores, ponderando diversos critérios como qualidade, valor técnico, características estéticas e funcionais, características ambientais e sociais, custo de utilização, rendimento e economicidade, assistência técnica e serviço pós-venda, prazo de entrega ou de execução, pontualidade, dentre outros.” Uma vez que qualquer um desses critérios (não é necessário que sejam todos) entre no julgamento, como a apreciação sobre seu “valor” é necessariamente subjetiva, abrem-se as comportas para a venda desse julgamento.

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

ESPANHA

quinta-feira, 27 de abril de 2006

SURPREENDA-SE COM UMA ITU CAIPIRA

TURISMO - 1 Antônio Paulo Pavone

A cidade do interior de São Paulo resgatou suas origens e oferece aos visitantes centro histórico preservado, passeios no campo e culinária de dar água na boca. Pág. 4 Roberta Coelho/Reprodução/AE

Na trilha do flamenco

D e alma vibrante, a

Andaluzia é terra de Picasso e de Garcia Lorca e berço da sensual dança. Para orientar os interessados no forte sapateado aliado à cadência das castanholas, a região do sul da Espanha criou seis rotas relacionadas ao ritmo. No caminho, belas cidades como Sevilha, Granada, Córdoba, Cádiz e Jerez de la Frontera, e a inconfundível influência moura na arquitetura. Págs. 2 e 3. É nas associações de flamenco, as chamadas peñas, onde os acordes e a alma da cultura flamenca vibram com maior intensidade. Presentes nas principais vilas da província, elas merecem a visita tanto quanto os cartões-postais da região, como a Torre Giralda, em Sevilha (à esq.); a Alhambra, em Granada (abaixo); e as vielas de Cádiz

Divulgação/Centro Oficial de Turismo Espanhol

A. Garrido/Divulgação/AE

Ricardo Grinbaum/Folha Imagem


DIÁRIO DO COMÉRCIO

8

quinta-feira, 27 de abril de 2006

14,85

por cento ao ano é a taxa para Certificação de Depósito Bancário (CDB) para 90 dias, de acordo com a Enfoque Sistemas

26/4/2006

Informe Publicitário

FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Situação em 24/04/2006 Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda

Fundo P.L. do Fundo Empresarial LP ....................... 4.587.692,87 Lastro Performance LP ......... 1.060.227,27 Múltiplo LP .............................. 3.319.272,85 Esher LP .................................. 2.483.704,79 Master Recebíveis LP ........... 560.082,44

Valor da Cota Subordinada 1.037,792018 1.001,282858 1.032,508744 1.011,483061 965,982128

% rent.-mês 1,9707 0,8601 0,7896 0,6889 1,3197

% ano 6,2255 0,1283 3,2509 1,1483 -3,4018

Valor da Cota Sênior 0 1.022,361258 1.029,366078 0 0

% rent. - mês 0,8539 0,9303 -

% ano 2,2361 2,9366 -

rating AA-(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)

DC

COMÉRCIO


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.TURISMO

quinta-feira, 27 de abril de 2006

Ricardo Grinbaum/Folha Imagem

Vibrante Andaluzia

A ensolarada província da Espanha está pontilhada por inúmeros lugares para apreciar a dança flamenca, seja em tablados pequenos e intimistas, seja nas grandes casas noturnas de Sevilha, Granada e Jerez de la Frontera Por João Jacques

U

João Batista Natali/Folha Imagem

ma palavra espelha a Andaluzia, no sul da Espanha: paixão. A mesma, por sinal, que vem à mente quando se fala de outra referência dessa ensolarada região espanhola, o flamenco. Alegria, sedução, magia, alma, tradição. Juntos ou separados, cada um desses termos expressa o que é estar em solo andaluz. E exprimem, com igual representatividade, os sentimentos que afloram ao ser envolvido pelo ritmo musical. Basta desembarcar em Granada, Sevilha ou Jerez de la Frontera e deixar ser conduzido pela batida forte dos pés nos tablados, pelo ressoar das palmas e pela inconfundível cadência das castanholas. Em Granada, as associações de flamenco (as peñas) no bairro de Albaicín atraem as atenções tanto quanto os cartões-postais Jardins de Generalife e a majestosa Alhambra. Passado que se reflete no presente, forma de arte e vida, alívio para a alma. São muitas eprodução/AE R as definições para a dança que simboliza a região. Expressão de alegria e conquista, o ritmo também vibra no diapasão da memória. E traz à cena os dias de derrotas, perseguições e amores não-correspondidos. Assim é a trajetória andaluza e a história do flamenco. Paixão – Os viajantes românticos, provavelmente os primeiros turistas a percorrer a Andaluzia, começaram a chegar no início do século 19. E caíram de amores diante do exotismo dessa terra de contrastes. A hospitalidade e a imutável vocação para a paixão ainda arrebatam visitantes de todo o mundo. Em outra cidade andaluza, Sevilha, o mix de culturas refle-

Legado mouro: Granada vista da imponente Alhambra (acima). Em Sevilha, a visita à Catedral (ao lado), de complexa arquitetura, é destaque no roteiro. Por toda a região, cartazes, shows e lojas relacionadas ao flamenco (abaixo, uma especializada em leques) dão o tom da viagem

Mario Vianna/AE

te-se em todos os lados e dá a exata dimensão dessa "alma" vibrante e de múltiplas identidades. Se os reis católicos impuseram o catolicismo em toda a Península Ibérica, o legado mouro, ainda que transmutado, permanece de pé. Por exemplo, a Catedral de Sevilha é, em parte, uma antiga mesquita remodelada, e o lugar mais famoso da cidade, a Giralda, é na verdade a torre de um antigo templo muçulmano. Ritmo – Bairros inteiros de Sevilha ainda hoje preservam características ancestrais, onde, aliás, assiste-se aos melhores espetáculos de flamenco, sobretudo nas ruas de Triana e Arenal. Neles, o sevilhano dedilha sua guitarra em qualquer praça ou esquina, o que torna praticamente impossível estar lá e não se contagiar pelo ritmo. Esses bairros concentram os melhores e os mais populares tablados de flamenco, com espetáculos de todos os preços e formatos. Alguns ocorrem em grandes palcos, com porteiros de ternos na porta e platéia lotada de nacionalidades diversas. Há quem prefira ambientes menores, mais aconchegantes, a exemplo das próprias associações, nas quais o palco é quase sempre no mesmo nível do público e o elenco, composto por poucos artistas. E é justamente nesses endereços de dimensões mais enxutas, intimistas, que se compartilha uma genuína experiência espanhola, transcendendo todas as expectativas. Ao final da apresentação, só resta "ir de copas" em qualquer restaurante ou bar da cidade, onde, em respeito ao que se vivenciou, deve ser provada a autêntica gastronomia: sangria de vinho e tapas. Puro deleite!

Mario Vianna/AE

Diretor-Presidente Guilherme Afif Domingos Diretor de Redação Moisés Rabinovici Editor-Chefe José Guilherme Rodrigues Ferreira Editora Antonella Salem antonellasalem@uol.com.br Sub-editora Lygia Rebello lygiarebello@uol.com.br Chefe de reportagem Arthur Rosa

Editor de Fotografia Masao Goto Editor de Arte José Coelho Diagramação Evana Clicia Lisbôa Sutilo Ilustração Abê / Céllus / Jair Soares Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. 3244-3122 Impressão Diário de S. Paulo

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Tradição cigana ecoa em toda a região

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forte presença cigana na Andaluzia deu origem ao flamenco e à guitarra, sem os quais a Espanha não seria a mesma. Para expressar tristeza ou alegria, o ritmo e a dança são corpo e alma de uma mesma poesia fortemente influenciada pelas tradições ciganas que tem raízes mais profundas, todas associadas às culturas musicais de judeus e mouros. A primeira vez que o termo foi mencionado na literatura remonta a 1774, no livro Cartas Marruecas, de José Cadalso. No entanto, a origem ainda hoje é debatida. Muitos pensam que se trata de um termo espanhol que originalmente significava flamengo ("flamende").

Contudo, outra teoria defende a origem árabe, resultado das palavras "felag mengu" (que significa algo como "camponês de passagem" ou "fugitivo camponês"). 'Toque' e 'baile' – Originalmente, o flamenco consistia apenas de canto (cante) sem acompanhamento. Depois, começou a ser acompanhado por guitarra (toque), palmas, sapateado e dança (baile). O "toque" e o "baile" podem também ser utilizados sem o "cante", embora o canto permaneça no coração da tradição. Mais recentemente outros instrumentos foram introduzidos, como o "cajón" (uma caixa de madeira usada como percussão) e as casta-

Flamenco: mistura de canto, guitarra, palmas, sapateado e baile.

nholas. O elemento fundamental, porém, é o "duende", como é chamado a alma ou o sentimento do ritmo. Sem ele, não se incorpora a herança desse lamento ancestral. Este é o verbo, incorporar, pois, nos primórdios, os ciganos se reuniam para presentear-se

com canções e danças, liberando, assim, as tensões e frustrações da vida. Não por acaso Federico García Lorca, um dos maiores autores espanhóis, costuma dizer que o flamenco era, para ele ,"uma das maiores invenções do povo espanhol". (J.J.)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

quinta-feira, 27 de abril de 2006

TURISMO - 3 Matuiti Mayezo/Folha Imagem/12-11-1995

A

bela província no Sul da Espanha é Terra de mestres como Picasso e Garcia Lorca, das touradas, do xerez e da siesta. Mas a Andaluzia ganhou fama mesmo por ser o berço do flamenco. Uma viagem pela região traz à tona os mistérios fascinantes desta terra onde viveram pacificamente, por quase 800 anos, mouros, cristãos e judeus. Localizada 700 metros do nível do mar, Granada serve como uma das portas de entrada para a região. Aos pés de Serra Nevada, acolhe a indescritível fortaleza de Alhambra – um constante convite a uma viagem pelo tempo. Os antigos e charmosos muros medievais vigiam a rica herança moura, que dá à cidade seu caráter peculiar. El Albaicín, o antigo bairro mouro da cidade ao pé da fortaleza, é um labirinto de ruas estreitas onde há muito o que ver e ouvir. Lá, o caminho rumo às peñas começa no Mirante de San Nicolas, de onde, ladeira abaixo, chega-se a alguns dos endereços mais antigos da cidade, como La Platería, onde é possível apreciar autênticos recitais. Também nas proximidades, outras "peñas" encantam o turista, já definitivamente arrebatado pelo ritmo. Rotas musicais – Uma vez na Andaluzia, todos os passos conduzem aos "tablaos". Considerando o forte apelo do ritmo, o governo regional investiu na criação de rotas turísticas específicas. São seis os caminhos que levam os turistas a desvendar os segredos do flamenco e, de quebra, a apreciar regiões que esbanjam paisagens, história e arquitetura. Exceto Sevilha e Granada, a maioria das cidades é pequena e pode ser percorrida a pé. Na Rota 1, La Bajañi, merece visita a encantadora Algeciras, terra do guitarrista Paco de Lucia. A Rota 2, Da Criação, segue por Málaga e Granada, onde Garcia Lorca e o compositor Manuel de Falla organizaram um dos primeiros concursos públicos de flamenco, em 1922. Por sua vez, a Rota 3, De Cayetano, conduz a Córdoba e à vila de Cabra, onde é promovida, em 17 de junho, a romaria dos ciganos rumo ao Santuário de Nossa Senhora de la Sierra. Já a Rota 4, El Compás de Tres por Cuatro, começa em Sevilha e inclui Utrera, Lebrija, Jerez de la Frontera e Cádiz. De todos os percursos, é o mais tradicional, passando por cidades de onde saíram grandes artistas. A Rota 5, Huelva e Seus Fandang os , começa justamente em Huelva e sobe a Serra de Aracena, rumo à fronteira com Portugal, enquanto o último roteiro, a Rota Minera, segue de Jaén à cidade de Almería. Jerez – Mas, entre todas as cidades das seis rotas, é em Jerez que os acordes do flamenco vibram de forma mais arrebatadora e tocam a alma de forma

Uma viagem à alma flamenca Considerando o forte apelo do ritmo, o governo regional investiu na criação de seis rotas turísticas. Nelas pode-se, além de desvendar os segredos do flamenco, conhecer belos cenários, história e rica arquitetura Divulgação/Centro Oficial de Turismo Espanhol

Embalado pelo som de experientes guitarristas, como Paco de Lucia (no alto), o turista é levado a sentir a dança por toda a província. Seja nas históricas Córdoba (à esq.) e Sevilha (à dir., abaixo) ou em Málaga (à esq., abaixo), seja na charmosa Cádiz (à dir.)

Maristela do Valle/Folha Imagem

mais profunda. Seja embalado pelo vinho local (xerez), seja pela paixão que nutrem pelo ritmo, a experiência soa diferente. Não por acaso é lá que está o Centro Andaluz de Flamenco, um espaço onde a porta de entrada é o passaporte para um universo que inspira e transpira as notas dessa alma musical 24 horas, 365 dias ao ano. Aos "peregrinos" da fé flamenca, vale o aviso: os ouvidos devem estar atentos durante todo o trajeto, seja qual for a rota escolhida. Por trás de uma simples porta de uma casa ou taverna pode estar acontecendo um ensaio de um bailado ou, até mesmo, uma festa em família. Aguce os sentidos e boa viagem. (J.J.)

André Perazzo/Folha Imagem

RAIO X COMO CHEGAR De São Paulo não há vôos diretos para Sevilha ou Granada. A alternativa é ir diretamente para Madri, de onde partem conexões para as duas cidades da Andaluzia. Com a Ibéria (tel. 11/ 3218-7130 ), a passagem promocional ida-evolta até Sevilha custa US$ 938; para Granada, US$ 1.063. Os preços, sujeito a reajustes, não incluem as taxas aeroportuárias. ONDE FICAR SEVILHA Hotel Alfonso XIII: San Fernando, 2, tel. (34954) 91-7000, site www.alfonsoxiii.com. Construído em 1928 para ser o mais luxuoso da Europa, personifica a tradição, a hospitalidade e o requinte da arte de bem receber. Diárias promocionais para casal a partir de 260 euros (via web). El Bulli Hotel Hacienda Benazuza: tel. (34955) 70-3344, site www.hbenazuza.com. Se não bastasse a privilegiada localização, uma fazenda do século 20 a 25 km de Sevilha, o restaurante é do prestigiado chef Ferrán Adriá. Diárias para casal entre 330 euros e 1.090 (exceto em feriados). GRANADA Parador de Turismo: tel. (34958) 22-1440, e-mail granada@parador.es. Não custa tentar, mas, provavelmente estará lotado ou com longa fila de espera. Localizado nos jardins do Alhambra, o hotel dá a sensação ao visitante de que

pica, traslados, bolsa de viagem e cartão de assistência. Tel. (11) 4504-4500. New Age: sete noites, a partir de US$ 1.772 para saídas até 27/5; depois, sobe para US$ 1.899. No roteiro, Madri, Córdoba, Sevilha, Jerez de la Frontera, Cádiz, Vejer, Costa do Sol e Granada. Inclui parte aérea, traslados, regime de café da manhã mais um almoço e três jantares, tour em ônibus de luxo com guia em espanhol, bolsa de viagem e cartão de assistência. Tel. (11) 3138-4888.

está hospedado, em meio a requinte e paparicos, dentro de um cartão-postal. Diárias para casal, com café da manhã, a partir de 280 euros.

(34958) 20-5000. Capricho e requinte da mesa andaluza em doses generosas. Contenhas-se com o festival de tapas para não fazer feio na hora dos pratos principais.

ONDE COMER SEVILHA Taberna del Alabardero: Calle Zaragoza, 20. Para quem quer se deliciar com tapas e sangria, é um dos bons endereços da cidade. GRANADA Al Zagal: Av. Fuente Nova, tel.

PACOTES Flot: sete noites de hospedagem em hotéis categoria turística. Custa a partir de US$ 1.772 por pessoa em apartamento duplo. Inclui parte aérea, café da manhã, guia locais em Madri, Córdoba, Sevilha e Granada, visita a uma adega tí-

FAÇA AS MALAS Guia del Flamenco de Andalucia: com 214 páginas, vem com dois CDs, que ilustram a diversidade do ritmo. Mas, além de música, a publicação relaciona as seis rotas flamencas, informando hotéis, restaurantes, casas de espetáculo e peñas. Para completar, ainda traz fotos e biografias dos maiores "cantaores", "bailaores" e guitarristas. O guia mantém uma versão online atualizada, www.andaluciaflamenco.org. Confederación Andaluza de Peñas Flamencas: Antonio Fernández Díaz "Fosforito", 5-3 A, CP 14014, Córdoba, tel. (34957) 261708. Para informações turísticas. Centro Oficial de Turismo Espanhol: disponibiliza folhetos, mapas e roteiros para todas as regiões turísticas da Espanha. Rua Zequinha de Abreu, 78, Pacaembu, São Paulo, tel. (11) 3675-2000.

Divulgação/Centro Oficial de Turismo Espanhol

A. Garrido/Divulgação/AE


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 -.OPINIÃO

quinta-feira, 27 de abril de 2006

LENTE DE

AUMENTO BREVE BALANÇO DE UM BOM TRIMESTRE

A recuperação da atividade econômica permitiu uma queda no índice de desemprego e um aumento do rendimento médio nos dois primeiros meses do ano. Em janeiro e fevereiro o crescimento foi de 6,53% e 5,35%, respectivamente. A expansão do crédito garantiu o bom desempenho do setor. 2) Mercado de Trabalho Pelos dados do IBGE, a recuperação da atividade econômica tem permitido uma queda no índice de desemprego e um aumento do rendimento médio real do trabalho. Com o aumento do salário mínimo, que entrou em vigor neste mês de abril, o rendimento salarial deve continuar sua trajetória de recuperação nos próximos meses. 3) Inflação Com a queda do dólar, que determina o comportamento do preço das commodities, e a queda da inflação no atacado, que rege os preços administrados, a inflação no varejo continua em trajetória declinante. Mesmo com o aumento dos preços internacionais do petróleo,

O direito de resmungar OLAVO DE CARVALHO

A

o mandar arquivar o pedido da CPI contra Lula, o presidente do Senado não fez senão confirmar em atos a constatação melancólica do senador Arthur Virgílio, de que "não há condições" para o impeachment do presidente da República. Não há condições, na verdade, para fazer nada contra a elite petista dominante, porque ela personifica historicamente a autoridade moral do esquerdismo, que, legitimada pelas bênçãos de Fidel Castro e Hugo Chávez, domina de tal modo os corações e mentes deste país que mesmo os acusadores mais ferozes dos crimes do governo insistem em mantê-la intacta, imune e transcendente a toda suspeita humana. A construção dessa autoridade postiça pela bem dosada combinação do método gramsciano da "ocupação de espaços" com os consegrados procedimentos leninistas do boicote, difamação e discriminação profissional dos adversários, foi ela mesma uma parte integrante da longa e discreta montagem do império petista do crime. Preservá-la, isolando os delitos singulares da imensa fraude cultural e psicológica que os preparou e possibilitou, é tão estúpido quanto tentar mandar para a cadeia uma gangue de traficantes sem tocar na honorabilidade do vínculo associativo que os une. O que essa retórica autocastradora consegue é minimizar ante a opinião pública o tamanho e a gravidade dos delitos, tratando como exceções isoladas o que é na realidade a manifestação parcial e localizada de um império geral do crime. Mas seria errado imaginar que aqueles que adotam esse discurso estejam se castrando no ato de pronunciá-lo. Eles já estavam castrados antes.

Castrados ideologicamente, em primeiro lugar. No Brasil, talvez mais que em qualquer outro país do mundo, o mal crônico da classe empresarial e dos defensores do capitalismo em geral é a mania pragmatista de ater-se aos argumentos técnicos e jurídicos para fugir ao confronto ideológico. Mais que ser destruídos pelos comunistas, temem ser rotulados de anticomunistas. Lênin dizia que o caminho mais curto para a vitória não é combater, mas tirar do adversário o desejo de fazê-lo. Abdicar voluntariamente da autodefinição ideológica é mais que perder o desejo de combater: é recusar-se até a pensar nisso. Mas castrados estrategicamente, também. Há três ou quatro décadas os partidos ditos liberais ou conservadores entregaram a seus adversários esquerdistas o monopólio da militância organizada e das manifestações de rua, limitando sua esfera de ação à concorrência eleitoral e às manobras parlamentares. Agora, é claro, se queixam de "falta de respaldo popular", como se o respaldo popular devesse vir espontaneamente e não como resultado de um longo esforço de arregimentação e treinamento de militantes.

A

o voltar-se contra a máquina de corrupção petista, esperavam poder derrubá-la mediante o jogo parlamentar e as ações judiciais. Mas o Congresso e o Judiciário, mesmo sem contar o domínio que sobre eles exerce o esquema governista, nada podem sem a força da própria sociedade que representam. Essa sociedade, hoje, está organizada para atender ao apelo esquerdista e para permanecer indiferente a tudo o mais. Aos descontentes resta apenas o direito de resmungar.

E speravam derrubar o PT mediante o jogo parlamentar e as ações judiciais...

TRECHOS DO COMENTÁRIO DE ECONOMIA DO BOLETIM TREVISAN

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N ovo salário mínimo esquenta o crediário

Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Alencar Burti, Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefe de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: , Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Marcos Menichetti (marcosm@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046 Tiragem média diária de 25.646 exemplares, conforme auditoria realizada na semana de 13 a 17 de junho de 2005

Auditado pela

Céllus

A

JOÃO DE SCANTIMBURGO

não haverá dificuldade para se atingir a meta de inflação de 4,5% determinada pelo Conselho Monetário Nacional para 2006. Com isso será possível continuar a trajetória de queda das taxas de juros nas próximas reuniões do Copom. 4) Volume de crédito A queda da taxa Selic e a expansão do crédito direcionado geraram um crescimento do volume de crédito disponível no sistema financeiro nacional. Futuras quedas da Selic devem impulsionar ainda mais o volume de crédito. 5) Contas externas Dado o aumento das remessas de lucro e dividendos para o exterior, estimulado pela valorização cambial, o resultado da balança de transações correntes do primeiro trimestre de 2006 (superávit de US$ 1.790 milhões) foi inferior ao registrado no primeiro trimestre do ano passado (superávit de US$ 2.768 milhões). No entanto, graças ao aumento do volume de investimentos diretos estrangeiros, que cresceu 14,93% no período, o balanço de pagamento não sofreu grandes modificações. Quanto ao comércio exterior, a média mensal das exportações do primeiro trimestre foi 20,18% superior ao verificado no primeiro trimestre do ano passado. A média mensal das importações cresceu 24,15% e o saldo médio mensal da balança comercial cresceu 12,48% em igual período.

Leonardo Rodrigues/Digna Imagem

lguns resultados da economia brasileira no primeiro trimestre: 1- Nível de Atividade Produção Industrial: Segundo pesquisa industrial mensal do IBGE, nos dois primeiros meses de 2006 (ainda não foram divulgados os dados de março), a produção industrial nacional cresceu 4,2% em relação a igual período do ano passado. O maior desempenho se deu na categoria de bens de consumo duráveis, que cresceu 16,6% no período. Comércio: o índice nacional de volume de vendas no varejo, calculado pelo IBGE, mostra que houve uma pequena recuperação das vendas no comércio varejista

CARLOS EDUARDO SEDEH

O

novo velho presidente Lula, ou seria o velho novo presidente, cada vez mais se firma como um grande artista. Sua primeira apresentação à sociedade foi no papel daquele metalúrgico, sindicalista que dava arrepios no empresariado e na classe média brasileira. Aquele que falava grosso, com certa truculência, discurso radical e inflexível. Passados alguns anos, passou a se apresentar como Lulinha paz e amor. Elegante, vestindo ternos bem cortados, submetido a uma revisão em sua imagem (desde barba alinhada, até novos dentes), cheio de sorrisos, com um discurso brando de manutenção e cercado de outros petistas recém-reformados, conseguiu diminuir sua rejeição junto aos que tinham pavor dele. Foi eleito presidente. Esta fase do artista durou até o momento em que as investigações do maior golpe já dado no Estado brasileiro caíssem em seu colo. Daí começou o desmoronamento da imagem do presidente. Primeiro aquela enorme gama de artistas e intelectuais que cederam suas imagens e argumentos para convencer a população de que Lula chegaria pomposo em seu belo cavalo branco, declinaram. Era muito óbvio. Passa o tempo e nada acontece. Daí para a fumaça cessar e a máscara cair foi muito rápido. Aquele presidente, com passado de lutas, glorificado pela sua insistência e resistência contra o poder militar e outros tantos enfrentamentos, que marchava na primeira fila como paladino da Ética, começou a ser posto em cheque. O que artista fez? Novamente se reinventou. Voltou-se para toda a mídia e classes mais abonadas dizendo que aquilo era um golpe para tirá-lo do poder. Voltou ao discurso demagógico das "classes dominantes". Disse que a mídia era parcial e estava contra ele. Infelizmente, para todos, a estratégia parece estar funcionando. O chefe maior, aquele que foi escolhido para ser o salvador da pátria, tem direcionado sua atenção para as pessoas mais abandonadas do Brasil. São cidadãos que habitam pequenas cidades no interior, que vivem com muito pouco ou nada, e que acreditam que

as políticas assistencialistas do presidente Lula são a maior realização que o País já viveu. Este eleitorado está muito distante de Brasília, das capitais, e com absoluta certeza não tem meios e discernimento para acessar informações isentas sobre a situação brasileira. Nosso país vem sendo pilhado! Os antigos moralistas e oposicionistas ferrenhos se transformaram em elegantes senhoras e senhores. Passaram a apreciar vinhos nobres, a se vestir bem. Aquele outrora grupo de rançosos, que com a boca cheia falavam de aristocratas, coronéis e perpetuação da burrice, através da falta de acesso à informação, se transformaram nos aristocratas, nos coronéis e agora usam a arma da informação para distanciar intelectualmente o povo - já distanciado geograficamente - da realidade do Brasil.

E

spero (sinto que em vão) que a consciência valha e que a informação isenta chegue ao povo humilde do interior brasileiro. Que o povo perceba que esta política de "pão e circo" não levará o Brasil a lugar algum, além deste em que estamos: crescimento pífio, Estado máximo e cidadão mínimo, e um apadrinhamento cada vez maior, mais latente e irresponsável da máquina pública. Talvez o ibope do artista não estivesse tão alto se o povo soubesse quanto isto custará. Quanto custará pagar pelo aumento do salário mínimo, que é necessário mas irresponsável. Quanto custará manter os crescentes e desproporcionais gastos públicos operacionais, os saques nos cartões corporativos dos integrantes do governo, a corrupção nos programas assistencialistas, que certamente de cada real distribuído perde outro, entre tantas outras "benfeitorias" que aquele homem barbudo e seus amigos diziam não tolerar. Enfim, tudo faz parte de um grande circo, onde o palhaço são seus espectadores, nós, o povo brasileiro, que pagamos cada dia mais caro para ver um espetáculo cada vez mais bizarro. CARLOS EDUARDO SEDEH FÓRUM DE JOVENS EMPREENDEDORES DA ACSP

Q ue o povo perceba que a política de "pão e circo" não chegará a lugar algum

REPUBLIQUETA BRASIL lguns jornalistas, muito bem situados no conceito da opinião pública, têm insistido em denominar o Brasil uma "republiqueta". Respeito, evidentemente, o direito que têm meus confrades de usarem a liberdade de opinião para darem ao País a idéia que dele têm neste momento de crise política e de rebaixamento cívico, como nunca se viu antes na história. O Brasil teve, no Império e na República, servidores de alta qualidade moral, intelectual e cívica. O enterro de Dom Pedro II em Paris deu a medida de nosso conceito na França. A vitória republicana em 15 de novembro foi um desses acontecimentos funestos que encarvoaram a história do País.

A

Não faltam vozes autorizadas para ver em nosso futuro sinais da grandeza que ainda nos colocará entre as primeiras nações O que tem ocorrido na história do País são desencontros entre a Ética e a realidade, entre o espírito cívico e o destino da Nação, mas não faltam vozes autorizadas para ver em nosso futuro sinais da grandeza que ainda nos colocará entre as primeiras nações do mundo, por sua população, sua vocação democrática, seu poderio econômico e sua presença internacional, com a diplomacia bem aplicada aos seus interesses. odas as nações, sem exceção, têm fases negativas, de desalento, e nós não poderíamos ser um caso único de exceção. Temos tido muitos informes vaticinadores do nosso futuro que nem sempre se cumprem e no entanto estamos numa marcha batida para um grande futuro, que vai chegar logo, para o bem das gerações que se encontram neste momento histórico. Temos de ter confiança no Brasil. Não se trata aqui de ter um ufanismo mais ou menos romântico e simbólico, mas a verdadeira confiança em nossa capacidade de empreender e realizar, para o bem de todos. Não se diga, portanto, que "Republiqueta Brasil" é um título que vai ficar; ele será deixado num futuro próximo, com o domínio do nosso futuro.

T

JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DO BRASI JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

12 -.OPINIÃO

sexta-feira a domingo, 28 a 30 de abril, e segunda-feira, 1 de maio de 2006

RESENHA

NACIONAL

OPOSIÇÃO À BEIRA DE UM ATAQUE

É quase impensável que PSDB e PFL não estejam juntos no mesmo palanque da disputa presidencial CPI dos Bingos. Ante seu esvaziamento, a própria CPI está propensa a encerrar os trabalhos ainda em maio. No governo, pensa-se questionar juridicamente seu eventual relatório, pois a própria OAB reconhece que a CPI dos Bingos se desviou de suas finalidades. Mas a OAB poderá se tornar uma dor de cabeça para Lula na medida em que no dia 8 deverá analisar a tese da proposição de processo por crime de responsabilidade contra o presidente da República. Na oposição, as articulações em torno da candidatura de Geraldo Alckmin passam por um momento de perturbação. Não se trata ainda de uma crise. Mas ligou alguns alarmes. A avaliação do próprio Alckmin de que a campanha ainda não começou e de que tem um bom piso de intenção de votos (20%) está correta. Mas a ansiedade do PSDB não é o único problema.

MOTOBOYS

Garotinho na corrida PAULO SAAB

F

TRECHOS DO COMENTÁRIO DE WWW.BOLETIMTREVISAN.COM.BR

Rua Boa Vista, 51 - PABX: 3244-3030 CEP 01014-911 - São Paulo - SP home page: http://www.acsp.com.br e-mail: acsp@acsp.com.br Presidente Guilherme Afif Domingos Vice-Presidentes Alencar Burti, Adhemar Cesar Ribeiro, Alfredo Cotait Neto, Carlos R.P.Monteiro, Diva Helena Furlan, Flávio Gurgel Rocha, Gilberto Kassab, Hélio Nicoletti, João de Almeida Sampaio Filho, Júlio César Bueno, Lincoln da Cunha Pereira Filho, Luís Eduardo Schoueri, Luiz Roberto Gonçalves, Marcus Abdo Hadade, Nilton Molina, Renato Abucham, Roberto Mateus Ordine, Rogério Amato, Valmir Madazio e Walter Shindi Iihoshi

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Guilherme Afif Domingos Benedicto Ferri de Barros, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel Solimeo, Márcio Aranha e Rogério Amato Diretor-Responsável João de Scantimburgo (jscantimburgo@acsp.com.br) Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br) Chefe de Reportagem: Arthur Rosa (arosa@dcomercio.com.br) Editores Seniores: Alcides Lemos (alcides@dcomercio.com.br), Carlos de Oliveira (coliveira@dcomercio.com.br), Célia Almudena (almudena@dcomercio.com.br), Kléber de Almeida (kleber@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima, (luizo@dcomercio.com.br), Web, Luiz Antonio Maciel (maciel@dcomercio.com.br), Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br) e Masao Goto Filho (masaog@dcomercio.com.br), fotografia Editores: , Estela Cangerana (ecangerana@dcomercio.com.br), Marcos Menichetti (marcosm@dcomercio.com.br), Roseli Lopes (rlopes@dcomercio.com.br) e Ricardo Ribas (rribas@dcomercio.com.br) Repórteres: Ana Laura Diniz, Adriana David, Clarice Chiqueto, Davi Franzon, Dora Carvalho, Heci Regina Candiani, Fernanda Pressinott, Fernando Vieira, Ivan Ventura, Kelly Ferreira, Kety Shapazian, Laura Ignácio, Lúcia Helena de Camargo, Márcia Rodrigues, Neide Martingo, Patrícia Büll, Paula Cunha, Rejane Aguiar, Renato Carbonari Ibelli, Sandra Manfredini, Sergio Leopoldo Rodrigues, Sílvia Pimentel, Teresinha Leite Matos, Tsuli Narimatsu, Vera Gomes e Wladimir Miranda. Superintendente de Marketing e Serviços Roberto Haidar Gerente Comercial Arthur Gebara Jr. (agebara@acsp.com.br) Gerente de Operações José Gonçalves de Faria Filho (jfilho@acsp.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estado, Globo e Reuters Impressão Diário S. Paulo Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 0,80 REDAÇÃO, ADMINISTRAÇÃO E PUBLICIDADE Rua Boa Vista, 51, 6º andar CEP 01014-911 PABX (011) 3244-3030 REDAÇÃO (011) 3244-3449 FAX (011) 3244-3046 Tiragem média diária de 25.646 exemplares, conforme auditoria realizada na semana de 13 a 17 de junho de 2005

de se lamentar, e muito, o que acabo de ler num dos jornais paulistanos - que aumentaram as mortes dos motoboys no trânsito. São todos jovens, pois só os jovens com muita energia podem suportar o trabalho intenso, perigoso e absorvente nas ruas de trânsito caótico de São Paulo. Escrevi a respeito dos motoboys há algum tempo, quando eles paralisaram uma importante avenida da capital. Acentuei que eles devem ter uma liderança, pois são muito unidos e sabem que dispõem de muita força, dessas que podem paralisar São Paulo. O motociclismo operado em São Paulo é uma profissão de altíssimo risco. Para se fazer idéia, dou aqui um exemplo. Na França, o governo faz divulgar pela televisão, com insistência, esta frase: "Duas rodas, duas vezes mais de atenção". Atenção é o que nem sempre o motociclista pode ter para se defender; e a Parca colhe mais uma vítima.

É

POLÍTICA DO BOLETIM TREVISAN

O fantasma da candidatura Serra está vivo

Auditado pela

MORTES DE

Céllus

O

JOÃO DE SCANTIMBURGO

O fantasma do “plano B”, substituição de Alckmin por Serra, continua sendo alimentando por serristas. Esta especulação, de fato, tem poder de enfraquecer as articulações em torno de Alckmin. O principal aliado de Alckmin, o PFL, também enfrenta problemas que afetam a candidatura presidencial. O principal deles é que o partido está dividido entre José Jorge e José Agripino para o posto de vice de Alckmin. Em face das dificuldades, ressurgiu a tese de que o PFL não deveria indicar o vice e apoiar apenas informalmente o candidato tucano, sem participar da coligação. Tal atitude poderia, de fato, favorecer os interesses regionais do PFL. Mas provocaria um enorme prejuízo a Alckmin, pois ficaria a sensação de que ele está sendo abandonando pelo principal aliado. Tiraria de Alckmin também precioso tempo de TV. Mas tudo indica que alguns caciques do PFL sinalizam dificuldades na aliança para arrancarem mais concessões do PSDB. Querem que os tucanos apóiem pefelistas em estados onde há dificuldade de coligação e onde os candidatos do partido aparecem bem colocados (Bahia e Maranhão). Aparentemente, tudo não passa de um jogo de pressão. É quase impensável que PSDB e PFL não estejam juntos no mesmo palanque da disputa presidencial.

Nilton Fukuda/AE

ambiente de calmaria experimentado pelo governo nos últimos dias é o primeiro em muito tempo, e vem logo depois da forte agitação causada pela queda de Palocci e pelo ataque a Márcio Thomaz Bastos. É provável que ele prossiga. O presidente do Senado, Renan Calheiros, decidiu não instalar a CPI que investigaria amigos e parentes de Lula. No mês de junho haverá uma trégua por conta da Copa do Mundo. E a partir de julho os candidatos terão que orientar suas campanhas para propostas programáticas. O governo está também conseguindo neutralizar as ações da oposição na

ontes muito bem situadas nas hostes partidárias e na vida do País sublinham um fato que tem merecido pouca atenção nesse início ainda reticente de campanha presidencial. Primeiro, reticente porque há um candidato oficial que diz que não é, mas age como se fosse, valendo-se da estrutura do governo; ou seja, o atual presidente. Segundo, porque o candidato, já nas ruas, do PSDB, não tem ainda a complacência da lei eleitoral e está estruturando (andando, é verdade) sua campanha. E, terceiro, porque as composições partidárias nos estados estão atrapalhadas em função das definições federais que ainda vão ocorrer. Voltando ao fato: ele se chama Anthony Garotinho. Alto prócer partidário (do PMDB), não necessariamente afinado com o ex-governador do Rio de Janeiro, menciona algumas histórias da obstinação do postulante que, inclusive, não são românticas, porque estariam abastecidas de sólido capital de sustentação de campanha. Recente escândalo com acusações de notas frias por parte de Garotinho, desmentido por ele, seria pequena mostra de como esse abastecimento ficou robusto, a ponto de dar uma dimensão à sua campanha de fazer inveja. Esse é só um ponto. As histórias contadas de como Garotinho enrolou e levou para fora da corrida presidencial o governador do Rio Grande Sul, Germano Righoto, revelam que de garotinho o considerado tinhoso político fluminense só tem o nome. Righoto ficou esperando respos-

tas de Garotinho, que envolviam , inclusive, consultas à Igreja a que se vincula, em nível nacional, até perder o prazo de desincompatibilização. A presença de Itamar Franco na cena peemedebista deu legitimidade à tese de candidatura própria do PMDB, fortalecendo a pretensão do marido de Rosinha Mateus, contra os membros do partido que são a favor da composição na futura chapa do presidente da República. Alegam os próceres que o foco da campanha está em Lula e Alckmin, mas Garotinho pode ter um discurso diferente. Lula já mostrou do que é (in)capaz (parênteses do colunista) e o ex-governador paulista teria a herança dos oito anos de FHC para mostrar o jeito tucano de governar. A novidade seria, portanto, Garotinho, que até poderia dizer: deles vocês já provaram e viram; se não fizeram o que é preciso, eu farei. Algo assim.

A

questão, aqui, é o que Garotinho tem a oferecer, além de sua ambição pessoal, se chegar ao Planalto? A resposta gera arrepios nos meios políticos, mas está sendo levada a sério pela possibilidade de crescimento, por fora, da candidatura que, de acordo com os mesmos analistas, tem tudo para vingar. Não descartam um segundo turno entre Lula e Garotinho ou Alckmin e Garotinho, se a campanha Lula desmoronar pelo excesso de denúncias de corrupção sobre seu governo. Nossas alternativas são preocupantes.

O que Garotinho tem a oferecer, além de sua ambição pessoal?

Miguel Reale e o Palmeiras ARNALDO NISKIER

C

om 95 anos de idade e uma biografia riquíssima, Miguel Reale deixou órfãos os seus inúmeros admiradores. Representou uma luz forte na Filosofia do Direito, a que se dedicou com estudos e pesquisas notáveis. Orador de estilo inflamado, professor homenageado dentro e fora do País, Miguel Reale foi autor de uma obra verdadeiramente incomparável, em que se inclui o novo Código Civil Brasileiro, muito elogiado no mundo do Direito. Seus últimos momentos, na descrição de familiares, entre os quais a querida filha Ebe, com quem estudamos na Escola Superior de Guerra, incluem as peripécias de uma fraca atuação da Sociedade Esportiva Palmeiras, clube do coração, que se exibiu de forma bastante melancólica, naquela noite. Foi dormir com essa tristeza, para viver logo depois os seus últimos momentos. Conhecemos Miguel Reale da vida acadêmica, por aulas, conferências, livros e artigos em O Estado de S. Paulo. Ao tempo em que se discutiu com mais profundidade o destino da educação brasileira, sobretudo da reforma universitária, foi um crítico exacerbado das primeiras versões oficiais do documento que, afinal, não chegou a qualquer conclusão objetiva. O grande pensador não concordava com a tentativa de socialização do mundo acadêmico e temia pelo futuro da escola pública, que sempre defendeu como indispensável ao nosso processo de desenvolvimento econômico e social. Foi coerente, durante os anos em que teve a glória de ser reitor da Universidade de São Paulo (USP), à qual dedicou um bom tempo da sua vida.

Outro aspecto de relevo, no jurista Miguel Reale, foi a sua ação comunitária. Criou a Revista Brasileira de Filosofia e aceitou a presidência da Fundação Moinho Santista (hoje, Bunge), traçando os contornos e dando credibilidade, com a sua personalidade, aos famosos Prêmios que há anos homenageiam os principais vultos da ciência, da agricultura e da educação do Brasil. Com uma particularidade a se destacar: de uns tempos para cá, entendeu que era preciso homenagear igualmente os jovens cientistas de destaque nacional, apesar da idade ainda inferior aos 35 anos de idade. E assim criou um banco de novos talentos, aos quais o Brasil hoje muito deve. Era nessas ocasiões que se podia encontrar Miguel Reale descontraído, almoçando com os membros do júri, onde sempre fez questão de incluir um confrade da sua amada Academia Brasileira de Letras. Usufruía o privilégio de ser o nosso decano, título honroso de que ora nos privamos.

A

bordei tópicos, bem tímidos, da grandeza de Miguel Reale. Saber que agora não se pode mais contar com os seus notáveis pareceres, sempre a proteger a Casa de Machado de Assis, é uma perda de grande expressão. Mas fica a certeza de que, sob a sua inspiração – e agora novamente ao lado de D. Nucce – na vida eterna contaremos sempre com a orientação, os conselhos e o exemplo do grande acadêmico paulista. ARNALDO NISKIER É MEBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS

E m seus últimos momentos, uma melancolia pela fraca atuação do Palmeiras

A vida dos motoboys é valiosa e eles devem se capacitar, pois valem muito para as empresas em que trabalham lamentável, repito, que sejam ceifadas vidas jovens, geralmente de moços pobres, que compraram com dificuldade o seu veículo ou trabalham com veículo alheio, e o que ganham geralmente concorre com uma parte do salário para o orçamento doméstico da família. Uma profissão tão perigosa como essa deveria ser regulamentada, mas reconheço que é quase impossível fiscalizá-la nas ruas da cidade. É preciso que o departamento de trânsito planeje campanhas de elucidação e de advertência sobre os riscos que correm os motoboys no seu trabalho útil e indispensável, tamanha é a aprovação que eles conquistaram junto às empresas e organizações de vários tipos, a que servem com o seu trabalho. Finalizando, digo: a vida dos motoboys é valiosa e eles devem se capacitar, pois valem muito para as empresas em que trabalham. Devem se precaver e serem úteis; sempre vivos.

É

JOÃO DE SCANTIMBURGO É MEMBRO DA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS JSCANTIMBURGO@ACSP.COM.BR


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 -.ECONOMIA/LEGAIS

sexta-feira a domingo, 28 a 30 de abril, e segunda-feira, 1 de maio de 2006

BBA HE 02 PARTICIPAÇÕES S.A. CNPJ: 05.872.768/0001-79

RELATÓRIO DA DIRETORIA Senhores Acionistas, dando cumprimento às determinações legais e estatutárias, submetemos à apreciação de Vossas Senhorias as Demonstrações Financeiras referente ao exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, devidamente acompanhadas das Notas Explicativas. Permanecemos à disposição para quaisquer outros esclarecimentos julgados necessários. A Diretoria

BALANÇO PATRIMONIAL

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO

Em 31 de dezembro Em milhares de reais

Exercícios findos em 31 de dezembro Em milhares de reais 2005

ATIVO CIRCULANTE Disponibilidades ............................. PERMANENTE Investimentos avaliados pelo custo de aquisição ............. Provisão para provável perda com investimentos ..........

2004

20 20

35 35

3.819

3.819

(2.841) 978

(2.839) 980

998

1.015

TOTAL DO ATIVO ................................

2005 PASSIVO CIRCULANTE Empréstimos ................................... Outras obrigações .......................... PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital social ................................... Prejuízos acumulados ....................

2004

64 15 79

53 53

1.102 (183) 919

1.102 (140) 962

998

1.015

TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO ..................

2004

(10) (31)

(4 ) (1 ) (13)

(2) (43) (43) (0,04)

(91) (109) (109) (0,10)

2005

2004

(43)

(109)

2 (41)

91 (18)

TOTAL DAS ORIGENS ........................

(41)

(18)

APLICAÇÕES DE RECURSOS TOTAL DAS APLICAÇÕES ..............

-

-

REDUÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO ...................

(41)

(18)

35 20 (15)

35 35

53 79 26

53 53

(41)

(18)

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Em milhares de reais

Em milhares de reais Capital social

Prejuízos acumulados

Total

1.102 1.102 1.102

(31) (109) (140) (43) (183)

1.071 (109) 962 (43) 919

Saldos em 31 de dezembro de 2003 ...................................................... Prejuízo do exercício ................................................................................ Saldos em 31 de dezembro de 2004 ...................................................... Prejuízo do exercício ................................................................................ Saldos em 31 de dezembro de 2005 ......................................................

NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004 1. CONTEXTO OPERACIONAL A sociedade, constituída em 04 de junho de 2003 com prazo indeterminado de duração, tem por objetivo social, a participação no capital de outras sociedades. 2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS As práticas contábeis adotadas para contabilização das operações e para a elaboração e apresentação das demonstrações financeiras emanam da Lei das Sociedades por Ações. a) Apuração do resultado O resultado é apurado pelo regime de competência. b) Ativo permanente O investimento é avaliado pelo custo de aquisição e quando aplicável foi constituída provisão para provável perda com o investimento. c) Imposto de renda e contribuição social Quando aplicável, a provisão para imposto de renda é constituída à alíquota de 15% do lucro tributável e acrescida de adicional

2005 RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS Despesas financeiras ...................... Despesas tributárias ....................... Despesas gerais e administrativas Despesas com provisões para provável perda com investimentos ............................. RESULTADO OPERACIONAL ............. PREJUÍZO DO EXERCÍCIO .................. PREJUÍZO POR AÇÃO - EM R$ ..........

específico de 10% acima de determinados limites na forma da legislação e a provisão para contribuição social é constituída à alíquota de 9% do lucro ajustado antes do imposto de renda. 3. CAPITAL SOCIAL Em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 o capital social era representado por 1.101.858 ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal, pertencentes a domiciliados no País. O estatuto social prevê a distribuição de dividendo mínimo obrigatório de 5% do lucro líquido do exercício, ajustado de acordo com as disposições da legislação societária e sujeito à disponibilidade financeira. 4. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS A empresa não possuía operações envolvendo instrumentos financeiros derivativos em 31 de dezembro de 2005 e de 2004. A DIRETORIA

Sirilo Messias Neto Contador CRC SP 1SP108789/O-8

ORIGEM DE RECURSOS Das operações sociais: Prejuízo do exercício ...................... Item que não afeta o capital circulante: Provisão para provável perda com investimentos ..........

VARIAÇÕES DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO Ativo circulante: No início do exercício ..................... No final do exercício ....................... Passivo circulante: No início do exercício ..................... No final do exercício ....................... REDUÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO ...................

BBA HE PARTICIPAÇÕES S.A. CNPJ: 00.400.129/0001-97

RELATÓRIO DA DIRETORIA Senhores Acionistas, dando cumprimento às determinações legais e estatutárias, submetemos à apreciação de Vossas Senhorias as Demonstrações Financeiras referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, devidamente acompanhadas das Notas Explicativas e Parecer dos Auditores Independentes. Permanecemos à disposição para quaisquer outros esclarecimentos julgados necessários. A Diretoria

BALANÇO PATRIMONIAL

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO

Em 31 de dezembro Em milhares de reais

Exercícios findos em 31 de dezembro Em milhares de reais 2005

ATIVO CIRCULANTE Disponibilidades ............................. Aplicações financeiras .................... Impostos a compensar ................... Juros sobre capital próprio e dividendos a receber ..................

6 1.770 809

15 1.476 161

7.614 10.199

1.652

REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Impostos a compensar ................... PERMANENTE Investimentos em empresa controlada ...................................

TOTAL DO ATIVO ................................

238 238

186.565

197.002

2005

2004

-

156.814

158.466

PASSIVO CIRCULANTE Imposto de Renda a pagar ............. Juros sobre capital próprio e dividendos a pagar ..................... Outras obrigações .......................... EXIGÍVEL A LONGO PRAZO Imposto de Renda a pagar ............. PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital social ................................... Reserva de capital ........................... Reserva de lucros ........................... Lucros acumulados ........................ Ajuste ao valor de mercado Títulos e valores mobiliários em empresas controladas ......... TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO ..................

2004

2005

2004

51.188

24.626

194 (1.288) (160)

96 (864) (79)

2.467

(83)

RESULTADO OPERACIONAL ............. RESULTADO NÃO OPERACIONAL .... RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO .... IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ................ LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO .......

52.401 -

23.696 6

52.401

23.702

(82) 52.319

(33) 23.669

LUCRO POR AÇÃO - EM R$ ................

1,76

0,80

2005

2004

52.319

23.669

(51.188) 1.131

(24.626) (957)

-

5.420

(1.282) (1.282)

550 5.970

20.155 1.282

8.446 29

972 22.409

8.475

TOTAL DAS ORIGENS ........................

22.258

13.488

APLICAÇÕES DE RECURSOS Dividendos distribuídos/propostos ... Juros sobre o capital próprio ............. Em investimentos ...............................

6.682 11.897 -

7.493 5.502

TOTAL DAS APLICAÇÕES ..................

18.817

12.995

AUMENTO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO .......................

3.441

493

1.652 10.199 8.547

8.072 1.652 (6.420)

7.467 12.573 5.106

14.380 7.467 (6.913)

3.441

493

Resultado de participações em empresas controladas: ................... 1.382

860

7.005 4.186 12.573

6.607 7.467

972 972

-

46.750 39.525 6.979 89.035

46.750 39.525 4.363 57.911

1.168 183.457

2.450 150.999

197.002

158.466

Receitas financeiras (em 2005 deduzidas de despesas financeiras de (R$ 113 mil); em 2004 deduzidas de despesas financeiras de (R$ 97 mil)) ...................................... Despesas tributárias ........................... Despesas gerais e administrativas .... Reversão (despesas) com provisões sobre investimentos .......................

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Em milhares de reais

Saldos em 31 de dezembro de 2003 ................. Integralização de capital .................................. Ágio na subscrição de ações ........................... Lucro líquido do exercício ............................... Ajuste ao valor de mercado - Títulos e valores mobiliários em empresas controladas .................................................... Apropriação à reserva legal ............................ Juros sobre o capital próprio .......................... Saldos em 31 de dezembro de 2004 ................. Lucro líquido do exercício ............................... Ajuste ao valor de mercado - Títulos e valores mobiliários em empresas controladas .................................................... Apropriação à reserva legal ............................ Juros sobre o capital próprio .......................... Dividendos distribuídos/propostos ................. Saldos em 31 de dezembro de 2005 .................

Capital social 41.699 5.051 -

Reserva de capital 39.156 369 -

Reserva de lucros Legal 3.180 -

46.750 -

39.525 -

1.183 4.363 -

46.750

39.525

Ajuste ao valor de mercado Títulos e valores mobiliários em Lucros empresas acumulados controladas 42.918 1.900 23.669 -

2.616 6.979

(1.183) (7.493) 57.911 52.319

(2.616) (11.897 ) (6.682) 89.035

550 2.450 -

(1.282) 1.168

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS Exercícios findos em 31 de dezembro Em milhares de reais Total 128.853 5.051 369 23.669

550 (7.493) 150.999 52.319

(1.282) (11.897 ) (6.682) 183.457

NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004 1. CONTEXTO OPERACIONAL A sociedade, constituída em 22 de dezembro de 1994 com prazo indeterminado de duração, tem por objetivo social, a participação no capital de outras sociedades. 2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS As práticas contábeis adotadas para contabilização das operações e para a elaboração e apresentação das demonstrações financeiras emanam da Lei das Sociedades por Ações. a) Apuração do resultado O resultado é apurado pelo regime de competência. b) Ativo circulante e realizável a longo prazo Demonstrado pelo valor de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias auferidos até a data do balanço. c) Ativo permanente A participação em empresa controlada é avaliada pelo método de equivalência patrimonial. As demais participações são avaliadas pelo método de custo e, até 31 de dezembro de 1995, acrescido de correção monetária por índices oficiais. d) Passivo circulante e exigível a longo prazo Demonstrado por valores conhecidos ou calculáveis, incluindo, quando aplicável, os encargos e as variações monetárias incorridos até a data do balanço. e) Imposto de renda e contribuição social A provisão para imposto de renda foi constituída à alíquota de 15% do lucro tributável e acrescida de adicional específico de 10% acima de determinados limites na forma da legislação e quando aplicável, inclui incentivos fiscais cuja opção será formalizada na declaração de rendimentos. A provisão para contribuição social foi constituída à alíquota de 9% do lucro ajustado antes do imposto de renda. 3. ATIVO PERMANENTE a) Investimento no exterior: Os principais dados do investimento na empresa controlada HE Participações Internacionais S.U. Lda. em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 eram os seguintes (em milhares de reais):

Capital – quantidade de cotas possuídas ........................................ Patrimônio líquido .............................. Percentual de participação ................. Resultado de participação – Equivalência patrimonial ............... Variação cambial – Investimento ....... Valor contábil do investimento ..........

2005

2004

2 10.005 100%

2 13.008 100%

53 (3.056) 10.005

50 (112) 13.008

As demonstrações financeiras desta controlada, sediada em Portugal, em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 foram convertidas à taxa de câmbio de R$ 2,769050 e R$ 3,619490 por Euro, respectivamente. b) Investimentos no país: Os principais dados dos investimentos nas empresas controla-

das em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 eram os seguintes (em milhares de reais): 2005 2004 Itaú BBA Itaú BBA Participações Participações S.A. S.A. Capital – quantidade de ações possuídas ........................................ 99.986 99.986 Patrimônio líquido .............................. 1.119.862 923.338 Percentual de participação ................. 16,67% 16,67% Resultado de participação Equivalência patrimonial ............... 54.191 24.788 Valor contábil do investimento .......... 186.642 153.888 Deságio em investimentos ................. (10.082 ) (10.082 ) 4. CAPITAL SOCIAL Em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 o capital social era representado por 29.762.135 ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal, todas pertencentes a residentes e domiciliados no País. O estatuto social prevê a distribuição de dividendo mínimo obrigatório de 5% do lucro líquido do exercício, ajustado de acordo com as disposições da legislação societária e sujeito à disponibilidade financeira. 5. JUROS SOBRE O CAPITAL PRÓPRIO Nos exercícios de 2005 e de 2004, foram pagos/propostos aos acionistas juros sobre o capital próprio no montante de R$ 11.897 mil e R$ 7.493 mil respectivamente, com retenção de 15% de imposto de renda na fonte. 6. DIVIDENDOS Em 2005 foram distribuídos/propostos dividendos no montante de R$ 6.682 mil. 7. OUTRAS INFORMAÇÕES a) Aplicações financeiras – referem-se a aplicações em certificados de depósitos bancários efetuados junto ao Banco Itaú-BBA S.A.. b) Outras obrigações – referem-se basicamente a provisão para prováveis perdas com investimentos. c) Ajuste ao valor de mercado – títulos e valores mobiliários de controladas – refere-se ao ajuste a valor de mercado de títulos e valores mobiliários realizados pelas empresas controladas. d) A empresa não possuía operações envolvendo instrumentos financeiros derivativos em 31 de dezembro de 2005 e de 2004. e) Objetivando uma melhor comparabilidade das demonstrações financeiras em seu conjunto, foram efetuadas reclassificações nos saldos anteriormente apresentados em 2004. A DIRETORIA

Sirilo Messias Neto Contador CRC SP - 1SP108789/O-8

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Administradores e Acionistas BBA HE Participações S.A. 1. Examinamos os balanços patrimoniais da BBA HE Participações S.A. em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 e as corresponden-

ORIGEM DE RECURSOS Das operações sociais: Lucro líquido do exercício Itens que não afetam o capital circulante : Resultado de participação em empresas controladas ..... Dos acionistas: Aumento de capital ............................. Ajuste ao valor de mercado Títulos e valores mobiliários de controladas ................................ De terceiros: Dividendos e juros sobre capital próprio recebidos/a receber de controlada Em investimentos Acréscimo do exigível a longo prazo ..................................

VARIAÇÕES DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO Ativo circulante : No início do exercício No final do exercício .................. Passivo circulante : No início do exercício No final do exercício .................. AUMENTO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO .......................

tes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos dos exercícios findos nessas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da empresa, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da empresa, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da BBA HE Participações S.A. em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos dos exercícios findos nessas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 14 de fevereiro de 2006.

Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5

Carlos Augusto da Silva Contador CRC 1SP197007/O-2


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira a domingo, 28 a 30 de abril, e segunda-feira, 1 de maio de 2006

3

Política

O procurador-geral da República informou que, no inquérito sobre o "mensalão" são investigados cerca de 500 acusados.

NA POSSE DA NOVA PRESIDENTE DO SUPREMO, BUSATO E O PROCURADOR-GERAL CRITICAM O GOVERNO.

LULA CONDENADO AO SILÊNCIO NO STF Marcello Casal Jr./ABr

A Ó RBITA

NOVA DENÚNCIA INCLUI MENTOR

O

MAIS 50 NOMES senador Delcidio Amaral (PT-MS), que presidiu a CPMI dos Correios, entrega na semana que vem ao Ministério Público uma lista com o nome de cerca de 50 assessores parlamentares que estiveram na agência do Banco Rural, em um shopping center de Brasília, onde os recursos do mensalão foram distribuídos para os deputados. Delcidio reuniu-se ontem com o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, para combinar o envio do documento ao Ministério Público e o sigilo dos nomes até que as investigações terminem. "Essa é uma lista que exige ainda investigações. Só tivemos esses nomes no final da CPI e, por isso, é preciso que a lista seja checada. Esses nomes têm de ser mantidos em sigilo até que tudo seja verificado." As visitas dos assessores à agência coincidem com saques nas contas da SMP&B, agência do empresário Marcos Valério que foi usada para repassar o dinheiro do mensalão.

O

Presidente assiste calado ao discurso recheado de ataques ao governo de Busato: mal-estar. Marcello Casal/ABr

A PRIMEIRA MULHER NO COMANDO DA ALTA CORTE

Leia a íntegra do discurso de Busato em www.dcomercio.com.br

A

ministra Ellen Gracie tomou posse ontem na presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) e tornou-se, oficialmente, a primeira mulher a ocupar o principal cargo da mais alta corte do País em seus 115 anos de fundação. A ministra prestou o compromisso de bem e fiel exercer as atribuições do cargo para o biênio 2006-2008. "Tenho plena consciência da importância deste momento. Comigo estão todas as mulheres do Brasil. Todas que contribuem de alguma forma para o engrandecimento da Nação", disse em seu discurso, no qual buscou destacar o papel da mulheres na sociedade. A ministra já ocupava a vaga interinamente, desde 30 de março, quando aposentou-se o ex-presidente da Corte, ministro Nelson Jobim. No discurso, ela elogiou o trabalho de seu antecessor e disse que também vai lutar pelo fim da morosidade da Justiça. A ministra, carioca de 58 anos, deu posse ao vicepresidente do STF, ministro Gilmar Mendes. Maior acesso – Ellen destacou ainda a importância do Poder Judiciário para "garantir a higidez da democracia". Ela deu ênfase à necessidade de dar-se um acesso mais amplo à população ao Judiciário. A ministra recomendou também que as sentenças proferidas pelos juízes precisam ser didáticas. "Nada deve ser mais claro e acessível do que uma decisão judicial", ressaltou.

PETISTAS PROTESTAM

L

A nova presidente na cerimônia de posse: discurso sobre mulheres.

Ao abordar a questão da necessidade de a Justiça ganhar velocidade, a nova presidente do STF afirmou que a regulamentação de mecanismos como a súmula vinculante e a repercussão geral (que reduzem os julgamentos sobre processos que tratam do mesmo assunto) contribuirão para acelerar o funcionamento do Poder, sobretudo em temas tributários e previdenciários. Comando – Paralelamente, a ministra assume também o comando do Conselho Nacional de Justiça, órgão que fiscaliza as ações do Poder Judiciário. "É preciso se ter no Brasil uma Justiça mais eficiente e o Conselho Nacio-

nal de Justiça vai ter de cuidar disso", afirmou a ministra. Perfil – Ellen Gracie nasceu no Rio de Janeiro em 16 de fevereiro de 1948. Formou-se em Direito no Rio Grande do Sul, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Em 1989, foi nomeada para o Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região, em vaga destinada a membros do Ministério Público Federal, onde atuava. Desde então, foi presidente do TRF da 4ª Região e assumiu uma vaga no STF em 2000, após ser nomeada pelo então presidente da República Fernando Henrique Cardoso, tornando-se a primeira mulher a integrar a Corte. (Agências)

íderes do governo na Câmara e no Senado reagiram de pronto às críticas ao Congresso feitas pelo presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Roberto Busato, na posse da nova presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Ellen Gracie. Dizendo-se indignada com os ataques, a líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC), declarou que Busato não poderia dar uma sentença sobre os casos de envolvimento de parlamentares no "mensalão" antes de os processos na Justiça serem concluídos. "Ele (Busato) falou como se nada tivesse de ser julgado. A OAB já tem uma sentença", discursou. Para Ideli, o discurso de Busato tirou o brilho da posse de Gracie. "Eu saí indignada." Regras – Na Câmara, o líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP) disse que o

presidente da OAB "não foi feliz", ao criticar o Legislativo pela absolvição dos parlamentares condenados pelo Conselho de Ética por envolvimento no esquema do "mensalão". Segundo Chinaglia, Busato entrou em contradição ao criticar as generalizações e usar este mecanismo para fazer uma avaliação sobre o Congresso. "Quando o plenário decide, é a democracia que está sendo exercida. Busato foi descortês com aqueles que representam a população", disse. Em defesa do presidente nacional da OAB, o senador Heráclito Fortes (PFL-PI) ironizou as palavras da líder do PT no Senado. Segundo Fortes, a manifestação de Busato foi "soberana". "É o fim do mundo esse governo. Não podemos aceitar que um senador (Ideli) possa calar a voz dos advogados brasileiros", protestou Fortes. (Agências)

Factoring

DC

procurador-geral da República, Antônio Fernando Souza, deverá apresentar na próxima semana, no Supremo Tribunal Federal (STF), uma nova denúncia contra parlamentares acusados de envolvimento com o "mensalão". O deputado José Mentor (PT-SP), que escapou na semana passada de ter o mandato cassado, deverá estar entre os acusados de participar do esquema de caixa 2 operado pelo empresário Marcos Valério. Mentor foi o nono deputado beneficiado pelo "valerioduto" que foi salvo pela Câmara. "Ele (Souza) disse que as investigações prosseguem e que, na semana que vem, pretende encaminhar um novo relatório ao Supremo", afirmou o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), após o encontro com o procurador. 500 na mira – Alencar afirmou que Souza deverá se reunir na próxima semana com o relator do inquérito no STF, ministro Joaquim Barbosa. Na reunião com integrantes e ex-integrantes do Conselho de Ética da Câmara, o procurador-geral informou que, no inquérito sobre o "mensalão", são investigados cerca de 500 acusados. A CPMI dos Correios descobriu que o deputado do PT de São Paulo recebeu R$ 120 mil de empresas ligadas a Valério. Mentor alegou que o dinheiro foi fruto de serviços prestados a ele. No início da semana, a situação do deputado do PT voltou a complicar-se. Um doleiro de São Paulo afirmou ao Ministério Público (MP) que pagou propina de R$ 300 mil a Mentor para que o nome dele fosse retirado do relatório final da CPMI do Banestado. O deputado foi relator da CPI.

posse da ministra Câmara, de parlamentares que Ellen Gracie na pre- tiveram suas cassações recosidência do Supre- mendadas pelo Conselho de mo Tribunal Fede- Ética da Casa. Para ele, essa atiral, que era para ser uma ceri- tude "soa à população brasileimônia sem muito tumulto, aca- ra como desprezo, escárnio à bou se tornando uma situação Justiça". "O Brasil não pode de extremo desconforto para o perder a compostura", disse. presidente Luiz Inácio Lula da "Não nos iludamos: apenas a Silva. Além do constrangimen- verdade poderá resgatar a creto enfrentado por causa dos du- dibilidade, que é o oxigênio ros discursos do presidente da moral das instituições, e esse Ordem dos Advogados do Bra- oxigênio tem nos faltado." Imunidade – Sentado ao lasil (OAB), Roberto Busato, e do proc ur ad or-g er al do de Lula, Souza da República, Antôdisse que ninguém nio Fernando Souestá imune à fiscaliza, Lula teve de ouzação. "A possibilivir ainda um agra- O Brasil não dade de responsadecimento nominal bilização dos agenpode perder a tes políticos e públide Gracie ao ex-presidente Fernando compostura. cos por desvios na Henrique Cardoso – Roberto Busato, atividade pública que foi quem a indi- presidente da OAB também há de ser assegurada como c o u p a r a o S T F. Após o seu discurso, consectário (conseLula permaneceu calado du- qüência) do próprio Estado de rante todo evento – ele não pôde Direito: não há autoridade dose pronunciar sobre as críticas tada de poderes ilimitados, por causa do protocolo. nem imune à devida fiscaliza"Assumirei com todo gosto. ção, controle e responsabilizaEstou disposta a colocar em ção", afirmou. prática tudo que for eficiente O procurador-geral ressalpara o País. Vou desempenhar tou que os episódios atuais deminha função no limite de mi- vem ser solucionados por meio nhas potencialidades", disse a da aplicação dos mecanismos nova presidente na sua fala de de fiscalização e controle previstos na Constituição. "O funagradecimento. Ataques – Busato roubou a cionamento das instituições cena durante falando da crise não pode se realizar por camipolítica e criticando o "com- nhos ínvios (intransitável), mas portamento indecoroso de al- sim pelas vias iluminadas e guns agentes públicos que ex- transitáveis predispostas pelo pôs ao desgaste as instituições sistema normativo." O ministro Celso de Mello, do Estado". Segundo ele, é preciso acabar de vez com a sensa- escolhido como orador oficial ção de que o Brasil é o País da pelos demais ministros do Suimpunidade. premo, também aproveitou No discurso de saudação à para fazer ataques. Ele defenministra e ao novo vice-presi- deu as prerrogativas do Judidente do Supremo, Gilmar ciário que, segundo ele, devem Mendes, o presidente da OAB ficar "imunes às conveniências atacou o espírito corporativis- políticas de momento". O dista no Poder Público, afirman- curso foi uma resposta ao prodo que essa conduta" não pode jeto de lei que limita as deciprevalecer em nenhuma cir- sões do STF contrárias a decicunstância. E criticou a série de sões do Legislativo e do Execuabsolvições, pelo Plenário da tivo. (Agências)

O que é Factoring? É uma empresa comercial, que compra ativos de vendas oriundas de prestação de serviço ou venda mercantil (cheques e duplicatas). As empresas e comércio vendem a prazo e a Factor faz dinheiro a vista para você, com taxa compatível aos Bancos, diferenciando dos Bancos, não temos limites para o nosso cliente e não analisamos a situação do cliente, e sim dos sacados, damos assistência prévenda, auxiliando na seleção de clientes, fazemos sua cobrança, deixando seu tempo mais livre para dedicar-se ao seu negócio, tendo assim o máximo de rendimento da sua empresa. Entre em contato conosco Empresa filiada PABX (11) 6748-5627 (Itaquera) à ANFAC 6749-5533 (Artur Alvim) E-mail: falecom@finanfactor.com - www.finanfactor.com


sexta-feira a domingo, 28 a 30 de abril, e segunda-feira, 1 de maio de 2006

Nacional Finanças Empresas Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

5 Pandemia de gripe aviária pode causar colapso nas comunicações, segundo estudo da consultoria Booz Allen Hamilton.

A VARIG DETÉM HOJE 20% DO SETOR AÉREO

MINISTRA DILMA ROUSSEF DISSE QUE O BNDES ESTÁ DISPOSTO A FINANCIAR COMPRA DA EMPRESA AÉREA

GOVERNO ADMITE SOCORRO À VARIG Moacyr Lopes Junior/Folha Imagem

O

Para atrair investidores para a Varig, o BNDES precisa conceder um empréstimo de R$ 100 milhões

MICROSOFT Gigante da informática teve lucro de US$ 2,98 bilhões no primeiro trimestre do ano.

Ó RBITA

ENERGIA Governo registrou no fim da tarde de quarta-feira novo recorde de demanda.

Tadeu Vilani/AG

10 MIL ADEREM AO GRITO DO IPIRANGA

P

elo menos 10 mil produtores agrícolas de Mato Grosso aderiram ao protesto denominado "Grito do Ipiranga" (foto), em 14 municípios. A manifestação nas principais rodovias federais, por onde escoa toda a produção agrícola do estado, entrou no quarto dia com o apoio da população local. O comércio e prefeituras fecharam as portas em solidariedade aos produtores. Com a crise da agropecuária, base da economia do estado, todos sentem as conseqüências até então vividas apenas pelos produtores rurais. Os agricultores queimaram máquinas, distribuíram leite e

BUNGE

O

grupo Bunge, controlador da Bunge Alimentos no Brasil, teve lucro 41% menor no primeiro trimestre em relação a igual período do ano passado. A queda foi atribuída aos problemas no setor agrícola brasileiro e às perdas na área de fretes marítimos. Em comunicado, o grupo, que tem sede nos Estados Unidos, informou que não espera melhoras no setor de soja do Brasil em 2006 e anunciou que vai encerrar as operações de três unidades no País. (Reuters)

SEGUROS

E

studo encomendado pelo Sindicato dos Corretores de Seguros do Estado de São Paulo (Sincor-SP) mostrou que o setor faturou R$ 5,5 bilhões no primeiro bimestre. Isso sem contar com os resultados de Seguro Saúde e VGBL, que não são operados por corretores de seguros. O crescimento foi de 17% sobre o primeiro bimestre de 2005. (Agências) A TÉ LOGO

espalharam uma carga de soja no asfalto em Sorriso e Lucas do Rio Verde, na BR163, que liga Cuiabá a Santarém (PA). Em 11 trechos da rodovia, foram montadas barreiras no estado para impedir o escoamento da produção para os portos de Itacoatira (AM) e Paranaguá (PR).

O protesto do produtores agrícolas, que tem o apoio da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e sindicatos rurais, é contra a política econômica, o pagamento de preço mínimo pelos produtos agrícolas e a falta de renda no campo. (AE)

VAREJO: BRASIL É O 27º EM RANKING

O

Brasil subiu duas posições no Índice de Desenvolvimento de Varejo Global, elaborado anualmente pela consultoria AT Kearney e que classifica os mercados emergentes mais atraentes para grupos varejistas que buscam expansão internacional. Mesmo assim, o País está entre os lanterninhas. Entre os 30 países em desenvolvimento avaliados, o Brasil ficou na 27ª posição, à frente só de Marrocos, Colômbia e Casaquistão.

O mercado considerado mais atrativo é o da Índia. Completam a lista dos dez primeiros colocados Rússia, Vietnã, Ucrânia, China, Chile, Eslovênia, Letônia, Croácia e Turquia. O México está no 19º lugar. O Brasil obteve pontuações elevadas em relação ao reduzido risco que oferece aos investidores e ao nível saturação e atratividade de seu mercado. Mas o País foi muito mal no quesito que mede o ambiente favorável para atrair grupos estrangeiros. (AE)

FONTES ALTERNATIVAS DE ENERGIA

O

governo federal investirá R$ 10 milhões para criar um centro de alta tecnologia voltado à pesquisa e desenvolvimento em agroenergia. De acordo com o Ministério da Agricultura, metade desse total será liberada neste ano e o restante, em 2007. O objetivo do centro, que terá sede em Brasília, é fazer pesquisas com cana-de-

açúcar, mandioca e oleaginosas que possam ser usadas em biodiesel e em outras fontes de energia alternativa. De acordo com o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, os países desenvolvidos estão fazendo investimentos nessa área, o que obriga o Brasil a seguir o mesmo caminho para "não ficar na rabeira". (AG)

Clique www.dcomercio.com.br/logo/ para ler a íntegra das notícias abaixo:

L

Embrapa inaugura até o fim do ano uma unidade em Gana, na África

L

Finep tem plano ousado de investimento e apoio às pequenas empresas

L

Petrobras disputa blocos de exploração de petróleo no Timor Leste

governo mudou de tom e admitiu que pode socorrer a Varig com dinheiro público. A mudança teria ocorrido devido à pressão de trabalhadores e repercussões negativas da falência da empresa em um ano eleitoral. A ministrachefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que anteriormente assumira uma posição desfavorável a um desfecho com uso de dinheiro público, agora disse que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está disposto a ajudar uma empresa privada que compre a companhia. "Sem sombra de dúvida, o BNDES se dispõe a entrar. É fundamental que a Varig seja operada, não só para o governo. É também para os consumidores, para os empregados, os funcionários, pilotos e para empresas fornecedoras, que tenha um investidor em condições operacionais, em condições financeiras de assumir a empresa", disse Dilma. Foi a primeira vez que a ministra admitiu ajuda. Anteriormente, ela declarara que "qualquer solução para a Varig que não implique gasto do dinheiro público é sempre favorável". A Varig deve cerca de R$ 7 bilhões, e entre os principais credores estatais estão a BR Distribuidora e a Infraero. Para atrair investidores, o BNDES poderia conceder um empréstimo de cerca de US$ 100 milhões para suprir as necessidades imediatas de caixa da companhia aérea. Recuperação judicial – A Agência Nacional de Aviação

Civil (Anac) e a Justiça do Rio de Janeiro estão trabalhando juntas dentro do plano de recuperação judicial que prevê a cisão da empresa. A idéia é vender a companhia, que seria dividida em duas: uma parte boa, livre das dívidas do passado, que ficaria com os vôos domésticos; e outra, com as rotas internacionais e o passivo. A chamada Nova Varig seria leiloada a investidores interessados em manter a marca, as rotas, parte dos aviões e dos funcionários, e a carteira de clientes do programa Smiles. Acordo operacional – O plano ainda está sendo costurado e foi apresentado ao ministro da Defesa, Waldir Pires, ontem. Para tornar viáveis as rotas internacionais, a Nova Varig faria um acordo operacional com a antiga empresa para apoio nos aeroportos. A parte internacional (Varig velha) teria participação de 10% na nova empresa. Segundo os idealizadores do plano, esse não prevê o calote das dívidas, que seriam quitadas no longo prazo, por meio do acerto de contas entre o que a União deve à Varig pelo congelamento tarifário na década de 80 e os créditos de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) dos estados. O plano de recuperação aprovado pelos credores já prevê o parcelamento das dívidas antigas. Nova proposta – O juiz da 8.ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, Luiz Roberto Ayoub, que conduz na Justiça o processo de recuperação da Varig, quer fechar até terça-feira o de-

senho de uma proposta de salvamento da companhia. Ayoub reafirmou ontem que a Varig é viável e não há motivos que justifiquem sua falência. "Se a empresa não se mostra nociva, não há motivo para pedir sua falência. Soluções existem. Então vamos construílas", declarou o juiz, após três horas de reunião com o ministro da Defesa, Waldir Pires, e com o diretor-geral da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi. Ayoub deixou Brasília demonstrando otimismo em relação ao destino da Varig, e confirmou a discussão de uma engenharia empresarial para atrair um novo investidor para a companhia aérea. Ayoub foi acompanhado do presidente do Tribunal de Justiça do Rio, Sérgio Cavalieri. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, passou pela reunião rapidamente, mas também se negou a revelar detalhes. Ontem, a Justiça de Nova York prorrogou até 31 de maio a validade de uma liminar que evita o arresto de aviões da Varig. A expectativa agora gira em torno da Infraero, que pode começar a fazer cobranças diárias para permitir a operação da Varig a partir de hoje, o que poderia provocar a parada dos vôos da empresa. Terceiro lugar – A companhia áerea, que foi líder de mercado até 2003, com uma frota de 100 aviões, hoje ocupa um modesto terceiro lugar com apenas 45 aviões no ar, e menos de 20% do mercado, por falta de recursos para manutenção e operação. (Agências)

Bolívia afasta EBX de licitação

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governo boliviano confirmou ontem a exclusão da brasileira EBX do processo de licitação para exploração da mina de ferro El Mutún, como conseqüência da controvérsia em torno de um projeto para o qual o país alega que a empresa não tinha autorização mas já havia iniciado. A desqualificação antecipada deixa no páreo as empresas Mittal Steel, Jindal Steel and Power e Siderar, que participarão hoje da última reunião de consultas da licitação. A exclusão da EBX da con-

corrência havia sido antecipada na quarta-feira pela ministra de Produção e Microempresas, Celinda Sossa, mas a companhia não havia confirmado sua saída do processo. Uma porta-voz da ministra Sossa confirmou a desclassificação da brasileira com o argumento de que "o Estado não pode efetuar um contrato com uma empresa com a qual tem controvérsias, que transgride a Constitução". A Bolívia, que não produz aço, está licitando a exploração da mina El Mutún, o desenvolvimento de uma indústria si-

derúrgica e a construção de uma estrada de ferro até um porto no rio Paraguai. A EBX se desentendeu com o governo de Evo Morales devido à construção de uma fábrica em uma zona franca da cidade de Puerto Suárez, a uns 1,8 mil quilômetros ao sudeste de La Paz e da fronteira com o Brasil. O governo disse que o projeto de quase US$ 150 milhões é ilegal porque está localizado dentro da área fronteriça, onde estrangeiros não podem ser proprietários, e porque não obteve a licença prévia das autoridades ambientais. (Reuters)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.LOGO O que não podemos fazer é virar nossa cabeça e olhar para o outro lado, esperando que isto acabe porque, se o fizermos, eles desaparecerão. E uma geração inteira de pessoas terá partido e então restará a História que nos julgue.

Jason Reed/Reuters

Do ator George Clooney sobre a violência entre rebeldes e milicianos árabes na região de Darfur, no sul do Sudão.

sexta-feira a domingo, 28 a 30 de abril, e segunda-feira, 1 de maio de 2006

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ABRIL Dia da Educação Entrega da Declaração Eletrônica de Serviços (DES) do ISS. Recolhimento de Cofins/CSL/ PIS-Pasep, IRPJ, Carnê-leão, CSL

I NGLATERRA E STILO

O Código Smith

60 anos de um clássico A Vespa, scooter italiana famosa no mundo todo como sinônimo de juventude, completou ontem 60 anos com o lançamento de três novos modelos e a criação de um museu exclusivo (foto). O museu será aberto ao público em um ano e funcionará nas proximidades de Pisa, na Itália, onde a Vespa nasceu, em 1946, logo depois da Segunda Guerra Mundial, quando era um meio de transporte acessível para

quase todos os italianos. A scooter italiana se tornou conhecida mundialmente em 1953, quando Audrey Hepburn e Gregory Peck apareceram no cinema circulando a bordo de uma Vespa no filme Férias Romanas. A milionésima Vespa foi vendida em 1956, poucos anos depois do sucesso no cinema. Atualmente, a Piaggio, fabricante do modelo, estima que cerca de 17 milhões de Vespas circulem pelo mundo.

Alessandro Bianchi/Reuters

smithcodeJaeiextostpsacgreamqwfkadpmqz é novo mistério em torno de Dan Brown

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rês semanas depois de um tribunal britânico anunciar o veredicto de uma ação em que Dan Brown era acusado de infrigir direitos autorais em seu best-seller O Código Da Vinci, o advogado Dan Tench trouxe à tona um novo mistério envolvendo a obra. Segundo ele, algumas letras do texto da decisão do juiz sobre o caso estavam em itálico. Ele notou, de repente, que as letras formavam uma frase que incluía o nome do juiz: "Smith code" (código Smith). O juiz Peter Smith - que durante o julgamento manifestou um senso de humor incomum no mundo dos advogados britânicos que usam perucas de tradição secular - parece ter aderido ao mundo misterioso

de códigos e conspirações que percorre a obra de Brown. "Imaginei que fosse um engano, que algumas letras tivessem sido colocadas em itálico aleatoriamente, em função de algum problema no processador de textos", disse Tench, que comentou o assunto com o jornal inglês The Times: não seria interessante se o juiz tivesse embutido uma mensagem secreta no texto? "Então recebi um email do juiz", contou Tench, em que ele sugeria que o advogado olhasse atentamente os primeiros parágrafos. As letras destacadas em itálico, espalhadas pelo texto, dizem: "s mi thc od eJa eie xt ost ps acgreamqwfkadpmqz". As primeiras letras formam as palavras "smith code". Mas e o resto, o que significa?

O livro Código Da Vinci e o filme homônimo estrelado por Tom Hanks, que será lançado em maio, tratam de um código secreto que revela mistérios sobre Jesus Cristo, datando da antiguidade. Smith, cujo veredicto foi que Dan Brown, em seu livro imensamente popular, não plagiou outro livro, O Santo Graal e a Linhagem Sagrada, até agora não ofereceu nenhuma pista para que se decifre seu próprio código secreto. Por enquanto, o juiz não quer falar sobre o assunto. Sua assistente disse que ele está recusando pedidos de entrevistas. Ela não confirmou se existe de fato algum mistério secreto embutido no texto de seu veredicto. Mas ela confirmou uma coisa: que o juiz tem senso de humor. (Reuters)

E UA

Memória dos atentados

Estudo realizado na Universidade de Columbia com 665 donas de casa das áreas atingidas pelos furacões Katrina e Rita mostra que, até agora, as famílias ainda sofrem os efeitos da destruição. Na média, desde que o furacão passou pelo Sul dos EUA, as famílias entrevistadas tiveram que mudar de habitação 3,5 vezes. Além disso, entre as crianças que estão em idade escolar, 1/5 delas não vai regularmente às aulas. Em cerca de 50% dos casos, mães ou filhos passaram a apresentar problemas emocionais depois do incidente.

Depois de meses de disputa com relação ao controle dos edifícios e do dinheiro investido no marco zero, onde ficava o World Trade Center, políticos e empreendedores celebraram ontem o início da construção da Torre da Liberdade. O arranha-céu substituirá o World Trade Center, destruído nos atentados de 11 de setembro de 2001. Pelo acordo, cinco edifícios serão erigidos no local até 2012 ao lado de um memorial, de um centro cultural e de uma estação de metrô que deverão ser inaugurados em 2009.

"Miséria e fome". É com essas palavras, de um entrevistado, que a revista britânica The Economist inicia uma reportagem sobre a Amazônia. O entrevistado é Luiz Carlos Tremonte, do sindicato dos madeireiros. Segundo ele, a ação do governo para coibir o desmatamento na região levou muitos trabalhadores a perderem os empregos e passarem fome. A reportagem mostra num mapa a exata extensão do desmatamento na região antes e durante o governo Lula. A cada ano, a floresta perde 20 mil quilômetros quadrados de árvores.

Surfistinha no New York Times

H OLLYWOOD

A mais bela da família mais bela

C A R T A Z

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MASP

E M

Desmatamento preocupa britânicos

A ex-garota de programa Raquel Pacheco - a Bruna Surfistinha - foi tema de uma reportagem de duas páginas do jornal norte-americano The New York Times de ontem. A matéria conta a história de Rachel desde que começou um blog até o lançamento do best-seller O Doce Veneno do Escorpião. Bruna é o pretexto para uma crítica à suposta hipocrisia da sociedade brasileira, que se diz liberada quanto ao sexo mas criticou a garota.

Eliseo Fernandez/Reuters

Destruição emocional

B RAZIL COM Z

ARTE-PROTESTO - Um grupo de artistas chilenos destrói uma TV em protesto à falta de notícias sobre uma região de disputa de terras envolvendo os índios mapuche. Os índios lutam por um pedaço de terra no sul do Chile que vem sendo explorado por madeireiras. F OTOGRAFIA

Imersão em imagens Reprodução

agência de fotografia mais famosa do mundo, fundada por fotógrafos como Robert Capa e Henri Cartier-Bresson, transformou seus arquivos em uma experiência interativa. Em Magnum in Motion, ensaios fotográficos e filmes ganham comentários de áudio ou texto e uma apresentação especial. A idéia e fazer o internauta mergulhar nas imagens, como diz o próprio site na apresentação. As fotos ao lado são do ensaio "World of Changes" (Mundo de Transformações), do fotógrafo Thomas Hoepker que, ao longo de 50 anos registrou diversos lugares do mundo em diferentes épocas, da Guerra Fria ao 11 de Setembro. Mas o site traz ainda um infinidade de outros ensaios sobre Chernobil, a Revolução Cubana, a vida na fronteira entre EUA e México, o Vietnã entre 1966 e 1968, a retirada de colonos da Faixa de Gaza em 1995, só para citar alguns...

A

Obras do italiano Ernesto de Fiori, como a tela São Jorge e o Dragão (foto). Masp. Avenida Paulista, 1578. Telefone: 3251-5644. 11h às 18h. R$ 10.

Um portal para a educação

Todas as mulheres já sentiram alguma vez na vida inveja dos homens com seus canivetes suíços de milhares de utilidades. A Miss Army criou um acessório semelhante, mas com funcionalidades femininas como lixa de unha, abridor de garrafa, espelho tesoura, alfinete de segurança, agulha e linha. Custa US$ 16,95. www.911healthshop.com/

O portal do Ministério da Educação é a entrada para uma série de sites e informações que vão desde políticas educacionais, censos, projetos de sócioeducação espalhados pelo País e fundações até artigos acadêmicos, concursos e prêmios nacionais ligados a pedagogia. Um dos serviços exclusivos do site é o cadastramento e atualização sobre Fundo de Educação Básica, financiamento estudantil, programas Bolsa-Família e reserva de vagas para alunos em escolas públicas.

miss-army-knife.html

http://por tal.mec.gov.br

A sedução da política Três políticas da esquerda mexicana provocaram uma grande polêmica ao posarem para um ensaio sensual para uma revista masculina do país. Brenda Arenas, a mais ousada, posou usando lingerie semitransparente. Ela é fundadora do pequeno partido Social Democracia Alternativa. As outras duas - Alejandra Barrales e Lorena Villacicencio - são proeminentes integrantes do também esquerdista Partido da Revolução Democrática. Villacicencio posou usando jeans e um diminuto bustiê enfeitado de plumas. Barrales, que optou por saia justa e top. As fotos foram reproduzidas nas primeiras páginas dos principais jornais do país ontem.

www.magnuminmotion.com

A TÉ LOGO

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L OTERIAS

Inglaterra quer Felipão como técnico da seleção após a Copa. Jornal diz que ele aceitou Pesquisadores identificam no genoma mecanismos de resistência ao vetor da malária

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Funcionalidades para a mulher

M ÉXICO

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F AVORITOS

http://people.aol.com/people

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G @DGET DU JOUR

Angelina Jolie encabeça a lista das "100 Pessoas Mais Belas" da revista People, com direito a foto na capa. A revista não esqueceu do namorado de Angelina, Brad Pitt, nem de seus dois filhos. O clã Jolie-Pitt, para a People, é "A Família Mais Bela do Mundo". Também fazem parte da lista dos "mais belos" Halle Berry, Julia Roberts, George Clooney, Scarlett Johansson e Kirstie Alley.

Estudo da OMS define novo padrão de desenvolvimento para crianças em todo o mundo

Concurso 1593 da QUINA 40

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Imóveis Empresas Nacional Tr i b u t o s

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Brasileiros demoram 39 dias para exportar e 43 para importar, contra 12 nos Estados Unidos.

BUROCRACIA ADUANEIRA ATRASA EXPORTAÇÃO

Lalo de Almeida/Folha Imagem - 23/11/2004

FUNCEX PREVÊ QUEDA NO SALDO DA BALANÇA EM ABRIL Resultado do mês deverá ficar US$ 700 milhões abaixo de igual período de 2005

O

s números preliminares da balança comercial de abril indicam um saldo comercial de US$ 3,2 bilhões no mês, o que significará uma queda de quase US$ 700 milhões em relação ao saldo do mesmo mês do ano passado. A avaliação é dos técnicos da Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex) em boletim divulgado ontem. Caso a queda seja confirmada, será o primeiro recuo do saldo da balança comercial brasileira nesta comparação (ante igual mês do ano anterior) desde julho de 2001. Além disso, caso a previsão da Funcex seja confirmada, o saldo acumulado da balança em 12 meses cairá para US$ 45,1 bilhões, ante US$ 45,8 bilhões acumulados até março. Segundo o boletim, a queda

é consistente com as estimativas da Funcex para o desempenho da balança comercial em 2006, que apontam um saldo comercial de cerca de US$ 43 bilhões, com exportações em torno de US$ 133 bilhões e importações de US$ 90 bilhões. Em março, o saldo da balança chegou a US$ 3,9 bilhões, valor 10,1% maior do que o registrado em igual mês do ano passado. Os fluxos de comércio exterior do País tiveram crescimento expressivo no mês, revertendo a tendência de queda no ritmo de expansão em indicadores acumulados em 12 meses, que deverá ser retomada em abril, segundo prevêem os técnicos da Funcex. Mais carne – Mas, se depender de China e Equador, as exportações brasileiras continuaram crescendo. Os dois países comunicaram ontem ao Minis-

tério da Agricultura que ampliaram a lista de frigoríficos brasileiros que poderão exportar carnes para seus mercados. O Equador vai passar a importar carne de frango, e credenciou dez empresas para isso. Além disso, informou que mais 34 frigoríficos brasileiros poderão exportar carne suína. De acordo com a Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, a decisão do Equador é resultado de uma visita de missão equatoriana ao Brasil, que foi realizada entre 6 e 24 de fevereiro. Já a China, de acordo com a Secretaria, habilitou mais oito estabelecimentos produtores de carne de aves e cinco de carne bovina. Com isso, sobe para dez o número de estabelecimentos autorizados a exportar para o país asiático. (AE)

Wilton Junior/AE - 14/04/2004

O setor têxtil pedirá ao ministro Luiz Fernando Furlan desenvolvimento e proteção para o segmento

TÊXTIL SE DEFENDE DA CHINA

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ministro do Desenv o l v i m e n t o , I ndústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, reúne-se hoje, em São Paulo, com lideranças do setor têxtil, em almoço organizado pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit). As relações comerciais com a China devem figurar entre os temas do encontro, além do documento elaborado pelo setor contendo propostas para alavancar seus negócios. A Abit não adiantou detalhes do documento, mas a expectativa é a de que as importações de produtos chineses concentrem parte considerável das atenções. Apesar do acordo entre os governos do Brasil e da China para limitar a entrada de produtos daquele país no Brasil, firmado em fevereiro último, essas importações continuam impactando os negócios na área têxtil. Para a indústria de vestuário, um dos segmentos do setor, o próprio acordo é um problema, por dificultar a importação de insumos como os fios sintéticos, segundo explica Stefanos Anastassiadis, presidente interino do Sindicato da Indústria do Vestuário (Sindivest), que engloba fabricantes de roupas femininas e infanto-juvenis. "O acordo atende os empresários de fiação e tecelagem, mas não protege fabricantes de tecidos sintéticos, que precisam dessa matéria-prima", comenta Anastassiadis. Eles es-

O investimento em transporte ferroviário é uma das opções para melhorar a logística intermodal brasileira

INTERMODAL Um transporte mais competitivo

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Brasil precisa investir em infra-estrutura hidroviária e ferroviária para ser mais competitivo logisticamente e, assim, no comércio internacional. A afirmação foi feita ontem pelo consultor Elcio S. Ribeiro, da Arenglo Brasil, durante o 3º Seminário Fiesp de Logística, que é realizado paralelamente à Intermodal South America, que termina hoje no Transamérica Expo. Ele ressaltou a importância de se investir na intermodalidade para o transporte nas vias terrestre, marítima, fluvial e aérea. Segundo o consultor, enquanto os Estados Unidos (EUA) utilizam toda a estrutura intermodal para o transporte de soja, por exemplo, o Brasil continua focado apenas no rodoviário. Atualmente, 61,1% do que é transportado no País, principalmente com foco na exportação, segue pelas rodovias, enquanto apenas 20,7% são transportados por ferrovias e 13%, por hidrovias. "Temos mais capacidade hidroviária do que os EUA e não investimos nesta modalidade de locomoção para agilizar o transporte de produtos, principalmente agrícolas. Uma ampla estrutura intermodal certamente aumentaria muito a competitividade brasileira no mercado internacional", comentou Ribeiro. De acordo com o consultor, o problema brasileiro é mais cultural do que, até, econômico. "Os resultados de se investir no transporte hidroviário não são perceptíveis da noite para

o dia. É um planejamento que deve ser feito no longo prazo. O problema, nesse caso, é que certamente essa estruturação deverá passar de governo a governo até ser concretizada, o que a torna ainda mais difícil, justamente porque no Brasil não se vê a continuidade de um projeto da gestão anterior como boa ferramenta de governabilidade", afirmou. Na opinião do consultor, é necessário pensar no problema como um todo e imaginar os benefícios futuros. "Só assim estaremos concentrando todos os nossos esforços no desenvolvimento do transporte de cargas e de produtos agrícolas." Ferrovias – As ferrovias também foram alvo de críticas. Principalmente quando se analisam as condições precárias em que operam. O consultor citou como exemplo vários aspectos que tornam o percurso de um trem de carga mais demorado. Entre eles está a in-

vasão da faixa de passagem de nível pela população carente. "É impossível um trem trafegar em alta velocidade quando se sabe que mais à frente encontrará crianças sentadas nos trilhos e pessoas que atravessam entre os vagões em movimento", disse Ribeiro. Outro aspecto que contribui para a morosidade do transporte ferroviário, na opinião dele, é a falta de interação entre as várias malhas ferroviárias que operam no País. Segundo Ribeiro, se o governo federal começasse a investir hoje no transporte ferroviário e hidroviário, os primeiros resultados positivos apareceriam em aproximadamente dois anos, no primeiro caso, e em cinco, no segundo. "Com o desenvolvimento intermodal certamente reduziríamos em até 80% o fluxo de caminhões de transportes agrícolas de longa distância", afirmou. Márcia Rodrigues

Prêmio ao exportador brasileiro

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Intermodal South América 2006, maior feira da América Latina do setor de logística e infra-estrutura, foi palco para o lançamento do programa de fidelidade Dotz Trader Club, voltado exclusivamente aos exportadores brasileiros. O programa reúne vários prestadores de serviço do setor, como empresas marítimas, aéreas e courriers e es-

tará disponível a partir de primeiro de agosto, disse Roberto Chade, presidente da Dotz, empresa responsável pelo programa. A dinâmica consiste em oferecer pontos (US$ 1 é igual a 1 Dotz) ao exportador que fizer uso dos serviços das empresas parceiras. Eles poderão ser trocados por serviços ou produtos, como milhagens, no caso das empresas aéreas. (FL)

Burocracia também no fluxo aduaneiro

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tão pressionados pela concorrência de quem fabrica esses tecidos lá fora, ressalta o executivo. "Não queremos importar tecidos. Queremos mais produção local", diz. Impactos – Segundo dados levantados pelo Sindivest junto à Secretaria de Comércio Exterior (Secex), as vendas chinesas para o segmento brasileiro de "confeccionados" (roupas de malha e de tecidos planos mais a linha lar, de cama, mesa e banho) cresceram 50% no primeiro trimestre deste ano sobre igual período do ano passado. Foram US$ 102,409 milhões em compras da China contra US$ 68,479 milhões na mesma comparação. O segmento de vestuário também se ressente do câmbio. "Com o dólar valendo R$ 2,20

ficou difícil produzir. A concorrência é alta e a perda da capacidade de se defender no mercado interno facilita a importação", lamenta Anastassiadis. Todo o contexto impacta de forma mais drástica os fabricantes que trabalham para um mercado de massa. "As indústrias de vestuário que fornecem para grandes redes estão sofrendo." Segundo o presidente do Sindivest, os grandes varejistas estão se abastecendo junto às confecções chinesas. Stefanos Anastassiadis explica que o segmento estará representado no almoço de hoje com o ministro Furlan por intermédio de um executivo do Sindiroupas, sindicato voltado às roupas femininas. "Nossos problemas são iguais", afirma. Fátima Lourenço

Aliança Pró Modernização Logística do Comércio Exterior (Procomex) está preparando um estudo para mapear todos os problemas aduaneiros enfrentados tanto por empresas exportadoras como importadoras brasileiras. Segundo o coordenador executivo da entidade, John Edwin Mein, enquanto no Brasil a demora para exportar é, em média, de 39 dias e de 43 para importar, nos Estados Unidos (EUA), por exemplo, esse período cai para 12 dias nos dois casos. O executivo acredita que, se o Brasil conseguisse reduzir esses trâmites para um período mais próximo ao dos norteamericanos, o País conseguiria aumentar em aproximadamente US$ 25 bilhões suas exportações anuais. "A burocracia da aduana impede as empresas de expandirem os seus negócios e atrapalha o fluxo aduaneiro", afirmou Mein. Na opinião dele, entre os aspectos que atrapalham as im-

portações e exportações brasileiras está a falta de informações antecipadas nos sistemas de fiscalização para que se analise o risco do fluxo de cargas. Segundo o executivo, a análise de risco é freqüente em outros países e poupa bastante tempo de espera das cargas. Ela liberaria de fiscalização freqüente as empresas que mantêm uma atuação reconhecidamente idônea. A ausência de um único agente de fronteira que possa cuidar do desembaraço aduaneiro total também é apontada como um problema atual. De acordo com Mein, em alguns casos esse processo envolve a presença de um agente da Polícia Federal da área da saúde, e outro da Receita Federal, atrasando mais o andamento. Burocracia – O executivo não está sozinho em suas ponderações. A Fundação Getúlio Vargas (FGV), por exemplo, já apontou em alguns levantamentos que as perdas anuais do País decorrentes do atual

s i s t e m a a d u a n e i ro re p re sentam aproximadamente US$ 2,5 bilhões. Outro levantamento, feito em parceria pelo Banco Mundial (Bird) e pela Corporação Financeira Internacional (IFC), diz que o Brasil só foi considerado mais veloz nos desembaraços aduaneiros do que os países pobres da África. No Mercosul, a demora média é de 30 dias, e na Dinamarca, a mais veloz, cinco. O mesmo estudo constatou que apenas um quarto dos atrasos nas exportações dos países é provocado por infraestrutura precária. Em 75% dos casos, a principal culpada é a burocracia: procedimentos de alfândega, taxas, inspeções de carga. Novamente a Dinamarca recebeu destaque. Enquanto lá é necessário preencher apenas três formulários e recolher as assinaturas de duas autoridades para autorizar a exportação, no Brasil, é necessário preencher sete documentos e recolher oito assinaturas, em média. (MR)


OPINIÃO

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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DOISPONTOS -13 13

Perdão, Buda! ressalva se impõe: a quadrilha que "vai" na primeira linha não é da autoria do abaixo assinado. Antes fosse. É fruto do senso comum. É obra do procurador-geral da República. Portanto, que Sua Excelência e caterva não se aboletem a me processar. Muito embora uma temporada num de nossos presídios federais – que o dublê de ministro e criminalista, Márcio Thomaz Bastos, não construiu – talvez não fosse de todo ruim. Lá em casa, sobraria um pouco mais de mistura. Ninguém, a começar pelo cachorro mimado, teria maiores problemas para enfrentar minha

país da quadrilha está de pernas para o ar. Por aqui, tem sido assim: uma metade pede; a outra não tem para dar. O milagre do crescimento se deu, enfim. Apesar de todas as evidências em contrário. Só não vê quem não quer. Ora, ora, superamos o Haiti – um país próspero, como se sabe. Basta sair às ruas e constatar a proliferação de carroceiros. Dia desses, perguntei para um deles quanto recebia por um quilo de papel. A resposta veio seca: cinco centavos. De quê ele ria, não sei. E ainda falam mal da cachaça! Antes de prosseguir, uma

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ausência forçada. Não sou do tipo que acha que o povo está sempre certo. Também esta história de que o homem nasce bom e a sociedade o perverte etc. já deu o que tinha que dar. É papo que convém a uma certa igreja esquerdista, que não reza, mas vê méritos na cúpula do MST. Compreende-se. Tem gente que passa a vida na base do dízimo. Trabalho? Só se for de panfletagem! Contra quem trabalha. Agora, que a ocasião faz o ladrão, faz! Sou prova disso. Sou ladrão. Roubei o Buda. E foi ontem, ontem cedo. Antes de sair de casa, corri os olhos pelo quarto e vi R$ 5,00 dando sopa no

A ocasião faz o ladrão. Sou prova disso. Sou ladrão. Roubei o Buda

ORLANDO SILVEIRA É JORNALISTA ORLANDOSILVEIRA@UOL.COM.BR

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o dia primeiro de maio comemora-se o Dia Internacional do Trabalho. No Brasil, algumas instituições, partidos e sindicatos promovem shows, premiações e algumas homenagens para aqueles que durante o ano todo trabalharam duro e são responsáveis pelo crescimento e funcionamento do País. Mas, será que é somente desses benefícios que os trabalhadores precisam? Talvez esse seja o melhor momento para discutir, analisar e elaborar uma proposta alternativa para as reformas sindical e trabalhista. O desenvolvimento sindical e trabalhista está há muito tempo restrito e atrasado, preso à legislação getulista; nos habituamos a essa triste história cultural, que nos deixa bem atrás de outros países. Possuímos leis antigas que facilitam uma interpretação restritiva da capacidade das partes na relação de trabalho. Na atual legislação trabalhista, ocorre o excesso de normas legais, dificuldades de contratação e aumento dos processos trabalhistas. Já na legislação sindical, ocorre aumento do mercado informal de trabalho, rigidez nas contratações de novos empregos, estabilidade para empregados que fazem parte de “representação de empregados” nos locais de trabalho e, ainda, a possibilidade de fuga no investimento. Alguns pontos devem ser redefinidos para as reformas. Na reforma trabalhista, as propostas são: a mudança no artigo 480 permitindo alterações contratuais, desde que a negociação, mesmo individual, seja acompanhada do sindicato do empregado, garantindo sua autonomia de vontade; criação de uma regulamentação do PDV (programa de demissão voluntária), permitindo a efetiva

criado-mudo. Pensei: o maldito cigarro está garantido. Pus a nota no bolso. Saí para o trabalho enfadonho, meio feliz. Logo, tocou o infeliz celular. Era a patroa: - Você pegou os R$ 5,00? - Peguei. - Você roubou o Buda! A que ponto você chegou! Acabou com minha simpatia! - Como assim? - Agora, tenho que começar de novo. Pôr outro dinheiro sob o Buda para ver se a gente ganha algum? - Isso dá certo? - Não sei. - Tenta. Ponha, então, sob os pés do santo uma de dez. - Se tivesse R$ 1,00...

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Novo trabalhador Sindicatos e trabalhadores precisam de um novo programa

NEIL FERREIRA O INIMPUTÁVEL nimputável. Adj. 2 g. Não imputável. Irresponsável. (Novo Aurélio). Vivendo e aprendendo. Pela Constituição, os índios e os "de menor" são inimputáveis, são irresponsáveis. Não podem ser responsabilizados por seus atos. Fiquei sabendo que o Lulla também é inimputável, mesmo não sendo índio nem "de menor". Vai ser uma chatice relembrar aqui tudo o que vem acontecendo com o governo e o PT há quase um ano, em escândalos sucessivos que levaram o Procurador-Geral da República a indiciar quarenta figurões definindo-os como "quadrilha instalada no coração do Poder". Todo mundo entrou no listão, começando pelo comissário José Dirceu, então o "capitão do time" e mais poderoso ministro do governo, indigitado como "chefe da quadrilha". Dele para baixo é uma verdadeira lista telefônica do politburo do PT. Dele para cima, só tinha um, o beneficiário de toda ação criminosa que envolveu dinheiro de bancos privados e estatais, empresas privadas e estatais e fundos de pensão numa operação bilionária, mas esse não sabia de nada, não viu nada e como um índio ou um "de menor" não entendeu nada. Como um índio ou um "de menor" ficou inimputável.

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ssa qualidade foi reafirmada quando trinta e cinco senadores, oito a mais do que o número mínimo necessário, pediram a abertura de uma CPI para investigar: (1) As relações de Lulla com Paulo Okamoto, exmetalúrgico aposentado, ex-tesoureiro do PT, amigo do peito de Lulla, presidente do Sebrae, um Trem Pagador que pagou em dinheiro uma dívida de quase trinta mil reais de Lulla com o PT e outra de vinte e nove mil reais de Lurian, primeira filha de Lulla, de uma campanha em que disputou uma cadeira de vereadora e não foi eleita. (2) As ligações do Lullinha com a Telemar. A Gamecorp, empresa de jogos eletrônicos da qual Lullinha é sócio, recebeu cinco milhões de reais da Telemar em troca de uma participação minoritária em ações. O BNDES e o

Werther Santana/Agência O Globo

E

transação, que ele tenha efeito liberatório geral, impedindo o acesso para discussão de outras verbas contratuais; criação de uma legislação, ou inclusão de artigos na lei 5584/70, permitindo a homologação judicial de transação extrajudicial e o fortalecimento da validade do recibo de quitação, com a criação de juízo homologatório facultativo. Na reforma sindical, a idéia seria a discussão de uma reforma sindical que se paute

G As reformas

favoreceriam tanto o empregado como o empregador, e auxiliariam no crescimento do País. G Nossas leis são

antigas e facilitam uma interpretação restritiva das relações de trabalho.

nos princípios da Convenção 87 da OIT, de 1948, de plena liberdade sindical, que manterá como representantes os atuais sindicatos realmente representativos, mas poderá desaparecer com os sindicatos "de carimbo" que pouco ou nada fazem pelas categorias que dizem defender, dando espaço para representantes verdadeiros, seja no âmbito profissional ou no âmbito econômico. Essas modificações, entre outras realiza-

das de forma progressiva, poderiam refletir na geração de emprego, melhor ambiente de negócios, garantir a a t r a ç ã o d e i n v e s t imentos para o país entre outras melhorias. A reforma favoreceria tanto o empregado como o empregador, e auxiliaria no crescimento do País. MARIA LUCIA BENHAME É ADVOGADA, ATUA NA ÁREA DE DIRETO DO TRABALHO E É MEMBRO DO GRUPO DE

GERAÇÃO DE EMPREGOS DA CÂMARA AMERICANA DE COMÉRCIO

Banco do Brasil eram, então, acionistas majoritários da Telemar, o que configura uma injeção de dinheiro público na empresa do Lullinha. (3) Os cem mil dólares que foram apreendidos na cueca de José Adalberto Vieira, assessor do irmão de José Genoino então ainda presidente nacional do PT, fora os duzentos mil reais que estavam na mala. A CPI deveria apurar a origem e o destino do dinheiro. (4) A invasão do sigilo bancário do caseiro Nildo nas sua conta de poupança da Caixa Econômica Federal. A Polícia Federal indiciou o ex-ministro Palocchio como mandante e o expresidente da Caixa, Jorge Mattoso, como cúmplice. A CPI queria saber se essa operação criminosa teria tido a participação do ministro Thomaz Bastos e se teria, também, subido um degrau acima do Palocchio já que ele, naquele momento, dava expediente no Palácio do Planalto e não no Ministério da Fazenda. (5) A atuação de Vavá, irmão de Lulla, que estaria trabalhando como lobista para empresários junto a estatais, aparentemente uma coisa muito fácil de ser averiguada.

Não sabia de nada, não viu nada e como um índio ou um "de menor", não entendeu nada. Ficou inimputável. as o que aconteceu, então, com o requerimento de CPI justificado de maneira tão clara ? Aconteceu que o senador Renan Calheiros (PMDB/Al), presidente do Senado, sozinho e da cabeça dele como permite a lei, decidiu enterrar a CPI no arquivo, alegando que o pedido "não apontava um fato específico para ser investigado ao contrário do que determina do regimento do senado", argumentando que havia apenas uma "listagem de fatos confusos, desconexos". Não apontava somente um fato, apontava cinco. Renan Calheiros foi um dos principais comandantes da tropa de choque do Collor durante o curto porém rico (PC Farias) período da república de Alagoas. E hoje é um dos principais comandantes da tropa de choque do Lulla durante esse curto e mais rico ainda, e põe rico nisso (valérioduto), período da república sindical do ABC. De onde concluímos que u ômi não é índio nem "de menor", mas é mesmo inimputável. Vivendo e aprendendo.

M

NEIL FERREIRA É PUBLICITÁRIO NEIL_FERREIRA@UOL.COM.BR

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Planalto Senado Denúncias Câmara

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira a domingo, 28 a 30 de abril, e segunda-feira, 1 de maio de 2006

Ele prometeu trazer documentos que vão provar sua inocência. Promotor Daniel D'Angelis, do Ministério Público de Ribeirão Preto, sobre depoimento do ex-ministro Antonio Palocci

EX-MINISTRO DEVE SAIR CANDIDATO A DEPUTADO

Adriano Machado/AE

PALOCCI INDICIADO POR MAIS 4 CRIMES

Eymar Mascaro

Hora da verdade

O

PT deve aproveitar o Encontro Nacional que promove em São Paulo, de hoje a domingo, para aclamar Lula como candidato à reeleição. A reunião petista servirá para discutir a política de alianças do partido e o programa de governo de Lula. Apesar de estar em campanha, Lula tem evitado afirmar que é candidato à reeleição. O presidente quer deixar o anúncio para junho, mês das convenções partidárias. Mas, na abertura do encontro nacional os petistas farão um apelo para que Lula aceite a recandidatura. Será, na verdade, uma aclamação de Lula candidato. O PT deve gastar aproximadamente R$ 1,5 milhão para promover o Encontro, embora o partido conviva com uma dívida acima de R$ 45 milhões. O gasto de R$ 1,5 milhão é referente ao pagamento de passagens aéreas e a hospedagem dos participantes. As reuniões serão desenvolvidas no Sindicato dos Bancários. Espera-se pela participação de 1 mil 200 delegados estaduais.

O

ex-ministro da Fa- De acordo com D'Angelis, o zenda Antonio Pa- ex-ministro estava aparentelocci – um mês após mente tranqüilo. "Ele promedeixar o cargo sob teu trazer documentos que vão acusação de orquestrar a quebra provar sua inocência." ilegal de sigilo bancário do caO promotor afirmou ainda seiro Francenildo dos Santos que não existem provas mateCosta – foi indiciado ontem pela riais contra Palocci, mas acha Polícia Civil de São Paulo por difícil que ele, quando prefeiquatro crimes envolvendo irre- to, não soubesse do desvio de gularidades encontradas em tanto dinheiro. contratos de limpeza urbana, Absurdo – O advogado de firmados quando era prefeito Palocci, José Batocchio, nede Ribeirão Preto. gou que o ex-ministro tenha O promotor Daniel D'Ange- sido indiciado. "Esse indicialis, do Ministério Público de Ri- mento, se houve, é um absurbeirão Preto, informou do jurídico. É uma heque Palocci foi indiciaresia jurídica." do por lavagem de diBatochio, disse que o nheiro, formação de ex-ministro da Fazenda quadrilha, falsidade Esse esclareceu todas as perideológica e peculato, guntas e afirmou que a indiciamento, após ter prestado deconcorrência que resulpoimento de cerca de se houve, é tou no contrato de vartrês horas na Correge- um absurdo rição de ruas, que está doria da Polícia Civil jurídico. É sob investigação, foi cedo Distrito Federal. uma heresia lebrada na gestão anteAntes de iniciar o derior à dele. Segundo ele, jurídica. poimento, porém, ele já Palocci também negou Batochio, ter recebido dinheiro havia sido indiciado. De acordo com D'Anadvogado de da Leão&Leão para sugelis, "a carta precatóPalocci postos repasses a caixa ria já veio com a deter2 do PT. "Ele repudiou e minação de indiciamento". O repeliu essa denúncia", disse. "A documento, segundo ele, per- concorrência foi feita na gestão mitiu à polícia de Brasília ouvir anterior, portanto, por outro Palocci, apesar de o inquérito prefeito. Ele recebeu contrato já ser presidido pela Polícia Civil licitado e em execução, que teve de São Paulo. continuidade. Não existe um Irregularidades – A Polícia contrato ou termo de continuientendeu que Palocci teve par- dade assinado por ele." ticipação em irregularidades Mais indiciamentos – P aconstatadas na contratação da locci já responde pelo indiciaempresa Leão&Leão pela a pre- mento por quatro outros crifeitura de Ribeirão Preto à época mes na Polícia Federal, que tede sua gestão, entre 2001 e 2001, riam ocorrido quando era mique causou um prejuízo estima- nistro. Na semana passada, o do em R$ 30 milhões. ex-ministro foi indiciado pela Segundo o promotor, Paloc- Polícia Federal por envolvici – que não falou com os jorna- mento nos crimes de violação listas na saída do depoimento de sigilo funcional, quebra de – negou qualquer vínculo com sigilo bancário, denunciação as supostas irregularidades. O caluniosa e prevaricação por ex-ministro disse que o órgão suposto envolvimento na queencarregado da administração bra do sigilo do caseiro. Candidatura – Apesar de toda limpeza urbana na cidade era uma instituição autônoma. das as denúncias envolvendo

LIBERAÇÃO

Ex-ministro, após depoimento na Corregedoria da Polícia Civil do DF.

PF: NOVOS RELATÓRIOS.

O

delegado Rodrigo Carneiro Gomes, encarregado do inquérito que apura a quebra ilegal do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa, reuniu-se ontem com técnicos da Receita Federal. No encontro, ficou acertado que os técnicos deverão entregar até o fim da semana que vem as informações necessárias para a Polícia Federal saber se houve ou não acesso aos dados fiscais de Francenildo antes da quebra de sigilo bancário na Caixa Econômica Federal. A Polícia Federal está fazendo o levantamento a partir de pedido feito pelo procurador da República Gustavo Pessanha Veloso, que chegou a pedir a apreensão de computadores da Receita, mas a juíza Maria de Fátima de Paula Pessoa,

da 10ª Vara Federal de Brasília, achou melhor determinar que o levantamento seja feito em comum acordo entre a PF e os técnicos do Fisco. Sobre a quebra de sigilo, a PF apontou o ex-ministro Antonio Palocci como mandante da a ação. Segundo o relatório, são apontados como co-autores do crime o ex-presidente da Caixa Jorge Mattoso e Marcelo Netto, ex-assessor de Palocci. Ele é suspeito de ter passado os extratos da conta do caseiro para a revista Época. O caso, que envolveu também o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos – ele prestou depoimento na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara –, resultou na saída de Palocci do ministério da Fazenda. (Agências)

o ex-ministro, Palocci deve ser lançado candidato a deputado pelo PT nas próximas eleições. Pelo menos dois nomes influentes do partido, o presidente da legenda em São Paulo, Paulo Frateschi, e a pré-can-

didata a governador Marta Suplicy confirmaram os planos de Palocci de ocupar uma cadeira na Câmara dos Deputados em janeiro de 2007. Ele articula a definição da candidatura para o dia 7. (Agências)

C

om o apoio dos governistas, a CPI dos Bingos convocou ontem para depor Demétrio do Amaral e Milton José Teixeira Rangel, pilotos que atendem à Fábrica Brasileiras de Máquinas Automáticas Ltda. (Faba- Sub-procurador Morais Filhos: governo Lula e CEF foram omissos. ma). A empresa pertence a empresários de bingo angola- tro da Fazenda Antonio Pal- do prefeito Celso Daniel, em nos que, segundo o advogado locci e seus familiares, seu ex- dezembro de 2002. Entre eles estão o ex-seguRogério Buratti, teriam ofere- assessor Ralph Barquete e o rança do prefeito, Sérgio Gocido R$ 1 milhão ao então co- próprio Buratti. Cuiabá – Em outra deci- mes da Silva, o Sérgio Sombra, e ordenador da campanha de Lula, Antonio Palocci, em tro- são, o presidente da comis- o empresário Ronan Maria Pinca da legalização da atividade são, senador Garibaldo Al- to. Eles e mais quatro foram no País. São eles: José Paulo ves (PMDB-RN), encarregou acusados pelo MP de São Paulo Teixeira Cruz Figueiredo Ar- uma comissão formada por de concussão (extorsão praticatur José Valente de Oliveira seis senadores de ouvir em da por funcionário público) e Cuiabá José Arcanjo Ribeiro, formação de quadrilha. Caio e José Pedro Rolando. Depoimento – Em depoiAutor do requerimento, o conhecido por comendador re l a t o r G a r i b a l d i A l v e s Arcanjo, que comandava o mento na CPI dos Bingos, o (PMDB-RN) disse que os pi- crime organizado em Mato sub-procurador-geral da Relotos serão questionados so- Grosso. Condenado a 44 pública Moacir Guimarães bre os passageiros que te- anos de prisão, o comenda- Morais Filho, titular da 3ª Câriam transportado para uma dor será ouvido sobre a sua mara de Coordenação e Revicasa em Angra dos Reis, alu- ligação com pessoas envolvi- são do Ministério Público Fegada pelo empresário Rober- das no esquema de corrup- deral, disse que o contrato da to Carlos Kurzweil. Entre os ção em Santo André que, de multinacional Gtech com a passageiros, segundo infor- acordo com o Ministério Pú- Caixa Econômica Federal deu mações, estariam o ex-minis- blico, resultou no assassinato prejuízo de R$ 235 milhões à

REAÇÃO

Houve reação se setores mais à esquerda do PT contrários a eventuais coligações do partido com as siglas envolvidas com os escândalos. Mas, as reações não conseguirão impedir que o partido estabeleça as alianças. Os considerados sectários do partido vão pregar no deserto.

INUSITADO

Os petistas contrariados não se conformam, por exemplo, de constituir uma chapa de governador no estado do Acre tendo como candidato a vice uma indicação do PP. Isto porque o PP é controlado no estado pelo ex-deputado Ronivon Santiago, cassado após acusação de compra de votos.

estatal. Morais foi designado no fim de 2002 pelo então procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, para acompanhar o embate entre a Caixa e a multinacional. Foi ele quem recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) de uma decisão judicial que favorecia a multinacional, mantendo o contrato com a Caixa. AGU – Morais disse ter estranhado que no início de 2003, já no governo Lula, a AdvocaciaGeral da União (AGU) não tenha recorrido da sentença. Como a AGU não o fez, o sub-procurador então conseguiu mudar a decisão judicial. Morais também estranhou a demora do STJ em analisar sua ação. Ele entrou com o recursos em 2003 e a decisão só saiu em 2004. "Me surpreendi com o desinteresse da União em revogar a decisão. O contrato era uma camisa de força e representava um monopólio da Gtech e que trazia grande prejuízo para a União." Em defesa do governo, a líder do PT no Senado, senadora Ideli Salvatti (SC), disse que os órgãos públicos já explicaram que não poderiam ter recorrido pois, em 2003, o então presidente do STJ, Nilson Naves, havia negado um recurso da Caixa, confirmando a sentença anterior. (Agências)

Jereissati (PSDB) afastaram a hipótese do PFL não indicar mais o vice na chapa tucana. Houve intervenção de ambos os dirigentes para derrubar a tese de que seria mais conveniente o PFL ficar livre para as coligações nos estados.

PAI DA IDÉIA

A tese de que o PFL não deve indicar o vice de Alckmin prosperou com o prefeito do Rio, Cesar Maia. É provável que Maia tivesse abraçado a tese porque se sentiu contrariado com o lançamento da candidatura do deputado tucano Eduardo Paes ao governo do Rio.

ATRITO

Jutahy Magalhães, líder do PSDB na Câmara, não admite que o seu partido apóie a candidatura de Paulo Souto (PFL) ao governo da Bahia, sobretudo porque Souto é o candidato de ACM. Mas, o PSDB admite apoiar Paulo Souto, apesar da reação de Jutahy Magalhães.

TENTATIVA

A cúpula do PT recebeu ontem um apelo do presidente Lula, que quer evitar que os petistas lancem sua candidatura à reeleição, Mas, é provável que o presidente Ricardo Berzoini seja vencido pelo entusiasmo dos participantes do encontro nacional.

META

Sérgio Lima/Folha Imagem

CPI ATRÁS DE SUPOSTA DOAÇÃO PARA LULA

O PT está liberado por Lula para fazer alianças até com partidos que se envolveram com o mensalão, como, por exemplo, o PP, PL e PTB. A preocupação de Lula é constituir palanques nos estados para desenvolver sua campanha.

O PT está preocupado mesmo é com o PMDB. O partido continua insistindo em atrair o apoio dos peemedebistas, usando os governistas José Sarney e Renan Calheiros. O PT, no entanto, tromba com o PSDB, que também luta por um acordo com o PMDB.

NEGATIVA

Ricardo Berzoini nega que o partido tenha dado sinal verde para José Dirceu costurar alianças em nome do PT. Berzoini, contudo, admite que no futuro Dirceu pode exercer algumas missões especiais, principalmente quando a campanha esquentar.

TUDO BEM

Até prova em contrário, PFL e PSDB voltaram às boas e tudo indica que os dois partidos vão se coligar para concorrer à eleição presidencial. Está praticamente certo que o vice de Alckmin será indicado pelo PFL, admitem os dirigentes dos dois partidos.

CARDEAIS

Os presidentes Jorge Bornhausen (PFL) e Tasso

PALANQUE

ACM já avisou que Alckmin só deve subir no palanque de Paulo Souto quando visitar a Bahia, mesmo que o PSDB lance a candidatura de Antonio Imbassay ao Senado, como se propõe. ACM radicalizou a posição em favor da candidatura do PFL Alckmin, por ora, só ouve as reivindicações do PFL e nada comenta.

RECADO

Coube a Tasso Jereissati dizer a ACM que o PSDB não pode se indispor com Jutahy Magalhães. Mas, o senador, no entanto, foi claro com o dirigente do PSDB, lembrando que sem o apoio de Paulo Souto, a votação de Alckmin mingua na Bahia.

ANDARILHO

Itamar Franco está disposto a iniciar uma série de viagens pelos estados para verificar se existe espaço no País para a terceira via. O ex-presidente acha que pode penetrar no eleitorado que não deseja votar nos candidatos do PSDB e PT. Itamar briga pela legenda do PMDB com Anthony Garotinho.


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Congresso Planalto Eleições CPI dos Bingos

DIÁRIO DO COMÉRCIO

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ALCKMIN COM LÍDERES DO PFL: APARANDO ARESTAS

Lula está usando da soberba e do salto número 15, mas eu vou para a campanha com as sandálias da humildade. Geraldo Alckmin, pré-candidato do PSDB

TUCANOS DEVOLVEM IRONIAS A LULA. GAROTINHO CRITICA ANTECIPAÇÃO DE CONVENÇÃO. MAS ITAMAR APÓIA. Dida Sampaio/AE

ALIANÇA ENTRE PFL E PSDB AVANÇA

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ACM (à esq.) e a bancada de senadores PFL, Alckmin e Heráclito Fortes (à dir.), o anfitrião: jantar sela avanços para a coligação.

GAROTINHO REAGE A ANTECIPAÇÃO Lula Marques/Folha Imagem

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pré-candidato a presidente Anthony Garotinho (PMDB) reagiu ontem com indignação à notícia da antecipação da convenção do partido para o dia 13 e prometeu entrar na Justiça com o objetivo de impedir a realização do que classificou como um "golpe" da ala governista. "Tudo isso que vem acontecendo é uma perseguição contra mim, desde meu crescimento nas pesquisas. Meus adversários, que são poderosos, têm feito uma perseguição implacável contra mim", afirmou em Brasília. A governadora do Rio, Rosinha Garotinho (PMDB), saiu do silêncio e defendeu o marido: "Eu não vejo, por exemplo, os grandes meios de comunicação pedirem ao filho do Lula para devolver o dinheiro que não foi lícito. Eu não vejo pedirem às pessoas do 'mensalão' para devolverem o dinheiro que não foi lícito, foi dinheiro do governo." 'Dinheiro legal' – Sobre as denúncias de que quatro empresas que doaram dinheiro para a campanha de Garotinho receberam R$ 112,5 milhões do governo do Rio de 2003 até hoje, Rosinha afirmou que "as pessoas eram sócias e eu não tenho obrigação de saber quem é sócio e de que empresa. O que vale é o seguinte: o dinheiro é legal", disse. Para o deputado Moreira Franco (PMDB-RJ) as denúncias de irregularidades na

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ITAMAR DIZ NÃO SE OPOR

O pré-candidato do PMDB disse que está sofrendo uma perseguição

pré-campanha do ex-secretário de Governo e Coordenação do Estado do Rio põe em risco "de maneira muito concreta" a idéia de uma candidatura própria. "Essa pauta – se tem candidatura ou não – já estava superada e agora volta ao debate. É claro que esses episódios envolvendo Garotinho contribuem para que essas forças políticas (contra a candidatura própria) se sintam mais confortáveis." Mudança legítima – Ao contrário de Garotinho, que classificou a antecipação da convenção como um golpe da ala governista, Franco afirmou que a mudança na data é legítima, pois contou com a assinatura de mais da metade dos presidentes de diretórios regionais e de dez membros do comitê executivo nacional. Ele, que presidiu o partido no Estado antes do pré-candi-

dato do PMDB a presidente, reafirmou o apoio à candidatura própria dele, mas disse achar "muito estranha" a reação de dizer que devolverá o dinheiro doado depois de arrecadá-lo dos militantes. Temer confirma – O p re s idente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), confirmou que convocará a convenção extraordinária do partido para 13 de maio, assim que receber a solicitação firmada por 14 dos 27 diretórios nacionais do PMDB. "Vamos apresentar o documento solicitando a convenção extraordinária porque entendemos que a candidatura própria, no quadro atual, compromete os projetos eleitorais do PMDB na maioria dos estados", disse o presidente do S e n a d o , R e n a n C a l h e i ro s (PMDB-AL), um dos chefes do movimento contra a candidatura. (Agências)

TSE NEGA LIMINAR AO PT Tr i b u n a l S u p e r i o r Eleitoral (TSE) negou ontem o pedido de liminar solicitada pelo PT, que queria proibir a veiculação da imagem do pré-candidato a presidente Geraldo Alckmin (PSDB) na propaganda gratuita do partido. Na representação, o Diretório Nacional do PT alega que Alckmin é pré-candidato do PSDB a presidente nas eleições deste ano e que estaria "em plena atividade" de campanha, contrariando o Artigo 36 da Lei 9.504/97 (Lei Eleitoral), segundo o qual a publicidade eleitoral gratuita só pode começar em 6 de julho. Sem respaldo – Mas, o relator da matéria, ministro Marcelo Ribeiro, entendeu que a argumentação do PT "não encontra respaldo legal à primeira vista", já que o pré-candidato do PSDB a presidente é filiado à legenda responsável pela publicidade, nos ter-

pré-candidato do PMDB à Presidência da República Itamar Franco disse ontem não ver impedimentos à antecipação da convenção do partido para o dia 13. Segundo ele, os que não querem o lançamento de candidatura própria não vão mudar de posição, o mesmo acontecendo com os que são favoráveis a ter um nome na disputa. Assim, para ele, quanto mais rápido o assunto for resolvido, melhor. "Não tenho nada a opor a este adiantamento da convenção. Quanto mais cedo resolver esse imbróglio melhor. Aqueles que já tem uma determinação de não ter candidato estão com a idéia cristalizada e não vão mudar. Da minha parte não há nenhuma objeção e vamos aguardar o resultado para definir o que vamos fazer depois." A campanha de Itamar junto aos peemedebistas começa por São Paulo e Rio de Janeiro.

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mos do artigo 45 da Lei 9.096 (Lei dos Partidos Políticos). No despacho, Ribeiro diz que as inserções de rádio e TV feitas pela sigla são adequadas à lei e acrescenta que elas, "além de revelar a posição do partido em relação a temas político-comunitários, divulgando suas idéias, mencionam o que o partido realizou em gestões de governos estaduais". Mercadante rebate – O líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (SP), evitou esquentar a disputa com Marta Suplicy pela candidatura do PT ao governo do Estado, mas respondeu às críticas feitas pela ex-prefeita paulistana. Marta, que esteve em Ribeirão Preto, disse que Mercadante cometeu um erro ao destacar o apoio que obteve junto a prefeitos. E ressaltou que a idéia de fazer as coisas "de cima para baixo" nunca funcionou dentro do PT. "O movimento de defesa da minha candidatura

vem da base" disse o senador, acrescentando que não vê distinções entre os que o apóiam que possam tornar um mais importante que outro. Apoios – Ele ressaltou ainda que possui não apenas o apoio de 55 dos 57 prefeitos do PT no Estado, como também de 370 dos 471 vereadores, 464 dos 609 presidentes de diretórios municipais, 18 dos 19 coordenadores de macrorregião, 95% dos sindicalistas, além da maioria dos deputados das bancadas estadual e federal. Para completar, colocou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no topo da lista dos que endossam sua candidatura. "Me sinto muito honrado com o fato de o presidente Lula – com todas as ressalvas que envolvem o fato de ele ser presidente da República – ter manifestado a diversos interlocutores seu apoio ao meu nome".(AE)

vançaram muito, esta semana, os entendimentos entre o PFL e o pré-candidato do PSDB a presidente Geraldo Alckmin, em torno das dificuldades de aliança nos estados. Depois de jantar com a bancada pefelista no Senado, na noite deq uarta-feira, o ex-governador de São Paulo não tem mais dúvidas do empenho dos cardeais do partido para elegê- que o candidato sentou-se para lo presidente. "Saí com o senti- a primeira conversa reservada mento de que agora temos ti- com a senadora Roseana Sarney me", disse o pré-candidato. (PFL), candidata ao governo do Ao agradecer a hospitalidade Maranhão. O PSDB local quer se do anfitrião, senador Heráclito coligar com o PDT do ex-prefeiFortes (PFL-PI), Alckmin foi di- to Jackson Lago, adversário de reto: "Acho que a aliança come- Roseana na corrida eleitoral. çou". Ele admite que ainda fal"Conversamos dentro da litam algumas definições. "Se va- nha de buscar soluções para as mos jogar mais na defesa ou no questões estaduais, que são muiataque, se mais para a esquerda to localizadas, e a Roseana me ou para a direita, a forma ainda impressionou muito bem", connão decidimos", afirmou. O tou o candidato ontem. "Vi nela mais importante, a seu ver, é que uma mulher política habilidosa, está consolidado o fundamento muito segura, muito lúcida e para uma sólida aliança. "Esse madura" definiu Alckmin. encontro valeu Salto alto – Um por 20 dias de reudia depois de o niões", entusiaspresidente Luiz mou-se Heráclito, Inácio Lula da Silencarregado de Saí com o sentimento va recorrer à irocoordenar o en- de que agora temos nia para cometendimento entre time. Acho que a morar a briga no tucanos e pefelisninho tucano – dialiança começou. tas Brasil afora. zendo que o PT é Geraldo Alckmin, pré- "um partido tran"O jantar foi candidato do PSDB qüilo", Alckmin u m d e g r a u i mportante na escaafirmou que o PT da das soluções dos problemas canta vitória antes da hora. "O da aliança nos estados", con- presidente está usando da socordou o líder pefelista no se- berba e do salto número 15, mas nado, José Agripino (RN). Ele eu vou para a campanha com as frisou que além de não explici- sandálias da humildade. Vou tar nenhum conflito insuperá- virar o jogo." vel, Alckmin ainda apontou Em discurso no Senado, o lícaminhos. "Todo mundo saiu der do PSDB, Arthur Virgílio satisfeito. É possível que feche- (AM), pré-candidato a governamos os acertos na semana que dor, disse ontem que "dispensa vem", avaliou o senador José a análise fajuta" de Lula. Virgílio Jorge (PE), que disputa com afirmou que o PT é tranqüilo Agripino o posto de vice. "por desconhecer o que aconteConfessionário – Habilido- ce dentro dele que é o partido da so, Heráclito tratou de montar corrupção, do mensalão e do um "discreto confessionário" aparelhamento". O governador em um canto da varanda, onde de Minas Gerais, Aécio Neves Alckmin pôde fazer seu primei- (PSDB), também criticou Lula. ro tête-à-tête com cada cacique Disse que o PT não briga mais pefelista dos estados em que há porque "está acabando". "As fibrigas históricas ou disputas guras do PT estão desapareceneleitorais com o PSDB. Foi assim do do cenário." (AE)


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Imóveis Tr i b u t o s Finanças Empresas

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COPOM PREOCUPADO COM GASTOS PÚBLICOS

195,5

por cento foi o aumento do lucro líquido da Embratel no primeiro trimestre deste ano

ESSA FOI A LEITURA QUE OS ANALISTAS FIZERAM DA ATA DA ÚLTIMA REUNIÃO, QUE REDUZIU O JURO BÁSICO

COPOM: TAXA SELIC DEVE CAIR MENOS O 0,5 Wilson Magão/Agência O Globo

aumento dos gastos públicos em um ano eleitoral pode frear a queda dos juros básicos. O Banco Central (BC) apontou o crescimento dos gastos públicos nos últimos meses de 2005 e neste primeiro semestre — que chamou de "impulso fiscal" — como uma das razões para conduzir a política monetária "com maior parcimônia" daqui por diante. É o que consta da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada ontem. Nesse encontro, ocorrido na semana passada, o Copom reduziu a taxa básica (Selic) de 16,5% para 15,75% ao ano. O recado foi entendido por analistas do mercado como um sinal de que o BC pode reduzir o ritmo de queda dos juros, voltando a cortar apenas 0,5 ponto percentual na próxima reunião, marcada para os dias 30 e 31 de maio. Exterior — A ata diz que o cenário internacional ainda é favorável ao Brasil e que a inflação está sob controle, mas observa que ainda há incertezas em relação ao efeito sobre a demanda do corte dos juros iniciado em setembro. Nesse ponto, reside uma das grandes preocupações: o efeito da redução dos juros na atividade, em um primeiro momento, e depois sobre a inflação.

ponto percentual é agora a estimativa dos analistas para o corte da taxa básica na reunião do fim de maio do Copom Equilíbrio — A perspectiva de um ritmo mais lento na redução dos juros é explicitada, também, na referência do documento do BC à possibilidade de a taxa de juro estar próxima à chamada taxa de equilíbrio, aquela que permite um crescimento sustentado sem provocar inflação. Quanto menor essa "distância", menor a margem de redução da Selic. Isso indica a necessidade de cautela nos próximos movimentos do BC porque existe uma defasagem natural entre a redução do juro e seu impacto sobre a economia. A diretoria do banco sugere que, por causa desse período de defasagem, o ritmo de crescimento econômico deve ser monitorado neste ano para evitar um repique da inflação em 2007. O Copom justificou a necessidade de cautela com o au-

mento dos gastos públicos e do salário mínimo de R$ 350, medidas que, combinadas, podem ser inflacionárias. Quanto maior o volume de dinheiro em circulação, maior o potencial de aumento do consumo e de nova alta nos preços. Petróleo — Também há incertezas sobre o impacto da alta do preço do petróleo no mercado internacional. Ao contrário dos documentos anteriores, desta vez o BC admite que "se tornou menos plausível" a possibilidade de não haver um reajuste dos preços da gasolina no mercado interno antes do fim do ano. A expansão do crédito, da renda do brasileiro e do nível de emprego são outros fatores de risco para a inflação apontados pelo BC. A leitura de que uma condução "com mais parcimônia" da política monetária vai significar redução mais lenta das taxas de juros provocou uma reação imediata nas taxas de juros no mercado futuro. Muitos especialistas passaram a trabalhar com a expectativa de que, em maio, o Copom reduzirá a Selic em apenas 0,5 ponto percentual. O economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas, diz que a ata deixou claro que a Selic cairá só 0,5 ponto na próxima reunião e que há preocupação com a inflação. (AE)

Notícias de juros afetam mercados

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rês notícias, todas relacionadas a taxas de juros, mexeram com os mercados financeiros ontem: a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a elevação da taxa básica da China e o discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Ben Bernanke, a respeito da política monetária do país. As explicações do Copom para a redução de 0,75 ponto percentual na taxa básica brasileira na semana passada provocaram ajustes nos ativos, pois mudaram a expectativa dos agentes do mercado em relação aos cortes dos juros nos próximos meses. As estimativas, que giravam em torno de uma queda de 0,75 ponto, passaram para 0,5 ponto. Bolsa — A decisão do banco central da China de aumentar os juros determinou queda dos preços das commodities no mercado internacional, o que, no Brasil, influenciou principal-

mente a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que tem listadas ações de empresas fortemente envolvidas com o comércio externo de commodities, caso da Vale do Rio Doce. Depois de ter atingido na quarta-feira o 19º recorde de pontuação deste ano, o Ibovespa (principal indicador do mercado brasileiro de ações) recuou sob o efeito de realização de lucros dos investidores. O Ibovespa fechou em baixa de 1,63%, em 39.751 pontos. Com esse resultado, passa a acumular altas de 4,74% em abril e de 18,82% em 2006. O movimento financeiro ficou em R$ 2,888 bilhões, sendo R$ 428 milhões referentes à oferta pública de aquisição de ações (OPA) da Acesita, promovida pela Arcelor Spain Holding S.L. Gordura – "A bolsa estava com gordura para queimar. E durante o pregão encontrou motivos para isso", disse um operador. "A Bovespa caiu com siderurgia e mineração, que já tinham subido bastante."

Lucro da Telemar recua. Embratel ganha mais.

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Telemar encerrou o primeiro trimestre do ano com lucro líquido de R$ 144,5 milhões, uma queda de 25,13% em relação ao resultado de R$ 193 milhões obtido em igual período do ano passado. A receita líquida subiu 1,27%, para R$ 4,055 bilhões. Os custos e as despesas operacionais totalizaram R$ 2,570 bilhões, o que representa aumento de 10,06%. O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (ebitda) da companhia passou de R$ 1,668 bilhão para R$ 1,485 bilhão, uma queda de 10,97% na comparação entre os trimestres. A margem da geração operacional de caixa caiu de 41,7% para 36,6%. As despesas financeiras líquidas foram reduzidas em 12,1%, para R$ 338,4 milhões. Em 31 de março, o patrimônio líquido da Telemar estava na marca dos R$ 8,123 bilhões.

Embratel — Já a Embratel encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 127,9 milhões, o que equivale a um crescimento de 195,5% sobre os R$ 43,3 milhões obtidos em igual período de 2005. A receita líquida da empresa teve aumento de 7,4%, para R$ 2,036 bilhões. A receita de serviços de voz caiu 2,4%, para R$ 1,201 bilhão, e o faturamento de comunicação de dados subiu 23,8%, para R$ 553,6 milhões. O ebitda da Embratel acumulou R$ 527,7 milhões nos três primeiros meses do ano, 13,6% a mais do que entre os meses de janeiro e março de 2005. As despesas financeiras líquidas foram reduzidas de um total de R$ 103,7 milhões no primeiro trimestre do ano passado para R$ 17 milhões de janeiro a março deste ano. O impacto negativo do Imposto de Renda e da contribuição social aumentou 102,1%. (Agências)

De fato, as ações desses setores foram destaques na baixa. Vale do Rio Doce ON teve a maior queda do índice (-4,07%). Companhia Siderúrgica Nacional ON foi a quinta maior baixa (-3,52%), seguida de Caemi PN (-2,84%) e Gerdau PN (-2,78%), além de Vale PNA (-2,75%). As ações da Petrobras (ON e PN) também fecharam em baixa superior a 2%, influenciadas pela redução dos preços do petróleo, também atingidos pela medida do BC chinês. Dólar — A moeda americana no segmento comercial também caiu e atingiu a menor cotação desde março de 2001. O dólar pronto fechou em queda de 0,61%, a R$ 2,1085 na ponta de venda e a R$ 2,105 na roda de dólar à vista da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F). (DC/AE)

Em encontro com empresários na sede da Fiesp, ministro disse que juro pode fechar 2006 em 15,2% ao ano

Mantega: conservadorismo do BC é só "uma interpretação"

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visão do mercado financeiro de que a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada ontem, tenha sido conservadora é apenas "uma interpretação", entre outras possíveis. A opinião é do ministro da Fazenda, Guido Mantega. "Os textos nunca são tão explícitos", disse, após participar de reunião com diretores da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na sede da entidade na capital. De acordo com ele, os "dados concretos" olhados pelo governo demonstram que a inflação está sob controle, inclusive com a projeção do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) abaixo do centro da meta para este ano. Controle — "Nunca tivemos uma situação tão boa de controle inflacionário, com o centro abaixo da meta", argumentou. "Com certeza, os juros continuarão caindo porque as condições são favoráveis." Segundo Mantega, a prova dessas condições favoráveis é o fato de os juros futuros estarem em queda ao mesmo tempo em que cai o custo para a rolagem da dívida pública, bem como estão menores as taxas cobradas pelo mercado para a colocação de papéis.

Juros em 15,2% — Na apresentação aos empresários, Mantega mostrou uma projeção da Selic para o fim do ano em 15,2%, baseada em "pesquisas de mercado", considerando, entretanto, a previsão "muito conservadora". Mesmo assim, ele não quis estimar se o Banco Central poderá reduzir o gradualismo de corte da taxa Selic para abaixo de 0,75 ponto

Com certeza, os juros básicos continuarão diminuindo porque as condições econômicas brasileiras hoje são muito favoráveis para a redução. Guido Mantega, ministro da Fazenda percentual. "O ritmo de queda é atribuição do Copom." Por entender que a inflação está sob controle, Mantega admitiu a possibilidade de a política monetária ser "menos austera" no futuro, como forma de incentivar a atração de investimentos. Ele insistiu, entretanto, que as condições para investimentos produtivos no

País hoje estão melhores, por causa da redução de custos de linhas de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do crédito agrário e do mercado de capitais. O governo avalia que o País passa por um período de "franca ascensão" de investimentos produtivos. "Os dados do setor de bens de capital apontam para crescimento em janeiro e fevereiro, e a construção civil está em expansão. Também o consumo aparente de bens de capital está muito superior, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística." No encontro, o ministro da Fazenda reiterou a expectativa de que o crescimento econômico brasileiro, em 2006, ficará em 4,5% e que o governo Lula pretende transformar esse nível em piso para os próximos anos. "Nossa intenção é de cumprir as projeções da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), de crescimento de 4,5% neste ano; 4,75% no ano que vem e de 5% em 2008", informou Mantega. (AE)


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sexta-feira a domingo, 28 a 30 de abril, e segunda-feira, 1 de maio de 2006

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ntigamente os teóricos do cinema pregavam a existência de um "específico fílmico", uma coisa que só poderia ser encontrada numa tela de cinema, e nunca nas demais outras artes. Tinham alguma razão mas o populacho não queria nem saber de teorias estéticas. O povo se lembrava mais é dos momentos emocionantes que lhe deram cenas como as de corsários enfrentando heróis navais, de caubóis e índios se trucidando, e de muitos, muitíssimos beijos. Como o de Kim Novak e James Stewart num dos maiores e mais demorados já vistos, em Um Corpo que Cai (1958), quando a câmera gira em torno do casal, que por sua vez gira num tablado, e tudo gira com letreiros de gás néon verde ao fundo. As platéias ignoraram outros grandes momentos da obra-prima de Alfred Hitchcock e guardaram aquele, terrível, dele colando os lábios nos de uma mulher que supunha morta. Era uma cena para não se esquecer. O cinema está cheio destes momentos inesquecíveis, nem importa que tenham aparecido em filmes sem importância, como em A Mosca da Cabeça Branca (1958), de Kurt Neumann, quando o personagem transformado em mosca cai numa teia de aranha e grita com a cabeça que lhe resta, antes de ser devorado: "Socorro!". Estes supremos momentos, de terror ou ternura, valem só num certo lampejo na tela. Se não fosse assim a memória já teria apagado o final de um dos filmes mais ridículos já feitos, Sansão e Dalila (1949), de Cecil B. de Mille. Foi quando o cego-canastrão Sansão (Victor Mature) estende os músculos e derruba os pilares do templo cheio de infiéis. Impressionante mesmo para platéias infantis, que ficaram com a cena traumática nas suas lembranças. Crescidas, estas platéias guardaram na cabeça outros instantes de arrepiar. Descobriram, por exemplo, que pontos altos de alguns filmes ressuscitam em outros, por incrível que pareça. Foi assim que viram um dos momentos clássicos do cinema, a cena no massacre do povo em O Couraçado Potemkin (1925), do russo S.M. Eisenstein, ressurgir brilhantemente num policial de 1987 feito por Brian de Palma, Os Intocáveis, com um bebê num carrinho despencando pela escada e tudo. Plágio consciente, sim, pois de Palma imita tanto os outros que se tornou inimitável. Mas outras cenas para não se esquecer reaparecem de formas mais sutis. Lembram do final de O Grande Golpe (1956), de Stanley Kubrick, quando o derrotado assaltante Sterling Hayden vê o dinheiro de seu roubo sendo levado pelo vento numa pista de aeroporto? Lembram também do fim de O Tesouro de Sierra Madre (1947), de John Huston, quando o derrotado ladrão Humphrey Bogart vê o ouro que roubou levado pelo vento do deserto? Pois é. Nada se perde, tudo se transforma. São os chamados "momentos privilegiados", como os chamou o escritor James Joyce, quando tudo transcende além de seus contextos. Aqui estão alguns deles no cinema, entre músicas e lágrimas, além de outros sentimentos. - Annie Girardot abre os braços como crucificada para que Renato Salvatori a esfaqueie e mate em Rocco e Seus Irmãos (1960), de Luchino Visconti. - Gloria Swanson, louca, posa para as câmeras achando ser a grande estrela que foi no passado em Crepúsculo dos Deuses (1950), de Billy Wilder. - Jack Lemmon vestido de mulher revelando ao seu pretendente por que não pode se casar com ele, ouvindo como resposta "Ninguém é perfeito" em Quanto Mais Quente, Melhor (1959), de Billy Wilder.

LAZER - 1

DAS TELAS PARA A MEMÓRIA

Geraldo Mayrink Arquivo DC/Reproduções

Dorothy Comingore canta ópera, ante holofotes: um dos momentos inesquecíveis de Cidadão Kane, obra de Orson Welles, realizada em 1940 e presença obrigatória nos rankings dos melhores de todos os tempos.

Joe E. Brown e Jack Lemmon (travestido), em Quanto Mais Quente, Melhor. No detalhe, Hitchcock prepara a cena em que Janet Leigh é aterrorizada (foto maior) e assassinada pelo psicopata Bates, em Psicose.

VEJA, REVEJA. EM VÍDEO E DVD.

Rocco e Seus Irmãos e A Marca da Maldade. Obras com assinatura de Luchino Visconti e Orson Welles. O melhor cinema-cabeça.

Rastros de Ódio e O Tesouro de Sierra Madre. Ação, aventura, suspense, violência, faroeste. Com o carisma de Wayne e Bogart.

Um Corpo que Cai (Vertigo) e Cantando na Chuva. Uma obra-prima de Hitchcock e um dos melhores musicais de Hollywood, com Gene Kelly. Cenas continua na página 2

O Grande Golpe (The Killing), de Stanley Kubrick, e ET, de Steven Spielberg. A arte da narrativa, em dois grandes momentos do cinema.

Crepúsculo dos Deuses, de Billy Wilder, com Gloria Swanson (sensacional). E Sansão e Dalila: show de inverossimilhança.


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Será o símbolo de nossa liberdade e de nossa independência Do governador de NY, George Pataki, sobre o arranha-céu quesubstituirá o World Trade Center.

Internacional

Dwioblo/Reuters

ANEL DE FOGO – O vulcão Merapi, na Indonésia, está cuspindo cinzas, o magma já cobre a cratera e a população está em alerta máximo. O Merapi é um dos 129 vulcões ativos do país, que fica no chamado "Anel de Fogo" do Pacífico – uma série de falhas geológicas que se estende do Hemisfério Ocidental para o Japão e Sudeste da Ásia. A última erupção ocorreu em 1994, e gerou uma nuvem de gás que matou 60 pessoas.

Denúncia é do chefe do serviço de inteligência do Exército. Ontem, EUA e França apertaram o cerco ao país pedindo ao Conselho de Segurança da ONU para que se pronuncie sobre o programa nuclear iraniano.

Três políticas de esquerda do México provocaram muita polêmica ao posarem para um ensaio sensual para uma revista masculina do país.

Ó RBITA

Mohamed Azakir/Reuters

IRÃ TEM MÍSSIL PARA ALCANÇAR A EUROPA, DIZ ISRAEL

O primeiro-ministro designado do Iraque Nouri al-Maliki obteve o apoio do grão-aiatolá Ali al-Sistani, líder dos xiítas do país.

Reuters/Irna

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Irã recebeu um primeiro carregamento de mísseis terraterra BM-25 que têm alcance para atingir alguns países da Europa Central, denunciou o chefe da inteligência militar de Israel, segundo publicou ontem o jornal Haaretz. Os mísseis, comprados da Coréia do Norte, têm um alcance de 2 500 km e são capazes de transportar ogivas nucleares, informou o jornal. Oficiais de segurança israelenses disseram que, com os mísseis, o Irã teria capacidade de atingir países europeus como a República Checa, Itália e Romênia. O general Amos Yadlin, chefe do serviço de inteligência do Exército, tem advertido sobre os novos mísseis iranianos em diversas entrevistas. O Irã já dispunha de mísseis de fabricação própria capazes de atingir Israel, o Shihab-3 e o Shihab-4. Na terça-feira, um foguete russo colocou em órbita um satélite de Israel com o objetivo declarado de espionar o programa nuclear iraniano. IRÃ ATÔMICO - Ontem, os governos dos Estados Unidos e da França fizeram um chamado ao Conselho de Segurança da ONU para que se pronuncie sobre a questão nuclear iraniana, diante da recusa do país em atender à exigência de abandonar seu programa de enriquecimento de urânio.

Ahmadinejad: "injustos"

"Os Estados Unidos acreditam que para ser digno de crédito, o Conselho de Segurança tem de agir", disse a secretária americana de Estado, Condoleezza Rice, à margem da reunião de chanceleres da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), em Bruxelas. Já o chanceler francês Philippe Douste-Blaz declarou que "diante da atitude de Teerã e a aceleração de seus programas", o Conselho tem de enviar um "sinal rápido e firme". Apesar das palavras duras, é improvável que a Rússia e a China tenham modificado sua oposição à aplicação de sanções contra o Irã. Os dois países, parceiros comerciais dos iranianos, detêm o direito a veto no Conselho (ao lado de França, EUA e Grã-Bretanha). A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) –

agência da ONU que supervisiona o uso pacífico da energia nuclear, com sede em Viena – Vai apresentar um relatório decisivo sobre as medidas adotadas pelo Irã para cumprir as determinações do Conselho. Nos meios diplomáticos em Viena é dado como certo que esse informe será negativo para o Irã. Em 28 de março o Conselho estipulou prazo de um mês para o Irã suspender seu programa de enriquecimento de urânio, o que não foi feito. Mas o Irã anunciou semanas atrás que havia superado a etapa de pesquisas e passara a produzir urânio enriquecido, como primeiro passo para um programa de escala industrial. Um vice-chefe do setor nuclear iraniano, Mohammad Saeedi, entregou ontem novos documentos sobre o programa nuclear do país à AIEA, mas diplomatas em Viena disseram ser pouco provável que esse material seja significativo a ponto de influir positivamente no relatório do diretor da AIEA, Mohamed ElBaradei, Além disso, em novo desafio, o presidente Mahmud Ahmadinejad acusou a AIEA e o Conselho de tomarem decisões injustas. Na quarta-feira, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, advertiu que se os EUA atacarem o país terão uma resposta em dobro contra seus interesses pelo mundo. (AE/AP)

HIZBOLLAH – Militante do grupo terrorista Hizbollah prepara crianças fardadas para uma marcha de protesto em Beirute. Manifestação lembrou o 10° aniversário do bombardeio, pelo exército israelense, da vila de Qana, sul do Líbano, que resultou na morte de 101 pessoas.

ISRAEL

XIANG XIANG

BEBÊS

centrista Partido Kadima assinou ontem um acordo de coalizão com o pacifista Partido Trabalhista, deixando o primeiro-ministro designado Ehud Olmert mais perto de formar a maioria necessária no Parlamento de Israel para levar adiante seu plano de desenhar as fronteiras definitivas do país até 2010. Analistas, entretanto, acreditam que Olmert terá trabalho para superar a oposição interna e as objeções dos palestinos e da comunidade internacional a eventuais medidas unilaterais israelenses. Acredita-se que, pelo acordo, o líder trabalhista Amir Peretz será o ministro da Defesa.

m centro de pesquisas do sudoeste da China planeja libertar na floresta, pela primeira vez, um panda criado em cativeiro. Xiang Xiang, um macho de 4 anos, criado no Centro de Pesquisas de Pendas Gigantes Wolong, da Província de Sichuan, será solto hoje, depois de quase três anos de treinamento. Ele será rastreado por GPS. A experiência "ajudará cientistas a estudar como pandas criados artificialmente se adaptam na vida selvagem", disse o chefe do centro, Zhang Hemin. O panda começou a ser treinado em 2003. Aprendeu a fazer uma toca, procurar comida e demarcar território. (AE/AP)

ma mulher acusada de matar nove filhos recém-nascidos começou a ser julgada ontem na Alemanha, num caso que chocou o país e alimentou pedidos por mais proteção às crianças. A polícia deteve Sabine Hilschinz em julho de 2005, quando noves cadáveres de bebês foram encontrados em vasos de planta e num tanque de peixes no quintal da casa de seus pais, em uma cidade do leste da Alemanha. Hilschinz, de 40 anos, compareceu ontem diante de uma corte estadual para responder às acusações de homicídio. Se condenada, poderá ser sentenciada à pena máxima de 15 anos de reclusão.

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Nacional Imóveis Finanças Empresas

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A decisão de não agir em uma determinada reunião não impede ações nas subsequentes. Ben Bernanke, chairman do Fed

CLONAGEM É A FRAUDE MAIS COMUM

BANCO CENTRAL DOS EUA PODE FAZER UMA PAUSA NA ALTA DOS JUROS PARA ACELERAR ECONOMIA

FED: FIM DO APERTO MONETÁRIO

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chairman do Federal Reserve (Fed), Ben Bernanke, afirmou ontem pela

primeira vez que o banco central norte-americano pode fazer uma pausa no ciclo de 22 meses de aperto monetário pa-

ra ter tempo de avaliar o ritmo da economia dos EUA. Bernanke disse ao Congresso que a economia deve desa-

celerar, mas o comitê de política monetária do Fed deve optar por um intervalo, mesmo se os riscos inflacionários estive-

BALANÇOS Brasil Convenções S/A

CNPJ (MF) nº 03.191.964/0001-52 Relatório da Diretoria Srs. Acionistas: Em cumprimento às disposições legais e estatutárias submetemos à apreciação de V. Sas. o Balanço Patrimonial e Demonstrações Financeiras referentes ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2005. Colocamo-nos à disposição para os esclarecimentos necessários. A Diretoria Balanços Patrimoniais em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 (Em reais) PASSIVO ATIVO 2005 2004 Circulante Circulante Fornecedores e impostos Disponível 46.220 3.456 IBGM (Instituto Brasileiro de Gemas e Aplicações financeiras 3.535 249.431 Metais Preciosos) IBGM (Instituto Brasileiro de Gemas e AJESP (Associação dos Joalheiros do Metais Preciosos) 3.481 – Estado de São Paulo) AJESP (Associação dos Joalheiros do SINDIJOIAS (Sindicato Ind. de Joalheria) Estado de São Paulo) 3.846 450 Provisão tributária – IPTU Outros créditos 2.893 – Provisão tributária – INSS 253.337 59.975 Realizável a longo prazo Contas a pagar – Galli CGN Construtora e Incorporadora Contas a receber bloqueadas – IBGM 316.739 508.652 Impostos a recuperar 141.547 137.790 Patrimônio líquido 458.286 646.442 Capital social Ativo permanente Adiantamento para futuro aumento de capital Imobilizado 8.681.826 8.681.826 Adiantamento para futuro aumento de Diferido 5.477.222 4.907.114 capital a integralizar 14.159.048 13.588.940 Total do ativo

Total do passivo 14.677.309 14.488.719 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis

Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Valores expressos em Reais) 1. Contexto operacional – A Sociedade foi fundada em 20 de abril de 1999, com sede na Cidade de São Paulo e tem por objetivo a locação de espaços para a realização de convenções, congressos e feiras em geral, o comércio de jóias e a incorporação e venda de imóveis próprios. Em 08 de novembro de 2000 recebeu, em contrapartida de aumento de capital no valor de R$ 12.481.599, de seu acionista, Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM), o imóvel localizado à Avenida Queiroz Filho, nº 1.700, bairro do Jaguaré, nesta capital, avaliado à época em R$ 8.681.826, despesas pré-operacionais relacionadas à implantação e viabilidade de negócios envolvendo este imóvel, no montante de R$ 2.050.768, e saldo em numerário. Em 16 de agosto de 2001 foi assinado um pré-contrato com a empresa Galli CGN Construtora e Incorporadora Ltda., no valor de R$ 18.000.000, pelo direito desta de construir e, no futuro, alienar ou locar as áreas que construirá, para a viabilização do “Projeto Gold Center”, projeto este envolvendo um centro de eventos, hotel e prédio de escritórios comerciais de alto padrão. Em 11 de novembro de 2004 este pré-contrato foi rescindido, originando uma indenização a pagar no valor de R$ 1.000.000, a título de ressarcimento de gastos com o projeto anteriormente mencionado, a ser pago em 10 parcelas com vencimento inicial em 08/04/2005 e, atualização pelo IGP-M a partir de maio de 2005. Durante o ano de 2005, foram quitadas oito parcelas no valor total original de R$ 800.000,00. Conforme deliberação da assembléia datada de 23 de junho de 2005, a diretoria geral está acompanhando o processo de venda do controle acionário da companhia para a empresa Elwing Empreendimentos Imobiliários Ltda. A concretização de transação comercial estará sujeita à apresentação dos documentos que atestem a regularidade fiscal e capacidade financeira da empresa interessada. 2. Apresentação do balanço patrimonial – O balanço patrimonial foi elaborado em conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil. As demonstrações do resultado, da mutação do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos não estão sendo apresentadas, um vez que a Sociedade está em fase pré-operacional, sendo seus gastos e receitas reconhecidos como ativo diferido. As principais práticas contábeis são as seguintes: 2.1. Aplicações financeiras: Registradas ao custo, acrescidas dos rendimentos auferidos até a data do balanço. 2.2. Permanente: Registrado pelo custo de transferência e de aquisição, acrescido dos gastos necessários para viabilização de projeto imobiliário. 2.3. Demais ativos e passivos: Apresentados ao valor de custo ou realização, incluindo, quando aplicável, as variações monetárias e juros incorridos até a data do balanço. 3. Impostos a recuperar – Relativo ao imposto de renda retido na fonte sobre rendimentos de aplicações financeiras, classificado como ativo realizável a longo prazo, devido a sua expectativa de utilização.

4. Permanente Imobilizado Terreno Diferido Saldos iniciais (+) Gastos com análises, projetos e outros: Impostos e taxas Segurança Estudos de viabilidade Outros

2005

2004

42.631

6.778

7.961

– 5.142 839.372 82.100

1.155 4.032 968.793 –

217.774 1.187.019

1.000.000 1.988.719

12.500.000 12.500.000 1.300.000 – (309.710) – 13.490.290 12.500.000 14.677.309 14.488.719 2005

2004

8.681.826 2005 4.907.114

8.681.826 2004 3.530.226

253.313 85.901 – 248.055 587.269

149.966 80.049 29.020 174.598 433.633

(+) Multa por rescisão de projeto de incorporação (Nota nº 1) – 1.000.000 (-) Receita de aplicações financeiras (17.161) (56.745) Saldos finais 5.477.222 4.907.114 5. Provisão tributária – IPTU A Sociedade possui um processo, no qual discute a obrigatoriedade do recolhimento do Imposto sobre a Propriedade Territorial Urbana (IPTU) de 2001 a 2003. No exercício de 2002, o tributo não foi recolhido, estando representado pelo montante de R$ 423.142 em 31/12/2005, acrescido de multas e juros até a data das demonstrações contábeis (em 31/12/2004 – R$ 371.309). O não recolhimento do imposto está baseado em uma liminar. O processo corre em seus trâmites legais. Adicionalmente, o imóvel integralizado na Sociedade encontra-se com dívidas judiciais referentes ao IPTU dos exercícios de 1993 e 1994, em execução pela Prefeitura Municipal de São Paulo, no valor de R$ 416.230 ( 2004 – R$ 597.484), já corrigido de acordo com as bases utilizadas pela municipalidade. A redução da dívida deve-se ao fato da prefeitura ter identificado um erro no critério atualização e corrigido neste exercício. Este valor, por ter sido contraído antes da formação da Sociedade, possui uma respectiva provisão para ressarcimento de seu acionista IBGM, classificado no ativo circulante, já líquido de contas correntes entre as empresas relacionadas a reembolsos de valores desembolsados pela IBGM no início do projeto, atualizado em 1% a.m. e rateios de despesas administrativas ocorridas durante o mês corrente. Sua composição é conforme demonstramos a seguir: 2005 2004 IPTU de 2002 423.142 371.309 IPTU de 1993/1994 416.230 597.484 839.372 968.793 6. Capital Social – Em 31 de dezembro de 2005 e 2004, o capital social estava assim representado: Quantidade % – Representação Acionistas de ações percentual IBGM (Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos) 1.038.115 8,30 Acionistas em nº de 77 11.461.885 91,70 Total de ações ordinárias 12.500.000 100,00

Diretoria

GERALDO AGOSTI FILHO – Diretor Superintendente

ECIO BARBOSA DE MORAIS – Diretor Geral

Aos Acionistas e Diretores da Brasil Convenções S/A: 1. Examinamos os balanços patrimoniais (em fase pré-operacional) da Brasil Convenções S/A, levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre os referidos balanços. 2. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas brasileiras de auditoria e compreendeu o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos e o sistema contábil da entidade; a constatação, com base em tes-

tes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgadas; e a avaliação das práticas contábeis mais representativas adotadas pela administração da entidade, bem como, da apresentação do balanço patrimonial. 3. Em nossa opinião, os balanços patrimoniais acima referidos, representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Brasil Convenções S/A em 31 de dezembro de 2005 e 2004, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 4. Conforme comentado na Nota Explicativa

Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2004 (Em Reais) Reclassificado 2005 31/12/2003 Origens de recursos Rendimentos de aplicações financeiras 56.745 155.106 ITBI – reversão de provisão longo prazo – 654.524 Outras receitas 18.163 23.300 Atualização da provisão para IPTU 137.185 346.673 Conta corrente a pagar – IBGM 9.518 8.812 Contas a pagar Galli – longo prazo – – Total das origens 221.611 1.188.415 Aplicações de Recursos Atualização conta a receber bloqueada – IBGM 75.884 53.398 IRRF a recuperar 10.647 35.299 IPTU – Imposto predial 82.025 271.926 Serviços de segurança patrimonial 80.049 129.363 Assessoria administrativa 24.594 24.000 Assessoria técnica 31.154 39.000 Assessoria jurídica – 25.000 Reembolso de despesas 31.152 36.899 Outras despesas administrativas 64.063 119.924 Encargos sobre passivos circulantes 70.819 294.628 ITBI – reversão de provisão longo prazo – 654.524 Multa por desistência contratual – Galli 1.000.000 – Impostos e taxas 67.940 – Total das aplicações 1.538.327 1.676.961 Aumento do capital circulante líquido (1.316.716) (488.546) Variação do capital circulante líquido Ativo circulante No início do exercício No final do exercício Variação Passivo circulante No início do exercício No final do exercício Variação Aumento do capital circulante líquido

2005

31/12/2003

253.337 59.975 (193.362)

1.063.269 253.337 (809.932)

1.988.719 1.187.019 (801.700) 608.338

24.596 1.988.719 1.964.123 (2.774.055)

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2004 (Em Reais) Capital Patrimônio Social Líquido Saldos em 31 de dezembro de 2002 12.500.000 12.500.000 Saldos em 31 de dezembro de 2003 12.500.000 12.500.000 Saldos em 31 de dezembro de 2004 12.500.000 12.500.000

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações contábeis As ações são ordinárias nominativas, sem valor nominal, indivisíveis em relação à Sociedade, a qual não reconhece mais de um proprietário para cada ação, conforme preceitua o artigo 8º de seu Estatuto Social: “Cada ação ordinária dará direito a um voto nas deliberações das assembléias gerais, não se computando os votos em branco e ressalvados os casos previstos em lei.” Em 18 de fevereiro de 2005 foi realizada uma Assembléia Geral Extraordinária, na qual se definiu um adiantamento para futuro aumento no capital no valor total de R$ 1.300.000, por meio de subscrição de 1.300.000 novas ações ordinárias nominativas, sem valor nominal, com preço de emissão fixado em R$ 1,00 cada, a serem integralizadas, em 10 parcelas fixas a partir de março de 2005, a ser referendada na Assembléia Geral Extraordinária a ser realizada em 2006. Este aumento foi solicitado em função da Sociedade não possuir capital de giro suficiente para quitação da dívida com a Galli CGN Construtora e Incorporadora Ltda., conforme mencionado na Nota Explicativa nº 1, acima. Em 31 de dezembro de 2005 permanecia um saldo a integralizar no valor de R$ 309.710, correspondente a duas parcelas, totalmente aportadas no exercício subseqüente. Contador FIRMINO FARIAS CAMELO – CRC nº 1SP071.191/O-4

Parecer dos Auditores Independentes nº 1, a companhia está analisando a possibilidade de venda total do controle acionário à empresa incorporadora de empreendimentos. A concretização da transação comercial estará sujeita a apresentação dos documentos que atestem a regularidade fiscal e capacidade financeira da empresa interessada na compra. São Paulo, 29 de Março de 2006. Terco Grant Thornton Auditores Independentes Sociedade Simples Ricardo Afonso Parra CRC 2 SP 018.196/O-8 Contador CRC 1 SP 237.688/O-4

rem elevados – o que levou o mercado financeiro a reduzir apostas de um aumento do juro em junho, apesar de ainda acreditar numa elevação em maio. "Mesmo se no julgamento do comitê os riscos para seus objetivos não estiverem totalmente equilibrados, em algum momento no futuro, o comitê pode decidir não agir em uma ou mais reuniões para dar mais tempo para receber informações relevantes para a perspectiva", disse Bernanke em discurso perante um comitê econômico conjunto. "É claro que uma decisão de não agir em uma determinada reunião não impede ações nas reuniões subseqüentes", acrescentou, sinalizando que uma pausa não significa o fim do ciclo de aumento nos juros. Taxa de juro – O Fed elevou a taxa básica de juro para 4,75% no dia 28 de março – o 15º aumento consecutivo – e deve elevar novamente o juro em 10 de maio. No entanto, o discurso de ontem fez os investidores reduzirem as apostas para outro aumento em junho. Os comentários de Bernanke deram sustentação aos preços dos bônus e um impulso momentâneo às ações, enquanto o dólar recuou frente a outras moedas. Operadores nos mercados futuros reduziram a possibilidade de um aumento de juro em junho para cerca de 30%, ante 72% mais cedo. Analistas disseram que os comentários do c hairma n do Fed sugerem um desejo de assegurar que o banco central não irá muito longe no aperto monetário, dado o tempo de demora para que as mudanças nos custos de crédito com o ob-

jetivo de desacelerar ou acelerar o crescimento influenciem a economia. "A bola de cristal do Fed não está tão clara quanto eles gostariam", afirmou Glenn Haberbush, economista da Mizuho Securities USA Inc., em Nova York. Desafio – Bernanke também falou a respeito dos desafios econômicos de longo prazo para colocar o orçamento dos EUA em um nível mais sustentável e lidar com o crescente déficit comercial norte-americano com o resto do mundo. Ele disse que, até o momento, os Estados Unidos tiveram pouca dificuldade em atrair o capital estrangeiro necessário para cobrir o déficit em conta corrente do país. Mas ele afirmou que isso não pode aumentar eternamente. In ve st im en to s – Investimentos empresariais sólidos devem evitar que o crescimento econômico dos Estados Unidos tenha uma desaceleração muito abrupta por uma baixa no setor imobiliário, disse ontem Donald Kohn, governador do Federal Reserve. "A última leitura sobre gastos corporativos e intenções aponta para a continuidade de uma sólida expansão nas despesas de capital", relatou Kohn a um grupo de analistas em Nova York. Se a expectativa de uma diminuição na compra de casas se mostrar mais severa do que o esperado, no entanto, ela "poderia ameaçar a perspectiva de investimento", disse Kohn. Um retorno a patamares históricos poderia impulsionar gastos empresariais para além dos atuais prognósticos, informou. (Reuters)

BRASIL ASSISTÊNCIA S.A. – CNPJ nº 68.181.221/0001-47 Relatório da Diretoria Senhores Acionistas: Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação o relatório das atividades da Companhia e as demonstrações contábeis do exercício de 2005, que incluem o período de janeiro a dezembro. A Companhia direcionou seus esforços para atimgir seus principais objetivos, quais sejam: satisfação do clientes e competitividade, com firme determinação de consolidar a liderença no mercado brasileiro. Demonstrações do Resultado (Em reais) Balanços Patrimoniais 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em reais) 2005 2004 ATIVO 2005 2004 PASSIVO 2005 2004 Vendas de serviços 83.201.633 97.175.377 Circulante Circulante (3.753.134) (4.703.414) Caixa e bancos 74.545 123.305 Fornecedores de serviços 5.906.544 4.628.271 Impostos sobre vendas 79.448.499 92.471.963 Clientes 10.552.623 16.500.599 Contas a pagar 2.034.017 2.090.030 Receita operacional líquida (47.380.717) (57.677.935) Outros créditos Impostos e contribuições a recolher 622.134 872.652 Custo dos serviços prestados 32.067.782 34.794.028 Impostos a recuperar 3.711.854 5.839.855 Provisão para imposto de renda – 245.423 Lucro bruto (35.811.440) (31.053.791) Adiantamentos a fornecedores 336.569 459.272 Empréstimos e financiamentos 2.372.811 10.436.752 Despesas administrativas (1.585.563) (1.396.067) Valores a recuperar 1.776.527 3.721.053 Salários e gratificações a pagar 1.077.268 1.126.201 Resultado financeiro (5.329.221) 2.344.170 Despesas antecipadas 1.313.091 1.255.905 Total circulante 12.012.774 19.399.329 Resultado operacional Receitas (despesas) não operacionais (99.691) (63.719) Créditos diversos 1.308.652 1.254.730 Exigível a longo prazo Resultado antes do imposto de renda e da Total circulante 19.073.861 29.154.719 Provisão para contingências 772.623 222.623 Contribuição social (5.428.912) 2.280.451 Realizável a Longo Prazo Receitas antecipadas – 20.100 Imposto de renda e contribuição social (1.862.888) (246.625) Créditos tributários diferidos 1.270.000 – Patrimônio líquido Lucro líquido (prejuízo) do exercício (7.291.800) 2.033.826 Valores a recuperar 1.979.214 1.979.214 Capital social 27.635.074 18.723.950 Lucro líquido (prejuízo) por ação (0,75) 0,31 Despesas antecipadas 1.287.999 – Reserva de capital 26.796 26.796 Créditos diversos 61.380 – Demonstrações das Origens e Aplicações de Recursos (Em reais) Recursos para aumento de capital – 186.450 Total do realizável a longo prazo 4.598.593 1.979.214 2005 2004 Reservas de lucros – 101.691 Permanente 9.358.664 5.536.283 Lucros (prejuízos) acumulados (6.099.226) 1.090.883 Origens de Recursos Investimentos 856.679 – Lucro líquido ajustado – 4.122.741 Imobilizado 9.523.390 7.605.606 Total do patrimônio líquido 21.562.644 20.129.770 Lucro líquido do exercício – 2.033.826 Diferido 295.518 1.032.283 Depreciações e amortizações – 2.088.915 Total permanente 10.675.587 8.637.889 Ajuste exercícios anteriores – 185.792 Total do ativo 34.348.041 39.771.822 Total do passivo e patrimônio líquido 34.348.041 39.771.822 Dos acionistas: 8.724.674 1.178.250 Recursos para aumento de capital – 186.450 Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido Exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em reais) Dividendos não distribuídos – 991.800 Capital Reserva Recursos para Reserva Lucros/Prej. Aumento de capital 8.724.674 – Social de capital Aumento de capital Legal acumulados Total Das operações: 633.990 – Saldo em 31 de dezembro de 2003 18.723.950 26.796 – – (2.018.844) 16.731.902 Aumento do exigível a longo prazo – – Aumento de capital – – 186.450 – – 186.450 Provisão para contingências 550.000 – Ajuste exercício anterior – – – – 185.792 185.792 83.990 49.500 Lucro do exercício – – – – 2.033.826 2.033.826 Alienação de bens e investimentos Imobilizado e diferido 83.990 49.500 Reserva legal – – – 101.691 (101.691) – 12.052.967 3.940.003 Reversão de dividendos não distribuídos – – – – 991.800 991.800 Aplicações de Recursos Prejuízo ajustado 4.776.594 – Saldo em 31 de dezembro de 2004 18.723.950 26.796 186.450 101.691 1.090.883 20.129.770 Prejuízo do exercício 7.291.800 – Aumento de capital 8.911.124 – (186.450) – – 8.724.674 Depreciações e amortizações (2.515.206) – Prejuízo do exercício – – – (7.291.800) (7.291.800) 2.639.479 2.309.937 Realização da reserva legal – – – (101.691) 101.691 – Das operações: Aumento do realizável a longo prazo 2.619.379 – Saldo em 31 de dezembro de 2005 27.635.074 26.796 – – (6.099.226) 21.562.644 Créditos tributários diferidos 1.270.000 – Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras 31 de dezembro de 2005 e 2004 (Em reais) Despesas antecipadas 1.287.999 1. Contexto Operacional – A Brasil Assistência S.A. foi constituída em tratos de exclusividade de venda de serviços de assistência residencial. Essas Créditos diversos 61.380 – 16/07/1992 com o objetivo de prestar serviços de assistência pessoal e ma- despesas são apropriadas ao resultado de acordo com o prazo dos respecDiminuição do exigível a longo prazo – 1.977.106 terial para a solução de quaisquer tipos de problemas fortuitos que possam tivos contratos. 6. Créditos tributários diferidos – Em 31/12/2005, os créDiminuição das receitas antecipadas 20.100 332.831 ocorrer durante o curso de viagens realizadas, dentro ou fora do País, por ditos tributários diferidos de imposto de renda e contribuição social são de Inversões em: 4.636.894 1.630.066 qualquer meio de transporte ou locomoção, por usuários, clientes, segura- R$933.700 e R$336.300, respectivamente. A expectativa da Administração Investimentos 856.679 – dos, empregados ou associados de empresas ou entidades interessadas é de realizar estes valores em um prazo de até 4 anos. Imobilizado 3.780.215 1.614.376 em prestar este tipo de serviço a pessoas a elas vinculadas. 2. Apresenta- 7. Imobilizado 2005 2004 Taxa Diferido – 15.690 ção das Demonstrações Financeiras – As demonstrações financeiras são Depreanual de Aumento (Redução) do Capital Circulante Líquido (2.694.303) 1.596.280 elaboradas com observância das disposições contidas na Lei das Sociedaciação depreVariação do Capital Circulante Líquido des por Ações.Em 2005, os saldos referentes a software foram reclassificados Custo acumul. Líquido Líquido ciação % Variação do capital circulante: do ativo diferido para o ativo imobilizado e parte do saldo de clientes a faturar Imóveis 838.532 (223.193) 615.339 766.530 4 Ativo circulante (10.080.858) 648.442 foi reclassificado do circulante para o realizável a longo prazo. As demonstra- Equip. de inform. 4.571.393 (2.929.932) 1.641.461 1.268.539 20 Passivo circulante (7.386.555) (947.838) ções financeiras de 2004 foram reclassificadas para fins de comparação. 3. Softwares 8.792.047 (3.524.829) 5.267.218 3.234.056 20 Aumento (Redução) do Capital Circulante Líquido (2.694.303) 1.596.280 Resumo das Principais Práticas Contábeis – a) Apuração do resultado: Instalações 2.495.181 (1.559.648) 935.533 993.373 10 10 trado pela Mapfre Vera Cruz Vida e Previdência S.A., cujo benefício compreO regime de apuração do resultado é o de competência. b) Imobilizado: O Máqs. e equiptos. 1.418.025 (716.773) 701.252 906.694 imobilizado está avaliado ao custo de aquisição. A depreciação é apurada Móveis e utensílios 550.289 (342.451) 207.838 258.825 10 ende o complemento de aposentadoria. O regime do plano é de contribuição definida. As despesas com contribuições efetuadas durante o exercício pelo método linear, de acordo com as taxas indicadas na Nota 6. c) Diferido: Outros 301.023 (146.274) 154.749 177.589 totalizaram R$ 70.533 (R$ 64.582). 13. Contingências – A Companhia resO ativo diferido é registrado ao custo de aquisição ou formação, deduzido 18.966.490 (9.443.100) 9.523.390 7.605.606 ponde a diversos processos, nas esferas cível, fiscal e trabalhista e adiciodas respectivas amortizações acumuladas, calculadas pelo método linear. A 8. Financiamentos – A Companhia possui os seguintes financiamentos: amortização é apurada pela taxa de 20% ao ano. d) Imposto sobre a renda 2005 2004 nalmente está contestando judicialmente a contribuição do SESC/SENAC e contribuição social: A provisão para o imposto de renda quando aplicável, Linha de crédito – 3.424.318 sobre a folha de pagamento. Trabalhistas: A provisão para contingências é constituída à alíquota de 15% mais adicional de 10% sobre o lucro tributável, Conta garantida 2.372.811 5.596.388 trabalhistas é constituida com base no histórico de perdas e na expectativa e a contribuição social foi constituída à alíquota de 9%.Os créditos tributários Empréstimos com empresas ligadas – 1.416.046 de perdas informadas pelos advogados, no montante de R$ 118.240 (R$ sobre prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social são reconhe- Total 2.372.811 10.436.752 222.623 em 2004). Fiscais: O principal processo refere-se a um auto de cidos no período de apuração e cálculados pelas alíquotas de 25% e 9%, 9. Arrendamento Mercantil – A Companhia arrendou equipamentos de in- infração do ano calendário de 1999, decorrente da não apresentação de respectivamente. 4. Clientes e valores a recuperar – O saldo de clientes e formática e equipamentos de telefonia por meio de contratos com duração de documentos relacionados à comprovação de despesas, custos e pagamenvalores a recuperar é composto da seguinte forma: 24 e 36 meses. As despesas incorridas com o arrendamento mercantil, no tos, tendo sido exigido, por conseguinte, valores não recolhidos a título de 2005 2004 exercício, decorrentes das prestações pagas, totalizaram R$174.113 e os imposto de renda, contribuição social, acrescido de multa e juros. Conforme Contas a receber (a) 4.065.772 4.160.472 valores residuais garantidos antecipados, registrados no ativo imobilizado a posição do advogado os valores envolvidos e as respectivas probabilidaClientes a faturar (b) 6.486.851 12.302.844 totalizaram R$ 701.559. Os compromissos assumidos, em virtude desses des de perdas, em relação aos principais itens do auto de infração são asOutros – 37.283 contratos, com vencimentos até o mês de dezembro de 2006, representam sim resumidos em 31 de dezembro de 2005: Valor Total – Clientes 10.552.623 16.500.599 o montante de R$ 601.456 (R$ 225.651 em 2005). 10. Patrimônio Líquido Descrição Valores a recuperar – faturado (c) 1.067.260 353.696 – O capital social é representado por 9.710.420 ações ordinárias (6.653.735 Possibilidade de êxito provável, em razão da Cia. ter apresentado os doctos. neces. p/ comprovação das despesas 9.366.347 Valores a recuperar – a faturar (c) 2.688.481 5.346.571 em 2004) sem valor nominal. Em janeiro, junho e julho de 2005, a controlado320.597 Total – Valores a recuperar (circul. e l. prazo) 3.755.741 5.700.267 ra Mapfre Assistência Cia. Instc. de Seguros Y Reasseguros ingressou na Probabilidade de êxito possivel 654.383 (a) O saldo de contas a receber, inclui o montante de R$ 575.997, para o Companhia a título de aumento de capital, o valor de R$ 8.911.123, o equiva- Probabilidade de êxito remota qual a Companhia entrou com um processo na justiça para efetuar a co- lente a emissão de 3.056.685 ações ordinárias sem valor nominal. Os refe- A Administração, com base na opinião dos seus assessores legais, registrou brança. A Administração, com base no parecer de seus assessores jurídi- ridos aumentos foram aprovados na Assembleia Geral Extraordinária reali- provisão para contingências no montante de R$ 654.383, relacionados à cos avaliam como boa a possibilidade de cobrança desse valor e entende zada em 5/07/2005. É assegurado aos acionistas um dividendo mínimo de parte do processo avaliado como possibilidade remota. 14. Outros assunque não existe necessidade de constituir provisão para perdas. (b) O saldo 25% do lucro líquido do exercício anual, conforme estabelecido no Estatuto tos – A Cia. com o objetivo de monitorar os riscos relacionados com seus de clientes a faturar está composto por contratos mensais, cuja emissão da Social. Não foram propostos dividendos por inexistir intenção de distribuição. livros fiscais, contratou uma empresa de consultoria para fazer a revisão dos impostos e contribuições referentes aos últimos cinco anos. Em conformidafatura ocorre no mês subseqüente ao da prestação de serviço, sendo a 11.Transações com partes relacionadas receita registrada com base em uma estimativa. Essa receita é calculada 2005 2004 de com a legislação brasileira os registros de impostos e contribuições fedeem função do faturamento efetivo do mês imediatamente anterior. Os valoAtivo Receita Ativo Receita rais, estaduais e municipais estão sujeitos a exame pelas respectivas autores estimados são ajustados e revertidos quando da emissão da fatura no (Passivo) (Despesa) (Passivo) (Despesa) ridades em um período de 5 a 30 anos dependendo de sua natureza. mês subseqüente. (c) O saldo de valores a recuperar referem-se à parte Clientes 4.112.604 – 4.569.962 – Conselho de Administração dos custos incorridos com serviços prestados que estão em fase de negoci- Valores a recuperar 1.289.139 – 1.425.911 – Antonio Carlos Coelho Campino - Presidente ação junto aos respectivos clientes. A Companhia mantém registrado no Fornec. de serviços (2.278.154) – (2.778.340) – Primitivo Julio de Vega Zamora - Vice-Presidente realizável a longo prazo, o montante de R$1.979.214, correspondente a ser- Emprésts. e financtos. – – (1.416.046) – Rafael Senen García - Conselheiro viços prestados e a solicitação de reembolsos de custos, que estão em pro- Vendas de serviços – 30.963.642 – 35.082.082 Ramon Aymerich Portuondo - Conselheiro cesso de negociação com o cliente desde de 2003. Conforme previsto em Custos dos serviços Andres Chaparro Kaufmann - Conselheiro cláusula contratual a Companhia contratou uma consultoria externa, que prestados – (21.919.040) – (33.777.462) Diretoria revisou os valores pleiteados e registrados no ativo. Com base no resultado Resultado financeiro – (521.498) – (750.126) Antonio Clemente Campanário - Diretor Presidente preliminar do trabalho efetuado pelos consultores externos, os valores re- As operações com partes relacionadas foram realizadas em condições norRuy Reis Vasconcellos Filho - Diretor Vice-Presidente gistrados no ativo estão adequados. 5. Despesas antecipadas – Nessa mais de mercado. 12. Previdência Privada – A Companhia proporciona um Ernesto Munizaga - Diretor Administrativo Financeiro conta estão registrados, basicamente, valores pagos para obtenção de con- plano de aposentadoria complementar a seus funcionários, que é adminisElison A. Soares Neto - CRC 1SP173893/O-9

Cartões: empresas investem para evitar fraudes

A

criatividade dos fraudadores parece inesgotável e, por isso, as bandeiras e administradoras de cartões de crédito investem cada vez mais para garantir a segurança dos usuários. A afirmação é da diretora de Risco da Visa do Brasil, Isabel Silva, que ontem apresentou dados sobre essa guerra contra as fraudes. "As formas de adulteração que existem hoje não são iguais às de amanhã. É por isso que a indústria de cartões constantemente desenvolve novos sistemas de proteção ao consumidor", afirmou. De acordo com ela, nos últimos anos medidas de segurança ajudaram a empresa a limitar as fraudes a 0,06% do volume financeiro anual movimentado pelos cartões Visa. No início dos anos 1990, elas afetavam 0,14% desse total. Considerando também os dados de outras bandeiras, como Mastercard e Diners, 62% das fraudes em todo o mundo estão relacionadas à clonagem

e ao uso não autorizado do número do cartão de débito ou crédito e 33% a roubos e extravios. "Independentemente do número de adulterações, fazemos o possível para conscientizar o consumidor sobre as atitudes mais corretas para garantir a segurança", diz Isabel. Novidades — Para ajudar a combater esses problemas, a bandeira Visa criou um sistema que avisa o cliente quando é feita uma transação incomum. Se ele mora no Brasil, é comunicado se houver compra registrada em seu cartão na Alemanha, por exemplo. O jornalista Luciano Sabbatini, 27 anos, foi uma vítima de fraude no sistema financeiro. "Levei um susto quando vi que tinham sacado R$ 1,9 mil de minha conta corrente, justo na hora em que precisava comprar uma passagem aérea", ele conta. Foram quatro saques em caixas automáticos de São Paulo, feitos quando ele estava no Rio de Janeiro. Sonaira San Pedro


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DAS TELAS PARA A MEMÓRIA TELEVISÃO

Arquivo DC/Reproduções

Paixão por Bach e o pior acidente atômico

De Marcello Mastroianni, em obra-prima de Fellini, ao humor negro de Hitchcock: exercícios livres e ousados da sétima arte.

- Marcello Mastroianni, em sua decadência final, encara numa praia um grande e misterioso peixe em A Doce Vida (1960), de Federico Fellini. - Um morcego ataca um rato numa parede e o sangue escorre entre guinchos em Farrapo Humano (1945), de Billy Wilder. - Marlon Brando chora lembrando da mulher morta diante de Maria Schneider, que depois o sodomisa passando manteiga num dedo em O Último Tango em Paris(1972), de Bernardo Bertolucci. - Marlon Brando discursa aos romanos sobre o assassinato de Júlio César e subverte o povo em Julio César (1953), de Joseph L. Mankiewicz. - A câmera se afasta do porta-malas de um carro, onde há uma bomba, sobe e passa por prédios e o carro enfim explode diante de um posto de gasolina, tudo numa tomada sem cortes em A Marca da Maldade (1958), de Orson Welles. - Joel McCrea, já velho, tomba ferido de morte ante seu companheiro Randolph Scott, também velho, no faroeste Pistoleiros do Entardecer (1962), de Sam Peckinpah, e diz: "Nos veremos breve, sócio". - Charles Chaplin, vestido de Adolf Hitler, joga futebol com um globo terrestre em O Grande Ditador (1940), de Charles Chaplin. - Dorothy Comingore canta ópera sem talento, composta por um maestro talentoso, Bernard Hermann, ante holofotes e platéia atônita, num momento esfuziante em Cidadão Kane (1940), de Orson Welles. - Jonh Wayne, racista feroz, quer matar sua sobrinha meio índia (Natalie Wood) mas se arrepende, levanta-a nos braços e diz: "Vamos para casa". Em Rastros de Ódio (1956), de John Ford. - Vivien Leigh come legumes arrancados da terra e jura: "Nunca terei fome de novo". Em ... E o Vento Levou (1939), de Victor Fleming . - O sorriso misterioso-sacana de Catherine Deneuve ante uma caixinha de bordéu, que não é aberta, em Bela da Tarde (1967, de Luis Buñuel. - Kim Novak esfola mãos e dedos dançando para seduzir, e milhões de pessoas pelo mundo, o indefeso William Holden em Picnic (Férias de Amor), de Joshua Logan (1956). - Lamberto Maggiorani (ator não profissional) chora ao lado do filho depois de ser flagrado como gatuno em Ladrões de Bicicletas(1948), de Vittorio de Sica. - Gene Kelly se molha todo, sapateia e levanta a voz em Cantando na Chuva (1952), dirigido por ele mesmo e Stanley Donen. - Rita Hayworth tira as luvas, canta, dança e enfeitiça a platéia em Gilda (1946), de Charles Vidor. - Visto do alto, um posto de gasolina pega fogo e explode ante o ataque de seres alados, que parecem aviões de guerra, em Os Pássaros (1962), de Alfred Hitchcock. - James Dean leva dinheiro e chora aos pés do pai que o repele em Vidas Amargas (1955), de Elia Kazan. - As bicicletas conduzindo crianças voam sob o comando de um alienígena em ET – o Extraterrestre (1982), de Steven Spielberg. - O gorilão King Kong, seu olhar triste e sua morte em três versões, de 1933, 1975 e 2005. É só escolher. - Doris Day num palco cantando Ten Cents a Dance, linda e tristíssima em Ama-me ou Esquece-me (1954), de Charles Vidor. - Janet Leigh entra num chuveiro e é esfaqueada e morta por alguém, caindo de olhos abertos e deixando seu sangue escorrer num ralo, em Psicose (1960), de Alfred Hitchcock. Geraldo Mayrink

Vida e obra de João Carlos Martins

U

m dos mais emocionantes documentários sobre música já realizados em todos os tempos será exibido pela TV Cultura no domingo, dia 30, à meia-noite. A Paixão Segundo Martins (Martin's Passion), produção franco-alemã de 2004 dirigida por Irene Langermann e já exibida nos nossos cinemas, coloca em foco a vida e a obra de um dos maiores intérpretes de Johann Sebastian Bach, o pianista brasileiro João Carlos Martins. O filme, que venceu quatro festivais internacionais de cinema, arrebata o espectador pela franqueza com que seu protagonista discorre não apenas sobre o amor ao piano e à música, mas sobre passagens polêmicas de sua vida. Martins comove, por exemplo, pela sinceridade com que fala sobre o envolvimento de sua empresa, a Pau Brasil, numa das campanhas eleitorais de Paulo Maluf (de quem foi secretário da Cultura) ou sobre seus maus-sucedidos casamentos. Outra passagem que humaniza ainda mais o personagem é a lembrança de sua luta contra a doença que lhe tirou os movimentos dos dedos das mãos, o que acabou por levá-lo, recentemente, a trocar o piano pela regência. Ao purgar seus erros frente à câmera, exibir sofrimento com o linchamento político do qual foi vítima, João Carlos Martins pede que lhe seja feita justiça. Ou melhor, que essa seja de fato concedida à sua obra. No roteiro, destaque também para imagens de arquivo e depoimentos inéditos de personagens conhecidos e admiradores de sua música, como Pelé (com quem Martins troca passes de cabeça na sacada do apartamento), e o pianista californiano Dave Brubeck.

Crepúsculo dos Deusescom Gloria Swanson, no papel de uma atriz decadente: soberba (foto maior, no alto). Catherine Deneuve, a Bela da Tarde (acima e o DVD, no detalhe). Abaixo, Couraçado Potemkin, pormenor da cena do massacre. Grandiosos.

20 anos do desastre de Chernobyl

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D

bras sempre lembradas, pela criatividade, estilo e conteúdo político-social: acima, Ladrões de Bicicletas, assinada por Vittorio de Sica. Neo-realismo italiano, de 1948. Ao lado, Charles Chaplin joga futebol com o globo terrestre. Crítica feroz ao nazismo, caricatura de Hitler. O Grande Ditador: comédia demolidora e inimitável. Abaixo, Marcello Mastroianni, na praia, depois de encarar misterioso monstro marinho. Cena de A Doce Vida, de Federico Fellini.

E MAIS: Estréias de cinema na página 5 e a programação em www.dcomercio.com.br

uas décadas depois de atrair as atenções de todo o mundo, o acidente na usina nuclear de Chernobyl é considerado, até hoje, como um dos piores desastres nucleares da nossa história. O fatídico 26 de abril de 1986, dia em que as chamas provocadas pela explosão do quarto reator na planta de energia nuclear da usina ucraniana produziu uma coluna de fumaça e de escombros radioativos que atravessou parte do oeste da União Soviética, atingindo o leste europeu, a Escandinávia, o Reino Unido e o leste dos Estados Unidos, será relembrado no especial inédito O Desastre de Chernobyl, que o Discovery Channel exibe no domingo, às 20h. O programa mostra o trabalho incansável, nos oito meses seguintes à explosão, dos cerca de 800 mil soldados, mineiros, bombeiros e civis de toda a União Soviética que tentaram a todo custo eliminar a radioatividade e evitar uma nova explosão, que poderia dizimar toda a Ucrânia e metade da Europa a qualquer momento. O especial apresenta testemunhos pessoais dos sobreviventes, depoimentos de personalidades como o ex-presidente soviético Mikhail Gorbachev, e destaca as conseqüências a longo prazo do desastre no leste europeu, incluindo os danos ambientais, o número contínuo de vítimas, casos de câncer, mutações genéticas e deformidades resultantes dos efeitos da radiação. Regina Ricca


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1 A criação do CMT é importante porque hoje só o cidadão tem prazo, o poder público não. Guilherme Afif Domingos

CONSELHO MUNICIPAL DE TRIBUTOS VAI JULGAR, A PARTIR DE JULHO, RECURSOS ADMINISTRATIVOS

CONTRIBUINTE GANHA "PROCON" Ricardo Fonseca/Secom

A

partir de julho, começa a funcionar o Conselho Municip a l d e Tr i b u t o s (CMT), uma espécie de Procon do contribuinte. A função do órgão será julgar recursos administrativos que questionem débitos tributários municipais, como o Imposto Sobre Serviços (ISS), independente do valor. Farão parte do CMT representantes do poder público municipal e dos contribuintes. Hoje, os recursos são julgados pelos próprios agentes que realizam as autuações, ou seja, os auditores fiscais. Ontem, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, assinou o decreto que regulamenta a Lei n° 14.107/05, que trata da criação do órgão, a exemplo do Conselho de Contribuintes federal e do Tribunal de Impostos e Taxas (TIT) do Estado de São Paulo. Segundo o secretário de Finanças do Município, Mauro Ricardo Costa, o CMT vai trazer agilidade ao julgamento dos processos. "Hoje, a segunda instância administrativa leva de dois a três anos para chegar a uma decisão final. Com o conselho, o prazo para apresentação do relatório e voto para julgamento será de 15 dias", disse. De acordo com o secretário, o objetivo é que cada decisão final saia em até 30 dias. O secretário de Negócios Jurídicos do Município, Luiz Antonio Guimarães Marrey, comemorou a criação do órgão. "Ao dar um tratamento mais célere aos recursos administrativos, o governo ajuda a aliviar o Poder Judiciário de tantas demandas", disse. A rapidez prometida para o julgamento dos recursos também foi elogiada pelo presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Guilherme Afif Domingos. "A iniciativa é importante porque hoje só o cidadão tem prazo, o

poder público não", criticou. Atualmente, existem 5 mil processos em tramitação na esfera administrativa municipal, que correspondem a R$ 1,6 bilhão. Por mês, chegam 360 novos recursos, totalizando R$ 40,9 milhões. Paritário - Outra vantagem para o contribuinte é que o novo órgão será paritário. Com isso, cada uma das quatro câmaras julgadoras será formada por três representantes do poder público municipal – escolhidos entre servidores concursados, auditores fiscais e procuradores – e outros três representantes dos contribuintes, que serão indicados por entidades de classe e nomeados pelo prefeito. A celeridade e aperfeiçoamento do julgamento dos recursos administrativos também terão reflexos na arrecadação da Prefeitura de São Paulo. "Arrecadar não é crime. O que precisamos é arrecadar com eficiência, transparência e justiça", disse Kassab. Para o tributarista Kiyoshi Harada, a medida é boa, mas chega tarde. "Até que enfim! Há 30 anos propus a criação de um órgão colegiado que, com imparcialidade, julgasse os recursos que discutem os tributos municipais", lembrou. ECF – O secretário Mário Costa adiantou, ontem, que a regulamentação dos decretos que instituem a Nota Fiscal Eletrônica (NFE) e a obrigatoriedade da utilização do Emissor de Cupom Fiscal (ECF) pelos prestadores de serviços ocorrerá em junho. "Já estamos conversando com as empresas que produzem o aparelho para que uma única máquina faça as duas funções", comentou. Tanto a NFE quanto o ECF são ferramentas que permitem aumentar o controle sobre as operações das empresas.

Hoje, a segunda instância administrativa leva de dois a três anos para chegar a uma decisão final. Mauro Ricardo Costa, secretário municipal de Finanças

Ao dar um tratamento mais célere aos recursos, o governo ajuda a aliviar o Poder Judiciário. Luiz Antonio Guimarães Marrey, secretário municipal de Negócios Jurídicos

A

Luiz Prado/LUZ

Laura Ignacio

TRF-SP vai decidir na quarta-feira destino do juiz aposentado Lalau 5ª Turma do Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região, com sede em São Paulo, julgará na próxima quarta-feira uma apelação do Ministério Público (MP) contra a decisão de primeira instância que absolveu o juiz aposentado Nicolau dos Santos Neto, o ex-senador Luiz Estevão (DF) e os exdonos da Encol, João Eduardo Ferraz e Fabio Monteiro de Barros. Todos são acusados de enriquecimento ilícito, mediante superfaturamento das obras do Fórum Trabalhista da capital paulista. Se, por qualquer motivo, o julgamento não se realizar na quarta-feira, Nicolau ficará impune, pois, naquele dia, ocorrerá a prescrição dos crimes a ele atribuídos. O prazo de prescrição para ele é contado pela

O prefeito Gilberto Kassab (centro), durante solenidade de assinatura do decreto que cria o novo conselho para julgar recursos de contribuintes

metade, uma vez que o exjuiz tem mais de 70 anos. A apreciação do recurso estava suspensa por uma liminar (decisão provisória) do ministro Paulo Medina, da 6ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). A análise só será possível porque Medina cassou a liminar, acolhendo uma apelação do MP que apontou o perigo da prescrição iminente. (AE) Ed Ferreira/AE

Lalau: absolvido em 1º instância

Campanha teve início em janeiro e percorreu diversas cidades brasileiras em busca de apoio ao abaixo-assinado

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E HOJE

Faltam 2,2 O De Olho no Imposto atinge milhões de a marca de 1 milhão de adesões declarações

H

oje, por volta das 14 horas, o Pátio do Colégio, no centro da cidade, se tornará palco de mais um marco: será colhida a milionésima assinatura para o movimento De Olho no Imposto. A campanha pela transparência tributária, que teve início em janeiro e percorreu diversas cidades em busca de adesões, tem por objetivo pressionar para que sejam discriminados, nas notas fiscais, os tributos embutidos nos preços dos produtos e serviços. A milionésima assinatura será colhida durante a realização de mais um Feirão do Imposto, que simula um supermercado em que os produtos expostos contêm, na etiqueta, os respectivos preços e a representatividade dos tributos em percentuais.

Exemplos: do preço da carne bovina, 18,67% são impostos; do sal, 29,48%; e do sabão em pó, 42,27%. O próximo passo do De Olho no Imposto será levar às mãos dos presidentes do Senado,

Renan Calheiros (PMDB-AL) e da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PCdoB - SP), o total de assinaturas arrecadadas e uma minuta com a reivindicação do movimento. O objetivo da campanha é

conscientizar a população sobre a falta de transparência tributária para que, assim, as pessoas possam cobrar do governo a contrapartida do que foi pago em impostos em serviços públicos de qualidade. A caravana do De Olho no Imposto já passou por mais de 400 cidades paulistas, além de Curitiba, no Paraná, e Salvador, na Bahia. No dia 1° de Maio, na comemoração pelo Dia do Trabalho organizada pela Força Sindical, espera-se arrecadar mais 500 mil assinaturas. A meta do movimento é conseguir 1,5 milhão de adesões. O evento será realizado na Praça Campo de Bagatele, na zona norte de São Paulo. (LI) SERVIÇO As adesões online podem ser feitas pelo site www.deolhonoimposto.org.br.

H

oje é o último dia para que cerca 2,2 milhões de contribuintes entreguem a declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) 2006. Esse é o número estimado pela Receita Federal, com base no volume de documentos enviado até ontem, às 18h, de 18,5 milhões. A expectativa era de que o dia fosse fechado com 19,8 milhões. O governo espera que 22 milhões de contribuintes acertem as contas com o Leão até as 20 horas, quando se encerra o prazo pela internet. Quem declarar fora do prazo, pagará multa que varia de R$ 165,71 a 20% do valor de imposto devido. Pela primeira vez, neste ano, quem atrasar vai receber, na hora, a notificação da multa. A declaração pode ser feita no site www.receita.fazenda.gov.br ou por disquete, para entrega nas agências do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal . (Agências)


Onde está Serra?

Sebastião Moreira/AE

Hoje: 1 milhão por imposto transparente.

Três mortos no helicóptero que caiu na Lapa. Página 7

No Pátio do Colégio, hoje, por volta de 14 h, a milionésima assinatura pela transparência nos impostos. Economia/1

Solucione o mistério na página 6 Luiz Prado/LUZ

Ano 81 - Nº 22.116

Sexta-feira a domingo, 28 a 30 de abril, e segunda-feira, 1 de maio de 2006

R$ 0,60

Jornal do empreendedor

Criado o "Procon" do contribuinte

Edição concluída às 23h50

Eco/1

w w w. d co m e rc i o. co m . b r

SUPREMO CONSTRANGIMENTO Lula teve que ouvir sem contestar que "não há autoridade dotada de poderes ilimitados" e que a voz das ruas pergunta se a Justiça perdeu a compostura. A presidente do STF, Ellen Gracie, ainda agradeceu a FHC. Pág./3 Adriano Machado/ AE

Palocci sai indiciado. E candidato. Página 4 Roberto Stuckert Filho/ Agência O Globo

Divulgação/Universal

CENAS INESQUECÍVEIS

Em Os Pássaros, filme de 1963, o mestre do humor negro, Alfred Hitchcock, não economizou efeitos especiais nem as mais requintadas doses de sadismo de que era capaz para eletrizar platéias. Na foto ao lado, aves sinistras atacam a atriz Tippi Hedren. É uma das cenas de terror mais lembradas do cinema. Em duas páginas, o crítico Geraldo Mayrink descreve muitas outras, tão sensacionais e emocionantes quanto esta. Todas podem ser revistas ainda hoje, em vídeo ou DVD. Leia ainda: mostra reúne obras com visões de viajantes sobre o Brasil; ópera Orfeu, de Monteverdi, no Municipal; a música de Pixinguinha com a Orquestra Jovem Tom Jobim e a de Benjamin Britten com a Sinfônica do Estado de São Paulo. E ainda: uma história preciosa na Roda do Vinho. Divulgação/Columbia Pictures

HOJE Parcialmente nublado Máxima 26º C. Mínima 14º C.

AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 28º C. Mínima 14º C.

ESTRÉIA Milla Javovich (acima) é a heroína de Ultravioleta, filme de aventura feito para deleite dos apaixonados por videogames. Estréia também O Corte, novo e esperado Costa Gravas.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

LEITURA Toda história tem dois lados Doente, em festa, apaixonado ou brincando. Não importa. O adorado Bob Esponja é sempre sucesso. Agora suas aventuras podem ser vistas na Coleção Bob Esponja. A Coleção Minha Versão da História mostra os dois lados da moeda, onde as boazinhas e as bruxas ganham espaço para se defender

Rita Alves

B

ob Esponja, um dos mais adorados personagens de desenho animado da atualidade, ganha um novo lugar para viver suas histórias: os livros. Lançada pela editora Caramelo, os primeiros quatro volumes da Cole ção Bob Esponja (24 páginas, R$ 16,90 cada) mostram o personagem, criado por Stephen Hillenburg, em aventuras na famosa Fenda do Bikini. É lá que, certo dia, Bob Esponja acorda sentindo-se mal, soltando bolhas rosas por todo o corpo. Para se recuperar, só mesmo contando com a ajuda dos amigos Patrick e Sandy. Em A Namorada Secreta do Bob Esp onja, Sandy novamente aparece. Nesse episódio, Bob prepara para ela um cartão especial de Dia dos Namorados, mesmo sabendo que com isso corre o risco de perder sua amizade. As escolhas feitas por ele estão retratadas nessa romântica história de Dia dos Namorados. Ve rs õ e s - Romance também faz parte do A pequena Sereia/ Úrsula (64 páginas, Editora Caramelo, R$ 42), volume da Coleção Minha Versão da História. O lançamento contém belíssimas ilustrações dos estúdios Disney e traz uma das princesas mais queridas pelas meninas: Ariel, a Pequena Sereia. No livro, em capa dura, Ariel conta como seus amigos Sabidão e Sebastião a ajudaram a conquistar o príncipe Eric e a vencer Úrsula, a bruxa do mar. A coleção, que já conta com títulos Cinderela/A Madrasta;Branca de Neve/A Rainha eA Bela Adormecida/ Malévola, estimula o senso crítico da criança, ao dar voz tanto à boazinha da história quanto àquela conhecida

por ser a má. Os livros trazem duas capas diferentes. Em uma delas, por exemplo, Cinderela conta como era maltratada. Virando-se o livro de cabeça para baixo, a Madrasta explica que não fazia maldades;, estava apenas protegendo suas filhas, porque Cinderela agia de maneira muito suspeita. Branca de Neve foi uma injustiçada, de quem a rainha morria de inveja, porque a menina era muito bonita, certo? Essa é a versão conhecida pelas crianças, que foi sempre a "oficial". Porém, com esta coleção as crianças ganham acesso à versão da rainha sobre o desaparecimento de Branca de Neve, que, entre outras coisas, aparentava ter uma séria mania de limpeza. Na história da

Sereia, a versão de Úrsula diz que, na verdade, ela queria apenas chamar a atenção do pai de Ariel. Sotaques- Os dois lados da mesma história também estão no dia-a-dia dos primos Portuga e Brasuca. Ambos são protagonistas de Brasuca e Portuga (64 páginas, Editora Caramelo, R$ 24,90), escrito por Beto Junqueira. Brasuca mora no Brasil e conversa por telefone quase todos os dias com Portuga, sua prima lusitana. Os primos acabam sempre brigando porque o jeito de falar de um irrita o outro. O autor apresenta uma aventura divertida que brinca com as diferenças de sotaque do português falado no Brasil e do falado em Portugal.

Ariel, a Pequena Sereia: uma das princesas mais adoradas pelas meninas

ESTANTE

Clássicos e grandes viagens D

entro da coleção Clássicos da Editora Nacional são relançados agora mais três clássicos da literatura mundial. O primeiro deles é Alice no País das Maravilhas (R$ 22), cuja primeira edição foi lançada em 1865 na Inglaterra. A menina que não via graça nos livros da irmã, sem figuras nem diálogos, chega em uma edição de 144 páginas repletas de ilustrações e muita conversa. Publicado, primeiramente, em 1865 pelo inglês Lewis Carroll, conta a história da travessa que ao encontrar um coelho vestindo um colete e correndo com um relógio na mão, resolve segui-lo. É nessa perseguição que ela cai em um buraco e chega ao País das Maravilhas, onde as coisas mais fantásticas podem acontecer. Com o sucesso da obra, o autor escreve depois a continuação, Alice no País do Espelho (R$ 22), publicado pela editora em conjunto com o primeiro clássico. O desafio da garota agora consiste em superar obstáculos que estão organizados em etapas de um jogo de xadrez, para se tornar rainha. À medida que Alice avança no tabuleiro, surgem outros personagens instigantes e simbólicos.

Lançamentos trazem de volta a menina do País das Maravilhas e Huck no Mississipi. E Ruth Rocha fala de futebol, amizade e união.

Expedição - As Aventuras de Huckleberry Finn (R$ 23), escrito em 1876 por Mark Twain, é o terceiro lançamento. A história se passa às margens do lendário rio Mississipi. É nele que o menino Huck decide partir para uma expedição arriscada e emocionante acompanhado de um grupo de garotos e de seu melhor amigo, Tom Sawyer. A obra também foi traduzida por Monteiro Lobato.

Futebol - Longe do Mississipi e dentro de um campo de futebol, Armandinho é o escolhido da turma para comandar os jogos. Ele é o protagonista do novo livro de Ruth Rocha, Armandinho, o juiz (29 páginas, R$ 18,60), lançado pela Editora FTD. Com ilustrações de Walter Ono, mostra a história de Armandinho, o juiz que cansou de ser xingado pelos amigos do time e decidiu que ser jogador era mais divertido do que ser juiz. E trocou de uniforme. Diversão também está nos planos da Turma do Passa-por-Cima, encontrada em outro lançamento de Ruth Rocha, O Piquenique do Catapimba (29 páginas, R$ 18,60), da coleção A Turma de Nossa Rua. Dessa vez, Catapimba resolve chamar os amigos e organizar um piquenique. O que ninguém esperava é que alguns itens indispensáveis para a festa fossem esquecidos. É dessa forma que a autora, com 36 anos de dedicação a literatura infantil, fala da importância da amizade e união. (RA)

LAZER - 3

Sérgio Roveri TEATRO

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THOMASLANDIA A Gerald Thomas dispara sua metralhadora verbal

coxia sempre pareceu um espaço solitário e pacato demais para Gerald Thomas. Em 30 anos de carreira, este polemista juramentado, diretor brasileiro com o passaporte mais carimbado, sempre soube equalizar seu nome ao da legião de artistas que comandou – gente do calibre de Fernanda Montenegro, Marco Nanini e Gal Costa. Agora, Thomas, 51 anos, não precisa mais recorrer a estímulos externos, como exibir as nádegas em público, para dar um lustro a sua grife: os refletores se encarregarão disso. Hoje ele estréia como ator na peça Asfaltaram o Beijo, um dos quatro textos que compõem o espetáculo Asfaltaram a Terra, em cartaz no Sesc Vila Mariana. E não estará sozinho neste debute tardio: Serginho Groisman, uma espécie de Dorian Gray dos apresentadores brasileiros, decidiu deixar um pouco de lado o bordão "fala, garoto" para protagonizar outro texto do espetáculo, Brasas no Congelador. Asfaltaram a Terra é um dos projetos mais ambiciosos da carreira de Gerald Thomas. Espetáculo de humor corrosivo e assumidamente verborrágico, ele é composto de quatro textos com pouco mais de uma hora de duração cada um. Além de Asfaltaram o Beijo e Brasas no Congelador, integram o mosaico Um Bloco de Gelo em Chamas, com Luiz Damasceno no elenco, e Terra em Trânsito, solo da atriz Fabiana Gugli. As quatro peças foram escritas e dirigidas por Thomas. "Embora façam parte do mesmo espetáculo, são peças completamente diversas", diz Thomas. "Quando as vejo na seqüência, me dou conta de quão complexas e independentes elas são". Asfaltaram o Beijo narra a convivência entre Gerald Thomas e o dramaturgo irlandês Samuel Beckett, e tem como mote um crime cometido durante um ensaio teatral. Brasas no Congelador mostra uma reunião de seis homens recru-

tados pela Internet para atuar numa organização clandestina – Serginho Groisman é um deles, um sujeito que carrega um material estranho e brilhante dentro de uma mala preta. No terceiro texto, Um Bloco de Gelo em Chamas, Luiz Damasceno interpreta o primeiro personagem feminino de sua carreira, uma estrela de cinema traída pelo marido diretor. E em Terra em Trânsito, Fabiana Gugli, uma diva trancada em um camarim e impedida de entrar em cena, tece infindáveis considerações com um cisne judeu que visitou Woodstock e sabe recitar Haroldo de Campos. Um Bloco de Gelo em Chamas e Asfaltaram o Beijo serão mostradas nas noites de quinta e sábado. Sexta e domingo o público poderá ver Brasas no Congelador e Terra em Trânsito. Thomas acredita que esta sua estréia como ator também seja sua despedida da função. "Não me vejo atuando, muito menos sendo dirigido por alguém", diz. "Provavelmente isto será uma experiência única". Em relação a Serginho Groisman, o outro debutante do espetáculo, afirma que ele faz parte de uma estirpe de apresentadores que sabe representar. "Ele, como Marilia Gabriela, consegue se dar bem mesmo diante de entrevistados idiotas. O que eles fazem não é fingimento, é representação". Sobre Jô Soares, no entanto, o diagnóstico é bem outro: "O programa do Jô deveria se chamar ‘Programa do Umbigo’. Ele convida os entrevistados para falar a respeito dele próprio. Como pode isso? Como a Rede Globo permite isso?", indaga. "Ele é um pobre coitado. Não, é um rico coitado. É o portador de uma doença que só ele pode curar". Asfaltaram a Terra - estréia nesta sexta, dia 28, no Teatro do Sesc Vila Mariana, Rua Pelotas, 141, tel.: (11) 5080-3147. Quinta a sábado às 20h, domingo às 18h. Ingressos a R$ 30.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

2 -.ECONOMIA/LEGAIS

sexta-feira a domingo, 28 a 30 de abril, e segunda-feira, 1 de maio de 2006

BALANÇOS

STAREXPORT TRADING S.A C.N.P.J. 54.646.419/0001-44 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Senhores Acionistas: Apresentamo-lhes as Demonstrações Financeiras da Starexport Trading S.A. referentes ao exercício social encerrado em 31.12.2005, acompanhadas do Parecer dos Auditores Independentes. O lucro líquido do exercício permanece à disposição da Assembléia de Acionistas, conforme demonstrações das mutações de lucros acumulados. Agradecemos o empenho, a confiança e a cooperação demonstrados por todos que participaram de nossas atividades. São Bernardo do Campo, 14 de janeiro de 2006. A DIRETORIA BALANÇOS PATRIMONIAIS - (em milhares de Reais) DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS DOS EXERCÍCIOS PASSIVO ATIVO DE 1º DE JANEIRO A 31 DE DEZEMBRO - (em milhares de Reais) CIRCULANTE 31/12/2005 31/12/2004 31/12/2005 31/12/2004 CIRCULANTE 2005 2004 Fornecedores – 1.467 Disponibilidades e aplicações financeiras 9.616 20 Receita bruta das vendas 71.574 199.204 Instituições financeiras 100.620 46.284 Clientes 103 2.821 Impostos e contribuições legais 740 1.172 Partes relacionadas 924 3.401 Deduções, abatimentos e impostos – – Encargos de vendas 825 2.783 Direitos fiscais e compulsórios 1.475 22 Receita líquida das vendas 71.574 199.204 Outras obrigações 1.416 883 Outros direitos realizáveis 182 282 Custo das vendas - 61.823 -168.332 103.601 52.589 12.300 6.546 Lucro bruto 9.751 30.872 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO Impostos e contribuições legais 4.236 3.868 REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Despesas de vendas - 1.263 -3.144 PATRIMÔNIO LÍQUIDO Direitos fiscais e compulsórios 7.778 7.778 Despesas administrativas - 1.278 -1.358 Capital social 44.875 44.875 Outras receitas operacionais 47 27 Reservas de capital 15.213 15.213 PERMANENTE Resultado financeiro - 6.378 -3.279 Reservas de lucros 8.975 8.975 Investimentos 351.454 262.850 Lucros acumulados 198.910 156.408 Imobilizado 4.278 4.754 Resultado da equivalência patrimonial 40.942 45.261 267.973 225.471 355.732 267.604 Lucro operacional 41.821 68.379 TOTAL 375.810 281.928 TOTAL 375.810 281.928 Resultado não operacional 1.673 2.952 NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - (em milhares de Reais) Lucro do exercício 43.494 71.331 g. Reclassificações 1. Contexto Operacional Imposto de renda e contribuição social - 992 - 8.443 Certos saldos das demonstrações financeiras do exercício anterior foram reclasA empresa tem por objetivo, basicamente o comércio em geral, exportação e Lucro líquido do exercício 42.502 62.888 sificados para serem apresentados em consistência com as demonstrações importação. Os produtos e serviços comercializados pela empresa são substancialfinanceiras do ano corrente. mente adquiridos da empresa controladora DaimlerChrysler do Brasil Ltda. Lucro por ação R$ 0,95 1,40 3. Contas a receber de clientes 2. Elaboração e Apresentação das Demonstrações Financeiras DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DE LUCROS ACUMULADOS 2004 2005 As demonstrações financeiras foram elaboradas com base nas práticas contábeis EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO (em milhares de Reais) No exterior – 769 emanadas da legislação societária. Partes relacionadas 1.099 4.066 Principais Práticas Contábeis 2005 2004 Cambiais descontadas -996 -2.014 a. Aplicações Financeiras Saldo no início do exercício 156.408 93.520 2.821 103 Registradas ao custo de aquisição, acrescido dos rendimentos incorridos até a 4. Partes relacionadas data do balanço, que não supera o valor de mercado. Lucro líquido do exercício 42.502 62.888 2005 b. Investimentos 2004 Lucros Acumulados 198.910 156.408 Mútuos - DaimlerChrysler do Brasil Ltda. 924 3.401 Investimentos em empresas controladas 5. Investimentos Avaliados pelo método de equivalência patrimonial DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS • 21.986.301.624 ações do Banco DaimlerChrysler DC S.A., com patrimônio 2004 2005 EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO - (em milhares de Reais) líquido em 30.11.2005 de R$ 162.328, sendo nossa participação 99,89% corresBanco DaimlerChrysler DC S.A. 162.154 145.862 ORIGENS DE RECURSOS: 2005 2004 pondente a 21.321.474.369 ações ordinárias e 664.827.255 ações preferenciais. Banco DaimlerChrysler S.A. 163.670 97.656 Das operações: • 57.435 ações do Banco DaimlerChrysler S.A., com patrimônio líquido em DaimlerChrysler Adm. Consórcio S/C Ltda. 22.119 17.820 30.11.2005 de R$ 163.670, sendo nossa participação 100%. DaimlerChrysler Serviços S/C Ltda. 859 1.023 Lucro líquido do exercício 42.502 62.888 • 18.419.999 quotas de capital da DaimlerChrysler Administração de Consórcio S/ DaimlerChrysler Leasing Arred. Merc. S.A 2.163 – Depreciações 476 475 C Ltda. com patrimônio líquido em 30.11.2005 de R$ 22.120, sendo nossa Outros 489 489 Resultado da equivalência patrimonial - 40.942 - 45.261 participação 99,99%. 351.454 262.850 • 99.999 quotas de capital da DaimlerChrysler Serviços S/C Ltda., com patrimônio 6. Imobilizado Alienação do ativo permanente – 13 líquido em 30.11.2005 de R$ 859, sendo nossa participação 99,99% 2005 2004 Recursos provenientes das operações 2.036 18.115 • 99.999 quotas de capital da DaimlerChrysler Leasing Arrendamento Mercantil Edificações 11.897 11.896 Aumento do exigível a longo prazo 368 922 S.A., com patrimônio líquido em 30.11.2005 de R$ 34.611, sendo nossa particiDepreciação acumulada -7.931 -7.454 pação 6,25%. Terrenos 312 312 Total das origens 2.404 19.037 Outros investimentos 4.278 4.754 Contabilizados ao custo de aquisição, deduzidos da provisão para 7. Fornecedores APLICAÇÕES DE RECURSOS: desvalorização. 2004 2005 c. Imobilizado Partes relacionadas – 1.467 Aumento do realizável a longo prazo – 125 Demonstrado ao custo de aquisição; as depreciações são calculadas pelo método – 1.467 Aquisições do ativo permanente 47.662 35.000 linear, com base nas taxas permitidas pela legislação em vigor. 8. Instituições financeiras Total das aplicações 47.662 35.125 d. Direitos e obrigações Refere-se a adiantamentos de contratos de câmbios que serão liquidados com futuras Atualizados à taxa de câmbio ou ao índice de atualização monetária e juros, nos exportações (taxa de juros entre 2,60% aa e 5,30% aa). Redução do capital circulante líquido - 45.258 -16.088 termos dos contratos vigentes, de modo a refletir os valores incorridos até a data 9. Capital social VARIAÇÕES DO CAPITAL CIRCULANTE: do balanço. Capital social de R$ 44.875, correspondente a 44.875 mil ações no valor nominal de e. Provisões R$ 1,00 cada uma. VARIAÇÕES Constituídas para perdas prováveis na realização de investimentos e riscos 10.Responsabilidades eventuais 2005 2004 processuais. As provisões são registradas tendo como base as melhores estimaAo encerrar o exercício, a Empresa registrava a responsabilidade eventual de R$ tivas do risco envolvido. 996 referentes a títulos descontados, R$ 217.373 por aval prestado à sua Ativo circulante 5.754 - 15.847 f. Imposto de renda e contribuição social controladora. Passivo circulante 51.012 241 O imposto de renda e contribuição social bem como os demais tributos estão Capital circulante líquido - 45.258 - 16.088 calculados de acordo com a legislação vigente. TOSHIHIRO YAMAMOTO - T.C. CRC 1SP147755/O-0 DIRETORIA Diretor: PAULO ANTONIO SILVESTRI Aos Acionistas e à Diretoria da Starexport Trading S.A. São Bernardo do Campo - SP Examinamos os balanços patrimoniais da Starexport Trading S.A., levantados em 31 de dezembro de 2005 e 2004, e as respectivas demonstrações de resultados, das mutações de lucros acumulados e das origens e aplicações de recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreenderam: (a) o planejamento dos

Diretor: TOSHIHIRO YAMAMOTO PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Companhia; e (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Companhia, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Starexport Trading S.A. em 31 de dezembro de 2005 e 2004, os resultados de suas operações, as mutações dos seus lucros acumulados e as origens e aplicações de

seus recursos, correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. A manutenção das atividades operacionais da Companhia está intimamente relacionada com as diretrizes e operações de sua controladora DaimlerChrysler do Brasil Ltda. no que se refere à aquisição de produtos para comercialização no exterior, assim como, do suporte financeiro para a liquidação de suas obrigações com terceiros. 14 de janeiro de 2006. KPMG Auditores Independentes CRC 2SP014428/O-6

Adelino Dias Pinho CRC 1SP097869/O-6

ITAÚ BBA TRADING S.A. CNPJ: 52.815.131/0001-20

RELATÓRIO DA DIRETORIA Senhores Acionistas, dando cumprimento às determinações legais e estatutárias, submetemos à apreciação de Vossas Senhorias as Demonstrações Financeiras referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, devidamente acompanhadas das Notas Explicativas. Permanecemos à disposição para quaisquer outros esclarecimentos julgados necessários. A Diretoria

BALANÇO PATRIMONIAL

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO

Em 31 de dezembro Em milhares de reais

Exercícios findos em 31 de dezembro Em milhares de reais 2005

ATIVO CIRCULANTE Disponibilidades ............................. Aplicações financeiras .................... Outros créditos ............................... REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Impostos e contribuições a compensar ............................... Outros créditos ............................... PERMANENTE Investimento em empresa controlada ...................................

TOTAL DO ATIVO ................................

25 7.264 12 7.301

1.180 985 2.165

40.681

50.147

2004

2005 PASSIVO CIRCULANTE Imposto de renda a pagar .............. Outras obrigações ..........................

30 6.338 1.281 7.649

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO Imposto de renda a pagar ..............

31.604

RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS ........................................ PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital social ................................... Reserva de lucros ........................... Prejuízos acumulados ....................

39.873

TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO ..................

620 620

2004

1 18 19

21.343 25 21.368

24.104 24.104

-

7

11

38.392 842 (13.217) 26.017

38.392 466 (20.364) 18.494

50.147

39.873

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Em milhares de reais

Saldos em 31 de dezembro de 2003 ...................................................................... Prejuízo do exercício ............................................................................................. Saldos em 31 de dezembro de 2004 ...................................................................... Lucro liquido do exercício .................................................................................... Saldos em 31 de dezembro de 2005 ......................................................................

Capital social 38.392 38.392 38.392

Reserva de lucros Legal 466 466 466

Prejuízos acumulados (3.797) (16.567 ) (20.364 ) 7.523 (12.841 )

Total 35.061 (16.567 ) 18.494 7.523 26.017

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Administradores e Acionistas Itaú BBA Trading S.A. 1. Examinamos o balanço patrimonial da Itaú BBA Trading S.A. em 31 de dezembro de 2005 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos dos exercícios findos nessa data, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames se-

Nevada Woods S.A. 2005 2004 Capital – quantidade de ações/ quotas possuídas ....................... Patrimônio liquido .......................... Lucro (prejuízo) do exercício ......... Percentual de participação ............. Resultado de participações em controladas ................................. Valor contábil do investimento .....

9.077

(14.955)

(1.455) (5 ) (94 ) 7.523

(1.349) (102) (161) (16.567)

LUCRO LÍQUIDO (PREJUÍZO) DO EXERCÍCIO ................................

7.523

(16.567)

LUCRO (PREJUÍZO) POR LOTE DE MIL AÇÕES (EM R$) ..................

2,44

(5,38)

2005

2004

7.523

(16.567)

(9.077) (1.554)

14.955 (1.612)

1.554 -

1.612 -

24.104 24.104

11 11

24.104

11

Exercícios findos em 31 de dezembro Em milhares de reais ORIGENS DE RECURSOS Das operações sociais: Lucro líquido (prejuízo) do exercício ................................. Item que não afeta o capital circulante: Resultado de participação em empresa controlada ................... Transferência para aplicações de recursos .................................

12.859.597 40.681 9.077 100%

12.859.597 31.604 (14.955 ) 100%

De terceiros: Acréscimo do exigível a longo prazo .............................. Resultado exercício futuros ...........

9.077 40.681

(14.955 ) 31.604

TOTAL DAS ORIGENS ........................

4. CAPITAL SOCIAL O capital social em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 era representado por 3.078.040.844 ações ordinárias nominativas e não conversíveis em outras formas, sem valor nominal, todas pertencentes a domiciliados no País e todas com direito a voto. O estatuto social prevê a distribuição de dividendo mínimo obrigatório de 5% do lucro líquido do exercício, ajustado de acordo com as disposições da legislação societária. 5. OUTRAS INFORMAÇÕES a) Disponibilidades - refere-se a conta de depósitos mantida junto ao Banco Itaú BBA S.A.. b) Aplicações financeiras - referem-se à aplicações em certificados de depósitos bancários efetuados junto ao Banco Itaú BBA S.A.. c) Outros créditos - referem-se a: (i) depósitos judiciais no montante de R$ 985 mil (2004 - R$ 985 mil); e (ii) impostos e contribuições a compensar no montante de R$ 1.180 mil (2004 - R$ 883 mil). d) Imposto de renda a pagar - refere-se substancialmente a provisão para imposto de renda e contribuição social. e) A empresa não possuía operações envolvendo instrumentos financeiros derivativos em 31 de dezembro de 2005 e de 2004. A DIRETORIA

2004

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS

NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004 1. CONTEXTO OPERACIONAL A sociedade, constituída em 02 de setembro de 1983 com prazo indeterminado de duração, tem como objetivo social principal o comércio interno e externo de produtos manufaturados e primários, mediante compra, venda, exportação e intermediação de negócios. 2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS As práticas contábeis adotadas para a contabilização das operações e para a elaboração e apresentação das demonstrações financeiras emanam da Lei das Sociedades por Ações. a) Apuração do resultado O resultado é apurado pelo regime de competência. b) Ativo circulante e realizável a longo prazo Demonstrado por valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias e cambiais auferidas até a data do balanço. Quando aplicável, foram constituídas provisões para ajuste ao valor de mercado. c) Ativo permanente As participações em empresas controladas são avaliadas pelo método de equivalência patrimonial. d) Passivo circulante e exigível a longo prazo Demonstrado por valores conhecidos ou calculáveis, incluindo, quando aplicável, os encargos e as variações monetárias e cambiais incorridos até a data do balanço. e) Imposto de renda e contribuição social Quando aplicável, a provisão para imposto de renda é constituída à alíquota de 15% do lucro tributável e acrescida de adicional específico de 10% acima de determinados limites na forma da legislação e a provisão para contribuição social é constituída à alíquota de 9% do lucro ajustado antes do imposto de renda. 3. ATIVO PERMANENTE a) Os principais dados do investimento em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 eram os seguintes (em milhares de reais):

2005 Receitas (despesas) operacionais: Resultado de participações em controladas ................................. Despesas financeiras (deduzidas de receitas financeiras: em 2005 - R$ 1.330 mil; de receitas financeiras em 2004 R$ 1.013 mil) ............................... Tributárias ....................................... Gerais e administrativas ................ RESULTADO OPERACIONAL .............

Sirilo Messias Neto Contador CRC SP 1SP108789/O-8

jam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nosso exame compreendeu, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da empresa, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da empresa, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Itaú BBA Trading S.A. em

APLICAÇÕES DE RECURSOS Nas operações sociais .................... Acréscimo do realizável a longo prazo .............................. Decréscimo no resultado de exercicios futuros ..................

1.554

1.612

1.545

620

4

-

TOTAL DAS APLICAÇÕES ..................

3.103

2.232

AUMENTO/REDUÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO ...................

21.001

(2.221)

7.649 7.301 (348)

7.507 7.649 142

21.368 19 (21.349)

19.005 21.368 2.363

21.001

(2.221)

VARIAÇÕES NO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO Ativo circulante: No início do exercício No final do exercício .................. Passivo circulante: No início do exercício No final do exercício .................. AUMENTO/REDUÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO ...................

31 de dezembro de 2005 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos do exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 4. As demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2004, apresentadas para fins de comparação, foram por nós revisadas e emitimos nosso relatório de revisão limitada em 22 de fevereiro de 2005, sem ressalvas. São Paulo, 14 de fevereiro de 2006.

Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5

Carlos Augusto da Silva Contador CRC 1SP197007/O-2


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7

Cidades HELICÓPTERO CAI NA LAPA. TRÊS MORREM. O helicóptero fazia um vôo de inspeção de linhas elétricas, considerado um procedimento de alto risco.

Aeronave estava a serviço da Eletropaulo e inspecionava cabos de eletricidade. Piloto tentou pousar num condomínio, mas desistiu depois de ver crianças brincando. J.F.Topolski/AE

U

m acidente com um no ar e algumas pessoas cohelicóptero duran- meçaram a passar mal e a chote uma inspeção na rar", contou. rede de alta tensão Imagens – Segundo funcioda Eletropaulo provocou on- nários da DGT, câmeras de setem a morte de três pessoas e gurança devem ter filmado o pânico entre moradores da La- acidente, mas ontem não foi pa, bairro da zona oeste de São possível ver as imagens por Paulo. A aeronave Bell 206 Jet causa da falta de energia. PeriRanger, de prefixo PT-HOQ, tos recolheram as fitas. A causa da empresa Plana Brasil Táxi do acidente será investigada Aéreo, decolou do Campo de pela Agência Nacional de Marte às 13h30. Meia hora de- Aviação Civil (Anac). pois, estava em chamas na rua O responsável pela segurando Curtume. Os dois passagei- ça de vôo da Plana Brasil, Ruy ros eram funcionários da Ele- Queirós, afirmou que o helitropaulo – José Oliveira de cóptero havia passado por maSouza, de 35 anos, e Marcelo da nutenção recente e o piloto era Silva, de 30. A aeronave era pi- treinado para trabalhos em lotada por Átila Limp da Costa baixa altitude. "Por enquanto, Mafra, de 29 anos. Os três mor- não temos idéia de qual foi o reram carbonizados e os cor- problema", disse. pos foram para o IML. O presidente da Associação O acidente foi Brasileira de Pilotos testemunhado por de Helicópteros, dezenas de moraCarlos Alberto Ardores e trabalhadotoni, acha mais prores, que acompavável ter ocorrido nharam as tentati- Havia muita falha mecânica. "O vas do piloto de fa- fumaça negra no comandante prozer um pouso de ar e algumas curava um lugar emergência. A dopara pousar. Em na de casa Apareci- pessoas São Paulo, você da Alves Leite de começaram a precisa jogar o apaS i q u e i r a , d e 7 3 passar mal relho em um rio ou anos, contou que o José Flávio numa rua." helicóptero se Os dois passaTopolski, designer aproximou da área geiros, na casa dos de lazer do condo30 anos de idade, mínio Central Park eram funcionários Lapa, onde ela mora. da Eletropaulo desde 1997. Crianças – Aparecida ima- Apenas 20 pessoas na empresa gina que o piloto tenha desisti- têm treinamento para fazer do de pousar naquele espaço inspeção aérea na rede. porque havia crianças brinEm ordem – Os certificados cando no local. O aparelho vol- e documentação da aeronave tou a ganhar altitude, fez uma estavam todos em dia. O cocurva e caiu. mandante Átila Limp da Costa Na rua do Curtume, o heli- Mafra tinha habilitação para cóptero bateu no prédio de nú- pilotar o aparelho e estava com mero 101, da empresa DGT Lo- seus exames de saúde atualigística. Uma de suas portas foi zados. O helicóptero Bell 206 parar no telhado do estabeleci- Jet Ranger da Plana Brasil Táxi mento. A cauda enroscou na Aéreo tinha seguro e inspeção fiação e ficou pendurada. A ca- de manutenção em dia. bine caiu na rua. As informações são da AgênO designer José Flávio To- cia Nacional de Aviação Civil polski, de 23 anos, disse que (Anac), autarquia que substio u v i u u m h e l i c ó p t e r o s e tuiu o Departamento de Aviaaproximando e, a seguir, um ção Civil (DAC), e já abriu sindigrande estrondo seguido de cância preliminar para apurar uma série de estouros em pos- sigilosamente o acidente. Esse tes de eletricidade. Instantes foi o oitavo acidente aéreo no depois, a região da rua do País este ano e o segundo de heCurtume ficou às escuras. licóptero. Em 2005, foram 14 aci"Havia muita fumaça negra dentes, dois em São Paulo.

O helicóptero caiu por volta das 14h na rua do Curtume. A aeronave bateu em um fio de alta tensão, no telhado de uma empresa e explodiu. Oslaim Brito/Folha Imagem

Sebastião Moreira/AE

Na foto acima, parte da cauda do helicóptero acidentado. Momentos antes, o mesmo pedaço da aeronave preso em uma árvore (à direita). Catorze viaturas do Corpo de Bombeiros foram enviadas para o local para conter as chamas. Também na foto à direita, para garantir o trabalho da perícia, policiais militares isolam e preservam a área onde a aeronave explodiu.

SEGUNDA MAIOR FROTA DO MUNDO

A

cidade de São Paulo tem a segunda maior frota de helicópteros do mundo, perdendo apenas para Nova York, nos Estados Unidos. Segundo informações da Associação Brasileira de Pilotos de Helicóptero, a frota no Estado é de 456 aeronaves, praticamente metade da frota brasileira. Só na capital paulista estão 330 helicópteros. O grande número de aeronaves nos céus paulistanos deve-se, principalmente, ao aumento nos congestionamentos nos últimos anos. Por causa disso, os executivos das grandes empresas utilizam o helicóptero como meio de transporte diário. As emissoras de rádio e TV também colocam seus repórteres nas alturas todos os dias, seja para acompanhar o tráfego ou para localizar, em primeira mão, acidentes de trânsito. É no Campo de Marte, na zona norte da cidade, que está concentrado o maior movimento de helicópteros. São 240 pousos e decolagens todos os dias, em torno de 7 mil ao mês. No Aeroporto de Congonhas, transitam

Mônica Zarattini/AE/4/8/2001

A frota da capital paulista perde apenas para a de Nova York

aproximadamente 50 aeronaves por dia, ou 1,5 mil ao mês. Isso sem contar os pousos e decolagens dos helipontos particulares, que não podem ser precisados. São Paulo é a única cidade do mundo a ter um centro para controle de vôo de helicópteros, em funcionamento desde 2004. Com isso, os pilotos não controlam mais as suas rotas e a altitude também é determinada pelo comando em terra. Um funcionário, em Congonhas, monitora por radar as aeronaves, numa área de 102 quilômetros quadrados.

Desde outubro, os helicópteros começaram a voar mais alto em algumas rotas que cruzam a cidade. Quatro delas exigem que a aeronave fique a 60 metros de altura. O objetivo da medida é garantir mais segurança e também diminuir o barulho. Todas essas rotas estão localizadas praticamente numa mesma região. Os vôos na cidade de São Paulo estão concentrados num espaço que vai da ponte do Jaguaré até o estádio do Morumbi e do Aeroporto de Congonhas até a avenida Paulista. (Agências)


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4 -.LAZER

sexta-feira a domingo, 28 a 30 de abril, e segunda-feira, 1 de maio de 2006 Fotos: Divulgação

Sérgio de Paula Santos ADEGA

Fotos: Newton Santos/Hype

Fachada, o proprietário Chico Millan e o ambiente interno do Bar Balcão: 60 lugares e promoções com uísque. Cigarros, cachimbos e charutos são permitidos

HAPPY HOUR

ARTES NO BALCÃO O requinte noturno de um bar que encontrou sua vocação definitiva Armando Serra Negra

A

mecânica de esquina deu lugar a um transado bar – Funilaria e Pintura – que agitou bom tempo por ali. Depois, passagem rápida do Pasta & Vino. Mas foi em 1994 que o lugar – mantendo a arquitetura original da época da graxa e ferramentas – encontrou sua vocação definitiva: "Balcão, para mim, é como uma praça ou passeio público, de meditação, encontros e paqueras", diz Chico Millan, um dos sócios. Isso acontece no vis-à-vis para 60 pessoas, encarapitadas em bancos altos, às margens de uma "serpente" de madeira, angelim-pedra, trocando olhares e idéias. São conversas intelectuais e artísticas, sua assídua presença leva a esse tipo de clientela: o anfitrião vem de uma tradicional família ligada às artes e à noite. Seu pai, Fernando Millan, arquiteto e marchand renomado – ex-presidente do Museu de Arte Moderna (MAM) – amealhou considerável coleção de modernistas, como Di Cavalcanti e Guignard, estabelecendo importante galeria; nos anos 70 montou, com a decoradora Silvia Kowarik, o elegante Plano’s, introdutor da happy hour em São

Paulo. "A idéia deles não era ganhar dinheiro, mas fazer um ponto de encontro com os amigos nos fins da tarde". Enquanto seu talento noturno passou pelos antigos Posto 6, Oceania e Royal, o pendor para os negócios com artistas contemporâneos, quem herdou foi o caçula André, que oferece drinques gratuitos para os clientes de sua galeria. Portanto, no Balcão respira-se arte. Uma grande e valiosa gravura de Lichteinstein (17.5 m²) – devida-

mente assinada – opõe-se a uma coleção de divertidos Marcelo Cipis, que paquera outra raridade, um belo óleo do artista multi-multi-multi-multimídia Jô Soares, de quando dividia atelier com Aguilar, nos anos 60. Histórias curiosas serpenteiam: "De tanto fuçar na internet, alguém (sigilo da fonte) descobriu uma tela de Tarsila do Amaral enfurnada numa cidadezinha inglesa; era uma doação da artista para os ‘fundos de guerra’, leiloada em

Londres na década de 40. Não foi difícil recuperá-la para o patrimônio nacional", conta Millan. Sólidos: porções de listrado, mussarela de búfala, ½ presunto cru (R$ 14,70), cogumelos de Paris frescos com ervas e torrada na manteiga (R$ 21,10), no inverno, três tipos de sopas variadas todas as noites (R$ 12). Líquidos: chope (R$ 3,50), caipirinha (de R$ 7,60 a R$ 15,40). Gasosos: cigarros, cachimbos e charutos são permitidos. Tradicionalmente, o bar disponibiliza o mezanino para eventos plásticos e literários, estendendo agora a ação para o público em geral revelar e expor sua criatividade: uma dose de uísque White Horse (R$ 10,60) vale um guardanapo especial, com lápis de cera e hidrográficas coloridas, para que as intervenções sejam penduradas diariamente num varal: "Foi uma idéia promocional muito criativa; é expressão genuína de um bar as pessoas ficarem rabiscando no papel suas pequenas e efêmeras obras de arte". Rabisque o seu! Bar Balcão - Rua Dr. Melo Alves, 150, Jardins, tel.: (11) 3063-6091. Galeria Millan Antônio - Rua Fradique Coutinho, 1360, Vila Madalena, tel.: (11) 3031-6007.

Conversas intelectuais: família ligada às artes e à noite

Fotos: Arquivo DC

Cogumelos Enoki: os melhores são da Casa Marukai, na Liberdade

Escultura em gelo da marca de cerveja alemã Paulander

O dia da cerveja

A

cabamos de comemorar uma importante data, o dia da cerveja, instituído e oficializado em 1995 pela Associação dos Fabricantes de Cerveja da Alemanha. Foi escolhido o dia 23 de abril, em memória e homenagem à promulgação da Lei da Pureza, Reinheitsgebot, nessa data, em 1516. A lei foi promulgada por Guilherme 4º, duque da Baviera, em Munique. De acordo com a lei, a cerveja deve ser produzida tão-somente a partir de malte de cevada, lépulo e água. Na época não se identificava a levedura que provoca a fermentação alcoólica dos cereais, o Sacharomyes cerevisual, depois reconhecido e naturalmente incorporado à lei. A única exceção permitida é o uso do malte de trigo, se o processo for para cerveja de alta fermentação. A Lei da Pureza é antiga, com quase cinco séculos, mas não é a primeira a tratar da produção da cerveja. O código de Hamurabi, de 1750 a.C. já regulamentava essa atividade na Mesopotâmia, prevendo penas para aqueles que adulterassem a bebida. Nem todos países, entretanto, seguem a lei da pureza na produção de suas cervejas, apenas os que produzem as melhores, caso da República Tcheca e a Baviera, que não é país, mas região. Nós, que somos bons produtores de cerveja, com 82 milhões de hectolitros anuais (atrás apenas dos Estados Unidos, China e Alemanha) e bons bebedores, com quase 50 litros anuais por pessoa, não seguimos a lei da pureza e não temos dia da cerveja. Curiosamente, temos dia para tudo – dia das mães, dos pais, dos namorados, da secretária, do médico, de todas as profissões e atividades, de todo os santos, do ráio-que-o-parta, não temos dia da cerveja, essa boa companheira das horas alegres e tristes. Em frente à Casa do Estudante da Universidade de Würzburg, na Franconia, Baviera, havia um grande painel publicitário com um copo de cerveja gelada com a inscrição "A sede é pior que a saudade". Restava-nos aplacá-la. Não temos o dia da cerveja, e se viermos a instituí-lo possivelmente não será no dia da Lei da Pureza, 23 de abril, pois que a lei não é seguida por nossos cervejeiros. O "malte" de nossas cervejas é também de milho e de arroz, bem mais baratos que o de cevada, que é importada, pois nossa produção é mínima. Assim, sob a palavra "malte", que pode provir de qualquer cereal (cevada, trigo, milho, centeio, arroz etc) escondo-se do consumidor a presença do arroz e do milho. Como curiosidade, a maior festa da cerveja do mundo é a Octoberfest de Munique (que é em setembro), visitada anualmente por mais de 6 milhões de pessoas nos 16 dias de duração, quando se serve mais cerveja do que a produção anual de muitas cervejarias. Em 1985, serviram-se mais de 5 milhões de canecas de um litro, exatamente 54.542 hectolitros de cerveja. Sem exagerar, com um "dia da cerveja", a gente bem que poderia colaborar com uns litrinhos no consumo. Sem exagerar. Afinal, embora nossa mídia do ramo insista em personalidades, artistas e até políticos medíocres, em carnaval e mulher despida para a promoção da cerveja, é fato comprovado que a cerveja moderada e regularmente consumida, como o vinho, faz bem a saúde do homem. Esse detalhe as cervejarias desconhecem. Sérgio de Paula Santos é médico e crítico de vinhos. Membro-Fundador da Federação Internacional dos Jornalistas e Escritores do Vinho (Fijev), é autor de livros sobre vinhos, o último dos quais, O Vinho e suas Circunstâncias, Senac, São Paulo, 2003.

Fachada do Mercado Municipal: lá, boas ofertas de ingredientes

GASTRONOMIA

Os segredos dos bons ingredientes

Cucha-Cucha high-tech

Guia Onde Tem? lista 167 fornecedores de produtos, dicas e receitas de chefs

José Guilherme Ferreira

Gourmets e gente que gosta de exercitar a criatividade na cozinha: chega de percorrer empórios e mercados para comprar aquele ingrediente raro, ou fazer testes – estragando muitas vezes a receita até acertar o melhor vendedor de mussarela de búfala, mandioca ou repolho salarite. O socorro está no mercado na forma do guia Onde Tem? Roteiro de compras gastronômicas em São Paulo e arredores (Editora Senac São Paulo, 200 páginas, R$ 35), organizado por Flávia Pinheiro. Procura um bom pescado para assar ou fritar? A dica é o Comércio de Pescados RRR, no Mercado Municipal Central. Conhecido como boxe do Rentato, é o preferido dos principais chefs paulistanos. Onde comprar enoki e eryngui? A casa

Lúcia Helena de Camargo Marukai, na Liberdade. O que são enoki e eryngui? Tipos de cogumelos muito usados na culinária japonesa. Interessado em flores comestíveis? O chef Sergio Arno indica a Banca da Meiry, também no mercadão. Para conseguir uma boa pupunha, a chef Mara Salles orienta a usar a marca Palmavalle. Se a busca é por algo específico cerefólio – tempero que parece salsinha, mas tem no sabor toques de anis e ervadoce – basta passar na barraca da Cecilia, na feira do Pacaembu. Dividido em três partes, o livro – vendido em livrarias e lojas de cozinha – traz na primeira os alimentos e bebidas agrupados por categoria, em ordem alfabética, com as indicações dos melhores fornecedores, além de dicas sobre a origem. Na segunda parte há uma lista detalhada dos vendedores. E a última apresenta receitas dos chefs para

transformar os ingredientes em pratos apetitosos, tudo organizado em índices de fácil consulta. No total, são 167 fornecedores relacionados, recomendados por 37 chefs. Banqueteiros, donos de restaurantes e professores de gastronomia. A autora comenta uma dificuldade comum a todos que já andaram pela cidade em busca de ingredientes: é difícil encontrar produtos nacionais nos empórios e casas especializadas. Os importados predominam. Talvez uma herança do colonialismo na cozinha. Nas páginas que abordam o comércio de vinhos, o livro resgata histórias do início do século, quando se comprava vinho a granel na região. Era preciso levar a própria garrafa, envasada na presença do cliente. Hoje o Brasil não apenas começa a ter bons vinhos nacionais, como pode-se comprar aqui garrafas de praticamente

qualquer lugar do planeta. Entre as receitas, estão o Filé curado com rúcula, shimeji e foie gras (fígado de ganso), de Alex Atala, chef e proprietário do restaurante D.O.M., o Chole (grão-de-bico condimentado) de Meeta Ravindra, entre outras. São 21 receitas no total. Com as informações de Onde Tem? e os bons ingredientes na mão, o gourmet pode ter uma experiência gastronômica ainda mais rica.

A

tecnologia aliou-se aos vitivinicultores chilenos, atentos ao avanço dos EUA e da Austrália no mercado de vinhos finos. A aposta comum chama-se "agricultura de precisão". Assim como radiômetros são capazes de medir o grau de estresse das folhas de uma parreira, imagens aéreas das plantações inteiras são usadas para compor série de mapas digitais. O geoprocessamento é uma arma para esquadrinhar vinhedos, conhecer vocações de terrenos e uvas e determinar manejos específicos para ganhos de produtividade e qualidade. O Instituto de Investigaciones Agropecuarias do Chile desde 2000 põe a ciência a serviço dos agricultores. No Vale do Itata, cinco vinícolas aderiram à idéia de "precisão". O projeto Itata Wines reúne as vinícolas

Casas de Giner, Del Larqui, Valle del Itata, Tierras de Arrau e Viña Tierra y Fuego. Há cerca de 500 anos o vale é reconhecido por seus vinhos, obra de jesuítas espanhóis, que tinham o dever de suprir com tintos os cálices das missas. Na fazenda CuchaCucha, coração do Itata, Fernando Giner Izquierdo comanda a Casas de Giner. "Aqui há tecnologia, mas também carinho e emoção", diz aos enovisitantes no casarão colonial da família, também sede do negócio. Nos corredores, murais de azulejos da mulher Laury retratam a lida de outros tempos, enquanto o cão chamado Merlot faz festa.

http://www.winesofchile.org http://www.itatawines.cl/estudio/index.html http://www.casasdeginer.cl


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira a domingo, 28 a 30 de abril, e segunda-feira, 1 de maio de 2006

LICITAÇÃO

ECONOMIA/LEGAIS - 3

CONVOCAÇÃO

Abertura de Licitação O Coletivo Digital - Associação para a Democratização e Acesso à Sociedade da Informação, torna pública a chamada para a Concorrência Pública Nº 01/2006. Objeto: Contratação de prestadora de serviços para disponibilizar profissionais especializados. Edital disponível a partir de: 02/05/2006 das 13h às 16:30h Endereço para retirada do edital: Rua Cônego Eugênio Leite, 883, Bairro de Pinheiros, São Paulo/SP Telefone: (0xx11) 8339-8518 Entrega da Proposta: 28/05/2006 até às 10h Abertura dos envelopes: 29/05/2006 às 18h

ATA

EDITAL DE CONVOCAÇÃO

ECADIL QUÍMICA FARMACÊUTICA LTDA, empresa de direito privado CNPJ 04.024.696/0001-47 com sede à Rua Luiz Nallin 403, Cosmópolis-SP, ora representada pelo seu sócio-administrador, Paulo Roberto Costabile, considerando que o sr. Roberto Edmundo Sidi, não integralizou o valor de suas quotas, nos termos da Cláusula 5ª - Parágrafo 1º, do Contrato Social, CONVOCA, a pedido dos sócios majoritários, o sr. Roberto Edmundo Sidi, a integralizar o valor subscrito de quotas, num prazo de 30 dias, a contar desta 1ª publicação, sob pena de exclusão nos termos do Código Civil Brasileiro. Fica desde já convocado para a Reunião de Sócios no 1º dia útil seguinte ao término do prazo de 30 dias para integralização, na sede da empresa, às 15:00 horas para discussão e decisão de sua exclusão, momento em que poderá apresentar suas considerações e defesa.

BALANÇOS

Publicidade Legal - 3244-3799

ITAÚ BBA PARTICIPAÇÕES S.A. CNPJ: 58.851.775/0001-50

RELATÓRIO DA DIRETORIA Senhores Acionistas, dando cumprimento às determinações legais e estatutárias, submetemos à apreciação de Vossas Senhorias as Demonstrações Financeiras referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, devidamente acompanhadas das Notas Explicativas e Parecer dos Auditores Independentes. Permanecemos à disposição para quaisquer outros esclarecimentos julgados necessários. A Diretoria

BALANÇO PATRIMONIAL

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO

Em 31 de dezembro Em milhares de reais

Exercícios findos em 31 de dezembro Em milhares de reais 2005

ATIVO CIRCULANTE Disponibilidades ............................. Aplicações financeiras .................... Juros sobre capital próprio e dividendos a receber .................. Outros créditos ............................... REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Aplicações financeiras .................... Outros créditos ............................... PERMANENTE Investimentos em empresas controladas .................................

TOTAL DO ATIVO ................................

2004

9 4.953

29 409

49.568 6.652 61.182

2.888 3.326

2.012 2.012

3.317 3.317

1.157.733

1.220.927

977.335

983.978

2005 PASSIVO CIRCULANTE Obrigações tributárias .................... Juros sobre capital próprio e dividendos a pagar ..................... Outras obrigações .......................... EXIGIVEL A LONGO PRAZO Outras obrigações .......................... Obrigações tributárias .................... PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital social ................................... Reserva de lucros ........................... Lucros acumulados ........................ Reserva estatutaria ......................... Ajuste ao valor de mercado Títulos e valores mobiliários em empresas controladas ................ TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO ..................

2004

9.329

635

45.683 25.510 80.522

13.919 14.554

20.242 301 20.543

46.086 46.086

744.119 29.317 20.079 319.340

744.119 13.545 35.829 124.866

7.007 1.119.862

4.979 923.338

1.220.927

983.978

Capital social 714.412 29.707 -

Saldos em 31 de dezembro de 2003 ............................. Aumento de capital ......................................................... Lucro líquido do exercício .............................................. Ajuste ao valor de mercado - Títulos e valores mobiliários em empresas controladas (nota 7c) ....... Apropriação à reserva legal ........................................... Juros sobre o capital próprio ......................................... Reserva estatutária ......................................................... Saldos em 31 de dezembro de 2004 ............................. 744.119 Lucro líquido do exercício .............................................. Ajuste ao valor de mercado - Títulos e valores mobiliários em empresas controladas (nota 7c) ....... Dividendos distribuídos/propostos ............................... Apropriação à reserva legal ........................................... Juros sobre o capital próprio ......................................... Reserva estatutária ......................................................... Saldos em 31 de dezembro de 2005 ............................. 744.119

Reserva de lucros Legal 6.109 -

Reserva estatutária -

Lucros acumulados 70.072 148.726

Ajuste ao valor de mercado Títulos e valores mobiliários de controladas 1.679 -

7.436 13.545 -

124.866 124.866 -

(7.436) (50.667 ) (124.866) 35.829 315.428

3.300 4.979 -

3.300 (50.667 ) 923.338 315.428

15.772 29.317

(9.851) 204.325 319.340

(30.398 ) (15.772 ) (80.683 ) (204.325) 20.079

2.028 7.007

2.028 (40.249 ) (80.683 ) 1.119.862

323.661

152.766

855 (8.433) (105) -

67 (5.515) (79) 2.119

RESULTADO OPERACIONAL ............. RESULTADO NÃO OPERACIONAL .... RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO .... IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ................

315.978 -

149.358 76

315.978

149.434

(550)

(708)

LUCRO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO .......

315.428

148.726

LUCRO POR LOTE DE MIL AÇÕES EM R$ ...............................................

0,53

0,25

2005

2004

315.428

148.726

(323.661 ) (8.233)

(152.766) 18 (2.117) (6.139)

(8.233)

(6.139)

2.028 2.028

3.300 29.707 33.007

145.291

108.332

-

46.086 8.053

1.305 146.596 140.391

162.471 189.339

-

135.247

-

3.317

120.932 25.543

50.667 -

2.028 148.503

3.300 192.531

(8.112)

(3.192)

3.326 61.182 57.856

53.093 3.326 (49.767)

14.554 80.522 65.968

61.129 14.554 (46.575)

(8.112)

(3.192)

Exercícios findos em 31 de dezembro Em milhares de reais

Total 792.272 29.707 148.726

NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004 1. CONTEXTO OPERACIONAL A sociedade, constituída em 20 de abril de 1988 com prazo indeterminado de duração, tem por objetivo social, principalmente, a participação no capital de outras sociedades e a aplicação de recursos no mercado financeiro. 2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS As práticas contábeis adotadas para a contabilização das operações e para a elaboração e apresentação das demonstrações financeiras emanam da Lei das Sociedades por Ações. a) Apuração do resultado O resultado é apurado pelo regime de competência de exercícios. b) Ativo circulante e realizável a longo prazo Demonstrado pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias e cambiais auferidos até a data do balanço. c) Ativo permanente Demonstrado ao custo corrigido monetariamente até 31 de dezembro de 1995. As participações em empresas controladas são avaliadas pelo método de equivalência patrimonial. d) Passivo circulante e exigível a longo prazo Demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, incluindo, quando aplicável, os encargos e as variações monetárias e cambiais incorridos até a data do balanço. e) Imposto de renda e contribuição social A provisão para imposto de renda foi constituída à alíquota de 15% do lucro tributável e acrescida de adicional específico de 10% acima de determinados limites na forma da legislação e, quando aplicável, inclui incentivos fiscais cuja opção será formalizada na declaração de rendimentos. A provisão para contribuição social foi constituída à alíquota de 9% do lucro ajustado antes do imposto de renda. 3. ATIVO PERMANENTE Os principais dados dos investimentos em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, eram os seguintes (em milhares de reais): Banco Itaú BBA S.A. 2005 2004 Capital – quantidade de ações possuídas ..................... 2.630.545 2.630.545 Patrimônio líquido .......................................................... 4.540.149 3.832.703 Percentual de participação ............................................. 25,50% 25,50% Resultado de participação em controladas ................... 323.661 152.723 Valor contábil do investimento ...................................... 1.157.733 977.335

2004

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Em milhares de reais

2005 Resultado de participações em empresas controladas: ............... Receitas financeiras (deduzidas de: em 2005 de despesas de R$ (3) mil; em 2004 de despesas de R$ (982) mil) .......... Despesas tributárias ........................... Despesas gerais e administrativas .... Outras receitas operacionais ..............

2005 -

Outros 2004 -

2005 -

Total 2004 -

-

43 -

323.661 1.157.733

152.766 977.335

4. CAPITAL SOCIAL Em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 o capital social está representado por 599.922 ações das quais 199.972 ordinárias e 399.950 preferenciais, todas sem valor nominal e pertencentes a residentes e domiciliados no País. As ações preferenciais têm prioridade no reembolso do capital em caso de liquidação da sociedade e os mesmos direitos e vantagens das ações ordinárias, exceto no direito a voto. O estatuto social prevê a distribuição de dividendo mínimo obrigatório de 5% do lucro líquido do exercício, ajustado de acordo com as disposições da legislação societária. 5. JUROS SOBRE CAPITAL PRÓPRIO Nos exercícios de 2005 e de 2004, foram pagos/propostos aos acionistas juros sobre o capital próprio no montante de R$ 80.683 mil e R$ 50.667 mil respectivamente, com retenção de 15% de imposto de renda na fonte. 6. DIVIDENDOS Em 2005 foram distribuídos/propostos dividendos no montante de R$ 40.249 mil. 7. OUTRAS INFORMAÇÕES a) Aplicações financeiras e disponibilidades – referem-se a recursos mantidos junto ao Banco Itaú-BBA S.A.. b) Outros créditos referem-se basicamente a: (i) impostos e contribuições a compensar no montante de R$ 6.675 mil (2004 - R$ 899 mil) e (ii) depósitos judiciais no montante de R$ 1.989 mil (2004 - R$ 1.989 mil). c) Ajuste ao valor de mercado - títulos e valores mobiliários de controlada – refere-se ao ajuste a valor mercado de títulos e valores mobiliários realizados por empresas controlada. d) Outras obrigações – referem-se a parcela de aquisição na participação de 25.50% do capital do Banco Bemge (atualmente denominado Banco Itaú BBA S. A.) em 20 de outubro de 2004 a ser liquidada na proporção de realização de certos ativos. e) A empresa não possuía operações envolvendo instrumentos financeiros derivativos em 31 de dezembro de 2005 e de 2004.

ORIGENS DOS RECURSOS Das operações sociais: Lucro líquido do exercício .............. Itens que não afetam o capital circulante: Resultado de participações em empresas .......................... Perdas em investimentos .......... Deságios amortizados ................ Transferência para aplicações de recursos ............................. Dos acionistas: Ajuste ao valor de mercado Títulos e valores mobiliários em empresas controladas (nota 7c) ...................................... Integralização de capital ................. De terceiros: Dividendos e juros sobre capital próprio recebidos/a receber de empresas controladas ................ Acréscimo do exigível a longo prazo ................................. Redução de investimento .............. Redução do realizável a longo prazo ................................. TOTAL DAS ORIGENS ........................ APLICAÇÕES DE RECURSOS Em investimentos ........................... Acréscimo do realizável a longo prazo ................................. Juros sobre o capital próprio e dividendos distribuídos/ propostos .................................... Redução do exigível a longo prazo Ajuste ao valor de mercado Títulos e valores mobiliários de controladas (nota 7c) ............ TOTAL DAS APLICAÇÕES .................. REDUÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO ................... VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO Ativo circulante: No início do exercício ..................... No final do exercício ....................... Passivo circulante: No início do exercício ..................... No final do exercício ....................... REDUÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO ...................

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Administradores e Acionistas Itaú BBA Participações S.A. 1. Examinamos os balanços patrimoniais da Itaú BBA Participações S.A. em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos dos exercícios findos nessas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da empresa, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da empresa, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Itaú BBA Participações S.A. em 31 de dezembro de 2005 e 2004 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos do exercícios findos nessas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 14 de fevereiro de 2006.

A DIRETORIA

Mario Luiz Amabile Contador CRC 1SP129089/O-1

Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5

Carlos Augusto da Silva Contador CRC 1SP197007/O-2


DIÁRIO DO COMÉRCIO

10 -.LEGAIS

sexta-feira a domingo, 28 a 30 de abril, e segunda-feira, 1 de maio de 2006

Intermédica Sistema de Saúde S.A. CNPJ nº 44.649.812/0001-38

RELATÓRIO DE ADMINISTRAÇÃO INTERMÉDICA SISTEMA DE SAÚDE S.A. - EXERCÍCIO 2005 O Grupo NotreDame Intermédica atende a 1.870.511 associados conforme ranking da ANS - Agência Nacional de Saúde (base dezembro/2005). É composto pelas empresas: Intermédica Sistema de Saúde, NotreDame Seguradora, Interodonto Sistema de Saúde Odontológica, Qualivida Gestão em Saúde Ltda. e Benefits Benefícios Ltda. Em 2005 a empresa Norclínicas Sistema de Saúde Ltda. foi incorporada à Intermédica Sistema de Saúde S.A. A Intermédica Sistema de Saúde S.A. ocupa a liderança entre as empresas médicas do mercado, em número de associados, conforme mesmo ranking, atendendo a 1.341.927 vidas (considerando a incorporação da Norclínicas) e a Interodonto, com 448.875 usuários, é a 2ª maior operadora odontológica do país no mesmo critério. A Intermédica, além do Plano de Saúde Tradicional, oferece, com exclusividade, dentro do mesmo plano, e sem custo adicional, um Plano de Promoção da Saúde e de Medicina Preventiva, que aliados à ampla rede de atendimento própria e credenciada, presta serviços que, por agir na promoção da saúde, na prevenção de doenças e, na medicina curativa, pratica a Gestão Integral em Saúde dos seus associados, entregando um atendimento personalizado e de alto padrão, focado basicamente na saúde, na qualidade de vida e no bem-estar dos seus associados, e não na doença. Além da ampla rede credenciada extensa e distribuída a nível nacional, conta com inúmeros serviços próprios, dentre os quais, 71 Centros Clínicos, 8 Prontos-Socorros, 7 Hospitais e 4 Maternidades. Principais Realizações em 2005 No histórico do Grupo NotreDame Intermédica, mais do que a marca de pioneirismo, o nosso Programa de Promoção da Saúde e de Medicina Preventiva, implantado em 1982, evidencia de forma clara e inequívoca, nossa preocupação em promover a saúde e prevenir as doenças, evitando assim, que as pessoas fiquem doentes, resultando na melhoria da qualidade de vida dos nossos associados. A efetividade desse Programa de Promoção e Prevenção pode ser observada através dos nossos números, onde somente no ano passado, foram abordados mais de 60 temas em educação em saúde, totalizando 3.825.383 ações educativas em saúde e desenvolvimento de autocuidados nas empresas clientes, nos nossos Centros de Medicina Preventiva e nos nossos Centros Clínicos, tendo como foco assuntos como Aleitamento Materno, Atividade Física, Estresse, Depressão, Diabetes, Obesidade, Alergias, Doenças Respiratórias, dentre outros. Tivemos também 165.032 participantes nos 8.888 cursos, palestras, orientações, grupos de discussão e de apoio, além de demonstrações práticas realizadas por equipe multidisciplinar. O Programa de Apoio ao Paciente Crônico - PAP contou com 90.296 associados inscritos, portadores de doenças crônicas (diabéticos, hipertensos, depressivos, DPOCs, dentre outros), e atendidos no programa de monitoramento em tempo real, que previne complicações no quadro evolutivo das enfermidades, com 45.308 casos permanentes. Isso tudo, sem contar com as milhares de pessoas atendidas em outros serviços como: CASE - Acompanhamento Multidisciplinar de Casos de Alta Complexidade, dirigido aos portadores de doenças graves e gerenciados por equipes multiprofissionais (médicos, fisioterapeutas, especialistas, nutricionistas,

Ativo Circulante Disponível Realizável Aplicações Títulos de renda fixa Créditos de operações com planos de assistência à saúde Contraprestação pecuniária a receber Faturamento antecipado Outros valores e bens Provisão para devedores duvidosos Realizável a longo prazo Créditos tributários e previdenciários Depósitos judiciais e fiscais Outros Permanente Investimentos Participações societárias Outros investimentos Provisão para desvalorização Imobilizado Imóveis de uso próprio Bens móveis Depreciações acumuladas Diferido Total do ativo

psicólogos, etc.)/Programa de Atendimento aos Idosos (PAI) - programa específico que busca promover a qualidade de vida dos nossos associados acima de 60 anos/Núcleo de Assistência MaternoInfantil de Risco (NAMIR) - programa que tem por objetivo acompanhar, através de equipe médica especializada, as gestações de alto risco e bebês que apresentam problemas ligados a elas/Programa de Saúde da Mulher - programa especialmente desenvolvido para atender às necessidades da mulher em todas as fases da vida/Programa de Qualidade de Vida - programa que tem por objetivo a contínua evolução da qualidade de vida dos associados, propiciando a redução de absenteísmo e o aumento da produtividade nas empresas clientes/Programa Gestação Segura/Programa Mãe Canguru, dentre outros. Apenas como referência, e conforme publicações da ANS - Agência Nacional de Saúde, sobre o índice alarmante de 80% de partos cesáreos realizados pela rede de saúde suplementar, a Intermédica, nos seus hospitais próprios, fruto dos seus programas de apoio materno-infantil citados, realizou 21 partos cesáreos a menos, em cada 100 partos realizados, se comparados com o desempenho da rede suplementar. Todos os números citados são ações em prevenção, dentro de um conceito inédito e pioneiro que realizamos desde 1982, sem contar com os mais de 12.200.000 de Atendimentos em Medicina Curativa, através de consultas, exames, tratamentos e internações, estes comuns aos demais planos. Lógica Social/Lógica Econômica A empresa considera que, uma operadora de planos de saúde que se preocupa em cumprir com seu objetivo social tem que adotar o conceito claro de que, a “Lógica Econômica” tem que andar junto com a “Lógica Social”. Esta é a Intermédica, que, não descuidando dos resultados financeiros, adotou a preocupação da qualidade da assistência integral à saúde de seus associados. A meta de ter a melhor relação custo-qualidade-benefício de mercado para melhor servir as empresas que nos contratam Todo o desenvolvimento da Intermédica se baseou na equação de oferecer, nos contratos, quase todos Empresariais, a melhor qualidade, dentro do menor custo para estas empresas contratantes, dentro do conceito de que: “Só a qualidade reduz custos”. Através de uma gestão que gasta mais com promoção e com prevenção e tem como produto a diminuição de doenças, este tipo de ação sempre nos leva a procurar transferir margens para nossas empresas clientes, através de preços menores. Não foi diferente neste exercício. Para nós é fundamental a busca permanente de ter a Melhor Relação Custo-Qualidade-Benefício. Premiações e Certificações A Intermédica recebeu da ADVB - Associação dos Dirigentes de Vendas, em novembro/2005, pela 2ª vez, o prêmio dado a cada 5 anos, SUPERTOP DE MARKETING, pelo CASE “Qualivida”; os prêmios da revista ISTO É DINHEIRO/DELOITTE 2005, pela 2ª vez consecutiva, e da REVISTA BALANÇO ANUAL GAZETA MERCANTIL/IBMEC, ambas como a Melhor Empresa de Saúde do País.

BALANÇOS PATRIMONIAIS LEVANTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004 (Em milhares de reais) Passivo 2005 2004 Provisões técnicas 101.775 72.451 Provisão de risco 2.512 2.540 99.263 69.911 Circulante 38.946 20.113 Eventos a liquidar 38.946 20.113 Eventos a liquidar com operações de assistência à saúde 38.904 29.621 Débitos diversos 49.089 39.245 Obrigações a pagar (10.185) (9.624) Impostos e encargos sociais a recolher 29.315 27.570 Provisões trabalhistas (7.902) (7.393) Provisão para impostos e contribuições 22.949 15.574 Depósitos de terceiros 12.011 10.994 9.644 3.442 Exigível a longo prazo 1.294 1.138 Obrigações a pagar 88.073 87.625 Provisões para contingências 23.158 32.561 Impostos e contribuições diferidos 23.158 32.561 158 158 (158) (158) Patrimônio líquido Capital social 45.621 43.593 Reserva de lucro 50.524 47.424 Reserva de reavaliação 39.843 35.545 Lucros acumulados (44.746) (39.376) 19.294 11.471 Total do passivo 212.797 175.650 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004 (Em milhares de reais) Capital Reserva de Reserva de social lucro - legal reavaliação 4.355 2.417 11.824 50 – –

Saldos em 31 de dezembro de 2003 Aumento de capital Reserva de reavaliação: Constituição: Reserva de reavaliação de controlada Realização: Realização de reserva por depreciação Tributos por depreciação Lucro líquido do exercício Destinação do lucro: Reserva legal Dividendos distribuídos Juros sobre o capital próprio Saldos em 31 de dezembro de 2004 Reserva de reavaliação: Constituição: Reserva de reavaliação de controlada Reserva de reavaliação de controlada incorporada Realização: Realização de reserva por depreciação Tributos por depreciação Reversão de reserva Lucro líquido do exercício Destinação do lucro: Dividendos distribuídos Juros sobre o capital próprio Saldos em 31 de dezembro de 2005

2005 33.293 33.293

2004 27.565 27.565

94.298 51.361

70.628 36.127

51.361 42.937 18.843 10.298 10.732 2.446 618

36.127 34.501 16.807 5.919 8.795 2.681 299

32.095 2.324 26.133 3.638

27.879 2.866 21.458 3.555

53.111 4.405 881 18.742 29.083

49.578 4.405 4.837 14.519 25.817

212.797

175.650

Lucros acumulados 23.121 –

Total 41.717 50

3.160

3.160

– – –

– – –

(704) 239 –

– – 48.411

(704) 239 48.411

– – – 4.405

2.420 – – 4.837

– – – 14.519

(2.420) (42.275) (1.020) 25.817

– (42.275) (1.020) 49.578

– –

– –

3.383 1.313

– (1.313)

3.383 –

– – – –

– – (3.956) –

(716) 243 – –

716 (243) 3.956 37.575

– – – 37.575

– – 4.405

– – 881

– – 18.742

(36.175) (1.250) 29.083

(36.175) (1.250) 53.111

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004 (Em milhares de reais) 1. Contexto Operacional: A Intermédica Sistema de Saúde S.A. tem por objetivo a prestação de serviços nos campos de medicina e odontologia hospitalar e social e a celebração de contratos de assistência médica com pessoas físicas e jurídicas, entidades públicas ou particulares. 2. Incorporação: Em Assembléia Geral Extraordinária - AGE, realizada em 31 de maio de 2005, foi aprovada a incorporação das controladas Norclínicas Sistema de Saúde Ltda., Rio Jordão Participações e Administração Ltda. e PCA Participações e Administração Ltda. O patrimônio líquido das empresas incorporadas foi avaliado por peritos independentes, que emitiram Laudos de Avaliação datados de 31 de maio de 2005. O acervo líquido incorporado, na data-base 31 de maio de 2005, tem a seguinte composição: a) Norclínicas Sistema de Saúde Ltda. (+) Ativo 21.598 Circulante 13.180 Disponibilidades 9.779 Contas a receber 1.993 Outros valores e bens 1.408 Realizável a longo prazo 4.992 Depósitos judiciais 4.829 Outros créditos 163 Permanente 3.426 Imobilizado, líquido 3.426 (–) Passivo 20.250 Provisões técnicas 1.937 Circulante 11.871 Eventos a liquidar 8.696 Obrigações tributárias 1.844 Salários, encargos sociais e provisões 962 Outras obrigações 369 Exigível a longo prazo 6.442 Provisão para impostos 1.943 Provisão para contingências 4.499 (=) Acervo líquido 1.348 b) Rio Jordão Participações e Administração Ltda. (+) Ativo 5 Permanente 5 Investimentos 340 Deságio na aquisição de investimentos (335) (–) Passivo – (=) Acervo líquido 5 c) PCA Participações e Administração Ltda. (+) Ativo 5 Permanente 5 Investimentos 340 Deságio na aquisição de investimentos (335) (–) Passivo – (=) Acervo líquido 5 3. Apresentação das Demonstrações Financeiras: As demonstrações financeiras foram elaboradas e estão sendo apresentadas em conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com o Plano de Contas instituído pela Resolução RN nº 27, de 1º de abril de 2003, da Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS. 4. Descrição das Principais Práticas Contábeis: a) Aplicações: As aplicações financeiras são demonstradas pelos valores originais de aplicação, acrescidos dos rendimentos auferidos até as datas dos balanços, sendo ajustados a valor de mercado nos casos dos títulos classificados como “títulos disponíveis para venda” (ajuste registrado em conta específica de patrimônio líquido) e “títulos para negociação” (ajuste registrado no resultado do exercício). Os títulos classificados como “mantidos até o vencimento” não são ajustados a valor de mercado. b) Provisão para devedores duvidosos: É constituída com base nas perdas estimadas, sendo seu montante considerado suficiente para cobrir eventuais perdas na realização dos créditos a receber. c) Investimentos: Os investimentos em empresas controladas estão avaliados pelo método da equivalência patrimonial. Os demais investimentos estão avaliados ao custo de aquisição. d) Imobilizado: O imobilizado está demonstrado ao custo de aquisição, acrescido de correção monetária até 31 de dezembro de 1995 e dos ajustes resultantes de reavaliações periódicas dos imóveis. Os saldos apresentados encontram-se deduzidos das respectivas depreciações acumuladas, calculadas pelo método linear, levando-se em consideração a vida útil estimada dos bens. e) Diferido: O ativo diferido consiste de benfeitorias em imóveis de terceiros que são amortizadas pelo método linear, observados os prazos contratuais de locação e de ágios pagos na aquisição de investimentos, amortizados a uma taxa de 20% ao ano. f) Provisões técnicas: A provisão de risco para garantia de obrigações contratuais, classificada no grupo Provisões técnicas, foi calculada de acordo com as determinações da Resolução RDC nº 77, de 17 de julho de 2001, da ANS. Com o objetivo de prestar plena garantia aos conveniados, essa provisão foi integralmente constituída, não tendo sido adotada a faculdade prevista na referida Resolução para constituição gradual dessa provisão ao longo de seis anos. g) Reconhecimento das receitas operacionais: As receitas com contraprestações dos planos de assistência à saúde são reconhecidas, observado o período de cobertura contratual, pelo regime de competência. Nos casos em que a fatura é emitida antecipadamente em relação ao período de cobertura, o valor correspondente é registrado na

Em 2005 “renovou” os Certificados ISO 9.002 da Central de Atendimento da Intermédica e 14.001 do Hospital Santa Cecília; certificados UNICEF e ONA concedida ao Hospital e Maternidade Modelo de Sorocaba. Responsabilidade Social A Intermédica e o Grupo NotreDame Intermédica continuaram investindo, em 2005, em trabalhos de Responsabilidade Social e Promoção da Diversidade, dentre os quais se destacam: Programa de Aposentados; Programa Adotei um Sorriso em parceria com a Abrinq e patrocinado por uma das nossas empresas, a Interodonto; Prêmio Bem Eficiente em parceria com a Kanitz Associados; Projeto Recanto Vida Nova em parceria com a Paróquia São José do Ipiranga; Projeto Meu Guri em parceria com o Sindicato dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo; Programa Agita Intermédica em parceria com o Programa do Governo de São Paulo, Agita São Paulo; Promoção da Saúde para a Comunidade disponibilizando vagas em cursos e palestras para a comunidade; Contadores de Histórias na ala de Pediatria do Hospital Santa Cecília; Programa de Voluntariado com a participação de funcionários em campanhas de arrecadação de agasalhos, brinquedos, higiene e reciclagem. Outros Fatos Relevantes Embora a ANS até dezembro/2005 exija somente 60% de integralização de reservas para garantias de risco, conforme a Resolução RDC Nº 77 de 17 de julho de 2001, a Intermédica desde 2003, possui 100% de efetivação das referidas reservas, sendo que os indicadores e índices obrigatórios como o IGO (Índice Geral de Operações) estão bem acima dos índices mínimos exigidos. Novamente, em 2005, a Intermédica foi a operadora com o menor número de queixas no ranking da ANS, entre as 10 maiores do país, em número de associados, consideradas as Medicinas de Grupo, as Seguradoras e as Cooperativas Médicas. Conclusão A Intermédica, especializada em contratos empresariais, por sua solidez e experiência, vem antecipando tendências no mercado de saúde, desenvolvendo uma Cultura em Saúde e transferindo às empresas clientes o “expertise” adquirido em prevenção de doenças, promoção e recuperação da saúde, bem como oferecendo, cada vez mais, a melhor relação custo-qualidade-benefício dos contratantes. Reúne assim, condições para implantar, através de experientes profissionais, Programas de Qualidade de Vida que favoreçam modificações no estilo de vida das pessoas e aumento na auto-estima, melhorando, por conseqüência, o nível de satisfação no trabalho, e proporcionando melhores condições de saúde aos associados e seus familiares. Agradecemos o apoio recebido dos nossos clientes, associados, colaboradores e fornecedores, enfim, a todos que nos ajudaram a obter estes resultados. São Paulo, abril de 2006 AAdministração

DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004 (Em milhares de reais, exceto o lucro líquido por ação) 2005 2004 Contraprestações efetivas de operações 702.589 598.789 de assistência à saúde Contraprestações líquidas 706.379 602.643 Variação das provisões técnicas (3.790) (3.854) Eventos indenizáveis líquidos (566.712) (434.969) Eventos indenizáveis (587.296) (447.685) 20.584 12.716 Recuperação de eventos indenizáveis Resultado operacional básico 135.877 163.820 Despesas de comercialização (14.497) (14.448) Outras receitas (despesas) operacionais líquidas (13.320) (18.377) Resultado operacional 108.060 130.995 Resultado financeiro líquido 6.706 3.426 Receitas financeiras 8.282 5.825 Despesas financeiras (1.576) (2.399) Despesas administrativas (77.063) (74.224) Resultado patrimonial 9.946 7.922 Resultado operacional líquido 47.649 68.119 Resultado não operacional 1.153 110 Resultado antes dos impostos e participações 48.802 68.229 Imposto de renda e contribuição social (11.943) (19.120) Imposto de renda (8.654) (13.885) Contribuição social (3.289) (5.235) Resultado antes das participações 36.859 49.109 Participações no resultado (534) (1.718) Lucro antes da reclassificação dos juros sobre o capital próprio 36.325 47.391 Reclassificação dos juros sobre o capital próprio para o patrimônio líquido 1.250 1.020 Lucro líquido do exercício 37.575 48.411 Lucro líquido por ação - R$ 8,53 10,99 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004 (Em milhares de reais) 2005 2004 Origens de recursos Das operações: Lucro líquido do exercício 37.575 48.411 Aumento das provisões técnicas 3.791 3.854 Depreciações e amortizações 8.967 6.679 (9.946) (7.922) Resultado de equivalência patrimonial Amortização de ágio/deságio 633 2.113 Dividendos recebidos de empresas controladas 12.893 6.725 Lucro líquido do exercício ajustado 53.913 59.860 Dos acionistas: Aumento de capital – 50 De terceiros: Capital circulante líquido incorporado 1.309 298 Alienação de imobilizado 731 157 Perda de participação em controlada 251 – – 2.280 Redução do realizável a longo prazo 2.291 2.735 Total das origens de recursos 56.204 62.645 Aplicações de recursos Redução do exigível a longo prazo 2.226 4.211 Aumento do realizável a longo prazo 2.383 – Aquisição de investimentos 367 7.201 Aquisição de bens do imobilizado 4.899 5.364 Aplicação de recursos no ativo diferido 3.250 4.618 Dividendos distribuídos 36.175 42.275 Juros sobre o capital próprio 1.250 1.020 Total das aplicações de recursos 50.550 64.689 Aumento (redução) do capital circulante líquido 5.654 (2.044) Variação do capital circulante líquido Ativo circulante: No fim do exercício 101.775 72.451 No início do exercício 72.451 61.765 29.324 10.686 Passivo circulante: No fim do exercício 94.298 70.628 No início do exercício 70.628 57.898 23.670 12.730 Aumento (redução) do capital circulante líquido 5.654 (2.044) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

conta de faturamento antecipado, redutora do ativo circulante. As receitas pertinentes aos serviços prestados de assistência médica e hospitalar são contabilizadas pelo regime de competência. h) Reconhecimento dos custos dos serviços prestados: Os custos com operação da rede própria de atendimento são reconhecidos no resultado à medida que são incorridos. Os custos dos serviços prestados pelos hospitais e clínicas conveniados são reconhecidos no resultado pelo regime de competência, quando do recebimento de notificações comunicando a ocorrência dos eventos cobertos pelos planos. A provisão de eventos a liquidar inclui parcela destinada a cobertura de valores a pagar por eventos ocorridos até 31 de dezembro, mas avisados posteriormente. Os custos e despesas pertinentes aos serviços prestados de assistência médico hospitalar são contabilizados pelo regime de competência. i) Imposto de renda e contribuição social: O imposto de renda é calculado com base na alíquota de 15% sobre o lucro líquido contábil ajustado acrescido de adicional de 10% sobre a parcela do lucro tributável anual excedente a R$ 240 mil. A contribuição social é calculada com base na alíquota de 9% sobre o lucro líquido contábil ajustado. Os tributos diferidos atribuíveis às diferenças 6. Outros Valores e Bens: intertemporais são registrados no ativo, no pressuposto de sua realização futura. 5. Aplicações: 2005 2004 As aplicações financeiras, classificadas como títulos disponíveis para venda, estão assim Depósitos judiciais 18.706 18.525 compostas: Estoque de medicamentos e insumos hospitalares na rede própria 2.396 2.207 2005 2004 Títulos e créditos a receber 4.497 2.459 Certificados de Depósitos Bancários - CDBs 38.946 20.113 Créditos tributários e previdenciários 1.401 2.199 Os Certificados de Depósitos Bancários - CDBs têm remuneração diária vinculada à taxa dos 1.594 998 Depósitos Interbancários (DI) com vencimentos variáveis até novembro de 2010. Essas Adiantamentos diversos 721 1.182 aplicações são classificadas no ativo circulante, independentemente de seu vencimento, tendo Despesas antecipadas Total 29.315 27.570 em vista a garantia de liquidez diária integral oferecida pelos bancos emitentes dos certificados. 7. Participações Societárias: As principais informações relacionadas aos investimentos avaliados pelo método de equivalência patrimonial são as seguintes: BPS Assistência Interodonto Notre Médica Hospital Sistema de Saúde Dame Norclínicas Rio Jordão Pré-Hospitalar Santa Rita Odontológica Seguradora Sistema de PCA Part. e Part. e S/C Ltda. de Cássia S/C Ltda. S.A. Saúde Ltda. Adm. Ltda. Adm. Ltda. Total 2005 2004 2005 2004 2005 2004 2005 2004 2005 2004 2005 2004 2005 2004 2005 2004 Informações sobre as investidas: Capital social – 290 – – 1.000 1.000 10.281 9.500 – 615 – 160 – 160 – – Patrimônio líquido (ajustado) – – 1.976 1.783 1.000 5.995 22.150 16.588 – 532 – (78) – (78) – – Resultado do exercício – – 200 167 10.043 9.161 1.367 474 – (1.707) – (359) – (359) – – Informações sobre os investimentos: Quantidade de ações ou cotas – 289.920 10.231 10.231 850.000 850.000 9.866.732 9.499.884 – 103.560 – 160 – 160 – – Participação – 100% 53,21% 53,21% 85,00% 85,00% 95,97% 99,99% – 49,48% – 99,99% – 99,99% – – Movimentação do investimento: Saldo no início do exercício – 430 948 888 5.095 1.863 16.590 14.956 3.302 356 3.313 – 3.313 – 32.561 18.493 Subscrição/aquisição de cotas – – – – – – 367 – – 200 – 265 – 265 367 730 Reserva de reavaliação – – – – – – 3.384 3.160 de controladas – – – – – – 3.384 3.160 Distribuição de lucros – (135) – (12.749) (4.590) (144) (2.000) – – – – – – (12.893) (6.725) Equivalência patrimonial – 3 102 60 8.504 7.822 1.312 474 174 (64) (73) (187) (73) (187) 9.946 7.922 Variação no percentual de participação – – – – – – (251) – – – – – – – (251) – Amortização de ágio/deságio – – – – – – – – 344 – (378) – (378) – (412) – – (298) – – – – – – (1.338) – (5) – (5) – (1.348) (298) Acervo líquido incorporado Saldo no fim do exercício – – 1.050 948 850 5.095 21.258 16.590 2.482 493 2.857 78 2.857 78 31.354 23.282 Ágio a amortizar – – – – – – – – – 2.809 – 3.235 – 3.235 – 9.279 Ágio de investimentos incorporados transferidos para o ativo diferido (nota 9) – – – – – – – – (2.482) – (2.857) – (2.857) – (8.196) – Valor do investimento no fim do exercício – – 1.050 948 850 5.095 21.258 16.590 – 3.302 – 3.313 – 3.313 23.158 32.561 9. Diferido:

8. Imobilizado:

Terrenos Edificações Equipamentos hospitalares e eletrônicos Móveis, utensílios e máquinas de escritório Outras imobilizações Total

Taxa anual de Custo depreciação - % corrigido – 6.418 4 44.106

2005 Depreciação acumulada Total – 6.418 (18.035) 26.071

2004 Total 5.229 25.815

10 a 20

17.371

(16.714)

657

1.245

10 10 a 20

10.372 12.100 90.367

(3.242) 7.130 (6.755) 5.345 (44.746) 45.621

5.508 5.796 43.593

2005 2004 Taxa anual de Custo Amortização amortização - % corrigido acumulada Total Total Benfeitorias Prazo de locação 25.758 (14.660) 11.098 11.250 Ágio na aquisição de investimentos 20 9.278 (1.082) 8.196 221 Total 35.036 (15.742) 19.294 11.471 10. Exigível a Longo Prazo - Provisão para Contingências: São mantidas provisões para fazer face a eventuais perdas que possam decorrer da resolução final de processos judiciais em curso, compostas conforme segue: 2005 2004 Processos fiscais 21.978 16.218 Processos trabalhistas 2.868 3.954 Processos cíveis 1.287 1.287 Total 26.133 21.458


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Ambiente Polícia Administração Compor tamento

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ANHEMBI MUDA PARA ENFRENTAR A CONCORRÊNCIA

Paulo Pampolin/Hype/Arquivo

O setor de Turismo de Negócios movimentou mais de R$ 8 bilhões em 2005 na cidade.

Luludi/Luz

Caio Carvalho (à direita), presidente do Anhembi (foto maior), disse que entre as alternativas estão o uso de área da Aeronáutica, no Campo de Marte, a utilização de um espaço no lado oposto da marginal Tietê e uma verticalização nos prédios que já existem hoje no complexo

NOVO ANHEMBI CHEGA A KASSAB EM 10 DIAS Prefeito receberá três projetos diferentes para a modernização e ampliação do Complexo do Anhembi. O dinheiro para as obras pode vir da iniciativa privada. Patrícia Cruz/Luz/16/01/2006

Davi Franzon

D Patrícia Cruz/Luz/20/11/2005

Caso não seja ampliado e modernizado rapidamente, o Anhembi corre o risco de perder parte das feiras e eventos (fotos acima) que são realizados em seu pavilhão quase que diariamente. Com isso, ficariam prejudicados a arrecadação e também os empregos que são gerados pelo turismo de negócios.

entro de dez dias, o Prefeito Gilberto Kassab (PFL) receberá um pré-projeto com o detalhamento das três alternativas mais viáveis para a ampliação do Complexo de Exposições do Anhembi, um dos maiores centros de eventos e feiras da América Latina, localizado na zona norte da cidade. Além da ampliação, são necessárias reformas estruturais nos pavilhões e auditórios, o que tornaria o espaço muito mais competitivo para enfrentar a concorrência de outros centros de exposições, ainda em fase de planejamento. Na última terça-feira, durante evento realizado na sede da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Kassab demonstrou preocupação com o atual estado da infra-estrutura do Anhembi, principalmente com sua defasagem tecnológica. Segundo o prefeito, a demora na ampliação e na modernização do complexo pode resultar na diminuição no número de eventos, prejudicando a arrecadação e os empregos que são gerados pelo turismo de negócios. Modelos – Caio de Carvalho, presidente do Anhembi Turismo, explicou que os três modelos de reforma propostos ainda estão em fase de discus-

são e nada foi colocado na arrecadado com Imposto Sobre prancheta. Entre as alternati- Serviços (ISS), em razão do vas que serão levadas ao pre- aquecimento do comércio, tufeito estão a utilização de uma rismo e hospedagens, pagaria área pertencente à Aeronáuti- sem grandes problemas todas ca, dentro do Campo de Marte, as intervenções. "Em 2005, o coum espaço no lado oposto da mércio, a rede de hotelaria e o marginal Tietê (onde hoje é o turismo renderam cerca de R$ campo de beisebol do Bom Re- 2,6 bilhões para a cidade, por tiro) e uma ação de meio do ISS. Este verticalização dos ano, esse valor espaços que já exisacrescerá em 20%", tem no Anhembi. disse Carvalho. Carvalho disse O Transamérica e o Obras – Além da que a área da Aero- World Trade ampliação, o projenáutica já é usada to para o Anhembi Center ampliaram em alguns eventos prevê obras especído Anhembi e que suas instalações. A ficas para cada área sua liberação inte- modernização do do complexo. Para gral dependeria de Anhembi é mais do o Pavilhão de Exponegociações entre que necessária. sições, estão previsas partes. Quanto tas a climatização, Toni Sandro, do São recuperação do teao campo de beisePaulo Convention lhado e informatibol, a alternativa Bureau zação. No Palácio prevê uma passarela ligando os dois das Convenções, o espaços. As atividades do esforço é para a impermeabilicampo, segundo Carvalho, se- zação, restauro da laje e coberturão desativadas ainda neste ra, principalmente do Pátio Verano. Na verticalização, a pro- de, área perto da administração. posta prevê a elevação de al- No auditório Elis Regina, a adguns prédios, com, no máxi- ministração pretende restaurar mo, dois andares acima do tér- o mobiliário e modernizar a esreo. "Tudo será levado ao pre- trutura de rede. feito. Sabemos o que é preciso Ao colocar todas essas ações fazer. Agora é necessário um em prática, segundo Carvalho, estudo para decidir como fi- o Anhembi manterá sua posinanciar o projeto", afirmou. ção de principal centro de exPara custear as obras, que ain- posições da América Latina, da não têm valor estimado, ava- podendo encarar a concorrênlia-se a possibilidade de uma cia de qualquer outro espaço Parceria Público-Privada (PPP). em São Paulo ou em qualquer Mas, para Carvalho, o volume outro estado do País.

São Paulo Bureau – Toni Sandro, diretor superintendente do São Paulo Convention Bureau (SPCVB) informou que o setor de Turismo de Negócios, estruturado pelas feiras e convenções empresariais, movimentou mais de R$ 8 bilhões em 2005, aquecendo todos os setores da economia paulistana. Dados do Bureau revelam que 73% dos turistas que chegam a São Paulo pretendem tratar de negócios; 13,7% estão na cidade a lazer; 22,6% são provenientes de cidades do próprio estado e 12,8% chegam por motivos diversos. Para ampliar esses números, os centros de convenções são fundamentais para reforçar o pensamento de que São Paulo é a cidade de negócios na América Latina. "O Transamérica ampliou suas instalações, assim como o World Trade Center. O Anhembi é fundamental para o setor e sua ampliação e modernização são mais do que necessárias", disse Toni. O superintendente acredita que a iniciativa privada tem total interesse em uma PPP, já que a possibilidade de um bom desempenho financeiro é concreta. "O poder público precisa cuidar da estrutura viária e dar condições aos turistas. O investimento em projetos e espaços pode muito bem ficar a cargo da iniciativa privada", afirmou Toni.


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LAZER - 5

Columbia Pictures/Divulgação

Pandora Filmes/Divulgação

O velho sertão. Com celular e TV via satélite

Munida de suas armas, golpes e máquina possante, Violet combate inimigos perigosos. Seu poder de camaleão é mais um dos truques da heroína.

Arido Movie é tão seco quanto o agreste CINEMA

E

terno cenário de vidas secas, o sertão nordestino aparentemente se moderniza no filme tão apropriadamente chamado Árido Movie. Mas é só aparência. Não bastam celulares e televisão via satélite para anular a carne seca, a falta d'água, as facas e os crimes de sangue ancestrais. É a este mundo primitivo que chega um personagem da modernidade, Jonas (Guilherme Weber), o homem do tempo que anuncia tempestades e a temperatura numa televisão de São Paulo. Filho da terra, foi lá para o enterro do pai, que morreu assassinado, e se depara com índios, plantadores de maconha, líderes espirituais, políticos conservadores e uma família, a sua, que não entende mais, com exceção de sua elegante mãe (Renata Sorrah), que vive bem longe daquilo. O cadáver já está exalando mau cheiro quando ele enfim aparece. Seus três amigos do tempo da faculdade (um deles o simpático Selton Mello, que tem prática de sertão desde o expressivo Lisbela e o Prisioneiro) o esperam comendo assados de bode e enchendo a cara na lanchonete do posto de Zé Elétrico (José Dumont), um índio que faz considerações sábias. E acabam assaltados e depenados por um bando que vem cavalgando automóveis. Para esquecer o trauma, acendem mais um baseado e dão muita risada, falando palavrões. Outra personagem moderna, a videomaker paulista Soledad (Giulia Gam), que faz um documentário sobre a água da região, se une a Jonas na cama. A água é, também, o ganha-pão espiritual de um religioso de barbas brancas, conhecido como Meu Velho (interpretado pelo calejado campeão das vanguardas teatrais José Celso Martinez Corrêa), que na sua fala mansa diz usar o precioso líquido, que armazena em cisternas subterrâneas, para purificar e salvar a alma de seus seguidores. É uma turma realmente fora do comum, para dizer o mínimo. O filme é quase tão seco quanto sua paisagem, o que o favorece para evitar o muro de lamentações que em geral envolve dramas passados no nordeste. O diretor Lírio Ferreira, que é lá do agreste e estreou com o premiado Baile Perfumado, se uniu a três outros roteiristas para desenvolver uma narrativa de certa forma tosca, mas eficiente na sua falta de artificialismo e de interpretações para o triste quadro humano que põe em cena. É só movie mesmo, apenas um filme, valorizado pela fotografia de um craque, Murilo Sales, e impulsionado ainda pela figuração de atores muito bons (Paulo César Pereio, Mateus Nachtergaele, Luís Carlos Vasconcelos e a ainda imerecidamente pouco conhecida Mariana Lima, vista de raspão em algumas novelas da TV Globo e no filme Olga). Geraldo Mayrink Gilvan Barreto/Ag. Lumiar/Divulgação

Pereio e Suyane Moreira em cena

A menina superpoderosa Rita Alves

O

s quadrinhos sempre foram fonte de inspiração para os cineastas. Sin City – A Cidade do Pecado (Sin City) e V de Vingança (V for Vendetta), este último ainda em cartaz, são exemplos de recentes produções que levaram para a telona personagens criados por quadrinistas. Assim também fez o diretor e roteirista Kurt Winner (Equilibrium) em Ultravioleta, que estréia nesta sexta, dia 28, nos cinemas do País. Os atores Cameron Bright e Nick Chinlund fazem parte do elenco, mas a escolhida para interpretar a heroína da história é a bela Milla Jovovich, que já viveu outras aventuras nas duas versões do longa-metragem Resident Evil. Conhecida como a musa dos videogames, a atriz interpreta agora Violet, uma mulher dotada de superpoderes para enfrentar seus inimigos. Domínio em artes marciais, força, velocidade, inteligência apurada e po-

deres de camaleão são algumas das habilidades adquiridas no fim do século 21 por uma subcultura de humanos, nascida por meio de uma mutação genética. Preocupado com a proliferação da nova espécie, o governo decide agir e rejeitar os infectados, colocando todos eles em quarentena. Violet é uma das integrantes desse grupo. Inconformada com a situação, ela decide ir à luta e enfrentar o governo. A guerra entre humanos e subumanos, liderada por Violet, exibe cenas que mais parecem ter saído das telas de um videogame. Troca de tiros e uma seqüência de perseguição mostram a guerreira montada em uma moto possante, que em alta velocidade, consegue até subir pelas paredes dos prédios da cidade. Em outra, um helicóptero é derrubado pela valentona. Suas balas são sempre fatais. Buscando vingança contra aqueles que a criaram e determinada a proteger sua nova raça, Violet também tem

a missão de cuidar de Six (interpretado por Cameron Bright), um garoto de nove anos que carrega um segredo capaz de dizimar a população. O único problema é que o menino porta um localizador que impede que ele e sua protetora consigam se esconder. Nas tentativas de fuga, ser surpreendida pelos seus inimigos é quase rotina para Violet. Mas nada consegue detê-la. Com sua agilidade e seus poderes, a guerreira é capaz de se livrar de uma tropa muito bem armada. Às vezes, utilizando suas armas e golpes de luta. Outras, conseguindo desviar dos tiros disparados em sua direção. Ultravioleta é daqueles filmes que só fazem bem para os olhos. Além da beleza chamativa da protagonista Milla Jovovich, os efeitos visuais também não deixam a desejar. O resto da trama pode divertir poucos. Ultravioleta (Ultraviolet, 88 minutos, Estados Unidos, 2006). Direção de Kurt Winner. Com Milla Jovovich.

Buena Vista/Divulgação

Jerry (Paul Walker) é resgatado pelo cão: inspiração em Disney, frio abaixo de zero e os melhores amigos do homem em um filme interessante

Cachorros e neve em ótima história

D

iz a lenda que quando Walt Disney morreu, em 1966, ele deixou ordens para que congelassem seu corpo à espera de dias melhores em que a ciência o ressuscitaria. Os restos mortais do grande Walt foram porém tragados pela terra, mas muito do seu espírito sobreviveu congelado através do estúdio que leva seu nome, um dos maiores do mundo. A prova está em Resgate Abaixo de Ze ro , um filme muito interessante inspirado lá no Além de Disney. Junta o criador do camundongo Mickey, dos três porquinhos, do pato Donald, do veado (no bom sentido) Bambi e tantos outros com os cachorros de Frank Marshall. Ele é o produtor do adorável E. T. e de outros de Steven Spielbeg. Bichos não se esquecem. São coisas da infância. Spielberg cresceu, depois que se tornou bilionário. E esqueceu. Mas o vivíssimo Marshall, hoje aos 60 anos, não. O duplo espírito de Disney & Spielberg comparecem na mão dele, responsável ao produzir tantos sucessos do mestre como Os Caçadores da Arca Perdida. E é também um bom di-

retor animal, com filmes sobre aranhas e macacos. Agora trata de cachorros, os melhores amigos do homem. Resgate tem alguns seres humanos, todos cientistas, e algumas mulheres algo assexuadas que vivem na Antártica, onde brrrrmm! faz um frio abaixo de zero. Mas os grandes heróis são uns cães, literalmente, como se sabe, os animais são humanos, segundo Disney, e nunca foram mais humanos do que aqui. Além de latir, quase falam, como se tivessem curso de arte dramática. Formam um bando robusto e adorável que conduz trenós pelas geleiras. São fortes, de olhos azuis-cinzentos, caninamente fiéis e lindos como jamais se viu igual. Um dia são abandonados porque a equipe teve que partir ameaçada por uma tempestade polar. Um dos cientistas, o geólogo Jerry (Paul Winker), ex-namorado de uma das tais cientistas assexuadas, não se conforma e batalha até o fim para voltar ao abaixo de zero e recuperar seus cães esquecidos, aos quais ama acima de todas as coisas. Que não se duvide dele. Mais que o espírito salvacionista de Disney, Spielberg & Frank Marshall, im-

possível. Nunca o homem foi o melhor amigo do cão. Além da aura espiritual, porém, Resgate é uma bela proeza técnica. Deve ter sido duro recrutar um elenco canino tão bonito e talentoso como este. As cenas antárticas são espetaculares, de tão horripilantes na sua frigidez açoitada por vendavais, e de uma beleza que só cachorros de classe como os mostrados aqui sabem apreciar. São tão extraordinários que sobrevivem muitos meses abandonados no gelo, comendo carcaças de bichos mortos ou de pássaros que capturam. E ainda enfrentam um monstro raivoso, mistura de foca com leopardo, que disputa comida com eles. Sobrevivem. E não poderia ser diferente num filme bafejado pelo imortal espírito de Disney. Ele ainda inspira, como aqui, momentos emocionantes, de dar água nos olhos. De bichos não se esquece e o filme os lembra e reverencia. (Geraldo Mayrink) Resgate Abaixo de Zero (Eight Below, 120 minutos, EUA, 2006) Direção de Frank Marshall. Com Paul Walker, Bruce Greenwood.

OUTRAS ESTRÉIAS Fotos: Divulgação

D

ia de Festa (Brasil/França, 2006, 77 minutos). A união do diretor Toni Venturi com o arquiteto argentino Pablo Georgieff resultou no documentário que tem como tema central a falta de moradia de pessoas que vivem na capital paulista. A fita traz depoimentos de quatro coordenadoras do Movimento Sem Teto do Centro de São Paulo e de outros desabrigados. O título faz menção a sete ocupações simultâneas ocorridas em 2004. O clima tenso nas noites que antecedem a ocupação, percorrem a narrativa.

T

erapia do Amor (Prime, Estados Unidos, 2005, 105 minutos). Uma Thurman, interpreta Rafi Gardet, uma fotógrafa divorciada de 37 anos, que não quer se envolver em nenhum relacionamento amoroso. Ela muda de idéia quando conhece o garotão David Bloomberg (Bryan Greenberg). É nesse momento que ela recorre aos conselhos da terapeuta Lisa Metzger, vivida por Meryl Streep. A comédia romântica, dirigida por Ben Younger, une bons momentos de humor a um desfecho inesperado.

A

chados e Perdidos(Brasil, 2006, 100 minutos). O premiado cineasta brasileiro José Joffily (Quem Matou Pixote) fez uma adaptação do romance policial homônimo do brasileiro Luiz Alfredo Garcia-Roza. O filme desenha uma intricada trama nas ruas e na noite de Copacabana, berço da belíssima e violenta cidade do Rio de Janeiro. Antonio Fagundes interpreta Vieira, principal suspeito do assassinato de sua amante, a prostituta Magali (Zezé Polessa). Ainda no elenco, Hugo Carvana e Juliana Knust.

Um caso de ambição

O

Corte (Le Couperet, Bélgica, França, Espanha, 2005, 122 minutos). O drama dirigido pelo cineasta grego Constantin Costa Gavras (Z) traz uma história intensa sobre ambição. O ator José Garcia é o protagonista do longa e interpreta o químico Bruno Davert que é atingido em cheio pela onda de terceirização que toma conta das empresas. Após dois anos, ainda a procura de uma nova oportunidade, o desempregado tem uma idéia: literalmente eliminar a concorrência no mercado de trabalho. Karin Viard, Geordy Monfils e Christa Theret também fazem parte do elenco.

A família e o burro Policarpo: diálogos pobres

Boa idéia. Mau filme Aquiles Rique Reis

T

apete Vermelho, o novo filme de Luiz Alberto Pereira, não fez justiça ao ótimo argumento de que dispunha. O roteiro escrito pelo diretor e por Rosa Nepomuceno escorrega num confuso emaranhado de seqüências que pouca arte acrescenta à idéia original. Proprietário de um pequeno roçado, Quinzinho (Matheus Nachtergaele), fã de Mazzaropi, planeja presentear Neco (Vinícius Miranda), seu filho que aniversaria, com uma ida ao cinema para assistir a um filme de seu ídolo. Como na cidadezinha em que vivem não há cinema, Quinzinho convence sua mulher Zulmira (Gorete Milagres) a acompanhá-los na viagem, mesmo a contragosto desta, em busca do cinema. Mas esta homenagem ao lendário Mazza, de singeleza cativante, se transforma num ramalhete de equívocos que compromete o resultado final do filme. As cenas são realizadas de forma quase fútil, o que as empobrece. Como se tivesse planejado alguns momentos que acreditou interessantes ao filme, Pereira foi a eles sem a preocupação de fazê-los integrar a história, movido pela preocupação única com a possível beleza que cada um individualmente pudesse ter. Quinzinho, violeiro de não muitas habilidades, carrega no ombro sua viola. Zulmira, benzedeira querida pela vizinhança, leva suas ervas. Neco, o filho, carrega o sonho de ir ao cinema. E o burro Policarpo... Bem, este carrega no lombo o matolão dos viajantes que partem para uma "hilariante aventura caipira", segundo o release do filme. Um corte na cena da estrada. Surge a porteira de uma fazenda. Recebidos alegremente por Maria (Rosi Campos), são convidados a ali pernoitarem, enquanto entusiasticamente anuncia que àquela noite ouviriam e dançariam a catira. A ênfase com que a festa é apregoada dá a entender que a magia da catira abrilhantará o enredo da fita. Mas a cena que se segue frustra ao reduzir a beleza dessa dança rural brasileira a um mero número musical concebido como um videoclipe banal. Antes de se recolher, a dona da fazenda revela que seu filhinho recém-nascido, apesar de mamar avidamente, não consegue dormir à noite. Como se o leite materno não saciasse sua fome, o pequenino chora desbragadamente. Zulmira, convidada a benzer o bebê, se aproxima da criança e avisa que àquela noite ficará no quarto do casal, atrás de um armário, para desvendar o mistério. A janela aberta, a cortina esvoaçante... Eis que surge a cabeçorra de uma enorme cobra que se esgueira pelo parapeito e vai à cama onde dorme Maria, com um dos seios à mostra, tendo ao lado o filho. A cobra abocanha o seio desnudo e passa a sugá-lo enquanto coloca o rabo na boca da criança, que bebe o leite que passa pelo bucho do réptil. Zulmira, distraída em sua campana, custa um pouco a perceber a cena – imagina-se que o diretor, crendo na eficácia da lenda, pretendeu arrepiar seus espectadores –, mas logo agarra a cobra e dá início a reza que livrará a criança daquela mandinga perversa. Uau! E a idéia do argumento vai ficando de lado. Ainda mais de lado ela fica com cenas como a da invasão de um acampamento do MST, que culmina com a morte de um dos líderes dos sem-terra (mais gratuita impossível); ou como a que mostra meninos de rua vendendo limões nos semáforos; ou como o happy end com que se pretende denunciar a falta de cinemas nas cidades. Como se não bastasse o amontoado de boas intenções equivocadas, que serviu apenas para tornar enfadonho o filme, os diálogos são de uma pobreza franciscana. Convidados, Jackson Antunes, Cacá Rosset, Paulo Goulart, Cássia Kiss, mesmo sendo atores de primeiro time, sucumbem à indigência deles. Gorete Milagres se salva pela rudeza comedida. Mas o sempre excelente Matheus Nachtergaele, ao ambicionar recriar o personagem jeca-tatu de Mazzaropi, foi tão fundo ao poço do tributo, que lá seus pés se atolaram, tão caricatural é sua atuação. Enfim, Tapete Vermelho resultou numa aula de como uma boa idéia pode ser transformada num mau filme. Aquiles Rique Reis é vocalista do MPB4 e autor de O gogó de Aquiles, editora A Girafa.

Homenagem caipira Constantin Costa Gravas: autor mostra até que ponto chega o desespero de um desempregado

Uma declaração de amor ao universo caipira. Assim é Tapete Vermelho, novo filme de Luiz Alberto Pereira, conhecido como "Gal" no meio cinematográfico. "A idéia do roteiro surgiu da vontade de falar do caipira, um universo que eu conheci muito bem na infância e adolescência", conta o cineasta. "Eu também tive muita vontade de falar do Mazzaropi, que representa essa inocência do universo caipira, também uma forma brasileira de resolver as coisas. Ou de não resolver, de empurrar com a barriga. Esse jeitinho brasileiro de empurrar as coisas para debaixo do tapete. Há muito humor nesse jeito caipira, que é ingênuo, mas cheio de malandragem. O caipira é no fundo um bon vivant e um tremendo gozador. Não se fala mais desse universo, que não tem nada a ver com filme de sertanejo moderno", ressalta. O argumento do filme é de Luiz Alberto Pereira e o roteiro foi escrito por Rosa Nepomuceno, que mora no Rio e é autora do livro Música Caipira – Da Roça ao Rodeio, obra que deixou o cineasta muito impressionado. "O livro é um belo painel desde João Pacífico e Capitão Furtado aos sertanejos de hoje, passando pela Jovem Guarda, através de Sérgio Reis", explica. "A Rosa Nepomuceno acabou escrevendo um roteiro fantástico!", diz Pereira. Ele lembra que Mazzaropi, homenageado em Tapete Vermelho, é um fenômeno no cinema brasileiro. "Seus filmes, que faziam milhões de espectadores." Ele fez 32 filmes em três décadas, nos anos 50, 60 e 70, através da sua produtora, a Pam Filmes. Evaldo Mocarzel


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LEGAIS - 11

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004 (Em milhares de reais) Os principais processos judiciais em andamento são os seguintes: • A Sociedade questiona o diferencial de alíquota do Finsocial relativo ao período de setembro de 1989 a março de 1992 e, amparada por liminar obtida em mandado de segurança, não efetuou os recolhimentos dos valores que julga indevidos. Foi constituída provisão pelos valores não recolhidos cujo saldo em 2005 e 2004 monta a R$ 1.377. Os valores não recolhidos foram depositados judicialmente. • A Sociedade questiona judicialmente a incidência do ISS sobre seu faturamento durante o período de novembro de 2001 a dezembro de 2002. Foi constituída provisão para os valores questionados judicialmente cujo saldo em 2005 e 2004 era de R$ 15.403. O saldo de depósitos judiciais em 2005 e 2004, correspondente a esse questionamento, é de R$ 15.403, registrados em conta de outros valores e bens. • Existem outras ações judiciais em andamento, para as quais foi constituída provisão no montante de R$ 9.353 (R$ 4.678 em 2004) e são mantidos depósitos judiciais no montante de R$ 11.571 (R$ 5.368 em 2004). Em 03 de junho de 1998, o Governo Federal promulgou a Lei nº 9.656, a qual prevê o ressarcimento ao Sistema Único de Saúde SUS dos gastos incorridos no atendimento a usuários de planos de saúde quando da utilização da rede pública. Com base na opinião de seus assessores legais, fundamentada em critérios técnicos e legais, a Sociedade não contabilizou provisão para eventuais ressarcimentos ao SUS. 11. Patrimônio Líquido: a) Capital social: O capital social, totalmente subscrito e integralizado, está representado por 4.404.800 ações no valor nominal de R$ 1,00 cada uma. b) Destinação do lucro líquido: O estatuto da Sociedade prevê a distribuição de um dividendo mínimo anual de 5% sobre o lucro líquido, observado o disposto no artigo 202 da Lei nº 6.604, de 15 de dezembro de 1976. 12. Imposto de Renda e Contribuição Social: a) A despesa com tributos incidentes sobre o lucro do exercício é demonstrada como segue: 2005 2004 IR CS IR CS Resultado antes dos impostos e participações 50.052 50.052 69.248 69.248 Juros sobre o capital próprio (1.250) (1.250) (1.020) (1.020) Participação nos lucros (534) (534) (1.718) (1.718) Resultado antes dos impostos 48.268 48.268 66.510 66.510 Adições temporárias: 473 473 915 915 Provisão para devedores duvidosos Provisão para contingências 940 940 66 66 Adições permanentes: Despesas não dedutíveis 160 1.397 438 138

2005 IR CS

2004 IR

CS

Exclusões permanentes: Provisão para contingências (732) (732) (5.163) (5.163) Reversão da provisão para devedores duvidosos (148) (148) – – (9.946) (9.946) (7.922) (7.922) Resultado de equivalência patrimonial Base de cálculo dos tributos 40.462 40.252 54.844 54.544 Tributos antes das deduções (10.091) (3.622) (13.686) (4.908) 267 – 380 – Doações incentivadas Programa de Alimentação ao Trabalhador - PAT 243 – 329 – Tributos do exercício (9.581) (3.622) (12.977) (4.908) 927 333 (908) (327) Constituição (reversão) de créditos tributários Total dos tributos do exercício (8.654) (3.289) (13.885) (5.235) b) A composição dos créditos tributários incluídos em outros créditos a receber no realizável a longo prazo é demonstrada como segue: 2005 2004 Créditos tributários sobre diferenças temporárias originárias de: Provisões para contingências 8.886 7.296 Provisão para devedores duvidosos 2.686 2.514 207 203 Provisão para gastos com planos vitalícios Provisão para perda no valor do direito de uso de linhas telefônicas 232 232 Outras – 749 10.994 Total dos tributos diferidos 12.011 13. Contraprestações Líquidas de Operações de Assistência à Saúde: 2005 2004 Contraprestações emitidas de assistência à saúde 759.038 655.768 Contraprestações canceladas (3.344) (3.515) Contraprestações de assistência à saúde - assumidas 2.213 1.200 Contraprestações de assistência à saúde - transferidas (51.528) (50.810) Total das contraprestações líquidas 706.379 602.643

14. Outras Receitas e Despesas Operacionais Líquidas: Incluem, principalmente, R$ 15.763 (R$ 7.544 em 2004) de resultado líquido com atendimento hospitalar de particulares e outros convênios, R$ 2.310 (R$ 1.836 em 2004) de receitas com saúde ocupacional e R$ 31.393 (R$ 27.757 em 2004) de despesas com impostos incidentes sobre o faturamento. 15. Despesas Administrativas: 2005 2004 Despesas com pessoal e serviços de terceiros 48.860 50.590 Despesas com localização e funcionamento 18.159 16.715 Despesas com tributos 6.013 4.962 Despesas com publicidade e propaganda 1.286 846 Outras 2.745 1.111 Total 77.063 74.224 16. Partes Relacionadas: Os saldos ativos e passivos e as receitas e despesas decorrentes de transações com partes relacionadas são os seguintes: Ativo Receitas (passivo) (despesas) 2005 2004 2005 2004 Notre Dame Seguradora S.A.: Contas a receber 872 311 – – Contas a pagar (152) (258) – – Receitas – – 2.269 135 Despesas – – (5.764) (10.319) PSBB - Administração e Participações Ltda.: Despesas – – – (318) Interodonto - Sistema de Saúde Odontológica Ltda.: 166 Receitas – – 160 Despesas – – (226) (84) Locben - Locação de Bens Ltda.: Contas a pagar (814) (820) – – Despesas – – (8.467) (6.572) BPS Assistência Médica Pré-Hospitalar S/C Ltda.: Receita – – – 1 Despesas – – – (137)

Omildo Pedrosa de Macedo Filho Contador - CRC 1 SP 190 221/O-0

A DIRETORIA PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES Aos Acionistas e Diretores da Intermédica Sistema de Saúde S.A. São Paulo - SP 1. Examinamos os balanços patrimoniais da Intermédica Sistema de Saúde S.A., levantados em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas brasileiras de auditoria e

compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Sociedade; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração da Sociedade, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 representam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Intermédica Sistema de Saúde S.A. em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, o resultado de

suas operações, as mutações do seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de seus recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. São Paulo, 27 de março de 2006 Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes CRC nº 2 SP 011609/O-8 Clodomir Félix Fialho Cachem Junior Contador - CRC nº 1 RJ 072947/O-2 “S” SP

Interodonto - Sistema de Saúde Odontológica Ltda. CNPJ nº 71.930.226/0001-30 RELATÓRIO DAADMINISTRAÇÃO - EXERCÍCIO 2005 Senhores Cotistas: Submetemos à apreciação de V.Sas. as Demonstrações Financeiras acompanhadas das Notas Explicativas, relativas aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e de 2004. Colocamo-nos à sua disposição para os esclarecimentos que se fizerem necessários. A Administração São Paulo, abril de 2006

Ativo Circulante Disponível Realizável Aplicações Títulos de renda fixa Créditos de operações com planos de assistência à saúde Contraprestação pecuniária a receber Outros valores e bens (–) Provisão para devedores duvidosos Realizável a Longo Prazo Outros créditos a receber Permanente Imobilizado Bens móveis (–) Depreciações acumuladas Diferido Total do Ativo

BALANÇOS PATRIMONIAIS LEVANTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004 (Em milhares de reais) 2005 2004 Passivo 11.972 10.661 Provisões Técnicas 97 110 Provisão de risco 11.875 10.551 Circulante 11.254 10.207 Eventos a liquidar com operações 11.254 10.207 de assistência à saúde Débitos diversos 663 380 Exigível a Longo Prazo Outros 663 380 Patrimônio Líquido 79 101 Capital social (121) (137) Ganhos e perdas não realizados com 141 140 títulos e valores mobiliários 141 140 Lucros acumulados 470 582 213 213 466 426 (253) (213) 257 369 Total do Passivo 12.583 11.383

2005 2.376 2.376 8.999

2004 2.032 2.032 3.188

2.315 6.684 208 208 1.000 1.000

1.356 1.832 208 208 5.955 1.000

– –

(1) 4.956

12.583

11.383

As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004 (Em milhares de reais) Ganhos e perdas não realizados com Capital títulos e valores Lucros social mobiliários acumulados 1.000 – 1.193

Total 2.193 Saldos em 31 de Dezembro de 2003 Ganhos e perdas não realizados com títulos e valores mobiliários – (1) – (1) Lucro líquido do exercício – – 9.163 9.163 Destinação do lucro: Lucros distribuídos – – (5.400) (5.400) Saldos em 31 de Dezembro de 2004 1.000 (1) 4.956 5.955 Ganhos e perdas não realizados com títulos e valores mobiliários – 1 – 1 Lucro líquido do exercício – – 10.043 10.043 Destinação do lucro: Lucros distribuídos – – (14.999) (14.999) Saldos em 31 de Dezembro de 2005 1.000 – – 1.000 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004 (Em milhares de reais)

1. Contexto Operacional: A Interodonto - Sistema de Saúde Odontológica Ltda. tem por objetivo, por meio de convênios, a prestação de serviços no campo da odontologia, de um modo geral, inclusive na área odontológica hospitalar, bem como a realização de outras atividades condizentes com esses objetivos. 2. Apresentação das Demonstrações Financeiras: As demonstrações financeiras foram elaboradas e estão sendo apresentadas em conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com o Plano de Contas instituído pela Resolução RN nº 27, de 1º de abril de 2003, da Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS. 3. Descrição das Principais Práticas Contábeis: a) Aplicações: As aplicações financeiras são demonstradas pelos valores originais de aplicação acrescidos dos rendimentos auferidos até as datas dos balanços e podem ser classificadas em três categorias distintas, a saber: (a) títulos para negociação; (b) títulos disponíveis para venda; e (c) títulos mantidos até o vencimento. b) Provisão para devedores duvidosos: É constituída com base nas perdas estimadas, sendo seu montante considerado suficiente para cobrir eventuais perdas na realização dos créditos a receber. c) Imobilizado: O imobilizado está demonstrado ao custo de aquisição, acrescido de correção monetária até 31 de dezembro de 1995. Os saldos apresentados encontram-se deduzidos das respectivas depreciações acumuladas, calculadas pelo método linear, levando-se em consideração a vida útil estimada dos bens, às taxas mencionadas na nota explicativa nº 6. d) Diferido: O ativo diferido consiste em benfeitorias em imóveis de terceiros que são amortizadas pelo método linear, observados os prazos contratuais de locação. e) Provisões técnicas: A provisão de risco para garantia de obrigações contratuais, classificada no grupo “Provisões técnicas”, foi calculada de acordo com as determinações da Resolução RDC nº 77, de 17 de julho de 2001, da ANS. Com o objetivo de prestar plena garantia aos conveniados, essa foi integralmente constituída, não tendo sido adotada a faculdade prevista na referida Resolução para constituição gradual dessa provisão ao longo de seis anos. f) Reconhecimento das receitas operacionais: As receitas com contraprestações dos planos de assistência odontológica são reconhecidas, observado o período de cobertura contratual, pelo regime de competência. Nos casos em que a fatura é emitida antecipadamente em relação ao período de cobertura, o valor correspondente é registrado na conta de faturamento antecipado, redutora do ativo circulante. As receitas pertinentes aos serviços prestados de assistência odontológica são contabilizadas pelo regime de competência. g) Reconhecimento dos custos dos serviços prestados: Os custos com operação da rede própria de atendimento odontológico são reconhecidos no resultado à medida que são incorridos. Os custos dos serviços prestados pelos profissionais e pelas clínicas conveniadas são reconhecidos no resultado pelo regime de competência, quando do recebimento das notificações através da comunicação da ocorrência dos eventos cobertos pelos planos. A provisão de eventos a liquidar inclui parcela destinada à cobertura de valores a pagar por eventos ocorridos até 31 de dezembro, mas avisados posteriormente. Os custos e as despesas pertinentes aos serviços prestados de assistência odontológica são contabilizados pelo regime de competência. h) Imposto de renda e contribuição social: O imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro líquido são calculados às alíquotas estabelecidas pela legislação vigente. Os impostos diferidos atribuíveis às diferenças intertemporais, aos prejuízos fiscais e à base negativa de contribuição social são registrados no ativo, no pressuposto de sua realização futura. 4. Aplicações: a) Composição da carteira quanto à natureza dos títulos 2005 2004 Certificados de Depósitos Bancários - CDB 9.922 9.087 Letras Financeiras do Tesouro - LFT 1.255 1.054 Fundo de aplicação em cotas de fundos de investimento 77 66 Total 11.254 10.207

b) Composição da carteira por categoria: b.1) Títulos para negociação 2005 2004 Custo Valor de Valor de atualizado mercado mercado Letras Financeiras do Tesouro - LFT 581 584 780 Fundo de aplicação em cotas de fundos de investimento 77 77 66 Total 658 661 846 b.2) Títulos disponíveis para venda 2005 2004 Custo Valor de Valor de atualizado mercado mercado Certificados de Depósitos Bancários - CDB 9.922 9.922 9.087 Letras Financeiras do Tesouro - LFT 671 671 274 Total 10.593 10.593 9.361 As aplicações em CDBs têm remuneração diária vinculada à taxa dos Depósitos Interbancários DI com vencimentos variáveis até novembro de 2008. Essas aplicações são classificadas no ativo circulante, independentemente de seu vencimento, tendo em vista a garantia de liquidez diária integral oferecida pelos bancos emitentes dos certificados. As aplicações em LFTs, avaliadas a valor de mercado na data do balanço, possuem vencimentos entre outubro de 2006 e junho de 2007. 5. Realizável a Longo Prazo: 2005 2004 Outros créditos a receber: 113 118 Créditos tributários (nota explicativa nº 10.b) Depósitos judiciais 28 22 Total 141 140 6. Imobilizado: Taxa anual de 2005 2004 depreciação Custo Depreciação - % corrigido acumulada Total Total Equipamentos odontológicos e eletrônicos 10 a 20 346 (176) 170 159 Móveis, utensílios e máquinas de escritório 10 64 (36) 28 34 Instalações 10 42 (38) 4 15 Outras imobilizações – 14 (3) 11 5 Total 466 (253) 213 213 7. Débitos Diversos: 2005 2004 Dividendos a pagar 4.499 – Obrigações a pagar 808 690 Impostos e encargos sociais a recolher 592 469 Provisões trabalhistas 373 327 Provisões para impostos e contribuições 412 346 Total 6.684 1.832 8. Exigível a Longo Prazo: São mantidas provisões para fazer face a eventuais perdas que possam decorrer da resolução final de processos judiciais em curso. Em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 a provisão para contingências, de naturezas fiscais, cíveis e trabalhistas, totalizava R$ 208. 9. Patrimônio Líquido: a) Capital social: Em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, o capital social, totalmente subscrito e integralizado, está representado por 1.000.000 de cotas no valor nominal de R$ 1,00 cada uma. b) Destinação do lucro líquido: A destinação do lucro líquido do exercício é reconhecida contabilmente quando de sua deliberação pelos sócios. A Sociedade poderá, a qualquer tempo, apurar balancetes intermediários e distribuir lucros neles baseados, sendo os eventuais prejuízos suportados pelos sócios na proporção de suas participações no capital social. 10. Imposto de Renda e Contribuição Social: a) A despesa com tributos incidentes sobre o lucro do exercício é demonstrada como segue: 2005 2004 IR CS IR CS Lucro antes dos impostos e das participações 14.942 14.942 13.637 13.637 Participações (12) (12) (10) (10) 14.930 14.930 13.627 13.627 Adições: Temporárias: Provisão para devedores duvidosos – – 54 54 Permanentes: Despesas não dedutíveis 103 19 83 13 Exclusões: Reversão da provisão para devedores duvidosos (16) (16) – – Base de cálculo dos tributos 15.017 14.933 13.764 13.694 Tributos correntes antes das deduções (3.730) (1.344) (3.417) (1.232) Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT 90 – 82 – Fundo da criança e do adolescente 18 – 15 – Lei Rouanet 84 – 70 – (3.538) (1.344) (3.250) (1.232) Tributos correntes do exercício Efeitos de créditos tributários: Sobre a provisão para devedores duvidosos (4) (1) 14 4 Total de tributos no exercício (3.542) (1.345) (3.236) (1.228)

DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004 (Em milhares de reais, exceto o lucro líquido por cota) Contraprestações efetivas de operações 2005 2004 de assistência à saúde 51.613 46.155 Contraprestações líquidas 51.957 46.346 Variação das provisões técnicas (344) (191) Eventos indenizáveis líquidos (21.276) (18.791) Eventos indenizáveis (22.089) (19.637) Recuperação de eventos indenizáveis 813 846 Resultado operacional básico 30.337 27.364 Despesas de comercialização (3.014) (3.292) Outras receitas e despesas operacionais líquidas (2.172) (1.901) Resultado operacional 25.151 22.171 Resultado financeiro 2.097 1.257 Receitas financeiras 2.108 1.278 Despesas financeiras (11) (21) Despesas administrativas (12.306) (9.791) Resultado antes dos impostos e das participações 14.942 13.637 Imposto de renda e contribuição social (4.887) (4.464) Imposto de renda (3.542) (3.236) Contribuição social (1.345) (1.228) Resultado antes das participações 10.055 9.173 Participações no resultado (12) (10) Lucro líquido do exercício 10.043 9.163 Lucro líquido por cota representativa do capital social - R$ 10,04 9,16 As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004 (Em milhares de reais) Origens de recursos Das operações: Lucro líquido do exercício Aumento das provisões técnicas Depreciações e amortizações Lucro líquido do exercício ajustado De terceiros: Alienação de bens do ativo imobilizado Ajuste com títulos e valores mobiliários Total das origens de recursos Aplicações de recursos Lucros distribuídos Aquisição de bens do ativo imobilizado Aplicação de recursos no ativo diferido Aumento do realizável a longo prazo Ajuste com títulos e valores mobiliários Total das aplicações de recursos Aumento (Redução) do capital circulante líquido Variação do capital circulante líquido Ativo circulante: No fim do exercício No início do exercício Passivo circulante: No fim do exercício No início do exercício

2005

2004

10.043 344 152 10.539

9.163 191 158 9.512

6 1 10.546

10 – 9.522

14.999 46 – 1 – 15.046 (4.500)

5.400 34 441 40 1 5.916 3.606

11.972 10.661 1.311

10.661 6.845 3.816

8.999 3.188 5.811 Aumento (Redução) do capital circulante líquido (4.500) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras

3.188 2.978 210 3.606

b) A composição dos créditos tributários incluídos em outros créditos a receber no realizável a longo prazo é demonstrada como segue: 2005 2004 Créditos tributários sobre diferenças temporárias originárias de: Provisões para contingências 70 86 43 31 Provisão para devedores duvidosos Ajuste negativo de títulos e valores mobiliários – 1 Total do imposto diferido ativo 113 118 11. Outras Receitas e Despesas Operacionais Líquidas: Incluem, principalmente, R$ 144 (R$ 227 em 2004) de resultado líquido no atendimento odontológico de particulares e R$ 2.316 (R$ 2.128 em 2004) de despesas com impostos incidentes sobre o faturamento. 12. Despesas Administrativas 2005 2004 Despesas com pessoal e serviços de terceiros 8.044 6.311 3.175 2.569 Despesas com localização e funcionamento Despesas com tributos 652 492 Despesas com publicidade e propaganda 46 89 Outras 389 330 Total 12.306 9.791 13. Partes Relacionadas: Os saldos ativos e passivos e as receitas e despesas decorrentes de transações com sociedades ligadas são os seguintes: Ativo Receitas (passivo) (despesas) 2005 2004 2005 2004 Intermédica Sistema de Saúde S.A.: Receitas – – 226 84 Despesas – – (160) (166) Notre Dame Seguradora S.A.: Receitas – – 4 4 Despesas – – (6) (1) Locben - Locação de Bens Ltda.: Contas a pagar (21) (21) – – Despesas – – (250) (234) Omildo Pedrosa de Macedo Filho Contador - CRC 1 SP 190 221/O-0

A DIRETORIA

Aos Administradores e Cotistas da

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES 2. Nossos exames foram conduzidos de acordo com as normas brasileiras de auditoria e

Interodonto - Sistema de Saúde Odontológica Ltda.

compreenderam: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o

seus recursos correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, de acordo com as práticas

São Paulo - SP

volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Sociedade; (b) a

contábeis adotadas no Brasil.

1. Examinamos os balanços patrimoniais da Interodonto - Sistema de Saúde Odontológica Ltda., levantados em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, e as respectivas demonstrações do

resultado de suas operações, as mutações do seu patrimônio líquido e as origens e aplicações de

São Paulo, 17 de março de 2006

constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela Administração da Sociedade, bem como da apresentação

Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes

das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

CRC nº 2 SP 011609/O-8

correspondentes aos exercícios findos naquelas datas, elaborados sob a responsabilidade de

3. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 representam

Clodomir Félix Fialho Cachem Junior

sua Administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas

adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da

Contador

demonstrações financeiras.

Interodonto - Sistema de Saúde Odontológica Ltda. em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, o

CRC nº 1 RJ 072947/O-2 “S” SP

resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos


sexta-feira a domingo, 28 a 30 de abril, e segunda-feira, 1 de maio de 2006

Ambiente Compor tamento Estradas Administração

DIÁRIO DO COMÉRCIO

LITORAL NORTE DEVE RECEBER 250 MIL TURISTAS

9 No feriadão, motoristas devem evitar as estradas entre14h e 22h de hoje e 8h e 13h de amanhã.

FERIADÃO: 1,3 MILHÃO DE CARROS A MENOS A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) implanta hoje esquema especial de trânsito nas saídas e chegadas das estradas e perto dos terminais rodoviários

A

p ro x i m ad a m en t e 1,3 milhão de veículos deve deixar a capital paulista, a partir de hoje, em razão do feriado do Dia de Trabalho, na segunda-feira, dia 1º de maio. Os motoristas com destino às principais rodovias paulistas devem evitar os horários das 14h às 22h de hoje e também das 8h às 13h de amanhã, períodos em que o movimento de veículos deverá ser mais intenso, segundo previsão da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Para auxiliar a saída dos motoristas, a CET vai iniciar a Operação Estrada na tarde de hoje. O trânsito será monitorado na cidade, principalmente nos acessos e nas chegadas das rodovias e também nas proximidades dos terminais rodoviários do Tietê, Barra Funda e Jabaquara. Campos do Jordão – Localizada a 175 quilômetros de São Paulo, a cidade de Campos do Jordão deve ter mais um fim de semana de muito movimento. São esperados pelo menos 33 mil turistas por dia, o que significa quase 100 mil pessoas no total do feriado. A procura por hospedagem na rede hoteleira confirma o volume de turistas. Nas pousadas e hotéis cadastrados na Associação de Hotelaria e Gastronomia (Astur), 90% dos apartamentos já estão reservados. "No último feriado tive-

mos fila de espera e muitos decidiram vir para Campos neste fim de semana", disse a presidente da associação, Elisabete Sinabuco. De acordo com estimativas da Polícia Rodoviária Estadual, 35 mil veículos devem passar pela rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro, principal acesso a Campos, a partir da tarde de hoje. O comandante Newton Michelazzo chama a atenção para os diversos pontos de neblina que se formam na estrada, principalmente no trevo de entrada da cidade de Santo Antônio do Pinhal. Tempo bom – As temperaturas na Serra da Mantiqueira não passam de 21 graus neste fim de semana e as mínimas devem ficar entre 7 e 9 graus. O feriado deve ser de tempo bom, com sol, aumento da nebulosidade e alguns períodos de chuva, segundo previsão da meteorologia. As temperaturas estarão amenas também nas cidades do litoral norte, onde são esperados cerca de 70 mil turistas. Os dias terão sol entre nuvens, com possibilidade de chuvas esparsas. As temperaturas ficarão entre 21 e 27 graus. Nas rodovias Tamoios e Oswaldo Cruz, acessos a São Sebastião, Caraguatatuba, Ilhabela e Ubatuba, são esperados 84 mil veículos, segundo a Polícia Rodoviária Estadual Em todo litoral norte a expectativa é de 250 mil turistas. (AE)

Paulo Pampolin/Digna Imagem/02/09/2004

Campos do Jordão espera 33 mil turistas por dia no feriado prolongado

Ó RBITA

JULGAMENTOS

DALAI LAMA

1º Tribunal do Júri da Capital começou ontem a julgar Gustavo de Macedo Pereira Napolitiano, que em 2002, na residência da família, no Planalto Paulista, sob os efeitos da cocaína, matou com 53 facadas a avó Vera Kukuhy Pereira, de 73 anos, e, com 12 facadas, a empregada Cleide Ferreira da Silva, de 20 anos. O julgamento será encerrado hoje ou amanhã. Dez testemunhas serão ouvidas em plenário. A defesa vai pedir a absolvição do assassino, com base em laudo psiquiátrico, que atesta ser ele portador de moléstia mental. Se a tese for acolhida, será aplicada ao réu, medida de segurança consistente em internação no Manicômio Judiciário por prazo indefinido. Na quarta-feira deverá começar o julgamento do jornalista Antonio Marcos Pimenta Neves, réu confesso do assassinato da também jornalista Sandra Gomide, em agosto de 2000. (Agências)

o primeiro dia de eventos abertos ao público em sua terceira visita ao Brasil, o Dalai Lama, líder espiritual tibetano, esteve no templo budista Zu Lai, em Cotia, município a oeste da Grande São Paulo. Cerca de 2.500 pessoas, a maioria de sangas (comunidades budistas), se reuniram para ouvi-lo falar em tibetano e, em alguns momentos, em inglês – sobre a compaixão e a humildade. Anteontem, em entrevista coletiva, o monge budista falou sobre a importância da tolerância na busca da felicidade e da paz. Ontem, foi aplaudido ao estender a bandeira do Brasil levada por uma criança. Depois do almoço vegetariano, ouviu Jair Rodrigues cantar "Sua Majestade o Sabiá "(mudando a letra para "Santidade"). Hoje, o Dalai Lama falará no Anhembi, em São Paulo, sobre meditação. (AE)

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A TÉ LOGO

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Será difícil saber quem atirou em grávida, no Rio

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76% dos presos de SP lêem e escrevem

L

Anvisa: prejuízo com greve chega a R$ 200 milhões


DIÁRIO DO COMÉRCIO

6 -.LAZER

sexta-feira a domingo, 28 a 30 de abril, e segunda-feira, 1 de maio de 2006

Imagens: BM&F/Divulgação

ÓPERA

Orfeu, um clássico de Monteverdi

O

Mostra reúne obras com visões de viajantes sobre o Brasil no saguão da BM&F

italiano Claudio Monteverdi (acima), conhecido como o "pai da ópera", viveu entre 1567 e 1643. Orfeu (estréia neste sábado, 29), uma de suas óperas mais conhecidas (inspirada na mitologia grega) ganha agora uma montagem "modern a " , co m a Orquestra Sinfônica Municipal e o Coral Paulistano, dirigidos por M ara Campos, tendo o tenor Luciano Botelho entre os sol i s t a s . E l e Luciano protagoniza Botelho o semideus e Mara Orfeu. Teatro Campos: M unicipal. solistas Praça Ramos de Azevedo, s/n. Tel.: (11) 3222-8698. 20h30. R$ 20 a R$ 30. Temporada até domingo, 7 de maio. No dia 1º (segunda), grátis. Distribuição de ingressos a partir de 28 (sexta).

Lúcia Helena de Camargo

CONCERTO

VISUAIS B

elíssimo e representativo recorte da Coleção Brasiliana é a mostra Imagens e História do Brasil, que reúne peças da Coleção Brasiliana/Fundação Estudar, em cartaz até 9 de junho no saguão da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), no Centro de São Paulo. A exposição traz 18 pinturas que trazem diferentes visões de artistas viajantes europeus sobre o Brasil nos séculos 17 a 19. "A proposta é uma viagem pela história brasileira, sob o olhar estrangeiro, em épocas distintas", diz Mariana Nakiri, responsável pela Pesquisa e Documentação do Acervo da Coleção Brasiliana. Entre as preciosidades trazidas à luz está o Mapa do Brasil sob o Domínio Holandês, feito em 1647, com buril e aquarela sobre papel, pelo pintor, cartógrafo, aquarelista, astrônomo, naturalista e desenhista alemão Georg Marcgraf (c.16101643). O mapa foi produzido durante a expedição científica e militar do Conde Maurício de Nassau, comandante da dominação holandesa sobre Pernambuco e outras partes do Nordeste brasileiro, entre 1630 e 1654. As vinhetas são atribuídas a Frans Post (1612-1680), outro artista membro da expedição. O mapa é um levantamento do potencial econômico e militar da região Nordeste, com informações sobre geografia e hidrografia. As inscrições em latim serviram para divulgar nos círculos eruditos europeus, o sucesso da incursão de Nassau pelo Brasil. Marcgraf foi um dos mais atentos e talentosos artistas a registrar iconografia e paisagem

humana brasileira no século 17. Juntamente com Albert Eckhout (c.1610-c.1666), compôs a obra Theatrum Rerum Naturalium Brasilae, extenso catálogo de vegetação e antropologia. Outro destaque é o papel de parede panorâmico Vistas do Brasil, com 15 metros de comprimento, produzido por volta de 1829 pelo artista francês Jean-Julien Deltil (1791-1863) para decorar interiores de casas burguesas. A obra combina elementos de litografias do artista alemão Johann Moritz Rugendas que ilustram seu livro "Viagem Pitoresca através do Brasil", publicado entre 1827 a 1835, em Paris. Essa enorme xilogravura sobre papel exibe índios, negros, homens brancos com suas armas, animais selvagens e domésticos, embarcações, caçadas. Pode ser visto como um resumo da colonização.

A exposição traz ainda uma série de gravuras de Henry Chamberlain (1796-1843), tenente da marinha britânica e artista amador que publicou em Londres, em 1822, suas gravuras no livro Views and Costumes of the City and Neighbourhood of Rio de Janeiro (Vistas e costumes da cidade e arredores do Rio de Janeiro). A obra inclui 36 vistas panorâmicas, cenas urbanas e de costumes. Entre enseadas, encostas e praias, aparecem personagens de rua, vendedores ambulantes e carregadores, barqueiros e pescadores, com ênfase nos retratos da escravidão. Em Um Carro de Passeio, aquarela de Chamberlain de 1821, o escravo conduz a senhora por um Rio de Janeiro rural, tendo o Pão de Açúcar ao fundo. A gravura Funeral de um Negro, de 1822, evidencia a precariedade com que eram levados e descartados os

Acima, Mapa do Brasil sob Domínio Holandês, de Georg Marcgraf; e Transporte de um Carro Desmontado/Comboio de Café, de 1834, de Debret

No alto, Um Carro de Passeio, de Chamberlain; Caboclo, Índio Civilizado, de Debret; nas imagens menores, Casa de Negros, de Rugendas, e Montanhas da Tijuca, de Chamberlain

escravos mortos. É bom reparar com atenção também nas litografias do francês Jean-Baptiste Debret (1796-1848) criadas para ilustrar Viagem Pitoresca e histórica ao Brasil, publicada em Paris entre 1834 e 1839. Com intenção de enfocar a composição social do país no período de transição entre colônia e império, traz, por exemplo, a litografia Caboclo, Índio Civilizado, de 1834. De Debret é também Transporte de um Carro Desmontado/Comboio de Café, de 1834. Com curadoria de Carlos Martins e Valéria Piccoli, a mostra da BM&F inclui ainda obras, entre outras, de Johann Moritz Rugendas (18021858), como a litografia Casa de Negros, de 1835, que exibe a casa comunitária entre palmeiras; ou a água-forte Panorama Tomado do Corcovado, de 1832 e Real Quinta da Boa Vista, do mesmo ano. A coleção Brasiliana, hoje com 320 obras, nasceu do trabalho de 40 anos do colecionador e antiquário francês Jacques Kugel (1912-1985), que

reuniu pinturas, aquarelas, desenhos e gravuras de viajantes europeus que passaram pelo Brasil. Em 1996, foi comprada de seus herdeiros pela fundação inglesa Rank-Packard e no ano seguinte transferida ao Brasil sob responsabilidade da Fundação Estudar, que em 2002 recebeu a doação definitiva e vem acrescentando peças ao conjunto original, além de conservar, catalogar e divulgar as obras. Desde 2003, a coleção faz parte do acervo da Pinacoteca do Estado, que vem montando exposições como Artistas viajantes e o Brasil no século 19, que ficou em cartaz de 20 de janeiro a 16 de abril no Museu Nacional de Soares dos Reis, em Porto, Portugal; e também A figura humana em representação, aberta em 19 de novembro de 2005, em cartaz até julho na Pinacoteca do Estado. Imagens e História do Brasil – Coleção Brasiliana na BM&F - Praça Antonio Prado, 48, Centro, tel.: (11) 3119-2404. De segunda a sexta, das 10h às 18h. Até 9 de junho. Grátis.

Dos jovens para o "velho" Pixinguinha

A

Orquestra Jovem Tom Jobim (43 músicos, na faixa dos 13 aos 25 anos), dirigida pelo saxofonista, clarinetista, compositor e arranjador Roberto Sion, dedica espetáculo à obra de Pixinguinha (foto). No repertório, Um a Zero e Ingênuo, entre outros clássicos. Memorial da América Latina (Auditório Simón Bolívar). Avenida Auro Soares de Moura Andrade, 644. Tel.: (11) 38234600. Sábado (29). Grátis.

Osesp toca Britten e Tchaikovsky

A

Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp) toca nesta sexta (28), 21h, e sábado (29), 16h30. Sob a direção de John Neschling, interpreta Sinfonia para Violoncelo e Orquestra, Op. 6 8, do inglês Benjamin Britten (1913-1976) e a Sinfonia Nº 1 em Sol Menor, Op. 13 - Sonhos e Inverno, de Piotr Ilich Tchaikovsky (1840-1893). O solista convidado é o cellista francês Jean-Guihen Queyras (foto), também docente do Conservatório de Stuttgart, na Alemanha, considerado um dos melhores da Europa. Sala São Paulo. Praça Júlio Pre s tes, s/nº. Tel.: (11)22375414. R$ 25 a R$ 79.


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira a domingo, 28 a 30 de abril, e segunda-feira, 1 de maio de 2006

DECLARAÇÃO À PRAÇA

AVISO AOS DEBENTURISTAS

CONVOCAÇÃO

DECLARAÇÃO À PRAÇA Eduardo Dantas de Oliveira, RG 5.970.270, CPF/MF 689.172.108-30, declara à praça em geral, que um estelionatário está usando indevidamente cópia de seus documentos para aplicar golpes na praça, conforme B.O. 1352/2006 lavrado em 24/02/06 perante a 78ª Delegacia de Polícia da Capital. (26, 27 e 28/04/2006)

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS EMPRESAS DE ÁUDIO E VÍDEO - ABEAV

CNPJ: 03.935.994/0001-26 ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA Ficam os senhores associados da Associação Brasileira das Empresas de Áudio e VídeoAbeav, convocados a reunirem-se em Assembléia Geral Ordinária a realizar-se na Av. Nove de Julho, 5.750, bairro Jd. Europa na cidade de São Paulo, no dia 30 de junho de 2006, às 12:00 horas com quorum mínimo de 50% (cinqüenta por cento) mais 01 (hum) dos associados. Não havendo tal quorum, far-se-á nova chamada após 30 minutos. Findo o prazo, a Assembléia realizar-se-á com qualquer número de presentes para deliberarem sobre a seguinte ordem do dia: 1 - Prestação e Aprovação das contas do exercício anterior; 2 - Assuntos Gerais. Nº de membros votantes: 09. São Paulo, 28 de abril de 2006. Henrique da Cunha Mello Neto - Presidente da Associação Brasileira das Empresas de Áudio e Vídeo - ABEAV.

FALÊNCIA & RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 27 de abril de 2006, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência e recuperação judicial:

Requerente: Dova S/A - Requerido: Metalmais Distr. Metais Ltda. - Av. Santa Catarina nº 2970 - 02ª Vara de Falências

ECONOMIA/LEGAIS - 9

Requerente: Fabio Fernandes - Requerido: MA & G Com. Adm. Represent. e Participação Ltda. - Av. Liberdade nº 21 cj. 900 - 02ª Vara de Falências

Publicidade Legal - 3244-3799

BALANÇOS VERPARINVEST S.A. CNPJ: 01.327.875/0001-65

RELATÓRIO DA DIRETORIA Senhores Acionistas, dando cumprimento às determinações legais e estatutárias, submetemos à apreciação de Vossas Senhorias as Demonstrações Financeiras referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, devidamente acompanhadas das Notas Explicativas. Permanecemos à disposição para quaisquer outros esclarecimentos julgados necessários. A Diretoria.

BALANÇO PATRIMONIAL

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO

Em 31 de dezembro Em milhares de reais

Exercícios findos em 31 de dezembro Em milhares de reais 2005

ATIVO CIRCULANTE Disponibilidades ............................ Títulos e créditos a receber ........... PERMANENTE Imobilizado ..................................... (-) Depreciação acumulada ...........

TOTAL DO ATIVO ...............................

362 290 652

63.919 (6.311) 57.608

58.260

2004

214 287 501

63.919 (6.311) 57.608

58.109

2005 PASSIVO CIRCULANTE Empréstimos .................................. Obrigações tributárias ................... Outras obrigações ......................... PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital social .................................. Prejuízos acumulados ...................

TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO .................

2004

1.822 4.457 675 6.954

1.573 3.483 380 5.436

60.070 (8.764) 51.306

60.070 (7.397) 52.673

58.260

58.109

Em milhares de reais Capital social 60.070 60.070 60.070

Prejuízos acumulados (6.888) (509) (7.397) (1.367) (8.764)

Total 53.182 (509) 52.673 (1.367) 51.306

NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004 1. CONTEXTO OPERACIONAL A sociedade, constituída em 02 de julho de 1996 com prazo indeterminado de duração, tem por objetivo social a administração de bens próprios e a participação em negócios, investimentos e empreendimentos. 2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS As práticas contábeis adotadas para a contabilização das operações e para a elaboração e apresentação das demonstrações financeiras emanam da Lei das Sociedades por Ações. a) Apuração do resultado - O resultado é apurado pelo regime de competência. b) Ativo circulante - Demonstrado pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias auferidos até a data do balanço. Quando aplicável, foram constituídas provisões para ajuste ao valor de mercado. c) Ativo permanente - Demonstrado ao custo de aquisição e considera a depreciação até julho de 2000, calculada pelo método linear, a razão de 4% ao ano para edificações.

2004 629 (162) (635) (264)

(296)

(77)

RESULTADO OPERACIONAL ............ PREJUÍZO DO EXERCÍCIO .................

(1.367) (1.367)

(509) (509)

PREJUÍZO POR LOTE DE MIL AÇÕES - EM R$ .......................

(22,76)

(8,47)

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS Exercícios findos em 31 de dezembro Em milhares de reais

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Saldos em 31 de dezembro de 2003 ...................................................... Prejuízo do exercício ................................................................................ Saldos em 31 de dezembro de 2004 ...................................................... Prejuízo do exercício ................................................................................ Saldos em 31 de dezembro de 2005 ......................................................

2005 1.008 (249) (1.601) (229)

Receitas de aluguéis ...................... Despesas financeiras ..................... Despesas tributárias ...................... Despesas gerais e administrativas Despesas com provisões operacionais ..............................

d) Passivo circulante e exigível a longo prazo - Demonstrado por valores conhecidos ou calculáveis, incluindo, quando aplicável, os encargos e as variações monetárias incorridas até a data do balanço. 3. ATIVO PERMANENTE Está representado em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 por terrenos no montante de R$ 24.370 mil, edificações no montante de R$ 38.239 mil e obras em andamento no montante de R$ 1.310 mil. 4. CAPITAL SOCIAL Em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 o capital social era representado por 60.070.388 ações ordinárias, todas sem valor nominal, pertencentes a domiciliados no País. O estatuto social prevê a distribuição de dividendo mínimo obrigatório de 5% do lucro líquido do exercício, ajustado de acordo com as disposições da legislação societária. 5. OUTRAS INFORMAÇÕES a) Disponibilidades - referem-se a depósitos bancários. b) Ativo circulante - Títulos e créditos a receber, referem-se a aluguéis a receber no montante de R$ 96 mil (2004 - R$ 93 mil) e contratos de mútuos a receber no montante de R$ 194 mil (2004 - R$ 194 mil).

2005

2004

APLICAÇÕES DE RECURSOS Nas operações sociais prejuízo do exercício .....................

1.367

509

REDUÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO ......................

1.367

509

501 652 151

257 501 244

5.436 6.954 1.518

4.683 5.436 753

1.367

509

VARIAÇÕES NO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO Ativo circulante No início do exercício ............... No final do exercício ................. Passivo circulante No início do exercício ............... No final do exercício ................. REDUÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO ..................

c) Passivo circulante - Empréstimos, referem-se a contratos de mútuos remunerados à taxa de mercado. d) Em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 a empresa não possuía operações envolvendo instrumentos financeiros derivativos. A DIRETORIA

Sirilo Messias Neto Contador CRC SP 1SP108789/O-8

PUERTO COMPANHIA SECURITIZADORA DE CRÉDITOS FINANCEIROS C.N.P.J. nº 05.409.330/0001-59

RELATÓRIO DA DIRETORIA Senhores Acionistas, dando cumprimento às determinações legais e estatutárias, submetemos à apreciação de Vossas Senhorias as Demonstrações Financeiras referente ao exercício findo em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, devidamente acompanhadas das Notas Explicativas. Permanecemos à disposição para quaisquer outros esclarecimentos julgados necessários. A Diretoria.

BALANÇO PATRIMONIAL

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO

Em 31 de dezembro Em milhares de reais

Exercícios findos em 31 de dezembro Em milhares de reais 2005

ATIVO CIRCULANTE Disponibilidades ............................. Aplicações financeiras .................... Créditos tributários ......................... REALIZÁVEL A LONGO PRAZO Operação de crédito ....................... Provisão para crédito de liquidação duvidosa ................... Créditos tributários .........................

TOTAL DO ATIVO ................................

2004

2005 PASSIVO CIRCULANTE Obrigações fiscais ........................... Outras obrigações ..........................

22 192 4 218

3 151 3 157

137.611

-

(1.376) 815 137.050

2.500 2.500

PATRIMÔNIO LÍQUIDO Capital social ................................... Reserva de lucros ........................... Lucros (prejuízos) acumulados ......

137.268

2.657

TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO ..................

EXIGÍVEL A LONGO PRAZO Valor a pagar sociedade ligada .....

2004

14.328 16 14.344

8 8

65.324

-

17.689 1.995 37.916 57.600

7.500 (4.851) 2.649

137.268

2.657

RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS Receitas financeiras ........................ Despesas tributárias ....................... Despesas gerais e administrativas Despesas com provisão para créditos de liquidação duvidosa RESULTADO OPERACIONAL ............. RESULTADO ANTES DA TRIBUTAÇÃO SOBRE O LUCRO .... IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL ................ LUCRO LÍQUIDO (PREJUÍZO) DO EXERCÍCIO ................................ LUCRO (PREJUÍZO) POR AÇÃO EM R$ ...............................................

2005

2004

71.631 (3.076) (82)

25 (7) (73)

(688) 67.785

(1.187) (1.242)

67.785

(1.242)

(23.023)

422

44.762

(820)

0,12

(0,11)

2005

2004

44.762

(820)

44.762

820 -

10.189

-

65.324

-

120.275

-

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO Em milhares de reais

Saldos em 31 de dezembro de 2003 ................................................................... Prejuízo do exercício .......................................................................................... Saldos em 31 de dezembro de 2004 ................................................................... Aumento de capital ............................................................................................ Capital a integralizar .......................................................................................... Lucro Líquido do exercício ................................................................................ Apropriação à reserva legal .............................................................................. Saldos em 31 de dezembro de 2005 ...................................................................

Capital social 7.500 7.500 33.120 (22.931 ) 17.689

Reservas de lucros Legal 1.995 1.995

Lucros (prejuízos) acumulados (4.031) (820) (4.851) 44.762 (1.995) 37.916

Total 3.469 (820) 2.649 33.120 (22.931 ) 44.762 57.600

NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004 1. CONTEXTO OPERACIONAL A sociedade foi constituída em 18 de novembro de 2002, com prazo indeterminado de duração, tem por objetivo social principal, a aquisição de créditos oriundos de operações realizadas por instituições financeiras. 2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS As práticas contábeis adotadas para contabilização das operações e para a elaboração e apresentação das demonstrações financeiras emanam da Lei das Sociedades por Ações. a) Apuração do resultado O resultado é apurado pelo regime de competência. b) Ativo circulante e realizável a longo prazo Demonstrado pelo valor de realização, incluindo, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias auferidos até a data do balanço. c) Passivo circulante e exigível a longo prazo Demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, incluindo, quando aplicável, os encargos e as variações monetárias e cambiais incorridos até a data do balanço. d) Imposto de renda e contribuição social A provisão para imposto de renda foi constituída à alíquota de 15% do lucro tributável e acrescida de adicional específico de 10% acima de determinados limites na forma da legislação e quando aplicável, inclui incentivos fiscais cuja opção será formalizada na declaração de rendimentos. A provisão para contribuição social foi constituída à alíquota de 9% do lucro ajustado antes do imposto de renda. São reconhecidos os créditos tributários de Imposto de Renda e Contribuição Social sobre a indedutibilidade temporária de provisões. 3. OPERAÇÃO DE CRÉDITO Refere-se a crédito anteriormente adquirido que se encontrava

totalmente provisionado e contabilizado em conta de compensação. Durante o exercício de 2005 esse crédito foi renegociado, gerando uma renda líquida R$ 71.598 mil. O contrato de aquisição desse crédito prevê que 50% do montante que vier a ser recebido do crédito será pago ao cedente a título de complemento do preço da cessão, que em 31 de dezembro de 2005 montava a R$ 65.324 mil. 4. CAPITAL SOCIAL Em 31 de dezembro de 2005 o capital social era representado por 364.012.479 (2004 - 7.500.100) ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal pertencentes a residentes e domiciliados no País. Em Assembléia Geral Extraordinária realizada em 14 de outubro de 2005 foi efetuado o aumento de capital da sociedade, com emissão de 356.512.379 ações ordinárias nominativas e sem valor nominal, no montante de R$ 33.120 mil,sendo integralizado R$ 10.189 mil e o restante no valor de R$ 22.931 mil a integralizar. O estatuto social prevê a distribuição de dividendo anual obrigatório não inferior a 1% do lucro líquido do exercício, ajustado de acordo com as disposições da legislação societária e sujeito à disponibilidade financeira. 5. OUTRAS INFORMAÇÕES a) Disponibilidades - referem-se a conta de depósitos mantida junto ao Banco Itaú BBA S.A. b) Aplicações financeiras - referem-se a aplicações em certificados de depósitos bancários efetuado junto ao Banco Itaú BBA S.A.. c) Obrigações Fiscais - referem-se, principalmente a provisão de imposto de renda e contribuição social. d) Valor a pagar sociedade ligada – refere-se a complemento do preço da adquição de crédito – ver nota 3. e) Despesas tributárias - referem-se principalmente a recolhimento de PIS e COFINS. f) A empresa não possuía operações envolvendo instrumentos financeiros derivativos em 31 de dezembro de 2005 e de 2004.

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

jam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nosso exame compreendeu, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da empresa, (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da empresa, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. Somos de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Puerto Companhia de

Aos Administradores e Acionistas Puerto Companhia Securitizadora de Créditos Financeiros 1. Examinamos o balanço patrimonial da Puerto Companhia Securitizadora de Créditos Financeiros em 31 de dezembro de 2005 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos dos exercícios findos nessa data, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames se-

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS Exercícios findos em 31 de dezembro Em milhares de reais ORIGEM DE RECURSOS Das operações sociais: Lucro líquido (prejuízo) do exercício ...................................... Transferência para aplicações de recursos ................................. Dos acionistas: Aumento de capital ........................ De terceiros: Aumento do exigível a longo prazo ................................. TOTAL DAS ORIGENS ........................ APLICAÇÕES DE RECURSOS Nas operações sociais .................... Aumento do subgrupo do ativo circulante e realizável a longo prazo .................................

-

820

134.550

2.500

TOTAL DAS APLICAÇÕES ..................

134.550

3.320

(14.275)

(3.320)

157 218 61

3.469 157 (3.312)

8 14.344 14.336

8 8

(14.275)

(3.320)

REDUÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO ................... VARIAÇÕES DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO Ativo circulante: No início do exercício ..................... No final do exercício ....................... Passivo circulante: No início do exercício ..................... No final do exercício ....................... REDUÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO ...................

A DIRETORIA

Sirilo Messias Neto Contador CRC SP 1SP108789/O-8

Securitizadora de Créditos Finaneiros em 31 de dezembro de 2005 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos do exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 4. As demonstrações financeiras de 31 de dezembro de 2004, apresentadas para fins de comparação, foram por nós revisadas e emitimos nosso relatório de revisão limitada em 22 de fevereiro de 2005, sem ressalvas. São Paulo, 14 de fevereiro de 2006.

Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5

Carlos Augusto da Silva Contador CRC 1SP197007/O-2


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Congresso Planalto Eleições CPI dos Bingos

DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira a domingo, 28 a 30 de abril, e segunda-feira, 1 de maio de 2006

Sou candidato ao governo do Estado, estou junto com o Geraldo (Alckmin)e vamos ganhar juntos. José Serra

O SUMIÇO PÓS-OPERATÓRIO DE SERRA

O repouso estratégico do candidato tucano

C

entro de Convenções do Anhembi, 31 de março, 17h38. Neste local, data e horário, o tucano José Serra oficializou sua saída da prefeitura de São Paulo, deixando o cargo para o vice-prefeito, Gilberto Kassab (PFL). E confirmou sua intenção de disputar as eleições deste ano para o governo do Estado. Mas quando todos pensavam que ele colocaria o pé na estrada em busca de votos, Serra resolveu se recolher. A última notícia foi sua internação no Hospital Sírio Libanês, no último dia 10, para uma cirurgia de hérnia epigástrica. Ele teve alta no dia seguinte. Daí em diante, nenhum sinal do tucano. Oficialmente, a assessoria de imprensa do ex-prefeito informou que ele está em sua residência no bairro Alto de Pinheiros, zona oeste da capital, recuperando-se da cirurgia, que estava marcada antes dele renunciar ao cargo. Nos bastidores, porém, circula a informação de que Serra estaria de

malas prontas para Santiago, no Chile, onde aguardaria a data da convenção do partido, que será realizada provavelmente em julho. Monica Serra e os filhos Luciano e Verônica, que o acompanhariam, são chilenos. A assessoria de Serra reconheceu que o tucano costuma voar periodicamente para o país vizinho. Mas que, desta vez, ficará por aqui. Políticos – inclusive do ninho tucano – especulam que o sumiço de Serra seria uma espécie de convalescença estratégica: ele estaria aguardando uma queda de Geraldo Alckmin nas pesquisas para que o partido o chame de volta à corrida presidencial. Em conversas anteriores com a militância, porém, ele havia negado essa intenção. "Essa hipótese não existe. Quem fala sobre isso quer atrapalhar a campanha. Sou candidato ao governo do Estado, estou junto com o Geraldo e vamos ganhar juntos", disse. Oficialmente, entre os tucanos, o assunto foi tratado como especulação do PT para enfraquecer a candidatura

de Alckmin, que conseguiu a indicação, apesar da resistência de parte do PSDB. O que aumenta ainda mais as especulações em torno de Serra é sua ausência nos eventos do partido. Ontem, por exemplo, ele deveria participar de um jantar organizado pelo diretório estadual do PSDB no bairro do Morumbi, Zona Sul. Tratava-se de um jantar destinado a arrecadar fundos de campanha para as próximas eleições. Pelo convite, Serra pagou R$ 2 mil, mas dias depois cancelou sua presença no evento. Motivo? Novamente a alegação de que necessita se recuperar da cirurgia de hérnia epigástrica. Na Câmara Municipal, vereadores do PSDB tem o mesmo discurso. Ricardo Montoro, por exemplo, afirmou que o ex-prefeito continua descansando em casa. O vereador, no entanto, deixou escapar que nos próximos dias Serra iniciará sua campanha. "Em maio, ele começará a visitar os diretórios espalhados pelo Estado", disse. Ivan Ventura

Liminar garante Imprensa Livre

O

jornal Imprensa Livre, de São Sebastião, no litoral paulista, conseguiu na semana passada uma liminar preventiva para garantir a continuidade de seus trabalhos. O diário havia sido ameaçado de interdição pela prefeitura em duas ocasiões, sem que fosse determinada uma data para que o veículo cumprisse as exigências do executivo municipal. As solicitações da prefeitura, feitas neste mês, foram referentes à falta de um Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiro (AVCB) e à localização da gráfica do jornal, que, segundo fiscais da prefeitura, está

funcionando em um bairro onde, de acordo com a lei de zoneamento, é proibida a instalação de indústrias. Para o editor-chefe do jornal, Igor Veltman, as solicitações da prefeitura são parte de uma briga política, já que o diário tem feito diversas denúncias contra o prefeito Juan Garcia (PPS). Veltman afirma que, além da lei citada pela prefeitura ser de 1975 e já ter sido revogada por outras posteriores, a Imprensa Livre tem, desde 1992, um alvará de funcionamento para sua gráfica fornecido pela prefeitura. Quanto ao AVCB, o editor diz que o

jornal já havia se adequado às exigências feitas poucos dias antes pelos bombeiros, mas não tinha um auto em mãos. Por isso, logo após a exigência da prefeitura, entrou com pedido para receber o documento no Corpo de Bombeiros e aguarda resposta. Por meio de nota, a prefeitura informou que vai encaminhar ao juiz responsável cópia da lei que proíbe indústrias na área em que está sediada a gráfica e que a fiscalização faz vistorias diárias em todas as empresas estabelecidas no município, sem dar prioridade para alguma específica.


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-0,42

por cento foi a variação do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) no mês de abril

27/4/2006

Informe Publicitário

FIDC - Fundos de Investimento em Direitos Creditórios Situação em 25/04/2006 Administração: Petra - Personal Trader CTVM Ltda

Fundo P.L. do Fundo Empresarial LP ....................... 4.592.179,83 Lastro Performance LP ......... 1.061.166,16 Múltiplo LP .............................. 3.294.414,24 Esher LP .................................. 2.484.861,13 Master Recebíveis LP ........... 561.051,52

Valor da Cota Subordinada 1.038,807023 1.002,378721 1.024,214859 1.011,953978 967,653514

% rent.-mês 2,0704 0,9705 -0,0200 0,7357 1,4950

% ano 6,3294 0,2379 2,4215 1,1954 -3,2346

Valor da Cota Sênior 0 1.022,956880 1.030,019289 0 0

% rent. - mês 0,9127 0,9944 -

% ano 2,2957 3,0019 -

rating AA-(Austin) A+(Austin) A+(Austin) BBB (Austin) A+(Austin)

DC

COMÉRCIO


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MERCADO

ECONOMIA/LEGAIS - 11

BALANÇOS

GLOBAL Desafios das multinacionais brasileiras

I

r aonde ninguém vai. E, às vezes, voltar. Custou caro ao grupo EBX, do empresário brasileiro Eike Batista, que adotou como lema a frase do início deste texto, a ousadia de entrar aonde ninguém se dispôs a ir. O presidente da Bolívia, Evo Morales, acaba de lembrar às companhias brasileiras com aspirações multinacionais que esta história de internacionalização é repleta de oportunidades e de riscos, cheia de gostos e desgostos. Com a saída da Bolívia, o EBX perdeu pelo menos US$ 20 milhões. O prejuízo pode aumentar, principalmente se Morales cumprir o que disse: expropriar os ativos. A Petrobras, outra companhia com negócios na Bolívia, também enfrenta problemas com o novo governo. Acusada de imperialista, pode, com Morales, converter-se de exploradora e produtora de petróleo e gás em mera prestadora de serviços. A diretoria da estatal brasileira disse que isso não interessa. Afinal, a empresa investiu US$ 1,5 bilhão no país e aguarda para as próximas semanas o decreto de nacionalização dos poços que desenvolveu. Saberá se colocará a história vivida na Bolívia na lista de desacertos externos. Cálculo errado — No caso da EBX, especialistas afirmam que o prejuízo derivou de um cálculo errado. O novo governo, esquerdista, surgiu nos conflitos recentes que tomaram conta do país e derrubaram dois presidentes. "É um típico erro de empresas que não atentam para a cultura local, para as condições sociais e políticas, além das oportunidades de negócio", diz David Travesso, professor e consultor da Fundação Dom Cabral, instituição que estuda o fenômeno da internacionalização das empresas brasileiras. Mas, mesmo sob risco, os investimentos brasileiros no exterior têm crescido e alcançaram uma marca inédita em 2004, superior a US$ 4,5 bi-

lhões. Neste ano, talvez não cheguem a tanto, mas serão importantes, diz Travesso. Em 2002, o investimento era de US$ 2,5 bilhões. Empresas como Gerdau, que avançou na América do Norte, Embraer, WEG e Marcopolo, que foram para a China, estão hoje descobrindo como deve se comportar uma transnacional. Sindicato — A Gerdau, por exemplo, enfrentou recentemente problemas com o maior sindicato dos trabalhadores dos Estados Unidos. A WEG teve dificuldades em conseguir mão-de-obra que conhecesse, ao mesmo tempo, as culturas brasileira e chinesa. Mas ambas têm bons resultados, apesar das dificuldades. Cerca de 38% das receitas da WEG vêm do exterior. Na Gerdau, quase metade das receitas é de mercados externos (R$ 12,7 bilhões dos R$ 25 bilhões faturados no ano passado). Especialistas em internacionalização afirmam que de fracassos e de sucessos essa história de explorar o mundo é farta. A experiência de enfrentar oposições locais, de sindicatos ou de ambientalistas, é nova para as empresas brasileiras. "Somos aprendizes nesse jogo", diz Maria Tereza Fleury, professora do Departamento de Administração da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo. O avanço tardio do Brasil no exterior é, aliás, o maior problema. Segundo Maria Tereza, por ter entrado tarde demais no jogo, as múltis brasileiras sabem que o velho modelo adotado por transnacionais que aqui aportaram não funciona. "Quando as companhias dos países ricos iniciaram a investida em várias partes do mundo, a situação global era muito diferente da atual. A concorrência agora é muito maior", afirma Travesso, da Fundação Dom Cabral. Falta também, de acordo com o professor, formação de executivos brasileiros. (AE)

Empresas terão de pular etapas, dizem especialistas

A

s múltis brasileiras terão de pular etapas se quiserem ter alguma chance como transnacionais, avaliam especialistas. A internacionalização brasileira, segundo alguns estudos, ainda é muito focada no acesso a países importadores. A experiência mostra que exportar é o primeiro e o mais modesto passo para uma companhia alcançar a condição de transnacional. "Muitas empresas brasileiras ainda consideram a exportação uma grande etapa da internacionalização, mas não é mais assim. Se quiserem ter alguma relevância internacional elas precisam queimar etapas, avançar para associações com empresas estrangeiras, procurar ativos em outros mercados", pondera a especialista em negócios internacionais, Maria Tereza Fleury, professora da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP). Para David Travesso, professor da Fundação Dom Cabral, ainda são poucas as iniciativas de internacionaliza-

ção que admitem o compromisso de investir sem retorno imediato. "Esse é um aspecto interessante desse movimento recente do Brasil. As empresas querem se internacionalizar, sob a premissa da rentabilidade. Por isso, focam muito nas exportações", afirma. Lucros mais tarde — De acordo com ele, a criação de uma transnacional implica abdicar lucros imediatos, nos primeiros anos da operação. Uma experiência internacional não tem resultados em dividendos em menos de cinco ou sete anos. É o caso, segundo ele, da Embraer. A empresa montou uma unidade na China para atender ao mercado local. O resultado ainda não apareceu, mas a aposta da Embraer é o futuro, quando os jatos regionais da empresa começarem a ganhar mercado em território chinês. "Se observada hoje, a ida da Embraer para a China foi um negócio ruim. Mas talvez a empresa esteja enxergando a questão no longo prazo. Pode perder agora e ganhar no futuro", avalia a professora da FEA. (AE)

TELETRIM WIRELESS S/A CNPJ/MF nº 04.866.516/0001-74 RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO Senhores Acionistas: A administração da Teletrim Wireless S/A, em conformidade com as disposições legais e estatutárias, submete a apreciação de Vossas Senhorias as Demonstrações Financeiras levantadas em 31/12/2005. Balanços Patrimoniais em 31 de Dezembro de 2005 e 31 de Dezembro de 2004 (Em milhares de reais) Demonstrações dos Resultados para os Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2005 e de 2004 ATIVO 31/12/05 31/12/04 PASSIVO 31/12/05 31/12/04 (Em milhares de reais, exceto o prejuízo/lucro líquido por ação) Circulante Circulante 2005 2004 Disponibilidades ............................................. 221 1 Empréstimos e financiamentos ...................... 432 Acumulado Acumulado Clientes .......................................................... 1.366 - Leasing ........................................................... 176 6.905 Outras contas a receber ................................ 248 - Contas a pagar .............................................. 718 - Receita Operacional Bruta ............................... 5.857 Estoques ........................................................ 517 - Contas a pagar - Partes relacionadas ........... 260 - Serviços prestados ............................................. Mercadorias vendidas ......................................... 1.048 Impostos a recuperar ..................................... 49 - Obrigações sociais ......................................... 183 (1.122) Despesas antecipadas ................................... 60 - Impostos e taxas a recolher ........................... 345 - Devoluções e impostos incidentes ...................... 5.783 2.461 1 Provisões para férias e encargos sociais ...... 210 - Receita Operacional Líquida ............................ (1.062) Permanente Adiantamentos de clientes ............................. 709 - Custo dos serviços prestados ............................ (483) Imobilizado ..................................................... 2.439 3.033 - Custo das mercadorias vendidas ........................ Lucro Bruto ....................................................... 4.238 2.439 - Patrimônio Líquido Capital social .................................................. 2.116 1 Receitas (Despesas) Operacionais (1.328) Lucros acumulados ........................................ (249) - De vendas ........................................................... (1.900) 1.867 1 Gerais e administrativas ...................................... (49) Total do Ativo ............................................... 4.900 1 Total do Passivo ........................................... 4.900 1 Receitas (despesas) financeiras, líquidas ........... Depreciações e amortizações ............................ (219) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. Outras receitas (despesas), líquidas .................. (445) Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras para os Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2005 e 2004 (Em milhares de reais) 297 1. Contexto Operacional - A Teletrim Wireless S/A (TW), atual denominação rendimentos auferidos até as datas dos balanços. c. A provisão para (Prejuízo) Lucro Operacional ........................... social da Teletrim Telecomunicações S.A., foi constituída em 20/12/2001. créditos de realização duvidosa é constituída em montante considerada Receitas (Despesas) não Operacionais, Líquidas (499) (Prejuízo) Lucro antes do Imposto de Renda Em 1º de agosto de 2005, absorveu as atividades de radiochamada da CBCC suficiente pela administração para cobrir as possíveis perdas na realização (202) Cia. Brasileira de Contact Center (CBCC) da seguinte forma: A CBCC em dos créditos. d. Os estoques são compostos por bloqueadores e e da Contribuição Social ................................ (47) Assembléia Geral Extraordinária realizada em 7 de outubro de 2004, aprovou rastreadores (dispositivo de segurança antifurto para veículos), os quais Imposto de Renda e Contribuição Social ....... (47) o processo de reestruturação societária, que tem por objetivo segregar e estão demonstrados ao menor valor entre o custo médio de aquisição e Corrente .............................................................. transferir para a TW, a qual se encontrava inativa no momento, o acervo o preço de mercado ou valor líquido de realização. e. O ativo imobilizado Diferido ................................................................ (249) líquido vinculado à prestação de serviços de telecomunicações e atividades é registrado pelo valor de custo, corrigido monetariamente até 31 de (Prejuízo)/Lucro Líquido do Trimestre/Período (249) “wireless” correlatas, compreendendo serviço de envio de mensagens dezembro de 1995, e depreciado pelo método linear, com base na vida (Prejuízo)/Lucro Líquido por Ação - R$ .......... As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. (“pager”), bloqueio de funcionamento, rastreamento e localização de veículos útil estimada dos bens. É constituída uma provisão para redução do valor Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos - Exercícios e telemetria, incluindo os bens, os direitos e as obrigações, empregados, recuperável de ativos, quando há evidências claras de que os ativos estão Findos em 31/12/2005 e 31/12/2004 (Em milhares de reais) prepostos e prestadores de serviços vinculados às atividades de avaliados por valor não recuperável no futuro. f. A provisão para imposto telecomunicações e wireless. Em 20 de dezembro de 2004, a Companhia de renda é calculada à alíquota de 15% acrescida de adicional de 10% Legislação Societária assinou um memorando de entendimentos no qual foram estabelecidas as sobre o lucro tributável excedente a R$ 240, base anual, e a contribuição Dezembro/05 Dezembro/04 condições de venda irrevogável e irretratável da totalidade das ações social é calculada à alíquota de 9% sobre o lucro tributável. Origem dos Recursos 31/12/2005 31/12/2004 representativas do capital social da TW pelo valor de R$ 500 a qual, após e 4. Clientes Das operações .......................................... 40 1.821 se aprovada pela Agência Nacional de Telecomunicações - ANATEL, fará Venda de Serviços ............................................ Lucro/prejuízo líquido do exercício .......... (249) 559 com que a CBCC deixe de explorar as atividades de “Wireless”. Em 20 de Venda de Mercadorias ...................................... Depreciação/amortização do exercício ... 219 (1.014) dezembro de 2005, foi celebrado aditivo ao contrato de compra e venda de Provisão para créditos de liquidação duvidosa . Baixa da depreciação .............................. 70 1.366 ações, alterando na cláusula nº 2 o valor da operação para R$ 600. Em 20 Dos acionistas ........................................... 2.115 31/12/2005 31/12/2004 de julho de 2005 a Agência Nacional de Telecomunicações - ANATEL publicou 4. Impostos a Recuperar Integralização de capital .......................... 2.115 48 o Ato nº 51.683 aprovando a transferência das autorizações para prestação ICMS a Recuperar ............................................ De terceiros ............................................... 1 de serviços de radiochamada e para prestação de serviço limitado PIS e COFINS a compensar ............................. Redução realizável a longo prazo ........... 49 especializados detidos pela CBCC para a TW. Em razão dessa aprovação, Dividendos recebidos .............................. 31/12/2005 31/12/2004 Total das Origens ...................................... em 3 de agosto de 2005 a CBCC divulgou fato relevante ao mercado 6. Estoques 2.155 Qtde. Valor/Mil Qtde. Valor/Mil Aplicações Recursos informando que o acervo líquido formado pelos bens, direitos e obrigações Produtos 525 14 relacionados às atividades de radiochamada, bloqueadores de veículos e Sirenes ............................ Aquisição de imobilizado ........................... 1.137 124 11 telemetria foi transferido para TW, a título de aumento de capital, e que firmou Eletroválvulas 12 Volts .... Redução realizável a longo prazo ............. 86 1.868 208 os documentos definitivos estabelecendo os termos e condições da alienação Bloqueadores .................. Permanente vertido - CBCC ...................... 1.591 606 147 - Total das Aplicações ................................. das ações de emissão da TW de sua titularidade, cuja implementação Localizadores .................. 2.814 328 103 - Aumento (Redução) do Capital dependerá da aprovação da ANATEL. Principais eventos: • Em 1º de agosto Rastreadores .................. 219 33 de 2005, a CBCC aumentou o capital da Teletrim Wireless mediante a Modens ........................... Circulante Líquido ................................... (659) 517 - Demonstração da Variação do Capital Circulante Líquido conferência do acervo líquido contábil apurado conforme laudo de avaliação Total ................................ 7. Partes Relacionadas contábil elaborado na data-base 31 de julho de 2005. Ativo circulante .......................................... 2.460 Ativo (Passivo) Receita (Despesas) Passivo circulante ...................................... Demonstração do acervo líquido contábil da Companhia na data-base 3.119 31/12/2005 31/12/2004 31/12/2005 31/12/2004 Variação Capital Circulante Líquido ........ 31 de julho de 2005: (659) Conta Corrente CBCC (a) ... (261) (261) ATIVO Demonstração da Mutação do Patrimônio Líquido - Exercícios (261) (261) Circulante: Findos em 31/12/2005 e 31/12/2004 (Em milhares de reais) Contas a receber ..................................................................... 1.477 (a) Conta corrente dos pagamentos e recebimentos efetuados na Companhia Capital Lucros Adiantamentos a funcionários .................................................. 14 e constantes do laudo de versão de acervos líquidos e outros. Legislação Societária Realizado Reservas Acumulados Total Taxa anual 31/12/2005 31/12/2004 Adiantamentos de viagens ....................................................... 3 8. Imobilizado Saldos em 31/12/2004 ............ 1 1 de depreDepreProvisão para devedores duvidosos ........................................ (612) Aumento de capital ................... 2.115 - 2.115 ciação e ciação 882 Dividendos exercício ................ amortiacumuEstoques .................................................................................. 975 Resultado líquido do exercício . (249) (249) zação % Custo lada Líquido Líquido Permanente: Reservas de lucros .................. 425 280 145 Imobilizado - custo ................................................................... 10.894 Computadores e periféricos ..... 20 Incentivos fiscais ...................... 19 19 Imobilizado - depreciação acumulada ...................................... (9.303) Marcas e patentes ................... Resgate de ações preferenciais 116 116 1.591 Máquinas e equipamentos ....... 10 Ajuste de exercícios anteriores Aparelhos eletrônicos de Imobilizado Intangível (a) Reversão de radiochamada locados ........... 10 1.448 150 1.298 Andrade Gutierrez .................................................................. 2.311 equivalência patrimonial ......... 20 5 15 Amortização Andrade Gutierrez ............................................. (1.810) Instalações ............................... 20 Saldos em 31/12/2005 ............ 2.116 (249) 1.867 501 Instalações e equipamentos telefônicos ....... 10 8 5 3 - com vencimento final em 16/08/2008. 10. Patrimônio Líquido - Capital socialPASSIVO Móveis e utensílios ................... 10 90 48 42 - Em 31 de dezembro de 2005, o capital social, subscrito e integralizado, é Circulante: 81 12 69 - representado por ações ordinárias escriturais, sem valor nominal, o qual é Fornecedores ........................................................................... 486 Veículos .................................... 20 2.555 260 - composto como segue: Contas a pagar ........................................................................ 84 Sistemas aplicativos (software) 20 2.815 570 Equipamentos eletrônicos Acionistas Quantidade de ações de radiochamada .................... 20 6.335 6.235 100 - CBCC Cia. Brasileira de Contact Center ....... Salários e encargos a pagar .................................................... 106 994 588 100 488 - Alessandro d’Ecclesia Farace ....................... INSS a recolher ........................................................................ 38 Outros ...................................... 1 11.945 9.506 2.439 - Frederick M.R. Smith ..................................... Provisão de férias .................................................................... 155 Total ......................................... 1 Provisão de 13º salário ............................................................ 52 9. Empréstimos e Financiamentos - Em 31 de Dezembro de 2005 o saldo Pier Luigi d’Ecclesia Farace .......................... 1 Provisão para encargos sociais sobre férias e 13º salário ...... 73 da conta empréstimo em nome do Diretor Marcelo Cássio Necho, totalizava Mário Spinola e Castro .................................. 1 424 R$ 356. Os juros acordados em contrato são de 1,50% ao mês, com Hênio de Alcântara ........................................ 1 ISS a recolher .......................................................................... 18 vencimento em 31/12/2006. Saldo de financiamento em 31/12/2005 junto ao Roberto Rzezinski ......................................... 1 ICMS a recolher ....................................................................... 66 Banco Bradesco S.A., no valor de R$ 79, restando 32 parcelas mensais Total .............................................................. 1.000 PIS a recolher .......................................................................... 15 11. Conciliação da Despesa de Imposto de Renda e Contribuição Social Cofins a recolher ...................................................................... 70 31/12/2005 31/12/2004 Contribuição para FUST e FUNTTEL ...................................... 8 Imposto de Contribuição Imposto de Contribuição 177 renda (25%) social (9%) Total renda (25%) social (9%) Total Receitas futuras Resultado antes do imposto de renda e da contribuição social ... (149) (53) (202) Recebimento antecipado de clientes ...................................... 620 Equivalência patrimonial ............................................................... Exigível a longo prazo Prejuízos fiscais e outras diferenças temporárias ........................ Receitas de serviços/vendas (a) ............................................ 43 Outros (a) ..................................................................................... (35) (12) (47) Acervo líquido parcial ............................................................... 2.115 (183) (66) (249) (a) A CBCC detinha a outorga de três radiofreqüências (931,3125 MHz, 12. Seguros - A política da Companhia é manter cobertura de seguros em montante considerado satisfatório, em face dos riscos envolvidos. Em 31 de 931,9375MHz, 931,4125 MHz), que foram transferidas para a Teletrim dezembro de 2005, as apólices eram emitidas pela Chubb do Brasil Cia. de Seguros, com vigência de 25 de novembro de 2005 a 25 de novembro de Wireless S.A. mediante laudo de avaliação do acervo líquido, datado de 1 de agosto de 2005. Em 8 de agosto de 2005, de acordo com o Ofício 2006, conforme segue: Cobertura Limite Máximo de Indenização nº 585/2005/PVCPA/PVCP, emitido pela Anatel, foi extinta por renúncia Nº Apólice Incêndio 5.330 da Teletrim Wireless S.A. a autorização para utilização da radiofreqüência 1.210.508 ........................................ Risco Cessante Garantido 100 número 931,3125 MHz, bem como autorizada à transferência das outras 6.100.698 ........................................ 6.123.818 ........................................ Equiptos. e Aparelhos 6 duas radiofreqüências. 2. Apresentação das Demonstrações 5.436 Financeiras - As demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo Total ................................................ com as práticas contábeis adotadas no Brasil, consubstanciadas na Lei 13. Contrato de Arrendamento Mercantil (Leasing) - Em 31 de dezembro de 2005 os contratos de leasing que estavam em nome da companhia, são das Sociedades por Ações (Lei 6.404, incluindo suas posteriores os seguintes: Instituição Vencimento Taxa Valor alterações) e normas e instruções da Comissão de Valores Mobiliários Nº Contrato Bradesco Leasing S.A. Arrend. Mercantil 13/11/2008 1,99% 27 (CVM). 3. Principais Práticas Contábeis - As principais práticas contábeis 0261995-4 ....................................... Bradesco Leasing S.A. Arrend. Mercantil 01/11/2008 1,99% 34 adotadas foram as seguintes: a. Os direitos realizáveis e as obrigações 0262362-5 ....................................... Bradesco Leasing S.A. Arrend. Mercantil 15/12/2008 1,91% 55 exigíveis até 12 meses subseqüentes às datas dos balanços estão 0263558-5 ....................................... Bradesco Leasing S.A. Arrend. Mercantil 15/12/2008 1,48% 60 apresentados como ativo e passivo circulantes, respectivamente. b. As 0263560-7 ....................................... 176 aplicações financeiras são registradas ao custo, acrescido dos Total ................................................ DIRETORIA:

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Finanças Tr i b u t o s Nacional Empresas

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ÍNDICE TEVE RETRAÇÃO DE 0,42% EM ABRIL

IGP-M registra em abril a segunda deflação do ano BALANÇOS Telecom Net S.A. Logística Digital CNPJ nº 03.282.579/0001-10 Relatório da Diretoria Em cumprimento às disposições legais, submetemos à apreciação de V.Sas., as demonstrações financeiras relativas ao exercício findo em 31/12/2005, acompanhadas das correspondentes notas explicativas, permanecendo à disposição para os esclarecimentos que se fizerem necessários. São Paulo, 28 de Abril de 2006. A Diretoria. Dem.Comparativa dos Res. Ref. aos Exerc. Findos em 31/12/05 e 04 - R$ Balanço Patrimonial dos Exercícios Findos em 31/12/2005 e 2004 - R$ 2005 2004 Ativo 2005 2004 Passivo 2005 2004 Receita Operacional Bruta 3.955.488 3.363.640 Circulante 9.783.471 2.257.451 Circulante 7.104.903 3.294.835 Deduções da Receita Bruta (685.499) (147.502) Caixa e Bancos 1.084.761 167.932 Fornecedores 260.701 626.484 Receita Operacional Líquida 3.269.989 3.216.138 Aplicações de Liquidez Imediata 4.190.940 – Empréstimos Bancários e Leasing 88.526 418.405 Despesas Administrativas 5.967.228 3.128.139 Clientes-Contas a Receber 3.054.551 1.071.389 Obrigações Sociais 115.980 31.353 Despesas Financeiras Líquidas 99.981 266.925 Estoques 1.054.749 173.306 Obrigações Fiscais 148.880 420.188 Outras Receitas Operacionais 304.996 – Impostos a Recuperar 44.204 21.004 Provisão Direitos Trabalhistas 85.388 6.145 Resultado Operacional (2.492.224) (178.926) Outros Créditos 80.108 823.674 Contas a Pagar 7.900 5.951 Resultado Não Operacional (67.572) – Despesas Antecipadas 72.275 146 Operadoras a Pagar 6.274.889 1.786.309 Resultado Antes da Contr.Social (2.559.796) (178.926) Outras Despesas a Amortizar 201.882 – Comissões a Faturar 122.639 – Contribuição Social – 122.799 Realizável a Longo Prazo 140.504 180.619 Exigível a Longo Prazo 337.781 – Resultado Antes do Imposto de Renda (2.559.796) (301.725) Antecipações Leasing 140.504 180.619 Impostos a Pagar 204.979 – Imposto de Renda – 270.403 Permanente 1.514.104 675.651 Leasing 132.802 – Resultado Líquido do Exercício (2.559.796) (572.128) Imobilizado Liquido 1.514.104 622.567 Patrimônio Liquido 3.995.396 (181.113) Nº de ações 7.696.350 455.000 Ativo Diferido Líquido – 53.084 Capital Social 7.696.350 391.014 Prejuízo por ação (0,33) (1,26) Total do Ativo 11.438.080 3.113.722 Resultados Acumulados (3.700.954) (572.128) Demonstração Comparativa das Origens e Aplicações de Recursos Total do Passivo 11.438.080 3.113.722 Notas Explicativas às Demonstrações Finaceiras - R$: 1) Sumário dos Referente aos Exercícios Findos em 31/12/05 e 04 - R$ Dem.Comp.das Mut.do Patr.Líq.-Exerc.Findos em 31/12/05 e 04 - R$ Critérios de Avaliação dos Elementos Patrimoniais: Os procedimentos conOrigens: 2005 2004 tábeis adotados na elaboração de suas demonstrações financeiras atenCap. Social Result. Acum. Patr. Líq. Das Operações: Resultado Líq. Exercício (2.559.796) (572.128) dem às disposições da Lei das S.A. de acordo com a Lei 6.404/76 e Legis100.000 – 100.000 Saldo em 31/12/2003 Desp.(Rec.) que não afetam Cap.Circ.: lação Tributária em vigor, destacando-se as práticas mais importantes: a) Aum. de Cap.: Integraliz. Capital 399.000 – 399.000 307.445 34.540 Aplicações de Liquidez Imediata: Foram registradas ao custo de aplicaRedução Capital (44.000) – (44.000) Depreciações e Amortizações 7.241.350 399.000 ção; b) Estoques: A Sociedade opera como intermediária do comércio de Prejuízo Líquido do Exercício – (572.128) (572.128) Integralização Capital Social Redução Capital Social – (107.986) créditos de cargas de telefonia celular junto às principais Operadoras. Para Reserva Legal – – – Aumento Exigível a Longo Prazo 337.781 – tanto, opera tanto com estoque próprio quanto consignado. O estoque próDistribuição de Dividendos – – – 40.115 – prio está registrado pelo custo de aquisição do valor de face de cada crédito. Ajustes Exercícios Anteriores (63.986) – (63.986) Diminuição Realizável a Longo Prazo (505.044) – É a seguinte a composição do estoque: Claro RJ 37.690,00 Saldo em 31/12/2004 391.014 (572.128) (181.113) Ajustes Exercícios Anteriores De Terceiros: Venda de Imobilizado 82.079 19.752 Claro BA-SE 17.525,00 Aumento de Capital Baixa Investimentos 1.800 – Claro NE 244.080,00 Integralização Capital 7.241.350 – 7.241.350 4.945.730 (226.822) TIM Celular SP 113.190,00 Prejuízo Líquido do Exercício – (2.559.796) (2.559.796) Total das Origens (488.278) Aplicações: Aquisições Ativo Permanente (1.229.778) OI 498.455,00 Reserva Legal – – – Diminuição Exigível a Longo Prazo – (280.000) Nextel 9.880,00 Distribuição de Dividendos – – – – (96.389) TIM Maxitel 64.880,00 Ajustes Exercícios Anteriores 63.986 (569.030) (505.044) Aumento Realizável a Longo Prazo Total das Aplicações (1.229.778) (864.667) Embratel 42.439,00 Saldo em 31/12/2005 7.696.350 (3.700.954) 3.995.396 Aumento/(Dimin.) Capital Circ. Líquido 3.715.951 (1.091.489) Claro Litoral SP 140,00 31/12/2004 que totalizaram R$ 505.044. 2) Imobilizado: É a seguinte 2005 2004 Variação Cap.Circ. Vivo 26.470,00 composição do imobilizado técnico na data do balanço: Ativo Circulante 9.783.471 2.257.451 7.526.019 1.054.749,00 Imobilizado Custo Deprec. acum. Valor Líq. Passivo Circulante 7.104.903 3.294.835 3.810.068 c) Imobilizações Técnicas: Estão registradas pelo custo de aquisição Móveis e Utensílios 60.920 (11.703) 72.623 Totais 2.678.568 (1.037.384) 3.715.951 menos depreciação calculada de acordo com as taxas fiscais em vigor. Máquinas e Equipamentos 1.085.268 (116.959) 1.202.226 3) Capital Social: O Capital Social da empresa totalmente integralizado no d) Patrimônio Líquido: Foram efetuados ajustes no patrimônio líquido Instalações 15.088 (3.237) 18.325 valor de R$ 7.696.350 e representado por 7.696.350 ações nominativas, referentes à práticas contábeis inconsistentes no balanço encerrado em Programas de Informática 94.950 (44.664) 139.614 sem valor nominal. A partir de Julho/2005, o controle societário e a adminisMicrocomput. e Periféricos 630.023 (195.580) 825.603 A Diretoria tração passou a ser exercido pela controladora, Telecom Net Inc. Totais 1.886.248 (372.144) 1.514.104 Cesar S.A. Allevato - Contador CRC 1SP 131.661/O-0

ITÁLICA SAÚDE LTDA. CNPJ nº 01.560.138/0001-08 Balanços Patrimoniais em 31/12/2005 e 2004 (Em milhares de reais) 2005 2004 Ativo 2005 2004 Passivo 1.004 325 Circulante 4.584 4.284 Provisões Técnicas 2.524 3.068 Disponibilidades 170 347 Circulante Eventos a Liquidar de Oper. de Assist. à Saúde 1.462 1.943 Títulos de Renda Fixa 560 2 Débitos e Operações de Assistência à Saúde 53 317 Créditos de Operações c/Planos de Assist. à Saúde 114 409 Impostos e Contribuições a Pagar 668 640 Títulos e Créditos a Receber 3.740 3.526 Provisão de Férias e Encargos 10 – Realizável a Longo Prazo 138 65 Débitos com Cooperados 80 82 Débitos de Serviços e Aluguéis 91 86 Depósitos Judiciais 78 65 Débitos Diversos 160 – Títulos e Créditos a Receber 60 – 131 110 Permanente 108 28 Exigível a Longo Prazo Impostos e Contribuições a Pagar 23 110 Investimentos 6 6 Provisão para Contingências 108 – Imobiliz.: Imóveis de Uso Próprio não Hospitalares 92 – Patrimônio Líquido 1.171 874 Outras Imobilizações 165 162 Capital Social 650 500 (–) Depreciação Acumulada (155) (140) Lucros Acumulados 521 374 4.830 4.377 Total do Ativo 4.830 4.377 Total do Passivo As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Contábeis são contabilizados pelo regime de competência e calculados às alíquotas esDemonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido dos Exercícios tabelecidas em conformidade com a legislação vigente. Findos em 31/12/2005 e 2004 (Em milhares de reais) 4. Títulos e Créditos a Receber: Compõem-se de: Capital Lucros Social Acumulados Totais Descrição 2005 2004 Saldos em 01/01/2004 500 161 661 ITALTAC - Administração de Serviços (1) 2.138 1.734 Lucro Líquido do Exercício – 213 213 Hospital e Maternidade Jardins Ltda. (2) 1.584 857 Saldos em 31/12/2004 500 374 874 Hospital Santo Expedito Ltda. – 606 Aumento de Capital conforme Alteração Outros Títulos e Créditos 18 329 Contratual de 16/07/2005 150 (150) – Total 3.740 3.526 Lucro Líquido do Exercício – 297 297 (1) Até 2004 o superávit ou déficit de caixa em conta corrente, decorrente das Saldos em 31/12/2005 650 521 1.171 operações de recebimentos e pagamentos eram aplicados no mercado finanAs Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Contábeis ceiro e repassados à remuneração equivalente à taxa de 90% da CDI-CETIP, Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis em 31/12/2005 e 2004 sobre o saldo médio devedor ou credor. Em 2005, foi firmado um novo contrato, que extinguiu esta condição, em detrimento de uma menor remuneração (Em milhares de reais) 1. Contexto Operacional: A Itálica Saúde Ltda., fundada em 06 de maio de pelos serviços prestados pela ITALTAC. (2) Adiantamentos concedidos a es1996, tem por objetivo social a prestação de serviços de planos de saúde, po- tes hospitais, por conta de prestação de futuros serviços hospitalares aos bedendo contratar hospitais, pronto-socorros e demais entidades que trabalhem neficiários da Operadora. Taxa de 31/12/05 31/12/04 na área de saúde, bem como médicos e outros profissionais habilitados para 5. Imobilizado: Deprec. Custo Deprec. Líquido Líquido tal mister. A empresa está subordinada às diretrizes e normas da Agência Na- Descrição Terrenos – 42 – 42 – cional de Saúde Suplementar - ANS, à qual compete regulamentar, acompa4% 50 (6) 44 – nhar e fiscalizar as atividades das operadoras de planos de privados de assis- Imóveis Comput. e Periféricos 20% 110 (107) 3 6 tência à saúde, inclusive políticas de comercialização de planos e de reajusMóveis e Utensílios 10% 36 (27) 9 11 tes de preços e normas financeiras contábeis. Em 29 de dezembro de 2003 a Aparelhos p/Telefonia 10% 19 (15) 4 5 Itálica Saúde Ltda., firmou contrato por prazo indeterminado de prestação de 257 (155) 102 22 serviços de cobrança, recebimento e pagamento de títulos, com a ITALTAC 6. Provisões Técnicas: 6.1. Provisão de risco para garantia de obrigaTecnologia na área de cobranças S/C Ltda., iniciando-se as operações a partir ções contratuais: A constituição da referida provisão passou a ser exigida a de 01 de janeiro de 2004. 2. Apresentação das Demonstrações Contábeis: partir de 1º de julho de 2001 conforme RDC nº 77 de 17/07/2001, cuja forma As demonstrações contábeis foram elaboradas em consonância com as dis- de cálculo consiste no maior valor apurado entre 50% das contraprestações posições da Lei nº 6.404/76, e com a Agência Nacional de Saúde Suplemen- líquidas emitidas na modalidade de pré-pagamento e a média dos eventos intar - ANS. 3. Resumo das Principais Práticas Contábeis: Os critérios ado- denizáveis líquidos conhecidos da referida modalidade nos últimos doze metados para a elaboração das demonstrações contábeis consistem basica- ses, multiplicando o resultado apurado pelo fator determinado pela ANS, que mente em: a) Apuração do resultado, ativos e passivos circulantes e a leva em consideração o segmento e a região de atuação da empresa. A Itálica longo prazo: O regime de apuração do resultado é o de competência. Os ati- Saúde Ltda. vem optando por constituir mensalmente as provisões de acordo vos circulantes e a longo prazo são apresentados pelo valor de custo, incluin- com as normas editadas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar do, quando aplicável, os rendimentos e as variações monetárias auferidas. ANS, estando em consonância com as disposições desta. De acordo com a Os passivos são demonstrados por valores conhecidos ou calculáveis, acres- Resolução Normativa nº 94 de 23/03/2005, a operadora comprovou a adecidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos e variações monetá- quação dos ativos garantidores, conforme abaixo demonstrado: Total Utilizado Excedente rias incorridas. b) Imobilizado: O ativo imobilizado é contabilizado pelo custo Descrição 560 542 18 de aquisição. As depreciações são calculadas pelo método linear, que leva Títulos de Renda Fixa 92 60 32 em consideração a vida útil econômica dos bens. c) Imposto de renda e a Imóveis de Uso não Hospitalar 652 602 50 contribuição social: O imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro Total de Garantias Diretoria: Aos Quotistas e Administradores da Itálica Saúde Ltda. 1. Examinamos o Balanço Patrimonial da Itálica Saúde Ltda., levantado em 31 de dezembro de 2005, e as respectivas demonstrações de resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos correspondentes ao exercício findo naquela data, elaborado sob a responsabilidade de sua Administração. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis. 2. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil e compreendeu: a) o planejamento do trabalho, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controles internos da Operadora; b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e c) a avaliação das práticas e das estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Operadora, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. 3. Não foi constituída provisão para perdas no valor aproximado de R$ 544 mil relativa a processos judiciais nos quais a Operadora é parte envolvida, conforme mencionado na nota

Guilhermina Ester Baya - Sócia Gerente Parecer dos Auditores Independentes explicativa nº 7. 4. Em virtude das conciliações de contas patrimoniais procedidas em 2005, conforme citado na nota explicativa nº 8, foram efetuados ajustes de eventos relativos a exercícios anteriores, cujos valores, no montante de R$ 321 mil, foram lançados a crédito da conta de resultado do exercício. Este procedimento não teve efeito nos saldos das contas do Patrimônio Líquido, mas afetou o resultado do exercício no valor de R$ 212 mil, líquido de imposto de renda e contribuição social. 5. Em nossa opinião, em virtude da relevância dos assuntos mencionados nos parágrafos 3 e 4, as demonstrações contábeis referidas no primeiro parágrafo não representam, adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Itálica Saúde Ltda. em 31 de dezembro de 2005, nem o resultado de suas operações, nem as mutações de seu patrimônio líquido e nem as origens e aplicações de seus recursos, referentes ao exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 6. Conforme Resolução Operacional - RO nº 319 de 10 de outubro de 2005, a Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS, encerrou o Regime de Direção Técnica na Itálica Saúde Ltda., que havia sido instaurado através da Resolução Operacional - RO nº 200 de 30 de abril de 2004. 7. As demonstrações contábeis relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2004, foram por

SOCIEDADE INSTRUÇÃO E SOCORROS - CNPJ 61.015.129/0001-68 BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO - Em Reais ATIVO CIRCULANTE Disponibilidades Aplicações financeiras Mensalidade a receber Demais contas a receber PERMANENTE Imobilizado Depreciação acumulada TOTAL DO ATIVO

2005

2004

310.376 1.896.188 736.496 2.498 2.945.558

431.621 2.674.042 468.362 45.780 3.619.805

56.593.457 (5.034.404) 51.559.053 54.504.611

56.212.913 (3.724.581) 52.488.332 56.108.137

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO SOCIAL/EM REAIS Superávit (Déficit) Reserva de Acumulados do Exerc. Reavaliação Total EM 1º/01/2004 33.666.213 (2.463.148) 19.754.940 50.958.005 Transferência (2.463.148) 2.463.148 Realização da reserva da reavaliação 1.152.985 (1.152.985) Déficit do exercício (4.647.794) (4.647.794) EM 31/12/2004 32.356.050 (4.647.794) 18.601.955 46.310.211 Transferência (4.647.794) 4.647.794 Realização da reserva da reavaliação 1.324.824 (1.324.824) Déficit do exercício (3.378.017) (3.378.017) EM 31/12/2005 29.033.080 (3.378.017) 17.277.131 42.932.194 NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004 CIFRAS APRESENTADAS EM REAIS 1. CONTEXTO OPERACIONAL - A sociedade é uma entidade beneficente de assistência social e tem como finalidade criar, congregar, dirigir, manter obras que visem a beneficência, a promoção humana, a educação, a cultura, a evangelização, a assistência à coletividade, inclusive a prestação de serviços diversos à comunidade e, no desempenho de suas atividades, não fará qualquer distinção de raça, cor, idade, sexo, nacionalidade, credo político ou religioso. 2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras foram elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com as práticas contábeis emanadas da Lei n º 6.404/76 e demais disposições complementares. A partir de 2004, as demonstrações dos déficits dos exercícios passaram a considerar os gastos com assistência social e educativa. 3. PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS - a) Apuração do déficit do exercício - As receitas operacionais decorrentes das mensalidades, são reconhecidas em regime de competência de exercícios. As receitas e despesas com bolsas de estudos a alunos, as receitas com subvenções e auxílios, são reconhecidas quando dos efetivos recebimentos ou pagamentos. b) Ativos São Paulo, 27 de abril de 2006 Aos Administradores Sociedade Instrução e Socorros 1. Examinamos os balanços patrimoniais da Sociedade Instrução e Socorros, em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 e as correspondentes demonstrações dos déficits, das mutações do patrimônio social e das origens e aplicações de recursos dos exercícios findos nessas datas, elaborados

Demonstrações do Resultado dos Exercícios Findos em 31/12/2005 e 2004 (Em milhares de reais) Contraprestações Efetivas de Operações 2005 2004 de Assistência à Saúde 18.616 12.258 Variação das Provisões Técnicas (679) (149) Eventos Indenizáveis Líquidos (12.018) (7.690) Resultado Operacional Básico 5.919 4.419 Despesas de Comercialização (1.906) (988) Outras Receitas e Despesas Operacionais (209) (1.186) Resultado Operacional 3.804 2.245 Resultado Financeiro Líquido 151 142 Despesas Administrativas (3.447) (2.142) Resultados antes do Impostos e Participações 508 245 Impostos e Participações no Resultado (211) (32) Resultado Líquido do Exercício 297 213 As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Contábeis Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos dos Exercícios Findos em 31/12/2005 e 2004 (Em milhares de reais) 2005 2004 Origens 1.012 (44) Das Operações: Resultado Líquido do Exercício 297 213 Depreciação 15 24 Provisão de Risco 679 149 De Terceiros: Exigível a Longo Prazo 21 (430) Aplicações 168 31 Aquisição de Bens do Imobilizado, ao Custo 95 3 Aumento em Realizável a Longo Prazo 73 28 Aumento (Redução) do Capital Circulante 844 (75) Variação do Capital Circulante Ativo Circulante 300 1.868 No Início do Exercício 4.284 2.416 No Fim do Período 4.584 4.284 Passivo Circulante (544) 1.945 No Início do Exercício 3.068 1.123 No Fim do Período 2.524 3.068 Aumento (Redução) do Capital Circulante Líquido 844 (75) As Notas Explicativas são parte integrante das Demonstrações Contábeis 6.2. Provisão para eventos ocorridos e não avisados: A referida provisão não foi constituída, uma vez que, consoante a referida Resolução acima citada, a adoção dessa prática é obrigatória somente para as operadoras de planos privados de assistência à saúde que iniciaram suas operações ou adquiriram carteira de clientes a partir de julho de 2001. 7. Provisão para Contingências: De acordo com parecer dos consultores jurídicos da Operadora a provisão para cobertura de eventuais perdas com processos judiciais em andamento deveria ser de R$ 652 mil. A administração da Operadora, no entanto, constituiu uma provisão para tal finalidade, no valor de R$ 108 mil, não reconhecendo, desta maneira valores de riscos com estes processos, no montante de R$ 544 mil. 8. Ajustes de Exercícios Anteriores: Em 2005, a Operadora procedeu às conciliações das contas de Ativo e Passivo que, em 31 de dezembro de 2004 totalizavam, respectivamente, R$ 3.314 mil e R$ 2.249 mil. O valor líquido destas conciliações resultou num ajuste, no montante, de R$ 321 mil, que foi lançado a crédito de conta de resultado do exercício, ao invés da conta de Lucros Acumulados no Patrimônio Líquido, afetando, desta maneira, o resultado do exercício no montante, de R$ 212 mil, líquido de imposto de renda e contribuição social. 9. Capital Social: O Capital Social está totalmente integralizado, por quotistas domiciliados no país, dividido em 650.000 (seiscentos e cinqüenta mil) quotas, no valor de R$ 1,00 (um real) cada. 10. Outras Informações: A Operadora está devidamente enquadrada no processamento dos balancetes, conforme definido no Plano de Contas Padrão, aplicável às Operações de Planos Privados de Assistência à Saúde OPS, em atendimento à Resolução nº 38 da Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS. Marcos César Marins - CT CRC - 1 SP 148628/O-1 nós examinadas e, sobre elas, em 14 de abril de 2005, emitimos uma negativa de opinião, em razão de: a) Não aprimoramento dos controles internos da Operadora, quanto a não conciliação dos saldos das contas do ativo no montante de R$ 3.314 mil e passivos no montante de R$ 2.249 mil. Na auditoria do exercício encerrado em 31 de dezembro de 2005, foi possível nos satisfazermos da adequação quanto às conciliações acima mencionadas. b) Não reconhecimento no passivo exigível de processos judiciais e contingências trabalhistas, cujos valores, à época, de acordo com informações fornecidas pelos seus consultores jurídicos, montavam, aproximadamente, R$ 2.270 mil. Em 2005, foi constituída uma provisão para fazer face a esses passivos, conforme citado no parágrafo 3. 26 de abril de 2006

+0 0 0$ / / " -" +0$ "0 $+ 0 . " ",

Mário Vieira Lopes Contador CRC-RJ 60.611 “S” SP 2604

Mário Severino de Barros Contador CRC-SP 1SP115526/O-7

40,41 P

por cento foi o aumento de preço do álcool combustível nos últimos 12 meses.

ela segunda vez consecutiva no ano, o Índice Geral de Preços Mercado (IGP-M) registrou deflação. Caiu 0,42% em abril, a menor taxa em sete meses e quase o dobro da queda registrada em março (-0,23%). O indicador, usado para calcular reajustes de aluguel e de tarifa de energia elétrica, foi beneficiado pelo bom momento dos preços agrícolas no atacado, que estão com recuo forte (-3,03%). Com o resultado deste mês, a taxa acumulada de 12 meses até abril teve queda de 0,92%, recorde na história do indicador, criado em 1989, e de todos os IGPs calculados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Tendo em vista o cenário favorável na inflação, mostrado pelo IGP-M de abril (que vai do dia 21 de março ao 20 de abril), o coordenador de Análises Econômicas da FGV, Salomão Quadros, não descartou uma terceira deflação para o indicador de maio. O economista considerou também que a queda em 12 meses do índice é muito importante para o cenário da inflação em 2006. Essa taxa acumulada é a usada no cálculo de reajuste dos preços controlados – além de energia elétrica e aluguel, o IGP-M também é usado no reajuste de TV por assinatura. "Em 2006, os preços controlados vão preocupar menos o cenário da inflação do que nos outros anos", considerou. Ao comentar o cenário favorável da inflação em abril,

Quadros explicou que a deflação nos produtos agrícolas derrubou os preços do atacado, que atingiram em abril o menor nível em oito meses, com queda de 0,77%, ante taxa negativa de 0,48% em março. Entre os destaques está a deflação nos preços dos alimentos in natura (-0,37%). "Para se ter uma idéia, o preço dos ovos caiu 3,85% em abril. Em março, já havia caído 1,71%", acrescentou o economista. Outro fator que contribuiu fortemente para a queda no IGP-M de abril foi a deflação de 6,15% no preço dos óleos combustíveis no atacado – sendo que os preços desse produto estavam subindo 2,38% em março. "É o único combustível cujo preço está em queda no atacado. Mas está caindo muito", afirmou o economista. O setor atacadista, de maior peso na formação do indicador, foi o grande responsável pela deflação no IGP-M. De março para abril ,os preços no varejo ficaram estáveis, permanecendo em alta de 0,22%. Já os preços na Construção Civil registraram leve recuo (de 0,23% para 0,21%), de março para abril. GNV – O preço do GNV foi o que menos subiu entre os combustíveis, no período de 12 meses até abril. Segundo o economista da FGV André Braz, o preço do gás para veículos teve alta de 8, 99% em 12 meses até abril. No mesmo período, houve altas de 14,02% no preço da gasolina; e de 40,41% no preço do álcool combustível. (AE)

IPCA deve encerrar 2006 em 4,42%, prevê Banco Central

S

e a inflação deste ano pode fechar abaixo de 4,5%, centro da meta estabelecida pelo Banco Central para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em 2007 o quadro deverá ser totalmente adverso. A mediana da Pesquisa Focus para o IPCA já aponta para uma inflação encerrando 2006 em 4,42%, e no universo das instituições que compõem a pesquisa do BC, um total de 100, já há as que apostem em um índice de 4,2%. A mesma pesquisa mostra, no entanto, que para 2007 as expectativas ainda apontam para uma inflação de 4,5%, mas se o cenário agrícola se alterar, o IPCA poderá ficar acima deste nível. Vários são os fatores que têm contribuído para que os consumidores consigam gastar menos neste ano. Entre eles estão a valorização cambial, o excesso de oferta de grãos que deixaram de ser transformados em ração para aves, bovinos e suí-

DEMONSTRAÇÃO DOS DÉFICITS DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO - Em Reais

nos e a baixa demanda interna. Os importadores de proteína animal de origem brasileira reduziram suas compras depois da confirmação de focos de febre aftosa em algumas regiões do País e do receio da gripe aviária, que embora não tenha afetado o plantel doméstico, tem preocupado os consumidores de frango no mundo inteiro. A baixa demanda levou as vendas dos supermercados a cair 4,83% no primeiro trimestre e 10,1% em março sobre março do ano passado, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). O resultado prático dessas restrições pode ser visto nos indicadores de inflação, que quando não estão em queda captam variações bem inferiores às projeções do mercado. O Índice de Preços no Atacado Agrícola do IGP-M, por exemplo, acumula no ano deflação de 4,07% e, em 12 meses, registra queda de 14,01%. (AE)

DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO - Em Reais 2005 2004 2005 2004 PASSIVO 2005 2004 ORIGENS DE RECURSOS RECEITAS OPERACIONAIS CIRCULANTE De terceiros Mensalidades 10.163.443 9.407.364 Obrigações sociais 202.568 239.102 Aumento do exigível a longo prazo 1.867.512 1.757.112 Bolsas de estudos distribuídas 3.296.124 2.893.065 Obrigações trabalhistas 200.307 224.028 Total das origens 1.867.512 1.757.112 Subvenção municipal e estadual 3.484.228 3.053.978 Provisão de férias e encargos 862.335 867.082 APLICAÇÕES DE RECURSOS Rendimentos sobre aplicações financeiras 489.823 528.874 Receitas antecipadas 571.935 583.038 Nas operações sociais Benefício assistência social 7.407.821 4.822.379 Demais contas a pagar 101.275 118.191 Déficit do exercício 3.378.017 4.647.794 Bolsas de estudos a alunos (3.296.124) (2.893.065) 1.938.420 2.031.441 Despesas que não afetam o capital circ. líq. Outras 1.939.479 1.545.966 EXIGÍVEL A LONGO PRAZO Depreciação (1.324.823) (1.152.987) 23.484.794 19.358.561 INSS cota patronal 9.633.997 7.766.485 Imobilizado 395.544 407.564 9.633.997 7.766.485 DESPESAS OPERACIONAIS Total das aplicações 2.448.738 3.902.371 sociais e educacionais Assistências PATRIMÔNIO SOCIAL REDUÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE (581.226) (2.145.259) Obras sociais 9.990.700 7.716.007 Superávits acumulados 28.974.809 32.356.050 VARIAÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE Depreciação 510.824 465.154 Reserva de reavaliação 17.335.402 18.601.955 Ativo circulante Serviços gratuitos 569.824 625.200 Déficits dos exercícios (3.378.017) (4.647.794) No final do exercício 2.945.558 3.619.805 Outros custos sociais 1.045.594 1.051.443 42.932.194 46.310.211 No início do exercício 3.619.805 5.620.325 1.045.594 9.857.804 TOTAL DO PASSIVO 54.504.611 56.108.137 (674.247) (2.000.520) Despesas administrativas Passivo circulante circulantes e passivos circulantes e a longo prazo - Os ativos circulantes Ordenados e encargos 10.346.097 8.208.203 No final do exercício 1.938.420 2.031.441 são demonstrados pelos valores de realização, incluindo, quando aplicável, os Escolares 275.133 421.147 No início do exercício 2.031.441 1.886.702 rendimentos auferidos. Os passivos circulantes e a longo prazo são demonstraAssistência médica e odontológica 199.245 205.026 (93.021) 144.739 dos por valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos Água, energia elétrica, telefone e gás 483.173 664.824 REDUÇÃO DO CAPITAL CIRCULANTE (581.226) (2.145.259) encargos incorridos. c) Ativo Permanente - Demonstrado pelo valor do custo Serviços de terceiros 584.996 1.012.745 de aquisição, acrescido de correção monetária até o exercício de 1995 e Manutenção e reparos 730.587 745.882 de 1998, as gratuidades estão demonstradas como segue: reavaliação contabilizada no exercício de 2000. A depreciação é calculada lineDespesas com viagens e estadias 180.900 255.224 2005 2004 armente, de acordo com as seguintes taxas anuais: - Edificações - 4%; - VeícuAnúncios e Propaganda 22.068 70.752 Receitas operacionais 23.484.794 19.358.561 los – 20%; - Móveis e utensílios – 10%; - Máquinas e equipamentos – 10%; Aluguéis e condomínios 51.166 30.601 Bolsas de estudos a alunos 3.296.124 2.893.065 Equipamentos de Informática - 20%. d) Patrimônio Social - Composto pelos Material de limpeza, escritório e informática 181.521 300.909 Obras sociais 10.501.524 8.181.161 superávits e (déficits) apurados ao longo do período de existência da entidade e Depreciação 814.000 687.831 Subvenções municipal e estadual (3.484.228) (3.053.978) não tem capital social. 4. APLICAÇÕES FINANCEIRAS - Compostas por apliOutras 876.987 1.545.407 Serviços gratuitos dos associados 569.820 625.200 cações de curto prazo em CDB (certificado de depósito bancário), fundo de 14.745.873 14.148.551 Outros custos sociais 1.045.594 1.051.443 investimento e caderneta de poupança, remuneradas de acordo com as taxas RESULTADO OPERACIONAL (3.378.017) (4.647.794) Total de assistências sociais e educacionais 11.928.834 9.696.891 de mercado praticadas e permitidas por lei. DÉFICITS DOS EXERCÍCIOS (3.378.017) (4.647.794) Percentual de Aplicação 50,79% 50,09% 5. IMOBILIZADO O benefício usufruído pela entidade em função do gozo de sua imuBens 2005 2004 de 11 de dezembro de 1998, regulamentada pelo Decreto Lei nº 3.048 de 18 nidade constitucional, que corresponde exclusivamente à cota patroTerrenos 22.945.136 22.945.136 de junho de 1999, as pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos, nal do INSS, cujos montantes em 31 de dezembro de 2005 eram de passaram a ser obrigadas a recolher mensalmente a cota patronal do INSS Construções em Andamento 184.798 R$ 1.867.512 (2004 R$ 1.757.112). Este benefício representa 15,65% Edificações 29.575.639 29.575.639 (Instituto Nacional de Seguridade Social), calculada com base na isenção a (2003 – 18,12%) do total aplicado pela entidade em assistências soser usufruída, correspondente entre a relação existente do valor efetivo total Veículos 364.456 343.456 das vagas cedidas integral e gratuitamente e a receita bruta total apurada ciais. 9. COBERTURA DE SEGUROS - Para atender medidas preMóveis e Utensílios 2.067.646 2.011.929 mensalmente. Baseado na opinião de seus consultores jurídicos e na liminar ventivas adotadas permanentemente, a sociedade efetua contratação Máquinas e Equipamentos 689.341 618.453 concedida pelo Supremo Tribunal Federal em 11 de novembro de 1999, a de seguro em valor considerado suficiente para cober tura de eventuEquipamentos de Informática 766.441 718.300 entidade não efetuou o recolhimento das cotas patronais do período de abril ais sinistros. Depreciação Acumulada (5.034.404) (3.724.581) de 1999 a dezembro de 2004 no valor de R$ 7.776.485 e do ano de 2005 de DIRETORIA 51.559.053 52.488.332 R$ 1.867.512, provisionadas na sua totalidade na rubrica de INSS cota paDiretor Presidente - Rafael de La Torre Vargas - CPF 213.775.208-54 Diretor Tesoureiro - Gaspar Blanco Ramos - CPF 590.526.358-20 6. RECEITAS ANTECIPADAS - Correspondem aos valores recebidos no tronal a recolher. As cotas patronais para as entidades com obras sociais Contadora: Rafaela Mariniello exercício, relativos à primeira parcela da mensalidade dos exercícios se- isentas de pagamento, são registradas em conta de compensação ativa e CPF 050.719.798-45 - CRC.: 1SP140772/O-9 guintes. 7. INSS COTA PATRONAL - De conformidade com a Lei nº 9.732 passiva. 8. GRATUIDADES - De acordo com o Decreto n º 2.536 de 6 de abril PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nossos exames internos da entidade; b) a constatação, com base em testes, das evidências financeira da Sociedade Instrução e Socorros, em 31 de dezembro de foram conduzidos de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, e dos registros que suportam os valores e as informações contábeis 2005 e de 2004 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio que requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar divulgados; c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais social e as origens e aplicações de recursos dos exercícios findos nessas a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus representativas adotadas pela administração da entidade, bem como da datas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. aspectos relevantes. Portanto, nossos exames compreenderam entre outros apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. Somos LM AUDITORES ASSOCIADOS Luis Roberto Nunes procedimentos: a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância de parecer que as referidas demonstrações financeiras apresentam CRC 2SP018.611/O-8 CRC 1SP216.375/O-8


DIÁRIO DO COMÉRCIO

sexta-feira a domingo, 28 a 30 de abril, e segunda-feira, 1 de maio de 2006

ECONOMIA/LEGAIS - 13

Monalisa Lins/AE

BALANÇOS AGRO PECUÁRIA BARRO GRANDE S/A

A indústria de alimentos foi destaque no índice medido pela Fiesp

Atividade industrial cresce pelo quinto mês consecutivo

O

Indicador de Ativi- muito positivo nos mercados d a d e I n d u s t r i a l interno e externo", ressaltou o ( I N A ) , a p u r a d o diretor-adjunto do Departapela Federação das mento de Economia do Ciesp, Indústrias do Estado de São Antonio Corrêa de Lacerda, Paulo (Fiesp) e pelo Centro das lembrando que os juros exterIndústrias do Estado de São nos continuam baixos e a dePaulo (Ciesp), cresceu pelo manda por exportações, altas. quinto mês consecutivo em Quando se analisa o mercado março (1,1% ante fevereiro interno, há pelo menos três facom ajuste sazonal ou 10,8% tores que afetam positivamensem ajuste), colocando a pro- te a produção, completou dução industrial paulista em Francini: a redução da taxa báum novo nível de crescimento. sica de juro (Selic), o reajuste Em todo o ano do salário mípassado, o nimo acima da INA subiu inflação e a 1,8%, mas no aceleração p r i m e i ro t r idos gastos púmestre de 2006 blicos. "Não podemos esjá registra alta por cento é o de 8,6% na quecer da oferta de crécomparação aumento da com o mesmo dito, que tem atividade industrial espaço enorperíodo do ano no primeiro passado. me para cresNa avaliação cer", ressaltou trimestre de 2006 do diretor do Lacerda. em relação a igual Departamento Por seu peso na atividade Pesquisas período de 2005 Econômicas da de, o setor de alimentos foi Fiesp, Paulo Francini, a atividade deve con- destaque na alta do INA em tinuar em alta nos próximos março, com 1,3% na série com meses, mas em ritmo menor do ajuste e 11,8% sem ajuste. Mas que o atual, já que a base de em termos de variação, o setor comparação do segundo tri- de máquinas e equipamentos mestre é mais forte do que a do foi forte, com 4,1% (com ajuste) primeiro. Dessa forma, o INA e 17,3% (sem ajuste). deverá encerrar o ano com inNova projeção – A Confecremento entre 5,5% e 6%. deração Nacional da IndúsO INA registrou variação tria (CNI) elevou sua projenegativa pela última vez em ção para o crescimento da ino u t u b r o d o a n o p a s s a d o dústria e da economia neste (-1,1%). Em novembro, a alta ano, citando os efeitos espefoi de 2,9%; em dezembro, de rados da queda dos juros, do 2,4%; em janeiro de 2006, de aumento de emprego e renda 1,8% e em fevereiro, de 1,8%; a das melhores condições de crédito. A entidade aposta em sempre com ajuste sazonal. "A mudança de patamar da uma expansão de 5% da inatividade mostra um cenário dústria em 2006. (Agências)

8,6

ATAS AGRO-PECUÁRIA TINAMU S.A. CNPJ nº 96.433.347/0001-05 - NIRE 35.300.135.920 Ata da Assembléia Geral Extraordinária realizada em 15/12/2005 - (lavrada na forma sumária) Data, hora e local: 15/12/2005, às 15:00 hs, na sede da Cia., na Fazenda Três Barras, na Cidade de Pitangueiras, Estado de São Paulo. Presença: acionistas representando a totalidade do capital social, estando, portanto, regularmente instalada a Assembléia, nos termos do artigo 124, § 4º, da Lei nº 6.404/ 76, conforme se verifica no Livro de Presença de Acionistas. Mesa: Presidente: Sr. Rui Cerri Maio e Secretário: Sr. David Victor Makin. Ordem do Dia: alteração do objeto social da Companhia e, consequentemente, reforma do art. 3º de seu Estatuto Social. Deliberações: os acionistas, por unanimidade e sem reservas, aprovaram a reforma do art. 3º do Estatuto Social, de maneira a incluir no objeto social da Companhia a atividade imobiliária. Dessa forma, o art. 3º de seu Estatuto Social passa a vigorar com a seguinte redação: “Artigo 3º. A Sociedade tem por objeto social: (a) a exploração das atividades agrícolas e pastoris em terras próprias ou alheias; (b) o comércio de seus produtos; (c) a exploração de produtos agrícolas ou pecuários “in natura”, próprios ou de terceiros; (d) a prestação de serviços à agricultura e pecuária em geral, tais como a assistência técnica, colheita, transporte; (e) a manutenção e reparo de veículos, tratores e máquinas agrícolas; (f) a locação de bens imóveis próprios; (g) a compra e venda de bens imóveis rurais próprios e bens móveis para administração própria; e (h) a participação em outras sociedades.” Encerramento: Nada mais havendo a tratar, a Assembléia foi suspensa, para lavratura desta ata, que lida, foi por todos assinada: Sr. Rui Cerri Maio (Presidente da Mesa e acionista); Sr. David Victor Makin (Secretário da Mesa); Acionistas: The Lancashire General Investment Company Limited, representada pelo Sr. David Victor Makin e Sr. Robert Gray Birch; Terravida Empreendimentos e Participações Ltda., representada pelo Sr. David Victor Makin e Sr. Robert Gray Birch. Esta ata é cópia fiel da ata lavrada no livro próprio. Rui Cerri Maio - Presidente da Mesa. David Victor Makin - Secretário da Mesa. Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania. Jucesp. Certifico o registro sob o nº 371.390/05-9 em 28/12/2005. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral. AGRO-PECUÁRIA TINAMU S/A

CNPJ/MF Nº 96.433.347/0001-05 - NIRE Nº 35.300.135.920 Ata da Assembléia Geral Extraordinária realizada em 21/02/2006 Aos 21/02/2006, às 14:00 horas, na sede social localizada na Fazenda Três Barras, na cidade de Pitangueiras, Estado de São Paulo, reuniu-se em Assembléia Geral Extraordinária, a totalidade dos acionistas da Agro-Pecuária Tinamu S/A, conforme se verifica das assinaturas constantes no Livro de Presença de Acionistas. Na forma dos Estatutos Sociais, assumiu a Presidência dos trabalhos o Sr. Rui Cerri Maio, que convidou a mim, James Almond Eagers, para Secretário. A seguir, disse o Sr. Presidente que a presença da totalidade dos acionistas sanava a falta de publicação dos anúncios, a que se refere o art. 133, caput, e da convocação para a assembléia, na forma do que dispõem os artigos 124, § 4º, e 133, § 4º, todos da Lei nº 6.404/76. Ainda com a palavra, o Sr. Presidente colocou em votação a distribuição de dividendos, sendo que a Assembléia Geral Extraordinária discutiu, votou e aprovou por unanimidade, abstendo-se de votar aqueles legalmente impedidos, a distribuição de dividendos à conta de Lucros Acumulados, no montante de R$ 5.225.201,29. A seguir, o Sr. Presidente colocou a palavra à disposição dos presentes, para que tratassem de quaisquer assuntos de interesse social. Como ninguém mais desejasse usar da palavra, foi a sessão suspensa pelo tempo necessário à lavratura desta ata. Reaberta a sessão, foi esta ata que eu, Secretário, redigi e mandei lavrar e que, depois de lida e aprovada, vai assinada pelo Sr. Rui Cerri Maio, Presidente, James Almond Eagers, Secretário, The Lancashire General Investment Company Limited, acionista, pp. David Victor Makin e Luis Roberto Pinto e Terravida Empreendimentos e Participações Ltda, representada por David Victor Makin e Robert Gray Birch. Esta ata é cópia fiel da lavrada no livro próprio. Rui Cerri Maio - Presidente da Mesa. Visto do Advogado: Alberto Kairalla Bianchi - OAB/SP nº 161.488. Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania. Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico o registro sob o nº 79.634/06-0 em 22-03-06. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral. AGRO-PECUÁRIA ARAPONGA S.A. CNPJ nº 96.447.438/0001-91 - NIRE 35.300.135.938 Ata da Assembléia Geral Extraordinária realizada em 15/12/2005 (lavrada na forma sumária) Data, Hora e Local: 15/12/2005, às 08:00 hs, na sede da Cia., na Fazenda Guariroba, na Cidade de Pontes Gestal, Estado de São Paulo. Presença: acionistas representando a totalidade do capital social, estando, portanto, regularmente instalada a Assembléia, nos termos do artigo124, § 4º, da Lei nº 6.404/ 76, conforme se verifica no Livro de Presença de Acionistas. Mesa: Presidente: Sr. Anselmo Dimas Ferrari e Secretário: Sr. Rodrigo Luiz Diniz dos Santos. Ordem do Dia: alteração do objeto social da Companhia e, conseqüentemente, reforma do art. 3º de seu Estatuto Social. Deliberações: os acionistas, por unanimidade e sem reservas, aprovaram a reforma do art. 3º do Estatuto Social, de maneira a incluir no objeto social da Companhia a atividade imobiliária. Dessa forma, o art. 3º de seu Estatuto Social passa a vigorar com a seguinte redação: “Artigo 3º - A Sociedade tem por objeto social: (a) a exploração das atividades agrícolas e pastoris em terras próprias ou alheias; (b) o comércio de seus produtos; (c) a exploração de produtos agrícolas ou pecuários “in natura”, próprios ou de terceiros; (d) a prestação de serviços à agricultura e pecuária em geral, tais como a assistência técnica, colheita, transporte; (e) a manutenção e reparo de veículos, tratores e máquinas agrícolas; (f) a locação de bens imóveis próprios; (g) a compra e venda de bens imóveis rurais próprios e bens móveis para administração própria; e (h) a participação em outras sociedades.” Encerramento: Nada mais havendo a tratar, a Assembléia foi suspensa, para lavratura desta ata, que lida, foi por todos assinada: Anselmo Dimas Ferrari (Presidente da Mesa e acionista); Sr. Rodrigo Luiz Diniz dos Santos (Secretário da Mesa e acionista); The Lancashire General Investment Company Limited, representada pelo Sr. David Victor Makin e pelo Sr. Robert Gray Birch. Esta ata é cópia fiel da ata lavrada no livro próprio. Anselmo Dimas Ferrari - Presidente da Mesa. Rodrigo Luiz Diniz dos Santos - Secretário da Mesa. Secretaria da Justiça e Defesa da Cidadania. Jucesp. Certifico o registro sob o nº 371.389/05-7 em 28-12-05. Cristiane da Silva F. Corrêa - Secretária Geral.

CNPJ nº 96.433.305/0001-66 RELATÓRIO DA DIRETORIA Senhores Acionistas: Cumprindo as disposições legais e estatutárias submetemos à análise de V.Sas. o Balanço Patrimonial e demais Demonstrações Financeiras, relativos ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2005. Guaraci, 30 de março de 2006. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO FINDO 31/12/2005 BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 - EM REAIS Ativo 31/12/2005 31/12/2004 Passivo 31/12/2005 31/12/2004 Receitas (Despesas) 31/12/2005 31/12/2004 Circulante Circulante Operacionais Caixa e Bancos 591,02 764,90 Impostos a Recolher 17,87 18,12 Despesas Administrativas (12.093,95) (9.569,55) Contas a Receber 2.495.694,20 2.507.674,52 Contas a Pagar 1.000,00 1.000,00 Despesas Tributárias (385,86) (409,53) Aplicações Financeiras 15.239,80 13.922,02 1.017,87 1.018,12 Receitas Financ. Líquidas 1.643,64 1.202,02 Imp. de Renda a Recuperar 1.142,09 1.142,09 Patrimônio Líquido (10.836,17) (8.777,06) 2.512.667,11 2.523.503,53 Capital Social 3.784.794,65 3.784.794,65 Rec/(Desp.) não Operacional Permanente Reservas Ágio Subsc. de Ações 3.771.267,65 3.771.267,65 Res. Positivo (negativo) Part. Societária (382.447,00) 123.753,00 Investimentos 2.624.926,00 3.007.373,00 Lucros (Prejuízos) Acumulados (2.141.447,01) (1.748.163,84) Resultado Líq. Exercício (393.283,17) 114.975,94 5.414.615,29 5.807.898,46 Imobilizado 278.040,05 278.040,05 DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS 2.902.966,05 3.285.413,05 EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO - EM REAIS Total do Ativo 5.415.633,16 5.808.916,58 Total do Passivo 5.415.633,16 5.808.916,58 31/12/2005 31/12/2004 Origens dos Recursos Das Operações DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - EM REAIS Lucro (Prejuízo) do Exercício (393.283,17) 114.975,94 Capital Social Res. de PBs Onerosas Lucros (Prej.) Acumulados Total Ajustes que não afetam o Cap. Circ. Líq. Em 01.01.2004 3.784.794,65 3.771.267,65 (1.863.139,78) 5.692.922,52 Resultado de Equivalência Patrimonial 382.447,00 (123.753,00) Lucro do Exercício 114.975,94 114.975,94 Total dos Recursos (10.836,17) (8.777,06) Em 31.12.2004 3.784.794,65 3.771.267,65 (1.748.163,84) 5.807.898,46 Variação do Capital Circ. Líquido (10.836,17) (8.777,06) Prejuízo do Exercício (393.283,17) (393.283,17) Variações do Capital Circulante Ativo Circulante no Início do Exer. 2.523.503,53 2.532.269,54 Em 31.12.2005 3.784.794,65 3.771.267,65 (2.141.447,01) 5.414.615,29 Ativo Circulante no Fim do Exercício 2.512.667,11 2.523.503,53 NOTAS EXPLICATIVAS DIRETORIA (10.836,42) (8.766,01) 1) Imobilizado: O Imobilizado está registrado pelo custo de aquisição, GERALDO JOSÉ T. MARTINS Passivo Circulante no Início do Exercício 1.018,12 1.007,07 corrigido monetariamente. 2) Os investimentos em outras sociedades são Diretor Presidente Passivo Circulante no Fim do Exercício 1.017,87 1.018,12 avaliados pelo método de equivalência patrimonial. 3) Capital Social: O RUI CERRI MAIO 0,25 (11,05) capital social subscrito e integralizado é composto de 48.027.222 ações Diretor Redução do Capital Circ. Líquido (10.836,17) (8.777,06) ordinárias sem valor nominal. MARCOS TADEU BARSOTTI - Contador - CRC.SP 1SP087320/0-4

AGRO PECUÁRIA SALTINHO DA BOA VISTA S/A CNPJ Nº 96.433.321/0001-59 RELATÓRIO DA DIRETORIA Senhores Acionistas: Cumprindo as disposições legais e estatutárias submetemos à análise de V.Sas. o Balanço Patrimonial e demais Demonstrações Financeiras, relativos ao exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2005. Magda, 28 de março de 2006. BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 - EM REAIS Ativo 31/12/2005 31/12/2004 Passivo 31/12/2005 31/12/2004 Circulante Circulante Caixa Bancos 40,79 40,79 Contas a Pagar – 3.649,72 Contas a Receber 4.730.202,54 4.755.469,64 Impostos a Recolher 29,82 20,52 Imposto de Renda a Recuperar 34.602,37 32.391,01 3.670,24 29,82 4.787.901,44 Exigível a longo prazo 4.764.845,70 Permanente Créditos de Partes Beneficiárias 82.962,98 – 82.962,98 Imobilizado 303.193,06 303.193,06 – Investimentos 3.812.631,00 4.362.416,00 Patrimônio Líquido 4.115.824,06 4.665.609,06 Capital Social 2.410,09 2.410,09 Reservas PBs-Onerosas 652.631,85 652.631,85 Reservas Ágio Subsc. de Ações 7.818.763,26 7.818.763,26 Lucros (Prejuízos) Acumulados 323.871,76 976.035,06 8.797.676,96 9.449.840,26 Total do Ativo 8.880.669,76 9.453.510,50 Total do Passivo 8.880.669,76 9.453.510,50 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO - EM REAIS Reserva de Ágio Res. de PBs Onerosas Lucros (Prej.) Acumulados Total Capital Social Em 01.01.2004 2.410,09 7.818.763,26 652.631,85 1.391.168,69 9.864.973,89 Prejuízo do Exercício Em 31.12.2004

2.410,09

7.818.763,26

652.631,85

(415.133,63) 976.035,06

(415.133,63) 9.449.840,26

Prejuízo do Exercício Em 31.12.2005

2.410,09

7.818.763,26

652.631,85

(652.163,30) 323.871,76

(652.163,30) 8.797.676,96

DIRETORIA RODNEY P. E. HOBBS JONES - Diretor Presidente AROLDO MACHADO CACERES - Diretor Vice-Presidente

NOTAS EXPLICATIVAS - 1) O Imobilizado está registrado pelo custo de aquisição corrigido monetariamente. 2) Os Investimentos em outras sociedades são avaliados pelo método de equivalência patrimonial. 3) Capital Social: O Capital Social subscrito e integralizado é composto de 27.473 ações ordinárias nominativas sem valor nominal.

MARCOS TADEU BARSOTTI Contador - CRC.SP 1SP087320/O-4

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO FINDO 31/12/2005 Receitas (Despesas) Operacionais 31/12/2005 31/12/2004 Administrativas (10.639,55) (13.049,25) Impostos e Taxas (222,17) (261,73) Despesas/Receitas Financ. Líquidas 2.399,84 2.241,35 Revis. Prov. não Dedutíves 3.687,08 – (4.774,80) (11.069,63) Rec/(Desp.) Não Operacional Res. positivo (negativo) part. societária (549.785,00) (404.064,00) Remuneração PBs Onerasas (97.603,50) (647.388,50) (404.064,00) Resultado Liq. do Exercício (652.163,30) (415.133,63) DEMONSTRAÇÃO DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO - EM REAIS Origens dos Recursos 31/12/2005 31/12/2004 Das Operações Prejuízo do Exercício (652.163,30) (415.133,63) Ajustes que não afetam o Cap. Circ. Líq. Resultado de Equivalência Patrimonial (549.785,00) 404.064,00 Aumento do Exigível a Longo Prazo 82.962,98 – Total dos Recursos (19.415,32) (11.069,63) Aplicação de Recursos No Permanente - Investimentos – (1.001,00) Total das Aplicações – (1.001,00) Variação do Capital Circ. Líquido (19.415,32) (12.070,63) Variações do Capital Circulante Ativo Circulante no Início do Exercício 4.787.901,44 4.796.337,46 Ativo Circulante no Final do Exercício 4.764.845,70 4.787.901,44 (8.436,02) (23.055,74) Passivo Circulante no Início do Exercício 3.670,24 35,63 Passivo Circulante no Final do Exercício 29,82 3.670,24 3.640,42 (3.634,61) Redução do Capital Circ. Líquido (19.415,32) (12.070,63)

INTERCHANGE SERVIÇOS S.A. C.N.P.J. nº 66.649.955/0001-82 RELATÓRIO DA DIRETORIA Senhores Acionistas: A Diretoria da Interchange Serviços S.A., em cumprimento às disposições legais e estatutárias, apresenta aos acionistas o balanço patrimonial levantado em 31 de dezembro de 2005 e 2004, e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos, correspondentes ao exercício findo naquela data. A Diretoria coloca-se à disposição dos acionistas para os esclarecimentos desejados. São Paulo, 20 de abril de 2006 A Diretoria BALANÇOS PATRIMONIAIS EM 31 DE DEZEMBRO (Em milhares de reais) Passivo 2005 2004 (Reclassificado)

2005

2004 (Reclassificado)

2.351 2.922 1.495 2.162 1.832 10.762

1.956 2.197 798 1.459 6.410

16.683 16.683

14.796 14.796

15.505 31 96 2.973 8.064 9.892 20.578 2.990 3.821 39.056 11.085 13.809 Total do ativo ........................................ 66.501 53.322 Total do passivo e patrimônio líquido .. 66.501 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras

15.505 2.518 14.093 32.116 53.322

Ativo

Circulante Caixa e bancos ...................................... Aplicações financeiras (Nota 3) ............ Contas a receber (Nota 4) ...................... Demais contas a receber ...................... Impostos a recuperar ............................ Despesas antecipadas .......................... Imposto de renda e contribuição social diferidos (Nota 5) ........................ Realizável a longo prazo Depósitos judiciais ................................ IR e CS diferidos (Nota 5) ......................

935 37.632 8.102 275 105 528

636 20.961 10.112 426 487 727

2.060 49.637

1.013 34.362

82 5.697 5.779

72 5.079 5.151

Permanente Investimentos........................................ Imobilizado (Nota 6) .............................. Diferido (Nota 7) ....................................

Circulante Fornecedores ...................................... Salários e encargos sociais.................. Obrigações tributárias.......................... Dividendos a pagar .............................. Outras contas a pagar .......................... Exigível a longo prazo Provisão para contingências (Nota 9) .. Patrimônio líquido Capital social ...................................... Reserva de lucros ................................ Lucros acumulados..............................

DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO (Em milhares de Reais) Reserva de lucros Capital social 15.505

Lucros Legal acumulados Em 31 de dezembro de 2003 ............................................... 2.326 16.446 Lucro líquido do exercício.................................................... 3.839 Destinação de lucros Reserva legal .................................................................... 192 (192) Dividendos (R$ 0,0200 por lote de mil ações) .................... (6.000) Em 31 de dezembro de 2004 ............................................... 15.505 2.518 14.093 Lucro líquido do exercício.................................................... 9.102 Destinação de lucros Reserva legal .................................................................... 455 (455) Dividendos (R$ 0,0072 por lote de mil ações) .................... (2.162) Em 31 de dezembro de 2005 ............................................... 15.505 2.973 20.578 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras

Total 34.277 3.839 (6.000) 32.116 9.102 (2.162) 39.056

NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2005 E DE 2004 (Em milhares de reais, exceto quando indicado) 1. Contexto operacional: A Interchange Serviços S.A. (“Companhia”) (b) Reconciliação da despesa com imposto de renda e contribuição 2005 2004 tem por objetivo principal a prestação de serviços de EDI (“Electronic social: Data Interchange”), que consiste na transferência eletrônica de dados Lucro contábil antes do imposto de renda e da contribuição social, deduzidos das entre seus clientes e seus parceiros de negócio. 2. Principais práticas participações dos administradores ...................... 14.029 5.839 contábeis: As demonstrações financeiras foram elaboradas e estão Alíquotas nominais - % .......................................... 34 34 sendo apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Imposto de renda e contribuição social Brasil, com base nas disposições contidas na Lei das Sociedades por às alíquotas nominais .......................................... 4.770 1.985 Ações. Na elaboração das demonstrações financeiras é necessário Diferenças permanentes, líquidas .......................... 157 15 utilizar estimativas para contabilizar certos ativos, passivos e outras Imposto de renda e contribuição social no resultado 4.927 2.000 transações. Sendo assim, nas demonstrações financeiras são incluídas Alíquota efetiva - % ................................................ 35 34 2005 2004 várias estimativas referentes às vidas úteis do ativo imobilizado, às 6. Imobilizado: Taxa provisões necessárias para contingências passivas e à determinação de Deprec. anual de provisão para imposto de renda, entre outras, as quais, apesar de Custo acumul. Líquido Líquido deprec.-% refletirem a melhor estimativa possível por parte da administração da Móveis e utensílios 1.828 (1.471) 357 455 10 Companhia, podem apresentar variações em relação aos dados e Veículos 131 (37) 94 120 20 valores reais. Determinados valores nas demonstrações financeiras Equipamentos de comparativas, principalmente relacionados ao ativo permanente e processamento de dados passivo circulante, foram reclassificados para ficarem uniformes com a e de informática 14.113 (8.863) 5.250 6.368 20 apresentação do exercício atual. (a) Apuração do resultado: O Direito de uso 7.847 (6.410) 1.437 2.316 20 resultado é apurado pelo regime de competência. As receitas e de software 1.267 (896) 371 483 10 respectivos custos associados são reconhecidos quando da efetiva Benfeitorias prestação dos serviços, independente do faturamento. Os pagamentos Equipamentos 1.007 (993) 14 24 33 referentes a contratos de arrendamento mercantil são reconhecidos de telefonia Imobilizado em como despesas no resultado em função das contraprestações devidas e andamento 466 466 pagas até o término do contrato de arrendamento. Os contratos em Marcas e patentes 75 75 75 aberto em 31 de dezembro de 2005 estão apresentados na Nota 12. Outros 51 Outras despesas operacionais referem-se, basicamente, à provisão 26.734 (18.670) 8.064 9.892 para perdas em aplicações financeiras registrada em 2004. (b) Ativos Durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2005, a Companhia circulante e realizável a longo prazo: As aplicações financeiras estão efetuou análise técnica dos itens constantes do seu ativo imobilizado, que avaliadas ao custo, acrescidas dos rendimentos auferidos até a data do culminou com a baixa, por motivo de obsolescência, de equipamentos de balanço e deduzidas de provisão para perda em caso de incerteza informática e licenças de software no montante total de R$ 1.398. 2005 2004 quanto à recuperação dos valores aplicados. A provisão para créditos de 7. Diferido: liquidação duvidosa é calculada com base nas perdas avaliadas como Gastos com aquisição e desenvolvimento de softwares ........................................................ 16.135 16.119 prováveis, cujo montante é considerado suficiente para cobrir perdas na Amortização acumulada ........................................ (13.145) (12.298) realização das contas a receber. Os demais ativos são apresentados ao 2.990 3.821 valor de custo ou de realização, incluindo, quando aplicável, os Gastos com aquisições e desenvolvimento de softwares referem-se a rendimentos, as variações nas taxas de câmbio e as variações desenvolvimento de “novos produtos” (novos serviços eletrônicos). monetárias auferidos. (c) Permanente: O ativo imobilizado é registrado Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, a ao custo de aquisição. A depreciação é calculada pelo método linear às Companhia avaliou que houve evolução de suas soluções tecnológicas, taxas mencionadas na Nota 6, que levam em consideração o tempo de culminando na obsolescência de alguns produtos. Com base nestas vida útil dos bens. O ativo diferido, representado substancialmente por avaliações o montante líquido de R$ 1.584 (2004 - R$ 3.572) foi gastos com aquisição e desenvolvimento de software, é registrado ao baixado contra resultado não operacional. 8. Partes relacionadas: Os saldos e transações realizados com partes relacionadas estão custo de aquisição ou formação, deduzido pela amortização calculada demonstrados nos quadros abaixo, e decorrem de transações pelo método linear em um prazo de cinco anos. (d) Passivos circulante comerciais com os acionistas da Companhia: e exigível a longo prazo: São demonstrados pelos valores conhecidos Ativo (passivo) Receita (despesa) ou calculáveis, acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes Empresa 2005 2004 2005 2004 encargos e das variações monetárias incorridas. A provisão para Cliente - Citibank (i) 302 651 9.118 5.437 904 1.112 9.031 8.180 imposto de renda é constituída à alíquota de 15%, acrescida de adicional Cliente - Unibanco (i) 393 293 3.861 3.277 de 10%. Foi constituída, também, provisão para a contribuição social, à Cliente - ABN (i) 2 28 19 alíquota de 9%, calculada com base no lucro antes do imposto de renda. Cliente - EDS (i) Fornecedor EDS (ii) (240) (683) (5.179) (6.457) 3. Aplicações financeiras: As aplicações financeiras em 31 de 1.359 1.375 16.859 10.456 dezembro de 2005 e de 2004 são compostas por aplicações em fundos (i) Refere-se a serviços prestados de tráfego (“Messaging”) e de de investimento de renda fixa que variam de 100% a 103% do Certificado Correspondente Bancário (“Corban”), com preços compatíveis a outros de Depósito Interbancário - CDI. clientes da Companhia. (ii) Refere-se a serviços de Processamento de 4. Contas a receber: Dados e Monitoramento contratados pela Companhia. 9. Provisão para 2005 2004 contingências: A Companhia é parte em ações judiciais e processos Contas a receber - mercado interno ........................ 8.306 10.807 administrativos envolvendo questões tributárias, trabalhistas, cíveis e Provisão para créditos de liquidação duvidosa........ (204) (695) outros assuntos associados ao curso normal de suas operações. 8.102 10.112 A administração, com base em informações de seus assessores jurídicos 5. Imposto de renda e contribuição social diferidos: O imposto de e análise das demandas judiciais pendentes constituiu provisão em renda e a contribuição social diferidos referem-se a créditos tributários montante considerado suficiente para cobrir eventuais perdas potenciais com as ações em curso. Em 31 de dezembro de 2005, a Companhia de imposto de renda e contribuição social sobre diferenças temporárias, apresentava passivos relacionados a contingências no montante de principalmente relacionadas à provisão para contingências e outras, que R$ 17.231 (2004 - R$ 14.796), sendo R$ 548 no passivo circulante e serão utilizados com a geração de lucros tributáveis futuros. Não existem R$ 16.683 (2004 - R$ 14.796) no passivo exigível a longo prazo. obrigações fiscais diferidas. A expectativa da administração da 10. Patrimônio líquido: Em 31 de dezembro de 2005 e de 2004, o capital Companhia é de que esses créditos fiscais diferidos serão realizados social autorizado e totalmente integralizado é de 300.000.000.000 ações nos próximos cinco anos, quando da realização das diferenças ordinárias nominativas sem valor nominal. O estatuto social em seu artigo temporárias, que por sua vez estão em parte sujeitas ao andamento de 29 determina que o lucro líquido apurado, observado o disposto na processos judiciais ou a eventos futuros. (a) Composição do imposto legislação vigente, terá a seguinte destinação: (a) 5% (cinco por cento) para a constituição da reserva legal, até o limite de 20% (vinte por cento) de renda e contribuição social diferidos: do capital social. (b) 25% (vinte e cinco por cento) para a distribuição a 2005 2004 título de dividendos mínimos obrigatórios aos acionistas, na proporção de Ativo suas participações. (c) O saldo será posto à disposição da Assembléia Diferenças temporárias Geral que decidirá sobre seu destino e, não o fazendo, será também disProvisão para contingências no longo prazo ...... 5.697 5.079 tribuído como dividendos. A proposta de dividendos consignada nas deOutras provisões no curto prazo ........................ 2.060 1.013 monstrações financeiras da Companhia, sujeita à aprovação dos acionis7.757 6.092 tas na Assembléia Geral, é assim demonstrada: Roberto Moron Martins Junior Presidente

Rogério Anéas Buldo Diretor Administrativo Financeiro e Tecnologia da Informação

Aos Administradores e Acionistas - Interchange Serviços S.A. 1. Examinamos o balanço patrimonial da Interchange Serviços S.A. em 31 de dezembro de 2005 e as correspondentes demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e das origens e aplicações de recursos do exercício findo nessa data, elaborados sob a responsabilidade de sua administração. Nossa responsabilidade é a de emitir parecer sobre essas demonstrações financeiras. 2. Nosso exame foi conduzido de acordo com as normas de auditoria aplicáveis no Brasil, as quais requerem que os exames sejam realizados com o objetivo de comprovar a adequada apresentação das demonstrações financeiras em todos os seus aspectos relevantes. Portanto, nosso exame compreendeu, entre outros procedimentos: (a) o planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e os sistemas contábil e de controles internos da Companhia; (b) a constatação, com base em testes, das evidências e dos registros que

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES suportam os valores e as informações contábeis divulgados; e (c) a avaliação das práticas e estimativas contábeis mais representativas adotadas pela administração da Companhia, bem como da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 3. A Companhia mantém registrado em 31 de dezembro de 2005, no seu passivo exigível a longo prazo, provisão para contingências no valor de R$ 16.683 mil, dos quais R$ 1.887 mil foram registrados durante o exercício findo em 31 de dezembro de 2005. Essa provisão, porém, não atende às condições definidas na Norma e Procedimento de Contabilidade nº 22 do IBRACON - Instituto dos Auditores Independentes do Brasil e, portanto, não deveria ter sido registrada. Conseqüentemente, o patrimônio líquido em 31 de dezembro de 2005 e o resultado do exercício findo nessa data estão demonstrados a menor por R$ 11.011 mil e R$ 1.245 mil, respectivamente, líquidos dos efeitos tributários. 4. Somos de parecer que, exceto pelos efeitos do registro em excesso da provisão para

DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO (Em milhares de reais, exceto quando indicado) 2005 2004 (Reclassificado) Receita bruta de serviços Serviços prestados ............................ 68.808 69.157 Serviços cancelados e abatimentos.... (2.818) (2.128) Impostos sobre serviços .................... (9.425) (9.468) Receita líquida de serviços................ 56.565 57.561 Custo dos serviços prestados ............ (32.375) (36.198) Lucro bruto ........................................ 24.190 21.363 Receitas (despesas) operacionais Com vendas ...................................... (2.845) (3.146) Gerais e administrativas .................... (8.675) (9.765) Outras despesas operacionais .......... (1.398) Receitas financeiras .......................... 5.344 2.563 Despesas financeiras ........................ (538) (130) Lucro operacional.............................. 17.476 9.487 Resultado não operacional ................ (2.992) (3.448) Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social .................. 14.484 6.039 Provisão para imposto de renda e contribuição social.......................... (6.592) (3.173) Imposto de renda e contribuição social diferidos .............. 1.665 1.173 Lucro antes da participação dos administradores ........................ 9.557 4.039 Participação dos administradores ...... (455) (200) Lucro líquido do exercício ................ 9.102 3.839 Ações em circulação no final do exercício (em milhares) .................. 300.000.000 300.000.000 Lucro líquido por lote de mil ações do capital social no fim do exercício - R$ 0,0303 0,0128 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras DEMONSTRAÇÕES DAS ORIGENS E APLICAÇÕES DE RECURSOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO (Em milhares de reais) 2005 2004 (Reclassificado) Origens dos recursos Das operações sociais Lucro líquido do exercício ............................ 9.102 3.839 Despesas (receitas) que não afetam o capital circulante Depreciações e amortizações .................... 3.622 5.612 Valor residual dos permanentes baixados .. 3.126 3.685 Imposto de renda e contribuição social diferidos .......................................... (618) (646) Provisão para contingências ...................... 1.887 1.971 Total dos recursos obtidos .......................... 17.119 14.461 Aplicações dos recursos No ativo permanente Investimento 65 Imobilizado .................................................. 2.424 5.309 Diferido ........................................................ 1.600 294 Aumento do realizável a longo prazo ............ 10 72 Distribuição de dividendos ............................ 2.162 6.000 Total dos recursos aplicados ...................... 6.196 11.740 Aumento do capital circulante .................... 10.923 2.721 Variações no capital circulante Ativo circulante No fim do exercício ...................................... 49.637 34.362 No início do exercício .................................. 34.362 32.362 15.275 2.000 Passivo circulante No fim do exercício ...................................... 10.762 6.410 No início do exercício .................................. 6.410 7.131 4.352 (721) Aumento do capital circulante .................... 10.923 2.721 As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras 2005 2004 Lucro líquido do exercício .......................................... 9.102 3.839 Constituição da reserva legal .................................... (455) (192) Base de cálculo dos dividendos ................................ 8.647 3.647 Dividendos propostos ................................................ 2.162 6.000 Porcentagem sobre a base de cálculo dos dividendos 25,0% 164,5% Com base no art. 202, § 3º da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, a deliberação sobre a distribuição dos dividendos será tomada pela Assembléia Geral Ordinária. 11. Instrumentos financeiros: Os principais instrumentos financeiros ativos e passivos da Companhia em 31 de dezembro de 2005 e de 2004 estão descritos a seguir, bem como os critérios para sua valorização e avaliação: (a) Disponibilidades, aplicações financeiras, contas a receber, outros ativos circulantes e contas a pagar: Os valores contabilizados aproximam-se dos de realização. (b) Risco de crédito: A política de prestação de serviços da Companhia está intimamente associada ao nível de risco de crédito a que está disposta a se sujeitar no curso de seus negócios. A diversificação de sua carteira de recebíveis, a seletividade de seus clientes, assim como o acompanhamento dos prazos de financiamento de vendas por segmento de negócios e limites individuais de posição, são procedimentos adotados a fim de minimizar eventuais problemas de inadimplência em seu contas a receber. Especificamente em relação aos serviços prestados de arrecadação (“Pague Pronto”), a administração constituiu provisão suficiente para cobrir eventuais perdas com essa operação. (c) Derivativos: Durante os exercícios de 2005 e de 2004, a Companhia não celebrou contratos que possam ser considerados como instrumentos derivativos. 12. Arrendamento mercantil (leasing): A Companhia é arrendatária de máquinas e equipamentos de computação, com opção de compra, por meio de contratos de arrendamento mercantil. A posição desses contratos em 31 de dezembro de 2005 é a seguinte: Saldo dos Prazo Valor valores Encargos - remanescente residual Bens contratados % ao mês - meses % Terminais e leitores de código de barras 467 1,61 23 1 13. Seguros: A Companhia possui um programa de gerenciamento de riscos com o objetivo de delimitar os riscos, buscando no mercado coberturas compatíveis com seu porte e suas operações. As coberturas foram contratadas por montantes considerados suficientes pela administração para cobrir eventuais sinistros, considerando a natureza da sua atividade, os riscos envolvidos em suas operações e a orientação de seus consultores de seguros. Em 31 de dezembro de 2005, a Companhia possuía as seguintes principais apólices de seguro contratadas com terceiros: Importâncias Ramos seguradas Seguro de serviço de arrecadação (“Pague Pronto”) 8.544 Incêndio, raio e explosão ........................................ 2.450 Equipamentos eletrônicos ...................................... 1.120 Responsabilidade civil............................................ 700 Outros .................................................................... 377 Valentin Balaguer Portoles Filho Contador CRC 1SP 153578/O-9 contingências mencionado no parágrafo anterior, as demonstrações financeiras referidas no primeiro parágrafo apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Interchange Serviços S.A. em 31 de dezembro de 2005 e o resultado das operações, as mutações do patrimônio líquido e as origens e aplicações de recursos do exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. 5. O exame das demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 2004, apresentadas para fins de comparação, foi conduzido sob a responsabilidade de outros auditores independentes, que emitiram parecer com data de 25 de fevereiro de 2005, sem ressalvas. São Paulo, 20 de abril de 2006 Auditores Independentes CRC 2SP000160/O-5

Sérgio Eduardo Zamora Contador CRC 1SP168728/O-4


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Empresas Finanças Imóveis Nacional

DIÁRIO DO COMÉRCIO

O IMÓVEL MAIS BARATO DO FEIRÃO CUSTA R$ 17 MIL

sexta-feira a domingo, 28 a 30 de abril, e segunda-feira, 1 de maio de 2006

Mais de 40 mil imóveis novos e usados estão sendo oferecidos pela Caixa Econômica.

Patrícia Cruz/Ag. Luz

Filas gigantescas atrapalham o sonho da casa própria Quem foi ao 2ª Feirão de Imóveis da Caixa teve de enfrentar horas de espera

P

ara alcançar o sonho da casa própria, quem foi ao 2º Feirão de Imóveis da Caixa, que começou ontem em São Paulo, precisou de uma grande dose de paciência. Atraídos pela oferta de cerca de 44 mil unidades com preços a partir de R$ 17 mil, os interessados enfrentaram enormes filas ao redor do Pavilhão Vermelho do Expor Center Norte, onde o evento é realizado até o próximo domingo. Os primeiros chegaram na tarde de quarta-feira, bem antes da abertura dos portões. E dentro da feira a situação não era diferente: filas nos postos de atendimento da Caixa Econômica e para falar com corretores nos estandes das imobiliárias e construtoras. De acordo com o banco, 18 mil pessoas estiveram no Feirão ontem, número que superou as expectativas. A abertura da primeira edição do evento em São Paulo, no ano passado, teve 11 mil visitantes. Quem quiser evitar filas pode procurar por unidades disponíveis mesmo sem ir ao Feirão. No site da Caixa na internet (www.caixa.gov.br) há a relação dos imóveis novos, na planta, em construção ou participantes do Programa de Arrendamento Residencial (PAR) disponíveis no Feirão, mas que podem não ser vendidos até o fim do evento. Na página do Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci), parceiro da Caixa, (www.creci.org.br), o internauta ainda pode fazer uma busca do tipo de imóvel usado que pretende comprar. A carta de crédito – documento que assegura a liberação de um financiamento – também pode ser obtida fora do Feirão, em qualquer agência da Caixa. Mas para quem faz questão de ver de perto as ofertas, a recomendação é levar documentos pessoais para facilitar as negociações com o banco. Nos casos em que tudo dá certo (o cliente não tem restrições cadastrais e consegue encontrar na feira o imóvel desejado, por

exemplo), é possível que ele saia do evento como proprietário, de acordo com o gerente de Negócios da Caixa Econômica Federal Mario de Carvalho. Busca – A costureira Zuleide Benedita Alencar confessou ter dado um jeitinho para faltar ontem ao trabalho, já prevendo que teria de dedicar o dia inteiro à busca da casa própria no Feirão. Moradora de Santo Amaro, do outro lado da cidade, começou a enfrentar filas às 6 horas da manhã, esperando uma van gratuita que leva as pessoas do Terminal Rodoviário do Tietê até o pavilhão do Expo Center Norte. Aliás, aproveitando o súbito aumento do movimento, os taxistas do Terminal estão cobrando R$ 12 por corrida até o Feirão, valor que pode ser dividido entre quatro pessoas. Detalhe: o trajeto, todo em ruas que normalmente não têm congestionamento, não ultrapassa um quilômetro. Quem prefere ir de carro, ou encontra uma vaga nas proximidades (o que é bem difícil), ou paga R$ 16 no estacionamento oficial do Expo Center Norte. Longa espera – Zuleide só conseguiu entrar no Feirão depois de duas horas na fila, às 9 horas. Lá dentro, mais filas. "Esperei 17 anos para sair do aluguel. Não custa aguardar mais algumas horas", disse a

costureira, que pode pagar até R$ 45 mil por um imóvel. Depois da maratona, ela deixou o Feirão às 16 horas, sem fechar negócio. Foi para sua casa alugada, apenas cadastrada em uma imobiliária participante, que prometeu retornar assim que aparecer uma unidade que se encaixe no que ela procura. A entrada no Feirão é gratuita, mas o "passeio" custa caro, a começar do estacionamento. Dentro do pavilhão, um sanduíche natural custa R$ 6 e um simples cachorro-quente, R$ 7. Muitos pagam, pois não se arriscam a sair do Feirão e enfrentar de novo a fila para entrar. Segundo a Caixa, os serviços de estacionamento e refeição são terceirizados. Missão difícil – Alguns foram ontem ao evento com difíceis missões. Caso dos dois casais amigos Priscila Paiva e Alex Novaes e Andrews Barbosa e Cíntia Silva. Vizinhos há cerca de 10 anos, eles queriam comprar imóveis próximos. "Só vamos comprar se pudermos continuar vizinhos. A distância atrapalharia", disse Priscila. Cada um dos casais estava disposto a gastar R$ 30 mil. Não deu certo. "Casas com as características que queremos estão muito caras. Procuramos até em outra cidade e nada", lamentou Cíntia. Renato Carbonari Ibelli

R$ 10,2 bi em financiamentos

A

Caixa Econômica Federal espera 150 mil pessoas durante os quatro dias do 2º Feirão da Casa Própria, que vai até domingo no Expo Center Norte, em São Paulo. A capital paulista é a primeira parada do evento, que vai passar por outras 14 cidades do País nos próximos meses. A expectativa da Caixa é de que os R$ 10,2 bilhões do orçamento para financiamento imobiliário

neste ano sejam repassados com a ajuda desses eventos. Só no Feirão de São Paulo há R$ 1 bilhão disponíveis para os empréstimos. Em 2005, o banco não conseguiu repassar ao público todo o orçamento que estava previsto e, por isso, precisou devolver os recursos para o Tesouro Nacional. O 2º Feirão da Casa Própria em São Paulo tem a participação de mais de 180 construtoras e cerca de 60 imobiliárias. (RCI)

Deflação pressiona aluguéis

A

lguns locatários de imóveis poderiam pagar menos aluguel a partir de maio se proprietários seguissem à risca contratos que prevêem reajustes pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI). Segundo o gerente de locações da Hubert Gestão Imobiliária, Moacyr Oliveira, com a variação negativa de 0,45% no mês de março, o IGP-DI no acumulado dos 12 meses em abril ficou em 0,29% negativo. Isso quer dizer que, seguindo as cláusulas dos contratos que serão reajustados em maio, os valores dos aluguéis ficariam 0,29% mais baixos. No entanto, segundo Oliveira, isso não deve ocorrer na prática. Nos últimos anos, tem sido comum não haver aumento de valores de aluguel mesmo com os índices tendo variação positiva. Se há reajuste, ele é inferior à variação das taxas. Com a oscilação negativa, os valores devem se manter. "Locador e locatário vão sentar à mesa para negociar e proprietários poderão querer manter os valores", diz. Cerca de 55% dos proprietários preferem negociar com os inquilinos, conforme levantamento

Divulgação

Oliveira: negociação

do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP). Se o locatário se sentir prejudicado por não ter o contrato do aluguel cumprido, poderá ingressar com ação na Justiça contra o locador. Segundo o advogado do Leite, Tosto e Barros Advogados Associados, Paulo Bardella Caparelli, não pode haver o descumprimento contratual. O advogado afirma que é necessário calcular se vale a pena iniciar um processo judicial. "É mais vantajoso negociar. Ações do tipo são raras de serem vistas, pois geralmente não temos índices registrando deflação."

Falta de pagamento – Já as ações judiciais por falta de pagamento é que são freqüentes e podem pressionar as negociações nos tribunais. No Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), das 23 mil ações em julgamento no ano passado, 92% eram por inadimplência. Em 2006, o volume está aumentando. De janeiro a março deste ano, os processos somaram 5.423, contra 5.029 no mesmo período de 2005. O assessor econômico do Secovi, Cícero Yagi, lembra que h á c e rc a d e q u a t ro a n o s o IGP-M, o índice mais comum para reajustar valores de aluguel, era superior à inflação, mas nem por isso era aplicado em todos os contratos. A maioria negociava. Mas agora a situação é diferente, pois há a possibilidade de baixar o valor do aluguel. Segundo estudo recente do Secovi, a quantidade de imóveis alugados em fevereiro ficou praticamente no mesmo patamar do volume locado em janeiro deste ano. O tempo para locar um imóvel é de, em média, 36 dias. Dos 3,4 milhões de imóveis na capital paulista, 630 mil estão alugados. Adriana David

Feirão atraiu 18 mil pessoas, que formaram filas enormes ontem (alto). Depois de um longo percurso nos pavilhões do Expo Center Norte, os casais Priscila Paiva e Alex Novaes (com os filhos no colo) e Andrews Barbosa e Cíntia Silva não conseguiram fechar negócio (acima).


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